SUBJECT: RES: [ciencialist] "EasyDate"
FROM: "Raul Sturari Jr." <raulsturari@ig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/10/2000 23:48

Caros colegas,

A droga denominada easy-date ou rape-drug realmente existe. Ou melhor
existem, como pode ser conferido no site
http://www.mckinley.uiuc.edu/health-info/sexual/daterape/drape.html . Das
drogas citadas na página, a mais comum e usada é o Rohypnol que causa uma
amnésia anterógrada, desinibição e relaxamento muscular. E o melhor, ou pior
de tudo, é incolor e rapidamente metabolizada e eliminada pelo organismo.

[]s
Raul

---------------------------------------

> > Juliana Belko wrote:
> >
> > Recebi um e-mail sobre essa droga e gostaria de saber se isso
> não é um trote. O e-mail segue abaixo.
>
> Das duas uma: ou a droga põe as pessoas a dormir e pronto, você
> não sente nada, é óbvio... ou então a sua consciência sai
> diminuida e alterada, mas é impossivel alterar o modo de pensar
> duma pessoa duma forma determinista através duma droga, ou seja,
> é possivel alterar o modo de pensar, mas duma forma +/-
> aleatória, e com resultados bastante imprevisiveis, tanto mais
> imprevisiveis quanto maior é a alteração causada.
>
> Isto é o que eu sei... mas posso estar enganado, claro.
>
> >
> > Juliana.
> >
> > "Nova Droga distribuída em festas , bares e casas noturnas".
> >
> > Uma nova droga arrasadora fez a sua Primeira aparição na Europa, agora
> > chegou ao Brasil, o nome dela: "
> >
> > "EasyDate"
> >
> > E vão já perceber porquê esse nome.
> >
> > a) Ela apresenta-se na forma de um pó branco que uma vez dissolvido em
> > QUALQUER líquido atua em cinco a sete minutos. Ela é incolor, e não tem
> > qualquer gosto.
> >
> > b) Ela age ao nível do pré-consciente, e transforma a pessoa
> que a tomar
> > num escravo perfeito, e tem como efeito secundário, apagar da memória
> > tudo o que se fez, disse ou sentiu durante o tempo de atuação que se
> > prolonga durante até oito horas.



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: hipoteses mesquitianas
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/10/2001 19:25

----- Original Message -----
From: "L. B. Holanda"
Sent: Saturday, October 06, 2001 11:35 AM
Subject: [ciencialist] Re: hipoteses mesquitianas

(Continuação - 3a parte)

> Até onde eu entendi, no modelo proposto pelo Alberto, o efeito
> túnel fica sem explicação. Nesse aspecto, é mais um dos resultados
> experimentais que ele estaria "jogando para debaixo do tapete".

Perdoe-me dizer, mas digo que você está jogando com as palavras e
demonstrando não conhecer suficientemente nem o modelo proposto e nem o
significado do "jogar para debaixo do tapete" que, por sinal, não é
expressão minha, mas algo assumido por Thomas Khun como a "justificar" e/ou
"defender" o comportamento de praxe adotado pelos físicos modernos.

> Um poderia sugerir que a Física Moderna, por ter muito menos coisas sendo
> "jogadas debaixo do tapete" seria melhor. Mas, é como eu disse, se, no
> momento, o Alberto através de um modelo novo, não conseguir explicar
> um fenômeno novo, não significa NECESSARIAMENTE que tal modelo esteja
> errado. PODE ser, apenas, que o fenômeno novo não foi abordado de
> maneira conveniente pelo modelo novo.

Novamente, estamos frente a mais um jogo de palavras. Os físicos quânticos
adoram falar sobre aquilo que eles julgam conseguir explicar através de sua
matemática, e desprezam tudo o mais. Em minha teoria eu não tenho a
pretensão de agradar os físicos quânticos, pois não pretendo fazer carreira
política em ciência. Desta forma, tento explicar o que me parece mais
imediato, mesmo porque, e já afirmei isso inúmeras vezes aqui na
Ciencialist, não posso sozinho explicar tudo aquilo que milhares de físicos
modernos explicaram, de maneira insatisfatória a meu ver, no decorrer de
mais de um século. Duvido que exista um único físico brasileiro que tenha
tentado, durante toda a sua existência, explicar, e de maneira original, uma
quantidade de fenômenos superior àquela que tenho me proposto fazer nos
últimos 20 anos. Se agrado ou não, o problema é outro, pois estou me
referindo apenas ao aspecto quantitativo. Não confunda "gaveta" com
"tapete". Colocamos na "gaveta" aquilo que pode ser deixado para amanhã; os
físicos modernos colocam debaixo do "tapete" aquilo que pretendem que fique
"escondido" posto que, via de regra, são coisas que vão contra suas
hipóteses ou idéias. Apesar disso, e mesmo sem pretender fazer carreira
política, mesmo porque o meu tempo não é pago pelo CNPq nem pela Capes, vez
ou outra assumo os desafios apresentados; como já procurei fazer aqui na
Ciencialist com respeito ao "efeito túnel" em outra oportunidade, não sei
se de maneira satisfatória ou não.

> Alberto:
> Quando ao tunelamento, lembro que esse fenômeno foi
> inicialmente descrito por Newton e não é nada que não possa ser
> explicado por um físico clássico com o pé nas costas ;-).

> Leandro:
> Até onde sei, essa afirmação SERIA FALSA. Na verdade, uma partícula
> que tenha uma dada energia cinética JAMAIS conseguiria transpor um
> potencial que tenha uma energia maior, usando a mecânica clássica.

Mas quem me garante que esse potencial realmente existe e/ou comporta-se da
maneira como os físicos modernos apresentam em seus gráficos? Efeito túnel,
no sentido literal da palavra, é algo que existe na cabeça dos físicos
modernos mas que pode não ter o mínimo significado físico, nem como túnel
nem como algo relativo a um aprisionamento frente a um potencial. O fenômeno
em si foi descoberto e descrito pela primeira vez por Newton para a luz
(vide as experiências em Óptica II e comentários sobre o significado das
mesmas em Óptica III). Newton por exemplo, ao se referir à reflexão da luz,
diz o seguinte:

"...The Rays of Light in going out of Glass into a Vacuum, are bent
towards the Glass; and if they fall too obliquely on the Vacuum, they
are bent backwards into the Glass, and totally reflected; and this
Reflexion cannot be ascribed to the Resistance of an absolute Vacuum,
but must be caused by the Power of the Glass attracting the Rays at
their going out of it into the Vacuum, and bringing them back" (Questão
29, Óptica III de Newton).

Isto tem sido traduzido (editora Abril) da seguinte maneira:

"...Os raios de luz passando pelo vidro para um vácuo são curvados em
direção ao vidro; e se eles incidem muito obliquamente ao vácuo, eles
são curvados para trás no vidro, e totalmente refletidos; e esta
reflexão não pode ser atribuída à resistência de um vácuo absoluto, mas
deve ser causada pelo poder do vidro, atraindo os raios em sua passagem
por ele para o vácuo, e trazendo-os de volta.

Já que você está de posse do meu livro "Confesso que Blefei", poderá
encontrar esta e outras afirmações newtonianas no capítulo 7: "A óptica de
Newton", páginas 48 a 53.

Em outras palavras, o feixe de luz, mesmo aquele a ser refletido, atravessa
o vidro (meio 2), ganha o vácuo (meio 3) e aí é atraído pelo vidro,
retornando ao mesmo e daí ao meio primitivo (meio 1). Se pensarmos em termos
de algum potencial a agir sobre os corpúsculos de Newton, este potencial
teria seu efeito após o corpúsculo ter atravessado a lâmina de vidro e
estaria relacionado a atração do mesmo pelo vidro. Se colocarmos uma segunda
lâmina de vidro (meio 4) após uma fina película do meio 3, película esta de
espessura tal que o meio 4 situe-se na trajetória primitiva do feixe de luz,
este segundo vidro irá agir sobre o feixe, podendo ocorrer uma refração. Mas
nesse caso o "potencial" primitivo foi modificado e o feixe continua a
atravessar a primeira lâmina de vidro. Não existe tunelamento nenhum, no
sentido de que o corpúsculo desapareça de um lado reaparecendo, como que por
magia, do outro!!! Esse é um tipo de "teletransporte" que somente existe na
imaginação dos físicos modernos.

Em resumo, você está sugerindo que eu deveria explicar, através da minha
teoria, algo que já foi explicado há quase 400 anos por uma teoria mais
fundamental e da qual a minha é uma mera extensão, a abranger o
eletromagnetismo com suas partículas próprias.

> Acontece que quando se mede, vê-se que isso de fato ocorre! Via
> mecânica quântica, uma partícula, devido ao caráter de onda
> probabilística que possui, conseguiria transpor potenciais mesmo que a
> energia dele seja maior que a energia da partícula.

Você está confundindo a interpretação que se dá para algo que se vê com o
fenômeno em si. Já cansei de afirmar aqui que não existem fenômenos
quânticos mas simplesmente interpretações quânticas para fenômenos físicos.
Você interpreta os fenômenos a sua maneira, assumindo uma impossibilidade
clássica decorrente ao decreto de Lorentz; e eu interpreto a minha maneira,
assumindo os pressupostos newtonianos, um físico teórico e experimental para
ninguém botar defeito. Para os quânticos, e curiosamente falando em termos
de conduta de quânticos, neste caso o observador não modifica o observado ao
passar da experiência 1 (reflexão) para a experiência 2 (refração). Para um
físico newtoniano os "potenciais" seriam diferentes nos dois casos, não
havendo porque se falar em tunelamento e/ou aprisionamento.

> Alberto:
> Já discuti esse assunto aqui na Ciencialist mas no momento não estou
> com as referências. Nada que não possa ser rediscutido, mas lembro que
> a discussão seria bastante longa.

> Leandro:
> Não só o tunelamento NÃO FOI DISCUTIDO longamente, acho que
> foram uns 2 ou 3 emails, aqui na lista, como não fora dada a solução
> do ponto de vista clássico.

Sugiro que você examine a thread "energia" que se seguiu à thread "Evolução
da Física", ocorrida em janeiro próximo passado. A "thread" refere-se a
vários temas mas o tunelamento realmente foi discutido longamente. Esse
"longamente" é subjetivo, mas acredito que se fossemos estabelecer uma curva
de Gauss relativa a bites/assunto nas mensagens da Ciencialist, o
tunelamento situar-se-ia à direita da média. E o número de msgs da thread
que referem-se a tunelamento é bem superior a 3.

> Mas poderia ser que eu não estava na lista no momento.

Como disse, ocorreu em janeiro e é bem possível que você estivesse em
férias, o que não justifica a sua afirmação e muito menos a ênfase dada às
palavras "não foi discutido".

> De qualquer forma, estamos aguardando a explicação clássica para o
> fenômeno.

Volto a afirmar que a explicação não é minha e nem decorrente da minha
teoria, mas de idéias estabelecidas por Newton há quase 400 anos. Enfim,
exponho um esboço acima, sujeito a erros. Sugiro que os interessados
consultem a fonte: "Opticks or A treatise of the reflections, refractions,
inflections & colours of light" de Sir Isaac Newton.

> Luiz Lima:
> > Se voce ainda nao consegue resultados com as suas conviccoes, apenas
> > ve os indicios, nao seriam prematuras ou precipitadas as suas
> >conclusoes?

> Leandro:
> Sem dúvidas. Se há uma afirnação, ela deve ser provada. Isso
> do ponto de vista científica. Se o Alberto preferir levar suas
> hipóteses para o campo da religião aí ele pode afirmar o que quiser
> sem provar nada.

Interpreto isso como mais um "joguinho" de palavras e nesse caso vou
abster-me de comentar.

> Alberto:
> > [...] Ou eu deveria virar as costas para os quânticos, a exemplo do
> > que eles fazem comigo? Pois eles não querem discutir tais efeitos
> > sobre o das minhas hipóteses!

> Leandro:
> Coitadinho do Alberto! Acho que devemos então ter pena de você
> nesse caso! Eu de minha parte, peço desculpas se fui rude ou se não
> aplaudi suas teorias sem conhecê-las profundamente e nem ver
> ABSOLUTAMENTE nenhum resultado experimental.

Como já disse anteriormente, não sou um físico experimental e nem estou a
espera de aplausos. Espero apenas que não ignorem as minhas idéias; e que os
físicos teóricos sejam rudes sim, mas com argumentos convincentes e não
apenas com aquela idéia de que já existe uma saída (a física quântica) que
todos sabem terminar num precipício. E que não me proibam de falar em
auditórios públicos de universidades financiadas não só, mas também, com
dinheiro de meu imposto de renda.

> Leandro:
> De minha parte, digo que houve SIM uma preocupação de conhecer
> suas idéias. Digo isso que eu tenho, AINDA, dois livros comigo que
> foram escritos por você. Estou só aguardando uma explicação mais
> profunda de suas idéias. E REALMENTE expero que HAJA uma explicação
> mais profunda de sua parte. Posso não ter lido com calma suas idéias
> em seu site, mas tenho dois livros escritos pelo seu punho que suponho
> aborarem o mesmo assunto.

Grato pela consideração, mas isso não refuta o meu argumento. Quando critico
o comportamento dos quânticos estou principalmente criticando o
comportamento dos donos da ciência, aqueles que efetivamente exercem
influência grande acadêmica, infelizmente voltada, com raríssimas exceções,
para a lavagem cerebral dos jovens universitários. Não creio que você
pertença a essa "gang" e, ou muito me engano, ou esse não seria o caso de
ninguém aqui da Ciencialist.

Alberto:
> > [...] Estou apenas propondo uma teoria. Essa teoria
> > tem hipóteses falseáveis. Essa teoria faz previsões. Essa teoria
> > merece ser testada. Porque então os físicos recusam-se a testá-la?
> > Por que os físicos teóricos recusam-se a me Estariam com medo? Quem
> > está sendo imparcial?

Leandro:
> Alberto, MENTIR NÃO! Pare de se fazer de coitadinho e valorize
> suas idéias pelo brilhantismo e não por pena!

Que mal pergunte: Você já foi proibido formalmente, e sem justificativa
alguma, de expor o que pensa a uma platéia universitária? E de uma
universidade pública? E sem que a comunidade desta universidade tivesse sido
ouvida? E sem que Conselho algum dessa universidade tivesse participado por
escrito desta proibição? Você poderá dizer que estou mentindo, mas tenho
testemunhas a comprovarem esta atitude terceiro-mundista praticada por uma
universidade padrão A do Estado de São Paulo. Se ao menos tivessem me dado
um título de crackpot isso teria me deixado bem mais satisfeito. Pois taxar
oficialmente alguém de crackpot revela a disposição de se assumir a
responsabilidade pelo julgamento. Mas... existe algum físico nestas
universidades padrão A não tão medíocre para assumir essa postura? Que então
apareça! E que não seja apenas para dizer que "não nasceu um brasileiro em
condições de negar Einstein", como ouvi de um "respeitável" papagaio culto
brasileiro de uma das universidades padrão A do Rio de Janeiro.

> Leandro:
> Suas idéias foram não só discutidas, aos quais incluo boas explicações
> dadas por Belisário e Borges (até excluo a minha devido ao que somente
> as explicações deles bastariam para um julgo imparcial).

Pois é, e este é o único "forum público" (a exceção de meu local de
trabalho, onde não existe o curso de Física e onde também, por motivos que
exporei na próxima mensagem, não pretendo transformá-lo em quartel general
de minhas idéias) onde me é dada a chance de participar. Pelo menos até o
dia em que o Brudna me expulsar daqui ;-)). Mas isso, como disse acima, não
refuta meu argumento. Afinal, isso aqui é quase uma reunião extra-oficial de
amigos e/ou devotada ao que costumo chamar como um forum para discussões
entre "inimigos íntimos" (no bom sentido, ou seja, inimigos no sentido
ideológico e não pessoal). No que me consta, as universidades ainda não
aceitam a Ciencialist (e creio mesmo que nenhuma outra lista) como um forum
oficial. Um debate aqui, do ponto de vista acadêmico não é equivalente a um
seminário. Ou seja, estamos aqui discutindo como poderíamos estar fazendo o
mesmo numa roda de pizza. Agradeço muito a paciencia de vocês, do Belisário,
do Brudna, do Léo, do Borges, do Eduardo, do Sergio Taborda, do Neville, de
você e de tantos outros. Essa experiência por que estou passando tem sido
muito útil até mesmo para estimular o desenvolvimento de minhas idéias.
Muitos artigos que escrevi recentemente foram feitos sob o clima do estímulo
promovido em nossas discussões. Logo, quando digo que os quânticos viram-me
as costas, não estou me referindo especificamente a ninguém aqui da
Ciencialist, ainda que vez ou outra noto que vocês estão interessados não
nas minhas idéias mas em como eu conseguiria explicar, com minha teoria,
aquilo que, na versão de vocês, "somente a física moderna seria capaz de
explicar". E o pior é que vocês querem que eu explique um fenômeno através
da minha teoria não utilizando-me das minhas hipóteses, mas mantendo
intactas as hipóteses em que acreditam. Ora, que raios de lógica é essa? Se
vocês não querem aceitar as minhas hipótese, "nem mesmo por hipótese", não
há mais nada o que dizer a não ser: Cessa tudo o que a antiga musa canta que
um dogma mais alto se alevanta."

> Qualquer um da lista TAMBÉM pode procurar no "search" da
> ciencialist por:

Continuarei oportunamente (4a parte) a partir desse ponto.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Café Expresso.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/10/2001 20:28

Lave a colher na próxima oportunidade ... a gordura (ou o sabão na superfície da colher) está produzindo esse efeito.
[]'
Léo
============
-----Mensagem Original-----
De: "Gandalf The Grey" <physics@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: domingo, 7 de outubro de 2001 00:41
Assunto: [ciencialist] Café Expresso.


| Quando se toma um café expresso com aquela camada de espuma pode-se observer
| um efeito interessante.
|
| Quando se coloca a colher, a espuma se afasta em direção às bordas...
|
| E quando se retira a colher a espuma volta a cobrir toda a superfície do
| café.
|
| Alguém poderia me explicar por que?
|
|
| &&& --- &&&
| VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
| http://www.ciencialist.hpg.com.br
| Para sair da lista envie um mail para
| ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
| &&& --- &&&
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| Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
|
|



SUBJECT: Re: [ciencialist] Base de Alcantara
FROM: "Antonio" <a_ferrao@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/10/2001 20:51

Caros colegas,

O que mais me chama a atenção é a "falta de malícia" do povo Brasileiro em
torno deste assunto.
A História mostra inúmeros povos que foram derrotados, exterminados ou
escravizados devido à falta de malícia do povo ou de seus governantes. A
História é contada pelos vencedores, que se tornam os heróis. Os perdedores
não podem nem mesmo contarem a sua versão da História. Estariam mortos ou
dominados.
A Alemanha nazista ganhou terreno na Europa devido à falta de malícia dos
europeus, principalmente Franceses.
Essa tendência de se evitar a dor de uma guerra com uma grande dose de falso
otimismo é muito antiga. Vocês conhecem a história do Cavalo de Tróia?
Tomara que eu esteja errado, mas quem poderia garantir que os americanos não
estejam tentando reproduzir o mesmo truque na "porta da Amazônia"?
Depois que eles puserem os seus pés em nosso território, que irá mandar eles
saírem? As nossas "Fraquezas Armadas"? :-)
As nossas Forças Armadas são muito simplórias. Elas já não dão a devida
proteção àquela área. Mesmo a nossa Força Aérea evita patrulhar aquela área
alegando que o clima úmido iria corroer as aeronaves e seus caríssimos
equipamentos.
Seria bom que o mundo fosse perfeito e que os EUA fossem bonzinhos.
Certamente, o governo e exército norte-americanos não seriam tão simplórios
como o nosso. E, de fato, não foram neste acordo. Este acordo é
flagrantemente unilateral, protegendo demasiadamente os interesses
norte-americanos e ferindo fortemente a soberania nacional brasileira.
Talvez, esta falta de malícia Brasileira se deva ao fato de que o Brasil
teve pouquíssimas guerras em sua História. Se não me engano, a última guerra
séria, envolvendo a soberania brasileira, foi a Guerra do Paraguai,
patrocinada pela Inglaterra, que na época assumia o papel de "Dona do
Mundo", papel atualmente interpretado pelos EUA. Hoje, a Inglaterra é a
"Vice-Dona do Mundo".

Além disso, o Brasil foi formado em grande parte por povos fugitivos de
grandes guerras. Talvez, esta covardia evasiva e tolerante aos "prováveis
futuros inimigos" esteja em nossos genes. A História mostra que, o futuro de
um povo assim é a morte.

- Viva o desarmamento !
- Mas, ... Apenas do Brasil? Cadê o resto ?!?... :-(

Outro agravante é que a opinião pública brasileira imagina que os americanos
admiram e respeitam o Brasil como nós admiramos e respeitamos os EUA. É um
grande engano: Os Americanos, de um modo geral, nem sabem que os Brasileiros
existem. Se explodirem uma bomba atômica em São Paulo, muitos americanos
iriam perguntar: Quantos macacos da selva amazônica morreram? A capital do
Brasil, Buenos Aires, foi afetada? ;-)
O pobre de nosso povo jamais imaginaria que os EUA, donos de Hollywood,
Disney, NASA, e tantas outras coisas coloridas, bonitas e importantes,
fossem fazer algum mal para nós ... Somos vítimas da propaganda Americana.

O acordo de Alcântara reflete claramente a política "entreguista" do FHC e
seus ministros. Não seria o bastante vender o Brasil inteiro, na forma de
privatizações, acordos com o FMI, etc... É preciso "passar a escritura",
ainda antes de terminar o seu mandato! Parece-me claro que a CIA esteja
envolvida nisso...

> >> Desde os tempos da morte de Getúlio era muito claro na cabeça das
pessoas
> >> uma suposta conspiração ianque contra nosso país. Para muitas pessoas
da
> >> época, os americanos teriam assassinado o então presidente.
> >>

Getúlio teve bons e maus momentos em seu governo. Entretanto, ele não era um
presidente entreguista, covarde como o FHC. Ele jamais leiloaria o Brasil,
como fez FHC. Pelo contrário, por meio de negociações, ele "tirou proveito
de uma situação" e adquiriu boa parte das indústrias siderúrgicas
brasileiras, elevando o Brasil ao título de "Nação Industrializada", que na
época era privilégio de poucas nações ricas.
Se Getúlio estivesse vivo e no governo, talvez o Brasil estivesse negociando
com os EUA para que os foguetes brasileiros fossem lançados da base
americana em Cabo Canaveral e não o contrário ! ;-)
Não sei se sua morte foi uma "entrega" do Getúlio, um suicídio. Talvez ele
tenha mesmo sido assassinado pelos americanos ...
Por outro lado, o mundo havia mudado recentemente e ele talvez estivesse
querendo abrir espaço para um Brasil democrático, tirando o seu time de
campo ... Não sei, ninguém sabe ou vai saber ...

> >> Quando se pensa na Amazônia, então, muitos são os boatos de que os
> >> norte-americanos estariam estudando tornar nossa floresta um território
> de
> >> domínio internacional. Porém, nunca nada disso havia tomado forma
> >concreta,
> >> não passava de boatos paranóicos.
> >>
> >> A diferença é que agora não é boato, é FATO.

Os Americanos já estiveram em Fernando de Noronha e saíram de lá por mera
falta de interesse.
No século XX, a Amazônia não foi ameaçada por não ser interessante. O solo é
frágil para a agricultura e grande parte dos minérios foram descobertos nos
últimos 30 anos.
Agora, a Amazônia chama a atenção por ser a maior reserva de biodiversidade
do planeta. Com a evolução da Engenharia Genética nesta virada de século, a
Amazônia tornou-se tão importante para os EUA, quanto era a região do Canal
do Panamá na virada do século XIX para o XX. Vocês sabem o que aconteceu?
Bem, a Colômbia ERA um país que ia até a metade da América Central...
Hoje em dia, a Amazônia é estratégica.

> >> O Ministro de Estado da
> >> Ciência e Tecnologia, Ronaldo Sardenberg, assinou este "acordo",
> >> representando o Brasil. Então a coisa está valendo. Para que se tenha
> >> ideia
> >> do absurdo que tal documento representa
> >> para a soberania nacional, basta observar algumas das obrigações
> >> brasileiras.

Este ministro acredita que a Ciência e Tecnologia Brasileira é um sucesso.
Tenho que dizer mais alguma coisa?


[]'s
Antonio





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A relatividade geral viola a conservaçao de energia ?
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/10/2001 22:00



"Sérgio M. M: Taborda" wrote:
>
> --- In ciencialist@y..., rmichelsr <kerkshomaq@y...> wrote:
> > Se segundo a relatividade geral a gravidade é
> > interpretada como uma deformaçao da geometria do
> > espaço-tempo(e portanto não portando energia),
>
> Em lado nenhum é intrepretada como energia.
> Sempre é modelada por um Campo. O Campo Gravitico.
> E este Campo é que contêm energia. Energia Potêncial
>
> > corpos
> > que sao acelerados ou desacelerados por um campo
> > gravitacional não violariam o principio da conservacão
> > de energia ?
>
> Não.
>
> E = T + V
> T -> Energia Cinética
> V -> Energia Potêncial
>
> A energia total E do sistema, campo+ corpo é connstante.
> Quanto o corpo acelera, T aumenta e V diminui, e quando o
> corpo "trava" T diminui e V aumenta.
>
> O Principio da Conservação da Energia [Total] mantém-se
> (aliás, caso contrário, seria um sacrilégio ou uma heresia)
>
> Cumprimentos,
>
> Sérgio
>

Oi,

eu peguei essa mensagem no meio e não sei exatamente a gue ela se
refere mas posso afirmar sem medo de errar que, em relatividade geral, a
energia do sistema não é conservada em geral. Um exemplo é o próprio
Universo, na época em que ele era dominado pela radiação, a densidade de
energia caía com o inverso da quarta potência do raio do Universo (não
exatamente o raio mas não vem ao caso agora). A energia total, se obtem
integrando (com algumas correções geométricas) a densidade no volume
(que aumenta com o cubo do raio), portanto, a energia total dimunui com
o tempo. Há vários casos semelhantes em relatividade geral. O que se
conserva nesta teoria é o tensor de energia momento (sua derivada
covariante é nula), a energia, ou melhor a densidade de energia, é
apenas uma componente desse tensor.

um abraço, Eduardo.


SUBJECT: Re: A relatividade geral viola a conservaçao de energia ?
FROM: "Sérgio M. M: Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/10/2001 22:12


> (...)
> > O Principio da Conservação da Energia [Total] mantém-se
> > (aliás, caso contrário, seria um sacrilégio ou uma heresia)
> >
>
> Sem querer ser chato

Nunca é, disponha sempre.:)

>, mas, se fosse o contrário, não seria sacrilégio ou
> heresia, mas apenas uma teoria diferente.

Em teoria seria assim. Na prática não o é.
Eu sei que não é pq já vi acontecer.

> Sacrilégios e heresias são para
> dogmas, e queremos livrar a ciência deles, certo? :)

Certo. Tu, eu, tlv todos os da lista...tlv até todos os cientistas do
mundo...mas esperimenta lá defender algo que viole aquele principio e
logo vês o que te acontece.
Algo assim tipo como acontece ao Alberto, mas mil vezes pior.

Falas de dogmas...eu não pretendia ir tão longe. Mas aquele principio
é isso mesmo, um PRINCIPIO. De algum lado temos que começar. Alguma
coisa temos que aceitar sem prova.
Aquele principio é um axioma da física.Um dogma no bom sentido (um
pilar de referencia)
A diferença é que é um dogma, mas um dogma racional.
Algo que qq pessoa de bom senso aceita (se lhe for bem explicado)
E por isso, não é por autoridade que o Principio da Conservação da
Energia permanece, mas por sua solidez racional.
E como não foi possivel a ninguem pensar de forma diferente, tal que
contrariasse o principio,ele ainda é usado. O que é diferente de ele
ainda ser verdade. Eu sei que tu sabes isto, mas nunca é demais
sublinhar.

MAS, tlv se perguntares à nova geração de estudantes vais descobrir
que eles tendem a assumir estes Principios como Verdades Absolutas (
e aos seus redactores como santos e/ou deuses. Claro que sempre o
negarão e muitos se dirão ateus). Que lhe são incutidos na juventude.
E isto torna tudo muito dificil.
E o processo não é em nada diferente do que é usado para convencer
alguem dentro de uma religião. E é facil ser-se fanático em ciencia
tanto como em religião.
Sim, tb temos Talibãs na Ciencia...
E somos nós proprios cada vez que fazemos uma afirmação com base no
que "se aceita NORMALMENTE como hipotese" dizendo que isso é "Sempre
Verdade"
QQ pessoa que disser o contrário é vista com maus olhos, e expulsa da
sociedade em causa. E se a pessoa resiste..Trava-se uma Jiahd , uma
guerra "santa" em nome do deus que ha-lá na "lei" cientifica.

Pelo que vi,em todos os grupos de ciencia que participei ao longo
destes ultimos anos, e na minha própria faculdade, esta teoria
verifica-se. E só existe uma coisa que nos pode salvar: a explicação
rigorosa, do ponto de vista histórico de todos os Ses e Nãos que
os "cientistas famosos" tiveram que fazer ,para chegar onde chegaram.
Ses e não Sins. Aqui são tudo hipoteses, e só a negação tem
fundamento de Verdade.

Eu gostaria que não houvesse dogmas, mas ha.
E pior que isso, 90% das pessoas , não sabe. Ou não quer saber.


Cumprimentos,

Sérgio




SUBJECT: Re: A relatividade geral viola a conservaçao de energia ?
FROM: "Sérgio M. M: Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/10/2001 22:44


> > > corpos
> > > que sao acelerados ou desacelerados por um campo
> > > gravitacional não violariam o principio da conservacão
> > > de energia ?
> >
> > Não.
> >
> > E = T + V
> > T -> Energia Cinética
> > V -> Energia Potêncial
> >
> > A energia total E do sistema, campo+ corpo é connstante.
> > Quanto o corpo acelera, T aumenta e V diminui, e quando o
> > corpo "trava" T diminui e V aumenta.
> >
> > O Principio da Conservação da Energia [Total] mantém-se
> > (aliás, caso contrário, seria um sacrilégio ou uma heresia)
>
> Oi,
>
> eu peguei essa mensagem no meio e não sei exatamente a gue
ela se
> refere mas posso afirmar sem medo de errar que, em relatividade
geral, a
> energia do sistema não é conservada em geral.


A pergunta era : "corpos que sao acelerados ou desacelerados por um
campo gravitacional não violariam o principio da conservacão de
energia"

>Um exemplo é o próprio Universo,

O Universo não é um corpo.
E já agora, qual seria o sistema aqui ? Tudo ?

>na época em que ele era dominado pela radiação, a densidade de
> energia caía com o inverso da quarta potência do raio do Universo
(não
> exatamente o raio mas não vem ao caso agora).

Falta a parte "Supostamente e até prova em contrário, a maioria
aceita que..."

A energia total, se obtem
> integrando (com algumas correções geométricas) a densidade no volume
> (que aumenta com o cubo do raio), portanto, a energia total dimunui
com
> o tempo.

Humm..interessante...portanto, segundo esta teoria, a energia do
universo está a diminuir. E consequentemente , tb a sua massa.
Será que e´por isso que tou mais magro? :)

Mas pergunta é: Se está a diminuir, para onde vai o que "sobra" ?
A Termodinâmica diz, que ela têm que ir para algum lado (caso o
sistema seja não isolado) ou que isso não pode acontecer (caso o
sistema seja isolado)

Ora o Universo é por definição isolado, já que supostamente, não ha
nada fora dele.Nem energia. Donde, segundo esta teoria, a diminuição
não pode acontecer.(Principio da Conservação da Energia)
Deixo à escolha do cliente preferir a Termodinâmica, ou a
Relatividade Geral aplicada a essa entidade chamada de "universo"




>Há vários casos semelhantes em relatividade geral.

Gostaria que citasses outro mais "prático". Tlv um de encontro ao que
foi pedido: Um corpo no campo gravitico. Imaginemos um planeta, ou
uma nave espacial. Por exemplo...

>O que se
> conserva nesta teoria é o tensor de energia momento (sua derivada
> covariante é nula),

Bom, isso advêm de dois principios fundamentais; o da Conservação do
Momento e o da Conservação da Energia.
Sendo que o tensor reune os dois numa "entidade só" é normal que ele
se conserve tb.

Donde, não ha violação de Nenhum principio.

Cumprimentos,

Sérgio




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A relatividade geral viola a conservaçao de energia ?
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/10/2001 01:50


> > Oi,
> >
> > eu peguei essa mensagem no meio e não sei exatamente a gue
> ela se
> > refere mas posso afirmar sem medo de errar que, em relatividade
> geral, a
> > energia do sistema não é conservada em geral.
>
> A pergunta era : "corpos que sao acelerados ou desacelerados por um
> campo gravitacional não violariam o principio da conservacão de
> energia"
>
> >Um exemplo é o próprio Universo,
>
> O Universo não é um corpo.
> E já agora, qual seria o sistema aqui ? Tudo ?
>
> >na época em que ele era dominado pela radiação, a densidade de
> > energia caía com o inverso da quarta potência do raio do Universo
> (não
> > exatamente o raio mas não vem ao caso agora).
>
> Falta a parte "Supostamente e até prova em contrário, a maioria
> aceita que..."
>
> A energia total, se obtem
> > integrando (com algumas correções geométricas) a densidade no volume
> > (que aumenta com o cubo do raio), portanto, a energia total dimunui
> com
> > o tempo.
>
> Humm..interessante...portanto, segundo esta teoria, a energia do
> universo está a diminuir. E consequentemente , tb a sua massa.
> Será que e´por isso que tou mais magro? :)
>
> Mas pergunta é: Se está a diminuir, para onde vai o que "sobra" ?
> A Termodinâmica diz, que ela têm que ir para algum lado (caso o
> sistema seja não isolado) ou que isso não pode acontecer (caso o
> sistema seja isolado)
>
> Ora o Universo é por definição isolado, já que supostamente, não ha
> nada fora dele.Nem energia. Donde, segundo esta teoria, a diminuição
> não pode acontecer.(Principio da Conservação da Energia)
> Deixo à escolha do cliente preferir a Termodinâmica, ou a
> Relatividade Geral aplicada a essa entidade chamada de "universo"
>
> >Há vários casos semelhantes em relatividade geral.
>
> Gostaria que citasses outro mais "prático". Tlv um de encontro ao que
> foi pedido: Um corpo no campo gravitico. Imaginemos um planeta, ou
> uma nave espacial. Por exemplo...
>
> >O que se
> > conserva nesta teoria é o tensor de energia momento (sua derivada
> > covariante é nula),
>
> Bom, isso advêm de dois principios fundamentais; o da Conservação do
> Momento e o da Conservação da Energia.
> Sendo que o tensor reune os dois numa "entidade só" é normal que ele
> se conserve tb.
>
> Donde, não ha violação de Nenhum principio.
>
> Cumprimentos,
>
> Sérgio
>

Bem, vamos por partes:

Primeiro, eu estou me referindo a TEORIA da relatividade geral na qual
a energia não necessariamente se conserva, se isso acontece ou não
experimentalmente será suficiente para testar a veracidade da teoria.

Se vc considerar um par de corpos interagindo gravitacionalmente, e não
apenas uma partícula de teste em uma campo gravitacional fixado por
outra massa, verá que, segundo a relatividade geral, parte da energia
mecânica dos corpos se perde em forma de radiação. Eu precisaria
consultar algumas bibliografias para afirmar com certeza se a energia
total do sistema, i.e., considerando a energia da radiação, muda mas
creio que sim, depois tento confirmar.

O fato de, em RG, não haver conservação de energia não cria um problema
maior para a teoria. O que eu falei sobre cosmologia, vale para vários
sistemas onde o campo gravitacional não é estacionário, ou seja, varia
explicitamente com o tempo. Sobre o tensor de energia momento, a questão
é que a sua derivada covariante (tipo de derivação que se deve fazer com
vetores e tensores) é nula, ou seja, o somatório das derivadas
covariantes de suas componentes se anula o que não significa que cada
uma de suas componentes se anula. É como dizer que o módulo da
velocidade de uma partícula em movimento circular é constante mas a
velocidade varia já que as suas componentes variam com o tempo.

Sobre o Universo, atualmente vivemos (acredita-se) na era dominada pela
matéria, neste caso a energia total do universo se conserva em média (a
menos de flutuações) entretanto, se a hipótese de que o universo esteja
acelerado for verdade e sendo essa aceleração causada pela energia do
vácuo, teríamos um universo com energia crescente, ou seja, a energia do
universo tenderia a crescer infinitamente em um futuro distante mas a
derivada covariante do tensor de energia momento seria nula (o que,
pensando de maneira simplificada, equivale a dizer que a soma de suas
componentes calibrada de maneira coerente com a geometria do espaço
tempo seria constante).

Se vc estiver duvidando do que eu falo, basta consultar algum professor
de física especialista em Rel. Geral ou mesmo procurar alguns livros do
assunto e confirmar.

[]'s Eduardo


SUBJECT: A guerra dos sexos
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Genismo <Genismo@yahoogroups.com>, CienciaList <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, excalibot <excalibur-ot@yahoogroups.com>
DATE: 08/10/2001 08:10

A guerra dos sexos
DRAUZIO VARELLA

Folha de São Paulo, 6 de outubro de 2001.

Se você pensa que seus genes resultam de uma combinação
idílica entre os genes de seus pais, está enganado. Pode
ter havido amor no ato da concepção, mas, na formação de
seu patrimônio genético, não. Os genes que vieram de seus
pais disputaram acirradamente para assumir posições de
destaque na codificação dos mais insignificantes detalhes
do futuro organismo: do gene que codifica a proteína
castanha da cor dos seus olhos ao que regula as
características da produção de insulina pelo pâncreas, os
genes mais aptos silenciaram a voz do progenitor mais
fraco.

A genética clássica imaginava que no embrião os genes
maternos e paternos se dispunham aos pares,
ordenadamente, para bem orquestrar o desenvolvimento do
novo organismo. As características finais dos filhos
seriam determinadas pelo arranjo organizado desses genes:
viessem do pai ou da mãe, as propriedades seriam
exatamente as mesmas.

De fato, tanto faz, para o filho, se o pai tem olhos
castanhos e a mãe os tem azuis, ou vice-versa: genes para
olhos castanhos são sempre dominantes. Quando formam um
par com os que codificam cor azul, impõem sua
característica -seja ela de origem paterna ou materna.

Esse dogma da genética clássica foi abalado nos anos 90.
Quando se trata da fecundação, a relação entre os sexos
dos pais pode ser tudo, menos pacífica. Os genes
masculinos e femininos que se juntam no embrião não
constituem simplesmente a semente da vida, eles são a
essência dela. Para ilustrar essa verdade universal, o
biólogo inglês Richard Dawkins disse que uma galinha é a
melhor forma que o ovo encontrou para fazer outro ovo.

Como o espermatozóide e o óvulo carregam apenas metade
dos genes necessários para a criação do novo ser, cada
característica do futuro indivíduo será controlada por um
gene que veio do pai e por outro que veio da mãe. A
dominância que se estabelecerá entre os componentes do
par terá como objetivo último proporcionar ao embrião a
maior chance possível de permanecer vivo até a maturidade
sexual, quando finalmente terá a oportunidade de
transmitir às gerações futuras os genes recebidos de seus
ancestrais. Como regra, genes apáticos, que não souberam
se impor à vontade dos genes do cônjuge, tendem a
desaparecer do repertório genético da espécie. Os genes
que chegaram até nós só o fizeram porque elaboraram
estratégias eficazes para dominar os que foram herdados
do sexo oposto.

Como os genes são moléculas de determinada estrutura
química, o embrião em desenvolvimento é o campo de
batalha de uma guerra molecular na disputa de posições
privilegiadas no genoma que está sendo criado.

No calor da luta, os genes maternos tentam silenciar os
paternos e vice-versa por meio de mecanismos bioquímicos
pouco conhecidos, mas muito estudados nos últimos anos.
Veja o caso dos genes que controlam o crescimento fetal:
a intenção dos genes da mãe é manter o crescimento do
feto dentro de determinados limites, para evitar
problemas de parto e consumo excessivo de energia,
afinal, quanto maior o filhote, mais energia a mãe terá
de investir na sua gestação. O interesse dos genes
masculinos é oposto: quanto maior o feto ao nascer, maior
a probabilidade de sobrevivência e propagação das
características paternas.

A existência de interesses sexuais conflitantes em
relação ao tamanho do embrião está bem documentada em
animais e plantas. Mas é nos mamíferos que ela se
estabelece de maneira mais nítida, porque neles o feto
parasita o organismo materno por longo período de tempo.
O interesse evolucionista do macho é fecundar o maior
número de fêmeas que puder e conseguir que elas invistam
o máximo de energia na gravidez para garantir filhotes
mais fortes. O da fêmea é controlar o crescimento fetal e
poupar energia para futuras concepções (quem sabe em
parceria com outros machos para gerar prole com maior
diversidade genética).

O fenômeno descrito acima, segundo o qual um gene
silencia o do sexo oposto, é chamado de "imprinting". Em
ratos, ele foi demonstrado com elegância por um grupo da
Universidade de Princeton: fêmeas monogâmicas acasaladas
com machos poligâmicos deram à luz recém-nascidos que
pesavam mais do que 20 gramas. O acasalamento inverso,
fêmeas poligâmicas com machos monogâmicos, geraram
filhotes com dez gramas ao nascer.

Conclusão: quanto maior a oferta de espermatozóides
diferentes geneticamente, mais ferozes se tornam os genes
femininos para silenciar os masculinos no controle do
tamanho do feto e garantir menor investimento energético
em cada gravidez.

Charles Darwin foi o primeiro a imaginar que qualquer
comportamento repetido com regularidade por uma espécie
tivesse sua lógica baseada na dinâmica da seleção
natural. O exemplo mais óbvio é a atração que os animais
sentem pelo sexo oposto. Na síntese que fez dos
pensamentos de Darwin, Theodosius Dobzhansky, um dos
maiores geneticistas do século 20, percebeu que qualquer
fenômeno biológico, para ser entendido, precisa ser
analisado à luz da seleção natural -ou não terá sentido
algum. O que nenhum dos dois cientistas imaginou foi que
a seleção natural fosse um acontecimento que se iniciasse
tão precocemente na vida de cada organismo, com a disputa
acirrada entre os genes maternos e paternos
egoisticamente empenhados em adquirir posição de destaque
para garantir sobrevivência nas gerações futuras.







SUBJECT: Café Expresso - pode concorrer ao IGnobel
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/10/2001 09:58


"Quando se toma um café expresso com aquela camada de espuma pode-se observar um efeito interessante....."

Lave a colher na próxima oportunidade ... a gordura (ou o sabão na superfície da colher) está produzindo esse efeito.
[]'
Léo
============
05/10/2001 - 18h23
Sai lista de vencedores
do IgNobel 2001, o
'Nobel ao contrário'

da Folha Online

O médico Peter Barsse descobriu que cocos
causam 2,5% de todas as entradas por trauma
no hospital de Papua Nova Guiné. A fruta,
quando em queda livre de um coqueiro de 35
metros, pode chegar ao chão como se pesasse
uma tonelada.

Já o inventor Buck Weimer encontrou uma
maneira de aprisionar fratulências em uma
cueca e então passar o gás por um filtro
desodorizador feito de camadas de feltro, tecido
e carvão vegetal. Ele vende seu produto desde
março, com o slogan "Vista-as pelos que você
ama".

Tanto Barsse quanto Weimer têm algo em
comum: ambos receberam ontem o IgNobel
2001 (www.ignobel.org), prêmio "contrário" ao
Nobel, que contempla pesquisas e ações que
"não podem ou não devem ser reproduzidas", de
acordo com a própria organização.

O IgNobel deste ano também foi concedido para
o advogado australiano John Keogh, que
requisitou uma patente para um "aparelho
circular de facilitação do transporte", também
conhecido como roda. Ele provou com isso que
o processo de obtenção de patentes por
inovação na Austrália era muito fácil.

Confira a lista dos vencedores de 2001:

Medicina
Peter Barsse, da Universidade McGill (Canadá),
pelo estudo "Ferimentos causados pela queda
de cocos", publicado em 1984 no "Jornal de
Trauma".

Física
David Schmidt, da Universidade de
Massachusetts (EUA), por descobrir por que a
cortina do boxe dobra-se para dentro.

Biologia
Buck Weimer, de Pueblo, Colorado (EUA), por
criar uma cueca que elimina o odor de
flatulências.

Economia
Joel Slemrod, da Escola de Negócios da
Universidade de Michigan (EUA), e Wojciech
Kopczuk, da Universidade de British Columbia
(EUA), pelo estudo "Morrendo para evitar
impostos: evidências das declarações de
imposto de propriedade sobre a elasticidade da
morte", publicado no jornal da Agência Nacional
de Pesquisa Econômica, em 2001. Segundo
eles, as pessoas encontram um jeito de adiar
suas mortes se isso fizer com que paguem um
imposto de herança menor.

Literatura
John Richards, de Boston (Inglaterra), fundador
da Sociedade de Proteção do Apóstrofo, por
seus esforços para proteger, promover e
defender as diferenças entre plural e possessivo
na língua inglesa.

Psicologia
Lawrence W. Sherman, da Universidade Miami,
em Ohio (EUA), com "Um estudo ecológico de
alegria em grupos de crianças na pré-escola",
publicado no periódico "Desenvolvimento
Infantil", em 1975.

Astrofísica
Jack van Impe, de Michigan (EUA), que
descobriu que os buracos negros possuem
todos os requisitos técnicos para serem a
localização do inferno. Ele divulgou a
descoberta em seu programa evangélico de TV
"Jack Van Impe Apresenta", em 2001.

Paz
Viliumas Malinauskus, de Grutas (Lituânia),
pela criação do parque de diversões temático "O
Mundo de Stalin".

Tecnologia
Dividido entre John Keogh, de Hawthorn
(Austrália), e o Escritório de Patentes
Australiano, pelo registro da roda em 2001, com
o número 2001100012.

Saúde pública
Para Chittaranjan Andreade e B.S. Sriharim, de
Bagalore (Índia), pelo estudo "Uma pesquisa
preliminar da rinotilexomania entre uma amostra
de adolescentes", publicado no "Jornal de
Psiquiatria Clínica", em 2001. Rinotilexomania é
um neologismo para o ato de tirar secreções do
nariz.

Com informações da "New Scientist"
(www.newscientist.com).

[]'
Léo
==================================



SUBJECT: Re: [ciencialist] Base de Alcantara
FROM: "Alexandre S. M." <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/10/2001 10:11

As missões de patrulha são constantes na região.
E esta previsto um aumento considerável com os jatos do SIVAM.

SDS,

ASM


> Mesmo a nossa Força Aérea evita patrulhar aquela área
> alegando que o clima úmido iria corroer as aeronaves e seus caríssimos
> equipamentos.




SUBJECT: Re: A relatividade geral viola a conservaçao de energia ?
FROM: "Sérgio M. M: Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/10/2001 12:40

--Eduardo Gueron <dgueron@m...> wrote:


> Bem, vamos por partes:
>
> Primeiro, eu estou me referindo a TEORIA da relatividade
geral na qual
> a energia não necessariamente se conserva, se isso acontece ou não
> experimentalmente será suficiente para testar a veracidade da
teoria.

Por isso pedi que citasses um caso mais simples que o Universo para
que podessemos fazer esse teste.

> Se vc considerar um par de corpos interagindo
gravitacionalmente, e não
> apenas uma partícula de teste em uma campo gravitacional fixado por
> outra massa, verá que, segundo a relatividade geral, parte da
energia
> mecânica dos corpos se perde em forma de radiação.

Então a energia vai para algum lado, e o principio de conservação
mantém-se.

>Eu precisaria
> consultar algumas bibliografias para afirmar com certeza se a
energia
> total do sistema, i.e., considerando a energia da radiação, muda mas
> creio que sim, depois tento confirmar.

Ok. Estarei à espera.

> O fato de, em RG, não haver conservação de energia não cria
um problema
> maior para a teoria.

Concerteza que não ?

>O que eu falei sobre cosmologia, vale para vários
> sistemas onde o campo gravitacional não é estacionário, ou seja,
varia
> explicitamente com o tempo.

Bom, pelo que percebi falava-se de um campo estacionário.

Sobre o tensor de energia momento, a questão
> é que a sua derivada covariante (tipo de derivação que se deve
fazer com
> vetores e tensores) é nula, ou seja, o somatório das derivadas
> covariantes de suas componentes se anula o que não significa que
cada
> uma de suas componentes se anula. É como dizer que o módulo da
> velocidade de uma partícula em movimento circular é constante mas a
> velocidade varia já que as suas componentes variam com o tempo.

O Tensor Energia Momento , reflete a energia Cinética + Momento.
Ou a energia Total + Momento ?

> Sobre o Universo, atualmente vivemos (acredita-se) na era
dominada pela
> matéria, neste caso a energia total do universo se conserva em
média (a
> menos de flutuações) entretanto, se a hipótese de que o universo
esteja
> acelerado for verdade e sendo essa aceleração causada pela energia
do
> vácuo, teríamos um universo com energia crescente, ou seja, a
energia do
> universo tenderia a crescer infinitamente em um futuro distante mas
a
> derivada covariante do tensor de energia momento seria nula (o que,
> pensando de maneira simplificada, equivale a dizer que a soma de
suas
> componentes calibrada de maneira coerente com a geometria do espaço
> tempo seria constante).


Então, estás a dizer que a "expanção" do universo está intimameente
ligada à variação crescente da energia. Se estás, então, mais uma vez
estás a aplicar o principio da conservação.

> Se vc estiver duvidando do que eu falo (...)

Não, não estou duvidando do que dizes.
Apenas que seja verdade que a Relatividade viole o principio da
conservação da Energia.
E será sempre a energia Total , quer seja ela Mecânica ou mais alguma
coisa.

E já agora,não é por estar escrito ou por algum professor dizer, que
é verdade. É verdade se for comprovado. Se dissesses "consulta os
dados tais do grupo tal" ai sim seria um argumento.

Mas não será necessário. Apenas saber se a energia de radiação +
energia de interacção é constante.

Por outro lado, se a energia não é constante, quanto vale a sua
derivada ?


Cumprimentos

Sérgio





SUBJECT: Ig Nobel
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: excalibot <excalibur-ot@yahoogroups.com>, CienciaList <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/10/2001 17:57

Os laureados de 2001

Sete dos 10 contemplados com o Ig Nobel 2001 compareceram
ao Sanders Theatre em 4 de outubro para receber o prêmio
sob a chuva de aviõezinhos de papel de praxe. O mestre de
cerimônias Marc Abrahams (editor da revista Annals of
Improbable Research) encerrou a cerimônia de gala com sua
despedida tradicional: "Se você não ganhou um Ig Nobel
esta noite -- e sobretudo se você ganhou --, melhor sorte
no ano que vem". Confira abaixo o nome dos contemplados:

MEDICINA -- Peter Barss, da Universidade de McGill
(Canadá), por seu impactante relatório médico "Ferimentos
devidos à queda de cocos". Publicado no The Journal of
Trauma em 1984.

FÍSICA -- David Schmidt, da Universidade de Massachusetts
(EUA), por sua solução parcial para a questão de por que
as cortinas de banheiro se enrolam para dentro do boxe.

BIOLOGIA -- Buck Weimer, de Pueblo (EUA), pela invenção
do Under-Ease -- roupa de baixo estanque com um filtro
substituível de carvão que remove gases malcheirosos
antes que escapem.

ECONOMIA -- Joel Slemrod, da Business School da
Universidade de Michigan (EUA), e Wojciech Kopczuk, da
Universidade da Colúmbia Britânica (Canadá), por
concluírem que as pessoas encontram meios de adiar sua
morte quando isso as enquadra em uma alíquota mais baixa
do imposto sobre a herança.

LITERATURA -- John Richards, de Boston (Inglaterra),
fundador da Sociedade para a Proteção da Apóstrofe, por
seus esforços para proteger, promover e defender as
diferenças entre o plural e o possessivo (que, em alguns
casos da língua inglesa, se diferenciam pelo uso da
apóstrofe ao fim da palavra).

PSICOLOGIA -- Lawrence W. Sherman, da Universidade de
Miami (Ohio/EUA), por seu influente relatório de
pesquisa "Um estudo ecológico do júbilo em pequenos
grupos de crianças em idade pré-escolar", publicado em
Child Development em 1975.

ASTROFÍSICA -- Dr. Jack e Rexella Van Impe, do Jack Van
Impe Ministries (EUA), por sua descoberta de que buracos
negros preenchem todos os requisitos técnicos para serem
a localização do Inferno.

PAZ -- Viliumas Malinauskus, de Grutas (Lituânia), por
ter criado o parque de diversões temático conhecido
como "O mundo de Stálin".

TECNOLOGIA -- Dividido entre John Keogh, de Hawthorn
(Austrália), por ter patenteado a roda em 2001, e o
Escritório Australiano de Patentes, por ter lhe concedido
a Patente de Inovação de número 2001100012.

SAÚDE PÚBLICA -- Chittaranjan Andrade e B.S. Srihari, do
Instituto Nacional de Saúde Mental e Neurociências
(Bangalore/Índia), por sua penetrante descoberta médica
de que coçar o nariz é uma atividade comum entre
adolescentes.

Bernardo Esteves
Ciência Hoje on-line
05/10/01





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Base de Alcantara
FROM: Felipe Figueiredo <philsf@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/10/2001 20:43


Interessantes esses textos. Me levaram a varios outros links interessantes e
estou com varias duvidas no assunto. Por exemplo: em que pe esta a nossa
producao aero-espacial? Diz no site do Centro de Lancamento Barreira do
Inferno (em Natal) que hoje o numero de lancamentos ao espaco passa de dois
mil. Isso incluiria os lancamentos frustrados? Quantos lancamentos sao bem
sucedidos? O que eh lancado? O que se fabrica aqui, para lancamento que
funciona? O que nao funcionou ainda?

Temos satelites no espaco (de comunicacao, meteorologicos, geograficos, de
mapeamento, etc) ? Algum eh fabricado no Brasil?

Alguem sabe respostas para algumas dessas perguntas?

Felipe


On Saturday 06 October 2001 10:09 pm, you wrote:
> Raul,
>
> Recebi esse texto há uns meses através do boletim informativo da
> agência Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência em Pernambuco
> datado de 7 de agosto (isso não é, entretanto, atestado de veracidade). Ali
> dizia que o texto foi publicado no site www.politicaglobal.com.br . O autor
> era apresentado como Marcel Frota. Esse Marcel Frota trabalha no Política
> Global, e lá deve ter o e-mail dele. Enviei o texto para um amigo
> antropólogo que tem escrito sobre essa história de Alcântara e ele me
> passou os comentários abaixo.
>
> Na edição de fevereiro da Com Ciência saíram três textos sobre essa
> polêmica:
>
> http://www.comciencia.br/reportagens/espaco/espc02.htm
> http://www.comciencia.br/reportagens/espaco/espc04.htm
> http://www.comciencia.br/reportagens/espaco/espc05.htm
>
> Belisário
>
> -----------------------------------
>
> -----------------------------------
> Isso veio da Notícias da SBPC/PE - No. 55 - 07/08/2001
>
> 2. ESTADOS UNIDOS AUMENTAM SEU TERRITÓRIO. Marcel Frota.
>
> Publicado em www.politicaglobal.com.br
>
> Um fato muito importante passou batido na mídia. Tirando algumas matéria
> pouco focadas e pequenas notinhas na internet, nada mais foi dito. Talvez
> porque não haja interesse de que essa informação seja divulgada com a
> devida atenção. Mas a verdade é que um fato dessa magnitude não pode ser
> ignorado.
>
> O governo brasileiro firmou acordo com o governo dos E.U.A. para uso do
> Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), a 20 quilômetros de São Luis, no
> Maranhão. Até aí, nada de anormal. Mas se atentarmos para os termos desse
> "acordo" veremos uma realidade que perturbaria qualquer cidadão do mundo.
> Nosso governo entregou uma parte de nosso território para os E.U.A.
>
> Falando assim pode parecer exagero, mas na realidade, não há exagero nenhum
> em afirmar que uma área de aproximadamente 620 quilômetros quadrados do
> território brasileiro está sob domínio absoluto do governo norte-americano.
> A dominação é tal, que nenhum cidadão brasileiro pode entrar nessa área,
> que abrange todo o CLA, sem autorização prévia do governo dos EUA, e o
> governo brasileiro não pode exercer nenhuma atividade no local sem prévia
> autorização.
>
> ***Comentário:
> Isso só é verdade p/ os períodos de lançamento de foguetes
> norte-americanos.
>
>
> Continuando:
> Além disso, os americanos têm permissão (leia-se direito) de
> desembarcar equipamentos fechados em contêineres sem que nossas autoridades
> competentes possam vistoriá-los.
>
> *** Comentário:
> Isso sim é verdade. E eu acho isso sério. Todo mundo acha que isso é
> paranóia mas os gringos podem lançar objetos militares sem que saibamos. E
> o pior é que quem manda lá agora é o Bush.
>
> Continuando:
> Sendo assim, fica caracterizada a total
> perda de jurisdição de nosso governo nesta área dentro do estado do
> Maranhão.
>
> Em condições normais e sensatas, um acordo como esse deveria trazer muitos
> benefícios para o nosso país.
>
> *** Comentário:
> De fato, os números que eles divulgam sobre o aluguel são baixos. Existem
> pessoas que dizem que o valor seria maior, mas não revelado.
>
> Continuando:
> O CLA é um dos melhores pontos do planeta para
> lançamento de foguetes ao espaço. A explicação é simples, o CLA está muito
> próximo da linha do Equador, que divide os hemisférios Norte e Sul, por
> isso os foguetes apresentam uma melhora no desempenho que proporciona uma
> economia de 30% de combustível. Trata-se de uma economia significativa nos
> custos de lançamento num mercado internacional que gasta US$ 4,5 bilhões
> por ano.
>
> Entretanto, todos esses benefícios não serão usufruídos pelo governo
> brasileiro, que gastou US$ 300 milhões na construção do CLA. Esse potencial
> fantástico foi "dado" em uma bandeja por US$ 40 milhões por ano para nossos
> "irmãos" norte-americanos.
>
> *** Comentário
> Não falei que era baixo. É isso mesmo.
>
> Continuando:
>
> Isso mais parece a teoria da conspiração, afinal
> sempre esteve presente no imaginário do povo a possibilidade de os EUA
> tentarem invadir nosso país, sobretudo a Amazônia. Desde os tempos da morte
> de Getúlio era muito claro na cabeça das pessoas uma suposta conspiração
> yankee contra nosso país. Para muitas pessoas da época, os americanos
> teriam assassinado o então presidente. Quando se pensa na Amazônia, então,
> muitos são os boatos de que os norte-americanos estariam estudando tornar
> nossa floresta um território de domínio internacional. Porém, nunca nada
> disso havia tomado forma concreta, não passava de boatos paranóicos. A
> diferença é que agora não é boato, é FATO.
>
> *** Comentário
> Não é fato não. P/ mim uma coisa não tem nada a ver com a outra. Apesar de
> tb achar que os gringos estão de olho na Amaz.
>
>
> Continuando:
> O Ministro de Estado da Ciência e Tecnologia, Ronaldo Sardenberg, assinou
> este "acordo", representando o Brasil. Então a coisa está valendo.
>
> ***Comentário:
> Acho que não, ainda não foi aprovado pelo congresso.
>
> Continuando:
>
> Para que
> se tenha idéia do absurdo que tal documento representa para a soberania
> nacional, basta observar algumas das obrigações brasileiras. Na prática,
> nenhum país inimigo dos EUA poderá utilizar o CLA, mesmo com autorização do
> Brasil e em missão de pesquisa.
>
> *** Comentário:
> É verdade. Mas repare que esse "na prática"significa aqueles que não
> assinaram o tratado anti-mísseis.
>
> Continuando:
>
> Nenhum representante brasileiro terá acesso
> a equipamentos e tecnologias trazidas pelos americanos, salvo com permissão
> deles. Caso seja dada permissão, essa tecnologia jamais poderá ser
> utilizada por nossos cientistas para aprimoramento de nossos foguetes e
> espaçonaves. Qualquer acordo firmado entre o Brasil e outro país, deverá
> respeitar os termos deste "acordo". Somente pessoas autorizadas pelo
> governo
> norte-americano poderão entrar no território do CLA O governo brasileiro
> deve garantir seus maiores esforços para que tudo corra bem. Caso algo não
> vá bem, do ponto de vista do governo daquele país, eles poderão retirar
> todos os equipamentos e dados de nosso território, cabendo ao nosso governo
> facilitar para que tal operação transcorra de forma harmônica. Nenhum
> contêiner lacrado poderá ser aberto em território brasileiro, ou seja, os
> norte-americanos poderão trazer e retirar qualquer coisa de nosso país sem
> que nossas autoridades possam contestar.
>
> *** Comentário:]
> Sim, isso é verdade.
>
> Continuando:
>
> Esses são apenas alguns pontos do "acordo". Existem mais e mais cláusulas
> nas quais nosso governo se curva diante do imperialismo americano com a
> naturalidade que uma colônia se curva diante de sua metrópole.
>
> Isto posto, fica a pergunta: Você, cidadão brasileiro, concorda com esse
> "acordo"? Independentemente da sua resposta, o seu representante
> institucional já concordou. Você, de fato, se sente representado? Se a
> resposta for "não", está na hora de gritarmos por nossa vontade. Porque
> depois, não adianta virem dizer que não sabiam.Haja óleo de peroba para
> eles e fantasias de palhaço para nós.
>
> ----- Original Message -----
> From: Raul Sturari <raulsturari@ig.com.br>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Saturday, October 06, 2001 8:42 PM
> Subject: [ciencialist] Base de Alcantara
>
> > Caros colegas,
> >
> > Recebi isto por e-mail e gostaria de saber se é mais um "hoax". Alguém aí
> > sabe de alguma coisa sobre a base militar de Alcântara?
> >
> > []s
> > Raul
> >
> > =================================
> >
> > >> Carlos Alberto Carrera Vieira - SUPST/STRJO/STDRS
> > >>
> > >>
> > >> ABSURDO TOTAL.
> > >>
> > >> CENTRO DE LANÇAMENTO DE ALCÂNTARA
> > >>
> > >> Estados Unidos aumentam o seu território Um fato muito importante
>
> passou
>
> > >> batido na mídia. Tirando algumas matérias pouco focadas e pequenas
> > >
> > >notinhas
> > >
> > >> na internet, nada mais foi dito. Talvez porque não haja interesse de
>
> que
>
> > >> essa informação seja divulgada com a devida atenção. Mas a verdade é
>
> que
>
> > >um
> > >
> > >> fato dessa magnitude não pode ser ignorado.
> > >>
> > >> O governo brasileiro firmou acordo com o governo dos E.U.A. para uso
> > >> do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), a 20 quilômetros de São
> > >> Luís,
>
> no
>
> > >> Maranhão. Até aí, nada de anormal. Mas se atentarmos para os termos
>
> desse
>
> > >> acordo" veremos uma realidade que perturbaria qualquer cidadão do
>
> mundo.
>
> > >> Nosso governo entregou uma parte de nosso território para os E.U.A.
> > >
> > >Falando
> > >
> > >> assim pode parecer exagero, mas na realidade, não há exagero nenhum em
> > >> afirmar que uma área de aproximadamente 620 quilômetros quadrados do
> > >> território brasileiro está sob domínio absoluto do governo
> > >
> > >norte-americano.
> > >
> > >> A dominação é tal, que nenhum cidadão brasileiro pode entrar nessa
>
> área,
>
> > >> que abrange todo o CLA, sem autorização prévia do governo dos EUA, e o
> > >> governo brasileiro não pode exercer nenhuma atividade no local sem
>
> prévia
>
> > >> autorização. Além disso, os americanos têm permissão (leia-se direito)
>
> de
>
> > >> desembarcar equipamentos fechados em contêineres sem que nossas
> > >
> > >autoridades
> > >
> > >> competentes possam vistoriá-los.
> > >>
> > >> Sendo assim, fica caracterizada a total perda de jurisdição de nosso
> > >> governo nesta área dentro do estado do Maranhão. Em condições normais
> > >> e sensatas, um acordo como esse deveria trazer muitos benefícios para
> > >> o
> > >
> > >nosso
> > >
> > >> país. O CLA é um dos melhores pontos do
> > >> planeta para lançamento de foguetes ao espaço.
> > >>
> > >> A explicação é simples, o CLA está muito próximo da linha do Equador,
>
> que
>
> > >> divide os hemisférios Norte e Sul, por isso os foguetes apresentam uma
> > >> melhora no desempenho que proporciona uma economia de 30% de
>
> combustível.
>
> > >> Trata-se de uma economia significativa nos custos de Lançamento num
> > >
> > >mercado
> > >
> > >> internacional que gasta US$ 4,5 bilhões por ano. Entretanto, todos
>
> esses
>
> > >> benefícios
> > >> não serão usufruídos pelo governo brasileiro, que gastou US$ 300
>
> milhões
>
> > >na
> > >
> > >> construção do CLA.
> > >>
> > >> Esse potencial fantástico foi "dado" em uma bandeja por US$ 40 milhões
> >
> > por
> >
> > >> ano para nossos "irmãos" norte-americanos.
> > >>
> > >> Isso mais parece a teoria da conspiração, afinal sempre esteve
> > >> presente
> >
> > no
> >
> > >> imaginário do povo a possibilidade de os EUA tentarem invadir nosso
>
> país,
>
> > >> sobretudo a Amazónia.
> > >>
> > >> Desde os tempos da morte de Getúlio era muito claro na cabeça das
>
> pessoas
>
> > >> uma suposta conspiração ianque contra nosso país. Para muitas pessoas
>
> da
>
> > >> época, os americanos teriam assassinado o então presidente.
> > >>
> > >> Quando se pensa na Amazonia, então, muitos são os boatos de que os
> > >> norte-americanos estariam estudando tornar nossa floresta um
> > >> território
> >
> > de
> >
> > >> domínio internacional. Porém, nunca nada disso havia tomado forma
> > >
> > >concreta,
> > >
> > >> não passava de boatos paranóicos.
> > >>
> > >> A diferença é que agora não é boato, é FATO. O Ministro de Estado da
> > >> Ciência e Tecnologia, Ronaldo Sardenberg, assinou este "acordo",
> > >> representando o Brasil. Então a coisa está valendo. Para que se tenha
> > >
> > >ideia
> > >
> > >> do absurdo que tal documento representa
> > >> para a soberania nacional, basta observar algumas das obrigações
> > >> brasileiras.
> > >>
> > >> Na prática, nenhum país inimigo dos EUA poderá utilizar o CLA, mesmo
>
> com
>
> > >> autorização do Brasil e em missão de pesquisa. Nenhum representante
> > >> brasileiro terá acesso a equipamentos e tecnologias trazidas pelos
> > >> americanos, salvo com permissão deles. Caso seja dada permissão, essa
> > >> tecnologia jamais poderá ser utilizada por nossos cientistas para
> > >> aprimoramento de nossos foguetes e espaçonaves.
> > >>
> > >> Qualquer acordo firmado entre o Brasil e outro país, deverá respeitar
>
> os
>
> > >> termos deste "acordo". Somente pessoas autorizadas pelo governo
> > >> norte-americano poderão entrar no território do CLA.
> > >>
> > >> O governo brasileiro deve garantir seus maiores esforços para que tudo
> > >> corra bem. Caso algo não vá bem, do ponto de vista do governo daquele
> > >
> > >país,
> > >
> > >> eles poderão retirar todos os equipamentos e dados de nosso
> > >> território, cabendo ao nosso governo facilitar para que tal operação
> > >> transcorra de forma harmônica. Nenhum contêiner lacrado poderá ser
> > >> aberto
> > >> em território brasileiro, ou seja, os norte-americanos poderão trazer
> > >> e retirar qualquer coisa de nosso país sem que nossas autoridades
> > >> possam contestar.
> > >>
> > >> Esses são apenas alguns pontos do "acordo". Existem mais e mais
>
> cláusulas
>
> > >> nas quais nosso governo se curva diante do imperialismo americano com
> > >> a naturalidade que uma colônia se curva diante de sua metrópole.
> > >>
> > >> Isto posto, fica a pergunta: Você, cidadão brasileiro, concorda com
>
> esse
>
> > >> acordo"?
> > >> Independentemente da sua resposta, o seu representante institucional
> > >> já concordou. Você, de fato, se sente representado?
> > >>
> > >> Se a resposta for "não", está na hora de gritarmos por nossa vontade.
> > >> Porque depois, não adianta virem dizer que não sabiam. Haja óleo de
> >
> > peroba
> >
> > >> para eles e fantasias de palhaço para nós.
> > >>
> > >>
> > >> Comemore agora o 7 de setembro , antes que seja obrigado a comemorar o
>
> "
>
> > 4
> >
> > >> de julho ".
> > >>
> > >>
> > >> Se vc não gostou disso divulgue e alerte a quem vc conhece
>
> &&& --- &&&
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> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
> http://br.yahoo.com/info/utos.html


SUBJECT: E=mc^2
FROM: "Paulo Sergio Dias" <psdias@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/10/2001 23:30

Amigos:

- Gostaria de sugerir um interessante
livro de divulgacao cientifica, que
me agradou bastante.

- Ha' poucos meses, depois de apresentar
um pequeno seminario sobre Energia Nuclear,
meu professor de Fisica chamou-me a atencao,
por que eu havia dado creditos a Lise Meitner,
como tendo sido a primeira a explicar
o que ocorre no processo da fissao nuclear.
Eu mencionei Lise Meitner como principal
pesquisadora, deixando Oto Han (e' assim
que se escreve ?) em segundo plano,
embora soubesse que ele e' que ficou
com os meritos e ganhou o Nobel.

Segundo meu professor, Lise "apenas sugeriu"
algumas hipoteses, ficando todo o trabalho
principal a cargo de Han.

- Pois bem. Recentemente, terminei de ler
o livro de David Bodanis (www.davidbodanis.com),
publicado no Brasil pela editora Campus, que mostra
uma visao historica da equacao E = mc^2.
O nome do livro e'... "E = mc^2"

- Nao e' um livro profundo, cientificamente
falando. E' um livro de divulgacao cientifica.

- No entanto, conta diversas passagens da Historia
da Ciencia, com a finalidade de explicar como
Einstein chegou `a sua famosa equacao.

- Um dos aspectos mais interessantes e' poder
ver como diversas mulheres participaram
do desenvolvimento da Ciencia, mas foram
esquecidas ou diminuidas, devido a preconceitos
machistas.

- E qual nao foi minha surpresa ao ler a historia
de Lise Meitner e descobrir que (pelo menos na visao
de Bodanis), de fato foi ela a "grande cabeca" que
conseguiu explicar a fissao nuclear. A rigor, pelo
que consta no livro, Oto Han foi um verdadeiro mau-carater.

- Bem, pode ser ate' que o livro esteja errado, mas
sempre vale a pena ouvir o outro lado da historia...

- Outras mulheres tambem sao citadas como tendo grande
participacao na Ciencia, tal como Emilie du Chatelet
(amante do filosofo Voltaire)

- Tambem foi interessante descobrir que a nave europeia
Cassini (em homenagem ao famoso astronomo frances do seculo
XVII), na verdade deveria ter sido batizada de Roemer (em homenagem
ao dinamarques Ole Roemer), que foi quem na verdade teve todos
os meritos no estudo do planeta Jupiter, e nao o seu orgulhoso
chefe de observatorio.

- O mesmo aconteceu entre sir Humphry Davi, famoso fisico de sua
epoca, que tentou ficar com todos os meritos sobre as descobertas
de seu aprendiz Michael Faraday.


- Aproveito para perguntar: Dentre todos os filmes sobre a II
Guerra Mundial, ha' algum que conte a historia de como os ingleses
enviaram uma missao especial para destruir uma usina de separacao
de agua pesada na Noruega, que estava sob dominio alemao ? Segundo o
livro, nao fosse essa equipe de ingleses, que explodiram a tal
usina norueguesa, o programa nazista para chegar `a bomba talvez
tivesse obtido sucesso (antes dos americanos). Outro fato curioso
foi saber que o grande Heisenberg (aquele do Principio da Incerteza)
foi o lider do projeto da bomba atomica nazista.

- Ah, mais uma coisa: As famosas "Equacoes de Maxwell", nao foram
escritas por James Clerk Maxell, mas sim por tres fisicos na Inglaterra
e na Irlanda, duas decadas apos a sua morte. Alguem tem mais detalhes
sobre isto ? O livro nao fala muito sobre o assunto...

- Bem, certamente voces que ja' conhecem bastante sobre Fisica nao
terao muito a aprender com o livro, mas acredito que essas curiosidades
historicas darao grande prazer na leitura.

- Pelo menos, e' a minha humilde opiniao.


[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: hipoteses mesquitianas
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/10/2001 00:14

----- Original Message -----
From: "L. B. Holanda"
Sent: Saturday, October 06, 2001 11:35 AM
Subject: [ciencialist] Re: hipoteses mesquitianas

(Continuação - 4a parte)

> Qualquer um da lista TAMBÉM pode procurar no "search" da
> ciencialist por:
> http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/9001
> Aonde um problema por você foi proposto. E em
> http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/9140
> Aonde um contra-argumento de sua hipótese é mostrado pelo
> Borges. E em:
> http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/9005
> Aonde tal contra-argumento é mais explicado pelo Luiz Ferraz
> Neto.

Realmente houve uma discussão sobre o assunto, mas daí a afirmar que teria
sido apresentado algum contra-argumento parece-me ser uma conclusão sua e um
tanto quanto precipitada e não sei se os demais concordariam com essa
conclusão. A história desse possível "contra-argumento" começou com a
suspeita do Borges de que após a entrada de um feixe de elétrons, no
interior de um condutor eletrizado, o campo não seria mais nulo. Isso, em
teoria, é verdade e qualquer compêndio elementar sobre o assunto deixa clara
essa possibilidade experimental. Não obstante, da teoria à prática vai uma
distãncia muito grande e lembro que na primeira mensagem, dentre as citadas
acima, quando o Borges ofereceu-se para estudar a viabilidade de realizar a
experiência, eu havia comentado sobre a seguinte citação, devida a Popper:
"...o experimentador não está principalmente empenhado em fazer observações
exatas; seu trabalho é, também, em grande parte, de natureza teórica. A
teoria domina o trabalho experimental, desde o seu planejamento inicial até
os toques finais, no laboratório". Sem demérito algum ao Borges, quis deixar
clara a existência de uma diferença muito grande entre a "experimentação" e
a mera construção de um cenário para a "observação" de um fato. Chalmers,
por exemplo, dedica várias páginas de seu livro sobre metodologia científica
para convencer o leitor de que a ciência não começa pela "observação". Isso
muitas vezes deixa o leitor de língua portuguesa meio confuso, mas se você
efetuar a leitura do livro perceberá que em nenhum momento ele afirma que
a ciência não se apóia na experimentação. Isso parece-me dever-se a um
problema de ordem linguística pois aqui no Brasil freqüentemente confunde-se
observar com experimentar. Ora, a experimentação de cunho científico exige
uma "observação controlada" e a apoiar-se em conhecimentos teóricos prévios.
Logo, fica-se com aquela impressão do: "Quem nasceu primeiro, o ovo ou a
galinha?" A teoria ou a prática?

A dúvida do Borges relaciona-se a um fenômeno conhecido há muito tempo,
creio que dos primórdios do eletromagnetismo, do tempo em que descobriu-se a
eletrização por atrito, a eletricidade vítrea e a resinosa e, a partir daí,
a eletrização por indução. Se não houvesse como contornar esse problema, por
demais elementar, ainda que bastante complexo, sequer poderíamos ter chegado
experimentalmente na lei de Coulomb, pois entre duas cargas sempre há uma
indução eletromagnética a modificar a disposição das partículas elementares.
Se não houvesse como contornar esse problema, a experiência de Thomsom
também estaria comprometida pois o efeito comentado pelo Borges, e suposto
por ele significativo, existiria também entre os elétrons do feixe, na
experiência de Thomsom, e as partículas eletromagnéticas das placas do
condensador. Não obstante, se é que existe alguma indução mensurável neste
caso, a ordem de grandeza do efeito parece-me que em nada afetou os cálculos
da relação e/m de Thomsom, a demonstrarem que para a intensidade do campo e
para a velocidade dos elétrons considerada, o efeito seria praticamente
desprezível. Baseado em que argumento você acreditaria que o "efeito Borges"
seria significativo na experiência que propus?

Pois eu respondo. Tanto você quanto o Borges não acreditam em minhas
hipóteses e sequer estão preocupados em aceitá-las, "ainda que por
hipótese". Se as minhas hipóteses forem deixadas de lado, o campo "clássico"

a agir sobre os elétrons do feixe será nulo, conforme previsto pela teoria
de Maxwell interpretada "a la Lorentz", ou seja, expandida para o
microcosmo. Se o campo é nulo, não há como aumentar significativamente o
campo para que a indução torne-se desprezível. Restaria então o controle da
velocidade dos elétrons do feixe e neste caso (com o desprezo de minhas
hipóteses) restariam duas situações: ou o feixe prossegue em linha reta,
caso em que a indução seria desprezível, ou o feixe sofre um desvio devido a
uma redistribuição da partículas elétricas no condutor e a produzir uma
retroação. Pelo que entendi da explicação do Léo ele estaria referindo-se a
essa possível retroação. Lembro, no entanto, que ao contrário do que você dá
aqui a entender, e ao contrário do que foi afirmado pelo Borges na mensagem
9140 ("É exatamente o que o titio Leo já respondeu"), ainda que a opinião do
Léo tenha sido bastante ilustrativa, em momento algum, salvo maior juizo,
constituiu-se num contra-argumento as minhas idéias da existência de um
campo a agir sobre elétrons, porém sem produzir efeito algum sobre cargas
elétricas maxwellianas e macroscópicas. Lembro também que neste último caso
os elétrons seriam redistribuídos por indução, não apenas no condutor
externo mas, também, sobre a superfície desta carga de prova "em repouso",
até que a resultante do efeito do campo (da minha teoria) se anulasse.

Mas mesmo que o efeito fosse significativo, isso poderia complicar a análise
dos dados, mas não seria algo a comprometer o efeito em si, pois se a teoria
de Maxwell for válida no microcosmo, este seria o único efeito a ser
esperado, ao passo que se a minha teoria for válida seria de se esperar o
"borramento" desse efeito e de maneira tão mais significativa e mensurável
quanto maior for a perícia do experimentador.

Em resumo: Permita-me dizer que o seu comentário é totalmente improcedente,
não existe contra-argumento algum e eu quero crer que tanto você quanto o
Borges, pelo que ele afirmou na mensagem 9140, não entenderam devidamente a
mensagem do Léo.

> Eu REALMENTE não acho que em mais de 20 anos de estudo essa é
> a única experiência que você teve para propor.

Também acho mas, como já dei a entender em outras mensagens, é a que menos
apóia-se em dados já conhecidos (do ponto de vista qualitativo), a mais
fácil
de ser explicada teoricamente e acredito que a de realização menos
elaborada. Por outro lado, não sou cientista profissional e não tenho como
preocupação essencial ficar fazendo profecias científicas. Estas coisas
surgem à medida em que prosseguimos numa linha rígida de pensamento, mas não
se constituem no objetivo do cientista amador em si. Se as minhas idéias
forem procedentes, é possível que a ciência, e a coletividade científica,
tenham muito a ganhar; se não forem, eu não tenho nada a perder pois "a
ciência, no mais estrito e melhor dos sentidos, é uma gloriosa diversão"
(Jacques Barzun em "Science: The Glorious Entertainment"). E eu tenho me
divertido bastante nestes quase 20 anos de amadorismo científico.

> O que eu acho é que não
> devemos sair por aí gastando tempo e materiais de laboratório para
> ficar testando qualquer teoria que vá surgindo.
> O que acharia você de testar então um experimento de uma máquina que
> supostamente criaria campos antigravitacionais?

Concordo contigo e louvo a sua atitude de, após ter lido alguns de meus
livros, julgar a minha teoria como "uma teoria qualquer". Não concordo com a
sua maneira ingênua de criticar a minha teoria, mas parabenizo-o pela
coragem em expor o que pensa, algo muito raro de acontecer nos meios
universitários deste país.

> Sim, pois, segundo o
> que está escrito em um de seus dois livros que tenho, você É PROFESSOR
> da Universidade São Judas Tadeu e TEM acesso a laboratórios por lá e
> também teria acesso a verbas para realizar experimentos. Que tal?

Você não conhece devidamente a realidade de uma universidade particular. O
aluno de uma universidade particular paga pelo ensino. Qualquer pesquisa que
possa melhorar a qualidade desse ensino, faz parte dos custos do ensino e,
portanto, não seria de se estranhar se as despesas fossem repassadas para os
alunos. Ora, em que a minha teoria iria afetar o ensino da Universidade São
Judas Tadeu? Sequer temos o curso de física!!! Ou você acha que ao estalar
dos dedos o CNPq, a Capes ou a Fapesp virão correndo para financiar nossas
pesquisas?

Por outro lado, você deve saber que eu exerço um alto cargo administrativo
nessa Universidade. Você acharia justo que eu me utilizasse do critério da
autoridade administrativa para convencer os professores de física da
instituição (curso de Engenharia e outros) a que aderissem a minhas idéias?
Você como físico aceitaria uma imposição destas? Pois saiba que ocupo cargos
importantes na instituição desde 1979 e nunca impus minhas idéias a nenhum
dos professores de física. E jamais aprovaria a indicação de marionetes para
que ocupassem esses cargos. Mesmo porque, de que me adiantaria ter ao meu
lado homens que aprovassem tudo o que falo, mas nos quais eu não pudesse
confiar? Se há alguma coisa que se aprende muito bem na faculdade de
medicina, principalmente aqueles que pretendem ser cientistas, é a ética. E
transportamo-la dentro de nós mesmo após abandonarmos a medicina.

Lembro também que já fui procurado inúmeras vezes (certamente mais de 10)
por eméritos professores doutores e pós-doutores em física da Usp, da
Unicamp e da Unesp que vivem tentanto me persuadir a criar um Centro de
Estudos Avançados em Física na USJT. Eu poderia fazer isso, afinal sou, na
atualidade, pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação. E poderia também
sugerir, em troca, que testassem as minhas teorias. Afinal, e como você
afirma, eu tenho acesso a verbas, que não são lá grande coisa, mas são mais
do que suficientes para a realização do que você propõe. Porque então não
faço isso? Simplesmente em respeito aos nossos alunos que trabalham durante
o dia não apenas para pagarem seus estudos mas também para, através de seus
impostos de renda, permitirem que privilegiados como nós possam estudar
gratuitamente em universidades públicas e/ou "brincar" em laboratórios
dessas universidades com as verbas do CNPq, da Capes ou da Fapesp.

> Seu raciocínio me parece equivocado. Você diz que se alguém
> não testa suas idéias ele não pode dizer que estão erradas? Quer dizer
> que se você não testa a idéias de campos antigravitacionais e outras
> idéias igualmente "revolucionárias" você DEVERIA concordar com todas
> elas? Isso é equivocado, penso eu.

Mais um "joguinho" de palavras "sem pé nem cabeça". Você mistura ciência com
misticismo, manuseia argumentos tomados aleatoreamente, despreza o método
científico, conclui por absurdos e atribui esses absurdos a terceiros. Sem
mais comentários.

> SE suas idéias não passarem nem pelo crivo das argumentações
> teórias por que devemos perder tempo em medir as previsões
> experimentais dela?

Mas... de que crivo você está falando? Por acaso o CNPq e a Capes irão
financiar uma pesquisa que tenha passado pelo crivo da Ciencialist? É
verdade que minhas idéias estão sendo discutidas por eméritos físicos como
você, o Borges e tantos outros. Mas... a Capes sabe disso? A Capes valoriza
isso? A comunidade científica mundial, ou mesmo brasileira, sabe que nós
existimos?

> Por enquanto, suas idéias não vem passando pelo crivo teórico. Eu,
> REALMENTE não acho, ainda, que elas estejam erradas. Por isso que
> proponho novas discussões antes de sair perdendo tempo em preparar
> experimento e gastando materiais sem se saber ao certo o que se vai
> medir e como interepretar os dados da medida. É o que eu acho.

Pois então vamos continuar nossas discussões pois elas têm massageado meu
ego e acredito que de alguma forma elas têm sido úteis para os demais
ciencialisteiros, tanto os participantes dos diálogos quanto os ouvintes.
Mas vamos permanecer com os pés no chão pois, para os donos da ciência que
efetivamente controlam o "Olimpo Acadêmico", nós não somos muito mais do
que "zeros à esquerda".

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm

Em tempo: Ainda falta responder uma segunda mensagem, do mesmo dia daquela
que ora estou concluindo a resposta. Algumas questões foram repetidas e
portanto responderei, oportunamente, apenas as demais.



SUBJECT: Re: [ciencialist] E=mc^2
FROM: "Daniel Leal Freire" <daniellf@highway.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/10/2001 00:36

----- Original Message -----
From: Paulo Sergio Dias
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, October 08, 2001 11:30 PM
Subject: [ciencialist] E=mc^2


Amigos:

(...)

- Aproveito para perguntar: Dentre todos os filmes sobre a II
Guerra Mundial, ha' algum que conte a historia de como os ingleses
enviaram uma missao especial para destruir uma usina de separacao
de agua pesada na Noruega, que estava sob dominio alemao ? Segundo o
livro, nao fosse essa equipe de ingleses, que explodiram a tal
usina norueguesa, o programa nazista para chegar `a bomba talvez
tivesse obtido sucesso (antes dos americanos). Outro fato curioso
foi saber que o grande Heisenberg (aquele do Principio da Incerteza)
foi o lider do projeto da bomba atomica nazista.

(...)

[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br


---------------------------------------------

Paulo,

Heisenberg escreveu um livro chamado "A parte e o todo" (Ed. Contratempo).
O livro é uma mistura de Física, Filosofia e Biografia. Nele o autor explica
sua participação no projeto alemão da bomba atômica. É interessante
conhecermos um pouco a opinião do lado nazista, já que tudo que lemos é
influenciado pela opinião dos vencedores, os ditos Aliados. Por favor não
me tome como simpatizante do nazismo, nem de guerra como um todo. Gandhi já
dizia que "se utilizarmos a política do olho por olho, ficaríamos todos
cegos" (ou algo +- assim).

Enfim o livro é bom e vale a pena ser lido.

[ ]'s


--------------------------------
| Daniel Leal Freire
| Rio de Janeiro - Brasil
| http://www.geocities.com/dfreirebr/
| daniellf@highway.com.br
| "Imagination is more important than knowledge" Albert Einstein







SUBJECT: Nós no Boletim da ABJC
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/10/2001 07:53

Help
Oi, pessoal. Fomos mencionados no Boletim da Associação Brasileira de
Jornalismo Científico (número 13, de 8 de outubro)!
Mais sobre a ABJC em www.abjc.org.br .
Belisário

--------------------
3 - Grupos de discussão em jornalismo científico

Ciência e jornalismo científico estão em grupos de discussão pela internet.
De pesquisas recentes até as chamadas pseudociências, discussão envolvendo
ciência é o que não falta na web. Dois exemplos são os grupos Ciencialist
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist e Jornalismo Científico
www.grupos.com.br/grupos/j.cientifico, nos quais a divulgação científica
também é objeto de debate. Entrem e se envolvam nas discussões.
-------------------

-----------------------------------------------------
Roberto Belisário Diniz
rbdiniz@terra.com.br
Laboratório de Estudos Avançados de Jornalismo (Labjor)
http://www.uniemp.br/labjor/
Revista Com Ciência - divulgação científica
http://www.comciencia.br
-----------------------------------------------------



SUBJECT: Cinematica
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/10/2001 13:43

Estou preparando uma s�rie especial para cinem�tica. Bolei essa quest�o que segue e n�o estou conseguindo eliminar um par�metro em excesso na resposta final. Querem tentar?

"Quest�o 10- No mesmo instante em que uma pedra foi lan�ada
verticalmente para cima a partir do alto de uma torre, uma outra pedra
foi simplesmente abandonada. A raz�o entre os tempos de chegada delas
ao solo � p > 1. Qual a velocidade inicial da primeira pedra?"

[]'
L�o
PS: Nada a ver com as "Torres"!
==========================
Luiz Ferraz Netto [L�o]
UIN#: 31028111
leo@barretos.com.br
leo@esquinas.com.br
www.feiradeciencias.com.br


[As partes desta mensagem que n�o continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Cinematica
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/10/2001 14:14



Luiz Ferraz Netto wrote:

> Estou preparando uma série especial para cinemática. Bolei essa questão que segue e não estou conseguindo eliminar um parâmetro em excesso na resposta final. Querem tentar?
>
> "Questão 10- No mesmo instante em que uma pedra foi lançada
> verticalmente para cima a partir do alto de uma torre, uma outra pedra
> foi simplesmente abandonada. A razão entre os tempos de chegada delas
> ao solo é p > 1. Qual a velocidade inicial da primeira pedra?"
>

H= altura da torre
a = aceleracao da gravidade = 10m/s2
V = velocidade inicial da segunda
t/t' = P

Equacao da Primeira pedra :

1) H = a/2t^2

Equcao da segunda pedra

2) H = -Vt' + a/2t' ^2

==>
t = t' P
de (1) ==>
a/2(t'P)^2 = -Vt' +a/2t'^2


Temos uma equcao com 2 incognitas : t' e V
acho que precisaremos da altura H da torre.....

[]s
jocax




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: hipoteses mesquitianas
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/10/2001 16:10

On Tue, 9 Oct 2001, Alberto Mesquita Filho wrote:
> Pois eu respondo. Tanto você quanto o Borges não acreditam em minhas
> hipóteses e sequer estão preocupados em aceitá-las, "ainda que por
> hipótese".

Só para esclarecer esta parte. Eu não acredito na sua teora, mas também
não desacredito dela. Para mim não importa de a sua teoria está certa ou
se a qüântica está. Tanto faz, não há diferença para mim se uma está certa
e a outra errada ou se ambas estão erradas. São apenas modelos físicos.

Vc defende a sua teoria pois vc tem tudo a ganhar ou perder com ela, eu
entendo isso. Apenas entenda que não sou contra sua teoria. A única vez
que questionei sua teoria [que eu me lembre] foi sobre exlpicações que
davam o mesmo resultado e eu não via razão nenhuma para preferir a sua
teoria [em detrimento da outra].

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
No to war.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Cinematica
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/10/2001 17:40

Oi Jocax,
foi exatamente o que obtive, uma equação com duas incógnitas.
Percebi a falha do enunciado. Aquele P (razão dos tempos de queda; um adimensional) só vale para um e um só valor da altura da torre e velocidade inicial da primeira pedra. Apenas com o dado ,P (por ser um adimensional), realmente não há solução.
Vou acrescentar a altura da torre, H, no enunciado.
Valeu a atenção,

[]'
Léo
================
-----Mensagem Original-----
De: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 9 de outubro de 2001 14:14
Assunto: Re: [ciencialist] Cinematica


|
|
| Luiz Ferraz Netto wrote:
|
| > Estou preparando uma série especial para cinemática. Bolei essa questão que segue e não estou conseguindo eliminar um parâmetro em excesso na resposta final. Querem tentar?
| >
| > "Questão 10- No mesmo instante em que uma pedra foi lançada
| > verticalmente para cima a partir do alto de uma torre, uma outra pedra
| > foi simplesmente abandonada. A razão entre os tempos de chegada delas
| > ao solo é p > 1. Qual a velocidade inicial da primeira pedra?"
| >
|
| H= altura da torre
| a = aceleracao da gravidade = 10m/s2
| V = velocidade inicial da segunda
| t/t' = P
|
| Equacao da Primeira pedra :
|
| 1) H = a/2t^2
|
| Equcao da segunda pedra
|
| 2) H = -Vt' + a/2t' ^2
|
| ==>
| t = t' P
| de (1) ==>
| a/2(t'P)^2 = -Vt' +a/2t'^2
|
|
| Temos uma equcao com 2 incognitas : t' e V
| acho que precisaremos da altura H da torre.....
|
| []s
| jocax
|
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SUBJECT: Regra de L`Hapital
FROM: "Daniel Cid (sinistrow)" <danielcid@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/10/2001 22:14

Alguem poderia me desmonstrar formalmente

como chegaram ate a regra de L`Hopital ?

[]`z

--
Daniel B. Cid (sinistrow)




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Regra de L`Hapital
FROM: Felipe Figueiredo <philsf@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2001 01:36

On Tuesday 09 October 2001 10:14 pm, you wrote:
> Alguem poderia me desmonstrar formalmente
>
> como chegaram ate a regra de L`Hopital ?
>

Parte direto da definicao de derivada como limite:

f'(a) = lim ( ( f(x) - f(a) )/ (x - a) , x -> a ).

Supondo que lim( f(x), x -> a ) = f(a) = 0 e que tambem
lim( g(x), x -> a) = g(a) = 0 . Queremos calcular lim ( f(x) / g(x) , x ->
a), certo?

Pela definicao temos:

lim (f (x) / g(x) , x -> a ) =
= lim ( (f(x)/(x - a)) / (g(x)/(x - a)), x -> a) =
= f'(a)/ g'(a) .

Eu acho extremamente dificil ler essas coisas do jeito que posso escrever em
linhas unicas em texto simples, entao eu sugiro fortemente que voce copie
para papel para entender. Tomei cuidado de usar parenteses suficientes para
nao haver ambiguidades.

abracos
Felipe


SUBJECT: Re: [ciencialist] Regra de L`Hapital
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2001 04:53



"Daniel Cid (sinistrow)" wrote:
>
> Alguem poderia me desmonstrar formalmente
>
> como chegaram ate a regra de L`Hopital ?
>
> []`z
>
> --
> Daniel B. Cid (sinistrow)
>
Oi,

há uma prova bem simples usando a definição de derivada e a regra do
quociente para limites. Queremos calcular o limite de f(x)/g(x) para
x->a com f(a)=g(a)=0.

lim (f(x)/g(x))= lim f(x)/lim g(x)=(lim f(x)-f(a))/(lim g(x)-g(a)).
Podemos fazer isso porque f(a)=g(a)=0, portanto, estamos apenas somando
zeros.
Podemos multiplicar tudo por:

lim (x-a)/lim (x-a), já que multiplicando tudo por 1 não altera o
resultado.
Organizando os limites, ficamos com:

(lim (f(x)-f(a))/(x-a))/(lim (g(x)-g(a))/(x-a))

Como calculamos o limite para x->a, temos na expressão acima a
definição de derivadas, mais precisamente, f'(a)/g'(a).

De forma mais rigorosa, se pode usar o teorema do valor médio de Cauchy
que diz que se f(x) e g(x) são contínuas no intervalo fechado [a,b] e
diferenciáveis no intervalo aberto (a,b) então existe c em (a,b) tal que

f'(c) [g(a)-g(b)]=g'(c) [f(a)-f(b)]

Podemos sempre escrever: f'(c)/g'(c)=[f(x)-f(a)]/[g(x)-g(a)]

Agora, c está em (x,a). Neste caso, não precisamos admitir que f(a)
exista mas podemos definir que f(a)=lim f(x->a)=0 Para que a hipótese de
f(z) contínua [x,a] seja satisfeita.

Fazendo o limite para x->a temos que c->a já que pertence ao intervalo
(x,a), além disso, como f(a)=g(a)=0 por definição, chega-se que

lim f(x->a)/g(x->a)=lim f'(x->a)/g'(x->a) que é a forma mais rigorosa
da regra de L'Hospital.

A regra de L'Hospital também vale para f(x->a)->Infinito e
g(x->a)->Infinito. A prova é a seguinte:

f(x)/g(x)=G(x)/F(x) onde F(x)=1/f(x) e G(x)=1/g(x).

Naturalmente, lim F(x->a)=0=lim G(x->a). Portanto, se pode usar:

lim F'(x->a)/G'(x->a)=lim F(x->a)/G(x->a) como já havia demonstrado. Se
o limite existe e não se anula, temos que:

lim F'(x->a)/G'(x->a)=1/lim(F(x->a)/G(x->a))=lim g(x->a)/f(x->a)

Pelas regras da derivada temos que F'(x)=-f'(x)/[f(x)^2] e
G'(x)=-g'(x)/[g(x)^2], portanto:

lim F'(x->a)/G'(x->a)=
lim (f'(x->a)*g(x->a)^2)/(g'(x->a)*f(x->a)^2)=lim g(x->a)/f(x->a),
multiplicando os dois lados por lim f(x->a)^2/g(x->a)^2, ficamos com:

lim f'(x->a)/g'(x->a)=lim f(x->a)/g(x->a) que é a regra de L'Hospital.

[]'s Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: hipoteses mesquitianas
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2001 05:50

----- Original Message -----
From: "L. B. Holanda"
Sent: Saturday, October 06, 2001 12:46 PM
Subject: [ciencialist] Re: hipoteses mesquitianas

> Luiz Lima:
> > > - poderia solucionar classicamente outros atomos, alem do
> > > hidrogenio?

> Leandro:
> Essa pergunta, eu também havia feito. Até agora ou não vi ou não
> entendi a resposta. Fiz em
> http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/11574
> Repita, por gentileza e com paciência comigo (afinal, sou lerdo para
> aprender idéias muito "revolucionárias").
>
> Alberto Mesquita Filho:
> > Sem dúvida. O caminho que aponto não se traduz na resolução de uma
> >ou mais equações, mas na obtenção da estrutura atômica de maneira
> >racional e não meramente matemática.

O "caminho" a que me referi na msg ao Luiz Lima, estava implícito na
resposta que dei à msg 11574, qual seja: "Quanto à pergunta em si, diria que
a resposta não é elementar, mas conseqüente ao aprofundamento de argumentos
apresentados em três artigos" citados na msg referida. Isso é equivalente a
dizer que não disponho da resposta no momento mas *acredito* que pode-se
avançar por este caminho com grande chance de sucesso.

Creio já ter dito também que eu não posso, sozinho, responder a tudo o que
milhares de físicos se propuseram a responder, e o fizeram de maneira
extremamente insatisfatória, a meu ver, no decorrer de um século. Que a
resposta é insatisfatória eles mesmos já confessaram isso "bilhares" de
vezes (Planck, Schrödinger, Dirac, Einstein, Trefil, Sokal, de Broglie, etc,
etc, etc). Os únicos que aceitam *gratuitamente* essas explicações e ficam
totalmente satisfeitos com as mesmas são ou os adeptos do comodismo,
vulgarmente chamado por utilitarismo ou operacionalismo de Copenhagen, para
os quais não há o que ser explicado, ou então aqueles que não contribuiram
efetivamente para a construção da física moderna e estão plenamente
satisfeitos com o que lêem.

Lembro também que *na atualidade* estou apresentando uma teoria sobre o
eletromagnetismo. Essa teoria é sobre eletromagnetismo microcósmico, e não
exatamente sobre a estrutura íntima da matéria. A teoria aponta caminhos
para que se chegue lá, mas a teoria em sí não vai muito além de explicar
fenômenos eletromagnéticos, pois é esse o objetivo da mesma. Estes caminhos
são apresentados em artigos que citei recentemente aqui na Ciencialist e a
sugerirem novas teorias a se acomodarem não apenas ao eletromagnetismo
microcósmico, já teorizado, mas também à física genuinamente newtoniana.

O fato de minha teoria incompatibilizar-se com a mecânica quântica *em suas
origens* ou hipóteses, não significa que ela substitua a mecânica quântica,
ainda que uma corroboração de minha teoria, via de regra, seja equivalente a
um falseamento da teoria quântica. Concordo que, sob esse ponto de vista, o
falseamento da física quântica poderia ser pensado como a implosão de um
edifício sem que se coloque outro no lugar. Não obstante, perceba que estou
prevendo, ao mesmo tempo, a possibilidade da reconstrução *rápida* de um
novo edifício, pois os alicerces, a meu ver, já estão instalados. Só não
espere que eu venha a ser o engenheiro, o arquiteto, o mestre de obras, o
pedreiro, o eletricista...

Um dos papéis fundamentais do cientista, segundo Popper, seria criar testes
a falsearem suas próprias idéias. Visto sob esse aspecto, os físicos
quânticos deveriam agradecer qualquer colaboração neste sentido, pois não é
sempre que se dispõe de testes desse tipo. Obviamente, eu não construi uma
teoria com a finalidade de falsear a teoria quântica mas, coincidentemente,
se a minha teoria for verdadeira a quântica é falsa e vice-versa e,
portanto, quem falsear minha teoria estará, por tabela, corroborando a
teoria quântica. Conseqüentemente eu não consigo entender porque os físicos
quânticos viram-me as costas quando me proponho a fazer o que eles mais
precisam; a menos que tenham medo de testar suas idéias e isso é muito comum
entre aqueles que não têm muita fé em suas crenças ou convicções.

Bem, você poderá dizer que os meus argumentos não são bons e que seria uma
perda de tempo e/ou de dinheiro testá-los. Tudo bem, então que apontem as
falhas de argumentação. Mas não, vocês querem que eu explique o efeito
fotoelétrico, o efeito túnel, a estrutura atômica, a condensação de
Bose-Einstein, o teletransporte, a transformação massa-energia, a dilatação
do tempo... E tudo isso com uma teoria que tem somente quatro hipóteses que,
quando muito, podem me levar à lei de Coulomb, à lei de Ampère, à previsão
de campos não maxwellianos... E, não obstante, as hipóteses da teoria nem
mesmo englobam todo o eletromagnetismo mas principalmente os pontos em que o
eletromagnetismo de Maxwell mostra-se não ser aplicável ao microcosmo.

O mais engraçado é que eu acabo entrando na onda e via de regra procuro
encontrar, fora da minha teoria eletromagnética, uma explicação clássica
para aquilo que vocês afirmam a todos os pulmões não ter explicação clássica
alguma. E aí vocês se calam. E creio que ficam dias e dias matutando sobre
algum problema a colocar não exatamente a minha teoria, mas "a física
clássica do Mesquita", e que a rigor seria a maneira como interpreto a
física de Newton, em xeque. E quando eu consigo sair do xeque, novamente
vocês se calam durante alguns dias até recomeçar tudo de novo. Pô, derrubem
logo a minha teoria, se ela é tão frágil e/ou mal fundamentada como vocês
supoem. Mesmo porque, dia chegará em que realmente vocês me colocarão em
xeque. E isso em nada afetará a minha teoria a menos que o xeque seja à
teoria em si, mas não ao fato dela não explicar aquilo que "vocês gostariam"
que explicasse.

Se vocês querem testar meus conhecimentos em física clássica, tudo bem.
Serei novamente sabatinado pelos amigos da Ciencialist e isso será para mim
um exercício muito bom. Por outro lado, se vocês gostariam de saber, "numa
boa", se eu tenho uma explicação clássica para um fenômeno que vocês
acreditam não ter explicação clássica alguma, e creio que essa foi a
intenção do Luiz Lima em sua mensagem, eu terei o máximo prazer em expor o
que penso a respeito, mas não garanto dar uma resposta satisfatória. Mas se
com isso vocês julgam estar colocando em xeque uma teoria eletromagnética,
perdoem-me dizer, mas quem pensa assim precisa urgentemente fazer um curso
intensivo de lógica (e nem sei se existiria um curso adequado para tal, pois
os filósofos estudam a lógica em teoria, mas ignoro se eles possuem um
método infalível para corrigir falácias pessoais desse tipo).

> Acho que você se equivocou completamente: quando se vai no
> laboratório e se incide luz sobre uma ampola contendo átomos de
> hidrogênio, mede-se somente algumas energias para as quais o átomo se
> excita e re-emite a luz incidida. Sendo que para as outras energias,
> os átomos não absorvem.
> Assim, do experimento, temos, as seguinte energia medidas (em
> elétron-volt):
> Primeiro nível de excitaçao: 13,6 eV
> Segundo: 3,39 eV
> Terceiro: 1,51 eV
> Quarto: 0,85 eV
> Etc.

> Se usamos a previsão nos dada pela mecânica quântica, essas medidas
> experimentais surgem naturalmente:
> E(n) = - (13,6 eV)/n²
> Aonde n² significa n elevado ao quadrado e o sinal negativo vem
> porque o potencial entre elétron e próton é atrativo.
> (A equação acima pode ser demonstrada naturalmente pela física).

Tudo isso é muito bonito e, realmente, não há como olhar para esses
resultados sem elogiar os construtores da física quântica e que foram
muitos, por sinal, e não apenas um. Não obstante, não é raro encontrarmos,
ao final de tanta "matemática que dá certo", expressões como esta, devida a
James Trefil: "O que estamos realmente dizendo é que é muito difícil
visualizar o que seja um elétron, porque não há nada em nossa experiência
que nos sirva de guia. Portanto, o que a mecânica quântica nos diz é mais ou
menos tão profundo quanto isto: um elétron não é como um carro." Ou então
esta, devida a Schrödinger: "Se me perguntarem: o que são de fato essas
partículas, esses átomos e moléculas? Devo admitir que conheço tão pouco a
seu respeito como a origem do segundo jumento de Sancho Pança." Você conhece
a história do segundo jumento de Sancho Pança?

Mas... Qual era mesmo a pergunta inicial? Ah, sim, se eu seria capaz de
"solucionar classicamente outros átomos, alem do hidrogenio". Pois então, a
luz desses novos argumentos, vou repetir o que respondi na ocasião, pois não
tenho nada melhor a dizer: "Sem dúvida. O caminho que aponto não se traduz
na resolução de uma ou mais equações, mas na obtenção da estrutura atômica
de maneira racional e não meramente matemática." Se você acha que encontrar
números em laboratório, sem explicações outras e que concordam com
equações, é fazer física, então deixo o dito pelo não dito, pois estamos
interpretando o termo física sob conotações diferentes e creio que não vale
a pena "brigarmos" por questões semânticas.

> Minha pergunta, que até agora não obtive resposta é: se usamos suas
> idéias esses resultados experimentais surgem?

Mas quais idéias? As idéias que afirmei possuir apontam-me para um caminho.
Eu só poderei chegar ao resultado após percorrer o caminho. Porque eu
deveria escolher este caminho entre uma infinidade de outros que têm me
aparecido? Afinal, já disse e repito: eu sou um só a tentar responder o que
milhares de outros fizeram, de maneira insatisfatória, por cerca de um
século. E perceba que a insatisfação não é somente minha mas também de
Trefil, Schrodinger, Planck, Einstein, Dirac, de Broglie, Sokal, etc, etc,
etc.

> Quero dizer, por suas
> hipóteses, como se obtêm tais valores?

Quais hipóteses? As eletromagnéticas? Ou seriam aquelas encontradas nos
livros que você leu (Os átomos também amam e Confesso que blefei). Estes
livros expõem uma infinidade de problemas e apontam possíveis caminhos
clássicos de solução, mas não chegam a firmar hipóteses. Eles foram escritos
sobre um clima de insights em série e creio que isso chega a ficar patente
para o leitor. Como diria Einstein, retratam "imagens de espírito" que
surgem na mente de qualquer teorizador antes de chegar propriamente à teoria
em si. E se você se der ao luxo de ler o prefácio do primeiro desses livros,
encontrará o seguinte: "...Na realidade, nem eu sei o que escrevi. Não sei
se é um conto, uma série de crônicas, uma mensagem de amor ou mesmo uma
teoria. E se for uma teoria, estará acabada? Parece-me que não..." Hoje, 18
anos após, eu sei o que escrevi. Pois é com base nisso que escrevi que
consigo produzir artigos em série e/ou manifestar-me na Ciencialist de
maneira a deixar vocês de "cabelo em pé". ;-))

Creio que o restante da mensagem é cópia de outra que já respondi e,
portanto, vou parar por aqui. Perdoe-me se porventura não fui
suficientemente gentil e/ou paciente da maneira solicitada, seja em alguns
dos tópicos desta mensagem, seja nos das quatro mensagens anteriores.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Regra de L`Hapital
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2001 08:21

Léo comentando a regra de L'Hospital (após apreciar as demonstrações já apresentadas):

Tudo ia bem na vidinha dos limites, derivadas e diferenciais. Tanto ia bem que até Taylor e Mac-Laurin deram-se ao luxo de desenvolver em série funções 'cabeludas' como e^x, senx, cosx, L(1+x) etc.
Mas, um dia elas apareceram ... as expressões indeterminadas ... orgulhosamente ostentando as formas 0/0, infinito x infinito, 0 x infinito, 0^0, 1^infinito.

A primeira das indeterminações é a 'fundamental' (as demais podem ser levantadas indiretamente a partir dessa):0/0.
É o que ocorre para f(x)/g(x) cujos termos f(x) e g(x) se anulam para x = a, de modo que, f(a)/g(a) = 0/0 é uma indeterminação ... e procuremos levantá-la.
Para isso façamos x = a + h de modo que teremos: f(a+h)/g(a+h); aplicando a fórmula de Taylor para o desenvolvimento em série teremos:

f(a+h)/g(a+h) = [ f(a) + (h/1).f'(a) + (h^2/1.2).f"(a) + ........ ] / [ g(a) + (h/1).g'(a) + (h^2/1.2).g"(a) + ........ ] =

Dividindo ambos os termos por h e suprimindo f(a) e g(a) que são nulos (conforme hipótese) vem:

= [ f'(a) + (h/1.2).f"(a) + ..... ] / [ g'(a) + (h/1.2).g"(a) + .... ] =

e fazendo h tender para zero teremos finalmente (sempre tem esse finalmente): = f'(a)/g'(a),

de modo que podemos enunciar a seguinte 'nova' regra: o valor de uma expressão fracionária cujos termos (função de uma variável x) se anulam para um determinado valor da referida variável, é dado pela relação entre as derivadas do numerador e do denominador para esse valor da variável.
É a regra de L'Hospital: lim (x=>a) [f(x)/g(x)] = f'(a)/g'(a).

Nota: Pode acontecer que a fração f'(a)/g'(a) apresente também a mesma indeterminação e, nesse caso, aplica-se novamente a regra de L'Hospital obtendo-se f"(a)/g"(a) e, se isso ainda acontecer, toca o bonde aplicando o L'Hospital até chegarmos ás primeiras derivadas sucessivas que não se anulam, *ao mesmo tempo*, para x = a.

[]'
Léo
============

-----Mensagem Original-----
De: "Eduardo Gueron" <dgueron@mailbr.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 10 de outubro de 2001 04:53
Assunto: Re: [ciencialist] Regra de L`Hapital


|
|
| "Daniel Cid (sinistrow)" wrote:
| >
| > Alguem poderia me desmonstrar formalmente
| >
| > como chegaram ate a regra de L`Hopital ?
| >
| > []`z
| >
| > --
| > Daniel B. Cid (sinistrow)
| >
| Oi,
|
| há uma prova bem simples usando a definição de derivada e a regra do
| quociente para limites. Queremos calcular o limite de f(x)/g(x) para
| x->a com f(a)=g(a)=0.
|
| lim (f(x)/g(x))= lim f(x)/lim g(x)=(lim f(x)-f(a))/(lim g(x)-g(a)).
| Podemos fazer isso porque f(a)=g(a)=0, portanto, estamos apenas somando
| zeros.
| Podemos multiplicar tudo por:
|
| lim (x-a)/lim (x-a), já que multiplicando tudo por 1 não altera o
| resultado.
| Organizando os limites, ficamos com:
|
| (lim (f(x)-f(a))/(x-a))/(lim (g(x)-g(a))/(x-a))
|
| Como calculamos o limite para x->a, temos na expressão acima a
| definição de derivadas, mais precisamente, f'(a)/g'(a).
|
| De forma mais rigorosa, se pode usar o teorema do valor médio de Cauchy
| que diz que se f(x) e g(x) são contínuas no intervalo fechado [a,b] e
| diferenciáveis no intervalo aberto (a,b) então existe c em (a,b) tal que
|
| f'(c) [g(a)-g(b)]=g'(c) [f(a)-f(b)]
|
| Podemos sempre escrever: f'(c)/g'(c)=[f(x)-f(a)]/[g(x)-g(a)]
|
| Agora, c está em (x,a). Neste caso, não precisamos admitir que f(a)
| exista mas podemos definir que f(a)=lim f(x->a)=0 Para que a hipótese de
| f(z) contínua [x,a] seja satisfeita.
|
| Fazendo o limite para x->a temos que c->a já que pertence ao intervalo
| (x,a), além disso, como f(a)=g(a)=0 por definição, chega-se que
|
| lim f(x->a)/g(x->a)=lim f'(x->a)/g'(x->a) que é a forma mais rigorosa
| da regra de L'Hospital.
|
| A regra de L'Hospital também vale para f(x->a)->Infinito e
| g(x->a)->Infinito. A prova é a seguinte:
|
| f(x)/g(x)=G(x)/F(x) onde F(x)=1/f(x) e G(x)=1/g(x).
|
| Naturalmente, lim F(x->a)=0=lim G(x->a). Portanto, se pode usar:
|
| lim F'(x->a)/G'(x->a)=lim F(x->a)/G(x->a) como já havia demonstrado. Se
| o limite existe e não se anula, temos que:
|
| lim F'(x->a)/G'(x->a)=1/lim(F(x->a)/G(x->a))=lim g(x->a)/f(x->a)
|
| Pelas regras da derivada temos que F'(x)=-f'(x)/[f(x)^2] e
| G'(x)=-g'(x)/[g(x)^2], portanto:
|
| lim F'(x->a)/G'(x->a)=
| lim (f'(x->a)*g(x->a)^2)/(g'(x->a)*f(x->a)^2)=lim g(x->a)/f(x->a),
| multiplicando os dois lados por lim f(x->a)^2/g(x->a)^2, ficamos com:
|
| lim f'(x->a)/g'(x->a)=lim f(x->a)/g(x->a) que é a regra de L'Hospital.
|
| []'s Eduardo.
|
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SUBJECT: Re: Regra de L`hopital
FROM: "Daniel Cid (sinistrow)" <danielcid@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2001 08:44

Obrigado a todos (Felipe, Eduardo e Léo) pelas respostas :)))

[]`zzz

--
Daniel B. Cid (sinistrow)




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Livro de C. H. Hinton
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/10/2001 00:39

Estou procurando o livro mencionado abaixo, que ensina alguns conceitos de
dimensionalidade, mas não acho em canto nenhum. Se alguém pude me ajudar,
tiver o livro e quiser vender, souber onde vende, etc ... a referencia
completa do livro é :

Charles Howard Hinton, A New Era of Thought, Swan Sonnenschein & Co, London
1888 (parece que teve uma reedição em 1910)

agradeço desde já
Leonardo Stern


SUBJECT: Re: [ciencialist] Base de Alcantara
FROM: luizln@bol.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/10/2001 10:26

> Pelo que eu sei a base de Alcântara foi locada aos
> americanos, logo, eles são possuidores de sua área
> tal qual qualquer inquilino é possuidor da casa
> que aluga.
>
> Sobre o resto eu não sei, mas me parece um pouco
> de exagero.

Nao ha' exageros. Acompanho a discussao desta
questao ha' muitos meses (esta noticia e' muito
velha, so' nao chegou ainda ao grande publico).

A posicao oficial brasileira e' que os termos do
acordo sao apenas retorica (sic), porque o dinheiro
do aluguel ira' para o caixa unico da Uniao e, uma
vez la', poderemos utiliza'-lo como quisermos.

Pessoalmente eu acho esse negocio de "acordo de
faz de conta" e' muito perigoso. Os americanos,
se eventualmente lhe convierem, tambme pode
usar o argumento do caixa unico como "prova"
contra o Brasil de qualquer coisa.

Continuando, o governo brasileiro tambem ja'
disse que, apesar de ser proibido pelo acordo,
o dinheiro vai ser usado sim no projeto espacial
brasileiro.

E' muita brincadeira de faz de conta pro meu
gosto.

O interesse em Alcantara e' porque ela fica quase
no equador, enquanto que o ponto mais proximo
do equador no territorio norte-americano (Cabo
Kennedy), esta' a cerca de 28 graus afastado do
equador.

E dai'?

Enquanto que a aceleracao da gravidade e' mais
ou menos contante em toda a superficie do
mundo, porque a Terra gira (rotacao) ha' uma
forca centrifuga, que e' maior quando mais
distante do eixo de rotacao. E o equador e' o
ponto mais distante do eixo de rotacao da
Terra.

Esse efeito e' tao significativo que muda
completamente as especificacoes dos foguetes.

Um foguete lancado de Alcantara pode ser
quase tres vezes (uau!) menos potente para
lancar a mesma carga ao espaco do que um
lancado no Cabo Kennedy.

Em termos de economia e de simplicidade de
tecnologia (para fazer um foguete menos
potente e mais simples) as diferencas sao
bastante significativas.

E' por isso que as duas bases brasileiras de
lancamentos de foguetes (Barreira do Inferno
e Alcantara) nao estao na regiao sudeste,
principal polo industrial do pais. A diferenca
de latitude pode ser a diferenca entre o
sucesso e o fracasso do projeto (ou, mais
realisticamente, a diferenca entre quantas
vezes o investimento pode ter de dobrar).

O projeto espacial do Brasil ja' tem cerca de
30 anos de idade. Nestas 3 decadas ja' foram
gastos 1 bilhao de dolares. E ainda nao temos
resultados praticos.

Muito dinheiro por nada? Nao seria melhor
gastar esse dinheiro aqui na Terra?

Nao mesmo!

Historicamente, um projeto espacial e' o
melhor tipo de investimento do capitalismo
em toda a historia.

Por exemplo, a ida `a Lua pelos americanos
(o projeto Apolo, mais especificamente),
custou (se nao me engano) 25 bilhoes de
dolares. O resultado? Muitas dezenas de
vezes maior.

Ja' viram aquelas sopas desidratadas que
encontramos nos supermercados? E ja'
pensou sobre do que e' feito esse material
preto do cabo das panelas? E como foram
inventados e desenvolvidos os equipamentos
de telemetria usados em UTIs?

Estes sao alguns dos subprodutos do projeto
Apolo. Ate' hoje rendem muito dinheiro em
royalties.

Ideologicamente, investir no projeto Apolo,
em vez de investir todos os seus bilhoes na
Terra, e' a melhor opcao. Em uma decada
poderia ser retirado dez ou trinta vezes mais
do que o investimento inicial para usar na
Terra.

Infelizmente, foi usado o capitalismo, nao a
ideologia, para destinar o resultado financeiro
do projeto.

E o Brasil?

Vai inventar tambem muitos subprodutos?

Certamente que nao. Embora, sim, varios
subprodutos (tecnologias) serao (e ja' sao)
gerados que tem grande utilidade na industria.

Mas o principal retorno de um programa
espacial e' o lancamento de satelites.

O custo do lancamento de um satelite e'
cobrado por quilo. Milhares de dolares por
quilo. Um unico satelite de apenas uma
tonelada (um dos pequenos) gera milhoes
de dolares (do ponto de vista de quem tem
o foguete que vai coloca'-lo em orbita).

O unico bilhao de dolares que o Brasil
investiu em tres decadas representam, em
media, menos de 3 milhoes de dolares por
mes (em todo o projeto).

Pouquissimo, tanto em valores relativos
quanto em valores absolutos.

Em todo o mundo sao cerca de uma dezena
de paises que possuem foguetes capazes
de colocar satelites em orbita. E ja' sao
algo como uns dois mil satelites por ano.

Supondo uma media de 5 toneladas (5 mil
quilos) por satelites, isso equivale a algo
como 100 bilhoes de dolares por ano em
lancamentos de satelites (estimativa
pessimista, porque deve ser mais, e este
mercado ainda esta' crescendo).

Se o Brasil pegar apenas 1 por cento deste
mercado, em um ano tera' como retorno
todo o seu investimento de 3 decadas.

Mas nao sera' assim. O Brasil deve pegar
seguramente mais de cinco por cento deste
mercado (seriam mais de 5 bilhoes de dolares
por ano, ou algumas tudo o que investiu por
3 decadas).

Com Alcantara, os foguetes brasileiros
podem ser mais simples e mais baratos que
os da maioria dos outros paises. Isso quer
dizer maior margem de retorno (lucro), ou
menos tempo para terminar o nosso foguete.

Tambem quer dizer que, o mesmo foguete
norte-americano usado em Cabo Kennedy,
em Alcantara gera quase o triplo da receita.
Os 300 milhoes de dolares anuais que os
americanos vao nos pagar por Alcantara sao
dinheiro miudo, pagos com o lancamento de
uns 30 dos 2 mil satelites que estao por ai'
(so' 1,5% do total), por ano (o que pode ser
feito com o lancamento de 5 foguetes ou
menos por ano - o resto e' lucro facil, para eles).

A questao torna-se, por este angulo, puramente
economica (embora tambem estrategica, porque
se o Brasil ficar prejudicado em seu projeto
espacial, e' um competidor a menos).

Tambem, do ponto de vista economico, o
Brasil deveria aumentar (e muito) o orcamento
do seu programa espacial.

Quanto mais dinheiro, menor o tempo para
termos um foguete em pleno funcionamento.

Com mais 1 bilhao por mais 3 decadas, poderemos
ter o nosso foguete disponivel em mais 10 ou
20 anos (ate' os americanos perderam muito
tempo e explodiram muitos foguetes, ate' acertar
a mao).

Mas com o orcamento de 1 bilhao em 5 anos,
no final deste periodo poderemos ja' estar com
ele pronto. E gerando receita.

E de onde tirar este dinheiro, em tempos de
recessao? A resposta que eu penso e', vendo-o
como investimento, nao como custo. E'
investimento de medio prazo (nao de longo
prazo, como e' hoje). Tambem um pouco de
empenho em recuperar (ou barrar) desvios
de dinheiro publico ajudam muito.

Em menos de dois anos (talvez ja' no
primeiro ano), todo o investimento que
pudermos fazer no projeto espacial ja'
estara' pago e gerando receita.

Restara', entao, passarmos do campo
economico para o campo politico, quando
exigirmos que a receita gerada sejam usados
nos campos sociais. Afinal, o lucro pelo
lucro com dinheiro publico e' um crime
de lesa patria.


[ ]s, Luiz Lima


SUBJECT: Re: [ciencialist] Base de Alcantara
FROM: "Prof. José Carlos" <j.c@iname.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/10/2001 10:26

Crédo!

----- Original Message -----
From: <luizln@bol.com.br>

> Enquanto que a aceleracao da gravidade e' mais
> ou menos contante em toda a superficie do
> mundo, porque a Terra gira (rotacao) ha' uma
> forca centrifuga, que e' maior quando mais
> distante do eixo de rotacao. E o equador e' o
> ponto mais distante do eixo de rotacao da
> Terra.

Forças centrífugas (bléééérgh) são forças fictícias... vai ver todo o acordo
é fictício também, talvez os gringos estejam apenas tomando posse
oficialmente de uma parte do quintalzinho deles.

José Carlos



SUBJECT: Re: [ciencialist] Base de Alcantara
FROM: luizln@bol.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/10/2001 16:17

> Crédo!
>
> > (...) porque a Terra gira (rotacao) ha' uma
> > forca centrifuga, que e' maior quando (...)
>
> Forças centrífugas (bléééérgh) são forças fictícias... vai ver todo o acordo
> é fictício também, talvez os gringos estejam apenas tomando posse
> oficialmente de uma parte do quintalzinho deles.

Dirigindo em alta (mas legal) velocidade, voce
faz uma curva para a direita. Como resultado,
voce se sente como que "empurrado" para a
sua esquerda...

Mas espere! Voce nao e' empurrado! Porque
forcas ficticias nao existem e nao produzem
nenhum efeito! Elas so' existem nos livros!

E'... talvez, quando tal cena ocorrer, voce nao
sera' "empurrado", voce deve estar sob o
efeito de alguma coisa, porque estara' sentindo
algo que nao existe (afinal, e' uma forca ficticia).

Francamente, eu e' que deveria dizer "Credo!".
Nao esperava justo este tipo de comentario
por aqui.


> José Carlos

[ ]s, Luiz Lima


SUBJECT: Problemas r�diculos.....
FROM: Carlos Maçaranduba <soh_lamento@yahoo.com.br>
TO: obm-l@mat.puc-rio.br, ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/10/2001 21:01

Aí vão uma avalanche de problemas bastante fáceis
para quem ousar tentar resolve-los.Luiz Ferraz Neto ,
com os seus ectoplasmas hiperdimensionais vai achar
essas questões uma piada.....Boa sorte e só lamento.



>= , <= : quer dizer maior ou igual e menor ou
igual.


Considere um polígono convexo de n lados e suponha que
não há duas de suas diagonais que sejam paralelas nem
três que concorram em um mesmo ponto que não seja
vértice.Quantos desses pontos de intersecção são
interiores ao polígono??quantos são exteriores??


Escrevem-se números de cinco dígitos(inclusive os
começados por zero) em cartões .Como 0,1 e 8 não se
alteram de cabeça para baixo e como 6 de cabeça para
baixo se transforma em 9 , um só cartão pode
representar dois números(por exemplo ,06198 e
86190).Qual é o número mínimo de cartões para
representar todos os números de cinco dígitos ?



Se a e b são duas das raízes da equação x^4 + x^3 – 1
= 0 , prove que ab é uma raiz de x^6 + x^4 + x^3 – x^2
– 1 = 0.



Sejam p e q reais positivos tais que 1/p +1/q = 1.
Prove que xy <= (x^p) / p + (y^q) / q , para todo
x , y >=0.



Seja H a altura de um tetraedro regular e h1 , h2 ,h3
e h4 ,as distancias entre desde um ponto P em seu
interior ás faces do tetraedro . Prove que

3 > S >= 12/5

Sendo S:

S = (H – h1) / (H + h1) + (H - h2) / ( H + h2 ) +
(H- h3) / (H+h3) + (H- h4) / (H+ h4) .




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SUBJECT: Problemas r�diculos.....
FROM: Carlos Maçaranduba <soh_lamento@yahoo.com.br>
TO: obm-l@mat.puc-rio.br, ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/10/2001 21:01

Aí vão uma avalanche de problemas bastante fáceis
para quem ousar tentar resolve-los.Luiz Ferraz Neto ,
com os seus ectoplasmas hiperdimensionais vai achar
essas questões uma piada.....Boa sorte e só lamento.



>= , <= : quer dizer maior ou igual e menor ou
igual.


Considere um polígono convexo de n lados e suponha que
não há duas de suas diagonais que sejam paralelas nem
três que concorram em um mesmo ponto que não seja
vértice.Quantos desses pontos de intersecção são
interiores ao polígono??quantos são exteriores??


Escrevem-se números de cinco dígitos(inclusive os
começados por zero) em cartões .Como 0,1 e 8 não se
alteram de cabeça para baixo e como 6 de cabeça para
baixo se transforma em 9 , um só cartão pode
representar dois números(por exemplo ,06198 e
86190).Qual é o número mínimo de cartões para
representar todos os números de cinco dígitos ?



Se a e b são duas das raízes da equação x^4 + x^3 – 1
= 0 , prove que ab é uma raiz de x^6 + x^4 + x^3 – x^2
– 1 = 0.



Sejam p e q reais positivos tais que 1/p +1/q = 1.
Prove que xy <= (x^p) / p + (y^q) / q , para todo
x , y >=0.



Seja H a altura de um tetraedro regular e h1 , h2 ,h3
e h4 ,as distancias entre desde um ponto P em seu
interior ás faces do tetraedro . Prove que

3 > S >= 12/5

Sendo S:

S = (H – h1) / (H + h1) + (H - h2) / ( H + h2 ) +
(H- h3) / (H+h3) + (H- h4) / (H+ h4) .




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DATE: 11/10/2001 21:02

Aí vão uma avalanche de problemas bastante fáceis
para quem ousar tentar resolve-los.Luiz Ferraz Neto ,
com os seus ectoplasmas hiperdimensionais vai achar
essas questões uma piada.....Boa sorte e só lamento.



>= , <= : quer dizer maior ou igual e menor ou
igual.


Considere um polígono convexo de n lados e suponha que
não há duas de suas diagonais que sejam paralelas nem
três que concorram em um mesmo ponto que não seja
vértice.Quantos desses pontos de intersecção são
interiores ao polígono??quantos são exteriores??


Escrevem-se números de cinco dígitos(inclusive os
começados por zero) em cartões .Como 0,1 e 8 não se
alteram de cabeça para baixo e como 6 de cabeça para
baixo se transforma em 9 , um só cartão pode
representar dois números(por exemplo ,06198 e
86190).Qual é o número mínimo de cartões para
representar todos os números de cinco dígitos ?



Se a e b são duas das raízes da equação x^4 + x^3 – 1
= 0 , prove que ab é uma raiz de x^6 + x^4 + x^3 – x^2
– 1 = 0.



Sejam p e q reais positivos tais que 1/p +1/q = 1.
Prove que xy <= (x^p) / p + (y^q) / q , para todo
x , y >=0.



Seja H a altura de um tetraedro regular e h1 , h2 ,h3
e h4 ,as distancias entre desde um ponto P em seu
interior ás faces do tetraedro . Prove que

3 > S >= 12/5

Sendo S:

S = (H – h1) / (H + h1) + (H - h2) / ( H + h2 ) +
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FROM: Carlos Maçaranduba <soh_lamento@yahoo.com.br>
TO: obm-l@mat.puc-rio.br, ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/10/2001 21:02

Aí vão uma avalanche de problemas bastante fáceis
para quem ousar tentar resolve-los.Luiz Ferraz Neto ,
com os seus ectoplasmas hiperdimensionais vai achar
essas questões uma piada.....Boa sorte e só lamento.



>= , <= : quer dizer maior ou igual e menor ou
igual.


Considere um polígono convexo de n lados e suponha que
não há duas de suas diagonais que sejam paralelas nem
três que concorram em um mesmo ponto que não seja
vértice.Quantos desses pontos de intersecção são
interiores ao polígono??quantos são exteriores??


Escrevem-se números de cinco dígitos(inclusive os
começados por zero) em cartões .Como 0,1 e 8 não se
alteram de cabeça para baixo e como 6 de cabeça para
baixo se transforma em 9 , um só cartão pode
representar dois números(por exemplo ,06198 e
86190).Qual é o número mínimo de cartões para
representar todos os números de cinco dígitos ?



Se a e b são duas das raízes da equação x^4 + x^3 – 1
= 0 , prove que ab é uma raiz de x^6 + x^4 + x^3 – x^2
– 1 = 0.



Sejam p e q reais positivos tais que 1/p +1/q = 1.
Prove que xy <= (x^p) / p + (y^q) / q , para todo
x , y >=0.



Seja H a altura de um tetraedro regular e h1 , h2 ,h3
e h4 ,as distancias entre desde um ponto P em seu
interior ás faces do tetraedro . Prove que

3 > S >= 12/5

Sendo S:

S = (H – h1) / (H + h1) + (H - h2) / ( H + h2 ) +
(H- h3) / (H+h3) + (H- h4) / (H+ h4) .




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SUBJECT: Re: [ciencialist] Problemas r�diculos.....
FROM: sarah alll <xix79br@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/10/2001 00:50

--- Carlos Maçaranduba <soh_lamento@yahoo.com.br>
escreveu:
<HR>
<html><body>
<tt>
Aí vão&nbsp; uma avalanche de problemas bastante
fáceis&nbsp;&nbsp; <BR>
para quem ousar tentar resolve-los.Luiz&nbsp; Ferraz
Neto ,<BR>
com os seus ectoplasmas hiperdimensionais vai
achar<BR>
essas questões&nbsp; uma piada.....Boa sorte e só
lamento. <BR>
<BR>
<BR>
<BR>
&gt;=&nbsp; , &lt;=&nbsp; : quer dizer maior ou
igual&nbsp; e&nbsp; menor ou<BR>
igual.<BR>
<BR>
<BR>
Considere um polígono convexo de n lados e suponha
que<BR>
não há duas de suas diagonais que sejam paralelas
nem<BR>
três que concorram em um mesmo ponto que não seja<BR>
vértice.Quantos desses pontos de intersecção são<BR>
interiores ao polígono??quantos são exteriores??<BR>
<BR>
<BR>
Escrevem-se números de cinco dígitos(inclusive os<BR>
começados por zero) em cartões .Como 0,1 e 8 não
se<BR>
alteram de cabeça para baixo e como 6 de cabeça
para<BR>
baixo se transforma em 9 , um só cartão pode<BR>
representar dois números(por exemplo ,06198 e<BR>
86190).Qual é o número mínimo de cartões para<BR>
representar todos os números de cinco dígitos ?<BR>
<BR>nao ficou explicito (pelo menos a mim) se os 5
digitos sao distintos e se usarei os numeros de 0 a
9...voce apenas se referiu aos numeros 0,1,6,8 e 9...
<BR>
<BR>
Se a e b são duas das raízes da equação x^4 + x^3 –
1<BR>
= 0 , prove que ab é uma raiz de x^6 + x^4 + x^3 –
x^2<BR>
– 1 = 0.<BR>
<BR>
<BR>
<BR>
Sejam p e q reais positivos tais que 1/p +1/q = 1.<BR>
Prove que&nbsp; xy &lt;= (x^p) / p&nbsp; +&nbsp; (y^q)
/ q&nbsp; , para todo<BR>
x , y &gt;=0.&nbsp; <BR>
<BR>
&nbsp; <BR>
<BR>
Seja H a altura de um tetraedro regular e h1 , h2 ,h3
<BR>
e h4 ,as distancias entre desde um ponto P em seu<BR>
interior ás faces do tetraedro . Prove que <BR>
<BR>
3 &gt; S &gt;= 12/5<BR>
<BR>
Sendo S:<BR>
<BR>
S = (H – h1) / (H + h1)&nbsp; +&nbsp; (H - h2) / ( H +
h2 )&nbsp; +<BR>
(H- h3) / (H+h3) + (H- h4) / (H+ h4) .<BR>
<BR>
<BR>
<BR>
<BR>
_______________________________________________________________________________________________<BR>
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</tt>


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<tt>
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</br>

</body></html>


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Base de Alcantara
FROM: "Prof. José Carlos" <j.c@iname.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/10/2001 05:31

Luiz Lima, meu bom menino,

----- Original Message -----
From: <luizln@bol.com.br>


> > Crédo!
> >
> > > (...) porque a Terra gira (rotacao) ha' uma
> > > forca centrifuga, que e' maior quando (...)
> >
> > Forças centrífugas (bléééérgh) são forças fictícias... vai ver todo o
acordo
> > é fictício também, talvez os gringos estejam apenas tomando posse
> > oficialmente de uma parte do quintalzinho deles.
>
> Dirigindo em alta (mas legal) velocidade, voce
> faz uma curva para a direita. Como resultado,
> voce se sente como que "empurrado" para a
> sua esquerda...
>
> Mas espere! Voce nao e' empurrado! Porque
> forcas ficticias nao existem e nao produzem
> nenhum efeito! Elas so' existem nos livros!
>
> E'... talvez, quando tal cena ocorrer, voce nao
> sera' "empurrado", voce deve estar sob o
> efeito de alguma coisa, porque estara' sentindo
> algo que nao existe (afinal, e' uma forca ficticia).
>
> Francamente, eu e' que deveria dizer "Credo!".
> Nao esperava justo este tipo de comentario
> por aqui.
>
>
> > José Carlos
>
> [ ]s, Luiz Lima
>

Quando você seu carro faz a tendência natural dos passageiros e de tudo mais
que não esteja rigidamente preso ao carro é de continuar em movimento
retilíneo e uniforme (princípio da inércia, ou como é comumente conhecido
"Primeira Lei de Newton". Para fazer a curva você precisa que forças reais
atuem proporcionando uma componente perpendicular ao seu vetor velocidade de
forma a originar uma resultante centrípeta que o acelere para o centro da
curva (Segunda Lei de Newton). Portanto, em uma curva você não é "puxado
para fora" por forças irreais (e, por isso denominadas "fictícias"), mas sim
"puxado para dentro" por forças reais - como as que o banco do automóvel
aplica em seus passageiros.

Bom, como isso é física básica de primeiro ano do ensino médio não vou me
estender mais. Ah, sim, antes que eu me esqueça, a proposta do meu
comentário não foi discutir a dinâmica do movimento curvilíneo, mas acho que
você também não sacou isso, né?


A propósito, em boca fechada não entra mosquito, como dizia minha mãe.

Um grande abraço,

José Carlos



SUBJECT: Re: Base de Alcantara
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/10/2001 06:36


Oi. A força que age depende do referencial. No referencial do chão, você
tende a seguir em linha reta e o carro é que te puxa para dentro da curva.
No referencial do carro (ou no seu), há uma força centrífuga. A força
centrífuga é tão real quanto a força centrípeta, pois sua diferença advém
apenas do referencial usado. O termo "força fictícia" não significa que a
força não exista, mas sim que se trata de uma "força inercial" - ou seja,
que aparece apenas se nos colocarmos em referenciais acelerados.

Até,
Belisário

----- Original Message -----
From: Prof. José Carlos <j.c@iname.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, October 12, 2001 5:31 AM
Subject: Re: [ciencialist] Base de Alcantara


> Luiz Lima, meu bom menino,
>
> ----- Original Message -----
> From: <luizln@bol.com.br>
>
>
> > > Crédo!
> > >
> > > > (...) porque a Terra gira (rotacao) ha' uma
> > > > forca centrifuga, que e' maior quando (...)
> > >
> > > Forças centrífugas (bléééérgh) são forças fictícias... vai ver todo o
> acordo
> > > é fictício também, talvez os gringos estejam apenas tomando posse
> > > oficialmente de uma parte do quintalzinho deles.
> >
> > Dirigindo em alta (mas legal) velocidade, voce
> > faz uma curva para a direita. Como resultado,
> > voce se sente como que "empurrado" para a
> > sua esquerda...
> >
> > Mas espere! Voce nao e' empurrado! Porque
> > forcas ficticias nao existem e nao produzem
> > nenhum efeito! Elas so' existem nos livros!
> >
> > E'... talvez, quando tal cena ocorrer, voce nao
> > sera' "empurrado", voce deve estar sob o
> > efeito de alguma coisa, porque estara' sentindo
> > algo que nao existe (afinal, e' uma forca ficticia).
> >
> > Francamente, eu e' que deveria dizer "Credo!".
> > Nao esperava justo este tipo de comentario
> > por aqui.
> >
> >
> > > José Carlos
> >
> > [ ]s, Luiz Lima
> >
>
> Quando você seu carro faz a tendência natural dos passageiros e de tudo
mais
> que não esteja rigidamente preso ao carro é de continuar em movimento
> retilíneo e uniforme (princípio da inércia, ou como é comumente conhecido
> "Primeira Lei de Newton". Para fazer a curva você precisa que forças reais
> atuem proporcionando uma componente perpendicular ao seu vetor velocidade
de
> forma a originar uma resultante centrípeta que o acelere para o centro da
> curva (Segunda Lei de Newton). Portanto, em uma curva você não é "puxado
> para fora" por forças irreais (e, por isso denominadas "fictícias"), mas
sim
> "puxado para dentro" por forças reais - como as que o banco do automóvel
> aplica em seus passageiros.
>
> Bom, como isso é física básica de primeiro ano do ensino médio não vou me
> estender mais. Ah, sim, antes que eu me esqueça, a proposta do meu
> comentário não foi discutir a dinâmica do movimento curvilíneo, mas acho
que
> você também não sacou isso, né?
>
>
> A propósito, em boca fechada não entra mosquito, como dizia minha mãe.
>
> Um grande abraço,
>
> José Carlos




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Base de Alcantara
FROM: "Prof. José Carlos" <j.c@iname.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/10/2001 06:47

Oi Belisário,

Forças são produtos de interações físicas. Uma força nunca se origina sem
uma interação física. As pedras caem porque interagem gravitacionalmente com
a Terra, os carros fazem curvas porque interagem com o chão (atrito), os
passageiros dentro dos carros fazem a mesma curva que o carro porque
interagem com os bancos ou outras partes do carro (e se essa interação não
ocorrer os passageiros simplesmente não fazem a curva! - isso, é, eles "saem
pela tangente" o que significa apenas que não fizeram a curva e não que
foram puxados para fora dela).

Forças centrífugas são fictícias porque não existem realmente, não provém de
interações físicas e sim de uma interpretação errada do problema devido,
agora sim, à tentativa de descrição do movimento a partir de um referencial
não-inercial.

Abraços,

José Carlos

----- Original Message -----
From: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, October 12, 2001 6:36 AM
Subject: [ciencialist] Re: Base de Alcantara


>
> Oi. A força que age depende do referencial. No referencial do chão,
você
> tende a seguir em linha reta e o carro é que te puxa para dentro da curva.
> No referencial do carro (ou no seu), há uma força centrífuga. A força
> centrífuga é tão real quanto a força centrípeta, pois sua diferença advém
> apenas do referencial usado. O termo "força fictícia" não significa que a
> força não exista, mas sim que se trata de uma "força inercial" - ou seja,
> que aparece apenas se nos colocarmos em referenciais acelerados.
>
> Até,
> Belisário
>
> ----- Original Message -----
> From: Prof. José Carlos <j.c@iname.com>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Friday, October 12, 2001 5:31 AM
> Subject: Re: [ciencialist] Base de Alcantara
>
>
> > Luiz Lima, meu bom menino,
> >
> > ----- Original Message -----
> > From: <luizln@bol.com.br>
> >
> >
> > > > Crédo!
> > > >
> > > > > (...) porque a Terra gira (rotacao) ha' uma
> > > > > forca centrifuga, que e' maior quando (...)
> > > >
> > > > Forças centrífugas (bléééérgh) são forças fictícias... vai ver todo
o
> > acordo
> > > > é fictício também, talvez os gringos estejam apenas tomando posse
> > > > oficialmente de uma parte do quintalzinho deles.
> > >
> > > Dirigindo em alta (mas legal) velocidade, voce
> > > faz uma curva para a direita. Como resultado,
> > > voce se sente como que "empurrado" para a
> > > sua esquerda...
> > >
> > > Mas espere! Voce nao e' empurrado! Porque
> > > forcas ficticias nao existem e nao produzem
> > > nenhum efeito! Elas so' existem nos livros!
> > >
> > > E'... talvez, quando tal cena ocorrer, voce nao
> > > sera' "empurrado", voce deve estar sob o
> > > efeito de alguma coisa, porque estara' sentindo
> > > algo que nao existe (afinal, e' uma forca ficticia).
> > >
> > > Francamente, eu e' que deveria dizer "Credo!".
> > > Nao esperava justo este tipo de comentario
> > > por aqui.
> > >
> > >
> > > > José Carlos
> > >
> > > [ ]s, Luiz Lima
> > >
> >
> > Quando você seu carro faz a tendência natural dos passageiros e de tudo
> mais
> > que não esteja rigidamente preso ao carro é de continuar em movimento
> > retilíneo e uniforme (princípio da inércia, ou como é comumente
conhecido
> > "Primeira Lei de Newton". Para fazer a curva você precisa que forças
reais
> > atuem proporcionando uma componente perpendicular ao seu vetor
velocidade
> de
> > forma a originar uma resultante centrípeta que o acelere para o centro
da
> > curva (Segunda Lei de Newton). Portanto, em uma curva você não é "puxado
> > para fora" por forças irreais (e, por isso denominadas "fictícias"), mas
> sim
> > "puxado para dentro" por forças reais - como as que o banco do automóvel
> > aplica em seus passageiros.
> >
> > Bom, como isso é física básica de primeiro ano do ensino médio não vou
me
> > estender mais. Ah, sim, antes que eu me esqueça, a proposta do meu
> > comentário não foi discutir a dinâmica do movimento curvilíneo, mas acho
> que
> > você também não sacou isso, né?
> >
> >
> > A propósito, em boca fechada não entra mosquito, como dizia minha mãe.
> >
> > Um grande abraço,
> >
> > José Carlos
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>



SUBJECT: Re: Base de Alcantara
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/10/2001 21:30

Olá José Carlos e Belisário,

Deixa eu meter minha colher de pau tortíssima

Tenho a impressão que explicação do Prof. José Carlos é correta na
física clássica - considerando-se os referenciais inerciais
"melhores" do que os não inerciais.

Só que pelo que eu entendi um dos objetivos de Einstein era abolir
essa distinção, de modo a considerar todos os referenciais igualmente
bons.

Se quisermos equiparar todos os referenciais como igualmente "bons",
então não tem jeito. Temos que considerar a força centrífuga como tão
real como todas as outras. Se ela é causada por troca de partículas
virtuais, pelo espaço-tempo torto ou exudações ectoplásmicas não é
problema meu! :-)

[]'s

André

--- In ciencialist@y..., "Prof. José Carlos" <j.c@i...> wrote:
> Oi Belisário,
>
> Forças são produtos de interações físicas. Uma força nunca se
origina sem
> uma interação física. As pedras caem porque interagem
gravitacionalmente com
> a Terra, os carros fazem curvas porque interagem com o chão
(atrito), os
> passageiros dentro dos carros fazem a mesma curva que o carro porque
> interagem com os bancos ou outras partes do carro (e se essa
interação não
> ocorrer os passageiros simplesmente não fazem a curva! - isso, é,
eles "saem
> pela tangente" o que significa apenas que não fizeram a curva e não
que
> foram puxados para fora dela).
>
> Forças centrífugas são fictícias porque não existem realmente, não
provém de
> interações físicas e sim de uma interpretação errada do problema
devido,
> agora sim, à tentativa de descrição do movimento a partir de um
referencial
> não-inercial.
>
> Abraços,
>
> José Carlos
>
> ----- Original Message -----
> From: "Roberto Belisario" <rbdiniz@t...>
> To: <ciencialist@y...>
> Sent: Friday, October 12, 2001 6:36 AM
> Subject: [ciencialist] Re: Base de Alcantara
>
>
> >
> > Oi. A força que age depende do referencial. No referencial do
chão,
> você
> > tende a seguir em linha reta e o carro é que te puxa para dentro
da curva.
> > No referencial do carro (ou no seu), há uma força centrífuga. A
força
> > centrífuga é tão real quanto a força centrípeta, pois sua
diferença advém
> > apenas do referencial usado. O termo "força fictícia" não
significa que a
> > força não exista, mas sim que se trata de uma "força inercial" -
ou seja,
> > que aparece apenas se nos colocarmos em referenciais acelerados.
> >
> > Até,
> > Belisário
> >
> > ----- Original Message -----
> > From: Prof. José Carlos <j.c@i...>
> > To: <ciencialist@y...>
> > Sent: Friday, October 12, 2001 5:31 AM
> > Subject: Re: [ciencialist] Base de Alcantara
> >
> >
> > > Luiz Lima, meu bom menino,
> > >
> > > ----- Original Message -----
> > > From: <luizln@b...>
> > >
> > >
> > > > > Crédo!
> > > > >
> > > > > > (...) porque a Terra gira (rotacao) ha' uma
> > > > > > forca centrifuga, que e' maior quando (...)
> > > > >
> > > > > Forças centrífugas (bléééérgh) são forças fictícias... vai
ver todo
> o
> > > acordo
> > > > > é fictício também, talvez os gringos estejam apenas tomando
posse
> > > > > oficialmente de uma parte do quintalzinho deles.
> > > >
> > > > Dirigindo em alta (mas legal) velocidade, voce
> > > > faz uma curva para a direita. Como resultado,
> > > > voce se sente como que "empurrado" para a
> > > > sua esquerda...
> > > >
> > > > Mas espere! Voce nao e' empurrado! Porque
> > > > forcas ficticias nao existem e nao produzem
> > > > nenhum efeito! Elas so' existem nos livros!
> > > >
> > > > E'... talvez, quando tal cena ocorrer, voce nao
> > > > sera' "empurrado", voce deve estar sob o
> > > > efeito de alguma coisa, porque estara' sentindo
> > > > algo que nao existe (afinal, e' uma forca ficticia).
> > > >
> > > > Francamente, eu e' que deveria dizer "Credo!".
> > > > Nao esperava justo este tipo de comentario
> > > > por aqui.
> > > >
> > > >
> > > > > José Carlos
> > > >
> > > > [ ]s, Luiz Lima
> > > >
> > >
> > > Quando você seu carro faz a tendência natural dos passageiros e
de tudo
> > mais
> > > que não esteja rigidamente preso ao carro é de continuar em
movimento
> > > retilíneo e uniforme (princípio da inércia, ou como é comumente
> conhecido
> > > "Primeira Lei de Newton". Para fazer a curva você precisa que
forças
> reais
> > > atuem proporcionando uma componente perpendicular ao seu vetor
> velocidade
> > de
> > > forma a originar uma resultante centrípeta que o acelere para o
centro
> da
> > > curva (Segunda Lei de Newton). Portanto, em uma curva você não
é "puxado
> > > para fora" por forças irreais (e, por isso denominadas
"fictícias"), mas
> > sim
> > > "puxado para dentro" por forças reais - como as que o banco do
automóvel
> > > aplica em seus passageiros.
> > >
> > > Bom, como isso é física básica de primeiro ano do ensino médio
não vou
> me
> > > estender mais. Ah, sim, antes que eu me esqueça, a proposta do
meu
> > > comentário não foi discutir a dinâmica do movimento curvilíneo,
mas acho
> > que
> > > você também não sacou isso, né?
> > >
> > >
> > > A propósito, em boca fechada não entra mosquito, como dizia
minha mãe.
> > >
> > > Um grande abraço,
> > >
> > > José Carlos
> >
> >
> >
> > &&& --- &&&
> > VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> > http://www.ciencialist.hpg.com.br
> > Para sair da lista envie um mail para
> > ciencialist-unsubscribe@y...
> > &&& --- &&&
> >
> > Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
> http://br.yahoo.com/info/utos.html
> >
> >
> >



SUBJECT: Inércia, para o Belisario e o Andre
FROM: "Prof. José Carlos" <j.c@iname.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/10/2001 22:21

Oi André,

----- Original Message -----
From: <andrebaptista@uol.com.br>

> Olá José Carlos e Belisário,
>
> Deixa eu meter minha colher de pau tortíssima

Colheres são sempre bem vindas nessa sopa :)

> Tenho a impressão que explicação do Prof. José Carlos é correta na
> física clássica - considerando-se os referenciais inerciais
> "melhores" do que os não inerciais.
>
> Só que pelo que eu entendi um dos objetivos de Einstein era abolir
> essa distinção, de modo a considerar todos os referenciais igualmente
> bons.

Na verdade o problema inicial (primeira mensagem) não tinha nada a ver nem
com a mecânica clássica nem com a relativística, mas parece que o Belisário
não entendeu o espírito da coisa e meteu os pés pelas mãos (ou seria as mãos
pelos pés? sei lá, isso também é uma questão de referencial :).

> Se quisermos equiparar todos os referenciais como igualmente "bons",
> então não tem jeito. Temos que considerar a força centrífuga como tão
> real como todas as outras. Se ela é causada por troca de partículas
> virtuais, pelo espaço-tempo torto ou exudações ectoplásmicas não é
> problema meu! :-)

Nem meu, porém, se quisermos mesmo levar esse assunto a sério é preciso
considerar que:
- primeiro: automóveis não são relativísticos e, portanto aplicar a eles
conceitos de relatividade é tão inoportuno quanto calcular a pressão de um
gás pela resultante das componentes perpendiculares dos choques entre suas
moléculas e as paredes do recipiente (ao invés de usa a boa e velha equação
dos gases perfeitos) :)
- segundo: o princípio da equivalência de Einstein foi proposto no contexto
do estudo da gravidade e é particularmente útil nesse contexto. Aplicá-lo ao
estudo de movimentos curvilíneos clássicos, como o do automóvel, é tão útil
quanto reconstruir os epiciclos de Ptolomeu para descrever a trajetória de
Marte. :)
- terceiro: se eu tivesse que explicar (e compreender) o princípio da
inércia por meio de troca de partículas virtuais (coisa que já nem é mais
florzinha do jardim da relatividade e sim da física de partículas e da
mecânica quântica) eu preferiria definir um "diabinho virtual" que nasce da
dobradura do espaço tempo durante as curvas e acelera o passageiro pelo
princípio do "horror ao curvo" (algo semelhante ao horror ao vácuo da idade
média).
- quarto e último: se for pra esculhanbar então eu aplico o princípio de
Mach e explico a inércia pelo movimento relativo do resto do universo e
pronto! :)))

Como vocês podem ver, ovos realmente não tem cabelos! :)))

Abraços,

José Carlos





SUBJECT: Re: Inércia, para o Belisario e o Andre
FROM: "Roberto Belisário Diniz" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/10/2001 01:46


Oi. Na verdade, eu queria na primeira intervenção apenas deixar claro
que as forças inerciais "existem" tanto quanto as não-inerciais -
mesmo que estas últimas sejam causadas por campos que possam ser
associados a fontes de campos (as forças inerciais são associadas
também um campo de força, o campo inercial, porém não podem ser
relacionadas a fontes da mesma forma que as não-inerciais), e as
primeiras pelo fato de se estar num referencial acelerado. Isso
porque a discussão parecia-me estar se desviando para a própria
existência ou não das forças inerciais. Ora, se elas produzem efeito
mensurável, então existem, mesmo que sua origem seja, como apontou o
José Carlos, diferente das não-inerciais.

O argumento que gerou essa discussão foi a invocação da força
centrífuga para explicar por que se prefere lançar satélites próximo
da linha do Equador (independentemente de ter sido um argumento
secundário na discussão original). Esse argumento me parece
perfeitamente legítimo. Podemos colocarmo-nos num referencial e
argumentar em termos de forças centrípetas, ou colocarmo-nos no
referencial da Terra e argumentar em termos de forças centrífugas; as
duas descrições são equivalentes e igualmente válidas. Mas parece-me
que com as forças centrífugas a descrição é mais simples.

Quanto à Relatividade Geral - não entendo grande coisa dessa teoria,
talvez o Eduardo Gueron possa comentar de maneira mais precisa, mas
faço-o mesmo assim -, do ponto de vista lógico, ela trata primeiro
sobre sistemas de referência e depois sobre campos gravitacionais.
Por exemplo, um de seus logros é estabelecer equações de movimento
que mantêm a sua forma para quaisquer sistemas, sejam acelerados ou
não. Ela pode ser aplicada para descrever campos gravitacionais, por
causa do Princípio da Equivalência, que estabelece a conexão entre
campos gravitacionais e inerciais. Desta forma, em princípio, é
perfeitamente legítimo invocá-la em qualquer argumentação sobre
sistemas de referência acelerados, mesmo no caso de um automóvel
fazendo a curva (lembrando também que quem se reduz à Física Clássica
em velocidades baixas é a Relatividade Especial, e não a Geral).
Porém, deve-se notar que não é possível estabelecer uma equivalência
entre os campos gravitacional e inercial com essa teoria, a não ser
em nível local (ou seja, em uma região infinitamente pequena do
espaço). Por exemplo, campos gravitacionais decrescem com a distância
à fonte, enquanto forças centrífugas crescem com a distância ao
centro de rotação.

Até,
Belisário

--- In ciencialist@y..., "Prof. José Carlos" <j.c@i...> wrote:
> Oi André,
>
> ----- Original Message -----
> From: <andrebaptista@u...>
>
> > Olá José Carlos e Belisário,
> >
> > Deixa eu meter minha colher de pau tortíssima
>
> Colheres são sempre bem vindas nessa sopa :)
>
> > Tenho a impressão que explicação do Prof. José Carlos é correta na
> > física clássica - considerando-se os referenciais inerciais
> > "melhores" do que os não inerciais.
> >
> > Só que pelo que eu entendi um dos objetivos de Einstein era abolir
> > essa distinção, de modo a considerar todos os referenciais
igualmente
> > bons.
>
> Na verdade o problema inicial (primeira mensagem) não tinha nada a
ver nem
> com a mecânica clássica nem com a relativística, mas parece que o
Belisário
> não entendeu o espírito da coisa e meteu os pés pelas mãos (ou
seria as mãos
> pelos pés? sei lá, isso também é uma questão de referencial :).
>
> > Se quisermos equiparar todos os referenciais como
igualmente "bons",
> > então não tem jeito. Temos que considerar a força centrífuga como
tão
> > real como todas as outras. Se ela é causada por troca de
partículas
> > virtuais, pelo espaço-tempo torto ou exudações ectoplásmicas não é
> > problema meu! :-)
>
> Nem meu, porém, se quisermos mesmo levar esse assunto a sério é
preciso
> considerar que:
> - primeiro: automóveis não são relativísticos e, portanto aplicar a
eles
> conceitos de relatividade é tão inoportuno quanto calcular a
pressão de um
> gás pela resultante das componentes perpendiculares dos choques
entre suas
> moléculas e as paredes do recipiente (ao invés de usa a boa e velha
equação
> dos gases perfeitos) :)
> - segundo: o princípio da equivalência de Einstein foi proposto no
contexto
> do estudo da gravidade e é particularmente útil nesse contexto.
Aplicá-lo ao
> estudo de movimentos curvilíneos clássicos, como o do automóvel, é
tão útil
> quanto reconstruir os epiciclos de Ptolomeu para descrever a
trajetória de
> Marte. :)
> - terceiro: se eu tivesse que explicar (e compreender) o princípio
da
> inércia por meio de troca de partículas virtuais (coisa que já nem
é mais
> florzinha do jardim da relatividade e sim da física de partículas e
da
> mecânica quântica) eu preferiria definir um "diabinho virtual" que
nasce da
> dobradura do espaço tempo durante as curvas e acelera o passageiro
pelo
> princípio do "horror ao curvo" (algo semelhante ao horror ao vácuo
da idade
> média).
> - quarto e último: se for pra esculhanbar então eu aplico o
princípio de
> Mach e explico a inércia pelo movimento relativo do resto do
universo e
> pronto! :)))
>
> Como vocês podem ver, ovos realmente não tem cabelos! :)))
>
> Abraços,
>
> José Carlos



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Inércia, para o Belisario
FROM: "Prof. José Carlos" <j.c@iname.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/10/2001 08:19

Oi Belisário,

----- Original Message -----
From: "Roberto Belisário Diniz" <rbdiniz@terra.com.br>

> Oi. Na verdade, eu queria na primeira intervenção apenas deixar claro
> que as forças inerciais "existem" tanto quanto as não-inerciais -
> mesmo que estas últimas sejam causadas por campos que possam ser
> associados a fontes de campos (as forças inerciais são associadas
> também um campo de força, o campo inercial, porém não podem ser
> relacionadas a fontes da mesma forma que as não-inerciais), e as
> primeiras pelo fato de se estar num referencial acelerado. Isso
> porque a discussão parecia-me estar se desviando para a própria
> existência ou não das forças inerciais. Ora, se elas produzem efeito
> mensurável, então existem, mesmo que sua origem seja, como apontou o
> José Carlos, diferente das não-inerciais.

Tudo bem, meu comentário inicial foi sobre a base de Alcântara e o termo
"fictícia" aplicado usualmente à "força centrífuga" (bléééérgh) foi usado
apenas como alegoria para dizer que o acordo é virtual. Eu não pretendia
discutir a existência da "força centrífuga" (bléééérgh). Por isso disse em
outra mensagem que você "trocou as bolas".

Agora convenhamos: o conceito de "força" é abstrato e deriva da necessidade
de "compreendermos" de que forma determinadas "transformações" ocorrem na
natureza. Convencionou-se, na física clássica, que esse conceito deva estar
relacionado ao que se chamou de "interação" entre dois "corpos", onde
"interação" e "corpo" também são conceitos abstratos. Depois do advento da
relatividade geral, da física de partículas, da mecânica quântica, da
cromodinâmica, das supercordas, dos espaços multidimensionais, das
partículas virtuais e outros diabinhos exdrúxulos, ficarmos agora discutindo
a existência da força centrífuga é tão absurdo quanto discutir a existência
de qualquer outra coisa.

Como as diversas teorias atuais não são mutuamente consistentes, como o
estado atual de nossa compreensão do que seja "realidade" ou "existência" é
muito pior do que o dos gregos a 3000 anos atrás, como podemos "provar" e
"desprovar" a existência de qualquer diabinho (seja ele uma "força
centrífuga" - blééééérgh - ou um campo-partícula virtual, ou dobraduras do
espaço-tempo etc.), enfim, como ficou mais fácil construir sofismas do que
detonar dogmas, me abstenho de discutir a existência de "forças centrífugas"
(bléééérgh) e prefiro apenas não utilizá-las, assim como não utilizo o trenó
do Pai Noel ao invés do meu carro nem utilizo os poderes milagrosos da água
benta para curar dor de cabeça ao invés da boa e velha aspirina. É só uma
questão de preferências. :)

Abraços,

José Carlos




SUBJECT: Algum viu o Peterson por ai?
FROM: "Juliana Belko" <julibelko@yahoo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/10/2001 14:53

Peterson, vc lembra da Via Sinistrae?
Vc ainda está nela?
Caso esteja e tiver tempo dê uma lida nas mensagens intitulada: (off topic) CETICISMO E ATEÍSMO. Depois que eu escrevi deram de falar mal da ciência e eu não sei bem o que escrever.
Se tiver mais alguém dessa lista lá por favor leiam as mensagens. Falaram mal da ciência e dos ciêntistas como se ninguém lá precisasse deles.


Juliana.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Hipnose
FROM: "Antonio" <a_ferrao@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/10/2001 16:59

Prezados Colegas,

Alguém poderia explicar-me ou indicar-me um site explicando quais seriam as causas CIENTÍFICAS para o fenômeno da hipnose?
Explicando melhor, um hipnotizador parece comunicar-se com o seu "hipnotizado" de uma forma muito especial, talvez desconhecida da ciência.
Aguém poderia dizer que a hipnose é uma espécie de "charlatonice". Eu concordo que deva existir "charlatonices" e truques nos shows apresentados na TV, envolvendo hipnose, mas é difícil imaginar que tudo aquilo é "charlatonice".
Seria necessário envolver muitos cúmplices. Acho muito difícil...
Por outro lado, algo de muito extranho acontece: O hipnotizador encosta a mão sobre o rosto da "vítima" e a mesma adormece instantâneamente!
Tem que haver algo mais, além de sugestões com palavras e gestos. Não acredito que apenas palavras e gestos fossem suficientes para fazer as pessoas dormirem e/ou alterarem os seus comportamentos. Se eu ou algum de vocês, passarmos a nossas mãos sobre os rostos de algumas pessoas, tentando hipnotizá-las, o resultado não será muito melhor do que alguns palavrões... :-)
O que acontece, então, entre o hipnotizador e o "hipnotizado"? Qual ou quais são as mensagens passadas entre as mãos do hipnotizador e a mente do "hipnotizado"? Qual o meio? Eletromagnético? Comunicação Quântica? Espíritos?
O que a nossa grande Ciência tem a nos dizer sobre isso?


[]'s
Antonio





[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Algum viu o Peterson por ai?
FROM: "Prof. José Carlos" <j.c@iname.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/10/2001 00:03

Pô, você foi postar um artigo de ceticismo e ateísmo em uma lista de
satanismo???

:))))

Meus pêsames. :))))

Abraços,

José Carlos

----- Original Message -----
From: "Juliana Belko" <julibelko@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, October 13, 2001 2:53 PM
Subject: [ciencialist] Algum viu o Peterson por ai?


> Peterson, vc lembra da Via Sinistrae?
> Vc ainda está nela?
> Caso esteja e tiver tempo dê uma lida nas mensagens intitulada: (off
topic) CETICISMO E ATEÍSMO. Depois que eu escrevi deram de falar mal da
ciência e eu não sei bem o que escrever.
> Se tiver mais alguém dessa lista lá por favor leiam as mensagens.
Falaram mal da ciência e dos ciêntistas como se ninguém lá precisasse deles.
>
>
> Juliana.
>
>




SUBJECT: Re: [ciencialist] Base de Alcantara
FROM: "Antonio" <a_ferrao@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/10/2001 10:40

É verdade, as missões existem, mas são insuficientes para uma área daquele
tamanho.
Esta declaração, de que "a nossa Força Aérea evita patrulhar aquela área
alegando que o clima úmido iria corroer as aeronaves e seus caríssimos
equipamentos" não é minha. Ela foi proferida pelo nosso ministro da
Aeronáutica, no debate com deputados e senadores sobre a concessão da Base
de Alcântara aos Norte-Americanos, transmitido pela TV Senado há poucos
dias.

[]'s
Antonio
----- Original Message -----
From: "Alexandre S. M." <alex@energias.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, October 08, 2001 10:11 AM
Subject: Re: [ciencialist] Base de Alcantara


> As missões de patrulha são constantes na região.
> E esta previsto um aumento considerável com os jatos do SIVAM.
>
> SDS,
>
> ASM
>
>
> > Mesmo a nossa Força Aérea evita patrulhar aquela área
> > alegando que o clima úmido iria corroer as aeronaves e seus caríssimos
> > equipamentos.
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>



SUBJECT: Ataque bacteriologico
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/10/2001 12:49

Alguém tem uma opinião embasada sobre os riscos reais??

[]'s

André



SUBJECT: Probleminha de fisica...
FROM: "Daniel Cid (sinistrow)" <danielcid@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/10/2001 21:20

Pediram para eu resolver um problema de fisica e nao consegui.
Se alguem puder resolver , ele segue embaixo...

*Para executar uma curva nivelada (sem subir ou descer) e equilibrada, o

piloto do aviao deve inclina-lo com respeito a horizontal (à maneira de
um ciclista em uma curva) um angulo. S o angulo vale 60 graus, a
velocidade da aeronave eh 100m/s e a aceleração local da gravidade eh
9,5m/s², qual eh aproximadamente o raio da curvatura ?



--
Daniel B. Cid (sinistrow)




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ataque bacteriologico
FROM: "Antonio" <a_ferrao@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/10/2001 22:41

Opinião de Físico:
Eu acho que o problema poderia ser resolvido usando-se um equipamento
radioativo, montado sobre as esteiras das centrais de correios e aeroportos.
Desta forma, quaisquer formas de vida existentes dentro dos envelopes ou
pacotes seriam exterminadas, enquanto os materiais não-vivos permaneceriam
intactos.

[]'s

Antonio

----- Original Message -----
From: <andrebaptista@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, October 14, 2001 12:49 PM
Subject: [ciencialist] Ataque bacteriologico


> Alguém tem uma opinião embasada sobre os riscos reais??
>
> []'s
>
> André
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
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http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ataque bacteriologico
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/10/2001 22:58

Experimente ler este artigo:

http://www.foxnews.com/story/0,2933,36330,00.html

resumo: antrax é dificil de produzir em pó e em grandes
quantidades, dificil de espalhar, caro de produzir.
Pequenos grupos de terroristas não têm capacidade de
produzir e espalhar grandes quantidades. Estados como
o Iraque poderiam ser uma ameaça, mas neste momento não são.

joao
http://www.nonio.com

andrebaptista@uol.com.br wrote:
>
> Alguém tem uma opinião embasada sobre os riscos reais??
>
> []'s
>
> André
>
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--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Algum viu o Peterson por ai?
FROM: "Juliana Belko" <julibelko@yahoo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/10/2001 23:52

Desculpe, a mensagem foi para a lista errada.
----- Original Message -----
From: Prof. José Carlos
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, October 14, 2001 12:03 AM
Subject: Re: [ciencialist] Algum viu o Peterson por ai?


Pô, você foi postar um artigo de ceticismo e ateísmo em uma lista de
satanismo???

:))))

Meus pêsames. :))))

Abraços,

José Carlos

----- Original Message -----
From: "Juliana Belko" <julibelko@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, October 13, 2001 2:53 PM
Subject: [ciencialist] Algum viu o Peterson por ai?


> Peterson, vc lembra da Via Sinistrae?
> Vc ainda está nela?
> Caso esteja e tiver tempo dê uma lida nas mensagens intitulada: (off
topic) CETICISMO E ATEÍSMO. Depois que eu escrevi deram de falar mal da
ciência e eu não sei bem o que escrever.
> Se tiver mais alguém dessa lista lá por favor leiam as mensagens.
Falaram mal da ciência e dos ciêntistas como se ninguém lá precisasse deles.
>
>
> Juliana.
>
>



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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Probleminha de fisica...
FROM: "Prof. José Carlos" <j.c@iname.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/10/2001 00:55

Oi Daniel,

Construa um triângulo de forças com as forças peso do avião, resultante
devida ao ar e resultante centrípeta (infelizmente não dá para eu desenhar
isso aqui). Nesse triângulo o ângulo dado é o ângulo formado entre a
resultando devida ao ar e a resultante centrípeta. O triângulo formado será
retângulo onde a resultante devida ao ar é a hipotenusa, o peso o cateto
oposto ao ângulo dado e a resultante centrípeta é o cateto adjacente ao
ângulo dado.
Nesse triângulo você terá:
tg 60 = (peso)/(resultante centrípeta) = (m.g)/[(m.v^2)/r)
Substituindo as expressões para o peso e a resultante centrípeta restará:
tg 60 = (g.r)/v^2
Daí é só substituir os valores do enunciado do problema.

Abraços,

José Carlos

----- Original Message -----
From: "Daniel Cid (sinistrow)" <danielcid@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, October 14, 2001 9:20 PM
Subject: [ciencialist] Probleminha de fisica...


> Pediram para eu resolver um problema de fisica e nao consegui.
> Se alguem puder resolver , ele segue embaixo...
>
> *Para executar uma curva nivelada (sem subir ou descer) e equilibrada, o
>
> piloto do aviao deve inclina-lo com respeito a horizontal (à maneira de
> um ciclista em uma curva) um angulo. S o angulo vale 60 graus, a
> velocidade da aeronave eh 100m/s e a aceleração local da gravidade eh
> 9,5m/s², qual eh aproximadamente o raio da curvatura ?
>
>
>
> --
> Daniel B. Cid (sinistrow)
>
>
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
>
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> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
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> Para sair da lista envie um mail para
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> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>



SUBJECT: Re: Ataque bacteriologico
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2001 01:45

Qualquer problema eh soh apelar para a homeopatia

"Our Homeopathic Antidotes are available for Anthrax, Bubonic
Plaque and Small Pox. We also offer all natural and exclusive
Homeopathic Remedies for anxiety, attention deficit disorder, brain
function, nervousness and stress."

"These kits have been assembled with the purpose of helping to
mitigate the contraction and spread of certain diseases that could be
involved in acute outbreaks of epidemic disease. These kits could be
used for outbreaks associated with anthrax, smallpox and radiation
exposure.
Kit I - Anthrax $60.00
Survival Kit II - Radiation $60.00
Survival Kit III - Smallpox $60.00 "


Hehehe... pra maiores desinformacoes visite

http://www.bestearth.com/


Ateh mais
Luis Brudna



> Experimente ler este artigo:
>
> http://www.foxnews.com/story/0,2933,36330,00.html
>
> resumo: antrax é dificil de produzir em pó e em grandes
> quantidades, dificil de espalhar, caro de produzir.
> Pequenos grupos de terroristas não têm capacidade de
> produzir e espalhar grandes quantidades. Estados como
> o Iraque poderiam ser uma ameaça, mas neste momento não são.
>> joao
> http://www.nonio.com
>
> andrebaptista@u... wrote:
> >
> > Alguém tem uma opinião embasada sobre os riscos reais??
> > André




SUBJECT: Re: Ataque bacteriologico
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2001 06:30



>Alguém tem uma opinião embasada sobre os riscos reais??

Falas dos riscos reais de alguém morrer depois de ser atacado com
armas biológicas, ou do risco do ataque em si acontecer?

Depois de alguém ser atacado, não vejo grandes hipoteses de
sobreviver se não tiver alguem com um antibiótico especial na mão
logo ali.

Quanto ao ataque em si : os americanos que não ataquem ninguem, que
mais ninguem vai atacar.

A esteria americana é que levantou essa hipotese. E a CNN (cadeia
americana de "noticias" )encarregou-se de a difundir.
Até aqui em portugual andam a comprar máscaras (pq alguem se lembra
de copiar as noticias americanas) ...como se alguem se lembrasse de
nos atacar dessa forma...ou de qq forma, já agora.

Aquilo que aconteceu nos estados unidos, na florida, se não me
engano, é concerteza algo que vêm de um qq laborátório de lá mesmo.
Algúem que andou a fazer experiencias e "ups , deixou caiu o
vidrinho", ou tem um humor macabro.



SUBJECT: Re: Ataque bacteriologico
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2001 08:49

--- In ciencialist@y..., "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@e...>
wrote:
>
>
> >Alguém tem uma opinião embasada sobre os riscos reais??
>
> Falas dos riscos reais de alguém morrer depois de ser atacado com
> armas biológicas, ou do risco do ataque em si acontecer?

Todos. Inclusive de ataques com outros agentes que não o Antrax (ou é
Antraz?)

>
> Depois de alguém ser atacado, não vejo grandes hipoteses de
> sobreviver se não tiver alguem com um antibiótico especial na mão
> logo ali.

Se o esporo for inalado, v. quer dizer. neste caso qual o tempo para
se tomar o antibiótico?


>
> Quanto ao ataque em si : os americanos que não ataquem ninguem, que
> mais ninguem vai atacar.

Estás bem informado, heim? Ou isso é só "wishfull thinking" ?

>
> A esteria americana é que levantou essa hipotese. E a CNN (cadeia
> americana de "noticias" )encarregou-se de a difundir.
> Até aqui em portugual andam a comprar máscaras (pq alguem se lembra
> de copiar as noticias americanas) ...como se alguem se lembrasse de
> nos atacar dessa forma...ou de qq forma, já agora.
>
> Aquilo que aconteceu nos estados unidos, na florida, se não me
> engano, é concerteza algo que vêm de um qq laborátório de lá mesmo.
> Algúem que andou a fazer experiencias e "ups , deixou caiu o
> vidrinho", ou tem um humor macabro.


É bom lembrar que governantes e funcionários públicos responsáveis
são pagos para serem "histéricos" como você diz, e trabalharem sempre
tendo em vista o pior cenário possível.

[]´s

André



SUBJECT: Re: [ciencialist] Probleminha de fisica...
FROM: "orlandel" <orlandel@ig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/10/2001 09:34


----- Original Message -----
From: Prof. José Carlos <j.c@iname.com>

> Oi Daniel,
>
> Construa um triângulo de forças com as forças peso do avião,
resultante
> devida ao ar e resultante centrípeta (infelizmente não dá para eu
desenhar
> isso aqui). Nesse triângulo o ângulo dado é o ângulo formado entre a
> resultando devida ao ar e a resultante centrípeta. O triângulo
formado será
> retângulo onde a resultante devida ao ar é a hipotenusa, o peso o
cateto
> oposto ao ângulo dado e a resultante centrípeta é o cateto adjacente
ao
> ângulo dado.
> Nesse triângulo você terá:
> tg 60 = (peso)/(resultante centrípeta) = (m.g)/[(m.v^2)/r)
> Substituindo as expressões para o peso e a resultante centrípeta
restará:
> tg 60 = (g.r)/v^2
> Daí é só substituir os valores do enunciado do problema.
>
> Abraços,
>
> José Carlos
>

Acho que é ao contrário: tg60 = (resultante centrípeta)/(peso) =
v^2/gr :)

[jamil]




SUBJECT: Re: [ciencialist] Probleminha de fisica...
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/10/2001 19:27

\
\
\ Fsustentaçao
\
\
60° \ /
.<==... o avião........... horizontal
/ |
|
| Peso
|
|

<=== = resultante centrípeta

Fs.sen60 = P = mg
Fs.cos60 = Fcp = m.v^2/R
tg60 = mg/m.v^2/R = gR/v^2
sqrt3 = gR/v^2

[]'
Léo
=================

-----Mensagem Original-----
De: "orlandel" <orlandel@ig.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 15 de outubro de 2001 09:34
Assunto: Re: [ciencialist] Probleminha de fisica...


|
| ----- Original Message -----
| From: Prof. José Carlos <j.c@iname.com>
|
| > Oi Daniel,
| >
| > Construa um triângulo de forças com as forças peso do avião,
| resultante
| > devida ao ar e resultante centrípeta (infelizmente não dá para eu
| desenhar
| > isso aqui). Nesse triângulo o ângulo dado é o ângulo formado entre a
| > resultando devida ao ar e a resultante centrípeta. O triângulo
| formado será
| > retângulo onde a resultante devida ao ar é a hipotenusa, o peso o
| cateto
| > oposto ao ângulo dado e a resultante centrípeta é o cateto adjacente
| ao
| > ângulo dado.
| > Nesse triângulo você terá:
| > tg 60 = (peso)/(resultante centrípeta) = (m.g)/[(m.v^2)/r)
| > Substituindo as expressões para o peso e a resultante centrípeta
| restará:
| > tg 60 = (g.r)/v^2
| > Daí é só substituir os valores do enunciado do problema.
| >
| > Abraços,
| >
| > José Carlos
| >
|
| Acho que é ao contrário: tg60 = (resultante centrípeta)/(peso) =
| v^2/gr :)
|
| [jamil]
|
|
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|



SUBJECT: Nobel de Fisica
FROM: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/10/2001 19:39

Caros amigos.

Estou precisando de ajuda, principalmente de físicos, para melhorar ou
revisar várias frases do texto abaixo. Trata-se do verbete [[Nobel de
Física]] a ser inserido na Wikipedia da língua portuguesa.

A Wikipedia é uma enciclopédia virtual aberta, que permite acréscimos
ou alterações dos textos, * instantaneamente *, por qualquer
internauta. A versão em língua portuguesa está ainda no início e conta hoje
com menos de 200 verbetes ativos.

Quem tiver interesse em acrescentar, revisar ou traduzir textos dessa
enciclopédia pode acessar o site http://pt.wikipedia.com/
ou comunicar-se com o nosso companheiro João Miranda ( www.nonio.com ), que é
um dos pioneiros coordenadores do projeto.

As correções do texto abaixo podem ser incluídas diretamente na Wikipedia ou
remetido a mim.
Os termos entre colchetes duplos, automaticamente, abrem novos verbetes, que
podem também serem incluídos ou comentados individualmente.

Grato
Neville
----------------------------------------------------------------

Prêmio [[Nobel de Física]]

Lista de físicos laureados com o Prêmio Nobel, de 1901 a 2001.
Mais informações podem ser encontradas na página da Fundação Nobel:
<http://www.nobel.se>

1901
* [[Wilhelm Conrad Röntgen]] -
: pela descoberta dos [[Raios-X]].

1902
* [[Hendrik Antoon Lorentz]] -
* [[Pieter Zeeman]] -
: pela descoberta e pesquisas da influência do magnetismo sobre as radiações.

1903
* [[Antoine Henri Becquerel]] -
: pela descoberta da [[Radioatividade]] espontânea.
* [[Pierre Curie]] -
* [[Marie Curie]] -
: pelas pesquisas sobre fenômeno da [[Radioatividade]] espontânea.


1904
* [[John William Strutt]] - ( [[Lord Rayleigh]] ) -
: pelas investigações sobre a densidade dos gases e pela descoberta do
[[Argônio]].

1905
* [[Philipp Eduard Anton von Lenard]] -
: por pesquisas sobre os [[Raios Catódicos]].

1906
* [[Sir Joseph John Thomson]] -
: por seus grandes méritos e pelas pesquisas sobre condução elétrica dos
gases.

1907
* [[Albert Abraham Michelson]] -
: por seus instrumentos ópticos de precisão e pesquisas espectroscópicas e
metrológicas.

1908
* [[Gabriel Lippmann]] -
: por seu método de reprodução fotográfica de cores com base em fenômenos de
interferência.

1909
* [[Guglielmo Marconi]] -
* [[Carl Ferdinand Braun]] -
: em reconhecimento a suas contribuições para o desenvolvimento do
[[Telegrafo Sem Fio]].

1910
* [[Johannes Diderik van der Waals]] -
: pelos trabalhos no estabelecimento das equações de estado para gases e
líquidos.

1911
* [[Wilhelm Wien]] -
: pela descobertas das leis de irradiação do calor ( [[Lei de Wien]] ).

1912
* [[Nils Gustaf Dalén]] -
: pela invenção de reguladores automáticos para reservatórios de gás de
iluminação.

1913
* [[Heike Kamerlingh-Onnes]] -
: por pesquisas sobre as propriedades da matéria a baixas temperaturas e pela
produção do hélio líquido.
1914
* [[Max von Laue]] -
: pela descoberta da difração dos raios-X pela matéria cristalina.

1915
* [[Sir William Henry Bragg]] -
* [[William Lawrence Bragg]] -
: pelos trabalhos na analise da estrutura cristalina através da difração de
raios-X.

1916 - : não houve premiação.

1917
* [[Charles Glover Barkla]] -
: pela descoberta de emissões características de [[Raios Röntgen]] pelos
elementos.

1918
* [[Max Karl Ernst Ludwig Planck]] -
: por trabalhos no desenvolvimento da Física e pela descoberta dos quanta de
energia.

1919
* [[Johannes Stark]] -
: pela descoberta do [[Efeito Doppler]] em [[Raios Canais]] e do espalhamento
das linhas espectrais em campos elétricos.

1920
* [[Charles Edouard Guillaume]] -
: pela melhora na precisão de medições na Física e pela descoberta anomalias
em ligas de aço-níquel.

1921
* [[Albert Einstein]] -
: por seus trabalhos em [[Física Teórica]] e, em especial, sobre o [[Efeito
Foto-elétrico]].

1922
* [[Niels Henrik David Bohr]] -
: pelas investigações sobre a estrutura de átomos e de suas radiações.

1923
* [[Robert Andrews Millikan]] -
: pelos trabalhos sobre cargas elétricas elementares e o [[Efeito
Foto-elétrico]].

1924
* [[Karl Mane Geogr. Siegbahn]] -
: pela descobertas e pesquisas em [[Espectroscopia de Raios-X]].

1925
* [[Jates Franca]] -
* [[Gustavo Ludwig Hertz]] -
: pelo estabelecimento das leis que atuam no impacto de elétrons sobre os
átomos.

1926
* [[Jean Baptiste Perrin]] -
: pelos estudos sobre a estrutura descontínua da matéria e, em especial, pela
descoberta do equilíbrio na sedimentação.

1927
* [[Arthur Holly Compton]] -
: pela descoberta do [[Efeito Compton]] .
* [[Charles Thomson Rees Wilson]] -
: pelo seu metodo de tornar visível as trajetórias de partículas através da
condensação do vapor de água ( [[Câmara de Wilson]] ).

1928
* [[Owen Willans Richardson]] -
: por estudos sobre os fenômenos termoiônicos e da descoberta da [[Lei de
Richardson]].

1929
* [[Prince Louis-Victor Pierre Raymond de Broglie]] -
: pela descoberta da natureza ondulatória dos elétrons.

1930
* [[Sir Chandrasekhara Venkata Raman]] -
: pelos trabalhos sobre o espalhamento da luz e descoberta do [[Efeito
Raman]].

1931 : não houve premiação.

1932
* [[Werner Karl Heisenberg]] -
: pela criação da [[Mecânica Quântica]] e descoberta das [[Formas
Alotrópicas]] do [[Hidrogênio]].

1933
* [[Erwin Schrödinger]] -
* [[Paul Adrien Maurice Dirac]] -
: pelo desenvolvimento de novas teorias atômicas.

1934 : não houve premiação.

1935
* [[James Chadwick]] -
: pela descoberta do [[Neutron]].

1936
* [[Victor Franz Hess]] -
: pela descoberta da [[Radiação Cósmica]].
* [[Carl David Anderson]] -
: pela descoberta do [[Pósitron]].

1937
* [[Clinton Joseph Davisson]] -
* [[George Paget Thomson]] -
: pela verificação experimental da [[Difração]] do elétron por [[Cristais]].

1938
* [[Enrico Fermi]] -
: pela demonstrações da existência de novos elementos radioativos produzidos
por irradiação de neutrons e pela descoberta de reações nucleares produzidas
por neutrons lentos.

1939
* [[Ernest Orlando Lawrence]] -
: pela invenção e desenvolvimento do ciclotron e, em especial, pela obtenção
de elementos radiativos artificiais.

1940 : não houve premiação.
1941 : não houve premiação.
1942 : não houve premiação.

1943
* [[Otto Stern]] -
: por contribuições no desenvolvimento do método do raio molecular e pela
descoberta do momento magnético do próton.

1944
* [[Isidor Isaac Rabi]] -
: pelo método de registro de propriedades de [[Ressonância Magnética]] de
núcleos atômicos.

1945
* [[Wolfgang Pauli]] -
: pela formulação do [[Princípio da Exclusão]], também chamado de [[Princípio
de Pauli]].

1946
* [[Percy Williams Bridgman]] -
: pela invenção de equipamentos de alta pressão e pelas descobertas no campo
da [[Física de Altas Pressões]].

1947
* [[Sir Edward Victor Appleton]] -
: pelas investigações da alta atmosfera e, em especial, pela descoberta da
[[Barreira de Appleton]].

1948
* [[Patrick Maynard Stuart Blackett]] -
: pelo desenvolvimento do método da [[Câmara de Wilson]] e por descobertas no
campo da [[Física Nuclear]] e [[Radiações Cósmicas]].

1949
* [[Hideki Yukawa]] -
: pela predição da existência de [[Mesons]] com base em trabalhos teóricos
sobre forças nucleares.

1950
* [[Cecil Frank Powell]] -
: pelo desenvolvimento do método ortográfico para estudo de processos
nucleares e por descobertas relacionadas com os mésons.

1951
* [[Sir John Douglas Cockcroft]] -
* [[Ernest Thomas Sinton Walton]] -
: por trabalhos pioneiros sobre transmutação de núcleos atômicos através de
partícula aceleradas artificialmente.

1952
* [[Felix Bloch]] -
* [[Edward Mills Purcell]] -
: pelo desenvolvimento de novos métodos de medição precisa do magnetismo
nuclear e descobertas afins.

1953
* [[Frits Zernike]] - (Frederic Zernike) -
: pela demonstração do método de contraste de fase e, em especial, pela
invenção do microscópio de contraste de fase.

1954
* [[Max Born]] -
: pela pesquisa fundamental em mecânica quântica, em especial, pela
interpretação estatística da função de onda.
* [[Walther Bothe]] -
: pelo método da coincidência e descobertas relacionadas.

1955
* [[Willis Eugene Lamb]] -
: por descobertas relativas a estrutura fina do espectro de hidrogênio.
* [[Polykarp Kusch]] -
: pela determinação precisa do momento magnético do elétron.

1956
* [[William Bradford Shockley]] -
* [[John Bardeen]] -
* [[Walter Houser Brattain]] -
: pelas pesquisas de semicondutores e descoberta do [[Transistor]].

1957
* [[Chen Ning Yang]] -
* [[Tsung-Dao Lee]] -
: pela investigação profunda das [[Leis da Paridade]] e obtenção de
importantes descobertas relativas a [[Partículas Elementares]].

1958
* [[Pavel Alekseyevich Cherenkov]] -
* [[Illia Mikhailovich Frank]] -
* [[Igor Yergenyevich Tamm]] -
: pela descoberta e interpretação do [[Efeito Cherenkov]].

1959
* [[Emilio Gino Segrè]] -
* [[Owen Chamberlain]] -
: pelas descoberta do antiproton

1960
* [[Donald Arthur Glaser]] -
: pelo invenção da [[Câmara de Bolhas]].

1961
* [[Robert Hofstadter]] -
: pelos estudos pioneiros do espalhamento do elétron em núcleos atômicos
pelas descobertas sobre a estrutura dos núcleos.
* [[Rudolf Ludwig Mössbauer]] -
: pelas pesquisas relativas a resonancia de absorção de radiação gama e
pela descoberta do [[Efeito Mössbauer]].

1962
* [[Lev Davidovich Landau]] -
: pela teorias pioneiras para a [[Matéria Condensada]], especialmente para o
Hélio liquido.

1963
* [[Eugene Paul Wigner]] -
: por contribuições para a teoria do núcleo atômico e partículas elementares,
particularmente pela descoberta e aplicações dos princípios fundamentais de
simetria.
* [[Maria Goeppert-Mayer]] -
* [[J. Hans D. Jensen]] -
: pelas descobertas relacionadas a estrutura das camadas nucleares.

1964
* [[Charles Hard Townes]] -
* [[Nicolay Gennadiyevich Basov]] -
* [[Aleksandr Mikhailovich Prokhorov]] -
: por trabalhos fundamentais no campo da eletrônica quântica conduzindo à
construção de osciladores e amplificadores baseados no princípio dos maser e
laser.

1965
* [[Sin-Itiro Tomonaga]] -
* [[Julian Schwinger]] -
* [[Richard P. Feynman]] -
: pelos trabalhos fundamentais em eletrodinâmica quântica, com profundas
implicações na [[Física das Partículas Elementares]].
1966
* [[Alfred Kastler]] -
: pelo descoberta e desenvolvimento de métodos ópticos no estudo da
ressonância Hertziana nos átomos.

1967
* [[Hans Albrecht Bethe]] -
: pelas contribuições à teoria das reações nuclear, em especial, pelas
descobertas relativas à produção de energia nas estrelas.

1968
* [[Luis Walter Alvarez]] -
: por contribuições importante na Física das partículas elementares e,
especialmente, pela descoberta do grande número de estados de ressonância,
tornando possível o desenvolvimento da técnica do uso de hidrogênio em câmara
de bolhas.

1969
* [[Murray Gell-Mann]] -
: pela contribuições e descobertas referentes a classificação de partículas
elementares e de suas interações.

1970
* [[Hannes Olof Gösta Alfvén]] -
: por trabalhos fundamentais e descobertas na [[Magneto-hidrodinâmica]] e
pelas varias aplicações na [[Física do Plasma]].
* [[Louis Eugène Félix Néel]] -
: por trabalhos fundamentais e descobertas referentes ao [[Ferromagnetismo]]
e [[Antiferromagnetismo]] e suas importantes aplicações na [[Física do Estado
Sólido]].

1971
* [[Dennis Gabor]] -
: pela invenção e aperfeiçoamento do método halográfico.

1972
John Bardeen
* [[Leon Neil Cooper]] -
* [[John Robert Schrieffer]] -
: pelo desenvolvimento conjunto da teoria da supercondutividade, também
conhecida como [[Teoria BCS]].

1973
* [[Leo Esaki]] -
* [[Ivar Giaever]] -
: pelas descobertas experimentais referentes ao fenômeno de tunelamento em
semicondutores e supercondutores.
* [[Brian David Josephson]] -
: pelas predições teórica de super-correntes em barreiras de tunelamento e,
especialmente, do [[Efeito Josephson]].

1974
* [[Sir Martin Ryle]] -
: pela invenção e aplicação da técnica de abertura sintética;
* [[Antony Hewish]] -
: pela importante atuação na descoberta dos [[Pulsares]];
: -a ambos, pelas pesquisas pioneiras em [[Rádio-astrofísica]].

1975
* [[Aage Niels Bohr]] -
* [[Ben Roy Mottelson]] -
* [[Leo James Rainwater]] -
: pela descoberta da conheçam entre movimento coletivo e movimento individual
de partículas no núcleo atômico e pelo desenvolvimento da teoria da estrutura
do núcleo atômico.

1976
* [[Burton Richter]] -
* [[Samuel Chao Chung Ting]] -
: pelos trabalhos pioneiros na descoberta de uma nova espécie de partículas
elementares pesadas.

1977
* [[Philip Warren Anderson]] -
* [[Sir Nevill Francis Mott]] -
* [[John Hasbrouck van Vleck]] -
: pelos estudos teóricos fundamentais das estruturas eletrónicas magnéticas e
de sistemas desordenados.

1978
* [[Pyotr Leonidovich Kapitsa]] -
: pelas invenções básicas e descobertas na área da [[Física de Baixas
Temperaturas]].
* [[Arno Allan Penzias]] -
* [[Robert Woodrow Wilson]] -
: pela descoberta das microondas da radiação cósmica de fundo.

1979
* [[Sheldon Lee Glashow]] -
* [[Abdus Salam]] -
* [[Steven Weinberg]] -
: pelas contribuições à teoria unificada das interações fracas e
eletromagnéticas entre partículas elementares, inclusive, a predição das
correntes neutras fracas.

1980
* [[James Watson Cronin]] -
* [[Val Logsdon Fitch]] -
: pela descoberta de violações dos princípios fundamentais de simetria no
decaimento de mesons-K neutros.

1981
* [[Nicolaas Bloembergen]] -
* [[Arthur Leonard Schawlow]] -
: pelas contribuições no desenvolvimento da [[Espectroscopia de Laser]].
* [[Kai M. Siegbahn]] -
: pelas contribuições no desenvolvimento da espectroscopia eletrónica de alta
resolução.

1982
* [[Kenneth G. Wilson]] -
: pela teoria dos fenômenos críticos em conexão com as transições de fase.

1983
* [[Subramanyan Chandrasekhar]] -
: por importantes estudos teóricos de processos físicos referentes a
estrutura e evolução das estrelas.
* [[William Alfred Fowler]] -
: por estudos teóricos e experimentais de reações nucleares importantes na
formação dos elementos químicos no universo.

1984
* [[Carlo Rubbia]] -
* [[Simon van der Meer]] -
: pelas contribuições fundamentais que levaram à descoberta das partículas de
campo W e Z, transportadoras da interação fraca.

1985
* [[Klaus von Klitzing]] -
: pelo descoberta da quantizaçao do [[Efeito Hall]].

1986
* [[Ernst Ruska]] -
: pelos trabalhos fundamentais em óptica eletrónica e pelo projeto do
primeiro [[Microscópio Eletrônico]].
* [[Gerd Binnig]] -
* [[Heinrich Rohrer]] -
: pelo projeto do microscópio de varredura tunelada.

1987
* [[J. Georg Bednorz]] -
* [[K. Alexander Müller]] -
: pelos importantes avanços na descoberta de materiais cerâmicos
supercondutores.

1988
Leon M. Lederman
* [[Melvin Schwartz]] -
* [[Jack Steinberger]] -
: pelo método do feixe de neutrinos, descoberta do muon neutrino e
demonstração dos leptons dobrados.

1989
* [[Norman F. Ramsey]] -
: pela invenção do método de campos oscilatórios separados e seu uso no
maser de hidrogênio e em outros relógios atômicos.
* [[Hans G. Dehmelt]] -
* [[Wolfgang Paul]] -
: pelo desenvolvimento da técnica de ''ion trap''.

1990
* [[Jerome I. Friedman]] -
* [[Henry W. Kendall]] -
* [[Richard E. Taylor]] -
: pelas investigações pioneiras referentes ao espalhamento inelástico de
elétrons sobre prótons e sobre ligações de neutrons que foram essenciais para
o desenvolvimento do modelo dos quarks na Física de partículas.

1991
* [[Pierre-Gilles de Gennes]] -
: pelo descobrimento de que o método desenvolvido para estudo do fenômeno de
ordenamento em sistemas simples pode ser generalizado para formas mais
complexas da matéria, em particular para cristais líquidos e polímeros.

1992
* [[Georges Charpak]] -
: pela invenção e desenvolvimento de detetores de partículas, em particular a
câmara de múltiplas ligações proporcionais (multiwire proportional chamber).

1993
* [[Russell A. Hulse]] -
* [[Joseph H. Taylor Jr.]] -
: pelo descoberta de um novo tipo de pulsar, abrindo novas possibilidades no
estudo da gravitação.

1994
: pelo pioneirismo das contribuições para o desenvolvimento das técnicas de
espalhamento de neutron no estudo da matéria condensada.
* [[Bertram N. Brockhouse]] -
: pelo desenvolvimento da espectroscopia de neutrons.
* [[Clifford G. Shull]] -
: pelo desenvolvimento da técnica de difração de neutrons.

1995
: pelo pioneirismo de contribuições experimentais na Física dos leptons
* [[Martin L. Perl]] -
: pelo descoberta do lepton tau.
* [[Frederick Reines]] -
: pela detecção do neutrino

1996
* [[David M. Lee]] -
* [[Douglas D. Osheroff]] -
* [[Robert C. Richardson]] -
: pela descoberta da superfluidade no hélio_3

1997
* [[Steven Chu]] -
* [[Claude Cohen-Tannoudji]] -
* [[William D. Phillips]] -
: pelo desenvolvimento de método para esfriar e fixar átomos com laser de
luz.

1998
* [[Robert B. Laughlin]] -
* [[Horst L. Störmer]] -
* [[Daniel C. Tsui]] -
: pelas descoberta de uma nova forma de fluido quântico com exitabilidade
fracionada.

1999
* [[Gerardus 't Hooft]] -
* [[Martinus J. G. Veltman]] -
: pela elucidação da estrutura quântica da Física de interações
eletro-fracas.

2000
* [[Zhores I Alferov]] -
: por trabalhos básicos na tecnologia de informação e de comunicação.
* [[Herbert Kroemer]] -
: pelo desenvolvimento de hetero-estruturass de semi-condutores usados
opto-eletrônica de alta velocidade.
* [[Jack S Kilby]] -
: pela participação na invenção do circuito integrado.

2001
* [[Eric Cornell]] -
* [[Carl Wieman]] -
* [[Wolfgang Ketterle]] -
: pela criação experimental do condensado de Bose-Einstein.
--------------------------------------------------------------



SUBJECT: Re: [ciencialist] Probleminha de fisica...
FROM: "Prof. José Carlos" <j.c@iname.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/10/2001 22:34


----- Original Message -----
From: "orlandel" <orlandel@ig.com.br>

> Acho que é ao contrário: tg60 = (resultante centrípeta)/(peso) =
> v^2/gr :)
>
> [jamil]
>

Não é não. Segue a imagem anexa do triângulo de forças.

Abraços,

José Carlos


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Probleminha de fisica...
FROM: "Prof. José Carlos" <j.c@iname.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/10/2001 22:40

Ops, esqueci que não dá para anexar imagens nas mensagens. Se quiserem a
imagem do triângulo de forças me peçam e mando pro e-mail de quem pedir.

Abraços,

José Carlos




SUBJECT: Re: [ciencialist] Probleminha de fisica...
FROM: "Prof. José Carlos" <j.c@iname.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/10/2001 22:44

Obrigado Luiz (bem que eu tentei fazer o diagrama abaixo em ASCII, mas não
consegui :D)

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, October 15, 2001 7:27 PM
Subject: Re: [ciencialist] Probleminha de fisica...


> \
> \
> \ Fsustentaçao
> \
> \
> 60° \ /
> .<==... o avião........... horizontal
> / |
> |
> | Peso
> |
> |
>
> <=== = resultante centrípeta
>
> Fs.sen60 = P = mg
> Fs.cos60 = Fcp = m.v^2/R
> tg60 = mg/m.v^2/R = gR/v^2
> sqrt3 = gR/v^2
>
> []'
> Léo
> =================
>
> -----Mensagem Original-----
> De: "orlandel" <orlandel@ig.com.br>
> Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Enviada em: segunda-feira, 15 de outubro de 2001 09:34
> Assunto: Re: [ciencialist] Probleminha de fisica...
>
>
> |
> | ----- Original Message -----
> | From: Prof. José Carlos <j.c@iname.com>
> |
> | > Oi Daniel,
> | >
> | > Construa um triângulo de forças com as forças peso do avião,
> | resultante
> | > devida ao ar e resultante centrípeta (infelizmente não dá para eu
> | desenhar
> | > isso aqui). Nesse triângulo o ângulo dado é o ângulo formado entre a
> | > resultando devida ao ar e a resultante centrípeta. O triângulo
> | formado será
> | > retângulo onde a resultante devida ao ar é a hipotenusa, o peso o
> | cateto
> | > oposto ao ângulo dado e a resultante centrípeta é o cateto adjacente
> | ao
> | > ângulo dado.
> | > Nesse triângulo você terá:
> | > tg 60 = (peso)/(resultante centrípeta) = (m.g)/[(m.v^2)/r)
> | > Substituindo as expressões para o peso e a resultante centrípeta
> | restará:
> | > tg 60 = (g.r)/v^2
> | > Daí é só substituir os valores do enunciado do problema.
> | >
> | > Abraços,
> | >
> | > José Carlos
> | >
> |
> | Acho que é ao contrário: tg60 = (resultante centrípeta)/(peso) =
> | v^2/gr :)
> |
> | [jamil]
> |
> |
> |
> | &&& --- &&&
> | VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> | http://www.ciencialist.hpg.com.br
> | Para sair da lista envie um mail para
> | ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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> |
> | Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
> |
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> Para sair da lista envie um mail para
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> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>



SUBJECT: Ataque bacteriologico
FROM: "Adson Lucena" <adsonbr@ig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2001 00:11

Fala pessoal!
Sou novo no forum e estou precisando de uma grande ajuda dos meus novos
amigos aqui presentes!
Necessito e um texto com as principais bactérias usadas em ataques
biológicos. Preciso de fotos e nomes cientificos.
Tenho a edição da Superinteressante em mãos contudo não a vejo como uma
fonte confiável de pesquisa.
abraços,
Adson Schayer



SUBJECT: ICQ
FROM: "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2001 06:21

Olá, amigos...

Só pra lembrar, voltei a usar meu ICQ.
118556469.

Abraços.
Peterson Leal.



SUBJECT: Re: Ataque bacteriologico
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2001 18:44

--- In ciencialist@y..., andrebaptista@u... wrote:
> Todos. Inclusive de ataques com outros agentes que
> não o Antrax (ou é Antraz?)

Anthrax em inglês, antraz em português -- mais
conhecido como carbúnculo. A Veja discorda disso.

Probabilidade de tragédia por ataque bioterrorista:
Tendo-se em conta como indice de tragédia a morte
de xis pessoas em um dado intervalo de tempo.

Sejam:

F = Probabilidade dos terroristas possuírem armas
biológicas.

O = Probabilidade de, em possuindo, os terroristas
decidirem por utilizá-la em um tempo t.

D = Probabilidade de, em decidindo por lançar o ataque,
os terroristas serem bem-sucedidos.

E = Probabilidade de, em havendo um ataque bem-sucedido,
uma pessoa ser infectada.

U = Número de pessoas expostas no ataque bem-sucedido.

X = F.O.D.E.U

> Se o esporo for inalado, v. quer dizer. neste caso qual o tempo
> para se tomar o antibiótico?

Os dados q. tenho e' q. entre 90 e 95% das
pessoas q. se infectam por inalação morrem.

Alguns outros dados: são 125 países os
signatários do acordo de 1993 q. proíbe
a fabricação de armas químicas e biológicas
e eliminação total do arsenal atual até 2007.
Iraque, Líbia, Síria e Coréia do Norte,
por exemplo, *não* assinaram o acordo.

Lista de países suspeitos de terem conduzidos
projetos de armas biológicas:

China, Coréia do Norte, Coréia do Sul,
Cuba, Egito, EUA, Iêmen, Índia, Irã,
Iraque, Israle, Iugoslávia, Líbia,
Mianmar, Paquistão, Rússia, Síria,
Taiwan e Vietnã.

Em todo o séc. 20, apenas 18 casos de
carbúnculo foram registrados em humanos.
Mas em 1979, pelo menos 68 pessoas teriam
morrido na ex-URSS em acidente de laboratório
com antraz.

Não sei como esses dados nos ajudam a
delinear o perigo real. Mas certamente
as chances são muito menores do q.
morrer atropelado ou num assalto em S. Paulo.
A taxa de homicídos em Sampa é de 441 casos
por mês. Mais de 50 mortos por 100.000 hab.
a cada ano.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ataque bacteriologico
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2001 18:53



rmtakata@altavista.net wrote:

>
> Em todo o séc. 20, apenas 18 casos de
> carbúnculo foram registrados em humanos.
> Mas em 1979, pelo menos 68 pessoas teriam
> morrido na ex-URSS em acidente de laboratório
> com antraz.

Esses 18 casos devem ser casos nos Estados Unidos
devido a infecção polmunar. Excluem casos de infecção
cutânea.

Também li algures que "carbúnculo" é utilizado para designar
a doença animal e antraz a doença humana.

>
> Não sei como esses dados nos ajudam a
> delinear o perigo real. Mas certamente
> as chances são muito menores do q.
> morrer atropelado ou num assalto em S. Paulo.

O que os dados mostram é que os casos registados
desde 11 de Setembro não são normais.

--
joão
http://www.nonio.com


SUBJECT: Midia e Histeria da Guerra Biologica
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2001 19:31



Direito_Sa�de e Bio�tica -- 16.10.2001
______________________________




DISTOR��ES DA M�DIA PROVOCAM
HISTERIA DA GUERRA BIOL�GICA


NAOMAR DE ALMEIDA FILHO
Especial para a Folha de S�o Paulo


Tempos estranhos na Am�rica.
Um pa�s � beira do p�nico. De repente, a sa�de
p�blica ganha manchetes no para�so da medicina
privada. Infelizmente, trata-se de uma proemin�ncia
tr�gica, inoportuna e distorcida.



A opini�o p�blica americana experimenta
por uma semana uma nova onda de
interesse por epidemiologia e epidemiologistas,
mais aguda que no auge da
epidemia de Aids nos meados da d�cada de 80.



Notici�rios de televis�o conduzem intermin�veis
entrevistas, debates e pain�is com autoridades
de sa�de p�blica e especialistas em epidemiologia
de doen�as transmiss�veis. S�o apari��es curt�ssimas
-sempre menos de dez minutos e quase nunca
repetidas, bem dentro do figurino CNN.



Os �ncoras dos notici�rios, com ar grave
e solene, bombardeiam os supostos pesquisadores
com quest�es bizarras (como explicar para
o americano m�dio, aquele que completou
o segundo grau com apenas 90 horas de ci�ncias
naturais, a diferen�a entre o v�rus da var�ola
e a bacilo do antraz?), curiosas (que cuidados tomar
para abrir uma correspond�ncia que pode estar
contaminada?) e interessadas (como � mesmo o nome
do �nico antibi�tico dispon�vel no mercado que pode
ser tomado preventivamente caso algu�m acredite
que tenha se infectado?). Digo supostos
pesquisadores n�o por desrespeito, mas porque
a maioria dos entrevistados, com poucas exce��es,
sempre maquiados, com voz empostada e treinamento
de pose televisiva, parecem mais profissionais
do v�deo que cientistas.


�s vezes aparecem figuras que claramente
t�m o que dizer, mas infelizmente sucumbem
� press�o da m�dia para criar o clima de terrorismo
epidemiol�gico. Assisti consternado ao massacre
que a Fox News imp�s � ex-secret�ria da Sa�de
do governo Carter, primeira mulher negra a ocupar
esse cargo no governo americano, equivalente
a ministro da Sa�de. A at�nita senhora n�o
conseguia completar nenhuma das suas respostas,
talvez pelo erro de come��-las pela correta
negativa ou por tentar situ�-las em um patamar
de sensatez. O que o entrevistador queria mesmo
era arrancar uma declara��o de que o sistema
p�blico de sa�de americano encontra-se sucateado
e que necessita urgentemente de mais
investimentos (o que � verdade), n�o para proteger
a sa�de da popula��o carente (que � minoria, mas existe),
mas para se capacitar a atuar no fronte
interno da "nova guerra".


No dia seguinte, l� estava um especialista
em guerra biol�gica, curiosamente com
apar�ncia e nome �rabe, presidente e CEO
de um certo instituto X de sa�de p�blica inc.,
com gr�ficos e mapas, demonstrando que a
bioind�stria estava pronta para assumir
seu papel na defesa contra o terrorismo
epidemiol�gico.



Nunca pensei, em mais de 20 anos
de carreira nessa ex�tica especialidade,
que existissem tantas empresas de consultoria
epidemiol�gica nem que a epidemiologia
fosse servir de trincheira numa guerra.
H� alguns anos, no entanto, tive um relance
deste cen�rio de agora, quando participava
da reuni�o anual do Comit� Cient�fico da Organiza��o
Mundial da Sa�de, em Genebra.
Um dos temas em pauta era o que fazer
com as amostras do v�rus da var�ola
armazenadas em locais secretos, sob r�gido
esquema de seguran�a, nos EUA e na R�ssia.
As autoridades da OMS propunham a destrui��o
das amostras russas pelo temor de que,
com a dissolu��o da antiga Uni�o Sovi�tica,
estas fossem repassadas a grupos terroristas.
Tal posi��o era defendida vigorosamente
pelo representante americano, Joshua Lederberg,
bacteriologista, Pr�mio Nobel de Medicina de 1986,
que apresentou um cen�rio catastr�fico
(e realista, concordo) caso fosse reintroduzido
o v�rus da var�ola em popula��es sem a mem�ria
imunol�gica do microorganismo.
Lederberg foi enfim escolhido presidente do subcomit�
designado para tratar da quest�o e terminou
elaborando um denso relat�rio sobre a perspectiva
do terrorismo com armas biol�gicas.
Esperei que ele aparecesse em algum momento
nos debates televisivos. Em v�o.


Naquele momento, algumas quest�es me intrigavam.
A mais direta e imediata: por que antraz?
Microorganismos com maior grau de infectividade
e patogenicidade causariam muito maior dano
� popula��o que uma bact�ria esporulada,
mal adaptada ao organismo humano.
Por�m o que me parecia realmente intrigante
era a insist�ncia da m�dia em destacar os casos
confirmados e os casos suspeitos de infec��o
por antraz como efeito de terrorismo epidemiol�gico,
esfor�ando-se para alertar a popula��o sobre um risco
que ela de fato n�o corria.
Por que a m�dia evitava apresentar ao p�blico
informa��es com base cient�fica, praticamente
reprimindo opini�es abalizadas e efetivamente
informadas sobre o assunto?


Nesse fim de semana, a CNN colocou no ar
uma reportagem e entrevistas que me trouxeram
algumas respostas. A reportagem enfim dava
a palavra a pesquisadores e cientistas com
credibilidade reconhecida sobre o tema.
Demostrava que a circula��o de amostras
e cepas de microorganismos � uma pr�tica
comum na pesquisa da �rea e, mais ainda,
que se tornara um "business" muito lucrativo.
Chegaram a apresentar cat�logos de empresas
de equipamentos e insumos cient�ficos
com cepas registradas e patenteadas
de pat�genos, que poderiam ser comprados
a pre�os promocionais, at� pela internet.
Um pesquisador afirmou ter adquirido recentemente
uma cepa de peste bub�nica, esta sim,
uma verdadeira bomba at�mica biol�gica
que exterminou um ter�o da popula��o
europ�ia na Idade M�dia.
A mat�ria terminava denunciando que v�rias
remessas haviam sido feitas nos �ltimos anos
para pa�ses considerados promotores de terrorismo
internacional. Pude entender um pouco
por que a na��o que pretende transformar
a biodiversidade em balc�o de neg�cios
est� em p�nico.


A entrevista com Steven Block, epidemiologista
e microbiologista da Universidade Stanford,
me foi mais �til. Aliviado, pude constatar que,
afinal, algu�m conseguia colocar suas posi��es
de modo claro e adequado. Block rejeita a id�ia
de terrorismo epidemiol�gico e prop�e usar
a epidemiologia para compreender essa variante
peculiar do terrorismo. Traz uma hip�tese
interessante. Primeiro, postula (com muita l�gica)
que o antraz seria uma arma terrorista com pouca
efici�ncia em larga escala. Mostra que a
forma cut�nea � rara (porque haveria necessidade
de les�o dermatol�gica pr�via para permitir
a penetra��o dos esporos e provocar sintomas)
e tem letalidade praticamente nula.
A forma respirat�ria, fatal nos casos em que
o diagn�stico � tardio, necessita da inala��o
de enorme quantidade de esporos para se tornar
patol�gica. Por outro lado, destaca j� haver
evid�ncias suficientes de que o material postal
contaminado teria sido fonte de infec��o prim�ria
em pelo menos tr�s casos e que a bact�ria
neles isolada n�o havia sofrido altera��o
gen�tica. Block faz ent�o o que qualquer
estudante de epidemiologia faria e pergunta:
quem s�o os casos? Quase todos profissionais
de comunica��o.
Qual o destino das correspond�ncias?



Personalidades, empresas e redes de not�cias
formadoras da opini�o p�blica norte-americana.
Como controlar o surto epid�mico?
Com medidas de vigil�ncia epidemiol�gica
e bloqueio, o que incluiria radical modifica��o
da pol�tica de divulga��o da m�dia.


Concluo com uma interpreta��o que j� n�o � mais
responsabilidade de Block. Ao expor a comunidade
das empresas de comunica��o a um risco concreto,
nela fazendo poucas v�timas por�m todas com
nome e rosto, o terrorismo amplia enormemente
seu raio de a��o. Aterroriza milh�es de pessoas,
cumprindo assim a amea�a de Bin Laden de que
a Am�rica n�o mais teria paz. A arma biol�gica,
de baixa efic�cia, est� sendo usada no seu potencial
m�ximo, ao sinergizar com outra arma do terrorismo,
altamente eficiente, de natureza mais propriamente
cultural. Os entrevistadores, rep�rteres, produtores,
executivos das redes, por algum tempo, sem nem
sequer desconfiar, refor�am
o bra�o armado da Al Qaeda.

----------------------------------------------------------------------------
Naomar de Almeida Filho, 49, � PhD em epidemiologia. Ensina atualmente na
Harvard School of Public Health.





[As partes desta mensagem que n�o continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Probleminha de fisica...
FROM: Felipe Figueiredo <philsf@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2001 21:44

On Monday 15 October 2001 08:27 pm, you wrote:
> \
> \
> \ Fsustentaçao
> \
> \
> 60° \ /
> .<==... o avião........... horizontal
> / |
>
> | Peso
>
> <=== = resultante centrípeta
>
> Fs.sen60 = P = mg
> Fs.cos60 = Fcp = m.v^2/R
> tg60 = mg/m.v^2/R = gR/v^2
> sqrt3 = gR/v^2
>

Eu concordo com o Orlandel pela seguinte razao: a escolha dos angulos eh
diferente. Veja, o angulo que o Luiz (e provavelmente este foi o mesmo que o
Prof. Jose Carlos escolheu) eh o oposto ao que escolhi.

\
\
\ Fsustentaçao
\
\ /
\ / 60°
.<==... o avião........... horizontal
/ |
/ |
| Peso

Ou seja, imaginei que o angulo dado no problema eh o angulo formado entre a
ASA DO AVIAO e a horizontal. O angulo referido pelos professores eh entre a
forca de sustentacao (perpendicular ao aviao) e a horizontal.

Chequei as contas em ambos os casos, e essa eh a fonte da diferenca entre a
resposta Jose Carlos/Luiz Ferraz, e a Orlandel/Eu. Resta saber quem escolheu
o angulo correto... :))

abracos
Felipe


SUBJECT: Re: [ciencialist] Probleminha de fisica...
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/10/2001 03:17


-----Mensagem Original-----
De: "Felipe Figueiredo" <philsf@altavista.net>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 16 de outubro de 2001 21:44
Assunto: Re: [ciencialist] Probleminha de fisica...


| On Monday 15 October 2001 08:27 pm, you wrote:
| > \
| > \
| > \ Fsustentaçao
| > \
| > \
| > 60° \ /
| > .<==... o avião........... horizontal
| > / |
| >
| > | Peso
| >
| > <=== = resultante centrípeta
| >
| > Fs.sen60 = P = mg
| > Fs.cos60 = Fcp = m.v^2/R
| > tg60 = mg/m.v^2/R = gR/v^2
| > sqrt3 = gR/v^2
| >
|
| Eu concordo com o Orlandel pela seguinte razao: a escolha dos angulos eh
| diferente. Veja, o angulo que o Luiz (e provavelmente este foi o mesmo que o
| Prof. Jose Carlos escolheu) eh o oposto ao que escolhi.
|
| \
| \
| \ Fsustentaçao
| \
| \ /
| \ / 60°
| .<==... o avião........... horizontal
| / |
| / |
| | Peso
|
| Ou seja, imaginei que o angulo dado no problema eh o angulo formado entre a
| ASA DO AVIAO e a horizontal. O angulo referido pelos professores eh entre a
| forca de sustentacao (perpendicular ao aviao) e a horizontal.
|
| Chequei as contas em ambos os casos, e essa eh a fonte da diferenca entre a
| resposta Jose Carlos/Luiz Ferraz, e a Orlandel/Eu. Resta saber quem escolheu
| o angulo correto... :))
|
| abracos
| Felipe

Independente da interpretação da "inclinação do avião", a resposta deverá ser:

tg X = gR/v^2

onde X = 60° numa interpretação e X = 30° na outra, uma vez que a força de sustentação deve ser perpendicular ás asas do avião.
A meu ver o correto é X = 60°, uma vez que foi (no original apresentado) comparado com o caso da bicicleta. E, como bicicleta ainda não tem asa, o ângulo que interessa é o do plano do corpo da mesma com a horizontal, para dentro da curva.

\
\
o dicicleta
\
60° \
============== solo

[]'
Léo
==============================



SUBJECT: Re: Ataque bacteriologico
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2001 10:56

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> Esses 18 casos devem ser casos nos Estados Unidos
> devido a infecção polmunar. Excluem casos de infecção
> cutânea.

Não sei. É capaz. Os dados são contraditórios
da imprensa - pra variar. Eles são apresentados
como casos no mundo todo. Talvez sejam casos de
mortos oficiais.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Ataque bacteriologico
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2001 12:01

--- In ciencialist@y..., andrebaptista@u... wrote:
> > >Alguém tem uma opinião embasada sobre os riscos reais??

Isso certamente é muito complicado.
Tendo em vista q. houve um ataque
real pode soar como piada de mau gosto
especular sobre isso -- aquela minha paródia
da equação de Drake certamente o foi:
peço desculpas ao q. se sentiram ofendidos.
Mas podemos tentar levá-la um pouquinho
mais a sério -- o q. não nos tira do
terreno da especulação pura.

Sendo:

p = prob. dos terroristas possuírem
armas de destruição/morticínio em
massa (armas não-convencionais: nucleares,
biológicas e químicas);

u = a prob. de uso dessas armas pelos
terroristas em caso de posse em um dado
período;

s = probabilidade de um ataque bem-sucedido
em caso de uso;

a = prob. de uma dada pessoa ser atingida
em caso de sucesso;

v = prob. de fatalidade ou lesão da pessoa
em caso dela ser atingida;

N = número de pessoas expostas ao ataque;

V = número de vítimas em um dado período.

Assim:

V = N.p.u.s.a.v

p ~ 1
Bem, com o fato de países de política hostis
ao Ocidente -- leia-se EUA -- muito provavelmente
terem desenvolvidos projetos de armas químicas e
biológicas e abrigarem ou patrocinarem grupos
terroristas e com o desmantelamento da ex-URSS
q. tbm desenvolveu tais armamentos e com altos
riscos pela diáspora dos cientistas envolvidos,
p deve ser bastante próximo a 1. (A seita Aum
Shinrikyo teve acesso e utilizou Sarin no ataque
do metrô de Tóquio.)

u ~ 0,2-0,5 ataque/ano
Temos o atentado de 1995 em Tóquio e a série
com antraz nos EUA atualmente. Considerando-se
o desmantelamento da URSS como data marcando
o início da posse dos armamentos, temos q. entre
1989 e 2001 tivemos 2 ou 5 ataques (depende de
se consideramos a série com antraz como um único
evento ou separadamente os casos).

s ~50% a 100%
Há o fator surpresa do lado dos terroristas.
A natureza desses ataques é não ter hora
marcada, nem local certo (bem, às vezes tem).
Estou considerando q. dos casos recentes de
ataque com antraz, 3 resultaram em contaminação
de pelo menos uma pessoa e 1 foi descoberto a
tempo - o q. dá uma margem de 3/4 de sucesso.
(Similarmente aos 3 dos 4 aviões seqüestrados
no dia 11 de setembro q. atingiram o alvo.)

a ~0,001 a 0,01
Somando-se o número de funcionários das empresas
americanas alvo das cartas com esporos de antraz
deve se chegar a algo como 5.000 pessoas (chutão
meu). 5 casos confirmados de contaminação: com
uma morte.

v ~0,2
Dos cinco casos confirmados até agora, temos
1 vítima fatal.

p.u.s.a.v ~ 1x0,2x0,75x0,01x0,2 = 0,0003/ano

Com 10.000 pessoas expostas por ano, teremos
3 fatalidades por ano. (O mesmo número de
pessoas q. morrem ao utilizarem máquinas
automáticas de refrigerante nos EUA a cada ano.)

(Como dito, bom ter em conta q. esse valor
não tem substância nenhuma. Não sou um atuarista.)

De modo mais pragmático, poderemos considerar
q. 12 pessoas morreram com o ataque com o gás Sarin
no Japão (cerca de 5.000 foram atingidas) e 1 morreu
com antraz nos EUA. No prazo estipulado de 11 anos
temos 13 mortos e 5.005 atingidos.

Teremos 1 caso fatal por ano e 455 atingidos por
essas armas no mesmo período devido a ataques
terroristas.

Um outro termômetro seria verificar o preço
do seguro contra-terrorismo com tais armas nas
empresas seguradoras e compará-las com outros
tipos de cobertura. Embora certamente haja uma
distorção devido ao fator histeria. A empresa
q. garantia o seguro da Copa Japão-Coréia
desistiu do negócio -- não quer dizer q. o
risco em si tenha se tornado gde, mas deve
ter aumentado o suficiente para q. isso deixasse
de ser atrativo e apostar na bolsa poderia
trazer mais ganhos.

> Se o esporo for inalado, v. quer dizer.
> neste caso qual o tempo para
> se tomar o antibiótico?

Dizem q. até cerca de uma semana depois da
contaminação.

Mas não adianta muito vir com números nesses
casos. É compreensível a apreensão q. isso
causa nas pessoas. Eu pelo menos sinto isso
na pele com parentes próximos expostos a
ataques no Japão e nos EUA -- por menor q.
seja o risco, preocupa muito. A mãe q. briga
com o filho pra q. ele leve um casaco é
um exemplo suavizado do drama.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Speed of Light!
FROM: "Adson Lucena" <adsonbr@ig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/10/2001 12:52

Olá amigos do ciencialist!
Estou a procura de textos que abordem a velocidade da luz e suas
conseqüências a cerca da luz, do espaço e tempo!
Agradeço desde já!
Ah! alguém pode me indicar tb um livro de física quântica para iniciantes?!
abraços
Adson Schayer




SUBJECT: Re: Ataque bacteriologico
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/10/2001 22:02


Caros,

Parece que pelo menos alguns jornalistas acham que há uma discrepância
muito grande entre a histeria que toma a mídia e a realidade. Sugiro duas
matérias que analisam se o antraz realmente é ou não uma arma terrorista
eficaz (concluem que não). Uma delas é esta (para quem entende francês):

http://www.liberation.fr/chroniques/dupin.html

A outra eu reproduzo abaixo, porque é da Folha e só vê quem paga Uol.

Belisário

P.S. - Estamos preparando umas matérias para o Observatório da Imprensa
a respeito. Qualquer ajuda será muito bem-vinda. Aliás, os caras do
Observatório já se manifestaram a respeito -
www.observatoriodaimprensa.com.br

------------------------------

Folha de S. Paulo
São Paulo, terça-feira, 16 de outubro de 2001

Distorções da mídia provocam histeria da guerra biológica
NAOMAR DE ALMEIDA FILHO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Tempos estranhos na América. Um país à beira do pânico. De repente, a saúde
pública ganha manchetes no paraíso da medicina privada. Infelizmente,
trata-se de uma proeminência trágica, inoportuna e distorcida.
A opinião pública americana experimenta por uma semana uma nova onda de
interesse por epidemiologia e epidemiologistas, mais aguda que no auge da
epidemia de Aids nos meados da década de 80.
Noticiários de televisão conduzem intermináveis entrevistas, debates e
painéis com autoridades de saúde pública e especialistas em epidemiologia de
doenças transmissíveis. São aparições curtíssimas -sempre menos de dez
minutos e quase nunca repetidas, bem dentro do figurino CNN.
Os âncoras dos noticiários, com ar grave e solene, bombardeiam os supostos
pesquisadores com questões bizarras (como explicar para o americano médio,
aquele que completou o segundo grau com apenas 90 horas de ciências
naturais, a diferença entre o vírus da varíola e a bacilo do antraz?),
curiosas (que cuidados tomar para abrir uma correspondência que pode estar
contaminada?) e interessadas (como é mesmo o nome do único antibiótico
disponível no mercado que pode ser tomado preventivamente caso alguém
acredite que tenha se infectado?). Digo supostos pesquisadores não por
desrespeito, mas porque a maioria dos entrevistados, com poucas exceções,
sempre maquiados, com voz empostada e treinamento de pose televisiva,
parecem mais profissionais do vídeo que cientistas.
Às vezes aparecem figuras que claramente têm o que dizer, mas infelizmente
sucumbem à pressão da mídia para criar o clima de terrorismo epidemiológico.
Assisti consternado ao massacre que a Fox News impôs à ex-secretária da
Saúde do governo Carter, primeira mulher negra a ocupar esse cargo no
governo americano, equivalente a ministro da Saúde. A atônita senhora não
conseguia completar nenhuma das suas respostas, talvez pelo erro de
começá-las pela correta negativa ou por tentar situá-las em um patamar de
sensatez. O que o entrevistador queria mesmo era arrancar uma declaração de
que o sistema público de saúde americano encontra-se sucateado e que
necessita urgentemente de mais investimentos (o que é verdade), não para
proteger a saúde da população carente (que é minoria, mas existe), mas para
se capacitar a atuar no fronte interno da "nova guerra".
No dia seguinte, lá estava um especialista em guerra biológica, curiosamente
com aparência e nome árabe, presidente e CEO de um certo instituto X de
saúde pública inc., com gráficos e mapas, demonstrando que a bioindústria
estava pronta para assumir seu papel na defesa contra o terrorismo
epidemiológico.
Nunca pensei, em mais de 20 anos de carreira nessa exótica especialidade,
que existissem tantas empresas de consultoria epidemiológica nem que a
epidemiologia fosse servir de trincheira numa guerra. Há alguns anos, no
entanto, tive um relance deste cenário de agora, quando participava da
reunião anual do Comitê Científico da Organização Mundial da Saúde, em
Genebra. Um dos temas em pauta era o que fazer com as amostras do vírus da
varíola armazenadas em locais secretos, sob rígido esquema de segurança, nos
EUA e na Rússia. As autoridades da OMS propunham a destruição das amostras
russas pelo temor de que, com a dissolução da antiga União Soviética, estas
fossem repassadas a grupos terroristas. Tal posição era defendida
vigorosamente pelo representante americano, Joshua Lederberg,
bacteriologista, Prêmio Nobel de Medicina de 1986, que apresentou um cenário
catastrófico (e realista, concordo) caso fosse reintroduzido o vírus da
varíola em populações sem a memória imunológica do microorganismo. Lederberg
foi enfim escolhido presidente do subcomitê designado para tratar da questão
e terminou elaborando um denso relatório sobre a perspectiva do terrorismo
com armas biológicas. Esperei que ele aparecesse em algum momento nos
debates televisivos. Em vão.
Naquele momento, algumas questões me intrigavam. A mais direta e imediata:
por que antraz? Microorganismos com maior grau de infectividade e
patogenicidade causariam muito maior dano à população que uma bactéria
esporulada, mal adaptada ao organismo humano. Porém o que me parecia
realmente intrigante era a insistência da mídia em destacar os casos
confirmados e os casos suspeitos de infecção por antraz como efeito de
terrorismo epidemiológico, esforçando-se para alertar a população sobre um
risco que ela de fato não corria. Por que a mídia evitava apresentar ao
público informações com base científica, praticamente reprimindo opiniões
abalizadas e efetivamente informadas sobre o assunto?
Nesse fim de semana, a CNN colocou no ar uma reportagem e entrevistas que me
trouxeram algumas respostas. A reportagem enfim dava a palavra a
pesquisadores e cientistas com credibilidade reconhecida sobre o tema.
Demostrava que a circulação de amostras e cepas de microorganismos é uma
prática comum na pesquisa da área e, mais ainda, que se tornara um
"business" muito lucrativo. Chegaram a apresentar catálogos de empresas de
equipamentos e insumos científicos com cepas registradas e patenteadas de
patógenos, que poderiam ser comprados a preços promocionais, até pela
internet. Um pesquisador afirmou ter adquirido recentemente uma cepa de
peste bubônica, esta sim, uma verdadeira bomba atômica biológica que
exterminou um terço da população européia na Idade Média. A matéria
terminava denunciando que várias remessas haviam sido feitas nos últimos
anos para países considerados promotores de terrorismo internacional. Pude
entender um pouco por que a nação que pretende transformar a biodiversidade
em balcão de negócios está em pânico.
A entrevista com Steven Block, epidemiologista e microbiologista da
Universidade Stanford, me foi mais útil. Aliviado, pude constatar que,
afinal, alguém conseguia colocar suas posições de modo claro e adequado.
Block rejeita a idéia de terrorismo epidemiológico e propõe usar a
epidemiologia para compreender essa variante peculiar do terrorismo. Traz
uma hipótese interessante. Primeiro, postula (com muita lógica) que o antraz
seria uma arma terrorista com pouca eficiência em larga escala. Mostra que a
forma cutânea é rara (porque haveria necessidade de lesão dermatológica
prévia para permitir a penetração dos esporos e provocar sintomas) e tem
letalidade praticamente nula. A forma respiratória, fatal nos casos em que o
diagnóstico é tardio, necessita da inalação de enorme quantidade de esporos
para se tornar patológica. Por outro lado, destaca já haver evidências
suficientes de que o material postal contaminado teria sido fonte de
infecção primária em pelo menos três casos e que a bactéria neles isolada
não havia sofrido alteração genética. Block faz então o que qualquer
estudante de epidemiologia faria e pergunta: quem são os casos? Quase todos
profissionais de comunicação. Qual o destino das correspondências?
Personalidades, empresas e redes de notícias formadoras da opinião pública
norte-americana. Como controlar o surto epidêmico? Com medidas de vigilância
epidemiológica e bloqueio, o que incluiria radical modificação da política
de divulgação da mídia.
Concluo com uma interpretação que já não é mais responsabilidade de Block.
Ao expor a comunidade das empresas de comunicação a um risco concreto, nela
fazendo poucas vítimas porém todas com nome e rosto, o terrorismo amplia
enormemente seu raio de ação. Aterroriza milhões de pessoas, cumprindo assim
a ameaça de Bin Laden de que a América não mais teria paz. A arma biológica,
de baixa eficácia, está sendo usada no seu potencial máximo, ao sinergizar
com outra arma do terrorismo, altamente eficiente, de natureza mais
propriamente cultural. Os entrevistadores, repórteres, produtores,
executivos das redes, por algum tempo, sem nem sequer desconfiar, reforçam o
braço armado da Al Qaeda.




SUBJECT: Onda ou partícula? Partícula ou onda?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/10/2001 22:04

Oi Pessoal quântico e anti-quântico,

acabei de colocar on-line 3 textos introdutórios sobre o Mundo Atômico.
O terceiro deles: http://www.feiradeciencias.com.br/sala23/23_MA03.asp
relativo ao assunto da mensagem aguarda ansiosamente por uma leitura crítica.

Em especial, ao Belisário, apreciaria uma continuação para a última ilustração desse texto onde tento mostrar os caminhos (tortuosos) iniciais que levaram á quantica.

Agradeço atenções,

[]'
Léo
=================



SUBJECT: Re: Ataque bacteriologico
FROM: "Renata" <respn@terra.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/10/2001 22:09


São Paulo, quarta-feira, 17 de outubro de 2001

INVESTIGAÇÃO

Polícia americana afirma que não há, até agora, nada que ligue o saudita aos casos

FBI não acha elo antraz-Bin Laden
SÉRGIO DÁVILA
DE NOVA YORK

Do porta-voz da Casa Branca ao diretor do FBI (polícia federal), o governo dos Estados Unidos recuou da hipótese da ligação entre os casos de antraz e o terrorista Osama bin Laden. Agora, as investigações centram esforços em achar suspeitos domésticos.
"Vamos procurar as fontes adequadas e averiguar quem está por trás disso", desconversou o porta-voz Ari Fleischer, quando indagado se o foco das investigações dos ataques bioterroristas ainda seria encontrar ligações entre a bactéria e o saudita.
"Até agora, nós não encontramos nenhuma ligação direta com o terrorismo organizado", fez eco Robert Mueller, do FBI. "Não me surpreenderia se outros estivessem pegando carona neste ato (os ataques terroristas do dia 11 de setembro) também."
Desde que o primeiro caso de contaminação por antraz foi divulgado, no começo do mês, a hipótese mais forte levada em conta pelo governo era uma provável autoria da Al Qaeda, a rede terrorista de Osama bin Laden, apontada como responsável pelos atentados do mês passado.
O antraz é um microorganismo que pode ser usado no bioterrorismo. Treze pessoas já foram contaminadas nos EUA até agora, uma das quais morreu. Das restantes, apenas três desenvolveram os sintomas da doença.
A maior parte das vítimas está ligada de alguma maneira a empresas de comunicação, e a contaminação se deu na maioria dos casos via carta enviada pelo correio. Além disso, traços de antraz foram encontrados em cartas em Washington (no Senado), na Flórida (num posto de correio) e em Nevada (na Microsoft).
Uma parte do Senado dos EUA foi interditada ontem pelo FBI (polícia federal dos EUA), incluindo os escritórios do líder democrata Tom Daschle e de outros dez senadores, para verificar se o sistema de ventilação não estava contaminado por antraz.
De acordo com Robert Mueller, do FBI, a prioridade da força é precaver-se contra novos ataques de antraz: "Estamos trocando idéias com as autoridades locais para solucionar este problema".
A Folha apurou que pelo menos as cartas enviadas para o âncora Tom Brokaw, da NBC, em Nova York, e para o senador democrata Tom Daschle, em Washington, estão sendo tratadas como de autoria doméstica. As duas contêm uma série de coincidências que apontam para um remetente comum e não ligado a grupos terroristas internacionais.
Primeiro, ambas foram postadas em Trenton, cidade de Nova Jersey, Estado vizinho de Nova York. Segundo, cópias divulgadas ontem pelo FBI mostram que as duas têm a mesma letra. Uma delas, a dirigida ao senador, dá como endereço do remetente uma escola primária na cidade de Franklyn Park (Nova Jersey).
Ainda, o conteúdo das duas é parecido. De acordo com pessoas que tiveram acesso aos envelopes, estes vieram fechados com um excesso de fita adesiva, traziam ameaças contra os EUA e Israel, diziam que o destinatário deveria procurar ajuda médica imediata e terminavam louvando Allah. "A similaridade entre as cartas pode nos ajudar a levar ao autor do atentado", disse Mueller.
Com a hipótese doméstica concordam oficiais de inteligência europeus ouvidos pelo governo norte-americano.
O principal indício, dizem eles, é o fato de os incidentes serem restritos aos Estados Unidos, apesar de haver vários países na coalizão contra a Al Qaeda. Até agora, todas as ameaças de antraz na Europa e em outras partes do mundo se revelaram falsas.
Segundo, acreditam os especialistas, as cartas nas quais foram encontrados rastros da bactéria são grosseiras e amadoras e não parecem trazer a marca de uma organização terrorista.






SUBJECT: Afeganistão e a III Guerra
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/10/2001 00:31

Help
Como História também é ciência, aí vai. Esse site:

http://www.regiments.org/milhist/wars/wars.htm

aparentemente trata-se de um site bastante confiável pertencente ao site da
Land Forces of Britain, the Empire and Commonwealth, sobre história militar.
No endereço acima eles fazem uma lista das guerras nas quais o Reino Unido
esteve participando, desde o século XVII, com links para textos com
detalhes. A última é citada como a Terceira Guerra Mundial, iniciada em 2001
no Afeganistão!

Belisário

-----------------------------------------------------
Roberto Belisário Diniz
rbdiniz@terra.com.br
Laboratório de Estudos Avançados de Jornalismo (Labjor)
http://www.uniemp.br/labjor/
Revista Com Ciência - divulgação científica
http://www.comciencia.br
-----------------------------------------------------



SUBJECT: Re: [ciencialist] Onda ou partícula? Partícula ou onda?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/10/2001 01:38

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Wednesday, October 17, 2001 10:04 PM
Subject: [ciencialist] Onda ou partícula? Partícula ou onda?

> Oi Pessoal quântico e anti-quântico,

"Pessoal" anti-quântico?!!! Afinal, quantos anti-quânticos existem por aqui?

> acabei de colocar on-line 3 textos introdutórios sobre o Mundo Atômico.
> O terceiro deles: http://www.feiradeciencias.com.br/sala23/23_MA03.asp

Te cuida, meu! Desse jeito o Imperdível logo logo vai ser chamado de o
Indeterminável. ;-))

> relativo ao assunto da mensagem aguarda ansiosamente por uma leitura
> crítica.

Recuso-me terminantemente a discutir pseudociência aqui na Ciencialist. ;-).
Apenas uma adenda: Num certo trecho de sua mensagem você afirma:

A mecânica de Newton, de acordo com Beiser, "não é senão uma versão
aproximada da mecânica quântica". Outros, não concordam com tal
afirmação.

O que você pretende dizer com "outros" no plural? Por acaso tem alguém me
plagiando?

> Em especial, ao Belisário, apreciaria uma continuação para a última
> ilustração desse texto onde tento mostrar os caminhos (tortuosos) iniciais
> que levaram á quantica.

Porque tortuosos "iniciais"? Por acaso já retificaram a estrada? Que eu
saiba, essa estrada continua tortuosa, esburacada e leva apenas a um beco
sem saída. Eles estão tentando desenvolver o teletransporte para não darem o
vexame de terem que voltar pela mesma estrada, mas até agora só conseguiram
teletransportar um fóton, e acho que era um fóton virtual.

> Agradeço atenções,

Tô de olho...!!!!! ;-)))

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Afeganistão e a III Guerra
FROM: Felipe Figueiredo <philsf@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/10/2001 03:01

On Thursday 18 October 2001 01:31 am, you wrote:
> Help
> Como História também é ciência, aí vai. Esse site:
>
> http://www.regiments.org/milhist/wars/wars.htm
>
> aparentemente trata-se de um site bastante confiável pertencente ao site da
> Land Forces of Britain, the Empire and Commonwealth, sobre história
> militar. No endereço acima eles fazem uma lista das guerras nas quais o
> Reino Unido esteve participando, desde o século XVII, com links para textos
> com detalhes. A última é citada como a Terceira Guerra Mundial, iniciada em
> 2001 no Afeganistão!
>
> Belisário

Um pouco precipitados, eu diria...

Felipe


SUBJECT: Re: [ciencialist] Onda ou partícula? Partícula ou onda?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/10/2001 07:46

Olá Alberto,

Agradeço a Leitura do texto e os apimentados comentários extra-texto.
Não, vc não está sozinho na batalha anti-quântica. O problema é que o assunto é tão esdrúxulo que torna-se difícil achar um ponto nevrálgico para concentrar os ataques. Por isso acredito que ainda não é exatamente uma batalha ... digamos que estamos na fase do 'terrorismo'.
Eu, particularmente, quando mais leio e escrevo (tento) sobre o tema, mais dúvidas tenho ... imagine o menino do ensino médio!
Todos os 'grandes autores' da quântica falam em 'provas irrefutáveis' e coisa e tal e 'meu espírito experimental' não consegue ver isso! Ou acredito 'piamente' numa equação (dogmática) ou fico de fora! É uma frustração!

Pego a função de onda do amigo Schrödinger (matemática), passo para coordenadas polares esféricas (por que não elípticas?) (matemática) e uso o método de separação de variáveis (matemática) e chega-se ao produto de três funções (matemática) que "descrevem" a função de onda (matemática): como varia ao longo de um raio vetor centrado no núcleo (matemática); como varia com o ângulo polar (matemática) e como varia com o ângulo azimutal (matemática) ....... e fico me perguntando "Quando começará a Física?".

Será que os professores de Física (e Química) que lecionam no ensino médio tem os mesmos problemas que eu? Como eles explicam essas coisas para os meninos? Preciso voltar ao colégio...... e reaprender a física do séc.XX.

Depois vem a 'regra de seleção', das 'transições proibidas' ... isso me recorda o ensino da língua portuguesa, com 500 regras e 500 exceções!

Em fim, como tudo isso deve ser deficiência minha ... continuemos estudando!

Para a semana colocarei on-line "A CONSTITUIÇÃO do núcleo do átomo"; e como minha esposa forma-se em Direito dentro de 1 mês (e já é Química-USP) já alertou-se ... "como toda CONSTITUIÇÃO prevalecerá o direito dos mais fortes" ... e sugeriu que eu relesse 'Animals Farm' (lá do fundo do baú).

[]'
Léo
=============


-----Mensagem Original-----
De: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 18 de outubro de 2001 01:38
Assunto: Re: [ciencialist] Onda ou partícula? Partícula ou onda?


| ----- Original Message -----
| From: "Luiz Ferraz Netto"
| Sent: Wednesday, October 17, 2001 10:04 PM
| Subject: [ciencialist] Onda ou partícula? Partícula ou onda?
|
| > Oi Pessoal quântico e anti-quântico,
|
| "Pessoal" anti-quântico?!!! Afinal, quantos anti-quânticos existem por aqui?
|
| > acabei de colocar on-line 3 textos introdutórios sobre o Mundo Atômico.
| > O terceiro deles: http://www.feiradeciencias.com.br/sala23/23_MA03.asp
|
| Te cuida, meu! Desse jeito o Imperdível logo logo vai ser chamado de o
| Indeterminável. ;-))
|
| > relativo ao assunto da mensagem aguarda ansiosamente por uma leitura
| > crítica.
|
| Recuso-me terminantemente a discutir pseudociência aqui na Ciencialist. ;-).
| Apenas uma adenda: Num certo trecho de sua mensagem você afirma:
|
| A mecânica de Newton, de acordo com Beiser, "não é senão uma versão
| aproximada da mecânica quântica". Outros, não concordam com tal
| afirmação.
|
| O que você pretende dizer com "outros" no plural? Por acaso tem alguém me
| plagiando?
|
| > Em especial, ao Belisário, apreciaria uma continuação para a última
| > ilustração desse texto onde tento mostrar os caminhos (tortuosos) iniciais
| > que levaram á quantica.
|
| Porque tortuosos "iniciais"? Por acaso já retificaram a estrada? Que eu
| saiba, essa estrada continua tortuosa, esburacada e leva apenas a um beco
| sem saída. Eles estão tentando desenvolver o teletransporte para não darem o
| vexame de terem que voltar pela mesma estrada, mas até agora só conseguiram
| teletransportar um fóton, e acho que era um fóton virtual.
|
| > Agradeço atenções,
|
| Tô de olho...!!!!! ;-)))
|
| [ ]'s
| Alberto
| http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm
|
|
| &&& --- &&&
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|



SUBJECT: Re: Onda ou partícula? Partícula ou onda?
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/10/2001 09:10


> Pego a função de onda do amigo Schrödinger (matemática),

Bom, a função de onda de pouco te serviria se não tivesses a eq de
Schröndiger.
E esta é baseada em considerações fisicas de Continuidade da função e
suas derivadas.

> passo para coordenadas polares esféricas (por que não elípticas?)

Simetria Esférica. Não existe razão para achar que uma direcção é
previligiada em relação a outra.Isto é fisica.

>(matemática) e uso o método de separação de variáveis (matemática) e
chega-se ao produto de três funções (matemática) que "descrevem" a
função de onda (matemática): como varia ao longo de um raio vetor
centrado no núcleo (matemática); como varia com o ângulo polar
(matemática) e como varia com o ângulo azimutal (matemática) .......
e fico me perguntando "Quando começará a Física?".

Elas variam nessas direcções todas, mas como ?
A resposta está na mecânica de Hamilton. No Hamiltoneano (que é
equivalente à eq de Schröndiger)
É isso que "faz mexer" o sistema e possibilita a previsão.
O Hamiltoneano é parte da Mecânica "teorica" e é geral.
A MQ apenas o usa. E dai advém a Mecânica no nome Mecânica Quântica.

> Será que os professores de Física (e Química) que lecionam no
ensino médio tem os mesmos problemas que eu?

Eles lecionam este assunto ?

> Depois vem a 'regra de seleção',

O que é a regra da selecção ?

> das 'transições proibidas'

Este é um abuso de linguagem que advém da teoria pré-quantica.
Antes da Quantica era sabido que os electrões teriam de passar de uns
niveis para outros. Mas não era lógico pq eles só passavam para esses.
A fisica pre-quantica era continua, e portanto, a energia era
continua. Não se percebia pq alguns valores da energia eram
possiveis. Mas se só alguns eram possiveis, os outros eram
lógicamente impossiveis , ou proibidos.

Quando a MQ chegou ela mostrou desde logo que a energia NÂO era
continua. Assim, aqueles niveis não eram possiveis, mas sim, os
unicos que existiam.
Donde não existiam valores "impossiveis". Essa linguagem deveria ter
sido abandonada, mas manteve-se por razões históricas e de tradição.

As funções que são encontradas pela resolução do Hamiltoneano (da eq
de Schröndiger se preferirem) para o atomo, são os Harmónicos
Esféricos , ou Funções Harmónicas Esféricas. Estas funções já eram
conhecidas e estudadas antes do resultado da MQ.
Portanto, foi assim mais facil conhecer as suas propriedades.

Do ponto de vista fisico, esas funções mostram "esferas a vibrar"
Esta vibração pode ser maior e menor. Quanto maior for a sua
amplitude, maior energia cada "menbrana" da esfera terá.
Donde ela "se afastará mais do centro"
Isto corresponde aos electrões que quanto mais energéticos forem,mais
longe do nucleo se podem mover.Se perderem esta energia, voltaram ao
centro.

Essa energia imergente e emergente foi identificada como energia
luminosa. As teorias de Einstein e Plank, estipularam esta energia
sob a forma de fotões.
Uma explicação que advém daqui é a da cor das substâncias.

[]

Sérgio



SUBJECT: Onda ou partícula? Partícula ou onda?
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/10/2001 10:04


----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto

> Olá Alberto,
>
> Agradeço a Leitura do texto e os apimentados comentários extra-texto.
> Não, vc não está sozinho na batalha anti-quântica. O problema é que o
assunto é tão esdrúxulo que torna-se difícil achar um ponto nevrálgico para
concentrar os ataques. Por isso acredito que ainda não é exatamente uma
batalha ... digamos que estamos na fase do 'terrorismo'.
> Eu, particularmente, quando mais leio e escrevo (tento) sobre o tema, mais
dúvidas tenho ... imagine o menino do ensino médio!
> Todos os 'grandes autores' da quântica falam em 'provas irrefutáveis' e
coisa e tal e 'meu espírito experimental' não consegue ver isso! Ou acredito
'piamente' numa equação (dogmática) ou fico de fora! É uma frustração!
>
> Pego a função de onda do amigo Schrödinger (matemática), passo para
coordenadas polares esféricas (por que não elípticas?) (matemática) e uso o
método de separação de variáveis (matemática) e chega-se ao produto de três
funções (matemática) que "descrevem" a função de onda (matemática): como
varia ao longo de um raio vetor centrado no núcleo (matemática); como varia
com o ângulo polar (matemática) e como varia com o ângulo azimutal
(matemática) ....... e fico me perguntando "Quando começará a Física?".

É que você ainda não terminou o cálculo... Você encontrará a Física
depois que você avançar um pouco mais e calcular quantidades mensuráveis,
como níveis de energia e valores esperados de grandezas físicas. Não há
caminhos reais para os resultados mensuráveis. Há que se passar pelo cipoal
matemático.

> Será que os professores de Física (e Química) que lecionam no ensino médio
tem os mesmos problemas que eu? Como eles explicam essas coisas para os
meninos? Preciso voltar ao colégio...... e reaprender a física do séc.XX.

Na minha época, pelo menos (anos 80), não ensinavam. Paravam em Newton e
Maxwell. Não sei se é impressão minha ou se estou atrasado na minha
percepção, mas parece-me que as pessoas ainda acham que a Física do século
XX é só para a graduação em Ciências Exatas.

> Depois vem a 'regra de seleção', das 'transições proibidas' ... isso me
recorda o ensino da língua portuguesa, com 500 regras e 500 exceções!

A diferença é que na língua portuguesa as regras e exceções não podem
ser corroboradas por experimentos e em boa parte das vezes não têm o menor
embasamento teórico.

Mais tarde lerei seu texto, Léo. Até amanhã tenho que terminar um texto
sobre o prêmio Nobel...

Um abraço,
Belisário

P.S. - Eu acho interessante como as pessoas usam termos como "físicos
quânticos" em contraposição a "físicos clássicos", ou "batalha
anti-quântica", etc. - como se os físicos pudessem ser quânticos ou
clássicos -, mesmo que em tom de brincadeira (toda brincadeira tem um fundo
de verdade, aliás), termos que fazem a discussão soar como se tivesse um
timbre ideológico. Se há um timbre ideológico, vale notar que quem usa esses
termos são justamente os que não gostam da quântica. (Não, o Alberto não foi
o único a usar tais termos nesta lista).




SUBJECT: "Scientific American" ganhará versão brasileira
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/10/2001 14:01

"Scientific American" ganhará versão brasileira

da Folha de S.Paulo

A revista americana "Scientific American" deverá ganhar uma varsão em
português a partir de maio do ano que vem.

Criada em 1845, a revista é considerada um dos mais importantes
veículos de divulgação científica do mundo. Segundo Alfredo Nastari,
diretor da Duetto Editorial, que publicará a "Scientific American" no
Brasil, a nova revista deve ter, além de traduções das edições
internacionais, material produzido a partir de pesquisas brasileiras.

- - - - - - - -

Alguem tem alguma critica em relacao a versao original
da "Scientific American" ( http://www.sciam.com/ )?


Ateh mais.
Luis Roberto Brudna




SUBJECT: Re: [ciencialist] "Scientific American" ganhará versão brasileira
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/10/2001 17:06

Luis Roberto Brudna
escreve:
- - - - - - - -

> Alguem tem alguma critica em relacao a versao original
da "Scientific American" ( http://www.sciam.com/ )?

Eu tenho, eu tenho .......... está em inglês, e não na língua pátria.
Só não entendi a 'versão original' :-))))

[]'
Léo
================



SUBJECT: Onda ou partícula? Partícula ou onda?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/10/2001 17:41

Olás,

On-line as 4 Leituras iniciais do "Mundo Atômico" - Sala 23 - Imperdível:



1- Mundo Atômico
(Leituras sobre a Energia Atômica)

01- Conceito do átomo até Rutherford ... www.feiradeciencias.com.br/sala23/23_MA01.asp
02- O átomo de Bohr............................ www.feiradeciencias.com.br/sala23/23_MA02.asp
03- Ondas ou partículas? Partículas ou ondas? www.feiradeciencias.com.br/sala23/23_MA03.asp
04- Constituição do núcleo do átomo ... www.feiradeciencias.com.br/sala23/23_MA04.asp

Estou mais interessado nas críticas/comentários sobre os textos 03 e 04, destinados ao ensino médio.

[]'
Léo
============




SUBJECT: Re: "Scientific American" ganhará versão brasileira
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/10/2001 17:57

> > Alguem tem alguma critica em relacao a versao original
> da "Scientific American" ( http://www.sciam.com/ )?
>
> Eu tenho, eu tenho .......... está em inglês, e não na língua
pátria.
> Só não entendi a 'versão original' :-))))
> []'
> Léo
> ================

Escrevi 'versao original' porque a revista jah tem versoes em
outras linguas, ver em...
http://www.sciam.com/related/foreign.html

E como nao sei qual eh o nivel de individualidade de cada
representacao, preferi ser especifico. :)

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna



SUBJECT: Re: [ciencialist] Hipnose
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/10/2001 01:43

Antonio" <a_ferrao@terra.com.br wrote to ciencialist@yahoogrupos.com.br

> Alguém poderia explicar-me ou indicar-me um site >explicando quais seriam
as causas CIENTÍFICAS para o >fenômeno da hipnose?

Antonio:

A hipnose é um fenômeno puramente fisiológico. Alguns livros de
neurofisiologia têm a definição. Eu lhe envio uma, de um autor chamado I. E.
Wickramasakera. Este senhor diz que

"A hipnose é um modo de processamento da informação caracterizado por uma
redução voluntária da atenção periférica, com suspensão voluntária da
capacidade analítico-lógica, com alta ou baixa ativação psico-fisiológica
que promove mudanças significativas na conduta, estado de ânimo, percepção
ou memória".

A hipnose não consiste em estar dormindo. Tampouco está tão claro se o
"transe hipnótico" existe ou não (há bastante controvérsia sobre este tema).
O que está claro é que existe um determinado tipo de funcionamento, ou seja,
que funciona.

A hipnose foi praticada durante muitos séculos sob diferentes nomes, embora
se conhecesse como se produzia o estado de transe. Geralmente acreditavam
que o hipnotizador tinha um poder especial. Atualmente sabemos que é o
próprio paciente quem provoca as alterações com a ajuda do hipnotizador.

Estas transformações se desencadeiam desde o interior mais que do exterior.
Na última década os psiquiatras decifraram o enigma do desencadeamento do
processo hipnótico no cérebro, o que pode ser resumido em três novos
conceitos:

1. Neuropeptidios: Sabe-se que este composto químico natural está tem
relação com certas funções tão básicas como o sonho, a tensão, o apetite
sexual ou o prazer. Os peptidios são produzidos pelo sistema
neuro -endócrino e são partes da molécula das endorfinas.

2. Endorfinas: São substancias com uma molécula muito parecida com os
opiaceos (como a morfina, por exemplo). O estado hipnótico promove a
liberação dessas substancias que têm um efeito similar ao da morfina e que
aliviam os transtornos respiratórios, abatimento, dor de dente, tendendo a
elevar o limiar da dor e produzindo um estado de êxtase (durante o orgasmo
se liberam endorfinas).

3. Hemisférios cerebrais: Esta teoria está relacionada com a noção de
especialização dos hemisférios.

De um modo muito geral, se considera que o lado direito é a fonte da
criatividade, da imaginação em que as imagens visuais, a estimulação
sensorial e os sonhos são umas dessa funções. O lado esquerdo é a sede do
pensamento lógico e promove a tradução das mensagens do hemisfério direito
em manifestações físicas, entre outras coisas.

Os neurônios controlam tudo: órgãos, funções, pensamentos,emoções, que são
transmitidos a área especiais do cérebro, onde são classificadas. A córtex
controla todas esta funções de modo especial.

O transe hipnótico é a prolongação de experiências totalmente naturais. Uma
parte do tempo estamos dormindo, despertos ou em transe hipnótico
espontâneo.

Existem pelo menos dois momentos em que caímos em transe hipnótico: um
pouquinho antes de nos despertar pela manhã (estado hipnopômpico) e um
momento curto antes de pegar no sono, à noite (estado hipnagógico). Nestes
momentos nossos sentidos se desentendem em certo grau das influencias
exteriores.

Muitas vezes entramos em estado hipnótico quando nos concentramos
intensamente para algum tipo de reflexão. A diferença entre a hipnose
acidental e a programada está no resultado. Também na intencionalidade
característica da segunda, na qual não se permite que entre nada alheio no
espaço interno.

A hipnose acidental no dá resultados, no entanto, durante a hipnose
provocada se produzem alguns fenômenos interessantes e se podem obter alguns
resultados.

O transe hipnótico pode começar com um simples mecanismo de sugestão. Um
exemplo pode ser estar caminhando com uma pessoa e lentamente apurar o
passo. Dependendo da receptividade, ela acelerará na mesma medida que o
indutor. É possível que nem se dê conta.

Os mecanismos da hipnose são de natureza biológica. Envolvem, além da córtex
e o corpo caloso, o sistema reticular. As ativações e desativações de zonas
cerebrais são de natureza fisiológica e não há energias soltas nem
comunicação extra sensorial.

São reações que incluem enzimas, cargas elétricas e neuro -transmissores.

A hipnose é um mecanismo que, em si, não é patológico. Pode existir em
condições propicias, no entanto pode ser utilizado em certas situações de
forte influência mítica, em que se dramatizam vivências míticas, como nos
terreiros dos rituais afro-brasileiros. São representações teatrais
fortemente carregados de significados e com uma participação grupal
fortemente indutora de transe.

A hipnose pode provocar bloqueios sensoriais e de funções (cegueira,
anestesia, amnésia e outras anulações perceptivas). Também pode ativar
funções (hipersensibilidade, hipermnésia, etc). Pode provocar alucinações
(sensações de queimadura, frio, experiências imaginadas, etc).

Um tema importante é a alucinação da memória. A pessoa recebe um convite
para "regredir" a vidas anteriores e simplesmente inventa vivências passadas
e as vive como se pode viver fortemente uma suposta influência de um "santo"
num terreiro.

Se trata de um teatro fortemente participativo, com aumento de certas
emoções, o que confere à experiência uma ilusão de realidade. A
interpretação de determinada experiência pode ser totalmente falsa, embora a
pessoa possua uma plena convicção de que é verdadeira.

Os delírios psicóticos são manifestações com uma forte convicção de
realidade, no entanto sabemos que uma suposta traição de uma flor deve ser
re-interpretada para ser compreendida. A flor concreta pode ser nada mais
que uma representação de uma mulher chamada Margarida. Embora o paciente,
por determinadas razões que se podem chegar a conhecer, prefere reagir ante
uma flor e não ante uma determinada pessoa.

Com isso eu quero dizer que a hipnose pode ser usada de muitas maneira. Além
dos fenômenos culturais (religiões), se podem tentar realizar terapias,
espetáculos teatrais, e muitas outras coisas por meio da hipnose.

Embora possa ser utilizada em situações totalmente normais, certas
patologias a podem utilizar de modo bastante exagerado. A neurose histérica
é uma doença mental que faz um alto uso da sugestão e do transe hipnótico em
diferentes graus. As seitas evangélicas também a usam para promover grandes
espetáculos teatrais de exorcismo.

Outras coisas poderiam ser ditas, mas se tornaria uma mensagem demasiado
grande. Fica para outra vez.
[]s

Marco A.Andrade
clave@speedy.com.ar





SUBJECT: Re: [ciencialist] Onda ou partícula? Partícula ou onda?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/10/2001 03:44

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Thursday, October 18, 2001 7:46 AM
Subject: Re: [ciencialist] Onda ou partícula? Partícula ou onda?

> Olá Alberto,
> Agradeço a Leitura do texto e os apimentados comentários extra-texto.

Olê, Oh Léo, Olê Olá

Espero que você tenha entendido que eu aproveitei a deixa de sua msg para
brincar com o assunto que é bastante sério mas... deixa prá lá. ;-))

Recentemente estou lendo um livro do Dirac (Os princípios da MQ). Creio que
já li várias dezenas deles (são todos iguais!!!) mas faltava-me esse que é
fundamental. Não sei se estou cometendo alguma heresia, mas creio que a
teoria quântica, enquanto teoria, completou-se com Dirac na década de 30 e,
portanto, este livro é bastante importante. Afora a indigestão (haja
antiácido!), indisposição, casmurrice, abulia etc, que certamente irá me
dar, pelo visto sairei desse desterro inóspito com vontade redobrada para
persistir com minhas loucuras.

Apenas para dar um exemplo, o item 1 do primeiro capítulo (O princípio da
superposição) tem como subtítulo "A necessidade para uma teoria quântica".
Fui até o fim do capítulo (que ao todo tem 7 itens) e nesse ínterim voltei
com freqüencia ao item 1. Creio que o li mais de 10 vezes. Li, reli, treli,
quatreli, quinteli, etc e, a cada leitura, mais e mais me fui dando conta de
que Dirac, ao que tudo indica, de maneira totalmente inconsciente, foi o
principal responsável pelo que hoje chamo de lavagem cerebral e que é
imposto aos jovens em todos os cursos de física do Brasil e do mundo. Sem
dúvida, seu livro deve representar a bíblia a orientar todos os
evangelizadores de todas as seitas quânticas que existem no mundo, pois é
ele quem dá o padrão retórico que noto estar presente em quase todos aqueles
que ora defendem a física quântica, ora atacam a física clássica, ora ousam
enfrentar argumentos "obsoletos" dos amantes da física clássica, como eu.
Aliás, ele é bastante sutil e não sei se outros anti-quânticos (que eu sei
que existem) chegam a captar isso que, sem dúvida alguma, li nas
entrelinhas. E foi por isso que precisei ler mais de 10 vezes. Sob esse
aspecto eu prefiro o Bohr, que ataca de frente e sem sutilezas; ou até mesmo
o Heisenberg, que nem chega a atacar pois, segundo dizem, o seu princípio
chegou num período de intensa depressão e serviu apenas para salvá-lo da
idéia de abandonar a ciência e abraçar de vez a filosofia. Enfim, tudo isso
está sendo útil para mim, pois ao lado dos argumentos escritos por um dos
papas da religião quântica sinto-me tal e qual "um menino brincando na
praia, entretendo-me com encontrar de quando em quando um seixo mais liso ou
uma concha mais bela do que o ordinário enquanto todo o vasto oceano da
verdade jaz inexplorado diante de mim" (essa, para os que não sabem, é do
Newton).

> | Tô de olho...!!!!! ;-)))

Continuo de olho. ;-))))))))))))))))

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Divulgação Científica
FROM: "Fabiano Caruso" <auron@ieg.com.br>
TO: "FCB" <fcb@yahoogroups.com>, <cienciacidadania@yahoogrupos.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/10/2001 13:16


Estou criando um Site (sem fins lucrativos), onde pretendo indicar livros, links e idéias sobre Artes, Ciência, Humanidades e Filosofia, seguindo os princípios do Humanismo Moderno.

Não quero me aprofundar nos assuntos abordados a ponto de acabarem sendo por demais específicos, pois a principal idéia do site é estimular o gosto pela pesquisa e o prazer pela busca do conhecimento em uma linguagem acessível ao público leigo.

Na parte sobre Ciência vou indicar trabalhos literários de cientistas que escreveram obras de divulgação científica.

A principio vou indicar obras de divulgação científica mais abrangentes, ou sejam, que estimulem as pessoas ao pensamento "científico". Depois pretendo indicar obras de divulgação em campos mais específicos, como a Biologia (Richard Dawnkins), Física (Freeman Dyson), Ciência Cognitiva (Steven Pinker), Psicologia Evolutiva (Robert Wright), etc.

Para tal, gostaria de conhecer mais cientistas com obras publicadas fora do meio acadêmico. Quem puder me indicar livros (com edição em Português), cientistas (com seu campo de divulgação), e até sites, serei muito grato.

Peço que me enviem respostas para o e-mail: auron@ieg.com.br para que não atrapalhe o andamento da lista.


Desde já obrigado.


Fabiano Caruso [_Auron_]
E-mail: auron@bol.com.br
http://auron.hpg.com.br
ICQ: 11863556


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Speed of Light!
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/10/2001 14:19


Oi, Adson. Sobre a quântica, depende de quão iniciante você é.
Infelizmente, são poucos os livros disponíveis para iniciantes sobre o
assunto...

(Acho que alguém já fez essa pergunta nesta lista; alguém aí tem a
mensagem que responderam?)

Bom, tem o Alice no País do Quantum, de Robert Gilmore, editora Jorge
Zahar. É muito original e acessível, mas talvez seja alegórico demais para
quem tem o objetivo de entender a quântica (ele faz uma história análoga à
da Alice no País das Maravilhas, mas agora Alice vai ao país do quantum...).
Mas acho que vale a pena ser lido, é bastante interessante. Tem uma resenha
dele aqui: http://www.comciencia.br/resenhas/alicequantum.htm . Um que eu
acho bom e muito acessível é o À procura do Gato de Schrödinger, do John
Gribbin. Só conheço uma edição portuguesa, da Editorial Presença, mas, com o
dólar desse jeito, fica caro pra chuchu... Mas dá para achar em bibliotecas
universitárias.

Você pode experimentar dar uma olhada nos artigos que saíram na revista
Com Ciência em uma edição só sobre a Física Quântica:

http://www.comciencia.br/reportagens/fisica/fisica01.htm

Veja os links à esquerda, especialmente o do Amir Caldeira. Vários deles
estão um pouco herméticos, mas talvez dê para o gasto.

Tem também esse site aqui (New Scientist Guide to the Quantum World),
para quem quiser ler direto sobre os temas mais polêmicos da física quântica
(teleportação, interações à distância, etc.) e sobre algumas das aplicações
que os futurólogos prevêem para essa ciência (acho a abordagem deles um
pouco sensacionalista, entretanto):

http://www.newscientist.com/hottopics/quantum/

Um pequeno texto em português que talvez valha a pena ser lido é o
último capítulo do livro "Física em seis lições", do Richard Feynmann, que
fala sobre a Física Quântica. Trata-se de uma versão reduzida dos capítulos
do livro clássico "The Feynmann Lectures on Phycisc" que tratam da quântica.
Nível bem acessível, aborda principalmente o problema da dualidade
onda-partícula.

Até,
Belisário

----- Original Message -----
From: Adson Lucena <adsonbr@ig.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, October 17, 2001 12:52 PM
Subject: [ciencialist] Speed of Light!


> Olá amigos do ciencialist!
> Estou a procura de textos que abordem a velocidade da luz e suas
> conseqüências a cerca da luz, do espaço e tempo!
> Agradeço desde já!
> Ah! alguém pode me indicar tb um livro de física quântica para
iniciantes?!
> abraços
> Adson Schayer
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>



SUBJECT: Divulgação Científica
FROM: "Fabiano Caruso" <auron@ieg.com.br>
TO: "FCB" <fcb@yahoogroups.com>, <cienciacidadania@yahoogrupos.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/10/2001 18:57


Estou criando um Site (sem fins lucrativos), onde pretendo indicar livros, links e idéias sobre Artes, Ciência, Humanidades e Filosofia, seguindo os princípios do Humanismo Moderno.

Não quero me aprofundar nos assuntos abordados a ponto de acabarem sendo por demais específicos, pois a principal idéia do site é estimular o gosto pela pesquisa e o prazer pela busca do conhecimento em uma linguagem acessível ao público leigo.

Na parte sobre Ciência vou indicar trabalhos literários de cientistas que escreveram obras de divulgação científica.

A principio vou indicar obras de divulgação científica mais abrangentes, ou sejam, que estimulem as pessoas ao pensamento "científico". Depois pretendo indicar obras de divulgação em campos mais específicos, como a Biologia (Richard Dawnkins), Física (Freeman Dyson), Ciência Cognitiva (Steven Pinker), Psicologia Evolutiva (Robert Wright), Neurociência (António Damásio), etc.

Para tal, gostaria de conhecer mais cientistas com obras publicadas fora do meio acadêmico. Quem puder me indicar livros (com edição em Português), cientistas (com seu campo de divulgação), e até sites, serei muito grato.

Peço que me enviem respostas para o e-mail: auron@ieg.com.br para que não atrapalhe o andamento da lista.


Desde já obrigado.


Fabiano Caruso [_Auron_]
E-mail: auron@bol.com.br
http://auron.hpg.com.br
ICQ: 11863556


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Utilidade Masculina
FROM: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/10/2001 02:24

Até que enfim um bom argumento !

[s] Neville
------------------------------------

EVOLUÇÃO

Experimento com moscas-das-frutas mostra que reprodução assexuada dificulta
difusão de
boas características

Sexo ajuda a espalhar mutação benéfica
* STEVE CONNOR DO "THE INDEPENDENT"

A angústia feminina para entender a finalidade dos homens pode ter sido
resolvida por uma
experiência que mostrou como os machos são vitais para a evolução. Há muito
tempo biólogos
se deparam com o enigma da função dos machos na natureza e tentam descobrir
por que o
sexo é tão comum no reino animal, uma vez que parece desvantajoso para as
fêmeas. Se as
fêmeas recorressem à reprodução assexuada, produziriam duas vezes mais
descendentes com
genes idênticos aos seus. Em uma visão matemática simples, o sexo não faz
sentido, e a
produção de machos -que normalmente contribuem pouco para criar a prole-
parece ter sido
desperdício de recursos valiosos. Um estudo com moscas-das-frutas
(drosófilas) publicado hoje
na revista americana "Science" (www.sciencemag.org) oferece uma explicação
para o papel dos
machos: jogar fora mutações maléficas da união genética e preservar
características boas.
William Rice e Adam Chippindale, biólogos da Universidade da Califórnia em
Santa Barbara,
descobriram que a difusão de "evoluções progressivas", em que os traços
benéficos se
acumulam, foi mais rápida em populações de moscas que se reproduziam
sexuadamente, em
comparação com outras "forçadas" a se reproduzir sem cruzamento. Segundo
Rice, porém, as
desvantagens do sexo se aplicam tanto a machos quanto a fêmeas. "Meu filho só
tem metade
dos meus genes. A outra metade é da mãe dele. Apenas metade do meu genoma
está sendo
incorporada à população", diz. "Mas, se fosse uma fêmea assexuada, minha
prole herdaria todo
o meu genoma. Eu poria duas vezes mais genes na próxima geração. Com
reprodução
assexuada, você consegue o dobro de descendentes e de genes na população." A
explicação
clássica para o sexo é que ele mistura genes entre machos e fêmeas e cria
diversidade
genética. Existem poucas evidências, porém, que sustentem uma teoria tão
generalizada.
Agora, Rice mostrou, em 34 experimentos distintos com moscas-das-frutas, o
quanto o sexo
pode resultar no aumento de mutações benéficas. Dividiu as moscas em dois
grupos, um com
genes misturados e outro sem. Ele introduziu nas duas populações a mutação
responsável por
criar olhos vermelhos, tidos como melhores que os olhos brancos, e monitorou
sua difusão por
um período de 18 meses, que envolveu centenas de gerações. Nos grupos em que
a
reprodução sexuada foi permitida, o gene dos olhos vermelhos chegou a um
ponto em que
quase se "fixou" permanentemente em 100%, substituindo completamente a
alternativa para
olhos brancos. Os grupos assexuados, por outro lado, não conseguiram se
livrar da "bagagem
evolutiva" da mutação para olho branco. "Nós sabíamos que havia vantagens na
diversidade
sexual, mas ainda não estava claro por quê", disse Rice. "Agora temos
evidências de que a taxa
de difusão de evoluções progressivas é mais rápida em populações sexuadas."
-------------------------------




SUBJECT: Re: Utilidade Masculina
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/10/2001 09:06


> EVOLUÇÃO
>
> (...)
>
> Sexo ajuda a espalhar mutação benéfica

Qual é a novidade disto ?




SUBJECT: Re: [ciencialist] Hipnose
FROM: "Antonio" <a_ferrao@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/10/2001 18:11

> A hipnose é um fenômeno puramente fisiológico. Alguns livros de
> neurofisiologia têm a definição. Eu lhe envio uma, de um autor chamado I.
E.
> Wickramasakera. Este senhor diz que
>
> "A hipnose é um modo de processamento da informação caracterizado por uma
> redução voluntária da atenção periférica, com suspensão voluntária da
> capacidade analítico-lógica, com alta ou baixa ativação psico-fisiológica
> que promove mudanças significativas na conduta, estado de ânimo, percepção
> ou memória".
> ...

Caro Marco,

Eu entendi, agradeço e concordo inteiramente com as suas explicações dadas
para o fenômeno da hipnose, que é a versão "científica" do fenômeno.
Entretanto, a minha dúvida primordial ainda persiste:
Se o famoso hipnotizador, Fábio Puentes, sair por aí estalando os seus
dedos, uma grande quantidade de pessoas irá dormir e serão "escravizadas".
Mas se eu, ou a maioria dos listeiros, sairmos por aí estalando os nossos
dedos, seremos, no mínimo, ridicularizados.
A pergunta é: O que o Fábio tem que nós não temos? Técnica? Que técnica é
essa, capaz de fazer uma pessoa dormir "por controle remoto"? Como a Ciência
explicaria, especificamente, esta técnica? Esta técnica poderia ser
reproduzida por uma máquina? Como? Se não, porque não?
Fábio Puentes seria "charlatão"? Se for, como ele consegue "subornar" tantas
pessoas?

Note que eu não estou falando de hipnoses cientificamente fáceis de se
entender, com as sugestões de políticos, oradores, líderes religiosos,
etc..., ou mesmo daqueles momentos em que nós ficamos "paralisados", olhando
para um "ponto fixo". Este é um processo fisiológico, como você bem disse.
Eu me refiro àquela hipnose em que o hipnotizador encara uma pessoa a quem
nunca viu antes e com apenas um gesto a faz dormir. Daí por diante, sob o
seu comando, por exemplo, faz com que o seu corpo fique rígido como uma
tábua e ele realmente fica rígido. A pessoa endurece o corpo de uma forma
que não seria capaz de fazê-lo sem a hipnose. Fica tão rígido, que outras
pessoas podem subir num "andaime" feito por esta "tábua" humana.
O que a pessoa faz depois de dormir pode ser encarado como "cientificamente
explicável", mas qual é o canal de comunicação entre o hipnotizador e a
pessoa hipnotizada? Se este canal é simplesmente a voz, porque o canal não
está aberto a todos nós, com esta mesma "funcionalidade"?
A Ciência está com a palavra ...

[]'s

Antonio




SUBJECT: Re: [ciencialist] Hipnose
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/10/2001 15:13

Saturday, October 20, 2001 6:11 PM, "Antonio" <a_ferrao@terra.com.br wrote
to <ciencialist@yahoogrupos.com.br>

>...Se este canal é simplesmente a voz, porque o canal não
> está aberto a todos nós, com esta mesma "funcionalidade"?

Antonio

Não sei se vou conseguir uma explicação que lhe satisfaça. O tema do
hipnotizador rápido só acontece em espetáculos. Ainda que pareça uma
casualidade, não o é. Existem instituições que dão cursos de hipnose e elas
garantem que os hipnotizadores fazem testes de sensibilidade antes.

Os agentes do hipnotizador fazem uma especie de "casting" em que se convocam
muitas pessoas para uma sessão previa ao espetáculo. O profissional escolhe
entre os testados os que responde mais rápidamente e melhor à sugestão
hipnótica. Geralmente 10% das pessoas são propensas (mais
sensiveis)constitucionalmente à sugestão. Não é um trabalho fácil. Exige uma
produção. Ainda que haja espetáculos aparentemente espontâneos, não é assim.

Todos sofreram um trabalho previo de treinamento em que se lhes dá uma
sugestão para responder rapidamente a um sinal do "mago". Geralmente
escolhem grupos que contam entre 3 e 10 pessoas.

Quando o hipnotizador pede "voluntarios", os selecionados levantam rápida e
áutomaticamente a mão. O que ocorre é que o que acontece é que, mesmo com
toda a preparação, não respondem sempre em totalidade. Alguns ficam como
dormindo e não participam das coisas principais.

Resumindo: se pode hipnotiza a uma pessoa com uma simples olhada desde que
haja participado de um treinamento previo. Nunca sem antes haver participado
de varias sessões de hipnose e com plena aceitação do sujeito.

Os fenômenos catalépticos existem em condições patológicas sem hipnose. A
força muscular de todos os músculos atuando conjuntamente é sempre
surpreendente. Não existe força energética que não se haja gerado dentro do
sistema neuro- muscular do individuo. O que acontece é que as pessoas que
não estão acostumadas com o manejo biológico, não conseguem imaginar que os
limites das capacidades humanas estão sempre além dos pontos que imaginamos
que estejam.

Tampouco imaginamos que os profissionais tenham uma boa e bem dissimulada
equipe de produção.

Certos pontos liberadores de endorfinas e outros, relacionados com certos
reflexos, mais uma extrema habilidade de manipular o corpo humano podem
desencadear um reflexo hipnótico muito rápido.

A linguagem dos estados hipnoides´foi chamada por Freud de prodesso
primario. Nela existe uma representação verbal plástica, ou seja, se
representam frases em linguagem onírica (dos sonhos). Isto significa
pensamento em imagens que são predominantemente visuais, com alguns
componentes auditivos ou táteis. Ainda que se pense que os psicanalistas
"chutam" interpretações dos sonhos, qualquer pessoa pode aprender esta
linguagem. É um idioma. Nos institutos de psicanálise seria se pode
aprender. Estão abertos a quem se capacite.

Os hipnotizadores são muito habeis em captar (depois de um bom treinamento)
a linguagem plástica (feita de pequenos gestos, trejeitos, olhares, etc.)
que denuncia a sensibilidade de uma pessoa. Assim como aprender a desenhar
exige uma certa tendência, gosto e disciplina, o treinamento hipnótico
requer a mesma coisa.

Não existe escravidão. Quase sempre são coisas sem importancia o que pede um
hipnotizador. Nunca se pode exigir a uma pessoa honesta que assalte um banco
ou que se preste a alguma prática perversa contraria a seus hábitos morais.
Se rouba, é ladrão antes da hipnose, se realiza atos pperversos é porque a
perversão é previa.

Os cientista não saem estalando os dedos porque o que se consegue com isso
são bobagens e todos tem outras coisas mais importantes a fazer que andar
por aí divertindo plateias.

O grande uso da hipnose não acidental ainda é o espetáculo. Secudariamente
se pode usar, com muitas limitações, para certas terapias. Hoje já existem
drogas que se pode usar para provocar estados que só a hipnose conseguia há
algum tempo.

Até com certos barbitúricos de ação ultra curta se consegue alguns estados.
Eu mesmo já utilizei algumas delas em terapias para elaboração de stress
post traumático.

Um []
Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar






SUBJECT: �=!"#�$�%
FROM: Felipe Alvisi <felipealvisi@uol.com.br>
TO:
DATE: 22/10/2001 01:57

À=!"# $ .

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Speed of Light!
FROM: Adam Luiz de Azevedo <adam@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2001 08:20

Física Quântica, Stephen Gaiorowicz (em portugues).

On Wed, 17 Oct 2001, Adson Lucena wrote:

> Olá amigos do ciencialist!
> Estou a procura de textos que abordem a velocidade da luz e suas
> conseqüências a cerca da luz, do espaço e tempo!
> Agradeço desde já!
> Ah! alguém pode me indicar tb um livro de física quântica para iniciantes?!
> abraços
> Adson Schayer
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] à=!"# $ %
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2001 08:34

Assunto: [ciencialist] à=!"# $ %


À=!"# $ .

Há uma discrepância entre os dados do assunto e do texto e assim, fico na dúvida se é:
a^2 = 1,345

ou

A^2 = 1,3x4x

Entretanto, em ambos os casos, A é a raiz quadrada de pi.

[]'
Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] Hipnose
FROM: "Antonio" <a_ferrao@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2001 09:40

Caro Marco,

> ... A linguagem dos estados hipnoides´foi chamada por Freud de prodesso
> primario. Nela existe uma representação verbal plástica, ou seja, se
> representam frases em linguagem onírica (dos sonhos). Isto significa
> pensamento em imagens que são predominantemente visuais, com alguns
> componentes auditivos ou táteis. Ainda que se pense que os psicanalistas
> "chutam" interpretações dos sonhos, qualquer pessoa pode aprender esta
> linguagem. É um idioma. Nos institutos de psicanálise seria se pode
> aprender. Estão abertos a quem se capacite...


Brilhante explicação. Respostas como essa enriquecem a lista. Era exatamente
isso que eu estava querendo saber.
Muito Obrigado.

[]'s
Antonio




SUBJECT: [electronica] Frequencia modulada
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2001 15:29


Alguem sabe de algum circuito que module FM (+- 1MHz) que não use
indutâncias (bobines) ? Vale qq tipo de circuito integrado...

Agradecido,


Sérgio



SUBJECT: Re: Speed of Light!
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2001 18:03


Acho esse muito árido e difícil para o nível a que o próprio Gasiorowicz
se propõe... Se for para uma abordagem inicial técnica, com matemática,
talvez seja interessante o Eisberg-Resnick (em português pela Editora
Campus). Há muito mais discussão (inclusive sobre Hístória da Física) e
aproxima-se mais devagar da quântica.

Uma experiência interessante que eu tive foi, logo após ler os primeiros
capítulos desse livro, ler o "Física e Filosofia" do Werner Heisenberg (em
português pela editora da UnB, 1999), principalmente o capítulo onde ele
fala da Filosofia Grega Antiga e da Física Moderna. Aliás, esse livro do
Heisenberg é o melhor livro de Física Quântica e "arredores" que já
encontrei.

Até,
Belisário

----- Original Message -----
From: Adam Luiz de Azevedo <adam@fisica.ufpr.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, October 22, 2001 9:20 AM
Subject: Re: [ciencialist] Speed of Light!


> Física Quântica, Stephen Gaiorowicz (em portugues).
>
> On Wed, 17 Oct 2001, Adson Lucena wrote:
>
> > Olá amigos do ciencialist!
> > Estou a procura de textos que abordem a velocidade da luz e suas
> > conseqüências a cerca da luz, do espaço e tempo!
> > Agradeço desde já!
> > Ah! alguém pode me indicar tb um livro de física quântica para
iniciantes?!
> > abraços
> > Adson Schayer




SUBJECT: F.Centrifuga ... Referencial ... Terra!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2001 19:20

Ois,

H� pouco tempo um colega do ciencialist postou algo sobre a 'impropriedade da for�a centr�fuga' como algo fict�cio e de uso pouco recomendado. Recordo que v�rios outros colegas fizeram a devida cr�tica, com destaque ao Belis�rio.
Aquilo ficou na cuca ... 'por que ele n�o enxergou a import�ncia dessa for�a t�o real como qualquer outra usada nos modelos da F�sica?', perguntei-me.
Nesse fim de semana, l� no rancho, o tema voltou � tona e da 'medita��o' resultou o texto que agora est� em
http://www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto40.asp sob o t�tulo "For�a centr�peta (Referencial ... Terra!)".

Pode ser que eu tenha redescoberto a roda ao re-equacionar a acelera��o de Coriolis na experi�ncia em pensamento que bolei dando um tiro horizontal no P�lo Norte ... mas, fiquei surpreso com algo que nunca vi em lugar algum (o que na minha santa ignor�ncia n�o constitui novidade nenhuma!) ... h� uma "par�bola de deflex�o" (nome que inventei) e uma par�bola de tiro e, assim, a trajet�ria de uma bala � superposi��o de duas par�bolas!

Aproveitei o texto para parabenizar o amigo Jo�o, do paqu�metro, pelo pioneirismo na Enciclop�dia Wikipedia, usando Portugal num dos exemplos ... e citei o ciencialist (Luis Brudna ... veja se coloquei corretamente a indica��o 'subscribe').

O dif�cil t� sendo convencer meus amigos, vizinhos do rancho, que a margem oposta do rio est� afundando e nossa margem t� ficando mais rasa!

Como sempre ... essa mensagem se auto-destruir� em 5 segundos!

[]'
L�o
============
Luiz Ferraz Netto [L�o]
UIN#: 31028111
leo@barretos.com.br
leo@esquinas.com.br
www.feiradeciencias.com.br


[As partes desta mensagem que n�o continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: F.Centrifuga ... Referencial ... Terra!
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2001 20:20


Léo,

Os livros de física são terrivelmente incompetentes para explicar certos
temas, principalmente porque os autores parecem ser incapazes de inventar um
modo diferente de abordar o assunto e sempre repetem o mesmo esquema - isso
notadamente para o giroscópio e a força de Coriolis, ambos terrores dos
alunos de graduação. O seu texto é o primeiro que vejo que explica a força
de Coriolis de uma forma facilmente inteligível.

Entretanto, há que se ressalvar sempre "desprezando-se a resistência do
ar", coisa que pode se tornar importante com forças de Coriolis pequenas.
Principalmente no último parágrafo, nesta frase: "Se o globo terrestre fosse
liso como uma superfície gelada, uma pedra lançada horizontalmente sobre ela
descreveria uma trajetória circular para a direita, em tempo igual a
meio-dia pendular."

Você já viu o texto do Einstein que explica a origem dos meandros dos
rios? Foi publicado em 1926 na revista Die Naturwissenschaften, Vol. 14, e
tem uma versão em português no livro "Como vejo o mundo", e uma em inglês
neste site: http://www.ucalgary.ca/~kmuldrew/river.html . Ele também invoca
a força de Coriolis. Não li o texto dele com atenção; provavelmente a
explicação dele é semelhante à sua.

Inté,
Belisário

----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>
To: ciencialist <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, October 22, 2001 8:20 PM
Subject: [ciencialist] F.Centrifuga ... Referencial ... Terra!


> Ois,
>
> Há pouco tempo um colega do ciencialist postou algo sobre a 'impropriedade
da força centrífuga' como algo fictício e de uso pouco recomendado. Recordo
que vários outros colegas fizeram a devida crítica, com destaque ao
Belisário.
> Aquilo ficou na cuca ... 'por que ele não enxergou a importância dessa
força tão real como qualquer outra usada nos modelos da Física?',
perguntei-me.
> Nesse fim de semana, lá no rancho, o tema voltou á tona e da 'meditação'
resultou o texto que agora está em
> http://www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto40.asp sob o título "Força
centrípeta (Referencial ... Terra!)".
>
> Pode ser que eu tenha redescoberto a roda ao re-equacionar a aceleração de
Coriolis na experiência em pensamento que bolei dando um tiro horizontal no
Pólo Norte ... mas, fiquei surpreso com algo que nunca vi em lugar algum (o
que na minha santa ignorância não constitui novidade nenhuma!) ... há uma
"parábola de deflexão" (nome que inventei) e uma parábola de tiro e, assim,
a trajetória de uma bala é superposição de duas parábolas!
>
> Aproveitei o texto para parabenizar o amigo João, do paquímetro, pelo
pioneirismo na Enciclopédia Wikipedia, usando Portugal num dos exemplos ...
e citei o ciencialist (Luis Brudna ... veja se coloquei corretamente a
indicação 'subscribe').
>
> O difícil tá sendo convencer meus amigos, vizinhos do rancho, que a margem
oposta do rio está afundando e nossa margem tá ficando mais rasa!
>
> Como sempre ... essa mensagem se auto-destruirá em 5 segundos!
>
> []'
> Léo
> ============
> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> UIN#: 31028111
> leo@barretos.com.br
> leo@esquinas.com.br
> www.feiradeciencias.com.br




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: F.Centrifuga ... Referencial ... Terra!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2001 22:05

Belisário escreve:



|
| Léo,
|
| Os livros de física são terrivelmente incompetentes para explicar certos
| temas, principalmente porque os autores parecem ser incapazes de inventar um
| modo diferente de abordar o assunto e sempre repetem o mesmo esquema - isso
| notadamente para o giroscópio e a força de Coriolis, ambos terrores dos
| alunos de graduação. O seu texto é o primeiro que vejo que explica a força
| de Coriolis de uma forma facilmente inteligível.

Gentileza sua, que agradeço e uso como estímulo.
|
| Entretanto, há que se ressalvar sempre "desprezando-se a resistência do
| ar", coisa que pode se tornar importante com forças de Coriolis pequenas.
| Principalmente no último parágrafo, nesta frase: "Se o globo terrestre fosse
| liso como uma superfície gelada, uma pedra lançada horizontalmente sobre ela
| descreveria uma trajetória circular para a direita, em tempo igual a
| meio-dia pendular."

Revisarei esse parágrafo. A idéia da trajetória circular, aliás, pode ser aplicada aos deslocamentos das massas de ar (ventos) ... e teremos a descrição dos ventos na superfície da Terra.

|
| Você já viu o texto do Einstein que explica a origem dos meandros dos
| rios? Foi publicado em 1926 na revista Die Naturwissenschaften, Vol. 14, e
| tem uma versão em português no livro "Como vejo o mundo", e uma em inglês
| neste site: http://www.ucalgary.ca/~kmuldrew/river.html . Ele também invoca
| a força de Coriolis.

Não tive a felicidade de ler esse livro; teria sido muito oportuno à epoca que tentei entender os meandros do Parnaíba. Mas uma coisa tenho certeza ... a tendência de todos os rios, pelo princípio da inércia, é 'retificar-se'; repare que os rios 'mais antigos' são retos!

|Não li o texto dele com atenção; provavelmente a explicação dele é semelhante à sua.

Ah! Ah! Ah! Imagine só ... a explicação dele é semelhante à minha! Grato pela inversão.

Estou aguardando sua leitura (na mesma Sala) do "Estudando as marés".

Em tempo, que achou da 'dupla - parábola' no texto da Força centrífuga ... honestamente, eu nunca tinha visto ou pensado a respeito!


|
| Inté,
| Belisário


Inté,
Léo
==================



SUBJECT: Re: [ciencialist] F.Centrifuga ... Referencial ... Terra!
FROM: "Prof. José Carlos" <j.c@iname.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/10/2001 01:00

Olá Léo, Belisário e lista,

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
To: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>


> Ois,
>
> Há pouco tempo um colega do ciencialist postou algo sobre a 'impropriedade
da força centrífuga' como algo fictício e de uso pouco recomendado. Recordo
que vários outros colegas fizeram a devida crítica, com destaque ao
Belisário.

Bom, como o colega fui eu...

> Aquilo ficou na cuca ... 'por que ele não enxergou a importância dessa
força tão real como qualquer outra usada nos modelos da Física?',
perguntei-me.
> Nesse fim de semana, lá no rancho, o tema voltou á tona e da 'meditação'
resultou o texto que agora está em
> http://www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto40.asp sob o título "Força
centrípeta (Referencial ... Terra!)".
>
> Pode ser que eu tenha redescoberto a roda ao re-equacionar a aceleração de
Coriolis na experiência em pensamento que bolei dando um tiro horizontal no
Pólo Norte ... mas, fiquei surpreso com algo que nunca vi em lugar algum (o
que na minha santa ignorância não constitui novidade nenhuma!) ... há uma
"parábola de deflexão" (nome que inventei) e uma parábola de tiro e, assim,
a trajetória de uma bala é superposição de duas parábolas!
>
> Aproveitei o texto para parabenizar o amigo João, do paquímetro, pelo
pioneirismo na Enciclopédia Wikipedia, usando Portugal num dos exemplos ...
e citei o ciencialist (Luis Brudna ... veja se coloquei corretamente a
indicação 'subscribe').
>
> O difícil tá sendo convencer meus amigos, vizinhos do rancho, que a margem
oposta do rio está afundando e nossa margem tá ficando mais rasa!
>
> Como sempre ... essa mensagem se auto-destruirá em 5 segundos!
>
> []'
> Léo

Primeiramente quero parabenizá-lo pelo seu site, que eu já conhecia, pelo
ótimo texto sobre a força de Coriolis (mais uma vez com ressalvas ao uso do
termo "força centrífuga") e por sua boa vontade. E é abusando dessa boa
vontade que quero tecer uns pequenos comentários sobre o tema (novamente).

Em primeiro lugar vamos situar o problema no campo da mecânica clássica
(depois podemos tratar de outras "áreas" não-clássicas se for necessário).
Dentro dessa área temos três leis (ou princípios) do velho Newton que
parecem dar conta da explicação dos fenômenos (mecânicos) a contento. Todas
essas três leis são violadas pela tal "força centrífuga" e, tendo que
escolher entre admitir uma "força centrífuga" ou as leis de Newton, prefiro
as últimas.

Infelizmente tenho que terminar uns textos até o final do mês e, como de
costume, estou estourando os prazos, logo, não posso me estender nessa
discussão agora, mas como acho que ela é produtiva (pois sempre teremos
novas informações e idéias picocando aqui e ali) pretendo voltar a ela em
breve e espero poder contar com você e o Belisário.

Por enquanto, e para que essa mensagem não seja apenas uma encheção de
linguiça, tente apenas resolver o pequeno probleminha abaixo:

"Um menino gira uma pedra de massa m e com velocidade v amarrada a um
barbante que pode ser considerado um fio ideal. Em determinado momento o fio
se rompe. Despreze os efeitos da gravidade terrestre, os efeitos do ar e a
força de Coriolis (em sua homenagem) e,
a) faça um esquema mostrando as forças de ação e reação que atuam no sistema
pedra barbante enquanto a pedra gira amarrada ao barbante.
b) faça outro esquema mostrando as forças de ação e reação imediatamente
após o barbante se romper."

Caso você fique tentado a sustentar a existência de "forças centrífugas" não
se esqueça de incluí-las nos esquemas e indicar sua reação (ou ação,
conforme sua interpretação).

Por enquanto é só. Assim que entregar meus textos ao editor prometo retornar
ao assunto.

Abraços,

José Carlos






SUBJECT: Re: [ciencialist] F.Centrifuga ... Referencial ... Terra!
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/10/2001 01:12

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Monday, October 22, 2001 8:20 PM
Subject: [ciencialist] F.Centrifuga ... Referencial ... Terra!

> Nesse fim de semana, lá no rancho, o tema voltou á tona e da 'meditação'
> resultou o texto que agora está em
> http://www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto40.asp sob o título "Força
> centrípeta (Referencial ... Terra!)".

Fantástico!!! Exceto pelo empuxo de Newton, não havia lido ainda nada melhor
em minha língua pátria.

Seu rancho está parecendo um outro situado na aldeia de Woolsthorpe, em
Lincolnshire, na Inglaterra. Que mal pergunte: Tem macieira no seu rancho?
Ou foi uma jaca que caiu na sua cabeça? ;-)))

> O difícil tá sendo convencer meus amigos, vizinhos do rancho, que a margem
> oposta do rio está afundando e nossa margem tá ficando mais rasa!

Nada como conhecer física antes de comprar um rancho.

> Como sempre ... essa mensagem se auto-destruirá em 5 segundos!

Ainda bem que ela se transforma em ectoplasma sem espalhar aquele pozinho
branco que tem assustado os gringos.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: F.Centrifuga ... Referencial ... Terra!
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/10/2001 08:19


----- Original Message -----
From: Prof. José Carlos
>
> Primeiramente quero parabenizá-lo pelo seu site, que eu já conhecia, pelo
> ótimo texto sobre a força de Coriolis (mais uma vez com ressalvas ao uso
do
> termo "força centrífuga") e por sua boa vontade.
(...)
> Em primeiro lugar vamos situar o problema no campo da mecânica clássica
> (depois podemos tratar de outras "áreas" não-clássicas se for necessário).
> Dentro dessa área temos três leis (ou princípios) do velho Newton que
> parecem dar conta da explicação dos fenômenos (mecânicos) a contento.
Todas
> essas três leis são violadas pela tal "força centrífuga" e, tendo que
> escolher entre admitir uma "força centrífuga" ou as leis de Newton,
prefiro
> as últimas.

Olá,

As três leis não são violadas pela força centrífuga. As três leis, da
forma como são formuladas tradicionalmente, só são válidas em sistemas
inerciais, e a força centrífuga só aparece em sistemas não-inerciais, assim
como a força de Coriolis e o resto das forças inerciais.

Não sei por que você diz "bleergh" ou coloca ressalvas no seu uso. Se
você usar um sistema inercial, não precisa usá-las. Se você se colocar em um
sistema não-inercial, precisa, senão toda a Mecânica de Newton vai por água
abaixo. Repudiar o uso das forças centrífugas equivale a restringir-se
apenas a sistemas inerciais, o que me parece deveras contraproducente, uma
vez que nem sempre é mais fácil abordar um problema a partir de um sistema
inercial.

> Infelizmente tenho que terminar uns textos até o final do mês e, como de
> costume, estou estourando os prazos, logo, não posso me estender nessa
> discussão agora, mas como acho que ela é produtiva (pois sempre teremos
> novas informações e idéias picocando aqui e ali) pretendo voltar a ela em
> breve e espero poder contar com você e o Belisário.
>
> Por enquanto, e para que essa mensagem não seja apenas uma encheção de
> linguiça, tente apenas resolver o pequeno probleminha abaixo:
>
> "Um menino gira uma pedra de massa m e com velocidade v amarrada a um
> barbante que pode ser considerado um fio ideal. Em determinado momento o
fio
> se rompe. Despreze os efeitos da gravidade terrestre, os efeitos do ar e a
> força de Coriolis (em sua homenagem) e,
> a) faça um esquema mostrando as forças de ação e reação que atuam no
sistema
> pedra barbante enquanto a pedra gira amarrada ao barbante.
> b) faça outro esquema mostrando as forças de ação e reação imediatamente
> após o barbante se romper."
>
> Caso você fique tentado a sustentar a existência de "forças centrífugas"
não
> se esqueça de incluí-las nos esquemas e indicar sua reação (ou ação,
> conforme sua interpretação).

Se você escolher um sistema inercial para descrever as forças
envolvidas, não precisará (nem poderá!) colocar as forças centrífugas, uma
vez que elas não aparecem num sistema inercial. Já se escolher um sistema
não inercial, terá que colocar todas as forças inerciais necessárias. Ambas
as abordagens são equivalentes, mas nesse caso é muito mais fácil fazer num
sistema inercial.

Já agora, gostaria de saber como se resolve o problema acima no
referencial da pedra sem usar forças centrífugas...

Abraços,
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] F.Centrifuga ... Referencial ... Terra!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/10/2001 10:08

Olá Prof. J. Carlos, Belisário et all,

Entendo seu posicionamento sob o ponto de vista do ensino médio. Após apresentar as 3 leis de Newton (que resolvem os problemas necessários dos vestibulandos) o professor, normalmente tece alguns comentários fortuitos sobre a força centrípeta e a declara 'banida' do rol das 'forças decentes'. Eu mesmo já a chamei, em sala de aula, de 'fantasmagórica' e repito o termo num texto do site.

Entretanto, na vida prática, o aluno volta e meia depara com os termo 'centrifugador(a)' como no tambor da máquina de lavar roupa (fase de secagem), na batedeira de bolos, nas curvas dentro do automóvel, nos separadores de substâncias do leite, sangue etc., na separação de isótopos radioativos (vi uma dessas em Aramar), nas máquinas de algodão doce, além dos clássicos como Coriolis e, em contra-partida, raramente ouve na vida prática o termo "centripetador(a)" ou algo do gênero.
O termo "centrípeto" é exclusivo dos estudantes de ciências ... não existe na linguagem popular.

Consultando o Aurélio, ele aponta:

a) centrífuga - aparelho com que se efetuam centrifugações, provido de um rotor capaz de girar com velocidade elevada.
b) centrifugação - ato de centrifugar.
c) centrifugador - fotograv. - torniquete.
d) centrifugadora - Fis. Centrífuga
e) centrifugar - 1. aplicar a centrífuga; 2. desviar do centro
f) centrífugo - 1. que se afasta ou procura afastar-se do centro; 2. diz-se de uma força ou de uma grandeza vetorial cujo suporte é o raio de curvatura da trajetória de um móvel e cujo sentido é oposto ao deste raio

e, um único verbete:

a) centrípeto - que se dirige para o centro; que procura aproximar-se do centro

Assim, mesmo sem tomar um dicionário como juiz das causas científicas, fica patente que 'centrífuga' é mais comum que 'centrípeta'.

Na física clássica a componente centrípeta da resultante das forças que agem na partícula no sistema inercial justifica o 'encurvamento' das trajetórias e, nesse referencial, tem sua 'reação', adequadamente aplicada em ponto distinto da partícula em questão.
Sob esse ponto de vista, a componente centrípeta é tão fantasmagórica quanto a centrífuga, uma vez que é apenas uma componente obtida por projeção da resultante (real) sobre algum 'privilegiado' terno de eixos.
Componente de força sobre eixos oportunamente escolhidos não têm existência real.

Sem dúvida é oportuna e satisfatória decompor a resultante das forças que agem sobre uma partícula que faz uma curva qualquer em três componentes; uma na direção da tangente (componente tangencial), uma na direção da normal (componente normal ou centrípeta dirigida para o centro da circunferência osculadora) e uma na direção da bi-normal (componente segundo a perpendicular ao plano das duas outras direções).
Nessa decomposição, cada uma delas 'desempenha o papel de explicar': se existe ou não aceleração escalar linear; se existe ou não curvas na trajetória e se a trajetória é plana ou reversa.
Cada uma dessas componentes é 'fantasmagórica' ... como o são todas as decomposições = artifício matemático.

Sob esse aspecto, são fantasmagóricas as forças de atrito e componente normal.
Sobre uma caixote que se arrasta num chão horizontal no qual foi lançado, a força aplicada pelo chão é única R. Além dela age o peso P. A resultante de P e R, contrária ao movimento, acaba por 'brecar' o caixote sobre o chão.
Entremos no campo do fantasmagórico: vamos decompor R em duas 'privilegiadas direções', vertical e horizontal. Na vertical a componente de R, agora batizada de "força normal" é N e na horizontal a componente de R, agora batizada de "força de atrito" é Fat; geometricamente, Fat + N = R.
Sobre os valores de tais 'fantasmas', Coulomb e Morin até encontraram uma relação amigável: Fat = µ.N e, como para o equilíbrio na vertical deve-se ter N = P chegamos ao mundo dos espíritos com: Fat = µ.P.
Vc não acha que a força de atrito e a força normal são do tipo "bleergh" ?

Ainda assim, os meninos do ensino médio, criados no mundo dos dogmas científicos, 'juram' que existe Fat, N etc. e tratam a 'força centrífuga' como espírito "bleerghoniano". D'Alembert não concorda com isso, nem o Belisário e do meu modesto banquinho, nem eu!

Mas, ensino a força centrífuga do jeitinho adequado e isso pode ser visto em:

Sistema Inercial de Coordenadas - (sistema de referência da mecânica) - (forças de inércia - Coriolis) - (princípio de D'Alembert)
http://www.feiradeciencias.com.br/sala05/05_67.asp

A solução de seu probleminha (e daquele proposto, como complementação, pelo Belisário) está no Imperdível, no endereço acima.

[]'
Léo
================




| Olá Léo, Belisário e lista,
|
| ----- Original Message -----
| From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
| To: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
|
|
| > Ois,
| >
| > Há pouco tempo um colega do ciencialist postou algo sobre a 'impropriedade
| da força centrífuga' como algo fictício e de uso pouco recomendado. Recordo
| que vários outros colegas fizeram a devida crítica, com destaque ao
| Belisário.
|
| Bom, como o colega fui eu...
|
| > Aquilo ficou na cuca ... 'por que ele não enxergou a importância dessa
| força tão real como qualquer outra usada nos modelos da Física?',
| perguntei-me.
| > Nesse fim de semana, lá no rancho, o tema voltou á tona e da 'meditação'
| resultou o texto que agora está em
| > http://www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto40.asp sob o título "Força
| centrípeta (Referencial ... Terra!)".
| >
| > Pode ser que eu tenha redescoberto a roda ao re-equacionar a aceleração de
| Coriolis na experiência em pensamento que bolei dando um tiro horizontal no
| Pólo Norte ... mas, fiquei surpreso com algo que nunca vi em lugar algum (o
| que na minha santa ignorância não constitui novidade nenhuma!) ... há uma
| "parábola de deflexão" (nome que inventei) e uma parábola de tiro e, assim,
| a trajetória de uma bala é superposição de duas parábolas!
| >
| > Aproveitei o texto para parabenizar o amigo João, do paquímetro, pelo
| pioneirismo na Enciclopédia Wikipedia, usando Portugal num dos exemplos ...
| e citei o ciencialist (Luis Brudna ... veja se coloquei corretamente a
| indicação 'subscribe').
| >
| > O difícil tá sendo convencer meus amigos, vizinhos do rancho, que a margem
| oposta do rio está afundando e nossa margem tá ficando mais rasa!
| >
| > Como sempre ... essa mensagem se auto-destruirá em 5 segundos!
| >
| > []'
| > Léo
|
| Primeiramente quero parabenizá-lo pelo seu site, que eu já conhecia, pelo
| ótimo texto sobre a força de Coriolis (mais uma vez com ressalvas ao uso do
| termo "força centrífuga") e por sua boa vontade. E é abusando dessa boa
| vontade que quero tecer uns pequenos comentários sobre o tema (novamente).
|
| Em primeiro lugar vamos situar o problema no campo da mecânica clássica
| (depois podemos tratar de outras "áreas" não-clássicas se for necessário).
| Dentro dessa área temos três leis (ou princípios) do velho Newton que
| parecem dar conta da explicação dos fenômenos (mecânicos) a contento. Todas
| essas três leis são violadas pela tal "força centrífuga" e, tendo que
| escolher entre admitir uma "força centrífuga" ou as leis de Newton, prefiro
| as últimas.
|
| Infelizmente tenho que terminar uns textos até o final do mês e, como de
| costume, estou estourando os prazos, logo, não posso me estender nessa
| discussão agora, mas como acho que ela é produtiva (pois sempre teremos
| novas informações e idéias picocando aqui e ali) pretendo voltar a ela em
| breve e espero poder contar com você e o Belisário.
|
| Por enquanto, e para que essa mensagem não seja apenas uma encheção de
| linguiça, tente apenas resolver o pequeno probleminha abaixo:
|
| "Um menino gira uma pedra de massa m e com velocidade v amarrada a um
| barbante que pode ser considerado um fio ideal. Em determinado momento o fio
| se rompe. Despreze os efeitos da gravidade terrestre, os efeitos do ar e a
| força de Coriolis (em sua homenagem) e,
| a) faça um esquema mostrando as forças de ação e reação que atuam no sistema
| pedra barbante enquanto a pedra gira amarrada ao barbante.
| b) faça outro esquema mostrando as forças de ação e reação imediatamente
| após o barbante se romper."
|
| Caso você fique tentado a sustentar a existência de "forças centrífugas" não
| se esqueça de incluí-las nos esquemas e indicar sua reação (ou ação,
| conforme sua interpretação).
|
| Por enquanto é só. Assim que entregar meus textos ao editor prometo retornar
| ao assunto.
|
| Abraços,
|
| José Carlos
|
|
|
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SUBJECT: Re: [ciencialist] F.Centrifuga ... Referencial ... Terra!
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/10/2001 11:41

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Tuesday, October 23, 2001 11:08 AM
Subject: Re: [ciencialist] F.Centrifuga ... Referencial ... Terra!

> Após apresentar as 3 leis de Newton (que resolvem os problemas necessários
> dos vestibulandos) o professor, normalmente tece alguns comentários
> fortuitos sobre a força centrípeta e a declara 'banida' do rol das 'forças
> decentes'.

Eu tenho a impressão que essa preocupação não existia na década de 50,
quando estudei a física do secundário. Não obstante, no decorrer do tempo
percebi que os médicos, os biólogos e os químicos começaram a ser encarados,
pelos físicos de determinada geração, como dinossauros por utilizarem um
aparelho que convencionou-se chamar centrífuga (ou centrifugador, se
quiser). A princípio não entendi, pois qualquer bactéria estudiosa de física
sabe que quando ela está no interior de um frasco de sangue submetido à
rotação --nessas máquinas obsoletas e que, bem denominadas ou não,
efetivamente existem-- ela fica sujeita a uma força dirigida sempre em
oposição a um ponto fixo, independentemente de sua posição no interior do
frasco. Ora, dirá a bactéria: Um campo de forças cuja direção diverge de
um ponto fixo, é um campo de força centrífugo.

Por outro lado, sabemos para alguém situado no laboratório, num referencial
quase-inercial, esta força descrita pela bactéria estudiosa de física não
existe. Para nós, quem se move é o frasco, e se a bactéria, supondo-se-a
dotada de uma densidade superior à do plasma, não quiser se esborrifar
inercialmente contra as paredes do frasco, ela deverá de alguma maneira
contrapor-se à lei da inércia. Digamos que exista um pequeno fio ideal,
preso à rolha que sela o frasco. Caso ela se agarre a esse fio, ficará
sujeita a uma força que para nós será centrípeta, e a contrapor-se à inércia
e, para ela, também será centrípeta, mas a contrapor-se à inexistente, para
nós, força centrífuga.

> Entretanto, na vida prática, o aluno volta e meia depara com os termo
> 'centrifugador(a)'

Pois é! Mas o grande problema é que o aluno nem sempre enxerga a força
centrífuga como algo a "existir" num outro referencial, e não no referencial
de laboratório. Esta não visualização de um efeito próprio a uma
relatividade 100% clássica, gera erros de interpretação no iniciante, o que
talvez tenha servido como argumento para os físicos que pretenderam abolir
de vez com o termo força centrífuga. Mesmo porque, e para quem aceita a
filosofia inerente à física clássica, com seus espaços e tempos absolutos, a
força inercial é um artefato útil para a resolução de problemas mas,
efetivamente, não existe como força genuinamente newtoniana.
Conseqüentemente, aqueles que repudiam a expressão "centrífuga", quando
forem resolver problemas em referenciais não inerciais, de alguma forma irão
se utilizar dessas "inexistentes" forças inerciais, ainda que, pelo fato
delas "não existirem" como tais, prefiram não dar nomes que possam gerar
confusão na mente dos iniciantes (secundaristas, no caso). Por exemplo,
ninguém repudia a "força de Coriolis", mas ela é tão inexistente quanto
aquela observada pelas bactérias nos centrifugadores.

Enfim, estamos frente a um problema existencial. Se existir um espaço
absoluto, a força centrífuga, sob um aspecto rígido não existe. Por outro
lado, se eu vivo num mundo sem janelas para o exterior, o que para mim
existe são as propriedades deste meu mundo, verificadas experimentalmente.
Se neste mundo existe um campo de forças centrífugo, a força centrífuga
existirá. A bactéria citada acima poderá dizer que existe um Deus que criou
um mundo para ela onde existe a força centrífuga (esse Deus nada mais é
senão quem colocou o frasco na centrífuga). Mas como esse mundo não tem
janelas, ela jamais poderá testar a existência desse Deus; poderá apenas
verificar experimentalmente que a força centrífuga existe neste mundo
"criado" por nós.

> O termo "centrípeto" é exclusivo dos estudantes de ciências ... não existe
> na linguagem popular.

Apenas a título de curiosidade: Parece-me que os dois termos, centrífugo e
centrípeto, são utilizados com mesma freqüência entre os orientais. A esse
respeito, existe um teorema do princípio unificante da filosofia oriental a
dizer: "Yin representa centrifugalidade e yang centripetalidade".

> Sob esse aspecto, são fantasmagóricas as forças de atrito e componente
> normal.

Pois eu iria além: É fantasmagórica até mesmo a força que age sobre o centro
de massa. Talvez existam micro-forças a agirem sobre partículas
"classicamente" elementares do corpo e a comportarem uma resultante a agir
sobre um hipotético centro de massa. Ou talvez alguma outra ação
microcósmica e desconhecida em sua origem, a manifestar-se para nós como uma
força resultante e mensurável.

> D'Alembert não concorda com isso, nem o
> Belisário e do meu modesto banquinho, nem eu!

Conheço você e o Belisário mas, que mal pergunte, quem é esse D'Alembert?
;-)). É algum novato da Ciencialist? ;-)

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: F.Centrifuga ... Referencial ... Terra!
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/10/2001 11:58


Talvez o pepino no ensino secundário mesmo seja não falarem sobre o
conceito de forças inerciais. Falam sobre a força centrífuga, talvez sobre a
de Corolis, mas não sobre as forças inerciais em si e sobre sua relação com
o sistema de referência. Quando eu estava no ensino médio (anos 80), nem se
mencionava a expressão "sistema inercial" ou "sistema não-inercial". Eu
também ouvi, naquela época, o papo de que a força centrífuga não existe. O
argumento pareceu-me bom na época, porque eu jamais tinha ouvido falar de
sistema inercial.

No meu tempo, acredito que ainda seja assim, a física do ensino médio
resumia-se quase à resolução de problemas. Aos que dizem "nunca gostei de
física e sempre ia mal", respondo que a física da escola é muito diferente
da física da universidade - e a diferença está em que ela se resume quase só
a matemática aplicada de uma forma ruim - na base da "receita de bolo". A
física mesmo fica só na interpretação do enunciado e da resposta dos
problemas.

Sendo assim, não é de se estranhar que conceitos como forças inerciais e
sistemas inerciais tenham desaparecido do cardápio do ensino médio. Sua
importância para a resolução de problemas é mais sutil e, se se decora uma
receita de bolo, tem-se a ilusão de que não se precisa dela para
resolvê-los.

O colégio onde estudei (Colégio Bom Jesus, em Curitiba) estava
inteiramente voltado para a resolução das questões do vestibular.
Pergunto-me em que extensão o vestibular influencia no conteúdo do ensino
médio. E a coisa engraçada é que esse tal vestibular não parece ter muito
compromisso com o que é necessário para entrar na Universidade. Pergunto-me
então que influências levaram a que o vestibular viesse a ter a cara que tem
hoje...

Belisário

----- Original Message -----
From: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>

> ----- Original Message -----
> From: "Luiz Ferraz Netto"
> Sent: Tuesday, October 23, 2001 11:08 AM
> Subject: Re: [ciencialist] F.Centrifuga ... Referencial ... Terra!
>
> > Após apresentar as 3 leis de Newton (que resolvem os problemas
necessários
> > dos vestibulandos) o professor, normalmente tece alguns comentários
> > fortuitos sobre a força centrípeta e a declara 'banida' do rol das
'forças
> > decentes'.
>
> Eu tenho a impressão que essa preocupação não existia na década de 50,
> quando estudei a física do secundário. Não obstante, no decorrer do tempo
(...)




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: F.Centrifuga ... Referencial ... Terra!
FROM: "Prof. José Carlos" <j.c@iname.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/10/2001 12:02

Oi Belisário,

----- Original Message -----
From: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
>
> Olá,
>
> As três leis não são violadas pela força centrífuga. As três leis, da
> forma como são formuladas tradicionalmente, só são válidas em sistemas
> inerciais, e a força centrífuga só aparece em sistemas não-inerciais,
assim
> como a força de Coriolis e o resto das forças inerciais.

O que equivale a dizer que você só pode usar as "forças centrífugas" em
sistemas onde não pode usar as três leis de Newton (sistemas não inerciais).
E que sentido tem falar em "força" se o próprio conceito de força não se
aplica nesses sistemas?

> Não sei por que você diz "bleergh" ou coloca ressalvas no seu uso. Se
> você usar um sistema inercial, não precisa usá-las. Se você se colocar em
um
> sistema não-inercial, precisa, senão toda a Mecânica de Newton vai por
água
> abaixo. Repudiar o uso das forças centrífugas equivale a restringir-se
> apenas a sistemas inerciais, o que me parece deveras contraproducente, uma
> vez que nem sempre é mais fácil abordar um problema a partir de um sistema
> inercial.

Na verdade o uso das forças centrífugas não é feito tradicionalmente no
referencial não inercial onde elas " "aparecem" e sim nos sistemas inerciais
onde elas não precisam ser introduzidas. Exemplo disso é a curva que
originou a discussão inicial. Para explicar a saída pela tangente usou-se o
termo "força centrífuga" mas manteve-se o referencial no solo. Esse é um
erro comum de quem usa forças fictícias: acabam acreditando que elas não são
fictícias. Daí vem o meu "Bléééérgh" para o uso dessas "forças".

> > Infelizmente tenho que terminar uns textos até o final do mês e, como de
> > costume, estou estourando os prazos, logo, não posso me estender nessa
> > discussão agora, mas como acho que ela é produtiva (pois sempre teremos
> > novas informações e idéias picocando aqui e ali) pretendo voltar a ela
em
> > breve e espero poder contar com você e o Belisário.
> >
> > Por enquanto, e para que essa mensagem não seja apenas uma encheção de
> > linguiça, tente apenas resolver o pequeno probleminha abaixo:
> >
> > "Um menino gira uma pedra de massa m e com velocidade v amarrada a um
> > barbante que pode ser considerado um fio ideal. Em determinado momento o
> fio
> > se rompe. Despreze os efeitos da gravidade terrestre, os efeitos do ar e
a
> > força de Coriolis (em sua homenagem) e,
> > a) faça um esquema mostrando as forças de ação e reação que atuam no
> sistema
> > pedra barbante enquanto a pedra gira amarrada ao barbante.
> > b) faça outro esquema mostrando as forças de ação e reação imediatamente
> > após o barbante se romper."
> >
> > Caso você fique tentado a sustentar a existência de "forças centrífugas"
> não
> > se esqueça de incluí-las nos esquemas e indicar sua reação (ou ação,
> > conforme sua interpretação).
>
> Se você escolher um sistema inercial para descrever as forças
> envolvidas, não precisará (nem poderá!) colocar as forças centrífugas, uma
> vez que elas não aparecem num sistema inercial. Já se escolher um sistema
> não inercial, terá que colocar todas as forças inerciais necessárias.
Ambas
> as abordagens são equivalentes, mas nesse caso é muito mais fácil fazer
num
> sistema inercial.
>
> Já agora, gostaria de saber como se resolve o problema acima no
> referencial da pedra sem usar forças centrífugas...

Resolva o que eu propus primeiro e depois vemos o se pode fazer no caso que
você propõe.

Abraços,

José Carlos




SUBJECT: Anthrax levado a serio
FROM: "Prof. José Carlos" <j.c@iname.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/10/2001 00:16

Repasso aos interessados sobre o assunto.

Abraços,

José Carlos




Dear Colleague

Recent events confirm that bioterrorism is no longer a threat but a reality.
In order to provide wide-ranging access to the latest scientific information
about anthrax and other potential bioweapons, Nature has put together a
special online focus on this issue.

At the heart of our coverage are two papers about the bacterial toxin that
causes anthrax-the first giving its structure, and the second identifying
the human receptor for anthrax. Nature will be publishing these papers in
its 8 November issue. Due to heightened interest in the papers, from both
the scientific community and the general public, we are immediately
pre-publishing them, and making them freely available on our web site at:

http://www.nature.com/nature/anthrax

These papers are accompanied by a range of material from our electronic
archive, including research papers from Nature and Nature Biotechnology and
an in-depth news feature on bioterrorism.

Nature's news and science writing team will continue to inform and explain
the science behind current events as and when it happens.
To keep up-to-date with the latest research developments, think Nature
first.

Yours
Richard Gallagher
Publisher, Nature

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PerkinElmer Life Sciences: Enabling the Future of Proteomics
Special Year End Promotion on Proteomic Platforms
Visit: www.perkinelmer.com/proteomics

* The ProXPRESS High Resolution Imager, enables high performance fluorescent
dye imaging.
* The ProPic Workstation is the only picking workstation that combines
optimized fluorescent gel picking and high-throughput with 100 µm X/Y
positional picking accuracy.
* Progenesis Software is the fastest and most highly automated 2D gel
analysis software available today. It enables removal of the gel analysis
bottleneck and ensures consistency.

====================================================================





SUBJECT: Probleminha de Elétrica...
FROM: {O-Grande-Mentecapto} <ogm60@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/10/2001 21:32

Essa é para os físicos de plantão :P

Estou aqui me debatendo com um exercício que vi na prova da EFOMM (Marinha)
desse ano.

1. A energia solicitada por uma lâmpada ligada à rede de 110V para ficar
acesa por 45 min. é de 110000 joules. Se essa lâmpada fosse energizada em
300 volts, o valor da corrente que nela circularia seria de:
a) 238,3 mA
b) 135,8 mA <===
c) 325,7 mA
d) 275,2 mA
e) 27,5 mA

Pois bem, seja:
U = tensão
r = resistência
i = corrente
P = potência
T = trabalho
t = tempo

Temos que P = T/t
O trabalho nos é dado no enunciado (100.000 Joules) e o tempo, convertemos
para segundos: 45.60 = 2700s. Então:
P = 110 000/2700
P = 40.740741 Watts

Com isso achamos a resistência, a partir de: P = U²/r
40.740741 = 110²/r
r = 297 Ohms

Sendo a resistência constante, então:
U = r. i
300 = 297 . i
i = 1.010101 A

Que é totalmente diferente da resposta proposta. (0,1358 A).
Na tentativa e erro achei uma maneira de se chegar ao resultado...
P = 40.740741
(considerando a potencia constante)
P = i . U
40.740741 = i . 300
i = 0,1358 = 135,8 mA (b)
Entretanto para a potência ser constante a resistência teria que ser
variável.. de 297 Ohms pra 2209 Ohms! Que loucura eh essa? :P







"Against stupidity, the Gods themselves contend in vain",
Friedrich von Schiller's
-
[]'s
{O-Grande-Mentecapto}
mentus@berlin.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] Probleminha de Elétrica...
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/10/2001 00:02

Olá O-Grande,

Assumindo que o 'gabarito' está correto, tudo indica que esse enunciado está incompleto. Talvez no topo da prova houvesse alguns dados extras, tal como um gráfico mostrando a variação da resistência do filamento de uma lâmpada em função da tensão aplicada ou algo do gênero.

Realmente, a resistividade do material do filamento da lâmpada incandescente varia com a temperatura (e essa com a tensão aplicada). Quando frio o filamento tem resistência bem baixa (e os 297 ohms que vc calculou tá bem dentro da realidade) porém, quando aquecido aos 2 500°C a resistência aumenta muito (e a corrente diminui).

Sua solução básica, assumindo o filamento como resistor ôhmico,está correta: para R = const., U^2/P = U'^2/P' e como P = E/Dt = 40,7 W, a nova potência dará P'= 302,7W e, com isso, a nova intensidade de corrente será:
i' = P'/U' = 1,009 A = 100,9 mA (os seus 101,0 mA).

No final, tudo indica que o examinador errou os cálculos, e admitiu potência constante, como vc o fez na sua 'tentativa e erro' ... que está errada! ... ou há mais dados para a questão.

[]'
Léo
=================

-----Mensagem Original-----
De: "{O-Grande-Mentecapto}" <ogm60@yahoo.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 24 de outubro de 2001 22:32
Assunto: [ciencialist] Probleminha de Elétrica...


Essa é para os físicos de plantão :P

Estou aqui me debatendo com um exercício que vi na prova da EFOMM (Marinha)
desse ano.

1. A energia solicitada por uma lâmpada ligada à rede de 110V para ficar
acesa por 45 min. é de 110000 joules. Se essa lâmpada fosse energizada em
300 volts, o valor da corrente que nela circularia seria de:
a) 238,3 mA
b) 135,8 mA <===
c) 325,7 mA
d) 275,2 mA
e) 27,5 mA

Pois bem, seja:
U = tensão
r = resistência
i = corrente
P = potência
T = trabalho
t = tempo

Temos que P = T/t
O trabalho nos é dado no enunciado (100.000 Joules) e o tempo, convertemos
para segundos: 45.60 = 2700s. Então:
P = 110 000/2700
P = 40.740741 Watts

Com isso achamos a resistência, a partir de: P = U²/r
40.740741 = 110²/r
r = 297 Ohms

Sendo a resistência constante, então:
U = r. i
300 = 297 . i
i = 1.010101 A

Que é totalmente diferente da resposta proposta. (0,1358 A).
Na tentativa e erro achei uma maneira de se chegar ao resultado...
P = 40.740741
(considerando a potencia constante)
P = i . U
40.740741 = i . 300
i = 0,1358 = 135,8 mA (b)
Entretanto para a potência ser constante a resistência teria que ser
variável.. de 297 Ohms pra 2209 Ohms! Que loucura eh essa? :P







"Against stupidity, the Gods themselves contend in vain",
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VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
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Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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SUBJECT: Re: Probleminha de Elétrica...
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2001 08:58

>1. A energia solicitada por uma lâmpada ligada à rede de 110V
>(..)
>Com isso achamos a resistência, a partir de: P = U²/r
>(..)
>Que é totalmente diferente da resposta proposta. (0,1358 A).
>Na tentativa e erro achei uma maneira de se chegar ao resultado...
>P = 40.740741
>(considerando a potencia constante)
>P = i . U
>(...)
>Entretanto para a potência ser constante a resistência teria que ser
>variável.. de 297 Ohms pra 2209 Ohms! Que loucura eh essa? :P

No enunciado não está escrito que tipo de lampada é. Não diz se é
incandescente ou fluorescente, por exemplo.
A equação "base" da potencia é P= i U * , donde ,se for, e apenas se
for, válida a lei de Ohm, fica P = U² / R
Ora , como não sabemos se a lampada é resistiva (ou seja, se a lei de
ohm é
válida para ela) então a equação segunda pode não ser válida. E tlv
por isso
o resultado não é obtido por essa via.


[]

Sérgio

* P = dE /dt ; É a energia . Neste caso a eléctrica dada por: E = q
U => P
= dq/dt U (pq U é constante) = i U





SUBJECT: Re: Probleminha de Elétrica...
FROM: rcordeiro@writeme.com
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2001 10:48

Talvez o autor do problema tenha raciocinado: "ora bolas, se eu ligar
a mesma lâmpada de 40W, que foi feita pra 110V, em 300V, tá na cara
que ela vai queimar. Então o aluno tem que deduzir que logicamente eu
quis dizer que não era a MESMA lâmpada, e sim uma lâmpada com a mesma
potência, mas para 300V!!!"

Raios

[]s
Ronaldo


--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> Olá O-Grande,
>
> Assumindo que o 'gabarito' está correto, tudo indica que esse
enunciado está incompleto. Talvez no topo da prova houvesse alguns
dados extras, tal como um gráfico mostrando a variação da resistência
do filamento de uma lâmpada em função da tensão aplicada ou algo do
gênero.
>
> Realmente, a resistividade do material do filamento da lâmpada
incandescente varia com a temperatura (e essa com a tensão aplicada).
Quando frio o filamento tem resistência bem baixa (e os 297 ohms que
vc calculou tá bem dentro da realidade) porém, quando aquecido aos 2
500°C a resistência aumenta muito (e a corrente diminui).
>
> Sua solução básica, assumindo o filamento como resistor ôhmico,está
correta: para R = const., U^2/P = U'^2/P' e como P = E/Dt = 40,7 W, a
nova potência dará P'= 302,7W e, com isso, a nova intensidade de
corrente será:
> i' = P'/U' = 1,009 A = 100,9 mA (os seus 101,0 mA).
>
> No final, tudo indica que o examinador errou os cálculos, e admitiu
potência constante, como vc o fez na sua 'tentativa e erro' ... que
está errada! ... ou há mais dados para a questão.
>
> []'
> Léo
> =================
>
> -----Mensagem Original-----
> De: "{O-Grande-Mentecapto}" <ogm60@y...>
> Para: <ciencialist@y...>
> Enviada em: quarta-feira, 24 de outubro de 2001 22:32
> Assunto: [ciencialist] Probleminha de Elétrica...
>
>
> Essa é para os físicos de plantão :P
>
> Estou aqui me debatendo com um exercício que vi na prova da EFOMM
(Marinha)
> desse ano.
>
> 1. A energia solicitada por uma lâmpada ligada à rede de 110V para
ficar
> acesa por 45 min. é de 110000 joules. Se essa lâmpada fosse
energizada em
> 300 volts, o valor da corrente que nela circularia seria de:
> a) 238,3 mA
> b) 135,8 mA <===
> c) 325,7 mA
> d) 275,2 mA
> e) 27,5 mA
>
> Pois bem, seja:
> U = tensão
> r = resistência
> i = corrente
> P = potência
> T = trabalho
> t = tempo
>
> Temos que P = T/t
> O trabalho nos é dado no enunciado (100.000 Joules) e o tempo,
convertemos
> para segundos: 45.60 = 2700s. Então:
> P = 110 000/2700
> P = 40.740741 Watts
>
> Com isso achamos a resistência, a partir de: P = U²/r
> 40.740741 = 110²/r
> r = 297 Ohms
>
> Sendo a resistência constante, então:
> U = r. i
> 300 = 297 . i
> i = 1.010101 A
>
> Que é totalmente diferente da resposta proposta. (0,1358 A).
> Na tentativa e erro achei uma maneira de se chegar ao resultado...
> P = 40.740741
> (considerando a potencia constante)
> P = i . U
> 40.740741 = i . 300
> i = 0,1358 = 135,8 mA (b)
> Entretanto para a potência ser constante a resistência teria que
ser
> variável.. de 297 Ohms pra 2209 Ohms! Que loucura eh essa? :P
>
>
>
>
>
>
>
> "Against stupidity, the Gods themselves contend in vain",
> Friedrich von Schiller's
> -
> []'s
> {O-Grande-Mentecapto}
> mentus@b...
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@y...
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Probleminha de Elétrica...
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/10/2001 11:41

Ronaldo escreve:


>>Talvez o autor do problema tenha raciocinado: "ora bolas, se eu ligar
a mesma lâmpada de 40W, que foi feita pra 110V, em 300V, tá na cara
que ela vai queimar. Então o aluno tem que deduzir que logicamente eu
quis dizer que não era a MESMA lâmpada, e sim uma lâmpada com a mesma
potência, mas para 300V!!!"<<

Oi Ronaldo, isso é viajar na maionese!:-). Leia com cuidado o enunciado original:

"A energia solicitada por UMA lâmpada ligada à rede de 110V para ficar
acesa por 45 min. é de 110000 joules. Se ESSA lâmpada fosse energizada em
300 volts, o valor da corrente que NELA circularia seria de:"

Já propuz inúmeras questões desse tipo onde, com certeza, muitos alunos insistem em usar da famigerada 'regra de três', do tipo: "Sendo a potência de uma lâmpada, de 40W em 110V, quando ligada em 220V sua nova potência será: ....". A enorme maioria das respostas será "80W". Esse 'golpinho' é manjado nos vestibulares. O 'vício' da regra de três é proveniente da Química, aliás já encontrei o seguinte verbete: "Química = Estudo aprofundado da regra de três simples e direta".

Na questão em voga, ou há erro de gabarito ou há dados 'ocultos por elipse'.

[]'
Léo
================


--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> Olá O-Grande,
>
> Assumindo que o 'gabarito' está correto, tudo indica que esse
enunciado está incompleto. Talvez no topo da prova houvesse alguns
dados extras, tal como um gráfico mostrando a variação da resistência
do filamento de uma lâmpada em função da tensão aplicada ou algo do
gênero.
>
> Realmente, a resistividade do material do filamento da lâmpada
incandescente varia com a temperatura (e essa com a tensão aplicada).
Quando frio o filamento tem resistência bem baixa (e os 297 ohms que
vc calculou tá bem dentro da realidade) porém, quando aquecido aos 2
500°C a resistência aumenta muito (e a corrente diminui).
>
> Sua solução básica, assumindo o filamento como resistor ôhmico,está
correta: para R = const., U^2/P = U'^2/P' e como P = E/Dt = 40,7 W, a
nova potência dará P'= 302,7W e, com isso, a nova intensidade de
corrente será:
> i' = P'/U' = 1,009 A = 100,9 mA (os seus 101,0 mA).
>
> No final, tudo indica que o examinador errou os cálculos, e admitiu
potência constante, como vc o fez na sua 'tentativa e erro' ... que
está errada! ... ou há mais dados para a questão.
>
> []'
> Léo
> =================




SUBJECT: Vida inteligente na TV
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/10/2001 15:03

Existe vida inteligente na TV?
Sim, mas vc vai ter que pagar por isso.

Prova é o Arquivo N apresentado pelo canal Globo News da TV por
assinatura. O último que assisti falava sobre as experiências dos
jornalistas com os refugiados das últimas guerras. O momento mais sublime
foi quando Pedro Bial falou o seguinte:

"Não acredite da falácia do exército americano quando diz que os
refugiados fogem do Talibã. Não! Eles fogem das bombas americanas."

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
No to war.



SUBJECT: Loop Quantum Gravity
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/10/2001 12:41


Um dos grandes problemas da Física Teórica hoje é encontrar uma teoria
que unifique a relatividade geral e a teoria quântica, ou seja, entre outras
coisas, que reproduza suas previsões empíricas pelo menos como casos-limite.
Afinal, é extremamente incômodo que a Natureza tenha que ser descrita por
duas teorias diferentes. A candidata mais famosa é a Teoria das Supercordas.
Mas há uma outra, menos conhecida: o Loop Quantum Gravity - LQG (como
traduzir isso? Gravidade Quântica em Loops?). Aí vai um texto do boletim
Physics News Update sobre isso. Segundo esse texto, algumas das vantagens
dessa LQG sobre as Supercordas é que ela não precisa de invocar dimensões
espaciais a mais (as Supercordas invocam 11) e suas previsões são mais
fáceis de serem testadas experimentalmente. Informações mais detalhadas
(técnicas) podem ser encontradas no artigo-review de Carlo Rovelli, em:

http://www.livingreviews.org/Articles/Volume1/1998-1rovelli/

PHYSICS NEWS UPDATE
The American Institute of Physics Bulletin of Physics News
Number 562 October 23, 2001 by Phillip F. Schewe, Ben Stein, and
James Riordon

LOOP QUANTUM GRAVITY (LQG), rival of string theory in the
quest to unite quantum mechanics with general relativity, does not
suffer from certain mathematical "infinities" (corresponding to
ephemeral, but numerous, alternatives in the way that interactions
take place in spacetime), a new study shows. This clears up some
doubts as to the theory's usefulness. What is LQG, and why has it
been so difficult to quantize gravity? To address this question,
return to classical (pre-1900) physics, a regime in which space was
fixed. Then the relativity and quantum revolutions changed
everything utterly. With the advent of general relativity, space was
combined with time in an integrated, but deformable, spacetime.
Meanwhile, in quantum mechanics spacetime remains fixed but
matter becomes fuzzy; the whereabouts of particles can only be
expressed in terms of probability clouds. In a theory that would
combine quantum and gravity features, spacetime would then have
to be both deformable and fuzzy, and this has been difficult to do.
In string theory, the merger is accomplished by imagining that
matter ultimately consists of tiny strings. In loop theory, the
merger is attempted by imagining that space itself consists of
moveable tiny loops. Carlo Rovelli (Center for Theoretical
Physics, Marseilles, rovelli@cpt.univ-mrs.fr, 33-0491-269644;
also Univ Pittsburgh) argues that loop theory does not have to
import the extra commodities (additional dimensions and particles)
needed by string theory and that it offers, in principle, more
testable predictions, such as the idea of quantized surface areas
(that is, regions of space would come in discrete chunks and there
would be a minimum possible size scale) and the notion that
quantized spacetime might manifest itself as a minute difference in
the speed of light for different colors. The new version of loop
gravity studied by Rovelli and his colleagues pictures spacetime as
being foamy: points in space sometimes grow into bubbles. The
bubbles are not "in" space but constitute space itself. The infinities
pondered in the present paper represent not difficulties posed by
the reality of particles within particles (a necessary complexity
dealt with in Richard Feynman's quantum electrodynamics theory)
but rather, analogously, to those potentially corresponding to
interactions occurring on spacetime loops within loops. (Crane et
al., Physical Review Letters, 29 October 2001)

PHYSICS NEWS UPDATE SUBSCRIPTION REMINDER: To put
yourself on, or take yourself off, our list at your leisure, please send a
message to listserv@aip.org and specify either "add physnews" or
"delete physnews." You can view all past Updates and perform
searches on specific physics terms at our website
(http://www.aip.org/physnews/update/). Associated websites include
Physics News Graphics (http://www.aip.org/mgr/png/ ) and Physics
News Links (http://www.aip.org/physnews/links/).

-----------------------------------------------------
Roberto Belisário Diniz
rbdiniz@terra.com.br
Laboratório de Estudos Avançados de Jornalismo (Labjor)
http://www.uniemp.br/labjor/
Revista Com Ciência - divulgação científica
http://www.comciencia.br
-----------------------------------------------------



SUBJECT: Lançamento hoje do carro movido a ar...
FROM: "Esteban Lopez Moreno" <esteban@idhi.org.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/10/2001 14:53

Os carrinhinhos de bexiga da infância cresceram. Achei que está matéria
abaixo poderia interessar ao grupo.
Esteban.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Carro do futuro,
movido a ar, lançado
no Brasil dia 26
O Brasil foi escolhido como base de lançamento
do primeiro carro movido a ar comprimido do mundo, que
acontecerá dia 26 de outubro em São Paulo, com a presença
da imprensa.


O "carro movido a ar" não é uma piada, mas sim o mais ambicioso
projeto da empresa francesa Motor Development International, MDI,
com sede em Luxemburgo e representação em toda a América
Latina (baseada em Barcelona), que procura sócios no Brasil.

O presidente da empresa (e criador do carro movido com ar
comprimido) Guy Nègre, estará presente ao lançamento e explica:

"Contamos com licenças exclusivas para a instalação de
fábricas em todo o território nacional, e também para
numerosas concessões dos serviços técnicos, peças e a
venda de energia. Tudo isso representa a criação de 3.500
novos empregos diretos em fábrica, sendo uma indústria
rentável e de acordo com as novas tendências meioambientais."

A MDI está desenvolvendo o motor do carro há mais de dez
anos e protegeu o sistema com aproximadamente 30 patentes
em mais de 130 países diferentes. A partir do dia 26 a MDI
estará procurando sócios no Brasil para o licenciamento do
sistema de fabricação dos carros em todo o território brasileiro.

No país o representante oficial da MDI é Emmanuel Guerreiro
Ochsenreiter, que também estará presente ao evento de lançamento.

COMO FUNCIONA

Se o motor criado por Guy Négre passar no teste de mercado --
isto é, se as pessoas comprarem um carro que não usa gasolina --
pode ser que a história considere essa uma das primeiras grandes
invenções do novo século (embora o invento seja realmente do
final do século passado).

Mas se você espera uma Ferrari, vai se desapontar, porque Guy
Nègre desenvolveu um motor com a capacidade de acelerar somente
até 130 km/h, com uma autonomia de 300km com uma recarga
dos cilindros. Mas se você precisa de um carro como utilitário,
um transporte urbano econômico, então vai gostar das opções.

A aparência do carro também não é o de uma Ferrari, mas lembra os
novos carros econômicos que estão sendo lançados pelas empresas
automobilísticas atuais. É adequado ao século 21, com uma aparência
urbana e simples.

O custo é daqueles que deve estar deixando as companhias de
petróleo preocupadas: entre R$3,00 e R$ 4,00 por 200/300km
corridos, ou aproximadamente entre 1 e 2 centavos por quilômetro.
Além disso há uma vantagem sem precedentes sobre os motores
à combustão, usados pela maioria dos veículos do planeta: não
somente não poluem, como também purificam o ar.

O carro movido a ar comprimido apresenta uma série de vantagens
sobre os carros elétricos, mas ainda perde em conforto e sofisticação
(para não falar em velocidade) para os carros movidos a combustão.
Entretanto é importante lembrar que ainda é apenas o início.

Se a tecnologia continuar sendo aperfeiçoada, toda a indústria
automobilística poderá enfrentar uma crise sem precedentes nas
próximas duas décadas, ou antes. Pelo menos a atual indústria
automobilística, já que uma outra indústria poderá substituí-la na
construção e venda de automóveis urbanos leves (caminhões
certamente ainda continuarão a usar os motores convencionais
por muito tempo).


DETALHES TÉCNICOS

O carro deve a sua autonomia a quatro tanques que armazenam
90 metros cúbicos de ar comprimido a 300 bars. A expansão
deste ar, introduzido em um recinto fechado (o cilindro), impulsiona
o pistão que gera o movimento. Como não existe combustão,
não há poluição. O ar que sai do escape é ar limpo a -15° C .
A troca de óleo, segundo a empresa, ocorre somente a cada
50.000km rodados.

"Neste momento temos quatro modelos disponíveis: um carro
familiar, um modelo táxi, um furgão e e uma pick up.", explica
o responsável pela representação no Brasil, Emmanuel
Guerreiro Ochsenreiter.

Quanto custará esse carro que utiliza uma tecnologia quase
alienígena, típica de filmes de ficção científica?: aproximadamente
de R$ 18.000,00, no Brasil.


Mais informações no site da empresa: www.motormdi.com ou
com a representação Oficial para Espanha e América Latina



SUBJECT: Re: [ciencialist] Lançamento hoje do carro movido a ar...
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/10/2001 19:02

Ma-ra-vi-lha!

O design não é muito sedutor, mas isso não importa muito. Será que o modelo
"pick up" tem força para subir uma serra?

[]s
Manuel Bulcão

----- Original Message -----
From: Esteban Lopez Moreno <esteban@idhi.org.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, October 26, 2001 3:53 PM
Subject: [ciencialist] Lançamento hoje do carro movido a ar...


> Os carrinhinhos de bexiga da infância cresceram. Achei que está matéria
> abaixo poderia interessar ao grupo.
> Esteban.
> ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
> Carro do futuro,
> movido a ar, lançado
> no Brasil dia 26
> O Brasil foi escolhido como base de lançamento
> do primeiro carro movido a ar comprimido do mundo, que
> acontecerá dia 26 de outubro em São Paulo, com a presença
> da imprensa.
>
>
> O "carro movido a ar" não é uma piada, mas sim o mais ambicioso
> projeto da empresa francesa Motor Development International, MDI,
> com sede em Luxemburgo e representação em toda a América
> Latina (baseada em Barcelona), que procura sócios no Brasil.
>
> O presidente da empresa (e criador do carro movido com ar
> comprimido) Guy Nègre, estará presente ao lançamento e explica:
>
> "Contamos com licenças exclusivas para a instalação de
> fábricas em todo o território nacional, e também para
> numerosas concessões dos serviços técnicos, peças e a
> venda de energia. Tudo isso representa a criação de 3.500
> novos empregos diretos em fábrica, sendo uma indústria
> rentável e de acordo com as novas tendências meioambientais."
>
> A MDI está desenvolvendo o motor do carro há mais de dez
> anos e protegeu o sistema com aproximadamente 30 patentes
> em mais de 130 países diferentes. A partir do dia 26 a MDI
> estará procurando sócios no Brasil para o licenciamento do
> sistema de fabricação dos carros em todo o território brasileiro.
>
> No país o representante oficial da MDI é Emmanuel Guerreiro
> Ochsenreiter, que também estará presente ao evento de lançamento.
>
> COMO FUNCIONA
>
> Se o motor criado por Guy Négre passar no teste de mercado --
> isto é, se as pessoas comprarem um carro que não usa gasolina --
> pode ser que a história considere essa uma das primeiras grandes
> invenções do novo século (embora o invento seja realmente do
> final do século passado).
>
> Mas se você espera uma Ferrari, vai se desapontar, porque Guy
> Nègre desenvolveu um motor com a capacidade de acelerar somente
> até 130 km/h, com uma autonomia de 300km com uma recarga
> dos cilindros. Mas se você precisa de um carro como utilitário,
> um transporte urbano econômico, então vai gostar das opções.
>
> A aparência do carro também não é o de uma Ferrari, mas lembra os
> novos carros econômicos que estão sendo lançados pelas empresas
> automobilísticas atuais. É adequado ao século 21, com uma aparência
> urbana e simples.
>
> O custo é daqueles que deve estar deixando as companhias de
> petróleo preocupadas: entre R$3,00 e R$ 4,00 por 200/300km
> corridos, ou aproximadamente entre 1 e 2 centavos por quilômetro.
> Além disso há uma vantagem sem precedentes sobre os motores
> à combustão, usados pela maioria dos veículos do planeta: não
> somente não poluem, como também purificam o ar.
>
> O carro movido a ar comprimido apresenta uma série de vantagens
> sobre os carros elétricos, mas ainda perde em conforto e sofisticação
> (para não falar em velocidade) para os carros movidos a combustão.
> Entretanto é importante lembrar que ainda é apenas o início.
>
> Se a tecnologia continuar sendo aperfeiçoada, toda a indústria
> automobilística poderá enfrentar uma crise sem precedentes nas
> próximas duas décadas, ou antes. Pelo menos a atual indústria
> automobilística, já que uma outra indústria poderá substituí-la na
> construção e venda de automóveis urbanos leves (caminhões
> certamente ainda continuarão a usar os motores convencionais
> por muito tempo).
>
>
> DETALHES TÉCNICOS
>
> O carro deve a sua autonomia a quatro tanques que armazenam
> 90 metros cúbicos de ar comprimido a 300 bars. A expansão
> deste ar, introduzido em um recinto fechado (o cilindro), impulsiona
> o pistão que gera o movimento. Como não existe combustão,
> não há poluição. O ar que sai do escape é ar limpo a -15° C .
> A troca de óleo, segundo a empresa, ocorre somente a cada
> 50.000km rodados.
>
> "Neste momento temos quatro modelos disponíveis: um carro
> familiar, um modelo táxi, um furgão e e uma pick up.", explica
> o responsável pela representação no Brasil, Emmanuel
> Guerreiro Ochsenreiter.
>
> Quanto custará esse carro que utiliza uma tecnologia quase
> alienígena, típica de filmes de ficção científica?: aproximadamente
> de R$ 18.000,00, no Brasil.
>
>
> Mais informações no site da empresa: www.motormdi.com ou
> com a representação Oficial para Espanha e América Latina
>
>
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> Para sair da lista envie um mail para
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Probleminha de Elétrica...
FROM: Rodrigo Nuno Bragança da Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/10/2001 19:21

{O-Grande-Mentecapto} wrote:
>
> Essa é para os físicos de plantão :P
>
> Estou aqui me debatendo com um exercício que vi na prova da EFOMM (Marinha)
> desse ano.
>
> 1. A energia solicitada por uma lâmpada ligada à rede de 110V para ficar
> acesa por 45 min. é de 110000 joules. Se essa lâmpada fosse energizada em
> 300 volts, o valor da corrente que nela circularia seria de:
> a) 238,3 mA
> b) 135,8 mA <===
> c) 325,7 mA
> d) 275,2 mA
> e) 27,5 mA

110000/45/60/300=0.13580246913580246913

A resposta certa é a b)

Você não pode esquecer que quando se fala em tensão nominal de 300V (220V na europa) ela é a tensão média efectiva, equivalente em termos de potência à que seria fornecida por uma fonte continua da mesma tensão supondo a mesma resistência (ou impedância, neste caso) de carga. Sendo assim, e uma vez que V(média)*A(média)=W(média) as minhas contas batem certas com as deles...

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Probleminha de Elétrica...
FROM: Rodrigo Nuno Bragança da Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/10/2001 19:28

Luiz Ferraz Netto wrote:
> > No final, tudo indica que o examinador errou os cálculos, e admitiu
> potência constante, como vc o fez na sua 'tentativa e erro' ... que
> está errada! ... ou há mais dados para a questão.

O examinador admitiu um modelo altamente siplificado da realidade, mas ainda assim util em muitos casos.

Como você sabe há várias imperfeições desse modelo, a saber numa lampada de tunguesténio:

a) O filamento tem uma resistência dependente da temperatura.
b) O filamento tem uma impedância dependente da temperatura e da frequência da corrente.
c) O filamento tem uma resistência e impedância variáveis a longo prazo à medida que há desgaste. No caso duma lâmpada operando acima das especificações esse desgaste é bem mais rápido, eventualmente quase instantâneo.
d) O filamento tem uma forma dependente da gravidade, o que afecta a impedância e o que afecta indirectamente a temperatura de funcionamento, o desgaste, etc...
e) Se você quer um modelo perfeito o melhor é comprar uma lâmpada, parar com as contas e passar à fase experimental :-)

Intés!


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SUBJECT: Interpretação de Copenhaga
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/10/2001 09:44

O que se segue é um artigo sobre a interpretação de Copenhaga
da wikipedia (http://pt.wikipedia.com). Será que alguém que
percebe disto me poderá fazer uma revisão científica do artigo?
Estou particularmente interessado no parágrafo sobre a experiência
de Einstein-Podolsky-Rosen, que acho que está um bocado confuso.

-------------
Interpretação de Copenhaga

A Interpretação de Copenhaga é a interpretação mais comum da
Mecânica Quântica e foi desenvolvida por Niels Bohr e Werner
Heisenberg que trabalhavam juntos em Copenhaga em 1927. Pode ser
condensada em três teses:

1 - As previsões probabilisticas feitas pela mecânica quântica
são irredutíveis no sentido em que não são um mero reflexo da
falta de conhecimento de hipotéticas variáveis escondidas. No
lançamento dos dados, usamos probabilidades para prever o
resultado porque não possuímos informação suficiente apesar de
acreditarmos que o processo é deterministico. As probabilidades
são utilizadas para completar o nosso conhecimento. A
interpretação de Copenhaga defende que em Mecânica Quântica, os
resultados são indeterministicos.
2 - A física é a ciência dos resultados de processos de medida.
Não faz sentido especular para alem daquilo que pode ser medido.
A interpretação de Copenhaga considera perguntas como "onde
estava a partícula antes de a sua posição ter sido medida?" sem
sentido.
3 - O acto de observar provoca o "colapso da função de onda", o
que significa que antes da medição, o estado do sistema permitia
muitas possibilidades, apenas uma delas foi escolhida
aleatoriamente pelo processo de medição, e a função de onda
modifica-se instantaneamente para reflectir essa escolha.


A completude da mecânica quântica (tese 1) foi atacada pela
experiência (imaginária) de Einstein-Podolsky-Rosen que pretendia
mostrar que têm que existir variáveis escondidas para evitar
"efeitos não locais e instantâneos à distância". A desigualdade
de Bell] sobre os resultados de uma tal experiência foi derivada
no pressuposto de que existem variáveis escondidas e não existem
"efeitos não-locais". Em 1982, Aspect levou a cabo a experiência
e descobriu que a desigualdade de Bell era violada, rejeitando
interpretações que postulavam variáveis escondidas e efeitos
locais. Esta experiência foi alvo de várias críticas e novas
experiências realizadas Weihs and Rowe confirmaram os resultados
de Aspect.

Das três teses da interpretação de Copenhaga, a terceira é talvez
a mais problemática do ponto de vista dos físicos porque dá um
estatuto especial aos processos de observação sem os definir com
clareza nem explicar os seus mecanismos.

Muitos físicos e filósofos notáveis têm criticado a interpretação
de Copenhaga, com base quer no facto de não ser determinista quer
no facto de propor que a realidade é criada por um processo de
observação não físico. As frase de Einstein "[Deus] não joga aos
dados" e "Pensas mesmo que a Lua não está lá quando não estás a
olhar para ela?" ilustram a posição dos críticos. A experiência
do Gato de Schroedinger foi proposta para mostrar que a
interpretação de Copenhaga é absurda.

A alternativa principal à interpretação de Copenhaga é a
interpretação de Everett dos mundos paralelos.


Referências:

Physics FAQ section about Bell's enequality
http://math.ucr.edu/home/baez/physics/Quantum/bells_inequality.html
G. Weihs et al., Phys. Rev. Lett. 81 (1998) 5039
M. Rowe et al., Nature 409 (2001) 791.

----

Já agora, o projecto wikipedia precisa de voluntários que queiram
escrever artigos ou fazer traduções. Quem estiver interessado deve
visitar a página:

http://pt.wikipedia.com

As páginas da wikipedia podem ser editadas por qualquer pessoa
através do link: "Edit text of this page"

--
joão
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: Interpretação de Copenhaga
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/10/2001 11:04


> 1 - As previsões probabilisticas feitas pela mecânica quântica
> são irredutíveis no sentido em que não são um mero reflexo da
> falta de conhecimento de hipotéticas variáveis escondidas. No
> lançamento dos dados, usamos probabilidades para prever o
> resultado porque não possuímos informação suficiente apesar de
> acreditarmos que o processo é deterministico. As probabilidades
> são utilizadas para completar o nosso conhecimento. A
> interpretação de Copenhaga defende que em Mecânica Quântica, os
> resultados são indeterministicos.

Esta coisa de serem deterministicos ou não fica um pouco diluida.
Ao acreditar que o processo é deterministico, e usar as
probabilidades para prevêr o dado, o resultado dessa medição é
indeterministico ?

Em MQ , um sistema fisico é visto como um grande dado viciado de N
caras. Por isso a analogia.

> 3 - O acto de observar provoca o "colapso da função de onda", o
> que significa que antes da medição, o estado do sistema permitia
> muitas possibilidades, apenas uma delas foi escolhida
> aleatoriamente pelo processo de medição, e a função de onda
> modifica-se instantaneamente para reflectir essa escolha.
>
>
> A completude da mecânica quântica (tese 1) foi atacada pela
> experiência (imaginária) de Einstein-Podolsky-Rosen que pretendia
> mostrar que têm que existir variáveis escondidas para evitar
> "efeitos não locais e instantâneos à distância".

A experiencia sujerida se não me engano foi a seguinte.
Uma particula divide-se em duas , as quais viajam em direcções
opostas. Com igual momento. Ou seja P1 +P2 = 0
O Principio de Incerteza de Heisenberg afirma que não se pode
conhecer a posição e o momento de UMA particula com incerteza nula.
A experiencia EPR desafia isto. Eu poderia medir o momento de uma
particula e a posição da outra. Como são equivalentes, o momento
seria o mesmo e a posição seria o simétrico (se a posição inicial
fosse zero)
Bohr não viu problema nisto e chamou-lhe o Principio de Complitude.
Ou seja, a forma de saber a posição e o momento da MESMA particula.

Mas mais que isso, ao medir a posição de uma, dar-se-ia o colapso da
função de onda. Donde, a outra particula sentiria esse "efeito"
Estivesse onde estivesse.
Esta capacidade desafia a velocidade de transmissão de informação (c)
e vai contra a relatividade restricta (que era a teoria de
Einstein,note-se). Daqui nasce o paradoxo. Aparentemente a informação
de que eu observei a particula aqui, seria transmitida
instantaneamente à particula a milhares de km deste local. O que pela
RR não poderia ser.
Este principio/paradoxo é o que está na base das
modernas "teleportações" e uma das divergências entre a MQ e a
Relatividade.



> A desigualdade
> de Bell] sobre os resultados de uma tal experiência foi derivada
> no pressuposto de que existem variáveis escondidas e não existem
> "efeitos não-locais". Em 1982, Aspect levou a cabo a experiência
> e descobriu que a desigualdade de Bell era violada, rejeitando
> interpretações que postulavam variáveis escondidas e efeitos
> locais. Esta experiência foi alvo de várias críticas e novas
> experiências realizadas Weihs and Rowe confirmaram os resultados
> de Aspect.

Fiquei curioso em saber o que chamas de "efeitos não locais"
e "efeitos locais"

> Das três teses da interpretação de Copenhaga, a terceira é talvez
> a mais problemática do ponto de vista dos físicos porque dá um
> estatuto especial aos processos de observação sem os definir com
> clareza nem explicar os seus mecanismos.

TB não percebi pq dizes isto.
Uma medição é uma medição. E é obvio que por muitas duvidas que
tiveres sobre o possivel estado do sistema, quando o medires essas
duvidas desaparecerão e apenas terás um estado medido.
Tal como no dado. Tem 6 caras -estados possiveis - mas depois
dele "parar" apenas uma fica para cima - estado medido.

> Muitos físicos e filósofos notáveis têm criticado a interpretação
> de Copenhaga, com base quer no facto de não ser determinista quer
> no facto de propor que a realidade é criada por um processo de
> observação não físico. As frase de Einstein "[Deus] não joga aos
> dados" e "Pensas mesmo que a Lua não está lá quando não estás a
> olhar para ela?" ilustram a posição dos críticos. A experiência
> do Gato de Schroedinger foi proposta para mostrar que a
> interpretação de Copenhaga é absurda.

Todas estas posições são rebatidas pela Intr. de Copenhaga pelo texto
que escreveste. Por 2) Não interessa onde a lua está quando não olhas
para ele. E deus pode jogar aos dados, acontece que nós observamos
resultados e não o processo do jogo. Idem para o Gato de Schrondinger.
Enquanto não observares o sistema, não podes ter certezas. Apenas
prevêr probabilidades. E é isso que a MQ faz.

> A alternativa principal à interpretação de Copenhaga é a
> interpretação de Everett dos mundos paralelos.

É universos e não mundos. São palavras com consequencias diferentes.
Qq dia ainda se diz que é de "planetas paralelos"

Mas tb, entre esta e da Imcomplitude venha o diabo e escolha.
No fundo ambas dizem o mesmo.
antes da medição, temos várias soluções possiveis para a
perguinta : "quanto mede a grandea X ?"
Vários universos possiveis. E paralelos no sentido de que nenhum é
melhor que o outro.
Depois da medição apenas um deles é observado. Respondendo à pergunta.

Se fizeres várias medições os outros universos possiveis podem ser
medidos.
A probabilidade de medires o universo U1 é dada pela MQ da mesma
forma que a probabildiade de medires o valor G1 para a grandeza 1.
(a probabilidade é relacionada com a energia desse estado)
Depois de fazeres uma análise pela MQ de um sistema, obtens um
conjunto de Estados possiveis e a probabilidade para cada um.
Tal como quando analizas um dado ou uma roleta.
A diferença é que num dado a analise parte do principo que a
probabildiade é igual para todas as caras. Na MQ não se parte deste
principio. E dai a comparação com um dado Viciado.

[]

Sérgio



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Probleminha de Elétrica...
FROM: Rodrigo Nuno Bragança da Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/10/2001 16:23

Luiz Ferraz Netto wrote:
> > No final, tudo indica que o examinador errou os cálculos, e admitiu
> potência constante, como vc o fez na sua 'tentativa e erro' ... que
> está errada! ... ou há mais dados para a questão.

O examinador admitiu um modelo altamente siplificado da realidade, mas ainda assim util em muitos casos.

Como você sabe há várias imperfeições desse modelo, a saber numa lampada de tunguesténio:

a) O filamento tem uma resistência dependente da temperatura.
b) O filamento tem uma impedância dependente da temperatura e da frequência da corrente.
c) O filamento tem uma resistência e impedância variáveis a longo prazo à medida que há desgaste. No caso duma lâmpada operando acima das especificações esse desgaste é bem mais rápido, eventualmente quase instantâneo.
d) O filamento tem uma forma dependente da gravidade, o que afecta a impedância e o que afecta indirectamente a temperatura de funcionamento, o desgaste, etc...
e) Se você quer um modelo perfeito o melhor é comprar uma lâmpada, parar com as contas e passar à fase experimental :-)

Intés!


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SUBJECT: Candomble Quantico
FROM: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/10/2001 16:37

Olá pessoal !

Se eliminarmos algumas barreiras da censura do super-ego poderemos aceitar a
idéia da materialização de partículas através do colapso da função de onda.
Mas é necessário um certo cuidado para não passarmos também a acreditar em
Papai Noel ao vermos o "colapso" de presentes empacotados debaixo da arvore
de natal.

Nada como uma boa baforada de charuto e um batuque adequado para a invocar a
energia do hiper-espaço e faze-la baixar em uma partícula qualquer. Mas faça
rapidamente suas medições, antes que ela se assuste e evapore de volta para
seu habitat.
- O suncê num querdita, o zi fio? - Intonce vai tê qui istudá muita quântica.

Como isto é muita baixaria, para pessoas melhor educadas, há também artigos
mais refinados, como a energia dos cristais, a cromoterapia e os florais de
Bach. O cardápio é variado.
. . . . . . . . . .
O que me espanta é muitos nomes respeitáveis da Ciência acataram piamente as
interpretações exotéricas (é com "x" mesmo) decorrentes do princípio da
incerteza. Mas depois de ver que o grande Gödel, mestre da lógica matemática,
morrer de inanição por achar que a comida que lhe serviam estava envenenada,
tudo é possível na mente humana.
. . . . . . . . . . . . .
O texto acima é *quase* todo brincadeira e não gostaria de melindrar ninguém
com ele. Desde já peço que me desculpem, mas não resisti.


Abraços
Neville




SUBJECT: Re: Candomble Quantico
FROM: "L. B. Holanda" <holanda_lb@zipmail.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2001 14:17

Olá Neville e demais membros,


"Neville" <neville@c...> wrote:

[...]

O que me espanta é muitos nomes respeitáveis da Ciência acataram
piamente as interpretações exotéricas (é com "x" mesmo) decorrentes do
princípio da incerteza. Mas depois de ver que o grande Gödel, mestre
da lógica matemática, morrer de inanição por achar que a comida que
lhe serviam estava envenenada, tudo é possível na mente humana.

Falando em "cada um pega a sua" interpretação... qual é aquela que é
preferida pro você? E, por que?

Abraços
Leandro.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Candomble Quantico
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/10/2001 15:05

Prezado Eduardo e lista,

Eduardo: Se tivéssemos acesso a todas as condições e variáveis envolvidas no
problema como temperatura, material da moeda, velocidade do vento, forma de
lançamento e etc. saberíamos exatamente se o resultado seria cara ou coroa.
Esse comportamento é típico de sistemas determinísticos extremamente
caóticos nos quais uma mínima variação nas condições iniciais altera o
resultado final.

Manuel: O problema é que jamais teremos acesso ao valor exato de todas essas
variáveis, até porque, como a quantidade de números irracionais é
infinitamente maior que a de números racionais, é muito mais provável que o
número que define a velocidade, a posição, a temperatura e demais atributos
de um sistema ou parte dele seja um número irracional não-computável, isto
é, um número com uma sucessão aleatória e infinita de casas decimais e para
o qual não há um algoritmo que defina o n-ésimo dígito.

Sendo assim, a incerteza é intrínseca ao conhecimento.

E como o sistema em questão é extremamente sensível às condições iniciais,
mesmo a mais ínfima incerteza dos valores atinentes a tais condições
traduz-se em erros de previsão.

Mesmo no nível macro, a imprevisibilidade (a incerteza quanto ao
comportamento futuro), longe de ser mera aparência, é um componente
essencial da realidade. Isto porque a incerteza não é um vício do
conhecimento, mas um de seus princípios.

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Candomble Quantico
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2001 15:30



Neville wrote:
>
> Olá pessoal !
>
> Se eliminarmos algumas barreiras da censura do super-ego poderemos aceitar a
> idéia da materialização de partículas através do colapso da função de onda.
> Mas é necessário um certo cuidado para não passarmos também a acreditar em
> Papai Noel ao vermos o "colapso" de presentes empacotados debaixo da arvore
> de natal.
>
> Nada como uma boa baforada de charuto e um batuque adequado para a invocar a
> energia do hiper-espaço e faze-la baixar em uma partícula qualquer. Mas faça
> rapidamente suas medições, antes que ela se assuste e evapore de volta para
> seu habitat.
> - O suncê num querdita, o zi fio? - Intonce vai tê qui istudá muita quântica.
>
> Como isto é muita baixaria, para pessoas melhor educadas, há também artigos
> mais refinados, como a energia dos cristais, a cromoterapia e os florais de
> Bach. O cardápio é variado.
> . . . . . . . . . .
> O que me espanta é muitos nomes respeitáveis da Ciência acataram piamente as
> interpretações exotéricas (é com "x" mesmo) decorrentes do princípio da
> incerteza. Mas depois de ver que o grande Gödel, mestre da lógica matemática,
> morrer de inanição por achar que a comida que lhe serviam estava envenenada,
> tudo é possível na mente humana.
> . . . . . . . . . . . . .
> O texto acima é *quase* todo brincadeira e não gostaria de melindrar ninguém
> com ele. Desde já peço que me desculpem, mas não resisti.
>
> Abraços
> Neville
>
Oi,

qual a intenção do seu texto? Vc critica a mecânica quântica em si ou o
má interpretação dos seus resultados? De qq maneira, na minha concepção,
quem abusa dá má fé para tentar explicar pseudo experiências esotéricas
(com S mesmo) utilizando a teoria da moda não merece respeito mesmo que
tenha ganhado prêmio nobel. Há também a pretensão em geral dos físicos
que por conseguirem fazer umas continhas que batem com o experimento
pensam poder falar sobre qualquer coisa sem a mínima formação no
assunto, um exemplo típico são os palpites sobre filosofia.

Voltanto a mensagem original do João, gostaria de ratificar, em função
dos comentários do Sérgio Taborda, que as imagens de um dado viciado ,
uma moeda ou algo do gênero não são boas para se fazer analogia com o
caráter probabilístico da mecânica quântica já que todos esses exemplos
são determinísticos, dizemos que uma moeda comum tem 50% de chance de
dar cara ou coroa porque não conhecemos todas as condições necessárias
para prevermos o resultado final. Se tivéssemos acesso a todas as
condições e variáveis envolvidas no problema como temperatura, material
da moeda, velocidade do vento, forma de lançamento e etc. saberíamos
exatamente se o resultado seria cara ou coroa. Esse comportamento é
típico de sistemas determinísticos extremamente caóticos nos quais uma
mínima variação nas condições iniciais altera o resultado final.

Em mecânica quântica, a probabilidade está intrínseca no problema. Até
medirmos a projeção do spin de um elétron usando um campo magnético, por
exemplo, não sabemos, em geral, o resultado que vai dar (a não ser
quando temos uma amostra previamente preparada). Esta é a grande
divergência entre Bohr e Einstein, não exatamente com esses termos, mas
Eintein pensava que o caráter probabilístico era aproximado, ou seja,
não tínhamos acesso a outras variáveis e portanto teríamos que tratar o
sistema de maneira estatística como fazemos com moedas e dados, para
Bohr e outros a probabilidade é intrínseca à natureza quântica.

A interpretação de universos paralelos é meio estranha pelo nome mas é
interessante porque vem da idéia de integrais de caminho de Feynman que
diz, essencialmente, que uma partícula experimenta, ponderadamente,
todas as trajetórias possíveis. A idéia dá certo quando realizamos uma
experiência indefinidamente, por exemplo, deixando o feixe de fótons
passar pela fenda dupla ad eternum... Mas isso deixa para outra
mensagem...

Finalizando, o link indicado pelo João Miranda não está certo ou não
mais existe, por favor, verifique porque gostaria de ler mais sobre o
assunto...

um abraço, Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Candomble Quantico
FROM: Joao Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2001 16:17



Manuel Bulcão wrote:

>
> Manuel: O problema é que jamais teremos acesso ao valor exato de todas essas
> variáveis, até porque, como a quantidade de números irracionais é
> infinitamente maior que a de números racionais, é muito mais provável que o
> número que define a velocidade, a posição, a temperatura e demais atributos
> de um sistema ou parte dele seja um número irracional não-computável, isto
> é, um número com uma sucessão aleatória e infinita de casas decimais e para
> o qual não há um algoritmo que defina o n-ésimo dígito.


Como é que você sabe que o valor exacto das variáveis envolvidas é
um número irracional?

Joao
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Candomble Quantico
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/10/2001 17:55

Olá João,

João: Como é que você sabe que o valor exacto das variáveis envolvidas é
um número irracional?

Manuel: Bom, eu não sei, mas como a quantidade de números irracionais é
infinitamente maior que a de números racionais, é bem mais provável que o
número que corresponde a uma das variáveis envolvidas seja um número
irracional, não acha?

[]s
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: [ciencialist] Candomble Quantico
FROM: Rodrigo Nuno Bragança da Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2001 19:30

> Manuel Bulcão wrote:
>
> Olá João,
>
> João: Como é que você sabe que o valor exacto das variáveis envolvidas é
> um número irracional?
>
> Manuel: Bom, eu não sei, mas como a quantidade de números irracionais é
> infinitamente maior que a de números racionais, é bem mais provável que o
> número que corresponde a uma das variáveis envolvidas seja um número
> irracional, não acha?

Não, por acaso não acho mesmo nada: num universo como o nosso, com carácter quântico e discreto, as variáveis assumem sempre valores inteiros ou fraccionários. Há divissões minimas para cada factor, e variáveis macroscópicas como a temperatura ou o comprimento são resultado de N interacções discretas a um nivel mais microscópico.


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Candomble Quantico
FROM: "Prof. José Carlos" <j.c@iname.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/10/2001 19:54

Interessante essa questão dos números irracionais não computáveis... alguém
tem mais informações sobre o impacto deles nas teorias da física?

Abraços,

José Carlos

----- Original Message -----
From: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, October 28, 2001 4:05 PM
Subject: Re: [ciencialist] Candomble Quantico


> Prezado Eduardo e lista,
>
> Eduardo: Se tivéssemos acesso a todas as condições e variáveis envolvidas
no
> problema como temperatura, material da moeda, velocidade do vento, forma
de
> lançamento e etc. saberíamos exatamente se o resultado seria cara ou
coroa.
> Esse comportamento é típico de sistemas determinísticos extremamente
> caóticos nos quais uma mínima variação nas condições iniciais altera o
> resultado final.
>
> Manuel: O problema é que jamais teremos acesso ao valor exato de todas
essas
> variáveis, até porque, como a quantidade de números irracionais é
> infinitamente maior que a de números racionais, é muito mais provável que
o
> número que define a velocidade, a posição, a temperatura e demais
atributos
> de um sistema ou parte dele seja um número irracional não-computável, isto
> é, um número com uma sucessão aleatória e infinita de casas decimais e
para
> o qual não há um algoritmo que defina o n-ésimo dígito.
>
> Sendo assim, a incerteza é intrínseca ao conhecimento.
>
> E como o sistema em questão é extremamente sensível às condições iniciais,
> mesmo a mais ínfima incerteza dos valores atinentes a tais condições
> traduz-se em erros de previsão.
>
> Mesmo no nível macro, a imprevisibilidade (a incerteza quanto ao
> comportamento futuro), longe de ser mera aparência, é um componente
> essencial da realidade. Isto porque a incerteza não é um vício do
> conhecimento, mas um de seus princípios.
>
> Abraços,
> Manuel Bulcão
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
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>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Candomble Quantico
FROM: Joao Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2001 20:06



Manuel Bulcão wrote:
>
> Olá João,
>
> João: Como é que você sabe que o valor exacto das variáveis envolvidas é
> um número irracional?
>
> Manuel: Bom, eu não sei, mas como a quantidade de números irracionais é
> infinitamente maior que a de números racionais, é bem mais provável que o
> número que corresponde a uma das variáveis envolvidas seja um número
> irracional, não acha?

Se o universo for constituido por elementos discretos então as
variáveis envolvidas não podem ser números irracionais. Quanto muito
são números irracionais truncados. Os números irracionais, como o
PI resultam da aproximação do real ao contínuo. Por exemplo, podemos
aproximar um planeta a uma esfera, mas isso não faz da estrela real uma
esfera.

Joao
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Candomble Quantico
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/10/2001 20:16


----- Original Message -----
From: Rodrigo Nuno Bragança da Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, October 28, 2001 8:30 PM
Subject: Re: [ciencialist] Candomble Quantico


> > Manuel Bulcão wrote:
> >
> > Olá João,
> >
> > João: Como é que você sabe que o valor exacto das variáveis envolvidas é
> > um número irracional?
> >
Manuel: Bom, eu não sei, mas como a quantidade de números irracionais é
infinitamente maior que a de números racionais, é bem mais provável que o
número que corresponde a uma das variáveis envolvidas seja um número
irracional, não acha?

Rodrigo: Não, por acaso não acho mesmo nada: num universo como o nosso, com
carácter quântico e discreto, as variáveis assumem sempre valores inteiros
ou fraccionários. Há divissões minimas para cada factor, e variáveis
macroscópicas como a temperatura ou o comprimento são resultado de N
interacções discretas a um nivel mais microscópico.

Manuel: Decerto que há divisões mínimas para cada factor, mas qual o valor
"exato" dessas grandezas fundamentais? Sabe-se que a constante de Planck é
"aproximadamente" igual a 6,626 x 10(-34) joule segundos. O termo "6,626" é
exato ou trata-se de uma aproximação, de um "arredondamento"? E quanto ao
h-barra, igual a h/2pi. Qual o valor exato do número irracional "pi"?
3,141592653589...

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: [ciencialist] Candomble Quantico
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/10/2001 20:26

Olá Prof. Carlos,

> Interessante essa questão dos números irracionais não computáveis...
alguém
> tem mais informações sobre o impacto deles nas teorias da física?

O capítulo três (matemática e realidade) do livro do Roger Penrose "A Mente
Nova do Rei" trata desse assunto. Os livros do ILya Prigogine, "A Nova
Aliança" e "O Fim das Certezas" também trazem comentários.

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: [ciencialist] Candomble Quantico
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/10/2001 20:36

> > > Manuel Bulcão wrote:
Manuel: Decerto que há divisões mínimas para cada factor, mas qual o valor
"exato" dessas grandezas fundamentais? Sabe-se que a constante de Planck é
"aproximadamente" igual a 6,626 x 10(-34) joule segundos. O termo "6,626" é
exato ou trata-se de uma aproximação, de um "arredondamento"? E quanto ao
h-barra, igual a h/2pi. Qual o valor exato do número irracional "pi"?
3,141592653589...

E quanto a velocidade da luz, outra constante universal, o seu valor é de
300.000 km/s ou "aproximadamente" isso? Como saber com certeza?

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: E-Bomba
FROM: Rodrigo Nuno Bragança da Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2001 20:40

Alguém me quer ajudar a perceber este artigo:

http://www.digito.pt/tecnologia/noticias/tec4627.html

Francamente parece-me altamente confuso...


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SUBJECT: "EasyDate"
FROM: "Juliana Belko" <julibelko@yahoo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/10/2001 20:47

Recebi um e-mail sobre essa droga e gostaria de saber se isso não é um trote. O e-mail segue abaixo.

Juliana.

"Nova Droga distribuída em festas , bares e casas noturnas".

Uma nova droga arrasadora fez a sua Primeira aparição na Europa, agora
chegou ao Brasil, o nome dela: "

"EasyDate"

E vão já perceber porquê esse nome.

a) Ela apresenta-se na forma de um pó branco que uma vez dissolvido em
QUALQUER líquido atua em cinco a sete minutos. Ela é incolor, e não tem
qualquer gosto.

b) Ela age ao nível do pré-consciente, e transforma a pessoa que a tomar
num escravo perfeito, e tem como efeito secundário, apagar da memória
tudo o que se fez, disse ou sentiu durante o tempo de atuação que se
prolonga durante até oito horas.
Uma estudante de 24 anos,residente na cidade de Araçatuba- SP, vamos
chama-la Jane, testemunha que foi convidada por uma amiga ir a uma casa
noturna. Bebeu algumas caipirinhas, dançou e diz que não se lembra de
nada.
Só se lembra de acordar no dia a seguir na cama de um quarto de motel ao
lado de uns quatro homens. Como tinha dificuldades em mexer as pernas
(ultimo efeito da EasyDate), telefonou para o seu namorado que a foi
buscar e a levou ao hospital.
Os médicos depois dos exames não detectaram o rastro de qualquer droga.
E foi só o exame ginecológico que revelou o rastro de esperma de vinte
homens diferentes.
Infelizmente, o fato de não haver equimoses na pele, tal como hematomas ou
estrangulação, não deixa provar que Jane foi violentada, e o seu
agressor não foi citado pelo Tribunal.

c) Esta droga "separa" a mente do corpo. A pessoa fica inconsciente, e
sem controle total do seu corpo, mas fica completamente controlável e
executa qualquer ordem que lhe é dada, como Tirar dinheiro em um caixa
eletrônico, passar cheques de valores astronômicos, ou participar em
orgias sexuais.

O que verdadeiramente dificulta o trabalho da polícia é que os
componentes de base de fabricação dessa droga encontra-se em qualquer
farmácia, e são vendidos a qualquer um sem receita médica, como a
aspirina. Ainda não existe nenhum "antídoto" para esta droga. A única
coisa que podemos fazer é dar-lhes os seguintes conselhos:

1- Numa discoteca, festa ou jantar, não larguem o seu copo para ir dançar
e voltar a beber nele, se o fizerem então vão buscar outro copo porque
ninguém sabe o que lhe fizeram enquanto tinham as costas viradas;

2- Vão buscar o seu copo diretamente ao bar e nunca, NUNCA aceitem um
copo da mão de uma pessoa (amigo ou desconhecido). Lembrem-se que 74%
dos violadores, são violadores ocasionais que aproveitam a ocasião que lhes é
oferecida.

3- Entre amigos, vigiem-se uns aos outros. Os primeiros sintomas físicos
desta droga são suores e o rosto que fica vermelho.
Se um(a) dos(as) seus amigos(as) tiver estes sintomas, não o(a)abandonem,
e levem-na(o) de imediato para um hospital.

Doutor Pedro Augusto L. Pires - Lab. 4.05
Instituto Medico Legal
Av. Rui Barbosa 2780, Bela vista, São Paulo-SP
Dra Gisele S Machado
Rua Maestro Cardim 592 conj 904
F: (11) 2284-4506.



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Candomble Quantico
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/10/2001 21:51

Manuel: Decerto que há divisões mínimas para cada factor, mas qual o valor
"exato" dessas grandezas fundamentais? Sabe-se que a constante de Planck é
"aproximadamente" igual a 6,626 x 10(-34) joule segundos. O termo "6,626" é
exato ou trata-se de uma aproximação, de um "arredondamento"? E quanto ao
h-barra, igual a h/2pi. Qual o valor exato do número irracional "pi"?
3,141592653589...

Rodrigo: Essa é a forma estúpida de definir constantes, a forma inteligente
é dizer "a constante de plank é 1" e a partir daí definir constantes
macroscópicas apróximadas. Isso só ainda não foi feito por inércia.

Manuel: Então Planck é um estúpido. Para ele, "h" não é 1, mas 6,626 x
10(-34) joule segundos.

Rodrigo: O número PI está perfeitamente definido matemáticamente. O facto de
você não o conseguir representar numa linguagem limitada como é a de
"sequências de frações décimais" é defeito dessa linguagem, não é defeito do
PI.

Manuel: O problema é que a linguagem humana é limitada, não importa os
signos que utilizemos. Não há uma identidade "cabal" entre o pensamento e o
ser, entre o espírito e o mundo. O conhecimento é, por princípio, uma
aproximação.

Rodrigo: Já agora: o conjunto dos números inteiros não é infinito, só é
infinito se você cometer a burrice de tentar enumerá-los, tentando descrever
exaustivamente o conjunto numa linguagem claramente inadequada ao problema.

Manuel: Você tem uma linguagem adequada ao problema?

George Cantor é muito burro, né? O cara distinguia os conjuntos infinitos em
numeráveis e não-numeráveis. Segundo esse jumento batizado, o conjunto dos
números inteiros é um conjunto infinito numerável.

Rodrigo: Sobram no fim aqueles problemas que os matemáticos classificam como
NP-hard (hard non polinomial) que você não vai conseguir resolver
completamente, por mais linguagens que invente... (dizem eles).

Manuel: Nem eu nem você, pois nós dois, como de resto a espécie humana em
sua totalidade (e desconfio que toda e qualquer inteligência), só
conseguimos raciocinar valendo-se de linguagens inventadas. E por mais
linguagens que inventem...

As coisas só são totalmente previsíveis para uma consciência total,
infinita. Bom, eu não creio em Deus.

Percebi uma certa truculência em sua resposta. Faço-lhe um apelo: da próxima
vez seja mais urbano. Do contrário, ouvirá o que não quer.

Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Candomble Quantico
FROM: Rodrigo Nuno Bragança da Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2001 22:20

Manuel Bulcão wrote:
> Manuel: Decerto que há divisões mínimas para cada factor, mas qual o valor
> "exato" dessas grandezas fundamentais? Sabe-se que a constante de Planck é
> "aproximadamente" igual a 6,626 x 10(-34) joule segundos. O termo "6,626" é
> exato ou trata-se de uma aproximação, de um "arredondamento"? E quanto ao
> h-barra, igual a h/2pi. Qual o valor exato do número irracional "pi"?
> 3,141592653589...

Essa é a forma estúpida de definir constantes, a forma inteligente é dizer "a constante de plank é 1" e a partir daí definir constantes macroscópicas apróximadas. Isso só ainda não foi feito por inércia.

O número PI está perfeitamente definido matemáticamente. O facto de você não o conseguir representar numa linguagem limitada como é a de "sequências de frações décimais" é defeito dessa linguagem, não é defeito do PI.

Já agora: o conjunto dos números inteiros não é infinito, só é infinito se você cometer a burrice de tentar enumerá-los, tentando descrever exaustivamente o conjunto numa linguagem claramente inadequada ao problema.

E assim por diante....

Sobram no fim aqueles problemas que os matemáticos classificam como NP-hard (hard non polinomial) que você não vai conseguir resolver completamente, por mais linguagens que invente... (dizem eles).

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SUBJECT: Re: [ciencialist] "EasyDate"
FROM: Rodrigo Nuno Bragança da Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2001 22:25

> Juliana Belko wrote:
>
> Recebi um e-mail sobre essa droga e gostaria de saber se isso não é um trote. O e-mail segue abaixo.

Das duas uma: ou a droga põe as pessoas a dormir e pronto, você não sente nada, é óbvio... ou então a sua consciência sai diminuida e alterada, mas é impossivel alterar o modo de pensar duma pessoa duma forma determinista através duma droga, ou seja, é possivel alterar o modo de pensar, mas duma forma +/- aleatória, e com resultados bastante imprevisiveis, tanto mais imprevisiveis quanto maior é a alteração causada.

Isto é o que eu sei... mas posso estar enganado, claro.

>
> Juliana.
>
> "Nova Droga distribuída em festas , bares e casas noturnas".
>
> Uma nova droga arrasadora fez a sua Primeira aparição na Europa, agora
> chegou ao Brasil, o nome dela: "
>
> "EasyDate"
>
> E vão já perceber porquê esse nome.
>
> a) Ela apresenta-se na forma de um pó branco que uma vez dissolvido em
> QUALQUER líquido atua em cinco a sete minutos. Ela é incolor, e não tem
> qualquer gosto.
>
> b) Ela age ao nível do pré-consciente, e transforma a pessoa que a tomar
> num escravo perfeito, e tem como efeito secundário, apagar da memória
> tudo o que se fez, disse ou sentiu durante o tempo de atuação que se
> prolonga durante até oito horas.

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Candomble Quantico
FROM: Rodrigo Nuno Bragança da Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2001 22:36

> Essa é a forma estúpida de definir constantes, a forma inteligente é dizer "a constante de plank é 1" e a partir daí definir constantes macroscópicas apróximadas. Isso só ainda não foi feito por inércia.

Tentanto clarificar-me: você sabe que o eletrão tem umn spin, cujo módulo tem um valor bem definido e único, mas você tem dificuldades em o medir em termos macroscópicos (encontrar a equivalência numérica).

Você tem duas formas de resolver o problema:

a) Clássica, mantendo os valores macroscópicos como "certos" e fingindo que a indeterminação do valor está no eletrão.

b) Radical (e certa), atribuindo um valor fixo ao spin (1/2, por exemplo), medindo valores macroscópicos em função dessa unidade, e admitindo que sua dificuldade real está na conversão (equivalência) desse valor para o mundo macroscópico.

A vantajem da hipotese b) é que o valor do spin não vai mudar, mas pelo contrário os valores macroscópicos irão sendo cada vez mais precisos à medida que a tecnologia de medida evoluir, sem você ter que alterar a definição da unidade

PS: na realidade as unidades do sistema métrico (SI) são já hoje em dia definidas em função de efeitos quânticos. O metro são X comprimentos de onda eletromagnética resultante da transição entre os dois niveis hiperfinos fundamentais dum isótopo de césio. O segundo é o tempo que a luz leva a percorrer num referencial inercial com um observador inércial um espaço de 299xxxxxx metros, etc... neste momento das unidades antigas só sobra o kilograma, mas mesmo esse será brevemente substituido (5 ou 10 anos pelo que li).

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Candomble Quantico
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/10/2001 22:46

Oi Rodrigo,

Também não sou politicamente correto, e todos aqui na ciencialista sabem
disso :-)

À vezes eu também saturo a discussão com pimenta malagueta e sal grosso.

Rodrigo: Eu acho que não existe deus... mas como sou céptico admito que
possa estar errado, e admito também que o que eu possa ter dito acima possa
ser uma imensa baboseira, mas gostava de ver um rebatimento lógico, já
agora...

Manuel: Já agora não. Vou dormir. Amanhã, talvez. Eu também sou cético, de
sorte que admito que eu esteja equivocado. De qualquer modo, permanece a
"incerteza".

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: [ciencialist] Candomble Quantico
FROM: Rodrigo Nuno Bragança da Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2001 23:10

Manuel Bulcão wrote:
> Manuel: Então Planck é um estúpido. Para ele, "h" não é 1, mas 6,626 x
> 10(-34) joule segundos.

Nem todas as coisas estúpidas são feitas por pessoas estúpidas, aliás... as maiores burrices da humanidade foram em geral feitas por pessoas bem inteligentes :-)

Mas já agora... quando uso termos desses não pretendo ofender ninguém, eu referia-me às ideias, não às pessoas... e geralmente não sou muito "politicamente correcto", mas por favor não se sinta insultado, ok? Essa era a ultima coisa que pretendia...


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Candomble Quantico
FROM: Rodrigo Nuno Bragança da Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/10/2001 23:22

Manuel Bulcão wrote:
> Manuel: Você tem uma linguagem adequada ao problema?
>
> George Cantor é muito burro, né? O cara distinguia os conjuntos infinitos em
> numeráveis e não-numeráveis. Segundo esse jumento batizado, o conjunto dos
> números inteiros é um conjunto infinito numerável.

Eu conheço o conceito de conceito numerável (mapeável univocamente em N) e de não numerável.

Isso significa que um conjunto numerável é definivel a partir da definição de N, mas você deve concordar certamente que N em si está perfeitamente definido, né? Apenas usando lógica de 1ª ordem você pode definir N, nada demais... agora definir N tentanto enumerar frases lógicas (numeros) que correspondem às caracteristicas definidas duma forma exaustiva não é muito inteligente... mas daí a dizer que N não está bem definido (ou PI, ou e, a base dos logaritmos naturais), vai uma ligeira diferença... não há nada de infinito nisso, apenas há linguagens inadequadas ao problema.

Já agora, o R também está perfeitamente definido... bem como alguns elementos de R, como por exemplo sqrt(2), mas tentar definir sqrt(2) como uma soma de frações decimais (repetindo-me...), ou seja, como 1.414213562... não leva a lado algum, a não ser ao gasto de tinta :-)

> As coisas só são totalmente previsíveis para uma consciência total,
> infinita. Bom, eu não creio em Deus.

Eu acho que não existe deus... mas como sou céptico admito que possa estar errado, e admito também que o que eu possa ter dito acima possa ser uma imensa baboseira, mas gostava de ver um rebatimento lógico, já agora...

(e também admito que possa haver melhores formas de raciocinar que não envolvam lógica, mas até agora ninguém mas soube ensinar hehehe)

> Percebi uma certa truculência em sua resposta. Faço-lhe um apelo: da próxima
> vez seja mais urbano. Do contrário, ouvirá o que não quer.

Já expliquei a pseudo-truculência, e não gosto de textos demasiados formais, não ajudam ao raciocinio.

Algum sal e pimenta fazem sempre falta :-)

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SUBJECT: A Mente Humana e o Misterio
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/10/2001 23:27

Caros ciencialisteiros,

Recentemente tive uma discussão acerca do ceticismo com um colega da lista
de filosofia Acrópolis. Como cá na ciencialist existem muitos céticos,
posto-a aqui, na esperança de um bom debate.

O texto segue abaixo:
______________

Joaquim: ...e justificam isto dizendo que a mente humana não é aparelhada
para desvendar os mistérios da vida.

Manuel: Joaquim, o cérebro humano é um órgão e, como qualquer outro órgão da
nossa anatomia, evoluiu segundo os critérios da mutação genética e da
seleção natural. Até mesmo a mente, isto é, o software (o pensamento e suas
formas lógicas, que muitos neurocientistas julgam serem inatas) também
evoluiu por esses critérios.

"Os mais aptos sobrevivem". A mente humana é como é porque nos confere
aptidão para sobreviver. Se não fosse possível haver, entre nossos juízos
acerca dos fatos e os fatos mesmos, uma relação de correspondência, isto é,
uma "verdade" ( mas não é necessário que tal correspondência seja plena,
absoluta, uma aproximação é o suficiente), há muito teríamos desaparecido da
face da Terra.

Mas observe que, se o cérebro humano garante a nossa sobrevivência em nosso
mundo, o mundo em que vivemos não é "todo o mundo". Vivemos num mundo em que
os objetos com os quais lidamos diretamente se movimentam numa velocidade
muito aquém da velocidade da luz, objetos estes que são muito maiores que o
espaço de Planck (em centímetros, isso equivale a aproximadamente 10 elevado
a trigésima quinta potência negativa) , aquém do qual nada é observável,
tudo está mergulhado na mais absoluta incerteza quântica.

Dito em outros termos, as verdades que julgamos evidentes (que pretendemos
serem evidentes) são verdades atinentes aos fatos de um determinado nível da
realidade, nível este intermediário entre o nível das partículas subatômicas
e o dos superaglomerados de galáxias.

A indústria e a tecnologia nos fornecem hoje meios para observar o muito
pequeno e o demasiadamente grande (microscópios eletrônicos, telescópios,
radioscópios, aceleradores de partículas, etc.); mas, o que se observa
nesses dois outros níveis da realidade são fenômenos aparentemente absurdos,
que não cabem dentro das formas lógicas do pensamento humano: objetos que
estão em todos os lugares e ao mesmo tempo em lugar nenhum; objetos que
desaparecem inopinadamente e reaparecem noutro lugar sem passar por nenhum
espaço intermediário; objetos cuja densidade é de bilhões de toneladas por
centímetro cúbico (as estrelas de neutron); regiões do universo em que o
espaço-tempo desaparece (os buracos negros); tipos de comportamento que só
são explicáveis caso o espaço tenha mais de três dimensões, etc.

Para explicar tais fenômenos insólitos, a física quântica e a cosmologia
valem-se de uma matemática exótica cheia de entes igualmente bizarros:
números imaginários (raiz quadrada de - 2, por exemplo), espaços
n-dimensionais (esse "n" pode ser qualquer número), infinitésimos de segunda
ordem (infinitésimos de infinitésimos, ou seja, quantidades infinitamente
menores que quantidades que já são infinitamente pequenas), etc.

(Quanto aos infinitésimos, Newton tentou várias vezes defini-lo, mas nenhuma
de suas definições foi precisa. Tal imprecisão torna pertinente a afirmação
de G. Berkeley segundo a qual o cálculo repousa em fundamentos ilógicos. Mas
como o cálculo diferencial mostrou-se plenamente operacional -- por meio
dele podemos fazer previsões que empiricamente se confirmam --, talvez isso
indique que a natureza não precisa ser lógica ou inteiramente lógica para
existir, que a estrutura do pensamento não reproduz com fidedignidade a
estrutura do mundo objetivo, que nossos enunciados acerca dos fatos são
apenas aproximações cada vez mais próximas.)

Os modelos matemáticos com os quais os físicos teóricos explicam o mundo dos
quanta e a macroestrutura do espaço-tempo são apenas isso: "explicações".
Mas nem tudo que é explicável é compreensível, isto é, condiz com a nossa
intuição (como diz o "velho deitado", explicar não é justificar). Se essas
realidades extremas e inóspitas deixam-se revelar por meio da matemática,
segundo o matemático Johann Von Neumann "em matemática você não compreende
as coisas. Simplesmente se acostuma a elas."

Note-se que, de acordo com o teorema da incompletude de Gödel, "nenhum
sistema (o lógico, o matemático) pode mostrar a sua própria consistência. A
"lógica é verdadeira": esta afirmação não é suscetível de uma explicação
lógica. Quer ver? O princípio fundamental da lógica é o princípio da
identidade: "o Ser é". Por quê? Porque, se não fosse, não seria, o Ser é
porque é. Ora, isso não é um argumento lógico, mas uma petição de princípio
(a premissa pressupõe a verdade da conclusão), uma falácia. Não digo que tal
argumento não é verdadeiro por ser falacioso, pois estaria incorrendo em
outra falácia: "argumentum ad logican".

Se aceitamos como verdadeiros os axiomas da lógica ou da matemática é porque
assim manda a nossa intuição, que Descartes definiu como um conhecimento
claro e imediato, "a visão da evidência". Mas a evidência é um estado d'alma
(uma sensação de certeza e de completude) e nada garante que tal estado seja
inalterável. A evidência é um hábito mental e, como todo hábito, pode ser
rompido.

Um exemplo: estamos habituados a achar que existe uma realidade objetiva
independente de nós mesmos, de modo que, se eu vir a falecer, o mundo
continuará existindo. Para mim é "evidente" que existem outros "egos" além
do meu. O problema é que não há como demonstrar, seja pela argumentação ou
pela experiência, que o enunciado "existe uma realidade objetiva" é
verdadeiro. O fato de pensar dar ao Joaquim a certeza de que ele existe
(cogito ergo sum), mas em que ele se fundamenta para afirmar que eu, Manuel
Bulcão, existo independentemente dele, que existo como um ser autônomo? Não
serei eu apenas um pensamento do Joaquim ou de qualquer um que esteja a ler
este meu e-mail? Como ter certeza de que eu não sou um ser noológico (como
diria Dawkins, um "meme") parasitando a sua mente?

A propósito do subjetivismo radical, Popper escreveu: "Em sua mais simples
forma, o idealismo diz: o mundo (que inclui minha audiência presente) é
apenas um sonho. Ora, é claro que esta teoria (embora saibais que é falsa)
não é refutável: tudo quanto vós, da minha audiência, puderdes fazer para co
nvencer-me de vossa existência -- falando-me, escrevendo uma carta ou
dando-me um pontapé -- não tem possibilidade de assumir a força de uma
refutação; pois eu continuaria dizendo estar sonhando que me falais, ou que
recebi uma carta, ou levei um pontapé. Poder-se-ia dizer que todas essas
respostas são, de vários modos, estratagemas imunizadores. Assim é, e isto é
um forte argumento contra o idealismo. Mas, também, o fato de uma teoria ser
auto-imunizante não a refuta." (K. Popper, Conhecimento Objetivo, Ed.
Itatiaia, p. 47.)

Ademais, sabemos que há pessoas psicologicamente alteradas para os quais não
é evidente que exista uma realidade objetiva. Para essas pessoas é
"evidente" que o mundo é um sonho. E se eles não têm controle sobre o seu
próprio sonho, isso não é problema; pois nós, lúcidos objetivistas, quando
dormimos sonhamos e sobre nossos sonhos é raro termos algum controle.

(Tenho um filho autista que, sempre que se aborrece comigo, fecha os
olhinhos e tapa os ouvidos para que eu desapareça. Tudo indica que a
"evidência" de que existe uma realidade objetiva independente do sujeito
somente surge numa determinada fase do desenvolvimento ontogenético -- já
ouviram falar em narcisismo primário? -- Em alguns casos de autismo, o
desenvolvimento mental interrompe-se antes dessa fase.)

Se convicção é certeza adquirida por demonstração, não se pode estar
convicto de que existe uma realidade exterior ao "eu" (esse "eu" pode ser
qualquer um de nós). E se nem disso podemos ter certeza, vamos ter certeza
de quê?

Sim, podemos ter certeza de que "eu penso, logo existo". O cogito
cartesiano, ao meu ver, é o lugar onde o cético encurralou o dogmático.
Neste "curral" o dogmático não pode sair, mas, em compensação, o cético não
pode entrar (não emprego a palavra "dogmático" em seu sentido pejorativo.
Dogmático é aquele que está convencido de que a verdade indubitável,
absolutamente certa, é atingível.)

Concordo que o grau de probabilidade de que a afirmação cartesiana "penso,
logo existo" seja verdadeira é 1, isto é, tal enunciado é 100 por cento
certo. Entretanto, é mister que se diga que 100 é apenas a forma normal de
se escrever o número 99,999999... Como diz o matemático Roger Penrose, "há
identificação entre um número real cuja expansão decimal termina com uma
sucessão infinita de 9's e outro cuja expansão termina com uma sucessão
infinita de 0's". De sorte que 100,00000... = 99,99999...

O que crê em certeza, prefere a forma normal, o número 100,00000... Já o que
crê que "tudo é incerto, inclusive isso" (o cético), opta pela forma não
normal, o número 99,99999...

O "cogito" cartesiano é 99,99999...% certo. Espero ter me saído bem,
re...re!

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Candomble Quantico
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/10/2001 03:14

Olá Prof. Carlos,

> Obrigado pelas dicas Manuel. Você conhece algum link onde eu possa dar uma
olhada rapidamente em algo sobre o assunto?

Infelizmente não conheço nenhum. Pertenço a uma estirpe primitiva de
intelectuais, os "traça" (comedores de livros). Nem sei o que significa
"link".

Mas, com certeza, o Takata deve saber. O Takata sabe tudo! (pelo menos, é a
impressão que tenho dele.)

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: [ciencialist] "EasyDate"
FROM: "Prof. José Carlos" <j.c@iname.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/10/2001 03:48

Isso parece meio fantasioso.

----- Original Message -----
From: "Juliana Belko" <julibelko@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, October 28, 2001 9:47 PM
Subject: [ciencialist] "EasyDate"


> Recebi um e-mail sobre essa droga e gostaria de saber se isso não é um
trote. O e-mail segue abaixo.
>
> Juliana.
>
> "Nova Droga distribuída em festas , bares e casas noturnas".
>
> Uma nova droga arrasadora fez a sua Primeira aparição na Europa, agora
> chegou ao Brasil, o nome dela: "
>
> "EasyDate"
>
> E vão já perceber porquê esse nome.
>
> a) Ela apresenta-se na forma de um pó branco que uma vez dissolvido em
> QUALQUER líquido atua em cinco a sete minutos. Ela é incolor, e não tem
> qualquer gosto.
>
> b) Ela age ao nível do pré-consciente, e transforma a pessoa que a tomar
> num escravo perfeito, e tem como efeito secundário, apagar da memória
> tudo o que se fez, disse ou sentiu durante o tempo de atuação que se
> prolonga durante até oito horas.
> Uma estudante de 24 anos,residente na cidade de Araçatuba- SP, vamos
> chama-la Jane, testemunha que foi convidada por uma amiga ir a uma casa
> noturna. Bebeu algumas caipirinhas, dançou e diz que não se lembra de
> nada.
> Só se lembra de acordar no dia a seguir na cama de um quarto de motel ao
> lado de uns quatro homens. Como tinha dificuldades em mexer as pernas
> (ultimo efeito da EasyDate), telefonou para o seu namorado que a foi
> buscar e a levou ao hospital.
> Os médicos depois dos exames não detectaram o rastro de qualquer droga.
> E foi só o exame ginecológico que revelou o rastro de esperma de vinte
> homens diferentes.
> Infelizmente, o fato de não haver equimoses na pele, tal como hematomas
ou
> estrangulação, não deixa provar que Jane foi violentada, e o seu
> agressor não foi citado pelo Tribunal.
>
> c) Esta droga "separa" a mente do corpo. A pessoa fica inconsciente, e
> sem controle total do seu corpo, mas fica completamente controlável e
> executa qualquer ordem que lhe é dada, como Tirar dinheiro em um caixa
> eletrônico, passar cheques de valores astronômicos, ou participar em
> orgias sexuais.
>
> O que verdadeiramente dificulta o trabalho da polícia é que os
> componentes de base de fabricação dessa droga encontra-se em qualquer
> farmácia, e são vendidos a qualquer um sem receita médica, como a
> aspirina. Ainda não existe nenhum "antídoto" para esta droga. A única
> coisa que podemos fazer é dar-lhes os seguintes conselhos:
>
> 1- Numa discoteca, festa ou jantar, não larguem o seu copo para ir dançar
> e voltar a beber nele, se o fizerem então vão buscar outro copo porque
> ninguém sabe o que lhe fizeram enquanto tinham as costas viradas;
>
> 2- Vão buscar o seu copo diretamente ao bar e nunca, NUNCA aceitem um
> copo da mão de uma pessoa (amigo ou desconhecido). Lembrem-se que 74%
> dos violadores, são violadores ocasionais que aproveitam a ocasião que
lhes é
> oferecida.
>
> 3- Entre amigos, vigiem-se uns aos outros. Os primeiros sintomas físicos
> desta droga são suores e o rosto que fica vermelho.
> Se um(a) dos(as) seus amigos(as) tiver estes sintomas, não o(a)abandonem,
> e levem-na(o) de imediato para um hospital.
>
> Doutor Pedro Augusto L. Pires - Lab. 4.05
> Instituto Medico Legal
> Av. Rui Barbosa 2780, Bela vista, São Paulo-SP
> Dra Gisele S Machado
> Rua Maestro Cardim 592 conj 904
> F: (11) 2284-4506.
>
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Candomble Quantico
FROM: "Prof. José Carlos" <j.c@iname.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/10/2001 03:50

Obrigado pelas dicas Manuel. Você conhece algum link onde eu possa dar uma
olhada rapidamente em algo sobre o assunto?

Abraços,

José Carlos


----- Original Message -----
From: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, October 28, 2001 9:26 PM
Subject: Re: [ciencialist] Candomble Quantico


> Olá Prof. Carlos,
>
> > Interessante essa questão dos números irracionais não computáveis...
> alguém
> > tem mais informações sobre o impacto deles nas teorias da física?
>
> O capítulo três (matemática e realidade) do livro do Roger Penrose "A
Mente
> Nova do Rei" trata desse assunto. Os livros do ILya Prigogine, "A Nova
> Aliança" e "O Fim das Certezas" também trazem comentários.
>
> Abraços,
> Manuel Bulcão
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Candomble Quantico
FROM: "Prof. José Carlos" <j.c@iname.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/10/2001 05:35

Eitchá Manué, link é um trocinho azul onde a gente crica em cima e tchans!
Esses moços antigos...

Vou tentar achar os livros então.

Abraços,

José Carlos

----- Original Message -----
From: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, October 29, 2001 4:14 AM
Subject: Re: [ciencialist] Candomble Quantico


> Olá Prof. Carlos,
>
> > Obrigado pelas dicas Manuel. Você conhece algum link onde eu possa dar
uma
> olhada rapidamente em algo sobre o assunto?
>
> Infelizmente não conheço nenhum. Pertenço a uma estirpe primitiva de
> intelectuais, os "traça" (comedores de livros). Nem sei o que significa
> "link".
>
> Mas, com certeza, o Takata deve saber. O Takata sabe tudo! (pelo menos, é
a
> impressão que tenho dele.)
>
> Abraços,
> Manuel Bulcão
>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Candomble Quantico
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/10/2001 08:20



Eduardo Gueron wrote:

>
> Finalizando, o link indicado pelo João Miranda não está certo ou não
> mais existe, por favor, verifique porque gostaria de ler mais sobre o
> assunto...

Acho que os links estavam correctos. Cá vão outra vez:

Physics FAQ section about Bell's enequality
http://math.ucr.edu/home/baez/physics/Quantum/bells_inequality.html

--
joão
http://www.nonio.com
http://pt.wikipedia.com/


SUBJECT: Chineses propoem elo para unificar Fisica
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, excalibot <excalibur-ot@yahoogroups.com>
DATE: 29/10/2001 09:37

UOL - Folha de São Paulo, segunda-feira, 29 de outubro de 2001

Índice

TEORIA
Estudo feito nos EUA consegue achar ponto de contato entre
equações da relatividade geral e da mecânica quântica

Chineses propõem elo para unificar a
física

SALVADOR NOGUEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

As principais teorias da física podem finalmente ter começado a
falar a mesma língua -ao menos numa situação bem simples e
específica. A relatividade geral se encontrou com a mecânica
quântica em meio aos cálculos de uma dupla de chineses,
realizados na Universidade Stanford, EUA.
O resultado pode ser um passo na maior busca da física: a criação
de uma teoria capaz de explicar as quatro forças básicas da
natureza -o que os físicos chamam, sem modéstia, de "teoria de
tudo".
A procura começou depois que Albert Einstein decifrou o
funcionamento da gravitação, pela distorção do espaço causada
por corpos maciços. A conclusão, formalizada em 1916, na teoria
da relatividade geral, era totalmente diferente da que foi aplicada
às outras forças, cuja origem remontava à idéia dos "quanta".
O conceito havia sido introduzido por Max Planck em 1900, para
resolver um problema que envolvia trocas de energia. Ele supôs
que a energia não ocorresse de forma fluida, como se pensava
anteriormente, mas em "pacotes" discretos, que chamou de
"quanta" (plural de "quantum").
Sobre essa possibilidade foi construída toda a base da mecânica
quântica. Essa teoria conseguiu, com sucesso, explicar a interação
das outras três forças conhecidas, por meio de partículas
mediadoras (veja quadro à dir.).

Problema sob controle
O "racha" entre as forças não costuma dar muito problema para
os físicos. Quando o efeito gravitacional é relevante, como em
problemas astronômicos, os efeitos quânticos são desprezíveis. E,
em escala atômica, a gravidade é fraca demais para fazer
diferença.
Entretanto, há alguns casos em que é preciso aplicar as duas
teorias ao mesmo tempo -como nos primeiros instantes do Big
Bang. Naquele momento, a matéria do cosmos devia estar
comprimida no espaço de um átomo. Pela escala, efeitos
quânticos são importantes; pela quantidade de matéria, a
gravidade também é.
Tentativas de estudar essas situações juntando as duas teorias
normalmente resultam em respostas com resultados infinitos -um
sinal de alerta para cientistas, indicando que há algo errado com a
teoria (o próprio Planck só desenvolveu o conceito de quanta
para se livrar de incômodos e absurdos infinitos teóricos).

Resposta definitiva
Essas incongruências levam a grande maioria dos cientistas a
acreditar que deve haver uma teoria que abarque as outras duas.
É a tal busca pela "teoria de tudo".
Os fãs da mecânica quântica já tentaram cooptar a gravidade para
seu lado, especulando sobre a existência de sua partícula, o
gráviton. Já os adeptos da relatividade tentaram juntar a mecânica
quântica com uma teoria que inclua novas dimensões espaciais
-uma nova geometria do espaço poderia explicar as partículas.
Daí vem a tão falada teoria das supercordas. Ela supõe que todas
as partículas são, na verdade, vibrações de cordas minúsculas
num Universo de dez dimensões.
O estudo de Shou-Cheng Zhang e Jiangping Hu, publicado na
última edição da revista "Science" (www.sciencemag.org), parece
dar um pequeno passo a favor dos partidários da mecânica
quântica.
A dupla analisou teoricamente uma circunstância chamada efeito
quântico Hall -uma situação de movimento de partículas em um
estado de condensação. A inovação foi conseguir generalizar esse
efeito num espaço de quatro dimensões. As análises anteriores
haviam resolvido o problema apenas em duas.
Com isso, eles obtiveram equações para a representação do
gráviton compatíveis com a relatividade geral. Mas o problema
evitou situações mais cabeludas, em que a teoria quântica começa
a bater cabeça com a gravidade.

Longo caminho a percorrer
"Eles conseguiram representar um tipo de espaço que acomoda o
gráviton", diz Élcio Abdalla, pesquisador do Instituto de Física da
USP especializado em gravitação.
Isso não é grande coisa, segundo Abdalla. Embora os chineses
afirmem no estudo que "é provável que as interações no modelo
também contenham os efeitos não-lineares da gravitação quântica"
(é aí que "o bicho pega" entre as teorias), Abdalla diz que "há um
grau grande de especulação."
Opinião semelhante tem Michio Kaku, físico do City College de
Nova York, forte defensor das supercordas e do espaço de dez
dimensões e autor do livro "Visões do Futuro", lançado no Brasil
pela Editora Rocco. "Duvido da validade desse estudo para
remover divergências em quatro dimensões", disse à Folha.
Até Zhang foi cauteloso ao avaliar possíveis implicações de seu
estudo. "O trabalho está num estágio bastante inicial". Segundo
ele, seria preciso esperar "até que ele seja mais bem
compreendido pela comunidade científica".
Para Abdalla, o problema para conciliar as duas teorias é muito
mais complicado e ainda está bem longe de solução. "E o melhor
que há ainda é a teoria de cordas", diz. Ele considera a pesquisa
dos chineses muito mais importante para explicar o efeito Hall do
que para derivar a "teoria de tudo".
A busca continua.



SUBJECT: Re: A Mente Humana e o Misterio
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/10/2001 11:08

Caro Manuel,

Gostei muito do seu texto.

Só uma pequena observação marginal em relação aos infinitesimais.
Parece que anos recentes eles foram devidamente definidos formalmente
como um tipo de número válido, resolvendo o problema de Newton e do
Cálculo. Esses números apresentariam várias características muito
interessantes, com relação a outras áreas da matemática além do
cálculo. Li isso na Scientific American, mas não me recordo o número.
Não consegui localizar esse artigo na rede. Se alguém pudesse
informar alguma referência seria interessante.

[]´s

André






SUBJECT: Re: Candomble Quantico
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/10/2001 14:10

--- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:
>
> Mas, com certeza, o Takata deve saber. O Takata sabe tudo! (pelo
menos, é a
> impressão que tenho dele.)
>

Mas o Takata sumiu. Deve ter montado uma empresa de biotecnologia e
está ganhando muito dinheiro. :))

By the way, o sabe tudo aqui é você, Manuel. Quantas pessoas podem
discorrer com a mesma facilidade sobre infinitos, psicanálise e a
arquitetura das casinhas para cachorro na baixa idade média? :))


um abraço,

André



SUBJECT: ESTADOS UNIDOS INVADE O BRASIL E AUMENTAM SEU TERRITÓRIO.
FROM: "Juliana Belko" <julibelko@yahoo.com.br>
TO: <lidearc@yahoogrupos.com.br>, "William Gomes" <pote013@hotmail.com>, "Tiago Dias" <tigdias@uol.com.br>, "Silvio Medeiros" <magoo00@bol.com.br>, "SILVANA ELLEN RIBEIRO" <silbana@zipmail.com.br>, "Priscila Lemos" <priflorinda@ig.com.br>, "Lucas Padovani" <madrugabg@ig.com.br>, "Lenin Castello de Aguiar" <leninlee@hotmail.com>, "Karina Miguel" <kmiguel@bol.com.br>, "Juliana Iwayama Velho" <julyiv@bol.com.br>, "Francisco dos Santos Saiz" <fssaiz@ig.com.br>, "Flavio Cavalcante" <flaiocav@bol.com.br>, "Danilo Vieira Alves" <kansky@zipmail.com.br>, "Daniela Iwayama Velho" <danyiv@bol.com.br>, "Claudia Aparecida Gebaile Barros" <claudiagebaile@bol.com.br>, "Andrea Soares de Souza" <deia_florindas@ig.com.br>, "Anderson" <andersonf.amancio@ig.com.br>, "Ana Paula Gomes" <ANA51@trendmail.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/10/2001 17:24

ESTADOS UNIDOS INVADE O BRASIL
E AUMENTAM SEU TERRITÓRIO.


Um fato muito importante passou batido na mídia. Tirando algumas matérias
pouco focadas e pequenas notinhas na internet, nada mais foi dito.


Talvez porque não haja interesse de que essa informação seja divulgada com a devida
atenção. Mas a verdade é que um fato dessa magnitude não pode ser ignorado.

O governo brasileiro firmou acordo com o governo dos U.S.A. para uso
do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), a 20 quilômetros de São Luiz,
no Maranhão. Até aí, nada de anormal. Mas, se atentarmos para os termos
desse "acordo", veremos uma realidade que perturbaria qualquer cidadão do mundo.

Nosso governo entregou uma parte de nosso território para os U.S.A.
Falando assim pode parecer exagero, mas na realidade, não há exagero nenhum em
afirmar que uma área de aproximadamente 620 quilômetros quadrados do
território brasileiro está sob domínio absoluto do governo norte-americano.

A dominação é tal, que nenhum cidadão brasileiro pode entrar nessa
área, que abrange todo o CLA, sem autorização prévia do governo dos U.S.A., e o
governo brasileiro não pode exercer nenhuma atividade no local sem
prévia autorização. Além disso, os americanos têm permissão (leia-se direito)
de desembarcar equipamentos fechados em contêineres sem que nossas
autoridades competentes possam vistoriá-los.

Sendo assim, fica caracterizada a total perda de jurisdição de nosso
governo nesta área dentro do estado do Maranhão. Em condições normais e
sensatas, um acordo como esse deveria trazer muitos benefícios para o nosso país.

O CLA é um dos melhores pontos do planeta para lançamento de foguetes
ao espaço. A explicação é simples, o CLA está muito próxima da linha do
Equador, que divide os hemisférios Norte e Sul, por isso os foguetes
apresentam uma melhora no desempenho que proporciona uma economia de
30 % de combustível. Trata-se de uma economia significativa nos custos de
lançamento num mercado internacional que gasta US$ 4,5 bilhões por ano.
Entretanto, todos esses benefícios não serão usufruídos pelo governo
brasileiro, que gastou US$ 40 milhões por ano para nosso "irmãos)
norte-americanos. Isso mais parece a teoria da conspiração, afinal
sempre esteve presente no imaginário do povo a possibilidade de os USA
tentarem invadir nosso país, sobretudo a Amazônia. Desde os tempos da morte de

Getúlio era muito claro na cabeça das pessoas uma suposta conspiração
yankee contra nosso país. Para muitas pessoas da época, os americanos teriam
assassinado o então presidente. Quando se pensa na Amazônia, então, muitos
são os boatos de que os norte-americanos estariam estudando tornar
nossa floresta um território de domínio internacional. Porém, nunca nada
disso havia tomado forma concreta, não passava de boatos paranóicos. A
diferença é que agora não é boato, é FATO.

É importante lembrar que os livros didáticos americanos, utilizados
para a educação das novas gerações daquele país, já citam a Amazônia como
floresta internacional e não como território brasileiro.

Se essa atitude das autoridades americanas não for veemente combatida
pelo governo brasileiro junto aos organismos internacionais, certamente em
um futuro breve as novas gerações estarão convencidas que a Amazônia não
pertence ao Brasil, pois assim lhes foi ensinado. É clara a manobra do
governo americano para criar no inconsciente coletivo de que o
território brasileiro dever ser controlado (por eles é claro) como território de
domínio internacional. Se o governo brasileiro não tomar sérias
providências, denunciando e protestando contra estes fatos, podemos
estar certos de as futuras gerações brasileiras serão castigadas no futuro,
com a perda do nosso território mais valioso. O Ministro de Estado da
Ciência e Tecnologia. Ronaldo Sardenberg, assinou este "acordo", representando o
Brasil. Então a coisa está valendo.

Para que se tenha idéia do absurdo que tal documento representa para a
soberania nacional, basta observar algumas das obrigações brasileiras.
Na prática, nenhum país inimigo dos UA poderá utilizar o CLA, mesmo com
autorização do Brasil e em missão de pesquisa. Nenhum representante
brasileiro terá acesso a equipamentos e tecnologias trazidas pelos
americanos, salvo com permissão deles. Caso seja dada permissão, essa
tecnologia jamais poderá ser utilizada por nossos cientistas para
aprimoramento de nosso foguetes e espaçonaves. Qualquer acordo firmado
entre o Brasil e outro país, deverá respeitar os termos deste "acordo".
Somente pessoas autorizadas pelo governo norte-americano poderão entrar no
território do CLA. O governo brasileiro deve garantir seus maiores
esforços para que tudo corra bem. Caso algo não vá bem, do ponto de vista do
governo daquele país, eles poderão retirar todos os equipamentos e dados de
nosso território, cabendo ao nosso governo facilitar para que tal operação
transcorra de forma harmônica. Nenhum contêiner lacrado poderá ser
aberto em território brasileiro, ou seja, os norte-americanos poderão trazer e
retirar qualquer coisa de nosso país sem que nossas autoridades possam contestar.

Esses são apenas alguns pontos do "acordo". Existem mais cláusulas nas
quais nosso governo se curva diante do imperialismo americano com a
naturalidade que uma colônia se curva diante de sua metrópole. Isto posto, fica a
pergunta : Você, cidadão brasileiro, concorda com esse "acordo"?
Independentemente da sua resposta, o seu representante institucional
já concordou. Você, de fato, se sente representado? Se a resposta for
"não", está na hora de gritarmos por nossa vontade. Porque depois, não
adianta virem dizer que não sabiam...

Haja óleo de peroba para eles e fantasias de palhaço para nós.



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: "EasyDate"
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/10/2001 18:29


Pelo site da Telefonica, não há nenhum Pedro Augusto com qualquer
sobrenome morando numa rua ou avenida chamada Rui Barbosa, a não ser três
indivíduos em Carapicuíba, Guaratinguetá e Buri, com sobrenomes diferentes
do do cara do IML. Além disso, pelo site http://www.maplink.com.br/index.htm
, não há "avenida" rui Barbosa em toda a Grande São Paulo, só rua. O tal
doutor do IML, que teria escrito a mensagem, não existe.

Logo, a mensagem é um hoax (trote de Internet).

Essa mensagem tem características de marketing "apavorador", que usam em
série argumentos que tentam passar a impressão de uma ameaça totalmente fora
do controle do cidadão comum. A "ameaça invisível, que não se pode controlar
nem perceber sua existência", que vive aparecendo por aí, em mitos,
histórias para crianças, etc. Vejam como essa mensagem se encaixa nesse
padrão:
- a droga deixa a pessoa totalmente sugestionável, mas inconsciente
(pode-se fazer conosco qualquer coisa, destrói nossa capacidade de reação; o
mundo ao nosso redor foge totalmente ao nosso controle);
- não tem qualquer gosto ou cor, ou seja, não se pode percebê-lo na
bebida (a ameaça invisível);
- atua de 5 a 7 minutos, ou seja, não há tempo de reagir - escapa ao
nosso controle, à nossa capacidade de reação;
- ela pode ser encontrada em qualquer farmácia (ou seja, dissemina-se
muito facilmente, fora do nosso controle, tal e qual bactérias disseminam-se
por cartas que qualquer um pode receber...);

Além disso, cita-se um caso particular, para que o leitor sinta-se mais
intimamente atingido (recurso muitíssimo usado por jornalistas em geral para
"sensibilizar" o leitor para coisas como o lado "humano" das guerras, da
fome e de outras tragédias). E usa como referência justamente o sexo (um
mega-estupro), uma porta que permite atingir de forma bem eficiente o
imaginário das pessoas.

Não parece coisa que um médico do instituto médico legal vá escrever.

Sobre o site mencionado pelo Raul -
http://www.mckinley.uiuc.edu/health-info/sexual/daterape/drape.html - não
consegui encontrar qualquer referência a easy-date dentro desse site. Uma
pesquisa no google com "easy-date" e "rape-drug" como palavras chaves não
produziu qualquer resultado.

Belisário

----- Original Message -----
From: Juliana Belko <julibelko@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, October 28, 2001 9:47 PM
Subject: [ciencialist] "EasyDate"


> Recebi um e-mail sobre essa droga e gostaria de saber se isso não é um
trote. O e-mail segue abaixo.
>
> Juliana.
>
> "Nova Droga distribuída em festas , bares e casas noturnas".
>
> Uma nova droga arrasadora fez a sua Primeira aparição na Europa, agora
> chegou ao Brasil, o nome dela: "
>
> "EasyDate"
>
> E vão já perceber porquê esse nome.
>
> a) Ela apresenta-se na forma de um pó branco que uma vez dissolvido em
> QUALQUER líquido atua em cinco a sete minutos. Ela é incolor, e não tem
> qualquer gosto.
>
> b) Ela age ao nível do pré-consciente, e transforma a pessoa que a tomar
> num escravo perfeito, e tem como efeito secundário, apagar da memória
> tudo o que se fez, disse ou sentiu durante o tempo de atuação que se
> prolonga durante até oito horas.
> Uma estudante de 24 anos,residente na cidade de Araçatuba- SP, vamos
> chama-la Jane, testemunha que foi convidada por uma amiga ir a uma casa
> noturna. Bebeu algumas caipirinhas, dançou e diz que não se lembra de
> nada.
> Só se lembra de acordar no dia a seguir na cama de um quarto de motel ao
> lado de uns quatro homens. Como tinha dificuldades em mexer as pernas
> (ultimo efeito da EasyDate), telefonou para o seu namorado que a foi
> buscar e a levou ao hospital.
> Os médicos depois dos exames não detectaram o rastro de qualquer droga.
> E foi só o exame ginecológico que revelou o rastro de esperma de vinte
> homens diferentes.
> Infelizmente, o fato de não haver equimoses na pele, tal como hematomas
ou
> estrangulação, não deixa provar que Jane foi violentada, e o seu
> agressor não foi citado pelo Tribunal.
>
> c) Esta droga "separa" a mente do corpo. A pessoa fica inconsciente, e
> sem controle total do seu corpo, mas fica completamente controlável e
> executa qualquer ordem que lhe é dada, como Tirar dinheiro em um caixa
> eletrônico, passar cheques de valores astronômicos, ou participar em
> orgias sexuais.
>
> O que verdadeiramente dificulta o trabalho da polícia é que os
> componentes de base de fabricação dessa droga encontra-se em qualquer
> farmácia, e são vendidos a qualquer um sem receita médica, como a
> aspirina. Ainda não existe nenhum "antídoto" para esta droga. A única
> coisa que podemos fazer é dar-lhes os seguintes conselhos:
>
> 1- Numa discoteca, festa ou jantar, não larguem o seu copo para ir dançar
> e voltar a beber nele, se o fizerem então vão buscar outro copo porque
> ninguém sabe o que lhe fizeram enquanto tinham as costas viradas;
>
> 2- Vão buscar o seu copo diretamente ao bar e nunca, NUNCA aceitem um
> copo da mão de uma pessoa (amigo ou desconhecido). Lembrem-se que 74%
> dos violadores, são violadores ocasionais que aproveitam a ocasião que
lhes é
> oferecida.
>
> 3- Entre amigos, vigiem-se uns aos outros. Os primeiros sintomas físicos
> desta droga são suores e o rosto que fica vermelho.
> Se um(a) dos(as) seus amigos(as) tiver estes sintomas, não o(a)abandonem,
> e levem-na(o) de imediato para um hospital.
>
> Doutor Pedro Augusto L. Pires - Lab. 4.05
> Instituto Medico Legal
> Av. Rui Barbosa 2780, Bela vista, São Paulo-SP
> Dra Gisele S Machado
> Rua Maestro Cardim 592 conj 904
> F: (11) 2284-4506.




SUBJECT: Re: [ciencialist] A Mente Humana e o Misterio
FROM: Rodrigo Nuno Bragança da Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/10/2001 20:40

Só mais uma achega aos argumentos de Gödel, e em parte de Kant, para a incapacidade de obter certezas totais sobre o que quer que seja, mas agora baseado em algo diferente: num universo não determinista é impossivel a qualquer sistema fisico, incluindo ao cérebro, actuar de forma a deduzir regras a partir de factos (no fundo um processo fisico) duma forma determinista e portanto garantidamente correcta sempre.

Sendo assim também não é garantido que Gödel esteja correcto no seu enunciado do teorema da incompletude lógica, que Turing esteja correcto no seu teorema da "Impossibilidade de prova da adequação dum algoritmo arbitrário por outro algoritmo" (alguém inventa um nome melhor para este teorema, que é formalmente equivalente ao do Gödel, mas bastante menos conhecido?)... e assim por diante para todas as verdades, incluindo a que diz que é impossivel provar algo com toda a certeza, claro... portanto se calhar até é possivel provar coisas com certeza absoluta, quem sabe... não é?


--
email (same address): rnbc@rnbc.pt.eu.org or rnbc@rnl.ist.utl.pt
homepage: http://rnbc.pt.eu.org/~rnbc
IRC: r0 (PT-Net and IRC-Net and sometimes UnderNet)


SUBJECT: Re: [ciencialist] A Mente Humana e o Misterio
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/10/2001 20:55



Rodrigo Nuno Bragança da Cunha wrote:
>
> Só mais uma achega aos argumentos de Gödel, e em parte de Kant, para
>a incapacidade de obter certezas totais sobre o que quer que seja,
>mas agora baseado em algo diferente: num universo não determinista é
>impossivel a qualquer sistema fisico, incluindo ao cérebro, actuar
>de forma a deduzir regras a partir de factos (no fundo um processo
>fisico) duma forma determinista e portanto garantidamente correcta
>sempre.

O que é que o indeterminismo tem a ver com o teorema de Goedel? O
teorema foi provado para um sistema perfeitamente prevsível. Alem
disso, ele não provou que era impossível deduzir regras a partir
dos axiomas. Ele provou que determinados teoremas não podiam ser
determinados a partir dos axiomas. Mas não provou que todos os
teoremas eram imposíveis de provar dentro de um sistema matematico.

>
> Sendo assim também não é garantido que Gödel esteja correcto no
>seu enunciado do teorema da incompletude lógica, que Turing esteja
> correcto no seu teorema da "Impossibilidade de prova da adequação
> dum algoritmo arbitrário por outro algoritmo" (alguém inventa um
> nome melhor para este teorema, que é formalmente equivalente ao
>do Gödel, mas bastante menos conhecido?)... e assim por diante para
> todas as verdades, incluindo a que diz que é impossivel provar algo
> com toda a certeza, claro... portanto se calhar até é possivel
>provar coisas com certeza absoluta, quem sabe... não é?


O facto de não existir um argoritmo universal que determine se
um determinado algoritmo pára ou não, não prova que não existam
algorítmos extremamente úteis. Existem milhares deles.
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: "EasyDate"
FROM: "Prof. José Carlos" <j.c@iname.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/10/2001 21:53

Grande detetive Belisário! Gostei de ver. Os americanos vão te contratar
para caçar o Bin. :D

Abraços,

José Carlos

----- Original Message -----
From: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, October 29, 2001 7:29 PM
Subject: [ciencialist] Re: "EasyDate"


>
> Pelo site da Telefonica, não há nenhum Pedro Augusto com qualquer
> sobrenome morando numa rua ou avenida chamada Rui Barbosa, a não ser três
> indivíduos em Carapicuíba, Guaratinguetá e Buri, com sobrenomes diferentes
> do do cara do IML. Além disso, pelo site
http://www.maplink.com.br/index.htm
> , não há "avenida" rui Barbosa em toda a Grande São Paulo, só rua. O tal
> doutor do IML, que teria escrito a mensagem, não existe.
>
> Logo, a mensagem é um hoax (trote de Internet).
>
> Essa mensagem tem características de marketing "apavorador", que usam
em
> série argumentos que tentam passar a impressão de uma ameaça totalmente
fora
> do controle do cidadão comum. A "ameaça invisível, que não se pode
controlar
> nem perceber sua existência", que vive aparecendo por aí, em mitos,
> histórias para crianças, etc. Vejam como essa mensagem se encaixa nesse
> padrão:
> - a droga deixa a pessoa totalmente sugestionável, mas inconsciente
> (pode-se fazer conosco qualquer coisa, destrói nossa capacidade de reação;
o
> mundo ao nosso redor foge totalmente ao nosso controle);
> - não tem qualquer gosto ou cor, ou seja, não se pode percebê-lo na
> bebida (a ameaça invisível);
> - atua de 5 a 7 minutos, ou seja, não há tempo de reagir - escapa ao
> nosso controle, à nossa capacidade de reação;
> - ela pode ser encontrada em qualquer farmácia (ou seja, dissemina-se
> muito facilmente, fora do nosso controle, tal e qual bactérias
disseminam-se
> por cartas que qualquer um pode receber...);
>
> Além disso, cita-se um caso particular, para que o leitor sinta-se
mais
> intimamente atingido (recurso muitíssimo usado por jornalistas em geral
para
> "sensibilizar" o leitor para coisas como o lado "humano" das guerras, da
> fome e de outras tragédias). E usa como referência justamente o sexo (um
> mega-estupro), uma porta que permite atingir de forma bem eficiente o
> imaginário das pessoas.
>
> Não parece coisa que um médico do instituto médico legal vá escrever.
>
> Sobre o site mencionado pelo Raul -
> http://www.mckinley.uiuc.edu/health-info/sexual/daterape/drape.html - não
> consegui encontrar qualquer referência a easy-date dentro desse site. Uma
> pesquisa no google com "easy-date" e "rape-drug" como palavras chaves não
> produziu qualquer resultado.
>
> Belisário
>
> ----- Original Message -----
> From: Juliana Belko <julibelko@yahoo.com.br>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Sunday, October 28, 2001 9:47 PM
> Subject: [ciencialist] "EasyDate"
>
>
> > Recebi um e-mail sobre essa droga e gostaria de saber se isso não é um
> trote. O e-mail segue abaixo.
> >
> > Juliana.
> >
> > "Nova Droga distribuída em festas , bares e casas noturnas".
> >
> > Uma nova droga arrasadora fez a sua Primeira aparição na Europa, agora
> > chegou ao Brasil, o nome dela: "
> >
> > "EasyDate"
> >
> > E vão já perceber porquê esse nome.
> >
> > a) Ela apresenta-se na forma de um pó branco que uma vez dissolvido em
> > QUALQUER líquido atua em cinco a sete minutos. Ela é incolor, e não tem
> > qualquer gosto.
> >
> > b) Ela age ao nível do pré-consciente, e transforma a pessoa que a
tomar
> > num escravo perfeito, e tem como efeito secundário, apagar da memória
> > tudo o que se fez, disse ou sentiu durante o tempo de atuação que se
> > prolonga durante até oito horas.
> > Uma estudante de 24 anos,residente na cidade de Araçatuba- SP, vamos
> > chama-la Jane, testemunha que foi convidada por uma amiga ir a uma casa
> > noturna. Bebeu algumas caipirinhas, dançou e diz que não se lembra de
> > nada.
> > Só se lembra de acordar no dia a seguir na cama de um quarto de motel
ao
> > lado de uns quatro homens. Como tinha dificuldades em mexer as pernas
> > (ultimo efeito da EasyDate), telefonou para o seu namorado que a foi
> > buscar e a levou ao hospital.
> > Os médicos depois dos exames não detectaram o rastro de qualquer droga.
> > E foi só o exame ginecológico que revelou o rastro de esperma de vinte
> > homens diferentes.
> > Infelizmente, o fato de não haver equimoses na pele, tal como hematomas
> ou
> > estrangulação, não deixa provar que Jane foi violentada, e o seu
> > agressor não foi citado pelo Tribunal.
> >
> > c) Esta droga "separa" a mente do corpo. A pessoa fica inconsciente, e
> > sem controle total do seu corpo, mas fica completamente controlável e
> > executa qualquer ordem que lhe é dada, como Tirar dinheiro em um caixa
> > eletrônico, passar cheques de valores astronômicos, ou participar em
> > orgias sexuais.
> >
> > O que verdadeiramente dificulta o trabalho da polícia é que os
> > componentes de base de fabricação dessa droga encontra-se em qualquer
> > farmácia, e são vendidos a qualquer um sem receita médica, como a
> > aspirina. Ainda não existe nenhum "antídoto" para esta droga. A única
> > coisa que podemos fazer é dar-lhes os seguintes conselhos:
> >
> > 1- Numa discoteca, festa ou jantar, não larguem o seu copo para ir
dançar
> > e voltar a beber nele, se o fizerem então vão buscar outro copo porque
> > ninguém sabe o que lhe fizeram enquanto tinham as costas viradas;
> >
> > 2- Vão buscar o seu copo diretamente ao bar e nunca, NUNCA aceitem um
> > copo da mão de uma pessoa (amigo ou desconhecido). Lembrem-se que 74%
> > dos violadores, são violadores ocasionais que aproveitam a ocasião que
> lhes é
> > oferecida.
> >
> > 3- Entre amigos, vigiem-se uns aos outros. Os primeiros sintomas
físicos
> > desta droga são suores e o rosto que fica vermelho.
> > Se um(a) dos(as) seus amigos(as) tiver estes sintomas, não
o(a)abandonem,
> > e levem-na(o) de imediato para um hospital.
> >
> > Doutor Pedro Augusto L. Pires - Lab. 4.05
> > Instituto Medico Legal
> > Av. Rui Barbosa 2780, Bela vista, São Paulo-SP
> > Dra Gisele S Machado
> > Rua Maestro Cardim 592 conj 904
> > F: (11) 2284-4506.
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>



SUBJECT: Re: Candomble Quantico
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/10/2001 22:00


> gostaria de ratificar (...)
>as imagens de um dado viciado ,
> uma moeda ou algo do gênero não são boas para se fazer analogia com
o
> caráter probabilístico da mecânica quântica já que todos esses
exemplos
> são determinísticos,

Portanto, um dado viciado é deterministico. Ok.
Ou seja, podemos determinar qual o resultado final.Sim?

>dizemos que uma moeda comum tem 50% de chance de
> dar cara ou coroa porque não conhecemos todas as condições
necessárias
> para prevermos o resultado final.

Então se não conhecemos, é indeterministico.
Afinal como é ?
Esta parte confunde bastante.

Agora repara, uma modeda viciada não tem 50 % de chance e um dado
viciado de
6 caras não tem 1/6 de chance. Por isso se chama viciado.

Um dado normal e uma moeda normal eu concordaria ctg que não são bons
exemplos.
Mas acho que o problema está nas palavras "deterministico" e
"indeterminisctico"
Afinal, em rigor, o que significam ?

>Se tivéssemos acesso a todas as
> condições e variáveis envolvidas no problema como temperatura,
material
> da moeda, velocidade do vento, forma de lançamento e etc. saberíamos
> exatamente se o resultado seria cara ou coroa.

Portanto o processo é deterministico, mas indeterminado. É isso ?

>Esse comportamento é
> típico de sistemas determinísticos extremamente caóticos nos quais
uma
> mínima variação nas condições iniciais altera o resultado final.

Ok. Agora temos sistemas Caóticos.
Existe algum que não seja ?

> A interpretação de universos paralelos é meio estranha pelo nome
mas é
> interessante porque vem da idéia de integrais de caminho de Feynman
que
> diz, essencialmente, que uma partícula experimenta, ponderadamente,
> todas as trajetórias possíveis. A idéia dá certo quando realizamos
uma
> experiência indefinidamente, por exemplo, deixando o feixe de fótons
> passar pela fenda dupla ad eternum... Mas isso deixa para outra
> mensagem...

Já agora se explicares mais agradecia. Como é que uma particula
experimenta
todos os percursos se ela ainda não percorreu nenhum ?
É como pensar que a luz precorre o menor caminho pq ja´percorreu
todos e sabe que aquele é o mais "curto"...

[]
Sérgio





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Candomble Quantico
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/10/2001 22:47



"Sergio M. M. Taborda" wrote:
>
> > gostaria de ratificar (...)
> >as imagens de um dado viciado ,
> > uma moeda ou algo do gênero não são boas para se fazer analogia com
> o
> > caráter probabilístico da mecânica quântica já que todos esses
> exemplos
> > são determinísticos,
>
> Portanto, um dado viciado é deterministico. Ok.
> Ou seja, podemos determinar qual o resultado final.Sim?


Estás a usar a definição errada de determinismo. Determinismo
significa somente que as mesmas causas produzem sempre as mesmas
consequências. Um dado, seja ele qual for, quando atirado da mesma
maneira, para o mesmo sítio, nas mesmas condições ambientais,
dará o mesmo resultado. Isto é determinismo.

>
> >dizemos que uma moeda comum tem 50% de chance de
> > dar cara ou coroa porque não conhecemos todas as condições
> necessárias
> > para prevermos o resultado final.
>
> Então se não conhecemos, é indeterministico.
> Afinal como é ?
> Esta parte confunde bastante.

Não. Isso não é indeterminismo.
Há uma grande diferença entre indeterminismo e incapacidade de
prever.

--
joão
http://www.nonio.com


SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: "EasyDate"
FROM: "Raul Sturari Jr." <raulsturari@ig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/10/2001 00:17


> Sobre o site mencionado pelo Raul -
> http://www.mckinley.uiuc.edu/health-info/sexual/daterape/drape.html - não
> consegui encontrar qualquer referência a easy-date dentro desse site. Uma
> pesquisa no google com "easy-date" e "rape-drug" como palavras chaves não
> produziu qualquer resultado.
>

Prezado Belisário,

Sem dúvida o e-mail é um tanto alarmista, concordo quando você o define como
um hoax. Entretanto a droga Rohypinol realmente existe não importando os
"apelidos" a ela atribúidos. E como já havia dito anteriormente, as
carecterísticas deste tranquilizante o tornam um candidato em potencial para
o posto de rape drug ou easy date.

Quanto a referência sobre easy-date, no site que eu citei a droga é chamada
de "date rape drug", o que dá no mesmo. Sugiro pesquisas em outras máquinas
de busca utilizando outras palavras como rohypinol, rohypnol, rape drug,
etc...

[]s
Raul



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Candomble Quantico
FROM: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/10/2001 00:30

Caros Eduardo, Leandro e lista:
-------------------------------------------
Eduardo: - Qual a intenção do seu texto?
- Vc critica a mecânica quântica em si ou o má interpretação dos seus
resultados?

Leandro: - Falando em "cada um pega a sua" interpretação... qual é aquela que
é preferida para você? E, por que?
--------------------------------------------
Neville: - Perguntinhas simples, mas as respostas podem ser extensas.
Simplificando; o princípio da incerteza é uma questão da maior importância
para a Física e também para Filosofia, especialmente a Metafísica, pois suas
implicações levam à questão do determinismo ou indeterminismo das ações no
Universo e isto conduz imediatamente a conceitos de natureza religiosa e do
livre
arbítrio. Não concordo que esse princípio seja adotado como uma questão já
fechada; ao
contrario, deve continuar a ser discutido.

Quanto à MQ não critico exatamente seus resultados, geralmente bons e
compatíveis com valores experimentais. O que é difícil aceitar são algumas
interpretações e o freqüente "esquecimento" de que a MQ é um modelo da
Realidade e não a própria Realidade.
Pior e muito grave, são tentativas em forçar a Realidade a se enquadrar na
MQ.
Quando uma conta não fecha cria-se uma nova entidade ou partícula para
complementar a diferença e
a cada novo item mais uma possível conta que não fecha.

Pode até ser que a MQ seja o modelo definitivo, mas também pode ser um grande
equívoco interpretativo. Vou tentar me explicar com uma analogia, talvez
não muito boa, mas, é o que me ocorre no momento. Em várias áreas pode-se
usar modelos de elementos discretos para representar variáveis sabidamente
contínuas. Um caso típico são as séries temporais na economia ou então as
soluções de valores principais (eigenvalues) obtidas em física aplicada, no
estudo de transferência de calor em fluidos em movimento, etc. onde a solução
é obtida através das soluções de uma infinidade de funções de
valores característicos. Bem, estas são técnicas matemáticas, mas o que
pretendi ilustrar é o fato de que pode-se obter soluções perfeitas usando
valores discretos de variáveis sem que isso signifique que variáveis reais
originais sejam ou não discretas.

Por isto, provocativamente, algumas vezes chamei a MQ de "um bom algoritmo de
cálculo". Por outro lado, pelo menos até o momento, não há nada que a possa
substituir satisfatoriamente.

A pesar de varias contestações experimentais ainda me parece mais plausível
o posicionamento de Einsten do que a interpretação de Heisemberg/Bohr. Digo
'mais' porque há muitos pontos, em ambos posicionamentos, que me parecem
difíceis de aceitar,
talvez por não entende-los completamente ou mesmo por não perceber seu
alcance.

O que resta claramente é que existe uma distinção profunda entre o macro e
o microcosmo. O primeiro se mostra determinista, com leis bem estabelecidas e
os nossos sentidos e a nossa mente estão bem adaptados a ele. As questões
começam a se complicar quando tentamos estudar o microcosmo usando os
conceitos e a linguagem do macrocosmo. É aqui que começa do devaneio
interpretativo freqüentemente recheados de impropriedades terminológicas.
O microcosmo parece ser uma região extremamente deformado em termos de espaço
e
tempo. Como transpor o conceito macroscópico de tamanho ou de velocidade para
partículas em que a própria métrica do espaço e do tempo varia ao longo de
sua dimensão; alias, onde exatamente começa o limite (se é que ela o tem) de
uma partícula, ou ainda, se tem sentido usar o concepção de corpo
macroscópico
para uma partícula elementar ? Não sabemos, mas também pouco conhecemos sobre
as leis (se é que existem) do comportamento individual das partículas
elementares. Para estuda-las temos a poderosa ferramenta da estatística. Mas
é essa mesma ferramenta que nos diz que, para um isótopo radiativo de 1000
anos de vida média, um determinado de seus átomo poderá ter seu núcleo
degradado no próximo segundo ou então após um bilhão de anos. Haja incerteza
nisso !
Claro que nem tudo é assim, mas haja também interpretações pouco verossímeis!

Apenas como comentário, em um dos livros do Landau ( Landau & Lifchitz -
série de Física Teórica - edições MIR - mas não sei qual dos volumes ), há
muito tempo atras, encontrei um texto parecido (não garanto a exatidão) com o
que se segue:
" ... sendo Ação L definida por L= energia x tempo, seu desenvolvimento em
série de Taylor dá:
L= L(0) + L'(0).p + L'' (0). p^2 /2! + . . .etc. , onde p é o momento."
Então ele argumenta que se considerarmos apenas o primeiro termo dessa série,
desprezando os demais teremos o como conseqüência os resultados da física
Newtoniana; considerar o 1o e o 2o termo implica em adicionar as correções da
teoria da relatividade; a inclusão de mais termos torna a equação insolúvel.

O que se deduz é que as correções através da teoria da relatividade não são
as últimas pois há ainda infinitos termos a acrescentar e mesmo que sejam
numericamente desprezíveis indicam que a teoria é não está completa ainda.

Bem, este tipo de digressão é infindável. O que se pode dizer é que pouco
conhecemos sobre as regras de comportamento no microcosmo.

Especialmente a respeito do princípio da incerteza há muito o que discutir,
a começar pelo significado de "observar" uma partícula e pelo caráter
estatístico das medições experimentais ou a correspondente dificuldade das
observações individualizadas de fenômenos quânticos.

Fundamentalmente qualquer observação implica ( direta ou indiretamente) em
uma transferência de energia entre o observador e o objeto da observação.
Freqüentemente a energia das partículas é tão pequena que a sua observação só
ocorre quando da sua destruição. O que não se detecta, não existe ! Mas isto
será mesmo uma verdade ?

Neste ponto me convenço da possibilidade das "variáveis ocultas" apontadas
por Einsten pois é razoável admitir que existam fenômenos envolvendo energias
suficientemente baixas sendo mascarado por outros de maior energia. A
importância dos resultados experimentais pode ser evidenciada através da
lista de prêmios Nobel de física, cuja grande maioria se relaciona a métodos
e equipamentos de medição.

Sobre a interpretação de Everett, dos mundos paralelos, ficaria mais coerente
com as histórias de ficção científica se fosse chamado de hiper-espaço. O
nosso universo estaria mergulhado nele e seria um boa via de transporte das
cargas elétricas desgarradas da freqüência eletro-magnética dos elétrons.

Caro Leandro, vou parando por aqui. Pelo exposto, vê-se que sou céptico a
respeito de qualquer teoria e por isso mesmo me sinto a vontade para criticar
qualquer delas.

Abraços
Neville




SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: "EasyDate"
FROM: "Raul Sturari Jr." <raulsturari@ig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/10/2001 01:11

Para quem quiser mais informações sobre o Rohypinol:

http://faculty.washington.edu/chudler/roof.html

http://www.obgyn.net/displayarticle.asp?page=/yw/articles/ruhypnol_warning

http://165.112.78.61/Infofax/RohypnolGHB.html

http://www.health.org/catalog/catalognew.asp?Topic=65

http://home.intekom.com/pharm/roche/rohyptab.html

Acho que é suficiente...

[]s
Raul



SUBJECT: Re: [ciencialist] ESTADOS UNIDOS INVADE O BRASIL E AUMENTAM SEU TERRITÓRIO.
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/10/2001 06:21


Juliana,

Recebemos essa mesma mensagem há algumas semanas aqui mesmo na
Ciencialist e dei a seguinte resposta:

---------------------
Recebi esse texto há uns meses através do boletim informativo da agência
Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência em Pernambuco datado de 7
de agosto (isso não é, entretanto, atestado de veracidade). Ali dizia que o
texto foi publicado no site www.politicaglobal.com.br . O autor era
apresentado como Marcel Frota. Esse Marcel Frota trabalha no Política
Global, e lá deve ter o e-mail dele. Enviei o texto para um amigo
antropólogo que tem escrito sobre essa história de Alcântara e ele me passou
os comentários abaixo.

Na edição de fevereiro da Com Ciência saíram três textos sobre essa
polêmica:

http://www.comciencia.br/reportagens/espaco/espc02.htm
http://www.comciencia.br/reportagens/espaco/espc04.htm
http://www.comciencia.br/reportagens/espaco/espc05.htm

Belisário

-----------------------------------
Isso veio da Notícias da SBPC/PE - No. 55 - 07/08/2001

2. ESTADOS UNIDOS AUMENTAM SEU TERRITÓRIO. Marcel Frota.

Publicado em www.politicaglobal.com.br

Um fato muito importante passou batido na mídia. Tirando algumas matéria
pouco focadas e pequenas notinhas na internet, nada mais foi dito. Talvez
porque não haja interesse de que essa informação seja divulgada com a devida
atenção. Mas a verdade é que um fato dessa magnitude não pode ser ignorado.

O governo brasileiro firmou acordo com o governo dos E.U.A. para uso do
Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), a 20 quilômetros de São Luis, no
Maranhão. Até aí, nada de anormal. Mas se atentarmos para os termos desse
"acordo" veremos uma realidade que perturbaria qualquer cidadão do mundo.
Nosso governo entregou uma parte de nosso território para os E.U.A.

Falando assim pode parecer exagero, mas na realidade, não há exagero nenhum
em afirmar que uma área de aproximadamente 620 quilômetros quadrados do
território brasileiro está sob domínio absoluto do governo norte-americano.
A dominação é tal, que nenhum cidadão brasileiro pode entrar nessa área, que
abrange todo o CLA, sem autorização prévia do governo dos EUA, e o governo
brasileiro não pode exercer nenhuma atividade no local sem prévia
autorização.

***Comentário:
Isso só é verdade p/ os períodos de lançamento de foguetes norte-americanos.


Continuando:
Além disso, os americanos têm permissão (leia-se direito) de
desembarcar equipamentos fechados em contêineres sem que nossas autoridades
competentes possam vistoriá-los.

*** Comentário:
Isso sim é verdade. E eu acho isso sério. Todo mundo acha que isso é
paranóia mas os gringos podem lançar objetos militares sem que saibamos. E o
pior é que quem manda lá agora é o Bush.

Continuando:
Sendo assim, fica caracterizada a total
perda de jurisdição de nosso governo nesta área dentro do estado do
Maranhão.

Em condições normais e sensatas, um acordo como esse deveria trazer muitos
benefícios para o nosso país.

*** Comentário:
De fato, os números que eles divulgam sobre o aluguel são baixos. Existem
pessoas que dizem que o valor seria maior, mas não revelado.

Continuando:
O CLA é um dos melhores pontos do planeta para
lançamento de foguetes ao espaço. A explicação é simples, o CLA está muito
próximo da linha do Equador, que divide os hemisférios Norte e Sul, por isso
os foguetes apresentam uma melhora no desempenho que proporciona uma
economia de 30% de combustível. Trata-se de uma economia significativa nos
custos de lançamento num mercado internacional que gasta US$ 4,5 bilhões por
ano.

Entretanto, todos esses benefícios não serão usufruídos pelo governo
brasileiro, que gastou US$ 300 milhões na construção do CLA. Esse potencial
fantástico foi "dado" em uma bandeja por US$ 40 milhões por ano para nossos
"irmãos" norte-americanos.

*** Comentário
Não falei que era baixo. É isso mesmo.

Continuando:

Isso mais parece a teoria da conspiração, afinal
sempre esteve presente no imaginário do povo a possibilidade de os EUA
tentarem invadir nosso país, sobretudo a Amazônia. Desde os tempos da morte
de Getúlio era muito claro na cabeça das pessoas uma suposta conspiração
yankee contra nosso país. Para muitas pessoas da época, os americanos teriam
assassinado o então presidente. Quando se pensa na Amazônia, então, muitos
são os boatos de que os norte-americanos estariam estudando tornar nossa
floresta um território de domínio internacional. Porém, nunca nada disso
havia tomado forma concreta, não passava de boatos paranóicos. A diferença é
que agora não é boato, é FATO.

*** Comentário
Não é fato não. P/ mim uma coisa não tem nada a ver com a outra. Apesar de
tb achar que os gringos estão de olho na Amaz.


Continuando:
O Ministro de Estado da Ciência e Tecnologia, Ronaldo Sardenberg, assinou
este "acordo", representando o Brasil. Então a coisa está valendo.

***Comentário:
Acho que não, ainda não foi aprovado pelo congresso.

Continuando:

Para que
se tenha idéia do absurdo que tal documento representa para a soberania
nacional, basta observar algumas das obrigações brasileiras. Na prática,
nenhum país inimigo dos EUA poderá utilizar o CLA, mesmo com autorização do
Brasil e em missão de pesquisa.

*** Comentário:
É verdade. Mas repare que esse "na prática"significa aqueles que não
assinaram o tratado anti-mísseis.

Continuando:

Nenhum representante brasileiro terá acesso
a equipamentos e tecnologias trazidas pelos americanos, salvo com permissão
deles. Caso seja dada permissão, essa tecnologia jamais poderá ser utilizada
por nossos cientistas para aprimoramento de nossos foguetes e espaçonaves.
Qualquer acordo firmado entre o Brasil e outro país, deverá respeitar os
termos deste "acordo". Somente pessoas autorizadas pelo governo
norte-americano poderão entrar no território do CLA O governo brasileiro
deve garantir seus maiores esforços para que tudo corra bem. Caso algo não
vá bem, do ponto de vista do governo daquele país, eles poderão retirar
todos os equipamentos e dados de nosso território, cabendo ao nosso governo
facilitar para que tal operação transcorra de forma harmônica. Nenhum
contêiner lacrado poderá ser aberto em território brasileiro, ou seja, os
norte-americanos poderão trazer e retirar qualquer coisa de nosso país sem
que nossas autoridades possam contestar.

*** Comentário:]
Sim, isso é verdade.

Continuando:

Esses são apenas alguns pontos do "acordo". Existem mais e mais cláusulas
nas quais nosso governo se curva diante do imperialismo americano com a
naturalidade que uma colônia se curva diante de sua metrópole.

Isto posto, fica a pergunta: Você, cidadão brasileiro, concorda com esse
"acordo"? Independentemente da sua resposta, o seu representante
institucional já concordou. Você, de fato, se sente representado? Se a
resposta for "não", está na hora de gritarmos por nossa vontade. Porque
depois, não adianta virem dizer que não sabiam.Haja óleo de peroba para eles
e fantasias de palhaço para nós.

----- Original Message -----
From: Juliana Belko

> ESTADOS UNIDOS INVADE O BRASIL
> E AUMENTAM SEU TERRITÓRIO.
>
>
> Um fato muito importante passou batido na mídia. Tirando algumas matérias
> pouco focadas e pequenas notinhas na internet, nada mais foi dito.
>
>
> Talvez porque não haja interesse de que essa informação seja divulgada com
a devida
> atenção. Mas a verdade é que um fato dessa magnitude não pode ser
ignorado.
>
> O governo brasileiro firmou acordo com o governo dos U.S.A. para uso
> do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), a 20 quilômetros de São Luiz,
> no Maranhão. Até aí, nada de anormal. Mas, se atentarmos para os termos
> desse "acordo", veremos uma realidade que perturbaria qualquer cidadão do
mundo.
>
> Nosso governo entregou uma parte de nosso território para os U.S.A.
> Falando assim pode parecer exagero, mas na realidade, não há exagero
nenhum em
> afirmar que uma área de aproximadamente 620 quilômetros quadrados do
> território brasileiro está sob domínio absoluto do governo
norte-americano.
>
> A dominação é tal, que nenhum cidadão brasileiro pode entrar nessa
> área, que abrange todo o CLA, sem autorização prévia do governo dos
U.S.A., e o
> governo brasileiro não pode exercer nenhuma atividade no local sem
> prévia autorização. Além disso, os americanos têm permissão (leia-se
direito)
> de desembarcar equipamentos fechados em contêineres sem que nossas
> autoridades competentes possam vistoriá-los.
>
> Sendo assim, fica caracterizada a total perda de jurisdição de nosso
> governo nesta área dentro do estado do Maranhão. Em condições normais e
> sensatas, um acordo como esse deveria trazer muitos benefícios para o
nosso país.
>
> O CLA é um dos melhores pontos do planeta para lançamento de foguetes
> ao espaço. A explicação é simples, o CLA está muito próxima da linha do
> Equador, que divide os hemisférios Norte e Sul, por isso os foguetes
> apresentam uma melhora no desempenho que proporciona uma economia de
> 30 % de combustível. Trata-se de uma economia significativa nos custos de
> lançamento num mercado internacional que gasta US$ 4,5 bilhões por ano.
> Entretanto, todos esses benefícios não serão usufruídos pelo governo
> brasileiro, que gastou US$ 40 milhões por ano para nosso "irmãos)
> norte-americanos. Isso mais parece a teoria da conspiração, afinal
> sempre esteve presente no imaginário do povo a possibilidade de os USA
> tentarem invadir nosso país, sobretudo a Amazônia. Desde os tempos da
morte de
>
> Getúlio era muito claro na cabeça das pessoas uma suposta conspiração
> yankee contra nosso país. Para muitas pessoas da época, os americanos
teriam
> assassinado o então presidente. Quando se pensa na Amazônia, então,
muitos
> são os boatos de que os norte-americanos estariam estudando tornar
> nossa floresta um território de domínio internacional. Porém, nunca nada
> disso havia tomado forma concreta, não passava de boatos paranóicos. A
> diferença é que agora não é boato, é FATO.
>
> É importante lembrar que os livros didáticos americanos, utilizados
> para a educação das novas gerações daquele país, já citam a Amazônia como
> floresta internacional e não como território brasileiro.
>
> Se essa atitude das autoridades americanas não for veemente combatida
> pelo governo brasileiro junto aos organismos internacionais, certamente em
> um futuro breve as novas gerações estarão convencidas que a Amazônia não
> pertence ao Brasil, pois assim lhes foi ensinado. É clara a manobra do
> governo americano para criar no inconsciente coletivo de que o
> território brasileiro dever ser controlado (por eles é claro) como
território de
> domínio internacional. Se o governo brasileiro não tomar sérias
> providências, denunciando e protestando contra estes fatos, podemos
> estar certos de as futuras gerações brasileiras serão castigadas no
futuro,
> com a perda do nosso território mais valioso. O Ministro de Estado da
> Ciência e Tecnologia. Ronaldo Sardenberg, assinou este "acordo",
representando o
> Brasil. Então a coisa está valendo.
>
> Para que se tenha idéia do absurdo que tal documento representa para a
> soberania nacional, basta observar algumas das obrigações brasileiras.
> Na prática, nenhum país inimigo dos UA poderá utilizar o CLA, mesmo com
> autorização do Brasil e em missão de pesquisa. Nenhum representante
> brasileiro terá acesso a equipamentos e tecnologias trazidas pelos
> americanos, salvo com permissão deles. Caso seja dada permissão, essa
> tecnologia jamais poderá ser utilizada por nossos cientistas para
> aprimoramento de nosso foguetes e espaçonaves. Qualquer acordo firmado
> entre o Brasil e outro país, deverá respeitar os termos deste "acordo".
> Somente pessoas autorizadas pelo governo norte-americano poderão entrar no
> território do CLA. O governo brasileiro deve garantir seus maiores
> esforços para que tudo corra bem. Caso algo não vá bem, do ponto de vista
do
> governo daquele país, eles poderão retirar todos os equipamentos e dados
de
> nosso território, cabendo ao nosso governo facilitar para que tal operação
> transcorra de forma harmônica. Nenhum contêiner lacrado poderá ser
> aberto em território brasileiro, ou seja, os norte-americanos poderão
trazer e
> retirar qualquer coisa de nosso país sem que nossas autoridades possam
contestar.
>
> Esses são apenas alguns pontos do "acordo". Existem mais cláusulas nas
> quais nosso governo se curva diante do imperialismo americano com a
> naturalidade que uma colônia se curva diante de sua metrópole. Isto posto,
fica a
> pergunta : Você, cidadão brasileiro, concorda com esse "acordo"?
> Independentemente da sua resposta, o seu representante institucional
> já concordou. Você, de fato, se sente representado? Se a resposta for
> "não", está na hora de gritarmos por nossa vontade. Porque depois, não
> adianta virem dizer que não sabiam...
>
> Haja óleo de peroba para eles e fantasias de palhaço para nós.




SUBJECT: Procuro site ou livro sobre "a origem das invenções"
FROM: "Paulo Sergio Dias" <psdias@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/10/2001 07:07

Amigos:

a) Alguém conhece algum site (em inglês, espanhol ou português)
que fale sobre a origem das "invenções" ?
Por exemplo: quando e como foi inventada a lâmpada elétrica,
ou o telefone, ou o ferro de passar roupas, ou o arado,
etc., etc. Obs.: Os objetos aqui mencionados são apenas
um exemplo; não estou procurando pela origem DESSAS invenções.


b) Além de sites, que livros vocês conhecem sobre esse assunto ?


[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Procuro site ou livro sobre "a origem das invenções"
FROM: "Terezinha Costa" <terezinhac@bridge.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/10/2001 07:42

Recomendo o livro The Inventors, do americano Daniel J. Boorstin.
Infelizmente não estou achando meu exemplar para dar mais referências. Creio
que há uma edição em português.
Abs.
Terezinha
----- Original Message -----
From: "Paulo Sergio Dias" <psdias@globo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, October 30, 2001 8:07 AM
Subject: [ciencialist] Procuro site ou livro sobre "a origem das invenções"


> Amigos:
>
> a) Alguém conhece algum site (em inglês, espanhol ou português)
> que fale sobre a origem das "invenções" ?
> Por exemplo: quando e como foi inventada a lâmpada elétrica,
> ou o telefone, ou o ferro de passar roupas, ou o arado,
> etc., etc. Obs.: Os objetos aqui mencionados são apenas
> um exemplo; não estou procurando pela origem DESSAS invenções.
>
>
> b) Além de sites, que livros vocês conhecem sobre esse assunto ?
>
>
> []'s
> Paulo Sérgio Dias
> psdias@globo.com.br
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Procuro site ou livro sobre "a origem das invenções"
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/10/2001 08:29

----- Original Message -----
From: "Paulo Sergio Dias" <psdias@globo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, October 30, 2001 8:07 AM
Subject: [ciencialist] Procuro site ou livro sobre "a origem das invenções"


> Amigos:
>
> a) Alguém conhece algum site (em inglês, espanhol ou português)
> que fale sobre a origem das "invenções" ?
> Por exemplo: quando e como foi inventada a lâmpada elétrica,
> ou o telefone, ou o ferro de passar roupas, ou o arado,
> etc., etc. Obs.: Os objetos aqui mencionados são apenas
> um exemplo; não estou procurando pela origem DESSAS invenções.

Olá, Paulo.

Vide "Máquinas Eletrostáticas: História do desenvolvimento das máquinas
eletrostáticas", com uma breve descrição das máquinas mais importantes.
Páginas mantidas por Antonio Carlos M. de Queiroz, por sinal membro
honorário, e creio que um dos pioneiros, da magnífica equipe Ciencialist.
Existe uma página em português e outra em inglês, está última, se me lembro
bem, com maiores detalhes. O URL é
http://www.coe.ufrj.br/~acmq/eletrostatica.html . Talvez você encontre
alguma coisa mais em minha seção de links, em
http://ecientificocultural.com/ECC2/EduSup/links1.htm

[ ]'s
Alberto
http://ecientificocultural.com (inglês)
http://ecientificocultural.com/indice.htm (português)



SUBJECT: RES: [ciencialist] Procuro site ou livro sobre "a origem das invenções"
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/10/2001 09:45

Paulo,

Tem o ótimo "História das Invenções" (não tenho certeza quanto ao título do
livro) do Isaac Asimov. Você pode encontrá-lo em qualquer site de livros
nacional pois está em catálogo.

[]'s

Alexandre Medeiros

> -----Mensagem original-----
> De: Paulo Sergio Dias [mailto:psdias@globo.com.br]
> Enviada em: Segunda-feira, 29 de Outubro de 2001 23:07
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Assunto: [ciencialist] Procuro site ou livro sobre "a origem das
> invenções"
>
>
> Amigos:
>
> a) Alguém conhece algum site (em inglês, espanhol ou português)
> que fale sobre a origem das "invenções" ?
> Por exemplo: quando e como foi inventada a lâmpada elétrica,
> ou o telefone, ou o ferro de passar roupas, ou o arado,
> etc., etc. Obs.: Os objetos aqui mencionados são apenas
> um exemplo; não estou procurando pela origem DESSAS invenções.
>
>
> b) Além de sites, que livros vocês conhecem sobre esse assunto ?
>
>
> []'s
> Paulo Sérgio Dias
> psdias@globo.com.br
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
> http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Candomble Quantico
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/10/2001 11:19

João Mário Miranda :

>Determinismo
> significa somente que as mesmas causas produzem sempre as mesmas
> consequências. Um dado, seja ele qual for, quando atirado da mesma
> maneira, para o mesmo sítio, nas mesmas condições ambientais,
> dará o mesmo resultado. Isto é determinismo.

Eduardo Gueron :

"Em mecânica quântica (...)medirmos (..) [mas] não sabemos, em geral,
o resultado que vai dar"

Bom, a MQ dá o catálogo de todos os estados possiveis e probabilidade
de cada um.
Para as mesmas condições [fronteira e iniciais] as conclusões são as
mesmas. Os mesmos estados, as mesmas probabilidades.

Então, pelo que o João disse, a MQ é deterministica, já que os seus
resultados são apenas estes : estados e probabilidades de cada um.

Na MC (mecanica Classica) as probabilidades eram sempre 1 ou zero.
E portanto o estudo resumia-se a determinar o estado. Que era ,tb um
único.
Não ha diferença aqui.

Mas quando vamos medir e ver que resultado se obtêm vemos que a MC
nem sempre dá, para as mesmas condições teoricas e iniciais do
problema, os resultados que se medem.
Ai a MQ é mais completa.

Então a MQ ganha pq consegue determinar estados que antes seriam
desconhecidos.

A discusão é então reduzida a se existem muitos estados ou apenas 1.
Existem muitos. E sabemos quais eles são, pela MQ.

A questão é portanto se todos os estados que a MQ determina, são
todos os estados possiveis reais - aqueles que existem sendo medidos
ou não.

Se vamos medir e não dá sempre o mesmo estado, isso seria errado
segundo a MC, mas certo e normal segundo a MQ.
O que não seria certo segundo a MQ e que daria base teorica para
considerar variáveis escondidas, seria encontrar estados que nem a MQ
consegue determinar.
Assim, um sistema do qual fosse medido um estado Não previsto pela
MQ, faria duvidar da MQ, tal como medir um estado não previsto pela
MC fez duvidar dela.


Gostaria de saber se isto não é assim, e se não; porquê ?
Mas se for assim, afinal o que se anda a discutir ?

[] a todos

Sérgio





SUBJECT: Patrocinio
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/10/2001 15:02

Oi pessoal,

preciso de um patrocínio de R$ 1 000,00/mês para tocar um bom projeto complementar para o Imperdível, agora com 1 210 000 consultas registradas.
Alguém pode dar informações de 'onde' e/ou 'com quem' se pode tentar isso?

No aguardo,
[]'
Léo
==============



SUBJECT: RES: [ciencialist] Patrocinio
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/10/2001 15:52

Leo,

No site do UOL tem um programa de parcerias. Tente por lá.

[]'s

Alexandre Medeiros

> -----Mensagem original-----
> De: Luiz Ferraz Netto [mailto:leo@barretos.com.br]
> Enviada em: Terça-feira, 30 de Outubro de 2001 07:03
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Assunto: [ciencialist] Patrocinio
>
>
> Oi pessoal,
>
> preciso de um patrocínio de R$ 1 000,00/mês para tocar um bom
> projeto complementar para o Imperdível, agora com 1 210 000
> consultas registradas.
> Alguém pode dar informações de 'onde' e/ou 'com quem' se pode
> tentar isso?
>
> No aguardo,
> []'
> Léo
> ==============
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
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> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
> http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: enquanto isso na bananalandia...
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/10/2001 16:19

http://www.cnn.com.br/2001/tec/10/27/dessalinizar/index.html

No caso das usinas para água salobra a tecnologia que se adapta melhor é a
que utiliza a osmose reversa: a água é submetida a uma forte pressão e
passa através de membranas que retêm o sal e os minerais.
=========================================================

Muito me engano ou osmose reversa é a famosa diálise.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
No to war.



SUBJECT: Re: [ciencialist] enquanto isso na bananalandia...
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/10/2001 16:34



TARCISIO BORGES wrote:
>
> http://www.cnn.com.br/2001/tec/10/27/dessalinizar/index.html
>
> No caso das usinas para água salobra a tecnologia que se adapta melhor é a
> que utiliza a osmose reversa: a água é submetida a uma forte pressão e
> passa através de membranas que retêm o sal e os minerais.
> =========================================================
>
> Muito me engano ou osmose reversa é a famosa diálise.

"Osmose reversa" é tradução de "reverse osmosis", que também pode
ser traduzido por "osmose inversa". Diálise pode ser a tradução
de "dialysis". Dialysis é um processo diferente em que a força
directriz é a diferença de concentração e não a diferença de
pressão. No caso da "Dialysis" há passagem do soluto através da
membrana, no caso da osmose inversa o que passa é água. Chama-se
"inversa " porque a água move-se na direcção contrária ao
gradiente de pressão osmótica, por oposição à osmose simples em
que a água vai das pressões osmóticas menores para as maiores.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] enquanto isso na bananalandia...
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/10/2001 16:46

On Tue, 30 Oct 2001, João Mário Miranda wrote:
> "Osmose reversa" é tradução de "reverse osmosis", que também pode
> ser traduzido por "osmose inversa". Diálise pode ser a tradução
> de "dialysis". Dialysis é um processo diferente em que a força
> directriz é a diferença de concentração e não a diferença de
> pressão.

Mas a osmose também não usa pressão, então não poderia ser chamada de
osmose reversa. Quem sabe ultra-filtragem?

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
No to war.






---



SUBJECT: Re: [ciencialist] enquanto isso na bananalandia...
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/10/2001 17:01



TARCISIO BORGES wrote:
>
> On Tue, 30 Oct 2001, João Mário Miranda wrote:
> > "Osmose reversa" é tradução de "reverse osmosis", que também pode
> > ser traduzido por "osmose inversa". Diálise pode ser a tradução
> > de "dialysis". Dialysis é um processo diferente em que a força
> > directriz é a diferença de concentração e não a diferença de
> > pressão.
>
> Mas a osmose também não usa pressão, então não poderia ser chamada de
> osmose reversa. Quem sabe ultra-filtragem?

A "ultrafiltration" é o termo utilizado para filtração com
moléculas maiores (do tamnho de macromoléculas). "Reverse
osmosis" também é conhecida por "hiperfiltration".

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] enquanto isso na bananalandia...
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/10/2001 17:51



On Tue, 30 Oct 2001, João Mário Miranda wrote:
> "Osmose reversa" é tradução de "reverse osmosis", que também pode
> ser traduzido por "osmose inversa". Diálise pode ser a tradução
> de "dialysis". Dialysis é um processo diferente em que a força
> directriz é a diferença de concentração e não a diferença de
> pressão.

Tarcísio argumenta:

>>Mas a osmose também não usa pressão, então não poderia ser chamada de
osmose reversa. Quem sabe ultra-filtragem?

Léo bota o bedelho:

Líquidos não resistem a esforços tangenciais, só normais; assim, diferença de pressão num líquido implica em diferença de densidade. Ora direis ouvir estrelas (se o som se propagasse no vácuo!), diferença de pressão, diferença de densidade e diferença de concentrações (ou 'pressão osmótica') são conceitos correlatos e, como tal, não servem de diferenciadores para a osmose reversa ou a diálise.

[]'
Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] enquanto isso na bananalandia...
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/10/2001 17:58

Por que cargas d'água o João do paquímetro sempre coloca o termo em inglês aqui na bananalândia. Será que o termo em inglês melhora o conceito ... por ser do primeiro mundo?

[]'
Léo
PS: João Miranda, como já anunciei aqui, foi homenageado no meu artigo "Força Centrífuga ... referencial, Terra" pelo pioneirismo na Enciclopédia Wikipedia.
==========
-----Mensagem Original-----
De: "João Mário Miranda" <jmiranda@explicacoes.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 30 de outubro de 2001 18:01
Assunto: Re: [ciencialist] enquanto isso na bananalandia...




TARCISIO BORGES wrote:
>
> On Tue, 30 Oct 2001, João Mário Miranda wrote:
> > "Osmose reversa" é tradução de "reverse osmosis", que também pode
> > ser traduzido por "osmose inversa". Diálise pode ser a tradução
> > de "dialysis". Dialysis é um processo diferente em que a força
> > directriz é a diferença de concentração e não a diferença de
> > pressão.
>
> Mas a osmose também não usa pressão, então não poderia ser chamada de
> osmose reversa. Quem sabe ultra-filtragem?

A "ultrafiltration" é o termo utilizado para filtração com
moléculas maiores (do tamnho de macromoléculas). "Reverse
osmosis" também é conhecida por "hiperfiltration".

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com





SUBJECT: Re: [ciencialist] enquanto isso na bananalandia...
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/10/2001 18:02



Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> Por que cargas d'água o João do paquímetro sempre coloca o termo em inglês aqui na bananalândia. Será que o termo em inglês melhora o conceito ... por ser do primeiro mundo?

Neste caso foi porque vocês aí no Brasil utilizam termos diferentes
dos nossos cá em Portugal. Por exemplo, eu uso Ultrafiltração e
o Tarcisio utilizou Ultrafiltragem.


> PS: João Miranda, como já anunciei aqui, foi homenageado no meu artigo "Força Centrífuga ... referencial, Terra" pelo pioneirismo na Enciclopédia Wikipedia.


Obrigado, mas se calhar a homenagem não é merecida. Limito-me
a trabalhar no projecto e a divulgá-lo.

--
joão
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] enquanto isso na bananalandia...
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/10/2001 18:05



Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> On Tue, 30 Oct 2001, João Mário Miranda wrote:
> > "Osmose reversa" é tradução de "reverse osmosis", que também pode
> > ser traduzido por "osmose inversa". Diálise pode ser a tradução
> > de "dialysis". Dialysis é um processo diferente em que a força
> > directriz é a diferença de concentração e não a diferença de
> > pressão.
>
> Tarcísio argumenta:
>
> >>Mas a osmose também não usa pressão, então não poderia ser chamada de
> osmose reversa. Quem sabe ultra-filtragem?
>
> Léo bota o bedelho:
>
> Líquidos não resistem a esforços tangenciais, só normais; assim, diferença de pressão num líquido implica em diferença de densidade. Ora direis ouvir estrelas (se o som se propagasse no vácuo!), diferença de pressão, diferença de densidade e diferença de concentrações (ou 'pressão osmótica') são conceitos correlatos e, como tal, não servem de diferenciadores para a osmose reversa ou a diálise.

A diferença essencial reside no facto de em osmose inversa a
pressão ser imposta artificilamente e na diálise a diferença
de concentração ser a diferença natural entre os fluidos.

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SUBJECT: Re: [ciencialist] A Mente Humana e o Misterio
FROM: Rodrigo Nuno Bragança da Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/10/2001 20:16

> O que é que o indeterminismo tem a ver com o teorema de Goedel? O
> teorema foi provado para um sistema perfeitamente prevsível. Alem
> disso, ele não provou que era impossível deduzir regras a partir
> dos axiomas. Ele provou que determinados teoremas não podiam ser
> determinados a partir dos axiomas. Mas não provou que todos os
> teoremas eram imposíveis de provar dentro de um sistema matematico.

O indeterminismo não tem nada a ver com o teorema, eu disse que ia chegar a conclusões semelhantes, baseado em permissas diferentes. Releia o que eu escrevi....

Por outro lado não é garantido que o teorema seja correcto (nem qualquer teorema), e você pode argumentar usando pelo menos o próprio teorema, o teorema equivalente formulado pelo turing, ou os aspectos indeterministas dos sujeitos que criaram o teorema ou que o analisam presentemente, e se calhar ainda pode arranjar mais alguma forma, mas presentemente não estou a ver qual.

> O facto de não existir um argoritmo universal que determine se
> um determinado algoritmo pára ou não, não prova que não existam
> algorítmos extremamente úteis. Existem milhares deles.

Sem dúvida, e se assim não fosse como você ou eu seriamos capazes de programar, por exemplo? Nós próprios somos um exemplo de algoritmo (num certo sentido, pelo menos...).

Estava apenas dissertando a um nível mais filosófico... posso? :-)


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Candomble Quantico
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/10/2001 21:10



"Sergio M. M. Taborda" wrote:
>
> João Mário Miranda :
>
> >Determinismo
> > significa somente que as mesmas causas produzem sempre as mesmas
> > consequências. Um dado, seja ele qual for, quando atirado da mesma
> > maneira, para o mesmo sítio, nas mesmas condições ambientais,
> > dará o mesmo resultado. Isto é determinismo.
>
> Eduardo Gueron :
>
> "Em mecânica quântica (...)medirmos (..) [mas] não sabemos, em geral,
> o resultado que vai dar"
>
> Bom, a MQ dá o catálogo de todos os estados possiveis e probabilidade
> de cada um.
> Para as mesmas condições [fronteira e iniciais] as conclusões são as
> mesmas. Os mesmos estados, as mesmas probabilidades.
>
> Então, pelo que o João disse, a MQ é deterministica, já que os seus
> resultados são apenas estes : estados e probabilidades de cada um.

O problema não é o determinismo da teoria, mas o determinismo da
realidade. Imagina a experiência das duas fendas em que um fotão
tem 50% de probabilidades de ser detectado numa dessas fendas. O
que é que isso significa? Que para as mesmas condições, o fotão
passa ora numa fenda ora noutra? O será que as condições não são
sempre as mesmas e o fotão passará por uma ou por outra conforme
as condições? Segundo a interpretação de Copenhaga, o fotão
passa por uma fenda ou por outra mesmo que as condições sejam
sempre as mesmas. Segundo outras interpretações, existem factores
escondidos que fazem com que o fotão passe por uma fnda e não
por outra.

--
joão
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SUBJECT: Re: Candomble Quantico
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/10/2001 22:13


> O problema não é o determinismo da teoria, mas o determinismo da
> realidade. Imagina a experiência das duas fendas em que um fotão
> tem 50% de probabilidades de ser detectado numa dessas fendas. O
> que é que isso significa? Que para as mesmas condições, o fotão
> passa ora numa fenda ora noutra?

Bom, eu diria que não significa nada.
Entendo que afinal o problema não existe.
Do ponto de vista da ciencia fisica, ou é determinável ou não
interessa. Pode lá estar.Até ser importante, mas se não ha um modelo
que o determine, nada feito.

Esse exemplo que dás do fotão:
1) o fotão nunca é o mesmo.
2) embora se assuma a equivalência entre particulas do mesmo tipo
isso não foi exaustivamente comprovado. Por exemplo, se
experimentares isso com fremiões (electrões pex) a coisa é concerteza
diferente.
3) Não se podem assegurar exatamente as mesmas condições. Existem
erros de medida em tudo. Até nas condições iniciais.

Resumindo e concluindo, esse é um problema para quem não tem mesmo
nada com que se preocupar. E parece-me que acabo por concordar com a
dita intrepretação. Do ponto de vista fisico é tudo o que se pode
afirmar em rigor. Tudo o resto, como bem descreve o topico: Candomblé.
Não quântico, pq isto poder-se-ia aplicar a qq coisa. Mas realmente
exótico.


> O será que as condições não são
> sempre as mesmas e o fotão passará por uma ou por outra conforme
> as condições? Segundo a interpretação de Copenhaga, o fotão
> passa por uma fenda ou por outra mesmo que as condições sejam
> sempre as mesmas.

Eu cá por mim gostava que conseguisses forçar o fotão a passar duas
vezes no mesmo sitio :-) (mesmo que a fenda fosse só uma )


[]e obrigado pelos esclarecimentos João.

Sérgio




SUBJECT: Re: [ciencialist] enquanto isso na bananalandia...
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/10/2001 14:06

On Tue, 30 Oct 2001, João Mário Miranda wrote:
> A "ultrafiltration" é o termo utilizado para filtração com
> moléculas maiores (do tamnho de macromoléculas). "Reverse
> osmosis" também é conhecida por "hiperfiltration".

HAHÁ!!! Enfim algo faz sentido...

[]s
TARCISIO BORGES
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Seja responsável, vote nulo.
No to war.



SUBJECT: Re: [ciencialist] enquanto isso na bananalandia...
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/10/2001 16:14

TARCISIO BORGES desabafa:


On Tue, 30 Oct 2001, João Mário Miranda wrote:
> A "ultrafiltration" é o termo utilizado para filtração com
> moléculas maiores (do tamnho de macromoléculas). "Reverse
> osmosis" também é conhecida por "hiperfiltration".

>>HAHÁ!!! Enfim algo faz sentido...

Ufa! Finalmente. Mas ainda não se descascou a banana: filtração é a denominação do fenômeno físico e filtragem é a técnica de aplicação do fenômeno. A filtração admite várias técnicas de filtragem.
[]'
Léo




SUBJECT: I belive !
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/10/2001 16:15

11. Maioria dos chineses desconhece conceitos cientificos basicos

Agencia Lusa informa de Beijing:

A maior parte dos chineses desconhece conceitos cientificos tao elementares como o fato da Terra girar em torno do Sol, revela pesquisa realizado pela Associacao de Ciencia e Tecnologia da China.

A noticia, divulgada pela agencia oficial chinesa "Xinhua", mostrou que para a surpresa dos autores da pesquisa, que trabalharam com 8,5 mil pessoas entre 18 e 69 anos, apenas 14 em cada mil entrevistados responderam corretamente a mais de 20 perguntas basicas de ciencia - um percentual de 1,4%.

Os resultados foram considerados "alarmantes" pelos autores da pesquisa, pois os numeros colocam a China a grande distancia dos paises desenvolvidos, como os EUA, onde no inicio da decada de 90 a percentagem superava os 7%.

Segundo o estudo, 82% dos chineses adquirem seus conhecimentos sobre ciencia nos veiculos de comunicacao. A maioria dos entrevistados (52%) afirmou que a sua unica fonte de informacao cientifica sao jornais e revistas.

Os numeros revelam escasso interesse pela ciencia por parte do cidadao medio chines. Uma maioria surpreendente, 86%, reconhece que nunca foi a um museu de ciencia ou tecnologia, ou a um de historia natural. (Folha Online, 30/10)

[]'
Léo
================



SUBJECT: A circunferencia da Terra (PPSD)
FROM: "Paulo Sergio Dias" <psdias@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/11/2001 07:27

Amigos:

a) Alguem tem alguma nocao a respeito
de "desde que epoca se sabe que a Terra e' redonda" ?

- Eratostenes calculou a circunferencia da Terra,
com boa aproximacao, por volta do seculo III aC.
Mas, pelo que eu tenho lido, nessa epoca ele ja'
sabia que a Terra era redonda.

b) Qual teria sido o principal indicio,
na antiguidade, para chegar-se `a conclusao que
a Terra e' redonda ? A observacao de um navio desaparecendo
no horizonte ? O fato do Sol, Lua e planetas serem redondos
(e entao, a Terra tambem "deveria" s^e-lo ?) A sombra da Terra
na Lua, durante um eclipse lunar ?


c) Quais sao os metodos modernos para calculo da circunferencia
da Terra ? Que instituicao realizou a medida com a maior
precisao, ate' hoje ? Teria sido a NASA ?


[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] A circunferencia da Terra (PPSD)
FROM: Rodrigo Nuno Bragança da Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/11/2001 12:10

Paulo Sergio Dias wrote:
> a) Alguem tem alguma nocao a respeito
> de "desde que epoca se sabe que a Terra e' redonda" ?

Ninguém sabe... e isso varia de cultura para cultura, obviamente... ainda hoje em dia há quem não saiba isso.

> - Eratostenes calculou a circunferencia da Terra,
> com boa aproximacao, por volta do seculo III aC.
> Mas, pelo que eu tenho lido, nessa epoca ele ja'
> sabia que a Terra era redonda.

Sim, havia essa ideia, mas não estava completamente provada, nem era aceite por toda a gente, mesmo entre os gregos.

> b) Qual teria sido o principal indicio,
> na antiguidade, para chegar-se `a conclusao que
> a Terra e' redonda ? A observacao de um navio desaparecendo
> no horizonte ? O fato do Sol, Lua e planetas serem redondos
> (e entao, a Terra tambem "deveria" s^e-lo ?) A sombra da Terra
> na Lua, durante um eclipse lunar ?

Os indicios mencionados pelo próprio Erastotenes eram esse dos mastros dos navios e o da diferença de ângulos do sol, que ele usou para calcular o diâmetro da terra. Vista dalgumas montanhas mais altas há a clara sensação de que a terra é redonda, porque o horizonte deixa de ocupar metade da esfera de visão... não sei se você já subiu numa montanha alta com uma boa vista de terreno liso em redor?

Talvez tenha havido outros indicios.

> c) Quais sao os metodos modernos para calculo da circunferencia
> da Terra ? Que instituicao realizou a medida com a maior
> precisao, ate' hoje ? Teria sido a NASA ?

A terra não é redonda, é aproximadamente um elipsoide, mas mesmo esse tem irregularidades. O perimetro varia conforme o sitio onde você faz a medição, e da forma como a faz, considerando ou não irregularidades maiores do terreno como contando, ou passando por cima delas, etc...

A geometria e o campo gravitico variável terrestres têm sido determinados com grande precisão por satélites em órbita, geralmente por medições de radar. Não sei se foi a NASA se foi a ESA, ou talvez o NRO (National Reconaissance Office, militar), mas aposto num dos tres.


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SUBJECT: Re: [ciencialist] A circunferencia da Terra (PPSD)
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/11/2001 14:20

On Thu, 1 Nov 2001, Paulo Sergio Dias wrote:
> - Eratostenes calculou a circunferencia da Terra,
> com boa aproximacao, por volta do seculo III aC.
> Mas, pelo que eu tenho lido, nessa epoca ele ja'
> sabia que a Terra era redonda.

Atribui-se a Aristóteles a noção de que a Terra era redonda. Claro que se
trata da noção grega que foi absorvida pela civilização européia.

Há uma curiosidade histórica de que os Maias possuiam um metro padrão que
é exatamente 1/40000 da circunferência do equador.

> b) Qual teria sido o principal indicio,
> na antiguidade, para chegar-se `a conclusao que
> a Terra e' redonda ? A observacao de um navio desaparecendo
> no horizonte ? O fato do Sol, Lua e planetas serem redondos
> (e entao, a Terra tambem "deveria" s^e-lo ?) A sombra da Terra
> na Lua, durante um eclipse lunar ?

Aristóteles teria observado vários eclipses lunares e chegado a conclusão
de que a Terra era redonda.

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SUBJECT: OFF TOPPIC - Não abram
FROM: Marcelo Falcão <bvbsa@bvbsa.com.br>
TO: <delphi-br@yahoogrupos.com.br>
CC: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, <hardbr@yahoogrupos.com.br>, <linux-pa@yahoogroups.com>, <turbo-pascal@yahoogroups.com>, <programadores@yahoogroups.com>, <redewan@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/11/2001 16:31




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Opa!
FROM: "Felipe L. Crusius" <crusius@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/11/2001 03:44

Pessoal,

tenho recebido muitos e-mails de listas de discussão ultimamente e,
infelizmente, não tenho tido tempo para ler todas as postagens.
Afastar-me-ei de todas as listas para intensificar meus estudos (o
vestibular está chegando). Até eu voltar, quero que contem com meu apoio em
tudo o que puder ajudar. Meu e-mail e UIN estão na assinatura abaixo, para
quem quiser manter contato. Desejo tudo de bom a todos vocês e que o
movimento cético cresça cada vez mais. :o)

[]'s!
Felipe L. Crusius (crusius@uol.com.br)
ICQ/UIN: 113124050
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MSN Messenger: lipecrusius
AOL IM Screen Name: LipeSL



SUBJECT: Calor especifico e fisica classica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/11/2001 09:09

Olá a todos

Há os que afirmam que a física clássica não consegue explicar, de maneira
conveniente, muita coisa relacionada aos valores encontrados
experimentalmente para o calor específico de determinadas substâncias
químicas. O assunto é muito extenso e vou expor aqui apenas as primeiras
destas críticas, exatamente aquelas mais fundamentais, mais elementares e
que têm se mostrado não ter justificativa alguma a não ser a de confundir a
cabeça do jovem estudante, sem nada de útil acrescentar. Se houver
interesse, poderei dizer, de maneira mais light e no nível conjectural, o
que penso das demais e que, juntamente com o problema do espectro da
irradiação do corpo negro, colaboraram para a despersonalização da física
clássica.

A idéia de expandir o modelo clássico para a explicação de propriedades
termodinâmicas é anterior à própria termodinâmica e teria surgido com
Newton, influenciado não apenas por Boyle, mas também pelas experiências de
Torricelli orientadas por Galileu. A idéia somente começou a ser levada a
sério em meados do século XIX, quando alguns físicos, não tão paradigmáticos
quanto a maioria de seus semelhantes, começaram a perceber que os químicos
não estavam brincando ao assumirem a idéia da existência de átomos.

Notaram então estes físicos, muito especialmente Clausius, Maxwell e
Boltzmann, que a idéia de átomo, em física, já era mais que centenária
(Boyle, Newton, Bernoulli, Herapath, dentre inúmeros outros). Não obstante,
somente começou a ser levada *mais ou menos* a sério, e assim mesmo com
bastante desconfiança, a partir de seus trabalhos. Os dois primeiros
desenvolveram o que hoje chama-se teoria cinética dos gases e Boltzmann,
como referido por Gibbs, teria sido o fundador da mecânica estatística,
bastante influenciado pela obra de Maxwell.

Para resumir o que há de interesse no assunto, diria que ao cedermos uma
quantidade Q de calor para um sistema, aumentamos a sua "energia interna"
do valor delta-E = Q. O calor específico molar médio seria então este valor
Q dividido pelo número de moles do sistema e pela variação da temperatura
(delta-T). Em condições limites chegamos ao calor específico na temperatura
considerada (delta-T tendendo a zero). Os limites mais comuns são aqueles
efetuados a pressão constante e a volume constante.

Após os trabalhos de Mayer e Joule, relativos ao equivalente mecânico do
calor, começou-se a pensar nessa "energia interna" como algo relacionado ao
movimento das partículas descritas pelos químicos como átomos e moléculas,
surgindo daí a teoria cinética dos gases.

Uma crítica recente a essa identidade "energia interna" e "energia
mecânica", de minha autoria, pode ser encontrada em "Variáveis escondidas e
a termodinâmica", no meu web site,
http://ecientificocultural.com/Eletron2/termodinamica.htm , mas não vou
discutir o assunto sob esse aspecto, pois que trata-se de um tema bastante
polêmico e que está além do escopo desta mensagem.

Procurou-se então descobrir de que forma essa suposta energia, equivalente à
mecânica, seria distribuída entre átomos e/ou moléculas constitutivos do
sistema. Isso foi possível graças a relações matemáticas compatíveis com o
modelo mecânico newtoniano e encontradas em meio aos estudos referentes a
calores específicos a volume e a pressão constante. Percebeu-se então que em
determinados casos, tudo se passava como se a energia incorporada fosse
distribuída em compartimentos que as vezes seriam em número de três, em
outros casos de cinco, ou ainda seis ou sete etc.

Percebeu-se então que para gases monoatômicos, a energia incorporava-se
apenas como energia de translação, ou seja, com suas três componentes
segundo os eixos x, y e z (coordenadas cartesianas). Lembro ainda que a
energia cinética relaciona-se com o quadrado da velocidade, que é um vetor,
e é sempre possível pensar-se em frações da mesma segundo as componentes do
vetor. Para gases diatômicos os compartimentos de distribuição com
freqüência seriam cinco pois, além da translação, o efeito agraciaria também
a rotação, segundo dois eixos a passarem pelo centro de gravidade.

Para os sólidos percebe-se, da lei de Dulong-Petit, que a energia
distribui-se segundo seis desses compartimentos e isso estaria em acordo com
a idéia de que os átomos dos sólidos oscilam em torno de uma certa posição
fixa, como um oscilador harmônico tridimensional. Algo útil, porém nada mais
que um modelo, pois quero crer que até hoje ninguém observou essas
oscilações como tais, a não ser por seus efeitos. Teríamos então três termos
correspondentes à energia cinética e três correspondentes à energia
potencial, para cada uma das coordenadas cartesianas consideradas.

Essa idéia de relacionar a distribuição de energia com o número de
possibilidades (graus de liberdade do sistema) é de Maxwell e a equivalência
numérica distributiva, ou seja, a idéia de igualar a fração da energia que
vai para cada um dos "compartimentos", não é nada trivial, mas demonstrável
matematicamente através do teorema da eqüipartição de energia.

Até que ponto podemos transportar essa idéia matemática para a física? Não é
necessário dizer que não houve consenso entre os físicos do século XIX.
Quero crer que Boltzmann foi quem mais esteve próximo de entender, com os
recursos da época, a realidade física do teorema da eqüipartição.
Tragicomicamente, isso custou-lhe sérios aborrecimentos, que o teriam levado
ao suicídio. A verdade é que Clausius, Maxwell e Boltzmann morreram
precocemente e qualquer tentativa de explicar classicamente a estrutura
íntima da matéria por artifícios não puramente matemáticos, ficou apenas na
intenção, pois os físicos que se formaram a seguir deixaram de lado essa
preocupação. Via de regra, passaram a adotar o operacionalismo e a não
questionar o que aparentemente dá certo sem que se saiba onde, quando e nem
porquê. Se não aprenderam física com Boltzmann, pelo menos aprenderam, com
seu suicídio, a evitar os aborrecimentos, que certamente são inerentes à
criatividade (já citei várias vezes, aqui, a opinião de Mário Schenberg, a
respeito).

Vamos aos fatos:

Eisberg, por exemplo (aquele mesmo que tem um tratado de Mecânica Quântica e
que, durante muitos anos, foi o único traduzido para a língua portuguesa) ao
comentar o calor específico de moléculas monoatômicas [num livro de física
básica escrito em parceria com Lerner --Física, fundamentos e aplicações],
estranha o fato de a energia absorvida não se transformar em energia
cinética rotacional das moléculas monoatômicas, o que seria de se esperar de
acordo com os seus conhecimentos a respeito daquilo que, estranhamente,
chama por "física clássica ou newtoniana", e não sei que outro nome poderia
dar a não ser "física clássica na visão de um físico moderno", como fiz em
mensagem recente. Na página 437 do volume 2 diz: "A mecânica newtoniana não
esclarece por que isto não ocorre. A mecânica quântica sim, mas não podemos
chegar a esse nível de esclarecimentos nesse momento."

Eu tenho a impressão que o Eisberg (ou teria sido o Lerner?) nunca jogou
bilhar. Se tivesse jogado, teria percebido que "classicamente" uma bola de
bilhar jamais transfere movimento de rotação a outra bola de bilhar
(principalmente se a bola for perfeita e a mesa idem). Aqueles "efeitos"
miraculosos, com que os jogadores de sinuca, no estilo do Rui Chapéu,
encantam a platéia, na realidade são provocados pelo contato "taco-bola" e
tais que a direção do impulso não passe pelo centro de massa da bola. Não
obstante, quando esta bola, mesmo com efeito, choca-se com outra, ela não
transfere efeito algum mas, tão somente, momento linear. E isto é algo
totalmente explicável pela mecânica clássica, sem que tenhamos necessidade
alguma de apelar para os "gnomos quânticos".

Que o Eisberg não conheça o jogo de bilhar, tudo bem, vamos dar um certo
desconto. Mas não ter lido Boltzmann parece-me algo inadmissível para quem
se propõe a comentar criticamente a sua obra. Pois se tivesse lido teria
pensado duas vezes antes de fazer uma crítica tão ingênua. Pois na página
332 da minha versão do livro "Lectures on gas theory" de Ludwig Boltzmann,
Dover Publications, N.Y., 1995, lê-se o seguinte:

"If each molecule is constructed absolutely symmetrically with respect
to its center of gravity --or, still more generally, if it has the form
of a sphere whose center of gravity coincides with its midpoint--
then indeed each molecule can make arbitrary rotations around an
arbitrary axis passing through its midpoints; but the velocity of this
rotation cannot be altered in any way by collisions between
molecules. If all molecules were initially not rotating, then they
would remain so for all time. On the other hand, if they were
initially rotating, then each molecule would retain its rotation
independently of all the others, although this rotation
would exert no observable action."

Dizem que Maxwell não aceitou essa explicação de Boltzmann, em virtude,
unicamente, de tratar-se de uma hipótese "ad hoc" (vide Physics in the
nineteenth century, de R.D. Purrington). Mas... e o teorema da eqüipartição?
Não seria também um "ad hoc" a dar certo em determinadas condições. Por
outro lado, e fisicamente falando, a hipótese de Boltzmann não me parece ter
nada de "ad hoc", pelo menos da forma como aprendemos hoje, tanto a teoria
cinética dos gases quanto a mecânica estatística clássica. Sem dúvida, o
Eisberg pisou na bola, e nem foi uma bola de bilhar, o que ele demonstra não
conhecer.

Vejamos então o que diz o Tipler... Incrível!!! Tipler também nunca jogou
bilhar nem sinuca e também não leu o livro do Boltzmann. Na página 544, item
19-8 da minha versão (Física, volume 1, Mecânica, oscilações e ondas,
termodinâmica, LTC Editora) ele afirma: "O teorema da equipartição da
energia não oferece explicação para esse comportamento... das moléculas
monoatômicas que, aparentemente, não giram em torno de qualquer dos três
eixos perpendiculares possíveis no espaço." E duas páginas antes (542) ele
teria afirmado: "Estes fatos intrigantes explicam-se com facilidade quando
levamos em conta a quantização de energia."

Ou seja, a teoria quântica explica com facilidade por que não ocorre aquilo
que classicamente, e segundo Boltzmann, não deveria ocorrer. Como diria o
Léo: :-))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))).
Parece piada mas é verdade.

Voltemos ao Eisberg: Na página 438 ele estranha o fato da "molécula
diatômica não girar em torno do diâmetro de ambos os átomos", o que segundo
Boltzmann (p. 333, referência acima) é exatamente o que deveria se esperar
classicamente. Pense, neste caso, em duas bolas de bilhar fixas por uma
pequena haste cujo prolongamento passe pelo centro de massa de ambas, como
se fosse um "halter feito com bolas de bilhar". Com essa imagem em mente,
procure agora imaginar como seria, segundo a física clássica, um estudo de
colisões, em duas dimensões (numa mesa de bilhar, por exemplo), entre bolas
desse tipo. A seguir extrapole o resultado para três dimensões.

Eisberg atribui então um "comportamento clássico", a existir na sua cabeça,
e conclui que a molécula não segue esse postulado da "física clássica na
visão de um físico moderno" graças, tão somente, e segundo sua citação, "à
mesma propriedade quântica que impede uma molécula monoatômica de girar em
torno de um diâmetro de seu único átomo". Sem dúvida, isso parece
brincadeira, mas qualquer um pode constatar que trata-se de uma "verdade"
repetida às pencas e em uma infinidade de livros (o de Eisberg, o de Tipler
e centenas de outros livros "sérios") a se prestarem como cartilha para que
o jovem estudante aprenda, desde cedo, a vilipendiar uma física clássica
que, como tal, somente foi devidamente respeitada de Galileu a Planck (o
último dos grandes clássicos).

Ao comentar o comportamento dos sólidos, lê-se o seguinte no livro do
Eisberg: "... a maioria dos sólidos não-metálicos está de acordo com a lei
de Dulong-Petit. Mas é surpreendente que a maioria dos metais também esteja
de acordo, porque sabe-se que os metais contém elétrons livres em número
comparável ao de átomos. Se esses elétrons agirem como moléculas de um gás
ideal, eles contribuirão com uma quantidade adicional... para a capacidade
térmica do sólido, dando uma capacidade térmica total por átomo
significativamente maior do que a prevista pela lei de Dulong-Petit."

Sem comentários. Já disse recentemente o que penso a respeito do decreto de
Lorentz com seu modelo dos elétrons livres ou dos "fluidos elétricos
incompressíveis". Apenas repito o que disse na época: Revoguem o decreto de
Lorentz e todos os fenômenos físicos acabarão por serem explicáveis
classicamente e sem a necessidade da introdução de recursos provenientes da
gnomologia.

Bem, por ora é só. Ficou faltando muita coisa, em especial aquela história
mal contada das vibrações, apresentadas por moléculas de determinados gases
e que surgiria com a elevação de temperatura; e/ou nas discussões a
supostamente explicarem o espectro de irradiação dos corpos negros. Mas
espero ter mostrado que tem muita gente brincando com coisa séria. Ou eu
muito me engano, ou não se pode levar muito a sério o que dizem esses
pretensos defensores fanáticos da física moderna ou ainda não apenas
pretensos, mas também inescrupulosos, combatentes de uma "física
clássica" que, na visão que dela fazem, sequer existe.

Em tempo: Antes que me acusem da falta de didática, gostaria de esclarecer
que não tive a preocupação em ser didático nesta mensagem mas, simplesmente,
de expor aspectos relativos ao assunto "calor específico e física clássica"
para quem já estudou alguma vez na vida, pelo menos em livros de física
básica, o tema apresentado (teoria cinética e/ou mecânica estatística).
Havendo interesse dos demais por alguma explicação extra, é só dar um alô
que procurarei responder. Se não conseguir, certamente deverá haver alguém
aqui na ciencialist que domine o assunto de maneira melhor do que a minha e
em condições de complementar e/ou corrigir os meus argumentos.

[ ]'s
Alberto
http://ecientificocultural.com (inglês)
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SUBJECT: Re: [ciencialist] A circunferencia da Terra (PPSD)
FROM: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/11/2001 10:05

De um antigo livro de geografia para curso primário:

" A terra tem a forma de um geoide"

Fantástico !

[s]
Neville




SUBJECT: Re: [ciencialist] A circunferencia da Terra (PPSD)
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/11/2001 10:14

----- Original Message -----
From: "Silvio Cordeiro"
Sent: Saturday, November 03, 2001 8:54 AM
Subject: Re: [ciencialist] A circunferencia da Terra (PPSD)

> ouvi falar que numa passagem da santa
> biblia deus manda: "pregai minha palavra pelos quatro cantos do mundo". =
> considerando a infalibilidade tanto do livro sagrado com da palavra do
> senhor deus, obviamente a terra é chata, tem só duas dimensões para poder
> comportar apenas quatro cantos.

Isto está me cheirando a luteranismo. Alguns crentes afirmam, citando
Lutero, que o Sol desenvolve um movimento de translação, em torno da Terra,
com a duração aproximada de 24 horas. Afirmam isso apoiando-se no mesmo
argumento da infalibilidade acima citada, pois segundo a bíblia "Deus parou
o Sol, e não a Terra". Mas... Se existe fanatismo até mesmo entre os físicos
modernos, com suas imagens gnosiológicas, que mal há na existência de
crentes fanáticos? Creio que o mal maior não reside na mente dos crentes nem
na dos cientistas, mas na mente dos donos da ciência e/ou da religião, como
determinados bispos pertencentes aos grupinhos dos cartolas de nossa mídia.

> Havendo, no grupo algum teologista juramentado, peço confirmar essa
> passagem.

;-))) Existe isso por aqui? Bem, não sou nada disso mas vou expor aqui a
minha teoria sobre o dilúvio universal, a apoiar-se no hinduismo:

"Diz a lenda que os hindus admitiam a Terra situada sobre um prato dourado
apoiado nas costas de vários elefantes. Creio que eram quatro mas não estou
bem certo disso. Estes equilibravam-se sobre o casco de uma tartaruga
gigante.
Eu não sou muito versado em origem de expressões populares, mas me parece
que foi alguém que, ouvindo esta lenda, e inconformado com a sorte dos
paquidermes, exclamou: 'É preciso ter um saco de elefante!'.
Vez por outra os elefantes não aguentavam. E não há porque criticá-los.
Locomoviam-se ligeiramente. Um quase nada mas o suficiente para provocar um
tremendo terremoto. Às vezes eu me pergunto o que é que seria da Terra
se a tartaruga resolvesse fazer o mesmo. E chego à conclusão que foi ela a
responsável pelo dilúvio universal. Não á atoa que a chamavam Vixenu, que
quer dizer, o deus da água. Nota-se que era uma tartaruga macho (do
contrário seria deusa); e que o machismo já se manifestava na Antigüidade.
Realmente, os antigos eram dotados de um alto grau de imaginação. Aliás,
houve uma época em que imaginar estava na moda. Em várias partes do mundo o
homem, por incrível que pareça, chegou a usar a cabeça. E isto foi antes do
advento do futebol." (texto extraído do livro "Confesso que Blefei", de
minha autoria, 1987).

> A NASA, a NRO, ESA e outras entidades menos votadas nao podem e nao devem
> se colocar acima da palavra de deus.

Concordo plenamente. Nem acima e nem abaixo. Como já disse anteriormente,
ciência e religião são como retas paralelas. Na visão de alguns,
encontram-se apenas no infinito, na visão de outros nem no infinito. Mas
como infinito é algo inenarrável, não há diferença significativa entre os
dois grupos. Por outro lado, existem religiosos ou ateus fanáticos que acham
que não seriam retas e encontrar-se-iam inúmeras vezes. Mas... fanáticos são
fanáticos, nada mais que fanáticos. Incomodam mas, tal e qual os quânticos
fanáticos, são apenas fanáticos, nada mais que fanáticos.

> O reverendo Jocax poderia lançar luz sobre o momentoso assunto.

Tá querendo acordar a fera? Sai prá lá. Choooo!!!! Saravá pé de pato treis
veis, toc-toc-toc.

[ ]'s
Alberto
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SUBJECT: Re: A circunferencia da Terra (PPSD)
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/11/2001 14:52

--- In ciencialist@y..., "Neville" <neville@c...> wrote:
> De um antigo livro de geografia para curso primário:
>
> " A terra tem a forma de um geoide"
>
> Fantástico !
>

Faltou explicar a origem do termo "geoide", que significa algo como
"um objeto em forma de planeta terra" :))

[]'s

André (Andróide ?)



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A circunferencia da Terra (PPSD)
FROM: Carlos Maçaranduba <soh_lamento@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/11/2001 15:50

Supondo que estou ao nível do mar ,qual a distancia do
ponto em que estou até o ponto limite entre meu raio
de visão e o horizonte???

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A circunferencia da Terra (PPSD)
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/11/2001 16:33

----- Original Message -----
From: "Carlos Maçaranduba"
Sent: Friday, November 02, 2001 4:50 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: A circunferencia da Terra (PPSD)


> Supondo que estou ao nível do mar ,qual a distancia do
> ponto em que estou até o ponto limite entre meu raio
> de visão e o horizonte???

Supondo que a Terra não tivesse o formato da Terra... Ops, quero dizer, de
um geóide, mas sim o de uma esfera, e que o seu raio fosse 6370 km (na
década de 80 as melhores medidas davam um valor médio para o raio do geóide
próximo a esse, não sei se o geóide mudou desde então --lembro que o valor
obtido por Eratóstenes difere desse por um fator inferior a 3%)...

Mas, onde é mesmo que eu estava? Ah, sim, suponha que o raio da esfera que
não é esfera seja da ordem de 6370 km. Suponha ainda que você é bastante
alto e joga basquete na seleção e, portanto, seu ponto de visão está a uma
altura da ordem de 2 metros em relação ao solo.

Faça agora um desenho de uma haste de altura h em cima de uma esfera de raio
R e dirigida para o centro da esfera (a haste, é claro). Trace uma tangente
à esfera passando pelo ponto superior da haste. No ponto de tangência trace
um raio R. Perceba então o triângulo de lados R, R+h e L, em que L estaria
na direção da tangente. Seja então:

R = 6370 km
R+h = 6370 km + 2 m = 6370,002 km
L = a determinar.

Com esses dados utilize Pitágoras e ache L = 5,05 km = 5050 m (estou
confiando no valor fornecido pelo meu Excel). Decepcionado? Eu também!
Esperava encontrar algo maior. Afinal, do Guarujá, e também do meu barco,
costumava visualizar o arquipélago de Alcatrazes, a distar cerca de 1 hora e
30 minutos em velocidade de cruzeiro (creio que uns 60 km/h). É verdade que
este tem várias centenas de metros de altura e, portanto, no lugar de h
deve-se utilizar a altura do ponto mais alto de Alcatrazes. O valor obtido
seria, neste caso, o raio de visão de alguém situado nessa altura.

Não estou muito confiante no resultado e estou com preguiça de conferir. De
qualquer forma, o caminho é esse e agradeceria possíveis correções.

[ ]'s
Alberto
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SUBJECT: A que distância está o horizonte ?
FROM: "Paulo Sergio Dias" <psdias@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/11/2001 23:03

> Supondo que estou ao nível do mar ,qual a distancia do
> ponto em que estou até o ponto limite entre meu raio
> de visão e o horizonte???


Resposta do Alberto:

> R = 6370 km
> R+h = 6370 km + 2 m = 6370,002 km
> L = a determinar.
>
> Com esses dados utilize Pitágoras e ache L = 5,05 km = 5050 m (estou
> confiando no valor fornecido pelo meu Excel). Decepcionado? Eu também!


- Esse calculo aparece no livro "Fundamentos de Fisica",
de Hallyday, Resnik e Walker, editora LTC, 4a. edicao,
pagina 7.

- Estou escrevendo para confirmar o calculo do Alberto.

- Alem disso, em meu "Supermanual do Escoteiro Mirim",
da editora Abril (de 1979), encontrei a seguinte tabela:

Altura
(a partir do nivel do mar, em m) Distancia do horizonte (km)
---------------------------------------------------------------
1,50 4,5
2,00 5,5
5,00 8,5
10,00 12,5
20,00 17,5
50,00 28,0
100,00 39,0
200,00 55,0
500,00 88,0
1.000,00 123,0
2.000,00 174,0
5.000,00 275,0
10.000,00 394,0



[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br




SUBJECT: Re: A circunferencia da Terra (PPSD)
FROM: "Daniel Margotti" <damich@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/11/2001 04:30

Perdão, mas um TETRAEDRO também tem 4 cantos e não é chato.

[]s.

Daniel

--- In ciencialist@y..., "Silvio Cordeiro" <scf@e...> wrote:
> Turma:
> Para os cristãos de carteirinha: ouvi falar que numa passagem da
santa
> biblia deus manda: "pregai minha palavra pelos quatro cantos do
mundo". =
> considerando a infalibilidade tanto do livro sagrado com da
palavra do
> senhor deus, obviamente a terra é chata, tem só duas dimensões para
poder
> comportar apenas quatro cantos.
> Havendo, no grupo algum teologista juramentado, peço confirmar essa
> passagem.
> A NASA, a NRO, ESA e outras entidades menos votadas nao podem e nao
devem se
> colocar acima da palavra de deus.
> O reverendo Jocax poderia lançar luz sobre o momentoso assunto.
> A.M.D.G.
> silvio




SUBJECT: Re: [ciencialist] A circunferencia da Terra (PPSD)
FROM: "Silvio Cordeiro" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
CC: "beth" <bebeth_a@terra.com.br>, "Teresa" <mtgc@brfree.com.br>
DATE: 03/11/2001 07:54

Turma:
Para os cristãos de carteirinha: ouvi falar que numa passagem da santa
biblia deus manda: "pregai minha palavra pelos quatro cantos do mundo". =
considerando a infalibilidade tanto do livro sagrado com da palavra do
senhor deus, obviamente a terra é chata, tem só duas dimensões para poder
comportar apenas quatro cantos.
Havendo, no grupo algum teologista juramentado, peço confirmar essa
passagem.
A NASA, a NRO, ESA e outras entidades menos votadas nao podem e nao devem se
colocar acima da palavra de deus.
O reverendo Jocax poderia lançar luz sobre o momentoso assunto.
A.M.D.G.
silvio


> Paulo Sergio Dias wrote:
> > a) Alguem tem alguma nocao a respeito
> > de "desde que epoca se sabe que a Terra e' redonda" ?
>
> Ninguém sabe... e isso varia de cultura para cultura, obviamente... ainda
hoje em dia há quem não saiba isso.
>
> > - Eratostenes calculou a circunferencia da Terra,
> > com boa aproximacao, por volta do seculo III aC.
> > Mas, pelo que eu tenho lido, nessa epoca ele ja'
> > sabia que a Terra era redonda.
>
> Sim, havia essa ideia, mas não estava completamente provada, nem era
aceite por toda a gente, mesmo entre os gregos.
>
> > b) Qual teria sido o principal indicio,
> > na antiguidade, para chegar-se `a conclusao que
> > a Terra e' redonda ? A observacao de um navio desaparecendo
> > no horizonte ? O fato do Sol, Lua e planetas serem redondos
> > (e entao, a Terra tambem "deveria" s^e-lo ?) A sombra da Terra
> > na Lua, durante um eclipse lunar ?
>
> Os indicios mencionados pelo próprio Erastotenes eram esse dos mastros dos
navios e o da diferença de ângulos do sol, que ele usou para calcular o
diâmetro da terra. Vista dalgumas montanhas mais altas há a clara sensação
de que a terra é redonda, porque o horizonte deixa de ocupar metade da
esfera de visão... não sei se você já subiu numa montanha alta com uma boa
vista de terreno liso em redor?
>
> Talvez tenha havido outros indicios.
>
> > c) Quais sao os metodos modernos para calculo da circunferencia
> > da Terra ? Que instituicao realizou a medida com a maior
> > precisao, ate' hoje ? Teria sido a NASA ?
>
> A terra não é redonda, é aproximadamente um elipsoide, mas mesmo esse tem
irregularidades. O perimetro varia conforme o sitio onde você faz a medição,
e da forma como a faz, considerando ou não irregularidades maiores do
terreno como contando, ou passando por cima delas, etc...
>
> A geometria e o campo gravitico variável terrestres têm sido determinados
com grande precisão por satélites em órbita, geralmente por medições de
radar. Não sei se foi a NASA se foi a ESA, ou talvez o NRO (National
Reconaissance Office, militar), mas aposto num dos tres.
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A circunferencia da Terra (PPSD)
FROM: Rodrigo Nuno Bragança da Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/11/2001 14:51

Silvio Cordeiro wrote:
> o tetraedro tem quatro faces e nao quatro cantos. Pegue um (sem apertar),
> conte quantos cantos tem. Encante-se.

4

A menos que você conte 3 vezes cada canto, mas isso é batota :-)



--
email (same address): rnbc@rnbc.pt.eu.org or rnbc@rnl.ist.utl.pt
homepage: http://rnbc.pt.eu.org/~rnbc
IRC: r0 (PT-Net and IRC-Net and sometimes UnderNet)


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A circunferencia da Terra (PPSD)
FROM: "Silvio Cordeiro" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/11/2001 16:05

Quando estava no "grupo" - praticamente na idade média... aprendi que a
Terra é uma bola quadrada que gira parada em torno do Universo.
silvio.

--- In ciencialist@y..., "Neville" <neville@c...> wrote:
> De um antigo livro de geografia para curso primário:
>
> " A terra tem a forma de um geoide"
>
> Fantástico !
>

Faltou explicar a origem do termo "geoide", que significa algo como
"um objeto em forma de planeta terra" :))

[]'s

André (Andróide ?)





SUBJECT: Re: [ciencialist] (unknown)
FROM: Joao Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/11/2001 18:38



Carlos Maçaranduba wrote:
>
> alguem poderia informa-me onde encontro algo
> relacionado a teoria da informação??
>

Na wikipedia, claro:

http://pt.wikipedia.com/wiki.cgi?Teoria_Da_Informação

(ainda está em inglês)

Joao


SUBJECT:
FROM: Carlos Maçaranduba <soh_lamento@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/11/2001 18:43

alguem poderia informa-me onde encontro algo
relacionado a teoria da informação??

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SUBJECT: decahept�gono
FROM: Nicolau Werneck <nwerneck@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/11/2001 20:16

Olá

Estou chocadíssimo com a notícia da existência de uma
construção para o decaheptágono regular. E mais
chocado ainda com a notícia de que existe uma teoria
feita pelo Gauss (que achou a construção), de que
existiriam infinitos polígonos regulares de lados
primos construtíveis.

Alguém sabe mais sobre essa teoria? Ela é provada??
Parece que tem algo a ver com os números de Fermat,
mas eles mesmos se mostraram um "fracasso" (Fermat
achava que os 2**(2**n)+1 eram todos primos, e não
são).

Aproveitando... Alguém sabe alguma coisa sobre uma
prova de que a quadratura do círculo é um problema de
geometria insolúvel? Acho que o Klein (o da garrafa)
tem umas provas de que alguns desses problemas
clássicos são insolúveis...

t+

++nicolau, chocadíssimo



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A circunferencia da Terra (PPSD)
FROM: "Silvio Cordeiro" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/11/2001 08:31

Daniel:
o tetraedro tem quatro faces e nao quatro cantos. Pegue um (sem apertar),
conte quantos cantos tem. Encante-se.
é filho do octaedro.
nunca peça perdao: todos nós somos apenas nada.
por fim, segundo sua teoria, nosso planeta é um tetradro...
L.D.V.M,.
silvio.

From: "Daniel Margotti" <damich@bol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Perdão, mas um TETRAEDRO também tem 4 cantos e não é chato.
Daniel




SUBJECT: Re: A circunferencia da Terra (PPSD)
FROM: "Daniel Margotti" <damich@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/11/2001 12:50

Caro Sílvio

Ok, perdões não serão mais pedidos, mesmo que isso vá contra os
princípios de boa educação quando eu me intrometer...
Aliás, o perdão não foi exatamente por algum erro eventualmente
cometido, mas no sentido de me anunciar. Mas "fiat voluntas tua"!

Quanto ao tetraedro, ao que me consta, além de 4 FACES, ele também
tem 4 VÉRTICES (os "meus" cantos) e 6 ARESTAS.

Minha terra pode ser um tetaedro tanto quanto a tua pode ser um
quadrado, um retângulo, um losango, um trapézio ou qualquer outra
figura quadrilátera, regular ou irregular: TODAS são planas (chatas)
e têm 4 cantos.

Bem, já que não é p/ pedir perdão, também não vou agradecer a atenção
dispensada...

[]s.

Daniel



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A circunferencia da Terra (PPSD)
FROM: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/11/2001 15:32


----------------------------
Original Message - From: "Daniel Margotti"
>>>>>>Caro Sílvio . . . . . . . . . Quanto ao tetraedro, ao que me
consta, além de 4 FACES, ele também
tem 4 VÉRTICES (os "meus" cantos) e 6 ARESTAS. Minha terra pode ser um
tetaedro tanto quanto a tua pode ser um quadrado, um retângulo, um losango,
um trapézio ou qualquer outra figura quadrilátera, regular ou irregular:
TODAS são planas (chatas) e têm 4 cantos. . . . . . .
[]s. Daniel
----------------------------

Chiiiiiii !!! - Melhor chamar a dona Carminha !

Pelo bem da ciência, é claro.

[s]/neville





SUBJECT: Re: [ciencialist] (unknown)
FROM: Adam Luiz de Azevedo <adam@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2001 08:47

Em bibliotecas.
Um abraço.

On Sat, 3 Nov 2001, Carlos Maçaranduba wrote:

> alguem poderia informa-me onde encontro algo
> relacionado a teoria da informação??
>
> _______________________________________________________________________________________________
> Yahoo! GeoCities
> Tenha seu lugar na Web. Construa hoje mesmo sua home page no Yahoo! GeoCities. É fácil e grátis!
> http://br.geocities.yahoo.com/
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>



SUBJECT: Re: Calor especifico e fisica classica
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2001 11:03


> Há os que afirmam que a física clássica não consegue explicar, de
maneira
> conveniente, muita coisa relacionada aos valores encontrados
> experimentalmente para o calor específico de determinadas
substâncias
> químicas.

Quanto à quimica não sei, quanto à fisica, o fenómeno passa-se
sobretudo a baixas temperaturas.
Ai sim, ha alguma dificuldade da Fisica classica em obter resultados
coerentes com os dados.

> Percebeu-se então que para gases monoatômicos, a energia
incorporava-se
> apenas como energia de translação, ou seja, com suas três
componentes
> segundo os eixos x, y e z (coordenadas cartesianas). Lembro ainda
que a
> energia cinética relaciona-se com o quadrado da velocidade, que é
um vetor,
> e é sempre possível pensar-se em frações da mesma segundo as
componentes do
> vetor. Para gases diatômicos os compartimentos de distribuição com
> freqüência seriam cinco pois, além da translação, o efeito
agraciaria também
> a rotação, segundo dois eixos a passarem pelo centro de gravidade.
>
> Para os sólidos percebe-se, da lei de Dulong-Petit, que a energia
> distribui-se segundo seis desses compartimentos e isso estaria em
acordo com
> a idéia de que os átomos dos sólidos oscilam em torno de uma certa
posição
> fixa, como um oscilador harmônico tridimensional. Algo útil, porém
nada mais
> que um modelo, pois quero crer que até hoje ninguém observou essas
> oscilações como tais, a não ser por seus efeitos.

Tb nunca ninguem observou a ligação diatómica entre atomo tal como
a descreves analogamente a um halter. contudo é um modelo util e
explicativo como tu próprio usaste
Portanto, se é um modelo que funciona, qual é o problema?

Por outro lado, se esse modelo não , digamos...agrada... então das
duas uma, ou o atomo está parado no seu ponto da rede , ou ele tem um
outro movimento que não o de oscilação.
Portanto, qual vai ser a tua escolha ? Vibração, Parado ou outra qq
coisa ?

>Teríamos então três termos
> correspondentes à energia cinética e três correspondentes à energia
> potencial, para cada uma das coordenadas cartesianas consideradas.

Aqui devo ter perdido alguma coisa. Então, 3 graus pela translação
(Cinética), 2 pela rotação (cinética) e 1 pela vibração (cinética) .
O de vibração ainda pode ser encarado como uma força elastica e dai a
um potencial ... mas tu citas 3 graus de energia potencial. A energia
de rotação é potencial ?

> Essa idéia de relacionar a distribuição de energia com o número de
> possibilidades (graus de liberdade do sistema) é de Maxwell e a
equivalência
> numérica distributiva, ou seja, a idéia de igualar a fração da
energia que
> vai para cada um dos "compartimentos", não é nada trivial, mas
demonstrável
> matematicamente através do teorema da eqüipartição de energia.
> Até que ponto podemos transportar essa idéia matemática para a
física?

Pelo que entendo do resto do texto, isto seria um Postulado do
Maxwell. Um em que ele assume que a energia se dividiria
equatitivamente por todos os graus de liberdade. Sim ?
Se sim, isso não é um teorema matemático(ideia matemática), como lhe
chamas, mas um principio fisico.
Se é um principio válido, ou não isso é outra história.


> Não é
> necessário dizer que não houve consenso entre os físicos do século
XIX.
> Quero crer que Boltzmann foi quem mais esteve próximo de entender,
com os
> recursos da época, a realidade física do teorema da eqüipartição.

O Boltzmann sempre deu cartas. A unica coisa que o Maxwell fez foi...
o que foi mesmo ? ;-)
Do ponto de vista do crédito, as ideias fisicas de Bolztmann superam
a "matemática que dá certo" do Maxwell.

> Se não aprenderam física com Boltzmann,

Aquilo que eu aprendi parece-se mais com o que descreves das ideias
de Boltzman.
Aliás esses tais de Eisberg e Tipler, sairam donde ?

> Eisberg, por exemplo (aquele mesmo que tem um tratado de Mecânica
Quântica e
> que, durante muitos anos, foi o único traduzido para a língua
portuguesa) ao
> comentar o calor específico de moléculas monoatômicas [num livro de
física
> básica escrito em parceria com Lerner --Física, fundamentos e
aplicações],
> estranha o fato de a energia absorvida não se transformar em energia
> cinética rotacional das moléculas monoatômicas,
(...)
> Eu tenho a impressão que o Eisberg (ou teria sido o Lerner?) nunca
jogou
> bilhar. Se tivesse jogado, teria percebido que "classicamente" uma
bola de
> bilhar jamais transfere movimento de rotação a outra bola de bilhar
> (principalmente se a bola for perfeita e a mesa idem).

Mas não referes um ponto importante. Para Eisberg pensar em bolas de
bilhar ele teria de estar a
pensar em choques de atomos.Tu não referes se ele se referia a isso.
Mas essa não é a unica forma de dar energia a um atómo/molecula.
Os fotões são outra fonte, sem choque classico

E ai a Quantica é precisa. Tlv ele se referisse a isso, e não a
choques de particulas.

> "If each molecule is constructed absolutely symmetrically with
respect
> to its center of gravity --or, still more generally, if it has
the form
> of a sphere whose center of gravity coincides with its midpoint-
-
> then indeed each molecule can make arbitrary rotations around an
> arbitrary axis passing through its midpoints; but the velocity
of this
> rotation cannot be altered in any way by collisions between
> molecules. If all molecules were initially not rotating, then
they
> would remain so for all time. On the other hand, if they were
> initially rotating, then each molecule would retain its rotation
> independently of all the others, although this rotation
> would exert no observable action."

A pergunta vem então: Como se põe uma molecula a rodar?
E a resposta terá de ser : Dando-lhe energia cinética de rotação.
E a questão seguinte é : Como ?
E das duas uma, ou isso nunca é possivel por meio nenhum, e elas
nunca rodam, ou isso é possivel por algum meio que não o choque
descrito no texto.
Então, elas rodam ? e Porquê ?

> Dizem que Maxwell não aceitou essa explicação de Boltzmann, em
virtude,
> unicamente, de tratar-se de uma hipótese "ad hoc" (vide Physics in
the
> nineteenth century, de R.D. Purrington). Mas... e o teorema da
eqüipartição?
> Não seria também um "ad hoc" a dar certo em determinadas condições.
Por
> outro lado, e fisicamente falando, a hipótese de Boltzmann não me
parece ter
> nada de "ad hoc"

Pela forma que descreveste concordo com isso.
Se bem que o objectivo é desenvolver modelos que funcionem.

>Sem dúvida, o Eisberg pisou na bola

Demasiado rápido a declarares isso.

> Vejamos então o que diz o Tipler... Incrível!!! Tipler também nunca
jogou
> bilhar nem sinuca e também não leu o livro do Boltzmann. Na página
544, item
> 19-8 da minha versão (Física, volume 1, Mecânica, oscilações e
ondas,
> termodinâmica, LTC Editora) ele afirma: "O teorema da equipartição
da
> energia não oferece explicação para esse comportamento... das
moléculas
> monoatômicas que, aparentemente, não giram em torno de qualquer dos
três
> eixos perpendiculares possíveis no espaço."

Bom, este "aparentemente" parece ser fundamentado - ou pelo menos
devia - em dados experimentais.
É assim, de facto, ou não ?

Uma questão é se elas rodam ou não. Outra é se essa energia de
rotação é transferida no choque.
Boltzman, segundo descreves, não responde ao primeiro assunto e diz
um rotundo Não, ao segundo.
Os outros, não afirman nada sobre o segundo e dizem um retundo Não ao
primeiro.
A questão é : como consegues encaixar os dois e concluir o que
concluis no teu texto ?

> Voltemos ao Eisberg: Na página 438 ele estranha o fato da "molécula
> diatômica não girar em torno do diâmetro de ambos os átomos", o que
segundo
> Boltzmann (p. 333, referência acima) é exatamente o que deveria se
esperar
> classicamente.

Não. Ele diz e cito :
"If all molecules were initially not rotating, then they
would remain so for all time. On the other hand, if they were
initially rotating, then each molecule would retain its rotation
independently of all the others, although this rotation
would exert no observable action"

Ele não diz que não deveria rodar. Ele diz que se estiverem rodando
permanecem rodando e se estiverem paradas continuam paradas.Ele não
assume que estão ou não, mas apenas que o seu estado se mantém. E
além disso que é independente das outras particulas que a rodeiam.
O que ele diz além disso é que SE elas rodarem, isso não provoca
nenhum efeito observável.
Mas ele está a referir-se à teoria cinética dos gases. A choques de
particulas. E ai, concordamos que não provoca efeito observável.
Agora experimenta bombardear o atómo com uma energia proporcional à
sua energia de rotação. (se a tiver)
O Atomo vai absorver essa energia , e passará a um estado diferente.
(similar ao electrão no atomo)
Acontecerá um espectro de absorção. E este espectro não é explicável
classicamente.
Não?

> Ao comentar o comportamento dos sólidos, lê-se o seguinte no livro
do
> Eisberg: "... a maioria dos sólidos não-metálicos está de acordo
com a lei
> de Dulong-Petit. Mas é surpreendente que a maioria dos metais
também esteja
> de acordo, porque sabe-se que os metais contém elétrons livres em
número
> comparável ao de átomos. Se esses elétrons agirem como moléculas de
um gás
> ideal, eles contribuirão com uma quantidade adicional... para a
capacidade
> térmica do sólido, dando uma capacidade térmica total por átomo
> significativamente maior do que a prevista pela lei de Dulong-
Petit."
>
> Sem comentários. Já disse recentemente o que penso a respeito do
decreto de
> Lorentz com seu modelo dos elétrons livres ou dos "fluidos elétricos
> incompressíveis".

Dados? Mão conheço a referencia da lei de Dulong-Petit. Mas do ponto
de vista fenomelógico a teoria classica não é suficiente para
explicar o calor especifico dos materiais. Especialmente, como disse
a baixas temperaturas.
Porquê ?
Porque a baixas temperaturas as ordens de grandeza das várias
energias são comparáveis. E ai, o calor especifico do electrão é
relevante. Para altas temperaturas (energia ) o seu efeito deixa de
ser importante.
A condução de calor tb revela que os electrões têm de ter esse calor
especifico proprio.

A teoria que conheço sobre o "gás de electrões" é sob o nome de
Drude, e não de Lorentz. Não sei se é a mesma.

> Bem, por ora é só. Ficou faltando muita coisa, em especial aquela
história
> mal contada das vibrações, apresentadas por moléculas de
determinados gases
> e que surgiria com a elevação de temperatura; e/ou nas discussões a
> supostamente explicarem o espectro de irradiação dos corpos negros.

Sim, e não só.
Numa molecula diatómica tb existem vibrações desse tipo.
Ela não é um halter rigido. os centros de massa dos atomos aproximam-
se e afastam-se com uma certa frequencia.
A oscilação de vibração é portanto ai importante tb.

Quanto ao corpo negro, não conheço a ordem de grandeza para saber em
qual se encaixariam táis movimentos.
Pelo que me lembro, deveriam estar nos infra-vermelhos. Mas vai
dai,algumas das transições electrónicas tb..

>Mas
> espero ter mostrado que tem muita gente brincando com coisa séria.
Ou eu
> muito me engano, ou não se pode levar muito a sério o que dizem
esses
> pretensos defensores fanáticos da física moderna ou ainda não apenas
> pretensos, mas também inescrupulosos, combatentes de uma "física
> clássica" que, na visão que dela fazem, sequer existe.

Gostaria que respondesses às perguntas que fiz, breve e sucintamente,
para poder avaliar
até que ponto a tua intrepretação me parece correcta.

[[]]

Sérgio



SUBJECT: Genes do comportamento
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Genismo <Genismo@yahoogroups.com>, excalibot <excalibur-ot@yahoogroups.com>, CienciaList <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/11/2001 11:20




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] A circunferencia da Terra (PPSD)
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2001 14:05

On Sat, 3 Nov 2001, Silvio Cordeiro wrote:
> Para os cristãos de carteirinha: ouvi falar que numa passagem da santa
> biblia deus manda: "pregai minha palavra pelos quatro cantos do mundo". =
> considerando a infalibilidade tanto do livro sagrado com da palavra do
> senhor deus, obviamente a terra é chata, tem só duas dimensões para poder
> comportar apenas quatro cantos.

Obviamente vc está ignorando a passagem em que diz que "Deus estava
sentado sobre a redondeza do mundo", portanto era redondo.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
No to war.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A circunferencia da Terra (PPSD)
FROM: "Silvio Cordeiro" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/11/2001 16:04

Jovem Daniel:
S, V, B, E, E, V,
a) espero que vs. tenha escapado dos leões.
b) rendo-me, concordo plenamente com você que arestas faces e cantos sao a
mesma coisa já que ser ou nao ser é a mesma coisa pois pra mim nada é.
c) quando disse que nao carece perdao tambem foi uma regra já medieval de
cortesia. O papa inocencio sétimo disse na bula
aos corintianos que amar é jamais pedir perdao.
d) minha terra nao é chata. é uma cidadezinha porreta, um coraçao de ouro
num peito de ferro. Itabirito, MG
AMDG
silvio.

Caro Sílvio

Ok, perdões não serão mais pedidos, mesmo que isso vá contra os
princípios de boa educação quando eu me intrometer...
Aliás, o perdão não foi exatamente por algum erro eventualmente
cometido, mas no sentido de me anunciar. Mas "fiat voluntas tua"!

Quanto ao tetraedro, ao que me consta, além de 4 FACES, ele também
tem 4 VÉRTICES (os "meus" cantos) e 6 ARESTAS.

Minha terra pode ser um tetaedro tanto quanto a tua pode ser um
quadrado, um retângulo, um losango, um trapézio ou qualquer outra
figura quadrilátera, regular ou irregular: TODAS são planas (chatas)
e têm 4 cantos.

Bem, já que não é p/ pedir perdão, também não vou agradecer a atenção
dispensada...

[]s.

Daniel





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A circunferencia da Terra (PPSD)
FROM: "Silvio Cordeiro" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/11/2001 16:27

Prezado Neville:
Vs. tem o telefone dela? Mande em mensagem pessoal, por favor....
silvio.

Nota: o Margotti é uma mexerica.
----- >
> ----------------------------
> Original Message - From: "Daniel Margotti"
> >>>>>>Caro Sílvio . . . . . . . . . Quanto ao tetraedro, ao que me
> consta, além de 4 FACES, ele também
> tem 4 VÉRTICES (os "meus" cantos) e 6 ARESTAS. Minha terra pode ser um
> tetaedro tanto quanto a tua pode ser um quadrado, um retângulo, um
losango,
> um trapézio ou qualquer outra figura quadrilátera, regular ou irregular:
> TODAS são planas (chatas) e têm 4 cantos. . . . . . .
> []s. Daniel
> ----------------------------
>
> Chiiiiiii !!! - Melhor chamar a dona Carminha !
>
> Pelo bem da ciência, é claro.
>
> [s]/neville
>
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] A circunferencia da Terra (PPSD)
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/11/2001 20:08

Léo se insinuando no papo .......
(S.L.O.Q.S.E.L.)

Um bom conferencista, pregador, inflamador de multidões etc. jamais faz sua palestra sentado. Qualquer curso de oratória destaca isso em sua primeira lição.
Portanto, sentado num dos cantos, na redondeza da terra ou no murinho da marieta identifica um péssimo pregador. Quem fica sentado é o papa pois, como representante terreno de deus, tem 'um enorme peso sobre seus ombros' (além do que a massa específica do outro é bastante elevada).

A Terra sempre foi plana, 98% dos chineses, 99% dos brasileiros e outros 'entas'% do mundo todo confirmam isso. Não é a palavra da autoridade e sim da enorme maioria.... devem estar certos!

A 'redondeza' da terra não era o problema crucial à época ... e sim o tempo. Já Eratóstenes, bibliotecário do Museu de Alexandria, que viveu lá pelos idos de 250 antes do J.C. sabia que o mundo era redondo, e não chato. Tinha mesmo, como sabem, medido a circunferência da terra com uma precisão superior a 4%. Não obstante, quase dois mil anos deviam passar-se antes que o homem submetesse a idéia a uma comprovação. Tal demora ressaltou a interdependência da ciência e da vida rotineira da Humanidade. A Ciência parece medrar apenas em solo tornado fértil por uma sociedade que faz uso dos conhecimentos recentemente adquiridos. Os feitos científicos e as necessidades da sociedade têm andado tão estreitamente associados através da história, que freqüentemente é impossível determinar qual é a causa e qual é o efeito.
Quinado um ramo da ciência se torna uma distração para uma classe ociosa, logo cairá na estagnação. Recorde que os gregos antigos elevaram a geometria a um grau de elegância não ultrapassado até hoje; entretanto esbarraram em problemas de matemática que nossos garotos da 5a a 8a série podem resolver nos dias de hoje. Os gregos eram completamente desinteressados da solução dos problemas práticos do homem comum. Sua ciência matemática tornou-se um jogo e, eventualmente veio a perder contato com a realidade. E os gregos sifu....

O fato da terra ser redonda ou não pouco diz respeito ao dia-a-dia da humanidade. Isso não tem interesse algum. Muito interessa aquilo associado as variáveis necessidades sociais do homem.
A imprensa levou ao desenvolvimento das lentes dos óculos (embora o princípio básico delas, a refração, tivesse sido observado 1500 anos antes ... mas não interessava a ninguém); As lentes levaram ao microscópio e ao telescópio. O telescópio logo revelou as luas de Júpiter, o que proporcionou esperança na solução do complicado problema da determinação das longitudes.
O microscópio tornou visível um vasto novo mundo de microrganismo, cuja própria existência desafiava qualquer crença. O canhão encorajou as pesquisas científicas em duas frentes: na química, para ajudar a resolver o problema da fabricação da pólvora, e no estudo do movimento, para compreender a trajetória do projétil.

O pastorear e cultivar isso sim era importante mas, o sucesso disso dependia de um certo conhecimento da passagem do tempo. Sábio foi o homem que percebeu as duas partes do dia separando-as pela sombra mínima da sombra de uma haste vertical; mais sábio ainda foi o homem que separou a noite em duas partes pela observação da 'estrela do norte' cuja direção coincidia sempre com a direção da sombra do meio-dia. Pensa que é moleza, naquela época obediente á lei "a ignorância é genética", alguém perceber que, assim como o Sol cada estrela girava apenas 15 graus por 'hora'?

Aprender a "contar" foi um desafio sério, mesmo porque os primórdios da noção de número são anteriores à existência do homem. Ridículo? Os naturalistas sabem disso; observando os pássaros já se sabia que entre eles existe um maravilhoso sentido de número. Há toda uma narrativa sobre isso, coisa de Takata.

Depois de todo desenvolvimento sobre o tempo e o calendário, surgidos das necessidades da agricultura é que houve um certo encorajamento de técnicas de mapeamento e de navegação, estimulados pelo comércio mundial. É só daí em diante que teve real investigação sobre as estrelas, o conceito de latitude e por trás disso ... a redondeza da terra. A trigonometria prevaleceu á geometria. A medida de ângulo superava a de comprimento. A medida da circunferência da terra por Erastótenes foi uma obra de arte.

Tá bem, a terra é redonda ... e dai? Os japoneses estão de ponta cabeça? Os portugueses andam inclinados de 50 graus? O tampo de uma mesa é 'redondo' (esférico)? O piso de minha sala de computadores acompanha a curvatura da terra? A prateleirinha de meus únicos dois livros acima de meu PC é curva?

Chega ......

[]'
Léo
PS: Esse fim de semana só pesquei uma boa piapara (2,7 kg, limpa). Mas, fiz várias experiências com latinhas de skol. O desmoronamento dela com a ponta de um lápis com um homem de pé em cima dela foi a mais interessante. O difícil era quem esvaziaria a lata ........
================



-----Mensagem Original-----
De: "Silvio Cordeiro" <scf@escelsa.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 6 de novembro de 2001 19:13
Assunto: Re: [ciencialist] A circunferencia da Terra (PPSD)


| Tarcísio:
| Agora, pesou.... em que mesmo ele tava sentado???
| silvio.
|
|
| On Sat, 3 Nov 2001, Silvio Cordeiro wrote:
| > Para os cristãos de carteirinha: ouvi falar que numa passagem da santa
| > biblia deus manda: "pregai minha palavra pelos quatro cantos do mundo". =
| > considerando a infalibilidade tanto do livro sagrado com da palavra do
| > senhor deus, obviamente a terra é chata, tem só duas dimensões para poder
| > comportar apenas quatro cantos.
|
| Obviamente vc está ignorando a passagem em que diz que "Deus estava
| sentado sobre a redondeza do mundo", portanto era redondo.
|
| []s
| TARCISIO BORGES
| tbs97@fisica.ufpr.br
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|



SUBJECT: Barquinho pop-pop
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/11/2001 14:22

Ois,

Hoje foi dia do barquinho pop-pop. Ontem saiu no news-ciencia a nostálgica pergunta sobre tal barquinho ... e propus-me a escrever sobre ele. Até faço analogia com o ser humano pelo fato dele mesmo ser "um barquinho pop-pop". Aos interessados nessa máquina térmica notável:

http://www.feiradeciencias.com.br/sala08/08_33.asp

[]'
Léo
=================



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Calor especifico e fisica classica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/11/2001 14:52

----- Original Message -----
From: "Sergio M. M. Taborda"
Sent: Monday, November 05, 2001 12:03 PM
Subject: [ciencialist] Re: Calor especifico e fisica classica

Olá Sergio.

É sempre um prazer discutir com quem não se coloca à frente das
idéias, por mais que as defenda, mas sim ao lado das mesmas.

> Ai sim, ha alguma dificuldade da Fisica classica em obter resultados
> coerentes com os dados.

Dificuldade sempre há, e não é só com a física clássica, mas também com a
moderna. O problema é que criou-se o mito de que não existe uma dificuldade,
mas uma impossibilidade, e isso é bem diferente. E é com isso que não
concordo. Não estou discutindo aqui se a física moderna é feia ou bonita,
mesmo porque isso é uma questão de foro íntimo e pessoal. O que estou
tentando dizer é o seguinte: Quando alguns físicos, especialmente os autores
de livros didáticos, dizem que é impossível explicar determinado fenômeno a
partir da física clássica, noto que eles apenas estão retratando a sua
ignorância sobre o que seja física clássica e seria muito melhor que não
emitissem opiniões sobre o que desconhecem, ou então que estudassem um
pouquinho mais aquilo que pretendem atacar.

> > Algo útil, porém nada mais
> > que um modelo, pois quero crer que até hoje ninguém observou essas
> > oscilações como tais, a não ser por seus efeitos.

> Tb nunca ninguem observou a ligação diatómica entre atomo tal como
> a descreves analogamente a um halter. contudo é um modelo util e
> explicativo como tu próprio usaste
> Portanto, se é um modelo que funciona, qual é o problema?

Problema nenhum, desde que entenda-se tratar-se de um modelo. Não obstante,
como o modelo clássico de vibrações não funciona, e isto está mais do que
comprovado, inventou-se algo para compensar esta dificuldade, o que resultou
na teoria quântica. Ou seja, o modelo associado a uma série de hipóteses "ad
hoc", funciona em determinadas condições a satisfazerem determinados
caprichos. Nada contra. Porém, assumir que o fato de o modelo de vibrações
não funcionar é equivalente ao fato da física clássica não funcionar... !!!

O modelo mecânico clássico apoia-se em três leis e a física clássica
genuinamente newtoniana, e que deu origem a esse modelo, apoia-se tão
somente em cinco pressupostos, os mesmos do materialismo mecanicista
clássico: espaço, tempo, matéria, movimento da matéria e campo de forças
(este último não muito bem definido inicialmente, chegou a ser chamado como
espírito da matéria, segundo Newton, ou então, vibrações emitidas pela
matéria).

Se alguém provar que as moléculas de um sólico realmente vibram e, apesar
disso, esse alguém chegar à conclusão de que, a partir dessas vibrações
supostamente "observadas", a física clássica não consegue explicar fenômenos
associados as mesmas, aí sim, a física clássica estaria sendo falseada. Do
contrário, diria que os físicos estão meramente jogando com as palavras, com
a única finalidade de salvaguardar seus dogmas e a desestimular que os
jovens se encantem por explicações outras a explicarem os fenômenos físicos.

> Por outro lado, se esse modelo não , digamos...agrada... então das
> duas uma, ou o atomo está parado no seu ponto da rede , ou ele tem um
> outro movimento que não o de oscilação.
> Portanto, qual vai ser a tua escolha ? Vibração, Parado ou outra qq
> coisa ?

Sem dúvida que será "outra coisa", se bem que não "qualquer outra coisa".
Imagine, por exemplo, que você está numa nave espacial, bastante afastado do
sistema solar e em repouso em relação ao Sol. Muito provavelmente você verá,
no decorrer do tempo, o movimento de translação da Terra ao redor do Sol.
Não obstante, se você estiver no plano da eclíptica, terá a impressão que a
Terra vibra em torno de um ponto central, quase que em um MHS e, de tempos
em tempos, atravessa o Sol de lado a lado (eclipses da Terra ou do Sol,
conforme a posição relativa dos dois).

Pois bem, se a Terra fosse um elétron e o Sol um próton, você poderia dizer,
sob essa visão, que o elétron vibra em torno do núcleo. E poderá até mesmo
encontrar uma equação a descrever essa vibração. Esta equação é verdadeira,
mas retrata uma falsa realidade física, ou melhor, uma realidade parcial.
Essa matemática funciona, mas não está captando toda a realidade. Tão
somente está projetando a órbita em um eixo e assumindo o movimento de
translação circular e uniforme como sendo um movimento de vibração e,
portanto, não uniforme, mas harmônico.

Sim, você dirá que essa história de órbitas foi relegada a um segundo plano,
a partir dos trabalhos de Bohr. Mas aí digo também: É verdade, o modelo
utilizado de órbitas *planetárias* mostrou-se incompatível com a
experimentação, mas isso não significa dizer que não existam outras órbitas
possíveis para a translação dos elétrons clássicos, na constituição do
átomo. E isso também não significa dizer que a física clássica não explica a
experiência de Rutherford à luz da teoria de Maxwell (emissão de radiação).
Quem não explica a experiência é o modelo de "órbitas planetárias", com seu
plano da eclíptica, e a obedecer uma equação de forças do tipo da lei
gravitacional. Mas esse não é o único modelo mecânico clássico
disponível!!!! A lei da gravitação não faz parte do modelo mecânico
clássico, ainda que tenha sido historicamente importante para a construção
do modelo. A menos que você aceite o decreto de Lorentz e diga que o campo
elétrico de um elétron é do mesmo tipo do campo gravitacional, qual seja, a
validade da lei de Coulomb para elétrons e prótons; e também que um elétron
em órbita deveria emitir radiação (expansão do modelo macroscópico de
Maxwell, válido para cargas elétricas e constituído pelos inexistentes
"fluidos elétricos clássicos"), pois está sujeito a uma aceleração
centrípeta.

Perceba então que até agora nada da física clássica, dentre tudo o que
discuti até aqui, foi negado. A meu ver, o que A EXPERIÊNCIA NEGOU, até o
momento, foram as seguintes afirmações: 1) O campo elétrico do elétron é
idêntico ao campo de uma carga elétrica macroscópica; 2) O elétron translada
em torno do núcleo de um átomo de maneira semelhante ao movimento de
translação de um planeta ao redor do Sol; 3) A emissão ou absorção de
energia por um sólido está acoplada a movimentos vibracionais dos átomos e
moléculas constitutivos destes sólidos. Não obstante, a física clássica não
assume como verdadeira nenhuma dessas hipóteses, como também não as nega.
Quem as nega, salvo maior juizo, é a experimentação. Pois essa
experimentação, salvo também maior juizo, falseia essas hipóteses
secundárias, jamais a física clássica genuinamente newtoniana.

> >Teríamos então três termos
> > correspondentes à energia cinética e três correspondentes à energia
> > potencial, para cada uma das coordenadas cartesianas consideradas.

> Aqui devo ter perdido alguma coisa. Então, 3 graus pela translação
> (Cinética), 2 pela rotação (cinética) e 1 pela vibração (cinética) .
> O de vibração ainda pode ser encarado como uma força elastica e dai a
> um potencial ... mas tu citas 3 graus de energia potencial. A energia
> de rotação é potencial ?

Não, não é bem assim. O modelo "que não dá certo" admite apenas o movimento
de vibração. Ora, pode se referir a essa vibração --a de uma partícula com
seu centro de massa em torno de uma posição fixa-- em relação a três eixos
(três graus de liberdade) e, para cada eixo considerado, e a cada instante
considerado, a energia pode estar no estado cinético ou potencial. Existem
então seis graus de liberdade, ou seja, necessitamos considerar três
variáveis relacionadas a v = (vx, vy, vz), a descreverem a energia cinética
e três variáveis relacionadas a r = (x, y, z), a descreverem a energia
potencial. A energia total de um átomo poderia então ser expressa por seis
variáveis: E = (1/2)mvx^2 + (1/2)mvy^2 + (1/2)mvz^2 + (1/2)kx^2 + (1/2)ky^2
+ (1/2)kz^2. É óbvio que você poderia expressá-la apenas utilizando o módulo
de v e de r, mas aí você perderia o carater direcional da transferência de
energia (absorção) e que é importante para estudos referentes à
eqüipartição, como é o caso.

> Pelo que entendo do resto do texto, isto seria um Postulado do
> Maxwell. Um em que ele assume que a energia se dividiria
> equatitivamente por todos os graus de liberdade. Sim ?
> Se sim, isso não é um teorema matemático(ideia matemática), como lhe
> chamas, mas um principio fisico.
> Se é um principio válido, ou não isso é outra história.

Não, existe um teorema matemático a demonstrar que sempre que a energia
puder ser expressa por uma função quadrática de outra variável (por exemplo,
v^2, r^2, etc), a distribuição de energia dar-se-á equitativamente entre
todas as possibilidades. Eu estudei isso há muito tempo e no momento não
disponho da demonstração, que não é simples, por sinal. Não é difícil
verificar isso para a translação, e fisicamente isso está relacionado à
isotropia do espaço; também não é difícil verificar para a rotação. O
postulado, no caso também de Maxwell, seria admitir essa possibilidade. Por
exemplo, Boltzmann tenta demonstrar, por um modelo a simular bolas de bilhar
(Observação: Boltzmann não fala em bolas de bilhar, essa é uma interpretação
"a posteriori" e análoga a seu modelo, assim como poderíamos também falar em
"pucks" sobre uma mesa dotada de um "colchão de ar"), que não há a
possibilidade de a energia de uma das bolas transferir-se para outra como
energia de rotação. Logo, não há porque insistir na aplicação de um teorema
matemático numa situação que é fisicamente impossível (o que é impossível
seria essa transferência com esse modelo, não a rotação em si). E o teorema
valeria, segundo Boltzmann, apenas para as situações fisicamente possíveis,
o que é bastante lógico, por sinal.

Por outro lado, se tivermos "halteres de bilhar", formados com duas bolas e
uma haste *rígida*, um destes alteres poderá transferir a sua energia para
um outro sob a forma de rotação (isso é mostrado no gif animado
http://ecientificocultural.com/Eletron2/anihalter.gif ). Notar que a rotação
transferida dá-se em torno do centro de massa de cada dupla de bolas, não
havendo transferência alguma com relação ao giro de cada uma das bolas em
torno de si mesma. Perceba também que não há, neste modelo de haste rígida,
a liberdade da ocorrência de transferência de energia sob a forma de
vibração. Não obstante, se a haste fosse elástica, tal e qual uma mola,
deveríamos incluir no sistema a possibilidade da existência de energia
vibracional e, portanto, o número de graus de liberdade seria diferente
(para um gás creio que existiriam, neste caso, três graus relativos à
translação, dois relativos à rotação e mais seis relativos à vibração em
torno do centro de massa).

Ou seja, o efeito é observado experimentalmente através da medição do calor
específico. Por aí, sabemos o número de graus de liberdade. Através do
número de graus de liberdade podemos verificar qual, dentre uma infinidade
de modelos clássicos possíveis, adapta-se à condição experimental. A
experiência (medição) em si, poderá falsear esse modelo secundário, jamais
a física clássica, ou o modelo mecânico clássico, como um todo.

> O Boltzmann sempre deu cartas. A unica coisa que o Maxwell fez foi...
> o que foi mesmo ? ;-)
> Do ponto de vista do crédito, as ideias fisicas de Bolztmann superam
> a "matemática que dá certo" do Maxwell.

Eu acho que os dois são fantásticos e não gostaria de ter de comparar um com
o outro.

> > Se não aprenderam física com Boltzmann,

> Aquilo que eu aprendi parece-se mais com o que descreves das ideias
> de Boltzman.
> Aliás esses tais de Eisberg e Tipler, sairam donde ?

São meros autores de livros didáticos. Ambos escreveram Tratados de física
básica e de física moderna. O Eisberg é da Universidade da Califórnia (Santa
Bárbara) e o Tipler foi professor de várias universidades americanas e
atualmente mora em Berkeley, na Califórnia. Mas isso não é tão importante. O
que tentei mostrar é que quase todos os livros de física básica repetem as
mesmas coisas a respeito, e confundem um modelo particular, não vinculado
com os axiomas clássicos, com o que poderíamos chamar por "modelo mecânico
clássico".

> Mas não referes um ponto importante. Para Eisberg pensar em bolas de
> bilhar ele teria de estar a
> pensar em choques de atomos.Tu não referes se ele se referia a isso.
> Mas essa não é a unica forma de dar energia a um atómo/molecula.
> Os fotões são outra fonte, sem choque classico

Sem dúvida, isso é importante para a transferência em si (transporte de
energia de um compartimento a outro), mas não para explicar o porquê da
eqüipartição. Ou seja, independentemente da maneira como a energia "entrou"
no sistema, ela aparentemente se distribuiu, após uma série infinita, ainda
que rápida, de choques, de uma maneira a concordar com um calor específico
compatível com o número de graus de liberdade do sistema. E esse número
relaciona-se aos choques, pelo menos no modelo apresentado. Sem dúvida,
existem outras maneiras de se analisar o modelo, mas não foi isso que
coloquei em discussão. Apenas procurei chamar a atenção para absurdos que
são apresentados em livros tradicionais. Essas outras possibilidade sequer
são aventadas nesses livros, e quero crer que também não vão contra a física
clássica em si.

> E ai a Quantica é precisa. Tlv ele se referisse a isso, e não a
> choques de particulas.

Se a quântica é ou não necessária, o problema é outro. O que eu disse é que
procura-se demonstrar, de maneira totalmente errônea, que a física clássica
é impotente para explicar uma série de dados experimentais. Não tenho nada
contra as explicações quânticas, assim como não tenho nada contra as teorias
que afirmam a existência de Papai Noel, de discos voadores, de gnomos, de
saci-pererê, etc. O problema é que se a física clássica conseguir explicar
"o que dizem" que ela não explica, a teoria quântica acaba se tornando
desnecessária, pois a física clássica, a meu ver, é muito mais simples,
muito mais atraente, muito mais elegante, com potencial de ação muito maior
(não é teoricamente limitada por indeterminações) e muito mais racional do
que a teoria quântica.

> A pergunta vem então: Como se põe uma molecula a rodar?
> E a resposta terá de ser : Dando-lhe energia cinética de rotação.
> E a questão seguinte é : Como ?

Simples: 1) Se pensarmos em choque, teremos de pensar numa assimetria como,
por exemplo, na que ocorre quando um taco de bilhar exerce um impulso sobre
uma bola numa direção que não passe pelo centro da bola (centro de massa).
2) Podemos também pensar numa aglutinação de partículas, como por exemplo
num conjunto de corpúsculos de luz (estou raciocinando classicamente, logo
não há porque falar em fotão) que, em condições especiais, aglutinam-se em
dois corpúsculos maiores, por exemplo, um elétron e um pósitron, ambos
dotados de giro. 3) Podemos ainda pensar em duas partículas que entram em
órbita uma da outra (elétron e próton, por exemplo) e neste caso, ainda que
cada uma tenha apenas movimento de translação circular, o conjunto, pensado
como átomo, gira em torno de seu centro de massa.

> E das duas uma, ou isso nunca é possivel por meio nenhum, e elas
> nunca rodam, ou isso é possivel por algum meio que não o choque
> descrito no texto.
> Então, elas rodam ? e Porquê ?

Lembro que *para o efeito considerado* (calor específico) essa possível
rotação tem se mostrado sem interesse, pois na prática não transparece na
eqüipartição de energia.

> > Vejamos então o que diz o Tipler: "O teorema da equipartição
> > da energia não oferece explicação para esse comportamento... das
> > moléculas monoatômicas que, aparentemente, não giram em torno de
> > qualquer dos três eixos perpendiculares possíveis no espaço."

> Bom, este "aparentemente" parece ser fundamentado - ou pelo menos
> devia - em dados experimentais.
> É assim, de facto, ou não ?

É fundamentado na interpretação do calor específico de gases constituídos
por moléculas monoatômicas. Ou seja, pela interpretação, e aceitando-se o
teorema da eqüipartição, percebe-se que a energia transferida não chega a
ser captada como energia de rotação. Mas isso é o que seria esperado pelo
modelo de Boltzmann a acoplar-se com a física clássica. O modelo é anterior
à física quântica e explicava muito bem o fenômeno, ao contrário do que é
afirmado pelo Eisberg, pelo Tipler e, pior, pela quase totalidade dos livros
de física básica que existem por aí.

> Uma questão é se elas rodam ou não. Outra é se essa energia de
> rotação é transferida no choque.
> Boltzman, segundo descreves, não responde ao primeiro assunto e diz
> um rotundo Não, ao segundo.
> Os outros, não afirman nada sobre o segundo e dizem um retundo Não ao
> primeiro.
> A questão é : como consegues encaixar os dois e concluir o que
> concluis no teu texto ?

Boltzman demonstra que, para o estudo em consideração, é pouco importante
saber se as moléculas rodam ou não. Experimentalmente essa rotação não é
transferida, não é compartilhada e, para o seu modelo, pouco importa a
estrutura íntima das moléculas que se chocam, desde que essa estrutura não
interfira com o que é observado. Em outros estudos isso pode ser importante,
mas provavelmente em nada interferirá com as conclusões relacionadas ao que
estamos discutindo no momento.

> > Voltemos ao Eisberg: Na página 438 ele estranha o fato da "molécula
> > diatômica não girar em torno do diâmetro de ambos os átomos", o que
> > segundo Boltzmann (p. 333, referência acima) é exatamente o que deveria
> > se esperar classicamente.

> Não. Ele diz e cito :
> "If all molecules were initially not rotating, then they
> would remain so for all time. On the other hand, if they were
> initially rotating, then each molecule would retain its rotation
> independently of all the others, although this rotation
> would exert no observable action"

Eu mudei de questão e parece-me que você não se deu conta disso. O texto de
Boltzmann, que apresentei na mensagem anterior, referia-se a moléculas
monoatômicas, e está na página 332 do livro do Boltzmann. O que estou me
referindo agora relaciona-se a moléculas diatômicas e citei a mesma
referência (o mesmo livro) porém relativa a outro texto, que não reproduzi
na mensagem, mas disse que está na página 333.

> Ele não diz que não deveria rodar. Ele diz que se estiverem rodando
> permanecem rodando e se estiverem paradas continuam paradas.Ele não
> assume que estão ou não, mas apenas que o seu estado se mantém. E
> além disso que é independente das outras particulas que a rodeiam.
> O que ele diz além disso é que SE elas rodarem, isso não provoca
> nenhum efeito observável.
> Mas ele está a referir-se à teoria cinética dos gases. A choques de
> particulas. E ai, concordamos que não provoca efeito observável.
> Agora experimenta bombardear o atómo com uma energia proporcional à
> sua energia de rotação. (se a tiver)
> O Atomo vai absorver essa energia , e passará a um estado diferente.
> (similar ao electrão no atomo)
> Acontecerá um espectro de absorção. E este espectro não é explicável
> classicamente.
> Não?

O que você entende por classicamente? Se você utilizar o modelo de Coulomb,
o modelo de Drude e Lorentz, o modelo de Boltzmann, o modelo de
Rutherford-Bohr, o modelo eletromagnético de Maxwell, misturar tudo isso e
disser que a resultante é o modelo mecânico clássico ou newtoniano, diria
que realmente essa física "clássica" não explica nada. Mas esses modelos são
modelos secundários, nada mais que modelos secundários e construídos para
condições ultraespecíficas. Não espere que eles funcionem para condições
alheias àquelas que justificaram suas construções.

> Dados? Mão conheço a referencia da lei de Dulong-Petit. Mas do ponto
> de vista fenomelógico a teoria classica não é suficiente para
> explicar o calor especifico dos materiais. Especialmente, como disse
> a baixas temperaturas.
> Porquê ?
> Porque a baixas temperaturas as ordens de grandeza das várias
> energias são comparáveis. E ai, o calor especifico do electrão é
> relevante. Para altas temperaturas (energia ) o seu efeito deixa de
> ser importante.
> A condução de calor tb revela que os electrões têm de ter esse calor
> especifico proprio.

Sim, mas estamos entrando num outro terreno, também relacionado ao calor
específico, mas creio que de outra natureza. Nesse caso não sei qual seria a
"física clássica" que dizem não funcionar, mas quero crer que seja algo a se
apoiar em algum outro modelo e, certamente, em concordância com as idéias de
Drude e Lorentz.

> A teoria que conheço sobre o "gás de electrões" é sob o nome de
> Drude, e não de Lorentz. Não sei se é a mesma.

Realmente o Drude (1900) é pioneiro no assunto, mas o Lorentz (1909) foi
quem deixou mais trabalhos a respeito. Com grande freqüencia chama-se à
teoria dos elétrons livres como teoria de Drude e Lorentz.

> > Bem, por ora é só. Ficou faltando muita coisa, em especial aquela
> > história mal contada das vibrações, apresentadas por moléculas de
> > determinados gases e que surgiria com a elevação de temperatura; e/ou
> > nas discussões a supostamente explicarem o espectro de irradiação dos
> > corpos negros.

> Sim, e não só.
> Numa molecula diatómica tb existem vibrações desse tipo.
> Ela não é um halter rigido. os centros de massa dos atomos aproximam-
> se e afastam-se com uma certa frequencia.
> A oscilação de vibração é portanto ai importante tb.

Sim, mas o que é essa vibração? É uma vibração física ou seria algum
fenômeno físico de natureza desconhecida e que em determinadas condições
aceitaria uma equação matemática compatível com uma lei senoidal? Volto a
dizer: um movimento circular e uniforme, visto de perfil, simula um
movimento de vibração em torno de um ponto central. Ao fornecer a equação
desta vibração eu estaria simplesmente descrevendo parte de um movimento
mais geral, da mesma maneira que ao dizer que uma partícula tem spin estou
fornecendo apenas parte de um conceito muito mais geral e desconhecido,
ignorado ou proibido pelos físicos modernos.

Não sei se você se deu conta, mas foi exatamente essa idéia de vibração (que
a rigor não existe como tal) quem gerou a teoria quântica atual. Quem
discute bem essa idéia é Planck (osciladores harmônicos), em seus trabalhos
que deram origem à física quântica. E foi justamente devido ao fato dessa
vibração não existir, no sentido clássico do termo, que os físicos quânticos
foram obrigados a "inventar" o conceito de "spin", um giro que,
classicamente falando, não é um giro. Ou seja, numa etapa aceitaram apenas
metade da matemática de um movimento circular; em outra precisaram
acrescentar a matemática que, obviamente, estava faltando. Comento alguma
coisa a respeito no artigo "O spin que não é giro", já apresentado aqui na
Ciencialist e que está em
http://www.geocities.com/ecientificocultural/Eletron2/parep.htm

[ ]'s
Alberto
http://ecientificocultural.com (inglês)
http://ecientificocultural.com/indice.htm (português)



SUBJECT: Jornalismo ... adeus a ciência!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/11/2001 18:50

Olás,

Enquanto alguns estudam com afinco para adiquirir e desenvolver técnicas para o bom jornalismo, especialmente o científico (veja-se o bom amigo Belisário e outros) chega isso:

"Suspensa: a exigência de diploma universitário para a prática da função de jornalista. A decisão foi da juíza substituta da 16ª Vara Cível da Justiça Federal de São Paulo, Carla Rister, em atendimento a uma ação civil pública movida pelo procurador da República André de Carvalho Ramos, com validade para todo o país. A alegação é de que a exigência de diploma fere o princípio constitucional da liberdade de expressão. Dia 30, em São Paulo."

Daqui a pouco o curandeiro da esquina vai poder trabalhar em hospital, pq o diploma fere a liberdade de expressão dele.
Era só o que estava faltando para melhorar a qualidade dos jornais, revistas e afins...

Se quiserem mais detalhes posto o artigo completo.

[]'
Léo





SUBJECT: Computador quantico
FROM: Carlos Maçaranduba <soh_lamento@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/11/2001 19:09

que benefícios o computador quantico traria ????Pq ele
é mais veloz e quebraria uma criptografia RSA tão
facilmente como tirar doce de uma criança???Vejo as
pessoas falarem e não explicarem o pq.....o que seria
qu-bit(se é assim que se escreve....)Haveria criação
de novos paradigmas de programação assim como a
linguagem orientada a objetos foi uma revoluçao diante
da linguagem procedural e funcional e assim como a
orintada a agentes representa um avanço a OOP????

grato por quem souber.....

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SUBJECT: Re: [ciencialist] A circunferencia da Terra (PPSD)
FROM: "Silvio Cordeiro" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/11/2001 19:13

Tarcísio:
Agora, pesou.... em que mesmo ele tava sentado???
silvio.


On Sat, 3 Nov 2001, Silvio Cordeiro wrote:
> Para os cristãos de carteirinha: ouvi falar que numa passagem da santa
> biblia deus manda: "pregai minha palavra pelos quatro cantos do mundo". =
> considerando a infalibilidade tanto do livro sagrado com da palavra do
> senhor deus, obviamente a terra é chata, tem só duas dimensões para poder
> comportar apenas quatro cantos.

Obviamente vc está ignorando a passagem em que diz que "Deus estava
sentado sobre a redondeza do mundo", portanto era redondo.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
No to war.


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SUBJECT: Re: Jornalismo ... adeus a ciência!
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/11/2001 20:55


Léo,

A queda do diploma, na verdade, está longe de ser uma má notícia, e
muito provavelmente será muito boa. O argumento é o seguinte: para se fazer
um bom jornalismo sobre ciência, é necessário que gente com formação em
ciência trabalhe junto com gente com formação em jornalismo, ou, melhor
ainda, gente com formação em jornalismo e ciência trabalhe nas duas áreas.
Uma opção muito interessante e que acontece nos Estados Unidos (país que tem
tradição muito boa em divulgação científica) é o cara se formar em uma
especialidade qualquer, digamos, Biologia, Física, etc., e então fazer uma
especialização ou uma pós-graduação em jornalismo. Acontece que, pela lei
brasileira, com isso o cara não poderia ter registro de formação
profissional em jornalistas e não poderia ser contratado por empresas
jornalísticas que exigem tal registro, porque teria que ter o diploma de
graduação em jornalismo. Desta forma, a exigência do diploma é um bloqueio à
boa divulgação científica, uma camisa-de-força na dinâmica entre ciência e
jornalismo. Tenho ouvido vários jornalistas, ligados à ciência ou não,
dizendo que não é necessário ter formação universitária para ser jornalista,
do ponto de vista utilitário. É o tipo da coisa que pode se aprende com a
vivência. Vide o caso do Alberto Dines, que não é jornalista formado... A
"queda" do diploma (entre aspas porque foi em primeira istância, com certeza
os caras vão recorrer e a batalha judicial se prolongará) foi, na verdade,
festejada por todos que se manifestaram no meu círculo de conhecidos que
trabalham com jornalismo científico - e vários deles desciam o porrete na
lei muito antes disso.

Veja um dos trechos do texto da decisão da juíza pela "queda" do
diploma, presente no site
http://cf6.uol.com.br/consultor/view.cfm?numero=7217&ad=c

"Tal se deve, ademais, à propalada irrazoabilidade do requisito exigido para
o exercício da profissão, tendo em vista que a profissão de jornalista não
requer qualificações profissionais específicas, indispensáveis à proteção da
coletividade, diferentemente das profissões técnicas (a de Engenharia, por
exemplo), em que o profissional que não tenha cumprido os requisitos do
curso superior pode vir a colocar em risco a vida de pessoas, como também
ocorre com os profissionais da área de saúde (por exemplo, de Medicina ou de
Farmácia).

"O jornalista deve possuir formação cultural sólida e diversificada, o que
não se adquire apenas com a frequência a uma faculdade (muito embora seja
forçoso reconhecer que aquele que o faz poderá vir a enriquecer tal formação
cultural), mas sim pelo hábito da leitura e pelo próprio exercício da
prática profissional."

Esse tema foi discutido há pouco na lista de discussão "Jornalismo
Científico" - http://www.grupos.com.br/grupos/j.cientifico/
Apareceu lá uma mensagem interessante, que mostra como o diploma é útil em
alguns casos e prejudicial em outros, que transcrevo a seguir. A mensagem
começa respondendo à pergunta feita previamente: "como se dá essa relação
ciência-jornalismo em países com tradição de bom jornalismo científico, como
os EUA?" Quem escreveu foi uma pessoa formada em jornalismo, que atualmente
escreve sobre ciência num grande jornal (não digo o nome ou o jornal por
privacidade).

Belisário

-------------------------------------

Pelo que sei, a maioria dos outros países faz isso: os caras têm uma
graduação, no caso de alguns veículos de jornalismo científico, pós, mas
passam por um curso de jornalismo rápido. Alguns dos melhores cursos de
jornalismo científico estão os EUA, inclusive. Aprende-se a linguagem da
imprensa, seus recursos, tudo voltado para a área científica. Na Europa é a
mesma coisa.
Conversei com vários jornalistas da área de ciências que têm contato com
pessoas da Nature, Scientific America, Science, Discovery, New York Times,
etc, para ver se essa crença de que são pesquisadores que escrevem nessas
revistas é correta. Todos me disseram que os caras não se consideram
cientistas, mas jornalistas. No caso da Nature, praticamente todos os
editores são PhD em alguma coisa, mas há muito deixaram os laboratórios. Um
jornalista científico que é meu colega me contou que perguntou a um
jornalista da Nature se o fato dele ter um título de PhD o ajudava na hora
de
escrever e ele respondeu que não, que esquecera a maior parte das coisas que
havia visto quando estudava. Ele falou que eles só faziam questão do PhD pra
ter mais facilidade na hora de falar com os entrevistados. Que o fato dele

ter estado do outro lado do "balcão" fazia com que o pesquisador tivesse
mais
boa vontade na hora de atendê-lo, por achar que ele está bem preparado. O
que
é verdade... A Gabriela Scheimberg, repórter da Galileu especializada em
Medicina, é formada em Biomedicina nos EUA. Uma vez perguntei a ela se o
curso não a ajudava a escrever com mais facilidade e ela respondeu a mesma
coisa: que não se lembrava de boa parte do que aprendeu. Ela não se
considera
cientista, se formou também pra ser jornalista.
Acho que temos de aprender a separar as coisas: para quem quer fazer
trabalhos de divulgação científica, não há necessidade de haver diploma.
Isso
inclui artigos opinativos, sites, etc. Agora pra quem quer trabalhar em uma
revista, um jornal, um site noticiosa, ou seja, na chamada grande imprensa,
é
necessário sim, saber o que é lide, como fazer um, ter noção de infográfico,
saber que num jornal a linguagem é diferente de uma revista, saber que tem
prazos a cumprir, que tem concorrência, que tem ética, que tem Lei de
Imprensa, etc. Se fosse tão fácil escrever como muitos acham, se escrever
para imprensa fosse algo tão banal que qualquer um possa fazer, conforme
disse a tal juíza, já teríamos excelentes jornalistas, dada a saturação do
mercado.
As pessoas que não trabalham com jornalismo tem idéias completamente obtusas
sobre nossa profissão. Acham que tudo o que é feito é em nome de anúncios
publicitários e mais dinheiro, que não temos nenhuma autonomia ou liberdade
na hora de trabalhar... Nada disso é tão comum quanto se pensa; há casos
dessa natureza, mas são cada vez mais exceção, não regra. Há uma grande
responsabilidade em escrever, portanto defendo, sim, uma preparação
específica porque jornalismo não é fácil, não é achar que escreve bem,
chegar
num editor, falar que seu texto é bom e pronto. Não da forma atual, mas como
se faz em outros países onde o jornalismo é uma especialização. Dessa forma,
a exigência do diploma nem seria algo imposto por lei, mas sim pelo próprio
mercado de trabalho.
Ninguém tem noção de como está o mercado de trabalho para a gente nesse
momento. Saturado é pouco. Na semana passada, o Estadão mandou 61 pessoas da
redação embora. As revistas da Abril Tudo e Revista da Web estão sendo
fechadas. Corre uma história de que eles também vão fechar a Placar. Também
foi fechada a Gazeta Esportiva. Já ouvi dizer que a própria Galileu, da
Globo, estava correndo risco de ser fechada e o fato de que ela tem tido
poucos anúncios demonstra que sua saúde financeira não deve ser das
melhores.
O pessoal da Gazeta Mercantil está em greve por conta de salários atrasados
e
já me disseram que vão mandar 150 de lá embora. Já perdi a conta de quantos
cortes a Folha fez esse ano, me parece que foram dois grandes, assim como o
Estadão e o JT. O Jornal do Brasil e o Globo fecharam suas sucursais de São
Paulo, e acho que mais uns 60 estão na rua até agora. Muitos sites
quebraram,
nem sei mais quantos foram embora por causa disso. O JB, no Rio, está
trabalhando com um bando de estagiários que ganham R$ 400 por mês para fazer
o trabalho de jornalista profissional. Lá no Rio é permitido contratar
estagiário. Em SP, não, porque o sindicato acha que isso tira mercado de
quem
é formado por pagar menos pra quem ainda está estudando. E pelo que está
acontecendo no Rio, parece que eles estão com a razão, infelizmente. Fora
que
contratação em nossa área não é por mérito, normalmente é por indicação, o
famoso QI. A única empresa que eu conheço que faz seleção de jornalista por
meio de entrevista e teste, com anúncio de vaga em jornal, é a Folha. Nas
demais, todas as vezes em que se abre uma vaga, alguém é indicado e o resto
do mercado nem fica sabendo que a tal vaga estava aberta.
Se não me engano, o piso da nossa categoria não chega a R$ 1.800. O JB
lançou
agora a proposta de terceirizar a redação: ou seja, jornalistas vão abrir
empresas e dar nota, não terão contrato de trabalho fixo, pagarão os
impostos, não terão férias, 13o salário, reajuste, FGTS... Se a moda pega,
estamos todos fritos. E aí vem um monte de gente, que está confortável em
suas profissões, achando que quem defende diploma está apenas querendo
reserva de mercado. Pra quem se forma em jornalismo, o mercado é um só,
dominado por cinco ou seis grandes grupos. Pra quem se forma em Biologia,
Educação Física, Medicina, Direito, Ciências Sociais, etc, há outras
possibilidades, vários setores. Nós, não. Daí que eu, por exemplo, parti pra
uma segunda graduação porque se a coisa apertar, posso tentar outra
profissão. Muitos de nós estamos fazendo isso, pra melhorar nosso
conhecimento e pra ter alternativa de sobrevivência num mercado que piora a
cada dia. Sei que a situação não está boa pra ninguém, mas não é por isso
que
saio por aí defendendo que quem trabalha com Publicidade e Marketing não
deve
ter uma boa preparação e um diploma.
Me digam se numa situação como a atual a gente não tem razão de querer a tal
reserva...

---------------------------------
Em tempo: a bem da "completeza", sobre a publicidade na Galileu, comentada
na mensagem acima, um cara que escreve para essa revista comentou o
seguinte:

""Galileu" nunca, em seus nove anos de
existência, se sustentou na receita de publicidade. O perfil da
publicação, mesmo quando se chamava "Globo Ciência", era de suporte
principal na circulação (venda avulsa + assinaturas). Mesmo assim,
apesar da crise atual, tivemos nos últimos meses um aumento mais que
significativo de páginas publicitárias. Qualquer um pode checar as
edições de um ano para cá para verificar isso. Na última edição, por
exemplo, felizmente tivemos até dificuldade para fazer as últimas inserções.

"Não me cabe ficar divulgando números da empresa onde trabalho, mas nossa
receita orçamentária para este ano previa os níveis de inserções
publicitárias nas mesmas médias dos últimos anos. Por isso, não tem
sentido aquilo que você ouviu dizer. Só espero que nossos anunciantes
potenciais não tenham ouvido dizer isso."

---------------------------------------

A quem se interessar em ter o nome dos autores dessas mensagens, eu
mando em pvt.

Até,
Belisário

----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, November 06, 2001 6:50 PM
Subject: [ciencialist] Jornalismo ... adeus a ciência!


> Olás,
>
> Enquanto alguns estudam com afinco para adiquirir e desenvolver técnicas
para o bom jornalismo, especialmente o científico (veja-se o bom amigo
Belisário e outros) chega isso:
>
> "Suspensa: a exigência de diploma universitário para a prática da função
de jornalista. A decisão foi da juíza substituta da 16ª Vara Cível da
Justiça Federal de São Paulo, Carla Rister, em atendimento a uma ação civil
pública movida pelo procurador da República André de Carvalho Ramos, com
validade para todo o país. A alegação é de que a exigência de diploma fere o
princípio constitucional da liberdade de expressão. Dia 30, em São Paulo."
>
> Daqui a pouco o curandeiro da esquina vai poder trabalhar em hospital, pq
o diploma fere a liberdade de expressão dele.
> Era só o que estava faltando para melhorar a qualidade dos jornais,
revistas e afins...
>
> Se quiserem mais detalhes posto o artigo completo.
>
> []'
> Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] A circunferencia da Terra (PPSD)
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/11/2001 21:39


-----Mensagem Original-----
De: "Silvio Cordeiro" <scf@escelsa.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 7 de novembro de 2001 10:09
Assunto: Re: [ciencialist] A circunferencia da Terra (PPSD)


| Léo se insinuando no papo .......
| (S.L.O.Q.S.E.L.)
|
| Prezado Leo:
| S. V. B. E. E. V.
| me explique o arcano das letras acima?
|
| A.M.D.G., L.D.V.M.
|
| silvio
|

Olá Sílvio,

todo mundo tava colocando letras cujo significado desconheço e como tal entrei na dança:

Sei Lá O Que Significam Essas Letras = S.L.O.Q.S.E.L.

[]'
Léo
================



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Jornalismo ... adeus a ciência!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/11/2001 22:11

Olá Belisário,

fui feliz em enviar a mensagem, muito mais feliz em conhecer o ponto de vista de quem realmente está por dentro. O prisma da resposta realmente convenceu-me do radicalismo de minha posição; ao fim e ao cabo tenho um site com textos, artigos e trabalhos de divulgação científica ... e não tenho diploma de jornalismo!
Parabenizo-o pelo seu texto e ao 'oculto' cuja mensagem vc acrescenta na explanação. Realmente muito ponderada.
Entretanto, ainda há uma peninha coçando minhas orelhas, leio artigos jornalísticos (mesmo aqui os de minha cidade) escritos por quem não é jornalista, não tem uma cultura sedimentada, não tem noção do que seja uma redação, expõe idéias próprias sem argumentos legítimos e factuais ... e continuam escrevendo para uma população que não sabe julgar nada disso!
Comparo isso com a homeopatia, doses contínuas de nada, digeridas por pessoas que acreditam naquilo e não consultam absolutamente nada. Uma séria doença pode estar se alastrando, e que não são curadas pelo efeito placebo.
Nossa população não tem 'tino' para julgar os textos jornalísticos e, simplesmente, acreditam neles, mais ainda se são esotéricos, pseudociências e afins.
Viu a pesquisa feita na china sobre os conceitos científicos básicos? Mesmo o Sr. Monserrat propôs algo equivalente no Brasil. Surpresa! será que teremos surpresas nessa pesquisa?

Aquele abraço,

valeu,

[]'
Léo
=======================
-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 6 de novembro de 2001 20:55
Assunto: [ciencialist] Re: Jornalismo ... adeus a ciência!


|
| Léo,
|
| A queda do diploma, na verdade, está longe de ser uma má notícia, e
| muito provavelmente será muito boa. O argumento é o seguinte: para se fazer
| um bom jornalismo sobre ciência, é necessário que gente com formação em
| ciência trabalhe junto com gente com formação em jornalismo, ou, melhor
| ainda, gente com formação em jornalismo e ciência trabalhe nas duas áreas.
| Uma opção muito interessante e que acontece nos Estados Unidos (país que tem
| tradição muito boa em divulgação científica) é o cara se formar em uma
| especialidade qualquer, digamos, Biologia, Física, etc., e então fazer uma
| especialização ou uma pós-graduação em jornalismo. Acontece que, pela lei
| brasileira, com isso o cara não poderia ter registro de formação
| profissional em jornalistas e não poderia ser contratado por empresas
| jornalísticas que exigem tal registro, porque teria que ter o diploma de
| graduação em jornalismo. Desta forma, a exigência do diploma é um bloqueio à
| boa divulgação científica, uma camisa-de-força na dinâmica entre ciência e
| jornalismo. Tenho ouvido vários jornalistas, ligados à ciência ou não,
| dizendo que não é necessário ter formação universitária para ser jornalista,
| do ponto de vista utilitário. É o tipo da coisa que pode se aprende com a
| vivência. Vide o caso do Alberto Dines, que não é jornalista formado... A
| "queda" do diploma (entre aspas porque foi em primeira istância, com certeza
| os caras vão recorrer e a batalha judicial se prolongará) foi, na verdade,
| festejada por todos que se manifestaram no meu círculo de conhecidos que
| trabalham com jornalismo científico - e vários deles desciam o porrete na
| lei muito antes disso.
|
| Veja um dos trechos do texto da decisão da juíza pela "queda" do
| diploma, presente no site
| http://cf6.uol.com.br/consultor/view.cfm?numero=7217&ad=c
|
| "Tal se deve, ademais, à propalada irrazoabilidade do requisito exigido para
| o exercício da profissão, tendo em vista que a profissão de jornalista não
| requer qualificações profissionais específicas, indispensáveis à proteção da
| coletividade, diferentemente das profissões técnicas (a de Engenharia, por
| exemplo), em que o profissional que não tenha cumprido os requisitos do
| curso superior pode vir a colocar em risco a vida de pessoas, como também
| ocorre com os profissionais da área de saúde (por exemplo, de Medicina ou de
| Farmácia).
|
| "O jornalista deve possuir formação cultural sólida e diversificada, o que
| não se adquire apenas com a frequência a uma faculdade (muito embora seja
| forçoso reconhecer que aquele que o faz poderá vir a enriquecer tal formação
| cultural), mas sim pelo hábito da leitura e pelo próprio exercício da
| prática profissional."
|
| Esse tema foi discutido há pouco na lista de discussão "Jornalismo
| Científico" - http://www.grupos.com.br/grupos/j.cientifico/
| Apareceu lá uma mensagem interessante, que mostra como o diploma é útil em
| alguns casos e prejudicial em outros, que transcrevo a seguir. A mensagem
| começa respondendo à pergunta feita previamente: "como se dá essa relação
| ciência-jornalismo em países com tradição de bom jornalismo científico, como
| os EUA?" Quem escreveu foi uma pessoa formada em jornalismo, que atualmente
| escreve sobre ciência num grande jornal (não digo o nome ou o jornal por
| privacidade).
|
| Belisário
|
| -------------------------------------
|
| Pelo que sei, a maioria dos outros países faz isso: os caras têm uma
| graduação, no caso de alguns veículos de jornalismo científico, pós, mas
| passam por um curso de jornalismo rápido. Alguns dos melhores cursos de
| jornalismo científico estão os EUA, inclusive. Aprende-se a linguagem da
| imprensa, seus recursos, tudo voltado para a área científica. Na Europa é a
| mesma coisa.
| Conversei com vários jornalistas da área de ciências que têm contato com
| pessoas da Nature, Scientific America, Science, Discovery, New York Times,
| etc, para ver se essa crença de que são pesquisadores que escrevem nessas
| revistas é correta. Todos me disseram que os caras não se consideram
| cientistas, mas jornalistas. No caso da Nature, praticamente todos os
| editores são PhD em alguma coisa, mas há muito deixaram os laboratórios. Um
| jornalista científico que é meu colega me contou que perguntou a um
| jornalista da Nature se o fato dele ter um título de PhD o ajudava na hora
| de
| escrever e ele respondeu que não, que esquecera a maior parte das coisas que
| havia visto quando estudava. Ele falou que eles só faziam questão do PhD pra
| ter mais facilidade na hora de falar com os entrevistados. Que o fato dele
| já
| ter estado do outro lado do "balcão" fazia com que o pesquisador tivesse
| mais
| boa vontade na hora de atendê-lo, por achar que ele está bem preparado. O
| que
| é verdade... A Gabriela Scheimberg, repórter da Galileu especializada em
| Medicina, é formada em Biomedicina nos EUA. Uma vez perguntei a ela se o
| curso não a ajudava a escrever com mais facilidade e ela respondeu a mesma
| coisa: que não se lembrava de boa parte do que aprendeu. Ela não se
| considera
| cientista, se formou também pra ser jornalista.
| Acho que temos de aprender a separar as coisas: para quem quer fazer
| trabalhos de divulgação científica, não há necessidade de haver diploma.
| Isso
| inclui artigos opinativos, sites, etc. Agora pra quem quer trabalhar em uma
| revista, um jornal, um site noticiosa, ou seja, na chamada grande imprensa,
| é
| necessário sim, saber o que é lide, como fazer um, ter noção de infográfico,
| saber que num jornal a linguagem é diferente de uma revista, saber que tem
| prazos a cumprir, que tem concorrência, que tem ética, que tem Lei de
| Imprensa, etc. Se fosse tão fácil escrever como muitos acham, se escrever
| para imprensa fosse algo tão banal que qualquer um possa fazer, conforme
| disse a tal juíza, já teríamos excelentes jornalistas, dada a saturação do
| mercado.
| As pessoas que não trabalham com jornalismo tem idéias completamente obtusas
| sobre nossa profissão. Acham que tudo o que é feito é em nome de anúncios
| publicitários e mais dinheiro, que não temos nenhuma autonomia ou liberdade
| na hora de trabalhar... Nada disso é tão comum quanto se pensa; há casos
| dessa natureza, mas são cada vez mais exceção, não regra. Há uma grande
| responsabilidade em escrever, portanto defendo, sim, uma preparação
| específica porque jornalismo não é fácil, não é achar que escreve bem,
| chegar
| num editor, falar que seu texto é bom e pronto. Não da forma atual, mas como
| se faz em outros países onde o jornalismo é uma especialização. Dessa forma,
| a exigência do diploma nem seria algo imposto por lei, mas sim pelo próprio
| mercado de trabalho.
| Ninguém tem noção de como está o mercado de trabalho para a gente nesse
| momento. Saturado é pouco. Na semana passada, o Estadão mandou 61 pessoas da
| redação embora. As revistas da Abril Tudo e Revista da Web estão sendo
| fechadas. Corre uma história de que eles também vão fechar a Placar. Também
| foi fechada a Gazeta Esportiva. Já ouvi dizer que a própria Galileu, da
| Globo, estava correndo risco de ser fechada e o fato de que ela tem tido
| poucos anúncios demonstra que sua saúde financeira não deve ser das
| melhores.
| O pessoal da Gazeta Mercantil está em greve por conta de salários atrasados
| e
| já me disseram que vão mandar 150 de lá embora. Já perdi a conta de quantos
| cortes a Folha fez esse ano, me parece que foram dois grandes, assim como o
| Estadão e o JT. O Jornal do Brasil e o Globo fecharam suas sucursais de São
| Paulo, e acho que mais uns 60 estão na rua até agora. Muitos sites
| quebraram,
| nem sei mais quantos foram embora por causa disso. O JB, no Rio, está
| trabalhando com um bando de estagiários que ganham R$ 400 por mês para fazer
| o trabalho de jornalista profissional. Lá no Rio é permitido contratar
| estagiário. Em SP, não, porque o sindicato acha que isso tira mercado de
| quem
| é formado por pagar menos pra quem ainda está estudando. E pelo que está
| acontecendo no Rio, parece que eles estão com a razão, infelizmente. Fora
| que
| contratação em nossa área não é por mérito, normalmente é por indicação, o
| famoso QI. A única empresa que eu conheço que faz seleção de jornalista por
| meio de entrevista e teste, com anúncio de vaga em jornal, é a Folha. Nas
| demais, todas as vezes em que se abre uma vaga, alguém é indicado e o resto
| do mercado nem fica sabendo que a tal vaga estava aberta.
| Se não me engano, o piso da nossa categoria não chega a R$ 1.800. O JB
| lançou
| agora a proposta de terceirizar a redação: ou seja, jornalistas vão abrir
| empresas e dar nota, não terão contrato de trabalho fixo, pagarão os
| impostos, não terão férias, 13o salário, reajuste, FGTS... Se a moda pega,
| estamos todos fritos. E aí vem um monte de gente, que está confortável em
| suas profissões, achando que quem defende diploma está apenas querendo
| reserva de mercado. Pra quem se forma em jornalismo, o mercado é um só,
| dominado por cinco ou seis grandes grupos. Pra quem se forma em Biologia,
| Educação Física, Medicina, Direito, Ciências Sociais, etc, há outras
| possibilidades, vários setores. Nós, não. Daí que eu, por exemplo, parti pra
| uma segunda graduação porque se a coisa apertar, posso tentar outra
| profissão. Muitos de nós estamos fazendo isso, pra melhorar nosso
| conhecimento e pra ter alternativa de sobrevivência num mercado que piora a
| cada dia. Sei que a situação não está boa pra ninguém, mas não é por isso
| que
| saio por aí defendendo que quem trabalha com Publicidade e Marketing não
| deve
| ter uma boa preparação e um diploma.
| Me digam se numa situação como a atual a gente não tem razão de querer a tal
| reserva...
|
| ---------------------------------
| Em tempo: a bem da "completeza", sobre a publicidade na Galileu, comentada
| na mensagem acima, um cara que escreve para essa revista comentou o
| seguinte:
|
| ""Galileu" nunca, em seus nove anos de
| existência, se sustentou na receita de publicidade. O perfil da
| publicação, mesmo quando se chamava "Globo Ciência", era de suporte
| principal na circulação (venda avulsa + assinaturas). Mesmo assim,
| apesar da crise atual, tivemos nos últimos meses um aumento mais que
| significativo de páginas publicitárias. Qualquer um pode checar as
| edições de um ano para cá para verificar isso. Na última edição, por
| exemplo, felizmente tivemos até dificuldade para fazer as últimas inserções.
|
| "Não me cabe ficar divulgando números da empresa onde trabalho, mas nossa
| receita orçamentária para este ano previa os níveis de inserções
| publicitárias nas mesmas médias dos últimos anos. Por isso, não tem
| sentido aquilo que você ouviu dizer. Só espero que nossos anunciantes
| potenciais não tenham ouvido dizer isso."
|
| ---------------------------------------
|
| A quem se interessar em ter o nome dos autores dessas mensagens, eu
| mando em pvt.
|
| Até,
| Belisário
|
| ----- Original Message -----
| From: Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>
| To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
| Sent: Tuesday, November 06, 2001 6:50 PM
| Subject: [ciencialist] Jornalismo ... adeus a ciência!
|
|
| > Olás,
| >
| > Enquanto alguns estudam com afinco para adiquirir e desenvolver técnicas
| para o bom jornalismo, especialmente o científico (veja-se o bom amigo
| Belisário e outros) chega isso:
| >
| > "Suspensa: a exigência de diploma universitário para a prática da função
| de jornalista. A decisão foi da juíza substituta da 16ª Vara Cível da
| Justiça Federal de São Paulo, Carla Rister, em atendimento a uma ação civil
| pública movida pelo procurador da República André de Carvalho Ramos, com
| validade para todo o país. A alegação é de que a exigência de diploma fere o
| princípio constitucional da liberdade de expressão. Dia 30, em São Paulo."
| >
| > Daqui a pouco o curandeiro da esquina vai poder trabalhar em hospital, pq
| o diploma fere a liberdade de expressão dele.
| > Era só o que estava faltando para melhorar a qualidade dos jornais,
| revistas e afins...
| >
| > Se quiserem mais detalhes posto o artigo completo.
| >
| > []'
| > Léo
|
|
|
| &&& --- &&&
| VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
| http://www.ciencialist.hpg.com.br
| Para sair da lista envie um mail para
| ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
| &&& --- &&&
|
| Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
|
|



SUBJECT: Re: adeus a ciência!
FROM: "Renata" <respn@terra.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/11/2001 22:36

Oi povo
Sou farmacêutica e faço algum trabalho de jornalismo científico.Desenvolvo um projeto que engloba, ao lado de outras coisas, divulgação científica -- feita por jornalista e/ou cientistas. Participo da lista j.científico, citada anteriormente pelo Belisário.

O Beli como sempre foi muito claro e coerente na sua explicação. A peninha que ainda coça a cabeça do Luiz deve também incomodar outros brasileiros minimamente informados. Mas acho que aí é que entram os bugalhos misturando-se aos alhos. O jornalismo não tem como função a educação de ninguém, isso é fato. Por outro lado, todos percebem que o maior interesse dos donos de jornais é com a tiragem. Se noticiam uma esdrúxula pesquisa relacionando o tamanho do dedo anular com a hetero-homossexualidade, com certeza não é por ignorância científica, nem por desmedido zêlo com a população homossexual. É porque vende. E para jornais e revistas, se vende é bom.

A falta de cultura e mínimos conhecimentos gerais não é restrita à classe jornalística. Impera em nossa sociedade o homem medíocre, que se basta no seu conhecimento, se gaba da sua limitação. Quando acontece de ser jornalista, tem o agravante de ter sua palavra impressa num jornal. E quem duvida da força da palavra impressa? Se você comenta com alguém um fato científico (ou não) desmentindo uma notícia, a pessoa brada: "Mas está escrito no jornal!". E pronto, é verdade. Esse é apenas um aspecto que reforça o que o Luiz escreveu (se entendi corretamente), apontando a responsabilidade do jornalista em cumprir seu papel de divulgar informações corretas ou, no mínimo, divulgar vários viéses de uma questão, para que se possa ter uma idéia do todo. E essa responsabilidade, essa ética, não vem garantida com o diploma, nem com a suspensão de sua exigência.

Não se pode querer que toda uma população seja composta por homens diferenciados -- me refiro aaqueles que buscam transcender seus limites intelectuais, que reconhecem instâncias externas a si. O "homem-massa" (termo usado por Ortega y Gasset) compõe a multidão e os outros são as exceções. O que ocorre é que vemos um império dessa massa. Há leitores e telespectadores, em grande número, muito descontentes com a tirania da mídia da massa: a programação se dirige ao homem médio. Vejo alguns jornalistas diferenciados, outros orgulhosos de sua obtusidade. Como sou irremediavelmente otimista, acredito que de alguma forma, o homem diferenciado vai ser notado e vão surgir veículos destinados a ele, feitos por jornalistas (diplomados ou não) que não aviltam sua profissão estreitando os horizontes e selecionando informações por orelhada.

É isso aí.

Renata Pagliarussi

*********** REPLY SEPARATOR ***********

On 06/11/01 at 22:11 Luiz Ferraz Netto wrote:

>Olá Belisário,
>
>fui feliz em enviar a mensagem, muito mais feliz em conhecer o ponto de vista de quem realmente está por dentro. O prisma da resposta realmente convenceu-me do radicalismo de minha posição; ao fim e ao cabo tenho um site com textos, artigos e trabalhos de divulgação científica ... e não tenho diploma de jornalismo!
>Parabenizo-o pelo seu texto e ao 'oculto' cuja mensagem vc acrescenta na explanação. Realmente muito ponderada.
>Entretanto, ainda há uma peninha coçando minhas orelhas, leio artigos jornalísticos (mesmo aqui os de minha cidade) escritos por quem não é jornalista, não tem uma cultura sedimentada, não tem noção do que seja uma redação, expõe idéias próprias sem argumentos legítimos e factuais ... e continuam escrevendo para uma população que não sabe julgar nada disso!
>Comparo isso com a homeopatia, doses contínuas de nada, digeridas por pessoas que acreditam naquilo e não consultam absolutamente nada. Uma séria doença pode estar se alastrando, e que não são curadas pelo efeito placebo.
>Nossa população não tem 'tino' para julgar os textos jornalísticos e, simplesmente, acreditam neles, mais ainda se são esotéricos, pseudociências e afins.
>Viu a pesquisa feita na china sobre os conceitos científicos básicos? Mesmo o Sr. Monserrat propôs algo equivalente no Brasil. Surpresa! será que teremos surpresas nessa pesquisa?
>
>Aquele abraço,
>
>valeu,
>
>[]'
>Léo
>=======================
>-----Mensagem Original-----
>De: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
>Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Enviada em: terça-feira, 6 de novembro de 2001 20:55
>Assunto: [ciencialist] Re: Jornalismo ... adeus a ciência!
>
>
>|
>| Léo,
>|
>| A queda do diploma, na verdade, está longe de ser uma má notícia, e
>| muito provavelmente será muito boa. O argumento é o seguinte: para se fazer
>| um bom jornalismo sobre ciência, é necessário que gente com formação em
>| ciência trabalhe junto com gente com formação em jornalismo, ou, melhor
>| ainda, gente com formação em jornalismo e ciência trabalhe nas duas áreas.
>| Uma opção muito interessante e que acontece nos Estados Unidos (país que tem
>| tradição muito boa em divulgação científica) é o cara se formar em uma
>| especialidade qualquer, digamos, Biologia, Física, etc., e então fazer uma
>| especialização ou uma pós-graduação em jornalismo. Acontece que, pela lei
>| brasileira, com isso o cara não poderia ter registro de formação
>| profissional em jornalistas e não poderia ser contratado por empresas
>| jornalísticas que exigem tal registro, porque teria que ter o diploma de
>| graduação em jornalismo. Desta forma, a exigência do diploma é um bloqueio à
>| boa divulgação científica, uma camisa-de-força na dinâmica entre ciência e
>| jornalismo. Tenho ouvido vários jornalistas, ligados à ciência ou não,
>| dizendo que não é necessário ter formação universitária para ser jornalista,
>| do ponto de vista utilitário. É o tipo da coisa que pode se aprende com a
>| vivência. Vide o caso do Alberto Dines, que não é jornalista formado... A
>| "queda" do diploma (entre aspas porque foi em primeira istância, com certeza
>| os caras vão recorrer e a batalha judicial se prolongará) foi, na verdade,
>| festejada por todos que se manifestaram no meu círculo de conhecidos que
>| trabalham com jornalismo científico - e vários deles desciam o porrete na
>| lei muito antes disso.
>|
>| Veja um dos trechos do texto da decisão da juíza pela "queda" do
>| diploma, presente no site
>| http://cf6.uol.com.br/consultor/view.cfm?numero=7217&ad=c
>|
>| "Tal se deve, ademais, à propalada irrazoabilidade do requisito exigido para
>| o exercício da profissão, tendo em vista que a profissão de jornalista não
>| requer qualificações profissionais específicas, indispensáveis à proteção da
>| coletividade, diferentemente das profissões técnicas (a de Engenharia, por
>| exemplo), em que o profissional que não tenha cumprido os requisitos do
>| curso superior pode vir a colocar em risco a vida de pessoas, como também
>| ocorre com os profissionais da área de saúde (por exemplo, de Medicina ou de
>| Farmácia).
>|
>| "O jornalista deve possuir formação cultural sólida e diversificada, o que
>| não se adquire apenas com a frequência a uma faculdade (muito embora seja
>| forçoso reconhecer que aquele que o faz poderá vir a enriquecer tal formação
>| cultural), mas sim pelo hábito da leitura e pelo próprio exercício da
>| prática profissional."
>|
>| Esse tema foi discutido há pouco na lista de discussão "Jornalismo
>| Científico" - http://www.grupos.com.br/grupos/j.cientifico/
>| Apareceu lá uma mensagem interessante, que mostra como o diploma é útil em
>| alguns casos e prejudicial em outros, que transcrevo a seguir. A mensagem
>| começa respondendo à pergunta feita previamente: "como se dá essa relação
>| ciência-jornalismo em países com tradição de bom jornalismo científico, como
>| os EUA?" Quem escreveu foi uma pessoa formada em jornalismo, que atualmente
>| escreve sobre ciência num grande jornal (não digo o nome ou o jornal por
>| privacidade).
>|
>| Belisário
>|
>| -------------------------------------
>|
>| Pelo que sei, a maioria dos outros países faz isso: os caras têm uma
>| graduação, no caso de alguns veículos de jornalismo científico, pós, mas
>| passam por um curso de jornalismo rápido. Alguns dos melhores cursos de
>| jornalismo científico estão os EUA, inclusive. Aprende-se a linguagem da
>| imprensa, seus recursos, tudo voltado para a área científica. Na Europa é a
>| mesma coisa.
>| Conversei com vários jornalistas da área de ciências que têm contato com
>| pessoas da Nature, Scientific America, Science, Discovery, New York Times,
>| etc, para ver se essa crença de que são pesquisadores que escrevem nessas
>| revistas é correta. Todos me disseram que os caras não se consideram
>| cientistas, mas jornalistas. No caso da Nature, praticamente todos os
>| editores são PhD em alguma coisa, mas há muito deixaram os laboratórios. Um
>| jornalista científico que é meu colega me contou que perguntou a um
>| jornalista da Nature se o fato dele ter um título de PhD o ajudava na hora
>| de
>| escrever e ele respondeu que não, que esquecera a maior parte das coisas que
>| havia visto quando estudava. Ele falou que eles só faziam questão do PhD pra
>| ter mais facilidade na hora de falar com os entrevistados. Que o fato dele
>| já
>| ter estado do outro lado do "balcão" fazia com que o pesquisador tivesse
>| mais
>| boa vontade na hora de atendê-lo, por achar que ele está bem preparado. O
>| que
>| é verdade... A Gabriela Scheimberg, repórter da Galileu especializada em
>| Medicina, é formada em Biomedicina nos EUA. Uma vez perguntei a ela se o
>| curso não a ajudava a escrever com mais facilidade e ela respondeu a mesma
>| coisa: que não se lembrava de boa parte do que aprendeu. Ela não se
>| considera
>| cientista, se formou também pra ser jornalista.
>| Acho que temos de aprender a separar as coisas: para quem quer fazer
>| trabalhos de divulgação científica, não há necessidade de haver diploma.
>| Isso
>| inclui artigos opinativos, sites, etc. Agora pra quem quer trabalhar em uma
>| revista, um jornal, um site noticiosa, ou seja, na chamada grande imprensa,
>| é
>| necessário sim, saber o que é lide, como fazer um, ter noção de infográfico,
>| saber que num jornal a linguagem é diferente de uma revista, saber que tem
>| prazos a cumprir, que tem concorrência, que tem ética, que tem Lei de
>| Imprensa, etc. Se fosse tão fácil escrever como muitos acham, se escrever
>| para imprensa fosse algo tão banal que qualquer um possa fazer, conforme
>| disse a tal juíza, já teríamos excelentes jornalistas, dada a saturação do
>| mercado.
>| As pessoas que não trabalham com jornalismo tem idéias completamente obtusas
>| sobre nossa profissão. Acham que tudo o que é feito é em nome de anúncios
>| publicitários e mais dinheiro, que não temos nenhuma autonomia ou liberdade
>| na hora de trabalhar... Nada disso é tão comum quanto se pensa; há casos
>| dessa natureza, mas são cada vez mais exceção, não regra. Há uma grande
>| responsabilidade em escrever, portanto defendo, sim, uma preparação
>| específica porque jornalismo não é fácil, não é achar que escreve bem,
>| chegar
>| num editor, falar que seu texto é bom e pronto. Não da forma atual, mas como
>| se faz em outros países onde o jornalismo é uma especialização. Dessa forma,
>| a exigência do diploma nem seria algo imposto por lei, mas sim pelo próprio
>| mercado de trabalho.
>| Ninguém tem noção de como está o mercado de trabalho para a gente nesse
>| momento. Saturado é pouco. Na semana passada, o Estadão mandou 61 pessoas da
>| redação embora. As revistas da Abril Tudo e Revista da Web estão sendo
>| fechadas. Corre uma história de que eles também vão fechar a Placar. Também
>| foi fechada a Gazeta Esportiva. Já ouvi dizer que a própria Galileu, da
>| Globo, estava correndo risco de ser fechada e o fato de que ela tem tido
>| poucos anúncios demonstra que sua saúde financeira não deve ser das
>| melhores.
>| O pessoal da Gazeta Mercantil está em greve por conta de salários atrasados
>| e
>| já me disseram que vão mandar 150 de lá embora. Já perdi a conta de quantos
>| cortes a Folha fez esse ano, me parece que foram dois grandes, assim como o
>| Estadão e o JT. O Jornal do Brasil e o Globo fecharam suas sucursais de São
>| Paulo, e acho que mais uns 60 estão na rua até agora. Muitos sites
>| quebraram,
>| nem sei mais quantos foram embora por causa disso. O JB, no Rio, está
>| trabalhando com um bando de estagiários que ganham R$ 400 por mês para fazer
>| o trabalho de jornalista profissional. Lá no Rio é permitido contratar
>| estagiário. Em SP, não, porque o sindicato acha que isso tira mercado de
>| quem
>| é formado por pagar menos pra quem ainda está estudando. E pelo que está
>| acontecendo no Rio, parece que eles estão com a razão, infelizmente. Fora
>| que
>| contratação em nossa área não é por mérito, normalmente é por indicação, o
>| famoso QI. A única empresa que eu conheço que faz seleção de jornalista por
>| meio de entrevista e teste, com anúncio de vaga em jornal, é a Folha. Nas
>| demais, todas as vezes em que se abre uma vaga, alguém é indicado e o resto
>| do mercado nem fica sabendo que a tal vaga estava aberta.
>| Se não me engano, o piso da nossa categoria não chega a R$ 1.800. O JB
>| lançou
>| agora a proposta de terceirizar a redação: ou seja, jornalistas vão abrir
>| empresas e dar nota, não terão contrato de trabalho fixo, pagarão os
>| impostos, não terão férias, 13o salário, reajuste, FGTS... Se a moda pega,
>| estamos todos fritos. E aí vem um monte de gente, que está confortável em
>| suas profissões, achando que quem defende diploma está apenas querendo
>| reserva de mercado. Pra quem se forma em jornalismo, o mercado é um só,
>| dominado por cinco ou seis grandes grupos. Pra quem se forma em Biologia,
>| Educação Física, Medicina, Direito, Ciências Sociais, etc, há outras
>| possibilidades, vários setores. Nós, não. Daí que eu, por exemplo, parti pra
>| uma segunda graduação porque se a coisa apertar, posso tentar outra
>| profissão. Muitos de nós estamos fazendo isso, pra melhorar nosso
>| conhecimento e pra ter alternativa de sobrevivência num mercado que piora a
>| cada dia. Sei que a situação não está boa pra ninguém, mas não é por isso
>| que
>| saio por aí defendendo que quem trabalha com Publicidade e Marketing não
>| deve
>| ter uma boa preparação e um diploma.
>| Me digam se numa situação como a atual a gente não tem razão de querer a tal
>| reserva...
>|
>| ---------------------------------
>| Em tempo: a bem da "completeza", sobre a publicidade na Galileu, comentada
>| na mensagem acima, um cara que escreve para essa revista comentou o
>| seguinte:
>|
>| ""Galileu" nunca, em seus nove anos de
>| existência, se sustentou na receita de publicidade. O perfil da
>| publicação, mesmo quando se chamava "Globo Ciência", era de suporte
>| principal na circulação (venda avulsa + assinaturas). Mesmo assim,
>| apesar da crise atual, tivemos nos últimos meses um aumento mais que
>| significativo de páginas publicitárias. Qualquer um pode checar as
>| edições de um ano para cá para verificar isso. Na última edição, por
>| exemplo, felizmente tivemos até dificuldade para fazer as últimas inserções.
>|
>| "Não me cabe ficar divulgando números da empresa onde trabalho, mas nossa
>| receita orçamentária para este ano previa os níveis de inserções
>| publicitárias nas mesmas médias dos últimos anos. Por isso, não tem
>| sentido aquilo que você ouviu dizer. Só espero que nossos anunciantes
>| potenciais não tenham ouvido dizer isso."
>|
>| ---------------------------------------
>|
>| A quem se interessar em ter o nome dos autores dessas mensagens, eu
>| mando em pvt.
>|
>| Até,
>| Belisário
>|
>| ----- Original Message -----
>| From: Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>
>| To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>| Sent: Tuesday, November 06, 2001 6:50 PM
>| Subject: [ciencialist] Jornalismo ... adeus a ciência!
>|
>|
>| > Olás,
>| >
>| > Enquanto alguns estudam com afinco para adiquirir e desenvolver técnicas
>| para o bom jornalismo, especialmente o científico (veja-se o bom amigo
>| Belisário e outros) chega isso:
>| >
>| > "Suspensa: a exigência de diploma universitário para a prática da função
>| de jornalista. A decisão foi da juíza substituta da 16ª Vara Cível da
>| Justiça Federal de São Paulo, Carla Rister, em atendimento a uma ação civil
>| pública movida pelo procurador da República André de Carvalho Ramos, com
>| validade para todo o país. A alegação é de que a exigência de diploma fere o
>| princípio constitucional da liberdade de expressão. Dia 30, em São Paulo."
>| >
>| > Daqui a pouco o curandeiro da esquina vai poder trabalhar em hospital, pq
>| o diploma fere a liberdade de expressão dele.
>| > Era só o que estava faltando para melhorar a qualidade dos jornais,
>| revistas e afins...
>| >
>| > Se quiserem mais detalhes posto o artigo completo.
>| >
>| > []'
>| > Léo
>|
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SUBJECT: Re: [ciencialist] A circunferencia da Terra (PPSD)
FROM: "Silvio Cordeiro" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/11/2001 10:09

Léo se insinuando no papo .......
(S.L.O.Q.S.E.L.)

Prezado Leo:
S. V. B. E. E. V.
me explique o arcano das letras acima?

A.M.D.G., L.D.V.M.

silvio



SUBJECT: Leopoldo de Meis
FROM: "Daniel Sottomaior" <cetico@hotmail.com>
TO: "SBCR" <sbcr@yahoogroups.com>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/11/2001 12:00

Amanhã provavelmente vou me encontrar pessoalmente com o Leopoldo de Meis, na mostra de material de divulgação e ensino de ciências (http://www.eciencia.usp.br/eventos/6a_mostra/default.html). Pra quem não o conhece, uma sugestão: http://www.adusp.org.br/revista/17/r17a07.pdf.

Dou pouco que vi do trabalho dele, o homem é de uma habilidade extrema na divulgação científica. Assisti à peça "O método científico", baseada no fantástico livro homônimo (sim, conseguiram fazer um livro leve e muito informativo a respeito), e ela é ainda melhor do que o texto. Confesso que não sou do tipo que se emociona com caras de joelho, mas parece que minha cota de pieguice permanece, somente transferida para a área de minha paixão, que é a ciência. Chorei várias vezes durante a peça, que tem drama, humor, informação, tudo. Saí e avidamente comprei seus dois livros, "A Respiração e
a 1ª Lei da Termodinâmica ou a Alma da Matéria" (http://www.planeta.coppe.ufrj.br/livros/) e "O método científico" (http://galileu.globo.com/edic/111/livros.htm).
Recomendo ambos, que achei excelentes. Os exemplares devem custar de 20 a 30 reais cada, e me parece não só uma excelente aquisição como um ótimo presente. Não, também não estou ganhando comissão dele. Quem estiver no Rio pode comprar diretamente do autor, mas como já vou comprar e enviar diversos exemplares a pedidos de conhecidos, posso adicionar mais alguns nomes à lista.


[]s

Daniel




SUBJECT: Re: [ciencialist] Leopoldo de Meis
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/11/2001 12:32

Oi Daniel,

pode incluir-me na lista de compras e envie-me em pvt as coordenadas para sua conta bancária.
Meu endereço não necessita de segredos:

Luiz Ferraz Netto
Rua Argentina, 2357 - América - Barretos - SP
CEP: 14783-192

Agradeço.

[]'
Léo
===========
-----Mensagem Original-----
De: "Daniel Sottomaior" <cetico@hotmail.com>
Para: "SBCR" <sbcr@yahoogroups.com>; <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 7 de novembro de 2001 12:00
Assunto: [ciencialist] Leopoldo de Meis


Amanhã provavelmente vou me encontrar pessoalmente com o Leopoldo de Meis, na mostra de material de divulgação e ensino de ciências (http://www.eciencia.usp.br/eventos/6a_mostra/default.html). Pra quem não o conhece, uma sugestão: http://www.adusp.org.br/revista/17/r17a07.pdf.

Dou pouco que vi do trabalho dele, o homem é de uma habilidade extrema na divulgação científica. Assisti à peça "O método científico", baseada no fantástico livro homônimo (sim, conseguiram fazer um livro leve e muito informativo a respeito), e ela é ainda melhor do que o texto. Confesso que não sou do tipo que se emociona com caras de joelho, mas parece que minha cota de pieguice permanece, somente transferida para a área de minha paixão, que é a ciência. Chorei várias vezes durante a peça, que tem drama, humor, informação, tudo. Saí e avidamente comprei seus dois livros, "A Respiração e
a 1ª Lei da Termodinâmica ou a Alma da Matéria" (http://www.planeta.coppe.ufrj.br/livros/) e "O método científico" (http://galileu.globo.com/edic/111/livros.htm).
Recomendo ambos, que achei excelentes. Os exemplares devem custar de 20 a 30 reais cada, e me parece não só uma excelente aquisição como um ótimo presente. Não, também não estou ganhando comissão dele. Quem estiver no Rio pode comprar diretamente do autor, mas como já vou comprar e enviar diversos exemplares a pedidos de conhecidos, posso adicionar mais alguns nomes à lista.


[]s

Daniel



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Jornalismo ... adeus a ciência!
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/11/2001 15:06

On Tue, 6 Nov 2001, Luiz Ferraz Netto wrote:
> Daqui a pouco o curandeiro da esquina vai poder trabalhar em hospital,
> pq o diploma fere a liberdade de expressão dele. Era só o que estava
> faltando para melhorar a qualidade dos jornais, revistas e afins...
> Léo

E já não funciona assim com a homepatia e acupuntura???

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
No to war.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Jornalismo ... adeus a ciência!
FROM: "Alexandre S. M." <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/11/2001 15:09

Mas todos os grandes jornalistas tem diploma de jornalismo?

Tem um muito famoso da TV, amigo da minha família, e esse eu sei que não tem
diploma de jornalista, estudou Direito..

Será que todas as profissões merecem o mesma gama de formalidades para serem
exercidas?

SDS,

ASM



----- Original Message -----
From: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, November 07, 2001 3:06 PM
Subject: Re: [ciencialist] Jornalismo ... adeus a ciência!


On Tue, 6 Nov 2001, Luiz Ferraz Netto wrote:
> Daqui a pouco o curandeiro da esquina vai poder trabalhar em hospital,
> pq o diploma fere a liberdade de expressão dele. Era só o que estava
> faltando para melhorar a qualidade dos jornais, revistas e afins...
> Léo

E já não funciona assim com a homepatia e acupuntura???

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
No to war.


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SUBJECT: Re: Leopoldo de Meis
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/11/2001 17:12

Assisti uma palestra dele no ultimo congresso da SBQ (Soc. Bras.
Quimica), achei excelente. No final foi exibido um 'filme' (animacao)
sobre a mitocondria.

Tentei convidar o Leopoldo para participar da Ciencialist como
convidado especial, ele recusou (temporariamente, disse ele) por nao
ter tempo.

Sobre o Leopoldo ver em
http://www.abc.org.br/org/aca.asp?codigo=leopoldo

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna

--- Em ciencialist@y..., "Daniel Sottomaior" <cetico@h...> escreveu
> Amanhã provavelmente vou me encontrar pessoalmente com o Leopoldo
de Meis, na mostra de material de divulgação e ensino de ciências
(http://www.eciencia.usp.br/eventos/6a_mostra/default.html). Pra quem
não o conhece, uma sugestão:
http://www.adusp.org.br/revista/17/r17a07.pdf.
>
> Dou pouco que vi do trabalho dele, o homem é de uma habilidade
extrema na divulgação científica. Assisti à peça "O método
científico", baseada no fantástico livro homônimo (sim, conseguiram
fazer um livro leve e muito informativo a respeito), e ela é ainda
melhor do que o texto. Confesso que não sou do tipo que se emociona
com caras de joelho, mas parece que minha cota de pieguice permanece,
somente transferida para a área de minha paixão, que é a ciência.
Chorei várias vezes durante a peça, que tem drama, humor, informação,
tudo. Saí e avidamente comprei seus dois livros, "A Respiração e
> a 1ª Lei da Termodinâmica ou a Alma da Matéria"
(http://www.planeta.coppe.ufrj.br/livros/) e "O método científico"
(http://galileu.globo.com/edic/111/livros.htm).
> Recomendo ambos, que achei excelentes. Os exemplares devem custar
de 20 a 30 reais cada, e me parece não só uma excelente aquisição
como um ótimo presente. Não, também não estou ganhando comissão dele.
Quem estiver no Rio pode comprar diretamente do autor, mas como já
vou comprar e enviar diversos exemplares a pedidos de conhecidos,
posso adicionar mais alguns nomes à lista.
> []s
>
> Daniel



SUBJECT: [Fwd: noticias nonio]
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/11/2001 22:54


Notícias recentemente publicadas no nonio.com

Matematica: Automatos celulares e determinismo
Se queremos entender o determinismo, o melhor é olhar para os
automatos celulares. Imaginem que o universo é uma linha com 20
vazios representados por "o". Neste caso o universo terá este
aspecto:

oooooooooooooooooooo[continua]
1 comentário
http://www.nonio.com/article.php?sid=879


Matematica: Usando ponteiros em C
Para aqueles que sempre quiseram entender melhor como
funcionam ponteiros em linguagem C, podem ler o tutorial em
mvalle.arowa.com.
O tutorial tira as dúvidas de usuários que já conhecem ponteiros
mas se atrapalham, mas também ensina o básico para aqueles que
ainda não conhecem o assunto, embora saibam um pouco sobre
programação.
0 comentários
http://www.nonio.com/article.php?sid=878


Matematica: Borland anuncia Kylix 2.0
A Borland anunciou a disponibilidade do Kylix 2. As novidades
ficam por conta dos Web Services integrados com o servidor web
Apache utilizando o BizSnap.
Confira todas as novidades e recursos do Kylix 2 em
http://www.borland.com/kylix/k2/newfeatures.htm.
0 comentários
http://www.nonio.com/article.php?sid=877


Filosofia: Será mais fácil prever o futuro ou reconstituir o passado?
Se eu juntar dois copos de água a temperaturas diferentes, eu sei
qual vai ser a temperatura final. Mas se eu medir a temperatura de
um copo de água não sei a temperatura dos copos de água que lhe
deram origem. Isto significa que é mais fácil prever o futuro do que
reconstituir o passado. Será sempre assim? Será que esta é uma lei
geral?
2 comentários
http://www.nonio.com/article.php?sid=876


Internet: Vai um biscoito ai?
Para quem nao sabe um cookie e um pequeno arquivo de texto o
que é capturado pelo navegador e dado pelos paginas na internet
que o internauta visita. Estes arquivos de menos de bem menos que
um kbyte estao causando uma discussao sem tamanho em toda
Europa.[continua]
0 comentários
http://www.nonio.com/article.php?sid=875


Internet: Bill Gates morreu.
Saiba tudo o que aconteceu, em 2 dezembro de 1999, num bairro
pobre de Los Angeles, segundo os Estúdios GMD e a ZDNet
[continua]
0 comentários
http://www.nonio.com/article.php?sid=873


Matematica: Traduções por computador
As traduções automáticas, em particular as traduções feitas pelos
programas grátis que existem na internet não são grande coisa.
Vejam o exemplo a seguir.[continua]
4 comentários
http://www.nonio.com/article.php?sid=872


Engenharia: Engenharia
No site www.icivilengineer.com pode-se encontrar um recurso
para estudantes e engenheiros. Mais vocacionado para a
engenharia civil mas tambem para a engenharia mecânica, do
ambiente, etc... Contribuam com mais endereços.
0 comentários
http://www.nonio.com/article.php?sid=871


Matematica: Kurt Gödel
Kurt Gödel - (1906-1978) - matemático austríaco, naturalizado
americano, cujo trabalho mais famoso é o Teorema da
incompletude, o qual afirma que qualquer sistema axiomático
suficiente para incluir a aritmética dos números inteiros não pode
ser simultaneamente completo e consistente. Isto significa que se o
sistema é auto-consistente, então existirão proposições que não
poderão ser nem comprovadas nem negadas por este sistema
axiomático. [continua]
2 comentários
http://www.nonio.com/article.php?sid=868


Internet: Todo mundo merece uma segunda chance
Que a internet fez história ninguem nega. Mas e quanto a história da
internet? Se os historiadores de hoje lidam com documentos
comidos por traças, como trabalharão os do futuro se os sites da
internet vivem sendo apagados, censurados, deletados, hackeados
e atualizados? tais informações estão perdidas para sempre, certo?

Errado.

[continua]
2 comentários
http://www.nonio.com/article.php?sid=867


Matematica: Paul Erdös
Paul Erdös (1913-1996) foi um matemático extremamente prolífico
que, com centenas de colaboradores, trabalhou em problemas de
análise combinatória, teoria dos grafos e teoria dos números. Era
um nómada de personalidade excêntrica, que viajava de
universidade em universidade à procura de problemas interessantes
para resolver.[continua]
0 comentários
http://www.nonio.com/article.php?sid=866


Ambiente: Aquecimento global
Há alguns meses a capa da revista Visão apresentava o mapa de
Portugal semi-sumerso em consequência da subida do nível do mar
em 50 metros. Frequentemente é dito que o tempo está a mudar e
que a culpa é do aquecimento global. Ontem alguém dizia que os
Estados Unidos deviam ser obrigados a assinar Quioto em troca do
apoio à guerra no Afeganistão. Segundo os jornais, um estudo
recente terá concluido que no final do século a temperatura em
Portugal será 9 graus superior à actual.[continua]
0 comentários
http://www.nonio.com/article.php?sid=865


Biotecnologia: Pesquisa Genética: O terror dos micróbios mutantes
Em 1973, dois biólogos da Universidade de Stanford, Herbert
Boyer e Stanley Cohen, produzem o primeiro ser vivo
geneticamente manipulado ou "recombinado": uma bactéria na qual
foi introduzido um gene estranho. A primeira aplicação ocorreu em
1977 - uma bactéria recombinada produz hormônio humano. Em
1982, novo passo à frente: o nascimento dos primeiros animais
"transgênicos", ratos gigantes (na verdade, ratos um pouco maiores
que a média) - introduziu-se em seu DNA um gene humano
produtor de hormônios de crescimento. [continua]
0 comentários
http://www.nonio.com/article.php?sid=864


Evolucao: Teoria da Recapitulação
A teoria da recapitulação defende que a ontogenia é uma
recapitulação da filogenia e foi proposta pela primeira vez por Ernst
Haeckel que a designou por lei biogenética. A ontologia refere-se
ao desenvolvimento dos embriões de uma dada espécie: a filogenia
refere-se à história evolucionária das espécies. A teoria defende
que o desenvolvimento do embrião de uma dada espécie repete o
desenvolvimento evolucionário da espécie.[continua]
0 comentários
http://www.nonio.com/article.php?sid=863


Cultura: Teoria da conspiração
Uma teoria da conspiração é uma teoria que supõe que um grupo
de conspiradores está envolvido num plano, e suprimiu a maior
parte das provas desse plano e do seu envolvimento nele. O plano
pode ser qualquer coisas, desde a manipulação de governos,
economias ou sistemas legais, até à ocultação de informações
científicas muito importantes. No passado foram identificadas e
provadas várias conspirações e é natural que todos os dias tenham
lugar centenas de conspirações de maior ou menor importância.
Por isso, mesmo que não existam provas, qualquer pessoa pode
lançar uma teoria que se baseia em factos que nem ela própria
conhece.[continua]
0 comentários
http://www.nonio.com/article.php?sid=862


Paleontologia: Encontrado fóssil de crocodilo gigante
Foi encontrado no Deserto do Tenere, no Niger, um fóssil com
cerca de 100 milhões de anos de um crocodilo gigante com cerca
de 10 toneladas e 12 metros de comprimento. Pesava cerca de 10
toneladas e recebeu o nome de Sarcosuchus imperator. A noticia
saiu no Yahoo e na BBC . Vejam ainda esta foto.
0 comentários
http://www.nonio.com/article.php?sid=861


Liberdade: Informações do interior do Afeganistão
Este relato é muito provavelmente o relato mais fiável do que se
está a passar no Afeganistão. Foi obtido pela RAWA, uma
organização de mulheres Afegãs, que combateu os Russos, os
senhores da guerra e os Taliban e que obtém informações através
dos seus membros espalhados por todo o país. O mais interessante
são estas fotografias dos danos causados pelos bombardeamento.
Por exemplo, vejam esta foto de aviões destruídos no aeroporto de
Cabul.
2 comentários
http://www.nonio.com/article.php?sid=860


Biotecnologia: Testes de detecção do Bacillus anthracis
Segundo este artigo da revista Janes existem muitos mecanismos
para detectar ameaças químicas e biológicas. Alguns são
detectores que se baseiam no mesmo mecanismo que os
anticorpos. Outros baseiam-se em sondas de DNA que se ligam ao
DNA de bactérias perigosas. A ideia é ter sistemas de alarme
colocados em pontos sensíveis para avisar da presença de
substâncias perigosas. Um destes alarmes é produzido pela
Tetracore que produz um detector de antrax (carbúnculo).
0 comentários
http://www.nonio.com/article.php?sid=859

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SUBJECT: Homeopatia - diluição concentra soluto
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/11/2001 12:36

Saiu na NewScientist:

Bizarre chemical discovery gives homeopathic hint

It is a chance discovery so unexpected it defies belief and
threatens to reignite debate about whether there is a scientific
basis for thinking homeopathic medicines really work.

A team in South Korea has discovered a whole new
dimension to just about the simplest chemical reaction in the
book - what happens when you dissolve a substance in water
and then add more water.

Conventional wisdom says that the dissolved molecules
simply spread further and further apart as a solution is diluted.
But two chemists have found that some do the opposite: they
clump together, first as clusters of molecules, then as bigger
aggregates of those clusters. Far from drifting apart from their
neighbours, they got closer together.

The discovery has stunned chemists, and could provide the
first scientific insight into how some homeopathic remedies
work. Homeopaths repeatedly dilute medications, believing
that the higher the dilution, the more potent the remedy
becomes.

Some dilute to "infinity" until no molecules of the remedy
remain. They believe that water holds a memory, or "imprint"
of the active ingredient which is more potent than the
ingredient itself. But others use less dilute solutions - often
diluting a remedy six-fold. The Korean findings might at last
go some way to reconciling the potency of these less dilute
solutions with orthodox science.


Completely counterintuitive

German chemist Kurt Geckeler and his colleague Shashadhar
Samal stumbled on the effect while investigating fullerenes at
their lab in the Kwangju Institute of Science and Technology
in South Korea. They found that the football-shaped
buckyball molecules kept forming untidy aggregates in
solution, and Geckler asked Samal to look for ways to
control how these clumps formed.

What he discovered was a phenomenon new to chemistry.
"When he diluted the solution, the size of the fullerene
particles increased," says Geckeler. "It was completely
counterintuitive," he says.

Further work showed it was no fluke. To make the otherwise
insoluble buckyball dissolve in water, the chemists had mixed
it with a circular sugar-like molecule called a cyclodextrin.
When they did the same experiments with just cyclodextrin
molecules, they found they behaved the same way. So did the
organic molecule sodium guanosine monophosphate, DNA
and plain old sodium chloride.

Dilution typically made the molecules cluster into aggregates
five to 10 times as big as those in the original solutions. The
growth was not linear, and it depended on the concentration
of the original.

"The history of the solution is important. The more dilute it
starts, the larger the aggregates," says Geckeler. Also, it only
worked in polar solvents like water, in which one end of the
molecule has a pronounced positive charge while the other
end is negative.


Biologically active

But the finding may provide a mechanism for how some
homeopathic medicines work - something that has defied
scientific explanation till now. Diluting a remedy may increase
the size of the particles to the point when they become
biologically active.

It also echoes the controversial claims of French
immunologist Jacques Benveniste. In 1988, Benveniste
claimed in a Nature paper that a solution that had once
contained antibodies still activated human white blood cells.
Benveniste claimed the solution still worked because it
contained ghostly "imprints" in the water structure where the
antibodies had been.

Other researchers failed to reproduce Benveniste's
experiments, but homeopaths still believe he may have been
onto something. Benveniste himself does not think the new
findings explain his results because the solutions were not
dilute enough. "This [phenomenon] cannot apply to high
dilution," he says.

Fred Pearce of University College London, who tried to
repeat Benveniste's experiments, agrees. But it could offer
some clues as to why other less dilute homeopathic remedies
work, he says. Large clusters and aggregates might interact
more easily with biological tissue.


Double-check

Chemist Jan Enberts of the University of Groningen in the
Netherlands is more cautious. "It's still a totally open
question," he says. "To say the phenomenon has biological
significance is pure speculation." But he has no doubt Samal
and Geckeler have discovered something new. "It's surprising
and worrying," he says.

The two chemists were at pains to double-check their
astonishing results. Initially they had used the scattering of a
laser to reveal the size and distribution of the dissolved
particles. To check, they used a scanning electron
microscope to photograph films of the solutions spread over
slides. This, too, showed that dissolved substances cluster
together as dilution increased.

"It doesn't prove homeopathy, but it's congruent with what
we think and is very encouraging," says Peter Fisher, director
of medical research at the Royal London Homeopathic
Hospital.

"The whole idea of high-dilution homeopathy hangs on the
idea that water has properties which are not understood," he
says. "The fact that the new effect happens with a variety of
substances suggests it's the solvent that's responsible. It's in
line with what many homeopaths say, that you can only make
homeopathic medicines in polar solvents."

Geckeler and Samal are now anxious that other researchers
follow up their work. "We want people to repeat it," says
Geckeler. "If it's confirmed it will be groundbreaking".

Journal reference: Chemical Communications (2001, p
2224)

--
joão
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: Jornalismo ... adeus a ciência!
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/11/2001 14:01

Chegando atrasado na conversa...

Não tenho uma opinião formada sobre isso. Mas apenas
como subsídio para uma discussão:

Alberto Dines, um dos principais expoentes do jornalismo
brasileiro, não tem diploma (como aliás boa parte dos
jornalistas da velha-guarda, anteriores q. são à lei q.
tornava obrigatório o diploma). No entanto, ele é favorável
à obrigatoriedade do diploma de jornalismo.

Um de seus argumentos é q. um médico q. banque o jornalista --
ou um economista ou um engenheiro ou qq outro profissional --
sempre poderá voltar para sua profissão de origem. Um jornalista
formado em jornalismo, posto q. não é especializado em outro
ofício, não poderá ser outra coisa q. não jornalista.

Assim, segundo Dines, o jornalista diplomado tem uma relação
maior de dependência com a profissão. E tenderá a ter maior
responsabilidade para com ela.

Outro ponto em sua ponderação é q. um prático em jornalismo,
formado exclusivamente nas redações da mídia, não terá gdes
oportunidades de um aprofundamento, ele não usa essa expressão
de baixo calão, mas vá lá, epistemológico da profissão.

(Obviamente não falo em nome dele. É o q. entendi de um
livro q. ele escreveu há bom tempo, antes mesmo de eu nascer,
e reeditado -- e revisto -- várias vezes desde então: "O papel
do jornal".)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Fw: [ciencialist] Homeopatia - diluição concentra soluto
FROM: "Luis Roberto Brudna \(Vortex\)" <lrb@if.ufrgs.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/11/2001 14:03


>
> Efeito químico desconhecido favorece homeopatia
> http://www.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u5259.shtml
>
> Químico da USP vê descoberta com cautela
> http://www.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u5260.shtml
>
> Eu queria dar uma olhada no trabalho original, mas a revista Chemical
> Communication nao libera o material on-line e o sistema de de periodicos
da
> Capes ( http://www.periodicos.capes.gov.br ) nao fez a assinatura
> eletronica desta revista. Mesmo tendo a assinatura somente quem estah
> acessando de uma universidade (conveniada) poderia ler.
>
> Do link http://www.rsc.org/is/journals/current/chemcomm/cc001021.htm
> (Chemical Communication )
> 2224
> Unexpected solute aggregation in water on dilution
> Shashadhar Samal, Kurt E. Geckeler Full Text ( Cost = £ 11.50 + VAT in the
> EU or GST in Canada ) haaan han jah vou pagar! :)
> http://www.publiclibraryofscience.org/ neles.
>
> Fiquei interessado pq a questao da agua eh muito importante na
> eletroquimica, pequenas variacoes sao detectadas, principalmente pq a
dupla
> camada influencia muito nos processos. Mas nao posso sair falando bobagens
> sem ler os trecos.
>
> Aproveitando o mail.. vi essa noticia
> Nasa quer privatizar naves espaciais
> http://www.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u5252.shtml
> e lembrei disto
> http://www.humornaciencia.hpg.ig.com.br/Cart/Ima/ima2.htm
> (mudei para o HPG pq o Geocities reclamou que a minha pagina excede o
limite
> de transferencia de dados, devido ao elevado numero de visitas, eh isso
que
> dah fazer sucesso! :) )
>
> Ateh mais.
> Luis Brudna
>
> - - - - - -
>
> Saiu na NewScientist:
>
> Bizarre chemical discovery gives homeopathic hint
>
> It is a chance discovery so unexpected it defies belief and
> threatens to reignite debate about whether there is a scientific
> basis for thinking homeopathic medicines really work.
> ...
> Journal reference: Chemical Communications (2001, p
> 2224)
>
> --
>
>
>



SUBJECT: diploma não garante...
FROM: Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo@alternex.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/11/2001 15:05


>Assim, segundo Dines, o jornalista diplomado tem uma relação maior de
>dependência com a profissão. E tenderá a ter maior responsabilidade para
>com ela.
>ISTO EH IMPORTANTE.
MAS NAO SUFICIENTE PRA OBRIGAR TODO MUNDO A TER DIPLOMA.


>Outro ponto em sua ponderação é q. um prático em jornalismo, formado
>exclusivamente nas redações da mídia, não terá gdes oportunidades de um
>aprofundamento, ele não usa essa expressão de baixo calão, mas vá lá,
>epistemológico da profissão.
TUDO BEM... MAS ENTAO, NAO VAI BASTAR O DIPLOMA.
O DIPLOMA, TODOS SABEMOS, MESMO DAS UNIVERSIDADES MAIS TRADICIONAIS, NAO
ASSEGURA QUE O FORMANDO TENHA ESSA CAPACITACAO.
MAIS JUSTO SERIA, EM VEZ DE EXIGIR O DIPLOMA, EXIGIR ISSO AÍ, UNICAMENTE
ISSO AÍ.
ENTAO... APLICA-SE UMA PROVA.
QUEM PASSAR, GANHA O REGISTRO PRA SER JORNALISTA.
EXIJA-SE, SE FOR O CASO, TAL CONHECIMENTO.
EXIJA-SE DIRETAMENTE.
MAS NAO, INDIRETAMENTE, OBLIQUAMENTE... EXIGIR UMA COISA (o diploma),
QUANDO A EXIGENCIA EH OUTRA (o conhecimento).

MAS CLARO QUE ISSO DEVERIA VALER PRA MUITAS OUTRAS PROFISSOES, E NAO SO PRA
JORNALISMO.



>(Obviamente não falo em nome dele. É o q. entendi de um livro q. ele
>escreveu há bom tempo, antes mesmo de eu nascer, e reeditado -- e revisto
>-- várias vezes desde então: "O papel do jornal".)
>O MUNDO MUDOU MUITO DESDE ENTAO.
A OPINIAO DELE PODE TAMBEM TER MUDADO.
TEM QUE VER.
E CONTINUARIA A SER APENAS UMA OPINIAO.
L.E.


>[]s,
>
>Roberto Takata


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] diploma não garante...
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/11/2001 15:33

On Thu, 8 Nov 2001, Luiz Eduardo Carvalho wrote:
> MAS CLARO QUE ISSO DEVERIA VALER PRA MUITAS OUTRAS PROFISSOES, E NAO SO PRA
> JORNALISMO.

O sEu CaPsLoCk EsTá QuEbRaDo???

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
No to war.



SUBJECT: Re: Jornalismo ... adeus a ciência!
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/11/2001 16:54

Olá Léo


--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> Olás,
>
> Enquanto alguns estudam com afinco para adiquirir e desenvolver
técnicas para o bom jornalismo, especialmente o científico (veja-se o
bom amigo Belisário e outros) chega isso:
>
> "Suspensa: a exigência de diploma universitário para a prática da
função de jornalista. A decisão foi da juíza substituta da 16ª Vara
Cível da Justiça Federal de São Paulo, Carla Rister, em atendimento a
uma ação civil pública movida pelo procurador da República André de
Carvalho Ramos, com validade para todo o país. A alegação é de que a
exigência de diploma fere o princípio constitucional da liberdade de
expressão. Dia 30, em São Paulo."
>
> Daqui a pouco o curandeiro da esquina vai poder trabalhar em
hospital, pq o diploma fere a liberdade de expressão dele.
> Era só o que estava faltando para melhorar a qualidade dos jornais,
revistas e afins...
>

Como já foi comentado, não vejo motivo para pânico. A exigência do
diploma deveria partir das próprias empresas contratantes e não ser
imposta pela lei. Sou a favor do modelo que existe em outros países,
apresentado pelo Roberto Belisário, em que o jornalismo é oferecido
como pós-graduação para graduados em diversas áreas. Eu
particularmente tenho aversão ao "diplomismo". Para mim o diploma é
uma espécie de refúgio dos incompetentes. Quem sabe faz, quem não
sabe mostra o diploma. Eu por exemplo su formado em Administração.
Bill Gates não é. E daí? Confesso que não sei p. nenhuma sobre como
administrar uma empresa. Agora garanto para você que sei muito mais
ciência que a maioria dos formandos em ciência. Simplesmente porque a
maioria se forma sem saber nada. Essa é a verdade nua e crua.

Tenho porém também um motivo pessoal para comemorar a sentença
judicial. A juíza Carla Abrantkoski Rister foi minha colega na
receita federal e é uma pessoa de uma integridade inquestionável,
trabalhadora e com uma sólida formação científica - é formada e pós-
graduada em engenharia química pela POLI. Eu nem sabia que ela tinha
se tornado juíza. Parabéns Carla.

[]´s

André



SUBJECT: Freedom fighter
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/11/2001 17:56

George Washington was called a terrorist. Menachem Begin was called a
terrorist. Anwar Sadat was called a terrorist by the British. So, today's
terrorist is tomorrow's freedom fighter.
Ahmed Sattar

http://www.pbs.org/wgbh/pages/frontline/shows/binladen/interviews/sattar.html

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
No to war.



SUBJECT: Re: Jornalismo ... adeus a ciência!
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/11/2001 19:12

--- In ciencialist@y..., andrebaptista@u... wrote:
> Como já foi comentado, não vejo motivo para pânico. A exigência do
> diploma deveria partir das próprias empresas contratantes e não ser
> imposta pela lei.

Por q? As empresas contratantes realmente sabem o q.
e' ou nao o melhor? Melhor para quem: para elas, para
a comunidade ou para a corporação jornalística? Ou
não se trata de ser melhor ou pior?

Apenas uma provocação inconseqüente. (Tomo essa liberdade
ja' q. suponho q. não tenho interesses diretos envolvido
no assunto -- não q. eu não fosse me manifestar se os
tivesse, mas acho q. posso fazer isso com alguma liberdade
a mais.)

> como pós-graduação para graduados em diversas áreas. Eu
> particularmente tenho aversão ao "diplomismo".

Bem, a lei em si data dos tempos da Ditadura, o q. faz
recair sobre ela uma gde suspeita. Mas não sei se os q.
defendem a obrigatoriedade do diploma sejam de fato 'diplomistas'.
Exigência de diploma não significa suficiência do diploma.
A insuficiência do diploma tbm não significa desnecessidade
do diploma.

Em tempo, ao nosso colega Luiz Carvalho com problema
em seus Caps Lock - q. gritou literalmente (literalmente
falando... re re... sabia q. um dia eu ainda faria esse
trocadalho do carilho. A persistância faz o chato): sim,
o sr. Dines poderia ter mudado de opinião e sim isso
continuaria sendo apenas opinião (bem a menos q. uma opinião
possa deixar de sê-la), mas eu apresentei os argumentos dele.
Quem quiser pode acompanhar mais de perto parte da discussão
q. isso tem gerado -- e ler do próprio Dines a opinião e os
argumentos atuais dele, além dos de outros profissionais da área
-- no Observatório da Imprensa:

www.observatoriodaimprensa.com.br

> Tenho porém também um motivo pessoal para comemorar a sentença
> judicial. A juíza Carla Abrantkoski Rister foi minha colega na

Embora a liberdade de expressão não me pareça ser ameaçada
com a simples exigência do diploma... Se bem q. por corporativismo
certa feita impetraram na justiça (dá pra escrever Justiça neste
país?) ação contra Léo Jaime (alguém se lembra dessa figuraça?)
porq. ele escrevia uma coluna no jornal sem ser jornalista ou
algo assim - perdões, não sei precisar direito essa história.

O assunto rende. E até uma ou duas teses científicas, além, é
claro, daqueles extensos calhamaços político-filosófico-intelectuais
com metade do peso feita por intermináveis citações.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Jornalismo ... adeus a ciência!
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/11/2001 20:15

--- In ciencialist@y..., rmtakata@a... wrote:
> > Como já foi comentado, não vejo motivo para pânico. A exigência
do
> > diploma deveria partir das próprias empresas contratantes e não
ser
> > imposta pela lei.
>
> Por q? As empresas contratantes realmente sabem o q.
> e' ou nao o melhor? Melhor para quem: para elas, para
> a comunidade ou para a corporação jornalística? Ou
> não se trata de ser melhor ou pior?

Bom, como você disse, daria para escrever uma tese. Mas
simplificadamente, o "ônus" poderia recair sobre as empresas de
mídia, que responderiam por quaisquer erros de "mau jornalismo" dos
seus empregados. É a diferença entre jornalismo e medicina, por
exemplo, já que não existe, que eu saiba, "mídia individual" - a não
ser que se vá exigir diploma para se publicar uma página na Internet.
Como a atividade de mídia é sempre empresarial a fiscalização de
qualidade pode ser em cima das empresas e não dos indivíduos.
Para a "corporação jornalística" - assim entendida os jornalistas
diplomados - é certo que não seria bom, pois aumentaria a
concorrência e ninguém gosta disso. Quanto ao argumento do A. Dines
de que "o jornalista diplomado tem uma relação maior de dependência
com a profissão. E tenderá a ter maior responsabilidade para com ela."
temos que ver o outro lado também: maior dependência talvez
signifique também menos liberdade em relação as opiniões do dono do
jornal.
Afinal, como leitor, não tenho nada contra a presença de médicos,
engenheiros, advogados, cientistas e até jornalistas na redação.
Quanto mais melhor. Não dá pra comparar o jornalismo, uma atividade
aberta, generalista, com finalidades multiplas - informar, criticar,
discutir todo tipo de assunto, e com todo tipo de enfoque - com
atividades técnicas e com critérios rígidos de avaliação como a
construção de um edifício ou uma cirurgia.


>
> Apenas uma provocação inconseqüente. (Tomo essa liberdade
> ja' q. suponho q. não tenho interesses diretos envolvido
> no assunto -- não q. eu não fosse me manifestar se os
> tivesse, mas acho q. posso fazer isso com alguma liberdade
> a mais.)
>
> > como pós-graduação para graduados em diversas áreas. Eu
> > particularmente tenho aversão ao "diplomismo".
>
> Bem, a lei em si data dos tempos da Ditadura, o q. faz
> recair sobre ela uma gde suspeita. Mas não sei se os q.
> defendem a obrigatoriedade do diploma sejam de fato 'diplomistas'.
> Exigência de diploma não significa suficiência do diploma.
> A insuficiência do diploma tbm não significa desnecessidade
> do diploma.

Correto. Em diversas áreas a diplomação por uma escola competente é
um mínimo necessário. Não dá para imaginar, por exemplo, toda a
experiência que um estudante de medicina deve ter na universidade
sendo substituída por uma avaliação única de competência, como
sugeriu alguém. É preciso um voto de confiança no diploma de medicina
e na instituição que o emitiu.

Só faz sentido a exigência do diploma se houver instituições
competentes por trás daqueles diplomas. Se as faculdades de
jornalismo atingirem um padrão de excelência, a exigência do diploma
pelas empresas será uma consequência natural. Se não, será apenas uma
camisa de força legal. Porque, por exemplo, muitas vezes os bancos e
empresas brasileiras preferem engenheiros para vagas que seriam de
administradores ou economistas? Será que isso é ruim? Para mim, por
exemplo, que tenho diploma de administração, é ruim, pois aumenta a
concorrência. Mas e para a sociedade?


>
> Em tempo, ao nosso colega Luiz Carvalho com problema
> em seus Caps Lock - q. gritou literalmente (literalmente
> falando... re re... sabia q. um dia eu ainda faria esse
> trocadalho do carilho. A persistância faz o chato): sim,
> o sr. Dines poderia ter mudado de opinião e sim isso
> continuaria sendo apenas opinião (bem a menos q. uma opinião
> possa deixar de sê-la), mas eu apresentei os argumentos dele.
> Quem quiser pode acompanhar mais de perto parte da discussão
> q. isso tem gerado -- e ler do próprio Dines a opinião e os
> argumentos atuais dele, além dos de outros profissionais da área
> -- no Observatório da Imprensa:
>
> www.observatoriodaimprensa.com.br
>
> > Tenho porém também um motivo pessoal para comemorar a sentença
> > judicial. A juíza Carla Abrantkoski Rister foi minha colega na
>
> Embora a liberdade de expressão não me pareça ser ameaçada
> com a simples exigência do diploma... Se bem q. por corporativismo
> certa feita impetraram na justiça (dá pra escrever Justiça neste
> país?) ação contra Léo Jaime (alguém se lembra dessa figuraça?)

A única coisa que eu me lembro deste cara é aquela música
infame "Sônia" e que ele namorou a Paula Toller.


> porq. ele escrevia uma coluna no jornal sem ser jornalista ou
> algo assim - perdões, não sei precisar direito essa história.
>
> O assunto rende. E até uma ou duas teses científicas, além, é
> claro, daqueles extensos calhamaços político-filosófico-
intelectuais
> com metade do peso feita por intermináveis citações.

E como rende!

[]´s

André





SUBJECT: Arquivo de sites não mais disponíveis online
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/11/2001 09:34


Pessoal, essa coisa funciona de verdade:

http://web.archive.org/

Os caras fizeram um arquivo que contém inúmeras páginas da Internet que
não estão mais disponíveis online, desde 1996. Já usei-o duas vezes, quando
fui a um link não mais disponível, e funciona. Os caras têm os sites
antigos!

"Surf the web as it was -
The Internet Archive Wayback Machine puts the history of the World Wide Web
at your fingertips. The Archive contains over 100 terabytes and 10 billion
web pages archived from 1996 to the present."

1 terabyte = 1000 gigabytes = 1 milhão de megabytes

Belisário

-----------------------------------------------------
Roberto Belisário Diniz
rbdiniz@terra.com.br
Laboratório de Estudos Avançados de Jornalismo (Labjor)
http://www.uniemp.br/labjor/
Revista Com Ciência - divulgação científica
http://www.comciencia.br
-----------------------------------------------------



SUBJECT: Re: [ciencialist] Arquivo de sites não mais disponíveis online
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/11/2001 12:22

----- Original Message -----
From: "Roberto Belisario"
Sent: Friday, November 09, 2001 9:34 AM
Subject: [ciencialist] Arquivo de sites não mais disponíveis online


> Pessoal, essa coisa funciona de verdade:
> http://web.archive.org/
> Os caras fizeram um arquivo que contém inúmeras páginas da Internet que
> não estão mais disponíveis online, desde 1996.


FANTÁSTICO!!!
E não é que funciona?!!!
Valeu!!!

[ ]'s
Alberto
http://ecientificocultural.com (inglês)
http://ecientificocultural.com/indice.htm (português)



SUBJECT: Re: [ciencialist] Arquivo de sites não mais disponíveis online
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/11/2001 13:21

Tem também o cache do google que eu uso muito com esse propósito.
Digito o endereço da hp a ser acessada na barra de busca ... e geralmente
existe o cache. O único desconforto é que, deste modo, não dá pra navegar
pelo site.


SUBJECT: Re: [ciencialist] diploma não garante...
FROM: Felipe Figueiredo <philsf@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/11/2001 07:14

On Thursday 08 November 2001 15:05, you wrote:
> >Assim, segundo Dines, o jornalista diplomado tem uma relação maior de
> >dependência com a profissão. E tenderá a ter maior responsabilidade para
> >com ela.
> >ISTO EH IMPORTANTE.
>
> MAS NAO SUFICIENTE PRA OBRIGAR TODO MUNDO A TER DIPLOMA.

E o que seria suficiente entao, na sua opiniao?


> >Outro ponto em sua ponderação é q. um prático em jornalismo, formado
> >exclusivamente nas redações da mídia, não terá gdes oportunidades de um
> >aprofundamento, ele não usa essa expressão de baixo calão, mas vá lá,
> >epistemológico da profissão.
>
> TUDO BEM... MAS ENTAO, NAO VAI BASTAR O DIPLOMA.
> O DIPLOMA, TODOS SABEMOS, MESMO DAS UNIVERSIDADES MAIS TRADICIONAIS, NAO
> ASSEGURA QUE O FORMANDO TENHA ESSA CAPACITACAO.
> MAIS JUSTO SERIA, EM VEZ DE EXIGIR O DIPLOMA, EXIGIR ISSO AÍ, UNICAMENTE
> ISSO AÍ.
> ENTAO... APLICA-SE UMA PROVA.
> QUEM PASSAR, GANHA O REGISTRO PRA SER JORNALISTA.
> EXIJA-SE, SE FOR O CASO, TAL CONHECIMENTO.
> EXIJA-SE DIRETAMENTE.
> MAS NAO, INDIRETAMENTE, OBLIQUAMENTE... EXIGIR UMA COISA (o diploma),
> QUANDO A EXIGENCIA EH OUTRA (o conhecimento).
>
> MAS CLARO QUE ISSO DEVERIA VALER PRA MUITAS OUTRAS PROFISSOES, E NAO SO PRA
> JORNALISMO.

Isso ja existe. Se chama PROVAO. Segundo me consta ele nivela os cursos por
baixo, nao fugindo muito ao essencial, e mesmo assim ja mostra que existem
muitos cursos estariam despejando no "mercado de trabalho" (odeio essa
expressao) uma quantidade consideravel de "profissionais" diplomados e
despreparados, e possibilitou o fechamento de diversos cursos em diversas
universidades.

Felipe


SUBJECT: Re: Calor especifico e fisica classica
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/11/2001 10:20

> Olá Sérgio.

Olá Alberto,

> > Ai sim, ha alguma dificuldade da Física clássica em obter
resultados
> > coerentes com os dados.
>
> Dificuldade sempre há, e não é só com a física clássica, mas também
com a
> moderna.

Quando se fala em ser melhor e ser pior, estamos a referirmos a
resultados
matemáticos na previsão de medições experimentais. Aquela que
apresentar
melhores aproximações ganha.
Pronto, é simples. É só assim.

Classicamente podes explicar tudo. Mas isso não te serve se as contas
não te
derem a previsão certa.
É disto que estamos a falar.De previsões de números. E os números,
ainda,
não mentem.

Queria só dizer isto antes de continuar.

>O problema é que criou-se o mito de que não existe uma dificuldade,
> mas uma impossibilidade, e isso é bem diferente. E é com isso que
não
> concordo.

Eu tb não. Mas não posso ser indiferente ao facto de novas teorias
preverem
resultados medidos.
O que faz impressão - repudio quase- isso sim, é que lá pq essas
teorias
funcionam se pensar que o mundo é assim.
Essa é a maldição do "físico".
São sempre modelos. Mas nós gostamos de achar que se dá certo é
porque é
assim. Somos maravilhosos e nos amamos a nós mesmos por isso. Quase
nos
sentimos a decifrar a escrita de Deus.
Mas isso é só ego humano, pq na realidade tivemos foi sorte.
Portanto, o que devíamos ensinar é que são modelos. Primeiro que tudo,
modelos.
Para que não fosse estranho depois mudar-se de modelo.
Sem haver resistência inútil.
Se é melhor, use-se.
E melhor significa : Que o erro é menor ,entre o previsto e o medido.
E ha toda uma teoria para medir esse erro. A qual tb deveria ser
ensinada.
etc...


>O que estou
> tentando dizer é o seguinte: Quando alguns físicos, especialmente os
autores
> de livros didáticos, dizem que é impossível explicar determinado
fenômeno
a
> partir da física clássica, noto que eles apenas estão retratando a
sua
> ignorância sobre o que seja física clássica e seria muito melhor
que não
> emitissem opiniões sobre o que desconhecem, ou então que estudassem
um
> pouquinho mais aquilo que pretendem atacar.

Ora nem mais. Mas isso é um erro tão comum que as pessoas passaram a
achar
que é assim que se faz.
Que é mesmo assim. Que "Deus" disse que era assim.
Por isso alguns sã otão casmurros em mudar de modelo. De teoria.
Todas as teorias começam como: "Se suposermos que..."

Mas depois ganham vida propria, tentam-se usar onde elas mesmas dizem
que
não podem , e ai escapam-se...


> > Tb nunca ninguem observou a ligação diatómica entre atomo tal como
> > a descreves analogamente a um halter. contudo é um modelo util e
> > explicativo como tu próprio usaste
> > Portanto, se é um modelo que funciona, qual é o problema?
>
> Problema nenhum, desde que entenda-se tratar-se de um modelo. Não
obstante,
> como o modelo clássico de vibrações não funciona, e isto está mais
do que
> comprovado, inventou-se algo para compensar esta dificuldade, o que
resultou
> na teoria quântica. Ou seja, o modelo associado a uma série de
hipóteses
"ad
> hoc", funciona em determinadas condições a satisfazerem determinados
> caprichos. Nada contra. Porém, assumir que o fato de o modelo de
vibrações
> não funcionar é equivalente ao fato da física clássica não
funcionar...
!!!

A MQ De Bohr ,e a MQ moderna são um pouco diferentes.
A de bohr postula orbitas. A moderna usa o que sabemos:
cargas "ligadas" por
um potencial electrico.
E é ao substituir o valor dele nas formulas que se obtêm os
resultados.

A teoria das funções de onda, pode causar estranhesa. Mas não tanta
assim se
pensarmos matemáticamente.
É só uma matemática diferente. Não é uma fisica diferente.

Além disso, temos o Hamiltoneano. que é o mesmo tanto classica como
não-classicamente.

> Sem dúvida que será "outra coisa", se bem que não "qualquer outra
coisa".
> Imagine, por exemplo, que você está numa nave espacial, bastante
afastado
do
> sistema solar e em repouso em relação ao Sol. Muito provavelmente
você
verá,
> no decorrer do tempo, o movimento de translação da Terra ao redor
do Sol.
> Não obstante, se você estiver no plano da eclíptica, terá a
impressão que
a
> Terra vibra em torno de um ponto central, quase que em um MHS e, de
tempos
> em tempos, atravessa o Sol de lado a lado (eclipses da Terra ou do
Sol,
> conforme a posição relativa dos dois).

Disseste bem: quase . Porque não é.

Ma agora tenta olhar "de cima" e verás que o que dizes não é util.
A MQ olha sempre de "cima" (eixo dos z). E tlv por isso veja coisas
diferentes.


> Pois bem, se a Terra fosse um elétron e o Sol um próton, você
poderia
dizer,
> sob essa visão, que o elétron vibra em torno do núcleo. E poderá
até mesmo
> encontrar uma equação a descrever essa vibração. Esta equação é
verdadeira,
> mas retrata uma falsa realidade física, ou melhor, uma realidade
parcial.
> Essa matemática funciona, mas não está captando toda a realidade.

Essa matemática não funciona :-)
Pq esse modelo pode ser aperfeiçoado.
Para já, pq vibrar em 2D, pq não em 3D ?
Ao libertar todos os graus e deixar vir o que for, a MQ encontra essa
vibração 3D

E o vibrar dessa "corda" chamada electrão dá uns "sons" chamados
fotões.
Cada um com sua frequência, como o dedilhar de uma guitarra.

Vamos medir ?
Vamos. E vemos que os numeros dão certo.
Os classicos (incluindo bohr) não davam (bohr não estimava todos os
niveis
possiveis)

> Sim, você dirá que essa história de órbitas foi relegada a um
segundo
plano,
> a partir dos trabalhos de Bohr.

Não.
Ele estabeleceu algo mais importante. A Quantificação.
Mas a MQ que lhe seguiu, não precisou postular essa Quantificação.
Ela veio emediatamente das contas.Simples até.
Simples agora, naquela altura não.
E o principio unico que a faz diferir da M classica é o principio de
De
Broglie,
nada mais que isso. Portanto não ha na teoria nenhum pano nem nenhuma
gaveta
ou tapete.
É uma casa sem mobilia.
Mas quem a usa, aqueles que se mudaram para essa casa, colocaram
alguma
mobilia.
E deixaram de ver o que estava naquela parede.
E isto é que está mal. A actitude. Não a teoria ou o Modelo.
Ele dá boas provas de si mesmo.
A compreensão do Atomo e das Moleculas e da Anti-Matéria, nasceu dai.

> Mas aí digo também: É verdade, o modelo
> utilizado de órbitas *planetárias* mostrou-se incompatível com a
> experimentação, mas isso não significa dizer que não existam outras
órbitas
> possíveis para a translação dos elétrons clássicos, na constituição
do
> átomo. E isso também não significa dizer que a física clássica não
explica
a
> experiência de Rutherford à luz da teoria de Maxwell (emissão de
radiação).
> Quem não explica a experiência é o modelo de "órbitas planetárias",
com
seu
> plano da eclíptica, e a obedecer uma equação de forças do tipo da
lei
> gravitacional. Mas esse não é o único modelo mecânico clássico
> disponível!!!!

Então que venha outro. Se for tão bom ou melhor que o da MQ , ai sim
os
pontos serão marcados.
Melhor significa : Os numeros são mais aproximados aos medidos.


> Perceba então que até agora nada da física clássica, dentre tudo o
que
> discuti até aqui, foi negado. A meu ver, o que A EXPERIÊNCIA NEGOU,
até o
> momento, foram as seguintes afirmações: 1) O campo elétrico do
elétron é
> idêntico ao campo de uma carga elétrica macroscópica; 2) O elétron
translada
> em torno do núcleo de um átomo de maneira semelhante ao movimento de
> translação de um planeta ao redor do Sol;

Talvez não. Não sei. O que sei é que o modelo é Diferente, e portanto
não o
posso comaprar.
Impiricamente, sim. Mas ai ... um electrão anda em 3D em torno do
nucleo. A
Terra faz isso ?
Então pq todos os planetas estão sob a mesma faxa da eliptica?

O modelo planetário de Bohr era original (obvio eu diria) , mas não
funciona
bem.
funciona parcialmente. O 1º nivel é correcto até hoje. (raio de bohr)
Entre o mau (o antigo antes de bohr , que no fundo não era nenhum) ,
o de
bohr, e a MQ, é a MQ que mais fielmente produz numeros iguais aos
medidos.
E perante esta evidência vou deitá-la fora. ?

Não posso. O único que posso é aprênde-la o mais possivel e cascar -
bater
na cabeça- de quem de afastar um milimetro do que a teoria diz. Nada
de
fantasmas.

Mas ninguem tem a capacidade de fazer isso com todas as teorias. (A
menos
que a teoria fosse só uma...)
E por isso ha sempre os "bons" , os "maus" e os "feios" ... :-)

>3) A emissão ou absorção de
> energia por um sólido está acoplada a movimentos vibracionais dos
átomos e
> moléculas constitutivos destes sólidos. Não obstante, a física
clássica
não
> assume como verdadeira nenhuma dessas hipóteses, como também não as
nega.
> Quem as nega, salvo maior juizo, é a experimentação. Pois essa
> experimentação, salvo também maior juizo, falseia essas hipóteses
> secundárias, jamais a física clássica genuinamente newtoniana.

Mas afinal o que é a Fisica genuinamente newtoniana ?
A que Hamilton usou ? A que Lagrange usou ? A que Poison usou ?
A que Newton usou ? A que Eisntein usou ? A que Plank não pode usar ?
A que ninguem mais sabe usar ?

> > >Teríamos então três termos
> > > correspondentes à energia cinética e três correspondentes à
energia
> > > potencial, para cada uma das coordenadas cartesianas
consideradas.
>
> > Aqui devo ter perdido alguma coisa. Então, 3 graus pela translação
> > (Cinética), 2 pela rotação (cinética) e 1 pela vibração
(cinética) .
> > O de vibração ainda pode ser encarado como uma força elastica e
dai a
> > um potencial ... mas tu citas 3 graus de energia potencial. A
energia
> > de rotação é potencial ?
>
> Não, não é bem assim. O modelo "que não dá certo" admite apenas o
movimento
> de vibração. Ora, pode se referir a essa vibração --a de uma
partícula com
> seu centro de massa em torno de uma posição fixa-- em relação a
três eixos
> (três graus de liberdade) e, para cada eixo considerado, e a cada
instante
> considerado, a energia pode estar no estado cinético ou potencial.
Existem
> então seis graus de liberdade, ou seja, necessitamos considerar três
> variáveis relacionadas a v = (vx, vy, vz), a descreverem a energia
cinética
> e três variáveis relacionadas a r = (x, y, z), a descreverem a
energia
> potencial. A energia total de um átomo poderia então ser expressa
por seis
> variáveis: E = (1/2)mvx^2 + (1/2)mvy^2 + (1/2)mvz^2 + (1/2)kx^2 +
(1/2)ky^2
> + (1/2)kz^2.

ahummm...eu só vejo 3 ... x, y, z :-))


É óbvio que você poderia expressá-la apenas utilizando o módulo
> de v e de r, mas aí você perderia o carater direcional da
transferência de
> energia (absorção) e que é importante para estudos referentes à
> eqüipartição, como é o caso.

Porque aqueles x,y,e z, não são no mesmo referencial como tu
escreves :-))
o de rotação são num ref solidário com o centro de massa, os de
cinética são
num ref algures, onde quiseres considerar...

São 6, portanto. Ok

> > Pelo que entendo do resto do texto, isto seria um Postulado do
> > Maxwell. Um em que ele assume que a energia se dividiria
> > equatitivamente por todos os graus de liberdade. Sim ?
> > Se sim, isso não é um teorema matemático(ideia matemática), como
lhe
> > chamas, mas um principio fisico.
> > Se é um principio válido, ou não isso é outra história.
>
> Não, existe um teorema matemático a demonstrar que sempre que a
energia
> puder ser expressa por uma função quadrática de outra variável (por
exemplo,
> v^2, r^2, etc), a distribuição de energia dar-se-á equitativamente
entre
> todas as possibilidades. Eu estudei isso há muito tempo e no
momento não
> disponho da demonstração, que não é simples, por sinal. Não é
difícil
> verificar isso para a translação, e fisicamente isso está
relacionado à
> isotropia do espaço; também não é difícil verificar para a rotação.

Então está ligado com a conservação do momento (linear e angular)
Sim ?
Engraçado, mas nunca ouvi falar desse teorema...


> Por outro lado, se tivermos "halteres de bilhar", formados com duas
bolas
e
> uma haste *rígida*, um destes alteres poderá transferir a sua
energia para
> um outro sob a forma de rotação (isso é mostrado no gif animado
> http://ecientificocultural.com/Eletron2/anihalter.gif ).

A imagem é gira. :-) Fizeste à "mão" ?

Perceba também que não há, neste modelo de haste rígida,
> a liberdade da ocorrência de transferência de energia sob a forma de
> vibração. Não obstante, se a haste fosse elástica, tal e qual uma
mola,
> deveríamos incluir no sistema a possibilidade da existência de
energia
> vibracional

exactamente ao que eu me referia.


> E esse número
> relaciona-se aos choques, pelo menos no modelo apresentado. Sem
dúvida,
> existem outras maneiras de se analisar o modelo, mas não foi isso
que
> coloquei em discussão.

Comprimento de Compton...já ouviste falar ?
A ideia é classica: choque de particulas. A matemática é moderna :
hipotese
de De Broglie.... a matemática classica não daria conta de achar o
resultado...



> O problema é que se a física clássica conseguir explicar
> "o que dizem" que ela não explica,

Se os numeros que ela prevê não forem os que se medem, não ha previsão
alguma.
Por muito que tu entendas o que está a acontecer pensando em bolinhas.
O exemplo classico é o atomo.
Podemos imaginar electrões a andar em 3 D num salto cosntnate entre
distâncias diferentes em relação ao nucleo.
Mas o modelo das bolinhas não ajuda a prever os dados.
Ajudou Bohr. O Modelo Planetário do Atomo é um modelo de Bolinhas.
Mas ele, restringiu o seu modelo a obitas complanares, o que impediu
que
obtivesse todos os resultados.
Porque na experiencia aparecem resultados que apenas são
intrepretados se
pensarmos em orbitas 3D.
A MQ moderna mostrou onde Bohr errou, mas isso não significa como já
ouvi
que : Os electrões não andam em volta do nucleo como bolinhas... (-
ou como
mosquitos perto de uma lampada)

> a teoria quântica acaba se tornando
> desnecessária, pois a física clássica, a meu ver, é muito mais
simples,
> muito mais atraente, muito mais elegante, com potencial de ação
muito
maior
> (não é teoricamente limitada por indeterminações) e muito mais
racional do
> que a teoria quântica.

Essas Indeterminações como tu chamas estão na cabeça de quem as
invoca.

Mas ha dois aspectos que a MC difere da fisica moderna.
Antes era pensando que a informação era transmitida Instantaneamente.
Acreditas mesmo que a informação, seja ela electrica ou outra, se
transfere
de ponto a ponto com velocidade infinita ?

Outro ponto era: Se durante um determinado tempo eu dou energia a um
sistema, ele deve adquiri-la. Isso levará à alteração do estado do
sistema.
Possivelmente esse estado será instável, e a energia será reenviada de
volta.
Se eu lhe der X durante t segundos, ele dedolve X durante t segundos.
Ou seja, Qualquer que seja o valor da acção (porduto Energia x Tempo)
o
sistema sempre responderá da mesma forma.

A experiencia mostra que não. Existem acção para as quais osistema não
responde.
Então existe uma acção minima, h, abaixo da qual o sistema não
responde.

Antes, c=infinito, e h =0
Isto é o que define : Fisica Classica.
Velocidade Infinita de Transmissão de Informação
Acção Minima Nula

Tens algo a declarar ?
Quero em querer que tu tb não és um Fisica classico. Tb um
Newtoniano, mas
não um classico.
Tu tb supoes velocidade Finita para a transmissão de informação.

Quanto à acção, não sei. tu dirás. Mas basta isto para te excluir da
lista
de Fisicos Clássicos.
Como disseste, Plank foi o ultimo ;-))

> Ou seja, pela interpretação, e aceitando-se o
> teorema da eqüipartição, percebe-se que a energia transferida não
chega a
> ser captada como energia de rotação. Mas isso é o que seria
esperado pelo
> modelo de Boltzmann a acoplar-se com a física clássica. O modelo é
anterior
> à física quântica e explicava muito bem o fenômeno, ao contrário do
que é
> afirmado pelo Eisberg, pelo Tipler e, pior, pela quase totalidade
dos
livros
> de física básica que existem por aí.

Isso é realmente estranho e perigoso. Ainda bem que nunca ouvi falar
deles.



> > Não. Ele diz e cito :
> > "If all molecules were initially not rotating, then they
> > would remain so for all time. On the other hand, if they were
> > initially rotating, then each molecule would retain its rotation
> > independently of all the others, although this rotation
> > would exert no observable action"
>
> Eu mudei de questão e parece-me que você não se deu conta disso.

Pois :-))

> Sim, mas estamos entrando num outro terreno, também relacionado ao
calor
> específico, mas creio que de outra natureza. Nesse caso não sei
qual seria
a
> "física clássica" que dizem não funcionar, mas quero crer que seja
algo a
se
> apoiar em algum outro modelo e, certamente, em concordância com as
idéias
de
> Drude e Lorentz.

Bom, a Ideia de Drude, não era má. Ele usava Electrões livres.
Os seus resultados foram bons em boa maioria.
O problema é que o seu modelo era demasiado ideal.
Ele esqueceu-se de que os electrões não são livres. (Modelo do Pudim
de
Passas)
Eles estáo ligados ao atomo.
Então nasce o modelo dos electrões semi-livres.

Mas usa-se o Formalismo da MQ.
O problema nunca esteve na intrepretação , nas ideias, na imaginação,
classica.
O problema sempre esteve na matemática, classica.
A matemática moderna, põe os mesmos principios ao serviço dos mesmos
objectivos e obtem melhores resultados.

É isto que é a melhor, a Matemática "Quantica" , não a Fisica
Qunatica.
Por isso, quase que insultar os Fisico Classicos é como cuspir no
prato que
se comeu.
Quem dera a muitos ,agora, tem a imaginação e o engenho de alguns
"Classicos"

As derivadas foram inventadas por Newton e Libnitz.... se Newton já
tivesse
n oseu tempo a matemática de hoje , tlv a coisa fosse diferentes. E
estariamos muito mais adiantados ....


> > Sim, e não só.
> > Numa molecula diatómica tb existem vibrações desse tipo.
> > Ela não é um halter rigido. os centros de massa dos atomos
aproximam-
> > se e afastam-se com uma certa frequencia.
> > A oscilação de vibração é portanto ai importante tb.
>
> Sim, mas o que é essa vibração? É uma vibração física ou seria algum
> fenômeno físico de natureza desconhecida e que em determinadas
condições
> aceitaria uma equação matemática compatível com uma lei senoidal?

Qual é a diferença ?
Não existe a Fisica que é, e a Fisica que se observa.
Só existe a que se Observa. Aquilo que é, não podemos saber.


> Volto a
> dizer: um movimento circular e uniforme, visto de perfil, simula um
> movimento de vibração em torno de um ponto central.

Estou a ver onde queres chegar.
Isso é o que faz a MQ. Ela mede projecções segundo um eixo.
Ela só olha de lado.

>Ao fornecer a equação
> desta vibração eu estaria simplesmente descrevendo parte de um
movimento
> mais geral, da mesma maneira que ao dizer que uma partícula tem
spin estou
> fornecendo apenas parte de um conceito muito mais geral e
desconhecido,
> ignorado ou proibido pelos físicos modernos.

Isso é mais mito que realidade.
O que acontece é que só se conhece 1 das 3 projecções . Essa
projecção é o
Spin.
Não é o giro, pq não temos a certeza do que seram as outras 2
projecções.

Eu proprio levei tempo a entender isto.
em MQ diz-se que se pode medir Lz e L² Simultaneamente . Ou seja a
projecção
segundo ZZ e o modulo do vector.
Mas daqui o que podemos imferir sobre as projecções Lx e Lz ?
Nada. Simplesmente nada. Não podemos ter uma direcção.
Sabemos que L mede um giro, mas não sabemos o que mede o Spin...
O Spin é um operador igual a L, aplicado no centro do electrão em vez
de no
do atomo.
O Spin poderia ser a medida da projecção de um Cone, que nós nunca
saberiamos. (pela MQ)
O L não é um cone... bom, pensamos que não, por analogia com , mais
uma vez,
o sistema Solar.

Agora, daqui a dizer que "Não é um giro" ..alto ai! Não se prova que
não é,
nem que é. Simplemente não se sabe.
E por isso se diz que não se pode afirmar que é, com rigor cientifico.
Para afirmar que é, teriamos de Postular isso. O que poderá ser util,
quem
sabe....

Sempre um prazer,
[]

Sérgio





SUBJECT: Re: Barquinho pop-pop
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/11/2001 13:25

Olá Paulo,

Agradeço a leitura e aprecio sugestões.

A operação para ilustração é simples: pega o barquinho na mão, liga a webcam, focaliza, clica e salva. Depois chamo no Paintbush (único programa de figura com que trabalho ... e faço misérias com ele!) recorto, acrescento texto etc. e salvo em bmp 24 bits; depois transfiro a figura .bmp para a página htm, clico para salvar a figura em transparente e automaticamente o FrontPage salva a figura em .gif, transparente.

O Paintbush só tem uma falha: falta como girar a figura(linha, texto, desenho) em qualquer ângulo (e não só nos múltiplos de 90° como ele o faz). Não há nada melhor para a WEB (científica) que o Paint!

[]'
Léo
=================




SUBJECT: É ele!!! É ele!!! :-)))))
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/11/2001 13:42

De: "Jornal da Ciencia" <jciencia@sbpcnet.org.br>
PARA: "SBPC" <jciencia@sbpcnet.org.br>
Assunto: JC E-Mail, 1911, de 8 de novembro de 2001
Data: quinta-feira, 8 de novembro de 2001 16:11

Jornal da Ciencia (JC E-Mail)
====================================================
8/novembro/2001 - No. 1911- Noticias de C&T - Servico da SBPC
====================================================

Voce vai ler nesta edicao:
==========================================

22. Site "Feira de Ciencias" recebe mais de 1 milhao de visitas em um ano e meio no ar

O site (www.feiradeciencias.com.br <http://www.feiradeciencias.com.br>), desenvolvido por Luiz Ferraz Netto, traz dicas de como deve ser organizada uma feira de ciencias e muito mais.

Segundo seu criador, o intuito do site e' "estimular os nossos jovens a participarem de trabalhos escolares, crescendo nas Ciencias, assim como, dar 'as boas Escolas uma fonte de projetos para a elaboracao de material didatico para seus Laboratorios ja' montados ou em fase de construcao".

O conteudo e' dividido em 24 Salas de Exposicoes. Destacam-se no projeto as Salas 01 e 02. Na primeira, esta' toda a estrutura envolvida na realizacao de uma Feira de Ciencias ou Exposicao Cientifica - O que e'; Para que serve; Como se organiza; Como os trabalhos devem ser elaborados; Como expor os trabalhos; Qual o comportamento dos expositores e dos juizes etc.

Na segunda, temos temas dedicados aos alunos da 5a. a 8a. series. Experimentos simples e textos dirigidos ao professor para atender essa faixa etaria.

A Sala 03 e' dedicada as necessidades instrumentais para montar um Laboratorio de Fisica.
As outras salas apresentam assuntos mais especificos ligados a fisica como Cinematica, Dinamica, Estatica, Optica entre outros.
==========================================
O Sr. Monserrat não pegou bem o espírito do Feira de Ciências e deu a entender, no seu texto, que é um site destinado "ás feiras de ciências anuais das escolas". Mas, valeu!
Se alguém se dispuzer a enviar um e.mail ao JC E-EMAIL para comentar sobre o Feira de Ciências o endereço é:
jciencia@sbpcnet.org.br :-)))

[]'
Léo
=================



SUBJECT: E´ dado o que é exigido.
FROM: Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo@alternex.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/11/2001 14:12


>E o que seria suficiente entao, na sua opiniao?

Para obrigar alguem a ter alguma coisa... compulsoriamente... para poder
viver uma certa coisa... isso precisa ter muito fundamento.
Não pode ser como o DETRAN, que para renovar a licença do meu carro, exige
copia da identidade, do CPF e atestado de residencia.
E exige todo ano... em vez de guardar essa montanha de papelada com ele.
E nao aceita a conta da luz que já paguei. Tem que ser o xerox.
Pra exigir o diploma de nivel superior... seria indispensavel que as
universidades estivessem formando um cidadão com uma forma mais elevada de
enxergar e interpretar os fenomenos da natureza e da sociedade. Não estão.
E nem mesmo tecnicos preparados saem das universidades.
Ficar dando valor ao diploma... em vez de dar ao ensino... é que transforma
as universidades nisso.
Quando, e só quando, as universidades forem obrigados a forma pessoal de
alto nível, é que elas, como tudo no mundo, vão se mexer pra melhorar o ensino.
Como tudo que se exige é o diploma... elas vão atendendo ao que é
exigido... e vão dando diploma.
Simples.

Luiz Eduardo



>Isso ja existe. Se chama PROVAO. Segundo me consta ele nivela os cursos por
>baixo, nao fugindo muito ao essencial, e mesmo assim ja mostra que existem
>muitos cursos estariam despejando no "mercado de trabalho" (odeio essa
>expressao) uma quantidade consideravel de "profissionais" diplomados e
>despreparados, e possibilitou o fechamento de diversos cursos em diversas
>universidades.
>
>Felipe

Só pode estar brincando.
O provão é a provinha final.
Mais uma provinha que não mede nada.
Mede apenas se o aluno assistiu aula, copiou a materia, decorou...
Ora, isso nao mede se o sujeito é um bom engenheiro ou um bom jornalista.
Isso só mede se o sujeito foi um bom aluno.
E, novamente, em vez de serem exigidas a formar bons jornalistas e
engenheiros, a universidade vai ficar obrigada a formar bons candidados ao
provão...
do mesmo jeito que os cursinhos são forçados a formar bons candidatos ao
vestibular.
(vai lá ver se eles não são eficazes nisso...).
Tão simples.

Moral da estória:
tiremos o foco de cima da universidade.
e coloquemos o foco em cima do diproma.

Sejamos perfeitos no pedido.
Peçamos o que realmente é importante.
E isso será dado.
Quem pede diproma... tem que comer diproma...
e calado.

Luiz Eduardo

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Calor especifico e fisica classica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/11/2001 19:40

Olá Sérgio

> Quando se fala em ser melhor e ser pior, estamos a referirmos a
> resultados matemáticos na previsão de medições experimentais. Aquela que
> apresentar melhores aproximações ganha. (...)
> Queria só dizer isto antes de continuar.

Nada contra, desde que me seja garantido o direito de questionar essa
realidade de natureza operacional e/ou utilitarista. Não sou contra o
pragmatismo e sim contra o dogmatismo. Dogma pode combinar com religião, mas
não com ciência. Noto que em física estamos muito próximos do dogmatismo,
onde não se permitem idéias alternativas, ou onde as academias locupletam-se
com a idéia do "Partidão" e da ideologia única. As revistas "conceituadas"
de física comportam-se como um "Pravda" sofisticado (Para os que não sabem,
o "Pravda" foi o jornal que justificou a ideologia do partido único, que
vingou na Russia durante seus cerca de 70 anos como União Soviética). No
Brasil, de Norte a Sul, de Leste a Oeste, não existe uma única universidade
pública que aceite discutir, numa boa, as minhas idéias. E tenho encontrado,
pela internet, grandes cientistas, do Canadá, da Austrália, dos EUA ou do
Reino Unido, que encontram-se em situação semelhante. Até mesmo na Alemanha,
berço da filosofia moderna, e país onde se valorizam idéias alternativas em
inúmeras áreas, nota-se que em física também é adotado o padrão
dogmatizante. Não sei a quem isso possa interessar, mas certamente a ciência
tem muito a perder com essa atitude hostil e a inibir a criatividade.

> A MQ De Bohr, e a MQ moderna são um pouco diferentes.
> A de bohr postula orbitas. A moderna usa o que sabemos:
> cargas "ligadas" por um potencial electrico.
> E é ao substituir o valor dele nas formulas que se obtêm os
> resultados.

Sem dúvida, as duas MQs são diferentes, mas a essência é a mesma. As órbitas
de Bohr foram postuladas por cima do potencial coulombiano. A MQ moderna
simplesmente evoluiu as idéias de Bohr e acomodou sua nova matemática às
condições previstas por Bohr e a contrariarem a física clássica. Entre a
física clássica e as idéias de Bohr, ocorreu um *cisma* em física. Por outro
lado, entre as idéias primitivas de Bohr e a MQ atual ocorreu uma
*evolução*. Noto, não obstante, um certo dualismo entre a idéia inicial de
Planck, dos osciladores harmônicos, e a idéia das órbitas de Bohr. Sob esse
aspecto diria que a MQ moderna fundiu matematicamente as duas idéias,
juntamente com os novos conceitos que foram sendo criados. As órbitas então
desapareceram e os osciladores passaram a representar entidades matemáticas
ou algoritmos úteis, nada mais do que isso.

> A teoria das funções de onda, pode causar estranhesa. Mas não tanta
> assim se pensarmos matemáticamente.
> É só uma matemática diferente. Não é uma fisica diferente.

Sob esse aspecto estamos em acordo. Não obstante, quando tento mostrar
que a *física* primitiva de Bohr presta-se como alicerce do modelo
*matemático* quântico atual, os defensores desse último "caem de pau" por
cima de minhas idéias. O problema é que se retirarmos esses alicerces, a
física quântica flutua no ar.

> Além disso, temos o Hamiltoneano. que é o mesmo tanto classica como
> não-classicamente.

Sem dúvida. Mas... a dúvida não está no algoritmo que funciona, mas no:
Porquê ele funciona? A esse respeito, percebemos existirem três facções: os
que acham que essa dúvida é sem sentido, a exemplo de Bohr; os que acham que
deveríamos responder a essa pergunta, a exemplo de Schödinger; e os que não
acham nada, e esse parece ser o caso de Dirac. Dirac propõe que "ao se
trabalhar a partir do pondo de vista de obter beleza nas equações, e
tendo-se intuição, se está numa linha segura de progresso".

> > se você estiver no plano da eclíptica, terá a impressão que a
> > Terra vibra em torno de um ponto central, quase que em um MHS e, de
> > tempos em tempos, atravessa o Sol de lado a lado (eclipses da Terra ou
> > do Sol, conforme a posição relativa dos dois).

> Ma agora tenta olhar "de cima" e verás que o que dizes não é util.
> A MQ olha sempre de "cima" (eixo dos z). E tlv por isso veja coisas
> diferentes.

O problema não reside em "olhar de cima" sob o aspecto matemático puro. Pois
a MQ "olha de cima", por esse prisma matemático, e continua vendo apenas
vibrações. Ou seja, "olha mas não vê" ou, rigorosamente falando, não
pressente uma realidade física que não seja outra senão aquela construída
com vibrações. Mesmo porque estamos falando do domínio atômico e neste caso
não se vê nada, a não ser o que é emitido (radiações) pelo sistema do qual
se está falando. Os sistemas aceitos como a emitirem essas radiações são os
mesmos assumidos por Planck há 100 anos, qual seja, osciladores harmônicos.
Ninguém tem a menor idéia do que sejam esses osciladores harmônicos nem como
se manteriam como tais. A esse respeito, vou reproduzir aqui um trecho que
captei no news uol.carreiras.fisica (05/11/01, thread "Pergunta para um
físico"), escrito por um aluno de graduação em física (início de terceiro
ano do curso de graduação):

"O curso de física só tem uma coisa decepcionante.... Você descobre que
a única coisa que a gente sabe resolver é Oscilador Harmônico (uma mola
balançando com um pesinho na ponta)... Toda a nossa tecnologia é baseada
em oscilações em torno de posições de equilibrio... E a gente faz de
tudo para reduzir todos os problemas complicados a osciladores
harmonicos..." (Rafael Calsaverini)

Esses jovens maravilhosos e suas observações fantásticas!!!! Este, por
exemplo, conseguiu resumir, em um único parágrafo, toda a insatisfação que
noto estar presente em uma infinidade de físicos de renome internacional. E,
pela análise do restante de seu texto, nem sei se ele se deu conta disso,
apesar de ter empregado a expressão "decepcionante".

> > Pois bem, se a Terra fosse um elétron e o Sol um próton, você
> > poderia dizer, sob essa visão, que o elétron vibra em torno do núcleo. E
> > poderá até mesmo encontrar uma equação a descrever essa vibração. Esta
> > equação é verdadeira, mas retrata uma falsa realidade física, ou melhor,
> > uma realidade parcial. Essa matemática funciona, mas não está captando
> > toda a realidade.

> Essa matemática não funciona :-)

A matemática sempre funciona, a menos que ocorram erros de lógica e/ou de
cálculo. O problema é que às vezes ela nos mostra apenas "meias-verdades" e
foi por isso que disse "retratar uma realidade parcial".

> Pq esse modelo pode ser aperfeiçoado.

Pois é.

> E o vibrar dessa "corda" chamada electrão dá uns "sons" chamados
> fotões. Cada um com sua frequência, como o dedilhar de uma guitarra.

Pois é. Toda a tecnologia "moderna" é baseada em oscilações em torno de
posições de equilibrio. Mas... Será que esses osciladores realmente existem?
Os efeitos observados não retratariam apenas "meias-verdades" relativas a
suas causas?

> Vamos medir ?
> Vamos. E vemos que os numeros dão certo.
> Os classicos (incluindo bohr) não davam (bohr não estimava todos os
> niveis possiveis)

Como clássico, Bohr realmente falhou e de sua falha, como clássico, surgiu
um dos ramos da física moderna, a MQ. Bohr tentou transformar as oscilações
harmônicas em órbitas, mas não conseguiu, pois pensou unicamente no modelo
gravitacional a se utilizar da lei de Coulomb. Essa idéia, volto a dizer,
apoia-se na autoridade de Lorentz, ao assumir que os elétrons eram
miniaturas das cargas elétricas macroscópicas do modelo dos fluidos
elétricos de Maxwell; e, em parte, também na autoridade de Planck, com seus
osciladores harmônicos; se bem que Planck jamais tenha postulado esses
osciladores, apenas os utilizou e jamais se conformou com as conseqüências
dessa sua idéia.

> Portanto não ha na teoria nenhum pano nem nenhuma gaveta ou tapete.
> É uma casa sem mobilia.

Essa história do tapete não é minha, mas do Thomas Khun. Gosto de utilizá-la
para "tirar o sarro" dos fanáticos, e esse não é o seu caso. Sem dúvida, *em
suas incucações*, todo cientista teorizador utiliza-se, uma vez ou outra, ou
do tapete ou da gaveta. O problema não está na utilização desses artifícios
momentaneamente úteis, mas na dogmatização que se segue. Como você não
pertence a essa estirpe de cientistas dogmáticos, "a la Thomas Khun", vamos
deixar a história do tapete de lado.

> E isto é que está mal. A actitude. Não a teoria ou o Modelo.

Pois é. Não preciso dizer mais nada a respeito.

> > Perceba então que até agora nada da física clássica, dentre tudo o
> > que discuti até aqui, foi negado. A meu ver, o que A EXPERIÊNCIA NEGOU,
> > até o momento, foram as seguintes afirmações: 1) O campo elétrico do
> > elétron é idêntico ao campo de uma carga elétrica macroscópica; 2) O
> > elétron translada em torno do núcleo de um átomo de maneira semelhante
> > ao movimento de translação de um planeta ao redor do Sol;

> Talvez não. Não sei. O que sei é que o modelo é Diferente, e portanto
> não o posso comaprar. Impiricamente, sim. Mas ai ... um electrão anda em
> 3D em torno do nucleo. A Terra faz isso ? Então pq todos os planetas estão
> sob a mesma faxa da eliptica?

Isso provavelmente relaciona-se às origens do sistema solar. Mas esse não é
o cerne do meu argumento. O que eu digo é que a órbita de um planeta, não
poderia se dar segundo um plano que não passasse pelo Sol, pensado como o
centro do sistema solar. Ou seja, o Sol e a órbita de *um* planeta qualquer
não poderiam, pela lei da gravitação, determinar um cone, como aqueles que
se vê nos livros de química e referentes a determinados orbitais. Como Bohr
assumiu que o "aprisionamento" elétron-próton dar-se-ia segundo a lei de
Coulomb, que é idêntica à lei da gravitação, ele jamais iria conseguir
explicar a existência de órbitas excêntricas desse tipo (a excentricidade,
quando muito, restringir-se-ia a órbitas elípticas, porém com o plano da
elipse a passar pelo centro do átomo).

Ora, a mecânica clássica não pressupõe a lei de Coulomb. E, rigorosamente
falando, o modelo mecânico clássico não se apóia nem mesmo na lei da
gravitação, mas tão somente nas três leis de Newton. Logo, nada que resulte
de interpretações gravitacionais ou eletromagnéticas e que não se apóie em
observações *diretas* (e não supostas), irá negar a física clássica. Quando
muito, podemos dizer que o comportamento dos elétrons é tal que ou a física
clássica é falsa, ou a lei de Coulomb não é válida para elétrons
individualizados. E experimentalmente a lei de Coulomb foi definitivamente
comprovada apenas para elementos macroscópicos. Conclusão: a física clássica
ainda não foi falseada pelos argumentos apontados e a apoiarem-se na
aplicação da lei de Coulomb para partículas elementares.

> >3) A emissão ou absorção de
> > energia por um sólido está acoplada a movimentos vibracionais dos
> > átomos e moléculas constitutivos destes sólidos. Não obstante, a física
> > clássica não assume como verdadeira nenhuma dessas hipóteses, como
> > também não as nega. Quem as nega, salvo maior juizo, é a experimentação.
> > Pois essa experimentação, salvo também maior juizo, falseia essas
> > hipóteses secundárias, jamais a física clássica genuinamente newtoniana.

> Mas afinal o que é a Fisica genuinamente newtoniana ?
> A que Hamilton usou ? A que Lagrange usou ? A que Poison usou ?
> A que Newton usou ? A que Eisntein usou ? A que Plank não pode usar ?
> A que ninguem mais sabe usar ?

A física genuinamente newtoniana é composta por um modelo mecânico e um
cenário a acoplar-se a esse modelo. O modelo apóia-se em três leis, as
chamadas leis de Newton, e o cenário em cinco pressupostos: espaço, tempo,
matéria, movimento e campo (espírito da matéria segundo Newton). Perceba que
o campo não faz parte do modelo mas faz parte do cenário, ou seja, da física
newtoniana. Pode-se mudar o cenário sem mudar o modelo, e é neste sentido
que Newton previu a evolução de sua física. O modelo seria o núcleo da
teoria, se bem que considerada incompleta pelo próprio Newton e, portanto, a
comportar uma ou mais hipóteses novas. O cenário seria aquela parte da
teoria que vamos adaptando à experimentação. Por exemplo, posso modificar a

lei da gravitação sem com isso afetar o núcleo da teoria. Assim como posso
crer na existência de um campo elétrico, para as partículas elementares,
diferente daquele dado pela lei de Coulomb. Por outro lado, ao aceitar a lei
de Coulomb como válida para partículas elementares, sou obrigado não apenas
a acrescentar novas hipóteses, mas a modificar o núcleo da teoria e, desta
forma, estarei optando por um novo modelo, agora não mais a ser chamado
clássico.

Os diversos formalismos matemáticos para o modelo clássico foram sendo
desenvolvidos "pari passu" com a concepção dos chamados "construtos de alto
nível", cujo exemplo típico é a energia. Graças a esses construtos, fica-se
às vezes com a falsa impressão de que existem vários modelos diferentes e a
serem aplicados em condições específicas. Nada mais falso pois os
formalismos (leis de conservação, lagrangeano, hamiltoneano, etc) não são
mutuamente exclusivos e, quando gerais, pode-se sempre partir de um e
deduzir o outro ou vice-versa.

A evolução da física clássica para a teoria quântica, que sob o ponto de
vista da matemática parece-nos bastante natural, quando analisada sob o
ponto de vista físico retrata o cisma que ocorreu na física, logo após um
período de crise na física clássica. Assim é que Dirac refere-se a um "novo
esquema a adequar-se a fenômenos na escala atômica". Por novo esquema,
entenda-se um novo modelo não vinculado à essência do modelo mecânico
newtoniano e, também, totalmente alheio ao que poderíamos chamar física
newtoniana. As hipóteses são outras e também não existe mais aquele cenário
clássico a comportar o modelo clássico. Ou seja, o cenário não foi adaptado
aos achados experimentais, mas totalmente desfigurado (espaço, tempo,
matéria, energia, etc). Em seu lugar surge um ambiente nebuloso, a comportar
um conjunto de equações que dão certo, equações estas que, em condições
especiais, reduzem-se às equações do modelo clássico. A nebulosidade
transparece nas entrelinhas de outro pensamento de Dirac (já citado acima):
"Parece que ao se trabalhar a partir do ponto de vista de obter beleza nas
equações e tendo-se intuição, se está numa linha segura de progresso". A
falta de clareza inerente ao modelo chega a ser compensada por um caráter
subjetivo, qual seja, a beleza matemática aliada à funcionalidade e à
esperança de uma compreensão futura, a configurarem um questionável
progresso.

> > A energia total de um átomo poderia então ser expressa
> > por seis variáveis: E = (1/2)mvx^2 + (1/2)mvy^2 + (1/2)mvz^2 + (1/2)kx^2
> > + (1/2)ky^2 + (1/2)kz^2.

> ahummm...eu só vejo 3 ... x, y, z :-))

As seis são: x, y, z, v(x), v(y) e v(z) (escrevi vx porque no formato txt
não dá para rebaixar os tipos das letras). Ou seja, seriam as três
coordenadas de posição, a entrarem na equação da energia potencial e as três
coordenadas de velocidade, a entrarem na equação da energia cinética.

> Porque aqueles x,y,e z, não são no mesmo referencial como tu
> escreves :-)) o de rotação são num ref solidário com o centro de massa, os
> de cinética são num ref algures, onde quiseres considerar...

> São 6, portanto. Ok

Não entendi, mas já que você concordou, tudo bem. ;-))

**Sobre o teorema da eqüipartição
> Então está ligado com a conservação do momento (linear e angular)
> Sim ?

Certamente.

> Engraçado, mas nunca ouvi falar desse teorema...

Normalmente ele é citado quando do estudo da teoria cinética dos gases e,
quase sempre, sem demonstração alguma.

> > Por outro lado, se tivermos "halteres de bilhar", formados com duas
> > bolas e uma haste *rígida*, um destes halteres poderá transferir a sua
> > energia para um outro sob a forma de rotação (isso é mostrado no gif
> > animado http://ecientificocultural.com/Eletron2/anihalter.gif ).

> A imagem é gira. :-) Fizeste à "mão" ?

Normalmente eu faço as figuras no "ms paintbrush" e depois levo para o
"corel photo-paint" para transformá-la em gif. A animação é dada pelo
software "ms gif-animator". Você pode fazer o download do "ms
gif-animator" a partir da seção de links de meu site (na seção download).

> > Sem dúvida, existem outras maneiras de se analisar o modelo, mas não foi
> > isso que coloquei em discussão.

> Comprimento de Compton...já ouviste falar ?
> A ideia é classica: choque de particulas. A matemática é moderna :
> hipotese de De Broglie.... a matemática classica não daria conta de achar
> o resultado...

Nestes casos existe um antes e um depois a colisão e que adaptam-se,
aceitando-se as inovações quânticas, à idéia de um choque entre bolas de
bilhar. Ora, você diz que "a matemática clássica não dá conta de achar o
resultado..." Mas que resultado? Aquele a ser obtido com partículas
quânticas virtuais? Ora, isso não é clássico. A hipótese de De Broglie não é
clássica, o conceito de fóton não é clássico, o eletron coulombiano não é
clássico (pois falseia a física clássica). Até agora nada de clássico chegou
a ser falseado pelas suposições de De Broglie ou de Compton e/ou pelas
observações experimentais que, supostamente, lhes dão suporte. Simplesmente,
ninguém até o momento tentou dar uma explicação clássica para essas
observações experimentais. Ora, eu só posso falsear um argumento clássico se
o argumento realmente existir. Se o argumento não existe, nada foi falseado.
E enquanto aceitarem o decreto de Lorentz, sobre a natureza do elétron,
ninguém conseguirá formular argumento clássico algum, relativo a elétrons, e
a ser falseado. Pois o decreto de Lorentz, por si só, já é algo a negar "a
priori", e sem comprovação experimental alguma, a física clássica.

> > a física clássica, a meu ver, é muito mais simples,
> > muito mais atraente, muito mais elegante, com potencial de ação
> > muito maior (não é teoricamente limitada por indeterminações) e muito
> > mais racional do que a teoria quântica.

> Essas Indeterminações como tu chamas estão na cabeça de quem as
> invoca.

O princípio da indeterminação (ou da incerteza) já foi revogado? Se não,
citaria aqui as palavras de Dirac, por sinal enfatizadas em itálico no
original, para, propositalmente, chamar bastante a atenção: "We have to
assume that there is a limit to the fineness of our powers of observation
and the smallness of the accompanying disturbance --a limit which is
inherent in the nature of things and can never be surpassed by improved
technique or increased skill on the part of the observer." Sinceramente, não
existe nada parecido com isso em física clássica, qual seja, uma
indeterminação "inerente à natureza das coisas" e não a erros de medida em
si.

> Mas ha dois aspectos que a MC difere da fisica moderna.
> Antes era pensando que a informação era transmitida Instantaneamente.
> Acreditas mesmo que a informação, seja ela electrica ou outra, se
> transfere de ponto a ponto com velocidade infinita ?

Nem Newton acreditava nisso e deixou isso explícito mais de uma vez. Não
obstante, parece ter previsto que seus "seguidores" iriam cair nesse erro, e
quase chegou a implorar para que não o fizessem: "Que a gravitação seja
inata, inerente e essencial à matéria, de modo que um corpo possa atuar
sobre outro a distância, através do vácuo, sem a mediação de mais nenhuma
coisa, pela qual e através da qual sua ação e sua força fosse transportada
de um até outro, é para mim absurdo tão grande, que acredito que homem algum
que tenha em questões filosóficas competente faculdade de pensar, possa cair
nele."

É incrível até onde vai a capacidade de lavagem cerebral implícita aos
currículos modernos dos cursos de física. Essa frase de Newton deveria ser
colocada no frontispício de qualquer Instituto de Física e, não obstante,
fazem questão de ensinar exatamente o oposto aos jovens, ou seja, de deixar
o jovem estudante com aquela idéia de que Newton teria sido um imbecil.

Comento alguma coisa a respeito de instantaneidade e física clássica em "O
Espaço Curvo Euclidiano e a Relatividade Galileana", em
http://ecientificocultural.com/Relat/Euclides2.htm

> Outro ponto era: Se durante um determinado tempo eu dou energia a um
> sistema, ele deve adquiri-la. Isso levará à alteração do estado do
> sistema. Possivelmente esse estado será instável, e a energia será
> reenviada de volta. Se eu lhe der X durante t segundos, ele dedolve X
> durante t segundos. Ou seja, Qualquer que seja o valor da acção (porduto
> Energia x Tempo) o sistema sempre responderá da mesma forma. A experiencia
> mostra que não. Existem acção para as quais osistema não responde. Então
> existe uma acção minima, h, abaixo da qual o sistema não responde.

Tudo bem. Mas... Onde é que isso vai contra a física clássica? Lembro que o
termo quantum foi utilizado por muitos físicos clássicos (certamente por
Maxwell) no século XIX e com uma conotação totalmente diferente, a retratar
a natureza discreta da matéria; e porque não da distribuição da energia
entre partículas? Lembro ainda que o h a que você se refere nada mais é
senão a constante de Planck, o último dos grandes clássicos e que jamais
aceitou o significado físico que acabaram dando a sua constante.

Por outro lado, diria também que essa transferência de energia de um sistema
para outro (objeto da termodinâmica) deve ser interpretada com muito
cuidado. Até hoje não está definitivamente comprovada, nem fisicamente, nem
matematicamente, a identidade entre energia interna e energia mecânica,
apenas a sua equivalência para *determinados* propósitos. Comento algo a
respeito em "Variáveis Escondidas e a Termodinâmica", em
http://ecientificocultural.com/Eletron2/termodinamica.htm

> Antes, c=infinito, e h =0
> Isto é o que define : Fisica Classica.
> Velocidade Infinita de Transmissão de Informação
> Acção Minima Nula
> Tens algo a declarar ?

Sim. Estás a usar o que chamo de "a física clássica na visão de um físico
moderno".

> Quero em querer que tu tb não és um Fisica classico. Tb um
> Newtoniano, mas não um classico.
> Tu tb supoes velocidade Finita para a transmissão de informação.

Pois diria então que "na visão de um físico moderno" é bem possível que eu
não seja um físico clássico. Aliás, a maioria destes sequer me considera um
físico, no que, sob certos aspectos, estão com a razão. ;-))

> Quanto à acção, não sei. tu dirás. Mas basta isto para te excluir da
> lista de Fisicos Clássicos.
> Como disseste, Plank foi o ultimo ;-))

Não, eu disse que Planck foi o último dos *grandes* clássicos. Eu talvez
seja um dos primeiros dentre os *pequenos* físicos neoclássicos. Sem dúvida,
muito em breve retornaremos à genuina física clássica e a uma nova fase
áurea para a física. Aí sim, certamente surgirão os *grandes* físicos
neoclássicos.

> Não existe a Fisica que é, e a Fisica que se observa.
> Só existe a que se Observa. Aquilo que é, não podemos saber.

Sim, mas construímos modelos a partir daquilo que se observa. Porque então
adotarmos a ideologia única, tal e qual o Partidão dos socialistas do século
XX? Ao bloquearmos as novas idéias, não atreladas aos paradigmas vigentes,
bloqueamos a evolução da física. Não venha me dizer, como já me disseram
aqui, que existem infinitas idéias novas e aceitas pelos acadêmicos. Pois
existe um fortíssimo policiamento ideológico a somente permitir a propagação
de idéias que estejam fortemente atreladas aos paradigmas vigentes. E o
número de cientistas marginalizados é imenso, talvez da mesma ordem de
grandeza, quiçá maior, daquela observada entre os que são aceitos pelos
deuses do Olimpo.

> > Volto a
> > dizer: um movimento circular e uniforme, visto de perfil, simula um
> > movimento de vibração em torno de um ponto central.

> Estou a ver onde queres chegar.
> Isso é o que faz a MQ. Ela mede projecções segundo um eixo.
> Ela só olha de lado.

Pois foi o que tentei dizer anteriormente, quase no início da mensagem. ;-)

> >Ao fornecer a equação
> > desta vibração eu estaria simplesmente descrevendo parte de um movimento
> > mais geral, da mesma maneira que ao dizer que uma partícula tem
> > spin estou fornecendo apenas parte de um conceito muito mais geral e
> > desconhecido, ignorado ou proibido pelos físicos modernos.

> Isso é mais mito que realidade.
> O que acontece é que só se conhece 1 das 3 projecções . Essa
> projecção é o Spin.
> Não é o giro, pq não temos a certeza do que seram as outras 2
> projecções.

Quer dizer então o princípio da indeterminação continua em voga, ao
contrário do afirmado acima.

> Eu proprio levei tempo a entender isto.
> em MQ diz-se que se pode medir Lz e L² Simultaneamente . Ou seja a
> projecção segundo ZZ e o modulo do vector.
> Mas daqui o que podemos imferir sobre as projecções Lx e Lz ?
> Nada. Simplesmente nada. Não podemos ter uma direcção.
> Sabemos que L mede um giro, mas não sabemos o que mede o Spin...
> O Spin é um operador igual a L, aplicado no centro do electrão em vez
> de no do atomo.
> O Spin poderia ser a medida da projecção de um Cone, que nós nunca
> saberiamos. (pela MQ)
> O L não é um cone... bom, pensamos que não, por analogia com , mais
> uma vez, o sistema Solar.

> Agora, daqui a dizer que "Não é um giro" ..alto ai! Não se prova que
> não é, nem que é. Simplemente não se sabe.

Sim, mas postula-se uma indeterminação. Eu posso não saber algo hoje e
aprender essa alguma coisa amanhã. Mas a física quântica propõe-se a
"proibir", pelo princípio da indeterminação, que amanhã se chegue a
conclusão que o spin relaciona-se a um giro. Logo, para a mecânica quântica,
o "spin não é um giro" ou, como afirmam, não deve ser encarado como um giro
(mesmo porque essa imagem comprovadamente não dá certo, no sentido clássico
do termo). Por outro lado, quando digo em meu artigo que o spin não é um
giro, estou me referindo ao que chamo "spin clássico". O spin clássico, a
meu ver, é algo mais do que um simples giro. O giro é importante mas o que
dá a característica oculta ao spin seria a excentricidade da órbita do
elétron.

[ ]'s
Alberto
http://ecientificocultural.com (inglês)
http://ecientificocultural.com/indice.htm (português)



SUBJECT: Termodinamica Biblica
FROM: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/11/2001 22:04

Olá pessoal.

Não sei a origem, mas recebi e estou repassando essa curiosa especulação.

abraços
Neville
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O Paraíso é mais quente do que o Inferno?

É possível calcular exatamente a temperatura do Paraíso.
Para isso, abramos a Bíblia: Isaias 30-26, "E a luz da Lua
será como a luz do Sol, e a luz do Sol sete vezes maior,
como a luz de sete dias".

Donde se deduz que o Paraíso recebe da Lua tantas radiações
quanto nós recebemos do Sol, e além disso 7 x 7 (49) vezes a
quantidade de radiações que a Terra recebe do Sol (isto é 1
vez + 49 vezes = 50 vezes ao todo). A luz que a Terra recebe
da Lua é 1/10000 da luz que a Terra recebe do Sol.

As radiações recebidas pelo Paraíso irão aquecê-lo até o
ponto em que o calor perdido pela radiação for igual ao
calor recebido pela radiação, isto é, o Paraíso perde 50
vezes a quantidade de calor que a Terra perde por radiação.

Se usarmos a lei de Stefan-Boltzmann para as radiações,
(H/E)^4 = 50, onde E é a temperatura absoluta da Terra
(-300K), obtém-se para H 798K (isto é, 525 °C). Estes 525 °C
são a temperatura do Paraíso.

Calculemos agora a temperatura do Inferno... Na Bíblia, em
Revelações 21-8 é dito: "mas os que temem, e os que não
crêem... serão jogados num lago de enxofre e fogo".

Um lago de enxofre em fusão, isto significa que o enxofre
está a uma temperatura inferior ao seu ponto de ebulição que
é de 444,6 °C.

Concluindo, esta é a prova de que o Paraíso é mais quente do
que o Inferno em 525 °C - 445 °C, ou seja, 80 °C.

P.T. SSSF

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SUBJECT: Desvio Padrão e Lógica Fuzzy
FROM: "Pablo \(Main\)" <pablo@uol.com.br>
TO: "CienciaList" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/11/2001 02:09


Olá Caros:

Já vos aviso que sou um estudante de Direito, portanto, perdoem a
curiosidade, para alguns, estúpida.
Eu vi um colega, que estuda engenharia, fazer alguns cálculos com
desvio padrão que me pareciam fugir à regra lógico-aristotélica. Eram
perguntas do tipo: "Você tem um grupo X, escolhe Y, com desvio padrão Z,
qual a chance de serem maiores de 18 anos?" Juro que fiquei intrigado porque
pelo meu parco conhecimento os números deveriam ser diferentes dos
resultados que ele obtia.

Isso e fez lembrar de um outro tema relacionado que também me
despertou interesse, a lógica fuzzy.

Por isso estou recorrendo à lista. Será que alguém teria algum texto
explicativo sobre esses dois temas: Desvio Padrão e Lógica Fuzzy? Mas alerto
que não tenho grandes conhecimentos na área, portanto preciso de textos
simples, que me façam entender o funcionamento dessas duas "mágicas". Eu
preciso disso mais para provar para meu cérebro que ele está errado, porque
ele teima em dizer que esses dois temas são falaciosos. :-)

Obrigado
[]s
Pablo



SUBJECT: variedades fractais?
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/11/2001 09:20

Talvez eu não devesse fazer essa pergunta, pois corro o risco de não poder
entender a resposta, uma vez que trata-se de uma área de pouco (leia-se
"nada") sei. Mas como a lista parece pouco movimentada mesmo...

A questão é a seguinte:

Uma curva fractal (como a de Koch, por exemplo) é uma variedade?

Só isso.

grazzie, desde já,
bye,
Stafusa




SUBJECT: Re: [ciencialist] Termodinamica Biblica
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/11/2001 11:20



Neville wrote:
>
> Olá pessoal.
>
> Não sei a origem, mas recebi e estou repassando essa curiosa especulação.
----
> Um lago de enxofre em fusão, isto significa que o enxofre
> está a uma temperatura inferior ao seu ponto de ebulição que
> é de 444,6 °C.

Erro! A temperatura de ebulição depende da pressão. Este texto só
nos permite concluir que o inferno está a uma pressão altissima já
que o inferno tem que ser mais quente que o paraíso.

:)

--
joão
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: Desvio Padrão e Lógica Fuzzy
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/11/2001 12:20

Olá Pablo

Desvio-padrão é uma medida que dá a idéia da dispersão de uma amostra
que obedeça a uma distribuição "gaussiana" também conhecida
como "normal". Grande parte das amostras obitidas na natureza pode se
enquadrar razoavelmente numa distribuião normal. Por exemplo, a
altura média dos indíviduos adultos do sexo feminino de uma dada
população; o diâmetro médio dos grãos de areia de uma determinada
área, etc.
A distribuição normal é representada por uma curva em forma de sino.
O desvio-padrão da uma medida da "largura" da parte alta do sino,
onde se concentram a maior parte dos individuos da amostra. Quanto
menor o desvio-padrão, mais concentrada será a distribuição, isto é,
os indivíduos tenderão a ter todos uma altura próxima a média, por
exemplo. A região ao redor da média com o tamanho de um desvio padrão
para cada lado concentra 68% dos individuos. Se tomarmos dois desvios-
padrão para cada lado concentraremos 95% dos individuos.

Em pesquisas estatisticas, em geral chama-se o intervalo de dois
desvios para cada lado com "intervalo de confiança". Por exemplo,
numa pesquisa eleitoral diz-se que o Lula tem 35% dos votos, com um
intervalo de confiança (ou margem de erro) 3%. Isso siginifica que
existe 95% de probabilidade da indice real estar entre 32% e 38%.


Quanto a Lógica Fuzzy... não conheço a fundo, mas entendo que se
trata de uma lógica que admite respostas intermediárias entre "sim"
e "não" ou entre "verdadeiro" e "falso", e isso tem alguma utilização
em eletrônica. Por exemplo, o manual do meu ar condicionado diz que
ele trabalha como essa lógica "fuzzy". Mas isso me parece uma grande
mistificação, já que a única coisa que ele faz é ligar quando
esquenta e desligar quando esfria. Talvez ele ligue mais forte quanto
maior for a temperatura, mas não vejo nada aí que viole a lógica
convencional. Gostaria também que alguém explicasse melhor essa
lógica "fuzzy" (confusa)

[]´s

André




--- In ciencialist@y..., "Pablo \(Main\)" <pablo@u...> wrote:
>
> Olá Caros:
>
> Já vos aviso que sou um estudante de Direito, portanto,
perdoem a
> curiosidade, para alguns, estúpida.
> Eu vi um colega, que estuda engenharia, fazer alguns
cálculos com
> desvio padrão que me pareciam fugir à regra lógico-aristotélica.
Eram
> perguntas do tipo: "Você tem um grupo X, escolhe Y, com desvio
padrão Z,
> qual a chance de serem maiores de 18 anos?" Juro que fiquei
intrigado porque
> pelo meu parco conhecimento os números deveriam ser diferentes dos
> resultados que ele obtia.
>
> Isso e fez lembrar de um outro tema relacionado que também
me
> despertou interesse, a lógica fuzzy.
>
> Por isso estou recorrendo à lista. Será que alguém teria
algum texto
> explicativo sobre esses dois temas: Desvio Padrão e Lógica Fuzzy?
Mas alerto
> que não tenho grandes conhecimentos na área, portanto preciso de
textos
> simples, que me façam entender o funcionamento dessas
duas "mágicas". Eu
> preciso disso mais para provar para meu cérebro que ele está
errado, porque
> ele teima em dizer que esses dois temas são falaciosos. :-)
>
> Obrigado
> []s
> Pablo



SUBJECT: Desvio Padrão e Lógica Fuzzy
FROM: Adam Luiz de Azevedo <adam@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/11/2001 12:55



Caro Pablo, lá vai:

Lógica Difusa (Lógica Fuzzy)

Aristóteles, filósofo grego (384 - 322 a.C.), foi o fundador da
ciência da lógica, e estabeleceu um conjunto de regras rígidas
para que conclusões pudessem ser aceitas logicamente válidas. O emprego da
lógica de Aristóteles levava a uma linha de
raciocínio lógico baseado em premissas e conclusões. Como por exemplo: se
é observado que "todo ser vivo é mortal" (premissa 1),
a seguir é constatado que "Sarah é um ser vivo" (premissa 2), como
conclusão temos que "Sarah é mortal". Desde então, a lógica
Ocidental, assim chamada, tem sido binária, isto é, uma declaração é falsa
ou verdadeira, não podendo ser ao mesmo tempo
parcialmente verdadeira e parcialmente falsa. Esta suposição e a lei da
não contradição, que coloca que "U e não U" cobrem todas
as possibilidades, formam a base do pensamento lógico Ocidental.

A Lógica Difusa (Fuzzy Logic) viola estas suposições. O conceito
de dualidade, estabelecendo que algo pode e deve coexistir
com o seu oposto, faz a lógica difusa parecer natural, até mesmo
inevitável. A lógica de Aristóteles trata com valores "verdade"
das afirmações, classificando-as como verdadeiras ou falsas. Não obstante,
muitas das experiências humanas não podem ser
classificadas simplesmente como verdadeiras ou falsas, sim ou não, branco
ou preto. Por exemplo, é aquele homem alto ou baixo?
A taxa de risco para aquele empreendimento é grande ou pequena? Um sim ou
um não como resposta a estas questões é, na
maioria das vezes, incompleta. Na verdade, entre a certeza de ser e a
certeza de não ser, existem infinitos graus de incerteza. Esta
imperfeição intrínseca à informação representada numa linguagem natural,
tem sido tratada matematicamente no passado com o
uso da teoria das probabilidades.

Contudo, a Lógica Difusa, com base na teoria dos Conjuntos
Nebulosos (Fuzzy Set), tem se mostrado mais adequada para
tratar imperfeições da informação do que a teoria das probabilidades. De
forma mais objetiva e preliminar, podemos definir
Lógica Difusa como sendo uma ferramenta capaz de capturar informações
vagas, em geral descritas em uma linguagem natural e
convertê-las para um formato numérico, de fácil manipulação pelos
computadores de hoje em dia. Considere a seguinte
afirmativa: Se o tempo de um investimento é longo e o sistema financeiro
tem sido não muito estável, então a taxa de risco do
investimento é muito alta. Os termos "longo", "não muito estável" e "muito
alta" trazem consigo informações vagas. A extração
(representação) destas informações vagas se dá através do uso de conjuntos
nebulosos. Devido a esta propriedade e a capacidade
de realizar inferências, a Lógica Difusa tem encontrado grandes aplicações
nas seguintes áreas: Sistemas Especialistas;
Computação com Palavras; Raciocínio Aproximado; Linguagem
Natural; Controle de Processos; Robótica; Modelamento de
Sistemas Parcialmente Abertos; Reconhecimento de Padrões; Processos de
Tomada de Decisão (decision making).

A Lógica Difusa ou Lógica Nebulosa, também pode ser definida ,
como a lógica que suporta os modos de raciocínio que são
aproximados, ao invés de exatos, como estamos naturalmente acostumados a
trabalhar. Ela está baseada na teoria dos conjuntos
nebulosos e difere dos sistemas lógicos tradicionais em suas
características e detalhes.

Nesta lógica, o raciocínio exato corresponde a um caso limite
do raciocínio aproximado, sendo interpretado como um
processo de composição nebulosa.

A lógica em questão foi desenvolvida por Lofti A. Zadeh da
Universidade da Califórnia em Berkeley na década de 60 e
combina lógica multivalorada, teoria probabilística, inteligência
artificial e redes neurais para que possa representar o pensamento
humano, ou seja, ligar a linguística e a inteligência humana, pois muitos
conceitos são melhores definidos por palavras do que
pela matemática.

O valor verdade de uma proposição pode ser um subconjunto
nebuloso de qualquer conjunto parcialmente ordenado, ao
contrário dos sistemas lógicos binários, onde o valor verdade só pode
assumir 2 valores : verdadeiro (1) ou falso (0).
-------------------------------------------------------------------------------

Vantagens e Perspectivas

Vantagens

- Requer poucas regras, valores e decisões;

- Mais variáveis observáveis podem ser valoradas;

- O uso de variáveis lingüísticas nos deixa mais perto do pensamento
humano;

- Simplifica a solução de problemas;

- Proporciona um rápido protótipo dos sistemas;

- Simplifica a aquisição da base do conhecimento.

Perspectivas

Diversas áreas estão sendo beneficiadas pela tecnologia
decorrente da Lógica Difusa. Dentre essas áreas podem ser citadas
algumas que tiveram relevância no avanço tecnológico e que merecem
destaque.

O Controle de processos industriais foi a área pioneira, sendo
as primeiras experiências datadas de 1975 quando foi
demonstrado no Queen College, em Londres, que um controlador nebuloso
muito simples conseguiu controlar eficientemente uma
máquina a vapor. Na mesma época, a primeira aplicação industrial
significativa foi desenvolvida pela indústria de cimento
F.L.Smidth Corp. da Dinamarca. Hoje em dia, uma grande variedade de
aplicações comerciais e industriais estão disponíveis,
destacando-se neste cenário o Japão e mais recentemente, os EUA e a
Alemanha. Dentre os exemplos típicos incluem produtos de
consumo tais como geladeiras (Sharp), ar condicionado (Mitsubishi),
câmeras de vídeo (Canon, Panosonic), máquinas de lavar
roupa (Sanyo), aspiradores de pó, etc. Na indústria automotiva destacam-se
transmissões automáticas (Nissam, Lexus), injeção
eletrônica, suspensão ativa, freios antibloqueantes. Sistemas industriais
incluem controle de grupo de elevadores (Hitachi,
Toshiba), veículos autoguiados e robôs móveis (Nasa, IBM), controle de
motores (Hitachi), ventilação de túneis urbanos
(Toshiba),Controle de tráfego urbano, controle de parada e partida de
trens de metrô (Sendai, Tokio). Estas citações são
ilustrativas pois correntemente mais de 1000 patentes envolvendo Lógica
Difusa já foram anunciadas.

Apesar do uso e da aplicação no Brasil ser incipiente, várias
indústrias e empresas vêm desenvolvendo produtos e serviços
(Villares, IBM, Klockner & Moeller, Robertshaw, Yokogawa, HI Tecnologia).

De fato nos últimos anos o potencial de manuseio de incertezas
e de controle de sistemas complexos tornados possíveis pela
Lógica Difusa, estão sendo combinados com Redes Neurais artificiais, que
por sua vez, possuem características de adaptação e
aprendizagem. A palavra certa para isto é simbiose, que vem gerando novas
classes de sistemas e de controladores neurodifusos,
combinando desta forma os potenciais e as características individuais em
sistemas adaptativos e inteligentes (Gomide et.al.
1992-a). Com certeza estes sistemas deverão proporcionar uma significativa
contribuição para os sistemas de automação e
controle do futuro, principalmente em controle de processos.


===============================================================================[

Conjuntos Nebulosos (Conjunto Fuzzy)

O conceito formal de conjunto nebuloso, fundamentado da Lógica
Difusa, foi introduzido por Lofti A. Zadeh em 1965. Na
teoria clássica dos conjuntos, os conjuntos são ditos "crisp", de tal
forma que um dado elemento do universo em discurso
(domínio) pertence ou não pertence ao referido conjunto. Na teoria dos
conjuntos nebulosos existe um grau de pertinência de
cada elemento a um determinado conjunto. Este conceito parece ser bastante
natural e facilmente percebido ao examinarmos a
lista de conjuntos abaixo:

conjunto dos números naturais ( c )

conjunto dos caracteres ASCII ( c )

conjuntos dos números naturais muito maiores do que dez ( f )

conjunto dos clientes com alta renda ( f )

Existe claramente uma diferença fundamental entre os conjuntos
marcados com "c" e os conjuntos marcados com "f". Por
exemplo, apresentado um caracter podemos afirmar sem nenhuma discussão ou
dúvida se esse caracter pertence ou não pertence
ao conjunto dos caracteres ASCII. Esta questão não é tão simples quando
lidamos, por exemplo, com o conjunto dos homens
altos. Uma pessoa que tenha 1:74 metros de altura, seria considerada como
pertencente a esse conjunto? E a de 1:75 ? Vemos
claramente que não existe uma fronteira bem definida que separe os
elementos do conjunto dos homens altos dos elementos do
conjunto dos homens não altos.

Definição: Um conjunto nebuloso A definido no universo de discurso U é
caracterizado por uma função de pertinência µA, a qual
mapeia os elementos de U para o intervalo [0 , 1].

µA:U => [0 , 1]

Desta forma, a função de pertinência associa com cada elemento x
pertencente a U um número real µA(x) no intervalo [0 ,
1], que representa o grau de possibilidade de que o elemento x venha a
pertencer ao conjunto A, isto é, o quanto é possível para o
elemento x pertencer ao conjunto A.

Um conceito relacionado com conjuntos nebulosos é o de variável
lingüística. Entende-se por variável um identificador que
pode assumir um dentre vários valores. Deste modo, uma variável
lingüística pode assumir um valor lingüístico dentre vários
outros em um conjunto de termos lingüísticos.

Formalmente, uma variável lingüística é caracterizada pela
quíntupla {X, T(X), U, G, M}, onde X é o nome do conjunto de
termos, U o universo de discurso, G uma gramática para gerar os termos
T(X), e M o significado dos termos lingüísticos,
representado através de conjuntos nebulosos.

Variáveis lingüísticas podem também conter modificadores (também
lingüísticos) que alteram seu valor. Exemplos de
modificadores válidos são: muito, pouco, não muito, mais ou menos. Existem
também conectivos que podem ser aplicados à estas
variáveis, "e" e "ou". Assim, um valor válido para a variável lingüística
altura seria não muito alto e não muito baixo. Os
modificadores lingüísticos podem ser definidos matematicamente, como no
exemplo dos conjuntos, baixo e muito baixo, onde o
modificador muito é caracterizado por elevar cada ponto da função de
pertinência à segunda potência. Os conectivos and(e) e
or(ou) são equivalentes à operações de união e intersecção de conjuntos,
respectivamente, podendo dar origem a conjuntos
complexamente definidos, porém representados lingüisticamente de maneira
simples.



SUBJECT: En: Essa eh maneira ale
FROM: "Alexandre S. M." <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
CC: Ciência & Cidadania <CienciaCidadania@yahoogroups.com>
DATE: 12/11/2001 13:27


Não sei se essa é velha, mas pareceu ser interessante,

SDS,

ASM


P/ Refletir ...

De Waldemar Setzer, professor aposentado da USP

Há algum tempo recebi um convite de um colega para servir de árbitro
na revisão de uma prova. Tratava-se de avaliar uma questão de Física que
recebera nota zero. O aluno contestava tal conceito, alegando que
merecia
nota máxima pela resposta, a não ser que houvesse uma "conspiração do
sistema" contra ele. Professor e aluno concordaram em submeter o
problema a
> > > um juiz imparcial, e eu fui o escolhido.
> > > Chegando à sala de meu colega, li a questão da prova, que dizia:
> "Mostre
> > > como pode-se determinar a altura de um edifício bem alto com o auxilio
> de
> > um
> > > barômetro. " A resposta do estudante foi a seguinte:
> > > "Leve o barômetro ao alto do edifício e amarre uma corda nele; baixe
o
> > > barômetro até a calçada e em seguida levante, medindo o comprimento
da
> > > corda; este comprimento será igual à altura do edifício. "
> > > Sem dúvida era uma resposta interessante, e de alguma forma correta,
> > pois
> > > satisfazia o enunciado. Por instantes vacilei quanto ao veredicto.
> > > Recompondo-me rapidamente, disse ao estudante que ele tinha forte
> razão
> > > para ter nota máxima, já que havia respondido a questão completa e
> > > corretamente.
> > > Entretanto, se ele tirasse nota máxima, estaria caracterizada uma
> > > aprovação em um curso de física, mas a resposta não confirmava isso.
> > > Sugeri então que fizesse uma outra tentativa para responder a
questão.
> > > Não me surpreendi quando meu colega concordou, mas sim quando o
> > estudante
> > > resolveu encarar aquilo que eu imaginei lhe seria um bom desafio.
> > > Segundo o acordo, ele teria seis minutos para responder à questão,
> isto
> > > após ter sido prevenido de que sua resposta deveria mostrar,
> > > necessariamente, algum conhecimento de física. Passados cinco
> > > minutos, ele não havia escrito nada, apenas olhava pensativamente
para
> o
> > > forro da sala.
> > > Perguntei-lhe então se desejava desistir, pois eu tinha um
compromisso
> > > logo em seguida, e não tinha tempo a perder. Mais surpreso ainda
fiquei
> > > quando o estudante anunciou que não havia desistido. Na realidade
tinha
> > > muitas respostas, e estava justamente escolhendo a melhor.
> > > Desculpei-me pela interrupção e solicitei que continuasse. No
momento
> > > seguinte ele escreveu esta resposta:
> > > "Vá ao alto do edifico, incline-se numa ponta do telhado e solte o
> > > barômetro, medindo o tempo t de queda desde a largada até o toque com
o
> > > solo. Depois, empregando a fórmula h = (1/2)gt^2 , calcule a altura
do
> > > edifício."
> > > Perguntei então ao meu colega se ele estava satisfeito com a nova
> > > resposta, e se concordava com a minha disposição em conferir
> praticamente
> > a
> > > nota máxima à prova. Concordou, embora sentisse nele uma
> > > expressão de descontentamento, talvez inconformismo.
> > > Ao sair da sala lembrei-me que o estudante havia dito ter outras
> > > respostas para o problema. Embora já sem tempo, não resisti à
> curiosidade
> > e
> > > perguntei-lhe quais eram essas respostas.
> > > "Ah, sim!" - disse ele - "há muitas maneiras de se achar a altura de
> um
> > > edifício com a ajuda de um barômetro." Perante a minha curiosidade e a
> já
> > > perplexidade de meu colega, o estudante desfilou as seguintes
> explicações.
> > > "Por exemplo, num belo dia de sol pode-se medir a altura do
barômetro
> e
> > o
> > > comprimento de sua sombra projetada no solo, bem como a do edifício".
> > > Depois, usando-se uma simples regra de três, determina-se à altura
do
> > > edifício. "Um outro método básico de medida, aliás bastante simples e
> > > direto, é subir as escadas do edifício fazendo marcas na parede,
> > espaçadas
> > > da altura do barômetro.
> > > Contando o número de marcas ter-se-á a altura do edifício em
unidades
> > > barométricas".
> > > Um método mais complexo seria amarrar o barômetro na ponta de uma
corda
> e
> > > balançá-lo como um pêndulo, o que permite a determinação da aceleração
> da
> > > gravidade (g). Repetindo a operação ao nível da rua e no topo do
> edifício,
> > > tem-se dois g's, e a altura do edifício pode, a princípio, ser
calculada
> > com
> > > base nessa diferença.
> > > "Finalmente", - concluiu, - "se não for cobrada uma solução física
> para
> > o
> > > problema, existem outras respostas. Por exemplo, pode-se ir até o
> edifício
> > e
> > > bater à porta do síndico. Quando ele aparecer diz-se: "Caro Sr.
síndico,
> > > trago aqui um ótimo barômetro; se o senhor me disser a altura deste
> > > edifício, eu lhe darei o barômetro de presente.".
> > > A esta altura, perguntei ao estudante se ele não sabia qual era a
> > > resposta
> > > 'esperada' para o problema. Ele admitiu que sabia, mas estava tão
farto
> > > com as tentativas dos professores de controlar o seu raciocínio e
> cobrar
> > > respostas prontas com base em informações mecanicamente arroladas, que
> ele
> > > resolveu contestar aquilo que considerava, principalmente, uma farsa.
> > > "Não basta ensinar ao homem uma especialidade, porque se tornará
assim
> > > uma máquina utilizável e não uma personalidade. É necessário que
adquira
> > um
> > > sentimento, um senso prático daquilo que vale a pena ser empreendido,
> > > daquilo que é belo, do que é moralmente correto"
> > > (Albert Einstein)




SUBJECT: Re: [ciencialist] Termodinamica Biblica
FROM: "JOHN CONSTANTINE" <jconstan@sercomtel.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/11/2001 14:56

Olá João,

O texto vem dizer exatamente o contrário, que o inferno não é mais quente
que o paraíso.

Você diz que ele tem de ser, mas por que? Por que a pressão do inferno tem
de ser alta? Se é um lago de enxofre, por que ele deveria estar sob pressão?
Não é possível que seja um lago a céu aberto, com simples pressão
atmosférica?

Sinceramente, não vi o erro que você aponta.
----- Original Message -----
From: "João Mário Miranda" <jmiranda@explicacoes.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, November 12, 2001 11:20 AM
Subject: Re: [ciencialist] Termodinamica Biblica


>
>
> Neville wrote:
> >
> > Olá pessoal.
> >
> > Não sei a origem, mas recebi e estou repassando essa curiosa
especulação.
> ----
> > Um lago de enxofre em fusão, isto significa que o enxofre
> > está a uma temperatura inferior ao seu ponto de ebulição que
> > é de 444,6 °C.
>
> Erro! A temperatura de ebulição depende da pressão. Este texto só
> nos permite concluir que o inferno está a uma pressão altissima já
> que o inferno tem que ser mais quente que o paraíso.
>
> :)
>
> --
> joão
> http://www.nonio.com
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Termodinamica Biblica
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/11/2001 15:41


-----Mensagem Original-----
De: "João Mário Miranda" <jmiranda@explicacoes.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 12 de novembro de 2001 11:20
Assunto: Re: [ciencialist] Termodinamica Biblica




Neville wrote:
>
> Olá pessoal.
>
> Não sei a origem, mas recebi e estou repassando essa curiosa especulação.
----
> Um lago de enxofre em fusão, isto significa que o enxofre
> está a uma temperatura inferior ao seu ponto de ebulição que
> é de 444,6 °C.

Erro! A temperatura de ebulição depende da pressão. Este texto só
nos permite concluir que o inferno está a uma pressão altissima já
que o inferno tem que ser mais quente que o paraíso.

:)

--
joão

Erro! A temperatura só nos indica o estado de agitação das partículas. O fato de trocar pouca ou muita quantidade de calor dependerá do número de partículas. No espaço sideral a temperatura é altíssima ( 2 000 K) e nem por isso uma pessoa exposta irá se queimar, pelo contrário, congelará pois o calor radiante é tremendamente maior que o calor recebido pelas 2 partículas por metro cúbico.

Tanto no inferno como no paraíso só tem almas, algo bem esvoaçante para meu gosto, e não sei qual o comportamento de almas frente a uma radiação infravermelho. Almas não são partículas quânticas? Tal qual o ectoplasma?

E, por que o inferno tem que ser mais quente que o paraíso. Nessas alturas os esquimós vivem no paraíso e eu, em Barretos, no inferno!

Volto á minha pesquisa sobre o ectoplasma ... rende mais! :-))

[]'
Léo
=================





SUBJECT: Re: [ciencialist] En: Essa eh maneira ale
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
CC: Ciência & Cidadania <CienciaCidadania@yahoogroups.com>
DATE: 12/11/2001 15:46


-----Mensagem Original-----
De: "Alexandre S. M." <alex@energias.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Cc: "Ciência & Cidadania" <CienciaCidadania@yahoogroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 12 de novembro de 2001 13:27
Assunto: [ciencialist] En: Essa eh maneira ale


|
| Não sei se essa é velha, mas pareceu ser interessante,
|
| SDS,
|
| ASM

Ñão é velha ... é cenozóica.

NSOQELS

[]'
Léo
============
|
|
| P/ Refletir ...
|
| De Waldemar Setzer, professor aposentado da USP
|
| Há algum tempo recebi um convite de um colega para servir de árbitro
| na revisão de uma prova. Tratava-se de avaliar uma questão de Física que
| recebera nota zero. O aluno contestava tal conceito, alegando que
| merecia
| nota máxima pela resposta, a não ser que houvesse uma "conspiração do
| sistema" contra ele. Professor e aluno concordaram em submeter o
| problema a
| > > > um juiz imparcial, e eu fui o escolhido.
| > > > Chegando à sala de meu colega, li a questão da prova, que dizia:
| > "Mostre
| > > > como pode-se determinar a altura de um edifício bem alto com o auxilio
| > de
| > > um
| > > > barômetro. " A resposta do estudante foi a seguinte:
| > > > "Leve o barômetro ao alto do edifício e amarre uma corda nele; baixe
| o
| > > > barômetro até a calçada e em seguida levante, medindo o comprimento
| da
| > > > corda; este comprimento será igual à altura do edifício. "
| > > > Sem dúvida era uma resposta interessante, e de alguma forma correta,
| > > pois
| > > > satisfazia o enunciado. Por instantes vacilei quanto ao veredicto.
| > > > Recompondo-me rapidamente, disse ao estudante que ele tinha forte
| > razão
| > > > para ter nota máxima, já que havia respondido a questão completa e
| > > > corretamente.
| > > > Entretanto, se ele tirasse nota máxima, estaria caracterizada uma
| > > > aprovação em um curso de física, mas a resposta não confirmava isso.
| > > > Sugeri então que fizesse uma outra tentativa para responder a
| questão.
| > > > Não me surpreendi quando meu colega concordou, mas sim quando o
| > > estudante
| > > > resolveu encarar aquilo que eu imaginei lhe seria um bom desafio.
| > > > Segundo o acordo, ele teria seis minutos para responder à questão,
| > isto
| > > > após ter sido prevenido de que sua resposta deveria mostrar,
| > > > necessariamente, algum conhecimento de física. Passados cinco
| > > > minutos, ele não havia escrito nada, apenas olhava pensativamente
| para
| > o
| > > > forro da sala.
| > > > Perguntei-lhe então se desejava desistir, pois eu tinha um
| compromisso
| > > > logo em seguida, e não tinha tempo a perder. Mais surpreso ainda
| fiquei
| > > > quando o estudante anunciou que não havia desistido. Na realidade
| tinha
| > > > muitas respostas, e estava justamente escolhendo a melhor.
| > > > Desculpei-me pela interrupção e solicitei que continuasse. No
| momento
| > > > seguinte ele escreveu esta resposta:
| > > > "Vá ao alto do edifico, incline-se numa ponta do telhado e solte o
| > > > barômetro, medindo o tempo t de queda desde a largada até o toque com
| o
| > > > solo. Depois, empregando a fórmula h = (1/2)gt^2 , calcule a altura
| do
| > > > edifício."
| > > > Perguntei então ao meu colega se ele estava satisfeito com a nova
| > > > resposta, e se concordava com a minha disposição em conferir
| > praticamente
| > > a
| > > > nota máxima à prova. Concordou, embora sentisse nele uma
| > > > expressão de descontentamento, talvez inconformismo.
| > > > Ao sair da sala lembrei-me que o estudante havia dito ter outras
| > > > respostas para o problema. Embora já sem tempo, não resisti à
| > curiosidade
| > > e
| > > > perguntei-lhe quais eram essas respostas.
| > > > "Ah, sim!" - disse ele - "há muitas maneiras de se achar a altura de
| > um
| > > > edifício com a ajuda de um barômetro." Perante a minha curiosidade e a
| > já
| > > > perplexidade de meu colega, o estudante desfilou as seguintes
| > explicações.
| > > > "Por exemplo, num belo dia de sol pode-se medir a altura do
| barômetro
| > e
| > > o
| > > > comprimento de sua sombra projetada no solo, bem como a do edifício".
| > > > Depois, usando-se uma simples regra de três, determina-se à altura
| do
| > > > edifício. "Um outro método básico de medida, aliás bastante simples e
| > > > direto, é subir as escadas do edifício fazendo marcas na parede,
| > > espaçadas
| > > > da altura do barômetro.
| > > > Contando o número de marcas ter-se-á a altura do edifício em
| unidades
| > > > barométricas".
| > > > Um método mais complexo seria amarrar o barômetro na ponta de uma
| corda
| > e
| > > > balançá-lo como um pêndulo, o que permite a determinação da aceleração
| > da
| > > > gravidade (g). Repetindo a operação ao nível da rua e no topo do
| > edifício,
| > > > tem-se dois g's, e a altura do edifício pode, a princípio, ser
| calculada
| > > com
| > > > base nessa diferença.
| > > > "Finalmente", - concluiu, - "se não for cobrada uma solução física
| > para
| > > o
| > > > problema, existem outras respostas. Por exemplo, pode-se ir até o
| > edifício
| > > e
| > > > bater à porta do síndico. Quando ele aparecer diz-se: "Caro Sr.
| síndico,
| > > > trago aqui um ótimo barômetro; se o senhor me disser a altura deste
| > > > edifício, eu lhe darei o barômetro de presente.".
| > > > A esta altura, perguntei ao estudante se ele não sabia qual era a
| > > > resposta
| > > > 'esperada' para o problema. Ele admitiu que sabia, mas estava tão
| farto
| > > > com as tentativas dos professores de controlar o seu raciocínio e
| > cobrar
| > > > respostas prontas com base em informações mecanicamente arroladas, que
| > ele
| > > > resolveu contestar aquilo que considerava, principalmente, uma farsa.
| > > > "Não basta ensinar ao homem uma especialidade, porque se tornará
| assim
| > > > uma máquina utilizável e não uma personalidade. É necessário que
| adquira
| > > um
| > > > sentimento, um senso prático daquilo que vale a pena ser empreendido,
| > > > daquilo que é belo, do que é moralmente correto"
| > > > (Albert Einstein)
|
|
|
| &&& --- &&&
| VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
| http://www.ciencialist.hpg.com.br
| Para sair da lista envie um mail para
| ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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| Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
|
|



SUBJECT: Re: [ciencialist] Termodinamica Biblica
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/11/2001 15:53

Ah! esqueci-me de um detalhe:
inferno vem de infero = interno, de baixo
nada tem a ver com 'quente'.
[]'
Léo
==============

Erro! A temperatura de ebulição depende da pressão. Este texto só
nos permite concluir que o inferno está a uma pressão altissima já
que o inferno tem que ser mais quente que o paraíso.

:)

--
joão
=============



SUBJECT: Re: [ciencialist] variedades fractais?
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/11/2001 16:30



Jefferson Stafusa Elias Portela wrote:
>
> Talvez eu não devesse fazer essa pergunta, pois corro o risco de não poder
> entender a resposta, uma vez que trata-se de uma área de pouco (leia-se
> "nada") sei. Mas como a lista parece pouco movimentada mesmo...
>
> A questão é a seguinte:
>
> Uma curva fractal (como a de Koch, por exemplo) é uma variedade?
>
> Só isso.
>
> grazzie, desde já,
> bye,
> Stafusa
>
>
Oi,

não é uma variedade diferenciável em princípio porque vc não pode
definir uma aplicação diferenciável biunívoca de abertos contidos em Rn
na variedade M. Em outras palavras, para que uma superfície (curva ou
algo n-dimensional) seja uma variedade, a condição de dimesão inteira é
necessária para que possamos definir aplicações em intervalos abertos.
Em um conjunto de dimensão não inteira, não conseguimos definir uma
vizinhança aberta em torno de um elemento deste conjunto que esteja
contida no mesmo.
Simplificando bem, um conjunto de dimensão fractal não é diferenciável
e portanto não pode ser uma variedade diferenciável.

[] Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Termodinamica Biblica
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/11/2001 18:40


-----Mensagem Original-----
De: "JOHN CONSTANTINE" <jconstan@sercomtel.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 12 de novembro de 2001 14:56
Assunto: Re: [ciencialist] Termodinamica Biblica


| Olá João,
|
| O texto vem dizer exatamente o contrário, que o inferno não é mais quente
| que o paraíso.
|
| Você diz que ele tem de ser, mas por que? Por que a pressão do inferno tem
| de ser alta? Se é um lago de enxofre, por que ele deveria estar sob pressão?
| Não é possível que seja um lago a céu aberto, com simples pressão
| atmosférica?
|
| Sinceramente, não vi o erro que você aponta.

O João, do paquímetro, está com erro de 1/10 mm (9 divisões do nônio - ou vernier - foram divididas em 10 partes). O argumento dele de que o inferno deve ser mais quente que o paraíso é uma falácia infernal!
Entretanto, sua mensagem tb está sujeita á chuvas e trovoadas malignas. Como pode ter um inferno a céu aberto? ou um paraíso idem?

O inferno, para todos os textos e trovas está dentro de uma caverna fechada (eu diria hermeticamente e aDIABÓticamente fechada), assim, não está na superfície da terra a céu aberto (se estivesse algum equipamento infernal da NASA, que tudo pode e tudo vê, já o teria encontrado). Lagoas de enxofre fervente poderia existir nesse ambiente 'panela de pressão'.
Desse modo, a menos de alguma DEMOnstração em contrário sua argumentação falha.

O paraíso, pelas mesmas fontes fidedignas de informação, é nas nuvens altas, muito altas para serem vistas a olho pelado. Mas é redondo ... pois de lá as almas não podem enxergar a Terra; só há um pequeno buraco na parte de baixo por onde as almas entram (é nesse portão que está o Sr. Pedro). É tão alto lá que o ar é extremamente rarefeito ... e como tal pode ter partículas em altíssimas temperaturas sem qualquer perigo para as límpidas almas ... tal como as fagulhas do esmeril não queimam!

Minha teoria é que tanta gente boa já morreu que esse lugar no céu tá ficando por demais entupido, acredito até que seja a causa do buraco na camada de ozona.

Em fim ... mais um texto de soberba sabedoria. Realmente não entendo o que faço aqui em baixo!

[]'
deus
=================



SUBJECT: Re: Calor especifico e fisica classica
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/11/2001 20:00

Cumprimentos renovados,

> > Quando se fala em ser melhor e ser pior, estamos a referirmos a
> > resultados matemáticos na previsão de medições experimentais.
Aquela que
> > apresentar melhores aproximações ganha. (...)
> > Queria só dizer isto antes de continuar.
>
> Nada contra, desde que me seja garantido o direito de questionar
essa
> realidade de natureza operacional e/ou utilitarista. Não sou contra
o
> pragmatismo e sim contra o dogmatismo.

Não se trata de dogmatismo. Falo claro do ponto de vista teórico. Do
ponto
de vista prático, ambos sabemos que não é assim.
Operacionalismo, parece-me melhor,
embora eu prefira Física mesmo. :-)

Ha a seguinte questão que parece aflorar nos teus comentários que é o
da
metafisica.Ou seja,não aquilo que é "irreal" mas o que está para além
da
fisica. O que inclui por exemplo a psicologia ou a antropologia.
Dentro da fisica o que temos são modelos. Modelos que nos permitem
aceder à
pirori a valores de grandezas que posteriormente mediremos.
Sendo que se trata de valores, numeros, a matemática é crucial.
Estou a repetir-me , mas é que isto é realmente a diferença. Todos os
"defeitos" que apontas advém deste promenor : a matemática do modelo.

> > A MQ De Bohr, e a MQ moderna são um pouco diferentes.
> > A de bohr postula orbitas. A moderna usa o que sabemos:
> > cargas "ligadas" por um potencial electrico.
> > E é ao substituir o valor dele nas formulas que se obtêm os
> > resultados.
>
> Sem dúvida, as duas MQs são diferentes, mas a essência é a mesma. As
órbitas
> de Bohr foram postuladas por cima do potencial coulombiano. A MQ
moderna
> simplesmente evoluiu as idéias de Bohr e acomodou sua nova
matemática às
> condições previstas por Bohr e a contrariarem a física clássica.

Não concordo com isso. Ele baseou o seu
modelo Matemático nos resultados experimentais (na sua forma
matemática) .
Portanto ele procurava um modelo que desse certo com aqueles
resultados . E não um modelo geral.

A MQ é uma nova forma de Mecânica. O "novo" está na hipotese de De
Broglie

> Entre a
> física clássica e as idéias de Bohr, ocorreu um *cisma* em física.
> Por outro lado, entre as idéias primitivas de Bohr e a MQ atual
ocorreu
uma
> *evolução*.

Tb não concordo com isso. Eu diria que é o contrário. houve uma
evolução da
MC para a de Bohr : quantificação. Mas da MC para a MQ houve
um "cisma" ,
uma separação.
Mas isto não é relevante para os finalmentes.

> > A teoria das funções de onda, pode causar estranhesa. Mas não
tanta
> > assim se pensarmos matemáticamente.
> > É só uma matemática diferente. Não é uma fisica diferente.
>
> Sob esse aspecto estamos em acordo. Não obstante, quando tento
mostrar
> que a *física* primitiva de Bohr presta-se como alicerce do modelo
> *matemático* quântico atual, os defensores desse último "caem de
pau" por
> cima de minhas idéias. O problema é que se retirarmos esses
alicerces, a
> física quântica flutua no ar.

Bom, se não em numero vou ter de concordar com isso en género. Eu tb
não
acho que a fisica de Bohr esteja na base da MQ. As ideias, os
postulados e o
formalismo são completamente diferentes.
Apenas alguns resultados são os mesmos.
O modelo de Bohr apenas descobre as chamdas orbitais s , as que têm
simetria
esférica.

> > Além disso, temos o Hamiltoneano. que é o mesmo tanto classica
como
> > não-classicamente.
>
> Sem dúvida. Mas... a dúvida não está no algoritmo que funciona, mas
no:
> Porquê ele funciona?

Pela mesma razão que o Hamiltoneano funciona na fisica clássica. Esse
formalismo é o mesmo. Sem tirar, nem por. Esse é a pedra angular da
Mecânica. Seja ela moderna ou classica


>A esse respeito, percebemos existirem três facções: os
> que acham que essa dúvida é sem sentido, a exemplo de Bohr; os que
acham
que
> deveríamos responder a essa pergunta, a exemplo de Schödinger; e os
que
não
> acham nada, e esse parece ser o caso de Dirac. Dirac propõe que "ao
se
> trabalhar a partir do pondo de vista de obter beleza nas equações, e
> tendo-se intuição, se está numa linha segura de progresso".

Essa da beleza das equações é para especialistas entenderem.
Dirac de certo não se refere à beleza dos simbolos matemáticos. Mas
sim, ao
facto de atravéz dela se conseguir entender o mundo. A beleza e a
simplicidade vêm dai. F=ma é uma formula linda, e o ponto de partida
da M.
Classica. O Lagrangeano e o Hamiltoneano tb são "lindos". Sob a
prepectiva
que ruenem neles a solução de todos os problemas. Mesmo quando a
resolução
destes operadores não é humanamente possivel.

Se formos tentar responder a pq existem as coisas, então caimos na
metafisica. O objectivo da fisica não é entender tudo, mas apenas o
que está
no seu alcance. E no caso é : Aquilo que é possivel observar e medir.

> A esse respeito, vou reproduzir aqui um trecho que
> captei no news uol.carreiras.fisica (05/11/01, thread "Pergunta
para um
> físico"), escrito por um aluno de graduação em física (início de
terceiro
> ano do curso de graduação):
>
> "O curso de física só tem uma coisa decepcionante.... Você
descobre
que
> a única coisa que a gente sabe resolver é Oscilador Harmônico
(uma
mola
> balançando com um pesinho na ponta)... Toda a nossa tecnologia é
baseada
> em oscilações em torno de posições de equilibrio... E a gente
faz de
> tudo para reduzir todos os problemas complicados a osciladores
> harmonicos..." (Rafael Calsaverini)
>
> Esses jovens maravilhosos e suas observações fantásticas!!!!

O que ele diz é realmente incrivelmente simples. Quem me dera que
isso fosse
explicado a todos os fisicos no seu 1º ano de estudo. Mas é tb
redutor. A
prová-lo está a teoria do Caos.
Ela abandona a linearidade ( que é outra forma de dizer Oscilador
Harmonico ) e mostra como os termos não lineares podem ser
importantes em
alguns casos. Mas vendo bem ,isso é um problema matemático e não um
problema fisico.[ eu prefiro outro enunciado mais geral que aquele
ver mais à frente]

A fisica está atrelada à matemática , do ponto de vista da modelação
numérica. apenas pode ir onde a mat a deixar.

E aqui entra a matemática da MQ. Que permite ir mais longe.


> > E o vibrar dessa "corda" chamada electrão dá uns "sons" chamados
> > fotões. Cada um com sua frequência, como o dedilhar de uma
guitarra.
>
> Pois é. Toda a tecnologia "moderna" é baseada em oscilações em
torno de
> posições de equilibrio. Mas... Será que esses osciladores realmente
existem?

Esse não é um problema da Fisica. É da metafisica. Isso é filosofia,
tão
boa/má quanto "Penso, logo existo"
Aliás, é um principio metafisico que "Apenas entiades existentes podem
provocar efeitos observáveis"
Não ha nenhuma prova disto, mas isto é assente como um principio da
fisica,
e da ciencia em geral.
(por isso deus é descartado por -esta- ciencia )

> Os efeitos observados não retratariam apenas "meias-verdades"
relativas a
> suas causas?

Sim e Não.
O fenómeno em si, retrata toda a verdade. Mas a intrepretação que os
humanos
lhe dão , ai sim, são apenas meias verdades.
A ciencia é feita de meias-verdades, enquanto a realidade é toda
"verdadeira".


> > Vamos medir ?
> > Vamos. E vemos que os numeros dão certo.
> > Os classicos (incluindo bohr) não davam (bohr não estimava todos
os
> > niveis possiveis)
>
> Como clássico, Bohr realmente falhou e de sua falha, como clássico,
surgiu
> um dos ramos da física moderna, a MQ.

Não vejo pq. A MQ nasceu, isso sim da Hipotese _Fisica:_ de De
Broglie e a
matemática da transformada de Fourrier.
É esta matemática que permite "maravilhas" e causa "problemas".
é um erro ensinar MQ sem ensinar a TF primeiro.
A TF é usada em coisas fora da fisica (analise de imagem pq exemplo) .
O Principio de Incerteza (não de indeterminação) de Heisenberg (PH)
deriva
apenas e só das propriedades matemáticas da TF . Só!

E onde isto põe a fisica ?
A MQ fica limitada por este facto matemático, já que a sua matemática
é
apenas esta.
Contudo, outros métodos podem não estar. (Estou a lembrar-me dessas
teorias
emergentes agora que não usam a TF e dizem que podem ir mais além.
Supertrings por exemplo)

Inferir que porque a MQ não pode saber coisas pq no seu modelo está
inerente
o PH, então é simplesmente impossivel saber isso , sempre : É
fisicamente
estúpido.

Pensar isso, seria elevar a MQ ao cume de Teoria Final , que nenhuma
é , por
definição de ciência.
Por isso o paradoxo EPR (- já afloradodo aqui-) é ao mesmo tempo
importante
e ridiculo.
Importante pq chama a atenção que a MQ não é final- o que era suposto
todos
saberem- e ridiculo pq parte do principio que é.


>Bohr tentou transformar as oscilações
> harmônicas em órbitas, mas não conseguiu, pois pensou unicamente no
modelo
> gravitacional a se utilizar da lei de Coulomb. Essa idéia, volto a
dizer,
> apoia-se na autoridade de Lorentz, ao assumir que os elétrons eram
> miniaturas das cargas elétricas macroscópicas do modelo dos fluidos
> elétricos de Maxwell;

Não seria na de Faraday ? Ele é que experimentalmente levou a essa
conclusão.


> Essa história do tapete não é minha, mas do Thomas Khun. Gosto de
utilizá-la
> para "tirar o sarro" dos fanáticos, e esse não é o seu caso. Sem
dúvida,
*em
> suas incucações*, todo cientista teorizador utiliza-se, uma vez ou
outra,
ou
> do tapete ou da gaveta. O problema não está na utilização desses
artifícios
> momentaneamente úteis, mas na dogmatização que se segue. Como você
não
> pertence a essa estirpe de cientistas dogmáticos, "a la Thomas
Khun",
vamos
> deixar a história do tapete de lado.

Não vamos deixá-la de lado, pq ela é o centro da conversa. O ponto
inerente
ao que referes não é nem a fisica, nem a MQ, nem a matemática. Mas a
visão
curta dos humanos, especialmente os que são mal-educados pelas
pedagogias de
hoje.

Não é facil esplicar a um fisico que a MQ não é a "Grande Teoria",
que todos
o seus "problemas" se devem à matemática. E que confundir matemática
com
fisica é errado,e mais que issom perigoso.
Agora, imaginemos explicar isto, a quem não é fisico.

Portanto, e repito o que está mal é actitude Humana, e não, a fisica
ou a
matemática, ou a ciencia em geral.


> > Talvez não. Não sei. O que sei é que o modelo é Diferente, e
portanto
> > não o posso comaprar. Impiricamente, sim. Mas ai ... um electrão
anda em
> > 3D em torno do nucleo. A Terra faz isso ? Então pq todos os
planetas
estão
> > sob a mesma faxa da eliptica?
>
> Isso provavelmente relaciona-se às origens do sistema solar. Mas
esse não
é
> o cerne do meu argumento. O que eu digo é que a órbita de um
planeta, não
> poderia se dar segundo um plano que não passasse pelo Sol, pensado
como o
> centro do sistema solar. Ou seja, o Sol e a órbita de *um* planeta
qualquer
> não poderiam, pela lei da gravitação, determinar um cone, como
aqueles que
> se vê nos livros de química e referentes a determinados orbitais.

Mas um cone é um conjunto de planos que passam pelo sol .... a ideia
de
plano que passa por dois pontos é estranha.

> Ora, a mecânica clássica não pressupõe a lei de Coulomb. E,
rigorosamente
> falando, o modelo mecânico clássico não se apóia nem mesmo na lei da
> gravitação, mas tão somente nas três leis de Newton.

AH! então o modelo classico é o que se apoia nas leis de Newton.
Par acção-reacção, o movimento não se altera se não houver força e se
houver
força ele altera-se segundo F=ma.

Mas a relatividade e a MQ não seguem tb estas regras ?

A meu ver o que é diferente entre a aproximação classica e a moderna
está na
modelação dos corpos. Até De Broglie , o Modelo de "corpo" era o de
uma
"bolinha"
Perguntem a alguem do 2º ciclo e verão.
O Salto, foi pensar no corpo como: "Não sei o que é! Apenas sei que é
limitado no espaço -volume- e tem certas propriedades experimentais"

Então sabendo isto como podemos modelar isto ?
a resposta da fisica moderna , MQ em particular é : Com uma função
definida
à custa da TF, ou melhor, da Série de Fourrier.
E isto é permitido. Isto é um modelo. É assim que se faz. Perguntem a
alguem
que trabalhe em análise de sinal. Ou em electrónica (Transformada de
Laplace é a generalização da de Fourier)
E agora, podem ir procurar no resto das disicplinas da fisica e
observam que
a TF e a Série de Fourrier está em todo o lado. Como o Oscilador
Harmónico.
E por isso eu perfiro esta prespectiva, à do meu colega que citaste.
É que com TF posso analizar Osciladores Harmónicos. Mas com o OH não
posso
obter os mesmos resultados que com a TF. E agora, sim toda a fisica
se
resume à TF.

Mas a TF tem um problema.Que Heisenberg observou. O famoso Principio
de
Incerteza.
Ele diz que Delta (A) x Delta (B) >= a
onde a é uma constante. A e B são duas grandezas fisicas conjugadas.
Isto é
, uma existe no campo real, a outra existe no campo das frequencias.
A = 1/B
se B = tempo(s), A = frequencia temporal (Hz) , se B=comprimento(m) ,
A =
frequencia espacial (rad/m ), etc...

É daqui que vê o Principio de Incerteza. Ele é Geral , mas aplicado
apenas
_SE e apenas SE_ trabalharmos com a TF. Caso contrário ele não se
aplica.

Então,em MQ ele se aplica. E muito. A MQ vive à custa da TF.
A relatividade, por exemplo, não. Donde não interessa nada o PH aqui.

Então pq de Incerteza e não de Indeterminação ?

Porque não existe indeterminação. É como lim sen(x)/x , x->0 .
Levanta-se
olhando para o gráfico das funções (ou usando a Regra de Cauchy-
Hospital). A
do PH levanta-se deixando de usar a TF.

É uma incerteza pq depende do modelo. E não uma indeterminação que
dependa
da realidade.

O que acontece é que ninguem explica isto aos singelos
estudantes.Eles terão
de aprender À sua custa. Ora isso não garante que todos aprendam, nem
sequer
que alguem aprenda.
Então continuamos com o endeusamento da Teoria da MQ, que não é
final, mas
ninguem sabe.
E ai daquele que ousar levantar a palavra contra!

É claro aqui, pq o Principio de Incerteza SÓ se aplica no modelo da
MQ
moderna e em mais lado nenhum. E Que Não É uma lei ?

E tu dirás : Sim, eu já sabia isso fisicamente.
E eu direi: Mas tlv não soubesses a razão matemática.

Hoje em dia existe a mania que um bom fisico é aquele que é um bom
matemático. Que manipula as eq para darem o que ele quer. Ora isto
não é ser
fisico, tlv Feiticeiro de Oz.
Mas hei! , a magia vende bem... os livros saem que nem agua no
deserto... a
publicidade é optima e isso gera fundos para as nossas pesquisas...
Fixe!
Cool!! Vamos continuar nessa , então.
Avé Feitiçaria!

E depois andam por ai uns a dizer que são cepticos e que só acreditam
na
ciencia.... qual ciência ? A dos Feiticeiros de Oz ? LOL

>Logo, nada que resulte
> de interpretações gravitacionais ou eletromagnéticas e que não se
apóie em
> observações *diretas* (e não supostas), irá negar a física clássica.

Negar a fisica classica seria negar F=ma , o principio da Acção-
Reacção, ou
o da velocidade constante na presença de força.
E os mais distraidos dirão :"Mas a velocidade da luz não se
altera!!" ,
correcção, o módulo da velocidade não se altera, mas a velocidade é
um
vector. Tem direcção e essa altera-se.

Quando encontrár-mos algo que viole a fisica classica todo a Fisica
cai por
terra. sem hipotese.

>Quando
> muito, podemos dizer que o comportamento dos elétrons é tal que ou a
física
> clássica é falsa, ou a lei de Coulomb não é válida para elétrons
> individualizados. E experimentalmente a lei de Coulomb foi
definitivamente
> comprovada apenas para elementos macroscópicos. Conclusão: a física
clássica
> ainda não foi falseada pelos argumentos apontados e a apoiarem-se na
> aplicação da lei de Coulomb para partículas elementares.

Então terás de explicar pq ao mudar de escala essa lei deixa de ser
válida.



> > Mas afinal o que é a Fisica genuinamente newtoniana ?
> > A que Hamilton usou ? A que Lagrange usou ? A que Poison usou ?
> > A que Newton usou ? A que Eisntein usou ? A que Plank não pode
usar ?
> > A que ninguem mais sabe usar ?
>
> A física genuinamente newtoniana é composta por um modelo mecânico
e um
> cenário a acoplar-se a esse modelo. O modelo apóia-se em três leis,
as
> chamadas leis de Newton, e o cenário em cinco pressupostos: espaço,
tempo,
> matéria, movimento e campo (espírito da matéria segundo Newton).
Perceba
que
> o campo não faz parte do modelo mas faz parte do cenário, ou seja,
da
física
> newtoniana. Pode-se mudar o cenário sem mudar o modelo, e é neste
sentido
> que Newton previu a evolução de sua física.

Eu perfiro outra aproximação.A atomistica.
Existem corpos que constroem corpos, que constroem outros corpos, numa
cadeia infinita de construções.
Então procuramos os corpos mais pequenos que nós. As particulas.
Matéria deixa então de ter significado. O Movimento tem de ser
relativo e o
campo é a "alma" da construção- o "cimento". O espaço e o tempo são
meros quantificadores
de localização (escala), pq nós não somos omnipresentes.

Li algures que Eisntein intrepretava as "ondas de luz" como densidade
de
fotões. Como eles eram emitidos em pacotes, esses pacotes não eram em
si
emitidos continuamente, mas em "soluços"
E esse vai-não-vai , daria uma densidade variável: a função de onda
da luz.
A luz, constituida por fotões.

Agora, imaginemos um corpo com volume. Imagenos um cubo de cobre.
Sabemos que esse cubo não está parado se mudarmos de escala.
Na escala da rede do cubo , existe movimento. Mais que não seja pq o
cubo
não está a zero Kelvin.
Então na escala macoscópica, nós temos um modelo que fz uma "média"
disto
tudo. De forma que achamos que o "cubo" está parado. o cubo está, mas
o que
o cosntitui não. A prova, é a sua temperatura positiva. (assumamos por
instantes que esta parte é correcta)

A ideia é chamar a atenção que algo parado numa escala, pode não estar
parado em outra.
E isso se relacina com o assunto inical deste thread. A fisica
estatistica.

Então, quando chegamos ao modelo do neutrão, por exemplo, o que
pensamos ?
Pensamos em "bolinhas" chamadas neutrões. Mas isso é o mesmo que
pensar no
"cubo" de cobre.
Pq não descer a escala e pensar que o neutrão é formado de particulas
mais
pequenas que estatisticamente, e em média, formam, a uma certa
escala, o
neutrão ?
Não ha nenhuam razão. E descemos. Encontamos o quark.
E vamos continuar a descer. Até que a gente se chatei de procurar, ou
até
que a imaginação humana deixe de poder continuar a descer.

Então generalizamos: Cada corpo é constituido por corpos "mais
pequenos".E isto é que é, para mim, a fisica newtoniana.

Então uma forma de modelar , à nossa escala o corpo é através de uma
função,
o mais simples possivel, que em média, represente a estrutura dos
corpos
"mais pequenos"

Por tradição escolhia-se a esfera. Era simples, isotrópica,
homogénea...para
quê complicar?
Ah! e se complicarmos ? pq uma esfera ? pq não uma função definida à
custa
da TF ?

Newton não conhecia esta matemática. Ele não podia ter ido por aqui.

Então, do meu ponto de vista, a fisica das tres leis de Newton
continua
viva. A fisica das bolinhas de boa saude. Embora tapada pelo pano da
função
[estatistica] de onda.
Mas o que realmente está tapado não é a fisica, nem os seus modelos,
mas os
olhos daqueles que nunca viram isto.


> A evolução da física clássica para a teoria quântica, que sob o
ponto de
> vista da matemática parece-nos bastante natural, quando analisada
sob o
> ponto de vista físico retrata o cisma que ocorreu na física, logo
após um
> período de crise na física clássica. Assim é que Dirac refere-se a
um
"novo
> esquema a adequar-se a fenômenos na escala atômica".

Dirac é um caso paradoxal. Ele acrescentou mais postulados (Mar de
Dirac)
para não quebrar o da Energia Positiva.
Não sei se ele será alguem que se deva citar.Ele proprio fartou-se de
"inventar"


>Em seu lugar surge um ambiente nebuloso, a comportar
> um conjunto de equações que dão certo, equações estas que, em
condições
> especiais, reduzem-se às equações do modelo clássico.

Mas a fisica é só isso !
O que achas que é F=ma, senão uma equação que dá certo ?
O que achas afinal que é a fisica ?



[
Um à parte:

> Normalmente eu faço as figuras no "ms paintbrush" e depois levo
para o
> "corel photo-paint" para transformá-la em gif. A animação é dada
pelo
> software "ms gif-animator". Você pode fazer o download do "ms
> gif-animator" a partir da seção de links de meu site (na seção
download).

Que trabalheira :-)) O Corel Photo Paint, além de fazer o trabalho do
MS
Paintbrush , faz tb o do outro, convertendo directamente em animated
gif
...pelo menos a minha versão... :-))
Nem é converter. É poder desenhar frame a frame , directamente. ]


> > Comprimento de Compton...já ouviste falar ?
> > A ideia é classica: choque de particulas. A matemática é moderna :
> > hipotese de De Broglie.... a matemática classica não daria conta
de
achar
> > o resultado...
>
> Nestes casos existe um antes e um depois a colisão e que adaptam-se,
> aceitando-se as inovações quânticas, à idéia de um choque entre
bolas de
> bilhar.

Bom, o mesmo é na fisica classica. Antes e Depois (fisica de
estados :-) )
É a isso que chamo "choque"

>Ora, você diz que "a matemática clássica não dá conta de achar o
> resultado..." Mas que resultado? Aquele a ser obtido com partículas
> quânticas virtuais? Ora, isso não é clássico. A hipótese de De
Broglie não
é
> clássica, o conceito de fóton não é clássico, o eletron coulombiano
não é
> clássico (pois falseia a física clássica).

Eu apenas disse que a ideia de "choque" que era classica.
O resto que descreves é a matemática :-) os modelos do cenário.

O resultado a que me refiro é o choque de particulas (electrões , no
caso)
com fotões.
Como parametros , se ainda me lembro, temos o angulo de "aproximação"
Dado o mesmo problema a fisica classica, chega aos mesmss numeros
experimentais ?
Se não é, a fisica classica perdeu a corrida. :-)

>Até agora nada de clássico chegou
> a ser falseado pelas suposições de De Broglie ou de Compton e/ou
pelas
> observações experimentais que, supostamente, lhes dão suporte.

Não se trata de falsear, mas de perguntar : "Consegues fazer isto ?"
Se a resposta é "Não" , então nós escolhemos a que consegue.
é uma relação "comercial" de serviço, e não de falso ou verdadeiro.
Discutir o falso e o verdadeiro é da área da metafisica.

> > Essas Indeterminações como tu chamas estão na cabeça de quem as
> > invoca.
>
> O princípio da indeterminação (ou da incerteza) já foi revogado?

Ele nunca foi avogado.O principio de indeterminação não existe. E o
de
incerteza só existe dentro da MQ. É inerente ao modelo.
Em roma sê romano. É a isto que se resume o problema.

>Se não,
> citaria aqui as palavras de Dirac, por sinal enfatizadas em itálico
no
> original, para, propositalmente, chamar bastante a atenção: "We
have to
> assume that there is a limit to the fineness of our powers of
observation
> and the smallness of the accompanying disturbance --a limit which is
> inherent in the nature of things and can never be surpassed by
improved
> technique or increased skill on the part of the observer."

O limite a que ele se refere, as observações a que ele se refere, são
aquelas na prepectiva da MQ.
Ai, claro, o PH existe.

>Sinceramente, não
> existe nada parecido com isso em física clássica, qual seja, uma
> indeterminação "inerente à natureza das coisas" e não a erros de
medida em
> si.

A fisica classica não usa funções estatisticas de modelação de
particulas
... em particular a TF
:-)) por isso que não ha esse problema

> > Mas ha dois aspectos que a MC difere da fisica moderna.
> > Antes era pensando que a informação era transmitida
Instantaneamente.
> > Acreditas mesmo que a informação, seja ela electrica ou outra, se
> > transfere de ponto a ponto com velocidade infinita ?
>
> Nem Newton acreditava nisso e deixou isso explícito mais de uma
vez. Não
> obstante, parece ter previsto que seus "seguidores" iriam cair
nesse erro,
e
> quase chegou a implorar para que não o fizessem:
> É incrível até onde vai a capacidade de lavagem cerebral implícita
aos
> currículos modernos dos cursos de física. Essa frase de Newton
deveria ser
> colocada no frontispício de qualquer Instituto de Física e, não
obstante,
> fazem questão de ensinar exatamente o oposto aos jovens, ou seja, de
deixar
> o jovem estudante com aquela idéia de que Newton teria sido um
imbecil.

Então, pq ele criou um modelo que ele achava falso ?
Pq Plank fez o mesmo ?
Eles são malucos ?
Não. Eles eram Fisicos. Eles sabiam que a falsidade é relativa. Que o
que
interessa no fim é a adquação entre as medições e os numeros que os
modelos
debitam. Mesmo que seja um modelo maluco. (Se o Newtontivesse
acertado, por
hipotese, nas coordenadas das portas do inferno ele era um
génio...como
falhou , ele era maluco )
O risco de criar modelos é compensado quando eles dão certo.
Eles são feitos para darem certo! E não ha mal nenhum se eles dão
certo!
Mesmo que se recorrar a gremlins , o Pai Natal, Deus ,etc... (claro
que nada
disto é do campo da fisica...mas isso são promenores )

Só que, os "cientistas" , entre aspas que é para não ofender os
verdadeiros
cientistas, de hoje ficam deslumbrados pelo manbo-jambo da
feitiçaria ! e
vendem até a propria mae dende que "Dê certo"
Mercenários da fisica, não são realemnte fisicos, não é ?


> > Outro ponto era: Se durante um determinado tempo eu dou energia a
um
> > sistema, ele deve adquiri-la. Isso levará à alteração do estado
do
> > sistema. Possivelmente esse estado será instável, e a energia será
> > reenviada de volta. Se eu lhe der X durante t segundos, ele
dedolve X
> > durante t segundos. Ou seja, Qualquer que seja o valor da acção
(porduto
> > Energia x Tempo) o sistema sempre responderá da mesma forma. A
experiencia
> > mostra que não. Existem acção para as quais osistema não
responde. Então
> > existe uma acção minima, h, abaixo da qual o sistema não responde.
>
> Tudo bem. Mas... Onde é que isso vai contra a física clássica?

Não vai contra nada. Apenas não seria de esperar à priori que assim
fosse.
E isso levou a serem necessários novos modelos.

>Lembro que o
> termo quantum foi utilizado por muitos físicos clássicos
(certamente por
> Maxwell) no século XIX e com uma conotação totalmente diferente, a
retratar
> a natureza discreta da matéria; e porque não da distribuição da
energia
> entre partículas? Lembro ainda que o h a que você se refere nada
mais é
> senão a constante de Planck,

é ? eu disse isso ? Eu só disse que era a Acção Minima :-))

> o último dos grandes clássicos e que jamais
> aceitou o significado físico que acabaram dando a sua constante.

Eu não fiz o "matching" de h, com a constante de plank. apenas usei a
mesma
letra.
E caso eu estivesse a enunciar um principio "contra-fisico" e
chamasse h a
alguam coisa, apraceria alguem a se intitular "ceptico" , a dizer
que :"isso
não é verdade. A cosntante de plank não é igual a isso"

Estás a ver onde quero chegar ?
É tudo uma questão de lingagem, de modelos, de regras estrictas.
Regras que
é dificil obdecermos.

> Por outro lado, diria também que essa transferência de energia de um
sistema
> para outro (objeto da termodinâmica) deve ser interpretada com muito
> cuidado. Até hoje não está definitivamente comprovada, nem
fisicamente,
nem
> matematicamente, a identidade entre energia interna e energia
mecânica,
> apenas a sua equivalência para *determinados* propósitos.

Não preciso dessa suposição mecânica. Apenas de uma grandeza que se
transfere, diminuindo num lado, aumentando no outro. Chamada Energia
por
convenção. Não preciso que seja trnasprotada por fotões, ou por
campos...apenas que seja "transportada".


> > Antes, c=infinito, e h =0
> > Isto é o que define : Fisica Classica.
> > Velocidade Infinita de Transmissão de Informação
> > Acção Minima Nula
> > Tens algo a declarar ?
>
> Sim. Estás a usar o que chamo de "a física clássica na visão de um
físico
> moderno".

Então como seria a fisica classica na visão de um fisico classico ?
São só as leis de Newton ? ,então eisntein é um classico, e a RG é uma
teoria classica.- a teoria que Newton não conseguiu fazer. é portanto
uma
obra duas vozes. Newton e Einstein.
Já que tu dizes que supor uma velocidade finita para o transporte de
infomação, não é moderno

> > Não existe a Fisica que é, e a Fisica que se observa.
> > Só existe a que se Observa. Aquilo que é, não podemos saber.
>
> Sim, mas construímos modelos a partir daquilo que se observa.

Não. Nem sempre. Tb os construimos, sobretudo, a partir do que
imaginamos.

>Porque então
> adotarmos a ideologia única, tal e qual o Partidão dos socialistas
do
século
> XX?

Adoptamos, ponto e virgula. Eu tento não adoptar.E bem que me custa...

> Ao bloquearmos as novas idéias, não atreladas aos paradigmas
vigentes,
> bloqueamos a evolução da física. Não venha me dizer, como já me
disseram
> aqui, que existem infinitas idéias novas e aceitas pelos
acadêmicos. Pois
> existe um fortíssimo policiamento ideológico a somente permitir a
propagação
> de idéias que estejam fortemente atreladas aos paradigmas vigentes.

Eu sei que não é assim. Eu sei que essa perseguição inversa existe.
Mas ai entramos no campo pantanoso do "Incrivel" , que concorre com
coisas
como a medicina mericaulosa do cogumelo, e coisas assim...

> > >Ao fornecer a equação
> > > desta vibração eu estaria simplesmente descrevendo parte de um
movimento
> > > mais geral, da mesma maneira que ao dizer que uma partícula tem
> > > spin estou fornecendo apenas parte de um conceito muito mais
geral e
> > > desconhecido, ignorado ou proibido pelos físicos modernos.
>
> > Isso é mais mito que realidade.
> > O que acontece é que só se conhece 1 das 3 projecções . Essa
> > projecção é o Spin.
> > Não é o giro, pq não temos a certeza do que seram as outras 2
> > projecções.
>
> Quer dizer então o princípio da indeterminação continua em voga, ao
> contrário do afirmado acima.

Não se trata disso. Matema´ticamente sim ,mas fisicamente não.
Fisicamente tratasse de tu olhares para uma sombra.

Imagina uma vara que se move num movimento cónico.
Tu sabes o tamanho da vara. E apenas consegues medir a sobra da vara
segundo
o eixo vertical (sobreo qual ela se move) A pergunta é: como saber
onde está
a sombra "horizontal" da vara ?

Fisicamente : não podes! Não estás a olhar para a vara, mas para a sua
sombra em uma direcção.

> > Agora, daqui a dizer que "Não é um giro" ..alto ai! Não se prova
que
> > não é, nem que é. Simplemente não se sabe.
>
> Sim, mas postula-se uma indeterminação.

Não se postual nada. Constacta-se. Como no exemplo da vara.

Eu posso não saber algo hoje e
> aprender essa alguma coisa amanhã. Mas a física quântica propõe-se a
> "proibir", pelo princípio da indeterminação, que amanhã se chegue a
> conclusão que o spin relaciona-se a um giro.

Não é a MQ.
São alguns senhores que têm a mania que percebem disso, e outros mais
que
acreditam neles.
A MQ é inocente das acusações, sr dr ;-) Pedesse que julgue apenas os
seus
estrupadores.

[[]]

Sérgio




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Desvio Padrão e Lógica Fuzzy
FROM: Rodrigo Nuno Bragança da Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/11/2001 22:04

andrebaptista@uol.com.br wrote:
> Quanto a Lógica Fuzzy... não conheço a fundo, mas entendo que se
> trata de uma lógica que admite respostas intermediárias entre "sim"
> e "não" ou entre "verdadeiro" e "falso", e isso tem alguma utilização
> em eletrônica. Por exemplo, o manual do meu ar condicionado diz que
> ele trabalha como essa lógica "fuzzy". Mas isso me parece uma grande
> mistificação, já que a única coisa que ele faz é ligar quando
> esquenta e desligar quando esfria. Talvez ele ligue mais forte quanto
> maior for a temperatura, mas não vejo nada aí que viole a lógica
> convencional. Gostaria também que alguém explicasse melhor essa
> lógica "fuzzy" (confusa)

Como você sabe, ou se não sabe vai aprender agora, qualquer sistema
computavel é redutivel a um conjunto de afirmações em lógica de 1ª
ordem. Sendo assim lógica fuzzy é redútivel a lógica de 1ª ordem e nesse
sentido nada há de novo, entretanto este segundo modelo tem grandes
desvantagens em muitos dominios devido ao enorme conjunto de premissas
que você teria que exigir ao invés do pequeno número de premissas em
lógica fuzzy.

É tudo uma questão de conveniência.

--
email (same address): rnbc@rnbc.pt.eu.org or rnbc@rnl.ist.utl.pt
homepage: http://rnbc.pt.eu.org/~rnbc
IRC: r0 (PT-Net and IRC-Net and sometimes UnderNet)


SUBJECT: Aquecimento global contestado
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/11/2001 22:16


Tenho visto alguns estudos que contestam a tese do aquecimento global.
Achei este aqui é interessante porque o livro do cara está disponível online
em PDF (link no fim da mensgaem; o PDF tem quase 0,5 Mbyte e dá 74 páginas).

Belisário

---------------------------------------------
Scientists say there is no evidence of catastrophic man-made global warming

Source: The Fraser Institute , November 01, 2001.

The popular hypothesis that increases in carbon dioxide in the atmosphere
resulting from increased industrial activity have caused global temperatures
to rise over the past century and, if unchecked, will cause catastrophic
warming is incorrect, according to a new book "Global Warming: A Guide to
the Science", released by The Fraser Institute.

Temperature Changes over the Last Century Largely a Natural Phenomena

The temperature at the surface of the earth, measured by thermometers placed
on land and sea at locations around the globe, has risen by about 0.5°C to
0.6°C over the last one hundred years-before most of the greenhouse gases
were added to the air by human activities such as the burning of fossil
fuels. Temperatures peaked by around 1940, then cooled until the 1970s.
Since then, there has been a surface warming.

"Since approximately 80 percent of the rise in levels of carbon dioxide
during the twentieth century occurred after the initial major rise in
temperature, the increase in carbon dioxide cannot have caused the bulk of
the past century's rise in temperature. Most of the warming must have been
natural," explains Dr. Sallie Baliunas, co-author of the book. Dr. Baliunas
is an astrophysicist at The Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics and
Deputy Director at the Mount Wilson Observatory.

"What is even more unsettling is the fact that the primary impact of the
greenhouse effect of added carbon dioxide is in the lower atmosphere (rather
than surface), but accurate measurements of that layer of air by U.S.
National Oceanic and Atmospheric Administration or NOAA satellites over the
last 22 years have not shown any hint of global warming. In other words, the
whole idea of carbon dioxide causing global warming just does not add up,"
Baliunas continues.

The Inadequacy of Climate Change Models

Concern that the continued increase in the concentration of carbon dioxide
in the air will lead to a disastrous rise in the global temperature stems
mainly from computer-based simulations of the climate system, forecast
through the next century. The common tool for a computer simulation of the
climate is the General Circulation Model (GCM). The climate models are an
integral part, not only of the science of climate change, but also of the
policy debate.

However, current models are not sufficiently accurate in forecasting future
climate change. At present, it is impossible to isolate the effect of an
increased concentration of atmospheric carbon dioxide on climate.

"It is not surprising that it is still impossible to reliably calculate the
impact of increases in the concentration of atmospheric carbon dioxide on
our climate. At any moment, around five million different variables have to
be followed in a computer mock-up of the climate. All their important
impacts and interactions must be known, yet it is certain that they are not
all known," says co-author, Dr. Willie Soon. Dr. Soon is a physicist at The
Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics and a senior scientist at the
George C. Marshall Institute.

The aggregate outcome of various computer climate models is often listed as
between a 1.5°C and 4.5°C rise in global temperature for a doubling of
atmospheric carbon dioxide. However, Soon points out "given the substantial
uncertainties associated with the modeling enterprise, the outcomes of these
models, which are subject to large systematic errors, cannot be averaged and
represented as a consensus result."

Furthermore, a number of different approaches give results lying outside the
range of temperature change normally output by GCMs. For example, analysis o
f the climatic response to volcanic eruptions suggests a climatic system
yields a climatic sensitivity of only 0.4°C for a doubling of carbon dioxide
in the air.

Increased Atmospheric Carbon Dioxide Beneficial

Based on extensive evidence from agricultural research on enhanced carbon
dioxide environments both in the field and in laboratories, increases in
carbon dioxide should cause many plants to grow more quickly. In experiments
doubling the air's carbon dioxide content, the productivity of most
herbaceous plants rises 30 percent to 50 percent, while the growth of woody
plants rises more so. In addition, most plants tend to use water more
efficiently under air with higher carbon dioxide concentration.

"In the case of recent fears of anthropogenic carbon dioxide, science
indicates that, at most, a little warming and, certainly, better plant
growth will result from the projected future increase of carbon dioxide
content in the air, " concludes Dr. Baliunas, "an optimal warming and
enhanced plant growth should be of great benefit to mankind and the
environment."

To read the study in its entirety go to :
http://www.fraserinstitute.ca/publications/books/globalWarming/GlobalWarming
Guide.pdf



-----------------------------------------------------
Roberto Belisário Diniz
rbdiniz@terra.com.br
Laboratório de Estudos Avançados de Jornalismo (Labjor)
http://www.uniemp.br/labjor/
Revista Com Ciência - divulgação científica
http://www.comciencia.br
-----------------------------------------------------



SUBJECT: Re: [ciencialist] Desvio Padrão e Lógica Fuzzy
FROM: "Pablo \(Main\)" <pablo@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/11/2001 23:19


Nossa!!!!

Caramba, quanta informação vocês me passaram! Gostaria muito de
agradecer a todos, principalmente ao André Baptista, ao Rodrigo Nuno
Bragança e ao Adam Luiz de Azevedo.
Foi realmente uma boa aula o que vocês me passaram aqui... mas como
todo bom aluno, não fiquei satisfeito ;-) Claro que o que vcs passaram foi
fundamental - faço até notar que as aulas do Adam e do André foram muito
além do que eu esperava receber - mas ainda gostaria de ler mais sobre esses
dois casos: Lógica Fuzzy e Desvio Padrão. Por isso solicito indicações de
sites e/ou bibliografia sobre esses temas, para iniciantes. Eu já vou deixar
aqui minha contribuição:
http://labic.icmsc.sc.usp.br/portugues/SIAE/RN-Fuzzy.htm
Agora que sei mais sobre esses temas acho que me interessam mais
ainda. Eu estava pensando em algumas aplicações para fuzzy ligada a tomadas
de decisões, e acho que, somadas às variáveis estatísticas do "desvio
padrão" é possível construir um sistema bem interessante, ao menos na
teoria.

Agradeço por qualquer indicação que possam enviar.

Forte abraço e obrigado!
Pablo


----- Original Message -----
From: "Adam Luiz de Azevedo" <adam@fisica.ufpr.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, November 12, 2001 12:55 PM
Subject: [ciencialist] Desvio Padrão e Lógica Fuzzy


>
>
> Caro Pablo, lá vai:
>
> Lógica Difusa (Lógica Fuzzy)
>
> Aristóteles, filósofo grego (384 - 322 a.C.), foi o fundador da
> ciência da lógica, e estabeleceu um conjunto de regras rígidas
> para que conclusões pudessem ser aceitas logicamente válidas. O emprego da
> lógica de Aristóteles levava a uma linha de
> raciocínio lógico baseado em premissas e conclusões. Como por exemplo: se
> é observado que "todo ser vivo é mortal" (premissa 1),
> a seguir é constatado que "Sarah é um ser vivo" (premissa 2), como
> conclusão temos que "Sarah é mortal". Desde então, a lógica
> Ocidental, assim chamada, tem sido binária, isto é, uma declaração é falsa
> ou verdadeira, não podendo ser ao mesmo tempo
> parcialmente verdadeira e parcialmente falsa. Esta suposição e a lei da
> não contradição, que coloca que "U e não U" cobrem todas
> as possibilidades, formam a base do pensamento lógico Ocidental.
>
> A Lógica Difusa (Fuzzy Logic) viola estas suposições. O conceito
> de dualidade, estabelecendo que algo pode e deve coexistir
> com o seu oposto, faz a lógica difusa parecer natural, até mesmo
> inevitável. A lógica de Aristóteles trata com valores "verdade"
> das afirmações, classificando-as como verdadeiras ou falsas. Não obstante,
> muitas das experiências humanas não podem ser
> classificadas simplesmente como verdadeiras ou falsas, sim ou não, branco
> ou preto. Por exemplo, é aquele homem alto ou baixo?
> A taxa de risco para aquele empreendimento é grande ou pequena? Um sim ou
> um não como resposta a estas questões é, na
> maioria das vezes, incompleta. Na verdade, entre a certeza de ser e a
> certeza de não ser, existem infinitos graus de incerteza. Esta
> imperfeição intrínseca à informação representada numa linguagem natural,
> tem sido tratada matematicamente no passado com o
> uso da teoria das probabilidades.
>
> Contudo, a Lógica Difusa, com base na teoria dos Conjuntos
> Nebulosos (Fuzzy Set), tem se mostrado mais adequada para
> tratar imperfeições da informação do que a teoria das probabilidades. De
> forma mais objetiva e preliminar, podemos definir
> Lógica Difusa como sendo uma ferramenta capaz de capturar informações
> vagas, em geral descritas em uma linguagem natural e
> convertê-las para um formato numérico, de fácil manipulação pelos
> computadores de hoje em dia. Considere a seguinte
> afirmativa: Se o tempo de um investimento é longo e o sistema financeiro
> tem sido não muito estável, então a taxa de risco do
> investimento é muito alta. Os termos "longo", "não muito estável" e "muito
> alta" trazem consigo informações vagas. A extração
> (representação) destas informações vagas se dá através do uso de conjuntos
> nebulosos. Devido a esta propriedade e a capacidade
> de realizar inferências, a Lógica Difusa tem encontrado grandes aplicações
> nas seguintes áreas: Sistemas Especialistas;
> Computação com Palavras; Raciocínio Aproximado; Linguagem
> Natural; Controle de Processos; Robótica; Modelamento de
> Sistemas Parcialmente Abertos; Reconhecimento de Padrões; Processos de
> Tomada de Decisão (decision making).
>
> A Lógica Difusa ou Lógica Nebulosa, também pode ser definida ,
> como a lógica que suporta os modos de raciocínio que são
> aproximados, ao invés de exatos, como estamos naturalmente acostumados a
> trabalhar. Ela está baseada na teoria dos conjuntos
> nebulosos e difere dos sistemas lógicos tradicionais em suas
> características e detalhes.
>
> Nesta lógica, o raciocínio exato corresponde a um caso limite
> do raciocínio aproximado, sendo interpretado como um
> processo de composição nebulosa.
>
> A lógica em questão foi desenvolvida por Lofti A. Zadeh da
> Universidade da Califórnia em Berkeley na década de 60 e
> combina lógica multivalorada, teoria probabilística, inteligência
> artificial e redes neurais para que possa representar o pensamento
> humano, ou seja, ligar a linguística e a inteligência humana, pois muitos
> conceitos são melhores definidos por palavras do que
> pela matemática.
>
> O valor verdade de uma proposição pode ser um subconjunto
> nebuloso de qualquer conjunto parcialmente ordenado, ao
> contrário dos sistemas lógicos binários, onde o valor verdade só pode
> assumir 2 valores : verdadeiro (1) ou falso (0).
> --------------------------------------------------------------------------
-----
>
> Vantagens e Perspectivas
>
> Vantagens
>
> - Requer poucas regras, valores e decisões;
>
> - Mais variáveis observáveis podem ser valoradas;
>
> - O uso de variáveis lingüísticas nos deixa mais perto do pensamento
> humano;
>
> - Simplifica a solução de problemas;
>
> - Proporciona um rápido protótipo dos sistemas;
>
> - Simplifica a aquisição da base do conhecimento.
>
> Perspectivas
>
> Diversas áreas estão sendo beneficiadas pela tecnologia
> decorrente da Lógica Difusa. Dentre essas áreas podem ser citadas
> algumas que tiveram relevância no avanço tecnológico e que merecem
> destaque.
>
> O Controle de processos industriais foi a área pioneira, sendo
> as primeiras experiências datadas de 1975 quando foi
> demonstrado no Queen College, em Londres, que um controlador nebuloso
> muito simples conseguiu controlar eficientemente uma
> máquina a vapor. Na mesma época, a primeira aplicação industrial
> significativa foi desenvolvida pela indústria de cimento
> F.L.Smidth Corp. da Dinamarca. Hoje em dia, uma grande variedade de
> aplicações comerciais e industriais estão disponíveis,
> destacando-se neste cenário o Japão e mais recentemente, os EUA e a
> Alemanha. Dentre os exemplos típicos incluem produtos de
> consumo tais como geladeiras (Sharp), ar condicionado (Mitsubishi),
> câmeras de vídeo (Canon, Panosonic), máquinas de lavar
> roupa (Sanyo), aspiradores de pó, etc. Na indústria automotiva destacam-se
> transmissões automáticas (Nissam, Lexus), injeção
> eletrônica, suspensão ativa, freios antibloqueantes. Sistemas industriais
> incluem controle de grupo de elevadores (Hitachi,
> Toshiba), veículos autoguiados e robôs móveis (Nasa, IBM), controle de
> motores (Hitachi), ventilação de túneis urbanos
> (Toshiba),Controle de tráfego urbano, controle de parada e partida de
> trens de metrô (Sendai, Tokio). Estas citações são
> ilustrativas pois correntemente mais de 1000 patentes envolvendo Lógica
> Difusa já foram anunciadas.
>
> Apesar do uso e da aplicação no Brasil ser incipiente, várias
> indústrias e empresas vêm desenvolvendo produtos e serviços
> (Villares, IBM, Klockner & Moeller, Robertshaw, Yokogawa, HI Tecnologia).
>
> De fato nos últimos anos o potencial de manuseio de incertezas
> e de controle de sistemas complexos tornados possíveis pela
> Lógica Difusa, estão sendo combinados com Redes Neurais artificiais, que
> por sua vez, possuem características de adaptação e
> aprendizagem. A palavra certa para isto é simbiose, que vem gerando novas
> classes de sistemas e de controladores neurodifusos,
> combinando desta forma os potenciais e as características individuais em
> sistemas adaptativos e inteligentes (Gomide et.al.
> 1992-a). Com certeza estes sistemas deverão proporcionar uma significativa
> contribuição para os sistemas de automação e
> controle do futuro, principalmente em controle de processos.
>
>
>
============================================================================
===[
>
> Conjuntos Nebulosos (Conjunto Fuzzy)
>
> O conceito formal de conjunto nebuloso, fundamentado da Lógica
> Difusa, foi introduzido por Lofti A. Zadeh em 1965. Na
> teoria clássica dos conjuntos, os conjuntos são ditos "crisp", de tal
> forma que um dado elemento do universo em discurso
> (domínio) pertence ou não pertence ao referido conjunto. Na teoria dos
> conjuntos nebulosos existe um grau de pertinência de
> cada elemento a um determinado conjunto. Este conceito parece ser bastante
> natural e facilmente percebido ao examinarmos a
> lista de conjuntos abaixo:
>
> conjunto dos números naturais ( c )
>
> conjunto dos caracteres ASCII ( c )
>
> conjuntos dos números naturais muito maiores do que dez ( f )
>
> conjunto dos clientes com alta renda ( f )
>
> Existe claramente uma diferença fundamental entre os conjuntos
> marcados com "c" e os conjuntos marcados com "f". Por
> exemplo, apresentado um caracter podemos afirmar sem nenhuma discussão ou
> dúvida se esse caracter pertence ou não pertence
> ao conjunto dos caracteres ASCII. Esta questão não é tão simples quando
> lidamos, por exemplo, com o conjunto dos homens
> altos. Uma pessoa que tenha 1:74 metros de altura, seria considerada como
> pertencente a esse conjunto? E a de 1:75 ? Vemos
> claramente que não existe uma fronteira bem definida que separe os
> elementos do conjunto dos homens altos dos elementos do
> conjunto dos homens não altos.
>
> Definição: Um conjunto nebuloso A definido no universo de discurso U é
> caracterizado por uma função de pertinência µA, a qual
> mapeia os elementos de U para o intervalo [0 , 1].
>
> µA:U => [0 , 1]
>
> Desta forma, a função de pertinência associa com cada elemento x
> pertencente a U um número real µA(x) no intervalo [0 ,
> 1], que representa o grau de possibilidade de que o elemento x venha a
> pertencer ao conjunto A, isto é, o quanto é possível para o
> elemento x pertencer ao conjunto A.
>
> Um conceito relacionado com conjuntos nebulosos é o de variável
> lingüística. Entende-se por variável um identificador que
> pode assumir um dentre vários valores. Deste modo, uma variável
> lingüística pode assumir um valor lingüístico dentre vários
> outros em um conjunto de termos lingüísticos.
>
> Formalmente, uma variável lingüística é caracterizada pela
> quíntupla {X, T(X), U, G, M}, onde X é o nome do conjunto de
> termos, U o universo de discurso, G uma gramática para gerar os termos
> T(X), e M o significado dos termos lingüísticos,
> representado através de conjuntos nebulosos.
>
> Variáveis lingüísticas podem também conter modificadores (também
> lingüísticos) que alteram seu valor. Exemplos de
> modificadores válidos são: muito, pouco, não muito, mais ou menos. Existem
> também conectivos que podem ser aplicados à estas
> variáveis, "e" e "ou". Assim, um valor válido para a variável lingüística
> altura seria não muito alto e não muito baixo. Os
> modificadores lingüísticos podem ser definidos matematicamente, como no
> exemplo dos conjuntos, baixo e muito baixo, onde o
> modificador muito é caracterizado por elevar cada ponto da função de
> pertinência à segunda potência. Os conectivos and(e) e
> or(ou) são equivalentes à operações de união e intersecção de conjuntos,
> respectivamente, podendo dar origem a conjuntos
> complexamente definidos, porém representados lingüisticamente de maneira
> simples.
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Termodinamica Biblica
FROM: Prof. José Carlos <j.c@iname.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/11/2001 00:43

Vocês estão se esquecendo do efeito de ressonância das numerosas arpas
tocadas pelos anjos. :)))

[]'s

JC



SUBJECT: Re: [ciencialist] Termodinamica Biblica
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/11/2001 01:40


De: "Prof. José Carlos" <j.c@iname.com>


| Vocês estão se esquecendo do efeito de ressonância das numerosas arpas
| tocadas pelos anjos. :)))
|
| []'s
|
| JC

Absolutamente!!! Tal detalhe não me passou despercebido! H
No paraíso todas as harpas devem ser iguais, lá não há privilégios de harpas Stradivárius para uns e Di Giorgio para outros. Eu adoto a igualdade para todos! É mais tipo antiga U.R.S.S. do que U.S.A. Ou, para vcs do BraZil, é mais tipo ditadura do que democracia. Muito típico da Física ... a ditadura das leis! (Só a quântica é social ... dá margem para quark um fazer o cálculo que quiser e usar a estranheza que mais lhe convier).
Quando um anjo dedilha uma corda de sua harpa todas as equivalentes vibram em consonância. Há até anjos que utilizam do batimento para re-afinar sua harpa (bit_zero).
Como todas as harpas vibram em uníssono há uma tremenda absorção da energia posta em jogo. Isso não pode afetar a temperatura reinante.
Me preocupa mais o que as almas fazem por lá. Preciso inventar estímulos para elas ... senão não sai do cotidiano (sim, lá há dias e noites), olá irmão ... paz irmão ... louvado seja ... e um puxa-saquismo que me enche o s......

[]'
deus

PS: A bem da verdade ....... estou aqui com minha garrafa de vinho, ao lado, comemorando a defesa da monografia de minha esposa ao terminar o curso de direito ... e tirou nota "11". Sua monografia foi recomendada para publicação. "Leis sobre a Internet" (ou algo do tipo). A bandida falou até do Faraday e sua indução como ponto marcante da evolução da tecnologia! É minha mulher! "Um anjo", para voltar ao tema acima.
================



SUBJECT: Re: Desvio Padrão e Lógica Fuzzy
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/11/2001 09:47

--- In ciencialist@y..., andrebaptista@u... wrote:
> Desvio-padrão é uma medida que dá a idéia da dispersão
> de uma amostra que obedeça a uma distribuição "gaussiana"

O desvio-padrao tbm pode ser obtido para uma amostra
q, nao siga essa distribuicao. No caso de idade por
exemplo -- embora em alguns casos possa ser encarada
como a metade de uma normal.

Mais facil pegar exemplos numericos. Consideremos
dois grupos de dez individuos cada um com as respectivas
alturas em centimetros:

Grupo I Grupo II
01 170 120
02 170 143
03 170 190
04 170 174
05 170 170
06 170 230
07 170 189
08 170 156
09 170 182
10 170 146

Os dois grupos possuem uma altura media de 170 cm,
mas da' pra ver q. sao diferentes. No primeiro grupo
os valores nao sao muito diferentes entre si (na
verdade sao identicos), ja' no segundo os valores
variam bem, mas 'gravitam' em torno da media.
O desvio-padrao e' uma das medidas possiveis para
se descrever essa diferenca de dispersao ao redor
da media -- em muitos casos e' o mais conveniente:
ja' q. e' relativamente facil de se calcular e
de utilizar em certas relacoes numericas para se
fazer previsoes (o q. depende em boa medida da
distribuicao suposta dos valores).

Um exemplo de utilizacao dessas informacoes. A
industria de moda pode querer saber o tamanho
das roupas q. precisa fabricar. No primeiro
grupo bastaria um unico tamanho, no segundo
precisaria fabricar do PP ao GG (bem, tem mais
detalhes q. precisariam ser considerados, mas nao
compliquemos por ora).

Em relacao 'a logica difusa, se se manja um pouco
de ingles, uma boa introducao pode ser lida em:

http://www.sciam.com/askexpert/computers/computers8.html

Sobre desvio-padrao, pode-se ler em qq livro introdutorio
de Estatistica.

Mas, Pablo, seria melhor postar qual era a sua ideia de
modo a ficar mais claro e a resposta mais precisa. Ao
inves de fazermos como nas provas da escola: na duvida
despeje-se a materia inteira com a esperanca de q.
de algum modo respondamos 'a pergunta.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Desvio Padrão e Lógica Fuzzy
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/11/2001 09:49

Olá Rodrigo e pessoal

--- In ciencialist@y..., Rodrigo Nuno Bragança da Cunha <rnbc@r...>
wrote:
> Como você sabe, ou se não sabe vai aprender agora, qualquer sistema
> computavel é redutivel a um conjunto de afirmações em lógica de 1ª
> ordem. Sendo assim lógica fuzzy é redútivel a lógica de 1ª ordem e
nesse
> sentido nada há de novo, entretanto este segundo modelo tem grandes
> desvantagens em muitos dominios devido ao enorme conjunto de
premissas
> que você teria que exigir ao invés do pequeno número de premissas em
> lógica fuzzy.
>
> É tudo uma questão de conveniência.


É justamente isso que eu queria saber. Porque já havia lido diversos
textos sobre "fuzzy logic" e esse ponto nunca estava bem esclarecido.

um abraço,

André




SUBJECT: Re: En: Essa eh maneira ale
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/11/2001 09:58

Essa e' velhissima. O Barcellos ja' postou aqui uma vez.

Mas correcoes: o nome do professor do IME-USP e'
Valdemar W. Setzer e nao Waldemar. A autoria da
historia nao e' dele. Nao sei se alguem conhece
a autoria exata. Alguns atribuem a historia a
Bohr como aluno, outros a Feinman, alguns a
Einstein, outras a Jose' Goldenberg.

Mas de fato uma versao da historia -- sem a licao
de moral ao final -- se encontra no sitio do Dr. Setzer.

http://www.ime.usp.br/~vwsetzer/jokes/barometro.html

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: En: Essa eh maneira ale
FROM: "Alexandre S. M." <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/11/2001 10:07

Mas será que a história é real?

SDS,

ASM


----- Original Message -----
From: <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, November 13, 2001 9:58 AM
Subject: [ciencialist] Re: En: Essa eh maneira ale


Essa e' velhissima. O Barcellos ja' postou aqui uma vez.

Mas correcoes: o nome do professor do IME-USP e'
Valdemar W. Setzer e nao Waldemar. A autoria da
historia nao e' dele. Nao sei se alguem conhece
a autoria exata. Alguns atribuem a historia a
Bohr como aluno, outros a Feinman, alguns a
Einstein, outras a Jose' Goldenberg.

Mas de fato uma versao da historia -- sem a licao
de moral ao final -- se encontra no sitio do Dr. Setzer.

http://www.ime.usp.br/~vwsetzer/jokes/barometro.html

[]s,

Roberto Takata





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Desvio Padrão e Lógica Fuzzy
FROM: "Pablo \(Main\)" <pablo@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/11/2001 11:04


Olá todos, olá Roberto Takada:

Muito obrigado pela explicação sobre desvio padrão, e pelo site
sobre fuzzy. Eu inclusive gostaria de sugeriri um outro:
http://www.fuzzysys.com É possível puxar um livro sobre fuzzy lá.

Com relação ao meu interesse nos dois temas, é o seguinte:
Faz algum tempo eu andei brincando um pouco com Prolog (brincando
mesmo) e achei que seria interessante tentar montar um sistema jurídico de
tomada de decisões sobre ele. Até havia montado um negócio super simples
(que não ajudava muito não) mas servia para demonstrar que é possível se
trabalhar com conjuntos em um computador.
Entretanto, o Direito - minha área - trabalha com grupos difusos na
maioria dos casos, além de complexos. Veja por exemplo o caso doGaldino, a
juiza levou em conta diversos fatores, desconsiderou outros vários, cada um
com um grau de pertinência maior ou menor. E isso fazia muita falta naquele
programinha que eu fiz (faz uns dois anos).
Agora, sabendo que é possível trabalhar com Prolog, mais Fuzzy, mais
Estatística (o problema é arrumar estatísticas confiáveis) acho que seria
possível melhorar muito esse sistema.

Bom, é isso, esse é o meu caso prático. Se alguém tiver sugestões.
Aliás, se alguém tiver suestões de sites sobre Prolog, Fuzzy e Direito, eu
agradeço.

[]s
Pablo

----- Original Message -----
From: <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, November 13, 2001 9:47 AM
Subject: [ciencialist] Re: Desvio Padrão e Lógica Fuzzy


> --- In ciencialist@y..., andrebaptista@u... wrote:
> > Desvio-padrão é uma medida que dá a idéia da dispersão
> > de uma amostra que obedeça a uma distribuição "gaussiana"
>
> O desvio-padrao tbm pode ser obtido para uma amostra
> q, nao siga essa distribuicao. No caso de idade por
> exemplo -- embora em alguns casos possa ser encarada
> como a metade de uma normal.
>
> Mais facil pegar exemplos numericos. Consideremos
> dois grupos de dez individuos cada um com as respectivas
> alturas em centimetros:
>
> Grupo I Grupo II
> 01 170 120
> 02 170 143
> 03 170 190
> 04 170 174
> 05 170 170
> 06 170 230
> 07 170 189
> 08 170 156
> 09 170 182
> 10 170 146
>
> Os dois grupos possuem uma altura media de 170 cm,
> mas da' pra ver q. sao diferentes. No primeiro grupo
> os valores nao sao muito diferentes entre si (na
> verdade sao identicos), ja' no segundo os valores
> variam bem, mas 'gravitam' em torno da media.
> O desvio-padrao e' uma das medidas possiveis para
> se descrever essa diferenca de dispersao ao redor
> da media -- em muitos casos e' o mais conveniente:
> ja' q. e' relativamente facil de se calcular e
> de utilizar em certas relacoes numericas para se
> fazer previsoes (o q. depende em boa medida da
> distribuicao suposta dos valores).
>
> Um exemplo de utilizacao dessas informacoes. A
> industria de moda pode querer saber o tamanho
> das roupas q. precisa fabricar. No primeiro
> grupo bastaria um unico tamanho, no segundo
> precisaria fabricar do PP ao GG (bem, tem mais
> detalhes q. precisariam ser considerados, mas nao
> compliquemos por ora).
>
> Em relacao 'a logica difusa, se se manja um pouco
> de ingles, uma boa introducao pode ser lida em:
>
> http://www.sciam.com/askexpert/computers/computers8.html
>
> Sobre desvio-padrao, pode-se ler em qq livro introdutorio
> de Estatistica.
>
> Mas, Pablo, seria melhor postar qual era a sua ideia de
> modo a ficar mais claro e a resposta mais precisa. Ao
> inves de fazermos como nas provas da escola: na duvida
> despeje-se a materia inteira com a esperanca de q.
> de algum modo respondamos 'a pergunta.
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
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>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Calor especifico e fisica classica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/11/2001 00:39

----- Original Message -----
From: "Sergio M. M. Taborda"
Sent: Monday, November 12, 2001 8:00 PM
Subject: [ciencialist] Re: Calor especifico e fisica classica

Olá Sergio.

> Ha a seguinte questão que parece aflorar nos teus comentários que é o
> da metafisica.Ou seja,não aquilo que é "irreal" mas o que está para além
> da fisica.

Não creio que tudo o que esteja "além da física" seja metafísica. A
termodinâmica que conhecemos hoje, por exemplo, estava além da física dos
contemporâneos de Newton ou de Boyle. Mas esta física evoluiu e, no devido
tempo, passou a responder a muitos dos porquês dentre aqueles formulados por
Newton ou por Boyle. Não creio, pois, que se deva abominar a filosofia sob o
argumento de que o que está "além da física" de hoje é metafísica pura e,
como tal, inacessível do ponto de vista científico-experimental.

O átomo de Demócrito, por exemplo, era, com efeito, uma realidade metafísica
para os gregos, mas o atomismo de Bernouilli ou de Herapath já era uma
realidade física, muito embora a situar-se além da visão da maioria de seus
contemporâneos; e assim permaneceu por cerca de 200 anos; e somente
floresceu graças aos químicos, pois os físicos continuaram ignorando-o até o
início do século XX. O átomo de Dalton é hoje uma realidade física
inquestionável, assim como inquestionável também é a nossa ignorância sobre
as fronteiras do conhecimento, a situarem-se naquele limiar entre o que pode
e o que não pode vir a ser conhecido, ou entre o que é realmente física e o
que é efetivamente metafísica e a estar, pois, além da física como ciência
experimental.

> Dentro da fisica o que temos são modelos. Modelos que nos permitem
> aceder à pirori a valores de grandezas que posteriormente mediremos.

Mas são modelos que "pretendem" imitar uma realidade. Se não se adequarem a
essa característica, se não simularem o que de fato existe, de nada nos
servirão, como físicos. Se se tratarem tão somente de modelos a não
representarem nada do que ocorre na natureza poderão, quando muito, agradar
a um matemático, jamais a um físico. Por outro lado, se não responderem aos
porquês, poderão, quando muito, satisfazerem a finalidades descritivas, mas
jamais como algo a se aproximar de uma realidade ou a propor uma "evolução"
da ciência. Vejo a metafísica como um limite a ser perseguido, ainda que com
a convicção de que jamais seja atingido. Ora, dirás: Se sabemos que não
chegaremos lá, porque iniciar a "viagem"? Talvez a resposta seja dada pela
filosofia de Popper ou, quem sabe, pela poesia de Fernando Pessoa: "Navegar
é preciso, viver não é preciso."; e o desestímulo para esta empreitada está
na filosofia paradigmática de Kuhn.

> Sendo que se trata de valores, numeros, a matemática é crucial.
> Estou a repetir-me, mas é que isto é realmente a diferença. Todos os
> "defeitos" que apontas advém deste promenor: a matemática do modelo.

Para ser sincero, não estou a procura de "defeitos" mas de novos argumentos.
A matemática é crucial, mas quase sempre surge após as idéias. O conceito de
limite é oriundo das idéias de Galileu; o de infinitésimos surgiu após o
"insight" de Newton e/ou das "mônadas" de Liebnitz. O conceito de
rotacional surgiu a partir das idéias de Maxwell (foi introduzido por um
matemático amigo de Maxwell). A matemática tem o poder de descrever a
natureza sob uma forma sintética, mas a matemática em si não faz a natureza.
Sim, a natureza pode ser descrita pela matemática, mas ela existe
independentemente da matemática. Matemática é linguagem mas não é a única
linguagem científica. Os grandes cientistas são aqueles que conhecem a
matemática mas, acima de tudo, sabem se expressar sem a utilização de
equações. Galileu, Newton, Einstein, Faraday e Bohr, dentre inúmeros outros,
são exemplos de cientistas que sabiam transmitir idéias sem se apegarem em
demasia a equações. Da mesma maneira que podemos transmitir uma idéia
utilizando o português ou o inglês, podemos transmitir um conteúdo de física
utilizando ou da matemática ou das palavras. O problema é que poucos
conhecem matemática o suficiente para saberem traduzir seus conceitos por
palavras, e esta é uma verdade que poucos se dão conta. Aliás, muitos
estudantes de física com quem convivi nos anos 90 (no ifusp) sabiam efetuar
integrações mas não tinham a menor idéia do que estavam fazendo; e isso após
um curso completo de Cálculo Básico (2 anos). Obviamente, esses estudantes
não sabiam transformar um achado matemático num conjunto de palavras, com
sentido físico.

> > > Além disso, temos o Hamiltoneano. que é o mesmo tanto classica
> > > como não-classicamente.

> > Sem dúvida. Mas... a dúvida não está no algoritmo que funciona, mas
> > no: Porquê ele funciona?

> Pela mesma razão que o Hamiltoneano funciona na fisica clássica. Esse
> formalismo é o mesmo. Sem tirar, nem por. Esse é a pedra angular da
> Mecânica. Seja ela moderna ou classica

A coisa não é tão simples assim. Classicamente tanto faz utilizarmos as leis
de Newton, as leis de conservação, o formalismo lagrangeano, o formalismo
hamiltoneano, ou outro formalismo qualquer --incluindo as suas tão queridas
séries de Fourier-- e adequado ao problema em questão. Quanticamente, no
entanto, os formalismos não são tão equivalentes assim, a menos que
procedamos a manobras convenientes e a deturparem os conceitos classicamente
bem estabelecidos. Pois as leis de Newton não são válidas em física quântica
a não ser em condições limites.

O formalismo hamiltoneano, quando aplicado à MQ, é aquele que mais simula a
matematização clássica, ou seja, onde ficam menos nítidas as diferenças,
olhando-se apenas para as fórmulas e deixando-se a física de lado. Mas não
podemos nos esquecer que embora a aparência dos operadores seja a mesma, as
variáveis são outras. Num sistema quântico, as coordenadas e seus momentos
conjugados estão atrelados por condições quânticas estabelecidas pelos
axiomas de Schrödinger ou Heisenberg. Ou seja, estamos tratando com coisas
totalmente diversas e que identificam-se tão somente em condições limites.

> Se formos tentar responder a pq existem as coisas, então caimos na
> metafisica. O objectivo da fisica não é entender tudo, mas apenas o
> que está no seu alcance. E no caso é : Aquilo que é possivel observar e
> medir.

Nesse caso diria que divergimos apenas na fixação do horizonte. ;-)) Ou,
quem sabe, na interpretação do que se está efetivamente medindo.

> > Pois é. Toda a tecnologia "moderna" é baseada em oscilações em
> > torno de posições de equilibrio. Mas... Será que esses osciladores
> > realmente existem?

> Esse não é um problema da Fisica. É da metafisica. Isso é filosofia,
> tão boa/má quanto "Penso, logo existo"

Neste caso fico sem entender porque é que se negou o atomismo durante cerca
de 200 anos, a partir de Bernouilli, e aceitou-se a idéia dos osciladores
harmônicos. Pois o que se sabe hoje sobre "osciladores harmônicos" é menos
do que Boyle, Newton, Bernouilli, Herapath e tantos outros sabiam sobre a
existência das partículas elementares, a que os químicos deram o nome de
átomo. Ao comentar essa disparidade Boltzmann teria dito, alguns anos antes
de se suicidar (1906): "Who sees the future? Let us have free scope for all
directions of research; away with all dogmatism, either atomistic or
antiatomistic!"

Também fico sem entender porque as academias insistem em repudiar o "meu
elétron" sob a argumentação de que "não há nada", na opinião dos acadêmicos,
a garantir a sua existência. Mas... esse "não há nada" não seria, sob o seu
ponto de vista, um argumento metafísico? ;-))

> Aliás, é um principio metafisico que "Apenas entidades existentes podem
> provocar efeitos observáveis"

Sim, mas quem me garante que esses efeitos sejam provocados por "osciladores
harmônicos"? Experimentalmente já está mais do que comprovado que esses
osciladores não existem. Não obstante, preferiu-se descartar a física
clássica em defesa desses inexistentes artefatos semi-quânticos ou
pré-quânticos. Ou seja, a quântica realmente explica, mas explica o que está
mais do que comprovado, pela experimentação, não existir. Ora, algo que não
existe de fato, sequer é metafísica, sequer está além da física, sequer tem
razão física para existir. Isso é matemática pura, e matemática
aparentemente sem finalidade outra que não seja a de satisfazer aos
caprichos dos matemáticos.

> > Os efeitos observados não retratariam apenas "meias-verdades"
> > relativas a suas causas?

> Sim e Não.
> O fenómeno em si, retrata toda a verdade. Mas a intrepretação que os
> humanos lhe dão, ai sim, são apenas meias verdades.
> A ciencia é feita de meias-verdades, enquanto a realidade é toda
> "verdadeira".

Mas que realidade? Aquela que, como físicos, estaríamos *supostamente*
proibidos de procurar, visto tratar-se de metafísica pura? Ou seria aquela
que teria levado Boltzmann ao suicídio?

> É esta matemática que permite "maravilhas" e causa "problemas".
> é um erro ensinar MQ sem ensinar a TF primeiro.

Pois eu gosto da TF mas não gosto da MQ ;-)).

> A TF é usada em coisas fora da fisica (analise de imagem pq exemplo) .
> O Principio de Incerteza (não de indeterminação) de Heisenberg (PH)
> deriva apenas e só das propriedades matemáticas da TF . Só!

Antigamente eu falava em princípio da incerteza e o Belisário me corrigiu,
dizendo que o mais correto seria indeterminação; agora você diz o
contrário!!! Pô, vamos entrar em acordo?!! ;-)) Afinal, como vocês querem
que eu me refira a esse "maldito" princípio? Prefiro pensar no mesmo como
princípio da ignorância, mas isso é algo de foro íntimo e pessoal. ;-)) E
também não é minha intenção ofender ninguém com palavras.

> > Essa idéia, volto a dizer,
> > apoia-se na autoridade de Lorentz, ao assumir que os elétrons eram
> > miniaturas das cargas elétricas macroscópicas do modelo dos fluidos
> > elétricos de Maxwell;

> Não seria na de Faraday? Ele é que experimentalmente levou a essa
> conclusão.

Não, as idéias de Faraday, na época consideradas irem "além da física", nos
levam à conclusão de que o elétron existe, mas Faraday nunca assumiu que o
elétron, por si só, gerasse um campo elétrico coulombiano e/ou que sofresse
a ação de um campo elétrico de maneira idêntica a uma carga elétrica
macroscópica. Isso é 100% de Lorentz: "Lorentz constructed a microscopic
theory by using Maxwell's equations and adding to it an expression for the
force which a charged particle experiences in the presence of electric and
magnetic fields. This microscopic theory is a description of matter in terms
of its charged atomic fragments, ions and electrons." (F. Rohrlich, The
theory of the electron, thirty-first Joseph Henry Lecture).

> > Essa história do tapete não é minha, mas do Thomas Khun. (...)
> > Como você não pertence a essa estirpe de cientistas dogmáticos, "a la
> > Thomas Khun", vamos deixar a história do tapete de lado.

> Não vamos deixá-la de lado, pq ela é o centro da conversa. O ponto
> inerente ao que referes não é nem a fisica, nem a MQ, nem a matemática.
> Mas a visão curta dos humanos, especialmente os que são mal-educados pelas
> pedagogias de hoje.

Falou e disse. Como eu já comentei bastante aqui sobre esse assunto, e já
desagradei a muitos, vou apenas aplaudi-lo. ;-)

> > O que eu digo é que a órbita de um planeta, não
> > poderia se dar segundo um plano que não passasse pelo Sol, pensado
> > como o centro do sistema solar. Ou seja, o Sol e a órbita de *um*
> > planeta qualquer não poderiam, pela lei da gravitação, determinar um
> > cone, como aqueles que se vê nos livros de química e referentes a
> > determinados orbitais.

> Mas um cone é um conjunto de planos que passam pelo sol .... a ideia
> de plano que passa por dois pontos é estranha.

O que tentei dizer é que o plano da órbita do elétron não passa pelo centro
do átomo. A órbita do elétron mais o próton, com este último a situar-se
fora do plano da órbita do primeiro, determinariam um cone. Isso talvez
fique mais claro com o auxílio da figura
http://ecientificocultural.com/ECC2/figuras/parep01.gif

> > Ora, a mecânica clássica não pressupõe a lei de Coulomb. E,
> > rigorosamente falando, o modelo mecânico clássico não se apóia nem mesmo
> > na lei da gravitação, mas tão somente nas três leis de Newton.

> AH! então o modelo classico é o que se apoia nas leis de Newton.
> Par acção-reacção, o movimento não se altera se não houver força e se
> houver força ele altera-se segundo F=ma.
> Mas a relatividade e a MQ não seguem tb estas regras?

Não. Tanto a relatividade quanto a MQ possuem postulados próprios a
contradizerem as leis de Newton. Elas não seguem estas regras mas
"toleram-nas" em condições muito particulares, e assim mesmo como condições
limites. Às vezes as equações assemelham-se matematicamente, mas o
significado físico das variáveis é bem diferente.

> Então continuamos com o endeusamento da Teoria da MQ, que não é
> final, mas ninguem sabe. E ai daquele que ousar levantar a palavra contra!

Por acaso você está propondo alguma nova teoria sobre variáveis ocultas? Se
assim for, cedo ou tarde acabará negando a MQ; e cedo ou tarde, acabará na
fogueira da Inquisição, ao lado de David Bohm. :-(

> > Conclusão: a física clássica
> > ainda não foi falseada pelos argumentos apontados e a apoiarem-se na
> > aplicação da lei de Coulomb para partículas elementares.

> Então terás de explicar pq ao mudar de escala essa lei deixa de ser
> válida.

Porque ela é uma lei populacional. A lei básica, a meu ver, é outra, e
chega-se na lei de Coulomb através da integração do campo de um elétron para
o campo de uma população de elétrons dispostos na superfície de um condutor.
E se esses elétrons estiverem caminhando num fio retilíneo, chega-se, também
por integração, à lei de Ampère, que também é uma lei válida para o
macrocosmo. Mas... Porque essa estranheza? Perceba que estou caminhando no
sentido oposto àquele proposto por Fourier, ou seja, da "idéia" de um
microcosmo para uma realidade macrocósmica. Ou seja, existe uma estrada com
duas pistas, a de ida e a de volta. Estou caminhando pela estrada de volta.
Veja bem, não se trata de um modelo matemático nem de uma "idéia" sobre a
existência de algo que sabemos não existir (osciladores harmônicos), mas de
uma "idéia" ou modelo físico a apoiar-se em argumentos lógicos e coerentes
com a realidade macroscópica, com o nosso dia-a-dia, com a experimentação de
fato, e não em meras suposições.

Toda a natureza é construída dessa maneira. É de estranhar que somente os
físicos não tenham se dado conta disso. Será que os físicos nunca montaram
um quebra-cabeças? As peças não são iguais ao todo. As peças são
irregulares, enquanto que o todo quase sempre é um retângulo. A água
macroscópica é amorfa, enquanto que a água microscópica é formada por
moléculas. As proteínas são formadas por aminoácidos e cada aminoácido não é
uma proteína em miniatura. O DNA é formado por nucleotídeos e cada
nucleotídeo não é um DNA em miniatura. Porque então a carga elétrica não
poderia ser formada por partículas que não fossem cargas elétricas em
miniatura? Esse, a meu ver, foi o maior descuido de natureza lógica jamais
cometido em toda a história da ciência. E é algo tão ridículo que quando os
físicos se derem conta disso hão de ficar envergonhados e ruborizados por
mais de um século. Haja adrenalina!

> Mas a fisica é só isso !
> O que achas que é F=ma, senão uma equação que dá certo?
> O que achas afinal que é a fisica?

F=ma é uma equação que dá certo através de coisas palpáveis. Massa é uma
propriedade macroscópica; aceleração é uma propriedade que se mede
facilmente no dia a dia; força é um construto de alto nível, também
facilmente mensurável em condições estáticas e/ou dinâmicas. Ou seja,
trata-se de uma equação que dá certo porque foi construída com propriedades
conhecidas e bem visualizáveis. Após a construção verificou-se
experimentalmente que a equação sempre dá certo quando testada com os
objetos do nosso dia-a-dia. O mesmo eu não posso dizer com grande parte das
equações da física moderna. O que significa por exemplo dizer que E = m*c^2?
Sim, é uma equação que dá certo, mas... O que é E? O que é m? O que é c? "c"
é o produto de um postulado; "m" é uma suposta massa de uma partícula e que,
como tal, jamais foi efetivamente medida a não ser por métodos indiretos e
altamente discutíveis; e "E" é algo que ninguém sabe exatamente o que seja
mas que se traduz, por exemplo, por "alguma coisa" que é extraída de um
campo elétrico por uma partícula de "suposta" massa "m" e "suposta" carga
"e" e que vai parar num calorímetro sobre a forma de energia interna, e isso
também ninguém sabe exatamente o que seja. Física é isso? ;-))

> Que trabalheira :-)) O Corel Photo Paint, além de fazer o trabalho do
> MS Paintbrush , faz tb o do outro, convertendo directamente em animated
> gif ...pelo menos a minha versão... :-))

Na minha também. Acontece que no Paintbrush eu faço em 10 segundos o que no
Corel eu levaria cerca de 10 minutos. O Corel é muito sofisticado e
excelente para acabamentos, para fotos, para grandes projetos, para milhões
de cores etc. Mas para fazer "bolinhas" e/ou "halteres" de uma única cor, o
paintbrush é muito mais supimpa. ;-)) E o transporte de um para o outro é
imediato (copiar/colar).

> >Até agora nada de clássico chegou
> > a ser falseado pelas suposições de De Broglie ou de Compton e/ou
> > pelas observações experimentais que, supostamente, lhes dão suporte.

> Não se trata de falsear, mas de perguntar : "Consegues fazer isto?"
> Se a resposta é "Não" , então nós escolhemos a que consegue.
> é uma relação "comercial" de serviço, e não de falso ou verdadeiro.
> Discutir o falso e o verdadeiro é da área da metafisica.

Talvez seja metafísica do mesmo tipo daquela proposta por Newton, Boyle,
Bernouilli, Herapath etc, que acabou sendo transformada em física pelos
químicos (Dalton e Cia Ltda). E ainda assim continuou sendo negada até o
suicídio de Boltzmann.

> > O princípio da indeterminação (ou da incerteza) já foi revogado?

> Ele nunca foi avogado.O principio de indeterminação não existe. E o
> de incerteza só existe dentro da MQ. É inerente ao modelo.
> Em roma sê romano. É a isto que se resume o problema.

Ótimo. O princípio da incerteza só existe dentro da MQ. E como na minha
visão a MQ não existe, fica o dito pelo não dito. ;-))

> > > Acreditas mesmo que a informação, seja ela electrica ou outra, se
> > > transfere de ponto a ponto com velocidade infinita ?

> > Nem Newton acreditava nisso e deixou isso explícito mais de uma
> > vez.

> Então, pq ele criou um modelo que ele achava falso?

Em hipótese alguma. O modelo newtoniano não assume a ação instantânea à
distância. Acontece que para os problemas da época (órbitas planetárias)
relacionados à aplicação de sua teoria gravitacional, ele podia aceitar isso
como uma boa aproximação, mesmo porque qualquer erro, neste caso, estaria
aquém da precisão dos métodos de medida. É um erro crasso assumir, do ponto
de vista teórico, que ação e reação gravitacional se dêem instantaneamente.
Graças a esse erro, não se conseguiu explicar classicamente aquele
probleminha relativo ao perihélio de Mercurio. Não refiz os cálculos e nem
estou interessado no momento em fazê-lo, mas se alguém quiser xecar essa
idéia, creio que não será muito difícil e garanto que daria uma excelente
tese de doutoramento em física clássica. Comento alguma coisa a respeito no
artigo " O espaço curvo euclidiano e a relatividade galileana", no meu site.

> Eu não fiz o "matching" de h, com a constante de plank. apenas usei a
> mesma letra.

Pareceu-me que você estivesse quantizando o que estás chamando por "ação
mínima", mas se assim não é... De qualquer forma, convenhamos que dizer que
o que define a física clássica é c = infinito (o que, a meu ver, está
errado) e h = 0, dá a entender que este h seria a constante de Planck. Mesmo
porque, ao se expressar o lagrangeano que define a "ação", freqüentemente
denotada por S (e não por h), costuma-se dizer que o análogo quântico da
função S iguala a função clássica no limite, quando h tende a zero. E esse
h, que tende a zero, é a constante de Planck.

> Então como seria a fisica classica na visão de um fisico classico?
> São só as leis de Newton? ,então eisntein é um classico, e a RG é uma
> teoria classica.- a teoria que Newton não conseguiu fazer. é portanto
> uma obra duas vozes. Newton e Einstein.
> Já que tu dizes que supor uma velocidade finita para o transporte de
> infomação, não é moderno

A diferença não reside no caráter infinito ou finito, mas no caráter
absolutista ou relativista. Para Einstein a velocidade da luz é finita e
absoluta; para Newton é finita e relativa.

> > Porque então adotarmos a ideologia única, tal e qual o Partidão dos
> > socialistas do século XX?

> Adoptamos, ponto e virgula. Eu tento não adoptar.E bem que me custa...

Eu não disse que você adota. Eu também não adoto, mas construi a frase dando
um sentido genérico, qual seja: Porque então adotarmos...?

> Imagina uma vara que se move num movimento cónico.
> Tu sabes o tamanho da vara. E apenas consegues medir a sobra da vara
> segundo o eixo vertical (sobreo qual ela se move) A pergunta é: como saber
> onde está a sombra "horizontal" da vara?
> Fisicamente: não podes! Não estás a olhar para a vara, mas para a sua
> sombra em uma direcção.

Eu não posso hoje, da maneira como o problema foi formulado. Digamos, no
entanto, que existissem outras propriedades dessa vara e que pudessem ser
estimadas por alguma outra medida, e não pela medida da sombra. Mas isso foi
exatamente o que aconteceu na história da física. No trabalho original de
Planck tínhamos apenas oscilações (átomo de Thomsom); no trabalho posterior
de Bohr surgiram as possíveis órbitas permitidas (a partir das experiências
de Rutherford). Ou seja, não estamos mais trabalhando apenas com sombras,
mas com algo mais e relacionado à entidade que produz as sombras.

> > > Agora, daqui a dizer que "Não é um giro" ..alto ai! Não se prova
> > > que não é, nem que é. Simplemente não se sabe.

> > Sim, mas postula-se uma indeterminação.

> Não se postula nada. Constacta-se. Como no exemplo da vara.

Como demonstrei acima, esse exemplo não me satisfaz. Postulou-se uma
indeterminação sim.

> A MQ é inocente das acusações, sr dr ;-) Pedesse que julgue apenas os
> seus estrupadores.

Mas eu nunca julguei os construtores da física quântica. Todos eles foram
geniais. Costumo dizer que o cientista não erra, pois fazer ciência é
procurar pela verdade, e foi isso o que mais fizeram. Paradoxalmente, isso
não é o mesmo que dizer que todas as suas afirmações são corretas. Significa
dizer que quem não caminha em direção à verdade acaba sempre fechando uma
porta que não dá em lugar algum. E isso é muito bom para a ciência. Hoje
ninguém se aventura mais a estudar as teorias do flogisto ou do calórico.
Amanhã ninguém irá mais se aventurar a estudar física quântica e/ou teoria
da relatividade. ;-)) E isso tudo graças a Einstein, Bohr e Cia Ltda.

[ ]'s
Alberto
http://ecientificocultural.com (inglês)
http://ecientificocultural.com/indice.htm (português)



SUBJECT: Re: Jornalismo ... adeus a ciência!
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/11/2001 17:37

Retomando um pouco um assunto q. ficou abandonado.

--- In ciencialist@y..., andrebaptista@u... wrote:
> Bom, como você disse, daria para escrever uma tese. Mas
> simplificadamente, o "ônus" poderia recair sobre as empresas de
> mídia, que responderiam por quaisquer erros de "mau jornalismo" dos
> seus empregados.

E quem disse q. em caso de obrigatoriedade da diplomacao
as empresas ficariam livres de cobranca?

Empresas de taxis nao sao livres de responsabilidades por
seus taxistas (ao menos nao deveriam ser). E nao espero q
as empresas de taxis sejam conscientes o suficientes para
contratar apenas taxistas com habilitacao apenas porq. eles
sao melhores -- mesmo sendo uma exigencia legal, muitos nao
possuem carteira de motorista. Idem pra empresas de motoboy,
transporte de cargas perigosas... Como sao ilegais, eles custam
menos. Nao q. nao existam empresas idoneas, cujos donos e responsa-
veis sejam pessoas integras e com preocupacoes eticas ilibadas.

> exemplo, já que não existe, que eu saiba, "mídia individual" - a

Assessores de imprensa e frilas seriam o q?

> Como a atividade de mídia é sempre empresarial a fiscalização de
> qualidade pode ser em cima das empresas e não dos indivíduos.

A diplomacao nao significa fiscalizacao em cima dos
individuos. Entre outras coisas pode significar a
fiscalizacao em cima das faculdades de jornalismo e
nao impede uma fiscalizacao em cima das empresas.

Uma dupla verificacao diminui as chances de se escapar
uma peca defeituosa - perdoes pela coisificacao. Claro,
algumas vezes pode ser proibitivo o custo disso. Mas
como por aqui so' temos uma meia duzia de empresas de
comunicacao e jornalismo e outro tto de faculdades de
jornalismo nao seria tao problematico.

> concorrência e ninguém gosta disso. Quanto ao argumento do A. Dines
> de que "o jornalista diplomado tem uma relação maior de dependência
> com a profissão. E tenderá a ter maior responsabilidade para com
ela."
> temos que ver o outro lado também: maior dependência talvez
> signifique também menos liberdade em relação as opiniões do dono do
> jornal.

Isso ninguem tem, nem o diplomado nem o nao diplomado.
O q. pode ir contra esse argumento de Dines e' se:
1) o diploma realmente traz maior dependencia em relacao à
profissao;
2) a dependencia em relacao à profissao realmente traz maior
responsabilidade para com ela.
Nao estou nem um pouco seguro da validade das duas assertivas
na realidade.
Os biologos, por exemplo, legalmente regulamentados e com
diplomacao obrigatoria nao parecem muito empenhados pela
preservacao da integridade socio-economico-cientifico-etica da
profissao - falando de forma geral e para o Brasil.

> Quanto mais melhor. Não dá pra comparar o jornalismo, uma atividade
> aberta, generalista, com finalidades multiplas - informar,
> criticar,
> discutir todo tipo de assunto, e com todo tipo de enfoque - com
> atividades técnicas e com critérios rígidos de avaliação como a
> construção de um edifício ou uma cirurgia.

Acho q. esse deveria ser o ponto central da discussao.
Nao podemos confundir o jornalismo apenas com as colunas
de opiniao. O jornalismo, nao q. eu o conheça, parece ser
muito mal entendido por nós leigos.

Nao e' apenas saber escrever -- e como escrevem mal esses
jornalistas, formados ou nao nas universidades -- saber
contar uma historia. Ha' toda uma tecnica de apuracao dos
fatos, saber contatar as fontes, entender as diferencas entre
ser imparcial (dar o mesmo peso a todos os lados) e igualar
todos os lados, ha' tecnicas de investigacao...

Isso pode ser talhado apenas nas redacoes dos jornais? As
pessoas ja' possuem talento para isso?

De fato eu tendo a achar q. o Jornalismo hj em dia e' menos
vocacional (como as artes plasticas, p. e.) do q. tecnica
(como engenharia e medicina). Ficara' em um limbo todo proprio
entre esses dois polos? Nao sei.

Pra nao falar q. desviamos demais do tema cientifico,
vejo um certo paralelo com os ramos das Ciencias.
Em principio, bastaria apenas ao individuo saber manipular
simbolos -- ter um raciocinio logico passavel -- para
se aventurar nas questoes cientificas.
Mas qual a chance de uma pessoa com bom conhecimento de
logica e pressupostos cientificos de desenvolver um
trabalho relevante em Fisica, Quimica ou Biologia?
Ou pior ainda, de um Biologo trazer luzes para a
Cosmologia? Nao sao nulas, mas tenho por mim q. nao
devem ser nada q. mereça muita consideracao -- nao
sei se vc concorda.
E eu tenho ainda q. isso se deve 'a falta dos conhecimentos
q. norteiam uma area em particular. Um Fisico nao entendera'
tao profundamente de Genetica assim. Podera' contribuir com
as bases fisicas disso -- como ocorreu com Watson e Crick --
pode saber das Leis de Mendel, pareamento de bases, recessividade
e dominancia e assim por diante. Mas e' pouco provavel q.
tenha em mente as vias bioquimicas q. conduzem do genotipo
ao fenotipo, da historia evolutiva q. caracteriza um
dado grupo, como ler uma 'corrida' eletroforetica de gel de
agarose e outros meandros e filigranas da area. Um Biologo
se metendo a falar de Espacos Hilbertianos
na certa estara' a dizer sonsices -- algo similar a
Sheldrake.

> empresas brasileiras preferem engenheiros para vagas que seriam de
> administradores ou economistas? Será que isso é ruim? Para mim, por
> exemplo, que tenho diploma de administração, é ruim, pois aumenta a
> concorrência. Mas e para a sociedade?

A julgar como muitas empresas sao administradas eu diria
q. e' no minimo uma imprudencia.

Certo q. nao confio em governos para fiscalizacao,
como tbm nao confio em empresas -- nenhum dos dois sao
necessariamente responsaveis socialmente, em muitos
casos seus interesses conflitam com os dela. Mas uma dupla
fiscalizacao poderia minimizar as falhas de cada setor.
Ou uma tripla fiscalizacao, ja' q. a sociedade tbm pode
exercer tal controle -- embora seja o elo mais fraco da
corrente, pois sua força e' difusa entre milhoes de
agentes e nao apresenta o nivel de organizacao q. encontramos,
por exemplo, nos EUA.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Calor especifico e fisica classica
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/11/2001 19:10


> > Ha a seguinte questão que parece aflorar nos teus comentários que
é o
> > da metafisica.Ou seja,não aquilo que é "irreal" mas o que está
para além
> > da fisica.
>
> Não creio que tudo o que esteja "além da física" seja metafísica. A
> termodinâmica que conhecemos hoje, por exemplo, estava além da
física dos
> contemporâneos de Newton ou de Boyle. Mas esta física evoluiu e, no
devido
> tempo, passou a responder a muitos dos porquês dentre aqueles
formulados
por
> Newton ou por Boyle. Não creio, pois, que se deva abominar a
filosofia sob
o
> argumento de que o que está "além da física" de hoje é metafísica
pura e,
> como tal, inacessível do ponto de vista científico-experimental.

De certo vemos a "fisica" de prespectivas diferentes.
A fisica não lida com a realidade em si, mas apenas com uma parcela
dela.
Aquilo a que se chama "realidade fisica"
A realidade fisica não abrange coisas como a imaginação. Cada um pode
imaginar o que quiser, a realidade fisica não poderá descoordinar
isso.
A explicação da realidade fisica, aquela que se observa e mede, é o
objectivo final da fisica.
Não é objectivo desta, a explicação da realidade em si, toda, a
realdiade
pura.

Por outro lado, bem sabemos que não é possivel saber o que é
exactamente a
"realidade pura". Donde não é pensaver sequer tentar saber qual é a
realidade.

Dizes que, por exemplo, pensar em oscialdores harmónicos, quando eles
não
"estão lá" não é correcto.
Mas é que na realidade "osciladores harmónicos" não têm que existir.
São
eles tb constructos de alto nivel, como gostas de dizer (espero ter
escrito
certo).
Portanto não existe algo que se veja, e mesmo que existisse ninguem
nos diz
que estejamos a ver certo.

Por isso eu digo que discutir a realidade das coisas é metafisica. E
é por
isso que a fisica lida com modelos e não com realidades.

> O átomo de Demócrito, por exemplo, era, com efeito, uma realidade
metafísica
> para os gregos, mas o atomismo de Bernouilli ou de Herapath já era
uma
> realidade física, muito embora a situar-se além da visão da maioria
de
seus
> contemporâneos; e assim permaneceu por cerca de 200 anos; e somente
> floresceu graças aos químicos, pois os físicos continuaram
ignorando-o até
o
> início do século XX. O átomo de Dalton é hoje uma realidade física
> inquestionável,

Estás a ver ? "uma realdiade fisica" , e não "uma realidade"
O Átomo, como ideia, grega, original, ainda é metafisica.
Bem sabemos que aquilo que chamamos atomo , não é realmente
indivisivel.

O conceito abstracto de "individuo" , ou seja "ente que não se pode
dividir",
continua a pairar na imaginação das pessoas, em particular dos
fisicos, ou
dos que gostam de fisica.

Agora, quando particularizas e dizes "Atomo de Dalton" estás a falar
de um
modelo. Não de uma realdiade.
Este modelo foi testado e apresentasse - com alterações normais
decorrentes
do processo cientifico - como um modelo válido.
E então ele é uma realidade fisica.
Espero pelo dia em que um ET qq nos dirá que eles tem outro modelo
diferente. Igualmente "bom" do ponto de vista das previsões.

> > Dentro da fisica o que temos são modelos. Modelos que nos
permitem
> > aceder à pirori a valores de grandezas que posteriormente
mediremos.
>
> Mas são modelos que "pretendem" imitar uma realidade.

AH! isso e´que não... não a realidade em si, a realidade pura.
Eles pretendem de facto, aproximar a realdiade, mas a realdiade
fisica.
Por exmplo, não é objectivo da fisica estabelecer a teoria da
evolução das
espécies.
Essa realidade biologica, digamos, não é entendivel pela fisica.

> Se não se adequarem a
> essa característica, se não simularem o que de fato existe, de nada
nos
> servirão, como físicos.

Eu acho que estás redondamente engando aqui. Estás à procura daquilo
que
nunca poderás encontrar.
Imagina por instantes que encontras um modelo e uma ideia que bate
todas as
outras em previsão numérica.
(que é o que na prática interessa). Mesmo assim, esse modelo ultra-
bom, não
será a realidade.
Ele não simula, nem sequer se assemelha à realidade, pq não sabemos o
que é
a realdiade.

Portanto, no fim, toda a adquação é prática, nos numeros, nas
medições. é ai
que se destinguem as teorias.

Este é um erro frequente hoje em dia. Tomar-se uma teoria que
funciona, como
uma teoria Real.
Verdadeira em todas as instãncias.

Isto é fisicamente falso, cientificamente errado, e mais que tudo;
perigoso.
O resultado é esta confusão que observamos hoje em dia.
O que estás a sugerir é a contra-face disto.
É pensar que uma teoria, em principio real, tem de funcionar.
Não tem, simplesmente pq não existe nenhuma teoria real.

> Se se tratarem tão somente de modelos a não
> representarem nada do que ocorre na natureza poderão, quando muito,
agradar
> a um matemático, jamais a um físico.

Um matemático não modela a natureza. Ele trabalha com base na
abstracção, e
por isso
podemos confiar nas previsões matemáticas. (Até certa medida, claro)
Quem modela a natureza, é o fisico. Um fisico, usa a mesma
matemática, mas
de uam forma menso formal e mais prática. Porque o objectivo final é
sempre
obter numeros possiveis de comparar com medições.

Não concordo com essa tua visão sobre a fisica. Pretendes um modelo
perfeito. todos sabemos que ele não existe.
Apenas procuramos portanto, modelos, melhores que os que temos.

>Por outro lado, se não responderem aos
> porquês, poderão, quando muito, satisfazerem a finalidades
descritivas,
mas
> jamais como algo a se aproximar de uma realidade ou a propor uma
"evolução"
> da ciência.

Estou a ver. Se eu disser que quando empurro a porta ela se fecha
devido à
existência de carga electrica, isto pdoe ser estranho. Ela de facto
se fecha
quando a empurro, mas isso não implica que exista carga electrica.
Até que ponto as hipoteses se relacionam com os resultados é um campo
interessante de descutir. Tlv ai resida o problema "metafisico" em
causa.

As eq de Maxwell funcionam em determinados exemplos. Isso não
significa que
funcionem sempre. Sabemos isso.
Então precisamos de encontrar onde elas não funcionam. (se não me
engano
isto é Popper)
Da mesma forma, se encontrarmos onde elas não funcionam, não podemos
passar
incolmes a que funcionam em algusn casos. Donde são casos
particulares de
alguma "maior" teoria.

>Vejo a metafísica como um limite a ser perseguido, ainda que com
> a convicção de que jamais seja atingido. Ora, dirás: Se sabemos que
não
> chegaremos lá, porque iniciar a "viagem"? Talvez a resposta seja
dada pela
> filosofia de Popper ou, quem sabe, pela poesia de Fernando Pessoa:
"Navegar
> é preciso, viver não é preciso."; e o desestímulo para esta
empreitada
está
> na filosofia paradigmática de Kuhn.

Então porque teimas em partir do principio que existe uma forma de
chegar ?

> Matemática é linguagem mas não é a única
> linguagem científica. Os grandes cientistas são aqueles que
conhecem a
> matemática mas, acima de tudo, sabem se expressar sem a utilização
de
> equações. Galileu, Newton, Einstein, Faraday e Bohr, dentre inúmeros
outros,
> são exemplos de cientistas que sabiam transmitir idéias sem se
apegarem em
> demasia a equações.

Mas sem equações, todas as suas ideias seriam em vão. Eles precisaram,
precisariam se o repetissem, de encontrar equações. Só elas levam a
numeros,
passiveis de comparar com medidas.
Por isso Newton "inventou" matemática nova. Ele precisava de Numeros.
Por isso Eisntein recorreu a metemática "nova" . ele precisava de
numeros.
Todos eles precisaram de traduzir as suas ideias em Numeros. Esse é o
objectivo final da fisica.

Comntudo, é verdade que isto é restrictivo.E normalmente quando se
lê/ouve
"a teoria de X, não dá para calcular isso" isso significa que alguma
simplificação feita no modelo para chegar a aqueles resultados antes
conhecidos, não pdoe mais ser feita. O exemplo deste-o tu, Newton, a
velocidade da informação e o periélio de Mercurio.


>Aliás, muitos
> estudantes de física com quem convivi nos anos 90 (no ifusp) sabiam
efetuar
> integrações mas não tinham a menor idéia do que estavam fazendo; e
isso
após
> um curso completo de Cálculo Básico (2 anos). Obviamente, esses
estudantes
> não sabiam transformar um achado matemático num conjunto de
palavras, com
> sentido físico.

Porque nãos os ensinam a isso. Ensinam, já mal, a analizar, mas
nunca, a
sintetizar.
A culpa não é deles. Mas os que antes lhe antecederam observam
impávidos e
serenos ao decair dessa capacidade.
E na terra de cegos, quem tem olho é rei. E neste caso, quem tem a
capacidade de "credibilidade" absorve a confiança cega desses
incapacitados.
(dito assim soa até demasiado forte)

> > > Sem dúvida. Mas... a dúvida não está no algoritmo que funciona,
mas
> > > no: Porquê ele funciona?
>
> > Pela mesma razão que o Hamiltoneano funciona na fisica clássica.
Esse
> > formalismo é o mesmo. Sem tirar, nem por. Esse é a pedra angular
da
> > Mecânica. Seja ela moderna ou classica
>
> A coisa não é tão simples assim. Classicamente tanto faz
utilizarmos as
leis
> de Newton, as leis de conservação, o formalismo lagrangeano, o
formalismo
> hamiltoneano, ou outro formalismo qualquer --incluindo as suas tão
queridas
> séries de Fourier-- e adequado ao problema em questão.
Quanticamente, no
> entanto, os formalismos não são tão equivalentes assim,

Porquê ?
Não respondeste a pq o Hamiltoneano classico, funciona.

[ as Séries de Fourier não me são queridas. Existem outros métodos.
Mas são
queridas da MQ]

> a menos que
> procedamos a manobras convenientes e a deturparem os conceitos
classicamente
> bem estabelecidos.

Diz-me um conceito que esteja "bem estabelecido". Diz-me tb pq ele o
está.
Se existem conceitos "bem estabelecidos" , onde fica a evolução da
ciencia ?

>Pois as leis de Newton não são válidas em física quântica
> a não ser em condições limites.

As quais correspondem à mudança de escala que acontece entre a MQ e a
MC.
Da escala sub atomica (digamos 10^-15) para a escala 1

> O formalismo hamiltoneano, quando aplicado à MQ, é aquele que mais
simula
a
> matematização clássica, ou seja, onde ficam menos nítidas as
diferenças,
> olhando-se apenas para as fórmulas e deixando-se a física de lado.

Existe outro ? Existe outra forma de fazer contas em MQ ?

> > > Pois é. Toda a tecnologia "moderna" é baseada em oscilações em
> > > torno de posições de equilibrio. Mas... Será que esses
osciladores
> > > realmente existem?
>
> > Esse não é um problema da Fisica. É da metafisica. Isso é
filosofia,
> > tão boa/má quanto "Penso, logo existo"
>
> Neste caso fico sem entender porque é que se negou o atomismo
durante
cerca
> de 200 anos, a partir de Bernouilli, e aceitou-se a idéia dos
osciladores
> harmônicos. Pois o que se sabe hoje sobre "osciladores harmônicos"
é menos
> do que Boyle, Newton, Bernouilli, Herapath e tantos outros sabiam
sobre a
> existência das partículas elementares, a que os químicos deram o
nome de
> átomo. Ao comentar essa disparidade Boltzmann teria dito, alguns
anos
antes
> de se suicidar (1906): "Who sees the future? Let us have free scope
for
all
> directions of research; away with all dogmatism, either atomistic or
> antiatomistic!"

Exactamente. Escolhas. Foram feitas escolhas.
Essas escolhas estão directamente ligadas com experiencias feitas, ou
com
"descobertas"
O exemplo da "descoberta" de que um feixe de electrões tinha, mesmo,
um
comportamento de onda, a hipotese de De Broglie tornou-se importante.
Se
aquela "descoberta" por "acaso" não tivesse acontecido, não tinhas de
falar
de MQ.
Portanto, tudo isto está de acordo com a aletoriedade esperada, mas
sempre,
sempre, ligada com experiencias feitas.
Essa é a questão importante: a experiencia. É ela que governa aquilo
em que
se acredita.
Seja bem , ou mal.

> Também fico sem entender porque as academias insistem em repudiar
o "meu
> elétron" sob a argumentação de que "não há nada", na opinião dos
acadêmicos,
> a garantir a sua existência. Mas... esse "não há nada" não seria,
sob o
seu
> ponto de vista, um argumento metafísico? ;-))

Sim e não. Enquanto não debitares resultados numéricos passiveis de
comparar
com medições, esse "nada" está no limiar da metafisica.
Já sabes o que penso disto. Não ha mal nenhum em ter novos modelos,
mas se
eles não debitam numeros,... nada feito.

Por isso a minha chata insistência nos numeros, na matemática e nos
modelos.

> > Aliás, é um principio metafisico que "Apenas entidades existentes
podem
> > provocar efeitos observáveis"
>
> Sim, mas quem me garante que esses efeitos sejam provocados por
"osciladores
> harmônicos"?

Ninguem, mas ninguem diz que eles estão lá.
Em fisica não se usa - não deveria- o pensamento: "Se a realidade for
exactamente assim, então temos que ... "
Mas sim "podemos usar um modelo , supondo que a realidade é
aproximada por
isto, então..."
Não é assim ?

>Experimentalmente já está mais do que comprovado que esses
> osciladores não existem.

Por que experiencia ?

>Ou seja, a quântica realmente explica, mas explica o que está
> mais do que comprovado, pela experimentação, não existir.

hum??

> > > Os efeitos observados não retratariam apenas "meias-verdades"
> > > relativas a suas causas?
>
> > Sim e Não.
> > O fenómeno em si, retrata toda a verdade. Mas a intrepretação que
os
> > humanos lhe dão, ai sim, são apenas meias verdades.
> > A ciencia é feita de meias-verdades, enquanto a realidade é toda
> > "verdadeira".
>
> Mas que realidade? Aquela que, como físicos, estaríamos
*supostamente*
> proibidos de procurar, visto tratar-se de metafísica pura? Ou seria
aquela
> que teria levado Boltzmann ao suicídio?

Eles estão proibidos de encontrar, não de procurar. Ou seja, eles
podem
andar a viajar, mas nunca chegarão ao fim.
A realidade a que referira, era a realidade pura , não a realdiade
fisica.

> > A TF é usada em coisas fora da fisica (analise de imagem pq
exemplo) .
> > O Principio de Incerteza (não de indeterminação) de Heisenberg
(PH)
> > deriva apenas e só das propriedades matemáticas da TF . Só!
>
> Antigamente eu falava em princípio da incerteza e o Belisário me
corrigiu,
> dizendo que o mais correto seria indeterminação; agora você diz o
> contrário!!!

O famoso principio e referido normalmente como Principio de
Heisenberg.
Quando se quer tirar o nome do sr, é usado Principio de Incerteza.
Muitas vezes : Principio de Incerteza de Heisenberg , para ser mais
completo.

A indeterminação é uma das intrepretações que nascem desse principio
matemátcio, sublinho uma vez mais.
A indeterminação é portanto "artificial". E por isso eu a tirei,
exactamente
para tentar explicar como ela deriva por intrepretação de um pricipio
matemático: o da incerteza.

Além disso, incerteza relaciona-se com medida, indeterminação é algo
mais
complexo e geral.



>Afinal, como vocês querem
> que eu me refira a esse "maldito" princípio?

Principio de Heisenberg. Acho que ai ninguém discorda.

Prefiro pensar no mesmo como
> princípio da ignorância, mas isso é algo de foro íntimo e
pessoal. ;-)) E
> também não é minha intenção ofender ninguém com palavras.

ingonrância, incerteza, desconhecimento, indeterminação , são tudo
sinónimos.
O que sim é importante é saber pq ele existe, e como ele é utilizado.
Entendê-lo. Impiricamente, teoricamente, e saber onde se aplica.
O utilitarismo aliado a algum pragmatismo, na tentativa de não cair em
Fantasias.

> > > Essa idéia, volto a dizer,
> > > apoia-se na autoridade de Lorentz, ao assumir que os elétrons
eram
> > > miniaturas das cargas elétricas macroscópicas do modelo dos
fluidos
> > > elétricos de Maxwell;
>
> > Não seria na de Faraday? Ele é que experimentalmente levou a essa
> > conclusão.
>
> Não, as idéias de Faraday, na época consideradas irem "além da
física",
nos
> levam à conclusão de que o elétron existe, mas Faraday nunca
assumiu que o
> elétron, por si só, gerasse um campo elétrico coulombiano e/ou que
sofresse
> a ação de um campo elétrico de maneira idêntica a uma carga elétrica
> macroscópica.

Mas ele deduziu experimentalmente (- electrólise -) a carga electrica
de um
electrão. Aliás a carga do electrão é calculada pela cosntande de
Avogrado e
a de Faraday.
Por isso eu falei em Faraday.

> > > O que eu digo é que a órbita de um planeta, não
> > > poderia se dar segundo um plano que não passasse pelo Sol,
pensado
> > > como o centro do sistema solar. Ou seja, o Sol e a órbita de
*um*
> > > planeta qualquer não poderiam, pela lei da gravitação,
determinar um
> > > cone, como aqueles que se vê nos livros de química e referentes
a
> > > determinados orbitais.
>
> > Mas um cone é um conjunto de planos que passam pelo sol .... a
ideia
> > de plano que passa por dois pontos é estranha.
>
> O que tentei dizer é que o plano da órbita do elétron não passa pelo
centro
> do átomo.

Entendia agora.
Referes que essa é a imagem que aparece nos livros de quimica.
Por isso quimica não é fisica...
Em lado nenhum a fisica, nem a MQ afirmam tal coisa.
Alías, a MQ produz nuvens de densidade de probabilidade, e nunca
orbitas.
Mais uns livros para a fogueira...


> > AH! então o modelo classico é o que se apoia nas leis de Newton.
> > Par acção-reacção, o movimento não se altera se não houver força
e se
> > houver força ele altera-se segundo F=ma.
> > Mas a relatividade e a MQ não seguem tb estas regras?
>
> Não. Tanto a relatividade quanto a MQ possuem postulados próprios a
> contradizerem as leis de Newton.

Quais, onde e como ? Fiquei curioso agora.

> > Então continuamos com o endeusamento da Teoria da MQ, que não é
> > final, mas ninguem sabe. E ai daquele que ousar levantar a palavra
contra!
>
> Por acaso você está propondo alguma nova teoria sobre variáveis
ocultas?

Não. Nada disso. Apenas estou lançando luz, naquilo que toda a gente

sabe - ou deveria.
A MQ é apenas e só um modelo da realidade fisica. E não o ultimo, mais
perfeito, completo e acabado modelo da realdiade fisica, e muito
menos a
realdiade fisica em si. E obviamente não a realidade em si.

Rigorasamente falando, apenas podemos usar a MQ onde ela se aplica, e
as
suas limitações só existem quando a usamos.

Uma analogia. Dentro do "modelo" dos numeros reais , a raiz quadrada
de -1
não existe.
Existe ai uma indeterminação, um desconhecimento. É dito um resultado
impossivel.
Da mesma forma dentro do modelo da MQ, é dito que é impossivel saber a
posição e o momento de uma particula com 'absoluta certeza'.

No "modelo" dos numeros complexos a raiz quadrada de -1 existe, e não
é um
resultado impossivel. É "natural" acontecer.
Da mesma forma, fora da MQ é possivel saber x e p com 'absoluta
certeza' . A
Fisica Classica e a Relatividade, são exemplos de modelos "fora do da
MQ"

Eu gostava de saber se é claro o que estou a dizer sobre o PH e
porquê não
temos de "acreditar" que existe Indeterminação "desconhecimento" na
natureza.

>Se
> assim for, cedo ou tarde acabará negando a MQ; e cedo ou tarde,
acabará na
> fogueira da Inquisição, ao lado de David Bohm. :-(

Não poderei negar a MQ , enquanto me for util.
Assim como não reneguei a MC para calcular quanto tempo vou demorar
numa
viagem de 100km a 70km/h
Quando precisar de outra teoria melhor, deixarei de usar a MQ pq terei
outra, mas a MQ estará na prateleira assim como a MC continua a estar.



> > > Conclusão: a física clássica
> > > ainda não foi falseada pelos argumentos apontados e a apoiarem-
se na
> > > aplicação da lei de Coulomb para partículas elementares.
>
> > Então terás de explicar pq ao mudar de escala essa lei deixa de
ser
> > válida.
>
> Porque ela é uma lei populacional. A lei básica, a meu ver, é
outra, e
> chega-se na lei de Coulomb através da integração do campo de um
elétron
(..)
> Veja bem, não se trata de um modelo matemático nem de uma "idéia"
sobre a
> existência de algo que sabemos não existir (osciladores
harmônicos), mas
de
> uma "idéia" ou modelo físico a apoiar-se em argumentos lógicos e
coerentes
> com a realidade macroscópica, com o nosso dia-a-dia, com a
experimentação
de
> fato, e não em meras suposições.

Que a lei de Ampere seja válida não confirma por si mesma que a lei
populacional o seja.
É como fechar a porta, não implica na existência de força electrica.
Para explicar bem, e fisicamente provar, é preciso algo mais.
Contas dáva jeito.
Dizes que aparece por integração ... de qual integral ?
Entendes, é este tipo de coisas que diferencia a fisica da
metafisica. O
concreto.
Em concreto, estás a falar de quê ?

Eu não quero saber que de quê é a população, mas sim como uma
população
resulta nesse comportamente macroscópico.

> Toda a natureza é construída dessa maneira. É de estranhar que
somente os
> físicos não tenham se dado conta disso. Será que os físicos nunca
montaram
> um quebra-cabeças? As peças não são iguais ao todo. As peças são
> irregulares, enquanto que o todo quase sempre é um retângulo. A água
> macroscópica é amorfa, enquanto que a água microscópica é formada
por
> moléculas. As proteínas são formadas por aminoácidos e cada
aminoácido não
é
> uma proteína em miniatura. O DNA é formado por nucleotídeos e cada
> nucleotídeo não é um DNA em miniatura. Porque então a carga
elétrica não
> poderia ser formada por partículas que não fossem cargas elétricas
em
> miniatura?

Por razão alguma. Mas como já te disse, terias de explicar donde vem
essa
propriedade chamada, agora,carga.
Tal como quando se usam particulas sem massa, é preciso explicar pq o
resultado tem massa.


> > Mas a fisica é só isso !
> > O que achas que é F=ma, senão uma equação que dá certo?
> > O que achas afinal que é a fisica?
>
> F=ma é uma equação que dá certo através de coisas palpáveis.


> > > O princípio da indeterminação (ou da incerteza) já foi revogado?
>
> > Ele nunca foi avogado.O principio de indeterminação não existe.
E o
> > de incerteza só existe dentro da MQ. É inerente ao modelo.
> > Em roma sê romano. É a isto que se resume o problema.
>
> Ótimo. O princípio da incerteza só existe dentro da MQ. E como na
minha
> visão a MQ não existe, fica o dito pelo não dito. ;-))

Optimo, então que modelo usas para entender os resultados dos
expectros de
absorção/emissão (usados em quimica)?
E qual usas para calcular o valor previsto para as riscas do
expectro ?

Se em responderes : Nenhum. então eu prefio ao menos usar um que se
aproxima
bastante, a MQ

> > Eu não fiz o "matching" de h, com a constante de plank. apenas
usei a
> > mesma letra.
>
> Pareceu-me que você estivesse quantizando o que estás chamando
por "ação
> mínima", mas se assim não é... De qualquer forma, convenhamos que
dizer
que
> o que define a física clássica é c = infinito (o que, a meu ver,
está
> errado) e h = 0, dá a entender que este h seria a constante de
Planck.
Mesmo
> porque, ao se expressar o lagrangeano que define a "ação",
freqüentemente
> denotada por S (e não por h), costuma-se dizer que o análogo
quântico da
> função S iguala a função clássica no limite, quando h tende a zero.
E esse
> h, que tende a zero, é a constante de Planck.

No que escrevi, c é a velocidade máxima da informação (não da luz) e
h a
acção a partir da qual são observadas alterações.
Se em algum modelo c=velcodiade da luz, e h =cosntante de Plank...
não tenho
culpa.
Entendes?

[ eu sempre usei A para a Acção...S é reservado para para o
Spin...mas isso
são convenções... ]


> A diferença não reside no caráter infinito ou finito, mas no caráter
> absolutista ou relativista. Para Einstein a velocidade da luz é
finita e
> absoluta; para Newton é finita e relativa.

Sim, muito bem. então onde na prepectiva de Newton entra a velocidade
máxima
da informação.
Se ela é relativa, é relativa ao quê ? ...e não digas que é ao
movimento que
isso é muito vago... :-)

> > Imagina uma vara que se move num movimento cónico.
> > Tu sabes o tamanho da vara. E apenas consegues medir a sobra da
vara
> > segundo o eixo vertical (sobreo qual ela se move) A pergunta é:
como
saber
> > onde está a sombra "horizontal" da vara?
> > Fisicamente: não podes! Não estás a olhar para a vara, mas para a
sua
> > sombra em uma direcção.
>
> Eu não posso hoje, da maneira como o problema foi formulado.
Digamos, no
> entanto, que existissem outras propriedades dessa vara e que
pudessem ser
> estimadas por alguma outra medida, e não pela medida da sombra.

Encontra-as. É um desafio. :-)

>Mas isso foi
> exatamente o que aconteceu na história da física. No trabalho
original de
> Planck tínhamos apenas oscilações (átomo de Thomsom); no trabalho
posterior
> de Bohr surgiram as possíveis órbitas permitidas (a partir das
experiências
> de Rutherford). Ou seja, não estamos mais trabalhando apenas com
sombras,
> mas com algo mais e relacionado à entidade que produz as sombras.

A entidade que produz a sombra é uma vara rodando.... ai tens o
modelo.
Agora diz-me como é posivel saber as projecções "verticais" ....

Avisa-me se e quando não chegares à conclusão de que tal não é
possivel.

> > > > Agora, daqui a dizer que "Não é um giro" ..alto ai! Não se
prova
> > > > que não é, nem que é. Simplemente não se sabe.
>
> > > Sim, mas postula-se uma indeterminação.
>
> > Não se postula nada. Constacta-se. Como no exemplo da vara.
>
> Como demonstrei acima, esse exemplo não me satisfaz. Postulou-se uma
> indeterminação sim.

Não se postulou. Eu não postulei nenhuma indeterminação para o caso
da vara.
E nesse caso é uma constactação. E eu gostava mesmo que me
desmentisses
desta afirmação.
A indeterminação existe, e ninguem a postulou [notesse que eu não tb
usei a
TF aqui ]

E esta é a mesma que existe no caso do átomo.

[[]]

Sérgio




SUBJECT: En: Novidades no Radar da Ciência
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/11/2001 23:49


Novidades no Radar da Ciência.
(atenção: devido a um problema no Outlook, ele não considera a última
virgula necessária para o link. Basta adicioná-la no final para ir ao link
desejado)

---------------------------------------------------------
Droga contra a hipertensão pulmonar primária tem sua eficiência comprovada
---------------------------------------------------------
Data: Terça, 13 de Novembro de 2001
Autor: Maria Fernanda Marques Fernandes

Existem ainda doenças cuja origem é desconhecida, e cujo tratamento ainda é
precário. Constantemente pesquisas são realizadas para melhorar esses
tratamentos, como é o caso da hipertensão pulmonar primária, onde resultados
recentes indicam o surgimento de uma nova droga para o seu tratamento.

http://www.ifi.unicamp.br/~knobel/radar/newspro/fullnews.cgi?newsid100565498
0,25789,

---------------------------------------------------------
Fungo de abelha produz substância com potencial farmacológico
---------------------------------------------------------
Data: Sexta, 9 de Novembro de 2001
Autor: Germana Barata

Pesquisa realizada no Instituto de Química da Unicamp isolou fungos do corpo
da abelha Trigona para a identificação de substâncias que atuam como
inibidores de crescimento de microrganismos. A concentração mínima
inibitória destes compostos foi medida e comparada com antifúngicos
comerciais. Dos vários compostos testados um deles apresentou atividade
biológica equivalente ou até superior, ao Cloranfenicol, um antibiótico
largamente difundido e utilizado.

http://www.ifi.unicamp.br/~knobel/radar/newspro/fullnews.cgi?newsid100527120
0,96148,

---------------------------------------------------------
Combate ao mal de Parkinson: pesquisadores estudam a combinação de estímulos
elétricos e drogas no tratamento da doença
---------------------------------------------------------
Data: Quinta, 8 de Novembro de 2001
Autor: Maria Fernanda Marques Fernandes

A Neuroeletrônica é uma nova área de pesquisa interdisciplinar que utiliza
equipamentos eletrônicos para monitorar ações cerebrais, compensar nervos
danificados, e possivelmente retardar os efeitos degenerativos da doença de
Parkinson. Apesar de estarem ainda em estágio inicial, há diversas
iniciativas nessa promissora área de investigação. Veja uma delas neste
artigo.

http://www.ifi.unicamp.br/~knobel/radar/newspro/fullnews.cgi?newsid100523474
5,30958,

---------------------------------------------------------
Gene da Linguagem - repercussão da descoberta
---------------------------------------------------------
Data: Segunda, 5 de Novembro de 2001
Autor: Rodrigo Cunha

No dia 4 de outubro, a revista Nature publicou um artigo de pesquisadores
britânicos que anunciavam a descoberta de um gene ligado a distúrbios de
fala e de linguagem. Essa descoberta suscitou uma grande repercussão na
mídia, mas a verdade é que as pesquisas estão apenas começando, e deve-se
tomar cuidados especiais ao analisar os resultados apresentados. Este artigo
apresenta uma discussão crítica sobre o assunto.

http://www.ifi.unicamp.br/~knobel/radar/newspro/fullnews.cgi?newsid100499829
7,544,

---------------------------------------------------------
Química é Ferramenta para Entender Mumificação
---------------------------------------------------------
Data: Sábado, 3 de Novembro de 2001
Autor: Germana Barata

Apesar de serem estudadas continuamente, as técnicas antigas de mumificação
permanecem ainda um mistério. Em um artigo recente, pesquisadores ingleses
utilizaram modernas técnicas de Química para tentar entender um pouco mais
sobre esse mistério da história da humanidade.

http://www.ifi.unicamp.br/~knobel/radar/newspro/fullnews.cgi?newsid100481176
9,87196,

---------------------------------------------------------
Empresa francesa lança no Brasil o primeiro carro movido a ar comprimido
---------------------------------------------------------
Data: Quarta, 31 de Outubro de 2001
Autor: Silvana Duarte

Chamado provisoriamente pelos seus fabricantes de "MotorMDI" ou de
"Careaire", o novo carro lançado pela empresa "Motor Development
International" - MDI, já está sendo considerado como o "veículo ecológico"
da nova era, devido a tecnologia que permite que o carro dispense o uso do
tradicional combustão, (um dos maiores poluentes da atmosfera), e utilize
para o funcionamento do motor apenas o ar comprimido. Uma das maiores
características encontradas no "MotorMDI", é que além de não causar
poluição atmosférica, também purifica do ar; pois seu motor em funcionamento
exala um ar limpo a -15ºC.

http://www.ifi.unicamp.br/~knobel/radar/newspro/fullnews.cgi?newsid100455453
1,23939,





SUBJECT: Muito mais coisas entre o céu e a terra
FROM: "Lupe" <lupe@bsi.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/11/2001 23:58

Olá lista,
Eu não sei bem como é que se faz para conseguir a atenção ou quiçá meia
palavra em ambiente tão seleto. Povoado por tão rebuscados termos e tão
refinada audiência. Eu, porém, ainda acredito no benefício da dúvida e mais
ainda, acredito na possibilidade de uma intervenção intelectual que possa
catalisar minhas dúvidas tonitroantes. Então, ai vai:
Poderia haver um mecanismo, baseado na lógica fuzzy, na teoria da
complexidade, que sugerisse algum(ns) fator (es) - além da seleção
natural-atuando sobre os sistemas biológicos que explicasse (m) os padrões
complexos, as propriedades emergentes (o todo) que se repetem "de novo" nas
diferentes espécies, através de diferentes processos evolutivos, fazendo
emergir propriedades complexas (algo como um atrator)?
L.F.





SUBJECT: REVOLTADO OU CRIATIVO?!!!
FROM: "Juliana Belko" <julibelko@yahoo.com.br>
TO: "William Gomes" <pote013@hotmail.com>, "Tiago Dias" <tigdias@uol.com.br>, "Suzi" <suzioliveira@hotmail.com>, "Silvio Medeiros" <magoo00@bol.com.br>, "SILVANA ELLEN RIBEIRO" <silbana@zipmail.com.br>, "Priscilla Iastremski" <anim@cidadeinternet.com.br>, "Priscila Lemos" <priflorinda@ig.com.br>, "Maria Cristina Belko" <mariacristinabelko@bol.com.br>, "Lucas Padovani" <madrugabg@ig.com.br>, <lidearc@yahoogrupos.com.br>, "Lenin Castello de Aguiar" <leninlee@hotmail.com>, "Karina Miguel" <kmiguel@bol.com.br>, "Juliana Iwayama Velho" <julyiv@bol.com.br>, "Guilherme Galv�o de Fran�a" <guigafranca@ig.com.br>, "Francisco dos Santos Saiz" <fssaiz@ig.com.br>, "Flavio Cavalcante" <flaiocav@bol.com.br>, "despertar ate�smo.net" <despertar@yahoogroups.com>, <defesadafe@yahoogrupos.com.br>, <defesadafe@br.egroups.com>, "defesadafe Moderador" <defesadafe-owner@br.egroups.com>, "Danilo Vieira Alves" <kansky@zipmail.com.br>, "Daniela Iwayama Velho" <danyiv@bol.com.br>, "Claudia Aparecida Gebaile Barros" <claudiagebaile@bol.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, "Andrea Soares de Souza" <deia_florindas@ig.com.br>, "Anderson" <andersonf.amancio@ig.com.br>, "Ana Paula Gomes" <ANA51@trendmail.com.br>, "Ailton Luiz Rufino" <ailtonluiz@yahoo.com.br>, "Wellington" <wellington@demeo.com.br>
DATE: 16/11/2001 00:25


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REVOLTADO OU CRIATIVO?!!!

Há algum tempo recebi um convite de um colega para servir de árbitro na revisão de uma prova. Tratava-se de avaliar uma questão de Física, que recebera nota 'zero'. O aluno contestava tal conceito, alegando que merecia nota máxima pela resposta, a não ser que houvesse uma 'conspiração do sistema' contra ele. Professor e aluno concordaram em submeter o problema a um juiz imparcial, e eu fui o escolhido.

Chegando à sala de meu colega, li a questão da prova, que dizia: 'Mostrar como pode-se determinar a altura de um edifício bem alto com o auxilio de um barômetro.' A resposta do estudante foi a seguinte:

'Leve o barômetro ao alto do edifício e amarre uma corda nele; baixe o barômetro até a calçada e em seguida levante, medindo o comprimento da corda; este comprimento será igual à altura do edifício.'

Sem dúvida era uma resposta interessante, e de alguma forma correta, pois satisfazia o enunciado. Por instantes vacilei quanto ao veredito. Recompondo-me rapidamente, disse ao estudante que ele tinha forte razão para ter nota máxima, já que havia respondido a questão completa e corretamente. Entretanto, se ele tirasse nota máxima, estaria caracterizada uma aprovação em um curso de Física, mas a resposta não confirmava isso. Sugeri então que fizesse uma outra tentativa para responder a questão. Não me surpreendi quando meu colega concordou, mas sim quando o estudante resolveu encarar aquilo que eu imaginei lhe seria um bom desafio. Segundo o acordo, ele teria seis minutos para responder a questão, isto após ter sido prevenido de que sua resposta deveria mostrar, necessariamente, algum conhecimento de Física.

Passados cinco minutos ele não havia escrito nada, apenas olhava pensativamente para o forro da sala. Perguntei-lhe então se desejava desistir, pois eu tinha um compromisso logo em seguida, e não tinha tempo a perder.Mais surpreso ainda fiquei quando o estudante anunciou que não havia desistido. Na realidade tinha muitas respostas, e estava justamente escolhendo a melhor. Desculpei-me pela interrupção e solicitei que continuasse.

No momento seguinte ele escreveu esta resposta:

'Vá ao alto do edifico, incline-se numa ponta do telhado e solte o barômetro, medindo o tempo t de queda desde a largada até o toque com o solo. Depois, empregando a fórmula
h = (1/2)gt^2
calcule a altura do edifício.'

Perguntei então ao meu colega se ele estava satisfeito com a nova resposta, e se concordava com a minha disposição em conferir praticamente a nota máxima à prova. Concordou, embora sentisse nele uma expressão de descontentamento, talvez inconformismo.

Ao sair da sala lembrei-me que o estudante havia dito ter outras respostas para o problema. Embora já sem tempo, não resisti à curiosidade e perguntei-lhe quais eram essas respostas.

"Ah!, sim," - disse ele - "há muitas maneiras de se achar a altura de um edifício com a ajuda de um barômetro."

Perante a minha curiosidade e a já perplexidade de meu colega, o estudante desfilou as seguintes explicações.

"Por exemplo, num belo dia de sol pode-se medir a altura do barômetro e o comprimento de sua sombra projetada no solo. bem como a do edifício. Depois, usando uma simples regra de três, determina-se a altura do edifício."

"Um outro método básico de medida, aliás bastante simples e direto, é subir as escadas do edifício fazendo marcas na parede, espaçadas da altura do barômetro. Contando o número de marcas ter-se a altura do edifício em unidades barométricas."

"Um método mais complexo seria amarrar o barômetro na ponta de uma corda e balançá-lo como um pêndulo, o que permite a determinação da aceleração da gravidade (g). Repetindo a operação ao nível da rua e no topo do edifício, tem-se dois g's, e a altura do edifício pode, a princípio, ser calculada com base nessa diferença."

"Finalmente", concluiu, "se não for cobrada uma solução física para o problema, existem outras respostas. Por exemplo, pode-se ir até o edifício e bater à porta do síndico. Quando ele aparecer; diz-se:

'Caro Sr. síndico, trago aqui um ótimo barômetro; se o Sr. me disser a altura deste edifício, eu lhe darei o barômetro de presente.'"

A esta altura, perguntei ao estudante se ele não sabia qual era a resposta 'esperada' para o problema. Ele admitiu que sabia, mas estava tão farto com as tentativas dos professores de controlar o seu raciocínio e cobrar respostas prontas com base em informações mecanicamente arroladas, que ele resolveu contestar aquilo que considerava, principalmente, uma farsa.


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Colaborou: Domingos Peixoto Tabosa
Furukawa Industrial S.A.
+55 41 341-4309 Phone
+55 41 341-4293 FAX
+55 41 9973-2943 Cel



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Um colega disse que já conhecia essa história há uns 30 anos, e achava que era devida a R.Feinman. Fiz pequenas correções no texto e reformatei. VWS.

O colega Alfredo Goldman enviou-me uma versão em francês que atribui essa história a Niels Bohr como o estudante e Rutherford como o árbitro. Acione aqui para ver essa versão.

Acione aqui para desviar para a 'home page' de Valdemar W.Setzer


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http://www.ime.usp.br/~vwsetzer/jokes/barometro.html



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: REVOLTADO OU CRIATIVO?!!!
FROM: "Juliana..." <julibelko@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/11/2001 02:04


Me desculpem, não era para esse e-mail ter vindo parar aqui.

Juliana.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Calor especifico e fisica classica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/11/2001 16:47

----- Original Message -----
From: "Sergio M. M. Taborda"
Sent: Wednesday, November 14, 2001 7:10 PM
Subject: [ciencialist] Re: Calor especifico e fisica classica

> De certo vemos a "fisica" de perspectivas diferentes. (...)
> Não é objectivo desta, a explicação da realidade em si, toda, a
> realidade pura.

Realmente, vemos a física através de prismas diferentes.

> Dizes que, por exemplo, pensar em osciladores harmónicos, quando eles
> não "estão lá" não é correcto.
> Mas é que na realidade "osciladores harmónicos" não têm que existir.
> São eles tb constructos de alto nivel, como gostas de dizer (espero ter
> escrito certo).

Esse termo, constructo, é empregado nas traduções para o português dos
livros de Mario Bunge, um físico argentino que escrevia em inglês e dava
aula de filosofia da ciência no Canadá. Entendo o que ele pretende dizer com
a palavra constructo (creio que o correto seria constructo, com c), mas
nunca me dei ao luxo de verificar o significado lingüístico. Desta vez
consultei o dicionário Houais e encontrei o seguinte: Constructo =
"construção puramente mental, criada a partir de elementos mais simples para
ser parte de uma teoria." Pelo que diz o dicionário, creio que seria
possível pensar nos "osciladores" como um constructo. Não obstante, Mario
Bunge utiliza o termo para o que chama "constructos de alto nível",
pretendendo referir-se a elementos como força, energia, entropia, campo,
etc.

> Por isso eu digo que discutir a realidade das coisas é metafisica. E
> é por isso que a fisica lida com modelos e não com realidades.

Encaras a metafísica como algo inatingível, o que a meu ver está correto.
Não obstante eu encaro a ciência como algo que tem por objetivo perseguir
esse limite inatingível. Sei que, assim fazendo, estou como que caminhando
por um túnel e sem vislumbrar a luz em seu final e, até mesmo, sem saber se
esse túnel tem um final. Mas percebo, ou pelo menos quero acreditar, que a
cada conquista científica encontramo-nos cada vez mais próximo da verdade
metafísica ou então mais próximos de fecharmos a entrada de uma variante
deste túnel que acabamos por descobrir não dar em lugar nenhum. Hawking
afirma algo parecido, ainda que dotado de um romantismo melodramático:

"Segundo o velho ditado, é melhor viajar com esperança do que chegar.
Nossa busca de descobertas alimenta nossa criatividade em todos os
campos, não apenas na ciência. Se chegássemos ao fim da linha, o
espírito humano definharia e morreria." (S. Hawking, "O Universo numa
casca de noz".)

O que pretendo dizer é que a ciência evolui e aproxima-se da verdade. Dirás
que trata-se de uma questão de fé e eu direi: Sim, da fé do cientista na
própria ciência. Não é uma fé religiosa mas não deixa de ser uma questão
de fé ou, como prefiro dizer, de opção. Enfim, passamos por uma encruzilhada
na qual fizestes uma opção e eu fiz a outra. Qual das duas é a mais correta?
Ninguém poderá dizer pois esta questão sim, é do âmbito exclusivo da
metaciência, está além da ciência.

> > O átomo de Demócrito, por exemplo, era, com efeito, uma realidade
> > metafísica para os gregos, mas o atomismo de Bernouilli ou de Herapath
> > já era uma realidade física, muito embora a situar-se além da visão da
> > maioria de seus contemporâneos; e assim permaneceu por cerca de 200
> > anos; e somente floresceu graças aos químicos, pois os físicos
> > continuaram ignorando-o até o início do século XX. O átomo de Dalton é
> > hoje uma realidade física inquestionável,

> Estás a ver? "uma realdiade fisica" , e não "uma realidade"
> O Átomo, como ideia, grega, original, ainda é metafisica.
> Bem sabemos que aquilo que chamamos atomo, não é realmente
> indivisivel.

Sim, mas a ciência chegou a esta realidade. E o átomo é uma realidade
físico-química, assim como a célula é uma realidade biológica. E ambos são
realidades científicas. Quero crer que a ciência evoluiu nos últimos 2500
anos e aproximou-se da verdade, qual seja, da realidade metafísica. Se esse
átomo é divisível ou não, este é um outro problema. Digamos que Dalton tenha
errado ao supor que aquilo que chamou por átomo, representasse o indivisivel
descrito por Demócrito. Chame então a esse átomo de Dalton por outro nome.
Mas qualquer que venha a ser esse nome, este minúsculo ser se manifesta,
seja fisicamente, seja quimicamente. E a ciência evoluiu e descortinou uma
realidade, presente neste conceito atual de átomo, a se aproximar do sonho
metafísico dos antigos gregos. E continua evoluindo e expondo-nos parcelas
da realidade, seja ela qual for. Até mesmo Heisenberg, o pai do princípio
da... --Qual é mesmo o princípio? ;-)) Ah, sim, ...do princípio de
Heisenberg. Pois até mesmo Heisenberg, com todas as suas incertezas e/ou
indeterminações, acreditava nessa evolução, a perseguir a metafísica como
uma condição limite. São dele as seguintes palavras:

"Parece-me fascinante pensar que hoje, nos mais diversos países do mundo
e com os meios mais poderosos de que dispõe a moderna tecnologia, se
desenvolve uma luta para resolver em conjunto problemas colocados há
dois milênios e meio pelos filósofos gregos e cuja resposta talvez
venhamos a conhecer dentro de poucos anos ou, quando muito, em uma
década ou duas."

Heisenberg, por esse pensamento, foi otimista demais, pois duas décadas já
passaram e sua profecia não se concretizou. Não obstante, foi bastante feliz
na exposição da direção da evolução do pensamento científico, pois a ciência
caminha como que a desafiar o tempo e o conhecimento e, tal e qual a
entropia, este último sempre aumenta. E a física também evolui, apesar da
teoria quântica que, a meu ver, e tal e qual as teorias do flogisto ou do
calórico, só está a atrapalhar essa evolução. ;-))

> Agora, quando particularizas e dizes "Atomo de Dalton" estás a falar
> de um modelo. Não de uma realidade.

O átomo de Dalton é um modelo que interpreta uma realidade e não o sonho
dos alquimistas em busca da pedra filosofal. Realidade esta que era
desconhecida anteriormente a Dalton, se bem que suspeitada por Bernouilli
através de conjecturas muito bem fundamentadas. Realidade esta totalmente
desconhecida há 500 anos, a não ser por imagens de espírito sem
fundamentação científica alguma e, neste caso sim, metafísicas.

> Este modelo foi testado e apresentasse - com alterações normais
> decorrentes do processo cientifico - como um modelo válido.
> E então ele é uma realidade fisica.
> Espero pelo dia em que um ET qq nos dirá que eles tem outro modelo
> diferente. Igualmente "bom" do ponto de vista das previsões.

Sim, mas certamente esse ET, caso mais evoluído cientificamente do que nós,
não deverá ter um modelo de Universo a ignorar a existência do átomo de
Dalton. E esse átomo poderá ser mais complexo, mas haverá de ser divisível e
certamente formado pelo que chamamos elétrons, prótons e nêutrons, além de
outros ingredientes que não conhecemos hoje, a não ser por modelos ainda não
muito bem construídos. Não acredito que esse ET pudesse vir a apresentar um
modelo de universo a negar a realidade do átomo. O átomo poderia ser
ligeiramente diferente daquele proposto por Dalton, poderia estar mais
próximo da verdade, mas jamais viria a ser negado, como negamos hoje o
flogisto ou o calórico. Mas quero crer que possamos seguramente negar a
existência dos osciladores harmônicos descritos por Thomsom ou Planck e a
apoiar toda a "física" quântica.

> > Se não se adequarem a essa característica, se não simularem o que de
> > fato existe, de nada nos servirão, como físicos.

> Eu acho que estás redondamente engando aqui. Estás à procura daquilo
> que nunca poderás encontrar.

Sim, mas "é melhor viajar com esperança do que chegar." Talvez resida aí, na
adoção dessa postura, a diferença fundamental entre o físico e o matemático
puro.

> Imagina por instantes que encontras um modelo e uma ideia que bate
> todas as outras em previsão numérica. (que é o que na prática interessa).
> Mesmo assim, esse modelo ultra-bom, não será a realidade.

A realidade de hoje não é a mesma de ontem nem será a mesma do amanhã. Há
500 anos os átomos seriam considerados irreais; hoje eles são reais e quero
crer que nos próximos 500 anos estaremos cada vez mais próximos de
"construir" uma realidade a aproximar-se do que efetivamente existe no nível
atômico. E não creio que venhamos a descobrir que o nível atômico não
existe.

Chegaremos ao fim da linha? Não sei. O que sei é que estamos cada vez mais
próximos da verdade. O modelo do calórico se mostrou irreal, e foi
totalmente abandonado em prol de novos conhecimentos; já o modelo de átomo
veio para ficar, pois sua existência é uma verdade experimental, se bem que
o átomo não tenha se mostrado em todo o seu esplendor (aliás, estamos muito
longe disso, apesar do otimismo do Heisenberg, reproduzido acima).

> Ele não simula, nem sequer se assemelha à realidade, pq não sabemos o
> que é a realidade.

Não sabemos porque a realidade muda no decorrer do tempo, mas evolui em
direção a um limite que, como tal, é inacessível e ao qual damos o nome de
verdade. Mas assim como sabemos extrapolar um valor limite matemático,
também conseguimos fazer um esboço da nossa meta. E os modelos quase sempre
representam essa imagem da realidade; e se não representarem, via de regra
estarão condenados ao fracasso, a exemplo da alquimia, do flogisto, do
calórico e, quero crer, da física "moderna".

> Portanto, no fim, toda a adquação é prática, nos numeros, nas
> medições. é ai que se destinguem as teorias.
> Este é um erro frequente hoje em dia. Tomar-se uma teoria que
> funciona, como uma teoria Real. Verdadeira em todas as instãncias.

Algumas teorias funcionam e estão em consonância com o que disse acima,
evoluindo em direção a um limite chamado verdade. Outras estão destinadas a
desaparecerem do mapa, a exemplo das teorias do flogisto e do calórico. É
suficiente estudar a história da ciência para constatar que a ciência
evoluiu nessa direção, e a tecnologia que o diga. Será que há 1000 anos
viajar de avião seria uma aventura metafísica? Para mim não seria metafísica
e sim ficção científica, não por ser irrealizável (e muitas ficções parecem
ser assim), mas por estar fora do contexto da ciência da época.

> Isto é fisicamente falso, cientificamente errado, e mais que tudo;
> perigoso. O resultado é esta confusão que observamos hoje em dia.
> O que estás a sugerir é a contra-face disto.
> É pensar que uma teoria, em principio real, tem de funcionar.
> Não tem, simplesmente pq não existe nenhuma teoria real.

Tu o disseste: Vemos a ciência por perspectivas diferentes. Isso em si não é
mau, mas dificulta um pouco o diálogo. Qual de nós dois está certo? Não sei.
Quem está mais certo: o detetive ao levantar suspeitas, ou o juiz ao
proferir uma sentença?

> > Se se tratarem tão somente de modelos a não
> > representarem nada do que ocorre na natureza poderão, quando muito,
> > agradar a um matemático, jamais a um físico.

> Um matemático não modela a natureza. Ele trabalha com base na
> abstracção, e por isso podemos confiar nas previsões matemáticas. (Até
> certa medida, claro) Quem modela a natureza, é o fisico. Um fisico, usa a
> mesma matemática, mas de uam forma menos formal e mais prática. Porque o
> objectivo final é sempre obter numeros possiveis de comparar com medições.

Vemos a física por perspectivas diferentes. Os números não me preocupam,
pois eles surgem em decorrência de uma idéia. Galileu não conheceu o cálculo
infinitesimal e conhecia mais física do que todos os físicos do século XX
reunidos. Dê-me uma boa idéia e não é impossível que eu crie um conceito
matemático a adequar-se a essa idéia. Galileu intuiu o limite, Newton o
Cálculo Integral, Maxwell completou o Cálculo Vetorial... Dê-me um número e
com ele só não chegarei a nada. A idéia é básica, é fundamental. Se para
firmar uma idéia os números forem importantes, eles serão levados em
consideração. Do contrário, eles nem sairão da gaveta. É um erro pensar que
a física é diferente das demais ciências pelo fato de usar a matemática. A
física usa a matemática porque ela é mais simples, porque ela consegue
trabalhar com pequeno número de variáveis. Mas existe também a física sem
números, e esta é muito superior e ocupa um nível muito mais elevado na
hierarquia do conhecimento. Do contrário, jamais teríamos chegado à
concepção de átomo. Os números são decorrentes, são secundários, e tornam-se
úteis a posteriori, depois que as grandes descobertas já foram feitas.
Ninguém começa uma teoria pelo formalismo matemático. Nem mesmo a mecânica
quântica começou assim, por mais que possamos dizer que a sua origem deu-se
sobre uma metodologia sem igual em toda a história da ciência.

> Não concordo com essa tua visão sobre a fisica. Pretendes um modelo
> perfeito. todos sabemos que ele não existe.
> Apenas procuramos portanto, modelos, melhores que os que temos.

Mas... melhores em relação a quê? Meu limite é a verdade, a realidade. Qual
seria o teu limite, se é que, de facto, assumes essa posição? Seria por
acaso adequar-se à experimentação? Mas isso não seria o mesmo que
adequar-se, ou melhor, aproximar-se da realidade?

> >Por outro lado, se não responderem aos
> > porquês, poderão, quando muito, satisfazerem a finalidades
> > descritivas, mas jamais como algo a se aproximar de uma realidade ou a
> > propor uma "evolução" da ciência.

> >Vejo a metafísica como um limite a ser perseguido, ainda que com
> > a convicção de que jamais seja atingido. Ora, dirás: Se sabemos que
> > não chegaremos lá, porque iniciar a "viagem"? Talvez a resposta seja
> > dada pela filosofia de Popper ou, quem sabe, pela poesia de Fernando
> > Pessoa: "Navegar é preciso, viver não é preciso."; e o desestímulo para
> > esta empreitada está na filosofia paradigmática de Kuhn.

> Então porque teimas em partir do principio que existe uma forma de
> chegar?

Mas eu disse exatamente o contrário. Navegar é preciso, chegar lá não é
preciso. Volto a dizer: estou caminhando no interior de um túnel e convicto
de estar a cada vez mais próximo da verdade, mas não enxergo a luz do fim
do túnel e nem sei se esta luz aparecerá algum dia. Não obstante, tenho
noção de estar evoluindo. E não sou só eu, a ciência é uma empreitada como
essa e a tecnologia é o nosso termômetro. A humanidade evoluiu nos últimos
2000 anos e muito desta evolução ela deve à ciência; e o sentido dessa
evolução faz com que fiquemos cada vez mais próximos da verdade (no caso, da
verdade científica, pois não sei se em outros setores poderia falar assim
com tanta euforia, como por exemplo na evolução moral, ética, etc).

> Todos eles precisaram de traduzir as suas ideias em Numeros. Esse é o
> objectivo final da fisica.

Vemos a física por perspectivas diferentes. O que chamas de objectivo eu
chamaria de método, ou caminho. E nem seria esse o único método e acredito
que nem mesmo seria o principal. Os números surgem após o "insight",
colaboram para o refinamento das idéias, e tendem a desaparecer, à medida
que a teoria se torna cada vez mais transparente. E só não desaparecem em
sua totalidade porque permanecem úteis ao especialista, no sentido em que
economizam palavras e queimam etapas. Por exemplo, toda a teoria de Maxwell
pode ser resumida em quatro equações. Obviamente, este resumo somente será
entendido pelo especialista. Mas a teoria toda, se de fato for realmente uma
boa teoria, poderá ser descrita, para um não especialista que a entenderá
na totalidade, sem que utilizemos equação alguma.

> > Quanticamente, no entanto, os formalismos não são tão equivalentes
> > assim,

> Porquê?

Formalismo matemático não é física, é matemática (ou física-matemática, se
quiser). E são construídos no sentido de coroar uma teoria já bem
sedimentada e/ou axiomatizada. O formalismo clássico, qualquer que seja ele,
acopla-se aos princípios clássicos. O formalismo não-clássico acopla-se a
princípios não clássicos. Clássico e não-clássico representam coisas
totalmente distintas, mesmo quando descritos por equações semelhantes. Pois
as variáveis que entram nessas equações estão aprisionadas aos princípios
fundamentais, aceitos antes mesmo do formalismo ter sido montado.

> Não respondeste a pq o Hamiltoneano classico, funciona.

Porque foi construído para funcionar. E embora poderoso, no sentido em que
facilita a resolução de problemas, funciona com as mesmas limitações
inerentes aos demais formalismos, até mesmo aquele mais rudimentar e
utilizado pelos estudantes de segundo grau. Do contrário não haveria a
equivalência entre os diversos formalismos matemáticos.

Sabemos por exemplo, e Newton deixou isso bem claro, que ação e reação
gravitacionais devem ser efeitos mediados por "alguma coisa" a se propagar
pelo espaço. Certamente não são efeitos instantâneos e qualquer matemática
que se proponha a representar a física newtoniana deverá levar essa não
instantâneidade em consideração, sob pena de retratar uma realidade
matemática que não condiz com a realidade da física clássica newtoniana.

Diria então que o potencial gravitacional, a exemplo do potencial
eletromagnético, deve apresentar um efeito retardado, a exemplo dos
potenciais de Lienard e Wiechert do eletromagnetismo. E repito: este é um
efeito 100% clássico e a se apoiar nos ensinamentos newtonianos. Não venha
me dizer, como muitos têem-me dito, que a relatividade geral de Einstein
retrata esse efeito, pois a relatividade de Einstein não respeita os axiomas
da física de Newton, ainda que chegue aos mesmos em condições limites; e os
axiomas da física newtoniana não curvam o espaço, que é absoluto, enquanto a
propagação da informação é relativa.

Ora, na imensa maioria dos casos essa não instantaneidade pode ser deixada
de lado, sem que isso afete o resultado do problema em consideração. E foi
essa aproximação que Newton fez para a resolução dos problemas que o
incomodavam na época. Mas essa aproximação não é inerente ao modelo teórico
e sim a sua praticidade, e válida tão somente para o casos específicos.

Jamais, jamais, jamais, jamais, jamais Newton se referiu a uma propagação
instantânea de efeitos gravitacionais, ou de informação, ou de calor, ou de
luz, ou seja lá do que for. Mesmo porque sabemos hoje, e Newton deixou
claríssimo suspeitar desse fato, em determinadas condições não se pode
efetuar essa simplificação. Pois bem, como é que você informa o algoritmo
hamiltoneano que não está desprezando esse efeito? Pois se não tomar esse
cuidado o hamiltoneano clássico não irá funcionar adequadamente! Não me
pergunte detalhes, pois essa não é a minha praia. Hamiltoneano é um
formalismo utilizado em condições ultra-específicas, como em Mecânica
Celeste (onde acredito justificar-se a correção indicada acima apenas em
casos ultra-refinados, como no estudo do perihélio de Mercúrio), em Mecânica
Estatística e, muito especialmente, em Mecânica Quântica.

> Diz-me um conceito que esteja "bem estabelecido". Diz-me tb pq ele o
> está.

A física newtoniana. Porque foi estabelecida há mais de 300 anos e até agora
resistiu a todos os testes que tentaram falseá-la, por mais que se diga o
contrário.

> Se existem conceitos "bem estabelecidos", onde fica a evolução da
> ciencia?

Não entendi. A menos que você seja um defensor da "teoria do tudo". Nesse
caso diria apenas que a "teoria do tudo" não está bem estabelecida.

> > O formalismo hamiltoneano, quando aplicado à MQ, é aquele que mais
> > simula a matematização clássica, ou seja, onde ficam menos nítidas as
> > diferenças, olhando-se apenas para as fórmulas e deixando-se a física de
> > lado.

> Existe outro? Existe outra forma de fazer contas em MQ?

Em mecânica clássica existem: 1) o formalismo a apoiar-se nas três leis como
enunciadas por Newton; 2) o formalismo a apoiar-se diretamente nos
princípios de conservaçao; 3) o formalismo lagrangeano; 4) o formalismo
hamiltoneano; etc.

Quero crer que em MQ existam também: 1) o formalismo a apoiar-se diretamente
nas idéias de Schrödinger; 2) o formalismo a apoiar-se diretamente nas
idéias de Heisenberg; 3) o formalismo hamiltoneano, etc. Há quem afirme que
a teoria da matriz de espalhamento, com características de teoria
fenomenológica, evoluiu para a teoria quântica hamiltoneana, com
caracteristicas de teoria representacional. Neste caso, e se é que houve uma
evolução no sentido físico do termo, as duas teorias não são exatamente
iguais. Mas o que as distingue é algo mais do que simplesmente a matemática,
ou seja, o formalismo hamiltoneano em si.

Quando o formalismo hamiltoneano foi introduzido em MQ, a MQ já existia.
Ele veio para ajudar, para complementar, para facilitar, assim como o
lagrangeano (e também o hamiltoneano) veio para facilitar a resolução de
problemas clássicos específicos. Com freqüência enfatiza-se esta propriedade
matemática facilitadora afirmando-se que "o formalismo hamiltoniano fornece
a rota para a quantização", ou seja, facilita a expressão matemática da
física quântica. Enfim, como já disse, a MQ não é a minha praia e o
hamiltoneano é usado em condições particularíssimas em MC, e quase sempre a
desprezar a não instantaneidade da ação.

> O exemplo da "descoberta" de que um feixe de electrões tinha, mesmo,
> um comportamento de onda, a hipotese de De Broglie tornou-se importante.

Eu nunca li nada sobre essa experiência descrito de maneira convincente e/ou
a focalizar os pressupostos assumidos e não devidamente justificados. E já
li bastante a respeito.

> Se aquela "descoberta" por "acaso" não tivesse acontecido, não tinhas de
> falar de MQ.

Parece-me que você está a atribuir a De Broglie méritos que outros atribuem
a Planck, Einstein e Bohr. Ou seja, já ouvi dizer que De Broglie expandiu
para elétrons coisas já "bem estabelecidas" para os fótons. Você está dando
a entender que se De Broglie não tivesse nascido os trabalhos de Planck,
Einstein e Bohr não teriam dado em nada? Interessante esse ponto de vista!

> >Experimentalmente já está mais do que comprovado que esses
> > osciladores não existem.

> Por que experiencia?

A mesma que falseou o átomo de Thomsom (modelo em pudim de passas).

> > as idéias de Faraday, na época consideradas irem "além da
> > física", nos levam à conclusão de que o elétron existe, mas Faraday
> > nunca assumiu que o elétron, por si só, gerasse um campo elétrico
> > coulombiano e/ou que sofresse a ação de um campo elétrico de maneira
> > idêntica a uma carga elétrica macroscópica.

> Mas ele deduziu experimentalmente (- electrólise -) a carga electrica
> de um electrão. Aliás a carga do electrão é calculada pela cosntande de
> Avogrado e a de Faraday.
> Por isso eu falei em Faraday.

Não! Pelas idéias de Faraday pode-se calcular quantos elétrons compõem uma
carga elétrica. Assim como posso calcular, com a idéia de Avogadro, quantas
moléculas de água existem em um mol de água. Não obstante, um mol de água é
uma fração de uma entidade macroscópica bastante diferente de uma molécula
de água. Um mol de água é formado por moléculas dispostas de uma maneira
sui-gêneris e entremeadas por um espaço imenso. Uma molécula de água é
totalmente diferente, e jamais seria a miniatura de um mol de água. Com o
elétron e a carga elétrica dá-se algo semelhante. Calcular o número de
elétrons contidos em uma carga elétrica de 1C, por exemplo, não nos
autoriza, em hipótese alguma, afirmar que a carga do elétron seria 1C
dividido por esse número. Da mesma maneira que molécula de água não é água,
assim também o elétron não é carga elétrica, no sentido macroscópico que se
dá ao termo.

> > Tanto a relatividade quanto a MQ possuem postulados próprios a
> > contradizerem as leis de Newton.

> Quais, onde e como? Fiquei curioso agora.

Certamente você está brincando, logo deixarei o dito pelo não dito.

> Eu gostava de saber se é claro o que estou a dizer sobre o PH e
> porquê não temos de "acreditar" que existe Indeterminação
> "desconhecimento" na natureza.

Para mim as coisas estão um pouco confusas, mas isso não me preocupa nem um
pouco pois como já disse "essa não é a minha praia". De qualquer forma,
tenho a impressão que a grande maioria dos quânticos que andam por aí não
concordariam muito com o contexto que permeia suas idéias, mas não quero me
envolver em briguinhas entre aqueles que aceitam a MQ ;-))

> > > > Conclusão: a física clássica
> > > > ainda não foi falseada pelos argumentos apontados e a apoiarem-
> > > > se na aplicação da lei de Coulomb para partículas elementares.

> > > Então terás de explicar pq ao mudar de escala essa lei deixa de
> > > ser válida.

> > Porque ela é uma lei populacional. A lei básica, a meu ver, é
> > outra, e chega-se na lei de Coulomb através da integração do campo de um
> > elétron

> Dizes que aparece por integração ... de qual integral?

Tome, por exemplo, a função escalar "fi" = K/r ("fi" = letra grega). Digamos
que o "campo de efeitos elétricos" de um elétron, situado na superfície de
um condutor, seria o vetor cujo módulo é igual ao produto escalar do
gradiente de "fi", no ponto considerado, por um versor perpendicular à
superfície; e a direção seria a deste versor (isto é o que chamo de produto
vetorial interno). Se você integrar esse campo garanto que chegará na
lei de Coulomb. Tome a mesma função "fi" = K/r e digamos que o "campo de
efeitos magnéticos" de um elétron percorrendo uma corrente elétrica seria o
vetor dado pelo produto vetorial (externo) entre o gradiente de "fi" no
ponto considerado, por um versor paralelo à corrente. Integre esse campo
para um fio retilíneo e de dimensões infinitas e você chegará na lei de
Ampère. Se não entendeu, e ainda assim estiver interessado no assunto,
sugiro que leia " Sobre a Natureza Físico-Matemática do Elétron", no meu
site.

> Entendes, é este tipo de coisas que diferencia a fisica da
> metafisica. O concreto.
> Em concreto, estás a falar de quê?

Para os que acharem que concreto é sinônimo de matemática, convido a que
visitem meu site. Não há nada a respeito que eu pudesse colocar aqui e que
já não esteja lá e apresentado de maneira muito melhor, com equações,
deduções, integraçoes, etc. Não esperem por formalismos muito sofisticados
pois a minha teoria ainda é uma criança. Não obstante, está crescendo e
vendendo saúde. Está completando 18 anos de existência e nenhum físico
brasileiro conseguiu apontar a menor falha lógica; está na internet, em
inglês, há 4 anos e também ainda não recebi nada a não ser elogios e/ou
indiferenças (estas em número bem maior).

> Optimo, então que modelo usas para entender os resultados dos
> expectros de absorção/emissão (usados em quimica)?
> E qual usas para calcular o valor previsto para as riscas do
> expectro?

No momento estou desenvolvendo a minha teoria. Até lá diria que modelo algum
me satisfaz. Quanto a química, deixo a palavra com os químicos: Aquele que
entender de fato esse assunto, atire a primeira pedra. Aqueles que gostam de
serem enganados, podem ficar quietos.

> Se em responderes: Nenhum. então eu prefio ao menos usar um que se
> aproxima bastante, a MQ

Gosto não se discute. Mas daí a dizer que a MQ tem sido útil para alguma
coisa vai uma distância muito grande. Não me venha falar em computador e
física quântica pois esse assunto já foi por demais debatido aqui e ninguém
apresentou nada convincente a respeito. O computador não um fenômeno
quântico comprovado, por mais que digam que a teoria quântica consegue
explicar o seu funcionamento.

> Sim, muito bem. então onde na prepectiva de Newton entra a velocidade
> máxima da informação.

Na teoria de Newton a informação é emitida e não é um fenômeno ondulatório,
a exemplo do som. Não existe uma velocidade máxima no sentido relativístico
(de Einstein) que se dá ao termo. Por ser uma entidade emitida, adapta-se às
teorias das emissões e a sua velocidade está relacionada à velocidade da
fonte num referencial newtoniano, ou clássico. Se o referencial absoluto
existe ou não, esse é um outro problema que pode ficar para uma outra
discussão, pois que acredito seria bastante extensa e não convém ampliá-la
aqui.

> Se ela é relativa, é relativa ao quê? ...e não digas que é ao
> movimento que isso é muito vago... :-)

Já disse que a discussão seria bastante extensa. Precisaríamos antes
conceituar o referencial inercial e a seguir pesquisar se há ou não dados
experimentais suficientes a justificarem a existência de um referencial
absoluto newtoniano. O referencial absoluto, a meu ver, surge das teorias de
campo, gravitacional ou eletromagnético, e não do modelo newtoniano com suas
três leis. Como disse, a física newtoniana apóia-se num modelo, com três
leis, e num cenário (com campos além de outros fatores já indicados).
Some-se o modelo ao cenário e chegaremos a uma teoria clássica a unificar
toda a física sem a necessidade dos gnomos quânticos nem relativistas.

> > Mas isso foi exatamente o que aconteceu na história da física. No
> > trabalho original de Planck tínhamos apenas oscilações (átomo de
> > Thomsom); no trabalho posterior de Bohr surgiram as possíveis órbitas
> > permitidas (a partir das experiências de Rutherford). Ou seja, não
> > estamos mais trabalhando apenas com sombras, mas com algo mais e
> > relacionado à entidade que produz as sombras.

> A entidade que produz a sombra é uma vara rodando.... ai tens o
> modelo.
> Agora diz-me como é posivel saber as projecções "verticais" ....
> Avisa-me se e quando não chegares à conclusão de que tal não é
> possivel.

No caso da vara eu não tenho a menor idéia, pois o problema existe na tua
cabeça, não na minha, e não tenho os detalhes do que você está realmente
imaginando. No caso do átomo sei, pelas experiências do século XIX, que
existe algo a simular uma oscilação, mas que poderia ser um movimento
circular. Sei também, da experiência de Rutherford, que o átomo é formado
por um núcleo e os elétrons estão na eletrosfera (estou resumindo em
demasia, mas creio que dá para entender). Sei também que elétrons e prótons
exercem forças de interação. E sei também que é perfeitamente possível esses
elétrons descreverem órbitas circulares e excêntricas (com o centro do átomo
fora do plano da órbita) se os campos de minha teoria forem verdadeiros. E
qualquer efeito "emitido" por uma partícula desse tipo poderia, em
determinadas, condições simular uma oscilação harmônica. Sei também que
classicamente seria impossível, utilizando-se os campos de Maxwell, explicar
a experiência de Rutherford. Conclusão: ou a teoria de Maxwell não é válida
para o microcosmo, ou a teoria de Newton não é válida para o microcosmo. Se
a teoria de Maxwell não for válida para o microcosmo, podemos aceitar a
teoria de Newton com os campos que proponho em minha teoria e explicar os
supostos osciladores harmônicos; por outro lado, se a teoria de Newton não
for válida para o microcosmo teremos que nos contentar com os gnomos
quânticos, a incluirem os inexistentes osciladores harmônicos (e talvez,
quem sabe, a vara rodando, cuja analogia não entendi devidamente). Sob esse
aspecto, nem a minha teoria nem a física quântica foram devidamente testadas
experimentalmente. E é perfeitamente possível testá-las.

[ ]'s
Alberto
http://ecientificocultural.com (inglês)
http://ecientificocultural.com/indice.htm (português)



SUBJECT: Ambigrama Ciência/Razão
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airsmither@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/11/2001 19:59

Pode-se ler (com algum esforço) 'Ciência' ou 'Razão' na figura:
http://igspot.ig.com.br/airsmither/cienciarazao.gif
Se estiver difícil de ler, o 'i' e o 'e' de ciência formam o 'r' de
razão.

Não é grande coisa, mas é alguma coisa...

Alguns outros ambigramas:
http://igspot.ig.com.br/airsmither/ufo.gif
http://igspot.ig.com.br/airsmither/inpuovni.gif
http://igspot.ig.com.br/airsmither/feiradeciencias.gif
http://igspot.ig.com.br/airsmither/feiradeciencias2.gif

Uma página sobre ambigramas:
http://www.eba.ufmg.br/ambigramas/index.html

Página de um mestre na arte:
http://www.scottkim.com/inversion

MK
http://ceticismoaberto.cjb.net



SUBJECT: Re: REVOLTADO OU CRIATIVO?!!!
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/11/2001 01:59

--- In ciencialist@y..., "Juliana..." <julibelko@y...> wrote:
>
> Me desculpem, não era para esse e-mail ter vindo parar aqui.
>
>

Esse ou o anterior? :)

[]´s

André



SUBJECT: Receita para o Desastre
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <politica-br@yahoogrupos.com.br>, <artigos_Juridicos@yahoogrupos.com.br>, <Direito_Trabalhista@yahoogrupos.com.br>, <Constitucional_Brasil@yahoogrupos.com.br>, <Direitos_Humanos@yahoogrupos.com.br>, <Direito_Saude@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/11/2001 13:38

Direito_Saúde e Bioética -- 17.11.2001
______________________________

Receita para o Desastre


Nós criamos uma civilização global
em que elementos cruciais - como as
comunicações, o comércio, a educação
e até a instituição democrática do
voto - dependem profundamente
da ciência e da tecnologia.


Também criamos uma ordem
em que quase ninguém compreende a ciência e a
tecnologia.


É uma receita para o desastre.
Podemos escapar ilesos por algum
tempo, porém mais cedo ou mais tarde essa mistura
inflamável de ignorância e
poder vai explodir na nossa cara.


Carl Sagan
cientista, escritor e divulgador científico


Sagan, Carl - O Mundo Assombrado pelos Demônios
(The Demon-haunted World),
Cia das Letras, 1997, Sao Paulo, pg. 39


---
Outgoing mail is certified Virus Free.
Checked by AVG anti-virus system (http://www.grisoft.com).
Version: 6.0.298 / Virus Database: 161 - Release Date: 13/11/2001





SUBJECT:
FROM: "Sandra Rosario" <matricarya@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/11/2001 22:59

Olá pessoal,

Ao assistir uma palestra sobre História e Filosofia da Ciência, a
palestrante fez a seguinte pergunta: "O átomo corresponde a uma visão
continuísta ou descontinuísta da matéria?"
Será que alguém poderia me explicar porque a resposta dada foi "visão
descontinuísta"?

Sandra


_________________________________________________________________
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SUBJECT: Re: [ciencialist] (unknown)
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/11/2001 11:25

Não sei se em filosofia (des)continuísta significa outra coisa, vou supor
que não.

Então a explicação é que, ao invés de ver a matéria como uma massa sem
buracos: contínua, a idéia de átomo é (nesse contexto) que a matéria está
concentrada em pequenas regiões do espaço ("quase pontuais") separadas por
espaços destituídos de matéria bem maiores que essas regiões.

bye,
Stafusa

On Sun, 18 Nov 2001, Sandra Rosario wrote:

> Olá pessoal,
>
> Ao assistir uma palestra sobre História e Filosofia da Ciência, a
> palestrante fez a seguinte pergunta: "O átomo corresponde a uma visão
> continuísta ou descontinuísta da matéria?"
> Será que alguém poderia me explicar porque a resposta dada foi "visão
> descontinuísta"?
>
> Sandra



SUBJECT: Re: [ciencialist] Muito mais coisas entre o céu e a terra
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/11/2001 11:40

On Thu, 15 Nov 2001, Lupe wrote:

> Olá lista,
> Eu não sei bem como é que se faz para conseguir a atenção ou quiçá meia
> palavra em ambiente tão seleto. Povoado por tão rebuscados termos e tão
> refinada audiência. Eu, porém, ainda acredito no benefício da dúvida e mais
> ainda, acredito na possibilidade de uma intervenção intelectual que possa
> catalisar minhas dúvidas tonitroantes. (...)

É gozação, é?

> Poderia haver um mecanismo, baseado na lógica fuzzy, na teoria da
> complexidade, que sugerisse algum(ns) fator (es) - além da seleção
> natural-atuando sobre os sistemas biológicos que explicasse (m) os padrões
> complexos, as propriedades emergentes (o todo) que se repetem "de novo" nas
> diferentes espécies, através de diferentes processos evolutivos, fazendo
> emergir propriedades complexas (algo como um atrator)?
> L.F.

Quanto a lógica fuzzy não sei dizer, mas sobre estudar a evolução
biológica do ponto de vista da complexidade, creio não ser idéia nova.
Fala-se disso em alguns livros de divulgação, infelizmente não tenho as
referências, mas há um livro com introdução do M. Nussenzveig, creio que
da editora da UFRJ, que é uma coletânea de seminários e, se não me engano,
há uma referência a essa idéia nesse livro (talvez seu título seja:
Complexidade). Há outro livro, acho que também chamado Complexidade, que,
provavelmente, também toca o assunto.

Desculpe pelos achismos e informações truncadas, mas a biblioteca está
fechada e meu netscape não está funcionando direito ...

Espero que alguém melhor informado responda adequadamente seu mail.

bye,
Stafusa



SUBJECT: Re: Ambigrama Ciência/Razão
FROM: "Daniel Margotti" <damich@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/11/2001 13:13

Marcelo

Os links do Ig (igspot) estão todos dando time out (pelo menos aqui
p/ mim).
Já os outros, fantástico!, principalmente o didático da UFSC.
Já conhecia o que era um ambigrama, mas como a maioria leiga,
desconhecia que havia estudos sérios sobre o assunto.
Valeu!

[]s.

Daniel



SUBJECT: Re: [ciencialist] (unknown)
FROM: "Antonio" <a_ferrao@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/11/2001 16:18

Oi Sandra,

O atomismo grego se inicia com Leucipo (da cidade chamada Mileto) e
Demócrito (de Abdera).
Eles foram os primeiros gregos a admitir a existência de um espaço vazio, ou
vácuo, no qual se moviam partículas eternas, imutáveis e indivisíveis - os
átomos. Até essa época, todos os outros filósofos haviam concebido um
universo totalmente preenchido por algum tipo de matéria.
Esta concepção representa uma descontinuidade da matéria, havendo um "vazio"
entre um átomo e outro. Portanto, esta seria uma "visão descontinuísta" da
matéria, em contraposição com a "visão continuísta", que prega a existência
de uma matéria básica, formadora do vazio e da matéria, como o "ápeiron" de
Anaximandro, o "ar" de Anaxímenes, os "quatro elementos" de Empédocles ou
mesmo os "poliedros regulares" de Platão.
O atomismo é a visão atualmente aceita pela comunidade científica. Embora o
átomo não seja indivisível, podemos admitir que os verdadeiros "átomos", as
partículas subatômicas sejam indivisíveis. Uma tentativa de se dividir uma
partícula subatômica iria aniquilá-la, transformando-a somente em energia
radiante.
Francamente, eu não gosto desta idéia, embora admita que as partículas (ou
os "átomos") existam, inequivocamente.
Eu acredito que o vácuo, por onde as ondas eletromagnéticas se propagam, não
seja um vazio absoluto. Tem que existir algo no vácuo, permitindo as
propagações eletromagnéticas e também as interações das forças de campo.
Mas, além disso, a própria matéria, no meu ponto de vista, é uma
manifestação deste "vácuo", muito diferente de um simples vazio. Na minha
visão, a matéria pode existir no vácuo, mas não existiria no vazio.
Assumir que haja algo no vácuo além de um simples vazio não é assumir que o
vácuo seja composto por uma matéria, tal como a entendemos. Portanto, não
falo de um éter, ou fluído material preenchendo o espaço, mas de algumas
propriedades existentes no vácuo. Algumas destas propriedades seriam
responsáveis pela existência da matéria.
Acredito que estas propriedades ainda sejam desconhecidas pela comunidade
científica. A maior dificuldade é matemática, por incrível que pareça. Mas
além da dificuldade matemática, existe a dificuldade computacional. Eu
descrevo estas dificuldades na minha tese, que pode ser encontrada em
http://www.geocities.com/aferraonetobr/ .
Os cientistas brasileiros fogem da minha tese como o diabo foge da cruz.
Isso porque eles não possuem o conhecimento matemático suficiente para
sequer entender o que é um problema numérico do tipo "stiff" (que é o tipo
de problema a ser resolvido na minha tese: Sistemas não linerares acoplados)
e também não conseguem investir muito tempo em computação sem antes falar
sobre quem financiaria este projeto ...

[]'s
Antonio

----- Original Message -----
From: "Sandra Rosario" <matricarya@hotmail.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, November 17, 2001 10:59 PM
Subject: [ciencialist] (unknown)


> Olá pessoal,
>
> Ao assistir uma palestra sobre História e Filosofia da Ciência, a
> palestrante fez a seguinte pergunta: "O átomo corresponde a uma visão
> continuísta ou descontinuísta da matéria?"
> Será que alguém poderia me explicar porque a resposta dada foi "visão
> descontinuísta"?
>
> Sandra
>
>
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>
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>



SUBJECT: Re: Muito mais coisas entre o céu e a terra
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/11/2001 10:10

Stuart Kaufman defende o papel da tendência a auto-organização de
sistemas complexos na evolução das espécies no livro "At Home im the
Universo".

Não li atá o fim; e apesar da explicação sobre complexidade e auto-
organização ser muito interessante não vi nada que parecesse
contrariar a teoria da seleção natural. As vezes parece haver
um "ranço criacionista" nesse tipo de argumento. O próprio autor
deixa claro que sua teoria visa demonstrar que o surgimento da vida
não seria um evento fortuito, mas uma tendencia natural decorrente
das leis da física. Daí o título do livro, "em casa no universo", que
quer dar a entender que a vida não existe "por acaso" num "universo
inóspito", mas que devido a tendencia a auto-organização dos sistemas
complexos seria de se esperar que a vida surgisse várias vezes e em
vários lugares diferentes do universo.


[]´s

André


--- In ciencialist@y..., "Lupe" <lupe@b...> wrote:
> Olá lista,
> Eu não sei bem como é que se faz para conseguir a atenção ou quiçá
meia
> palavra em ambiente tão seleto. Povoado por tão rebuscados termos e
tão
> refinada audiência. Eu, porém, ainda acredito no benefício da
dúvida e mais
> ainda, acredito na possibilidade de uma intervenção intelectual que
possa
> catalisar minhas dúvidas tonitroantes. Então, ai vai:
> Poderia haver um mecanismo, baseado na lógica fuzzy, na teoria da
> complexidade, que sugerisse algum(ns) fator (es) - além da seleção
> natural-atuando sobre os sistemas biológicos que explicasse (m) os
padrões
> complexos, as propriedades emergentes (o todo) que se repetem "de
novo" nas
> diferentes espécies, através de diferentes processos evolutivos,
fazendo
> emergir propriedades complexas (algo como um atrator)?
> L.F.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Muito mais coisas entre o céu e a terra
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/11/2001 10:16

Se o universo for determinista, o darwinismo não explica a
evolução. O que explica a evolução são as leia da física e
o estado inicial do universo. O darwinismo neste caso será
apenas uma explicação a um nível de interpretação superior
aos dos átomos e moléculas.

Joao
http://www.nonio.com

andrebaptista@uol.com.br wrote:
>
> Stuart Kaufman defende o papel da tendência a auto-organização de
> sistemas complexos na evolução das espécies no livro "At Home im the
> Universo".
>
> Não li atá o fim; e apesar da explicação sobre complexidade e auto-
> organização ser muito interessante não vi nada que parecesse
> contrariar a teoria da seleção natural. As vezes parece haver
> um "ranço criacionista" nesse tipo de argumento. O próprio autor
> deixa claro que sua teoria visa demonstrar que o surgimento da vida
> não seria um evento fortuito, mas uma tendencia natural decorrente
> das leis da física. Daí o título do livro, "em casa no universo", que
> quer dar a entender que a vida não existe "por acaso" num "universo
> inóspito", mas que devido a tendencia a auto-organização dos sistemas
> complexos seria de se esperar que a vida surgisse várias vezes e em
> vários lugares diferentes do universo.
>
> []´s
>
> André
>
> --- In ciencialist@y..., "Lupe" <lupe@b...> wrote:
> > Olá lista,
> > Eu não sei bem como é que se faz para conseguir a atenção ou quiçá
> meia
> > palavra em ambiente tão seleto. Povoado por tão rebuscados termos e
> tão
> > refinada audiência. Eu, porém, ainda acredito no benefício da
> dúvida e mais
> > ainda, acredito na possibilidade de uma intervenção intelectual que
> possa
> > catalisar minhas dúvidas tonitroantes. Então, ai vai:
> > Poderia haver um mecanismo, baseado na lógica fuzzy, na teoria da
> > complexidade, que sugerisse algum(ns) fator (es) - além da seleção
> > natural-atuando sobre os sistemas biológicos que explicasse (m) os
> padrões
> > complexos, as propriedades emergentes (o todo) que se repetem "de
> novo" nas
> > diferentes espécies, através de diferentes processos evolutivos,
> fazendo
> > emergir propriedades complexas (algo como um atrator)?
> > L.F.
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Off-topic ... nariz e quiropraxia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/11/2001 10:30

Ois,

1) para ilustrar no imperdível os 'jatos' de ar, de saída e entrada no nariz durante as fases de expiração e aspiração, preciso de duas figuras de 'nasos', uma de frente e outra de perfil. Quem puder colaborar, agradeço.
Essas figuras, com as linhas de fluxo do ar, servirão para ilustrar que enquanto respira os homens ficam sujeitos a uma resultante para cima.

2) no dia de hoje, que precede ao único feriado internacional e galáctico (20/11), saiu no suplemento folhateen os novos cursos universitários implantados e, sobre o de Quiropraxia necessito de maiores explicaçòes ... pois não entendi os propósitos:

"Quiropraxia: Curso criado em 2000 com o objetivo de formar profissionais terapeutas que previnem, diagnosticam e tratam doenças por meio da manipulação de estruturas corporais, atuando no sistema neuro-músculo-esquelético. Onde: Universidade Anhembi Morumbi; Duração: 4,5 anos"

Há um outro, Naturologia, para a formação de profissionais da área de saúde que irão lidar com as 150 terapias alternativas reconhecidas pela ONU e recomendar, ensinar e divulgar os recursos naturais para prevenção, recuperação e manutenção da saúde. Onde: Universidade Anhenbi Morumbi. Duração: 4 anos.

Há muitas outras ... num verdadeiro festival de diplomas.

[]'
Léo
==============



SUBJECT: Re: Calor especifico e fisica classica
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/11/2001 13:37


Quase chegando ao fim do tema... :-(

> > Por isso eu digo que discutir a realidade das coisas é
metafisica. E
> > é por isso que a fisica lida com modelos e não com realidades.
>
> Encaras a metafísica como algo inatingível, o que a meu ver está
correto.
> Não obstante eu encaro a ciência como algo que tem por objetivo
perseguir
> esse limite inatingível.

Bom,de facto existem essas duas prespectivas. Quando se cria uma
teoria (seja nova ou não, mas quanto mais nova ,mais isto se nota) de
facto o objectivo é forçar as fronteiras entre a metafisica e a
fisica. Quase que diria que isto decorre da definição de ambas.
Mas quando se trata de testar ou aceitar essa mesma teoria os
argumentos têm de ser apenas fisicos e não metafisicos. Ou seja, ha
que mostrar resultados. Comparação com medições. Testes de numeros.
E é nesta prespectiva que me coloco quando comparo a MQ com outra qq
teoria. Porque estou a fazer comparações.
Se estivesse a criar, provavelmente me colocaria na que estás tu.

Tlv esta ambivalência seja confusa, mas a meu ver é assim que deve
ser realizada a ciencia



> O que pretendo dizer é que a ciência evolui e aproxima-se da
>verdade.

Esta é uma afirmação otimista. :-)
A ciencia não prova que seja verdade :-)
Filosoficamente, interessanos pensar isso, ou tudo o que fazemos será
em vão. Por isso, tlv, mais pragmáticamente, o utilitarismo é imposto
em cima desse evoluir.
A ciencia evolui na medida em que é util. E assim, a tecnologia, é
como bem dizes , o termómetro da ciencia.


> > Agora, quando particularizas e dizes "Atomo de Dalton" estás a
falar
> > de um modelo. Não de uma realidade.
>
> O átomo de Dalton é um modelo que interpreta uma realidade e não o
sonho
> dos alquimistas em busca da pedra filosofal. Realidade esta que era
> desconhecida anteriormente a Dalton, se bem que suspeitada por
Bernouilli
> através de conjecturas muito bem fundamentadas.

O átomo de Dalton é um modelo que intrepreta uma , e não _a_,
realidade. Essa _uma_ realidade, é a realidade fisica do tempo em que
ele viveu. Hoje, a nossa realidade fisica é diferente. A realidade
pura, continua lá. E nós descobrindo mais reflexos dela. Mas ainda
não estamos a ver a imagem tal como ela é.
A realidade que suspeitava Bernouilli tlv não fosse a mesma,mas seria
próxima, já que o tempo que os separa é menor que o nos separa de
Dalton.

> Realidade esta totalmente
> desconhecida há 500 anos

Essa é a realidade fisica.
A electricidade é uma realidade fisica. Mas essa realidade foi
alterada durante milénios. PAra os gregos era uma propriedade
engraçada do ambar...mas para nós é a energia que corre nas veias de
milhares de cabos que alimentam milhares de corações electrónicos por
o todo o mundo. O que nos possibilita (teoricamente) melhor vida.
Antes era uma diversão, hoje é uma necessidade.

E o conhecimento académico e prático dela, tb se alterou.
Hoje temos as eq de Maxwell na sua generalização da MQ, que nos dizem
que tudo nasce de uma única função, e não de duas, como Maxwell
precisava. Uma função algo metafisica, sim. De facto, mas como disse,
é preciso forçar as fronteiras.

E acho que é neste "excessivo" esforço que colides com as ideias da
MQ. Não ?

> > Espero pelo dia em que um ET qq nos dirá que eles tem outro modelo
> > diferente. Igualmente "bom" do ponto de vista das previsões.
>
> Sim, mas certamente esse ET, caso mais evoluído cientificamente do
que nós,
> não deverá ter um modelo de Universo a ignorar a existência do
átomo de
> Dalton. E esse átomo poderá ser mais complexo, mas haverá de ser
divisível e
> certamente formado pelo que chamamos elétrons, prótons e nêutrons,
além de
> outros ingredientes que não conhecemos hoje, a não ser por modelos
ainda não
> muito bem construídos. Não acredito que esse ET pudesse vir a
apresentar um
> modelo de universo a negar a realidade do átomo.


Estás a supor que ele precorreria os mesmos passos que a humanidade
percorreu. Do macro, para o micro. E encontrámos electróes, protóes,
neutrões... E se eles partiram logo dos atomos gregos ? das
infinitamente pequenas particulas que aglomeradas resultam no que
conhecemos ? do micro, para o macro.
Nada nos diz que sim, nem que não, e por isso não estou tao confiante
que eles tenham que passar pelo atomo de dalton.

(se pensarmos em quarks e eletróes, o modelo do atomo com neutros e
protoes não faz muito sentido...apenas sentido histórico, pq
aprendemos esse modelo primeiro)

> > Imagina por instantes que encontras um modelo e uma ideia que bate
> > todas as outras em previsão numérica. (que é o que na prática
interessa).
> > Mesmo assim, esse modelo ultra-bom, não será a realidade.
>
> A realidade de hoje não é a mesma de ontem nem será a mesma do
amanhã.

A realidade fisica não. Mas a realidade pura, essa é imutável. Se não
o fosse era inutil tentar procurá-la.

>E os modelos quase sempre
> representam essa imagem da realidade; e se não representarem, via
de regra
> estarão condenados ao fracasso, a exemplo da alquimia, do flogisto,
do
> calórico e, quero crer, da física "moderna".


A ideia matriz da alquimia, a transmutação, foi provada possivel.
Depois do trabalho arduo de longos anos (séculos) de pequenas ou
grandes colaborações, um ser humano foi realmente capaz de transmutar
dois elementos.
A ideia foi provada, e o objectivo conseguido. Contudo, infelizmente
o custo seria maior que o proveito. E desistiram.
Mas a preseverança de milhares de alquimicos (os-quimicos, em
árabe) , e depois quimicos e fisicos, alcançou o sonho.
Por isso, não me apresso a dizer que a alquimia foi um fracasso.
O calórico, essa entidade que viaja entre corpos "quentes"
e "frios"...o que é a Energia [em especial a termica], se não isso ?
Tlv o nome seja diferente, e nas nossas mentes o conceito seja
dispar, mas no fundo, o ideia de algo que "viaja" entre os corpos
mantém-se.
As ideias são provadas quando realmente são boas.
Mas as ideias são metafisica. E por isso, é tão dificil de as
traduzir para a linguagem fisica. Seja matemática, ou em prosa.


> > Isto é fisicamente falso, cientificamente errado, e mais que tudo;
> > perigoso. O resultado é esta confusão que observamos hoje em dia.
> > O que estás a sugerir é a contra-face disto.
> > É pensar que uma teoria, em principio real, tem de funcionar.
> > Não tem, simplesmente pq não existe nenhuma teoria real.
>
> Tu o disseste: Vemos a ciência por perspectivas diferentes. Isso em
si não é
> mau, mas dificulta um pouco o diálogo. Qual de nós dois está certo?
Não sei.
> Quem está mais certo: o detetive ao levantar suspeitas, ou o juiz ao
> proferir uma sentença?

Não se trata de estar certo. Vendo pela prepectiva impirica,
metafisica, ninguem deve estar convencido do que as teorias que temos
dizem. Elas são boas, na medida em que para aquele propósito,
funcionam. Aplicar a fisica estatistica ao movimento de um automovel
é um bocado inutil, mas não é ao aplicar a populações de automoveis...

Desta prespectiva, qq cientista, qq pessoa, deveria saber, a meu ver,
que não existem teorias verdadeiras. Existem teorias falseáveis
falseadas, e teorias falseáveis ainda não falseadas.
Vá-se lá a saber pq ninguem se lembra disto... sim, pq de certo
muitos o saberão...

> Vemos a física por perspectivas diferentes. Os números não me
preocupam,
> pois eles surgem em decorrência de uma idéia. Galileu não conheceu
o cálculo
> infinitesimal e conhecia mais física do que todos os físicos do
século XX
> reunidos. Dê-me uma boa idéia e não é impossível que eu crie um
conceito
> matemático a adequar-se a essa idéia. Galileu intuiu o limite,
Newton o
> Cálculo Integral, Maxwell completou o Cálculo Vetorial... Dê-me um
número e
> com ele só não chegarei a nada. A idéia é básica, é fundamental. Se
para
> firmar uma idéia os números forem importantes, eles serão levados em
> consideração. Do contrário, eles nem sairão da gaveta. É um erro
pensar que
> a física é diferente das demais ciências pelo fato de usar a
matemática.

Ela realmente é diferente.
Para completares uma teoria fisica não basta levantar hipoteses e ter
ideias. Completar puzzles de muitas peças diferentes. Tens de
estabelecer o algoritmo para usar essa ideia. E tens que confirmar
que ambos o algoritmo e a ideia são válidos. Porque se não forem, não
passará de uma "boa ideia"...

> Ninguém começa uma teoria pelo formalismo matemático.

Cocerteza, mas todas acabam ai. Vide Newton e Eisntein, por exemplo.
Enquanto não chegar ai, não ha teoria , completa, para ninguem.

> Nem mesmo a mecânica quântica começou assim,

Mas acabou assim.

E aqui é que está a diferença.
Todas elas começam em ideias, passam por modelos e algoritmos de
resolução. Mas apenas aquela que der melhores resultados será
escolhida como aquela que mais se aproxima da verdade.

[por isso esta mania moderna de venerar a Relatividade e a MQ ]

> > Não concordo com essa tua visão sobre a fisica. Pretendes um
modelo
> > perfeito. todos sabemos que ele não existe.
> > Apenas procuramos portanto, modelos, melhores que os que temos.
>
> Mas... melhores em relação a quê?

Em relação ao que observamos. Em relação ao que medimos. A medição
obdece à realidade pura. Essa é unica ligação que temos com ela, e
por isso ela é tão importante em fisica.

>Meu limite é a verdade, a realidade. Qual
> seria o teu limite, se é que, de facto, assumes essa posição?

Eu não assumo uma posição de limite; mas de comparação.
Eu espero que por comparação eu ache o limite sem saber qual ele é.
[conheces o método dos quadrados minimos?]


>Seria por acaso adequar-se à experimentação?

Mas concerteza.

>Mas isso não seria o mesmo que adequar-se, ou melhor, aproximar-se
>da realidade?

Sim. Espero que sim.
Mas que os resultados se adquem à verdade, à realidade pura, é bem
diferente que as ideias o façam.

Dois exemplos que espero mostrem a diferença.
Os alquimistas tinham uma ideia perto da verdade, a transmutação.
Contudo seus métodos e seus resultados eram um fracasso.
Os quanticos têm resultados muito bons, melhores q quaisquer[até pq
não ha mais].Contudo tu dizes que as ideias deles valem zero.

Não ha uma bijecção entre a ideia e o resultado. Existe muito ruido
pelo meio, que pode, na realidade provoca, deturpações.

Portanto eu contento-me em usar um algoritmo que sei dar resultados o
mais perto que outros da verdade. Não me interessam em primeira
aproximação que ideias levam a ele.
E assim, estou à vontade de usar qq das fisicas, classica,
quantica,etc...

Mas como toda a gente me interrogo pq aquele método funciona melhor,
e ai nasce a procura das ideias que levam a ele.
E ai aparece a nossa propria ideia da realidade,e vamos aproveitando
o que nos apetece de cada uma das teorias que existem...acrescentando
com outras novas/diferentes ideias.


> > Então porque teimas em partir do principio que existe uma forma de
> > chegar?
>
> Mas eu disse exatamente o contrário. Navegar é preciso, chegar lá
não é
> preciso. Volto a dizer: estou caminhando no interior de um túnel e
convicto
> de estar a cada vez mais próximo da verdade, mas não enxergo a luz
do fim
> do túnel e nem sei se esta luz aparecerá algum dia.

Não. Quando dizes, que a MQ acenta em ideias erradas, estás a falar
como aquele que chegou ao fim, viu a verdade, e agora se volta para
trás e diz : "A verdade não é nada disto"

Esta postura é bem diferende daquele que testou a MQ e conclui que no
caso especifico X, ela não apresenta resultados semelhantes aos
reais.

E esta é a diferença entre tu, e eu :-))
Se bem que eu não encontrei o X, não me dou ao luxo de dizer que "A
verdade não é nada disto"


>Por exemplo, toda a teoria de Maxwell
> pode ser resumida em quatro equações.

Eu não diria que a teoria é dele... ele tem o mérito matemático.
As teorias foram de Faraday, Ampére, etc...

Ele apenas consegui comprimir todas elas em 4 equações


> > Não respondeste a pq o Hamiltoneano classico, funciona.
>
> Porque foi construído para funcionar.

Exacto. Da mesma forma que a MQ. Foi contruida para funcionar.
As leis de newton não foram construidas para funcionar , foram dadas
como verdades 'absolutas'.

Por isso os problemas mentais, epsitemologicos, metafisicos que os
pais da MQ tiveram com ela. Eles esperavam que como ela funcionava,
ela tinha de tb ser uma "verdade absoluta" como as leis de Newtow.
Mas a pergunta é: Porque haveria?

E de facto não haveria.


> Diria então que o potencial gravitacional, a exemplo do potencial
> eletromagnético, deve apresentar um efeito retardado, a exemplo dos
> potenciais de Lienard e Wiechert do eletromagnetismo. E repito:
este é um
> efeito 100% clássico e a se apoiar nos ensinamentos newtonianos.
Não venha
> me dizer, como muitos têem-me dito, que a relatividade geral de
Einstein
> retrata esse efeito, pois a relatividade de Einstein não respeita
os axiomas
> da física de Newton, ainda que chegue aos mesmos em condições
limites; e os
> axiomas da física newtoniana não curvam o espaço, que é absoluto,
enquanto a
> propagação da informação é relativa.

Pois. Mas ai entra o factor "Escândalo".
Como disse antes, se não tivesse sido experimentamente observado que
um feixe de electrões tinha comportamento de onda, a ideia de De
Broglie ia directamente para o mesmo sitio que foram os potencias
retardados.
Como a supresa da RG de Eisntein, foi maior, pq era idiologicamente
mais escandalosa, e por isso teve maior cobertura e teste mais
imediato, vingou primeiro que a ideia dos potencias retardados.

E é por isso, e apenas por isso, que a RG tem tanto impacto.
Se a humanidade fosse um "bicho cientifico" ela teria testado os
potencias retardados, primeiro. E hoje tlv os usássemos.

Dizes que não, mas o utilitarismo é sempre o que fala mais alto.
[além do escândalo , eu acho]


> Jamais, jamais, jamais, jamais, jamais Newton se referiu a uma
propagação
> instantânea de efeitos gravitacionais, ou de informação, ou de
calor, ou de
> luz, ou seja lá do que for. Mesmo porque sabemos hoje, e Newton
deixou
> claríssimo suspeitar desse fato, em determinadas condições não se
pode
> efetuar essa simplificação. Pois bem, como é que você informa o
algoritmo
> hamiltoneano que não está desprezando esse efeito?

Tem que aparecer lá um factor k.
Quando k<infinto. então temos a fisica da não propagação instantena.
Quando k=infinito, então temos a fisica das aproximações especificas
em casos particulares.
:-))

A questão não é como se informa, mas como se coloca lá, na expressão
matemática, esse factor k.

Um Fisico moderno usaria uma qq expressão da Relatividade de Eistein.
Já que a de Galieu-Newton , não possui, matemáticamente, esse factor.

Um fisico, tentaria deduzir a expressão sem ter de usar nem uma nem
outra. Apenas principios básicos que achasse necessários.

Depois veriamos como se compatibiliza com aquelas duas.


> > Se existem conceitos "bem estabelecidos", onde fica a evolução da
> > ciencia?
>
> Não entendi. A menos que você seja um defensor da "teoria do tudo".

Não sou um defensor da Teoria do Tudo, embora ache que deva existir
um conjunto de principios tão fundamentais e sempre válidos, que
juntos formem essa teoria.
Ou seja, não espero uma "formula matemática de tudo", mas uma "ideia
fisica de tudo"
[atenção à diferença entre o 'de' e o 'do']

Mas, ao assunto que iamos. Se a fisica newtoniana está bem
estabelecida.Então agora , como evolui a ciencia?
Ela deve procurar o q? Usar a Fisica de Newton em todos os casos e
procurar um onde não dê certo ?

E não é isso que se pensa ter feito ? E que originou a Relatividade
por lado e a MQ por outro ?

[Eu disse "pensa", não disse que realmente se tenha feito]


> > Existe outro? Existe outra forma de fazer contas em MQ?
>
> Em mecânica clássica existem: 1) o formalismo a apoiar-se nas três
leis como
> enunciadas por Newton; 2) o formalismo a apoiar-se diretamente nos
> princípios de conservaçao; 3) o formalismo lagrangeano; 4) o
formalismo
> hamiltoneano; etc.

Mas pelo que me foi informado todos eles são equivalentes, embora
matemáticamente distintos reproduzem as mesmas ideias fisicas. Não ?

> Quero crer que em MQ existam também: 1) o formalismo a apoiar-se
diretamente
> nas idéias de Schrödinger; 2) o formalismo a apoiar-se diretamente
nas
> idéias de Heisenberg;

Houve um sr, de que não tenho aqui o nome, mas posso procurar caso
seja necessário, que mostrou que esse formalismos eram equivalentes.
Ou seja, em rude aproximação, é o mesmo que resolver sistemas de n
va´riaveis a n incognitas usando algebra do 2º grau (sistemas de
equações e tal) ou usar matrizes e suas propriedades.
A algebra de 2ª grau corresponde ao formalismo de Shrondinger e a de
matrizes ao de Heisenberg.


>o hamiltoneano é usado em condições particularíssimas em MC, e quase
sempre a
> desprezar a não instantaneidade da ação.


Bom, a mim informaram-me que o formalismo Hamiltoneano é válido onde
o lagrangiano é válido. Desde que dentro de certos limites
matemáticos que não recordo agora. Ou seja, o mais geral é realmente
o Lagrangiano. Mas nunca me disseram que em Mecânica Classica se
consideravam casos em que não se despresasse a não instantaneidade da
acção. Por isso eu dizia que era essa uma das fronteiras da MC.
c=infinito.

Existem os potencias retardados, é certo. Mas eles baseiam-se na
velocidade finita da luz, e não da informação.
O postulado que a velocidade da luz é a velocidade da informação é de
Eisntein.

> > Se aquela "descoberta" por "acaso" não tivesse acontecido, não
tinhas de
> > falar de MQ.
>
> Parece-me que você está a atribuir a De Broglie méritos que outros
atribuem
> a Planck, Einstein e Bohr. Ou seja, já ouvi dizer que De Broglie
expandiu
> para elétrons coisas já "bem estabelecidas" para os fótons. Você
está dando
> a entender que se De Broglie não tivesse nascido os trabalhos de
Planck,
> Einstein e Bohr não teriam dado em nada? Interessante esse ponto de
vista!

Hei! calma, tb não é isso.
Para já, O trabalho de De Broglie teve a benção de Eisntein [segundo
me informaram, claro...ou seja, segundo me disseram na
escola...começo a desconfiar cada vez que penso nisso ]
Daqui, assumindo que é verdade, Não foi Eisntein que "teve a ideia"
mas De Broglie. Donde de este não existisse, tlv aquele não
tivesse "nascido" para o problema.

Quanto a Planck, do seu trabalho nasce a necessidade de uma
quantificação da energia. Dele nasce a ideia de Acção Minima , ou h
(agora sim o h de Planck :)... se preferires. Não nasce dele a
hipotese de ondas a serem particulas. Essa nasce de De Broglie.

De Bohr, o que nasce é o modelo planetário do átomo.O modelo de
orbitas. Ele usa os postulados de quantificação [dados pelos trablhos
experimentais na área]. Em rude aproximação usa o principio de
quantificação de Planck. Mas não a hipotese de que as particulas tão
ondas.

Eisntein e MQ, nada a ver.Ele apenas tentou mexer na
teoria "concorrente" com a relatividade. A incompatabilidade entre o
determinismo dele e o suposto indeterminismo da MQ de Bohr, eram o
problema.

A MQ moderna acenta toda na hipotese de De Broglie. Ondas, como
particulas, particulas como ondas.
E tudo o que os outros tiveram de postular, a MQ moderna conclui do
seu modelo de ondas-particulas.

O PH : Delta(p).Delta(x)>= h, emula o principio de Acção Minima de
Plank.
E esta a quantificação e Bohr.A saber:
Pelo PH ,tb , Delta(L).Delta(teta) >= h , onde L é o momento angular
e teta o angulo circular perpendicular a ZZ.

Donde, como teta pode ser qq (é continuo) , então L tem que ser
descontinuo. Para haver a quantificação da acção tem, neste caso de
haver quantificação do momento angular.

Acho que é evidente que é a ideia de De Broglie a responsável pela
mudança de paradigma. Os trabalhos experimentais de Planck e outros,
apenas comprovam a sua aproximação à realidade verdadeira.


> > >Experimentalmente já está mais do que comprovado que esses
> > > osciladores não existem.
>
> > Por que experiencia?
>
> A mesma que falseou o átomo de Thomsom (modelo em pudim de passas).

E qual foi essa mesmo ?

> De qualquer forma,
> tenho a impressão que a grande maioria dos quânticos que andam por
aí não
> concordariam muito com o contexto que permeia suas idéias, mas não
quero me
> envolver em briguinhas entre aqueles que aceitam a MQ ;-))

Pois, o problema dos 'quanticos' é que são 'descontinuos' e sofrem
de 'pequenos saltos quanticos' de vez em quando...


> > Dizes que aparece por integração ... de qual integral?
>
> Tome, por exemplo, a função escalar "fi" = K/r ("fi" = letra
grega). Digamos
> que o "campo de efeitos elétricos" de um elétron, situado na
superfície de
> um condutor, seria o vetor cujo módulo é igual ao produto escalar do
> gradiente de "fi", no ponto considerado, por um versor
perpendicular à
> superfície;

Isto sempre me fez muita confusão....
o gradiente é um vector. um versor tem modulo 1.
o produto escalar dos dois é igual ao modulo do vector gradiente.

e então o campo final tem o mesmo modulo que o vector gradiente.
Ou seja, se C for o campo...

|| C || = || grad (K/r) ||

e tb , se s for o versor

C = ||grad(K/r)||.s , mas como s é versor

C = grad(K/r) (um vector iguala um vector)

o que é do mesmo tipo que

F = -grad (V) , à parte do sinal

> e a direção seria a deste versor (isto é o que chamo de produto
> vetorial interno). Se você integrar esse campo garanto que chegará
na
> lei de Coulomb.

a lei de comlomb é aquela que diz que a força entre duas cargas é

F = k Qq /r² , né ?

Eu cheguei à conclusão

C = - K / r²

à parte do sinal, que é convencional, o resto parece bem.
É isto ?

> Tome a mesma função "fi" = K/r e digamos que o "campo de
> efeitos magnéticos" de um elétron percorrendo uma corrente elétrica
seria o
> vetor dado pelo produto vetorial (externo) entre o gradiente
de "fi" no
> ponto considerado, por um versor paralelo à corrente. Integre esse
campo
> para um fio retilíneo e de dimensões infinitas e você chegará na
lei de
> Ampère.

Não sei muito bem como se escreve a lei de ampere matemáticamente.
Além disso , tive alguma dificultade em fazer o produto externo de
vectores definidos em coordenadas cilindricas.
Esta eu vou deixar para quanto tiver mais tempo, ok?

> > Se em responderes: Nenhum. então eu prefio ao menos usar um que se
> > aproxima bastante, a MQ
>
> Gosto não se discute. Mas daí a dizer que a MQ tem sido útil para
alguma
> coisa vai uma distância muito grande.

Não entendo. Então ela não foi util para saber os valores
energéticos, os niveis orbitais , e toda essa tralha , dos átomos ?
Acaso a quimica de hoje não é entendia com base nessa! fisica ?
Se não for assim, fui mais uma vez engando...

> > Sim, muito bem. então onde na prepectiva de Newton entra a
velocidade
> > máxima da informação.
>
> Na teoria de Newton a informação é emitida e não é um fenômeno
ondulatório,
> a exemplo do som. Não existe uma velocidade máxima no sentido
relativístico
> (de Einstein) que se dá ao termo. Por ser uma entidade emitida,
adapta-se às
> teorias das emissões e a sua velocidade está relacionada à
velocidade da
> fonte num referencial newtoniano, ou clássico. Se o referencial
absoluto
> existe ou não, esse é um outro problema que pode ficar para uma
outra
> discussão, pois que acredito seria bastante extensa e não convém
ampliá-la
> aqui.

Tudo isso é muito certo, mas não respondeste à pergunta.


> > > Mas isso foi exatamente o que aconteceu na história da física.
No
> > > trabalho original de Planck tínhamos apenas oscilações (átomo de
> > > Thomsom); no trabalho posterior de Bohr surgiram as possíveis
órbitas
> > > permitidas (a partir das experiências de Rutherford). Ou seja,
não
> > > estamos mais trabalhando apenas com sombras, mas com algo mais e
> > > relacionado à entidade que produz as sombras.
>
> > A entidade que produz a sombra é uma vara rodando.... ai tens o
> > modelo.
> > Agora diz-me como é posivel saber as projecções "verticais" ....
> > Avisa-me se e quando não chegares à conclusão de que tal não é
> > possivel.
>
> No caso da vara eu não tenho a menor idéia, pois o problema existe
na tua
> cabeça, não na minha, e não tenho os detalhes do que você está
realmente
> imaginando.

Bom, uma vara não é assim tão dificil de imaginar... :-) e ela
rodando inclinada de um angulo em torno de um eixo, tb não.
Não ha mais detalhes.

Apenas aquele de que, apenas podes observar a sua projecção vertical.
Tipo, sombra chinesa...

E a pergunta é: que dizer das projecções horizontais?

> for válida para o microcosmo teremos que nos contentar com os gnomos
> quânticos, a incluirem os inexistentes osciladores harmônicos (e
talvez,
> quem sabe, a vara rodando, cuja analogia não entendi devidamente).

A aanlogia não é com os osciladores harmonicos, mas sim com as
orbitas de bohr.

Um electrão orbitando o nucleo tem momento angular. Esse momento
angular é um vector (uma vara: aqui a analogia) que tem uma direção,
em principio, qq. Então existe a projecção de L nos 3 eixos de
referencia. Lx, Ly, e Lz. E a norma de L, L² tb pode ser conhecida (o
tamanho da vara)

E a questão é , sabendo a norma L² e a projecção Lz, que dizer de Lx
e Ly ?

Ou, sabendo o tamanho da vara e o tamanho da sua sombra vertical ,
que dizer das suas sombrar 'horizontais' ?

É mais claro agora ? :_)

Daqui, deve chegar-se à conclusão que não é possivel saber Lx e Ly. O
mais que se pode é saber (Lx)²+(Ly)² que corresponde ao tamanho da
sombra horizontal no caso da vara.

Esta é sim, uma indeterminação, i.e. não se pode determinar,
calcular, saber. Contudo todos sabemos que aquelas sombras existem.
Donde não ha real indeterminação, mas incerteza. O método de medida
não é bom para isso.


[]

Sérgio




SUBJECT: Re: (unknown)
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/11/2001 17:06


Deixando o problema levantando pela Sandra, que acho que já foi bem
explicado, achei curiosa o que se diz neste mail.

> Eles foram os primeiros gregos a admitir a existência de um espaço
vazio, ou
> vácuo, no qual se moviam partículas eternas, imutáveis e
indivisíveis - os
> átomos. Até essa época, todos os outros filósofos haviam concebido
um
> universo totalmente preenchido por algum tipo de matéria.

Esta ideia, que cham,arei de continuidade, contrasta com a de
descontinuidade relatada a seguir:

> Esta concepção representa uma descontinuidade da matéria, havendo
um "vazio"
> entre um átomo e outro.


> O atomismo é a visão atualmente aceita pela comunidade científica.
Embora o
> átomo não seja indivisível, podemos admitir que os
verdadeiros "átomos", as
> partículas subatômicas sejam indivisíveis.
> Francamente, eu não gosto desta idéia, embora admita que as
partículas (ou
> os "átomos") existam, inequivocamente.

Esta ideia é estranha. Embora com substracto continuo, aceitas alguma
descontinuidade.

> Eu acredito que o vácuo, por onde as ondas eletromagnéticas se
propagam, não
> seja um vazio absoluto.

Tu e o resto do mundo. A teoria quantica aplicada aos campos
electricos e magnéticos diz que ha mais qq coisa.

> Assumir que haja algo no vácuo além de um simples vazio não é
assumir que o
> vácuo seja composto por uma matéria, tal como a entendemos.
Portanto, não
> falo de um éter, ou fluído material preenchendo o espaço, mas de
algumas
> propriedades existentes no vácuo. Algumas destas propriedades seriam
> responsáveis pela existência da matéria.

Portanto, estás a falar de Campos. Que é o que se "opõe" a matéria.

> Acredito que estas propriedades ainda sejam desconhecidas pela
comunidade
> científica. A maior dificuldade é matemática, por incrível que
pareça.

Não é totalmente desconhecida, mas de facto a matemática impede um
pouco o progresso da ideia.


Entretanto , lendo o seu site, logo nas primeiras linhas resalta a
frase :
"Como um exemplo, nós sabemos que toda a mecânica quântica baseia-se
em probabilidades"

Não me lembro de nenhum postulado ou principio que indique isto.
Embora seja verdade que a MQ permite calcular probabilidades.
Probabilidades de Observação. entenda-se. Não são probabilidades
quaisquer :-)


Vou ler o resto...

[]

Sérgio




SUBJECT: Re: Muito mais coisas entre o céu e a terra
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/11/2001 19:16

--- In ciencialist@y..., "Lupe" <lupe@b...> wrote:
> Olá lista,
> Eu não sei bem como é que se faz para conseguir a
> atenção ou quiçá meia palavra em ambiente tão seleto.

Só ser morena, 1m70, 56kg, simpática, cutis de pelica e
ser miss Nigéria 2001.

> Poderia haver um mecanismo, baseado na lógica fuzzy, na teoria da
> complexidade, que sugerisse algum(ns) fator (es) - além da seleção
> natural-atuando sobre os sistemas biológicos que explicasse (m) os

Poder pode. O lance e' demonstrar na natureza, nos tubos de ensaio
ou algo assim. E não apenas em conjeturas exclusivamente
matemáticas (q. é um passo importante, mas por si só insuficiente).

Um substituto da seleção natural -- serve como hipótese-nula
em muitos casos -- é o acaso. Deus e' uma hipótese de
difícil tratamento cientifíco -- assim como Tupã, Odin, Brahma,
Amaterasu e congenêres.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Muito mais coisas entre o céu e a terra
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/11/2001 21:35



Lupe wrote:
> Estou apenas
> buscando levantar uma discussão menos reducionista, menos cartesiana e menos
> prepotente. Eu sei que essa discussão é antiga e que muitas pesquisas estão
> buscando análises mais complexas para organizações "básicas" como uma célula
> ou a regulação gênica (as pesquisas do Instituto Santa Fé, por exemplo). Eu
> sei também, que muito pouco dessa discussão (que de certo modo ameaça o
> paradigma vigente) chega até a nossa Academia. Enfim o que eu estou
> procurando não são indicações de sites ou de livros, mas sim um "alegre"
> exercício intelectual.

Não há nada mais reducionista do que as investigações levadas a
cabo no Instituto de Santa Fé sobre sistemas complexos. E o que
quer que eles venham a descobrir é muito mais reducionista que
a selecção natural.

--
joão
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Muito mais coisas entre o céu e a terra
FROM: "Lupe" <lupe@bsi.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/11/2001 21:37

Olá lista,
É importante considerar que quanto maior o número de variáveis envolvidas na
determinação de um sistema e quanto maior a interrelação entre essas
variáveis, maior é nossa tendência a adotar sistemas mais simples que
permitem sua determinação "nos tubos de ensaio ou algo assim". É importante,
portanto, certa cautela ao procurarmos compreender alguns sistemas
complexos, como a evolução biológica. Não estou sugerindo a exclusão da
seleção natural como fator evolutivo, apenas sugerindo aumentar as
possibilidades de relações entre as partes que compõe o todo. Estou apenas
buscando levantar uma discussão menos reducionista, menos cartesiana e menos
prepotente. Eu sei que essa discussão é antiga e que muitas pesquisas estão
buscando análises mais complexas para organizações "básicas" como uma célula
ou a regulação gênica (as pesquisas do Instituto Santa Fé, por exemplo). Eu
sei também, que muito pouco dessa discussão (que de certo modo ameaça o
paradigma vigente) chega até a nossa Academia. Enfim o que eu estou
procurando não são indicações de sites ou de livros, mas sim um "alegre"
exercício intelectual.
LF

----- Original Message -----
From: <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, November 19, 2001 7:16 PM
Subject: [ciencialist] Re: Muito mais coisas entre o céu e a terra


> Só ser morena, 1m70, 56kg, simpática, cutis de pelica e
> ser miss Nigéria 2001.
> Poder pode. O lance e' demonstrar na natureza, nos tubos de ensaio
> ou algo assim. E não apenas em conjeturas exclusivamente
> matemáticas (q. é um passo importante, mas por si só insuficiente).
> Um substituto da seleção natural -- serve como hipótese-nula
> em muitos casos -- é o acaso. Deus e' uma hipótese de
> difícil tratamento cientifíco -- assim como Tupã, Odin, Brahma,
> Amaterasu e congenêres.
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: (unknown)
FROM: "Antonio" <a_ferrao@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/11/2001 22:44

Caro Sergio,


> > ... Francamente, eu não gosto desta idéia, embora admita que as
> partículas (ou
> > os "átomos") existam, inequivocamente.
>
> Esta ideia é estranha. Embora com substracto continuo, aceitas alguma
> descontinuidade.

É preciso ler e entender a minha tese para entender o que eu quero dizer.

>
> > Eu acredito que o vácuo, por onde as ondas eletromagnéticas se
> propagam, não
> > seja um vazio absoluto.
>
> Tu e o resto do mundo. A teoria quantica aplicada aos campos
> electricos e magnéticos diz que ha mais qq coisa.
>
Ok, você poderia especificar o que seria esta "qualquer coisa a mais",
resultante da teoria quântica aplicada aos campos eletromagnéticos?
Eu acho que já conheço a sua resposta, mas quero contra-argumentar em cima
do que você for responder.

> > ... propriedades existentes no vácuo. Algumas destas propriedades seriam
> > responsáveis pela existência da matéria.
>
> Portanto, estás a falar de Campos. Que é o que se "opõe" a matéria.
>
Sim poderíamos chamar de Campos, mas em pelo menos uma das minhas possíveis
interpretações, estes campos seriam "fortemente lineares" no escopo dos
campos fracos, que é o escopo do eletromagnetismo clássico (Maxwell) e
"fortemente não linear", no escopo das partículas. Estas "não-linearidades"
formariam distorções em torno de um ponto do espaço, capaz de se moverem e
interagirem entre si, com outras distorções ou mesmo ondas. Estas distorções
seriam as partículas, dentro da minha interpretação.

> ... Entretanto , lendo o seu site, logo nas primeiras linhas resalta a
> frase :
> "Como um exemplo, nós sabemos que toda a mecânica quântica baseia-se
> em probabilidades"
>
> Não me lembro de nenhum postulado ou principio que indique isto.
> Embora seja verdade que a MQ permite calcular probabilidades.
> Probabilidades de Observação. entenda-se. Não são probabilidades
> quaisquer :-)
>
A equação de Schrödinger não pode ser provada e deve ser entendida como um
princípio fundamental da MQ. (Entre "milhares" de referências, veja por
exemplo, P.A.Cox - Introduction to Quantum Theory and Atomic Structure -
Oxford - pág. 25, sec. 2.3, terceiro parágrafo).
Pois bem, o quadrado da função de onda em qualquer ponto do espaço é
interpretado como sendo a probabilidade de se encontrar a partícula naquele
ponto.
Esta é a famosa "interpretação de Born" (página 29 da mesma referência). A
equação de Schrödinger e esta interpretação de Born constituem, juntos, um
dos pilares da MQ.
Portanto, a MQ baseia-se em probabilidades.

[s]
Antonio




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Muito mais coisas entre o céu e a terra
FROM: "Lupe" <lupe@bsi.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/11/2001 23:11

Por que vc acha que os estudos do Instituto de Santa Fé são reducionostas?
PS Eu não tenho a menor intenção de desafiar ninguém, apenas (mais uma vez
repito) de buscar um "alegre" exercício intelectual. "So, be cool and let's
enjoy our rationality."
LF





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Muito mais coisas entre o céu e a terra
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/11/2001 23:16

Porque esses limitam-se a fazer simulações. Não há nada
mais reducionista do que uma simulação.

Joao
http://www.nonio.com

Lupe wrote:
>
> Por que vc acha que os estudos do Instituto de Santa Fé são reducionostas?
> PS Eu não tenho a menor intenção de desafiar ninguém, apenas (mais uma vez
> repito) de buscar um "alegre" exercício intelectual. "So, be cool and let's
> enjoy our rationality."
> LF
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: (unknown)
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/11/2001 07:51


> É preciso ler e entender a minha tese para entender o que eu quero
dizer.

Estou a tentar.Prometo que estou. Mas o meu pc tem alguma dificuldade
me processar o arquivo doc que tirei do seu site.Pensei em imprimir,
mas tudo trava... :-( portanto vai demorar.

Daquilo que já vi, e não vi muito pois suas referencias exteriores
são muitas, mas usando um pouco do que sei, deu para entender por
onde começa e por onde passa o assunto.

Aquilo que me levanta mais curiosidade : o fenómeno, como chamas,
ainda não vi.
Até agora poderia dizer que tudo é matemática e computação.

Não quero ser reducionista. E vou esperar por ler tudo.

> > > Eu acredito que o vácuo, por onde as ondas eletromagnéticas se
> > propagam, não
> > > seja um vazio absoluto.
> >
> > Tu e o resto do mundo. A teoria quantica aplicada aos campos
> > electricos e magnéticos diz que ha mais qq coisa.
> >
> Ok, você poderia especificar o que seria esta "qualquer coisa a
mais",
> resultante da teoria quântica aplicada aos campos eletromagnéticos?


Exactamente isso, um campo.
Em MQ dá-se o nome de função de onda... mas matemátcamente é um campo
em R^2 x C. Um campo com parte real e imaginária que devediamente
tratado fornece o campo electrico e magnético pelos respectivos
operadores.


> > > ... propriedades existentes no vácuo. Algumas destas
propriedades seriam
> > > responsáveis pela existência da matéria.
> >
> > Portanto, estás a falar de Campos. Que é o que se "opõe" a
matéria.
> >
> Sim poderíamos chamar de Campos, mas em pelo menos uma das minhas
possíveis
> interpretações, estes campos seriam "fortemente lineares" no escopo
dos
> campos fracos, que é o escopo do eletromagnetismo clássico
(Maxwell) e
> "fortemente não linear", no escopo das partículas. Estas "não-
linearidades"
> formariam distorções em torno de um ponto do espaço, capaz de se
moverem e
> interagirem entre si, com outras distorções ou mesmo ondas. Estas
distorções
> seriam as partículas, dentro da minha interpretação.


Essa ideia é-me particularmente familiar. Impiricamente eu diria o
mesmo. Por isso estou curioso em saber como obtiveste esses
resultados.
Principalmente em saber como as propriedades que atribuimos às
particulas se relacionam com essa intrepretção "não linear"

Sei que matemáticamente a não-linearidde é uma dor de cabeça, e acho
queo método numerico foi uma boa ideia. Contudo ainda não li o
suficiente para saber se ela funciona.

> > ... Entretanto , lendo o seu site, logo nas primeiras linhas
resalta a
> > frase :
> > "Como um exemplo, nós sabemos que toda a mecânica quântica baseia-
se
> > em probabilidades"
> >
> > Não me lembro de nenhum postulado ou principio que indique isto.
> > Embora seja verdade que a MQ permite calcular probabilidades.
> > Probabilidades de Observação. entenda-se. Não são probabilidades
> > quaisquer :-)
> >
> A equação de Schrödinger não pode ser provada e deve ser entendida
como um
> princípio fundamental da MQ.

A eq de Shrondinger é nada mais que q o Hamiltoneano do sistema. O
qual tb é "não provado" e aceite como um principio (deveria dizer um
constructo) da fisica.
Não vejo mal nisso. E isso não tem a ver com probabilidades.

> Pois bem, o quadrado da função de onda em qualquer ponto do espaço é
> interpretado como sendo a probabilidade de se encontrar a partícula
>naquele ponto.

Esta intrepretação resulta de uma normalização e uma convensão.
A normalizaçõa é a de que o integral sobre todo o espaço (de -
infinito a +infinto) da norma da função de onda deve ser não nulo.
[não é bem o quadrado, mas a norma.Que para funções - espaço de
Hilbert- implica no integral]
Ao escolher um numero para atribuir a esse integral, escolheu-se, o 1.
Pela sua simplicidade matemática.
E daqui resulta que se possa, como Born sugeriu associar-se uma
probabilidade.

Isto não é fundamental, nem um postulado. Funcionaria com qq outro
numero diferente de 1, já q se trata de uma convensão. Contudo o um é
util exatamente pq é util que se possa associar a uma probabilidade.

> A equação de Schrödinger e esta interpretação de Born constituem,
> juntos, um dos pilares da MQ.
> Portanto, a MQ baseia-se em probabilidades.

Como disse a eq de Schorondinger não tem nada a ver com
probabilidades. Ou melhor, tem tanto a ver quanto o Hamiltoneano.
A Intrepretação de Born, é isso mesmo, uma intrepretação.
Possibilitada por uma convensão matemática que visa a simplificação
do calculo. Nada mais.

Dado isto, dizer que a MQ se baseia em probabilidades é um pouco de
exagero, eu acho. Ou, se quiser, uma possivel intrepretação dos
factos. O que significa que não é necessáriamente assim.


[]

Sérgio



SUBJECT: Re: Muito mais coisas entre o céu e a terra
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/11/2001 13:04

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> Porque esses limitam-se a fazer simulações. Não há nada
> mais reducionista do que uma simulação.
>
> Joao
> http://www.nonio.com

E não podemos nos esquecer q. o nome "Teoria da
Complexidade" é enganoso. Não quer dizer 'teoria
complexa', mas sim o estudo da complexidade
justamente procurando reduzi-la a elementos mais
simples. Um nome mais explicativo seria: "teoria de
como a interação de elementos simples geram fenômenos
complexos"...

Um problema bastante gde dos estudos da 'Teoria
da complexidade' é justamente a complexidade dos
fenômenos q. procuram estudar: comportamento animal,
interações sociais, flutuações mercadológicas,
ontogenia, evolução, meteorologia...

Um exemplo, um dos estudos se refere ao comportamento
de cardumes inteiros. A abordagem tradicional faria
um estudo sistematico dos peixes isoladamente e ver
como cada um deles se comporta em uma dada situação.
A abordagem da teoria da complexidade procuraria
atribuir características, não aos peixes, mas ao
cardume: distância média dos indivíduos, resposta
média aos estímulos e assim por diante.

Rodam no computador e... meu, Deus, funciona!
Mas como saber se isso corresponde à realidade?
Papel, como computador aceitam tudo... Posso
fazer um estudo sobre genética de populações
em q. cada variante de genes possui uma freqüência
negativa. E o q. uma freqüência negativa quer
dizer? Não há uma implicação real. (Suspeito q.
parte da admiração q. os físicos e matemáticos
têm ao indagarem: por q. é q. a natureza se
comporta matematicamente tão bem? - se deve
a essa visão seletiva. Simplesmente desconsideramos
a parte matemática q. a natureza não segue...)
É preciso ir a campo. Tubos de ensaio fazem parte
do processo, ninguém resume o conhecimento a eles.
Só q. como ir a campo neste caso? Como fazer
com q. a distância média dos peixes se altere
para ver se isso modifica o comportamento do cardume?

'Magina-se qdo se trata de fazer previsões
atmosféricas.

A abordagem tem seus méritos, mas tbm suas limitações.
Claro q. seus defensores irão incensá-las de todas
as maneiras. O entusiasmo é contagiante qdo
descobrimos um novo modo de ver as coisas. Mas
devagar com o andor.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Off-topic ... nariz e quiropraxia
FROM: Felipe Figueiredo <philsf@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/11/2001 01:03

On Monday 19 November 2001 10:30, you wrote:

> 2) no dia de hoje, que precede ao único feriado internacional e galáctico
> (20/11), saiu no suplemento folhateen os novos cursos universitários
> implantados e, sobre o de Quiropraxia necessito de maiores explicaçòes ...
> pois não entendi os propósitos:
>
> "Quiropraxia: Curso criado em 2000 com o objetivo de formar profissionais
> terapeutas que previnem, diagnosticam e tratam doenças por meio da
> manipulação de estruturas corporais, atuando no sistema
> neuro-músculo-esquelético. Onde: Universidade Anhembi Morumbi; Duração: 4,5
> anos"
>
> Há um outro, Naturologia, para a formação de profissionais da área de saúde
> que irão lidar com as 150 terapias alternativas reconhecidas pela ONU e
> recomendar, ensinar e divulgar os recursos naturais para prevenção,
> recuperação e manutenção da saúde. Onde: Universidade Anhenbi Morumbi.
> Duração: 4 anos.
>
> Há muitas outras ... num verdadeiro festival de diplomas.

Otimo! Quando voce encontrar um programa de graduacao, pos e pesquisa em
shamanismo me avise. Ai saberei que chegamos ao fundo do poco.

PS: nao vale astrologia



SUBJECT: Series harmonicas e musica
FROM: "Sandro Silva" <anhangah@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/11/2001 08:44

Olá amigos,

Estou fazendo uma pesquisa procurando correlação entre
séries harmonicas e sons. Procuro um foco de
explicação matemática de sons, sobretons, música e barulhos
afins, utilizando séries e estudo de ondas físicas.

Gostaria de receber sugestões com maior detalhamento
matemático fora o que vemos nos Tipler, Halliday,...


ex corde,

Sandro Silva

_________________________________________________________________
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http://explorer.msn.com.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Series harmonicas e musica
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/11/2001 10:30

Assunto: [ciencialist] Series harmonicas e musica


| Olá amigos,
|
| Estou fazendo uma pesquisa procurando correlação entre
| séries harmonicas e sons. Procuro um foco de
| explicação matemática de sons, sobretons, música e barulhos
| afins, utilizando séries e estudo de ondas físicas.
|
| Gostaria de receber sugestões com maior detalhamento
| matemático fora o que vemos nos Tipler, Halliday,...
|
|
| ex corde,
|
| Sandro Silva

Olá Sandro,

Primeiro vá ao Imperdível, Sala 10 ( www.feiradeciencias.com.br/sala10/index10.asp ) que tem:

Ondas e Acústica

A. Resumos

01 - Acústica (parte 1)
02 - Acústica (parte 2)

B. Experimentos

01- Anéis Ressonantes
02- Auto-Oscilações
03- Composição de Movimentos - I
04- Composição de Movimentos - II
05- Composição de Movimentos - III
06- Cordas Vibrantes - Leis
07- Figura de Lissajous em 3 Dimensões (beleza!)
08- Força restauradora
09- Quadro de Ressonância
10- Montagens Didáticas
11- Oscilação da Esfera em C.M.
12- Pêndulos de Molas
13- Ressonância (lâmina/motor)
14- Ressonância Paramétrica
15- Tubos Sonoros
16- Visualizando Oscilações
17- 'Marimba' de vidro
18- Chamas dançantes
19- Período de oscilação (recomendado)
20- Velocidade do som no ar (determinação I)
21- Velocidade do som no ar (determinação II)
22- Velocidade do som no ar (determinação III)
23- Velocidade do som no ar (determinação IV)
24- Velocidade do som no ar (determinação V)
25- Velocidade do som no ar (determinação VI)
26- Velocidade do som no ar (determinação VII)
27- Pêndulo inscritor
28- Pêndulo de Airy-Blackburn (versão II)
29- Projetando ondas estacionárias
30- Osciladores duplos
31- O bom 'Airy-Blackburn'
32- Varetas ressonantes acopladas (simpáticas)
33- Hastes ressonantes acopladas (simpáticas)
34- Pêndulos ressonantes acoplados (simpáticos)
35- Projetando superposições de sinais
36- Interferência sonora no diapasão
37- Interferência de ondas sonoras
38- Figuras de Chladny
39- Ondas estacionárias no ar
40- Batimento sonoro
41- Modulando oscilações
42- Interferência e efeito Doppler
43- Ver e ouvir sons
44- Observação estroboscópica de vibrações
45- Oscilações de lâminas
46- Harmonógrafo (científico e lúdico!)
47- Batimento e Gráficos
48- Determinação da freqüência da lâmina (via corda)

Depois vá para a Sala 04 de Cinemática do MHS ( www.feiradeciencias.com.br/sala04/index4.asp ) que tem:

Cinemática

A. Resumo de Cinemática Escalar
R1 - Conceitos básicos
R2 - Movimento uniforme
R3 - Movimento uniformemente variado
R4 - Queda livre
R5 - Movimentos circulares

B. Resumo de Cinemática Vetorial
R6 - Conceitos básicos
R7 - Movimento de projéteis no vácuo

C. Resumo de Cinemática dos Sólidos
R8 - Conceitos básicos

D. Resumo da Cinemática do M.H.S.
R9 - Leis do movimento harmônico simples
R10 - Composições de movimentos harmônicos simples
R11 - 16 em 1 ... o MHS (teoria recomendada - nível 3)

E. Questões de conceito (com respostas)
QC01- Puxando o barco
QC02- Um modo rápido de levantar cargas?
QC03- Que é uma velocidade média?
QC04- Devagar se vai mais longe?

F. Itens teóricos e experimentais
01- A Rosca e a Arruela
02- Cinemática dos Dominós
03- Independência dos Movimentos I
04- Independência dos movimentos II
05- Queda Livre - com pêndulo físico
06- Queda Livre - com toca-discos
07- Medida do Impacto
08- Relatividade da Trajetória
09- Trajetória e Referencial
10- Movimento da bola de vidro
11- Registro do Movimento, com gotejador
12- Análise do M.U.V., com gotejador
13- Queda Livre, com cano de água
14- Plano Inclinado de Duff (a calha)
15- Aceleração centrípeta no M.C.U. (cálculo)
16- 16 em 1 ... o MHS (teoria recomendada - nível 3)
17- Os fluxions de Newton (1) (limites e derivadas)
18- Composição de movimentos 1 (teoria)
19- Composição de movimentos 2 (experiências)
20- Composição de movimentos 3 (exercícios/respostas)
21- Movimento cicloidal
22- Soma de rotações = translação!
23- Rotação e translação
24- Translação diferencial (por rotações)
25- Rotações e translações relativas
26- Quedas igualmente intervaladas
27- Independência dos movimentos III
28- Modelos de trajetórias
29- Velocidade do chumbinho (espingarda)
30- Obtenção da velocidade do projétil
31- Obtenção de g pela trajetória (variante I)
32- A bolinha e o túnel
33- Movimento em referencial não inercial
34- Aceleração de Coriolis (gota d'água)
35- Aceleração de Coriolis (Terra)
36- Sistema de coordenadas acelerado
37- Velocidade relativa (trator de esteira)
38- O caçador e o macaco
39- Queda livre com fita K-7
40- Determinação de g (toca-discos II)
41- Visualizando o M.C.U.
42- Variante do caçador e macaco
43- Movimento uniforme (viscosidade)
44- Lançamento horizontal (teoria e prática)
45- Modelo de gravitação (experimental)
46- Período das oscilações (conceito indispensável!)

Depois ............ os amigos darão profundas sugestões :-)

[]'
deus
=============================



SUBJECT: Re: [ciencialist] Off-topic ... nariz e quiropraxia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/11/2001 10:32

É isso Felipe.
Por enquanto vamos nos aprofundar em quiropraxia e em narizes (ainda estou precisando dessas figuras!).

[]'
Léo
================
-----Mensagem Original-----
De: "Felipe Figueiredo" <philsf@altavista.net>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 21 de novembro de 2001 01:03
Assunto: Re: [ciencialist] Off-topic ... nariz e quiropraxia


| On Monday 19 November 2001 10:30, you wrote:
|
| > 2) no dia de hoje, que precede ao único feriado internacional e galáctico
| > (20/11), saiu no suplemento folhateen os novos cursos universitários
| > implantados e, sobre o de Quiropraxia necessito de maiores explicaçòes ...
| > pois não entendi os propósitos:
| >
| > "Quiropraxia: Curso criado em 2000 com o objetivo de formar profissionais
| > terapeutas que previnem, diagnosticam e tratam doenças por meio da
| > manipulação de estruturas corporais, atuando no sistema
| > neuro-músculo-esquelético. Onde: Universidade Anhembi Morumbi; Duração: 4,5
| > anos"
| >
| > Há um outro, Naturologia, para a formação de profissionais da área de saúde
| > que irão lidar com as 150 terapias alternativas reconhecidas pela ONU e
| > recomendar, ensinar e divulgar os recursos naturais para prevenção,
| > recuperação e manutenção da saúde. Onde: Universidade Anhenbi Morumbi.
| > Duração: 4 anos.
| >
| > Há muitas outras ... num verdadeiro festival de diplomas.
|
| Otimo! Quando voce encontrar um programa de graduacao, pos e pesquisa em
| shamanismo me avise. Ai saberei que chegamos ao fundo do poco.
|
| PS: nao vale astrologia
|
|
| &&& --- &&&
| VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
| http://www.ciencialist.hpg.com.br
| Para sair da lista envie um mail para
| ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
| &&& --- &&&
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| Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
|
|



SUBJECT: Re: Off-topic ... nariz e quiropraxia
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/11/2001 11:02

> É isso Felipe.
> Por enquanto vamos nos aprofundar em quiropraxia e em narizes
(ainda estou precisando dessas figuras!).
> []'
> Léo

Para conseguir imagens pela internet indico os sites

http://images.google.com
http://www.altavista.com **
http://www.alltheweb.com **
http://www.search.com **
http://www.radix.com.br **
http://miner.bol.com.br/imageminer.html
http://nix.nasa.gov
http://multimedia.lycos.com
http://www.beaucoup.com/2artseng.html
http://www.ditto.com
http://www.picsearch.com
http://picturesnow.com
http://www.photoseek.net
http://www.hotgraphic.com

Os sites indicados com ** tem procura especifica de imagens entre os
seus servicos.

Segue uma outra lista de sites de imagens...

> www.agfahome.com
> www.alaskastock.com
> www.archivephotos.com
> www.artville.com
> www.blackstar.com
> www.catcandu.com
> www.comstock.com
> www.corbis.com/
> www.corbisimages.com
> www.definitivestock.com
> www.dennisscott.com
> www.dgusa.com
> www.digitalblasphemy.com
> www.digitalvision.com
> www.e-folio.com
> www.everettcollection.com
> www.eyewire.com
> www.fpg.com
> www.freefoto.com
> www.freeimages.co.uk
> www.gettyone.com/source/fpg/default.asp
> www.grafistock.com
> www.imaginetile.com/
> www.indexstock.com
> www.liaison-news.com
> www.masterfile.com
> www.metacreations.com
> www.mira.com
> www.panoramicimages.com
> www.photodisc.com
> www.photonica.com
> www.photospin.com
> www.picturequest.com
> www.picturesque.com
> www.rubberball.com
> www.sharpshooters.com
> www.showcase.com
> www.stockbyte.com
> www.stockmarketphoto.com
> www.superstockimages.com
> www.swphoto.com
> www.theimagebank.com
> www.theimageworks.com
> www.tonystone.com
> www.uniphoto.com
> www.visualxtreme.com/
> www.vividdetails.com
> www.webshots.com
> www.weststock.com
> www.workbook.com
> www.zuadobank.com/


Ateh mais.
Luis Roberto Brudna



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Off-topic ... nariz e quiropraxia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/11/2001 11:35

Vá ser eficiente assim lá no RGS! :-))
De "cara' , em Radix apareceu cirurgia plástica de nariz e já tenho a minha figura nasal. Agora colocarei as linhas de fluxo de aspiração e expiração para justificar que todo homem é um barco pop-pop.
Agradeço (e já copiei essa bela lista de "Procura-se")
[]'
Léo
===========
-----Mensagem Original-----
De: <lrb@if.ufrgs.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 21 de novembro de 2001 11:02
Assunto: [ciencialist] Re: Off-topic ... nariz e quiropraxia


> É isso Felipe.
> Por enquanto vamos nos aprofundar em quiropraxia e em narizes
(ainda estou precisando dessas figuras!).
> []'
> Léo

Para conseguir imagens pela internet indico os sites

http://www.radix.com.br **




SUBJECT: Re: Series harmonicas e musica
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/11/2001 12:14

> Olá amigos,

Olá :-)

> Estou fazendo uma pesquisa procurando correlação entre
> séries harmonicas e sons. Procuro um foco de
> explicação matemática de sons, sobretons, música e barulhos
> afins, utilizando séries e estudo de ondas físicas.

Realmente tudo a ver.
começando pelo o que o Luiz já disse tudo se resume a MHS
Do ponto de vista matemático a equação de onda é a eq de Alembert

d²u / dt² = v²d²u/dx² para 1 dimensão.

As cordas podem ser entendidas como 1 dimensão.
v é a velocidade de propagação da onda.
os simbolos de derivação d , são os simbolos de derivação local, ou
seja o que normalmente se representa com d-curvos
Esta forma matemática é válida para qq onda deste tipo. Inclusive
para a luz.

um formalismo matemático mais "avançado" seria considerar o operador
d'Alembert, o Dalembertiano.

Este operador normalmente presentado por um quadrado, mas por
questóes ascii vou usar D, é

D=lap - 1/v² d/dt


Aplicando este operador a uma onda qualquer u, obtemos Du=0

Esperimenta usa isto com u=Acos (kx-wt) , sabendo que v=w/k

Outra forma de ver a coisa é a de Euler.
Ele considera que qq trata qq problema de ondas considerando a
sobreposição (interferencia) de duas ondas que se movem em sentidos
opostos. Ou seja, algo do tipo u1=Acos(kx-wt) e u2=Acos(kx+wt)

So que ele usa a sua notação e exp(i[kx-wt])=cos(kx-wt)+i*sen(kx-wt)
onde i é a unidade imaginária e exp() a exponencial de um numero.

Sabendo que o resultado de Du=0 é sempre uma função da forma u=Aexp(i
[kx-wt]+ B exp(i[kx+wt]) , o problema resume-se para Euler a
formalizar as condições fornteira.

Tudo isto tem a com Du=0 ser linear. Donde se f(x,t) é solução , uma
combinação linear dela tb o é.

Agora, supondo que os extremos da corda são fixos. isso significa que
f(0,t)=0 e f(L,t)=0 para qq t. Ou seja, as pontas da corda não movem
o mesmo é verdade para a derivada de f.

Estas condições fronteira vão acabar por resultar numa quantização.
É mais facil se pensarmos em senos e cosenos.

a função pode ser então escrita como a combinação linear de senos e
cosenos.(isto é equivalente a usar a notação de Euler, mas para
simplificar calculos e raciocinio aqui, vou usar os sen e cos)

f(x,t)=Acos(kx-wt)+Bsen(kx-wt)

para f(0,t) qq que seja t, vem

f(0,t)=Acos(-wt)+ Bsen(-wt) =0 (condição fronteira)

Pelas propriedades de cos e sen, e usando t=0 (como t pode ser qq,
escolhemos o mais simples) , vem

0 = Acos(0)+Bsen(0) = A*1 +B*0 =A
Donde A =0 sempre
e ficamos apenas com f(x,t)=Bsen(kx-wt)

agora, para x=L , L é comprimento do espaço em que a corda vibra.

f(L,0)=0 =B sen(kL)

ora B não é zero, pois isso daria uma solução trivial de Du=0
Então o seno tem que ser zero
o seno(s) é zero em pontos da forma s=npi, n é inteiro
então kL=npi
E com mais uma contas chegariamos À conclusão que a forma final é
f(x,t)=Bsen(n.pi.x/L)

O n, estabelece a quantificação. E o numero de nodos da onda.
Os nodos são os pontos onde a corda não se move.
Vemos que a frequencia de vibração depende deste numero.
Portanto, o som, vai depende deste numero

Este numero é variado de várias formas.Por exemplo numa quitarra é
prendendo a corda com os dedos. A localização de onde se prende é
directamente relacionada com a frequencia que produz.

O sistema de notas, é de pitágoras se não me engano, e estabelece que
apenas são necessárias 7 notas.Isto é, 7 frequencias fundamentais.

Esta teoria das cordas vibrantes, é depois ampliada para qq coisa que
vibre. Como seja o ar dentro dos tubos de um orgão...sinos...eu sei lá

Só mais duas notas. quando a forma da onda é independente do tempo
dizemos que é Estacionária. Ou seja, é sempre a mesma ao longo do
tempo.

O termo n.pi.x/L estabelce as frequencias harmonicas.

para n=2 temos k2 =2pi/L (dois nodos: os dois pontos presos nas
pontas)
para n=3 temos k3=3pi/L =3/2 k2
para n=4 temos k4=4pi/L =4/2 k2=2k2
para n=5 temos k5=5pi/L=5/2 k2

para n temos k(n)=n.pi/2L , n = 2, 3,4 ...
dizendo que m =n-2, para fazer n=2 ser a frequencia principal k0 vem
k(m)=(m+2).pi/2L = (m/2+1)pi/L
k(m)=(1+m/2)k0

Que é a formula conhecida das frequencias harmónicas.


Bom, isto é o que se pode dizer assim ,em geral e sem saber muito bem
que tipo de tratamento matemático "avançado" pretendes...
Espero ao menos que ajude.

[]

Sérgio





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Calor especifico e fisica classica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/11/2001 14:26

----- Original Message -----
From: "Sergio M. M. Taborda"
Sent: Monday, November 19, 2001 1:37 PM
Subject: [ciencialist] Re: Calor especifico e fisica classica

> Quase chegando ao fim do tema... :-(

Tudo o que tem um começo tem um fim. :-(

> > Encaras a metafísica como algo inatingível, o que a meu ver está
> > correto. Não obstante eu encaro a ciência como algo que tem por objetivo
> > perseguir esse limite inatingível.

> Bom,de facto existem essas duas prespectivas. Quando se cria uma
> teoria (seja nova ou não, mas quanto mais nova ,mais isto se nota) de
> facto o objectivo é forçar as fronteiras entre a metafisica e a
> fisica. (...)
> Se estivesse a criar, provavelmente me colocaria na que estás tu.
> Tlv esta ambivalência seja confusa, mas a meu ver é assim que deve
> ser realizada a ciencia.

Que bom que me entendes. Quando tento dizer o que dizes, e talvez pelo fato
de gostar de intitular-me teorizador, chamam-me de arrogante, como se eu
estivesse a afirmar que apenas o teorizador é importante para a ciência.
Não, o correto é comprender o antagonismo e a complementaridade inerente ao
processo de aprendizado e da produção de conhecimentos. Todos são
importantes em ciência, todos as categorias são indispensáveis e todos
deveriam assumir, vez ou outra, esta ou aquela posição, na dependência das
necessidades. Ninguém é melhor ou pior do que ninguém e trabalhamos todos
por um mesmo ideal, com ou sem divergências e, em as havendo, passageiras ou
definitivas.

> > O que pretendo dizer é que a ciência evolui e aproxima-se da
> > verdade.

> Esta é uma afirmação otimista. :-)
> A ciencia não prova que seja verdade :-)

Eu diria que posso me dar ao luxo de fazer cência por amor a ciência,
privilégio este que não tive em minha juventude acadêmica. Atingido esse
status, não há porque não ser otimista. Quanto à verdade, ela é como a
felicidade: Está ao alcance de todos, mas nunca a buscamos onde efetivamente
ela está. Pois aprendi que o importante não é ser feliz, mas viver em busca
da felicidade. E em ciência o importante não é ser dono da verdade, mas ser
dono de si mesmo; e, cientificamente falando, ser dono de si mesmo significa
confiar no seu potencial de se aproximar da verdade, mesmo sem encontrá-la.
É assim que penso.

> A ciencia evolui na medida em que é util. E assim, a tecnologia, é
> como bem dizes, o termómetro da ciencia.

Pois essa verdade é irrefutável, e foi atingida graças à ciência.
Conseguimos hoje estabelecer um debate transatlântico numa velocidade jamais
sonhada pelos grandes físicos que abriram as portas para essa realidade.
Sim, não conhecemos exatamente o processo em sua natureza íntima, e isso
talvez seja mesmo impossível. Mas a verdade é que estamos evoluindo na
direção dessa verdade inatingível. E não é impossível que venhamos, no
futuro, a construir um modelo para cada realidade, com cada um a se mostrar
como o único modelo exeqüível. Significaria isso que atingimos a verdade?
Não! Significaria que conseguimos eliminar (ou falsear) todos os demais
modelos e, também, que esgotamos o nosso potencial para a criação de novos,
talvez porque realmente não existam mais essas possibilidades. Isso seria
equivalente a chegar ao "fim da linha", condição em que, na visão de
Hawking, "o espírito humano definharia e morreria". Esse é o limite que me
imponho e esse limite situa-se no território da física. A partir daí, tudo
será metafísica.

> Essa é a realidade fisica.
> A electricidade é uma realidade fisica. Mas essa realidade foi
> alterada durante milénios. (...)
> Antes era uma diversão, hoje é uma necessidade.

Pois então concordas comigo que há uma evolução na direção de um progresso.
Estamos percorrendo um caminho e a cada dia estamos mais próximo... de quê?
Eu diria que estamos mais próximos da verdade, no sentido em que estamos
mais próximos do dia em que construiremos um modelo físico para o
eletromagnetismo tal que não seja mais possível construir outro melhor. A
isso eu chamo de verdade, ou de realidade ou, quem sabe, e mais
apropriadamente, de "verdade científica" última ou final. A outra verdade
seria a verdade metafísica, mas essa é própria dos deuses, não está a nossa
disposição e pode, quando muito, ser objeto de discussões filosóficas,
quando treinamos a criatividade. É a "verdade científica" que coloco como
limite, e até mesmo esta creio ser inacessível para nós (lembre-se que,
sob esse aspecto, sou popperiano). Ou seja, não sou tão otimista assim. ;-))

> Hoje temos as eq de Maxwell na sua generalização da MQ, que nos dizem
> que tudo nasce de uma única função, e não de duas, como Maxwell
> precisava. Uma função algo metafisica, sim. De facto, mas como disse,
> é preciso forçar as fronteiras.
> E acho que é neste "excessivo" esforço que colides com as ideias da
> MQ. Não?

A coisa é mais complexa, mas a origem talvez esteja na interpretação que
Maxwell permitiu que se desse ao eletromagnetismo que sintetizou. Vejo o
modelo de Maxwell excelente para o macrocosmo. Vejo com um certo grau de
desconfiança a interpretação que se deu, na época, à constante
eletromagnética c, se bem que a última palavra a respeito não tenha sido de
Maxwell. E vejo com bastante incredulidade a tentativa de Lorentz em
expandir o modelo de Maxwell para o microcosmo, por motivos que já expus
inúmeras vezes aqui na Ciencialist.

Perceba então que para ser contra a mecânica quântica eu nem precisaria
conhecer a mecânica quântica, seria suficiente conhecer o terreno onde ela
foi construída. Todos nós sabemos que o deserto não é o melhor lugar para se
cultivar frutas tropicais. Mas, e como disse, o assunto é bem mais complexo
e diria que quando comecei a estudá-lo, ou seja, quando tive o insight
inicial, sequer estava preocupado com a existência dos elétrons. Sequer
estava com minha atenção voltada para o microcosmo, mas para uma direção
totalmente oposta, qual seja, a fuga das galáxias e/ou dos quasares de um
hipotético centro do Universo. Já comentei ligeiramente isso aqui, num
diálogo que mantive com o Manuel Bulcão. O interessante é o poder da física
em nos levar do macro ao microcosmo ou vice-versa; e é isso o que nos faz
crer, como teorizadores, que de alguma maneira desconhecida estamos de posse
de uma pequena, porém estratégica, peça do quebra-cabeças e que, embora
pequena assume um papel fundamental. O que em hipótese alguma significaria
estarmos de posse da verdade, mas de algo que dá certo sem que saibamos
exatamente como ou porquê. E a função do teorizador é, ao meu ver e acima de
tudo, tentar explicar esse como e esse porquê. E é nessa hora que a
matemática poderá ou não revelar-se útil. E é nessa hora que inventamos a
matemática que dá certo, obviamente seguindo regras lógicas. As idéias, não
obstante, precedem e de muito a matemática. E é por isso que eu procuro
chamar a atenção dos jovens para o cultivo da criatividade; e ser criativo
significa estar aberto a idéias novas. Chega de idealizar equações! É hora
de equacionar idéias novas.

O curso de medicina, por exemplo, não tem aula alguma de Cálculo. Não
obstante, na pós-graduação de determinadas disciplinas, como Fisiologia,
Bioquímica, Biofísica etc, qualquer aluno consegue utilizar-se de todo o
ferramental matemático necessário e/ou indispensável para o estudo. Mesmo
porque, se ele não conseguir será convidado gentilmente a procurar outra
especialidade. Eu, por exemplo, quando recém formado em medicina, utilizava
com grande freqüência as transformadas de Laplace, para o estudo de análise
de compartimentos, e sabia exatamente o que estava fazendo. A necessidade
nos leva ao aprendizado da matemática e esta é uma verdade que tenho notado
que poucos físicos se dão conta. É óbvio que para trabalhar em Clínica
Médica ou Cirúrgica, essa matemática faz pouco sentido.

Posteriormente fui estudar transporte através de membranas e, além de uma
termodinâmica pesada, a incluir a termodinâmica dos processos irreversíveis,
fui também apresentado aos formalismos de Euler e de Lagrange, da forma como
são utilizados pelos físicos em mecânica dos fluidos. Na década de 90 fui
estudar mecânica dos fluidos, no curso de física do Ifusp, e percebi que ela
comportava uma matemática mais fácil do que aquela que me fora apresentada
no passado, através dos artigos de Biofísica. Mesmo porque, os fluidos
biológicos não são, via de regra, fluidos newtonianos (no sentido em que não
se sujeitam às simplificações newtonianas).

> > > Espero pelo dia em que um ET qq nos dirá que eles tem outro modelo
> > > diferente. Igualmente "bom" do ponto de vista das previsões.

> > Sim, mas certamente esse ET, caso mais evoluído cientificamente do
> > que nós, não deverá ter um modelo de Universo a ignorar a existência do
> > átomo de Dalton.

> Estás a supor que ele percorreria os mesmos passos que a humanidade
> percorreu.

Não, mas estou a supor que ele chegaria à mesma realidade a que chegamos,
independentemente dos passos que viesse a dar. Mesmo porque podemos chegar
ao atomismo por uma infinidade de experiências diferentes, e nenhuma chega a
negar a outra em seus fundamentos. Quando muito, uma revela um átomo mais
refinado do que a outra, mas todas adequam-se à descontinuidade da matéria.

> (...) Nada nos diz que sim, nem que não, e por isso não estou tao
> confiante que eles tenham que passar pelo atomo de dalton.
> (se pensarmos em quarks e eletróes, o modelo do atomo com neutros e
> protoes não faz muito sentido...apenas sentido histórico, pq
> aprendemos esse modelo primeiro)

Todos os caminhos levam a Roma. Quando falo em átomo de Dalton estou apenas
reverenciando Dalton. Obviamente, estou me referindo aos elementos químicos
que sabemos existirem como hidrogênio, oxigênio, etc. A visão de Dalton era
outra, mas os átomos estão aí e não creio que nenhuma teoria virá a provar
que eles não existem. Quando muito, essa teoria virá para decifrar segredos
outros que residem por trás da estrutura dos átomos, jamais para negá-los.

Podemos estudar o Universo dizendo, por exemplo, e simplificadamente, que
ele é formado por galáxias. Isso é uma verdade incontestável. Outros, no
entanto, poderão dizer que não, que o Universo é formado apenas por estrelas
e planetas. Ora, mas o que é uma galáxia, senão um aglomerado de estrelas e
planetas? Perceba então que, sob esse aspecto, o que estamos discutindo não
é um problema nem físico nem metafísico, mas de natureza lingüística. No
momento que unificarmos o significado dos termos perceberemos que estamos
dizendo a mesma coisa e a torre de Babel desfar-se-á.

> > A realidade de hoje não é a mesma de ontem nem será a mesma do
> > amanhã.

> A realidade fisica não. Mas a realidade pura, essa é imutável. Se não
> o fosse era inutil tentar procurá-la.

Bem, então concordas comigo que podemos pelo menos tentar procurá-la. Mas...
a quem cabe procurá-la? Apenas os filósofos? Porque não os físicos?

> Por isso, não me apresso a dizer que a alquimia foi um fracasso.

Digamos que fui infeliz na exemplificação. Nada contra os alquimistas.

> O calórico, essa entidade que viaja entre corpos "quentes"
> e "frios"...o que é a Energia [em especial a termica], se não isso?
> Tlv o nome seja diferente, e nas nossas mentes o conceito seja
> dispar, mas no fundo, o ideia de algo que "viaja" entre os corpos
> mantém-se.

Aí eu já discordo, mas teríamos que discutir o que é energia e as coisas
iriam talvez se complicar. Sob o ponto de vista da física "moderna"
realmente não vejo muita diferença entre os conceitos de energia e de
calórico. Aliás, prefiro os ectoplasmas do Léo que acredito que se
encaixariam muito bem na física moderna ;-)). Lembro apenas que a semelhança
entre calórico e energia não é uma imagem clássica, no sentido newtoniano do
termo, ou seja, da física que se apóia no modelo de Newton, com novas idéias
sim, mas sem deturpações ideológicas e a desconfigurarem-na.

> E aqui é que está a diferença.
> Todas elas começam em ideias, passam por modelos e algoritmos de
> resolução. Mas apenas aquela que der melhores resultados será
> escolhida como aquela que mais se aproxima da verdade.

Hummm!!! A teoria de Ptolomeu dá resultados excelentes. Creio que foi em
condições como esta que começou-se a se pensar na navalha de Occam. Lembro
no entanto que a navalha de Occam é um artifício lógico e facilitador,
jamais um argumento 100% científico (com a permissão do Jocax ;-) ).

Por outro lado, para dizermos se uma teoria dá ou não melhores resultados do
que outra, precisamos testar as duas. Já disse que a matemática não dá a
primeira palavra e digo agora que ela é fundamental, mas também não dá a
última palavra. Quem dá a última palavra é a experimentação. E o ato
experimental em si nem sempre precisa do Cálculo avançado e muito menos de
formalismos sofisticados. Ora, mas como comparar resultados de testes entre
duas teorias numa comunidade física que adota o regime do partido único, ou
do Partidão? Via de regra aceita-se uma teoria por consenso e coloca-se a
outra na gaveta e, eventualmente, no lixo. Leia Thomas Kuhn e perceba que
ele narra exatamente isso ao se referir à história da ciência e até mesmo
defende essa conduta espúria. Conseqüentemente, o que você disse --aquela
que der melhores resultados será escolhida-- é muito bonito em teoria, mas
não funciona na prática. Pois na prática as teorias alternativas sequer
serão submetidas a testes. Serão "falseadas" por decreto, como era praxe em
política na Rússia do Partidão ou em qualquer outro regime ditatorial.

> > Meu limite é a verdade, a realidade. Qual
> > seria o teu limite, se é que, de facto, assumes essa posição?

> Eu não assumo uma posição de limite; mas de comparação.
> Eu espero que por comparação eu ache o limite sem saber qual ele é.
> [conheces o método dos quadrados minimos?]

Já utilizei esse método para calcular limites. ;-))

> > Volto a dizer: estou caminhando no interior de um túnel e
> > convicto de estar a cada vez mais próximo da verdade, mas não enxergo a
> > luz do fim do túnel e nem sei se esta luz aparecerá algum dia.

> Não. Quando dizes, que a MQ acenta em ideias erradas, estás a falar
> como aquele que chegou ao fim, viu a verdade, e agora se volta para
> trás e diz : "A verdade não é nada disto".

Fica difícil contestar essa idéia se você não aceitar o que comentei
anteriormente. Ora, afirmo que a verdade vai se nos mostrando aos poucos, e
que hoje estamos mais próximos da verdade do que estavam os homens de 1000
anos atrás. Não preciso conhecer a verdade última para suspeitar que a
mecânica quântica apóia-se em alicerces condenados ou então que foi
construída num terreno inadequado.

> > Diria então que o potencial gravitacional, a exemplo do potencial
> > eletromagnético, deve apresentar um efeito retardado, (...)
> > a relatividade de Einstein não respeita os axiomas da física de Newton,
> > ainda que chegue aos mesmos em condições limites; e os axiomas da física
> > newtoniana não curvam o espaço, que é absoluto, enquanto a propagação
> > da informação é relativa.

> Pois. Mas ai entra o factor "Escândalo".
> Como disse antes, se não tivesse sido experimentamente observado que
> um feixe de electrões tinha comportamento de onda, a ideia de De
> Broglie ia directamente para o mesmo sitio que foram os potencias
> retardados.

Os potenciais retardados não foram abandonados, eles são utilizados ainda
hoje em eletromagnetismo e quero crer que em MQ também. Onde eles nunca
foram utilizados foi em gravitação, e foi aí que Einstein "compensou" o
efeito com sua relatividade geral. Ou seja, Einstein procurou unificar
eletromagnetismo e gravitação utilizando-se de pesos diferentes, e foi por
isso que precisou entortar o espaço gravitacionalmente, mas não
eletromagneticamente. Mas se o potencial retardado existe em
eletromagnetismo, porque não haveria de existir em gravitação? Mas se ele
existir em gravitação, a relatividade tanto a restrita quanto a geral perdem
sua razão de ser. Durma-se com um barulho desses!

> > Pois bem, como é que você informa o
> > algoritmo hamiltoneano que não está desprezando esse efeito?

> Tem que aparecer lá um factor k.
> Quando k<infinto. então temos a fisica da não propagação instantena.
> Quando k=infinito, então temos a fisica das aproximações especificas
> em casos particulares.
> :-))
> A questão não é como se informa, mas como se coloca lá, na expressão
> matemática, esse factor k.

Força de expressão. Onde se lê informar, leia-se colocar k ou algo
equivalente.

> Um Fisico moderno usaria uma qq expressão da Relatividade de Eistein.
> Já que a de Galieu-Newton, não possui, matemáticamente, esse factor.

Mas nem podia! Quando Hamilton nasceu, Galileu-Newton já haviam morrido.
Isso em hipótese alguma significa dizer que a física newtoniana ignora um
efeito que foi pela primeira vez comentado exatamente por Newton, a não
instantaneidade da ação à distância. Perceba então que estão utilizando o
hamiltoneano não na física newtoniana mas na "física clássica na visão de um
físico moderno"; e é por isso que esta física não dá certo. Estão
simplesmente conseguindo falsear aquilo que "a priori" está errado. Isso
soa-me como redundância, e redundância soa-me como desperdício de tempo e
dinheiro.

> Se a fisica newtoniana está bem
> estabelecida. Então agora, como evolui a ciencia?
> Ela deve procurar o q? Usar a Fisica de Newton em todos os casos e
> procurar um onde não dê certo?

Este foi o grande erro cometido por alguns físicos do século XIX, o de achar
que a física newtoniana estava bem estabelecida. Não, a física newtoniana
ainda é, até hoje, uma teoria incompleta e isso chegou a ser referido por
Newton de inúmeras maneiras, dentre as quais destaco a seguinte: "Não sei de
que modo o mundo me vê; mas a mim mesmo pareço ter sido apenas um menino
brincando na praia, entretendo-me com encontrar de quando em quando um seixo
mais liso ou uma concha mais bela do que o ordinário enquanto todo o vasto
oceano da verdade jazia inexplorado diante de mim."

Ou seja, os físicos do século XIX não se deram conta de que a física
newtoniana era uma teoria incompleta; e os físicos do século XX tentaram
completá-la despersonalizando-a totalmente. MQ e TR refletem essa
despersonalização. E a genuína física clássica, coitada, foi parar na
gaveta, onde reside há mais de 100 anos, a espera de ser completada. É um
erro pensar que a física moderna representa a evolução da física de Newton.
Não, a física moderna nega acintosamente, e com ar de desprezo, o que de
mais belo e importante Newton nos legou, ainda que chegue a equações
semelhantes em condições limites.

> > Em mecânica clássica existem: 1) o formalismo a apoiar-se nas três
> > leis como enunciadas por Newton; 2) o formalismo a apoiar-se diretamente
> > nos princípios de conservaçao; 3) o formalismo lagrangeano; 4) o
> > formalismo hamiltoneano; etc.

> Mas pelo que me foi informado todos eles são equivalentes, embora
> matemáticamente distintos reproduzem as mesmas ideias fisicas. Não?

Perfeitamente. Se bem que na utilização dessa equivalência deva-se tomar
muito cuidado, o que nem sempre é feito.

> Mas nunca me disseram que em Mecânica Classica se
> consideravam casos em que não se despresasse a não instantaneidade da
> acção.

Mas, por incrível que pareça, nunca dizem isso para ninguém. Não obstante,
todos os grandes físicos sabem que a física clássica newtoniana não assume a
ação a distância como instantânea. Newton simplesmente utilizou-se de uma
aproximação válida para a resolução de problemas que o preocuparam na época,
mas não generalizou essa aproximação. Quando os matemáticos criaram os
demais formalismos, continuaram a efetuar a aproximação preconizada por
Newton, e que dá certo na grande maioria dos casos. Mesmo porque, isso
simplifica sobremaneira o formalismo (não creio que, do contrário, a coisa
se resolvesse apenas com a introdução de um fator k, como você propõe).

O problema é que em determinadas condições a aproximação não se justifica, e
percebe-se que as coisas se complicam bastante. Isso está relacionado ao que
chamo por localidade virtual: "a localidade virtual relaciona-se ao conjunto
das propriedades manifestadas por um objeto a um observador, e passíveis de
modificações decorrentes, única e exclusivamente, de sua localização
espaço-temporal em relação à localização espaço-temporal do observador."
Discuto alguma coisa sobre isso em "O Espaço Curvo Euclidiano e a
Relatividade Galileana", no meu site.

Nestes casos em que o problema não dá certo, ninguém quer assumir o erro e
dizem então que o erro foi cometido por Newton. E a partir daí começam a
enganar os jovens e a prepará-los para a lavagem cerebral que será
completada com a apresentação da física moderna.

> Existem os potencias retardados, é certo. Mas eles baseiam-se na
> velocidade finita da luz, e não da informação.
> O postulado que a velocidade da luz é a velocidade da informação é de
> Eisntein.

Mas estou me referindo a potencial gravitacional e a física clássica. A
física clássica não nega mas também não apóia-se nas idéias de ondas
eletromagnéticas e muito menos de ondas gravitacionais. Por outro lado,
velocidade da informação é algo extremamente variável: som, internet, luz,
ondas aquáticas, campos gravitacionais, correio, sexo etc, tudo isso
transporta informação. Einstein simplesmente priorizou a luz, dizendo-a
dotada de velocidade máxima de informação. E máxima não sob o aspecto da
fonte emissora, mas sob um aspecto absolutista total, a incluir o
referencial. A teoria da relatividade de Einstein a rigor deveria ser
chamada teoria do absolutismo, pois não existe nada mais absoluto do que a
velocidade c da luz, ou a velocidade máxima da informação, se quiser.
Aliás, Einstein deu-se conta disso e, após a apresentação da mesma, tentou
proclamar a teoria como teoria dos invariantes, nome esse que não vingou.

> > > >Experimentalmente já está mais do que comprovado que esses
> > > > osciladores não existem.

> > > Por que experiencia?

> > A mesma que falseou o átomo de Thomsom (modelo em pudim de passas).

> E qual foi essa mesmo?

Quero crer que a experiência crucial teria sido a de Rutherford. Não
obstante, lembro que quase nenhum dado científico é construído com base em
uma única experiência, mas na análise de uma experiência crucial sob o
conhecimento de achados outros e a se apoiarem em experiências anteriores ou
acessórias. Do contrário ficaríamos com a impressão de que a experiência de
Rutherford apenas descobriu que o átomo tem núcleo.

> > Digamos que o "campo de efeitos elétricos" de um elétron, situado na
> > superfície de um condutor, seria o vetor cujo módulo é igual ao produto
> > escalar do gradiente de "fi", no ponto considerado, por um versor
> > perpendicular à superfície;

> Isto sempre me fez muita confusão....
> o gradiente é um vector. um versor tem modulo 1.
> o produto escalar dos dois é igual ao modulo do vector gradiente.

Sem dúvida, mas esse produto escalar é um escalar. Estou me referindo a
outra coisa, ao que chamo "produto VETORIAL interno", e o resultado deste
seria um vetor. Isso você não irá encontrar em livros de matemática, pois
foi algo que precisei inventar para desenvolver a minha teoria. O produto
vetorial interno é um vetor cujo módulo é igual ao produto escalar e a
direção é aquela do segundo vetor.

Seja pvi o símbolo a ser utilizado para o produto vetorial interno. Neste
caso, X = A pvi B seria um vetor cujo módulo é o do produto escalar entre A
e B e a direção é a do vetor B (o sentido será o mesmo do vetor B se o
produto escalar for positivo e o oposto no caso negativo). Observe que A pvi
B é diferente de B pvi A.

Chamo de produto vetorial "interno" por dois motivos: primeiro, porque o
produto escalar é também conhecido como produto interno entre dois vetores;
e segundo para distinguí-lo do produto vetorial propriamente dito, que
costumo chamar como produto vetorial "externo" para evitar confusões; e
seria "externo", também, porque está fora do plano dos dois vetores que lhes
dão origem.

Rigorosamente falando, o produto vetorial interno surgiu numa segunda etapa
da matematização da minha teoria. No início eu tinha apenas o translacional
de um vetor, que seria uma divergência vetorial, ou seja, um vetor com o
módulo da divergência e com a direção do próprio vetor. Isto também pode ser
pensado como uma derivada direcional de um vetor segundo as suas linhas de
campo, e daí o nome translacional: seria como se estivéssemos transladando
pelas linhas de campo enquanto efetuamos a derivação.

A rigor nada disso teria sido necessário pois, como disse em outra mensagem,
a matemática nada mais é senão uma linguagem útil e a simplificar as coisas.
E, com efeito, essa idéia de translacional e/ou de produto vetorial interno
surgiu quando quase toda a minha teoria do elétron estava já sedimentada.
Mas trata-se de um algoritmo bastante interessante e a dotar a minha teoria
de uma simetria sem igual. Eu sentia a sua existência, sem saber na
realidade o que seria, o que fui descobrir alguns anos mais tarde. Consigo
então, com um único campo vetorial A (ou, de maneira equivalente, com um
campo escalar "fi") dizer que os efeitos elétricos seriam conseqüentes à
aplicação do translacional sobre A (ou do produto vetorial interno já
apresentado) e os efeitos magnéticos seriam conseqüentes à aplicação do
rotacional sobre A (esse último já é feito na teoria de Maxwell, se bem que
na minha teoria possa utilizar também o produto vetorial relacionado a "fi",
que na teoria de Maxwell relaciona-se ao potencial elétrico, se bem que
sejam coisas diferentes). A minha teoria resume-se, portanto, em apenas uma
equação, a equação do vetor A (ou então do escalar "fi") e que seria A =
w/r, em que w seria uma propriedade vetorial do elétron e relacionada a sua
estrutura (provavelmente um giro em torno de si mesmo, mas não exatamente um
spin no sentido quântico do termo).

> > e a direção seria a deste versor (isto é o que chamo de produto
> > vetorial interno). Se você integrar esse campo garanto que chegará
> > na lei de Coulomb.

> a lei de comlomb é aquela que diz que a força entre duas cargas é
> F = k Qq /r² , né ?
> Eu cheguei à conclusão
> C = - K / r²
> à parte do sinal, que é convencional, o resto parece bem.
> É isto ?

Bem, aí já não sei o que você fez, pois a lei de Coulomb, expressa em termos
de forças, deveria comportar duas integrações: uma para cada uma das cargas
levadas em consideração. Na primeira integração você deve calcular o campo
elétrico de uma carga esférica assumida como composta por N elétrons
orientados na sua superfície; na segunda, calcular a força que esse campo
causa sobre uma segunda população de n elétrons (a outra carga também
esférica). Certamente você chegará na expressão F = k Nn /r². Mas essa é a
lei de Coulomb expressa em número de elétrons que compõem a carga. Se quiser
substituir N e n por Q e q, tudo bem, matematicamente dá certo, mas
fisicamente, e supondo-se que você tenha efetuado a integração, perceberá
que estará cometendo um erro de lógica. A integração está exposta no item 4
do artigo "A equação do elétron e o eletromagnetismo", do meu site. A
primeira integração está no item 4.2.1 e a segunda no item 4.3.1.

> Não sei muito bem como se escreve a lei de ampere matemáticamente.

Existem várias maneiras de se referir à lei de Ampère, mas estou
considerando aqui um fio retilíneo e, portanto, é a mesma lei como foi
observada experimentalmente e descrita por Ampère, e expressa em termos de
forças.

> > Gosto não se discute. Mas daí a dizer que a MQ tem sido útil para
> > alguma coisa vai uma distância muito grande.

> Não entendo. Então ela não foi util para saber os valores
> energéticos, os niveis orbitais, e toda essa tralha, dos átomos?
> Acaso a quimica de hoje não é entendia com base nessa! fisica?
> Se não for assim, fui mais uma vez engando...

Deixo a resposta para os químicos. A maioria dos que conheci utilizam
algoritmos sem saberem exatamente o que estão fazendo, ao contrário dos
físicos que aparentam saber o que estão fazendo mas não conseguem convencer
ninguém dessa "verdade". Na realidade, o que existem são espectros
explicáveis por essa ou aquela teoria. Se explicar através de gnomos é ser
útil, então não está mais aqui quem falou. Mas que se deixe bem claro,
especialmente para os jovens universitários, que esta é a única virtude
comprovada da MQ. E que se apontem também as suas falhas e que são muitas.

> > > Sim, muito bem. então onde na perspectiva de Newton entra a
> > > velocidade máxima da informação.

> > Não existe uma velocidade máxima no
> > sentido relativístico (de Einstein) que se dá ao termo. (...)

> Tudo isso é muito certo, mas não respondeste à pergunta.

Como não? "Não existe uma velocidade máxima no sentido relativístico (de
Einstein) que se dá ao termo." Em outro sentido, depende do tipo de
informação, da fonte e do observador. Por exemplo, o som propaga-se em nossa
atmosfera em 340 m/s. Para quem estiver em repouso na Terra, essa é a
velocidade máxima do som no local especificado (aliás, localmente falando é
a única e, portanto, é meio sem sentido falar-se em máxima). Não obstante,
para um observador em movimento esse valor pode ser bem diferente, e não há
como calcular um máximo. O mesmo se diga para a luz, para as informações
transmitidas pelos campos, etc. Jamais, seguindo-se a física newtoniana,
alguém estará autorizado a dizer que essa informação dá-se instantaneamente
(no tempo zero); a menos que se consiga viajar a uma velocidade infinita
em direção à informação, mas isso é utopia.

Por outro lado, se você me perguntar qual é a velocidade com que uma
partícula, presente num meio que transporta o som, emite a informação que
fará a sua vizinha mais próxima entrar em vibração, aí sim diria que será
algo da ordem de c. Seria esta o que chamas velocidade de informação? Se for
diria que esta é a velocidade do que Newton chamou por "espírito da matéria"
e que nada mais é senão aquilo que gera os campos de força ou campos de
comunicação (transporte de momento). E quero crer que este "espírito da
matéria" possua uma velocidade a submeter-se à relatividade galileana e,
portanto, sem velocidade máxima absoluta (independente do referencial). Foi
isso que pretendi dizer com "Não existe uma velocidade máxima no sentido
relativístico (de Einstein) que se dá ao termo."

> > No caso da vara eu não tenho a menor idéia, pois o problema existe
> > na tua cabeça, não na minha, e não tenho os detalhes do que você está
> > realmente imaginando.

> Bom, uma vara não é assim tão dificil de imaginar... :-) e ela
> rodando inclinada de um angulo em torno de um eixo, tb não.
> Não ha mais detalhes.

Sim, mas você está imaginando a existência de uma vara inacessível a
qualquer observação que não seja a da sua sombra. Você está me "proibindo"
de examinar a vara por outras experiências que não aquela que apenas mostra
a sua sombra. Não é a natureza que está me impondo limites, logo o problema
não é físico e sim matemático. Fosse este um problema físico, eu poderia,
por exemplo, e mesmo sem enxergar a vara, utilizar um sonar e concluir que
posso visualizar algo mais do que a sombra (um morcego pressentiria a
existência da vara desta maneira).

No caso do átomo também. Numa experiência eles mostram o que estaria a
justificar a idéia de vibrações (espectro da luz emitida) e, talvez, o
análogo à sombra; em outra experiência mostram algo mais e a justificar que
o átomo tem um núcleo e uma eletrosfera (experiência de Rutherford). A
partir daí poder-se-ia construir um modelo a se utilizar também das
experiências do eletromagnetismo macroscópico e a justificarem a
estabilidade dos elétrons na eletrosfera através de órbitas. Mas existe
ainda uma outra experiência a mostrar que se todas as anteriores forem
verdadeiras (ou seja, se o elétron for realmente uma carga elétrica), o
elétron deveria irradiar energia, o que comprova-se experimentalmente não
ocorrer. Que fazer então? Continuar com a idéia de vibrações? Aceitar as
órbitas permitidas? Transformar as órbitas permitidas em equações a
retratarem algo que ninguém sabe o que é? Procurar novas explicações a não
se apoiarem na idéia de elétron-carga?

Ora, o que tudo isso tem a ver com a vara que roda em torno de um eixo?!!!
Isso pode ser um belo exercício matemático, mas não tem nada de física
experimental aí.

> Apenas aquele de que, apenas podes observar a sua projecção vertical.
> Tipo, sombra chinesa...

Isso porque você quer que seja assim, mas a física não se constrói a nosso
bel-prazer. Sim, a sombra vertical retrata meia-verdade sobre o movimento da
vara e se você me proibe de pesquisar, através de uma experimentação mais
sofisticada, o movimento como um todo, então eu diria "cessa tudo o que a
antiga musa canta que um valor mais alto se alevanta". Vamos então criar uma
"física moderna" para explicar a matemática de uma vara que não existe. ;-)

> E a pergunta é: que dizer das projecções horizontais?

As projeções horizontais retratam a outra meia-verdade sobre o movimento da
vara. Aquela meia-verdade que me proibes de pesquisar.

> Esta é sim, uma indeterminação, i.e. não se pode determinar,
> calcular, saber.

Eu sabia que íamos chegar no Heisenberg ;-))

> Contudo todos sabemos que aquelas sombras existem.
> Donde não ha real indeterminação, mas incerteza. O método de medida
> não é bom para isso.

Eu ainda acho que existe uma meia-cegueira ou meia-proibição. Você está me
proibindo de olhar o movimento da vara e apresentando-me apenas a sua
sombra. No caso do átomo a natureza tem se mostrado mais generosa. O
motivo da incerteza de Heisenberg, a meu ver é outro e não está relacionado
a proibições naturais mas a supostas interações entre o aparelho de medida e
o objeto de estudo. Ou seja, Heisenberg assumiu que a posição de uma
partícula somente podia ser determinada através de um choque dessa com
outra, seguido da observação de propriedades da segunda partícula.

[ ]'s
Alberto
http://ecientificocultural.com (inglês)
http://ecientificocultural.com/indice.htm (português)



SUBJECT: Re: Calor especifico e fisica classica
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/11/2001 16:17



> Perceba então que para ser contra a mecânica quântica eu nem
precisaria
> conhecer a mecânica quântica, seria suficiente conhecer o terreno
onde ela
> foi construída.

Yoohhh... ai é que o ponto bate.

Convido-te a olhar o site (de quimicos) sobre MQ.

http://zopyros.ccqc.uga.edu/lec_top/quantrev/quantrev.html

Lá tem os postulados da Mecânica Quântica de Hoje.
Não uma qq mecânica quantica.

Eu gostaria que me dissesses qual daqueles não se pode aceitar
clássicamente.

O ponto fulcral do meu mail anteiror, era que o teste dos resultados
não é o
teste da ideia, e vice-versa
Daqui que isso que dizes de "nem precisaria conhecer a mecânica
quântica,
seria suficiente conhecer o terreno
onde ela foi construída. " não é sequer um principio lógico.

> Mesmo porque, os fluidos
> biológicos não são, via de regra, fluidos newtonianos (no sentido
em que
não
> se sujeitam às simplificações newtonianas).

Não entendi o que queres dizer com isto.
A Mecânica de Fluidos pode ser classíca e relativista. Falando da
Classica,
ela acenta nas leis de Newton.
Portanto, de que simplificações falas que não se podem usar ?
(Os fluidos biologicos são descritos por mecânica relativista de
fluidos?)

> > > > Espero pelo dia em que um ET qq nos dirá que eles tem outro
modelo
> > > > diferente. Igualmente "bom" do ponto de vista das previsões.
>
> > > Sim, mas certamente esse ET, caso mais evoluído cientificamente
do
> > > que nós, não deverá ter um modelo de Universo a ignorar a
existência
do
> > > átomo de Dalton.
>
> > Estás a supor que ele percorreria os mesmos passos que a
humanidade
> > percorreu.
>
> Não, mas estou a supor que ele chegaria à mesma realidade a que
chegamos,
> independentemente dos passos que viesse a dar.

A realidade a que chegamos é uma realidade fisica.
Esta realdiade fisica é construida (o constructo máximo ) por nós.
Quer fiscamenente, sociologicamente e históricamente, num sistema
complexo.

Portanto, dizer que eles construiriam a mesma realidade fisica é ser
muito
optimista.
Pq nenhum de nós construirá a realidade como ela é.

> Mesmo porque podemos chegar
> ao atomismo por uma infinidade de experiências diferentes, e
nenhuma chega
a
> negar a outra em seus fundamentos.

A questão era exactamente, que embora possamos chegar lá de diversas
formas,
nós não temos de necessáriamente passar por ela.


> > > A realidade de hoje não é a mesma de ontem nem será a mesma do
> > > amanhã.
>
> > A realidade fisica não. Mas a realidade pura, essa é imutável. Se
não
> > o fosse era inutil tentar procurá-la.
>
> Bem, então concordas comigo que podemos pelo menos tentar procurá-
la.
Mas...
> a quem cabe procurá-la? Apenas os filósofos? Porque não os físicos?

A todos, não ? quem pode ser fisico sem ser filósofo ? ;-)

> Por outro lado, para dizermos se uma teoria dá ou não melhores
resultados
do
> que outra, precisamos testar as duas.

concerteza.

> Ora, mas como comparar resultados de testes entre
> duas teorias numa comunidade física que adota o regime do partido
único,
ou
> do Partidão?

Mas isso é um problema de ciencia ? Não é a caso um problema de
sociedade?
De politica e de cabeça-dura de pessoas mal-educadas ?

Então não é cientificamente que vamos mudar isso.

Então a fisica barata (se diz isso ai?) é feita matemáticamente. E
por isso
a importancia actual da matemática.
A importância execiva... mas quando estão em jogo muitos $$ para
fazer a
experiencia final é bom que se espere poder convencer os investidores
com
alguma coisa.

> > > Meu limite é a verdade, a realidade. Qual
> > > seria o teu limite, se é que, de facto, assumes essa posição?
>
> > Eu não assumo uma posição de limite; mas de comparação.
> > Eu espero que por comparação eu ache o limite sem saber qual ele
é.
> > [conheces o método dos quadrados minimos?]
>
> Já utilizei esse método para calcular limites. ;-))

Ora ai está o que eu queria dizer.

>
> > Se a fisica newtoniana está bem
> > estabelecida. Então agora, como evolui a ciencia?
> > Ela deve procurar o q? Usar a Fisica de Newton em todos os casos e
> > procurar um onde não dê certo?
>
> Este foi o grande erro cometido por alguns físicos do século XIX, o
de
achar
> que a física newtoniana estava bem estabelecida.Não, a física
newtoniana
> ainda é, até hoje, uma teoria incompleta

Hei! , foste tu que no mail anterior me disseste que ela estava bem
estabelecida, quando eu
pedi um exemplo de algo "bem estabelecido" .
Agora dizes que não está....
Que não ha nada bem estabelecido, já eu sabia, e por isso eu fiz a
pergunta.
Contudo tu dás-me duas respostas diferentes :-((

> Ou seja, os físicos do século XIX não se deram conta de que a física
> newtoniana era uma teoria incompleta; e os físicos do século XX
tentaram
> completá-la despersonalizando-a totalmente. MQ e TR refletem essa
> despersonalização.

Entre as duas a MQ não se afasta dos principios simples: como sejam a
não
contracção/dilatação das coisas...
Curiosamente, a MQ de De Broglie nasce da construção a TR.
Estranho. E mais estranho ainda quando vemos que elas
são "matemáticamente"
incompativeis. Já para não dizes ideologicamente.

No meio desta historia Dirac lá conseguir sacar do mar as anti-
particulas...
Fastástico.

> > Mas nunca me disseram que em Mecânica Classica se
> > consideravam casos em que não se despresasse a não
instantaneidade da
> > acção.
>
> Mas, por incrível que pareça, nunca dizem isso para ninguém. Não
obstante,
> todos os grandes físicos sabem que a física clássica newtoniana não
assume
a
> ação a distância como instantânea.

Não. eu não me devo ter explicado.
Não é mostrado nenhum problema em que se tome em consideração a
velocidade
finita da acção.
Ou seja, não aparece o facto k em lado nenhum.

>Newton simplesmente utilizou-se de uma
> aproximação válida para a resolução de problemas que o preocuparam
na
época,
> mas não generalizou essa aproximação.

Ora exactamente... então , a fisica que ele fez, é a fisica de
Newton. E
dentro da fisica que ele fez, ele
assume a instantanedade. Ainda que em aproximação.

Quando os matemáticos criaram os
> demais formalismos, continuaram a efetuar a aproximação preconizada
por
> Newton, e que dá certo na grande maioria dos casos. Mesmo porque,
isso
> simplifica sobremaneira o formalismo (não creio que, do contrário,
a coisa
> se resolvesse apenas com a introdução de um fator k, como você
propõe).

Olhando para
http://world.std.com/~sweetser/quaternions/qindex/qindex.html

A coisa parece bem simples de matematizar. E o curioso é ver a
diferença
entre a mat da Raltividade e da MQ.
Intrinsecamente diferentes (por 1 sinal :-)) )

> O problema é que em determinadas condições a aproximação não se
justifica,
e
> percebe-se que as coisas se complicam bastante.

Mas Newton não deu nenhum deles. Ou deu ?

> Nestes casos em que o problema não dá certo, ninguém quer assumir o
erro e
> dizem então que o erro foi cometido por Newton. E a partir daí
começam a
> enganar os jovens e a prepará-los para a lavagem cerebral que será
> completada com a apresentação da física moderna.

Eu pensava que era um bocado o inverso. Ou seja, Quando não podermos
despresar o valor finito da acção então usamos esta teoria (que tem um
factor k)
Esta teoria resume-se à anterior se k = infinto. tal como seria de
esperar.

> > Existem os potencias retardados, é certo. Mas eles baseiam-se na
> > velocidade finita da luz, e não da informação.
> > O postulado que a velocidade da luz é a velocidade da informação
é de
> > Eisntein.
>
> Mas estou me referindo a potencial gravitacional e a física
clássica. A
> física clássica não nega mas também não apóia-se nas idéias de ondas
> eletromagnéticas e muito menos de ondas gravitacionais. Por outro
lado,
> velocidade da informação é algo extremamente variável: som,
internet, luz,
> ondas aquáticas, campos gravitacionais, correio, sexo etc, tudo isso
> transporta informação.

Informação fisica.
A informação fisica pode ser expressa de muitas formas, mas
básicamente se
resume a diferenças que se deslocam.



> A teoria da relatividade de Einstein a rigor deveria ser
> chamada teoria do absolutismo, pois não existe nada mais absoluto
do que a
> velocidade c da luz, ou a velocidade máxima da informação, se
quiser.
> Aliás, Einstein deu-se conta disso e, após a apresentação da mesma,
tentou
> proclamar a teoria como teoria dos invariantes, nome esse que não
vingou.

Pois. A história nos diz isso. Mas quantos o sabem ?
Por isso dizer que Eisntein matou o ref absoluto de Newton é
estranho...dado
que ele exactamente estabelece qual é o ref absoluto...
Mais uma vez o escândalo mediático da sociedade a dar cartas... a
expressão
"tempo e espaço relativo" vende muito mais...
"tudo é relativo" diziam...


> Consigo
> então, com um único campo vetorial A (ou, de maneira equivalente,
com um
> campo escalar "fi") dizer que os efeitos elétricos seriam
conseqüentes à
> aplicação do translacional sobre A

Com um unico campo explicas o efeito electrico.
E olhando bem, nem precisas de falar de electrões, mas desse campo.

Então tudo isto é uma teoria de campo. E é exactamente igual à de
Maxwell
sobre o aspecto daquilo que é o objecto do estudo. O Campo.
Então estás a usar a mesma "mecânica dos fluidos" que ele.
E eu me pergunto se não era suposto, não ser assim...

> > > Gosto não se discute. Mas daí a dizer que a MQ tem sido útil
para
> > > alguma coisa vai uma distância muito grande.
>
> > Não entendo. Então ela não foi util para saber os valores
> > energéticos, os niveis orbitais, e toda essa tralha, dos átomos?
> > Acaso a quimica de hoje não é entendia com base nessa! fisica?
> > Se não for assim, fui mais uma vez engando...
>
> Deixo a resposta para os químicos. A maioria dos que conheci
utilizam
> algoritmos sem saberem exatamente o que estão fazendo, ao contrário
dos
> físicos que aparentam saber o que estão fazendo mas não conseguem
convencer
> ninguém dessa "verdade". Na realidade, o que existem são espectros
> explicáveis por essa ou aquela teoria. Se explicar através de
gnomos é ser
> útil, então não está mais aqui quem falou. Mas que se deixe bem
claro,
> especialmente para os jovens universitários, que esta é a única
virtude
> comprovada da MQ. E que se apontem também as suas falhas e que são
muitas.

A unica ? Então e as anti particulas ?
Já agora, qual é visão classica, disso ? (particulas- anti particulas)


> > > > Sim, muito bem. então onde na perspectiva de Newton entra a
> > > > velocidade máxima da informação.
>
> > > Não existe uma velocidade máxima no
> > > sentido relativístico (de Einstein) que se dá ao termo. (...)
>
> > Tudo isso é muito certo, mas não respondeste à pergunta.
>
> Como não? "Não existe uma velocidade máxima no sentido
relativístico (de
> Einstein) que se dá ao termo."

Mas eu não disse que tinha de ser nesse sentido.
Eu falei em velocidade máxima da informação. No sentido de velocidade
finita.

Onde, no trabalho de Newton ele usou isso ?

Se nunca usou, pq não podemos dizer que a fisica feita de Newton
assume a
velocidade infinita ?
Embora ele sendo consciente de ser finita, ele nunca usou isso em lado
nenhum.
E do ponto de vista do observador, a fisica dele ão trata esse
aspecto da
realidade, que ele mesmo, sabia existir.
Então a teoria era imcompleta pq ele próprio a fez assim.

Em outro sentido, depende do tipo de
> informação, da fonte e do observador. Por exemplo, o som propaga-se
em
nossa
> atmosfera em 340 m/s. Para quem estiver em repouso na Terra, essa é
a
> velocidade máxima do som no local especificado (aliás, localmente
falando
é
> a única e, portanto, é meio sem sentido falar-se em máxima).

Noto que essa velocidade depende do meio.
Pois, mas a a da luz tb (permitividade electrica e magnética )
A mesma dependencia existe para ambas.

Qaunto mais perturbaçoes existirem no meio, menor será a velocidade.
então num meio sem perturbação alguma ela será máxima.
No caso da luz esse máximo dá-se no vácuo.
E é isto o principio de máximo da velocidade da luz.

Mas como dizes o problema não é ser máximo, mas ser invariante.

> Por outro lado, se você me perguntar qual é a velocidade com que uma
> partícula, presente num meio que transporta o som, emite a
informação que
> fará a sua vizinha mais próxima entrar em vibração, aí sim diria
que será
> algo da ordem de c. Seria esta o que chamas velocidade de
informação?

Sim. Algo desse tipo.
O exemplo mais simples é este.
Duas cargas, separadas por uam distância d.
Em certo instante, uma move-se e volta ao ponto em que estava , num
movimento "rápido"
Como é que a outra particula sente, se sentir, essa mudança de
posição da
primeira carga?
Pelo transporte de informação. A informação é então criada pela
alteração do
estado presente / estacionário do sistema.
A questão para Eisntein , foi : E por onde se propaga a informação
que liga
as cargas ?
Pelo campo electromagnético.
Então esse pequeno "ups" de uma carga, cria uma perturbação no campo.
Essa
perturbação propaga-se à velocidade do campo EM, nesse meio, até à 2ª
carga.
Pelas eq de Maxwell essa "perturbação" é um fotão. E dai a mediação
electomagnética é feita por fotões.
E pelas mesmas eq essa velocidade é constante qq que seja o caso. E
então c
e´ invariante.

Tudo isto é muito classico a meu ver. Ou não ?

O problema está nas eq de Maxwel... mas elas derivam de trabalhos
experimentais de muita gente.
Então, pq duvidar delas ?

>E quero crer que este "espírito da
> matéria" possua uma velocidade a submeter-se à relatividade
galileana e,
> portanto, sem velocidade máxima absoluta (independente do
referencial).
Foi
> isso que pretendi dizer com "Não existe uma velocidade máxima no
sentido
> relativístico (de Einstein) que se dá ao termo."

As eq de Maxwell dizem que sim... o pensamento pdoe detrás é puramente
clássico.
[ isto é como jesus. Ele não era cristão, era judeu. Eisntein não era
um
fisico moderno, eraum fisico newtoniano. Idem Maxwell e todos ]

> > > No caso da vara eu não tenho a menor idéia, pois o problema
existe
> > > na tua cabeça, não na minha, e não tenho os detalhes do que
você está
> > > realmente imaginando.
>
> > Bom, uma vara não é assim tão dificil de imaginar... :-) e ela
> > rodando inclinada de um angulo em torno de um eixo, tb não.
> > Não ha mais detalhes.
>
> Sim, mas você está imaginando a existência de uma vara inacessível a
> qualquer observação que não seja a da sua sombra. Você está
me "proibindo"
> de examinar a vara por outras experiências que não aquela que apenas
mostra
> a sua sombra.

Sim. Estou impedindo nessa situação.
A forma de aceder aos atomos é via campo magnético. (o que implica em
direcção preveligiada e em 'sombra')
Mas se me deres um "sonar" para atomos, eu aceito...onde está ele ?

Não é a natureza que está me impondo limites, logo o problema
> não é físico e sim matemático.

A contrário. É um problema de Observação. Portanto fisico.

> No caso do átomo também. Numa experiência eles mostram o que
estaria a
> justificar a idéia de vibrações (espectro da luz emitida) e,
talvez, o
> análogo à sombra; em outra experiência mostram algo mais e a
justificar
que
> o átomo tem um núcleo e uma eletrosfera (experiência de
Rutherford). A
> partir daí poder-se-ia construir um modelo a se utilizar também das
> experiências do eletromagnetismo macroscópico e a justificarem a
> estabilidade dos elétrons na eletrosfera através de órbitas. Mas
existe
> ainda uma outra experiência a mostrar que se todas as anteriores
forem
> verdadeiras (ou seja, se o elétron for realmente uma carga
elétrica), o
> elétron deveria irradiar energia, o que comprova-se
experimentalmente não
> ocorrer.

Eu não vejo pq ele o tenha de fazer. Donde ele tirava essa energia ?
Hoje eu me lembrei que fiz uam experiencia com um canhão de electões
e umas
bobines de Helmoltz
E lembrei-me que tinhamos uma globo de vidro com gás la´dentro para
podermos
observar o percurso dos electrões.
Fiquei a saber que experimentalmente isso era necessário pq os
electões só
por si, não irradiariam .

Ou não irradiariam no campo visivel.
A duvida nascida aqui, fica até eu encontrar qual seria o c.d.o da
suposta
radiação emitida pelo electrão.
Alguem sabe ? :-))

>Que fazer então? Continuar com a idéia de vibrações? Aceitar as
> órbitas permitidas?

Que tal matar essa teoria que diz que ele irradia ?
Foi o que Bohr fez. Embora como um postulado.


> > Esta é sim, uma indeterminação, i.e. não se pode determinar,
> > calcular, saber.
>
> Eu sabia que íamos chegar no Heisenberg ;-))

Pois. Era isso que eu queria mostrar. É que não se trata do principio
de
Heisenberg.
o principio de Heisenberg deriva da matemática da TF. Este principio
que
tentei demosntrar nasce da impossibilidade tecnica de "ver todas as
direcções"
Os dois se conjungam na MQ.
Contudo um é artificial, é matemático. O outro é um problema fisico de
medição experimental.

E por isto, não ha problema epistemologico nenhum. Era este o assunto
que
permeava os primeiro mails e que eu tentei ilustrar com o exemplo da
vara
(onde não se usa TF)

> > Contudo todos sabemos que aquelas sombras existem.
> > Donde não ha real indeterminação, mas incerteza. O método de
medida
> > não é bom para isso.
>
> Eu ainda acho que existe uma meia-cegueira ou meia-proibição.

Existe meia-cegueira, e não meia-proibição. São coisas diferentes. É
isso
que gostaria de explciar.

>Você está me
> proibindo de olhar o movimento da vara e apresentando-me apenas a
sua
> sombra.

Eu não estou. O método experimetnal usado está.
Me encontre outro e serei todo ouvidos :-))

No caso do átomo a natureza tem se mostrado mais generosa. O
> motivo da incerteza de Heisenberg, a meu ver é outro e não está
relacionado
> a proibições naturais mas a supostas interações entre o aparelho de
medida
e
> o objeto de estudo.

Não o principio de Heisenberg ( que é matemático e deriva das TF ) ,
mas
apenas e só um
problema experimental.

>Ou seja, Heisenberg assumiu que a posição de uma
> partícula somente podia ser determinada através de um choque dessa
com
> outra, seguido da observação de propriedades da segunda partícula.

Nada disso é necessário para deduzir o principio de Heisenberg. Ele é
matemático.
Não precisa nem de particulas, nem de choques, ...nem de nós :-))

Se precisasse, então seria fisico. E ai terias razão. Mas não é. E ai
o que
dizes dele, perde o sentido.


[[]]

Sérgio



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Muito mais coisas entre o céu e a terra
FROM: "Lupe" <lupe@bsi.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/11/2001 20:40

Apesar da demora, ainda não desisti do assunto, então vamos lá. As
simulações procuram incluir o maior nº possível de variáveis e estabelecer
diferentes tipos de interações entre elas. Os dados produzidos através
dessas simulações fornecem indicativos que já estão sendo utilizados em
pesquisas de laboratório. A principal questão é o rompimento do paradigma
reducionista e o questionamento epistemiológico - buscar a compreensão da
natureza ao invés do controle, do domínio.
LF



SUBJECT: Fio de prumo no iceberg
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/11/2001 21:05

Estou terminando um texto para a Sala 19 com o título "Gravitação Universal versus Geofísica". Um dos assuntos tratados é o fraco desvio do fio de prumo nas proximidades das grandes montanhas; um desvio pelo menos 10 vezes menor que o calculado. O cálculo entretanto bate com o desvio real sofrido pelo fio de prumo nas proximidades de pequenas montanhas.
Para explicar a coisa imaginei a presença de um enorme iceberg (pense num com pelo menos 1 km fora d'água!) com um fio de prumo instalado na lateral da parte emersa. Ali justifico porque o fio de prumo não deve sofrer qualquer desvio pela presença da massa de gelo.

Apreciaria as opiniões dos físicos de plantão nesses pormenores.

[]'
Léo
================



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: entropia e vida
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/11/2001 02:06

rmtakata@altavista.net wrote:

> --- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> > Eu acho que não concordo que um sistema com vida sofra um aumento
> > de entropia maior do que um sistema sem vida.
>
> Bem, parece q. sim... Mas e se pensarmos em termos
> de taxa?
>
> Um sistema com vida possui uma taxa de variacao
> de entropia maior do q. um sistema abiotico --
> falando de forma generica.
>
> Em um dado instante t, a entropia no sistema
> com vida seria maior do q. a de um sem vida.
> (Ao menos parece ser o principio da pasteurizacao...)
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>

Oi,

o problema, no caso, eh o equilibrio. Um sistema com vida nao esta em equilibrio desta
maneira pensar em aumento ou diminuicao da sua entropia eh um pouco complicado ja que teriamos
que considerar o sistema global em que ele esta inserido. De qq maneira, pensando forcadamente
de maneira isolada, creio que em um ser vivo a taxa de variacao da entropia eh menor do que em
um ser sem vida. Quando um ser vivo morre, entretanto, comeca a entrar em equilibrio com o
ambiente e, desta maneira, a sua entropia (individualmente falando) cresce rapidamente mas por
uma simples questao de entrar em equilibrio.
Poderiamos propor a seguinte comparacao: imagine que nos fossemos um grande recipiente de um
determinado gas puro X nao isolado. Quando estamos vivos, transformamos tudo o que entra no
recipiente em gas X por meio de um processo complicado e despendioso. No momento em que
morremos, o processo nao mais existe e o gas X se mistura rapidamente com os gases Y, Z ...
levando-nos a crer que tenha havido um enorme aumento de entropia. Notem, entretanto, que nao
somos uma caixa isolada de gas X cuja porta eh aberta, caso paradigmatico de aumento de entropia
por mistura de elementos. Todo o processo que o nosso corpo mantem para que so tenhamos gas X
gera muito calor e aumenta a entropia em geral do ambiente com que interagimos, em outras
palavras, so podemos pensar que a entropia de um ser vivo muda muito pouco enquanto ele vive e
aumenta rapidamente na sua morte (pensando na ideia da Pasteurizacao) se aproximamos o ser vivo
por um sistema isolado (o que pode ser valido em determinadas circustancias) entretanto o
segredo de se manter vivo esta na ausencia do equilibrio termodinamico (bonito isso..:P).

[]'s Eduardo.



SUBJECT: Procuro imagens
FROM: "Paulo Sergio Dias" <psdias@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/11/2001 08:35

Amigos:

- Preciso de boas imagens ilustrando o seguinte:

a) Solstícios de inverno/verão e equinócios
de primavera e outono (as 4 posições da Terra,
em relação ao Sol, no início de cada estação)

b) Biblioteca de Alexandria. No livro Cosmos,
de Carls Sagan, página 21, há uma foto (reconstituição
em computador, se não me engano) dessa biblioteca.
No entanto, minha edição saiu com problemas de
impressão, e várias fotos, inclusive essa, saíram
completamente desfocadas. Se alguém tiver esse
livro e um scanner, e puder me enviar a foto,
ficarei muito agradecido.

Caso alguém conheça algum site contendo imagens
ou animações descritas acima, gostaria de saber.

- Muito obrigado pela atenção de todos.


[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br




SUBJECT: Esqueci de pedir mais esta imagem
FROM: "Paulo Sergio Dias" <psdias@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/11/2001 08:43

Amigos:

- Completando meu e-mail anterior:

- Preciso também de uma boa ilustração
mostrando a Terra e o Sol, em escala
próxima de seus tamanhos reais, ou seja, quero
mostrar a Terra e o Sol juntos, para que as
pessoas tenham noção da diferença de tamanho
entre eles. Se a ilustração contiver também
outros astros, melhor ainda.

- Grato.



[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br



SUBJECT: Re: [acropolis] o argumento da nao crenca
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: acropolis@yahoogrupos.com.br, CienciaList <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/11/2001 09:55



"Prof. José Carlos" wrote:

> Olá Silvio,
>
> Do ponto de vista da física a complexidade dos seres vivos aumenta a
> entropia do universo e, portanto, é um caminho mais fácil de se seguir do
> que o caminho da simplicidade com entropia menor. Nesse sentido um universo
> com vida é mais simples e natural que um sem vida.
>

Ola Prof !
Li sua mensagem e fiquei bastante pensativo a respeito.

Embora formado em fisica, estou "afastado" da area ha muitos anos e
o unico contacto eh atraves destas listas de discussoes.

Eu sei que uma lei fisica exige que a entropia do universo ( ou de um sistema fechado ) sempre
aumente, mas , se nao me engano, esta eh uma lei probabilistica que
eh aplicavel em sistemas macroscopicos. Parece-me que o premio Nobel Weinberg
"nao gosta muito" destas leis da termodinamica , veja este trecho :

Além da dedução
A idéia de explicação como dedução também se vê em apuros
quando consideramos princípios físicos que parecem transcender
os princípios dos quais foram deduzidos. Isso vale sobretudo para
a termodinâmica, a ciência do calor e da entropia. Depois que
suas leis foram formuladas no século 19, Ludwig Boltzmann
logrou deduzir essas leis da mecânica estatística, a física de
amostras macroscópicas de matéria compostas de largo número
de moléculas individuais. A explicação da termodinâmica por
Boltzmann em termos de mecânica estatística ganhou ampla
aceitação, ainda que encontrasse resistência em Max Planck,
Ernst Zermelo e alguns outros físicos que se aferravam à antiga
visão das leis da termodinâmica como princípios independentes,
tão fundamentais como quaisquer outros. Mas aí os trabalhos de
Jacob Bekenstein e Stephen Hawking no século 20 mostraram
que a termodinâmica se aplica também a buracos negros, e não
porque eles sejam compostos de muitas moléculas, mas porque
têm uma superfície da qual nenhuma partícula ou raio luminoso
jamais poderá emergir.

Assim, a termodinâmica parece transcender a mecânica estatística
dos sistemas multicorporais dos quais foi deduzida originalmente.
No entanto, eu sustentaria que há um sentido em que as leis da
termodinâmica não são tão fundamentais como os princípios da
relatividade geral ou o Modelo Padrão das partículas elementares.

É importante distinguir aqui dois aspectos diversos da
termodinâmica. De um lado, a termodinâmica é um sistema formal
que nos permite deduzir consequências interessantes de algumas
leis simples, onde quer que essas leis se apliquem. As leis se
aplicam a buracos negros, a caldeiras a vapor e a muitos outros
sistemas. Mas não se aplicam em toda parte. A termodinâmica
não teria sentido se aplicada a um único átomo. Para descobrir se
as leis da termodinâmica se aplicam a um sistema físico particular,
é preciso perguntar se as leis da termodinâmica podem ser
deduzidas daquilo que se sabe desse sistema. Às vezes podem, às
vezes não. A termodinâmica mesma nunca é a explicação de nada
-é preciso sempre perguntar por que a termodinâmica se aplica a
qualquer sistema que se esteja estudando, o que é feito deduzindo
as leis da termodinâmica de qualquer princípio mais fundamental
que possa ser relevante àquele sistema.
( Texto em : http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/324 )

( Ok, eu sei que a vida eh um sistema macroscopico e a entropia se aplica
muitissimo bem ao sistema terra e a vida )

Mas veja , independentemente disso, eu ainda fico pensando :
Ok eh certo que a entropia aumentou e esta aumentando mas sera que
se nao houvesse vida na terra a entropia nao seria maior ?

Bom , depois dessa enrolacao toda soh queria perguntar por que
um sistema com a vida deveria ter uma entropia maior do que um sem vida.


[]s
jocax



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [acropolis] o argumento da nao crenca
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/11/2001 10:07

--- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos
<jocax@u...> wrote:
> Bom , depois dessa enrolacao toda soh queria perguntar por que
> um sistema com a vida deveria ter uma entropia maior do que um
sem vida.

Um *palpite*, sistemas vivos possuem rendimento inferior
a 100%. O aumento gerado da entropia no meio e' maior
do q. a diminuição de entropia em seu organismo.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [acropolis] o argumento da nao crenca
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/11/2001 10:15



rmtakata@altavista.net wrote:

> --- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos
> <jocax@u...> wrote:
> > Bom , depois dessa enrolacao toda soh queria perguntar por que
> > um sistema com a vida deveria ter uma entropia maior do que um
> sem vida.
>
> Um *palpite*, sistemas vivos possuem rendimento inferior
> a 100%. O aumento gerado da entropia no meio e' maior
> do q. a diminuição de entropia em seu organismo.
>

Mas o rendimento nao esta associado ao aspecto "util" do trabalho ?

Veja que do ponto de vista "fisico" nao deveremos ter um criterio de
utilidade, quero dizer que para o universo tanto faz se o sistema
tenha alto ou baixo "rendimento", neh ?

Mas veja um contra-exemplo: se um holocausto-nuclear detonasse a
vida na terra nao teriamos um aumento brutal de entropia ?
Entao a vida eh "necesssaria" para que ocorra o holocausto e a entropia aumente ? :-)))
(desculpa eh uma piada !)

[]s
jocax




SUBJECT: Re: [acropolis] o argumento da nao crenca
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/11/2001 12:05


> Eu sei que uma lei fisica exige que a entropia do universo ( ou de
um sistema fechado ) sempre
> aumente, mas , se nao me engano, esta eh uma lei probabilistica que
> eh aplicavel em sistemas macroscopicos.

Não é. Ela aparece por dedução teórica antes de Boltzman a
fundamentar na fisica estatistica.

A visão independente da Termodinâmica é mais correcta, já que ela se
aplica a tudo o que tiver aquilo que se chama "Energia Interna"
Depois a termodinâmica desenvolve alguns principios em torno da
definição de Energia Interna.

Para o caso dos gazes Boltzman mostrou que essa energia nada mais é
que a energia Cinética de particulas.
Em cada caso a energia interna assume diferentes formulações, mas em
todos são válidas as leis da Termodinâmica.

Parece-me que o premio Nobel Weinberg
> "nao gosta muito" destas leis da termodinamica , veja este trecho :
>
> Além da dedução
> A idéia de explicação como dedução também se vê
em apuros
> quando consideramos princípios físicos que
parecem transcender
> os princípios dos quais foram deduzidos.

exactamente. e tlv por isso aplicar a termodinâmica à vida sai fora
daquilo para que foi criada. A aplicabilidade apenas pode ser
considerada SE aceitarmos que a vida nada mais é que um encadear de
processos quimicos. E portanto, fisicos.*

[* não é só isso. ver no fim ]

> Assim, a termodinâmica parece transcender a
mecânica estatística
> dos sistemas multicorporais dos quais foi
deduzida originalmente.

Mas ela não foi originalmente deduzida dai.


>Mas não se aplicam [as leis da termodinâmica] em toda parte. A
termodinâmica não teria sentido se aplicada a um único átomo.

Porque não ? alguém me diz ?
Ele é sistema, com energia interna (potencial+cinética) ... pq não se
pode aplicar ?

Qual é o sistema que falseia a Termodinamica ?

>Para descobrir se as leis da termodinâmica se aplicam a um sistema
> físico particular, é preciso perguntar se as leis da termodinâmica
podem ser deduzidas daquilo que se sabe desse sistema.

Hãã?Onde já chegámos! Elas são deduzidas independentemente do sistema
em causa.

> Mas veja , independentemente disso, eu ainda fico pensando :
> Ok eh certo que a entropia aumentou e esta aumentando mas sera que
> se nao houvesse vida na terra a entropia nao seria maior ?

tlv ela aumentasse, mas não aumentaria "tanto".
É o "aumentar mais" que pode marcar a diferença e portanto fazer o
Universo previligiar a existencia de vida.

> Bom , depois dessa enrolacao toda soh queria perguntar por que
> um sistema com a vida deveria ter uma entropia maior do que um
sem vida.

Antes disso, é preciso dizer que a entropia só aumenta se o processo
for irreversivel.

Então, pensemos que o universo sem vida contém N processo fisicos,
ireversiveis, diferentes. Um sistema vivo conterá V desses processos.

Então o conjunto dos dois conterá N+V+D processos fisicos.
D, sáo os processos que dependem da vida estar "imerssa" num
universo "sem vida". Digamos que são processo de fronteira, para
clarificar.Pode ser zero, eventualmente.

Então o numero de processo fisicos aumentou e portanto a entropia tb.

Outra forma de ver é pela formula de Boltzman da Entropia.

Para um sistema com Q estados diferentes possiveis, a sua entropia é

S = k log Q , onde k é a constante de Boltzman.
A variaçáo de entropia é

DS=S1-S0 = k (log Q1 - log Q0 ) = k log (Q1/Q0)
Para que DS>0 vem log (Q1/Q0)) >0 => Q1/Q0 >1

Q1>Q0... o nº de estados tem de aumentar.

Se Q1= Q0+f(V) , onde V são os estado provinentes da existencia de
vida, então Q1>Q0 e a entropia aumentará.

Mas atenção. A termodinamica diz que num processo não-reversivel a
entropia tem que aumentar.
Ela NÂO diz que o processo ocorre para que a entropia aumente. Que é
o argumento no inico deste mail.Não se exige que aumente sempre,
exige-se que aumente SE o processo existir E for irreversivel.

Isto serve para responder ao seguinte:

>Mas veja um contra-exemplo: se um holocausto-nuclear detonasse a
>vida na terra nao teriamos um aumento brutal de entropia ?
>Entao a vida eh "necesssaria" para que ocorra o holocausto e a
>entropia aumente.

o holocausto não aconteceria para a entropia aumentar, mas antes a
entropia aumentaria pq ele aconteceu.(dado que é irreversivel)
A causa e o efeito estão trocados no teu enunciado.

Imaginando que o universo se desenvolvia apenas por processos
reversiveis, então a entropia nunca se alteraria, donde a evolução
não era sinónimo de aumento de entropia.

no nosso universo, a evolução é sinónimo de aumento da entropia do
conjunto todo, do universo.

* Mas ha outro problema com a aplicação do conceito de entropia ao
Universo.

A termodinamica define sempre o sistema, o exterior do sistema, e a
fronteira. Apenas assim ela pode fazer previsões com base nas suas
leis, pq estas apenas existem existindo aqueles 3 itens.

Para o Universo, não existe o exterior dele. Donde a termodinâmica
não se pode usar.
:-) Eu poderia ter começado logo por aqui, mas preferi seguir a
corrente e não cortar o vosso barato...

O aumento ou não da entropia tem a ver com a reversibiidade do
processo, e portanto com o decorrer do Tempo Termodinâmico, que é
baseado em diferença de estados.
Dado que um estado de um sistema é extrictamente definido por S, se S
é sempre o mesmo, o estado não se altera e portanto o Tempo não
passa.
Tlv por isto, o tempo passe para nós, já que vivemos rodeados de
processos irreversiveis : como por exemplo o de eu enviar este mail
para a lista :-))


[]

Sérgio


P.S. Como exercico mental à´lá Einstein, pensem como seria possivel
medir o tempo se tudo o que observasseis estivesse sempre no mesmo
estado.
E depois de relacionar isso com o tempo, pensem como o tempo se
relaciona com a temperatura**.

Sem formulas. Pura fisica :-)

====

** se não chegaram aqui, pensem como o tempo se relaciona com o
movimento e este com a temperatura. :-)






SUBJECT: Re: [acropolis] o argumento da nao crenca
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/11/2001 12:27

> > Do ponto de vista da física a complexidade dos seres vivos
aumenta a
> > entropia do universo e, portanto, é um caminho mais fácil de se
seguir do
> > que o caminho da simplicidade com entropia menor. Nesse sentido
um universo
> > com vida é mais simples e natural que um sem vida.
removidas]

A entropia no meu cerebro sempre aumenta quando esse assunto eh
abordado. Acho que vou precisar realizar trabalho para por tudo no
lugar... e consequentemente... vou aumentar ainda mais a entropia do
universo. :)

Mas deixando as brincadeiras de lado, o que estranho eh utilizar a
palavra *complexidade* quando se fala em entropia. Qual eh a relacao
complexidade-desorganizacao e/ou simplicidade-organizacao?

Ateh mais.
Luis Brudna - modido a energia solar.





SUBJECT: Re: [acropolis] o argumento da nao crenca
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/11/2001 13:10

--- In ciencialist@y..., lrb@i... wrote:
> Mas deixando as brincadeiras de lado, o que estranho eh utilizar
> a palavra *complexidade* quando se fala em entropia. Qual eh a
> relacao complexidade-desorganizacao e/ou simplicidade-organizacao?

Continuando a bicar em área alheia.

Uma conceituação de complexidade envolve a
noção de informação. Algo mais complexo
teria um teor de 'informação' maior.

Informação I, matematicamente tratada, se
relaciona com entropia S da forma seguinte:

deltaS = - k.ln 2.I

(Não me lembro da natureza da constante k.)

Dito de forma pouco rigorosa, algo e' complexo,
qdo e' difícil de explicar em poucas palavras.
(O q. não quer dizer q. só porq. algo foi
explicado em muitas palavras, isso se deva a
sua complexidade... O índice de embromação pode
ser calculado pela diferença entre a complexidade
real e a aparente. :-) )

Alguns dirão q. e' marotice igualar a entropia
matematicamente definida como acima com a entropia
pensada em termos de energia para igualar ou fazer
uma certa equivalência entre energia e informação.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: entropia e vida
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/11/2001 13:14



rmtakata@altavista.net wrote:
>
> --- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos
> <jocax@u...> wrote:
> > Bom , depois dessa enrolacao toda soh queria perguntar por que
> > um sistema com a vida deveria ter uma entropia maior do que um
> sem vida.
>
> Um *palpite*, sistemas vivos possuem rendimento inferior
> a 100%. O aumento gerado da entropia no meio e' maior
> do q. a diminuição de entropia em seu organismo.
>

Eu acho que não concordo que um sistema com vida sofra um aumento
de entropia maior do que um sistema sem vida. Em primeiro lugar,
temos o problema da comparação injusta. Não podemos tirar a vida
ao universo sem mais nem menos, já que os sistemas vivos são um
passo intermédio na degradação de entropia, e tão naturais como as
reacções químicas ou os movimentos atmosféricos. Muitas análises deste
género são no fundo um reflexo na crença antiga no vitalismo segundo
a qual a vida é um sistema especial. Vejamos o universo
simplificado:

Sol ------ Vida ------ Não Vida

Se nós ligarms o sistema, é verdade que o sub-sistema vida absorve
energia, diminui a entropia própria e gera entropia que envia para
fora do sistema. Mas não nos podemos esquecer que o Sol é quem tem
a entropia máxima neste sistema e a Vida funciona como um degrau
na escada da entropia. Vamos supor que tiramos o sistema vida e o
substituimos por Não Vida:

Sol ------ Não Vida 2------ Não Vida

A primeira coisa que temos que dizer é que os universos não são
comparáveis porque este segundo sistema parte de um estado de
entropia maior porque o sistema de não vida que eu acabo de
adicionar tem menos entropia que o sistema vida que substitui.
É importante salientar que os sistemas não vivos como a atmosféra
também funcionam como sistemas que absorvem energia, libertam
entropia e geram organização interna. Por isso a questão para mim
está em aberto por duas razões:

- sistemas sem vida não são comparáveis com sistemas com vida
porque a distribuição inicial de entropia não é a mesma;

- sistemas não vivos comportam-se como os vivos e eventualmente
dão origem a sistemas vivos. É importante verificar que a diferença
de entropia entre o sistema Sol ----- Não Vida 2 é maior do que
o sistema Sol ---- Vida e em principio o primeiro evoluirá para o
segundo.


--
joão
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [acropolis] o argumento da nao crenca
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/11/2001 13:20

"Sergio M. M. Taborda" wrote:

> > Eu sei que uma lei fisica exige que a entropia do universo ( ou de
> um sistema fechado ) sempre
> > aumente, mas , se nao me engano, esta eh uma lei probabilistica que
> > eh aplicavel em sistemas macroscopicos.
>
> Não é. Ela aparece por dedução teórica antes de Boltzman a
> fundamentar na fisica estatistica.

Se ela aparece por deducao teorica entao sobre quais outras leis
ou principios fisicos ela se deriva?



>
>
> A visão independente da Termodinâmica é mais correcta, já que ela se
> aplica a tudo o que tiver aquilo que se chama "Energia Interna"
> Depois a termodinâmica desenvolve alguns principios em torno da
> definição de Energia Interna.

Pq a visao independente eh mais correta? Nao vejo assim.
Se a termodinamica puder se derivar de outras leis fisicas tanto melhor,
alias se ela fosse *realmente* independente teriamos que agregar aa teoria
unificada ( talvez da super cordas ) a teoria da termodinamica ! :-)



>
>
> Parece-me que o premio Nobel Weinberg
> > "nao gosta muito" destas leis da termodinamica , veja este trecho :
> >
> > Além da dedução
> > A idéia de explicação como dedução também se vê
> em apuros
> > quando consideramos princípios físicos que
> parecem transcender
> > os princípios dos quais foram deduzidos.
>
> exactamente. e tlv por isso aplicar a termodinâmica à vida sai fora
> daquilo para que foi criada. A aplicabilidade apenas pode ser
> considerada SE aceitarmos que a vida nada mais é que um encadear de
> processos quimicos. E portanto, fisicos.*

Eu aceito, amem ! :-)

>
>
> [* não é só isso. ver no fim ]
>
> > Assim, a termodinâmica parece transcender a
> mecânica estatística
> > dos sistemas multicorporais dos quais foi
> deduzida originalmente.
>
> Mas ela não foi originalmente deduzida dai.
>
> >Mas não se aplicam [as leis da termodinâmica] em toda parte. A
> termodinâmica não teria sentido se aplicada a um único átomo.
>
> Porque não ? alguém me diz ?
> Ele é sistema, com energia interna (potencial+cinética) ... pq não se
> pode aplicar ?
>
> Qual é o sistema que falseia a Termodinamica ?

Se eu nao estiver enganado veja : Considere a classica experiencia de
uma caixa hermetica dividida
ao meio com um orificio com N particulas . Inicialmente as particulas
estao todas de um lado da caixa mas com o tempo algumas delas vao
passar para o outo lado e haver um certo equilibrio.

Houve um aumento de entropia, mas se esperarmos tempo *suficiente*
todas as particulas voltarao ao seu lado da caixa inicial fazendo
a entropia diminuir , nao eh ?



>
>
> >Para descobrir se as leis da termodinâmica se aplicam a um sistema
> > físico particular, é preciso perguntar se as leis da termodinâmica
> podem ser deduzidas daquilo que se sabe desse sistema.
>
> Hãã?Onde já chegámos! Elas são deduzidas independentemente do sistema
> em causa.

Bom devo lembrar que quem disse isso eh nada menos que Steven Weimberg
premio nobel de fisica e co-autor da teoria que unificou duas forcas basicas da
natureza. ( forca fraca e eletromagnetica? )


>
>
> > Mas veja , independentemente disso, eu ainda fico pensando :
> > Ok eh certo que a entropia aumentou e esta aumentando mas sera que
> > se nao houvesse vida na terra a entropia nao seria maior ?
>
> tlv ela aumentasse, mas não aumentaria "tanto".
> É o "aumentar mais" que pode marcar a diferença e portanto fazer o
> Universo previligiar a existencia de vida.

Mas ainda nao vi como isso poderia se dar .


>
>
> > Bom , depois dessa enrolacao toda soh queria perguntar por que
> > um sistema com a vida deveria ter uma entropia maior do que um
> sem vida.
>
> Antes disso, é preciso dizer que a entropia só aumenta se o processo
> for irreversivel.
>
> Então, pensemos que o universo sem vida contém N processo fisicos,
> ireversiveis, diferentes. Um sistema vivo conterá V desses processos.
>
> Então o conjunto dos dois conterá N+V+D processos fisicos.
> D, sáo os processos que dependem da vida estar "imerssa" num
> universo "sem vida". Digamos que são processo de fronteira, para
> clarificar.Pode ser zero, eventualmente.
>
> Então o numero de processo fisicos aumentou e portanto a entropia tb.

Ta maluco ? :-))
Eu poderia provar assim : Um sistema com vida tem uma probabilidade P
de a vida se extinguir or diversas razoes.
Se esperarmos tempo suficiente este evemto fatalmente ira acontecer.
Ateh la a entropia soh aunemtou. Depois deste tempo a vida acabou e
a entropia do sistema eh muito maior do que na epoca q ele tinnha vida
ja q a entropia soh aumentou. PORTANTO um universo sem vida deve
ter uma entropia maior que um com vida !!!! :-)))))))))))



>
>
> Outra forma de ver é pela formula de Boltzman da Entropia.
>
> Para um sistema com Q estados diferentes possiveis, a sua entropia é
>
> S = k log Q , onde k é a constante de Boltzman.
> A variaçáo de entropia é
>
> DS=S1-S0 = k (log Q1 - log Q0 ) = k log (Q1/Q0)
> Para que DS>0 vem log (Q1/Q0)) >0 => Q1/Q0 >1
>
> Q1>Q0... o nº de estados tem de aumentar.
>
> Se Q1= Q0+f(V) , onde V são os estado provinentes da existencia de
> vida, então Q1>Q0 e a entropia aumentará.

Mas vc nao pode dizer que o numero de estados provenientes da
vida sao maiores do que os provenientes da nao vida .
Q1 = Q0 + f(NV) onde NV sao os estados que sao provenientes
da Nao vida .


>
>
> Mas atenção. A termodinamica diz que num processo não-reversivel a
> entropia tem que aumentar.
> Ela NÂO diz que o processo ocorre para que a entropia aumente. Que é
> o argumento no inico deste mail.Não se exige que aumente sempre,
> exige-se que aumente SE o processo existir E for irreversivel.

Calma ! Mas se tomarmos que os processos vitais sao irreversiveis
entao da no mesmo ja q estamos assumindo que as leis devem ser satifeitas
sempre. ( q no caso da entropia eu nao concordo muito como o exemplo da caixa )
Ok, vc vai me dizer que o processo era reversivel, mas o q seria irreversivel
entao?

[]s
jocax



SUBJECT: Re: entropia e vida
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/11/2001 14:59

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> Eu acho que não concordo que um sistema com vida sofra um aumento
> de entropia maior do que um sistema sem vida.

Bem, parece q. sim... Mas e se pensarmos em termos
de taxa?

Um sistema com vida possui uma taxa de variacao
de entropia maior do q. um sistema abiotico --
falando de forma generica.

Em um dado instante t, a entropia no sistema
com vida seria maior do q. a de um sem vida.
(Ao menos parece ser o principio da pasteurizacao...)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Imaginar exercícios reforça músculos, diz estudo
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/11/2001 15:23

Imaginar exercícios reforça músculos, diz estudo

da BBC

Um estudo publicado na revista "New Scientist" diz que é possível
fazer exercícios físicos apenas com a mente. Segundo um grupo de
cientistas, é possível fortalecer os músculos do corpo apenas
relaxando e imaginando que você está fazendo ginástica.

A descoberta pode ajudar pacientes que estejam muito fracos para se
exercitar a se recuperar de derrames ou outras moléstias.

Os cientistas pediram a dez voluntários, de 20 a 35 anos, que se
imaginassem - com o máximo de força possível - flexionando um de seus
bíceps, em cinco sessões por semana.

Aqueles que pensaram em exercícios mostraram um aumento de 13,5% na
força depois de algumas semanas de testes. Eles ainda mantiveram esse
ganho por três meses depois que a experiência foi interrompida.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/011122_exerciciors1.shtml
- - - - -

Agora vou descancar.. jah corri 5 km na imaginacao.

E eu que achava ginastica passiva revolucionaria. Lembrando da
propaganda... "sao os seus musculos que se movem, nao voce!" .

:)

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna





SUBJECT: Re: Imaginar exercícios reforça músculos, diz estudo
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/11/2001 15:29

> E eu que achava ginastica passiva revolucionaria. Lembrando da
> propaganda... "sao os seus musculos que se movem, nao voce!" .

Aah.. nao esquecendo do "Nao eh feiticaria, eh tecnologia!"



Ateh mais.
Luis Roberto Brudna
http://www.humornaciencia.cjb.net - agora com humor na ficcao
cientifica



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Calor especifico e fisica classica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/11/2001 16:05

----- Original Message -----
From: "Sergio M. M. Taborda"
Sent: Thursday, November 22, 2001 4:17 PM
Subject: [ciencialist] Re: Calor especifico e fisica classica

> > Perceba então que para ser contra a mecânica quântica eu nem
> > precisaria conhecer a mecânica quântica, seria suficiente conhecer o
> > terreno onde ela foi construída.

> Yoohhh... ai é que o ponto bate.
> Convido-te a olhar o site (de quimicos) sobre MQ.
> http://zopyros.ccqc.uga.edu/lec_top/quantrev/quantrev.html
> Lá tem os postulados da Mecânica Quântica de Hoje.
> Não uma qq mecânica quantica.

Sim, mas são todos postulados construídos no terreno que apontei. "Desse
mato não sai coelho" e a tolerância com a incapacidade inerente à MQ já está
se transformando numa rotina. Modifica-se o perfume mas conserva-se a
essência, para não dizer que mudam as moscas mas... ;-)). Por outro lado, já
disse: Sou um cientista amador e não compromissado com qualquer tipo de
academicismo, pelo menos no setor da física. Por ser um cientista amador,
posto-me frente a uma teoria como o indivíduo que vai comprar um
apartamento. Se o alicerce do prédio estiver comprometido, nem me dou ao
luxo de examinar o apartamento, por mais que contenha todos os requintes que
gostaria que tivesse. Pois a mecânica quântica é isso: um magnífico
apartamento repleto de luxúrias inenarráveis e construído num prédio prestes
a desabar. Quem viver verá.

> Eu gostaria que me dissesses qual daqueles não se pode aceitar
> clássicamente.

Podes aceitar todos. Eu nem me dou ao luxo de criticá-los pois todos já
sabem o que penso sobre cada um, e com isso só consegui fazer inimigos entre
os fanáticos defensores da MQ. Minha única preocupação, no momento, é
entender como uma coisa que apóia-se em cima de erros crassos pode redundar
em algo que ÀS VEZES dá certo. Volto a dizer: o problema reside na
essência, no terreno e nos alicerces. E essa essência não está nos
princípios, mas na interpretação errada das experiências que os justificam;
e quanto a isso creio que já me expus demais e portanto não digo mais nada.
Assistirei o desabamento de camarote e com a consciência tranqüila.

> Daqui que isso que dizes de "nem precisaria conhecer a mecânica
> quântica, seria suficiente conhecer o terreno
> onde ela foi construída." não é sequer um principio lógico.

Sim, mas já debatemos esse assunto quando concluímos que vemos a física por
perspectivas diferentes.

> > Mesmo porque, os fluidos
> > biológicos não são, via de regra, fluidos newtonianos (no sentido
> > em que não se sujeitam às simplificações newtonianas).

> Não entendi o que queres dizer com isto.
> A Mecânica de Fluidos pode ser classíca e relativista. Falando da
> Classica, ela acenta nas leis de Newton.
> Portanto, de que simplificações falas que não se podem usar ?
> (Os fluidos biologicos são descritos por mecânica relativista de
> fluidos?)

Não, a coisa é bem mais simples. O que chamamos "fluido newtoniano" é uma
simplificação ideal e esta simplificação dá certo para a maioria dos
fluidos. Idealizações são coisas muito comuns como, por exemplo, quando
dizemos que uma corda tem massa desprezível, ou que o atrito entre duas
superfícies é nulo, etc. Pois com a maioria dos fluidos comuns podemos fazer
certas simplificações, via de regra relacionadas a viscosidade, e que não
podemos expandir para outros como, por exemplo, o plasma sanguíneo, que é um
tipo de fluido não newtoniano. Isso não tem nada a ver com as leis de
Newton. Só faltava essa: Estudar o plasma sanguíneo sob o prisma da
relatividade de Einstein!!! ;-))

SOBRE O ET E O ÁTOMO:
> > Não, mas estou a supor que ele chegaria à mesma realidade a que
> > chegamos, independentemente dos passos que viesse a dar.

> A realidade a que chegamos é uma realidade fisica.
> Esta realidade fisica é construida (o constructo máximo) por nós.
> Quer fisicamenente, sociologicamente e históricamente, num sistema
> complexo. Portanto, dizer que eles construiriam a mesma realidade fisica é
> ser muito optimista. Pq nenhum de nós construirá a realidade como ela é.

Mas também já concluímos que, sob esse aspecto, vemos a física sob prismas
diferentes. E já reconheci que sou otimista ;-). E não concordo que nenhum
dos físicos que fizeram a história da física tenham "construído" o átomo, da
forma como propões. Quando muito, eles descobriram o átomo, algo que existe
na natureza. Da maneira como encaro a física, o átomo é uma entidade 100%
natural e, portanto, dotado de uma realidade física, ainda que nos esconda
segredos de natureza metafísica.

A física está aí para ser descoberta, nunca para ser inventada. E esse foi
um dos grandes erros cometidos pelos físicos do século XX, a começar por
Einstein que gostava de expressar essa idiossincrasia. Aliás, pelo que
conheço de Einstein, a quem admiro muito, creio que esse "inventar", que
dizem ser dele, parece-me ser erro de tradução. Os constructos, que com
freqüência cito, são grandezas lógicas e/ou matemáticas, construídas com a
finalidade de representar a natureza; sob esse aspecto, o átomo não se
enquadraria nesta categoria. Sim, eu posso "construir" um modelo para o
átomo, mas não posso "inventar" o átomo. E esse modelo deve representar uma
realidade, do contrário estará condenado ao fracasso.

> > Mesmo porque podemos chegar
> > ao atomismo por uma infinidade de experiências diferentes, e
> > nenhuma chega a negar a outra em seus fundamentos.

> A questão era exactamente, que embora possamos chegar lá de diversas
> formas, nós não temos de necessáriamente passar por ela.

Mas... se existe um ponto de chegada...!!! Então não houve uma "invenção",
mas sim uma descoberta. Bem, você não disse inventar (essa "seria" de
Einstein) mas sim construir. Mas parece-me que o seu "construir" não está
muito longe do "inventar" e/ou do critério da tentativa e erro, haja vista
que você parece não valorizar adequadamente o terreno (e/ou os alicerces)
;-)) onde os modelos devem ser construídos, dando maior ênfase aos
resultados.

> > > ...a realidade pura, essa é imutável. Se não o fosse era inutil tentar
> > > procurá-la.

> > Bem, então concordas comigo que podemos pelo menos tentar procurá-
> > la. Mas... a quem cabe procurá-la? Apenas os filósofos? Porque não os
> > físicos?

> A todos, não? quem pode ser fisico sem ser filósofo ? ;-)

Boa pergunta. Aliás, essa é uma das "brigas" que já enfrentei aqui na
Ciencialist, pois muitos não concordam com essa idéia. Mas parece-me que as
coisas estão mudando e os "inimigos" da filosofia estão ficando dia a dia
mais tolerantes.

> Então a fisica barata (se diz isso ai?)

Faz sentido, mas não creio que seja uma expressão utilizada aqui. Nós
estamos no terceiro mundo e uma das regras do terceiro mundo é não fazer
nada barato. ;-)). Pobre gosta mesmo é de gastar. ;-))

> > > Se a fisica newtoniana está bem
> > > estabelecida. Então agora, como evolui a ciencia?
> > > Ela deve procurar o q? Usar a Fisica de Newton em todos os casos e
> > > procurar um onde não dê certo?

> > Este foi o grande erro cometido por alguns físicos do século XIX, o
> > de achar que a física newtoniana estava bem estabelecida. Não, a física
> > newtoniana ainda é, até hoje, uma teoria incompleta

> Hei! , foste tu que no mail anterior me disseste que ela estava bem
> estabelecida, quando eu pedi um exemplo de algo "bem estabelecido".
> Agora dizes que não está....

:-)))). A bronca procede. Não obstante, espero ter utilizado a expressão
"bem estabelecida" em dois contextos diferentes. No caso atual, estou
tentando reafirmar o que já disse mais de uma vez desde que iniciamos o
debate, qual seja, que a teoria newtoniana é uma teoria incompleta. Está aí
faltando pelo menos um postulado ou princípio, e Newton demonstrou estar
perfeitamente ciente disso. Se é incompleta, SOB ESSE ASPECTO não está ainda
bem estabelecida. Por outro lado, no outro caso pretendi dizer que a teoria
newtoniana é "bem estabelecida" no sentido em que os princípios em que ela
foi construída permanecem válidos até hoje, resistiram a mais de 300 anos
de investigação e em hipótese alguma foram falseados, por mais que se afirme
o contrário (e lembro que nosso diálogo começou com a crítica de autores
de livros didáticos que propugnam essa falseabilidade).

Qualquer teorizador sabe que não se mexe nos pilares de uma teoria sob o
risco de se despersonalizá-la totalmente. Aliás, este foi o motivo do duelo
entre Einstein e Bohr. No caso da mecânica quântica, Einstein queria mexer
nos princípios e Bohr, muito sabiamente, decretou a completude da teoria
quântica. Em outras palavras, ele assumiu que ou ela estaria completa, ou
ela não serviria para nada, e foi por isso que defendeu com unhas e dentes
essa completude. O problema de se existiriam variáveis escondidas ou não,
parece-me que para Bohr era secundário. E, com efeito, chegou-se a
descobrir, para surpresa de alguns matemáticos que diziam o contrário,
algumas variáveis escondidas e que não abalaram os pilares da teoria
(nêutron, antimatéria, neutrino, etc).

A teoria de Newton, por outro lado, foi construída por um excelente
teorizador e que talvez intuitivamente, talvez por conhecimento, não se
aventurou a "construir" princípios que não pudesse justificar adequadamente
pela lógica a apoiar-se na experimentação. É nesse sentido que ele afirmou
"Não faço hipóteses", pois no sentido que se dá hoje ao termo hipótese não
creio ter nascido um cientista que tenha feito mais hipóteses do que Newton.
Graças a esse cuidado sua teoria está incompleta, mas os princípios
prestam-se a se imiscuir com novos princípios, sem que isso desfigure a
física newtoniana propriamente dita. Aliás, já disse isso de maneira
diferente: existe um modelo newtoniano (com três princípios) e um cenário
onde se encaixa esse modelo (espaço, tempo, matéria, movimento e
informação). Modelo + cenário = física newtoniana, uma física incompleta sob
o aspecto axiomático mas, apesar disso, e sob o aspecto estrutural,
muitíssimo bem estabelecida. Pois nem mesmo o cenário tem o que mudar,
apenas admite a existência de fenômenos a serem descobertos e/ou explicados.
E isso foi expresso da seguinte maneira: "And therefore I scruple not to
propose the Principles of Motion above-mention'd, they being of very general
Extent, and leave their Causes to be found out"; o que tem sido traduzido
por: "E, portanto, não tenho escrúpulos em propor os princípios de movimento
acima mencionados, sendo eles de uma extensão muito geral, e deixar suas
causas serem descobertas."

> No meio desta historia Dirac lá conseguir sacar do mar as anti-
> particulas... Fastástico.

Existe um pouco de fantasia nessa história. Já ouvi dizerem também que fomos
à Lua utilizando a "teoria" de Julio Verne. ;-)) Sim, Dirac previu alguma
coisa, mas daí a dizer que ele previu a antimatéria é querer promovê-lo
demais, e nem mesmo ele assumiu isso (no momento não tenho a referência mas
já li uma conferência onde ele expõe esse problema); e faz parte da lavagem
cerebral a que me refiro com freqüência. Querem valorizar a MQ sob todos os
aspectos e isso só tem uma explicativa: Os que assim agem não confiam
suficientemente na MQ, e Freud explica muito bem esse fenômeno. Eu diria que
isso faz parte do princípio do fim. A MQ está despencando sob todos os
pontos de vista e aqueles que passaram toda uma vida estudando-a, não sabem
mais o que fazer para salvá-la, então começam a cultivar ídolos de barro. É
triste, mas essa é a realidade.

> >Newton simplesmente utilizou-se de uma
> > aproximação válida para a resolução de problemas que o preocuparam
> > na época, mas não generalizou essa aproximação.

> Ora exactamente... então, a fisica que ele fez, é a fisica de
> Newton. E dentro da fisica que ele fez, ele
> assume a instantanedade. Ainda que em aproximação.

Você está confundindo idealização com "aceitação de uma aproximação como
sendo absolutamente correta". Não, idealização foi algo descrito pela
primeira vez creio que por Galileu (ausência de atrito) e vale na prática,
mas em hipótese alguma é algo a incorporar-se à teoria. Isso seria
confundir teoria com prática. Houve um jornalista-economista brasileiro que
notabilizou-se por uma frase que proferiu: "Na prática a teoria é outra".
Essa frase está errada!!! O problema é que na prática despreza-se parte da
teoria e fica-se com a impressão que a teoria é outra. Na prática
idealiza-se e, de Galileu a Einstein, já se efetuou isso milhares de vezes,
e quase sempre sem grandes problemas de ordem operacional. Todo professor de
física faz isso com todas as teorias, quando vai calcular algo onde sabe que
pode desprezar alguns requintes teóricos. Ou seja, para calcular a órbita da
Terra ao redor do Sol podemos desprezar a não instantaneidade da ação; não
obstante, faça isso com aquele probleminha relativo ao periélio de Mercúrio
e você perceberá que a "física clássica na visão de um físico moderno" não
funciona. Mas não funciona porque a resolução do problema está errada,
porque este problema não comporta a idealização adotada. Newton não previu
esse efeito (desvio do periélio) mas é suficiente ler "toda" a sua obra para
perceber que ele acreditava que algo semelhante poderia ocorrer em algumas
circunstâncias.

Essa história da física newtoniana comportar a ação a distância como algo a
ocorrer instantaneamente é uma falácia que chegou a ser comentada por
Maxwell, no final de seu tratado sobre eletromagnetismo (capítulo XXIII,
Theories of action at a distance), como dogma de Cotes. Harman,P.M., por
exemplo, em seu "The Natural Philosophy of J.C. Maxwell" faz o seguinte
comentário sobre o pensamento de Maxwell: "He maintains that the supposition
of a medium in which energy is propagated is consistent with Newton's
doctrines, pointing out that it was Roger Cotes, in his preface to the
second edition of Newton's Principia, who was the author of the opinion that
'action at a distance is one of the primary properties of matter, and that
no explanation can be more intelligible than this fact'. In the Treatise
Maxwell describes this non-Newtonian doctrine as the 'dogma of Cotes'; and
in February 1873 he refers to Cotes as 'one of the earliest heretics bred in
the bosom of Newtonianism'. In his lecture on 'Action at a distance' he
firmly declares that 'the doctrine of direct action at a distance cannot
claim for its author the discoverer of universal gravitation'."

Preciso dizer mais alguma coisa a respeito?

> > Quando os matemáticos criaram os
> > demais formalismos, continuaram a efetuar a aproximação preconizada
> > por Newton, e que dá certo na grande maioria dos casos. Mesmo porque,
> > isso simplifica sobremaneira o formalismo (não creio que, do contrário,
> > a coisa se resolvesse apenas com a introdução de um fator k, como você
> > propõe).

> Olhando para
> http://world.std.com/~sweetser/quaternions/qindex/qindex.html
> A coisa parece bem simples de matematizar. E o curioso é ver a
> diferença entre a mat da Raltividade e da MQ.
> Intrinsecamente diferentes (por 1 sinal :-)) )

Grato pela referência mas o assunto é muito extenso e vou deixar para outra
ocasião. De qualquer maneira, relendo o que escrevi noto um certo ar de
ingenuidade matemática de minha parte. Pois introduzir um fator k muitas
vezes significa muita coisa e nem sempre é algo tão simples quanto dei a
entender. De qualquer forma, quis chamar a atenção para a não simplicidade
do processo e mantenho a idéia.

> > O problema é que em determinadas condições a aproximação não se
> > justifica, e percebe-se que as coisas se complicam bastante.

> Mas Newton não deu nenhum deles. Ou deu?

Não mas dizem que ele demorou cerca de 15 anos para publicar os Principia,
pois estava ciente de que deveria exemplificar coisas como, por exemplo,
essa não instantaneidade. E só publicou graças à insistência de seu amigo
Halley, que parece ter financiado o projeto. Hoje sabemos em que condições
não podemos desprezar a não instantaneidade, mas com a tecnologia do século
XVII não daria nem para sonhar com efeitos desse calibre.

> > Consigo então, com um único campo vetorial A (ou, de maneira
> > equivalente, com um campo escalar "fi") dizer que os efeitos elétricos
> > seriam conseqüentes à aplicação do translacional sobre A

> Com um unico campo explicas o efeito electrico.
> E olhando bem, nem precisas de falar de electrões, mas desse campo.
> Então tudo isto é uma teoria de campo. E é exactamente igual à de
> Maxwell sobre o aspecto daquilo que é o objecto do estudo. O Campo.
> Então estás a usar a mesma "mecânica dos fluidos" que ele.
> E eu me pergunto se não era suposto, não ser assim...

Sim e não. A teoria de Maxwell tem quatro equações irredutíveis. A minha tem
apenas uma. A de Maxwell tem dois potenciais "A" e "fi" irredutíveis. A
minha tem um vetor campo "A" que não é potencial no sentido de que não pode
ser calibrado e que pode ser pensado como um campo escalar "fí" a gerar "A"
quando multiplicado por um vetor "w" que representaria estruturalmente o
elétron. A minha teoria é microcósmica e a de Maxwell é válida para o
macrocosmo. Seria o mesmo que aplicar a mecânica dos fluidos para os gases e
tentar compará-la com a teoria cinética dos gases. Numa delas, utiliza-se
elementos infinitesimais de volume; na outra moléculas. Em resumo: existem
muito mais diferenças do que semelhanças entre a minha teoria e a de
Maxwell, ainda que eu consiga deduzir inúmeros aspectos desta última a
partir da primeira e, portanto, os dois modelos não se incompatibilizam
entre si.

> > > > Gosto não se discute. Mas daí a dizer que a MQ tem sido útil
> > > > para alguma coisa vai uma distância muito grande.

> > > Não entendo. Então ela não foi util para saber os valores
> > > energéticos, os niveis orbitais, e toda essa tralha, dos átomos?
> > > Acaso a quimica de hoje não é entendia com base nessa! fisica?
> > > Se não for assim, fui mais uma vez engando...

> > (...) Se explicar através de
> > gnomos é ser útil, então não está mais aqui quem falou. Mas que se deixe
> > bem claro, especialmente para os jovens universitários, que esta é a
> > única virtude comprovada da MQ. E que se apontem também as suas falhas e
> > que são muitas.

> A unica? Então e as anti particulas?
> Já agora, qual é visão classica, disso? (particulas- anti particulas)

Anti partículas foram descobertas por volta de 1930. A visão clássica foi
colocada na gaveta por Lorentz e no século XX ninguém tentou explicar nada
utilizando a visão clássica. A visão quântica, por outro lado, consegue
"explicar muito bem" (sic) o que são anti partículas. O problema surge
quando ela tenta explicar o que são partículas ;-)). E a partir daí ninguém
entende mais nada e não sou apenas eu a dizer isso: "E tenho de confessar
que, quanto mais eu estudo teoria quântica, menos eu a entendo (Alan
Sokal)." Mas... se explicar através de gnomos é ser útil, então não está
mais aqui quem falou. ;-)

> Mas eu não disse que tinha de ser nesse sentido.
> Eu falei em velocidade máxima da informação. No sentido de velocidade
> finita. Onde, no trabalho de Newton ele usou isso?

Na prática ou em teoria? Lembro que Newton desenvolveu sua teoria no século
XVII. Digamos então que ele tenha utilizado para explicar a refração da luz.
E, a partir dessa sua explicação, para justificar o que hoje denomina-se, a
partir de uma interpretação errada, efeito túnel. Utilizando as palavras de
Newton (Questão 17, Óptica III): "And do they not overtake the Rays of
Light, and by overtaking them successively, do they not put them into the
Fits of easy Reflexion and easy Transmission described above?" Ora, se isso
que você chama informação tivesse, para Newton, velocidade infinita, essas
"informações" não precisariam "alcançar" os raios de luz, pois o efeito
seria instantâneo.

> Se nunca usou, pq não podemos dizer que a fisica feita de Newton
> assume a velocidade infinita?

Simplesmente porque isso retrata um erro crasso. A física newtoniana jamais,
jamais, jamais, jamais, jamais assumiu velocidade infinita para nada, a não
ser para a propagação deste erro entre os seus falsos seguidores que não
tiveram, "em questões filosóficas, competente faculdade de pensar".

> Embora ele sendo consciente de ser finita, ele nunca usou isso em lado
> nenhum. E do ponto de vista do observador, a fisica dele não trata esse
> aspecto da realidade, que ele mesmo, sabia existir.
> Então a teoria era incompleta pq ele próprio a fez assim.

A teoria era incompleta mas não por este fator. Por este fator ela mostrou
sujeitar-se a idealizações do mesmo tipo daquelas que fazemos ao "eliminar"
o atrito, ou a massa de uma corda, ou no estudo dos gases ideais, etc.
Idealizações são artifícios válidos para casos específicos. E acho mesmo
incrível que alguém, no século XVII, de posse de dados experimentais mais do
que comprovados, defendesse com tanta veemência a não instantaneidade da
ação, a aparentemente contradizer a experimentação. Algo praticamente
impossível de se prever, pelo menos em mecânica (mas não em Óptica), com a
tecnologia da época. Mas algo perfeitamente possível de ser previsto por
alguém que "em questões filosóficas", possuísse "competente faculdade de
pensar".

> Quanto mais perturbaçoes existirem no meio, menor será a velocidade.
> então num meio sem perturbação alguma ela será máxima.
> No caso da luz esse máximo dá-se no vácuo.
> E é isto o principio de máximo da velocidade da luz.

Para criticar Newton, o mínimo que deveríamos fazer seria nos colocarmos na
posição dele. Para Newton a luz era corpuscular, logo o vácuo ou o "aether"
podem ser deixados de lado nestas considerações. Por outro lado, ele assumia
também que a luz acompanhava-se do que chamava "espírito da matéria" ou
vibrações emitidas pelos corpos e a viajarem juntamente com os corpúsculos e
também em condições de exercerem efeitos sobre esses corpúsculos. Sim,
existe alguma fantasia nessa história toda, mas lembro que isto foi para a
gaveta há mais de 200 anos, antes mesmo de terem engavetado a mecânica de
newtoniana.

> > Por outro lado, se você me perguntar qual é a velocidade com que uma
> > partícula, presente num meio que transporta o som, emite a
> > informação que fará a sua vizinha mais próxima entrar em vibração, aí
> > sim diria que será algo da ordem de c. Seria esta o que chamas
> > velocidade de informação?

> Sim. Algo desse tipo. O exemplo mais simples é este.
> Duas cargas, separadas por uam distância d.
> Em certo instante, uma move-se e volta ao ponto em que estava , num
> movimento "rápido" Como é que a outra particula sente, se sentir, essa
> mudança de posição da primeira carga? Pelo transporte de informação. A
> informação é então criada pela alteração do estado presente / estacionário
> do sistema. A questão para Eisntein, foi: E por onde se propaga a
> informação que liga as cargas? Pelo campo electromagnético.
> Então esse pequeno "ups" de uma carga, cria uma perturbação no campo.
> Essa perturbação propaga-se à velocidade do campo EM, nesse meio, até à 2ª
> carga. Pelas eq de Maxwell essa "perturbação" é um fotão. E dai a mediação
> electomagnética é feita por fotões. E pelas mesmas eq essa velocidade é
> constante qq que seja o caso. E então c e´ invariante.
> Tudo isto é muito classico a meu ver. Ou não?

Aparentemente sim mas não existem situações meio clássicas. Ou se é clássico
ou se não é. Na hora em que você fala em fóton e/ou interpreta o fóton com o
sentido dado a ele por Einstein (efeito fotoelétrico), o teor clássico da
idéia vai por água abaixo. Aliás, essa é uma verdade que a grande maioria
dos físicos modernos não se dá conta e foi essa uma das virtudes que apontei
em Bohr, a de perceber que uma pequena e insignificante diferença pode
comprometer toda uma teoria. Via de regra, há os que afirmam que Einstein
era clássico, pois combateu o princípio da incerteza (Hawking pensa desta
forma). Digamos então que ele seja um "clássico na visão de um físico
moderno", jamais na visão de um físico clássico.

> O problema está nas eq de Maxwel... mas elas derivam de trabalhos
> experimentais de muita gente. Então, pq duvidar delas?

Mas eu nunca duvidei das equações de Maxwell. Simplesmente sou contra a
generalização efetuada por Lorentz muitos anos após a morte de Maxwell.
Mesmo porque essas generalizações não se apoiam em nenhum dado experimental
fidedigno. Essas idéias de Lorentz vingaram na física por decreto e sob o
clima da autoridade de Lorentz e Cia Ltda. Não posso duvidar de uma
experiência que não existe. As experiências que existem deixam claro que o
elétron de Lorentz é ficção científica e sobre esta ficção construiu-se a
física dos gnomos.

>> "Não existe uma velocidade máxima no
> > sentido relativístico (de Einstein) que se dá ao termo."

> As eq de Maxwell dizem que sim... o pensamento pdoe detrás é puramente
> clássico.

Pois é um classicismo deturpado e não assumido por Maxwell como tal, mas por
seus maus seguidores. O que penso a respeito está em "O espaço curvo
euclidiano e a relatividade galileana", em meu site.

> > Você está me "proibindo"
> > de examinar a vara por outras experiências que não aquela que apenas
> > mostra a sua sombra.

> Sim. Estou impedindo nessa situação.
> A forma de aceder aos atomos é via campo magnético. (o que implica em
> direcção preveligiada e em 'sombra')
> Mas se me deres um "sonar" para atomos, eu aceito...onde está ele?

Na experiência de Rutherford, dentre outras.

> Eu não vejo pq ele o tenha de fazer. Donde ele tirava essa energia?

Pergunte para o Lorentz. Afinal, essa idéia apóia-se no seu decreto. ;-)

> Hoje eu me lembrei que fiz uam experiencia com um canhão de electões
> e umas bobines de Helmoltz
> E lembrei-me que tinhamos uma globo de vidro com gás la´dentro para
> podermos observar o percurso dos electrões.
> Fiquei a saber que experimentalmente isso era necessário pq os
> electões só por si, não irradiariam.
> Ou não irradiariam no campo visivel.
> A duvida nascida aqui, fica até eu encontrar qual seria o c.d.o da
> suposta radiação emitida pelo electrão.
> Alguem sabe ? :-))

Sei. Abandone a idéia do elétron de Lorentz e todos os gnomos relativistas
e/ou quânticos se esfacelarão, incluindo este.

> >Que fazer então? Continuar com a idéia de vibrações? Aceitar as
> > órbitas permitidas?

> Que tal matar essa teoria que diz que ele irradia?
> Foi o que Bohr fez. Embora como um postulado.

Então ele não matou mas... Não vou dizer pois prometi para mim mesmo que não
ia mais falar no tapete, mas você está me provocando ;-)). Você pode
realmente matar essa teoria abandonando a idéia do elétron de Lorentz.

[ ]'s
Alberto
http://ecientificocultural.com (inglês)
http://ecientificocultural.com/indice.htm (português)



SUBJECT: Re: entropia e vida
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/11/2001 16:17

--- In ciencialist@y..., Eduardo <dgueron@m...> wrote:
> o problema, no caso, eh o equilibrio. Um sistema com vida nao
> esta em equilibrio

Um sistema sem vida tbm não está em equilíbrio.
Não me parece q. essa questão traga problemas.

> que considerar o sistema global em que ele esta inserido. De qq
> maneira, pensando forcadamente
> de maneira isolada, creio que em um ser vivo a taxa de variacao da
> entropia eh menor do que em
> um ser sem vida.

Concordo q. o subsistema vida apresente um menor aumento
de entropia, comparando-se com um substituto não-vivo.
Mas o sistema vida+universo me parece ter um aumento mais
rápido de entropia do que um sistema não-vida+universo - localmente
falando.

Um sistema catalítico, como são os seres vivos (alguém
aí tinha reclamado de reducionismo? re re...), caracteriza-se
por promover um aumento da velocidade das reações.

(Claro q. nós não estamos aumentando a velocidade
de reação do Sol. Não sei se isso é outra história.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Richard Feynman
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/11/2001 20:36


Terminei de ler o livro "Deve Ser Brincadeira, Sr. Feynman" Do
Richard Phillips Feynman e estou enviando essa mensagem para
recomendar o livro, eh muito bom!

A descricao do livro, que estah na contra-capa nao eh boa e o livro
estah cheio de traducoes esquisitas, mas isto nao atrapalha o brilho
da obra.

Um dos textos do livro estah disponivel na STR
http://www.strbrasil.com.br/Str/carga.htm ( Ciencia do culto a carga )

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna




SUBJECT: apenas um balde
FROM: "Daniel Margotti" <damich@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/11/2001 00:40

Procurei no imperdível mas não tem nenhuma referência a isso.


Peguemos um balde com água. Em repouso, sobre uma superfície
horizontal, a superfície da água pode ser considerada um plano, certo?
Muito bem, se amarramos uma corda à alça do balde e o giramos
descrevendo um círculo na vertical, a superfície da água continuará
plana? ou todos os pontos da superfície estarão equidistantes do eixo
de rotação, caracterizando uma superfície curva, cuja curvatura terá
exatamente o raio de rotação (raio maior, curvatura pequena--> raio
infinito, plano; raio menor, curvatura maior)?

[]s.

Daniel



SUBJECT: Re: entropia e vida
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/11/2001 13:57

--- In ciencialist@y..., rmtakata@a... wrote:
> Mas o sistema vida+universo me parece ter um aumento mais
> rápido de entropia do que um sistema não-vida+universo - localmente
> falando.

Pensando melhor - o q. não significa pensando bem -
não sei se faz muito sentido o q. escrevi acima. Ao
menos não como generalização válida.

Se pensarmos q. uma superfície nua de rocha converte
quase q. diretamente a luz do Sol em calor, ao passo
q. uma planta primeiro converte parte dessa energia
primeiro em energia química, armazenando-a por um tempo,
para então acabar por convertê-la em calor, parece q.
nesse caso um processo vivo está retardando o processo de
aumento de entropia.

Mas tem a contra-partida. Esse superfície de rocha será
degradada mais rapidamente à medida em q. se desenvolve uma
cobertura vegetal. Os líquens irão degradar quimicamente a rocha,
as raízes da plantas pioneiras irão ampliar as rachaduras,
acelerando o processo de intemperismo.

E já q. falamos de complexidade. Parte dela parece depender
fortemente da diferença de entropia entre a energia q. entra
e a q. sai. Em sistemas com baixa entrada de energia, como
os pólos e cavernas, a pirâmide alimentar tende a ser bem
menos intrincada q. regiôes com maior entrada de energia como
os trópicos -- a biodiversidade de uma floresta tropical
não se compara com a de uma tundra. Claro q. há outros fatores:
como a disponibilidade de água na forma líquida. No Saara com
incidência luminosa equivalente à da Amazônia não esperamos
encontrar uma rede muito complexa de vida. (Por outro lado
em vents marinho, com água em abundância, mas com pequeno
aporte energético - baseado quase q. exclusivamente na quimios-
síntese bacteriana, as relações são tbm relativamente simples.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] apenas um balde
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/11/2001 12:58


-----Mensagem Original-----
De: "Daniel Margotti" <damich@bol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: sábado, 24 de novembro de 2001 00:40
Assunto: [ciencialist] apenas um balde


Procurei no imperdível mas não tem nenhuma referência a isso.


Peguemos um balde com água. Em repouso, sobre uma superfície
horizontal, a superfície da água pode ser considerada um plano, certo?
Muito bem, se amarramos uma corda à alça do balde e o giramos
descrevendo um círculo na vertical, a superfície da água continuará
plana? ou todos os pontos da superfície estarão equidistantes do eixo
de rotação, caracterizando uma superfície curva, cuja curvatura terá
exatamente o raio de rotação (raio maior, curvatura pequena--> raio
infinito, plano; raio menor, curvatura maior)?

[]s.

Daniel


Está no Imperdível, misturado ao estudo das marés. Mas, para responder a isso não é preciso ir até lá, basta um raciocínio simples.
Vc está dentro de um grande balde chamado Terra, assim como toda água dos lagos e oceanos. Esse balde não tem 'fundo' físico, sólido, mas tem uma tal de gravidade que o substituiu ... com vantagens.
Recorte no volume da Terra um fino setor cônico que vai de seu centro até uma porção de água na superfície; a gravidade simula seu barbante e o fundo do balde ... e lá está a água!
Isole mentalmente uma parte da água do mar, coisa de apenas 1 m^2 de área de superfície livre ... é plana; estenda essa área para 100 km^2 ... é curva!

Ponha a água um cálice e ponha o cálice a girar no centro de um prato de toca-discos ... eis o parabolóide de revolução ... aumente a rotação do prato .... os limites do parabolóide sobe pelo cálice ... que cada pequena porção é um trecho do parabolóide. Feche o cálice, aumente a rotação prá valer ... a água exercerá, mantendo o parabolóide uma pressão violenta da região central do cálice ... é assim que se coloca as bandagens dos pneus etc.... Tudo isso pertence ao Imperdível, com demonstrações e equacionamento, Sala 05, dinâmica.

Ah! antes que esqueça ... para tais rotações a aceleração centrípeta e tal que a aceleração da gravidade pode ser negligenciada ... por isso, rodar na vertical ou na horizontal ... dá na mesma.

Imagine ... falar que não encontrou no Imperdível .......... :-))))

[]'
Léo
===================



SUBJECT: Eclipse da Lua (PPSD)
FROM: "Paulo Sergio Dias" <psdias@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/11/2001 14:23

Amigos:

- Durante um eclipse total da Lua,
por que ela fica avermelhada ?

- Ja' que a Terra esta' impedindo
totalmente que a luz solar chegue
ate' a Lua, ela nao deveria ficar
totalmente escura ?


[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br



SUBJECT: Re: Eclipse da Lua (PPSD)
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/11/2001 21:41

> Amigos:
> - Durante um eclipse total da Lua,
> por que ela fica avermelhada ?
> - Ja' que a Terra esta' impedindo
> totalmente que a luz solar chegue
> ate' a Lua, ela nao deveria ficar
> totalmente escura ?
> []'s
> Paulo Sérgio Dias
> psdias@g...


Why an eclipse paints the moon red
http://www.msnbc.com/news/356781.asp

So why can you still see the moon during a total eclipse? It&#8217;s
because some sunlight is still hitting it, and for that you can thank
our atmosphere. Particles in the atmosphere cause the light rays
coming from the sun to bounce around. Some are refracted, or bent.
They get redirected through the atmosphere and out around behind
Earth and onto the moon, which is blocked only from direct sunlight.
Thus, the moon is still visible in the sky. However, the
refracted rays of sunlight doing the illuminating turn the moon a
strange reddish. Or copper. Maybe rust.
That&#8217;s because of all the bouncing around those rays had to go=

through on their way through the atmosphere. The more atmosphere that
sunlight travels through, the more the blue and green parts of the
spectrum are scattered. That&#8217;s why sunrises and sunsets are yellow
and pink and red. The low early or late sun, hitting the atmosphere
at a shallow angle, has to fight through more atmospheric particles
on its way to your eye, and the reddish wavelengths get through
better.
...
No link tem mais explicacoes.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna






SUBJECT: Re: [acropolis] o argumento da nao crenca
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/11/2001 07:39


> > Não é. Ela aparece por dedução teórica antes de Boltzman a
> > fundamentar na fisica estatistica.
>
> Se ela [termodinâmica]aparece por deducao teorica entao sobre quais
outras leis
> ou principios fisicos ela se deriva?

Ela não deriva de outras leis. Aliás, algumas conhecidas leis da
fisica derivam dela- à exclusão do principio de da conservação do
momento- como por exemplo o principio da energia minima.(que equivale
ao da entropia máxima em certos casos)

Ela deriva da definição da energia interna. (e portanto de sistema,
fronteira e exterior do sistema). Depois da lógica simples.
Finalmente das centenas de experiencias feitas lá pelos seculos XVIII
e XIX.

Ela é uma teoria derivada da experiencia directa e da lógica simples.
Obviamente ela é baseada em principios, mas estes pertencem à
termodinâmica por direito prórpio. Um deles é a conhecida relação

dU = dQ + dW

ou seja, a variação de energia interna apenas e só pode acontecer
pela ocurrência de trabalho e/ou de calor.

O 'seguimento' do calor, e a sua relaçáo com o trabalho, levou ao
nome termo-dinâmica, e à construção de máquinas baseadas na
transformação de um em outro.Por exemplo, a máquina a vapor e o
frigorifico.

> > A visão independente da Termodinâmica é mais correcta, já que ela
se
> > aplica a tudo o que tiver aquilo que se chama "Energia Interna"
> > Depois a termodinâmica desenvolve alguns principios em torno da
> > definição de Energia Interna.
>
> Pq a visao independente eh mais correta? Nao vejo assim.
> Se a termodinamica puder se derivar de outras leis fisicas tanto
melhor,

Não.Não é tanto melhor. É preciso entender que dentro da fisica a
termodinâmica está num nivel superior.
Ela analisa os sistemas sem precisar saber o que eles são.
Por isso ela funciona no atomo e nos buracos negros. Coisas que no
seculo XIX ainda eram ficção cientifica.

A maioria das leis da mecânica derivam das da termodinâmica.Assim
como de outros ramos da fisica.
Quando Boltzman usou a termodinâmica a fisica estatistica ele mostrou
como, para aquele sistema, os dois ramos se relacionam. Mas ele foi
mais longe que isso. Ele falou (tlv pela primeira vez) em
quantificação de estados. Não no sentido MQ do termo, mas no sentido
de ser possivel saber quantos estados um sistema tem. Esse numero é
dado pela sua Entropia.

> alias se ela fosse *realmente* independente teriamos que agregar aa
teoria
> unificada ( talvez da super cordas ) a teoria da termodinamica ! :-)

Nop. A teoria das Superstrings terá de obdecer À termodinâmica.
Aliás, quando o Eisntein trabalhou num instituto qq de patentes, ele
dedicava-se a mostrar aos inventores que as suas máquinas não
funcionavam usando a termodinâmica. Algumas vezes apontanto o erro de
pq não funcionava. Claro que os inventores não lhe ligavam nenhuma...
mas a patente era recusada por isso.
Portanto, a termodinâmica é de longe a teoria mais importante que
temos pois abarca todas as outras e todas as outras se lhe têm de
submeter.

(até que se prove que a termodinâmica é falsa, claro)



> > Qual é o sistema que falseia a Termodinamica ?
>
> Se eu nao estiver enganado veja : Considere a classica experiencia
de
> uma caixa hermetica dividida
> ao meio com um orificio com N particulas . Inicialmente as
particulas
> estao todas de um lado da caixa mas com o tempo algumas delas vao
> passar para o outo lado e haver um certo equilibrio.

sim.

> Houve um aumento de entropia, mas se esperarmos tempo *suficiente*
> todas as particulas voltarao ao seu lado da caixa inicial fazendo
> a entropia diminuir , nao eh ?

Não.
Ao assumires que houve um aumento de entropia, estás a dizer que o
processo é irreversivel. donde, elas nunca voltaram a estar todas de
um lado da caixa. A probabilidade disso é nula em todos os pontos do
tempo.

Esta experiencia não falseia a Termodinâmica pois não se observa que
as particulas voltem todas para um lado da caixa.

(Nota: o potencial de volume dE/dV, a pressão, torna-se igual dos
dois lados, portanto, não havendo diferença de pontencial, não à
desiquilibrio. Compara com a corrente electrica e verás.)



> > >Para descobrir se as leis da termodinâmica se aplicam a um
sistema
> > > físico particular, é preciso perguntar se as leis da
termodinâmica
> > podem ser deduzidas daquilo que se sabe desse sistema.
> >
> > Hãã?Onde já chegámos! Elas são deduzidas independentemente do
sistema
> > em causa.
>
> Bom devo lembrar que quem disse isso eh nada menos que Steven
Weimberg
> premio nobel de fisica e co-autor da teoria que unificou duas
forcas basicas da
> natureza. ( forca fraca e eletromagnetica? )

E dai ? Isso mostra que ele entende de uma teoria. Não mostra que ele
entende termodinâmica.
(argumento de autoridade não vale)


> > > Bom , depois dessa enrolacao toda soh queria perguntar por que
> > > um sistema com a vida deveria ter uma entropia maior do que
um
> > sem vida.

> > Então o numero de processo fisicos aumentou e portanto a entropia
tb.
>
> Ta maluco ? :-))
> Eu poderia provar assim : Um sistema com vida tem uma probabilidade
P
> de a vida se extinguir or diversas razoes.
> Se esperarmos tempo suficiente este evemto fatalmente ira acontecer.
> Ateh la a entropia soh aunemtou.

exactamente pq o numero de processo fisicos irreversiveis aumentou :-)
Eu não estou maluco. E se estiver, esta tua frase está errada :-))

> Depois deste tempo a vida acabou e
> a entropia do sistema eh muito maior do que na epoca q ele tinnha
vida
> ja q a entropia soh aumentou. PORTANTO um universo sem vida deve
> ter uma entropia maior que um com vida !!!! :-)))))))))))

Apenas e só se existir vida entretanto.
Eu chamei a atenção que estavam a usar o principio de causa efeito ao
contrário. A vida não existe para que a entropia aumente. Caso em que
a vida seria necessária e seria justificada a sua exisencia.
A vida existe. E ao existir e ser constituida por processos
irreversiveis (por hipotese) então ela faz aumentar a entropia.

portanto é : Existencia de vida => aumento de entropia. O invés não é
verdade.
Exactamente por isto, chegas à conclusáo que enunciaste.


> > Outra forma de ver é pela formula de Boltzman da Entropia.
> >
> > Para um sistema com Q estados diferentes possiveis, a sua
entropia é
> >
> > S = k log Q , onde k é a constante de Boltzman.
> > A variaçáo de entropia é
> >
> > DS=S1-S0 = k (log Q1 - log Q0 ) = k log (Q1/Q0)
> > Para que DS>0 vem log (Q1/Q0)) >0 => Q1/Q0 >1
> >
> > Q1>Q0... o nº de estados tem de aumentar.
> >
> > Se Q1= Q0+f(V) , onde V são os estado provinentes da existencia
de
> > vida, então Q1>Q0 e a entropia aumentará.
>
> Mas vc nao pode dizer que o numero de estados provenientes da
> vida sao maiores do que os provenientes da nao vida .

Eu não disse isso.
Eu disse que o numero de estados sem vida era N , o numero de estados
da vida em si era V, e que um na presença do outro produzia N+V+D
estados.Onde D é numero de estados derivados da existencia de
fronteira. Eu não disse que V>N ! Eu disse que N=/=0 e V =/=0

> Q1 = Q0 + f(NV) onde NV sao os estados que sao provenientes
> da Nao vida .

Eu só queria dizer que o facto de V não ser nulo acresce no numero de
estados no sistema final Q1. É verdade que esqueci de dizer que f é
monotonica positiva e f(0)=0. Mas era só para chamar a atenção que Q1
é maior que Q0.
Portanto, matemática à parte, f(V) e f(NV) dá no mesmo se V=0.

> > Mas atenção. A termodinamica diz que num processo não-reversivel a
> > entropia tem que aumentar.
> > Ela NÂO diz que o processo ocorre para que a entropia aume
nte. Que é
> > o argumento no inico deste mail.Não se exige que aumente sempre,
> > exige-se que aumente SE o processo existir E for irreversivel.
>
> Calma ! Mas se tomarmos que os processos vitais sao irreversiveis
> entao da no mesmo ja q estamos assumindo que as leis devem ser
satifeitas
> sempre. ( q no caso da entropia eu nao concordo muito como o
exemplo da caixa )

Ha aqui alguma confusão... eu já mostrei que o exemplo da caixa não é
real. Não ha qq violação da termodinâmica. Portanto, volto a dizer
que : A entropia aumenta SE o processo existir E for irreversivel.

> Ok, vc vai me dizer que o processo era reversivel, mas o q seria
irreversivel
> entao?

O processo da caixa não é reversivel.
E sabemos bem que nao é pq para voltar a por todas as particulas de
um só lado da caixa, após o sistema estar em equilibrio, era preciso
fornecer trabalho ao sistema.

Resumindo, a termodinâmica está de boa saude e recomenda-se.
O que não se recomenda é que se usem leis fisicas fora do seu
alcance.


[]

Sérgio




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Eclipse da Lua (PPSD)
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/11/2001 09:59


-----Mensagem Original-----
De: <lrb@if.ufrgs.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: domingo, 25 de novembro de 2001 21:41
Assunto: [ciencialist] Re: Eclipse da Lua (PPSD)


> Amigos:
> - Durante um eclipse total da Lua,
> por que ela fica avermelhada ?
> - Ja' que a Terra esta' impedindo
> totalmente que a luz solar chegue
> ate' a Lua, ela nao deveria ficar
> totalmente escura ?
> []'s
> Paulo Sérgio Dias
> psdias@g...

Complementando os dados fornecidos pelo Brudna em língua alienígena, só entendida pelos dominadores da Amazônia, terra de ninguém:

Se você estivesse na Lua na hora do eclipse, o que você veria?
Um anel brilhante! Não podemos esquecer que a Terra tem atmosfera.
A cor avermelhada é causada pela poeira em suspensão. Quando ocorreu a última erupção do Pinatubo, a atmosfera superior ficou tão suja, que a Lua quase desapareceu!

[]'
Léo
===============




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [acropolis] o argumento da nao crenca
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/11/2001 10:28

Sérgio escreve:
> A maioria das leis da mecânica derivam das da termodinâmica.Assim
como de outros ramos da fisica.
Quando Boltzman usou a termodinâmica a fisica estatistica ele mostrou
como, para aquele sistema, os dois ramos se relacionam. Mas ele foi
mais longe que isso. Ele falou (tlv pela primeira vez) em
quantificação de estados. Não no sentido MQ do termo, mas no sentido
de ser possivel saber quantos estados um sistema tem. Esse numero é
dado pela sua Entropia.

Esse numero de estados quânticos, mais especificamente os espéctros, não foram possíveis só após as experiência de Frank/Hertz? Ao fim e ao cabo eles 'mediram' a estabilidade atômica ... que até então só tinha aspecto qualitativo.



Quanto á entropia minha 'profunda' opinião é a seguinte: tudo retorna á natureza em seu devido tempo. Exceto por algumas minas de cobre 'vivo', não há na natureza ferro, aço, alumínio, trilobita, rato, homem etc. São produções temporárias á custa de modalidades de energia, bagunçando o sistema. No devido tempo, carro, garrafa, lata de skol (com seu maravilhoso spin) , rato e homem voltarão ao sistema primitivo e baixando a sua entropia.
Essas manifestações do meio (surgimento de vida, de navios, de gelo, de chuvas, de árvores ...) são apenas periódicas (em períodos geológicos) ... tudo voltará ao início e a causalidade determinará o próximo ciclo.

Vejo como causa disso a baixa energia dos estados quânticos fundamentais do átomo (e elétron). Com apenas 2,1 eV mexemos com um elétron do átomo de sódio e com 10 eV bagunçamos o hidrogênio. Um dia a estabilidade de um deles é afetada e isso funciona como pavio para uma 'reação em cadeia' e todos os átomos vão querer seguir a nova onda estacionária ... muda tudo e não haverá mais belos flocos de neve ou homem para admirá-los.

[]'
Léo
==============



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [acropolis] o argumento da nao crenca
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/11/2001 10:37

>
> > > A visão independente da Termodinâmica é mais correcta, já que ela
> se
> > > aplica a tudo o que tiver aquilo que se chama "Energia Interna"
> > > Depois a termodinâmica desenvolve alguns principios em torno da
> > > definição de Energia Interna.
> >
> > Pq a visao independente eh mais correta? Nao vejo assim.
> > Se a termodinamica puder se derivar de outras leis fisicas tanto
> melhor,
>
> Não.Não é tanto melhor.

Sim, Sim eh tanto melhor :-)
Qto menos leis independentes tivermos mais coesa fica a fisica.
E nao eh este o objetivo dos fisicos? Reduzir tudo, a um numero minimo
de equacoes possiveis ?



> É preciso entender que dentro da fisica a
> termodinâmica está num nivel superior.
> Ela analisa os sistemas sem precisar saber o que eles são.
> Por isso ela funciona no atomo e nos buracos negros. Coisas que no
> seculo XIX ainda eram ficção cientifica.

Nao vejo assim. Ela foi criada baseada em sistemas macroscopicos
como as leis de Newton. Se ela funcionou em buracos negros nao significa
necessariamente q ela deva funcionar em escala quantica.
E, segundo Weinberg, ela nao se aplica , por exemplo a um unico atomo.


>
> > alias se ela fosse *realmente* independente teriamos que agregar aa
> teoria
> > unificada ( talvez da super cordas ) a teoria da termodinamica ! :-)
>
> Nop. A teoria das Superstrings terá de obdecer À termodinâmica.

Tem certeza disso?


>
> Aliás, quando o Eisntein trabalhou num instituto qq de patentes, ele
> dedicava-se a mostrar aos inventores que as suas máquinas não
> funcionavam usando a termodinâmica. Algumas vezes apontanto o erro de
> pq não funcionava.

Acho que agora vc podera entender meu principio de finalidade.
Qdo eu digo isto deve acontecer "para que" tal lei seja obedecida isso
significa que estamos tomando a lei como uma verdade e, assim sendo,
podemos analisar o evento tendo como finalidade que as leis fisicas
devam ser obedecidas sempre. *Claro* que as leis podem mudar agora
mesmo e nao ser mais validas mas assumimos como verdade tambem
que elas devam permanecer imutaveis.



>
> > > Qual é o sistema que falseia a Termodinamica ?
> >
> > Se eu nao estiver enganado veja : Considere a classica experiencia
> de
> > uma caixa hermetica dividida
> > ao meio com um orificio com N particulas . Inicialmente as
> particulas
> > estao todas de um lado da caixa mas com o tempo algumas delas vao
> > passar para o outo lado e haver um certo equilibrio.
>
> sim.
>
> > Houve um aumento de entropia, mas se esperarmos tempo *suficiente*
> > todas as particulas voltarao ao seu lado da caixa inicial fazendo
> > a entropia diminuir , nao eh ?
>
> Não.
> Ao assumires que houve um aumento de entropia, estás a dizer que o
> processo é irreversivel. donde, elas nunca voltaram a estar todas de
> um lado da caixa. A probabilidade disso é nula em todos os pontos do
> tempo.

Calma. Vamos analisar o experimento e nao apenas dogmatizar
"irreversivel = impossivel de reverter" .
Minha pergunta eh clara : Houve ou nao um aumento de entropia quando
se abriu um furo no meio da caixa ??
Se houve entao eu posso falsear a termodinamica.



>
>
> Esta experiencia não falseia a Termodinâmica pois não se observa que
> as particulas voltem todas para um lado da caixa.

Antes de discutirmos isso me responda :
Houve ou nao um aumento da entropia na caixa?


> > Bom devo lembrar que quem disse isso eh nada menos que Steven
> Weimberg
> > premio nobel de fisica e co-autor da teoria que unificou duas
> forcas basicas da
> > natureza. ( forca fraca e eletromagnetica? )
>
> E dai ? Isso mostra que ele entende de uma teoria. Não mostra que ele
> entende termodinâmica.
> (argumento de autoridade não vale)

Ok, mas qdo vc afirma sem provar eu tambem nao tenho que aceitar
sua afirmacao nao eh ?

Vc disse q a termodinamica se aplica a um atomo e ele diz que nao
pq deveria ficar com sua palavra ?




>
>
> > > > Bom , depois dessa enrolacao toda soh queria perguntar por que
> > > > um sistema com a vida deveria ter uma entropia maior do que
> um
> > > sem vida.
>
> > > Então o numero de processo fisicos aumentou e portanto a entropia
> tb.
> >
> > Ta maluco ? :-))
> > Eu poderia provar assim : Um sistema com vida tem uma probabilidade
> P
> > de a vida se extinguir or diversas razoes.
> > Se esperarmos tempo suficiente este evemto fatalmente ira acontecer.
> > Ateh la a entropia soh aunemtou.
>
> exactamente pq o numero de processo fisicos irreversiveis aumentou :-)
> Eu não estou maluco. E se estiver, esta tua frase está errada :-))
>
> > Depois deste tempo a vida acabou e
> > a entropia do sistema eh muito maior do que na epoca q ele tinnha
> vida
> > ja q a entropia soh aumentou. PORTANTO um universo sem vida deve
> > ter uma entropia maior que um com vida !!!! :-)))))))))))
>
> Apenas e só se existir vida entretanto.

Eu acho q Vc nao entendeu minha prova.
Eu disse que depois de a vida se acabar neste sistema teremos um
estado FINAL e SEM VIDA com entropia maior do que qualquer
dos estados intermediarios com vida. Isso provaria que o estado
com vida nao tem necessariamente mais entropia do que um sem-vida
e portanto nao pode ser utilizado como argumento de que um estado com
vida tem mais entropia do que um sem vida.



>
> Eu chamei a atenção que estavam a usar o principio de causa efeito ao
> contrário. A vida não existe para que a entropia aumente. Caso em que
> a vida seria necessária e seria justificada a sua exisencia.
> A vida existe. E ao existir e ser constituida por processos
> irreversiveis (por hipotese) então ela faz aumentar a entropia.

Veja que com ou sem vida a entropia sempre aumenta.
Eu quero saber pq um sistema com vida deve ter mais entropia
do que um sem vida. Pelo que mostrei acima isto nao eh verdade.




>
>
> portanto é : Existencia de vida => aumento de entropia. O invés não é
> verdade.

Esta equacao entao NAO mostra q a vida seja decorrente da entropia.
Para que a vida seja decorrente da entropia deverias mostrar que
o estado "Com vida" tenha uma maior entropia do que um "sem vida".
E nao que a vida , *depois* de aparecer, faca aumenta da entropia.

[]s
jocax



SUBJECT: dominadores da Amazônia e língua alienígena
FROM: "valderes" <valderesr@bol.com.br>
TO: "CienciaList" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/11/2001 10:37

HelpBom dia!
N�o considero o ingl�s uma l�ngua alien�gena, mas sim uma ferramenta que pode ser usada em nosso favor, os ainda donos da Amaz�nia (?)
Ali�s, n�o s� o ingl�s, mas por que n�o o espanhol e tantos outros idiomas?
� senso comum que h� muita coisa n�o confi�vel na web logo, sintam-se livres e tirem suas pr�prias conclus�es.
Abra�os,
Valderes


R E L A T � R I O
A L F A
Descubra o que n�o querem que voc� saiba.
�1998-2001 - Diretor Respons�vel: Aldo Novak


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A Revista Grupos publicou entrevista sobre o Relat�rio Alfa. Leia clicando em:
http://www.grupos.com.br/revista

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Destaque:
Mapa da Amaz�nia como
sendo "�rea internacional",
separada do Brasil, � falso


Um trote velho se espalha pela rede novamente,
trazendo um mapa anexado que indica que nos
livros americanos os alunos aprenderiam que
a Amaz�nia est� separada do Brasil. Em
p�ssimo ingl�s, com colagens prim�rias em
Photoshop, tudo � falso. Not�cia, mapa e conceito.



Por Aldo Novak

(www.relatorioalfa.com.br) O Relat�rio Alfa tem recebido centenas
de e-mails com a mesma afirma��o: "um suposto livro usado nos
Estados Unidos estaria trazendo a imagem da Amaz�nia como �rea
internacional". No in�cio de outubro come�aram a chegar as
primeiras mensagens para a reda��o, vindos de leitores bem
intencionados.

N�o fizemos nenhuma mat�ria porque este � um assunto que
morreu -- ou deveria -- h� mais de um ano, quando foi esclarecido.
At� o Itamaraty teve que se pronunciar sobre o caso, ano passado.
Entretanto chegou a um ponto inaceit�vel novamente. No
momento em que escrevemos essa edi��o, j� s�o mais de 40
mensagens por dia -- entre assustadas e indignadas -- muitas
anexando a c�pia do suposto livro. O e-mail apresenta um
t�tulo dram�tico:

Subject: Que absurdo! Para ficar indignado!

Em seguida ele cita uma informa��o real (do jornal Estado
de S. Paulo):

No dia 24/5/01 o jornal "Estad�o" publicou sem destaque nenhum,
e em tr�s min�sculas linhas, a den�ncia grav�ssima de uma
brasileira residente nos EUA.

Os livros de geografia de l�, est�o mostrando o mapa do Brasil
amputado,sem o Amazonas e o Pantanal. Eles est�o ensinando
nas escolas, que estas �reas s�o internacionais....ou seja,
em outras palavras, eles est�o preparando a opini�o p�blica
deles,para dentro de alguns anos se apoderarem de nosso
territ�rio com legitimidade.

Logo depois o e-mail apela para o patriotismo dos leitores e
pede que a mensagem seja retransmitida para o maior n�mero
poss�vel de pessoas:

N�s somos brasileiros e, no m�nimo, temos de nos indignar
com esta afronta.Vamos passar este e-mail para o maior n�mero
de pessoas que conhecermos, e para que eles saibam que,
embora eles n�o noticiem o fato, n�s, POVO BRASILEIRO,
estamos sabendo.

Essa � para as pessoas que acham, ainda, que os norte-americanos
s�o santos, e que tudo que se fala deles � maledic�ncia.
Todos n�s j� ouvimos falar que os americanos querem transformar
a Amaz�nia num parque mundial com tutela da ONU e que
os livros escolares americanos j� citam a amaz�nia como
floresta mundial... Pois chegou a nossas m�os o livro did�tico
"Introduction to geography" do autor David Norman, livro
amplamente difundido nas escolas p�blicas americanas
para a Junior High School (correspondente � nossa sexta
s�rie do 1�grau).

Curiosamente, este livro "amplamente difundido" nas escolas
americanas n�o existe para compra em lugar algum, e o autor
-- at� onde sabemos -- tamb�m n�o existe. Em seguida o e-mail
termina com a suposta "prova", uma p�gina escaneada do livro.


Olhem o anexo e comprovem o que consta a p�gina 76 deste
livro e vejam que os americanos j� consideram a Amaz�nia
uma �rea que n�o � territ�rio brasileiro, uma �rea que rouba
territ�rio de oito pa�ses da Am�rica do Sul e ainda por cima
com um texto de car�ter essencialmente preconceituoso...
(a foto est� aqui).

COMO SURGIU

A hist�ria, entretanto, � velha e bem conhecida. A brincadeira, de
p�ssimo gosto, foi feita por um grupo de brasileiros (sim, foram
brasileiros, n�o americanos). Eles criaram um site extremista e
inventaram a not�cia de que os livros escolares americanos n�o traziam
a �rea da Regi�o Amaz�nica como parte do Brasil. No lugar aparecia
uma regi�o de controle internacional. Feito por um grupo an�nimo,
o site promoveu a falsa informa��o e usou o nome de uma professora
do Texas, como se a mensagem partisse dela. Trata-se de Michelle
Zwede, do Brazil Center da Universidade do Texas, em Austin. Na
verdade ela entrou em contato com os autores do site pedindo provas
e acabou tendo o nome dela usado ilegalmente no trote.

Em maio do ano 2000 a isca foi mordida pelo Jornal da Ci�ncia da
SBPC (a sisuda e politizada Sociedade Brasileira para o Progresso
da Ci�ncia). O Jornal da Ci�ncia � um interessante clipping de not�cias
enviadas aos assinantes. A jornalista que recebeu a not�cia, entretanto,
n�o verificou a credibilidade da fonte e o JC-Email distribuiu a falsa
not�cia para milhares de pessoas, muitos dos quais formadores de
opini�o. Ela acreditou que a mensagem partira mesmo de Michelle Zwede.

Acreditando que a SBPC teria feito a pesquisa da fonte, o jornal O
Estado de S. Paulo publicou uma nota, na coluna Persona, assinada
por C�sar Giobbi, reproduzindo com indigna��o o texto do newsletter
da SBPC no dia 23 de maio de 2000 -- que trazia novamente a assinatura
(falsa) de Michelle Zwede. Foi a gota d'�gua. O jornal tirou o texto do ar.

Imediatamente todos come�aram a perguntar "qual � a fonte"? Foi
ent�o que a SBPC resolveu investigar o caso e descobriu que tudo
n�o passava de um "hoax", uma not�cia falsa plantada para incautos,
e teve que vir a p�blico pedir desculpas -- junto com o Estad�o, que
produziu uma mat�ria sobre isso em 12 de junho do ano 2000. Mas j�
no dia 11 do mesmo m�s, a alta c�pula das For�as Armadas era citada
como preocupada com o "fato", no artigo For�as Armadas Preocupadas
com a Internacionaliza��o da Amaz�na.

O site que divulgara a not�cia falsa era recheado de informa��es falsas,
como a dos mapas. Para ver o mapa, visite:
http://www.relatorioalfa.com.br/arquivos/20011124_docs_mapa_amazonia

Depois de tudo ter ficado esclarecido uma nova onda de e-mails varreu a
rede em outubro do ano passado e nosso parceiro InfoGuerra produziu
uma completa mat�ria a respeito. Em outubro deste ano come�ou
novamente, indicando que os respons�veis pelo trote est�o escondidos
mas bem ativos, lan�ando as informa��es falsas de tempos em tempos.

SERIA ISSO POSS�VEL?

� importante lembrar que mesmo que um autor de livros did�ticos maluco
inclu�sse fronteiras inexistentes em um livro, ele seria imediatamente
detectado pelos conselhos federais de educa��o nos Estados Unidos.
Naturalmente um vigarista poderia at� publicar um livro assim, mas jamais
seria adotado em uma rede de ensino americana. E se isso chegasse a
acontecer, no mesmo ano o livro seria retirado de circula��o pela editora.



Aldo Novak
Editor
aldonovak@relatorioalfa.com.br

PS: Se voc� enviou para seus amigos a informa��o falsa, sugiro que
envie esta edi��o do Relat�rio, para corrigir o boato e impedir que se
espalhe ainda mais... Abaixo h� alguns links interessantes, que tratam
deste assunto em profundidade:

Infoguerra publicou uma mat�ria completa sobre o assunto em Outubro do ano passado
http://www.infoguerra.com.br/infonews/viewnews.cgi?newsid971496000,19416,/
Estad�o explica o que aconteceu
http://www.estadao.com.br/agestado/nacional/2000/jun/12/311.htm
For�as Armadas temem internacionaliza��o da Amaz�nia
http://www.estadao.com.br/agestado/nacional/2000/jun/11/115.htm
Volta a circular e-mails com mentiras sobre a Amaz�nia
http://www.estado.com.br/editorias/2000/10/07/ger696.html
Roubaram a Amaz�nia? Mitos da Web Brasileira
http://www.estadao.com.br/agestado/nacional/2000/out/06/258.htm
Mitos da Web Brasileira (outro artigo de Carlos Orsi Martinho)
http://www.estadao.com.br/tecnologia/colunas/midia/2000/jun/15/171.htm
Roubo da Amaz�nia, o boato que n�o morre
http://www.estado.com.br/jornal/00/05/23/news095.html

Os culpados que forjaram as informa��es e jamais tiveram seus nomes conhecidos
possuem um site extremista (sem atualiza��o desde o ano passado) localizado
em http://brasil.iwarp.com

VOTE no Relat�rio Alfa para o IBest2002. Se voc� gosta das informa��es
que s�o enviadas, CLIQUE AQUI e ajude o Relat�rio Alfa a ficar mais
conhecido e levar a outras pessoas aquilo que n�o querem que elas
saibam! Obrigado!


Se voc� ainda n�o for assinante, para receber gratuitamente
ao Relat�rio Alfa, duas ou tr�s vezes por semana, basta clicar
na linha abaixo:
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Depois de alguns minutos voc� receber� uma mensagem de confirma��o.
DEVOLVA a mensagem e voc� j� receber� as pr�ximas edi��es.


::::> 4% dos nossos assinantes n�o recebem a edi��o colorida.
Se voc� deseja receber a edi��o colorida (mais f�cil de ler e com
os links completos) saiba como clicando abaixo:
http://www.relatorioalfa.com.br/assine/tipohtml


Se voc� acha que algu�m mais pode se beneficiar com
as informa��es desse jornal eletr�nico, envie uma c�pia
desta edi��o. Basta clicar em "encaminhar" ou "forward"
no seu programa de e-mail e preencher o endere�o das
pessoas no campo "TO" ou "PARA". Se voc� estiver
enviando para mais de uma pessoa, � melhor usar o
campo CCO ou BCC, para ocultar os endere�os deles.

FIM DESTA EDI��O.

Conspira��es * Ufonomia * Perigo Ambiental * BioSeguran�a * Res�duos Nucleares * Privacidade * Programa Espacial * Eventos * Pol�tica Internacional * Ativismo


Em nosso site:
Edi��es Anteriores: http://www.relatorioalfa.com.br/arquivos
Quer usar ou reproduzir este texto? Clique em http://www.relatorioalfa.com.br/espelhos
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Problemas? Leia mais em http://www.relatorioalfa.com.br/assine/provedores
B R E V E
Relat�rio Alfa: FIC��O CIENT�FICA
Relat�rio Alfa: AUTO SUPERA��O


[As partes desta mensagem que n�o continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [acropolis] o argumento da nao crenca
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/11/2001 11:36


> Quando Boltzman usou a termodinâmica a fisica estatistica ele
mostrou
> como, para aquele sistema, os dois ramos se relacionam. Mas ele foi
> mais longe que isso. Ele falou (tlv pela primeira vez) em
> quantificação de estados. Não no sentido MQ do termo, mas no
sentido
> de ser possivel saber quantos estados um sistema tem. Esse numero é
> dado pela sua Entropia.
>
> Esse numero de estados quânticos, mais especificamente os
espéctros, não foram possíveis só após as experiência de Frank/Hertz?

Mas eu disse que não era no sentido da MQ. Era quantificação no
sentido de "saber a quantidade".

Os estados quanticos de um sistema são infinitos e numeráveis. Pois
os numeros quanticos n, l e m não tem limite superior.

Para uma dada energia, então sim, esse numeros são em nº limitado e
podem-se contar, mas os espectros não dão em geral o numero de
estados.


> No devido tempo, carro, garrafa, lata de skol (com seu maravilhoso
spin) , rato e homem voltarão ao sistema primitivo e baixando a sua
entropia.

De facto um sistema tende a baixar a entropia (= baixar o seu numero
e estados possiveis). Mas o que o teorema da termodinâmica diz é que
a entropia do universo (atenção que é no sentido termodinâmico, ou
seja : universo=sistema+exterior o sistema + fronteira) é sempre
maior ou igual a zero.

> Essas manifestações do meio (surgimento de vida, de navios, de
gelo, de chuvas, de árvores ...) são apenas periódicas (em períodos
geológicos) ... tudo voltará ao início e a causalidade determinará o
próximo ciclo.

Um processo periódico é por definição reversivel, então a entropia
dele não aumenta.
Não?

[]

Sérgio



SUBJECT: Re: [acropolis] o argumento da nao crenca
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/11/2001 12:19


> > > Pq a visao independente eh mais correta? Nao vejo assim.
> > > Se a termodinamica puder se derivar de outras leis fisicas tanto
> > melhor,
> >
> > Não.Não é tanto melhor.
>
> Sim, Sim eh tanto melhor :-)
> Qto menos leis independentes tivermos mais coesa fica a fisica.
> E nao eh este o objetivo dos fisicos? Reduzir tudo, a um numero
minimo
> de equacoes possiveis ?

Bom, principio da conservação do momento à parte, toda a mecânica se
resume à termodinâmica. E tirando a mecânica, que mais fisica sobra?

Humm...electromagnetismo?... tb se resume à termodinâmica pq é
possivel estabelecer uma energia interna. Mais que não seja a do
campo electromagnético.

> > É preciso entender que dentro da fisica a
> > termodinâmica está num nivel superior.
> > Ela analisa os sistemas sem precisar saber o que eles são.
> > Por isso ela funciona no atomo e nos buracos negros. Coisas que no
> > seculo XIX ainda eram ficção cientifica.
>
> Nao vejo assim. Ela foi criada baseada em sistemas macroscopicos
> como as leis de Newton.

Não. Se tal fosse verdade ela não consideraria o numero de elementos
do sistema, aka atomo/moleculas.
Isso não é macroscópico.

>Se ela funcionou em buracos negros nao significa
> necessariamente q ela deva funcionar em escala quantica.

Mas funciona. Exemplo: aniquilaçáo electrão-positrão.
A energia interna conserva-se. Neste caso a energia cinética +
energia propria (mc²) antes e depois são as mesmas.

> E, segundo Weinberg, ela nao se aplica , por exemplo a um unico
atomo.

E eu perguntei: porquê ?
Qual é a experiencia que falseia a aplicação ao atomo ?
Se ele tivesse razão e provas disso, a termodinâmica teria sido
revista e entravamos noutro paradigma cientifico.
Tal não aconteceu.

> > Nop. A teoria das Superstrings terá de obdecer À termodinâmica.
>
> Tem certeza disso?

Concerteza. Dai o exemplo de Einstein. O uso da termodinâmica é uma
forma de saber se o mecanismo funciona, à priori, antes do construir.

Se a teoria da SS violasse a termodinâmica, ela ia para o lixo (ou a
termodinâmica para debaixo do tapete).
O principio da conservação da energia interna ainda não foi falseado
( e provávelmente não será nunca dado ter a ver com a isotropia do
tempo)

queres reduzir toda fisica a umas quantas leis ?
Reduz à Termodinâmica.


> > Aliás, quando o Eisntein trabalhou num instituto qq de patentes,
ele
> > dedicava-se a mostrar aos inventores que as suas máquinas não
> > funcionavam usando a termodinâmica. Algumas vezes apontanto o
erro de
> > pq não funcionava.
>
> Acho que agora vc podera entender meu principio de finalidade.
> Qdo eu digo isto deve acontecer "para que" tal lei seja obedecida
isso
> significa que estamos tomando a lei como uma verdade e, assim sendo,
> podemos analisar o evento tendo como finalidade que as leis fisicas
> devam ser obedecidas sempre.

Mas uma lei não tem de ser obdecida sempre. Ela só tem de ser
obdecida se estiverem estabelecidos os principios que a rodeiam.
Ou seja, por exemplo a da entropia precisa que haja um sistema, um
exterior ao sistema, e uma fronteira.

>*Claro* que as leis podem mudar agora

As leis não podem mudar. Por isso são leis.
Ao contrário do Direito as leis fisicas não obdecem ao senso comum e
à maioria de opinião.( graças a Deus...)

Isto nem sequer se equaciona.
Equaciona-se se em primeiro lugar se pode aplicar dita lei.
E no caso da entropia à vida, não pode, no caso geral do Universo.


> > > Houve um aumento de entropia, mas se esperarmos tempo
*suficiente*
> > > todas as particulas voltarao ao seu lado da caixa inicial
fazendo
> > > a entropia diminuir , nao eh ?
> >
> > Não.
> > Ao assumires que houve um aumento de entropia, estás a dizer que o
> > processo é irreversivel. donde, elas nunca voltaram a estar todas
de
> > um lado da caixa. A probabilidade disso é nula em todos os pontos
do
> > tempo.
>
> Calma. Vamos analisar o experimento e nao apenas dogmatizar
> "irreversivel = impossivel de reverter" .

Se irreversivel não é isso, então o que é ? :-)

> Minha pergunta eh clara : Houve ou nao um aumento de entropia quando
> se abriu um furo no meio da caixa ??

tu proprio o disseste "Houve um aumento da entropia"

> Se houve entao eu posso falsear a termodinamica.

Como ?
Lembro que se mexeres na fronteira do sistema , este não mais será o
primeiro sistema e portanto não estás a reverter o processo.
Se introduzires energia no sistema, idem.

Portanto, como é que poes todas as particulas num lado só, sem fazer
nada disto ?

Depois de responderes, fica a afirmação para comentar:

"Esta experiencia não falseia a Termodinâmica pois não se observa que
as particulas voltem todas para um lado da caixa."

> > > Bom devo lembrar que quem disse isso eh nada menos que Steven
> > Weimberg
> > > premio nobel de fisica e co-autor da teoria que unificou duas
> > forcas basicas da
> > > natureza. ( forca fraca e eletromagnetica? )
> >
> > E dai ? Isso mostra que ele entende de uma teoria. Não mostra que
ele
> > entende termodinâmica.
> > (argumento de autoridade não vale)
>
> Ok, mas qdo vc afirma sem provar eu tambem nao tenho que aceitar
> sua afirmacao nao eh ?

Concerteza.

> Vc disse q a termodinamica se aplica a um atomo e ele diz que nao
> pq deveria ficar com sua palavra ?

Eu perguntei: pq não se aplica?
E se ninguem sabe citar um caso em que não se aplique, fica provado
que ele não tem razão.
Em contrapartida eu posso citar pelo menos 2 casos em que sim se
aplica. Um é a emissão / absorção de fotões e outra é a propria
estrutura do atomo: baseada numa força conservativa => a energia
interna é constante.

E agora ? :-)


> Eu acho q Vc nao entendeu minha prova.
> Eu disse que depois de a vida se acabar neste sistema teremos um
> estado FINAL e SEM VIDA com entropia maior do que qualquer
> dos estados intermediarios com vida. Isso provaria que o estado
> com vida nao tem necessariamente mais entropia do que um sem-vida
> e portanto nao pode ser utilizado como argumento de que um estado
com
> vida tem mais entropia do que um sem vida.

Vamos ser.
Vamos usar 3 caminhos.
No primeiro o universo não tem vida nunca. No segundo ele tem vida a
partir de determinado tempo, mas ela nunca desaparece.
Num terceiro a vida existe, mas desaparece depois de um tempo.

No primeiro, acontecem até ao ponto do tempo t0, N processos
irreversiveis. A entropia aumenta de S0 para S1
De t0 a t1 continua na mesma e a entropia aumenta até S2
De t1 a t2 idem, e a entropia final é S3.Ou seja, S3+Ds1

No segundo a entropia até t0 é a mesma. A vida ainda não existe.
em t0 aparece a vida.
De t0 a t1 a entropia aumenta para um valor S1+ds1 , com ds a
depender dos provessos fisicos irreversiveis da vida.
em t2 é a mesma coisa. A entropia final é S3 + Ds2

O mesmo raciocinio para o 3º caminho. a entropia é agora S1 em t1,
mas em t2 recebe um novo aumento. a entropia final é S3 + Ds3

Concluimos que Ds3 > Ds2 > Ds1=0

Portanto, um sistema onde a vida existe e depois deixa de existir
aumenta mais a entropia.
Portanto, estamos condenados a morrer!... que novidade...

Mas a comparaçao qe tinhamos e maos era a de um sistema sem vida,qq o
tempo que ela dure, um com vida, qq q seja o tempo que dure.
E neste caso tb concluimos que Ds2 > Ds1 , donde este caminho
é 'melhor' que o anterior.

todos eles aumentam a entropia, pois todos eles contém processos
irreversiveis. Mas uns aumentam mais que outros. E a ideia é que
esses sejam os "escolhidos"

Isto é muito bonito SE e SÒ SE podermos aplicar o teorema da entropia
máxima ao Universo.
Um sistema, desce sempre a sua entropia propria, aumentando a
entropia do exterior. Mas esse aumento é sempre maior que a
diminuição interna. Donde a entropia do conjunto aumenta sempre. (no
minimio é igual)

Isto corresponde ao sistema ficar no seu estado de menor energia
expelindo a restante para fora.

Portanto, considerando o Universo todo, temos o problema de não haver
nada fora dele. Donde a energia não vai para lado nenhum.
Se conciderarmos que o Universo tem um exterior, então a entropia
interna do Universo deve descer. Embora, a do conjunto aumente sempre.

> > Eu chamei a atenção que estavam a usar o principio de causa
efeito ao
> > contrário. A vida não existe para que a entropia aumente. Caso em
que
> > a vida seria necessária e seria justificada a sua exisencia.
> > A vida existe. E ao existir e ser constituida por processos
> > irreversiveis (por hipotese) então ela faz aumentar a entropia.
>
> Veja que com ou sem vida a entropia sempre aumenta.

Sim. ok, concordamos nisto.

> Eu quero saber pq um sistema com vida deve ter mais entropia
> do que um sem vida. Pelo que mostrei acima isto nao eh verdade.

Quando se diz "sem vida" é sem vida nunca. E não como
escreveste "agora ha vida, agora não ha"

Um sistema onde não ha vida nunca, tem menor entropia para o mesmo
tempo que um com vida. Mesmo que por alguns momentos.

Espero que a minha explicação anterior seja intelegivel.


> > portanto é : Existencia de vida => aumento de entropia. O invés
não é
> > verdade.
>
> Esta equacao entao NAO mostra q a vida seja decorrente da entropia.

Exacto! era exactamente isso que deveria mostrar :-)
Se ainda não percebeste, eu não acho que entropia aumentar seja um
argumento válido. Por as seguintes razões:

1) o teorema da entropia máxima implica na existencia de um sistema,
um exterior a ele e uma fronteira. O Universo não tem um exterior.

2) Mesmo que se pudesse aplicar o dito teorema, o que aumenta sempre
a entropia do conjunto sistema+exterior. E não a do sistema em si.
Esta tende a diminuir.*


[*nota tende a diminuir pq podemos excrever para um sistema S=f
(U,V,N) ,onde U é a energia interna, V é o volume e N o numero de
particulas.
Para um mesmo V (mesma fronteira) e mesmo N(mesmos elementos
constituintes ) temos que dS é porprocional a dU
Se a energia tende a diminuir a entropia tb.]

> Para que a vida seja decorrente da entropia deverias mostrar que
> o estado "Com vida" tenha uma maior entropia do que um "sem vida".
> E nao que a vida , *depois* de aparecer, faca aumenta da entropia.

Como diria o outro; "eu não mostro o que quero, mostro o que posso"
Esta era mensagem. O teorema da entropia nada tem a ver com a
existencia de vida.

Se formos por ai, um universo com mais reacções nucleares teria mais
entropia que um sem. Donde deveriam explodir todas as bombas atómicas
existentes.
O que não acontece.

Mas, sem duvida que se acontecer, a entropia aumenta.A implicação é
apenas num sentido.

[]

Sérgio




SUBJECT: Re: entropia e vida
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/11/2001 12:35


> > Bem, parece q. sim... Mas e se pensarmos em termos
> > de taxa?
> >
> > Um sistema com vida possui uma taxa de variacao
> > de entropia maior do q. um sistema abiotico --
> > falando de forma generica.
> >
> > Em um dado instante t, a entropia no sistema
> > com vida seria maior do q. a de um sem vida.
> > (Ao menos parece ser o principio da pasteurizacao...)

Podias explicar a relação entropia-pasteurização ?

[]

Sérgio



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [acropolis] o argumento da nao crenca
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/11/2001 13:02

> > > > Pq a visao independente eh mais correta? Nao vejo assim.
> > > > Se a termodinamica puder se derivar de outras leis fisicas tanto
> > > melhor,
> > >
> > > Não.Não é tanto melhor.
> >
> > Sim, Sim eh tanto melhor :-)
> > Qto menos leis independentes tivermos mais coesa fica a fisica.
> > E nao eh este o objetivo dos fisicos? Reduzir tudo, a um numero
> minimo
> > de equacoes possiveis ?
>
> Bom, principio da conservação do momento à parte, toda a mecânica se
> resume à termodinâmica. E tirando a mecânica, que mais fisica sobra?

Entao vc acabou de provar que a termodinamica nao eh valida.
Veja :
Se a termodinamica implica nas leis de Newton e se as leis de Newton
sao falsas entao a termodinamica eh falsa !! :-)


>
>
> Humm...electromagnetismo?... tb se resume à termodinâmica pq é
> possivel estabelecer uma energia interna. Mais que não seja a do
> campo electromagnético.

Mas o eletromagnetismo de Maxwell tambem nao eh verdadeiro
eh apenas uma aproximacao.




>
>
> > > É preciso entender que dentro da fisica a
> > > termodinâmica está num nivel superior.
> > > Ela analisa os sistemas sem precisar saber o que eles são.
> > > Por isso ela funciona no atomo e nos buracos negros. Coisas que no
> > > seculo XIX ainda eram ficção cientifica.
> >
> > Nao vejo assim. Ela foi criada baseada em sistemas macroscopicos
> > como as leis de Newton.
>
> Não. Se tal fosse verdade ela não consideraria o numero de elementos
> do sistema, aka atomo/moleculas.
> Isso não é macroscópico.

Vc mesmo disse q a termodinamica soh foi particularizada por Boltzman
apos ja estar definida muito tempo antes.


>
>
> >Se ela funcionou em buracos negros nao significa
> > necessariamente q ela deva funcionar em escala quantica.
>
> Mas funciona. Exemplo: aniquilaçáo electrão-positrão.
> A energia interna conserva-se. Neste caso a energia cinética +
> energia propria (mc²) antes e depois são as mesmas.

O principio da conservacao da energia nao eh um axioma apenas
da termodinamica.

Ok, mas vamos diretamente ao falseamento da termodinamica...



> >
> > Acho que agora vc podera entender meu principio de finalidade.
> > Qdo eu digo isto deve acontecer "para que" tal lei seja obedecida
> isso
> > significa que estamos tomando a lei como uma verdade e, assim sendo,
> > podemos analisar o evento tendo como finalidade que as leis fisicas
> > devam ser obedecidas sempre.
>
> Mas uma lei não tem de ser obdecida sempre. Ela só tem de ser
> obdecida se estiverem estabelecidos os principios que a rodeiam.

Isso eh jogo de palavras.
Logico que qdo se fala em obedecer uma lei ou uma equacao
supoe-se que a aplicabilidade da lei esteja sendo satisfeita e eh neste
contexto que disse que "para que" tal lei seja obedecida entao...


>
> >*Claro* que as leis podem mudar agora
>
> As leis não podem mudar. Por isso são leis.

Vc nao sabia que nenhuma lei pode ser considerada uma verdade absoluta?
Nem a propria conservacao da energia pode ser verdadeira !
Isso faz parte da definicao de ciencia.
As leis recebem este nome de leis pq sao consideradas verdadeira
pq ninguem as refutou ateh o momento e *nao* eh pq recebem o nome de
leis que portanto *nao podem* mudar ! :-))
Vc pode provar que amanha todas as leis da fisica nao irao mudar?
Claro que nao ! Ninguem pode provar isso, apenas assume-se isso.


> > Minha pergunta eh clara : Houve ou nao um aumento de entropia quando
> > se abriu um furo no meio da caixa ??
>
> tu proprio o disseste "Houve um aumento da entropia"

Vc ainda nao me respondeu :
Sim ou nao ?


> > Vc disse q a termodinamica se aplica a um atomo e ele diz que nao
> > pq deveria ficar com sua palavra ?
>
> Eu perguntei: pq não se aplica?
> E se ninguem sabe citar um caso em que não se aplique, fica provado
> que ele não tem razão.
> Em contrapartida eu posso citar pelo menos 2 casos em que sim se
> aplica. Um é a emissão / absorção de fotões e outra é a propria
> estrutura do atomo: baseada numa força conservativa => a energia
> interna é constante.
>
> E agora ? :-)

Seus exemplos tratam apenas de conservacao de energia que eh um
axioma geral da fisica e nao apenas da termodinamica.
E, mesmo assim, nao existe o caso em que a conservacao da energia
nao ocorre num periodo curto em fenomenos quanticos ?

>

>
>
>
> > Eu acho q Vc nao entendeu minha prova.
> > Eu disse que depois de a vida se acabar neste sistema teremos um
> > estado FINAL e SEM VIDA com entropia maior do que qualquer
> > dos estados intermediarios com vida. Isso provaria que o estado
> > com vida nao tem necessariamente mais entropia do que um sem-vida
> > e portanto nao pode ser utilizado como argumento de que um estado
> com
> > vida tem mais entropia do que um sem vida.
>
> Vamos ser.
> Vamos usar 3 caminhos.
> No primeiro o universo não tem vida nunca. No segundo ele tem vida a
> partir de determinado tempo, mas ela nunca desaparece.
> Num terceiro a vida existe, mas desaparece depois de um tempo.
>
> No primeiro, acontecem até ao ponto do tempo t0, N processos
> irreversiveis. A entropia aumenta de S0 para S1
> De t0 a t1 continua na mesma e a entropia aumenta até S2
> De t1 a t2 idem, e a entropia final é S3.Ou seja, S3+Ds1
>
> No segundo a entropia até t0 é a mesma. A vida ainda não existe.
> em t0 aparece a vida.
> De t0 a t1 a entropia aumenta para um valor S1+ds1 , com ds a
> depender dos provessos fisicos irreversiveis da vida.
> em t2 é a mesma coisa. A entropia final é S3 + Ds2
>
> O mesmo raciocinio para o 3º caminho. a entropia é agora S1 em t1,
> mas em t2 recebe um novo aumento. a entropia final é S3 + Ds3
>
> Concluimos que Ds3 > Ds2 > Ds1=0

Sergio vc nao pode concluir nada disso.

Veja bem : Qdo vc escolhe 3 caminhos diferentes os processos
envolvidos serao diferentes e vc dificilmente tera o mesmo estado final.
Ou seja a entropia S1 do caminho 1 eh *diferente*
da entropia S1 do caminho 2 que *diferente* do caminho 3
vc nao pode comparar a entropia de caminhos diferentes que
chegam a estados diferentes.



>
> > Eu quero saber pq um sistema com vida deve ter mais entropia
> > do que um sem vida. Pelo que mostrei acima isto nao eh verdade.
>
> Quando se diz "sem vida" é sem vida nunca. E não como
> escreveste "agora ha vida, agora não ha"
>
> Um sistema onde não ha vida nunca, tem menor entropia para o mesmo
> tempo que um com vida. Mesmo que por alguns momentos.
>

Nao concordo.

>
> Espero que a minha explicação anterior seja intelegivel.

Nao esta pq vc comparou bananas com laranjas.


> > Para que a vida seja decorrente da entropia deverias mostrar que
> > o estado "Com vida" tenha uma maior entropia do que um "sem vida".
> > E nao que a vida , *depois* de aparecer, faca aumenta da entropia.
>
> Como diria o outro; "eu não mostro o que quero, mostro o que posso"
> Esta era mensagem. O teorema da entropia nada tem a ver com a
> existencia de vida.
>

Era isso que eu estava a achar.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [acropolis] o argumento da nao crenca
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/11/2001 14:39

> > > Qto menos leis independentes tivermos mais coesa fica a fisica.
> > > E nao eh este o objetivo dos fisicos? Reduzir tudo, a um numero
> > minimo
> > > de equacoes possiveis ?
> >
> > Bom, principio da conservação do momento à parte, toda a mecânica
se
> > resume à termodinâmica. E tirando a mecânica, que mais fisica
sobra?
>
> Entao vc acabou de provar que a termodinamica nao eh valida.
> Veja :
> Se a termodinamica implica nas leis de Newton e se as leis de Newton
> sao falsas entao a termodinamica eh falsa !! :-)

Eu disse isso ?
Estou a ver que tenho que ser absolutamente claro.
Quando escrevi mecânica referia-me às 3. de Newton, quantica e
Relatividade.
Não provei a falsidade de nada.
Todas elas obdecem aos principios da termodinâmica (em principio
claro, para a relatividade isso nunca foi testado)

> > Humm...electromagnetismo?... tb se resume à termodinâmica pq é
> > possivel estabelecer uma energia interna. Mais que não seja a do
> > campo electromagnético.
>
> Mas o eletromagnetismo de Maxwell tambem nao eh verdadeiro
> eh apenas uma aproximacao.

uma aproximação de q? qual é a teoria melhor que essa ? quero dizer,
a "mais verdadeira"...
E a questão não é se é verdadeiro. A questão é que para ser aceite
tem de obdecer Às leis da termodinâmica.
Estás (outra vez) a usar uma equivalencia onde só cabe uma implicação.


> > > > É preciso entender que dentro da fisica a
> > > > termodinâmica está num nivel superior.
> > > > Ela analisa os sistemas sem precisar saber o que eles são.
> > > > Por isso ela funciona no atomo e nos buracos negros. Coisas
que no
> > > > seculo XIX ainda eram ficção cientifica.
> > >
> > > Nao vejo assim. Ela foi criada baseada em sistemas macroscopicos
> > > como as leis de Newton.
> >
> > Não. Se tal fosse verdade ela não consideraria o numero de
elementos
> > do sistema, aka atomo/moleculas.
> > Isso não é macroscópico.
>
> Vc mesmo disse q a termodinamica soh foi particularizada por
Boltzman
> apos ja estar definida muito tempo antes.

particularizada para gases onde os seu elementos constituinte são bem
conhecidos e onde, sobre tudo se pesprezam interacções entre eles.
Mas a teoria vem com essa particularização. Extremamente util em
quimica.
ah! sim, a quimica tb está sob a alçada da termodinâmica.
E a quimica não começou logo com os atomos...

> > >Se ela funcionou em buracos negros nao significa
> > > necessariamente q ela deva funcionar em escala quantica.
> >
> > Mas funciona. Exemplo: aniquilaçáo electrão-positrão.
> > A energia interna conserva-se. Neste caso a energia cinética +
> > energia propria (mc²) antes e depois são as mesmas.
>
> O principio da conservacao da energia nao eh um axioma apenas
> da termodinamica.

Desculpa, mas é.
Os outros ramos da ciencia é que pedem emprestado esse principio.
Esse é um principio da Termodinâmica. Aliás o 1º.

O que queria deixar claro, é que qq teoria fisica inclui
por "default" os principios da termodinâmica. Ou então é uma teoria
mágica qq.Por isso todas elas tem que obdecer aos principios da
termodinâmica.

Eu estou a excluir o principio de conservação do momento, pq não
tenho a certeza que derive da termodinâmica. Mas o da energia sim
deriva. Directamente do 1º principio que se pode escrever como: "A
energia não se constroi, não se destroi, apenas se transforma"

> > >*Claro* que as leis podem mudar agora
> >
> > As leis não podem mudar. Por isso são leis.
>
> Vc nao sabia que nenhuma lei pode ser considerada uma verdade
absoluta?

A palavra "lei", em fisica, implica que não é possivel de falsear.
Para as ideias que podem ser falseadas diz-se, em fisica: Principio.
Quando não se pode provar o principio directamente ao menos num caso
particular, mas mesmo assim se aceita impiricamente a sua validade,
falamos de: Postulado, ou se quiser completamente rigoroso: Principio
Postulado

A lei não pode, portanto, mudar.

> Nem a propria conservacao da energia pode ser verdadeira !

Quando alguem descobrir que não é, me avise.Até lá vou usar como se
fosse.

Para dizer que ela não é verdadeira, terias de supor que o tempo é
descontinuo. Que sentido isso faz?
Mais que isso, como se mostra que ele não é continuo ?

Mas, suponhamos que não é continuo. O que aconteceria entre o ultimo
ponto continuo do tempo e o proximo ?
A resposta é: Nada
Então, mesmo que ele seja descontinuo isso não vai nos afectar.

Então por simplicidade ele assume-se continuo, e a conservação da
energia sempre válida.

> > > Minha pergunta eh clara : Houve ou nao um aumento de entropia
quando
> > > se abriu um furo no meio da caixa ??
> >
> > tu proprio o disseste "Houve um aumento da entropia"
>
> Vc ainda nao me respondeu :
> Sim ou nao ?

Impiricamente sim.

> > > Vc disse q a termodinamica se aplica a um atomo e ele diz que
nao
> > > pq deveria ficar com sua palavra ?
> >
> > Eu perguntei: pq não se aplica?
> > E se ninguem sabe citar um caso em que não se aplique, fica
provado
> > que ele não tem razão.
> > Em contrapartida eu posso citar pelo menos 2 casos em que sim se
> > aplica. Um é a emissão / absorção de fotões e outra é a propria
> > estrutura do atomo: baseada numa força conservativa => a energia
> > interna é constante.
> >
> > E agora ? :-)
>
> Seus exemplos tratam apenas de conservacao de energia que eh um
> axioma geral da fisica e nao apenas da termodinamica.

Como disse antes, tal não é assim. Donde mantenho o que disse.

> E, mesmo assim, nao existe o caso em que a conservacao da energia
> nao ocorre num periodo curto em fenomenos quanticos ?

hum? a conservação da energia ocorre sempre. O tempo é continuo.Os
estados é que são quantificados. Todos os processos obdecem a essa
lei.
E por isso eu pedi que me alguem me dissesse qual processo não obdece.
Se existir 1, então a termodinâmica foi falseada para o atomo, e sr
do Nobel, tem razão.

> Veja bem : Qdo vc escolhe 3 caminhos diferentes os processos
> envolvidos serao diferentes e vc dificilmente tera o mesmo estado
final.

Eu tentei exemplificar por etapas.
a primeira etapa é sempre a mesma para todos.
a segunda apenas para o 2º e 3º.
A ultima é sempre diferente.
S3 é a entropia final do primeiro caminho.
E relacionada com as dos outros por Ds

Ou seja, a entropia final difere da entropia do caminho vida-nunca
por um Ds.
Da conversa anterior sabiamos que quantos mais processo forem
envolvidos maior será a diferença.
Se o 3º caminho é o que envolve mais processos, então DS3 é o maior
de todos ... a expressão DS3 > DS2 > DS1 =0 , apenas significa que :
1) a diferença entre o 1º caminho e o 1º caminho é nula (DS1=0)
2) DS2 é positivo.
3) DS3 é positivo e maior que DS2.

> Ou seja a entropia S1 do caminho 1 eh *diferente*
> da entropia S1 do caminho 2 que *diferente* do caminho 3
> vc nao pode comparar a entropia de caminhos diferentes que
> chegam a estados diferentes

Não. Pq haveria de ser diferente ?
Pq a entropia deveria ser diferente até ao momento em que ocorre
vida ?
Isso seria dizer que a entropia depende de acontecimentos futuros.
Isso não faz sentido.
Exactamente por isso eu dividi em 3 partes. sendo a primeira igual
para todos.

Deves estar provavelmente a pensar que para ocurrer vida é preciso
ocurrer um processo qq X antes que a vida apareça.
Ora eu estou a colocar o inicio da vida no inicio desse processo X.
Donde, tudo o que está antes é comum e igual.


> > Um sistema onde não ha vida nunca, tem menor entropia para o mesmo
> > tempo que um com vida. Mesmo que por alguns momentos.
> >
>
> Nao concordo.

Pq não?


[]

Sérgio



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [acropolis] o argumento da nao crenca
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/11/2001 15:41

"Sergio M. M. Taborda" wrote:

> > > > Qto menos leis independentes tivermos mais coesa fica a fisica.
> > > > E nao eh este o objetivo dos fisicos? Reduzir tudo, a um numero
> > > minimo
> > > > de equacoes possiveis ?
> > >
> > > Bom, principio da conservação do momento à parte, toda a mecânica
> se
> > > resume à termodinâmica. E tirando a mecânica, que mais fisica
> sobra?
> >
> > Entao vc acabou de provar que a termodinamica nao eh valida.
> > Veja :
> > Se a termodinamica implica nas leis de Newton e se as leis de Newton
> > sao falsas entao a termodinamica eh falsa !! :-)
>
> Eu disse isso ?
> Estou a ver que tenho que ser absolutamente claro.
> Quando escrevi mecânica referia-me às 3. de Newton, quantica e
> Relatividade.
> Não provei a falsidade de nada.
> Todas elas obdecem aos principios da termodinâmica (em principio
> claro, para a relatividade isso nunca foi testado)

Vc disse que a partir da termodinamica pode-se deduzir a mecanica
eu supunha que era a mecanica classica nao a quantica.
Se for a classica temos que a prova acima eh valida pois se a mec classica
esta atualmente falseada entao as premissas que a derivaram
tambem estao.
se for a quantica como se da isto ?

>
>
> > > Humm...electromagnetismo?... tb se resume à termodinâmica pq é
> > > possivel estabelecer uma energia interna. Mais que não seja a do
> > > campo electromagnético.
> >
> > Mas o eletromagnetismo de Maxwell tambem nao eh verdadeiro
> > eh apenas uma aproximacao.
>
> uma aproximação de q? qual é a teoria melhor que essa ? quero dizer,
> a "mais verdadeira"...
> E a questão não é se é verdadeiro. A questão é que para ser aceite
> tem de obdecer Às leis da termodinâmica.
> Estás (outra vez) a usar uma equivalencia onde só cabe uma implicação.

Veja bem eh uma questao de *logica* se a termodinamica IMPLICA
a mecanica classica ou o eletromagnetismo e se ambos estao falseados
SEGUE QUE a termodinamica esta falseada.
Eh pura logica, nao tem fisica envolvida .


> > > >*Claro* que as leis podem mudar agora
> > >
> > > As leis não podem mudar. Por isso são leis.
> >
> > Vc nao sabia que nenhuma lei pode ser considerada uma verdade
> absoluta?
>
> A palavra "lei", em fisica, implica que não é possivel de falsear.

Nada em fisica eh impossivel de falsear.
Nem leis nem principios nem postulados.
A palavra "lei" portanto, tem embutida uma conotacao temporaria.
Sempre.


>
> Para as ideias que podem ser falseadas diz-se, em fisica: Principio.
> Quando não se pode provar o principio directamente ao menos num caso
> particular, mas mesmo assim se aceita impiricamente a sua validade,
> falamos de: Postulado, ou se quiser completamente rigoroso: Principio
> Postulado
>
> A lei não pode, portanto, mudar.

Uma lei que era considerada verdadeira podera nao ser mais
o "texto da lei" nao mudou pois as palavras que estao escritas
nao mudam sozinhas mas a lei que era considerada verdadeira
eh agora falsa e eh neste sentido que disse q a lei pode mudar , nao
me referia, obviamente, ao texto impresso da lei .


>
>
> > Nem a propria conservacao da energia pode ser verdadeira !
>
> Quando alguem descobrir que não é, me avise.Até lá vou usar como se
> fosse.

Ok, assim deve ser.
Mas eh bom ter em mente que isso pode nao ser verdadeiro.

>
>
> Para dizer que ela não é verdadeira, terias de supor que o tempo é
> descontinuo. Que sentido isso faz?
> Mais que isso, como se mostra que ele não é continuo ?

Vc nao entendeu.
Nao tem nada a ver com tempo continuo ou nao eh pura filosofia da ciencia.
Estou dizendo que *nenhuma* lei pode ser considerada verdadeira
simplesmente pq ela pode nao valer amanha ou daqui ha um segundo.
Nada garante que uma leis /principio/postulado que funcionou sempre
ira continuar funcionando sempre. O universo poderia, como exemplo,
ter uma regra que seria assim : a partir do momento X a conservacao
da energia nao sera mais obedecida. Entende? Vc nao pode garantir
que isso nao va ocorrer.


>
> Então por simplicidade ele assume-se continuo, e a conservação da
> energia sempre válida.

AIh eu concordo : *assume-se*.


>
>
> > > > Minha pergunta eh clara : Houve ou nao um aumento de entropia
> quando
> > > > se abriu um furo no meio da caixa ??
> > >
> > > tu proprio o disseste "Houve um aumento da entropia"
> >
> > Vc ainda nao me respondeu :
> > Sim ou nao ?
>
> Impiricamente sim.

Ok, se houve um aumento de entropia entao havera uma diminuicao
de entropia pois eu posso calcular o tempo medio que se deve esperar para que
todas as particulas voltem para o lado inicial da caixa:
Vou fazer um esboco desta prova da reversibilidade :
Vamos supor que depois de aberto o orificio temos N/2 particulas de cada
lado da caixa.
Seja Pi a probabilidade de uma particula i do gas esteja do lado A da caixa
no instante T = T0 + Dt.
Assim a probabilidade que as N particulas estejam do lado A no instante T sera :
PT = PROD( Pi ) = P1*P2*..Pn
Assim , para que todas estejam no lado A da caixa deveremos esperar um tempo
medio de TM = Dt/PT.


>
> > E, mesmo assim, nao existe o caso em que a conservacao da energia
> > nao ocorre num periodo curto em fenomenos quanticos ?
>
> hum? a conservação da energia ocorre sempre. O tempo é continuo.Os
> estados é que são quantificados. Todos os processos obdecem a essa
> lei.
> E por isso eu pedi que me alguem me dissesse qual processo não obdece.
> Se existir 1, então a termodinâmica foi falseada para o atomo, e sr
> do Nobel, tem razão.

Bom , eu tambem nao tenho certeza , eu li em algum lugar
que a conservacao nao ocorre sempre em alguns fenomenos quanticos
mas nao tenho certeza...



>
>
> > Veja bem : Qdo vc escolhe 3 caminhos diferentes os processos
> > envolvidos serao diferentes e vc dificilmente tera o mesmo estado
> final.
>
> Eu tentei exemplificar por etapas.
> a primeira etapa é sempre a mesma para todos.

Concordo.


>
> a segunda apenas para o 2º e 3º.
> A ultima é sempre diferente.
> S3 é a entropia final do primeiro caminho.
> E relacionada com as dos outros por Ds
>
> Ou seja, a entropia final difere da entropia do caminho vida-nunca
> por um Ds.
> Da conversa anterior sabiamos que quantos mais processo forem
> envolvidos maior será a diferença.

Eu nao concordo Sergio.
A entropia nao se da apenas pelo numero de processos e sim por
cada proceso em si. O numero de processos numa pulga em 1 segundo
eh bem maior que o processo de um copo dagua derramando , por exemplo,
mas a entropia envolvida deve ser bem maior.
Entende? Vc nao pode comparar apenas o numero de processos
cada processo envolve uma quantidade entropica diferente.



>
> Se o 3º caminho é o que envolve mais processos, então DS3 é o maior

Eu nao concordo que a entropia seja medida apenas pelo numero de
processos. Acredito que um unico processo possa ter uma entropia
maior do que muitos pequenos processos. A menos q estejamos
tendo conceitos diferentes de "processo".



> de todos ... a expressão DS3 > DS2 > DS1 =0 , apenas significa que :
> 1) a diferença entre o 1º caminho e o 1º caminho é nula (DS1=0)
> 2) DS2 é positivo.
> 3) DS3 é positivo e maior que DS2.

Nao sei pq DS3 eh > que DS2.
Se for pelo numero de processos eu nao concordo.



>
>
> > Ou seja a entropia S1 do caminho 1 eh *diferente*
> > da entropia S1 do caminho 2 que *diferente* do caminho 3
> > vc nao pode comparar a entropia de caminhos diferentes que
> > chegam a estados diferentes
>
> Não. Pq haveria de ser diferente ?
> Pq a entropia deveria ser diferente até ao momento em que ocorre
> vida ?

Veja bem, ateh o instante que comecou a vida a entropia "poderia" ser igual.
Depois dela ocorrem coisas diferentes a vida faz os caminhos serem diferentes
nao da para comparar a entropia de sistemas diferentes que seguem caminhos
totalmente diferentes sem saber quais sao estes caminhos.


>
> Isso seria dizer que a entropia depende de acontecimentos futuros.
> Isso não faz sentido.
> Exactamente por isso eu dividi em 3 partes. sendo a primeira igual
> para todos.
>
> Deves estar provavelmente a pensar que para ocurrer vida é preciso
> ocurrer um processo qq X antes que a vida apareça.
> Ora eu estou a colocar o inicio da vida no inicio desse processo X.
> Donde, tudo o que está antes é comum e igual.

EU concordo ateh um momento antes do inicio da vida, depois
disso eh q vc nao pode comparar sem saber quais sao os processos.
Te dou um exemplo: O homem constroi uma represa, *sem* esta represa
a agua teria se esparramado , via chuva, na areia causando
um aumento ENORME de entropia. Entendeu ?


>
>
> > > Um sistema onde não ha vida nunca, tem menor entropia para o mesmo
> > > tempo que um com vida. Mesmo que por alguns momentos.
> > >
> >
> > Nao concordo.
>
> Pq não?
>

Pq a vida usa energia do sol para diminuir a entropia dos seres vivos
mas se nao houvesse isso a energia luminosa ia ser transformada em
em calor. Se NAO ocorre um aumento de entropia quando a luz
eh transformada em calor aih eu posso concordar com voce.
MAS se quando a luz solar eh transformada em calor por agitacao termica
das moleculas de areia , terra e ar , ocasiona um aumento de entropia
entao eu mantenho minha posicao.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [acropolis] o argumento da nao crenca
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/11/2001 18:47

Em msgs anteriores, Sérgio e Jocax, em meio a interessante e proveitosa
polêmica, trocaram o frutífero diálogo:

Jocax:: Eu sei que uma lei fisica exige que a entropia do universo ( ou de
um sistema fechado) sempre aumente.

Sérgio: Não é. Ela aparece por dedução teórica antes de Boltzman a
fundamentar na fisica estatistica.

Jocax: Se ela aparece por deducao teorica entao sobre quais outras leis ou
principios fisicos ela se deriva?

Sérgio: Ela é uma teoria derivada da experiencia directa e da lógica
simples. Obviamente ela é baseada em principios, mas estes pertencem à
termodinâmica por direito próprio. Um deles é a conhecida relação
dU = dQ + dW
ou seja, a variação de energia interna apenas e só pode acontecer pela
ocurrência de trabalho e/ou de calor.
________________________________________________

Enfim, chegaram onde eu queria, qual seja, na observação de que a segunda
lei (aumento da entropia) enrosca-se com a primeira (dU = dQ + dW). Convido
agora a que leiam o meu artigo "Variáveis escondidas e a termodinâmica" onde
concluo que a energia interna U é um artefato válido para a termodinâmica,
porém não não me parece ser totalmente equivalente a energia mecânica, pelo
menos como é conceituada em física clássica. Demonstro com relativa
facilidade --e desafio os ciencialisteiros a contestarem *matematicamente ou
logicamente* essa demonstração-- que é perfeitamente possível suspeitar da
não equivalência. E as experiências efetuadas no século XX dão amplo
respaldo e/ou quase chegam a confirmar essa suspeita.

Digamos então que U seja um artefato útil e a satisfazer um modelo
termodinâmico macroscópico, mas não compatível com a física clássica de
partículas propriamente dita, pois não leva em conta, dentre outros fatores,
a produção de neutrinos que ocorre quando um sistema passa de um estado a
outro por um processo irreversível (por conveniência de natureza teórica
tenho chamado os neutrinos por entropinos). Neste caso, a irreversibilidade
residiria na dificuldade dos neutrinos serem reabsorvidos pelo sistema e
qualquer aparente "reversão" do processo dar-se-ia pela absorção de
energia luminosa (fótons se quiserem utilizar uma notação não 100%
clássica), qualquer que fosse a maneira macroscópica pela qual a energia
entrasse no sistema. Em decorrência disso, o restante do universo seria
alterado, pois neutrinos e fótons não são grandezas equivalentes e, em
condições "naturais", um não se transforma expontaneamente em outro.

Para concluir diria que a primeira lei da termodinâmica DEVE ser modificada
SE, mas somente se, quisermos caracterizar U como totalmente equivalente à
energia mecânica. Por outro lado, a segunda lei é útil macroscopicamente
falando, porém artificial, pois não retrata o que de fato acontece no
submundo das partículas realmente elementares. E não é impossível construir
uma teoria segundo a qual os neutrinos, formados nos processos
irreversíveis e a manterem num nível constante a "matéria escura" presente
no Universo (vide abaixo o porquê), seriam finalmente vencidos pela
gravitação universal. Graças a essa última, mais cedo ou mais tarde
caminhariam em direção ao centro de um Universo 100% clássico. Chegando lá,
numa quantidade fantástica, colaborariam para a manutenção da "chama" do
big-bang permanentemente acesa. E, nestas condições, o Universo seria
eterno, sem início nem fim, e os processos seriam, desta maneira, totalmente
revertidos sob o ponto de vista macrocósmico. Novas galáxias estariam se
formando neste exato momento, ao mesmo tempo em que a nossa querida Galáxia
estaria caminhando inexoravelmente para sua morte cósmica e/ou para a sua
transformação total em entropinos, algo a se concretizar quando ela chegar
nos confins do Universo clássico (e certamente não estaremos lá para contar
a história).

[ ]'s
Alberto
http://ecientificocultural.com (inglês)
http://ecientificocultural.com/indice.htm (português)



SUBJECT: Marte
FROM: "Juliana Belko" <julibelko@yahoo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/11/2001 03:53

A minha professora de Biologia falou essa semana dá existência de bactérias em Marte, lembro de ter lido algo a respeito, mas não achei nas mensagens daqui. Alguém teria algo para me passar a respeito?

Grata,
Juliana.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: O Sol no zenite (PPSD)
FROM: "Paulo Sergio Dias" <psdias@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/11/2001 07:35

- Estive estudando um pouco de Astronomia e,
pelo que pude compreender, o Sol so' se
encontra no zenite (linha perpendicular,
acima da cabeca do observador) em locais
que se encontram no Tropico de Capricornio
ou no Tropico de Cancer (latitude 23º 27')
Obs.: Isso, ao meio-dia do primeiro dia
do verao (solsticio de verao), nos hemisferios
sul e norte, respectivamente


- Pergunta:

- Minha interpretacao esta' correta ?
- Em algum outro dia do ano, ou em alguma
outra regiao da Terra, o Sol esta'
a pico, ao meio-dia ?


[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br




SUBJECT: Re: [acropolis] o argumento da nao crenca
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/11/2001 07:39

--- In ciencialist@y..., Joao Carlos Holland de Barcellos
<jocax@u...> wrote:
> "Sergio M. M. Taborda" wrote:
>
> > > > > Qto menos leis independentes tivermos mais coesa fica a
fisica.
> > > > > E nao eh este o objetivo dos fisicos? Reduzir tudo, a um
numero
> > > > minimo
> > > > > de equacoes possiveis ?
> > > >
> > > > Bom, principio da conservação do momento à parte, toda a
mecânica
> > se
> > > > resume à termodinâmica. E tirando a mecânica, que mais fisica
> > sobra?
> > >
> > > Entao vc acabou de provar que a termodinamica nao eh valida.
> > > Veja :
> > > Se a termodinamica implica nas leis de Newton e se as leis de
Newton
> > > sao falsas entao a termodinamica eh falsa !! :-)
> >
> > Eu disse isso ?
> > Estou a ver que tenho que ser absolutamente claro.
> > Quando escrevi mecânica referia-me às 3. de Newton, quantica e
> > Relatividade.
> > Não provei a falsidade de nada.
> > Todas elas obdecem aos principios da termodinâmica (em principio
> > claro, para a relatividade isso nunca foi testado)
>
> Vc disse que a partir da termodinamica pode-se deduzir a mecanica
> eu supunha que era a mecanica classica nao a quantica.

Clarifiquemos. O que eu disse é que as mecânicas têm que obdecer À
termodinâmica, assim como o electromagnetismo. E não que a mecânica
seja termodinâmica. Lembra que eu deixei o principio de conservação
do momento de fora ?
Ou seja, elas obdecem o principio de conservação da energia e do
aumento da entropia. Em nenhuma delas são possiveis máquinas
perpétudas de 1ª nem de 2ª ordem. E em nenhuma delas é possivel
manter zero kelvin.
É isto que significa obdecer à termodinâmica.


> Se for a classica temos que a prova acima eh valida pois se a mec
classica
> esta atualmente falseada

1º que tudo ela não está falseada. Mostra-se que ela é a aproximação
relativista para baixas velocidades e a aproximação da MQ para
objectos macroscópicos.
2º Mesmo que estivesse, não decorria nada dai. Não existe
equivalencia entre umas e outras. A teoria não é correcta se não
obdecer à termodinâmica. Contudo, lá pq obdece não significa que seja
correcta. Mais uma vez não existe equivalencia, apenas implicação em
um só sentido.


> > > > Humm...electromagnetismo?... tb se resume à termodinâmica pq é
> > > > possivel estabelecer uma energia interna. Mais que não seja a
do
> > > > campo electromagnético.
> > >
> > > Mas o eletromagnetismo de Maxwell tambem nao eh verdadeiro
> > > eh apenas uma aproximacao.
> >
> > uma aproximação de q? qual é a teoria melhor que essa ? quero
dizer,
> > a "mais verdadeira"...
> > E a questão não é se é verdadeiro. A questão é que para ser aceite
> > tem de obdecer Às leis da termodinâmica.
> > Estás (outra vez) a usar uma equivalencia onde só cabe uma
implicação.
>
> Veja bem eh uma questao de *logica* se a termodinamica IMPLICA
> a mecanica classica ou o eletromagnetismo e se ambos estao falseados
> SEGUE QUE a termodinamica esta falseada.
> Eh pura logica, nao tem fisica envolvida .

A lógica está certa. Mas a lógica diz que a conclusão só é verdadeira
se ambas as permissas o forem. E neste caso a 1º não é verdadeira e a
2ª tb não.
Essa do electromagnetismo estar falseado eu gostaria de saber
promenores. Acho que os srs da QED (força fraca, força forte, etc...)
não vão estar de acordo.

>nao me referia, obviamente, ao texto impresso da lei .

Nem eu.

> > > > > Minha pergunta eh clara : Houve ou nao um aumento de
entropia
> > quando
> > > > > se abriu um furo no meio da caixa ??
> > > >
> > > > tu proprio o disseste "Houve um aumento da entropia"
> > >
> > > Vc ainda nao me respondeu :
> > > Sim ou nao ?
> >
> > Impiricamente sim.
>
> Ok, se houve um aumento de entropia entao havera uma diminuicao
> de entropia pois eu posso calcular o tempo medio que se deve
esperar para que
> todas as particulas voltem para o lado inicial da caixa:

Se a entropia aumentou, isso significa que o processo é irreversivel.
Isto significa que por muito que esperes ele nunca voltará ao estado
inicial.

> Vou fazer um esboco desta prova da reversibilidade :
> Vamos supor que depois de aberto o orificio temos N/2 particulas de
cada
> lado da caixa.
> Seja Pi a probabilidade de uma particula i do gas esteja do lado A
da caixa
> no instante T = T0 + Dt.
> Assim a probabilidade que as N particulas estejam do lado A no
instante T sera :
> PT = PROD( Pi ) = P1*P2*..Pn
> Assim , para que todas estejam no lado A da caixa deveremos
esperar um tempo
> medio de TM = Dt/PT.

Como essa probabilidade tende para zero o tempo tende para infinito.
Portanto bem podes esperar que nunca acontecerá. (equilibrio dinâmico)


> Eu nao concordo Sergio.
> A entropia nao se da apenas pelo numero de processos e sim por
> cada proceso em si. O numero de processos numa pulga em 1 segundo
> eh bem maior que o processo de um copo dagua derramando , por
exemplo,
> mas a entropia envolvida deve ser bem maior.

Mostre que é.

> Entende? Vc nao pode comparar apenas o numero de processos
> cada processo envolve uma quantidade entropica diferente.

Mas não temos mais nada. Foi uma simplificação necessária para
prosseguir a esplicação. Mas concordo que é uma simplificação extrema.

Concluo então que é mais simples começar por onde se deve: o teorema
da entropa não é aplicável, ponto final.


[]

Sérgio



SUBJECT: Re: [acropolis] o argumento da nao crenca
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/11/2001 07:47


>Um deles é a conhecida relação
> dU = dQ + dW
> ou seja, a variação de energia interna apenas e só pode acontecer
pela
> ocurrência de trabalho e/ou de calor.
> ________________________________________________
>
> Enfim, chegaram onde eu queria, qual seja, na observação de que a
segunda
> lei (aumento da entropia) enrosca-se com a primeira (dU = dQ + dW).
Convido
> agora a que leiam o meu artigo "Variáveis escondidas e a
termodinâmica" onde
> concluo que a energia interna U é um artefato válido para a
termodinâmica,
> porém não não me parece ser totalmente equivalente a energia
mecânica, pelo
> menos como é conceituada em física clássica. Demonstro com relativa
> facilidade --e desafio os ciencialisteiros a contestarem
*matematicamente ou
> logicamente* essa demonstração--

antes de ler o texto de que tanto falas, gostaria de tentar a
matemática.

A energia mecânica é igual a Em=Ec+ Ep

Numa região que possamos considerar de potencial constante a energia
mecânica é igual a variação de energia mecânica é dEm=dEc

A variação de energia cinética é igual ao trabalho donde
dEm=dEc=dW => dEm=dW

Por outro lado ,num sistema sem perdas por calor, dU=dW

então num sistema assim dEm=dU, portanto a energia interna reduz-se À
energia mecânica para este sistema.

Como é obvio no caso geral isso não é verdade, pq o Calor não é
sempre despresável.

No sistema que referes , com neutrinos e tal, obviamente é um caso em
que o Calor não é despresável. Então claro, a energia interna não
será só a energia mecânica.

Por exemplo na aniquilação de electrão -positrão, a energia mecânica
não é suficiente de considerar. Temos que considerar a energia
propria mc².

O que quero dizer é que o que dizes não implica em nada do que pensas.
A 1ª lei mantém-se válida.

[]

sérgio



SUBJECT: Re: O Sol no zenite (PPSD)
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/11/2001 07:57


> - Estive estudando um pouco de Astronomia e,
> pelo que pude compreender, o Sol so' se
> encontra no zenite (linha perpendicular,
> acima da cabeca do observador) em locais
> que se encontram no Tropico de Capricornio
> ou no Tropico de Cancer (latitude 23º 27')

Eu tiraria o "só"
Nota que 23º27' é a inclinação da terra em relação à sua orbita.

> Obs.: Isso, ao meio-dia do primeiro dia
> do verao (solsticio de verao), nos hemisferios
> sul e norte, respectivamente
>
>
> - Pergunta:
>
> - Minha interpretacao esta' correta ?

Se for nas condições dadas acima, sim.

> - Em algum outro dia do ano, ou em alguma
> outra regiao da Terra, o Sol esta'
> a pico, ao meio-dia ?

Vejamos...o equador tem latitude nula. Os tropicos têm portanto
latitude simétrica +23º27' e -23º27'
O máximo (o zénite) vai de um para o outro. Como não ha milagres, ele
terá de passar pelos graus do meio ( o movimento é continuo, o sol
não salta de um para o outro)
Entao haverá mais locais com zenites sem ser nessa latitude. Apenas
que acontece em outras alturas do ano.

Esta é a minha opinião.

[]

Sérgio



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [acropolis] o argumento da nao crenca
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/11/2001 09:01

> Concluo então que é mais simples começar por onde se deve: o teorema
> da entropa não é aplicável, ponto final.
>

Ta legal, o assunto ja "encheu o saco" !

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Marte
FROM: Nicolau Werneck <nwerneck@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/11/2001 10:04

> A minha professora de Biologia falou essa semana
> dá existência de bactérias em Marte

hum.... sei não, hein? se minha meméria não falha, e
ela anda mal nesses dias, nunca nenhuma pesquisa
jamais revelou a existênciad e microorganismos vivos
em marte. Mas ainda falta um bocado de lugares inda
pra procurar... (liea-se as calotas polares)

puxa, lá tem água, oxigênio... será que nenhuma
bacteriazinha vai morar lá? :(

ei, quando é que vamos dar início àquele projeto do
Carl Sagan de jogar um fogute com umas bactérias, ou
plantas, sei lká, pra tornar marte um planeta
colonizável??? ou será qu eera a lua? ou era vênus?
:S

t+

++nicolau



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Marte
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/11/2001 10:36



Juliana Belko wrote:
>
> A minha professora de Biologia falou essa semana dá
>existência de bactérias em Marte, lembro de ter lido algo a
>respeito, mas não achei nas mensagens daqui. Alguém teria algo
>para me passar a respeito?

Existem várias especulações sobre a existência de bactérias em
Marte, mas nenhuma delas é conclusiva. Eu diria mesmo que a maior
parte das especulações são forçadas. Há bactérias em Marte?
Ninguém sabe.
--
joão
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: Marte
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/11/2001 11:50

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> Existem várias especulações sobre a existência de bactérias em
> Marte, mas nenhuma delas é conclusiva. Eu diria mesmo que a maior
> parte das especulações são forçadas. Há bactérias em Marte?
> Ninguém sabe.

Quase na mesma medida em q. ninguém sabe se existe
uma loja do MacDonalds em Io ou Europa (o satélite).

Por volta de 1996 cientistas da Nasa anunciaram
terem descoberto *fosseis* de bacterias (nanobactérias)
em um meteorito marciano. O q. indicaria uma existência
*pregressa* de vida em Marte. Ao lado de grânulos
com forma de bactérias, apresentaram compostos q.
normalmente se associam à presença de atividade bacteriana:
certos minerais q. são precipitados por micróbios.

Foi publicado na Science. Mas houve gde discussão sobre isso e
a maioria dos cientistas acham q. os indícios são pouco conclusivos.
Explicações alternativas para as estruturas foram propostas.
Alguns cientitas ainda defendem a origem biológica delas.

Nos anos de 1976 com a chegada das primeiras sondas em
Marte foram realizados alguns experimentos para verificar
a 'respiração' do solo. Os dados tbm foram inconclusivos.

Aparentemente não há vida em Marte, nem mesmo sob a
forma de bactérias. Dizer q. há é pura especulação,
dizer q. não tbm é, mas uma especulação mais parcimoniosa.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Calor especifico e fisica classica
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/11/2001 12:52


Olá de novo ...:-)

>[Os postulados da Mecânica Quântica de Hoje]

>
> Sim, mas são todos postulados construídos no terreno que
apontei. "Desse
> mato não sai coelho" Por ser um cientista amador,
> posto-me frente a uma teoria como o indivíduo que vai comprar um
> apartamento. Se o alicerce do prédio estiver comprometido, nem me
dou ao
> luxo de examinar o apartamento, por mais que contenha todos os
requintes que
> gostaria que tivesse.

Mas era isso que eu gostaria de entender.
Qual o mal daqueles postulados ? Onde é que a lógica deles falha?
Por outro lado, se nada a a criticar neles, e deles saem resultados,
pq criticar os resultados se não se criticam os principios.

Depois de tanto tempo, conversando, ainda não sei dizer o pq de tu
não 'gostares' da MQ.
Eu compreendo que a MQ de Bohr seja estranha, ele proprio duvidava
dela. As hipoteses dele são "ad doc" ... mas que mal têm as hipoteses
modernas da MQ ?

1) existencia de uma função de estado dependente da posição do tempo.
2) a qq medida está associado um valor real (pq podia ser imaginário)
e um operador.
3) a definição do valor expectável
4)Para cada observável clasico existe um operador hermitico (isto
relacionase com 2, mas pronto)
5) o estado do sistema evolui no tempo conforme a eq de Shrondinger
dependente do tempo.
6) a existencia de spin.

4 e 6 podem deduzir-se dos outros, mas deixemos ficar assim.
Que mal ha nesta hipoteses ?

> Minha única preocupação, no momento, é
> entender como uma coisa que apóia-se em cima de erros crassos pode
redundar
> em algo que ÀS VEZES dá certo.

Mas que erros crassos são esses?
E se não dá certo sempre, onde falha ?


>
> A física está aí para ser descoberta, nunca para ser inventada.

a realidade está ai para ser descoberta. A fisica está ai para criar
uma realidade fisica que se assemelhe o mais possivel a aquela.
E para isso precisamos de uma dose de invenção.

>Mas parece-me que o seu "construir" não está
> muito longe do "inventar" e/ou do critério da tentativa e erro,
haja vista
> que você parece não valorizar adequadamente o terreno (e/ou os
alicerces)
> ;-)) onde os modelos devem ser construídos, dando maior ênfase aos
> resultados.

é possivel construir modelos sem teoria.
Bas fazer muitas medições. traçar curva de relaçao com variáveis
escolhidas aleatóriamente. Depois desse trabalho herculiano,
chegaremos a conclusões válidas puramente experimentais, puramente
derivadas da realidade pura.
A teoria não é precisa.

Não é precisa, mas dá imenso jeito, pois facilita a escolha das
variáveis que procuramos e permite fazer extrapolações e previsões.
As teorias são construidas, e portanto os resultados decorrentes
delas tb.
A Teoria do Atomo [grego] foi contruida mentalmente, sem experiencias.
É puramente metafisica. Lá porque alguem encontrou algo que parecia
um atomo [grego] e lhe chamou Atomo, não significa que a Teoria do
Atomo tenha sido provada.
O atomo, tal como conhecemos foi construido. Nas ideias do Atomo
grego e nas experiencias quimicas. Quimicas.
PQ quando vieram as experiencias fisicas (decaimento radioactivo) o
modelo até então construido já não era mais. Aquilo não era um Atomo,
no sentido da teoria grega. E isso mostra , como já li e já ouvi
dizer, que os gregos eram estupidos pq pensavam que o atomo era
indivisivel ? Obviamente que não.
Mas tenta lá explicar as diferenças a quem não conhece a história.

E como eu não conheço a história toda, te pergunto [neste momento já
deve ser aborrecidamente] onde , como e pq, achas que a teoria Y está
errada.


> > quem pode ser fisico sem ser filósofo ? ;-)
>
> Boa pergunta. Aliás, essa é uma das "brigas" que já enfrentei aqui
na
> Ciencialist, pois muitos não concordam com essa idéia.

Um fisico é muitas vezes filosofo, mas um filosofo é poucas fezes um
fisico. E ai é que está a diferença. Um filosofo não usa o método
experimental, já que por muito que queira, não pode.

> :-)))). A bronca procede. Não obstante, espero ter utilizado a
expressão
> "bem estabelecida" em dois contextos diferentes.

Pois... não era suposto isso acontecer... :(



>E, com efeito, chegou-se a
> descobrir, para surpresa de alguns matemáticos que diziam o
contrário,
> algumas variáveis escondidas e que não abalaram os pilares da teoria
> (nêutron, antimatéria, neutrino, etc).

Isso são variáveis escondidas ?
Quando se fala em variáveis sempre penso em uma grandeza fisica.
Por exemplo para a MQ classica, o valor finito de c, é uma variável
escondida.
Agora,o neutrão ? não vejo pq. Mais que é que a MQ tb trata do nucleo
da mesma forma que do atomo.
A antimatéria foi "descoberta" atavés da MQ e da Relatividade.
Claro que esta não é a unica maneira, mas mostra que mesmo a MQ não
sabendo à priori da sua existencia, não teve problemas em a deduzir.

> A teoria de Newton, por outro lado, foi construída por um excelente
> teorizador e que talvez intuitivamente, talvez por conhecimento,
não se
> aventurou a "construir" princípios que não pudesse justificar
adequadamente
> pela lógica a apoiar-se na experimentação.

Ele era de facto um bom fisico. Ele teorizou que a refracção da luz
se devesse à massa diferente das várias particulas (ele chamava-as
pelas cores da luz) que a constituiam. Particulas com mais massa eram
mais refractadas.
Muitos seculos passaram e hoje é exatamente assim que diferenciamos a
luz. Pela sua massa.
Escandalizado? Bom a relatividade diz que a cada frequencia
corresponde uma massa, e a optica [eelctromagnetismo] diz que a
refracção depende da frequencia. então a refracção depende da massa.

São coisas como esta que me fazem pensar que Eisntein não mudou de
paradigma, ele apenas continuou onde Newton não foi capaz de ir.

E aposto que se não fosse o bendito/maldito principio da invariancia
da luz ninguem se opunha esta afirmação.

Não sei até onde Newton trabalhou em optica. Não sei se ele media
indices de refracção. Mas se o fez ele deve ter deparado com o valor
de c em todos os materiais, já que o indice de refracçao é defenido
como n=c/v ... e é um numero sempre maior que 1. Que significa que v
é sempre menor que c... isto só por si não basta, mas aponta para a
necessidade da velocidade da luz como um limite.



Eu diria que
> isso faz parte do princípio do fim. A MQ está despencando sob todos
os
> pontos de vista e aqueles que passaram toda uma vida estudando-a,
não sabem
> mais o que fazer para salvá-la, então começam a cultivar ídolos de
barro. É
> triste, mas essa é a realidade.

Isto sim me parece cheio de fantasia...
Se ela está despencando ao menos deveriamos ouvir algum barulho...
Qual foi o primeiro pedaço a cair por terra ?


> Essa história da física newtoniana comportar a ação a distância
como algo a
> ocorrer instantaneamente é uma falácia

Não digo que não. Eu tb acho. Mas o que perguntei não foi isso.
Newton tinha o seu F=ma e a o seu F=GMm/r² ele usou-os para prever
orbitas e muitas coisas....mas apareceu o problema do periélio de
Mercurio.
A formulas de newton não explicitavam a dependencia com a velocidade
finita da acção. Sem nada feito nesse sentido, e sem capacidade
intelectual ou mesmo percepção factual do problema os fisicos de
então acharam resultados incorrectos.
A questão é : como se expande a fisica de newton ao limite em que o
valor finito do transporte da acção não pode ser despresado ?

Se a teoria de newton está incompleta por causa disso, então como
completá-la?

Einstein parece ter respondido a isso, introduzindo o postulado que
faltava. O limite da luz.
A obra dele é acreditada como aquela que expanda a fisica de newton
ao limite da velocidade finita da acção.

Mas o principio da invariancia da velocidade da luz no vácuo, não é
acreditado por todos.
Assim sendo, esses todos, deveriam dar uma explicação alternativa que
resultasse.
Onde está ela ?

É isto que está em causa. E não se Newton deixou ou não de saber.
A questão é que ele , mesmo sabendo ,não fez essa expanção, e ninguem
mais tentou à excepção de Einstein.


> > > Consigo então, com um único campo vetorial A (ou, de maneira
> > > equivalente, com um campo escalar "fi") dizer que os efeitos
elétricos
> > > seriam conseqüentes à aplicação do translacional sobre A
>
> > Com um unico campo explicas o efeito electrico.
> > E olhando bem, nem precisas de falar de electrões, mas desse
campo.
> > Então tudo isto é uma teoria de campo. E é exactamente igual à de
> > Maxwell sobre o aspecto daquilo que é o objecto do estudo. O
Campo.
> > Então estás a usar a mesma "mecânica dos fluidos" que ele.
> > E eu me pergunto se não era suposto, não ser assim...
>
> Sim e não. A teoria de Maxwell tem quatro equações irredutíveis. A
minha tem
> apenas uma. A de Maxwell tem dois potenciais "A" e "fi"
irredutíveis. A
> minha tem um vetor campo "A" que não é potencial no sentido de que
não pode
> ser calibrado e que pode ser pensado como um campo escalar "fí" a
gerar "A"
> quando multiplicado por um vetor "w" que representaria
estruturalmente o
> elétron. A minha teoria é microcósmica e a de Maxwell é válida para
o
> macrocosmo.

ok, perfeito. Então para o limite do macrocosmos as duas, a tua e
dele devem ser iguais. Ou seja, as previsões da tua teoria devem
igualar as eq de Maxwell para o macrocosmos.
E como dizes a dele é válida para o macrocosmos.

Acho que mostrar que a tua tende para a dele, mais que não seja
matemáticamente, seria uma boa argumentação nos dias que correm. Ao
menos as pessoas tinham menos por onde espernear...

Como já disse aqui à uns tempos, a teoria de maxwell, o magnetismo em
geral não sabe donde vêem os efeitos que modela.
Para começar não é possivel a essa teoria explicar de onde vem o
efeito magnético.
Hoje sabemos que é das cargas electricas em movimento ,mas naquela
altura não.

O teu modelo mostra de onde esse efeito vem, dizendo até que um unico
electrão em repouso produziria um campo magnético. Mostrar que esta é
(ou não) base microscópica das eq de Maxwell acho que seria mais
satisfatório para o entendimento.
Ai as pessoas iriam entender que a hipotese Lorentz não estava
correcta, embora as experiencias de Ampere, Faraday, etc.. e as eq de
Maxwelll estejam.



Numa delas, utiliza-se
> elementos infinitesimais de volume; na outra moléculas. Em resumo:
existem
> muito mais diferenças do que semelhanças entre a minha teoria e a de
> Maxwell, ainda que eu consiga deduzir inúmeros aspectos desta
última a
> partir da primeira e, portanto, os dois modelos não se
incompatibilizam
> entre si.

Então fico esperando pela dedução das eq de Maxwell a partir do teu '
fi que não é potencial'

> > Quanto mais perturbaçoes existirem no meio, menor será a
velocidade.
> > então num meio sem perturbação alguma ela será máxima.
> > No caso da luz esse máximo dá-se no vácuo.
> > E é isto o principio de máximo da velocidade da luz.
>
> Para criticar Newton, o mínimo que deveríamos fazer seria nos
colocarmos na
> posição dele. Para Newton a luz era corpuscular, logo o vácuo ou
o "aether"
> podem ser deixados de lado nestas considerações.

PorquÊ ?

Se a luz é corpuscular, então entre os seus corpusculos o que ha ?
Nada ? alguma coisa ? algo que é, mas não é luz, nem matéria ? Então
é vacuo.

E que corpusculos são esses ? São "feitos de quê"? por certo alguma
coisa. Pq não aether ?

Sim,
> existe alguma fantasia nessa história toda, mas lembro que isto foi
para a
> gaveta há mais de 200 anos, antes mesmo de terem engavetado a
mecânica de
> newtoniana.

Será mesmo que foi para debai... para a gaveta ?
A MQ usa funções de onda. Ondas de quê ? matéria ? não-matéria
(luz) , campos ? aether ?
Acaso esas ondas de "nada" não são ondas de aether disfarçadas ?

E os corposculos de luz , as particulas de luz, os 'ões' de luz, os
foto-ões...acaso os fotões não são particulas de luz disfarçadas ?

Pois é, quem sabe. Eu acho que sim. embora esteja tudo muito bem
diluido em baixo de uma capa de desconhecimento da história da
ciencia.

Para Einstein a luz era corpuscular. Só assim faz sentido em falar em
velocidade de fotões. Os quanta, não têm velocidade.
Só sendo particulas faz sentido em falar na massa de fotões.
E eles são particulas ?

Se uma pipoca sobre a agua do mar é uma particula, uma onda que choca
com ela é particula tb ?

Tanto que para ele era corpuscular, que ele achava que a função de
onda era algo estatistico, dada a densidade de probabilidade de fotõe
de determinada energia/massa/frequencia.

E a MQ, no seu ramo eletrico, deu o toque final, dizendo que sim, o
fotão pode ser considerado uma onda e a sua função de onda realmente
corresponde a uma densidade de probabilidade...

É no minimo divertido .... mas claro. Todo o mundo adora ler livros
de divulgação cientifica, que dizem que Newton, Einstein e Bohr não
têm nada a ver. Que MC, MQ e TR são coisa compleamente difernetes.
Que a MC não prevê coisas que a MQ ou a TR prevê... baboseiras! Quem
escreve esses livros é que não sabe, ou não se dá ao trabalho de
explicar.
E isso é que decepcionante. A sociedade cientifica ser uma cambada de
adoradores de deuses e dogmas se pinga de verdade factual.

E o que nós podemos fazer?

[não sei se as palavras se usam ai no BR, por isso aqui fica que
baboseira=asneira e cambada=depreciativo de 'conjundo' ]


>E dai a mediação
> > electomagnética é feita por fotões. E pelas mesmas eq essa
velocidade é
> > constante qq que seja o caso. E então c e´ invariante.
> > Tudo isto é muito classico a meu ver. Ou não?
>
> Aparentemente sim mas não existem situações meio clássicas. Ou se é
clássico
> ou se não é.

O que não existe é "classicismo". Existe Ciencia. Ideis, Fisica e
Experimentação.
Acaso "campo" é algo não-classico ? Acaso é "não fisico" ?


Na hora em que você fala em fóton e/ou interpreta o fóton com o
> sentido dado a ele por Einstein (efeito fotoelétrico), o teor
clássico da
> idéia vai por água abaixo.

Essa tem graça. Porque vai por agua a baixo ?
Que problema ha em uma particula chocar com outra ? (fotão, electrão)

O problema não foi resolvido antes de Eintein pq a energia da luz era
dita proporcional à intensidade. Quando Eisntein a mostrou
proporcionl à frequencia a coisa foi muito mais simples
Sabemos de outros ramos, como a electrónica (com os seus Oscialdores)
que é a frequencia e não a amplitude que faz enterferir dois sistemas.
Só que eles não sabiam isso...
Aquilo que está por detrás do principio-fotoelectrico é mais que
classico.

>Via de regra, há os que afirmam que Einstein
> era clássico, pois combateu o princípio da incerteza (Hawking pensa
desta forma).

Ele era determinista. O que é algo diferente de ser classico.
Ser fisico e ser indeterminita é algo complicado...
Dai a suposta relevância do Prncipio de Heisenberg, que aparece aos
olhos incautos como Indeterminismo

> > O problema está nas eq de Maxwel... mas elas derivam de trabalhos
> > experimentais de muita gente. Então, pq duvidar delas?
>
> Mas eu nunca duvidei das equações de Maxwell.

Optimo. Então existem condições para prosseguir o que propus antes.


> > > Você está me "proibindo"
> > > de examinar a vara por outras experiências que não aquela que
apenas
> > > mostra a sua sombra.
>
> > Sim. Estou impedindo nessa situação.
> > A forma de aceder aos atomos é via campo magnético. (o que
implica em
> > direcção preveligiada e em 'sombra')
> > Mas se me deres um "sonar" para atomos, eu aceito...onde está ele?
>
> Na experiência de Rutherford, dentre outras.

A experiencia de Rutherford ejecta os constituintes do atomo para
fora. Ela não nos informa de onde eles estão. De qual a sua energia,
como se destribuem, essas coisas... ela simplesmente bombardeia o
atomo e analiza os pedaços ... não tem mais informação que a massa
dos constituintes.
( é o principio por detras de uma tecnica de analise nuclear: RBS ,
Rutherford Back Scatering )

Por outras palavras, essa experincia/tecnica analiza o que sai do
atomo, e não o atomo em si. Donde é util para saber o que existe no
atomo, mas não para saber onde está, lá dentro [localização].
E o nosso problema era a localização dos electrões no atomo.


[]

Sérgio



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O Sol no zenite (PPSD)
FROM: Carlos Maçaranduba <soh_lamento@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/11/2001 20:34

o zênite é uma linha imaginária que passa pelo núcleo
da terra e pela sua cabeça e se estende no espaço
afora.Ora a terra perfaz uma orbita eliptica com eixo
de rotação inclinado em +23º27' em relação ao plano
da translação que passa pelo centro do sol.Que
individuos teriam o sol como zênite??Esse casos que vc
citou só são dois dentre infinitos que estao no
intervalo +23º27' e -23º27' da terra.Ou seja depende
apenas do dia , da hora ,do instante e de onde a
pessoa esteja.


--- "Sergio M. M. Taborda"
<sergiotaborda@esfera.f2s.com> escreveu: >
> > - Estive estudando um pouco de Astronomia e,
> > pelo que pude compreender, o Sol so' se
> > encontra no zenite (linha perpendicular,
> > acima da cabeca do observador) em locais
> > que se encontram no Tropico de Capricornio
> > ou no Tropico de Cancer (latitude 23º 27')
>
> Eu tiraria o "só"
> Nota que 23º27' é a inclinação da terra em relação à
> sua orbita.
>
> > Obs.: Isso, ao meio-dia do primeiro dia
> > do verao (solsticio de verao), nos hemisferios
> > sul e norte, respectivamente
> >
> >
> > - Pergunta:
> >
> > - Minha interpretacao esta' correta ?
>
> Se for nas condições dadas acima, sim.
>
> > - Em algum outro dia do ano, ou em alguma
> > outra regiao da Terra, o Sol esta'
> > a pico, ao meio-dia ?
>
> Vejamos...o equador tem latitude nula. Os tropicos
> têm portanto
> latitude simétrica +23º27' e -23º27'
> O máximo (o zénite) vai de um para o outro. Como não
> ha milagres, ele
> terá de passar pelos graus do meio ( o movimento é
> continuo, o sol
> não salta de um para o outro)
> Entao haverá mais locais com zenites sem ser nessa
> latitude. Apenas
> que acontece em outras alturas do ano.
>
> Esta é a minha opinião.
>
> []
>
> Sérgio
>
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SUBJECT: Me ajudem, por favor!!!
FROM: Marcio <servusdei2001@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/11/2001 09:22


Bom dia
Gostaria de obter uma ajuda no seguinte caso:
Uns amigos meus receberam o famoso E-mail sobre a água fervida no microondas e que de repente espirra no rosto de um rapaz. Imediatamente pensei que fosse sem fundamento científico.

Pesquisei sobre o assunto e achei essa lista de discussão, na qual já tinham tratado do assunto. Li os debates e conclui que poderia ser sem fundamento científico tal mensagem. Confesso que esta não é minha área por isso resolvi pesquizar.

Passei um E-mail para meus amigos listando os links da discussão, eles leram e responderam que o teor das discussões confirmava a cientificidade da mensagem.

Embora na ciência não exista "dogmas", pergunto:

1. Qual a possibilidade da tal história ser verdade?

2. Onde posso encontrar informações mais detalhadas sobre o assunto?

Pode parecer um assunto tolo, mas penso que é através desses fatos (como o do E-mail), que acabam se disseminando preconceitos por aí.

Obrigado pela atenção,

Marcio

servusdei2001@yahoo.com.br

PS: Não sou da área científica.




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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RES: [ciencialist] Me ajudem, por favor!!!
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/11/2001 10:38

> De: Marcio [mailto:servusdei2001@yahoo.com.br]

> Gostaria de obter uma ajuda no seguinte caso:
> Uns amigos meus receberam o famoso E-mail sobre a água
> fervida no microondas e que de repente espirra no rosto de
> um rapaz. Imediatamente pensei que fosse sem fundamento científico.
> 1. Qual a possibilidade da tal história ser verdade?

É verdade. Mas sem paranóia. Não é toda hora que isso acontece.

> 2. Onde posso encontrar informações mais detalhadas sobre o assunto?

No manual do microondas da Brastemp que comprei recentemente
tem essa informação, embora eles não forneçam detalhes sobre a física
do fenômeno.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Me ajudem, por favor!!!
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/11/2001 10:46



> Gostaria de obter uma ajuda no seguinte caso:
> Uns amigos meus receberam o famoso E-mail sobre a água fervida no
microondas e que de repente espirra no rosto de um rapaz. Imediatamente
pensei que fosse sem fundamento científico.

Manuel: Bem, isso já aconteceu comigo. Eu pus uma xícara pequena com água no
microondas (para preparar um nescafezinho) e, tão-logo a retirei, ocorreu
uma pequena explosão, como se todo o líquido houvesse se transformado de
chofre em vapor. Recebi respingos de água quente nos braços e no peito, mas
nada grave.

Como esse é o meu processo de preparar café, tenho percebido esse fenômeno
com uma certa freqüência, mas com o recipiente ainda dentro do microondas.
Geralmente isso ocorre quando estou "requentando" a água.

[]s
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: Me ajudem, por favor!!!
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/11/2001 11:30


> sobre a água fervida no microondas
>
> Manuel: Bem, isso já aconteceu comigo.

Por acaso o teu microondas tem um sistema de prato giratório e/ou um
sistema de 'ventilação quente' para manter a temperatura depois de
aquecido o alimento ?


[]

Sérgio





SUBJECT: Re: Me ajudem, por favor!!!
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/11/2001 13:52


Já aconteceu com minha mãe, também. Ela queimou a cara (nada de grave).
Aparentemente, parece que a água manteve-se no estado líquido num estado
meta-estável - ou seja, estava acima do ponto de ebulição, mas manteve-se no
líquido (agora estou especulando). Os estados meta-estáveis acabam quando
ocorre uma perturbação e então é detonada a mudança de estado físico
subitamente - a vibração da porta do microondas sendo aberta pode ser
suficiente - e então a água ebule toda de repente. Daí a explosão, pois há
um aumento de volume num tempo muito curto. Fenômeno semelhante acontece,
por exemplo, com a cerveja no congelador, que pode ser resfriada abaixo do
ponto de congelamento, mantendo no entanto o estado líquido. Quando há
alguma perturbação, como quando colocamos a garrafa sobre uma mesa, ela
congela subitamente.

Belisário

----- Original Message -----
From: Sergio M. M. Taborda <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, November 28, 2001 11:30 AM
Subject: [ciencialist] Re: Me ajudem, por favor!!!



> sobre a água fervida no microondas
>
> Manuel: Bem, isso já aconteceu comigo.

Por acaso o teu microondas tem um sistema de prato giratório e/ou um
sistema de 'ventilação quente' para manter a temperatura depois de
aquecido o alimento ?


[]

Sérgio




SUBJECT: Re: Me ajudem, por favor!!!
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/11/2001 14:12


> Já aconteceu com minha mãe, também.

Eu não estou dizendo que não aconteceu. Não vos tenho por mentirosos
e acredito que digam a verdade.
Estou apenas tentando saber pq acontece.

Ela queimou a cara (nada de grave).
> Aparentemente, parece que a água manteve-se no estado líquido num
estado
> meta-estável - ou seja, estava acima do ponto de ebulição, mas
manteve-se no
> líquido (agora estou especulando).
Os estados meta-estáveis acabam quando
> ocorre uma perturbação e então é detonada a mudança de estado físico
> subitamente - a vibração da porta do microondas sendo aberta pode
ser
> suficiente - e então a água ebule toda de repente.


Pois. Eu tb me lembrei disso. Mas isso não implicaria que:
1) Fosse transferida para a agua [digamos que é agua] energia
suficiente para a evaporar toda ?
2) que o tempo de aquecimento fosse superior ao tempo de latência?

Estou chamando tempo de latência ao tempo que corresponde ao sistema
estar no estado de temperatura=temperatura de ebulição, sem que mude
de estado.

E esse tempo não é "grande" comparado com o tempo necessário para
apenas aquecer a água ?

Ou seja, será que o fenómeno acontece por ter a agua a aquecer
demasiado tempo ? [caso em que o sistema de aquecimento nao tem nada
a haver no caso]

O mesmo se aplicaria ao caso da cerveja. caso se possa aplicar claro.

Por outro lado, o que acho estranho é que sendo um estado meta-
estável ocorra com tanta frequencia. Pelo relato do Manuel, não foi
uma nem 2 vezes que aconteceu. Mas várias. O que, me parece ser,
coerente com a hipotese se 'sobre-aquecimento' e não com a de estado
meta-estável.

A importancia do prato giratório/sistema de aquecimento é a
introdução de perturbações e portanto evita o estado meta-estável.

Mas se for um problema de sobre-aquecimento estes promenores não
resultam em diferença. E seria uma questão de testar se com eles o
mesmo fenómeno acontece para o mesmo tempo.

[]

Sérgio



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Me ajudem, por favor!!!
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/11/2001 14:19



"Sergio M. M. Taborda" wrote:

> Os estados meta-estáveis acabam quando
> > ocorre uma perturbação e então é detonada a mudança de estado físico
> > subitamente - a vibração da porta do microondas sendo aberta pode
> ser
> > suficiente - e então a água ebule toda de repente.
>
> Pois. Eu tb me lembrei disso. Mas isso não implicaria que:
> 1) Fosse transferida para a agua [digamos que é agua] energia
> suficiente para a evaporar toda ?

A energia vem do próprio líquido que arrefece até à temperatura
de ebulição. Não é preciso muita energia, só a necessária para
formar bolhas. A formação de bolhas causa uma expansão súbita
que causa a explosão. A maior parte dpo material que explode
é água.
> 2) que o tempo de aquecimento fosse superior ao tempo de latência?
>
> Estou chamando tempo de latência ao tempo que corresponde ao sistema
> estar no estado de temperatura=temperatura de ebulição, sem que mude
> de estado.
>
> E esse tempo não é "grande" comparado com o tempo necessário para
> apenas aquecer a água ?

A subida de temperatura deve ser linear com o tempo. O tempo que
demora a aquecer de 20 a 100 graus é 8 vezes o tempo que demora
a aquecer de 100 a 110.


>
> Ou seja, será que o fenómeno acontece por ter a agua a aquecer
> demasiado tempo ? [caso em que o sistema de aquecimento nao tem nada
> a haver no caso]

Sim, mas isso não é perceptivel. Basta que esteja 5% a mais para o
fenómeno poder acontecer.

>
> O mesmo se aplicaria ao caso da cerveja. caso se possa aplicar claro.


Provavelmente não pode, porque a cerveja deve ter pequenas partículas
provenientes do processo de fermentação.
>
> Por outro lado, o que acho estranho é que sendo um estado meta-
> estável ocorra com tanta frequencia. Pelo relato do Manuel, não foi
> uma nem 2 vezes que aconteceu. Mas várias. O que, me parece ser,
> coerente com a hipotese se 'sobre-aquecimento' e não com a de estado
> meta-estável.

Se há sobre-aquecimento, há estado metaestável. Água líquida
acima de 100 graus é metaestável.


> A importancia do prato giratório/sistema de aquecimento é a
> introdução de perturbações e portanto evita o estado meta-estável.

Sim!

> Mas se for um problema de sobre-aquecimento estes promenores não
> resultam em diferença. E seria uma questão de testar se com eles o
> mesmo fenómeno acontece para o mesmo tempo.

Não percebi a questão sobreaquecimento versus metaestável. Uma
coisa não acontece sem a outra.
--
joão
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Me ajudem, por favor!!!
FROM: Evaldo Ribeiro <evaldo@cpqd.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/11/2001 14:25

Oi Pessoal!

Esse fenômeno acontece porque a água no microondas aquece sem
criar correntes de convecção muito intensas. No fogão, vemos que a
água está fervendo quando começa a borbulhar intensamente. Isso
acontece de maneira contínua, claro, desde o repouso aparente até o
início dos borbulhamentos. No caso do microonda, a água esquenta e
atinge o ponto de fervura sem o agitamento, entrando em uma espécie
de estado meta-estável. Uma mínima perturbação neste sistema leva
a água imediatamente para o estado de fervura com borbulhamento,
literalmente espirrando água quente para todo lado totalmente de
repente. Meio perigoso, como os manuais afirmam. O processo de
fervura da água é bem complexo, creio que existe um apêndice do
Halliday (aquele da versão mais nova, com os 4 volumes em um só)
que traz um artigo bem legal sobre esse assunto. Infelizmente não
estou com o livro aqui para dar mais detalhes. Espero ter ajudado.
Abraços,

Evaldo


"Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:
>
> > De: Marcio [mailto:servusdei2001@yahoo.com.br]
>
> > Gostaria de obter uma ajuda no seguinte caso:
> > Uns amigos meus receberam o famoso E-mail sobre a água
> > fervida no microondas e que de repente espirra no rosto de
> > um rapaz. Imediatamente pensei que fosse sem fundamento científico.
> > 1. Qual a possibilidade da tal história ser verdade?
>
> É verdade. Mas sem paranóia. Não é toda hora que isso acontece.
>
> > 2. Onde posso encontrar informações mais detalhadas sobre o assunto?
>
> No manual do microondas da Brastemp que comprei recentemente
> tem essa informação, embora eles não forneçam detalhes sobre a física
> do fenômeno.
>
> []'s
>
> Alexandre Medeiros
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
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SUBJECT: Re: Me ajudem, por favor!!!
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/11/2001 14:44

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> Se há sobre-aquecimento, há estado metaestável. Água líquida
> acima de 100 graus é metaestável.

Independentemente da pressão ambiente? Ou em uma
situação ideal de 1 atm?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [acropolis] o argumento da nao crenca
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/11/2001 14:55

----- Original Message -----
From: "Sergio M. M. Taborda"
Sent: Tuesday, November 27, 2001 7:47 AM
Subject: [ciencialist] Re: [acropolis] o argumento da nao crenca

> antes de ler o texto de que tanto falas, gostaria de tentar a
> matemática.

É mais fácil ver a matemática em meio ao próprio texto. Mesmo porque o texto
consiste de uma pequena introdução, da exposição matemática propriamente
dita, com poucas considerações de natureza física, e de uma pequena
conclusão, tudo isso em apenas uma página web e com menos Kbs do que a
maioria das msgs que temos trocado ;-). A matemática fica bem mais
inteligível em html do que em txt. O artigo está em
http://ecientificocultural.com/Eletron2/termodinamica.htm

> Então claro, a energia interna não será só a energia mecânica.

Em nenhum momento afirmei o contrário. Falei em equivalência e não em
identidade. Aquela mesma equivalência que teria levado os termodinâmicos a
batizarem a constante J, devida a Joule, como "equivalente" mecânico do
calor.

> O que quero dizer é que o que dizes não implica em nada do que pensas.
> A 1ª lei mantém-se válida.

Sem dúvida. Mas qual é realmente a 1ª lei? Seria aquela a dizer que dU = dQ
+ dW = d(Energia do sistema)? Em nenhum momento contestei a primeira
igualdade mas sim a segunda. O que estou tentando dizer é que dU é diferente
de dE = d(Energia do sistema) por uma diferença igual a dN. O que estou
propondo é que dN será igual a zero se e somente se a transformação for
reversível, condição em que dU = d(Energia do sistema). A equação com os
três termos seria então dU = dQ + dW = dE - dN. Ou, então, dE = dQ + dW +
dN. Como N seria uma propriedade de estado do sistema, não é de se
estranhar que numa transformação cíclica a integral de dQ + dW seja igual a
zero (e esta é uma das maneiras de se enunciar a primeira lei), pois tanto
dE quanto dN são, neste caso, iguais a zero. Ou seja, podemos conservar a 1ª
lei como tal e somente deveremos modificá-la "se, mas somente se, quisermos
caracterizar U como totalmente equivalente à energia definida em mecânica."
N é de fato uma variável escondida, o que não significa dizer que os
entropinos sejam exatamente os neutrinos descritos no século XX. Estou aqui
valendo-me da navalha de Occam: Se existe uma partícula com as
características necessárias à concepção de entropinos, porque criar outra?
Em outras palavras: podemos criar neutrinos à vontade simplesmente
esfregando as mãos (uma transformação irreversível do ponto de vista
termodinâmico).

[ ]'s
Alberto
http://ecientificocultural.com (inglês)
http://ecientificocultural.com/indice.htm (português)



SUBJECT: Re: [ciencialist] Me ajudem, por favor!!!
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/11/2001 15:34

On Wed, 28 Nov 2001, Marcio wrote:
> Bom dia
> Gostaria de obter uma ajuda no seguinte caso:
> Uns amigos meus receberam o famoso E-mail sobre a água fervida no
> microondas e que de repente espirra no rosto de um rapaz.
> Imediatamente pensei que fosse sem fundamento científico.
> Pesquisei sobre o assunto e achei essa lista de discussão, na qual já
> tinham tratado do assunto. Li os debates e conclui que poderia ser sem
> fundamento científico tal mensagem. Confesso que esta não é minha área
> por isso resolvi pesquizar.
> Passei um E-mail para meus amigos listando os links da discussão, eles
> leram e responderam que o teor das discussões confirmava a
> cientificidade da mensagem.
> Embora na ciência não exista "dogmas", pergunto:
> 1. Qual a possibilidade da tal história ser verdade?
> 2. Onde posso encontrar informações mais detalhadas sobre o assunto?
> Pode parecer um assunto tolo, mas penso que é através desses fatos
> (como o do E-mail), que acabam se disseminando preconceitos por aí.
> Obrigado pela atenção,
> PS: Não sou da área científica.

Vc não precisa ser cientista para fazer experimentos científicos. Você
obterá TODAS as respostas para suas perguntas fazendo o seguinte:

1. Ferva um copo de água no microondas.

É a ciência a serviço de todos.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
No to war.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Calor especifico e fisica classica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/11/2001 15:55

----- Original Message -----
From: "Sergio M. M. Taborda"
Sent: Tuesday, November 27, 2001 12:52 PM
Subject: [ciencialist] Re: Calor especifico e fisica classica

> Olá de novo ...:-)

Olá renovado :-)

> > [Os postulados da Mecânica Quântica de Hoje]
> > Sim, mas são todos postulados construídos no terreno que apontei.

> Qual o mal daqueles postulados? Onde é que a lógica deles falha?
> Por outro lado, se nada a a criticar neles, e deles saem resultados,
> pq criticar os resultados se não se criticam os principios.

Mas não estou criticando os postulados e sim os princípios ou, como disse, o
terreno onde estes postulados foram construídos e/ou os alicerces que os
apóiam.

> Depois de tanto tempo, conversando, ainda não sei dizer o pq de tu
> não 'gostares' da MQ.

Não se trata de gostar ou não gostar. Meu problema não é com a MQ mas com o
academicismo que bloqueia qualquer tentativa de se demonstrar as
fragilidades da MQ bem como impede que se procure por teorias melhores. Isto
já foi denunciado por Boltzmann, por Planck e por inúmeros cientistas. Esse
tipo de Inquisição Acadêmica já foi imposta a Galileu, Newton, Bernouilli,
Boltzmann, Einstein, Schrödinger, David Bohm e uma infinidade de cientistas
revolucionários. O que eu não gosto, efetivamente, é da "filosofia" de
Thomas Kuhn a justificar a Inquisição dos Tempos Modernos. O mais representa
o cenário desta Inquisição e a MQ de hoje representa a teoria do calórico de
ontem, apenas isso.

> Eu compreendo que a MQ de Bohr seja estranha, ele proprio duvidava
> dela. As hipoteses dele são "ad doc" ... mas que mal têm as hipoteses
> modernas da MQ?

Mal nenhum, caso essas hipóteses não tivessem se transformado em dogmas
universitários. No Brasil não conheço uma universidade pública onde essas
hipóteses não sejam encaradas como dogmas e a refletirem um "princípio de
autoridade" importado do exterior. Já disse e repito: as universidades
brasileiras primam pela formação de papagaios cultos. Quanto ao restante do
mundo tenho observado que grande parte dos teorizadores sérios que conheci
pensam de forma semelhante: ou eles se propõem a pregar idéias a se
adequarem a esse "princípio da autoridade", ou então estarão condenados a
viverem na marginalidade científica.

Essa conduta não é apenas universitária mas acaba, de uma maneira ou de
outra, por contaminar nossa própria maneira de pensar. Aqui mesmo na
Ciencialist noto freqüentemente essa anomalia, e é por isso que falo também
em lavagem cerebral. Quase ninguém está realmente preocupado em conhecer as
minhas idéias e, não obstante, estão interessadíssimos em saber o que penso
sobre a MQ e/ou a TR. Ora, eu não fiz uma teoria com a finalidade de
derrubar essa ou aquela outra teoria! Se algo desse tipo ocorre, isto é
decorrente de minhas hipóteses... Que culpa tenho eu? Porque a cada dez
palavras que utilizo, nove têm de ser a fim de justificar o fato de minhas
idéias se oporem à MQ? As idéias quânticas sequer fazem parte de minhas
hipóteses!!! A minha teoria apóia-se na MC e a MC antecede a MQ!!! Porque
essa inversão de valores? Nada contra essa conduta, mas pelo menos que se
reduza o índice de 10/9 para, por exemplo, 10/2, e já seria demais. Que ao
menos derrubem decentemente a minha teoria dentro do cenário onde ela foi
construída, mas não pelo fato dela não comportar a existência dos gnomos
quânticos.

> 1) existencia de uma função de estado dependente da posição do tempo.
> 2) a qq medida está associado um valor real (pq podia ser imaginário)
> e um operador.
> 3) a definição do valor expectável
> 4)Para cada observável clasico existe um operador hermitico (isto
> relacionase com 2, mas pronto)
> 5) o estado do sistema evolui no tempo conforme a eq de Shrondinger
> dependente do tempo.
> 6) a existencia de spin.
> 4 e 6 podem deduzir-se dos outros, mas deixemos ficar assim.
> Que mal ha nesta hipoteses?

Hipóteses não mordem. Mas muitos daqueles que as aceitam sim.

> > Minha única preocupação, no momento, é
> > entender como uma coisa que apóia-se em cima de erros crassos pode
> > redundar em algo que ÀS VEZES dá certo.

> Mas que erros crassos são esses?

Aqueles mesmos apontados por Planck, Einstein, Bohm e Scrödinger, apenas
para citar os mais famosos críticos da MQ.

> E se não dá certo sempre, onde falha?

Estás propondo que eu responda a uma pergunta ou que escreva um livro? :-)
Bem, vou dar apenas um exemplo: Diria que a MQ falha ao não conseguir
explicar como e porquê *às vezes* ela dá certo (essa crítica, com outras
palavras, é originária de Schrödinger).

> A Teoria do Atomo [grego] foi contruida mentalmente, sem experiencias.
> É puramente metafisica.

É difícil contestar essa idéia mesmo porque o conceito de ciência era outro
e não estava dissociado da filosofia. Na verdade, não existia a preocupação
em se vincular a verdade à experimentação, embora existisse um certo tipo
primitivo de experimentação a fomentar novas idéias. Os gregos simplesmente
tentavam desvendar a natureza observável com idéias, se bem que na maioria
das vezes não efetuassem experiências controladas. Como exceção a essas
regras citaria: Zenão, Arquimedes, Eratóstenes e, até mesmo Aristóteles
quando, por exemplo, de suas observações efetuadas no sentido de classificar
os animais.

> E como eu não conheço a história toda, te pergunto [neste momento já
> deve ser aborrecidamente] onde, como e pq, achas que a teoria Y está
> errada.

Digamos que o argumento a seguir não é científico mas de natureza
lógico-comportamental: Diria então que uma teoria Y não poderá ser
considerada boa caso os seus defensores tenham MEDO de que ela venha a ser
suplantada por outra teoria Z. Foi nesse sentido que cheguei a dizer na msg
anterior "Freud explica".

> > E, com efeito, chegou-se a
> > descobrir, para surpresa de alguns matemáticos que diziam o
> > contrário, algumas variáveis escondidas e que não abalaram os pilares da
> > teoria (nêutron, antimatéria, neutrino, etc).

> Isso são variáveis escondidas?

O termo variável escondida nunca foi muito bem definido. Não obstante, mesmo
raciocinando-se matematicamente, pode-se pensar em novas partículas como
algo a gerar conceitos relacionados a "variáveis escondidas". Descrevo isso
em "Variáveis escondidas e a termodinâmica", quando mostro que o neutrino
(ou, talvez, o entropino) pode ser pensado como algo a gerar uma variável N
de natureza energética e não relacionada ao que experimentalmente definimos
como trabalho termodinâmico e nem como calor.

> A antimatéria foi "descoberta" através da MQ e da Relatividade.
> Claro que esta não é a unica maneira, mas mostra que mesmo a MQ não
> sabendo à priori da sua existencia, não teve problemas em a deduzir.

Não obstante, foram necessárias algumas manobras para adequar MQ à TR, a
mostrarem que sob esse aspecto, e até então, a MQ não era exatemente o que
poderíamos chamar uma teoria completa. O que pretendi dizer é que esse tipo
de completude não preocupava Bohr, em seu diálogo com Einstein; e variáveis
escondidas desse tipo não pareciam conter segredos a irem contra a MQ. Por
outro lado, há quem diga que as idéias do matemático Neumann quase que
chegavam a proibir a existência dessas variáveis, mas quero crer que ele
tenha sido mal interpretado (não li o original).

> Ele (Newton) era de facto um bom fisico. Ele teorizou que a refracção da
> luz se devesse à massa diferente das várias particulas (ele chamava-as
> pelas cores da luz) que a constituiam. Particulas com mais massa eram
> mais refractadas.
> Muitos seculos passaram e hoje é exatamente assim que diferenciamos a
> luz. Pela sua massa.

Apenas como adenda, diria que para Newton o desvio do raio de luz se daria
antes da entrada da luz no meio 2. Pode parecer requinte técnico (ele chegou
a observar experimentalmente esse fenômeno) mas sob o ponto de vista teórico
isso destrói muitos argumentos utilizados pelos fanáticos defensores (século
XIX) da luz puramente ondulatória. É uma pena que os livros didáticos não
chamem a atenção para este fato.

> Escandalizado? Bom a relatividade diz que a cada frequencia
> corresponde uma massa, e a optica [eelctromagnetismo] diz que a
> refracção depende da frequencia. então a refracção depende da massa.

A relatividade moderna foi construída no sentido de que isso acontecesse,
portanto isso não me surpreende. O que poderia me surpreender seria o fato
disso ter dado certo. Mas isso também não me surpreende pois sei que a
relatividade corrige, por vias tortas, a não instantaneidade da ação. Não é
raro, em matemática, cometermos um erro duas vezes, chegando-se assim a um
resultado correto. A resposta está certa mas o problema foi resolvido de
maneira errada e a nota não poderia ser outra: zero.

> Não sei até onde Newton trabalhou em optica. Não sei se ele media
> indices de refracção. Mas se o fez ele deve ter deparado com o valor
> de c em todos os materiais, já que o indice de refracçao é defenido
> como n=c/v ... e é um numero sempre maior que 1. Que significa que v
> é sempre menor que c... isto só por si não basta, mas aponta para a
> necessidade da velocidade da luz como um limite.

Mas ninguém está discutindo a existência desse limite. Esse limite existiria
qualquer que fosse a relatividade considerada. Isso apenas comprova que a
luz no vácuo viaja a uma velocidade mensurável e constante em relação a um
referencial fixo ao laboratório.

> Não digo que não. Eu tb acho. Mas o que perguntei não foi isso.
> Newton tinha o seu F=ma e a o seu F=GMm/r² ele usou-os para prever
> orbitas e muitas coisas....mas apareceu o problema do periélio de
> Mercurio.
> A formulas de newton não explicitavam a dependencia com a velocidade
> finita da acção. Sem nada feito nesse sentido, e sem capacidade
> intelectual ou mesmo percepção factual do problema os fisicos de
> então acharam resultados incorrectos.
> A questão é: como se expande a fisica de newton ao limite em que o
> valor finito do transporte da acção não pode ser despresado?

Pelo que sei, as fórmulas originais de Maxwell também não explicitavam esse
problema e Maxwell, assim como Newton, deixou claro que isso poderia
ocorrer (capítulo XXIII de sua obra). Isso foi matematizado, em termos de
potenciais, e da maneira como utilizamos hoje, por Lienard e Wiechert, no
final do século XIX e começo do século XX. Não obstante, esse tipo de
correção não foi expandido para a gravitação e graças a isso o
eletromagnetismo e a gravitação tornam-se aparentemente incompatíveis quando
pensados em termos relativísticos. E é aí que surge a "necessidade" da
relatividade moderna, a entortar gravitacionalmente o espaço. Perceba que
são todas coisas interligadas: velocidade de informação, relatividade,
eletromagnetismo, gravitação etc.

> Se a teoria de newton está incompleta por causa disso, então como
> completá-la?

Na minha opinião, fundindo o modelo newtoniano com uma teoria de campos de
informação. E o que se informa, a meu ver, nada mais é senão o "movimento da
matéria". Obviamente, estou considerando matéria e movimento como coisas
distintas e não transmutáveis uma em outra, a exemplo do que se observa com
o movimento e com a matéria macroscópicos. Perceba que Newton não quis, no
século XVII, assumir o compromisso de fundir seu modelo mecânico com seu
modelo gravitacional pois, como afirmou, "não fazia hipóteses". Entenda-se
hipóteses, no sentido apontado por Newton, como "conjecturas a comporem o
núcleo de uma teoria e não fundamentadas na experimentação". Hoje o termo
hipótese é utilizado com outro significado e quase antagônico a este; as
leis de Newton, por exemplo, no contexto atual, seriam hipóteses que
ganharam o status de leis após a consolidação da teoria.

> Einstein parece ter respondido a isso, introduzindo o postulado que
> faltava. O limite da luz.
> A obra dele é acreditada como aquela que expanda a fisica de newton
> ao limite da velocidade finita da acção.

Já disse acima que os termos "limite" e "finito" fazem parte da física
newtoniana. O que diferencia a física newtoniana da einsteiniana não está na
existência de uma velocidade limite ou finita para a ação ou luz, mas na
caracterização, ou não, da independência deste valor com o referencial. Toda
a esquisitice da teoria de Einstein começa com essa suposição e é nesse
sentido que French (do MIT) afirma que "vai contra o senso comum" e, em
decorrência disso, diz que a teoria de Einstein é uma teoria não clássica.

> Mas o principio da invariancia da velocidade da luz no vácuo, não é
> acreditado por todos.
> Assim sendo, esses todos, deveriam dar uma explicação alternativa que
> resultasse. Onde está ela?

Não posso responder por "todos" mas no que me diz respeito a explicação está
em "A equação do elétron e o eletromagnetismo". Se preferir um estilo
"light" tenho também "O fenômeno luz e as falácias relativas às
relatividades". Enfim, em meu site você poderá encontrar uma infinidade de
estilos e/ou argumentos a explicarem cada uma das falácias apontadas, e é
por isso que digo que ele é quase-imperdível ;-)) [o termo imperdível é
propriedade do Léo, que me autorizou utilizá-lo precedido pelo quase ;-)].

> Então fico esperando pela dedução das eq de Maxwell a partir do teu'
> fi que não é potencial'

A dedução da lei de Coulomb já está apresentada no meu site. A de Ampere é
quase imediata. Com isso eu chego do elétron ao macrocosmo (carga elétrica e
corrente elétrica). A partir daí é só seguir a receita preparada por
Maxwell, quando sintetizou o que os outros construtores do eletromagnetismo
fizeram. Não há porque repetir o que já foi feito. Quando muito, o que posso
é tentar evoluir em direção ao microcosmo e/ou à relatividade, e aí começo a
esbarrar nos dogmas quânticos e/ou relativísticos.

> > > Quanto mais perturbaçoes existirem no meio, menor será a
> > > velocidade. então num meio sem perturbação alguma ela será máxima.
> > > No caso da luz esse máximo dá-se no vácuo.
> > > E é isto o principio de máximo da velocidade da luz.

> > Para criticar Newton, o mínimo que deveríamos fazer seria nos
> > colocarmos na posição dele. Para Newton a luz era corpuscular, logo o
> > vácuo ou o "aether" podem ser deixados de lado nestas considerações.

> PorquÊ?

Porque numa *teoria de emissão*, seja de corpúsculos, seja de "alguma coisa
de natureza imaterial" (= informações, campo, etc.) e não ondulatória, o
vácuo ou o aether é apenas um continente a não influenciar a natureza
e/ou a velocidade do conteúdo. Numa teoria como esta o "aether" é
desnecessário e, como tal, inexistente e/ou de natureza puramente
metafísica. E diria mesmo que o aether é inconveniente: "E como ele não tem
utilidade e impede as operações da Natureza, e a faz se definhar, então não
existe nenhuma evidência de sua existência; e, portanto, deve ser
rejeitado." (Newton, Óptica III, questão 28).

> Se a luz é corpuscular, então entre os seus corpusculos o que ha?
> Nada? alguma coisa? algo que é, mas não é luz, nem matéria? Então
> é vacuo.

Porquê essa estranheza? Algumas teorias assumem propriedades físicas para o
vácuo; outras, a exemplo da teoria newtoniana, admitem que o número dessas
propriedades é zero. Com a permissão do Jocax ;-) diria que a navalha de
Occam, neste caso, favorece a teoria newtoniana.

> E que corpusculos são esses? São "feitos de quê"? por certo alguma
> coisa. Pq não aether?

Perdoe-me mas creio que agora estamos chegando na metafísica pura.
Fisicamente falando o máximo a que poderia chegar, assumindo uma postura
clássica, seria dizer que existem corpúsculos e existe "alguma coisa" de
natureza imaterial (campo) emitida de um corpúsculo para outro e a produzir
efeitos mensuráveis e, portanto, físicos. Posso ainda supor que essa "alguma
coisa" emitida retrate o "movimento absoluto" (absoluto no sentido
newtoniano) do corpúsculo, ou seja, uma partícula em repouso absoluto não
emitiria informação alguma de seu movimento (pois que este é nulo). Minha
física termina aqui, além do qual qualquer nova conjectura seria do âmbito
da metafísica.

> A MQ usa funções de onda. Ondas de quê? matéria? não-matéria
> (luz), campos? aether?
> Acaso esas ondas de "nada" não são ondas de aether disfarçadas?

Sem dúvida. Algo a se propagar no vácuo e *concebido como onda*,
certamente deve processar-se ou num aether dos físicos do século XIX ou no
aether disfarçado dos físicos do século XX. Mas eu não sou a pessoa indicada
para dar a resposta pois para mim essas ondas sequer existem. ;-))

> Para Einstein a luz era corpuscular. Só assim faz sentido em falar em
> velocidade de fotões. Os quanta, não têm velocidade.
> Só sendo particulas faz sentido em falar na massa de fotões.
> E eles são particulas?

"A história da busca de uma teoria da luz não está de modo algum concluída.
O veredicto do século XIX não foi final e definitivo. Todo o problema de
decidir entre corpúsculos e ondas ainda existe para a Física moderna, desta
vez de uma forma muito mais profunda e intrincada. Aceitemos a derrota da
teoria corpuscular da luz até reconhecermos a natureza problemática da
vitória da teoria ondulatória." (Einstein e Infeld, A Evolução da Física).

> [não sei se as palavras se usam ai no BR, por isso aqui fica que
> baboseira=asneira e cambada=depreciativo de 'conjundo' ]

Usa-se mais asneira, mas entende-se também como baboseira. Cambada também é
utilizado, se bem que com forte teor pejorativo.

> O que não existe é "classicismo". Existe Ciencia. Ideis, Fisica e
> Experimentação.
> Acaso "campo" é algo não-classico? Acaso é "não fisico"?

Eu diria que a ciência DEVERIA comportar várias "Escolas de Pensamento", a
incluirem o classicismo e o modernismo. À medida em que não se toleram
outras maneiras de pensar, deixa-se a ciência de lado e passa-se a pregar o
dogmatismo. A partir daí não existe mais ciência.

> > Na hora em que você fala em fóton e/ou interpreta o fóton com o
> > sentido dado a ele por Einstein (efeito fotoelétrico), o teor
> > clássico da idéia vai por água abaixo.

> Essa tem graça. Porque vai por agua a baixo?
> Que problema ha em uma particula chocar com outra? (fotão, electrão)

Nenhum desde que ela seja sempre ou uma partícula ou uma onda. Se a posição
desta partícula não puder, por um problema de ordem operacional, ser
determinada, ainda assim ela poderá continuar sendo uma partícula clássica;
porém se postularmos uma indeterminação a limitar a medida da posição ou do
momento através de uma constante (de Planck) bem determinada, deixamos o
classicismo de lado, e nem Planck quis assumir esta postura. Lembro, no
entanto, que o princípio de Heisenberg é posterior ao efeito fotoelétrico
(1905). O não classicismo da idéia de fóton não reside aí mas em apoiar-se
ou na dualidade dos fótons ou na teoria de Drude e Lorentz e nenhuma dessas
justificam-se classicamente, pois vão contra a experimentação interpretada
sob o ponto de vista clássico.

> O problema não foi resolvido antes de Eintein pq a energia da luz era
> dita proporcional à intensidade. Quando Eisntein a mostrou
> proporcionl à frequencia a coisa foi muito mais simples
> Sabemos de outros ramos, como a electrónica (com os seus Oscialdores)
> que é a frequencia e não a amplitude que faz enterferir dois sistemas.
> Só que eles não sabiam isso...
> Aquilo que está por detrás do principio-fotoelectrico é mais que
> classico.

Não, o que está por detrás do princípio fotoelétrico é a teoria dos elétrons
livres de Drude e Lorentz e, como já demonstrei em msg anterior (reproduzido
em meu site como "Sobre as origens da física moderna), esta é a base da
física moderna.

> A experiencia de Rutherford ejecta os constituintes do atomo para
> fora. Ela não nos informa de onde eles estão. De qual a sua energia,
> como se destribuem, essas coisas... ela simplesmente bombardeia o
> atomo e analiza os pedaços ... não tem mais informação que a massa
> dos constituintes.
> ( é o principio por detras de uma tecnica de analise nuclear: RBS ,
> Rutherford Back Scatering )

Mas foi por isso que disse em msg anterior que ela não deve ser interpretada
isoladamente. Por outro lado, não adianta tapar o sol com a peneira. Uma
*única* carga elétrica macroscópica, sujeita a uma aceleração centrípeta,
irradia energia, queiramos ou não. Um elétron em órbita não irradia. Porquê?
Apenas para satisfazer os postulados de Bohr? Não, os postulados de Bohr é
que, certos ou errados, foram construídos no sentido de se adequarem a essa
realidade experimental. E não se trata de uma única experiência mas de uma
associação delas.

[ ]'s
Alberto
http://ecientificocultural.com (inglês)
http://ecientificocultural.com/indice.htm (português)



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Me ajudem, por favor!!!
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/11/2001 16:41



rmtakata@altavista.net wrote:
>
> --- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> > Se há sobre-aquecimento, há estado metaestável. Água líquida
> > acima de 100 graus é metaestável.
>
> Independentemente da pressão ambiente? Ou em uma
> situação ideal de 1 atm?

Depende da pressão. A água evapora quando a pressão de vapor
iguala a pressão atmosférica (ou a pressão no fundo do copo
que é ligeiramente maior). A pressão de vapor da água é função
da temperatura.
--
joão
http://www.nonio.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] Me ajudem, por favor!!!
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/11/2001 16:43



TARCISIO BORGES wrote:

>
> Vc não precisa ser cientista para fazer experimentos científicos. Você
> obterá TODAS as respostas para suas perguntas fazendo o seguinte:
>
> 1. Ferva um copo de água no microondas.
>
> É a ciência a serviço de todos.

Ciência "Open source"
--
joão
http://www.nonio.com



SUBJECT: Re: Me ajudem, por favor!!!
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/11/2001 17:57


> > E esse tempo não é "grande" comparado com o tempo necessário para
> > apenas aquecer a água ?
>
> A subida de temperatura deve ser linear com o tempo. O tempo que
> demora a aquecer de 20 a 100 graus é 8 vezes o tempo que demora
> a aquecer de 100 a 110.

Lamento contradizer-te, mas lá pelo 10º ano , fizemos uma experiencia
que exactamente consistia em medir a temperatura em função do tempo.
Existe um periodo de tempo em que a temperatura não se altera.
Esse é o tempo de latência de que falei.
Fora desse periodo a subida é linear. existe contudo uma
descontinuidade.

> > Mas se for um problema de sobre-aquecimento estes promenores não
> > resultam em diferença. E seria uma questão de testar se com eles o
> > mesmo fenómeno acontece para o mesmo tempo.
>
> Não percebi a questão sobreaquecimento versus metaestável. Uma
> coisa não acontece sem a outra.

Pois. De facto como disseste o sobre-aquecimento pode resultar em um
estado meta-estável. Eu estava a pensar outra coisa.
Para evitar o problema, basta então não aquecer a áqua tanto. Certo ?
:-)

[]

Sérgio




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Me ajudem, por favor!!!
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/11/2001 18:13



"Sergio M. M. Taborda" wrote:
>
> > > E esse tempo não é "grande" comparado com o tempo necessário para
> > > apenas aquecer a água ?
> >
> > A subida de temperatura deve ser linear com o tempo. O tempo que
> > demora a aquecer de 20 a 100 graus é 8 vezes o tempo que demora
> > a aquecer de 100 a 110.
>
> Lamento contradizer-te, mas lá pelo 10º ano , fizemos uma experiencia
> que exactamente consistia em medir a temperatura em função do tempo.
> Existe um periodo de tempo em que a temperatura não se altera.
> Esse é o tempo de latência de que falei.
> Fora desse periodo a subida é linear. existe contudo uma
> descontinuidade.

Não. O tempo de latência ocorre quando o fluido entra em ebulição.
O líquido só aquece acima dos 100 graus se não entrar em ebulição.

> > > Mas se for um problema de sobre-aquecimento estes promenores não
> > > resultam em diferença. E seria uma questão de testar se com eles o
> > > mesmo fenómeno acontece para o mesmo tempo.
> >
> > Não percebi a questão sobreaquecimento versus metaestável. Uma
> > coisa não acontece sem a outra.
>
> Pois. De facto como disseste o sobre-aquecimento pode resultar em um
> estado meta-estável. Eu estava a pensar outra coisa.
> Para evitar o problema, basta então não aquecer a áqua tanto. Certo ?
> :-)

Sim, desde que consigas controlar o tempo.
--
joão
http://www.nonio.com



SUBJECT: Re: Me ajudem, por favor!!!
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/11/2001 08:08

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
>
>
> "Sergio M. M. Taborda" wrote:
> >
> > > > E esse tempo não é "grande" comparado com o tempo necessário
para
> > > > apenas aquecer a água ?
> > >
> > > A subida de temperatura deve ser linear com o tempo. O tempo que
> > > demora a aquecer de 20 a 100 graus é 8 vezes o tempo que demora
> > > a aquecer de 100 a 110.
> >
> > Lamento contradizer-te, mas lá pelo 10º ano , fizemos uma
experiencia
> > que exactamente consistia em medir a temperatura em função do
tempo.
> > Existe um periodo de tempo em que a temperatura não se altera.
> > Esse é o tempo de latência de que falei.
> > Fora desse periodo a subida é linear. existe contudo uma
> > descontinuidade.
>
> Não. O tempo de latência ocorre quando o fluido entra em ebulição.
> O líquido só aquece acima dos 100 graus se não entrar em ebulição.

Supunhamos que o ponto de ebulição é 100º
Antes dos 100º não ha problema nenhum, a temperatura sobe conforme a
energia térmica dada ao sistema e o tempo.
Quando se atinge o ponto de ebulição a temperatura para de subir. A
energia dada ao sistema não vai alterar a temperatura, mas sim o
estado ligado das moléculas.Começa a passagem ao estado gasoso,a
ebulição.
Até aqui tudo bem ,né?

Continuando a dar energia a temperatura continua constante pelo tempo
que demorar a 'desligar' todas as moléculas.
Quando todas estiverem desligadas temos um gás e não mais um liquido.
A energia dada agora altera a temperatura. durante o resto do tempo a
temperatura continua a subir.
em gáfico T(tempo) seria algo como

__/
/

Não?

O que acontece que o processo for interrompido a meio quando a
temperatura não está a variar ?

O sistema deixa de ter uma fonte externa de energia, e ele está a uma
temperatura maior que o ambiente.

[]

Sérgio




SUBJECT: jocax - Temporariamente off
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, acropolis <acropolis@yahoogroups.com>, excalibur2 <excaliburciencia@yahoogroups.com>, scientia <scientiauna@grupos.com.br>, excalibot <excalibur-ot@yahoogroups.com>, movimento-filo <movimento-filo@egroups.com>, PortAberta <PortAberta@yahoogroups.com>, Despertar <despertar@yahoogroups.com>
DATE: 29/11/2001 08:25

Colegas da lista,

Estarei apenas em modo Web - sem receber mails da lista - por algum
tempo.

Se alguem quiser que eu recebe algum mail, favor mandar uma copia
para : jocax@usp.br

[]s
jocax




SUBJECT: Quem sabe algo?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/11/2001 08:55

Ois,

tenho recebido ultimamente algumas mensagens com as seguintes características:

(sinal de arquivo anexado) (nome do remetente) (Assunto: Re:)

Ao clicar sobre a mensagem abre um quadro de advertência indicando material anexado e as opções 'abrir' ou 'salvar' e, os nomes dos arquivos são estranhos. Não abro e deleto.

Mas, hoje recebi uma mensagem exatamente na forma:

(sinal de arquivo anexado) (Roberto Belisário) (Assunto: Re: Empuxo de Newton)

O restante tudo em branco .... o nome do arquivo anexado é: S3MSONG.DOC.scr (29 KB)

Não abri o anexo. E essa mensagem é o caminho para perguntar ao Belisário "de que se trata?", ou se foi envio real etc.

Só essa semana já recebi umas 15 nesse formato com vários sufixos: .scr, .pif, .doc, .exe, ......

Agradeço

[]'
Léo



SUBJECT: Re: [acropolis] o argumento da nao crenca
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/11/2001 09:08


> > O que quero dizer é que o que dizes não implica em nada do que
pensas.
> > A 1ª lei mantém-se válida.
>
> Sem dúvida. Mas qual é realmente a 1ª lei?

"A energia não se produz, não se destroi, apenas se transforma"

Matemáticamente isto representa-se pela derivada local (parcial) da
energia em ordem ao tempo ser nula sempre. Donde a derivada total é
dada por DE/Dt = dE/dt + v.gradE , onde v é a velocidade de
propagação da energia.
como dE/dt =0 , a energia não se constroi, não se destroi, a variação
de energia apresenta-se apenas pelo fluxo de energia.

>O que estou tentando dizer é que dU é diferente
> de dE = d(Energia do sistema) por uma diferença igual a dN.

Não, e ha duas razões para isso.
Uma é pq dU = variação da energia do sistema, por definiçao.
Esta é uma razão 'fraca'

a razao forte é a seguinte.

Sabemos que o trabalho representa a variação de energia cinética.
pois dW = Fdr =Fvdt =mvdv/dt =0.5mdv²/dt =d(0.5mv²)dt = dEc/dt

A alteração da energia cinética implica na alteração do volume do
sistema, ou caso isso não seja possivel , na alteração da pressão do
sistema.

Até aqui nada de novo.

A alteração da energia interna de um sistema, pode ser então
relacionada com a realização de trabalho. Ou seja , com a alteração
de volume e/ou pressão.

Mas a energia não se cria nem se destroi, e portanto pelo 1º
principio da termodinâmica se a energia interna se alterar sem que
seja realizado trabalho, então é porque existe outra forma de alterar
a energia interna. Sem saber qual é essa forma, vamos chamar-lhe Q

Então dU=dW+dQ

dQ é por difinição todas as variações da energia interna que não se
traduzam na realização de trabalho.

Analizemos agora a função energia interna.

Da termodinâmica é dito que um estado é ditado por 3 variáveis

U=U(S,V,N) , onde S é a entropia, V o volume e N o nº de elementos
dos sistema.

a variação de U é portanto

dU=(dU/dS)dS + (dU/dV)dV + (dU/dN)dN

que se mostra ser

dU=TdS - p dV + miu dN

Onde T é a temperatura, p a pressão e miu o potencial quimico.

o termo em dV , como vimos é o termo de trabalho. dW=-pdV

Então, constactamos que dQ= Tds+ miudN

E agora nada numa manga, nada na outra, a conclusão:

QUANDO, e escrevo bem grande para se ver, se pode afirmar que não
existe variação do numero de elementos no sistema dN=0 é que vem
dQ=TdS
E SÒ nessa hipotese é que podemos dizer que o termo dQ se associa à
variação de temperatura.

Contudo históricamente dN era sempre nulo nas experiencias fisicas.
Interessava aos quimicos , mais que aos fisicos.
E o termo dQ foi batizado de Calor.
Algo que confunde muita gente pq se confunde este Calor, com o calor
termico a que nos referimos normalmente: "hoje está muito calor"

Numa máquina de Carnot é falado do calor termico e identificado com o
Calor termodinâmico pq, e apenas pq, se está a pensar que dN=0
As manipulações feitas pelas máquinas são mecânicas e não quimicas.

Agora, pensemos no decaimento radioactivo. dN=0 ?
Não, se se produzirem particulas alfa.
A energia interna do sistem [nucleo] foi alterada? sim.
E essas particulas produzem trabalho ? não.
Então o que nos diz a 1ª lei da termodinâmica? Diz-nos que a energia
não se cria e não se destroi. Se a energia interna variou e não houve
produção de trabalho então teve de haver variação de outra energia. O
Calor.
Mas houve variação da temperatura ?
Suponhamos que não. Não sei. Mas simplifiquemos.
Então dQ = miu dN.

Outro exemplo. Aquecemos um filamento metálico. Ele vai imitir
electrões. Supondo que não o aquecemos via corrente electrica, o
numero de electrões vai diminui no sistema filamento.
Mas não ha produção de trabalho. dU=dQ = TdS + miu dN

O teu dN é este dN aqui.
Escreves dE=dX-dN
Para ti dE =dU, a energia interna.
E dX apresenta-se como a variação por trabalho e energia termica.
Então isto cai no que escevi antes sobre dU =dW + TdS + miu dN

alguns sinais aparecem trocados, mas isso são convenções para o caso
do trabalho, e no caso de N ,foi pq escolheste assim. Não sei pq, mas
é um convenção tua subtraires dN em vez de somar.

O teu dN é portanto o dN deste ha muito conhecido. Representa [a
variação d'] o numero de elementos constituintes do sistema.

É aplicável sobretudo em quimica, mas tb em fisica das particulas e
fisica nuclear.

> O que estou
> propondo é que dN será igual a zero se e somente se a transformação
>for reversível

Bom, isso não sei.

>condição em que dU = d(Energia do sistema). A equação com os
> três termos seria então dU = dQ + dW = dE - dN. Ou, então, dE = dQ
+ dW +
> dN. Como N seria uma propriedade de estado do sistema, não é de se
> estranhar que numa transformação cíclica a integral de dQ + dW seja
igual a
> zero (e esta é uma das maneiras de se enunciar a primeira lei)

um tanto rebuscada... o principio "não se cria, não se destroi" é
muito mais fisico :-), pq mais impirico.
Mas repara que a tua conclusão é a mesma que eu escrevi, pq estás a
assumir que dQ são variações de temperatura TdS. Na realidade não
estás a mudar a termodinâmica mas apenas a usá-la. A usá-la para
falar de entropinos e variação de numero de particulas. Tudo bem com
isso. A termodinâmica 'tá preparada' :-)
Não ha variáveis escondidas na termodinâmica :-))) pelo menos não
essas.

> Em outras palavras: podemos criar neutrinos à vontade simplesmente
> esfregando as mãos (uma transformação irreversível do ponto de vista
> termodinâmico).

Tlv essas entidades chamadas entropinos se possam criar dessa forma.
Se bem que nada nos diz que a entropia seja transportada, pq ao
contrário da energia, a entropia não se conserva.(olha a queção
escrita no principio)

Neutrino é uma particula que advém do decaimento do neutrão (não só
mas tb). Não é uma particula qq que apareça em todos os processos.
Donde produzir neutrinos a esfregar as mãos é um grande abuso de
linguagem e de identificações neutrino=entropino, não justiicadas e
sobre tudo não testadas!

A termodinâmica sempre ganha :-) E tlv por isso na ideia de Eisntein,
e não só, na de outros, onde me incluo, ela seja provavelmente tão
sólida como é humanamente possivel obter.

As referencias à MQ não tem nada a ver com o assunto e são apenas
forçadas para o uso da expressão "variável escondida". A qual não
existe, como espero ter acabado de te mostrar.

:-)

[]

Sérgio




SUBJECT: Re: [ciencialist] Quem sabe algo?
FROM: "Renata" <respn@terra.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/11/2001 09:13

Isso aí é vírus.
Aliás, tem uma praga virtual nova, pequeniníssima, que anda infestando micros por aí e tem apenas 2k.
Cuidado. No site do Panda tem o removedor www.pandasoftware.com.
Renata

*********** REPLY SEPARATOR ***********

On 29/11/01 at 08:55 Luiz Ferraz Netto wrote:

>Ois,
>
>tenho recebido ultimamente algumas mensagens com as seguintes características:
>
>(sinal de arquivo anexado) (nome do remetente) (Assunto: Re:)
>
>Ao clicar sobre a mensagem abre um quadro de advertência indicando material anexado e as opções 'abrir' ou 'salvar' e, os nomes dos arquivos são estranhos. Não abro e deleto.
>
>Mas, hoje recebi uma mensagem exatamente na forma:
>
>(sinal de arquivo anexado) (Roberto Belisário) (Assunto: Re: Empuxo de Newton)
>
>O restante tudo em branco .... o nome do arquivo anexado é: S3MSONG.DOC.scr (29 KB)
>
>Não abri o anexo. E essa mensagem é o caminho para perguntar ao Belisário "de que se trata?", ou se foi envio real etc.
>
>Só essa semana já recebi umas 15 nesse formato com vários sufixos: .scr, .pif, .doc, .exe, ......
>
>Agradeço
>
>[]'
>Léo
>
>
>&&& --- &&&
>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>Para sair da lista envie um mail para
>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
>&&& --- &&&
>
>Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Me ajudem, por favor!!!
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/11/2001 11:04



"Sergio M. M. Taborda" wrote:
>
> --- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> >
> >
> > "Sergio M. M. Taborda" wrote:
> > >
> > > > > E esse tempo não é "grande" comparado com o tempo necessário
> para
> > > > > apenas aquecer a água ?
> > > >
> > > > A subida de temperatura deve ser linear com o tempo. O tempo que
> > > > demora a aquecer de 20 a 100 graus é 8 vezes o tempo que demora
> > > > a aquecer de 100 a 110.
> > >
> > > Lamento contradizer-te, mas lá pelo 10º ano , fizemos uma
> experiencia
> > > que exactamente consistia em medir a temperatura em função do
> tempo.
> > > Existe um periodo de tempo em que a temperatura não se altera.
> > > Esse é o tempo de latência de que falei.
> > > Fora desse periodo a subida é linear. existe contudo uma
> > > descontinuidade.
> >
> > Não. O tempo de latência ocorre quando o fluido entra em ebulição.
> > O líquido só aquece acima dos 100 graus se não entrar em ebulição.
>
> Supunhamos que o ponto de ebulição é 100º
> Antes dos 100º não ha problema nenhum, a temperatura sobe conforme a
> energia térmica dada ao sistema e o tempo.
> Quando se atinge o ponto de ebulição a temperatura para de subir. A
> energia dada ao sistema não vai alterar a temperatura, mas sim o
> estado ligado das moléculas.Começa a passagem ao estado gasoso,a
> ebulição.
> Até aqui tudo bem ,né?
> Continuando a dar energia a temperatura continua constante pelo tempo
> que demorar a 'desligar' todas as moléculas.
> Quando todas estiverem desligadas temos um gás e não mais um liquido.
> A energia dada agora altera a temperatura. durante o resto do tempo a
> temperatura continua a subir.
> em gáfico T(tempo) seria algo como
>
> __/
> /
>
> Não?

Isso é o que acontece normalmente. Mas o fenómeno da
meta-estabilidade faz com que o patamar ocorra acima dos
100 graus.

De qualquer das formas, a experiência que descreves é complicada.
Se o recipiente for aberto, o líquido começa a evaporar e sai todo
do recipiente. A segunda subida não ocorre. Se o recipiente for
fechado, as coisas também se passam de forma diferente porque
o líquido evaporado vai alterar a pressão do recipiente alterando
a temperatura de ebulião. Numa panela de pressão não há patamar.


> O que acontece que o processo for interrompido a meio quando a
> temperatura não está a variar ?
>
> O sistema deixa de ter uma fonte externa de energia, e ele está a uma
> temperatura maior que o ambiente.

Se o recipiente estiver fechado a água volta a condesar e deois
arrefece:
_ _
/ \

A temperatura sobe, permanece constante enquanto evapora, permanece
constante enquanto condensa e diminui enquanto arrefece.

Se o recipiente estiver aberto não há condensação.
--
joão
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Quem sabe algo?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/11/2001 11:06

São vírus.

Joao
http://www.nonio.com

Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> Ois,
>
> tenho recebido ultimamente algumas mensagens com as seguintes características:
>
> (sinal de arquivo anexado) (nome do remetente) (Assunto: Re:)
>
> Ao clicar sobre a mensagem abre um quadro de advertência indicando material anexado e as opções 'abrir' ou 'salvar' e, os nomes dos arquivos são estranhos. Não abro e deleto.
>
> Mas, hoje recebi uma mensagem exatamente na forma:
>
> (sinal de arquivo anexado) (Roberto Belisário) (Assunto: Re: Empuxo de Newton)
>
> O restante tudo em branco .... o nome do arquivo anexado é: S3MSONG.DOC.scr (29 KB)
>
> Não abri o anexo. E essa mensagem é o caminho para perguntar ao Belisário "de que se trata?", ou se foi envio real etc.
>
> Só essa semana já recebi umas 15 nesse formato com vários sufixos: .scr, .pif, .doc, .exe, ......
>
> Agradeço
>
> []'
> Léo
>
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> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
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> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html

--
joão
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Quem sabe algo?
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/11/2001 11:24


Sim, é vírus. Contaminou-me e foi enviado automaticamente para todo
lado.

Para removê-lo, siga as instruções em:

http://www.symantec.com/region/br/avcenter/data/w32.Badtrans.13312_mm.html

Belisário

----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, November 29, 2001 8:55 AM
Subject: [ciencialist] Quem sabe algo?


> Ois,
>
> tenho recebido ultimamente algumas mensagens com as seguintes
características:
>
> (sinal de arquivo anexado) (nome do remetente) (Assunto: Re:)
>
> Ao clicar sobre a mensagem abre um quadro de advertência indicando
material anexado e as opções 'abrir' ou 'salvar' e, os nomes dos arquivos
são estranhos. Não abro e deleto.
>
> Mas, hoje recebi uma mensagem exatamente na forma:
>
> (sinal de arquivo anexado) (Roberto Belisário) (Assunto: Re: Empuxo de
Newton)
>
> O restante tudo em branco .... o nome do arquivo anexado é:
S3MSONG.DOC.scr (29 KB)
>
> Não abri o anexo. E essa mensagem é o caminho para perguntar ao Belisário
"de que se trata?", ou se foi envio real etc.
>
> Só essa semana já recebi umas 15 nesse formato com vários sufixos: .scr,
.pif, .doc, .exe, ......
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> Agradeço
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> []'
> Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Me ajudem, por favor!!!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/11/2001 11:36

Ois,
Também quero 'opiniar'... faz bem á saúde!

Bem, vejamos a la Jack, o açougueiro:

1) o processo de aquecimento via microondas é diferente daquele tradicional da panela no fogão, vejamos a diferença:

a) no fogão, o fundo da panela (metálica) recebe calor direto da fonte e as laterais da panela bem menos; os gases superaquecidos das chamas já forneceram um dose respeitável de calor em contato com o fundo. Assim sendo há uma substancial diferença de temperatura entre uma região do fundo e uma região lateral.

Nota 1: Se a fonte fosse colocada de modo a aquecer somente as laterais a água do fundo não ferveria (isso é uma experiência manjada).
Nota 2: Se durante a fase de ebulição da água da panela vc colocar um copo (metálico ou não) com água mergulhado na água fervente (tipo banho maria) a água do copo jamais ferverá (outra experiência manjada).

De início, no processo de aquecimento na panela, por ser a água um péssimo condutor de calor, ocorre a formação de correntes de convecção. Essa troca de lugar da água aquecida pela água fria, decorrente do agente gravidade, vai aquecendo progressivamente a água. Entretanto, quanto mais a temperatura sobe, menos intensa vão ficando as correntes de convecção pois as diferenças de temperaturas vão ficando cada vez menores. Nessa fase de 'bréque' das correntes (a temperatura já rodeia os 80 graus célsius), a água fica mais tempo em contato com as paredes e fundo.

Nota 3: Água não é H2O é (H2O)n. O 'pacote água' contém cerca de 10 moléculas H2O; o 'pacote vapor d'água'tem cerca de 3 moléculas H2O e o 'pacote gás d'água' --aos 3000 K-- tem 1 molécula livre de H2O. Nesses termos, 'ferver' é quebrar o pacote de 10 em pedaços de 2! Isso acorrerá se são satisfeitas certas condições: pressão adequada e energia interna limite.

Nesse contato + prolongado o ar dissolvido entre pacotes d'água sofre uma dilatação (graças ao calor recebido pela irradiação do fundo e paredes) tal que permite o aparecimento de uma micro-bolha (esse aparecimento é favorecido pela presença de partículas em suspensão na água ou minúsculas irregularidades no fundo ou parede da panela --riscos no alumínio --). Dentro dessa micro-bolha o vapor d'água é saturante, naquela temperatura, porém menor que a pressão atmosférica.
A bolha esquenta um pouco mais, o volume aumenta, o empuxo aumenta, a bolha sobe, a pressão total sobre ela diminui, o volume aumenta, o empuxo aumenta, ela sobe, a pressão total sobre ela diminui ... a bolha grandinha chega na superfície e buum! Bolhinhas vão subindo e ficando grande ...
Mas a temperatura geral continua a subir, o número de micro-bolhas aumenta, a pressão de vapor iguala-se á pressão reinante naquela profundidade, o aumento de volume é enorme, a bolha explode onde estiver ... é a ebulicão.... viva!!!

b) no microondas não há fonte de calor localizada, não há fundo e não há paredes para estabelecer gradiente de temperatura. A fonte é esférica, simétrica, constituída de campo oscilante na freqüência justa para ressoar com os momentos dos dipolos da água. Essa freqüência afeta a energia interna do pacote de 10 ... mas não afeta o ar dissolvido, péssimo condutor e não há irradiação por parte de fundo e paredes (que não esquentam). Eis o 'drama' dos pacotes internos que, no limite, podem atingir temperatura 8 gráus acima da temperatura de ebulição. O ar não aquece, não há formação de bolhas, não há correntes de convecção pois não há gradiente sob qualquer direção. Na superfície os pacotes, sob menor pressão que os internos, sofrem alguma quebra que, aos olhos do observador, dá a entender que 'chegou na ebulição'.
O observador, abre a porta do aparelho e toca no vasilhame (além de uma golfada de ar frio que penetra no forno) e/ou acrescenta alguma substância (soluto) na água ---pacote de 10 em estado crítico ---. Daí prá frente é só pacotes que desagregam e lançam pacotes de 10 e pacotes de 2 para o ambiente. É uma ebulição parcial com erupções de pacotes de 10.
Acelerará a observação do processo colocar no microondas água já previamente fervida, pois a quantidade de ar dissolvido é menor e facilitará a obtenção do estado crítico.
Diminuirá ou mesmo liquidará com o processo a presença de algum soluto nessa água ou mesmo a presença de um corpo de superfície áspera tal qual uma colher de pau ou um saquinho de chá.

E assim falou zaratrusta!

[]'
Léo




SUBJECT: Re: Calor especifico e fisica classica
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/11/2001 13:10


> No Brasil não conheço uma universidade pública onde essas
> hipóteses não sejam encaradas como dogmas e a refletirem
um "princípio de
> autoridade" importado do exterior.

Isso é comum em todo o lado pelo que me é dado ver.
Como é costume dizer "quem sabe faz, quem não sabe ensina"


> > E se não dá certo sempre, onde falha?
>
> Estás propondo que eu responda a uma pergunta ou que escreva um
livro? :-)
> Bem, vou dar apenas um exemplo: Diria que a MQ falha ao não
conseguir
> explicar como e porquê *às vezes* ela dá certo (essa crítica, com
outras
> palavras, é originária de Schrödinger).

Bom isso dito assim não é nada. Nenhuma ciencia, ou parte dela sabe
responder a essas perguntas.

O como e o porquê das ideias darem certo é uma incógnita para a
ciencia.

> > > E, com efeito, chegou-se a
> > > descobrir, para surpresa de alguns matemáticos que diziam o
> > > contrário, algumas variáveis escondidas e que não abalaram os
pilares da
> > > teoria (nêutron, antimatéria, neutrino, etc).
>
> > Isso são variáveis escondidas?
>
> O termo variável escondida nunca foi muito bem definido. Não
obstante, mesmo
> raciocinando-se matematicamente, pode-se pensar em novas partículas
como
> algo a gerar conceitos relacionados a "variáveis escondidas".

Não vejo assim e não acho que tenha nada a ver com matemática.
As variáveis escondidas são de natureza fisica, i.e., Grandezas.

Descrevo isso
> em "Variáveis escondidas e a termodinâmica", quando mostro que o
neutrino
> (ou, talvez, o entropino) pode ser pensado como algo a gerar uma
variável N
> de natureza energética e não relacionada ao que experimentalmente
definimos
> como trabalho termodinâmico e nem como calor.

Comentei isto no outro mail.simplesmente não concordo com a tua
análise sobre N.

As variáveis escondidas vieram à tona d'água por causa do principio
de Heisenberg que foi então

intrepretado como um Indeterminismo irremediável.
Sendo Einstein um determinista (algo que é classico), ele não aceitou
isso. E então chega à

conclusão que : ou existem variáveis que não conhecemos,
i.e. que não estamos a levar em consideração, ou o princpio de
Indeterminação está errado.
(notar que principio de indeterminação é diferente de principio de
Heisenberg. mas naquela altura

eram sinónimos...aliás ainda são para muitos)
Então nasce o paradoxo EPR para dizer que : Não. Não ha variáveis
escondidas,e é o principio de

indeterminação que está errado.
Demasiado simples para se compreender, não é ?
Pois, por isso lhe chamam paradoxo.

Dai Bohr, disse: ok, então se podemos saber sempre considerar um
sistema maior, que aplicando a

mesma teoria, nos informe daquilo que num sistema menor não podemos
saber, restanos dizer que a

teoria da MQ em si é completa, embora os problemas possam estar mal
equacionados.
E daqui o Teorema da Complitude.

As pessoas encasquilharam com o principio de Heisenberg ser uma "lei
do indeterminismo". Coisa

que não é. E foi mostrado que não é.
Se a fisica fosse indeterminista que raio de ciencia seria?
Os sistemas [tlv pseudo] indeterminsticos como o voo de uma mosca,
não são objecto da previsão

fisica.

>Por
> outro lado, há quem diga que as idéias do matemático Neumann quase
que
> chegavam a proibir a existência dessas variáveis, mas quero crer
que ele
> tenha sido mal interpretado (não li o original).

Não conheço tal personagem. Mas não me admirava se esse fosse o
resultado.

> Apenas como adenda, diria que para Newton o desvio do raio de luz
>se daria antes da entrada da luz no meio 2.

Isso é curioso. Como se mede isso? (a luz é demasiado rápida para
vermos o traçar da sua

trajectória)
Significa isso que o raio "sabe" que vai entrar? Ou seja, que existe
transmissão de informação

'do futuro' ?

> > Não sei até onde Newton trabalhou em optica. Não sei se ele media
> > indices de refracção. Mas se o fez ele deve ter deparado com o
valor
> > de c em todos os materiais, já que o indice de refracçao é
defenido
> > como n=c/v ... e é um numero sempre maior que 1. Que significa
que v
> > é sempre menor que c... isto só por si não basta, mas aponta para
a
> > necessidade da velocidade da luz como um limite.
>
> Mas ninguém está discutindo a existência desse limite. Esse limite
existiria
> qualquer que fosse a relatividade considerada. Isso apenas comprova
que a
> luz no vácuo viaja a uma velocidade mensurável e constante em
relação a um
> referencial fixo ao laboratório.

Mas a velocidade da luz no vácuo depende apenas do vácuo, ou seja ,
das constantes que o definem.
Não depende da velocidade com que o vácuo se move em relação a nós.
Pq ele não se move em relação

a nós.
(se ele se movesse em relação a nós teriamos um vácuo dinamico, e
isso implicaria na existencia

de aether.
A velocidade da luz é constante pq o aether não existe. Não é o lab
que é fixo, é o vácuo que é

fixo.)


> > A questão é: como se expande a fisica de newton ao limite em que o
> > valor finito do transporte da acção não pode ser despresado?
>
> Pelo que sei, as fórmulas originais de Maxwell também não
explicitavam esse
> problema e Maxwell, assim como Newton, deixou claro que isso poderia
> ocorrer (capítulo XXIII de sua obra). Isso foi matematizado, em
termos de
> potenciais, e da maneira como utilizamos hoje, por Lienard e
Wiechert, no
> final do século XIX e começo do século XX.


Potenciais... ok... então e F=ma ? como se expande isso ?
p=mv, como se expande isso ? E=0.5mv² , como se expande isso ?
Estas coisas é que formam a base da fisica. Os potenciais são
entidades adjuntas a estas.


> > Einstein parece ter respondido a isso, introduzindo o postulado
que
> > faltava. O limite da luz.
> > A obra dele é acreditada como aquela que expanda a fisica de
newton
> > ao limite da velocidade finita da acção.
>
> Já disse acima que os termos "limite" e "finito" fazem parte da
física
> newtoniana. O que diferencia a física newtoniana da einsteiniana
não está na
> existência de uma velocidade limite ou finita para a ação ou luz,
mas na
> caracterização, ou não, da independência deste valor com o
referencial.

Newton acreditava num referencial absoluto.
Uma velocidade finita e constante nesse referencial como é vista
pelos outros referenciais ?
Todos os outros referciais são ligados a este por um ponto origem e
um vector que liga a origem

com um ponto fixo do espaço
[ou em alternativa a um ponto com velocidade C, já que sendo ela
sempre constante nesse

referencial dC/dt=0, basta subtrair para obter a origem]

medimos velocidades supondo que a origem do nosso ref é fixa. Mas ela
não é fixa num ref

absoluto. Então a todos os vectores velocidade teremos de
subtrair/adicionr o vector que liga a

velocidade que medimos com a velocidade que mediriamos se
estivessemos no ref fixo.
Isso envolve a teoria de galileu, pura e simples, a ideia de Newton
de ref absoluto e de um

vector que liga esse ref a todos os outros. A velocidade da luz.

> Toda
> a esquisitice da teoria de Einstein começa com essa suposição e é
nesse
> sentido que French (do MIT) afirma que "vai contra o senso comum"
e, em
> decorrência disso, diz que a teoria de Einstein é uma teoria não
clássica.

O tanas. Einstein estabelece um ref absoluto, o da luz/vácuo
E é em ordem a ele que tudo é calculado, pq lá , tudo é invariante.
Pq é invariante? pq é absoluto.
Tlv Einstein não estivesse a pensar assim quando formulou a teoria,
mas foi isso que ele

desenvolveu: um referencial absoluto.
Tlv vá contra o senso comum, mas mais classico que isto não ha.
Einstein não mudou uma virgula na visão do mundo de Newton.
Os 'fisicos modernos' é que acham que sim.

Para os antigos, a terra se mover pelo espaço era contra o senso
comum. O sol estar no centro da

terra era contra o senso comum.
Muitos feitos cientificos abalaram o senso comum. Conclui-se que o
senso comum está errado.
E como é do senso comum que Einstein tenha mudado o paradigma da
fisica, isso está errado tb.

E é este falso digamos, entendimento, do decurso das ideias que deu
no que conhecemos hoje.

Confusão. E no meio da confusão todos se apegam ao que a maioria
aceita. O que como sabemos não

tem de ser a verdade.

> > Então fico esperando pela dedução das eq de Maxwell a partir do
teu'
> > fi que não é potencial'
>
> A dedução da lei de Coulomb já está apresentada no meu site. A de
Ampere é
> quase imediata. Com isso eu chego do elétron ao macrocosmo (carga
elétrica e
> corrente elétrica). A partir daí é só seguir a receita preparada por
> Maxwell, quando sintetizou o que os outros construtores do
eletromagnetismo
> fizeram. Não há porque repetir o que já foi feito. Quando muito, o
que posso
> é tentar evoluir em direção ao microcosmo e/ou à relatividade, e aí
começo a
> esbarrar nos dogmas quânticos e/ou relativísticos.

A meu ver é inegável que existe um falso entendimento daquilo que a
fisica moderna significa.
Não da fisica moderna em si, não do seus resultados, mas daquilo que
a fisica moderna significa.
Do que significa c ser invariante, do que significa o principio de
Heisenberg, o que é realmente

um fotão: se uma particula, um quanta, ou uma particula que
transporta quantas.

> > > > Quanto mais perturbaçoes existirem no meio, menor será a
> > > > velocidade. então num meio sem perturbação alguma ela será
máxima.
> > > > No caso da luz esse máximo dá-se no vácuo.
> > > > E é isto o principio de máximo da velocidade da luz.
>
> > > Para criticar Newton, o mínimo que deveríamos fazer seria nos
> > > colocarmos na posição dele. Para Newton a luz era corpuscular,
logo o
> > > vácuo ou o "aether" podem ser deixados de lado nestas
considerações.
>
> > PorquÊ?
>
> Porque numa *teoria de emissão*, seja de corpúsculos, seja
de "alguma coisa
> de natureza imaterial" (= informações, campo, etc.) e não
ondulatória,

Ha um problema quando dizes "campo"
O campo não provoca qq acção se não variar.
A luz é uma variação de campo. O fotão é um "delta de Dirac" num
campo (um pedra que sai de um

charco. o charco é o campo e a perturbação nele o fotão)

Portanto, campo de informação não é nada.
O campo precisa variar. A sua variação é que transporta informação.

O exemplo das cargas em presença uma da outra é um bom exemplo disso.
ambas produzem um campo. O

campo só por si dá informação (produz força), mas se o campo variar
ele tb produz uma informação.
Havendo informações de vários graus, Campo de Informação é muito
estranho.


> o
> vácuo ou o aether é apenas um continente a não influenciar a
natureza
> e/ou a velocidade do conteúdo.

O Erro de Descartes se torna no Erro de Michaelson...
A luz na água. qual é a sua velocidade? v=c/n onde n é o indice de
refracção da água.
E se a agua estiver a mover-se , qual é esse velocidade?

A menos que mostrem que o indice do material depende da velocidade a
que ele se move, a

velocidade da luz num meio não depende da velocidade desse meio.
Donde se conclui, que se existisse um aether, a velocidade da luz
nele não se alteraria, mesmo

que a velocidade relativa entre nós e ele seja não nula.

Por isso, não sei o que o Michaelson queria observar.
Alguem sabe se experimentaram a experiencia dele dentro de água ?


> > Se a luz é corpuscular, então entre os seus corpusculos o que ha?
> > Nada? alguma coisa? algo que é, mas não é luz, nem matéria? Então
> > é vacuo.
>
> Porquê essa estranheza? Algumas teorias assumem propriedades
físicas para o
> vácuo;

Não. Elas assumem que existem campos nos pontos do vácuo. Que esses
campos têm energia e que

portanto fenómenos podem acontecer por causa disso.
O Efeito Casimir mostra que essa energia do vácuo existe.
Por isso vácuo é diferente de vazio.
Vazio é a ausencia de tudo. Vácuo é apenas a ausencia de matéria.
As propriedades fisicas do vácuo não vão contra o que perguntei.

Por isso, se não é matéria, e não é luz (campo EM) então é vácuo. Não
vazio.
O campo gravitico , por exemplo, pode lá estar.

Portanto a pergunta mantém-se: entre esses corpusculos o que ha?

> uma partícula em repouso absoluto não
> emitiria informação alguma de seu movimento (pois que este é nulo).
Minha
> física termina aqui, além do qual qualquer nova conjectura seria do
âmbito
> da metafísica.

Ok. digamos que sim.
Então uma particula em movimento B, em relação a essa,A, emitiria
informação do seu movimento.
A particula A observaria então essa informação vinda de B pq ela
estava em movimento relativo a

ela.
Mas pelo principio do movimento relativo (Galileu), do ponto de vista
de B, era A quem se

moveria.
Entao A emitiria informação do seu movimento (as leis da fisica não
dependem do referencial).
B observaria essa informação.

Mas começamos por supor que A não emitia informação nenhuma. Então
que informção é essa que B

observa? é a informação que ele proprio está a emitir, mas em reverso.

Porquê A não emite informação? Pq está parado no ref absoltuo e por
isso parado sem emitir qq

informaçao do seu movimento.
Então pq B emite se no seu ref ele tb está parado ?
Pq o seu ref não é absoluto.
Então todas as particula que não estão no ref absoluto emitem
informação do seu movimento.

Mas ha outro tipo de informação necessária. A informação de
existência.
A não se move, mas B sabe que A existe. Como ?
Será possivel saber que A existe se ele não se mover ?
Ou seja, a informação do movimento é a mesma que a da existência, ou
não ?


> > Para Einstein a luz era corpuscular. Só assim faz sentido em
falar em
> > velocidade de fotões. Os quanta, não têm velocidade.
> > Só sendo particulas faz sentido em falar na massa de fotões.
> > E eles são particulas?
>
> "A história da busca de uma teoria da luz não está de modo algum
concluída.
> O veredicto do século XIX não foi final e definitivo. Todo o
problema de
> decidir entre corpúsculos e ondas ainda existe para a Física
moderna, desta
> vez de uma forma muito mais profunda e intrincada. Aceitemos a
derrota da
> teoria corpuscular da luz até reconhecermos a natureza problemática
da
> vitória da teoria ondulatória." (Einstein e Infeld, A Evolução da
Física).

Pois. As ondas trazem muitos problemas mais que soluções. E a
principal é o principio de

Sobreposição. Isso torna todos os sistemas lineares e imposiveis de
decifrar por

não-linearidades.

> > O que não existe é "classicismo". Existe Ciencia. Ideis, Fisica e
> > Experimentação.
> > Acaso "campo" é algo não-classico? Acaso é "não fisico"?
>
> Eu diria que a ciência DEVERIA comportar várias "Escolas de
Pensamento", a
> incluirem o classicismo e o modernismo. À medida em que não se
toleram
> outras maneiras de pensar, deixa-se a ciência de lado e passa-se a
pregar o
> dogmatismo. A partir daí não existe mais ciência.

Não. Isso é abominável!!
A Ciencia DEVE apenas comportar uma escola de pensamento. A do
pensamento Cientifico!
Pois ele é univoco.
E é isto que não acontece. Acontece haverem várias escolas, em que
uma delas é maioritária e

oficial. o problema está no oficial, pq é essa que é oficialmente
necessária saber, pq é essa qe

vão perguntar. Mas não é essa em si a verdadeira e não tem de ser.

Pensando cientificamente, não ha dogmatismos. Ha tlv liberdade a
mais.
Em ciencia só uma forma de pensar, e é a cientifica. E isto todos têm
que aceitar.
Agora. Existem várias ideias. E teremos que testálas Seja
conceptualmente, experimentalmente,

seja como for. Mas nunca caindo fora da ciencia.

É isso que se faz hoje em dia por esse mundo fora. Mesmo aqui. Cair
fora da ciencia.
Dar ideias é uma liberdade, mas escolher a mais adqueada é uma
necessidade.
O problema está em quem dita essa adquação. Enquanto forem as pessoas
e não a ciencia, não

sairemos desta enbrulhada que os nossos colegas do inicio do seculo
XX nos colocaram.
Exactamente pq eles ouviram as pessoas e não as ideias.


> > > Na hora em que você fala em fóton e/ou interpreta o fóton com o
> > > sentido dado a ele por Einstein (efeito fotoelétrico), o teor
> > > clássico da idéia vai por água abaixo.
>
> > Essa tem graça. Porque vai por agua a baixo?
> > Que problema ha em uma particula chocar com outra? (fotão,
electrão)
>
> Nenhum desde que ela seja sempre ou uma partícula ou uma onda.

E se for sempre uma particula E uma onda ?
Em MQ elas são sempre particulas E ondas.
Elas são particulas pq são enumeráveis, caracterizaveis
individualmente. Electrão com carga e

massa.
São ondas na sua descrissão matemática.
Se preferires, são ondas matemáticas de particulas fisicas.

E quando as observamos como é que é ?
Bom, ai é que a coisa se complica.
Ou usamos a fisica ou usamos a matemática.
Como as constas estão em forma de onda, então é mais facil testar a
teoria procurando por essa

forma de onda.
Fisicamente, sempre pensamos em particulas. E a prova de que é assim
que se pensa, embora usemos

a matemática das ondas, é o efeito de Compton.


O Problema é que depois, usam o principio inverso e dizem que: "se
medimos comportamentos

ondulatórios, é pq as particulas são na realidade ondas"

Isto não tem que ser verdade.

>Se a posição
> desta partícula não puder, por um problema de ordem operacional, ser
> determinada, ainda assim ela poderá continuar sendo uma partícula
clássica;
> porém se postularmos uma indeterminação

Nos postulados da MQ que citem antes, não me lembro de ver lá nenhum
postulado de indeterminação.
[ e aqui cabe a diferença entre postulado e principio que escrevi num
mail ao Jocax nestes dias ]

>a limitar a medida da posição ou do
> momento através de uma constante (de Planck) bem determinada,
deixamos o
> classicismo de lado, e nem Planck quis assumir esta postura.

Um tanque de água. nivel horizontal.
Num dos lados algo move um objecto em movimento vertical.
produzem-se ondas. Quantos picos de onda ?
Sabes contá-los ?
Optimo. Então o numero de picos é quantificado.
Agora aumenta a frequencia. os picos são cada vez menos arredondados.
No limite eles são picos assim | | | | | | | | |....deltas de dirac.

A acção foi continua ou descontinua ?
Ela foi continua.
Então pq temos picos bem identificados?
Pq aumentámos a frequencia. Sabemos a energia desses picos , o seu
numero e a sua frequencia.
Exactamente o mesmo que sabemos para os fotões.

Que água é essa que se agita? O campo electromagnético.
Onde falhas o classicismo ?
Onde fala a ciencia ?

>Lembro, no
> entanto, que o princípio de Heisenberg é posterior ao efeito
fotoelétrico
> (1905). O não classicismo da idéia de fóton não reside aí mas em
apoiar-se
> ou na dualidade dos fótons ou na teoria de Drude e Lorentz e
nenhuma dessas
> justificam-se classicamente, pois vão contra a experimentação
interpretada
> sob o ponto de vista clássico.

Se eu enviar uma areia contra um vidro ele parte ?
E se eu enviar uma imensidão de areias espaçadas com a mesma
frequencia tal que é iguala à

frequencia natural do vidro ? ele parte ?

Sim, ou não?


> > A experiencia de Rutherford ejecta os constituintes do atomo para
> > fora. Ela não nos informa de onde eles estão. De qual a sua
energia,
> > como se destribuem, essas coisas... ela simplesmente bombardeia o
> > atomo e analiza os pedaços ... não tem mais informação que a massa
> > dos constituintes.
> > ( é o principio por detras de uma tecnica de analise nuclear:
RBS ,
> > Rutherford Back Scatering )
>
> Mas foi por isso que disse em msg anterior que ela não deve ser
interpretada
> isoladamente. Por outro lado, não adianta tapar o sol com a
peneira. Uma
> *única* carga elétrica macroscópica, sujeita a uma aceleração
centrípeta,
> irradia energia, queiramos ou não.

Como eu nunca vi isso, eu gostaria de saber que experiencia demosntra
isso.
E pq , teoricamente isso deveria acontecer.

Para que erradie é preciso que saia energia desse sistema.
E não vejo como ela sai sem que o sistema pare e/ou de onde essa
energia vem se ele não pára.

> Um elétron em órbita não irradia. Porquê?

Experimentlmente ele não pára.
Portanto ou existe uma fonte interna de energia ou ele não irradia.
Como a primeira hipotese não pode ser pela 1ª lei da termodinâmica
(não ha criadores de energia)
é a segunda que se deduz.

O electrão não irradia pq não pára.
E pq não pára ? [pq o electrão não cai no nucleo?]

Pq não pode. :-))

Pq não pode ?
Pq o seu estado é estável.

E pq ele é estável ?
TALVEZ Porque: ele acelera e desacelera, aproximando-se e afastando-
se no nucleo.
A energia que emite, é a que ele absorve. O integrar é nulo ao longo
do seu caminho.
A unica condição necessária para que seja nulo é que o comprimento de
onda dessa oscilação que

ele faz seja um multiplo inteiro do percurso que executa.
[quantificação]

Mas quando ele se move para além dessa posição de equilibrio para
outra posição de equilibrio,

ele não obdece mais ao integral nulo a energia que sobra/falta não
tem que sair / entrar ?
Sim. Essa energia, sai/entra sob a forma de fotões.

> Apenas para satisfazer os postulados de Bohr? Não, os postulados de
Bohr é
> que, certos ou errados, foram construídos no sentido de se
adequarem a essa
> realidade experimental.

Realmente. Que coincidência entre o que escrevi e o que ele
postulou... fiquei até com medo. Será

que baixou o espirto dele aqui ?

E agora? o electrão é onda? ou o seu movimento no nucleo é que é
em 'zig-zag', em ondas ?...

Vejamos tb que o movimento de um electrão a velcodiade constante é um
estado estável. Neste caso ele deve excutar o mesmo movimento para
minimizar a energia emitida para o ambiente. Ou seja, anulá-la.
Um electrão em movimento a velocidade constante não emite fotões.Pois
não ? Então isso significa que o comprimento de onda através do seu
percurso tb é um multiplo do seu percurso. Mas quem disse que esse
percurso tinha de ser uma linha recta?

:-))) []

Sérgio



SUBJECT: Re: [ciencialist] Quem sabe algo?
FROM: Prof. José Carlos <j.c@iname.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/11/2001 19:49

Algumas dicas:

Nunca abram anexos de e-mail com extensões:
.exe
.com
.bat
.src
.dot

Antes de abrir passe sempre um antivírus em arquivos com extensão
.doc
.ppt
.mdb
.xls

Ative a opção "visualizar extensões de arquivo" em seu Explorer. Alguns
vírus vem com falsas extensões (como esse descrito no e-mail original que
tem a extensão verdadeira de ".src" - ScreenSaver (programa protetor de
tela). É muito comum vírus e trojans virem em "falsas fotos" -
tiazinhanua.jpg.exe, por exemplo. Se o Explorer não estiver configurado para
mostrar as extensões de arquivo um trojan como esse parecerá
"tiazinhanua.jpg", enquanto que na verdade o arquivo é um programa
executável (extensão .exe).

Mantenha sempre um antivírus ativo enquanto surfa na web ou lê e-mails. Já
existem centenas de páginas na internet com vírus de script que podem
prejudicá-lo apenas abrindo uma determinada página no seu browser. Há boas
opções de antivírus no mercado (alguns gratuitos).

Atualize seu antivírus SEMANALMENTE.

Muitos vírus são recebidos de amigos e pessoas conhecidas que os remetem sem
saber que estão retendo um vírus ou cujos computadores contaminados enviam
e-mails para os membros de seu catálogo de endereços automaticamente. NUNCA
CONFIE EM NINGUÉM.

Em caso de seu computador estar contaminado procure retirar o vírus dando um
boot frio no computador e usando disquetes protegidos com o antivírus a ser
usado. Na própria web há centenas de páginas explicando como fazer isso.
Apenas passar um anti-vírus em um computador já contaminado não resolve o
problema (o vírus fica na memória e alguns contaminam o próprio antivírus).

Abraços,

José Carlos

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, November 29, 2001 8:55 AM
Subject: [ciencialist] Quem sabe algo?


> Ois,
>
> tenho recebido ultimamente algumas mensagens com as seguintes
características:
>
> (sinal de arquivo anexado) (nome do remetente) (Assunto: Re:)
>
> Ao clicar sobre a mensagem abre um quadro de advertência indicando
material anexado e as opções 'abrir' ou 'salvar' e, os nomes dos arquivos
são estranhos. Não abro e deleto.
>
> Mas, hoje recebi uma mensagem exatamente na forma:
>
> (sinal de arquivo anexado) (Roberto Belisário) (Assunto: Re: Empuxo de
Newton)
>
> O restante tudo em branco .... o nome do arquivo anexado é:
S3MSONG.DOC.scr (29 KB)
>
> Não abri o anexo. E essa mensagem é o caminho para perguntar ao Belisário
"de que se trata?", ou se foi envio real etc.
>
> Só essa semana já recebi umas 15 nesse formato com vários sufixos: .scr,
.pif, .doc, .exe, ......
>
> Agradeço
>
> []'
> Léo
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Quem sabe algo?
FROM: Roberto Belisario <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/11/2001 21:58


Um adendo:

Não use Outlook Express. Eu usava essa porcaria até hoje. Mudei para o
Eudora. Ocorre que o Outlook abre automaticamente determinados tipos de
arquivo, e não há nada que se possa fazer. Ele abre jpg e html, por
exemplo. Mas tem um sistema que evita abrir outros tipos, para evitar abrir
vírus. Mas o sistema tem buracos e o vírus que me pegou usa um desses
buracos. Por isso foi aberto antes que eu apertasse qualquer botão. Na
verdade, fez um dowload automático do bicho. Já devia ter me livrado desse
mailtool imbecil há tempos. O que a preguiça não faz.

Belisário

At 19:49 29/11/01 -0200, you wrote:
>Algumas dicas:
>
>Nunca abram anexos de e-mail com extensões:
>.exe
>.com
>.bat
>.src
>.dot
>
>Antes de abrir passe sempre um antivírus em arquivos com extensão
>.doc
>.ppt
>.mdb
>.xls
>
>Ative a opção "visualizar extensões de arquivo" em seu Explorer. Alguns
>vírus vem com falsas extensões (como esse descrito no e-mail original que
>tem a extensão verdadeira de ".src" - ScreenSaver (programa protetor de
>tela). É muito comum vírus e trojans virem em "falsas fotos" -
>tiazinhanua.jpg.exe, por exemplo. Se o Explorer não estiver configurado para
>mostrar as extensões de arquivo um trojan como esse parecerá
>"tiazinhanua.jpg", enquanto que na verdade o arquivo é um programa
>executável (extensão .exe).
>
>Mantenha sempre um antivírus ativo enquanto surfa na web ou lê e-mails. Já
>existem centenas de páginas na internet com vírus de script que podem
>prejudicá-lo apenas abrindo uma determinada página no seu browser. Há boas
>opções de antivírus no mercado (alguns gratuitos).
>
>Atualize seu antivírus SEMANALMENTE.
>
>Muitos vírus são recebidos de amigos e pessoas conhecidas que os remetem sem
>saber que estão retendo um vírus ou cujos computadores contaminados enviam
>e-mails para os membros de seu catálogo de endereços automaticamente. NUNCA
>CONFIE EM NINGUÉM.
>
>Em caso de seu computador estar contaminado procure retirar o vírus dando um
>boot frio no computador e usando disquetes protegidos com o antivírus a ser
>usado. Na própria web há centenas de páginas explicando como fazer isso.
>Apenas passar um anti-vírus em um computador já contaminado não resolve o
>problema (o vírus fica na memória e alguns contaminam o próprio antivírus).
>
>Abraços,
>
>José Carlos
>
>----- Original Message -----
>From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
>To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Sent: Thursday, November 29, 2001 8:55 AM
>Subject: [ciencialist] Quem sabe algo?
>
>
>> Ois,
>>
>> tenho recebido ultimamente algumas mensagens com as seguintes
>características:
>>
>> (sinal de arquivo anexado) (nome do remetente) (Assunto: Re:)
>>
>> Ao clicar sobre a mensagem abre um quadro de advertência indicando
>material anexado e as opções 'abrir' ou 'salvar' e, os nomes dos arquivos
>são estranhos. Não abro e deleto.
>>
>> Mas, hoje recebi uma mensagem exatamente na forma:
>>
>> (sinal de arquivo anexado) (Roberto Belisário) (Assunto: Re: Empuxo de
>Newton)
>>
>> O restante tudo em branco .... o nome do arquivo anexado é:
>S3MSONG.DOC.scr (29 KB)
>>
>> Não abri o anexo. E essa mensagem é o caminho para perguntar ao Belisário
>"de que se trata?", ou se foi envio real etc.
>>
>> Só essa semana já recebi umas 15 nesse formato com vários sufixos: .scr,
>.pif, .doc, .exe, ......
>>
>> Agradeço
>>
>> []'
>> Léo
>>



SUBJECT: Pregos .........
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/11/2001 00:13

Ois,

que minha divina ignorância é completa não resta a menor dúvida. Para exemplifica-la não sei nada sobre pregos. Já tentei ler e perguntar sobre isso uma dúzia de vezes e nada. O que é um prego "15 x 15"? "17 x 21"?
Alguém entende de pregos?
Eis a chance de diminuir a extensão de minha ignorância.

Outra dúvida, que força um terminal da tomada de 110V exerce sobre o outro terminal? Para facilitar imagine uma rede domiciliar alimentada por corrente contínua.

Bem, se fosse perguntar todas minhas dúvidas ... haja e.mail!

[]'
Léo
================



SUBJECT: variaveis escondidas e determinismo
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/11/2001 02:34

Saiu em:
http://www.nature.com/nsu/011129/011129-15.html

Albert Einstein never liked some of the
counterintuitive predictions of quantum theory,
arguing instead that there was a further, hidden layer
to reality it failed to describe. But since the
1980s, Einstein's objections have been
largely ruled out.

Now Karl Hess and Walter Philipp of the University of
Illinois at Urbana-Champaign provide evidence that
Einstein may have been right to be sceptical -
there may indeed be another set of rules
underlying quantum theory1.

Quantum theory describes the behaviour of atoms
and subatomic particles
and says that their energy is 'quantized': it can be altered
only in discrete jumps. Although Einstein himself made
seminal contributions to quantum theory, he famously
disagreed with the Danish physicist Niels Bohr about how it
should be interpreted.

In 1935 Einstein, together with the physicists Boris Podolsky
and Nathan Rosen, concocted a 'thought experiment' in which
quantum theory seemed to permit 'spooky' action at a
distance, whereby a measurement made on one particle
instantaneously determines the properties of another
particle, no matter how great the distance between the two
particles.

Uncomfortable with this bizarre outcome, Einstein suspected
that a still more fundamental theory underlies quantum
mechanics (just as quantum mechanics underlies the older
'classical mechanics' of Isaac Newton). He invoked 'hidden
variables' - quantities that do away with things like quantum
uncertainty, but which cannot be measured directly. Bohr
disagreed, arguing instead that we simply have to resign
ourselves to the fact that quantum theory is counterintuitive.

There the argument floundered until the 1960s when Irish
physicist John Bell showed that hidden variables could have
observable consequences. He demonstrated that the
outcome of the Einstein-Podolsky-Rosen (EPR) experiment
differs if hidden variables do or don't exist.

When it became possible to perform EPR experiments for
real in the 1980s, the results showed that, provided Bell was
right, there were no hidden variables. They seemed to show
that Einstein was wrong and Bohr was right.

Hess and Philipp find that EPR experiments don't necessarily
rule out hidden variables at all, and there may, indeed, be
another layer to reality. They argue that Bell overlooked a
large class of possible hidden variables whose behaviour is
consistent with the existing experimental findings.

They find that if hidden variables have properties that
change over time, yet are related to each other, the
predictions change. For example, the hands of a clock in
London and a clock in New York circulate periodically and do
not directly influence one another, but nevertheless the
different times shown by each are correlated with one
another.

If hidden variables are 'time-correlated' in such a manner,
Bell's theory breaks down. The researchers show that in such
a case, the results of EPR experiments can be explained
without needing to invoke the spooky action at a distance
that Einstein considered so unlikely. This does not mean that
hidden variables exist, just that they cannot be completely
ruled out.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [acropolis] o argumento da nao crenca
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/11/2001 03:59

----- Original Message -----
From: "Sergio M. M. Taborda"
Sent: Thursday, November 29, 2001 9:08 AM
Subject: [ciencialist] Re: [acropolis] o argumento da nao crenca

> > Mas qual é realmente a 1ª lei?

> "A energia não se produz, não se destroi, apenas se transforma".

Essa, rigorosamente falando, não é a primeira lei da termodinâmica, se bem
que alguns bons autores considerem-na como equivalente à mesma. Os que assim
o fazem asumem, "a priori", que a "energia interna" de um sistema
confunde-se com a energia definida em mecânica. Mas isso está totalmente
fora do contexto filosófico da termodinâmica e retrata um representacionismo
que nem todos aceitam como uma "verdade" científicamente comprovada. Diria
então que em todo o restante de sua mensagem você aparenta andar em círculo
ao tentar justificar esta "verdade". Como alguém a assumir algo como sendo
verdadeiro para concluir que o que foi aceito como tal é, de facto, uma
verdade. ;-)) Alguns chamam a isso por tautologia (Tenho notado, em grupos
internacionais da Usenet, que os americanos gostam muito dessa expressão).

> Matemáticamente isto representa-se pela derivada local (parcial) da
> energia em ordem ao tempo ser nula sempre.

O tempo não chega a ser levado em consideração na genuína termodinâmica. Em
termodinâmica estuda-se um antes e um depois, nunca um durante. Obviamente
existem inúmeras termodinâmicas, até mesmo aquelas que tentam encaixar o
tempo em seus argumentos, mas à exceção de algumas termodinâmicas dos
processos irreversíveis, que utilizam artifícios próprios, coeficientes
cruzados, força termodinâmica etc., todas as demais apóiam-se nas variáveis
definidas no que chamo "termodinâmica propriamente dita" e estão dotadas das
implicações inerentes a suas definições costumeiras.

As diferenças entre essas inúmeras termodinâmicas não residem apenas no
formalismo matemático, a exemplo do que ocorre com a mecânica newtoniana.
Existe então: 1) a termodinâmica propriamente dita, com baixíssimo grau de
representacionismo; 2) interpretações outras que se dá a essa termodinâmica
propriamente dita, dentre as quais citaria aquela que identifica energia
interna com a energia definida em mecânica; 3) as termodinâmicas
estatísticas, em suas várias versões; 4) as várias termodinâmicas dos
processos irreversíveis; 5) e quero crer que existam também as
termodinâmicas quânticas a, dentre outros fatores, utilizarem-se das
mecânicas estatísticas de Bose-Einstein e/ou de Fermi-Dirac.

Via de regra, quando falo em termodinâmica, e/ou na filosofia que está por
trás da termodinâmica, estou me referindo ao estudo do tema que levou Carnot
a enunciar a segunda lei (1820) e Mayer a fornecer os requisitos básicos
para que se falasse em primeira lei (creio que por volta de 1842). Note que
a primeira lei veio bem após a segunda. Essa termodinâmica foi totalmente
construída numa época em que não se sabia até que ponto calor e energia
tinham alguma coisa em comum, ainda que Mayer já suspeitasse desse
parentesco; e o que eles têm em comum somente ficou "bem estabelecido" após
as experiências de Joule. E este "bem estabelecido" retrata uma equivalência
observada em laboratório, jamais uma identidade absoluta e incontestável,
como alguns querem crer.

> >O que estou tentando dizer é que dU é diferente
> > de dE = d(Energia do sistema) por uma diferença igual a dN.

> Não, e ha duas razões para isso.
> Uma é pq dU = variação da energia do sistema, por definiçao.
> Esta é uma razão 'fraca'

Bastante fraca, por sinal. Mesmo porque dU = variação da "energia interna"
do sistema. A energia é definida em mecânica e a "energia interna" é
definida em termodinâmica. As energias serão equivalentes *se e somente se*
isso ficar muito bem caracterizado por manobras outras e não relacionadas às
definições (por exemplo, através da experimentação).

> a razao forte é a seguinte.
> Sabemos que o trabalho representa a variação de energia cinética.
> pois dW = Fdr =Fvdt =mvdv/dt =0.5mdv²/dt =d(0.5mv²)dt = dEc/dt
> A alteração da energia cinética implica na alteração do volume do
> sistema, ou caso isso não seja possivel , na alteração da pressão do
> sistema. Até aqui nada de novo.

Pois eu diria que até aqui nada de termodinâmica. ;-)

> A alteração da energia interna de um sistema, pode ser então
> relacionada com a realização de trabalho. Ou seja, com a alteração
> de volume e/ou pressão.

Dissestes bem: "pode ser relacionada". Isso em hipótese alguma garante que a
variação da energia interna do sistema seja numericamente igual ao ganho do
sistema em termos de energia mecânica. Em outras palavras: o sistema recebeu
energia mecânica sob a forma de trabalho mas não existe nada a me indicar
que ele efetivamente incorporou e/ou assimilou todo esse ganho de energia. E
estou afirmando que é bem possível que isso não tenha ocorrido, ou seja, que
uma parte dessa energia tenha sido dissipada para o restante do Universo sob
a forma dos "aparentemente" indetectáveis entropinos.

> Mas a energia não se cria nem se destroi, e portanto pelo 1º
> principio da termodinâmica se a energia interna se alterar sem que
> seja realizado trabalho, então é porque existe outra forma de alterar
> a energia interna. Sem saber qual é essa forma, vamos chamar-lhe Q
> Então dU=dW+dQ
> dQ é por difinição todas as variações da energia interna que não se
> traduzam na realização de trabalho.

Do ponto de vista da filosofia da termodinâmica, e para um sistema de
composição química constante, "tudo aquilo que não se traduza na realização
de trabalho", da maneira como expões, é chamado calor. Estou propondo que
além do calor Q, inerente a esta filosofia termodinâmica, exista uma outra
variável N. Mesmo porque o calor é definido em termologia e não em
termodinâmica propriamente dita, como dás a entender.

Supondo-se que a minha idéia proceda, N certamente será de outra natureza
que não Q. ¿Seria possível, então, pensarmos em N como componente de W?
¿Estaria N relacionado a um trabalho transferido entre partículas
elementares? Isso seria bastante estranho, pois o que se percebe neste
nível (partículas elementares) é que, a ser verdadeiro o que afirmo,
existiria também um transporte efetivo de matéria, sob a forma de
entropinos. *Classicamente* falando a energia de N estaria contida numa
matéria transportada do sistema para o exterior e não levada em conta na
termodinâmica *clássica*. Ou seja, se N for real, não existirá aquela idéia
de isolamento *clássico* a nos garantir que apenas Q ou W entraram num
sistema de "aparente" constância material. Coloquei clássico entre os
símbolos * * para chamar bastante atenção, pois em física clássica matéria é
matéria, energia é energia, espaço é espaço, tempo é tempo e gnomos
quantum-relativistas são objetos sem interesse algum, a não ser para os
chamados físicos "modernos".

> Analizemos agora a função energia interna.
> Da termodinâmica é dito que um estado é ditado por 3 variáveis
> U=U(S,V,N) , onde S é a entropia, V o volume e N o nº de elementos
> dos sistema.
> a variação de U é portanto
> dU=(dU/dS)dS + (dU/dV)dV + (dU/dN)dN
> que se mostra ser
> dU=TdS - p dV + miu dN
> Onde T é a temperatura, p a pressão e miu o potencial quimico.

Apenas lembraria ao leitor incauto que esse N não tem nada a ver com o N que
estávamos discutindo até aqui. Agora estamos raciocinando com sistemas de
composição química variável e entrastes com a grandeza N para representar
essa condição. Tudo bem, é uma variável a mais, mas não tem nada a ver com o
conceito de entropinos, pois esse estaria presente até mesmo em sistema
aparentemente fechado e/ou de composição química constante.

> o termo em dV, como vimos é o termo de trabalho. dW=-pdV
> Então, constactamos que dQ= Tds+ miudN
> E agora nada numa manga, nada na outra, a conclusão:
> QUANDO, e escrevo bem grande para se ver, se pode afirmar que não
> existe variação do numero de elementos no sistema dN=0 é que vem
> dQ=TdS
> E SÒ nessa hipotese é que podemos dizer que o termo dQ se associa à
> variação de temperatura.

Nada a criticar a não ser para dizer que você não entrou no mérito da
questão. Neste trecho você está repetindo o que se assume como verdadeiro e
está ignorando a "variável escondida" que apontei. Pois o seu N retrata
outra coisa. A menos que pensemos no "miu" como algo que não seja meramente
um potencial químico, o que em teoria seria possível. Perceba então que sob
o ponto de vista matemático a minha idéia não é tão estratosférica. E que
estás corroborando matematicamente o que afirmei, qual seja: a possibilidade
da existência de uma variável escondida relacionada aos hipotéticos
entropinos. ;-)

> Contudo históricamente dN era sempre nulo nas experiencias fisicas.
> Interessava aos quimicos, mais que aos fisicos.

Sim, pois esses físicos não tinham porque supor a existência de entropinos.
Sequer sabiam, na época, que no futuro iriam se defrontar com a
impossibilidade de explicar a lei de crescimento da entropia; pois esta "não
pode ser até agora deduzida nem pela mecânica estatística clássica, nem pela
mecânica estatística quântica". O que em hipótese alguma significa que
devamos permanecer para sempre ignorando essa realidade.

> Agora, pensemos no decaimento radioactivo. dN=0?
> Não, se se produzirem particulas alfa.
> A energia interna do sistem [nucleo] foi alterada? sim.
> E essas particulas produzem trabalho? não.
> Então o que nos diz a 1ª lei da termodinâmica? Diz-nos que a energia
> não se cria e não se destroi. Se a energia interna variou e não houve
> produção de trabalho então teve de haver variação de outra energia. O
> Calor.
> Mas houve variação da temperatura?
> Suponhamos que não. Não sei. Mas simplifiquemos.
> Então dQ = miu dN.

Quero crer, se o entendi bem, que essa conclusão esteja errada.

> Outro exemplo. Aquecemos um filamento metálico. Ele vai imitir
> electrões. Supondo que não o aquecemos via corrente electrica, o
> numero de electrões vai diminui no sistema filamento.
> Mas não ha produção de trabalho. dU=dQ = TdS + miu dN
> O teu dN é este dN aqui.
> Escreves dE=dX-dN
> Para ti dE =dU, a energia interna.

Não foi isso que expus na mensagem anterior nem no artigo citado. Aliás,
disse exatamente o contrário. Afirmei, na msg anterior, que dU = dQ + dW =
dE - dN. Logo, dE = dU + dN. "E" é a energia de facto, como definida em
mecânica; "U" é a energia interna, como definida em termodinâmica; e "N"
seria uma das variáveis escondidas a demonstrar que "E" e "U" podem não
retratar coisas idênticas (quando N não for nulo).

Talvez você esteja estranhando as notações utilizadas nas msgs e no trabalho
apresentado. Nas mensagens estou seguindo a notação costumeira, em que U
representaria a energia interna. No trabalho coloquei X no lugar de U, para
deixar patente que estava a me referir a uma grandeza não muito bem
definida. Não obstante, U e X representam a mesma coisa.

> E dX apresenta-se como a variação por trabalho e energia termica.
> Então isto cai no que escevi antes sobre dU =dW + TdS + miu dN
> alguns sinais aparecem trocados, mas isso são convenções para o caso
> do trabalho, e no caso de N, foi pq escolheste assim. Não sei pq, mas
> é um convenção tua subtraires dN em vez de somar.

Procuro utilizar a convenção mais adotada entre os físico-químicos
(Castellan, por exemplo, que tem um tratado excelente de físico-química),
pois foi com eles que aprendi termodinâmica, muito antes de estudar física
com os físicos. Os físico-químicos procuram reverenciar o sistema. Assim, W
é positivo quando o sistema realiza trabalho. Conseqüentemente, quando o
sistema realiza trabalho a sua energia interna diminui. No caso de N creio
que você fez alguma confusão ao não ter entendido devidamente as minhas
idéias. E as nossas divergências residem na interpretação dos termos "U" e
"E". Tu achas que "U" (energia interna) e "E" (energia definida em mecânica
e ganha ou perdida pelo sistema) são numericamente idênticas e eu digo que
não, pois existe uma fração de "E" que não está sendo levada em consideração
pelos termodinâmicos (sejam eles físicos ou químicos) e relacionada ao
microcosmo.

> O teu dN é portanto o dN deste ha muito conhecido. Representa [a
> variação d'] o numero de elementos constituintes do sistema.

Digamos que o meu N possa ser interpretado matematicamente no mesmo
conjunto, mas não creio que do ponto de vista físico alguém tenha pensado em
algo semelhante. Mesmo porque o coeficiente a entrar na equação não seria um
"potencial químico".

> É aplicável sobretudo em quimica, mas tb em fisica das particulas e
> fisica nuclear.

> > O que estou propondo é que dN será igual a zero se e somente se a
> > transformação for reversível

> Bom, isso não sei.

Pois é! ;-) Neste caso, pelo menos suspeitas que existe algo de diferente
com o meu N.

> Na realidade não estás a mudar a termodinâmica mas apenas a usá-la. A
> usá-la para falar de entropinos e variação de numero de particulas.

Digamos que estou propondo a existência de uma "variável escondida". Se
estou a mudar ou não deixo a dúvida para ser respondida por um epistemólogo.

> Tudo bem com isso. A termodinâmica 'tá preparada' :-)

E porque não? "Quando uma coisa começa a se complicar muito, é sinal de que
é preciso simplificá-la."

> Não ha variáveis escondidas na termodinâmica :-))) pelo menos não
> essas.

Se assim for, talvez não haja mais o que discutirmos a respeito. :-(

> > Em outras palavras: podemos criar neutrinos à vontade simplesmente
> > esfregando as mãos (uma transformação irreversível do ponto de vista
> > termodinâmico).

> Tlv essas entidades chamadas entropinos se possam criar dessa forma.
> Se bem que nada nos diz que a entropia seja transportada, pq ao
> contrário da energia, a entropia não se conserva.(olha a queção
> escrita no principio)

Mas que entropia é essa a não se conservar? Alguém já estudou o "sistema
Universo" como um todo? A entropia do Universo realmente aumenta? Isso é
muito bonito para ser exposto em livros de ficção mas... não estaria esse
aumento relacionado tão somente àquele universo que cabe em nossos
laboratórios? Perceba que não estou indo contra a termodinâmica. Apenas
estou limitando seu campo de atuação ao universo onde ela foi constatada e
aos equipamentos laboratoriais que justificaram o modelo então construído. A
partir daí estou dando asas à imaginação e construindo argumentos para serem
derrubados. E foi nesse sentido que escrevi, em minha primeira msg nesta
thread: "Desafio os ciencialisteiros a contestarem *matematicamente ou
logicamente* essa demonstração."

> Neutrino é uma particula que advém do decaimento do neutrão (não só
> mas tb). Não é uma particula qq que apareça em todos os processos.
> Donde produzir neutrinos a esfregar as mãos é um grande abuso de
> linguagem e de identificações neutrino=entropino, não justiicadas e
> sobre tudo não testadas!

Mas como testar uma idéia antes dela ter sido apresentada? ;-) Ou acreditas
que tudo em ciência foi descoberto por acaso? Ou supões que Faraday somente
descobriu a indução eletromagnética após ter dado um chute em seu
equipamento e, graças a isso, o imã, que estava no interior de uma espira
condutora, escorregou, dando origem a uma corrente elétrica? É até possível
que isso tenha ocorrido mas... o que é que o imã estava fazendo no interior
da espira? Não teria sido colocado lá pelo fato de Faraday ter acreditado na
possibilidade da existência de alguma variável escondida do
eletromagnetismo? As idéias precedem os testes e as más idéias acabam sendo
deixadas de lado. O que não podemos é colocar tudo de lado, e é isso o que
prega a "filosofia" de Kuhn, infelizmente aceita amplamente nos meios
acadêmicos dos dias atuais.

> A termodinâmica sempre ganha :-) E tlv por isso na ideia de Eisntein,
> e não só, na de outros, onde me incluo, ela seja provavelmente tão
> sólida como é humanamente possivel obter.

"O que evidentemente não significa dizer que ela jamais será explicada."

[ ]'s
Alberto
http://ecientificocultural.com (inglês)
http://ecientificocultural.com/indice.htm (português)



SUBJECT: Re: Pregos .........
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/11/2001 07:28


> Outra dúvida, que força um terminal da tomada de 110V exerce sobre
o outro terminal? Para facilitar imagine uma rede domiciliar
alimentada por corrente contínua.

Bom a força electrica é derivada de um potencial, donde ela iguala

F = dV/dr , onde r é o potencial.

Reduzindo às diferenças F= deltaV/delta r
DeltaV=110 V e r ai uns 1,5 cm , é questão de medir. suponhamos 2 cm
pra facilitar : F = 55N





SUBJECT: Re: [acropolis] o argumento da nao crenca
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/11/2001 09:35

--- In ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
wrote:
> ----- Original Message -----
> From: "Sergio M. M. Taborda"
> Sent: Thursday, November 29, 2001 9:08 AM
> Subject: [ciencialist] Re: [acropolis] o argumento da nao crenca
>
> > > Mas qual é realmente a 1ª lei?
>
> > "A energia não se produz, não se destroi, apenas se transforma".
>
> Essa, rigorosamente falando, não é a primeira lei da termodinâmica,
se bem
> que alguns bons autores considerem-na como equivalente à mesma. Os
que assim
> o fazem asumem, "a priori", que a "energia interna" de um sistema
> confunde-se com a energia definida em mecânica.

A energia definida em mecânica é a energia mecânica.
A variação da energia mecânica é igual ao trabalho ralizado se não
houver variação da energia potencial.

Não acredito que a energia mecânica tenha nada a ver com aquele
principio. Pensemos só que a própria emergia mecânica foi cosntruida
para se adquar a aquele principio. A energia potencial foi
introduzida exactamente para que aquele principio fosse observado.
Muitos criticaram a introdução desta energia "fantasmagórica"
potencial. Hoje é algo comum e corriqueiro.
Portanto, seja qual for a energia aquele principio tem que ser
obdecido pq é um principio geral.

O meu professor de termodinâmica uma vez disse que todos os ramos da
fisica têm a sua forma particular de energia. A mecânica a energia
mecânica, o electrogmanetismo, a energia electromagnética... energia
termica, energia nuclear , etc...
A termodinâmica tem a energia interna.

A grande questão é que considerando um sistema apropriado a energia
interna inclui todas as outras. Por isso a termodinâmica alcança mais
que cada um dos outros ramos em separado e as suas conclusões são
mais gerais.

O principio da conservação da energia é o mais geral 'as it gets'
E essa é a 1ª Lei da Termodinâmica.

Como eu vivo no seculo XXI a mim não me preocupa muito se ela foi
deduzida antes ou depois da segunda. Interessa-me que ela é a mais
intuitiva de todas, cujo significado fisico é o mais geral e
aplicável em qq coisa.

>Mas isso está totalmente
> fora do contexto filosófico da termodinâmica e retrata um
representacionismo

Representacionismo do quê ?
É dito o que é um sistema, o que é um estado, o que é uma propriedade
de estado, e é dito que a energia interna é a única propriedade de
estado necessária para o caracterizar.
Se estou a representar algo com isto são estados de sistema.
Não me interessam se são macânicos, quimicos, electricos , atomicos
ou nucleares... interessa-me que são sistemas que têm estados.

Onde é que eu preciso se saber o que é energia cinética / mecânica
para definir aquilo ?


> > Matemáticamente isto representa-se pela derivada local (parcial)
da
> > energia em ordem ao tempo ser nula sempre.
>
> O tempo não chega a ser levado em consideração na genuína
termodinâmica. Em
> termodinâmica estuda-se um antes e um depois, nunca um durante.

Acho que estás parado no tempo.
Se eu sei como a energia interna varia (vamos-nos abstrair agora do
que ela é) por uma expressão simples como é dU=TdS- pdV+ miu dN se
quiser saber como U varia com o tempo basta-me derivar U em ordem ao
tempo e obtenho dU/dt = TdS/dt - p dV/dt + miu dN/dt

Qual é o problema ?

imagina um sistema ao qual são estraidos cargas singulares.
o volume desse sistema não variou e a sua entropia tb não (as cargas
podem voltar para o sistema se eu deixar de os 'puxar')

então dU/dt = miu dN/dt , multiplicando pela carga q, dU/dt =
(miu /q) dNq/dt = (miu/q) dQ/dt = (miu/q) I

Onde está o problema ?

> Via de regra, quando falo em termodinâmica, e/ou na filosofia que
está por
> trás da termodinâmica, estou me referindo ao estudo do tema que
levou Carnot

Uma máquina de Carnot pode ter movimento perpétuo de 1ª espécie?
Não pode. Pq ? porque não ha criadores de energia.
E portanto o estudo dele resume-se à conservação da energia.(não só ,
mas tb)

> e o que eles têm em comum somente ficou "bem estabelecido" após
> as experiências de Joule. E este "bem estabelecido" retrata uma
equivalência
> observada em laboratório, jamais uma identidade absoluta e
incontestável,
> como alguns querem crer.

Aqui ha uns mails eu escrevi dU=dE , sendo E a energia mecância.

A sua variação é que é igual. Ninguem nunca ninguem disse que eram a
mesma coisa.
A energia interna não é dita ser a energia mecânica. E não sei onde
foste buscar isso.
Ela é de facto a energia mecânica em sistemas particulares, como
sejam os gases perfeitos (pq se assume que não se perde energia no
choque) e em problemas de mecânica comum, onde não ha mais energia
senão a mecânica.

Se formos para problemas de cargas em movimento, onde existe força
electrica e energia eletrica, a energia interna é mais que a energia
mecânica. O que se fiz é que esse conjunto é conservado.

Eu gostaria mesmo de saber onde foste buscar a ideia que a energia
interna dU é tão resctricta como falas.

>
> > >O que estou tentando dizer é que dU é diferente
> > > de dE = d(Energia do sistema) por uma diferença igual a dN.
>
> > Não, e ha duas razões para isso.
> > Uma é pq dU = variação da energia do sistema, por definiçao.
> > Esta é uma razão 'fraca'
>
> Bastante fraca, por sinal. Mesmo porque dU = variação da "energia
interna"
> do sistema. A energia é definida em mecânica e a "energia interna" é
> definida em termodinâmica.

A energia mecânica é definida em mecânica. A energia é definida
independetemente numa e na outra. O que Joule mostrou é que a aquilo
que se chama energia numa é o mesmo que se chama na outra. Já que
ambas obdecem ao principio da conservação e são transmutáveis uma na
outra. Esse é que é o significa da equivalencia.
A caloria, unidade de Calor, tb foi mostrada transmutável. E portanto
uma forma de energia.

A energia em termodinâmica é uma propriedade de estado. Em mecânica é
uma propriedade do movimento que se conserva em alterações do
movimento.
Se juntarmos as duas definições, pq as energias foram mostradas
transmutaveis, chegamos à conclusão que a energia mecânica é uma
propriedade de estado do movimento. Coisa que aceitamos e assumimos
verdade já aqui em outras ocasiões.

Eu só queria mostrar que a termodinâmica é completa. E que a tua
ideia se encaixa nela, tal como está. Sem necessidade de novas
variáveis.


> > a razao forte é a seguinte.
> > Sabemos que o trabalho representa a variação de energia cinética.
> > pois dW = Fdr =Fvdt =mvdv/dt =0.5mdv²/dt =d(0.5mv²)dt = dEc/dt
> > A alteração da energia cinética implica na alteração do volume do
> > sistema, ou caso isso não seja possivel , na alteração da pressão
do
> > sistema. Até aqui nada de novo.
>
> Pois eu diria que até aqui nada de termodinâmica. ;-)

Pois não. Mas é muito importante saber que é Realização de Trabalho
É obivo a qq um que a variação da energia de um sistema não se resume
à realização de trabalho. Realizar trabalho tem um significado muito
bem defenido em termodinâmica e relaciona-se com o aumento/diminuição
do volume do sistema. Nada mais, nada menos.
Todas as outras formas de energia que não induzem realização de
Trabalho são chamadas de Calor.
Portanto não ha como dizer que existe mais formas não homologadas pq
o Calor reune todas as que não são trabalho.
A tua produção de entropinos não produz trabalho , donde é uma forma
de Calor. Calor não quer dizer que é uma forma de variar a
temperatura.


> > A alteração da energia interna de um sistema, pode ser então
> > relacionada com a realização de trabalho. Ou seja, com a alteração
> > de volume e/ou pressão.
>
> Dissestes bem: "pode ser relacionada". Isso em hipótese alguma
garante que a
> variação da energia interna do sistema seja numericamente igual ao
ganho do
> sistema em termos de energia mecânica. Em outras palavras: o
sistema recebeu
> energia mecânica sob a forma de trabalho mas não existe nada a me
indicar
> que ele efetivamente incorporou e/ou assimilou todo esse ganho de
energia.

Isso é um problema de eficiencia do transporte/transformação da
energia. Estavamos a tratar do problema de se essa transformação é
possivel - o que é- e se dado isso se pode identificar uma com a
outra- o que não se pode em geral; apenas em casos muito particulares.


>E
> estou afirmando que é bem possível que isso não tenha ocorrido, ou
seja, que
> uma parte dessa energia tenha sido dissipada para o restante do
Universo sob
> a forma dos "aparentemente" indetectáveis entropinos.

E qual é a novidade disto ?
A novidade disto é que o resultado da não eficiencia absoluta (100%)
seja resultado da existencia de particulas que sugam alguma energia,
impedindo que toda a energia seja enviada para o outro sistema.
Isto não muito pouco de novo.
Eu poderia dizer que: Havendo entropinos e eles tendo certas
propriedades, então eu preciso de os considerar sempre.
Para isso eu vou usar as leis normais da termodinâmica, sem mudar
uma virgula e sem acrescentar variáveis.
E como eu tentei mostrar obetêm-se os mesmos resultados.

> Do ponto de vista da filosofia da termodinâmica, e para um sistema
de
> composição química constante, "tudo aquilo que não se traduza na
realização
> de trabalho", da maneira como expões, é chamado calor.

Obrigado.

O que eu preciso saber é se identificas Calor com 'alteração da
temperatura'
Se apenas identificares Calor, com a alteração da temperatura, estás
a dizer que dQ=TdS apenas, e em todas as circunstâncias.

Eu preciso saber isto. Para começar em quimica usa-se outra
propriedade de estado. Mas isso não me preocupa. O que me preocupa é
que se confundam as coisas. Em quimica nunca se considera o trabalho.
A propriedade de estado usada o retira da equação. Fala-se da
alteração da pressão e não do volume.


>Estou propondo que
> além do calor Q, inerente a esta filosofia termodinâmica, exista
uma outra
> variável N. Mesmo porque o calor é definido em termologia e não em
> termodinâmica propriamente dita, como dás a entender.

Eu logo vi. Estás a dizer-me que calor é algo que tem Só tem a ver
com temperatura. Como em dQ=mcDelta (T) (c é a capacidade calorifica
especifica)
Este é o calor comum, usado em "Hoje está muito calor"
Não corresponde à definição da Termodinâmica. Em termodinâmica Calor
é tudo aquilo que não é Trabalho. Luz é uma forma de Calor.
O Calor é igual ao calor quando não ha mais nenhuma forma de
transferencia de energia.Exemplo, eu forneço energia um material.
Ele aquece. A sua temperatura aumenta. mcDelta(T)>0 . Até aqui Calor
e calor são a mesma coisa. Apartir de cert altura, o corpo começa a
irradiar luz. Aqui calor e Calor deixam de ser a mesma coisa.

O conceito de calor não sobrevive a esta experiencia, embora
sobreviva à de uma máquina a vapor. O conceito de Calor, sobrevive.
Pois ele é mais geral.
Faço notar que são palavras que tem a mesma grafia e som, mas tem
significados diferentes. Eu mudei a inicial para diferenciar o seu
significado.

> Supondo-se que a minha idéia proceda, N certamente será de outra
natureza
> que não Q.

Ou seja, o que queres dizer é que N não tem a ver com a alteração da
temperatura.
O N de U=U(S,V,N) , tb não.


> ¿Seria possível, então, pensarmos em N como componente de W?
> ¿Estaria N relacionado a um trabalho transferido entre partículas
> elementares?
> Isso seria bastante estranho, pois o que se percebe neste
> nível (partículas elementares) é que, a ser verdadeiro o que afirmo,
> existiria também um transporte efetivo de matéria, sob a forma de
> entropinos.

A relatividade introduziu um novo conceito de energia.
Independentemente da validade da Relatividade, podemos pensar nesse
conceito. Ou seja, Tudo aquilo que tem massa tem energia.
A esta energia chama-se Energia Própria.
Então os entropinos teriam energia.

>*Classicamente* falando a energia de N estaria contida numa
> matéria transportada do sistema para o exterior e não levada em
conta na
> termodinâmica *clássica*.

A termodinâmica tb lida com transporte de massa.

Ou seja, se N for real, não existirá aquela idéia
> de isolamento *clássico* a nos garantir que apenas Q ou W entraram
num
> sistema de "aparente" constância material.

Acho que nao entendes a potencia do conceito de Calor.
Quando eu transporto massa de A para B eu estou a realizar trabalho.
Portanto a energia do sistema tem que variar.
Lembro que dV= dM/q ... onde q é densidade. W=-pdV= -pdM/q


Coloquei clássico entre os
> símbolos * * para chamar bastante atenção, pois em física clássica
matéria é
> matéria, energia é energia, espaço é espaço, tempo é tempo

Ok. Mas em fisica classica, ignorando a definição de Energia Própria
o transporte de massa implica na realização de trabalho.
W=-pdM/q


> > Analizemos agora a função energia interna.
> > Da termodinâmica é dito que um estado é ditado por 3 variáveis
> > U=U(S,V,N) , onde S é a entropia, V o volume e N o nº de elementos
> > dos sistema.
> > a variação de U é portanto
> > dU=(dU/dS)dS + (dU/dV)dV + (dU/dN)dN
> > que se mostra ser
> > dU=TdS - p dV + miu dN
> > Onde T é a temperatura, p a pressão e miu o potencial quimico.
>
> Apenas lembraria ao leitor incauto que esse N não tem nada a ver
com o N que
> estávamos discutindo até aqui.

Ai não ? Vejamos
Imginemos um sistema num estado qq estável.
Esse sistema passa a outro estado com igual temperatura e volume.
Apenas o numero de elementos que o compoem varia.
dN é a variação desse numero de elementos.

Agora imaginemos um sistema tb num estádo estável qq.
Ele passa a outro estado pela produção de entropinos.
O numero de elementos contidos no sistema, variou, sim ou não ?
Mesmo que os entropinos sejam transportados para fora do sistema,
eles estiveram nele alguma vez pois foram "criados lá dentro"
Então o nº de elementos do sistema variou.
Como dN é a variação deste numero, o dN apresentado por mim é o mesmo
que por ti.
Agora. Numéricamente, é igual ?

Tu escreveste antes que dU=dQ+dW+dN'
Vamos chamar dN' ao teu dN.
Já percebemos que identificas dQ com a variação termica.
A variação termica é dada por dQ=TdS, o trabalho por dW=-pdV
Eu escrevi antes que dU=TdS-pdV+miu dN. sendo ente dN o dN da
termodinãmica.

então dQ+dW+dN'= dU = TdS-pdV+miu dN.
TdS-pdV+dN' = TdS-pdV+miudN

donde dN'= miu dN

Pronto. numéricamente são difernetes. Mas o sentido fisico é o mesmo
já que as suas variações são porprocionais.

>Agora estamos raciocinando com sistemas de
> composição química variável e entrastes com a grandeza N para
representar
> essa condição.

NEGATIVO. Eu disse sempre que N era o numero de elementos dos sistema.
E disse que isso tinha expecial importancia em quimica. Não disse que
só se usava em quimica. E mostrei o exemplo do decaimento radiocativo
por particulas alfa.


>Tudo bem, é uma variável a mais, mas não tem nada a ver com o
> conceito de entropinos, pois esse estaria presente até mesmo em
sistema
> aparentemente fechado e/ou de composição química constante.

O conceito de entropinos é um conceito independente do de N.
"Elemento de um sistema" engloba qq coisa que componha o sistema.
Se existem entropinos, então eles estão englobados.
Não ha surpresas para a termodinâmica. O que pode haver são supresas
por introduzirmos um novo conceito de particula e isso faz com que N
tenha um termo suplementar.

Ou seja, se antes dos entropinos consideravamos N0 o nº de elemtnos ,
agora temos de somar o numero de entropinos Ne para obter o numero
total de elementos do sistema N.

> > o termo em dV, como vimos é o termo de trabalho. dW=-pdV
> > Então, constactamos que dQ= Tds+ miudN
> > E agora nada numa manga, nada na outra, a conclusão:
> > QUANDO, e escrevo bem grande para se ver, se pode afirmar que não
> > existe variação do numero de elementos no sistema dN=0 é que vem
> > dQ=TdS
> > E SÒ nessa hipotese é que podemos dizer que o termo dQ se associa
à
> > variação de temperatura.
>
> Nada a criticar a não ser para dizer que você não entrou no mérito
da
> questão. Neste trecho você está repetindo o que se assume como
verdadeiro e
> está ignorando a "variável escondida" que apontei.

Não estou ignorando. Estou dizendo que ela não está escondida. É
aquele N ali em dQ=TdS + miu dN

> Pois o seu N retrata outra coisa.

Isso é o que tu queres pensar.

>A menos que pensemos no "miu" como algo que não seja meramente
> um potencial químico, o que em teoria seria possível.

Estás a confundir os conceitos com os nomes. Lá pq se chama potencial
quimico não quer dizer que tenha a ver só com atomos e modelculas.
Um atomo em si, tb tem elemeentos constituintes e podemos aplicar as
mesmas regras da termodinâmica. Os quimicos não fazem isso pq não lhe
interessa esse promenor.

"potencial quimico" é um nome histórico, como Trabalho, Energia ,
Calor, etc...


>Perceba então que sob
> o ponto de vista matemático a minha idéia não é tão estratosférica.
E que
> estás corroborando matematicamente o que afirmei, qual seja: a
possibilidade
> da existência de uma variável escondida relacionada aos hipotéticos
> entropinos. ;-)

O que estou mostrando é que se eles existirem eles podem ser
entendidos pela termodinâmica como ela é!
Se existem variáveis escondidas é no entendimento do mundo e não na
termodinâmica.
SE me sacares ums gnomos quanticos a aparecerem no sistema e eles
forem considerados elementos constituites dele, então a termodinâmica
trata deles da mesma forma como se fossem atomos ou moleculas.

> > Contudo históricamente dN era sempre nulo nas experiencias
fisicas.
> > Interessava aos quimicos, mais que aos fisicos.
>
> Sim, pois esses físicos não tinham porque supor a existência de
entropinos.

Os fisicos de então não tinham sequer de supor reacções quimicas.
E ainda não têm!Deixamos isso aos colegas quimicos. Mas a
termodinâmica é uma descrição comum a ambos pela sua alta
generalidade e nivel de abstracção daquilo que é o sistema.

> > Agora, pensemos no decaimento radioactivo. dN=0?
> > Não, se se produzirem particulas alfa.
> > A energia interna do sistem [nucleo] foi alterada? sim.
> > E essas particulas produzem trabalho? não.
> > Então o que nos diz a 1ª lei da termodinâmica? Diz-nos que a
energia
> > não se cria e não se destroi. Se a energia interna variou e não
houve
> > produção de trabalho então teve de haver variação de outra
energia. O
> > Calor.
> > Mas houve variação da temperatura?
> > Suponhamos que não. Não sei. Mas simplifiquemos.
> > Então dQ = miu dN.
>
> Quero crer, se o entendi bem, que essa conclusão esteja errada.

Pq ?

> Talvez você esteja estranhando as notações utilizadas nas msgs e no
trabalho
> apresentado.

Não, foi apenas uma confusão com as letras. Mas já emendei neste
texto deixando de referir E e X

> > E dX apresenta-se como a variação por trabalho e energia termica.
> > Então isto cai no que escevi antes sobre dU =dW + TdS + miu dN
> > alguns sinais aparecem trocados, mas isso são convenções para o
caso
> > do trabalho, e no caso de N, foi pq escolheste assim. Não sei pq,
mas
> > é um convenção tua subtraires dN em vez de somar.
>
> Procuro utilizar a convenção mais adotada entre os físico-químicos
> (Castellan, por exemplo, que tem um tratado excelente de físico-
química),
> pois foi com eles que aprendi termodinâmica, muito antes de estudar
física
> com os físicos.

Pois, nota-se! :-)


>Os físico-químicos procuram reverenciar o sistema.

Eu como fisico ,tb tento.
Reparo que a TG nasce de entender o sistema com mais que energia
mecânica. A energia propria é tb importante.
Lavoisier e a sua lei da consrvação da massa , era o protótipo desta
consideração. A massa não tem se conservar, a menos que esteja
relacionada com algo que se conserve. O momento ou a energia.

>Tu achas que "U" (energia interna) e "E" (energia definida em
mecânica
> e ganha ou perdida pelo sistema) são numericamente idênticas e eu
digo que
> não,

Não. Eu não acho isso.
Eu acho que elas podem ser transformadas uma na outra se pensarmos
que não aumento de temperatura nem variação do numero de elementos.
Esse é exactamente o caso de um corpo que cai.

pois existe uma fração de "E" que não está sendo levada em
consideração
> pelos termodinâmicos (sejam eles físicos ou químicos) e relacionada
ao
> microcosmo.

Tlv não por alguns temodinâmicos, mas a teoria da termodinãmica tem
lá as peças todas.
Existem variáveis encondidas é na cabeças das pessoas e não na teoria
da termodinamica.

> > O teu dN é portanto o dN deste ha muito conhecido. Representa [a
> > variação d'] o numero de elementos constituintes do sistema.
>
> Digamos que o meu N possa ser interpretado matematicamente no mesmo
> conjunto, mas não creio que do ponto de vista físico alguém tenha
pensado em
> algo semelhante.

Pensaste tu. Se bem que não aceitas que seja assim.

>Mesmo porque o coeficiente a entrar na equação não seria um
> "potencial químico".

Eu chamo-lhe miu. Se que lhe quiseres "cuca" por mim tudo bem.
Eu gosto mais de "potencial quimico" pq é assim que ele foi batizado.
Se ele tem a ver com mais coisas que só com a quimica, nem eu, nem a
termodinâmica temos culpa.
Estas a ser muito restricto nesta intrepretção das palavras.
"Atómo" tb não é uma coisa indivisivel como a sua etimologia sugere.
"potencial quimico" não tem de ter a ver só com quimica, como a sua
etimologia sugere.

> > É aplicável sobretudo em quimica, mas tb em fisica das particulas
e
> > fisica nuclear.
>
> > > O que estou propondo é que dN será igual a zero se e somente se
a
> > > transformação for reversível
>
> > Bom, isso não sei.
>
> Pois é! ;-) Neste caso, pelo menos suspeitas que existe algo de
diferente
> com o meu N.

Não. É simplesmente o desconhecimento de análise se sistemas em que N
varia.
Em fisica não analizemos muito a fundo esses casos.
Interessa mais ensinarem-nos as variações de temperatura e volume.
Portanto não sei se será reversivel ou irreversivel, dado que estamos
a falar já de 2 grandezas, S e N.
Teriamos que analizar um sistema particula e ver como é.

> > Na realidade não estás a mudar a termodinâmica mas apenas a usá-
la. A
> > usá-la para falar de entropinos e variação de numero de
particulas.
>
> Digamos que estou propondo a existência de uma "variável
>escondida".

Tu estás é a ver VE em todo o lado.
Se o entropino existir, ele é uma variável Desconhecida.
E o que estás a tentar fazer é revelá-la ao mundo.
Tudo bem com isso.

O que eu não concordo é que digas que a Termodinãmica está incompleta
como se fosse a M. de Newton ou a MQ. Que me digas que a variação de
elementos do sistema não foi considerada pela termodinâmica, pq é
mentira.
O que eu não concordo é que digas que a Termodinâmica tem variáveis
escondidas, quando que na realidade é, a introdução de um sistema
desconhecido. O entropino.

Ele pode ser desconhecido, mas a mesmo Termodinâmica que trata de
frigorificos, maquinas a vapor, atomos reacções quimicas e
calorimetros tratará dele.

> > Não ha variáveis escondidas na termodinâmica :-))) pelo menos não
> > essas.
>
> Se assim for, talvez não haja mais o que discutirmos a respeito. :-(

È pena...tlv este mail dê em outras conversas .. :-)


> > Tlv essas entidades chamadas entropinos se possam criar dessa
forma.
> > Se bem que nada nos diz que a entropia seja transportada, pq ao
> > contrário da energia, a entropia não se conserva.(olha a queção
> > escrita no principio)
>
> Mas que entropia é essa a não se conservar?

Se dado um sistema e o seu ambiente a entropia no conjunto aumenta,
deduz-se que ela não se conserva. (para se conservar ela teria que
diminuir algures da mesma forma que aumenta aqui, para que dS=0
sempre)

> Alguém já estudou o "sistema
> Universo" como um todo? A entropia do Universo realmente aumenta?

Estas são outras duas palavras de igual escrita e som com
significados diferentes.
universo em termodinâmica é o conjunto do sistema e do seu ambiente
(obvia a fronteira dos dois está inclusa)
Universo, com U grande é outra coisa.
Pela teoria antiga, Universo é aquilo que contêm tudo o que existe.
Ele é portanto elimitado e como sistema, não tem uam fronteira e um
ambiente, donde não é um universo termodinâmico.
Pela teoria moderna, ele pode não conter tudo o que existe, mas
contem tudo o que é possivel nós observarmos.
Nenhuma acção nossa pode ter efeito fora dele. (por causa da vel da
luz e todas essas cenas) Então nada "sai" para fora, e é como se ele
tb não tivesse fronteira nem ambiente. Donde, ele tb não é um
universo termodinâmico.

No maximo o Universo é um Sistema termodinâmico.
E dentro de um sistema, não ha leis nenhuma para a entropia. Ela pode
descer ou aumentar.

>Isso é
> muito bonito para ser exposto em livros de ficção mas... não
estaria esse
> aumento relacionado tão somente àquele universo que cabe em nossos
> laboratórios?

Exacto. Mas eu nunca fiz previsões para o Universo.Apenas para os
universos , tal e qual a termodinâmica.


>Perceba que não estou indo contra a termodinâmica. Apenas
> estou limitando seu campo de atuação ao universo onde ela foi
constatada e
> aos equipamentos laboratoriais que justificaram o modelo então
construído.

Eu tb. Não vejo a quê isto vem a propósito.
Quando eu disse que a entropia era criada, eu me referi a aquilo que
podemos observar.

> A
> partir daí estou dando asas à imaginação e construindo argumentos
para serem
> derrubados.

E eu estou tentando derrubar este. Pelo menos este ;-)) lol

>E foi nesse sentido que escrevi, em minha primeira msg nesta
> thread: "Desafio os ciencialisteiros a contestarem *matematicamente
ou logicamente* essa demonstração."

Precisamos de arbitros lol
Eu acho que mostrei que a tua teoria está contida na termodinâmica de
hoje. Tu achas que não e 'inventas' uma propriedade de estado N.
E mostro que essa já está inclusa na termodinâmica.

> > Neutrino é uma particula que advém do decaimento do neutrão (não

> > mas tb). Não é uma particula qq que apareça em todos os processos.
> > Donde produzir neutrinos a esfregar as mãos é um grande abuso de
> > linguagem e de identificações neutrino=entropino, não justiicadas
e
> > sobre tudo não testadas!
>
> Mas como testar uma idéia antes dela ter sido apresentada?


A questão não era essa. A questão que gerelaziaste a
palavra "neutrino" onde ela não cabe ser generalizada.
É só isso. Se um dia se mostrar que entropinos = netrinos então ok.
Mas forjar desde já essa identidade acho abusivo.

> Ou acreditas
> que tudo em ciência foi descoberto por acaso?


Ou supões que Faraday somente
> descobriu a indução eletromagnética após ter dado um chute em seu
> equipamento e, graças a isso, o imã, que estava no interior de uma
espira
> condutora, escorregou, dando origem a uma corrente elétrica? É até
possível
> que isso tenha ocorrido mas... o que é que o imã estava fazendo no
interior
> da espira? Não teria sido colocado lá pelo fato de Faraday ter
acreditado na
> possibilidade da existência de alguma variável escondida do
> eletromagnetismo?

Se ele não colocou lá o iman com a intensão de produzir corrente pela
deslocamento do iman, então foi por acaso.
Isto é como em direito, o que conta é a intensão, mesmo que nada
aconteça.

> > A termodinâmica sempre ganha :-) E tlv por isso na ideia de
Eisntein,
> > e não só, na de outros, onde me incluo, ela seja provavelmente tão
> > sólida como é humanamente possivel obter.
>
> "O que evidentemente não significa dizer que ela jamais será
explicada."

Isso não é do cunho da Termodinãmica , nem da fisica em geral, nem da
ciencia, dizer.

[]

Sérgio



SUBJECT: Meningite em 1974 no Brasil
FROM: Roberto Belisario <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/11/2001 09:53


Olá. Isto é um trecho de um artigo de Vicente Amato Neto e Jacyr
Pasternak, na Folha de S. Paulo de hoje (30/11/01). Observem quando ele diz
que houve em 1974, no Brasil, uma epidemia de meningite meningocócica
aparentemente causada por uma ação desastrada do sistema de saúde. Alguém
sabe detalhes a respeito?

Belisário

--------------------

(...) Na China, por exemplo, há um surto localizado de Aids na Província de
Hunan. Lá, o Exército, que se adaptou muito bem ao capitalismo, resolveu
colher sangue para produzir hemoderivados. Para maior rendimento pagava aos
doadores a fortuna de US$ 5. Isso é mais do que um salário local por mês.
Glóbulos vermelhos eram reinfundidos e fazia-se a separação do plasma. Por
motivos econômicos, os caros militares chineses misturavam vários sangues
na mesma centrífuga, gerando grande desastre, pois um número enorme de
pessoas contaminou-se com o HIV. Houve tentativa no sentido de esconder o
desastre, o que é comum por parte de ditaduras. Basta lembrar a brincadeira
semelhante consumada aqui, por volta de 1974, na epidemia de meningite
meningocócica.
Os pacientes sequer foram informados do acontecido, morreu muita gente sem
conhecer o motivo. Só agora está havendo alguma mobilização dos médicos,
mas não dos militares chineses. (...)




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Pregos .........
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/11/2001 12:32


-----Mensagem Original-----
De: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: sexta-feira, 30 de novembro de 2001 07:28
Assunto: [ciencialist] Re: Pregos .........



> Outra dúvida, que força um terminal da tomada de 110V exerce sobre
o outro terminal? Para facilitar imagine uma rede domiciliar
alimentada por corrente contínua.

Bom a força electrica é derivada de um potencial, donde ela iguala

F = dV/dr , onde r é o potencial.

========
Não seria o campo? E = dV/dr ? A própria expressão F = dV/dr é dimensionalmente inconsistente.
========

Reduzindo às diferenças F= deltaV/delta r
DeltaV=110 V e r ai uns 1,5 cm , é questão de medir. suponhamos 2 cm
pra facilitar : F = 55N

======
r = 2cm = 0,02 m
F(?) = 110V/0,02m = 5500 N = 550 kgf !!! Numa tomada plástica!

=======




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SUBJECT: Re: Pregos .........
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/11/2001 12:39


> > Outra dúvida, que força um terminal da tomada de 110V exerce
sobre
> o outro terminal? Para facilitar imagine uma rede domiciliar
> alimentada por corrente contínua.
>
> Bom a força electrica é derivada de um potencial, donde ela iguala
>
> F = dV/dr , onde r é o potencial.
>
> ========
> Não seria o campo? E = dV/dr ? A própria expressão F = dV/dr é
dimensionalmente inconsistente.

É, tens razão. Mea culpa.
A força iguala o campo multiplicado pela carga. e o campo é que
deriva desse potencial.A força deriva do potencial qV.
a força é então : F = qE =q dV/dr => q *110 / 0.02 (N)

(os 2 cm foi outra gafe )

Sendo que a carga é a electrica q = carga do electrão=1.6x10^-19 C.
Multiplando tudo isso dá F=8.8x10^-17 N

SE desta vez não me enganei, será aproximadamente isto.
Ou seja, em real aproximação: Nenhuma que se possa medir.


Cumprimentos,

Sérgio



SUBJECT: Re: variaveis escondidas e determinismo
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/11/2001 13:56


> Hess and Philipp find that EPR experiments don't necessarily
> rule out hidden variables at all, and there may, indeed, be
> another layer to reality. They argue that Bell overlooked a
> large class of possible hidden variables whose behaviour is
> consistent with the existing experimental findings.
>
> They find that if hidden variables have properties that
> change over time, yet are related to each other, the
> predictions change. For example, the hands of a clock in
> London and a clock in New York circulate periodically and do
> not directly influence one another, but nevertheless the
> different times shown by each are correlated with one
> another.

Este exemplo é péssimo. Os relogios estão relacionados mas não
fisicamente relacionados.
Se um se atraza o outro não tem que se atrazar. Se eu tenho um
relógio e o acerto com um relógio atómico (como algumas pessoas fazem
com os relógios dos seus pc) e o meu relógio se desacerta pq a
cadência dele não é tão constante quando a do relógio atómico, isso
não tem qq efeito sobre o relógio atomico que eu usei para acertar o
meu.
Se não era super facil desacertar um relógio atomico...


[]

Sérgio




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Pregos .........
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/11/2001 15:38


-----Mensagem Original-----
De: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: sexta-feira, 30 de novembro de 2001 12:39
Assunto: [ciencialist] Re: Pregos .........



> > Outra dúvida, que força um terminal da tomada de 110V exerce
sobre
> o outro terminal? Para facilitar imagine uma rede domiciliar
> alimentada por corrente contínua.
>
> Bom a força electrica é derivada de um potencial, donde ela iguala
>
> F = dV/dr , onde r é o potencial.
>
> ========
> Não seria o campo? E = dV/dr ? A própria expressão F = dV/dr é
dimensionalmente inconsistente.

É, tens razão. Mea culpa.
A força iguala o campo multiplicado pela carga. e o campo é que
deriva desse potencial.A força deriva do potencial qV.
a força é então : F = qE =q dV/dr => q *110 / 0.02 (N)

(os 2 cm foi outra gafe )

Sendo que a carga é a electrica q = carga do electrão=1.6x10^-19 C.
Multiplando tudo isso dá F=8.8x10^-17 N

SE desta vez não me enganei, será aproximadamente isto.
Ou seja, em real aproximação: Nenhuma que se possa medir.

=========
Como vc sabe que num terminal da tomada tem um elétron a mais que no outro? Por que vc usou q = carga de 1 elétron?
O motivo original da pergunta era justamente chegar aqui ... quanto de carga tem ali? Ou não tem carga nenhuma? Ou apenas uma quantidade que satisfaz a capacitância do terminal? Essa é a dúvida original.
============

[]'
Léo
PS: E meus pregos??????!!!!!!!!!!
==========


Cumprimentos,

Sérgio


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SUBJECT: Re: [ciencialist] variaveis escondidas e determinismo
FROM: Roberto Belisario <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/11/2001 16:04


Achei esquisitíssimo esse texto da Nature não ter citado nenhuma vez o
nome de David Bohm. Afinal, a teoria das variáveis ocultas, um dos centro
das atenções do texto, não era de Einstein, era dele. Einstein achava que a
mecânica quântica estava incompleta, e por isso só dava resultados
probabilísticos. A teoria das variáveis ocultas de Bohm pode ser encarada
como um caso particular de uma tentativa de completar a mecânica quântica,
mas Einstein não falava especificamente em variáveis ocultas.

Além disso, o autor coloca a coisa como se o teorema de Bell (1964) e a
experiência de Aspect (1981), citados no texto da Nature, tivessem
descartado todas as teorias das variáveis ocultas (TVOs) possíveis, e a
grande novidade fosse uma brecha que mostrasse que "nem todas". Entretanto,
essas pesquisas descartaram apenas uma certa classe de TVOs, as chamadas
TVOs locais. É justamente com essas que ocorre o famoso conflito entre a
Mecânica Quântica e a Relatividade Especial. Mais precisamente, o teorema
de Bell mostrou que qualquer TVO que reproduza as predições estatísticas da
Mecânica Quântica terá necessariamente de ser não-local. Assim, as TVOs
não-locais continuaram sendo uma opção possível. Aliás, a teoria de Bohm é
justamente desse tipo, e portanto ela não foi descartada pelo teorema de
Bell/experimento de Aspect (daí talvez o autor tenha evitado citar Bohm de
caso pensado). Continua sendo uma opção viável à Mecânica Quântica
tradicional (mas como estamos todos acostumados com a tradicional, a maior
parte dos físicos prefere usar o que já dá certo, enquanto espera que
alguém se disponha a levar adiante a de Bohm). O trabalho comentado no
texto da Nature deve ter encontrado uma brecha diferente dessa.

Um texto interessante a respeito das interpretações da Mecânica Quântica,
que inclui Einstein, Bohm e etc., escrito por Silvio Seno Chibeni, está em:

http://www.comciencia.br/reportagens/fisica/fisica04.htm

Belisário

At 04:34 30/11/01 +0000, you wrote:
>Saiu em:
>http://www.nature.com/nsu/011129/011129-15.html
>
>Albert Einstein never liked some of the
>counterintuitive predictions of quantum theory,
>arguing instead that there was a further, hidden layer
>to reality it failed to describe. But since the
>1980s, Einstein's objections have been
>largely ruled out.
>
>Now Karl Hess and Walter Philipp of the University of
>Illinois at Urbana-Champaign provide evidence that
>Einstein may have been right to be sceptical -
>there may indeed be another set of rules
>underlying quantum theory1.
>
>Quantum theory describes the behaviour of atoms
>and subatomic particles
>and says that their energy is 'quantized': it can be altered
>only in discrete jumps. Although Einstein himself made
>seminal contributions to quantum theory, he famously
>disagreed with the Danish physicist Niels Bohr about how it
>should be interpreted.
>
>In 1935 Einstein, together with the physicists Boris Podolsky
>and Nathan Rosen, concocted a 'thought experiment' in which
>quantum theory seemed to permit 'spooky' action at a
>distance, whereby a measurement made on one particle
>instantaneously determines the properties of another
>particle, no matter how great the distance between the two
>particles.
>
>Uncomfortable with this bizarre outcome, Einstein suspected
>that a still more fundamental theory underlies quantum
>mechanics (just as quantum mechanics underlies the older
>'classical mechanics' of Isaac Newton). He invoked 'hidden
>variables' - quantities that do away with things like quantum
>uncertainty, but which cannot be measured directly. Bohr
>disagreed, arguing instead that we simply have to resign
>ourselves to the fact that quantum theory is counterintuitive.
>
>There the argument floundered until the 1960s when Irish
>physicist John Bell showed that hidden variables could have
>observable consequences. He demonstrated that the
>outcome of the Einstein-Podolsky-Rosen (EPR) experiment
>differs if hidden variables do or don't exist.
>
>When it became possible to perform EPR experiments for
>real in the 1980s, the results showed that, provided Bell was
>right, there were no hidden variables. They seemed to show
>that Einstein was wrong and Bohr was right.
>
>Hess and Philipp find that EPR experiments don't necessarily
>rule out hidden variables at all, and there may, indeed, be
>another layer to reality. They argue that Bell overlooked a
>large class of possible hidden variables whose behaviour is
>consistent with the existing experimental findings.
>
>They find that if hidden variables have properties that
>change over time, yet are related to each other, the
>predictions change. For example, the hands of a clock in
>London and a clock in New York circulate periodically and do
>not directly influence one another, but nevertheless the
>different times shown by each are correlated with one
>another.
>
>If hidden variables are 'time-correlated' in such a manner,
>Bell's theory breaks down. The researchers show that in such
>a case, the results of EPR experiments can be explained
>without needing to invoke the spooky action at a distance
>that Einstein considered so unlikely. This does not mean that
>hidden variables exist, just that they cannot be completely
>ruled out.
>
>--
>joão
>http://www.nonio.com
>http://www.explicacoes.com
>
>&&& --- &&&
>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>Para sair da lista envie um mail para
>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
>&&& --- &&&
>
>Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
>http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>



SUBJECT: Re: Pregos .........
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/11/2001 17:07


> =========
> Como vc sabe que num terminal da tomada tem um elétron a mais que
no outro? Por que vc usou q = carga de 1 elétron?

Eu não usei a hipotese que havia mais numque no outro. Eu apenas usei
o potencial.
O que estás pretendendo é uma resposta complexa.

Quando os terminais estão desligados não ha corrente neles. Apenas
potencial.
Usei a carga do electrão pq se trata de electricidade. Em
electricidade são os electrões que respondem ao campo electrico.
Mas estás à vontade para substituir q pela carga que quiseres.

> O motivo original da pergunta era justamente chegar aqui ... quanto
de carga tem ali? Ou não tem carga nenhuma?

Podes usar a eq de maxwell para saber isso div E = rho
Mas o que obténs daqui é uam densidade de carga.
(notar que como E= grad V, então div grad V = rho<=> lap V =rho)

A carga é o integral em volume de lap V.

>Ou apenas uma quantidade que satisfaz a capacitância do terminal?
>Essa é a dúvida original.

do meu ponto de vista apenas interessa que haja potencial.
Se bem que tb fico com a duvida se q = e
Soponho que a resposta a isso esteja na definição de newton pela lei
de Àmpere. Dois condutores filiformes de comprimento muito superior
à distância entre eles, distânciados de 1 metro, produzem uma força
de 1N um no outro.

:-(

[]

Sérgio





SUBJECT: Re: variaveis escondidas e determinismo
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/11/2001 17:16

--- In ciencialist@y..., Roberto Belisario <rbdiniz@t...> wrote:

Pergunta básica.

O q. é Teorema de Bell?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: variaveis escondidas e determinismo
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/11/2001 20:29

> Um texto interessante a respeito das interpretações da
Mecânica Quântica,
> que inclui Einstein, Bohm e etc., escrito por Silvio Seno Chibeni,
está em:
>
> http://www.comciencia.br/reportagens/fisica/fisica04.htm

desse texto:
"Uma grandeza só terá significado físico se pudermos atribuir valores
a ela. É isso que permitirá colocar a noção em correspondência com os
fenômenos, com a leitura de aparelhos de medida. Neste ponto surge a
primeira e mais fundamental dificuldade interpretativa na MQ: Dados
um estado quântico e uma grandeza física quaisquer, em geral o
formalismo quântico simplesmente não atribui um valor à grandeza!
(Dissemos "em geral" porque há exceções.) "


Isto é muito estranho. O formalismo da MQ atribuiu sim um valor
sempre às grandezas fisicas. chama-se Valor Espectável , representa-
se por <A> é calcula-se como <A> = < phi |  | phi > onde  é o
operador da grandeza em causa

Por exemplo para a posição <x> = < phi | x | phi >
Esta notação de Dirac traduz-se em

<x> = integral de menos a mais infinito de phi*. A. phi , onde *
representa a operação de conjugação.

Portanto, acho estranho que se diga que não atribui um valor.

"O problema é agravado pelo fato de que mesmo quando o estado não
fornece o valor de uma grandeza física, medidas dessa grandeza sobre
o objeto são inteiramente possíveis e dão valores bem definidos."

Isto é de muita incoerencia. Alguem ia aceitar uma teoria que não
prevê valores medidos ????

É sempre possivel calcular <A> para qq estado e qq grandeza fisica.
O que não é possivel é determinar simultaneamente grandezas
conjugadas.
Grandezas conjugadas são aquelas cujo produto tem unidades de Js
(joule.segundo)
Energia e tempo, momento linear e posição, momento angular e angulo
Isto é o que diz o Principio de Heisenberg.

" Parece, então, que a teoria está falhando em uma de suas funções
essenciais, a predição dos fenômenos, dos resultados de medida. "

Não está faltando nada disso. Este texto é muito estranho.

"a) A descrição quântica do objeto é incompleta: não prevê valores de
grandezas perfeitamente mensuráveis;"

Isso é simplesmente falso

"b) Os valores dessas grandezas não existem, ou não estão definidos
antes que se efetue a medida; a medida então criaria ou tornaria
definidos os valores, não sendo propriamente uma medida, no sentido
usual do termo: a mera revelação de uma propriedade preexistente do
objeto investigado"

Mas que confusão...
A existencia de valores de grandezas é em si uma expressão sem rigor.
Numeros não existem fisicamente.
A medida não cria o valor, mas torna-o observável.
O conceito de Observável é muito importante em MQ, mas não vou
explicar aqui.
Em resumo, resume-se ao calculo de <A> ( tb chamado valor médio)

Como todos o fisico experiemtnal sabe, qq medição é um valor médio.
Classicamente esse valor médio é conseguido medindo várias vezes.
Quanticamente o proprio valor medido é uma média, portanto o valor
final é uma média de médias, já que ninguem mede 1 vez só.

Que o valor da grandeza seja um valor médio não tem problema nenhum !
Até é desejável que assim seja.

tanto a) como b) não correspondem a nada de real dentro da MQ... são
extrapolações " a longa distância"
Muito esquesito neste tipo de texto...


[]

Sérgio



SUBJECT: Re: variaveis escondidas e determinismo
FROM: "Roberto Belisário Diniz" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/11/2001 21:32


> Como todos o fisico experiemtnal sabe, qq medição é um valor médio.
> Classicamente esse valor médio é conseguido medindo várias vezes.

Mas repare que médias não são a única coisa possível de ser medida.
É perfeitamente possível fazer uma única medida; aliás,
qualquer valor médio é tomado sobre um conjunto de medidas
individuais, e cada uma delas fornece um resultado em geral diferente.
Tais valores individuais são coisas perfeitamente mensuráveis.
Mas a Mecânica Quântica não pevê valores para tais medidas
individuais. Só prevê médias. Por conseguinte, é verdadeira
a afirmação de que a MQ "não prevê valores para
grandezas perfeitamente mensuráveis", a não ser em casos
excepcionais.

Repare que esse indeterminismo intrínseco da MQ é diferente
do "indeterminismo clássico", pelo qual qualquer medida está
sujeita a erros devido às limitações do aparelho, aproximações
feitas, etc. Por exemplo, esse indeterminismo clássico pode ser
tão pequeno quanto se queira, enquanto o indeterminismo quântico
tem um limite teoricamente intransponível (representado pelo
Princípio da Indeterminação de Heisenberg).

Ah. A explicação do que é teorema de Bell que o Takata pediu
vem depois, que agora estou sem tempo...

Belisário

--- In ciencialist@y..., "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@e...>
wrote:
> > Um texto interessante a respeito das interpretações da
> Mecânica Quântica,
> > que inclui Einstein, Bohm e etc., escrito por Silvio Seno
Chibeni,
> está em:
> >
> > http://www.comciencia.br/reportagens/fisica/fisica04.htm
>
> desse texto:
> "Uma grandeza só terá significado físico se pudermos atribuir
valores
> a ela. É isso que permitirá colocar a noção em correspondência com
os
> fenômenos, com a leitura de aparelhos de medida. Neste ponto surge
a
> primeira e mais fundamental dificuldade interpretativa na MQ: Dados
> um estado quântico e uma grandeza física quaisquer, em geral o
> formalismo quântico simplesmente não atribui um valor à grandeza!
> (Dissemos "em geral" porque há exceções.) "
>
>
> Isto é muito estranho. O formalismo da MQ atribuiu sim um valor
> sempre às grandezas fisicas. chama-se Valor Espectável , representa-
> se por <A> é calcula-se como <A> = < phi |  | phi > onde  é o
> operador da grandeza em causa
>
> Por exemplo para a posição <x> = < phi | x | phi >
> Esta notação de Dirac traduz-se em
>
> <x> = integral de menos a mais infinito de phi*. A. phi , onde *
> representa a operação de conjugação.
>
> Portanto, acho estranho que se diga que não atribui um valor.
>
> "O problema é agravado pelo fato de que mesmo quando o estado não
> fornece o valor de uma grandeza física, medidas dessa grandeza
sobre
> o objeto são inteiramente possíveis e dão valores bem definidos."
>
> Isto é de muita incoerencia. Alguem ia aceitar uma teoria que não
> prevê valores medidos ????
>
> É sempre possivel calcular <A> para qq estado e qq grandeza fisica.
> O que não é possivel é determinar simultaneamente grandezas
> conjugadas.
> Grandezas conjugadas são aquelas cujo produto tem unidades de Js
> (joule.segundo)
> Energia e tempo, momento linear e posição, momento angular e angulo
> Isto é o que diz o Principio de Heisenberg.
>
> " Parece, então, que a teoria está falhando em uma de suas funções
> essenciais, a predição dos fenômenos, dos resultados de medida. "
>
> Não está faltando nada disso. Este texto é muito estranho.
>
> "a) A descrição quântica do objeto é incompleta: não prevê valores
de
> grandezas perfeitamente mensuráveis;"
>
> Isso é simplesmente falso
>
> "b) Os valores dessas grandezas não existem, ou não estão definidos
> antes que se efetue a medida; a medida então criaria ou tornaria
> definidos os valores, não sendo propriamente uma medida, no sentido
> usual do termo: a mera revelação de uma propriedade preexistente do
> objeto investigado"
>
> Mas que confusão...
> A existencia de valores de grandezas é em si uma expressão sem
rigor.
> Numeros não existem fisicamente.
> A medida não cria o valor, mas torna-o observável.
> O conceito de Observável é muito importante em MQ, mas não vou
> explicar aqui.
> Em resumo, resume-se ao calculo de <A> ( tb chamado valor médio)
>
> Como todos o fisico experiemtnal sabe, qq medição é um valor médio.
> Classicamente esse valor médio é conseguido medindo várias vezes.
> Quanticamente o proprio valor medido é uma média, portanto o valor
> final é uma média de médias, já que ninguem mede 1 vez só.
>
> Que o valor da grandeza seja um valor médio não tem problema
nenhum !
> Até é desejável que assim seja.
>
> tanto a) como b) não correspondem a nada de real dentro da MQ...
são
> extrapolações " a longa distância"
> Muito esquesito neste tipo de texto...
>
>
> []
>
> Sérgio



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Calor especifico e fisica classica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/12/2001 05:20

----- Original Message -----
From: "Sergio M. M. Taborda" >
Sent: Thursday, November 29, 2001 1:10 PM
Subject: [ciencialist] Re: Calor especifico e fisica classica

> As pessoas encasquilharam com o principio de Heisenberg ser uma "lei
> do indeterminismo". Coisa que não é. E foi mostrado que não é.
> Se a fisica fosse indeterminista que raio de ciencia seria?
> Os sistemas [tlv pseudo] indeterminsticos como o voo de uma mosca,
> não são objecto da previsão fisica.

Sinceramente, estou preocupadíssimo com esse (in)determinismo da física
quântica. Tenho tido pesadelos incríveis a respeito, especialmente após ter
lido uma frase do J. Trefil a dizer que "o que a mecânica quântica nos diz é
mais ou menos tão profundo quanto isto: um elétron não é como um carro."
Justo eu, que julgava poder dirigir meu carro pelas ruas de São Paulo sem
receio, contando com a proteção da mecânica quântica. E não bastasse isso,
você vem agora dar a entender que o vôo de um elétron também não é como o
vôo de uma mosca. Porquê não?!!!! Você nunca ouviu o zumbido de uma mosca
voando? Perceba bem e note que não é um zuuumm qualquer e contínuo, mas
quantizado. É um verdadeiro zuuuummm_zuuummm_zuuummm, às vezes até mesmo
entremeado com o planck de uma delas espatifando-se contra o abajour, como
se fosse o colapso de uma função de onda. E se você tiver "ouvido perfeito"
certamente conseguirá obter a constante deste Planck com uma precisão até a
segunda casa decimal (para moscas fêmeas às vezes consegue-se precisão
maior, pois elas são bem mais indeterministas).

> > Apenas como adenda, diria que para Newton o desvio do raio de luz
> > se daria antes da entrada da luz no meio 2.

> Isso é curioso. Como se mede isso? (a luz é demasiado rápida para
> vermos o traçar da sua trajectória)

Eu não tenho os detalhes técnicos e já li isso há muito tempo. Enfim, a
Óptica de Newton está publicada e embora tenha grande parte dela aqui em
casa, na atualidade estou sem tempo para consultá-la, mesmo porque a Óptica
de Newton não é nada que se consiga entender com uma leitura rápida (a
exceção da Óptica III, mas essa é uma síntese com conclusões e sugestões
para novos estudos). Fico devendo [não sei quando pagarei pois não sou
profeta ;-) ].

> Significa isso que o raio "sabe" que vai entrar? Ou seja, que existe
> transmissão de informação 'do futuro'?

Esta é uma interpretação a apoiar-se nas baboseiras costumeiramente
associadas à relatividade moderna. Newton não conheceu esta relatividade,
mas deu a entender que seria um "absurdo tão grande, que não acreditava que
homem algum que tivesse em questões filosóficas competente faculdade de
pensar, pudesse cair nele". Enfim, Newton cometeu alguns erros e neste caso
parece ter superestimado seus seguidores ou, quem sabe, talvez eles não
tenham tido realmente competente faculdade de pensar.

> Mas a velocidade da luz no vácuo depende apenas do vácuo, ou seja,
> das constantes que o definem.
> Não depende da velocidade com que o vácuo se move em relação a nós.
> Pq ele não se move em relação a nós.
> (se ele se movesse em relação a nós teriamos um vácuo dinamico, e
> isso implicaria na existencia de aether.
> A velocidade da luz é constante pq o aether não existe. Não é o lab
> que é fixo, é o vácuo que é fixo.)

O seu vácuo é fixo em relação a quê? Às estrelas fixas? Ao centro do
Universo? Ao Léo, Aquele que não joga dados? A Einstein?

Certamente não será em relação ao espaço absoluto newtoniano, será? Pois
este nem mesmo Newton definiu, apenas o supôs como uma entidade ou de
natureza metafísica --"o espaço é o sensório de Deus"-- ou então a ser
pesquisada num futuro longínqüo, com o desenvolvimento da tecnologia. Mas
nas idéias de espaço absoluto newtoniano não há, a meu ver, nem mesmo em
futuro longínqüo, lugar onde encaixar as elucubrações einsteinianas!!!

Enfim, e como já disse em algum lugar do meu passado: "Em ciência, o gostoso
mesmo é estar no espaço. E é aí que, às vezes, coloco o meu referencial. E
como ele está preso à minha mente, e eu não estou no livro, o leitor não o
enxerga. E pode me criticar. Talvez com lógica, mas nem sempre com razão."

> > > A questão é: como se expande a fisica de newton ao limite em que o
> > > valor finito do transporte da acção não pode ser despresado?

> > Isso foi matematizado, em termos de potenciais, e da maneira como
> > utilizamos hoje, por Lienard e Wiechert, no final do século XIX e começo
> > do século XX.

> Potenciais... ok... então e F=ma? como se expande isso?
> p=mv, como se expande isso? E=0.5mv², como se expande isso?
> Estas coisas é que formam a base da fisica. Os potenciais são
> entidades adjuntas a estas.

Boas perguntas! Quem sabe possamos respondê-las utilizando a física dos
gnomos. Não deixa de ser uma saída. Por outro lado, que tal pesquisarmos
melhor os significados que residem por trás de conceitos que *supomos*
dominar, tais como "F", "m", "a", "E", etc?

"E, portanto, não tenho escrúpulos em propor os principios de movimento
acima mencionados, sendo eles de uma extensão muito geral, e deixar suas
causas serem descobertas." (Newton).

Proponho então que hoje, 320 anos após essa frase ter sido proferida,
comecemos efetivamente a procurar pelas causas apontadas, deixando
provisoriamente de lado os gnomos quânticos.

> Newton acreditava num referencial absoluto.
> Uma velocidade finita e constante nesse referencial como é vista
> pelos outros referenciais?
> Todos os outros referciais são ligados a este por um ponto origem e
> um vector que liga a origem com um ponto fixo do espaço
> [ou em alternativa a um ponto com velocidade C, já que sendo ela
> sempre constante nesse
> referencial dC/dt=0, basta subtrair para obter a origem]
> medimos velocidades supondo que a origem do nosso ref é fixa. Mas ela
> não é fixa num ref absoluto. Então a todos os vectores velocidade teremos
> de subtrair/adicionr o vector que liga a
> velocidade que medimos com a velocidade que mediriamos se
> estivessemos no ref fixo.
> Isso envolve a teoria de galileu, pura e simples, a ideia de Newton
> de ref absoluto e de um vector que liga esse ref a todos os outros. A
> velocidade da luz.

Se assumires a física de Einstein como evolução da física de Newton, poderei
até contestar teu critério de evolução, mas reconhecerei que podes assim
pensar, da mesma maneira que posso acreditar na física de Galileu como
evolução da física de Aristóteles. Daí a dar a entender que são a mesma
coisa, que uma não contraria a outra, ou que uma não é incompatível com a
outra, parece-me que vai uma distância muito grande. Não confundas teoria
com equações. Uma teoria pode conter equações mas é bem mais do que isso.
Para começar, as variáveis que entram nas equações devem ter um significado
físico e à medida em que modificamos este significado não estamos mais
falando da mesma teoria. As físicas de Einstein e de Newton têm muito mais
diferenças do que semelhanças. Se pensas de outra forma creio que não há
mais o que discutirmos a respeito :-( pois creio que já dissemos tudo o que
pensamos e, neste assunto, estamos nos repetindo sem que um consiga
convencer o outro.

> Tlv Einstein não estivesse a pensar assim quando formulou a teoria,
> mas foi isso que ele desenvolveu: um referencial absoluto.

Não, ele não desenvolveu, ele simplesmente inventou, o que é bem diferente.
Newton já foi bem mais discreto, simplesmente deixou seu referencial num
cenário a ser descortinado por seus seguidores. Newton não "definiu" este
referencial absoluto simplesmente porque não possuía na época argumentos
suficientes a garantirem-no que a "lei da gravitação universal" seria um bom
critério para isso. Em outras palavras, ele poderia ter dito que um
referencial inercial seria aquele no qual a lei da gravitação universal
seria válida. Mas mesmo que tenha pensado nisso, não chegou a afirmar pois,
como disse, não fazia "conjecturas infundadas" (hipóteses, utilizando suas
palavras). E, com efeito, isso há 300 anos seria uma conjectura infundada.
Mesmo porque Newton sabia que a gravitação deveria se sujeitar à não
instantaneidade. E de Newton a Maxwell, pouquíssimos físicos se preocuparam
com esse detalhe, cegos que estavam com a aceitação do dogma de Cotes.
Maxwell morreu precocemente e mal conseguiu encaixar essa idéia em seu
eletromagnetismo. Em termos de relatividade, o passo seguinte foi dado por
Einstein, a despersonalizar totalmente a física newtoniana.

> Tlv vá contra o senso comum, mas mais classico que isto não ha.
> Einstein não mudou uma virgula na visão do mundo de Newton.

:-)))))) Como anedota, esta é muito boa. Bem melhor do que a minha, a do
planck da mosca.

> Portanto, campo de informação não é nada.
> O campo precisa variar. A sua variação é que transporta informação.

Não concordo. O campo é uma função e, como tal, pode ou não ser constante
num ponto. A informação é algo que viaja pelo espaço e nos dá a sensação de
campo. O campo pode, mas não precisa, variar. A informação não precisa
variar, apenas viajar. À medida em que viaja, pode variar localmente, no
decorrer do tempo, porém permanece fixa no tempo se raciocinarmos sob um
ponto de vista euleuriano (ou seja, se a acompanharmos em sua viagem). É
óbvio que isso irá contra os dogmas einsteinianos, segundo os quais não
poderíamos, *nem em pensamento*, acompanhar essa informação. Logo, se fosse
me utilizar dos dogmas dessa "física que despersonalisou totalmente a física
newtoniana" (por mais que afirmes o contrário), não haveria como saber se a
informação permanece ou não fixa no tempo.

Parece-me que você está a confundir campo com onda. Sim, uma onda
eletromagnética, seja lá o que for isso, pode ser imaginada como formada por
campos, mas um campo, raciocinando-se classicamente, não precisa
obrigatoriamente ser formado por ondas. E estou afirmando que onde existir
um campo de forças existirão informações viajando, mesmo que o campo não
varie; e essas informações não são ondas pois se propagam no vazio ou no
vácuo não-quântico de Torricelli.

> Campo de Informação é muito estranho.

No contexto em que me referi acima, sim. Não obstante, num contexto outro,
qual seria o problema? Existem campos de força, campos de velocidade, campos
de futebol... Porque não poderia haver campo de informação, a retratar uma
região do espaço por onde estariam viajando as informações? Talvez tenha
sido isso o que pretendi dizer quando afirmei, na msg anterior: "Na minha
opinião, fundindo o modelo newtoniano com uma teoria de campos de
informação. E o que se informa, a meu ver, nada mais é senão o "movimento da
matéria".

> Portanto a pergunta mantém-se: entre esses corpusculos o que ha?

Informações do movimento da matéria, digo, dos corpúsculos. Algo que Newton,
aquele que não fazia hipóteses ;-), chamou em alguns textos por "vibrações"
emitidas pela matéria e em outros por "espírito da matéria". O interessante
é que ele conseguiu "medir" algumas dessas vibrações. Não me pergunte como
pois embora goste de ler Newton, não estou afim de reestudar o assunto no
momento (e não é nada muito fácil, pois que foi escrito num estilo
pós-medieval).

> > uma partícula em repouso absoluto não
> > emitiria informação alguma de seu movimento (pois que este é nulo).
> > Minha física termina aqui, além do qual qualquer nova conjectura seria
> > do âmbito da metafísica.

> Ok. digamos que sim.
> Então uma particula em movimento B, em relação a essa, A, emitiria
> informação do seu movimento.
> A particula A observaria então essa informação vinda de B pq ela
> estava em movimento relativo a ela.
> Mas pelo principio do movimento relativo (Galileu), do ponto de vista
> de B, era A quem se moveria.
> Entao A emitiria informação do seu movimento (as leis da fisica não
> dependem do referencial). B observaria essa informação.

Não, não e não!!! Essa "relatividade absoluta" não é inerente à física
clássica. Isso é de Einstein e a idéia está contida num dos postulados da
TRR, o mesmo que aceita a velocidade da luz no vácuo como uma lei da
natureza, enquanto as velocidades dos demais corpos seriam apenas
velocidades. No caso em estudo, se B for o único agente emissor de
informações, B continuará sendo o único agente emissor de informações,
qualquer que seja o referencial considerado.

> Mas começamos por supor que A não emitia informação nenhuma.

Agora sim! Vou manter o parágrafo acima apenas para reforçar o argumento,
pois quero crer que captastes a idéia.

> Então que informção é essa que B observa? é a informação que ele proprio
> está a emitir, mas em reverso.

E porque ele haveria de observar em reverso? Rigorosamente falando ele nem
precisaria observar nada, pois está simplesmente emitindo!!! Imagine um
barco emitindo um SOS para outro. Mudando o referencial, seria de se esperar
que o barco em perigo fosse o outro?!!! :-)))). É incrível mas já cheguei a
flagrar físicos que em determinadas condições parecem acreditar nesse
absurdo. Isso é que é ter fé numa "relatividade absoluta" :-)))

> Porquê A não emite informação? Pq está parado no ref absoltuo e por
> isso parado sem emitir qq informaçao do seu movimento.

Digamos, por hipótese, que sim. ;-)

> Então pq B emite se no seu ref ele tb está parado? Pq o seu ref não é
> absoluto.

Digamos também que sim. ;-))

> Então todas as particula que não estão no ref absoluto emitem
> informação do seu movimento.

Digamos novamente que sim. ;-)))

> Mas ha outro tipo de informação necessária. A informação de existência.
> A não se move, mas B sabe que A existe. Como?
> Será possivel saber que A existe se ele não se mover ?
> Ou seja, a informação do movimento é a mesma que a da existência, ou
> não?

Não obrigatoriamente. Se A e B estiverem em repouso no referencial absoluto,
não há, *neste universo hipotético*, como uma partícula suspeitar da
existência da outra. Por outro lado, se B se move, B emite informação de seu
movimento; após um certo intervalo de tempo (não há instantaneidade de ação
aqui), A será afetado por essa informação gerada em B e, em resposta,
entrará em movimento, passando a emitir informação desse movimento; essa
resposta será sentida por B que será afetado pelo movimento secundário de A
e assim por diante. Observe que não há uma ação-reação instantânea e também
não há uma conservação instantânea da energia. O que há é um universo
interligado única e exclusivamente por informações de movimento emitidas
pelas partículas a informarem seus movimentos em relação a esse hipotético
referencial absoluto. A conservação de energia poderia ser encarada como um
efeito probabilístico. Sob certos aspectos nota-se aí algo no estilo do
princípio de Heisenberg, se bem que exposto de uma maneira totalmente
diferente, 100% clássica e não indeterminista, no sentido absoluto do termo.

Aí você me dirá: Mas... essa não instantaneidade da conservação da energia
não iria contra a física clássica? Sim e não. Sim se valorizarmos
excessivamente as equações da física clássica. Não se raciocinarmos como
físicos clássicos e não como meros matemáticos clássicos. Pois como afirmei,
a física clássica newtoniana apoia-se em um modelo com três leis mas,
também, em um cenário. As leis foram descritas para o macroscosmo e devem se
adaptar ao cenário e o cenário, no exemplo citado não apenas é microscópico
como totalmente utópico, pois estamos fixando nossa mente não num mero
referencial inercial, mas no referencial absoluto, qual seja, aquele do
repouso absoluto. Pois é nesse referencial que o Léo joga dados. ;-))

Raciocinando-se utopicamente, perceba que num universo como este seria
suficiente apenas uma partícula entrar em movimento para que, num
determinado intervalo de tempo, esse movimento se distribuísse para todas as
partículas do universo considerado.

> A Ciencia DEVE apenas comportar uma escola de pensamento. A do
> pensamento Cientifico! Pois ele é univoco.

Você parece estar pressupondo que temos uma ciência acabada. E eu estou
afirmando que os que assim pensam estão permitindo que outros acabem com a
ciência.

> Agora. Existem várias ideias. E teremos que testálas Seja
> conceptualmente, experimentalmente,
> seja como for. Mas nunca caindo fora da ciencia.

Nesse caso estamos em acordo, ainda que utilizando maneiras de expressar
diversas.

> Em MQ elas são sempre particulas E ondas. (...)
> Se preferires, são ondas matemáticas de particulas fisicas.

Prefiro chamá-las por gnomos. ;-))

> Um tanque de água. nivel horizontal.
> Num dos lados algo move um objecto em movimento vertical.
> produzem-se ondas. Quantos picos de onda ?
> Sabes contá-los? Optimo. Então o numero de picos é quantificado.
> Agora aumenta a frequencia. os picos são cada vez menos arredondados.
> No limite eles são picos assim | | | | | | | | |....deltas de dirac.

Mas esse é um limite matemático. Estás tentando expandir a mecânica dos
fluidos, uma teoria macroscópica, para o microcosmo. Mas esse foi exatamente
o erro que apontei quando disse que a MQ tentou expandir, para o microcosmo,
o eletromagnetismo fluido de Maxwell. Eu diria que muito antes de atingir o
limite dos deltas de Dirac chegaríamos nas moléculas de água e num vazio
imenso entre elas. Não existe indeterminação, o que existe é inadequação de
modelos. Não existe quantificação a não ser aquela inerente à física
clássica; mas esta tem um significado totalmente diferente.

> >Lembro, no
> > entanto, que o princípio de Heisenberg é posterior ao efeito
> > fotoelétrico (1905). O não classicismo da idéia de fóton não reside aí
> > mas em apoiar-se ou na dualidade dos fótons ou na teoria de Drude e
> > Lorentz e nenhuma dessas justificam-se classicamente, pois vão contra a
> > experimentação interpretada sob o ponto de vista clássico.

> Se eu enviar uma areia contra um vidro ele parte?
> E se eu enviar uma imensidão de areias espaçadas com a mesma
> frequencia tal que é iguala à
> frequencia natural do vidro? ele parte?
> Sim, ou não?

Aí depende. Se o vidro for do mesmo tipo daquela vara que gira e a areia do
mesmo material da sombra da vara, creio que não acontecerá nada. ;-)))))

> > Por outro lado, não adianta tapar o sol com a peneira. Uma
> > *única* carga elétrica macroscópica, sujeita a uma aceleração
> > centrípeta, irradia energia, queiramos ou não.

> Como eu nunca vi isso, eu gostaria de saber que experiencia demonstra
> isso. E pq, teoricamente isso deveria acontecer.

Mas isso é tão elementar! Assim como uma carga em movimento gera um campo
magnético, quero crer que uma carga com aceleração centrípeta (ou outra
aceleração qualquer) deva gerar um campo magnético variável no tempo. Que
nome dar a esse efeito? Se a aceleração for uma função senoidal do tempo
(carga vibrante) creio que chegaríamos em algo parecido com as ondas
eletromagnéticas assumidas por Planck em seu modelo para explicar a radiação
do corpo negro. Estou errado?

> Para que erradie é preciso que saia energia desse sistema.
> E não vejo como ela sai sem que o sistema pare e/ou de onde essa
> energia vem se ele não pára.

Mas essa foi exatamente a dúvida inicial de Bohr. Como ele não "viu" saída
de energia de um átomo estável e, em sua teoria inicial, os elétrons estavam
dotados de aceleração centrípeta, ele assumiu o postulado das órbitas
permitidas. Ou seja, Bohr assumiu que em determinadas órbitas o elétron
poderia desrespeitar o eletromagnetismo de Maxwell e chamou a essas órbitas
de permitidas. Acho estranho que conheças tanto os postulados atuais da MQ e
não tenhas a mínima noção dos alicerces que os apóiam. Ou será que estás
apenas me testando? ;-))

> > Um elétron em órbita não irradia. Porquê?

> Experimentlmente ele não pára.
> Portanto ou existe uma fonte interna de energia ou ele não irradia.
> Como a primeira hipotese não pode ser pela 1ª lei da termodinâmica
> (não ha criadores de energia) é a segunda que se deduz.
> O electrão não irradia pq não pára.
> E pq não pára? [pq o electrão não cai no nucleo?]
> Pq não pode. :-)) Pq não pode? Pq o seu estado é estável.
> E pq ele é estável? TALVEZ Porque: ele acelera e desacelera,
> aproximando-se e afastando-se no nucleo. A energia que emite, é a que ele
> absorve. O integrar é nulo ao longo do seu caminho. A unica condição
> necessária para que seja nulo é que o comprimento de onda dessa oscilação
> que ele faz seja um multiplo inteiro do percurso que executa.
> [quantificação]. Mas quando ele se move para além dessa posição de
> equilibrio para outra posição de equilibrio, ele não obdece mais ao
> integral nulo a energia que sobra/falta não tem que sair / entrar? Sim.
> Essa energia, sai/entra sob a forma de fotões.

Trocando em miúdos: Ele não irradia porque não irradia. :-))
A título de curiosidade, pergunto: Qual foi a experiência que demonstrou que
o elétron não para? Não é preciso descrever, mesmo porque eu não entendo
nada de gnomologia ;-), eu só queria saber o nome da experiência e/ou do
autor.

> > Apenas para satisfazer os postulados de Bohr? Não, os postulados de
> > Bohr é que, certos ou errados, foram construídos no sentido de se
> > adequarem a essa realidade experimental.

> Realmente. Que coincidência entre o que escrevi e o que ele
> postulou... fiquei até com medo. Será que baixou o espirto dele aqui?

Apesar de tudo, ainda acho que a tua explicação foi um pouquinho melhor do
que a dele. Não digo isso para te agradar ;-), mas é que essa idéia de Bohr
é de 1913 e a tua já contém rudimentos da eletrodinâmica quântica. Só faltou
falar em fótons virtuais.

Só achei estranho o começo: "Ele não irradia porque não pára." Entendi o que
pretendestes dizer, mas acontece que *se fosse permitido* a ele parar
(parece-me que existe um dogma quântico e/ou um corolário-dogma a proibir
essa condição ou, quem sabe, uma experiência a comprovar a não existência de
"elétrons beija-flor"), ele também não irradiaria, agora graças à teoria
eletromagnética de Maxwell-Lorentz (uma carga elétrica em repouso não
irradia, segundo a teoria de Maxwell, e um elétron seria uma carga elétrica,
segundo a teoria de Lorentz).

[ ]'s
Alberto
http://ecientificocultural.com (inglês)
http://ecientificocultural.com/indice.htm (português)



SUBJECT: Re: variaveis escondidas e determinismo
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/12/2001 18:20


> > Como todos o fisico experiemtnal sabe, qq medição é um valor
médio.
> > Classicamente esse valor médio é conseguido medindo várias vezes.
>
> Mas repare que médias não são a única coisa possível de ser medida.
> É perfeitamente possível fazer uma única medida; aliás,
> qualquer valor médio é tomado sobre um conjunto de medidas
> individuais

Sim, é possivel fazer medições individuais. Ninguem duvida disto. E
ninguem duvida que quanto mais as repetirmos mais proximos estamos do
valor real.
As nossas formulas são identificadas com ferramentas que nos dão
valores reais.
A experiementação deve portanto tender para o valor das nossas
formulas, quando estas estão correctas.

Se M1, M2, M3, ...,Mn são as medições individuais sucessivas, então a
sua média tende para o valor real M, quando n tende para infinito.

lim Média(M) = M
n-> infinito

Ninguem duvida disto. E isto se aplica tanto classica, como quantica,
como relativisticamente. É um principio de Metrologia básico.

> Tais valores individuais são coisas perfeitamente mensuráveis.
> Mas a Mecânica Quântica não pevê valores para tais medidas
> individuais.

Isso não é verdade.
As nossas ferramentas matemáticas preveêm sempre o valor que é
suposto verdadeiro , real. Tanto classica, como quanticamente.

imaginemos um sistema que tem um campo magnético. Nós queremos ser
capazes de prever o seu valor alterando alguns parametros.
Para um conjunto estabelecido de parametros, queremos saber que valor
o campo terá.
Tanto classica, como quanticamente, usamos os principios da fisica,
e obtemos formulas que nos dizem quanto esse campo valerá.

A teoria classica, diz-nos que para o cojunto de parametros , o valor
do campo será B, dentro do erro experiemental.
Ou é B, ou algo está errado. A teoria pode estar errada, ou o
processo de medição pode estar errado, ou ter havindo um engano, ou
qq coisa humana assim..

A teoria quantica, diz-nos que para o conjunto de parametos o valor
do campo será <B>, dentro do erro esperimental.

<B> lê-se : Valor espectável de B.

A Mecânica quantica só calcula coisa que se possam observar.
Observáveis.
No caso de medições, ela só lida com medições que podemos esperar
encontrar. E dai o nome valor espectável.

Este valor como disse é calculado pelo integral do quadrado da função
de onda operado pelo operador da grandeza. Neste caso ,o operador
campo magnético.

O valor expectável pode ser intrepretado como um valor médio se , e
apenas se, o quadrado da função de onda for intrepretado como uma
densidade de probabildiade.
Caso contrário, valor espectável e valor médio são coisas diferentes.
Normalmente, por principio diz-se que aquele quadrado é aquela
densidade, e portanto valor espectável e valor médio são nomes
equivalentes nesse contexto.
Mas a expressão "valor médio" é preciso ser muito bem entendida.
É o valor médio de um operador a actuar numa função de onda (de uam
grnadeza do sistema) não é o valor médio das medições Media (M)
descrito antes.

E este parece-me ser o erro do texto que citaste. Fala-se como se
<B> fosse o valor médio das medições. Tal não é verdade.

Em rigor , o B clássico e o <B> quantico são a mesma coisa. Estão ao
mesmo nivel, por assim dizer. Para sistemas onde a MQ se resume à MC,
B=<B>

Agora, quando vamos esperimentalmente medir os valores esperados,
espectáveis, B e <B> vamos entrar na metologia da coisa e temos que

lim Média (Bn) = B_previsto
n->infnito

e Também temos que:

lim Média (<Bn>) = <B_previsto>
n->infnito

Na realidade o simbolo <> é só um preciosismo para diferenciar a
previsão Classica da Quantica. E muitas vezes se tira o <> por
economia de escrita.


>Só prevê médias.

Ele prevê médias, mas é preciso saber que médias são essas.
E é ai que o texto não concorda com o que a MQ diz.


> Por conseguinte, é verdadeira
> a afirmação de que a MQ "não prevê valores para
> grandezas perfeitamente mensuráveis", a não ser em casos
> excepcionais.

Ela vai mais longe.
Ela não só prevê os valores das grandezas, mas a probabilidade de
medires esses valores numa medida individual e independente. E sobre
tudo isso ela calcula tb o erro para a medida que vais fazer.
Não é o erro esperiemental, mas a a fidilidade.
Ou seja, se eu faços as contas e obtenho uma valor espectável 45 ,
será que eu posso confiar nesse valor para a minha grandeza? Ou seja,
posso esperar em consciencia que esse será o valor medido em
laboratório ?
Compreenda-se que este valor tem um papel diferente da probabildiade.
A probabilidade diz-se se eu o vou medir. Ou seja, se eu medir várias
vezes com que frequencia esse valor aparecerá.
Esta "Margem de Confiança" é calculada pelo "desvio padrão" e
normalmente denota-se como Delta A, onde A é a grandeza

DA=Delta A = <A²>-<A>² (estou citando de cor a formula pode que os
termos seja ao contrario)

Notar que este não é o erro experimental. Este é nivel de confiança
que posso dar ao valor <x> calculado.Ou seja, se posso esperar que
esse valor seja, Realmente, medido em laboratório. compreenda-se que
este valor nada têm a ver com a probabilidade de ser medido. A
probabildiade de ser medido assume que esse valor está entre os
possiveis.

Então, qual é o problema ?
É que a teoria matemática da MQ diz-me que a margem de confiança de
certas grandezas não é independente.
Estas grandezas dizem-se conjugadas. Por exemplo o momento e a
posição.
Então, se eu calcular o valor a medir em certo estado do sistema, eu
calculo um <x>, uma probabildiade P(x) e uma incerteza Dx para essa
medição. E calculo <p>, P(p) e Dp

Mas para eu aumentar a confiança na posição eu tenho que diminui a do
momento. (Principio de Heisenberg)

Se eu calculo <x> = 5 com Dx=0.5 , é um bom resutlado.
Por outro lado calculo <p>= 20 com Dp = 10 , o que é péssimo.

Eu posso calcular sempre valor espectáveis, mas nem sempre posso
confiar nos calculos. Esta é a matemática do Principio de Heisenberg.
DxDp >= h

O que isso significa na prática ?
Que eu posso tentar medir o meu x e o meu p. O valor de <x> calculado
será muito perto do valor experiemental encontrado. E posso dizer que
a minah teoria estava certa em relação à posicção de x, pq posso
confiar no valor previsto.
Se eu tentar simultaneamente, medir p, eu vou encontrar um valor
experimental. Ele vai estar bem longe do valor que previ. Não pq me
tenha enganado a medir, mas pq o valor que eu tinha previsto tem uma
margem de confiança péssima. Ou seja, ninguem no seu perfeito juizo
estaria à espera de medir o valor de p previsto.

O valor de p previsto , <p>, só terá uma boa margem de confiança SE
eu não medir a posição simultaneamente. Ai sim ,eu poderei confiar na
minha previsão.

Classicamente, uma teoria (leia-se : análise de um dado sistema)
está errada com B é diferente, fora da margem de erro, do valor
experimental.
Quanticamente, uma teoria está errada quando o valor <B> é diferente,
fora da margem de erro do valor experimental E a margem de confiança
do valor previso <x> é elevada. Caso não seja, não é de estranhar que
a minha medição tenha saido furada.

> Repare que esse indeterminismo intrínseco da MQ é diferente
> do "indeterminismo clássico", pelo qual qualquer medida está
> sujeita a erros devido às limitações do aparelho, aproximações
> feitas, etc.

A incerteza experimental, ou como dizes o " indeterminismo
classico" , tanto está numa como na outra. É algo independete da
teoria e apenas dependente das formas de medir. É aquele limite lá em
cima.

A incerteza intrinseca, o Principio de Heisenberg, apenas pertence à
MQ. (formalmente sim)
Mas ele não é tão estranho quanto se dá a parecer por ai!

Imagina que queres medir a velocidade e a posição de uma bala
simultaneamente.
E é muito importante o simultaneamente.

Como fazes ? Usemos um método +- normal. Pomos uns sensores laser no
caminho da bala. Quando ela passar na frente a posição é
determinada.
Mas quando o laser atinge a bala, ele lhe transfere momento, e
portanto altera a velocidade da bala. E ai a determinação da
velocidade sairá viciada.

E tu me dizes : Mas isso é irrelevante : o laser não vai alterar
significativamente a velocidade da bala !
Concerteza. Agora esperimenta usar uma bala para saber a posição da
outra, ou um laser para saber a posição de um electrão ... aah! Agora
já não dizes que se pode despresar , pois não ?

Pois, isto mostrar que o efeito está lá, mesmo quando se despresa. E
à escala da MQ (10^-15m) ele não é nunca despresável.

Este é o significado do bendito/maldito do Principio de Heisenberg.
Principio de Incerteza e não de Indeterminsmo.

>Por exemplo, esse indeterminismo clássico pode ser
> tão pequeno quanto se queira, enquanto o indeterminismo quântico
> tem um limite teoricamente intransponível (representado pelo
> Princípio da Indeterminação de Heisenberg).

Espero ter explicado bem pq não é uma indeterminação mas uma
incerteza.
"O que não é facto não é exacto", e não é facto que haja uma
indeterminação intransponivel.
Eu posso saber a posição e o momento do corpo. não os posso é saber
simultaneamente. Mas basta esperar um tempo diferente de zero para
que não seja mais simultaneo.
(claro que na prática é um intervalo de tempo e não um instante de
tempo)


[[ ]]

Sérgio


P.S.
Deves tlv estar a perguntar-te :"pq eu heide acreditar em ti quando
toda a gente diz algo diferente?"
Não tens de acreditar em mim.Acredita em ti mesmo.
Será que é mesmo diferente do que dizem ?
E se for, será que é correcto ?

:-))))




SUBJECT: Feliz Natal
FROM: Prof. José Carlos <j.c@iname.com>
TO: <Todo.mundo@daminha.lista>
DATE: 02/12/2001 03:23

Queridos amigos,

Fiz um cartão eletrônico de boas festas para vocês. O endereço da página é o
que segue abaixo:

http://infovia.tripod.com/natal/feliz_natal.htm

Espero que visitem e gostem.

Abraços,

José Carlos, Angela e José Carlos




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [acropolis] o argumento da nao crenca
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/12/2001 04:44

----- Original Message -----
From: "Sergio M. M. Taborda"
Sent: Friday, November 30, 2001 9:35 AM
Subject: [ciencialist] Re: [acropolis] o argumento da nao crenca

Olá, Sergio

Permita-me agrupar os tópicos pois percebo que eles estão um tanto quanto
embaralhados e as idéias estão crescendo :-). Creio que poderia resumir os
tópicos principais nos seguintes: 1) É a termodinâmica uma teoria completa?
2) O que são realmente variáveis escondidas? 3) O que é energia e em que
isso se relaciona com o objetivo da termodinâmica? 4) Outros assuntos e/ou
questões pendentes.

1) É a termodinâmica uma teoria completa?

Sem dúvida alguma é uma teoria completa. Uma teoria é completa quando seu
núcleo está fechado a modificações, no sentido em que não comporta mais
modificações. Esse núcleo é composto por suas leis ou princípios. Os
princípios, neste caso, são quatro (via de regra são chamados por "zero",
um, dois e três) e não há como modificá-los sem que descaracterizemos
totalmente a teoria. Lembro que a terceira lei (creio que devida a Nerst)
foi acrescentada sem modificar nada do que havia até então, pois é possível
encontrar teorias abertas (como era a termodinâmica) e que admitem tais
alterações (a meu ver, este é o caso da mecânica newtoniana na atualidade).

> Eu só queria mostrar que a termodinâmica é completa. E que a tua
> ideia se encaixa nela, tal como está. Sem necessidade de novas
> variáveis.

Parece-me que neste ponto estamos discordando apenas lingüisticamente e, num
sentido "light", sob o ponto de vista epistemológico. Do ponto de vista
lingüístico, tudo bem. Se não queres considerar o entropino como uma nova
variável, pois entendes que do contrário estarias cometendo um sacrilégio,
chame-o, por exemplo, de uma nova "merreca". Digamos então que a
termodinâmica é uma teoria completa mas que comporta, na interpretação de
seus princípios, que são imutáveis, "uma nova merreca". Escreva assim e eu
entenderei que estás dizendo o mesmo que eu diria empregando a expressão
"uma nova variável". Está bem assim?

Do ponto de vista epistemológico diria que a minha teoria não completa nada,
pois não modifica o núcleo da termodinâmica. A termodinâmica é uma teoria
fenomenológica e fechada (ou completa) e a minha idéia tenta explicar os
fenômenos termodinâmicos, situando-se pois num terreno representacional.
Explicar não significa substituir.

> Não ha surpresas para a termodinâmica. O que pode haver são surpresas
> por introduzirmos um novo conceito de particula e isso faz com que N
> tenha um termo suplementar.

Estou 90% de acordo e deixo os 10% restantes para justificar o que afirmei
acima, pois se há o que ser explicado, isso significa que não podemos
afirmar nada com chance de erro igual a zero. Por outro lado, e para não
contrariá-lo, seguirei a sua sugestão, chamando o coeficiente "miu" por
"cuca". Escreverei assim e acredito que entenderás o texto como se eu
estivesse denotando por "cuca" o que chamas por "potencial químico". OK?

2) O que são realmente variáveis escondidas?

> O que eu não concordo é que digas que a Termodinâmica tem variáveis
> escondidas, quando que na realidade é, a introdução de um sistema
> desconhecido. O entropino.

Então eu direi, no sentido de satisfazê-lo, que ela tem "merrecas"
escondidas. Se quiser, posso também substituir o termo "escondidas" por
"desconhecidas" ou, quem sabe, "não consideradas", ou mesmo algum outro
termo que queiras que eu utilize, e assim estarei mais em acordo com a
maneira como interpretas as "merrecas". Direi então que "os entropinos são
merrecas que acredito ainda não terem sido levadas em consideração pelos
estudiosos de termodinâmica, e que podem, em teoria, serem expressos nas
equações de energia com o auxílio do coeficiente "cuca". Perfeito!!! Estou
até com vontade de reescrever o artigo com essas modificações e submetê-lo
para publicação no Physical Gnomos Review. ;-)))

> O que estou mostrando é que se eles existirem eles podem ser
> entendidos pela termodinâmica como ela é!

Mas quando foi que eu disse o contrário? Em nenhum momento disse que estava
"criando" uma teoria com a finalidade de substituir a termodinâmica. Cheguei
a dizer, sim, que tratava-se de uma "teoria representacional para a
entropia" mas em nenhum momento considerei-a como algo que viria para
substituir a termodinâmica. Tanto assim que afirmei:

"Esta [o fato de ser fenomenológica] é a característica que a torna [a
termodinâmica] uma teoria de baixo risco e um dos fatores que convenceram
Einstein a declarar ser a termodinâmica clássica a única teoria física de
conteúdo universal que, dentro da estrutura da aplicabilidade dos seus
conceitos básicos, jamais será derrubada. O que evidentemente não significa
dizer que jamais será explicada."

Esta última frase destrói toda a sua argumentação. Explicar não significa
derrubar, nem substituir. Uma teoria representacional, via de regra, é
"construída" no seio de uma teoria fenomenológica sem, no obstante, anular
esta última. Enfim, já concluímos em outra thread que vemos a ciência por
prismas diferentes e quero crer que na raiz deste problema está uma das
diferenças fundamentais. Estás aqui corroborando o teu posicionamento,
pois respondestes a esta frase com o seguinte comentário: "Isso não é do
cunho da Termodinãmica, nem da fisica em geral, nem da ciencia, dizer." Sem
mais comentários, pois neste caso nossa discordância não é apenas de
natureza lingüística e deixo-o à vontade para que interpretes a ciência como
bem a entender.

Maxwell, por exemplo, ao comparar os estilos de Ampère e de Faraday
(capítulo III do volume 2 de seu Tratado -- On the induction of electric
currents), contrasta o "esplêndido exemplo de estilo científico" de Ampère
(às vezes até mesmo a esconder o que se reside por trás das leis da
natureza) com o "cultivo do espírito científico" de Faraday (a deixar muito
claro tudo o que pensa e/ou o que sente). Parece-me que, a exemplo de
Ampère, estás cultivando demais o academicismo e deixando o "espírito
científico" totalmente à margem da ciência. Não louvo esta tua maneira de
agir mas quero crer que muitos bons cientistas adotaram esse pragmatismo.
Não obstante, como noto que gostas também de exercer o espírito crítico,
tomes bastante cuidado, pois existem excelentes cientistas que valorizaram
sobremaneira o "espírito científico"; e os melhores exemplos foram Newton e
Einstein, além do próprio Faraday. Diria que Maxwell situa-se no meio termo
e, portanto, ninguém melhor do que ele para comentar o contraste.

> >E foi nesse sentido que escrevi, em minha primeira msg nesta
> > thread: "Desafio os ciencialisteiros a contestarem *matematicamente
> > ou logicamente* essa demonstração."

> Precisamos de arbitros lol
> Eu acho que mostrei que a tua teoria está contida na termodinâmica de
> hoje. Tu achas que não e 'inventas' uma propriedade de estado N.
> E mostro que essa já está inclusa na termodinâmica.

Mostrastes o óbvio e portanto, e até agora, não me contestastes em nada a
não ser na interpretação de palavras (potencial químico, variável,
escondida, entropino e/ou neutrino, etc.). Conseqüentemente, o desafio
continua de pé. ;-)

3) Sobre a energia

> Não acredito que a energia mecânica tenha nada a ver com aquele
> principio. Pensemos só que a própria energia mecânica foi cosntruida
> para se adquar a aquele principio. A energia potencial foi
> introduzida exactamente para que aquele principio fosse observado.
> Muitos criticaram a introdução desta energia "fantasmagórica"
> potencial. Hoje é algo comum e corriqueiro.
> Portanto, seja qual for a energia aquele principio tem que ser
> obdecido pq é um principio geral.

Corroboras aqui o que afirmei num dos parágrafos anteriores e a caracterizar
um certo desprezo pelo espírito científico. Aceitas tudo como uma obra
pronta e acabada. Nada contra, mesmo porque não posso dizer que estás
errado, ainda que não me agrade essa postura. Reproduzi seu texto apenas
como algo a reforçar o "diagnóstico" que fiz acima.

> O principio da conservação da energia é o mais geral 'as it gets'
> E essa é a 1ª Lei da Termodinâmica.

Não é. A energia, como dissestes acima, foi construída para que simulássemos
esta verdade. Não obstante, a primeira lei da termodinâmica é o resultado da
experimentação, nunca de uma invenção a satisfazer determinados propósitos.
E não há nada a nos *garantir*, a não ser a nossa fé, que esta construção
tenha sido totalmente eficiente. Representar a realidade (teorias
representacionais) muitas vezes é o produto de fé, e por isso essas teorias
são taxadas como de alto risco; apoiar-se *exclusivamente* na experimentação
(teorias fenomenológicas) é algo a retratar um empirismo levado ao extremo,
e por isso essas teorias são taxadas como de baixo risco. A termodinâmica é
uma teoria fenomenológica e de baixo risco e não assume grandes compromissos
com o representacionismo; a mecânica estatística já assume um risco razoável
e, neste caso, podemos aí aceitar, com ressalvas, a 1ª Lei da forma que a
enuncias, se bem que neste caso creio que ela surge como conseqüência e não
como uma hipótese a compor o núcleo da teoria (não estou bem certo disso).

> Como eu vivo no seculo XXI a mim não me preocupa muito se ela foi
> deduzida antes ou depois da segunda.

Percebe-se. Tenho encontrado poucos cientistas que conseguem "viajar" no
tempo a ponto de interpretarem corretamente o que foi dito por Newton, por
Faraday, por Maxwell ou, até mesmo, por Einstein, Heisenberg ou Bohr.

> Onde é que eu preciso se saber o que é energia cinética / mecânica
> para definir aquilo?

Em termodinâmica não precisas. Precisas tão somente caracterizar um trabalho
W como tudo aquilo que pode ser traduzido pelo levantamento h de massas m em
um campo gravitacional g (mgh). E a partir daí dizer que o sistema sofreu
uma mudança de estado e, supondo que não tenha sofrido trocas de calor,
passou de um estado de "energia interna" U para outro em que a energia será
U - mgh.

Estou afirmando que *posso* utilizar-me de U independentemente do U medido
representar ou não o que chamamos energia. Isto tem certas vantagens de
natureza conceitual, pois posso sondar a respeito de condições em que W =
delta-U (processo adiabático) não seria, por algum motivo desconhecido,
igual à variação do conteúdo energético do sistema.

Se alguém conseguir provar esta ocorrência, nada impede que modifiquemos a
nossa maneira de entender o que seja U, tal que possamos continuar dizendo
que a primeira lei da termodinâmica (aparentemente modificada, pelo menos na
nossa maneira de interpretar) iguala-se à lei da conservação da energia. Mas
isso é uma questão pura e simples de conveniência. Perceba então que isto
pode se repetir "ad infinitum" e, portanto, nunca terei certeza de se aquele
U que estou medindo representa a mesma energia E, definida em mecânica, a
relacionar-se ao conteúdo energético do sistema. Ou seja, CONVÉM para a
termodinâmica continuar sendo uma teoria fenomenológica e a propiciar o
surgimento de "insights" para que, por cima deste caráter, sejam construídas
teorias representacionais outras, seja para explicá-la melhor, seja para
ampliar seu poder de alcance.

Quero crer, ao contrário do que me acusas, que és tu quem está tentando
modificar a termodinâmica, ao assumir a existência de propriedades
representacionais que ela não possui, pois que, muito sabiamente, seus
construtores não quiseram dotá-la destas representatividades.

4) Outros assuntos

> > O tempo não chega a ser levado em consideração na genuína
> > termodinâmica. Em termodinâmica estuda-se um antes e um depois, nunca um
> > durante.

> Acho que estás parado no tempo.

Pois para mim aparentas viver em outro planeta, aquele onde as "merrecas"
são expressas ao lado das "cucas". ;-)))

> A energia interna não é dita ser a energia mecânica. E não sei onde
> foste buscar isso.

Na filosofia dos construtores da termodinâmica, aquela mesma que desprezas
por distar do século XXI. Embora não a colocassem nos seus princípios (e
reafirmo que é errado confundir a 1ª Lei com a lei de Lavoisier), eles
chegaram a imaginar que, em condições limites, isso poderia ocorrer.

> Ela é de facto a energia mecânica em sistemas particulares, como
> sejam os gases perfeitos (pq se assume que não se perde energia no
> choque) e em problemas de mecânica comum, onde não ha mais energia
> senão a mecânica.

Estás confundindo termodinâmica com mecânica estatística e/ou teoria
cinética dos gases. Em termodinâmica do planeta Terra ;-) do século XXI o
intervalo de tempo é desconsiderado assim como qualquer fenômeno que possa
ocorrer neste intervalo de tempo. Existe um antes e um depois, nada além
disso. A medida em que desprezas essa filosofia inerente à termodinâmica e
procuras justificar o que estaria ocorrendo neste intervalo de tempo,
obviamente defrontas-te com energias perdidas e tentas explicar o que
estaria acontecendo nestas circunstâncias. Isso é objeto da mecânica
estatística.

Imagine, por exemplo, um gás expandindo-se em direção ao vazio e tal que
concluída a expansão as moléculas do gás choquem-se com as paredes do
recipiente. A termodinâmica não estuda nem os estados intermediários nem o
choque, apenas um estado anterior à expansão e aquele posterior ao choque e
com o sistema já em equilíbrio. Não obstante, o choque existiu. Se o gás for
ideal, isto não trará conseqüências para a termodinâmica (lei de Joule); se
o gás for real, observa-se que a temperatura diminui, mesmo assumindo-se que
nada saiu do sistema sob a forma de calor (paredes adiabáticas). Nestas
condições dQ = 0 e dW = 0, logo dU = dQ - dW = 0. Não obstante, dU pode ser
expresso também como dU = TdS - pdV + "miu"dN. Se desprezarmos a produção de
entropinos e/ou qualquer outra "merreca desconhecida", concluiremos que
TdS - pdV = 0. Essa identidade decorre de termos considerado como
pressuposta a 1ª Lei (dU = dQ - dW) e de assumirmos a inexistência de
"merrecas desconhecidas" a incorporarem a variável N.

Mas... e se as "merrecas" existirem?

De duas uma: Ou acrescentaremos um fator na expressão dU = dQ - dW,
despersonalizando a 1ª Lei, o que me parece a primeira vista que não seria
conveniente; ou acrescentamos um novo N na expressão "miu"dN (isto para
não adicionarmos um novo membro à equação, se bem que isto viesse a causar
confusão ao nos referirmos ao "miu" como potencial "químico"). E em que isto
afetaria a 1ª Lei? Do ponto de vista teórico, em nada. Do ponto de vista
prático diria que *neste caso* a 1ª Lei não seria mais válida da forma
simplificada dU = dQ - dW, pois estaria havendo transporte de "merrecas"
para o exterior, logo não podemos mais tratá-lo com um sistema fechado no
sentido que os termodinâmicos dão ao termo.

Não sei se deu para entender, mas procurei me esforçar ao máximo para
mostrar a importância do estudo das "merrecas" bem como para mostrar que em
hipótese alguma estou indo contra a termodinâmica clássica, uma teoria muito
bem construída e acredito que não será modificada nos próximos 1000 anos. "O
que não significa dizer que jamais será explicada." ;-)

> Todas as outras formas de energia que não induzem realização de
> Trabalho são chamadas de Calor.
> Portanto não ha como dizer que existe mais formas não homologadas pq
> o Calor reune todas as que não são trabalho.

Mas... Como é que ficariam as "merrecas" neste caso? Bem, eu já respondi: o
sistema não seria fechado, logo deveríamos considerar as "merrecas" como
algo que sai do sistema. Se esse algo que sai for de natureza material e
dotado de energia cinética, o que está saindo é energia mecânica sobre a
forma de energia cinética (a incluir a matéria, é óbvio). Perceba então que
a tua afirmação assume "a priori" que o sistema é fechado, logo nega "a
priori" a existência de "merrecas". Mas negas porque queres, pois até agora
não testemunhei nenhum argumento convincente a justificar essa negação.

> A tua produção de entropinos não produz trabalho, donde é uma forma
> de Calor.

Não concordo pelo que expus acima.

> Se apenas identificares Calor, com a alteração da temperatura, estás
> a dizer que dQ=TdS apenas, e em todas as circunstâncias.

Não sei onde pretendes chegar mas creio que já expus acima o que penso a
respeito.

> Eu logo vi. Estás a dizer-me que calor é algo que tem Só tem a ver
> com temperatura. Como em dQ=mcDelta (T) (c é a capacidade calorifica
> especifica)

Não, o que eu disse é que o calor é definido em termologia. Como só enxergas
fórmulas, interpretas as coisas com a visão de um matemático, e deixas a
física de lado. Se estudares um pouquinho a experiência de Joule, perceberás
que em determinadas condições dQ = 0 e dW = mcDelta(T). Seria isso
equivalente a dizer que o trabalho é definido em termologia? Fórmulas são
fórmulas, nada mais que fórmulas. Física não é matemática e nem tem a
matemática como um fator básico, ainda que seja essencial para o seu
desenvolvimento (creio que já discutimos bastante isso e já sabes o que
penso a respeito).

> Este é o calor comum, usado em "Hoje está muito calor"

Estás redondamente enganado. Esta é a confusão que o leigo faz entre calor e
temperatura e não entre calor e Calor ;-))

> Luz é uma forma de Calor.

Eu diria que a energia irradiada pelos corpos sob a forma de calor pode ser
considerada onda eletromagnética (ou luz, se quiseres), o que foi afirmado
há muito tempo por Planck (Heat Radiation - Electodynamic theory, in "Eight
lectures on theoretical physics). Isso, em hipótese alguma, significa dizer
que "calor é uma forma de luz". Esta afirmação está fora do que Planck
chamou por "termodinâmica pura", aquela que estamos discutindo aqui, e a
qual chamei por "termodinâmica propriamente dita".

É possível que tenhas tentado valorizar a expressão que afirma que o calor é
um tipo de energia em trânsito. Direi então que estás considerando a
expressão ao pé da letra e assumindo, por conta própria, que esse trânsito
retrataria única e exclusivamente uma energia irradiada. Nada contra, é
possível que no microcosmo as coisas aconteçam dessa maneira, mas também é
possível que não. Isso é representacionismo puro e ao aceitá-lo estás
correndo um risco desnecessário. A menos que estejas preocupado não com a
termodinâmica em si, mas com a relação entre esta e a natureza do Calor de
Irradiação, da forma como descreve Planck no texto acima citado. Nada disso,
no entanto, justifica a sua afirmação, a qual está errada. Pois luz,
efetivamente, não é calor, e não se trata aqui de um problema puramente
lingüístico e/ou tolerável como tal, a exemplo do "potencial químico".

> >*Classicamente* falando a energia de N estaria contida numa
> > matéria transportada do sistema para o exterior e não levada em
> > conta na termodinâmica *clássica*.

> A termodinâmica tb lida com transporte de massa.

E como relacionarias dU, dQ e dW nestas condições de massa variável? Em
outras palavras: Supondo-se que saia a massa dm do sistema entre um estado 1
e outro estado 2, seria possível descrever dU apenas às custas de calor e
trabalho? Acredito ter lido, em algum lugar de tua mensagem, algo do tipo:
"Em termodinâmica tudo o que não é trabalho é Calor". Hummmmmm... Estranho,
não?

> Quando eu transporto massa de A para B eu estou a realizar trabalho.

Não só mas também. Aliás, não é impossível transformar o seu trabalho
(energia em trânsito) em energia cinética. Trata-se de uma questão do tipo:
Qual formalismo matemático iremos utilizar? Pois matemática é isso, uma
ferramenta útil. Nada mais do que isso. Matemática não é física, por mais
que tenhas aprendido isso na escola.

> Portanto a energia do sistema tem que variar.

Não só pelo trabalho, mas também. Ou será que a energia cinética dessa massa
é nula? Pela minha teoria (não a que estamos discutindo aqui, mas na outra
thread), somente se a massa estiver em repouso no referencial absoluto
;-)))). Pela teoria dos gnomos creio que esse repouso total seria uma
heresia a ir contra o princípio do Heisemberg. E pela termodinâmica diria
que a tua resposta está incompleta, pois não é só trabalho e Calor que estão
entrando em consideração. Como para você luz e Calor são a mesma coisa,
e matéria e energia idem, fica difícil contestar alguma coisa deixando os
gnomos de lado. Mas mesmo assim, parece-me que em termos de termodinâmica,
em especial em termos de entropia, a física dos gnomos somente nos tem
trazido desillusões.

> > > Agora, pensemos no decaimento radioactivo. dN=0?
> > > (..)
> > > Então dQ = miu dN.

> > Quero crer, se o entendi bem, que essa conclusão esteja errada.

> Pq ?

Pelo que expus acima. Estás utilizando as fórmulas da termodinâmica de um
sistema fechado para um sistema aberto. Enfim, não é impossível que após
alguns contorsionismos matemáticos consigas chegar ao resultado correto por
vias erradas.

> > > Não ha variáveis escondidas na termodinâmica :-))) pelo menos não
> > > essas.

> > Se assim for, talvez não haja mais o que discutirmos a respeito. :-(

> È pena...tlv este mail dê em outras conversas .. :-)

E porque não? :-) O que tentei dizer é que o tema "variável escondida" está
se esvaziando sem que entremos em acordo e acabamos nos repetindo. Enfim,
não é impossível que em meio a esse tema exista alguma "variável escondida"
que ainda não levamos em consideração :-)))))

> > > Neutrino é uma particula que advém do decaimento do neutrão (não
> > > só mas tb).

Pois é, não só mas também.

> A questão que generalizaste a
> palavra "neutrino" onde ela não cabe ser generalizada.

Mas não posso nem suspeitar essa identidade? Afinal, são coisas que do ponto
de vista epistemológico têm muito em comum. Assim como os raios catódicos
pareciam ter algo em comum com as partículas imaginadas por Faraday. E na
época pensou-se bastante nesta semelhança, mesmo antes que fosse comprovada
a existência dos elétrons.

[ ]'s
Alberto
http://ecientificocultural.com (inglês)
http://ecientificocultural.com/indice.htm (português)



SUBJECT: Re: Calor especifico e fisica classica
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/12/2001 10:40

> > As pessoas encasquilharam com o principio de Heisenberg ser
uma "lei
> > do indeterminismo". Coisa que não é. E foi mostrado que não é.
> > Se a fisica fosse indeterminista que raio de ciencia seria?
> > Os sistemas [tlv pseudo] indeterminsticos como o voo de uma mosca,
> > não são objecto da previsão fisica.
>
> Sinceramente, estou preocupadíssimo com esse (in)determinismo da
física
> quântica. Tenho tido pesadelos incríveis a respeito, especialmente
após
ter
> lido uma frase do J. Trefil a dizer que "o que a mecânica quântica
nos diz
é
> mais ou menos tão profundo quanto isto: um elétron não é como um
carro."

Pois, mas ironia à parte. Ele tem razão.

> Justo eu, que julgava poder dirigir meu carro pelas ruas de São
Paulo sem
> receio, contando com a proteção da mecânica quântica. E não
bastasse isso,
> você vem agora dar a entender que o vôo de um elétron também não é
como o
> vôo de uma mosca. Porquê não?!!!!

Hei! calma. O que eu disse é que o movimento da mosca não é previsivel
fisicamente.
Talvez biologicamente o seja (dirigindo-se para onde o alimento
existe). Mas
fisicamente não.
O do electrão é previsivel. Ao menos não ha razão para não ser pois
ele não
tem vontade própria. É um ser sem "alma" , totalmente manipulável.

O movimento da mosca é indeterminável. Quando ela pousa no mesmo
local,
sabe-se lá para onde ela vai a seguir... O electrão, sempre irá na
diração
oposta ao do campo electrico.

> > Significa isso que o raio "sabe" que vai entrar? Ou seja, que
existe
> > transmissão de informação 'do futuro'?
>
> Esta é uma interpretação a apoiar-se nas baboseiras costumeiramente
> associadas à relatividade moderna.

Eu fiz uma pergunta, não uma intepretação.
Contudo para que a sua trajectória varia, alguma acção tem de
acontecer
sobre ele.
(se a fronteira está lá, alguma informação ela deverá emitir da sua
presença. Segundo a tua teoria não seria a assim?)

> > Mas a velocidade da luz no vácuo depende apenas do vácuo, ou seja,
> > das constantes que o definem.
> > Não depende da velocidade com que o vácuo se move em relação a
nós.
> > Pq ele não se move em relação a nós.
> > (se ele se movesse em relação a nós teriamos um vácuo dinamico, e
> > isso implicaria na existencia de aether.
> > A velocidade da luz é constante pq o aether não existe. Não é o
lab
> > que é fixo, é o vácuo que é fixo.)
>
> O seu vácuo é fixo em relação a quê?

Pergunto-te então : Move-se em relação a quê ?

Suponhamos que ele tem uma velocidade não nula. Essa velocidade será
em
relação a quê ?
No meu ref do lab, eu tenho um pedaço de vidro parado e um feixe de
luz em
movimento.
Se eu mexer o meu pedaço de vidro o que acontece à velocidade da luz
dentro
dele?
Supostamente nada diferente de quando ele está parado. Tudo isto no
meu ref
do lab.Sem recorrer a ref absolutos.
Então a velocidade depende da natureza do meio e não da sua [do meio]
velocidade relativa em relação a seja o que for.
E o que perguntei é se é verdade que não depende da velocidade
relativa.
O vácuo é a ausencia de matéria. Em relação a quê eu posso fazer
referencia
no vácuo ?
A pontos dos espaço escolhidos aleatóriamente ? Ou a pontos fisicos
escolhidos aleatóriamente?
Ponto fisico = ponto do espaço[ponto matemático] + campos.

> Certamente não será em relação ao espaço absoluto newtoniano, será?

Se para todos os corpos a velocidade do vácuo em relação a eles é
igual à
velocidade deles em relação ao vácuo , conclui-se logicamente que o
vácuo
está parado.
Ou seja, pense-se num problema de referencia a 3 corpos e generalize-
se para
N corpos com N-> infinto.
Uns desenhos ajudavam agora...
Imaginemos 3 carros. Eu estou num, tu noutro. Queremos saber se o 3º
está
parado ou não.
Como fazer ?
Medimos a nossa velocidade relativa, e a nossa velocidade relativa
de cada
um com o 3º carro.
Fazemos umas contas. Se subtraindo estas velocidades dá zero, é pq
ele está
parado.
Ou seja, é sólidário com o ref em que nós nos estamos a mover.

Isto não qualifica um ref absoluto. Mas se aquele 3º carro está
parado para
quaiquer pares de outros referenciais escolhidos, então ele está
absolutamente parado.
Não ?

Se sim, o problema resume-se a : Qual par de movimentos eu posso
escolher
tal que possa concluir que o vácuo não está absolutamente parado ?


> > Potenciais... ok... então e F=ma? como se expande isso?
> > p=mv, como se expande isso? E=0.5mv², como se expande isso?
> > Estas coisas é que formam a base da fisica. Os potenciais são
> > entidades adjuntas a estas.
>
> Boas perguntas! Quem sabe possamos respondê-las utilizando a física
dos
> gnomos. Não deixa de ser uma saída. Por outro lado, que tal
pesquisarmos
> melhor os significados que residem por trás de conceitos que
*supomos*
> dominar, tais como "F", "m", "a", "E", etc?

Ok... por onde começamos ? a é aceleração. é definida cinemáticamente
( ou
seja, sem leis fisicas adjacentes ) até ai não temos muita diferença.

> Se assumires a física de Einstein como evolução da física de Newton,
poderei
> até contestar teu critério de evolução, mas reconhecerei que podes
assim
> pensar, da mesma maneira que posso acreditar na física de Galileu
como
> evolução da física de Aristóteles. Daí a dar a entender que são a
mesma
> coisa, que uma não contraria a outra, ou que uma não é incompatível
com a
> outra, parece-me que vai uma distância muito grande. Não confundas
teoria
> com equações.

Eu confundo teoria com resultados e não com principios ou ideias dos
seus
autores.
As equações da TR e da Mecancina classica são diferentes ?
Não para os limites certos.
Por outro lado, se elas forem diferentes, não quer dizer nada.
Como já vimos Newton fez simplificações que Eisntein não quiz fazer de
propósito.
Não discutimos aqui se as ideias eram correctas, mas como as usaram.


> > Portanto, campo de informação não é nada.
> > O campo precisa variar. A sua variação é que transporta
informação.
>
> Não concordo. O campo é uma função e, como tal, pode ou não ser
constante
> num ponto.

Sim.
Mas não é isso que interessa quando se fala em transporte. Dai a
importância
da regra que escrevi já antes DA/Dt = dA/dt + v. nabla.A

DA/Dt representa a variação total . Uma "soma" de todas as variações
posiveis.
dA/dt, representa a variação local de A. Se a função for constante
num ponto
em todo o tempo dA/dt =0
O outro termo representa o transporte da quantidade que varia. sendo
v a
velocidade de transporte.

Portanto ha 2 coisas a saber: Se o campo é constante localmente d/dt
e se
ele
é constante no espaço todo D/Dt. Se estas grandezas não forem igausi,
então
existe transporte dado por v.nabla A

Este principio é válido qq que seja A.

> A informação é algo que viaja pelo espaço e nos dá a sensação de
> campo.

>O campo pode, mas não precisa, variar. A informação não precisa
> variar, apenas viajar.

A informação não tem que variar. Aliás isso não faria sentido.
O campo é que precisa variar para haver informação. Seja ela
transprotada
v.nabla A , ou não , dA/dt

> À medida em que viaja, pode variar localmente, no
> decorrer do tempo, porém permanece fixa no tempo se raciocinarmos
sob um
> ponto de vista euleuriano (ou seja, se a acompanharmos em sua
viagem).

Dizendo que a parte transportada é nabla A = T , então para T
aplicamos o
mesmo principio e temos

DT /dt = dT/dt + V. nabla T
Onde V é diferente de v, até prova em contrário.

Variar localmente significa que dT/dt não é nulo. permanecer fixa se a
acompanharmos na sua viágem significa que DT/dt =0 . Isto é um
principio de
conservação. Ela pode variar localmente, mas isso sempre se reduzirá
a que
haja transporte se ela se conservar.

[euclideano não era bem o termo. isto se prende com referenciais de
Lagrange
e de Euler que não dependem das coordenada euclideanas ]


> óbvio que isso irá contra os dogmas einsteinianos, segundo os quais
não
> poderíamos, *nem em pensamento*, acompanhar essa informação.

Duvido que isto seja verdade.
"acompanhar" é sempre abstracto. Ninguem acompanha um electrão , uma
particula de pó, a agua dos rios...

> Parece-me que você está a confundir campo com onda. Sim, uma onda
> eletromagnética, seja lá o que for isso, pode ser imaginada como
formada
por
> campos, mas um campo, raciocinando-se classicamente, não precisa
> obrigatoriamente ser formado por ondas.

Não. Onda é apenas um caso particular da perturbação de um campo.
Podes pensar em gaussianas em vez de senos... ou em deltas de
dirac... ou em
quadrados se te agrada... o que interessa é que é a perturbação ( a
variação) de um campo.

>E estou afirmando que onde existir
> um campo de forças existirão informações viajando, mesmo que o
campo não
> varie;

Mas um campo de forças só existe se o campo variar.... lembro que F =
grad C
Onde C é o campo potencial. Isto claro se a força for derivada de um
potencial.
O que geralmente é o caso.
Campo a variar, não significa que varie apenas no tempo, mas que
varie tb no
espaço.

>e essas informações não são ondas pois se propagam no vazio ou no
> vácuo não-quântico de Torricelli.

Eu não disse que eram ondas, disse ? :-))

> > Campo de Informação é muito estranho.
>
> No contexto em que me referi acima, sim. Não obstante, num contexto
outro,
> qual seria o problema? Existem campos de força, campos de
velocidade,
campos
> de futebol... Porque não poderia haver campo de informação, a
retratar uma
> região do espaço por onde estariam viajando as informações?

Porque sempre que falas de campo de informação o referes
como "informação do
movimento"
E movimento é a alteração da posição. Donde , se eu considerar o
campo do
movimento ( o campo do momento, por exemplo) então, estou a
considerar a
alteração de outro campo. O da posição. E dado isto, o campo de
informação
seria apenas mais um constructo um nivel acima ... mas seria baseado
em algo
que varia.

PAra me falares em campo de informação na ausensia de alterações de
outros
campos, terás de supor que existe um campo, mesmo quando tudo está
absolutamente parado.O que não fazes


>Talvez tenha
> sido isso o que pretendi dizer quando afirmei, na msg anterior: "Na
minha
> opinião, fundindo o modelo newtoniano com uma teoria de campos de
> informação. E o que se informa, a meu ver, nada mais é senão
o "movimento
da
> matéria".

Como eu disse, a informação é em si a variação de algo. Neste caso da
posição da matéria.
(movimento é a alteração da posição)

> > Portanto a pergunta mantém-se: entre esses corpusculos o que ha?
>
> Informações do movimento da matéria, digo, dos corpúsculos.

E essa informação é campo ou corpusculo ?
Se for corpuscolo , o que ha entre eles e a matéria ?
Se for campo, o que fica quando tiramos a matéria e o campo da
informação ?

> > > uma partícula em repouso absoluto não
> > > emitiria informação alguma de seu movimento (pois que este é
nulo).
> > > Minha física termina aqui, além do qual qualquer nova
conjectura seria
> > > do âmbito da metafísica.
>
> > Ok. digamos que sim.
> > Então uma particula em movimento B, em relação a essa, A, emitiria
> > informação do seu movimento.
> > A particula A observaria então essa informação vinda de B pq ela
> > estava em movimento relativo a ela.
> > Mas pelo principio do movimento relativo (Galileu), do ponto de
vista
> > de B, era A quem se moveria.
> > Entao A emitiria informação do seu movimento (as leis da fisica
não
> > dependem do referencial). B observaria essa informação.
>
> Não, não e não!!! Essa "relatividade absoluta" não é inerente à
física
> clássica.

Ai não ? Então segundo a fisica de galileu, a lei fisica que se
aplica no
meu referencial é diferente da que se aplica no teu ? Ou seja, F=ma ,
não se
aplica sempre ????


>Isso é de Einstein e a idéia está contida num dos postulados da
> TRR,

apenas pq se trata de uma teoria do movimento relativo. Os pirncipios
do
movimento relativo
têm que la´estar. Ou seja, o principio de que Vab=- Vba , em
que Vab é a velcodiade relativa de A em relação a B, e Vba é a
velcodiade
relativa de B em relação a A.
Este é normalmente chamado o principio da relatividade em mec
classica.

Mas o principio de que as leis da fisica não mudam, tb está implicito.
Se achas que não, dá um exemplo de um movimento relativo tal que a
lei num
ref seja diferente da do outro.

> No caso em estudo, se B for o único agente emissor de
> informações, B continuará sendo o único agente emissor de
informações,
> qualquer que seja o referencial considerado.

Eu não disse o contrário. Em momento algum eu disse que A emitia
informação.
Eu apenas disse que do ponto de vista de B pareceria A a enviar aquela
informação que existia ali. já que no ref de B ele está parado. E
sendo que
estamos a supor um principio da fisica que diz que "Só os corpos em
movimento emitem informação" , sendo que B está parado, ele não a
emite.
Do ponto de vista dele. É claro.
Pq nós , "deuses" sabemos que a realidade é que ele está a emitir e
A não.

> > Mas começamos por supor que A não emitia informação nenhuma.
>
> Agora sim! Vou manter o parágrafo acima apenas para reforçar o
argumento,
> pois quero crer que captastes a idéia.

Em lugar algum eu disse que A emitia informação e B não.
Eu apenas me situei em 3 referenciais diferentes , o de A , o de B e
o no
ref absoluto (que por acaso é o de A)
Melhor leres de novo o texto para confirmar que eu não disse que A
emitia
informação.

> > Então que informção é essa que B observa? é a informação que ele
proprio
> > está a emitir, mas em reverso.
>
> E porque ele haveria de observar em reverso?

Seu atiro uma pedra eu a observo a "ir"
Se eu a atiro para ti, tua a observas a "vir"
Se tu não atiras nenhuma pedra e vês ela no ar, assumes que ela está
a "ir",
ou a "vir" ?
Assumes sempre que está a vir, pq tu não a atiraste. Apenas a
causa "eu
atiro uma pedra" produz o efeito "a predra vai para lá"
Se a pedra ja´está no ar e tu não a atiraste, tu assumes que alguem a
atirou.
Mesmo imaginando que foste tu que a mandaste mas já te esqueceste.

Então, sendo que B está parado no seu ref e ele vê informação "no
espaço" ,
ele tem de assumir que a está a receber, pois ele não a está a
produzri pq
está parado no seu referencial!!!

Caso contrário tens um método de saber se te estás a mover em relação
ao ref
absoluto. E como tu achas que esse ref não existe, não é possivel tal
método.

Atenção estamos a falar de velocidades consntates ,por agora. Nada de
forças
não inerciais.

>Rigorosamente falando ele nem
> precisaria observar nada, pois está simplesmente emitindo!!!

Rigorosamente falando não é assim tão simples.

>Imagine um
> barco emitindo um SOS para outro. Mudando o referencial, seria de se
esperar
> que o barco em perigo fosse o outro?!!! :-)))).

Estás a dar representação à informação. Estás a intrepretar o seu
conteudo.
Eu estou apenas pensando num "corpusculo" que sai de B pq ele se move.

Mas pegando no teu exemplo. Se eu oiço um SOS na rádio, eu assumo que
fui eu
que o emiti ?
Obviamente que não. Eu assumo que foi outro alguém.
Mas e se eu sofrer de amnésia e não me lembrar que fui eu que o
emiti ?
Ou se eu não souber que fui eu que o emiti ?
Tu só sabes que a informação é tua, se tiver teu nome. Informação
fisica não
vem com nome no cabeçalho :-)) [viste o filme Amnésia?]

>É incrível mas já cheguei a
> flagrar físicos que em determinadas condições parecem acreditar
nesse
> absurdo. Isso é que é ter fé numa "relatividade absoluta" :-)))

Eu não. Especificando.
Eu estou pensando assim. Para um dado instante todos os observadores
tiram
uma "foto" do universo à sua volta.

No nosso caso temos 3 observadores. Um em A, um em B e um num espaço
fora
que abarca A e B, vamos chamar-lhe referencial "deus"

Vamos supor que todos tiram a foto e observam um corposculo de
informação no
espaço.
Que intrperetação cada um lhe dá ?

A) Ele não emitiu nenhum corpusculo pq está parado no seu ref. Ele vai
pensar que B enviou esse corposculo.
B) Ele não emitiu nenhum corpusculo pq está parado no seu ref. Ele vai
pensar que A enviou esse corposculo.
[ notese a similitude com Vab=-Vba]

"deus") Ele sabe que A está parado absolutamente, portanto nenhum
corpusculo
é de A e são todos de B.

Então apena "deus" sabe que é B que está em movimento e A parado.
Mas nem A nem B sabem que estão em movimento, pois ele sempre
interpretarão
o corpuscolo de informação como vindo do outro.

Tu estás no ref "deus" a tirar conclusões. Eu estou no de B e no de
A, já
que o "deus" não existe. É apenas um artificio conceptual.

> > Porquê A não emite informação? Pq está parado no ref absoltuo e
por
> > isso parado sem emitir qq informaçao do seu movimento.
>
> Digamos, por hipótese, que sim. ;-)
>
> > Então pq B emite se no seu ref ele tb está parado? Pq o seu ref
não é
> > absoluto.
>
> Digamos também que sim. ;-))
>
> > Então todas as particulas que não estão no ref absoluto emitem
> > informação do seu movimento.
>
> Digamos novamente que sim. ;-)))

E como não ha particulas no ref absoluto, todas emitem essa
informação.

E fisicamente no que se traduz esse continuo enviu de informação ?
Existencia de massa própria em todos os corpos ??

> > Mas ha outro tipo de informação necessária. A informação de
existência.
> > A não se move, mas B sabe que A existe. Como?
> > Será possivel saber que A existe se ele não se mover ?
> > Ou seja, a informação do movimento é a mesma que a da existência,
ou
> > não?
>
> Não obrigatoriamente. Se A e B estiverem em repouso no referencial
absoluto,
> não há, *neste universo hipotético*, como uma partícula suspeitar da
> existência da outra.

Então elas precisam se mover para serem observadas pelo outro. Ou
melhor,
precisa haver uma velcodiade relativa entre eles, não nula. (não
importa
quem
se move)

> Por outro lado, se B se move, B emite informação de seu
> movimento; após um certo intervalo de tempo (não há instantaneidade
de
ação
> aqui), A será afetado por essa informação gerada em B e, em
resposta,
> entrará em movimento,

Porquê ?
Porque ele não pode simplesmente : não fazer nada ?

>passando a emitir informação desse movimento; essa
> resposta será sentida por B que será afetado pelo movimento
secundário de
A
> e assim por diante.

Então B será afectado pelo sue próprio movimento... interesante...

B- > A - > B

>Observe que não há uma ação-reação instantânea e também
> não há uma conservação instantânea da energia.

O que é uma "conservação instatanea da energia" ?

> O que há é um universo
> interligado única e exclusivamente por informações de movimento
emitidas
> pelas partículas a informarem seus movimentos em relação a esse
hipotético
> referencial absoluto.

Então para que haja essa informação é preciso que haja ref absoluto .
Não pelo que eu desduzi antes. Apenas é peciso que uma se mova em
relação à
outra. Que haja velocidade relativa, mesmo que não haja velocidade
absoluta,
nem ref absoluto.

> Aí você me dirá: Mas... essa não instantaneidade da conservação da
energia
> não iria contra a física clássica?

Eu não perguntaria isso, pq não entendi o que querias dizer :-)

> Raciocinando-se utopicamente, perceba que num universo como este
seria
> suficiente apenas uma partícula entrar em movimento para que, num
> determinado intervalo de tempo, esse movimento se distribuísse para
todas
as
> partículas do universo considerado.

Pois. Ela propria seria afectada pelo seu movimento. Isso é realmente
estranho.

> > A Ciencia DEVE apenas comportar uma escola de pensamento. A do
> > pensamento Cientifico! Pois ele é univoco.
>
> Você parece estar pressupondo que temos uma ciência acabada.

Bem pelo contrário. Se isso fosse, escreveria "ESTÁ" em vez de "DEVE"


> > >Lembro, no
> > > entanto, que o princípio de Heisenberg é posterior ao efeito
> > > fotoelétrico (1905). O não classicismo da idéia de fóton não
reside aí
> > > mas em apoiar-se ou na dualidade dos fótons ou na teoria de
Drude e
> > > Lorentz e nenhuma dessas justificam-se classicamente, pois vão
contra
a
> > > experimentação interpretada sob o ponto de vista clássico.
>
> > Se eu enviar uma areia contra um vidro ele parte?
> > E se eu enviar uma imensidão de areias espaçadas com a mesma
> > frequencia tal que é iguala à
> > frequencia natural do vidro? ele parte?
> > Sim, ou não?
>
> Aí depende. Se o vidro for do mesmo tipo daquela vara que gira e a
areia
do
> mesmo material da sombra da vara, creio que não acontecerá nada. ;-
)))))

Esta não tem truque nem proibições.... é uma pergunta simples.

> > > Por outro lado, não adianta tapar o sol com a peneira. Uma
> > > *única* carga elétrica macroscópica, sujeita a uma aceleração
> > > centrípeta, irradia energia, queiramos ou não.
>
> > Como eu nunca vi isso, eu gostaria de saber que experiencia
demonstra
> > isso. E pq, teoricamente isso deveria acontecer.
>
> Mas isso é tão elementar!

Realmente. Depois quando fiquei pensando no assunto cheguei
exactaemnte à
conclusão que escreves aqui:

>Assim como uma carga em movimento gera um campo
> magnético, quero crer que uma carga com aceleração centrípeta (ou
outra
> aceleração qualquer) deva gerar um campo magnético variável no
tempo. Que
> nome dar a esse efeito? Se a aceleração for uma função senoidal do
tempo
> (carga vibrante) creio que chegaríamos em algo parecido com as ondas
> eletromagnéticas assumidas por Planck em seu modelo para explicar a
radiação
> do corpo negro. Estou errado?

Acho que não.

> > Para que erradie é preciso que saia energia desse sistema.
> > E não vejo como ela sai sem que o sistema pare e/ou de onde essa
> > energia vem se ele não pára.
>
> Mas essa foi exatamente a dúvida inicial de Bohr.

Eu me dei conta disso enquanto respondia ao texto e o que está entre
[] era
uma alusão a ele.
Mas uma duvida me surgiu agora....

Imaginemos um electrão em movimento circular.
Ele produz alteração de campos , e portanto emite radiação.
Mas ele não a está a tirar de lado nenhum. Ele permanece na mesma
trajectória sempre.
Isto é uma máquina de movimento perpétuo de 1ª espécie.
Isto não deve acontecer pela 1ª lei da temodinâmica. (a menos que
digamos
que tiramos energia do vácuo)
Contudo, no átomo, no centro existe um nucleo, e existe uma força.
Existe uma energia cinética e uma potencial ... e ai já é possivel
tirar
energia de algum lado.

> Como ele não "viu" saída
> de energia de um átomo estável e, em sua teoria inicial, os elétrons
estavam
> dotados de aceleração centrípeta, ele assumiu o postulado das
órbitas
> permitidas.

Sim, mas porquê ele o assumiu ? a lógica dele,por detrás, sabes qual
foi ?

>Acho estranho que conheças tanto os postulados atuais da MQ
e
> não tenhas a mínima noção dos alicerces que os apóiam. Ou será que
estás
> apenas me testando? ;-))

É que a MQ mderna não se apoia nos postulados de Bohr , ela deduz
todos
eles.
Ela se baseia em pricipios mais simples.
Mas a história de Bhor é históricamente importante. E por isso
referida.
Mas acho que muito mal explicada. Entre tipo mito,no meio disto tudo.
Como o
gato de Shrondinger , e o Principio de Heisenberg.
Isto é na cadeira de Introdução à Fisica Moderna.
Lá pelo fim da cadeira opcional de MQ , é que dá para perceber melhor
o que
aconteceu.
E quando vamos ver alguma história vemos ainda melhor o que se deu.
E vamos construido um entendimento que derruba o mito e dá sentido a
todas
essas coisas.

> > > Um elétron em órbita não irradia. Porquê?
>
> > Experimentlmente ele não pára.
> > Portanto ou existe uma fonte interna de energia ou ele não
irradia.
> > Como a primeira hipotese não pode ser pela 1ª lei da termodinâmica
> > (não ha criadores de energia) é a segunda que se deduz.
> > O electrão não irradia pq não pára.
> > E pq não pára? [pq o electrão não cai no nucleo?]
> > Pq não pode. :-)) Pq não pode? Pq o seu estado é estável.
> > E pq ele é estável? TALVEZ Porque: ele acelera e desacelera,
> > aproximando-se e afastando-se no nucleo. A energia que emite, é a
que
ele
> > absorve. O integrar é nulo ao longo do seu caminho. A unica
condição
> > necessária para que seja nulo é que o comprimento de onda dessa
oscilação
> > que ele faz seja um multiplo inteiro do percurso que executa.
> > [quantificação]. Mas quando ele se move para além dessa posição de
> > equilibrio para outra posição de equilibrio, ele não obdece mais
ao
> > integral nulo a energia que sobra/falta não tem que sair /
entrar? Sim.
> > Essa energia, sai/entra sob a forma de fotões.
>
> Trocando em miúdos: Ele não irradia porque não irradia. :-))

Elá!! é a isso que resumes toda a minah conversa :-((( estou
desapontado.

> A título de curiosidade, pergunto: Qual foi a experiência que
demonstrou
que
> o elétron não para? Não é preciso descrever, mesmo porque eu não
entendo
> nada de gnomologia ;-), eu só queria saber o nome da experiência
e/ou do
> autor.

Felizmente não tem a ver com gnomologia. Mas com Marie Currie.
A fisica Nuclear diz-nos a resposta.
Se o electrão caisse no nucleo o nucleo deixava se ser estável.
E isso levaria à reacção nuclear. A uma cisão qq do nucleo. Ele
expliria
alguam radiação ou particulas alfa e saberiamos que o electrão caiu no
nucleo.

Olhando para os elementos eles são estáveis , ou seja, por exemplo o
hidrogénio, é estável do ponto de vista dos electrões. Ele não se
transmuta
noutro elemento. E assim como ele muitos.
Ha os que se transmutam, mas não pq o eletrão caia no nucleo, mas pq o
nucleo é instável por si mesmo. (isotopos radioactivos)
Falando apenas dos isopotos não radioactivos, eles são estáveis. E
isso
mostra que o electrão não cai no nucleo.


> > > Apenas para satisfazer os postulados de Bohr? Não, os
postulados de
> > > Bohr é que, certos ou errados, foram construídos no sentido de
se
> > > adequarem a essa realidade experimental.
>
> > Realmente. Que coincidência entre o que escrevi e o que ele
> > postulou... fiquei até com medo. Será que baixou o espirto dele
aqui?
>
> Apesar de tudo, ainda acho que a tua explicação foi um pouquinho
melhor do
> que a dele. Não digo isso para te agradar ;-), mas é que essa idéia
de
Bohr
> é de 1913 e a tua já contém rudimentos da eletrodinâmica quântica.

faltou
> falar em fótons virtuais.

Eu não sei anda de eletrodinâmica quantica QED, aquilo que conheço é
de ver
na net.
Minha formação não é em fisica pura.

> Só achei estranho o começo: "Ele não irradia porque não pára."

O começo foi "Experimentalmente ele não pára"
Essa foi a conclusão: "Ele não irradia pq não pára"

> Entendi o que
> pretendestes dizer, mas acontece que *se fosse permitido* a ele
parar
> (parece-me que existe um dogma quântico e/ou um corolário-dogma a
proibir
> essa condição

Não. Não existe. Acaso isso é um postualdo da MQ ? :-))

> ele também não irradiaria, agora graças à teoria
> eletromagnética de Maxwell-Lorentz (uma carga elétrica em repouso
não
> irradia, segundo a teoria de Maxwell, e um elétron seria uma carga
elétrica,
> segundo a teoria de Lorentz).

Parado ele não irradia. Ok.
Mas até ele parar teria de desacelerar e isso podia provocar efeitos
de
radiação.
Contudo fica a duvida : donde vem essa nergia ?

[ou violamos o 1º principio da termodinâmica, ou mandamos o Lorentz
plantar
couves, ou tentamos entender o problema. No caso do atómo temos um
alibi,
que é o electrão se aproximar e afastar do nucleo de forma a acelerar
e
desacelerar de forma a compensar toda a energia que supostamente seria
emitida, e resulta na quantificação da trajectória*. Mas no caso do
electrão livre, não temos alibi nenhum]



[]
Sérgio


* Outra coisa que pensei foi: se o electrão oscila para absorver a
energia
que ele proprio envia, o estado seria muito mais estável se em vez de
ele
colocar essa energia no meio e a tirar de la´depois, ele a transferi-
se
para um electrão no estado de oscilação contrário. Assim a energia
que um
emite o outro absorve e virce -versa.
Isso quereria dizer que 2 electrões em cada trajectória seria um
sistema
mais estável que apenas 1.
E isso sabemos que é verdade da quimica.
Isto de "estado de oscilação oposto" pode ser representado de muitas
formas.
E tlz seja a representação "impirica" do que em MQ se diz chamar Spin.
Noto que nada têm a ver com momentos angulares próprios.






SUBJECT: Re: Me ajudem, por favor!!!
FROM: "Daniel Margotti" <damich@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/12/2001 13:59

Leo

Notável a tua didática explicação do fenômeno.

Saberias, nos mesmos moldes, explicar por que certas vezes que
retiramos uma garrafa d'água do congelador ou freezer esta ainda está
em estado líquido e após um choque mecânico (agitação) ela vai se
congelando?

P.S. --> finalmente entendi porque as bolhas de gás se formam em
determinados pontos dos recipientes que contêm bebidas gasosas
(cerveja, refrigerante, champagne...)

[]s.

Daniel

P.S. II, a missão --> apenas um agradecimento tardio pela resposta
sobre a questão do balde...



SUBJECT: Re: [ciencialist] Feliz Natal
FROM: "Lupe" <lupe@bsi.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/12/2001 19:13

Sinceramente agradecida pelos seus votos, lhes desejo boa sorte ao longo da
vida e que seu menininho seja um bom homem no novo mundo.
LF
----- Original Message -----
From: Prof. José Carlos <j.c@iname.com>
To: <Todo.mundo@daminha.lista>
Sent: Sunday, December 02, 2001 3:23 AM
Subject: [ciencialist] Feliz Natal


> Queridos amigos,
>
> Fiz um cartão eletrônico de boas festas para vocês. O endereço da página é
o
> que segue abaixo:
>
> http://infovia.tripod.com/natal/feliz_natal.htm
>
> Espero que visitem e gostem.
>
> Abraços,
>
> José Carlos, Angela e José Carlos
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Feliz Natal
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/12/2001 19:47

Oi, Zé Carlos,

Adorei o seu cartão de natal. O sorriso banguelo do seu filhinho é o retrato
da alegria e da felicidade. Aliás, estou convicto que a razão de ser da
Sociedade (Sociedade com "S" maiúsculo) é assegurar a felicidade das
crianças. Nós, adultos, não importamos muito. Mas é essencial que as
crianças não sofram, que as crianças sejam felizes.

Um forte abraço,
Manuel Bulcão

----- Original Message -----
From: Lupe <lupe@bsi.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, December 02, 2001 7:13 PM
Subject: Re: [ciencialist] Feliz Natal


> Sinceramente agradecida pelos seus votos, lhes desejo boa sorte ao longo
da
> vida e que seu menininho seja um bom homem no novo mundo.
> LF
> ----- Original Message -----
> From: Prof. José Carlos <j.c@iname.com>
> To: <Todo.mundo@daminha.lista>
> Sent: Sunday, December 02, 2001 3:23 AM
> Subject: [ciencialist] Feliz Natal
>
>
> > Queridos amigos,
> >
> > Fiz um cartão eletrônico de boas festas para vocês. O endereço da página
é
> o
> > que segue abaixo:
> >
> > http://infovia.tripod.com/natal/feliz_natal.htm
> >
> > Espero que visitem e gostem.
> >
> > Abraços,
> >
> > José Carlos, Angela e José Carlos
> >
> >
> >
> > &&& --- &&&
> > VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> > http://www.ciencialist.hpg.com.br
> > Para sair da lista envie um mail para
> > ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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> > Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
> http://br.yahoo.com/info/utos.html
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> Para sair da lista envie um mail para
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Feliz Natal
FROM: "Lupe" <lupe@bsi.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/12/2001 19:57

Oi Manuel,
Um Feliz Natal para todos nós. E lembre-se....crianças para crescerem
felizes precisam de "bons adultos" a acompanhá-las.
LF
----- Original Message -----
From: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, December 02, 2001 7:47 PM
Subject: Re: [ciencialist] Feliz Natal


> Oi, Zé Carlos,
>
> Adorei o seu cartão de natal. O sorriso banguelo do seu filhinho é o
retrato
> da alegria e da felicidade. Aliás, estou convicto que a razão de ser da
> Sociedade (Sociedade com "S" maiúsculo) é assegurar a felicidade das
> crianças. Nós, adultos, não importamos muito. Mas é essencial que as
> crianças não sofram, que as crianças sejam felizes.
>
> Um forte abraço,
> Manuel Bulcão
>
> ----- Original Message -----
> From: Lupe <lupe@bsi.com.br>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Sunday, December 02, 2001 7:13 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Feliz Natal
>
>
> > Sinceramente agradecida pelos seus votos, lhes desejo boa sorte ao longo
> da
> > vida e que seu menininho seja um bom homem no novo mundo.
> > LF
> > ----- Original Message -----
> > From: Prof. José Carlos <j.c@iname.com>
> > To: <Todo.mundo@daminha.lista>
> > Sent: Sunday, December 02, 2001 3:23 AM
> > Subject: [ciencialist] Feliz Natal
> >
> >
> > > Queridos amigos,
> > >
> > > Fiz um cartão eletrônico de boas festas para vocês. O endereço da
página
> é
> > o
> > > que segue abaixo:
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> > > http://infovia.tripod.com/natal/feliz_natal.htm
> > >
> > > Espero que visitem e gostem.
> > >
> > > Abraços,
> > >
> > > José Carlos, Angela e José Carlos
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>



SUBJECT: Livros infantis
FROM: "Raul Sturari Jr." <sturari@brturbo.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/12/2001 00:42

Pessoal,

Alguém aí conhece obras infantis sobre ceticismo, ateísmo, etc...?

[]s
Raul


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: o argumento da nao crenca
FROM: sergiotaborda@esfera.f2s.com
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/12/2001 10:14


> Olá, Sergio

Oi. Quando eu penso que fui claro no que escrevi, depois de ler a
resposta,afinal, percebo que não. E apenas serviu para levantar mais
problemas.


> 1) É a termodinâmica uma teoria completa?
>
> Sem dúvida alguma é uma teoria completa.

Pronto.Ok.

> > Eu só queria mostrar que a termodinâmica é completa. E que a tua
> > ideia se encaixa nela, tal como está. Sem necessidade de novas
> > variáveis.
>
> Parece-me que neste ponto estamos discordando apenas
lingüisticamente e, num
> sentido "light", sob o ponto de vista epistemológico. Do ponto de
vista
> lingüístico, tudo bem. Se não queres considerar o entropino como
uma nova
> variável, pois entendes que do contrário estarias cometendo um
sacrilégio,
> chame-o, por exemplo, de uma nova "merreca".

Não é isto que está em causa.
Se bem me lembro, a termodinâmica foi construida antes de se
descobrir a supercondutividade.
Novos sistemas supercondutores foram descobertos.
Contudo a termodinâmica serviu para os estudar.

A supercondutividade é um estado especifico de um sistema. Não
representa uma nova variável que estava escondida. Representa sim um
sistema que era desconhecido. E por isso foi descoberto.

O entropino, a existir, representa tb um novo sistema desconhecido,
que segundo tu precisa ser descoberto. E não um nova variável que
estava escondida.

Mas tu me dizes que o entropino é uma forma de representar a
entropia. Algo assim como o fotão a representar a energia.
Tudo bem. Assim como o fotão foi um novo sistema na altura que
o "descobriram" o entropino o seria hoje.


> 2) O que são realmente variáveis escondidas?
>
> Direi então que "os entropinos são
> merrecas que acredito ainda não terem sido levadas em consideração
pelos
> estudiosos de termodinâmica, e que podem, em teoria, serem
expressos nas
> equações de energia com o auxílio do coeficiente "cuca".

Sim.
Mas agora vejamos que , o coeficiente cuca já faz parte da
termodinâmica e do estudo dela. Assim, ele já foi levado em
consideração mesmos antes de se falar em merrecas
chamadas "entropinos".

>Perfeito!!! Estou
> até com vontade de reescrever o artigo com essas modificações e
submetê-lo
> para publicação no Physical Gnomos Review. ;-)))

:-(

> > O que estou mostrando é que se eles existirem eles podem ser
> > entendidos pela termodinâmica como ela é!
>
> Mas quando foi que eu disse o contrário? Em nenhum momento disse
que estava
> "criando" uma teoria com a finalidade de substituir a
termodinâmica. Cheguei
> a dizer, sim, que tratava-se de uma "teoria representacional para a
> entropia" mas em nenhum momento considerei-a como algo que viria
para
> substituir a termodinâmica.

Mas não é isso que se entende do teu texto.
Se de facto é verdade que nada mais ha a acrescentar à termodinâmica
então não seria preciso mexer com X e E e N.
Bastava dizer que "num sistema a entropia é 'libertada' por via de
particulas chamadas entropinos. Usando da conhecida termodinâmica
deduzimos que o factor dN das equações está ligado intimamente com a
existência de entropinos, e não pode ser despresado mesmo quando as
espécies quimicas se mantêm constantes"

E isto pouparia muito trabalho e seria muito mais facil de entender.

Tanto assim que afirmei:
>
> "Esta [o fato de ser fenomenológica] é a característica que a torna
[a
> termodinâmica] uma teoria de baixo risco e um dos fatores que
convenceram
> Einstein a declarar ser a termodinâmica clássica a única teoria
física de
> conteúdo universal que, dentro da estrutura da aplicabilidade dos
seus
> conceitos básicos, jamais será derrubada. O que evidentemente não
significa
> dizer que jamais será explicada."
>
> Esta última frase destrói toda a sua argumentação. Explicar não
significa
> derrubar, nem substituir. (...)Estás aqui corroborando o teu
posicionamento,
> pois respondestes a esta frase com o seguinte comentário: "Isso não
é do
> cunho da Termodinãmica, nem da fisica em geral, nem da ciencia,
dizer." Sem
> mais comentários, pois neste caso nossa discordância não é apenas de
> natureza lingüística e deixo-o à vontade para que interpretes a
ciência como
> bem a entender.

O que eu queri dizer é que afirmações do tipo "jamais será explicada"
não são cientificas. São para ai filosóficas ou assim... mas não
cientificas.

> Maxwell, por exemplo, ao comparar os estilos de Ampère e de Faraday
> (capítulo III do volume 2 de seu Tratado -- On the induction of
electric
> currents), contrasta o "esplêndido exemplo de estilo científico" de
Ampère
> (às vezes até mesmo a esconder o que se reside por trás das leis da
> natureza) com o "cultivo do espírito científico" de Faraday (a
deixar muito
> claro tudo o que pensa e/ou o que sente). Parece-me que, a exemplo
de
> Ampère, estás cultivando demais o academicismo e deixando
o "espírito
> científico" totalmente à margem da ciência.

Eu só pretendi dizer que qq sistema que me apontes , novo ou velho, a
termodinâmica de hoje está preparada para o estudar.
Seja um sistema representacional ou não.
Tens portanto total liberdade de criar, e eu total liberdade de usar
a termodinãmica de hoje para estudar o que criares.
Por isso citeis antes o exemplo do Instituto de Patentes onde
supostamente Eisntein trabalhou. Os inventores eram livres de criar,
mas ele era livre de usar a sua termodinâmica para estudar essas
invenções.

> > Eu acho que mostrei que a tua teoria está contida na
termodinâmica de
> > hoje. Tu achas que não e 'inventas' uma propriedade de estado N.
> > E mostro que essa já está inclusa na termodinâmica.
>
> Mostrastes o óbvio e portanto, e até agora, não me contestastes em
nada a
> não ser na interpretação de palavras (potencial químico, variável,
> escondida, entropino e/ou neutrino, etc.).

Então quero em crer que isto significa que posso estudar o teu
sistema com base em dU=TdS-pdV+miu dN. Sim?

>Conseqüentemente, o desafio continua de pé. ;-)

O desafio é agora relacionar a entropia com uma particula.
Porquê ela tem que ser expelida do sistema por uma particula ?
Porque não um campo ? Ou aliás, pq ela tem que ser expelida em
primeiro lugar?
E caso tenha mesmo que o ser, então dS e dN estão relacionados pela
quantidade de entropia que cada particula carrega.

> 3) Sobre a energia
>
> > Não acredito que a energia mecânica tenha nada a ver com aquele
> > principio. Pensemos só que a própria energia mecânica foi
cosntruida
> > para se adquar a aquele principio. A energia potencial foi
> > introduzida exactamente para que aquele principio fosse observado.
> > Muitos criticaram a introdução desta energia "fantasmagórica"
> > potencial. Hoje é algo comum e corriqueiro.
> > Portanto, seja qual for a energia aquele principio tem que ser
> > obdecido pq é um principio geral.
>
> Corroboras aqui o que afirmei num dos parágrafos anteriores e a
caracterizar
> um certo desprezo pelo espírito científico. Aceitas tudo como uma
obra
> pronta e acabada.

Não. Mas não encontro forma de falsear a lei da conservação da
energia.
Antes essa forma foi encontrada : a energia cinética se perdia "para
o espaço"
Mas tlv uma vontade de sistematizar ou simetrizar a fisica levou a
que se considera-se que "então o espaço tem energia, e aquela que o
corpo perde é ganha pelo espaço e vice-versa"
A essa energia chamou-se Energia Potencial.
E não foi a lei da conservação que perdeu.

E até hoje ela não perdeu nunca.
As coisas mais estrenhas são assumidas pelos fisicos só para não
violar esse principio. A força de Cassimir levou a energia do vácuo.
Uma energia diferente da potencial, mas uma energia. E isso levou a
fotões virtuais...
Portanto, na prática se eu quiser violar o principio de conservação
como eu faço ?
No campo das ideias, se eu quiser violar o principio de concervação,
como eu o justifico ?
Não faço. E assumo que ele é verdadeiro, pq não encontro forma de o
falsear.

> > Onde é que eu preciso se saber o que é energia cinética / mecânica
> > para definir aquilo?
>
> Em termodinâmica não precisas. Precisas tão somente caracterizar um
trabalho
> W como tudo aquilo que pode ser traduzido pelo levantamento h de
massas m em
> um campo gravitacional g (mgh). E a partir daí dizer que o sistema
sofreu
> uma mudança de estado e, supondo que não tenha sofrido trocas de
calor,
> passou de um estado de "energia interna" U para outro em que a
energia será
> U - mgh.
>
> Estou afirmando que *posso* utilizar-me de U independentemente do U
medido
> representar ou não o que chamamos energia.

Talvez. Mas mgh tem unidades fisicas de energia. Portanto a dimensão
fisica de U é a de uma energia. Não sei se é aquilo que chamamos
energia, mas tem dimensões de tal. E isso é uma conclusão muito
importante. Porque se não tivesse as mesmas dimensões, se fosse algo
diferente de energia, então nem sequer podias supor aquela
subtracção. Não poderias subtrair energia de "laranjas".


> Se alguém conseguir provar esta ocorrência, nada impede que
modifiquemos a
> nossa maneira de entender o que seja U, tal que possamos continuar
dizendo
> que a primeira lei da termodinâmica (aparentemente modificada, pelo
menos na
> nossa maneira de interpretar) iguala-se à lei da conservação da
energia. Mas
> isso é uma questão pura e simples de conveniência. Perceba então
que isto
> pode se repetir "ad infinitum" e, portanto, nunca terei certeza de
se aquele
> U que estou medindo representa a mesma energia E, definida em
mecânica, a
> relacionar-se ao conteúdo energético do sistema.

Pensemos então num sistema terra-massa.
A massa executa um movimento de queda. A sua energia cinética
aumenta, e disso não temos duvidas. Contudo tb sabemos que existe
conservação da energia mecânica.
Finalmente sabemos que mais nenhuma energia existe neste sistema.
Então concluimos que a energia interna deste sistema é a energia
mecânica. E ela não vai variar.
Então sendo que a energia cinética varia, e a sua variação é medida
pela realização de trabalho, mas a energia interna não varia, o que
somos obrigados a concluir ?
Que ha um outro tipo de enrgia. A energia potencial.
Então se Energia mecânica = Energia interna (neste sistema particula
isto é verdade, e não estou a extrapolar para todos os sistemas) e
dW=dEc então por dU=dQ+dW , dEm=dEc+dQ
dQ=dEm-dEc.
Mas esta variação é a da energia potencial, então dQ=dEp
Então o Calor, é neste sistema a variação da energia potencial
Algo que nada tem a ver com temperatura.

Pretendo com isto apenas mostrar como o factor dQ pode ter as mais
variadas formas.E que em geral não tem ver com temperatura.


> Quero crer, ao contrário do que me acusas, que és tu quem está
tentando
> modificar a termodinâmica, ao assumir a existência de propriedades
> representacionais que ela não possui, pois que, muito sabiamente,
seus
> construtores não quiseram dotá-la destas representatividades.

Eu estou a aplicá-la a casos particulares. Não estou a dizer que ela
nasceu desses casos particulas.
Mas pronto, já concordámos que ela é completa e era isso que eu
pretendia concluir.

> 4) Outros assuntos
>
> > A energia interna não é dita ser a energia mecânica. E não sei
onde
> > foste buscar isso.
>
> Na filosofia dos construtores da termodinâmica, (...) eles
> chegaram a imaginar que, em condições limites, isso poderia ocorrer.

"imaginar", "condições limite" ... o que ha aqui de pálpável para
poder afirmar que algum dia foi dito que a energia mecânica é a
energia interna de todos os sistemas ?

Não embora isso, isso não foi falseado até hoje.

> > Ela é de facto a energia mecânica em sistemas particulares, como
> > sejam os gases perfeitos (pq se assume que não se perde energia no
> > choque) e em problemas de mecânica comum, onde não ha mais energia
> > senão a mecânica.
>
> Estás confundindo termodinâmica com mecânica estatística e/ou teoria
> cinética dos gases. Em termodinâmica do planeta Terra ;-) do século
XXI o
> intervalo de tempo é desconsiderado

Em mecânica dos gases não ?
Quando falas de temperatura, falas de um estado do sistema.
O tempo não tem relevância.

assim como qualquer fenômeno que possa
> ocorrer neste intervalo de tempo. Existe um antes e um depois, nada
além
> disso. A medida em que desprezas essa filosofia inerente à
termodinâmica e
> procuras justificar o que estaria ocorrendo neste intervalo de
tempo,

Acho que não é bem assim.
Olhamos os sistema e vêmos que ele apenas possuir energia cinética.
Porque estamos a despresar todas as outras. Os gases são nuvens de
particulas que se movem com energia cinética.
Por outro lado, a Temperatura é uma propriedade de estado.
Então se o estado é determinado pela temperatura e pela energia
cinética, elas têm que ser proporcionais.
Ec=kT
E se mostra que em certos casos em certo sistemas assim é. Embora não
o seja sempre em geral.
Onde eu usei o tempo ?


>A termodinâmica não estuda nem os estados intermediários nem o
> choque, apenas um estado anterior à expansão e aquele posterior ao
choque e
> com o sistema já em equilíbrio. Não obstante, o choque existiu. Se
o gás for
> ideal, isto não trará conseqüências para a termodinâmica

Portanto é como se o choque não tivesse existido. E então o tempo é
irrelevante.

> Mas... e se as "merrecas" existirem?
>
> De duas uma: Ou acrescentaremos um fator na expressão dU = dQ - dW,
> despersonalizando a 1ª Lei, o que me parece a primeira vista que
não seria
> conveniente; ou acrescentamos um novo N na expressão "miu"dN.
> E em que isto afetaria a 1ª Lei? Do ponto de vista teórico, em
nada. Do ponto de vista
> prático diria que *neste caso* a 1ª Lei não seria mais válida da
forma
> simplificada dU = dQ - dW, pois estaria havendo transporte
de "merrecas"
> para o exterior, logo não podemos mais tratá-lo com um sistema
fechado no
> sentido que os termodinâmicos dão ao termo.

Mas não precisamos.
Em termodinamica não se considera o tempo. Portanto não se
considera "viajar para fora"
Mesmo que o faças podes sempre pensar que a fronteira é muito longe
(volume elevado) e que portanto existem muitos estados antes que o
entropino sai do sistema. E ai, poderás estudá-lo lá dentro.

> Não sei se deu para entender, mas procurei me esforçar ao máximo
para
> mostrar a importância do estudo das "merrecas" bem como para
mostrar que em
> hipótese alguma estou indo contra a termodinâmica clássica,

Não vejo onde. Apenas estás a dizer "a entropia é transportada por
entropinos". A termodinâmica nunca se proferiu em relação a eles.
portanto, não vai contra.

> > Todas as outras formas de energia que não induzem realização de
> > Trabalho são chamadas de Calor.
> > Portanto não ha como dizer que existe mais formas não homologadas
pq
> > o Calor reune todas as que não são trabalho.
>
> Mas... Como é que ficariam as "merrecas" neste caso? Bem, eu já
respondi: o
> sistema não seria fechado, logo deveríamos considerar as "merrecas"
como
> algo que sai do sistema.

Um sistema aberto é um sistema temodinâmico. Lembra-te que em
temodinâmica conta o sistema, o ambiente e a fronteira.

Se esse algo que sai for de natureza material e
> dotado de energia cinética, o que está saindo é energia mecânica
sobre a
> forma de energia cinética (a incluir a matéria, é óbvio). Perceba
então que
> a tua afirmação assume "a priori" que o sistema é fechado,

Não. Não assume.
Eu já dei o exemplo do átomo com fotóes a entrar e a sair.
E em lado nenhum isso viola nenhuma lei.

> logo nega "a
> priori" a existência de "merrecas".

negativo. Se eu negasse a existencia geral de merrecas , teria de
negar a existencia de fotões, pois são a merreca correspondente para
a energia.

>Mas negas porque queres

Mas eu nao nego.

>
> > A tua produção de entropinos não produz trabalho, donde é uma
forma
> > de Calor.
>
> Não concordo pelo que expus acima.

O entropino levanta uma massa m num campo gravitico ?

> > Se apenas identificares Calor, com a alteração da temperatura,
estás
> > a dizer que dQ=TdS apenas, e em todas as circunstâncias.
>
> Não sei onde pretendes chegar

A pergunta é simples e já a fiz antes: Identificas Calor com variação
de Temperatura, sim ou não ?


> > Eu logo vi. Estás a dizer-me que calor é algo que tem Só tem a ver
> > com temperatura. Como em dQ=mcDelta (T) (c é a capacidade
calorifica
> > especifica)
>
> Não, o que eu disse é que o calor é definido em termologia.

Sim. E ? Acaso ele não é identificado com a variação de temperatura
em termologia ?

>Como só enxergas
> fórmulas, interpretas as coisas com a visão de um matemático,

As formulas simplificam a escrita. E só o que escrevi é que o calor
se identifica em termologia com a diferenla de temperaturas.

Na visão da termodinâmica, pq ?
Porque se despresa a produção de trabalho (despresa-se o aumento de
volume do corpo: dilatação) e pq se despresam outras formas de
energia como seja a energia radiante, pq o corpo assume-se que não é
aquecido até ao estremo de irradiar.
Então pela 1ª lei : dU=dQ+dW , tronsforma-se em dU=dQ+0=dT

> e deixas a física de lado.

É isto que me deixa triste :-(
Eu pensava que não.


> Se estudares um pouquinho a experiência de Joule, perceberás
> que em determinadas condições dQ = 0 e dW = mcDelta(T). Seria isso
> equivalente a dizer que o trabalho é definido em termologia?

Não pq ele é despresado.
Mas na realidade aquecer um corpo implica no aumento do volume e
portanto na realização de trabalho.E foi isso que Joule notou, ou
alguem por ele.
Essa é a realidade quando não se despresam certas coisas.
Então. Sem aproximações a variação de energia teria de ser computada
pela variação de temperatura e pela variação de volume.
Em certos sistemas podemos pensar que dT =0. Por exemplo, esperando o
corpo arrefecer. E ai medimos apenas variaçõe de volume, que iqualam
o trabalho.

E nã ha truques na manga.Execpto que o aumento de volume é apenas
devido ao aumento de temperatura...

> > Luz é uma forma de Calor.
>
> Eu diria que a energia irradiada pelos corpos sob a forma de calor
pode ser
> considerada onda eletromagnética (ou luz, se quiseres), o que foi
afirmado
> há muito tempo por Planck (Heat Radiation - Electodynamic theory,
in "Eight
> lectures on theoretical physics). Isso, em hipótese alguma,
significa dizer
> que "calor é uma forma de luz".


Eu tb não disse isso. Eu disse que Luz , é uma forma de calor.
O calor transfere-se por 3 formas: condução, convecção e radiação.
Radiação é luz.
Exemplo prático: Sol.

> É possível que tenhas tentado valorizar a expressão que afirma que
o calor é
> um tipo de energia em trânsito.

Não. calor (com c minusculo) é uma energia proporcional a diferenças
de temperatura.
Calor (com c maiusculo) é uma forma de transferir energia, não
necessáriamente a termica.

"calor" é uma energia, "Calor" é uma diferença de energias.

Direi então que estás considerando a
> expressão ao pé da letra e assumindo, por conta própria, que esse
trânsito
> retrataria única e exclusivamente uma energia irradiada.

Não. Pode perfeitamente comportar, em tese, entropinos.
A questão é saber para que eles servem, e se existem. E caso existam
que propriedades têm, e como se podem usar elas para os detectar
experimentalmente, dando confiança à ideia da sua existência.

>Pois luz, efetivamente, não é calor,

Ai não? Então como funciona um forno micro-ondas?
Acaso não é pq a luz aquece por radiação os objectos ?
E esse aquecer por radiação não é calor (com c minusculo) ?
E acaso esta energia produziu trabalho ?
Não? Então é uma forma de Calor.

Onde me enganei ?

> > >*Classicamente* falando a energia de N estaria contida numa
> > > matéria transportada do sistema para o exterior e não levada em
> > > conta na termodinâmica *clássica*.
>
> > A termodinâmica tb lida com transporte de massa.
>
> E como relacionarias dU, dQ e dW nestas condições de massa variável?

Escrevi isso no mail anterior. Mas eu vou dar-te uma melhor definição
de como e faz (quando chegar a casa e procurar meus apontamentos de
termodinâmica) Começa por pensar na diferença entre propriedade
extensiva e intensiva.

> > Quando eu transporto massa de A para B eu estou a realizar
trabalho.
>
> Não só mas também. Aliás, não é impossível transformar o seu
trabalho
> (energia em trânsito) em energia cinética. Trata-se de uma questão
do tipo:
> Qual formalismo matemático iremos utilizar?

Agora estás preocupado com o formalismo matemátio ?


> > Portanto a energia do sistema tem que variar.
>
> Não só pelo trabalho, mas também. Ou será que a energia cinética
dessa massa
> é nula? E pela termodinâmica diria
> que a tua resposta está incompleta, pois não é só trabalho e Calor
que estão
> entrando em consideração. Como para você luz e Calor são a mesma
coisa,

Eih! calma. Eu disse que podiam ser em certas circunstâncias. Não
disse que eram sempre. Calor é um conceito muito abrangente. Tlv
demasiado. E Calor pode ser qq coisa. Execpto uma: Trabalho.


> > > > Agora, pensemos no decaimento radioactivo. dN=0?
> > > > (..)
> > > > Então dQ = miu dN.
>
> > > Quero crer, se o entendi bem, que essa conclusão esteja errada.
>
> > Pq ?
>
> Pelo que expus acima. Estás utilizando as fórmulas da termodinâmica
de um
> sistema fechado para um sistema aberto.

Se posso sempre considerar um volume tal que ambos; nucleo e
particula alfa estejam no mesmo sitema.
Isto pq posso tirar o tempo das equações considerando apenas 2
estados.

> > > > Neutrino é uma particula que advém do decaimento do neutrão
(não
> > > > só mas tb).
>
> Pois é, não só mas também.
>
> > A questão que generalizaste a
> > palavra "neutrino" onde ela não cabe ser generalizada.
>
> Mas não posso nem suspeitar essa identidade? Afinal, são coisas que
do ponto
> de vista epistemológico têm muito em comum.

Ok. Então se eu esfrego as mãos saem neutrinos delas.
Isso significa que alguns neutrões decaem quando faço isso.
O que está mal aqui ?

[[]]

Sérgio



SUBJECT: o argumento da nao crenca
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/12/2001 10:14


> Olá, Sergio

Oi. Quando eu penso que fui claro no que escrevi, depois de ler a
resposta,afinal, percebo que não. E apenas serviu para levantar mais
problemas.


> 1) É a termodinâmica uma teoria completa?
>
> Sem dúvida alguma é uma teoria completa.

Pronto.Ok.

> > Eu só queria mostrar que a termodinâmica é completa. E que a tua
> > ideia se encaixa nela, tal como está. Sem necessidade de novas
> > variáveis.
>
> Parece-me que neste ponto estamos discordando apenas
lingüisticamente e, num
> sentido "light", sob o ponto de vista epistemológico. Do ponto de
vista
> lingüístico, tudo bem. Se não queres considerar o entropino como
uma nova
> variável, pois entendes que do contrário estarias cometendo um
sacrilégio,
> chame-o, por exemplo, de uma nova "merreca".

Não é isto que está em causa.
Se bem me lembro, a termodinâmica foi construida antes de se
descobrir a supercondutividade.
Novos sistemas supercondutores foram descobertos.
Contudo a termodinâmica serviu para os estudar.

A supercondutividade é um estado especifico de um sistema. Não
representa uma nova variável que estava escondida. Representa sim um
sistema que era desconhecido. E por isso foi descoberto.

O entropino, a existir, representa tb um novo sistema desconhecido,
que segundo tu precisa ser descoberto. E não um nova variável que
estava escondida.

Mas tu me dizes que o entropino é uma forma de representar a
entropia. Algo assim como o fotão a representar a energia.
Tudo bem. Assim como o fotão foi um novo sistema na altura que
o "descobriram" o entropino o seria hoje.


> 2) O que são realmente variáveis escondidas?
>
> Direi então que "os entropinos são
> merrecas que acredito ainda não terem sido levadas em consideração
pelos
> estudiosos de termodinâmica, e que podem, em teoria, serem
expressos nas
> equações de energia com o auxílio do coeficiente "cuca".

Sim.
Mas agora vejamos que , o coeficiente cuca já faz parte da
termodinâmica e do estudo dela. Assim, ele já foi levado em
consideração mesmos antes de se falar em merrecas
chamadas "entropinos".

>Perfeito!!! Estou
> até com vontade de reescrever o artigo com essas modificações e
submetê-lo
> para publicação no Physical Gnomos Review. ;-)))

:-(

> > O que estou mostrando é que se eles existirem eles podem ser
> > entendidos pela termodinâmica como ela é!
>
> Mas quando foi que eu disse o contrário? Em nenhum momento disse
que estava
> "criando" uma teoria com a finalidade de substituir a
termodinâmica. Cheguei
> a dizer, sim, que tratava-se de uma "teoria representacional para a
> entropia" mas em nenhum momento considerei-a como algo que viria
para
> substituir a termodinâmica.

Mas não é isso que se entende do teu texto.
Se de facto é verdade que nada mais ha a acrescentar à termodinâmica
então não seria preciso mexer com X e E e N.
Bastava dizer que "num sistema a entropia é 'libertada' por via de
particulas chamadas entropinos. Usando da conhecida termodinâmica
deduzimos que o factor dN das equações está ligado intimamente com a
existência de entropinos, e não pode ser despresado mesmo quando as
espécies quimicas se mantêm constantes"

E isto pouparia muito trabalho e seria muito mais facil de entender.

Tanto assim que afirmei:
>
> "Esta [o fato de ser fenomenológica] é a característica que a torna
[a
> termodinâmica] uma teoria de baixo risco e um dos fatores que
convenceram
> Einstein a declarar ser a termodinâmica clássica a única teoria
física de
> conteúdo universal que, dentro da estrutura da aplicabilidade dos
seus
> conceitos básicos, jamais será derrubada. O que evidentemente não
significa
> dizer que jamais será explicada."
>
> Esta última frase destrói toda a sua argumentação. Explicar não
significa
> derrubar, nem substituir. (...)Estás aqui corroborando o teu
posicionamento,
> pois respondestes a esta frase com o seguinte comentário: "Isso não
é do
> cunho da Termodinãmica, nem da fisica em geral, nem da ciencia,
dizer." Sem
> mais comentários, pois neste caso nossa discordância não é apenas de
> natureza lingüística e deixo-o à vontade para que interpretes a
ciência como
> bem a entender.

O que eu queri dizer é que afirmações do tipo "jamais será explicada"
não são cientificas. São para ai filosóficas ou assim... mas não
cientificas.

> Maxwell, por exemplo, ao comparar os estilos de Ampère e de Faraday
> (capítulo III do volume 2 de seu Tratado -- On the induction of
electric
> currents), contrasta o "esplêndido exemplo de estilo científico" de
Ampère
> (às vezes até mesmo a esconder o que se reside por trás das leis da
> natureza) com o "cultivo do espírito científico" de Faraday (a
deixar muito
> claro tudo o que pensa e/ou o que sente). Parece-me que, a exemplo
de
> Ampère, estás cultivando demais o academicismo e deixando
o "espírito
> científico" totalmente à margem da ciência.

Eu só pretendi dizer que qq sistema que me apontes , novo ou velho, a
termodinâmica de hoje está preparada para o estudar.
Seja um sistema representacional ou não.
Tens portanto total liberdade de criar, e eu total liberdade de usar
a termodinãmica de hoje para estudar o que criares.
Por isso citeis antes o exemplo do Instituto de Patentes onde
supostamente Eisntein trabalhou. Os inventores eram livres de criar,
mas ele era livre de usar a sua termodinâmica para estudar essas
invenções.

> > Eu acho que mostrei que a tua teoria está contida na
termodinâmica de
> > hoje. Tu achas que não e 'inventas' uma propriedade de estado N.
> > E mostro que essa já está inclusa na termodinâmica.
>
> Mostrastes o óbvio e portanto, e até agora, não me contestastes em
nada a
> não ser na interpretação de palavras (potencial químico, variável,
> escondida, entropino e/ou neutrino, etc.).

Então quero em crer que isto significa que posso estudar o teu
sistema com base em dU=TdS-pdV+miu dN. Sim?

>Conseqüentemente, o desafio continua de pé. ;-)

O desafio é agora relacionar a entropia com uma particula.
Porquê ela tem que ser expelida do sistema por uma particula ?
Porque não um campo ? Ou aliás, pq ela tem que ser expelida em
primeiro lugar?
E caso tenha mesmo que o ser, então dS e dN estão relacionados pela
quantidade de entropia que cada particula carrega.

> 3) Sobre a energia
>
> > Não acredito que a energia mecânica tenha nada a ver com aquele
> > principio. Pensemos só que a própria energia mecânica foi
cosntruida
> > para se adquar a aquele principio. A energia potencial foi
> > introduzida exactamente para que aquele principio fosse observado.
> > Muitos criticaram a introdução desta energia "fantasmagórica"
> > potencial. Hoje é algo comum e corriqueiro.
> > Portanto, seja qual for a energia aquele principio tem que ser
> > obdecido pq é um principio geral.
>
> Corroboras aqui o que afirmei num dos parágrafos anteriores e a
caracterizar
> um certo desprezo pelo espírito científico. Aceitas tudo como uma
obra
> pronta e acabada.

Não. Mas não encontro forma de falsear a lei da conservação da
energia.
Antes essa forma foi encontrada : a energia cinética se perdia "para
o espaço"
Mas tlv uma vontade de sistematizar ou simetrizar a fisica levou a
que se considera-se que "então o espaço tem energia, e aquela que o
corpo perde é ganha pelo espaço e vice-versa"
A essa energia chamou-se Energia Potencial.
E não foi a lei da conservação que perdeu.

E até hoje ela não perdeu nunca.
As coisas mais estrenhas são assumidas pelos fisicos só para não
violar esse principio. A força de Cassimir levou a energia do vácuo.
Uma energia diferente da potencial, mas uma energia. E isso levou a
fotões virtuais...
Portanto, na prática se eu quiser violar o principio de conservação
como eu faço ?
No campo das ideias, se eu quiser violar o principio de concervação,
como eu o justifico ?
Não faço. E assumo que ele é verdadeiro, pq não encontro forma de o
falsear.

> > Onde é que eu preciso se saber o que é energia cinética / mecânica
> > para definir aquilo?
>
> Em termodinâmica não precisas. Precisas tão somente caracterizar um
trabalho
> W como tudo aquilo que pode ser traduzido pelo levantamento h de
massas m em
> um campo gravitacional g (mgh). E a partir daí dizer que o sistema
sofreu
> uma mudança de estado e, supondo que não tenha sofrido trocas de
calor,
> passou de um estado de "energia interna" U para outro em que a
energia será
> U - mgh.
>
> Estou afirmando que *posso* utilizar-me de U independentemente do U
medido
> representar ou não o que chamamos energia.

Talvez. Mas mgh tem unidades fisicas de energia. Portanto a dimensão
fisica de U é a de uma energia. Não sei se é aquilo que chamamos
energia, mas tem dimensões de tal. E isso é uma conclusão muito
importante. Porque se não tivesse as mesmas dimensões, se fosse algo
diferente de energia, então nem sequer podias supor aquela
subtracção. Não poderias subtrair energia de "laranjas".


> Se alguém conseguir provar esta ocorrência, nada impede que
modifiquemos a
> nossa maneira de entender o que seja U, tal que possamos continuar
dizendo
> que a primeira lei da termodinâmica (aparentemente modificada, pelo
menos na
> nossa maneira de interpretar) iguala-se à lei da conservação da
energia. Mas
> isso é uma questão pura e simples de conveniência. Perceba então
que isto
> pode se repetir "ad infinitum" e, portanto, nunca terei certeza de
se aquele
> U que estou medindo representa a mesma energia E, definida em
mecânica, a
> relacionar-se ao conteúdo energético do sistema.

Pensemos então num sistema terra-massa.
A massa executa um movimento de queda. A sua energia cinética
aumenta, e disso não temos duvidas. Contudo tb sabemos que existe
conservação da energia mecânica.
Finalmente sabemos que mais nenhuma energia existe neste sistema.
Então concluimos que a energia interna deste sistema é a energia
mecânica. E ela não vai variar.
Então sendo que a energia cinética varia, e a sua variação é medida
pela realização de trabalho, mas a energia interna não varia, o que
somos obrigados a concluir ?
Que ha um outro tipo de enrgia. A energia potencial.
Então se Energia mecânica = Energia interna (neste sistema particula
isto é verdade, e não estou a extrapolar para todos os sistemas) e
dW=dEc então por dU=dQ+dW , dEm=dEc+dQ
dQ=dEm-dEc.
Mas esta variação é a da energia potencial, então dQ=dEp
Então o Calor, é neste sistema a variação da energia potencial
Algo que nada tem a ver com temperatura.

Pretendo com isto apenas mostrar como o factor dQ pode ter as mais
variadas formas.E que em geral não tem ver com temperatura.


> Quero crer, ao contrário do que me acusas, que és tu quem está
tentando
> modificar a termodinâmica, ao assumir a existência de propriedades
> representacionais que ela não possui, pois que, muito sabiamente,
seus
> construtores não quiseram dotá-la destas representatividades.

Eu estou a aplicá-la a casos particulares. Não estou a dizer que ela
nasceu desses casos particulas.
Mas pronto, já concordámos que ela é completa e era isso que eu
pretendia concluir.

> 4) Outros assuntos
>
> > A energia interna não é dita ser a energia mecânica. E não sei
onde
> > foste buscar isso.
>
> Na filosofia dos construtores da termodinâmica, (...) eles
> chegaram a imaginar que, em condições limites, isso poderia ocorrer.

"imaginar", "condições limite" ... o que ha aqui de pálpável para
poder afirmar que algum dia foi dito que a energia mecânica é a
energia interna de todos os sistemas ?

Não embora isso, isso não foi falseado até hoje.

> > Ela é de facto a energia mecânica em sistemas particulares, como
> > sejam os gases perfeitos (pq se assume que não se perde energia no
> > choque) e em problemas de mecânica comum, onde não ha mais energia
> > senão a mecânica.
>
> Estás confundindo termodinâmica com mecânica estatística e/ou teoria
> cinética dos gases. Em termodinâmica do planeta Terra ;-) do século
XXI o
> intervalo de tempo é desconsiderado

Em mecânica dos gases não ?
Quando falas de temperatura, falas de um estado do sistema.
O tempo não tem relevância.

assim como qualquer fenômeno que possa
> ocorrer neste intervalo de tempo. Existe um antes e um depois, nada
além
> disso. A medida em que desprezas essa filosofia inerente à
termodinâmica e
> procuras justificar o que estaria ocorrendo neste intervalo de
tempo,

Acho que não é bem assim.
Olhamos os sistema e vêmos que ele apenas possuir energia cinética.
Porque estamos a despresar todas as outras. Os gases são nuvens de
particulas que se movem com energia cinética.
Por outro lado, a Temperatura é uma propriedade de estado.
Então se o estado é determinado pela temperatura e pela energia
cinética, elas têm que ser proporcionais.
Ec=kT
E se mostra que em certos casos em certo sistemas assim é. Embora não
o seja sempre em geral.
Onde eu usei o tempo ?


>A termodinâmica não estuda nem os estados intermediários nem o
> choque, apenas um estado anterior à expansão e aquele posterior ao
choque e
> com o sistema já em equilíbrio. Não obstante, o choque existiu. Se
o gás for
> ideal, isto não trará conseqüências para a termodinâmica

Portanto é como se o choque não tivesse existido. E então o tempo é
irrelevante.

> Mas... e se as "merrecas" existirem?
>
> De duas uma: Ou acrescentaremos um fator na expressão dU = dQ - dW,
> despersonalizando a 1ª Lei, o que me parece a primeira vista que
não seria
> conveniente; ou acrescentamos um novo N na expressão "miu"dN.
> E em que isto afetaria a 1ª Lei? Do ponto de vista teórico, em
nada. Do ponto de vista
> prático diria que *neste caso* a 1ª Lei não seria mais válida da
forma
> simplificada dU = dQ - dW, pois estaria havendo transporte
de "merrecas"
> para o exterior, logo não podemos mais tratá-lo com um sistema
fechado no
> sentido que os termodinâmicos dão ao termo.

Mas não precisamos.
Em termodinamica não se considera o tempo. Portanto não se
considera "viajar para fora"
Mesmo que o faças podes sempre pensar que a fronteira é muito longe
(volume elevado) e que portanto existem muitos estados antes que o
entropino sai do sistema. E ai, poderás estudá-lo lá dentro.

> Não sei se deu para entender, mas procurei me esforçar ao máximo
para
> mostrar a importância do estudo das "merrecas" bem como para
mostrar que em
> hipótese alguma estou indo contra a termodinâmica clássica,

Não vejo onde. Apenas estás a dizer "a entropia é transportada por
entropinos". A termodinâmica nunca se proferiu em relação a eles.
portanto, não vai contra.

> > Todas as outras formas de energia que não induzem realização de
> > Trabalho são chamadas de Calor.
> > Portanto não ha como dizer que existe mais formas não homologadas
pq
> > o Calor reune todas as que não são trabalho.
>
> Mas... Como é que ficariam as "merrecas" neste caso? Bem, eu já
respondi: o
> sistema não seria fechado, logo deveríamos considerar as "merrecas"
como
> algo que sai do sistema.

Um sistema aberto é um sistema temodinâmico. Lembra-te que em
temodinâmica conta o sistema, o ambiente e a fronteira.

Se esse algo que sai for de natureza material e
> dotado de energia cinética, o que está saindo é energia mecânica
sobre a
> forma de energia cinética (a incluir a matéria, é óbvio). Perceba
então que
> a tua afirmação assume "a priori" que o sistema é fechado,

Não. Não assume.
Eu já dei o exemplo do átomo com fotóes a entrar e a sair.
E em lado nenhum isso viola nenhuma lei.

> logo nega "a
> priori" a existência de "merrecas".

negativo. Se eu negasse a existencia geral de merrecas , teria de
negar a existencia de fotões, pois são a merreca correspondente para
a energia.

>Mas negas porque queres

Mas eu nao nego.

>
> > A tua produção de entropinos não produz trabalho, donde é uma
forma
> > de Calor.
>
> Não concordo pelo que expus acima.

O entropino levanta uma massa m num campo gravitico ?

> > Se apenas identificares Calor, com a alteração da temperatura,
estás
> > a dizer que dQ=TdS apenas, e em todas as circunstâncias.
>
> Não sei onde pretendes chegar

A pergunta é simples e já a fiz antes: Identificas Calor com variação
de Temperatura, sim ou não ?


> > Eu logo vi. Estás a dizer-me que calor é algo que tem Só tem a ver
> > com temperatura. Como em dQ=mcDelta (T) (c é a capacidade
calorifica
> > especifica)
>
> Não, o que eu disse é que o calor é definido em termologia.

Sim. E ? Acaso ele não é identificado com a variação de temperatura
em termologia ?

>Como só enxergas
> fórmulas, interpretas as coisas com a visão de um matemático,

As formulas simplificam a escrita. E só o que escrevi é que o calor
se identifica em termologia com a diferenla de temperaturas.

Na visão da termodinâmica, pq ?
Porque se despresa a produção de trabalho (despresa-se o aumento de
volume do corpo: dilatação) e pq se despresam outras formas de
energia como seja a energia radiante, pq o corpo assume-se que não é
aquecido até ao estremo de irradiar.
Então pela 1ª lei : dU=dQ+dW , tronsforma-se em dU=dQ+0=dT

> e deixas a física de lado.

É isto que me deixa triste :-(
Eu pensava que não.


> Se estudares um pouquinho a experiência de Joule, perceberás
> que em determinadas condições dQ = 0 e dW = mcDelta(T). Seria isso
> equivalente a dizer que o trabalho é definido em termologia?

Não pq ele é despresado.
Mas na realidade aquecer um corpo implica no aumento do volume e
portanto na realização de trabalho.E foi isso que Joule notou, ou
alguem por ele.
Essa é a realidade quando não se despresam certas coisas.
Então. Sem aproximações a variação de energia teria de ser computada
pela variação de temperatura e pela variação de volume.
Em certos sistemas podemos pensar que dT =0. Por exemplo, esperando o
corpo arrefecer. E ai medimos apenas variaçõe de volume, que iqualam
o trabalho.

E nã ha truques na manga.Execpto que o aumento de volume é apenas
devido ao aumento de temperatura...

> > Luz é uma forma de Calor.
>
> Eu diria que a energia irradiada pelos corpos sob a forma de calor
pode ser
> considerada onda eletromagnética (ou luz, se quiseres), o que foi
afirmado
> há muito tempo por Planck (Heat Radiation - Electodynamic theory,
in "Eight
> lectures on theoretical physics). Isso, em hipótese alguma,
significa dizer
> que "calor é uma forma de luz".


Eu tb não disse isso. Eu disse que Luz , é uma forma de calor.
O calor transfere-se por 3 formas: condução, convecção e radiação.
Radiação é luz.
Exemplo prático: Sol.

> É possível que tenhas tentado valorizar a expressão que afirma que
o calor é
> um tipo de energia em trânsito.

Não. calor (com c minusculo) é uma energia proporcional a diferenças
de temperatura.
Calor (com c maiusculo) é uma forma de transferir energia, não
necessáriamente a termica.

"calor" é uma energia, "Calor" é uma diferença de energias.

Direi então que estás considerando a
> expressão ao pé da letra e assumindo, por conta própria, que esse
trânsito
> retrataria única e exclusivamente uma energia irradiada.

Não. Pode perfeitamente comportar, em tese, entropinos.
A questão é saber para que eles servem, e se existem. E caso existam
que propriedades têm, e como se podem usar elas para os detectar
experimentalmente, dando confiança à ideia da sua existência.

>Pois luz, efetivamente, não é calor,

Ai não? Então como funciona um forno micro-ondas?
Acaso não é pq a luz aquece por radiação os objectos ?
E esse aquecer por radiação não é calor (com c minusculo) ?
E acaso esta energia produziu trabalho ?
Não? Então é uma forma de Calor.

Onde me enganei ?

> > >*Classicamente* falando a energia de N estaria contida numa
> > > matéria transportada do sistema para o exterior e não levada em
> > > conta na termodinâmica *clássica*.
>
> > A termodinâmica tb lida com transporte de massa.
>
> E como relacionarias dU, dQ e dW nestas condições de massa variável?

Escrevi isso no mail anterior. Mas eu vou dar-te uma melhor definição
de como e faz (quando chegar a casa e procurar meus apontamentos de
termodinâmica) Começa por pensar na diferença entre propriedade
extensiva e intensiva.

> > Quando eu transporto massa de A para B eu estou a realizar
trabalho.
>
> Não só mas também. Aliás, não é impossível transformar o seu
trabalho
> (energia em trânsito) em energia cinética. Trata-se de uma questão
do tipo:
> Qual formalismo matemático iremos utilizar?

Agora estás preocupado com o formalismo matemátio ?


> > Portanto a energia do sistema tem que variar.
>
> Não só pelo trabalho, mas também. Ou será que a energia cinética
dessa massa
> é nula? E pela termodinâmica diria
> que a tua resposta está incompleta, pois não é só trabalho e Calor
que estão
> entrando em consideração. Como para você luz e Calor são a mesma
coisa,

Eih! calma. Eu disse que podiam ser em certas circunstâncias. Não
disse que eram sempre. Calor é um conceito muito abrangente. Tlv
demasiado. E Calor pode ser qq coisa. Execpto uma: Trabalho.


> > > > Agora, pensemos no decaimento radioactivo. dN=0?
> > > > (..)
> > > > Então dQ = miu dN.
>
> > > Quero crer, se o entendi bem, que essa conclusão esteja errada.
>
> > Pq ?
>
> Pelo que expus acima. Estás utilizando as fórmulas da termodinâmica
de um
> sistema fechado para um sistema aberto.

Se posso sempre considerar um volume tal que ambos; nucleo e
particula alfa estejam no mesmo sitema.
Isto pq posso tirar o tempo das equações considerando apenas 2
estados.

> > > > Neutrino é uma particula que advém do decaimento do neutrão
(não
> > > > só mas tb).
>
> Pois é, não só mas também.
>
> > A questão que generalizaste a
> > palavra "neutrino" onde ela não cabe ser generalizada.
>
> Mas não posso nem suspeitar essa identidade? Afinal, são coisas que
do ponto
> de vista epistemológico têm muito em comum.

Ok. Então se eu esfrego as mãos saem neutrinos delas.
Isso significa que alguns neutrões decaem quando faço isso.
O que está mal aqui ?

[[]]

Sérgio



SUBJECT: Divulgação científica - debate na revista da Fapemig
FROM: Roberto Belisario <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/12/2001 12:45



Debate sobre a divulgação científica na revista da Fapesp:

http://revista.fapemig.br/8/debate.html

Do boletim Ciência e Sociedade: "Cientistas e jornalistas discutem a
popularização da ciência – Debate que reúne três especialistas da divulgação
científica. Um deles é Angelo Machado, zoólogo e ambientalista da Universidade
Federal de Minas Gerais, autor de cerca de 20 livros de divulgação científica
para o público infanto-juvenil e com quatro peças de teatro encenadas. Outro
integrante da mesa é Tomaz Aroldo da Mota Santos, pró-reitor de extensão e
diretor do Instituto de Ciências Biológicas da mesma universidade, que defende
a importância de atividades de divulgação da ciência em museus ou em espaços
interativos patrocinados pelo Estado. Apresentando o ponto de vista de um
jornalista, está Manoel Marcos Guimarães, que não acredita na especialização em
jornalismo científico e sim em uma interação mais estreita entre a comunidade
científica e a mídia. A discussão foi publicada na revista Minas Faz Ciência,
da Fapemig, distribuída gratuitamente a todos os interessados – pedidos pelo
email revista@fapemig.br – e integralmente disponibilizada na Internet, em
http://revista.fapemig.br "

Belisário



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Pregos .........
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/12/2001 15:25

On Fri, 30 Nov 2001, Sergio M. M. Taborda wrote:
> Sendo que a carga é a electrica q = carga do electrão=1.6x10^-19 C.
> Multiplando tudo isso dá F=8.8x10^-17 N
> SE desta vez não me enganei, será aproximadamente isto.
> Ou seja, em real aproximação: Nenhuma que se possa medir.

Dá para medir sim. Já fiz isso em laboratório.

O Léo pode fazer isso com uma ponte de diodos e um bom capacitor para
tornar a corrente da tomada em corrente contínua.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
No to war.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Calor especifico e fisica classica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/12/2001 15:51

----- Original Message -----
From: "Sergio M. M. Taborda"
Sent: Sunday, December 02, 2001 10:40 AM
Subject: [ciencialist] Re: Calor especifico e fisica classica

> O [movimento] do electrão é previsivel. Ao menos não ha razão para não ser
> pois ele não tem vontade própria. É um ser sem "alma" , totalmente
> manipulável.

Há quem discorde. Aliás, existem malucos de todos os tipos em meio aos
físicos modernos. O difícil é encontrar algum que não seja maluco ;-). Um
dentre esses é Jean Charon, um físico francês que intitula-se "neognóstico"
e propôs uma teoria que chama por "teoria da relatividade complexa" (no
sentido matemático do termo, ou seja, utiliza-se dos números complexos).
Charon aceita a idéia de que "aquilo que chamamos de Espírito é
indissociável de todos os fenômenos que vemos no Universo, sejam físicos,
sejam psíquicos". Em 1987 fiz o seguinte comentário a respeito: "Sob muitos
aspectos Charon é um autêntico seguidor de Einstein: não aceita a incerteza
como princípio nem a dualidade partícula-onda, combate a física das
probabilidades e defende a geometrização da física. Não obstante, seus
conceitos são mais abstratos que os da mecânica quântica. Einstein 'curvou'
o espaço e Charon está tentando 'entortar' o tempo; e desta forma, pelo que
entendi (ou pelo que não entendi), desaparece a incerteza e a dualidade se
transforma no complexo Espírito-Matéria (ambos com letra maiúscula no
original)."

> > > Significa isso que o raio "sabe" que vai entrar? Ou seja, que
> > > existe transmissão de informação 'do futuro'?

> > Esta é uma interpretação a apoiar-se nas baboseiras costumeiramente
> > associadas à relatividade moderna.

> Eu fiz uma pergunta, não uma intepretação.

Porque então o raio de luz haveria de receber uma informação do futuro? Um
navio desvia-se de outro, ou mesmo de um iceberg, após o seu comandante
receber uma informação de um passado recente, jamais do futuro. E essa
informação tanto pode ser proveniente do outro elemento em consideração
(outro navio ou iceberg) como também ter sido emitida pelo primeiro,
refletida no segundo e captada pelo primeiro (radar ou sonar). Mas...
estamos falando de luz, não é verdade? Um corpúsculo newtoniano de luz
certamente pode emitir "alguma coisa" que o ultrapasse. A relatividade
permitiria isso? Alguns dizem que sim (Einstein nunca fez essa afirmação,
mas quero crer que nunca a tenha desmentido), desde que essa alguma coisa
sempre viaje numa velocidade superior a c. E outros, creio que de um período
bem mais recente, chegam a afirmar que esses gnomos, também chamados
táquions, viajariam para o passado. Foi dessa maneira que entendi a sua
pergunta, pois ela explicitamente dá uma conotação de viagem no tempo, coisa
que classicamente situar-se-ia no terreno das "conjecturas mal
fundamentadas". E não deixam de ser "baboseiras costumeiramente associadas à
relatividade moderna."

> Contudo para que a sua trajectória varia, alguma acção tem de
> acontecer sobre ele. (se a fronteira está lá, alguma informação ela deverá
> emitir da sua presença. Segundo a tua teoria não seria a assim?)

Sem dúvida, ou a fronteira emite ou ela reflete alguma coisa. Sim, eu tenho
uma teoria em germinação a respeito, mas gostaria de deixar claro que essa
idéia não é minha e sim de Newton. A minha teoria apenas adapta-se e/ou
aceita esta idéia.

> > O seu vácuo é fixo em relação a quê?

> Pergunto-te então: Move-se em relação a quê?

E eu sei lá?!! Estou perguntando sobre o teu vácuo (empreguei "seu" como um
vício de linguagem próprio de alguns estados brasileiros, a incluir São
Paulo). Parece-me que este teu vácuo assemelha-se muito àquele devido a
Einstein, para o qual a "mecânica clássica flutua no ar" (em alguns
contextos ele assume a existência de um éter, se bem que de natureza
bastante diferente daquela assumida pelos físicos ondulatórios clássicos).
Quero crer que Einstein assumia a física dele como não dotada deste
"defeito" (flutuar no ar), mas isso é outro assunto. O "meu" vácuo
assemelha-se mais ao de Torricelli (discípulo de Galileu), de Newton ou
mesmo de alguns filósofos gregos. E, como tal, é um nada. E se é um nada,
não tem porque se mover nem permanecer parado [Lembro que fostes tu o
primeiro a dizer que "o vácuo não se move em relação a nós", dando a
entender que ele se move em relação à alguém que se move em relação a nós.
Pô, tá parecendo conversa de doidos ;-))].

> Suponhamos que ele tem uma velocidade não nula. Essa velocidade será
> em relação a quê? No meu ref do lab, eu tenho um pedaço de vidro parado e
> um feixe de luz em movimento. Se eu mexer o meu pedaço de vidro o que
> acontece à velocidade da luz dentro dele? Supostamente nada diferente de
> quando ele está parado. Tudo isto no meu ref do lab.Sem recorrer a ref
> absolutos.

Pois então pense no som ou então num corpúsculo viajando no interior deste
vidro, parado em seu laboratório. Com relação a estes dois fenômenos,
responda a tua pergunta para ti mesmo. A seguir penses no caso da luz.
Talvez venhas a obter três respostas diferentes, conforme os pressupostos a
serem assumidos como verdadeiros. Se a luz comportar-se classicamente
poderemos pensar nela como o som ou como um corpúsculo clássico, e quero
crer que as respostas sejam diferentes para cada caso. Se a luz comportar-se
de acordo com o postulado de Einstein, a situação será totalmente diferente
das anteriores, e não haverá nenhum análogo clássico a justificar esse
comportamento que, obviamente, é não-clássico. Percebas então que a coisa
não é tão simples como propões.

> Então a velocidade depende da natureza do meio e não da sua [do meio]
> velocidade relativa em relação a seja o que for.

Sinceramente não entendi onde queres chegar, mas antes que chegues gostaria
de dizer que parece-me, de outras discussões que mantivemos, que falas em
velocidade da luz no meio como se fosse possível aceitar a relatividade de
Einstein e ao mesmo tempo dissociar esta velocidade dos dogmas
einsteinianos. Isso não é possível. Se aceitas a relatividade de Einstein,
esta velocidade v pode ser inferior a c mas continuará aprisionada aos
dogmas e jamais, jamais, jamais, jamais, jamais ;-)) será algo que possa ser
reconhecido como uma propriedade clássica, coloque-as tu na equação que
quiser. Tanto é que dois feixes de luz de freqüencias diferentes e viajando
em sentido contrário num vidro, com velocidades v1 e v2, não têm,
relativisticamente falando, a sua velocidade relativa igual a v1 + v2, e
classicamente é isto que se esperaria acontecer.

> E o que perguntei é se é verdade que não depende da velocidade
> relativa. O vácuo é a ausencia de matéria. Em relação a quê eu posso fazer
> referencia no vácuo? A pontos dos espaço escolhidos aleatóriamente? Ou a
> pontos fisicos escolhidos aleatóriamente?

Como disse acima, em relação a nada. Pois que vácuo é nada até que se prove
o contrário.

> Ponto fisico = ponto do espaço[ponto matemático] + campos.

Neste nada, a que me referi acima, faz sentido associarmos a idéia de
espaço. E não apenas um espaço no sentido matemático, mas também físico. Não
há como definí-lo, mas há como sentí-lo. Um corpo ocupa lugar no espaço e
conseguimos "medir" suas dimensões com a utilização de uma régua que também
ocupa lugar no espaço. Conseguimos também sentir o movimento, e daí advém
nossa noção de tempo. Num certo sentido floreado eu poderia dizer que a
matéria ocupa lugar no espaço e o movimento (da matéria ou de "outra coisa"
qualquer) ocupa "lugar" no tempo. Estou encarando o movimento no sentido
clássico e, portanto, trata-se de movimento de "alguma coisa", material ou
imaterial, jamais de um movimento autóctone, qual seja, de nada.
Classicamente falando, a expressão E = mc² não faz sentido físico algum, o
que não significa afirmar que não se possa chegar a alguma equação similar
(a matemática aceita quase tudo que tenha lógica, até mesmo a lógica
paraconsistente).

Neste espaço que conseguimos sentir e que, portanto, "para nós" existe de
fato, e neste tempo que também, e por motivo semelhante, se nos mostra com
características físicas inquestionáveis, surge a noção de campo, a retratar
que os corpos de alguma maneira desconhecida se interagem. E como se
interagem, podemos admitir que de alguma maneira se comunicam. Podemos então
pensar que troquem informações. Estas poderiam ser instantâneas ou não. Se
optarmos pela *não* instantaneidade, e é a experiência quem nos dará essa
orientação, poderemos concluir que essa informação trocada viaja no espaço
numa determinada velocidade pelo menos em teoria mensurável.

Podemos também pensar na natureza desta informação como material ou
imaterial e aqui também deixar a experimentação como critério a dar a última
palavra. Digamos então que, no nível mais elementar, esta informação seja de
natureza imaterial, ou seja, que a matéria a emite sem se consumir. O que
seria de fato essa informação? Não digo a sua natureza, pois já disse que
seria imaterial e a partir daí o problema creio que seria do âmbito da
metafísica pura. A minha dúvida seria: O quê essa informação transporta?

Ora, neste nível elementaríssimo somente foi-nos necessário assumir, até
agora, a existência de espaço, tempo, matéria, informação e movimento (da
matéria e da informação). Por outro lado, a informação retrata a comunicação
entre elementos materiais que ocupam determinado local do espaço num
determinado tempo. Que tal pensar nesta informação elementar como algo a
informar o movimento da matéria? Afinal, neste universo elementar, o que
mais a matéria teria para informar? Sua existência? Com que finalidade?
Partículas não raciocinam!!! E porque então haveriam de informar o
movimento? Por motivo nenhum ou, quem sabe, pelo mesmo motivo que existem
peixes no mar e não nas nuvens. Quem tem necessidade de entender esse fato
somos nós, e essa curiosidade também é algo de natureza inexplicável, mas o
homem é um cientista por natureza. Ser cientista, num amplo sentido, é um
dos fatores que nos distinguem dos animais; um outro é não sermos
especialistas, a menos que por escolha própria. As abelhas, os pica-paus, os
papagaios, todos eles especializam-se em pouquíssimas coisas. O homem não, o
homem é um generalista, e existem funções para todos os gostos. Eu, por
exemplo, gosto de teorizar. Então preocupo-me em descobrir coisas que
supostamente existem no mundo das partículas elementares. E as partículas
não têm como reclamar disso, mesmo porque elas são ultra elementares e não
estão dotadas desta função reclamar. Elas simplesmente se movem. E consigo
construir uma teoria onde percebo que se elas comunicarem esse movimento
umas as outras, de maneira a que uma reaja ao estímulo assim produzido pela
outra, consigo sob certos aspectos reunir algumas peças do quebra-cabeças a
me explicar porque existem fenômenos que nos são sensíveis, tais como o
eletromagnetismo, a gravitação, a luz, o calor, etc.

E é aí que percebo que isso somente será possível se conseguirmos associar a
esse movimento uma característica absoluta, e não aquela que nos levou a que
descobríssemos a sensação de que o movimento existe (pois este movimento
seria em relação a nós, e portanto em relação ao referencial em que nos
situamos). Pois é esse o sentido de movimento absoluto para o qual Newton
chamou a atenção no século XVII. A física clássica não faz sentido se
desprezarmos essa característica, e essa "física clássica modificada ao
bel-prazer dos físicos modernos", realmente "flutua no ar." Mas flutua
porque foi deturpada.

Para a física clássica newtoniana, "tudo é movimento" (materialismo
mecanicista). Aí tu irás me dizer: Mas... para Einstein também! Não, não e
não! Para Newton tudo é movimento de "alguma coisa", seja esta alguma coisa
a matéria, seja o "espírito da matéria" (que eu tenho chamado por informação
do movimento da matéria), enquanto que para Einstein tudo é movimento e não
existe nada mais além disso. Para Einstein matéria é movimento, pois a sua
física chega a unificar conceitualmente, e não apenas através de equações
simbólicas, matéria e energia. Logo, utilizando a física de Einstein, em
certas condições fica meio redundante falar em movimento da matéria.

Enfim, estamos quase chegando no campo. Ufa!!! Mas ainda falta bastante. O
que será o campo? Bem, digamos que essa "informação do movimento da matéria"
produza algum efeito. Se esta informação for emitida por uma partícula B que
está em movimento absoluto e a informação viajar em direção a "A"
(rigorosamente falando ela viaja em todas as direções), ao passar por "A"
comunicará a esta partícula o movimento de B. E "A" será solicitada a fazer
o quê? Pois apenas comunicar não significaria nada. Deve haver alguma ação,
não é mesmo? Do contrário eu somente conseguiria conceber "trombadas entre
partículas". Mas isso é muito raro acontecer. As partículas elementares
normalmente se interagem quase que exclusivamente à distância e quase nunca
por contato direto, até mesmo quando o choque é frontal. Eu, pelo menos,
penso dessa forma e já encontrei uma infinidade de físicos que aceitam essa
idéia numa boa. Trombada é quase que uma exclusividade de objetos
macroscópicos.

Voltemos então ao questionamento: "A" será solicitada a fazer o quê? Digamos
que a solicitação seja tal a justificar aquilo que captamos como "princípios
de conservação", aqui num nível bem elementar. Ora, se B está se movendo em
direção a "A", ¿o que estaria se modificando neste universo elementar?
Obviamente a distância entre B e "A". Diria então que à medida em que B se
move em direção a "A", de alguma forma B transmite para "A" uma informação a
empurrar "A" no sentido em que a distância entre os dois tenda para uma
situação de equilíbrio final (com os dois à mesma velocidade) e tal que as
propriedades desse pequeno universo não mais se modifiquem no decorrer do
tempo. Se o movimento for na direção oposta, B atrairá "A" com o mesmo
propósito (manter, no equilíbrio, a constância da distância entre ambos e,
conseqüentemente, a constância deste universo elementar -- essa tendência à
conservação estaria também associada a uma evolução para o equilíbrio).

Existe algo semelhante no macrocosmo? Sem dúvida, sim! Existe muita coisa
semelhante no macrocosmo. ;-)) Os automobilistas utilizam a expressão andar
no vácuo que é do mesmo tipo, se bem que não exatamente igual, pois ocorre
num meio que não pode por si só ser o vácuo (a explicação é bem mais
complexa). Outro exemplo similar é o da lei de Lenz do eletromagnetismo (em
geral estudada no mesmo capítulo a abordar a lei de Faraday). Existe ainda o
princípio de Le Chatelier, da físico-química e, também, se bem que num
sentido "light", o princípio de Arquimedes e, quero crer, e agora num
sentido não tão "light", "o empuxo de Newton" que, na realidade, é do Léo
(você encontrará algo a respeito no Imperdível e também no meu site).

E se a partícula B estiver girando num ponto fixo desse referencial
absoluto? Ou seja, em repouso translacional. Neste caso o efeito será o
arraste da partícula "A", tal e qual aquele que se verifica num viscosímetro
de Couette e a caracterizar o que em mecânica dos fluidos chama-se
transporte de momento. O que seria esse transporte de momento senão alguma
coisa a retratar a tendência de uma partícula a imitar o movimento de sua
vizinha? E a custa de quê ela iria imitar esse movimento? Provavelmente ela
está recebendo alguma coisa proveniente da outra e relacionada ao movimento
dessa outra. E essa alguma coisa está "obrigando-a" a se mover. Algo
semelhante ocorre quando o som se propaga, caso em que as partículas do meio
transportam, uma a outra, e sem se tocarem, seus movimentos agora
vibratórios. É interessante observar que uma das maneiras que Newton
encontrou para se convencer da existência e/ou da importância dos
referenciais inerciais foi justamente algo desse tipo (a experiência do
balde).

Que dizer então dos campos? Ora, se tudo é movimento da matéria e se esse
movimento da matéria traduz-se por campos, podemos raciocinar ao inverso.
Toda matéria que gera um campo de forças, de alguma maneira deve estar em
movimento. Como uma das características da matéria macroscópica é gerar
campos gravitacionais, a ser verdade o que descrevi acima esta matéria
macroscópica, de alguma maneira, deve estar dotada de um movimento de ordem
inferior e bastante organizado.

Por outro lado, esses campos, gerados por movimentos de ordem inferior,
devem ser afetados também pelo movimento macroscópico. Se isso for verdade,
será de se esperar que em referenciais acelerados (com aceleração constante
ou não) em relação ao referencial absoluto, esses campos não sejam os
mesmos. E, com efeito, não são. E não é difícil estender essa idéia para os
campos eletromagnéticos (aliás, diria que é até mais fácil, pois o difícil a
meu ver está na compreensão do campo gravitacional e como foi que a matéria
se organizou de tal maneira a nos esconder o campo antigravitacional, ou
melhor, gravitacional repulsivo). Direi então que um referencial inercial é
aquele onde o campo gravitacional obedece rigorosamente a lei da atração
gravitacional de Newton e/ou onde o campo de uma carga elétrica obedece
rigorosamente a lei de Coulomb. Ou então, seria aquele referencial no qual o
campo eletromagnético de um elétron é aquele descrito na minha teoria ;-)).
Pois apenas neste referencial posso integrar este campo para uma população
de elétrons dispostos na periferia de um condutor e chegar na lei de
Coulomb. Perceba então que eu não estou assumindo hipóteses desvinculadas da
lógica nem da experimentação. Certo ou errado, estou seguindo rigorosamente
o método científico, e não sei se poderia dizer o mesmo com respeito à
postura adotada pela imensa maioria dos físicos modernos da atualidade.

Seriam as constantes G (gravitacional) ou K (da lei de Coulomb) realmente
constantes. Creio que não. Tenho motivos outros que me fazem suspeitar que
tanto G quanto K são constantes galaxiais e o valor que utilizamos seria
válido para a nossa Galáxia, mas não obrigatoriamente para o Universo, mas
este é um outro assunto. E acredito também que a nossa Galáxia viaja, em
relação ao referencial absoluto, numa velocidade igual a "c". Em outras
palavras, a velocidade da luz não é uma constante universal mas é
simplesmente a velocidade da fonte emissora desta luz em relação ao
referencial absoluto. Trocado em miúdos: o que é efetivamente importante
para nós é *a nossa* velocidade "c" em relação ao referencial absoluto e
tudo o mais é conseqüência disso, até mesmo aquele "c" que aparece, como num
passe de mágica, nas equações do eletromagnetismo e/ou no estudo da luz.

Bem, eu acabei fugindo bastante do assunto, mas vou tentar recomeçar de onde
parei. Em virtude do exposto acima, vou cortar muita coisa e, em especial, o
que julgar que já foi devidamente comentado.

> > ...que tal pesquisarmos melhor os significados que residem por trás de
> > conceitos que *supomos* dominar, tais como "F", "m", "a", "E", etc?

> Ok... por onde começamos?

Eu já comecei há cerca de 20 anos. Parte disso está exposto acima e a maior
parte você poderá encontrar em meu website. Eu não disse que deveríamos
responder mas sim pesquisar, ou seja, estudar com afinco e com a finalidade
de chegar às respostas, e não meramente de montar uma equação que dá certo
sem que se saiba onde, quando e nem porquê.

> As equações da TR e da Mecanica classica são diferentes?

Perdoe-me mas recuso-me a tecer mais comentários sobre esse assunto. Já
disse o que penso inúmeras vezes e nada de novo surgiu desde então.

> > ...se raciocinarmos sob um ponto de vista euleuriano (ou seja, se a
> > acompanharmos em sua viagem).

> [euclideano não era bem o termo. isto se prende com referenciais de
> Lagrange e de Euler que não dependem das coordenada euclideanas]

Essa para mim é novidade: euleriano = euclideano? ;-)). Ah sim, me perdoe,
escrevi errado (euleuriano). E, além do mais, e para o caso em apreço, quero
crer que estás a se referir a coordenadas cartesianas, pois a geometria
euclideana é perfeitamente válida neste caso, se bem que com outras
coordenadas.

> > É óbvio que isso irá contra os dogmas einsteinianos, segundo os quais
> > não poderíamos, *nem em pensamento*, acompanhar essa informação.

> Duvido que isto seja verdade. "acompanhar" é sempre abstracto. Ninguem
> acompanha um electrão, uma particula de pó, a agua dos rios...

Ou então, quem sabe, o seu "abstrato" seja por demais abstrato. Por exemplo,
se eu acompanhar um elétron que viaja a uma velocidade, digamos, de 2 cm/s,
poderás dizer que a minha velocidade "abstrata" é igual a 2 cm/seg. Por
outro lado, se "em pensamento" eu acompanhar um fóton viajando no vácuo, um
newtoniano dirá que eu estou a uma velocidade "abstrata" igual a 300.000
km/s e que o fóton estará sempre ao meu lado. Um einsteiniano poderia dizer
isso? Se responderes sim, diga isso a uma platéia de relativistas e
prepare-se para receber uma sonora vaia. É claro que certamente encontrarás
uma resposta a matematicamente satisfazer a TRR, mas via de regra nem se
comenta isso pois é tão absurda e/ou sem sentido que eu acho que eles têm
vergonha de expressar essa idéia. Não me pergunte qual é. Deixo como
exercício ;-)), mas só para pensar, não precisas responder.

> > E estou afirmando que onde existir
> > um campo de forças existirão informações viajando, mesmo que o
> > campo não varie;

> Mas um campo de forças só existe se o campo variar.... lembro que F =
> grad C (...). Campo a variar, não significa que varie apenas no tempo, mas
> que varie tb no espaço.

Sim, mas estamos comparando coisas diferentes, ainda que interelacionadas:
campo e informação. A informação necessariamente viaja no espaço, enquanto o
campo é uma entidade matemática associada a esta informação e não precisa
variar nem no espaço e nem no tempo. Lembro ainda que o C da tua fórmula é
um potencial e não exatamente o que chamamos campo de forças. Este último
não precisa variar nem no tempo e nem no espaço. ;-) Estás confiando demais
nas equações e deixando a física de lado, e isso não é bom. Mesmo porque,
erra-se muito com equações e pouco com conceitos bem assimilados.

> > > Portanto a pergunta mantém-se: entre esses corpusculos o que ha?

> > Informações do movimento da matéria, digo, dos corpúsculos.

> E essa informação é campo ou corpusculo?

Nem um, nem outro. Campo é uma abstração matemática, corpúsculo é uma
abstração física e matéria é um atributo assumido "a priori" e, portanto,
sem definição (da mesma maneira que ponto, reta e plano da geometria
euclidiana). Por outro lado, o campo relaciona-se com as informações que são
imateriais e também sem definição. Qualquer conjectura sobre o que é espaço,
tempo, matéria e informação seria, a meu ver, do âmbito da metafísica. Nada
que não possamos discutir, porém não espere por uma resposta decisória.

> > > Mas pelo principio do movimento relativo (Galileu), do ponto de
> > > vista de B, era A quem se moveria.
> > > Entao A emitiria informação do seu movimento (as leis da fisica
> > > não dependem do referencial). B observaria essa informação.

> > Não, não e não!!! Essa "relatividade absoluta" não é inerente à
> > física clássica.

> Ai não? Então segundo a fisica de galileu, a lei fisica que se
> aplica no meu referencial é diferente da que se aplica no teu? Ou seja,
> F=ma, não se aplica sempre????

Sim, mas não é este o sentido restrito que Einstein dá às leis da natureza,
que diz serem invariantes. No sentido amplo empregado por Einstein, até a
velocidade da luz no vácuo (ou da informação, se preferires) é uma lei da
natureza, enquanto para a física clássica qualquer velocidade é tão somente
uma propriedade mensurável de quem se move. Aliás, foi em nome desta "lei da
natureza" que Einstein modificou o significado físico tanto de "m" quanto de
"a" e, em decorrência disso, teu F=ma é totalmente diferente do meu. Quando
dissestes que "A" emitiria informação em virtude da mudança de referencial,
percebi que estavas considerando esta emissão de informação "como se fosse
uma lei" relacionada ao movimento relativo. Aliás, esta falácia é do mesmo
tipo do paradoxo da carga acelerada, que já foi discutido aqui na
Ciencialist. Este abuso na conceituação do que seja lei é uma das
características importantes das relatividades de Einstein, especialmente da
TRG.

> Mas o principio de que as leis da fisica não mudam, tb está implicito.
> Se achas que não, dá um exemplo de um movimento relativo tal que a
> lei num ref seja diferente da do outro.

Digamos, por absurdo, que a conceituação de leis exposta por Einstein seja a
correta, mas que a relatividade de Einstein esteja errada, e a correta então
seria a de Galileu. Neste caso teríamos a velocidade de um feixe de luz
igual a "c" num determinado referencial e igual a "c+v" em outro referencial
movendo-se na velocidade v em relação ao primeiro. Mas supusemos, por
absurdo, de acordo com Einstein, que a velocidade "c" seria uma lei da
natureza e demonstrei que esta lei expressa-se de maneira diferente nos dois
referenciais.

> Melhor leres de novo o texto para confirmar que eu não disse que A
> emitia informação.

Não disse mas supusestes a equivalência e, não bastasse isso, em reforço a
teu argumento chegastes até mesmo utilizar o Santo Nome de Deus em vão.
;-)). Ora, esta equivalência só faz sentido sob o prisma da relatividade de
Einstein, jamais numa física a aceitar o movimento absoluto, pois nesta a
lei que não se modifica é outra.

> Seu atiro uma pedra eu a observo a "ir"
> Se eu a atiro para ti, tua a observas a "vir"

Sim, mas ambos concordaremos que a pedra caminha de A (a tua posição) para B
(a minha posição).

> Se tu não atiras nenhuma pedra e vês ela no ar, assumes que ela está
> a "ir", ou a "vir"?

O "ir" ou "vir" é pouco importante pois assim que ela passar por mim, o que
era "vir" transforma-se em "ir". Digamos que, em relação a mim (centro do
referencial considerado), o movimento ou é centrípeto ou é centrífugo e,
após a passagem, o que era centrípeto transforma-se em centrífugo. Essa
noção foi muito bem estabelecida pelos orientais antigos e esta
característica foi importantíssima para que estabelecessem os critérios
relacionados aos conceitos yin e yang.

> Então, sendo que B está parado no seu ref e ele vê informação "no
> espaço", ele tem de assumir que a está a receber, pois ele não a está a
> produzir pq está parado no seu referencial!!!

Pelo visto não estás entendendo devidamente as implicações relacionadas à
relatividade e o porquê para Newton o referencial absoluto era tão
importante (Lembro que Einstein não eliminou essa necessidade, simplesmente
trocou o absolutismo do movimento pelo absolutismo da velocidade da luz).
Vou tentar mudar o enfoque e dar um outro exemplo:

Suponha um elétron percorrendo uma corrente elétrica. A velocidade, via de
regra, é bem pequena (da ordem de cm/s) e portanto podemos acompanhá-lo.
Sabemos que o elétron viaja do potencial negativo para o positivo e digamos
que, quando estamos em repouso, percebemos que ele viaja da direita para a
esquerda. Vamos agora nos locomover numa velocidade superior a do elétron e
na mesma direção e sentido. Neste caso, no nosso referencial, diremos que
ele viaja da esquerda para a direita. Pergunto: Neste novo referencial ele
viaja do potencial positivo para o negativo? Não, dirás tu, estou
enxergando os terminais e noto que eles também se movem, e o elétron
aproxima-se de um deles. Mas então vou utilizar um argumento semelhante ao
teu: e se o fio for tão extenso que não consigas enxergar os terminais? Isso
muda alguma coisa? Classicamente, não. Um elétron jamais se transformará num
pósitron com a mudança de referencial. Essa mudança de referencial não pode
ignorar o campo de informações a que o elétron está respondendo. Como disse
J. Trefil, "o elétron não é como um carro" e acrescento: o elétron não dá
marcha-a-ré.

> Caso contrário tens um método de saber se te estás a mover em relação
> ao ref absoluto. E como tu achas que esse ref não existe, não é possivel
> tal método.

Mas... Quando foi que eu disse que o referencial absoluto não existe? Não me
confunda com o Albert, eu sou o Alberto ;-))

> Tu só sabes que a informação é tua, se tiver teu nome. Informação
> fisica não vem com nome no cabeçalho :-)) [viste o filme Amnésia?]

Depende do que consideras informação. Estou falando em "informação
elementar", o que suponho de mais simples existir entre o que chamamos por
informação. Esta informação do movimento é emitida para todos os lados e
jamais será captada pela partícula que a emite. Quando muito essa partícula
poderá captar uma informação refletida, mas já será outra informação, a
"avisá-la" agora que existe algo em determinada direção e que esta alguma
coisa está reagindo à informação primeira (e o teor da modificação
relaciona-se a esta resposta).

Independentemente de qualquer coisa, diria que nenhuma dessas partículas
emissoras e/ou receptoras da informação sabem realmente o que estão fazendo.
Elas simplesmente modificam o seu movimento em resposta à informação
recebida. Quando, às vezes, digo que "os átomos também amam" (e tenho um
livro com este título), simplesmente estou querendo dizer que eles se
comunicam, e se comunicar é o requisito básico para que exista o amor.
Graças a essa comunicação, elétrons e prótons se entrelaçam, formando
átomos. Mas nunca afirmei, a não ser em textos de cunho romântico e, como
tais, de ficção literária, que os átomos estão cientes do que seja este
amor.

> Eu estou pensando assim. Para um dado instante todos os observadores
> tiram uma "foto" do universo à sua volta.

> Vamos supor que todos tiram a foto e observam um corposculo de
> informação no espaço. Que intrperetação cada um lhe dá?

> "deus") Ele sabe que A está parado absolutamente, portanto nenhum
> corpusculo é de A e são todos de B.

Nem deus sabe pois enquanto isso ele estava a jogar dados com Bohr. ;-))

Na minha opinião isso pouco importa. Já disse acima que os elétrons
respondem às informações e não têm a mínima noção do que está ocorrendo a
sua volta. Nós é que observamos os fenômenos físicos e tentamos
interpretá-los a nossa maneira. E sentimos ou não a necessidade de nos
apoiarmos ou num referencial absoluto ou numa velocidade absoluta para a
informação elementar. Eu estudei o assunto e conclui que é perfeitamente
possível compatibilizar a física newtoniana com o eletromagnetismo de
Maxwell e, com isso, entender totalmente o microcosmo sem a necessidade de
apelarmos para os gnomos quantum-relativistas. Para isso não precisei nem me
colocar na posição de Deus (o trono é do Léo, ninguém tasca, ele viu
primeiro) nem na de uma partícula. Logo, esse teu exemplo, na minha humilde
opinião, não significa nada.

> > Por outro lado, se B se move, B emite informação de seu
> > movimento; após um certo intervalo de tempo (não há instantaneidade
> > de ação aqui), A será afetado por essa informação gerada em B e, em
> > resposta, entrará em movimento,

> Porquê?
> Porque ele não pode simplesmente: não fazer nada?

Porque quem não faz nada não se manifesta, e o não se manifestar não faz
parte do estudo da ciência. Se estou tentando construir uma teoria para
explicar a natureza, afim de que iria inventar informações que não gerassem
efeito algum? Apenas para poluir a ciência? Isso sim, seria crackpotismo.

> O que é uma "conservação instantanea da energia"?

Digamos que o Léo acabou de criar um universo, no referencial absoluto, com
duas partículas A e B de massas m. E o Léo diz para B (mas não para A):
Faça-se o movimento com velocidade v. E a partícula B passa a se movimentar
com velocidade v e, coincidentemente, exatamente dirigindo-se para A. E o
Léo "decreta" como energia cinética para seu universo, o valor: Ec = ½ mvB²
(vB = velocidade de B). E o Léo percebe que ao criar o movimento, criou
também a informação, e B passou a informar a todo o universo seu estado de
movimento. Até que... pimba... Tchã-tchã-tchã-tchãããã: A partícula "A" foi
informada de que B estava em movimento. E passou a reagir a esta informação,
da forma descrita acima. E com isso, a velocidade de A foi aumentando no
decorrer do tempo, à medida em que recebia novos impulsos de B. E o Léo
calcula novamente a energia cinética de seu universo e verifica agora que
ela é maior do que a anterior por um fator igual a ½ mvA² (vA = velocidade
de A no instante considerado). Contrariado com o fato de seu "decreto" ter
sido desrespeitado, produz agora uma "emenda" ao decreto original e tal que
este movimento de A gere novas informações que partem em todas as direções,
inclusive na direção de B. E esta informação, ao atingir B, começa a reduzir
a velocidade de B (agora vB'). E o Léo percebe agora que a energia de seu
universo parou de crescer e, imediatamente após, começa a ser reduzida, até
que no equilíbrio, a soma ½ mvB'² + ½ mvA² = ½ mvB². Satisfeito com o
resulado, nota ainda que no equilíbrio tanto A quanto B movem-se com a mesma
velocidade (vA = vB') e, portanto, tudo se passa como se no referencial das
mesmas elas estivessem em repouso. Na "visão das partículas", apenas o Léo
se move. Mas o Léo é o Léo, e seu trono está em repouso no referencial
absoluto. Logo, são as partículas que se movem. E embora estejam em
movimento, e embora continuem emitindo informações, esta informação agora
não surte mais efeito algum, como se elas estivessem grudadas uma na outra,
ainda que distanciadas de um valor "d" a depender tão somente do suspiro
inicial do Léo. Resumindo: sob essa visão, a energia não se conserva
instantaneamente, mas num universo com infinitas partículas essa não
conservação deixa de ser importante.

AVISO AOS NET-NAVEGANTES: Esta é uma situação ideal e totalmente hipotética.
Neste universo o Léo ainda não criou os demais ingredientes, tais como a
atração gravitacional e outros bichos. A atração gravitacional é um tipo
complexo do efeito acima simulado e, portanto, não seria de se esperar em
partículas tão elementares como estas, os verdadeiros átomos de Demócrito A
e B. Estes átomos de Demócrito, *se existirem*, devem ter um tamanho tal que
compará-lo com o tamanho do átomo de Dalton seria quase o mesmo que comparar
o tamanho de um planeta com o de uma galáxia.

> Pois. Ela propria seria afectada pelo seu movimento. Isso é realmente
> estranho.

Mas o que há de estranho? Até nas interações macroscópicas isto é observado.
Diria que isso (no macrocosmo) está *de certa forma* relacionado à terceira
lei de Newton. Por exemplo, lance uma bola à parede e note que o efeito da
parede sobre a bola depende não apenas da rigidez da parede mas também do
movimento da bola. E se a parede for totalmente rígida este efeito depende
quase que somente do movimento da bola. No microcosmo eu diria que é graças
a esse efeito que consigo explicar classicamente a dupla refração da luz,
por um mecanismo muito parecido, ainda que de natureza totalmente diversa,
com aquele descrito por David Bohm e suas "ondas-piloto" (quiçá uma de suas
famosas variáveis ocultas).

> Mas uma duvida me surgiu agora....

> Imaginemos um electrão em movimento circular.
> Ele produz alteração de campos, e portanto emite radiação.
> Mas ele não a está a tirar de lado nenhum. Ele permanece na mesma
> trajectória sempre.
> Isto é uma máquina de movimento perpétuo de 1ª espécie.
> Isto não deve acontecer pela 1ª lei da temodinâmica. (a menos que
> digamos que tiramos energia do vácuo)
> Contudo, no átomo, no centro existe um nucleo, e existe uma força.
> Existe uma energia cinética e uma potencial ... e ai já é possivel
> tirar energia de algum lado.

O problema é que esse elétron não parece emitir radiação nenhuma (pelo menos
não me consta que alguém tenha medido esta radiação). Por outro lado, essa
energia nuclear seria infinita? Ou ele extrairia energia do meio ambiente?
Mas neste caso creio que iríamos de alguma maneira contrariar a 2ª lei, a
menos que disséssemos que a radiação emitida pelo elétron nestas condições é
radiação térmica, não sendo possível transformá-la totalmente em trabalho.
Mas isso é bastante esquisito.

> > Como ele não "viu" saída
> > de energia de um átomo estável e, em sua teoria inicial, os elétrons
> > estavam dotados de aceleração centrípeta, ele assumiu o postulado das
> > órbitas permitidas.

> Sim, mas porquê ele o assumiu? a lógica dele,por detrás, sabes qual
> foi?

Bohr foi um grande físico mas nunca se preocupou em satisfazer a lógica. Ele
simplesmente reuniu uma seqüência de fatos, não encontrou uma solução a
satisfazer nenhuma lógica conhecida, e postulou uma nova lógica. A partir
daí satisfez-se com a explicação que dava certo sem saber onde, como e nem
porquê.

> > > > Um elétron em órbita não irradia. Porquê?

> > Trocando em miúdos: Ele não irradia porque não irradia. :-))

> Elá!! é a isso que resumes toda a minah conversa :-((( estou
> desapontado.

Eu estava brincando. Tanto é que ao final da msg eu corrigi ligeiramente o
comentário feito aqui. ;-)

> > A título de curiosidade, pergunto: Qual foi a experiência que
> > demonstrou que o elétron não para?

> Felizmente não tem a ver com gnomologia. Mas com Marie Currie.
> A fisica Nuclear diz-nos a resposta.
> Se o electrão caisse no nucleo o nucleo deixava se ser estável.
> E isso levaria à reacção nuclear. A uma cisão qq do nucleo. Ele
> expliria alguam radiação ou particulas alfa e saberiamos que o electrão
> caiu no nucleo.

Bem, você respondeu a pergunta que fiz, pois este era o contexto (o elétron
no átomo). Mas a minha dúvida era outra, e eu não soube me expressar. Já
ouvi dizerem que o elétron não pode parar (não o elétron no átomo, mas
qualquer elétron, mesmo aquele isolado). Creio que isso relaciona-se com o
princípio de Heisenberg, mas como você afirmou que havia uma experiência a
comprovar, entendi mal e quis saber que experiência seria esta. De qualquer
forma, grato pela explicação livre de gnomos. ;-)

> > ...acontece que *se fosse permitido* a ele
> > parar (parece-me que existe um dogma quântico e/ou um corolário-dogma a
> > proibir essa condição

> Não. Não existe. Acaso isso é um postualdo da MQ ? :-))

Já ouvi isso muitas vezes. Parece-me ser um corolário pois postulado
realmente não é.

> Contudo fica a duvida: donde vem essa nergia ?
> [ou violamos o 1º principio da termodinâmica, ou mandamos o Lorentz
> plantar couves, ou tentamos entender o problema. No caso do atómo temos um
> alibi, que é o electrão se aproximar e afastar do nucleo de forma a
> acelerar e desacelerar de forma a compensar toda a energia que
> supostamente seria emitida, e resulta na quantificação da trajectória*.
> Mas no caso do electrão livre, não temos alibi nenhum]

Deixo a quântica aos quânticos. :-). Alguém se habilita?

[ ]'s
Alberto
http://ecientificocultural.com (inglês)
http://ecientificocultural.com/indice.htm (português)




SUBJECT: Papai Noel mora na Australia
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/12/2001 17:12

Perigosa revelação
Professora diz que Papai Noel não existe e é expulsa da escola Fato
ocorreu em escola da Austrália. Pais de alunos ficaram revoltados quando
seus filhos chegaram em casa chorando após ouvir a revelação da
professora.

http://www.uol.com.br/folha/reuters/ult112u9019.shl

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
No to war.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Quem sabe algo?
FROM: Pedro <zanotta@unb.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/12/2001 17:48


Um adendo:

Não use Outlook Express. Eu usava essa porcaria até hoje. Mudei para o
Eudora. Ocorre que o Outlook abre automaticamente determinados tipos de
arquivo, e não há nada que se possa fazer. Ele abre jpg e html, por
exemplo. Mas tem um sistema que evita abrir outros tipos, para evitar
abrir
vírus. Mas o sistema tem buracos e o vírus que me pegou usa um desses
buracos. Por isso foi aberto antes que eu apertasse qualquer botão. Na
verdade, fez um dowload automático do bicho. Já devia ter me livrado
desse
mailtool imbecil há tempos. O que a preguiça não faz.

Belisário

At 19:49 29/11/01 -0200, you wrote:
>Algumas dicas:
>
>Nunca abram anexos de e-mail com extensões:
>.exe
>.com
>.bat
>.src
>.dot
>
>Antes de abrir passe sempre um antivírus em arquivos com extensão
>.doc
>.ppt
>.mdb
>.xls
>
>Ative a opção "visualizar extensões de arquivo" em seu Explorer. Alguns
>vírus vem com falsas extensões (como esse descrito no e-mail original que
>tem a extensão verdadeira de ".src" - ScreenSaver (programa protetor de
>tela). É muito comum vírus e trojans virem em "falsas fotos" -
>tiazinhanua.jpg.exe, por exemplo. Se o Explorer não estiver configurado para
>mostrar as extensões de arquivo um trojan como esse parecerá
>"tiazinhanua.jpg", enquanto que na verdade o arquivo é um programa
>executável (extensão .exe).
>
>Mantenha sempre um antivírus ativo enquanto surfa na web ou lê e-mails. Já
>existem centenas de páginas na internet com vírus de script que podem
>prejudicá-lo apenas abrindo uma determinada página no seu browser. Há boas
>opções de antivírus no mercado (alguns gratuitos).
>
>Atualize seu antivírus SEMANALMENTE.
>
>Muitos vírus são recebidos de amigos e pessoas conhecidas que os remetem sem
>saber que estão retendo um vírus ou cujos computadores contaminados enviam
>e-mails para os membros de seu catálogo de endereços automaticamente. NUNCA
>CONFIE EM NINGUÉM.
>
>Em caso de seu computador estar contaminado procure retirar o vírus dando um
>boot frio no computador e usando disquetes protegidos com o antivírus a ser
>usado. Na própria web há centenas de páginas explicando como fazer isso.
>Apenas passar um anti-vírus em um computador já contaminado não resolve o
>problema (o vírus fica na memória e alguns contaminam o próprio antivírus).
>
>Abraços,
>
>José Carlos
>
>-



SUBJECT: Re: [ciencialist] Papai Noel mora na Australia
FROM: "Samuel Chiesa" <chiesa@gabgov.to.gov.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/12/2001 18:41

Puts, que coisa né.......?!
Como que um país evoluido como a Austrália chega a umponto destes.....


Gente, meu nome é Samuel Chiesa, sou novo na lista e gostaria de
comprimentar a todos.

Um FTA a todos,


Samuel Chiesa



SUBJECT: Re: [ciencialist] Papai Noel mora na Australia
FROM: Prof. José Carlos <j.c@iname.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/12/2001 18:54

Seja bem vindo Samuel, e vá se preparando porque o século 21 promete
notícias muito mais escabrosas do que essa.

Um grande abraço,

José Carlos

----- Original Message -----
From: "Samuel Chiesa" <chiesa@gabgov.to.gov.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, December 03, 2001 6:41 PM
Subject: Re: [ciencialist] Papai Noel mora na Australia


> Puts, que coisa né.......?!
> Como que um país evoluido como a Austrália chega a umponto destes.....
>
>
> Gente, meu nome é Samuel Chiesa, sou novo na lista e gostaria de
> comprimentar a todos.
>
> Um FTA a todos,
>
>
> Samuel Chiesa
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>



SUBJECT: Re: Pregos .........
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/12/2001 19:41

--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> PS: E meus pregos??????!!!!!!!!!!

http://www.paulufusos.com.br/pregos.html

http://www.morlan.com.br/m_const.htm

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Ciência e cidadania - fontes
FROM: Roberto Belisario <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/12/2001 23:25


Caros,

Creio que a educação científica e a divulgação científica em geral são
fundamentais para o desenvolvimento da cidadania - ainda mais num tempo em que
cada vez mais novidades científicas estão se inserindo no cotidiano das pessoas
e exigindo novas legislações - e conseqüentemente que a sociedade possa ter
conhecimento de causa sobre elas para que possa pressionar para que essa
legislação reverta a seu favor - como os alimentos transgênicos,
clonagem/pesquisas com células-tronco, medicamentos genéricos, usinas
nucleares, problemas ecológicos globais, etc. Ademais, está havendo no nosso
país, nesse momento, mudanças importantes na política científica (por exemplo,
a Lei de Inovação - na última sexta-feira terminou o período de consulta
pública para seu anteprojeto), e também é necessário que a sociedade esteja
apta a acompanhar esse processo e influir sobre ele.

Cito aqui duas fontes interessantes para acompanhar os assuntos
concernentes à política científica, ambiental e educacional:

1 - Gestão C&T online: http://www.gestaoct.org.br/ . Sobre política
científica. Semanal. Clique nos títulos abaixo de "Gestão C&T Eletrônico"
para ver as notícias;

2 - JC E-mail (Jornal da Ciência E-mail) - Publicado pela Sociedade
Brasileira para o Progresso da Ciência. Diário. Apresenta uma seleção das
principais notícias sobre ciência, educação e política científica e
educacional dos jornais brasileiros, bem como artigos específicos para o JC
E-mail, e eventos. Pode ser consultado online em
http://www.sbpcnet.org.br/SBPC.html (clique em "Leia o Jc E-mail"). Pode
também ser recebido diariamente via e-mail, bastando para isso enviar uma
mensagem para: jciencia@alternex.com.br

Aspectos da divulgação científica, do jornalismo científico e da política
científica andam sendo discutidos na lista de discussão
http://www.grupos.com.br/grupos/j.cientifico .

Divirtam-se...
Belisário

--------------------------------
Roberto Belisário Diniz
rbdiniz@terra.com.br
Laboratório de Estudos Avançados de Jornalismo - Labjor
www.uniemp.br/labjor/
Revista Com Ciência - jornalismo científico
www.comciencia.br
---------------------------------




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Pregos .........
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/12/2001 23:41

Oi Roberto,

valeu a intenção ... mas, vc deu uma lida nesses dois endereços?

O primeiro só dá o desenho do prego e suas misteriosas medidas ... nada explica sobre os fantasmagóricos: 6 x 6; etc.

O segundo, no final da página, dá uma conversão indecifrável, por exemplo, um mesmo prego:

19 x 36 ... é chamado de "medida do sul"

3 1/4" x 9 ... é chamado de "medida do norte"

3,9 x 83 ... e segundo a tabela isso é "mm".

E continuo sem saber o mistério dos pregos e suas medidas!

[]'
Léo
PS: Se alguém mais for ás páginas indicadas, quem sabe encontrará alguma 'lógica' ou relação ou mesmo um 'fator de conversão' nessas indicações. Avisem-me, caso encontrem.
[]^2
================

-----Mensagem Original-----
De: <rmtakata@altavista.net>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 3 de dezembro de 2001 19:41
Assunto: [ciencialist] Re: Pregos .........


--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> PS: E meus pregos??????!!!!!!!!!!

http://www.paulufusos.com.br/pregos.html

http://www.morlan.com.br/m_const.htm

[]s,

Roberto Takata


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http://www.ciencialist.hpg.com.br
Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html





SUBJECT: Re: Ciência e cidadania - fontes
FROM: lrb@dalton.iq.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/12/2001 00:01


Quando o assunto eh polemico e envolve ciencia sempre lembro de uma
frase que li no livro "Historia da filosofia" de Will Durant.

"Maldito aquele que ensina aos homens mais depressa do que eles
podem aprender."

Ateh
Luis Roberto Brudna - confuso

--- Em ciencialist@y..., Roberto Belisario <rbdiniz@t...> escreveu
>
> Caros,
>
> Creio que a educação científica e a divulgação científica em geral
são
> fundamentais para o desenvolvimento da cidadania - ainda mais num
tempo em que
> cada vez mais novidades científicas estão se inserindo no cotidiano
das pessoas
> e exigindo novas legislações - e conseqüentemente que a sociedade
possa ter
> conhecimento de causa sobre elas para que possa pressionar para que
essa
> legislação reverta a seu favor - como os alimentos transgênicos,
> clonagem/pesquisas com células-tronco, medicamentos genéricos,
usinas
> nucleares, problemas ecológicos globais, etc. Ademais, está havendo
no nosso
> país, nesse momento, mudanças importantes na política científica
(por exemplo,
> a Lei de Inovação - na última sexta-feira terminou o período de
consulta
> pública para seu anteprojeto), e também é necessário que a
sociedade esteja
> apta a acompanhar esse processo e influir sobre ele.
>
> Cito aqui duas fontes interessantes para acompanhar os assuntos
> concernentes à política científica, ambiental e educacional:
>
> 1 - Gestão C&T online: http://www.gestaoct.org.br/ . Sobre política
> científica. Semanal. Clique nos títulos abaixo de "Gestão C&T
Eletrônico"
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seleção das
> principais notícias sobre ciência, educação e política científica e
> educacional dos jornais brasileiros, bem como artigos específicos
para o JC
> E-mail, e eventos. Pode ser consultado online em
> http://www.sbpcnet.org.br/SBPC.html (clique em "Leia o Jc E-mail").
Pode
> também ser recebido diariamente via e-mail, bastando para isso
enviar uma
> mensagem para: jciencia@a...
>
> Aspectos da divulgação científica, do jornalismo científico e da
política
> científica andam sendo discutidos na lista de discussão
> http://www.grupos.com.br/grupos/j.cientifico .
>
> Divirtam-se...
> Belisário
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> Roberto Belisário Diniz
> rbdiniz@t...
> Laboratório de Estudos Avançados de Jornalismo - Labjor
> www.uniemp.br/labjor/
> Revista Com Ciência - jornalismo científico
> www.comciencia.br
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SUBJECT: Máquinas térmicas
FROM: "Sandro Silva" <anhangah@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/12/2001 08:40

Olá Amigos,

Cá estou novamente necessitando de auxílio para
uma pesquisa da faculdade. Gostaria de agradecer a
ajuda do Roberto Takata, Sergio Taborda e do Luiz
Ferraz sobre o assunto anterior:ondas e música. Valeu!

Alguém poderia me ajudar sobre links (principalmente),
referências ou bibliografia sobre máquinas térmicas,
motores de 2 e 4 tempos e refrigeradores? Como sempre
algo ou algum conteúdo que não encontra-se nos livros
básicos de Termodinâmica e afins (Halliday, Tipler,...).

Ahhh... sim... eu já pesquisei o "imperdível""! :-)

Como sempre ficarei imensamente grato por qualquer
ajuda.


ex corde,

Sandro Silva


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SUBJECT: Interior via SEDEX
FROM: Marcelo <mgd.ez@terra.com.br>
TO: undisclosed-recipients: ;
DATE: 04/12/2001 08:57

Para Porto Alegre e região metropolitana, pedidos apenas por telefone. Todos pedidos efetuados por e-mail são verificados ao final do dia em que foram enviados a nós.
Para interior e outros estados,(quando solicitado por e-mail) informar:
Nome completo sem nenhum erro
Endereço completo
CEP
Estado
Telefone
Damos garantia de funcionamento de nossos CD’s ...
A instalação de todos CD’s são simplificadas (com programas de instalação), mas caso o cliente necessite de auxílio na mesma, pode contar com nosso suporte por telefone ou com a visita de um técnico especializado, o qual não consta no valor de nossos serviços.

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciência e cidadania - fontes
FROM: "Alexandre S. M." <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/12/2001 08:59

Pois é......

Talvez as distorções do ensino das ciências, alguns loucos alternativos e as
justificativas de algumas crenças sejam justamente conseqüências disso.

Já ouviu algum espírita justificando a comprovação científica de alguma
coisa "sobrenatural"? Ele até que aprendeu algo, pena que foi pela metade.

SDS,

ASM

----- Original Message -----
From: <lrb@dalton.iq.ufrgs.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, December 04, 2001 12:01 AM
Subject: [ciencialist] Re: Ciência e cidadania - fontes



Quando o assunto eh polemico e envolve ciencia sempre lembro de uma
frase que li no livro "Historia da filosofia" de Will Durant.

"Maldito aquele que ensina aos homens mais depressa do que eles
podem aprender."

Ateh
Luis Roberto Brudna - confuso

--- Em ciencialist@y..., Roberto Belisario <rbdiniz@t...> escreveu
>
> Caros,
>
> Creio que a educação científica e a divulgação científica em geral
são
> fundamentais para o desenvolvimento da cidadania - ainda mais num
tempo em que
> cada vez mais novidades científicas estão se inserindo no cotidiano
das pessoas
> e exigindo novas legislações - e conseqüentemente que a sociedade
possa ter
> conhecimento de causa sobre elas para que possa pressionar para que
essa
> legislação reverta a seu favor - como os alimentos transgênicos,
> clonagem/pesquisas com células-tronco, medicamentos genéricos,
usinas
> nucleares, problemas ecológicos globais, etc. Ademais, está havendo
no nosso
> país, nesse momento, mudanças importantes na política científica
(por exemplo,
> a Lei de Inovação - na última sexta-feira terminou o período de
consulta
> pública para seu anteprojeto), e também é necessário que a
sociedade esteja
> apta a acompanhar esse processo e influir sobre ele.
>
> Cito aqui duas fontes interessantes para acompanhar os assuntos
> concernentes à política científica, ambiental e educacional:
>
> 1 - Gestão C&T online: http://www.gestaoct.org.br/ . Sobre política
> científica. Semanal. Clique nos títulos abaixo de "Gestão C&T
Eletrônico"
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Pregos .........
FROM: "Silvio Cordeiro" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/12/2001 10:50


potenciais marceneiros ou carapinas:

Em Sampa, la pros lados do viaduto sta. efigenia existem algumas centenares de lojas
que darao tabelas com os diversos tamanhos, diâmetros, materia prima, formas e
aplicaçoes desses úteis artefatos prendetivos. No senai existe curso de como usar os
diversos instrumentos como desde o prosaico marteloaté sofisticados processos
pneumáticos e afins para fazer com que os pregos cumpram sua finalidade além das
óbviade furar pneus de carros.
Aos que nao habitam a pauliceia desvairada, qualquer casa de ferragens tem 'a
disposiçao tabelas facilmente compreensiveis aos comuns mortais.
Tambem podem escrever pra www.smj.com.br ou www.gerdau.com.br e pedir ditos
catálogos.
ou para a Abnt - WWW.ABNT.ORG.BR E PEDIR AS NORMAS TÉCNICAS.
Nao consegui encontrar qualquer referência a pregos pra pregar sono.

silvio, o metalúrgico.

==xxx==



Oi Roberto,

valeu a intenção ... mas, vc deu uma lida nesses dois endereços?

O primeiro só dá o desenho do prego e suas misteriosas medidas ... nada explica sobre
os fantasmagóricos: 6 x 6; etc.

O segundo, no final da página, dá uma conversão indecifrável, por exemplo, um mesmo
prego:

19 x 36 ... é chamado de "medida do sul"

3 1/4" x 9 ... é chamado de "medida do norte"

3,9 x 83 ... e segundo a tabela isso é "mm".

E continuo sem saber o mistério dos pregos e suas medidas!

[]'
Léo
PS: Se alguém mais for ás páginas indicadas, quem sabe encontrará alguma 'lógica' ou
relação ou mesmo um 'fator de conversão' nessas indicações. Avisem-me, caso
encontrem.
[]^2
================


--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> PS: E meus pregos??????!!!!!!!!!!

http://www.paulufusos.com.br/pregos.html

http://www.morlan.com.br/m_const.htm

[]s,

Roberto Takata


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SUBJECT: Re: [ciencialist] o argumento da nao crenca
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/12/2001 12:15

----- Original Message -----
From: "Sergio M. M. Taborda"
Sent: Monday, December 03, 2001 10:14 AM
Subject: [ciencialist] o argumento da nao crenca

Aviso aos net-navegantes:
Sinonímia para facilitar o entendimento do leitor que não acompanhou as msgs
anteriores: Onde escrevo "merreca" entenda-se uma variável N a corresponder,
por exemplo, o número de moles de alguma coisa; e onde se lê "cuca"
entenda-se potencial químico ou algum coeficiente equivalente e a acompanhar
dN na fórmula de dU (com U = energia interna) e, neste último caso (o caso
equivalente), quando N representar outra coisa que não uma substância
química. Para entender o porquê de estarmos utilizando "cucas" ou
"merrecas", só mesmo lendo as msgs anteriores. :-)

Olá Sérgio

> Mas agora vejamos que, o coeficiente cuca já faz parte da
> termodinâmica e do estudo dela. Assim, ele já foi levado em
> consideração mesmos antes de se falar em merrecas
> chamadas "entropinos".

Sem dúvida. E assim como existem sistemas com mais de uma "cuca", como por
exemplo uma solução ou uma mistura de gases, estou afirmando que todos os
sistemas comportam outra "cuca" ainda não levada em consideração, com sua
correspondente "merreca". Por outro lado, que mal há em representar os
produtos "miu"dN, ou "cucas"x"merrecas, separados, na fórmula de dU? Afinal,
eles já são separados! Apenas estão agrupados sob um símbolo de somatória,
ou outro conveniente. E já que podem ser separados, que mal há em separar
totalmente a minha "cuca", com a correspondente "merreca", deixando-os fora
da somatória, com a finalidade de evidenciar que esta "cuca" não é um
potencial químico? Isso não irá de maneira alguma despersonalizar a
termodinâmica. Simplesmente servirá para separar grandezas de significados,
se não físico, pelo menos químico, diferentes.

> > Estou até com vontade de reescrever o artigo com essas modificações e
> > submetê-lo para publicação no Physical Gnomos Review. ;-)))

> :-(

Porque essa insatisfação? Afinal, o PGR é muito bom e só perde para o site
de humor do Brudna, conheces? Vale a pena conhecer. [Essa é para agradar o
chefe ;-)] Olá, Brudna, que tal colocar o diálogo das merrecas versus cucas
no teu site? ;-)

> Mas não é isso que se entende do teu texto.
> Se de facto é verdade que nada mais ha a acrescentar à termodinâmica
> então não seria preciso mexer com X e E e N.

Eu já disse que estou tentando evoluir para o terreno representacional. Eu
não modifiquei a primeira lei, tanto que a utilizei no meu texto.
Obviamente, interpretei a minha maneira, mas sem despersonalizá-la. Mesmo
porque ela não foi construída no sentido de limitar nossa criatividade. Nem
energia interna, nem entropia, têm o significado absoluto que alguns
pretendem emprestar aos termos. E, não obstante, esses significados
absolutos costumam ser aceitos em outras disciplinas como, por exemplo, na
teoria cinética e/ou na mecânica estatística. E nestas teorias usa-se e
abusa-se das expressões analíticas utilizadas em termodinâmica sem
significar que se está a estudar termodinâmica no sentido estrito. E isso
graças à generalidade da termodinâmica inerente a seu fenomenogismo e que,
apesar da existência desas outras teorias, continua válida e útil, como
sempre o foi, uma vez criada.

> Bastava dizer que "num sistema a entropia é 'libertada' por via de
> particulas chamadas entropinos. Usando da conhecida termodinâmica
> deduzimos que o factor dN das equações está ligado intimamente com a
> existência de entropinos, e não pode ser despresado mesmo quando as
> espécies quimicas se mantêm constantes"

Sim, mas apenas estou dizendo que existe um outro N, além daqueles a
representarem substâncias químicas ou outros efeitos que julgues poder
encaixar como N. E que este outro N não é um N qualquer, mas o único capaz
de explicar, *numa teoria representacional*, o sentido físico da entropia,
coisa que nenhuma teoria representacional, dentre as que conheço, fez até
hoje.

> Então quero em crer que isto significa que posso estudar o teu
> sistema com base em dU=TdS-pdV+miu dN. Sim?

Sem dúvida. Mas tomes muito cuidado, pois afirmo que ao aceitares a
existência deste "meu" N, estarás, a meu ver, implicitamente aceitando que
todas as transformações irreversíveis ocorrem em sistemas abertos, pois
entre dois estados quaisquer os entropinos podem sair do sistema não sendo
substituídos por nada. O sistema perde alguma coisa e o restante do Universo
ganha entropinos. Isto não modifica a equação exposta acima, mas interfere
com a interpretação do valor de U. Estou apenas chamando a atenção, pois a
termodinâmica tanto pode ser estudada em sistemas abertos quanto fechados.
Esta é uma das diferenças fundamentais do "meu" N. Os outros N's podem ou
não variar em transformações irreversíveis que ocorrem em sistemas fechados
(por exemplo, através de reações químicas); o "meu" sempre será diferente de
zero *se* a transformação for irreversível e não cíclica, havendo
transporte de massa para o exterior (a massa dos entropinos que deixam o
sistema). E se há transporte de massa, quero crer que a transformação dá-se
em sistema aberto, até prova em contrário. (Se a transformação for
irreversível, porém cíclica, o sistema retorna ao estado inicial, mas o
Universo ganha entropinos).

> O desafio é agora relacionar a entropia com uma particula.
> Porquê ela tem que ser expelida do sistema por uma particula?
> Porque não um campo?

Porque esta minha idéia não surgiu do nada. Sem dúvida, está entrelaçada com
as outras minhas teorias, e não há como expor aqui todas elas. Isso exige
espaço e tempo. Enfim, estamos discutindo vários aspectos relacionados a
estas teorias, em outra thread.

> E caso tenha mesmo que o ser, então dS e dN estão relacionados pela
> quantidade de entropia que cada particula carrega.

Entropia é um artifício útil à termodinâmica, uma teoria fenomenológica. A
minha teoria é representacional, é outra coisa. Ela não vai contra a
termodinâmica e nem pretende despersonalizá-la, mas a sua abordagem é outra.
Eu posso, com a minha teoria, tentar explicar porque os estudiosos de
termodinâmica necessitam da entropia. Porém a entropia não faz parte da
minha teoria. Na minha teoria existem entropinos, mas não entropia. Em
termodinâmica, os processos irreversíveis acompanham-se de aumento da
entropia do Universo (e ninguém sabe efetivamente dizer o que representaria
essa entropia); na minha teoria, um processo irreversível acompanha-se da
liberação de entropinos para o restante do Universo. São coisas
aparentemente diferentes, mas a retratarem o mesmo fenômeno.

> Portanto, na prática se eu quiser violar o principio de conservação
> como eu faço?

Se descobrires, procures o Albert no setor de patentes :-). Se ele não
estiver lá, provavelmente estará jogando gamão no sítio do Léo, pois ele
recusa-se terminantemente a jogar dados :-), por mais que o Léo o convide.

> No campo das ideias, se eu quiser violar o principio de concervação,
> como eu o justifico?

Espero ter demonstrado no último e-mail da outra thread. Não obstante, esta
violação dá-se num tempo muito pequeno, talvez da mesma ordem de grandeza
daquele que seria estimado pelo princípio da idiotice... ops, quero dizer, o
princípio da... Como é mesmo o nome? ;-) Bem, tu sabes a que estou a me
referir.

> Não faço. E assumo que ele é verdadeiro, pq não encontro forma de o
> falsear.

Macroscopicamente, concordo contigo. No terreno das idéias já expus minha
maneira de pensar com respeito ao microcosmo. Mas... Que diria um físico
quântico? Não estou bem certo se ele concordaria com o que dizes. Bem,
deixemos a quântica com os quânticos.

> Talvez. Mas mgh tem unidades fisicas de energia. Portanto a dimensão
> fisica de U é a de uma energia.

O torque também tem dimensão de energia, mas fisicamente representa outra
coisa. Por outro lado, o que tenho tentado dizer, e talvez tenha me
expressado mal, é que U, *da maneira como é utilizado hoje em dia*, pode não
representar *toda* a energia que variou no sistema entre um estado e outro.
Suponha, por exemplo, que os entropinos existam e que, ao saírem do sistema,
eles transportem uma fração da energia que entrou durante o processo que os
gerou. Neste caso, e se quisermos manter o significado de U, tal que delta-U
represente a variação de energia do sistema, devemos incorporar a U a
energia transportada pelos entropinos. Mas isso não é feito hoje em dia.

> (...) Mas esta variação é a da energia potencial, então dQ=dEp
> Então o Calor, é neste sistema a variação da energia potencial
> Algo que nada tem a ver com temperatura.
> Pretendo com isto apenas mostrar como o factor dQ pode ter as mais
> variadas formas.E que em geral não tem ver com temperatura.

Gostei do exemplo ;-) mas ainda assim acho que o calor é definido em
termologia e que o trabalho é definido em mecânica. Como a minha visão não
se prende a fórmulas, mas sim a conceitos, às vezes costumo ser mal
entendido por aqueles que idolatram as fórmulas. Em nenhum momento pretendi
dizer que Q = mc(delta-T) seria a única definição possível de calor. Isso
retrata o que poderiamos chamar por "definição" operacional, ou seja, a
caracterizar a forma como medimos o calor. É óbvio que o conceito de calor
evoluiu no tempo e sabe-se, graças à teoria cinética, que o "c" não é
trivial; e sabe-se também, graças à termodinâmica, que o calor não é uma
propriedade do sistema, mas é o que costumo chamar uma variável de
transporte [espero que não impliques com o termo "variável", pois já notei
que às vezes as interpretamos com conotações discordantes :-)].

Aliás, que o calor Q não é temperatura T é algo que está implícito na
expressão Q = mc(delta-T). Do contrário, além do "c", que como disse não é
trivial, não haveria porque utilizarmos o "delta"! Ou seja, se delta-T é
igual a T2 - T1, e dizes que a expressão presta-se a que confundamos calor
com temperatura, pergunto: A qual das duas temperaturas corresponderia o Q
considerado? Perceba que o Q não tem "delta", ninguém fala em delta-Q.
Sutilezas matemáticas? Sim, do mesmo tipo daquela que expressa o dQ com um
"d" cortado (o que não é possível representar em txt). O que significaria
esse dQ com "d" cortado? Que dq, assim como dW, é uma diferencial não-exata
(O que seria equivalente a dizermos que ao integrarmos dq não obteremos uma
grandeza delta-Q). Ao contrário da soma dQ + dW = dU, a representar uma
diferencial exata e, neste caso, o "d" do dU (mas não o do Q ou o do W) não
é cortado. E uma das maneiras de enunciarmos a primeira lei é exatamente
esta: A soma dQ + dW é uma diferencial exata.

> Onde eu usei o tempo?

Na msg de 30/11, quando contestastes a minha afirmação

[Alberto]
> O tempo não chega a ser levado em consideração na genuína
> termodinâmica. Em termodinâmica estuda-se um antes e um depois, nunca
> um durante.

com as seguintes palavras:

[Sérgio]
Acho que estás parado no tempo.
Se eu sei como a energia interna varia (vamos-nos abstrair agora do
que ela é) por uma expressão simples como é dU=TdS- pdV+ miu dN se
quiser saber como U varia com o tempo basta-me derivar U em ordem ao
tempo e obtenho dU/dt = TdS/dt - p dV/dt + miu dN/dt

Ora, se afirmo que a termodinâmica não leva em consideração o tempo e diz-me
que estou parado no tempo, e a seguir dá exemplos onde deriva equações
termodinâmicas em relação ao tempo, quero crer que estejas utilizando o
tempo em termodinâmica. Ou não? O exemplo estaria dissociado do comentário
que o precede? Ou então: O seu comentário, "Acho que estás parado no tempo",
não refere-se à minha afirmação relativa ao tempo? :-)

> > Mas... e se as "merrecas" existirem?
> > (...) estaria havendo transporte de "merrecas"
> > para o exterior, logo não podemos mais tratá-lo com um sistema
> > fechado no sentido que os termodinâmicos dão ao termo.

> Mas não precisamos.
> Em termodinamica não se considera o tempo. Portanto não se
> considera "viajar para fora"
> Mesmo que o faças podes sempre pensar que a fronteira é muito longe
> (volume elevado) e que portanto existem muitos estados antes que o
> entropino sai do sistema. E ai, poderás estudá-lo lá dentro.

Este teu comentário pareceu-me um pouco confuso, mas cheguei a afirmar algo
do gênero no trabalho original: "Tudo se passa como se os entropinos fossem
absorvidos por um terceiro sistema, alheio aos métodos experimentais
rotineiros." Mas, de qualquer forma, é muito estranho considerares esse
hipotético terceiro sistema como inexistente, no caso de acreditarmos na
existência dos entropinos. E mais estranho ainda seria considerá-lo como
parte acessória do sistema e continuares chamando-o por "sistema
termodinâmico". Diria que estás colocando esse hipotético terceiro sistema
embaixo do tapete ;-) [isso não tem nada a ver com a minha bronca com a MQ,
Ok?]

Também não estou afirmando que esse terceiro sistema existe. Estou apenas
comparando a tua maneira de pensar com o que afirmei: "Tudo se passa
como..."

> Um sistema aberto é um sistema temodinâmico. Lembra-te que em
> temodinâmica conta o sistema, o ambiente e a fronteira.

Sem dúvida. Mas isso não justifica tomarmos um sistema aberto por fechado ou
vice-versa.

> Não. Não assume.
> Eu já dei o exemplo do átomo com fotóes a entrar e a sair.
> E em lado nenhum isso viola nenhuma lei.

Quero crer que estás considerando aqui casos específicos onde a abertura se
compensa de alguma maneira. Por exemplo, no estudo de sistemas em equilíbrio
térmico com o meio ambiente, esses fótons acabam sendo computados no calor Q
que entrou ou saiu do sistema, seja por condução (contato das moléculas com
as paredes) seja por irradiação. Sim, um sistema como esse, sem dúvida pode
ser considerado como fechado e, na realidade, na prática considera-se como
tal. Tomes muito cuidado, porém, quando pensares nos entropinos, supondo-se
que estejas disposto a aceitar, ainda que por hipótese, a sua existência.
Diria que estás desprezando algo para o qual os livros didáticos não
costumam chamar muito a atenção: O transporte de calor de uma fonte para um
sistema pode se dar tanto de maneira reversível quanto de maneira
irreversível. A resultante pode parecer a mesma quando observa-se tão
somente o sistema em estudo, e as equações são plenamente satisfeitas,
desprezando-se ou não o caráter reversível; mas o restante do Universo não
será o mesmo nos dois casos. E se a minha teoria se justificar, a diferença
residirá exatamente no fato de que o restante do Universo ganhou neutrinos e
perdeu fótons no caso de transporte irreversível de calor. Uma diferença
bastante sutil mas conceitualmente importantíssima.

> O entropino levanta uma massa m num campo gravitico?

Massa m e campo gravitico são entidades do nosso dia-a-dia. O entropino está
no limiar da nossa ignorância. Direi que o entropino é constituído por
matéria e que a minha visão do mundo é clássica. A partir daí, concluas o
que quiseres. Se achares que toda matéria pode ser pensada como uma bolinha
de gude, a resposta será uma. Do contrário, a resposta poderá ser diferente,
e não sei exatamente qual seria a resposta correta.

> A pergunta é simples e já a fiz antes: Identificas Calor com variação
> de Temperatura, sim ou não?

A resposta não é simples, mas creio ter respondido acima.

> > Se estudares um pouquinho a experiência de Joule, perceberás
> > que em determinadas condições dQ = 0 e dW = mcDelta(T). Seria isso
> > equivalente a dizer que o trabalho é definido em termologia?

> Não pq ele é despresado.
> Mas na realidade aquecer um corpo implica no aumento do volume e
> portanto na realização de trabalho.E foi isso que Joule notou, ou
> alguem por ele.

Não. A experiência a que me referi dá-se a volume constante. E, não
obstante, dW é diferente de zero. E trata-se de uma experiência crucial.
Nada mais, nada menos, do que a experiência onde Joule demonstrou, após
Mayer, que calor e trabalho são equivalentes, daí justificando-se a primeira
lei. A diferença essencial entre os trabalhos de Mayer e os de Joule
situa-se na precisão da medida. Costuma-se afirmar que Mayer é o "pai
filosófico" da primeira lei da termodinâmica.

> > > Luz é uma forma de Calor.

> > Eu diria que a energia irradiada pelos corpos sob a forma de calor
> > pode ser considerada onda eletromagnética (...)
> > Isso, em hipótese alguma, significa dizer que "calor é uma forma de
> > luz".

> Eu tb não disse isso. Eu disse que Luz , é uma forma de calor.

> >Pois luz, efetivamente, não é calor,

> Ai não? Então como funciona um forno micro-ondas?
> Acaso não é pq a luz aquece por radiação os objectos?
> E esse aquecer por radiação não é calor (com c minusculo)?
> E acaso esta energia produziu trabalho?
> Não? Então é uma forma de Calor.
> Onde me enganei?

Seria possível, pelo menos em teoria, transformar 100% da energia luminosa
em trabalho? Sim ou não?

> > Qual formalismo matemático iremos utilizar?

> Agora estás preocupado com o formalismo matemático?

E porque não? Cada coisa deve ser utilizada no devido tempo e no devido
lugar. Por exemplo, se considerares o que chamei acima como terceiro sistema
(onde se situariam os entropinos produzidos na transformação) como parte
integrante do sistema termodinâmico a ser estudado, creio que o formalismo
irá se complicar tremendamente. Se considerares o sistema aberto, a
complicação será bem menor. Pois é nessa hora que começo a me preocupar com
a matemática a ser utilizada. Nunca antes. É nesta hora, por exemplo, que
penso se sigo Euler ou Lagrange ou, até mesmo, nenhum dos dois. E é nessa
hora que procuro verificar se a matemática possui ou não a ferramenta que
necessito. E se não tiver, eu a invento, como fiz com o translacional, da
minha teoria sobre os elétrons. Pergunte a qualquer matemático o que é
translacional e certamente ele dirá que isso não existe, a menos que tenha
estudado a minha teoria. A seguir peça a ele que formalize matematicamente
as minhas idéias e certamente ele criará algo equivalente ao meu
translacional, pois do contrário a exposição matemática será por demais
complicada. A função da matemática, para o físico, é apenas essa: simbolizar
as idéias e, em decorrência disso, fornecer algoritmos a facilitarem a
resolução de problemas.

> > > > > Agora, pensemos no decaimento radioactivo. dN=0?
> > > > > (..) Então dQ = miu dN.

> > > > Quero crer, se o entendi bem, que essa conclusão esteja errada.

> > > Pq ?

> > Pelo que expus acima. Estás utilizando as fórmulas da termodinâmica
> > de um sistema fechado para um sistema aberto.

> Se posso sempre considerar um volume tal que ambos; nucleo e
> particula alfa estejam no mesmo sitema.
> Isto pq posso tirar o tempo das equações considerando apenas 2
> estados.

Mas... as partículas não estariam se afastando? Em cada um dos estados,
antes e depois, os sistemas estão em equilíbrio? Se sim, tudo bem. Se não,
você está utilizando-se de outra termodinâmica. Tudo bem, onde podemos
lançar mão dos conhecimentos termodinâmicos, mesmo que a tarefa não seja do
âmbito da termodinâmica, porque não fazê-lo, não é verdade? Mas a situação é
outra, os cuidados a serem tomados são outros, o truque que você utilizou
para eliminar o tempo não é um procedimento termodinâmico legítimo, se bem
que possa estar correto. Mas... não pretendas que eu me utilizede uma
situação particular, quiçá válida para a resolução de um problema
específico, para justificar uma teoria representacional sujeita a chuvas e
trovoadas oriundas de todos os lados. :-)

> > > > > Neutrino é uma particula que advém do decaimento do neutrão
> > > > > (não só mas tb).

> > Pois é, não só mas também.

> > > A questão que generalizaste a
> > > palavra "neutrino" onde ela não cabe ser generalizada.

> > Mas não posso nem suspeitar essa identidade? Afinal, são coisas que
> do ponto de vista epistemológico têm muito em comum.

> Ok. Então se eu esfrego as mãos saem neutrinos delas.
> Isso significa que alguns neutrões decaem quando faço isso.
> O que está mal aqui?

Parece-me que o que anda mal é a tua coerência. Acima dissestes: não só mas
tb. Agora estás assumindo o contrário? :-)

[ ]'s
Alberto
http://ecientificocultural.com (inglês)
http://ecientificocultural.com/indice.htm (português)



SUBJECT: Re: [ciencialist] Máquinas térmicas
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/12/2001 12:53

----- Original Message -----
From: "Sandro Silva"
Sent: Tuesday, December 04, 2001 8:40 AM
Subject: [ciencialist] Máquinas térmicas


Olá Sandro

>Alguém poderia me ajudar sobre links (principalmente),
> referências ou bibliografia sobre máquinas térmicas,
> motores de 2 e 4 tempos e refrigeradores? Como sempre
> algo ou algum conteúdo que não encontra-se nos livros
> básicos de Termodinâmica e afins (Halliday, Tipler,...).

O que posso lhe indicar situa-se mais no aspecto conceitual de máquinas
térmicas e está em http://ecientificocultural.com/Usenet/term43.htm . O tema
surgiu durante um pequeno curso que improvisei na "lista de discussão
Física" em dezembro/99 e que teve inclusive algumas mensagens desviadas para
a Ciencialist. [A lista Física, pelo visto, está atualmente, "fora do ar".]
Esta mensagem (máquinas térmicas, msg 43) é uma das últimas e você poderá
situar-se no contexto clicando em "Índice", no rodapé da página. O tema
abordado é "Considerações sobre a irreversibilidade e entropia".

> Ahhh... sim... eu já pesquisei o "imperdível""! :-)

Eu ia sugerir isso, pois o Imperdível tem tudo sobre física. Às vezes a
gente até se perde no mundo do Léo. ;-)

[ ]'s
Alberto
http://ecientificocultural.com (inglês)
http://ecientificocultural.com/indice.htm (português)



SUBJECT: Re: o argumento da nao crenca
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/12/2001 17:45

;-)

> > O [movimento] do electrão é previsível. Ao menos não ha razão
para não
ser
> > pois ele não tem vontade própria. É um ser sem "alma" , totalmente
> > manipulável.
>
> Há quem discorde.

Ha controvérsias,pois. Mas como ele nunca, até hoje, se recusou a
obedecer
quando eu ligo o interruptor...

> > > > Significa isso que o raio "sabe" que vai entrar? Ou seja, que
> > > > existe transmissão de informação 'do futuro'?
>
> > > Esta é uma interpretação a apoiar-se nas baboseiras
costumeiramente
> > > associadas à relatividade moderna.
>
> > Eu fiz uma pergunta, não uma interpretação.
>
> Porque então o raio de luz haveria de receber uma informação do
futuro? Um
> navio desvia-se de outro, ou mesmo de um iceberg, após o seu
comandante
> receber uma informação de um passado recente, jamais do futuro.

Eu não me expliquei bem.
Porque o comandante desvia o barco ?
Porque ele sabe que se não o fizer "no futuro" ele chocará com o
barco.
Então, ele recebe informação tal que se desvia.

Do ponto de vista dos obstáculos eu posso fazer o seguinte:
Eu enviou um corpúsculo de informação para a "frente"
Essa informação viaja mais depressa que eu, e vai atingir o
obstáculo, antes
de mim.
E vai recochetear e voltar a mim. Pelo tempo que ele demorou eu sei
onde
está o obstáculo.
Então, usando os corpúsculos de informação eu posso receber
informação de
locais onde não estou e posso não vir a estar.[futuro]

Quando eu disse "futuro" eu queria dizer "posição onde eu poderei
estar
daqui a um certo tempo"

> E essa
> informação tanto pode ser proveniente do outro elemento em
consideração
> (outro navio ou iceberg) como também ter sido emitida pelo primeiro,
> reflectida no segundo e captada pelo primeiro (radar ou sonar).

Ora nem mais.
Mas , o obstáculo tb enviará informação, donde, eu, sem emitir nenhum
sonar,
poderei saber onde o obstáculo está.


> > > O seu vácuo é fixo em relação a quê?
>
> > Pergunto-te então: Move-se em relação a quê?
>
> E eu sei lá?!! Estou perguntando sobre o teu vácuo (...) O "meu"
vácuo
> assemelha-se mais ao de Torricelli (discípulo de Galileu), de
Newton ou
> mesmo de alguns filósofos gregos. E, como tal, é um nada. E se é um
nada,
> não tem porque se mover nem permanecer parado

Isso eu chamaria de Vazio. Vazio significa "cheio de nada"
Vácuo não é Vazio até prova em contrário.
E acho que a força de cassimir mostra que o vácuo não e´vazio. Mas
disso eu
não sei muito.
Eu basei-me em algo mais "classico"
A permeabilidade electrica e magnética do meio.
c é a velocidade da luz no vácuo (não no vazio)
E o vácuo, é um meio com certas permeabilidades.
A velocidade depende do meio.
Concordas com isto ?

Se sim, então imaginemos dois submarinos viajando no mesmo meio.
Na água por exemplo.
Vamos imaginar que eles podem medir a velocidade da luz do meio onde
estão.
A velocidade do submarino A é nula em relação ao Porto (a referencia)
O outro submarino, B, tem velocidade v, no mesmo referencial.
Não sabemos qual a velocidade da água.
Agora existem duas perguntas:
1) A e B medem velocidades diferentes da luz, no meio ?
2) Podem A , B ou A e B , por algum processo, saber se a água se
move com
base na velocidade da luz ?

A minha ideia é que não. Pq a velocidade depende das caracteriticas
eletromagnéticas do meio e não de velocidades. Por isso a experiencia
de
Michaelson não apresentou qq resultado.Porque não era para apresentar.


> [Lembro que fostes tu o
> primeiro a dizer que "o vácuo não se move em relação a nós", dando a
> entender que ele se move em relação à alguém que se move em relação
a nós.
> Pô, tá parecendo conversa de doidos ;-))].

O vácuo não se move em relação a nós , nós é que nos movemos em
relação a
ele.Parece a mesma coisa ? não é. E por isso toda a conversa dos 3
carros.

> > Suponhamos que ele tem uma velocidade não nula. Essa velocidade
será
> > em relação a quê? No meu ref do lab, eu tenho um pedaço de vidro
parado
e
> > um feixe de luz em movimento. Se eu mexer o meu pedaço de vidro o
que
> > acontece à velocidade da luz dentro dele? Supostamente nada
diferente de
> > quando ele está parado. Tudo isto no meu ref do lab.Sem recorrer
a ref
> > absolutos.
>
> Pois então pense no som

do vácuo para o sólido a velocidade do som aumenta, enquanto a da luz
diminui.Não são fenómenos comparáveis neste aspecto.


> > Então a velocidade depende da natureza do meio e não da sua [do
meio]
> > velocidade relativa em relação a seja o que for.
>
> Sinceramente não entendi onde queres chegar, mas antes que chegues
gostaria
> de dizer que parece-me, de outras discussões que mantivemos, que
falas em
> velocidade da luz no meio como se fosse possível aceitar a
relatividade de
> Einstein e ao mesmo tempo dissociar esta velocidade dos dogmas
> einsteinianos. Isso não é possível.

O que estou tentado dizer é que se chegares à conclusão que a
velocidade da
luz depende do meio, e não das velocidades do mesmo, ou de outras
quaisquer,
vais chegar à conclusão que :
1) A velocidade da luz no vácuo é um máximo.
2) c+ v = c


>Se aceitas a relatividade de Einstein,

Eu a posso aceitar se pensar daquela forma.
O que é diferente de pensar daquela forma, pq aceito a relatividade de
Eisntein.

> Como disse acima, em relação a nada. Pois que vácuo é nada até que
se
prove
> o contrário.

força de Cassimir.

>(...)
> Partículas não raciocinam!!!

Por isso eu disse que o electrão era manipulável....;-)
Mas segundo tu, ha quem discorde...

> Enfim, estamos quase chegando no campo. Ufa!!! Mas ainda falta
bastante. O
> que será o campo? Bem, digamos que essa "informação do movimento da
matéria"
> produza algum efeito. Se esta informação for emitida por uma
partícula B
que
> está em movimento absoluto e a informação viajar em direção a "A"
> (rigorosamente falando ela viaja em todas as direções), ao passar
por "A"
> comunicará a esta partícula o movimento de B. E "A" será solicitada
a
fazer
> o quê? Pois apenas comunicar não significaria nada. Deve haver
alguma
ação,
> não é mesmo?

Ah! pois , foi isso que andei pensando estes dias.
Se uma informação implica sempre numa acção , então pq eu usar mais um
constructo se tenho o da acção ? O que me traz a mais o uso desse
constructo?
Ou seja, em vez de pensar em informação , posso pensar em Acção.
Transporte
de acção, acção à distância, acção sem contacto. E a variação da
acção no
tempo e no espaço dá-nos a energia e o impulso e dai entramos no
campo já
conhecido e não ha mais constructos necessários.
Basta-nos agora, voltar a A e B e usar o conceito de Acção, para
responder
ao mesmo que estávamos a responder aqui.


> Voltemos então ao questionamento: "A" será solicitada a fazer o quê?
Digamos
> que a solicitação seja tal a justificar aquilo que captamos como
"princípios
> de conservação", aqui num nível bem elementar. Ora, se B está se
movendo
em
> direção a "A", ¿o que estaria se modificando neste universo
elementar?
> Obviamente a distância entre B e "A". Diria então que à medida em
que B se
> move em direção a "A", de alguma forma B transmite para "A" uma
informação
a
> empurrar "A" no sentido em que a distância entre os dois tenda para
uma
> situação de equilíbrio final (com os dois à mesma velocidade)

Parafraseando : "Obviamente a distância entre B e "A". Diria então
que à
medida em que B se move em direção a "A", de alguma forma B transmite
para "A" uma acção a empurrar "A" [uma força] no sentido em que a
distância
entre os dois tenda para uma situação de equilíbrio final (com os
dois à
mesma velocidade) [igualdade de força]"

Ha aqui uma nova ideia de distância minima, mas ela já é retractada
pelas
ideias actuais de Acção e Força. (potencial minimo)


> E se a partícula B estiver girando num ponto fixo desse referencial
> absoluto? Ou seja, em repouso translacional. Neste caso o efeito
será o
> arraste da partícula "A", tal e qual aquele que se verifica num
viscosímetro
> de Couette e a caracterizar o que em mecânica dos fluidos chama-se
> transporte de momento. O que seria esse transporte de momento senão
alguma
> coisa a retratar a tendência de uma partícula a imitar o movimento
de sua
> vizinha? E a custa de quê ela iria imitar esse movimento?

Interacção à distância , vulgo : forças da natureza.

> Que dizer então dos campos? Ora, se tudo é movimento da matéria

Noto aqui a frase "Se tudo é movimento da matéria" como sendo
significado de
"tudo é movimento da matéria"
Não entendo portanto quando criticas o Eisntein por na teoria dele
tudo ser
movimento.

>e se esse
> movimento da matéria traduz-se por campos, podemos raciocinar ao
inverso.
> Toda matéria que gera um campo de forças, de alguma maneira deve
estar em
> movimento.

dois corpos neutros actuam sobre o outro graviticaemnte.
dois corpos carregados actuam um sobre o outro electrica e
graviticamente
A acção tem várias faces.
A informação tem uma só. (informação do movimento) Como fica então ?
Se a informação implica em acção, mas existem várias tipos de acção,
então a
informação actua de formas diferentes.
Como entender isto ?
Tlv dizendo que existe apenas uma informação do movimento, mas 3
movimentos
possiveis.
Translação, Rotação e Deformação.

>Ou então, seria aquele referencial no qual o
> campo eletromagnético de um elétron é aquele descrito na minha
teoria
;-)).

do meu restrcito ponto de vista e entendimento, os campos electricos e
magnético (electromagnético se quiserem) existem pq o electrão existe
e se
move sobre si mesmo.
Mas não é claro para mim qual efeito depende do quê.


> E acredito também que a nossa Galáxia viaja, em
> relação ao referencial absoluto, numa velocidade igual a "c".

Optimo. Isto já basta para que tenhas de concordar cmg que nós é
que nos movemos em relação ao vazio/vácuo.

> Em outras
> palavras, a velocidade da luz não é uma constante universal mas é
> simplesmente a velocidade da fonte emissora desta luz em relação ao
> referencial absoluto.
>Trocado em miúdos: o que é efetivamente importante
> para nós é *a nossa* velocidade "c" em relação ao referencial
absoluto e
> tudo o mais é conseqüência disso, até mesmo aquele "c" que aparece,
como
num
> passe de mágica, nas equações do eletromagnetismo e/ou no estudo da
luz.

Então estás a chegar às mesmas conclusões que o Einstein.


> > > ...se raciocinarmos sob um ponto de vista euleuriano (ou seja,
se a
> > > acompanharmos em sua viagem).
>
> > [euclideano não era bem o termo. isto se prende com referenciais
de
> > Lagrange e de Euler que não dependem das coordenada euclideanas]
>
> Essa para mim é novidade: euleriano = euclideano? ;-)).

;-( li errado.

> > > É óbvio que isso irá contra os dogmas einsteinianos, segundo os
quais
> > > não poderíamos, *nem em pensamento*, acompanhar essa
informação.
>
> > Duvido que isto seja verdade. "acompanhar" é sempre abstracto.
Ninguem
> > acompanha um electrão, uma particula de pó, a agua dos rios...
>
> Ou então, quem sabe, o seu "abstrato" seja por demais abstrato. Por
exemplo,
> se eu acompanhar um elétron que viaja a uma velocidade, digamos, de
2
cm/s,
> poderás dizer que a minha velocidade "abstrata" é igual a 2 cm/seg.
Por
> outro lado, se "em pensamento" eu acompanhar um fóton viajando no
vácuo,
um
> newtoniano dirá que eu estou a uma velocidade "abstrata" igual a
300.000
> km/s e que o fóton estará sempre ao meu lado. Um einsteiniano
poderia
dizer
> isso? Se responderes sim, diga isso a uma platéia de relativistas e
> prepare-se para receber uma sonora vaia.

Eu sei ... eu sei...

> > > E estou afirmando que onde existir
> > > um campo de forças existirão informações viajando, mesmo que o
> > > campo não varie;
>
> > Mas um campo de forças só existe se o campo variar.... lembro que
F =
> > grad C (...). Campo a variar, não significa que varie apenas no
tempo,
mas
> > que varie tb no espaço.
>
> Sim, mas estamos comparando coisas diferentes, ainda que
interelacionadas:
> campo e informação. A informação necessariamente viaja no espaço,
enquanto
o
> campo é uma entidade matemática associada a esta informação e não
precisa
> variar nem no espaço e nem no tempo. Lembro ainda que o C da tua
fórmula é
> um potencial e não exatamente o que chamamos campo de forças. Este
último
> não precisa variar nem no tempo e nem no espaço. ;-) Estás confiando
demais
> nas equações e deixando a física de lado, e isso não é bom. Mesmo
porque,
> erra-se muito com equações e pouco com conceitos bem assimilados.

Eu apenas queria mostrar que a acção depende da alteração no espaço
de um
campo.
Era uma analogia para dizer que a alteração do campo é que cria acção
(força)
Mas não necessáriamente no tempo.


> > > > Mas pelo principio do movimento relativo (Galileu), do ponto
de
> > > > vista de B, era A quem se moveria.
> > > > Entao A emitiria informação do seu movimento (as leis da
fisica
> > > > não dependem do referencial). B observaria essa informação.
>
> > > Não, não e não!!! Essa "relatividade absoluta" não é inerente à
> > > física clássica.
>
> > Ai não? Então segundo a fisica de galileu, a lei fisica que se
> > aplica no meu referencial é diferente da que se aplica no teu? Ou
seja,
> > F=ma, não se aplica sempre????
>
> Sim, mas não é este o sentido restrito que Einstein dá às leis da
natureza,
> que diz serem invariantes. No sentido amplo empregado por Einstein,

Mas que culpa eu tenho disso ?
A conversa tem de passar sempre por tu me dizes que eu estou a usar
principios de teorias "erradas" ?
Ou as leis se aplicam sempre ou as leis nao se aplicam sempre.
E lei significa "a mesma acção produz o mesmo efeito"
O que tu poderias dizer-me é que "emitir informação quando em
movimento" não
é uma lei da natureza. Isso sim seria um argumento contra o que eu
disse.
Mas invocar que no entender de eisntein isso não seria, não nos
adianta nada
aqui.
Eu não estou a usar a relatividade em lado nenhum. Estou fazendo um
esforço
para só usar a fisica de Galileu. E o principio da relatividade
classica
passa tb por assumir as mesmas leis em todos os referenciais
inerciais. Ou
estou engando ?

Se eu não estou engando quanto a este promenor da fisica, então apenas
espero que me digas que minha forma de pensar em 3 ref não está
correcta e
pq. Ai avançaremos.


até a
> velocidade da luz no vácuo (ou da informação, se preferires) é uma
lei da
> natureza, enquanto para a física clássica qualquer velocidade é tão
somente
> uma propriedade mensurável de quem se move.

Será mesmo ? Essa é a pergunta crucial e é isso que diferencia a luz
do
resto das coisas.


>Quando
> dissestes que "A" emitiria informação em virtude da mudança de
referencial,
> percebi que estavas considerando esta emissão de informação "como
se fosse
> uma lei" relacionada ao movimento relativo.

Mas classicamente isso não se deveria verificar ?
Se eu actuo sobre ti, não é natural que tu me vejas actuar sobre ti ?
E se eu não actuo, não é natural que aceite que todas as acções que
sinto
não sejam da minha responsabilidade ?


> > Seu atiro uma pedra eu a observo a "ir"
> > Se eu a atiro para ti, tua a observas a "vir"
>
> Sim, mas ambos concordaremos que a pedra caminha de A (a tua
posição) para
B
> (a minha posição).

Numa "foto" eu não tenho como saber isso. Apenas num conjunto de
fotos.

> > Se tu não atiras nenhuma pedra e vês ela no ar, assumes que ela
está
> > a "ir", ou a "vir"?
>
> O "ir" ou "vir" é pouco importante pois assim que ela passar por
mim, o
que
> era "vir" transforma-se em "ir".

Faz ricochete ? cada corpo actua como um espelho ?
Então se um 3º corpo estiver por detrás do 2º aquele não recebe
nenhuma
informação vinda do 1º ? (efeito sombra?)


>Digamos que, em relação a mim (centro do
> referencial considerado), o movimento ou é centrípeto ou é
centrífugo e,
> após a passagem, o que era centrípeto transforma-se em centrífugo.
Essa
> noção foi muito bem estabelecida pelos orientais antigos e esta
> característica foi importantíssima para que estabelecessem os
critérios
> relacionados aos conceitos yin e yang.

Não. Nada de misturas. O principio do Yin e do Yang não é fisica.

Nos dias de hoje aceita-se que o neutrino vindo do sol atravessa a
terra.
é isso que estás a dizer. Que a informação atravessa o corpo. Ok.
Mas não é de Atravessamentos que estamos a falar. Mas de formas de
saber
quem emite a informação.

> > Então, sendo que B está parado no seu ref e ele vê informação "no
> > espaço", ele tem de assumir que a está a receber, pois ele não a
está a
> > produzir pq está parado no seu referencial!!!
>
> Pelo visto não estás entendendo devidamente as implicações
relacionadas à
> relatividade e o porquê para Newton o referencial absoluto era tão
> importante

Então, antes de prosseguir esclarece-me no seguinte.
Qual é a diferença fisica entre uma velocidade relativa entre dois
corpos, a
velocidade de um corpo num referencial, e a velocidade do mesmo corpo
no
referencial absoluto.
Não são elas todas velocidades indestinguiveis ? Ou seja, não são
elas todas
relativas a alguma coisa ?

> Vou tentar mudar o enfoque e dar um outro exemplo:
>
> Suponha um elétron percorrendo uma corrente elétrica. A velocidade,
via de
> regra, é bem pequena (da ordem de cm/s) e portanto podemos
acompanhá-lo.
> Sabemos que o elétron viaja do potencial negativo para o positivo e
digamos
> que, quando estamos em repouso, percebemos que ele viaja da direita
para a
> esquerda. Vamos agora nos locomover numa velocidade superior a do
elétron
e
> na mesma direção e sentido.

Qual é a velocidade relativa entre nós e ele ?
a velocidade nossa é V e a dele , v.
Supomos a velocidade do electrão no sentido positivo.
A velocidade relativa ,u ,é u=v-V
vamos agora supor matemáticamente que a nossa velocidade se pode
escrever
V=kv com k maior que 1, pq a nossa velocidade é maior que a dele.
então u =v(1-k) ... sendo k > 1 <=> 1-k < 0
então a velocidade relativa é negativa
Ou seja, nós movemo-nos em relação ao electrão no sentido contrário.
Mas ele tb se move no sentido contrário do nosso ponto de vista

Isto é facil de ver. Dois carros na rodovia cm velocidades diferentes
se
movendo na mesma direcção , ambos veêm o outro se afastar.
Afastar implica uma velocidade no sentido contrário ao nosso

Então, para nós, o electrão se moveria no sentido contrário
Nós estamos parados no nosso ref. E no nosso ref a unica coisa que
podemos
medir é a velocidade relativa, que é negativa.

Eu não usei aqui hipoteses relativistas apenas a soma de velocidades
de
Galileu.
Onde eu me enganei ?

>Um elétron jamais se transformará num
> pósitron com a mudança de referencial.

Pois não. Mas o seu movimento sim.

> > Tu só sabes que a informação é tua, se tiver teu nome. Informação
> > fisica não vem com nome no cabeçalho :-)) [viste o filme Amnésia?]
>
> Depende do que consideras informação. Estou falando em "informação
> elementar", o que suponho de mais simples existir entre o que
chamamos por
> informação. Esta informação do movimento é emitida para todos os
lados e
> jamais será captada pela partícula que a emite.

Sim. Mas como ela recebe informações de outras particulas que foram
enviadas
pq ela enviou a dela, então ela não recebe a sua informação, mas
recebe um
efeito causado pela sua informação.

Quando muito essa
partícula
> poderá captar uma informação refletida, mas já será outra
informação, a
> "avisá-la" agora que existe algo em determinada direção e que esta
alguma
> coisa está reagindo à informação primeira (e o teor da modificação
> relaciona-se a esta resposta).

Será outra, mas tb depende da primeira.


> Na minha opinião isso pouco importa. Já disse acima que os elétrons
> respondem às informações e não têm a mínima noção do que está
ocorrendo a
> sua volta. Nós é que observamos os fenômenos físicos e tentamos
> interpretá-los a nossa maneira.

Mas o nosso referencial não é previligiado. Nós não estamos no
re "deus"
estamos em A ou em B, onde tudo é relativo. Onde eu apenas sei medir a
velocidade relativamente a A.
Se A não existir eu , B, não sei dizer que estou a me mover. Ou sei ?
(sem referencia estarei me movendo em relação ao quê ? )


> > O que é uma "conservação instantanea da energia"?
>
> Digamos que o Léo acabou de criar um universo, no referencial
absoluto,
com
> duas partículas A e B de massas m. E o Léo diz para B (mas não para
A):
> Faça-se o movimento com velocidade v. E a partícula B passa a se
movimentar
> com velocidade v e, coincidentemente, exatamente dirigindo-se para
A. E o
> Léo "decreta" como energia cinética para seu universo, o valor: Ec
= ½
mvB²
> (vB = velocidade de B). E o Léo percebe que ao criar o movimento,
criou
> também a informação, e B passou a informar a todo o universo seu
estado de
> movimento. Até que... pimba... Tchã-tchã-tchã-tchãããã: A
partícula "A" foi
> informada de que B estava em movimento. E passou a reagir a esta
informação,
> da forma descrita acima. E com isso, a velocidade de A foi
aumentando no
> decorrer do tempo, à medida em que recebia novos impulsos de B. E o
Léo
> calcula novamente a energia cinética de seu universo e verifica
agora que
> ela é maior do que a anterior por um fator igual a ½ mvA² (vA =
velocidade
> de A no instante considerado).

O Ref do Leo não existe. E mesmo que existe eu não estou nele. Eu
estou no
ref de A e de B, onde a conservação da energia existe, como tu mesmo
mostraste.

>½ mvB'² + ½ mvA² = ½ mvB².


> > Imaginemos um electrão em movimento circular.
> > Ele produz alteração de campos, e portanto emite radiação.
> > Mas ele não a está a tirar de lado nenhum. Ele permanece na mesma
> > trajectória sempre.
> > Isto é uma máquina de movimento perpétuo de 1ª espécie.
> > Isto não deve acontecer pela 1ª lei da temodinâmica. (a menos que
> > digamos que tiramos energia do vácuo)
> > Contudo, no átomo, no centro existe um nucleo, e existe uma força.
> > Existe uma energia cinética e uma potencial ... e ai já é possivel
> > tirar energia de algum lado.
>
> O problema é que esse elétron não parece emitir radiação nenhuma
(pelo
menos
> não me consta que alguém tenha medido esta radiação).

O do átomo não, mas e o outro ? O electrão livre em rotação sobre um
ponto

>Por outro lado, essa
> energia nuclear seria infinita?

Bm sabes que Energia não tem quantificação fisica. Variação de
Energia é que
tem.
Ou seja, a Energia é uma função do tipo E(£)=A£+b. onde tu não sabes
b.
Porque sempre que usas esta função a usas em fora diferencial dE(£) =
Ad£ ,
onde £ é uma variável qq .

A energia nuclear pode ser infinita, o que não pode ser ininita é a
sua
variação.

> Mas a minha dúvida era outra, e eu não soube me expressar. Já
> ouvi dizerem que o elétron não pode parar (não o elétron no átomo,
mas
> qualquer elétron, mesmo aquele isolado).

Mas aquele isolado não existe. Ou existe ?
No tudo catódico das TV's os electrões são acelerados mas eles não
estão
isolados.
Não são livres.

>Creio que isso relaciona-se com o princípio de Heisenberg,

Não vejo pq. Não ha aqui grandezas conjugadas em jogo.

[[]]

Sérgio





SUBJECT: Re: Pregos .........
FROM: rmtakata@altavista.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/12/2001 19:38

Sendo as especificações na forma A x B, as
fórmulas empíricas q. encontrei foram:

Para comprimento em mm -

2,2912.B^1,001

Para diâmetro em mm -

0,5486.e^(0,1015.A)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Os efeitos do PL 5.483_01 do Executivo na revogacao da CLT
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <Direitos_Humanos@yahoogrupos.com.br>, <constitucional_Brasil@yahoogrupos.com.br>, <direito_trabalhista@yahoogrupos.com.br>, <artigos_Juridicos@yahoogrupos.com.br>, <faroljuridico@yahoogrupos.com.br>, <redepraxis@yahoogrupos.com.br>
CC: Sociologia Jurídica <sociologia.ucsal@grupos.com.br>, <pucrs-direito@yahoogroups.com>, <politica-br@yahoogrupos.com.br>, <judiciariofederal@yahoogroups.com>, <infancia-eca@yahoogroups.com>, <forum-social@yahoogroups.com>, <faroljuridico@yahoogroups.com>, <estudantes-de-direito@yahoogroups.com>, <direito-estudantes@hal.summer.com.br>, <direitobrasil@grupos.com.br>, <polemica@yahoogrupos.com.br>, <ueers@yahoogroups.com>
DATE: 05/12/2001 06:20

Direito_Saúde e Bioética
____________________


O Projeto de Lei 5.483_01, do Poder Executivo, afetará diretamente a vida de
milhões de brasileiros e brasileiras.


Com ele, os direitos trabalhistas,
inclusive aqueles previstos na Constituição,
poderão ser sumariamente sacrificados.



A aprovação desse Projeto de Lei permitirá a revogação da CLT.


Veja, abaixo, quais os
direitos atingidos:


OS DIREITOS CONSTITUCIONAIS
PREJUDICADOS

A REGULAMENTAÇÃO DESSES
DIREITOS


A proteção contra despedida arbitrária ou sem justa causa ( art. 7º, inciso I da
Constituição Federal )
Ainda não há regulamentação.

__

Esse dispositivo é o único do art. 7º da Constituição que exige lei
complementar, os outros prevêem lei ordinária.

__

O Seguro-desemprego (inciso II)
Direito previsto na lei 7.998/90.

__

O FGTS (inciso III)
Direito previsto na lei 8.036/90.

__

O piso salarial (inciso V)
A lei complementar 103/2000 autoriza que os Estados
instituam pisos salariais (essas leis estaduais poderiam
ser prejudicadas por convenções ou acordos coletivos)

__

O 13º salário ( inciso VIII )
Direito previsto na lei 4.090/62.

__

A remuneração do trabalho noturno superior
à do diurno ( inciso IX )
Direito previsto na CLT.
__

A proteção do salário ( inciso X )
Direito previsto na CLT.

__

A participação nos lucros ( inciso XI )
Direito previsto na lei 10.101/2000.

__

O salário-família ( inciso XII )
Direito previsto na lei 8.213/91.

__

A remuneração da hora extra superior a
50% do valor da hora normal ( inciso XVI )
Direito previsto na CLT.

__

O gozo das férias ( inciso XVII )
Direito previsto na CLT ( o período de 30 dias é previsto
na CLT ).

__

A licença à gestante ( inciso XVIII )
0 direito é previsto na CLT ( art. 391) e o salário
maternidade é previsto na lei 8.213/91.

__

A licença-paternidade ( inciso XIX )
Direito previsto na CLT ( art. 473 ).

__

O aviso-prévio proporcional ( inciso XXI )
Não há previsão legal para esse direito.
__

O aviso-prévio de trinta dias ( inciso XXI )
0 período de 30 dias é previsto na Constituição, mas
se convenção ou acordo coletivo dispuser que os
contratos individuais serão por tempo determinado, o
direito ao aviso prévio ficará prejudicado.

__


A proteção do mercado de trabalho da
Mulher ( inciso XX )
Direito previsto na CLT.

__

Os adicionais de remuneração para
Atividades penosas, insalubres ou perigosas ( inciso XXIII )
Direito previsto na CLT, com exceção para as
atividades penosas.

__

A proteção em face da automação ( inciso XXVII )
Não há previsão legal para esse direito.

__

A aposentadoria ( inciso XXIV )
Direito previsto na lei 8.213/91

__

Estabilidade da gestante
Previsto no art. 10, inciso II, alínea b do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias. Esse direito
pode ser prejudicado se convenção ou acordo coletivo
dispuser que os contratos individuais de trabalho serão
por tempo determinado.

__

Estabilidade do dirigente de CIPA
Previsto no art. 10, inciso II, alínea b do Ato das

__

Disposições Constitucionais Transitórias. Esse direito
pode ser prejudicado se convenção ou acordo coletivo
dispuser que os contratos individuais de trabalho serão
por tempo determinado.

__

Estabilidade do dirigente sindical
Previsto no art. 8º, inciso VIII, da Constituição. Esse
direito pode ser prejudicado se convenção ou acordo coletivo dispuser
que os contratos individuais de trabalho serão por tempo determinado.

__

Demais modalidades de estabilidade provisória legais
Direito que pode ser prejudicado se convenção ou acordo coletivo
dispuser que os contratos individuais de trabalho serão por tempo
determinado.

==========================
ENDERECOS E INSTRUCOES:
==========================
Nao se deixe enganar
pela propaganda transplantista.
===
INFORME-SE:
apenas a *Medicina Preventiva* de baixo custo
ja seria suficiente para evitar a necessidade de
transplantes previsiveis, com origem em declaracoes
de mortes encefalicas *antecipadas*
para fins de retirada de orgaos vitais.
===
ARTIGO:
"Falhas no Diagnostico da Morte Cerebral",
publicado na Revista CIENCIA HOJE,
número 161, junho de 2000:
http://www.uol.com.br/cienciahoje/chmais/pass/ch161/morte.pdf
===
ARTIGOS
cientificos no site da UNIFESP:
http://www.unifesp.br/dneuro/textos.htm
===
ARTIGO:
"Morte Encefalica"
http://www.unifesp.br/dneuro/mortencefalica.htm
===
DEMONSTRACAO
cientifica dos efeitos mortais do teste
da APNEIA, imposto pelo CFM para
declaracao da morte encefalica que
pretende diagnosticar:
http://www.unifesp.br/dneuro/apnea.htm
===
ARTIGO:
em ingles sobre a importancia da
*Penumbra Isquemica* para a declaracao
da morte encefalica:
http://www.unifesp.br/dneuro/brdeath.html
===
MANIFESTACOES PUBLICAS
da comunidade neurocientifica internacional
contraria aos criterios declaratorios
da morte encefalica.
NAO EH VERDADE QUE HA CONSENSO
internacional na declaracao de morte encefalica,
confirme o que dizem os neurocientistas em:
http://www.unifesp.br/dneuro/opinioes.htm
===
DEBATE
internacional da comunidade neurocientifica
sobre os erros declaratorios da morte encefalica
na Revista Cientifica BMJ:
http://www.bmj.com/cgi/eletters/320/7244/1266
===
PARA ler os artigos sobre
morte encefalica em Direito_Saude:
http://www.yahoogroups.com/files/direito_saude/
===
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===
PARA outras finalidades acessar
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===



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Pregos .........
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/12/2001 09:25

Ah Ah Ah .... boa!
Eu e meu marceneiro estamos felizes da vida. Agora conhecemos os segredos dos pregos!
Aliás, um comentário dele foi: Puxa, por que não pensei nisso antes?!?!

[]'
Léo
=============
-----Mensagem Original-----
De: <rmtakata@altavista.net>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 4 de dezembro de 2001 19:38
Assunto: [ciencialist] Re: Pregos .........


Sendo as especificações na forma A x B, as
fórmulas empíricas q. encontrei foram:

Para comprimento em mm -

2,2912.B^1,001

Para diâmetro em mm -

0,5486.e^(0,1015.A)

[]s,

Roberto Takata


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SUBJECT: TRG - demonstração de previsões
FROM: Roberto Belisario <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br, dgueron@mailbr.com.br
DATE: 05/12/2001 10:49


Olá. Alguém poderia me confirmar/comentar essa afirmação? (talvez o
Eduardo Gueron?)

"As previsões da relatividade geral até agora só foram demonstradas na
presença de fracos campos gravitacionais, ou de nenhum", diz Greiner.
[Jochen Greiner, do Instituto Astrofísico de Potsdam, Alemanha] - na Folha
de S. Paulo, 05-12-01, caderno de ciência.

A afirmação foi feita em conexão com um estudo que saiu na última Nature
(do qual Greiner foi um dos autores) sobre a massa de um buraco negro
orbitando ao redor de uma estrela (GRS1915+105 é o nome do objeto). A massa
medida seria alta demais, incompatível com os modelos vigentes.

Belisário



SUBJECT: Clonagem humana - replicação x terapêutica
FROM: Roberto Belisario <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/12/2001 10:56


A rainha Elizabeth II acabou de sancionar uma lei que proíbe, no Reino
Unido a clonagem humana para fins de reprodução humana. Os cientistas da
ACT (a empresa que anunciou o primeiro clone de embrião humano há pouco)
dizem que a clonagem deles têm fins terapêuticos, como forma de defenderem
suas pesquisas previamente.

Alguém poderia me explicar o seguinte: por que sataniza-se a clonagem como
técnica de replicação e absolve-se-a como técnica terapêutica se, como
replicação, o embrião continua vivendo, vira uma pessoa, nasce, cresce e
pode até ter filhos, e, como terapêutica, o embrião resultante não
sobrevive e é destruído para ter suas células aproveitadas para outros
fins? Não existe aí uma inversão total dos valores?

Belisário



SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonagem humana - replicação x terapêutica
FROM: "Samuel Chiesa" <chiesa@gabgov.to.gov.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/12/2001 10:57

Amigo, permita-me:

O que são valores hoje ???



Do amigo Samuel Chiesa



SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonagem humana - replicaçãoxterapêutica
FROM: Felipe Figueiredo <philsf@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/12/2001 11:33

On Wednesday 05 December 2001 10:56, you wrote:
> A rainha Elizabeth II acabou de sancionar uma lei que proíbe, no Reino
> Unido a clonagem humana para fins de reprodução humana. Os cientistas da
> ACT (a empresa que anunciou o primeiro clone de embrião humano há pouco)
> dizem que a clonagem deles têm fins terapêuticos, como forma de defenderem
> suas pesquisas previamente.
>
> Alguém poderia me explicar o seguinte: por que sataniza-se a clonagem como
> técnica de replicação e absolve-se-a como técnica terapêutica se, como
> replicação, o embrião continua vivendo, vira uma pessoa, nasce, cresce e
> pode até ter filhos, e, como terapêutica, o embrião resultante não
> sobrevive e é destruído para ter suas células aproveitadas para outros
> fins? Não existe aí uma inversão total dos valores?
>
> Belisário

Acho que o debate sobre clonagem reacendo o debate sobre aborto. Criar um
clone, e encerrar sua vida enquanto embriao eh crime contra a vida? Abortar
um ser humano gerado pela uniao de dois gametas, quer na forma celular ou
fetal eh crime?

Como disse, acho que essas perguntas sao equivalentes, do ponto de vista
conceitual, mudando apenas a semantica. Mas acho que elas nao uma resposta
logica. Deveriam entao ser trocadas pelas seguintes:

-vida celular eh igual aa vida de um ser completo? (completo = ja nascido)
-vida fetal eh igual a vida de um ser completo?

e a minha favorita:
-vida nao-humana eh vida completa?

Vi um cardeal (ou bispo, sei la a diferenca) dando uma rapida entrevista no
telejornal dizendo que nao tem problema nenhum fazer pesquisas e experiemtos
com animais. So nao pode eh com seres humanos.

Do ponto de vista biologico, nao vejo diferenca entre um embriao humano e um
de rato, exceto eh claro pelo tamanho do genoma, e outras particularidades
infimas, entao a declaracao do representante catolico nao faz sentido para
mim. Bem como a maioria dos argumentos contra esse tipo de experimento, e
outros mais radicais.

Que me convencam do contrario.

Felipe


SUBJECT: Re: Clonagem humana - replicação x terapêutica
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/12/2001 11:40

--- In ciencialist@y..., Roberto Belisario <rbdiniz@t...> wrote:
> Alguém poderia me explicar o seguinte: por que sataniza-se a
> clonagem como técnica de replicação e absolve-se-a como técnica
> terapêutica se, como replicação, o embrião continua vivendo, vira
> uma pessoa, nasce, cresce e pode até ter filhos, e, como
> terapêutica, o embrião resultante não sobrevive e é destruído
> para ter suas células aproveitadas para outros
> fins? Não existe aí uma inversão total dos valores?

Parte da resposta e' bastante simples - simplória na visão
de muitos:

- falta de informação adequada.

* A imprensa não tem cumprido adequadamente o seu papel. (Sim,
ja' foi pior, mas falta muito ainda.)
* O sistema educacional apresenta falhas grosseiras.
* A comunidade científica continua omissa de modo geral.

Componentes complicadores são: disputa ideológica, questões
religiosas, demagogia, ambição e mais alguns.

Sendo um pouco menos simplista. Talvez não seja meramente
uma satanização do uso reprodutivo e aceitação do uso terapêutico.

Precisamos analisar bem as pesquisas de opinião pública.
(No caso brasileiro, a população parece ser mais liberal
qto ao uso da clonagem...)

Existe ainda um impedimento técnico na produção de indivíduos
saudáveis com os processos de clonagem. O uso hj ainda seria
precoce.

Já no uso terapêutico, por justamente não se pretender produzir
um indíviduo, seria apenas pegar células para produzir órgãos,
fazer enxertos e transplantes restauradores ou curativos.

Claro entra aqui a discussão sobre o q. faz de uma pessoa, uma
pessoa de fato. A velha discussão sobre em q. momento do
desenvolvimento começa a vida humana.

E.g. a Igreja Católica tem por posição q. a nova vida começa
no momento da concepção - por analogia um óvulo com núcleo de
uma célula diplóide seria uma célula-ovo e, portanto, seria
considerada um indíviduo pela Santa Sé. Donde ela não permitir
nem mesmo o uso terapêutico da clonagem. Embora abra espaço
para a utilização da técnica como método reprodutivo qdo ela
se tornar viável: mas como isso dependeria de estudos com
embriões humanos antes disso ocorrer, ela fecharia essa possi-
bilidade.

Temos q. ser cuidadosos na expressão de nossos posicionamentos.
É preciso respeitar pensamentos divergentes. Procurar entender
os motivos, antes de rotularmos como atrasados, anti-éticos,
demônios ou q. mais.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] TRG - demonstração deprevisões
FROM: Felipe Figueiredo <philsf@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/12/2001 11:41

Ola,

vou aproveitar e anexar uma pergunta, que parte da sua, sim?

On Wednesday 05 December 2001 10:49, you wrote:

> A afirmação foi feita em conexão com um estudo que saiu na última Nature
> (do qual Greiner foi um dos autores) sobre a massa de um buraco negro
> orbitando ao redor de uma estrela (GRS1915+105 é o nome do objeto). A massa
> medida seria alta demais, incompatível com os modelos vigentes.
>

Um buraco negro nao tem, por excelencia, um campo gravitacional tao forte que
nem a luz escapa? Entao nao faz sentido ele orbitar em torno de uma estrela,
certo? Deveria ocorrer o contrario!

Bem, essa eh minha questao. Peco que me iluminem os fisicos de plantao. :)

abracos
Felipe


SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonagem humana - replicação x terapêutica
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/12/2001 12:06

Existe uma inversão de valores e alguma ignorancia. A clonagem
reprodutiva não tem problemas éticos se a técnica for 100% segura.
A clonagem terapéutica tem sempre problemas éticos, porque causa
sempre a morte de um embrião. O embrião é considerado por uma
larga percentagem da população como uma pessoa.

Os únicos problemas éticos relevantes da clonagem terapéutica
devem-se à ineficiencia do processo e à possibilidade de isso
causar a morte de embriões, malformações no feto e deficiencias
no clone.

Joao
http://www.nonio.com

Roberto Belisario wrote:
>
> A rainha Elizabeth II acabou de sancionar uma lei que proíbe, no Reino
> Unido a clonagem humana para fins de reprodução humana. Os cientistas da
> ACT (a empresa que anunciou o primeiro clone de embrião humano há pouco)
> dizem que a clonagem deles têm fins terapêuticos, como forma de defenderem
> suas pesquisas previamente.
>
> Alguém poderia me explicar o seguinte: por que sataniza-se a clonagem como
> técnica de replicação e absolve-se-a como técnica terapêutica se, como
> replicação, o embrião continua vivendo, vira uma pessoa, nasce, cresce e
> pode até ter filhos, e, como terapêutica, o embrião resultante não
> sobrevive e é destruído para ter suas células aproveitadas para outros
> fins? Não existe aí uma inversão total dos valores?
>
> Belisário
>
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>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html

--
joão
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SUBJECT: Re: Clonagem humana - replicação x terapêutica
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/12/2001 12:08


> A rainha Elizabeth II acabou de sancionar uma lei que proíbe,
no Reino
> Unido a clonagem humana para fins de reprodução humana. Os
cientistas da
> ACT (a empresa que anunciou o primeiro clone de embrião humano há
pouco)
> dizem que a clonagem deles têm fins terapêuticos, como forma de
defenderem
> suas pesquisas previamente.

O problema é na definição do conceito "reprodução humana"
Normalmente "reprodução humana" tem um significado simples de "ter
filhos". Mas alguns lhe atribuem o valor de "cópia de células humanas"

Este dois conceitos são totalmente divergente no que concerne À
postura que um pode ter.
E se no primeiro, ninguem (tlv ninguem) gostasse de ter filhos todos
gémeos, no segundo, a replicação de células podia ser muito util no
tratamento de doenças.

O que se proibe, normalmente é que se aplica a cópia de células às
células reprodutoras, evitando que se criem filhos iguais.

Não sei pq isso é mau. Biologicamente não é bom que sejamos todos
iguais. Psicológicamente tb não. Lidar com vários gémeos é complicado.
E não me venham com a Moral que ela não é para aqui chamada.
Ela só entra em cena quando se pensa em criar pessoas sem pai nem
mae. O que em si é um conceito abstracto.

> Alguém poderia me explicar o seguinte: por que sataniza-se a
clonagem como
> técnica de replicação e absolve-se-a como técnica terapêutica

Com tecnica de criar pessoas iguais ela não tem vantagens.
Substituir um filho morto pelo seu clone é impossivel (o clone não
tem a mesma idade do morto) Mas mesmo que fosse possivel isso traria
problemas psicologicos tanto para ele como para os que estão com ele.
A falta de identidade ou a vivencia da identidade de outro são
perturbações sérias. Eu acho.

Tirar uma célula de ti, e transformá-la numa célula que precisas para
tratar um doença é algo util. E a fabricação de várias células iguais
é necessária (tecido).

Portanto, a tecnologia é a mesma, mas o uso é bem diferente.

Quanto a satanizar-se o que se sataniza é que se criem pessoas iguais.
E quando alguem não preparado lê "iguais" , a pessoa pensa em "iguais
em aspecto fisico e iguais em alma"
E depois ha malucos a tentar clonar cristo,hitler, e coisas desse
tipo.
Mas isto é uma ficção não cientifica. Portanto não temos que nos
preocupar.

>se, como
> replicação, o embrião continua vivendo, vira uma pessoa, nasce,
cresce e
> pode até ter filhos, e, como terapêutica, o embrião resultante não
> sobrevive e é destruído para ter suas células aproveitadas para
outros
> fins?

Depende sempre do que chamas embrião.
Para reprodução humana, é necessário implantar um ovo na progenitora.
Esse ovo vai se transformar num embrião. E este embrião é que vai ser
uma pessoa.
É uma "plus" que a esta pesso nasça pq era esse o objectivo.
Não ha nenhum mal nisto, eu acho. A menos ao nivel tecnico-biologico.
O problema com embriões, vêm quando se quer fazer isto, mas sem mae
nem pai. Mas ai é outra questão.

Quando se fala em terapia, de certeza que se fala no mesmo embrião ?
Ou seja, implanta-se uma célula numa mulher e depois, passado algum
tempo vai-se lá e colhe-se ele ?
Não.
A multiplicação das células é feita artificialmente.
E é apenas multiplicação. Não ha especialização das células ,como nu
membrião que vai gerar gente.
É uma mera xerox de células e não uma geração de 'vida' humana.

Alguns continuam usando o termo 'embrião' para se referirem
a "conjunto de células humanas que não são pessoas"
Legalmente tanto o embrião da mae como as cópias nao são pessoas.
Biologicamente, tb sao diferentes. E em bom entendimento, são
efectivamente coisas diferentes.

>Não existe aí uma inversão total dos valores?

Assim não.
O problema está quando geras uma criança para que ela sirva para
salvar alguém. Ai sim, estás a criar um embrião (no sentido de proto-
vida) para fins terapeuticos.
Isto é que é um instrumentalismo que não pode ser permitido. Todos
nascemos por direito próprio e não para servir alguém. (não que o
serviço em si, seja mau, mas a ideia de gerar pessoas só com esse fim
é uma especie de escravatura. Mesmo que essa criança veja a ser amada
tanto ou mais que a pessoa que foi salva: normalmente um irmão, ela
foi gerada com o um proposito diferente)
É isto que é criticável.
Entre deixar morrer alguem e gerar outro alguem para o salvar o que é
pior ?
Esta pergunta ética não é de facil resposta. E a resposta depende
sempre do caso. Cada caso é um caso.

Ao eliminar a necessidade de embriões (no sentido de proto-vida) para
obter muitas células válidas da espécie que se quer, o problema fica
eliminado e é separado o rio reprodutor, do terapêutico.
E agora, ambos são necessários e éticos.

Esta a minha opinião.
[]
Sérgio



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Clonagem humana - replicação x terapêutica
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/12/2001 12:11



rmtakata wrote:


> E.g. a Igreja Católica tem por posição q. a nova vida começa
> no momento da concepção - por analogia um óvulo com núcleo de
> uma célula diplóide seria uma célula-ovo e, portanto, seria
> considerada um indíviduo pela Santa Sé. Donde ela não permitir
> nem mesmo o uso terapêutico da clonagem. Embora abra espaço
> para a utilização da técnica como método reprodutivo qdo ela
> se tornar viável: mas como isso dependeria de estudos com
> embriões humanos antes disso ocorrer, ela fecharia essa possi-
> bilidade.

Não sei qual é a posição da igreja sobre a clonagem reprodutiva,
mas ela terá que ser coerente com a sua teoria do casamento e
do amor, e essa não parece deixar muito espaço para técnicas
artificiais de reprodução. Qual é a posição da igreja em relação
à reprodução in vitro?

--
joão
http://www.nonio.com




SUBJECT: Re: Clonagem humana - replicaçãoxterapêutica
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/12/2001 12:28

Felipe Figueiredo wrote:

> Acho que o debate sobre clonagem reacendo o debate sobre aborto.
Criar um
> clone, e encerrar sua vida enquanto embriao eh crime contra a vida?
Abortar
> um ser humano gerado pela uniao de dois gametas, quer na forma
celular ou
> fetal eh crime?

De forma geral sim. Pode variar o que se designa
legalmente "aborto" , mas isso são promenores.

>Mas acho que elas nao uma resposta
> logica. Deveriam entao ser trocadas pelas seguintes:
>
> -vida celular eh igual aa vida de um ser completo? (completo = ja
nascido)

Define "vida".
Se 'vida' é aquilo que faz funcionar uma célula, então sim.
Se 'vida' é ter nascido e ter consciencia de si mesmo, então não.

> -vida fetal eh igual a vida de um ser completo?

Não. Aborto e Homicidio são coisas diferentes.

> e a minha favorita:
> -vida nao-humana eh vida completa?

Sim. Claro.
Mas esta é a minha opinião.
Tu conheces a história pode detrás da ficção dos X-men?
Agora, com o filme, tlv conheças.
Verás que existe uma espécie de racismo contra os Mutantes (a
definição de mutante, em linhas básicas, é de 'vida não-humana' por
isso estou referindo este exemplo)

Ou seja, da mesma forma que pobres, negros, judeus, etc... foram
considerados "vidas inferiores" e em certo aspecto "não humanas",
concerteza um dia, aliens, serão considerados "não humanos" com a
mesma conotação racista.

> Vi um cardeal (ou bispo, sei la a diferenca) dando uma rapida
entrevista no
> telejornal dizendo que nao tem problema nenhum fazer pesquisas e
experiemtos
> com animais. So nao pode eh com seres humanos.
>
> Do ponto de vista biologico, nao vejo diferenca entre um embriao
humano e um
> de rato,

Esta é a tua definição de "vida não-humana" , ou seja "vida animal".
Se bem entendi o q escreveste.
Ora um humano é um animal, mas um animal não é um humano.
E quando se fala de direitos humanos, fala-se de direitos apenas
concedidos a humanos. Ou melhor, apenas concedidos a certos animais,
pq são humanos. Portanto um rato, sendo um ser vivo, não é humano. E
não goza portanto dos direitos humanos. Como por exemplo o direito à
congregação (não me lembro do nome legal agora).

É ridiculo visto assim , mas é assim.

O que estás a referir é o direito à vida. E ai discute-se se os
animais (e as plantas, porque não) têm direito à vida.
Eles têm direito À vida, desde que não interfira com a nossa.
Ou seja, desde que a sua morte seja justificada pela nossa
sobrevivencia. (a chave aqui é "justificada")
E não me venham com a cena vegetariana que vegetais tb são seres
vivos.

É principio do direito de que nem todos os direitos têm o mesmo
nivel. Existe uma hierarquia de direitos.Existem direitos superiores.
E a vida é um deles.A vida humana vale mais que qualquer coisa, mais
que a vida animal.

E dirás tlv, "porquê?"
E eu digo-te: olha para uma obra de arte, para uma obra cientifica,
olha para as coisas que a vida humana cria... e vê que nenhum outro
animal consegue isso.

> exceto eh claro pelo tamanho do genoma, e outras particularidades
> infimas, entao a declaracao do representante catolico nao faz
sentido para
> mim.

A visão biologica é curta. Precisas de mais horizonte.
Pela tua ordem de ideias, eu deveria te matar se comeres o meu
queijo. Achas mesmo que um humano é igual a um rato ?
Biologicamente é, mas e dai ?

> Que me convencam do contrario.

Do contrário do q, mesmo ? :-)


[]

Sérgio



SUBJECT: Re: Pregos .........
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/12/2001 12:36

--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> Ah Ah Ah .... boa!
> Eu e meu marceneiro estamos felizes da vida. Agora conhecemos os
segredos dos pregos!
> Aliás, um comentário dele foi: Puxa, por que não pensei nisso
antes?!?!

http://www.belgo.com.br/content/produtos/pregos.asp

A constante ~2,29 é porq. B corresponde ao número de
linhas portuguesas (1 LP = 2,3 mm). O expoente 1,001
indica uma linearidade quase total. Assim, o comprimento
em mm: 2,3.B (so' q. existem variações de acordo com
as possibilidades técnicas da empresa).

Ja' no caso de A, a relação não é mesmo linear. Começa
com valor 6 q. equivale a 1,1 mm e aumenta 0,1 mm para
cada unidade até 11. Aumenta em 0,2 mm até 15, de 0,3 mm
até 17, para o 18 aumenta 0,4 mm em relação ao 17. E
daí até pelo menos o 22 aumenta 0,5 mm. Não sei se a partir
daí o aumento é constante...

A norma q. regulariza a bitola e comprimento dos pregos
e' NBR 6627 / EB 73. A versão impressa custa cerca de R$ 20,00
na ABNT - pode ser comprado online.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Clonagem humana - replicação x terapêutica
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/12/2001 12:50

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> Não sei qual é a posição da igreja sobre a clonagem reprodutiva,
> mas ela terá que ser coerente com a sua teoria do casamento e
> do amor, e essa não parece deixar muito espaço para técnicas
> artificiais de reprodução. Qual é a posição da igreja em relação
> à reprodução in vitro?

Não sei. Suponho q. seja de aceitação. Ela parece aceitar
técnicas de reprodução assistida como fertilização in vitro
nos casos em q. elas são recomendadas por especialistas:
infertilidade do casal.

Eu acho a posição da Igreja Católica bastante antiquada e
pouco condizente com os padrões dos próprios católicos. Mas
parece ter uma certa coerência interna.

Como método reprodutivo, parece q. a clonagem tem poucas chances de
pegar -- as demais técnicas estão muito mais avançadas e apresentam
gdes vantagens qdo se trata de casais: o material genético
provém de ambos os pais e não apenas de um deles.

A situação q. mais pareceria ser o caso de aplicar seria mesmo
em ditadores, milionários excêntricos e afins (mas vai saber o
q. pensarão as pessoas...). Mas, especulando, na medida em q.
começarem a descobrir q. os clones significam apenas identidade
genética (e nem assim total) e não identidade ideológica e similares
pode ser q. voltem à velha prática de procurar sucessores do
modo tradicional: mais barato e com a mesma eficiência.

Cada pessoa acaba tendo sua própria matriz ética. Em certos
casos temos q. sentar todos e discutir abertamente. Este
parece ser um desses casos.

Muitos apostam q. antes mesmo q. isso ocorra, alguém irá
atropelar tudo sem dar trelas ao q. os outros acham.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] TRG - demonstração deprevisões
FROM: Roberto Belisario <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/12/2001 13:29


At 11:41 05/12/01 -0200, you wrote:
>Ola,
>
>vou aproveitar e anexar uma pergunta, que parte da sua, sim?
>
>On Wednesday 05 December 2001 10:49, you wrote:
>
>> A afirmação foi feita em conexão com um estudo que saiu na última Nature
>> (do qual Greiner foi um dos autores) sobre a massa de um buraco negro
>> orbitando ao redor de uma estrela (GRS1915+105 é o nome do objeto). A massa
>> medida seria alta demais, incompatível com os modelos vigentes.
>>
>
>Um buraco negro nao tem, por excelencia, um campo gravitacional tao forte que
>nem a luz escapa? Entao nao faz sentido ele orbitar em torno de uma estrela,
>certo? Deveria ocorrer o contrario!
>
>Bem, essa eh minha questao. Peco que me iluminem os fisicos de plantao. :)
>
>abracos
>Felipe

Bom, na verdade, dois corpos que interagem gravitacionalmente orbitam ao
redor do centro de massa comum aos dois. Quando um deles é muito maior,
como o nosso Sol em relação aos planetas, ele fica praticamente fixo (o
centro de massa do sistema fica muito próximo do centro do Sol) e então
podemos simplificar dizendo que os planetas orbitam ao redor do Sol. No
caso do sistema binário analisado pelos caras na Nature, o buraco negro tem
massa maior do que a da sua estrela companheira, e, desta forma, eu
realmente deveria ter dito o oposto: a estrela orbita ao redor do buraco
negro... Porém, se ele tivesse massa bem menor, ocorreria o contrário.

Agora, o fato de nem a luz escapar de seu campo gravitacional nada tem a
ver com quem orbita ao redor de quem. A luz fica presa no campo de um
buraco negro simplesmente porque este é tão pequeno que pode-se aproximar
de seu centro o suficiente para sua gravidade ficar gigantesca. Por
exemplo, na Terra, podemos nos aproximar de seu centro só até a superfície:
cavando um buraco no chão, a gravidade vai ficando menor. Porém, se a Terra
tivesse a mesma massa, mas um raio bem menor, a superfície estaria mais
perto do centro e a gravidade na superfície seria menor. Ora, um buraco
negro tem um raio muito pequeno, e por isso é possível acessar regiões
próximas ao seu centro onde o campo gravitacional é tão grande que nem a
luz pode escapar. Agora, à distância onde está sua estrela companheira, sua
gravidade é pefeitamente normal.

Até,
Belisário



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Clonagem humana - replicação x terapêutica
FROM: Roberto Belisario <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/12/2001 13:43


Hm. Muitas respostas e vejo discussões morais se formando. Só para tornar
mais clara a minha pergunta.

Quando eu perguntei se "não há aí inversão dos valores", não estava me
referindo nem (1) às possibilidades técnicas de realização dos dois métodos
(clonagem para replicação e clonagem para terapia) ou à sua utilidade; nem
(2) qual deles é moralmente correto. Referia-me à posição da Igreja e dos
governos: a meu ver, parecia que a Igreja e esses governos estão invertendo
os valores definidos em seus próprios referenciais, uma vez, que, aceitos
esses, a prioridade de repúdio deveria ser inversa (repudiar o terápico
antes do replicativo). Mas, como há muitas coisas da biologia que me
escapam, essa impressão minha poderia ser devida a que algo poderia estar
me escapando nisto também, e aí mandei a pergunta. Bom, as respostas foram
esclarecedoras, de qualquer forma.

Até,
Belisário

On Wednesday 05 December 2001 10:56, you wrote:
> A rainha Elizabeth II acabou de sancionar uma lei que proíbe, no Reino
> Unido a clonagem humana para fins de reprodução humana. Os cientistas da
> ACT (a empresa que anunciou o primeiro clone de embrião humano há pouco)
> dizem que a clonagem deles têm fins terapêuticos, como forma de defenderem
> suas pesquisas previamente.
>
> Alguém poderia me explicar o seguinte: por que sataniza-se a clonagem como
> técnica de replicação e absolve-se-a como técnica terapêutica se, como
> replicação, o embrião continua vivendo, vira uma pessoa, nasce, cresce e
> pode até ter filhos, e, como terapêutica, o embrião resultante não
> sobrevive e é destruído para ter suas células aproveitadas para outros
> fins? Não existe aí uma inversão total dos valores?
>
> Belisário



SUBJECT: Re: [ciencialist] TRG - demonstração deprevisões
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/12/2001 15:58


-----Mensagem Original-----
De: "Felipe Figueiredo" <philsf@altavista.net>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 5 de dezembro de 2001 11:41
Assunto: Re: [ciencialist] TRG - demonstração deprevisões


| Ola,
|
| vou aproveitar e anexar uma pergunta, que parte da sua, sim?
|
| On Wednesday 05 December 2001 10:49, you wrote:
|
| > A afirmação foi feita em conexão com um estudo que saiu na última Nature
| > (do qual Greiner foi um dos autores) sobre a massa de um buraco negro
| > orbitando ao redor de uma estrela (GRS1915+105 é o nome do objeto). A massa
| > medida seria alta demais, incompatível com os modelos vigentes.
| >
|
| Um buraco negro nao tem, por excelencia, um campo gravitacional tao forte que
| nem a luz escapa? Entao nao faz sentido ele orbitar em torno de uma estrela,
| certo? Deveria ocorrer o contrario!
|
| Bem, essa eh minha questao. Peco que me iluminem os fisicos de plantao. :)
|
| abracos
| Felipe
|

Bem, uma coisa puxa a outra e vou aproveitar para colocar um texto que extraí hoje do livro Física 1 -de Udmir Pires, pág. 228 - Cia Editora Nacional, do qual espero comentários:

"1. Todos os corpos exercem atração um sobre o outro. Todavia, quase não percebemos essa atração porque ela é muito pequena etc. etc......
Apesar disso, você pode constatar essa atração de modo muito simples: tome um copo com água e deixe boiar na superfície do líquido alguns pedacinhos de cortiça. Você verá que um atrai o outro e eles se juntam rapidamente assim que as distâncias entre eles se tornem suficientemente pequenas para aumentar a força de atração. Você verá também que as paredes do copo (que têm massa relativamente grande) não permitem que as partículas de cortiça permaneçam no centro da superfície líquida. Dentro de pouco tempo todas elas são atraídas para as margens colando-as às paredes. A mesma experiência pode ser observada com as bolhas de ar que às vezes se formam na superfície de um líquido (leite, por exemplo, quando agitado)."

Ai está.

[]'
Léo
===========



SUBJECT: Re: [ciencialist] TRG - demonstração deprevisões
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/12/2001 16:06

Só uma ligeira correção em:

De: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>

" Por
exemplo, na Terra, podemos nos aproximar de seu centro só até a superfície:
cavando um buraco no chão, a gravidade vai ficando menor. Porém, se a Terra
tivesse a mesma massa, mas um raio bem menor, a superfície estaria mais
perto do centro e a gravidade na superfície seria menor."

... e a gravidade na superfície seria * maior*.

Só complementando: mantendo a massa da Terra e reduzindo seu raio pela metade a gravidade na superfície seria 4 vezes maior do que o valor atual.

[]'
Léo
=============



SUBJECT: Bananalandia em ultimo lugar
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/12/2001 16:26

===============================================================
http://www.uol.com.br/folha/educacao/ult305u7332.shtml
Paulo Renato diz que esperava resultados piores no Pisa
da Folha de S.Paulo, em Brasília

O ministro da Educação, Paulo Renato Souza, disse que ficou satisfeito com
os resultados do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos). O
país ficou em último lugar numa análise que reuniu 32 países.

Ele disse que foi surpreendido porque esperava resultados piores.[...]
===============================================================

Ficamos em último lugar e ainda poderia ser pior????

De onde é que o FHC tirou este cara???

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
No to war.



SUBJECT: Problemas com o Yahoo e YahooGrupos (administrador)
FROM: "brudna" <lrb@dalton.iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/12/2001 16:36

Estou com alguns problemas para enviar mensagens direto das minhas
contas para a Ciencialist. Soh estou conseguindo pelo site (
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist ).

Percebi que algumas modificacoes foram feitas no gerenciamento dos
grupos no qual uma pessoa estah cadastrada, talvez esta seja a fonte
de problemas.

O sistema YahooGrupos estah instavel e frequentemente retorna
mensagens de erro. Nao tenho solucao para isto, soh resta aguardar.

Outra noticia nao muito boa eh que parece que o Yahoo modificou
(novamente) o Termo de Servico, colocaram novas clausulas do
estilo "podemos ferrar com tudo e voce nao pode reclamar". Tomara que
os arquivos da lista nao sejam afetados com estas mudancas (tenho um
backup* ateh a mensagem 9000).

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist
*em formato html



SUBJECT: Re: [ciencialist] Bananalandia em ultimo lugar
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/12/2001 16:39

Este tipo de coisas têm que ser analisadas com alguma racionalidade.
Há razões para o Brasil não estar bem colocado que não podem ser
mudadas de um dia para o outro por nenhum governo:

a) o Brasil tem menos recursos disponíveis que os outros países
que fazem parte do painel;

b) o nível cultural dos pais é um dos factores mais importantes
que influencia as capacidades dos alunos, e o nível cultural dos
pais brasileiros já era à partida inferior ao dos pais dos
alunos de outros países.

Assim, para que as coisas sejam correctamente avaliadas teresmos
que pensar se:

a) com os recursos que o Brasil tem podia ter sido feito melhor?
Pode o Brasil desviar mais dinheiro para a educação? E se pode,
o que é que sai a perder no bolo do orçamento?

b) será o nível cultural médio dos pais brasileiros suficiente
para explicar os resultados?

Depois de respondermos às perguntas acima é que podemos começar
a pensar se o problema é da ineficiencia do governo ou do sistema
de ensino. Há esta crença de que as coisas podem mudar por
influencia do governo. Mas será que podem mesmo? Será que as coisas
não mudam por razões que têm mais a ver com a dinâmica da sociedade?

A política também pode ser feita cientificamente. São precisos
bons diagonósticos, boas teorias do progresso e boas soluções.

PS-Um jornal português divulgou um gráfico dos resultados nos testes
em função do dinheiro gasto per capita com os alunos. O gráfico mostra
que Portugal tem uma performance abaixo do esperado para o dinheiro
que gasta. O Brasil não consta no gráfico, não sei porquê.

Joao
http://www.nonio.com

TARCISIO BORGES wrote:
>
> ===============================================================
> http://www.uol.com.br/folha/educacao/ult305u7332.shtml
> Paulo Renato diz que esperava resultados piores no Pisa
> da Folha de S.Paulo, em Brasília
>
> O ministro da Educação, Paulo Renato Souza, disse que ficou satisfeito com
> os resultados do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos). O
> país ficou em último lugar numa análise que reuniu 32 países.
>
> Ele disse que foi surpreendido porque esperava resultados piores.[...]
> ===============================================================
>
> Ficamos em último lugar e ainda poderia ser pior????
>
> De onde é que o FHC tirou este cara???
>
> []s
> TARCISIO BORGES
> tbs97@fisica.ufpr.br
> Seja responsável, vote nulo.
> No to war.
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Bananalandia em ultimo lugar
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/12/2001 17:28

Esta notícia tem os resultados ajustados pelo indice
socio-cultural. Brasil fica em último na mesma:

http://www.uol.com.br/folha/educacao/ult305u7330.shtml

Joao
http://www.nonio.com

João Mário Miranda wrote:
>
> Este tipo de coisas têm que ser analisadas com alguma racionalidade.
> Há razões para o Brasil não estar bem colocado que não podem ser
> mudadas de um dia para o outro por nenhum governo:
>
> a) o Brasil tem menos recursos disponíveis que os outros países
> que fazem parte do painel;
>
> b) o nível cultural dos pais é um dos factores mais importantes
> que influencia as capacidades dos alunos, e o nível cultural dos
> pais brasileiros já era à partida inferior ao dos pais dos
> alunos de outros países.
>
> Assim, para que as coisas sejam correctamente avaliadas teresmos
> que pensar se:
>
> a) com os recursos que o Brasil tem podia ter sido feito melhor?
> Pode o Brasil desviar mais dinheiro para a educação? E se pode,
> o que é que sai a perder no bolo do orçamento?
>
> b) será o nível cultural médio dos pais brasileiros suficiente
> para explicar os resultados?
>
> Depois de respondermos às perguntas acima é que podemos começar
> a pensar se o problema é da ineficiencia do governo ou do sistema
> de ensino. Há esta crença de que as coisas podem mudar por
> influencia do governo. Mas será que podem mesmo? Será que as coisas
> não mudam por razões que têm mais a ver com a dinâmica da sociedade?
>
> A política também pode ser feita cientificamente. São precisos
> bons diagonósticos, boas teorias do progresso e boas soluções.
>
> PS-Um jornal português divulgou um gráfico dos resultados nos testes
> em função do dinheiro gasto per capita com os alunos. O gráfico mostra
> que Portugal tem uma performance abaixo do esperado para o dinheiro
> que gasta. O Brasil não consta no gráfico, não sei porquê.
>
> Joao
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>
> TARCISIO BORGES wrote:
> >
> > ===============================================================
> > http://www.uol.com.br/folha/educacao/ult305u7332.shtml
> > Paulo Renato diz que esperava resultados piores no Pisa
> > da Folha de S.Paulo, em Brasília
> >
> > O ministro da Educação, Paulo Renato Souza, disse que ficou satisfeito com
> > os resultados do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos). O
> > país ficou em último lugar numa análise que reuniu 32 países.
> >
> > Ele disse que foi surpreendido porque esperava resultados piores.[...]
> > ===============================================================
> >
> > Ficamos em último lugar e ainda poderia ser pior????
> >
> > De onde é que o FHC tirou este cara???
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> > TARCISIO BORGES
> > tbs97@fisica.ufpr.br
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> Para sair da lista envie um mail para
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joão
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Bananalandia em ultimo lugar
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/12/2001 17:45


-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES" <tbs97@fisica.ufpr.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 5 de dezembro de 2001 16:26
Assunto: [ciencialist] Bananalandia em ultimo lugar


===============================================================
http://www.uol.com.br/folha/educacao/ult305u7332.shtml
Paulo Renato diz que esperava resultados piores no Pisa
da Folha de S.Paulo, em Brasília

O ministro da Educação, Paulo Renato Souza, disse que ficou satisfeito com
os resultados do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos). O
país ficou em último lugar numa análise que reuniu 32 países.

Ele disse que foi surpreendido porque esperava resultados piores.[...]
===============================================================

Ficamos em último lugar e ainda poderia ser pior????

De onde é que o FHC tirou este cara???

[]s
TARCISIO BORGES

Acredito que tenha sido pelo fato do Brasil ser reconhecido por 'país', a causa da surpresa da 'ilustre figura'.
De onde o FHC tira todas suas lindas sacadas? De lá veio a 'ilustre figura'.

[]'
Léo
=========



SUBJECT: Re: Clonagem humana - replicação x terapêutica
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/12/2001 18:06

--- In ciencialist@y..., Roberto Belisario <rbdiniz@t...> wrote:
> (2) qual deles é moralmente correto. Referia-me à posição da Igreja
e dos
> governos: a meu ver, parecia que a Igreja e esses governos estão
invertendo
> os valores definidos em seus próprios referenciais, uma vez, que,
aceitos
> esses, a prioridade de repúdio deveria ser inversa (repudiar o
terápico
> antes do replicativo). Mas, como há muitas coisas da biologia que me
> escapam, essa impressão minha poderia ser devida a que algo poderia
estar
> me escapando nisto também, e aí mandei a pergunta. Bom, as
respostas foram
> esclarecedoras, de qualquer forma.

Bem, então o trecho enviado e' pouco ilustrativo. A rainha
Elizabeth II e' uma *governante* *inglesa* e chefe *religiosa* da
Igreja Anglicana -- uma vertente *protestante*. A Advanced Cell
Technologies e' uma *empresa* *americana* de *biotecnologia* q.
vive em uma sociedade *protestante*.

Mas ainda q. a mesma rainha inglesa houvesse liberado a clonagem
terapêutica e barrado a reprodutiva (ou a ACT liberasse nota q.
repudia a clonagem reprodutiva) não necessariamente haveria
uma inversão de valores.

Ha' certas suposições implícitas em sua indagação cuja resposta
não é necessariamente sim.

As pessoas q. são favoráveis à clonagem terapêutica e contrárias
à reprodutiva:

1o. - reconhecem q. a vida humana começa no instante da concepção
e estendem esse conceito para o óvulo com o núcleo transplantado
(epa!).

2o. - pressupõem q. as células restantes realmente serão
todas inviáveis.

3o. - consideram como destruição das células a sua excisão do
embrião e manipulação para a produção de novos tecidos e substitutos
de órgãos.

4o. - consideram q. a vida potencial das células do embrião é
tão valiosa qto a vida das pessoas beneficiadas.

Um simples (na verdade nada simples) não a uma dessas pressuposições
pode tornar auto-consistente a posição dessas pessoas. Mas eu
particularmente desconheço quem tenha tal posicionamento (não
q. isso sigfique algo). As posições mais comuns são a aceitação
condicionada da clonagem reprodutiva e condenação da terapêutica;
condenação tácita de ambas ou aceitação condicional de ambas.

Tecnicalidades: a ACT não produziu um clone de embrião humano.
Ela produziu células clones de uma pessoa adulta. Deixemos de
lado o detalhe q. um embrião possui várias células a mais do q.
as obtidas, mas um clone de embrião é a técnica mais simples de
clonagem -- pega-se um embrião em fase incial e separa-se as
suas células: ocorre naturalmente e já é feito em casos de reprodução
assistida há anos.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] TRG - demonstração deprevisões
FROM: Roberto Belisario <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/12/2001 19:20


Putz!!! Diga-me uma coisa, esse livro é muito usado? É aprovado pelo MEC?
Belisário

At 15:58 05/12/01 -0200, you wrote:

>Bem, uma coisa puxa a outra e vou aproveitar para colocar um texto que
>extraí hoje do livro Física 1 -de Udmir Pires, pág. 228 - Cia Editora
>Nacional, do qual espero comentários:
>
>"1. Todos os corpos exercem atração um sobre o outro. Todavia, quase não
>percebemos essa atração porque ela é muito pequena etc. etc......
> Apesar disso, você pode constatar essa atração de modo muito simples:
>tome um copo com água e deixe boiar na superfície do líquido alguns
>pedacinhos de cortiça. Você verá que um atrai o outro e eles se juntam
>rapidamente assim que as distâncias entre eles se tornem suficientemente
>pequenas para aumentar a força de atração. Você verá também que as paredes
>do copo (que têm massa relativamente grande) não permitem que as partículas
>de cortiça permaneçam no centro da superfície líquida. Dentro de pouco tempo
>todas elas são atraídas para as margens colando-as às paredes. A mesma
>experiência pode ser observada com as bolhas de ar que às vezes se formam na
>superfície de um líquido (leite, por exemplo, quando agitado)."
>
>Ai está.
>
>[]'
>Léo
>===========



SUBJECT: Re: Bananalandia em ultimo lugar
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/12/2001 19:27

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> Este tipo de coisas têm que ser analisadas com alguma racionalidade.
> Há razões para o Brasil não estar bem colocado que não podem ser
> mudadas de um dia para o outro por nenhum governo:

A questão é menos governo do q. história.
Historicamente o investimento em educação
é baixo no país. Embora os governos FH
já tenham sete anos corridos.

Mas uma parte do papel governamental podemos
sentir em outra notícia:

http://www.uol.com.br/folha/educacao/ult305u7341.shtml

O problema é menos a posição relativa do
país (todos os países, México, inclusive,
são mais desenvolvidos sócio-economicamente
do q. nós) do q. seu desempenho em termos absolutos.

Houve há alguns anos uma pesquisa sobre
analfabetismo funcional na Grande S. Paulo -
principal centro do país. 33% não sabiam tirar
informações básica de um boleto bancário, de uma
conta de luz e de um anúncio de emprego: o valor
a ser pago, a data, o endereço...

Gostaria q. alguém fizesse uma relação entre
o resultado e o número médio per capita de
livros lidos anualmente nesses países. (E poderíamos
relacionar tbm com o número de nobéis de literatura.)

Interessante notar q. Brasil, México, Luxemburgo e
Letônia ficam além do ponto de inflexão (para baixo)
da curva.

> a) o Brasil tem menos recursos disponíveis que os outros países
> que fazem parte do painel;

Isso é minimamente discutível. Temos um dos 10 maiores
PIB do mundo. Na frente estão vários países com relação
PIB/hab. menores do q. o do Brasil ou comparáveis.

> Assim, para que as coisas sejam correctamente avaliadas teresmos
> que pensar se:
>
> a) com os recursos que o Brasil tem podia ter sido feito melhor?
> Pode o Brasil desviar mais dinheiro para a educação? E se pode,
> o que é que sai a perder no bolo do orçamento?

Certamente sim para as duas primeiras. Há muito espaço, por exemplo,
na dotação parlamentar -- fração do orçamento a q. cada representante
do legislativo tem para propor emendas ao orçamento (cerca de
R$ 160 milhões no total). O gde problema, porém, é a corrupção.
Agravado pelo fato do episódio pouco investigado da compra de votos
para a emenda q. permitiu a reeleição
de nosso digníssimo presidente -- isso mina a credibilidade de um
governo para o combate à corrupção.

Não se fizeram as reformas fiscais necessárias.

> b) será o nível cultural médio dos pais brasileiros suficiente
> para explicar os resultados?

Q. modelo vc propõem para averiguar essa hipótese? Qual o
indicador para a avaliação do nível cultural?

> Depois de respondermos às perguntas acima é que podemos começar
> a pensar se o problema é da ineficiencia do governo ou do sistema
> de ensino.

Podemos começar a pensar qdo quisermos na verdade. A diferença é
entre achar algo e estabelecer isso. (Mas alguém culpou o governo
ou este governo?)

> A política também pode ser feita cientificamente. São precisos
> bons diagonósticos, boas teorias do progresso e boas soluções.

Teorias do progresso?

> que Portugal tem uma performance abaixo do esperado para o dinheiro
> que gasta. O Brasil não consta no gráfico, não sei porquê.

Talvez por falta de dados oficiais. Mas não sei se serve:
o país tinha 9.453.146 de alunos matriculados no ensino básico
em 2000 e contava com previsão orçamentária para este ano de
R$ 4.868.200 nos níveis fundamental e médio. Cerca de R$ 510,00
por cabeça ao ano.

[]s,

Roberto Takata





SUBJECT: Re: TRG - demonstração deprevisões
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/12/2001 19:48

--- In ciencialist@y..., Roberto Belisario <rbdiniz@t...> wrote:
>
> Putz!!! Diga-me uma coisa, esse livro é muito usado? É
aprovado pelo MEC?

Acho q. o livro referido é pra ensino médio.
O MEC só avalia livros para ensino fundamental,
para distribuição pelo Programa Nacional do Livro
Didático.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: TRG - demonstração deprevisões
FROM: "marmidan" <damich@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/12/2001 03:17

--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> Bem, uma coisa puxa a outra e vou aproveitar para colocar um texto
que extraí hoje do livro Física 1 -de Udmir Pires, pág. 228 - Cia
Editora Nacional, do qual espero comentários:
>
> "1. Todos os corpos exercem atração um sobre o outro. Todavia,
quase não percebemos essa atração porque ela é muito pequena etc.
etc......
> Apesar disso, você pode constatar essa atração de modo muito
simples: tome um copo com água e deixe boiar na superfície do líquido
alguns pedacinhos de cortiça. Você verá que um atrai o outro e eles
se juntam rapidamente assim que as distâncias entre eles se tornem
suficientemente pequenas para aumentar a força de atração. Você verá
também que as paredes do copo (que têm massa relativamente grande)
não permitem que as partículas de cortiça permaneçam no centro da
superfície líquida. Dentro de pouco tempo todas elas são atraídas
para as margens colando-as às paredes. A mesma experiência pode ser
observada com as bolhas de ar que às vezes se formam na superfície de
um líquido (leite, por exemplo, quando agitado)."
>
> Ai está.
>
> []'
> Léo
> ===========


Leo, essa "atração" mútua dos pedacinhos de cortiça não seria devido
ao fato de que essas corticinhas provocam uma espécie de menisco na
superfície da água? Acho que é uma questão de tensão superficial. Não
nego que matéria atrai matéria, mas nesse teu exemplo, acho que o
autor não analisou todas as possibilidades para o fenômeno.

A propósito, já que estou aqui, não sei se foi publicada a minha
resposta a respeito de pq a água poder ser ainda líquida abaixo de
0ºC e se congelar com agitação. É que troquei de máquina e fiquei sem
receber os resumos diários por um ou dois dias (e sem tempo
de "garimpar" na lista...)

[]s.

Daniel



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: o argumento da nao crenca
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/12/2001 08:27

----- Original Message -----
From: "Sergio M. M. Taborda"
Sent: Tuesday, December 04, 2001 5:45 PM
Subject: [ciencialist] Re: o argumento da nao crenca

> Isso eu chamaria de Vazio. Vazio significa "cheio de nada"
> Vácuo não é Vazio até prova em contrário.

Bem, esse é mais um probleminha de natureza lingüística que teremos que
"administrar". :-) O efeito Casimir, que tenho evitado comentar, mas que já
citastes em msgs anteriores, a meu ver ainda não recebeu uma explicação
completa e, até prova em contrário, retrata a existência de algum campo a
ser melhor explorado. Não sou especialista no assunto mas já li o
suficiente, sobre esse efeito, para perceber que não é algo que exista
independentemente da existência de artefatos de natureza material na
proximidade, ficando difícil garantir tratar-se de uma propriedade
específica do vácuo e/ou do vazio. Sim, ele acontece no vácuo, mas... Acho-o
realmente estranho, mas entre a física dos gnomos e a física newtoniana,
prefiro a física newtoniana, mesmo porque noto que os físicos modernos
apenas constataram um efeito que nem eles mesmo sabem o que seja.

Admito, como já afirmei aqui, que o campo é uma abstração matemática e que
sempre, onde existir um campo, deverá existir pelo menos alguma coisa a
viajar pelo espaço vazio onde situa-se este campo. Pensando assim, posso
conjecturar, até prova em contrário, que o efeito Casimir não é uma
propriedade nem do teu vácuo nem do vazio mas, provavelmente, conseqüente a
algo emitido pela matéria e que está viajando através desse vazio e que
ainda não foi devidamente reconhecido. Da mesma forma que acredito que a
gravitação e os campos eletromagnéticos são conseqüentes a informações que
viajam pelo vazio.

Digamos que as coisas não sejam exatamente como proponho e que a minha
teoria mostre-se sem fundamentos. ¿Isso significaria que as outras teorias
que existem por aí dão respostas convintes para, por exemplo, dúvidas
relacionadas a fenômenos como a gravitação? Não! O que as outras teorias nos
mostram é que o campo gravitacional é algo que não sabemos o que é e que, de
alguma forma também desconhecida, produz efeitos que julgamos conhecer. E,
não obstante, trata-se do campo que mais foi estudado, desde Galileu até os
dias atuais. Podemos seguramente dizer a mesma coisa para o campo
eletromagnético. Que dizer então sobre o efeito Casimir? Eu diria que sequer
podemos dizer que julgamos conhecer devidamente os efeitos que, em tais
condições, julgamos observar. Enfim, não é impossível que trate-se de falha
minha, pois como afirmei acima, conheço pouco esse efeito. [Neste caso, e
como o Sérgio parece ter dito que também não domina o assunto, se mais
alguém estiver disposto a preencher esta lacuna (de preferência, no meu
caso, sem gnomos :-)), somos todos ouvidos.]

Veja bem, não estou dizendo que o que eu afirmo é verdade. Estou apenas
tentando expor como visualizo esta questão do vácuo e/ou do vazio. Repito:
para mim são a mesma coisa, ou seja, algo a representar o nada absoluto e
com a única finalidade de comportar o espaço. Algo um tanto quanto
redundante, não achas?. A minha física começa com o espaço vazio, ou seja, o
vazio não é autóctone, mas inerente ao espaço que é um continente a
comportar um conteúdo; este espaço pode alojar a matéria e esta matéria pode
entrar em movimento "absoluto"; e este movimento absoluto gera novos
movimentos que, em média, se conservam. A conservação manifesta-se também em
outros referênciais, através de equações estabelecidas para estes
referenciais, mas retrata algo próprio ao conceito absoluto de movimento e a
satisfazer a relatividade descrita por Galileu. Já expus algo relativo a
esses efeitos e a essa conservação na msg anterior, com outras palavras e de
maneira bem mais detalhada, se bem que incompleta.

> E acho que a força de cassimir mostra que o vácuo não e´vazio. Mas
> disso eu não sei muito. Eu basei-me em algo mais "classico"
> A permeabilidade electrica e magnética do meio.
> c é a velocidade da luz no vácuo (não no vazio)
> E o vácuo, é um meio com certas permeabilidades.
> A velocidade depende do meio.
> Concordas com isto?

Mas o que seria este meio, que tanto falas? Deixe-me, antes de esboçar uma
resposta, retornar ao complexo vácuo/vazio mudando um pouco o enfoque,
apenas para tentar enxergar algum argumento lógico a contrariar a minha
enfática postura. O "vácuo experimental de Torricelli", foi algo descrito
"existir" no interior de um tubo de vidro. Costumamos assumir que numa
condição limite e ideal, a que chamamos "vácuo de Torricelli perfeito",
teríamos uma ausência total de matéria (o que na prática não chega a
ocorrer). Isso, em teoria, aproximar-se-ia também do vazio que existe no
espaço sideral. Para mim, tudo isso seria vácuo, e não sei qual seria a tua
idéia a respeito.

Vamos agora ao meio que tanto falas, onde a luz se propagaria numa
velocidade inferior a c, seja este meio o vidro, seja a água ou outro
qualquer. Este meio, a meu ver, é composto por partículas e pelo vazio. E
não consigo enxergar diferença alguma entre *a essência* deste vazio
intermolecular com aquela do "vácuo de Torricelli" ou do "vazio sideral".
Não obstante, reconheço existir uma diferença importante: por este vazio que
existe entre as moléculas de tais meios, trafegam informações emitidas pelas
moléculas num rítmo certamente alucinante, o que não seria de se esperar que
ocorresse, por exemplo, no "vácuo de Torricelli" e, muito menos, no vazio
sideral, pois aí o número de moléculas é muito escasso e, para efeitos
práticos, quase nulo. Isto significa que, embora eu defenda que o que deve
haver de fundamental na conceituação de vácuo ou de vazio seja a "essência",
que seria a mesma nos dois casos descritos, qual seja, o nada, sou obrigado
a concordar que, seguindo os cânones clássicos, poderia pensar na existência
de coisas distintas e que poderiam por exemplo, uma se chamar vácuo e a
outra vazio. Sinceramente, não vejo porque criar conceitos a meu ver
desnecessários, porém não me oponho a que o façam.

Mas ainda assim percebo, por tuas palavras, e é possível que esteja errado,
que não é exatamente essa a diferença que propões entre vácuo e vazio. Ou
seja, o que chamei acima por "essência" do vazio ou vácuo, para mim seria o
nada, e neste nada imagino existir matéria em movimento e informação do
movimento da matéria; e nada mais além do espaço que os permeia. Não
obstante, ficou-me a impressão que consideras o vácuo como algo com natureza
própria e independente da matéria, um verdadeiro aether, e que o vazio seria
simplesmente uma propriedade metafísica a confundir-se com o que chamo por
espaço (lembro que falo em espaço no sentido absolutamente clássico, sem
efeitos relativísticos capazes de encurvá-lo, ou de comprimi-lo, ou que
outra alteração possas imaginar, logo não preciso de outro termo para
caracterizar este espaço como tal). Ou seja, este vazio que citas, parece-me
que supões não existir de fato, mas apenas na nossa imaginação e, na
prática, tudo seria o que chamas por vácuo; e este último não retrataria o
nada absoluto. Seria isto? Se for, percebo, de fato, que nossas concepções
básicas são bem diferentes e talvez até mesmo incompatíveis entre si. Pois
no "meu" nada, *preciso*, em determinadas condições, da presença das
informações, e no "teu" vácuo já existe alguma coisa de natureza
desconhecida e/ou metafísica e, provavelmente, não precises de mais nada
equivalente às "minhas" informações.

Voltemos agora ao questionamento: O que é o meio que tanto falas? Já disse,
pois o que se segue neste parágrafo, escrevi antes do que está no parágrafo
anterior. :-) Seria, a meu ver, algo constituído por moléculas situadas no
vazio e a emitirem informações de seus movimentos e que viajariam por este
vazio. A velocidade da luz neste vazio, qual seja, entre uma molécula e
outra, não deveria ser muito diferente daquela observada no espaço sideral,
a menos que esta luz sofresse as conseqüências destas informações, o que é
bem possível que ocorra; não obstante, acredito que o fator maior a afetar a
velocidade da luz medida não seria este, mas a sua absorção e reemissão
pelas moléculas do meio, a estatisticamente propiciarem um valor constante
para a velocidade e menor do que a velocidade no vazio absoluto. Muitas
dentre as propriedades ópticas ou eletromagnéticas que dizes existir neste
meio, e que de fato existem, diria estarem principalmente relacionadas a
como se processaria esta absorção e reemissão, que não é nada sutil e não é
nada definitivamente conhecido, no sentido em que a última palavra a
respeito ainda não foi dada (aliás, quase nada em ciência atingiu esse
status). E existiriam também aquelas propriedades devidas ao que chamo por
informações como, por exemplo, a "curvatura dos raios de luz", descrita por
Newton em sua Óptica.

> Se sim, então imaginemos dois submarinos viajando no mesmo meio.
> (...) A velocidade do submarino A é nula em relação ao Porto (a
> referencia) O outro submarino, B, tem velocidade v, no mesmo referencial.
> (...) 1) A e B medem velocidades diferentes da luz, no meio?
> 2) Podem A, B ou A e B , por algum processo, saber se a água se
> move com base na velocidade da luz?
> A minha ideia é que não. Pq a velocidade depende das caracteriticas
> eletromagnéticas do meio e não de velocidades. Por isso a experiencia
> de Michaelson não apresentou qq resultado.Porque não era para apresentar.

Quanto ao problema proposto, diria que só poderei resolver ou fazendo a
experiência ou sabendo, mesmo que conjecturalmente, qual seria de fato a
natureza da luz. A luz é ondulatória? Ninguém sabe. A luz é corpuscular?
Ninguém sabe. A luz é material? Ninguém sabe. A luz é de natureza imaterial
e não ondulatória? Ninguém sabe. Qual(is) dessas hipóteses devo aceitar, a
satisfazer o problema que propões? Existe alguma evidência física para que
aceite uma e não outra dessas hipóteses? Se não, diria que o problema não é
físico, mas matemático.

Ops, falha minha! Falastes, além de outras propriedades, na experiência de
Michaelson-Morley (MM). Ótimo, agora já estamos raciocinando fisicamente.
:-) Então: ¿O quê efetivamente a experiência de Michaelson-Morley comprova?
Lembre-se, eu sou um físico clássico e considero a física clássica como
ainda não falseada. Pergunto: a experiência MM falseou a física clássica?
Não, não e não! Raciocinando-se classicamente a experiência de MM falseou a
natureza ondulatória da luz. Em outras palavras, a experiência de MM
*corrobora* que a luz comporta-se como algo *emitido por uma fonte*, ou
seja, está em acordo com o que chamava-se, na época de MM, por "teorias de
emissão" (os fenômenos ondulatórios não eram na época considerados como
emitidos, mas como propagados pelo meio -- sei que poderão surgir dúvidas de
natureza semântica, mas quero apenas que entendas que são coisas diferentes
sobre esse aspecto). Mas, porque então os físicos da época não aceitaram
essa constatação experimental? Simplesmente porque eles se encantaram com a
luz ondulatória, em especial após a brilhante constatação de Maxwell a
*aparentemente* unificar luz e eletromagnetismo, e não quiseram, em hipótese
alguma, abandoná-la. Mas... Seria emissão de quê? De corpúsculos, conforme
defendido por Newton? Ou de algo imaterial, a exemplo daquela "alguma coisa"
que Newton imaginou ser emitida pelos corpos a gerarem um campo
gravitacional? Qualquer das duas idéias estava plenamente de acordo com a
experiência MM e com a física clássica. A única teoria que foi *fortemente*
falseada pela experiência foi exatamente a da luz ondulatória e, com ela, o
conceito de "onda" eletromagnética. Hoje sabe-se perfeitamente que luz não é
exatamente uma "onda", mas isso a partir de uma época em que ninguém mais
quis retornar ao passado afim de corrigir o erro cometido. Nenhum dentre os
bons físicos dos dias atuais duvida de que tenhamos cometido um grande erro
conceitual no passado, mas pouquíssimos se dispõem a retornar ao passado
afim de localizar este erro, mesmo porque todos os que assim procederam
acabaram sendo mal vistos por seus colegas e/ou até mesmo ridicularizados.
Essa é a tristíssima realidade a se ocultar sobre a interpretação da
experiência de MM, dentre outras.

Hoje fala-se em dualidade corpúsculo-onda (teoria quântica) e também na
inexistência de éter (relatividade moderna num sentido light, mas não
exatamente a de Einstein). Mas se o éter não existe, o conceito de
onda que permaneceu com a luz, *na física clássica*, é puramente matemático,
pois a luz propagar-se-ia no nada (pelo menos segundo o meu conceito de
vácuo, que acredito não ser o teu, que não sei exatamente qual é, nem o de
Einstein). Logo não é onda no sentido clássico do termo (ficando-me apenas a
dúvida de se a tua idéia sobre vazio se encaixaria numa visão clássica da
física). Porque então haveria a dualidade? Os físicos quânticos não
inventaram isso, simplesmente interpretam os efeitos manifestos pela luz
(mas não só) sob um prisma dual. Não vou discutir aqui aspectos quânticos,
apenas salientar que os físicos quânticos tiveram seus motivos para
suspeitar dessa dualidade, anteriormente a De Broglie.

Mas não é impossível que existam as duas coisas e não apenas uma com esta
a se manifestar dualisticamente. A idéia de David Bohm aproxima-se
bastante disso, se bem que seja um tanto quanto estratosférica para o meu
gosto e, até mesmo, para o gosto da maioria dos físicos quânticos. Que outra
saída teríamos? Ora, já disse que a idéia de luz como algo emitido admite
duas saídas: ou a luz seria corpuscular, ou seria alguma coisa do tipo
daquela que gera campos. Mas... A luz não está comprovadamente associada à
idéia de campo? Não dizem que seria uma "onda" eletromagnética? Então não
falta nada!!! Junte esses dois conceitos devidos a Newton, formulados no
século XVII, e chegue à verdade sobre a luz, algo que até agora seus
seguidores não conseguiram fazer. E chegaríamos não a uma luz dualista, no
sentido de ser a mesma coisa a manifestar-se de maneiras diferentes, mas
seriam duas coisas diferentes a viajarem lado a lado no espaço (e é nesse
sentido que digo que a idéia de Bohm aproxima-se desta realidade). E esta
luz está 100% de acordo com a experiência de MM e, ao que parece, acopla-se
perfeitamente a todas as outras experiências que supostamente falsearam a
teoria corpuscular da luz. E o éter efetivamente não existe. E se o éter
realmente não existir, não há motivos para ficarmos discutindo se há ou não
diferenças entre vácuo e vazio.

"E para rejeitar tal meio, temos a autoridade daqueles mais antigos e mais
celebrados filósofos da Grécia e da Fenícia, que fizeram do vácuo, dos
átomos e da gravidade dos átomos os primeiros princípios de sua filosofia;
simplesmente atribuindo a gravidade a alguma outra causa que à matéria
densa." [Newton, século XVII]

> > Pois então pense no som

> do vácuo para o sólido a velocidade do som aumenta, enquanto a da luz
> diminui. Não são fenómenos comparáveis neste aspecto.

Sim, mas eu não disse apenas isso, mas: "Pois então pense no som ou então
num corpúsculo viajando no interior deste vidro, parado em seu laboratório.
Com relação a estes dois fenômenos, responda a tua pergunta para ti mesmo."

Não era para responder, mas já que respondestes apenas uma parte, agora
pergunto: E o que concluístes? Nada mais, nada menos que, para o exemplo
escolhido, luz e som comportam-se diferentemente. O som, sem dúvida, é um
fenômeno ondulatório, concordas? E a luz? Não precisas responder, eu só
queria perguntar. :-)

> O que estou tentado dizer é que se chegares à conclusão que a
> velocidade da luz depende do meio, e não das velocidades do mesmo, ou de
> outras quaisquer, vais chegar à conclusão que :
> 1) A velocidade da luz no vácuo é um máximo.
> 2) c+ v = c

Ou quem sabe eu chegue à conclusão que a luz não sendo ondulatória poderia
escrever c + v = c + v.

> > Pois apenas comunicar não significaria nada. Deve haver alguma
> > ação, não é mesmo?

> Ah! pois , foi isso que andei pensando estes dias.
> Se uma informação implica sempre numa acção, então pq eu usar mais um
> constructo se tenho o da acção? O que me traz a mais o uso desse
> constructo? Ou seja, em vez de pensar em informação, posso pensar em
> Acção. Transporte de acção, acção à distância, acção sem contacto. E a
> variação da acção no tempo e no espaço dá-nos a energia e o impulso e dai
> entramos no campo já conhecido e não ha mais constructos necessários.
> Basta-nos agora, voltar a A e B e usar o conceito de Acção, para
> responder ao mesmo que estávamos a responder aqui.

Sinceramente, não entendi a simplificação. Gosto de reduzir variáveis (não
sei se estou empregando variável no sentido que utilizas), mas parece-me que
não é exatamente isso que estás propondo. Estás eliminando conceitos a meu
ver fundamentais e/ou indispensáveis para a compreensão de um processo. Por
exemplo, digamos que a maçã tenha caído na cabeça de Newton e provocado dor.
Pelo que entendi, estás propondo que poderíamos excluir a maçã, pois a dor
seria suficiente para que entendêssemos todo o processo. Seria isso?

> > Diria então que à medida em que B se move em direção a "A", de alguma
> > forma B transmite para "A" uma informação a empurrar "A" no sentido em
> > que a distância entre os dois tenda para uma situação de equilíbrio
> > final (com os dois à mesma velocidade)

> Parafraseando: "Diria então que à medida em que B se move em direção a
> "A", de alguma forma B transmite para "A" uma acção a empurrar "A" [uma
> força] no sentido em que a distância entre os dois tenda para uma situação
> de equilíbrio final (com os dois à mesma velocidade) [igualdade de força]"

De duas uma: ou simplesmente trocastes de nome, de informação para ação,
como poderia ser também para cuca ou merreca, ou então estás de fato
assumindo que efeito e causa são uma coisa só, assim como no caso acima da
maçã e da dor. Bem, poderias dizer que a maçã se choca com a cabeça e a dor
surge em decorrência do choque; e estarias tentando dizer que entre maçã e
choque poderias escolher apenas um, pois se a maçã está indo em direção a
cabeça, o choque seria inevitável. Sim, mas estás supondo que já sabes o que
é maçã e o que é choque. Mas só após ter o conhecimento do que sejam os dois
poderias suspeitar que seria suficiente apenas um para descreveres o
processo para alguém que já conheça os dois. Mas eu disse: Estou
trabalhando com coisas elementares e num terreno totalmente desconhecido.
Estou dizendo que o que se propaga é algo de natureza imaterial. Qual seria
o resultado deste "choque"? Empurrar, puxar, fazer cócegas? Mas esta é a
ação, e não o que se propaga. Quando alguém faz cócegas em outra pessoa, o
que se propaga é a mão, não as cócegas e nem o atrito.

> > O que seria esse transporte de momento senão
> > alguma coisa a retratar a tendência de uma partícula a imitar o
> > movimento de sua vizinha? E a custa de quê ela iria imitar esse
> > movimento?

> Interacção à distância, vulgo: forças da natureza.

E porquê não a rebinboca da parafuseta, vulgo: não sei. :-)

> > Que dizer então dos campos? Ora, se tudo é movimento da matéria

> Noto aqui a frase "Se tudo é movimento da matéria" como sendo
> significado de "tudo é movimento da matéria"
> Não entendo portanto quando criticas o Eisntein por na teoria dele
> tudo ser movimento.

Cinco parágrafos acima do texto que comentas eu cheguei a escrever o
seguinte:

"Para a física clássica newtoniana, "tudo é movimento" (materialismo
mecanicista). Aí tu irás me dizer: Mas... para Einstein também! Não, não e
não! Para Newton tudo é movimento de "alguma coisa", seja esta alguma coisa
a matéria, seja o "espírito da matéria" (que eu tenho chamado por informação
do movimento da matéria), enquanto que para Einstein tudo é movimento e não
existe nada mais além disso. Para Einstein matéria é movimento, pois a sua
física chega a unificar conceitualmente, e não apenas através de equações
simbólicas, matéria e energia. Logo, utilizando a física de Einstein, em
certas condições fica meio redundante falar em movimento da matéria."

:-)))

> > e se esse movimento da matéria traduz-se por campos, podemos raciocinar
> > ao inverso. Toda matéria que gera um campo de forças, de alguma maneira
> > deve estar em movimento.

> dois corpos neutros actuam sobre o outro graviticaemnte.
> dois corpos carregados actuam um sobre o outro electrica e
> graviticamente A acção tem várias faces.
> A informação tem uma só. (informação do movimento) Como fica então?
> Se a informação implica em acção, mas existem várias tipos de acção,
> então a informação actua de formas diferentes.

Quase tudo o que escrevi no longo trecho acima deste comentário refere-se a
partículas hipotéticas e realmente elementares, muitíssimo menores do que
átomos, prótons, nêutrons, elétrons, etc. Não entrei em muitos detalhes
sobre o que estranhastes mas lembro-me que, dentre outras coisas, escrevi o
seguinte: "Como uma das características da matéria macroscópica é gerar
campos gravitacionais, a ser verdade o que descrevi acima esta matéria
macroscópica, de alguma maneira, deve estar dotada de um movimento de ordem
inferior e bastante organizado."

> Como entender isto?
> Tlv dizendo que existe apenas uma informação do movimento, mas 3
> movimentos possiveis. Translação, Rotação e Deformação.

Perfeito, a informação não seria, a meu ver, uma só, se bem que possamos
chamá-la por informação do movimento (e sob esse aspecto sim, ela é una).
Existe movimento de rotação e de translação (a deformação não me parece
existir no nível mais elementar, apenas com partículas bem mais complexas,
do tipo do nêutron). A translação pode ser uma aproximação ou uma fuga; a
rotação pode se dar no sentido horário ou antihorário. Uma partícula em
rotação pode estar sendo observada pelo equador ou pelos pólos. Não sei se
dá para perceber, mas existe uma variabilidade muito grande, o que torna
bastante trabalhosa a construção de um modelo a apoiar-se nas idéias que
estou propondo.

> do meu restrcito ponto de vista e entendimento, os campos electricos e
> magnético (electromagnético se quiserem) existem pq o electrão existe
> e se move sobre si mesmo. Mas não é claro para mim qual efeito depende do
> quê.

Então, sob esse aspecto parece-me que "vemos" algumas coisas em comum. O
elétron da minha teoria é uma partícula dotada de um giro real, ou seja,
gira sobre um eixo imaginário tal e qual a Terra, se bem que numa velocidade
angular alucinante. Pense agora numa bolinha girando rapidamente num meio
líquido (Atenção: o elétron é mais do que uma simples bolinha, mas para o
que pretendo expor a bolinha é suficiente). Qual seria o campo de velocidade
observado, supondo-se que o líquido seja newtoniano? (por exemplo, a água)

Imagine esse campo de velocidade em um plano passando pelo equador do
elétron; prossiga agora imaginando outros planos paralelos a esse. O campo
vai se modificando. Como seria esse campo num ponto do eixo de rotação,
acima ou abaixo dos pólos dessa bolinha? Seria semelhante àquele observado
para o campo no plano do equador? Certamente não. No plano do equador o
campo se assemelha muito àquele visto no viscosímetro de Couette, onde o que
gira não é uma bolinha, mas um cilindro. Num ponto acima do eixo de rotação
ou do equivalente ao pólo norte da Terra e nas proximidades deste, teríamos
como que um vórtex violento, a lembrar muito as imagens de um furacão.

Pois eu diria que o elétron gera campos semelhantes a estes gerados pela
bolinha, apenas que o elétron está no vazio, e não num meio líquido (no
"meu" vazio, pois não sei o que iria ocorrer no "teu" vazio ou vácuo). Ou
seja, as informações do movimento não criam campos de velocidade, mas
potenciais de ação. No campo de velocidades, o meio está respondendo ao
estímulo e à inércia, mas no vazio existe apenas o potencial, a menos que
coloquemos neste vazio uma segunda partícula. O campo, nas proximidades do
equador, chamo por "campo de efeitos magnéticos" (não é exatamente o campo
magnético da lei de Ampère, mas algo que no mundo macroscópico irá se
transformar neste); e o campo nas proximidades dos pólos chamo por "campo de
efeitos elétricos". Entre um e outro surge um campo de natureza mista. De
maneira extremamente resumida, é isso aí.

Obviamente, não expliquei como esses campos produzem os efeitos, mas perceba
que isso têm muito a ver com os efeitos hidrodinâmicos do tipo observado com
o barco de Flettner (efeito Magnus, 1850). Comento alguma coisa sobre esses
efeitos hidrodinâmicos em "Similaridades entre Campos de Velocidade e o
Campo Eletromagnético", no meu site:
http://ecientificocultural.com/Eletron2/flettner1.htm
Já que gostas de equações, vide lá o quanto a hidrodinâmica pode ser
matematicamente semelhante ao eletromagnetismo sob esse aspecto. Em uma, os
campos são de velocidades e na outra de forças, mas apesar disso a física
que está por trás dessa matemática, a meu ver é a mesma e reside no conceito
de "informação do movimento da matéria".

> >Trocado em miúdos: o que é efetivamente importante
> > para nós é *a nossa* velocidade "c" em relação ao referencial
> > absoluto e tudo o mais é conseqüência disso, até mesmo aquele "c" que
> > aparece, como num passe de mágica, nas equações do eletromagnetismo e/ou
> > no estudo da luz.

> Então estás a chegar às mesmas conclusões que o Einstein.

Sinceramente, não consigo enxergar sob esse prisma. Para Einstein não
existia referencial absoluto. Para Einstein a velocidade da luz (no
vácuo/vazio) era absoluta. No meu caso, o referencial absoluto existe e nos
movemos em relação a ele na velocidade "c". A velocidade da luz no vácuo é a
velocidade da fonte e em hipótese alguma é absoluta. Mesmo porque eu não
estou supondo que todas as galáxias viagem à mesma velocidade "c". No
decorrer do tempo, quero crer que a velocidade da nossa Galáxia varie, e o
mesmo ocorre com a velocidade da luz por nós emitida. Bem, citei algumas
diferenças fundamentais, mas creio que daria para escrever um pequeno livro
somente citando as diferenças entre as minhas idéias e as de Einstein. E
olhe que sou um grande admirador de Einstein, conquanto possa não aparentar
quando estou defendendo minhas idéias.

> Mas que culpa eu tenho disso?
> A conversa tem de passar sempre por tu me dizes que eu estou a usar
> principios de teorias "erradas"?

Se dei a entender isso, me desculpe, talvez tenha sido na empolgação ao
defender minhas idéias. Mas quem disse que estou certo? Quem disse que a
teoria correta é a minha? É possível que eu tenha dito que estás empregando
uma hipótese de uma teoria para contestar outra, e isso não é raro
acontecer. Mesmo porque, as hipóteses de teorias que aceitamos como
verdadeiras estão impregnadas em nós. Por incrível que possa parecer, eu
mesmo já me vi, nos primórdios do desenvolvimento de minha teoria,
"querendo" aceitar hipóteses totalmente incompatíveis com as minhas idéias.
Até descobrir que a hipótese em consideração era sem importância, apenas
estava impregnada em minha mente e podia ser totalmente descartada, pois
nem mesmo servia para falsear minha teoria (o que seria um achado muito bom)
e sequer estava devidamente comprovada laboratorialmente. Tratava-se apenas
de uma conjectura infundada.

> Estou fazendo um esforço para só usar a fisica de Galileu.

Tenho percebido esse esforço, e não é de hoje. Louvo esta tua atitude a
retratar uma sabedoria que não é compartilhada pela maioria dos acadêmicos
que conheci, e agradeço pela parte que me toca, pois como teorizador preciso
me defrontar com pessoas que adotem esta postura e, em especial, que se
prestem a combater minhas idéias. Mas convenhamos que não é fácil nos
libertarmos de conceitos que assimilamos no decorrer dos anos como verdades
incontestáveis.

> E o principio da relatividade classica
> passa tb por assumir as mesmas leis em todos os referenciais
> inerciais. Ou estou engando?

Diria que as coisas não são tão simples assim. E que o significado de lei é
fundamental para esta comparação entre o que é ou não é clássico. Mas mesmo
sem discutir esse aspecto, pois essa discussão iria longe, vejamos as
versões que tenho para os princípios nas três relatividades (Galileu, TRR e
TRG):

Princípio da Relatividade de Galileu: As leis da mecânica, expressas em um
dado referencial, serão expressas de forma idêntica em qualquer outro em
movimento retilíneo e uniforme em relação ao primeiro.

Princípio da Relatividade Geral (PRG): As leis da natureza são as mesmas,
quaisquer que sejam os sistemas coordenados gaussianos em que sejam
formuladas.

Postulado 1 de Einstein (TRR): A velocidade da luz "in vacuo" é a mesma em
todos os sistemas coordenados que se movem uniformemente uns em relação aos
outros.

Postulado 2 de Einstein (TRR): Todas as leis da natureza são as mesmas em
todos os sistemas coordenados que se movem uniformemente uns em relação aos
outros.

Existem algumas sutilezas a mostrarem que a relatividade de Galileu e a de
Einstein são coisas bastante distintas. Aliás, você é o primeiro físico a
tentar me provar o contrário, e já discuti isso com muitos físicos. Enfim,
se quiseres discutir algo relativo às diferenças ou semelhanças, os
princípios estão aí. Só não coloquei aí o princípio da equivalência pois ele
está implícito no PRG (o que não é nada trivial, mas realmente existe esse
comprometimento).

> > até a velocidade da luz no vácuo (ou da informação, se preferires) é uma
> > lei da natureza, enquanto para a física clássica qualquer velocidade é
> > tão somente uma propriedade mensurável de quem se move.

> Será mesmo? Essa é a pergunta crucial e é isso que diferencia a luz
> do resto das coisas.

E em essência, é isso o que diferencia a física de Einstein da física
clássica. O resto é conseqüência desta suposição.

> >Quando dissestes que "A" emitiria informação em virtude da mudança de
> > referencial, percebi que estavas considerando esta emissão de informação
> > "como se fosse uma lei" relacionada ao movimento relativo.

> Mas classicamente isso não se deveria verificar?
> Se eu actuo sobre ti, não é natural que tu me vejas actuar sobre ti?
> E se eu não actuo, não é natural que aceite que todas as acções que
> sinto não sejam da minha responsabilidade?

Mas estás pensando nessa atuação como uma trombada. E eu estou pensando como
se você estivesse me jogando um objeto. Se você lançou o objeto, e eu o
peguei, isso será verdadeiro em qualquer referencial. Mas aí tu queres me
esconder o lançamento e queres que eu esqueça que não lancei e que assuma
que o objeto poderia ter batido num obstáculo, também invisível, e retornado
para mim (ou então que fosse um boomerangue). Bem, nesse caso não dá para
responder, mas isso não me parece ser física, isso seria uma seção de
adivinhação. Está parecendo aquela história dos físicos modernos que afirmam
que "se ninguém viu, a árvore não caiu". Ou então a história do gato vivo
morto de Schrödinger.

Não, se B emitiu alguma coisa, B emitiu emitiu esta coisa, e isso será
verdadeiro em qualquer referencial, qualquer que seja a física clássica
considerada. Quanto à física moderna eu não digo nada.

> > > Seu atiro uma pedra eu a observo a "ir"
> > > Se eu a atiro para ti, tua a observas a "vir"

> > Sim, mas ambos concordaremos que a pedra caminha de A (a tua
> > posição) para B (a minha posição).

> Numa "foto" eu não tenho como saber isso. Apenas num conjunto de
> fotos.

Mas quem está te proibindo de tirar duas fotos? Qual é o princípio da física
clássica que diz que os fenômenos têm de ser observados através de um flash
instantâneo? Aaahhhaaa, é verdade, o princípio de Heisenberg, não é mesmo? A
apoiar-se na idéia, creio que proposta por Bohr (microscópio de Bohr), de
que somente posso visualizar um elétron se um fóton se chocar com ele, não é
verdade? E neste caso somente poderia tirar uma foto, pois a segunda
representaria um estado diferente para o sistema, não é mesmo? Mas... Isso é
física clássica? Não, nem é física clássica como também creio que não está a
relacionar-se com o mérito da questão em debate. O problema momentâneo não
reside em saber se posso ou não conhecer o estado atual da partícula, mas se
posso ou não *conceber* a informação motora como algo emitido pela
partícula, se essa suposição faz ou não lógica, se ela está ou não a
apoiar-se na razão associada à experimentação efetuada nos últimos três
séculos. A indeterminação, se é que existe, se é que suporta os achados
experimentais, está virá depois, assim como também a própria relatividade,
após fixarmos devidamente os alicerces. E é isso o que distingue a
verdadeira física daquela a apoiar-se exclusivamente na matemática, na
tentativa e erro. Esta postura é essencial ao teorizador e isto não é nada
que se aprende em livros ou artigos de física, mas em livros de História da
Ciência e/ou em diálogos entre os cientistas, onde constatamos como foi que
Einstein, Bohr, Heisenberg, Scrödinger, Newton, Galileu, etc. construíram
uma ciência que dá certo sem que saibamos onde, como e nem porquê. Essa
ignorância é nossa, pois eles pelo menos sabiam exatamente para onde estavam
indo, e nós sequer sabemos quais foram as "verdades" que lhes garantiram
esta certeza.

> Mas não é de Atravessamentos que estamos a falar. Mas de formas de
> saber quem emite a informação.

Concordo. Mas também não é de Adivinhações que estamos a falar.

> > Pelo visto não estás entendendo devidamente as implicações
> > relacionadas à relatividade e o porquê para Newton o referencial
> > absoluto era tão importante

> Então, antes de prosseguir esclarece-me no seguinte.
> Qual é a diferença fisica entre uma velocidade relativa entre dois
> corpos, a velocidade de um corpo num referencial, e a velocidade do mesmo
> corpo no referencial absoluto.
> Não são elas todas velocidades indestinguiveis ? Ou seja, não são
> elas todas relativas a alguma coisa?

A resposta imediata eu já dei, mas não a aceitastes, e não posso criticá-lo
por isso. Na realidade queres saber como eu conclui que a resposta seria
aquela que dei, não é verdade? Pois bem. Direi apenas que levei quase 10
anos para chegar a esta resposta; e quase outros 10 para entender as
implicações dessa aceitação. E mesmo assim não estou com plena certeza de
estar ao lado da verdade, muito embora não consiga enxergar uma verdade
melhor do que esta. Como transmitir então esses conhecimentos? No princípio
achei que seria simples. Hoje estou quase achando que é impossível. Pois
estou convicto de que quase tudo o que aprendemos bem, na realidade
aprendemos sozinhos. A escola é muito boa para nos dar a base, para nos
abrir as portas, para nos ensinar o caminho. Mas ela não caminha por nós.
Quase tudo o que eu hoje sei, quase tudo o que produzi, quase tudo o que
aprendi, aconteceu desta forma, e isso porque passei por escolas que "não me
deram o peixe, mas ensinaram-me a pescar". E tenho tentado expor o produto
deste aprendizado ora aqui, ora no meu site. Mas essa exposição, por si só,
não é suficiente. Eu não tenho a fórmula mágica para ensinar o que as
pessoas não querem aprender. E nós somente aprendemos aquilo que
efetivamente queremos aprender. E o dialogar é bom, pois o diálogo nos ajuda
nessa escolha. Se realmente eu estiver hoje ao lado da verdade, não é
impossível que algum dia outros consigam enxergar aquilo que enxerguei. Do
contrário, isso tudo terá sido tão somente parte do meu aprendizado, e
talvez de mais ninguém.

> > Vou tentar mudar o enfoque e dar um outro exemplo:
> > Suponha um elétron percorrendo uma corrente elétrica. A velocidade,
> > via de regra, é bem pequena (da ordem de cm/s) e portanto podemos
> > acompanhá-lo. Sabemos que o elétron viaja do potencial negativo para o
> > positivo e digamos que, quando estamos em repouso, percebemos que ele
> > viaja da direita para a esquerda. Vamos agora nos locomover numa
> > velocidade superior a do elétron e na mesma direção e sentido.

> Qual é a velocidade relativa entre nós e ele?
> a velocidade nossa é V e a dele, v.
> Supomos a velocidade do electrão no sentido positivo.
> A velocidade relativa, u, é u=v-V vamos agora supor matemáticamente que a
> nossa velocidade se pode escrever V=kv com k maior que 1, pq a nossa
> velocidade é maior que a dele. então u =v(1-k) ... sendo k > 1 <=> 1-k <
> 0 então a velocidade relativa é negativa
> Ou seja, nós movemo-nos em relação ao electrão no sentido contrário.

Mas você está deixando de lado o mais importante. Nada disso é necessário!
Esse elétron faz parte de uma corrente elétrica e, portanto, está sujeito a
um campo elétrico que o leva de uma extremidade do fio para a outra. A
pergunta que fiz foi: Em qual velocidade o observador enxergaria o elétron
caminhar do potencial positivo para o negativo. E a resposta é: Nenhuma.
Portanto, para respondermos a essa pergunta tanto faz o conceito de
velocidade relativa entre observador e observado. Para respondermos a essa
pergunta tudo se passaria como se o referencial do laboratório fosse o
referencial absoluto (obviamente, estou apenas ilustrando uma analogia,
jamais afirmando que esse seria o referencial absoluto newtoniano).

> Mas ele tb se move no sentido contrário do nosso ponto de vista
> Isto é facil de ver. Dois carros na rodovia cm velocidades diferentes
> se movendo na mesma direcção , ambos veêm o outro se afastar.
> Afastar implica uma velocidade no sentido contrário ao nosso

Sim, e esse estudo seria totalmente análogo, desde que formulássemos o
problema semelhante e não esse que propões. Digamos que um dos dois carros
está viajando da cidade A para a cidade B, e que na velocidade que mantém
chegará em B em uma hora. ¿O fato de você, que está no outro carro,
observá-lo de outro referencial, afetaria, de alguma maneira, a duração da
viagem de B, segundo a física clássica? Não, pois para responder essa
pergunta, o referencial a ser considerado seria aquele fixo à estrada e
nenhum outro seria melhor do que este. Não há necessidade alguma de se
utilizar aqui a relatividade. Esse não é um problema relativístico, pelo
contrário, é um problema a mostrar que existem condições em que a solução
somente faz sentido em um único referencial, muito embora em teoria possam
existir outros, muito embora em teoria o observador possa estar em outro
referencial. E é por trás dessa idéia que se pode questionar se faria ou não
sentido pensarmos em um único referencial absoluto a comportar toda a física
newtoniana. Pois Newton chegou à conclusão que sim, mas não localizou este
referencial e, portanto, sequer poderia fixar-se, nem mesmo em pensamento,
neste referencial que aceitou existir.

> Então, para nós, o electrão se moveria no sentido contrário
> Nós estamos parados no nosso ref. E no nosso ref a unica coisa que
> podemos medir é a velocidade relativa, que é negativa.
> Eu não usei aqui hipoteses relativistas apenas a soma de velocidades
> de Galileu. Onde eu me enganei?

Não digo que você errou. Digo que você não respondeu a pergunta. Fiz uma
pergunta e respondestes a outra. E se observares o meu texto original,
notarás que a resposta que apresentastes estava lá implícita e, portanto,
não era isso que eu estava querendo saber.

> >Um elétron jamais se transformará num
> > pósitron com a mudança de referencial.

> Pois não. Mas o seu movimento sim.

Baseado em quê afirmas isto? Quase tudo o que sabemos sobre o seu movimento
é hipotético. Sim, pela minha teoria a tua afirmação faz sentido, e quero
crer que também por algumas outras, se bem que não todas. Mas isso nos leva
a considerações de natureza epistemológica: ¿Como é que uma coisa que num
referencial impróprio aparenta ser o que não é e, não obstante, efetivamente
é aquilo que aparenta não ser? Percebas que a resposta está vinculada à
própria pergunta, e jamais poderemos fornecê-la se não respondermos antes a
outra pergunta: O que é um referencial próprio? Pois será aquele que, para o
problema em estudo, admite uma resposta, como era o caso do fio condutor, no
meu exemplo, ou da estrada, no teu. Nestes casos hipotéticos, aparentemente
pareço estar a andar em círculo e por isso disse tratar-se de um
questionamento de natureza epistemológica. Em algum lugar devo quebrar esse
círculo e fixar os meus "a priori". E foi isso o que Newton fez ao supor a
existência de um referencial absoluto. E este referencial não só existe como
mostrou-se essencial para que pudesse desenvolver a sua teoria.

> > Na minha opinião isso pouco importa. Já disse acima que os elétrons
> > respondem às informações e não têm a mínima noção do que está
> > ocorrendo a sua volta. Nós é que observamos os fenômenos físicos e
> > tentamos interpretá-los a nossa maneira.

> Mas o nosso referencial não é previligiado. Nós não estamos no
> re "deus" estamos em A ou em B, onde tudo é relativo. Onde eu apenas sei
> medir a velocidade relativamente a A. Se A não existir eu, B, não sei
> dizer que estou a me mover. Ou sei? (sem referencia estarei me movendo em
> relação ao quê ?)

Pois aí reside a sutileza do que venho tentando transmitir e, por algum
motivo alheio a minha vontade, não estás conseguindo captar. Já disse: onde
existir campo --seja gravitacional, seja eletromagnético, seja um campo de
forças a agrupar as moléculas em um cristal, ou a agrupar as partículas
elementares em átomos-- existe matéria em movimento. Se fosse possível ao
"deus", do teu referencial divino, parar a nossa Galáxia, ela
transformar-se-ia instantaneamente num aglomerado de átomos de Demócrito que
se esfacelaria ao mínimo soprão deste ser divinal, tal e qual um monte de
areia sob o efeito do vento. Ora, se o que afirmei acima for verdade, e não
estou afirmando isto gratuitamente, mas apoiando-me não só na física
newtoniana mas também em 20 de estudos a respeito deste tema, posso lhe
garantir que estou fixo na Terra que se move em relação ao referencial
absoluto newtoniano numa velocidade incrível, muito provavelmente igual a
"c", a mesma velocidade que dizem ser impossível de ser atingida a não ser
em condições limites e/ou para partículas de massa de "repouso" nula.

Responderei então ao teu questionamento de maneira operacionalmente bem
simples: Acenda uma lanterna e mantenha-a segura (ou fixa) em tuas mãos.
Peça para alguém que determine a velocidade da luz emitida por esta
lanterna. Se esta velocidade for diferente de zero, certamente você estará
em movimento em relação ao referencial absoluto newtoniano *na velocidade
dessa luz em relação ao teu referencial*. É assim que penso que poderás
saber qual é exatamente o teu movimento absoluto.

> O Ref do Leo não existe.

Heresia!!!! Vou propor ao Brudna que realize um plebiscito afim de cuidar da
tua expulsão da Ciencialist. ;-)

> > Por outro lado, essa energia nuclear seria infinita?

> Bm sabes que Energia não tem quantificação fisica. Variação de
> Energia é que tem.

Sim, mas você está propondo que o núcleo de um átomo possa emitir
continuamente energia sem se desgastar nem absorver energia do meio
ambiente. Ora, num tempo infinito ele emitiria uma quantidade infinita de
energia, e poderíamos registrar essa tendência como energia em trânsito, não
como o conteúdo de energia do átomo. Por outro lado, essa tua observação
seria válida na thread de termodinâmica e estamos em outra thread, ou
melhor, nem sei mais onde estamos, pois trocastes de thread ;-) e os
títulos das mesmas não têm nada a ver com o que estamos discutindo. Em
mecânica clássica eu não sei se poderia fazer essa declaração de maneira tão
enfática. Em mecânica relativística não digo nada, mas parece-me existir uma
fórmula, E = mc², a afirmar o contrário, mas "essa não é a minha praia".

> Ou seja, a Energia é uma função do tipo E(£)=A£+b. onde tu não sabes
> b.

Quem não sabe és tu, posto que não levas em consideração o referencial
absoluto. ;-)

> A energia nuclear pode ser infinita, o que não pode ser infinita é a
> sua variação.

Convenções são convenções. A física é mais do que isso. ;-)

> > Mas a minha dúvida era outra, e eu não soube me expressar. Já
> > ouvi dizerem que o elétron não pode parar (não o elétron no átomo,
> > mas qualquer elétron, mesmo aquele isolado).

> Mas aquele isolado não existe. Ou existe?

Se provares que não existe, não deixes de me avisar, pois neste caso
aproveitarei "a deixa" para me aposentar. ;-)

[ ]'s
Alberto
http://ecientificocultural.com (inglês)
http://ecientificocultural.com/indice.htm (português)




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Clonagem humana - replicação x terapêutica
FROM: Roberto Belisario <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/12/2001 10:12


É, pensando bem, talvez eu tenha realmente feito uma generalização indevida.
Inté,
Belisário

At 20:06 05/12/01 +0000, you wrote:
>--- In ciencialist@y..., Roberto Belisario <rbdiniz@t...> wrote:
>> (2) qual deles é moralmente correto. Referia-me à posição da Igreja
>e dos
>> governos: a meu ver, parecia que a Igreja e esses governos estão
>invertendo
>> os valores definidos em seus próprios referenciais, uma vez, que,
>aceitos
>> esses, a prioridade de repúdio deveria ser inversa (repudiar o
>terápico
>> antes do replicativo). Mas, como há muitas coisas da biologia que me
>> escapam, essa impressão minha poderia ser devida a que algo poderia
>estar
>> me escapando nisto também, e aí mandei a pergunta. Bom, as
>respostas foram
>> esclarecedoras, de qualquer forma.
>
>Bem, então o trecho enviado e' pouco ilustrativo. A rainha
>Elizabeth II e' uma *governante* *inglesa* e chefe *religiosa* da
>Igreja Anglicana -- uma vertente *protestante*. A Advanced Cell
>Technologies e' uma *empresa* *americana* de *biotecnologia* q.
>vive em uma sociedade *protestante*.
>
>Mas ainda q. a mesma rainha inglesa houvesse liberado a clonagem
>terapêutica e barrado a reprodutiva (ou a ACT liberasse nota q.
>repudia a clonagem reprodutiva) não necessariamente haveria
>uma inversão de valores.
>
>Ha' certas suposições implícitas em sua indagação cuja resposta
>não é necessariamente sim.
>
>As pessoas q. são favoráveis à clonagem terapêutica e contrárias
>à reprodutiva:
>
>1o. - reconhecem q. a vida humana começa no instante da concepção
>e estendem esse conceito para o óvulo com o núcleo transplantado
>(epa!).
>
>2o. - pressupõem q. as células restantes realmente serão
>todas inviáveis.
>
>3o. - consideram como destruição das células a sua excisão do
>embrião e manipulação para a produção de novos tecidos e substitutos
>de órgãos.
>
>4o. - consideram q. a vida potencial das células do embrião é
>tão valiosa qto a vida das pessoas beneficiadas.
>
>Um simples (na verdade nada simples) não a uma dessas pressuposições
>pode tornar auto-consistente a posição dessas pessoas. Mas eu
>particularmente desconheço quem tenha tal posicionamento (não
>q. isso sigfique algo). As posições mais comuns são a aceitação
>condicionada da clonagem reprodutiva e condenação da terapêutica;
>condenação tácita de ambas ou aceitação condicional de ambas.
>
>Tecnicalidades: a ACT não produziu um clone de embrião humano.
>Ela produziu células clones de uma pessoa adulta. Deixemos de
>lado o detalhe q. um embrião possui várias células a mais do q.
>as obtidas, mas um clone de embrião é a técnica mais simples de
>clonagem -- pega-se um embrião em fase incial e separa-se as
>suas células: ocorre naturalmente e já é feito em casos de reprodução
>assistida há anos.
>
>[]s,
>
>Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: TRG - demonstração deprevisões
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/12/2001 13:57

Olá todos (e em particular, Marmidan)

O texto do tal livro é realmente uma bobagem total porém, tal livro e muitos outros, são adotados em dezenas de escolas (esse em particular foi 'best seller' em Santos e São Paulo, por bom tempo).

Tenho um exemplar da Física de L. Moro, um supercatedrático de Brasília (depois vejo os dados com mais detalhes) que é o "rei". Tal livro deveria ser 'adotado' como pesquisa de aberrações físicas --- livro de exercício para corrigir conceitos ---, o 'coitado' (2° FHC), conseguiu não só errar as três leis de Newton como transformar a cinemática, página por página, em um conjunto de absurdos. Assim por cima 'captei' uns 80 erros conceituais graves e uns 60 um pouco mais 'suave'.
Um desses suaves é, por exemplo, esse: "A trajetória do móvel é uma reta pois sua equação horária é do primeiro grau em t". E assim vai. Postarei aqui no ciencialist, nos entremeios, algumas dessas 'preciosidades'.

O MEC nem se toca para assuntos do ensino médio. Fez uma vistoria no ensino fundamental (uma série de livros foram postos em lista negra).

Quanto á sua dúvida dos líquidos que podem ser resfriados abaixo de sua temperatura de fusão, continuando líquido, isso é a regra. Praticamente todos têm esse comportamento. É a superfusão.
O gelo se derrete sempre a 0°C, a água *não* se solidifica sempre a 0°C. Esse caso de equilíbrio instável ou falso equilíbrio é decorrência da 'busca da simetria'. Tudo indica que isso está lá no âmago da física quântica, nos possíveis estados estacionários dos elétrons nos átomos. Das possíveis estruturas estacionárias decorrem todas as formas que observamos na natureza. No caso da água, exemplo mais comum, os pacotes de H20 precisam se organizar para encontrarem a bonita estrutura cristalina que lhes convém (quer seja um cubo de gelo, um iceberg ou flocos de neve). É necessário um estímulo extra para consolidar esse estado; um germe de gelo possibilita isso, assim como alguma impureza dissolvida na água ou uma 'sacudidela' externa. É como se faltasse nessa situação de equilíbrio instável a tal 'energia de ativação'.

Resfriando o líquido (de preferência lentamente) ele não libera a energia térmica interna conhecida como 'calor de fusão', ficando no estado de superfusão. No instante que cessa esse estado ele restitui esse calor, o que se traduz por uma elevação de temperatura no sistema. Se a temperatura não baixou demais, esse calor liberado levará a substância até o ponto de fusão (portanto esquentando o sistema), ficando no recipiente onde se faz o experimento, uma mistura de líquido e sólido.
A água devidamente trabalhada poderá atingir -4°C e até -12°C. Agitando-se o recipiente a temperatura sobe a 0°C e todo líquido (ou parte dele) converte-se em sólido.

Isso tem suas conseqüências práticas (e úteis):
a) Na graduação dos termômetros o ponto zero não é o ponto de solidificação da água e sim o ponto de fusão do gelo;
b) A superfusão é muito utilizada para determinar de modo exato a temperatura de fusão de uma substância. Leva-se a substância ao estado de superfusão, até um ponto pouco abaixo do ponto de fusão provável e faz-se cessar a superfusão. A temperatura sobe exatamente ao ponto de fusão normal, visto se achar em mistura se sólido e líquido da mesma substância.
c) a água nos tubos capilares experimenta facilmente esse fenômeno de superfusão, o que é muito bom e justifica porque os líquidos aquosos que constituem a seiva dos vegetais resistem, em certa medida, às geadas.
d) e assim vai, mostrando mais uma vez, que a 'busca da simetria' é um fato real.

E assim falou zaratrusta!

[]'
Léo
=======================
-----Mensagem Original-----
De: "marmidan" <damich@bol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 6 de dezembro de 2001 03:17
Assunto: [ciencialist] Re: TRG - demonstração deprevisões


--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> Bem, uma coisa puxa a outra e vou aproveitar para colocar um texto
que extraí hoje do livro Física 1 -de Udmir Pires, pág. 228 - Cia
Editora Nacional, do qual espero comentários:
>
> "1. Todos os corpos exercem atração um sobre o outro. Todavia,
quase não percebemos essa atração porque ela é muito pequena etc.
etc......
> Apesar disso, você pode constatar essa atração de modo muito
simples: tome um copo com água e deixe boiar na superfície do líquido
alguns pedacinhos de cortiça. Você verá que um atrai o outro e eles
se juntam rapidamente assim que as distâncias entre eles se tornem
suficientemente pequenas para aumentar a força de atração. Você verá
também que as paredes do copo (que têm massa relativamente grande)
não permitem que as partículas de cortiça permaneçam no centro da
superfície líquida. Dentro de pouco tempo todas elas são atraídas
para as margens colando-as às paredes. A mesma experiência pode ser
observada com as bolhas de ar que às vezes se formam na superfície de
um líquido (leite, por exemplo, quando agitado)."
>
> Ai está.
>
> []'
> Léo
> ===========


Leo, essa "atração" mútua dos pedacinhos de cortiça não seria devido
ao fato de que essas corticinhas provocam uma espécie de menisco na
superfície da água? Acho que é uma questão de tensão superficial. Não
nego que matéria atrai matéria, mas nesse teu exemplo, acho que o
autor não analisou todas as possibilidades para o fenômeno.

A propósito, já que estou aqui, não sei se foi publicada a minha
resposta a respeito de pq a água poder ser ainda líquida abaixo de
0ºC e se congelar com agitação. É que troquei de máquina e fiquei sem
receber os resumos diários por um ou dois dias (e sem tempo
de "garimpar" na lista...)

[]s.

Daniel


&&& --- &&&
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SUBJECT: Re: o argumento da nao crenca
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/12/2001 14:13


> > Isso eu chamaria de Vazio. Vazio significa "cheio de nada"
> > Vácuo não é Vazio até prova em contrário.
>
> Bem, esse é mais um probleminha de natureza lingüística que teremos
que
> "administrar". :-)

Repito:
> para mim são a mesma coisa, ou seja, algo a representar o nada
absoluto e
> com a única finalidade de comportar o espaço. Algo um tanto quanto
> redundante, não achas?.

Não acho. Tlv com tendencia a gerar confusão se não
bem "administrado"
Mas em particular vácuo e vazio são dois conceitos diferentes.

O vácuo de Torricelli que falas (não sabia que se chamava assim) é em
realidade ausencia de tudo ?
Não.
É ausencia de matéria. Ou melhor, de compostos quimicos.
Se eu enviar um feixe de electrões através do vidro do tubo de
ensaio, o vácuo permanece. Contudo existem electrões lá dentro agora.
(antes tb , mas agora de certeza que existem)

>A minha física começa com o espaço vazio,

Sim. Toda a cinemática começa com o espaço vazio. Esse é o espaço de
estrutura, o espaço "matemático"

Esse é o Vazio.Cheio de Nada.

Assim que consideras uma propriedade fisica nele, como campo, massa,
temperatura, particula, etc... passa a ser um vácuo.
Quando colocas atomos, deixas de ter vácuo.

É um problema de "escala". E o melhor exemplo é o espaço sideral.
Ele não é vazio, pois existe radiação, campo gravitico, vento solar,
particulas sub atomicas, etc ,etc... Não é vazio. É vácuo.


> ou seja, o
> vazio não é autóctone, mas inerente ao espaço que é um continente a
> comportar um conteúdo; este espaço pode alojar a matéria e esta
matéria pode
> entrar em movimento "absoluto"; e este movimento absoluto gera novos
> movimentos que, em média, se conservam.

Se entendi o movimento é absoluto se feito em relação ao vazio.
O vazio é aquilo que existia, antes do Leo criar A e B.

Agora. Veja-se que a definição de "Velocidade" como dr/dt não depende
do referencial mas apenas de variações nele. Mudando de coordenadas
(por exemplo, para um ref de coordenadas esféricas) a velocidade é o
mesmo vector que antes.
Esta propriedade importante dos Vectores, é a base matemática que os
relaciona com um espaço absoluto. (matemáticamente fala-se em Vector
livre )
Portanto, a minha pergunta se na realidade existe alguma diferença
entre velocidade relativa, velocidade absoluta e velocidade de A no
ref de B.Já que matemáticamente todas elas são a mesma coisa.
E ao aceitar isto, que aceitamos um dos principios de Eisntein que
diz que todas as velocidades são relativas e portanto não ha um
referencial absoluto. No sentido que se houvesses, não saberiamos
destinguir a velocidade em relação a ele, de uma velocidade comum em
relação a um outro ref não absoluto. Concluindo que mesmo que o ref
absoluto exista, náo posso saber qual é.


> > E acho que a força de cassimir mostra que o vácuo não e´vazio. Mas
> > disso eu não sei muito. Eu basei-me em algo mais "classico"
> > A permeabilidade electrica e magnética do meio.
> > c é a velocidade da luz no vácuo (não no vazio)
> > E o vácuo, é um meio com certas permeabilidades.
> > A velocidade depende do meio.
> > Concordas com isto?
>
> Mas o que seria este meio, que tanto falas?

Define-se por subtração.
Num sistema de onde tiraste toda a matéria (gás, normalmente) crias
vácuo. E isso é um meio. No sentido que é "um meio por onde é
possivel enviar acção fisica". No caso muito particular da luz: é
possivel enviar luz através desse "meio"
O vácuo é portanto um meio. E o vazio, tb o seria. pois é possivel
enviar através dele acção fisica. (a tua informação é enviada pelo
vazio, portanto ele actua como um meio)
meio: que está entre.


>Deixe-me, antes de esboçar uma
> resposta, retornar ao complexo vácuo/vazio mudando um pouco o
enfoque,
> apenas para tentar enxergar algum argumento lógico a contrariar a
minha
> enfática postura. O "vácuo experimental de Torricelli", foi algo
descrito
> "existir" no interior de um tubo de vidro. Costumamos assumir que
numa
> condição limite e ideal, a que chamamos "vácuo de Torricelli
perfeito",
> teríamos uma ausência total de matéria (o que na prática não chega a
> ocorrer).

A ausencia total de matéria no sentido de Torricelli não incluia os
electoes, protoes , muões, etc... incluia apenas especies quimicas.
Estou enganado?
Por isso eu digo que vácuo é ausencia de especies quimicas.

>Isso, em teoria, aproximar-se-ia também do vazio que existe no
> espaço sideral. Para mim, tudo isso seria vácuo, e não sei qual
seria a tua
> idéia a respeito.

Sim isso seria vácuo. Mas não seria vazio. Porque esse espaço está
preenchido com outras coisas. Campo gravitico, só para exemplificar.

> Este meio, a meu ver, é composto por partículas e pelo vazio. E
> não consigo enxergar diferença alguma entre *a essência* deste vazio
> intermolecular com aquela do "vácuo de Torricelli" ou do "vazio
sideral".
> Não obstante, reconheço existir uma diferença importante: por este
vazio que
> existe entre as moléculas de tais meios, trafegam informações
emitidas pelas
> moléculas num rítmo certamente alucinante, o que não seria de se
esperar que
> ocorresse, por exemplo, no "vácuo de Torricelli" e, muito menos, no
vazio
> sideral

Afinal sempre ha alguma diferença.Essa troca de informação em trafego
é do ponto de vista do receptor, ruido.
Isso deve afectar a velocidade com que a informação é transmitida no
meio.
Então a máxima velocidade da informção seria no vazio. Mas como o
vazio não existe (ao menos na presença de campo gravitico, mais que
não seja) o vácuo seria o mais aproximado disso.

Entende-se que as diferenças podem ser minimas. A velocidade da luz
no vacuo e no ar é aproximadamente a mesma. Para a informação seria
identico.

> Mas ainda assim percebo, por tuas palavras, e é possível que esteja
errado,
> que não é exatamente essa a diferença que propões entre vácuo e
vazio. Ou
> seja, o que chamei acima por "essência" do vazio ou vácuo, para mim
seria o
> nada, e neste nada imagino existir matéria em movimento e
informação do
> movimento da matéria; e nada mais além do espaço que os permeia.
> Não obstante, ficou-me a impressão que consideras o vácuo como algo
com natureza
> própria e independente da matéria, um verdadeiro aether, e que o
vazio seria
> simplesmente uma propriedade metafísica a confundir-se com o que
> chamo por espaço.

Sim. É isso mesmo. Tirando que não existe uma correspondencia linear
entre vácuo e aether(aehter seria em rigor o campo electromangético).
Na prática as propriedades electricomagnéticas de ambos são iguais e
do ponto de vista do calculo da velocidade da luz tb.Não ha portanto
como os destinguir.

Excepto por um pequeno promenor: Eles seriam diferentes se o aether
se movesse em relação ao vazio. Ai eather e vácuo seriam coisas
diferentes.
Ou seja, um aquário sem água é Vazio. Um aquário com água é vácuo.
Mergunlhando dentro de água e não pensando em superficies nem em
limites das paredes, o que eu posso identificar como não sendo água ?
Algo que se mova na água com velocidade diferente dela.
Por exemplo se houverem correntes de água eu poderia pensar, por
hipotese, que existe um meio (água 'parada') e outro meio ('agua em
movimento, corrente de água)
Então existiria uma velocidade relativa que seraparia um meio do
outro.
Todos os pontos, neste exemplo simples, pertencem ao mesmo meio se
têm a mesma velocidade.

No caso do aehter foi exactamente isto que se queria observar.
Esperava-se que o vazio estivesse empregnado de uma substância que se
movia. A tal corrente de água dentro do aquário.
Pensou-se então num ref fixo e num movel.
Se bem me lembro uma das conclusões que se pode tirar da experiencia
de MM (a qual ele baseou em "pessoas a nadarem no rio contra a
corrente e a favor da corrente) era que se o aether existisse , ele
teria de nos acompanhar à mesma velocidade que nós andamos.

Ora, qual é o problema disso ?
o liquido dentro de um cano,junto À parede do cano tem velocidade
nula em relação à parede do cano. Donde, apenas olhando para a
velocidade, teriamos de dizer que o liquido acompanha a parede. (Se a
velocidade relativa é nula, os pontos estão no mesmo referencial)

A experiencia de MM deveria funcionar se: O aether tivesse uma
velocidade : ou seja, se houvesse um corrente.
O resultado negativo mostra que ele não tem essa velocidade. E não,
como sempre se diz: que ele não existe.

A questão é que o aether não é preciso para nada. E por isso ninguem
mais o mencionou. Mas na realidade estão a pensar como se assim fosse.
Quando se usa um vazio preenchido com campos , estamos a pensar em
vácuo. Mas ao mesmo tempo estamos a pensar em aether, pq esses campos
são o que o constitui: se ele fosse preciso para explicar como a luz
se propága.

Quando Maxwell escreve as suas eq e tu as identificas (não só tu) com
equações de meio continuo, que meio seria esse?
Seria o campo electomagnético. Que é aquele que dá origem à
propagaçao da luz. Então dai a concluir que esse meio é o que era
chamado de aether é um passinho.
Com esta conversa toda eu queria dizer apenas que a minha velocidade
depende das forças aplicada em mim. O meio que me rodeia tem um papel
de atrito. Isto será válido para qq corpo fisico.
Ha medida que desces na escala os campos mais infimos não podem ser
despresados e sentes tb o seu efeito.
O meio é agora outro, mas a minha velocidade continua dependendo dele.

Não sei o que é o meio "vácuo". Sei o que ele não é.E ele não é vazio.
E a velocidade máxima nele depende apenas dele.

>Ou seja, este vazio que citas, parece-me
> que supões não existir de fato,

Ele pode existir. apenas nunca foi observado.
Se conseguires encontrar no universo um local sem campos , sem
matéria, sem nada, esse local será vazio.
Mas duvido que esse local exista. Contudo não quero ser tão redutor
quanto o outro que dizia que "A natureza tem horror ao nada (ao
vazio)"

Ela parece mesmo ter esse horror. E o máximo "nada" que se tem um
vácuo, com bastantes coisas lá dentro.


> mas apenas na nossa imaginação e, na
> prática, tudo seria o que chamas por vácuo; e este último não
retrataria o
> nada absoluto. Seria isto?

Sim.
Se o vazio é o espaço matemático mais simples, o vácuo é o espaço
fisico mais simples.

> Se for, percebo, de fato, que nossas concepções
> básicas são bem diferentes e talvez até mesmo incompatíveis entre
si. Pois
> no "meu" nada, *preciso*, em determinadas condições, da presença das
> informações, e no "teu" vácuo já existe alguma coisa de natureza
> desconhecida e/ou metafísica e, provavelmente, não precises de mais
nada
> equivalente às "minhas" informações.


Se eu diminuir a escala ao mponto de considerar que entre A , B e o
transportador de informação nõ ha mais nada, então entre eles existe
Vazio.
E é o mesmo que considerar que existia vazio e A e B e o
transportador de informação foram "implantados lá".

O espçao que considero não tem a ver com o que está lá dentro, mas
como esse algo se move.

Em exemplo: eu posso colocar o que eu quiser dentro de água. Mas os
obectos que eu colocar lá, não se vão comportar da mesma forma.

> > Se sim, então imaginemos dois submarinos viajando no mesmo meio.
> > (...) A velocidade do submarino A é nula em relação ao Porto (a
> > referencia) O outro submarino, B, tem velocidade v, no mesmo
referencial.
> > (...) 1) A e B medem velocidades diferentes da luz, no meio?
> > 2) Podem A, B ou A e B , por algum processo, saber se a água se
> > move com base na velocidade da luz?
> > A minha ideia é que não. Pq a velocidade depende das
caracteriticas
> > eletromagnéticas do meio e não de velocidades. Por isso a
experiencia
> > de Michaelson não apresentou qq resultado.Porque não era para
apresentar.
>
> Quanto ao problema proposto, diria que só poderei resolver ou
fazendo a
> experiência ou sabendo, mesmo que conjecturalmente, qual seria de
fato a
> natureza da luz.


O que interessa a natureza da luz ?
Seja onda ou particula ou o pai-natal disfarçado ela tem uma
velocidade.
O que deverias inquirir é como essa velocidade depende do meio, e
como ela é observada por outros observadores no mesmo meio.


> Ops, falha minha! Falastes, além de outras propriedades, na
experiência de
> Michaelson-Morley (MM). Ótimo, agora já estamos raciocinando
fisicamente.
> :-) Então: ¿O quê efetivamente a experiência de Michaelson-Morley
comprova?

Prova que não ha corrente no rio.
Isto é , se o aether existir, ele não se move em relação à terra.


> Lembre-se, eu sou um físico clássico e considero a física clássica
como
> ainda não falseada. Pergunto: a experiência MM falseou a física
clássica?

Não. E não era esse seu obejctivo.
O seu objectivo era medir a velocidade do aether em relação a nós
(terra).
E mediu : zero.
Pronto está medido. E agora ?
O que se conclui daqui?
Nada de relevante!


> Não, não e não! Raciocinando-se classicamente a experiência de MM
falseou a
> natureza ondulatória da luz.

Ah!... se eles usaram da propriedade de interferencia da luz, como é
que é isso ?
A propriedade de interferencia é classicamente (leia-se: no tempo
deles) apenas atribuida a ondas.
Não se chama Interferómetro de MM porque se pretendia interferir com
o aether...

>Em outras palavras, a experiência de MM
> *corrobora* que a luz comporta-se como algo *emitido por uma
fonte*, ou
> seja, está em acordo com o que chamava-se, na época de MM,
por "teorias de
> emissão"

tá. como quiseres. mas eles usaram um interferómetro.


> Mas, porque então os físicos da época não aceitaram
> essa constatação experimental? Simplesmente porque eles se
encantaram com a
> luz ondulatória, em especial após a brilhante constatação de
Maxwell a
> *aparentemente* unificar luz e eletromagnetismo, e não quiseram, em
hipótese
> alguma, abandoná-la. Mas... Seria emissão de quê? De corpúsculos,
conforme
> defendido por Newton? Ou de algo imaterial, a exemplo
daquela "alguma coisa"
> que Newton imaginou ser emitida pelos corpos a gerarem um campo
> gravitacional? Qualquer das duas idéias estava plenamente de acordo
com a
> experiência MM e com a física clássica. A única teoria que foi
*fortemente*
> falseada pela experiência foi exatamente a da luz ondulatória e,
com ela, o
> conceito de "onda" eletromagnética. Hoje sabe-se perfeitamente que
luz não é
> exatamente uma "onda",


sabe-se ? eu não sei. Porquê não é exactamente uma onda?

> Hoje fala-se em dualidade corpúsculo-onda (teoria quântica) e
também na
> inexistência de éter (relatividade moderna num sentido light, mas
não
> exatamente a de Einstein). Mas se o éter não existe, o conceito de
> onda que permaneceu com a luz, *na física clássica*, é puramente
matemático,
> pois a luz propagar-se-ia no nada


Não ha nenhuma dedução que prove em TR que a luz é uma onda.
quando se faz E=hf , está-se a usar um resultado que não é do escopro
da TR. Em relatividade, "luz" não existe. Existe "fotão"
Particula de "luz" que carrega consigo uma certa "imagem".
"imagem" = informação de posição relativa=tempo.

E é só isto.

> Mas não é impossível que existam as duas coisas e não apenas uma
com esta
> a se manifestar dualisticamente. A idéia de David Bohm

Não sei qual é essa...

>E o éter efetivamente não existe. E se o éter
> realmente não existir, não há motivos para ficarmos discutindo se
há ou não
> diferenças entre vácuo e vazio.

Ha sim, pq Vácuo não é conceptualmente o mesmo que aether.
Para por as coisas simplesmente: Aether é supostamente o 5º elemento.
Vazio é a ausencia de todos o elementos num volume do espaço. Vácuo e
a não ausencia de pelo menos um dele.

> > > Pois então pense no som
>
> Não era para responder, mas já que respondestes apenas uma parte,
agora
> pergunto: E o que concluístes? Nada mais, nada menos que, para o
exemplo
> escolhido, luz e som comportam-se diferentemente. O som, sem
dúvida, é um
> fenômeno ondulatório, concordas? E a luz? Não precisas responder,
eu só
> queria perguntar. :-)

Embora o som seja um fenomeno sem duvida ondulatório fala-se em
fonões.
Que representam para o som, o mesmo que os fotões para a luz.



> > > Pois apenas comunicar não significaria nada. Deve haver alguma
> > > ação, não é mesmo?
>
> > Ah! pois , foi isso que andei pensando estes dias.
> > Se uma informação implica sempre numa acção, então pq eu usar
mais um
> > constructo se tenho o da acção? O que me traz a mais o uso desse
> > constructo? Ou seja, em vez de pensar em informação, posso pensar
em
> > Acção. Transporte de acção, acção à distância, acção sem
contacto. E a
> > variação da acção no tempo e no espaço dá-nos a energia e o
impulso e dai
> > entramos no campo já conhecido e não ha mais constructos
necessários.
> > Basta-nos agora, voltar a A e B e usar o conceito de Acção, para
> > responder ao mesmo que estávamos a responder aqui.
>
> Sinceramente, não entendi a simplificação.

A informação é informação de algo. Movimento.
Mas movimento é decorrente de uma Acção. Então temos informação da
acção. Mas em vez de isto podemos simplesmente pensar em propgação da
acção.

> Por
> exemplo, digamos que a maçã tenha caído na cabeça de Newton e
provocado dor.
> Pelo que entendi, estás propondo que poderíamos excluir a maçã,
pois a dor
> seria suficiente para que entendêssemos todo o processo. Seria isso?

Não.
O que estou dizendo é que:
Algo provocou a acção da maçã cair.
O movimento da maçã transportou essa acção até à cabeça do Newton.
Quando a maçã bateu na cabeça dele houve transferencia da acção.

Portanto a acção original que deu movimento à maçã , propagou-se até
à cabeça do Newton.

Entre A e B: A move-se. Isso produz uma acçao (que pelo que entendo
referes como uma especie de arrastamento). Essa acção é transportada
pela "particula de informação" até B. produzindo em B uma acção. ou
seja um movimento.
Portanto, a acção se propaga. Como?
Por intermédio de particulas de informação.
Mas pq lhes chamar de "particulas de informação" se o que carregam é
Acção ?
Chamemos-lhes "particulas de acção"
E ai já não precisamos de pensar em termos de Informação. Poupando
uma Grandeza/variável.


> > > Diria então que à medida em que B se move em direção a "A", de
alguma
> > > forma B transmite para "A" uma informação a empurrar "A" no
sentido em
> > > que a distância entre os dois tenda para uma situação de
equilíbrio
> > > final (com os dois à mesma velocidade)
>
> > Parafraseando: "Diria então que à medida em que B se move em
direção a
> > "A", de alguma forma B transmite para "A" uma acção a
empurrar "A" [uma
> > força] no sentido em que a distância entre os dois tenda para uma
situação
> > de equilíbrio final (com os dois à mesma velocidade) [igualdade
de força]"
>
> De duas uma: ou simplesmente trocastes de nome, de informação para
ação,
> como poderia ser também para cuca ou merreca, ou então estás de fato
> assumindo que efeito e causa são uma coisa só, assim como no caso
acima da
> maçã e da dor. Bem, poderias dizer que a maçã se choca com a cabeça
e a dor
> surge em decorrência do choque; e estarias tentando dizer que entre
maçã e
> choque poderias escolher apenas um, pois se a maçã está indo em
direção a
> cabeça, o choque seria inevitável.


Não é nada disso.
A particula transmissora de A para B continua lá.
O que muda é a intrepretação de pq ela está lá.
Ela está lá pq não é possivel B ser afectado por A se A não exercer
sobre B uma acção.
A acção é portanto uma variável classica completamente util no caso,
e sem perda de generalidade podemos susbtituir "informação"
por "acção"
A transmite a B uma acção por intermédio de uma particula P. E o
recebimento da acçao causa um efeito.

> Pois eu diria que o elétron gera campos semelhantes a estes gerados
pela
> bolinha, apenas que o elétron está no vazio, e não num meio líquido
(no
> "meu" vazio, pois não sei o que iria ocorrer no "teu" vazio ou
vácuo). Ou
> seja, as informações do movimento não criam campos de velocidade,
mas
> potenciais de ação.

Se eu escrever "Ou seja, a acção criada pelo movimento intrinseco do
electrão, não cria campos de velocidade, mas potenciais de força."

Qual é a diferença ?



No campo de velocidades, o meio está respondendo ao
> estímulo e à inércia, mas no vazio existe apenas o potencial, a
menos que
> coloquemos neste vazio uma segunda partícula. O campo, nas
proximidades do
> equador, chamo por "campo de efeitos magnéticos" (não é exatamente
o campo
> magnético da lei de Ampère, mas algo que no mundo macroscópico irá
se
> transformar neste); e o campo nas proximidades dos pólos chamo
por "campo de
> efeitos elétricos".

Então só existe um campo electromagnético. Porque os separar ?

> Entre um e outro surge um campo de natureza mista. De
> maneira extremamente resumida, é isso aí.

Seria muito mais simples pensar num unico campo a causar efeitos em
vez de dois campos a causarem dois efeitos.



> > E o principio da relatividade classica
> > passa tb por assumir as mesmas leis em todos os referenciais
> > inerciais. Ou estou engando?
>
> Diria que as coisas não são tão simples assim.
>
> Princípio da Relatividade de Galileu: As leis da mecânica,
expressas em um
> dado referencial, serão expressas de forma idêntica em qualquer
outro em
> movimento retilíneo e uniforme em relação ao primeiro.
>
> Princípio da Relatividade Geral (PRG): As leis da natureza são as
mesmas,
> quaisquer que sejam os sistemas coordenados gaussianos em que sejam
> formuladas.

Não sei o que é um sistema coordenado gaussiano, mas suspeito que
seja uma forma matemática de dizer "referencial"

É preciso tb entender o que se entende por forma.
Como disse antes um vector é um vector em qq parte e ele é sempre o
mesmo. por outras palavras a sua norma não varia.
Um vector é uma "forma" boa para considerar matematicamente.
Em geral um Tensor é uma forma boa para considerar matemáticamente
Por isso as formulas são escritas sob a forma de tensores, para que
a "forma" seja invariante e obdecer assim a este principio da
relatividade.

> Postulado 2 de Einstein (TRR): Todas as leis da natureza são as
mesmas em
> todos os sistemas coordenados que se movem uniformemente uns em
relação aos
> outros.

Não ha diferença do de galileu. apenas substituites "referencial"
por "sistema coordenado". Palavras diferentes, mas o mesmo significado


> Existem algumas sutilezas a mostrarem que a relatividade de Galileu
e a de
> Einstein são coisas bastante distintas. Aliás, você é o primeiro
físico a
> tentar me provar o contrário, e já discuti isso com muitos físicos.


Pode ser que a mat seja diferente. E que eisntein tenha o principio
do absulo c. Mas quanto às ideias de relatividade de movimento elas
são s mesmas:
1) a velocidade de mim em relação a ti é o simétrico da velocidade de
ti em relação a mim.
2) as leis da natureza são as mesmas em todos os referenciais (lei
universal)

Porque é preciso escrever tudo em forma tensorial em TR e não em MC ?
Porque em MC não se afirma que a métrica do espaço varia. E isso
simplifica muito as contas a representação das leis e a sua "forma"


> > >Quando dissestes que "A" emitiria informação em virtude da
mudança de
> > > referencial, percebi que estavas considerando esta emissão de
informação
> > > "como se fosse uma lei" relacionada ao movimento relativo.
>
> > Mas classicamente isso não se deveria verificar?
> > Se eu actuo sobre ti, não é natural que tu me vejas actuar sobre
ti?
> > E se eu não actuo, não é natural que aceite que todas as acções
que
> > sinto não sejam da minha responsabilidade?
>
> Mas estás pensando nessa atuação como uma trombada.


Tou ? onde? [nenhuma conservação de momento foi invocada]
Eu apenas supus que a informção era retida pelo receptor.

> E eu estou pensando como
> se você estivesse me jogando um objeto. Se você lançou o objeto, e
eu o
> peguei, isso será verdadeiro em qualquer referencial.

Exacto. A natureza é a mesma
Mas não as contas que eu e tu fazemos.
Para começar as velocidades relativas serão simétricas.


>Mas aí tu queres me
> esconder o lançamento e queres que eu esqueça que não lancei e que
assuma
> que o objeto poderia ter batido num obstáculo, também invisível, e
retornado
> para mim (ou então que fosse um boomerangue). Bem, nesse caso não
dá para
> responder, mas isso não me parece ser física, isso seria uma seção
de
> adivinhação.

Tu estás explicitamente a supor que eu posso detectar se me estou a
mover com movimento rectilineo e uniforme.
E isso não é classicamente possivel.
Não ha, num ref inercial, forma de saber isso, porque do teu ponto de
vista é tudo o resto que se move, e não tu.

Se me dizes que eu posso saber que me estou a mover, isso entra em
conflito com este principio simples da relatividade.

E das duas uma, ou o que estás a fazer é fisica do absoluto, ou é uma
relatividade mais distorcida que a do Eisntein.

Mas se estás a fazer fisica do absoluto, tem que existir uma
relatividade dentro dela, donde ela se torna fisica do relativo, e
tem que obdecer a aquele principio simples.


> Não, se B emitiu alguma coisa, B emitiu emitiu esta coisa, e isso
será
> verdadeiro em qualquer referencial, qualquer que seja a física
clássica
> considerada.


Eu nã oestou a dizer que B não emitiu. Eu estou a dizer que ele não
tem como saber que foi ele que emitiu. As particulas não têm memória!
Por isso a referencia constante a esse aspecto.

> > > > Seu atiro uma pedra eu a observo a "ir"
> > > > Se eu a atiro para ti, tua a observas a "vir"
>
> > > Sim, mas ambos concordaremos que a pedra caminha de A (a tua
> > > posição) para B (a minha posição).
>
> > Numa "foto" eu não tenho como saber isso. Apenas num conjunto de
> > fotos.
>
> Mas quem está te proibindo de tirar duas fotos?

Ninguem.

> Qual é o princípio da física
> clássica que diz que os fenômenos têm de ser observados através de
um flash
> instantâneo?

Ninguem. Mas existe um principio que diz, que mesmo que eu só observe
um flash instanteno as leis da fisica mantém-se. v= lim delta r/delta
t quando delta t->0
Ou seja, eu posso, e quero, raciocinal a cada instante.
Pela integrção dos instantes obtenho o resultado real.
(da conjunto de imagens obtem-se o filme)

>Aaahhhaaa, é verdade, o princípio de Heisenberg, não é mesmo?

Não é!! Começo a pensar que existe algum tipo de promessa em o
referires em todos os mails... ;-)


> > > Pelo visto não estás entendendo devidamente as implicações
> > > relacionadas à relatividade e o porquê para Newton o referencial
> > > absoluto era tão importante
>
> > Então, antes de prosseguir esclarece-me no seguinte.
> > Qual é a diferença fisica entre uma velocidade relativa entre dois
> > corpos, a velocidade de um corpo num referencial, e a velocidade
do mesmo
> > corpo no referencial absoluto.
> > Não são elas todas velocidades indestinguiveis ? Ou seja, não são
> > elas todas relativas a alguma coisa?
>
> A resposta imediata eu já dei, mas não a aceitastes,

qual foi ?
(pq nunca dás um sim ou não simples ? )


[do elecrão entre dois pólos electricos]

> >
> > Ou seja, nós movemo-nos em relação ao electrão no sentido
contrário.
>
> Mas você está deixando de lado o mais importante. Nada disso é
necessário!
> Esse elétron faz parte de uma corrente elétrica e, portanto, está
sujeito a
> um campo elétrico que o leva de uma extremidade do fio para a
outra. A
> pergunta que fiz foi: Em qual velocidade o observador enxergaria o
elétron
> caminhar do potencial positivo para o negativo.

isso é um problema a 3 corpos.
Eu estava num problema a 2 corpos.
Vejamos o que eu sei:

1) sei que me estou a mover num dado sentido entre os polos.
Não sei quando comecei, nem quando vou chegar (corrente)
2) observo o electrão na direcção oposta ao do meu movimento. Sei que
então "se ele se move no sentido contrario ao positivo" eu estou
logicamente me movendo no sentido positivo.
SE ele se move de - para + , eu esou me movendo de + para -

Mas eu concluo isto pq sei,à priori que aquilo que vi era um electrão.

E se eu não souber isso? E se eu souber antes que eu me estou a mover
de - para + ?
Então "aquilo" está-se a mover de + pra -. É portanto algo
electricamente positivo.

Para garantir que as contas são feitas correctamente, manda a
relatividade que eu não as faça no meu referencial, mas no d'"aquilo"
Quando estiver no ref daquilo, eu verei que aquilo se move tb de -
para + e é portanto algo electricamente negativo.
Esta é a lição do sr Eisntein. As conclusões que tiramos vendo do
nosso ref podem não ser verdadeiras pq dependem do que consideramos
saber.


> E a resposta é: Nenhuma.
> Portanto, para respondermos a essa pergunta tanto faz o conceito de
> velocidade relativa entre observador e observado. Para respondermos
a essa
> pergunta tudo se passaria como se o referencial do laboratório
fosse o
> referencial absoluto (obviamente, estou apenas ilustrando uma
analogia,
> jamais afirmando que esse seria o referencial absoluto newtoniano).


Repara que esse ref não e preciso para nada, pq todas as contas são
feitas com velcodiades relativas. Das particulas relativamente uma à
outra, e de cada uma a um ponto inicial.

> > Mas ele tb se move no sentido contrário do nosso ponto de vista
> > Isto é facil de ver. Dois carros na rodovia cm velocidades
diferentes
> > se movendo na mesma direcção , ambos veêm o outro se afastar.
> > Afastar implica uma velocidade no sentido contrário ao nosso
>
> Sim, e esse estudo seria totalmente análogo, desde que
formulássemos o
> problema semelhante e não esse que propões. Digamos que um dos dois
carros
> está viajando da cidade A para a cidade B, e que na velocidade que
mantém
> chegará em B em uma hora. ¿O fato de você, que está no outro carro,
> observá-lo de outro referencial, afetaria, de alguma maneira, a
duração da
> viagem de B, segundo a física clássica?

Isso não é o mesmo exemplo. Não entrámos com o tempo no exemplo do
electrão.

Seu eu for seguindo B com velocidade relativa nula, eu demorei o
mesmo tempo que ele, pois se a nossa velocidde relativa é nula
estamos no mesmo referencial. E o tempo que passou entre ele chegar e
eu chegar, depende apenas da distancia que nos separava no inicio.

Se ele for mais depressa que eu, isto é: se ele se mover em relação a
mim com uma velocidade relativa negativa [=afastamento], ele chegará
antes. (numa corrida, ele ganhará)
Então ele demorou menos tempo que eu a chegar.
Se eu demorei 1 hora, quanto demorou ele ?
Isso depende das nossas velocidades relativas. (pensando que não ha
aceleração relativa)
A distância é que é a mesma, e não o tempo. Para velocidades
diferentes , teremos tempos diferentes segundo a fisica clássica.
Exemplo: corrida . 50km de percurso. Ganha quem chega antes.
Como todos partem do mesmo ponto (distancia incial relativa =0) então
chega primeiro quem tiver uma maior velocidade relativa em relação a
todos os outros atletas.

Isto não tem nada a ver com o exemplo do electrão.
E não viola a fisica classica.

Não, pois para responder essa
> pergunta, o referencial a ser considerado seria aquele fixo à
estrada e
> nenhum outro seria melhor do que este.

Esse é o referencial do arbitro, que fica parado no percurso (na
meta) ha espera dos concorrentes. Esse não é o referencial de A nem
de B.

Eu tenho notado que usas sempre 3 referenciais. Em relatividade
classica ou não,se usam apenas em pares de 2. Existe Vab, e não Vabc.



Não há necessidade alguma de se
> utilizar aqui a relatividade. Esse não é um problema relativístico,
pelo
> contrário, é um problema a mostrar que existem condições em que a
solução
> somente faz sentido em um único referencial, muito embora em teoria
possam
> existir outros,

Se existem outros,as conclusoes tem que fazer sentido na mesma. Isso
é que significa as leis serem obdecidas em todos os ref, e serem
portanto universais.


> > >Um elétron jamais se transformará num
> > > pósitron com a mudança de referencial.
>
> > Pois não. Mas o seu movimento sim.
>
> Baseado em quê afirmas isto? Quase tudo o que sabemos sobre o seu
movimento
> é hipotético.

Não é hipotético. é Experimental.
Quando eu meço, eu meço o que vejo. Não meço metafisica nem movimento.
Meço distancias, e tempos.
Se a distancia entre ele e eu aumenta eu digo que ele se afasta.


Sim, pela minha teoria a tua afirmação faz sentido, e quero
> crer que também por algumas outras, se bem que não todas. Mas isso
nos leva
> a considerações de natureza epistemológica: ¿Como é que uma coisa
que num
> referencial impróprio aparenta ser o que não é e, não obstante,
efetivamente
> é aquilo que aparenta não ser? Percebas que a resposta está
vinculada à
> própria pergunta, e jamais poderemos fornecê-la se não respondermos
antes a
> outra pergunta: O que é um referencial próprio?

O nosso ref proprio, é aquele onde estamos parados
o ref propio de outrem, é aqule onde outrem está parado.
Que pode ou não ser o mesmo.
A diferença entre ref depende da velocidade de cada um, e não da
origem do referencial.
Porque a velocidade será a mesma qq que seja o referencial. Isto pq a
velocidade é um vector.


> Pois será aquele que, para o
> problema em estudo, admite uma resposta, como era o caso do fio
condutor, no
> meu exemplo, ou da estrada, no teu. Nestes casos hipotéticos,
aparentemente
> pareço estar a andar em círculo

pq consideras 3 ref onde só cabem 2.
aoconsiderares o 3º e assumir que nele as "leis" são diferentes,
chegas a coisas estranhas.

Ou seja, o electrão é sempre o electrão no seu ref proprio
(conservaçõ da identidade?) , mas dependendo da velocidade relativa
que tenho a ele, eu o posso ver como um electrao ou nao dependendo da
velocidade relativa a ele.

E não me digas que isto é TR pq em TR carga se conserva.

> também em 20 de estudos a respeito deste tema, posso lhe
> garantir que estou fixo na Terra que se move em relação ao
referencial
> absoluto newtoniano numa velocidade incrível, muito provavelmente
igual a
> "c", a mesma velocidade que dizem ser impossível de ser atingida a
não ser
> em condições limites e/ou para partículas de massa de "repouso"
nula.

Mas o c da luz é isotropico. E o teu 'c' (velocidade da galáxia) não
deveria ser.Se a galaxia se move ela tem um direcção.
Se nos movernos nos sentido contrario 'c', diminui.


> Responderei então ao teu questionamento de maneira operacionalmente
bem
> simples: Acenda uma lanterna e mantenha-a segura (ou fixa) em tuas
mãos.
> Peça para alguém que determine a velocidade da luz emitida por esta
> lanterna. Se esta velocidade for diferente de zero, certamente você
estará
> em movimento em relação ao referencial absoluto newtoniano

Conclusão: A luz é o detector de movimento em relaçáo ao ref absoluto.
Então os fotões são as particulas que transportam a informação do
movimento absoluto. E como sem ess informação não ha alteração do
estado do movimento do receptor, então viajando a mais que c, não
saberiamos de nada, pois não obteriamos informação dos outros corpos.

> > > Por outro lado, essa energia nuclear seria infinita?
>
> > Bm sabes que Energia não tem quantificação fisica. Variação de
> > Energia é que tem.
>
> Sim, mas você está propondo que o núcleo de um átomo possa emitir
> continuamente energia sem se desgastar nem absorver energia do meio
> ambiente.

Não. Eu só poderei tirar dele a energia que ele puder variar.
Ou seja, eu tiro dele um pedaço de energia que sobra pq ele porque
tem vários niveis de energia. Abaixo desse nivel eu não posso sugar
nada.
Ou seja ,
se E(£)=2£ + 10 biliões

dE=2

Não consigo aceder aos 10 biliões.

No cáso do atomo eu poderia dizer que esses 10 biliões estão
guardados na energia do nucleo... e a energia "livre" é do electrões.
No caso do nucleo, não sei muito bem qual é a "livre" e qual
a "presa".

> ou
> melhor, nem sei mais onde estamos, pois trocastes de thread ;-) e
os
> títulos das mesmas não têm nada a ver com o que estamos discutindo.

Ixi, então afinal é verdade... ontem comecei a ficar confuso com
isso. então foi esse o problema. Peço desculpa.


[]

Sérgio



SUBJECT: Sistemas Complexos
FROM: "Leandro chew" <chew00@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/12/2001 15:00

Olá pessoal,

bem sou novato aqui no grupo de discussões e estou postando minha primeira
mensagem.

Algum de vocês tem algum link interessante de preferência em português sobre
Sistemas Complexos Adptativos ou sobre Caos como relação em dinâmica das
populações ou outros ?

Gostaria de saber também se existe alguma linha boa de pesquisa nesta área
aqui no Brasil, sei que existe um grupo na Física Estátistica na UFMG, mas o
material que eu tenho de lá é bem pequeno, onde poderia encontrar mais ?

[]'s
Leandro



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Clonagem humana - replicação x terapêutica
FROM: "Lupe" <lupe@bsi.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/12/2001 22:40

Olá meninos,
Só para lembrar: não é necessário discutir nenhuma questão
ética...precisamos lembrar que os mecanismos que cercam a reprodução em
organismos complexos (mamíferos, por exemplo) são muito pouco compreendidos.
Mais uma vez vem a perniciosa necessidade de controle que impede sequer um
vislumbre de compreensão. Para ser bem técnica (como sei que vocês apreciam)
existem clusters de imprinting genético que regulam a expressão monoalélica
de células somáticas. O efeito de um núcleo diplóide proveniente de uma
célula somática em um embrião (que muito provavelmente tem padrões
diferentes de inativação/ativação de genes por imprinting) pode ser
"catastrófico"...
LF
----- Original Message -----
From: Roberto Belisario <rbdiniz@terra.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, December 06, 2001 10:12 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Clonagem humana - replicação x terapêutica


>
> É, pensando bem, talvez eu tenha realmente feito uma generalização
indevida.
> Inté,
> Belisário
>
> At 20:06 05/12/01 +0000, you wrote:
> >--- In ciencialist@y..., Roberto Belisario <rbdiniz@t...> wrote:
> >> (2) qual deles é moralmente correto. Referia-me à posição da Igreja
> >e dos
> >> governos: a meu ver, parecia que a Igreja e esses governos estão
> >invertendo
> >> os valores definidos em seus próprios referenciais, uma vez, que,
> >aceitos
> >> esses, a prioridade de repúdio deveria ser inversa (repudiar o
> >terápico
> >> antes do replicativo). Mas, como há muitas coisas da biologia que me
> >> escapam, essa impressão minha poderia ser devida a que algo poderia
> >estar
> >> me escapando nisto também, e aí mandei a pergunta. Bom, as
> >respostas foram
> >> esclarecedoras, de qualquer forma.
> >
> >Bem, então o trecho enviado e' pouco ilustrativo. A rainha
> >Elizabeth II e' uma *governante* *inglesa* e chefe *religiosa* da
> >Igreja Anglicana -- uma vertente *protestante*. A Advanced Cell
> >Technologies e' uma *empresa* *americana* de *biotecnologia* q.
> >vive em uma sociedade *protestante*.
> >
> >Mas ainda q. a mesma rainha inglesa houvesse liberado a clonagem
> >terapêutica e barrado a reprodutiva (ou a ACT liberasse nota q.
> >repudia a clonagem reprodutiva) não necessariamente haveria
> >uma inversão de valores.
> >
> >Ha' certas suposições implícitas em sua indagação cuja resposta
> >não é necessariamente sim.
> >
> >As pessoas q. são favoráveis à clonagem terapêutica e contrárias
> >à reprodutiva:
> >
> >1o. - reconhecem q. a vida humana começa no instante da concepção
> >e estendem esse conceito para o óvulo com o núcleo transplantado
> >(epa!).
> >
> >2o. - pressupõem q. as células restantes realmente serão
> >todas inviáveis.
> >
> >3o. - consideram como destruição das células a sua excisão do
> >embrião e manipulação para a produção de novos tecidos e substitutos
> >de órgãos.
> >
> >4o. - consideram q. a vida potencial das células do embrião é
> >tão valiosa qto a vida das pessoas beneficiadas.
> >
> >Um simples (na verdade nada simples) não a uma dessas pressuposições
> >pode tornar auto-consistente a posição dessas pessoas. Mas eu
> >particularmente desconheço quem tenha tal posicionamento (não
> >q. isso sigfique algo). As posições mais comuns são a aceitação
> >condicionada da clonagem reprodutiva e condenação da terapêutica;
> >condenação tácita de ambas ou aceitação condicional de ambas.
> >
> >Tecnicalidades: a ACT não produziu um clone de embrião humano.
> >Ela produziu células clones de uma pessoa adulta. Deixemos de
> >lado o detalhe q. um embrião possui várias células a mais do q.
> >as obtidas, mas um clone de embrião é a técnica mais simples de
> >clonagem -- pega-se um embrião em fase incial e separa-se as
> >suas células: ocorre naturalmente e já é feito em casos de reprodução
> >assistida há anos.
> >
> >[]s,
> >
> >Roberto Takata
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Clonagem humana - replicaçãoxterapêutica
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/12/2001 01:53

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, sergiotaborda"
<sergiotaborda@esfera.f2s.com wrote:

> Tu conheces a história pode detrás da ficção dos X->men?
> Agora, com o filme, tlv conheças.
> Verás que existe uma espécie de racismo contra os >Mutantes

Creio que o tema é muito interessante.
O problema ético tem que ver com a discriminação.

Se a gente pode ou não clonar é um problema técnico, em primeiro lugar. O
que hoje é difícil, amanhã será fácil.

O fato de ser alguém gerado de um modo diferente, gerará necessariamente
preconceitos. Este tema se chama narcisismo das pequenas diferenças. É o
fundamento dos racismos, das xenofobias, das lutas religiosas, dos
fundamentalismos, das misoginias e de todas as formas de sexismo. São
manifestações puramente emocionais ante as pequenas e não essenciais
diferenças entre os seres humanos, sem fundamento científico.

Que haverá quem tente manipular geneticamente os seres para dotá-los de
características "melhores", é um fato. Creio que a oposição não vai servir
para nada. O que quiserem fazer, farão.

Por outro lado, sabemos que, embora haja semelhança física, psicológicamente
serão diferentes. Os gêmeos idênticos, quando são estimulados a serem
iguais, sofrem grandes perturbações psíquicas. Todos querem se diferenciar.
Assim, que todos, mais cedo ou mais tarde, terminarão promovendo a
diferenciação e cada um terá sua personalidade.

Creio que supor qual vai ser o resultado da futura manipulação genética
ainda é prematuro. Assim que o que se tem que fazer é aguardar e se manter
bem informado.

Quando tenhamos resultados, sabemos que devemos lutar como adeptos de uma
posição que preconiza a ciência como instrumento da cidadania, a serviço da
democracia. Como cientista, promover o diálogo entre as diferentes formas de
ver o mundo, sempre questionando as soluções definitivas e estimulanto a
criatividade de novas visões.

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] Sistemas Complexos
FROM: Adam Luiz de Azevedo <adam@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/12/2001 09:10

Bem, não tenho nenhuma referência, mas digo uma coisa: é muito
interessante que você procure fontes em outras línguas, principalmente em
inglês, pois há poucas coisas que prestam em português (infelizmente).

On Thu, 6 Dec 2001, Leandro chew wrote:

> Olá pessoal,
>
> bem sou novato aqui no grupo de discussões e estou postando minha primeira
> mensagem.
>
> Algum de vocês tem algum link interessante de preferência em português sobre
> Sistemas Complexos Adptativos ou sobre Caos como relação em dinâmica das
> populações ou outros ?
>
> Gostaria de saber também se existe alguma linha boa de pesquisa nesta área
> aqui no Brasil, sei que existe um grupo na Física Estátistica na UFMG, mas o
> material que eu tenho de lá é bem pequeno, onde poderia encontrar mais ?
>
> []'s
> Leandro
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
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> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>



SUBJECT: Re: Clonagem humana - replicação x terapêutica
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/12/2001 09:13

--- In ciencialist@y..., "Lupe" <lupe@b...> wrote:
> Olá meninos,
> Só para lembrar: não é necessário discutir nenhuma questão
> ética...precisamos lembrar que os mecanismos que cercam a

Claro q. é preciso discutir ética.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Clonagem humana - replicação x terapêutica
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/12/2001 12:26



Roberto Belisario wrote:

>
> Concordo. A ciência tem que ser revertida em benefício da sociedade e
> cientistas e a sociedade têm que debater sobre como fazer isso; e, nesse
> processo, não há como não se ter a ética em vista.

Há um problema com essa ideia: os interesses da sociedade não são
únicos. O interesse da seita mericana Amish é viver com a tecnologia
do século XIX, e o interesse dos Extropianos é viver com a tecnologia
do século XXV. Isto só para citar dois exemplos extremos. As
sociedades são por natureza conflituosas. Nos Estados Unidos, grande
parte da pesquisa é feita com fundos privados. A experiência de
clonagem da ACT foi feita com fundos privados. Não são atribuidos
fundos públicos para clonagem. As sociedades modernas não são
sociedades centralizadas em que uma decisão do imperador pode parar
o progresso. E ninguém é interprete previligiado do interesse colectivo,
o que significa que todos são livres de perseguir os interesses que
considerem válidos.

--
joão
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Clonagem humana - replicação x terapêutica
FROM: Roberto Belisario <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/12/2001 12:35

At 11:13 07/12/01 +0000, you wrote:
>--- In ciencialist@y..., "Lupe" <lupe@b...> wrote:
>> Olá meninos,
>> Só para lembrar: não é necessário discutir nenhuma questão
>> ética...precisamos lembrar que os mecanismos que cercam a
>
>Claro q. é preciso discutir ética.
>
>[]s,
>
>Roberto Takata

Concordo. A ciência tem que ser revertida em benefício da sociedade e
cientistas e a sociedade têm que debater sobre como fazer isso; e, nesse
processo, não há como não se ter a ética em vista.

Belisário



SUBJECT: Re: Clonagem humana - replicação x terapêutica
FROM: "rbdiniz2" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/12/2001 15:45

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
>
>
> Roberto Belisario wrote:
>
> >
> > Concordo. A ciência tem que ser revertida em benefício da
sociedade e
> > cientistas e a sociedade têm que debater sobre como fazer isso;
e, nesse
> > processo, não há como não se ter a ética em vista.
>
> Há um problema com essa ideia: os interesses da sociedade não são
> únicos. O interesse da seita mericana Amish é viver com a tecnologia
> do século XIX, e o interesse dos Extropianos é viver com a
tecnologia
> do século XXV. Isto só para citar dois exemplos extremos. As
> sociedades são por natureza conflituosas. Nos Estados Unidos, grande
> parte da pesquisa é feita com fundos privados. A experiência de
> clonagem da ACT foi feita com fundos privados. Não são atribuidos
> fundos públicos para clonagem. As sociedades modernas não são
> sociedades centralizadas em que uma decisão do imperador pode parar
> o progresso. E ninguém é interprete previligiado do interesse
colectivo,
> o que significa que todos são livres de perseguir os interesses que
> considerem válidos.
>
> --
> joão
> http://www.nonio.com

O fato de a ética ser subjetiva não significa que a discussão não
deva acontecer nem que os cientistas devam ignorar as suas
implicações. Essas dificuldades existem, mas devem ser administradas;
a discussão é necessária. Ninguém disse que seria fácil...

E nem
tampouco discutir ética significa necessariamente cercear liberdades.
Se bem abordado, não cercea. O próprio parágrafo que você escreveu
contém argumentações sobre ética que trazem luz a muitas questões,
mas nem por isso cerceam liberdades.

Muitas vezes, a discussão sobre ética vai a favor das liberdades
e da pluralidade de pensamento. O que temos
que lembrar é que não podemos usar para ética os mesmos argumentos
que usamos para ciências naturais. E também lembrar dos pressupostos
embutidos em nossas afirmações (façam o que eu digo, não o que eu
faço...) e nas nossas certezas, mesmo as mais profundas. Muito
da discussão sobre ética científica, por exemplo, consiste em
desnudar e preconceitos embutidos nas argumentações. Isso não implica
em cerceamento de liberdades, muito pelo contrário.

Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Clonagem humana - replicação x terapêutica
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/12/2001 16:23

Não proponho que se ignore a ética. Só estava a chamar à atenção
para o facto de existirem interesses contraditórios e que de facto
a ética não é tão absoluta como por vezes se supõe. Mas também
não é tão relativa como por vezes se supõe. No fundo acho que
concordo com você.

Joao
http://www.nonio.com


rbdiniz2 wrote:
>
> --- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> >
> >
> > Roberto Belisario wrote:
> >
> > >
> > > Concordo. A ciência tem que ser revertida em benefício da
> sociedade e
> > > cientistas e a sociedade têm que debater sobre como fazer isso;
> e, nesse
> > > processo, não há como não se ter a ética em vista.
> >
> > Há um problema com essa ideia: os interesses da sociedade não são
> > únicos. O interesse da seita mericana Amish é viver com a tecnologia
> > do século XIX, e o interesse dos Extropianos é viver com a
> tecnologia
> > do século XXV. Isto só para citar dois exemplos extremos. As
> > sociedades são por natureza conflituosas. Nos Estados Unidos, grande
> > parte da pesquisa é feita com fundos privados. A experiência de
> > clonagem da ACT foi feita com fundos privados. Não são atribuidos
> > fundos públicos para clonagem. As sociedades modernas não são
> > sociedades centralizadas em que uma decisão do imperador pode parar
> > o progresso. E ninguém é interprete previligiado do interesse
> colectivo,
> > o que significa que todos são livres de perseguir os interesses que
> > considerem válidos.
> >
> > --
> > joão
> > http://www.nonio.com
>
> O fato de a ética ser subjetiva não significa que a discussão não
> deva acontecer nem que os cientistas devam ignorar as suas
> implicações. Essas dificuldades existem, mas devem ser administradas;
> a discussão é necessária. Ninguém disse que seria fácil...
>
> E nem
> tampouco discutir ética significa necessariamente cercear liberdades.
> Se bem abordado, não cercea. O próprio parágrafo que você escreveu
> contém argumentações sobre ética que trazem luz a muitas questões,
> mas nem por isso cerceam liberdades.
>
> Muitas vezes, a discussão sobre ética vai a favor das liberdades
> e da pluralidade de pensamento. O que temos
> que lembrar é que não podemos usar para ética os mesmos argumentos
> que usamos para ciências naturais. E também lembrar dos pressupostos
> embutidos em nossas afirmações (façam o que eu digo, não o que eu
> faço...) e nas nossas certezas, mesmo as mais profundas. Muito
> da discussão sobre ética científica, por exemplo, consiste em
> desnudar e preconceitos embutidos nas argumentações. Isso não implica
> em cerceamento de liberdades, muito pelo contrário.
>
> Belisário
>
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--
joão
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SUBJECT: Re: Clonagem humana - replicação x terapêutica
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/12/2001 17:17

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> Não proponho que se ignore a ética. Só estava a chamar à atenção
> para o facto de existirem interesses contraditórios

Bem, se nao houvesse interesses em conflitos
haveria pouca razao para discussao.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Clonagem humana - replicação x terapêutica
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/12/2001 17:22



rmtakata wrote:
>
> --- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> > Não proponho que se ignore a ética. Só estava a chamar à atenção
> > para o facto de existirem interesses contraditórios
>
> Bem, se nao houvesse interesses em conflitos
> haveria pouca razao para discussao.
>

Sem dúvida, mas os conflitos são conflitos entre éticas concorrentes,
não são conflitos puramente egoistas.

--
joão
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: Clonagem humana - replicaçãoxterapêutica
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/12/2001 17:33

--- In ciencialist@y..., "Marco Aurelio" <clave@s...> wrote:
> Que haverá quem tente manipular geneticamente os seres para dotá-los de
> características "melhores", é um fato.

Bem, eu particularmente acho estranho considerar
como fato eventos futuros, mas tudo bem ja' q. na
verdade ja' houve quem o fizesse -- e ate' mesmo
ja' nos alimentamos desses seres geneticamente
modificados.

Agora seres entendido como seres humanos sou
reticente. Ha' possibilidade forte de q. haja tentativas --
incluindo declaracoes tacitas de desejo -- mas
possibilidade e' diferente de fato consumado. Ainda
ha' muita agua para rolar.

> Creio que a oposição não vai servir
> para nada. O que quiserem fazer, farão.

Eu acho temeraria esse tipo de posicionamento fatalista.
Tto possibilidade e' diferente de realizacao q. ha'
hj possibilidade para erradicacao da miseria no mundo ou
para sua destruicao em questao de minutos.

Mas mesmo q. isso venha a ocorrer -- concordo q.
as possibilidades parecem muito gdes (embora o
assunto tenha mudado um pouco de foco -- passamos
de clonagem para engenharia genetica -- este termo
parece q. esta' em desuso, nao?) -- nao significa q
a oposicao nao sirva para nada. Ela poderia fazer
com q. fossem criadas leis regulamentando essa
pratica: proibindo, condicionando ou coisa q. o valha;
ela pode criar parametros eticos para guiar sua
aplicacao: ISO 71800 - Padroes eticos de processo
de manipulacao genetica de material biologico de origem
humana ou algum monstrinho parecido.

Mesmo q. nao venha a provocar esses efeitos
vale como uma manifestacao legitima de um
determinado ponto de vista (sem violencias).

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Clonagem humana - replicação x terapêutica
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/12/2001 17:40

Aproveitando o acesso a internet...

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> Sem dúvida, mas os conflitos são conflitos entre éticas concorrentes,
> não são conflitos puramente egoistas.

Uma possibilidade e' q., como vc disse, embora nao
exista uma etica universal, existem bases em comum --
pelo alguns pontos de afinidade. Eventualmente essas
bases podem servir para algum tipo de entendimento
mutuo, ainda q. parcial.

Claro q. entedimento mutuo nao significara' necessariamente --
ou necessariamente nao significara' -- um consenso.

Mas e' preciso haver dialogo. Uma frase feita q.
acho se encaixar nesta situacao e': Dois monologos
nao fazem um dialogo.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Clonagem humana - replicação x terapêutica
FROM: "Lupe" <lupe@bsi.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/12/2001 00:04

Eu não pretendo alegar que se deva refutar uma discussão ética, mas sim que
existem considerações a priori. Tais considerações inviabilizam a utilização
da clonagem, posto que é uma técbica que envolve elementos (e todas as
interações possíveis entre esses elementos) que não conhecemos.
LF
----- Original Message -----
From: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, December 07, 2001 12:26 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Clonagem humana - replicação x terapêutica


>
>
> Roberto Belisario wrote:
>
> >
> > Concordo. A ciência tem que ser revertida em benefício da
sociedade e
> > cientistas e a sociedade têm que debater sobre como fazer isso; e, nesse
> > processo, não há como não se ter a ética em vista.
>
> Há um problema com essa ideia: os interesses da sociedade não são
> únicos. O interesse da seita mericana Amish é viver com a tecnologia
> do século XIX, e o interesse dos Extropianos é viver com a tecnologia
> do século XXV. Isto só para citar dois exemplos extremos. As
> sociedades são por natureza conflituosas. Nos Estados Unidos, grande
> parte da pesquisa é feita com fundos privados. A experiência de
> clonagem da ACT foi feita com fundos privados. Não são atribuidos
> fundos públicos para clonagem. As sociedades modernas não são
> sociedades centralizadas em que uma decisão do imperador pode parar
> o progresso. E ninguém é interprete previligiado do interesse colectivo,
> o que significa que todos são livres de perseguir os interesses que
> considerem válidos.
>
> --
> joão
> http://www.nonio.com
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] TRG - demonstração deprevisões
FROM: "M. A. Guimarães" <xb612@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/12/2001 12:24

Olá, está e minha primeira participação na lista.
Não entendo muito de física mas achei que o movimento descrito fosse devido
ã tensão superficial ou coisa assim.
Conversei com um professor de física, amigo me, e ele me relatou que isso
fosse devido a umtal de movimento Browniano. Pode ser um a explicação
plausível?
Sou professor de biologia e tbm fico impressionada com a quantidade de
"maluquices"que vejo nos livros didáticos
Até a próxima.
____________________________________________________________________________
____________________
Márcio Andrei Guimarães
----- Original Message ----- > Bem, uma coisa puxa a outra e vou aproveitar
para colocar um texto que extraí hoje do livro Física 1 -de Udmir Pires,
pág. 228 - Cia Editora Nacional, do qual espero comentários:
>
> "1. Todos os corpos exercem atração um sobre o outro. Todavia, quase não
percebemos essa atração porque ela é muito pequena etc. etc......
> Apesar disso, você pode constatar essa atração de modo muito simples:
tome um copo com água e deixe boiar na superfície do líquido alguns
pedacinhos de cortiça. Você verá que um atrai o outro e eles se juntam
rapidamente assim que as distâncias entre eles se tornem suficientemente
pequenas para aumentar a força de atração. Você verá também que as paredes
do copo (que têm massa relativamente grande) não permitem que as partículas
de cortiça permaneçam no centro da superfície líquida. Dentro de pouco tempo
todas elas são atraídas para as margens colando-as às paredes. A mesma
experiência pode ser observada com as bolhas de ar que às vezes se formam na
superfície de um líquido (leite, por exemplo, quando agitado)."
>



SUBJECT: Termodinâmica e Entropinos
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/12/2001 14:35

> Olá Sérgio

Olá Alberto.
Decidi mudar o nome do tipico pq de facto houve uma confusão com eles.
Espero que assim se redima esse contratempo

> > Mas agora vejamos que, o coeficiente cuca já faz parte da
> > termodinâmica e do estudo dela. (..)
>
> Sem dúvida. E assim como existem sistemas com mais de uma "cuca",
como por
> exemplo uma solução ou uma mistura de gases, estou afirmando que
todos os
> sistemas comportam outra "cuca" ainda não levada em consideração,
com sua
> correspondente "merreca". Por outro lado, que mal há em representar
os
> produtos "miu"dN, ou "cucas"x"merrecas, separados, na fórmula de dU?

Ok...se quiseres escrever dU=TdS -p dV + miu dN + cuca dmerreca, tudo
bem por mim.
Mas dU=dQ + dW só tem dois termos e era isto que eu gostaria de
explicar...ok,explicar é execessivo...queria chamar a atenção.

Se cuca d'merreca' for um termo de trabalho aparecerá em dW, e se não
for,
aparecerá , por definição de Q, em dQ. Não ha mais termos ,e não
precisamos
deles.
Repara como dU=TdS - pdV + miu dN tem 3 termos ,e dU=dQ+dW só tem 2.
E isso
nunca invalidou o uso em quimica de miu dN, nem foi acresecentado um
termo
dU=dQ + dW + dN
O que poderia ter sido feito. Mas não foi. E eu já tentei argumentar
pq não
foi.
Não foi pq dQ já o inclui.

Talvez devessemos mudar o simbolo de dQ para não confundir com "calor
que
faz no verão" ou "variação de temperatura" ...
O que não precisamos fazer é acrescentar termos. No máximo separar
termos.
Separar N em dois termos dn e dN' , onde dN' são merrecas e dn são
espécies
quimicas.

> > Mas não é isso que se entende do teu texto.
> > Se de facto é verdade que nada mais ha a acrescentar à
termodinâmica
> > então não seria preciso mexer com X e E e N.
>
> Eu já disse que estou tentando evoluir para o terreno
representacional.

Mas para isso não é preciso mudar as formas, eu disse formas, das
equações.
Basta pegar nelas como estão.
Por isso, o texto que sempre referes, poderia começar não pela 1ª lei
da
termodinâmica, mas pela definição de entropino.
Aliás o nome entropino nem precisava ser esse. Mas uma vez que está
ligado
com a 2ª lei, ok.

> > Bastava dizer que "num sistema a entropia é 'libertada' por via de
> > particulas chamadas entropinos. Usando da conhecida termodinâmica
> > deduzimos que o factor dN das equações está ligado intimamente
com a
> > existência de entropinos, e não pode ser despresado mesmo quando
as
> > espécies quimicas se mantêm constantes"
>
> Sim, mas apenas estou dizendo que existe um outro N, além daqueles a
> representarem substâncias químicas ou outros efeitos que julgues
poder
> encaixar como N. E que este outro N não é um N qualquer, mas o
único capaz
> de explicar, *numa teoria representacional*, o sentido físico da
entropia,
> coisa que nenhuma teoria representacional, dentre as que conheço,
fez até
> hoje.

dU=TdS-pdV+miu dN já é representacional.
Acaso V não representa um volume fisico , T uma caracteristica fisica
e N a
representação de como os sistemas são compostos ?
Então , se todos os compostos imcluem entropinos, é muito mais
lógico , do
meu ponto de vista: o que decididamente não é o teu: que se escreva
que:

"bom , mas como vimos o entropino faz parte de todos os sistemas
[despois de
explicar o que ele é e para que serve] Então temos de o considerar
sempre.
Então o termo N de U=U(S,V,N) tem de comportar a sua existência.
Por distinção diremos que um sistema é composto por espécies quimicas
em
numero n e entropinos em nº N' . Então N=N(n,N'). [não estou a
assumir que é
a soma. Isso teria que ser mostrado depois] . Finalmente encontramos
um
novo termo U=U(S,V,n,N'). Este novo termo poderiamos chamar de
variável escondida se
..." etc , etc...

Questão de entendimento... coisas minhas. Não interessa.

A questão é : Se os entropinos constituem uma forma de entropia.
então deve
estar relacionado com S. Sim, ou não ?

> > Então quero em crer que isto significa que posso estudar o teu
> > sistema com base em dU=TdS-pdV+miu dN. Sim?
>
> Sem dúvida. Mas tomes muito cuidado, pois afirmo que ao aceitares a
> existência deste "meu" N, estarás, a meu ver, implicitamente
aceitando que
> todas as transformações irreversíveis ocorrem em sistemas abertos

Não estou muito certo disso. Se eu juntar dois copos de água a
temperaturas
diferentes, eles chegam a um equilibrio e isso é irreverssivel: Isto
é, não
é possivel separar a água e tê-la em cada copo à sua temperatura
inicial sem
dar energia ao sistema.

Isto é igual quer seja dentro de um calorimetro, quer seja ao ar
livre, quer
seja onde for, sistema aberto ou fechado. Não ?

> > (...) Mas esta variação é a da energia potencial, então dQ=dEp
> > Então o Calor, é neste sistema a variação da energia potencial
> > Algo que nada tem a ver com temperatura.
> > Pretendo com isto apenas mostrar como o factor dQ pode ter as mais
> > variadas formas.E que em geral não tem ver com temperatura.
>
> Gostei do exemplo ;-) mas ainda assim acho que o calor é definido em
> termologia e que o trabalho é definido em mecânica.

Mas nós estamos falando do Trabalho e do Calor definidos em
termodinâmica.
Não ?
O trabalho definido em Termodinâmica é o Mesmo que em mecânica.
Mas o Calor da termodinâmica, não é, em geral o da termologia.

> > > Mas... e se as "merrecas" existirem?
> > > (...) estaria havendo transporte de "merrecas"
> > > para o exterior, logo não podemos mais tratá-lo com um sistema
> > > fechado no sentido que os termodinâmicos dão ao termo.
>
> > Mas não precisamos.
> > Em termodinamica não se considera o tempo. Portanto não se
> > considera "viajar para fora"
> > Mesmo que o faças podes sempre pensar que a fronteira é muito
longe
> > (volume elevado) e que portanto existem muitos estados antes que o
> > entropino sai do sistema. E ai, poderás estudá-lo lá dentro.
>
> Este teu comentário pareceu-me um pouco confuso, mas cheguei a
afirmar
algo
> do gênero no trabalho original: "Tudo se passa como se os entropinos
fossem
> absorvidos por um terceiro sistema, alheio aos métodos experimentais
> rotineiros."

Não ha 2º nem 3º sistema. Ha um sistema só.
Se qusieres pensar em termos quimicos, digamos que uma molecuala se
desfaz em
duas "mais pequenas". Neste processo N aumentou. E não foi preciso qq
outro
sistema.
O sistema é sempre o conjunto de tudo o que está dentro de uma
fronteira. E
eu posso estabelecer a fronteira onde eu quiser. Claro que
normalmente a
colocamos onde dá mais jeito.
Mas no caso de uma molécula pode ser uma esfera com centro dela, e
raio
10km. Admitindo que nada mais ha nesta esfera que essa modecula.

Quando as moleculas se separam tb têm energia cinética e tudo isso...
mas
isso é irrelevante à termodinâmica. A termodinâmica colmata a falta de
"movimento" com a Temperatura.

O mesmo exemplo, pode ser usado no caso do nucleo e da particula
alfa.

A definição de Sistema que foi dada é : O que quer que se encontre
numa determinada região delimitada por uam superficie que não pode
ser atravessada pela matéria.


> > Um sistema aberto é um sistema temodinâmico. Lembra-te que em
> > temodinâmica conta o sistema, o ambiente e a fronteira.
>
> Sem dúvida. Mas isso não justifica tomarmos um sistema aberto por
fechado
ou
> vice-versa.

O que queria dizer é que um sistema aberto pode ser transformado num
sistema
fechado se estendermos as fronteiras.
A questão está em que o entropino, a existir, esteve lá (dN=/=0). E
não para
onde ele vai depois.


> > O entropino levanta uma massa m num campo gravitico?
>
> Massa m e campo gravitico são entidades do nosso dia-a-dia. O
entropino
está
> no limiar da nossa ignorância.

A pergunta deve entender-se como "O entropino realiza trabalho?"


> > A pergunta é simples e já a fiz antes: Identificas Calor com
variação
> > de Temperatura, sim ou não?
>
> A resposta não é simples, mas creio ter respondido acima.

Acho que não. Dá-me então a definição de Calor que tu usas.
Muito sucintamente, para não complicar mais.

> > > > Luz é uma forma de Calor.
>
> > > Eu diria que a energia irradiada pelos corpos sob a forma de
calor
> > > pode ser considerada onda eletromagnética (...)
> > > Isso, em hipótese alguma, significa dizer que "calor é uma
forma de
> > > luz".
>
> > Eu tb não disse isso. Eu disse que Luz , é uma forma de calor.
>
> > >Pois luz, efetivamente, não é calor,
>
> > Ai não? Então como funciona um forno micro-ondas?
> > Acaso não é pq a luz aquece por radiação os objectos?
> > E esse aquecer por radiação não é calor (com c minusculo)?
> > E acaso esta energia produziu trabalho?
> > Não? Então é uma forma de Calor.
> > Onde me enganei?
>
> Seria possível, pelo menos em teoria, transformar 100% da energia
luminosa
> em trabalho? Sim ou não?

Em teoria sim (a luz possui momento). Mas isso não é muito confiável.
Não respondeste à pergunta.


> > > Qual formalismo matemático iremos utilizar?
>
> > Agora estás preocupado com o formalismo matemático?
>
> E porque não? Cada coisa deve ser utilizada no devido tempo e no
devido
> lugar. Por exemplo, se considerares o que chamei acima como terceiro
sistema
> (onde se situariam os entropinos produzidos na transformação) como
parte
> integrante do sistema termodinâmico a ser estudado, creio que o
formalismo
> irá se complicar tremendamente. Se considerares o sistema aberto, a
> complicação será bem menor.

A diferença é considerares variações pontuais de quantidades (sistema
aberto) ou considerares variações totais : locais + transporte.

> E é nessa
> hora que procuro verificar se a matemática possui ou não a
ferramenta que
> necessito. E se não tiver, eu a invento, como fiz com o
translacional,

Esse translacional ainda tem muito que se lhe diga....

>Pergunte a qualquer matemático o que é
> translacional e certamente ele dirá que isso não existe,

Pergunta-lhe então o que é um produto tensorial. E ele te dirá que
se define assim :

(a @ b).c= (b.c).a

Onde @ é o produto tensorial.
Põe b = nabla , c =a = A e temos

(A @ nabla ).A = (nabla .A). A = (div A) . A
que é o teu translacional.

notar que a @b =/= b@a , tal como o translacional não é comutativo.

Questões se semântica, mais uma vez.... :-))

> > Se posso sempre considerar um volume tal que ambos; nucleo e
> > particula alfa estejam no mesmo sitema.
> > Isto pq posso tirar o tempo das equações considerando apenas 2
> > estados.
>
> Mas... as partículas não estariam se afastando?

E dai ? A Termodinâmica não lida com tempo. Lembra?
então "velocidade" é algo que não se define em termodinâmica.
Num modelo representacional, ai teriamos de considerar elas se
afastando. Mas isso realmente não é relevanta aqui. Apenas que agora
existem 2 particulas, onde antes existia apenas 1.

>Em cada um dos estados,
> antes e depois, os sistemas estão em equilíbrio?

E precisam estar?

>Se sim, tudo bem. Se não,
> você está utilizando-se de outra termodinâmica.

espera ai. Quando consideras o tipico gá no tipico constragimento, e
ele está todo de um lado e depois passa para o outro e tudo isso :
quantos estados existem entre o inicial e o final ?
De certo mais que 1. E portanto eu posso escolher sempre qq dois
estados.
Se isso me vai ser util é outra historia.


>Mas... não pretendas que eu me utilizede uma
> situação particular, (..) para justificar uma teoria
representacional sujeita a chuvas e
> trovoadas oriundas de todos os lados. :-)

Não estou.


> > > > > > Neutrino é uma particula que advém do decaimento do
neutrão
> > > > > > (não só mas tb).
>
> > > Pois é, não só mas também.
>
> > Ok. Então se eu esfrego as mãos saem neutrinos delas.
> > Isso significa que alguns neutrões decaem quando faço isso.
> > O que está mal aqui?
>
> Parece-me que o que anda mal é a tua coerência. Acima dissestes:
não só
mas
> tb. Agora estás assumindo o contrário? :-)

Pelo que sei existem 3 tipos de neutrinos. dois quais , aquele que
aparece do decaimento de neutrões é apenas um deles.
Portanto, os neutrinos advém do decaimento de neutrões, mas não só.
Advém de outros decaimentos tb.
Mas é-me dificil acreditar que quando esfrego as mãos os neutrões das
minhas mãos decaiem (aliás o neutrão decai quando está fora do
nucleo - livre )


========

Termodinâmica de Sistemas Abertos.

Defina-se um volume de controlo (Vc) delimitado por uma superficie de
controlo
Este volume e esta superficie são imoveis.

Pense-se agora numa zona exterior (e) que está fora daquele volume ,
mas é conexa com ele.
Num instante t , podemos considerar a zona (e+Vc) Neste espaço
existe uma massa M. Esta é a massa de controlo (Mc. Não confundir com
formulas relativistas) que entrará no volume de controlo em dt tempo.

Seja X uma propriedade extensiva qualquer. então a propriedade
extensiva na massa de controlo se relaciona com a do Volume de
controlo por

X[Mc] ( t ) = X[Vc] (t )+ d'Xe

(d' = d cortado.)

dt tempo depois a Massa de controlo vai sair do volume para uma
região de saida (s)
Então :

X[Mc] ( t +dt ) = X[Vc] (t +dt )+ d'Xs

Subtraindo, dividindo por dt e fazendo dt->0 vem

dX[Mc] / dt = dX[Vc] / dt + d'Xs/dt - d'Xe/dt

estes d são os d-curvos de derivada local.
Que podemos escrever como:

dX[Vc] / dt = dX[Mc] / dt - { d'Xs/dt - d'Xe/dt }
Isto chama-se o Teorema de Transporte de Reynolds (ora ai está, nem
eu lembrava mais disto)

o factor { d'Xs/dt - d'Xe/dt } corresponde a um fluxo de X para fora
do volume de controlo

O regime diz-se estacionário quando dX[Vc] /dt =0 para qq propriedade
extensiva X.

Pronto, aqui está a Termodinâmica a lidar com Sistemas Abertos e o
Tempo. Como tinha prometido.

Aplicando no caso da Entropia

dS[Vc] / dt = dS[Mc] / dt - { d'Ss/dt - d'Se/dt }

Pela 2ª lei, o diferencial da entropia da massa de controlo é
dS= diS + deS
diS é a variação interna da Entropia, e deS a variação no ambiente.
deS =dQ/T
Definindo P=diS/dt , P é a produção interna de entropia

dS[Vc] / dt = P + (dQ/dt)(1/T) - { d'Ss/dt - d'Se/dt }

Em regime estacionário S[Vc]=0

E portanto P = - (dQ/dt)(1/T) + { d'Ss/dt - d'Se/dt }

Portanto, a produção de entropia tem que sair, juntamente com o Calor.

O fluxo { d'Ss/dt - d'Se/dt } é positivo neste caso e corresponde à
diferença entre a entropai que entrou e a que saiu.


Num sistema onde não entra entropia e apenas ha produção interior de
entropia , d'Se/dt =0
Essa massa que leva a massa para fora, podem bem ser os teus
entropinos.


[]

Sérgio



SUBJECT: Re: Clonagem humana - replicação x terapêutica
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/12/2001 16:38

Pessoal, to pegando o bonde andando nessa discussão toda;

Alguém aqui é contra a clonagem de células tronco para fins
terapeuticos?

Alguém tem alguma objeção a clonagem reprodutiva (considerando que a
técnica se torne eficaz, é claro. Ser contra a clonagem reprodutiva
no estágio atual é mesma coisa que ser contra os aviões no século
dezoito - todas as "máquinas de voar" daquela época terminavam
invariavelmente se espatifando no chão com o piloto, mas isso não
tornou a construção de aviões algo anti-ético)

Tornando-se eficaz e segura a técnica, sobram só as objeções de
natureza dogmática ou religiosa. Dizer que não conhecemos *todas* as
consequencias possíveis é uma objeção que se levada a sério poderia
se aplicar a rigorosamente todas as invenções desde a roda.

[]'s

André



SUBJECT: Fisica Quantica ... para os Misticos, Exotericos etc.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/12/2001 19:43

Meus amigos listeiros, desculpem-se a ousadia, mas resolvi escrever sobre Física Quântica. E o que me levou a tal divulgação foram os argumentos cada vez mais insistentes de místicos, esotéricos etc. Fiz um texto para eles.

Ainda não está aberto ao público uma vez que, antes, apreciaria sinceros comentários de vcs não só na introdução (que reproduzo abaixo) mas, principalmente, nas três partes nas quais desenvolvo o tema F.Q. As três partes do texto (essa introdução pertence á primeira parte) está em:

www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto43.asp

no final do texto há link para o seguinte.

Em especial, do Roberto Takata, espero as devidas sugestões e correções na língua pátria. Do Belisário, Alberto e toda a 'gang' quântica espero críticas/sugestões homéricas.É uma tentativa de divulgação ... relevem o propósito.

Eis o que coloquei como introdução:
==================================
Física Quântica ... para os esotéricos, místicos etc.
(Parte 1)
Introdução
Esotéricos, místicos etc. 'vira e mexe' tentam argumentar suas idéias citando personalidades do mundo da ciência (e Einstein não escapa com seu famoso: "Deus não joga dados"), coisas de relatividade e, principalmente, 'mecânica quântica'. Realmente não consigo ver onde tais argumentos possam reforçar suas 'emanações e influências do amarelo' e coisas do gênero. Até os Espíritas, Maçons e Rosacruzes começaram a se referir á 'quântica' em suas profundas incursões. Para os adoradores dogmáticos, se bem recordo, essa 'onda' começou com o lançamento do livro "O Tao da Física", de Fritjof Capra, cuja visão mística da Física, acrescida de seus argumentos forçados, suas falácias e 'viagens' deturparam sobremaneira a conceituação científica dos fatos. Ainda hoje, ao afirmar que Física Quântica nada tem a ver com misticismo, sempre aparecerá um deles a dizer: "Ah, mas Capra é físico e diz que tem sim". Isso ocorre porque tal indivíduo não leu nada de F.Q. e, com certeza absoluta não leu nada desse autor em algum periódico científico de respeito, uma vez que ele não tem o aval da Comunidade Científica, pois suas teoria não são cientificas (experimentais, falseáveis, empíricas etc.).
Isso lembra-me alguém querendo defender a "Teoria da Terra Oca". Não é porque esse alguém é geólogo que isso signifique que tudo que tal pessoa diga sobre geologia deva ser verdadeiro. Da mesma forma, não é porque Capra é físico que tudo que ele diz sobre Física é respaldado na verdade. Na Ciência não cabe a palavra da 'autoridade'. Se fosse assim médicos nunca errariam, prédios jamais cairiam porque os engenheiros deveriam fazer tudo perfeito etc. Decididamente CAPRA é o eixo dessa visão mística. Depois de "O TAO DA FÍSICA" ele ainda escreveu "PONTO DE MUTAÇÃO", um outro livro onde a F.Q. é a "explicação para os eventos sobrenaturais" etc. São livros escritos para leigos, sobejamente baseados em crendices e sem aprovação alguma daqueles que seriamente dedicam-se à Física.
Apreciaria lançar um desafio para que tais místicos lessem um livro inteiro sobre o que vem a ser uma abordagem científica posta academicamente (e referenciada pela comunidade científica) para que pudessem constatar por si mesmos que nada é baseado em crendices, lá nada há de 'místico'.
Mas não o farei. Ler um livro completo de F. Q., por exemplo, requer um lastro acima do primeiro degrau. Proponho uma divulgação.
Eu também não sou nenhum especialista no assunto mas, muito me agradaria colocar um texto acessível a todos aqueles que usam da 'quântica' para tentar lastrear suas 'falas'. Quem sabe, lendo-o, os argumentos melhorem, ou desapareçam por completo. Em fim, essa divulgação científica é a leitura inicial que proponho, lançando alguns esclarecimentos que possa ajudar a "desmistificar a Física Quântica", e a incentivar seu estudo para aqueles que viam nela algo 'miraculoso' o suficiente para parecer místico.
Essa divulgação será posta em três partes:
Parte 1 - Os estados quânticos do átomo
Parte 2 - Natureza ondulatória das partículas atômicas (feixes de partículas e de luz)
Parte 3 - O caráter corpuscular da luz e a complementaridade.
=======================
É isso ai, alguém tinha que começar!
No aguardo,

[]'
Léo
PS: Só faltava alguém substituir o "etc." do título por "e químicos" :-))))
=================



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Clonagem humana - replicação x terapêutica
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/12/2001 21:52

To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, "andrediasbaptista"
<andrebaptista@uol.com.br> wrote:

> Pessoal, to pegando o bonde andando nessa discussão >toda; [...]

André.

É interessante o que você diz. No entanto não há quem não tenha seus
principios e, por poucos que sejam, sempre ensejam uma ética. É lógico que
ética é algo prático. Quando se fala de ética, se fala em moral, ou seja,
uma disciplina de costumes. Sempre é coisa prática, diferente da lei.

Creio que é um modo fácil de entender, quando dizemos que um modo fácil de
enunciar normas éticas é sob a forma de imperativos.

Quando se proibe algo, já se está legislando. As proibições derivam
evidentemente de atitudes éticas, das quais, algumas se transformam em
leis.Um imperativo ético é uma atitude que fala mais de algo interno, para
inspirar a ação (como, por exemplo, legislar).

Creio que um enunciado ético que vale para qualquer ação de um cientista ou
cidadão é o que condena qualquer atuação que se destine a exercer algum tipo
de poder sobre as pessoa, que não seja no sentido de preservar a liberdade
dos individuos como membros da humanidade e da humanidade como conjunto de
pessoas.

Uma ciencia que siga o imperativo kantiano não ofereceria perigos para
favorecer a convivencia dos seres humanos. Embora Kant tenha sido um homem
religioso, cultivar suas recomendações não supõe necessidade de crenças
(existem pessoas que desconfiam de qualquer coisa enunciada por um
religioso, ainda quepossa não ser religiosa sua ação).

É logico que, enquanto não se tenha certeza dos resultados, deve-se evitar
todo o que ponha em perigo aos individuos e a comunidade humana.

[]s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: o argumento da nao crenca
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/12/2001 23:25

----- Original Message -----
From: "sergiotaborda"
Sent: Thursday, December 06, 2001 2:13 PM
Subject: [ciencialist] Re: o argumento da nao crenca

> O vácuo é portanto um meio. E o vazio, tb o seria. pois é possivel
> enviar através dele acção fisica. (a tua informação é enviada pelo
> vazio, portanto ele actua como um meio)
> meio: que está entre.

Em msgs anteriores tenho exposto o que acho de essencial para a aceitação de
uma física nos moldes newtonianos: espaço, tempo, matéria, movimento da
matéria e informação do movimento da matéria. Nada mais, nada menos. Tudo o
que se segue é conseqüência da experimentação, mas esses cinco conceitos são
apriorísticos: ou aceita-se, ou não se aceita. Ao aceitá-los, não há mais
porque me preocupar com o significado de vácuo ou vazio pois ou eles
adaptam-se aos elementos básicos, ou eles fazem parte de outra física a se
justificar em outros alicerces. E creio ter optado pela solução mais
simples, até que provem que estou errado.

Não há como contestar as tuas idéias a não ser dizendo que estamos nos
apoiando em alicerces outros e, portanto, é possível que um de nós dois
esteja errado, mas não vejo como. Enfim, o futuro dirá pois não tenho
dúvidas de que estamos muito próximos do dia em que a experimentação
esclarecerá em definitivo quais, dentre as teorias hoje aceitas, deverão ser
deixadas definitivamente de lado.

> A ausencia total de matéria no sentido de Torricelli não incluia os
> electoes, protoes , muões, etc... incluia apenas especies quimicas.
> Estou enganado?

A experiência de Torricelli foi arquitetada por Galileu, poucos anos antes
de sua morte (1642), e realizada pouco após. Hoje sabemos que este vácuo não
é perfeito e, portanto, rigorosamente falando não seria vácuo. Porém, como
disse acima, isso é muito pouco importante. A experiência é importantíssima,
mas pelo que ela representou em si (continuidade vs descontinuidade da
matéria), e não pelo fato de poder vir a servir ou não para a conceituação
do que seja vácuo.

> Se o vazio é o espaço matemático mais simples, o vácuo é o espaço
> fisico mais simples.

Nada contra, apenas eu diria que existe um espaço metafísico por onde
normalmente viajam elementos materiais e/ou informações. A partir daí, posso
definir vazio e/ou vácuo, como também posso ignorar totalmente esses termos,
pois que não se fazem absolutamente necessários. Se não existir nada nesse
espaço, posso simplesmente dizer que neste espaço não há nada, ou então que
seria um vazio. Se existirem apenas informações (por exemplo, um campo
gravitacional) posso ou não chamar isso por vácuo; e se existir matéria,
posso dizer que o espaço está ocupado por matéria. Ou seja, vazio e/ou vácuo
em nada modificam a física newtoniana, apenas são úteis para que
expressêmo-la de uma maneira mais conveniente, e creio que isto seria
decorrente da linguagem a ser escolhida e não da física em si. É óbvio que
se for encarar o espaço como uma entidade diferente, a exemplo do que faz a
física moderna, talvez o problema adquira novas dimensões, mas isso é algo
que *na atualidade* tem me afetado muito pouco, pois estou desenvolvendo uma
teoria que não depende de suposições e/ou conjecturas não comprovadas
experimentalmente além das já citadas.

> > > Se sim, então imaginemos dois submarinos viajando no mesmo meio.
> > > (...) A velocidade do submarino A é nula em relação ao Porto (a
> > > referencia) O outro submarino, B, tem velocidade v, no mesmo
> > > referencial. (...) 1) A e B medem velocidades diferentes da luz, no
> > > meio? 2) Podem A, B ou A e B , por algum processo, saber se a água se
> > > move com base na velocidade da luz?
> > > A minha ideia é que não. Pq a velocidade depende das
> > > caracteriticas eletromagnéticas do meio e não de velocidades. Por
> > > isso a experiencia de Michaelson não apresentou qq resultado.Porque
> > > não era para apresentar.

> > Quanto ao problema proposto, diria que só poderei resolver ou
> > fazendo a experiência ou sabendo, mesmo que conjecturalmente, qual
> > seria de fato a natureza da luz.

> O que interessa a natureza da luz?

Em qual das duas condições dentre as que apontei (experimental ou
conjectural)? Numa delas, concordo contigo. Na outra, não.

> Seja onda ou particula ou o pai-natal disfarçado ela tem uma
> velocidade.
> O que deverias inquirir é como essa velocidade depende do meio, e
> como ela é observada por outros observadores no mesmo meio.

Então não vais medir, apenas conjecturar. Neste caso a natureza da luz é
fundamental, pois a experiência nos mostra que fenômenos *sabidamente*
corpusculares ou ondulatórios comportam-se de maneira diferente.

> > Lembre-se, eu sou um físico clássico e considero a física clássica
> > como ainda não falseada. Pergunto: a experiência MM falseou a física
> > clássica?

> Não. E não era esse seu obejctivo.

Realmente não era. Mas isso não significa que não pudesse falsear uma
hipótese alheia ao objetivo. E existem milhares de artigos publicados nas
revistas de impacto acadêmico a afirmarem enfaticamente, sem assumirem
outras possibilidades, que efetivamente ocorreu esse falseamento (o que a
meu ver retrata um erro conceitual gravíssimo). E pouquíssimos artigos,
diria que em número praticamente desprezível, a demonstrarem que as
hipóteses falseadas não fazem parte da física newtoniana. Se pertences a
este grupo minoritário, meus parabéns, mas até o momento parece-me que não
declinastes teu posicionamento a respeito.

> > Raciocinando-se classicamente a experiência de MM falseou a
> > natureza ondulatória da luz.

> Ah!... se eles usaram da propriedade de interferencia da luz, como é
> que é isso?

E desde quando a interferência falseia a natureza corpuscular da luz? Lembro
que a interferência da luz foi observada por Young em 1801. E de 1801 até
por volta de 1860, grande parte dos físicos clássicos aceitava a luz
corpuscular e/ou a luz não-ondulatória (teorias de emissão). A experiência
de Young comprova a existência de alguma coisa semelhante ao comprimento de
onda da luz ondulatória, mas que poderia ser também, dentre outras coisas,
algo semelhante a distância entre duas balas de uma rajada de metralhadora.
E você poderia perfeitamente simular um análogo à experiência de MM para
diferenciar algo semelhante ao som ou onda aquática de algo semelhante a uma
rajada de metralhadora. Chego a citar essa simulação em "A Relatividade
Galileana", que está em http://ecientificocultural.com/Relat/RelGali.htm

> > Hoje sabe-se perfeitamente que luz não é exatamente uma "onda",

> sabe-se? eu não sei. Porquê não é exactamente uma onda?

Refiro-me a onda no sentido clássico do termo e por motivos que já expus. Se
quiseres, não obstante, podes continuar chamando-a de onda, ou então de
cuca, ou de merreca, ou qualquer outro nome que queiras dar. No sentido
não-clássico não digo nada, mas já ouvi muitos físicos modernos de respeito
adotarem um posicionamento semelhante ao meu e a afirmarem que entre a onda
mecânica da física clássica e a propalada onda da física moderna existem
muito mais diferenças conceituais do que semelhanças.

> Não ha nenhuma dedução que prove em TR que a luz é uma onda.

Folgo em saber. Mas e daí?

> > Mas não é impossível que existam as duas coisas e não apenas uma
> > com esta a se manifestar dualisticamente. A idéia de David Bohm

> Não sei qual é essa...

Para David Bohm o fóton seria um corpúsculo guiado por uma onda-piloto. As
idéias de Bohm estão um pouco fora de moda, se bem que ainda discutidas.

> Embora o som seja um fenomeno sem duvida ondulatório fala-se em
> fonões. Que representam para o som, o mesmo que os fotões para a luz.

Palavras são palavras, nada mais que palavras.

> Portanto a acção original que deu movimento à maçã , propagou-se até
> à cabeça do Newton.

Creio que estás assumindo a existência de conceitos confusos e/ou nem sempre
necessários. A importância da ação pode, a meu ver, ser desdobrada em dois
níveis. No nível elementar, esta ação segue-se à informação. Como esta
última é fundamental e a primeira é decorrente da mesma, a ação pode ser
encarada como implícita à informação. Lembro ainda que a ação em si depende
do agente que capta a informação e não apenas da informação e, sob esse
aspecto, são coisas distintas: a aceitação de uma não exclui a importância
da outra e, portanto, o "implícito" a que me referi não é generalizável por
si só. Ocorrendo a comunicação, ou seja, captado o conteúdo da mensagem ou o
que deve ser informado, isto dar-se-á como ação; do contrário a ação estará
presente em sua forma potencial e isto nada mais é senão o que chamo por
informação.

No nível mais complexo, *após* a mecânica ter sido plenamente desenvolvida,
percebe-se a existência de um ferramental matemático a dar certo e, sem
modificar em nada os conceitos básicos, a complementar de alguma maneira
tudo o que foi assumido sem a utilização desses artifícios. A ação
enquadra-se neste terreno e o princípio da mínima ação surge, para quem o
estuda pela primeira vez, como algo retirado da cartola. Feynman comenta
este fato com grande paixão, o que sintetizou nos seguintes termos: "Estes
princípios são fascinantes e sempre vale a pena verificar até onde chega sua
generalidade."

Ao desprezares a informação estás, a meu ver, aceitando a "cartola" como
essencial.

> Entre A e B: A move-se. Isso produz uma acçao (que pelo que entendo
> referes como uma especie de arrastamento). Essa acção é transportada
> pela "particula de informação" até B. produzindo em B uma acção. ou
> seja um movimento. Portanto, a acção se propaga. Como?
> Por intermédio de particulas de informação.
> Mas pq lhes chamar de "particulas de informação" se o que carregam é
> Acção? Chamemos-lhes "particulas de acção"
> E ai já não precisamos de pensar em termos de Informação. Poupando
> uma Grandeza/variável.

Uma mesma informação pode originar ações diversas, conforme a partícula de
teste. Cada uma destas ações já possue um nome próprio, logo não estás
fazendo poupança alguma. Simplesmente estás utilizando mais um nome, a
exemplo dos conceitos vazio e/ou vácuo. Nada contra, porém informação é
essencial e ação, para o caso apresentado, é um termo desnecessário, o que
não significa dizer que não existam ações nem que, em condições outras (por
exemplo, no estudo da ação mínima), não possam assumir um papel importante
ou, até mesmo, "secundariamente essencial" [coloquei entre aspas pois achei
esquisito afirmar que algo secundário poderia ser dito como essencial;
espero que, ainda que não concordes com a expressão ou mesmo com a idéia,
entendas o que quis dizer ;-)].

> > Pois eu diria que o elétron gera campos semelhantes a estes gerados
> > pela bolinha, apenas que o elétron está no vazio, e não num meio
> > líquido (no "meu" vazio, pois não sei o que iria ocorrer no "teu" vazio
> > ou vácuo). Ou seja, as informações do movimento não criam campos de
> > velocidade, mas potenciais de ação.

> Se eu escrever "Ou seja, a acção criada pelo movimento intrinseco do
> electrão, não cria campos de velocidade, mas potenciais de força."
> Qual é a diferença?

Uma das diferenças é que estás assumindo que esta ação somente pode ser um
único tipo de força ou algo equivalente. E isso nem sempre é verdade.
Repito: Uma mesma informação pode originar ações diversas, conforme a
partícula de teste.

> > O campo, nas proximidades do equador, chamo por "campo de efeitos
> > magnéticos" (não é exatamente o campo magnético da lei de Ampère, mas
> > algo que no mundo macroscópico irá se transformar neste); e o campo nas
> > proximidades dos pólos chamo por "campo de efeitos elétricos".

> Então só existe um campo electromagnético. Porque os separar?

Repito: Uma mesma informação pode originar ações diversas, conforme a
partícula de teste. O campo único é o campo de informações. Não obstante,
este campo gera efeitos elétricos e magnéticos. E isso fica bem nítido
quando evoluímos do microcosmo para os objetos laboratoriais denominados
carga elétrica ou corrente elétrica.

> Seria muito mais simples pensar num unico campo a causar efeitos em
> vez de dois campos a causarem dois efeitos.

Sem dúvida, a natureza seria bem mais simples se existisse apenas um efeito,
mas comprova-se que existem mais. Nada contra a unificação, mas
unificação não é sinônimo de agrupamento de seres idênticos e/ou meramente
transmutáveis. A unificação dos campos elétrico e magnético da teoria de
Maxwell comporta dois caminhos: um através da relatividade, a aceitar o
decreto de Lorentz, além de outros argumentos (por exemplo, a luz como
"onda" eletromagnetica); outro através do microcosmo, a aceitar a
generalização das entidades imateriais assumidas por Newton para a
gravitação, o que tenho chamado por informação do movimento da matéria. Essa
idéia não se apóia na relatividade e sim no referencial absoluto. A
relatividade é sempre decorrente da experimentação, mas o que as distingue
(por ex. a de Galileu e a de Einstein) relaciona-se a uma delas apoiar-se no
referencial absoluto (como demonstrado por Newton) e a outra na luz absoluta
(como demonstrado por Einstein).

> Não sei o que é um sistema coordenado gaussiano, mas suspeito que
> seja uma forma matemática de dizer "referencial"

Eu acho que é algo um pouquinho mais complicado. Existe um artigo do
Einstein na internet que fala sobre isso, mas no momento não estou com a
referência. As implicações desta diferença são grandes e já chegamos a
discutir isso aqui na Ciencialist, creio que há um ano, mas ninguém chegou a
dar a palavra final a respeito.

> > Mas estás pensando nessa atuação como uma trombada.

> Tou? onde? [nenhuma conservação de momento foi invocada]
> Eu apenas supus que a informção era retida pelo receptor.

Estás interpretando meus argumentos ao pé-da-letra. Por outro lado, "como"
não significa "igual".

> Tu estás explicitamente a supor que eu posso detectar se me estou a
> mover com movimento rectilineo e uniforme.

Não estou supondo nada e também não estou negando nada a respeito. Já disse
que o problema, como apresentei, não é essencialmente relativístico mas que
precede a relatividade.

> Mas se estás a fazer fisica do absoluto, tem que existir uma
> relatividade dentro dela, donde ela se torna fisica do relativo, e
> tem que obdecer a aquele principio simples.

Sim, e esta última é conseqüência da primeira, mas não o inverso.

> Eu não estou a dizer que B não emitiu. Eu estou a dizer que ele não
> tem como saber que foi ele que emitiu. As particulas não têm memória!
> Por isso a referencia constante a esse aspecto.

A memória também não está em jogo, se bem que eu não afirmaria enfaticamente
que partículas não têm memória. Sob certos aspectos poder-se-ia dizer que,
no paradoxo EPR, Einstein e al. assumiram, de alguma forma, um certo tipo de
memória inerente às partículas (a memória de um encontro recente e traduzida
por sua posição atual e seu momento, mas sem significar que a partícula tem
consciência desta memória). Mas este é outro assunto.

> > > antes de prosseguir esclarece-me no seguinte.
> > > Qual é a diferença fisica entre uma velocidade relativa entre dois
> > > corpos, a velocidade de um corpo num referencial, e a velocidade
> > > do mesmo corpo no referencial absoluto.
> > > Não são elas todas velocidades indestinguiveis? Ou seja, não são
> > > elas todas relativas a alguma coisa?

> > A resposta imediata eu já dei, mas não a aceitastes,

> qual foi?

Um corpo com velocidade absoluta emite informações. Recíproca: um corpo que
gera pelo menos um campo de forças, está em movimento absoluto.

> (pq nunca dás um sim ou não simples?)

Pertenço a uma geração que não foi educada na base do "certo/errado" e/ou
"escolha as opções". No meu tempo, ou escrevíamos o que pensávamos ou
entregávamos as provas em branco. Entre o "sim" e o "não" reside o "talvez"
que, pelo visto, foi abolido pela educação "moderna".

> Para garantir que as contas são feitas correctamente, manda a
> relatividade que eu não as faça no meu referencial, mas no d'"aquilo"

Pois eu disse que o problema não era relativístico!

> > esse estudo seria totalmente análogo, desde que formulássemos o
> > problema semelhante e não esse que propões. Digamos que um dos dois
> > carros está viajando da cidade A para a cidade B, e que na velocidade
> > que mantém chegará em B em uma hora. ¿O fato de você, que está no outro
> > carro, observá-lo de outro referencial, afetaria, de alguma maneira, a
> > duração da viagem de B, segundo a física clássica?

> Isso não é o mesmo exemplo. Não entrámos com o tempo no exemplo do
> electrão.

Eu não disse que era o mesmo exemplo. Utilizei-me das expressões "análogo" e
"semelhante". E análogo ou semelhante do ponto de vista de não necessitarem
da relatividade ou, como concluístes no caso anterior, de serem problemas
que devem ser resolvidos em um referencial próprio.

> Seu eu for seguindo B com velocidade relativa nula, eu demorei o
> mesmo tempo que ele, pois se a nossa velocidde relativa é nula
> estamos no mesmo referencial. E o tempo que passou entre ele chegar e
> eu chegar, depende apenas da distancia que nos separava no inicio.
> Se ele for mais depressa que eu, isto é: se ele se mover em relação a
> mim com uma velocidade relativa negativa [=afastamento], ele chegará
> antes. (numa corrida, ele ganhará)
> Então ele demorou menos tempo que eu a chegar.
> Se eu demorei 1 hora, quanto demorou ele ?
> Isso depende das nossas velocidades relativas. (pensando que não ha
> aceleração relativa)
> A distância é que é a mesma, e não o tempo. Para velocidades
> diferentes , teremos tempos diferentes segundo a fisica clássica.
> Exemplo: corrida . 50km de percurso. Ganha quem chega antes.
> Como todos partem do mesmo ponto (distancia incial relativa =0) então
> chega primeiro quem tiver uma maior velocidade relativa em relação a
> todos os outros atletas.

Nada disso é necessário. Neste caso seria suficiente dizeres sim ou não :-).
A resposta é imediata. O que não significa que não pudesse ser discutida a
partir de seus fundamentos mas não me parece ter sido o que fizestes.

> Esse é o referencial do arbitro, que fica parado no percurso (na
> meta) ha espera dos concorrentes. Esse não é o referencial de A nem
> de B.

Já disse e repito: Este não é um problema relativístico mas um exemplo a
mostrar que existem problemas que devem ser resolvidos num referencial
próprio. Nada impede que sejam resolvidos em outros, mas para que complicar?

Como não sou relativista, no sentido einsteiniano do termo, quando falo em
referencial próprio, salvo maior juízo, estou a me referir ao referencial
"apropriado" para a resolução do problema, e não o referencial onde esta ou
aquela partícula está em repouso. O "próprio" é em relação ao problema e não
à partícula.

> Eu tenho notado que usas sempre 3 referenciais.

Pelo contrário. Estou dando exemplos de problemas cuja solução exige a
utilização de apenas 1 referencial. Não há porque querer acompanhar as
partículas. No caso do elétron a percorrer uma corrente elétrica, fixe-se no
referencial do laboratório; e no caso do carro fixe-se no referencial da
estrada. Para que complicar? Use o absolutismo inerente ao problema e as
coisas ficarão muito mais simples.

> Se existem outros,as conclusoes tem que fazer sentido na mesma. Isso
> é que significa as leis serem obdecidas em todos os ref, e serem
> portanto universais.

Mas eu não estou preocupado com a relatividade, ou se ela funciona ou não.
Estou preocupado em demonstrar que em determinadas condições podemos pensar
não relativisticamente e de maneira a privilegiar um referencial. Não sou eu
a privilegiar este ou aquele referencial, mas estou a verificar que este
referencial é o adequado ou o mais apropriado para me fornecer a resposta
que necessito. Newton verificou que esta escolha não só era algo útil em
determinadas situações como também era algo essencial e inerente a sua
mecânica; e deixou isto muito claro, para que não viessem a dizer no futuro,
e de forma pejorativa, que a física newtoniana flutua no ar (o que Einstein
chegou a dizer a respeito da física clássica aceita no final do século XIX).
Estou simplesmente querendo mostrar situações similares, se bem que num
sentido bem mais fraco ou "light".

> > > >Um elétron jamais se transformará num
> > > > pósitron com a mudança de referencial.

> > > Pois não. Mas o seu movimento sim.

> > Baseado em quê afirmas isto? Quase tudo o que sabemos sobre o seu
> > movimento é hipotético.

> Não é hipotético. é Experimental.
> Quando eu meço, eu meço o que vejo. Não meço metafisica nem movimento.
> Meço distancias, e tempos.

Pois então nos esclareça em que condições o movimento de um elétron foi
"medido" como sendo o movimento de um pósitron. Pois do contrário não
poderei interpretar o que dizes apelando para os argumentos que sustentam
minhas idéias e nem criticar a metafísica inerente a tua interpretação.

> Mas o c da luz é isotropico. E o teu 'c' (velocidade da galáxia) não
> deveria ser.Se a galaxia se move ela tem um direcção.
> Se nos movernos nos sentido contrario 'c', diminui.

Mas porquê "não deveria ser isotrópico". Estás assumindo isso como hipótese?
Apoiado em que argumento e/ou experiência? As minhas hipóteses são outras e
a experiência mostra-me que a isotropia referida existe; e uma coisa não é
incompatível com a outra.

> > Responderei então ao teu questionamento de maneira operacionalmente
> > bem simples: Acenda uma lanterna e mantenha-a segura (ou fixa) em tuas
> > mãos. Peça para alguém que determine a velocidade da luz emitida por
> > esta lanterna. Se esta velocidade for diferente de zero, certamente você
> > estará em movimento em relação ao referencial absoluto newtoniano

> Conclusão: A luz é o detector de movimento em relaçáo ao ref absoluto.
> Então os fotões são as particulas que transportam a informação do
> movimento absoluto. E como sem ess informação não ha alteração do
> estado do movimento do receptor, então viajando a mais que c, não
> saberiamos de nada, pois não obteriamos informação dos outros corpos.

Conclusão um tanto quanto precipitada e/ou a apoiar-se em hipóteses de
outras teorias. O curioso é que estas teorias não aceitam o que afirmei.
Estaríamos frente a um jogo de palavras?

[ ]'s
Alberto
http://ecientificocultural.com (inglês)
http://ecientificocultural.com/indice.htm (português)



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Clonagem humana - replicação x terapêutica
FROM: "Arcange" <Arcange@ivia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/12/2001 23:41

Introducao irrelevante:

Tenho lido "calado" os textos dessa lista ha algum tempo. Aproximadamente
uns 2 meses. Ha algumas pessoas interessantes. Senti-me impelido a intervir
em alguns assuntos. Mas agora intervenho nesse que trata sobre Etica e
Clonagem.

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1-) Sobre Etica, Moral e o absolutismo:

Algumas pessoas disseram que a Etica eh relativa e subjetiva. E outras que a
etica e igual a moral. Isso nao eh verdade. Acho que os interlocutores estao
confundindo etica com moral.
A Moral eh relativa aos costumes labeis de uma populacao. Como os costumes
variam com o tempo e com o lugar(espaco), naturalmente, a moral varia com o
tempo e com o lugar(espaco). A moral tem cunho predominantemente
antropologico-humanistico. (e eh, ou pelo menos deveria ser, a base da
ciencia do Direito)

A Etica eh um estudo do "melhor comportamento" de toda especie humana. A
etica NAO eh relativa a uma populacao isolada no tempo e no espaco. A etica
eh um estudo do comportamento da "macropopulacao" em todo o periodo em que o
Homo sapiens vive sobre a terra (pelo menos ate agora). Engloba todas as
populacoes em todos os tempos e tem carater generalizante.
O Cunho da etica eh predominantemente ecologico-evolutivo. Isso eh: Embora a
etica seja usada pelas religoes, ela NAO nasce na teologia. Ha inumeros
ateus e agnosticos que sao mais "eticos" e "integros" que muitos religiosos.
A etica, no Homo sapiens, eh uma adaptacao evolutiva. As populacoes menos
eticas tem menos chance de sobreviver. Esquematicamente e
super-simplificando, isso pode ser explicado:

A - Populacao AEtica:

membros sem "solidariedade" - uma minoria "forte" tiraniza a maioria
"fraca" - a minoria "forte" tem mais "posses" que a maioria "fraca" -
aumenta a concentracao de renda - a maioria "fraca" e pobre produz com pouca
eficiencia - a pouca eficiencia na producao causa pouca tecnologia - a
populacao se extingue por: 1-) desastre natural 2-) dizimada por outra
populacao

B - Populacao Etica:

membros com "solidariedade" - a minoria "forte" ajuda a maioria "fraca" -
sem concentracao de riqueza - sem concentracao de renda - alta eficiencia na
producao da maioria "fraca" - alta eficiencia na producao de tecnologia - a
populacao cresce e se desenvolve.

Eh importante notar que a populacao Etica consegue, ecologicamente falando,
expandir a carga biotica do meio por intermedio da otimizacao dos meios de
producao. Muitas vezes a populacao Etica (grande em numero, bem nutrida,
mais alta, mais inteligente, mais forte, com mais tecnologia) dizima a
populacao Aetica (pequena em numero, mal nutrida, mais baixa, menos
inteligente, mais fraca, com menos tecnologia).

Esse esquema pode ser simplificado pela aquela frase famosa, que os
"evolucionistas-eticos" conhecem tanto: "O macaco mais forte do grupo, que
come todas as bananas e nao as divide com niguem, no final acaba morrendo de
fome".

A vantagem entre a "eticidade" de populacoes pode ser pequena (coisa de 1%),
mas que, durante o tempo, torna-se enorme. Isso porque ela se reflete na
otimizacao dos meios de producao e riqueza. Eh importante notar que o
imperativo categorico kantiano esta magnificamente bem entrosado na nocao
etica-evolutiva.


OBS: Nao eh a toa que paises mais corruptos, com alta concentracao de renda,
e subdesenvolvidos eticamente sejam MENOS "adaptados" do ponto de vista
evolutivo, que os paises menos corruptos, mais igualitarios (imperativo
kantiano) e mais desenvolvidos eticamente. Um pais "igualitario-etico" se
quissesse REALMENTE, seria capaz de dizimar uma populacao "desigual-aetica"
facilmente em uma guerra.

Resumo----> A etica NAO eh relativa. Eh uma adaptacao evolutiva clara que
pode ser "medida" de forma absoluta com algum grau de precisao e colabora
SEMPRE para o desenvolvimento das populacoes. E a etica NAO tem a ver com os
costumes. Etica e Moral sao 2 coisas diferentes.

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2-) Sobre a Clonagem: Consideracoes Tecnicas:

A primeira coisa que se deve dizer: **A clonagem de mamiferos NAO eh
clonagem**.

O atual processo de clonagem *Inexoravelmente* causa mutacoes, MESMO quando
a clonagem eh considerada "bem sucedida". O que ocorre eh uma especie de
processo "tentativa-e-erro" onde o erro SEMPRE ocorre:

1-) Tenta-se uma clonagem 2-) Ocorrem mutacoes 3-) as mutacoes sao tao
grandes que deformam e inviabilizam o concepto 4-) Tenta-se de novo ate que
as mutacoes nao sejam deleterias ou teratogenicas (deformantes)

Esse ciclo eh feito ate que a mutacao seja suficientemente fraca para
permitir que o concepto continue seu desenvolvimento aparentemente "normal".
Mas as mutacoes OCORRERAM. Essas mutacoes podem inviabilizar o concepto
enquanto adulto. Alguns genes mutantes podem so se manifestar anos depois. E
outros, depois de varias geracoes, quando pretensamente ja estiveram
"espalhados" pela populacao.

O maior exemplo disso eh a propria Dolly. Ela, bioquimicamente, tinha a
idade "adulta" de sua progenitora, mesmo que cronologicamente fosse ainda
infantil. Eh claro que essa "falha" de metabolismo passou "em branco"
durante o desenvolvimento.


Resumo ------> A clonagem nao eh exata (logo, nao eh bem uma "clonagem") e o
"clonado" pode trazer de "presente" muitos genes problematicos.

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3-) Sobre a Clonagem: Objecoes a Defesa:

Antes que alguem fale isso, ja vou logo respondendo: Eh *impossivel* que, no
atual nivel de desenvolvimento tecnologico latu sensu, alguem consiga
monitorar TODAS as mutacoes possiveis.
Eh possivel monitorar algumas mutacoes, mas nao todas.
Vejam, eu falei "latu sensu", isso eh: isso nao depende apenas do
desenvolvimento da biologia, mas tambem de outras ciencias, como da
computacao, da quimica, etc ...

Eu nao quero e nem posso "profetizar", mas tenho a, digamos, ousadia de
prever que em pelo menos uns 50 anos nao sera possivel analisar TODO DNA em
busca de mutacoes durante o processo de clonagem.
E talvez isso seja ate mesmo indefinidamente impossivel.


Resumo -----> Eh impossivel, no atual nivel de desenvolvimento latu sensu,
controlar todas as mutacoes possiveis durante a clonagem.
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4-) Sobre a Falacia da Falsa Analogia e a Inexorabilidade do Progresso
Cientifico

Todos nos ja conhecemos aquele argumento no estilo: "Se X aconteceu no
passado, e Y eh analogo a X, concluimos que obrigatoriamente Y acontecera no
futuro".
Talvez, desse modo, os integrantes dessa lista nao estejam reconhecendo esse
argumento. Mas certamente voces ja ouviram coisas assim: "Na idade media, o
homem achava que voar era impossivel. HOJE, nos achamos que ir para outro
sistema solar seja impossivel. Se hoje nos conseguimos voar, amanha
conseguiremos ir para outro sistema solar!".
A pessoa que se vale desse argumento acredita que o progresso do passado
OBRIGATORIAMENTE vai se repetir no futuro, nas mesmas proporcoes entre 2
fenomenos analogos ou equivalentes ("voar"/"ir para outro sistema solar").
Eu escuto frequentemente argumentos assim. Eu chamo de "falsa analogia" ou
"apelo a inexorabilidade do progresso".
Eh obvio que isso eh uma falacia classica informal.

O interessante eh que vejo o uso dessa falacia nessa lista. Disseram que
"ser contra a clonagem eh como ser contra o desenvolvimento do aviao". Isso
eh: Fizeram uma falsa analogia.
A analogia eh falsa porque o desenvolvimento do aviao "deu certo". Ele nao
foi "contra-evolutivo". Ele nao causou desastres grandiosos (do ponto de
vista macro-populacional) e nem extinguiu a especie humana. Se, por um
acaso, o aviao tivesse causado tais desastres, nos nao estariamos aqui
falando sobre clonagem. (Se lembram do principio antropico ?)

O problema eh que, no atual nivel de desenvolvimento tecnologico latu sensu,
individuos "clonados" TALVEZ possam ser vetores para o espalhamento de genes
deleterios. Genes que talvez so se manifestem 5 .. 10 geracoes no futuro,
quando ja for tarde demais. Nesse caso a falsa analogia ficara bem evidente.
Mas infelizmente, ninguem podera fazer mais nada.

A comunidade cientifica tem uma responsabilidade grande nas maos. Mas
algumas pessoas parecem nao ver isso. Elas, puerilmente, acreditam que tudo,
no fim, vai dar certo. Parece ser um otimismo bobo. Elas acreditam nisso so
porque ate agora, no processo de desenvolvimento tecnologico da humanidade,
NADA deu errado.
Isso eh: Elas pensam que, so porque no passado tudo deu certo,
*obrigatoriamente* tudo vai continuar dando certo no futuro e que todos
esses debates eticos sao bobagens que ja ocorreram no passado e tetete,
tatata .. (e essas pessoas tem sempre mil exemplos do que ja ocorreu no
passado. Eh claro que elas tem exemplos. No passado tudo deu certo. Se
tivesse dado errado, repito, nos nao estariamos aqui agora vivos. Eh o belo
Principio Antropico, que infelizmente, poucas pessoas conhecem)

Essas pessoas acreditam na falacia "mental" da "Inexorabilidade do Progresso
Cientifico".


Resumo ----> Nao podemos comparar um fenomeno atual com um outro analogo do
passado. E nao podemos acreditar que a civilizacao e a ciencia irao sempre
evoluir positivamente (otimismo ingenuo), so porque no passado essa evolucao
foi, ate agora, positiva. (Em outras palavras: Nao devemos apostar na sorte
e no otimismo. Sempre ha um risco REAL de que uma nova tecnologia possa
causar a extincao da nossa especie, se nao formos criteriosos, responsaveis
e cuidadosos)

----------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------
5-) Sobre a Clonagem: A Variabilidade Genetica

Isso que vou falar todos dessa lista ja devem conhecer: Quanto maior a
variabilidade genetica, maior a estabilidade e adaptabilidade de uma
populacao.
Essa "maxima" biologica eh tao conhecida que nem vou ousar me aprofundar
nela.

Resumo ---> A conagem eh contra-evolutiva.

----------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------
6-) Sobre a Responsabilidade

No final todos vao dizer: Sao simples celulas tronco para uso terapeutico!
Niguem vai clonar ninguem!
Sera ?
Sera que interesses economicos particulares nao vao, com o tempo, se
sobrepor as preocupacoes legitimas de parte da comunidade cientifica ?
Porque clonar celulas tronco, se elas existem no cordao umbilical e na
placenta ?
Porque clonar celulas tronco se se esta otimizando tecnologias para fazer
com que celulas somaticas possam regredir ao estagio embrionario ?

Que interesses REAIS existem por tras de uma pesquisa desnecessaria de
obtencao de celulas tronco atraves de clonagem ?
E quando a clonagem ocorrer, ocorrera como ? So para casais inferteis ?
E os casais que quiserem "montar" seus filhos (considerando uma clonagem
aliada a tecnologia do DNA recombinante)? Nao entrarao na jogada economica ?

E onde fica a ausencia de variabilidade genetica e os genes deleterios
escondidos ?
Onde fica o preconceito genetico ?
De onde sairao os individuos "destoantes" tao necessarios a nossa sociedade
?
(ou seremos iguais a uma colonia de abelhas, todos mais ou menos iguais ?)
Sera que o que eh socialmente considerado "bom" eh biologicamente bom tambem
? (por exemplo, provavelmente existem genes que regulam o metabolismo, a
fome, a necessidade de exercicios (James watson - o da dupla-helice - ja fez
pesquisas nessa area) e o tonus muscular (SNC). Halterofilistas "geneticos"
(pessoas com genes que otimizam o anabolismo muscular) poderiam consumir
mais de 16.000 kcal por dia. Culturalmente, um corpo musculoso eh
considerado "bom". Mas sera que o planeta terra aguenta grandes populacoes
que precisem dessa demanda alimentar/energetica ?)





Arcange













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From: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, December 08, 2001 9:52 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Clonagem humana - replicação x terapêutica


> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, "andrediasbaptista"
> <andrebaptista@uol.com.br> wrote:
>
> > Pessoal, to pegando o bonde andando nessa discussão >toda; [...]
>
> André.
>
> É interessante o que você diz. No entanto não há quem não tenha seus
> principios e, por poucos que sejam, sempre ensejam uma ética. É lógico que
> ética é algo prático. Quando se fala de ética, se fala em moral, ou seja,
> uma disciplina de costumes. Sempre é coisa prática, diferente da lei.
>
> Creio que é um modo fácil de entender, quando dizemos que um modo fácil de
> enunciar normas éticas é sob a forma de imperativos.
>
> Quando se proibe algo, já se está legislando. As proibições derivam
> evidentemente de atitudes éticas, das quais, algumas se transformam em
> leis.Um imperativo ético é uma atitude que fala mais de algo interno, para
> inspirar a ação (como, por exemplo, legislar).
>
> Creio que um enunciado ético que vale para qualquer ação de um cientista
ou
> cidadão é o que condena qualquer atuação que se destine a exercer algum
tipo
> de poder sobre as pessoa, que não seja no sentido de preservar a liberdade
> dos individuos como membros da humanidade e da humanidade como conjunto de
> pessoas.
>
> Uma ciencia que siga o imperativo kantiano não ofereceria perigos para
> favorecer a convivencia dos seres humanos. Embora Kant tenha sido um homem
> religioso, cultivar suas recomendações não supõe necessidade de crenças
> (existem pessoas que desconfiam de qualquer coisa enunciada por um
> religioso, ainda quepossa não ser religiosa sua ação).
>
> É logico que, enquanto não se tenha certeza dos resultados, deve-se evitar
> todo o que ponha em perigo aos individuos e a comunidade humana.
>
> []s
>
> Marco A. Andrade
> clave@speedy.com.ar
>
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
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> Para sair da lista envie um mail para
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SUBJECT: Website sobre ambigramas
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airdown@ig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/12/2001 02:22

Finalmente fiz um sobre o tema, confiram:
http://ambigramas.cjb.net

Por exemplo, um ambigrama meio capenga é o seguinte:

J3HL!WSJ!V

Vejam de cabeça para baixo, é "AIRSMITHER".

Ambigramas de verdade são mais difíceis, vejam o seguinte:

Henry Segerman ,- _
|--. () | /|/\/ | |
| |_/\/|/ | () `--|
-' uewJa6aS hJuaH

A rigor ambigramas não são ciência, mas geralmente quem se interessa por
ciência acaba gostando deles, incluindo Isaac Asimov, Martin Gardner e
Douglas Hofstadter, autor de GEB, e ele mesmo um autor de ambigramas.

MK
http://ambigramas.cjb.net



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Clonagem humana - replicação x terapêutica
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/12/2001 02:36

To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, "Arcange" <Arcange@ivia.com.br>
wrote:

> 4-) Sobre a Falacia da Falsa Analogia e a >Inexorabilidade do Progresso
> Cientifico todos nos ja conhecemos aquele argumento >no estilo: "Se X
aconteceu no passado, e Y eh analogo >a X, concluimos que obrigatoriamente Y
acontecera no
> futuro".

Arcange

Não posso evitar assinalar o seu tom altamente prescritivo (está falando de
ética, não deixa de ser coerente). Pode ser que me equivoque pensando que é
impositivo?

Parece-me pitoresca sua identificação. Os arcanjos (dizem os que assim
creem) conhecem os futuros necessarios.

Gostaria que Vc explicasse porque seus principios são absolutos. Se o que Vc
afirma não tem nenhuma relatividade, é absoluto. Não sei como se pode
conseguir que os poucos "fortes" deixem de ter fascinação pelo poder e como
neutralizar as tendencias puramente destrutivas que terminam por ameaçar a
humanidade e que isso seja absoluto.

Atualmente ha um aumento impressionante de população "fraca" e não há
indicios de que a coisa va melhorar. Quem melhora cada vez mais são os cada
vez menos, "fortes". A pobreza está, no mundo, "deitando pelo ladrão".
Creio que é algo preocupante.

Não digo que não haja listeiros que tenham apelado à falsa analogia a que Vc
se referiu, no entanto creio que pensar que as conquistas científicas
avançam porque cada vez se conhece mais, não precisa estar fundamentado em
nenhuma analogia. Nem falsa, nem verdadeira. Sempre se conhece mais. Mesmo
que não soubéssemos que houve progresso, estamos progredindo, embora não sem
erros e desastres.

Não sei se é inexorável, mas um setor da humanidade progride sempre, embora
outro regrida.

Também se sabe (é uma constatação tonta, essa) que os desastres provenientes
dos erros podem ser catastróficos. Deixar cair uma chave fenda em
determinados lugares pode gerar um "Chernobil" ou algo pior. Hoje em dia ha
estudos importantíssimos para a prevenção de acidentes e desastres. Só uma
falha ética impede que se realizem.

Estudos serios provaram, já há muito tempo, que desastres como , por
exemplo, o do Chalenger, podiam ser evitados e, foi exatamente por falta de
cuidado com certas normas éticas que houve este acidente. Quem comandava (o
poder) determinou que se realizasse a prova contra uma grande quantidade de
opiniões fudamentadas que constataram o alto risco. Quem tinha o poder
arriscou como se fosse um jogo de roleta. Morreu gente valiosa (quem não é
valioso?).

Ja se sabe ha muito tempo que as conseqüencias de falhas podem ser trágicas.
Aristóteles diz que o heroi trágico é um homem respeitoso que por um defeito
de caráter, comete uma falta e é castigado por isso. A tragedia grega tem
sempre uma função ética: provocar temor e piedade. Temor pela pela
conseqüencia de um defeito que leva a atuar mal e piedade por ser um homem
bastante bom que tenha que pagar tanto, piedade pela consciencia do erro que
termina reconhecendo um homem que, por bom, poderia não haver cometido a
falta.

Não creio que seja desperdicio para nenhum cientista a leitura das tragedias
clássicas e as conseqüencias dos defeitos humanos. A "cegueira" de Édipo, a
ambição de Jasão, e, em Shakespeare, o ciume de Otelo, a soberba de Lear,
emfim... Tudo é belo e construtivo. McBeth foi vítima dos maus sentimentos
que ele alimentou qundo quiz sobre compensar a infertilidade do casal (até
que ponto a fertilidade assistida contempla as tendencias anímicas dos
inférteis. Serão bons pais? Alguns, seguramente sim, outros...)

Espero que a humanidade não seja o heroi trágico na nossa historia. Conhecer
uma técnica não significa necessariamente fazer coisas "evolutivamente"
úteis.

Espero que não se descubra no homem uma tendencia puramente destrutiva que
atua com outras construtivas e contra elas. Pode até ser uma falsa analogia
e, espero que assim seja, que a fantasia de um instinto destrutivo não seja
uma realidade deduzida (comprovada). Como Vc vê, o que me anima é uma pura
emoção mais ou menos otimista, sem fundamento científico, mas talvez sim,
moral (quem sabe, ingenuidade).

[]s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar








SUBJECT: Re: Clonagem humana - replicação x terapêutica
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/12/2001 04:12

A analogia com os aviões é descabida,
por razões óbvias.


As questões éticas e jurídicas são
de pertinência imperativa.


As jurídicas não pedem licença ou concordâncias ...


[]'s

Celso Galli Coimbra
__________________

From: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, December 08, 2001 4:38 PM
Subject: [ciencialist] Re: Clonagem humana - replicação x terapêutica


Pessoal, to pegando o bonde andando nessa discussão toda;

Alguém aqui é contra a clonagem de células tronco para fins
terapeuticos?

Alguém tem alguma objeção a clonagem reprodutiva (considerando que a
técnica se torne eficaz, é claro. Ser contra a clonagem reprodutiva
no estágio atual é mesma coisa que ser contra os aviões no século
dezoito - todas as "máquinas de voar" daquela época terminavam
invariavelmente se espatifando no chão com o piloto, mas isso não
tornou a construção de aviões algo anti-ético)

Tornando-se eficaz e segura a técnica, sobram só as objeções de
natureza dogmática ou religiosa. Dizer que não conhecemos *todas* as
consequencias possíveis é uma objeção que se levada a sério poderia
se aplicar a rigorosamente todas as invenções desde a roda.

[]'s

André





---
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SUBJECT: Re: Clonagem humana - replicação x terapêutica
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/12/2001 11:21

Olá Celso

> A analogia com os aviões é descabida,
> por razões óbvias.
>

Muitas coisas são óbvias. É óbvio que o conceito de obviedade varia
de pessoa para pessoa, o que torna óbvia a necessidade de explicarmos
porque algo é óbvio para nós, o que obviamente torna seu argumento
descabido. Óbvio.

Deixando esta comparação específica de lado, o que eu questiono é se
alguma discussão sobre ética alguma vez na história impediu alguma
invenção ou desenvolvimento tecnológico.

Não estou dizendo que isso seja bom ou ruim, apenas que parece
inevitável. Todo desenvolvimento tecnológico tem as seguintes
consequencias:

-dá uma vantagem competitiva àquele que domina a nova tecnologia, e
como em geral os novos desenvolvimentos são feitos por aqueles que já
estão a frente, isso aprofunda a desigualdade existente;
-modifica o mundo de alguma forma, trazendo sempre desdobramentos
imprevisíveis. A humanidade se dedica a mudar o mundo voluntariamente
a milhares de anos. Mudamos a face do planeta, os habitats, etc. A
única diferença agora é que podemos modificar nosso DNA. Se puder ser
feito, acabará sendo feito por alguém. Se trouxer alguma vantagem
competitiva, esta prática vai se difundir.


>
> As questões éticas e jurídicas são
> de pertinência imperativa.

Ou seja, devem existir leis, criadas democraticamente, que devem ser
obedecidas. O problema é que leis que atrapalham o desenvolvimento de
vantagens competitivas podem deixar o país que as adote prejudicado,
a não ser que exista alguma forma de tornar essa lei mundial.

[]'s

André

>
>
> As jurídicas não pedem licença ou concordâncias ...
>
>
> []'s
>
> Celso Galli Coimbra
> __________________
>
> From: "andrediasbaptista" <andrebaptista@u...>
> To: <ciencialist@y...>
> Sent: Saturday, December 08, 2001 4:38 PM
> Subject: [ciencialist] Re: Clonagem humana - replicação x
terapêutica
>
>
> Pessoal, to pegando o bonde andando nessa discussão toda;
>
> Alguém aqui é contra a clonagem de células tronco para fins
> terapeuticos?
>
> Alguém tem alguma objeção a clonagem reprodutiva (considerando que a
> técnica se torne eficaz, é claro. Ser contra a clonagem reprodutiva
> no estágio atual é mesma coisa que ser contra os aviões no século
> dezoito - todas as "máquinas de voar" daquela época terminavam
> invariavelmente se espatifando no chão com o piloto, mas isso não
> tornou a construção de aviões algo anti-ético)
>
> Tornando-se eficaz e segura a técnica, sobram só as objeções de
> natureza dogmática ou religiosa. Dizer que não conhecemos *todas* as
> consequencias possíveis é uma objeção que se levada a sério poderia
> se aplicar a rigorosamente todas as invenções desde a roda.
>
> []'s
>
> André
>
>
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>
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SUBJECT: Re: Clonagem humana - replicaCAo x terapeutica
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/12/2001 13:27

Olá,


1. o óbvio: avião é uma máquina ( o óbvio, quando referido,
supõe-se que é o que está evidente ).


2. se " alguma discussão sobre ética alguma vez na história impediu alguma
invenção ou desenvolvimento tecnológico " _*fosse*_ premissa
procedente,
não seria procedente o fato de que a ética tem que ser respeitada.



3. a mudança da "face do planeta" que vem sendo feita é
*uma* mudança que implica em agressões à própria vida
no planeta.



4. Não é, como dito, apenas que "devem existir leis".
Elas existem e são elas que viabilizam a vida em sociedade
( boas ou ruins ) e costumam ser vistas como um subproduto pela ciência
( que, entretanto, não poderia existir sem as leis do Estado ).
Considere que leis não discutem com você, ela
manda, nesse sentido é imperativa.
Também considere que onde há leis provenientes de um legislativo
ELEITO, supõe-se que há democracia.



5. Se * tudo * for analisado como
necessidade competitiva você transgredirá leis
e a ética.


Nem tudo é questão de competitividade,
como parece ser seu pensamento.



No meu trabalho ( direito ), se eu quiser que você
fique em desvantagem, vou induzi-lo a *competir* comigo,
e isso fará com que seja mal sucedido em seus objetivos.



[]'s

Celso Galli Coimbra


----- Original Message -----
From: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, December 09, 2001 11:21 AM
Subject: [ciencialist] Re: Clonagem humana - replicação x terapêutica


Olá Celso

> A analogia com os aviões é descabida,
> por razões óbvias.
>

Muitas coisas são óbvias. É óbvio que o conceito de obviedade varia
de pessoa para pessoa, o que torna óbvia a necessidade de explicarmos
porque algo é óbvio para nós, o que obviamente torna seu argumento
descabido. Óbvio.

Deixando esta comparação específica de lado, o que eu questiono é
Não estou dizendo que isso seja bom ou ruim, apenas que parece
inevitável. Todo desenvolvimento tecnológico tem as seguintes
consequencias:

-dá uma vantagem competitiva àquele que domina a nova tecnologia, e
como em geral os novos desenvolvimentos são feitos por aqueles que já
estão a frente, isso aprofunda a desigualdade existente;
-modifica o mundo de alguma forma, trazendo sempre desdobramentos
imprevisíveis. A humanidade se dedica a mudar o mundo voluntariamente
a milhares de anos. Mudamos a face do planeta, os habitats, etc. A
única diferença agora é que podemos modificar nosso DNA. Se puder ser
feito, acabará sendo feito por alguém. Se trouxer alguma vantagem
competitiva, esta prática vai se difundir.


>
> As questões éticas e jurídicas são
> de pertinência imperativa.

Ou seja, devem existir leis, criadas democraticamente, que devem ser
obedecidas. O problema é que leis que atrapalham o desenvolvimento de
vantagens competitivas podem deixar o país que as adote prejudicado,
a não ser que exista alguma forma de tornar essa lei mundial.

[]'s

André

>
>
> As jurídicas não pedem licença ou concordâncias ...
>
>
> []'s
>
> Celso Galli Coimbra
> __________________
>
> From: "andrediasbaptista" <andrebaptista@u...>
> To: <ciencialist@y...>
> Sent: Saturday, December 08, 2001 4:38 PM
> Subject: [ciencialist] Re: Clonagem humana - replicação x
terapêutica
>
>
> Pessoal, to pegando o bonde andando nessa discussão toda;
>
> Alguém aqui é contra a clonagem de células tronco para fins
> terapeuticos?
>
> Alguém tem alguma objeção a clonagem reprodutiva (considerando que a
> técnica se torne eficaz, é claro. Ser contra a clonagem reprodutiva
> no estágio atual é mesma coisa que ser contra os aviões no século
> dezoito - todas as "máquinas de voar" daquela época terminavam
> invariavelmente se espatifando no chão com o piloto, mas isso não
> tornou a construção de aviões algo anti-ético)
>
> Tornando-se eficaz e segura a técnica, sobram só as objeções de
> natureza dogmática ou religiosa. Dizer que não conhecemos *todas* as
> consequencias possíveis é uma objeção que se levada a sério poderia
> se aplicar a rigorosamente todas as invenções desde a roda.
>
> []'s
>
> André







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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Clonagem humana - replicação x terapêutica
FROM: "Arcange" <Arcange@ivia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/12/2001 19:35


----- Original Message -----
From: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, December 09, 2001 2:36 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Clonagem humana - replicação x terapêutica


> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, "Arcange" <Arcange@ivia.com.br>
> wrote:
>
> > 4-) Sobre a Falacia da Falsa Analogia e a >Inexorabilidade do Progresso
> > Cientifico todos nos ja conhecemos aquele argumento >no estilo: "Se X
> aconteceu no passado, e Y eh analogo >a X, concluimos que obrigatoriamente
Y
> acontecera no
> > futuro".
>
> Arcange
>
> Não posso evitar assinalar o seu tom altamente prescritivo (está falando
de
> ética, não deixa de ser coerente). Pode ser que me equivoque pensando que
é
> impositivo?
--
Bem. Dizer que meu tom é altamente prescritivo e impositivo é uma
assertativa muito subjetiva. E eu não posso contra-argumentar a
subjetividade. Andrade, se voce citasse techos objetivos do meu discurso, eu
poderia revê-los, e, quem sabe, até mesmo assumir que talvez tenha sido
realmente taxativo e exagerado.
--
>
> Parece-me pitoresca sua identificação. Os arcanjos (dizem os que assim
> creem) conhecem os futuros necessarios.
--
Meu nick (identificação) é somente uma forma de me manter incógnito. Tenho
motivos para isso, embora meus motivos sejam mais fruto de uma paranóia
particular do que de algo legítimo.
--
>
> Gostaria que Vc explicasse porque seus principios são absolutos. Se o que
Vc
> afirma não tem nenhuma relatividade, é absoluto. Não sei como se pode
> conseguir que os poucos "fortes" deixem de ter fascinação pelo poder e
como
> neutralizar as tendencias puramente destrutivas que terminam por ameaçar a
> humanidade e que isso seja absoluto.

--
Esta é uma ótima questão e eu vou tentar ser consiso. (mesmo já sabendo que
a consisão será difícil)
Uma das grandes questões modernas é o absolutismo/relativismo. E me parece
que o relativismo se tornou uma grande festa onde as pessoas bebem vinho até
cair e depois não conseguem mais pensar direito.
Tem-se que prestar atenção em mundos lógicos/ontológicos diferentes. A
realidade ontológica não é única e muito menos clássica/booleana.
Qualquer teoria ou modelo, desde que passe em testes experimentais
criteriosos e explique/preveja fenômenos, nunca está errada. *Nunca*. Tais
teorias ou modelos estão sempre certos dentro do seu nível. A mecânica
Newtoniana não está errada nem foi superada. Ela funciona dentro das
condições newtonianas (baixas velocidades, pouca energia envolvida, etc).
Temos centenas de modelos diferentes que prevêem e explicam fenômenos
diferentes. Modelos, às vezes, contraditórios, porque são calcados em
lógicas contraditórias (derrogação das 3 leis clássicas inerentes ao calculo
proposicional clássico ("filho" da álgebra booleana). Existem dezenas de
lógicas diferentes (fuzzy, paraconsistente, dialetica, modal, etc), e
dezenas de mundos lógicos e ontológicos diferentes, que descrevem modelos de
realidades diferentes, mas que "funcionam".
Dentro de tais modelos, as teorias e princípios são absolutos. F=ma, nas
condições newtonianas, é absoluto. Dentro das condições newtonianas, F nunca
será igual a m.1/2a, por exemplo.
Agora vou para a biologia.
A teoria sintética da evolução explica bem a dinâmica dos seres vivos. Eu
não vou perder tempo tratando dela. Você já deve conhecer os princípios:
Fatores evolutivos: Mutação genética/Recombinação/Seleção. Especiação:
Isolamento geográfico/Evolução/Isolamento reprodutivo.
Como você deve ter visto, um dos "fatores evolutivos" é a seleção natural.
Os princípios da seleção são razoavelmente conhecidos e podemos resumir com
aquela famosa frase: "Os mais fortes sobrevivem". O "mais forte" é, é claro,
quem é mais adaptado. E o critério de adaptação depende do meio onde vive a
espécie. Às vezes, o "mais forte" (mais adaptado) é quem tem mais força
física. Às vezes não. Depende do meio. E quão mais sofisticada é a espécie,
mais "fatores de seleção" estão em jogo.
A seleção atua em 2 níveis: Nível individual e Nível coletivo. O nível
individual nos já conhecemos bem. Um animal contra o outro. O nível coletivo
não se dá entre invivíduos, mas entre populações de indivíduos.
Em *animais complexos e sociais* (não nos outros tipos não-sociais, ou
sociais-primitivos, que são mais comuns) a seleção natural à nivel coletivo
é inexeravelmente influênciada por um fator chamado "equalização do uso da
carga biótica". Quão mais equalizada essa é, maior a possibilidade de
progresso e expansão da população.
A "equalização da carga biótica" pode ser entendida como uma "tendência"
natural (instintiva), presente em maior ou menor grau nos indivíduos, de
dividir "suprimentos de seleção" entre os membros de sua população. Essa
equalização está ligada ao imperativo categorio kantiano. Isso é: Essa
equalização pode ser entendida como ética.
Essa ética pode ser entendida como: "Qualquer conjunto de comportamentos que
aumente a possibilidade de sobrevivência de toda população" (seleção natural
à nivel coletivo)(esse aumento da possibilidade de sobrevivência passa pela
igualdade na distribuição de outros fatores de seleção e pela administração
segura desses fatores)

Veja que ética NÃO é uma questão de ser "bonzinho" ou "mauzinho". NÃO é uma
questão de ser "du-bem" ou de ser "du-mal". É uma questão de ser adaptado e
adequado (adaptado para que sua sociedade sobreviva, e não adaptado À
sociedade. - Às vezes, a sociedade pode ser contra você (você está
moralmente errado), mas suas opiniões/ações são eticamente corretas (de
acordo com o critério evolutivo) -). ACM e Arruda fraudaram o painel do
senado. Em relação à ser "du-bem" ou à ser "du-mal" eles não fizeram nada de
errado. Mas foi anti-ético, porque não foi adequado ou adaptado. Fraudar o
painel, mesmo que por um motivo "bobo", "abre caminho" para que outros
possam fraudá-lo para motivos "não bobos". Isso *diminui a eficiência* do
senado, colaborando para a diminuição da eficiência de toda a sociedade,
colaborando, enfim, para a menor chance de sobrevivencia dessa sociedade.
(embora, se me permite a opinião irrelevante, eu ache que a cassação nesse
caso foi um exagero)

Ufa! foi um resumo chato esse.
Bem, continuando, a teoria sintética da evolução funciona e prevê
resultados. Ela está certa, pelo menos para o nosso "nível de análise"
(mundo ontológico) A teoria sintética da evolução para organismos sociais
complexos também funciona e prevê resultados. Se você me permite a indução,
eu posso "abstrair" essa regra para todas as populações sociais complexas.
Não só do planeta terra, mas também do planeta Zbornia, planeta Krakatua,
planeta PQP e planeta Skambal.

-> Quando eu digo que a ética é absoluta, eu digo que os critérios de
seleção natural à nível coletivo são absolutos (Valem para todas as
populações sociais complexas da terra e de outros planetas). E esses
critérios levam em conta o aumento de eficiência das forças produtivas, que
levam em conta a equalização da carga biótica, que levam em conta a
igualdade, que leva em conta o imperativo Kantiano.

Você tem alguma objeção ?

Ser contra isso é ser contra a teoria sintética da evolução (ou, pelo menos,
ser contra parte dela). Mas nada precisa ser dogmatizado. Você sempre poderá
fazer as suas próprias pesquisas e tirar as suas próprias conclusões.


--
>
> Atualmente ha um aumento impressionante de população "fraca" e não há
> indicios de que a coisa va melhorar. Quem melhora cada vez mais são os
cada
> vez menos, "fortes". A pobreza está, no mundo, "deitando pelo ladrão".
> Creio que é algo preocupante.
--
Eu só vejo indícios de melhoras.
Talvez você fique surpreso, talvez não. Mas o mundo hoje é um lugar muito
melhor para todos (ricos e pobres, "fortes" e "fracos") do que o mundo de
100, 200 ou 500 anos atrás. Basta que você analise os indicadores sociais
(espectativa de vida, qualidade de vida, etc) e a consciência ética
(direitos humanos, direitos trabalhistas, proteção à criança e adolescente,
etc).
--
>
> Não digo que não haja listeiros que tenham apelado à falsa analogia a que
Vc
> se referiu, no entanto creio que pensar que as conquistas científicas
> avançam porque cada vez se conhece mais, não precisa estar fundamentado em
> nenhuma analogia. Nem falsa, nem verdadeira. Sempre se conhece mais. Mesmo
> que não soubéssemos que houve progresso, estamos progredindo, embora não
sem
> erros e desastres.

--
A falsa analogia aconteceu sim, quando se comparou à aviões.
Se toda ou uma grande parte de uma macro-população morre, ela não conhece
mais nada. Ela morreu. A evolução acabou. A ciência acabou. O progresso
retrocedeu. Isso já aconteceu na história da humanidade. (Passagem da idade
antiga para a idade média) E pode acontecer de novo. E pode acontecer de
maneira mais trágica se uma maioria absoluta da população for extinta
(imagine queda de asteroide grande ou um hecatombe nuclear. Onde está o
progresso ? Na tumba dos mortos ?).

Eu acho que você não entendeu o que escrevi. Talvez a culpa seja minha.
Talvez eu não tenha conseguido transmitir bem.
--
>
> Não sei se é inexorável, mas um setor da humanidade progride sempre,
embora
> outro regrida.

--
Se um progresso for suficiente para extinguir a espécie ou para matar grande
parte dessa espécie, a evolução regride e regride. Não há progresso.
--
>
> Também se sabe (é uma constatação tonta, essa) que os desastres
provenientes
> dos erros podem ser catastróficos. Deixar cair uma chave fenda em
> determinados lugares pode gerar um "Chernobil" ou algo pior. Hoje em dia
ha
> estudos importantíssimos para a prevenção de acidentes e desastres. Só uma
> falha ética impede que se realizem.
>
> Estudos serios provaram, já há muito tempo, que desastres como , por
> exemplo, o do Chalenger, podiam ser evitados e, foi exatamente por falta
de
> cuidado com certas normas éticas que houve este acidente. Quem comandava
(o
> poder) determinou que se realizasse a prova contra uma grande quantidade
de
> opiniões fudamentadas que constataram o alto risco. Quem tinha o poder
> arriscou como se fosse um jogo de roleta. Morreu gente valiosa (quem não é
> valioso?).

--
Eu fico tocando pelos acidentes da Chalenger ou Chernobil. Mas eu não me
refiro a eles. Esses acidentes não foram macro-populacionalmente graves. É
como aquela frase: "Se morre 1, 2 ou 3, é uma tragédia. Se morrem 100.000,
200.000 ou 300.000 é uma estatística"

--

>
> Ja se sabe ha muito tempo que as conseqüencias de falhas podem ser
trágicas.
> Aristóteles diz que o heroi trágico é um homem respeitoso que por um
defeito
> de caráter, comete uma falta e é castigado por isso. A tragedia grega tem
> sempre uma função ética: provocar temor e piedade. Temor pela pela
> conseqüencia de um defeito que leva a atuar mal e piedade por ser um homem
> bastante bom que tenha que pagar tanto, piedade pela consciencia do erro
que
> termina reconhecendo um homem que, por bom, poderia não haver cometido a
> falta.
>
> Não creio que seja desperdicio para nenhum cientista a leitura das
tragedias
> clássicas e as conseqüencias dos defeitos humanos. A "cegueira" de Édipo,
a
> ambição de Jasão, e, em Shakespeare, o ciume de Otelo, a soberba de Lear,
> emfim... Tudo é belo e construtivo. McBeth foi vítima dos maus sentimentos
> que ele alimentou qundo quiz sobre compensar a infertilidade do casal (até
> que ponto a fertilidade assistida contempla as tendencias anímicas dos
> inférteis. Serão bons pais? Alguns, seguramente sim, outros...)
>
> Espero que a humanidade não seja o heroi trágico na nossa historia.
Conhecer
> uma técnica não significa necessariamente fazer coisas "evolutivamente"
> úteis.
>
--

Concordo contigo, Andrade.

--
> Espero que não se descubra no homem uma tendencia puramente destrutiva que
> atua com outras construtivas e contra elas. Pode até ser uma falsa
analogia
> e, espero que assim seja, que a fantasia de um instinto destrutivo não
seja
> uma realidade deduzida (comprovada). Como Vc vê, o que me anima é uma pura
> emoção mais ou menos otimista, sem fundamento científico, mas talvez sim,
> moral (quem sabe, ingenuidade).
>
> []s
>
> Marco A. Andrade
> clave@speedy.com.ar
>
>
>
>
>
>
>
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> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
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SUBJECT: Re: Clonagem humana - replicaCAo x terapeutica
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/12/2001 22:13

--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> Olá,
>
>
> 1. o óbvio: avião é uma máquina ( o óbvio, quando referido,
> supõe-se que é o que está evidente ).
>

O que eu quis dizer quando citei o avião é simplesmente o seguinte. O
a avião (ou o planador, paraquedas, etc) eram tecnologias inseguras
nos sécs. XVIII e XIX, assim como a clonagem reprodutiva é insegura
nos dias atuais. Por isso sou favorável a que não se teste com
humanos antes da técnica se mostrar dentro de um grau aceitavel de
confiabilidade. Não quero ver monstrinhos por aí.

>
> 2. se " alguma discussão sobre ética alguma vez na história
impediu alguma
> invenção ou desenvolvimento tecnológico " _*fosse*_ premissa
> procedente,
> não seria procedente o fato de que a ética tem que ser respeitada.
>
>

Não estou tentando extrair daí nenhum juízo de valor. Então qualquer
que seja a resposta a questão que formulei ("alguma discussão sobre
ética alguma vez na história impediu alguma invenção ou
desenvolvimento tecnológico?") não significa que devemos abdicar das
discussões éticas, mas que talvez possamos aprender alguma coisa com
a perspectiva histórica. E, na minha opinião, a história tem
demonstrado que é muito difícil, ou muito custoso, e na verdade
inútil, tentar impedir que tecnologias que tragam benefícios, ou que
venham de encontro aos desejos das pessoas venham a ser
desenvolvidas. Por isso é rídiculo tentar impor regras absolutas como
"é proibido a manipulação de embriões". Melhor é discutir os riscos e
talvez estabelecer "moratórias" em certos tipos de pesquisas até que
o conhecimento esteja mais amadurecido.

>
> 3. a mudança da "face do planeta" que vem sendo feita é
> *uma* mudança que implica em agressões à própria vida
> no planeta.
>

Mas a ética é, em príncipio, antropocêntrica. É o bem-estar dos seres
humanos que conta acima de tudo, e esse bem estar tem aumentado
continuamente, e de maneira acelerada (embora muito desigual) para
toda a humanidade.

>
> 4. Não é, como dito, apenas que "devem existir leis"

Quem disse "apenas"? Leis são muito importantes! São a mínima coisa
que devemos respeitar para que a vida em comum seja possível. (A
Soninha devia ter lembrado disso).

> Elas existem e são elas que viabilizam a vida em sociedade
> ( boas ou ruins ) e costumam ser vistas como um subproduto pela
ciência
> ( que, entretanto, não poderia existir sem as leis do Estado ).
> Considere que leis não discutem com você, ela
> manda, nesse sentido é imperativa.
> Também considere que onde há leis provenientes de um legislativo
> ELEITO, supõe-se que há democracia.

Sim.

>
> 5. Se * tudo * for analisado como
> necessidade competitiva você transgredirá leis
> e a ética.

Epa! Por *analisar* com enfoque na competição não estou transgredindo
lei nenhuma. Mas, de fato, o aumento da competitividade parece estar
relacionado com o aumento da criminalidade. Veja como a criminalidade
é elevada nos EUA, apesar do desenvolvimento, e é surpreendentemente
baixa aqui em Maceió, apesar da miséria e desigualdade absurdas. A
"cultura da competição" induz uma parcela da população à
criminalidade. Em compensação a "cultura da acomodação" perpetua a
miséria e a sociedade de castas.

>
>
> Nem tudo é questão de competitividade,
> como parece ser seu pensamento.
>

Competitividade é um tema complexo. Muitas vezes uma estratégia
competitiva é a colaboração e não o confronto. Competitividade não é
necessariamente sinonimo de exclusão e violência. Pelo contrário, a
ética é vista por muitos autores como uma vantagem competitiva para
os países. Não existe nada mais dispendioso e inútil do que os
controles burocráticos decorrentes da falta de confiança. Um país de
indivíduos aéticos está fadado ao atraso.

>
> No meu trabalho ( direito ), se eu quiser que você
> fique em desvantagem, vou induzi-lo a *competir* comigo,
> e isso fará com que seja mal sucedido em seus objetivos.

Me reservo o direito de ficar calado, e só falar na presença de meu
advogado!

um abraço,

André Baptista
>
>
> []'s
>
> Celso Galli Coimbra
>
>
> ----- Original Message -----
> From: "andrediasbaptista" <andrebaptista@u...>
> To: <ciencialist@y...>
> Sent: Sunday, December 09, 2001 11:21 AM
> Subject: [ciencialist] Re: Clonagem humana - replicação x
terapêutica
>
>
> Olá Celso
>
> > A analogia com os aviões é descabida,
> > por razões óbvias.
> >
>
> Muitas coisas são óbvias. É óbvio que o conceito de obviedade varia
> de pessoa para pessoa, o que torna óbvia a necessidade de
explicarmos
> porque algo é óbvio para nós, o que obviamente torna seu argumento
> descabido. Óbvio.
>
> Deixando esta comparação específica de lado, o que eu questiono é
> Não estou dizendo que isso seja bom ou ruim, apenas que parece
> inevitável. Todo desenvolvimento tecnológico tem as seguintes
> consequencias:
>
> -dá uma vantagem competitiva àquele que domina a nova tecnologia, e
> como em geral os novos desenvolvimentos são feitos por aqueles que

> estão a frente, isso aprofunda a desigualdade existente;
> -modifica o mundo de alguma forma, trazendo sempre desdobramentos
> imprevisíveis. A humanidade se dedica a mudar o mundo
voluntariamente
> a milhares de anos. Mudamos a face do planeta, os habitats, etc. A
> única diferença agora é que podemos modificar nosso DNA. Se puder
ser
> feito, acabará sendo feito por alguém. Se trouxer alguma vantagem
> competitiva, esta prática vai se difundir.
>
>
> >
> > As questões éticas e jurídicas são
> > de pertinência imperativa.
>
> Ou seja, devem existir leis, criadas democraticamente, que devem ser
> obedecidas. O problema é que leis que atrapalham o desenvolvimento
de
> vantagens competitivas podem deixar o país que as adote prejudicado,
> a não ser que exista alguma forma de tornar essa lei mundial.
>
> []'s
>
> André
>
> >
> >
> > As jurídicas não pedem licença ou concordâncias ...
> >
> >
> > []'s
> >
> > Celso Galli Coimbra
> > __________________
> >
> > From: "andrediasbaptista" <andrebaptista@u...>
> > To: <ciencialist@y...>
> > Sent: Saturday, December 08, 2001 4:38 PM
> > Subject: [ciencialist] Re: Clonagem humana - replicação x
> terapêutica
> >
> >
> > Pessoal, to pegando o bonde andando nessa discussão toda;
> >
> > Alguém aqui é contra a clonagem de células tronco para fins
> > terapeuticos?
> >
> > Alguém tem alguma objeção a clonagem reprodutiva (considerando
que a
> > técnica se torne eficaz, é claro. Ser contra a clonagem
reprodutiva
> > no estágio atual é mesma coisa que ser contra os aviões no século
> > dezoito - todas as "máquinas de voar" daquela época terminavam
> > invariavelmente se espatifando no chão com o piloto, mas isso não
> > tornou a construção de aviões algo anti-ético)
> >
> > Tornando-se eficaz e segura a técnica, sobram só as objeções de
> > natureza dogmática ou religiosa. Dizer que não conhecemos *todas*
as
> > consequencias possíveis é uma objeção que se levada a sério
poderia
> > se aplicar a rigorosamente todas as invenções desde a roda.
> >
> > []'s
> >
> > André
>
>
>
>
>
>
>
> ---
> Outgoing mail is certified Virus Free.
> Checked by AVG anti-virus system (http://www.grisoft.com).
> Version: 6.0.306 / Virus Database: 166 - Release Date: 4/12/2001



SUBJECT: Re: Clonagem humana - replicacao x terapeutica
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/12/2001 22:32

Com relação ao item 05, é evidente
que me referi aa *prática* da competitividade
e não às suas idéias, até porque
é direito constitucional a liberdade de
expressão, vedado o anonimato ( Art. 5, inc. IV ),
e lei não opera senão através da tipificação,
que decorre de sua incidência.


Em outras palavras, há que haver uma ação
ou omissão, tipificada *previamente* em lei
para que ela incida sobre uma conduta,
se não for para benefício dos seus
potenciais destinatários.



[]'s

Celso Galli Coimbra


----- Original Message -----
From: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, December 09, 2001 10:13 PM
Subject: [ciencialist] Re: Clonagem humana - replicaCAo x terapeutica


--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> Olá,
>
>
> 1. o óbvio: avião é uma máquina ( o óbvio, quando referido,
> supõe-se que é o que está evidente ).
>

O que eu quis dizer quando citei o avião é simplesmente o seguinte. O
a avião (ou o planador, paraquedas, etc) eram tecnologias inseguras
nos sécs. XVIII e XIX, assim como a clonagem reprodutiva é insegura
nos dias atuais. Por isso sou favorável a que não se teste com
humanos antes da técnica se mostrar dentro de um grau aceitavel de
confiabilidade. Não quero ver monstrinhos por aí.

>
> 2. se " alguma discussão sobre ética alguma vez na história
impediu alguma
> invenção ou desenvolvimento tecnológico " _*fosse*_ premissa
> procedente,
> não seria procedente o fato de que a ética tem que ser respeitada.
>
>

Não estou tentando extrair daí nenhum juízo de valor. Então qualquer
que seja a resposta a questão que formulei ("alguma discussão sobre
ética alguma vez na história impediu alguma invenção ou
desenvolvimento tecnológico?") não significa que devemos abdicar das
discussões éticas, mas que talvez possamos aprender alguma coisa com
a perspectiva histórica. E, na minha opinião, a história tem
demonstrado que é muito difícil, ou muito custoso, e na verdade
inútil, tentar impedir que tecnologias que tragam benefícios, ou que
venham de encontro aos desejos das pessoas venham a ser
desenvolvidas. Por isso é rídiculo tentar impor regras absolutas como
"é proibido a manipulação de embriões". Melhor é discutir os riscos e
talvez estabelecer "moratórias" em certos tipos de pesquisas até que
o conhecimento esteja mais amadurecido.

>
> 3. a mudança da "face do planeta" que vem sendo feita é
> *uma* mudança que implica em agressões à própria vida
> no planeta.
>

Mas a ética é, em príncipio, antropocêntrica. É o bem-estar dos seres
humanos que conta acima de tudo, e esse bem estar tem aumentado
continuamente, e de maneira acelerada (embora muito desigual) para
toda a humanidade.

>
> 4. Não é, como dito, apenas que "devem existir leis"

Quem disse "apenas"? Leis são muito importantes! São a mínima coisa
que devemos respeitar para que a vida em comum seja possível. (A
Soninha devia ter lembrado disso).

> Elas existem e são elas que viabilizam a vida em sociedade
> ( boas ou ruins ) e costumam ser vistas como um subproduto pela
ciência
> ( que, entretanto, não poderia existir sem as leis do Estado ).
> Considere que leis não discutem com você, ela
> manda, nesse sentido é imperativa.
> Também considere que onde há leis provenientes de um legislativo
> ELEITO, supõe-se que há democracia.

Sim.

>
> 5. Se * tudo * for analisado como
> necessidade competitiva você transgredirá leis
> e a ética.

Epa! Por *analisar* com enfoque na competição não estou transgredindo
lei nenhuma. Mas, de fato, o aumento da competitividade parece estar
relacionado com o aumento da criminalidade. Veja como a criminalidade
é elevada nos EUA, apesar do desenvolvimento, e é surpreendentemente
baixa aqui em Maceió, apesar da miséria e desigualdade absurdas. A
"cultura da competição" induz uma parcela da população à
criminalidade. Em compensação a "cultura da acomodação" perpetua a
miséria e a sociedade de castas.

>
>
> Nem tudo é questão de competitividade,
> como parece ser seu pensamento.
>

Competitividade é um tema complexo. Muitas vezes uma estratégia
competitiva é a colaboração e não o confronto. Competitividade não é
necessariamente sinonimo de exclusão e violência. Pelo contrário, a
ética é vista por muitos autores como uma vantagem competitiva para
os países. Não existe nada mais dispendioso e inútil do que os
controles burocráticos decorrentes da falta de confiança. Um país de
indivíduos aéticos está fadado ao atraso.

>
> No meu trabalho ( direito ), se eu quiser que você
> fique em desvantagem, vou induzi-lo a *competir* comigo,
> e isso fará com que seja mal sucedido em seus objetivos.

Me reservo o direito de ficar calado, e só falar na presença de meu
advogado!

um abraço,

André Baptista
>
>
> []'s
>
> Celso Galli Coimbra
>
>
> ----- Original Message -----
> From: "andrediasbaptista" <andrebaptista@u...>
> To: <ciencialist@y...>
> Sent: Sunday, December 09, 2001 11:21 AM
> Subject: [ciencialist] Re: Clonagem humana - replicação x
terapêutica
>
>
> Olá Celso
>
> > A analogia com os aviões é descabida,
> > por razões óbvias.
> >
>
> Muitas coisas são óbvias. É óbvio que o conceito de obviedade varia
> de pessoa para pessoa, o que torna óbvia a necessidade de
explicarmos
> porque algo é óbvio para nós, o que obviamente torna seu argumento
> descabido. Óbvio.
>
> Deixando esta comparação específica de lado, o que eu questiono é
> Não estou dizendo que isso seja bom ou ruim, apenas que parece
> inevitável. Todo desenvolvimento tecnológico tem as seguintes
> consequencias:
>
> -dá uma vantagem competitiva àquele que domina a nova tecnologia, e
> como em geral os novos desenvolvimentos são feitos por aqueles que

> estão a frente, isso aprofunda a desigualdade existente;
> -modifica o mundo de alguma forma, trazendo sempre desdobramentos
> imprevisíveis. A humanidade se dedica a mudar o mundo
voluntariamente
> a milhares de anos. Mudamos a face do planeta, os habitats, etc. A
> única diferença agora é que podemos modificar nosso DNA. Se puder
ser
> feito, acabará sendo feito por alguém. Se trouxer alguma vantagem
> competitiva, esta prática vai se difundir.
>
>
> >
> > As questões éticas e jurídicas são
> > de pertinência imperativa.
>
> Ou seja, devem existir leis, criadas democraticamente, que devem ser
> obedecidas. O problema é que leis que atrapalham o desenvolvimento
de
> vantagens competitivas podem deixar o país que as adote prejudicado,
> a não ser que exista alguma forma de tornar essa lei mundial.
>
> []'s
>
> André
>
> >
> >
> > As jurídicas não pedem licença ou concordâncias ...
> >
> >
> > []'s
> >
> > Celso Galli Coimbra
> > __________________
> >
> > From: "andrediasbaptista" <andrebaptista@u...>
> > To: <ciencialist@y...>
> > Sent: Saturday, December 08, 2001 4:38 PM
> > Subject: [ciencialist] Re: Clonagem humana - replicação x
> terapêutica
> >
> >
> > Pessoal, to pegando o bonde andando nessa discussão toda;
> >
> > Alguém aqui é contra a clonagem de células tronco para fins
> > terapeuticos?
> >
> > Alguém tem alguma objeção a clonagem reprodutiva (considerando
que a
> > técnica se torne eficaz, é claro. Ser contra a clonagem
reprodutiva
> > no estágio atual é mesma coisa que ser contra os aviões no século
> > dezoito - todas as "máquinas de voar" daquela época terminavam
> > invariavelmente se espatifando no chão com o piloto, mas isso não
> > tornou a construção de aviões algo anti-ético)
> >
> > Tornando-se eficaz e segura a técnica, sobram só as objeções de
> > natureza dogmática ou religiosa. Dizer que não conhecemos *todas*
as
> > consequencias possíveis é uma objeção que se levada a sério
poderia
> > se aplicar a rigorosamente todas as invenções desde a roda.
> >
> > []'s
> >
> > André
>



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Clonagem humana - replicação x terapêutica
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/12/2001 02:52

To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>,
"Arcange" <Arcange@ivia.com.br>wrote:

>A teoria sintética da evolução para organismos sociais
> complexos também funciona e prevê resultados. Se >você me permite a
indução, eu posso "abstrair" essa >regra para todas as populações sociais
complexas.
> Não só do planeta terra, mas também do planeta >Zbornia, planeta Krakatua,
planeta PQP e planeta >Skambal.

Continuo pensando que sua identidade virtual é interessante. Outra coisa é
que também simpatizo com o seu modo impetuoso e juvenil de argumentar. Não
foi para nada "chata" sua argumentação.

Eu estou de acordo com Popper: a formulação da teoria da evolução é tão
obvia que chega a ser tautológica. Imagine sobrevive o mais apto, ou seja
sobrevive que conseguiu ... sobreviver. A formulação, é um juizo analítico.
Se não houvesse tanta paixão, nem precisaríamos das provas biológicas. É uma
simples afirmação lógica (elementar).

Entendi que esta questão de ser o principio ético válido aqui, no Afganistão
ou no planeta Sbornia é por seu caráter mais universal que absoluto. Kant
disse que seu imperativo era a lei suprema da razão prática.

Estou de acordo com o mau humor que lhe provocam certas adesões ao
relativismo. Creio que é uma atitude religiosa. Certas pessoas sentem
fascinação pela palavra relativismo como algumas "pelo santo nome de Deus".

[]s
Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar











SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Clonagem humana ... e a transmutação da matéria.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/12/2001 10:09

Outro dia estava caminhando pelas vias tortuosas do Rancho quando, tropeçando num bloco de Estrôncio por pouco não cai dentro de uma lagoa de iodo. Acordei.
Na natureza, salvo bem raras exceções, não há nada disso livre, não há sódio, nem potássio, nem alumínio. O homem conseguiu isolá-los e os arrumou, os 92, numa bela estante de mogmo.
Não contente com o que já há de natural começaram a tentar 'clonar' os elementos e fizeram outros, como subproduto dos 'clonados'. Qual o peso atômico do Nobélio, 253?, 254? ... não importa, ai está ele. Veio para ficar.
A transmutação da matéria também chegou a ser combatida, imagine, produzir elementos que não existem na natureza!

Outro dia estava caminhando pelas vias tortuosas do Rancho quando, mergulhando os pés numa poça de células tronco tentei segurar-me num galho ético e moralmente firme, fiz uma formulação, um perfeito juizo analítico. A princípio pensei que era meu direito constitucional a liberdade de expressão, vedado o anonimato (Art. 5, inc. IV), mas ai percebi que a lei não opera senão através de tipificações. Não havia benefícios para seus potenciais destinatários ... eu, mergulhado na poça de células tronco.
Sem dúvida era uma falácia da falsa analogia e, de fato, uma inexorabilidade do progresso científico cujos argumentos popperianos todos conhecem profundamente, tão profundo quanto a poça. Se X é fundo, e aconteceu no passado, Y será fundo e acontecerá ao pisar nas próximas poças. Isso é prescritivo e impositivo, é uma assertiva muito subjetiva, talvez taxativa e exagerada ... mas, pitoresca, arcangelical!

O óbvio, o avião é uma máquina, apenas quando o óbvio referido é evidente, haverá mudança da face do planeta, com implícita agressões e, como é dito, "devem existir leis", as leis do Estado, sempre imperativa, como subproduto pela ciência. E, para as células tronco, também considere que onde há leis provenientes de um legislativo ELEITO, supõe-se que há democracia.

O laser também não existe na natureza, é uma 'clonagem' da luz natural, bagunçada, com trens de ondas incoerentes. A luz evoluiu.

Ao fim e ao cabo, a clonagem veio para ficar, assim como a transmutação, independente de todo verbalismo não científico, emocional, poético, legislativo etc. que se possa estruturar. Portanto, lembro a todos minha mensagem sobre a Física quântica para os esotéricos, místicos etc. E estou altamente tentado a substituir o "etc." por, "filósofos, advogados etc.".

E assim falou zaratrusta,

[]'
Léo
=================





SUBJECT: Re: Clonagem humana ... e a transmutação da matéria.
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/12/2001 11:06

--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:

Re re re... aí, Leo, sempre detonando tudo.

Mas espero q. não se irrite com a nossa
discussão. Cada qual tenta racionalizar seu ponto
de vista -- procurando dar um pretenso ar objetivo
às argumentações.

Acho, porém, q. tem o lado saudável: discutir e conhecer
os pontos de vista dos outros. Só é uma pena qdo
assume a característica de "dar recados" - aí é cada
um arvorando-se da verdade absoluta.

(Assim q. tiver mais tempo procurarei colaborar com
seu texto. Numa primeira olhada pareceu bem legal,
um típico texto 'leonino'.)

[]s quânticos clonados,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Clonagem humana ... e a transmutação da matéria.
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/12/2001 11:28



Luiz Ferraz Netto wrote:
>
>meu direito constitucional a liberdade de expressão, vedado o
>anonimato (Art. 5, inc. IV),

Como é que se pune um anónimo por violação dessa lei. Se ele é
anónimo não pode ser preso. Se ele for preso, deixa de ser anónimo,
e não pode ser preso.


--
joão
http://www.nonio.com


SUBJECT: Clonagem, ética e erros conceituais.
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/12/2001 11:43

Apenas um rápido comentário (talvez nem tão rápido assim)
eqto o chefe não está de olho em minha produtividade.

--- In ciencialist@y..., "Arcange" <Arcange@i...> wrote:
> 1-) Sobre Etica, Moral e o absolutismo:
>
> Algumas pessoas disseram que a Etica eh relativa e subjetiva. E
outras que a
> etica e igual a moral. Isso nao eh verdade. Acho que os
interlocutores estao
> confundindo etica com moral.

Ética na acepção mais comum é tão somente uma disciplina
q. estuda a Moral. A distinção é quase a mesma entre a
Matemática e as relações numéricas, a Psicologia e o
comportamento humano. O q. normalmente não impede de se
falar em relações matemáticas em um sistema, a psicologia
de um organismo -- em boa medida sem prejuízo da inteligibilidade.

Mas a sua definição é possível. Se é operacional é outra
história. De todo modo não faz com q. ela seja absolutamente
correta (nem absolutamente errada).

> A Etica eh um estudo do "melhor comportamento" de toda especie
> humana.

Dada a sua definição, teremos um problema muito sério no q.
se refere ao "melhor comportamento". O critério de "melhor" é
objetivo ou se baseia na moral, sensu Arcange?

> A etica, no Homo sapiens, eh uma adaptacao evolutiva. As populacoes
> menos eticas tem menos chance de sobreviver. Esquematicamente e
> super-simplificando, isso pode ser explicado:

Isso é uma suposição. Não temos consubstanciação em fatos
mensuráveis. A mim me parece razoável supor q. haja componente
biológico adaptativo nos comportamentos éticos de um grupo,
mas isso de forma alguma justifica uma ética em particular.

De todo modo poderemos pensar em outros cenários evolutivos
para 'provar' q. a ética é anti-adaptativa.

Num grupo aético, cada qual sobrevive por si só. Os aéticos
sobrepujam os éticos: e.g. eqto os éticos se preocupam em
dividir seus alimentos com os demais, os aéticos não dividem
sua caça e ainda se aproveitam da comida obtida pelos éticos.
(Seria preciso provar q. a maioria "fraca" - o q. quer q. isso
signifique tenha uma eficiência produtiva menor... Nesse sentido
temos um indicador histórico q. vai contra essa suposição:
os sistemas capitalistas, q. são por natureza um regime de acumulação
de riqueza, são os q. apresentam maior produtividade.)

> Esse esquema pode ser simplificado pela aquela frase famosa, que os
> "evolucionistas-eticos" conhecem tanto: "O macaco mais forte do
grupo, que
> come todas as bananas e nao as divide com niguem, no final acaba
morrendo de
> fome".

O macaco mais fraco q. tem suas bananas roubadas pelo macaco
mais forte tbm. (Donde é q. tiraram a idéia de q. macacos
se alimentam de bananas?) Um esquema alternativo pode ser
simplificado pela frase famosa q. os machadianos conhecem tanto:
"aos vencedores, as batatas".

O surgimento de interações éticas muito provavelmente dependeram
de circunstâncias especiais: como a vida em grupo. E em geral essas
atitudes são voltadas para membros do próprio grupo - grupos
familiares. Se somos éticos ou não, em parte, poderia depender -
numa análise superficial parece ser o caso - de se consideramos
um indivíduo como membro ou nÃo de nosso grupo.

> Resumo----> A etica NAO eh relativa. Eh uma adaptacao evolutiva
clara que
> pode ser "medida" de forma absoluta com algum grau de precisao e
colabora
> SEMPRE para o desenvolvimento das populacoes. E a etica NAO tem a
ver com os
> costumes. Etica e Moral sao 2 coisas diferentes.

Vejamos um exemplo drástico e bastante explorado: alemães
dizimando judeus e se aproveitando de sua força produtiva.
Naturalmente os alemães desenvolvem sua população - pode ser
no sentido demográfico ou sócio-econônico. Isso é ético?
Bem, segundo a sua definição de ética seria. Mas e então?
Aumenta a população dos alemães, mas diminui a dos judeus.
Epa! Para os alemães isso seria ético, para os judeus não.
Isso não é relativismo?

Outro q. caiu no conta a ética natural...

> Resumo ------> A clonagem nao eh exata (logo, nao eh bem
uma "clonagem") e o
> "clonado" pode trazer de "presente" muitos genes problematicos.

Se vc não se ligou. *Qualquer* processo de reprodução biológica
não apresenta as mesmas características.

> Resumo -----> Eh impossivel, no atual nivel de desenvolvimento latu
sensu,
> controlar todas as mutacoes possiveis durante a clonagem.

É impossível controlar todas as mutações possíveis durante o
processo reprodutivo.

> 5-) Sobre a Clonagem: A Variabilidade Genetica
>
> Isso que vou falar todos dessa lista ja devem conhecer: Quanto
maior a
> variabilidade genetica, maior a estabilidade e adaptabilidade de uma
> populacao.
> Essa "maxima" biologica eh tao conhecida que nem vou ousar me
aprofundar
> nela.
>
> Resumo ---> A conagem eh contra-evolutiva.

Primeiro q. vc entra em contradição. Se qto maior a
variabilidade genética maior a estabilidade da
população (o q. não é verdade, mas enfim) e se
vc diz q. a clonagem produz mutações, q. é a forma de
introduzir variação em uma população - então a
clonagem seria evolutiva (no sentido q. vc deu
'a evolução).

Falando estritamente em evolução biológica, é
bobagem falar q. a homogeneização genética de uma
população é sempre ruim. Isso depende do regime
de seleção do ambiente. Ambientes homogêneos e
estáveis favorecem linhagens geneticamente homogêneas
-- claro, desde q. adaptadas a esse ambiente.
Ambientes heterogêneos e variáveis tenderão a
manter uma variação na população.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Clonagem humana ... e a transmutação da matéria.
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/12/2001 12:06

Vamos ver o que acontece.

[]'s

Celso Galli Coimbra


----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, December 10, 2001 10:09 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Clonagem humana ... e a transmutação da
matéria.


Outro dia estava caminhando pelas vias tortuosas do Rancho quando,
tropeçando num bloco de Estrôncio por pouco não cai dentro de uma lagoa de
iodo. Acordei.
Na natureza, salvo bem raras exceções, não há nada disso livre, não há
sódio, nem potássio, nem alumínio. O homem conseguiu isolá-los e os arrumou,
os 92, numa bela estante de mogmo.
Não contente com o que já há de natural começaram a tentar 'clonar' os
elementos e fizeram outros, como subproduto dos 'clonados'. Qual o peso
atômico do Nobélio, 253?, 254? ... não importa, ai está ele. Veio para
ficar.
A transmutação da matéria também chegou a ser combatida, imagine, produzir
elementos que não existem na natureza!

Outro dia estava caminhando pelas vias tortuosas do Rancho quando,
mergulhando os pés numa poça de células tronco tentei segurar-me num galho
ético e moralmente firme, fiz uma formulação, um perfeito juizo analítico. A
princípio pensei que era meu direito constitucional a liberdade de
expressão, vedado o anonimato (Art. 5, inc. IV), mas ai percebi que a lei
não opera senão através de tipificações. Não havia benefícios para seus
potenciais destinatários ... eu, mergulhado na poça de células tronco.
Sem dúvida era uma falácia da falsa analogia e, de fato, uma inexorabilidade
do progresso científico cujos argumentos popperianos todos conhecem
profundamente, tão profundo quanto a poça. Se X é fundo, e aconteceu no
passado, Y será fundo e acontecerá ao pisar nas próximas poças. Isso é
prescritivo e impositivo, é uma assertiva muito subjetiva, talvez taxativa e
exagerada ... mas, pitoresca, arcangelical!

O óbvio, o avião é uma máquina, apenas quando o óbvio referido é evidente,
haverá mudança da face do planeta, com implícita agressões e, como é dito,
"devem existir leis", as leis do Estado, sempre imperativa, como subproduto
pela ciência. E, para as células tronco, também considere que onde há leis
provenientes de um legislativo ELEITO, supõe-se que há democracia.

O laser também não existe na natureza, é uma 'clonagem' da luz natural,
bagunçada, com trens de ondas incoerentes. A luz evoluiu.

Ao fim e ao cabo, a clonagem veio para ficar, assim como a transmutação,
independente de todo verbalismo não científico, emocional, poético,
legislativo etc. que se possa estruturar. Portanto, lembro a todos minha
mensagem sobre a Física quântica para os esotéricos, místicos etc. E estou
altamente tentado a substituir o "etc." por, "filósofos, advogados etc.".

E assim falou zaratrusta,

[]'
Léo
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SUBJECT: Re: Clonagem humana ... e a transmutação da matéria.
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/12/2001 12:18

Como vc sabe pensar com lógica, João ...
Impressiona mesmo.

Quem falou em punição ?

[]'s

Celso Galli Coimbra


----- Original Message -----
From: "João Mário Miranda" <jmiranda@explicacoes.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, December 10, 2001 11:28 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Clonagem humana ... e a transmutação da
matéria.




Luiz Ferraz Netto wrote:
>
>meu direito constitucional a liberdade de expressão, vedado o
>anonimato (Art. 5, inc. IV),

Como é que se pune um anónimo por violação dessa lei. Se ele é
anónimo não pode ser preso. Se ele for preso, deixa de ser anónimo,
e não pode ser preso.


--
joão
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SUBJECT: Informação, c e o ref absoluto
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/12/2001 12:39


> > Se o vazio é o espaço matemático mais simples, o vácuo é o espaço
> > fisico mais simples.
>
> Nada contra, apenas eu diria que existe um espaço metafísico por
onde
> normalmente viajam elementos materiais e/ou informações. A partir
daí, posso
> definir vazio e/ou vácuo, como também posso ignorar totalmente
esses termos,
> pois que não se fazem absolutamente necessários. Se não existir
nada nesse
> espaço, posso simplesmente dizer que neste espaço não há nada, ou
então que
> seria um vazio.


Mas este foi a simplificação da mecanica classica que a mecaninca
moderna obviou. Ao nivel de uma estrutura qq, imaginemos um material
qq, por exemplo o diamante, entre os atomos e entre estes e os
electrões não existe um vazio. Existem campos. Vários tipos de campos.
E é da interacção de todos eles que nascem os fenómenos que
observamos.
A teoria do gás de elctrões, começa for simplificar dizendo que entre
os atomos e os electrões não ha nada. Este nada implica em não haver
acções À distância entre electrões e atomos e entre eletroes e
electrões.
Estas segundas interacções são necessárias para comportar os
materiais magneticos e as primeiras para comportar alguns tipo de
supercondutividade.
O vazio pode ser util numa primeira aproximação, como a de Drude-
Lorentz, mas não o será no caso geral. E a 'purificaçao' da teoria
passa sempre por ai.


> Se existirem apenas informações (por exemplo, um campo
> gravitacional) posso ou não chamar isso por vácuo; e se existir
matéria,
> posso dizer que o espaço está ocupado por matéria. Ou seja, vazio
e/ou vácuo
> em nada modificam a física newtoniana, apenas são úteis para que
> expressêmo-la de uma maneira mais conveniente, e creio que isto
seria
> decorrente da linguagem a ser escolhida e não da física em si.


Isso é metade verdade.
Se o cenário que eu escolher for um tal que existe um campo potencial
nele, o vazio transforma-se em vácuo e é preciso tomar em
consideração a existencia desse potencial.

> É óbvio que
> se for encarar o espaço como uma entidade diferente, a exemplo do
que faz a
> física moderna, talvez o problema adquira novas dimensões, mas isso
é algo
> que *na atualidade* tem me afetado muito pouco, pois estou
desenvolvendo uma
> teoria que não depende de suposições e/ou conjecturas não
comprovadas
> experimentalmente além das já citadas.

A terra mantém-se em orbita do sol. Isso é comprovado. E isso não
seria assim se estivessemos no vazio. Onde nada ha. Nem mesmo campo
gravitico.
É claro que esta destinção entre o 'nada' e o 'algo' não é relevante
para o bom termo da conversa, mas não é desprezável, em geral, tal
como pareces indicar.


> > > Lembre-se, eu sou um físico clássico e considero a física
clássica
> > > como ainda não falseada. Pergunto: a experiência MM falseou a
física
> > > clássica?
>
> > Não. E não era esse seu obejctivo.
>
> Realmente não era. Mas isso não significa que não pudesse falsear
uma
> hipótese alheia ao objetivo. E existem milhares de artigos
publicados nas
> revistas de impacto acadêmico a afirmarem enfaticamente, sem
assumirem
> outras possibilidades, que efetivamente ocorreu esse falseamento (o
que a
> meu ver retrata um erro conceitual gravíssimo). E pouquíssimos
artigos,
> diria que em número praticamente desprezível, a demonstrarem que as
> hipóteses falseadas não fazem parte da física newtoniana. Se
pertences a
> este grupo minoritário, meus parabéns, mas até o momento parece-me
que não
> declinastes teu posicionamento a respeito.

Prticularmente não me preocupa o conceito de está na base da
explicação de pq a experiencia de MM falhou. Isto pq qq q seja ela,
será muito dificil mostrar a quem segue a corrente que está enganado.
Mas tb não serve de argumento para pensa de outra forma. Serve de
evidência, isso concedo, mas não de prova, pois a experiencia não foi
feita para testar isso.
Muitas experiencias serviram de evidencia a fenómenos ainda
desconhecidos (normalmente chamados Efeitos). Mas logo em seguida
forma m montadas experiencias para testar o fenómeno observado em
particular.

E se realmente a luz tem sempre um comportamento corpuscular, alguma
experiencias deveriam ser construidas para mostrar tal facto.
Convencendo assim a maioria que não é linear, nem simples adoptar uma
postula ondulatória.

Mas ha um problema inerente aqui. A matemática.
O feixe de particulas pode actuar como uma onda: Interferindo,
reflactando, etc... e se a função de onda for aplicável ao caso,
então deve sÊ-lo.
O problema não está ai, mas na consepção fisica do fenómeno. Ou seja,
quando alguem vê escrito Asen(kx-wt) , vÊ escrito uma eq de onda. Mas
o que é a onda em si?
O mar não é uma onda. Sabemos bem que é um conjunto de particulas de
água (entre outras coisas).
Se a luz for um conjunto de particulas que aos nossos olhos parecem
ser melhor descritas por funções de onda, tudo bem. A diferença está
em explicar e ensinar do que essas ondas são feitas.

Maxwell disse que eram feitas de campo electromagnético. Einstein
formulou a coisa de outro ponto de vista, mas aceitando que as eq de
Maxwell eram gerais, derivando a massa que o campo teria. Algo
classicamente absurdo, mas matemáticamente possivel.
Mas até hoje ficou por desvendar em rigor o que raios é a luz.

> > > Raciocinando-se classicamente a experiência de MM falseou a
> > > natureza ondulatória da luz.
>
> > Ah!... se eles usaram da propriedade de interferencia da luz,
como é
> > que é isso?
>
> E desde quando a interferência falseia a natureza corpuscular da
luz?
>
Lembro
> que a interferência da luz foi observada por Young em 1801. E de
1801 até
> por volta de 1860, grande parte dos físicos clássicos aceitava a luz
> corpuscular e/ou a luz não-ondulatória (teorias de emissão). A
experiência
> de Young comprova a existência de alguma coisa semelhante ao
comprimento de
> onda da luz ondulatória, mas que poderia ser também, dentre outras
coisas,
> algo semelhante a distância entre duas balas de uma rajada de
metralhadora.

Então é o feixe que tem comportamento de onda, e não a coisa em si.
E se a luz é composta de pequenas particulas, a luz é um feixe delas.
Então a luz tem caracteristica de onda, mesmo que as suas particulas
não a tenham.
Olhar para a luz de nada nos serve.
É como olhar para um rio e tentar adivinhar como é uma particula de
água.


> > > Hoje sabe-se perfeitamente que luz não é exatamente uma "onda",
>
> > sabe-se? eu não sei. Porquê não é exactamente uma onda?
>
> Refiro-me a onda no sentido clássico do termo e por motivos que já
expus. Se
> quiseres, não obstante, podes continuar chamando-a de onda, ou
então de
> cuca, ou de merreca, ou qualquer outro nome que queiras dar. No
sentido
> não-clássico não digo nada, mas já ouvi muitos físicos modernos de
respeito
> adotarem um posicionamento semelhante ao meu e a afirmarem que
entre a onda
> mecânica da física clássica e a propalada onda da física moderna
existem
> muito mais diferenças conceituais do que semelhanças.

Se estás a falar em Função de Onda vs Onda, concerteza isso é verdade.

> > Não ha nenhuma dedução que prove em TR que a luz é uma onda.
>
> Folgo em saber. Mas e daí?

Dai que a TR não está ligada com a luz, mas com as suas particulas.


> > > Pois eu diria que o elétron gera campos semelhantes a estes
gerados
> > > pela bolinha, apenas que o elétron está no vazio, e não num
meio
> > > líquido (no "meu" vazio, pois não sei o que iria ocorrer
no "teu" vazio
> > > ou vácuo). Ou seja, as informações do movimento não criam
campos de
> > > velocidade, mas potenciais de ação.
>
> > Se eu escrever "Ou seja, a acção criada pelo movimento intrinseco
do
> > electrão, não cria campos de velocidade, mas potenciais de força."
> > Qual é a diferença?
>
> Uma das diferenças é que estás assumindo que esta ação somente pode
ser um
> único tipo de força ou algo equivalente. E isso nem sempre é
verdade.
> Repito: Uma mesma informação pode originar ações diversas, conforme
a
> partícula de teste.

Estás a dizer que uma mesma informação pode provocar dois movimentos
diferentes no "alvo" ?
Por exemplo, provocar uma aceleração linear, e uma acelerção
centripta, simultanemente ?

Só assim teriamos duas forças... e vai dai teriamos só uma:
Força+Força=Força resultante.

> > > O campo, nas proximidades do equador, chamo por "campo de
efeitos
> > > magnéticos" (não é exatamente o campo magnético da lei de
Ampère, mas
> > > algo que no mundo macroscópico irá se transformar neste); e o
campo nas
> > > proximidades dos pólos chamo por "campo de efeitos elétricos".
>
> > Então só existe um campo electromagnético. Porque os separar?
>
> Repito: Uma mesma informação pode originar ações diversas, conforme
a
> partícula de teste. O campo único é o campo de informações. Não
obstante,
> este campo gera efeitos elétricos e magnéticos. E isso fica bem
nítido
> quando evoluímos do microcosmo para os objetos laboratoriais
denominados
> carga elétrica ou corrente elétrica.
>
> > Seria muito mais simples pensar num unico campo a causar efeitos
em
> > vez de dois campos a causarem dois efeitos.
>
> Sem dúvida, a natureza seria bem mais simples se existisse apenas
um efeito,
> mas comprova-se que existem mais.

Eu disse "um unico campo a causar efeitos" , ou seja, uma unica
informação (causa) a provocar mais que um efeito.

O que estou dizendo é que se o vector 'potencial que não é potencial'
A, de relaciona com o campo de efeitos electricos, CeE, e o campo de
efeitos magnéticos, CeM, então na realidade ha só uma causa: A.

Ok que diferentes organizações de electroes dão diferentes efeitos
macoscópicos.Aqui não ha novidade. Mas sendo que o CeE e o CeB
dependem de A, quaisquer efeitos que roduzam são os mesmos que A
sózinho produz, por uma devida manipulação geométrica que tem em
consideração a posição relativa dos vários electrões.

Portanto, pq referir CeE e CeB se eles não são necessários ?
( a não ser que eles correspondam directamente a algo que se possa
medir, claro.)


> > Tu estás explicitamente a supor que eu posso detectar se me estou
a
> > mover com movimento rectilineo e uniforme.
>
> Não estou supondo nada e também não estou negando nada a respeito.
Já disse
> que o problema, como apresentei, não é essencialmente relativístico
mas que
> precede a relatividade.


Onde é que eu falho em explicar que nada, mesmo classicamente, fica
de fora da relatividade ?
É que todas as medições, todas as observaçoes são feitas em relação a
um referencial. São relativas a ele. E o que é relativo, não é
universal.

Um observador num ref não inercial pode saber que está nesse ref, mas
um observador num ref inercial não pode. Esta é a base da
relatividade, qualquer que ela seja.

Se A passa por B com velocidade qq (em modulo e orientação) essa
velocidade é de que tipo?
É a velocidade de A relativa a B.
Mesmo uma velocidade absoluta é relativa a alguma coisa.
E por isso eu disse que mesmo fazendo fisica do absoluto as
velocidades serão sempre relativas.


> > Eu não estou a dizer que B não emitiu. Eu estou a dizer que ele
não
> > tem como saber que foi ele que emitiu. As particulas não têm
memória!
> > Por isso a referencia constante a esse aspecto.
>
> A memória também não está em jogo, se bem que eu não afirmaria
enfaticamente
> que partículas não têm memória. Sob certos aspectos poder-se-ia
dizer que,
> no paradoxo EPR, Einstein e al. assumiram, de alguma forma, um
certo tipo de
> memória inerente às partículas

Não. Não assumiram.
Contudo, para as particulas terem memória, essa memória teria de
estar armazenada de alguma forma. E dos insgredientes que dás, apenas
o movimento poderia comportar essa memória.
E se o movimento se confunde com a memoria, tal memoria não existe.

Se eu parar uma particula ela não sabe de onde veio e não sabe voltar
a se movimentar com a mesma velocidade que tinha.
O que tem 'memória', informaçao, é o espaço. (campo)


> > > > antes de prosseguir esclarece-me no seguinte.
> > > > Qual é a diferença fisica entre uma velocidade relativa entre
dois
> > > > corpos, a velocidade de um corpo num referencial, e a
velocidade
> > > > do mesmo corpo no referencial absoluto.
> > > > Não são elas todas velocidades indestinguiveis? Ou seja, não
são
> > > > elas todas relativas a alguma coisa?
>
> > > A resposta imediata eu já dei, mas não a aceitastes,
>
> > qual foi?
>
> Um corpo com velocidade absoluta emite informações. Recíproca: um
corpo que
> gera pelo menos um campo de forças, está em movimento absoluto.


Mas como todos geram, todos estão em movimento absoluto. E portanto o
movimento absoluto deixa de ter importância.
Por outro lado, se algum nao está, ele tb não gera campo, e portanto
não é observável.

Conclusão, o movimento absoluto não releva em nada para a conclusão.


> > Esse é o referencial do arbitro, que fica parado no percurso (na
> > meta) ha espera dos concorrentes. Esse não é o referencial de A
nem
> > de B.
>
> Já disse e repito: Este não é um problema relativístico mas um
exemplo a
> mostrar que existem problemas que devem ser resolvidos num
referencial
> próprio. Nada impede que sejam resolvidos em outros, mas para que
complicar?

Se falas de referencial proprio= aquele que é melhor para resolver
determinado problema, então estás a falar em relatividade, pq está a
assumir que o resultado será diferente conforme o ref onde estejas a
observar.

A questão é que tu não estás no ref absoluto, mesmo que ele exista.
Então terás sempre de reduzir as ideias para um ref não absoluto. E
terás, obviamente, que cair na relatividade. Classica ou não isso é
outra historia. Mas como parte integrante do relativo, tens de fazer
fisica do relativo. Qq fisica do absoluto não dará resultados.

> > Eu tenho notado que usas sempre 3 referenciais.
>
> Pelo contrário. Estou dando exemplos de problemas cuja solução
exige a
> utilização de apenas 1 referencial.

Como é que só usando um referencial consegues decifrar que existe uma
força inercial a actuar na terra ?
Para identificares esta força precisas de 2 referenciais.
Com ref apenas não poderás conhecer um pendulo de Foucault.


> Não há porque querer acompanhar as
> partículas. No caso do elétron a percorrer uma corrente elétrica,
fixe-se no
> referencial do laboratório; e no caso do carro fixe-se no
referencial da
> estrada. Para que complicar?

Porque eu não sou uma estrada nem um electrão.
E portanto tenho que transportar o fenómeno para o meu referencial.

>Use o absolutismo inerente ao problema e as
> coisas ficarão muito mais simples.

Para para isso é preciso eu saber qual é. E não é possivel saber À
priori qual é.
Se fosse, não existia discussão sobre se é o sol que se move em
relação ha terra , ou vice-versa.
Se não existissem mais astros, nunca poderias descobrir qual que se
move e qual está parado.
E isso que acontece com o teu A e B. A está parado, mas nem A nem B
podem chegar a essa conclusão sozinhos. E nenhum deles tem acesso ao
ref absoluto. Não ha nenhum artificio que nos permita dizer "espera
ai um bocadinho que eu vou ali ao ref absoluto medir e já volto"


> > Se existem outros,as conclusoes tem que fazer sentido na mesma.
Isso
> > é que significa as leis serem obdecidas em todos os ref, e serem
> > portanto universais.
>
> Mas eu não estou preocupado com a relatividade, ou se ela funciona
ou não.
> Estou preocupado em demonstrar que em determinadas condições
podemos pensar
> não relativisticamente e de maneira a privilegiar um referencial.


Mesmo quando pensas em 1 só ref , estás a pensar relativisticamente.
Só que estás a usar um ref só.
Mas isso não é possivel em geral e exactamente por isso é necessário
constrir uma relatividade mais complexa, seja a de galileu, seja
outra qq.

>Não sou eu
> a privilegiar este ou aquele referencial, mas estou a verificar que
este
> referencial é o adequado ou o mais apropriado para me fornecer a
resposta
> que necessito.


A resposta tem que ser igualmente válida para todos os observadores,
ou não será uma resposta fisica. Tlv uma resposta metafisica, ou
religiosa.
E para a resposta ser válida para todos os observadores, a
relatividade é necessária.

> > Mas o c da luz é isotropico. E o teu 'c' (velocidade da galáxia)
não
> > deveria ser.Se a galaxia se move ela tem um direcção.
> > Se nos movernos nos sentido contrario 'c', diminui.
>
> Mas porquê "não deveria ser isotrópico". Estás assumindo isso como
hipótese?

A galaxia se move numa direcção.Ou não se move ?
Se esse movimento está impelido a c, então qq velocidade no sentido
contrario será mais lenta que no sentido igual (soma de velocidades
classica)
Se eu estou me movendo num carro numa direcção, alo que eu atie para
tráz tem movimento mais lento (do ponto de vista do observador na
terra) que a que eu atiro para a frente.
Ou não ?

> Apoiado em que argumento e/ou experiência?

Naquelas.
Portanto se eu projecto luz na direcção do movimento da galáxia ela
terá maior velocidade que se a projectar no sentido inverso.
E dado que a galaxia só se move com uma velocidade, a existencia
dessa direcção torna o espaço anisotrópico.

>As minhas hipóteses são outras e
> a experiência mostra-me que a isotropia referida existe; e uma
coisa não >é incompatível com a outra.

Então pq?

> > > Responderei então ao teu questionamento de maneira
operacionalmente
> > > bem simples: Acenda uma lanterna e mantenha-a segura (ou fixa)
em tuas
> > > mãos. Peça para alguém que determine a velocidade da luz
emitida por
> > > esta lanterna. Se esta velocidade for diferente de zero,
certamente você
> > > estará em movimento em relação ao referencial absoluto
newtoniano
>
> > Conclusão: A luz é o detector de movimento em relaçáo ao ref
absoluto.
> > Então os fotões são as particulas que transportam a informação do
> > movimento absoluto. E como sem ess informação não ha alteração do
> > estado do movimento do receptor, então viajando a mais que c, não
> > saberiamos de nada, pois não obteriamos informação dos outros
corpos.
>
> Conclusão um tanto quanto precipitada e/ou a apoiar-se em hipóteses
de
> outras teorias. O curioso é que estas teorias não aceitam o que
afirmei.
> Estaríamos frente a um jogo de palavras?

Se a informação viaja a c, e ela é a unica a poder provocar acções ,
entáo viajando a mais que c, nenhuma informação nos alcançaria. E
portanto nenhuma acção aconteceria. Nao havendo portanto alteração do
estado de movimento do corpo.
Onde é que eu estou a usar ideias de outras teorias ?
Estou apenas a usar o principio classico de que "se eu corro mais que
tu, tu não me apanharás nunca".


[]

Sérgio



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Clonagem humana ... e a transmutação da matéria.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/12/2001 13:16



| Vamos ver o que acontece.
|
| []'s
|
| Celso Galli Coimbra

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4. Analfabeto e' aprovado em nono lugar em prova para curso de direito

Um analfabeto fez o vestibular para o curso de direito de uma das maiores Universidades do Brasil e foi aprovado.

E nao passou raspando: ele ficou em nono lugar no concurso, como mostrou ontem o "Fantastico", da Rede Globo.

Para fazer a reportagem, a equipe do programa pediu ajuda ao padeiro Severino da Silva, de 27 anos, que esta' aprendendo a ler numa igreja perto de sua casa, em Nova Iguacu.

A Universidade que aprovou Severino foi a Estacio de Sa', que tem mais de 60 mil alunos.

Na filial Meier, onde fez o exame, Severino marcou as alternativas A e B, sucessivamente, em todas as questoes das provas de multipla escolha.

Na hora da redacao, alegou que estava se sentindo mal e entregou a prova em branco. Mesmo assim, conseguiu fazer 2.562 pontos.

O reitor da Estacio, Gilberto de Oliveira Castro, explicou a equipe do "Fantastico" que a aprovacao nao significa que a vaga seja do padeiro:

"Ele foi classificado em nono lugar num conjunto em que obteve 20% de acertos. Isso nao significa que seria matriculado", justificou Castro, argumentando que Severino nao seria admitido na Universidade sem comprovar a conclusao do Ensino Medio.

Perguntado se nao considerava a aprovacao uma aberracao, o reitor respondeu que "esse e' um problema quando se trabalha com grandes numeros".

A reportagem teve origem na tese de fim de curso de um jornalista recem-formado pela Estacio de Sa', Carlos Palhano, sobre a mercantilizacao das faculdades particulares e sua influencia no processo seletivo.

Ele testou seis faculdades particulares: Estacio de Sa', Gama Filho, Helio Alonso, Castelo Branco, Veiga de Almeida e UniverCidade. Nas questoes de multipla escolha, como Severino, marcou apenas A e B.

Na redacao, fez um texto sem coerencia e com erros de ortografia e gramatica. Mesmo assim, passou em todas.

"Esse comercio do ensino, altamente voltado para o lucro, me incomodava. Passei a suspeitar que o vestibular das faculdades particulares nao testavam o conhecimento de ninguem", afirmou Palhano em entrevista ao "Fantastico".

Palhano procurou os reitores das faculdades. O reitor da Universidade Castelo Branco nao aceitou o encontro. Os outros deram, cada um a seu jeito, uma explicacao.

"Uma coisa e' um aluno entrar numa Universidade. Outra coisa e' ele conseguir sair dela", disse Mario Veiga de Almeida, da Universidade que leva seu sobrenome.

"O problema esta' no processo de multipla escolha. E' uma questao de sorte", afirmou o reitor da Gama Filho, Sergio Dias.

A secretaria de Ensino Superior do MEC, Maria Helena Guimaraes de Castro, explicou que nao cabe ao ministerio avaliar os metodos de selecao das Universidades, que, por lei, tem autonomia para escolher seus alunos.

O "Fantastico" mostrou que a quantidade de escolas particulares de ensino superior no Brasil praticamente dobrou nos ultimos anos: em 1990, existiam 696. Em 2000, o numero passou para 1.004. (O Globo, 10/12)
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Eis um dos motivos do "por que as coisas acontecem".

[]'
Léo
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Fisica Quantica ... para os Misticos, Exotericos etc.
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/12/2001 06:37

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Saturday, December 08, 2001 7:43 PM
Subject: [ciencialist] Fisica Quantica ... para os Misticos, Exotericos etc.

> Meus amigos listeiros, desculpem-se a ousadia, mas resolvi escrever sobre
> Física Quântica.

Digamos que prefiro quando escreves sobre ectoplasmas ;-), mas vamos lá.
Pô, lá estou eu a escrever em segunda pessoa! O culpado é o Sérgio, aquele
herege que não acredita nos poderes do céu, quero dizer, do Léo. ;-)

> Em especial, do Roberto Takata, espero as devidas sugestões e correções na
> língua pátria. Do Belisário, Alberto e toda a 'gang' quântica...

Seria bom que essa "gang" quântica se manifestasse, pois a minha
contribuição num projeto quântico não pode ser das melhores por razões que a
própria razão desconhece :-).

> Para os adoradores dogmáticos, se bem recordo, essa 'onda' começou com o
> lançamento do livro "O Tao da Física", de Fritjof Capra, cuja visão
> mística da Física, acrescida de seus argumentos forçados, suas falácias e
> 'viagens' deturparam sobremaneira a conceituação científica dos fatos.
> Ainda hoje, ao afirmar que Física Quântica nada tem a ver com misticismo,
> sempre aparecerá um deles a dizer: "Ah, mas Capra é físico e diz que tem
> sim". Isso ocorre porque tal indivíduo não leu nada de F.Q. e, com certeza
> absoluta não leu nada desse autor em algum periódico científico de
> respeito, uma vez que ele não tem o aval da Comunidade Científica, pois
> suas teoria não são cientificas (experimentais, falseáveis, empíricas
> etc.).

Não gosto do Capra por motivos um pouco diversos, e vou tentar expor o que
penso abaixo. Trata-se de uma opinião, nada definitivo, e expressa apenas
com o intuito de fornecer novos subsídios para o livre pensar.

1) Não sei se poderia dizer que os místicos entraram na onda somente a
partir do livro do Capra, se bem que concorde que ele serviu para engrossar
uma corrente que acredito que já existia. Diria, para começar, que o Capra
contribuiu, a meu ver, para a vulgarização da física quântica, o que por si
só não seria mal. Lembro que o Landau contribuiu para a vulgarização da
teoria da relatividade com um livrinho excelente e que serve tanto para o
leigo quanto para aquele que pretenda dar uma aula introdutória para uma
platéia que nunca estudou relatividade. A abordagem do Capra foi outra, mas
não acredito que ele tenha pretendido desconfigurar a física quântica.

O Capra assumiu que a física quântica tem um certo sabor místico, mas isso
nunca foi negado pelos construtores da física quântica. O problema, é que na
época da construção da mesma, muito pouca gente entendia o significado da
teoria e, portanto, aqueles que gostam de explorar o misticismo em nome da
ciência não sabiam o que dizer a respeito. Essa tendência se perpetuou e os
místicos foram criando coragem e começaram a se aventurar nesta área.

Na década de 70 surgiu Capra a tentar "justificar" esse misticismo com suas
idéias um tanto quanto mirabolantes. Se hoje eu não aceito a física
quântica, não é em virtude de abominar esse misticismo inerente a mesma, mas
porque acredito que posso chegar onde ela chegou ou, até mesmo, evoluir para
além de onde ela "empacou", sem apelar para este misticismo. Mas este
misticismo, por mais que queira "tirar o sarro" dos quânticos, não é do
mesmo tipo do misticismo puro, contra o qual também não tenho nada. Aliás,
lembro também que no passado já fui criticado (no bom sentido) aqui na
Ciencialist ao falar contra o misticismo, e chamaram-me a atenção, pois que
na realidade o que eu estava combatendo não era propriamente o misticismo,
mas algo do tipo do esoterismo. Mas isso são conceitos que vez ou outra
emitidos de maneira errada e que não vêm em prejuízo de nossas idéias mas,
tão somente, tornam nosso texto confuso para alguns, dependendo da área que
eles procedem. Tenho notado que a turma da área de humanas, em especial da
psicologia, mas não só, fala em misticismo com uma conotação um pouco
diversa daquela manifesta pelos cientistas que estudam a natureza pura.

2) O que não gosto no Capra, não é que ele tenha misturado física quântica e
misticismo oriental, mas que ele tenha valorizado o que de mais esotérico
existe neste misticismo oriental. Lembro que Bohr gostava muito de filosofia
oriental (há quem diga que no brasão familiar de Bohr havia o símbolo yin e
yang, e que este brasão houvera sido encomendado pelo próprio Bohr, mas não
sei se esta notícia procede), e Bohr era o protótipo do cientista a
abominar o esoterismo.

Capra não soube distinguir o que poderíamos chamar por filosofia
oriental --a apoiar-se principalmente nos escritos de Lao Tse, mas não de
seus seguidores (os chamados taoístas)-- do esoterismo que a acompanha --e a
apoiar-se principalmente nos escritos de Confúcio, se bem que nem tudo de
Confúcio seja propriamente esotérico. A verdade é que existe um choque de
cultura muito grande, e Capra não soube acoplar a ciência ocidental, aqui
representada pela física quântica, com a filosofia oriental, que deveria ter
sido representada por sua filosofia depurada de seu esoterismo.
Conseqüentemente, quando li Capra cheguei a ficar decepcionado não com a
descaracterização que teria promovido na física quântica, pois não nego que
não gosto desta, mas com a deturpação da genuína filosofia oriental.

Aqueles aproveitadores da situação, que se intitulam místicos e que falam
bobagens em nome da física quântica, interpretam os conceitos yin e yang sob
o mesmo prisma de Capra. Mas tenho notado também que muitos dentre os que
pretendem defender a física quântica, acabam "se machucando" ao tecerem
considerações sobre o que desconhecem totalmente, a verdadeira filosofia
oriental, algo a meu ver bastante sério e a merecer um lugar de destaque em
nossas academias. Pois não há nada de mais belo em termos de filosofia, até
mesmo em condições de acoplar-se com a ciência ocidental, do que os
conceitos yin e yang da filosofia oriental. Não tenho dúvidas que muitos
filósofos gregos beberam dessa fonte que não começou com Lao Tse nem com
Confúcio, mas parece-me ter germinado com Fou-Hi, um chinês que há cinco mil
anos conseguiu reunir os principais conhecimentos herdados de nossos
milenares ancestrais.

Não digo pois que Capra não leu nada sobre física quântica. Muito
provavelmente leu e não entendeu, mas isso não pesa contra ele. Ninguém
pode sair por aí dizendo que entende física quântica, e creio que Bohr
chegou a deixar isso muito bem claro. Aceita-se a física quântica porque ela
dá certo, mas isso não é o mesmo que entendê-la. O que Capra não entendeu
foi a filosofia oriental. E por não entendê-la, confundiu filosofia com
esoterismo. E julgou que poderia justificar o que não havia entendido, na
física quântica, com o esoterismo oriental. Quis dar a última palavra sobre
um assunto e "se machucou", por não ter conseguido "costurar" dois temas
respeitáveis.

Por mais que não goste da física quântica, entendo-a como ciência, no
sentido defendido por Bohr, apesar de já ter dado a entender o contrário
através de algumas de minhas afirmações emitidas, aqui na Ciencialistno, no
calor de alguma "batalha". E por mais que não goste de misturar ciência com
esoterismo, percebo que no que chamam esoterismo oriental existe muito de
filosofia, no sentido apontado por Heráclito e tantos outros, desde os
gregos até os melhores filósofos dos dias atuais.

3) Quanto aos aproveitadores da ingenuidade popular, e parece-me não ter
sido esse o caso de Capra, não digo nada. Neste caso, sou oito ou oitenta:
Ou digo tudo o que penso, ou prefiro calar-me frente a estas pessoas que não
merecem a mínima consideração de nossa parte.

> Isso lembra-me alguém querendo defender a "Teoria da Terra Oca". Não é
> porque esse alguém é geólogo que isso signifique que tudo que tal pessoa
> diga sobre geologia deva ser verdadeiro.

O problema da Terra Ôca creio que situa-se num terreno um pouco diverso,
talvez mais no gênero do "Eram os deuses astronautas", do von Daniken, ou "O
cavalo de Tróia". É quase um romance ficcionista, e acredito que deveria ser
interpretado neste sentido. Cheguei a ler o livro "Terra Ôca" e não vi nada
demais, a não ser que o autor procura dar uma feição de veracidade, fugindo
do teor de romance e a se aproximar de documentário (o que também é feito em
menor grau por von Daniken) e a deixar o leitor um pouco confuso a esse
respeito. A idéia em si pode ser esquisita, creio que fisicamente seria
muito difícil aceitá-la, mas não diria ser impossível e sim improvável. O
autor chega a falar em viagens que teriam sido feitas de avião a penetrar em
ambos os orifícios polares, e chega mesmo a citar o piloto que teria
conseguido tal feito. Mas um leitor culto pode encarar isso com
desconfiança, e/ou encarar como ficção literária. Não diria o mesmo da massa
inculta, mas isso é um problema cujo maior culpado não é o autor do livro,
mas os nossos políticos que não querem minorar essa situação. É mais fácil
manter a corrupção onde a cultura é garantida apenas para a minoria
privilegiada da qual fazemos parte. Esta minoria tem medo de perder o
privilégio e a massa acaba satisfazendo-se com as migalhas que lhes sobram e
distribuídas por esses maus políticos.

> Decididamente CAPRA é o eixo dessa visão mística. Depois de "O TAO DA
> FÍSICA" ele ainda escreveu "PONTO DE MUTAÇÃO", um outro livro onde a F.Q.
> é a "explicação para os eventos sobrenaturais" etc. São livros escritos
> para leigos, sobejamente baseados em crendices e sem aprovação alguma
> daqueles que seriamente dedicam-se à Física.

Este segundo livro marcou-me bem menos que o primeiro e já li há muito tempo
e, portanto, não estou habilitado a comentar. Lembro, não obstante, que
Capra tentou corrigir a visão negativa que o primeiro teria provocado entre
os físicos e, pelo que ouvi, ele chegou a obter um sucesso relativo entre
seus pares, mas não conheço detalhes do processo.

> Apreciaria lançar um desafio para que tais místicos lessem um livro
> inteiro sobre o que vem a ser uma abordagem científica posta
> academicamente (e referenciada pela comunidade científica) para que
> pudessem constatar por si mesmos que nada é baseado em crendices, lá nada
> há de 'místico'.

Chamo a atenção apenas para o significado da palavra "místico" e digo isso
não porque não entenda o que pretendes dizer, mas porque no passado já
estranharam essa postura que teria defendido aqui na Ciencialist. É óbvio
que estes aproveitadores da ingenuidade popular, que se intitulam místicos,
acabam levando muita gente na onda. Mas me parece que nem todo o misticismo
é desse tipo, nem todo o misticismo apóia-se no charlatanismo e não é raro
assumirem algumas de nossas posturas científicas como místicas. Como, por
exemplo, aquelas que vão contra o senso comum e, não obstante, dão certo sem
que saibamos onde, quando e nem porquê. É verdade que temos a experimentação
a nos apoiar, mas existe sempre aquela história de interpretação da
experimentação a apoiar-se em pressupostos não definitivamente comprovados,
e essa crítica vale até mesmo para a física clássica, se bem que com peso
menor.

> Eu também não sou nenhum especialista no assunto mas, muito me agradaria
> colocar um texto acessível a todos aqueles que usam da 'quântica' para
> tentar lastrear suas 'falas'. Quem sabe, lendo-o, os argumentos melhorem,
> ou desapareçam por completo. Em fim, essa divulgação científica é a
> leitura inicial que proponho, lançando alguns esclarecimentos que possa
> ajudar a "desmistificar a Física Quântica", e a incentivar seu estudo para
> aqueles que viam nela algo 'miraculoso' o suficiente para parecer místico.
> Essa divulgação será posta em três partes:
> Parte 1 - Os estados quânticos do átomo
> Parte 2 - Natureza ondulatória das partículas atômicas (feixes de
> partículas e de luz)
> Parte 3 - O caráter corpuscular da luz e a complementaridade.

Sem dúvida, acho a idéia fantástica e servirá apenas para enriquecer ainda
mais o Imperdível. Não prometo ajudá-lo nestas outras partes pois não me é
fácil encontrar virtudes da MQ, mesmo reconhecendo que ela as possui. De
qualquer forma, assim que tiver um tempinho extra darei uma lida nos três
textos.

> PS: Só faltava alguém substituir o "etc." do título por "e químicos"

Só porque é o Léo pensa que pode brincar com o Buda... ops, quero dizer, com
o Brudna? :-)))) Te cuida, heim!

[ ]'s
Alberto
http://ecientificocultural.com (inglês)
http://ecientificocultural.com/indice.htm (português)



SUBJECT: Re: Fisica Quantica ... para os Misticos, Exotericos etc.
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/12/2001 07:56


> Subject: [ciencialist] Fisica Quantica ... para os Misticos,
Exotericos etc.

:-)) Se bem que entenda o que queres dizer com este titulo, não sei
se o objectivo é cumprido... :-))
Vou aproveitar o mail do Alberto para responder-te.

> > Meus amigos listeiros, desculpem-se a ousadia, mas resolvi
escrever sobre
> > Física Quântica.

> Digamos que prefiro quando escreves sobre ectoplasmas ;-), mas
vamos lá.
> Pô, lá estou eu a escrever em segunda pessoa! O culpado é o Sérgio,
aquele
> herege que não acredita nos poderes do céu, quero dizer, do Léo. ;-)

Já não está cá mais quem falou...Eu acho que o texto ficou muito
expressivo. Ele explica a experimentação que dá razão à necessidade
de quantificar grandezas e portanto à necessidade de uma fisica
quântica.
Gostei sobretudo das imagens reais de padrões de
interferencia.Pergunto-me onde as arranjas-te :-) (parecem ser a
mesma imagem)

O texto é muito bom,mas no fim cai onde todos os textos caem.
Comparas o feixe de luz a um conjunto de fotões atirados feitos
rajada. A comparação das explosões é excelente. Comparas o feixe de
electrões com as mesmo tipo de rajadas. E concluis não que a rajada
tem comportamento de onda, mas que as proprias particulas tem
comportamento de onda.

A imagem que dás do copo com água no avião é mais uma vez excelente.
Eu gostaria de saber pq três linhas acima eu estou a pensar o que
escreves três linhas abaixo...mas pronto...imaginando esse padrão em
3D temos o padrão dos electrões presentes do átomo.
E por aquilo que sabemos o electrão limita-se a surfar nesse
padrão...mas pronto, isso são promenores tlv de menor importância,
mas que depois de um texto inteiro a comparar as propriedades de
feixes de particulas com ondas, se conclua que as proprias particulas
são ondas é no minimo estranho.Estranhesa essa que se propagará
misticamente depois.
E é por estas e por outras que os 'misticos'se dão ao luxo de usar a
quantica para os seus esquemas. Se bem que o que eles gostam mais é
da teoria dos mundos paralelos, do 'principio da indeterminação' e
dessas tretas todas que sempre ficam mal explicadas nos livros
disfarçadas por uma boa argumentaçao experimental que: Feixes de
particulas se comportam como ondas, ...não.. enganei-me...é que
particulas se comportam como ondas.

Bom, ao menos não se fala em calcular o comprimento de onda de um
automovel ou de uma pessoa...

> Ninguém
> pode sair por aí dizendo que entende física quântica, e creio que
Bohr
> chegou a deixar isso muito bem claro. Aceita-se a física quântica
> porque ela dá certo, mas isso não é o mesmo que entendê-la.

Ele deixou claro ha um seculo atrás!! que ele não entendia a sua
propria teoria. E entende-se pq se ele apenas deixou cair postulados
do ar apenas para dar certo. Mas hoje 100 anos depois quem não
entende quantica é pq não quer.


> > Eu também não sou nenhum especialista no assunto mas, muito me
agradaria
> > colocar um texto acessível a todos aqueles que usam da 'quântica'
para
> > tentar lastrear suas 'falas'. Quem sabe, lendo-o, os argumentos
melhorem,
> > ou desapareçam por completo. Em fim, essa divulgação científica é
a
> > leitura inicial que proponho, lançando alguns esclarecimentos que
possa
> > ajudar a "desmistificar a Física Quântica"

É isso que eu gostaria de saber se acontece. A informação é toda
válida. E não ha como argumentar contra as evidências experimentais.
Mas elas dizem realmente o que se conclui nos ultimos parágrafos? É
que são estes onde os misticos pegaram. E ninguem terá como
argumentar contra sem ser alterando essas conclusões ou dizendo que:
Fisica é fisica, a filosofia oriental é a filosofia oriental, e não
dá para misturar


, e a incentivar seu estudo para
> > aqueles que viam nela algo 'miraculoso' o suficiente para parecer
místico.
> > Essa divulgação será posta em três partes:
> > Parte 1 - Os estados quânticos do átomo
> > Parte 2 - Natureza ondulatória das partículas atômicas (feixes de
> > partículas e de luz)
> > Parte 3 - O caráter corpuscular da luz e a complementaridade.
>
> Sem dúvida, acho a idéia fantástica e servirá apenas para
enriquecer ainda
> mais o Imperdível.


Concerteza, e concordo com o Alberto neste ponto. Não podemos
despresar esse ramo da fisica que tanto tem feito por nós no ultimo
seculo.


[] a todos

Sérgio



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fisica Quantica ... para os Misticos, Exotericos etc.
FROM: "Leandro chew" <chew00@brfree.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/12/2001 10:06

Olá Luiz,

gostei do texto. Porém eu espera algo diferente lendo o título, pensei que
seria uma espécie de confronto entre a física quantica verdadeira e tal
quantica aclamada pelos místicos . Gostaria de deixar minha opnião, dizendo
que é um bom texto, mas que seria muito interessante se apontasse com
exemplos oque por exemplo Capra diz ter embasamento na quantica e assim
negar seu argumento . Os exemplos podem ser expandidos para outros que
clamam como a quantica mística, dando assim alguma ordem em toda confusão
que esta teoria se afundou hoje.

[]'s
Leandro .




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fisica Quantica ... para os Misticos, Esotericos etc.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/12/2001 11:53

Ao Takata, Mesquita e Taborda que já me 'afagaram' com seus comentários, meus agradecimentos.

Os comentários do Alberto sobre a Introdução foram excelentes e ampliaram o raio de meu minúsculo círculo de conhecimento sobre o 'misticismo oriental' mas, ao fazer isso, aumentou também a circunferência de meus horizontes de coisas que continuo sem saber. E acredito que será sempre assim, aumenta o raio do saber, aumenta a circunferência-horizonte das novas perguntas sobre o não-saber.

Mas o propósito básico é apresentar um texto de divulgação sobre FQ para os que têm círculo de raio zero no conhecimento do tema. Os místicos, e em particular os aproveitadores da ignorância popular, são os alvos imediatos.

O Sérgio deu-me a satisfação de levantar problemas sérios na conclusão da divulgação. Seriamente, não conseguiria consertar essas engrenagens que ajustam a dualidade nesse contexto. Pediria a gentileza (ao Sérgio) de destacar a parte do texto que mais 'merece uma renovação' e enviar-me algumas linhas de sugestão ... sem perder o arcabouço da divulgação (para quem realmente tem usado da FQ sem saber de que se trata). O que não podemos é deixar 'restos de naufrágios' para que os místicos tenham onde se apoiar, consolidando sua observação:
>"mas que depois de um texto inteiro a comparar as propriedades de
feixes de partículas com ondas, se conclua que as próprias particular
são ondas é no mínimo estranho.Estranhesa essa que se propagará
misticamente depois."<

Será que essa sua observação:
>"E ninguém terá como argumentar contra sem ser alterando essas conclusões ou dizendo que:
Física é física, a filosofia oriental é a filosofia oriental, e não dá para misturar."<

será suficiente para quebrar o impasse do 'cara ou coroa', 'onda ou partícula'?

Nota: Os modelos dos estados estacionários foi 'colhido' da Physical Review, Vol. 37, 1416 (H. E. White) publicado em 1931. São desenhos (configurações) construídos a partir de observações e cálculos, segundo o autor.

Outra coisa deixa-me pensativo. Será oportuno apresentar esse 'emaranhado mental' aos nossos jovens (não só os místicos e enganadores irão ler esse texto) em substituição á simplicidade do modelo planetário? Será que as dificuldades do modelo planetário não deveriam ser suscitadas apenas em ensino universitário? A propósito desse meu comentário coloco abaixo o texto do Hélio. Refere-se mais ao pensamento norte-americano sobre a aprendizagem de seus jovens mas, se for á frente lá, os 'macacos da educação e cultura' brasileiros irão copiá-los (como já o fizeram com as malditas "cruzinhas" no ensino médio, abandonando a Escola Européia -- notadamente a Francesa, pela qual estudei -- e adotando a Escola Americana) e isso será uma nova e brutal derrocada no Ensino.

Aqueles abraços,

Léo

================
Hélio Schwartsman
Folha de S. Paulo - Pensata

O fim da trigonometria

31/05/2001

As crianças estão indo mal nas provas? É muito simples. Vamos eliminar dos testes de matemática as questões de trigonometria, vamos esquecer os isômeros e os ácidos orgânicos na química e, em biologia, deixar de lado termos difíceis como mitocôndria e complexo de Golgi.

A idéia, que à primeira vista parece digna do pessoal do "ministério do apagão", tem consistência e é o resultado de mais de 15 anos de trabalho do Project 2061 (www.project2061.org), da AAAS (Associação Americana para o Progresso da Ciência).

A AAAS deve divulgar nos próximos dias o guia "Designs for Science Literacy (Projetos de Alfabetização Científica) com recomendações polêmicas para os "curricula" dos ensinos fundamental e médio.

Em linhas gerais, o "Designs" vai sugerir a redução dos tópicos abordados pelas escolas, a remoção de detalhes considerados desnecessários e a limitação do vocabulário ao mais essencial. Por exemplo, ficam gene, membrana e célula saem mitocôndria,
complexo de Golgi e ribossomo.

"Designs" é apenas uma sugestão da associação, que já produziu outros documentos análogos, para autoridades educacionais, professores, editoras e autores de livros didáticos elaborarem os "curricula".

A idéia, ao contrário do que pode parecer, não é embrutecer os jovens norte-americanos, colocando-os na trilha já percorrida pelo presidente George W. Bush, mas fazê-los entender o que lhes é ensinado.

E o fato de que os estudantes dos EUA não estavam se saindo bem em relação a alunos de outros países foi constatado pelo
Timss (www.timss.org), um estudo comparativo, envolvendo dezenas de nações, que avalia o desempenho de estudantes em ciência e matemática.

Em 1995, na primeira versão do Timss, os alunos norte-americanos da 4ª série se mostraram bons em ciência, ficando entre os primeiros colocados, mas, em matemática, não se sobressaíram, permanecendo entre a média das nações. Na 8ª série, ficaram na média tanto em ciência quanto em matemática. Mas, na 12ª série, o último ano do ensino médio, o desastre foi total. Os norte-americanos figuraram entre os últimos colocados em todas as disciplinas.

Em 1999, a última versão do estudo, foram testados apenas alunos da 8ª série. Não se verificaram mudanças importantes. O Brasil não participa do Timss.

Não era preciso ser um gênio da estratégia para constatar que algo precisava ser feito. A AAAS, cujo Project 2061, já desenvolvia um trabalho de longo prazo com a educação científica _o 2061 é uma referência à próxima passagem do cometa de Halley_ decidiu examinar melhor os livros didáticos.

A primeira constatação, óbvia, é a de que são os livros didáticos que definem, na prática, o que os alunos aprendem e deixam de aprender. A segunda, menos trivial, conclui que o material, de um modo geral, é muito ruim, apesar de ser o mais extenso e pesado de todos os países que participam do Timss.

A ignorância científica de um norte-americano pode surpreender. Um vídeo produzido pelo Observatório Astrofísico Harvard-Smithsonian chocou a comunidade científica dos EUA. A equipe perguntava a alunos da 4ª série e a formandos do prestigioso Massachusetts Institute of Technology (MIT) de onde vinha a massa das árvores. As respostas dos dois grupos foram muito parecidas: do sol, da água, do solo.

Obviamente todas elas estão erradas. Os alunos do MIT ficaram surpresos quando foram informados de que a matéria das árvores vinha do dióxido de carbono atmosférico, isto é, do ar. "O ar não poderia pesar tanto", comentou um dos formandos do MIT.

Houve aqui uma falha grave na aprendizagem do conceito de matéria. A hipótese do pessoal do Project 2061 é a de que os livros didáticos e, por extensão, os "curricula" perderam o foco. Ensinam muita coisa e muito mal.

Enquanto um livro de ciência da Alemanha ou do Japão cobre entre 8 e 17 tópicos para as 4ª, 8ª e 12ª séries, nos EUA, os estudantes são defrontados com entre 50 e 70 assuntos.

As obras podem ser atoladas com boxes sobre carreiras científicas, depoimentos de membros de minorias que fazem ciência, digressões sobre o efeito estufa e o lixo nuclear. São questões obviamente importantes e interessantes, mas que podem estar obnubilando o principal, que é entender os conceitos sejam eles os de matéria, gene, triângulo.

Parece razoável afirmar, com a AAAS, que a proliferação de temas, detalhes e terminologia técnica pode estar contribuindo para a ignorância científica do norte-americano, sem prejuízo de outros fatores, é claro.

De minha parte, acho razoável incentivar "curricula" mais "limpos". Conteúdos educacionais não são um fim em si mesmo. Utilizo um lema meio desgastado, mas no qual acredito: o mais importante é aprender a pensar.

É relativamente inútil conhecer todas as reações bioquímicas do ciclo de Calvin e ignorar que o ar é matéria e tem peso e que o ciclo de Calvin serve, entre outras coisas, para a planta fixar o gás carbônico atmosférico.

Mais grave até, o conhecimento ligeiro sem a capacidade de reflexão leva a equívocos de bom tamanho. Alguém pode estudar os átomos e achar que eles têm existência concreta, que têm um grau de realidade maior do que o de mero modelo teórico. Aqui, o erro deixa de ser uma informação problemática para tornar-se uma concepção tosca de realidade.

Para pensar o mundo (e não entendê-lo, o que me parece impossível), é preciso antes de mais nada dominar os conceitos com os quais nos habituamos a esquematizá-lo. Os conteúdos curriculares são sem dúvida importantes, mas, se não se assentarem sobre uma base conceptual mais sólida, são vazios. O que se ensina na escola, antes de ser um valor em si mesmo, é uma ferramenta
pedagógica e como tal deve ser encarado.

Se não formos capazes de transmitir aos jovens a noção de que a ciência não é um retrato fiel do mundo, mas apenas uma aproximação teórica bastante provisória e que será com toda certeza modificada ou pelo menos ajustada amanhã, estaremos, na melhor das hipóteses, gerando idiotas sabidos.

=======================================


-----Mensagem Original-----
De: "sergiotaborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 11 de dezembro de 2001 07:56
Assunto: [ciencialist] Re: Fisica Quantica ... para os Misticos, Esotericos etc.



> Subject: [ciencialist] Fisica Quantica ... para os Misticos,
Exotericos etc.

:-)) Se bem que entenda o que queres dizer com este titulo, não sei
se o objectivo é cumprido... :-))
Vou aproveitar o mail do Alberto para responder-te.

> > Meus amigos listeiros, desculpem-se a ousadia, mas resolvi
escrever sobre
> > Física Quântica.

> Digamos que prefiro quando escreves sobre ectoplasmas ;-), mas
vamos lá.
> Pô, lá estou eu a escrever em segunda pessoa! O culpado é o Sérgio,
aquele
> herege que não acredita nos poderes do céu, quero dizer, do Léo. ;-)

Já não está cá mais quem falou...Eu acho que o texto ficou muito
expressivo. Ele explica a experimentação que dá razão à necessidade
de quantificar grandezas e portanto à necessidade de uma fisica
quântica.
Gostei sobretudo das imagens reais de padrões de
interferencia.Pergunto-me onde as arranjas-te :-) (parecem ser a
mesma imagem)

O texto é muito bom,mas no fim cai onde todos os textos caem.
Comparas o feixe de luz a um conjunto de fotões atirados feitos
rajada. A comparação das explosões é excelente. Comparas o feixe de
electrões com as mesmo tipo de rajadas. E concluis não que a rajada
tem comportamento de onda, mas que as proprias particulas tem
comportamento de onda.

A imagem que dás do copo com água no avião é mais uma vez excelente.
Eu gostaria de saber pq três linhas acima eu estou a pensar o que
escreves três linhas abaixo...mas pronto...imaginando esse padrão em
3D temos o padrão dos electrões presentes do átomo.
E por aquilo que sabemos o electrão limita-se a surfar nesse
padrão...mas pronto, isso são promenores tlv de menor importância,
mas que depois de um texto inteiro a comparar as propriedades de
feixes de particulas com ondas, se conclua que as proprias particulas
são ondas é no minimo estranho.Estranhesa essa que se propagará
misticamente depois.
E é por estas e por outras que os 'misticos'se dão ao luxo de usar a
quantica para os seus esquemas. Se bem que o que eles gostam mais é
da teoria dos mundos paralelos, do 'principio da indeterminação' e
dessas tretas todas que sempre ficam mal explicadas nos livros
disfarçadas por uma boa argumentaçao experimental que: Feixes de
particulas se comportam como ondas, ...não.. enganei-me...é que
particulas se comportam como ondas.

Bom, ao menos não se fala em calcular o comprimento de onda de um
automovel ou de uma pessoa...

> Ninguém
> pode sair por aí dizendo que entende física quântica, e creio que
Bohr
> chegou a deixar isso muito bem claro. Aceita-se a física quântica
> porque ela dá certo, mas isso não é o mesmo que entendê-la.

Ele deixou claro ha um seculo atrás!! que ele não entendia a sua
propria teoria. E entende-se pq se ele apenas deixou cair postulados
do ar apenas para dar certo. Mas hoje 100 anos depois quem não
entende quantica é pq não quer.


> > Eu também não sou nenhum especialista no assunto mas, muito me
agradaria
> > colocar um texto acessível a todos aqueles que usam da 'quântica'
para
> > tentar lastrear suas 'falas'. Quem sabe, lendo-o, os argumentos
melhorem,
> > ou desapareçam por completo. Em fim, essa divulgação científica é
a
> > leitura inicial que proponho, lançando alguns esclarecimentos que
possa
> > ajudar a "desmistificar a Física Quântica"

É isso que eu gostaria de saber se acontece. A informação é toda
válida. E não ha como argumentar contra as evidências experimentais.
Mas elas dizem realmente o que se conclui nos ultimos parágrafos? É
que são estes onde os misticos pegaram. E ninguem terá como
argumentar contra sem ser alterando essas conclusões ou dizendo que:
Fisica é fisica, a filosofia oriental é a filosofia oriental, e não
dá para misturar


, e a incentivar seu estudo para
> > aqueles que viam nela algo 'miraculoso' o suficiente para parecer
místico.
> > Essa divulgação será posta em três partes:
> > Parte 1 - Os estados quânticos do átomo
> > Parte 2 - Natureza ondulatória das partículas atômicas (feixes de
> > partículas e de luz)
> > Parte 3 - O caráter corpuscular da luz e a complementaridade.
>
> Sem dúvida, acho a idéia fantástica e servirá apenas para
enriquecer ainda
> mais o Imperdível.


Concerteza, e concordo com o Alberto neste ponto. Não podemos
despresar esse ramo da fisica que tanto tem feito por nós no ultimo
seculo.


[] a todos

Sérgio


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SUBJECT: Re: Fisica Quantica ... para os Misticos, Esotericos etc.
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/12/2001 14:16


> Mas o propósito básico é apresentar um texto de divulgação sobre FQ
para os que têm círculo de raio zero no conhecimento do tema. Os
místicos, e em particular os aproveitadores da ignorância popular,
são os alvos imediatos.

Isso é um muito bom objectivo. A questão é até onde é possivel
explicar o que a fisica quantica implica sem mensionar certos
promenores históricos, matemáticos e de visualização conceptual.

> O Sérgio deu-me a satisfação de levantar problemas sérios na
conclusão da divulgação. Seriamente, não conseguiria consertar essas
engrenagens que ajustam a dualidade nesse contexto. Pediria a
gentileza (ao Sérgio) de destacar a parte do texto que mais 'merece
uma renovação' e enviar-me algumas linhas de sugestão ... sem perder
o arcabouço da divulgação (para quem realmente tem usado da FQ sem
saber de que se trata).

Bom, didáctica não é o meu forte. Eu vou só deixar aqui o que
considero perigoso e pq. Deixo à tua consideração a forma de explicar
isso em miudos, ou aos miudos.... :-))

Em geral a tua ideia é melhor que o que parece. E por isso parece
que estás a te esforçar para escrever algo que não é o que estás a
pensar.
Repara:

"Agora, voltemos à nossa questão fundamental: como pode o elétron ser
uma partícula e uma onda ao mesmo tempo?
É difícil formular em termos simples a resposta a tal pergunta. O
inesperado caráter duplo da matéria mostrou que nossos conceitos
comuns de movimento de partículas não são adequados para a descrição
do que se passa no mundo atômico."

Não totalmente. O exemplo do copo de água e do padrão de onda que se
forma, mostra como não é necessário mudar de conceito.

"Para compreender o que está se passando na escala atômica,
precisamos nos dispor a abandonar maneiras de pensar costumeiras e
substituí-las pelos novos conceitos que o estudo da natureza nos
impôs."

Esta frase deve ler-se pelos misticos da seguinte forma
"Para compreender o que está se passando na escala cósmica,
precisamos nos dispor a abandonar maneiras de pensar costumeiras e
substituilas pelos novos conceitos quanticos [leia-se:"contra senso
comum"] que o estudo da natureza impôs"

Não é preciso mudar de conceito mas ver com atenção como o usar.
Esta tua frase é altamente perigosa como podes ver.


"Essa reação não é peculiar a experiências em que usamos a luz para
seguir a órbita do elétron. De maneira geral, todas as medidas que
poderiam ser usadas para decidir entre a natureza ondulatória ou
corpuscular do elétron (ou do próton, ou qualquer outra entidade),
tem a mesma propriedade. Se efetuamos essas medidas, o objeto muda
completamente seu estado no próprio ato da medida e o resultado desta
não se aplica ao estado inicial, mas ao estado no qual o objeto foi
colocado pela medida. Este último estado, entretanto, é um estado de
energia muito alta e que não apresenta mais nenhuma propriedade
ondulatória."

Isto pode ser intrepretado como "Quando eu olho para algo eu não
estou a ver o verdadeiro ser do objecto, mas uma representação minha
desse algo, já que quando eu observo o objecto muda e não mais me
deixa ver como ele é de verdade"
Meio caminho andado para dizer "acredita no que te digo e não no que
vês"

Se como dizes nenhuma experiencia pode nos dizer como é o objecto
então é isso que temos que dizer: Não sei como ele é.
Mas isso não significa que eu não saiba como ele se move.

O teu texto está a referir-se à questão do colapso da função de onda.
Ou o que em outras palavras se diz : A fixação do estado observável.
É que os estados são muitos, embora numeráveis, mas a medição do
estado só resulta em um estado.
As palavras "objecto" e "função de onda/função de estado" não são
sinónimos. E o uso indevido da primeira cria confusões misticas. (o
uso indevido da segunda tb ...por isso o principio da MQ é que Psi é
a função de Estado [mecânico], para evitar confusões)

"A natureza quântica da luz ou de qualquer outro meio de observação
torna impossível decidir entre onda e partícula."

Foste tu que disseste, não eu. :-))
Esse é o resultado experimental, pois um unico electrão livre
viajando sozinho não pode ter comportamento de onda pela definição de
particula.

Então o que é que tem comportamento de onda ?


"A natureza ondulatória terá desaparecido e, com ela, todas as
propriedades características do átomo. Afinal de contas, foi a
natureza ondulatória que deu origem às propriedades típicas dos
estados quânticos"

Exactamente. E repara que é dos estados quanticos e não dos electrões.
Ou seja é do estado do electrão e não do electrão em si.

"Se o estado quântico for examinado com luz "de ponta de alfinete", o
elétron será encontrado em algum lugar na região da onda, mas o ponto
exato não pode ser previsto com acuidade."

O que é uma região de onda ?
Talvez estarias pensando em Trajectória em forma de onda ?
Acho que se leres o texto com o conceito de que a trajectoria do
electrão é uma onda, embora ele em si não seja uma onda, tudo se
torna mais claro e sem ambiguidade mistica.
De facto a função de onda representa o estado de movimento da
particula, por isso é um função do espaço e do tempo.
A trajectória tb o é.

Medir a posição de algo numa trajectoria linear, ou cruvilinea
interessa alguma coisa para a posição medida ?
A posição medida é uma posição no espaço pela qual passam infinitas
trajectorias. É lógico que se eu sei onde ele está agora neste
momento e ainda não o vi se mexer, eu não sei de onde ele veio, nem
para onde ele vai. Faço-me entender?
Isso é que é o colapso da função de onda: O facto de não podermos
apenas com uma medida conhecer a trajectoria.


"A impossibilidade de medir certas quantidades relativas às
partículas atômicas é a base do famoso princípio de incerteza de
Heisenberg. Ele afirma, por exemplo, que não se pode determinar com
total precisão a velocidade (mais especificamente a quantidade de
movimento) e a posição de um elétron."

De facto é o momento, e mais especificmente o numero de onda k = 2
pi/ lambda. A velocidade é um operador oculto na fisica quantica.

A frase deveria ser "A impossibilidade de simultaneamente medir
certas quantidades relativas às particulas é uma das implicações do
principio de incerteza de Heisenberg. Ele afirma, por exemplo, que
não é possivel obter resultados correctos para mediçoes simultaneas
da posição e momento de uma particula."

A razão das mudanças são:
1) o problema está na simultaneadade. Ou seja num unico flash.
2) não se trata da precisão instrumental mas da confiança no valor
teórico.
3) p =hk , e o principio matemático é que delta(K).delta(x)>=1/2
apenas fazendo k =p/h sai delta(k).delta(x)>=1/2
A massa não é referida e portanto não é linear que se possa igualar a
dizer que delta(v).delta(x)>=1/2.
4) o impedimento decorre do PIH e não é o PIH que decorre do
impedimento.
Por isso não "é a base" ,mas "é uma das implicações"

"Por outro lado, sabe-se que os átomos têm uma estrutura interna; que
consistem de elétrons e núcleos; que os primeiros, necessariamente,
devem efetuar movimentos mecânicos semelhantes aos dos planetas em
volta do Sol e que, portanto, não podem apresentar as propriedades
necessárias."

O que significa "movimentos mecânicos semelhantes aos dos planetas"?
Será que significa: movimentos periódicos orbitais ?
Ou significa: movimentos lineares, periodicos orbitais ?
O modelo atómico do átomo é que os electrões descrevem orbitas. Não
se diz que tipo de orbitas.( e aqui reside o problema. É pensar que
elas têm de ser lineares, quando não tem que o ser)


"O estado quântico não pode ser descrito em termos de um modelo
mecânico."

Bom, não sei o que estás a pensar ao dizer isto.Mas um modelo que
fala sobre a trajectoria, a posição, o momento etc... é um modelo
mecânico e por isso se chama ao estudo desse movimento: Mecânica
Quântica.

" É um novo estado da matéria, diferente de tudo o que experimentamos
com objetos grandes. Ele tem uma maneira especial de escapar da
observação comum pelo fato de que tal observação necessariamente
destrói as condições de sua existência. "

Um mistico lê :"Ele (deus) tem uma maneira especial de escapar da
observação comum pelo facto de que tal observação necessáriamente
destroi as condições da sua existência"

Tal não é verdade em fisica.
Quando observas a posição do electrão não destrois o sistema.
Se deixares o sistema "entregue a si mesmo" o electrão vai continuar
a orbitar. E se voltares a medir mais tarde, irás medir que ele está
no mesmo estado que antes.
O sistema não é destruido.O objecto não é destruido. Ele não é
destruido.
O estado é apenas alterado.


"Os fenômenos atômicos apresentam uma realidade muito mais rica do
que estamos acostumados a encontrar na Física clássica macroscópica.
As propriedades ondulatórias dos estados quânticos,"

repara em como não dizes "propriedades ondulatórias dos electrões"
De facto a função de onda representa uma presença , uma trajectoria
no sentido classico, uma probabilidade no sentido moderno. Ela não
representa o electrão. Tanto é que num atomo de hidrogénio as funções
de onda (orbitais) são as mesmas quer o electrão as ocupe ou não.

Para começar o electrão tem é sempre o mesmo, e o electrão preso numa
caixa não tem sempre a mesma trajectoria dependendo da energia.

Falar em trajectoria é abusivo. Em rigor deve falar-se de
probabilidade.
Mas deixo ao teu critério o uso das analogias correctas.
Um 'barco' que se movesse nas águas dentro do copo dentro do aviao,
teria uma trajectoria 'acima -abaixo' sem ser ele mesmo uma onda.
Mas como todos os barquinhos teriam de passar todos pelas mesmas
ondas, parece que eles descrevem ondas... agora tenta imaginar visto
do espaço e os barquinhos parecem ser ondas...quando na realidade é o
meio por onde caminham que é.

Todas as conclusões experimentais que tiras indicam que o movimento
dos electrões é que tem caracteristica de onda, e não o electrão em
si.
E ele tem esse movimento ondulatório pq está confinado. (uma corda
livre não têm ondas...acho que todos as crianças que brincaram com
uma sabem que as cordas não dançam sozinhas.... :-))


> Será que essa sua observação:
> >"E ninguém terá como argumentar contra sem ser alterando essas
conclusões ou dizendo que:
> Física é física, a filosofia oriental é a filosofia oriental, e não
dá para misturar."<
>
> será suficiente para quebrar o impasse do 'cara ou coroa', 'onda ou
partícula'?

Eu penso que sim. Manténs ambos, pela explicação que em rigor a
função de onda não representa a particula mas o seu movimento. (a
onda não representa a corda, mas o seu movimento).
Portanto como eu não gosto de ser redutor, acho que é alterando o
enfoque das conclsuões que se mostra que não ha paradoxos, nem nada
inexplicável. E portanto, nada por onde os misticos possas agarrar.

E lembro que 'misticos' se refere a charlatões atentar usar a ciencia
para justificar suas "crenças"


> Nota: Os modelos dos estados estacionários foi 'colhido' da
Physical Review, Vol. 37, 1416 (H. E. White) publicado em 1931. São
desenhos (configurações) construídos a partir de observações e
cálculos, segundo o autor.

Não me referia a esse. Mas aquele das figuras de interferencia de um
feixe luminoso e um feixe de electrões.

>
> Outra coisa deixa-me pensativo. Será oportuno apresentar
esse 'emaranhado mental' aos nossos jovens (não só os místicos e
enganadores irão ler esse texto) em substituição á simplicidade do
modelo planetário?

Aquele é o modelo matemático de um modelo fisico chamado de Orbital.
Com alguma matemática é possivel mostrar que algumas daquelas forma
estranhas se reduzem as esferas simétricas do tipo de s.
Infelizmente já não me lembro que truques são esses ... Mas é
basicamente matemática com as funções das orbitais do atomo (funções
harmonicas de Legendre? )

>Será que as dificuldades do modelo planetário não deveriam ser
suscitadas apenas em ensino universitário?

Quais dificultades? tu mesmo explicas como este modelo quantico
explica com precisão, e cito, "até à ultima casa decimal" as energias
das transições...


Quanto ao modelo americano: basta olhar e ver como eles são incultos,
egocentricos, e manipuláveis.

Espero que seja-te util alguma coisa do que disse.

[]

Sérgio



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fisica Quantica ... para os Misticos, Esotericos etc.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/12/2001 18:45

Oi Sérgio agradeço as sugestões.
Dá um tempo para eu ruminar tudo isso e colocar os pensamentos em ordem. Depois retorno com as conclusões adaptativas.
Se alguém quiser enviar novas sugestões use e abuse. Como eu disse, foi muita ousadia minha querer entrar nesse terreno quântico mesmo em termos de divulgação. Se vê, pelos excelentes comentários do Sérgio, que tenho muito ainda para amadurecer. Ousadia tem limite!

Enquanto rumino, têm minha celestial e divina permissão para continuarem com as discussões sobre clonagens (aliás altamente debatida no ComCiência). Clonar ectoplasma daria espíritos mais desenvolvidos? A clonagem de um espírito batedor seria um espírito rebatedor? Daria para fazer um time daquele esporte norte-americano que se joga coçando o saco, o nariz e com uns pauzinhos tronco-cônicos? :-))

[]'
Léo
=================
-----Mensagem Original-----
De: "sergiotaborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 11 de dezembro de 2001 14:16
Assunto: [ciencialist] Re: Fisica Quantica ... para os Misticos, Esotericos etc.



> Mas o propósito básico é apresentar um texto de divulgação sobre FQ
para os que têm círculo de raio zero no conhecimento do tema. Os
místicos, e em particular os aproveitadores da ignorância popular,
são os alvos imediatos.

Isso é um muito bom objectivo. A questão é até onde é possivel
explicar o que a fisica quantica implica sem mensionar certos
promenores históricos, matemáticos e de visualização conceptual.

> O Sérgio deu-me a satisfação de levantar problemas sérios na
conclusão da divulgação. Seriamente, não conseguiria consertar essas
engrenagens que ajustam a dualidade nesse contexto. Pediria a
gentileza (ao Sérgio) de destacar a parte do texto que mais 'merece
uma renovação' e enviar-me algumas linhas de sugestão ... sem perder
o arcabouço da divulgação (para quem realmente tem usado da FQ sem
saber de que se trata).

Bom, didáctica não é o meu forte. Eu vou só deixar aqui o que
considero perigoso e pq. Deixo à tua consideração a forma de explicar
isso em miudos, ou aos miudos.... :-))

Em geral a tua ideia é melhor que o que parece. E por isso parece
que estás a te esforçar para escrever algo que não é o que estás a
pensar.
Repara:

"Agora, voltemos à nossa questão fundamental: como pode o elétron ser
uma partícula e uma onda ao mesmo tempo?
É difícil formular em termos simples a resposta a tal pergunta. O
inesperado caráter duplo da matéria mostrou que nossos conceitos
comuns de movimento de partículas não são adequados para a descrição
do que se passa no mundo atômico."

Não totalmente. O exemplo do copo de água e do padrão de onda que se
forma, mostra como não é necessário mudar de conceito.

"Para compreender o que está se passando na escala atômica,
precisamos nos dispor a abandonar maneiras de pensar costumeiras e
substituí-las pelos novos conceitos que o estudo da natureza nos
impôs."

Esta frase deve ler-se pelos misticos da seguinte forma
"Para compreender o que está se passando na escala cósmica,
precisamos nos dispor a abandonar maneiras de pensar costumeiras e
substituilas pelos novos conceitos quanticos [leia-se:"contra senso
comum"] que o estudo da natureza impôs"

Não é preciso mudar de conceito mas ver com atenção como o usar.
Esta tua frase é altamente perigosa como podes ver.


"Essa reação não é peculiar a experiências em que usamos a luz para
seguir a órbita do elétron. De maneira geral, todas as medidas que
poderiam ser usadas para decidir entre a natureza ondulatória ou
corpuscular do elétron (ou do próton, ou qualquer outra entidade),
tem a mesma propriedade. Se efetuamos essas medidas, o objeto muda
completamente seu estado no próprio ato da medida e o resultado desta
não se aplica ao estado inicial, mas ao estado no qual o objeto foi
colocado pela medida. Este último estado, entretanto, é um estado de
energia muito alta e que não apresenta mais nenhuma propriedade
ondulatória."

Isto pode ser intrepretado como "Quando eu olho para algo eu não
estou a ver o verdadeiro ser do objecto, mas uma representação minha
desse algo, já que quando eu observo o objecto muda e não mais me
deixa ver como ele é de verdade"
Meio caminho andado para dizer "acredita no que te digo e não no que
vês"

Se como dizes nenhuma experiencia pode nos dizer como é o objecto
então é isso que temos que dizer: Não sei como ele é.
Mas isso não significa que eu não saiba como ele se move.

O teu texto está a referir-se à questão do colapso da função de onda.
Ou o que em outras palavras se diz : A fixação do estado observável.
É que os estados são muitos, embora numeráveis, mas a medição do
estado só resulta em um estado.
As palavras "objecto" e "função de onda/função de estado" não são
sinónimos. E o uso indevido da primeira cria confusões misticas. (o
uso indevido da segunda tb ...por isso o principio da MQ é que Psi é
a função de Estado [mecânico], para evitar confusões)

"A natureza quântica da luz ou de qualquer outro meio de observação
torna impossível decidir entre onda e partícula."

Foste tu que disseste, não eu. :-))
Esse é o resultado experimental, pois um unico electrão livre
viajando sozinho não pode ter comportamento de onda pela definição de
particula.

Então o que é que tem comportamento de onda ?


"A natureza ondulatória terá desaparecido e, com ela, todas as
propriedades características do átomo. Afinal de contas, foi a
natureza ondulatória que deu origem às propriedades típicas dos
estados quânticos"

Exactamente. E repara que é dos estados quanticos e não dos electrões.
Ou seja é do estado do electrão e não do electrão em si.

"Se o estado quântico for examinado com luz "de ponta de alfinete", o
elétron será encontrado em algum lugar na região da onda, mas o ponto
exato não pode ser previsto com acuidade."

O que é uma região de onda ?
Talvez estarias pensando em Trajectória em forma de onda ?
Acho que se leres o texto com o conceito de que a trajectoria do
electrão é uma onda, embora ele em si não seja uma onda, tudo se
torna mais claro e sem ambiguidade mistica.
De facto a função de onda representa o estado de movimento da
particula, por isso é um função do espaço e do tempo.
A trajectória tb o é.

Medir a posição de algo numa trajectoria linear, ou cruvilinea
interessa alguma coisa para a posição medida ?
A posição medida é uma posição no espaço pela qual passam infinitas
trajectorias. É lógico que se eu sei onde ele está agora neste
momento e ainda não o vi se mexer, eu não sei de onde ele veio, nem
para onde ele vai. Faço-me entender?
Isso é que é o colapso da função de onda: O facto de não podermos
apenas com uma medida conhecer a trajectoria.


"A impossibilidade de medir certas quantidades relativas às
partículas atômicas é a base do famoso princípio de incerteza de
Heisenberg. Ele afirma, por exemplo, que não se pode determinar com
total precisão a velocidade (mais especificamente a quantidade de
movimento) e a posição de um elétron."

De facto é o momento, e mais especificmente o numero de onda k = 2
pi/ lambda. A velocidade é um operador oculto na fisica quantica.

A frase deveria ser "A impossibilidade de simultaneamente medir
certas quantidades relativas às particulas é uma das implicações do
principio de incerteza de Heisenberg. Ele afirma, por exemplo, que
não é possivel obter resultados correctos para mediçoes simultaneas
da posição e momento de uma particula."

A razão das mudanças são:
1) o problema está na simultaneadade. Ou seja num unico flash.
2) não se trata da precisão instrumental mas da confiança no valor
teórico.
3) p =hk , e o principio matemático é que delta(K).delta(x)>=1/2
apenas fazendo k =p/h sai delta(k).delta(x)>=1/2
A massa não é referida e portanto não é linear que se possa igualar a
dizer que delta(v).delta(x)>=1/2.
4) o impedimento decorre do PIH e não é o PIH que decorre do
impedimento.
Por isso não "é a base" ,mas "é uma das implicações"

"Por outro lado, sabe-se que os átomos têm uma estrutura interna; que
consistem de elétrons e núcleos; que os primeiros, necessariamente,
devem efetuar movimentos mecânicos semelhantes aos dos planetas em
volta do Sol e que, portanto, não podem apresentar as propriedades
necessárias."

O que significa "movimentos mecânicos semelhantes aos dos planetas"?
Será que significa: movimentos periódicos orbitais ?
Ou significa: movimentos lineares, periodicos orbitais ?
O modelo atómico do átomo é que os electrões descrevem orbitas. Não
se diz que tipo de orbitas.( e aqui reside o problema. É pensar que
elas têm de ser lineares, quando não tem que o ser)


"O estado quântico não pode ser descrito em termos de um modelo
mecânico."

Bom, não sei o que estás a pensar ao dizer isto.Mas um modelo que
fala sobre a trajectoria, a posição, o momento etc... é um modelo
mecânico e por isso se chama ao estudo desse movimento: Mecânica
Quântica.

" É um novo estado da matéria, diferente de tudo o que experimentamos
com objetos grandes. Ele tem uma maneira especial de escapar da
observação comum pelo fato de que tal observação necessariamente
destrói as condições de sua existência. "

Um mistico lê :"Ele (deus) tem uma maneira especial de escapar da
observação comum pelo facto de que tal observação necessáriamente
destroi as condições da sua existência"

Tal não é verdade em fisica.
Quando observas a posição do electrão não destrois o sistema.
Se deixares o sistema "entregue a si mesmo" o electrão vai continuar
a orbitar. E se voltares a medir mais tarde, irás medir que ele está
no mesmo estado que antes.
O sistema não é destruido.O objecto não é destruido. Ele não é
destruido.
O estado é apenas alterado.


"Os fenômenos atômicos apresentam uma realidade muito mais rica do
que estamos acostumados a encontrar na Física clássica macroscópica.
As propriedades ondulatórias dos estados quânticos,"

repara em como não dizes "propriedades ondulatórias dos electrões"
De facto a função de onda representa uma presença , uma trajectoria
no sentido classico, uma probabilidade no sentido moderno. Ela não
representa o electrão. Tanto é que num atomo de hidrogénio as funções
de onda (orbitais) são as mesmas quer o electrão as ocupe ou não.

Para começar o electrão tem é sempre o mesmo, e o electrão preso numa
caixa não tem sempre a mesma trajectoria dependendo da energia.

Falar em trajectoria é abusivo. Em rigor deve falar-se de
probabilidade.
Mas deixo ao teu critério o uso das analogias correctas.
Um 'barco' que se movesse nas águas dentro do copo dentro do aviao,
teria uma trajectoria 'acima -abaixo' sem ser ele mesmo uma onda.
Mas como todos os barquinhos teriam de passar todos pelas mesmas
ondas, parece que eles descrevem ondas... agora tenta imaginar visto
do espaço e os barquinhos parecem ser ondas...quando na realidade é o
meio por onde caminham que é.

Todas as conclusões experimentais que tiras indicam que o movimento
dos electrões é que tem caracteristica de onda, e não o electrão em
si.
E ele tem esse movimento ondulatório pq está confinado. (uma corda
livre não têm ondas...acho que todos as crianças que brincaram com
uma sabem que as cordas não dançam sozinhas.... :-))


> Será que essa sua observação:
> >"E ninguém terá como argumentar contra sem ser alterando essas
conclusões ou dizendo que:
> Física é física, a filosofia oriental é a filosofia oriental, e não
dá para misturar."<
>
> será suficiente para quebrar o impasse do 'cara ou coroa', 'onda ou
partícula'?

Eu penso que sim. Manténs ambos, pela explicação que em rigor a
função de onda não representa a particula mas o seu movimento. (a
onda não representa a corda, mas o seu movimento).
Portanto como eu não gosto de ser redutor, acho que é alterando o
enfoque das conclsuões que se mostra que não ha paradoxos, nem nada
inexplicável. E portanto, nada por onde os misticos possas agarrar.

E lembro que 'misticos' se refere a charlatões atentar usar a ciencia
para justificar suas "crenças"


> Nota: Os modelos dos estados estacionários foi 'colhido' da
Physical Review, Vol. 37, 1416 (H. E. White) publicado em 1931. São
desenhos (configurações) construídos a partir de observações e
cálculos, segundo o autor.

Não me referia a esse. Mas aquele das figuras de interferencia de um
feixe luminoso e um feixe de electrões.

>
> Outra coisa deixa-me pensativo. Será oportuno apresentar
esse 'emaranhado mental' aos nossos jovens (não só os místicos e
enganadores irão ler esse texto) em substituição á simplicidade do
modelo planetário?

Aquele é o modelo matemático de um modelo fisico chamado de Orbital.
Com alguma matemática é possivel mostrar que algumas daquelas forma
estranhas se reduzem as esferas simétricas do tipo de s.
Infelizmente já não me lembro que truques são esses ... Mas é
basicamente matemática com as funções das orbitais do atomo (funções
harmonicas de Legendre? )

>Será que as dificuldades do modelo planetário não deveriam ser
suscitadas apenas em ensino universitário?

Quais dificultades? tu mesmo explicas como este modelo quantico
explica com precisão, e cito, "até à ultima casa decimal" as energias
das transições...


Quanto ao modelo americano: basta olhar e ver como eles são incultos,
egocentricos, e manipuláveis.

Espero que seja-te util alguma coisa do que disse.

[]

Sérgio


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SUBJECT: OFF-TOPIC
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/12/2001 12:24

Oi pessoal,

Como rotariano que sou, estamos preparando um projeto de informatização para a garotada carente de Barretos. Tal documento deve ser enviado á séde do Rotary Internacional e para tal deve estar numa língua alien'gena denominada inglês.
Não sou capacitado para tal versão e solicito dos amigos essa tarefa. Se algum se habilitar, agradeço.
Eis o texto:

===============
OFÍCIO PM - 314/2001
GABINETE DO PREFEITO Barretos. 7 de agosto de 2001.



Senhor Presidente,


Cumprimentando-o cordialmente, ao ensejo, encaminhamos a Vossa Senhoria o projeto "Sistema Integrado de Gestão Municipal - Rede Criança", o qual foi aprovado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Barretos, visto representar para nosso município um avanço no atendimento a esse segmento, de forma a organizar o trabalho em rede e responder com maior eficiência as demandas surgidas.

Solicitamos, então, o empenho de Vossa Senhoria no sentido de financiamento para que possamos implantar tal projeto em nossa cidade, através da Fundação Rotària.

Ao final, contando com sua costumeira colaboração e colocando-nos à disposição para quaisquer outros esclarecimentos, subscrevemo-nos com protestos de estima e distinta consideração.

Atenciosamente,



UEBE REZECK
Prefeito Municipal





Ao Ilustríssimo Senhor
ONOFRE ALVES OLIVEIRA
Presidente do Rotary CIub
Barretes - SP.
========================================================================
PREFEITURA DO MUNICIPIO DE BARRETOS
ESTADO DE SÃO PAULO


Secretaria Municipal de Promoção Social


Sistema Integrado de Gestao Municipal
Rede Criança
I - NOME DO PROJETO

Sistema Integrado de Gestão Municipal - Rede Criança

II- IDENTIFICACAO
2.1- D0 ÓRGAO MANTENEDOR

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE BARRETOS
Rua 30, no 564 - Centro
CEP - 14780-900
Telefone - (0XX17) 3320-1100 / Fax (0XX17)3322-3810
E-mail - pmbarretos@barretos.com.br
Município - Barretos / SP
CGC 44.780.690/000l-04

2.2- DO RESPONSAVEL LEGAL

Dr. Uebe Rezeck
Endereço Residencial - Rua 22, no 357 - Centro
CEP - 14780-000
Telefone - (0XX17)3322-4299
Município - Barretos / SP
RG No 1.974.483-SP CPF 043.632.568-34

2.3- DO ÓRGAO EXECUTOR

SECRETARIA MUNICIPAL DE PROMOÇAO SOCIAL - SEMPROS
Av. 23, no 1 1 1 1 - Centro
CEP- 14781-344
Município - Barretos / SP
Telefone: (0XX17) 3320- 1203 / 3320- 1 1 50
Fax -- (17) 3323-6550



III ENTIDADES RESPONSÁVEIS PELA ELABORAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

Com a municipalizaçao da Assistência Social no Município de Barretos, a Secretaria Municipal de Promoção Social - Sempros, Órgão Gestor desta política de atendimento, passou a assumir um volume maior de questões pertinentes â mesma. Com isto assume também outras competências: coordenar a Politica de Assistência Social na sua esfera de governo; acompanhar, monitorar e avaliar o desenvolvimento da política, tanto da Rede Pública quanto Privada; promover investimento para ampliar a sua capacidade de gestão, incluindo atividades de formaçao e qualificação dos agentes do sistema; articular o social com outras políticas setoriais, bem corno com as demais instâncias de governo; co-financiar as ações de assistência social em conformidade com o estabelecido no Artigo 28 da Lei Orgânica da Assistência Social LOAS, destinando recursos que devem estar alocados no Fundo de Assistência Social. Assim, visto que o atendimento à criança/adolescente é prioridade no Municipio, a Secretaria Municipal de Promoção Social desenvolve diretamente alguns Projetos (Rede Indireta) e há dez Entidades Sociais que compõem a Rede Indireta de Atendimento (vide anexo II). Esses recursos citados farão parte do Sistema Integrado de Gestão Municipal - Rede Criança e o Órgão Municipal de Promoção Social - Sempros, tendo os Conselhos de Direito e Assistência como co-responsáveis no processo.

IV- OBJETIVO

Implantar um sistema único de comunicação entre as prestadoras de serviço à criança/adolescente/jovem na área da Assistência Social.
Garantir, a longo prazo, a integração da Rede Criança ao Sistema Integrado Municipal que priorizara a comunicaçào eletrônica entre as áreas da Saúde, Educação e Social.

V - JUSTIFICATIVA

O Município de Barretos, preocupado em racionalizar os seus recursos, tanto financeiros quanto humanos, está planejando a viabilização da implantação do Sistema Integrado de Gestào Municipal, criando, desta forma, um cadastro único de atendimento nos serviços públicos. Antecipando-se a isso, a Secretaria Municipal de Promoção Social - Sempros, identificou a necessidade de implantar um sistema único de informações relativas à criança/adolescente, pois hoje a complementaridade de trabalho ocorre, porem não de forma organizada. A falta de comunicação entre a Rede Prestadora de Serviço, a duplicidade de atendimentos, o desconhecimento do que já foi realizado pelo outro e, principalmente, a falta de registros e controles fidedignos tem em muito contribuído para o estabelecimento de políticas de atendimento que não condizem com as necessidades da clientela. Pensando nisto, a Secretaria Municipal de Promoção Social - Sempros e o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente vem propor o presente Projeto, no sentido de garantirmos maior qualidade no atendimento à população em situação de exclusão, as quais expostas a riscos constantes e fortalecemos a rede de proteção e prevenção social de atendimento à criança e adolescente.

VI- PUBLICO ALVO

Perfil das crianças/adolescentes - 2500 beneficiadas diretamente
- ambos os sexos, 7 a 1 8 anos, estudantes com baixo rendimento escolar, oriundos de bairros periféricos do Município.
- Problemas incidentes: drogadição, violência doméstica, gravidez precoce, trabalho infanto-juvenil, evasão escolar, primicipalmente após a 5a série.

Perfil das famílias beneficiadas indiretamente

- Normalmente, famílias cuja mulher é chefe de família, média de 3 filhos.
- Ausência do modelo masculino, quando existente, está vinculado ao alcoolismo e drogadição
- Presença de chefes de família que possuem e necessitam sustentar mais de uma família.
- Baixa escolaridade e qualificação profissional, trabalhando na lavoura e prestação de serviço doméstico, limpeza publica, comércio.


VII ÂMBITO REGIONAL DE ATUAÇÃO

O Projeto irá beneficiar diretamente o Município de Barretos e indiretamente a 13a Região Administrativa do Estado de São Paulo, visto o nosso Município ser a sede. A mesma abrange 20 Municípios: Guaira, Colômbia, Severínia, Olimpia, Jaborandi, Colina, Taiuva, Taiaçu, Taquaral, Monte Azul Paulista, Pirangi, Vista Alegre do Alto, Bebedouro, Embaúba, Cajobi, Altair, Terra Roxa, Guaraci, Viradouro. Por sermos sede adminístrativa, inclusive com escritórios regionais localizados no Município: Divisão Regional da Sécretania Estadual da Assistência e Desenvolvimento Social, Divisão Regional de Saúde - DIR IX, Delegacia de Ensino, Subdelegacia do Trabalho e Divisão Regional da Secretaria Estadual das Relações de Emprego e Trabalho. Os dados estatísticos são muito procurados, assim, mais um motivo para a informatizaçào dos mnesmno e da instalaçào da Rede de Atentdimnento à Criança e Adolescente.

VIII - DURAÇÃO DO PROJETO

Seis meses, sendo três meses de Curso Básico de lnformática/Internet/Software e três meses de desenvolvimenno e implantação do sistetna.

IX- ATIVIDADES

- Reunião com os Órgãos/Entidades (12) que trabalham diretamente com a criança/adolescente, visando adotar metodologias que deverão ser unificadas - implantação do Sistema Básico de Comunicação, essas serão as estações.
- O apoio organizacional e técnico será de competência da Secretaria Municipal de Promoção Social, bem como a instalação física.
- Instalação de uma central na Sempros (servidor) para que todas as informações pertinentes ao atendímento, bem corno dados estatísticos sejatn atualizados mês a mês.
- Articulação direta com o Conselho Tutelar e os programas de inclusão e proteção.
- Manter um cadastro atualizado do perfil dos usuánios de modo a trabalhar principalnente na prevenção dos indicadores básicos indicados pelo Condeca - trabalho infantil, violência doméstica, dorgadição, abandono escolar e situação de rua.
- Garantir que no prazo de três meses toda a rede de serviço seja capacitada através de curso básico de informática e Internet, a trabalhar no sistema, garantindo a qualidade e diminuindo a possibilidade de erros.
- Divulgação sistemática dos dados coletados pela Imprensa local, escrita e falada.
- Articulação com as duas áreas afins, educação e saúde, no sentido de viabilizar e finalizar a implantação do sistema integrado.
- A Sempros e Conselhos caberá o controle e avaliação permanente do processo, garantindo ações integradas e articuladas que darão cobertura especial e atendimento prioritário às crianças/adolescentes e famílias em situação de exclusão social.
- Reunião com os parceiros para avaliação do processo e adequações necessárias.
- A manutenção da rede informatizada será mensal, estando prevista no orçamento do Projeto.

=================

[]'
Léo





SUBJECT: Re: [ciencialist] Termodinâmica e Entropinos
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/12/2001 14:26

----- Original Message -----
From: "sergiotaborda"
Sent: Saturday, December 08, 2001 2:35 PM
Subject: [ciencialist] Termodinâmica e Entropinos

> Ok...se quiseres escrever dU=TdS -p dV + miu dN + cuca dmerreca, tudo
> bem por mim.
> Mas dU=dQ + dW só tem dois termos e era isto que eu gostaria de
> explicar...ok,explicar é execessivo...queria chamar a atenção.

Ótimo, existem então muitos pontos de convergência em nossa maneira de
interpretar a termodinâmica.

> Se cuca d'merreca' for um termo de trabalho aparecerá em dW, e se não
> for, aparecerá , por definição de Q, em dQ. Não ha mais termos ,e não
> precisamos deles.

Talvez sim, talvez não. Para sistemas fechados é sempre possível dizer que
dU = dQ + dW. Não obstante, se entre um antes e um depois entrar, nesse
sistema, a massa m, essa massa transportará algo que irá modificar a energia
interna do sistema (entre o "antes" e o "depois") de um determinado delta-U.
Qual seria esse delta-Q inerente a esse m? Qual seria o delta-W inerente a
esse m?Essas perguntas não fazem sentido, termodinamicamente falando. Que
significados teriam delta-Q e delta-W do ponto de vista termodinâmico? A
massa m contém calor? Obviamente, não! A massa m contém trabalho? Também
não! Mesmo porque, se pensássemos de maneira diferente, isto não seria uma
exclusividade desta massa m. Ou seja, poderíamos concluir, por motivo
idêntico, que qualquer outro sistema contivesse calor e/ou trabalho. Mas: Um
sistema termodinâmico contém calor ou trabalho? Não, calor e trabalho,
termodinamicamente falando, são grandezas de transporte, não são
propriedades de sistema algum. E é isso o que caracteriza o calor ou o
trabalho. E é a não observação dessa propriedade que faz com que o leigo
confunda calor com temperatura. Pois à medida em que ele acredita que um
corpo possui calor, ele estará a um passo de concluir, erradamente, que não
há distinção entre calor e temperatura.

> Repara como dU=TdS - pdV + miu dN tem 3 termos,e dU=dQ+dW só tem 2.
> E isso nunca invalidou o uso em quimica de miu dN, nem foi acresecentado
> um termo dU=dQ + dW + dN

No estudo das reações químicas, concordo contigo. Mas, além das reações, os
químicos estudam também misturas, sob o aspecto termodinâmico. Neste caso, e
na maioria dos casos, o sistema será aberto e a expressão dU = dQ + dW não
retrata mais a realidade, pois estamos a variar o sistema através da
introdução de massas. Devemos então assumir a existência de alguma grandeza
relacionada a esse transporte de massa, pois a equação dU = dQ + dW não mais
se verifica, a menos que digamos que esta massa CONT'ÉM calor ou trabalho, o
que me parece absurdo, raciocinando termodinamicamente. Quando falo em
entropinos, estou assumindo a mesma complicação (transporte de massa para o
exterior), se bem que, do ponto de vista conceitual, esteja trabalhando com
coisas diferentes.

> O que poderia ter sido feito. Mas não foi. E eu já tentei argumentar
> pq não foi. Não foi pq dQ já o inclui.

Em reações químicas, sim. No estudo de misturas, não.

> Talvez devessemos mudar o simbolo de dQ para não confundir com "calor
> que faz no verão" ou "variação de temperatura" ...

Quando o leigo diz que faz calor, ou que um corpo tem calor, ele está
querendo dizer que o dia está quente (temperatura elevada) ou que um corpo
está com a temperatura elevada. Não há porque nos preocuparmos com isso.
Este é o conceito vulgar de calor e que não deve preocupar nossos estudos
e/ou nossos diálogos. Não há porque mudar nada. Seria o mesmo que tentar
mudar o nome da física quântica porque, como o Léo demonstrou, os leigos
foram influenciados pelos místicos e com isso teriam "criado" uma nova
física quântica a fim de nos confundir. Do ponto de vista científico não há
como confundir calor com temperatura. Aquele delta na fórmula de calor [Q =
mc(deltaT)] desfaz completamente esta confusão. A fórmula não fala em
temperatura mas em *diferença de temperatura*; e essa diferença não é em
relação a outro corpo, mas ao próprio corpo, e é por isso que surge também
os termos m e c na fórmula.

> > Eu já disse que estou tentando evoluir para o terreno
> > representacional.

> Mas para isso não é preciso mudar as formas, eu disse formas, das
> equações. Basta pegar nelas como estão.

Mas não estou mudando. Simplesmente estou chamando a atenção para o fato de
se a minha hipótese corresponder à realidade, toda transformação
irreversível acompanha-se do transporte de massa para o exterior do sistema,
devendo comportar as equações assumidas em sistemas abertos, tais como
aquelas que os químicos utilizam quando estudam misturas. Não estou mudando
nada, simplesmente estou afirmando que a equação NÃO PODE assumir a forma
simplificada e relativa ao sistema mais simples, qual seja, fechado e com
massa constante (refiro-me a massa clássica pois a termodinâmica, até prova
em contrário, é um capítulo da física clássica).

> dU=TdS-pdV+miu dN já é representacional.
> Acaso V não representa um volume fisico, T uma caracteristica fisica
> e N a representação de como os sistemas são compostos?

Estás interpretando os termos com um rigorismo excessivo. Sem dúvida, uma
teoria "não" representacional, no sentido absoluto do termo, não é uma
teoria física, pois se ela for 100% não-representacional, ela não representa
nada.

> Então, se todos os compostos imcluem entropinos, é muito mais
> lógico, do meu ponto de vista: o que decididamente não é o teu: que se
> escreva que:

> "bom, mas como vimos o entropino faz parte de todos os sistemas
> [despois de explicar o que ele é e para que serve]

Agora estás evoluindo no sentido oposto. Quando digo que a minha teoria é
representacional, não estou afirmando que já decifrei todos os segredos que
residem por detrás do conceito entropino. Estou apenas assumindo a
existência de algo que não se observa mas capaz de justificar o
fenomenologismo (o que se observa), e é isto o que caracteriza o
representacionismo. Não obstante, existem vários níveis de
representacionismo. Faraday, por exemplo, chegou às leis da eletrólise sem
definir o que fossem elétrons, e quero crer que nem mesmo quis assumir o
risco de afirmar a existência dos elétrons.

> A questão é: Se os entropinos constituem uma forma de entropia.
> então deve estar relacionado com S. Sim, ou não?

A premissa é falsa, a conclusão é verdadeira.

> > > Então quero em crer que isto significa que posso estudar o teu
> > > sistema com base em dU=TdS-pdV+miu dN. Sim?

> > Sem dúvida. Mas tomes muito cuidado, pois afirmo que ao aceitares a
> > existência deste "meu" N, estarás, a meu ver, implicitamente
> > aceitando que todas as transformações irreversíveis ocorrem em sistemas
> > abertos

> Não estou muito certo disso. Se eu juntar dois copos de água a
> temperaturas diferentes, eles chegam a um equilibrio e isso é
> irreverssivel: Isto é, não é possivel separar a água e tê-la em cada
> copo à sua temperatura inicial sem dar energia ao sistema.

Mas... Qual dos dois copos é o teu sistema termodinâmico? Quando fizeres
esta escolha, o outro passará a fazer parte do restante do universo (no caso
de seu laboratório). O restante do universo não costuma ser descrito com
fórmulas, mas interfere com o sistema termodinâmico através de grandezas de
transporte: calor, trabalho e massa. Se houver transporte de massa, o
sistema será aberto e o modelo matemático deverá levar em consideração todos
os termos, e não apenas dQ e dW.

> Isto é igual quer seja dentro de um calorimetro, quer seja ao ar
> livre, quer seja onde for, sistema aberto ou fechado. Não?

Sim, não há diferença conceitual. Apenas quando o sistema for fechado (a
grande maioria dos sistemas estudados hoje em dia em física) o termo que
estás desprezando é igual a zero, e portanto podes simplificar a fórmula. O
que não significa dizer que a fórmula simplificada seja a verdadeira e, como
tal, a ser utilizada sempre.

> Mas nós estamos falando do Trabalho e do Calor definidos em
> termodinâmica. Não?
> O trabalho definido em Termodinâmica é o Mesmo que em mecânica.
> Mas o Calor da termodinâmica, não é, em geral o da termologia.

O trabalho pode ser o mesmo, mas o estudioso da termodinâmica poderia nem se
dar conta disso. Como já disse, para este é suficiente dizer que trabalho é
tudo aquilo que pode ser convertido no levantamento de massas; nunca existe
em termodinâmica um trabalho *sendo* realizado por uma força, mas tão
somente uma medida de alguma coisa "antes" e outra coisa "depois". O calor
da termodinâmica, da mesma maneira que o trabalho, é exatamente o mesmo
definido em termologia, conquanto possamos também interpretá-lo sob o mesmo
prisma. Como já disse, a termodinâmica é o protótipo da teoria
fenomenológica, pois o seu grau de representacionismo é baixíssimo. Até
mesmo grandezas fundamentais, como calor e trabalho, são interpretadas como
de significados bem mais restritos do que aqueles utilizados no território
onde são definidas. Não obstante, e até prova em contrário, representam
exatamente a mesma coisa.

> Não ha 2º nem 3º sistema. Ha um sistema só.

Do ponto de vista termodinâmico existem sempre dois sistemas, o sistema
termodinâmico propriamente dito e o restante do universo (em geral, o
laboratório). Matematicamente, define-se o sistema termodinâmico e
considera-se o restante do universo como aquele a interagir através das
chamadas grandezas de transporte: calor, trabalho (sistema fechado) e massa
ou equivalente (sistema aberto). Não disse que existiria um terceiro sistema
mas afirmei que "tudo se passa como se...". Esse hipotético terceiro sistema
obviamente localizar-se-ia no "restante do universo", mas estaria a
esconder-se dos estudiosos da termodinâmica (e por isso referi-me ao
entropino como uma "variável escondida").

> Se qusieres pensar em termos quimicos, digamos que uma molecuala se
> desfaz em duas "mais pequenas". Neste processo N aumentou. E não foi
> preciso qq outro sistema. O sistema é sempre o conjunto de tudo o que
> está dentro de uma fronteira. E eu posso estabelecer a fronteira onde eu
> quiser. Claro que normalmente a colocamos onde dá mais jeito.

Nem sempre é possível adotar essa conduta e conservar o formalismo
termodinâmico. O que não significa que não possamos estudar o sistema sob
outros pontos de vista, mas isso não será mais a chamada termodinâmica
propriamente dita.

> Mas no caso de uma molécula pode ser uma esfera com centro dela, e
> raio 10km. Admitindo que nada mais ha nesta esfera que essa modecula.

Um sistema em expansão não é um sistema termodinâmico propriamente dito.
Parece-me que estás tentando evoluir para algo parecido a uma termodinâmica
dos processos irreversíveis (e existem muitas) porém o formalismo matemático
é sempre outro, e não é impossível, se bem que não eu conheça, que em alguns
desses formalismos possa-se assumir a expansão como uma propriedade própria
ao sistema.

> A definição de Sistema que foi dada é: O que quer que se encontre
> numa determinada região delimitada por uam superficie que não pode
> ser atravessada pela matéria.

Isto pode ser uma definição genérica para sistema fechado, mas não para
sistema termodinâmico, nem mesmo fechado. Um gás em expansão não é um
sistema termodinâmico, enquanto tal, mesmo quando a superfície em expansão é
sempre interior a uma hipotética fronteira do sistema. A termodinâmica
estuda o antes e o depois, nunca o durante. O gás em expansão representa o
durante e não há nem mesmo como definir suas propriedades termodinâmicas de
estado. Se alguém afirmar que um gás em expansão possui temperatura, esse
alguém poderá estar estudando outro capítulo da física, jamais a
termodinâmica pura. E nesse estudo, provavelmente existirá um "campo de
temperaturas" e não uma temperatura idêntica em todos os pontos do sistema.
Para evitar esta confusão, alguns chamam a termodinâmica pura ou
termodinâmica propriamente dita como termodinâmica do equilíbrio, se bem que
esse termo não seja, a meu ver, o mais apropriado.

> O que queria dizer é que um sistema aberto pode ser transformado num
> sistema fechado se estendermos as fronteiras.

Na termodinâmica propriamente dita, se e somente se o sistema ampliado
estiver em equilíbrio. Em determinadas termodinâmicas dos processos
irreversíveis, se e somente se o sistema estiver em estado estacionário.
Como não conheço todas dentre essa últimas, não vou generalizar, apenas
dizer que o que afirmas não é sempre válido para a termodinâmica
propriamente dita.

> A questão está em que o entropino, a existir, esteve lá (dN=/=0). E
> não para onde ele vai depois.

Pois é! Ele esteve lá e não está mais. Logo, o sistema modificou-se e perdeu
massa para o exterior. Logo, o sistema é aberto. Se não sabes para onde ele
vai depois não podes assumir que, onde quer que esteja, faça parte de um
sistema termodinâmico em equilíbrio.

> > > O entropino levanta uma massa m num campo gravitico?

> > Massa m e campo gravitico são entidades do nosso dia-a-dia. O
> > entropino está no limiar da nossa ignorância.

> A pergunta deve entender-se como "O entropino realiza trabalho?"

Quero crer que sim. Do contrário, como iria eu supor que uma infinidade de
neutrinos mantém permanentemente acesa a "chama" do big-bang?

> Acho que não. Dá-me então a definição de Calor que tu usas.

Já concordei com a definição operacional utilizada em termologia (a mesma
que dissestes não ser a definição de calor). Em termodinâmica podemos
conceituá-la de maneira bem mais simples, mas aí não seria mais uma
definição, mas algo que funciona. Que mais queres? Uma definição rigorosa?
Quem gosta de definições rigorosas são os matemáticos (haja vista a
definição de limites), no que acho que eles estão certos, mas cada um em sua
praia. Eu utilizo-me de conceitos intuitivos e de definições operacionais e
raramente procuro ir além disso, a menos que esteja tentando caracterizar
uma nova entidade ou criticar uma já existente, o que não é o caso do calor.

> > > > > Luz é uma forma de Calor.

> > > >Pois luz, efetivamente, não é calor,

> > > Ai não? Então como funciona um forno micro-ondas?
> > > Acaso não é pq a luz aquece por radiação os objectos?
> > > E esse aquecer por radiação não é calor (com c minusculo)?
> > > E acaso esta energia produziu trabalho?
> > > Não? Então é uma forma de Calor.
> > > Onde me enganei?

> > Seria possível, pelo menos em teoria, transformar 100% da energia
> > luminosa em trabalho? Sim ou não?

> Em teoria sim (a luz possui momento). Mas isso não é muito confiável.

Então, luz não é calor.

> Não respondeste à pergunta.

Para saber onde te enganastes precisava desta tua resposta. Se luz fosse
calor não seria possível transformá-la totalmente em trabalho, nem mesmo em
teoria. Isso iria contra a segunda lei. Por outro lado, assumes um calor com
c minúsculo e outro com C maiúsculo. Isso é um critério teu e quero crer que
tenhas tuas razões para pensar dessa maneira, mas não vou me dar ao luxo de
ficar criticando "repetidamente" coisas desse tipo que, para mim, soam sem
sentido.

> Esse translacional ainda tem muito que se lhe diga....

Pois então que se diga.

> >Pergunte a qualquer matemático o que é
> > translacional e certamente ele dirá que isso não existe,

> Pergunta-lhe então o que é um produto tensorial. E ele te dirá que
> se define assim :
> (a @ b).c= (b.c).a
> Onde @ é o produto tensorial.
> Põe b = nabla , c =a = A e temos
> (A @ nabla ).A = (nabla .A). A = (div A) . A
> que é o teu translacional.
> notar que a @b =/= b@a , tal como o translacional não é comutativo.
> Questões se semântica, mais uma vez.... :-))

Ótimo, se assim for estás justificando matematicamente que as minhas idéias
não estão tão fora de contexto. Como não sou matemático, isto não me chateia
nem um pouco, pelo contrário. Gostaria então que os físicos levassem um
pouco mais a sério as minhas *idéias* e percebessem a possibilidade de
interpretar o elétron segundo a minha visão, ainda que utilizando um
formalismo diverso ou, talvez, mais adequado.

> > > Se posso sempre considerar um volume tal que ambos; nucleo e
> > > particula alfa estejam no mesmo sitema.
> > > Isto pq posso tirar o tempo das equações considerando apenas 2
> > > estados.

> > Mas... as partículas não estariam se afastando?

> E dai? A Termodinâmica não lida com tempo. Lembra?
> então "velocidade" é algo que não se define em termodinâmica.
> Num modelo representacional, ai teriamos de considerar elas se
> afastando. Mas isso realmente não é relevanta aqui. Apenas que agora
> existem 2 particulas, onde antes existia apenas 1.

Mas a termodinâmica lida com volume, lembra? Se ela lida com volume e não
lida com tempo, pergunto: Qual o volume a ser considerado para o teu sistema
em expansão?

> >Em cada um dos estados,
> > antes e depois, os sistemas estão em equilíbrio?

> E precisam estar?

Preciso responder?

> >Se sim, tudo bem. Se não,
> > você está utilizando-se de outra termodinâmica.

> espera ai. Quando consideras o tipico gá no tipico constragimento, e
> ele está todo de um lado e depois passa para o outro e tudo isso :
> quantos estados existem entre o inicial e o final?
> De certo mais que 1. E portanto eu posso escolher sempre qq dois
> estados. Se isso me vai ser util é outra historia.

Sim, mas quaisquer dos estados estão em equilíbrio ou, utilizando uma
expressão essencialmente teórica e criada pelos termodinâmicos, em
"quasi-equilíbrio". O sistema que apresentastes não está nem em equilíbrio
nem em quasi-equilíbrio. Ele está sofrendo um processo que, em
termodinâmica, dá-se o nome de irreversível. O quasi-equilíbrio é uma
condição *hipotética* a considerar estados intermediários de uma
transformação reversível. E estes dois processos são totalmente diferentes.

> ========

O texto que expusestes a seguir não deixa de apoiar-se na termodinâmica, mas
foge totalmente do que estávamos discutindo (a termodinâmica pura, termo
esse adotado por Planck, ou a termodinâmica propriamente dita, como costumo
chamá-la, onde não há lugar para variações temporais). É claro que posso
estudar volumes de controle e aplicar meus conhecimentos de termodinâmica a
situações com variações temporais. Do contrário, não seria possível
evoluirmos da termodinâmica para sistemas operacionais, a serem aplicáveis
em engenharia.

[ ]'s
Alberto
http://ecientificocultural.com (inglês)
http://ecientificocultural.com/indice.htm (português)



SUBJECT: Aprovação de analfabeto é bobagem, diz Paulo Renato
FROM: "brudna" <lrb@dalton.iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/12/2001 18:17

Aprovação de analfabeto é bobagem, diz Paulo Renato

O ministro da Educação, Paulo Renato Souza, disse que a aprovação de
um analfabeto no vestibular da universidade Estácio de Sá, no Rio de
Janeiro, é uma bobagem, pois em uma prova de múltipla escolha pode
ocorrer que uma pessoa não-qualificada seja aprovada.

A denúncia, veiculada pela TV Globo, mostra que um analfabeto prestou
vestibular para o curso de direito, marcou somente duas alternativas
em todas as questões, deixou a redação em branco e foi aprovado em
nono lugar.

Segundo Paulo Renato, o Ministério da Educação não vai tomar nenhuma
atitude contra a Estácio de Sá.

fonte: http://www.uol.com.br/folha/educacao/ult305u7480.shtml
ver tbem:
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos/da211120018.htm
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos/da121220011.htm
- - - - -




SUBJECT: Re: [ciencialist] Aprovação de analfabeto é bobagem, diz Paulo Renato
FROM: "M. A. Guimarães" <xb612@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/12/2001 23:43

Acredito que a aprovação do tal analfabeto não deva ter sido devida ao acaso
como qurerm fazer quer.
Qual vestibular poria em uma prova somente (ou a maioria) das alternativas A
ou B.
Sou professor em Dracena - SP e tenho alunos que se escreveram em um
vestibular de uma grande universidade particular.
Todos quie fizeram a prova passaram e, pasmem, os que não fizeram tbm.
Muitas univcesidades privadsas são verdadeiras caça - níqueis e só pensam no
lucro e pouco com a qualidade dos alunos.
Por isso se dão mal nos provões da vida.
----- Original Message -----
From: "brudna" <lrb@dalton.iq.ufrgs.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, December 12, 2001 6:17 PM
Subject: [ciencialist] Aprovação de analfabeto é bobagem, diz Paulo Renato


> Aprovação de analfabeto é bobagem, diz Paulo Renato
>
> O ministro da Educação, Paulo Renato Souza, disse que a aprovação de
> um analfabeto no vestibular da universidade Estácio de Sá, no Rio de
> Janeiro, é uma bobagem, pois em uma prova de múltipla escolha pode
> ocorrer que uma pessoa não-qualificada seja aprovada.
>
> A denúncia, veiculada pela TV Globo, mostra que um analfabeto prestou
> vestibular para o curso de direito, marcou somente duas alternativas
> em todas as questões, deixou a redação em branco e foi aprovado em
> nono lugar.
>
> Segundo Paulo Renato, o Ministério da Educação não vai tomar nenhuma
> atitude contra a Estácio de Sá.
>
> fonte: http://www.uol.com.br/folha/educacao/ult305u7480.shtml
> ver tbem:
> http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos/da211120018.htm
> http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos/da121220011.htm
> - - - - -
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>



SUBJECT: Re: Termodinâmica e Entropinos
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/12/2001 09:35


> > Se cuca d'merreca' for um termo de trabalho aparecerá em dW, e se
não
> > for, aparecerá , por definição de Q, em dQ. Não ha mais termos ,e
não
> > precisamos deles.
>
> Talvez sim, talvez não. Para sistemas fechados é sempre possível
dizer que
> dU = dQ + dW. Não obstante, se entre um antes e um depois entrar,
nesse
> sistema, a massa m, essa massa transportará algo que irá modificar
a energia
> interna do sistema (entre o "antes" e o "depois") de um determinado
delta-U.

Para isso eu escrevi toda aquela conversa do teorema de Reynolds. Ele
responde a esse problema.Eu não especifiquei, mas o fluxo é sempre
ligado com um massa que "passa" pelo sistema.
No caso de haver produção interna de grandezas o fluxo depende apenas
dessa criação.

> Qual seria esse delta-Q inerente a esse m? Qual seria o delta-W
inerente a
> esse m?Essas perguntas não fazem sentido, termodinamicamente
falando.

Bom, pode-se falar em força por unidade de massa, donde trabalho por
unidade de massa. E acho que para o Calor poderás fazer algo do mesmo
tipo.

Que
> significados teriam delta-Q e delta-W do ponto de vista
termodinâmico? A
> massa m contém calor?

Não contém calor, mas contém uma variação de energia. Se essa
variação é do tipo dQ ou dW, isso depende dos efeitos que causa.

> > Repara como dU=TdS - pdV + miu dN tem 3 termos,e dU=dQ+dW só tem
2.
> > E isso nunca invalidou o uso em quimica de miu dN, nem foi
acresecentado
> > um termo dU=dQ + dW + dN
>
> No estudo das reações químicas, concordo contigo. Mas, além das
reações, os
> químicos estudam também misturas, sob o aspecto termodinâmico.
Neste caso, e
> na maioria dos casos, o sistema será aberto e a expressão dU = dQ +
dW não
> retrata mais a realidade, pois estamos a variar o sistema através da
> introdução de massas. Devemos então assumir a existência de alguma
grandeza
> relacionada a esse transporte de massa, pois a equação dU = dQ + dW
não mais
> se verifica, a menos que digamos que esta massa CONT'ÉM calor ou
trabalho, o
> que me parece absurdo, raciocinando termodinamicamente.


Ela não contém "quente" mas contém energia. Energia quimica, mais que
não seja. E por isso, contém Calor.
Se bem que os quimicos não usam o U, pq não é prático. Mas usam
propriedades de estado a pressão e temperatura contante.O que dá
muito jeito.

> Quando falo em
> entropinos, estou assumindo a mesma complicação (transporte de
massa para o
> exterior), se bem que, do ponto de vista conceitual, esteja
trabalhando com
> coisas diferentes.

O que me ocorre é que essas entidades não precisem de ser
novas...i.e. elas podem não precisar de transportar entropia. (nem
sequer massa)
Eu não sei se é suposto elas a transportarem, mas visto em 1ª
aproximação, elas não precisam da transportar.
Se quando o processo se dá, se escapam particulas transportando
energia tal que a sua criação origina um aumento global da entropia,
então o processo é irreversivel. Ou seja, se a geração dessas
particulas se faz "com necessidade de aumentar a entropia global"
então mesmo que elas não transportem entropia (não sendo particulas
complexas) elas pode ser responsáveis pela irreversibilidade.
A questão é seja como for que o entropino é, o que me impede de
apanhar alguns e voltar a juntá-los ao sistema, para que o processo
seja reversivel ?


> > > > Então quero em crer que isto significa que posso estudar o teu
> > > > sistema com base em dU=TdS-pdV+miu dN. Sim?
>
> > > Sem dúvida. Mas tomes muito cuidado, pois afirmo que ao
aceitares a
> > > existência deste "meu" N, estarás, a meu ver, implicitamente
> > > aceitando que todas as transformações irreversíveis ocorrem em
sistemas
> > > abertos
>
> > Não estou muito certo disso. Se eu juntar dois copos de água a
> > temperaturas diferentes, eles chegam a um equilibrio e isso é
> > irreverssivel: Isto é, não é possivel separar a água e tê-la em
cada
> > copo à sua temperatura inicial sem dar energia ao sistema.
>
> Mas... Qual dos dois copos é o teu sistema termodinâmico?

Ambos. Podes pensar neles como a fonte quente a fonte fria de uma
máquina que faz nada.


> > Não ha 2º nem 3º sistema. Ha um sistema só.
>
> Do ponto de vista termodinâmico existem sempre dois sistemas, o
sistema
> termodinâmico propriamente dito e o restante do universo (em geral,
o
> laboratório).

Que não se chama de sistema, pq não existe um ambiente que o
contenha :-)

> > Se qusieres pensar em termos quimicos, digamos que uma molecuala
se
> > desfaz em duas "mais pequenas". Neste processo N aumentou. E não
foi
> > preciso qq outro sistema. O sistema é sempre o conjunto de tudo o
que
> > está dentro de uma fronteira. E eu posso estabelecer a fronteira
onde eu
> > quiser. Claro que normalmente a colocamos onde dá mais jeito.
>
> Nem sempre é possível adotar essa conduta e conservar o formalismo
> termodinâmico. O que não significa que não possamos estudar o
sistema sob
> outros pontos de vista, mas isso não será mais a chamada
termodinâmica
> propriamente dita.

E dai? O que interessa é que explique o fenómeno.
E se o fenómeno exige que seja um sistema aberto, que seja.

> > Mas no caso de uma molécula pode ser uma esfera com centro dela, e
> > raio 10km. Admitindo que nada mais ha nesta esfera que essa
modecula.
>
> Um sistema em expansão não é um sistema termodinâmico propriamente
dito.

Eu não falei em expanção. A fronteira está sempre no mesmo 'sitiu'.


> > A definição de Sistema que foi dada é: O que quer que se encontre
> > numa determinada região delimitada por uam superficie que não pode
> > ser atravessada pela matéria.
>
> Isto pode ser uma definição genérica para sistema fechado, mas não
para
> sistema termodinâmico, nem mesmo fechado. Um gás em expansão não é
um
> sistema termodinâmico, enquanto tal, mesmo quando a superfície em
expansão é
> sempre interior a uma hipotética fronteira do sistema.


??

Se considerares uma fronteira que inclui todo o gás dentro dela, por
essa fronteira não passa nenhum gás.
Se passar ela já não contem todo o gás, o que por definição dela não
pode acontecer. Então essa fronteira acompanha o gás. É uma espécie
de baláo virtual. (balão pq estica com o gás, virtual pq não
interfere com o gás)

>A termodinâmica estuda o antes e o depois, nunca o durante.

Isso é muito relativo. O antes é o "instante de tempo termodinâmico"
t0 e o depois é o instante de tempo termodinamico t1.

A variação da propriedade de um estado para o outro foi:
[ P(t1)- P(t0) ]/ (t1-t0)

o limite disto quando o estado tende para si mesmo, é dP/dt

Portanto, o antes e o depois estão inerentes sempre a uma
consideração de tempo termodinamico. Este tempo não precisa ser o dos
relógios. Normalmente, é usada uma propridade qq. Como a temperatura
(caso dos copos de água), ou o volume (caso do gás que expande) etc...
E com essas propriedades defenimos o antes e o depois da nossa escala
de tempo termodinâmico.
O durante é importante tb. Se durante o processo ele foi quasi-
estático, o restultado é um estado reversivel. Se o processo não foi
quasi-estático durante a alteração das propriedades de estado, ele é
irreversivel.
E esse quasi-estático referesse a uma pequena variação da propriedade
considerada num intervalo de tempo de relógio. Ou não ?

> O gás em expansão representa o
> durante e não há nem mesmo como definir suas propriedades
termodinâmicas de
> estado. Se alguém afirmar que um gás em expansão possui
temperatura, esse
> alguém poderá estar estudando outro capítulo da física, jamais a
> termodinâmica pura. E nesse estudo, provavelmente existirá
um "campo de
> temperaturas" e não uma temperatura idêntica em todos os pontos do
sistema.

A termodinâmica do equilibrio e a do não equilibrio são termodinamica
na mesma. Aquilo que define algo como sendo termodinâmico, é a
aceitação dos principios da termodinâmica e não do tipo de conclusões
que se tiram deles.


> > O que queria dizer é que um sistema aberto pode ser transformado
num
> > sistema fechado se estendermos as fronteiras.
>
> Na termodinâmica propriamente dita, se e somente se o sistema
ampliado
> estiver em equilíbrio. Em determinadas termodinâmicas dos processos
> irreversíveis, se e somente se o sistema estiver em estado
estacionário.

Numa fonteira tão grande quanto for necessário, um sistema que vai
para um estado irreversivel e liberta entropinos fica depois em
equilibrio.
O sistema estará em equilibrio, e o entropino em si tb. (acho que não
se considera que ele, o entropino, volta a 'decair')
Então temos como resultado um sistema em equilibrio na mesma
fronteira que antes.

> > A questão está em que o entropino, a existir, esteve lá (dN=/=0).
E
> > não para onde ele vai depois.
>
> Pois é! Ele esteve lá e não está mais. Logo, o sistema modificou-se
e perdeu
> massa para o exterior. Logo, o sistema é aberto. Se não sabes para
onde ele
> vai depois não podes assumir que, onde quer que esteja, faça parte
de um
> sistema termodinâmico em equilíbrio.


Ele , entropino, só deixará de estar em equilibrio se:
1) o seu movimento for alterado
2) desapareça, provocando/ou por provocar uma acção em um outro qq
sistema

Se 2) acontecer a reversibilidade aparece. Bastava que o entropino
voltasse ao sistema original.E para isto 1) teria se ser possivel
(movimento de retorno).
Mas o entropino existe para justificar que a irreversibilidade
existe. E então 2) não acontece.
Pode 1) acontecer?


> > > > O entropino levanta uma massa m num campo gravitico?
>
> > > Massa m e campo gravitico são entidades do nosso dia-a-dia. O
> > > entropino está no limiar da nossa ignorância.
>
> > A pergunta deve entender-se como "O entropino realiza trabalho?"
>
> Quero crer que sim. Do contrário, como iria eu supor que uma
infinidade de
> neutrinos mantém permanentemente acesa a "chama" do big-bang?

Não entendi a analogia. "chama"= não trabalho. Big-bang = ????


> > > > > > Luz é uma forma de Calor.
>
> > > > >Pois luz, efetivamente, não é calor,
>
> > > > Ai não? Então como funciona um forno micro-ondas?
> > > > Acaso não é pq a luz aquece por radiação os objectos?
> > > > E esse aquecer por radiação não é calor (com c minusculo)?
> > > > E acaso esta energia produziu trabalho?
> > > > Não? Então é uma forma de Calor.
> > > > Onde me enganei?
>
> > > Seria possível, pelo menos em teoria, transformar 100% da
energia
> > > luminosa em trabalho? Sim ou não?
>
> > Em teoria sim (a luz possui momento). Mas isso não é muito
confiável.
>
> Então, luz não é calor.
>
> > Não respondeste à pergunta.
>
> Para saber onde te enganastes precisava desta tua resposta. Se luz
fosse
> calor não seria possível transformá-la totalmente em trabalho, nem
mesmo em
> teoria.

Eu disse que não era confiável. Em teoria uma maquina pode ter 100%
de rendimento (trnsformar 100% de uma energia noutra), mas isso nunca
acontece na prática.

> > > > Se posso sempre considerar um volume tal que ambos; nucleo e
> > > > particula alfa estejam no mesmo sitema.
> > > > Isto pq posso tirar o tempo das equações considerando apenas 2
> > > > estados.
>
> > > Mas... as partículas não estariam se afastando?
>
> > E dai? A Termodinâmica não lida com tempo. Lembra?
> > então "velocidade" é algo que não se define em termodinâmica.
> > Num modelo representacional, ai teriamos de considerar elas se
> > afastando. Mas isso realmente não é relevanta aqui. Apenas que
agora
> > existem 2 particulas, onde antes existia apenas 1.
>
> Mas a termodinâmica lida com volume, lembra? Se ela lida com volume
e não
> lida com tempo, pergunto: Qual o volume a ser considerado para o
teu sistema
> em expansão?

1)O sistema não está em expansão.
2)No momento que são criados, os entropinos estão no sistema e só
depois, com "o correr do tempo" eles se afastam. Então, onde exista
uma particula existem agora 2.
3) [A superficie de um] Volume e fronteira não são a mesma coisa. Uma
esfera de cobre tem um volume 4/3 pi r^3 , mas eu posso considerar a
fronteira do sistema num r qq. O sistema não tem pq ser a esfera
toda, ou apenas a esfera.

A superficie de um Volume e fronteira não tem de coincidir.

O exemplo do nucleo que decai. Imaginemos o nucleo como delimitado
por uma esfera de raio R. O volume dessa esfera é sabido.
Mas eu posso por a minha fronteira em 3R/2 ( ou seja R + 0.5R)
Antes: toda a massa está dentro da fronteira e dentro do volume de
raio R. O nucleo está "inteiro"
Depois: o nucleo decai. uma particula sai do, antes, volume do nucleo
(o volume em si tb diminui), mas não saiu [ainda] da fronteira.

Como não ha tempo, eu posso considerar duas imagens fixas de um
nucleo inteiro e um nucleo dividido, dentro de uma fronteira.
E a pergunta é : para esta fronteira a energia interna do sistema
(que é defenido pela sua fronteira e não pelo volume dos
intervenientes) alterou-se ?
E a resposta, como sabes, é sim (libertou-se energia de ligação). E
não precisei de mover a particula para lado nenhum.

Quando o tempo passar e ela sair da fronteira do sistema, a pergunta
é:
A energia do sistema contido na fronteira alterou-se?
E a resposta é sim. Mas de uma quantidade agora superior à de antes
(comporta agora tb a energia contida na particula que saiu)


As particulas estariam-se afastando, e dai ?
Qq sistema aberto se pode resumir a um sistema fechado mudando a
fronteira.Como eu disse: se isso nos é util é outra conversa.

[]

Sérgio




SUBJECT: METODO CIENTIFICO
FROM: Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo@alternex.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/12/2001 13:36


> > Aprovação de analfabeto é bobagem, diz Paulo Renato
> >
> > O ministro da Educação, Paulo Renato Souza, disse que a aprovação de
> > um analfabeto no vestibular da universidade Estácio de Sá, no Rio de
> > Janeiro, é uma bobagem, pois em uma prova de múltipla escolha pode
> > ocorrer que uma pessoa não-qualificada seja aprovada.
> >
> > A denúncia, veiculada pela TV Globo, mostra que um analfabeto prestou
> > vestibular para o curso de direito, marcou somente duas alternativas
> > em todas as questões, deixou a redação em branco e foi aprovado em
> > nono lugar.
> >
> > Segundo Paulo Renato, o Ministério da Educação não vai tomar nenhuma
> > atitude contra a Estácio de Sá.
> >



PELO METODO CIENTIFICO, PELA LOGICA, UMA COISA NAO CONDUZ AA OUTRA NAO, HEIN?

AINDA QUE FOSSEM DO MESMO NIVEL DAS FEDERAIS... ESSAS CAÇA-NIQUEL
TERMINARIAM INDO IGUALMENTE MAL NOS PROVOES... SIMPLESMENTE PORQUE O
PRIMEIRO PROVAO EH O VESTIBULAR.

ALUNO RUIM... CAI TUDO NO CAÇA NIQUEL.

ACHO QUE DEVEMOS CUIDAR DE RESPEITAR O METODO CIENTIFICO.
(risos)

L.E.

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] METODO CIENTIFICO
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/12/2001 14:23



> > Aprovação de analfabeto é bobagem, diz Paulo Renato
> >
> > O ministro da Educação, Paulo Renato Souza, disse que a aprovação de
> > um analfabeto no vestibular da universidade Estácio de Sá, no Rio de
> > Janeiro, é uma bobagem, pois em uma prova de múltipla escolha pode
> > ocorrer que uma pessoa não-qualificada seja aprovada.
> >
> > A denúncia, veiculada pela TV Globo, mostra que um analfabeto prestou
> > vestibular para o curso de direito, marcou somente duas alternativas
> > em todas as questões, deixou a redação em branco e foi aprovado em
> > nono lugar.
> >
> > Segundo Paulo Renato, o Ministério da Educação não vai tomar nenhuma
> > atitude contra a Estácio de Sá.
> >



PELO METODO CIENTIFICO, PELA LOGICA, UMA COISA NAO CONDUZ AA OUTRA NAO, HEIN?

AINDA QUE FOSSEM DO MESMO NIVEL DAS FEDERAIS... ESSAS CAÇA-NIQUEL
TERMINARIAM INDO IGUALMENTE MAL NOS PROVOES... SIMPLESMENTE PORQUE O
PRIMEIRO PROVAO EH O VESTIBULAR.

ALUNO RUIM... CAI TUDO NO CAÇA NIQUEL.

ACHO QUE DEVEMOS CUIDAR DE RESPEITAR O METODO CIENTIFICO.
(risos)

L.E.
===========
9. MEC decide investigar vestibular da Estacio

Um dia depois de classificar como bobagem o escandalo em torno da aprovacao de um analfabeto no vestibular da Universidade Estacio de Sa', o ministro da Educacao, Paulo Renato Souza, mudou nesta quarta-feira o tom de suas declaracoes.

Ele anunciou a instauracao de uma sindicancia na Secretaria de Ensino Superior para investigar o processo de selecao de alunos da Universidade.

- Quero informar que mandei abrir sindicancia sobre o processo seletivo da Estacio de Sa' para ver se ele esta' de acordo com as regras - afirmou Paulo Renato.

Se a sindicancia confirmar que ha' falhas na formulacao do vestibular ou nas regras para a aprovacao dos candidatos, a Estacio de Sa' tera' que modificar seu sistema de selecao.

- Se o processo nao estiver correto, eles terao que mudar as regras - avisou o ministro.

Nesta terca-feira, Paulo Renato minimizou o fato de um padeiro analfabeto ter sido aprovado no vestibular para o curso de direito da Estacio de Sa'. O caso foi noticiado domingo no programa "Fantastico", da Rede Globo, e chegou as paginas do jornal frances "Le Monde".

O ministro disse que o caso era bobagem e que provas de multipla escolha sempre dao margem a falhas na selecao de candidatos. Paulo Renato alegou que o analfabeto nao poderia entrar na Universidade por nao ter diploma de conclusao do ensino medio.

Alunos vinham de Alagoas fazer prova na Estacio

O procurador do estado de Alagoas, Marcio Guedes, contou ontem ter informado ao MEC sobre outro caso envolvendo a Estacio de Sa'. Alunos reprovados em vestibulares para cursos de direito de faculdades de Alagoas viajavam em caravanas para prestar exame para o mesmo curso da Estacio. Dez dias depois de aprovados, pediam transferencia para o curso de direito do Centro Educacional de Maceio' (Cesmac).

Um relatorio sobre o caso esta' no Ministerio da Educacao desde abril, diz o procurador. Para ele, nao foi novidade saber ontem que a equipe de avaliacao do Provao do MEC reprovou varios cursos do Cesmac com os conceitos E e D.

Marcio Guedes disse que comecou a investigar o Cesmac em janeiro de 2001, quando foi procurado por pais de alunos que queriam saber sobre a validade dos cursos que os filhos frequentavam.

Com tres meses de investigacao, o procurador disse ter constatado "estranhas coincidencias, diversas irregularidades e ligacoes entre o Cesmac e a Estacio de Sa":

- O entao presidente do Conselho Estadual de Educacao, professor Jose' Lima, tambem e' diretor-geral do Cesmac, que e' uma entidade particular de ensino superior. Na sua gestao a frente do Conselho (de 1998 a 2001), o Centro abriu mais de 20 novas faculdades.

Curso de direito em Maceio' nao tem autorizacao da OAB

Entre os cursos em que constatou irregularidades, o procurador destacou os de direito, que funciona sem autorizacao do Conselho Federal da OAB; o de odontologia, sem parecer de autorizacao do Conselho Nacional de Saude; e o de letras, com apenas tres professores. Este curso esta' com o vestibular suspenso por determinacao MEC.

- No curso de direito foi aberta uma turma especial para receber filhos de juizes, promotores de Justica, de autoridades e os aprovados na Estacio de Sa'. A maioria e' de alunos que foram reprovados em vestibulares de Alagoas - garantiu ele.

"O Globo" tentou entrevistar nesta quarta-feira o diretor-geral do Cesmac, mas, segundo sua assessoria, ele nao foi localizado. O advogado do diretor do Cesmac, Adriano Soares, disse no entanto que todos os cursos da instituicao funcionam regularmente. Procurada nesta quarta-feira pelo "O Globo", a direcao da Estacio de Sa' nao retornou as ligacoes. (O Globo, 13/12)
=============

[]'
Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Clonagem humana - replicação x terapêutica
FROM: "Arcange" <Arcange@ivia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/12/2001 18:08

> Continuo pensando que sua identidade virtual é interessante. Outra coisa é
> que também simpatizo com o seu modo impetuoso e juvenil de argumentar. Não
> foi para nada "chata" sua argumentação.
>
> Eu estou de acordo com Popper: a formulação da teoria da evolução é tão
> obvia que chega a ser tautológica. Imagine sobrevive o mais apto, ou seja
> sobrevive que conseguiu ... sobreviver. A formulação, é um juizo
analítico.
> Se não houvesse tanta paixão, nem precisaríamos das provas biológicas. É
uma
> simples afirmação lógica (elementar).
>
----------------------------------------------------------------------------
----------------------------------
Obrigado pela sua compaixão em dizer que não foi chata. :)

E, bem, não sei se considero a sua observação sobre o meu "modo juvenil" um
elogio. Se é uma maneira educada de dizer que a argumentação foi infantil,
bem ........... eu ................ aceito a crítica :) (afinal de contas, é
a única posição que posso tomar diante disso)

Eu gosto muito de Popper, mas eu discordo. A teoria sintética da evolução
não é só "a sobrevivência do mais apto" (até porque é meio difícil saber o
que é ser mais apto). Essa é apenas uma das peças.

Sei que isso não é relevante ao tema, mas é interessante ver como certos
méritos são atribuídos exageradamente a certas pessoas.

A teoria sintética da evolução é chamada pelos íntimos de "A síntese" (ou
"nova síntese") exatamente porque ela é a união de um conjunto de peças
complexas e aparentemente desconexas. É a mistura do evolucionismo de
Lamarck
(o primeiro a construir um sistema onde o conceito de "evolução" aparecia),
da seleção natural de Darwin-Wallace (Darwin apenas introduziu o conceito de
seleção natural. Sequer foi o "inventor" da "evolução" - na verdade, Darwin
não acreditava na evolução, e só mudou de idéia depois que voltou à Europa,
após sua famosa viagem -) , da genética mendeliana, da genética
não-mendeliana (de Morgan, de bateson, etc..), da hipótese dos "4 alemães"
(fatores hereditários nos cromossomos), da teoria cromossômica da herança de
sutton (os genes estariam nos cromossomos - mas agora com fundamentação
mendeliana), das idéias de garrod (sobre os erros de metabolismo), das de
beatle e tatum (sobre a relação gene/proteína), descoberta do DNA por
meisher, descoberta que esse tal de DNA "transformava" bactérias por Avery
(descobriram que os genes estavam no dna).
A teoria cromossômica dos "4 alemães", por exemplo, não tinha nada a ver com
genética mendeliana. E a genética mendeliana não tinha nada a ver com a
teoria enzimática de beatle/tatum. Eram "áreas" tão diferentes como hoje é a
termoquímica e a mecânica newtoniana.
A síntese começou a ser desenvolvida na década de 40: uma época em que o
darwinismo estava esquecido. Ela foi desenvolvida por Dobzhansky, Mayr e
Simpson.
Foram esses 3 homens os responsáveis pela evolução como a conhecemos. Darwin
foi uma peça importante. Talvez até mesmo a peça mais importante (será?).
Mas somente uma peça.


Então ..... por que o adulam tanto ?


(e por que eu tenho sempre que fugir do assunto com essas observações bobas
?)


Até mais,
Arcange




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Clonagem humana ... e a transmutação da matéria.
FROM: "Arcange" <Arcange@ivia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/12/2001 18:09

> E assim falou zaratrusta,
>
> []'
> Léo
> =================


Óh grande Zaratustra, meu mestre. Venho semi-modestamente (eu não sou de
ferro >:) ..) apreciar sua tão ela poesia. Comoveste um coração de Arcanjo,
que apesar de arcanjo, é petrificado de ateísmo e descrença.

Mas grande zaratustra, não foste tu que disse:

"O homem é uma corda, atada entre o animal e o além-do-homem - uma corda
sobre um abismo.
Perigosa travessia, perigoso a-caminho, perigoso olhar-para-trás, perigoso
arrepiar-se e parar.
O que é grande no homem é que ele é um meio* e não um fim: o que pode ser
amando no homem, é que ele é um passar e um sucumbir." ?

* ponte

Óh grande Zaratustra! Será que seremos um passar ou um sucumbir ?
Bróder zara .. er ..digo .. Óh magnânimo Zaratustra! concordo contigo que
somos a ponte e ela já existe.
Mas, mestre, a questão é a existência da ponte ? ou é a forma de passar por
ela ?
O problema não está na travessia em si, meu mestre, mas sim na forma de como
ela é feita.
Atravessaremos de maneira responsável e seremos um passar ? ou
atravessaremos de maneira errada e seremos um sucumbir ?

(A questão não é se a clonagem será feita ou não: ela será feita (ponto). A
questão é COMO isso se dará. A partir de que critérios éticos. Se for feito
de forma errada, pode trazer malefícios macro-populacionais - e talvez
irremediáveis -)

Segundo sua poesia anterior, mestre meu, nunca sucumbiremos! Que forças
sobrenaturais evitarão a queda no abismo ? Seriam asas invisíveis dadas por
August Comte e Hebert Spencer ?
A magia do positivismo dando asas ao homem no meio do abismo! ORDEM E
PROGRESSO! Progresso eterno .. está na bandeira! Esse é o lema! É
positivo, pose e Positivismo!
É, enfim, o homem que flutua e que nunca cai dentro das escuras profundezas
do abismo!

(Nos meios intelectuais e acadêmicos modernos, o positivismo é visto com
tamanho desdém que se tornou sinônimo de coisa idiota. Algo pejorativo. As
pessoas falam: "Bah! ... isso é positivismo" como se dissessem: "Bah! ...
isso é bobagem". O interessante que ele continua vivo, sobrenadante na
sociedade. Eu citei Spencer, mas a sua "filosofia sintética" foi muito
importante na minha formação. Mas ela já passou do prazo de validade. Muitos
"cientistas" (entre aspas), principalmente os "do baixo clero" preconizam,
às vezes sem saber, idéias positivistas. Acredito que parte da culpa seja de
ideologias à la Einstein (que segundo o nosso querido César lattes era uma
farsa
e um produto da mídia) que, metodologicamente falando, tinha idéias muito
atrasadas. Parte das "falhas metodológicas" Eintenianas (tão belamente
representadas naquelas frases estilo "Deus não joga dados": Isso é: frases
típicas de "livros de auto-ajuda científicos" dignos de
"botecos-tecnológicos") se incrustaram na comunidade científica,
cristalizando-se nas famosas "briguinhas" entre a Mecânica clássica e a
quântica, como se o universo fosse obrigado a seguir - em todos os níveis
epistemológicos - as leis da lógica clássica/booleana.)

(Eu acho que entrei em digressão. Ninguém nega que a clonagem acontecerá. A
questão não é essa. A questão é como isso se dará. O advento da energia
nuclear trouxe o potencial de auto-destruição à espécie humana. E ela
poderia (e ainda pode - imaginem o TALEBAN com bombas atômicas) ter-se
destruído. Mas ainda está tudo bem. *Hoje* há critérios éticos para o uso da
bomba. Não tacaram bombas no Vietnã, no Iraque e no Afeganistão. A guerra
ainda existe. Mas há critério para ela.
Discutir clonagem NÃO é discutir se você é contra ou a favor. Ela vai
ocorrer não importa a opinião de ninguém. Discutir clonagem é discutir os
critérios de como ela será usada. Enfim, é discutir Ética.)

(Quando o Roberto Takata introduziu o tema, ele o fez de uma forma
excelente. A questão posta em jogo não foi uma
mera "pesquisa de opinião: contra ou a favor" (isso seria inútil). Foi um
questionamento da coerência de determinados critérios em relação à permissão
da clonagem. Em outras palavras: era, mesmo de forma não-explícita, o
questionamento de um critério ético.)

(Finalizando, dizer que as coisas vão inexoravelmente ocorrer e pronto não
colabora com o debate ético, e muitas vezes só atrapalha.) (imagem se alguém
dissesse em relação a bomba
atômica: "ora! é claro que os países mais ricos vão tacar bombas nos mais
pobres quando houver guerras! não seja ingênuo!)


Até mais,
Arcange









SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonagem, ética e erros conceituais.
FROM: "Arcange" <Arcange@ivia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/12/2001 18:09

> Apenas um rápido comentário (talvez nem tão rápido assim)
> eqto o chefe não está de olho em minha produtividade.
>
> --- In ciencialist@y..., "Arcange" <Arcange@i...> wrote:
> > 1-) Sobre Etica, Moral e o absolutismo:
> >
> > Algumas pessoas disseram que a Etica eh relativa e subjetiva. E
> outras que a
> > etica e igual a moral. Isso nao eh verdade. Acho que os
> interlocutores estao
> > confundindo etica com moral.
>
> Ética na acepção mais comum é tão somente uma disciplina
> q. estuda a Moral. A distinção é quase a mesma entre a
> Matemática e as relações numéricas, a Psicologia e o
> comportamento humano. O q. normalmente não impede de se
> falar em relações matemáticas em um sistema, a psicologia
> de um organismo -- em boa medida sem prejuízo da inteligibilidade.
>
> Mas a sua definição é possível. Se é operacional é outra
> história. De todo modo não faz com q. ela seja absolutamente
> correta (nem absolutamente errada).
>
> > A Etica eh um estudo do "melhor comportamento" de toda especie
> > humana.
>
> Dada a sua definição, teremos um problema muito sério no q.
> se refere ao "melhor comportamento". O critério de "melhor" é
> objetivo ou se baseia na moral, sensu Arcange?

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Eu acho que réplicas já são um pouco complicadas. As tréplicas pior ainda.
Falo isso em relação a outros que, por ventura, pretendam acompanhar. Não
sei organizar direito as réplicas/tréplicas (para que outros possam entender
facilmente) Mas, enfim ...

Eu não achei que a diferença entre ética e moral fosse gerar alguma objeção,
até porque ela está explícita em dicionários filosóficos e acredito, embora
não tenha olhado ainda, que a diferença esteja explícita até em dicionários
normais.
Vou, então, reforçar esse ponto.

1--) A história da ética e a abordagem Moral:
A ética é um subgrupo da Filosofia. A filosofia é dividida em 5 áreas:
Ética,
Estética, Política, Lógica e Metafísica.
Das 5 áreas, 4 são o estudo do "real à luz do ideal" (definição de Will
Durant). Isso é: Ética, Estética, Política e Lógica estudam o ideal dentro
dos seus respectivos campos. (A única exceção, como você pôde ter visto, é a
metafísica.) Logo, a ética seria o estudo do comportamento ideal.

A moral é um subgrupo da antropologia. E estuda os costumes de uma
população.
Estuda não só os conceitos de virtude e justiça, mas leva em conta até
coisas mais prosaicas como se é de "bom tom" que pessoas palitem os dentes
na frente dos outros. São ciências diferentes, que pertencem a 'famílias
diferentes (uma é subgrupo da filosofia e outra da antropologia) que estudam
"coisas" diferentes. Você, Takata, pode pegar um dicionário filosófico, ou
até mesmo dar uma olhadela em determinadas grades curriculares.

A relação da moral com a ética não é mutualística. A ética nasceu na Grécia,
junto com a filosofia, e tinha - e ainda tem - o intuito de estudar o que é
virtude e qual o melhor comportamento (o comportamento baseado na
"virtude").
Já naquela época, existiam debates ferrenhos. Trasímaco e Cálicles, por
exemplo, diziam que "a justiça é a vontade do mais forte" e que "toda ética
deve ser baseada no fato de legitimar essa vontade". Veja que não estamos
falando de moral. As observações de Trasímaco e Cálicles em nada tem a ver
com os costumes da sociedade grega. Eles são especulando sobre a definição
virtude e justiça, que são o critério para a ética.

Eu achei que, caso não fosse ignorado, o ponto mais polêmico seria
justamente em preconizar uma ética baseada na evolução. E por que achei isso
?

2-) A história da Ética e a abordagem Evolutiva
Como já disse, a ética é uma parte da filosofia e sempre foi estudada do
ponto de vista filosófico. De um modo geral, a ética sempre usou 2 fontes em
que bebia: o comportamento cristão e a moral.

Durante a idade média, ética era sinônimo de comportamento cristão,
simplesmente porque a filosofia foi permeada pelo pensamento religioso.
Santo agostinho adaptou Platão e São Tomas de Aquino adaptou Aristóteles.
Ética, Política, Estética e Lógica eram vistos só a égide católica.
Com o advento do iluminismo e do anti-clericanismo (liderados pelo barão de
Holbach e Helvetius) a ética que bebia da fonte teológica, passou a
deparar-se com uma fonte cada vez mais seca. Logo, essa ética passou a
procurar outra fonte: A moral.
Inúmeros trabalhos passaram a ligar a ética à moral (veja que antes essa
ligação não era automática). A ética se libertou dos
grilhões da religião e passou a ser estudada sob julgo da antropologia. Há
pouco respondi uma mensagem do Zaratustra. E devemos lembrar, por exemplo,
que Nietzsche, em livros como "Genealogia da moral" e "O anticristo" prega,
em um passo além, uma ética baseada no indivíduo (onde a virtude é o "poder"
do além-do-homem) e não na moral ou na
religião. (isso é: ele propunha uma ética fora dos ditames morais)
A relação ética/moral ficou tão forte nos últimos 200 anos que elas passaram
a se confundir em uma simbiose necessária. Esta simbiose não é calcada em
uma
associação atávica, mas sim no fato de que, depois do iluminismo, a
civilização ocidental se tornou laica e a ética não tinha outra fonte em que
podia beber. A moralização da ética foi por pura falta de opção.

É claro que isso trouxe problemas. As morais são tão diferentes quanto são
os homens. E esse modelo "moral" não explicava a universalidade de certos
preceitos. O assassinato, adultério, estupro, de um modo geral, não são bem
vistos pelas sociedades razoavelmente civilizadas ainda que essas sociedades
tenham religiões e morais (costumes) totalmente diferentes. Como explicar ?

O modelo ético baseado na moral não explicava *nada*. Não explicava a
universalidade dos tabus, não explicava porque as sociedades mais
civilizadas tinham princípios éticos mais apurados. Não explicava porque as
classes menos favorecidas não se revoltavam de vez (Voltaire fez uma paródia
sobre isso, no livro "cândido", onde ele se questionava porque os pobres não
se revoltavam animalescamente matando os ricos e porque eles, simplesmente,
não efetuavam a desobediência civil).
O modelo só dizia: "tudo é relativo". Se algo não explica ou prevê nada, não
estamos falando de ciência.

(obs: a ética baseada na religião até que explica muita coisa. Muita gente
acredita em Deus porque percebe empiricamente essas coisas e sente que
"devem haver leis, deve existir um Deus" para que tudo isso faça tanto
sentido. Eu vi uma entrevista há pouco com Ariano Suassuna em que ele falava
exatamente isso. O problema com a ética baseada na religião é que ela leva
em conta a existência de um Deus para que ela funcione. E muita gente acha
que esse postulado (lei sem prova) é por demais inaceitável.(da mesma forma
que alguns físicos acham que certos postulados, como os de Bohr são
inaceitáveis))

Essa situação não perdurou por muito tempo.
Enquanto respondia ao Marco Aurélio, fiz uma observação sobre a Teoria
sintética da evolução. Ela começou a nascer, de verdade, na década de 40.
A psicologia já tinha tentado descrever comportamentos a moldes científicos
com o behaviorismo e não obteve êxito.
Os trabalhos sobre o comportamento à luz da nova síntese só se iniciaram na
década de 60. De 60 a 90 processou-se uma fase de estudos do comportamento
sem que se fosse atribuídos juízos de valor.
Mas certas analogias foram feitas e certos juízos de valor passaram a
figurar nas análises. Finalmente, depois de um tenebroso inverno, a ética
descobriu uma novíssima fonte em que podia beber.
Na psicologia evolutiva.
A moral já não está mais sozinha.

(e respondendo a sua pergunta, Takada, eu não sei qual o critério de
'melhor' (virtude/justiça). Os gregos já discutiam isso há mais 2000 anos, e
não sou EU quem vai responder. Evolutivamente, melhor é o que aumenta a
chance de sobrevivência.
Mas .... o que aumenta a chance de sobrevivência ? ESSE é o problema ético e
é pra isso que os debates éticos existem.)

>
> > A etica, no Homo sapiens, eh uma adaptacao evolutiva. As populacoes
> > menos eticas tem menos chance de sobreviver. Esquematicamente e
> > super-simplificando, isso pode ser explicado:
>
> Isso é uma suposição. Não temos consubstanciação em fatos
> mensuráveis. A mim me parece razoável supor q. haja componente
> biológico adaptativo nos comportamentos éticos de um grupo,
> mas isso de forma alguma justifica uma ética em particular.
>
> De todo modo poderemos pensar em outros cenários evolutivos
> para 'provar' q. a ética é anti-adaptativa.
>
> Num grupo aético, cada qual sobrevive por si só. Os aéticos
> sobrepujam os éticos: e.g. eqto os éticos se preocupam em
> dividir seus alimentos com os demais, os aéticos não dividem
> sua caça e ainda se aproveitam da comida obtida pelos éticos.
> (Seria preciso provar q. a maioria "fraca" - o q. quer q. isso
> signifique tenha uma eficiência produtiva menor... Nesse sentido
> temos um indicador histórico q. vai contra essa suposição:
> os sistemas capitalistas, q. são por natureza um regime de acumulação
> de riqueza, são os q. apresentam maior produtividade.)
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Se a parte de cima foi grande, a ponto que me faça achar que ninguém a lerá,
esta poderá ser ainda pior. (eu tenho que aprender a ser mais conciso. Eu
consigo ................... um dia)

1--) A "consubstanciação em fatos"
Isso não é uma suposição, é uma teoria.
Sempre me dizem: "Medicina não é matemática".
E é verdade. Não somente a medicina, mas a biologia, a ética, a filosofia, a
psicologia e o direito.
Teorias biológicas, normalmente, não podem ser postas em uma equação. Os
modelos explicativos são os coerentes o suficiente para prever
estatisticamente ou explicar fenômenos, mesmo que tais modelos não sejam
comprovados à rigor. A condução de seiva elaborada, em dicotiledôneas, é
descrita pelo modelo de Münch. Ele incrivelmente coerente. Mas não há
nenhuma prova que ele seja o responsável efetivo pela condução do
floema. Sabe-se que o mal de Parkinson tem relação com os níveis de dopamina
do cerebelo e trata-se a doença, com relativo sucesso, baseado nesse fato.
Mas não se sabe se essa relação é causal ou meramente correlativa. Acha-se
que os espermatozóides são guiados ao óvulo por quimiotropismo. Mas, até
onde sei, ninguém conseguiu provar efetivamente a existência de tais
componentes químicos. A hipótese Lyon afirma que, nas mulheres, 1 cromossomo
X é inativado. Há hipótese foi fundamentada em diversos fatos que dão
coerência e explicação a determinados fenômenos femininos. Esta hipótese é
amplamente aceita mas nunca foi cabalmente comprovada. Mitchell sugere que a
mitocôndria funciona como uma pilha elétrica, onde bombas de hidrogênio
criam um ddp entre a matriz e as cristas. Tais bombas de hidrogênio nunca
foram vistas.
O que tudo isso tem a ver o assunto ?
Biologia e comportamento não são matemática. Em física, um modelo tem que
ser descrito matematicamente e tem que prever, em 100% das ocasiões, todos
os fenômenos que se referem a ele. São as famosas e infames *leis
contrafactuais*. Em física, não basta que um modelo seja bonito e coerente.
Ele tem "que funcionar" matematicamente. Alias! os modelos podem até ser
incoerentes! conquanto que "funcionem" matematicamente. (Há até uma crítica
em relação a isso: muitos físicos são chamados de "esotéricos matemáticos",
porque fazem piparotes, piruetas e pirilampos matemáticos sem sequer se
importar se suas traquinagens no mundo dos números realmente explica ou
prevê algum fenômeno "na prática".
Dizer que um modelo biológico não é efetivo porque "não há consubstanciação
em fatos mensuráveis" é jogar no lixo boa parte da biologia e da medicina,
porque muitas coisas não são mensuráveis nessas 2 áreas. Simplesmente vê-se
que o modelo é coerente e explica/prevê situações **na maior parte dos
casos**. O que há é uma estatística estilo: "Remédio X cura doença Y em Z%
dos casos" E na maior parte das vezes, não se sabe nem porque isso ocorre. E
isso já basta.
Existem simuladores (programas) de computador (estou tentando arranjar 1)
onde você
testa a "eticidade" das populações e observa o desenvolvimento delas. É
igual a um vídeo-game e a jogos como "civilization".

Existem pesquisas estatísticas em grupos pequenos. Mas essas pesquisas não
são tudo.
A mera análise histórica já da muita informação. Sociedades mais flexíveis e
com fortes princípios religiosos (éticos) prosperaram muito rápido. Segundo
Weber, o capitalismo só se desenvolveu por causa da moral protestante
(livro: "A ética protestante e o espírito do capitalismo"). Cultos
monoteístas, com forte apelo ético/moral/comportamental, substituíram as
seitas de magia (onde não há apelos éticos), ou politeístas (onde esses
apelos são mais fracos). Sociedades politeístas ou mágicas perderam o "bonde
da história do desenvolvimento" - como as africanas -). Ao contrário do que
alguns listeiros possam pensar, o civilização mulçumana cresceu graças a uma
mistura de ética (moral religiosa), senso de união e ajuda-mútua (jyhad
islâmica) e *tolerância*. Podem perguntar a qualquer professor de história,
porque isso é do mainstream acadêmico e está em qualquer livro: a sociedade
mulçumana sempre foi tolerante com os povos conquistados.

2-) Bem, você supõe que há componentes éticos em grupos mas não há nos
indivíduos. Isso é esquisito. O fenômeno das *propriedades emergentes*, que
restringem o uso de técnicas como as da indução/dedução, até onde sei, são
muito restritos à física e mesmo assim dentro de determinadas
circunstâncias. O comportamento animal e humano pode ser deduzido e induzido
sem qualquer problema. É claro que há fenômenos emergentes como o famoso
*Efeito de Grupo* (muito estudado em gafanhotos e em cardume de peixes, por
exemplo) que realmente afetam a indução/dedução. Os seres humanos parecem
sofrer, igual as gafanhotos e peixes, de efeito de grupo. As pessoas notam
intuitivamente isso quando falam: "nossa! quando você está sozinho é um,
quando está com seus amigos é outro". Mas não há nenhuma evidência que o
efeito de grupo na espécie humana afete tão profundamente o comportamento à
ponto de impedir
as inferências analíticas.

3-) Capitalismo/Socialismo
E quanto ao seu "indicador histórico" ....... isso não daria um e-mail.
Daria um livro. Pressupor que o socialismo/comunismo é mais igualitário
porque prega a igualdade é pressupor que Charon - nosso amigo israelense - é
diplomático porque prega o "processo de paz". Roberto Campos dizia: "no
capitalismo os resultados são melhores que as intenções. No comunismo, as
intenções são melhores que os resultados".
A igualdade é um dos fatores que otimizam a eficiência. Mas é evidente que
não é o único. Entretanto ....... por que o modo de produção asiático foi
substituído pelo modo de produção capitalista ? Por que o modo de produção
medieval não 'vingou' ? Por que o uso da mão-de-obra escrava (negros), no
Brasil e no mundo, historicamente acabou (só existe nas sociedades
primitivas/pouco-eficientes) ?

A resposta transborda os limites da pergunta. A resposta diz mais coisas do
que a pergunta pede.

E afinal, onde há mais igualdade ? Na china ditatorial, onde
a alta burocracia corrupta e sem fiscalização da sociedade/impressa vive no
luxo e na pândega ou nos EUA liberal, onde os milionários colocam as suas
fortunas no mercado financeiro, que acabam servindo de "colchão de liquidez"
e de fator viabilizante de empréstimos e financiamentos ? (além dos
impostos, fundações de caridade, patrocínios a eventos culturais-esportivos,
investimentos na economia (mais empregos, maior concorrência de produtos,
P&D - que acabam melhorando as condições de renda de todos -) e doações
filantrópicas).(se você já
comprou uma casa ou carro financiado, Takata, pode ter certeza que isso foi
possível porque havia, no banco, algum dinheiro disponível para empréstimo.)

Não existe uma resposta simples ou simplista para isso. Mas é simples e
simplismo
pressupor que o comunismo/socialismo são igualitários.

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------------------------------------------
>
> > Esse esquema pode ser simplificado pela aquela frase famosa, que os
> > "evolucionistas-eticos" conhecem tanto: "O macaco mais forte do
> grupo, que
> > come todas as bananas e nao as divide com niguem, no final acaba
> morrendo de
> > fome".
>
> O macaco mais fraco q. tem suas bananas roubadas pelo macaco
> mais forte tbm. (Donde é q. tiraram a idéia de q. macacos
> se alimentam de bananas?) Um esquema alternativo pode ser
> simplificado pela frase famosa q. os machadianos conhecem tanto:
> "aos vencedores, as batatas".
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------------------------------------------
O humanitismo machadiano, exposto em livros como "memórias póstumas de Brás
cubas" e "Quincas Borba" é inspirado na filosofia de Schopenhauer.
Schopenhauer via o indivíduo como refém da *vontade* (a *vontade*
schopenhauniada é algo bem "metafísico") por um ponto de vista em
pessimista. Há um capítulo de seu mais famoso livro, "o mundo como vontade e
representação", chamado "O mundo como o mal". O nosso velho Schopen pregava
coisas como: o suicídio é a melhor maneira que a alma livre tem de reafirmar
a sua independência da submissão à *Vontade*. Machado
de Assis, filho intelectual de schopenhauer, estava influenciados pelo
naturalismo,
que tem base na evolução Darwin-wallaceana.
Mas só a analisa do ponto de vista individual. Naquela época, não havia
pesquisas à luz da Nova síntese sobre o comportamento de populações porque a
Nova síntese não existia. Eram coisas muito primitivas como "ritual de
acasalamento de passarinho" e "cabeçada de búfalo". Na segunda resposta de
e-mail
que dou ao Marco Aurelio, a diferença entre a seleção individual e coletiva
é
melhor explanada.
"Ao vencedor, as batatas" retrata a *vitória individual* sob o ponto de
vista Darwiniano. Já a morte do macaco
guloso retrata a *derrota coletiva* sob o ponto de vista da Nova síntese. (a
morte do macaco guloso é a morte de
todos os membros de sua população)

(Obs: Se você der banana para a maioria dos macacos, eles não vão negar o
presente não .......)
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--------------------------------------------

>
> O surgimento de interações éticas muito provavelmente dependeram
> de circunstâncias especiais: como a vida em grupo. E em geral essas
> atitudes são voltadas para membros do próprio grupo - grupos
> familiares. Se somos éticos ou não, em parte, poderia depender -
> numa análise superficial parece ser o caso - de se consideramos
> um indivíduo como membro ou nÃo de nosso grupo.

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Interessante, você não só pressupõe uma ética evolutiva ao fazer essa
afirmação (quando quer refutá-la), como também aprofunda uma de suas
nuances. A observação que você fez é bastante pertinente e enriquecedora.

As sociedades complexas realmente tem organização familiar, seguindo o
modelo antropológico: família -> clã -> tribo -> nação.
Um clã é um conjunto de famílias, uma tribo é um conjunto de clãs, e uma
nação é um conjunto de tribos. Normalmente uma nação constitui uma população
geneticamente homogenia que divide laços de parentesco (mesmo que
distantes). Há exemplos notórios no mundo, hoje em dia. Toda população da
Islândia, por exemplo, (se não me engano - estou escrevendo de cabeça - uns
200.000 habitantes) é tão geneticamente homogenia que dividem a mesma
pré-disposição ao câncer de mama/próstata. Há muitas pesquisas genéticas
sobre esses tipos de câncer feitas na islândia. Judeus Askenazim são,
igualmente, tão geneticamente homogêneos, que tem incidências discrepantes
de doenças como Síndrome de Tay-Sachs e Distrofia muscular de Duchenne.
Alemães que vivem na Lorena (território entre a Alemanha e a franca, que já
foi alemão, mas agora é francês), apensar de estarem em território Francês,
ainda consideram-se germânicos.
Muitas nações/populações como palestinos, bascos e curdos tem forte senso de
unidade e identidade, apensar de não terem países. Nos 3 casos, a
necessidade de autonomia é tão forte que os levam a atos terroristas.
O Brasil, como diz Renato Russo na música Perfeição, é "um estado que não é
nação". Não há homogeneidade genética, mas há um razoável sendo de unidade.
Há outras variáveis em jogo.
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>
> > Resumo----> A etica NAO eh relativa. Eh uma adaptacao evolutiva
> clara que
> > pode ser "medida" de forma absoluta com algum grau de precisao e
> colabora
> > SEMPRE para o desenvolvimento das populacoes. E a etica NAO tem a
> ver com os
> > costumes. Etica e Moral sao 2 coisas diferentes.
>
> Vejamos um exemplo drástico e bastante explorado: alemães
> dizimando judeus e se aproveitando de sua força produtiva.
> Naturalmente os alemães desenvolvem sua população - pode ser
> no sentido demográfico ou sócio-econônico. Isso é ético?
> Bem, segundo a sua definição de ética seria. Mas e então?
> Aumenta a população dos alemães, mas diminui a dos judeus.
> Epa! Para os alemães isso seria ético, para os judeus não.
> Isso não é relativismo?
>
> Outro q. caiu no conta a ética natural...

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-------------------------------------------
Não não. Nada disso. O extermínio de judeus DIMINUIU as chances de
sobrevivência germânicas. Isso é tão verdade que quem perdeu a guerra foram
os alemães.
Hoje, os nazistas são um bando de skin-heads pós-adolescentes bobos.
E quanto aos judeus ? Os judeus se tornaram grandes banqueiros do mundo e
ainda ganharam um pais de presente.
O extermínio de judeus colaborou para que o mundo todo ficasse contra os
alemães. Fermi, um dos desenvolvedores do reator nuclear e da bomba atômica,
a mesma bomba que ajudou a reafirmar a vitória dos aliados, tinha esposa
judia. Einstein era judeu. Heisenberg era judeu. Schodinger era judeu. Bohr
era judeu. Grande parte dos grandes banqueiros eram judeus. Artistas,
políticos, personalidades. Todos eles fugiram para os EUA e ajudaram a
colocar os EUA na guerra. Banqueiros judeus financiaram a máquina de guerra
americana. Os Negros lutaram no front contra os teutônicos unidos em prol do
interesse comum. Eslavos - considerados "raça inferior" pelos alemães - sob
a liderança da Rússia, uniram-se. Além de tudo, a simples atrocidade, nua e
crua, trouxe a ojeriza do mundo todo e todos temeram "serem os próximos".

Talvez esse aspecto não tenha ficado claro e talvez a culpa seja minha
(apesar deu ter insistido muito nesse ponto): O "pulo do gato" da ética
evolutiva está justamente no fato de que: *algumas atitudes* que pareçam
trazer vantagem evolutiva a você a curto prazo (como o macaco guloso que
come todas as bananas, ou os alemães que exploraram os judeus) a médio/longo
prazo podem ter efeito diametralmente oposto.
Da mesma forma, *algumas atitudes* que pareçam trazer desvantagem a você a
curto prazo (como dividir comida, por exemplo), a longo podem ter efeito
positivo.(todos os membros - que estão fortes e sadios - do seu grupo terem
simpatia por você e o escolham como líder)

(Como já foi dito antes ... o "problema ético" está justamente em descobrir
o que traz vantagens de verdade (já que as aparências enganam). Eugenia traz
vantagem evolutiva ? à primeira vista traz sim ...... mas há outras
implicações ...... atacar judeus traz vantagens ? à primeira vista traz sim
......... mas há outras implicações ....)

Dráusio Varela tem um ótimo livro: Estação Carandiru. Este livro na prática
é um tratado sociológico. Em uma entrevista, me lembro que o Dr. Dráusio
disse algo mais ou menos assim: "No mundo do crime, assim como na política,
as hierarquias de poder se dão pela capacidade de fazer alianças, coalizões
e intrigas. E isso está ligado a capacidade de angariar simpatias: seja por
afeições pessoais (que estão ligadas ao fato da pessoa ser "boa gente",
"sangue bom"), seja pela promessa de competência técnica (que está ligada a
boa administração do "bem comum", seja um país, seja uma "boca de fumo"). O
forte só bate no fraco na nossa sociedade. No carandiru todos se respeitam.
Há um código de ética e honra, ainda que subjetivos, onde os infratores são
punidos com a morte. Durante a visita íntima, todas as mulheres são
respeitadas, mesmo as dos "Zé-ninguém". Os companheiros abaixam a cabeça, em
respeito, quando ela passa. Os líderes sabem que o apoio de todos é
importante. Além do mais, as pessoas nunca estão 100% seguras: até mesmo um
"zé-niguem" pode matar um chefão do tráfico durante o sono no escuro da
noite ............. " ( PS: não foram exatamente com essas palavras)

Já que estávamos falando de frases, Sócrates tem outra: "Se o desonesto
soubesse das vantagens da honestidade, ele seria honesto mesmo que por
desonestidade".

É claro que isso não é absoluto. Isto não é uma lei matemática que não
admite exceções (como já foi dito antes). Há desonestos que levam vantagem e
honestos que ficam sempre prejudicados. Mas a análise não esta sendo feita
do ponto de vista individual, mas sim coletivo. Sempre se falou de
populações.

Imagine um copo com água com temperatura de 25 ° C. Esta é a temperatura
*média*. Algumas moléculas têm temperatura maior (mais éticas,
analogicamente falando), outras têm menor (menos éticas). Algumas moléculas
com temperatura maior evaporam (digamos, fazendo uma analogia, "levam
vantagem") se dão bem, outras não. Algumas moléculas com temperatura menor
conseguem, à despeito disso, evaporar (levando vantagem), e outras não.
As moléculas do copo estão em equilíbrio dinâmico. Há um turbilhão de
variações microscópicas ocorrendo nas moléculas (indivíduos). Mas a
temperatura média (população) é constante. Você pode deslocar o equilíbrio,
e a temperatura do copo sobre ou desce.


Quer me dizer que o extermínio de judeus aumentou as chances de
sobrevivência dos alemães ? ..... :)

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>
> > Resumo ------> A clonagem nao eh exata (logo, nao eh bem
> uma "clonagem") e o
> > "clonado" pode trazer de "presente" muitos genes problematicos.
>
> Se vc não se ligou. *Qualquer* processo de reprodução biológica
> não apresenta as mesmas características.

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1-) Sim, mas se você não se ligou, não são todos os processos de reprodução
biológicas que recebem o nome de "clonagem". (percebeu ? o questionamento é
sobre o termo "clonagem". Mesmo a reprodução assexuada em bactérias por
divisão binária não recebe o nome de "clonagem". Se ligou ?)

2-) E, se você não se ligou, a probabilidade de incidência de genes
deletérios em processos artificiais é muito maior. (congelamento,
eletricidade, pinças, sustâncias químicas estranhas, diminuição artificial
das taxas de aborto espontâneo, relativa demora na anfimixia, etc..) (Se
ligou ?)

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>
> > Resumo -----> Eh impossivel, no atual nivel de desenvolvimento latu
> sensu,
> > controlar todas as mutacoes possiveis durante a clonagem.
>
> É impossível controlar todas as mutações possíveis durante o
> processo reprodutivo.

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É verdade. Mas ...............
1-) O processo reprodutivo natural causa menos mutações deletérias que os
artificiais.

2-) E quando essas mutações existem, geralmente ocorre aborto espontâneo.
Nos processos artificiais, o aborto espontâneo é evitado ao máximo, por
motivos econômicos. (as mulheres chegam a implantar 3 .. 4 .. 5 conceptos
para ver se "algum vinga". As chances são baixas mesmo.)

Eu fico surpreso em pensar como os índices de natalidade são tão altos. As
chances de uma mulher parir são muito baixas. Não me lembro da
estatística e nem sei em que livro ela está. Mas eu poderia chutar que
somente 20% (ou mais ou menos isso) dos óvulos fecundados terminam seu
desenvolvimento (tirando o fato de que a fecundação só é possível em um
período
relativamente pequeno no mês). Na maior parte dos casos, os conceptos
degeneram na fase de mórula, blástula, gástrula. Às vezes nem nidam. Às
vezes, quando nidam morrem. Isso por motivos genéticos. A mulher nem fica
sabendo que ficou grávida. É comuníssimo. Na artificial, a mulher é
"tratada" para "segurar" os conceptos. Aumentar artificialmente as chances
de um concepto nascer é aumentar as chances de que um concepto que NÃO
nasceria naturalmente - por motivos genéticos -, nasça.

Como já foi dito antes, na reprodução artificial, as mulheres implantam
muitos conceptos de uma vez (3 .. 4 .. 5 ). Isso ocorre por causa desta
baixa estatística de incidência de desenvolvimento que é natural a todas as
mulheres (com problema de fertilidade ou não). É olha que nos caso
artificiais, há um enorme tratamento para que essa incidência seja
aumentada.

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>
> > 5-) Sobre a Clonagem: A Variabilidade Genetica
> >
> > Isso que vou falar todos dessa lista ja devem conhecer: Quanto
> maior a
> > variabilidade genetica, maior a estabilidade e adaptabilidade de uma
> > populacao.
> > Essa "maxima" biologica eh tao conhecida que nem vou ousar me
> aprofundar
> > nela.
> >
> > Resumo ---> A conagem eh contra-evolutiva.
>
> Primeiro q. vc entra em contradição. Se qto maior a
> variabilidade genética maior a estabilidade da
> população (o q. não é verdade, mas enfim) e se
> vc diz q. a clonagem produz mutações, q. é a forma de
> introduzir variação em uma população - então a
> clonagem seria evolutiva (no sentido q. vc deu
> 'a evolução).
>
> Falando estritamente em evolução biológica, é
> bobagem falar q. a homogeneização genética de uma
> população é sempre ruim. Isso depende do regime
> de seleção do ambiente. Ambientes homogêneos e
> estáveis favorecem linhagens geneticamente homogêneas
> -- claro, desde q. adaptadas a esse ambiente.
> Ambientes heterogêneos e variáveis tenderão a
> manter uma variação na população.


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Bem bem, eu não sou muito rigoroso com termos quando escrevo e-mails.
Considero o e-mail algo informal.
Mas, por sorte, nesse caso ............... eu *fui* rigoroso.

1-) a-) De onde você tirou que mutação é igual a variabilidade genética ?
Em uma população, um indivíduo pode sofrer mutação sem que a
variabilidade genética dela se altere. Isso ocorre porque existem muitos
fatores que afetam a variabilidade genética. A mutação é apenas 1 deles e
pode ser neutralizada por outros.
b-) A maior parte absoluta das mutações é deletéria. Essas mutações -
quando ocorrem em indivíduos - não estão no **gene pool** da população, logo
não contam como "variabilidade
genética". A variabilidade genética está no gene pool e não em uma mutação
deletéria frankstein em um indivíduo isolado. Só faz sentido usar o termo
"variabilidade genética" em populações e não em indivíduos. Agora, se a
mutação de um indivíduo penetrar na população, aí é outra história e dessa
forma teremos sim a
variabilidade genética. Mas neste caso nos teremos outros fatores atuando e
não somente a mutação. Entretanto acredite, normalmente, ela
só vai penetrar se for uma mutação "boa". (apesar de existiram exceções e
casos complexos, como, por exemplo, a do gene da siclemia no sul da áfrica.
Enfim, genética é genética)
Não há contradição alguma. Ou você não conhece bem termos, ou leu com
má vontade (estilo: "vou pegar ele"), ou se confundiu. Eu acredito nessa
última opção, porque logo no início do e-mail você deu a entender que estava
sob pressão do chefe.

2-) Veja bem, eu não usei o termo "adaptado". Eu usei o termo "estável" e
"adaptável". São 2 coisas diferentes e você novamente deve ter se
confundido.

As espécies tendem a se adaptar cada vez mais aos meios em que vivem. Essa
adaptação leva a uma homogeneidade genética por seleção direcional. Isso é:
geralmente quão mais adaptada é uma espécie para um dado meio, mais
homogênica
geneticamente ela é. Mas isso tem um preço: A espécie fica muito dependente
do meio em que está especializada.

(obs: Há exceções disso que estou dizendo *agora*, como nos modelos
disruptivos, como você antecipadamente citou (os "meios heterogêneos"). Mas
as exceções só servem para reafirmar a regra e elas não estão no âmago da
questão
discutida. A questão discutida é se a heterogenidade genética causa
estabilidade/adaptabilidade, e se isso é evolutivo ("bom") ou não. você
disse que a homogeneidade genética nem sempre é ruim/contra-evolutiva.Vamos
ver se isso é verdade .......)


Entretanto, mais cedo ou mais tarde, o meio muda. Não adianta questionar.
Por mais estável que o meio seja, ele vai mudar. Glaciação, tectonismo,
vulcanismo, asteróide, intemperismo,
fenômenos climáticos. Não é preciso uma catástrofe geográfica. Basta um
vírus, uma bactéria nova no ambiente que é coisa relativamente comum. *Não
existe meio estável*, como você diz. Existem meios mais estáveis e outros
menos estáveis. E
quando o meio mudar ? Quais
os primeiros animais que serão extintos ? Não serão os animais mais
dependentes/adaptados/homogêneos geneticamente ?

Agora, imagine uma população com grande diversidade genética e exatamente
por isso mesmo não muito adaptada/dependente do meio. Se o meio mudar,
alguns indivíduos morrerão, mas outros vão continuar vivos se adaptando à
mudança
(à rigor, eles não se adaptam. Eles já estavam adaptados. O que ocorre é que
o gene responsável pela adaptação vai "crescer" na população, dando a ilusão
que a população "se adaptou"). A população se manterá estável.

Qual das 2 populações é mais *******estável/adaptável******* às mudanças ?
(eu não
perguntei qual das 2 é mais **adaptada** ao meio)

E finalizando, o que eu escrevi mesmo? Eu escrevi: "Quanto maior a
variabilidade genetica, maior a estabilidade e adaptabilidade de uma
populacao". Eu *não* disse que isso era "melhor" ou "pior", como você supôs
que eu tenha dito: "é bobagem falar q. a homogeneização genética de uma
população é sempre ruim "
Entretanto digo agora: à longo prazo a homogenização genética é ruim mesmo,
pelos motivos expostos acima.
E finalizando (agora de verdade), eu **não** disse que a variabilidade
genética traz *adaptação*. Eu disse que ela traz *adaptabilidade*. E a
adaptação não é o único critério de evolução. A adaptabilidade também é.


Finalizando (é a terceira vez que escrevo isso), os organismos primitivos
tendem a se reproduzir *assexuadamente*, enquanto os mais complexos tendem a
se reproduzir *sexuadamente*. Sabe, a natureza investiu muito tempo,
energia e organização (diminuição da entropia) no desenvolvimento da
reprodução sexuada (onde a única diferença, do
ponto de vista genético, é viabilizar o aumento da variabilidade genética).
Supor que ela fez isso sem motivo só porque "deu vontade" é um pouco
absurdo. Não estou dizendo que tudo na natureza tem explicação ou tem um
motivo evolutivo. Há coisas que são caóticas e existem sem que haja algum
fator de vantagem evolutiva envolvida. Mas isto não é o caso da *reprodução
sexuada/variabilidade genética*. A *reprodução sexuada/variabilidade
genética* foi desenvolvida em organismos complexos porque ela traz mais
vantagens evolutivas. Seria mais simples para a natureza continuar com a
reprodução assexuada, gerando indivíduos geneticamente homogêneos. Se ela
optou pela outra abordagem, é porque ela traz vantagens e, enfim, é
"melhor". Afinal de contas, a natureza sabe que não existem meios estáveis.
Ela sabe que os meios sempre mudam. E ela sabe que a variabilidade genética
é a melhor maneira de lidar com essa realidade.

(obs: eu tratei a natureza como "pessoa" para fins de didáticos. É óbvio que
ela não pensa nem "escolhe" o que é melhor. O melhor acontece
"naturalmente". - estou explicando antes que alguém pegue no pé -.)


Até mais
Arcange





OBS: É importante que se diga que a espécie humana é uma exceção a essa
regra. O Homo sapiens é altamente heterogêneo, estável e adaptável, mas ao
mesmo tempo é muito adaptado ao meio. Como pode ?
A adaptação ao meio se da pelo uso de ferramentas e pela divisão do trabalho
e não por "pré-habilidades genéticas".
É por isso que existem 8 bilhões de pessoas e é por isso que somos, de
longe, a pior praga deste planeta.
Dizem que só as baratas sobreviverão ao hecatombe nuclear. Mentira. Junto
com
as baratas e escorpiões, muito provavelmente, sairá dos escombros, um homem
vivo.

(mesmo que seja dos escombros de um abrigo nuclear com roupa anti-radiação.
O homem usa ferramentas para se adaptar, e o abrigo nuclear/roupas
anti-radiação é a ferramenta que ele usa para sobreviver/adaptar-se ao meio
radiativo)

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SUBJECT: Re: Fisica Quantica ... para os Misticos, Esotericos etc.
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/12/2001 18:14

--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> Se alguém quiser enviar novas sugestões use e abuse. Como eu disse,
foi muita ousadia minha querer entrar nesse terreno quântico mesmo em
termos de divulgação. Se vê, pelos excelentes comentários do Sérgio,
que tenho muito ainda para amadurecer. Ousadia tem limite!

Como diria meu professor de neurofisiologia: "É preciso ousar"
(embora ele deva ter achado muita ousadia minha responder à
pergunta q. lançou à classe: "como um neurônio poderia se
comunicar com outro?" - com isto: "com um telefone celular!").

Mas falando em sugestões:

http://aventuradasparticulas.ift.unesp.br/

Conhece? Eu achei muito bom, quase dá a impressão de que
eu entendi alguma coisa de física quântica. Eles parecem
adotar a máxima de q. equações afastam o público leigo.

Uma abordagem q. acho legal é deixar bem claro q. muito
do q. se fala em física quântica é apoiada em experimentos.
Há dados fatuais sobre os quais se trabalhar, neste aspecto
afastando-se das meras conjecturas fantasiosas do misticismo.
O Mesquita deverá objetar dizendo q. a MQ são conjecturas
fantasiosas da física, mas há experimentos q. se encaixam
nas previsões da MQ. Claro, q. sempre se pode tentar bolar
outras interpretações. E nesse caso é preciso mostrar ou q.
a nova interpretação é mais simples (princípio da parcimônia
ou da navalha de Occam -- nesta altura já quase cega) ou mais
completa (ou mais acurada ou mais precisa) com experimentos
cujos resultados sejam compatíveis com uma das interpretações
em detrimento da outra.

Mostrar didaticamente os experimentos clássicos seria uma
idéia interessante. (Seria preciso tbm trabalhar de algum
modo para tirar o ranço q. se tem qdo se fala em equações
e números...)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fisica Quantica ... para os Misticos, Exotericos etc.
FROM: "Arcange" <Arcange@ivia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/12/2001 19:32


> O problema da Terra Ôca creio que situa-se num terreno um pouco diverso,
> talvez mais no gênero do "Eram os deuses astronautas", do von Daniken, ou
"O
> cavalo de Tróia". É quase um romance ficcionista, e acredito que deveria
ser
> interpretado neste sentido. Cheguei a ler o livro "Terra Ôca" e não vi
nada
> demais, a não ser que o autor procura dar uma feição de veracidade,
fugindo
> do teor de romance e a se aproximar de documentário (o que também é feito
em
> menor grau por von Daniken) e a deixar o leitor um pouco confuso a esse
> respeito. A idéia em si pode ser esquisita, creio que fisicamente seria
> muito difícil aceitá-la, mas não diria ser impossível e sim improvável. O
> autor chega a falar em viagens que teriam sido feitas de avião a penetrar
em
> ambos os orifícios polares, e chega mesmo a citar o piloto que teria
> conseguido tal feito. Mas um leitor culto pode encarar isso com
> desconfiança, e/ou encarar como ficção literária. Não diria o mesmo da
massa
> inculta, mas isso é um problema cujo maior culpado não é o autor do livro,
> mas os nossos políticos que não querem minorar essa situação. É mais fácil
> manter a corrupção onde a cultura é garantida apenas para a minoria
> privilegiada da qual fazemos parte. Esta minoria tem medo de perder o
> privilégio e a massa acaba satisfazendo-se com as migalhas que lhes sobram
e
> distribuídas por esses maus políticos.

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Estou acompanhando essas séries sem nada de significante a acrescentar. Com
exceção deste pequeno e rápido adendo (mas que, ainda sim, continua sendo
insignificante):

1-) Dizer que pessoas "incultas" são as que recaem às garras do
charlatanismo/exoterismo é não só um erro, mas um preconceito. As pessoas
que lêem von Daniken, Chales Berlitz ("atlatida, o 8 continente", "O
triângulo das bermudas"), Raymond Bernard("A terra oca") e Capra, são, ao
contrário do que se diz, extremamente cultas.
Entender que pessoas ignorantes, produto de políticos inescrupulosos,
são o alvo desse tipo de abordagem chega a ser absurdo. Von Daniken é
europeu, Berlitz americano. Eles escreveram para o público do primeiro
mundo. O público educado e esclarescido. A credulidade não é função
exclusiva da educação. Senso crítico e esperteza (no bom sentido) não se
ensinam na escola. Estou cansado de ver gente com doutorado em ciência da
computação ou mestrado em medicina acreditando em espiritismo ou levando à
serio coisas sobre a atlântida.
Os ignorantes de verdade não sabem sequer o que é física quântica. Não
conhecem a hipótese de Von Daniken e só "ouviram falar" do 8 continente. Os
ignorantes de verdade, sequer tem interesse em ler livros que tratem sobre
esses temas.

2-) Acredito que a maior parte da culpa desse fenômeno recai sobre os
próprios
cientistas. Muitos não perdem a chance de dar uma de "mestre Yoda". O mais
famoso, Einstein, era extremamente proficiente nisso. Ele adorava falar
frases de efeito onde "Deus" era uma figurinha bem freqüente. Carl Sagan, no
livro "o mundo assombrado pelos demônios", cita este fenômeno tão fasceiro:
"Sem dúvida, há necessidade de empregar o bom senso na questão da
divulgação. É importante não mistificar, nem falar com ar de superioridade.
Ao tentar estimular o interesse do público, os cietistas tem ido, às vezes,
longe demais. - por exemplo, ao tirar conclusões religiosas injustificadas.
O astrônomo George Smoot descreveu sua descoberta de pequenas
irregularidades na radiação de rádio que restou do Big Bang como "a visão da
face de Deus". O físico Leon Lederman, laureado com o Nobel, descreveu o
bóson de Higgs, um tijolo hipotético de matéria, como "a partícula de Deus",
e deu esse título a um de seus livros. (Na minha opinião, são todos
partículas de Deus.) Se o bóson de Higgs não existe, a hipótese de Deus é
falsa ? O físico Frank Tipler propõe que em um futuro remoto os computadores
vão provar a existência de Deus e operar a ressurreição de nossos corpos."
(OMAPD, capítulo 19, página 325/326)
Apesar deu assumir que a física quântica é, naturalmente, a mais suceptível
à abordagens "Yódicas" ela não é a única. Nos últimos tempos, Venter e
Collins, ganhadores do prêmio Nobel e líderes do projeto genoma, disseram
que o fato de o ser humano ter somente 30.000 genes é uma "lição de
humildade". Humildade ? só porque temos 30 mil ao invés de 100 mil ? Nas
palavras deles:

"De certa forma, acabamos com o orgulho de nossa espécie. Temos apenas o
dobro do número de genes de um verme"

Nos sempre tivemos 46 cromossomos, exatamente igual às batatas. Os
cachorros têm 78 e os chimpenzés 48. Por que a espécie perdeu o "orgulho"
por causa do número de genes, mas não tinha perdido por causa do número de
cromossomos ? Afinal, quanto mais cromossomos, geralmente há mais genes e
maior a
complexidade celular.
Não há nada demais em ter o dobro de genes de um verme, já que muitos genes
são pleiotrópicos e/ou se relacionam de modo complexo entre si.
Isso não seria uma "lição de moral" boba ?
Por essa gente adora dar uma de "mestre-dos-magos" ?


O que esperar de uma pessoa leiga, culta e informada, quando ela "se
informa" lendo frases típicas de livro de auto-ajuda misturadas
interpretação científica ?

Todos os espíritas que conheço têm conhecimentos razoáveis de quântica. É
claro: eles são leigos. Conhecem-na tão bem como pode um leigo conhecê-la.
Todos eles adoram Heisenberg e a incerteza. A incerteza dá a eles a certeza
que os espíritos se manifestam nas caóticas flutuações quânticas .......

Arcange
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>





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Clonagem humana - replicação x terapêutica
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/12/2001 20:37

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Arcange" <Arcange@ivia.com.br> wrote:
> Obrigado pela sua compaixão em dizer que não foi chata. :)
> E, bem, não sei se considero a sua observação sobre o meu "modo juvenil"
>um elogio. Se é uma maneira educada de dizer que a argumentação foi
>infantil, bem ........... eu ................ aceito a crítica :) (afinal
de contas, é
> a única posição que posso tomar diante disso).

Não foi compaixão. Quando se fala em modo juvenil, não é pejorativo como
nfantil. Juvenil tem ímpeto e entusiasmo. Seu modo entusiasmado é agradavel,
só isso, sem misterios nem indiretas.

Como me dedico mais a analisar discursos, conteúdos e comunicação, perdi o
fio de certos assuntos que me interessam.

Gostei muito da ideia dos "4 alemães" (me parece interessante considerar o
tema desse modo) e me agradou seu modo iconoclasta (é certo, é demasiada a
badalação de Darwin). Quando fiz o meu curso de medicina, manifestei sempre
uma rebeldia contra os eponímicos na anatomia e na patologia. Tive bons
professores que souberam me compreender e avancei e aprendi.

Creio que a gente deve manifestar agradecimento aos pioneiros, mas dentro de
historia da ciencia e não no seio de nenhuma especialidade. Gosto mais da
denominação de Teoria da Evolução que "Teoria de Darwin". Felizmente, hoje
em dia, os descobrimentos se completam em equipe.

A clonagem (se chegamos a ver seus frutos) tem uma boa chance de terminar
"bem" porque justamente será obra de mais de um (tampouco é uma consideração
essencial).
[]s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: Re: Fisica Quantica ... para os Misticos, Exotericos etc.
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/12/2001 09:03


> 1-) Dizer que pessoas "incultas" são as que recaem às garras do
> charlatanismo/exoterismo é não só um erro, mas um preconceito. As
pessoas
> que lêem von Daniken, Chales Berlitz ("atlatida, o 8 continente", "O
> triângulo das bermudas"), Raymond Bernard("A terra oca") e Capra,
são, ao
> contrário do que se diz, extremamente cultas.


Mas não é verdade que ou ficam muito confusas ou passam a aceditar no
que está escrito ?

> Entender que pessoas ignorantes, produto de políticos
inescrupulosos,
> são o alvo desse tipo de abordagem chega a ser absurdo. Von Daniken
é
> europeu, Berlitz americano.

E dai ? Eu tb sou europeu, isso faz com que tenhas que acreditar no
que digo ?

>Eles escreveram para o público do primeiro mundo.

Eu acho que isto sim é que é perconceito. Não existe um primeiro nem
um segundo mundo, existe um mundo. Existem pessoas que querem
aprender, saber, e desenvolver. Já agora, a India é um pais de que
mundo ?


> O público educado e esclarescido. A credulidade não é função
> exclusiva da educação. Senso crítico e esperteza (no bom sentido)
não se
> ensinam na escola. Estou cansado de ver gente com doutorado em
ciência da
> computação ou mestrado em medicina acreditando em espiritismo ou
levando à
> serio coisas sobre a atlântida.


E fisicos , conheces algum que acredite em espiritismo ?
E arqueologos, conheces algum que acredita na atlantida ?

Claro que haverá algum que acredita. Mas isso não faz com que seja
uma coisa demonstrada verdadeira.
Aristóteles tb não acreditva que a terra se movia pelo espaço. Ele tb
falava para gente culta, para gente "do primeiro mundo". Ele era um
filosofo respeitado. E tinha razão em muitas coisas. Mas não nessa.
Portanto, quem a pessoa é,onde nasceu, como ela escreve, ou para quem
ela escreve é irrelevante. O que conta é a informação que transmite.E
como esta desperta a curiosidade ou o entendimento de outrem. E de
tanto se despertar a curiosidade e entendimento de outrens, chegamos
à ciencia.

Portanto, não se trata de dizer que a historia da atlantida é falsa,
ou que os espiritos não existem. É impossivel provar que algo não é.
(não é possivel provar a negativa). Portanto ficamos à espera que
alguem nos prove que a afirmativa é verdade. Isto se formos
incrédulos, ou como se diz agora, cépticos. Se aceditarmos, por
alguma razão que existem algumas verdades não reveladas, é nosso
dever alertar para elas. De forma a despertar ao menos a curiosidade
dos outros.De forma a tirar todas as duvidas e mostrar a todos que é
verdade.Isso é ciencia.

E é aqui que se falha ou tentar depertar esta curiosidade de forma
errada. Mas...qual é a forma certa?


> 2-) Acredito que a maior parte da culpa desse fenômeno recai sobre
os
> próprios
> cientistas. Muitos não perdem a chance de dar uma de "mestre Yoda".
O mais
> famoso, Einstein, era extremamente proficiente nisso. Ele adorava
falar
> frases de efeito onde "Deus" era uma figurinha bem freqüente.

Isso é um mito. Levantado por erradas traduções, e pela ignorância,
permitam-me a expressão de quem traduziu. Einstein referia-se a
o "Arquitecto do Mundo" , que é alguem conceptualmente diferente de
Deus, se bem que possamos comparar. Deus tem uma conotação religiosa.
Arquitecto do Mundo,não.
Ele adorava referir-se ao arquitecto do mundo, pq foi ele quem
estabeleceu as regras da fisica. Eisntein achava que estas regras
eram invariantes e bem estabelecidas, e que não andavam ai a mudar ao
sabor da sorte... Por isso ele dizia que não acreditava que o
arquitecto do mundo jogasse aos dados.
Não é nenhuma referencia a entidades misticas tal como Deus, mas a
uma estrutura fisica sólida e imutável.
Podemos ver isso como Deus? Podemos, mas não foi isso que ele disse.

> Carl Sagan, no
> livro "o mundo assombrado pelos demônios", cita este fenômeno tão
fasceiro:
> "Sem dúvida, há necessidade de empregar o bom senso na questão da
> divulgação."

E será que ele soube fazer isso ? "O mundo assombrado por demónios"
parece um titulo tão mistico quando "A particula de Deus"
E muitos falam de Sagan como se fosse um deus da ciencia.Um
verdadeiro mestre Yoda.

> Apesar deu assumir que a física quântica é, naturalmente, a mais
suceptível
> à abordagens "Yódicas" ela não é a única. Nos últimos tempos,
Venter e
> Collins, ganhadores do prêmio Nobel e líderes do projeto genoma,
disseram
> que o fato de o ser humano ter somente 30.000 genes é uma "lição de
> humildade".

Donde se mostra que Ganham um Nobel não é indicativo de nada. NADA.
O Nobel é um prémio, e um prémio nem sequer é um argumento cientifico.
Se bem que ele só se atribui a quem conseguiu algo, esse algo é
normalmente experimental.Teorias não ganham nobeis...Mas quem decide
que experiencia merece mais o prémio ?
Portanto, que me interessa que eles tenham ganho o nobel ?
Isso faz com que tenham razao em tudo o que dizem? Isso faz com que
eu tenha que prestar maior atenção a eles? Não.
Isso faz-me lembrar o S.Hawking e companhia limitada. Lá pq escrevem
uns livros, dizem umas baboseira que parecem "ciencia de ponta",
tenho que lhes dar atenção? Ok, o Hawking tem uma radiação com o nome
dele , e dai?
O Heisenberg tb tem um principio com o nome dele ... o que isso
interessa? Nada.
Interessa que se entenda o que fisicamente esses nomes representam
independentemente de quem os divulgou.
Einstein é conhecido por criar a TR pq foi ele o maior responsável
pela sua divulgação. A qual foi bem sucedida devido a referir
exemplos do cotidiano e a fazer afirmações estranhas...O pradoxo dos
Gémeos.O homem era Teosofo...vamos dar um desconto, e começr por
entender como um teosofo vê o mundo...o Hawking é ateu e com complexo
de Deus... vamos começar por ai para entender o que ele diz.


> Por essa gente adora dar uma de "mestre-dos-magos" ?

Porque isso vende livros. E livros divulgam a pessoa que os escreveu.
E isso dá dinheiro para investigação, pq quem dá o dinheiro percebe
Zero das teorias e portanto confia no sucesso "mediático" dos
autores, como indicador de razão, ou no minimo de popularidade: uma
justificativa para poder dar o dinheiro como bem empregue, e ninguem
o poder processar.
Manipulação de Massas (massas = pessoas e massas=$$). É por isso que
eles
gostam/precisam de ser mestres-Yoda.

> O que esperar de uma pessoa leiga, culta e informada, quando ela "se
> informa" lendo frases típicas de livro de auto-ajuda misturadas
> interpretação científica ?

Que ela é tudo menos informada.

> Todos os espíritas que conheço têm conhecimentos razoáveis de
quântica. É
> claro: eles são leigos. Conhecem-na tão bem como pode um leigo
conhecê-la.
> Todos eles adoram Heisenberg e a incerteza.

Pq ? porque durante anos foram escritos livros repetindo as mesmas
coisas. Ideias paradas no tempo do principio do seculo XX.
Porque é tão mencionado o Gato de Shrondinger, o Paradoxo dos Gémeos,
a frase do Bohr "ninguem pode dizer que entende a quantica", o
paradoxo EPR, e por ai vai.. ?
Porquê em 100 anos não se tentou explicar aos leigos que as ideias
mudaram, e essas coisas são perfeitmente normais , dentro das teorias
onde foram formuladas (os paradoxos) e que as frase de Bhor não faz
sentido num tempo onde existem tantas pessoas que estudaram e
desenvolveram e trabalham com a quantica ?
Porque explicar as coisas direitinho, não vende livros!

Hoje em dia o que vende livros é a Teoria das Superstrings (que não
disse nada de novo até agora) a Teoria do Tudo (que é outro nome da
T. das Supertrings), Buracos negros e viagens no tempo, wormholes, O
complicado mundo do Espaço-Tempo,Taquiões, as particulas do futuro, e
coisas assim...que nenhum leigo entende como deve ser. E depois o que
isso produz ? Uma tremenda confusão. A aceitação de ideias estupidas,
a aceitação que temos que acreditar numa teoria por mais maluca que
seja só pq alguem é popular, porque a matemática dá certo, ou pq não
somos suficientemente importantes para ripostar contra ela,
e 'humldemente' temo que aceitar. Tal como na idade média se aceitava
o que o padre dizia, qq que fosse a asneira que ele dizia, pq ele era
representante de Deus.
E quem anda na escola, e lhe ensinam que determinada coisa é "assim",
que meios essa pessoa tem para afirmar o contrário ?


Hoje a ciencia é aquilo que se escreve em revistas de "divulgação
cientifica" .. onde existem grupos que bloqueiam teorias/ideias não
aceitáveis [censura] ... vide o caso do Bose, só como exemplo.
Quem é que sabe o que é aceitável ? Alguem aqui é Deus ? Alguem aqui
arquitectou o mundo ? Então pq estes senhores teimam em privar o
mundo do conhecimento que o pode revolucionar ?

Só como exemplo, os espiritas dizem que a sua "crença" é cientifica.
Que está provado/pode-se provar cientificamente que os espirtos
existem.
Então onde estão essas provas ? Quem as fez ? Como as fizeram ?
EStão escritas numa revista de divulgação cientifica ? Não? Ohh que
pena... então não é cientifico.
As plantas da Amazónia são estudadas para liviar doenças, as curar,
quem sabe...os resultados estão divulgados ? os leigos sabem o que
significa "estudas as plantas" ... será que os cientistas fazem chás
com elas e as administram em pequenas dozes diluidas ? O meu vizinho
disse-me que sim ... se calhar é verdade...O processo está descrito
numa revista de divulgação cientifica ? Não? Ohh, direitos de autor,
patentes, que pena... então não é cientifico.

"divulgação cientifica" é um expressão ambigua,num mundo dominado
pela politica económica e por senhores que acham que já se sabe tudo,
que as teorias vigentes são as melhores de todas, e que não sabem
descer ao nivel básico para entender novas ideias. E face a isto,
voltando ao principio, quem quiser dizer alguma coisa tem que fazer
barulho antes. E a melhor forma é usar frases 'irracionais' ,
escandalosas, mágicas, ou que apelam para a fantasia.



> A incerteza dá a eles a certeza
> que os espíritos se manifestam nas caóticas flutuações
quânticas .......

"flutuação quantica" é algo que não existe, não se define, não tem
rigor, não é cientifico. Portanto, dado isso, a frase perde o sentido.


Cumprimentos,

Sérgio



SUBJECT: Re: Fisica Quantica ... para os Misticos, Esotericos etc.
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/12/2001 13:53


> Mas falando em sugestões:
>
> http://aventuradasparticulas.ift.unesp.br/
>
> Conhece? Eu achei muito bom, quase dá a impressão de que
> eu entendi alguma coisa de física quântica. Eles parecem
> adotar a máxima de q. equações afastam o público leigo.

O site é sobre fisica das particulas. A fisica de particulas usa uma
aproximação algo diferente. Para começar as particulas são livres
(semi-livres) o que não acontece no atomo, por exemplo , onde estão
confinadas. Depois a teoria é parte-relativista com E=mc² a jogar um
grande papel da quantica.

Gostaria que me dissesses onde leste alguma coisa sobre fisica
quantica lá... eu andei a procrar e a unica referencia directa- nem
tanto assim- à teoria quantica foi:

"Os aceleradores resolvem dois problemas para os físicos. Primeiro,
como todas as partículas se comportam como ondas, os físicos usam
aceleradores para aumentar o momento das partículas, diminuindo assim
seu comprimento de onda o suficiente para utilizá-las como sondas nos
átomos. (...)"

O que não deixa de ter 'graça'...

> Uma abordagem q. acho legal é deixar bem claro q. muito
> do q. se fala em física quântica é apoiada em experimentos.


Bom, aquilo são experimentos de fisica das particulas. E como se pode
ver pela frase que extrai acima, as experiencias são feitas fora do
dominio de "onda"... portanto é algo mais parecido com "bolinha choca
com bolinha" do que "onda interfere com onda" ... protanto algo
mais 'clássico'.
Aqueles experimentos apoiam a fisica das particulas e não a quantica
em geral.Pelo menos não os principios gerais da quantica a começar
pela função de onda.


[]

Sérgio




SUBJECT: Re: Fisica Quantica ... para os Misticos, Exotericos etc.
FROM: "brudna" <lrb@dalton.iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/12/2001 17:02

> Isso é um mito. Levantado por erradas traduções, e pela ignorância,
> permitam-me a expressão de quem traduziu. Einstein referia-se a
> o "Arquitecto do Mundo" , que é alguem conceptualmente diferente de
> Deus, se bem que possamos comparar. Deus tem uma conotação
religiosa.
> Arquitecto do Mundo,não.
> Ele adorava referir-se ao arquitecto do mundo, pq foi ele quem
> estabeleceu as regras da fisica. Eisntein achava que estas regras
> eram invariantes e bem estabelecidas, e que não andavam ai a mudar
ao
> sabor da sorte... Por isso ele dizia que não acreditava que o
> arquitecto do mundo jogasse aos dados.
> Não é nenhuma referencia a entidades misticas tal como Deus, mas a
> uma estrutura fisica sólida e imutável.
> Podemos ver isso como Deus? Podemos, mas não foi isso que ele disse.

Informacoes interessantes podem ser encontradas no site
Some of Einstein's Writings on Science and Religion
http://www.stcloudstate.edu/~lesikar/einstein/



> Donde se mostra que Ganham um Nobel não é indicativo de nada. NADA.
> O Nobel é um prémio, e um prémio nem sequer é um argumento
cientifico.
> Se bem que ele só se atribui a quem conseguiu algo, esse algo é
> normalmente experimental.Teorias não ganham nobeis...Mas quem
decide
> que experiencia merece mais o prémio ?

Richard Feynman queria saber se tinha como devolver o premio porque
sabia que iria causar muita incomodacao. Um tipo de fama que ele nao
desejava.
fonte: "Deve ser brincadeira, Sr. Feynman" Richard Feynman. :)

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna



SUBJECT: Ofensas na Web -- Provedores precisam colaborar com informacoes em acoes
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <Direito_Saude@yahoogrupos.com.br>, <Direitos_Humanos@yahoogrupos.com.br>, <constitucional_Brasil@yahoogrupos.com.br>, <artigos_Juridicos@yahoogrupos.com.br>, <Direito_Trabalhista@yahoogrupos.com.br>, <faroljuridico@yahoogrupos.com.br>
CC: <politica-br@yahoogrupos.com.br>, <pucrs-direito@yahoogroups.com>, <estudantes-de-direito@yahoogroups.com>, <cpgd_ufsc@yahoogroups.com>, <direitobrasil@grupos.com.br>, <attac-sp@yahoogroups.com>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, <ueers@yahoogroups.com>
DATE: 14/12/2001 17:26

Direito_Saúde e Bioética -- 14.12.2001
_______________________________


Ofensas na Web

Provedores precisam colaborar com informações em ações




Itamar Arruda Júnior*




Casos de difamação e injúria vem se tornando cada vez mais freqüentes em meio virtual. Entretanto, antes de mais nada, é necessário que se tenha sempre em mente a idéia de que, não é só pelo simples fato de uma conduta ter sido praticada pela internet, que irá, necessariamente, pertencer ao ramo do Direito de Informática.



Isto porque, existem determinados crimes, que já são previstos expressamente no Código Penal, pertencendo, portanto, a este ramo do Direito, independentemente do meio em que é cometido (seja verbalmente, por escrito, pela internet...).



São o que denominamos de crimes de informática comuns, ou seja, crimes penais (já que estão tipificados no Código Penal), mas que recebem a denominação de crimes de informática, apenas pelo fato de terem sido praticados pela internet.



Feita esta primeira consideração, o segundo passo é procurar qual foi a conduta criminosa praticada pelo agente.



Todos os dias, uma pessoa procura a polícia porque foi alvo de alguma maldade ou brincadeira ofensiva pela internet. Os casos variam desde um jovem traído que criou um site em que expõe fotos da ex-namorada em situações constrangedoras ou com informações falsas que vão contra a sua honra, passando por aqueles que divulgam, pela internet, casos falsos de traição de terceiros até a realização de fotos montagem.


Nestes casos, estaremos diante dos crimes previstos nos artigos 139 e 140 do Código Penal, quais sejam, respectivamente; injúria e difamação.



São crimes que atingem a honra subjetiva da pessoa e o seu sentimento quanto aos seus atributos físicos, morais, intelectuais e demais valores da pessoa humana, tendo o autor do crime plena consciência de que está lesando voluntariamente a honra do outro, ofendo a sua moral e expondo ao público um ato agressivo à sua reputação.



Ao praticar estes crimes, muitas vezes o autor tem a falsa idéia de que irá conseguir se manter no anonimato, usando e-mails gratuitos criados livremente, ou montando páginas em sites que não exigem os dados do autor. Entretanto, para a polícia não é difícil descobrir quem está por trás da agressão. A investigação baseia-se em um número que cada computador recebe toda vez que acessa a internet e fica registrado nos provedores, é a chamada seqüência IP.



Uma vez identificado o autor e, munida da imagem ou mensagem que atingiu a sua honra, abre-se para a vítima duas opções, como bem esclarece a ilustre professora Ângela Bittencourt Brasil:



a) O ingresso imediato com a ação penal por injúria e/ou difamação (buscando a condenação criminal do agente), com posterior execução na esfera civil da sentença criminal, para fins de indenização.


ou



b) O ingresso, unicamente, com a ação civil de indenização por danos morais, devendo, neste caso, ser provado a autoria e a materialidade do fato, ressaltando-se, aqui, que ao optar por esta segunda alternativa, a vítima visa apenas o recebimento da indenização em dinheiro, abrindo mão da condenação criminal do agente.




Entretanto, embora na teoria a questão possa parecer simples, há uma grande dificuldade na prática de se localizar o agente da conduta ilícita em virtude da ausência de cooperação dos provedores de internet, que na maioria das vezes, se negam a fornecer informações às vítimas. Somente o fazem mediante determinação judicial, retardando consideravelmente o sofrimento dos ofendidos e postergando por demais a solução da questão.



Para exemplificarmos, cabe trazer à baila um caso prático narrado pelo advogado Marcel Leonardi, em que o provedor UOL somente forneceu as informações necessárias judicialmente:



"Em abril e maio de 1999, foram postadas no serviço de "Fórum" do provedor UOL diversas mensagens de cunho difamatório, assinadas supostamente pelo advogado Marcel Leonardi, inclusive constando seu e-mail utilizado na época.




Diversas pessoas chegaram a "conversar" com o falso "Marcel Leonardi", tendo inclusive colocado no ar mensagens altamente ofensivas e ameaçadoras em relação ao mesmo. O advogado somente tomou conhecimento do fato ao ser avisado por terceiros, pois nunca teria utilizado aquele serviço.




Como o provedor UOL se negou a fornecer o nome do responsável pelas mensagens, Marcel ajuizou, em 7 de maio de 1999, ação de obrigação de fazer com pedido de antecipação de tutela em face da empresa Universo Online Ltda., que se processou sob o n.º 99.052219-9 perante a 14ª Vara Cível do Foro Central da Capital de São Paulo, tendo sido deferida a tutela antecipada para imediata retirada das mensagens da Internet. Em audiência de conciliação, o provedor de acesso informou que o responsável por todas as mensagens assinadas em nome do advogado Marcel Leonardi era um antigo desafeto.



Em 28 de julho de 1999, foi ajuizada ação de reparação de danos extrapatrimoniais em face do falsário, que se encerrou através de composição amigável em 7 de junho de 2000, pela qual ficou plenamente esclarecido o lamentável episódio".



Desta feita, constata-se que os crimes de difamação e/ou injúria praticados na Web, são crimes comuns, aos quais se aplicam as disposições constantes do Código Penal, sendo fácil e rapidamente resolvidos se houver uma maior cooperação dos provedores para com os ofendidos.




Finalmente, cabe sempre relembrar que não há lugar em que o criminoso possa estar mais exposto e, portanto, suscetível de ser encontrado, do que em meio virtual.



Revista Consultor Jurídico, 14 de dezembro de 2001.



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Itamar Arruda Júnior é advogado pós-graduado em Direito Público


---
Outgoing mail is certified Virus Free.
Checked by AVG anti-virus system (http://www.grisoft.com).
Version: 6.0.307 / Virus Database: 168 - Release Date: 11/12/2001


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Informação, c e o ref absoluto
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/12/2001 19:04

----- Original Message -----
From: "sergiotaborda"
Sent: Monday, December 10, 2001 12:39 PM
Subject: [ciencialist] Informação, c e o ref absoluto

> > vazio e/ou vácuo em nada modificam a física newtoniana, apenas são úteis
> > para que expressêmo-la de uma maneira mais conveniente, e creio que isto
> > seria decorrente da linguagem a ser escolhida e não da física em si.

> Isso é metade verdade.
> Se o cenário que eu escolher for um tal que existe um campo potencial
> nele, o vazio transforma-se em vácuo e é preciso tomar em
> consideração a existencia desse potencial.

E qual seria a outra meia verdade? Ou muito me engano ou a existência
exclusiva de um campo potencial seria um artifício criado pelos físicos
quânticos como, por exemplo, aquele inerente à interpretação gnomológica do
efeito Aharonov-Bohm. Mas deixei claro que estava a referir-me à física
newtoniana. Digamos então, se é que captei qual seria a meia "verdade"
assinalada, que este vácuo, diferente do vazio, seria um atributo necessário
à MQ. Nada contra, assim como também não me oponho a que Papai Noel pinte
suas barbas de preto este ano. ;-)

> A terra mantém-se em orbita do sol. Isso é comprovado. E isso não
> seria assim se estivessemos no vazio. Onde nada ha. Nem mesmo campo
> gravitico.

Em nenhum momento afirmei o contrário. Apenas disse que não preciso me
preocupar com a distinção entre vácuo e vazio e, muito menos, utilizar-me de
quaisquer destas duas palavras para afirmar que "entre a Terra e o Sol
existe um *espaço* por onde viajam *informações* a responderem pelo que
chamamos campo gravitacional". Se quiseres chamar esse espaço por vácuo, com
a finalidade de distinguí-lo de um outro espaço hipotético por onde não
passam informações, isso não me afeta em nada. Ou seja, vácuo e vazio NÃO
SÃO propriedades necessárias e essenciais à física newtoniana e se
interpretarmos quaisquer desses dois termos de maneiras diferentes, isso em
nada afetará a física newtoniana, se bem que possa colaborar para que surjam







desentendimentos quando físicos genuinamente clássicos, como é o meu caso,
discutem com aqueles que *optaram* pela física moderna e que constituem a
grande maioria dos físicos da atualidade.

> Mas ha um problema inerente aqui. A matemática.
> O feixe de particulas pode actuar como uma onda: Interferindo,
> reflactando, etc... e se a função de onda for aplicável ao caso,
> então deve sÊ-lo.
> O problema não está ai, mas na consepção fisica do fenómeno. Ou seja,
> quando alguem vê escrito Asen(kx-wt), vÊ escrito uma eq de onda. Mas
> o que é a onda em si?
> O mar não é uma onda. Sabemos bem que é um conjunto de particulas de
> água (entre outras coisas).
> Se a luz for um conjunto de particulas que aos nossos olhos parecem
> ser melhor descritas por funções de onda, tudo bem. A diferença está
> em explicar e ensinar do que essas ondas são feitas.

Eu não vejo grandes dificuldades em imaginar partículas dotadas de algum
artefacto a simular, matematicamente, uma onda. Pelo contrário, são muitas
as versões clássicas possíveis, algumas declaradamente absurdas mas outras
situadas bem aquém da "terra dos gnomos", onde teria sido "plantada" a
física moderna.

> Maxwell disse que eram feitas de campo electromagnético. Einstein
> formulou a coisa de outro ponto de vista, mas aceitando que as eq de
> Maxwell eram gerais, derivando a massa que o campo teria. Algo
> classicamente absurdo, mas matemáticamente possivel.

A matemática é feita no papel, que aceita tudo. Sendo-me dada ampla
liberdade para modificar conceitos como tempo, espaço, matéria, etc., não
seria impossível provar matematicamente que Papai Noel é um pinguim
filântropo, vestido de vermelho e com barbas postiças. O mérito de Einstein
está em que suas modificações o levaram a previsões que deram certo no
laboratório, mas não no fato de ter conseguido descrever matematicamente o
que teria sido considerado na época como aparentemente impossível de outra
forma. Alguns costumam dizer que Einstein, com suas modificações, "salvou"
as equações de Maxwell (esta "virtude" é também atribuída à MQ). Pois eu
costumo dizer que o preço pago foi muito elevado pois graças a isso a física
foi condenada a permanecer no atoleiro, em que já se encontrava, por mais de
100 anos.

> Olhar para a luz de nada nos serve. É como olhar para um rio e tentar
> adivinhar como é uma particula de água.

Concordo. Não obstante, os químicos recolheram algumas amostras da água do
rio e conseguiram comprovar experimentalmente algumas de suas
"adivinhações".

> > Uma das diferenças é que estás assumindo que esta ação somente pode
> > ser um único tipo de força ou algo equivalente. E isso nem sempre é
> > verdade. Repito: Uma mesma informação pode originar ações diversas,
> > conforme a partícula de teste.

> Estás a dizer que uma mesma informação pode provocar dois movimentos
> diferentes no "alvo"? Por exemplo, provocar uma aceleração linear, e uma
> acelerção centripta, simultanemente?

Não necessariamente. Ao dizer que a ação depende da partícula de teste,
pensei em ações observadas em tempos diferentes e a acontecerem em duas
partículas diferentes. Não obstante, o que afirmas não seria tão absurdo de
imaginar como a ocorrer em partículas clássicas especiais (por exemplo,
dotadas de giro). Apenas mudaria o exemplo dizendo que em teoria seria
possível *pensar* numa mesma informação provocando, por exemplo, uma força
centrípeta e um torque, simultaneamente. A função do torque seria, por
exemplo, manter o eixo de giro na direção radial.

> Só assim teriamos duas forças... e vai dai teriamos só uma:
> Força+Força=Força resultante.

Como disse acima, não estava pensando nesta possibilidade mas mostrei também
que poderíamos obter efeitos não aditivos. O que também não significa nada
pois como já afirmei, a matemática é feita no papel que aceita tudo. Não me
parece difícil construir uma matriz a agrupar num mesmo algoritmo a força e
o torque descritos. Como também não seria nenhum absurdo "adicionarmos" a
carruagem, as renas e o Papai Noel, obtendo-se desta forma um gnomo
natalino. Teríamos então um colapso da função natalina que, a semelhança dos
fótons, cruzariam os céus na noite do dia 24 de dezembro como se fossem um
único corpúsculo.

> Portanto, pq referir CeE e CeB se eles não são necessários ?
> ( a não ser que eles correspondam directamente a algo que se possa
> medir, claro.)

Então não preciso dizer mais nada a respeito.

> Onde é que eu falho em explicar que nada, mesmo classicamente, fica
> de fora da relatividade? É que todas as medições, todas as observaçoes são
> feitas em relação a um referencial. São relativas a ele. E o que é
> relativo, não é universal.

Utilizas o termo relatividade num contexto totalmente diverso daquele
utilizado tanto por Galileu quanto por Einstein. Confundes mecânica com
relatividade, pelo fato de a mecânica utilizar-se de referenciais. Não
obstante, a relatividade somente chega a ser definida após as leis da
mecânica estarem bem estabelecidas. E é por isso que o princípio da
relatividade de Galileu pode ser enunciado como: "Se as leis da mecânica são
válidas em um referencial, então elas serão válidas em qualquer outro em
movimento retilíneo e uniforme em relação ao primeiro." O PRG de Einstein
não cita leis da mecânica mas fala em leis da natureza, o que dá no mesmo, é
só expandir o argumento.

> Um observador num ref não inercial pode saber que está nesse ref, mas
> um observador num ref inercial não pode. Esta é a base da
> relatividade, qualquer que ela seja.

Estás tentando generalizar o princípio da equivalência de Einstein? Cuidado!
A física clássica não é aquela "bagunça" que muitos físicos modernos
imaginam que seja, e algumas normas devem ser levadas em consideração, o que
habitualmente não é feito.

> Se A passa por B com velocidade qq (em modulo e orientação) essa
> velocidade é de que tipo?
> É a velocidade de A relativa a B.
> Mesmo uma velocidade absoluta é relativa a alguma coisa.
> E por isso eu disse que mesmo fazendo fisica do absoluto as
> velocidades serão sempre relativas.

Essa é uma questão de natureza puramente semântica ou, quem sabe "errântica"
;-). Afirmei em msgs anteriores que a meu ver existe uma velocidade
absoluta; e afirmas que não, posto que podes medir esta velocidade em outro
referencial que não o absoluto. Neste caso direi que a Lua não pode ter um
diâmetro absoluto pois recentemete, num dia de Lua cheia, "medi" este
diâmetro com uma régua e encontrei um valor igual a 7 cm; a seguir aproximei
a régua de meu olho e encontrei um diâmetro da Lua igual a 4 cm. E, com
efeito, a Lua possui infinitos diâmetros relativos, e o Tales de Mileto que
o diga; mas possui apenas um diâmetro absoluto, segundo a "minha física do
absoluto". Isso também é um problema relativístico, se bem que não
valorizado devidamente em física (quando se fala em relatividade em física,
quase sempre pensa-se tão somente na relatividade relacionada ao movimento).
Lembro que o primeiro estudo de "transformações conformes" foi efetuado por
Tales, na Antigüidade grega, através do teorema hoje conhecido com o seu
nome. O segundo foi efetuado por Arquimedes. Tudo isso é também relatividade
mas relatividade não é tudo.

> Contudo, para as particulas terem memória, essa memória teria de
> estar armazenada de alguma forma. E dos insgredientes que dás, apenas
> o movimento poderia comportar essa memória.
> E se o movimento se confunde com a memoria, tal memoria não existe.
> Se eu parar uma particula ela não sabe de onde veio e não sabe voltar
> a se movimentar com a mesma velocidade que tinha.

O que fizestes para parar a partícula? Transferindo a memória dela para
algum equipamento laboratorial? Se assim foi, diria que a memória foi
transferida para o equipamento. Mas não vou comentar mais nada pois isso
iria muito longe e esse é o tipo de discussão que poderia ser interessante
numa lista de filosofia, mas não aqui. Gosto muito de filosofia e utilizo-me
bastante de seus recursos, mas não com a finalidade principal de "salvar"
meus argumentos, pois do contrário estaria comportando-me como um mau
filósofo ou como um político.

> O que tem 'memória', informaçao, é o espaço. (campo)

Não só mas também.

> > Um corpo com velocidade absoluta emite informações. Recíproca: um
> > corpo que gera pelo menos um campo de forças, está em movimento
> > absoluto.

> Mas como todos geram, todos estão em movimento absoluto.

Essa hipótese é tua, e ainda não me utilizei da mesma. Mas já disse inúmeras
vezes o que Newton pensava a respeito, lembra-se? "Que a gravitação seja
inata, inerente e essencial à matéria, de modo que um corpo possa atuar
sobre outro a distância, através do vácuo, sem a mediação de mais nenhuma
coisa, pela qual e através da qual sua ação e sua força fosse transportada
de um até outro, é para mim absurdo tão grande..."

Não vou comentar mais nada sobre referenciais e/ou relatividade além do que
já disse acima, pois percebo que misturas as coisas de uma maneira
ininteligível para mim. Relatividade é um capítulo da física e, pelo visto,
interpretas a física como sendo um capítulo da relatividade.

> > > Mas o c da luz é isotropico. E o teu 'c' (velocidade da galáxia)
> > > não deveria ser.Se a galaxia se move ela tem um direcção.
> > > Se nos movernos nos sentido contrario 'c', diminui.

> > Mas porquê "não deveria ser isotrópico". Estás assumindo isso como
> > hipótese?

> A galaxia se move numa direcção.Ou não se move?
> Se esse movimento está impelido a c, então qq velocidade no sentido
> contrario será mais lenta que no sentido igual (soma de velocidades
> classica). Se eu estou me movendo num carro numa direcção, alo que eu atie
> para tráz tem movimento mais lento (do ponto de vista do observador na
> terra) que a que eu atiro para a frente. Ou não?

Em relação a um observador na terra, sim. Mas em relação ao observador no
carro o efeito é o mesmo, tanto para a frente quanto para trás, o que seria
o equivalente ao isotrópico referido no caso anterior. Afinal, quem é que
está observando esta luz que afirmas ser isotrópica?
.
> Portanto se eu projecto luz na direcção do movimento da galáxia ela
> terá maior velocidade que se a projectar no sentido inverso.

Errado. Não captastes o que tentei transmitir.

> E dado que a galaxia só se move com uma velocidade, a existencia
> dessa direcção torna o espaço anisotrópico.

Sob certos aspectos, parece que essa anisotropia já foi observada através de
algumas experiências (interferômetro de Sagnac, se não me falha a memória) a
sugerirem que a Galáxia move-se em relação a alguma coisa do tipo de um
referencial absoluto newtoniano. Não obstante isso não tem nada a ver com o
que estamos discutindo. Estou referindo-me à luz emitida por uma fonte fixa
à Galáxia e observada por alguém também fixo à Galáxia. E estou assumindo
esta luz a obedecer as hipóteses aceitas pelas "teorias das emissões",
teorias estas que foram corroboradas pela experiência de MM efetuada no
século XIX e repetida inúmeras vezes desde então.

> >As minhas hipóteses são outras e
> > a experiência mostra-me que a isotropia referida existe; e uma
> > coisa não é incompatível com a outra.

> Então pq?

Pelo mesmo motivo que a velocidade do objeto lançado no carro não é, *em
teoria*, afetada (para o observador interior) pela direção do movimento do
lançamento (se para frente ou para trás) em relação ao movimento do carro.
No caso do som isto poderia ou não ocorrer, na dependência do meio onde o
som se propaga estar ou não em movimento em relação à estrada (carro fechado
ou carro aberto). A única coisa que acrescentei, foi o fato de estar
admitindo que a luz propaga-se em qualquer direção, no referencial da fonte,
na velocidade da fonte em relação ao referencial absoluto.

> Se a informação viaja a c, e ela é a unica a poder provocar acções ,
> entáo viajando a mais que c, nenhuma informação nos alcançaria. E
> portanto nenhuma acção aconteceria. Nao havendo portanto alteração do
> estado de movimento do corpo.
> Onde é que eu estou a usar ideias de outras teorias ?
> Estou apenas a usar o principio classico de que "se eu corro mais que
> tu, tu não me apanharás nunca".

Sérgio: "Se a informação viaja a c."
Alberto: Que significa isso? O que é informação? O que é "c"?

Sérgio: "Então viajando a mais que c, nenhuma informação nos alcançaria."
Alberto: Porque não? Eu afirmei que, pela minha teoria, "c" NÃO É CONSTANTE,
mas representa a velocidade da fonte de luz (ou de informações). Em outras
palavras: a(s) luz(informações) é (são) emitida(s) na velocidade da fonte em
relação ao referencial absoluto. Neste caso: 1) Nossa galáxia viaja na
velocidade "c", por hipótese. 2) Suponha um objeto aproximando-se da nossa
galáxia a uma velocidade maior do que "c" porém na mesma direção e sentido.
3) Este objeto emitirá luz (informações) numa velocidade superior a "c",
pela mesma hipótese. Conclusão 1: A luz (informações) emitida por este
objeto nos alcançará. Conclusão 2: Esta tua idéia ("então viajando a mais
que c, nenhuma informação nos alcançaria.") não apóia-se nas hipóteses da
minha teoria, mas é uma conclusão que obtivestes a partir da teoria da
relatividade de Einstein. Conclusão 3: Não estás criticando minhas idéias,
simplesmente estás dando a entender que elas são incompatíveis com a física
moderna, mas... nunca afirmei o contrário! Não precisei das hipóteses da
física moderna para construir minha teoria! Apoiado em que supões que a
minha teoria deveria concordar com absurdos aceitos como dogmas de fé pelos
físicos modernos?

[ ]'s
Alberto
http://ecientificocultural.com (inglês)
http://ecientificocultural.com/indice.htm (português)



SUBJECT: Re: Fisica Quantica ... para os Misticos, Esotericos etc.
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/12/2001 19:36

--- In ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@e...> wrote:
> Gostaria que me dissesses onde leste alguma coisa sobre fisica
> quantica lá... eu andei a procrar e a unica referencia directa- nem
> tanto assim- à teoria quantica foi:

Ok, ok. Eu não entendo nada de FQ. Isso q. dá um
biológico se meter em outras áreas. :-)

> Bom, aquilo são experimentos de fisica das particulas. E como se

Ja' nesse trecho não me referia àquele site em si.
Até porq. lá não fala tto sobre experimentos, é mais
uma apresentação expositiva: isso é assim, aquilo é
assado.

> dominio de "onda"... portanto é algo mais parecido com "bolinha
choca
> com bolinha" do que "onda interfere com onda" ... protanto algo
> mais 'clássico'.

Mas se se tratasse apenas de ondas tbm não seria uma
abordagem mais clássica?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Clonagem, ética e erros conceituais.
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/12/2001 19:38

O office-boy-man ataca novamente...

--- In ciencialist@y..., "Arcange" <Arcange@i...> wrote:
> até porque ela está explícita em dicionários filosóficos e
acredito, embora
> não tenha olhado ainda, que a diferença esteja explícita até em
dicionários
> normais.

Cada dicionário adota uma definição diferente - seguindo sua
própria escola. Salvo engano, a Enciclopedia Brittanica adota
a definição da moral como objeto de estudo da Ética (claro, sempre se
pode alegar q. a Brittanica não tem autoridade para arbitrar sobre
filosofia) . Não é
incomum q. os objetos de estudos recebam nomes derivados diretamente
do latim (no nosso caso indiretamente via francês ou inglês) e
o nome da disciplina q. estuda esse objeto do grego - freqüentemente
com o apêndice -logia. Mas isso são picuinhas. Há uma certa liberdade
qto às definições, normalmente procura se aceitar o consenso entre
os especilistas da área (qdo os há), mas a questão é mais de
operacionalidade.

No caso de seu texto, diria q. ela é pouco operacional. Não
apenas por causa das contradições q. ela gera (mas isso é uma
questão não tão grave já q. muitas coisas geram contradições
internas), mas porq. há mais q. uma definição para Ética:

Ética como estudo (sensu Arcange 1):
"A Etica eh um estudo do 'melhor comportamento' de toda especie
humana."

Ética como propriedade (sensu Arcange 2):
"A etica NAO eh relativa. Eh uma adaptacao evolutiva clara que
pode ser "medida" de forma absoluta com algum grau de precisao e
colabora SEMPRE para o desenvolvimento das populacoes."

(Eu acharia estranho dizer q. a Geografia é uma adpatação
evolutiva clara.)

Mas enfim...

> não sou EU quem vai responder. Evolutivamente, melhor é o que
aumenta a
> chance de sobrevivência.
> Mas .... o que aumenta a chance de sobrevivência ? ESSE é o
problema ético e
> é pra isso que os debates éticos existem.)

Evolutivamente não existe o melhor ou o pior. Existem conseqüências.
Se dizemos q. o melhor é o q. aumenta a chance de sobrevivência é
porq. *nós* estamos atribuindo um valor à vida. O problema ético é
conseguir determinar o q. é bom, o q. é mau, o q. é eticamente neutro
ou bom e mau dependendo do aspecto considerado e assim vai – ao gosto
do freguês.

> Dizer que um modelo biológico não é efetivo porque "não há
consubstanciação
> em fatos mensuráveis" é jogar no lixo boa parte da biologia e da
medicina,

Claro q. não. Peguemos seu exemplo: mitocôndrias como uma pilha
baseada em fluxo de hidrogênio. Fato mensurável: diferença de
potencial de hidrogênio entre o compartimento matricial e o espaço
intermembranas. Fato mensurável: presença de proteínas de membrana
q. em exames cristalográficos possuem a conformação de canais. Fato
mensurável: a organização dos resíduos de aminoácidos na cadeia
dessas proteínas são condizentes com o transporte ativo de prótons.
Fato mensurável: hidrogênio marcado radioativamente em moléculas de
glicose vão parar em moléculas de água.

Isso tudo apóia a hipótese de geração do ATP por uma proteína de
membrana acoplada à função de canal de prótons. Outras observações
poderiam eventualmente derrubar essa hipótese.

> Existem simuladores (programas) de computador (estou tentando
arranjar 1)
> onde você
> testa a "eticidade" das populações e observa o desenvolvimento
delas. É
> igual a um vídeo-game e a jogos como "civilization".

E nessas simulações encontramos algo muito interessante: ética não é
a aposta sempre vencedora. Na verdade ética perde para a anti-ética.
Mas a anti-ética tbm não é a proposta sempre vencedora. Ela perde
para a ético-às-vezes-anti-ético (ou anti-ético-às-vezes-ético). Mas
ela não é sempre a aposta vencedora. Ela perde para a ética... Se
alguém se lembrou do Joken-pô...

A questão é q. essa simulação parte da premissa de q. a ética é um
componente genético - e portanto evolutivo. O problema é provar q. a
ética é hereditária. Em princípio, poderíamos partir para análises de
heredogramas, mas há diversos complicadores: q. critérios utilizar
para medir a ética? como isolar o componente ambiental? como lidar
com a plasticidade neurológica dos humanos?

Sabemos q. a destruição de certas estruturas cerebrais altera o
comportamento social do indivíduo - o caso de Finneas Cage é bem
emblemático - e aliado a algumas outras observações podemos tentar
correlacionar isso com características biológicas inatas (mas
bastante flexíveis). É isso q. me faz pensar q. haja um componente
genético na ética humana, mas não existe nada mais sólido por eqto.

De todo modo ainda há o abismo a ser vencido. Ainda q. a genética nos
revelasse a base da ética, o q. isso nos diria sobre se isso é ou não
certo ou errado? Justificaríamos a ética apenas no fato de q. ela se
assenta em nosso ADN? Poderíamos até fazer isso, mas estaremos
aceitando a premissa: 'o q. é natural é bom' ou algo equivalente. O
q. por si mesmo já é um julgamento ético.

A máxima: o q. é não significa o q. deve ser - continua valendo.

A pergunta q. ficaria (caso provássemos q. a ética é uma
característica evolutiva): e daí?

Outra consideração q. devemos ter em mente. Características
adaptativas não são absolutas: ela dependem de todo um contexto
ambiental (e genético). Podemos aprender com as simulações acima
citadas: o q. é vantajoso ou não do ponto de vista evolutivo depende
das circunstâncias.

Aliás esta discussão é velha nesta lista:

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/messages/7945?threaded=1

Só pra citar uma linha de mensagens dentre tantas.

> 2-) Bem, você supõe que há componentes éticos em grupos mas não há
nos
> indivíduos.

Eu não suponho isso de forma alguma. O q. eu digo é q. a ética com
componente genético é apenas uma suposição por ora. Podemos bolar
toda uma linda teoria, assim como podemos bolar uma linda teoria
sobre o funcionamento de Patópolis e as leis da física q. lá imperam.
Teoria é uma coisa, observações fatuais são outras. Teorias
científicas dependem de estarem em concordância com os fatos.

Sobre propriedades emergentes fica para uma outra ocasião.

> 3-) Capitalismo/Socialismo
> E quanto ao seu "indicador histórico" ....... isso não daria um e-
mail.
> Daria um livro. Pressupor que o socialismo/comunismo é mais
igualitário
> porque prega a igualdade é pressupor que Charon - nosso amigo
israelense - é
> diplomático porque prega o "processo de paz".

Bem, vc está confundindo igualdade com ética. Vc disse q. sociedade
sem concentração de renda e riqueza são mais produtivas.
Historicamente têm sido mais produtivas as sociedades *com*
concentração de riqueza.

> E afinal, onde há mais igualdade ?

Há mais igualdade em Tuvalu, onde todos são igualmente pobres.

> filantrópicas).(se você já
> comprou uma casa ou carro financiado, Takata, pode ter certeza que
isso foi
> possível porque havia, no banco, algum dinheiro disponível para
empréstimo.)

Eu não tenho garantias para dar ao banco para pedir empréstimo. Meu
passado ético não vale, segundo o meu gerente. Talvez vc possa
convencê-lo do contrário, mostrando o qu ão importante é a
valorização e reconhecimento da ética no capitalismo e como isso irá
aumentar a produtividade da agência e como ele poderá ser promovido
por isso.

> Mas é simples e
> simplismo
> pressupor que o comunismo/socialismo são igualitários.

Concordo. Só discordo vc falar q. eu falei q. era igualitário.
Eu toquei na questão da distribuição de renda.

------
Comentário marginal:

> (Obs: Se você der banana para a maioria dos macacos, eles não vão
negar o
> presente não .......)

Assim como batatas cozidas.
--------

> afirmação (quando quer refutá-la)

Não quero refutar. Eu apenas digo q. ainda não está consubstanciada
em fatos. Eu considero um bom palpite, mas não posso dizer q. seja
uma verdade científica (o q. quer q. verdade signifique – com ou sem
aspas).

> Muitas nações/populações como palestinos, bascos e curdos tem forte
senso de
> unidade e identidade, apensar de não terem países. Nos 3 casos, a
> necessidade de autonomia é tão forte que os levam a atos
terroristas.

Tão forte qto isso é o fato de um americano estar nas fileiras da Al-
Qaeda. (Bem é só um exemplo ilustrativo, mas há estudos
antropológicos mais extensos.) Como não existem genes q. condicionem
a característica de suicídio em humanos -- ao menos não em gdes
proporções -- dada à natureza do processo seletivo, vemos quão
importante são os esforços da propaganda nesses casos. (Árabes e
palestinos são geneticamente muito próximos aos judeus, pero...) São
as outras variáveis em jogo. Aliás, a `harmonia genética' é outro
conto do vigário...

> Não não. Nada disso. O extermínio de judeus DIMINUIU as chances de
> sobrevivência germânicas. Isso é tão verdade que quem perdeu a
guerra foram
> os alemães.

O Holocausto só foi descoberto *depois* da derrota nazista. Até então
não passavam de boatos sem comprovação.

Mas se vamos ficar apenas em frases de efeito: a derrota na guerra
aumentou as chances de sobrevivência dos alemães, isso é tão verdade
que eles estão vivos até hoje com gde força sócio-político-econômica.

> (apesar deu ter insistido muito nesse ponto): O "pulo do gato" da
ética
> evolutiva está justamente no fato de que: *algumas atitudes* que
pareçam
> trazer vantagem evolutiva a você a curto prazo (como o macaco
guloso que
> come todas as bananas, ou os alemães que exploraram os judeus) a
médio/longo
> prazo podem ter efeito diametralmente oposto.

Evolução por seleção natural é um jogo de curto prazo. Qq vantagem
evolutiva de curto prazo sobrepuja vantagens evolutivas de longo
prazo, mesmo q. morram todos ao final.

> Quer me dizer que o extermínio de judeus aumentou as chances de
> sobrevivência dos alemães ? ..... :)

Aumentou. O q. diminui foi terem perdido a guerra mais uma vez. E
isso tem pouco a ver com massacres contra judeus. E podemos analisar
isso, ao custo de ofender aos judeus e palestinos, sob o ponto de
vista dos conflitos israelenses-palestinos.

A sua interpretação histórica da 2a. Guerra Mundial é bem
idiossincrática. EUA e Rússia não entraram na guerra para salvar
os `pobres judeus amigos nossos'. Os EUA entraram com o ataque de
Pearl Habour pelos japas (nasty nips) e supõem-se q. para defenderem
interesses econômicos de seus investimentos na Europa. A Rússia
revidou à quebra pelos nazistas do pacto de não-agressão.

> 1-) Sim, mas se você não se ligou, não são todos os processos de
reprodução
> biológicas que recebem o nome de "clonagem". (percebeu ? o
questionamento é
> sobre o termo "clonagem". Mesmo a reprodução assexuada em bactérias
por
> divisão binária não recebe o nome de "clonagem". Se ligou ?)

As bactérias originadas de uma dada linhagem são consideradas clones.
O nome não importa muito, mais a natureza do processo.

Vc questionou o problema da falta de fidelidade das cópias da
clonagem, isso não é uma desvantagem (se considerarmos isso uma
desvantagem) exclusiva. E como todos os processos incorrem na
mesma 'desvantagem' e o q. importa aqui é a 'desvantagem' relativa
não há problemas graves com a clonagem neste aspecto.

Mas fico feliz q. reconheça q. o ponto não é absoluto como parecia
ser do modo como vc apresentou inicialmente.

> 2-) E, se você não se ligou, a probabilidade de incidência de genes
> deletérios em processos artificiais é muito maior. (congelamento,
> eletricidade, pinças, sustâncias químicas estranhas, diminuição
artificial
> das taxas de aborto espontâneo, relativa demora na anfimixia,
etc..) (Se
> ligou ?)

Na verdade não muito maior. Em alguns casos é até menor. Na clonagem,
por exemplo, com a técnica desenvolvida, teremos um incidência menor,
já q. teremos genótipos q. já se mostraram viáveis.

E a questão de genes deletérios ou não é tbm relativa. Eu sou míope e
não teria muitas chances de sobrevivência em condições selvagens.
Graças aos avanços da óptica meus antepassados puderam utilizar
óculos, sobreviverem bem até a procriação e me legarem a miopia. Com
boa probabilidade passarei isso aos meus descendentes graças às
lentes -- q. além de tudo me conferem um ar intelectualóide, um
charme. O uso de artifícios aumentou a incidência de miopia e daí?

Ninguém está defendendo o uso de técnicas q. ainda não se mostraram
confiáveis. Mas a sua preocupação é com a propagação de alelos de
efeito de longo prazo. Pois bem, o aumento artificial do tempo de
vida da população tbm aumentou a incidência de câncer na população --
antes as pessoas morriam antes e poderem manifestar a doença e em
muitos casos antes de poderem passar tais alelos defeituosos. E daí?

> É verdade. Mas ...............
> 1-) O processo reprodutivo natural causa menos mutações deletérias
que os
> artificiais.

Será? A questão é mais de regime seletivo. Oras se estamos mudando o
regime seletivo não estaremos blasfemando contra a toda sagrada
evolução, estaremos sendo tão devotos qto se utilizássemos o processo
natural. Aliás, se a ética (sensu 2 de Arcange) for 100% genética,
estaremos tão somente seguindo a ética criada pelo processo seletivo,
independemente da escolha q. fizermos – escolha q. terá sido guiada
por nossos divinos e sábios genes. Assim como o Papa é infalível
posto que guiado por Deus, nos seremos infalíveis posto que guiados
pelos genes.

> 2-) E quando essas mutações existem, geralmente ocorre aborto
espontâneo.
> "tratada" para "segurar" os conceptos. Aumentar artificialmente as
chances
> de um concepto nascer é aumentar as chances de que um concepto que
NÃO
> nasceria naturalmente - por motivos genéticos -, nasça.

Primeiro: já não estamos falando da clonagem em si.
Segundo: ótimo q. possam nascer e viver bem as novas crianças. Como
viver bem (o q. quer q. viver bem signifique)? Não apenas pelo avanço
da medicina terapêutica, mas da medicina preventiva. E o 'screening'
genômico embora não garanta 100% de acerto, pode reduzir para níveis
bem próximo do q. vc considera natural -- ou 'aceitável'.

> mulheres (com problema de fertilidade ou não). É olha que nos caso
> artificiais, há um enorme tratamento para que essa incidência seja
> aumentada.

Beleza. E vc vê problemas na inseminação in vitro? Há dados
estatísticos de q. eles sejam piores? (Dizem até q. crianças geradas
por métodos artificiais se dão melhores na escola - já q. recebem um
acompanhamento mais diligente dos pais. Isso não é ótimo para os pais
e para o país? Além de ótimo para as crianças 'de proveta'?)

> 1-) a-) De onde você tirou que mutação é igual a variabilidade
genética ?
> Em uma população, um indivíduo pode sofrer mutação sem
que a
> variabilidade genética dela se altere. Isso ocorre porque existem
muitos
> fatores que afetam a variabilidade genética. A mutação é apenas 1
deles e
> pode ser neutralizada por outros.

Mutação é fonte primária de variabilidade genética. A variabilidade
genética se refere a diversidade de cópias alternativas de um dado
gene. Tais cópias são criadas em última instância por mutações.

Talvez vc esteja falando de outra coisa e chamando isso
de 'variabilidade genética'. O nome não importa, mas é bom a gente
deixar bem claro o q. se quer dizer com algo: o que você quer dizer
com variabilidade genética? (Será q. os médicos a definem de modo
diferente dos biólogos?)

> b-) A maior parte absoluta das mutações é deletéria. Essas
mutações -
> quando ocorrem em indivíduos - não estão no **gene pool** da
população, logo
> não contam como "variabilidade
> genética". A variabilidade genética está no gene pool e não em uma
mutação
> deletéria frankstein em um indivíduo isolado. Só faz sentido usar o
termo
> "variabilidade genética" em populações e não em indivíduos. Agora,
se a
> mutação de um indivíduo penetrar na população, aí é outra história
e dessa
> forma teremos sim a
> variabilidade genética. Mas neste caso nos teremos outros fatores
atuando e
> não somente a mutação. Entretanto acredite, normalmente, ela
> só vai penetrar se for uma mutação "boa". (apesar de existiram
exceções e
> casos complexos, como, por exemplo, a do gene da siclemia no sul da
áfrica.
> Enfim, genética é genética)

A maior parte das mutações não trazem efeito algum, no máximo apenas
levemente deletérias. Não apenas porq. boa parte das mutações são
silenciosas - por causa da degeneração do código genético,
especialmente na terceira posição dos códons, mas tbm pela
equivalência funcional de diversos aminoácidos, restrição funcional
de enzimas a algumas regiões, redundância genética e, no caso
principalmente de eucariotos, abundância de regiões q. não codificam..

Mutações desvantajosas podem 'penetrar' por deriva genética, o q.
pode ocorrer em populações de tamanho restrito. E com um processo
escalado por se espalhar por toda a população.

Mas de fato alelos desvantajosos em regime de seleção tendem a ser
eliminados. A questão é q. a vantagem ou desvantagem é questão
relativa a um contexto. Como nos exemplos q. citei em outra mensagem
sobre anemia falciforme, e.g.

> menos estáveis. E
> quando o meio mudar ? Quais
> os primeiros animais que serão extintos ? Não serão os animais mais
> dependentes/adaptados/homogêneos geneticamente ?

Está vendo como vc se contradiz? Critica os meios artificiais de
reprodução por inserirem variabilidade genética (q. vc diz q. não é
variabilidade genética) e diz q. o a clonagem é mau porq. reduz a
variabilidade genética.

Qdo o meio mudar os genes serão o q. menos importa, pelo menos no
nosso caso. A adaptabilidade cultural é muito maior do q. a genética.

Em termos estritamente biológicos, se o ambiente é estável não
adianta o dito cujo ser precavido para uma eventual mudança – a menos
q. essa mudança tenha alguma regularidade – o q. não se precavê leva
vantagem competitiva e logo domina a área.

Mas vc está considerando uma mudança catastrófica, nesse caso não se
trata de um regime seletivo, mas de um regime de deriva gênica. E aí
importa pouco se há homogeneidade genética ou não. Se a mudança for
gradual novamente importa pouco a homogeneidade genética inicial.

> E finalizando (agora de verdade), eu **não** disse que a
variabilidade
> genética traz *adaptação*. Eu disse que ela traz *adaptabilidade*.
E a
> adaptação não é o único critério de evolução. A adaptabilidade
também é.

Como eu disse, é bobagem achar q. homogeneidade genética é sempre
ruim.

(Vc criou um bruta de um espantalho -- `straw-man' – dizendo q. eu
disse q. vc disse...
Não houve confusão nenhuma entre adaptação e adaptabilidade.)

> Finalizando (é a terceira vez que escrevo isso), os organismos
primitivos
> tendem a se reproduzir *assexuadamente*, enquanto os mais complexos
tendem a
> se reproduzir *sexuadamente*.

Não existem atualmente organismos primitivos. Somos todos
equivalentemente evoluídos – cerca de 3,8 bilhões de anos computados
nas costas.

Os tipos de reprodução são os mais variados possíveis do q.
simplesmente sexuada ou assexuada. As plantas metafíticas como um
grupo possuem uma gama de mecanismos reprodutivos q. deixam os
metatérios envergonhados. As gramíneas q. são bastante derivadas
reproduzem-se preferencialmente de modo assexual. Nos insetos há
vários casos de reversão para partenogênese. Bactérias fazem sexo,
mesmo q. isso não esteja diretamente vinculado à reprodução.
Tendência é algo muito difícil de se achar nos regimes reprodutivos
dos organismos.

> sexuada/variabilidade genética*. A *reprodução sexuada/variabilidade
> genética* foi desenvolvida em organismos complexos porque ela traz
mais
> vantagens evolutivas.

Ela pode ter trazido e deve trazer vantagens em um dado contexto
genético-ambiental. Não existe esse absolutismo: é vantajoso, é
desvantajoso. Tanto é q. existem organismos com reprodução assexuada
q. vivem muito bem obrigado: e são a maioria em termos de biomassa,
número de espécies, hábitats...

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Fisica Quantica ... para os Misticos, Esotericos etc.
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/12/2001 19:58

>> dominio de "onda"... portanto é algo mais parecido com "bolinha
>>choca com bolinha" do que "onda interfere com onda" ... protanto
algo
>> mais 'clássico'.

>Mas se se tratasse apenas de ondas tbm não seria uma
>abordagem mais clássica?

só se fosse dito "ondas de quê"
Ondas de água, ondas de compressão do material (som), etc...

Por isso classicamente se pensava que se a luz fosse onda, ela teria
de ser onda de algo.
Onda de aether.

[]

Sérgio



SUBJECT: Veja- Destaque
FROM: "Carol" <carolsturari@uol.com.br>
TO: <godfree@yahoogroups.com>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, <sbcr@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/12/2001 13:48


Os destaques da próxima VEJA


Reportagem de capa
A fé que move o Brasil: pesquisa mostra que 99% dos brasileiros acreditam em Deus





[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Veja- Destaque
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/12/2001 14:37

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Carol" <carolsturari@uol.com.br> worte:

> A fé que move o Brasil: pesquisa mostra que 99% dos
brasileiros >acreditam em Deus ...

Carol,

Não me surpreende este fato. Não há escola psicológica que não registra que
nos seres humano há um desejo espontâneo de crer em Deus. Esta especie de
necessidade de crença não garante, de modo nenhum, que aquilo em que
determinada pessoa ou grupo de pessoas crê, realmente exista.

Havia há muito tempo uma classificação de seres vivos em função dos recursos
proprios para sobreviver logo depois do nascimenteo. Dizia-se que existem
seres nidícolas e outros nidífugos, com toda uma graduação (ser mais ou
menos nidícola ou nidífugo)..

A grosso modo os mais nidícolas seriam os que contavam com menos recursos
proprios para sobreviver e e tinham maior necessidade de ser ajudados pelos
pais para poder seguir existindo. Os mais nidífugos seriam os que
necessitavam menos da assistencia alheia.

O individuo humano, segundo esta classificação, é altamente nidícola.
Necessita assistencia alheia em quase tudo, para poder seguir vivendo.

Segundo certas teorias psicológicas, a sensação de desamparo que sente uma
criança, em relação aos adultos é gigantesca e geram uma angustia que deixa
uma profunda marca (traumática) na mente de todo individuo. A ideia difusa
é: eu não posso sobreviver sem alguém maior que eu (meus pais ou que os
substitua).

Ao contemplar o macrocosmo, é possivel que qualquer ser humano sinta uma
sensação de pequenês e sinta certa angustia proveniente dos tempos em que
era uma criança. Como não há adulto maior, só sobra o recurso de recorrer a
um deus. Então... o resto já se sabe.

Que um grande número de pessoas sucumba ao rastro mnêmico do desamparo
infantil e busque um apoio numa ideia sobrenatural, não causa nenhuma
admiração.

O que se deve pensar é na intenção subliminar dessa reportagem. Será que é
para gerar um consolo de que o Brasil é um país crente e isto seria bom?
Será que buscariam uma espécie de consenso "democrático" tentando induzir à
crença "os poucos descrentes", que por ser poucos, não teriam razão? Que
finalidade persegue VEJA ?

[]s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] Veja- Destaque
FROM: "Silvio Cordeiro" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, <godfree@yahoogroups.com>, <sbcr@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/12/2001 17:46

num mundo em quer um paulo coelho é best seller, nada é impossível...
mais uma prova do ecumenismo da ignorância...
3
silvio :-)

Os destaques da próxima VEJA


Reportagem de capa
A fé que move o Brasil: pesquisa mostra que 99% dos brasileiros acreditam
em Deus






SUBJECT: Regulação do Ciberespaço
FROM: "Pablo \(Main\)" <pablo@uol.com.br>
TO: "CienciaList" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/12/2001 12:24


Olá todos:

Eu estou fazendo uma pesquisa sobre regulação do ciberespaço, para a
Faculdade, e estou procurando material.
Nas minhas buscas pela Internet tenho encontrado muita coisa, mas a
maioria não me serve porque preciso fazer citações bibliográficas e não
posso usar textos que não tenham publicação física.

Será que alguém teria alguma dica?


Obrigado
[]s
Pablo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Regulação do Ciberespaço
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/12/2001 13:46

----- Original Message -----
From: "Pablo (Main)"
Sent: Sunday, December 16, 2001 12:24 PM
Subject: [ciencialist] Regulação do Ciberespaço


> Eu estou fazendo uma pesquisa sobre regulação do ciberespaço, para a
> Faculdade, e estou procurando material.

Talvez você encontre algo do tipo na página "Artigos sobre Internet e
assuntos relacionados" do meu site:
http://ecientificocultural.com/ECC2/internet.htm

> Nas minhas buscas pela Internet tenho encontrado muita coisa, mas a
> maioria não me serve porque preciso fazer citações bibliográficas e não
> posso usar textos que não tenham publicação física.

No final da página citada você encontrará uma relação de HomePages de
revistas que abordam o assunto Internet (Cionline - Integração - In Texto -
Jus Navigandi - J.Stat.Educ - Ofjor Ciência - Rets - TravelNet). É só clicar
em uma delas e boa sorte. Algumas destas revistas existem também no papel,
como é o caso da Integração, e os artigos contém os dados necessários para a
citação.

[ ]'s
Alberto
http://ecientificocultural.com (inglês)
http://ecientificocultural.com/indice.htm (português)



SUBJECT: Re: [ciencialist] Regulação do Ciberespaço
FROM: Rodrigo Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/12/2001 14:59

Não sei que tipo de regulação você está procurando... mas se é
relacionada com a standardização da própria internet o melhor sitio para
começar é mesmo a www.ietf.org (com um algo giro e antigo endereço IP
4.17.168.6), que contém tudo o que são standarts relacionados com a
tecnologia da internet.

Alguns outros locais interessantes talvez sejam:

www.x.org
www.w3.org
www.iana.org
www.icann.net
www.arin.net
www.ripe.net
www.apnic.net

Indo a essas páginas você encontrará muitas outras relacionadas com os
mesmos assuntos.


> "Pablo (Main)" wrote:
>
> Olá todos:
>
> Eu estou fazendo uma pesquisa sobre regulação do ciberespaço, para a
> Faculdade, e estou procurando material.
> Nas minhas buscas pela Internet tenho encontrado muita coisa, mas a
> maioria não me serve porque preciso fazer citações bibliográficas e não
> posso usar textos que não tenham publicação física.
>
> Será que alguém teria alguma dica?

--
email (same address): rnbc@rnbc.pt.eu.org or rnbc@rnl.ist.utl.pt
homepage: http://rnbc.pt.eu.org/~rnbc
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SUBJECT: Roda: Porque só a roda?
FROM: "Antonio" <a_ferrao@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/12/2001 16:17

Prezados Colegas,

Não existem dúvidas de que a roda foi uma das grandes invenções da
humanidade. Mas, porque os nossos cientistas, inventores e engenheiros a
utilizam tão frequentemente?

Se nós verificarmos os automóveis, todos eles possuem rodas. Porque não
"pernas"? Os animais não "funcionam" muito bem com elas? A existência de
"pernas" eliminaria a necessidade de estradas.
Os aviões a jato possuem turbinas com partes móveis que giram. Os aviões e
helicópteros possuem hélices que giram. Porque não houve, no século XX um
protótipo de máquina voadora que, a exemplo dos pássaros, "batesse asas"?
Eu já vi alguns filmes mostrando alguns protótipos de máquinas voadoras que
batiam asas, mas o batimento de asas não imitava o batimento de asas de um
pássaro ou inseto. Todos nós que já vimos um pássaro batendo asas,
verificamos que ele sobe as asas com elas quase fechadas e as desce com elas
bem abertas.
Num inseto, as asas são mais "rígidas", mas eles sobem as asas verticalmente
e as descem horizontalmente.
Nós sabemos que a força de atrito é proporcional à área da secção tranversal
do corpo, em relação ao movimento. Assim, um pássaro sobe as suas asas com
elas quase que totalmente fechadas, e com baixo atrito, e as descem bem
abertas, com um máximo de atrito. Da mesma os insetos (ou mesmo os
beija-flores), sobem as suas asas na posição vertical, onde a secção
tranversal em relação ao movimento é mínima, e as descem na posição
horizontal, onde secção tranversal, ou seja o atrito, é máximo.
Assim, um pássaro ou inseto é capaz de "escalar" o ar, empurrando as suas
asas para baixo com alto atrito, e subindo-as com pouco atrito. Esta
"escalada" é semelhante ao nado de peito na natação, onde o nadador lança as
suas mãos juntas para a frente, portanto com pouco atrito, e a seguir as
leva para trás com as mãos abertas, como um remo.
No filme que assisti, mostrando uma máquina voadora do início do século XX,
as asas da máquina eram rígidas e subiam a asas da mesma forma que desciam,
sem mudança na área da secção tranversal. É obvio que a fracassada máquina
oscilava, subindo e descendo, mas não saía do lugar. Da mesma forma, se um
nadador endurecesse os seus braços e mãos, movimentando-os para a frente a
para trás no nado de peito, ele não sairia do lugar.
É verdade que, a toda esta discussão, soma-se aquela história dos perfis das
asas, onde as diferenças de pressão sustentam o corpo plainando, com as asas
estáticas. (Princípio de Beenoulli e as forças de sustentação num avião).
Entretanto, desculpem-me se estou sendo ignorante, mas eu nunca ouvi nenhuma
discussão técnica sobre a Física do batimento de asas dos pássaros ou
insetos. Se alguém possuir alguma referência sobre este assunto, por favor,
apresente-me.
Mas eu acredito que o homem, naquela época, não tinha tecnologia para
simular com facilidade os músculos das asas de um pássaro: Não existiam
motores lineares leves e de grande potência. Mas por qual motivo ninguém
tentou algo diferente, por todo o século XX, preferindo sempre os movimentos
circulares das hélices ? Talvez uma asa-delta pudesse receber alguma
energia extra de seu inerte e preguiçoso passageiro, se simplesmente a asa
delta pudesse "bater". Mesmo sem estarmos querendo vencer o desafio do sonho
de Ícaro, acredito que o seu passageiro, na pior das hipóteses, ganharia
algum tempo de vôo extra. Estaríamos remontando as idéias de Leonardo da
Vinci, mais criativo que os engenheiros do século XX.

Mesmo sendo o motor elétrico um componente de máquinas que facilita o seu
desenho, nós temos que admitir que sempre existem perdas energéticas na
conversão mecânica de um movimento circular para um movimento linear.
Entretanto, a maioria dos robôs que nós conhecemos possuem motores que giram
engrenagens e estas transmitem a potência do motor para algum mecanismo
simulando o movimento linear, que seriam os "músculos" dos robôs.

Os barcos, navios e submarinos poderiam movimentar os seus cascos, ou partes
deles, como peixes, ou seja, com movimentos sinuosos, ao invés de possuirem
as ruidosas e não-ecológicas hélices. Veja que, com este tipo movimento, uma
baleia orca, com uma massa de várias toneladas, é capaz de saltar a vários
metros de altura. Mas, novamente, a obsessão pelas rodas, ou pelo movimento
circular das hélices, fez os engenheiros abandonarem a sinuosidade do
movimento dos peixes.

Mesmo na Nanotecnologia, que teve K. Eric Drexler (Nanosystems 1992) como um
de seus pioneiros, foram apresentados vários modelos de máquinas atômicas,
construídas por arranjos moleculares que formaríam nanoengrenagens, ou
nanorolamentos. Mesmo que isso funcionasse, não é um absurdo a nossa
obsessão por tais movimentos?
No meu ponto de vista, um nanosistema teria que ser muito resistente a
falhas. Na concepção tecnológica que possuímos, uma engrenagem quebrada ou
mesmo com falhas, comprometeria o bom funcionamento do sistema como um todo.
Neste caso eu sou muito mais favorável à concepção adotada pela natureza,
onde complexas proteínas e enzimas interagem entre si formando "mecanismos"
tolerantes às falhas.
Olhando para a natureza, a transmissão do movimento giratório é uma
excessão. Olhando-se para a nossa tecnologia, a transmissão do movimento
giratório é uma regra. Tudo começa, quase sempre, com um motor giratório.

Qual seria a razão desta "obsessão" por rodas ou movimentos
giratórios/circulares?

Aproveitando o assunto, nós sabemos que o limite máximo de velocidade linear
é a velocidade da luz, segundo a Teoria da Relatividade Especial. Na
prática, algumas naves espaciais atingiram uma fração desta velocidade,
sendo esta a máxima velocidade atingida por um corpo macroscópico.
Qual seria a máxima velocidade CIRCULAR já alcançada por um corpo
macroscópico, de que se tem notícia, em rotações por segundo?


[]'s
Antonio Ferrão Neto




SUBJECT: En: Corrente
FROM: "Carol" <carolsturari@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, <sbcr@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/12/2001 01:20

Prá descontrair! :)
[ ]'s
Carol



Voces não aguentam mais receber as mesmas correntes por e-mail?
Voce esgotou toda a sua criatividade e não consegue mais pentelhar ninguém??

Seus problemas acabaram !

Chegou a PERSONAL EMAIL CORRENTE CREATOR TABAJARA !!!

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--------------------------------------------------------------------------------

Por favor, agora é sério!!!
GretchenKirsteenPamelaGladysMiniXispitaBrendaMariaChun-LiSilviaNancyDudaOliviaSara-LeeSimony é uma pobre menina que mora em Piraporinha do Bom JesusBangladeshIrlanda do NorteRio de JaneiroBahiaTaitiCoréia do NorteMorro do PiolhoCincinatti, OhioVila Prudentinabaixo da ponteagum lugar longeum prédio abandonadocasa . Ela tem dor de cotovelocâncerAIDSsífilisgonorréiador de cabeçaunha encravadanáuseasbolha no pécalo nos dedospiolhoceborréiamiopiagripealcoolismofrieirabigodepelo no suvacochulé , uma doença raríssimainfecciosaterrívelhorrívelnojentacontagiosabestacomumesquisitainternacionalilegalnormalsériadoentesaudável , que ainda não tem cura. Eu sou conhecidoprimoirmãovizinhochefecabelereirocônjugenamoradocompadretorcedor do mesmo timeamigocompanheirofã do avôpaitiosogrocachorrogatopeixenamoradoirmãocomputador dela.
Infelizmente nós não temos dinheiro, pois apostamos tudo no Rubinhosomos pobresperdemos tudo no jogo do bichocompramos drogasinvestimos em empresas falidasgastamos tudo em balacompramos uma ilha no caribenão trabalhamosperdemos na rodoviáriacompramos cavalos manga-largajogamos no lixogastamos com prostitutas de luxofizemos plástica . Mas um amigo nosso, Fernando HenriqueBill GatesJim MorrisonClint EastwoodJô SoaresJoão GordoCharles ChaplinZé do CaixãoRonald ReaganAlfred E. NewmanPeléMr. MMike TysonGabeira , disse-nos que a empresa que ele trabalha, a Ótica ZóioAmerica OnlineMicrosoftBrasil MultimídiaApplePadaria do ManuelCasa da Luz VermelhaFábrica de Sapatos 100 ChuléVendinha de PastéisCasa de Macumba MisifiLoja de Cuecas MashFábrica de Playmobil estaria doando um transplante de fígado1 centavo10 reais50 dólares25 ienes10 Kg de paçoca diet20 kg de farinhadois sacos de feijãoum copo de águauma queijadinha30 sacos de gelo2 pães de queijo sem recheiouma camisa dos Flintstonesuma máscara do Gianechinni para cada político honesto100 pessoasempresatorcida organizadaorganização não governamentalloja da Xuxazoológicoidiotapessoa cegaPapai Noelcentro espíritadinossauroex-jogador de BasqueteSaci Pererêlésbicavendedora de calcinhasjaponês que encaminhasse esse e-mail para 50 mulheres virgensmil pessoastoda sua famíliao vizinhoo seu chefetodos no bairroa Feiticeiraos sete anõeso Walt Disneyo Rei da Cocada Pretaalguém com chuléos bispos da Macedôniao próximo da lista7 pessoas famosasum gay3 reis magosDeus .

Por favor, nos ajudem! Dessa vez é sério! Encaminhe esse e-mail para o maior número de pessoas que vc puder!
Ficaremos muito agradecidos!






[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Veja- Destaque
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/12/2001 11:01

--- In ciencialist@y..., "Carol" <carolsturari@u...> wrote:
> A fé que move o Brasil: pesquisa mostra que 99% dos
brasileiros acreditam em Deus

Segundo pesquisa do Ibope a proporção de brasileiros
q. concordavam com a frase: "Eu acredito em Deus" era
sensivelmente menor.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Roda: Porque só a roda?
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/12/2001 12:33

--- In ciencialist@y..., "Antonio" <a_ferrao@t...> wrote:
> Não existem dúvidas de que a roda foi uma das grandes invenções da
> humanidade. Mas, porque os nossos cientistas, inventores e
engenheiros a
> utilizam tão frequentemente?

Eficiência e comodidade.

> Se nós verificarmos os automóveis, todos eles possuem rodas. Porque
não
> "pernas"? Os animais não "funcionam" muito bem com elas? A
existência de
> "pernas" eliminaria a necessidade de estradas.

Existem alguns estudos com máquinas q. se locomovem sobre
"pernas". Existem diversos animais q. não possuem pernas:
aliás, apenas tetrápodos (répteis, mamíferos, aves e anfíbios) e
artrópodos (insetos, aracnídeos, crustáceos, centopéias e afins)
possuem pernas. Moluscos, anelídeos, platelmintos, cnidários e
outros não possuem pernas.

O problema de engenharia é a coordenação necessária para a
locomoção sobre pernas. É preciso um sistema de captação e
processamento de dados bastante sofisticado. Um sistema sobre
rodas precisa apenas rolar, no máximo variar sua velocidade.
Um sistema sobre pernas precisa coordenar cada apêndice,
lidar com a questão do centro de gravidade, entre outras
proezas. (Mais respeito com as formigas da próxima vez em
q. pensar em esmagá-las... :-) )

Mas se a roda é mais eficiente porq. organismos não possuem
rodas no lugar de pernas? Não poderia a seleção natural agir
de modo q. surgissem espécies "rodípedes"? Bem, existe um
problema bastante sério para a manutenção de uma estrutura
assim: nervos e vasos sangüíneos ou traqueais dificilmente
poderiam se ligar a isso sem sofrer problemas com a rotação da
estrutura - ligue uma corda ao centro de um disco. Segure
por uma das extremidades e gire o disco, a corda será torcida
até o ponto q. trava a liberdade de movimentação do disco.

> Os aviões a jato possuem turbinas com partes móveis que giram. Os
aviões e
> helicópteros possuem hélices que giram. Porque não houve, no século
XX um
> protótipo de máquina voadora que, a exemplo dos pássaros, "batesse
asas"?

Há um sério problema de escala. Já se perguntou porq. aves
gigantes como avestruz, casuares, emas e afins não voam?
Sim, elas têm asas pouco desenvolvidas, mas existe a questão
de q. mesmo q. ela tivesse asas suficientemente gdes não haveria
musculatura suficiente q. sustentasse o vôo batido - aliás
aves gdes q. voam em geral aproveitam-se muito as correntes de
ar ascendentes: o gasto para o vôo batido seria enorme. A maior
ave voadora é uma espécie de cegonha q. pesa cerca de duas dezenas
de quilogramas.

Os insetos em geral são pequenos o suficiente para tirarem
proveito do empuxo q. o ar exerce (está certo falar assim,
Léo?).

> ouvi nenhuma
> discussão técnica sobre a Física do batimento de asas dos pássaros
ou
> insetos. Se alguém possuir alguma referência sobre este assunto,

Existem vários estudos. Os q. eu conheço na web estão em inglês,
se quiser posso pesquisar os links. (Sei q. tem vários artigos
sobre isso na Scientific American: www.sciam.com )

Tudo isso faz parte dos domínios da biomecânica e da biofísica.
É um campo realmente muito interessante.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Roda: Porque só a roda?
FROM: Rafael Kaufmann <rnedal@olimpo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/12/2001 12:57

rmtakata wrote:
>
> Mas se a roda é mais eficiente porq. organismos não possuem
> rodas no lugar de pernas? Não poderia a seleção natural agir
> de modo q. surgissem espécies "rodípedes"?

Em adição à resposta biológica, este argumento vai contra a maneira como
a evolução procede; é como perguntar "se existem ligas mais resistentes
do que o cálcio, por que organismos não possuem ossos de liga de titânio
no lugar de cálcio?". Como o Takata sabe, mesmo que haja a possibilidade
biológica de organismos naturais desenvolverem rodas, isto não é de
maneira alguma garantia de que isso vai acontecer, simplesmente porque
não há pressão seletiva suficiente para possibilitar o "pulo" entre dois
mecanismos locomotivos tão diferentes. O que temos é bom o suficiente
para o que precisamos.


-- Kaufmann


SUBJECT: Re: Roda: Porque só a roda?
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/12/2001 13:47

--- In ciencialist@y..., Rafael Kaufmann <rnedal@o...> wrote:
> mecanismos locomotivos tão diferentes. O que temos é bom o
suficiente
> para o que precisamos.

Tá, mas aí vc está imaginando q. estaria se partindo
da situação em q. nos encontramos agora - já com
pernas.

(Em adição, talvez dê-se a impressão q. considero q.
a roda é utilizado em todos os casos nos engenhos humanos
porq. é *a* melhor solução... na verdade é possível q.
em situações específicas o desenvolvimento de modelos
animais tragam ganhos de eficiência: as pesquisas com
robôs sobre pernas, por exemplo, visam a terrenos
acidentados -- a vantagem de se dispensar pavimentação,
como notado por nosso colega -- como de outros planetas.
Existem tbm estudos sobre a aplicação da engenharia de
vôo de aves e insetos em alguns casos -- o modelo de
inseto pode ser viável para mini-aviões: aparelhos para
espionagem, sondas para coleta de dados meteorológicos
e outras mais.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Roda: Porque só a roda?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/12/2001 13:49

Fuçando na roda (da dos outros):

Acredito que a melhor resposta é a questão da 'continuidade'. Roda permite uma continuidade perfeita (em cada instante sempre há um ponto em contato com o apoio --- isso é devido á 'redondura' da roda:o)) e o andar (ou bater asas) é intermitente; há vários instantes em que o contato não se realiza. são instantes sem o 'tempo motor' (pois não há apoio) e isso diminui tremendamente a potência do processo. O ideal para os bichinhos que andam seriam ter 'infinitas pernas' e os bichinhos que voam 'infinitas asas' ... o que recairia na roda.

Quanto ao fato dos pássaro (esse monte todo que o Takata citou) não evoluírem para a técnica do helicóptero o Takata bem abordou; não há modo de ligar uma parte móvel com a parte fixa até que os pássaros inventem um equivalente aos rolamentos de esferas e trilhas para contatos de impulsos.

Nota: A árvore de natal aqui da garotada fica girando a 1 r.p.m. Tive que adaptar um disco horizontal sobre o eixo de um motor de relógio eletromecânico (dos industriais) e dispor nesse disco duas trilhas de cobre (tipo circuito impresso) e duas escovas de bronze fosforoso (fixas na carcaça do motor) para conduzir a corrente elétrica para as luzinhas e musiquetas. Como os pássaros poderiam fazer isso? Ou, como poderia eu fazer a árvore girar usando perninhas ou asas na base da árvore?

Se a roda tornou-se tão útil é porque desde sua descoberta viu-se que superava de 100 x 0 as pernas ou asas. Pense no transporte das pedras das pirâmides usando perninhas (ou asas!); para passar de uma perna para a outra todo o peso ficará apoiado onde?

Em tempo: O Takata deve ter aquela seqüência de figurinhas que mostram um homem andando em passo normal, ou seja, caindo entre um passo e outro, numa trajetória gosadíssima do centro de massa. Andar é um problema sério! assim que os animais andadores descobrirem a 'articulação independente' eles irão acabar com essa ginástica de sair andando por ai. O bom seria se eles começassem inventando a bicicleta! :-)

Interferência 2: Voar batendo asas --- a força muscular e a potência dos homens para vencer a força peso daria justinho para voar á distância de ... um passo!

[]'
Léo
===============
-----Mensagem Original-----
De: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 17 de dezembro de 2001 12:33
Assunto: [ciencialist] Re: Roda: Porque só a roda?


--- In ciencialist@y..., "Antonio" <a_ferrao@t...> wrote:
> Não existem dúvidas de que a roda foi uma das grandes invenções da
> humanidade. Mas, porque os nossos cientistas, inventores e
engenheiros a
> utilizam tão frequentemente?

Eficiência e comodidade.

> Se nós verificarmos os automóveis, todos eles possuem rodas. Porque
não
> "pernas"? Os animais não "funcionam" muito bem com elas? A
existência de
> "pernas" eliminaria a necessidade de estradas.

Existem alguns estudos com máquinas q. se locomovem sobre
"pernas". Existem diversos animais q. não possuem pernas:
aliás, apenas tetrápodos (répteis, mamíferos, aves e anfíbios) e
artrópodos (insetos, aracnídeos, crustáceos, centopéias e afins)
possuem pernas. Moluscos, anelídeos, platelmintos, cnidários e
outros não possuem pernas.

O problema de engenharia é a coordenação necessária para a
locomoção sobre pernas. É preciso um sistema de captação e
processamento de dados bastante sofisticado. Um sistema sobre
rodas precisa apenas rolar, no máximo variar sua velocidade.
Um sistema sobre pernas precisa coordenar cada apêndice,
lidar com a questão do centro de gravidade, entre outras
proezas. (Mais respeito com as formigas da próxima vez em
q. pensar em esmagá-las... :-) )

Mas se a roda é mais eficiente porq. organismos não possuem
rodas no lugar de pernas? Não poderia a seleção natural agir
de modo q. surgissem espécies "rodípedes"? Bem, existe um
problema bastante sério para a manutenção de uma estrutura
assim: nervos e vasos sangüíneos ou traqueais dificilmente
poderiam se ligar a isso sem sofrer problemas com a rotação da
estrutura - ligue uma corda ao centro de um disco. Segure
por uma das extremidades e gire o disco, a corda será torcida
até o ponto q. trava a liberdade de movimentação do disco.

> Os aviões a jato possuem turbinas com partes móveis que giram. Os
aviões e
> helicópteros possuem hélices que giram. Porque não houve, no século
XX um
> protótipo de máquina voadora que, a exemplo dos pássaros, "batesse
asas"?

Há um sério problema de escala. Já se perguntou porq. aves
gigantes como avestruz, casuares, emas e afins não voam?
Sim, elas têm asas pouco desenvolvidas, mas existe a questão
de q. mesmo q. ela tivesse asas suficientemente gdes não haveria
musculatura suficiente q. sustentasse o vôo batido - aliás
aves gdes q. voam em geral aproveitam-se muito as correntes de
ar ascendentes: o gasto para o vôo batido seria enorme. A maior
ave voadora é uma espécie de cegonha q. pesa cerca de duas dezenas
de quilogramas.

Os insetos em geral são pequenos o suficiente para tirarem
proveito do empuxo q. o ar exerce (está certo falar assim,
Léo?).

> ouvi nenhuma
> discussão técnica sobre a Física do batimento de asas dos pássaros
ou
> insetos. Se alguém possuir alguma referência sobre este assunto,

Existem vários estudos. Os q. eu conheço na web estão em inglês,
se quiser posso pesquisar os links. (Sei q. tem vários artigos
sobre isso na Scientific American: www.sciam.com )

Tudo isso faz parte dos domínios da biomecânica e da biofísica.
É um campo realmente muito interessante.

[]s,

Roberto Takata


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SUBJECT: Re: Roda: Porque só a roda?
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/12/2001 15:49

--- In ciencialist@y..., "Antonio" <a_ferrao@t...> wrote:
> estáticas. (Princípio de Beenoulli e as forças de sustentação num
avião).

O princípio de Bernoulli é a explicação padrão, mas há
quem discorde:

http://www.amazon.com/exec/obidos/ASIN/0964680629/qid=1008610211/sr=2-
2/ref=sr_2_11_2/107-8460717-3069304

http://www.paraborne.com/how_airplanes_fly.html

(Estas referências deixo aos físicos da lista apreciarem
sobre a procedência das informações.)

> discussão técnica sobre a Física do batimento de asas dos pássaros
ou
> insetos. Se alguém possuir alguma referência sobre este assunto,
por favor,
> apresente-me.

http://www.ucmp.berkeley.edu/vertebrates/flight/enter.html
http://130.94.24.217/2001/0601issue/0601dickinson.html
http://socrates.berkeley.edu/~flymanmd/

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Fisica Quantica ... para os Misticos, Esotericos etc.
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/12/2001 18:01

--- In ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@e...> wrote:
> Gostaria que me dissesses onde leste alguma coisa sobre fisica
> quantica lá... eu andei a procrar e a unica referencia directa- nem
> tanto assim- à teoria quantica foi:

http://aventuradasparticulas.ift.unesp.br/quantum.html

[]s,

Roberto Takata





SUBJECT: Re: Roda: Porque só a roda?
FROM: "brudna" <lrb@dalton.iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/12/2001 20:31

Takata escreveu
> Mas se a roda é mais eficiente porq. organismos não possuem
> rodas no lugar de pernas? Não poderia a seleção natural agir
> de modo q. surgissem espécies "rodípedes"? Bem, existe um
> problema bastante sério para a manutenção de uma estrutura
> assim: nervos e vasos sangüíneos ou traqueais dificilmente
> poderiam se ligar a isso sem sofrer problemas com a rotação da
> estrutura - ligue uma corda ao centro de um disco. Segure
> por uma das extremidades e gire o disco, a corda será torcida
> até o ponto q. trava a liberdade de movimentação do disco.

...mas existem sistemas de 'rotacao livre' em seres vivos. Um
exemplo que encontrei eh o de um flagelo bacteriano. Isso estah certo?


Ateh mais.
Luis Brudna



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Roda: Porque só a roda?
FROM: Rodrigo Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/12/2001 21:49

> Rafael Kaufmann wrote:
>
> rmtakata wrote:
> >
> > Mas se a roda é mais eficiente porq. organismos não possuem
> > rodas no lugar de pernas? Não poderia a seleção natural agir
> > de modo q. surgissem espécies "rodípedes"?
>
> Em adição à resposta biológica, este argumento vai contra a maneira como
> a evolução procede; é como perguntar "se existem ligas mais resistentes
> do que o cálcio, por que organismos não possuem ossos de liga de titânio
> no lugar de cálcio?". Como o Takata sabe, mesmo que haja a possibilidade
> biológica de organismos naturais desenvolverem rodas, isto não é de
> maneira alguma garantia de que isso vai acontecer, simplesmente porque
> não há pressão seletiva suficiente para possibilitar o "pulo" entre dois
> mecanismos locomotivos tão diferentes. O que temos é bom o suficiente
> para o que precisamos.

A realidade é que existem seres vivos propulsionados por hélices movidas
por autênticos motores rotativos quimicos, só que são bactérias. Isso é
muito eficaz dada a alta viscosidade aparente dos liquidos a essas
escalas. As hélices quase funcionam como brocas.

Na água e para seres macroscópicos os modos de propulsão mais eficazes e
silenciosos (isto é importante devido aos predadores) são as flexões do
corpo e os jactos. As primeiras são usadas pelos peixes e mamiferos
marinhos, o jacto é usado por vários moluscos tipo lula.

Em terreno acidentado, digamos em 99% do terreno existente naturalmente,
rodas e lagartas tipo tanque são bastante menos eficientes que as
pernas. Veja como um cavalo corre bem mesmo em zonas onde um jipe apenas
consegue andar devagar ou um tanque apenas progride depressa à custa de
brutalidade pura, com enorme gasto de energia.

No ar as asas flexiveis são o melhor para animais pequenos, como todos
os pássaros. Não há animais grandes e voadores, e aqui parece que a
evolução biológica falhou de facto ao não inventar hélices e motores a
jacto :-) Animais muito pequenos não conseguiriam controlar o voo de
forma alguma devido à viscosidade aparente do ar nessas escalas.

Aparentemente também nenhum ser vivo tem uma propulsão tipo foguete,
única capaz de subir acima da atmosfera. Mais outra falha.



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Roda: Porque só a roda?
FROM: Rodrigo Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/12/2001 21:52

rmtakata wrote:
> ar ascendentes: o gasto para o vôo batido seria enorme. A maior
> ave voadora é uma espécie de cegonha q. pesa cerca de duas dezenas
> de quilogramas.

A maior ave voadora é o pelicano.

O facto de o gasto em batidas ser enorme significa apenas que as asas
flexiveis são más a partir de alguns kilos de massa. Existem outras
soluções como os aviões e helicopetros provam, mas a evolução biológica
não chegou lá.

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Roda: Porque só a roda?
FROM: Rodrigo Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
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DATE: 17/12/2001 21:57

brudna wrote:
> ...mas existem sistemas de 'rotacao livre' em seres vivos. Um
> exemplo que encontrei eh o de um flagelo bacteriano. Isso estah certo?

Perfeitamente correcto.

Esses flagelos (que parecem mais hélices...) são propulsionados por
motores em que a força de torção é gerada eletroquimicamente ao longo do
eixo. Muito engenhoso, e totalmente isento de atrito.

--
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Roda: Porque só a roda?
FROM: "M. A. Guimarães" <xb612@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/12/2001 21:59

Para a seleção atuar dece haver variabilidade e, no caso, deveria haver
algun sr vivo com rodas ou coisa paracida. Como foi dito, há sérios
problemas para que isso ocorra e dessa forma essa variante não pode existir.
Na verdade o flagelo da bactéria não gira no seu engaste. Alterações na
estrtura protéica do flagelo cria movimentos ondulantes que parecen giro.

----- Original Message -----
From: "brudna" <lrb@dalton.iq.ufrgs.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, December 17, 2001 8:31 PM
Subject: [ciencialist] Re: Roda: Porque só a roda?


> Takata escreveu
> > Mas se a roda é mais eficiente porq. organismos não possuem
> > rodas no lugar de pernas? Não poderia a seleção natural agir
> > de modo q. surgissem espécies "rodípedes"? Bem, existe um
> > problema bastante sério para a manutenção de uma estrutura
> > assim: nervos e vasos sangüíneos ou traqueais dificilmente
> > poderiam se ligar a isso sem sofrer problemas com a rotação da
> > estrutura - ligue uma corda ao centro de um disco. Segure
> > por uma das extremidades e gire o disco, a corda será torcida
> > até o ponto q. trava a liberdade de movimentação do disco.
>
> ...mas existem sistemas de 'rotacao livre' em seres vivos. Um
> exemplo que encontrei eh o de um flagelo bacteriano. Isso estah certo?
>
>
> Ateh mais.
> Luis Brudna
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
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SUBJECT: Luz negra
FROM: "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/12/2001 22:03

Prezados amigos,
Saudações.

Gostaria que alguém pudesse me dizer porque a chamada "luz negra"
(encontrada geralmente em boates e casas de shows noturnas) tem a
propriedade de ficar totalmente embaçada quando olhamos para ela, e porque
destaca a cor branca em detrimento das outras.

Agradeço comentários sobre o assunto.

Peterson Leal.



SUBJECT: Re: Roda: Porque só a roda?
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/12/2001 01:07

--- In ciencialist@y..., Rodrigo Cunha <rnbc@r...> wrote:
> rmtakata wrote:
> > ar ascendentes: o gasto para o vôo batido seria enorme. A maior
> > ave voadora é uma espécie de cegonha q. pesa cerca de duas dezenas
> > de quilogramas.
>
> A maior ave voadora é o pelicano.
>
> O facto de o gasto em batidas ser enorme significa apenas que as
asas
> flexiveis são más a partir de alguns kilos de massa. Existem outras
> soluções como os aviões e helicopetros provam, mas a evolução
biológica
> não chegou lá.


Os maiores animais voadores conhecidos foram o "quetzocoatls" (ou
alguma coisa assim), um réptil voador do cretáceo com 12 m de
envergadura e a "argentavis" (uma águia argentina do cenozóico) com
uns 9 m. Ambos tinham uma massa aproximada de 100 kg, o que
provavelmente pode ser visto como um limite máximo para o vôo.

[]´s

André







SUBJECT: Re: Roda: Porque só a roda?
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/12/2001 01:15

--- In ciencialist@y..., Rodrigo Cunha <rnbc@r...> wrote:
> Em terreno acidentado, digamos em 99% do terreno existente
naturalmente,
> rodas e lagartas tipo tanque são bastante menos eficientes que as
> pernas. Veja como um cavalo corre bem mesmo em zonas onde um jipe
apenas
> consegue andar devagar ou um tanque apenas progride depressa à
custa de
> brutalidade pura, com enorme gasto de energia.
>

Acho o cavalo um mal exemplo, um animal adaptado a pradarias bem
planas. Já tentei atravessar terrenos irregulares com cavalos e o
desempenho é sofrível. Hoje em dia o pessoal vai com motos ou
bicicletas em lugares nos quais um cavalo nem sonharia.

[]´s

André



SUBJECT: Re: [ciencialist] Luz negra
FROM: Rodrigo Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/12/2001 01:40

Peterson Leal wrote:
> Gostaria que alguém pudesse me dizer porque a chamada "luz negra"
> (encontrada geralmente em boates e casas de shows noturnas) tem a
> propriedade de ficar totalmente embaçada quando olhamos para ela, e porque
> destaca a cor branca em detrimento das outras.

Ela fica embaçada porque seu cristalino e seu corpo vitreo são
fluorescentes. Experimente a olhar para os olhos duma pessoa iluminados
por essa luz UV: eles ficam fluorescentes. Isso obviamente faz você ver
algo parecido com nevoeiro na sua frente. Eu como uso lentes de contato
que por acaso são opacas aos UV não noto nada disso. Com os oculos noto.

Ela não destaca a cor branca. Apenas acontece que a maioria dos
tratamentos usados para tornar as fibras da roupa mais brancas as tornam
fluorescentes também.

--
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Roda: Porque só a roda?
FROM: Rodrigo Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/12/2001 01:44

"M. A. Guimarães" wrote:
>
> Para a seleção atuar dece haver variabilidade e, no caso, deveria haver
> algun sr vivo com rodas ou coisa paracida. Como foi dito, há sérios
> problemas para que isso ocorra e dessa forma essa variante não pode existir.
> Na verdade o flagelo da bactéria não gira no seu engaste. Alterações na
> estrtura protéica do flagelo cria movimentos ondulantes que parecen giro.

Pelo que eu li e vi esses flagelos rodam mesmo. E a explicação para o
funcionamento do "motor" eletroquimico na base do flagelo era bastante
completa e exaustiva. Infelizmente não me lembro em que site li esse
artigo.

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Roda: Porque só a roda?
FROM: Rodrigo Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/12/2001 01:47

andrediasbaptista wrote:
> Um cavalo não é um bom exemplo. Trata-se de um animal adaptado a
> pradarias extremamente planas. Para um terreno acidentado eu ainda
> prefiro um "bugue" ou até uma moto. Já tentou galopar a cavalo em
> terreno irregular? O cavalo é extremamente inábil para ultrapassar
> buracos ou degraus.

Tente andar nessa pradaria "plana" num jipe à mesma velocidade do
cavalo... mas ponha um capacete primeiro não vá bater com a cabeça no
tecto do jipe :-)

Tente também perseguir avestruzes no semi-deserto "liso" em que elas
vivem. Elas só andam a 70km/h, vai ver que é fácil :-)

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Roda: Porque só a roda?
FROM: Rodrigo Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/12/2001 01:52

andrediasbaptista wrote:
> Acho o cavalo um mal exemplo, um animal adaptado a pradarias bem
> planas. Já tentei atravessar terrenos irregulares com cavalos e o
> desempenho é sofrível. Hoje em dia o pessoal vai com motos ou
> bicicletas em lugares nos quais um cavalo nem sonharia.

Voltando aos cavalos... você não está a falar de terreno irregular no
sentido duma coisa tipo afeganistão, cheia de pedras soltas, e com terra
dura por baixo pois não? Aí os cavalos vão-se magoar se galoparem
depressa. Mas se for terra tipo barro com erva, enfim... o habitat
tipico dum cavalo selvagem, aí nenhuma mota nem jipe vai andar à
velocidade dum cavalo, eu garanto. Não sei se um tanque tipo T-72 ou
M-80 consegue: provavelmente sim, mas a paisagem vai mudar um pouco à
sua passagem também :-)

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Roda: Porque só a roda?
FROM: Felipe Figueiredo <philsf@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/12/2001 02:40

On Tuesday 18 December 2001 01:44, you wrote:
> "M. A. Guimarães" wrote:
> > Para a seleção atuar dece haver variabilidade e, no caso, deveria haver
> > algun sr vivo com rodas ou coisa paracida. Como foi dito, há sérios
> > problemas para que isso ocorra e dessa forma essa variante não pode
> > existir. Na verdade o flagelo da bactéria não gira no seu engaste.
> > Alterações na estrtura protéica do flagelo cria movimentos ondulantes que
> > parecen giro.
>
> Pelo que eu li e vi esses flagelos rodam mesmo. E a explicação para o
> funcionamento do "motor" eletroquimico na base do flagelo era bastante
> completa e exaustiva. Infelizmente não me lembro em que site li esse
> artigo.

Veja esse site:

http://www.impa.br/~jair/


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Roda: Porque s� a roda?
FROM: Nicolau Werneck <nwerneck@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/12/2001 07:23

> > > Mas se a roda é mais eficiente porq. organismos
> não possuem
> > > rodas no lugar de pernas? Não poderia a seleção
> natural agir
> > > de modo q. surgissem espécies "rodípedes"?
oras, não é exatramente o que está acontecendo com
os seres humanos? :)


... só estou enviando este e-mail porque a discussão
me lembrou o livro Guerra dos Mundos de H G Wells.
Existe um trecho onde ele descreve o mecanismo de
locomoção das máquinas dos alienígenas, e ele se basea
em músculos e juntas, simulando as pernas encontradas
na natureza.


++nicolau

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Clonagem, ética e erros conceituais.
FROM: "Arcange" <Arcange@ivia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/12/2001 07:50

Eu demorei para responder e esse assunto ao parece que já encheu o saco. Mas
enfim. Será meu último e-mail sobre tal tema.

> O office-boy-man ataca novamente...
>
> > até porque ela está explícita em dicionários filosóficos e
> acredito, embora
> > não tenha olhado ainda, que a diferença esteja explícita até em
> dicionários
> > normais.
>
> Cada dicionário adota uma definição diferente - seguindo sua
> própria escola. Salvo engano, a Enciclopedia Brittanica adota
> a definição da moral como objeto de estudo da Ética (claro, sempre se
> pode alegar q. a Brittanica não tem autoridade para arbitrar sobre
> filosofia) . Não é
> incomum q. os objetos de estudos recebam nomes derivados diretamente
> do latim (no nosso caso indiretamente via francês ou inglês) e
> o nome da disciplina q. estuda esse objeto do grego - freqüentemente
> com o apêndice -logia. Mas isso são picuinhas. Há uma certa liberdade
> qto às definições, normalmente procura se aceitar o consenso entre
> os especilistas da área (qdo os há), mas a questão é mais de
> operacionalidade.
>
> No caso de seu texto, diria q. ela é pouco operacional. Não
> apenas por causa das contradições q. ela gera (mas isso é uma
> questão não tão grave já q. muitas coisas geram contradições
> internas), mas porq. há mais q. uma definição para Ética:
>
> Ética como estudo (sensu Arcange 1):
> "A ética eh um estudo do 'melhor comportamento' de toda especie
> humana."
>
> Ética como propriedade (sensu Arcange 2):
> "A ética NAO eh relativa. Eh uma adaptacao evolutiva clara que
> pode ser "medida" de forma absoluta com algum grau de precisão e
> colabora SEMPRE para o desenvolvimento das populacoes."
>
> (Eu acharia estranho dizer q. a Geografia é uma adpatação
> evolutiva clara.)
>
> Mas enfim...
----------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------
Lord Arcange contrataca Office-Boy-Man - parte 4 - A missão:


1-) Mas ..... eu disse que a moral é objeto de estudo da ética! Uê ... não
estou entendendo. Você, Office-Boy-Man, leu aquela ladainha que escrevi
sobre a história da ética ?

A moral *é* objeto de estudo da ética sim. E dai ? Isso não faz com que
moral seja igual a ética, porque a ética pode se valer de *outros* objetos
de estudo, como o comportamento cristão e a psicologia-evolutiva. (É igual
àquela gente que confunde psicologia com psicanálise. A psicologia *PODE*
usar a psicanálise, assim como pode usar a gestalt .. uma coisa não é igual
a outra .. )

Normalmente, se considera a ética *somente* o estudo da moral porque a moral
foi a única fonte de estudo depois do iluminismo e a ética baseada na
evolução é muito moderna para estar na "enciclopédia Brittanica". Mas, e dai
? Ta tudo na historinha .........

2-) Eu estou honrado com os sensu Arcange. Parece-me distinto e nobre. Estou
lisonjeado. Eu não posso aceita-los ... porque....
a-) O Sensu Arcange 1 não foi feito por mim, foi feito por will durant à
luz da filosofia.
b-) O Sensu Arcange 2 não foi feito por mim. É o que preconiza a ética
evolutiva. A ética - que é uma entidade filosófica - pode valer-se da
psicologia-evolutiva como objeto de estudo .. dessa forma .. ela pode criar
critérios para o que seja o "melhor comportamento" (virtude/justiça). Isso
é: um enunciado fica embutido no outro, se completando. É mais ou menos
igual aos muitos enunciados (interpretações) possíveis do 2 princípio da
termodinâmica.

----------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------
>
> > não sou EU quem vai responder. Evolutivamente, melhor é o que
> aumenta a
> > chance de sobrevivência.
> > Mas .... o que aumenta a chance de sobrevivência ? ESSE é o
> problema ético e
> > é pra isso que os debates éticos existem.)
>
> Evolutivamente não existe o melhor ou o pior. Existem conseqüências.
> Se dizemos q. o melhor é o q. aumenta a chance de sobrevivência é
> porq. *nós* estamos atribuindo um valor à vida. O problema ético é
> conseguir determinar o q. é bom, o q. é mau, o q. é eticamente neutro
> ou bom e mau dependendo do aspecto considerado e assim vai - ao gosto
> do freguês.
----------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------
Sim. NÓS estamos atribuindo valor. Ué, outra que não entendi.

É claro que o "homem é a medida de todas as coisas". Quando eu digo que algo
é melhor ou pior, é claro que estou pressupondo o referencial humano. Ué
..... mas o que isso tem a ver ?

Talvez você tenha se esquecido, talvez não, mas estamos falando de ética.
Ainda que com uma abordagem biológica, o valor humano da "sobrevivência"
(valor legítimo, porque é fundamentado no princípio antrópico) é o valor
humano que está sendo conferido à ética.

----------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------

>
> > Dizer que um modelo biológico não é efetivo porque "não há
> consubstanciação
> > em fatos mensuráveis" é jogar no lixo boa parte da biologia e da
> medicina,
>
> Claro q. não. Peguemos seu exemplo: mitocôndrias como uma pilha
> baseada em fluxo de hidrogênio. Fato mensurável: diferença de
> potencial de hidrogênio entre o compartimento matricial e o espaço
> intermembranas. Fato mensurável: presença de proteínas de membrana
> q. em exames cristalográficos possuem a conformação de canais. Fato
> mensurável: a organização dos resíduos de aminoácidos na cadeia
> dessas proteínas são condizentes com o transporte ativo de prótons.
> Fato mensurável: hidrogênio marcado radioativamente em moléculas de
> glicose vão parar em moléculas de água.
>
> Isso tudo apóia a hipótese de geração do ATP por uma proteína de
> membrana acoplada à função de canal de prótons. Outras observações
> poderiam eventualmente derrubar essa hipótese.

----------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------

Você me deu um exemplo e eu te dei muitos. Este exemplo apresenta
evidências, mas não apresenta qualquer prova.
De qualquer modo ...

........... eu nunca disse que a biologia e a medicina não são compostas
por coisas que não são mensuráveis. Eu disse que há "uma boa parte da
biologia e da medicina" que não é mensurável.

Eu citei, por exemplo, o Modelo de Munch. E ai ? qual é o fato mensurável
nele ?

É bom que fique claro que TODA ciência deve, obrigatoriamente, admitir
postulados.
Tais postulados não podem ser justificados, demonstrados cabalmente ou
"consubstanciados em fatos mensuráveis".

(Alias, o próprio conceito de postulado já indica isso: "algo que se
postula, que se impõe sem questionamento ou demonstração". Em outras
palavras: uma "verdade possível e necessária".)



----------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------
>
> > Existem simuladores (programas) de computador (estou tentando
> arranjar 1)
> > onde você
> > testa a "eticidade" das populações e observa o desenvolvimento
> delas. É
> > igual a um vídeo-game e a jogos como "civilization".
>
> E nessas simulações encontramos algo muito interessante: ética não é
> a aposta sempre vencedora. Na verdade ética perde para a anti-ética.
> Mas a anti-ética tbm não é a proposta sempre vencedora. Ela perde
> para a ético-às-vezes-anti-ético (ou anti-ético-às-vezes-ético). Mas
> ela não é sempre a aposta vencedora. Ela perde para a ética... Se
> alguém se lembrou do Joken-pô...

----------------------------------------------------------------------------
-------------------------------------

Eu não estou falando de "joguinhos" ...
E provavelmente, não estamos falando dos mesmos programas. Os programas a
que me refiro são "técnicos".

----------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------
>
> A questão é q. essa simulação parte da premissa de q. a ética é um
> componente genético - e portanto evolutivo. O problema é provar q. a
> ética é hereditária. Em princípio, poderíamos partir para análises de
> heredogramas, mas há diversos complicadores: q. critérios utilizar
> para medir a ética? como isolar o componente ambiental? como lidar
> com a plasticidade neurológica dos humanos?
>
> Sabemos q. a destruição de certas estruturas cerebrais altera o
> comportamento social do indivíduo - o caso de Finneas Cage é bem
> emblemático - e aliado a algumas outras observações podemos tentar
> correlacionar isso com características biológicas inatas (mas
> bastante flexíveis). É isso q. me faz pensar q. haja um componente
> genético na ética humana, mas não existe nada mais sólido por eqto.
>
> De todo modo ainda há o abismo a ser vencido. Ainda q. a genética nos
> revelasse a base da ética, o q. isso nos diria sobre se isso é ou não
> certo ou errado? Justificaríamos a ética apenas no fato de q. ela se
> assenta em nosso ADN? Poderíamos até fazer isso, mas estaremos
> aceitando a premissa: 'o q. é natural é bom' ou algo equivalente. O
> q. por si mesmo já é um julgamento ético.
>
> A máxima: o q. é não significa o q. deve ser - continua valendo.
>
> A pergunta q. ficaria (caso provássemos q. a ética é uma
> característica evolutiva): e daí?

----------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------

1-) Eu disse isso antes e digo isso de novo: Psicologia não é matemática.

É praticamente impossível qualquer pesquisa "duplo-cego" com comportamento.
A psicanálise, esquizoanálise, jungianismo e outros são, talvez, mal vistos
pelos cientistas mais rigorosos porque o comportamento não pode ser reduzido
a uma equação ou a algumas pesquisas estatísticas. Talvez com o
desenvolvimento de lógicas não-clássicas (modal, paraconsistente, fuzzy ..)e
de sistemas de informática complexos, essa situação melhore. Mas
............... a mente humana funciona também de modo não-simbólico. E ai ?

É o que fazer diante disso ? Ficar com a dúvida e negar evidências
comportamentais não mensuráveis ? ou aceitar tais evidências e criar um
modelo coerente e explicativo ? De qualquer modo, pesquisas estatísticas
estão sendo feitas. É óbvio que não serão rigidamente conclusivas porque o
comportamento funciona de modo não totalmente mensurável (novamente dizendo:
as lógicas não-clássicas podem ajudar muito nesse tipo de pesquisa. E isso
já está começando a ser feito.) Em se tratando de comportamento, nunca
haverá nada cabalmente conclusivo, pelo menos enquanto vigorar o paradigma
booleano/clássico. E mesmo levando em conta o paradigma clássico, muitas
pesquisas estatísticas já foram feitas. Mas enquanto as lógicas
não-clássicas e as aplicaçòes ao comportamento ainda se desenvolvem, faremos
o que ?
Jogaremos, não só a parte da medicina/biologia não mensurável, mas também a
psicologia no lixo ?

2-) Takata, concordo com o seu questionamento (apesar dele ser mais um
reflexo de relativismo). Não é porque a ética está em nosso DNA que ela seja
boa (embora eu nunca tenha dito que ela esteja no DNA). Mas o homem é a
medida de todas as coisas e o que é, é (para a
referência humana, claro). Se é assim, é.
Nós podemos, a partir da razão, questionar a realidade e a ética. Podemos
transcendentalizar. Podemos perguntar "é certo só porque está nos nossos
genes?" e podemos extrapolar em nome disso. É claro que isso não vai levar a
lugar algum .... mas enfim .... o homem é livre para transcendentalizar e
extrapolar o que quiser.

----------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------


>
> Outra consideração q. devemos ter em mente. Características
> adaptativas não são absolutas: ela dependem de todo um contexto
> ambiental (e genético). Podemos aprender com as simulações acima
> citadas: o q. é vantajoso ou não do ponto de vista evolutivo depende
> das circunstâncias.
>
> Aliás esta discussão é velha nesta lista:
>
> http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/messages/7945?threaded=1
>
> Só pra citar uma linha de mensagens dentre tantas.

----------------------------------------------------------------------------
-------------------------------------------

Sim. E dai ? pressupõe-se que o que é vantajoso seja vantajoso para o meio
relevante. O homem tem um meio relevante relativamente bem estável: O meio
social (ou,
melhor dizendo: macro-social).

----------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------

> > 3-) Capitalismo/Socialismo
> > E quanto ao seu "indicador histórico" ....... isso não daria um e-
> mail.
> > Daria um livro. Pressupor que o socialismo/comunismo é mais
> igualitário
> > porque prega a igualdade é pressupor que Charon - nosso amigo
> israelense - é
> > diplomático porque prega o "processo de paz".
>
> Bem, vc está confundindo igualdade com ética. Vc disse q. sociedade
> sem concentração de renda e riqueza são mais produtivas.
> Historicamente têm sido mais produtivas as sociedades *com*
> concentração de riqueza.

----------------------------------------------------------------------------
-------------------------------------

Eu disse isso sim. Mas não disse que era o único fator em jogo. Uma
sociedade eficiente por ser igualitária pode ter sua eficiência diminuída
por outros fatores, como uma burocracia corrupta e falta de competição.

----------------------------------------------------------------------------
------------------------------------
> > E afinal, onde há mais igualdade ?
>
> Há mais igualdade em Tuvalu, onde todos são igualmente pobres.

----------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------
Ou na Noruega, onde todos são igualmente ricos.
Mas eu lhe garanto que em Tuvalu há um Rei ou alguém se beneficiando da
miséria alheia. Existem sociedades primitivas e selvagens. Ok, quanto a isso
ninguém discorda. Mas a miséria existe apenas onde há exploração. (Isto é:
As populações se adequam à carga biótica. Se uma população povoa um meio
onde há carência, alguém esta arrogando-se da maior parte da produção).

----------------------------------------------------------------------------
------------------------------------
> > filantrópicas).(se você já
> > comprou uma casa ou carro financiado, Takata, pode ter certeza que
> isso foi
> > possível porque havia, no banco, algum dinheiro disponível para
> empréstimo.)
>
> Eu não tenho garantias para dar ao banco para pedir empréstimo. Meu
> passado ético não vale, segundo o meu gerente. Talvez vc possa
> convencê-lo do contrário, mostrando o qu ão importante é a
> valorização e reconhecimento da ética no capitalismo e como isso irá
> aumentar a produtividade da agência e como ele poderá ser promovido
> por isso.

----------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------

O SPC é um mecanismo pouco eficiente. Mas é um mecanismo existente. E
....................... para grandes empréstimos, o passado da pessoa conta
SIM. As vezes, há até investigação.

----------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------
> Comentário marginal:
>
> > (Obs: Se você der banana para a maioria dos macacos, eles não vão
> negar o
> > presente não .......)
>
> Assim como batatas cozidas.
----------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------


Ué ? mas o macaco come ou não come a banana ? come ? se come, come.
finish.
----------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------
>
> > afirmação (quando quer refutá-la)
>
> Não quero refutar. Eu apenas digo q. ainda não está consubstanciada
> em fatos. Eu considero um bom palpite, mas não posso dizer q. seja
> uma verdade científica (o q. quer q. verdade signifique - com ou sem
> aspas).
>
> > Muitas nações/populações como palestinos, bascos e curdos tem forte
> senso de
> > unidade e identidade, apensar de não terem países. Nos 3 casos, a
> > necessidade de autonomia é tão forte que os levam a atos
> terroristas.
>
> Tão forte qto isso é o fato de um americano estar nas fileiras da Al-
> Qaeda. (Bem é só um exemplo ilustrativo, mas há estudos
> antropológicos mais extensos.) Como não existem genes q. condicionem
> a característica de suicídio em humanos -- ao menos não em gdes
> proporções -- dada à natureza do processo seletivo, vemos quão
> importante são os esforços da propaganda nesses casos. (Árabes e
> palestinos são geneticamente muito próximos aos judeus, pero...) São
> as outras variáveis em jogo. Aliás, a `harmonia genética' é outro
> conto do vigário...

----------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------

1-) Novamente: consubstanciação em fatos mensuráveis em se tratando de
comportamento é muito difícil. Muitas pesquisas booleanas já foram feitas
com indicadores positivos. Pesquisas de comportamento em modelos não
clássicos estão se iniciando. Sistemáticas com poucos postulados mostram-se
bem coerentes na explicação de fenômenos. Resumindo: A ciência é feita à luz
das evidências.

2-) Foi o que eu disse no final ... "Há outros fatores ..."

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>
> > Não não. Nada disso. O extermínio de judeus DIMINUIU as chances de
> > sobrevivência germânicas. Isso é tão verdade que quem perdeu a
> guerra foram
> > os alemães.
>
> O Holocausto só foi descoberto *depois* da derrota nazista. Até então
> não passavam de boatos sem comprovação.
>
> Mas se vamos ficar apenas em frases de efeito: a derrota na guerra
> aumentou as chances de sobrevivência dos alemães, isso é tão verdade
> que eles estão vivos até hoje com gde força sócio-político-econômica.

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1-) O anti-semitismo não foi descoberto depois. Era muito evidente desde
cedo. Alias, qualquer um sabia da hostilidade dos nazistas aos judeus. Isso
tão é verdade que muitos judeus fugiram. O movimento judaico anti-nazismo é
função do anti-semitismo nazista. O holocausto foi só e tão somente a
exacerbação do anti-semitismo.

E ..

2-) Uma coisa é a Alemanha, outra coisa é o nazismo. A guerra não foi
necessariamente contra a Alemanha, e sim contra o nazismo. É claro, a
Alemanha era nazista e sofreu com a guerra. Mas o inimigo a ser derrotado
era o nazismo. Se a Alemanha é uma potência hoje, ótimo. Ela é uma potência
que pouco tem a ver com a alemanha nazista de 30.

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>
> > (apesar deu ter insistido muito nesse ponto): O "pulo do gato" da
> ética
> > evolutiva está justamente no fato de que: *algumas atitudes* que
> pareçam
> > trazer vantagem evolutiva a você a curto prazo (como o macaco
> guloso que
> > come todas as bananas, ou os alemães que exploraram os judeus) a
> médio/longo
> > prazo podem ter efeito diametralmente oposto.
>
> Evolução por seleção natural é um jogo de curto prazo. Qq vantagem
> evolutiva de curto prazo sobrepuja vantagens evolutivas de longo
> prazo, mesmo q. morram todos ao final.

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O que você fala faz sentido. Mas .....................

1-) Essa é uma questão polêmica e que não é explicada pela síntese.
Determinadas
características são complexas demais para se formarem a curto prazo e não
poderiam ter evoluindo lentamente (porque as etapas intermediárias de uma
evolução lenta não trariam vantagem alguma). É o que se chama de
"complexidade irredutível". Há saltos de complexidade muito grandes entre a
evolução de determinadas características, sem que exista um meio-termo
"evolutivo" que justifique isso.
Às vezes, é como se a evolução também pensasse a longo prazo. É estranho e
sem explicação.
Esta é uma questão muito polêmica e ainda sem resposta.

2-) Pequenas catástrofes de tempos em tempos servem como força de seleção
para diversificar o gene pool de uma espécie.
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>
> > Quer me dizer que o extermínio de judeus aumentou as chances de
> > sobrevivência dos alemães ? ..... :)
>
> Aumentou. O q. diminui foi terem perdido a guerra mais uma vez. E
> isso tem pouco a ver com massacres contra judeus. E podemos analisar
> isso, ao custo de ofender aos judeus e palestinos, sob o ponto de
> vista dos conflitos israelenses-palestinos.
>
> A sua interpretação histórica da 2a. Guerra Mundial é bem
> idiossincrática. EUA e Rússia não entraram na guerra para salvar
> os `pobres judeus amigos nossos'. Os EUA entraram com o ataque de
> Pearl Habour pelos japas (nasty nips) e supõem-se q. para defenderem
> interesses econômicos de seus investimentos na Europa. A Rússia
> revidou à quebra pelos nazistas do pacto de não-agressão.

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Ok. Não tenho o que argumentar. Se você acha que comprar briga com judeus
ricos e educados e
conseguir a antipatia e repúdio de todo mundo civilizado aumenta a sua
chance de
sobrevivência ... ok. Isso não aumenta chance de sobrevivência nem no
programa "NO LIMITE". Mas se você acha ........ Eu particularmente nunca lhe
chamaria para ser político ou estrategista militar.

E eu não estou sendo americanófilo. Ao contrário. Nem estou sendo sionista.
Ao contrário. Sou anti-sionista e não morro de amores pelos EUA. Eu, pelos
motivos expostos em toda essa linha de e-mails, só acho que ditaduras e
governos cerceantes (esta palavra existe ?) são um atraso. Inclusive do
ponto de vista científico. Eu citei, há pouco, o livro "O mundo assombrado
pelos demônios" em outro e-mail. Sagan, em um capítulo, fala sobre o atraso
do desenvolvimento da genética na União soviética (e porque os russos, até
hoje, nunca se recuperaram disso). Uma sociedade que não garanta a
diversidade - não só genética, mas de idéias - não tem uma boa chance de dar
certo.

Diversidade é tudo de bom.

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>
> > 1-) Sim, mas se você não se ligou, não são todos os processos de
> reprodução
> > biológicas que recebem o nome de "clonagem". (percebeu ? o
> questionamento é
> > sobre o termo "clonagem". Mesmo a reprodução assexuada em bactérias
> por
> > divisão binária não recebe o nome de "clonagem". Se ligou ?)
>
> As bactérias originadas de uma dada linhagem são consideradas clones.
> O nome não importa muito, mais a natureza do processo.
>
> Vc questionou o problema da falta de fidelidade das cópias da
> clonagem, isso não é uma desvantagem (se considerarmos isso uma
> desvantagem) exclusiva. E como todos os processos incorrem na
> mesma 'desvantagem' e o q. importa aqui é a 'desvantagem' relativa
> não há problemas graves com a clonagem neste aspecto.
>
> Mas fico feliz q. reconheça q. o ponto não é absoluto como parecia
> ser do modo como vc apresentou inicialmente.

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Bem ... é o seguinte ... Então ...... já que todos os processos de
reprodução implicam sempre mutação, temos 2 opções:
1-) Ou considerar que NENHUM processo possa ser chamado de clonagem
2-) Ou tomamos um critério para definir clonagem (que não pode ser
meramente: indivíduos geneticamente idênticos, já que eles, a rigor, nunca
podem ser geneticamente idênticos). Isto é: Teríamos que fazer uma definição
à luz de um critério de taxa de mutação.

Essa definição não foi feita. A definição vigente é: "indivíduos
geneticamente idênticos". Como eles NÃO SÃO geneticamente idênticos, estão
fora da definição. Logo, me sinto no direito de dizer que eles, em relação
ao critério cientifico vigente, NÃO SÃO clones.

É mais simples que um silogismo.


O critério de "clone" pode até mudar no futuro. Mas enquanto não mudar
.................................

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> > 2-) E, se você não se ligou, a probabilidade de incidência de genes
> > deletérios em processos artificiais é muito maior. (congelamento,
> > eletricidade, pinças, sustâncias químicas estranhas, diminuição
> artificial
> > das taxas de aborto espontâneo, relativa demora na anfimixia,
> etc..) (Se
> > ligou ?)
>
> Na verdade não muito maior. Em alguns casos é até menor. Na clonagem,
> por exemplo, com a técnica desenvolvida, teremos um incidência menor,
> já q. teremos genótipos q. já se mostraram viáveis.

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A taxa de sucesso média no caso da Dolly foi de 1,5%.
A taxa de sucesso média no caso de reprodução artificial tradicional é 10,4%
(88% de gravidez 85% de degeneração precoce X 20% do aborto) por embrião (se
implantam 3 ou 4)
A taxa de sucesso média no caso de reprodução natural é aprox. 20% ( 70% de
gravidez X %60 de degeneração precoce X 20% do aborto)(Confirmei. Minha
memória é razoável. Era mesmo 20% ....)

Temos 1,5% na clonagem contra 20% para a natural. É o dado objetivo que
tenho.

Eu precisaria ter acesso a dados objetivos seus para legitimar sua
observação. De qualquer modo, linhagens viáveis podem sofrer mutação durante
a fase de ativação e ficam prejudicadas com o tempo de congelamento.

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-
>
> E a questão de genes deletérios ou não é tbm relativa. Eu sou míope e
> não teria muitas chances de sobrevivência em condições selvagens.
> Graças aos avanços da óptica meus antepassados puderam utilizar
> óculos, sobreviverem bem até a procriação e me legarem a miopia. Com
> boa probabilidade passarei isso aos meus descendentes graças às
> lentes -- q. além de tudo me conferem um ar intelectualóide, um
> charme. O uso de artifícios aumentou a incidência de miopia e daí?

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Repito o que eu disse há algum tempo atrás:

"Sim. E dai ? Pressupõe-se que o que é vantajoso seja vantajoso para o meio
relevante. O homem tem um meio relevante relativamente bem estável: O meio
social (ou,
melhor dizendo: macro-social)."

Da mesma forma, pressupõe-se que o que é deletério seja deletério para o
meio relevante. E o homem tem um meio relevante relativamente bem estável: O
meio social.

Miopia não é deletéria dentro do nosso meio.
Seu exemplo não procede.

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>
> Ninguém está defendendo o uso de técnicas q. ainda não se mostraram
> confiáveis. Mas a sua preocupação é com a propagação de alelos de
> efeito de longo prazo. Pois bem, o aumento artificial do tempo de
> vida da população tbm aumentou a incidência de câncer na população --
> antes as pessoas morriam antes e poderem manifestar a doença e em
> muitos casos antes de poderem passar tais alelos defeituosos. E daí?
>
> > É verdade. Mas ...............
> > 1-) O processo reprodutivo natural causa menos mutações deletérias
> que os
> > artificiais.
>
> Será? A questão é mais de regime seletivo. Oras se estamos mudando o
> regime seletivo não estaremos blasfemando contra a toda sagrada
> evolução, estaremos sendo tão devotos qto se utilizássemos o processo
> natural. Aliás, se a ética (sensu 2 de Arcange) for 100% genética,
> estaremos tão somente seguindo a ética criada pelo processo seletivo,
> independemente da escolha q. fizermos - escolha q. terá sido guiada
> por nossos divinos e sábios genes. Assim como o Papa é infalível
> posto que guiado por Deus, nos seremos infalíveis posto que guiados
> pelos genes.

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1-) A questão é objetiva e os dados estão expostos:

Degeneração precoce na reprodução artificial: 85%
Degeneração precoce na reprodução natural: 60%

2-) Seleção natural é algo que na espécie humana praticamente acabou

3-) O "Sensu Arcange 2", segundo você mesmo, usando as minhas palavras, é:
"A ética NAO eh relativa. Eh uma adaptacao evolutiva clara que pode ser
"medida" de forma absoluta com algum grau de precisão e colabora SEMPRE para
o devolvimento das populacoes."

Onde está escrito que a ética é 100% genética ? Os fenótipos não se
expressam por influência do ambiente ? (norma de reação do meio) Se muita
coisa no corpo humano não é 100% genética .... por que o comportamento
haveria de ser ?

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>
> > 2-) E quando essas mutações existem, geralmente ocorre aborto
> espontâneo.
> > "tratada" para "segurar" os conceptos. Aumentar artificialmente as
> chances
> > de um concepto nascer é aumentar as chances de que um concepto que
> NÃO
> > nasceria naturalmente - por motivos genéticos -, nasça.
>
> Primeiro: já não estamos falando da clonagem em si.
> Segundo: ótimo q. possam nascer e viver bem as novas crianças. Como
> viver bem (o q. quer q. viver bem signifique)? Não apenas pelo avanço
> da medicina terapêutica, mas da medicina preventiva. E o 'screening'
> genômico embora não garanta 100% de acerto, pode reduzir para níveis
> bem próximo do q. vc considera natural -- ou 'aceitável'.
>
> > mulheres (com problema de fertilidade ou não). É olha que nos caso
> > artificiais, há um enorme tratamento para que essa incidência seja
> > aumentada.
>
> Beleza. E vc vê problemas na inseminação in vitro? Há dados
> estatísticos de q. eles sejam piores? (Dizem até q. crianças geradas
> por métodos artificiais se dão melhores na escola - já q. recebem um
> acompanhamento mais diligente dos pais. Isso não é ótimo para os pais
> e para o país? Além de ótimo para as crianças 'de proveta'?)

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Nada contra bebes de proveta. Nada contra a clonagem. Estou só analisando
situações e dados e fazendo comparações. Não fiz nenhum juízo de valor. Só
estou comparando circunstâncias técnicas e vislumbrando possíveis
implicações e talvez pretensos perigos.

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>
> > 1-) a-) De onde você tirou que mutação é igual a variabilidade
> genética ?
> > Em uma população, um indivíduo pode sofrer mutação sem
> que a
> > variabilidade genética dela se altere. Isso ocorre porque existem
> muitos
> > fatores que afetam a variabilidade genética. A mutação é apenas 1
> deles e
> > pode ser neutralizada por outros.
>
> Mutação é fonte primária de variabilidade genética. A variabilidade
> genética se refere a diversidade de cópias alternativas de um dado
> gene. Tais cópias são criadas em última instância por mutações.
>
> Talvez vc esteja falando de outra coisa e chamando isso
> de 'variabilidade genética'. O nome não importa, mas é bom a gente
> deixar bem claro o q. se quer dizer com algo: o que você quer dizer
> com variabilidade genética? (Será q. os médicos a definem de modo
> diferente dos biólogos?)

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Você responde reafirmando o que afirmo com o objetivo de refutar. Coisa que
acho até divertida.

(obs: Divertida e estranha. É a segunda vez que você faz isso. A primeira
foi no caso da definição ética/moral, onde eu afirmei que são 2 coisas
diferentes, onde uma serve de objeto de estudo para outra, e ressaltei que
existem outros objetos de estudo e até expliquei porque a moral é a
preferencial. E você contra-argumentou dizendo que "uma serve de objeto de
estudo para outra" .......)

Você mesmo diz: "Mutação é fonte primária de variabilidade genética. A
variabilidade genética se refere a diversidade de cópias alternativas de um
dado gene. Tais cópias são criadas em última instância por mutações."

Isso é: mutação é a fonte da variabilidade genética, Logo, mutação NÃO é
variabilidade genética." (Uma coisa não pode ser fonte de si mesma .. a não
ser em casos especiais auto-recursivos ...... )

(outra inferência simples ....)

Nós estamos falando da mesma coisa sim. E você está tentando manter uma
posição difícil de sustentar. Dizer que mutaçào é igual a variabilidade
genética, quando qualquer pessoa sabe que não é. Os médicos definem de
forma análoga aos biólogos. Sei disso porque tenho formação tanto em
biologia como em medicina.

Tanto os médicos como os biólogos sabem o que é variabilidade genética:
quando Darwin chegou a galápagos, notou que as características dos
indivíduos de uma população não eram iguais. Elas sofriam variações. O termo
'variação' ficou sendo usado até ser substituído por "variabilidade
genética", depois do advento da síntese, nos anos 40. É um termo que faz
referência as "características de indivíduos" (isso é: plural. Mais de 1
indivíduo)

Variabilidade genética é um termo coletivo e abstrato, aplicado a
populações. A mutação, por outro lado, é algo mais concreto. E serve de
fonte para a variabilidade genética.

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>
> > b-) A maior parte absoluta das mutações é deletéria. Essas
> mutações -
> > quando ocorrem em indivíduos - não estão no **gene pool** da
> população, logo
> > não contam como "variabilidade
> > genética". A variabilidade genética está no gene pool e não em uma
> mutação
> > deletéria frankstein em um indivíduo isolado. Só faz sentido usar o
> termo
> > "variabilidade genética" em populações e não em indivíduos. Agora,
> se a
> > mutação de um indivíduo penetrar na população, aí é outra história
> e dessa
> > forma teremos sim a
> > variabilidade genética. Mas neste caso nos teremos outros fatores
> atuando e
> > não somente a mutação. Entretanto acredite, normalmente, ela
> > só vai penetrar se for uma mutação "boa". (apesar de existiram
> exceções e
> > casos complexos, como, por exemplo, a do gene da siclemia no sul da
> áfrica.
> > Enfim, genética é genética)
>
> A maior parte das mutações não trazem efeito algum, no máximo apenas
> levemente deletérias. Não apenas porq. boa parte das mutações são
> silenciosas - por causa da degeneração do código genético,
> especialmente na terceira posição dos códons, mas tbm pela
> equivalência funcional de diversos aminoácidos, restrição funcional
> de enzimas a algumas regiões, redundância genética e, no caso
> principalmente de eucariotos, abundância de regiões q. não codificam..

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A maior parte das mutações não trazem efeito algum, porque acontecem em DNA
amorfo. Me refiro as mutaçòes em DNA "ativo". E são deletérias em sua
maioria sim, apesar dos fenômenos a que você se referiu. E todos sabem
disso.
Novamente, é uma posição muito difícil de sustentar. Mas enfim .. se você
quer insistir ....

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>
> Mutações desvantajosas podem 'penetrar' por deriva genética, o q.
> pode ocorrer em populações de tamanho restrito. E com um processo
> escalado por se espalhar por toda a população.
>
> Mas de fato alelos desvantajosos em regime de seleção tendem a ser
> eliminados. A questão é q. a vantagem ou desvantagem é questão
> relativa a um contexto. Como nos exemplos q. citei em outra mensagem
> sobre anemia falciforme, e.g.
>
> > menos estáveis. E
> > quando o meio mudar ? Quais
> > os primeiros animais que serão extintos ? Não serão os animais mais
> > dependentes/adaptados/homogêneos geneticamente ?
>
> Está vendo como vc se contradiz? Critica os meios artificiais de
> reprodução por inserirem variabilidade genética (q. vc diz q. não é
> variabilidade genética) e diz q. o a clonagem é mau porq. reduz a
> variabilidade genética.

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Eu não sei mais o que fazer. Eu já tinha explicado que não houve contradição
porque mutação não é igual a variabilidade genética (posição que você não
sustenta) Alguns meios artificiais causam muitas mutaçòes que não afetam a
variabilidade genética (seja pelo motivo das mutações terem ocorrido em DNA
amorfo (que não condiciona características), seja pelo fato das mutações não
terão penetrado na população).

Mutação geralmente é ruim, porque a maior parte delas é deletéria.
Variabilidade genética geralmente é boa, porque torna a população adaptável
e estável.

Pra você, que acha que mutação é sinônimo de variabilidade genética, a
contradição fica clara. Para mim, que não compartilho dessa opinião, não há
contradição alguma.
Mutação e variabilidade genética são 2 coisas diferentes. Uma, como você
mesmo disse, é fonte da outra. Mas não são iguais.

Logicamente falando em um caso hipotético:
M -> G (mutação implica variabilidade genética)
Se M é ruim = V (verdadeiro) (neste caso hipotético em especial)
------------------------------------
G é ruim = F (falso) ou V(verdadeiro)

Em uma implicância MONOcondicional essa inferência é possível porque não há
exclusividade entre os termos. (já numa bicondicional, isso não seria
possível)
A não-exclusividade dos termos da monocondicional (condicional simples) se
da pelo fato da variabilidade genética ser influenciada pelo crossing-over e
pela seleção natural.

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----------------------------------------
>
> Qdo o meio mudar os genes serão o q. menos importa, pelo menos no
> nosso caso. A adaptabilidade cultural é muito maior do q. a genética.
>
> Em termos estritamente biológicos, se o ambiente é estável não
> adianta o dito cujo ser precavido para uma eventual mudança - a menos
> q. essa mudança tenha alguma regularidade - o q. não se precavê leva
> vantagem competitiva e logo domina a área.

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Não há ambiente estável. Há ambientes mais estáveis que outros. E adianta
sim o indivíduo ser precavido. Se os indivíduos não fossem precavidos, toda
vida no planeta terra teria sindo totalmente extinta no primeiro desastre
macro-ambiental.

E qual força condiciona essa variabilidade ? A boa e velha seleção. (É por
causa dela que criaturas muito adaptadas mas pouco adaptáveis, como os
dinossauros, não estão vivas hoje. Os dinossauros provavelmente tinham
pouquíssima variação (em relação as condições ambientais do jurássico)e eram
muito adaptados, ao contrário dos primeiros mamíferos, que provavelmente
tinham muita variação entretanto eram pouco adaptados.)

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-----------------------------------------
>
> Mas vc está considerando uma mudança catastrófica, nesse caso não se
> trata de um regime seletivo, mas de um regime de deriva gênica. E aí
> importa pouco se há homogeneidade genética ou não. Se a mudança for
> gradual novamente importa pouco a homogeneidade genética inicial.

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A deriva só ocorre quando há sobreviventes ao acaso. Isso é: A mudança do
meio é brusca, não-radical e reversível.

Mudanças irreversíveis não admitem deriva gênica, porque não admitem
sobreviventes. (e se admitem sobreviventes, então a seleção predominou à
deriva gênica.)

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>
> > E finalizando (agora de verdade), eu **não** disse que a
> variabilidade
> > genética traz *adaptação*. Eu disse que ela traz *adaptabilidade*.
> E a
> > adaptação não é o único critério de evolução. A adaptabilidade
> também é.
>
> Como eu disse, é bobagem achar q. homogeneidade genética é sempre
> ruim.
>
> (Vc criou um bruta de um espantalho -- `straw-man' - dizendo q. eu
> disse q. vc disse...
> Não houve confusão nenhuma entre adaptação e adaptabilidade.)

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Eu supus que houvesse essa confusão porque ela era a única explicativa
plausível para o seu posicionamento. Homogeneidade genética é sempre ruim a
longo prazo.

A homogeneidade genética geralmente traz vantagens a curto prazo. Geralmente
causa adaptação. Ok. Mas a longo prazo, quando o meio mudar, serão esses
indivíduos que serão seletivamente mortos. Os homogêneos serão seletivamente
mortos.

Um exemplo prático do que digo é a peste negra na Europa. Se os humanos
fossem geneticamente homogêneas, não sobraria ninguém vivo.

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---------------------------------------------
>
> > Finalizando (é a terceira vez que escrevo isso), os organismos
> primitivos
> > tendem a se reproduzir *assexuadamente*, enquanto os mais complexos
> tendem a
> > se reproduzir *sexuadamente*.
>
> Não existem atualmente organismos primitivos. Somos todos
> equivalentemente evoluídos - cerca de 3,8 bilhões de anos computados
> nas costas.

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Eu falei primitivos em termos de organização ... e não em termos
cronológicos.

Primitivo pode ser antônimo de sofisticado. Eu quis dizer organismos
não-sofisticados.

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-------------------------------------------
>
> Os tipos de reprodução são os mais variados possíveis do q.
> simplesmente sexuada ou assexuada. As plantas metafíticas como um
> grupo possuem uma gama de mecanismos reprodutivos q. deixam os
> metatérios envergonhados. As gramíneas q. são bastante derivadas
> reproduzem-se preferencialmente de modo assexual. Nos insetos há
> vários casos de reversão para partenogênese. Bactérias fazem sexo,
> mesmo q. isso não esteja diretamente vinculado à reprodução.
> Tendência é algo muito difícil de se achar nos regimes reprodutivos
> dos organismos.
>
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Discordo totalmente. Seria necessária a intervenção de mais opiniões. Está
muito clara, pra mim, a tendência da reprodução sexuada.

Em ordem de evolução:
Cordados: sexuada é a regra (com casos eventuais de partenogênese e
neotenia)
Artrópodes: sexuada é a regra (casos de pedogenese e partenogênese isolados)
Anelídeos: sexuada é a regra (fecundação cruzada em espécies monóicas)
Moluscos: sexuada é a regra
Nematelmintos: sexuada é a regra
Platelmintos: sexuada = assexuada.
Cnidário: assexuada e sexuada.
Poríferos: assexuada e sexuada.
Protistas: assexuadas e sexuada
Monera: assexuada e sexuada
Vírus: assexuada.

A assexuada só é significante nos platelmintos para baixo. Se isso não for
um tendência, eu não sei o que uma tendência é.

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> > sexuada/variabilidade genética*. A *reprodução sexuada/variabilidade
> > genética* foi desenvolvida em organismos complexos porque ela traz
> mais
> > vantagens evolutivas.
>
> Ela pode ter trazido e deve trazer vantagens em um dado contexto
> genético-ambiental. Não existe esse absolutismo: é vantajoso, é
> desvantajoso. Tanto é q. existem organismos com reprodução assexuada
> q. vivem muito bem obrigado: e são a maioria em termos de biomassa,
> número de espécies, hábitats...
>
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As bactérias estão muito bem enquanto nada muda. Pegue uma termofila e
tire-a do calor. Ela morre. Mude o ambiente e elas morrem. Como foi
demonstrado logo acima, apenas uma minoria de 'tipos de seres' praticam a
assexuada. E ainda sim são os mais primitivos.



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Ate mais,
Arcange



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fisica Quantica ... para os Misticos, Exotericos etc.
FROM: "Arcange" <Arcange@ivia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/12/2001 07:52


>
> > 1-) Dizer que pessoas "incultas" são as que recaem às garras do
> > charlatanismo/exoterismo é não só um erro, mas um preconceito. As
> pessoas
> > que lêem von Daniken, Chales Berlitz ("atlatida, o 8 continente", "O
> > triângulo das bermudas"), Raymond Bernard("A terra oca") e Capra,
> são, ao
> > contrário do que se diz, extremamente cultas.
>
>
> Mas não é verdade que ou ficam muito confusas ou passam a aceditar no
> que está escrito ?
>
> > Entender que pessoas ignorantes, produto de políticos
> inescrupulosos,
> > são o alvo desse tipo de abordagem chega a ser absurdo. Von Daniken
> é
> > europeu, Berlitz americano.
>
> E dai ? Eu tb sou europeu, isso faz com que tenhas que acreditar no
> que digo ?
>
> >Eles escreveram para o público do primeiro mundo.
>
> Eu acho que isto sim é que é perconceito. Não existe um primeiro nem
> um segundo mundo, existe um mundo. Existem pessoas que querem
> aprender, saber, e desenvolver. Já agora, a India é um pais de que
> mundo ?
>
>
> > O público educado e esclarescido. A credulidade não é função
> > exclusiva da educação. Senso crítico e esperteza (no bom sentido)
> não se
> > ensinam na escola. Estou cansado de ver gente com doutorado em
> ciência da
> > computação ou mestrado em medicina acreditando em espiritismo ou
> levando à
> > serio coisas sobre a atlântida.
>
>
> E fisicos , conheces algum que acredite em espiritismo ?
> E arqueologos, conheces algum que acredita na atlantida ?
>
> Claro que haverá algum que acredita. Mas isso não faz com que seja
> uma coisa demonstrada verdadeira.
> Aristóteles tb não acreditva que a terra se movia pelo espaço. Ele tb
> falava para gente culta, para gente "do primeiro mundo". Ele era um
> filosofo respeitado. E tinha razão em muitas coisas. Mas não nessa.
> Portanto, quem a pessoa é,onde nasceu, como ela escreve, ou para quem
> ela escreve é irrelevante. O que conta é a informação que transmite.E
> como esta desperta a curiosidade ou o entendimento de outrem. E de
> tanto se despertar a curiosidade e entendimento de outrens, chegamos
> à ciencia.
>
> Portanto, não se trata de dizer que a historia da atlantida é falsa,
> ou que os espiritos não existem. É impossivel provar que algo não é.
> (não é possivel provar a negativa). Portanto ficamos à espera que
> alguem nos prove que a afirmativa é verdade. Isto se formos
> incrédulos, ou como se diz agora, cépticos. Se aceditarmos, por
> alguma razão que existem algumas verdades não reveladas, é nosso
> dever alertar para elas. De forma a despertar ao menos a curiosidade
> dos outros.De forma a tirar todas as duvidas e mostrar a todos que é
> verdade.Isso é ciencia.
>
> E é aqui que se falha ou tentar depertar esta curiosidade de forma
> errada. Mas...qual é a forma certa?
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Novamente, reafirmo minha dificuldade em organizar tréplicas. Espero que não
fique muito atrapalhado.

Eu acho que houve uma confusão. Inteligência não é cultura. Burrice não é
ignorância. Há pessoas ignorantes e sem cultura, mas que são extremamente
inteligentes. Um favelado, que tornou-se ignorante por causa dos "políticos
inescrupulosos", pode ser muito perspicaz e ter um excelente senso crítico.
Por outro lado, conheço pessoas cultas e educadas que são simplesmente
burras e a única coisa que fazem é vomitar tudo aquilo que lhes foi
ensinado, sem nenhuma crítica.

Como diz Schopenhauer: "... Muitos eruditos que leram até ficar estúpidos."

Históricamente temos muitos exemplos disso. E não ousarei citar algum. No
Brasil, temos inúmeros. Cabe às pessoas de bom senso perceberem que por trás
de modos grosseiros, de um vocabulário restrito e de uma linguagem popular,
indivíduo X tem idéias significantes. Por outro lado, cabe perceber que, por
trás de modos elegantes, vocabulário rico (as vezes até demais) e liguagem
reuscada, o indivíduo Y pode ser um total idiota.

Eu disse que o senso crítico, que me parece ser mais função da inteligência
que da educação, não é ensinado na escola: "A credulidade não é função
exclusiva da educação. Senso crítico e esperteza (no bom sentido) não se
ensinam na escola".

Falei que Charles Berlitz, Von Daniken e outros tinham seus fãs no mundo
culto e desenvolvido (primeiro mundo) apenas para corroborar esta afirmação.
A afirmação de que não importa se você tem estudo ou cultura. Não importa se
você vive em um país onde não há "políticos incescrupulosos" boicotando a
educação. Existe burrice e credulidade até na Dinamarca. Em outras palavras:
Eu não estava inocentando os autores porque são lidos pelo púlico do 1 mundo
(público educado, porém eventualmente burro). Estava era condanendo o
público do 1 mundo porque liam tais autores. Isso é: você se confundiu na
interpetação do argumento.

O ponto de relevância da objeção - e talvez você não tenha percebido isso -
está exatamente no fato de dizer: "A culpa da burrice/credulidade não está
na falta de educação (função de "governos inescrupulosos")", como ficou
explícito. As pessoas que lêem e acreditam em Charles Berlitz, Von Daniken,
Raymond Bernard e Capra não sao ignorantes (no sentido que "gente que não
tem cultura"), apensar de serem ingênuos (no sentido de "gente burra" - pelo
menos no sentido da credulidade -)

No mais, você só faz afirmar, em outras palavras, o que afirmei. Isso é: usa
as idéias que eu expus para fazer objeção às ideias que expus. E tudo isso
com um ar bastante contestador e loquaz :) Chega a ser engraçado, não ? :)
Você tira o crédito da legitimidade intelectual das pessoas do primeiro
mundo exatamente da mesma forma que eu fiz (e fez isso como se estivesse me
contestando .. :) ...). Por isso acho que houve uma grande confusão.

Enfim, a habilidade lingüística também me parece NÃO ser função da educação.
Muitos escritores sem educação profunda demonstram tal fato. É por isso que
existem pessoas que são extremamente cultas e com grande conhecimento
científico, mas que não são capazes de interpretar e identificar claramente
textos e pontos de relevância em argumentos de objeção. (Por outro lado,
existem pessoas que, embora medianamente cultas, também não são capazes de
fazerem-se claras. Enfim .................)

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>
> > 2-) Acredito que a maior parte da culpa desse fenômeno recai sobre
> os
> > próprios
> > cientistas. Muitos não perdem a chance de dar uma de "mestre Yoda".
> O mais
> > famoso, Einstein, era extremamente proficiente nisso. Ele adorava
> falar
> > frases de efeito onde "Deus" era uma figurinha bem freqüente.
>
> Isso é um mito. Levantado por erradas traduções, e pela ignorância,
> permitam-me a expressão de quem traduziu. Einstein referia-se a
> o "Arquitecto do Mundo" , que é alguem conceptualmente diferente de
> Deus, se bem que possamos comparar. Deus tem uma conotação religiosa.
> Arquitecto do Mundo,não.
> Ele adorava referir-se ao arquitecto do mundo, pq foi ele quem
> estabeleceu as regras da fisica. Eisntein achava que estas regras
> eram invariantes e bem estabelecidas, e que não andavam ai a mudar ao
> sabor da sorte... Por isso ele dizia que não acreditava que o
> arquitecto do mundo jogasse aos dados.
> Não é nenhuma referencia a entidades misticas tal como Deus, mas a
> uma estrutura fisica sólida e imutável.
> Podemos ver isso como Deus? Podemos, mas não foi isso que ele disse.

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1-)
Deus recebe muitos nomes: "O cara la de cima", "a inteligência do universo",
"A Lei", "O pai", "o Senhor", "O Criador", "meu Salvador", "A natureza", "O
cosmus", "o poder superior" .. etc ..
Historicamente, Deus teve outros inúmeros. Javé significa "O forte" (segundo
Spencer), Jeova "Deus dos Judeus". Alá é simplesmente é Deus em árabe, da
mesma forma que God é em ingles.

Esses "deuses", é óbvio, são diferentes. O Deus do velho testamento é
diferente do deus do novo. Eles mudam de personalidade e de função. Javé era
um pequeno deus tribal, agressivo e guerreiro, que servia de fonte de
escambo místico para os descendentes de Abrãao. Jeova era um deus de um
povo, que ainda era muito rígido, entretanto o foco estava mais centrado nas
obediência das leis (expostas no livro levítico, da bíblia). E *só* daquele
povo.
O deus de cristo é um deus mais maleável. Mais cosmopolita. Era não era *só*
dos judeus, mas de toda humanidade. E era um deus mais amoroso, que
costumava perdoar.
Alá, por outro lado, é o jeová universalizado. Se jeova é agressivo, rígido,
focado em leis e doméstico (*só* dos judeus), Alá é isso também, mas sem ser
domestico. Ele tem pretensões de ser o deus de toda humanidade.
E há muitos outros ....................

Todos esses deuses tem algo em comum: são manifestações de uma
inteligência/personalidade que rege o universo. Deus pode existir sem
religião. Os Deistas que o digam. Alias, o fenômeno "Deus sem religião" está
ficando extremamente popular (pelo menos no Brasil). Conheço muitas pessoas
que dizem: "Eu não tenho religião e não vou a missa, mas acredito em um DEUS
.................."

"O arquiteto do universo" faz referência a uma inteligência/personalidade
que rege o universo. Ainda que esse termo não tenha conteúdo religioso, ele
ainda sim faz referência a um Deus. Deus pode existir sem religião.

Deus pode ter corpo físico e ser sólido, ao contrário do que você diz.
Baruch Spinoza trata sobre "o corpo de deus" (e ele, por causa disso, foi
execrado da comunidade judaica)
Deus é imutável, de acordo com a igreja católica. São tomás de Aquino trata
disso no "Compêndio de Teologia - Primeiro tratado - Deus uno e trino e as
coisas por ele criadas"

Enfim, Deus é qualquer inteligência, sólida ou não, física ou não, imutável
ou não, religiosa ou não, que reja o universo e tenha cunho
personificatório. Chamar essa inteligência de "arquiteto" é personificá-la.

(a não ser que isso seja uma metáfora didática. Às vezes, as pessoas
personificam coisas para poder se comunicar melhor. Elas, nesse caso, não
querem dizer que aquilo que personificaram seja REALMENTE uma
inteligência/personalidade. É apenas um artifício retórico. Eu fiz isso no
final do e-mail que respondi ao Takata, personificando a natureza para falar
sobre a reprodução sexuada e variabilidade genética. Mas deixei claro no
final (para quem não percebesse isso) que a personificação era apenas
didática ................................ no caso de Einstein a
personificação não é uma metáfora. Einstein realmente acreditava em uma
inteligência regendo o universo ...........)

(obs: Concordo que Einstein é mal traduzido. Mas esse não é o caso ....)

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> > Carl Sagan, no
> > livro "o mundo assombrado pelos demônios", cita este fenômeno tão
> fasceiro:
> > "Sem dúvida, há necessidade de empregar o bom senso na questão da
> > divulgação."
>
> E será que ele soube fazer isso ? "O mundo assombrado por demónios"
> parece um titulo tão mistico quando "A particula de Deus"
> E muitos falam de Sagan como se fosse um deus da ciencia.Um
> verdadeiro mestre Yoda.

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Eu não sou advogado do Carl Sagan, mas nesse caso vou arrogar-me da tarefa.

Não há nada de místico, porque:

1-) O título não versa sobre uma interpretação científica, e sim sobre um
trabalho de opinião/artístico. Isso é: ele não está interpretando nenhuma
teoria científica. Ele só esta dando a sua opinião sobre a sociedade, não é
porque ele é cientista que ele não possa fazer isso de modo poético (temos
que proibir os cientistas de serem poetas mesmo quando não estão versando
sobre interpretacões científicas ?)
2-) O título é uma metáfora muito sofisticada de duplo sentido. Ele não é
para ser tomado ao pé-da-letra. As pessoas já tem enormes dificuldades de
entender/criar boas metáforas. Acredito que metáforas de duplo sentido são
mais obscuras ainda.
a-) "O mundo" é a nossa sociedade (no livro, mais objetivamente a
sociedade norte-americana .. onde, no final, ele centra as suas críticas)
b-) "Demonios" tem 2 conotações: A primeira e a mais evidente é
alusão a "forças ruins" que atrapalham a sociedade. Forças essas que ele
versa bem no livro (Pseudociência, misticismo, credulidade, etc ...). A
segunda conotação vem da etimologia da palavra demonio (que ele também cita
no livro, talvez já prevendo a "polêmica" que o título daria): vem do grego
Daemon e pode significar "conhecimento" (na verdade, o significado da daemon
é um pouco mais complexo. Daemon e uma espécie de "gênio" que te dá o
conhecimento por insight. Sócrates cita muito seu Daemon e há gente que fala
que isso é uma evidência de uma possível esquizofrenia nele). Logo, ele faz
uma paralelo entre o que é ruim e o que é bom e afirma que as 2 forças estão
na sociedade. A força da ignorância e a força do conhecimento.

Ufa! O título fala tudo isso ? Pois é .......... título bem feito é
assim mesmo ...

Como eu já disse antes. As pessoas já tem dificuldades em interpretar
textos. Isso se torna pior quando o texto é de alta qualidade e se vale de
metáforas e figuras complexas. Conheço pessoas que lêem Nietzsche, Deleuze e
Hegel e dizem que eles só escreveram besteiras. Na verdade, elas dizem isso
porque não entendem nada, dado ao estilo dos 3.

A diferença entre místico e o artístico é bem clara:
a-) o místico é denotativo, o artístico é conotativo
b-) o místico é ao pé-da-letra, o artístico é alegórico
c-) o místico tem pretensão à verdade, o artístico tem pretensão ao belo

Sagan, no título do seu livro, só estava se valendo de uma bela metáfora que
faz sentido (se for interpretada, é claro), algo plenamente aceitável em um
trabalho artístico e de opinião. Ele não estava falando que a teoria X é "o
elefante-místico-cor-de-rosa". A ciência deve ser obrigatoriamente
criteriosa e rígida com a sua linguagem. A linguagem científica deve ser
"técnica". O trabalho de opinião não necessariamente.
Leon Lederman, no título do seu livro, estava se valendo de: a-) uma
literalidade absurda b-) de uma metáfora totalmente descabida e sem
interpretação alguma. (se for uma metáfora, o que ele quer dizer que o bóson
é quando o chama de "partícula de Deus" ? Será que isso não é uma metáfora
vazia só para chamar a atenção do público ?). De qualquer modo, um trabalho
científico-técnico, deve usar uma linguagem científica e técnica. O desafio
para os divulgadores de ciência está em fazer com que essa linguagem técnica
seja acessivel ao homem comum. Mas que continue técnica. (se você for
transformá-la em poesia ou misticismo ........................ não vai dar
certo ...)

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>
> > Apesar deu assumir que a física quântica é, naturalmente, a mais
> suceptível
> > à abordagens "Yódicas" ela não é a única. Nos últimos tempos,
> Venter e
> > Collins, ganhadores do prêmio Nobel e líderes do projeto genoma,
> disseram
> > que o fato de o ser humano ter somente 30.000 genes é uma "lição de
> > humildade".
>
> Donde se mostra que Ganham um Nobel não é indicativo de nada. NADA.
> O Nobel é um prémio, e um prémio nem sequer é um argumento cientifico.
> Se bem que ele só se atribui a quem conseguiu algo, esse algo é
> normalmente experimental.Teorias não ganham nobeis...Mas quem decide
> que experiencia merece mais o prémio ?
> Portanto, que me interessa que eles tenham ganho o nobel ?
> Isso faz com que tenham razao em tudo o que dizem? Isso faz com que
> eu tenha que prestar maior atenção a eles? Não.
> Isso faz-me lembrar o S.Hawking e companhia limitada. Lá pq escrevem
> uns livros, dizem umas baboseira que parecem "ciencia de ponta",
> tenho que lhes dar atenção? Ok, o Hawking tem uma radiação com o nome
> dele , e dai?
> O Heisenberg tb tem um principio com o nome dele ... o que isso
> interessa? Nada.
> Interessa que se entenda o que fisicamente esses nomes representam
> independentemente de quem os divulgou.
> Einstein é conhecido por criar a TR pq foi ele o maior responsável
> pela sua divulgação. A qual foi bem sucedida devido a referir
> exemplos do cotidiano e a fazer afirmações estranhas...O pradoxo dos
> Gémeos.O homem era Teosofo...vamos dar um desconto, e começr por
> entender como um teosofo vê o mundo...o Hawking é ateu e com complexo
> de Deus... vamos começar por ai para entender o que ele diz.

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Quando foi que eu disse que o prêmio Nobel significa alguma coisa ?
Eu só disse que eles tinham ganhando o Nobel. Foi só uma informação en
passant. Não fiz nenhum juízo de valor algum.

Você deu uma lição de moral sobre o nobel e depois da lição disse:
"Portanto, que me interessa que eles tenham ganho o nobel ?"

Se te ofendeu tanto eu ter dito simplesmente que eles ganharam o Nobel, ok.
Desculpa. Na próxima vez eu não digo ..
(guardo a informação sob sigilo máximo ... ... )


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>
>
> > Por essa gente adora dar uma de "mestre-dos-magos" ?
>
> Porque isso vende livros. E livros divulgam a pessoa que os escreveu.
> E isso dá dinheiro para investigação, pq quem dá o dinheiro percebe
> Zero das teorias e portanto confia no sucesso "mediático" dos
> autores, como indicador de razão, ou no minimo de popularidade: uma
> justificativa para poder dar o dinheiro como bem empregue, e ninguem
> o poder processar.
> Manipulação de Massas (massas = pessoas e massas=$$). É por isso que
> eles
> gostam/precisam de ser mestres-Yoda.

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Sim, foi isso que eu disse com a minha pergunta. (a resposta seria natural
......)

Concordo contigo.

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>
> > O que esperar de uma pessoa leiga, culta e informada, quando ela "se
> > informa" lendo frases típicas de livro de auto-ajuda misturadas
> > interpretação científica ?
>
> Que ela é tudo menos informada.

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Uma pessoa que se informa com a impressa especializada e livros versem sob o
tema não é informada ?
A impressa que se informa com os livros e às vezes diretamente com os
cientistas-alvo não é informada ?

Que belo paradoxo! Pior que o da caixa de gato :)

Neste caso, você pode questionar se a informação está sendo passada de forma
honesta e legítima. Mas você não pode questionar se a informação foi ou não
passada.

Ninguém é obrigado a saber física. Ninguém é obrigado a ser química,
direito, medicina, biologia e informática (em profundidade).

As pessoas se informam pelos meios de informação (estou sendo redundante. Às
vezes, eu me encontro fazendo isso por força da necessidade ...). Se os
meios (e os cientistas) informam de forma errada, isso não é culpa das
pessoas. Elas fizeram a parte delas se informando da maneira que se espera.

Você quer que alguem estude física em profundidade para poder "se informar"
sobre física ? Digamos ..... um arquiteto que tenha curiosidade sobre MQ
teria que entrar na faculdade ? E se a faculdade dele for dominada pelos
"cientiastas-YODA" ? Ele não seria meramente mais como um animal adestrado ?
Isso é informação ? E informação sim. Mas é legítima ? Será que o nosso
arquiteto conseguiu alcançar seus objetivos ?

E se esse arquiteto tivesse muitos interesses ? "métodos de reprodução das
borboletas azuis do afeganistão" .."Teoria das supercordas" .. "Topologia
algébrica" ... "Efeito dos alcaloides no SNC" .. "Teorias sociologicas" ..
"fenomenologia hegeliana" .. "Epistemlogia kantiana" .. "historia da arte"
.. "métodologia da repimboca da parafuseta" .................... (infinito)
.. Para ser informado, ele teria que fazer todas as faculdades ?

Se você espera isso ....... bem ...... então é melhor colocar o planeta
terra no penhor e desistir do desenvolvimento da humanidade .... porque isso
é tecnicamente impossível.

Os meios de informação existem exatamente pra isso. Livros, revistas,
jornais existem exatamente pra isso. Se eles falam bobagem a culpa é de quem
?


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Ate mais,
Arcange.




SUBJECT: Concurso da Revista da Folha
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: 'SBCR' <sbcr@yahoogrupos.com.br>, "'Ciencialist (br)'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/12/2001 09:56

Ô, povo! Tenho uma notícia muito boa para prestigiar nossas
listas (SBCR e Ciencialist). Ganhei o concurso de redação
da Revista da Folha (Jornal Folha de São Paulo) justamente
na coluna "O Cético".

O artigo será publicado na próxima edição de domingo e o
retrato do mané que vos fala estará estampado
na capa junto com os outros ganhadores das outras
colunas (13 no total).

Meu prêmio foi um pacote turístico de quatro dias, para quatro
pessoas, com passagens aéreas e hospedagem inclusos, da
Vale do Rio Quente Turismo (Goiás).

Abraços do felizardo!

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: New Scientist procura trabalhos impacto ciência-desenvolvimento
FROM: Roberto Belisario <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/12/2001 11:58




>
> Notícias da SBPC-PE -93- Ano 02
> APPLIED SCIENCE AND TECHNOLOGY.
>
> New Scientist is planning a special edition for spring 2002 that will look at
> how science and technology are helping to solve people's most fundamental
> problems. It will focus on the developing world, but not exclusively. It will
> consider poverty, inequality and development, and unhappiness. It will be
> less an analysis than a search. We don't know the answers. We don't know if
> science is really helping, or if it is part of the problem.
>
> New Scientist wants to hear the views of people "on the front line". What do
> people living in poverty or desperation want? What do they need? What do the
> people trying to help them, or trying to help them help themselves, think
> they need? Where has science and technology helped and where has it hindered?
>
> We're looking for examples and case studies from the field, positive and
> negative. We're looking for ideas, however contrary. We're looking for
> people, however controversial. We want to know how you really improve
> people's lives. Is there a recipe you can apply everywhere? Can developing
> countries leapfrog into prosperity and avoid the problems the West went
> through? Does poverty in a European city feel the same as poverty in an
> Indian village? Can money - or for that matter science - make you happy?
>
> Michael Bond
> Opinion Editor, New Scientist
>
> P.S. Vai ser publicada uma edição especial da New Scientist. Foi-me
solicitado
> enviar a informação abaixo para os contatos da área. Aí está. Tenho a
> impressão que muitos de vocês teriam alguma contribuição nesta área. Caso
> tenham, e ainda não enviaram para publicação, por favor entrem em contato
> comigo para enviarmos como a contribuição brasileira!!!
>
> Um grande abraço,
>
> Roberta <Roberta.Kacowicz@britishcouncil.org.br>
> British Council Recife





SUBJECT: Re: Roda: Porque só a roda?
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/12/2001 16:58

Olá Rodrigo,

andrediasbaptista:
> > Acho o cavalo um mal exemplo, um animal adaptado a pradarias bem
> > planas. Já tentei atravessar terrenos irregulares com cavalos e o
> > desempenho é sofrível. Hoje em dia o pessoal vai com motos ou
> > bicicletas em lugares nos quais um cavalo nem sonharia.

Rodrigo Cunha:

> Voltando aos cavalos... você não está a falar de terreno irregular
no
> sentido duma coisa tipo afeganistão, cheia de pedras soltas, e com
terra
> dura por baixo pois não? Aí os cavalos vão-se magoar se galoparem
> depressa. Mas se for terra tipo barro com erva, enfim... o habitat
> tipico dum cavalo selvagem, aí nenhuma mota nem jipe vai andar à
> velocidade dum cavalo, eu garanto. Não sei se um tanque tipo T-72 ou
> M-80 consegue: provavelmente sim, mas a paisagem vai mudar um pouco
à
> sua passagem também :-)


Não sei não, Rodrigo. Só se os cavalos daí forem mais espertos do que
os daqui. :) Os cavalos que eu conheço só conseguem galopar em
terrenos nos quais até um carro comum pode correr, imagine um jipe.
Se você fizer um cavalo correr num terreno minimamente esburacado é
possível que ele quebre a perna e tenham que sacrificá-lo. Bom, os
cavalos que conheci eram todos domésticos. Não entendo de cavalos
selvagens :)

um abraço,

André



>
> --
> email (same address): rnbc@r... or rnbc@r...
> homepage: http://rnbc.pt.eu.org/~rnbc
> IRC: r0 (PT-Net and IRC-Net and sometimes UnderNet)



SUBJECT: Re: Concurso da Revista da Folha
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/12/2001 17:06

Parabéns, Alexandre

ainda bem que foi na coluna "O cético" e não na coluna seguinte, he he

[]´s

André


--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> wrote:
> Ô, povo! Tenho uma notícia muito boa para prestigiar nossas
> listas (SBCR e Ciencialist). Ganhei o concurso de redação
> da Revista da Folha (Jornal Folha de São Paulo) justamente
> na coluna "O Cético".
>
> O artigo será publicado na próxima edição de domingo e o
> retrato do mané que vos fala estará estampado
> na capa junto com os outros ganhadores das outras
> colunas (13 no total).
>
> Meu prêmio foi um pacote turístico de quatro dias, para quatro
> pessoas, com passagens aéreas e hospedagem inclusos, da
> Vale do Rio Quente Turismo (Goiás).
>
> Abraços do felizardo!
>
> Alexandre Medeiros
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Clonagem, ética e erros conceituais.
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/12/2001 17:48

Office-boy-man. (putz! Vão achar q. a nossa
categoria não trabalhar...)

--- In ciencialist@y..., "Arcange" <Arcange@i...> wrote:
> 1-) Mas ..... eu disse que a moral é objeto de estudo da ética!
Uê ... não
> estou entendendo. Você, Office-Boy-Man, leu aquela ladainha que
escrevi
> sobre a história da ética ?
>
> A moral *é* objeto de estudo da ética sim. E dai ? Isso não faz com
que
> moral seja igual a ética, porque a ética pode se valer de *outros*
objetos
> de estudo, como o comportamento cristão e a psicologia-evolutiva.
(É igual
> àquela gente que confunde psicologia com psicanálise. A psicologia
*PODE*
> usar a psicanálise, assim como pode usar a gestalt .. uma coisa não
é igual
> a outra .. )



>
> Normalmente, se considera a ética *somente* o estudo da moral
porque a moral
> foi a única fonte de estudo depois do iluminismo e a ética baseada
na
> evolução é muito moderna para estar na "enciclopédia Brittanica".
Mas, e dai
> ? Ta tudo na historinha .........

Acho q. vc não está entendendo. Provavelmente eu estou me expressando
mal. Não vejo nenhuma distinção entre os outros objetos q.
supostamente vc está clamando para a Ética (sensu Arcange 1) e a
moral como é entendida normalmente.

A Psicologia Evolutiva é outro modo de se estudar a moral e outros
fenômenos psíquicos.
A Psicologia Evolutiva não pretende fazer a distinção entre o q. seja
bom ou mau, apenas descrever como as coisas são – dentro do domínio
dos fenômenos psíquicos e sob a perspectiva da evolução biológica.
Mas como disse, sempre se pode tentar redefinir – questão de
operacionalidade.
Moral não é igual à Ética, entendendo-se Ética como o estudo. Mas
moral não é distinguível de ética, entendo-se ética como o objeto de
estudo.

(A Psicologia pode usar a psicanálise ou a gesltalt alternativamente
porq. a psicanálise e a gestalt são modelos de funcionamento da
mente, isto é, são ferramentas de análise. E não o objeto de estudo:
a mente.)

> a-) O Sensu Arcange 1 não foi feito por mim, foi feito por will
durant à
> luz da filosofia.
> b-) O Sensu Arcange 2 não foi feito por mim. É o que preconiza
a ética
> evolutiva. A ética - que é uma entidade filosófica - pode valer-se
da
> psicologia-evolutiva como objeto de estudo .. dessa forma .. ela
pode criar
> critérios para o que seja o "melhor comportamento"
(virtude/justiça). Isso
> é: um enunciado fica embutido no outro, se completando. É mais ou
menos
> igual aos muitos enunciados (interpretações) possíveis do 2
princípio da
> termodinâmica.

Independentemente disso, ao utilizar duas definições vc faz
confusões. Ao tentar estabelecer a propriedade de uma das definições
vc tenta estender essa propriedade para a outra definição. Isso não é
possível porq. embora se use o mesmo termo: "ética" se refere a
coisas de natureza distinta. Um exemplo do q. pode ocorrer:

- Ninguém é perfeito
- Eu sou um ninguém
---------------------------
- Eu sou perfeito

A confusão se estabelece ao tomar um sentido da palavra `ninguém': um
pronome pelo outro: um substantivo. Problemas de se utilizar duas
fontes de referência é bem conhecido em lógica, um exemplo clássico é
a suposta disputa entre Sócrates e seu discípulo.

O sensu Arcange 2 estabelece a ética como objeto. O sensu Arcange 1
estabelece a ética como disciplina. As pessoas antes de sua
intervenção estavam usando ética como objeto – o q. equivale à moral
(vc pode querer redifinir as duas coisas, direito seu, mas isso não
faz com q. a sua definição seja objetiva ou mais objetiva do q. o
sentido dado até então).

Aliás esse problema da ambigüidade tbm se faz presente ao se usar uma
linguagem teleológica e antropomórfica qdo se fala em evolução. Com o
agravante de trazer ainda mais confusão.

> Sim. NÓS estamos atribuindo valor. Ué, outra que não entendi.

Decisões ética implicam nisso – atribuição de valores. Nós atribuímos
valores e isso não tem nada de objetivo – algo q. tenha um parâmetro
cuja validade seja independente da própria matriz ética considerada.
Um sistema ético só tem validade dentro desse sistema ético.

> Ainda que com uma abordagem biológica, o valor humano
da "sobrevivência"
> (valor legítimo, porque é fundamentado no princípio antrópico) é o
valor
> humano que está sendo conferido à ética.

Outras pessoas podem perfeitamente não concordar com isso. Aliás
algumas não concordam com essa abordagem antropocêntrica. Há mesmo os
q. propõem a sério a extinção voluntária da humanidade.

> Eu citei, por exemplo, o Modelo de Munch. E ai ? qual é o fato
mensurável
> nele ?

Vários. Esse modelo se refere a um modelo físico: é possível criar um
sistema q. simule as condições de contorno dadas pelo modelo, um
sistema de vasos comunicantes com diferenças de concentração de
solutos entre os compartimentos. Fato mensurável: a relação entre as
diferenças de concentrações e as diferenças de potenciais químicos da
água ao longo do sistema. Fato mensurável: a variação do volume
deslocado por unidade de tempo, por unidade de gradiente de
concentração. Fato mensurável: a concentração de solutos em regiões
específicas de plantas. Fato mensurável: a taxa de transporte de
líquidos dentro da planta acompanhando-se o deslocamento de moléculas
rádio-marcadas. Podemos verificar se os valores estimados batem com
os valores obtidos.

> É bom que fique claro que TODA ciência deve, obrigatoriamente,
admitir
> postulados.

Sem problema. O q. precisamos tbm é ver se a conclusão está de acordo
com as observações – essas observações são constituídas pelos fatos
mensuráveis.

> Eu não estou falando de "joguinhos" ...
> E provavelmente, não estamos falando dos mesmos programas. Os
programas a
> que me refiro são "técnicos".

São programas técnicos. Ao menos há estudos publicados sobre esses
programas. Vc pode obter uma bibliografia por exemplo em "A origem da
virtude" de Ridley (ou era Riddley? Preciso pegar as referências).

Certamente já ouviu falar na teoria dos jogos e no dilema do
prisioneiro. Essas simulações se baseiam nesses princípios.


> 1-) Eu disse isso antes e digo isso de novo: Psicologia não é
matemática.

Física tbm não. As ferramentas matemáticas podem e devem ser
utilizadas – claro q. é preciso q. as ferramentas sejam adequadas. De
todo modo esse não é o ponto em questão.

> É o que fazer diante disso ? Ficar com a dúvida e negar evidências
> comportamentais não mensuráveis ? ou aceitar tais evidências e
criar um
> modelo coerente e explicativo ?
O problema não é o comportamento. É encontrar indícios sólidos q.
mostrem q. a ética seja fundamentalmente baseada em genes – só assim
uma moral q. se desenvolva de acordo com processos evolutivos pode
ser aceita com mais embasamento – ao invés de simples suposições e
criações de cenários evolutivos dos quais não temos nenhum indicador
seguro de q. tenha existido. Eqto isso dizer q. a ética é
fundamentalmente evolutiva tem tto valor qto dizer q. a ética é
fundamentalmente ambiental. Eu acredito q. a ética tenha um
componente genético e tenha sido selecionado em sua base, mas não
posso afirmar isso categoricamente.

E ainda q. eu pudesse fazer isso – estudos futuros mostrem claramente
essa ligação – isso nada vai dizer sobre a validade ou não dessa
ética. Poderemos dizer mais objetivamente q. a ética (eu chamo de
moral) é assim, mas não poderemos dizer com nenhuma objetividade q. a
ética (moral) deva ou não deva ser assim.

> Mas o homem é a medida de todas as coisas e o que é, é (para a

Isso é uma afirmação de cunho ético (moral) e não uma `verdade'
objetiva.

> Sim. E dai ? pressupõe-se que o que é vantajoso seja vantajoso para
o meio
> relevante. O homem tem um meio relevante relativamente bem estável:
O meio
> social (ou,
> melhor dizendo: macro-social).

Se é estável a tendência é de homogeneização –em havendo pressões
seletivas.
De todo modo suspeito fortemente sobre a estabilidade do meio social –
acabamos de testemunhar um evento bastante abalador da ordem atual.

> Eu disse isso sim. Mas não disse que era o único fator em jogo. Uma
> sociedade eficiente por ser igualitária pode ter sua eficiência
diminuída
> por outros fatores, como uma burocracia corrupta e falta de
competição.

Se vc só comentou aquilo – sem ressalvas -- não é de todo
despropositado considerar q. se supôs como sendo um dos fatores
preponderantes. Eu questiono se isso é um fator preponderante.

> Ou na Noruega, onde todos são igualmente ricos.

Não são todos igualmente ricos. São mais ricos em média do q. nós e
há menos desigualdade do q. aqui. Mas há menos desigualdade em Tuvalu.

> ninguém discorda. Mas a miséria existe apenas onde há exploração.
(Isto é:

Não apenas. Existe tbm onde não há recursos ambientais ou eles não
são ou não podem ser explorados. E no capitalismo há exploração e não
necessariamente há miséria.

> As populações se adequam à carga biótica. Se uma população povoa um
meio
> onde há carência, alguém esta arrogando-se da maior parte da
produção).
Ou a produção em si é muito pequena para sustentar a população.
Normalmente existe um período de lapso entre a variação da quantidade
de recursos e o tamanho da população. Isso é apenas um exemplo. Há
outras possibilidades q. ferem o seu postulado de equilíbrio
populacional frente à capacidade de suporte do meio.

> O SPC é um mecanismo pouco eficiente. Mas é um mecanismo existente.
E
> ....................... para grandes empréstimos, o passado da
pessoa conta
> SIM. As vezes, há até investigação.

Bem, então nesse caso, vc me descola *um milhão* de reais (ou alguém
q. possa fazer isso)? Dou a minha palavra de garantia (não tenho
fiador, não tenho bens para hipotecar).

> 2-) Foi o que eu disse no final ... "Há outros fatores ..."

Sim, há outro fatores. E muitas vezes, se não na maioria das vezes,
influenciam muito mais no resultado final.

> 1-) O anti-semitismo não foi descoberto depois. Era muito evidente
desde
> cedo. Alias, qualquer um sabia da hostilidade dos nazistas aos
judeus. Isso
> tão é verdade que muitos judeus fugiram. O movimento judaico anti-
nazismo é
> função do anti-semitismo nazista. O holocausto foi só e tão somente
a
> exacerbação do anti-semitismo.

O anti-semitismo era generalizado na Europa. Os alemães não eram os
únicos. Havia anti-semitismo nos EUA e na Rússia.

> 2-) Uma coisa é a Alemanha, outra coisa é o nazismo. A guerra não
foi
> necessariamente contra a Alemanha, e sim contra o nazismo. É claro,
a
> Alemanha era nazista e sofreu com a guerra. Mas o inimigo a ser
derrotado
> era o nazismo. Se a Alemanha é uma potência hoje, ótimo. Ela é uma
potência
> que pouco tem a ver com a alemanha nazista de 30.

Bem, então o nazismo ajudou os alemães a possuírem uma população
estável. Para os alemães o nazismo foi ético?

> 1-) Essa é uma questão polêmica e que não é explicada pela síntese.
> Determinadas
> características são complexas demais para se formarem a curto prazo
e não
> poderiam ter evoluindo lentamente (porque as etapas intermediárias
de uma
> evolução lenta não trariam vantagem alguma). É o que se chama de
> "complexidade irredutível". Há saltos de complexidade muito grandes
entre a

Não existem características q. sejam irredutivelmente complexas.
Algumas pessoas postulam q. porq. elas não são capazes de explicar,
então ninguém mais pode. Sempre se pode conceber um cenário evolutivo
q. tenha feito surgir uma característica de modo mais ou menos
gradativo – outros quinhentos é corroborar esse canário com fatos
(mensuráveis) q. o apóiem.

> 2-) Pequenas catástrofes de tempos em tempos servem como força de
seleção
> para diversificar o gene pool de uma espécie.

Catástrofes criam gargalos evolutivos. Elas diminuem a diversidade
genética de uma população. Variações ambientais regulares podem criar
heteogeneidade.

> Ok. Não tenho o que argumentar. Se você acha que comprar briga com
judeus
> ricos e educados e
> conseguir a antipatia e repúdio de todo mundo civilizado aumenta a
sua
> chance de
> sobrevivência ... ok. Isso não aumenta chance de sobrevivência nem
no
> programa "NO LIMITE". Mas se você acha ........ Eu particularmente
nunca lhe
> chamaria para ser político ou estrategista militar.

Vc aplica um julgamento ético sobre isso. Não q. vc não tenha direito
a isso. Mas em nenhum momento eu apoiei algo por aumentar ou deixar
de aumentar as chances de sobrevivência de uma população. Eu
considero o Holocausto uma vergonha para a humanidade – assim como o
extermínio sistemático de ciganos, homossexuais, negros e outros
grupos considerados impuros pelo arianismo de Hitler. Só porq. vc
aceita q. é ético o q. permite a perpetuação da população, não quer
dizer q. eu tenha q. me fiar em seus mesmos critérios de eticidade.
Mas pra q. isso não entre em conflito com suas crenças, vc necessita
acreditar q. o Holocausto, coisa q. vc abomina, seja incompatível com
o seu critério ético.

Mas podemos inverter. Sim, o Holocausto diminui as chances de
sobrevivência do povo alemão sob o regime nazista. Mas isso significa
q. aumentou as chances de sobrevivência dos judeus – já q. não
houvesse isso, a Alemanha ganharia a guerra (já q. a Rússia e os EUA,
na sua visão, não iriam se chocar e não entrariam na guerra ) e aí
sim poderia exterminar os judeus. Então o anti-semitismo e o
Holocausto foi ético para os judeus. Continuamos tendo uma ética
relativa – para um é bom, para outro é mau.


> hoje, nunca se recuperaram disso). Uma sociedade que não garanta a
> diversidade - não só genética, mas de idéias - não tem uma boa
chance de dar
> certo.

Se vc não se ligou, o desenvolvimento da Genética no ocidente,
aplicada à agricultura:*diminui* a diversidade genética das espécies
cultivadas. A falha do sistema russo foi a incapacidade de selecionar
as melhores linhagens.

Eu gosto de diversidade. E gosto de diversidade genética. Só não é
correto dizer q. ela é sempre boa.

> Essa definição não foi feita. A definição vigente é: "indivíduos
> geneticamente idênticos". Como eles NÃO SÃO geneticamente
idênticos, estão
> fora da definição. Logo, me sinto no direito de dizer que eles, em
relação
> ao critério cientifico vigente, NÃO SÃO clones.

Vc tem o direito. As demais pessoas têm o direito de considerar
clones. Isso é questão semântica e não de processo.

> A taxa de sucesso média no caso da Dolly foi de 1,5%.
> A taxa de sucesso média no caso de reprodução artificial
tradicional é 10,4%
> (88% de gravidez 85% de degeneração precoce X 20% do aborto) por
embrião (se
> implantam 3 ou 4)
> A taxa de sucesso média no caso de reprodução natural é aprox. 20%
( 70% de
> gravidez X %60 de degeneração precoce X 20% do aborto)(Confirmei.
Minha
> memória é razoável. Era mesmo 20% ....)
>
> Temos 1,5% na clonagem contra 20% para a natural. É o dado objetivo
que
> tenho.

Pense assim. Quem entre os casais q. não possuem problemas de
infertilidade vai procurar a fertilização in vitro e outros métodos
de reprodução assistida? Exceto alguns excêntricos, teremos
virtualmente zero casal sem problemas.

Peguemos os dados objetivos: cerca de 15% dos casais apresentam algum
problema reprodutivo.

Teríamos então apenas 85% dos casais garantindo a reprodução da
espécie e perderíamos cerca de 15% da variabilidade genética. Neste
caso teríamos: 0,85 x 0,20 = 0,17.

Se aplicamos as técnicas artificiais sobre os 15%, teremos: 0,85 x
0,20 + 0,15 x 0,10 =
0,185.

Pensemos na clonagem a 1,5%: 0,85 x 0,20 + 0,15 x 0,015 = 0, 17225.

Novamente, não defendo o uso da clonagem ao menos nos estágios atuais.

> Da mesma forma, pressupõe-se que o que é deletério seja deletério
para o
> meio relevante. E o homem tem um meio relevante relativamente bem
estável: O
> meio social.
>
> Miopia não é deletéria dentro do nosso meio.
> Seu exemplo não procede.

Nenhuma característica q. possa ser contornada por meios artificiais
é deletéria. Os meios artificiais de reprodução permite q. quem não
poderia conceber de outra forma o faça. Não obriga q. todos utilizem
esse meio. Se é menos eficiente q. os meios naturais podemos
pesquisar para q. seja mais eficiente do q. é. Mesmo q. não se
consiga, já será um ganho frente à alternativa natural: não se
reproduzir. Se traz genes deletérios, em termos estritamente
populacionais como vc quer analisar, na pior das hipóteses haverá
empate: a criança gerada é inviável. Mas existe uma parcela q. é
viável e isso já é melhor do q. – novamente, dentro da perspectiva
estritamente populacional (com a qual não concordo) – nada – q. é a
alternativa ao não se aplicar tais técnicas.

> 2-) Seleção natural é algo que na espécie humana praticamente acabou

há, há, há.

> 3-) O "Sensu Arcange 2", segundo você mesmo, usando as minhas
palavras, é:
> "A ética NAO eh relativa. Eh uma adaptacao evolutiva clara que pode
ser
> "medida" de forma absoluta com algum grau de precisão e colabora
SEMPRE para
> o devolvimento das populacoes."
>
> Onde está escrito que a ética é 100% genética ? Os fenótipos não se
> expressam por influência do ambiente ? (norma de reação do meio) Se
muita
> coisa no corpo humano não é 100% genética .... por que o
comportamento
> haveria de ser ?

Algo q. não seja genético não pode ser evolutivo. E não se zangue com
os 100%, o mesmo raciocínio vale para 0,01% genético.


> Você responde reafirmando o que afirmo com o objetivo de refutar.
Coisa que
> acho até divertida.

É muito divertido. Estou mostrando exatamente as contradições de seu
sistema ético, pretensamente objetivo.

> Isso é: mutação é a fonte da variabilidade genética, Logo, mutação
NÃO é
> variabilidade genética." (Uma coisa não pode ser fonte de si
mesma .. a não
> ser em casos especiais auto-recursivos ...... )

Vc fala como se eu tivesse dito q. mutação fosse variabilidade
genética...

> posição difícil de sustentar. Dizer que mutaçào é igual a
variabilidade
> genética, quando qualquer pessoa sabe que não é.

Eu disse isso? Onde?

> A maior parte das mutações não trazem efeito algum, porque
acontecem em DNA
> amorfo. Me refiro as mutaçòes em DNA "ativo". E são deletérias em
sua
> maioria sim, apesar dos fenômenos a que você se referiu. E todos
sabem
> disso.

Todos os q. assinam Arcange. Já leu trabalhos clássicos com
eletroforese de isozimas? Já leu os trabalhos de Ohta? Bem, o
princípio é simples: enzimas (logo, produtos de ADN codificantes –
ADN `ativo' como vc chamou) são proteínas. A seqüência de aminoácidos
determina sua forma e suas proporções a carga elétrica líqüida da
proteína. Forma e carga elétrica determinam padrões de migração em um
gel submetido a uma tensão elétrica. Assim, migrações diferenciais de
enzimas são determinadas por diferenças na seqüência de aminoácidos
(os quais por sua vez são determinados pelas seqüências de
nucleotídeos no ADN). Análise de eletroforese geralmente encontra uma
variação muito grande nas propriedades eletroforéticas das proteínas
homólogas. Essa variação poderia ser explicada por regimes de seleção
muito especiais – de fato em alguns casos podemos fazer essa
correlação. Mas nos mais diversos organismos nos mais diversos
ambientes temos uma variação muito gde. Isso é melhor explicado sob
um regime neutralista.

> Novamente, é uma posição muito difícil de sustentar. Mas enfim ..
se você
> quer insistir ....

Os geneticistas querem.

> Eu não sei mais o que fazer. Eu já tinha explicado que não houve
contradição
> porque mutação não é igual a variabilidade genética (posição que
você não
> sustenta) Alguns meios artificiais causam muitas mutaçòes que não
afetam a
> variabilidade genética (seja pelo motivo das mutações terem
ocorrido em DNA
> amorfo (que não condiciona características), seja pelo fato das
mutações não
> terão penetrado na população).

Mutação sempre introduz variabilidade genética. Ocorrendo em regiões
q. não codificam causa variabilidade alélica nesse loco. Ele pode até
não se espalhar pela população, mas o fato de estar dentro da
população já causa a variabilidade.

Exemplo: temos uma população de 1.000 indivíduos com um alelo A em um
determinado loco. A população é monomórfica para esse gene. Uma
mutação introduz um alelo a nesse loco em um indivíduo: teremos 999 A
e 1 a (a população é haplóide). Esse simples fato causou uma
alteração na variabilidade genética da espécie. Não importa se esse
alelo é eliminado a seguir – isso é outro processo q. não mutação.

> Mutação geralmente é ruim, porque a maior parte delas é deletéria.
> Variabilidade genética geralmente é boa, porque torna a população
adaptável
> e estável.

Nem sei se geralmente. Mas o meu caso é dizer q. é errado dizer q.
*sempre* é bom ou ruim. Primeiro q. depende de critérios – para um
agricultor uma homogeneidade pode ser muito boa – segundo q. depende
das condições locais. Fico feliz q. concordo com isso.

> sim o indivíduo ser precavido. Se os indivíduos não fossem
precavidos, toda
> vida no planeta terra teria sindo totalmente extinta no primeiro
desastre
> macro-ambiental.

Isso não tem nada a ver com precaução. Pode ter a ver com a
diversidade biológica: aqui sim entra a questão da variabilidade
genética e tbm pode ter a ver com a questão de números. Desastres
macroambientais (seja lá o q. isso for) dificilmente pegaria todos os
organismos espalhados pelo planeta (mesmo q. hipoteticamente fossem
homogêneos geneticamente).

> E qual força condiciona essa variabilidade ? A boa e velha seleção.
(É por
> causa dela que criaturas muito adaptadas mas pouco adaptáveis, como
os
> dinossauros, não estão vivas hoje. Os dinossauros provavelmente
tinham
> pouquíssima variação (em relação as condições ambientais do
jurássico)e eram
> muito adaptados, ao contrário dos primeiros mamíferos, que
provavelmente
> tinham muita variação entretanto eram pouco adaptados.)

A seleção negativa diminui a variabilidade. O q. condiciona a
variabilidade é a relação entre taxa de mutação, o regime e
intensidade de seleção, os padrões de migração, estruturação
populacional, seleção sexual e deriva genética.

Os dinossauros estão vivos hoje. Sob a forma emplumada.

> A homogeneidade genética geralmente traz vantagens a curto prazo.
Geralmente
> causa adaptação. Ok. Mas a longo prazo, quando o meio mudar, serão
esses
> indivíduos que serão seletivamente mortos. Os homogêneos serão
seletivamente
> mortos.
>
> Um exemplo prático do que digo é a peste negra na Europa. Se os
humanos
> fossem geneticamente homogêneas, não sobraria ninguém vivo.

Um exemplo de homogeneidade genética: as histonas, as chaperonas, as
ARN ribossômicos são extremamente conservados. Se pegarmos genes
reguladores de ratos e transferirmos em moscas, eles substituem seus
equivalentes muscóides perfeitamente.

Vc pegou um exemplo em q. a variabilidade genética permitiu a
sobrevivência – se isso é bom ou não é outra história. Eu dei
exemplos em q. a homogeneidade genética permitem a sobrevivência – se
isso é bom ou não é outra história. Continuo defendendo q. não se
pode generalizar universalmente.

Demais a mais, a sobrevivência a longo prazo depende tbm da
sobrevivência a curto prazo.
Eis q. temos o conflito entre a homogeneização e a diversidade. A
vida não fica em uma ou outra direção, ela anda sobre o fio da
navalha. Isso é outro aspecto do pensamento de q. a vida é um sistema
no limbo entre o caos e a ordem, o cristal e a fumaça.

> Eu falei primitivos em termos de organização ... e não em termos
> cronológicos.

Depende de q. tipo de organização estamos falando. Bactérias são
quimicamente muito sofisticadas.

> Seria necessária a intervenção de mais opiniões. Está
> muito clara, pra mim, a tendência da reprodução sexuada.

A questão não é de votação. Não ganha quem recebe mais votos.

> Em ordem de evolução:

Q. ordem? Scala naturae aristotélica?

> Cordados: sexuada é a regra (com casos eventuais de partenogênese e
> neotenia)
> Artrópodes: sexuada é a regra (casos de pedogenese e partenogênese
isolados)
> Anelídeos: sexuada é a regra (fecundação cruzada em espécies
monóicas)
> Moluscos: sexuada é a regra
> Nematelmintos: sexuada é a regra
> Platelmintos: sexuada = assexuada.
> Cnidário: assexuada e sexuada.
> Poríferos: assexuada e sexuada.
> Protistas: assexuadas e sexuada
> Monera: assexuada e sexuada
> Vírus: assexuada.

> A assexuada só é significante nos platelmintos para baixo. Se isso
não for
> um tendência, eu não sei o que uma tendência é.

Platelmintes para baixo? Vc se refere na lista q. vc fez ou se refere
em direção ao centro da Terra?

Inverta a lista e diremos: dos platelmintes para cima a assexuada é a
regra.

Gramíneas, algas, fungos... Liste isso por espécie.

> As bactérias estão muito bem enquanto nada muda. Pegue uma
termofila e
> tire-a do calor. Ela morre. Mude o ambiente e elas morrem. Como foi
> demonstrado logo acima, apenas uma minoria de 'tipos de seres'
praticam a
> assexuada. E ainda sim são os mais primitivos.

Vejamos, um cavalo q. se reproduz sexuadamente sobrevive na fonte
termal?
E na verdade bactérias termófilas costumam sobreviver em ambientes
inóspitos e suportam uma variação de temperatura maior do q. nós.

Tipos de seres? Poderemos dizer q. uma minoria de tipos de seres
praticam a reprodução sexuada: basta agrupá-los em uns poucos grupos.

Eumetazoários: cordados, equinodermos, moluscos, artrópodos – sexuada

Oras. Novamente o problema da ambigüidade dos critérios. (Aliás seu
estilo de argumentação me lembra muito uma pessoa...)

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Fisica Quantica ... para os Misticos, Exotericos etc.
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/12/2001 17:59

>Existe burrice e credulidade até na Dinamarca. Em outras palavras:
> Eu não estava inocentando os autores porque são lidos pelo púlico
do 1 mundo
> (público educado, porém eventualmente burro). Estava era condanendo
o
> público do 1 mundo porque liam tais autores. Isso é: você se
confundiu na
> interpetação do argumento.

A pergunta ficou por responder :
"E é aqui que se falha ou tentar depertar esta curiosidade de forma
errada.
Mas...qual é a forma certa?"

Dado que existem pessoas crédulas e burras e inteligentes e ... como
escrever para que todas entendam ?

> O ponto de relevância da objeção - e talvez você não tenha
percebido isso -
> está exatamente no fato de dizer: "A culpa da burrice/credulidade
não está
> na falta de educação (função de "governos inescrupulosos")", como
ficou
> explícito. As pessoas que lêem e acreditam em Charles Berlitz, Von
Daniken,
> Raymond Bernard e Capra não sao ignorantes (no sentido que "gente
que não
> tem cultura"), apensar de serem ingênuos (no sentido de "gente
burra" - pelo
> menos no sentido da credulidade -)

São ingénuos. Ok. E o que isso me adianta ?
Ler aqueles senhores é um defeito? Existe algum defeito aqui ?
Alguma critica ?
Qual(ais) ?

Para mim a credulidade se liga fortemente com o conhecimento
aquirido. Aquilo que chamas cultura.
Não é uma relação linear.
Se a culpa da burrice não está na educação está onde ?
Se alguem lê e acredita piamente num livro de ficção, quem tem
culpa ? Ou melhor, isso é mau ?
E se sim , como colmatar o problema?


> No mais, você só faz afirmar, em outras palavras, o que afirmei.
Isso é: usa
> as idéias que eu expus para fazer objeção às ideias que expus. E
tudo isso
> com um ar bastante contestador e loquaz :) Chega a ser engraçado,
não ? :)

Bom. Eu pensava que não era isso que estava a fazer. Mas ok...
Eu apenas queria saber : Então sobre o quê e como se deve escrever ?


> > Ele [Eisntein] adorava referir-se ao arquitecto do mundo, pq foi
ele quem
> > estabeleceu as regras da fisica. Eisntein achava que estas regras
> > eram invariantes e bem estabelecidas, e que não andavam ai a
mudar ao
> > sabor da sorte... Por isso ele dizia que não acreditava que o
> > arquitecto do mundo jogasse aos dados.
> > Não é nenhuma referencia a entidades misticas tal como Deus, mas a
> > uma estrutura fisica sólida e imutável.
> > Podemos ver isso como Deus? Podemos, mas não foi isso que ele
disse.
>
> --------------------------------------------------------------------
--------
> ------------------------------------------

Tudo o que disseste faz muito sentido e eu tb sei isso, o que eu
tentei dizer é que a frase tua
"Muitos não perdem a chance de dar uma de "mestre Yoda".O mais
famoso, Einstein, era extremamente proficiente nisso. Ele adorava
falar
frases de efeito onde "Deus" era uma figurinha bem freqüente"

Está mal utilizada. Dá a impressão que eisntein gostava de citar
o "divino" , o "aquilo que é demasiado dificil para vcs
perceberem ,mas que eu entendo perfeitamente"
E não era isso. Ele NÂO dava uma de mestre -Yoda.
Não com a citação do Arquitecto. Tlv com outras coisas, concedo isso.

> 1-)
> Deus recebe muitos nomes: "O cara la de cima", "a inteligência do
universo",
> "A Lei", "O pai", "o Senhor", "O Criador", "meu Salvador", "A
natureza", "O
> cosmus", "o poder superior" .. etc ..
> Historicamente, Deus teve outros inúmeros. Javé significa "O forte"
(segundo
> Spencer),

Javé , vem do famoso tetragrama IVHV e significa "Aquele que é"
"e disse a moisés: Vai e diz que Aquele que é (IVHV), te enviou. "

> "O arquiteto do universo" faz referência a uma
inteligência/personalidade
> que rege o universo.

Não. O arquitecto do mundo não _rege_ o universo. Um arquitecto de
uma casa, não rege uma casa. Ele a planeia , a idealiza, no máximo a
constroi. Ele não cuida dela depois. Ele não a mantém, e ele não
domina as forças que a mantém de pé.
Esta é a diferença entre o Deus , divino que era insinuado na tua
frase original sobre Eisntein, e o Arquitecto do Mundo.
Um arquitecto apenas "escreve as leis" . E essas leis, uma vez
escritas, não mudam. Ao contrário de Deus, que pode, segundo várias
religiões, mudar ou manipular as leis de forma a poder "interferir"
no mundo num certo tempo = milagre.
Portanto, a tua extensa diferenciação de deuses é importante, mas
ortogonal. O problema está em pensar que o Arquitecto _rege_.
Eu sei que estou sendo demasiado literal, e provávelmente vc estaria
pensando em outa coisa.
Mas eu não adivinho seu pensamento, e por isso melhor esclarecer pq
eu me "revoltei" contra a tua exposição sobre Eisntein.
Espero que entendas agora o pq.

>Ainda que esse termo não tenha conteúdo religioso, ele
> ainda sim faz referência a um Deus. Deus pode existir sem religião.

Depende da Definição de Deus que usares :-))

> Enfim, Deus é qualquer inteligência, sólida ou não, física ou não,
imutável
> ou não, religiosa ou não, que reja o universo e tenha cunho
> personificatório. Chamar essa inteligência de "arquiteto" é
personificá-la.

Não. É despersonificá-la.É dar-lhe um titulo, e não um nome.
Mas isso não é relevante agora.
Se eu te chamo Doutor, em vês de pelo teu nome, estou a
despersonificar.

> (a não ser que isso seja uma metáfora didática. Às vezes, as pessoas
> personificam coisas para poder se comunicar melhor.

Não foi o caso do Eisntein. Por isso eu referi que ele era Teosofo. E
para um Teosofo, mesmo que 'em part time' como ele poderia ser,
Arquitecto do Mundo tem um significado exacto, e não é uma metáfora.
Deus, por seu lado, já é uma grande metáfora. Tão grande que cada um
lhe dá um sentido diferente.

> no caso de Einstein a
> personificação não é uma metáfora. Einstein realmente acreditava em
uma
> inteligência regendo o universo ...........)

Não me parece. Tlv o problema seja a palavra "reger".
Consultando o link dado pelo Luiz, não é isso que se entende.

> (obs: Concordo que Einstein é mal traduzido. Mas esse não é o
caso ....)

É exactamente com isto que discordo :-)))

> > > Carl Sagan, no
> > > livro "o mundo assombrado pelos demônios", cita este fenômeno
tão
> > fasceiro:
> > > "Sem dúvida, há necessidade de empregar o bom senso na questão
da
> > > divulgação."
> >
> > E será que ele soube fazer isso ? "O mundo assombrado por
demónios"
> > parece um titulo tão mistico quando "A particula de Deus"
> > E muitos falam de Sagan como se fosse um deus da ciencia.Um
> > verdadeiro mestre Yoda.
>
> --------------------------------------------------------------------
--------
> -----------------------------------------
>
> Eu não sou advogado do Carl Sagan, mas nesse caso vou arrogar-me da
tarefa.
>
> Não há nada de místico, porque:

Não. Não vale explicar o titulo. Isso implica em que se leu o livro e
se entendeu o que ele significa.
A minha aproximação era a de alguem que passa numa livraria e olha o
titulo. A que é que lhe soa ?
Isso vai depender daquilo que a pessoa sabe.
A dedução que explicas do significado do titulo é obvia e
independente do autor. Mas será a que o autor tem ? Só saberei se ler
o livro.
À primeira vista, eu não sei nada. Só sei o que o titulo diz. "Um
mundo assombrado por demónios"
Depois este titulo pode ter um significado, mas em primeira
aproximação é um titulo que serve para vender. Para passar a imagem
de mestre-yoda, e levar as pessoas a comprar. E não me convences que
não é esta a razão para o livro se chamar assim.

> 1-) O título não versa sobre uma interpretação científica, e sim
sobre um
> trabalho de opinião/artístico. Isso é: ele não está interpretando
nenhuma
> teoria científica. Ele só esta dando a sua opinião sobre a
sociedade, não é
> porque ele é cientista que ele não possa fazer isso de modo poético
(temos
> que proibir os cientistas de serem poetas mesmo quando não estão
versando
> sobre interpretacões científicas ?)

Tu sabes isso, eu sei isso, acho que todos aqui sabem isso, mas os
burros e os crédulos sabem isso ?
Mas eles tb comprar livros, não ?

> Como eu já disse antes. As pessoas já tem dificuldades em
interpretar
> textos.

Os titulo são textos condensados. Por isso mais dificeis de
interpretar.

> A diferença entre místico e o artístico é bem clara:
> a-) o místico é denotativo, o artístico é conotativo
> b-) o místico é ao pé-da-letra, o artístico é alegórico
> c-) o místico tem pretensão à verdade, o artístico tem pretensão ao
belo

então Eisntein era um artista, e não um mistico.... :-))

> Leon Lederman, no título do seu livro, estava se valendo de: a-) uma
> literalidade absurda b-) de uma metáfora totalmente descabida e sem
> interpretação alguma. (se for uma metáfora, o que ele quer dizer
que o bóson
> é quando o chama de "partícula de Deus" ? Será que isso não é uma
metáfora
> vazia só para chamar a atenção do público ?).

Claro que é!
Mas isso não significa que não haja uma interpretação racional do
titulo.
O bosão de Higgs a existir,guarda um dos mais bem guardados (por
Deus) segredos de sempre: O que é a massa?
Encontrar essa particula é encontrar aquele segredo, e portanto,
reconhecer nele, Deus (o criador, o arquitecto, escolha-se o que se
achar melhor)
Para mim, a escolha dele é obvia, embora concorde que pretenda
provocar as reações das pessoas. Leia-se : embora concorde que ele
usou essa frase apenas pq queria vender a ideia.
Vender a ideia não é apenas receber $ por ela.


>De qualquer modo, um trabalho
> científico-técnico, deve usar uma linguagem científica e técnica. O
desafio
> para os divulgadores de ciência está em fazer com que essa
linguagem técnica
> seja acessivel ao homem comum. Mas que continue técnica. (se você
for
> transformá-la em poesia ou misticismo ........................ não
vai dar
> certo ...)

A linguagem tecnica, por definição, só é entendivel em profundidade
de significado, por tecnicos.
Por isso existem livros de Introdução A.... na tentativa de
introduzir as pessoas comuns à linguagem tecnica.
A linguagem tecnica, é a linguagem de uma profissão, officio ou ramo
do conhecimento, e não é apenas a cientifica.

> > > Apesar deu assumir que a física quântica é, naturalmente, a mais
> > suceptível
> > > à abordagens "Yódicas" ela não é a única. Nos últimos tempos,
> > Venter e
> > > Collins, ganhadores do prêmio Nobel e líderes do projeto genoma,
> > disseram
> > > que o fato de o ser humano ter somente 30.000 genes é
uma "lição de
> > > humildade".
> >
> > Donde se mostra que Ganham um Nobel não é indicativo de nada.
NADA.
>
> --------------------------------------------------------------------
--------
> ------------------------------------------
>
> Quando foi que eu disse que o prêmio Nobel significa alguma coisa ?

quando passaste o resto texto a perguntar retoricamente "pq teria de
ser uma lição de humildade?" ou "afinal que humildade é essa" , ou
seja, estavas a duvidar das palavras deles, e com profundo sentido.
Aquilo que eu escrevi apenas pretendeu ser uma razão/premissa, que
permite concluir à priori que não vale a pensa fazer interrogações
dessas, pq eles não tem a palavra final.

> Eu só disse que eles tinham ganhando o Nobel. Foi só uma informação
en
> passant. Não fiz nenhum juízo de valor algum.

De certeza ? pq citaste então um (dois) prémio nobel ?
Pq não escreveste o texto sem os citar ?
Aliás pq citas tanta gente nos textos que escreves ?
Por certo alguma razão tens para o fazer.O que não significa que
concordes com eles, ou aches que eles estão certos, etc etc... tb se
citam os errados...

> Você deu uma lição de moral sobre o nobel e depois da lição disse:
> "Portanto, que me interessa que eles tenham ganho o nobel ?"

Essa pergunta pretende significar : pq não disseste o mesmo sem
recorrer a citações?

> Se te ofendeu tanto eu ter dito simplesmente que eles ganharam o
Nobel, ok.
> Desculpa. Na próxima vez eu não digo ..

Não me ofendeu. Estavamos a falar da influencia que os textos de
outros têm na nossa "cultura"
Mas se passas a vida a citar outros, essa cultura é realemnte tua ?
Entendes o que quero dizer ?

Alguem leu o Cappra e depois o cita vezes sem conta. E quando o
interrogam sobre: E é isso em que acreditas? a pessoa diz : "é o que
ele diz, eu não sei o que acho sobre o assunto. Se ele escreveu sobre
isso alguma razão terá"
O mesmo se aplica a Eisntein, Sagan e todos.

A questão permanece e é : Como se informam as pessoas dos assuntos ?
Com base em quê ? o que devemos tomar como "conhecimento à priori" ?
Devemos confiar que as pessoas demorem o tempo necessário a entender
o que se escreveu ? etc... etc...

O mistico diz que por causa do principio das flutuções quanticas, é
possivel acreditar que Deus está em todo lado, pq não é possivel
determinar com igual confiaça a sua posiação que a sua velocidade.
Ele diz isto a alguem que nunca ouviu falar do PIH . Ele diz tb que
leu isso no livro de fulano-de-tal. Que vende muito neste momento e
é muito conhecido. E essa pessoa que não possui cultura ,
conhecimento adquirido, nesse assunto, confia que possa até ser
assim, dando um grau subjectivo de credibilidade ao que ouviu.
Os mais crédulos , dizes tu, darão um grau maior. E esses propagarão
a mensagem para outros tão , ou mais, incultos que eles... às tantas
ninguem sabe donde veio a informação e pq é aceita por todos, então
ela é universalmente verdadeira e torna-se um mito.
Então, como se pára ente ciclo viciado ?

> --------------------------------------------------------------------
--------
> -------------------------------------------
> >
> > > O que esperar de uma pessoa leiga, culta e informada, quando
ela "se
> > > informa" lendo frases típicas de livro de auto-ajuda misturadas
> > > interpretação científica ?
> >
> > Que ela é tudo menos informada.
>
> --------------------------------------------------------------------
--------
> -------------------------------------------
>
> Uma pessoa que se informa com a impressa especializada e livros
versem sob o
> tema não é informada ?

Não foi isso que escreveste. Escreveste "O que esperar de uma pessoa
leiga [ que não tem conhecimento tecnico sobre o assunto], culta e
informada [que tem conhecimentos outros, sobre várias coisas], quando
ela "se informa" [as aspas neste expressão me informam que tens
duvidas se ela realmente fica informada] lendo frases típicas [que
todos repetem , mas ninguem sabe explicar] de livro de auto-ajuda
[mistico] misturadas interpretação científica ?"

Não estavas a falar de jornais, nem de revistas , nem nada dessas
coisas.
Estavas a falar de textos dubios sobre os assuntos, que um leigo lê.

> A impressa que se informa com os livros e às vezes diretamente com
os
> cientistas-alvo não é informada ?

A questão não é essa. É se a impressa informa o leigo.
A Superinteressante, até pode intrevistar os cientistas de topo. Mas
isso implica que o leitor entenda o que foi dito ?
Um qq site pode falar sobre um assunto cientifico, mas isso implica
que o leitor entende exactamente o mesmo que o autor pretendia dizer ?
Não ha falsas intrepretações ?
Acaso não existe informação importante, que não é oficial e que
portanto não está nos livros e nas revistas da especialidade?
Se o Eisntein não tivesse interferido , tlv hoje ninguem reconhecesse
Bose.

O jornalista [que por definição não tem que ter conhecimento tecnico
fora do jornalismo]que lê um livro tecnico [já por si, duvidoso se é
tecnico ou não] consegue explicar honestamente e legitimamente o que
leu ? e o leitor vai entender , mesmo que o tenha sido ?

Existem muitas variáveis que me impossibilitam de responder
directamente sim, à tua pergunta.

> Que belo paradoxo! Pior que o da caixa de gato :)

Uma frase tipo :-) Que bem analizada significa alguma coisa, mas é
puramente analogica/metafórica.
Porque em rigor, não existe nenhum paradoxo nessa caixa.


> Neste caso, você pode questionar se a informação está sendo passada
de forma
> honesta e legítima. Mas você não pode questionar se a informação
foi ou não
> passada.

Ah! mas o problema é esse. Se a informação não é passada honestamente
e legitimanete, ela não é passada. Ponto final.
No máximo estamos a espicaçar a curiosidade do leitor, para ir à
procura desse assunto noutras fontes.

> As pessoas se informam pelos meios de informação (estou sendo
redundante. Às
> vezes, eu me encontro fazendo isso por força da necessidade ...).
Se os
> meios (e os cientistas) informam de forma errada, isso não é culpa
das
> pessoas. Elas fizeram a parte delas se informando da maneira que se
espera.

Exactamente. Portanto, os burros são criados por outros burros.
E quem foi o primeiro burro ? :-))

> Você quer que alguem estude física em profundidade para poder "se
informar"
> sobre física ? Digamos ..... um arquiteto que tenha curiosidade
sobre MQ
> teria que entrar na faculdade ?

Não. Hoje em dia isto é facil de fazer com a net. MAS lá por qse se
leu muito e se sabem todas as "frases tipo" de tanta vez que as leu,
não singifica que a pessoa saiba de MQ.
Só se sabe realmente de alguma coisa quando a fazemos.

>E se a faculdade dele for dominada pelos "cientistas-YODA" ?

Azar. Puro e simples azar.
Pq o Eisntein mudou de escola ?

O problema não é que te calhem mestres-yoda... é que tu vás na
conversa deles.

> Ele não seria meramente mais como um animal adestrado ?

Seriam. exactamente.

> Isso é informação ? E informação sim. Mas é legítima ? Será que o
nosso
> arquiteto conseguiu alcançar seus objetivos ?

Parcialmente.Se ele apenas queria saber o que é um spinor de Pauli,
ou pq os atomos são ditados pela MQ , até o poderia fazer. Se ele
pretende ser um fisico quantico, acho que não.

> E se esse arquiteto tivesse muitos interesses ? "métodos de
reprodução das
> borboletas azuis do afeganistão" .."Teoria das
supercordas" .. "Topologia
> algébrica" ... "Efeito dos alcaloides no SNC" .. "Teorias
sociologicas" ..
> "fenomenologia hegeliana" .. "Epistemlogia kantiana" .. "historia
da arte"
> .. "métodologia da repimboca da parafuseta" ....................
(infinito)
> .. Para ser informado, ele teria que fazer todas as faculdades ?

Estar informado, para mim, é algo mais que ler coisas e saber "frases
tipo"
É sobretudo saber responder a: "E se não for assim ?" ou "porque é
assim?"
Ou seja, estás informado na medida em que és capaz de informar
outrem. Honestamente.

> Os meios de informação existem exatamente pra isso. Livros,
revistas,
> jornais existem exatamente pra isso. Se eles falam bobagem a culpa
é de quem ?

De quem permite que continuem falando bobagem.
O problema é : quem define o que é bobagem ,e o que não é bobagem ?

A maior parte das "frases tipo" da fisica (como o paradoxo do gato)
são bobagem para mim. Mas quem sou eu para te convencer que eles o
devem ser para ti tb ?


Razão têm os Budistas-Zen: Só aprende quem já sabe.
[]

Sérgio

P.S.
Embora extensos os teus textos são bem explicitos e decomentados
(aparentemente).Os meus parabéns.
Acho que expliquei o pq das minhas interpretações e respostas.




SUBJECT: Re: Roda: Porque só a roda?
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/12/2001 18:36

--- In ciencialist@y..., "brudna" <lrb@d...> wrote:
> ...mas existem sistemas de 'rotacao livre' em seres vivos. Um
> exemplo que encontrei eh o de um flagelo bacteriano. Isso estah
> certo?

Não estou a par. O *phoda* é q. do trampo não dá
pra fazer uma pesquisa decente sobre isso.

O q. eu tenho em memória é q. não seria uma rotação
propriamente. Seria algo análogo ao q. as ginastas
fazem com aquelas fitas criando um movimento helicoidal.

Mas assim q. puder darei uma olhada (certamente vai demorar
até eu poder fazer isso, espero q. alguém o faça antes).
Entre os nossos colegas parece haver divergências.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: logica Jedi
FROM: Procopio Lummertz <procopio@dow.fisica.ufsc.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/12/2001 22:14

Esta saiu no 700km, me parece uma análise interessante e bem fundamentada
sobre o que parecia apenas uma boa ficção.

700km = http://www.700km.com.br

A LÓGICA JEDI
Marcelo Kunimoto (kunimoto@700km.com.br)

Como seria o mundo se fosse realmente possível prever o futuro? Segundo os
que alegam que podem prever o futuro, o mundo seria exatamente
igual. Afinal os videntes já estariam aí, e supostamente antevêem o futuro
mas isso não tem efeitos muito profundos, uma vez que praticamente tudo
continua nos pegando de surpresa. Depois que algo importante ocorre,
inúmeras pessoas dizem que previram o evento, mas quantas vezes você viu
alguém de fato prevendo algo? Detalhe: e posteriormente acertando com
precisão?

Um mundo em que a paranormalidade fosse real seria completamente diferente
do mundo que conhecemos. Em particular, uma das capacidades paranormais
mais contrárias à nossa lógica seria a clarividência, a capacidade de
prever o futuro. Se fosse realmente possível prever o futuro, nosso mundo
poderia ser comparado a uma Galáxia distante, há muito tempo atrás, palco
de uma história fantástica que conhecemos por Guerra nas Estrelas, ou Star
Wars.

Star Wars tem a força de uma mitologia contemporânea, com personagens e
história com claras analogias à mitologia grega. Há diversos livros
dissecando os elementos mitológicos que explicariam o grande sucesso da
longa série de filmes, mas o aspecto interessante em Star Wars para esta
análise é que todo um universo mágico (ou paranormal) foi adaptado a um
contexto futurista que ainda depende por vezes da tecnologia e,
presume-se, da ciência. Star Wars não é ficção científica, é fantasia
romanceada, mas há um esforço perceptível em atribuir certa lógica a este
universo fantasioso-tecnológico em que é possível prever o futuro, usar
telecinese e esperar que a 'Força esteja do nosso lado' ao mesmo tempo em
que se viaja pelo hiperespaço para chegar a Estrelas da Morte movidas por
reatores nucleares.

A incongruência mais aparente e curiosa em Star Wars é que em um mundo
repleto de alta tecnologia, uma elite guerreira representada pelos
cavaleiros Jedi usa espadas - ou melhor, sabres de luz - ao invés de armas
avançadas, como uma pistola laser superpotente ou uma metralhadora
inteligente. Os motivos para que isso seja assim são mais ligados à origem
e produção dos filmes do que a alguma razão ficcional.

O nome 'Jedi' (lê-se, como todos sabem, 'djedái') é uma corruptela criada
por George Lucas do termo japonês 'Jidai Geki' (lê-se 'djidái gueki'), que
eram romances sobre o Japão feudal que geralmente envolviam nobres
samurais seguindo o bushidô, um rígido código moral. Muito da fantasia de
Star Wars, principalmente os cavaleiros Jedi, é referência clara aos Jidai
Geki e ao bushidô. Mas é irônico notar que no Japão real, ao contrário de
em Star Wars, as armas de fato acabaram substituindo a espada praticamente
assim que foram introduzidas no cenário de combate. A espada continuaria
parte importante da cultura japonesa, mas as armas de fogo eventualmente a
tornaram obsoleta, como a impagável cena de Indiana Jones atirando em um
habilidoso árabe manipulando uma espada demonstra.

Os Jedi usam espadas porque foram inspirados em samurais, porém entrando
de cabeça na lógica do universo de Star Wars podemos encontrar uma razão
muito interessante para que cavaleiros Jedi usem espadas ao invés de armas
de fogo. Essa razão também explicaria como eles conseguem se desviar ou
até rebater tiros de laser que viajam à velocidade luz. Tudo isto ocorre
porque os cavaleiros Jedi têm a capacidade de prever o futuro. Como podem
prever o futuro, podem se desviar de tiros antes mesmo que eles sejam
disparados, o que lhes dá tempo para calcular uma seqüência de movimentos
que permita o desvio de diversos disparos laser.

Entender como a clarividência torna o uso de espadas algo inevitável é um
pouco mais complicado. Imagine que você queira matar um Jedi que,
lembrando, pode prever o futuro. Como sabemos, atirar nele não seria muito
eficaz já que ele saberá quando e onde o tiro será dado, e assim poderá se
esquivar ou evitar a emboscada. Mesmo emboscadas elaboradas tornam-se algo
um tanto difícil já que embora a clarividência Jedi não seja perfeita, é
razoavelmente capaz de deixá-lo alerta quanto a alguma ação
ofensiva. Matar alguém que pode prever o futuro não é algo muito fácil.

Não seria impossível matar um Jedi através de uma emboscada, podemos em
último caso explodir uma bomba nuclear para aniquilar todo o continente em
que tal Jedi se encontre, mas se isso dá conta de um Jedi, fica claro que
seria pouco prático fazer o mesmo em relação a centenas de cavaleiros
espalhados por diversos planetas. Fica a pergunta mórbida: qual a melhor
forma de matar Jedis?

Você deve ter adivinhado: usando espadas, através de um combate corpo a
corpo. Se o primeiro golpe que dermos pode ser previsto pelo nobre Jedi, o
segundo golpe dependerá da reação dele, e assim sucessivamente. Um combate
corpo-a-corpo, em que nossos ataques e defesas dependam diretamente dos
ataques e defesas do oponente tornam a clarividência praticamente
inútil. Ela deixa de desempenhar um papel crucial para dar lugar à
habilidade dos combatentes: quem for mais ágil e perspicaz eventualmente
sucederá em vencer o oponente, por mais que este possa prever o futuro. É
incrível, mas a 'simples' capacidade de prever o futuro, nem que seja o
futuro imediato, torna obsoleta toda a lógica de combate que conhecemos e
nos leva de volta à época feudal, onde a habilidade do guerreiro é o
elemento mais importante em um combate. Na lógica Jedi onde a
clarividência é possível, armas brancas combinadas à habilidade são muito
mais importantes que armas de fogo.

Esse é apenas um dos detalhes profundos que podemos imaginar de um mundo
paranormal. Infinitos outros existem, e em conjunto não formam apenas
detalhes, mas modificam completamente a justiça, a lógica e a
realidade. Um mundo paranormal seria totalmente diferente do que
conhecemos, e antes de acreditar em clarividência, telecinese, leitura da
mente e afins, pense bem se o mundo que surge com tais idéias realmente
faz sentido - e mais importante, se este mundo é o mundo que você pode ver
e comprovar diante de si. Eu pelo menos nunca vi um Jedi.

----

Cabe ao fim deste artigo um adendo, escrito por Ricardo Bittencourt:

Hoje em dia é muito fácil achar Jedis, basta ir para a Inglaterra. No
censo do ano passado, você podia preencher o campo de "religião" com "any
other religion, please write in", e especificar qual a sua outra
religião. Acontece que muita, mas muita gente preencheu o tal campo com
"Jedi". Para o censo do ano que vem, Jedi já virá incluído no cadastro
oficial de religiões, como pode ser visto no site do governo inglês (vejam
a página 18):

http://www.statistics.gov.uk/census2001/pdfs/section5part3.pdf

Pela transcrição,

Procopio Lummertz
procopio@dow.fisica.ufsc.br

As ideias estão no chão.
Você tropeça e acha a solução.
(Titas)




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Roda: Porque só a roda?
FROM: Rodrigo Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/12/2001 22:45

Felipe Figueiredo wrote:
> Veja esse site:
>
> http://www.impa.br/~jair/

Obrigado!

--
email (same address): rnbc@rnbc.pt.eu.org or rnbc@rnl.ist.utl.pt
homepage: http://rnbc.pt.eu.org/~rnbc
IRC: r0 (PT-Net and IRC-Net and sometimes UnderNet)


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Roda: Porque só a roda?
FROM: Rodrigo Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/12/2001 23:02

andrediasbaptista wrote:
> Não sei não, Rodrigo. Só se os cavalos daí forem mais espertos do que
> os daqui. :) Os cavalos que eu conheço só conseguem galopar em
> terrenos nos quais até um carro comum pode correr, imagine um jipe.
> Se você fizer um cavalo correr num terreno minimamente esburacado é
> possível que ele quebre a perna e tenham que sacrificá-lo. Bom, os
> cavalos que conheci eram todos domésticos. Não entendo de cavalos
> selvagens :)

Os cavalos que eu conheci (já lá vão uns bons anos que não lido com
esses bichos) não gostavam nada de terreno rijo, nem de terreno com
muitas inclinações. No meio de erva e terreno de barro pelo contrário
eles sentem-se muito melhor, pois os cascos agarram bem, não se magoam,
e a erva desde que não seja muito alta não os atrapalha.

Entretanto conheço uma pessoa que fez um traumatismo craneano a
perseguir avestruzes num jipe, simplesmente porque o terreno era
bastante acidentado, cheio de pedras soltas e buracos, e também arbustos
grandes... e num buraco maior ele bateu com a cabeça no tecto. Eu nunca
as vi correr ao vivo em áfrica mas quem viu diz que é muito perigoso
persegui-las de jipe porque elas correm a cerca de 70km/h e o terreno é
geralmente muito ruim.


--
email (same address): rnbc@rnbc.pt.eu.org or rnbc@rnl.ist.utl.pt
homepage: http://rnbc.pt.eu.org/~rnbc
IRC: r0 (PT-Net and IRC-Net and sometimes UnderNet)


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Roda: Porque só a roda?
FROM: "M. A. Guimarães" <xb612@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/12/2001 23:24

> > jacto :-) Animais muito pequenos não conseguiriam controlar o voo de
> > forma alguma devido à viscosidade aparente do ar nessas escalas.


Na verdade lulas e celenterado. É claro que não podemos comparar com um
foguete.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Termodinâmica e Entropinos
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/12/2001 00:40

----- Original Message -----
From: "sergiotaborda"
Sent: Thursday, December 13, 2001 9:35 AM
Subject: [ciencialist] Re: Termodinâmica e Entropinos

> Bom, pode-se falar em força por unidade de massa, donde trabalho por
> unidade de massa. E acho que para o Calor poderás fazer algo do mesmo
> tipo.

Realmente pode-se. A questão que surge é: Até onde podemos interpretar esses
termos sem fugir do domínio da termodinâmica? Nada contra o "livre pensar"
e/ou o método de tentativa e erro, mas... sou um teorizador, lembras-te?

> Não contém calor, mas contém uma variação de energia. Se essa
> variação é do tipo dQ ou dW, isso depende dos efeitos que causa.

Lembro que um dos temas que deu origem a nossa polêmica estava relacionado à
questão de "se faz sentido falarmos em energia na termodinâmica",
utilizando para esta palavra o mesmo significado de energia adotado em
mecânica. Nossas opiniões foram divergentes a respeito e quero crer que
estás tentando apoiar-se no que pensas a respeito. Não tenho o que dizer a
não ser: Nada a declarar pois nada de novo surgiu desde então.

> Ela não contém "quente" mas contém energia. Energia quimica, mais que
> não seja. E por isso, contém Calor.
> Se bem que os quimicos não usam o U, pq não é prático. Mas usam
> propriedades de estado a pressão e temperatura contante.O que dá
> muito jeito.

Também aqui: Nada a declarar, pelos mesmos motivos acima assinalados.

> A questão é seja como for que o entropino é, o que me impede de
> apanhar alguns e voltar a juntá-los ao sistema, para que o processo
> seja reversivel?

Nada, a não ser uma improbabilidade natural do mesmo tipo daquelas que
vivenciamos no dia-a-dia. Quando, por exemplo, jogamos palitos para o ar,
não é de se esperar que eles venham a cair, de maneira organizada, dentro do
paliteiro. Qualquer reação acompanhada de atrito, a meu ver produz
entropinos que seguirão um destino similar: Não espere que retornem à sua
organização inicial pois isso, muito provavelmente jamais acontecerá, o que

não significa dizer que seria impossível.

O que tenho tentado expor é que esta improbabilidade é local mas não
universal. O aumento de entropia faz sentido, termodinamicamente falando,
quando estudamos sistemas termodinâmicos em contato com o ambiente onde
situamos nosso laboratório. O Universo como um todo não é *necessariamente*
entrópico. A gravitação universal tem meios, pelo menos em teoria, para
reverter a situação, o que significaria um reagrupamento de entropinos em
*novas* partículas elementares, destas que entram na constituição da matéria
macroscópica. O Universo pode se refazer e em decorrência dessa
possibilidade seria, a meu ver, eterno; esta renovação permanente do
Universo funciona como uma reversibilidade física no sentido em que a
variação da entropia do Universo seria sempre igual a zero. Mas isso não
significaria uma reversibilidade histórica, pois não há retorno no tempo.

Lembro que a entropia é uma grandeza definida para sistemas macroscópicos e
que a termodinâmica é uma teoria fenomenológica. Essa entropia, esse
constructo criado com a única finalidade de nos auxiliar no estudo dos
fenômenos físicos, pode até mesmo ser pensado como a flecha do tempo, no
sentido em que nos dá condições para distinguirmos, historicamente falando,
um "antes" de um "depois". Não obstante, essa é uma conclusão obtida quando
estudamos processos locais e quero crer que não será verdadeira à medida em
que ampliamos nosso sistema a ponto de englobarmos todo o Universo. Essa
historicidade poderá nos apontar o direcionamento da flecha do tempo, mas
não mais estará relacionada ao constructo entropia. Sequer o estudo desse
limite seria do âmbito da termodinâmica, da maneira como a vejo.

> > Mas... Qual dos dois copos é o teu sistema termodinâmico?

> Ambos. Podes pensar neles como a fonte quente a fonte fria de uma
> máquina que faz nada.

A termodinâmica quase sempre focaliza a atenção para um dos sistemas, que
seria o que chamei por "sistema termodinâmico". Ao pensares em uma das
fontes como sendo um sistema termodinâmico, este deixa de ser fonte e passa
a ser o objeto (ou sistema) de estudo propriamente dito. Por outro lado, se
focalizares tua atenção para o comportamento do conjunto de duas fontes
próximas e a temperaturas diferentes, e tais que exista um transporte de
calor de uma para a outra num intervalo de tempo a ser considerado como tal,
o teu sistema termodinâmico poderá ser uma das fontes, ou a outra ou, ainda,
ambas, porém, conforme o caso, a termodinâmica a ser empregada será uma
daquelas conhecidas como "termodinâmica dos processos irreversíveis". Nada
contra, desde que não extrapolemos conclusões obtidas neste terreno como
tendo sido obtidas seguindo-se o formalismo da "termodinâmica propriamente
dita".

> > Do ponto de vista termodinâmico existem sempre dois sistemas, o
> > sistema termodinâmico propriamente dito e o restante do universo (em
> > geral, o laboratório).

> Que não se chama de sistema, pq não existe um ambiente que o
> contenha :-)

Estás confundindo sistema com "sistema termodinâmico". Por outro lado, estás
utilizando-se de uma postura rígida e desnecessária com a única finalidade
de defender teus argumentos. Não posso afirmar que o Universo tenha limites
nítidos mas posso sim conceber o Universo como um sistema, ainda que fazendo
algumas abstrações. Por outro lado, e como deixei claro, o restante do
universo a que me referi via de regra pode ser pensado como sendo o
restante do laboratório, e é o que costumeiramente se faz.

> > Nem sempre é possível adotar essa conduta e conservar o formalismo
> > termodinâmico. O que não significa que não possamos estudar o
> > sistema sob outros pontos de vista, mas isso não será mais a chamada
> > termodinâmica propriamente dita.

> E dai? O que interessa é que explique o fenómeno.

Sim, mas existem as boas normas de narração científica a sugerirem que a
metodologia empregada deva ser referendada. Se adotas uma metodologia a
comportar uma "nova" termodinâmica, que isso fique bem explícito. Do
contrário não haverá mais diálogo pois, à medida em que não te fixas a nada,
encontrarás sempre uma área do conhecimento a justificar qualquer coisa que
tenhas dito.

> E se o fenómeno exige que seja um sistema aberto, que seja.

E que se utilize o formalismo adaptado às condições do problema.

> > Um sistema em expansão não é um sistema termodinâmico propriamente
> > dito.

> Eu não falei em expanção. A fronteira está sempre no mesmo 'sitiu'.

Nesse caso diria que estás criando uma fronteira hipotética com a *única
finalidade* de satisfazer teus argumentos.

> Portanto, o antes e o depois estão inerentes sempre a uma
> consideração de tempo termodinamico. Este tempo não precisa ser o dos
> relógios. Normalmente, é usada uma propridade qq. Como a temperatura
> (caso dos copos de água), ou o volume (caso do gás que expande) etc...
> E com essas propriedades defenimos o antes e o depois da nossa escala
> de tempo termodinâmico.

Na termodinâmica "clássica", "pura" ou "propriamente dita", não existe
escala de tempo. Na termodinâmica que estás querendo criar para defender
teus argumentos, não é impossível que consigas atingir esse objetivo. Não
obstante, quero crer que se o conseguires, encontrarás certamente um fator
de conversão a relacionar isso que chamas "tempo termodinâmico" com o tempo
utilizado em outras áreas da física. Logo, esta termodinâmica leva sim em
consideração o tempo e não tão somente o antes e o depois. Conseqüentemente,
não é esta a termodinâmica sobre a qual apoiei os argumentos que venho
debatendo e, assim sendo, não tenho nada a comentar.

> O durante é importante tb. Se durante o processo ele foi quasi-
> estático, o restultado é um estado reversivel. Se o processo não foi
> quasi-estático durante a alteração das propriedades de estado, ele é
> irreversivel. E esse quasi-estático referesse a uma pequena variação da
> propriedade considerada num intervalo de tempo de relógio. Ou não?

Não. Um processo quasi-estático é uma idealização, algo a ser utilizado em
experiências de pensamento. Um processo quasi-estático tem duração infinita
e o infinito não é mensurável.

Em certas condições, mas não seria este o caso em consideração (experiência
de pensamento), o infinito, em física, pode ser "medido" no laboratório como
um limite. E o ponto de "medição desse limite" varia de experiência para
experiência. Às vezes podemos considerar um segundo de tempo como
equivalente a um tempo infinito; em outros casos hipotéticos, um bilhão de
anos não seria suficiente para a obtenção dessa medida num tempo infinito.

> A termodinâmica do equilibrio e a do não equilibrio são termodinamica
> na mesma. Aquilo que define algo como sendo termodinâmico, é a
> aceitação dos principios da termodinâmica e não do tipo de conclusões
> que se tiram deles.

Pois é. Estou concluindo que as tuas afirmações não resistem a uma
confrontação com os princípios da termodinâmica propriamente dita. O que não
significa dizer que estás errado, apenas que estás te referindo a uma outra
termodinâmica, algo que aceita o tempo, aceita o "durante", aceita... Sei
lá! Aceita tudo que satisfaça teus argumentos, até mesmo a identidade
luz-calor. Ou seja, não aceita os princípios da termodinâmica clássica.

> Ele , entropino, só deixará de estar em equilibrio se:
> 1) o seu movimento for alterado
> 2) desapareça, provocando/ou por provocar uma acção em um outro qq
> sistema

Movimento lembra-me tempo e mecânica. Estou falando em termodinâmica
propriamente dita, aquela área de estudo que optou por um formalismo tal a
não se preocupar com tempo nem movimento. O tempo não é negado pela
termodinâmica, simplesmente é ignorado por ser desnecessário, graças a uma
opção conceitual. E os princípios da termodinâmica foram "construídos" de
maneira a se adaptarem a esta opção. Já que optas por opções diferentes,
pelo menos adaptes os princípios de modo a satisfazerem tuas opções. Aliás,
lembro que propus algo do gênero ao evoluir para uma nova termodinâmica
representacional.

> > Quero crer que sim. Do contrário, como iria eu supor que uma
> > infinidade de neutrinos mantém permanentemente acesa a "chama" do
> > big-bang?

> Não entendi a analogia. "chama"= não trabalho. Big-bang = ????

Interpretas tudo ao pé-da-letra? Sugiro que leias, de vez em quando, os
sonetos de Camões. Ele refere-se a outras "chamas" que não se enquadram nem
no conceito de calor nem no de trabalho. :-)

> > Se luz fosse calor não seria possível transformá-la totalmente em
> > trabalho, nem mesmo em teoria.

> Eu disse que não era confiável. Em teoria uma maquina pode ter 100%
> de rendimento (trnsformar 100% de uma energia noutra), mas isso nunca
> acontece na prática.

Em teoria uma máquina NÃO PODE transformar 100% de calor em trabalho, ou
seja, o rendimento de uma máquina térmica jamais contrariou o que observa-se
macroscopicamente como segundo princípio da termodinâmica.

> Como não ha tempo, eu posso considerar duas imagens fixas de um
> nucleo inteiro e um nucleo dividido, dentro de uma fronteira.
> E a pergunta é : para esta fronteira a energia interna do sistema
> (que é defenido pela sua fronteira e não pelo volume dos
> intervenientes) alterou-se?
> E a resposta, como sabes, é sim (libertou-se energia de ligação). E
> não precisei de mover a particula para lado nenhum.
> Quando o tempo passar e ela sair da fronteira do sistema, a pergunta
> é: A energia do sistema contido na fronteira alterou-se?
> E a resposta é sim. Mas de uma quantidade agora superior à de antes
> (comporta agora tb a energia contida na particula que saiu)

Não vou contestar as tuas idéias, apenas dizer que isso não é um problema
afeto ao que chamamos termodinâmica propriamente dita. Nada contra estudar a
física sobre vários de seus modelos ou formalismos mas o problema é que não
posso aceitar críticas às minhas idéias a apoiarem-se em hipóteses que não
assumi quando desenvolvi a teoria. Tu mesmo estranhastes quando afirmei que
os entropinos *poderiam* ser os neutrinos da física do século XX e, com
efeito, essa imagem, ainda que bastante provável, faz o papel de uma
hipótese extra, não aderente às demais e a criar um risco desnecessário para
a teoria (e em nenhum momento assumi este risco, apenas apontei uma
similaridade).

[ ]'s
Alberto
http://ecientificocultural.com (inglês)
http://ecientificocultural.com/indice.htm (português)



SUBJECT: Re: Roda: Porque só a roda?
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/12/2001 06:21

--- In ciencialist@y..., Rodrigo Cunha <rnbc@r...> wrote:
> Entretanto conheço uma pessoa que fez um traumatismo craneano a
> perseguir avestruzes num jipe, simplesmente porque o terreno era
> bastante acidentado, cheio de pedras soltas e buracos, e também
arbustos
> grandes... e num buraco maior ele bateu com a cabeça no tecto. Eu
nunca
> as vi correr ao vivo em áfrica mas quem viu diz que é muito perigoso
> persegui-las de jipe porque elas correm a cerca de 70km/h e o
terreno é
> geralmente muito ruim.


Mas se você perseguir as avestruzes a cavalo, vai magoar outras
partes, tão sensíveis quanto a cabeça... :). Melhor talvez perseguir
as avestruzes de balão ou helicóptero. melhor ainda, porque não
deixamos as avestruzes em paz?

[]´s

André



>
>
> --
> email (same address): rnbc@r... or rnbc@r...
> homepage: http://rnbc.pt.eu.org/~rnbc
> IRC: r0 (PT-Net and IRC-Net and sometimes UnderNet)



SUBJECT: Re: logica Jedi
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/12/2001 07:53


> Como seria o mundo se fosse realmente possível prever o futuro?

Não sei. Mas sei que um mundo onde se sabe ler a mente do outro seria
um desastre. Isto se todos o soubessem fazer. Pensando que apenas
alguns o sabiam fazer, tal como tudo, tem a sua utilidade boa e a sua
utilidade má. A boa, seria por exemplo saber se determinada pessoa
cometeu determinado crime. Ao mesmo tempo esta utilidade é má se se
confiar demasiado na palavra do vidente.

Mas o que é prever o futuro ?
Prever acções a curto parazo (10 min, digamos) , a longo prazo (1
mês , 1 ano) ou a qq prazo (2000 anos) ?

> Um mundo em que a paranormalidade fosse real seria completamente
diferente
> do mundo que conhecemos. Em particular, uma das capacidades
paranormais
> mais contrárias à nossa lógica seria a clarividência, a capacidade
de
> prever o futuro.

Depende da lógica :-))


> Star Wars (...) há um esforço perceptível em atribuir certa lógica
a este
> universo fantasioso-tecnológico em que é possível prever o futuro,
usar
> telecinese e esperar que a 'Força esteja do nosso lado' ao mesmo
tempo em
> que se viaja pelo hiperespaço para chegar a Estrelas da Morte
movidas por
> reatores nucleares.

Mas uma coisa não anula a outra.

> A incongruência mais aparente e curiosa em Star Wars é que em um
mundo
> repleto de alta tecnologia, uma elite guerreira representada pelos
> cavaleiros Jedi usa espadas - ou melhor, sabres de luz - ao invés
de armas
> avançadas, como uma pistola laser superpotente ou uma metralhadora
> inteligente.

um sabre de luz é bem avançado :-)

> O nome 'Jedi' (lê-se, como todos sabem, 'djedái') é uma corruptela
criada
> por George Lucas do termo japonês 'Jidai Geki' (lê-se 'djidái
gueki'), que
> eram romances sobre o Japão feudal que geralmente envolviam nobres
> samurais seguindo o bushidô, um rígido código moral. Muito da
fantasia de
> Star Wars, principalmente os cavaleiros Jedi, é referência clara
aos Jidai
> Geki e ao bushidô. Mas é irônico notar que no Japão real, ao
contrário de
> em Star Wars, as armas de fato acabaram substituindo a espada
praticamente
> assim que foram introduzidas no cenário de combate.

Isso se deveu tb à dissolução dos códigos, à morte dos bushidô e
outros promenores politicos numa época de guerra civil.
As espadas desapareceram pq desapareceram quem as usava.
Aqueles que não sabiam manejar espadas adoptaram armas mais simples
como as armas de fogo


> Essa razão também explicaria como eles conseguem se desviar ou
> até rebater tiros de laser que viajam à velocidade luz.
> Tudo isto ocorre
> porque os cavaleiros Jedi têm a capacidade de prever o futuro.

Sempre pensei que fosse por terem muito bons reflexos.

Como podem
> prever o futuro, podem se desviar de tiros antes mesmo que eles
sejam
> disparados, o que lhes dá tempo para calcular uma seqüência de
movimentos
> que permita o desvio de diversos disparos laser.

Ahumm... se eles podem prever o futuro, eles podem logo prever quem
vai ganhar e o combate seria inutil.
Eles podem então, tlv, antever algumas acções. Mas isso advém de
treino , tal como os samurais, e não de capacidades extra-sensoriais.


> Cabe ao fim deste artigo um adendo, escrito por Ricardo Bittencourt:
>
> Hoje em dia é muito fácil achar Jedis, basta ir para a Inglaterra.
No
> censo do ano passado, você podia preencher o campo de "religião"
com "any
> other religion, please write in", e especificar qual a sua outra
> religião. Acontece que muita, mas muita gente preencheu o tal campo
com
> "Jedi". Para o censo do ano que vem, Jedi já virá incluído no
cadastro
> oficial de religiões

Logo vi que tinha de ser alguma coisa destas... se todos escrevessem
Orangutangos, haveria uma nova espécie de humanos... os humanos
orangutangos

Mas pensava que a religião Jedi, tinha começado na Austrália....


[]

Sérgio



SUBJECT: Re: [ciencialist] logica Jedi
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/12/2001 16:02

Marcelando e Kunimotando ........

Bota um Jedi a uns 8 metros de mim (com sua espada e tudo mais que tenha direito), em campo aberto, e me dá um lança-chamas de bico-borboleta. Se ele souber realmente prever algum futuro próximo sem dúvida irá ver um churrasco a la Jedi!

[]'
Léo
===========

-----Mensagem Original-----
De: "Procopio Lummertz" <procopio@dow.fisica.ufsc.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 18 de dezembro de 2001 22:14
Assunto: [ciencialist] logica Jedi


Esta saiu no 700km, me parece uma análise interessante e bem fundamentada
sobre o que parecia apenas uma boa ficção.

700km = http://www.700km.com.br

A LÓGICA JEDI
Marcelo Kunimoto (kunimoto@700km.com.br)

Como seria o mundo se fosse realmente possível prever o futuro? Segundo os
que alegam que podem prever o futuro, o mundo seria exatamente
----------------------------



SUBJECT: Re: [ciencialist] Luz negra
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/12/2001 17:31

On Mon, 17 Dec 2001, Peterson Leal wrote:
> Gostaria que alguém pudesse me dizer porque a chamada "luz negra"
> (encontrada geralmente em boates e casas de shows noturnas) tem a
> propriedade de ficar totalmente embaçada quando olhamos para ela, e porque
> destaca a cor branca em detrimento das outras.

Porque a luz negra emite na banda do ultra-violeta. Se for UV próximo à
luz visível poderemos perceber a luz mas não enxergar plenamente e a cor
branca das roupas é branca justamente por causa da componente UV [o branco
reflete UV em todas as direções inclusive para dentro da roupa], assim
como os tecidos sintéticos pretos que só são pretos por causa do UV, se vc
usar um óculos com proteção a UV [fator 100, 400 ou mais] e olhar para
tecidos sintéticos pretos sob a luz solar eles se tornam marrons
[avermelhado/arroxeado, depende do tecido]. Cabelos pintados de vermelho
se tornam flamejantes mas o branco não fica tão evidente.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
One Ring to rule them all



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Roda: Porque só a roda?
FROM: Rodrigo Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/12/2001 22:14

andrediasbaptista wrote:
> Mas se você perseguir as avestruzes a cavalo, vai magoar outras
> partes, tão sensíveis quanto a cabeça... :). Melhor talvez perseguir
> as avestruzes de balão ou helicóptero. melhor ainda, porque não
> deixamos as avestruzes em paz?

Sem dúvida! E duvido que algum cavalo pudesse correr sem se magoar
naquele tipo de terrenos, com ou sem cavaleiro. No entanto a discussão
original era: porque não rodas em vez de patas, e o facto é que na
maioria dos terrenos naturais as patas são bem mais eficazes...

--
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SUBJECT: Vacina - FSP - Painel do leitor - 18/12/01
FROM: Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo@alternex.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/12/2001 22:18


LabConsS - www.ufrj.br/consumo

>Vacina
>
>
>"A reportagem "Vacina com baixa eficácia cria parasita mais mortal"
>(Ciência, pág. A18, 13/12) é uma vergonha. Qualquer estudante da área de
>ciências biológicas que discuta o controle de parasitos sabe disso. Isso não
>é novidade. Ou então é novidade para a Folha. Se for, é péssimo. A
>reportagem deveria procurar cientistas brasileiros para dar notícias úteis
>sobre desenvolvimento científico, pesquisas etc. Não apresentem como
>novidade o que é conhecimento corriqueiro."
>Domingos de Azevedo Oliveira (São Paulo, SP)
>
>Nota da Redação - A reportagem criticada baseou-se em pesquisa aceita para
>publicação na prestigiada revista científica britânica "Nature", que submete
>os trabalhos ao crivo de especialistas da área.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: logica Jedi
FROM: "airsmither" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/12/2001 00:24

--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> Marcelando e Kunimotando ........
>
> Bota um Jedi a uns 8 metros de mim (com sua espada e tudo mais que
tenha direito), em campo aberto, e me dá um lança-chamas de bico-
borboleta. Se ele souber realmente prever algum futuro próximo sem
dúvida irá ver um churrasco a la Jedi!

hehehe... Mas levando a sério, nesse caso o Jedi poderia prever seu
ato e assim poderia fugir, evitando o encontro. Tudo isso implicaria
que um Jedi estaria muitas vezes fugindo para não ser morto pelos
diversos meios que podemos imaginar de matá-lo. Eventualmente ele não
conseguirá fugir de alguma emboscada, e isso eu citei no texto. Mas
tudo isso torna muito difícil a matança sistemática de Jedis, que na
historinha seriam guard~iões do "Bem".

Isso também indica que nessa lógica, é bom que os Jedis saibam se
defender muito bem para não precisar sair correndo toda hora. Há uma
lógica aqui... eu acho, uma lógica jedi :)

O ponto de texto é transmitir a idéia de que a clarividência muda
muita coisa - se fosse real e concreta. Porque no mundo moderno,
realmente, se você quer matar alguém é só arranjar uma boa arma ou
bomba. POr isso, pessoas importantes ficam isoladas do mundo externo
cheias de seguranças.

Abraço,

MK
http://ceticismoaberto.cjb.net



SUBJECT: Re: logica Jedi
FROM: "airsmither" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/12/2001 00:49

--- In ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@e...> wrote:
> Mas o que é prever o futuro ?
> Prever acções a curto parazo (10 min, digamos) , a longo prazo (1
> mês , 1 ano) ou a qq prazo (2000 anos) ?

É, há uma inconsistência básica na lógica apresentada que é inerente
à clarividência. Implica-se que haja algo como uma capacidade
limitada de prever eventos importantes, mas a própria capacidade de
PODER FAZER algo a partir deste conhecimento e por exemplo evitar
este evento importante (como o próprio assassinato) implica em si que
a clarividência não poderia ser precisa a longo prazo.
O texto lida com uma espécie imprecisa de clarividência, segundo a
qual a todo momento vc teria uma espécie de sensação tênue sobre algo
importante a ocorrer. É assim que os videntes descrevem suas visões,
mas mesmo assim no texto foi apresentado como seria se essas
sensações fossem realmente consistentes e capazes de prever algo
importante ao vidente como por exemplo seu assassinato.

> > Star Wars (...) há um esforço perceptível em atribuir certa
lógica
> a este
> > universo fantasioso-tecnológico em que é possível prever o
futuro,
> usar
> > telecinese e esperar que a 'Força esteja do nosso lado' ao mesmo
> tempo em
> > que se viaja pelo hiperespaço para chegar a Estrelas da Morte
> movidas por
> > reatores nucleares.
>
> Mas uma coisa não anula a outra.

Não sei não, no final um dos dois fatores deveria ser predominante.
Ou se descobre que na verdade a energia nuclear é uma força mística
suscetível à influência da mente ou se descobre que se a força da
mente existe ela é fruto de algo físico e concreto como, por exemplo,
midi-chlorians :)
Ou o Universo é místico e arbitrário ou é possível descobrir leis
naturais consistentes através da ciência. Mas Star Wars é fantasia...
George Lucas não fundou nenhuma religião, é o pessoal que está
fazendo uma brincadeira.

> > A incongruência mais aparente e curiosa em Star Wars é que em um
> mundo
> > repleto de alta tecnologia, uma elite guerreira representada pelos
> > cavaleiros Jedi usa espadas - ou melhor, sabres de luz - ao invés
> de armas
> > avançadas, como uma pistola laser superpotente ou uma metralhadora
> > inteligente.
>
> um sabre de luz é bem avançado :-)

O sabre de luz seria o ápice de uma arma branca, mas ainda é uma arma
branca. Se é para incrementar, deveria ser mais eficaz possuir uma
arma de fogo como uma pistola ou metralhadora laser. Basta imaginar
como os sabres de luz poderiam ser se eles pudessem ter seu
comprimento estendido indefinidamente, tornando-se na prática uma
espécie de arma laser.

> > O nome 'Jedi' (lê-se, como todos sabem, 'djedái') é uma
corruptela
> criada
> > por George Lucas do termo japonês 'Jidai Geki' (lê-se 'djidái
> gueki'), que
> > eram romances sobre o Japão feudal que geralmente envolviam nobres
> > samurais seguindo o bushidô, um rígido código moral. Muito da
> fantasia de
> > Star Wars, principalmente os cavaleiros Jedi, é referência clara
> aos Jidai
> > Geki e ao bushidô. Mas é irônico notar que no Japão real, ao
> contrário de
> > em Star Wars, as armas de fato acabaram substituindo a espada
> praticamente
> > assim que foram introduzidas no cenário de combate.
>
> Isso se deveu tb à dissolução dos códigos, à morte dos bushidô e
> outros promenores politicos numa época de guerra civil.
> As espadas desapareceram pq desapareceram quem as usava.
> Aqueles que não sabiam manejar espadas adoptaram armas mais simples
> como as armas de fogo

Vc complementou a idéia, mas no fundo permanece q as espadas deixaram
de ser a base da estrutura social e da própria cultura japonesa por
causa das armas de fogo. Pela própria justificativa q vc deu, as
armas de fogo mostraram como o bushidô centrado na espada não
compensava comparado a treinar pessoas para usar armas de fogo.

> > Essa razão também explicaria como eles conseguem se desviar ou
> > até rebater tiros de laser que viajam à velocidade luz.
> > Tudo isto ocorre
> > porque os cavaleiros Jedi têm a capacidade de prever o futuro.
>
> Sempre pensei que fosse por terem muito bons reflexos.

Mas por melhor reflexos q vc tenha, não é possível se desviar de algo
à velocidade luz... Só se vc conseguir prever o futuro :)

> Como podem
> > prever o futuro, podem se desviar de tiros antes mesmo que eles
> sejam
> > disparados, o que lhes dá tempo para calcular uma seqüência de
> movimentos
> > que permita o desvio de diversos disparos laser.
>
> Ahumm... se eles podem prever o futuro, eles podem logo prever quem
> vai ganhar e o combate seria inutil.

Se a clarividência é por definição incapaz de ser exata se vc pode
reagir a partir das previsões que vc faz, isso torna um combate corpo
a corpo uma incerteza per se. No máximo, segundo essa lógica, vc
poderia ter alguma noção de quem ganharia, mas seria impossível ter
certeza justamente porque vc estará reagindo a todo momento às
próprias previsões que faz, efetivamente tornando-as incorretas.
É importante notar como um bangue-bangue tem menos dessas
interferências. Talvez seja bom explicar dessa forma: um bangue-
bangue tem menos INTERAÇÕES entre os combatentes que uma luta de
espadas. Entendendo isso, deve dar para entender que um bangue-bangue
sofisticado também poderia tornar inútil a clarividência, que por
definição já é limitada.
Estes aspectos eu deveria ter incluído no texto para deixar a lógica
mais consistente e bem explicada, mas ia ficar muito comprido.

> Eles podem então, tlv, antever algumas acções. Mas isso advém de
> treino , tal como os samurais, e não de capacidades extra-
sensoriais.

Olha, isso tudo é só especulação, um mergulha na fantasia de Star
Wars, mas não sou eu que diz que Jedis têm clarividência. Isso é
parte das próprias histórias de Star Wars. Basta lembrar do Yoda e
como o Luke Skywalker é aquele que foi proefeitzado como que daria
equilíbrio à Força.

Até mais,

MK
http://ceticismoaberto.cjb.net



SUBJECT: Re: logica Jedi
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/12/2001 07:57


> > > Star Wars (...) há um esforço perceptível em atribuir certa
> lógica
> > a este
> > > universo fantasioso-tecnológico em que é possível prever o
> futuro,
> > usar
> > > telecinese e esperar que a 'Força esteja do nosso lado' ao
mesmo
> > tempo em
> > > que se viaja pelo hiperespaço para chegar a Estrelas da Morte
> > movidas por
> > > reatores nucleares.
> >
> > Mas uma coisa não anula a outra.
>
> Não sei não, no final um dos dois fatores deveria ser predominante.

Não vejo porquê.
É o mesmo que comparar o nº de pessoas que gosta de azul com o nº de
pessoas que não come carne de porco.
Não ha correlação das duas.

> Ou se descobre que na verdade a energia nuclear é uma força mística
> suscetível à influência da mente ou se descobre que se a força da
> mente existe ela é fruto de algo físico e concreto como, por
exemplo,
> midi-chlorians :)
> Ou o Universo é místico e arbitrário ou é possível descobrir leis
> naturais consistentes através da ciência.

Ha aqui uma falta de congruência. O universo pode ser regido por
leis, e essas leis serem naturais, e ainda assim existir energia
nuclear e 'força da mente'.
Se a força da mente existe, ela é natural. Mesmo aquilo que é
construido - que não é o caso, mas é só para explicar que se existe -
é natural.
Pode-se saber que a força da mente existe, sem saber a sua causa.
Por isso a predominancia de que falas não tem de acontecer.

Nós existimos e não sabemos pq.

> > um sabre de luz é bem avançado :-)
>
> O sabre de luz seria o ápice de uma arma branca, mas ainda é uma
arma
> branca. Se é para incrementar, deveria ser mais eficaz possuir uma
> arma de fogo como uma pistola ou metralhadora laser. Basta imaginar
> como os sabres de luz poderiam ser se eles pudessem ter seu
> comprimento estendido indefinidamente, tornando-se na prática uma
> espécie de arma laser.

Mas exactamente pq é confinado no espaço é que é avançado.
Fazer lasers que se estendem infinitamente, é corriqueiro. Desses ha
por ai aos pontapés.

> > > Essa razão também explicaria como eles conseguem se desviar ou
> > > até rebater tiros de laser que viajam à velocidade luz.
> > > Tudo isto ocorre
> > > porque os cavaleiros Jedi têm a capacidade de prever o futuro.
> >
> > Sempre pensei que fosse por terem muito bons reflexos.
>
> Mas por melhor reflexos q vc tenha, não é possível se desviar de
algo
> à velocidade luz... Só se vc conseguir prever o futuro :)

Não sei ,não sei... na me convence totalmente que essa seja a unica
solução. Existem soluções mais simples que não implicam em ver o
futuro.
Mas tb, "futuro" é algo vago de definir


> Se a clarividência é por definição incapaz de ser exata

Então isso a torna uma espécie de Intuição. A intuição é que a gente
tem sem saber como e sem poder ser muito exacto no que significa, nem
em conseguir explicar o que se sentiu.
A clarividencia (=visão clara) é algo mais forte. A clarividência
deveria ser por definição (-depende de que conjunto de permissas
estamos usando-) exacta, ou pelo menos mais exacta que intuição.

Se eu vou na rua e me afasto "sem querer" e de repende passa um carro
a 200km/h por mim sem em tocar, isso é intuição. Se eu me afasto pq
sei que vem ai um carro a 200km/h isso é clarividência.
(o exemplo não o melhor mas é só para chamar a atenção para que a
clarividencia implica 'ver'. Aquilo que os profetas chamam
de "visão", e que é relatado normalmente como "eu vi que...")


> > Eles podem então, tlv, antever algumas acções. Mas isso advém de
> > treino , tal como os samurais, e não de capacidades extra-
> sensoriais.
>
> Olha, isso tudo é só especulação, um mergulha na fantasia de Star
> Wars, mas não sou eu que diz que Jedis têm clarividência.

Bom, eu não vi o ultimo filme SW-Episode 1, por isso não sei como a
coisa vai. Mas nos 3 filmes anteriores isso nunca foi mencionado.
Digo isto pq a frase seguinte:

> Basta lembrar do Yoda e
> como o Luke Skywalker é aquele que foi proefeitzado como que daria
> equilíbrio à Força.

não indica nenhuma clarividencia ou previsão do futuro, qq que seja,
por parte dos Jedi que os permita se desviar dos lasers.
No máximo indica uma profecia, sem identificar quem a fez. Ou seja,
um mito. Exactamente igual ao de tantas outras historias, e igual à
profecia que um dia o Mensageiro de Deus, virá para equilibrar a luta
entre o Bem e o Mal.
:-))


[]

Sérgio




SUBJECT: Re: Roda: Porque só a roda?
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/12/2001 14:31

--- In ciencialist@y..., Rodrigo Cunha <rnbc@r...> wrote:
> andrediasbaptista wrote:
> > Mas se você perseguir as avestruzes a cavalo, vai magoar outras
> > partes, tão sensíveis quanto a cabeça... :). Melhor talvez
perseguir
> > as avestruzes de balão ou helicóptero. melhor ainda, porque não
> > deixamos as avestruzes em paz?
>
> Sem dúvida! E duvido que algum cavalo pudesse correr sem se magoar
> naquele tipo de terrenos, com ou sem cavaleiro. No entanto a
discussão
> original era: porque não rodas em vez de patas, e o facto é que na
> maioria dos terrenos naturais as patas são bem mais eficazes...
>

Mesmo assim eu ainda gostaria de ter rodas. Mesmo que fossem apenas
rodas passivas, para se usar apenas nas descidas. O cavalo poderia
ter rodinhas no joelho, assim ele poderia usar as pernas normalmente
e usar as rodinhas ajoelhado, para aproveitar as descidas. Se os
animais tivessem sido desenhados por um ser inteligente certamente
teriam rodinhas e outras partes giratórias, como hélices. O urso
polar poderia ter esquis. O problema mesmo são as restrições impostas
pelo processo de seleção natural.

[]´s

André



SUBJECT: Re: Roda: Porque só a roda?
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/12/2001 18:13

--- In ciencialist@y..., "andrediasbaptista" <andrebaptista@u...>
wrote:
> Os maiores animais voadores conhecidos foram o "quetzocoatls" (ou
> alguma coisa assim), um réptil voador do cretáceo com 12 m de
> envergadura e a "argentavis" (uma águia argentina do cenozóico) com
> uns 9 m. Ambos tinham uma massa aproximada de 100 kg, o que
> provavelmente pode ser visto como um limite máximo para o vôo.

Dos quetzalcoatls é discutível se eram mesmo capazes de um
vôo batido. Não possuíam quilhas em q. ancorar músculos
mais desenvolvidos como os das aves. É possível q. fossem
uma espécie de pipas (quadrados, papagaios) vivas - lançando
em vôo planado sob ação de ventos.

Qto a maior ave voadora atual mantenho q. é uma espécie de cegonha --
na verdade não exatamente uma cegonha, mas um membro de uma família
relacionada:

http://www.birds.cornell.edu/schoolyard/all_about_birds/fun_with_birds
/cool_facts.htm

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: logica Jedi
FROM: "airsmither" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/12/2001 20:59

--- In ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@e...> wrote:
> > Ou se descobre que na verdade a energia nuclear é uma força
mística
> > suscetível à influência da mente ou se descobre que se a força da
> > mente existe ela é fruto de algo físico e concreto como, por
> exemplo,
> > midi-chlorians :)
> > Ou o Universo é místico e arbitrário ou é possível descobrir leis
> > naturais consistentes através da ciência.
>
> Ha aqui uma falta de congruência. O universo pode ser regido por
> leis, e essas leis serem naturais, e ainda assim existir energia
> nuclear e 'força da mente'.
> Se a força da mente existe, ela é natural. Mesmo aquilo que é
> construido - que não é o caso, mas é só para explicar que se
existe -
> é natural.
> Pode-se saber que a força da mente existe, sem saber a sua causa.
> Por isso a predominancia de que falas não tem de acontecer.
>
> Nós existimos e não sabemos pq.

Acho q não estamos nos entendendo, eu disse exatamente isso...
Eu havia dito que ou o Universo é regido por leis naturais e o que
parece místico e sobrenatural é na verdade uma falta de compreensão
destas leis ou o Universo é arbitrário e apenas parece ter leis
casuais.
Haveria assim uma predominância:ou o Universo é coerente ou não.

> > > um sabre de luz é bem avançado :-)
> >
> > O sabre de luz seria o ápice de uma arma branca, mas ainda é uma
> arma
> > branca. Se é para incrementar, deveria ser mais eficaz possuir
uma
> > arma de fogo como uma pistola ou metralhadora laser. Basta
imaginar
> > como os sabres de luz poderiam ser se eles pudessem ter seu
> > comprimento estendido indefinidamente, tornando-se na prática uma
> > espécie de arma laser.
>
> Mas exactamente pq é confinado no espaço é que é avançado.
> Fazer lasers que se estendem infinitamente, é corriqueiro. Desses
ha
> por ai aos pontapés.

Sendo confinado no espaço, o sabre de luz é uma arma branca... É esse
o ponto, o sabre de luz não é uma arma de fogo. O exemplo sobre ele
se estender indefinidamente seria para demonstrar que se ele fizesse
isso, seria na prática uma arma de fogo, uma 'arma laser' comum.

> Não sei ,não sei... na me convence totalmente que essa seja a unica
> solução. Existem soluções mais simples que não implicam em ver o
> futuro.
> Mas tb, "futuro" é algo vago de definir

Não creio que seja assim... Se o tiro viaja à velocidade luz, não há
como saber onde ele chegará até que ele chegue. Se pensarms que o
Jedi pode adivinhar onde será dado o tiro através dos movimentos da
~pistola pouco antes do tiro, bastaria introduzir um sistema que
tornaria a mira um tanto randômica, efetivamente tornando a mira
*relativamente* independente e imprevisível em relação à pistola.

> > Se a clarividência é por definição incapaz de ser exata
>
> Então isso a torna uma espécie de Intuição. A intuição é que a
gente
> tem sem saber como e sem poder ser muito exacto no que significa,
nem
> em conseguir explicar o que se sentiu.
> A clarividencia (=visão clara) é algo mais forte. A clarividência
> deveria ser por definição (-depende de que conjunto de permissas
> estamos usando-) exacta, ou pelo menos mais exacta que intuição.
>
> Se eu vou na rua e me afasto "sem querer" e de repende passa um
carro
> a 200km/h por mim sem em tocar, isso é intuição. Se eu me afasto pq
> sei que vem ai um carro a 200km/h isso é clarividência.
> (o exemplo não o melhor mas é só para chamar a atenção para que a
> clarividencia implica 'ver'. Aquilo que os profetas chamam
> de "visão", e que é relatado normalmente como "eu vi que...")

É um tanto complicado. Da forma como eu vejo Star Wars, eles têm
clarividência a respeito de tiros, que são eventos que poderiam ser
classificados de simples. Talvez isso seja uma prerrogativa errônea,
mas o que me parece é que um tiro é menos complexo de prever que uma
luta corporal onde o clarividente interfere diretamente nas próprias
previsões diversas vezes.
No caso do carro, o Jedi teria certeza que ele passaria, porque seria
um evento que não envolve diretamente as decisões dele. Agora, no
caso de uma luta corporal, o Jedi não pode ter clarividência, o
máximo que ele pode ter é uma intuição, como vc atenta. E este é
justamente o sentido do texto que escrevi...

> > > Eles podem então, tlv, antever algumas acções. Mas isso advém
de
> > > treino , tal como os samurais, e não de capacidades extra-
> > sensoriais.
> >
> > Olha, isso tudo é só especulação, um mergulha na fantasia de Star
> > Wars, mas não sou eu que diz que Jedis têm clarividência.
>
> Bom, eu não vi o ultimo filme SW-Episode 1, por isso não sei como a
> coisa vai. Mas nos 3 filmes anteriores isso nunca foi mencionado.
> Digo isto pq a frase seguinte:
>
> > Basta lembrar do Yoda e
> > como o Luke Skywalker é aquele que foi proefeitzado como que
daria
> > equilíbrio à Força.
>
> não indica nenhuma clarividencia ou previsão do futuro, qq que
seja,
> por parte dos Jedi que os permita se desviar dos lasers.
> No máximo indica uma profecia, sem identificar quem a fez. Ou seja,
> um mito. Exactamente igual ao de tantas outras historias, e igual à
> profecia que um dia o Mensageiro de Deus, virá para equilibrar a
luta
> entre o Bem e o Mal.
> :-))

Bem, nós podemos ver assim, mas Yoda tem CERTEZA que o sujeito
chegará. É uma profecia, vc está certo, isso não seria clarividência.
Yoda não deve achar q isso seria um mito. Mas isso já é discutir
coisa que não tem muito a ver...

[]'s

MK
http://ceticismoaberto.cjb.net



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Roda: Porque só a roda?
FROM: Rodrigo Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/12/2001 22:08

rmtakata wrote:
> Dos quetzalcoatls é discutível se eram mesmo capazes de um
> vôo batido. Não possuíam quilhas em q. ancorar músculos
> mais desenvolvidos como os das aves. É possível q. fossem
> uma espécie de pipas (quadrados, papagaios) vivas - lançando
> em vôo planado sob ação de ventos.

Os morcegos também não possuem quilhas nem ossos ocos e no entanto são
excelentes voadores e competem eficazmente com os pássaros na outra
metade do dia, embora passem bastante despercebidos à maioria de nós por
causa disso mesmo.

> Qto a maior ave voadora atual mantenho q. é uma espécie de cegonha --
> na verdade não exatamente uma cegonha, mas um membro de uma família
> relacionada:

Com 21Kg o peso é realmente superior aos dos pelicanos: 15kg.
(mas lembro-me de ter ouvido falar em 17... será que estou errado?)

http://www.ecocanada.com/redberry/project/species.htm

Vejam a ultima espécie nessa página: "Eastern (Great) White Pelican"

--
email (same address): rnbc@rnbc.pt.eu.org or rnbc@rnl.ist.utl.pt
homepage: http://rnbc.pt.eu.org/~rnbc
IRC: r0 (PT-Net and IRC-Net and sometimes UnderNet)


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Roda: Porque só a roda?
FROM: "M. A. Guimarães" <xb612@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/12/2001 23:38


Vela o link daq ciência hoje;


http://www.uol.com.br/cienciahoje/ch/ch178/ptero.htm

No artigo parece não haver referência aos Quetzalcoatlus, porem no fina há
um link para o ptero.pdf onde fala-se desse bicho


----- Original Message -----
From: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, December 20, 2001 6:13 PM
Subject: [ciencialist] Re: Roda: Porque só a roda?


> --- In ciencialist@y..., "andrediasbaptista" <andrebaptista@u...>
> wrote:
> > Os maiores animais voadores conhecidos foram o "quetzocoatls" (ou
> > alguma coisa assim), um réptil voador do cretáceo com 12 m de
> > envergadura e a "argentavis" (uma águia argentina do cenozóico) com
> > uns 9 m. Ambos tinham uma massa aproximada de 100 kg, o que
> > provavelmente pode ser visto como um limite máximo para o vôo.
>
> Dos quetzalcoatls é discutível se eram mesmo capazes de um
> vôo batido. Não possuíam quilhas em q. ancorar músculos
> mais desenvolvidos como os das aves. É possível q. fossem
> uma espécie de pipas (quadrados, papagaios) vivas - lançando
> em vôo planado sob ação de ventos.
>
> Qto a maior ave voadora atual mantenho q. é uma espécie de cegonha --
> na verdade não exatamente uma cegonha, mas um membro de uma família
> relacionada:
>
> http://www.birds.cornell.edu/schoolyard/all_about_birds/fun_with_birds
> /cool_facts.htm
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
>
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> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
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>



SUBJECT: Re: logica Jedi
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/12/2001 08:01

> Eu havia dito que ou o Universo é regido por leis naturais e o que
> parece místico e sobrenatural é na verdade uma falta de compreensão
> destas leis ou o Universo é arbitrário e apenas parece ter leis
> casuais.
> Haveria assim uma predominância:ou o Universo é coerente ou não.

O Universo é coerente. Se não fosse não existiria mais.
Saber que coerencia é essa, é que é dificil, de facto.

> > Não sei ,não sei... na me convence totalmente que essa seja a
unica
> > solução. Existem soluções mais simples que não implicam em ver o
> > futuro.
> > Mas tb, "futuro" é algo vago de definir
>
> Não creio que seja assim... Se o tiro viaja à velocidade luz, não

> como saber onde ele chegará até que ele chegue.

Parece-me que este é o unico ponto em que discordo.
As armas "laser" do SW não são diferentes das armas de balas dos
Cowboys. E nunca vi ninguem dizer que os cowboys se afastavam das
balas pq tinham clarividência. Com a vantagem de os 'lasers' dos SW
se veêm e as balas não se veêm.
Do ponto de vista do movimento, o projectil que sai da arma é
confinado no espaço. É portanto possivel saber onde ele está.
Mas o problema para se afastar dele, não é saber onde ele está, mas
que direcção tomará quando for disparado. E para saber isto, basta
olhar o cano da arma e ver como está orientado, como referes.
Claro que para ser "bom" a fazer isto é preciso prática e treino.

Agora, à problema que eles defletem os tiros com as espadas como se
fossem um escudo. Devo dizer que a primeira vez que isso se viu foi
em jogos de pc da guerra das estrelas. No filme novo isso aparece.
Ora sabendo a direcção, tendo atenção quando o adversário dispara,
sabemos quando o tiro vai chegar. Lembro que aqueles 'lasers' não o
são no verdadeiro sentido da palavra e não se deslocam à velocidade
da luz. Se o fizessem não se veriam, e nem sequer veriamos o "risco
de laser" no filme. Ok, que é tudo efeitos especiais, mas estamos
raciocinando na base de que aconteceria mesmo assim.
Portanto, o argumento que os tiros são muito rápidos e que só vendo o
futuro se poderiam desviar, não é necessário. Porque os tiros não são
tão rápidos assim.


> Se pensarms que o
> Jedi pode adivinhar onde será dado o tiro através dos movimentos da
> ~pistola pouco antes do tiro, bastaria introduzir um sistema que
> tornaria a mira um tanto randômica, efetivamente tornando a mira
> *relativamente* independente e imprevisível em relação à pistola.

Mas isso não é feito no universo das SW.
No filme "o 5º Elemento" existe uma arma com memória que dispara
balas com memória. Depois de fixado um alvo, as balas dirigem-se a
ele, mesmo que sejam disparadas na direcção oposta.
Isto sim é dificil de prevêr.
É ?
Não é. Porque sendo tu o alvo tu sabes que mais tarde ou mais cedo as
balas estaram a uma certa distancia de ti. E portanto impedindo de
alguma forma que elas passam uma determinada fronteira, tens a
certeza que elas nunca te atingiram.

Portanto o truque está aqui: tu não sabes donde o tiro é disparado,
mas sabes que és o alvo. Portanto sabes a direcção, e basta te
desviar dela. Claro que fazer isto é preciso ser especial, muito
treino, ' que a Força esteja conosco', mas não é necessárimente
preciso ter clarividência.

Portanto, como dizes: se eles tiverem clarividência, faz sentido que
seja assim. Mas mesmo não a tendo, faz sentido na mesma.

> É um tanto complicado. Da forma como eu vejo Star Wars, eles têm
> clarividência a respeito de tiros, que são eventos que poderiam ser
> classificados de simples.

Sim.

>Talvez isso seja uma prerrogativa errônea,
> mas o que me parece é que um tiro é menos complexo de prever que
uma
> luta corporal onde o clarividente interfere diretamente nas
próprias
> previsões diversas vezes.

Sim. Eu concordo com isso.

> > No máximo indica uma profecia, sem identificar quem a fez. Ou
seja,
> > um mito. Exactamente igual ao de tantas outras historias, e igual
à
> > profecia que um dia o Mensageiro de Deus, virá para equilibrar a
> luta
> > entre o Bem e o Mal.
> > :-))
>
> Bem, nós podemos ver assim, mas Yoda tem CERTEZA que o sujeito
> chegará. É uma profecia, vc está certo, isso não seria
clarividência.
> Yoda não deve achar q isso seria um mito.

Bom, acho que qq religoso que esteja à espera de um emissário qq que
foi profetizado tem a mesma CERTEZA que o Yoda e tb não achará isso
um mito, mas uma REALIDADE por acontecer.
:-)

> Mas isso já é discutir coisa que não tem muito a ver...

Exacto.

[]

Sérgio



SUBJECT: Re: Termodinâmica e Entropinos
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/12/2001 08:57


> Subject: [ciencialist] Re: Termodinâmica e Entropinos

Vejamos se concordas com o seguinte.
Resumindo, podemos afirmar depois de tudo que:

1) A teoria moderna da termodinâmica: estou-me a referir à definição
de U=U(S,V,N): é suficiente para comportar a teoria dos entropinos.

2) Calor e Trabalho continuam dois conceitos estranhos, especialmente
Calor. A definição de Calor em Termodinâmica clássica é diferente da
definição de calor que se obtém de U=U(S,V,N).

3) A termodinâmica do sec XVIII não comporta sistemas abertos. Mas a
termodinâmica do seculo XX sim, pelo teorema de transporte de
Reynolds.

4) A aplicação deste teorema e de U(S,V,N) resolve o problema do
ponto de vista matemático para a existência do entropino, sem
necessidade de mais construções.

5) A inreversibilidade é uma caracteristica local de determindos
sistemas. E o Universo como um todo, não é um sistema termodinâmico.


6) Uma Teoria não é feita para permancer parada, mas para ir
crescendo para abarcar o maior numero de casos possiveis.

7) A temodinâmica é uma teoria fenomenológica que trata os fenómenos
pelos resultados observacionais e não pelo conhecimento das suas
causas.

8) Modernamente a termodinâmica mostrou que pode ser usada como
constructuo de mais alto nivel para a descrição de sistemas dos quais
sabemos as causas. Havendo sido estabelecidas relações entre as
grandezas termodinâmicas e grandezas de modelos representacionais.
(exemplo: S=k log W )

9) Por 8 não ha necessidade de puritanismo ou reserva mental quanto a
considerar que sendo a teoria do entropino uma teoria
representacional tb a termodinâmica se adpate a ela. Com todas as
suas ferramentas actuais, e não só as ferramentas do seculo XIX,
quando Calor = 'quente'.

> > Não contém calor, mas contém uma variação de energia. Se essa
> > variação é do tipo dQ ou dW, isso depende dos efeitos que causa.
>
> Lembro que um dos temas que deu origem a nossa polêmica estava
relacionado à
> questão de "se faz sentido falarmos em energia na termodinâmica",
> utilizando para esta palavra o mesmo significado de energia adotado
em
> mecânica.

Sendo que Trabalho mecânico (levantamento de um peso num campo
gravitico) é um conceito mecânico ligado com a energia, e Trabalho
termodinãmico se iguala ao trabalho mecânico,então temos ao menos de
suspeitar que U, é uma energia.

A definição de identidade não existe, pq como foi tido são as
variações que são iguais.


> > A questão é seja como for que o entropino é, o que me impede de
> > apanhar alguns e voltar a juntá-los ao sistema, para que o
processo
> > seja reversivel?
>
> Nada, a não ser uma improbabilidade natural do mesmo tipo daquelas
que
> vivenciamos no dia-a-dia. Quando, por exemplo, jogamos palitos para
o ar,
> não é de se esperar que eles venham a cair, de maneira organizada,
dentro do
> paliteiro.

Eu me referia a forçar a entrada dos entropinos de volta no sistema e
não a esperar que eles "caiam lá".

> A gravitação universal tem meios, pelo menos em teoria, para
> reverter a situação, o que significaria um reagrupamento de
entropinos em
> *novas* partículas elementares, destas que entram na constituição
da matéria
> macroscópica.

Isso não seria a reconstituição do sistema anterior, mas de novos
sistemas.

> O Universo pode se refazer e em decorrência dessa
> possibilidade seria, a meu ver, eterno; esta renovação permanente do
> Universo funciona como uma reversibilidade física no sentido em que
a
> variação da entropia do Universo seria sempre igual a zero. Mas
isso não
> significaria uma reversibilidade histórica, pois não há retorno no
tempo.
>
> Lembro que a entropia é uma grandeza definida para sistemas
macroscópicos e
> que a termodinâmica é uma teoria fenomenológica.

Bom, mais precisamente, para sistemas compostos , e com vários
estados.

>
> > > Do ponto de vista termodinâmico existem sempre dois sistemas, o
> > > sistema termodinâmico propriamente dito e o restante do
universo (em
> > > geral, o laboratório).
>
> > Que não se chama de sistema, pq não existe um ambiente que o
> > contenha :-)
>
> Estás confundindo sistema com "sistema termodinâmico". Por outro
lado, estás
> utilizando-se de uma postura rígida e desnecessária com a única
finalidade
> de defender teus argumentos.

Tu escreveste: "Do ponto de vista termodinâmico existem sempre dois
sistemas"
Não existem. Termodinamicamente o ambiente não é um sistema
termodinâmico, nem um sistema fisico.
Sistema fisico = aquilo que queremos estudar.
O universo é um sistema fisico se , e só se, o estivermos a estudar.
Quando estamos a estudar um sistem termodinâmico dentro do Universo,
o resto do universo é o ambiente, e não é objecto do estudo. Não é
portanto nem um sistem fisico nem um sistema termodinâmico.
Exactamente por isso se chama de Ambiente (= o que está em torno de).

Por outro lado, um sistema fisico só é um sistema termodinâmico se
for envolvido por um ambiente.

Se isto apenas é assim na minha cabeça, peço desculpas. Mas não foi,
nem é, minha intenção criar novos "conceitos" no que toca a
definições de nomes.


> > > Um sistema em expansão não é um sistema termodinâmico
propriamente
> > > dito.
>
> > Eu não falei em expanção. A fronteira está sempre no
mesmo 'sitiu'.
>
> Nesse caso diria que estás criando uma fronteira hipotética com a
*única
> finalidade* de satisfazer teus argumentos.

Bom, então gostaria que me dissesses o que chamas de "gás"
Se um "gás" não está confinado numa fronteira, mesmo que imaginária,
como se sabe se ele espande ou não espande, tem energia ou nao tem,
ou qq outras propriedades extensivas?

> > Portanto, o antes e o depois estão inerentes sempre a uma
> > consideração de tempo termodinamico. Este tempo não precisa ser o
dos
> > relógios. Normalmente, é usada uma propridade qq. Como a
temperatura
> > (caso dos copos de água), ou o volume (caso do gás que expande)
etc...
> > E com essas propriedades defenimos o antes e o depois da nossa
escala
> > de tempo termodinâmico.
>
> Na termodinâmica "clássica", "pura" ou "propriamente dita", não
existe
> escala de tempo. Na termodinâmica que estás querendo criar para
defender
> teus argumentos, não é impossível que consigas atingir esse
objetivo.

Tu sempre usas as palavras "antes" e "depois". Essas palavras implica
um tempo. Uma ordem de acontecimentos escalonados. Isso é o tempo
termodinâmico. E obviamente esse tempo está ligado com o tempo
histórico.
Eu só disse que SEM USAR relógios, é possivel falar em tempo
termodinâmico, exactamente pelo uso de propriedades do sistema, cujo
valores apresentam uma certa ordem escalonada.
Esta é a base para que depois de escolha a entropia como medida de
tempo termodinâmico e se relacione com o tempo histórico.

>Não
> obstante, quero crer que se o conseguires, encontrarás certamente
um fator
> de conversão a relacionar isso que chamas "tempo termodinâmico" com
o tempo
> utilizado em outras áreas da física.

Não. O tempo termodinâmico só se relaciona por um factor de conversão
com o tempo historico se os processos forem irreversiveis.
Um processo periódico é reversivel e não se relaciona com a
entropia.Ou seja, o tempo passa, mas a entropia não varia.

> Logo, esta termodinâmica leva sim em
> consideração o tempo e não tão somente o antes e o depois.
Conseqüentemente,
> não é esta a termodinâmica sobre a qual apoiei os argumentos que
venho
> debatendo e, assim sendo, não tenho nada a comentar.


Tu referiste que tinhas de considerar um sistema aberto, para poder
estudar o entropino do ponto de vista que o entropino Sai das
fronteiras do sistema.
Eu referi que para fazer isso tinhas duas hipoteses.
Ou consideravas o tempo de relogio, ou não o considerando,
consideravas um sistema sempre fechado.

O segundo não quiseste pq achas que o sistema é aberto. O primeiro
não quiseste pq achas que o tempo de relogio não faz parte da
termodinâmica.
Mas pareces esquecer que o entropino é parte de uma teoria
representacional, na qual introduzir o tempo de relógio não é nenhum
sacrilégio.
Se não queres fazer nenhumas das duas coisas, boa sorte, pq Vai sair
uma matemática do outro mundo.

> > O durante é importante tb. Se durante o processo ele foi quasi-
> > estático, o restultado é um estado reversivel. Se o processo não
foi
> > quasi-estático durante a alteração das propriedades de estado,
ele é
> > irreversivel. E esse quasi-estático referesse a uma pequena
variação da
> > propriedade considerada num intervalo de tempo de relógio. Ou não?
>
> Não. Um processo quasi-estático é uma idealização, algo a ser
utilizado em
> experiências de pensamento. Um processo quasi-estático tem duração
infinita
> e o infinito não é mensurável.


duração de q? batatas? que unidade fisica estás a referir quando
dizes "duração" ?
Obviamente o tempo.
E obiamente o tempo de relogio, pois o tempo termodinâmico não é
infinito.
Então estás a referir-te ao tempo.EStás depois a ignorá-lo, a
desprezá-lo melhor dizendo. Mas não deixas de saber que ele está lá.
( E tem que estar, pq como teoria fenomenologica, o tempo de relogio
é importante)


> > A termodinâmica do equilibrio e a do não equilibrio são
termodinamica
> > na mesma. Aquilo que define algo como sendo termodinâmico, é a
> > aceitação dos principios da termodinâmica e não do tipo de
conclusões
> > que se tiram deles.
>
> Pois é. Estou concluindo que as tuas afirmações não resistem a uma
> confrontação com os princípios da termodinâmica propriamente dita.
O que não
> significa dizer que estás errado, apenas que estás te referindo a
uma outra
> termodinâmica, algo que aceita o tempo, aceita o "durante",
aceita... Sei
> lá! Aceita tudo que satisfaça teus argumentos, até mesmo a
identidade
> luz-calor. Ou seja, não aceita os princípios da termodinâmica
clássica.


Podes dizer que eu estou a inventar para defender os argumentos, mas
não podes negar que a luz é uma forma de Calor.
Eu não disse que era o Calor (identidade) eu disse que era uma forma
de Calor.
E quando sabemos que o Calor se propaga por 3 formas (convecção,
condução e RADIAÇÂO) é estranho que aches estranho que eu diga isto.

Se queres usar a termodinamica do sec XIX , tudo bem, mas avisa logo
no principio. Escuso de estar a nomear ferramentas dos nossos dias.

> > Ele , entropino, só deixará de estar em equilibrio se:
> > 1) o seu movimento for alterado
> > 2) desapareça, provocando/ou por provocar uma acção em um outro qq
> > sistema
>
> Movimento lembra-me tempo e mecânica.

Em termodinâmica lembra apenas Trabalho.


>Estou falando em termodinâmica
> propriamente dita, aquela área de estudo que optou por um
formalismo tal a
> não se preocupar com tempo nem movimento. O tempo não é negado pela
> termodinâmica, simplesmente é ignorado por ser desnecessário,
graças a uma
> opção conceitual.

Então, elimina o tempo de todas as tuas considerações. Já que queres
usar uma termodinâmica, propriamente dita, onde o tempo não cabe,
tira-o de todas as tuas afirmações.
Ao fazeres isso vais concluindo que sem tempo, o entropino não sai,
não se move, não abandona o sistema, e portanto não provoca qq efeito.
Se eliminas o tempo, eliminas coisas como a velocidades, o estar aqui
agora, e ali depois. E eliminas portanto uma enorme parte da tua
teoria.
Se é isso que queres, tudo bem por mim.
Eu só estava jogando o teu jogo. E esse jogo requer termodinâmica de
sistemas abertos, e portanto o tempo.


> E os princípios da termodinâmica foram "construídos" de
> maneira a se adaptarem a esta opção. Já que optas por opções
diferentes,


E optei por estas "opções diferentes" pq são aquelas que melhor
descrevem o problema em causa.

> pelo menos adaptes os princípios de modo a satisfazerem tuas
opções. Aliás,
> lembro que propus algo do gênero ao evoluir para uma nova
termodinâmica
> representacional.

Pois, mas agora, pareces negá-lo. Dizendo que estás a usar
uma "termodinâmica propriamente dita"

> > > Se luz fosse calor não seria possível transformá-la totalmente
em
> > > trabalho, nem mesmo em teoria.
>
> > Eu disse que não era confiável. Em teoria uma maquina pode ter
100%
> > de rendimento (transformar 100% de uma energia noutra), mas isso
nunca
> > acontece na prática.
>
> Em teoria uma máquina NÃO PODE transformar 100% de calor em
trabalho,

Eu disse : De uma energia em outra. Calor e Trabalho não são
energias. São variações de energias.

> Tu mesmo estranhastes quando afirmei que
> os entropinos *poderiam* ser os neutrinos da física do século XX e,
com
> efeito, essa imagem, ainda que bastante provável, faz o papel de uma
> hipótese extra, não aderente às demais e a criar um risco
desnecessário para
> a teoria (e em nenhum momento assumi este risco, apenas apontei uma
> similaridade).

O que nunca deixas de fazer em todos os textos que li teus sobre
isso. Donde quase que assumes de facto que entropino=neutrino.
Ou então é uma tecnica de marketing para levantar curiosidade em
relação ao texto ou às ideias, tal como " particula de Deus".
Porque é que o entropino não pode ser o quark ?
Tu disseste que o entropino poderia formar novas particulas. Pq o
entropino tem que ser uma particula conhecida ? E pq tem que ser
exactamente o neutrino ?
Já agora, pq o entropino não pode ser o Bosão de Higgs?


[]

Sérgio



SUBJECT: Re: Roda: Porque só a roda?
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/12/2001 11:51

--- In ciencialist@y..., Rodrigo Cunha <rnbc@r...> wrote:
> Os morcegos também não possuem quilhas nem ossos ocos e no entanto
> são excelentes voadores e competem eficazmente com os pássaros na

Morcegos em geral são pequenos. Os maiores não passam de
alguns quilogramas. Os pterossauros tinham quilha, mas em
geral bem menos desenvolvidos. Os menores deveriam ter um
vôo batido, mas os maiores são suspeitos.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Boas Festas
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/12/2001 13:44

Não exagerem na bebida.

De resto um Feliz Natal e um ótimo Ano Novo a todos e às respectivas
famílias.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Boas Festas ... Viva Baco!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/12/2001 14:16

Não exagerem nos votos de Feliz Natal e de um ótimo Ano Novo.

De resto, excelentes bebidas nesse final de ano a todos e às respectivas famílias.
Cuidado com os álcoois secundários nas bebidas nacionais, façam o teste do menisco da gota sobre a face de uma faca limpa.

[]'
Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] Boas Festas ... Viva Baco!
FROM: "Raul Sturari Jr." <sturari@brturbo.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/12/2001 15:05

Como é esse teste Léo?

[]s
Raul

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
Cuidado com os álcoois secundários nas bebidas nacionais, façam o teste do
menisco da gota sobre a face de uma faca limpa.

[]'
Léo







SUBJECT: Re: [ciencialist] Boas Festas ... Viva Baco!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/12/2001 16:24

Oi Raul,

Os enólogos degustam; os físicos que não têm um paladar tão acurado para dizer até de que ano é a safra e o nome da mulher que colheu aquela uva, tem que apelar para a ciência.

Cada substância gotejada sobre uma superfície bem limpa (a faca com a lâmina da horizontal, no caso) faz uma gota cuja curvatura lhe é peculiar, decorrente da tensão superficial (que depende da substância).

Experimente, com um conta-gotas, colocar lado a lado uma gota de vinho italiano e uma de vinho nacional ... basta dar uma olhada de perfil e nunca mais errará o vinho que vai tomar. Faça isso com várias marcas de vinho, de uísque, de vodca, pinga etc. e compare os meniscos das gotas.

Vinho porcaria praticamente não faz gota saliente ... o menisco fica super achatado na faca. Com certa tarimba dá até para fazer uma escala da dosagem alcoólica! O álcool insaturado é aquele "do dia seguinte"......

Boas festas! Com Lambrusco e licor de Cassis (de Dijon).

[]'
Léo
===========
-----Mensagem Original-----
De: "Raul Sturari Jr." <sturari@brturbo.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: sexta-feira, 21 de dezembro de 2001 15:05
Assunto: Re: [ciencialist] Boas Festas ... Viva Baco!


| Como é esse teste Léo?
|
| []s
| Raul
|
| ----- Original Message -----
| From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
| Cuidado com os álcoois secundários nas bebidas nacionais, façam o teste do
| menisco da gota sobre a face de uma faca limpa.
|
| []'
| Léo
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: logica Jedi
FROM: "Fernando Santos" <fcmts@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/12/2001 22:03



Permitam-me meter o bedelho,


> O Universo é coerente. Se não fosse não existiria mais.
> Saber que coerencia é essa, é que é dificil, de facto.


Acho esse um tema interessante... O que significaria "O Universo é
coerente" ?

Não sei se já foi abordado por aqui, mas podemos desenvolver um pouco (e
complicar
bastante).

O que é, afinal, a ciência ? Diz-se que é a tarefa de reunir
conhecimentos acerca da
realidade de maneira racional e lógica. Diz-se muito mais, mas vamos parar
por aqui.

Como a ciência tem evoluído ? Fazendo-se o ciclo
hipóteses+tese+observação =>
verdadeiro ou falso + vocês-já-sabem.

Ora, para que a necessidade da observação se o Universo é coerente ?
Poderíamos,
a partir da lógica, deduzir todo o conhecimento científico, a menos que haja
mais de uma
ciência perfeitamente lógica possível. Isso é verdade ou a observação seria
apenas
um atalho, uma cola, para se ter menos trabalho ou para progredirmos mesmo
sem o
embasamento teórico necessário ?

Se a força da gravidade fosse, em vez de proporcional ao inverso do
quadrado da
distância, proporcional ao inverso do cubo (ou outra potência qualquer),
poderia haver um
Universo ?

Digamos que a coerência do Universo leve, como estou irresponsavelmente
divagando, a
permitir-nos fazer ciência (evoluí-la) sem se recorrer à observação. Será
que isso só faria
diferença na física ? Será que podemos fazer afirmações de biologia, por
exemplo, usando
apenas raciocínios ?

E o que mais me incomoda: será que não é isso o que, afinal de contas,
já não
acontece ? ...e as observações são parte da nossa racionalização.

Pensando bem, esqueçam.


[]`s
Fernando Santos






SUBJECT: Brudna ... quase off-topic
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/12/2001 22:34

Oi Roberto,

Coloquei na Sala de Eletroquímica do Imperdível uma tabela de *produtos químicos* destacando a nomenclatura popular (vitríolo, sal fixador, sal amargo, crê, litargírio, galena, grisú, cal virgem etc.), o nome científico e a fórmula química.

Apreciaria uma 'vistoria' para ver se não há furos e aceito continuação/sugestão para a tabela proposta.

[]'
Léo
=========



SUBJECT: Re: logica Jedi
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/12/2001 22:52

> > O Universo é coerente. Se não fosse não existiria mais.
> > Saber que coerencia é essa, é que é dificil, de facto.
>
> Acho esse um tema interessante... O que significaria "O
Universo é
> coerente" ?

Quando escrevi isso, eu estava pensando que o universo se rege por
suas proprias regras.
E que estas regras não se contradizem umas às outras. é um universo
coerente nesse sentido.

> Ora, para que a necessidade da observação se o Universo é
coerente ?

Para saber quais são as ditas regras.
Saber que elas existem não nos é suficiente. Nós queremos saber quais
são elas.

> Poderíamos,
> a partir da lógica, deduzir todo o conhecimento científico,

Podemos. Mas partindo das premissas certas. Essas permisas são as
regras do universo, e são elas que estamos procurando.

a menos que haja
> mais de uma
> ciência perfeitamente lógica possível.

Existem várias ciencias. Isto é , vários métodos de obter
conhecimento. Não em refiro a fisica , biologia e tal, mas a que para
uma mesma área ,existem vários métodos. lógica ha só uma.

>Isso é verdade ou a observação seria
> apenas
> um atalho, uma cola, para se ter menos trabalho ou para
progredirmos mesmo
> sem o
> embasamento teórico necessário ?

A observação é uma necessidade, pois é a unica coisa que nos liga à
realidade.
Contudo, a observação por si, não chega. É preciso ter ideias de como
as coisas funcionam.
É trabalho paralelo interactivo

> Se a força da gravidade fosse, em vez de proporcional ao
inverso do
> quadrado da
> distância, proporcional ao inverso do cubo (ou outra potência
qualquer),

Bom, só uma adenda... vectorialmente, a força da gravidade se escreve
como F = (GMm/R³) r
Onde F e r são vectores e R é a norma do vector r.
Portanto, de facto é proprocional a R³ :-)

> poderia haver um Universo ?

Não sabemos, e não nos deve preocupar isso.
Se existir, nós não vivemos nele. Donde é inutil trabalhar nessa
base.
Por isso a observação é imporante, para dirigir para o quê devemos
pensar.

> Digamos que a coerência do Universo leve, como estou
irresponsavelmente
> divagando, a
> permitir-nos fazer ciência (evoluí-la) sem se recorrer à
observação.

Coerencia do universo é diferente de "nós conhecemos a lógica do
universo".
Ele tem lógica, mas nós não a conhecemos.
Se a conhecermos poderemos prever sem recorrer à observação,mas ainda
não chegámos ai.

>Será
> que isso só faria
> diferença na física ? Será que podemos fazer afirmações de
biologia, por
> exemplo, usando
> apenas raciocínios ?

Sim, poderiamos estender os pressupostos, se podessesmos começar por
os usar.
Mas estender a fisica à biologia não é linear.

> E o que mais me incomoda: será que não é isso o que, afinal de
contas,
> já não
> acontece ? ...e as observações são parte da nossa racionalização.

Hoje em dia existe um outro tipo de observação. A observação
matemática.
Essa faz parte da racionalização. Mas fará parte da realidade?


[]

Sérgio




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: logica Jedi
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/12/2001 23:07

Olá Fernando (e todos),

sumido hein!? Essa é apenas sua terceira mensagem nesse coerente ano de 2001 (28/06 - 27/08 e 21/12).

O Universo é coerente ... as andorinhas que aqui gorjeiam, gorjeiam como lá. As inércias que aqui constatamos se constatam também lá. As ópticas daqui são as mesmas de lá. Se lá naquele planeta, daquele Sol de 5a grandeza, daquela Galáxia, houver 'gente' como aqui é coerente pensar-se que o seu órgão da visão será equivalente ao nosso. Aos mesmos fatos valem as mesmas regras.
Ser coerente significa usar o mínimo indispensável para descrever uma 'multidão' de coisas. O nosso Sistema Internacional de Unidades é coerente, usa meia dúzia de grandezas fundamentais e a partir delas delas define 'um montão de outras'. Nem todos os sistemas de unidades e mesmo certas unidades levam o caráter da coerência.
Consistência talvez seja um sinônimo aproximado para a coerência, no contexto.

Todavia, Ciência, como o posto por vc, não ficou coerente com seu real propósito. Fugiu completamente do método científico. A maneira posta para o 'evoluir' da ciência tá mais prá receita de bolo que para o método científico.
E, o modelo da força gravitacional, por enquanto é o do 1/r^2 . Nunca foi constatado 1/r^3.

Mas prá que complicar, eis um mais simples: Como seria a terceira lei de Kepler num sistema planetário fictício onde a força gravitacional varia como 1/R em vez de 1/R^2?
Resposta: A constante gravitacional nesse sistema teria outro valor G' e a lei pedida seria R/T = constante (em vez de R/T^2 = constante, como o é em nosso Universo Coerente).

Mas, esqueçam .......

[]'
Léo
===============


-----Mensagem Original-----
De: "Fernando Santos" <fcmts@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: sexta-feira, 21 de dezembro de 2001 22:03
Assunto: Re: [ciencialist] Re: logica Jedi


|
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| Permitam-me meter o bedelho,
|
|
| > O Universo é coerente. Se não fosse não existiria mais.
| > Saber que coerencia é essa, é que é dificil, de facto.
|
|
| Acho esse um tema interessante... O que significaria "O Universo é
| coerente" ?
|
| Não sei se já foi abordado por aqui, mas podemos desenvolver um pouco (e
| complicar
| bastante).
|
| O que é, afinal, a ciência ? Diz-se que é a tarefa de reunir
| conhecimentos acerca da
| realidade de maneira racional e lógica. Diz-se muito mais, mas vamos parar
| por aqui.
|
| Como a ciência tem evoluído ? Fazendo-se o ciclo
| hipóteses+tese+observação =>
| verdadeiro ou falso + vocês-já-sabem.
|
| Ora, para que a necessidade da observação se o Universo é coerente ?
| Poderíamos,
| a partir da lógica, deduzir todo o conhecimento científico, a menos que haja
| mais de uma
| ciência perfeitamente lógica possível. Isso é verdade ou a observação seria
| apenas
| um atalho, uma cola, para se ter menos trabalho ou para progredirmos mesmo
| sem o
| embasamento teórico necessário ?
|
| Se a força da gravidade fosse, em vez de proporcional ao inverso do
| quadrado da
| distância, proporcional ao inverso do cubo (ou outra potência qualquer),
| poderia haver um
| Universo ?
|
| Digamos que a coerência do Universo leve, como estou irresponsavelmente
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| que isso só faria
| diferença na física ? Será que podemos fazer afirmações de biologia, por
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|
| E o que mais me incomoda: será que não é isso o que, afinal de contas,
| já não
| acontece ? ...e as observações são parte da nossa racionalização.
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| []`s
| Fernando Santos
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Roda: Porque só a roda?
FROM: Rodrigo Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/12/2001 23:17

rmtakata wrote:
> Morcegos em geral são pequenos. Os maiores não passam de
> alguns quilogramas. Os pterossauros tinham quilha, mas em
> geral bem menos desenvolvidos. Os menores deveriam ter um
> vôo batido, mas os maiores são suspeitos.

Se a memória não me falha os maiores morcegos pesam uns 5kg. Visto que
os maiores pássaros pesam só 4 vezes mais e são bastante desajeitados a
levantar voo (pelo menos os pelicanos são e as cegonhas levam algum
tempo também, se partirem do chão) eu diria que as vantagens não são
assim tão evidentes... digamos, não da mesma ordem de magnitude da
diferença entre respirar por traqueias ou por pulmões.

--
email (same address): rnbc@rnbc.pt.eu.org or rnbc@rnl.ist.utl.pt
homepage: http://rnbc.pt.eu.org/~rnbc
IRC: r0 (PT-Net and IRC-Net and sometimes UnderNet)


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: logica Jedi
FROM: "Fernando Santos" <fcmts@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/12/2001 23:22


> Olá Fernando (e todos),

Aloha,

> sumido hein!? Essa é apenas sua terceira mensagem nesse coerente ano de
2001 (28/06 - 27/08 e 21/12).

Eu até gostaria de participar mais, mas não tenho vosso gabarito. Sou um
feliz leitor.


> O Universo é coerente ... as andorinhas que aqui gorjeiam, gorjeiam como
lá. As inércias que aqui constatamos se constatam também lá. As ópticas
daqui são as mesmas de lá. Se lá naquele planeta, daquele Sol de 5a
grandeza, daquela Galáxia, houver 'gente' como aqui é coerente pensar-se que
o seu órgão da visão será equivalente ao nosso. Aos mesmos fatos valem as
mesmas regras.
> Ser coerente significa usar o mínimo indispensável para descrever uma
'multidão' de coisas. O nosso Sistema Internacional de Unidades é coerente,
usa meia dúzia de grandezas fundamentais e a partir delas delas define 'um
montão de outras'. Nem todos os sistemas de unidades e mesmo certas unidades
levam o caráter da coerência.
> Consistência talvez seja um sinônimo aproximado para a coerência, no
contexto.


Acho que você está se referindo à continuidade espaço-temporal das leis
da física.
Se não me engano, foi Einstein quem a postulou.
Mas a coerência a que me referi é mais que isso, apesar de englobá-la.
Agora você
vai entender: poderia haver um Universo *sem* a continuidade espaço-temporal
das leis
físicas ? É preciso ir a um laboratório para perceber que sem essa
continuidade
esbarraríamos em paradoxos intransponíveis ?


> Todavia, Ciência, como o posto por vc, não ficou coerente com seu real
propósito. Fugiu completamente do método científico. A maneira posta para o
'evoluir' da ciência tá mais prá receita de bolo que para o método
científico.


A receita de bolo a que pretendi me referir é o método científico.


> E, o modelo da força gravitacional, por enquanto é o do 1/r^2 . Nunca foi
constatado 1/r^3.
>
> Mas prá que complicar, eis um mais simples: Como seria a terceira lei de
Kepler num sistema planetário fictício onde a força gravitacional varia como
1/R em vez de 1/R^2?
> Resposta: A constante gravitacional nesse sistema teria outro valor G' e a
lei pedida seria R/T = constante (em vez de R/T^2 = constante, como o é em
nosso Universo Coerente).


Ok, invente uma lei que não bate com a realidade. Desenvolva o
raciocínio para
todas as suas conseqüências e vai ver que chegará a algum paradoxo. Ou não ?

[]`s

Fernando Santos




SUBJECT: Re: [ciencialist] Boas Festas
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/12/2001 02:39

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
wrote:

> Não exagerem na bebida.
>
> De resto um Feliz Natal e um ótimo Ano Novo a todos e às respectivas
> famílias.

Muito obrigado.
Renovo estes votos para todos. É uma lista que sempre conservou um bom
espírito científico e linda criatividade.

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Clonagem, ética e erros conceituais.
FROM: "Arcange" <Arcange@ivia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/12/2001 10:28

Bem, eu disse que não iria responder. Mas como a minha palavra não vale
nada, apresento-me aqui novamente .....................






> Acho q. vc não está entendendo. Provavelmente eu estou me expressando
> mal. Não vejo nenhuma distinção entre os outros objetos q.
> supostamente vc está clamando para a Ética (sensu Arcange 1) e a
> moral como é entendida normalmente.
>
> A Psicologia Evolutiva é outro modo de se estudar a moral e outros
> fenômenos psíquicos.
> A Psicologia Evolutiva não pretende fazer a distinção entre o q. seja
> bom ou mau, apenas descrever como as coisas são - dentro do domínio
> dos fenômenos psíquicos e sob a perspectiva da evolução biológica.
> Mas como disse, sempre se pode tentar redefinir - questão de
> operacionalidade.
> Moral não é igual à Ética, entendendo-se Ética como o estudo. Mas
> moral não é distinguível de ética, entendo-se ética como o objeto de
> estudo.
>
> (A Psicologia pode usar a psicanálise ou a gesltalt alternativamente
> porq. a psicanálise e a gestalt são modelos de funcionamento da
> mente, isto é, são ferramentas de análise. E não o objeto de estudo:
> a mente.)

----------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------

Takata, eu entendo o seu ponto de vista.
Entretanto moral, embora relacionada, não é igual a comportamento (levando
em conta o cunho psicológico). Moral diz respeito a populações,
comportamento está ligado a indivíduos. É claro que podemos falar sobre
"comportamento das populações". Mas classicamente, o estudo do comportamento
se dá sobre o ponto de vista individual, podendo ou não ser induzido. Já a
moral, classicamente, se da do ponto de vista coletivo - valores da
população - e, como todos sabem, não pode ser deduzida. Isto é: apesar de
toda sociedade aferir-se de certa moral, indivíduos não necessariamente
compactuarão com ela.

Além, a moral está intrinsecamente ligada a valores. Valores tais não
necessariamente éticos. Usar terno em cerimônias no palácio do planalto não
está sob o julgo da ética, mas da moral. Já o comportamento não está
intrinsecamente ligado a valores.


Desse modo, a psicologia evolutiva trata de comportamentos e não de morais.
Comportamentos que geralmente podemos induzir. (ou que eventualmente não
podemos ..) O objetivo é achar comportamentos que possam ser induzidos sem
problema (ou sistemas de comportamento, enfim ....).

Realmente, concordo com você e eu já tinha dito isso em e-mails anteriores.
A psicologia evolutiva não atribui juízo de valor. Ela apenas estuda o que
ocorre sem dizer se isso é "bom ou ruim". A novidade é que, devido ao
princípio antrópico, alguns psicólogos evolutivos estão também auferindo
valor. Valor baseado em um comportamento individual que pode ser induzido, e
não em uma moral - coletiva - que não pode ser deduzida.

A ética trata da moral, enquanto valores da sociedade (embora a moral não
esteja somente ligada a valores .. apenas uma parte da moral é usada para
ética.), mas trata também do comportamento, enquanto valores do indivíduo.

Podemos resumir dizendo: 1a-) A moral não trata apenas de valores éticos,
logo, apenas uma "parte" da moral é relevante a ética. 1b-) A moral trata de
valores da coletividade que não podem ser deduzidos. 2a-) O comportamento
não trata intrinsecamente de valores. 2b-) O comportamento não pode,
normalmente, ser induzido.

E mais. Além da diferença entre moral antropológica e comportamento, temos
ainda a 'moral' cristã. Os valores religiosos (cristãos) não têm pretensão à
moral. Eles arrogam-se de uma universalidade e imutabilidade, que não pode
ser refutada. (embora, é claro, você possa desconfiar dela) Logo, os valores
éticos vistos sob o óptica religiosa não são morais. Estão acima do
meramente moral. São transcendentais. Dessa forma, a moral cristã não é uma
moral do ponto de vista tradicional.



Eu entendo quando você equaliza a moral antropológica, o comportamento
cristão e a psicologia-evolutiva como diferentes vertentes de uma mesma
"moral". Mas
ao meu ver, pelos motivos expostos acima, não são.

----------------------
Adendo desimportante:


Eu sou ateu "puro". Sequer sou agnóstico ou partidário do famoso "ateísmo
cético". Considero o agnosticismo um ateísmo disfarçado e uma condição
covarde. Mas isso é só a minha opinião. Ninguém é obrigado a concordar
comigo.
Gosto de ler a Bíblia (acho que muita gente gosta). O interessante é a noção
bem clara sobre a ética presente. Principalmente no livro do gênese. O Bem é
a vontade de Deus. O homem não tem direito de dizer o que é o Bem ou o Mal.
Quando Adão come o fruto da famosa Árvore da ciência do Bem e do Mau, ele
está arrogando-se da capacidade de julgar o que é Bom ou Mal. É esse o
pecado dele.
Na maior parte das vezes, ninguém faz "o mal" achando que esta fazendo o mal
(isso só corre nos desenhos animados ... ). Ao contrário. A pessoa acha que
está fazendo o certo. Um psicopata não se arrepende ou acha que o que ele
fez foi errado. Eu me preocupo muito quando alguém me diz "estou com a
consciência tranqüila". Para mim, esta frase é uma evidência de alguém que
pode cometer as piores atrocidades e ainda sim achar que o que fez esta
certo.
Por que estou escrevendo isso ?
A noção de pecado e perdão fundamenta-se nessa prerrogativa. Você pode ter
falhas de comportamento - pecado: classicamente, um erro de disciplina -,
desde que assuma e se submeta a uma ética não-particular. Isto é: você será
perdoado, desde que sabia, sinceramente, que está errado. Se você estiver
submetido a vontade de Deus, eventualmente, você pode incorrer em erros de
disciplina (pecado). O importante é a submissão ética.

O importante, logo, é o Esforço para evitar da ética baseada na vontade
particular
(que pode gerar os relativismos estilo "psicopata" ..). A ética cristã é uma
guerra: Vontade de Deus (um valor pretensamente coletivo e universal) X
Vontade do homem (um valor particular).


----------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------

> Independentemente disso, ao utilizar duas definições vc faz
> confusões. Ao tentar estabelecer a propriedade de uma das definições
> vc tenta estender essa propriedade para a outra definição. Isso não é
> possível porq. embora se use o mesmo termo: "ética" se refere a
> coisas de natureza distinta. Um exemplo do q. pode ocorrer:
>
> - Ninguém é perfeito
> - Eu sou um ninguém
> ---------------------------
> - Eu sou perfeito
>
> A confusão se estabelece ao tomar um sentido da palavra `ninguém': um
> pronome pelo outro: um substantivo. Problemas de se utilizar duas
> fontes de referência é bem conhecido em lógica, um exemplo clássico é
> a suposta disputa entre Sócrates e seu discípulo.

----------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------

Exatamente, Takata. Isso é uma perversão semântica e eu iria até explicar
que ela ocorre por causa da mudança da função morfológica de palavras iguais
(coisa que você já fez, dizendo que uma é pronome e outra é substantivo).

Eu só não entendi onde eu incorri em perversão semântica.

----------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------
>
> O sensu Arcange 2 estabelece a ética como objeto. O sensu Arcange 1
> estabelece a ética como disciplina. As pessoas antes de sua
> intervenção estavam usando ética como objeto - o q. equivale à moral
> (vc pode querer redifinir as duas coisas, direito seu, mas isso não
> faz com q. a sua definição seja objetiva ou mais objetiva do q. o
> sentido dado até então).
>
> Aliás esse problema da ambigüidade tbm se faz presente ao se usar uma
> linguagem teleológica e antropomórfica qdo se fala em evolução. Com o
> agravante de trazer ainda mais confusão.
>
----------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------

Eu posso não estar entendendo, mas me parece que foi você quem incorreu em
perversão agora, veja só:

1-) "As pessoas antes de sua intervenção estavam usando ética como objeto -
o q. equivale à moral" (isso é: você diz que as 2 são objetos e que as 2 são
equivalentes)
2-) "Ética na acepção mais comum é tão somente uma disciplina q. estuda a
Moral." (isso é: você diz que ética é uma disciplina), "moral como objeto de
estudo da Ética" (isso é: A moral é objeto da disciplina ética)

a-) Se moral é um objeto da ética, e ética é um objeto. Então, ética é
objeto de quem ?
b-) Se moral é objeto e ética é objeto, e moral e ética são iguais (ou
equivalentes), como uma pode ser objeto da outra ? (isso é: se temos 2
coisas que são
iguais ou equivalentes, como algo pode ser objeto de si mesmo ?)
c-) Se moral é objeto e Ética é objeto, como pode um objeto ser objeto de um
objeto ?
d-) Ética é disciplina que estuda a moral ou é um objeto que serve de estudo
pra outra coisa ?

Eu sei que tudo isso parece confuso. Mas é porque ficou confuso mesmo ...


Will Durant diz que ética é o estudo do melhor comportamento. O melhor
comportamento necessita de um critério. O critério de melhor comportamento é
classicamente chamando de justiça e virtude. Tanto a natureza da justiça
como da virtude é alvo de especulações. Devido ao princípio antrópico,
algumas pessoas acham que a natureza da justiça e da virtude está ligada a
sobrevivência. E esta, por sua vez, ligada a evolução.

Eu realmente não entendi onde incorro em perversão semântica. A única coisa
que fiz foi tirar do objeto "psicologia evolutiva" o critério de
virtude/justiça para a disciplina Ética. Isso é: tirei de um objeto de
estudo um critério para a disciplina em estudo. Os objetos não servem
exatamente para isso ?


Você disse que tinha feito um "espantalho" em um e-mail anterior. Eu assumo
que talvez o tenha feito, mas tive motivos (o seu argumento pressupunha uma
premissa não explícita. E eu ataquei a premissa)

Pode me explicar o motivo desse espantalho ? ou eu que não entendi nada ?

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> > Sim. NÓS estamos atribuindo valor. Ué, outra que não entendi.
>
> Decisões ética implicam nisso - atribuição de valores. Nós atribuímos
> valores e isso não tem nada de objetivo - algo q. tenha um parâmetro
> cuja validade seja independente da própria matriz ética considerada.
> Um sistema ético só tem validade dentro desse sistema ético.

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Concordo. Mas se esse sistema ético em especial for uma condição sine qua
non ?

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>
> > Ainda que com uma abordagem biológica, o valor humano
> da "sobrevivência"
> > (valor legítimo, porque é fundamentado no princípio antrópico) é o
> valor
> > humano que está sendo conferido à ética.
>
> Outras pessoas podem perfeitamente não concordar com isso. Aliás
> algumas não concordam com essa abordagem antropocêntrica. Há mesmo os
> q. propõem a sério a extinção voluntária da humanidade.

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Takata, é o principio antrópico.
As pessoas só podem discordar ou concordar porque existem.
A existência é uma condição sine qua non.

O universo poderia existir, mas se o homem não existisse, nenhum juízo -
seja de concordância ou discordância - poderia ser criado.

Enfim, as pessoas podem concordar ou discordar. Mas o simples fato deles
serem capazes de fazer isso, já é uma prova cabal do poder e da relevância
da existência e
da sobrevivência.

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>
> > Eu citei, por exemplo, o Modelo de Munch. E ai ? qual é o fato
> mensurável
> > nele ?
>
> Vários. Esse modelo se refere a um modelo físico: é possível criar um
> sistema q. simule as condições de contorno dadas pelo modelo, um
> sistema de vasos comunicantes com diferenças de concentração de
> solutos entre os compartimentos. Fato mensurável: a relação entre as
> diferenças de concentrações e as diferenças de potenciais químicos da
> água ao longo do sistema. Fato mensurável: a variação do volume
> deslocado por unidade de tempo, por unidade de gradiente de
> concentração. Fato mensurável: a concentração de solutos em regiões
> específicas de plantas. Fato mensurável: a taxa de transporte de
> líquidos dentro da planta acompanhando-se o deslocamento de moléculas
> rádio-marcadas. Podemos verificar se os valores estimados batem com
> os valores obtidos.

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Nenhum dos fatos mensuráveis apresentados prova que o modelo de munch seja
responsável pelo fenômeno.

Isso é: não há prova conclusiva.

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> Física tbm não. As ferramentas matemáticas podem e devem ser
> utilizadas - claro q. é preciso q. as ferramentas sejam adequadas. De
> todo modo esse não é o ponto em questão.
>
> O problema não é o comportamento. É encontrar indícios sólidos q.
> mostrem q. a ética seja fundamentalmente baseada em genes - só assim
> uma moral q. se desenvolva de acordo com processos evolutivos pode
> ser aceita com mais embasamento - ao invés de simples suposições e
> criações de cenários evolutivos dos quais não temos nenhum indicador
> seguro de q. tenha existido. Eqto isso dizer q. a ética é
> fundamentalmente evolutiva tem tto valor qto dizer q. a ética é
> fundamentalmente ambiental. Eu acredito q. a ética tenha um
> componente genético e tenha sido selecionado em sua base, mas não
> posso afirmar isso categoricamente.
>
> E ainda q. eu pudesse fazer isso - estudos futuros mostrem claramente
> essa ligação - isso nada vai dizer sobre a validade ou não dessa
> ética. Poderemos dizer mais objetivamente q. a ética (eu chamo de
> moral) é assim, mas não poderemos dizer com nenhuma objetividade q. a
> ética (moral) deva ou não deva ser assim.

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1-) Já existem dados positivos, embora não conclusivos.
2-) Com o desenvolvimento das lógicas não-clássicas, a mensuração das
evidências tenderá a ser mais precisa.
3-) As evidências existem. Estão sendo medidas
4-) A validade fundamenta-se no princípio antrópico.

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>
> > Mas o homem é a medida de todas as coisas e o que é, é (para a
>
> Isso é uma afirmação de cunho ético (moral) e não uma `verdade'
> objetiva.

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Não existe "verdade objetiva" fora do cunho antropocêntrico. Isso é: não
existe verdade objetiva.

É uma verdade antrópica.

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>
> Se é estável a tendência é de homogeneização -em havendo pressões
> seletivas.
> De todo modo suspeito fortemente sobre a estabilidade do meio social -
> acabamos de testemunhar um evento bastante abalador da ordem atual.

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Quando falo de estabilidade do meio social, disse ao que diz respeito as
relações humanas mais básicas.

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>
> Se vc só comentou aquilo - sem ressalvas -- não é de todo
> despropositado considerar q. se supôs como sendo um dos fatores
> preponderantes. Eu questiono se isso é um fator preponderante.

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Acho razoável a sua consideração. Mas não sei qual fator é preponderante.
Embora, como palpite, digo que é um dos principais.

Palpite baseado na observação histórica.

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>
> > Ou na Noruega, onde todos são igualmente ricos.
>
> Não são todos igualmente ricos. São mais ricos em média do q. nós e
> há menos desigualdade do q. aqui. Mas há menos desigualdade em Tuvalu.

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Procure se informar sobre pesquisas sobre a concentração de renda no mundo.

A Noruega é um dos paises onde a concentração de renda é muito baixa. Se a
Noruega é um pais rico, e se a concentração de renda é baixa, conclui-se que
todos tentem a ser igualmente ricos.

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>
> > ninguém discorda. Mas a miséria existe apenas onde há exploração.
> (Isto é:
>
> Não apenas. Existe tbm onde não há recursos ambientais ou eles não
> são ou não podem ser explorados. E no capitalismo há exploração e não
> necessariamente há miséria.

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1-) Onde não há recursos ambientais viáveis, não há população.
2-) A exploração tem que ser analisada sobre o ponto vista da concentração
de renda. Há paises capitalistas com pouca concentração de renda.
"Exploração" é um termo muito abstrato e pouco objetivo e eu o usei.

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>
> > As populações se adequam à carga biótica. Se uma população povoa um
> meio
> > onde há carência, alguém esta arrogando-se da maior parte da
> produção).
> Ou a produção em si é muito pequena para sustentar a população.
> Normalmente existe um período de lapso entre a variação da quantidade
> de recursos e o tamanho da população. Isso é apenas um exemplo. Há
> outras possibilidades q. ferem o seu postulado de equilíbrio
> populacional frente à capacidade de suporte do meio.

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Bem, eu entendo que as populações estão sempre adequadas aos recursos do
meio.

Se os recursos caem, em se tratando de homens, normalmente isso ocorre de
forma gradativa e devagar e se reflete nas taxas de natalidade.
As populações passam por uma fase "ruim", mas não o suficiente para a
miséria, porque, normalmente, os homens acumulam riqueza e gastam mais do
que precisam (isso é: há uma espécie de 'gordura' a se queimar)

Um estado de miséria pode ocorrer se acontecer um acidente GRAVE em uma
população que não costuma acumular muita riqueza OU se um pequeno grupo
arroga-se da maior parte da produção, fazendo com que a população tenha
pouca chance de acumular riqueza, dessa forma, qualquer diminuição mesmo que
pequena, será muito sentida.

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>
> O anti-semitismo era generalizado na Europa. Os alemães não eram os
> únicos. Havia anti-semitismo nos EUA e na Rússia.

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Sim, mas nenhum partido político anti-semita chegou ao poder nos EUA e na
Rússia. Isso é: Anti-semitismo "de estado" e na prática, só houve na
Alemanha.

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>
>
> Bem, então o nazismo ajudou os alemães a possuírem uma população
> estável. Para os alemães o nazismo foi ético?

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A Alemanha não é desenvolvida porque perdeu a guerra. Você está atribuindo
um motivo que não é verdadeiro. Todos os países da Europa ocidental são
razoavelmente desenvolvidos. E isso não tem a ver com vencer ou perder a
guerra.

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>
> Não existem características q. sejam irredutivelmente complexas.
> Algumas pessoas postulam q. porq. elas não são capazes de explicar,
> então ninguém mais pode. Sempre se pode conceber um cenário evolutivo
> q. tenha feito surgir uma característica de modo mais ou menos
> gradativo - outros quinhentos é corroborar esse canário com fatos
> (mensuráveis) q. o apóiem.

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E qual o fato mensurável que você tem para dizer que não existem
complexidades irredutíveis ?
Você simplesmente declara que não existem, ignora os fatos, e delega o ônus
da prova a quem
diz que *pode existir*.

Eu, pelo menos, não disse que as complexidades irredutíveis existem (eu não
estou declarando, logo não preciso provar nada). Eu só disse que existem
fenômenos não entendidos (fato) e disse que isso decorre de uma *aparente*
complexidade irredutível (interpretação hipótetica).

O próprio Darwin assumia isso. Ele dizia que somente pela ação da seleção
natural nas "variações" (Hoje entendidas como variabilidade genética) não é
possível explicar o aparecimento de um olho. Existe um salto entre um ocelo,
omatídeo e um olho. O olho, diga-se de passagem, é uma estrutura muito
complexa e delicada. Teríamos que ter inúmeras gerações de olhos (ou
omatídeos)
não-funcionais, para, finalmente, ter um inteiro.

É claro que isso é só uma suposição e eu não estou defendendo nenhuma
explicação. Só estou reproduzindo algo que muitos dizem e já disseram antes
de mim.

É como aquela falácia do "apelo à ignorância": "Não está totalmente provado
que a evolução, como a conhecemos, não possa explicar tais fenômenos ainda
não entendidos, logo a evolução, como a conhecemos, explica tais fenômenos."

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> Catástrofes criam gargalos evolutivos. Elas diminuem a diversidade
> genética de uma população. Variações ambientais regulares podem criar
> heterogeneidade.

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Bem, eu não me expressei bem. Da forma que está escrito você tem razão na
sua observação.

Eu quis dizer que uma "pequena" catástrofe aleatória serve como seleção para
outros genes. (interprete a minha "pequena catástrofe" como pequenas
mudanças no meio de tempos em tempos que modificam o regime de seleção
evitando que certos genes desapareçam.)

Mas, enfim. Você tem razão. Do jeito que ficou escrito sua observação
procede.

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>
> Vc aplica um julgamento ético sobre isso. Não q. vc não tenha direito
> a isso. Mas em nenhum momento eu apoiei algo por aumentar ou deixar
> de aumentar as chances de sobrevivência de uma população. Eu
> considero o Holocausto uma vergonha para a humanidade - assim como o
> extermínio sistemático de ciganos, homossexuais, negros e outros
> grupos considerados impuros pelo arianismo de Hitler. Só porq. vc
> aceita q. é ético o q. permite a perpetuação da população, não quer
> dizer q. eu tenha q. me fiar em seus mesmos critérios de eticidade.
> Mas pra q. isso não entre em conflito com suas crenças, vc necessita
> acreditar q. o Holocausto, coisa q. vc abomina, seja incompatível com
> o seu critério ético.
>
> Mas podemos inverter. Sim, o Holocausto diminui as chances de
> sobrevivência do povo alemão sob o regime nazista. Mas isso significa
> q. aumentou as chances de sobrevivência dos judeus - já q. não
> houvesse isso, a Alemanha ganharia a guerra (já q. a Rússia e os EUA,
> na sua visão, não iriam se chocar e não entrariam na guerra ) e aí
> sim poderia exterminar os judeus. Então o anti-semitismo e o
> Holocausto foi ético para os judeus. Continuamos tendo uma ética
> relativa - para um é bom, para outro é mau.

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Bem, primeiro a gente tem que deixar algumas coisas claras:

1-) a Alemanha não é uma potência hoje porque ganhou ou perdeu a guerra.
2-) os judeus estão bem hoje, em parte, por causa da guerra sim. Mas a
guerra não foi o único motivo.

O fato de aceitar ou não uma ética assim não é relevante. Geralmente, quando
eu faço escolhas éticas, não penso se algo trará ou não trará maior
capacidade de sobrevivência. A sobrevivência acontece contingecialmente.
Se ela não aconteceu, eu não estarei vivo para pensar "oh! eu não sobrevivi!
minha ética não foi boa!".

A psicologia evolutiva pode explicar a ética enquanto sobrevivência, mas
isso não quer dizer que nossas decisões sejam influenciadas por isso. Alias,
isso leva a uma outra questão bastante complexa, que é a do livre-arbítrio.

Digamos, só por hipótese, que a ética seja 100% genética, e, por hipótese,
que TODO nosso comportamento seja 100% genético (ignorando a influência do
meio). Então, nossos comportamentos seriam pré-estabelecidos.
Agora, só por hipótese, considere que o comportamento seja, digamos, 50%
genético e 50% ambiental. Isso nos transforma em escravos das determinâncias
dos genes e do ambiente. Os comportamentos seriam igualmente mecânicos.
O filósofo Spinoza escreveu uma vez que, se uma pedra pensasse e fosse
atirada ao ar, muito possivelmente essa pedra acharia que voa porque quer, e
não porque foi atirada.

Da mesma forma é interessante refletir nisso. Nós achamos que tomamos
decisões éticas. Mas, se nossas decisões são frutos dos genes e do ambiente,
e se essas decisões até agora garantiram a sobrevivência de nós e de nossos
antepassados, é razoável supor que nossas decisões são mecânicas e que essa
mecanicidade foi a responsável pela nossa existência (já que ela foi a
responsável pela sobrevivência de todos os nossos antepassados)

Logo, é irrelevante dizer que tal critério é ruim ou bom. Se você toma
decisões mecânicas que te levam a existência, Ótimo. A existência já tomou
partido do critério. Se você não toma tais decisões e deixa de existir, ok,
não faz diferença. E enfim, se você existe, ótimo. Você pode julgar, gritar,
cantar, dizer que X é certo, Z é errado e dizer que não está nem ai se o
certo é poder existir ou não, apesar de tudo isso ser o bônus da
possibilidade de existência. Entretanto, se você não existe, não vai fazer
diferença nenhuma.

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>
> Se vc não se ligou, o desenvolvimento da Genética no ocidente,
> aplicada à agricultura:*diminui* a diversidade genética das espécies
> cultivadas. A falha do sistema russo foi a incapacidade de selecionar
> as melhores linhagens.
>
> Eu gosto de diversidade. E gosto de diversidade genética. Só não é
> correto dizer q. ela é sempre boa.

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A seleção artificial, de forma ampla, não diminui a variabilidade genética.
Na verdade, ela até aumenta. O que ela faz é:
a-) O que a seleção faz é "isolar" determinados genes em determinadas
populações ou variedades.
b-) Criar novas populações ou variedades pela introdução de genes novos.
(aumentando a variabilidade genética)

Usar uma variedade "pura" não implica extinguir uma variedade impura. Ao
contrário. Variedades "impuras" são "guardadas" para servir de fonte de
genes quando necessário. O gene pool é algo muito importante e os
geneticistas o prezam muito. O patrimônio genético de uma espécie é a
riqueza dessa espécie.

Logo, você pode até criar variedades de plantas ou raças de animais isolando
certos genes do gene pool da espécie, mas isso não implica que o gene pool
(ou variabilidade genética) está diminuindo. Na verdade, você só está
concentrando, em diversos subgrupos diferentes, algo que antes estava
espalhado. (e, às vezes, até colocando genes novos, que não estavam
originalmente no gene pool)

De qualquer forma, raças de animais e variedades de plantas, *quando
consideradas isoladamente*, são geneticamente homogenias sim. Mas isso não é
problema. Se as variedades tiverem algum problema, o homem sempre pode
intervir diretamente, introduzindo genes novos tirados de variedades
"impuras", algo que seria impossível na natureza.

(um exemplo do que eu estou falando foi a "crise do milho" na década de 70,
os EUA. Apesar do milho dos EUA ser híbrido, era muito geneticamente
homogêneo e foi atacado por um fungo. Os pesquisadores rapidamente
intervieram e introduziram um gene que conferia resistência ao fungo. Esse
gene foi retirado de variedades "impuras", nativas e "heterogenias".)

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>
> > Essa definição não foi feita. A definição vigente é: "indivíduos
> > geneticamente idênticos". Como eles NÃO SÃO geneticamente
> idênticos, estão
> > fora da definição. Logo, me sinto no direito de dizer que eles, em
> relação
> > ao critério cientifico vigente, NÃO SÃO clones.
>
> Vc tem o direito. As demais pessoas têm o direito de considerar
> clones. Isso é questão semântica e não de processo.

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A semântica, nesse caso, não é uma entidade mística, flutuante. A semântica
é baseada em um critério.

Idiota, se não me engano, é toda pessoa com QI abaixo de 20 pontos. Se a
pessoa tem 80 pontos de QI, ainda é intelectualmente restrita, mas, a rigor,
não pode ser chamada de Idiota. Há um critério.

Se não me engano, um país está tecnicamente em recessão, quando não
apresenta crescimento econômico ( 0% ou menos) em 6 meses. Se ele não
apresenta crescimento em 5 meses, está com a economia desacelerada, mas não
se pode dizer, a rigor, que esteja em recessão. Há um critério.

Há critérios em muitas coisas. É verdade que muitos desses critérios são
arbitrários. Mas esses arbítrios são necessários para que se possa fazer
convenções confiáveis.

Se o critério é ferido, a semântica é mudada. E, enfim, isso não é uma
questão de semântica ou de processo.

É uma questão de critério. (você pode me acusar de ser um chato, criterioso
e exagerado. Mas nau pode dizer que estou errado)

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>
> Nenhuma característica q. possa ser contornada por meios artificiais
> é deletéria. Os meios artificiais de reprodução permite q. quem não
> poderia conceber de outra forma o faça. Não obriga q. todos utilizem
> esse meio. Se é menos eficiente q. os meios naturais podemos
> pesquisar para q. seja mais eficiente do q. é. Mesmo q. não se
> consiga, já será um ganho frente à alternativa natural: não se
> reproduzir. Se traz genes deletérios, em termos estritamente
> populacionais como vc quer analisar, na pior das hipóteses haverá
> empate: a criança gerada é inviável. Mas existe uma parcela q. é
> viável e isso já é melhor do q. - novamente, dentro da perspectiva
> estritamente populacional (com a qual não concordo) - nada - q. é a
> alternativa ao não se aplicar tais técnicas.

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Minha opinião (como a de qualquer um) é irrelevante. Mas se fosse para dar
uma, eu diria que sou "a favor" dos meios de reprodução artificiais. Como eu
já disse no e-mail anterior:

"Nada contra bebes de proveta. Nada contra a clonagem. Estou só analisando
situações e dados e fazendo comparações. Não fiz nenhum juízo de valor. Só
estou comparando circunstâncias técnicas e vislumbrando possíveis
implicações e talvez pretensos perigos."

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>
> > 2-) Seleção natural é algo que na espécie humana praticamente acabou
>
> há, há, há.

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Bem, eu vou argumentar em cima da risada.

Eu assumo que exagerei. Mas se você relativizar verá que, comparado a
períodos anteriores, a seleção caiu a tal ponto, que não seria exagero (ou
seria exagero ?) dizer que ela praticamente acabou. (essa frase pode parecer
exagerada, mas foi dita por um professor que respeito muito .. talvez ele
tenha dito valendo-se de "força de expressão" .. mas .. enfim ..)

Há autores que falam de uma pretensa "degeneração genética" na humanidade. É
claro que isso pode ser, novamente, um exagero. Muitos autores e professores
falam em um crescimento vertiginoso na incidência de genótipos ruins e
pepepe e tatata ..

Falar em degeneração é algo polêmico. Afinal, se o indivíduo consegue viver
no meio relevante, o caráter degenerativo não é ao todo deletério.

Enfim, enfim, enfim ....
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> Algo q. não seja genético não pode ser evolutivo. E não se zangue com
> os 100%, o mesmo raciocínio vale para 0,01% genético.

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Ah, mas não vale mesmo (pelo menos do ponto de vista retórico). Muitas vezes
você fez paralelismos entre uma "ética ambiental" e uma "ética genética".
Isso é: colocou uma contra a outra.

"Características adaptativas não são absolutas: ela dependem de todo um
contexto ambiental (e genético)." (usou isso como argumento como se eu
tivesse dito que são 100% genéticas)

E muitas vezes usou o "100% genética" para fazer espantalho, como:

"Aliás, se a ética (sensu 2 de Arcange) for 100% genética, estaremos tão
somente seguindo a ética criada pelo processo seletivo, independentemente da
escolha q. fizermos - escolha q. terá sido guiada por nossos divinos e
sábios genes. Assim como o Papa é infalível posto que guiado por Deus, nos
seremos infalíveis posto que guiados pelos genes."

Isso é: eu não disse que a ética era 100% genética e nem ficou implícito
isso. Mas você considerou isso como verdade. Afinal, é mais fácil atacar uma
caricatura.

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> É muito divertido. Estou mostrando exatamente as contradições de seu
> sistema ético, pretensamente objetivo.

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Contradições onde ?

--Na diferença entre ética e moral ? (que você diz que são equivalentes, mas
ao mesmo tempo diz que uma serve de objeto para outra e chama as 2 de
objeto, formando um complexo "objeto-do-objeto')

--Na diferença entre moral (coletiva, lábil e não deduzível, não
necessariamente ética, e atribuidora de valores) e comportamento
(individual, lábil e normalmente não induzível, não necessariamente ético, e
não atribuidora de valores) ?

--Numa pretensa contradição por tentar um critério de virtude/justiça tirado
da psicologia-evolutiva ? (você diz que não posso tirar um critério, que
será aplicado a uma disciplina, de um objeto e diz que isso é perversão
semântica. Eu não entendi. Mas tudo bem ...)

--Na validação do princípio antrópico ? (atribuindo a existência como
critério absoluto para o juízo)

--Por dizer que tanto nas bombas de hidrogênio, como no modelo de Munch não
há prova conclusiva ? (um adendo: prova conclusiva é aquela que não admite
outra explicação razoável senão aquela atribuída. A prova inconclusiva é
aquela que pode admitir outras explicações razoáveis além da preconizada)

--Por dizer que toda verdade é antropocêntrica e antrópica ?

--Por supor que um dos fatores preponderantes da miséria é a concentração de
renda ?

--Por dizer que o desenvolvimento da Alemanha não é função de derrotas ou
vitórias na guerra ? Ou por dizer que o anti-semitismo forte e de estado só
ocorreu efetivamente na alemanha ? E por dizer que o ataque aos judeus
colaborou para a derrota dos nazistas ?

--Por assumir o que muitos autores, incluindo Darwin, admitem que existem
características que parecem irredutíveis ?

--Por dizer que a seleção artificial, de modo amplo, não diminui a
variabilidade genética da espécie ? (assumo que diminui da população, mas,
como foi dito, o homem pode intervir geneticamente na população homogenia
"guardando" genes híbridos. Isso é: o *homem* artificialmente se torna
detentor do gene pool e da variabilidade genética da população)

--Por dizer que, aceitando o critério vigente de clonagem, a técnica atual
não pode, a rigor ser chamada de clonagem ? (como já disse .. você pode me
chamar de chato, e isso talvez eu seja. Mas a rigor, a técnica não causa
indivíduos geneticamente idênticos.)

--Por falar que a seleção natural caiu a tal ponto (considerando outros
ambientes que o Homo sapiens viveu) que muitos autores dizem que ela
praticamente parou ?

E por dizer outras coisas em outros e outros e-mails mais ou menos do mesmo
nível ? (como que mutação não é igual a variabilidade genética, ou por dizer
que há uma tendência a reprodução sexuada na natureza na medida em que os
organismos aumentam a sua complexidade, ou por dizer que, a longo prazo, a
homogeneidade genética é ruim ? )

Eu não estou sempre certo. Eu até falo bobagem. Eu só não vi, até agora,
contradição alguma.
E a maior parte do e-mail não se refere sequer a ética ou ao que você
insiste em chamar de "meu sistema" (quando já disse que não é meu .......)

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>
> > Isso é: mutação é a fonte da variabilidade genética, Logo, mutação
> NÃO é
> > variabilidade genética." (Uma coisa não pode ser fonte de si
> mesma .. a não
> > ser em casos especiais auto-recursivos ...... )
>
> Vc fala como se eu tivesse dito q. mutação fosse variabilidade
> genética...

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Sabe, Takata, me desculpa o palavrão. Mas assim é foda. Sem puxar o saco,
você me parece muito inteligente e conhecedor. Argumenta relativamente bem.
Mas assim não dá.

Uma vez eu escrevi um texto sobre 3 "técnicas" de retórica que estão ficando
comuns. Essas técnicas não são falácias. São até legítimas, mas que não
levam a lugar algum. "O apelo ao relativismo", "O apelo a dúvida" e a
"elipse de premissas e conclusões"

Veja só, Takata.
1-) No primeiro e-mail, eu disse que: "Isso que vou falar todos dessa lista
já devem conhecer: Quanto maior a variabilidade genética, maior a
estabilidade e adaptabilidade de uma população."

2-) Logo depois, você contra-argumentou dizendo que eu entrava em
contradição. Para alguém entrar em contradição, deve fazer 2 afirmações que
derroguem o 2 princípio da lógica clássica. (Se A é verdadeiro, não-A é
necessariamente falso.). Então, você demonstrou onde eu pretensamente caia
em contradição. Veja: "Primeiro q. vc entra em contradição. Se qto maior a
variabilidade genética maior a estabilidade da população (o q. não é
verdade, mas enfim) e se vc diz q. a clonagem produz mutações, q. é a forma
de introduzir variação em uma população - então a clonagem seria evolutiva".

Esse é um argumento que pressupõe 1 premissa não-explícita (premissa que
você não demonstrou). Qual premissa é essa ? OU que "Mutação implica
necessariamente variabilidade genética.", OU que "Mutação é igual a
variabilidade genética"

3-) No outro e-mail, então, eu ataquei as 2 possíveis premissas
não-explícitas.
A-) Eu disse: "Em uma população, um indivíduo pode sofrer mutação sem
que a variabilidade genética dela se altere. Isso ocorre porque existem
muitos fatores que afetam a variabilidade genética. A mutação é apenas 1
deles e pode ser neutralizada por outros." Em outras palavras, o que eu
estava dizendo é que mutação não implica necessariamente em variabilidade
genética, logo sua premissa não era verdadeira e o raciocínio não tinha
validade. Não havia contradição alguma.
B-) Eu disse: "De onde você tirou que mutação é igual a variabilidade
genética ?", "mutação é a fonte da variabilidade genética, Logo, mutação NÃO
é variabilidade genética. (Uma coisa não pode ser fonte de si mesma .. a
não ser em casos especiais auto-recursivos ...... )". Isso é: enfim, e sendo
redundante, uma coisa não pode ser igual a outra.


4-) No outro e-mail, você respondeu dizendo que mutação era a fonte
principal de variabilidade genética. Quando a isso eu concordo. Só não
concordo que uma implique necessariamente outra. Enfim, esse argumento não
acrescenta nada. Não objetou nada. E eu até comentei de forma jocosa a
irrelevância do argumento "Você responde reafirmando o que afirmo com o
objetivo de refutar. Coisa que acho até divertida."
Veja: se a mutação não implica necessariamente variabilidade genética, pode
haver mutação sem variabilidade genética. Isto é: uma mutação "ruim" pode
ocorrer, mas sem que isso cause aumento na variabilidade genética. E isso eu
até expliquei no e-mail anterior.


Sabe, Takata, o que ocorre no final é uma triangulação. Você não diz quais
as suas premissas a rigor e eu tenho de "prevê-las". Quando ataco a
premissa, você sempre pode dizer: "Mas eu não disse isso".
É claro que não disse. Ela não estava explícita. Eu tive que pressupor que s
eu argumento era baseado Ou em uma Ou em outra. E ataquei as 2 logo de uma
vez.

Talvez eu tivesse que deixar isso claro dizendo algo como: "Pressupondo que
você assume X .. então ..". Mas como você elipsou seus pressupostos, eu
também me senti livre para elipsar os meus.


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>
> > posição difícil de sustentar. Dizer que mutação é igual a
> variabilidade
> > genética, quando qualquer pessoa sabe que não é.
>
> Eu disse isso? Onde?

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A resposta está dada logo acima. O que escrevi acima, vale agora também.

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ERRATA: no e-mail passado eu tinha dito que a implicância era
monocondicional. Eu me confundi. É uma implicância formal policondicional.
Mas você deve ter entendido o que eu quis dizer.

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>
>
> Todos os q. assinam Arcange. Já leu trabalhos clássicos com
> eletroforese de isozimas? Já leu os trabalhos de Ohta? Bem, o
> princípio é simples: enzimas (logo, produtos de ADN codificantes -
> ADN `ativo' como vc chamou) são proteínas. A seqüência de aminoácidos
> determina sua forma e suas proporções a carga elétrica líqüida da
> proteína. Forma e carga elétrica determinam padrões de migração em um
> gel submetido a uma tensão elétrica. Assim, migrações diferenciais de
> enzimas são determinadas por diferenças na seqüência de aminoácidos
> (os quais por sua vez são determinados pelas seqüências de
> nucleotídeos no ADN). Análise de eletroforese geralmente encontra uma
> variação muito grande nas propriedades eletroforéticas das proteínas
> homólogas. Essa variação poderia ser explicada por regimes de seleção
> muito especiais - de fato em alguns casos podemos fazer essa
> correlação. Mas nos mais diversos organismos nos mais diversos
> ambientes temos uma variação muito gde. Isso é melhor explicado sob
> um regime neutralista.
>
>
> Os geneticistas querem.

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Eu já passei por laboratórios de eletroforese embora nunca tenha me
aprofundado muito. Conheci o de eletroforese tridimensional da unicamp
(dizem que é o único tri-dimensional da América latina, não ? eu estou por
fora há muito tempo disso ..) e já conversei muito em laboratório sobre
eletroforese de proteínas de estresse. Mas isso é totalmente irrelevante.

Todos nos sabemos que o código genético é degenerado. Todos nos sabemos que
aminoácidos diferentes podem se equivaler nas proteínas sem que isso tire a
funcionalidade delas.

Há inúmeras diferenças na seqüência de aminoácidos do citocromo c entre os
diferentes seres vivos. E o citocromo c continua funcional e sendo chamado
de "citocromo c". Sei que há inúmeras diferenças entre a seqüência de
aminoácidos de diversas proteínas humanas.

Mas, apesar disso tudo, classicamente se considera mutações, como regra,
deletérias.

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>
> Mutação sempre introduz variabilidade genética. Ocorrendo em regiões
> q. não codificam causa variabilidade alélica nesse loco. Ele pode até
> não se espalhar pela população, mas o fato de estar dentro da
> população já causa a variabilidade.
>
> Exemplo: temos uma população de 1.000 indivíduos com um alelo A em um
> determinado loco. A população é monomórfica para esse gene. Uma
> mutação introduz um alelo a nesse loco em um indivíduo: teremos 999 A
> e 1 a (a população é haplóide). Esse simples fato causou uma
> alteração na variabilidade genética da espécie. Não importa se esse
> alelo é eliminado a seguir - isso é outro processo q. não mutação.

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Ah, agora sim! Estamos progredindo. "Mutação sempre introduz variabilidade
genética". Você finalmente afirmou sua premissa (e eu escrevi aquele papo de
"premissa elipsada" antes de ler isso) e argumentou sobre a validade dela.
Deu até um exemplo. Ótimo.

Agora sim, podemos progredir, porque essa premissa é o ponto nevrálgico (na
verdade, há outros pontos, mas, enfim ..)
Eu posso contra-argumentar apelando para 3 pontos: Conceito de variabilidade
genética (coisa que já fiz, mas posso fazer de novo), Derrubar o seu exemplo
(que, é claro, não provará que sua premissa esteja errada.), ou dar outro
argumento.

Vou misturar as 3 abordagens.

A primeira coisa que se deve notar é que seu exemplo não existe. Ele,
normalmente, é inviável biologicamente.
Digamos, só por hipótese, que ocorra mutação em um indivíduo que está em uma
população.A primeira coisa a se perguntar:
Ocorreu em DNA codificante ou amorfo ? Há maior chance que ocorra em amorfo.
Ocorrendo em codificante, ocorreu em ativo ? Há maior chance que ocorra em
um inativo. (não adianta ocorrer uma mutação para genes da cor do olho em
uma célula do dedão do pé.)
Ocorrendo em ativo, ela não é deletéria ao ponto de matar o indivíduo ?
Se o indivíduo sobreviver, como pode uma característica se manifestar por
causa uma única célula ? (digamos, para você ter uma mutação de um gene que
deixe seu olho vermelho, você teria que ter inúmeras células com a mesma
mutação. E não só uma.)
Digamos que a mesma mutação tenha atingido todas as células relevantes (algo
quase impossível), apenas isso é necessário para que a característica se
manifeste ? (algumas características, para se manifestar, precisam de outros
pré-requisitos que já não se encontram mais.)
E, finalmente, mesmo que tudo isso ocorresse (ou não), a mutação despontou
em uma célula somática. Logo, a mutação não é hereditária. Não pode ser
relevante para a população.

Levando seu conceito a rigor, então a variabilidade genética das populações
e o genoma das pessoas estão mudando toda hora. Há inúmeras mutações por
dia.
Pior! um bebê que degenera na fase de gástrula por causa de uma mutação está
introduzindo variabilidade genética na população ? E um bebe deformado
abortado introduz também ?
E se eu pegar câncer ? se alguém ficar no sol e os raios ultra-violetas
causarem a união de 2 timinas no dna de 1 célula dela. Isso é uma mutação
que poderá levar ao câncer de pele. Esse câncer de pele é variabilidade
genética ?
Quer dizer que alguém com câncer por causa de uma mutação está aumentando a
variabilidade genética da população ?
Digamos, um vírus que cause uma doença vulgar e mutação ? Está aumentando a
variabilidade genética também ?
E se eu cheirar muito tolueno e 1 célula do meu nariz se tornar cancerosa,
logo depois destruída pelo sistema imune. Isso causou um aumento da
variabilidade genética da população onde estou inserido ?
E se eu fumar cigarro e uma célula do minha traquéia entrar em mutação por
causa do alcatrão mas essa célula morrer 1 semana depois (qual o tempo de
vida médio de uma célula do epitélio da traquéia mesmo ? é 1 semana ? 1 mês
?) Minha celula mutante de 1 mês de vida no epitélio da traquéia aumentará a
variabilidade genética de toda população ?

Voltando ao Darwin, que chamava de 'variações' as diferentes formas com que
uma característica podia se apresentar em uma população. Até onde sei e
estudei, a adaptação do termo 'variações' para 'variabilidade genética' só
ocorreu a partir da Síntese (década de 40), para denotar que essas variações
estavam ligadas a genes. Logo, a origem do termo (e se quiser, o termo em
si) diz respeito a características válidas e não a qualquer mutação que não
condicione, pelo menos potencialmente, características.

Os 2 mecanismos principais que condicionam a variabilidade genética (ou
'variações' ou 'variações hereditárias', como também são chamadas) são a
*mutação e a recombinação*. Veja a influência da recombinação. Para haver
aumento da variação é importante que haja recombinação. Para haver
recombinação, pressupõe-se reprodução. E a reprodução pressupõe penetração
do gene/característica na população.

Observe que o termo "variabilidade genética" tem como sinônimo "variações"
ou "variações hereditárias". Para qualquer variação ser hereditária, ela não
pode ocorrer nas células somáticas. Apenas nas germinativas. Toda e qualquer
mutação em células somáticas não é hereditária, não passa por recombinação,
não passa pela reprodução e não penetra na população e geralmente não
condiciona nunca características.

Toda e qualquer mutação somática não condiciona variabilidade genética, seja
pelo conceito de variabilidade, seja pelos sinônimos ou seja pelo bom senso
(uma mutação que cause câncer não é variabilidade genética)

(obs: o conceito de reprodução sexuada em organismos superiores está ligado
a presença de recombinação. Por isso, muitos autores consideram a
partenogênese uma forma de reprodução sexuada, porque, apesar de não haver
introdução de novos genes, (classicamente falando) há recombinação. A
recombinação já é suficiente para haver variabilidade genética, mesmo que
não haja mutação.)

(obs: No vestibular, questões envolvendo o conceito de partenogênese e de
reprodução sexuada são polêmicas por isso.)

(obs: isso não é minha opinião. É a opinião de muitos autores. Opinião que
eu corroboro.)

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> Nem sei se geralmente. Mas o meu caso é dizer q. é errado dizer q.
> *sempre* é bom ou ruim. Primeiro q. depende de critérios - para um
> agricultor uma homogeneidade pode ser muito boa - segundo q. depende
> das condições locais. Fico feliz q. concordo com isso.

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Eu retiro o "geralmente" e coloco o "sempre".

Aceito a sua crítica quando ao critério. Você tem razão.

O critério que usei e deixei explícito (embora não tenha dado o devido
reforço) é o "critério da sobrevivência a longo prazo", ou, melhor dizendo,
puramente: "O critério da sobrevivência da espécie".(a sobrevivência da
espécie pressupõe sobrevivência a longo prazo)

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>
>
> Isso não tem nada a ver com precaução. Pode ter a ver com a
> diversidade biológica: aqui sim entra a questão da variabilidade
> genética e tbm pode ter a ver com a questão de números. Desastres
> macroambientais (seja lá o q. isso for) dificilmente pegaria todos os
> organismos espalhados pelo planeta (mesmo q. hipoteticamente fossem
> homogêneos geneticamente).

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Eu usei o termo "precaução" com alegoria. Mas tudo bem. Aceito a observação.

Mas existe possibilidade sim de haver desastres que acabem com toda vida.
Alias, eu acho - embora isso seja apenas um palpite - que tais desastres
sejam extremamente comuns. Na equação Drake, onde tenta-se prever a
possibilidade de vida em outros planetas, a chance de um evento desse
ocorrer é estipulada em 1/3 (33%). Isso, é claro, é um número assumidamente
arbitrário.

Eu acredito que as chances de extinção total da vida em um planeta - e isso
é somente um "chute" - estejam por volta de 80% .. 90% ou mais. (homogêneos
ou heterogêneos)

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>

>
> A seleção negativa diminui a variabilidade. O q. condiciona a
> variabilidade é a relação entre taxa de mutação, o regime e
> intensidade de seleção, os padrões de migração, estruturação
> populacional, seleção sexual e deriva genética.
>
> Os dinossauros estão vivos hoje. Sob a forma emplumada.

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A seleção positiva aumenta. Há muitas coisas que diminuem a variabilidade.
Não estou dizendo que a variabilidade não caia. É claro que ela cai. Estou
dizendo que isso, a longo prazo, diminui as chances de sobrevivência da
espécie.

E, bem ...
Você pode dizer que as aves descendem de alguns tipos de dinossauros (dos
tipos de maior variabilidade genética). Mas dizer que os dinossauros viraram
aves me parece uma generalização estilo "a parte para o todo". 85% das
espécies foram extintas no KT.

Ave é ave, dinossauro é dinossauro e Homo sapiens não é Homo erectus. (eu
não sou igual a meus ascendentes)

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>
>
> Um exemplo de homogeneidade genética: as histonas, as chaperonas, as
> ARN ribossômicos são extremamente conservados. Se pegarmos genes
> reguladores de ratos e transferirmos em moscas, eles substituem seus
> equivalentes muscóides perfeitamente.
>
> Vc pegou um exemplo em q. a variabilidade genética permitiu a
> sobrevivência - se isso é bom ou não é outra história. Eu dei
> exemplos em q. a homogeneidade genética permitem a sobrevivência - se
> isso é bom ou não é outra história. Continuo defendendo q. não se
> pode generalizar universalmente.

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Você desviou o ponto de relevância do argumento. Desviou e o levou para um
ponto "neutro".

No meu exemplo, a variabilidade genética evitou a extinção.
No seu, ela não teve efeito algum. Não evitou nada.
*Este* é o ponto efetivo.

E quanto a ser "bom ou ruim", novamente e sistematicamente apelo ao
principio antrópico.
Baseado nele, eu digo que é bom.

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>
> Demais a mais, a sobrevivência a longo prazo depende tbm da
> sobrevivência a curto prazo.
> Eis q. temos o conflito entre a homogeneização e a diversidade. A
> vida não fica em uma ou outra direção, ela anda sobre o fio da
> navalha. Isso é outro aspecto do pensamento de q. a vida é um sistema
> no limbo entre o caos e a ordem, o cristal e a fumaça.

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Concordo.

O problema esta em saber onde é o ponto de equilíbrio.

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>
> > Eu falei primitivos em termos de organização ... e não em termos
> > cronológicos.
>
> Depende de q. tipo de organização estamos falando. Bactérias são
> quimicamente muito sofisticadas.

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Takata, você entendeu o que eu quis dizer. Mas tudo bem. Eu também sou
assim. Pego no pé, mesmo entendo o que o outro disse, quando posso.

De qualquer forma, apesar deu também achar que as bactérias são
bioquimicamente sofisticadas, não podemos compará-las aos animais
superiores.

Uma bactéria de 5 micrometros de diâmetro, um único nucléolo com algumas
centenas de genes não pode ter a mesma diversidade bioquímica de um homem
com 70 litros de volume, milhares de células diferentes, centenas de
hormônios, 46 cromossomos com alguns milhares de genes.

De qualquer forma, eu não consigo pensar em que tipo de organização uma
bactéria poderia ser superior ao homem, por exemplo. Não estou dizendo que
isso não seja possível. Só estou curioso.

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>
> > Seria necessária a intervenção de mais opiniões. Está
> > muito clara, pra mim, a tendência da reprodução sexuada.
>
> A questão não é de votação. Não ganha quem recebe mais votos.
>
> > Em ordem de evolução:
>
> Q. ordem? Scala naturae aristotélica?
>
> > Cordados: sexuada é a regra (com casos eventuais de partenogênese e
> > neotenia)
> > Artrópodes: sexuada é a regra (casos de pedogenese e partenogênese
> isolados)
> > Anelídeos: sexuada é a regra (fecundação cruzada em espécies
> monóicas)
> > Moluscos: sexuada é a regra
> > Nematelmintos: sexuada é a regra
> > Platelmintos: sexuada = assexuada.
> > Cnidário: assexuada e sexuada.
> > Poríferos: assexuada e sexuada.
> > Protistas: assexuadas e sexuada
> > Monera: assexuada e sexuada
> > Vírus: assexuada.
>
> > A assexuada só é significante nos platelmintos para baixo. Se isso
> não for
> > um tendência, eu não sei o que uma tendência é.
>
> Platelmintes para baixo? Vc se refere na lista q. vc fez ou se refere
> em direção ao centro da Terra?
>
> Inverta a lista e diremos: dos platelmintes para cima a assexuada é a
> regra.

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Takata, eu não estou entendendo.
Existe uma evolução. Uma espécie descende de outra, onde, às vezes,
aumenta-se a complexidade.
Um ácido nucléico que se replica sozinho nos mares da terra é menos complexo
que uma microesfera, que é menos complexa que um coacervato. Coarcevatos são
menos complexos que riquetsias e pplos. (considerando-s como "entidades
vivas" e auto-reprodutivas)

Há uma tendência de aumento gradativo de complexidade e, conseqüentemente,
diminuição da entropia. Complexidade morfológica, anatômica, bioquímica,
fisiológica, histológica, diversidade citológica.

Se perguntar por que há essa tendência ou questionar a natureza dela, tudo
bem. Mas no nosso planeta ela é um fato. Na medida que o tempo passa, alguns
organismos ficam mais complexos. Isso não significa que eles fiquem melhores
ou piores.

Eu não estou dizendo que mais "evoluído" filogeneticamente seja "melhor".
Não estou dizendo que o homem é "o melhor" e que as pobrezinhas das
bactérias são umas primitivas, coitadas! (será que eu serei indiciado por
preconceito contra as bactérias?)

Cada criatura na sua. Os critérios de "melhor e pior" são humanos. E é
claro, as bactérias (e o universo) não estão nem ai pro que pensamos delas.
Como você disse, todos nós temos 3,8 bilhões de anos de "evolução" nas
costas. Algumas criaturas desenvolveram, nesse tempo, complexidade maior que
outras.

Eu só mostrei que a reprodução sexuada é, claramente, uma tendência
desenvolvida concomitantemente a complexidade geral dos filos animais
(coloquei uns moneras, protistas e vírus, só para comparar) e ordem de
ascendência filogenética.


Se quiser desconsiderar a complexidade, tudo bem. Há espécies que correm por
uma linha filogenética mais complexa que a de seus ascendentes, e depois há
uma regressão na complexidade. (embora isso seja eventual e não invalidade a
tendência, que é legítima).

Mas eu nunca achei que alguém questionaria a ordem filogenética. (é claro
que você, possivelmente vai dizer que não questionou. Suas conclusões são
sugeridas e suas premissas elipsadas. Fica uma espécie de "argumento
flutuante", onde gente tem que ver e pensar "o que ele quis concluir com
isso ? baseado em que premissas ?", e é claro, você sempre pode dizer no
final de um argumento "eu não disse isso ......" )

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>
> Gramíneas, algas, fungos... Liste isso por espécie.
>
> > As bactérias estão muito bem enquanto nada muda. Pegue uma
> termofila e
> > tire-a do calor. Ela morre. Mude o ambiente e elas morrem. Como foi
> > demonstrado logo acima, apenas uma minoria de 'tipos de seres'
> praticam a
> > assexuada. E ainda sim são os mais primitivos.
>
> Vejamos, um cavalo q. se reproduz sexuadamente sobrevive na fonte
> termal?
> E na verdade bactérias termófilas costumam sobreviver em ambientes
> inóspitos e suportam uma variação de temperatura maior do q. nós.
>
> Tipos de seres? Poderemos dizer q. uma minoria de tipos de seres
> praticam a reprodução sexuada: basta agrupá-los em uns poucos grupos.
>
> Eumetazoários: cordados, equinodermos, moluscos, artrópodos - sexuada
>
> Oras. Novamente o problema da ambigüidade dos critérios. (Aliás seu
> estilo de argumentação me lembra muito uma pessoa...)
>

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Bem, eu não sei onde fui ambíguo em critérios outras vezes. Não que eu não
possa sê-lo. Só não sei onde fui.
Respondo todos os pontos. Muitas vezes numerando itens, exatamente para
"isolar" argumentos e deixá-los explícitos e fáceis de serem lidos. Faço
esforço para deixar todas as premissas explícitas. É claro que isso é
difícil, porque quando conversamos, pressupomos muitas coisas.

Eu pressuponho e pressupus - talvez erroneamente - que você não tenha
problemas com a aceitação da teoria sintética da evolução e com as relações
filogenéticas entre os reinos, filos e ordens de criaturas.

Bem.....

Se considerarmos os seres em ordem de complexidade, em uma estrutura
filogenética, no reino Monera, Protista e Metazoa, você concorda que há uma
tendência há reprodução sexuada ?

Antes que você recaia nesse ponto (apesar dele estar explícito e implícito),
falo de complexidade total. Bioquímica, anatômica, morfológica, histológica,
diversidade citológica, etc ...

Quanto aos Metafitas, o ciclo reprodutivo padrão é a metagênese. Alterna-se
uma fase sexuada e outra assexuada. É óbvio, claro e evidente que, se você
pegar espécies isoladas ou grupos de espécies isolados (como você mesmo
disse) veremos certas predominâncias.

As gramíneas podem ter o tipo de reprodução que tiverem. Isso não muda toda
estrutura filogenética. Da mesma forma, uma possível espécie evoluída da
humana pode ter reprodução por pedogenese. Isso não muda tudo que se observa
na natureza.

O cavalo realmente não se adapta a uma fonte termal. Certas bactérias são
extremamente resistentes as mudanças do meio. Mas eu não disse em nenhum
momento que isso acontecia. E nem disse que isso acontecia por causa da
reprodução sexuada. Eu disse que a reprodução sexuada aumenta a
variabilidade genética e isso aumenta a estabilidade e adaptabilidade de uma
espécie.

É possível que o meio quente em que uma termófila viva esfrie e ela morra
(sem que ela possa fazer nada). Entretanto, acho difícil que o meio em que o
cavalo viva se transforme em uma fonte termal. Acho mais razoável que uma
savana vire uma floresta e que populações com grande variabilidade genética
possam gerar indivíduos cada vez mais adaptados ao novo ambiente, de forma
que os cavalos não desapareçam. (ou até evoluam para outra espécie)


De qualquer modo, podemos considerar as suas queridas bactérias como
criaturas onde a variabilidade genética é uma das mais altas da natureza.
Bactérias estão sempre mudando modificando seu DNA. Conjugação, transdução,
transformação. Plasmídios por toda parte. Criaturas superiores (antes que
você proteste, não estou tomando "superior" como elogio) só modificam a
variabilidade genética da população quando se reproduzem (segundo o seu
conceito, isso que acabei de falar é errado, mas, enfim). As bactérias
modificam a variabilidade genética a toda hora, pelos métodos já
mencionados.


E finalizando, não fique com raiva. Cada um defende seu ponto de vista e
isso não é totalmente errado. É natural que, quando se tenha certa certeza
sobre alguns assuntos, (mesmo que a "certeza" seja algo muito pessoal e
relativo) se seja enérgico nas intervenções. O importante é não se
petrificar em nenhuma posição e não se zangar por bobagens.

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Até mais
Arcange




SUBJECT: Re: Informação, c e o ref absoluto
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/12/2001 13:05


> > > vazio e/ou vácuo em nada modificam a física newtoniana, apenas
são
úteis
> > > para que expressêmo-la de uma maneira mais conveniente, e creio
que
isto
> > > seria decorrente da linguagem a ser escolhida e não da física
em si.
>
> > Isso é metade verdade.
> > Se o cenário que eu escolher for um tal que existe um campo
potencial
> > nele, o vazio transforma-se em vácuo e é preciso tomar em
> > consideração a existencia desse potencial.
>
> E qual seria a outra meia verdade?

O que eu queria dizer é que é diferente uma particula se movendo no
vazio,
que sendo actuada por campos. Qq que eles sejam. De gravidade,
electricidade
ou informação, tanto faz.

>Ou muito me engano ou a existência
> exclusiva de um campo potencial seria um artifício criado pelos
físicos
> quânticos como, por exemplo, aquele inerente à interpretação
gnomológica
do
> efeito Aharonov-Bohm.

Não sei do que estás a falar. O campo potencial é derivado da
experiencia.
Uma experiencia bem engraçada diga-se de passagem.
Temos campo gravitico e campo electrico-magnético.

> Mas deixei claro que estava a referir-me à física
> newtoniana.

Eu tb... mas não sei já mais se aqueles campos são classicos. Eu até
ia
escrever "Classicamente , temos..." mas emendei, só para não ter que
justificar.

>Digamos então, se é que captei qual seria a meia "verdade"
> assinalada, que este vácuo, diferente do vazio, seria um atributo
necessário
> à MQ. Nada contra, assim como também não me oponho a que Papai Noel
pinte
> suas barbas de preto este ano. ;-)

Nada contra. Nada disso. A conversa era outra.

> imaginar como a ocorrer em partículas clássicas especiais (por
exemplo,
> dotadas de giro). Apenas mudaria o exemplo dizendo que em teoria
seria
> possível *pensar* numa mesma informação provocando, por exemplo,
uma força
> centrípeta e um torque, simultaneamente. A função do torque seria,
por
> exemplo, manter o eixo de giro na direção radial.

Só para -me situar : torque = momento da força, não é ?


> > Onde é que eu falho em explicar que nada, mesmo classicamente,
fica
> > de fora da relatividade? É que todas as medições, todas as
observaçoes
são
> > feitas em relação a um referencial. São relativas a ele. E o que é
> > relativo, não é universal.
>
> Utilizas o termo relatividade num contexto totalmente diverso
daquele
> utilizado tanto por Galileu quanto por Einstein. Confundes mecânica
com
> relatividade, pelo fato de a mecânica utilizar-se de referenciais.

Não senhor. O que eu disse é que a velocidade é sempre relativa a
algo!
Quando consideras um unico referencial, a velocidade é na mesma
relativa.


> > Um observador num ref não inercial pode saber que está nesse ref,
mas
> > um observador num ref inercial não pode. Esta é a base da
> > relatividade, qualquer que ela seja.
>
> Estás tentando generalizar o princípio da equivalência de Einstein?
>Cuidado!

Não. Gostaria então de saber que experiencia podes fazer para saber
que estás em movimento rectilineo e uniforme.
Se não encontras nenhuma, então o referido principio é válido.


> > Se A passa por B com velocidade qq (em modulo e orientação) essa
> > velocidade é de que tipo?
> > É a velocidade de A relativa a B.
> > Mesmo uma velocidade absoluta é relativa a alguma coisa.
> > E por isso eu disse que mesmo fazendo fisica do absoluto as
> > velocidades serão sempre relativas.
>
> Essa é uma questão de natureza puramente semântica ou, quem sabe
"errântica"
> ;-). Afirmei em msgs anteriores que a meu ver existe uma velocidade
> absoluta; e afirmas que não, posto que podes medir esta velocidade
em
outro
> referencial que não o absoluto. Neste caso direi que a Lua não pode
ter um
> diâmetro absoluto pois recentemete,

diâmetro e velocidade são duas grandezas diferentes.
E a Relatividade de Galileu e Eisntein tem por base a velocidade e
vamos manter-nos assim.
Nada de arranjar entidades outras para justificar argumentos. tá bem ?

A velocidade absoluta é relativa ao referencial absoluto. E para qq
observador, excepto o solidário com o ref absoluto (Observador
Absoluto) toda a velocidade será relativa.

Velocidade relativa é a velocidade de A em relação a B, qq que seja
B.

>Relatividade é um capítulo da física e, pelo visto,
> interpretas a física como sendo um capítulo da relatividade.

Quando tens apenas um referencial, tudo bem. Mas quando tens dois, ou
mais, a fisica é inerentemente relativistica.
Não a fisica em si, mas as observações que o observador faz.
A relatividade é uma parte da fisica, mas que está sempre presente.
E só a podemos esquecer no caso de um referencial unico. (sem
mudanças de referencial)

O conto das arvores que se movem:
Joaõzinho vai no trem com sua mãe, e vê as arvores, os postes, as
pessoas e as casas passarem para trás dele. Ele não se sente a mover,
pq o trem está a mover-se a uma velocidade constante e em linha
recta. E joãozinho pergunta: "Mamãe, pq as arvores estão a correr
para de onde viemos?"

Qual deve ser a resposta da mae ,para se adquar às regras da fisica ?

Ela não pode dizer: As arvores não se movem. Elas estão a ser
observadas a moverem-se.
Ela pode dizer que as arvres não se movem pq esteve no referencial
delas!! Se não estivesse, ela teria de aceitar que as arvores se
movem, tal como o joãozinho faz. Ela não tem forma fisica de saber
que é ela que se está a mover sem mudar de referencial.

Ela derá dizer que : "Não, as arvores estão paradas no chão, mas nós
é que nos estamos a correr pq o trem está a se mover"

Depois o trem pára numa estação. A mae pode agora dizer que o trem
está parado ?
Não!!!! Ela só pode dizer que o trem tem uma velocidade nula em
relação à estação!!!
Se mudarmos para o referencial Sol, ambos se estão a mover, estação e
trem.

Não me venhas dizer que a Relatividade é uma ramo superfulo da
fisica, quando é um dos mais importantes da mecânica!
É devido a ele estar sempre embutido em toda a fisica do movimento,
que é muitas vezes dificil aos jovens joãozinhos do mundo, enteder a
fisica do movimento. Saberem escolher um referencial util e entender
as forças em jogo em cada um dos referenciais possiveis.

> > > > Mas o c da luz é isotropico. E o teu 'c' (velocidade da
galáxia)
> > > > não deveria ser.Se a galaxia se move ela tem um direcção.
> > > > Se nos movernos nos sentido contrario 'c', diminui.
>
> > > Mas porquê "não deveria ser isotrópico". Estás assumindo isso
como
> > > hipótese?
>
> > A galaxia se move numa direcção.Ou não se move?
> > Se esse movimento está impelido a c, então qq velocidade no
sentido
> > contrario será mais lenta que no sentido igual (soma de
velocidades
> > classica). Se eu estou me movendo num carro numa direcção, alo
que eu
atie
> > para tráz tem movimento mais lento (do ponto de vista do
observador na
> > terra) que a que eu atiro para a frente. Ou não?
>
> Em relação a um observador na terra, sim. Mas em relação ao
observador no
> carro o efeito é o mesmo, tanto para a frente quanto para trás, o
que
seria
> o equivalente ao isotrópico referido no caso anterior. Afinal, quem
é que
> está observando esta luz que afirmas ser isotrópica?

Estou a ver. Tens razão.
Mas então a luz que vêm para a terra , não é isotropica.

Por exemplo a que vem do sol. Quando a terra está situada à "frente"
do sol an direcção do movimento da galáxia, a luz tem uma
velocidade. Quando está situada "atrás" do sol na direcção do
movimento da galáxia a velocidade será menor.
Ou não ?


> > Se a informação viaja a c, e ela é a unica a poder provocar
acções ,
> > entáo viajando a mais que c, nenhuma informação nos alcançaria. E
> > portanto nenhuma acção aconteceria. Nao havendo portanto
alteração do
> > estado de movimento do corpo.
> > Onde é que eu estou a usar ideias de outras teorias ?
> > Estou apenas a usar o principio classico de que "se eu corro mais
que
> > tu, tu não me apanharás nunca".
>
> Sérgio: "Se a informação viaja a c."
> Alberto: Que significa isso? O que é informação? O que é "c"?

c é a velocidade da informação. É isso que está escito na minha
frase.
Mas podes substituir por s, k, h, j, i , qq letra.

> Sérgio: "Então viajando a mais que c, nenhuma informação nos
alcançaria."
> Alberto: Porque não?

Porque que seu corro mais depressa que tu, tu não me apanhas nunca.

>Neste caso: 1) Nossa galáxia viaja na
> velocidade "c", por hipótese.

E por hipotese essa uam velcoidade em relação a um hipotético ref
absoluto. Donde hipoteticamente é uma velocidade absoluta.

>2) Suponha um objeto aproximando-se da nossa
> galáxia a uma velocidade maior do que "c" porém na mesma direção e
sentido.
> 3) Este objeto emitirá luz (informações) numa velocidade superior
a "c",
> pela mesma hipótese. Conclusão 1: A luz (informações) emitida por
este
> objeto nos alcançará.

Mas ele emite a mais que c pq está se movendo. A pergunta é : qual é
a velocidade relativa entre a informação emitida e o corpo que a
emite ?
chamando a esta velocidade u, quanto vale u ?
Tem um valor definido ? é um valor aleatório? depende de alguma
coisa ? massa, carga, momento, torque, etc.. ?

Quando eu disse que a informação se movia a c, eu estava a dizer que
u=c. e não que a velocidade vista por um qq observador era c.

>Conclusão 2: Esta tua idéia ("então viajando a mais
> que c, nenhuma informação nos alcançaria.") não apóia-se nas
hipóteses da
> minha teoria, mas é uma conclusão que obtivestes a partir da teoria
da
> relatividade de Einstein.

é uma conclusão que não se apoiando na tua teoria nem dele, se apoia
nos principios mais simples da fisica. A não ser que exista alguma
coisa que te apanhe mesmo que viages mais depressa que ela.


>Conclusão 3: Não estás criticando minhas idéias,
> simplesmente estás dando a entender que elas são incompatíveis com a
>física moderna

Já estou, sinceramente, a ficar um bocado farto de estares sempre a
dizer isto.
Não ha mail que não escrevas que não digas que estou a defender a MQ
ou a Relatividade do Eisntein... quer dizer, já chateia.
Eu estou a tentar saber como a tua teoria responde a perguntas
simples da fisica mais elementar que ha! Ao mesmo tempo, entendendo o
que a tua teoria diz de novo e se isso é compativel com a observação
experimental. E não, se é comaptivel com a TR ou a MQ !!


Agora, acertando agulhas:

A se move na direcção positiva do eixo dos XX, com velocidade Va
B se move com velocidade positiva no mesmo eixo , com velocidade Vb

A emite informação, a uma velcoidade u.
A velocidade da informação no eixo dos XX é portanto Vi = Va + u , na
direcção positiva de XX

Se Vb > Vi , então a informação nunca atinge B. Não lhe causando
nenhum efeito.

Sim, ou não ?

Agora, outra experiencia.

A e B estão viajando à mesma velocidade na mesma direcção positiva de
XX.
Va = Vb => Vba =0

A emite informção a uma velocidade u. Vi = Va + u .
Quanto demora a informação a chegar a B ?

Agora B vai acelerar e aumentar a sua velocidade relativa a A.
Quanto demora agora a informação a chegar ?

Quando Vb > Vi, que efeitos actuam sobre B?

Fisicamente, que resultado observável é previsto da aceleração de B e
o seu escape do alcance da informação, no que toca ao efeito que a
informação tem sobre B ? (particula 'livre'?)


[]

Sérgio



SUBJECT: Um feliz ano novo quetzalcoatlus (era: Roda: Porque só a roda?)
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/12/2001 22:12

--- In ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> wrote:

> Dos quetzalcoatls é discutível se eram mesmo capazes de um
> vôo batido. Não possuíam quilhas em q. ancorar músculos
> mais desenvolvidos como os das aves. É possível q. fossem
> uma espécie de pipas (quadrados, papagaios) vivas - lançando
> em vôo planado sob ação de ventos.
>

Vocês biólogos vivem estragando a imagem mítica que minha parte
criança alimenta dos animais pré-históricos. Primeiro foi o T-Rex,
desqualificado como reles carniceiro... agora o quetzalcoatlus,
apenas uma pipa... mas que pipa hem! Não levem muito a sério essa
minha última mensagem, já escrita sob as emoções de fim de ano e uma
pequena dose alcoólica. Vejo vocês daqui vinte dias, isto é se
conseguir ficar longe de um computador esse tempo todo. Vou passar um
tempinho em sampa para desintoxicar do excesso de sol e oxigênio...

feliz natal para todos! E um ano novo sob os auspícios do
quetzalcoatlus, já que esse que termina está mais para urubu.

André









SUBJECT: Eletretos ... os ímãs da eletrostática
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/12/2001 17:30

Boas festas etc. a todos.

Em 1994, lá no IFUSP, escrevi um longo trabalho sobre os Eletretos e cheguei a fazer alguns testes usando principalmente cera de carnaúba. Acredito que esse material ainda deve estar lá em alguma mesa do Laboratório de Demonstrações (se é que ainda existe!). Ficou no arquivo 'gaveta'.
Agora retomei o texto (perdi uma ilustração apenas), fiz resumão e coloquei na Sala 19

www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto46.asp

Interessante é que não se ouve falar disso! Todo mundo conhece os ímãs 'permanentes' e tem 'gente' que até tem um monte disso pendurado na porta da geladeira (além do que é a base 'científica' de muitos tratamentos 'médicos' :-)). Quase ninguém conhece os 'ímãs' da eletrostática.
Quando a turma dos místicos, esotéricos etc. descobrir que há um material chamado eletreto que mantém 'permanentemente' as cargas elétricas vai ser 'um deus nos acuda!'. Será a base de novas terapias.
"Ponha um eletreto na cabeça para acabar com as dores"; "elimine suas tensões elétricas prejudiciais usando uma pulseira de eletreto positivo"; "está provado cientificamente que as cargas elétricas ... com os eletretos ..."; "eletretos negativos repelem os raios ... equipamento especialmente desenvolvido........". Ocês vão vê!

Quem se aventura a dar uma lida ... nem que seja para incrementar 1 no contador do Imperdível!?

[]'
Léo
PS: Liberei para o público as três partes do "Física Quântica para os místicos e exotéricos", mesmo sem as correções apontadas pelo amigo Sérgio Taborda. Farei isso só no próximo ano
=================



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Termodinâmica e Entropinos
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/12/2001 16:00

Boas festas a todos.

----- Original Message -----
From: "sergiotaborda"
Sent: Friday, December 21, 2001 8:57 AM
Subject: [ciencialist] Re: Termodinâmica e Entropinos

> Vejamos se concordas com o seguinte.
> Resumindo, podemos afirmar depois de tudo que:
> 1) A teoria moderna da termodinâmica: estou-me a referir à definição
> de U=U(S,V,N): é suficiente para comportar a teoria dos entropinos.

Para aceitar a idéia de entropinos, sim. Quanto a comportar já não sei, pois
não estou bem certo do que seja "teoria moderna da termodinâmica". Digo
apenas que a "teoria dos entropinos" avança para o terreno representacional
e, portanto, fica um pouco à margem da filosofia termodinâmica. Seria então
algo com a pretensão de evoluir para uma complementação, assim como
aconteceu com a teoria cinética dos gases ou com a mecânica estatística.
Mesmo porque, ao pensarmos em entropinos, supondo-se que de fato existam,
vem-nos a mente a seguinte pergunta: Qual o significado da entropia? Sem
dúvida, é uma propriedade de estado mas: Até que ponto teria uma importância
autóctone? Seria apenas uma relação entre variáveis? Qual o significado do
segundo princípio? Seria este princípio essencial numa teoria
representacional? Ou seria apenas um artefato útil a retratar o que ocorre
nos sistemas limitados pelas fronteiras laboratoriais?

Em outras palavras, a "teoria dos entropinos" não veio para substituir a
termodinâmica mas para complementar teorias relativas ao microcosmo e a
apoiarem-se numa física newtoniana.

> 2) Calor e Trabalho continuam dois conceitos estranhos, especialmente
> Calor. A definição de Calor em Termodinâmica clássica é diferente da
> definição de calor que se obtém de U=U(S,V,N).

Como procurei deixar claro acima, a "teoria dos entropinos" não modifica em
nada a termodinâmica. Não obstante, e por ser uma teoria representacional,
tem a pretensão de ir além da termodinâmica neste aspecto e não é impossível
que, ao lado de outras teorias representacionais já existentes, ajude no
sentido de esclarecer o que há de estranho nos conceitos de calor e trabalho
como aceitos em termodinâmica. Creio mesmo que evoluindo nesta direção não
será difícil unificarmos de vez, e não apenas com o sentido de equivalência
estabelecido por Joule e Mayer, as energias mecânica e termodinâmica. Estou
falando em física newtoniana e, portanto, não há como deixar de lado também
o referencial absoluto. Minhas teorias estão todas interligadas e a rigor
não são minhas pois seus alicerces foram todos consolidados e amplamente
discutidos nos séculos XVII e XVIII.

> 3) A termodinâmica do sec XVIII não comporta sistemas abertos. Mas a
> termodinâmica do seculo XX sim, pelo teorema de transporte de
> Reynolds.

Eu diria que a termodinâmica do sec XIX comporta sim sistemas abertos. O
que ela não comporta seria o estudo das transformações em si, ou melhor, o
estudo do que acontece durante o processo em que um sistema está evoluindo
de um estado para outro. Por exemplo, se um gás está em expansão e, graças a
isso, está elevando uma massa m situada em cima de um êmbolo, para a
termodinâmica não faz sentido algum pensar-se na energia cinética desta
massa m. Sabemos que essa energia cinética existe, mas isso não faz nenhum
sentido para a termodinâmica clássica. Se após a expansão o êmbolo,
juntamente com a massa m, oscilar antes de entrar em repouso (caso 1), esta
oscilação também não faz nenhum sentido termodinamicamente falando. Se o
êmbolo chocar-se com um pequeno obstáculo a impedir que a expansão continue
(caso 2), este choque não será objeto do estudo da termodinâmica. Para a
termodinâmica interessa tão somente os valores das propriedades de estado
antes da expansão e após a expansão e não durante a expansão em si e/ou
os mecanismos envolvidos na obtenção do novo equilíbrio (oscilação
amortecida, choque, etc).

"Fenômenos de Transporte" é uma outra disciplina a utilizar-se da
termodinâmica, mas não é termodinâmica. Trata-se de uma tentativa em mesclar
a termodinâmica com a mecânica clássica (em particular a mecânica dos
fluidos) e, dentro das finalidades propostas, sem dúvida foi uma tentativa
bem sucedida. Não sei até que ponto poderia chamar "Fenômenos de Transporte"
de "uma teoria". Parece-me ser mais uma disciplina a assimilar e/ou mesclar
princípios de teorias outras. "Fenômenos de Transporte" não só comporta a
existência de sistemas abertos, o que a termodinâmica clássica também faz,
mas estuda as transformações de estado em si, em sua completude (antes,
durante e depois). Aliás, estuda muito mais o "durante" do que o "antes" e o
"depois".

Como afirmei acima, a "teoria dos entropinos" não modifica a termodinâmica
clássica, mas ainda não me preocupei em avaliar as implicações relacionadas
à introdução do conceito de entropinos na disciplina "Fenômenos de
Transporte". E já que insistes em colocar-me frente a esta realidade, diria
que o processo parece-me ser um pouco mais complexo e acredito que as
implicações não seriam apenas conceituais. O entropino surge justamente da
irreversibilidade verificada "durante" um processo de transformação quando
um sistema evoluiu de um estado para outro, passando por infinitos estágios
intermediários. No caso da expansão de um gás comentada acima, os entropinos
seriam liberados ou na oscilação amortecida referida (caso 1), ou no choque
do êmbolo com um obstáculo (caso 2) a impedir o prosseguimento da expansão.

Mostrei características irreversíveis macroscópicas (oscilação amortecida e
choque do êmbolo) relacionadas ao que em mecânica chamamos por atrito, porém
onde houver condições relacionadas ao que chamamos irreversibilidade, até
mesmo no microcosmo, haverá liberação de entropinos. No estudo dos Fenômenos
de Transporte a irreversibilidade nem sempre ocorre aos "trancos" como nos
casos apresentados mas pode ser também contínua como, por exemplo, no
transporte irreversível de calor de um corpo quente para um corpo frio.

Os entropinos são partículas supostamente *clássicas* e dotadas de massa e,
portanto, de momento e energia cinética clássicas. Tudo isso deverá ser
levado em consideração numa teoria que pretenda descrever o fenômeno sob o
ponto de vista energético. Em decorrência, qualquer teoria que pretenda
incorporar os entropinos em seus pressupostos básicos, deverá adaptar-se a
esta realidade.

> 4) A aplicação deste teorema e de U(S,V,N) resolve o problema do
> ponto de vista matemático para a existência do entropino, sem
> necessidade de mais construções.

Do ponto de vista matemático sim. Não obstante, a termodinâmica propriamente
dita é uma teoria fenomenológica e, portanto, não leva em consideração a
existência dos entropinos. Conseqüentemente, para que a teoria continue
funcionando, tanto faz considerarmos a existência dos entropinos ou não.
Como já disse, a "teoria dos entropinos" não veio para substituir a
termodinâmica, mas para explicar o microcosmo através de um raciocínio 100%
clássico. À medida em que explica, somos tentados a repensar o conceito de
entropia. E ao repensarmos o conceito de entropia, talvez sejamos tentados a
rever o significado matemático da expressão U(S,V,N). Mesmo porque, quero
crer que o S de tua equação represente a entropia. Pergunto então: Convém
manter S? Convém manter a definição atual de calor? Não estou pensando aqui
em responder a estas perguntas. Simplesmente estou tentando mostrar que
existe um significado físico a justificar o que os termodinâmicos vêm há
séculos chamando por entropia; e existe algo a *esconder-se* por trás da
equivalência entre calor e trabalho.

> 6) Uma Teoria não é feita para permancer parada, mas para ir
> crescendo para abarcar o maior numero de casos possiveis.

Concordo. Não obstante, a termodinâmica permaneceu como tal em virtude da
falência das teorias mais gerais em responderem a determinadas questões
fundamentais. Para a termodinâmica em si essas questões não fazem sentido,
pois ela não foi construída com a finalidade de respondê-las. Não obstante,
a evolução, via de regra, dá-se no sentido do fenomenologismo para o
representacionismo, e o sucesso desta evolução deve coincidir com o encontro
de respostas a satisfazerem não apenas a nossa curiosidade mas também, e
principalmente, a nos levar a novas realidades experimentais. Essa evolução
não ocorreu em toda a sua plenitude e nem Mecânica Estatística, nem
Termodinâmica dos Processos Irreversíveis, nem Fenômenos de Transporte, nem
Mecânica Quântica, etc. conseguiram aposentar dignamente a "termodinâmica
propriamente dita". Pois ainda hoje, quando falamos em termodinâmica estamos
nos referindo, até prova em contrário, àquela teoria a se apoiar nos
princípios advindos das idéias de Carnot, Mayer e Joule.

> 8) Modernamente a termodinâmica mostrou que pode ser usada como
> constructuo de mais alto nivel para a descrição de sistemas dos quais
> sabemos as causas. Havendo sido estabelecidas relações entre as
> grandezas termodinâmicas e grandezas de modelos representacionais.
> (exemplo: S=k log W)

Sem dúvida, mas este é um representacionismo bastante discreto e relativo a
estados, próprio à mecânica estatística. Não vejo como evoluir deste
representacionismo precário para a dedução da lei de crescimento da
entropia. Aliás, não vejo outra saída que não seja a de enfrentarmos o
desafio imposto pelo microcosmo através de uma via não estatística, qual
seja, de encontrarmos modelos de partículas de fato e não apenas leis
relativas à probabilidade de sua existência nesta ou naquela condição. E é
por isso que costumo dizer: "Chega de idealizar equações, é hora de
equacionar idéias novas! Que se apresentem então novas idéias."

> > > A questão é seja como for que o entropino é, o que me impede de
> > > apanhar alguns e voltar a juntá-los ao sistema, para que o
> > > processo seja reversivel?

> > Nada, a não ser uma improbabilidade natural do mesmo tipo daquelas
> > que vivenciamos no dia-a-dia. Quando, por exemplo, jogamos palitos para
> > o ar, não é de se esperar que eles venham a cair, de maneira organizada,
> > dentro do paliteiro.

> Eu me referia a forçar a entrada dos entropinos de volta no sistema e
> não a esperar que eles "caiam lá".

Neste caso, e salvo maior juízo, diria que estás propondo a construção
daquilo que alguns chamam de "moto-perpétuo de segunda espécie", uma máquina
a contrariar a segunda lei da termodinâmica. Não digo que seja impossível,
mas não vejo como chegar a este requinte com a tecnologia atual.

Se quiseres, poderei descrever aqui ou em outra thread, e com a devida vênia
dos demais ciencialisteiros, como concebo um elétron. Trata-se no entanto de
uma "imagem de espírito" ou, então, de um "gnomo clássico", e que, sob
certos aspectos, responde a algumas de minhas encucações, se bem que não
todas. Com esta imagem consigo pensar no elétron como sendo um "aeroporto de
fótons clássicos", onde seria muito difícil a aterrissagem de um entropino.
;-)) Como disse acima, chega de idealizar equações, é hora de equacionarmos
idéias novas. Pois essas "imagens de espírito" nada mais são senão idéias
que venho tentando equacionar há cerca de 20 anos, algumas com relativo
sucesso (A teoria do elétron e a teoria dos entropinos, por ex.).

> > > > Um sistema em expansão não é um sistema termodinâmico
> > > > propriamente dito.

> > > Eu não falei em expanção. A fronteira está sempre no
> > > mesmo 'sitiu'.

> > Nesse caso diria que estás criando uma fronteira hipotética com a
> > *única finalidade* de satisfazer teus argumentos.

> Bom, então gostaria que me dissesses o que chamas de "gás"
> Se um "gás" não está confinado numa fronteira, mesmo que imaginária,
> como se sabe se ele espande ou não espande, tem energia ou nao tem,
> ou qq outras propriedades extensivas?

Eu diria que estes parágrafos em conjunto estão me parecendo um "samba do
crioulo doido". ;-)) O que pretendi dizer inicialmente é que a termodinâmica
não se preocupa em estudar a expansão de um gás em si mas, tão somente, o
gás "antes" e o gás "após" a expansão. Existe uma fronteira antes e existe
uma fronteira depois mas, para efeitos termodinâmicos, tudo se passa como
se, durante o processo de expansão, nem mesmo o gás existisse, pois não há
nada nos princípios da termodinâmica propriamente dita a caracterizar
quaisquer das propriedades intermediárias do estado do gás.

No início desta msg comentei algo sobre um gás elevando uma massa m. Durante
o processo de expansão, essa massa m possui energia cinética. Quando, por
exemplo, o êmbolo bate num obstáculo, a energia cinética que a massa possui
no momento da freada do êmbolo retorna ao gás. Essa energia cinética
pertence a quem? À massa m? Ao sistema massa-gás? Ao gás? Mas,
termodinamicamente, o sistema considerado é o gás e a massa m faz parte do
exterior!!! Ou seja, essa energia existia "antes" no gás, deixou o gás para
incorporar-se à massa m "durante" o processo e voltou ao gás "após" o
processo. Os princípios da termodinâmica não falam em energia cinética, logo
não há como compatibilizar a conservação da energia com o processo em
evolução. Mas isso não se constitui em problema algum pois a temodinâmica
considera apenas o "antes" e o "depois" e para todos os efeitos não existe
"durante" em termodinâmica por opção de seus construtores. Por outro lado,
espero que não interpretes minhas palavras como se eu tivesse dito que a
termodinâmica não estuda a expansão, pois se ela estuda as propriedades
"antes" e as propriedades "depois", de alguma maneira a expansão existiu e
está sendo estudada. O que afirmo é que o "processo de expansão em si", ou a
maneira como a expansão se processou, não é objeto do estudo da
termodinâmica. E mesmo assim essa afirmação não é absoluta pois existem
algumas características da expansão que são levadas em consideração como,
por exemplo: se o sistema é aberto ou fechado, se as paredes são adiabáticas
ou diatérmicas, se o processo é expontâneo ou não, etc.

> Tu sempre usas as palavras "antes" e "depois". Essas palavras implica
> um tempo. Uma ordem de acontecimentos escalonados. Isso é o tempo
> termodinâmico. E obviamente esse tempo está ligado com o tempo
> histórico.
> Eu só disse que SEM USAR relógios, é possivel falar em tempo
> termodinâmico, exactamente pelo uso de propriedades do sistema, cujo
> valores apresentam uma certa ordem escalonada.
> Esta é a base para que depois de escolha a entropia como medida de
> tempo termodinâmico e se relacione com o tempo histórico.

De acordo, se existe um antes e um depois, obviamente o conceito de tempo
está implícito à termodinâmica. O que não existe é "escala de tempo" e/ou
necessidade de dar números à duração do tempo. A termodinâmica estuda
transformações e não vejo como pensar em transformações sem pensar em tempos
diferentes. Digamos então que existe um t1 e um t2, mas que seria sem
sentido, *para a termodinâmica*, referir-se a um delta-t definido por t2 -
t1.

> Tu referiste que tinhas de considerar um sistema aberto, para poder
> estudar o entropino do ponto de vista que o entropino Sai das
> fronteiras do sistema.
> Eu referi que para fazer isso tinhas duas hipoteses.
> Ou consideravas o tempo de relogio, ou não o considerando,
> consideravas um sistema sempre fechado.

Não consigo entender a necessidade do relógio para estudar um sistema onde
estou apenas preocupado, por exemplo, em contabilizar quantos entropinos, ou
algo equivalente, o sistema perdeu entre uma medida e outra. Se o sistema
"antes" estava em equilíbrio e "depois" retorna a uma nova condição de
equilíbrio, a duração entre uma medida e outra pode ser igual a um segundo,
uma hora, um ano, um século ou um bilhão de séculos. Para que o relógio?

> Mas pareces esquecer que o entropino é parte de uma teoria
> representacional, na qual introduzir o tempo de relógio não é nenhum
> sacrilégio.

Sem dúvida mas estamos falando em "Termodinâmica e Entropinos" (pelo menos
esse é o título atual da thread). Estou apenas tentando mostrar que a
"teoria dos entropinos" não vai contra a filosofia da termodinâmica. Neste
caso devo, por coerência, manter-me fiel à filosofia da termodinâmica, onde
o tempo é desconsiderado. Se formos estudar a "mecânica dos entropinos", ou
mesmo a "gnomologia clássica" acima referida e associada aos entropinos, sem
dúvida o relógio terá seu lugar garantido.

> > Um processo quasi-estático é uma idealização, algo a ser
> > utilizado em experiências de pensamento. Um processo quasi-estático tem
> > duração infinita e o infinito não é mensurável.

> duração de q? batatas? que unidade fisica estás a referir quando
> dizes "duração"? Obviamente o tempo.
> E obiamente o tempo de relogio, pois o tempo termodinâmico não é
> infinito.

Sim, mas estamos falando em processo quasi-estático e, como disse, "é uma
idealização, algo a ser utilizado em experiências de pensamento". Essa
"duração" é irrealizável, é imensurável, e não existe relógio algum que
possa medir intervalos de tempo entre dois estados imaginários. Na prática,
o que mais se aproximaria de um processo quasi-estático seria aquele cuja
duração tendesse ao infinito. Como, por exemplo, a expansão de um gás
retirando-se, de cima de um êmbolo, grãos de areia, um a um. ;-)

> > Estou falando em termodinâmica
> > propriamente dita, aquela área de estudo que optou por um
> > formalismo tal a não se preocupar com tempo nem movimento. O tempo não é
> > negado pela termodinâmica, simplesmente é ignorado por ser
> > desnecessário, graças a uma opção conceitual.

> Então, elimina o tempo de todas as tuas considerações.

Apenas das considerações relacionadas à termodinâmica, e é o que tenho
tentado fazer.

> Já que queres usar uma termodinâmica, propriamente dita, onde o tempo não
> cabe, tira-o de todas as tuas afirmações.
> Ao fazeres isso vais concluindo que sem tempo, o entropino não sai,
> não se move, não abandona o sistema, e portanto não provoca qq efeito.
> Se eliminas o tempo, eliminas coisas como a velocidades, o estar aqui
> agora, e ali depois. E eliminas portanto uma enorme parte da tua
> teoria. Se é isso que queres, tudo bem por mim.
> Eu só estava jogando o teu jogo. E esse jogo requer termodinâmica de
> sistemas abertos, e portanto o tempo.

Pelo visto, não estás levando em consideração que o conceito de tempo
engloba não apenas a noção intuitiva de "tempo instantâneo" mas também a
"medida de tempo" entre dois instantes quaisquer (intervalo de tempo). E é a
medida desse intervalo entre dois instantes que pode ser dada pelo relógio.
Não há como confundir o "tempo instantâneo" com o intervalo de tempo. Seria
como confundir "posição" com "distância", que são coisas diferentes ainda
que intimamente relacionadas. Posso perfeitamente assumir a existência de
dois objetos a ocuparem posições diferentes sem me preocupar com a distância
que há entre eles. O mesmo posso fazer com relação a um objeto a "ocupar"
dois instantes não consecutivos de tempo, sem me preocupar com o intervalo
de tempo que há entre os mesmos.

> Porque é que o entropino não pode ser o quark?

Porque um quark é formado por bilhões de entropinos.

> Tu disseste que o entropino poderia formar novas particulas. Pq o
> entropino tem que ser uma particula conhecida? E pq tem que ser
> exactamente o neutrino?

Digamos que as similaridades são muitas. Dentre estas, talvez a mais
interessante seja aquela a sugerir a irreversibilidade: Bilhões de neutrinos
provenientes do Sol passam por um centímetro quadrado da superfície
terrestre e atravessam a Terra de lado a lado sem interferirem com a sua
estrutura material. Apesar deste número incomputável, uma piscina olímpica
não seria suficiente para captar mais do que ínfimos 50 neutrinos por ano,
mesmo se dotada de aparelhos ultrasofisticados destinados a esse fim. Ora,
se, como estou supondo, a matéria em determinadas condições emite entropinos
e estes, a exemplo dos neutrinos, não conseguem retornar à estrutura
material, isto por si só justificaria a irreversibilidade do processo de
emissão. Porém, se já existe uma partícula a comprovadamente justificar a
irreversibilidade, para que "criar" outra?

> Já agora, pq o entropino não pode ser o Bosão de Higgs?

Ainda não precisei apelar para essa gnomo-hipótese. ;-)

[ ]'s
Alberto
http://ecientificocultural.com (inglês)
http://ecientificocultural.com/indice.htm (português)



SUBJECT: Boas Festas e um ótimo Ano Novo !!!
FROM: "Antonio" <a_ferrao@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/12/2001 21:51

Prezados,

Boas festas e um ótimo Ano Novo para todos os colegas da lista e seus
familiares.

Antonio Ferrão Neto




SUBJECT: Re: [ciencialist] Boas Festas e um ótimo Ano Novo !!!
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/12/2001 13:03

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Antonio" <a_ferrao@terra.com.br>
wrote:
> Prezados,

> Boas festas e um ótimo Ano Novo para todos os colegas da lista e seus
> familiares.

Antonio

Muito obrigado. Desejo o mesmo a todos.
[]s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] Eletretos ... os ímãs da eletrostática
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/12/2001 13:33

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
wrote:

> Boas festas etc. a todos.

Obrigado, meus melhores desejos a todos e especialmente a você.
Com os melhores "etc." que hajam sido jamais desejados.

[]s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: Re: Termodinâmica e Entropinos
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/12/2001 17:54


> > Porque é que o entropino não pode ser o quark?
>
> Porque um quark é formado por bilhões de entropinos.

Pq bilhões?
E como eles se agruparam ?
Existe uma forma/força que os agrupe ?

Imagianndo que um quark era um conjunto de entropinos. Um quark
existe num protão.
alías 3 quarks existem num protão.
Portanto, juntar um protão a qq sistema, deveria fornecer entropinos.
E se um protão não fosse suficiente, poderiamos acrescentar mais.

Primeiro, dizes-me que os entropinos não tem pq voltar ao sistema,
não ha maneira de os forçar, ou isso violaria a 2ª lei da
termodinâmica.
Depois, dizes-me que eles têm a propriedade de ser agrupar.
Ora, qq coisa falta aqui...ha aqui umacontradição.

s particulas. Pq o
> > entropino tem que ser uma particula conhecida? E pq tem que ser
> > exactamente o neutrino?
>
> Digamos que as similaridades são muitas. Dentre estas, talvez a mais
> interessante seja aquela a sugerir a irreversibilidade: Bilhões de
neutrinos
> provenientes do Sol passam por um centímetro quadrado da superfície
> terrestre e atravessam a Terra de lado a lado sem interferirem com
a sua
> estrutura material. Apesar deste número incomputável, uma piscina
olímpica
> não seria suficiente para captar mais do que ínfimos 50 neutrinos
por ano,
> mesmo se dotada de aparelhos ultrasofisticados destinados a esse
fim. Ora,
> se, como estou supondo, a matéria em determinadas condições emite
entropinos
> e estes, a exemplo dos neutrinos, não conseguem retornar à estrutura
> material, isto por si só justificaria a irreversibilidade do
processo de
> emissão. Porém, se já existe uma partícula a comprovadamente
justificar a
> irreversibilidade, para que "criar" outra?

Porque não ha provas que seja essa. Nem sequer teóricas.
Apenas uma leve conjectura para uma possibilidade remota de alguma
semelhança.

[]
Sérgio
"Às vezes a leitura é um modo engenhoso de evitar o pensamento"
A.Help- Historiador



SUBJECT: Circulo Periodico dos Elementos
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/12/2001 22:10

Agradeço e retorno todos os votos de boas festas a todos.

Aos químicos (e interessados) participo que coloquei na Sala 21 do Imperdível o "Círculo Periódico dos Elementos" com tudo 'girando' sobre Mendeleev. Mantém-se grupos de períodos e famílias.
www.feiradeciencias.com.br/sala21/index21.asp

Nas festas tb se trabalha! Além do alterocopismo!

[]'
Léo
============



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Informação, c e o ref absoluto
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/12/2001 17:44

A todos os ciencialisteiros, um Feliz 2002.

----- Original Message -----
From: "sergiotaborda"
Sent: Saturday, December 22, 2001 1:05 PM
Subject: [ciencialist] Re: Informação, c e o ref absoluto

> >Ou muito me engano ou a existência
> > exclusiva de um campo potencial seria um artifício criado pelos
> > físicos quânticos como, por exemplo, aquele inerente à interpretação
> > gnomológica do efeito Aharonov-Bohm.

> Não sei do que estás a falar. O campo potencial é derivado da
> experiencia. Uma experiencia bem engraçada diga-se de passagem.
> Temos campo gravitico e campo electrico-magnético.

Costumo visualizar os campos potenciais, tanto da física tanto clássica
quanto da moderna, como artifícios matemáticos a expressarem efeitos
encontrados em campos de forças (a experiência, no caso, mede forças ou algo
relacionado a forças, como o torque --> balança de Eötvos). Não obstante, no
efeito Aharonov-Bohm temos (E,B) = (0,0) e assume-se a existência de um
campo potencial exclusivo, sem mais nenhum outro campo que o acompanhe. Veja
bem: Não estou afirmando que o efeito é inexistente, mas sim que a
interpretação encontrada nos livros é, a meu ver, gnomológica. Não entendo
muito da "gnomologia quântica" mas parece-me existir aí um "potencial" a
manifestar-se segundo efeitos probabilísticos.

Existe uma *tendência*, creio que surgida na década de 60 do século XX, a
considerar os campos potenciais como fundamentais do ponto de vista físico e
a força medida como a representar algo a acontecer secundariamente em campos
desse tipo. Não obstante, esta idéia ainda não foi devidamente elucidada
e/ou bem entendida. Na minha teoria sobre o elétron
( http://ecientificocultural.com/Eletron/eletron0.htm ) procuro seguir essa
idéia e chego num campo de informações que difere do que normalmente se
chama por campos potenciais em virtude, dentre outros fatores, por não
comportar efeitos gauge ou de calibre.

> Só para -me situar: torque = momento da força, não é?

Sim, se bem que na mecânica das rotações ele assuma um papel *quase*
autônomo.

> O que eu disse é que a velocidade é sempre relativa a algo!
> Quando consideras um unico referencial, a velocidade é na mesma relativa.

Digamos então que, como newtoniano que sou, considero como velocidade
absoluta aquela que consideras como velocidade "relativa" ao referencial
absoluto. Não obstante, como 99,99999% dos físicos que estão por aí,
incluindo boa parte dos que estão lendo esta msg, não aceitam a existência
de um referencial absoluto. Preciso então insistir sobre o tema para que não
entendam que eu tenha dito o que não pretendi dizer. ;-)

> Gostaria então de saber que experiencia podes fazer para saber
> que estás em movimento rectilineo e uniforme.
> Se não encontras nenhuma, então o referido principio é válido.

Que tal a experiência de Coulomb? Bem, tenho também uma experiência de
pensamento que apresentei no "sci.physics.relativity" em 12 de janeiro de
1998 e estou aguardando uma resposta desde então. Ela pode ser lida em
http://ecientificocultural.com/EFelevator.html .

Poderia citar também a experiência do balde giratório ou a experiência de
pensamento dos globos girantes e fixos por uma corda, ambas de Newton.

Todas essas experiências, a rigor, sugerem a existência de referenciais
privilegiados a que chamamos por inerciais. Daí a chegarmos num referencial
absoluto, qual seja, dentre os inerciais qual seria aquele do repouso
absoluto, vai ainda uma forte dose de imaginação, no estilo daquela adotada
pelos grandes físicos dos séculos XVII e XVIII (aqueles que, segundo alguns
afirmam, "não faziam hipóteses"). Não obstante, não creio ser impossível,
com a tecnologia atual, a idealização de experiências a constatarem esse
efeito. Chego a comentar alguma coisa ao final do item 7.2.1 de minha teoria
sobre o elétron ( http://ecientificocultural.com/Eletron/eletron72.htm ) com
as seguintes palavras: "A variabilidade de K seria um indício fortemente
sugestivo a corroborar a intuição de Newton quanto à existência de um
referencial absoluto. É de se esperar, no entanto, a observação de K
aproximadamente constante para v << c." Neste caso, v seria a velocidade da
fonte de luz em relação à Terra (ou à Galáxia como um todo) e c =
300000 km/s.

> O conto das arvores que se movem:
> Joaõzinho vai no trem com sua mãe, e vê as arvores, os postes, as
> pessoas e as casas passarem para trás dele. Ele não se sente a mover,
> pq o trem está a mover-se a uma velocidade constante e em linha
> recta. E joãozinho pergunta: "Mamãe, pq as arvores estão a correr
> para de onde viemos?"

> Qual deve ser a resposta da mae ,para se adquar às regras da fisica?

Que mal pergunte: Quem está gastando combustível? O trem ou as árvores?

> Não me venhas dizer que a Relatividade é uma ramo superfluo da
> fisica, quando é um dos mais importantes da mecânica!

Sem dúvida. E não foi por outro motivo que Newton precisou apoiar *toda a
sua física* na suposta existência de um referencial absoluto.

> Estou a ver. Tens razão.
> Mas então a luz que vêm para a terra, não é isotropica.
> Por exemplo a que vem do sol. Quando a terra está situada à "frente"
> do sol an direcção do movimento da galáxia, a luz tem uma
> velocidade. Quando está situada "atrás" do sol na direcção do
> movimento da galáxia a velocidade será menor. Ou não?

Creio que não. A luz que vem do sol foi emitida numa velocidade c em relação
ao sistema solar (que é muito próxima à da Galáxia como um todo) e portanto
será captada nesta velocidade para qualquer objeto que esteja no sistema
solar, não importa se para um lado ou outro em relação ao Sol (é como o caso
do trem, em que o trem aqui seria o sistema solar como um todo). Essa
diferença seria observada para quem estivesse fora da Galáxia e em movimento
*em relação à mesma*. No caso extremo, para um observador em repouso no
referencial absoluto, a velocidade da luz seria 2c num dado sentido e zero
no outro. Este zero não seria um "repouso absoluto" pois os corpúsculos
desta luz estariam dotados de movimentos de ordem interna e relacionados à
velocidade da fonte que não está em repouso absoluto.

> > > Se a informação viaja a c, e ela é a unica a poder provocar
> > > acções, então viajando a mais que c, nenhuma informação nos
> > > alcançaria. E portanto nenhuma acção aconteceria. Nao havendo portanto
> > > alteração do estado de movimento do corpo.
> > > Onde é que eu estou a usar ideias de outras teorias?
> > > Estou apenas a usar o principio classico de que "se eu corro mais
> > > que tu, tu não me apanharás nunca".

> > Sérgio: "Se a informação viaja a c."
> > Alberto: Que significa isso? O que é informação? O que é "c"?

> c é a velocidade da informação. É isso que está escito na minha
> frase. Mas podes substituir por s, k, h, j, i , qq letra.

Sim, mas dissestes: "então viajando a mais que c, nenhuma informação nos
alcançaria." Pergunto então: Baseado em que teoria estás supondo que a
informação *não pode* viajar numa velocidade superior à de um hipotético
objeto "viajando a mais que c"?

> > Sérgio: "Então viajando a mais que c, nenhuma informação nos
> > alcançaria." Alberto: Porque não?

> Porque que seu corro mais depressa que tu, tu não me apanhas nunca.

Sim, SE e SOMENTE SE assumires esta condição, a de que corres mais depressa
do que eu. Não obstante, qual é a teoria que supõe que a informação não pode
ultrapassar uma determinada velocidade? Pois se não houver esta condição
limite, nada do que afirmas faz sentido. Uma informação poderá alcançar um
determinado objeto desde que ela viaje a uma velocidade superior à
velocidade desse objeto. E isto acontecerá, segundo a minha teoria, se a
fonte emissora da informação estiver viajando numa velocidade maior, *em
relação ao referencial absoluto*, do que aquela do objeto que capta esta
informação.

> >Neste caso: 1) Nossa galáxia viaja na velocidade "c", por hipótese.

> E por hipotese essa uam velcoidade em relação a um hipotético ref
> absoluto. Donde hipoteticamente é uma velocidade absoluta.

> >2) Suponha um objeto aproximando-se da nossa
> > galáxia a uma velocidade maior do que "c" porém na mesma direção e
> > sentido. 3) Este objeto emitirá luz (informações) numa velocidade
> > superior a "c", pela mesma hipótese. Conclusão 1: A luz (informações)
> > emitida por este objeto nos alcançará.

> Mas ele emite a mais que c pq está se movendo. A pergunta é: qual é
> a velocidade relativa entre a informação emitida e o corpo que a
> emite?

Parece-me que a confusão reside no seguinte: Quando afirmo que uma galáxia
tem uma velocidade x, estou referindo-me ao referencial absoluto; digo então
que qualquer fonte de luz (ou informação) situada nesta galáxia emite luz,
em qualquer direção, numa velocidade igual a x em relação à galáxia (e não
mais em relação ao referencial absoluto).

Seja então a nossa Galáxia viajando no Universo a uma velocidade c em
relação ao referencial absoluto, e outra, vinda da mesma direção e
aproximando-se de nós e com a velocidade c+v em relação ao referencial
absoluto. Esta segunda galáxia aproxima-se de nós a uma velocidade relativa
v. A luz emitida por esta galáxia, na nossa direção viaja, em relação ao
referencial absoluto, a uma velocidade 2c+2v. Neste caso, e como a nossa
Galáxia viaja a uma velocidade absoluta c, a velocidade desta luz será
então, no nosso referencial, igual a c+2v.

> > Não estás criticando minhas idéias,
> > simplesmente estás dando a entender que elas são incompatíveis com a
> > física moderna

> Já estou, sinceramente, a ficar um bocado farto de estares sempre a
> dizer isto.
> Não ha mail que não escrevas que não digas que estou a defender a MQ
> ou a Relatividade do Eisntein... quer dizer, já chateia.
> Eu estou a tentar saber como a tua teoria responde a perguntas
> simples da fisica mais elementar que ha! Ao mesmo tempo, entendendo o
> que a tua teoria diz de novo e se isso é compativel com a observação
> experimental. E não, se é comaptivel com a TR ou a MQ !!

Não tive a intenção de te chatear mas apenas de chamar a atenção para o fato
de que, aparentemente, estavas assumindo, não sei se por eu ter me
explicado mal ou não, uma velocidade limite para a informação. Percebo
também que talvez não tivesse me explicado bem quanto ao fato de estar
considerando, no caso da galáxia, o referencial absoluto e, no caso da luz
(informação), o referencial fixo à fonte. Enfim, espero que as dúvidas
possam agora ser dissipadas, e que possamos discutir se as hipóteses são ou
não compatíveis com a lógica a apoiar-se na experimentação.

> Agora, acertando agulhas:
> A se move na direcção positiva do eixo dos XX, com velocidade Va
> B se move com velocidade positiva no mesmo eixo, com velocidade Vb
> A emite informação, a uma velcoidade u.
> A velocidade da informação no eixo dos XX é portanto Vi = Va + u , na
> direcção positiva de XX
> Se Vb > Vi , então a informação nunca atinge B. Não lhe causando
> nenhum efeito. Sim, ou não?

Concordo sob essa condição: "Se Vb > Vi". Mas o que significaria Vb > Vi?
Obviamente, teríamos Vb > Va + u. Supondo-se que Va e Vb sejam velocidades
relativas ao referencial absoluto, teríamos pela hipótese anteriormente
assumida que Va = u e, portanto, Vb > 2Va. Que significaria isso?
Significaria o mesmo que dizer que B está fugindo de A com uma velocidade
absoluta superior ao dobro da velocidade absoluta de A. Ora, se A emite luz
numa velocidade Va em relação a si mesmo, esta luz jamais atingirá B, pois
em relação ao referencial absoluto esta luz viaja a uma velocidade 2Va < Vb.

> Agora, outra experiencia.
> A e B estão viajando à mesma velocidade na mesma direcção positiva de
> XX. Va = Vb => Vba =0
> A emite informação a uma velocidade u. Vi = Va + u .
> Quanto demora a informação a chegar a B?

Neste caso a velocidade absoluta da informação será 2Va e a velocidade
relativa tanto a A quanto a B será Va. Supondo-se que a distância entre A e
B seja "d", teremos: t = d/u = d/Va = d/Vb.

> Agora B vai acelerar e aumentar a sua velocidade relativa a A.
> Quanto demora agora a informação a chegar?

A velocidade absoluta da informação continuará sendo igual a 2Va e a
velocidade relativa será agora 2Va - Vb. Logo, t = d/(2Va-Vb)

> Quando Vb > Vi, que efeitos actuam sobre B?

Neste caso Vb > 2Va e, como mostrei acima, neste caso nenhuma informação
emitida por A atingirá B.

> Fisicamente, que resultado observável é previsto da aceleração de B e
> o seu escape do alcance da informação, no que toca ao efeito que a
> informação tem sobre B? (particula 'livre'?)

À medida em que aumenta a velocidade de B espera-se que as informações vão
se atenuando por um efeito do tipo Doppler "corpuscular" (corpuscular num
sentido semelhante ao que seria observado para uma rajada de metralhadora -
comento alguma coisa sobre isso em
http://ecientificocultural.com/Relat/RelGali.htm ). Após o escape seria de
se esperar algo do tipo partícula livre para o caso considerado (partículas
viajando na mesma direção), pois toda informação do passado já foi captada
pela mesma. Não obstante, se a partícula B por um motivo qualquer mudar de
direção, quero crer que ela encontrará informações emitidas por A num tempo
passado, pois o campo de informações de A estará presente em toda a
vizinhança da trajetória atual de B.

[ ]'s
Alberto
http://ecientificocultural.com (inglês)
http://ecientificocultural.com/indice.htm (português)



SUBJECT: Re: Informação, c e o ref absoluto
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/12/2001 20:58


----- Original Message -----
From: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, December 26, 2001 7:44 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Informação, c e o ref absoluto


> A todos os ciencialisteiros, um Feliz 2002.
>
> ----- Original Message -----
> From: "sergiotaborda"
> Sent: Saturday, December 22, 2001 1:05 PM
> Subject: [ciencialist] Re: Informação, c e o ref absoluto
>
> > >Ou muito me engano ou a existência
> > > exclusiva de um campo potencial seria um artifício criado pelos
> > > físicos quânticos como, por exemplo, aquele inerente à
interpretação
> > > gnomológica do efeito Aharonov-Bohm.
>
> > Não sei do que estás a falar. O campo potencial é derivado da
> > experiencia. Uma experiencia bem engraçada diga-se de passagem.
> > Temos campo gravitico e campo electrico-magnético.
>
> Costumo visualizar os campos potenciais, tanto da física tanto
clássica
> quanto da moderna, como artifícios matemáticos a expressarem efeitos
> encontrados em campos de forças (a experiência, no caso, mede
forças ou algo
> relacionado a forças, como o torque --> balança de Eötvos).

ahummm..não sei, eu usei papel condutor e um voltimetro.(acho que não
é assim que se chama ai, como é que se chama aquilo que mede tensão?)


> > Gostaria então de saber que experiencia podes fazer para saber
> > que estás em movimento rectilineo e uniforme.
> > Se não encontras nenhuma, então o referido principio é válido.
>
> Que tal a experiência de Coulomb?

a experiencia de Coulomb ?

> Poderia citar também a experiência do balde giratório ou a
experiência de
> pensamento dos globos girantes e fixos por uma corda, ambas de
Newton.

hum??
Com é que baldes girantes te podem irformar se estás em movimento ou
não ?

> > O conto das arvores que se movem:
> > Joaõzinho vai no trem com sua mãe, e vê as arvores, os postes, as
> > pessoas e as casas passarem para trás dele. Ele não se sente a
mover,
> > pq o trem está a mover-se a uma velocidade constante e em linha
> > recta. E joãozinho pergunta: "Mamãe, pq as arvores estão a correr
> > para de onde viemos?"
>
> > Qual deve ser a resposta da mae ,para se adquar às regras da
fisica?
>
> Que mal pergunte: Quem está gastando combustível? O trem ou as
árvores?

A terra e a lua, qual gasta combustivel ?

> > > > Se a informação viaja a c, e ela é a unica a poder provocar
> > > > acções, então viajando a mais que c, nenhuma informação nos
> > > > alcançaria. E portanto nenhuma acção aconteceria. Nao havendo
portanto
> > > > alteração do estado de movimento do corpo.
> > > > Onde é que eu estou a usar ideias de outras teorias?
> > > > Estou apenas a usar o principio classico de que "se eu corro
mais
> > > > que tu, tu não me apanharás nunca".
>
> > > Sérgio: "Se a informação viaja a c."
> > > Alberto: Que significa isso? O que é informação? O que é "c"?
>
> > c é a velocidade da informação. É isso que está escito na minha
> > frase. Mas podes substituir por s, k, h, j, i , qq letra.
>
> Sim, mas dissestes: "então viajando a mais que c, nenhuma
informação nos
> alcançaria." Pergunto então: Baseado em que teoria estás supondo
que a
> informação *não pode* viajar numa velocidade superior à de um
hipotético
> objeto "viajando a mais que c"?

Eu não disse que não podia. Ey escolhi um caso em q não estava.
Para chamar a atenção que poderias fugir da causa e do seu
transmissor.

>
> > > Sérgio: "Então viajando a mais que c, nenhuma informação nos
> > > alcançaria." Alberto: Porque não?
>
> > Porque que seu corro mais depressa que tu, tu não me apanhas
nunca.
>
> Sim, SE e SOMENTE SE assumires esta condição, a de que corres mais
depressa
> do que eu. Não obstante, qual é a teoria que supõe que a informação
não pode
> ultrapassar uma determinada velocidade?

Não é preciso invocar isso.
Estou apenas considerando que estou a deslocar B mais depressa que a
informação de modo que esta não o atinja.
Se houvesse um limite, eu não poderia fazer isso. Como é o caso da
TR. Mas não é nada disso que estou usando aqui.
Aliás, não estou usando nenhuma permissa que me impeça ou obrigue a
alguma coisa.

> Pois se não houver esta condição
> limite, nada do que afirmas faz sentido. Uma informação poderá
alcançar um
> determinado objeto desde que ela viaje a uma velocidade superior à
> velocidade desse objeto.

Mas, ok. Mas e se isso não acontecer ?
É que não tem que acontecer. Ao contrario de em TR em que sempre tem
de acontecer que v<c = vel da luz no vacuo.


> > Agora, acertando agulhas:
> > A se move na direcção positiva do eixo dos XX, com velocidade Va
> > B se move com velocidade positiva no mesmo eixo, com velocidade Vb
> > A emite informação, a uma velcoidade u.
> > A velocidade da informação no eixo dos XX é portanto Vi = Va +
u , na
> > direcção positiva de XX
> > Se Vb > Vi , então a informação nunca atinge B. Não lhe causando
> > nenhum efeito. Sim, ou não?
>
> Concordo sob essa condição: "Se Vb > Vi". Mas o que significaria Vb
> Vi?
> Obviamente, teríamos Vb > Va + u. Supondo-se que Va e Vb sejam
velocidades
> relativas ao referencial absoluto, teríamos pela hipótese
anteriormente
> assumida que Va = u

Espera ai, não entendi pq Va=u
Então a velocidade entre A e a informação que emite é nula ? Ou é
sempre igual à velocidade absoluta do emissor?
É isto? a velocidade da info , é sempre igual à velocidade absoluta
do emissor?

Vou deixar o resto para responder quando entender esta parte.

>e, portanto, Vb > 2Va. Que significaria isso?
> Significaria o mesmo que dizer que B está fugindo de A com uma
velocidade
> absoluta superior ao dobro da velocidade absoluta de A. Ora, se A
emite luz
> numa velocidade Va em relação a si mesmo, esta luz jamais atingirá
B, pois
> em relação ao referencial absoluto esta luz viaja a uma velocidade
2Va < Vb.


> > Fisicamente, que resultado observável é previsto da aceleração de
B e
> > o seu escape do alcance da informação, no que toca ao efeito que a
> > informação tem sobre B? (particula 'livre'?)
>
> À medida em que aumenta a velocidade de B espera-se que as
informações vão
> se atenuando por um efeito do tipo Doppler "corpuscular"
(corpuscular num
> sentido semelhante ao que seria observado para uma rajada de
metralhadora -
> comento alguma coisa sobre isso em
> http://ecientificocultural.com/Relat/RelGali.htm ). Após o escape
seria de
> se esperar algo do tipo partícula livre para o caso considerado
(partículas
> viajando na mesma direção), pois toda informação do passado já foi
captada
> pela mesma. Não obstante, se a partícula B por um motivo qualquer
mudar de
> direção, quero crer que ela encontrará informações emitidas por A
num tempo
> passado, pois o campo de informações de A estará presente em toda a
> vizinhança da trajetória atual de B.

Uma pergunta, quando a info chega a B e provoca um efeito,
ela "desaparece" ou continua o seu caminho?

[]

Sérgio




SUBJECT: Serah verdade?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/01/2002 17:04

Um consulente envia-me:

"Olá, estou com um poblema. Sei que se atirarmos com uma arma numa posição
exatamente vertical, a bala pode não chegar ao cano da arma na mesma
velocidade que saiu, pois existe a resistência do ar, que fará com que a
velocidade diminua. Mas o tempo que ela levará para chegar à sua altua
máxima, será o mesmo que levará paa cair novamente, até o cano da arma,
pois o atito do ar será o mesmo na subida e na decida.
O único poblema é que meu pai não acredita nisso (assim como ainda não
acedita que a maçã e a bola de boliche chegam ao chão ao mesmo tempo). Ele
não ficou convencido pelos cálculos que eu fiz no papal.
Seá que você poderia me ajuda nessa?

Saulo Sobosa"

Sem dúvida o pai do Saulo tem sua razão, não só a velocidade de chegada não é a mesma de saída como tempo de percurso para cima não é igual a aquele para baixo.
Mas como vou mostrar isso pro menino do 'poblema' e da 'decida'? Alguma sugestão? Nada de equações diferenciais hein!

[]'
Léo
==============




SUBJECT: Re: [ciencialist] Serah verdade?
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/01/2002 18:14

> Sem dúvida o pai do Saulo tem sua razão, não só a velocidade de chegada não
> é a mesma de saída como tempo de percurso para cima não é igual a aquele
> para baixo. Mas como vou mostrar isso pro menino do 'poblema' e da
> 'decida'? Alguma sugestão? Nada de equações diferenciais hein!
>
> []'
> Léo

Vamos a minha tentativa :

ac na subida : - (A + G)
ac na decida : G - A

tempo de subida : T1

tempo de descida : T2

Velocidade de subida V = Vo - (A+G)T

Altura na subida = 0 + VoT - (a + g)/2 T² [tirado de S = So + Vot + 1/2 at²]

Na Altura Maxima : V = 0; T = T1

0 = Vo - (A+G)T1
Vo = (A+G)T1
Altura Maxima (H) = (A + G)T1² - (a + g)t1²/2
H = 1/2(A + G)t1²

descida termina quando S = 0
0 = H + 0T2 - (G - A)T2²/2
(G - A)T2² = (A + G)T1²
quando A = 0, T1 = T2
mas A > 0 , então T2 > T1

Ah, velocidade de chegada = (G - A)T2


SUBJECT: Re: Serah verdade?
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@esfera.f2s.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/01/2002 18:46


> "Olá, estou com um poblema. Sei que se atirarmos com uma arma numa
posição
> exatamente vertical, a bala pode não chegar ao cano da arma na
mesma
> velocidade que saiu, pois existe a resistência do ar, que fará com
que a
> velocidade diminua. Mas o tempo que ela levará para chegar à sua
altua
> máxima, será o mesmo que levará paa cair novamente, até o cano da
arma,
> pois o atito do ar será o mesmo na subida e na decida.
> O único poblema é que meu pai não acredita nisso (assim como ainda
não
> acedita que a maçã e a bola de boliche chegam ao chão ao mesmo
tempo). Ele
> não ficou convencido pelos cálculos que eu fiz no papal.
> Seá que você poderia me ajuda nessa?
>
> Saulo Sobosa"
>
> Sem dúvida o pai do Saulo tem sua razão, não só a velocidade de
chegada não é a mesma de saída como tempo de percurso para cima não é
igual a aquele para baixo.
> Mas como vou mostrar isso pro menino do 'poblema' e da 'decida'?
Alguma sugestão? Nada de equações diferenciais hein!

Bom, ele diz que faz contas, e assumo que sejam contas simples do
tipo da equação do movimento acelerado

y=y0 + v0 t + 0.5a t²

Talvez ele devesse deixar cair uma maça e uma bola de boliche para
ver a diferença na sua caida...pq ele acha que elas chegam ao mesmo
tempo ao chão...
Quanto à bala , o mesmo poderia ser feito, embora perigoso...e sem
contas essas são as unicas formas de mostrar algo...experimentando.

com contas, temos que apelar ao principio da conservação da energia
mecânica Ec +Ep =Ec' + Ep'

com este principio obtemos a equação para a velocidade máxima
atingida pelo projectil

0.5 m v0² + mgh0 = 0.5 m v_final² + mgh

v_final=0
ho=0

h = v0²/2g

esta é a altura máxima atingida , sem atrito, pela bala.

o tempo de subida é dado pela complicada equação

h = v0t - 0.5 g t²

v0²/2g = v0 - 0.5 g t²

v0² = 2gv0 - g²t²

g²t² - 2gv0 + v0² =0

t= {2v0g +- sqr((2v0g)² - 4v0²)} /2g²

t =v0/g { 1 +- sqr(1-1/g²))

Reparar que se v0 =0, o corpo não sobe h=0 ,e a o tempo de subida
para o local onde está , é t=0

Este é o tempo de subida

O tempo de descida é calculado da mesma forma, sabendo que a
velocidade no ponto mais alto é zero

h = 0.5 g t²

t = sqr( 2h / g )

Para colocar este tempo em função da velocidade inicial do tiro, h =
v0²/2g

então t = sqr( 2v0²/2g²) =v0/g


tempo de subida t =v0/g { 1 +- sqr(1-1/g²))
tempo de descida t = v0/g

Portanto são diferentes, mesmo sem atrito.
Com atrito, mais diferentes devem ser.

Ou não ?

O problema final é decidir o sinal para a raiz do tempo de subida.

Aquela raiz quadrada tem o valor 0.9948 (g=9.8 m/s²)
Portanto se o sinal menos é usado, t é quase zero. (0.005*v0/g )
Se o sinal + é usado, o valor de t é quase o dobro do de descida.
(1.9948*v0/g)

Não faz sentido que o tempo de subida seja o dobro do de descida.
(pois não?)

O tempo final de subida (ts)é portanto ts=0.005*v0/g
e o de descida (td) td=v0/g

ts = 0.005 * td

Espero que sirva para alguma coisa...

[]

Sérgio




SUBJECT: Re: [ciencialist] Serah verdade?
FROM: Joao Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/01/2002 19:05



Luiz Ferraz Netto wrote:

>
> Sem dúvida o pai do Saulo tem sua razão, não só a velocidade de chegada não é a mesma de saída como tempo de percurso para cima não é igual a aquele para baixo.
> Mas como vou mostrar isso pro menino do 'poblema' e da 'decida'? Alguma sugestão? Nada de equações diferenciais hein!

No caso da bola e da maçã é fácil. Diga-lhe para fazer a experiência.
Ou então diga-lhe para fazer a experiência em água e não no ar.

Joao
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Serah verdade?
FROM: Rafael Kaufmann <rnedal@olimpo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/01/2002 19:56

Leonardo Stern wrote:
>
> > Sem dúvida o pai do Saulo tem sua razão, não só a velocidade de chegada não
> > é a mesma de saída como tempo de percurso para cima não é igual a aquele
> > para baixo. Mas como vou mostrar isso pro menino do 'poblema' e da
> > 'decida'? Alguma sugestão? Nada de equações diferenciais hein!
> >
> > []'
> > Léo
>
> Vamos a minha tentativa :

Cadê a resistência do ar?


-- Kaufmann


SUBJECT: Re: [ciencialist] Serah verdade?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/01/2002 21:02

Oi Leonardo,

boa tentativa mas ......

a) não parece ser o tipo de resposta que o menino do 'poblema' e seu pai possam entender ... equações demais!

b) sua hipótese ao fazer (A+G) na subida e (G-A) na descida não é boa uma vez que a força resistente que o ar determina sobre o projétil não é constante (o que anula a condição de MUV) e sim função da velocidade (parte proporcional a V, quando V é pequeno e parte proporcional a V^2, quando V é grande). A 'desaceleração' devida ao ar sobre o projétil na saída da arma não é igual a aquela quando a bala está quase parando lá no alto e, vice-versa, ao iniciar a descida a resistência do ar é praticamente nula.

c) de início pensei em dar a resposta gráfica, desenhando a 'parábola ideal no vácuo' e comparando-a com a curva real na subida e na descida. Mas é difícil justificar porque a 'parábola' deforma-se 'puxando para a esquerda, ou seja, na subida o tempo e menor que na descida. Ainda não estou contente com a 'melhor resposta' ao Saulo.
|h
| *
| * | *
| * | *
| * | *
| * | *
| * | *
|--------------|--------------------------------|- t
| t sub. | t descida |

Algo assim?

d) outro fator na festa é a não conservação da energia mecânica ... uma vez que o projétil se aquece ou, se quiser justificar por outro caminho, pela presença de forças dissipativas (não constantes) em todo o percurso.

Continuo aguardando sugestões.

[]'
Léo
=======================
-----Mensagem Original-----
De: "Leonardo Stern" <roxo@jedi.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 1 de janeiro de 2002 18:14
Assunto: Re: [ciencialist] Serah verdade?


| > Sem dúvida o pai do Saulo tem sua razão, não só a velocidade de chegada não
| > é a mesma de saída como tempo de percurso para cima não é igual a aquele
| > para baixo. Mas como vou mostrar isso pro menino do 'poblema' e da
| > 'decida'? Alguma sugestão? Nada de equações diferenciais hein!
| >
| > []'
| > Léo
|
| Vamos a minha tentativa :
|
| ac na subida : - (A + G)
| ac na decida : G - A
|
| tempo de subida : T1
|
| tempo de descida : T2
|
| Velocidade de subida V = Vo - (A+G)T
|




SUBJECT: Re: Serah verdade?
FROM: "roxostern" <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/01/2002 21:06

> a) não parece ser o tipo de resposta que o menino do 'poblema' e
seu pai possam entender ... equações demais!

Usando eq diferenciais esse problema ia ficar com equações a menos
:-)


> b) sua hipótese ao fazer (A+G) na subida e (G-A) na descida não é
boa uma vez que a força resistente que o ar determina sobre o
projétil não é constante (o que anula a condição de MUV) e sim
função da velocidade (parte proporcional a V, quando V é pequeno e
parte proporcional a V^2, quando V é grande).

É, eu percebi isso depois que postei, pensando no problema durante o
banho :-) De qualquer forma, no fim das contas pode se fazer um A+G
e um G-B

E no final ficaria (G-B)T2² = (A+G)T1², como A e B são positivos, as
conclusões não ficam em nada dificultadas.

> c) de início pensei em dar a resposta gráfica, desenhando a
'parábola ideal no vácuo'

Acredito que exista dificuldade em observar graficos. Como
ilustração, ajuda muito, mas como núcleo de uma explicação ...


> d) outro fator na festa é a não conservação da energia mecânica
... uma vez que o projétil se aquece ou, se quiser justificar por
outro caminho, pela presença de forças dissipativas (não constantes)
em todo o percurso.

Então explicando como ocorre o processo dissipativo, explicando um
pouco sobre o atrito mostrando que na subida existem apenas 2
forças ambas contrarias ao movimento mas, na descida existe uma
favorável e outra contraria.

Duvida : intuitivamente penso que se o tempo de subida e decida
fossem iguais a velocidade de partida e chegada seriam iguais. Mas
não verifiquei se é certo ... então eis aqui minha duvida :-)





SUBJECT: Re: [ciencialist] Serah verdade?
FROM: Rafael Kaufmann <rnedal@olimpo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/01/2002 22:48

Tá, segue-se minha tentativa. (Mas se o cara não acredita que a maçã e a
bola de boliche chegam juntos ao chão, o buraco talvez seja mais embaixo.)

Tente mover sua mão lentamente numa piscina. Você vai sentir a água
fazendo uma força contra seu movimento. Agora tente mover sua mão
rápido. A força será muito maior. Isto deixa claro que a força de
resistência contra o movimento de um corpo aumenta conforme aumenta a
velocidade deste, o que vale para qualquer fluido, incluindo-se aí o ar.

Pois bem. Ao se atirar uma bala para cima, está-se impondo uma
velocidade inicial bastante grande (na ordem das centenas de metros por
segundo). Assim, a bala começa a subir. Mas porque a velocidade é
grande, a resistência do ar também o é; e portanto, a bala começa a ser
severamente desacelerada. Depois de pouco tempo, a velocidade já vai
estar bem menor (e portanto também a resistência do ar; então apenas a
força da gravidade estará atuando, como se a bala estivesse no vácuo).

Por fim, vai chegar um momento em que a velocidade da bala será zero;
claramente, nesse instante, ela estará no ponto mais alto de sua
trajetória. Note que, do momento do tiro até agora, decorreu-se pouco
tempo (talvez 8 segundos) e a bala chegou a uma grande altura (talvez
800 metros do solo).

Agora, conforme a bala começa a descer, o que acontece? Graças à força
da gravidade, ela começa lentamente a ganhar velocidade. Mas à medida
que o faz, o ar começa novamente a impôr resistência. Portanto, a
aceleração resultante na descida é em média bem menor do que a
desaceleração na subida. Consequentemente, enquanto o processo de subida
chegou ao fim rapidamente, o processo de descida demora muito mais
(talvez 28 segundos).


-- Kaufmann


SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Roda: Porque só a roda?
FROM: "Antonio" <a_ferrao@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/01/2002 23:58

Caros Colegas,


Desculpe o tempo que levei para responder, mas em função da época de férias,
eu fui impedido de aproximar-me do computador...


Resposta para o Roberto Takata,

>> Os aviões a jato possuem turbinas com partes móveis que giram. Os aviões
e
>> helicópteros possuem hélices que giram. Porque não houve, no século XX um
>> protótipo de máquina voadora que, a exemplo dos pássaros, "batesse asas"?
>
> Há um sério problema de escala. Já se perguntou porq. aves
> gigantes como avestruz, casuares, emas e afins não voam?
> Sim, elas têm asas pouco desenvolvidas, mas existe a questão
> de q. mesmo q. ela tivesse asas suficientemente gdes não haveria
> musculatura suficiente q. sustentasse o vôo batido - aliás
> aves gdes q. voam em geral aproveitam-se muito as correntes de
> ar ascendentes: o gasto para o vôo batido seria enorme. A maior
> ave voadora é uma espécie de cegonha q. pesa cerca de duas dezenas
> de quilogramas.
>
> Os insetos em geral são pequenos o suficiente para tirarem
> proveito do empuxo q. o ar exerce (está certo falar assim,
> Léo?).

Eu até concordo que possa haver um problema de escala, mas eu ainda não
concordo com a sua resposta.
Está faltando uma coisa muito importante:
"Uma explicação sobre o motivo pelo qual uma máquina ou mesmo uma ave
gigante não seria capaz de voar".
Desculpe, mas a minha exigência não é banal.
Em 1895, o renomado cientista Lord Kelvin, presidente da Royal Society,
afirmou:
"Heavier-than-air flying machines are impossible" ("Máquinas de voar mais
pesadas do que o ar são impossíveis")
Em vários países, muitos investimentos que envolviam pesquisas sobre
máquinas voadoras mais pesadas do que o ar
foram cortados ou proibidos. Ninguém queria sequer dar ouvidos a "lunáticos"
que achassem possível construir tal
máquina! Mas foi um mineirinho, pequeno em estatura, mas gigante
intelectualmente, Alberto Santos Dumont, que provou que
a convicção do grandioso Lord Kelvin estava errada. Sim, Alberto Santos
Dumont foi o primeiro a criar uma máquina
voadora capaz de decolar e aterrisar autônomamente, sem nenhum impulso
externo. O que os irmãos Wright inventaram
foi um tipo de planador ou uma espécie de asa-delta que necessitava ser
impulsionada por cordas. Isto foi feito
sem nenhuma testemunha, num procedimento, no mínimo duvidoso. Apenas uma
fotografia teria sido feita, sendo
apresentada vários anos após o vôo de Dumont.
Mas os sentimentos eram expressos, sem nenhuma prova, como em:
"The flying machine which will really fly might be evolved by the combined
and continuous efforts of mathematicians
and mechanicians in from one million to ten million years." - The New York
Times, October 9, 1903
"A máquina voadora que irá realmente voar deve ser desenvolvida pelos
esforços contínuos e combinados de
matemáticos e mecânicos de um milhão a dez milhões de anos" - The New York
Times, 9 de Outubro de 1903
Portanto, os nossos sentimentos estão sempre "nos pregando peças", em
relação à ciência e tecnologia.
O fato de não existirem aves gigantes voadoras não implica, necessariamente,
que um vôo de uma máquina gigante
não possa existir. Aliás, se nós pensássemos assim, o avião não poderia
existir, não é?.

Quando você diz "o gasto para o vôo batido seria enorme.", eu também não
concordo com a afirmação sem uma explicação.
Em termos energéticos, eu não vejo razões para um vôo à hélice ser vantajoso
sobre o vôo batido.
Entretanto, em termos tecnológicos eu sou obrigado a reconhecer que não é
uma tarefa simples a construção de uma
"asa retrátil", necessária para reproduzir o movimento das asas de um
pássaro, sob o aspecto mecânico.
Além disso, eu tenho que reconhecer que, a potência transmitida às asas
teria que ser bastante considerável. Se nós
considerarmos que esta energia seja proveniente de um motor à combustão, a
conversão do movimento rotacional para
um movimento linear representaria uma perda de energia. No caso do vôo à
hélice, a transmissão de potência entre o
motor e a hélice é direta ou quase direta.
Na verdade, eu aprendi esta história de potência quando eu era ainda
criança, por volta de meus dez anos de idade.
Eu não sabia o que era potência, mas eu construía aeromodelos e sabia que um
aeromodelo não poderia ser eficiente
se possuisse um motor elétrico, alimentado por pilhas. Certa vez um colega
me perguntou: "Porque não colocamos um
motor elétrico mais potente e uma grande quantidade de pilhas em paralelo?"
Eu repondi: "O aeromodelo ficaria
tão pesado que ele jamais sairia do chão!" E se aumentássemos ainda mais a
potência do motor, a quantidade de pilhas
necessárias, aumentaria numa razão muito maior.
Existe, no contexto da aviação, um conceito chamado "carga útil". O
combustível da aeronave não pode, evidentemente,
superar a carga útil da aeronave.
Os motores à combustão possuem um torque (potência) elevado para um
combustível relativamente leve, numa autonomia
de várias horas.
O problema é que os motores à combustão são rotacionais. Pelo que eu sei
todos eles giram. Aliás,
internamente a maioria deles são lineares (pistões), mas imediatamente
convertidos para o movimento rotativo.
Uma exceção é exatamente o motor dos aviões, cujas explosões acontecem já no
sentido da rotação da hélice.
E aí eu volto a perguntar:
"Por que os nossos cientistas, inventores e engenheiros utilizam o movimento
rotativo tão frequentemente?"
E você responderia:
"Eficiência e comodidade."
Desculpe, discordo novamente. Como você sabe que máquinas projetadas com
motores lineares não seriam mais
eficientes e cômodas, em algumas aplicações, do que aquelas construídas com
motores rotativos?
Eu sei que, a maneria de pensar dos tecnólogos do século XX criou uma
espécie de "escola", onde tudo parte de um
motor que sempre gira e que por engrenagens ou correias modificam a
velocidade do giro, adequando-se aos
objetivos da máquina em questão. É como na eletricidade, tudo começa de uma
fonte.
Mas eu critico esta escola. Eu acredito que alguns avanços na tecnologia de
materiais combinados à biotecnologia
poderia permitir a construção de "músculos artificiais", muito mais
eficientes que os músculos naturais (biológicos).
Esta eficiência traduziria esta noção de potência proveniente de algum tipo
de combustível, como a glicose, por
exemplo. Os movimentos destes "músculos" seriam lentos, mas a potência útil
versus carga útil, poderia ser ainda
maior do que a dos motores à combustão e seus aviões à hélice. Aí então,
teríamos o nascimento de uma "nova escola",
onde as máquinas seriam construídas à partir destes "músculos artificiais",
possuindo pernas ou asas retráteis em
robôs semelhantes ao homem ou aos pássaros.
Mas mesmo sem que estes "músculos artificiais" estejam disponíveis, eu acho
que alguém poderia construir um
protótipo experimental de máquina voadora com asas retráteis (vôo batido), à
exemplo do vôo das aves, mesmo
que este protótipo fosse pequeno e leve, recebendo energia da terra, por
exemplo, por um fio. Um novo conceito
de vôo seria inaugurado.

> Existem alguns estudos com máquinas q. se locomovem sobre
> "pernas". Existem diversos animais q. não possuem pernas:
> aliás, apenas tetrápodos (répteis, mamíferos, aves e anfíbios) e
> artrópodos (insetos, aracnídeos, crustáceos, centopéias e afins)
> possuem pernas. Moluscos, anelídeos, platelmintos, cnidários e
> outros não possuem pernas.

Eu me referi às pernas como exemplos de movimentos lineares, não rotativos.
E como você bem diz, na natureza, os
movimentos dos animais são, na sua maioria, "não rotativos".

> O problema de engenharia é a coordenação necessária para a
> locomoção sobre pernas. É preciso um sistema de captação e
> processamento de dados bastante sofisticado. Um sistema sobre
> rodas precisa apenas rolar, no máximo variar sua velocidade.
> Um sistema sobre pernas precisa coordenar cada apêndice,
> lidar com a questão do centro de gravidade, entre outras
> proezas. (Mais respeito com as formigas da próxima vez em
> q. pensar em esmagá-las... :-) )

Sim, concordo inteiramente com você. Para que as pernas cumpram o seu papel
com muito mais eficiência, é
preciso algum tipo de cérebro e inteligência, para interpretar em tempo real
as descontinuidades do terreno.
Esta tecnologia não estava disponível quando os automóveis foram inventados,
mas hoje já estão sendo estudados
máquinas com pernas (ou robôs) capazes de inúmeras tarefas, como desativar
bombas ou explorar outros planetas.
Existem robôs que são capazes de caminhar sobre duas pernas, como os
humanos. Eu vi um protótipo que saltava
usando as duas pernas, demonstrando um excelente equilíbrio.
Eu imagino que não seja uma tarefa tão difícil criar uma máquina capaz de se
equilibrar sobre as suas duas
pernas. Tudo o que nós necessitamos é de um controle de servomecanismos
composto por um sensor de "posição
vertical" e um microcontrolador (ou microprocessador) programado para
controlar o movimento dos pés e pernas
conforme a indicação do sensor vertical.
Assim, imaginando um robô bípede parado na posição vertical, se ele tende a
cair levemente de um lado, o
próprio "pé" do robô seria inclinado, no sentido de corrigir a sua posição,
fazendo o corpo do robô retornar
à posição vertical. Se a tendência a cair for mais acentuada, aí o robô
abriria as suas pernas e a correção
seria mais forte. Se pensarmos bem, é assim que nós agimos quando estamos
"desequilibrados".

> Mas se a roda é mais eficiente porq. organismos não possuem
> rodas no lugar de pernas? Não poderia a seleção natural agir
> de modo q. surgissem espécies "rodípedes"? Bem, existe um
> problema bastante sério para a manutenção de uma estrutura
> assim: nervos e vasos sangüíneos ou traqueais dificilmente
> poderiam se ligar a isso sem sofrer problemas com a rotação da
> estrutura - ligue uma corda ao centro de um disco. Segure
> por uma das extremidades e gire o disco, a corda será torcida
> até o ponto q. trava a liberdade de movimentação do disco.

Na verdade, eu acho que o homem ganhou mesmo da evolução no que diz respeito
à roda. Eu não acredito que a
evolução pudesse gerar algo que superasse um rolamento de aço, por mais que
os milênios de evolução
aperfeiçoassem os animais. O atrito gerado por uma máquina circular contínua
sobre rolamentos "imperfeitos"
iria destruir a máquina biológica num curto espaço de tempo. A excessão
seriam os micro seres, como apontado
pelo nosso colega "brudna".



Resposta ao André:

> Os maiores animais voadores conhecidos foram o "quetzocoatls" (ou
> alguma coisa assim), um réptil voador do cretáceo com 12 m de
> envergadura e a "argentavis" (uma águia argentina do cenozóico) com
> uns 9 m. Ambos tinham uma massa aproximada de 100 kg, o que
> provavelmente pode ser visto como um limite máximo para o vôo.

Por qual razão este seria o limite máximo para o vôo?



Resposta a Luiz Ferraz Netto (Léo):

> Acredito que a melhor resposta é a questão da 'continuidade'. Roda permite
uma continuidade perfeita (em cada instante sempre há um ponto em contato
com o > apoio --- isso é devido á 'redondura' da roda:o)) e o andar (ou
bater asas) é intermitente; há vários instantes em que o contato não se
realiza. são
> instantes sem o 'tempo motor' (pois não há apoio) e isso diminui
tremendamente a potência do processo. O ideal para os bichinhos que andam
seriam ter
> 'infinitas pernas' e os bichinhos que voam 'infinitas asas' ... o que
recairia na roda.
>

Em relação à potência do processo, eu discordo. O trabalho realizado por uma
perna, quando há apoio, é a integral da força que a perna exerce vezes o
deslocamento. A potência é a energia (ou o trabalho) por unidade de tempo.
Quando não há apoio, não há força e o trabalho realizado por uma perna
não apoiada é praticamente zero. Portanto, a potência do sistema NÃO será
"tremendamente" diminuída.
Com relação à continuidade, a roda permite uma continuidade perfeita apenas
em solos perfeitos. Em solos irregulares, a roda pode ser completamente
ineficiente quando comparada com as pernas.

> Quanto ao fato dos pássaro (esse monte todo que o Takata citou) não
evoluírem para a técnica do helicóptero o Takata bem abordou; não há modo de
ligar uma > parte móvel com a parte fixa até que os pássaros inventem um
equivalente aos rolamentos de esferas e trilhas para contatos de impulsos.
>
> Nota: A árvore de natal aqui da garotada fica girando a 1 r.p.m. Tive que
adaptar um disco horizontal sobre o eixo de um motor de relógio
eletromecânico
> (dos industriais) e dispor nesse disco duas trilhas de cobre (tipo
circuito impresso) e duas escovas de bronze fosforoso (fixas na carcaça do
motor) para
> conduzir a corrente elétrica para as luzinhas e musiquetas. Como os
pássaros poderiam fazer isso? Ou, como poderia eu fazer a árvore girar
usando perninhas > ou asas na base da árvore?
>
> Se a roda tornou-se tão útil é porque desde sua descoberta viu-se que
superava de 100 x 0 as pernas ou asas. Pense no transporte das pedras das
pirâmides
> usando perninhas (ou asas!); para passar de uma perna para a outra todo o
peso ficará apoiado onde?
>

Eu nunca disse que as rodas não sejam úteis. Elas representaram um grande
progresso da humanidade e são, sem dúvida alguma, muito úteis. Eu iniciei
esta discussão dizendo exatamente isso: As rodas são muito úteis, mas por
que esta obscessão apenas por rodas? Em outras palavras, qual o motivo desta
quase que exclusividade?
Aliás, para que as pedras das pirâmides fossem transportadas, foram usadas
rodas, mas também milhares de pernas (humanas e de animais). No caso dos
animais quadrúpedes, o peso sempre fica apoiado em pelo menos duas pernas.
No caso dos humanos (bípedes), o peso sempre fica apoiado em um dos pés,
enquanto a outra perna se movimenta.
Quanto à evolução, eu estou de acordo com você e o Takata. Aliás, não fui eu
quem tocou neste assunto de evolucão.


> Em tempo: O Takata deve ter aquela seqüência de figurinhas que mostram um
homem andando em passo normal, ou seja, caindo entre um passo e outro, numa
> trajetória gosadíssima do centro de massa. Andar é um problema sério!
assim que os animais andadores descobrirem a 'articulação independente' eles
irão
> acabar com essa ginástica de sair andando por ai. O bom seria se eles
começassem inventando a bicicleta! :-)
>

Andar é um problema sério, mas muito importante para algumas aplicações. Se
os animais descobrissem a "articulação independente", eles iriam ficar
travados no meio das florestas sem poderem se locomover. Tente percorrer
qualquer trilha na Mata Atlântica usando o seu carro: - Antes dos dez
primeiros metros, você irá concordar comigo.

> Interferência 2: Voar batendo asas --- a força muscular e a potência dos
homens para vencer a força peso daria justinho para voar á distância de ...
um
> passo!


Discordo.

Quando eu era criança, antes dos meus dez anos de idade, a minha professora
de Ciências, da Quarta série do Grupo Escolar, disse-me que o homem jamais
poderia voar usando a sua força muscular e sua própria potência. Ela
justificou-se dizendo que os pássaros possuem ossos ocos (se não estou
errado, "ossos pneumáticos", ou alguma coisa assim) e que os homens não
conseguiriam, com todo o seu peso, vencer a ação da gravidade. Eu já era
grande demais para acreditar em qualquer coisa que me dissessem sem uma boa
justificativa. O fato marcou-me, pois eu tive que escrever na prova algo
sobre o qual eu não acreditava. Aliás, este não foi o único fato que me
aconteceu. Bem, o tempo passou.
Em 1988, o ciclista grego Kanellos Kanellopoulos viajou numa máquina voadora
mais pesada que o ar, cobrindo uma distância de 115Km entre Creta e
Santorini, em 3 horas e 54 minutos, sem nenhum tipo de motor e usando apenas
a força e potência muscular do ciclista!.( Haja Kanella!) Este desafio é um
importante marco para a história da aviação, remontando os sonhos de Ícaro &
Dédalo, da Mitologia Grega.
Está provado, portanto, que o homem pode voar utilizando a força e potência
de seus próprios músculos. E não é apenas um passo, são 115 km !

Mas é claro que não bastaria amarrar um par de asas nos braços de um homem e
esperar que ele saia voando. Em primeiro lugar, a potência muscular dos
braços humanos não seria suficiente para permitir que um homem ultrapasse a
distância de ... um passo! Isto tem a ver com aquela discussão da "carga
útil". No caso do homem, a potência necessária é quase tudo o que o homem
pode dar e a carga útil de uma máquina voadora é quase zero. Talvez fosse
necessário transmitir alguma potência proveniente das pernas. Além disso, no
meu ponto de vista, para que as asas possam "bater", elas precisariam ser
retráteis, assim como as asas das aves e morcegos, fechando enquanto sobem e
abrindo enquanto descem, o que implicaria numa mecânica complexa,
aparentemente inédita. Sem este mecanismo, uma asa rígida batendo teria um
efeito resultante nulo, assim como um nadador no fundo de uma piscina, na
posição vertical, e movimentando os seus braços rigidamente para cima e para
baixo. No momento em que os braços descem o nadador sobe alguns centímetros,
mas quando os braços sobem, o nadador volta para baixo, não saindo do fundo
da piscina. Mesmo quem não nada, sabe que o movimento correto é descer com
os braços e mãos abertas e depois subir os braços, tentando não atrapalhar o
movimento, usando os braços e mãos para "cortar" a água, com um mínimo de
atrito possível. na minha opinião, um vôo batido teria que seguir este mesmo
princípio: A máquina de voar "escalaria" o ar.
Mas o que eu esperaria, não é uma máquina autônoma, como a de Kanellopoulos.
Embora tenha sido provado que o vôo seja possível, eu apenas acho que algum
tempo de vôo extra poderia ser ganho se as asas deltas não fossem tão
"rígidas" e os seus pilotos não fossem tão "sedentários".


Respostas aos demais colegas:
A discussão ficou clara e eu não tenho mais nada a acrescentar.


[]'s
Antonio





SUBJECT: Re: [ciencialist] Serah verdade?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/01/2002 11:36

Muito bom Rafael,
essa resposta agradou e vou encaminhar ao consulente.
Nossos agradecimentos pela atenção e didática.

[]'
Léo
===========
-----Mensagem Original-----
De: "Rafael Kaufmann" <rnedal@olimpo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 1 de janeiro de 2002 22:48
Assunto: Re: [ciencialist] Serah verdade?


| Tá, segue-se minha tentativa. (Mas se o cara não acredita que a maçã e a
| bola de boliche chegam juntos ao chão, o buraco talvez seja mais embaixo.)
|
| Tente mover sua mão lentamente numa piscina. Você vai sentir a água
| fazendo uma força contra seu movimento. Agora tente mover sua mão
| rápido. A força será muito maior. Isto deixa claro que a força de
| resistência contra o movimento de um corpo aumenta conforme aumenta a
| velocidade deste, o que vale para qualquer fluido, incluindo-se aí o ar.
|
| Pois bem. Ao se atirar uma bala para cima, está-se impondo uma
| velocidade inicial bastante grande (na ordem das centenas de metros por
| segundo). Assim, a bala começa a subir. Mas porque a velocidade é
| grande, a resistência do ar também o é; e portanto, a bala começa a ser
| severamente desacelerada. Depois de pouco tempo, a velocidade já vai
| estar bem menor (e portanto também a resistência do ar; então apenas a
| força da gravidade estará atuando, como se a bala estivesse no vácuo).
|
| Por fim, vai chegar um momento em que a velocidade da bala será zero;
| claramente, nesse instante, ela estará no ponto mais alto de sua
| trajetória. Note que, do momento do tiro até agora, decorreu-se pouco
| tempo (talvez 8 segundos) e a bala chegou a uma grande altura (talvez
| 800 metros do solo).
|
| Agora, conforme a bala começa a descer, o que acontece? Graças à força
| da gravidade, ela começa lentamente a ganhar velocidade. Mas à medida
| que o faz, o ar começa novamente a impôr resistência. Portanto, a
| aceleração resultante na descida é em média bem menor do que a
| desaceleração na subida. Consequentemente, enquanto o processo de subida
| chegou ao fim rapidamente, o processo de descida demora muito mais
| (talvez 28 segundos).
|
|
| -- Kaufmann
|
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| http://www.ciencialist.hpg.com.br
| Para sair da lista envie um mail para
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SUBJECT: Fw: [ciencialist] Serah verdade?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/01/2002 16:22


-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 2 de janeiro de 2002 11:36
Assunto: Re: [ciencialist] Serah verdade?


Muito bom Rafael,
essa resposta agradou e vou encaminhar ao consulente.
Nossos agradecimentos pela atenção e didática.

[]'
Léo
===========
-----Mensagem Original-----
De: "Rafael Kaufmann" <rnedal@olimpo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 1 de janeiro de 2002 22:48
Assunto: Re: [ciencialist] Serah verdade?


| Tá, segue-se minha tentativa. (Mas se o cara não acredita que a maçã e a
| bola de boliche chegam juntos ao chão, o buraco talvez seja mais embaixo.)
|
| Tente mover sua mão lentamente numa piscina. Você vai sentir a água
| fazendo uma força contra seu movimento. Agora tente mover sua mão
| rápido. A força será muito maior. Isto deixa claro que a força de
| resistência contra o movimento de um corpo aumenta conforme aumenta a
| velocidade deste, o que vale para qualquer fluido, incluindo-se aí o ar.
|
| Pois bem. Ao se atirar uma bala para cima, está-se impondo uma
| velocidade inicial bastante grande (na ordem das centenas de metros por
| segundo). Assim, a bala começa a subir. Mas porque a velocidade é
| grande, a resistência do ar também o é; e portanto, a bala começa a ser
| severamente desacelerada. Depois de pouco tempo, a velocidade já vai
| estar bem menor (e portanto também a resistência do ar; então apenas a
| força da gravidade estará atuando, como se a bala estivesse no vácuo).
|
| Por fim, vai chegar um momento em que a velocidade da bala será zero;
| claramente, nesse instante, ela estará no ponto mais alto de sua
| trajetória. Note que, do momento do tiro até agora, decorreu-se pouco
| tempo (talvez 8 segundos) e a bala chegou a uma grande altura (talvez
| 800 metros do solo).
|
| Agora, conforme a bala começa a descer, o que acontece? Graças à força
| da gravidade, ela começa lentamente a ganhar velocidade. Mas à medida
| que o faz, o ar começa novamente a impôr resistência. Portanto, a
| aceleração resultante na descida é em média bem menor do que a
| desaceleração na subida. Consequentemente, enquanto o processo de subida
| chegou ao fim rapidamente, o processo de descida demora muito mais
| (talvez 28 segundos).
|
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| -- Kaufmann
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SUBJECT: Re: Roda: Porque só a roda?
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/01/2002 19:28

--- In ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> wrote:
> O q. eu tenho em memória é q. não seria uma rotação
> propriamente. Seria algo análogo ao q. as ginastas
> fazem com aquelas fitas criando um movimento helicoidal.

Memoria de m****.

Kojima S, Blair DF 2001 -- Conformational change in the
stator of the bacterial flagellar motor. BIOCHEMISTRY
40: (43) 13041-50.


Abstract:
MotA and MotB are integral membrane proteins of Escherichia coli that form =
the stator of the proton-fueled flagellar rotary
motor. The motor contains several MotA/MotB complexes, which function indep=
endently to conduct protons across the
cytoplasmic membrane and couple proton flow to rotation. MotB contains a co=
nserved aspartic acid residue, Asp32, that is
critical for rotation. We have proposed that the protons energizing the mot=
or interact with Asp32 of MotB to induce
conformational changes in the stator that drive movement of the rotor. To t=
est for conformational changes, we examined
the protease susceptibility of MotA in membrane-bound complexes with either=
wild-type MotB or MotB mutated at residue
32. Small, uncharged replacements of Asp32 in MotB (D32N, D32A, D32G, D32S,=
or D32C) caused a significant change in
the conformation of MotA, as evidenced by a change in the pattern of proteo=
lytic fragments. The conformational change
does not require any flagellar proteins besides MotA and MotB, as it was st=
ill seen in a strain that expresses no other
flagellar genes. It affects a cytoplasmic domain of MotA that contains resi=
dues known to interact with the rotor, consistent
with a role in the generation of torque. Influences of key residues of MotA=
on conformation were also examined. Pro173 of
MotA, known to be important for rotation, is a significant determinant of c=
onformation: Dominant Pro173 mutations, but not
recessive ones, altered the proteolysis pattern of MotA and also prevented =
the conformational change induced by Asp32
replacements. Arg90 and Glu98, residues of MotA that engage in electrostati=
c interactions with the rotor, appear not to be
strong determinants of conformation of the MotA/MotB complex in membranes. =
We note sequence similarity between MotA
and ExbB, a cytoplasmic-membrane protein that energizes outer-membrane tran=
sport in Gram-negative bacteria. ExbB and
associated proteins might also employ a mechanism involving proton-driven c=
onformational change.

Braun TF, Blair DF 2001 -- Targeted disulfide
cross-linking of the MotB protein of Escherichia
coli: Evidence for two H+ channels in the stator
complex. BIOCHEMISTRY 40: (43) 13051-9.

Thomas D, Morgan DG, DeRosier DJ 2001 --
Structures of bacterial flagellar motors from two
FliF-FliG gene fusion mutants. JOURNAL OF
BACTERIOLOGY 183: (21) 6404-12.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Teorema de Godel
FROM: Carlos Maçaranduba <soh_lamento@yahoo.com.br>
TO: obm-l@mat.puc-rio.br, ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/01/2002 19:43

neste endereço há uma demonstração do teorema de godel
que aparentemente é simples de se entender.Alguem
poderia ver a parte que ele usa o predicado
PROVA(x,g,g) e explicar-me pq ele faz isso?????


http://www.pr.gov.br/celepar/celepar/batebyte/edicoes/2000/bb95/teorema.htm

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SUBJECT: Re: Roda: Porque só a roda?
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/01/2002 19:48

--- In ciencialist@y..., Rodrigo Cunha <rnbc@r...> wrote:
> Se a memória não me falha os maiores morcegos pesam uns 5kg.

http://encarta.msn.com/index/conciseindex/18/01817000.htm

A Encarta fala em maiores de 1,3 kg - nao se dai' chega a
5 kg... De todo modo, 4 vezes mais ja' e' um ganho consideravel,
por outro lado, uma musculatura mais desenvolvida permite --
junto com alguns outros atributos -- uma maior resistencia,
permitindo maior tempo de voo antes da fadiga muscular impedir
o prosseguimento.

Nao quero dizer com isso q. os passaros sejam superiores
aos morcegos -- fica apenas o obvio: passaros sao melhores
passaros do q. os morcegos e vice-versa. Bem, essa observacao
nao acrescenta muito, mas e' basicamente o msmo q. dizer
q cada qual ocupa um nicho proprio.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Clonagem, ética e erros conceituais.
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/01/2002 00:12

--- In ciencialist@y..., "Arcange" <Arcange@i...> wrote:
> Bem, eu disse que não iria responder. Mas como a minha palavra não vale
> nada, apresento-me aqui novamente .....................

Nao se preocupe, eu vivo fazendo isso. O q. significa q,
os demais devem se preocupar...

> Entretanto moral, embora relacionada, não é igual a comportamento (levand=
o
> em conta o cunho psicológico).

Eu nao falei isso.

> E mais. Além da diferença entre moral antropológica e comportamento, temo=
s
> ainda a 'moral' cristã. Os valores religiosos (cristãos) não têm pretensã=
o à
> moral. Eles arrogam-se de uma universalidade e imutabilidade, que não pod=
e
> ser refutada. (embora, é claro, você possa desconfiar dela) Logo, os valo=
res
> éticos vistos sob o óptica religiosa não são morais. Estão acima do
> meramente moral. São transcendentais. Dessa forma, a moral cristã não é u=
ma
> moral do ponto de vista tradicional.

Bem, nao estou alcancando a sua definicao de moral.
Pra mim moral e' tao somente a nocao do q. e' certo e do q.
e' errado (e das gradacoes disso, nao sendo maniqueista),
do q. e' bom e do q. e' ruim... Nessa definicao nao me parece
q. moral seja diferente de etica (objeto).

> disciplina (pecado). O importante é a submissão ética.

E' questao pessoal se se acha q a submissao etica e' ou
nao importante.

> (que pode gerar os relativismos estilo "psicopata" ..). A ética cristã é =
uma
> guerra: Vontade de Deus (um valor pretensamente coletivo e universal) X
> Vontade do homem (um valor particular).

Qq etica faz um balanco entre os ganhos pessoais e os coletivos.
Uma etica totalmente egoista favorece o ganho pessoal, uma
etica puramente altruista favorece o ganho social. (O interessante
e' q. as duas visoes sao interconvertiveis apesar de toda a oposicao.)

> Eu só não entendi onde eu incorri em perversão semântica.

Qdo vc fala em etica (objeto) objetiva. Vc fala bem qdo interpoem o
'pretensamente' ao falar da etica crista. Podemos ter uma Erica (estudo)
objetiva, mas a etica (objeto) nao o sera' -- ate' prova em contrario,
por nada deste mundo.

> > O sensu Arcange 2 estabelece a ética como objeto. O sensu Arcange 1
> > estabelece a ética como disciplina. As pessoas antes de sua
> > intervenção estavam usando ética como objeto - o q. equivale à moral
> > (vc pode querer redifinir as duas coisas, direito seu, mas isso não
> > faz com q. a sua definição seja objetiva ou mais objetiva do q. o
> > sentido dado até então).
> >
> > Aliás esse problema da ambigüidade tbm se faz presente ao se usar uma
> > linguagem teleológica e antropomórfica qdo se fala em evolução. Com o
> > agravante de trazer ainda mais confusão.
> >
> -------------------------------------------------------------------------=
---
> -----------------------------------------------
>
> Eu posso não estar entendendo, mas me parece que foi você quem incorreu e=
m
> perversão agora, veja só:
>
> 1-) "As pessoas antes de sua intervenção estavam usando ética como objeto=
-
> o q. equivale à moral" (isso é: você diz que as 2 são objetos e que as 2 =
são
> equivalentes)
> 2-) "Ética na acepção mais comum é tão somente uma disciplina q. estuda a=

> Moral." (isso é: você diz que ética é uma disciplina), "moral como objeto=
de
> estudo da Ética" (isso é: A moral é objeto da disciplina ética)
>
> a-) Se moral é um objeto da ética, e ética é um objeto. Então, ética é
> objeto de quem ?

A moral e' objeto da Etica (disciplina). A etica (objeto) e' objeto da
Etica (disciplina). Eu nao faco distincao entre moral e etica (objeto).
Etica (disciplina) e' diferente de etica (objeto) . Assim como a biologia
de um organismo e' diferente da disciplina Biologia, ou a psicologia de um =

individuo e' diferente da Psicologia, a etica de um grupo e' diferente da
disciplina Etica.

Ou de outro modo: a vida de um organismo e' diferente da Biologia,
a mente de um individuo e' diferente da Psicologia, a moral de um
grupo e' diferente da Etica.

Antes de sua intervencao primeira, o pessoal falava em etica (objeto).
Voce comecou a falar q. a Etica (disciplina?) era objetiva e nao subjetiva =

como estava sendo tratada por aqui. A etica (objeto) e' subjetiva -- seja
ou nao referente a uma coletividade (o sujeito pode ser o individuo ou um
grupo) -- e eis q. se fez a confusao.

> Will Durant diz que ética é o estudo do melhor comportamento. O melhor
> comportamento necessita de um critério. O critério de melhor comportament=
o é
> classicamente chamando de justiça e virtude. Tanto a natureza da justiça
> como da virtude é alvo de especulações. Devido ao princípio antrópico,
> algumas pessoas acham que a natureza da justiça e da virtude está ligada =
a
> sobrevivência. E esta, por sua vez, ligada a evolução.
>
> Eu realmente não entendi onde incorro em perversão semântica. A única coi=
sa
> que fiz foi tirar do objeto "psicologia evolutiva" o critério de
> virtude/justiça para a disciplina Ética. Isso é: tirei de um objeto de
> estudo um critério para a disciplina em estudo. Os objetos não servem
> exatamente para isso ?

Nao. Isso e' ser circular. Se eu estudo a moral crista e uso seus criterios=

estarei validando a moral crista. Se eu estudo a moral anti-crista e uso
seus criterios estarei validando a moral anti-crista. (Por isso q. uma mora=
l
so' tem validade dentro dela mesma.)

Nao ha' nada de objetivo em dizer q. o criterio de melhor comportamento
e' a sobrevivencia. E' apenas uma declaracao tacita de valor.

> Você disse que tinha feito um "espantalho" em um e-mail anterior. Eu assu=
mo
> que talvez o tenha feito, mas tive motivos (o seu argumento pressupunha u=
ma
> premissa não explícita. E eu ataquei a premissa)

Q. premissa implicita?

> Pode me explicar o motivo desse espantalho ? ou eu que não entendi nada ?=


Qual espantalho?

>> Decisões ética implicam nisso - atribuição de valores. Nós atribuímos
>> valores e isso não tem nada de objetivo - algo q. tenha um parâmetro
>> cuja validade seja independente da própria matriz ética considerada.
>> Um sistema ético só tem validade dentro desse sistema ético.

> Concordo. Mas se esse sistema ético em especial for uma condição sine qua=

> non ?

Sine qua non para q?

> Takata, é o principio antrópico.
> As pessoas só podem discordar ou concordar porque existem.
> A existência é uma condição sine qua non.

Isso nao traz objetividade 'a sobrevivencia como criterio moral.

> Nenhum dos fatos mensuráveis apresentados prova que o modelo de munch sej=
a
> responsável pelo fenômeno.
>
> Isso é: não há prova conclusiva.

Nao existe prova conclusiva (no limite do 100% de certeza)
para nada. Sempre se pode contestar pelo
menos uma das premissas. Mesmo um texto negativo pode ser
contestado. Aqui o dogmatismo e o ceticismo (de Pirro) se igualam.
A questao novamente e' de operacionalidade -- podemos fazer bico e
bater o pe' tto para o sim como para o nao, mas isso acaba nao nos
levando para muito longe.

De todo modo temos fatos mensuraveis em favor do modelo
de Munch.

> 1-) Já existem dados positivos, embora não conclusivos.

Quais?

> Não existe "verdade objetiva" fora do cunho antropocêntrico. Isso é: não
> existe verdade objetiva.
>
> É uma verdade antrópica.

Antropocentrica mais do q. antropica. Mas concordo q. nao existe
verdade objetiva -- ao menos nao uma alcancavel. Tto pior pra algo
q. seja moral, etico (objeto): nao ha' nem uma verdade antropica (o q.
quer q. isso seja), no maximo uma verdade personalista.

> Quando falo de estabilidade do meio social, disse ao que diz respeito as
> relações humanas mais básicas.

Tipo o q?

> Palpite baseado na observação histórica.

Q. observacao historica?

> Procure se informar sobre pesquisas sobre a concentração de renda no mund=
o.

So' ir ao site da ONU. Nao achei indices de Tuvalu, mas tem algumas
preciosidades:

Pais: Gini (ano base)

Estados Unidos: 40,2 (1979) e 41,7 (1986)
Franca: 31 (1979)
Noruega: 30,5 (1979)
Luxemburgo: 25,8 (1985)
Reino Unido: 32 (1979) e 37 (1988)
Alemanha: 30 (1994)
Alemanha Oriental: 18,5 (1990) e 21,6 (1993)
Alemanha Ocidental: 30 (1984)
Argentina: 36 (1980) e 42 (1989)
Brasil: 52 (1979)
Paquistao: 34 (1985)
Turcomenistao: 25,5 (1989)
Zimbabue: 56,8 (1990)
Serra Leoa: 62,9 (1989)
Armenia: 29,6 (1991) e 38,1 (1995)
Cuba: 57,14 (1953) e 27 (1978)
URSS: 24,9 (1984)
Russia: 27,1 (1989) e 48,3 (1996)
Vietnam: 35,7 (1992)

http://www.wider.unu.edu/wiid/wwwwiid.htm

O indice Gini e' um indicador de distribuicao de riqueza:
0 para uma distribuicao homogenea e 1 para a maior
concentracao possivel.

> 1-) Onde não há recursos ambientais viáveis, não há população.

Afeganistao? Sertao nordestino? Claro q. o 'viaveis' q.
vc usa e' um termo salvador. Mas me pergunto se Cuba q.
depois de sua revolucao baixou a concentracao de renda
foi pelo aumento geral da riqueza ou se o aumento da
concentracao nos EUA ou na Russia pos-comunista se
deve a algo alheio 'a natureza capitalista. So' por claridade
nao e' nenhum elogio ao socialismo real, apenas a constatacao
de q. seu modelo precisa de uma revisao -- ainda q. se considere
q. os exemplos pescados por mim sao tendenciosos.

> 2-) A exploração tem que ser analisada sobre o ponto vista da concentraçã=
o
> de renda. Há paises capitalistas com pouca concentração de renda.
> "Exploração" é um termo muito abstrato e pouco objetivo e eu o usei.

Os paises capitalistas so' podem manter uma relativa
distribuicao de renda se:
1 - o governo atuar como agente redistribuidor
de riquezas (ou houver um mecanismo substitutivo)
2 - houver exploracao de outras nacoes.

Os paises escandinavos e muitos paises europeus
adotaram o Estado do Bem Estar Social -- uma
excrecencia segundo os teoricos capitalistas.
Suponho q. nao seja 'a toa q. os EUA tenham a
maior desigualdade entre os principais paises capitalistas
-- chuto q. so' nao e' pior por fazer dumping de
problemas sociais.

> Se os recursos caem, em se tratando de homens, normalmente isso ocorre de=

> forma gradativa e devagar e se reflete nas taxas de natalidade.

De forma alguma, existem diversos problemas de variacao aguda.
Pestes, fenomenos meteorologicos, esgotamento de recursos.

> As populações passam por uma fase "ruim", mas não o suficiente para a
> miséria, porque, normalmente, os homens acumulam riqueza e gastam mais do=

> que precisam (isso é: há uma espécie de 'gordura' a se queimar)

gastam mais do q. precisam?

> Sim, mas nenhum partido político anti-semita chegou ao poder nos EUA e na=

> Rússia. Isso é: Anti-semitismo "de estado" e na prática, só houve na
> Alemanha.

Sim. E isso nao muda o contexto da guerra. Ninguem
entrou pra salvar os pobres judeus. Os estados entraram
para garantir os seus.

> A Alemanha não é desenvolvida porque perdeu a guerra. Você está atribuind=
o
> um motivo que não é verdadeiro. Todos os países da Europa ocidental são
> razoavelmente desenvolvidos. E isso não tem a ver com vencer ou perder a
> guerra.

Bem, eu fiz isso de proposito. Estava mostrando justamente como
a etica (objeto = moral) nao e' objetiva. O q. e' bom para um nao
e' necessariamente bom para o outro. O q. garante a sobrevivencia
de um nao e' o q. garante a sobrevivencia de outro.

> E qual o fato mensurável que você tem para dizer que não existem
> complexidades irredutíveis ?
> Você simplesmente declara que não existem, ignora os fatos, e delega o ôn=
us
> da prova a quem
> diz que *pode existir*.

Simples inducao. Podemos sempre imaginar uma etapa intermediaria
quer seja de um evento ocorrido de fato, quer seja de um evento imaginario.=

Salvo para eventos de natureza binaria, q. nao e' o caso de organismos
vivos.

Nao estou querendo q. isso passe por uma verdade. Alias, vej
como sem uma sustentacao observacional tudo nao passa de
simples especulacao?

> O próprio Darwin assumia isso. Ele dizia que somente pela ação da seleção=

> natural nas "variações" (Hoje entendidas como variabilidade genética) não=
é
> possível explicar o aparecimento de um olho. Existe um salto entre um oce=
lo,
> omatídeo e um olho. O olho, diga-se de passagem, é uma estrutura muito
> complexa e delicada. Teríamos que ter inúmeras gerações de olhos (ou
> omatídeos)
> não-funcionais, para, finalmente, ter um inteiro.

E ele mostrou q. essa aparencia era enganosa. Nao
provou, mas indicou um caminho possivel - falando de
estruturas alternativas funcionais q. poderiam servir como
modelos dos estagios intermediarios.

Fatos posteriores reforcaram essa ideia e tiraram da
categoria de pura especulacao.

> O fato de aceitar ou não uma ética assim não é relevante. Geralmente, qua=
ndo
> eu faço escolhas éticas, não penso se algo trará ou não trará maior
> capacidade de sobrevivência. A sobrevivência acontece contingecialmente.
> Se ela não aconteceu, eu não estarei vivo para pensar "oh! eu não sobrevi=
vi!
> minha ética não foi boa!".

Claro q. e' relevante. Se eu a aceito, eu posso justificar genocidios desde=
q.
aumente as minhas chances de sobrevivencia -- ou do grupo ao qual me filio.=

Sobrevivencia pode ser um criterio conflitante. Nao q. isso impeca q. seja =

utilizada como criterio etico. So' e' preciso entender q. isso nao se basei=
a
em criterios objetivos, mas em outro criterio etico: sobreviver e' bom.

> dos genes e do ambiente. Os comportamentos seriam igualmente mecânicos.

Por isso q. eu falei q. nao importa a proporcao genetica.

> Logo, é irrelevante dizer que tal critério é ruim ou bom. Se você toma
> decisões mecânicas que te levam a existência, Ótimo. A existência já tomo=
u
> partido do critério.

Nesse caso, nao e' q. seria irrelevante dizer q. tal criterio e' ruim ou
bom. Seria irrelevante tentar descobrir o criterio. Mas tal qual a pedra
q. pensa q. voa, nos q. pensamos q. pensamos, iremos nos importar
de qq forma e isso volta a ser relevante. Nao deixa de ser um jogo de
palavras. Mas ha' a questao da recursividade q a etica gera: esse
criterio e' bom ou ruim com base em q. criterio? Por isso q. sempre
o: mas por q? -- invariavelmente termina com a resposta mal humorada:
porq. sim!

> possibilidade de existência. Entretanto, se você não existe, não vai faze=
r
> diferença nenhuma.

Nao mesmo.

> A seleção artificial, de forma ampla, não diminui a variabilidade genétic=
a.
> Na verdade, ela até aumenta.

De forma alguma. Se vc notar a variabilidade genetica de nossos
cultivares foi diminuindo com o tempo. Digamos q. teremos um plantel
fixo de 1.000 animais. Se inicialmente a variabilidade genetica for maxima,=

isto e', todos os alelos sao diferentes, o aumento -- isto e', a selecao, s=
o'
pode se dar pela diminuicao -- e consequente eliminacao de outra variante.
Vc pode argumentar q. esse numero fixo e' irreal. Mas existe uma limitacao:=

a area plantada nao e' infinita, cada area e' homogenea. A selecao artifici=
al
*poderia* permitir a conservacao das variedades, mas normalmente e'
considerada anti-economica.

> Usar uma variedade "pura" não implica extinguir uma variedade impura. Ao
> contrário. Variedades "impuras" são "guardadas" para servir de fonte de
> genes quando necessário. O gene pool é algo muito importante e os
> geneticistas o prezam muito. O patrimônio genético de uma espécie é a
> riqueza dessa espécie.

Descobriram depois de dizimar dezenas de variedades de plantas
e animais -- sem falar em especies inteiras.

> Logo, você pode até criar variedades de plantas ou raças de animais isola=
ndo
> certos genes do gene pool da espécie, mas isso não implica que o gene poo=
l
> (ou variabilidade genética) está diminuindo.

Nao e' uma consequencia necessaria. Mas foi o q. aconteceu ao
longo de nossa historia agropecuaria. Talvez a gente consiga mudar
a historia.

> problema. Se as variedades tiverem algum problema, o homem sempre pode
> intervir diretamente, introduzindo genes novos tirados de variedades
> "impuras", algo que seria impossível na natureza.

Se houver tais variedades.

> gene foi retirado de variedades "impuras", nativas e "heterogenias".)

De uma especie quase extinta. Nao puderam introduzir os genes
das especies ja' extintas.

> É uma questão de critério. (você pode me acusar de ser um chato, criterio=
so
> e exagerado. Mas nau pode dizer que estou errado)

Na verdade posso. Se eu me basear no criterio da operacionalidade.
Os geneticistas consideram como clones, nao vejo problemas nisso.
Como disse, questao semantica ja' q. e' perfeitamente possivel
fazer a interconversao dos criterios.

> Eu assumo que exagerei. Mas se você relativizar verá que, comparado a
> períodos anteriores, a seleção caiu a tal ponto, que não seria exagero (o=
u
> seria exagero ?) dizer que ela praticamente acabou. (essa frase pode pare=
cer
> exagerada, mas foi dita por um professor que respeito muito .. talvez ele=

> tenha dito valendo-se de "força de expressão" .. mas .. enfim ..)

E' um exagero muito grande. Podemos considerar isso analisando as
taxas de mortalidade antes do termino da vida reprodutiva. Esta' longe
de zero.

> Ah, mas não vale mesmo (pelo menos do ponto de vista retórico). Muitas ve=
zes
> você fez paralelismos entre uma "ética ambiental" e uma "ética genética".=

> Isso é: colocou uma contra a outra.
>
> "Características adaptativas não são absolutas: ela dependem de todo um
> contexto ambiental (e genético)." (usou isso como argumento como se eu
> tivesse dito que são 100% genéticas)
>
> E muitas vezes usou o "100% genética" para fazer espantalho, como:
>
> "Aliás, se a ética (sensu 2 de Arcange) for 100% genética, estaremos tão
> somente seguindo a ética criada pelo processo seletivo, independentemente=
da
> escolha q. fizermos - escolha q. terá sido guiada por nossos divinos e
> sábios genes. Assim como o Papa é infalível posto que guiado por Deus, no=
s
> seremos infalíveis posto que guiados pelos genes."
>
> Isso é: eu não disse que a ética era 100% genética e nem ficou implícito
> isso. Mas você considerou isso como verdade. Afinal, é mais fácil atacar =
uma
> caricatura.

Como vc notou, nao faz diferenca nehuma. Se tiramos o genetico e
colocamos o ambiental: 100% ambiental continuamos fieis seguidores, mas
nao mais do Deus GENE e sim do Deus AMBIENTE. E se for algo
intermediario sera': Deus 50%GENE50%AMBIENTE, Deus 0,01%GENE99,9%AMBIENTE..=
.

Caricaturas sao engracadas, ao deformarem por exageros podem
nos mostrar algumas coisas. So' nao devem ser levadas muito a serio.

> --Na diferença entre ética e moral ? (que você diz que são equivalentes, =
mas
> ao mesmo tempo diz que uma serve de objeto para outra e chama as 2 de
> objeto, formando um complexo "objeto-do-objeto')

Respondi acima. Nao vejo diferenca entre etica (objeto) e moral. Ha' difere=
nca
entre Etica (disciplina) e moral ou entre a Etica (disciplina) e etica (obj=
eto).
Normalmente isso nao causaria confusao, desde q. fosse bem
contextualizada. Lembre-se q. 'ninguem' como pronome e' diferente de 'ning=
uem'
como substantivo.

Ha' a contradicao ao vc tentar emprestar objetividade 'a etica (objeto = mo=
ral), o
q, no maximo seria atriburo da Etica (disciplina).

> --Na diferença entre moral (coletiva, lábil e não deduzível, não
> necessariamente ética, e atribuidora de valores) e comportamento
> (individual, lábil e normalmente não induzível, não necessariamente ético=
, e
> não atribuidora de valores) ?

Tto moral como comportamento podem ser atribuidos a individuos
como a grupos. O comportamento de humanos individualmente e'
tratado normalmente pela Psicologia (um tipo de Etologia especifica) e
do grupamento, pela Sociologia (mas ha' interpolacoes).

> --Numa pretensa contradição por tentar um critério de virtude/justiça tir=
ado
> da psicologia-evolutiva ? (você diz que não posso tirar um critério, que
> será aplicado a uma disciplina, de um objeto e diz que isso é perversão
> semântica. Eu não entendi. Mas tudo bem ...)

O criterio continua sendo arbitrario. Fruto de uma decisao etica.

> --Na validação do princípio antrópico ? (atribuindo a existência como
> critério absoluto para o juízo)

A existencia nao e' um criterio absoluto. E' valida para quem
a aceita como criterio.

> --Por dizer que tanto nas bombas de hidrogênio, como no modelo de Munch n=
ão
> há prova conclusiva ? (um adendo: prova conclusiva é aquela que não admit=
e
> outra explicação razoável senão aquela atribuída. A prova inconclusiva é
> aquela que pode admitir outras explicações razoáveis além da preconizada)=


Eu falei em fatos mensuraveis e vc os transmutou em provas conclusivas...

> --Por dizer que toda verdade é antropocêntrica e antrópica ?

Novamente, esse criterio de verdade so' e' valido para quem os
aceita como tal.

> --Por supor que um dos fatores preponderantes da miséria é a concentração=
de
> renda ?

Aqui vc esta' invertendo tudo. Vc disse q. em uma sociedade
igualitaria havia maior produtividade necessariamente.

> --Por dizer que o desenvolvimento da Alemanha não é função de derrotas ou=

> vitórias na guerra ? Ou por dizer que o anti-semitismo forte e de estado =

> ocorreu efetivamente na alemanha ? E por dizer que o ataque aos judeus
> colaborou para a derrota dos nazistas ?

Esta' criando outro espantalho. Ha' contradicao ao afirmar q.
existe uma etica (objeto) objetiva, qdo essa etica (objeto) baseada em
criterios de sobrevivencia contrapoem dois interesses.

Vc so' especificou o anti-semitismo de estado depois - nessa ultima
mensangem. O q. em nada altera a ocorrencia de contradicoes eticas
por conflito de interesse.

> --Por assumir o que muitos autores, incluindo Darwin, admitem que existem=

> características que parecem irredutíveis ?

Darwin jamais adimitiu isso - bem, na verdade o 'parecem' salva a
frase - mas isso e' apenas um recurso de argumentacao de Darwim,
q logo em seguida mostrou um possivel caminho a solucionar essa
irredutibilidade aparente, frisando q. e' apenas aparente. Ele mesmo
avisava q. se acaso isso ocorresse sua teoria iria por terra.

> --Por dizer que a seleção artificial, de modo amplo, não diminui a
> variabilidade genética da espécie ?

Aqui nao e' contradicao. E' erro mesmo. Ela pode nao diminuir.
Mas do modo como tem sido aplicada ate' hj, diminuiu. (E nao
e' bom confundir variabilidade genetica de populacao com
variabilidade genetica de especie.)

> --Por dizer que, aceitando o critério vigente de clonagem, a técnica atua=
l
> não pode, a rigor ser chamada de clonagem ? (como já disse .. você pode m=
e
> chamar de chato, e isso talvez eu seja. Mas a rigor, a técnica não causa
> indivíduos geneticamente idênticos.)

Um rigor q. nao altera nada em essencia. Mas enfim, direito seu.

> --Por falar que a seleção natural caiu a tal ponto (considerando outros
> ambientes que o Homo sapiens viveu) que muitos autores dizem que ela
> praticamente parou ?

Vc mesmo reconheceu o exagero.

> que há uma tendência a reprodução sexuada na natureza na medida em que os=

> organismos aumentam a sua complexidade, ou por dizer que, a longo prazo, =
a
> homogeneidade genética é ruim ? )

Nao ha' essa tendencia ou ao menos nao se pode deduzir isso de
uma analise filogenetica. Boa parte dos grupos com reproducao sexuada
formam um grupo monofiletico.

A homogeneidade genetica nao e' necessariamente ruim a longo
prazo. Ela poderia, por exemplo, garantir um tamanho populacional
suficiente para suportar cataclismos. Isso potencialmente falando,
ja' q. esta parte da discussao e' teorica.

> Veja só, Takata.
> 1-) No primeiro e-mail, eu disse que: "Isso que vou falar todos dessa lis=
ta
> já devem conhecer: Quanto maior a variabilidade genética, maior a
> estabilidade e adaptabilidade de uma população."
>
> 2-) Logo depois, você contra-argumentou dizendo que eu entrava em
> contradição. Para alguém entrar em contradição, deve fazer 2 afirmações q=
ue
> derroguem o 2 princípio da lógica clássica. (Se A é verdadeiro, não-A é
> necessariamente falso.). Então, você demonstrou onde eu pretensamente cai=
a
> em contradição. Veja: "Primeiro q. vc entra em contradição. Se qto maior =
a
> variabilidade genética maior a estabilidade da população (o q. não é
> verdade, mas enfim) e se vc diz q. a clonagem produz mutações, q. é a for=
ma
> de introduzir variação em uma população - então a clonagem seria evolutiv=
a".
>
> Esse é um argumento que pressupõe 1 premissa não-explícita (premissa que
> você não demonstrou). Qual premissa é essa ? OU que "Mutação implica
> necessariamente variabilidade genética.", OU que "Mutação é igual a
> variabilidade genética"

Nao e' uma premissa implicita: eu falei "mutacao, q. e' a forma de
introduzir variacoes em uma populacao". Isso e' uma declaracao
tacita q. "mutacao impllica necessariamente variabilidade genetica".

>
> 3-) No outro e-mail, então, eu ataquei as 2 possíveis premissas
> não-explícitas.
> A-) Eu disse: "Em uma população, um indivíduo pode sofrer mutação se=
m
> que a variabilidade genética dela se altere. Isso ocorre porque existem
> muitos fatores que afetam a variabilidade genética. A mutação é apenas 1
> deles e pode ser neutralizada por outros." Em outras palavras, o que eu
> estava dizendo é que mutação não implica necessariamente em variabilidade=

> genética, logo sua premissa não era verdadeira e o raciocínio não tinha
> validade. Não havia contradição alguma.
> B-) Eu disse: "De onde você tirou que mutação é igual a variabilidade=

> genética ?", "mutação é a fonte da variabilidade genética, Logo, mutação =
NÃO
> é variabilidade genética. (Uma coisa não pode ser fonte de si mesma .. a=

> não ser em casos especiais auto-recursivos ...... )". Isso é: enfim, e se=
ndo
> redundante, uma coisa não pode ser igual a outra.

Logo minha premissa nao e' verdadeira coisissima nenhuma. Ao menos nao
pelo simples fato de vc dizer q. existiam outras fontes de variabilidade ge=
netica
e q. havia meios de compensacao.

Q. outra fonte de variabilidade genetica existe (q nao implique em ultima
instancia em mutacao)? Como ocorre mutacao sem mudanca na variabilidade
genetica?

Na verdade a primeira pergunta nao e' necessaria de se responder. Ja' a
segunda em sendo negada, sim, invalidaria a minha anotacao de contradicao.

> 4-) No outro e-mail, você respondeu dizendo que mutação era a fonte
> principal de variabilidade genética. Quando a isso eu concordo. Só não
> concordo que uma implique necessariamente outra. Enfim, esse argumento nã=
o
> acrescenta nada. Não objetou nada. E eu até comentei de forma jocosa a
> irrelevância do argumento "Você responde reafirmando o que afirmo com o
> objetivo de refutar. Coisa que acho até divertida."
> Veja: se a mutação não implica necessariamente variabilidade genética, po=
de
> haver mutação sem variabilidade genética. Isto é: uma mutação "ruim" pode=

> ocorrer, mas sem que isso cause aumento na variabilidade genética. E isso=
eu
> até expliquei no e-mail anterior.

De forma alguma.

> Sabe, Takata, o que ocorre no final é uma triangulação. Você não diz quai=
s
> as suas premissas a rigor e eu tenho de "prevê-las". Quando ataco a
> premissa, você sempre pode dizer: "Mas eu não disse isso".
> É claro que não disse. Ela não estava explícita. Eu tive que pressupor qu=
e s
> eu argumento era baseado Ou em uma Ou em outra. E ataquei as 2 logo de um=
a
> vez.

Bem, tirando esse exemplo acima -- e q nao e' procedente -- qual outra
premissa implicita?

> Mas, apesar disso tudo, classicamente se considera mutações, como regra,
> deletérias.

Nao no modelo neutralista de evolucao. Alguns geneticistas de
fato combatem essa visao, mas a maioria aceita o neutralismo em
certo nivel. (Poucos considerarao a hipotese de adaptacao por
meio de neutralismo, por exemplo,)

> Ah, agora sim! Estamos progredindo. "Mutação sempre introduz variabilidad=
e
> genética". Você finalmente afirmou sua premissa (e eu escrevi aquele papo=
de
> "premissa elipsada" antes de ler isso) e argumentou sobre a validade dela=
.
> Deu até um exemplo. Ótimo.

"Mutacao sempre introduz variabilidade genetica" e' uma variacao da
expressao "mutacao, que e' a forma de introduzir variacoes em uma
populacao".

> A primeira coisa que se deve notar é que seu exemplo não existe. Ele,
> normalmente, é inviável biologicamente.
> Digamos, só por hipótese, que ocorra mutação em um indivíduo que está em =
uma
> população.A primeira coisa a se perguntar:
> Ocorreu em DNA codificante ou amorfo ? Há maior chance que ocorra em amor=
fo.
> Ocorrendo em codificante, ocorreu em ativo ? Há maior chance que ocorra e=
m
> um inativo. (não adianta ocorrer uma mutação para genes da cor do olho em=

> uma célula do dedão do pé.)
> Ocorrendo em ativo, ela não é deletéria ao ponto de matar o indivíduo ?
> Se o indivíduo sobreviver, como pode uma característica se manifestar por=

> causa uma única célula ? (digamos, para você ter uma mutação de um gene q=
ue
> deixe seu olho vermelho, você teria que ter inúmeras células com a mesma
> mutação. E não só uma.)
> Digamos que a mesma mutação tenha atingido todas as células relevantes (a=
lgo
> quase impossível), apenas isso é necessário para que a característica se
> manifeste ? (algumas características, para se manifestar, precisam de out=
ros
> pré-requisitos que já não se encontram mais.)
> E, finalmente, mesmo que tudo isso ocorresse (ou não), a mutação desponto=
u
> em uma célula somática. Logo, a mutação não é hereditária. Não pode ser
> relevante para a população.

Essas perguntas todas sao desnecessarias. Seria o mesmo q. afirmar q.
eu afirmei q. uma mutacao em um embriao de rato introduziria variabilidade =

genetica na populacao humana. (E' possivel ter celula do dedao do pe' em um=

embriao?)

> introduzindo variabilidade genética na população ? E um bebe deformado
> abortado introduz também ?

Se nao introduz, qual a sua preocupacao com as mutacoes em embrioes
pelo uso de tecnicas de clonagem... perdao, tecnicas de pseudo-clonagem?
Isso e' um atentado 'a sobrevivencia da populacao? Como disse: contradicao.=

Vai de um lado ou de outro.

> si) diz respeito a características válidas e não a qualquer mutação que n=
ão
> condicione, pelo menos potencialmente, características.

Vale para qq trecho do ADN.

> Os 2 mecanismos principais que condicionam a variabilidade genética (ou
> 'variações' ou 'variações hereditárias', como também são chamadas) são a
> *mutação e a recombinação*. Veja a influência da recombinação. Para haver=

> aumento da variação é importante que haja recombinação. Para haver
> recombinação, pressupõe-se reprodução. E a reprodução pressupõe penetraçã=
o
> do gene/característica na população.

A recombinacao nao e' fonte primaria de varibilidade genetica. Analisando
o loco ela nao altera a proporcao alelica. So' havera' efeito de recombinac=
ao
se houver uma variabilidade preexistente, cuja fonte primaria e' um evento =

mutacional.

> Observe que o termo "variabilidade genética" tem como sinônimo "variações=
"
> ou "variações hereditárias".

Opa! E' novidade isso. Variacao hereditaria implica necessariamente em
variacao genetica (do modo como hereditariedade e' encarada na genetica),
mas o contrario nao e' necessariamente verdadeiro. Nao vejo como sinonimiza=
r
os dois termos.

> não passa pela reprodução e não penetra na população e geralmente não
> condiciona nunca características.

Seu sistema imunologico ficaria triste com isso.

> Toda e qualquer mutação somática não condiciona variabilidade genética, s=
eja
> pelo conceito de variabilidade, seja pelos sinônimos ou seja pelo bom sen=
so
> (uma mutação que cause câncer não é variabilidade genética)

Claro q. e'. Mesmo as mutacoes nao hereditarias q. se associam ao desenvolv=
imento
de cancer.

> O critério que usei e deixei explícito (embora não tenha dado o devido
> reforço) é o "critério da sobrevivência a longo prazo", ou, melhor dizend=
o,
> puramente: "O critério da sobrevivência da espécie".(a sobrevivência da
> espécie pressupõe sobrevivência a longo prazo)

Em situacoes hipoteticas uma homogeneidade genetica pode
ser muito util para a sobrevivencia da especie.

> Mas existe possibilidade sim de haver desastres que acabem com toda vida.=

> Alias, eu acho - embora isso seja apenas um palpite - que tais desastres
> sejam extremamente comuns. Na equação Drake, onde tenta-se prever a
> possibilidade de vida em outros planetas, a chance de um evento desse
> ocorrer é estipulada em 1/3 (33%). Isso, é claro, é um número assumidamen=
te
> arbitrário.

33% em qto tempo? Desastres q. acabam com toda a vida nao
respeita variabilidade genetica...

> Eu acredito que as chances de extinção total da vida em um planeta - e is=
so
> é somente um "chute" - estejam por volta de 80% .. 90% ou mais. (homogêne=
os
> ou heterogêneos)

90% em qtos anos?

> A seleção positiva aumenta. Há muitas coisas que diminuem a variabilidade=
.
> Não estou dizendo que a variabilidade não caia. É claro que ela cai. Esto=
u
> dizendo que isso, a longo prazo, diminui as chances de sobrevivência da
> espécie.

Pode diminuir. Ou nao.

> E, bem ...
> Você pode dizer que as aves descendem de alguns tipos de dinossauros (dos=

> tipos de maior variabilidade genética). Mas dizer que os dinossauros vira=
ram
> aves me parece uma generalização estilo "a parte para o todo". 85% das
> espécies foram extintas no KT.
>
> Ave é ave, dinossauro é dinossauro e Homo sapiens não é Homo erectus. (eu=

> não sou igual a meus ascendentes)

Ave e' ave, dinossauro e' dinossauro, Homo sapiens nao e' mamifero?
Dinossauro e' um nome de um grupo e nao de uma especie.

> Você desviou o ponto de relevância do argumento. Desviou e o levou para u=
m
> ponto "neutro".
>
> No meu exemplo, a variabilidade genética evitou a extinção.
> No seu, ela não teve efeito algum. Não evitou nada.
> *Este* é o ponto efetivo.

Pelo seu criterio, ela aumentou a estabilidade populacional e
portanto as chances de sobrevivencia.

> E quanto a ser "bom ou ruim", novamente e sistematicamente apelo ao
> principio antrópico.
> Baseado nele, eu digo que é bom.

Otimo. Pode-se basear nele. So' nao diga q. e' objetivo. Isso
e' uma escolha pessoal sua -- talvez ditado pela dupla dinamica:
genes e ambiente.

> O problema esta em saber onde é o ponto de equilíbrio.

Isso vai depender de muita pesquisa. Eu chuto q. se
descobrirem algo sera' q. nao existe um ponto de equilibrio --
nao um imutavel pelo menos.

> De qualquer forma, apesar deu também achar que as bactérias são
> bioquimicamente sofisticadas, não podemos compará-las aos animais
> superiores.

Animais superiores? Vc fala do Russo q. vive na estacao orbital ou
da pomba q. mora em cima do meu telhado?

> Uma bactéria de 5 micrometros de diâmetro, um único nucléolo com algumas
> centenas de genes não pode ter a mesma diversidade bioquímica de um homem=

> com 70 litros de volume, milhares de células diferentes, centenas de
> hormônios, 46 cromossomos com alguns milhares de genes.
>
> De qualquer forma, eu não consigo pensar em que tipo de organização uma
> bactéria poderia ser superior ao homem, por exemplo. Não estou dizendo qu=
e
> isso não seja possível. Só estou curioso.

Um ser humano nao e' capaz de trocar horizontalmente seus genes --
apenas acidentalmente. O proprio genoma compacto e sem introns de
muitas bacterias e' bem elegante. Alias, especula-se q. a presenca de
introns sejam a condicao plesiomorfica, o genoma das bacterias seriam mais =
derivadas
nesse sentido em relacao ao ancestral em comum do q. os seres huimanos.

O maior genoma e' de uma 'reles' ameba -- sim, nao e' uma bacteria, mas
tbm nao e' a Ingrid Bergman.

O Deinococus radiodurans e' capaz de regenerar seu genoma fragmentado
por radiacao intensa. Nao aconselho a vc entrar em uma usina nuclear sem
protecao.

Bacterias nao precisam passar 20 anos estudando para conseguir um
emprego estavel e poder constituir familia -- com dois lindos filhos, pelos=
quais
tera' q. pagar 20 anos de estudo. Elas podem se reproduzir sozinhas, mas
nao precisam abdicar dos prazeres do sexo -- o desacoplamento entre
sexo e reproducao (nao tao perfeito em nos) garante 'a dona bacteria
muitas vantagens.

Bacterias sao potencialmente imortais. Nenhuma bacteria atual possui
um unico ancestral q. morreu.

Algumas especies podem tolarar uma variacao de temperatura q. mataria
um ser humano bem vestido, serem lancadas ao espaco sem protecao
e voltarem sas e salvas. Some-se a biomassa das bacterias e pese contra
a de todos os demais seres vivos (numa mesma aceleracao gravitacional)
e nos perderemos.

Muito disso exatamente pela simplicidade morfologica.

> Se perguntar por que há essa tendência ou questionar a natureza dela, tud=
o
> bem. Mas no nosso planeta ela é um fato. Na medida que o tempo passa, alg=
uns
> organismos ficam mais complexos. Isso não significa que eles fiquem melho=
res
> ou piores.

Aha! *Alguns* ficam morfologicamente mais complexos. Oras, se o ponto de
partida e' um ancestral morfologicamente mais simples, ou continua simples =

ou diminui sua complexidade ou aumenta. E' provavel q. existe uma
complexidade minima, e' provavel q. a vida tenha se iniciado simples -- ser=
ia
energeticamente mais favoravel. Natural q. uma parte permaneca morfologicam=
ente
simples e outra parte evolua para formas morfologicamente mais complexas.
Nao ha' uma tendencia para o mais complexo -- se a vida por milagre comecas=
se
do mais complexo, teriamos grupos q. permaneceriam mais complexos e
outros q. se tornariam mais simples morfologicamente -- alias em certos
grupos isso ocorre: em formas de vida q. vivem em cavernas (perdem os
olhos, a pigmentacao), existe um crustaceo parasita q. parece um tumor
a crescer em outros crustaceos (e' uma massa celular amorfa q. se alimenta =

do tecido alheio), o cipo-chumbo tbm perdeu boa parte da folhagem, da
pigmentacao...

> Eu não estou dizendo que mais "evoluído" filogeneticamente seja "melhor".=


Nem e' mais evoluido filogeneticamente. Nem mesmo entre aspas.

> Eu só mostrei que a reprodução sexuada é, claramente, uma tendência
> desenvolvida concomitantemente a complexidade geral dos filos animais
> (coloquei uns moneras, protistas e vírus, só para comparar) e ordem de
> ascendência filogenética.

Como eu disse, sua listagem nao e' boa, ja' q. boa parte dos filos com repr=
oducao
sexuada constituem um grupo monofiletico e nao ha' uma ordem de ascendencia=

filogenetica.

> uma regressão na complexidade. (embora isso seja eventual e não invalidad=
e a
> tendência, que é legítima).

Nao e' legitima. Qtas vezes houve multicelularizacao independente? Basicame=
nte
tres: fungos, metafitas e metazoarios (talvez algum grupo fossil), qtas lin=
hagens
permaneceram unicelulares?

Vc esta' agrupando todas as bacterias em um unico grupo e destrinchando os =

eucariotos em varios. Temos tres gdes dominios: as bacterias, as arqueas e =
os
eucariotos. Especula-se q. as arqueas sejam mais proximas evolutivamente
dos eucariotos do q. das bacterias. Mas neste nivel temos 2 contra 1 em ter=
mos
de multicelularizacao. E em termos de preferencias reprodutivas.

> Mas eu nunca achei que alguém questionaria a ordem filogenética. (é claro=

> que você, possivelmente vai dizer que não questionou. Suas conclusões são=


Nao questionei mesmo. Nao existe uma ordem filogenetica.

> Eu pressuponho e pressupus - talvez erroneamente - que você não tenha
> problemas com a aceitação da teoria sintética da evolução e com as relaçõ=
es
> filogenéticas entre os reinos, filos e ordens de criaturas.

Relacoes filogeneticas so' existem entre grupos monofileticos -- um reino
nao e' necessariamente um grupo monofiletico (com um ancestral comum
exclusivo para os membros desse grupo), nem filos, nem ordens, nem
familias, nem generos. Aceita-se apenas especies como monofileticas
(e ainda assim ha' discussao), por isso vc deveria listar por especie ou
por grupos verdadeiramente monofileticos -- mas com o grau de dicotomizacao=

equivalente.

A aceitacao da teoria da evolucao biologica e dos sistemas de filogenia
(nem mesmo o de classificacao hierarquica lineana) nao implica na
aceitacao de seu esquema.

> Se considerarmos os seres em ordem de complexidade, em uma estrutura
> filogenética, no reino Monera, Protista e Metazoa, você concorda que há u=
ma
> tendência há reprodução sexuada ?

Bem, essa classificacao e' artificial. Em uma analise filogenetica encontra=
mos
tres ramos basicos:

|------ Bacteria
---|------ Archea
|------ Eucharya

Talvez:

|---- Bacteria
---|
|---|---- Archea
|---- Eucharya

Vc esta' destrinchando o ramo dos Eucharya enqto mantem o ramo das Bacteria=
e o ramo
das Arqueas fechado. Podemos fazer diferente: abrir o ramo das bacterias e =
manter o
ramo dos Eucharya fechado. E assim provamos a tendencia 'a simplificacao?

> Quanto aos Metafitas, o ciclo reprodutivo padrão é a metagênese. Alterna-=
se
> uma fase sexuada e outra assexuada. É óbvio, claro e evidente que, se voc=
ê
> pegar espécies isoladas ou grupos de espécies isolados (como você mesmo
> disse) veremos certas predominâncias.

Grupos muito diversificados diga-se de passagem.

> As gramíneas podem ter o tipo de reprodução que tiverem. Isso não muda to=
da
> estrutura filogenética. Da mesma forma, uma possível espécie evoluída da
> humana pode ter reprodução por pedogenese. Isso não muda tudo que se obse=
rva
> na natureza.

E o q. se observa nao e' a tendencia 'a complexidade.

> reprodução sexuada. Eu disse que a reprodução sexuada aumenta a
> variabilidade genética e isso aumenta a estabilidade e adaptabilidade de =
uma
> espécie.

Isso *pode* aumentar... depende do contexto. *Pode* diminuir tbm
dependendo do contexto.

> É possível que o meio quente em que uma termófila viva esfrie e ela morra=

> (sem que ela possa fazer nada). Entretanto, acho difícil que o meio em qu=
e o
> cavalo viva se transforme em uma fonte termal. Acho mais razoável que um=
a
> savana vire uma floresta e que populações com grande variabilidade genéti=
ca
> possam gerar indivíduos cada vez mais adaptados ao novo ambiente, de form=
a
> que os cavalos não desapareçam. (ou até evoluam para outra espécie)

Populacoes com gde variabilidade genetica sofrem carga genetica e
estao em desvatagem em relacao a uma populacao homogenea adaptada.
Antes da ocorrencia de uma catastrofe a populacao homogenea pode
proliferar 'as expensas da com gde variabilidade genetica.

E se uma especie possuir plasticidade fenotipica novamente a homogeneidade =

genetica pode ser mais vantajosa dependendo do caso.

> conceito, isso que acabei de falar é errado, mas, enfim). As bactérias
> modificam a variabilidade genética a toda hora, pelos métodos já
> mencionados.

Sim. Mas as bacterias estao sendo utilizadas como contra-exemplo
de uma superioridade da complexidade morfologica e da reproducao
sexuada.

> relativo) se seja enérgico nas intervenções. O importante é não se
> petrificar em nenhuma posição e não se zangar por bobagens.

"Oh, espelho, espelho, meu..." - Rainha Ma' In: Branca de Neve
e os Sete Anoes.

Vc tem o direito de defender uma etica (objeto) objetiva, apenas q.
isso por si so' nao torna isso embasado.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Clonagem, ética e erros conceituais.
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/01/2002 00:12

--- In ciencialist@y..., "Arcange" <Arcange@i...> wrote:
> Bem, eu disse que não iria responder. Mas como a minha palavra não vale
> nada, apresento-me aqui novamente .....................

Nao se preocupe, eu vivo fazendo isso. O q. significa q,
os demais devem se preocupar...

> Entretanto moral, embora relacionada, não é igual a comportamento (levand=
o
> em conta o cunho psicológico).

Eu nao falei isso.

> E mais. Além da diferença entre moral antropológica e comportamento, temo=
s
> ainda a 'moral' cristã. Os valores religiosos (cristãos) não têm pretensã=
o à
> moral. Eles arrogam-se de uma universalidade e imutabilidade, que não pod=
e
> ser refutada. (embora, é claro, você possa desconfiar dela) Logo, os valo=
res
> éticos vistos sob o óptica religiosa não são morais. Estão acima do
> meramente moral. São transcendentais. Dessa forma, a moral cristã não é u=
ma
> moral do ponto de vista tradicional.

Bem, nao estou alcancando a sua definicao de moral.
Pra mim moral e' tao somente a nocao do q. e' certo e do q.
e' errado (e das gradacoes disso, nao sendo maniqueista),
do q. e' bom e do q. e' ruim... Nessa definicao nao me parece
q. moral seja diferente de etica (objeto).

> disciplina (pecado). O importante é a submissão ética.

E' questao pessoal se se acha q a submissao etica e' ou
nao importante.

> (que pode gerar os relativismos estilo "psicopata" ..). A ética cristã é =
uma
> guerra: Vontade de Deus (um valor pretensamente coletivo e universal) X
> Vontade do homem (um valor particular).

Qq etica faz um balanco entre os ganhos pessoais e os coletivos.
Uma etica totalmente egoista favorece o ganho pessoal, uma
etica puramente altruista favorece o ganho social. (O interessante
e' q. as duas visoes sao interconvertiveis apesar de toda a oposicao.)

> Eu só não entendi onde eu incorri em perversão semântica.

Qdo vc fala em etica (objeto) objetiva. Vc fala bem qdo interpoem o
'pretensamente' ao falar da etica crista. Podemos ter uma Erica (estudo)
objetiva, mas a etica (objeto) nao o sera' -- ate' prova em contrario,
por nada deste mundo.

> > O sensu Arcange 2 estabelece a ética como objeto. O sensu Arcange 1
> > estabelece a ética como disciplina. As pessoas antes de sua
> > intervenção estavam usando ética como objeto - o q. equivale à moral
> > (vc pode querer redifinir as duas coisas, direito seu, mas isso não
> > faz com q. a sua definição seja objetiva ou mais objetiva do q. o
> > sentido dado até então).
> >
> > Aliás esse problema da ambigüidade tbm se faz presente ao se usar uma
> > linguagem teleológica e antropomórfica qdo se fala em evolução. Com o
> > agravante de trazer ainda mais confusão.
> >
> -------------------------------------------------------------------------=
---
> -----------------------------------------------
>
> Eu posso não estar entendendo, mas me parece que foi você quem incorreu e=
m
> perversão agora, veja só:
>
> 1-) "As pessoas antes de sua intervenção estavam usando ética como objeto=
-
> o q. equivale à moral" (isso é: você diz que as 2 são objetos e que as 2 =
são
> equivalentes)
> 2-) "Ética na acepção mais comum é tão somente uma disciplina q. estuda a=

> Moral." (isso é: você diz que ética é uma disciplina), "moral como objeto=
de
> estudo da Ética" (isso é: A moral é objeto da disciplina ética)
>
> a-) Se moral é um objeto da ética, e ética é um objeto. Então, ética é
> objeto de quem ?

A moral e' objeto da Etica (disciplina). A etica (objeto) e' objeto da
Etica (disciplina). Eu nao faco distincao entre moral e etica (objeto).
Etica (disciplina) e' diferente de etica (objeto) . Assim como a biologia
de um organismo e' diferente da disciplina Biologia, ou a psicologia de um =

individuo e' diferente da Psicologia, a etica de um grupo e' diferente da
disciplina Etica.

Ou de outro modo: a vida de um organismo e' diferente da Biologia,
a mente de um individuo e' diferente da Psicologia, a moral de um
grupo e' diferente da Etica.

Antes de sua intervencao primeira, o pessoal falava em etica (objeto).
Voce comecou a falar q. a Etica (disciplina?) era objetiva e nao subjetiva =

como estava sendo tratada por aqui. A etica (objeto) e' subjetiva -- seja
ou nao referente a uma coletividade (o sujeito pode ser o individuo ou um
grupo) -- e eis q. se fez a confusao.

> Will Durant diz que ética é o estudo do melhor comportamento. O melhor
> comportamento necessita de um critério. O critério de melhor comportament=
o é
> classicamente chamando de justiça e virtude. Tanto a natureza da justiça
> como da virtude é alvo de especulações. Devido ao princípio antrópico,
> algumas pessoas acham que a natureza da justiça e da virtude está ligada =
a
> sobrevivência. E esta, por sua vez, ligada a evolução.
>
> Eu realmente não entendi onde incorro em perversão semântica. A única coi=
sa
> que fiz foi tirar do objeto "psicologia evolutiva" o critério de
> virtude/justiça para a disciplina Ética. Isso é: tirei de um objeto de
> estudo um critério para a disciplina em estudo. Os objetos não servem
> exatamente para isso ?

Nao. Isso e' ser circular. Se eu estudo a moral crista e uso seus criterios=

estarei validando a moral crista. Se eu estudo a moral anti-crista e uso
seus criterios estarei validando a moral anti-crista. (Por isso q. uma mora=
l
so' tem validade dentro dela mesma.)

Nao ha' nada de objetivo em dizer q. o criterio de melhor comportamento
e' a sobrevivencia. E' apenas uma declaracao tacita de valor.

> Você disse que tinha feito um "espantalho" em um e-mail anterior. Eu assu=
mo
> que talvez o tenha feito, mas tive motivos (o seu argumento pressupunha u=
ma
> premissa não explícita. E eu ataquei a premissa)

Q. premissa implicita?

> Pode me explicar o motivo desse espantalho ? ou eu que não entendi nada ?=


Qual espantalho?

>> Decisões ética implicam nisso - atribuição de valores. Nós atribuímos
>> valores e isso não tem nada de objetivo - algo q. tenha um parâmetro
>> cuja validade seja independente da própria matriz ética considerada.
>> Um sistema ético só tem validade dentro desse sistema ético.

> Concordo. Mas se esse sistema ético em especial for uma condição sine qua=

> non ?

Sine qua non para q?

> Takata, é o principio antrópico.
> As pessoas só podem discordar ou concordar porque existem.
> A existência é uma condição sine qua non.

Isso nao traz objetividade 'a sobrevivencia como criterio moral.

> Nenhum dos fatos mensuráveis apresentados prova que o modelo de munch sej=
a
> responsável pelo fenômeno.
>
> Isso é: não há prova conclusiva.

Nao existe prova conclusiva (no limite do 100% de certeza)
para nada. Sempre se pode contestar pelo
menos uma das premissas. Mesmo um texto negativo pode ser
contestado. Aqui o dogmatismo e o ceticismo (de Pirro) se igualam.
A questao novamente e' de operacionalidade -- podemos fazer bico e
bater o pe' tto para o sim como para o nao, mas isso acaba nao nos
levando para muito longe.

De todo modo temos fatos mensuraveis em favor do modelo
de Munch.

> 1-) Já existem dados positivos, embora não conclusivos.

Quais?

> Não existe "verdade objetiva" fora do cunho antropocêntrico. Isso é: não
> existe verdade objetiva.
>
> É uma verdade antrópica.

Antropocentrica mais do q. antropica. Mas concordo q. nao existe
verdade objetiva -- ao menos nao uma alcancavel. Tto pior pra algo
q. seja moral, etico (objeto): nao ha' nem uma verdade antropica (o q.
quer q. isso seja), no maximo uma verdade personalista.

> Quando falo de estabilidade do meio social, disse ao que diz respeito as
> relações humanas mais básicas.

Tipo o q?

> Palpite baseado na observação histórica.

Q. observacao historica?

> Procure se informar sobre pesquisas sobre a concentração de renda no mund=
o.

So' ir ao site da ONU. Nao achei indices de Tuvalu, mas tem algumas
preciosidades:

Pais: Gini (ano base)

Estados Unidos: 40,2 (1979) e 41,7 (1986)
Franca: 31 (1979)
Noruega: 30,5 (1979)
Luxemburgo: 25,8 (1985)
Reino Unido: 32 (1979) e 37 (1988)
Alemanha: 30 (1994)
Alemanha Oriental: 18,5 (1990) e 21,6 (1993)
Alemanha Ocidental: 30 (1984)
Argentina: 36 (1980) e 42 (1989)
Brasil: 52 (1979)
Paquistao: 34 (1985)
Turcomenistao: 25,5 (1989)
Zimbabue: 56,8 (1990)
Serra Leoa: 62,9 (1989)
Armenia: 29,6 (1991) e 38,1 (1995)
Cuba: 57,14 (1953) e 27 (1978)
URSS: 24,9 (1984)
Russia: 27,1 (1989) e 48,3 (1996)
Vietnam: 35,7 (1992)

http://www.wider.unu.edu/wiid/wwwwiid.htm

O indice Gini e' um indicador de distribuicao de riqueza:
0 para uma distribuicao homogenea e 1 para a maior
concentracao possivel.

> 1-) Onde não há recursos ambientais viáveis, não há população.

Afeganistao? Sertao nordestino? Claro q. o 'viaveis' q.
vc usa e' um termo salvador. Mas me pergunto se Cuba q.
depois de sua revolucao baixou a concentracao de renda
foi pelo aumento geral da riqueza ou se o aumento da
concentracao nos EUA ou na Russia pos-comunista se
deve a algo alheio 'a natureza capitalista. So' por claridade
nao e' nenhum elogio ao socialismo real, apenas a constatacao
de q. seu modelo precisa de uma revisao -- ainda q. se considere
q. os exemplos pescados por mim sao tendenciosos.

> 2-) A exploração tem que ser analisada sobre o ponto vista da concentraçã=
o
> de renda. Há paises capitalistas com pouca concentração de renda.
> "Exploração" é um termo muito abstrato e pouco objetivo e eu o usei.

Os paises capitalistas so' podem manter uma relativa
distribuicao de renda se:
1 - o governo atuar como agente redistribuidor
de riquezas (ou houver um mecanismo substitutivo)
2 - houver exploracao de outras nacoes.

Os paises escandinavos e muitos paises europeus
adotaram o Estado do Bem Estar Social -- uma
excrecencia segundo os teoricos capitalistas.
Suponho q. nao seja 'a toa q. os EUA tenham a
maior desigualdade entre os principais paises capitalistas
-- chuto q. so' nao e' pior por fazer dumping de
problemas sociais.

> Se os recursos caem, em se tratando de homens, normalmente isso ocorre de=

> forma gradativa e devagar e se reflete nas taxas de natalidade.

De forma alguma, existem diversos problemas de variacao aguda.
Pestes, fenomenos meteorologicos, esgotamento de recursos.

> As populações passam por uma fase "ruim", mas não o suficiente para a
> miséria, porque, normalmente, os homens acumulam riqueza e gastam mais do=

> que precisam (isso é: há uma espécie de 'gordura' a se queimar)

gastam mais do q. precisam?

> Sim, mas nenhum partido político anti-semita chegou ao poder nos EUA e na=

> Rússia. Isso é: Anti-semitismo "de estado" e na prática, só houve na
> Alemanha.

Sim. E isso nao muda o contexto da guerra. Ninguem
entrou pra salvar os pobres judeus. Os estados entraram
para garantir os seus.

> A Alemanha não é desenvolvida porque perdeu a guerra. Você está atribuind=
o
> um motivo que não é verdadeiro. Todos os países da Europa ocidental são
> razoavelmente desenvolvidos. E isso não tem a ver com vencer ou perder a
> guerra.

Bem, eu fiz isso de proposito. Estava mostrando justamente como
a etica (objeto = moral) nao e' objetiva. O q. e' bom para um nao
e' necessariamente bom para o outro. O q. garante a sobrevivencia
de um nao e' o q. garante a sobrevivencia de outro.

> E qual o fato mensurável que você tem para dizer que não existem
> complexidades irredutíveis ?
> Você simplesmente declara que não existem, ignora os fatos, e delega o ôn=
us
> da prova a quem
> diz que *pode existir*.

Simples inducao. Podemos sempre imaginar uma etapa intermediaria
quer seja de um evento ocorrido de fato, quer seja de um evento imaginario.=

Salvo para eventos de natureza binaria, q. nao e' o caso de organismos
vivos.

Nao estou querendo q. isso passe por uma verdade. Alias, vej
como sem uma sustentacao observacional tudo nao passa de
simples especulacao?

> O próprio Darwin assumia isso. Ele dizia que somente pela ação da seleção=

> natural nas "variações" (Hoje entendidas como variabilidade genética) não=
é
> possível explicar o aparecimento de um olho. Existe um salto entre um oce=
lo,
> omatídeo e um olho. O olho, diga-se de passagem, é uma estrutura muito
> complexa e delicada. Teríamos que ter inúmeras gerações de olhos (ou
> omatídeos)
> não-funcionais, para, finalmente, ter um inteiro.

E ele mostrou q. essa aparencia era enganosa. Nao
provou, mas indicou um caminho possivel - falando de
estruturas alternativas funcionais q. poderiam servir como
modelos dos estagios intermediarios.

Fatos posteriores reforcaram essa ideia e tiraram da
categoria de pura especulacao.

> O fato de aceitar ou não uma ética assim não é relevante. Geralmente, qua=
ndo
> eu faço escolhas éticas, não penso se algo trará ou não trará maior
> capacidade de sobrevivência. A sobrevivência acontece contingecialmente.
> Se ela não aconteceu, eu não estarei vivo para pensar "oh! eu não sobrevi=
vi!
> minha ética não foi boa!".

Claro q. e' relevante. Se eu a aceito, eu posso justificar genocidios desde=
q.
aumente as minhas chances de sobrevivencia -- ou do grupo ao qual me filio.=

Sobrevivencia pode ser um criterio conflitante. Nao q. isso impeca q. seja =

utilizada como criterio etico. So' e' preciso entender q. isso nao se basei=
a
em criterios objetivos, mas em outro criterio etico: sobreviver e' bom.

> dos genes e do ambiente. Os comportamentos seriam igualmente mecânicos.

Por isso q. eu falei q. nao importa a proporcao genetica.

> Logo, é irrelevante dizer que tal critério é ruim ou bom. Se você toma
> decisões mecânicas que te levam a existência, Ótimo. A existência já tomo=
u
> partido do critério.

Nesse caso, nao e' q. seria irrelevante dizer q. tal criterio e' ruim ou
bom. Seria irrelevante tentar descobrir o criterio. Mas tal qual a pedra
q. pensa q. voa, nos q. pensamos q. pensamos, iremos nos importar
de qq forma e isso volta a ser relevante. Nao deixa de ser um jogo de
palavras. Mas ha' a questao da recursividade q a etica gera: esse
criterio e' bom ou ruim com base em q. criterio? Por isso q. sempre
o: mas por q? -- invariavelmente termina com a resposta mal humorada:
porq. sim!

> possibilidade de existência. Entretanto, se você não existe, não vai faze=
r
> diferença nenhuma.

Nao mesmo.

> A seleção artificial, de forma ampla, não diminui a variabilidade genétic=
a.
> Na verdade, ela até aumenta.

De forma alguma. Se vc notar a variabilidade genetica de nossos
cultivares foi diminuindo com o tempo. Digamos q. teremos um plantel
fixo de 1.000 animais. Se inicialmente a variabilidade genetica for maxima,=

isto e', todos os alelos sao diferentes, o aumento -- isto e', a selecao, s=
o'
pode se dar pela diminuicao -- e consequente eliminacao de outra variante.
Vc pode argumentar q. esse numero fixo e' irreal. Mas existe uma limitacao:=

a area plantada nao e' infinita, cada area e' homogenea. A selecao artifici=
al
*poderia* permitir a conservacao das variedades, mas normalmente e'
considerada anti-economica.

> Usar uma variedade "pura" não implica extinguir uma variedade impura. Ao
> contrário. Variedades "impuras" são "guardadas" para servir de fonte de
> genes quando necessário. O gene pool é algo muito importante e os
> geneticistas o prezam muito. O patrimônio genético de uma espécie é a
> riqueza dessa espécie.

Descobriram depois de dizimar dezenas de variedades de plantas
e animais -- sem falar em especies inteiras.

> Logo, você pode até criar variedades de plantas ou raças de animais isola=
ndo
> certos genes do gene pool da espécie, mas isso não implica que o gene poo=
l
> (ou variabilidade genética) está diminuindo.

Nao e' uma consequencia necessaria. Mas foi o q. aconteceu ao
longo de nossa historia agropecuaria. Talvez a gente consiga mudar
a historia.

> problema. Se as variedades tiverem algum problema, o homem sempre pode
> intervir diretamente, introduzindo genes novos tirados de variedades
> "impuras", algo que seria impossível na natureza.

Se houver tais variedades.

> gene foi retirado de variedades "impuras", nativas e "heterogenias".)

De uma especie quase extinta. Nao puderam introduzir os genes
das especies ja' extintas.

> É uma questão de critério. (você pode me acusar de ser um chato, criterio=
so
> e exagerado. Mas nau pode dizer que estou errado)

Na verdade posso. Se eu me basear no criterio da operacionalidade.
Os geneticistas consideram como clones, nao vejo problemas nisso.
Como disse, questao semantica ja' q. e' perfeitamente possivel
fazer a interconversao dos criterios.

> Eu assumo que exagerei. Mas se você relativizar verá que, comparado a
> períodos anteriores, a seleção caiu a tal ponto, que não seria exagero (o=
u
> seria exagero ?) dizer que ela praticamente acabou. (essa frase pode pare=
cer
> exagerada, mas foi dita por um professor que respeito muito .. talvez ele=

> tenha dito valendo-se de "força de expressão" .. mas .. enfim ..)

E' um exagero muito grande. Podemos considerar isso analisando as
taxas de mortalidade antes do termino da vida reprodutiva. Esta' longe
de zero.

> Ah, mas não vale mesmo (pelo menos do ponto de vista retórico). Muitas ve=
zes
> você fez paralelismos entre uma "ética ambiental" e uma "ética genética".=

> Isso é: colocou uma contra a outra.
>
> "Características adaptativas não são absolutas: ela dependem de todo um
> contexto ambiental (e genético)." (usou isso como argumento como se eu
> tivesse dito que são 100% genéticas)
>
> E muitas vezes usou o "100% genética" para fazer espantalho, como:
>
> "Aliás, se a ética (sensu 2 de Arcange) for 100% genética, estaremos tão
> somente seguindo a ética criada pelo processo seletivo, independentemente=
da
> escolha q. fizermos - escolha q. terá sido guiada por nossos divinos e
> sábios genes. Assim como o Papa é infalível posto que guiado por Deus, no=
s
> seremos infalíveis posto que guiados pelos genes."
>
> Isso é: eu não disse que a ética era 100% genética e nem ficou implícito
> isso. Mas você considerou isso como verdade. Afinal, é mais fácil atacar =
uma
> caricatura.

Como vc notou, nao faz diferenca nehuma. Se tiramos o genetico e
colocamos o ambiental: 100% ambiental continuamos fieis seguidores, mas
nao mais do Deus GENE e sim do Deus AMBIENTE. E se for algo
intermediario sera': Deus 50%GENE50%AMBIENTE, Deus 0,01%GENE99,9%AMBIENTE..=
.

Caricaturas sao engracadas, ao deformarem por exageros podem
nos mostrar algumas coisas. So' nao devem ser levadas muito a serio.

> --Na diferença entre ética e moral ? (que você diz que são equivalentes, =
mas
> ao mesmo tempo diz que uma serve de objeto para outra e chama as 2 de
> objeto, formando um complexo "objeto-do-objeto')

Respondi acima. Nao vejo diferenca entre etica (objeto) e moral. Ha' difere=
nca
entre Etica (disciplina) e moral ou entre a Etica (disciplina) e etica (obj=
eto).
Normalmente isso nao causaria confusao, desde q. fosse bem
contextualizada. Lembre-se q. 'ninguem' como pronome e' diferente de 'ning=
uem'
como substantivo.

Ha' a contradicao ao vc tentar emprestar objetividade 'a etica (objeto = mo=
ral), o
q, no maximo seria atriburo da Etica (disciplina).

> --Na diferença entre moral (coletiva, lábil e não deduzível, não
> necessariamente ética, e atribuidora de valores) e comportamento
> (individual, lábil e normalmente não induzível, não necessariamente ético=
, e
> não atribuidora de valores) ?

Tto moral como comportamento podem ser atribuidos a individuos
como a grupos. O comportamento de humanos individualmente e'
tratado normalmente pela Psicologia (um tipo de Etologia especifica) e
do grupamento, pela Sociologia (mas ha' interpolacoes).

> --Numa pretensa contradição por tentar um critério de virtude/justiça tir=
ado
> da psicologia-evolutiva ? (você diz que não posso tirar um critério, que
> será aplicado a uma disciplina, de um objeto e diz que isso é perversão
> semântica. Eu não entendi. Mas tudo bem ...)

O criterio continua sendo arbitrario. Fruto de uma decisao etica.

> --Na validação do princípio antrópico ? (atribuindo a existência como
> critério absoluto para o juízo)

A existencia nao e' um criterio absoluto. E' valida para quem
a aceita como criterio.

> --Por dizer que tanto nas bombas de hidrogênio, como no modelo de Munch n=
ão
> há prova conclusiva ? (um adendo: prova conclusiva é aquela que não admit=
e
> outra explicação razoável senão aquela atribuída. A prova inconclusiva é
> aquela que pode admitir outras explicações razoáveis além da preconizada)=


Eu falei em fatos mensuraveis e vc os transmutou em provas conclusivas...

> --Por dizer que toda verdade é antropocêntrica e antrópica ?

Novamente, esse criterio de verdade so' e' valido para quem os
aceita como tal.

> --Por supor que um dos fatores preponderantes da miséria é a concentração=
de
> renda ?

Aqui vc esta' invertendo tudo. Vc disse q. em uma sociedade
igualitaria havia maior produtividade necessariamente.

> --Por dizer que o desenvolvimento da Alemanha não é função de derrotas ou=

> vitórias na guerra ? Ou por dizer que o anti-semitismo forte e de estado =

> ocorreu efetivamente na alemanha ? E por dizer que o ataque aos judeus
> colaborou para a derrota dos nazistas ?

Esta' criando outro espantalho. Ha' contradicao ao afirmar q.
existe uma etica (objeto) objetiva, qdo essa etica (objeto) baseada em
criterios de sobrevivencia contrapoem dois interesses.

Vc so' especificou o anti-semitismo de estado depois - nessa ultima
mensangem. O q. em nada altera a ocorrencia de contradicoes eticas
por conflito de interesse.

> --Por assumir o que muitos autores, incluindo Darwin, admitem que existem=

> características que parecem irredutíveis ?

Darwin jamais adimitiu isso - bem, na verdade o 'parecem' salva a
frase - mas isso e' apenas um recurso de argumentacao de Darwim,
q logo em seguida mostrou um possivel caminho a solucionar essa
irredutibilidade aparente, frisando q. e' apenas aparente. Ele mesmo
avisava q. se acaso isso ocorresse sua teoria iria por terra.

> --Por dizer que a seleção artificial, de modo amplo, não diminui a
> variabilidade genética da espécie ?

Aqui nao e' contradicao. E' erro mesmo. Ela pode nao diminuir.
Mas do modo como tem sido aplicada ate' hj, diminuiu. (E nao
e' bom confundir variabilidade genetica de populacao com
variabilidade genetica de especie.)

> --Por dizer que, aceitando o critério vigente de clonagem, a técnica atua=
l
> não pode, a rigor ser chamada de clonagem ? (como já disse .. você pode m=
e
> chamar de chato, e isso talvez eu seja. Mas a rigor, a técnica não causa
> indivíduos geneticamente idênticos.)

Um rigor q. nao altera nada em essencia. Mas enfim, direito seu.

> --Por falar que a seleção natural caiu a tal ponto (considerando outros
> ambientes que o Homo sapiens viveu) que muitos autores dizem que ela
> praticamente parou ?

Vc mesmo reconheceu o exagero.

> que há uma tendência a reprodução sexuada na natureza na medida em que os=

> organismos aumentam a sua complexidade, ou por dizer que, a longo prazo, =
a
> homogeneidade genética é ruim ? )

Nao ha' essa tendencia ou ao menos nao se pode deduzir isso de
uma analise filogenetica. Boa parte dos grupos com reproducao sexuada
formam um grupo monofiletico.

A homogeneidade genetica nao e' necessariamente ruim a longo
prazo. Ela poderia, por exemplo, garantir um tamanho populacional
suficiente para suportar cataclismos. Isso potencialmente falando,
ja' q. esta parte da discussao e' teorica.

> Veja só, Takata.
> 1-) No primeiro e-mail, eu disse que: "Isso que vou falar todos dessa lis=
ta
> já devem conhecer: Quanto maior a variabilidade genética, maior a
> estabilidade e adaptabilidade de uma população."
>
> 2-) Logo depois, você contra-argumentou dizendo que eu entrava em
> contradição. Para alguém entrar em contradição, deve fazer 2 afirmações q=
ue
> derroguem o 2 princípio da lógica clássica. (Se A é verdadeiro, não-A é
> necessariamente falso.). Então, você demonstrou onde eu pretensamente cai=
a
> em contradição. Veja: "Primeiro q. vc entra em contradição. Se qto maior =
a
> variabilidade genética maior a estabilidade da população (o q. não é
> verdade, mas enfim) e se vc diz q. a clonagem produz mutações, q. é a for=
ma
> de introduzir variação em uma população - então a clonagem seria evolutiv=
a".
>
> Esse é um argumento que pressupõe 1 premissa não-explícita (premissa que
> você não demonstrou). Qual premissa é essa ? OU que "Mutação implica
> necessariamente variabilidade genética.", OU que "Mutação é igual a
> variabilidade genética"

Nao e' uma premissa implicita: eu falei "mutacao, q. e' a forma de
introduzir variacoes em uma populacao". Isso e' uma declaracao
tacita q. "mutacao impllica necessariamente variabilidade genetica".

>
> 3-) No outro e-mail, então, eu ataquei as 2 possíveis premissas
> não-explícitas.
> A-) Eu disse: "Em uma população, um indivíduo pode sofrer mutação se=
m
> que a variabilidade genética dela se altere. Isso ocorre porque existem
> muitos fatores que afetam a variabilidade genética. A mutação é apenas 1
> deles e pode ser neutralizada por outros." Em outras palavras, o que eu
> estava dizendo é que mutação não implica necessariamente em variabilidade=

> genética, logo sua premissa não era verdadeira e o raciocínio não tinha
> validade. Não havia contradição alguma.
> B-) Eu disse: "De onde você tirou que mutação é igual a variabilidade=

> genética ?", "mutação é a fonte da variabilidade genética, Logo, mutação =
NÃO
> é variabilidade genética. (Uma coisa não pode ser fonte de si mesma .. a=

> não ser em casos especiais auto-recursivos ...... )". Isso é: enfim, e se=
ndo
> redundante, uma coisa não pode ser igual a outra.

Logo minha premissa nao e' verdadeira coisissima nenhuma. Ao menos nao
pelo simples fato de vc dizer q. existiam outras fontes de variabilidade ge=
netica
e q. havia meios de compensacao.

Q. outra fonte de variabilidade genetica existe (q nao implique em ultima
instancia em mutacao)? Como ocorre mutacao sem mudanca na variabilidade
genetica?

Na verdade a primeira pergunta nao e' necessaria de se responder. Ja' a
segunda em sendo negada, sim, invalidaria a minha anotacao de contradicao.

> 4-) No outro e-mail, você respondeu dizendo que mutação era a fonte
> principal de variabilidade genética. Quando a isso eu concordo. Só não
> concordo que uma implique necessariamente outra. Enfim, esse argumento nã=
o
> acrescenta nada. Não objetou nada. E eu até comentei de forma jocosa a
> irrelevância do argumento "Você responde reafirmando o que afirmo com o
> objetivo de refutar. Coisa que acho até divertida."
> Veja: se a mutação não implica necessariamente variabilidade genética, po=
de
> haver mutação sem variabilidade genética. Isto é: uma mutação "ruim" pode=

> ocorrer, mas sem que isso cause aumento na variabilidade genética. E isso=
eu
> até expliquei no e-mail anterior.

De forma alguma.

> Sabe, Takata, o que ocorre no final é uma triangulação. Você não diz quai=
s
> as suas premissas a rigor e eu tenho de "prevê-las". Quando ataco a
> premissa, você sempre pode dizer: "Mas eu não disse isso".
> É claro que não disse. Ela não estava explícita. Eu tive que pressupor qu=
e s
> eu argumento era baseado Ou em uma Ou em outra. E ataquei as 2 logo de um=
a
> vez.

Bem, tirando esse exemplo acima -- e q nao e' procedente -- qual outra
premissa implicita?

> Mas, apesar disso tudo, classicamente se considera mutações, como regra,
> deletérias.

Nao no modelo neutralista de evolucao. Alguns geneticistas de
fato combatem essa visao, mas a maioria aceita o neutralismo em
certo nivel. (Poucos considerarao a hipotese de adaptacao por
meio de neutralismo, por exemplo,)

> Ah, agora sim! Estamos progredindo. "Mutação sempre introduz variabilidad=
e
> genética". Você finalmente afirmou sua premissa (e eu escrevi aquele papo=
de
> "premissa elipsada" antes de ler isso) e argumentou sobre a validade dela=
.
> Deu até um exemplo. Ótimo.

"Mutacao sempre introduz variabilidade genetica" e' uma variacao da
expressao "mutacao, que e' a forma de introduzir variacoes em uma
populacao".

> A primeira coisa que se deve notar é que seu exemplo não existe. Ele,
> normalmente, é inviável biologicamente.
> Digamos, só por hipótese, que ocorra mutação em um indivíduo que está em =
uma
> população.A primeira coisa a se perguntar:
> Ocorreu em DNA codificante ou amorfo ? Há maior chance que ocorra em amor=
fo.
> Ocorrendo em codificante, ocorreu em ativo ? Há maior chance que ocorra e=
m
> um inativo. (não adianta ocorrer uma mutação para genes da cor do olho em=

> uma célula do dedão do pé.)
> Ocorrendo em ativo, ela não é deletéria ao ponto de matar o indivíduo ?
> Se o indivíduo sobreviver, como pode uma característica se manifestar por=

> causa uma única célula ? (digamos, para você ter uma mutação de um gene q=
ue
> deixe seu olho vermelho, você teria que ter inúmeras células com a mesma
> mutação. E não só uma.)
> Digamos que a mesma mutação tenha atingido todas as células relevantes (a=
lgo
> quase impossível), apenas isso é necessário para que a característica se
> manifeste ? (algumas características, para se manifestar, precisam de out=
ros
> pré-requisitos que já não se encontram mais.)
> E, finalmente, mesmo que tudo isso ocorresse (ou não), a mutação desponto=
u
> em uma célula somática. Logo, a mutação não é hereditária. Não pode ser
> relevante para a população.

Essas perguntas todas sao desnecessarias. Seria o mesmo q. afirmar q.
eu afirmei q. uma mutacao em um embriao de rato introduziria variabilidade =

genetica na populacao humana. (E' possivel ter celula do dedao do pe' em um=

embriao?)

> introduzindo variabilidade genética na população ? E um bebe deformado
> abortado introduz também ?

Se nao introduz, qual a sua preocupacao com as mutacoes em embrioes
pelo uso de tecnicas de clonagem... perdao, tecnicas de pseudo-clonagem?
Isso e' um atentado 'a sobrevivencia da populacao? Como disse: contradicao.=

Vai de um lado ou de outro.

> si) diz respeito a características válidas e não a qualquer mutação que n=
ão
> condicione, pelo menos potencialmente, características.

Vale para qq trecho do ADN.

> Os 2 mecanismos principais que condicionam a variabilidade genética (ou
> 'variações' ou 'variações hereditárias', como também são chamadas) são a
> *mutação e a recombinação*. Veja a influência da recombinação. Para haver=

> aumento da variação é importante que haja recombinação. Para haver
> recombinação, pressupõe-se reprodução. E a reprodução pressupõe penetraçã=
o
> do gene/característica na população.

A recombinacao nao e' fonte primaria de varibilidade genetica. Analisando
o loco ela nao altera a proporcao alelica. So' havera' efeito de recombinac=
ao
se houver uma variabilidade preexistente, cuja fonte primaria e' um evento =

mutacional.

> Observe que o termo "variabilidade genética" tem como sinônimo "variações=
"
> ou "variações hereditárias".

Opa! E' novidade isso. Variacao hereditaria implica necessariamente em
variacao genetica (do modo como hereditariedade e' encarada na genetica),
mas o contrario nao e' necessariamente verdadeiro. Nao vejo como sinonimiza=
r
os dois termos.

> não passa pela reprodução e não penetra na população e geralmente não
> condiciona nunca características.

Seu sistema imunologico ficaria triste com isso.

> Toda e qualquer mutação somática não condiciona variabilidade genética, s=
eja
> pelo conceito de variabilidade, seja pelos sinônimos ou seja pelo bom sen=
so
> (uma mutação que cause câncer não é variabilidade genética)

Claro q. e'. Mesmo as mutacoes nao hereditarias q. se associam ao desenvolv=
imento
de cancer.

> O critério que usei e deixei explícito (embora não tenha dado o devido
> reforço) é o "critério da sobrevivência a longo prazo", ou, melhor dizend=
o,
> puramente: "O critério da sobrevivência da espécie".(a sobrevivência da
> espécie pressupõe sobrevivência a longo prazo)

Em situacoes hipoteticas uma homogeneidade genetica pode
ser muito util para a sobrevivencia da especie.

> Mas existe possibilidade sim de haver desastres que acabem com toda vida.=

> Alias, eu acho - embora isso seja apenas um palpite - que tais desastres
> sejam extremamente comuns. Na equação Drake, onde tenta-se prever a
> possibilidade de vida em outros planetas, a chance de um evento desse
> ocorrer é estipulada em 1/3 (33%). Isso, é claro, é um número assumidamen=
te
> arbitrário.

33% em qto tempo? Desastres q. acabam com toda a vida nao
respeita variabilidade genetica...

> Eu acredito que as chances de extinção total da vida em um planeta - e is=
so
> é somente um "chute" - estejam por volta de 80% .. 90% ou mais. (homogêne=
os
> ou heterogêneos)

90% em qtos anos?

> A seleção positiva aumenta. Há muitas coisas que diminuem a variabilidade=
.
> Não estou dizendo que a variabilidade não caia. É claro que ela cai. Esto=
u
> dizendo que isso, a longo prazo, diminui as chances de sobrevivência da
> espécie.

Pode diminuir. Ou nao.

> E, bem ...
> Você pode dizer que as aves descendem de alguns tipos de dinossauros (dos=

> tipos de maior variabilidade genética). Mas dizer que os dinossauros vira=
ram
> aves me parece uma generalização estilo "a parte para o todo". 85% das
> espécies foram extintas no KT.
>
> Ave é ave, dinossauro é dinossauro e Homo sapiens não é Homo erectus. (eu=

> não sou igual a meus ascendentes)

Ave e' ave, dinossauro e' dinossauro, Homo sapiens nao e' mamifero?
Dinossauro e' um nome de um grupo e nao de uma especie.

> Você desviou o ponto de relevância do argumento. Desviou e o levou para u=
m
> ponto "neutro".
>
> No meu exemplo, a variabilidade genética evitou a extinção.
> No seu, ela não teve efeito algum. Não evitou nada.
> *Este* é o ponto efetivo.

Pelo seu criterio, ela aumentou a estabilidade populacional e
portanto as chances de sobrevivencia.

> E quanto a ser "bom ou ruim", novamente e sistematicamente apelo ao
> principio antrópico.
> Baseado nele, eu digo que é bom.

Otimo. Pode-se basear nele. So' nao diga q. e' objetivo. Isso
e' uma escolha pessoal sua -- talvez ditado pela dupla dinamica:
genes e ambiente.

> O problema esta em saber onde é o ponto de equilíbrio.

Isso vai depender de muita pesquisa. Eu chuto q. se
descobrirem algo sera' q. nao existe um ponto de equilibrio --
nao um imutavel pelo menos.

> De qualquer forma, apesar deu também achar que as bactérias são
> bioquimicamente sofisticadas, não podemos compará-las aos animais
> superiores.

Animais superiores? Vc fala do Russo q. vive na estacao orbital ou
da pomba q. mora em cima do meu telhado?

> Uma bactéria de 5 micrometros de diâmetro, um único nucléolo com algumas
> centenas de genes não pode ter a mesma diversidade bioquímica de um homem=

> com 70 litros de volume, milhares de células diferentes, centenas de
> hormônios, 46 cromossomos com alguns milhares de genes.
>
> De qualquer forma, eu não consigo pensar em que tipo de organização uma
> bactéria poderia ser superior ao homem, por exemplo. Não estou dizendo qu=
e
> isso não seja possível. Só estou curioso.

Um ser humano nao e' capaz de trocar horizontalmente seus genes --
apenas acidentalmente. O proprio genoma compacto e sem introns de
muitas bacterias e' bem elegante. Alias, especula-se q. a presenca de
introns sejam a condicao plesiomorfica, o genoma das bacterias seriam mais =
derivadas
nesse sentido em relacao ao ancestral em comum do q. os seres huimanos.

O maior genoma e' de uma 'reles' ameba -- sim, nao e' uma bacteria, mas
tbm nao e' a Ingrid Bergman.

O Deinococus radiodurans e' capaz de regenerar seu genoma fragmentado
por radiacao intensa. Nao aconselho a vc entrar em uma usina nuclear sem
protecao.

Bacterias nao precisam passar 20 anos estudando para conseguir um
emprego estavel e poder constituir familia -- com dois lindos filhos, pelos=
quais
tera' q. pagar 20 anos de estudo. Elas podem se reproduzir sozinhas, mas
nao precisam abdicar dos prazeres do sexo -- o desacoplamento entre
sexo e reproducao (nao tao perfeito em nos) garante 'a dona bacteria
muitas vantagens.

Bacterias sao potencialmente imortais. Nenhuma bacteria atual possui
um unico ancestral q. morreu.

Algumas especies podem tolarar uma variacao de temperatura q. mataria
um ser humano bem vestido, serem lancadas ao espaco sem protecao
e voltarem sas e salvas. Some-se a biomassa das bacterias e pese contra
a de todos os demais seres vivos (numa mesma aceleracao gravitacional)
e nos perderemos.

Muito disso exatamente pela simplicidade morfologica.

> Se perguntar por que há essa tendência ou questionar a natureza dela, tud=
o
> bem. Mas no nosso planeta ela é um fato. Na medida que o tempo passa, alg=
uns
> organismos ficam mais complexos. Isso não significa que eles fiquem melho=
res
> ou piores.

Aha! *Alguns* ficam morfologicamente mais complexos. Oras, se o ponto de
partida e' um ancestral morfologicamente mais simples, ou continua simples =

ou diminui sua complexidade ou aumenta. E' provavel q. existe uma
complexidade minima, e' provavel q. a vida tenha se iniciado simples -- ser=
ia
energeticamente mais favoravel. Natural q. uma parte permaneca morfologicam=
ente
simples e outra parte evolua para formas morfologicamente mais complexas.
Nao ha' uma tendencia para o mais complexo -- se a vida por milagre comecas=
se
do mais complexo, teriamos grupos q. permaneceriam mais complexos e
outros q. se tornariam mais simples morfologicamente -- alias em certos
grupos isso ocorre: em formas de vida q. vivem em cavernas (perdem os
olhos, a pigmentacao), existe um crustaceo parasita q. parece um tumor
a crescer em outros crustaceos (e' uma massa celular amorfa q. se alimenta =

do tecido alheio), o cipo-chumbo tbm perdeu boa parte da folhagem, da
pigmentacao...

> Eu não estou dizendo que mais "evoluído" filogeneticamente seja "melhor".=


Nem e' mais evoluido filogeneticamente. Nem mesmo entre aspas.

> Eu só mostrei que a reprodução sexuada é, claramente, uma tendência
> desenvolvida concomitantemente a complexidade geral dos filos animais
> (coloquei uns moneras, protistas e vírus, só para comparar) e ordem de
> ascendência filogenética.

Como eu disse, sua listagem nao e' boa, ja' q. boa parte dos filos com repr=
oducao
sexuada constituem um grupo monofiletico e nao ha' uma ordem de ascendencia=

filogenetica.

> uma regressão na complexidade. (embora isso seja eventual e não invalidad=
e a
> tendência, que é legítima).

Nao e' legitima. Qtas vezes houve multicelularizacao independente? Basicame=
nte
tres: fungos, metafitas e metazoarios (talvez algum grupo fossil), qtas lin=
hagens
permaneceram unicelulares?

Vc esta' agrupando todas as bacterias em um unico grupo e destrinchando os =

eucariotos em varios. Temos tres gdes dominios: as bacterias, as arqueas e =
os
eucariotos. Especula-se q. as arqueas sejam mais proximas evolutivamente
dos eucariotos do q. das bacterias. Mas neste nivel temos 2 contra 1 em ter=
mos
de multicelularizacao. E em termos de preferencias reprodutivas.

> Mas eu nunca achei que alguém questionaria a ordem filogenética. (é claro=

> que você, possivelmente vai dizer que não questionou. Suas conclusões são=


Nao questionei mesmo. Nao existe uma ordem filogenetica.

> Eu pressuponho e pressupus - talvez erroneamente - que você não tenha
> problemas com a aceitação da teoria sintética da evolução e com as relaçõ=
es
> filogenéticas entre os reinos, filos e ordens de criaturas.

Relacoes filogeneticas so' existem entre grupos monofileticos -- um reino
nao e' necessariamente um grupo monofiletico (com um ancestral comum
exclusivo para os membros desse grupo), nem filos, nem ordens, nem
familias, nem generos. Aceita-se apenas especies como monofileticas
(e ainda assim ha' discussao), por isso vc deveria listar por especie ou
por grupos verdadeiramente monofileticos -- mas com o grau de dicotomizacao=

equivalente.

A aceitacao da teoria da evolucao biologica e dos sistemas de filogenia
(nem mesmo o de classificacao hierarquica lineana) nao implica na
aceitacao de seu esquema.

> Se considerarmos os seres em ordem de complexidade, em uma estrutura
> filogenética, no reino Monera, Protista e Metazoa, você concorda que há u=
ma
> tendência há reprodução sexuada ?

Bem, essa classificacao e' artificial. Em uma analise filogenetica encontra=
mos
tres ramos basicos:

|------ Bacteria
---|------ Archea
|------ Eucharya

Talvez:

|---- Bacteria
---|
|---|---- Archea
|---- Eucharya

Vc esta' destrinchando o ramo dos Eucharya enqto mantem o ramo das Bacteria=
e o ramo
das Arqueas fechado. Podemos fazer diferente: abrir o ramo das bacterias e =
manter o
ramo dos Eucharya fechado. E assim provamos a tendencia 'a simplificacao?

> Quanto aos Metafitas, o ciclo reprodutivo padrão é a metagênese. Alterna-=
se
> uma fase sexuada e outra assexuada. É óbvio, claro e evidente que, se voc=
ê
> pegar espécies isoladas ou grupos de espécies isolados (como você mesmo
> disse) veremos certas predominâncias.

Grupos muito diversificados diga-se de passagem.

> As gramíneas podem ter o tipo de reprodução que tiverem. Isso não muda to=
da
> estrutura filogenética. Da mesma forma, uma possível espécie evoluída da
> humana pode ter reprodução por pedogenese. Isso não muda tudo que se obse=
rva
> na natureza.

E o q. se observa nao e' a tendencia 'a complexidade.

> reprodução sexuada. Eu disse que a reprodução sexuada aumenta a
> variabilidade genética e isso aumenta a estabilidade e adaptabilidade de =
uma
> espécie.

Isso *pode* aumentar... depende do contexto. *Pode* diminuir tbm
dependendo do contexto.

> É possível que o meio quente em que uma termófila viva esfrie e ela morra=

> (sem que ela possa fazer nada). Entretanto, acho difícil que o meio em qu=
e o
> cavalo viva se transforme em uma fonte termal. Acho mais razoável que um=
a
> savana vire uma floresta e que populações com grande variabilidade genéti=
ca
> possam gerar indivíduos cada vez mais adaptados ao novo ambiente, de form=
a
> que os cavalos não desapareçam. (ou até evoluam para outra espécie)

Populacoes com gde variabilidade genetica sofrem carga genetica e
estao em desvatagem em relacao a uma populacao homogenea adaptada.
Antes da ocorrencia de uma catastrofe a populacao homogenea pode
proliferar 'as expensas da com gde variabilidade genetica.

E se uma especie possuir plasticidade fenotipica novamente a homogeneidade =

genetica pode ser mais vantajosa dependendo do caso.

> conceito, isso que acabei de falar é errado, mas, enfim). As bactérias
> modificam a variabilidade genética a toda hora, pelos métodos já
> mencionados.

Sim. Mas as bacterias estao sendo utilizadas como contra-exemplo
de uma superioridade da complexidade morfologica e da reproducao
sexuada.

> relativo) se seja enérgico nas intervenções. O importante é não se
> petrificar em nenhuma posição e não se zangar por bobagens.

"Oh, espelho, espelho, meu..." - Rainha Ma' In: Branca de Neve
e os Sete Anoes.

Vc tem o direito de defender uma etica (objeto) objetiva, apenas q.
isso por si so' nao torna isso embasado.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/01/2002 23:48



Paulo Sergio Dias wrote:

>
> c) Por que e' que o corpo feminino nao se desenvolveu
> junto com o cerebro humano, a ponto de reduzir a
> dor do parto ? Isso ainda pode vir a ocorrer ?

Só há pressão evolucionária para mudanças no corpo feminino se
ocorrer a morte da mulher. A dor não reduz o sucesso reprodutivo da
mulher, mas a morte sim. Por outro lado, se uma mulher tiver um
filho inteligente terá mais sucesso reprodutivo porque terá
mais netos. Logo, a pressão evolucionária gerará filhos de cabeça
grande, mas não tão grande que mate a mãe, e mais de ancas
suficientemente largas para evitar a morte, mas não tão largas
que evitem a dor.

--
joão
http://www.nonio.com


SUBJECT: Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: "Paulo Sergio Dias" <psdias@globo.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/01/2002 23:56

Amigos:

- Dente as femeas dos mamiferos, a mulher
parece ser a que apresenta maiores problemas
em relacao ao parto - refiro-me `a dor que
as mulheres sentem. Quando vemos uma femea
de um animal qualquer dar `a luz, o processo
parece ser bastante simples (salvo excecoes,
e' claro)

- Em um documentario, ouvi dizer que o problema
da dor do parto nas mulheres era devido ao
rapido desenvolvimento do cerebro humano,
que atingiu um tamanho consideravel, em
relacao `a pelvis das mulheres.

- Bem, pelo que entendi, o cerebro/cranio humanos
foram se desenvolvendo e crescendo, mas os ossos
da pelvis/vagina nao se adaptaram na mesma
proporcao, a ponto de permitir um maior
conforto das mulheres, durante o parto.

Pergunta:
==============

a) A teoria que descrevi suscintamente, acima,
e' aceita de modo geral, ou ha' outras explicacoes
para o fato do parto na especie humana ser tao
dolorido ?

b) As mulheres de sociedades selvicolas tambem
sentem muita dor, durante o parto ? Por exemplo,
as indigenas brasileiras, ou as africanas ?


c) Por que e' que o corpo feminino nao se desenvolveu
junto com o cerebro humano, a ponto de reduzir a
dor do parto ? Isso ainda pode vir a ocorrer ?



[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com



SUBJECT: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/01/2002 10:45

> De: João Mário Miranda [mailto:jmiranda@explicacoes.com]
>
> Paulo Sergio Dias wrote:
> >
> > c) Por que e' que o corpo feminino nao se desenvolveu
> > junto com o cerebro humano, a ponto de reduzir a
> > dor do parto ? Isso ainda pode vir a ocorrer ?
>
> Só há pressão evolucionária para mudanças no corpo feminino se
> ocorrer a morte da mulher. A dor não reduz o sucesso reprodutivo da
> mulher, mas a morte sim. Por outro lado, se uma mulher tiver um
> filho inteligente terá mais sucesso reprodutivo porque terá
> mais netos. Logo, a pressão evolucionária gerará filhos de cabeça
> grande, mas não tão grande que mate a mãe, e mais de ancas
> suficientemente largas para evitar a morte, mas não tão largas
> que evitem a dor.

Uma bacia muito larga dificulta o caminhar da mulher. Observem
o andar desengonçado de uma mulher grávida. Com efeito, o caminhar
do homem é mais eficiente que o da mulher justamente por ter uma
bacia mais estreita.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/01/2002 11:38

Existem outras explicacoes. A dor no trabalho de
parto nao se resume apenas na passagem
pelo canal vaginal, as contracoes uterinas
tbm parecem causar desconforto.

Nao conheco a fundo o tema, entao levem
menos a serio ainda as minhas consideracoes
do q. de costume.

Ha' contos meio anedoticos de q. em certas
tribos indigenas o pai na hora do parto tbm
fica 'sentindo' a dor, fica gritando e gemendo
como se compartilhasse o trabalho. Se essa
historia for verdadeira, a dor de parto nao e'
frescura de mulher branca.

Bem, mas uma explicacao alternativa -- e nao
excludente -- e' q. a sensacao de dor de alguma
forma aumentaria as ligacoes afetivas da mae
em relacao ao bebe. (Nao sei se seria uma variante
da Sindrome de Estocolmo.)

Qto 'a explicacao do Joao Miranda. E' bom
lembrar q. existem ainda casos de morte
durante o trabalho de parto, uma parte
ocasionada pela complicacao na passagem
pelo canal vaginal.

A explicacao do Alexandre Medeiros e'
frequente: haveria um jogo de custo/beneficio
entre o tamanho do cerebro do bebe e a
abertura na regiao pelvica. Mas e' bom lembrar q. o
caminhar desengoncado da mulher gravidica
nao se deve 'a abertura da bacia, essa
abertura nao aumenta durante a gravidez.
O caminhar se altera porq. a postura se
altera e a postura se altera em resposta
'a alteracao do centro de gravidade causada
pelo aumento do tamanho da barriga.
Pessoas obesas tbm apresentam camihar
considerado desengoncado.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/01/2002 12:08



rmtakata wrote:

> Qto 'a explicacao do Joao Miranda. E' bom
> lembrar q. existem ainda casos de morte
> durante o trabalho de parto, uma parte
> ocasionada pela complicacao na passagem
> pelo canal vaginal.

Eu só queria explicar que a selecção natural é cega à dor. A
dor não diminui as possibilidades de sucesso reprodutivo, a
não ser que a mulher ache a experiência tão má que não a
deseje repetir. Isso evitaria uma segunda gravidez, pelo que
poderia contribuir para o desaparecimento da dor em termos
evolutivos. Nesse caso, temos que analisar se a mulher
tinha alguma hipótese de escolha antes do aparecimento da
pílula e se não evoluiram mecanismos de compensação para
contrariar o medo que as mulheres possam ter do parto.

--
joão
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/01/2002 13:10

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> Eu só queria explicar que a selecção natural é cega à dor. A
> dor não diminui as possibilidades de sucesso reprodutivo, a
> não ser que a mulher ache a experiência tão má que não a
> deseje repetir.

Acho q. foi o Barcellos uma vez q. aventou a hipotese
da dor poder ter um efeito seletivo: a experiencia da
gravidez seria tao traumatica q. a femea seria num segundo
parto mais precavida em relacao ao parceiro q. escolheria --
teria q. ser alguem q. valesse a pena um novo trabalho.
Teria um porem q. normalmente o parceiro e' de longo
prazo -- com uma ou outra pulada de cerca. Isso em parte
poderia ser contornado pelo fato de sermos seres sociais.
A vivencia do parto alheio daria uma medida do trampo
q. isso da'.

Nao sei se essas hipoteses foram testadas alguma vez.

Alguns trabalhos sobre parto em humanos e
as possiveis relacoes evolutivas.

ROSENBERG KR 1992 -- THE EVOLUTION OF MODERN
HUMAN CHILDBIRTH. YEARBOOK OF PHYSICAL
ANTHROPOLOGY 35: 89-124.

RIDLEY M 1995 -- PELVIC SEXUAL DIMORPHISM AND
RELATIVE NEONATAL BRAIN SIZE REALLY ARE
RELATED - BRIEF COMMUNICATION. AMERICAN JOURNAL
OF PHYSICAL ANTHROPOLOGY 97: (2) 197-200.

LAVELLE M 1995 -- NATURAL-SELECTION AND
DEVELOPMENTAL SEXUAL VARIATION IN THE
HUMAN PELVIS. AMERICAN JOURNAL OF
PHYSICAL ANTHROPOLOGY 98: (1) 59-72.

Stalens H 1996 -- Evolution of the hips and pelvis of
Hominidae - Bipedalism, childbirth, growth, allometry -
French - Berge,C. ANTHROPOLOGIE 100: (1) 249.

TREVATHAN WR 1993 -- THE EVOLUTIONARY HISTORY
OF CHILDBIRTH - BIOLOGY AND CULTURAL-PRACTICES.
HUMAN NATURE-AN INTERDISCIPLINARY BIOSOCIAL
PERSPECTIVE 4: (4) 337-50.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: RE: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/01/2002 13:54

Roberto Takata escreveu:
>Acho q. foi o Barcellos uma vez q. aventou a hipotese
>da dor poder ter um efeito seletivo: a experiencia da
>gravidez seria tao traumatica q. a femea seria num segundo
>parto mais precavida em relacao ao parceiro q. escolheria --
>teria q. ser alguem q. valesse a pena um novo trabalho.
>Teria um porem q. normalmente o parceiro e' de longo
>prazo -- com uma ou outra pulada de cerca. Isso em parte
>poderia ser contornado pelo fato de sermos seres sociais.
>A vivencia do parto alheio daria uma medida do trampo
>q. isso da'.

Acho a hipótese improvável. Muitas culturas humanas primitivas não
associam o ato sexual à gravidez. Outras acham que a gravidez é o
resultado de multiplas cópulas com diferentes parceiros. Ao que parece,
associar ato sexual à gravidez é um conhecimento relativamente recente
para ter influenciado a evolução humana.

Colucci

PS: Não sei se já me apresentei nesta lista. Meu nome é José Colucci
Jr., sou engenheiro, vivo em Boston. Muito prazer.



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/01/2002 14:13

--- In ciencialist@y..., "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@r...> wrote=
:
> Acho a hipótese improvável. Muitas culturas humanas primitivas não
> associam o ato sexual à gravidez. Outras acham que a gravidez é o
> resultado de multiplas cópulas com diferentes parceiros. Ao que parece,
> associar ato sexual à gravidez é um conhecimento relativamente recente
> para ter influenciado a evolução humana.

Temos q. tomar cuidado com essa classificacao de
culturas primitivas. Normalmente as contrapomos em
funcao de nao possuirem o q. nos achamos q.
e' desenvolvido. E feito isso acabamos assumindo
q. essa condicao e' a q. estava presente em nosso
ancestral. (Bem, nao q. o simples atentar para isso
elimine qq vies discriminatorio nosso -- sempre se pode
dizer entao q. tais culturas sao degeneradas ou coisa
q. o valha.)

Eu nao necessariamente apoio a hipotese mencionada
sobre a relacao entre dor do parto e escolha sexual.
Prefiro ficar em posicao neutra. Estamos apenas especulando
sobre as possibilidades.

Como uma tentativa de salvar a hipotese, poderiamos
sugerir q. a percepcao consciente da relacao causal
pode ser suplantada pela percepcao inconsciente ou
sub-consciente, ou algo do genero. Ou q. nao ha' a
necessidade da associacao com o ato sexual em si,
mas sim com o fato de q. ter filho e' trabalhoso e q.
casar-se com uma determinada pessoa (ou ter um
relacionamento mais ou menos estavel) significa
ter filho (de alguma forma... poderia ser apenas pelo
simples fato de se conviver, por partilhar algum ritural
mistico, ou pelo reconhecimento do grupo de tal
emparceiramento).

De toda forma, essa hipotese, assim como as demais
dependem de certas premissas. E realmente e'
complicado testa'-las -- principalmente em humanos.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/01/2002 14:47



"Jose Colucci Jr. (Home)" wrote:

>
> Acho a hipótese improvável. Muitas culturas humanas primitivas não
> associam o ato sexual à gravidez. Outras acham que a gravidez é o
> resultado de multiplas cópulas com diferentes parceiros. Ao que parece,
> associar ato sexual à gravidez é um conhecimento relativamente recente
> para ter influenciado a evolução humana.

Nesse caso poder-se-ia especular que a selecção natural favorece a
ignorância. Aqueles que associam a dor do parto ao sexo e não fazem
sexo por causa disso tendem a extinguir-se. Logo, há uma explicação
sociobiológica para a não associação do sexo à dor do parto. Mas
como há uma explicação sociobiológica para tudo ... Seja como for,
os seres humanos não costumam fazer previsões a longo prazo.
--
joão
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/01/2002 15:03

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> como há uma explicação sociobiológica para tudo ... Seja como for,

De fato. Sempre se pode aventar uma explicacao
evolutiva para qq coisa. Ate' para coisas q. nao existem.
(E pode-se aventar n explicacoes evolutivas
para uma mesma coisa.)

A elaboracao de uma explicacao e' um passo,
mas e' preciso fundamentar essa explicacao
em dados observacionais, realizar testes de
hipoteses q. emprestem alguma consistencia
a isso (ou eliminem essa possibilidade). De resto
nao passara' de especulacao simples.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: RE: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/01/2002 15:06

Roberto Takata escreveu:

>Temos q. tomar cuidado com essa classificacao de
>culturas primitivas. Normalmente as contrapomos em
>funcao de nao possuirem o q. nos achamos q.
>e' desenvolvido. E feito isso acabamos assumindo
>q. essa condicao e' a q. estava presente em nosso
>ancestral. (Bem, nao q. o simples atentar para isso
>elimine qq vies discriminatorio nosso -- sempre se pode
>dizer entao q. tais culturas sao degeneradas ou coisa
>q. o valha.)

Tá bom, Takata. Vou tentar ser mais PC da próxima vez, se bem que acho
que não há ofensa quando não há ofendidos. O termo correto (pós
Levy-Strauss) é sociedades de caça e coleta. Oops! As feministas
americanas não gostam do termo, pois implica a precedência da caça
(atividade masculina) sobre a feminina (coleta). Preferem coleta e caça.
Juro.

>Como uma tentativa de salvar a hipotese, poderiamos
>sugerir q. a percepcao consciente da relacao causal
>pode ser suplantada pela percepcao inconsciente ou
>sub-consciente, ou algo do genero. Ou q. nao ha' a
>necessidade da associacao com o ato sexual em si,
>mas sim com o fato de q. ter filho e' trabalhoso e q.
>casar-se com uma determinada pessoa (ou ter um
>relacionamento mais ou menos estavel) significa
>ter filho (de alguma forma... poderia ser apenas pelo
>simples fato de se conviver, por partilhar algum ritural
>mistico, ou pelo reconhecimento do grupo de tal
>emparceiramento).

A hipótese aqui está tão remendada que é melhor abandoná-la. Diante das
opiniões várias, fico com a hipótese de que a dor do parto é
consequência secundária, um mal menor diante das vantagens de um cérebro
maior. Uma coisa que as cesarianas poderão mudar num futuro distante.
Quem garante que não iremos atingir um estágio em que o parto natural
não seja mais possível?

Abraço,
Colucci






SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/01/2002 15:16

--- In ciencialist@y..., "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@r...> wrote=
:
> A hipótese aqui está tão remendada que é melhor abandoná-la. Diante das
> opiniões várias, fico com a hipótese de que a dor do parto é
> consequência secundária, um mal menor diante das vantagens de um cérebro
> maior. Uma coisa que as cesarianas poderão mudar num futuro distante.
> Quem garante que não iremos atingir um estágio em que o parto natural
> não seja mais possível?

Lembre-se q. essa hipotese tbm tem suas desvantagens:
porq. nao houve selecao para q. nao houvesse a sensacao
da dor?

Teremos q. tentar recorrer ao argumento do Miranda:
essa dor nao e' um atributo sujeito 'a selecao. Temos
q. admitir q. a dor nao traz nenhuma consequencia
q. afete a reproducao. Temos q. supor q. nao ha'
a percepcao de qq especie da relacao entre ato
sexual e gravidez.

Claro q. podemos tomar algumas observacoes
casuais - e.g. das tais sociedades em q.
aparentemente nao ha' essa percepcao.
Mas ha' observacoes casuais tbm de q.
existe uma percepcao entre ter um parceiro
e ter filhos. Nao sei se avancamos muito.

Precisamos de testes de hipoteses mais
rigorosos.

(Mas acho q. me confundi em relacao 'a autoria
da hipotese dor no parto/selecao sexual. A hipotese de
Barcellos era sobre a dor do primeiro ato sexual. Q, foi
constestada pelo fato de nao haver necessariamente
dor no primeiro ato sexual.)

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/01/2002 16:33



"Jose Colucci Jr. (Home)" wrote:


> Tá bom, Takata. Vou tentar ser mais PC da próxima vez, se bem que acho
> que não há ofensa quando não há ofendidos. O termo correto (pós
> Levy-Strauss) é sociedades de caça e coleta. Oops! As feministas
> americanas não gostam do termo, pois implica a precedência da caça
> (atividade masculina) sobre a feminina (coleta). Preferem coleta e caça.
> Juro.


Podemos tentar escrever isso de forma mais neutra:

sociedades de cCoAlÇeAta.

ou então:

SsOoCcIiEeDdAaDdEeSs dDeE cCaOçLaETA

Claro que em vez de letras maiusculas e minusculas teriamos que
utilizar só letras minusculas de cores diferente: azul e cor-de-rosa.

Joao
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/01/2002 17:02

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> sociedades de cCoAlÇeAta.

Alguem conhece uma sociedade q. viva apenas de
caca e coleta? E em outros aspectos ela nao apresenta
derivacao de uma provavel condicao cultural ancestral?

O fato de tomarmos cuidado nao e' apenas para sermos
politicamente corretos -- cometeremos erros se seguirmos
o PC cegamente -- e' para nao deixar nossa visao
necessarimente autocentrada atrapalhar muito.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: RE: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/01/2002 17:08

Prefiro eliminar a palavra "sociedade", pela associação que esta
adquiriu com o sistema opressivo e discriminador resultante do regime
patriarcal à que as mulheres foram submetidas ao longo da história.
Devemos substituí-la por "grupo (dá a idéia de cooperação) de indivíduos
de mesma herança social-cultural-tecnológica".

Troquemos "caça" por "abate de animais de maneira cruel por membros do
sexo masculino" e "coleta" por "prospecção ambiental pelas mulheres com
o fim precípuo de coletar produtos naturais para o bem coletivo".

Assim, em vez de dizer "sociedades primitivas", diremos "grupo de
indivíduos de mesma herança social-cultural-técnológica que pratica o
abate de animais de maneira cruel por membros do sexo masculino e
prospecção ambiental pelas mulheres com o fim precípuo de coletar
produtos naturais para o bem coletivo".

Colucci


-----Original Message-----
From: João Mário Miranda [mailto:jmiranda@explicacoes.com]
Sent: Friday, January 04, 2002 1:33 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?

"Jose Colucci Jr. (Home)" wrote:

> Tá bom, Takata. Vou tentar ser mais PC da próxima vez, se bem que acho

> que não há ofensa quando não há ofendidos. O termo correto (pós
> Levy-Strauss) é sociedades de caça e coleta. Oops! As feministas
> americanas não gostam do termo, pois implica a precedência da caça
> (atividade masculina) sobre a feminina (coleta). Preferem coleta e
> caça. Juro.


Podemos tentar escrever isso de forma mais neutra:

sociedades de cCoAlÇeAta.

ou então:

SsOoCcIiEeDdAaDdEeSs dDeE cCaOçLaETA

Claro que em vez de letras maiusculas e minusculas teriamos que utilizar
só letras minusculas de cores diferente: azul e cor-de-rosa.

Joao
http://www.nonio.com



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/01/2002 17:51

--- In ciencialist@y..., "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@r...> wrote=
:
> Assim, em vez de dizer "sociedades primitivas", diremos "grupo de
> indivíduos de mesma herança social-cultural-técnológica que pratica o
> abate de animais de maneira cruel por membros do sexo masculino e
> prospecção ambiental pelas mulheres com o fim precípuo de coletar
> produtos naturais para o bem coletivo".

Vejamos: canibalismo e' primitivo? O canibalismo ritual dos
astecas era primitivo? O quarup dos indigenas do Alto do Xingu
e' mais primitivo do q. a liturgia catolica?

O q. eles de modo geral apresentam e' uma tecnologia menos
eficiente. Dai' a dizer q. suas tradicoes culturais e padroes
comportamentais sao mais primitivas ou menos desenvolvidas
vai um salto e tto.

Sera' q. o fato de q. em algumas tribos brasileiras (nunca sei
o nome das tribos), um dos gemeos ser abandonado para morrer
e' mesmo uma indicacao de uma caracteristica primitiva? Sera'
mesmo q. isso estava presente em nossos ancestrais?

Um estudo antropologico tem q. trabalhar com uma base
mais ampla para tirar conclusoes genericas mais embasadas.
E' preciso fazer um estudo comparativo. E nao simplesmente
decretar q. uma sociedade e' primitiva -- posto q tecnologicamente
menos eficiente -- e inferir dai' uma seta do tempo em relacao
aos aspectos comportamentais, uma direcionalidade da
evolucao cultural.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/01/2002 11:59

Olá,

Uma das explicações para a dor do parto, aventada pelo paleoantropólogo
vietnamista Tran Duc Thao, é a forma como se deu a evolução para o bipedismo
e as suas conseqüências na estrutura óssea da fêmea humana.

<< australoptecus ao homem, o "ísquion", ou parte inferior do osso coxal,
encurtou-se consideravelmente,e resultava disso um importante estreitamento
da abertura inferior da bacia materna, isto é, um verdadeiro estrangulamento
do canal do nascimento. Ora, ao mesmo tempo, o desenvolvimento do trabalho e
da linguagem criava novas camadas corticais que aumentavam o volume do
cérebro. Por outras palavras, à medida que a saíde do seio materno se
tornava mais estreita, o feto apresentava uma cabeça maior. Daí resultava
evidentemente uma distocia generalizada que levava frequentemente à morte da
mãe e da criança, quando o parto se fazia no fim do tempo, só os fetos
prematuros podiam passar de maneira relativamente fácil.>>

[]s
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/01/2002 12:30

Olá,

Takata: Alguem conhece uma sociedade q. viva apenas de caca e coleta? E em
outros aspectos ela nao apresenta derivacao de uma provavel condicao
cultural ancestral?

Manuel: Até os nossos grupos indígenas mais "primitivos" (entre aspas), os
ianomanis, conhecem a roça. Sendo assim, não são grupos humanos que
preservam ainda a cultura do paleolítico "superiore" (mais uma vez, entre
aspas). São neolíticos.

Parece que os bosquímanos africanos, se não estou enganado, são tribos
caçadoras-coletoras, ou eram até um tempo desse, antes da aculturação.

A antropologia registra alguns grupos de Homo sapiens, povos
caçadores-coletores "antigo" das culturas aurignaceana e magdaleniana, entre
outras. Não conheciam a agricultura e a pecuária (não há indícios que que as
conheciam), até porque os animais que caçavam viviam em enormes manadas
(isto é, eram abundantes) nas estepes e nas tundras: mamutes, renas, bisões,
bois e cavalos selvagens.

Eram sociedades muito prósperas, mais prósperas que muitas comunidades
atuais neolíticas.

[]s
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/01/2002 20:41

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
wrote:


> Nao conheco a fundo o tema, entao levem
> menos a serio ainda as minhas consideracoes
> do q. de costume.

Takata:

Sempre me impressionou muito bem sua seriedade nas respostas. Vc. nunca
abandonou certa coerência, equilibrio e senso comum em suas manifestações.
Esta vez não foi diferente.

No entanto não posso deixar de me sentir assombrado com a falta de
informação sobre um problema tão quotidiano. A dor do parto é evidentemente
muito antiga e é materia de estudo desde muitos anos. São muitas as coisas
que se sabem sobre ela, mas (pasmem todos) são poucos os que as conhecem e
menos ainda os que as utilizam de modo adequado.

A verdade sobre as dores do parto se encontra velada por um manto composto
por crenças míticas, religiosas, folclóricas, tradicionais e
preconceituosas. Eu diria que existem ideias sobre estas dores que são mais
velhas que o proprio rascunho da Biblia. Neste livro está escrita a mítica
madição divina, como castigo pela famosa desobediencia, induzida pela
mulher: "Darás a luz com dor...". Parece que a cultura humana perverteu
bastante a biologia.

Gostaria de fazer algumas considerações sobre as dores do parto, sob a luz
de certosconhecimentos atuais.

Em primeiro lugar: cerca de 30 por cento das mulheres não sentem nem
mencionam nenhum tipo de dor para parir. É uma percentagem bastante grande
para ser ignorada. São meras realidades estatísticas. Não ha evidencias do
porquê. Parece que a percentagem 30 tem uma vigencia demasiado chamativa em
relação às excessões de certas ocorrencias humanas, pouca gente tem isso em
conta (exemplo curioso: 30 por cento dos homens têm fimose - sic).

Em relação ao fenômeno conhecido como "dores do parto", devemos desdobrar os
conhecimentos em diferentes partes:

1. Todo sintoma identificado subjetivamente como dor tem dois componentes,
desde um ponto de vista objetivo: um, psíquico, denominado sofrimento, e
outro fisiológico denominado dor propriamente dita.

2. A dor propriamente dita tem seus centros em areas paleocefálicas (mais
antigas, dentro do cérebro. Os centros do sofrimento são mais novos, pois
são de localização pre frontal e frontal. Entre estas duas áreas (de materia
cinzenta) existem uma infinidade de conexões brancas, de modo que é
praticamente impossível ativar a area dolorosa sem ativar a de sofrimento,
embora o sentido inverso não ocorra necessariamente: se pode sofrer sem
sentir dor.

3. Em certas doenças muito dolorosas se usava bastante, nos anos 70, um
procedimento cirúrgico chamado leucotomia pre frontal e/ou frontal que
consistia em seccionar as fibras brancas que estabeleciam ligação dos
centros dolorosos com os centros psíquicos para eliminar os sofrimentos.
Lembro-me de um homem com um cancer terminal que 24 horas antes da cirurgia
estava prostrado e inutilizado pela dor, que depois dela se mostrava
totalmente indiferenta e ela e conversava tranqüilamente e lia o jornal, com
uma completa indiferença afetiva em relação à dor. O homem não sofria.

4. Os fenômenos puramente dolorosos do parto tem principalmente 4 fontes de
sensação: a fibra lisa do útero, o músculo perineo e duas articulações (o
coccix e a sínfise pubiana). A fibra lisa do útero recebe um grande alivio
com uma ventilação adecuada (oxigenio). Doi mais porque é pouco oxigenada.
Os fenómenos de ansiedade e complicações causadas pela intensidade so
sofrimento aumentam a necessidade de consumir mais oxigenio. As mulheres
mais primitivas são menos ansiosas e respiram melhor. Têm menos dor.

O perineo da femea humana "civilizada" é um dos mais duros que existem. É
muito mais forte e desenvolvido que o perineo da maioria dos homens. A
cultura humana é responsável. As mulheres são educadas para passar a maior
parte da vida apertando as pernas, por elegancia. O músculo se desenvolve
tremendamente. Durante o parto, a dilatação do perineo é muito dolorosa e
lenta.

Os médicos gostam de acelerar o parto realizando a tão conhecida episiotomia
(corte do perineo) sob a alegação (muitas vezes falsa) do perigo do
sofrimento fetal e o risco da supostamente temível laceração espontânea
(mais temida que real). Na verdade é um procedimento cirúrgico que se cobra
à parte (portano altamente conveniente e rentável). Embora haja indicações
reais, estas não excederiam aos 30 por cento (novamente esta percentagem).

As bailarinas e as ginastas têm um parto amenizado e acelerado quando chega
na fase em que o perineo joga um papel importante. A dilatação se acelera e
muitas vezes a dor desaparece. Hoje em dia a ginástica pre natal tem ajudado
muito as mulheres "civilizadas" a tornar seus perineos mais elásticos. A
mulheres primitivas tem o perineo mais elástico e têm menor dor.

As articulações mencionadas podem ser convenientemente atendidas com uma boa
orientação pre natal, o que as torna mais maleáveis. Uma enorme quantidade
de contraturas e processo artrósicos intercorrentes, devidos a vicios
culturais (posturas, modas, etc.) terminam por provocar verdadeiras
anquiloses dessa articulações. É todo um capítulo.

5. O sofrimento (angustia, medo, dor) relacionado com os costumes culturais
(mitos, folclore e tradições) complicam e acrescentam atribulações ao parto
humano. Creio que uma adequada atenção diminuiria em amis de oitenta por
cento as dores do parto. Sobre os aspectos psicológicos que complicam os
partos, eu poderia falar muito mais. Não me alongarei. Indicaria para os
interessados os capítulos da Antropologia Estrutural de Claude Lévy-Strauss
(muito antiga, já, mas não menos válida) sobre magia e feiticeiros.

6. Por este motivo eu perguntaria a qual evolução se deve indagar. Se à
evolução puramente biológica o aos residuos da evolução cultural. Não se
entenda que estou contra ela. Sería pura estupidez. O mundo evoluido é
imponderavelmente melhor que o primitivo. No entanto quase todo produto do
progresso humano deixa um residuo. Felizmente, na maioria dos casos temos
bons serviços de lixeiros. Se limpamos tudo, não creio que sobraria muito
para perguntar à evolução biológica.

Poderíamos seguir conversando.
[]s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar








SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/01/2002 21:04

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "João Mário Miranda"
<jmiranda@explicacoes.com> wrote:

> Nesse caso, temos que analisar se a mulher
> tinha alguma hipótese de escolha antes do aparecimento da
> pílula e se não evoluiram mecanismos de compensação para
> contrariar o medo que as mulheres possam ter do parto.

João:

É certo. Vc. tem razão. Hoje em dia sabemos que a maioria dos fenômenos
indesejáveis do parto são devidos ao lixo que se acumulou na evolução
cultural. Quando se realizam feitos que significam progresso humano, sempre
ficam residuos que se devem limpar. Os melhores hospitais produzem maio
quantidade de lixo. Um dos motivos que conservam sua eficiência é um bom
serviço de remoção do lixo.

A cultura humana gerou uma grande quantidade de lixo e, não entendo porquê,
não se interessou em sua remoção.

Não se pode negar que o parto humana tem algumas diferenças desfavoráveis em
relação aos demais mamíferos (desproporção céfalo-pélvica, bipedestação,
feto de pai de grande estatura com mãe de pequena estatura, distocias -que
não chegam a 10%, etc.). No entanto o sofrimento (que não se pode confundir
com a dor propriamente dita) é o responsável pelas coisas indesejáveis do
parto humano.

As complicações não são quase nunca na vagina. A vagina é sempre fabulosa.
Massageia o feto e o estimula muito. Os problemas principais são da bacia
pélvica. A vagina, como sempre, é benfazeja. Os facultativos provocamos
muitos danos a ela.

Eu até diria que a grande quantidade de problemas gerados pela cultura
humana perturbou muito a evolução biológica. Devemos ter certo cuidado em
atribuir a ela problemas pelos quais não é responsável.

A perinatologia é uma especialidade que se ocupa destes problemas. Hoje
sabemos que devemos separar certos elementos que são vulgarmente misturados.
São parto não é exatamente a mesma coisa que nascimento; dor não é a mesma
coisa que sofrimento; evolução cultural não é,evidentemente, o mesmo que
evolução biológica.

[]s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/01/2002 21:39

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Jose Colucci Jr. (Home)"
<j.colucci@rcn.com> wrote:

> Roberto Takata escreveu:
> >Acho q. foi o Barcellos uma vez q. aventou a hipotese
> >da dor poder ter um efeito seletivo: a experiencia da
> >gravidez seria tao traumatica q. a femea seria num segundo
> >parto mais precavida em relacao ao parceiro q. escolheria --
> >teria q. ser alguem q. valesse a pena um novo trabalho.

José Colucci escreveu:

> Acho a hipótese improvável. Muitas culturas humanas primitivas não
> associam o ato sexual à gravidez.

Benvindo José. Prazer em tê-lo na lista.

Os problemas relacionados com a dor do parto humano são considerados de um
modo muito confuso. Hoje sabemos que os mitos, as tradições e o folclore têm
uma influência enorme. Com excessão dos especialistas, a ignorancia é maior
do que sería esperável para o grau de evolução cultural a que chegamos.

A perinatologia estabelece grandes diferenças entre dor e sofrimento, parto
e nascimento, evolução cultural e evolução biológica. Só os que se dedicam
a isso são os que possuem este conhecimento. A informação e educação falhou.
É demasiado grande o número de pessoas que ignoram os fatos verdadeiros.
Realmente eu não entendo o porquê dessa ignorancia.

Os homens cultos aplicam a lógica aristotélica para responder certas
perguntas. Takata é um homem lógico e coerente. Sempre pondera muito bem. No
entanto, o que é lógico nem sempre é verdadeiro. Ninguém é oniciente e ele
não tem culpa. Sua correção segue sendo valiosa e suas humanas equivocações
não são prejudiciais, porque suas asseverações excedem em verdade e
utilidade.

As lógicas são muitas e o parto humano envolve muitas lógicas. São varios
fenômenos sob a aparencia de um evento único. Assim como uma obra teatral
pode ser decomposta em varias partes para ser entendida, o parto humano é um
conjunto que contém moções biológicas (naturais), junto a um conjunto do que
chamamos elementos indesejáveis (dos quais a dor, como fenômeno fisiológico,
é o menos importante).

Creio que o problema não está bem proposto. Enquando não se façam as
perguntas adequadas, não surgirão respostas adequadas. É uma afirmação tão
óbvia, que parece estúpida. Acho que a verdadeira pergunta é "Como, com os
progressos atuais do conhecimento, explicar o elementos indesejaveis do
parto e do nascimento humanos? Talvez pudesse ser até melhor formulada.

Creio que as mulheres, por uma grande quantidade de causas (inocuas ou
prejudiciais), não estão tão interessadas na resolução desses problemas.
Efetivamente, ha uma enorme realidade química durante e nos momentos
próximos ao parto que dificultam a apreciação da parturienta. Um deles, por
exemplo, é um amnesia relativa e variavel, relacionada com os sofrimentos,
que se instala na mulher depois do parto. Certos fenômenos secretorios a
deixam "choca" para poder cuidar melhor do filho. É um imenso e intrincado
mundo endócrino e psíquico que ainda não está suficientemente explorado.

Parece que se tem muito medo de prejudicar esta relação tão particular (a
relação mãe e filho). Eu nem me atrevo a condenar semelhante preocupação.
Creio que a prudencia se impõe, mas a ignorancia deve ser vencida.

[]s
Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar






SUBJECT: Re: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/01/2002 21:58

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "João Mário Miranda"
<jmiranda@explicacoes.com> wrote:
> ...Logo, a pressão evolucionária gerará filhos de cabeça
> grande, mas não tão grande que mate a mãe, e mais de ancas
> suficientemente largas para evitar a morte, mas não tão largas
> que evitem a dor.

João:

Creio que vc. se refere a um problema mais complexo que a dor. Os aspectos
indesejaveis do parto humano têm recebido a denominação de dor de parto.
Objetivamente, a dor é o menos importante.

Num parto humano existe, alem da dor e dos problemas anatômicos, o fenômeno
do sofrimento (a dor é centro encefálica, o sofrimento é tele encefálico -
frontal e pré frontal). O sofrimento tem muito mais que ver com a cultura
que com a biologia. Esta cooperou muito pouco em relação ao aumento da dor
nos humanos. Por outro lado sabemos que também colaborou muito na diminuição
do fenômeno doloroso. Existe na femea humana uma enorme riqueza secretoria
que não se detecta nas demais especies, que serve para amenizar e compensar
os inconvenientes evolutivos.

As dificuldades geradas pela cultura são capazes de anular ou perverter os
inúmeros recursos que a propria evolução pôs à disposição dos homo sapiens
para morigerar os inconvenientes morfológicos e ontogenéticos (desproporção
céfalo-pélvica, bipedestação, prematuridade biológica, etc.).

Assim, deveremos perguntar à evolução cultural porque não recolhe o lixo
deixado por ela, que ameaça com prejudicar a propria evolução cultural.
[]s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: Boletim Terra Redonda 004
FROM: "Sociedade da Terra Redonda" <strbrasil@hotmail.com>
TO: Str@strbrasil.com.br
DATE: 06/01/2002 11:13

******* Boletim Terra Redonda *******
Número 004 - Outubro/Novembro/Dezembro 2001
Sociedade da Terra Redonda
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* STR no iBest 2002 - Vote!

A STR está participando do iBest 2002, o maior prêmio de votação da Internet
brasileira. Estamos concorrendo em duas categorias: 'Associações
Profissionais' e 'Educação e Treinamento'. Temos mais chances de ganhar na
categoria Associações Profissionais, pois existem menos concorrentes.

Visitem os links para votação e contribuam para que a STR se torne conhecida
pela mídia. Pedimos que avisem seus amigos que estamos concorrendo, para que
eles também possam votar (mas não façam SPAM). Peço também aos que
participam de outras listas e administradores de sites congêneres, que
também divulguem a nossa participação. Todas as páginas da STR possuem um
link direto para o setor de votação, que são os mesmos abaixo:

- Categoria Associações Profissionais
http://www.ibest.com.br/prevoting/Prevote.asp?IDCategoria=55&Nome=&IDSite=4341&NomeSite=A+Sociedade+da+Terra+Redonda+%2D+STRBrasil&NoPag=1&NoPagInicial=&imagem=&optBusca=&BuscaCandidato=&Letra=A

- Categoria Educação e Treinamento
http://www.ibest.com.br/prevoting/Prevote.asp?IDCategoria=42&Nome=&IDSite=4341&NomeSite=A+Sociedade+da+Terra+Redonda+%2D+STRBrasil&NoPag=1&NoPagInicial=&imagem=&optBusca=&BuscaCandidato=&Letra=A

* Promoção! Traduza Textos da STR e Ganhe Prêmios!

Traduza textos publicados originalmente em inglês na STR e ganhe uma
carteirinha de Colaborador da STR e um e-mail exclusivo
(SeuNome@strbrasil.com.br)!

Atualmente, possuímos um grande número de textos publicados em inglês e que
ainda não foram traduzidos para o português. Nosso número de Editores de
Inglês não é atualmente suficiente para arcar com a demanda. Criamos então
uma promoção, para aumentar o nosso número de textos em português. Não é
sorteio. Basta traduzir os textos e trocar por prêmios.

As traduções devem ser enviadas nos formatos HTML ou Word (.DOC), formatadas
para folha A4 com fonte ARIAL tamanho 14, anexas em e-mail para o endereço
Editores@strbrasil.com.br . Elas serão avaliadas por nossos Editores de
Inglês. Caso aceitas, serão publicadas na STR, com todos os créditos para o
tradutor, e ele receberá um e-mail avisando-o sobre seu crédito. Cada
tradução vale um crédito, com exceção de alguns textos que valem 2 créditos.
No caso de duas ou mais pessoas enviarem traduções de um mesmo texto,
consideraremos o tradutor que enviar seu texto primeiro. Não serão
consideradas traduções feitas com softwares de tradução eletrônica
automática. O prazo para análise das traduções pelos Editores de Inglês é de
até uma semana. Acumulando créditos, o tradutor poderá ganhar os seguintes
prêmios:

| Créditos | Prêmio (Créditos gastos não cumulativos) |
|----------|------------------------------------------|
| 3 Cred. | Uma carteirinha exclusiva de Colaborador |
| 5 Cred. | Um e-mail exclusivo na STR |
| 7 Cred. | Carteirinha de Colaborador + E-mail |

Os textos a serem traduzidos estão na lista abaixo (textos com + valem 2
créditos):

- What Is A Freethinker?
http://www.ffrf.org/nontracts/freethinker.html
- For Goodness Sake
http://www.ffrf.org/articles/goodness.html
- Refuting God
http://www.ffrf.org/lfif/refute.html
- Cosmological Kalamity
http://www.ffrf.org/articles/kalam.html
- The Freewill Argument for the Nonexistence of God
http://www.ffrf.org/fttoday/august97/barker.html
- The Debates Continue
http://www.ffrf.org/fttoday/april99/barker.html
- Evangelistic Atheism: Leading Believers Astray
http://www.ffrf.org/fttoday/back/evangel.html
- Mere Assertions
http://www.ffrf.org/lfif/assertions.html
- Bible Contradictions
http://www.ffrf.org/lfif/contra.html
- Did Paul's Men Hear a Voice?
http://www.infidels.org/library/magazines/tsr/1994/1/1voice94.html
- Did Jesus Rise From The Dead?
http://www.ffrf.org/debates/barker_horner.html
- Leave No Stone Unturned
http://www.ffrf.org/lfif/stone.html
- Donkeys & Dragons
http://www.ffrf.org/fttoday/sept97/barker.html
- Serpentine Logic
http://www.infidels.org/library/magazines/tsr/1997/6/976serp.html
- Why Jesus?
http://www.ffrf.org/nontracts/jesus.html
- With Perfect Hatred
http://www.ffrf.org/fttoday/back/hatred.html
+ The Rising of the Women
http://www.ffrf.org/fttoday/june_july97/barker.html
- Believers Are No Better
http://www.ffrf.org/fttoday/september99/barker.html
- Survey Reveals Polling Bias
http://www.ffrf.org/fttoday/back/survey.html
- Sagan's Billions & Billions
http://www.ffrf.org/fttoday/april98/barker.html
- The Forgotten Story of Luther Burbank
http://www.ffrf.org/fttoday/back/burbankbio.html
- Is America a Christian Nation?
http://www.ffrf.org/nontracts/xian.html
+ Ripples
http://www.ffrf.org/lfif/ripples.html
- The Quest for Extraterrestrial Intelligence
http://www.strbrasil.com.br/Scientia/quest.htm
+ The Search for Extraterrestrial Intelligence
http://www.strbrasil.com.br/Scientia/search2.htm
- The Search for Extraterrestrial Life
http://www.strbrasil.com.br/Scientia/search.htm
- The Solar System
http://www.strbrasil.com.br/Scientia/solar.htm
- Unrepeatability: Parapsychology's Only Finding
http://www.strbrasil.com.br/English/Res/unrepeatability.htm
+ Viruses of the Mind
http://www.strbrasil.com.br/English/Scientia/viruses.htm
+ The Fine Art of Baloney Detection
http://www.strbrasil.com.br/English/Res/fine.htm
- Why I Believe In Fair Taxation Of Church Property
http://www.strbrasil.com.br/English/Libertas/taxation.htm
- Imitation and the Definition of a Meme
http://www.strbrasil.com.br/English/Scientia/imitation.htm
- Time to Stand Up
http://www.strbrasil.com.br/English/Atheos/time.htm
- Fact And Fancy - Chapter 16 "My Built-in Doubter"
http://www.strbrasil.com.br/English/Res/fact.htm
+ Memes, Minds and Selves
http://www.strbrasil.com.br/English/Scientia/memes.htm
+ Meme, Myself, I
http://www.strbrasil.com.br/English/Scientia/meme2.htm
+ Changing Beliefs About Implausible Autobiographical Events - A Little
Plausibility Goes a Long Way
http://www.strbrasil.com.br/Res/changing.htm
- Dream Interpretation and False Beliefs
http://www.strbrasil.com.br/English/Res/dream.htm
+ Demons on Broadway: Miracles. Exorcism. Catholic-bashing. Going for broke
in the Universal Church.
http://www.strbrasil.com.br/English/Res/demons.htm
- The Grief of an Atheist
http://www.strbrasil.com.br/English/Atheos/grief.htm
+ The Matter of Dowsing
http://www.strbrasil.com.br/English/Res/dowsing.htm
- The Art of "Cold Reading"
http://www.strbrasil.com.br/English/Res/cold.htm
- Reasoned Judgment and Revelation: The Relation of Critical Thinking and
Bible Study
http://www.strbrasil.com.br/English/Res/judgment.htm
+ The Ethics of Belief
http://www.strbrasil.com.br/English/Res/ethics.htm
- Twenty Science Attitudes
http://www.strbrasil.com.br/English/Scientia/twenty.htm
- The Scientific Method
http://www.strbrasil.com.br/English/Scientia/method.htm
+ Is Science Killing The Soul?
http://www.strbrasil.com.br/English/Scientia/soul.htm
- Critical Thinking: What It is and Why It Counts
http://www.strbrasil.com.br/English/Res/critical.htm
- The 10% Solution
http://www.strbrasil.com.br/English/Res/solution.htm
- The Extent of Selective Reporting of ESP Ganzfeld Studies
http://www.strbrasil.com.br/English/Res/ganzfeld.htm
- Toward a General Theory of Pathological Science
http://www.strbrasil.com.br/English/Scientia/pathological.htm
- Poof! You're a Skeptic: The Amazing Randi's Vanishing Humbug
http://www.strbrasil.com.br/English/Res/poof.htm
- Vitamin And Mineral Supplements
http://www.strbrasil.com.br/English/Res/vitamin.htm
- Holy Smoke And Mirrors
http://www.strbrasil.com.br/English/Res/holy.htm
- Autism and Voodoo Science Treatments
http://www.strbrasil.com.br/English/Res/voodoo.htm
- Junk Science in Historical Perspective
http://www.strbrasil.com.br/English/Res/junk2.htm
- Sorting Out Junk Science
http://www.strbrasil.com.br/English/Res/sorting.htm
- Psychic Mutt Discovered!
http://www.strbrasil.com.br/English/Res/mutt.htm
+ How Did Life Begin?
http://www.strbrasil.com.br/English/Scientia/life.htm
- Junk Nursing Science
http://www.strbrasil.com.br/English/Res/junk.htm
- Whence And Whither Science?
http://www.strbrasil.com.br/English/Scientia/science2.htm

* Crítica Contra a Revista Veja

Publicamos um ensaio criticando a matéria da edição de 19/12/2001 da revista
Veja (Editora Abril) sobre a religiosidade do brasileiro. Esta matéria muito
polêmica divulgou valores errados sobre a crença do povo tupiniquim e
cometeu várias falácias contra a ciência. Visite o endereço
http://www.strbrasil.com.br/Perigosos/veja.htm e leia a crítica da STR. Não
esqueça de enviar seus comentários, preenchendo o formulário no final da
página.

* Terceiro Debate Encerrado. Escolha do Tema do Quarto Debate!

O Terceiro Debate da STR teve "Vida Após Morte" como tema e já foi
encerrado. Seu conteúdo total está publicado na Área Debate, em
http://www.strbrasil.com.br/Debate/debate0300.htm . Não deixe de enviar a
sua opinião e seus comentários! Escolha o tema do Quarto Debate, votando em
http://www.strbrasil.com.br/Debate . Pretendemos iniciar o próximo debate em
março.

* Recomende um Texto da STR para um Amigo

Agora você pode enviar um aviso por e-mail para um amigo recomendando que
ele leia um texto publicado na STR. Todos os textos e ensaios possuem um
campo, no menu lateral esquerdo, onde você preenche o seu nome, o seu e-mail
e o e-mail do seu amigo. Ele receberá automaticamente o seu aviso. Indique
sempre os textos que você ler para divulgar nosso trabalho para quem ainda
não nos conhece.

* Seja Editor da STR!

Novas vagas para Editor da STR. Você pode fazer parte de nossa equipe! Vagas
para as Áreas Libertas, Os Perigosos, Revolucione, Eventos, Notícias, Debate
e Compras. Também para Editor de Inglês, Espanhol, Português, Marketing &
Divulgação, Relações Públicas e Webdesign. Envie sua proposta através da
Área Junte-se a Nós ( http://www.strbrasil.com.br/Junte ). Agendaremos uma
entrevista com os candidatos para avaliar os mais aptos para os cargos.
Lembramos que todos os Editores trabalham voluntariamente.

* Novos Textos e Ensaios

Estes são os textos e ensaios que foram publicados neste último trimestre.
Visite a Seção Novidades ( http://www.strbrasil.com.br/novo.htm ) para uma
lista completa. Não se esqueça de enviar seus comentários e críticas,
preenchendo o formulário no final de cada texto.

30/12/2001
- Revista Veja propaga dados errados sobre a religião no Brasil
http://www.strbrasil.com.br/Perigosos/veja.htm
- Experimento de um Físico com Estudos Culturais
http://www.strbrasil.com.br/Scientia/culturais.htm
27/12/2001
- Uma Aposta em Deus de helio@folhasp.com.br
http://www.strbrasil.com.br/Atheos/aposta2.htm
24/12/2001
- Os Primórdios da Vida na Terra
http://www.strbrasil.com.br/Scientia/primordios.htm
23/12/2001
- Segunda Lei da Termodinâmica, Evolução e Probabilidade
http://www.strbrasil.com.br/Scientia/segunda.htm
22/12/2001
- Acabo de Perder a Fé Na Fé
http://www.strbrasil.com.br/Atheos/fe.htm
- Como e Quando Surgiu o Natal
http://www.strbrasil.com.br/Atheos/natal.htm
20/12/2001
- O Que É Evolução?
http://www.strbrasil.com.br/Scientia/evolucao2.htm
- Manual do Homeopata Mirim
http://www.strbrasil.com.br/Str/manual.htm
- Internet Modifica Vidas
http://www.strbrasil.com.br/Humor/internet2.htm
- Concluzões Intelijentes
http://www.strbrasil.com.br/Humor/concluzoes.htm
- Tradição Natalina
http://www.strbrasil.com.br/Humor/tradicao.htm
18/12/2001
- Qual é o Nome do Deus dos Cristãos?
http://www.strbrasil.com.br/Atheos/qual.htm
- Erros Plagiados e a Genética Molecular - Mais um argumento na controvérsia
evolução-criação
http://www.strbrasil.com.br/Scientia/plagiados.htm
15/12/2001
- Um Peixe Não Escreveu Este Ensaio
http://www.strbrasil.com.br/Atheos/peixe.htm
11/12/2001
- Roubaram a Amazônia? Mitos da Web Brasileira
http://www.strbrasil.com.br/Str/roubaram.htm
09/12/2001
- Dúvidas Freqüentes Sobre Fósseis
http://www.strbrasil.com.br/Scientia/duvidas.htm
- Entendendo o Registro Fóssil e a Paleontologia
http://www.strbrasil.com.br/Scientia/entendendo.htm
07/12/2001
- Caro Teólogo
http://www.strbrasil.com.br/Atheos/caro.htm
05/12/2001
- Ortodoxia
http://www.strbrasil.com.br/Atheos/ortodoxia.htm
01/12/2001
- STR Endossa Grafologia?
http://www.strbrasil.com.br/Respostas/grafologia.htm
30/11/2001
- Profecia de S. Nilo
http://www.strbrasil.com.br/Respostas/profecia.htm
29/11/2001
- Conclusão de Ronaldo Cordeiro
http://www.strbrasil.com.br/Debate/debate0308.htm
- Conclusão de Marcos Arduin
http://www.strbrasil.com.br/Debate/debate0307.htm
28/11/2001
- Análise Grafobesteirológica
http://www.strbrasil.com.br/Str/analise.htm
25/11/2001
- Pedido de Opinião
http://www.strbrasil.com.br/Respostas/opiniao.htm
- Reclamação quanto ao enfoque da STR
http://www.strbrasil.com.br/Respostas/enfoque.htm
22/11/2001
- 2ª Resposta de Ronaldo Cordeiro para a 2ª Resposta de Marcos Arduin
http://www.strbrasil.com.br/Debate/debate0306.htm
- Editorial: Separando Junk Science
http://www.strbrasil.com.br/Str/separando.htm
21/11/2001
- Criando Filhos Livres-Pensadores
http://www.strbrasil.com.br/Str/criando2.htm
17/11/2001
- 2ª Resposta de Marcos Arduin para a 1ª Resposta de Ronaldo Cordeiro
http://www.strbrasil.com.br/Debate/debate0305.htm
- O Caso Contra a Imortalidade
http://www.strbrasil.com.br/Atheos/caso.htm
13/11/2001
- Sou Contra o Novo Padroeiro da Web!!!
http://www.strbrasil.com.br/Atheos/contra.htm
12/11/2001
- 1ª Resposta de Ronaldo Cordeiro para a 1ª Resposta de Marcos Arduin
http://www.strbrasil.com.br/Debate/debate0304.htm
07/11/2001
- 1ª Resposta de Marcos Arduin para a Introdução de Ronaldo Cordeiro
http://www.strbrasil.com.br/Debate/debate0303.htm
03/11/2001
- Introdução de Marcos Arduin, no Debate Vida Após Morte
http://www.strbrasil.com.br/Debate/debate0301.htm
- Introdução de Ronaldo Cordeiro, no Debate Vida Após Morte
http://www.strbrasil.com.br/Debate/debate0302.htm
02/11/2001
- O Ceticismo e o Conhecimento de Cada Um
http://www.strbrasil.com.br/Str/ceticismo.htm
01/11/2001
- Ciência do Culto À Carga
http://www.strbrasil.com.br/Str/carga.htm
- A Explicação
http://www.strbrasil.com.br/Str/explicacao.htm
- Banquete Com Os Deuses
http://www.strbrasil.com.br/Atheos/banquete.htm
- Depende
http://www.strbrasil.com.br/Atheos/depende.htm
- O Mal-Entendido
http://www.strbrasil.com.br/Atheos/mal.htm
- Tetragrammatons
http://www.strbrasil.com.br/Scientia/tetragrammatons.htm
- O Padre e o Motorista
http://www.strbrasil.com.br/Humor/padre2.htm
- Santa Ignorância
http://www.strbrasil.com.br/Humor/santa.htm
- Erros da Evolução
http://www.strbrasil.com.br/Humor/erros.htm
31/10/2001
- Astronomia Para a Terceira Idade
http://www.strbrasil.com.br/Eventos/reunpalestras.htm
25/10/2001
- Criando Falsas Memórias
http://www.strbrasil.com.br/Str/criando.htm
23/10/2001
- A Inutilidade da Teologia
http://www.strbrasil.com.br/http://www.strbrasil.com.br/Atheos/inutilidade.htm
12/10/2001
- Omissão de Socorro
http://www.strbrasil.com.br/Atheos/omissao.htm
11/10/2001
- A Escolha do Ateísmo
http://www.strbrasil.com.br/Atheos/escolha.htm
- O Fator Deus
http://www.strbrasil.com.br/Atheos/fator.htm
10/10/2001
- 1 área nova na STR (Respostas)
http://www.strbrasil.com.br/Respostas/index.htm
05/10/2001
- Crime na Igreja
http://www.strbrasil.com.br/Libertas/crime.htm

* Informações

Este boletim foi enviado pois você se registrou como Membro (
http://www.strbrasil.com.br/Membros ) da Sociedade da Terra Redonda ou faz
parte das principais listas de ateísmo, ceticismo e ciência na língua
portuguesa. Caso não queira mais receber os boletins -=trimestrais=-
diretamente por e-mail, envie mensagem para Str@strbrasil.com.br com o
título "Remover do Boletim". Pedimos desculpas aos cadastrados em mais de
uma lista pelas mensagens duplicadas.

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Boletim Terra Redonda 004
FROM: "Silvio Cordeiro" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, <Str@strbrasil.com.br>
DATE: 07/01/2002 11:29

Eu nao sei traduzir inglês mas quero a carteirinha. como faço?
se houver um diretor que gosdte de negociatas, troco a carteiriha pelo livro OS
GRANDES INICIADOS de èdouard Shure, 2 vol....

aproveitando a dica, façam uma seção de trocas: eu mesmo tenho alguns, raros,
|História da \Insiquição em Portugal, de Herculano, primeira edição, a História
Universal de Cantu, primeira edição portuguesa...

silvio, o judeu.




SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Roda: Porque só a roda?
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/01/2002 16:41

--- In ciencialist@y..., "Antonio" <a_ferrao@t...> wrote:
> Eu até concordo que possa haver um problema de escala, mas eu ainda não
> concordo com a sua resposta.
> Está faltando uma coisa muito importante:
> "Uma explicação sobre o motivo pelo qual uma máquina ou mesmo uma ave
> gigante não seria capaz de voar".

No caso das aves e dos organismos voadores em geral,
a resposta nao e' banal -- assim como a sua exigencia.
Por questoes de brevidades, a gente acaba fazendo algumas
afirmacoes sem demonstra'-las ponto por ponto. Mas
como aqui e' um meio de duas vias, esse problema pode
ser minorado, como com um pedido de mais esclarecimentos,
tal qual vc fez.

A questao nao esta' completamente fechada, mas
passa pela questao seguinte: qto maior o peso do
animal, maior a potencia de propulsao necessaria
para a manutencao do voo. Essa relacao assume-se
q. seja diretamente proporcional (embora alguns
estudos indiquem q. a potencia se relaciona a
1,17 potencia da massa - isto e', 'a massa elevada
a 1,17).

Porem, a potencia q. pode ser produzida por um
organismo, e' grosso modo relacionada 'a potencia
0,75 da massa - isto e', a massa elevada a 0,75.

Como a potencia demandada aumenta em relacao
'a potencia geravel mais rapidamente, fatalmente
havera' um ponto em q. a potencia demandada
sera' maior do q. potencia geravel e ai' pouco
pode ser feito.

O porq. da relacao entre massa e potencia ser
0,75 nao esta' bem esclarecida. E' uma relacao
empirica. Teoricamente deveria ser algo proximo
a 0,66 -- ja' q. se o comprimento aumenta por um
fator x, a area aumenta por um fator x^2 e a
massa por um fator x^3. E o metabolismo depende
da relacao entre massa e area da superficie -- grosso
modo falando.

> O fato de não existirem aves gigantes voadoras não implica, necessariamen=
te,
> que um vôo de uma máquina gigante
> não possa existir. Aliás, se nós pensássemos assim, o avião não poderia
> existir, não é?.

Primeiro deve-se notar q. o mecanismo de
propulsao de um aviao e' diferente do de uma
ave. E' preciso notar tbm q. o q. foi dito e'
em relacao ao limite do tamanho de uma ave e
nao de um aviao -- q. tbm tem limite, mas naturalmente
diferente.

> Em termos energéticos, eu não vejo razões para um vôo à hélice ser vantaj=
oso
> sobre o vôo batido.

Um voo batido ira' exercer um esforco util basicamente
apenas em um sentido. Na retomada nao se exerce trabalho --
q. seria em sentido oposto ao trabalho realizado na outra
parte do ciclo e desfazendo parte do q. foi realizado.
A vantagem de uma helice e' q. o movimento de retomada
tbm e' transformado em trabalho util -- mantendo-se o mesmo
sentido do movimento.

Esta e' a parte da eficiencia.

> Entretanto, em termos tecnológicos eu sou obrigado a reconhecer que não é=

> uma tarefa simples a construção de uma
> "asa retrátil", necessária para reproduzir o movimento das asas de um
> pássaro, sob o aspecto mecânico.

Isso corresponde 'a comodidade.

> "Por que os nossos cientistas, inventores e engenheiros utilizam o movime=
nto
> rotativo tão frequentemente?"
> E você responderia:
> "Eficiência e comodidade."
> Desculpe, discordo novamente. Como você sabe que máquinas projetadas com
> motores lineares não seriam mais
> eficientes e cômodas, em algumas aplicações, do que aquelas construídas c=
om
> motores rotativos?

Em algumas aplicacoes pode ser. Mas como disse --
talvez sem dizer muito -- a questao de eficiencia e
de comodidade ditaram aqui o design e a mecanica
dos equipamentos.

Motores lineares apresentam problemas -- devem ter
um movimento de vai-e-vem para a continuidade do
ciclo. Isso faz com q. em muitas aplicacoes se perca
uma parte do movimento, o q. pode torna'-lo um tto
qto brusco e interrompido.

A questao de comodidade entra em acao qdo
consideramos q. muitas vezes e' mais facil adaptar
uma tecnologia ja' existente do q. criar um nova.

Nem sempre a comodidade e eficiencia trabalham
em um mesmo sentido.

> que alguém poderia construir um
> protótipo experimental de máquina voadora com asas retráteis (vôo batido)=
, à
> exemplo do vôo das aves, mesmo
> que este protótipo fosse pequeno e leve, recebendo energia da terra, por
> exemplo, por um fio. Um novo conceito

Isso ja' foi feito. Se nao me engano foi criado um
modelo de um pterossauro remoto-controlado com
voo batido (e em boa dose planado). O modelo visava
testar a hipotese de q. os pterossauros (ao menos os
pequenos) podiam realizar um voo batido.

Mas isso so' se deve desenvolver qdo se
detectar usos disso.

> pernas. Tudo o que nós necessitamos é de um controle de servomecanismos
> composto por um sensor de "posição
> vertical" e um microcontrolador (ou microprocessador) programado para
> controlar o movimento dos pés e pernas
> conforme a indicação do sensor vertical.

Tudo o q. nos precisamos e' de uma
fonte inesgotavel e limpa de energia...
O lance e' desenvolver tais tecnologias,

> Quando não há apoio, não há força e o trabalho realizado por uma perna
> não apoiada é praticamente zero. Portanto, a potência do sistema NÃO ser=
á
> "tremendamente" diminuída.

A potencia exercida sobre o substrato e' praticamente zero.
Mas e' preciso exercer forca sobre a perna para recolhe-la
e arma'-la para a proxima etapa.

> em solos perfeitos. Em solos irregulares, a roda pode ser completamente
> ineficiente quando comparada com as pernas.

Ou nao. Podemos adotar eixos independentes,
diferencial e algumas outras solucoes.

> Em 1988, o ciclista grego Kanellos Kanellopoulos viajou numa máquina voad=
ora
> mais pesada que o ar, cobrindo uma distância de 115Km entre Creta e
> Santorini, em 3 horas e 54 minutos, sem nenhum tipo de motor e usando ape=
nas
> a força e potência muscular do ciclista!.( Haja Kanella!) Este desafio é =
um
> importante marco para a história da aviação, remontando os sonhos de Ícar=
o &
> Dédalo, da Mitologia Grega.
> Está provado, portanto, que o homem pode voar utilizando a força e potênc=
ia
> de seus próprios músculos. E não é apenas um passo, são 115 km !

Algumas notas: o atleta utilizou a forca dos musculos
das pernas e nao dos bracos, conforme notado. O equipamento
utilizava uma helice e asas fixas.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Re: Roda: Porque só a roda?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/01/2002 16:56



rmtakata wrote:

> O porq. da relacao entre massa e potencia ser
> 0,75 nao esta' bem esclarecida. E' uma relacao
> empirica. Teoricamente deveria ser algo proximo
> a 0,66 -- ja' q. se o comprimento aumenta por um
> fator x, a area aumenta por um fator x^2 e a
> massa por um fator x^3. E o metabolismo depende
> da relacao entre massa e area da superficie -- grosso
> modo falando.

A questão, penso eu, é que o metabolismo depende de um factor
limitante qualquer. Se esse factor limiante for a absorção
de oxigénio, então dependerá da área dos pulmões. Só que os
pulmões têm uma dimensão fractal. De facto, a área dos pulmões
tem uma dimensão fractal de 2.9:

http://life.csu.edu.au/complex/tutorials/tutorial3.html

o que sugere que não é esse o factor limitante. Temos que procurar
lgo que tem uma dimensão fractal de 2.25. Os vasos sanguíneos?
--
joão
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/01/2002 17:38

--- In ciencialist@y..., "Marco Aurelio" <clave@s...> wrote:
> No entanto não posso deixar de me sentir assombrado com a falta de
> informação sobre um problema tão quotidiano.

Aquele aviso para *nao* me levarem a serio foi
entao salvador? re re...

So' reescrevo a frase: "Nao conheco a fundo o tema"
como "nao sei bolhufas sobre isso" -- assim fica mais
condizente.

Valeu pelas informacoes.

> porquê. Parece que a percentagem 30 tem uma vigencia demasiado chamativa =
em
> relação às excessões de certas ocorrencias humanas, pouca gente tem isso =
em
> conta (exemplo curioso: 30 por cento dos homens têm fimose - sic).

Ha' sempre uma teoria. 30% grosso modo correspondem a
um terco. Qdo alguem vai fazer um levantamento pergunta
para alguem ao lado: qual a sua opiniao sobre isso? Obtida
a resposta vai tomar uma segunda opiniao para alguem
tbm do mesmo ambiente de trabalho. Como deve ser
uma resposta diferente, ai' vai chamar uma terceira pessoa
pra desempatar a questao e, presto!

Leia-se por exemplo o comentario do cartunista Spacca:
"Macaco na cabeca!!!"
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/caixa/cp050899.htm

(Aos desavisados: foi uma tentativa de piada.)

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Roda: Porque só a roda?
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/01/2002 17:52

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> o que sugere que não é esse o factor limitante. Temos que procurar
> lgo que tem uma dimensão fractal de 2.25. Os vasos sanguíneos?

Ja' foi sugerido isso certa feita.

Turcotte DL, Pelletier JD, Newman WI
1998 -- Networks with side branching in biology.
JOURNAL OF THEORETICAL BIOLOGY 193: (4) 577-92.

Abstract:
There are many examples of branching networks in biology.
Examples include the structure of plants and trees as well as cardiovascula=
r
and bronchial systems. In many cases these networks are self-similar
and exhibit fractal scaling. In this paper we introduce the
Tokunaga taxonomy for the side branching of networks and his
parameterization of self-similar side-branching. We introduce
several-examples of deterministic branching networks and show
that constructions with the same fractal dimension can have different
side-branching parameters. As an example of stochastic-branching in
biology we consider the vein structure of a leaf We show that the
vein structure of the leaf and river networks have nearly identical side
branching statistics. We introduce diffusion limited aggregation
(DLA) dusters. These clusters also exhibit Tokunaga side-branching
statistics. We consider several alternative explanations for why
leaves, river networks, and DLA clusters have similar side-branching
statistics. We also consider the allometric scaling relation
between metabolic rate and the mass of species in terms of a
cardiovascular system with Tokunaga statistics. We find reasonably good
agreement between the observed scaling exponent, approximate to
0.75, and our model for a range of values of the fractal dimension of
the network and the blood flow resistance parameter. (C) 1998 Academic
Press.

Mas ainda ha' discussao.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Roda: Porque só a roda?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/01/2002 23:29


R. Takata escreve:

O porq. da relacao entre massa e potencia ser
0,75 nao esta' bem esclarecida. E' uma relacao
empirica. Teoricamente deveria ser algo proximo
a 0,66 -- ja' q. se o comprimento aumenta por um
fator x, a area aumenta por um fator x^2 e a
massa por um fator x^3. E o metabolismo depende
da relacao entre massa e area da superficie -- grosso
modo falando.


Tenho alguns comentários sobre isso em "Física de Liliput" no Imperdível:
http://www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto13.asp
Tem comentário do Takata lá.

Talvez interesse no contexto.

[]'
Léo
=============




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: "M. A. Guimarães" <xb612@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/01/2002 19:14


----- Original Message -----
From: "Jose Colucci Jr. (Home)" <j.colucci@rcn.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, January 04, 2002 3:06 PM
Subject: RE: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?


> Roberto Takata escreveu:
>
> >Temos q. tomar cuidado com essa classificacao de
> >culturas primitivas. Normalmente as contrapomos em
> >funcao de nao possuirem o q. nos achamos q.
> >e' desenvolvido. E feito isso acabamos assumindo
> >q. essa condicao e' a q. estava presente em nosso
> >ancestral. (Bem, nao q. o simples atentar para isso
> >elimine qq vies discriminatorio nosso -- sempre se pode
> >dizer entao q. tais culturas sao degeneradas ou coisa
> >q. o valha.)
>
>Em Biológia (principalmente em sistemática filogenética) o termo primitivo
é usado para designar uma característica que precede uma outra qualquer, que
esteja sendo analisada. Assim, Dentro dos Hexáposa (parte do que e'
conhecido conhecido como insetos), ter asas é uma caracterísca primitiva e
não tê-las é uma característica derivada. Não vejo problemas na utilização
do termo. É claro que existem pessoas que conscientemente utilizam o termo
de forma pejorativa o que não foi o caso



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: "M. A. Guimarães" <xb612@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/01/2002 19:17


----- Original Message -----
From: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, January 04, 2002 3:16 PM
Subject: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?


> --- In ciencialist@y..., "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@r...>
wrote=
> :
> > A hipótese aqui está tão remendada que é melhor abandoná-la. Diante das
> > opiniões várias, fico com a hipótese de que a dor do parto é
> > consequência secundária, um mal menor diante das vantagens de um cérebro
> > maior. Uma coisa que as cesarianas poderão mudar num futuro distante.
> > Quem garante que não iremos atingir um estágio em que o parto natural
> > não seja mais possível?
>
Acredito que isso já seja realidade, de certa forma. Muitos médicos,
mulheres e hospitais preferem realizar cesárias por ser mais rápido e
barato. Dessa forma muitas mulheres que não poderiam ter um parto normal
(por possuir bacia estreita, pe) podem ter filhos (e filhas com bacia
estreita com alguma probabilidade)...



SUBJECT: Cogumelo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/01/2002 21:28

"Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: Porque é que as bombas núcleares ao expludirem tem a forma de cogumelo?"

Essa consulente, da pergunta acima, tem 12 anos. Quem sugere uma boa resposta?

[]'
Léo
===========



SUBJECT: Re: [ciencialist] Cogumelo
FROM: Prof. José Carlos <j.c@iname.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/01/2002 21:55

Que tal sugerir que ela deixe pingar uma gota de tinta (mais densa que a
água) em um copo com um pouco de água e observe então o padrão que se
formará? O fundo do copo atuará como barreira à "queda da gota" e esta se
dispersará de forma parecida com um cogumelo invertido. Nessa altura do
campeonato alguém pode dizer a ela que a parte superior da atmosfera (não
precisa falar em estratosfera) se comporta como uma barreira que impede que
os gases continuem subindo, formando assim o cogumelo.

[]'s

JC

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, January 08, 2002 9:28 PM
Subject: [ciencialist] Cogumelo


"Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: Porque é que as bombas núcleares ao expludirem tem a forma
de cogumelo?"

Essa consulente, da pergunta acima, tem 12 anos. Quem sugere uma boa
resposta?

[]'
Léo
===========


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SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: Prof. José Carlos <j.c@iname.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/01/2002 22:09

Oi, desculpem-me pela minha intromissão nessa altura do campeonato (já que
nem lí todas as mensagens anteriores sobre o assunto), mas...

> > > A hipótese aqui está tão remendada que é melhor abandoná-la. Diante
das
> > > opiniões várias, fico com a hipótese de que a dor do parto é
> > > consequência secundária, um mal menor diante das vantagens de um
cérebro
> > > maior. Uma coisa que as cesarianas poderão mudar num futuro distante.
> > > Quem garante que não iremos atingir um estágio em que o parto natural
> > > não seja mais possível?
> >
> Acredito que isso já seja realidade, de certa forma. Muitos médicos,
> mulheres e hospitais preferem realizar cesárias por ser mais rápido e
> barato. Dessa forma muitas mulheres que não poderiam ter um parto normal
> (por possuir bacia estreita, pe) podem ter filhos (e filhas com bacia
> estreita com alguma probabilidade)...

Na verdade a "cultura" da cesariana me parece mais como algo nascido do
desejo de ganhar dinheiro (já que uma cesárea é sempre mais cara que um
parto normal) do que de uma comodidade. Não há comodidade nenhuma em uma
cesária, os riscos são maiores do que de um parto normal sem maiores
complicações e a dor resultante da cirurgia é muito mais prolongada do que a
dor de um parto normal (além dos riscos inerentes a qualquer cirurgia).
Famílias geralmente mais esclarecidas preferem o parto normal (que agora
também pode ser feito com anestesia e, portanto, sem nenhuma dor) do que o
parto por cesária. Mas se pensarmos em termos de SUS (e seus antecessores),
tanto os médicos (cirurgiões, anestesistas, enfermeiras etc) quanto os
hospitais, laboratórios e farmácias ganham muito mais em um parto por
cesária do que em um parto normal.
Como último agravante, assim como temos uma falta aguda de bons clínicos
gerais (já que todos os médicos querem ser "especialistas" em alguma coisa)
também temos uma falta aguda de bons "parteiros", isto é, médicos
especialistas em assisterem a partos normais (mesmos os partos mais
complicados).

É isso.

P.S.: minha opinião pessoal sobre a evolução e a dor do parto é que a dor
estimula a mulher a "expulsar" o bebê tão rápido quanto possivel, impedindo
assim maiores complicações advindas do parto mais demorado. Como argumento
favorável destaco o fato de que a dor do parto é um incômodo que "cessa" tão
logo o bebê nasça e, portanto, caracteriza-se como uma "necessidade" para
apressar o parto e não como uma "consequência" desagradável do parto em sí.

[]'s

JC




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/01/2002 11:35

--- In ciencialist@y..., "M. A. Guimarães" <xb612@u...> wrote:
> esteja sendo analisada. Assim, Dentro dos Hexáposa (parte do que e'
> conhecido conhecido como insetos), ter asas é uma caracterísca primitiva =
e
> não tê-las é uma característica derivada.

Na verdade nao. Os ancestral comum dos Hexapodas
possivelmente nao possuia asa. Ela e' uma caracteristica
dos Pterygota -- e dentro desse grupo, ter asas e' condicao
ancestral. Assim, uma pulga q. faz parte dos Pterygotas,
mas nao tem asa, sua condicao aptera e' derivada.

A palavra primitivo tem uma conotacao muito enganosa, eu
prefiro abandona'-la. Mas sim, e' possivel utiliza'-las. So' q.
dentro de um contexto biologico evolutivo deve ser aplicada
a condicoes, a um determinado estado de carater e nao
a um individuo ou a um grupo.

Qdo se analisa uma cultura, o individuo estudado e'
uma dada cultura. Nao faz sentido falar q. ela seja
primitiva ou derivada -- alguns elementos delas podem
ter estado presentes em um ancestral. Assim como
nao faz sentido falar q, um individuo atual seja
primitivo -- ele obviamente nao precede nenhum dos
demais contemporaneos seus (bem, exceto seus filhos
e descendentes diretos q. porventura tenha). Mas
a nossa civilizacao, a nossa cultura, nao e' descendente
da cultura ianomame e descendente de uma cultura
pre-paleolitica tto qto a cultura ianomame.

Por isso eu disse q. devemos ter *cuidado* com a
classificacao de culturas primitivas.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/01/2002 11:58

--- In ciencialist@y..., Prof. José Carlos <j.c@i...> wrote:
> P.S.: minha opinião pessoal sobre a evolução e a dor do parto é que a dor=

> estimula a mulher a "expulsar" o bebê tão rápido quanto possivel, impedin=
do
> assim maiores complicações advindas do parto mais demorado. Como argument=
o
> favorável destaco o fato de que a dor do parto é um incômodo que "cessa" =
tão
> logo o bebê nasça e, portanto, caracteriza-se como uma "necessidade" para=

> apressar o parto e não como uma "consequência" desagradável do parto em s=
í.

A pergunta q. fica e': nao poderia haver essas contracoes
sem dor? Outros animais parecem nao
sentir tta dor e nao apresentam complicacoes para a
expulsao do bebe. Poderia haver um estimulo da
contracao sem a necessidade de percepcao da dor?
Sera' q. poderia, mas por eventos fortuitos a evolucao
humana seguiu por esse caminho?

Uma resposta do tipo "necessidade" teria
q. trazer um padrao hereditario da percepcao da
dor. Filhas de mulheres q sentem dor tenderiam
a sentir dor, filhas de mulheres q. nao sentem
dor tenderiam a nao sentir dor -- claro isso
isolando-se o componente ambiental.

Uma resposta do tipo "cultura" teria q.
trazer um padrao de heranca cultural
da percepcao da dor.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: Nicolau Werneck <nwerneck@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/01/2002 12:05

> A pergunta q. fica e': nao poderia haver essas
> contracoes sem dor? Outros animais parecem nao
> sentir tta dor e nao apresentam complicacoes para a
> expulsao do bebe.

E será que costumes recentemente integrados a nossa
cultura não fizeram com que nossas mulheres chegassem
ao momento do parto sem o preparo necessário?? será
que não existem hábitos e exercícios a serem feitos
que diminuam a dor? Pode ser que o problema esteja em
como estamos fazendo as coisas. Talvez isso de dor no
parto seja algo recente na história da humanidade...
(recente = um punhadinho de milêniozinhos)


++nicolau



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SUBJECT: Re:Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/01/2002 13:04

Alguns outros trabalhos:

Zanardo V, Nicolussi S, Giacomin C, Faggian D,
Favaro F, Plebani M 2001 -- Labor pain effects on
colostral milk beta-endorphin concentrations of
lactating mothers. BIOLOGY OF THE NEONATE
79: (2) 87-90.

Abstract:
beta -Endorphin (beta -EP) levels of colostral milk
are approximately two-fold higher than in plasma of
lactating women, in who concentrations peak at term,
after the first and second stages of labor. We
investigated the effect of labor pain and vaginal parturition
on colostral beta -EP concentrations (beta -endorphin
I-125 RIA, Incstar Corp., Stillwater, Minn., USA) of at-term
nursing mother, in comparison to those having undergone
elective cesarean section. Our results show that colostral
milk beta -EP concentrations of mothers who delivered
vaginally are significantly higher on the 4th postpartum
day (6.0 +/- 0.5 vs. 4.3 +/- 0.4 pmol/l, respectively; p <
0.01) than colostral levels of mothers who underwent
cesarean section. These data indicate the important
influence of the labor process on the colostral opioid
galactopoiesis. It is suggested that labor and parturition
pain may increase colostral milk <beta>-EP
concentrations of lactating mothers in order to help
the newborn overcome the stressful perinatal events
of natural labor and delivery. Copyright (C) 2001 S.
Karger AG, Basel.

BROWNRIDGE P 1995 -- THE NATURE AND
CONSEQUENCES OF CHILDBIRTH PAIN.
EUROPEAN JOURNAL OF OBSTETRICS
GYNECOLOGY AND REPRODUCTIVE BIOLOGY
59: S9-S15, Suppl. S

Abstract:
For most women, childbirth is associated with very
severe pain often exceeding all expectations. Some
childbirth education groups and popular texts on the
subject, however, seem disposed to encourage
unrealistic expectations: claiming that labour is other than
painful and that pharmacological analgesia is both
unnecessary and harmful. All too often, those who
promote such views witness women in labour only
occasionally and are rarely responsible for patient
care. Pain associated with uterine contractions should be
distinguished from that associated with delivery: for there
are important differences in the clinical characteristics,
neural pathways and physiological responses. In the
first stage of labour pain is largely visceral in origin,
whereas during the transitional and second
stages somatic pain becomes more pronounced. As
described in this review, it is now well established
that uterine contraction pain evokes a generalised
neuroendocrinal stress response producing widespread
physiologicaI effects during the first stage of labour.
They include increased oxygen consumption, hyperventilation
and respiratory alkalosis; increased cardiac output, systemic
peripheral resistance and blood pressure; delayed gastric
emptying; impaired uterine contractility and diminished
uterine perfusion; and metabolic acidaemia. While other
factors (such as anxiety, starvation and physical exertion)
are also partly responsible for inducing some of these effects,
pain appears to be the most potent source because they
are all obtunded by effective epidural analgesia.

GINTZLER AR, KOMISARUK BR 1991 --
ANALGESIA IS PRODUCED BY UTEROCERVICAL
MECHANOSTIMULATION IN RATS - ROLES OF
AFFERENT NERVES AND IMPLICATIONS FOR
ANALGESIA OF PREGNANCY AND PARTURITION.
BRAIN RESEARCH 566: (1-2) 299-302.

Abstract:
Afferent activity from the reproductive tract activates
intrinsic pain attenuating processes. For example,
analgesia results from vaginocervical mechano-stimulation
in nonpregnant rats and occurs during pregnancy and
parturition. In the present study, the effect
of uterocervical mechanostimulation on pain thresholds
was investigated in order to determine whether direct
stimulation of the uterine cervix could play a role in the
analgesia of pregnancy. Uterocervical mechanostimulation
was applied to nonpregnant rats via a
silastic disc implanted in the uterus. The disc abutted
against the cervix and was attached to a thread
externalized through the vaginal
orifice. Application of a force of 150 g, but not 100 g,
produced a significant increase in tail flick latency
(110.4 +/- 40.6%, P < 0.03). This
effect was abolished by pelvic neurectomy, but was
not altered by hypogastric neurectomy. Stimulation of
the uterine cervix in combined pelvic and hypogastric
neurectomy rats produced a decrease in tail flick latency.
These results indicate that the analgesia
that occurs during pregnancy and/or parturition may
result, at least in part, from the uterocervical
mechanostimulation that occurs
during this condition.

FAURE EAM 1991 -- THE PAIN OF PARTURITION.
SEMINARS IN PERINATOLOGY 15: (5) 342-7.

LEFEBVRE L, CARLI G 1985 -- PARTURITION IN
NON-HUMAN PRIMATES - PAIN AND AUDITORY
CONCEALMENT. PAIN 21: (4) 315-27.

GIJSBERS KJ, MCGREW WC 1986 -- PARTURITION
IN NONHUMAN-PRIMATES - PAIN AND AUDITORY
CONCEALMENT - COMMENT. PAIN 26: (1) 125-7.

LEFEBVRE L, CARLI G 1986 -- PARTURITION IN
NONHUMAN-PRIMATES - PAIN AND AUDITORY
CONCEALMENT - REPLY. PAIN 26: (1) 128-9.

BONICA JJ 1986 -- PAIN OF PARTURITION.
CLINICS IN ANAESTHESIOLOGY 4: (1) 1-31.

--------

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/01/2002 13:11

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Nicolau Werneck" <nwerneck@yahoo.com.br>
wrote:

> ...será que não existem hábitos e exercícios a serem feitos
> que diminuam a dor?

Nicolau.

Efetivamente, existem hábitos e exercicios pre natais que se podem
implementar e reduzir muitíssimo ( não muito, muitíssimo) o problema dos
aspectos indesejaveis do parto ( a dor não é o maior problema). Não só se
consegue diminuir drasticamente o sofrimento, como se facilita o parto e se
promove um bom nascimento. Só o atrazo e a falta de informação impedem que
estas coisas sejam difundidas. Sofrer com o parto já era.
[]s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/01/2002 13:30

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
wrote:
> Uma resposta do tipo "cultura" teria q.
> trazer um padrao de heranca cultural
> da percepcao da dor.

Sería importante que vc. explicasse o que quer dizer "um padrão cultural da
percepção da dor". Creio que a expressão "padrão de herança" em biologia tem
um significado distinto. A resposta não pode simplesmente definir "um
padrão", porque as respostas culturais são mais complexas.

Um dos temas (nada mais que um só), por exemplo é o da "vivencia mítica".
Todos sabemos que os fenômenos de transe nas comunidades de tradição
africana são acompanhados de importantes elementos biológicos (secretorios,
fundamentalmente) que levam a uma enorme variedade de possibilidades de
atuação, que, em estado "normal" (ou seja, dentro da norma) não são
possíveis ( ou pelo menos, espontaneos).

A situação de parto não é comum e se assemelha muito as situações
religiosas. A palavra "percepção" para caracterizar o modo de viver a dor
fica bastante curta. Em realidade é um conjunto de percepções. É uma pena
que não exista em português a palavra "vivencia", porque este termo em
espanhol caracteriza melhor o tema do sifrimento do parto. Poderíamos
extender-nos mais sobre este tema.

[]s
Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: "dra_savat" <dra_savat@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/01/2002 13:44

--- Em ciencialist@y..., Prof. José Carlos <j.c@i...> escreveu

> > Acredito que isso já seja realidade, de certa forma. Muitos
médicos,
> > mulheres e hospitais preferem realizar cesárias por ser mais
rápido e
> > barato. Dessa forma muitas mulheres que não poderiam ter um parto
normal
> > (por possuir bacia estreita, pe) podem ter filhos (e filhas com
bacia
> > estreita com alguma probabilidade)...
>
> Na verdade a "cultura" da cesariana me parece mais como algo
nascido do
> desejo de ganhar dinheiro (já que uma cesárea é sempre mais cara
que um
> parto normal) do que de uma comodidade. Não há comodidade nenhuma
em uma
> cesária, os riscos são maiores do que de um parto normal sem maiores
> complicações e a dor resultante da cirurgia é muito mais prolongada
do que a
> dor de um parto normal (além dos riscos inerentes a qualquer
cirurgia).
> Famílias geralmente mais esclarecidas preferem o parto normal (que
agora
> também pode ser feito com anestesia e, portanto, sem nenhuma dor)
do que o
> parto por cesária. Mas se pensarmos em termos de SUS (e seus
antecessores),
> tanto os médicos (cirurgiões, anestesistas, enfermeiras etc) quanto
os
> hospitais, laboratórios e farmácias ganham muito mais em um parto
por
> cesária do que em um parto normal.
> Como último agravante, assim como temos uma falta aguda de bons
clínicos
> gerais (já que todos os médicos querem ser "especialistas" em
alguma coisa)
> também temos uma falta aguda de bons "parteiros", isto é, médicos
> especialistas em assisterem a partos normais (mesmos os partos mais
> complicados).
>
> É isso.

Só para desfazer um engano, a cesárea não é um procedimento mais caro
que o parto espontâneo por via baixa, ao contrário, nos partos
gemelares e outros múltiplos, a remuneração destes é maior.

Esta é a Tabela da AMB (Associação Médica Brasileira)de valores
referenciais de procedimentos médicos que esta em vigor há mais de 5
anos

Parto (via baixa) código 45.08.018-6
Cirurgião: R$ 300,00
Anestesista: R$ 225,00
No parto múltiplo por via baixa (por cada um subseqüente ao inicial)
código 45.08.010-0
Cirurgião: R$ 80,00
Anestesista: R$ 111,00

Cesariana (feto único ou múltiplo) código 45.08.019-4
Cirurgião: R$ 300,00
Anestesista: R$ 225,00

Abraços
Tânia




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/01/2002 15:35

--- In ciencialist@y..., "Marco Aurelio" <clave@s...> wrote:
> In ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...>
> wrote:
> > Uma resposta do tipo "cultura" teria q.
> > trazer um padrao de heranca cultural
> > da percepcao da dor.
>
> Sería importante que vc. explicasse o que quer dizer "um padrão cultural =
da
> percepção da dor". Creio que a expressão "padrão de herança" em biologia =
tem
> um significado distinto. A resposta não pode simplesmente definir "um
> padrão", porque as respostas culturais são mais complexas.

O padrao no periodo citado se refere 'a heranca e nao
'a percepcao da dor. Respostas biologicas tbm sao
complexas (a cultura e' uma resposta biologica em
ultima analise), isso nao impede (dificulta certamente)
q. se tente estabelecer um padrao.

Se nao se tem um padrao, nao e' q. nao se possa atribuir
aos genes apenas, nao se pode atribuir a nada -- a nao ser
a um ruido aleatorio.

Isso quer dizer q. primeiro e' preciso encontrar um padrao --
um objeto de estudo mais ou menos constante em sua
manifestacao a ser reconhecido.

Feito isso, caracterizado o fenomeno, pode-se tentar
associar a algum fator: por vias correlacionais ou, mais
ambiciosamente, por vias causais.

Estou supondo q. haja sim um padrao de percepcao de dor --
do contrario nao ha' nada a ser atribuido: quer 'a cultura,
quer ao ambiente, quer aos genes. Mais especificamente
podemos ter varios padroes de percepcao da dor -- isso
se refere 'a complexidade da resposta; quer cultural,
quer genetica.

Havendo isso, para se atribuir isso ao fator cultural temos
q. ver a ligacao entre uma coisa e outra (nao estou dizendo
q. ninguem tenha feito isso, e' provavel q. alguem o tenha,
embora nao seja um estudo trivial: por envolver humanos
como objeto de estudo e por outras questoes envolvidas
nos estudos culturais): ver se tal percepcao da dor e' mais
parecido entre individuos de uma mesma cultura do q. entre
individuos de culturas diferentes -- a despeito dos individuos
apresentarem ou nao uma semelhanca genetica: e.g. estudos
com gemeos univitelinos criados em culturas diferentes.

Quer dizer, temos q. caracterizar um padrao de heranca:
se pessoas com um dado padrao de percepcao da dor
tendem a gerar outras pessoas com padroes semelhantes
de percepcao da dor. E se essa geracao se da' por vias
culturais ou vias geneticas (ou por outro fator). Ai' sim podemos
tentar comparar um padrao - hereditario ou cultural -- com outro
-- de distribuicao da caracteristica considerada.

> que não exista em português a palavra "vivencia", porque este termo em

Opa, claro q. existe.

Aurelio (1a edicao):
vivencia: 1. o fato de ter vida, de viver; existencia. 2. experiencia
de vida. 3. o q. se viveu. 4. bras., N., situacao, modos ou habitos
de vida.

Michaelis (online):
vivencia: 1 o fato de ter vida, de viver. 2 existencia. 3 experiencia da vi=
da. 4 o
que se viveu. 5 Reg (Norte) situacao de vida; hábitos de vida; modo
de vida. 6 psicol "Experiencia vivida, de carater global, incluindo
sobretudo uma nota afetiva" (A. Cuvillier).

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Cogumelo
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/01/2002 10:54

On Tue, 8 Jan 2002, Prof. José Carlos wrote:

> Que tal sugerir que ela deixe pingar uma gota de tinta (mais densa que a
> água) em um copo com um pouco de água e observe então o padrão que se
> formará? O fundo do copo atuará como barreira à "queda da gota" e esta se
> dispersará de forma parecida com um cogumelo invertido. Nessa altura do
> campeonato alguém pode dizer a ela que a parte superior da atmosfera (não
> precisa falar em estratosfera) se comporta como uma barreira que impede que
> os gases continuem subindo, formando assim o cogumelo.

Tens certeza de que eh essa a explicacao?
Nas fotos e videos o cogumelo não parece ser tao alto assim e, alem disso,
em explosoes bem menores (como as de carros) eh comum formarem-se esses
cogumelos tambem...

Well, sem grandes contribuicoes,

bye,
Stafusa

>
> []'s
>
> JC
>
> ----- Original Message -----
> From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Tuesday, January 08, 2002 9:28 PM
> Subject: [ciencialist] Cogumelo
>
>
> "Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
> Dúvida/Sugestão: Porque é que as bombas núcleares ao expludirem tem a forma
> de cogumelo?"
>
> Essa consulente, da pergunta acima, tem 12 anos. Quem sugere uma boa
> resposta?
>
> []'
> Léo
> ===========



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Cogumelo
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/01/2002 12:08

Acho que se trata de um fenómeno exclusivamente térmico.
Uma bolha de ar superaquecida sobe, expande e arrefece.
A forma final depende deste fenómeno de expansão adiabática.
A razão pela qual expande subitamente a uma determinada
altitude pode ter a ver com uma inversão no gradiente de
temperaturas do ar. O tal limite superior da troposfera.


Joao
http://www.nonio.com

"Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:
>
> Posso arriscar uma explicação???
>
> No instante imediatamente após a explosão há
> um tremendo deslocamento de ar a partir do
> epicentro. Ao afastar a massa de ar, forma-se
> um "vácuo" (na verdade é um cilindro de baixa
> pressão) ao redor deste epicentro.
>
> Logo em seguida, a massa de ar que foi expulsa
> retorna com violência em sentido contrário, na direção
> do epicentro. Quando a massa de ar encontra
> o epicentro novamente, desloca-se para cima,
> pois neste sentido há menor resistência (para baixo há o solo).
>
> Forma-se uma coluna. A massa de ar perde potência e se
> dissipa no topo da coluna formando então a cabeça do
> cogumelo.
>
> Sei lá, acho que é isso, o que vcs acham?
>
> Espero não ter viajado muito...
>
> []'s
>
> Alexandre Medeiros
>
> Num ambiente hipotético, sem gravidade, mas com
> atmosfera, a explosão forma uma esfera que em
> seguida implode em direção ao centro.
>
> > -----Mensagem original-----
> > De: Jefferson Stafusa Elias Portela [mailto:stafusa@fisica.ufpr.br]
> > Enviada em: Quinta-feira, 10 de Janeiro de 2002 01:55
> > Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > Assunto: Re: [ciencialist] Cogumelo
> >
> >
> > On Tue, 8 Jan 2002, Prof. José Carlos wrote:
> >
> > > Que tal sugerir que ela deixe pingar uma gota de tinta
> > (mais densa que a
> > > água) em um copo com um pouco de água e observe então o
> > padrão que se
> > > formará? O fundo do copo atuará como barreira à "queda da
> > gota" e esta se
> > > dispersará de forma parecida com um cogumelo invertido.
> > Nessa altura do
> > > campeonato alguém pode dizer a ela que a parte superior da
> > atmosfera (não
> > > precisa falar em estratosfera) se comporta como uma
> > barreira que impede que
> > > os gases continuem subindo, formando assim o cogumelo.
> >
> > Tens certeza de que eh essa a explicacao?
> > Nas fotos e videos o cogumelo não parece ser tao alto assim
> > e, alem disso,
> > em explosoes bem menores (como as de carros) eh comum
> > formarem-se esses
> > cogumelos tambem...
> >
> > Well, sem grandes contribuicoes,
> >
> > bye,
> > Stafusa
> >
> > >
> > > []'s
> > >
> > > JC
> > >
> > > ----- Original Message -----
> > > From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
> > > To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> > > Sent: Tuesday, January 08, 2002 9:28 PM
> > > Subject: [ciencialist] Cogumelo
> > >
> > >
> > > "Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
> > > Dúvida/Sugestão: Porque é que as bombas núcleares ao
> > expludirem tem a forma
> > > de cogumelo?"
> > >
> > > Essa consulente, da pergunta acima, tem 12 anos. Quem sugere uma boa
> > > resposta?
> > >
> > > []'
> > > Léo
> > > ===========
> >
> >
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> > VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> > http://www.ciencialist.hpg.com.br
> > Para sair da lista envie um mail para
> > ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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> >
> > Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
> http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
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> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
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>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: RES: [ciencialist] Cogumelo
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/01/2002 12:27

Posso arriscar uma explicação???

No instante imediatamente após a explosão há
um tremendo deslocamento de ar a partir do
epicentro. Ao afastar a massa de ar, forma-se
um "vácuo" (na verdade é um cilindro de baixa
pressão) ao redor deste epicentro.

Logo em seguida, a massa de ar que foi expulsa
retorna com violência em sentido contrário, na direção
do epicentro. Quando a massa de ar encontra
o epicentro novamente, desloca-se para cima,
pois neste sentido há menor resistência (para baixo há o solo).

Forma-se uma coluna. A massa de ar perde potência e se
dissipa no topo da coluna formando então a cabeça do
cogumelo.

Sei lá, acho que é isso, o que vcs acham?

Espero não ter viajado muito...

[]'s

Alexandre Medeiros



Num ambiente hipotético, sem gravidade, mas com
atmosfera, a explosão forma uma esfera que em
seguida implode em direção ao centro.

> -----Mensagem original-----
> De: Jefferson Stafusa Elias Portela [mailto:stafusa@fisica.ufpr.br]
> Enviada em: Quinta-feira, 10 de Janeiro de 2002 01:55
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Assunto: Re: [ciencialist] Cogumelo
>
>
> On Tue, 8 Jan 2002, Prof. José Carlos wrote:
>
> > Que tal sugerir que ela deixe pingar uma gota de tinta
> (mais densa que a
> > água) em um copo com um pouco de água e observe então o
> padrão que se
> > formará? O fundo do copo atuará como barreira à "queda da
> gota" e esta se
> > dispersará de forma parecida com um cogumelo invertido.
> Nessa altura do
> > campeonato alguém pode dizer a ela que a parte superior da
> atmosfera (não
> > precisa falar em estratosfera) se comporta como uma
> barreira que impede que
> > os gases continuem subindo, formando assim o cogumelo.
>
> Tens certeza de que eh essa a explicacao?
> Nas fotos e videos o cogumelo não parece ser tao alto assim
> e, alem disso,
> em explosoes bem menores (como as de carros) eh comum
> formarem-se esses
> cogumelos tambem...
>
> Well, sem grandes contribuicoes,
>
> bye,
> Stafusa
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> > From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
> > To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> > Sent: Tuesday, January 08, 2002 9:28 PM
> > Subject: [ciencialist] Cogumelo
> >
> >
> > "Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
> > Dúvida/Sugestão: Porque é que as bombas núcleares ao
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> > Essa consulente, da pergunta acima, tem 12 anos. Quem sugere uma boa
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Cogumelo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/01/2002 14:15

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> Acho que se trata de um fenómeno exclusivamente térmico.
> Uma bolha de ar superaquecida sobe, expande e arrefece.
> A forma final depende deste fenómeno de expansão adiabática.
> A razão pela qual expande subitamente a uma determinada
> altitude pode ter a ver com uma inversão no gradiente de
> temperaturas do ar. O tal limite superior da troposfera.

Hmm... Essas explicacoes parecem assumir q. primeiro forma
uma coluna q. vai subindo e depois, la' no alto, uma bola se
espande...

Mas nos filmes nao se nota primeiro formando um domo
proximo ao nivel do solo, q. depois vai subindo ligada
a uma coluna ao centro da explosao?

Nao seria assim: uma bolha se forma no nivel do solo,
ela sobe e com isso cria um "vacuo" q. formara' a coluna
ao "sugar" a poeira de baixo?
(Sim, a bolha continua se expandindo 'a medida em q.
sobe - mas essa expansao nao e' continua, ao inves
de subita?)

(Nao entendo nada de explosoes.)

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Cogumelo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/01/2002 15:07

Dois filmetes sobre explosoes nucleares:

http://www7.cnn.com/SPECIALS/1998/06/ground.zero/video/trinity.html

http://dplweb.virtualave.net/download/nuke.mov

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: Prof. José Carlos <j.c@iname.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/01/2002 18:12

Oi Renato,

As contrações do parto não ocorrem "por causa da dor", tanto que no parto
sem dor (com anestesia) as contrações existem da mesma forma. A dor, nesse
caso, é "dispensável" para o parto em sí, mas só faz sentido falar isso se
considerarmos que esse parto sem dor não é um parto "natural".
A dor tem muitas funções além de incomodar. A dor nos protege de mais dor,
evita que tendamos a manter a causa da dor, nos põe em situação de defesa em
relação ao resto do mundo e, no limite em que a dor é muito intensa, nos
leva a tomar atitudes que não tomaríamos sem ela. No caso do parto o que eu
disse na mensagem anterior é que a dor "auxilia" a mãe a querer que o parto
termine logo, auxilia a comunidade a querer ajudar a mãe, obriga a mãe a
deixar outros afazeres e se "dedicar" ao parto etc. Enfim, a dor não é
apenas uma "consequencia" do parto do ponto de vista evolutivo, mas não é
também uma "causa" do parto, como você sugere com sua pergunta.

É isso,

[]'s

JC

----- Original Message -----
From: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, January 09, 2002 11:58 AM
Subject: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?


--- In ciencialist@y..., Prof. José Carlos <j.c@i...> wrote:
> P.S.: minha opinião pessoal sobre a evolução e a dor do parto é que a dor=

> estimula a mulher a "expulsar" o bebê tão rápido quanto possivel, impedin=
do
> assim maiores complicações advindas do parto mais demorado. Como argument=
o
> favorável destaco o fato de que a dor do parto é um incômodo que "cessa" =
tão
> logo o bebê nasça e, portanto, caracteriza-se como uma "necessidade" para=

> apressar o parto e não como uma "consequência" desagradável do parto em s=
í.

A pergunta q. fica e': nao poderia haver essas contracoes
sem dor? Outros animais parecem nao
sentir tta dor e nao apresentam complicacoes para a
expulsao do bebe. Poderia haver um estimulo da
contracao sem a necessidade de percepcao da dor?
Sera' q. poderia, mas por eventos fortuitos a evolucao
humana seguiu por esse caminho?

Uma resposta do tipo "necessidade" teria
q. trazer um padrao hereditario da percepcao da
dor. Filhas de mulheres q sentem dor tenderiam
a sentir dor, filhas de mulheres q. nao sentem
dor tenderiam a nao sentir dor -- claro isso
isolando-se o componente ambiental.

Uma resposta do tipo "cultura" teria q.
trazer um padrao de heranca cultural
da percepcao da dor.

[]s,

Roberto Takata



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SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: Prof. José Carlos <j.c@iname.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/01/2002 18:16

Oi Nicolau,

Não me parece que as mulheres da sociedade atual sejam significativamente
diferentes das de 5.000 anos atrás do ponto de vista biológico e evolutivo.
O que há hoje em dia é uma "postura" diferente em relaçào não apenas aos
partos, mas também em relação a tudo o resto, motivada pela basicamente
propaganda da sociedade de consumo na qual vivemos. Em outras culturas
mesnos consumistas as coisas ainda são mais parecidas ao que eram a 5.000
anos atrás (e os bebês continuam nascendo).

É isso,

[]'s

JC

----- Original Message -----
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To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, January 09, 2002 12:05 PM
Subject: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?


> > A pergunta q. fica e': nao poderia haver essas
> > contracoes sem dor? Outros animais parecem nao
> > sentir tta dor e nao apresentam complicacoes para a
> > expulsao do bebe.
>
> E será que costumes recentemente integrados a nossa
> cultura não fizeram com que nossas mulheres chegassem
> ao momento do parto sem o preparo necessário?? será
> que não existem hábitos e exercícios a serem feitos
> que diminuam a dor? Pode ser que o problema esteja em
> como estamos fazendo as coisas. Talvez isso de dor no
> parto seja algo recente na história da humanidade...
> (recente = um punhadinho de milêniozinhos)
>
>
> ++nicolau
>
>
>
>
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>



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/01/2002 18:25

Atenção, as pessoas não são totalmente parvas e raramente fazem
coisas contrárias aos seus interesses. Se seguem os apelos da
sociedade de consumo é porque isso é bom para elas. Não acredito
que esse apelo da sociedade de consumo seja assim tão contrário
aos apelos naturais.

Joao
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"Prof. José Carlos" wrote:
>
> Oi Nicolau,
>
> Não me parece que as mulheres da sociedade atual sejam significativamente
> diferentes das de 5.000 anos atrás do ponto de vista biológico e evolutivo.
> O que há hoje em dia é uma "postura" diferente em relaçào não apenas aos
> partos, mas também em relação a tudo o resto, motivada pela basicamente
> propaganda da sociedade de consumo na qual vivemos. Em outras culturas
> mesnos consumistas as coisas ainda são mais parecidas ao que eram a 5.000
> anos atrás (e os bebês continuam nascendo).
>
> É isso,
>
> []'s
>
> JC
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> ----- Original Message -----
> From: "Nicolau Werneck" <nwerneck@yahoo.com.br>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Wednesday, January 09, 2002 12:05 PM
> Subject: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
>
> > > A pergunta q. fica e': nao poderia haver essas
> > > contracoes sem dor? Outros animais parecem nao
> > > sentir tta dor e nao apresentam complicacoes para a
> > > expulsao do bebe.
> >
> > E será que costumes recentemente integrados a nossa
> > cultura não fizeram com que nossas mulheres chegassem
> > ao momento do parto sem o preparo necessário?? será
> > que não existem hábitos e exercícios a serem feitos
> > que diminuam a dor? Pode ser que o problema esteja em
> > como estamos fazendo as coisas. Talvez isso de dor no
> > parto seja algo recente na história da humanidade...
> > (recente = um punhadinho de milêniozinhos)
> >
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> > ++nicolau
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SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: Prof. José Carlos <j.c@iname.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/01/2002 18:26

Só para desfazer outro engano vou responder à sua mensagem e contestar
algumas informações que você fornece nelas,

----- Original Message -----
From: "dra_savat" <dra_savat@bol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, January 09, 2002 1:44 PM
Subject: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?


--- Em ciencialist@y..., Prof. José Carlos <j.c@i...> escreveu

> > Acredito que isso já seja realidade, de certa forma. Muitos
médicos,
> > mulheres e hospitais preferem realizar cesárias por ser mais
rápido e
> > barato. Dessa forma muitas mulheres que não poderiam ter um parto
normal
> > (por possuir bacia estreita, pe) podem ter filhos (e filhas com
bacia
> > estreita com alguma probabilidade)...
>
> Na verdade a "cultura" da cesariana me parece mais como algo
nascido do
> desejo de ganhar dinheiro (já que uma cesárea é sempre mais cara
que um
> parto normal) do que de uma comodidade. Não há comodidade nenhuma
em uma
> cesária, os riscos são maiores do que de um parto normal sem maiores
> complicações e a dor resultante da cirurgia é muito mais prolongada
do que a
> dor de um parto normal (além dos riscos inerentes a qualquer
cirurgia).
> Famílias geralmente mais esclarecidas preferem o parto normal (que
agora
> também pode ser feito com anestesia e, portanto, sem nenhuma dor)
do que o
> parto por cesária. Mas se pensarmos em termos de SUS (e seus
antecessores),
> tanto os médicos (cirurgiões, anestesistas, enfermeiras etc) quanto
os
> hospitais, laboratórios e farmácias ganham muito mais em um parto
por
> cesária do que em um parto normal.
> Como último agravante, assim como temos uma falta aguda de bons
clínicos
> gerais (já que todos os médicos querem ser "especialistas" em
alguma coisa)
> também temos uma falta aguda de bons "parteiros", isto é, médicos
> especialistas em assisterem a partos normais (mesmos os partos mais
> complicados).
>
> É isso.

[Tânia] Só para desfazer um engano, a cesárea não é um procedimento mais
caro
que o parto espontâneo por via baixa, ao contrário, nos partos
gemelares e outros múltiplos, a remuneração destes é maior.

[JC] Eu me referi a partos normais sem complicações que, como você sabe, são
aqueles partos em que não há necessidade de cirurgiões, anestesistas ou
outros profissionais esdecialistas. Nesses partos não há "pós-operatório",
não há necessidade de antibióticos, curativos, nem sedativos, e, por fim, a
internação é apenas por um dia.

[Tania] Esta é a Tabela da AMB (Associação Médica Brasileira)de valores
referenciais de procedimentos médicos que esta em vigor há mais de 5
anos

Parto (via baixa) código 45.08.018-6
Cirurgião: R$ 300,00
Anestesista: R$ 225,00
No parto múltiplo por via baixa (por cada um subseqüente ao inicial)
código 45.08.010-0
Cirurgião: R$ 80,00
Anestesista: R$ 111,00

Cesariana (feto único ou múltiplo) código 45.08.019-4
Cirurgião: R$ 300,00
Anestesista: R$ 225,00

Abraços
Tânia

[JC] Você desconsidera aqui os custos dos medicamentos durante o parto
(anestesia, instrumentos, etc.), os custos do uso de um centro cirúrgico, os
custos dos auxiliares, os sustos da internação prolongada, os custos dos
remédios e curativos pós-operatórios etc. Enfim, sua aritmética é falha ao
considerar o processo todo.

[]'s

JC


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SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/01/2002 18:34

--- In ciencialist@y..., Prof. José Carlos <j.c@i...> wrote:
> Oi Renato,
>
> As contrações do parto não ocorrem "por causa da dor", tanto que no parto=

> sem dor (com anestesia) as contrações existem da mesma forma.

Eu sei, por isso perguntei se nao poderia haver contracoes sem
a dor. Pode ser apenas impressao, mas nos demais animais,
o parto nao parece ser tao dolorido. Se considerarmos q. no
caso de humanos, vivendo em sociedade, as maes ficam
menos expostas, a tal "necessidade" da dor parece ser
menor ainda do q. no caso de animais q. vivem sozinhos
ou mais expostos.

Uma gnu parindo fica extremamente vulneravel ao achaque
de predadores como hienas e leoes.

Essa explicacao para a "necessidade" da dor da' a impressao
de nao ser muito completa.

[]s,

Roberto Takata

A dor, nesse
> caso, é "dispensável" para o parto em sí, mas só faz sentido falar isso s=
e
> considerarmos que esse parto sem dor não é um parto "natural".
> A dor tem muitas funções além de incomodar. A dor nos protege de mais dor=
,
> evita que tendamos a manter a causa da dor, nos põe em situação de defesa=
em
> relação ao resto do mundo e, no limite em que a dor é muito intensa, nos
> leva a tomar atitudes que não tomaríamos sem ela. No caso do parto o que =
eu
> disse na mensagem anterior é que a dor "auxilia" a mãe a querer que o par=
to
> termine logo, auxilia a comunidade a querer ajudar a mãe, obriga a mãe a
> deixar outros afazeres e se "dedicar" ao parto etc. Enfim, a dor não é
> apenas uma "consequencia" do parto do ponto de vista evolutivo, mas não é=

> também uma "causa" do parto, como você sugere com sua pergunta.
>
> É isso,
>
> []'s
>
> JC




SUBJECT: Re: [ciencialist] Cogumelo
FROM: Prof. José Carlos <j.c@iname.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/01/2002 18:36

Eu não disse que essa era "toda" explicação, mas se você quiser explicar de
outra forma para a menininha pode fazê-lo diretamente sem encher o meu saco.

[]'s

JC

----- Original Message -----
From: "Jefferson Stafusa Elias Portela" <stafusa@fisica.ufpr.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, January 10, 2002 10:54 AM
Subject: Re: [ciencialist] Cogumelo


On Tue, 8 Jan 2002, Prof. José Carlos wrote:

> Que tal sugerir que ela deixe pingar uma gota de tinta (mais densa que a
> água) em um copo com um pouco de água e observe então o padrão que se
> formará? O fundo do copo atuará como barreira à "queda da gota" e esta se
> dispersará de forma parecida com um cogumelo invertido. Nessa altura do
> campeonato alguém pode dizer a ela que a parte superior da atmosfera (não
> precisa falar em estratosfera) se comporta como uma barreira que impede
que
> os gases continuem subindo, formando assim o cogumelo.

Tens certeza de que eh essa a explicacao?
Nas fotos e videos o cogumelo não parece ser tao alto assim e, alem disso,
em explosoes bem menores (como as de carros) eh comum formarem-se esses
cogumelos tambem...

Well, sem grandes contribuicoes,

bye,
Stafusa

>
> []'s
>
> JC
>
> ----- Original Message -----
> From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Tuesday, January 08, 2002 9:28 PM
> Subject: [ciencialist] Cogumelo
>
>
> "Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
> Dúvida/Sugestão: Porque é que as bombas núcleares ao expludirem tem a
forma
> de cogumelo?"
>
> Essa consulente, da pergunta acima, tem 12 anos. Quem sugere uma boa
> resposta?
>
> []'
> Léo
> ===========


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SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: Prof. José Carlos <j.c@iname.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/01/2002 18:41

E eu não disse que são, nem que não são, certo?

[]'s

JC

----- Original Message -----
From: "João Mário Miranda" <jmiranda@explicacoes.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, January 10, 2002 6:25 PM
Subject: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?


Atenção, as pessoas não são totalmente parvas e raramente fazem
coisas contrárias aos seus interesses. Se seguem os apelos da
sociedade de consumo é porque isso é bom para elas. Não acredito
que esse apelo da sociedade de consumo seja assim tão contrário
aos apelos naturais.

Joao
http://www.nonio.com

"Prof. José Carlos" wrote:
>
> Oi Nicolau,
>
> Não me parece que as mulheres da sociedade atual sejam significativamente
> diferentes das de 5.000 anos atrás do ponto de vista biológico e
evolutivo.
> O que há hoje em dia é uma "postura" diferente em relaçào não apenas aos
> partos, mas também em relação a tudo o resto, motivada pela basicamente
> propaganda da sociedade de consumo na qual vivemos. Em outras culturas
> mesnos consumistas as coisas ainda são mais parecidas ao que eram a 5.000
> anos atrás (e os bebês continuam nascendo).
>
> É isso,
>
> []'s
>
> JC
>
> ----- Original Message -----
> From: "Nicolau Werneck" <nwerneck@yahoo.com.br>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Wednesday, January 09, 2002 12:05 PM
> Subject: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
>
> > > A pergunta q. fica e': nao poderia haver essas
> > > contracoes sem dor? Outros animais parecem nao
> > > sentir tta dor e nao apresentam complicacoes para a
> > > expulsao do bebe.
> >
> > E será que costumes recentemente integrados a nossa
> > cultura não fizeram com que nossas mulheres chegassem
> > ao momento do parto sem o preparo necessário?? será
> > que não existem hábitos e exercícios a serem feitos
> > que diminuam a dor? Pode ser que o problema esteja em
> > como estamos fazendo as coisas. Talvez isso de dor no
> > parto seja algo recente na história da humanidade...
> > (recente = um punhadinho de milêniozinhos)
> >
> >
> > ++nicolau
> >
> >
> >
> >
>
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joão
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SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: Prof. José Carlos <j.c@iname.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/01/2002 18:50


Eu sei, por isso perguntei se nao poderia haver contracoes sem
a dor. Pode ser apenas impressao, mas nos demais animais,
o parto nao parece ser tao dolorido. Se considerarmos q. no
caso de humanos, vivendo em sociedade, as maes ficam
menos expostas, a tal "necessidade" da dor parece ser
menor ainda do q. no caso de animais q. vivem sozinhos
ou mais expostos.

Uma gnu parindo fica extremamente vulneravel ao achaque
de predadores como hienas e leoes.

Essa explicacao para a "necessidade" da dor da' a impressao
de nao ser muito completa.

[]s,

Roberto Takata

[JC] Considero que a natureza tenha mais razões para que a tal dor exista do
nós para contestá-la. O argumento da necessidade advém de que se assim não
fosse seria pouco natural a existência de tal dor, logo, como somos mais
naturais do que brilhantes em nossas explicações, e temos dores no parto,
suponho que ela deva ter uma "razão natural de ser", o que, em outras
palavras, significa dizer que ela deva ser uma "necessidade do processo
evolutivo". Outros ainamis não a tem da mesma forma porque são "outros"
animais e, portanto, não participam no "nosso" processo evolutivo direto,
não havendo para esses a "mesma necessidade".
Não afirmo que a necessidade da dor do parto seja a única explicação para
ela, mas afirmo que tal necessidade existe quase que por uma constatação
óbvia (sua existência!) além dessa ser a "minha" opinião" (que não é decreto
lei, mas as vezes está certa).

[]'s

JC




SUBJECT: Re: [ciencialist] Cogumelo
FROM: Prof. José Carlos <j.c@iname.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/01/2002 18:54

Desculpe-me pelo "encher o meu saco".

----- Original Message -----
From: "Prof. José Carlos" <j.c@iname.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, January 10, 2002 6:36 PM
Subject: Re: [ciencialist] Cogumelo


> Eu não disse que essa era "toda" explicação, mas se você quiser explicar
de
> outra forma para a menininha pode fazê-lo diretamente sem encher o meu
saco.
>
> []'s
>
> JC
>
> ----- Original Message -----
> From: "Jefferson Stafusa Elias Portela" <stafusa@fisica.ufpr.br>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Thursday, January 10, 2002 10:54 AM
> Subject: Re: [ciencialist] Cogumelo
>
>
> On Tue, 8 Jan 2002, Prof. José Carlos wrote:
>
> > Que tal sugerir que ela deixe pingar uma gota de tinta (mais densa que a
> > água) em um copo com um pouco de água e observe então o padrão que se
> > formará? O fundo do copo atuará como barreira à "queda da gota" e esta
se
> > dispersará de forma parecida com um cogumelo invertido. Nessa altura do
> > campeonato alguém pode dizer a ela que a parte superior da atmosfera
(não
> > precisa falar em estratosfera) se comporta como uma barreira que impede
> que
> > os gases continuem subindo, formando assim o cogumelo.
>
> Tens certeza de que eh essa a explicacao?
> Nas fotos e videos o cogumelo não parece ser tao alto assim e, alem disso,
> em explosoes bem menores (como as de carros) eh comum formarem-se esses
> cogumelos tambem...
>
> Well, sem grandes contribuicoes,
>
> bye,
> Stafusa
>
> >
> > []'s
> >
> > JC
> >
> > ----- Original Message -----
> > From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
> > To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> > Sent: Tuesday, January 08, 2002 9:28 PM
> > Subject: [ciencialist] Cogumelo
> >
> >
> > "Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
> > Dúvida/Sugestão: Porque é que as bombas núcleares ao expludirem tem a
> forma
> > de cogumelo?"
> >
> > Essa consulente, da pergunta acima, tem 12 anos. Quem sugere uma boa
> > resposta?
> >
> > []'
> > Léo
> > ===========
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>
>
>



SUBJECT: Morte encefalica: Governador Olivio Dutra veta lei transplantadora no RS
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/01/2002 19:14

Direito_Saúde e Bioética -- 09.01.2002
Direitos Humanos
Direito Constitucional
Direito Trabalhista
Artigos Jurídicos_Temas Sociais

________________________________________

Comentários à notícia do Jornalista Celso Bender:

"Transplantes prejudicados por veto do governador Olívio Dutra"
________________________________________________


Ao contrário do que é afirmado
nessa nota à imprensa,
o Governador Olívio Dutra agiu
corretamente em seu veto.



Desde meados da década passada,
vem sendo mais do que provado, por demonstrações
e publicações neurocientíficas internacionais, e na prática
clínica dos hospitais de diversos países, também levadas
para conhecimento e questionamento na via Judicial no Brasil,
que os transplantes são feitos com base na *antecipação*
da declaração de morte encefálica
do doador ( mediante seu homicidio, portanto ),
em conjunto com a omissão na exaustão dos recursos
neurológicos para salvar a vida do traumatizado encefálico
severo. Recursos de baixísimo custo e que, hoje em dia,
alcançam uma eficácia muito grande ( uso da hipotermia
e do coma barbitúrico ) na recuperação desses pacientes
destinados a servirem como fontes de órgãos.



Antes de derrubarem o veto do governador do Estado,
como antecipa a nota à imprensa de Celso Bender,
a Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul será judicialmente
interpelada com as provas de que a morte encefálica,
tal como praticada para fins transplantadores,
é uma grande fraude da Medicina, visando ao lucro apenas,
como já foi dito, e o confronto e denúncia do genocídio
que vem sendo praticado em nome dos transplantes de órgãos vitais
avançará mais uma importante etapa.



O mesmo ocorrerá com a Câmara de Vereadores,
onde o Vereador Oliboni ( PT ) encaminhou projeto
de lei para criar a "Semana dos Transplantes".
Oliboni é uma liderança eleita em Porto Alegre
que ainda desconhece o que significa transplante para a população
carente: significa a morte dessa população pela pressão
dos transplantadores na *antecipação* da declaração da
morte encefálica, quando pessoas ingressarem em hospitais
com diagnóstico de traumatismo encefálico severo.



Nos links colocados após a notícia a seguir transcrita,
encontra-se o material neurocientífico que analisa a questão
morte encefálica versus transplantes de órgãos vitais.



Para quem possuir interesse,
posso enviar a Interpelação Judicial que gerou,
dentro do Ministério Público, Sindicância contra o Conselho
Federal de Medicina pela edição da Resolução 1.480/97, onde estão
os critérios homicidas para declaração da morte encefálica,
com o intuito de viabilizar transplantes de órgãos vitais
e o impedimento expresso do devido socorro
ao traumatizado encefálico severo,
quando na maioria dos casos ele ainda pode ser salvo
para uma vida normal.



Mais de uma centena de pessoas
compõem esse grupo que optou por outorgar procuração
para se questionar em Juízo os critérios declaratórios
da determinação do momento da irreversibilidade
da morte encefálica e sua relação oportunista
com os interesses econômicos transplantadores.



Quem tiver interesse em integrar o novo procedimento Judicial,
agora, junto a essas Câmaras, para impedi-las de ceder
ao lobby transplantador, pode fazer contato com o firmatário
( c.galli@terra.com.br ).
Não há custos de qualquer espécie
e o procedimento não é litigioso.



[]'s

Celso Galli Coimbra
OAB_RS 11.252
Porto Alegre
c.galli@terra.com.br
__________________________________________


Tansplantes prejudicados por veto
do governador Olívio Dutra
Por Celso Bender


Hora: 17:59 Data: 08/01/2002


O veto total do governador Olívio Dutra ao projeto
de lei que disciplina a Central de Notificação, Captação
e Distribuição de Órgãos no Rio Grande do Sul se dá por
motivos meramente políticos e prejudicará a saúde e a vida
dos gaúchos que dependem de transplantes para continuar
vivendo, afirma o autor da matéria, o deputado
Elmar Schneider (PMDB).



É sabido por todos, que o sistema de transplantes tem problemas
e não melhora por culpa do Governo do Estado.
Foi um clamor das equipes médicas, de transplantados
e dos que esperam por transplantes, dos assistentes sociais
e dos hospitais, que construiu este projeto de lei que a Assembléia
Legislativa aprovou, por 38 votos a 9 , esses de deputados governistas .
Agora, o governador do PT veta alegando frágeis aspectos
de constitucionalidade e, também,
o aspecto da convivência administrativa.



Schneider antecipa que o veto deverá ser derrubado
no reinicio dos trabalhos legislativos deste ano,
como uma obrigação moral dos deputados
frente à situação dos doentes nas listas
de espera por transplante.



O governador alega, no seu veto, que o projeto afeta
a independência e harmonia entre os poderes.
Isso é um absurdo. O governador diz, no seu veto,
que a sua política para transplantes "já está sendo executada
pelo setor estadual competente". Isso soa como uma condenação
aos gaúchos que precisam de transplantes.
Nós vamos continuar lutando para melhorar este quadro.
Vamos insistir no apoio ao grande trabalho
da Central de Transplantes do Estado.



Quando se ergue o Hospital Dom Vicente Scherer,
especializado em transplantes, é lamentável que o governo
gaúcho não queira se somar ao esforço do desenvolvimento
da saúde, dizendo não a vida- afirma
o deputado Elmar Schneider.


=============
LINKS E ENDERECOS
SOBRE MORTE ENCEFALICA ANTECIPADA
PARA FINS DE TRANSPLANTES
=============
Nao se deixe enganar
pela propaganda transplantista.
===
INFORME-SE:
apenas a *Medicina Preventiva* de baixo custo
ja seria suficiente para evitar a necessidade de
80% de transplantes previsiveis, com origem em declaracoes
de mortes encefalicas *antecipadas*
para fins de retirada de orgaos vitais.
===
ARTIGO:
"Falhas no Diagnostico da Morte Cerebral",
publicado na Revista CIENCIA HOJE,
número 161, junho de 2000:
http://www.uol.com.br/cienciahoje/chmais/pass/ch161/morte.pdf
===
ARTIGOS
cientificos no site da UNIFESP:
http://www.unifesp.br/dneuro/textos.htm
===
ARTIGO:
"Morte Encefalica"
http://www.unifesp.br/dneuro/mortencefalica.htm
===
DEMONSTRACAO
cientifica dos efeitos mortais do teste
da APNEIA, imposto pelo CFM para
declaracao da morte encefalica que
pretende diagnosticar:
http://www.unifesp.br/dneuro/apnea.htm
===
ARTIGO:
em ingles sobre a importancia da
*Penumbra Isquemica* para a declaracao
da morte encefalica:
http://www.unifesp.br/dneuro/brdeath.html
===
MANIFESTACOES PUBLICAS
da comunidade neurocientifica internacional
contraria aos criterios declaratorios
da morte encefalica.
NAO EH VERDADE QUE HA CONSENSO
internacional na declaracao de morte encefalica,
confirme o que dizem os neurocientistas em:
http://www.unifesp.br/dneuro/opinioes.htm
===
DEBATE
internacional da comunidade neurocientifica
sobre os erros declaratorios da morte encefalica
na Revista Cientifica BMJ:
http://www.bmj.com/cgi/eletters/320/7244/1266
===
PARA ler os artigos sobre
morte encefalica em Direito_Saude:
http://www.yahoogroups.com/files/direito_saude/
===
INSCRICAO, enviar mensagem em branco para:
direito_saude-subscribe@yahoogroups.com
===
PARA outras finalidades acessar
a pagina principal deste Grupo:
http://www.yahoogroups.com/group/direito_saude
===







SUBJECT: Re: [ciencialist] Cogumelo
FROM: Prof. José Carlos <j.c@iname.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/01/2002 19:15

Já pedi desculpas compadre. E as reforço agora.

[]'s

JC

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, January 10, 2002 7:23 PM
Subject: Re: [ciencialist] Cogumelo


Prof. José Carlos,

Quem apresentou algum 'senão' á sua descrição foi o amigo Stafusa e vc
respondeu 'com certa malcriacão' como se fosse ele a enviar a resposta final
á consulente.

Quem solicitou sugestões para a questão fui eu (Léo) e continuo agradecendo
ás participações. Mas, seriamente, dispenso as grosserias.

[]'
Léo
===============
-----Mensagem Original-----
De: "Prof. José Carlos" <j.c@iname.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 10 de janeiro de 2002 18:36
Assunto: Re: [ciencialist] Cogumelo


| Eu não disse que essa era "toda" explicação, mas se você quiser explicar
de
| outra forma para a menininha pode fazê-lo diretamente sem encher o meu
saco.
|
| []'s
|
| JC
|
| ----- Original Message -----
| From: "Jefferson Stafusa Elias Portela" <stafusa@fisica.ufpr.br>
| To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
| Sent: Thursday, January 10, 2002 10:54 AM
| Subject: Re: [ciencialist] Cogumelo
|
|
| On Tue, 8 Jan 2002, Prof. José Carlos wrote:
|
| > Que tal sugerir que ela deixe pingar uma gota de tinta (mais densa que a
| > água) em um copo com um pouco de água e observe então o padrão que se
| > formará? O fundo do copo atuará como barreira à "queda da gota" e esta
se
| > dispersará de forma parecida com um cogumelo invertido. Nessa altura do
| > campeonato alguém pode dizer a ela que a parte superior da atmosfera
(não
| > precisa falar em estratosfera) se comporta como uma barreira que impede
| que
| > os gases continuem subindo, formando assim o cogumelo.
|
| Tens certeza de que eh essa a explicacao?
| Nas fotos e videos o cogumelo não parece ser tao alto assim e, alem disso,
| em explosoes bem menores (como as de carros) eh comum formarem-se esses
| cogumelos tambem...
|
| Well, sem grandes contribuicoes,
|
| bye,
| Stafusa
|
| >
| > []'s
| >
| > JC
| >
| > ----- Original Message -----
| > From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
| > To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
| > Sent: Tuesday, January 08, 2002 9:28 PM
| > Subject: [ciencialist] Cogumelo
| >
| >
| > "Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
| > Dúvida/Sugestão: Porque é que as bombas núcleares ao expludirem tem a
| forma
| > de cogumelo?"
| >
| > Essa consulente, da pergunta acima, tem 12 anos. Quem sugere uma boa
| > resposta?
| >
| > []'
| > Léo
| > ===========
|
|
| &&& --- &&&
| VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
| http://www.ciencialist.hpg.com.br
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| http://br.yahoo.com/info/utos.html
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|
|
|
|
| &&& --- &&&
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SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: Prof. José Carlos <j.c@iname.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/01/2002 19:21

Beleza Roberto, vamos começar pelo começo então.
Eu avisei que perdi o começo da discussão na minha primeira mensagem sobre o
assunto e, portanto, se perdi alguma informação importante sobre o
conhecimento da dor no parto entre o resto dos animais agradeceria se me
esclarecesse.
Não disse que cada caso é um caso e sim que cada espécie é uma espécie. Se
você aceita que as espécies são diferentes (?) e que, portanto tem
necessidades, características e descrições diferentes, então dá para
continuarmos conversando, do contrário eu passo a vez.
Como perdi o começo da discussão seria legal você me colocar a par da
questão original e das conclusões a que já se chegou. Acho que a partir daí
podemos falar a mesma língua com mais facilidade, ok?

[]'s

JC


----- Original Message -----
From: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, January 10, 2002 7:21 PM
Subject: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?


--- In ciencialist@y..., Prof. José Carlos <j.c@i...> wrote:
> [JC] Considero que a natureza tenha mais razões para que a tal dor exista=
do
> nós para contestá-la. O argumento da necessidade advém de que se assim nã=
o
> fosse seria pouco natural a existência de tal dor, logo, como somos mais
> naturais do que brilhantes em nossas explicações, e temos dores no parto,=

> suponho que ela deva ter uma "razão natural de ser", o que, em outras
> palavras, significa dizer que ela deva ser uma "necessidade do processo
> evolutivo". Outros ainamis não a tem da mesma forma porque são "outros"
> animais e, portanto, não participam no "nosso" processo evolutivo direto,=

> não havendo para esses a "mesma necessidade".
> Não afirmo que a necessidade da dor do parto seja a única explicação para=

> ela, mas afirmo que tal necessidade existe quase que por uma constatação
> óbvia (sua existência!) além dessa ser a "minha" opinião" (que não é decr=
eto
> lei, mas as vezes está certa).

O fato de algo existir nao implica em sua necessidade,
pode ser algo fortuito. Uma explicacao como efeito
colateral por causa da relacao abertura da bacia/
diametro da cabeca do bebe e' do tipo fortuito,
mas nao e' menos logico por isso.

Apenas descartar afirmando q. cada caso e' um caso
parece ser pouco esclarecedor. Se vamos descartar
a tal "necessidade" dos outros animais pelo fato
de tais necessidades serem diferentes, teriamos q.
ter q. tais necessidades sao diferentes de fato.

Podemos argumentar q. sao organismos diferentes,
portanto tEm necessidades diferentes. Mas podemos
argumentar tbm q. sao situacoes semelhantes, de
forma q. as necessidades deveriam ser semelhantes:
"solucoes" fluido-dinamicas sempre convergem para
formatos semelhantes: aves e pterossauros, peixes
e baleias, por exemplo.
(E' claro q. sempre se pode argumentar... Mas parece
ser um duvida razoavel de se considerar.)

[]s,

Roberto Takata



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SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/01/2002 19:21

--- In ciencialist@y..., Prof. José Carlos <j.c@i...> wrote:
> [JC] Considero que a natureza tenha mais razões para que a tal dor exista=
do
> nós para contestá-la. O argumento da necessidade advém de que se assim nã=
o
> fosse seria pouco natural a existência de tal dor, logo, como somos mais
> naturais do que brilhantes em nossas explicações, e temos dores no parto,=

> suponho que ela deva ter uma "razão natural de ser", o que, em outras
> palavras, significa dizer que ela deva ser uma "necessidade do processo
> evolutivo". Outros ainamis não a tem da mesma forma porque são "outros"
> animais e, portanto, não participam no "nosso" processo evolutivo direto,=

> não havendo para esses a "mesma necessidade".
> Não afirmo que a necessidade da dor do parto seja a única explicação para=

> ela, mas afirmo que tal necessidade existe quase que por uma constatação
> óbvia (sua existência!) além dessa ser a "minha" opinião" (que não é decr=
eto
> lei, mas as vezes está certa).

O fato de algo existir nao implica em sua necessidade,
pode ser algo fortuito. Uma explicacao como efeito
colateral por causa da relacao abertura da bacia/
diametro da cabeca do bebe e' do tipo fortuito,
mas nao e' menos logico por isso.

Apenas descartar afirmando q. cada caso e' um caso
parece ser pouco esclarecedor. Se vamos descartar
a tal "necessidade" dos outros animais pelo fato
de tais necessidades serem diferentes, teriamos q.
ter q. tais necessidades sao diferentes de fato.

Podemos argumentar q. sao organismos diferentes,
portanto tEm necessidades diferentes. Mas podemos
argumentar tbm q. sao situacoes semelhantes, de
forma q. as necessidades deveriam ser semelhantes:
"solucoes" fluido-dinamicas sempre convergem para
formatos semelhantes: aves e pterossauros, peixes
e baleias, por exemplo.
(E' claro q. sempre se pode argumentar... Mas parece
ser um duvida razoavel de se considerar.)

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Cogumelo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/01/2002 19:23

Prof. José Carlos,

Quem apresentou algum 'senão' á sua descrição foi o amigo Stafusa e vc respondeu 'com certa malcriacão' como se fosse ele a enviar a resposta final á consulente.

Quem solicitou sugestões para a questão fui eu (Léo) e continuo agradecendo ás participações. Mas, seriamente, dispenso as grosserias.

[]'
Léo
===============
-----Mensagem Original-----
De: "Prof. José Carlos" <j.c@iname.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 10 de janeiro de 2002 18:36
Assunto: Re: [ciencialist] Cogumelo


| Eu não disse que essa era "toda" explicação, mas se você quiser explicar de
| outra forma para a menininha pode fazê-lo diretamente sem encher o meu saco.
|
| []'s
|
| JC
|
| ----- Original Message -----
| From: "Jefferson Stafusa Elias Portela" <stafusa@fisica.ufpr.br>
| To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
| Sent: Thursday, January 10, 2002 10:54 AM
| Subject: Re: [ciencialist] Cogumelo
|
|
| On Tue, 8 Jan 2002, Prof. José Carlos wrote:
|
| > Que tal sugerir que ela deixe pingar uma gota de tinta (mais densa que a
| > água) em um copo com um pouco de água e observe então o padrão que se
| > formará? O fundo do copo atuará como barreira à "queda da gota" e esta se
| > dispersará de forma parecida com um cogumelo invertido. Nessa altura do
| > campeonato alguém pode dizer a ela que a parte superior da atmosfera (não
| > precisa falar em estratosfera) se comporta como uma barreira que impede
| que
| > os gases continuem subindo, formando assim o cogumelo.
|
| Tens certeza de que eh essa a explicacao?
| Nas fotos e videos o cogumelo não parece ser tao alto assim e, alem disso,
| em explosoes bem menores (como as de carros) eh comum formarem-se esses
| cogumelos tambem...
|
| Well, sem grandes contribuicoes,
|
| bye,
| Stafusa
|
| >
| > []'s
| >
| > JC
| >
| > ----- Original Message -----
| > From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
| > To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
| > Sent: Tuesday, January 08, 2002 9:28 PM
| > Subject: [ciencialist] Cogumelo
| >
| >
| > "Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
| > Dúvida/Sugestão: Porque é que as bombas núcleares ao expludirem tem a
| forma
| > de cogumelo?"
| >
| > Essa consulente, da pergunta acima, tem 12 anos. Quem sugere uma boa
| > resposta?
| >
| > []'
| > Léo
| > ===========
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SUBJECT: Re: Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/01/2002 19:58

--- In ciencialist@y..., Prof. José Carlos <j.c@i...> wrote:
> assunto e, portanto, se perdi alguma informação importante sobre o
> conhecimento da dor no parto entre o resto dos animais agradeceria se me
> esclarecesse.

A suposicao primordial foi a de q os animais
em geral nao sentem dor no parto e os humanos
sim.

Considerando-se isso como fruto de eventos
evolutivos, qual seria uma explicacao possivel?

Esse foi o questionamento de um de nosso
colegas da lista.

> Não disse que cada caso é um caso e sim que cada espécie é uma espécie.

E' a mesma coisa no contexto. Ate' porq. estamos
comparando a situacao humana com a de outros animais.

> Se você aceita que as espécies são diferentes (?) e que, portanto tem
> necessidades, características e descrições diferentes, então dá para
> continuarmos conversando, do contrário eu passo a vez.

Sim, de modo geral tEm caracteristicas diferentes
e necessidades diferentes. Mas apresentam
tbm caracteristicas e necessidades similares:
por exemplo, estamos considerando os mamiferos --
todos apresentam uma fase em q. mamam.
E estamos considerando uma situacao especifica:
o parto -- a viviparidade dos eumetaterios.

Podemos considerar um modelo padrao de
funcionamento dos rins para os mamiferos --
o fato de cada especie ser uma especie
diferente nao traz dificuldades para a generalizacao
desse modelo. Existem pequenas diferencas
e entao para explica'-las temos q. entender
o q. esta' por tras dessas diferencas: certamente
nao e' apenas por serem de especies diferentes --
tto mais q. o parto nao e' uma caracteristica
q. apareceu de modo independente entre os
mamiferos: e' uma caracteristica q. todos
herdaram de algum ancestral em comum.

Se a dor do parto e' algo genetico (nosso
colega Marco Aurelio tem uma visao diferente),
podemos analisar o padrao de distribuicao
dessa caracteristicas entre os grupos de
animais (leia-se mamiferos eumetaterios) e
verificar se a condicao 'sentir dor' e' uma
caracteristica q. estava no ancestral ou
se ela surgiu depois em alguma linhagem
dentre os mamiferos. E com isso tentar
descobrir algum fator q. tenha condicionado
essa caracteristica.

Toda a linha de discussao esta' armazenada
no arquivo da lista e pode ser lida em:

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/messages/12257?threaded=1

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: Prof. José Carlos <j.c@iname.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/01/2002 20:26

Oi Roberto,

[Roberto] A suposicao primordial foi a de q os animais
em geral nao sentem dor no parto e os humanos
sim.

[JC] Isso não me parece ser verdadeiro. Tenho cachorros e as cachorras
sempre sentiram dor durante seus partos. O problema talvez seja como os
outros animais manisfestam a dor que sentem.

[Roberto] Considerando-se isso como fruto de eventos
evolutivos, qual seria uma explicacao possivel?

[JC] Não considero a suposiçào inicial verdadeira.

[Roberto] Esse foi o questionamento de um de nosso
colegas da lista.

> Não disse que cada caso é um caso e sim que cada espécie é uma espécie.

[Roberto] E' a mesma coisa no contexto. Ate' porq. estamos
comparando a situacao humana com a de outros animais.

[JC] Não penso assim. Acho que diferentes espécies tem estratérias
evolutivas diferentes embora existam semelhanças em alguns processos.

> Se você aceita que as espécies são diferentes (?) e que, portanto tem
> necessidades, características e descrições diferentes, então dá para
> continuarmos conversando, do contrário eu passo a vez.

[Roberto] Sim, de modo geral tEm caracteristicas diferentes
e necessidades diferentes. Mas apresentam
tbm caracteristicas e necessidades similares:
por exemplo, estamos considerando os mamiferos --
todos apresentam uma fase em q. mamam.
E estamos considerando uma situacao especifica:
o parto -- a viviparidade dos eumetaterios.

[JC] No que se refere a "dor no parto" não vejo como supor que apenas o ser
humano a tenha. Como você mesmo diz, se os mamíferos mamam, e isso é uma
característica comum, então os que apresentam um parto similar ao humano
também podem ter algumas características do parto humano, como a dor. Da
mesma forma, assim como diferentes animais reagem de forma distinta à dor,
também é de se esperar que o mesmo se dê quanto à "dor no parto".

[ Roberto] Podemos considerar um modelo padrao de
funcionamento dos rins para os mamiferos --
o fato de cada especie ser uma especie
diferente nao traz dificuldades para a generalizacao
desse modelo. Existem pequenas diferencas
e entao para explica'-las temos q. entender
o q. esta' por tras dessas diferencas: certamente
nao e' apenas por serem de especies diferentes --
tto mais q. o parto nao e' uma caracteristica
q. apareceu de modo independente entre os
mamiferos: e' uma caracteristica q. todos
herdaram de algum ancestral em comum.

[JC] O fato de que diferentes espécies têm órgãos similares não implica que
esses órgãos funcionem de maneira exatamente igual, nem que tenham
exatamente as mesmas funções, nem que sirvam exatamente à mesma estratégia
evolutiva. O parto é uma estratégia evolutiva que, assim como os órgãos dos
animais, se diferencia em cada espécie em função de outras características.
Não vejo dificuldade em concluir isso.

[Roberto] Se a dor do parto e' algo genetico (nosso
colega Marco Aurelio tem uma visao diferente),
podemos analisar o padrao de distribuicao
dessa caracteristicas entre os grupos de
animais (leia-se mamiferos eumetaterios) e
verificar se a condicao 'sentir dor' e' uma
caracteristica q. estava no ancestral ou
se ela surgiu depois em alguma linhagem
dentre os mamiferos. E com isso tentar
descobrir algum fator q. tenha condicionado
essa caracteristica.

[JC] Até o momento vejo a dor no parto como uma estratégia evolutiva, mas
não estou com isso dizendo que ela é, por si só, uma necessidade ou uma
vantagem evolutiva. Como disse nas outras mensagens é possível encontrar na
"dor no parto" elementos vantajosos (ainda que doloridos :o)), mas para isso
é preciso considerar a evolução do ser humano durante um período de tempo
relativamente grande e não pensar apenas no ser humano atual (que dispõe de
recursos tecnológicos e traços comportamentais bem distintos daqueles que
possuia a 20.000 anos atrás).

[Roberto] Toda a linha de discussao esta' armazenada
no arquivo da lista e pode ser lida em:

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/messages/12257?threaded=1

[JC] Grato.

[]s,

Roberto Takata

[]'s

JC

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SUBJECT: daN
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/01/2002 23:31

Enquanto o 'cogumelo' se forma, vamos a outra:

"Caro Professor

Estive visitanto o site de "FEIRAS DE CIÊNCIAS", a procura de "o que é daN" ?

Já consultei três livros de física e não encontrei.

Gostaria de saber, se possível, o que é: daN, levando-se em conta as Leis de Newton.

É que tenho alguns desenhos, ITALIANOS, de instalação de equipamentos, mais precisamente de elevadores, que me indicam algumas reações em "daN". Aqui no Brasil indicamos em "N".


Grato

Cordialmente,

Ricardo Ventura"

Recebo média de 30 consultas/dia (essa semana caiu um pouco a média ... ufa!) e procuro dar as respostas com o máximo de cuidado (vcs já devem ter percebido isso). E haja tempo! Essa semana o Imperdível só avançou 5 tópicos novos (estroboscopia, fonte AC/DC e um 'tratado' de questões de queda livre). Estou trabalhando em "velocidade limite" (com um experimento com uma garrafa PET de 300 ml caindo dentro de um tubo de plástico de diâmetro quase igual ao da garrafa ... uma beleza!) de gotas d'água, para-quedas etc.

Bem, quem tiver sugestão para o consulente acima manda ver!
Será que esse "daN" é decanewton?

[]'
Léo
================



SUBJECT: Re: [ciencialist] daN
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/01/2002 00:42

Levando em frente a hipótese que 'daN' é decanewtons vem 1 daN = 10 N ~ 1 kgf.

A rigor 1 kgf = 9,806 65 N, mas a idéia é boa.

Trabalhando com daN ~ kgf fica mais 'intuitiva' a intensidade da força uma vez que, nessa aproximação, o peso (ou a força) é numericamente igual á massa. "Num local onde g é normal o número que mede a massa em quilogramas é o mesmo que mede o peso em quilogramas-força".

Dessa igualdade numérica é que deriva as frases sem sentido tais como "eu peso 50 quilos". Falando corretamente deveria dizer "minha massa é de 50 quilogramas" ou "eu peso 50 quilogramas-força".

será essa a idéia do 'daN' ?

[]'
Léo
==============
-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 10 de janeiro de 2002 23:31
Assunto: [ciencialist] daN


Enquanto o 'cogumelo' se forma, vamos a outra:

"Caro Professor

Estive visitanto o site de "FEIRAS DE CIÊNCIAS", a procura de "o que é daN" ?

Já consultei três livros de física e não encontrei.

Gostaria de saber, se possível, o que é: daN, levando-se em conta as Leis de Newton.

É que tenho alguns desenhos, ITALIANOS, de instalação de equipamentos, mais precisamente de elevadores, que me indicam algumas reações em "daN". Aqui no Brasil indicamos em "N".


Grato

Cordialmente,

Ricardo Ventura"

Recebo média de 30 consultas/dia (essa semana caiu um pouco a média ... ufa!) e procuro dar as respostas com o máximo de cuidado (vcs já devem ter percebido isso). E haja tempo! Essa semana o Imperdível só avançou 5 tópicos novos (estroboscopia, fonte AC/DC e um 'tratado' de questões de queda livre). Estou trabalhando em "velocidade limite" (com um experimento com uma garrafa PET de 300 ml caindo dentro de um tubo de plástico de diâmetro quase igual ao da garrafa ... uma beleza!) de gotas d'água, para-quedas etc.

Bem, quem tiver sugestão para o consulente acima manda ver!
Será que esse "daN" é decanewton?

[]'
Léo
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SUBJECT: Re: RES: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: "dra_savat" <dra_savat@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/01/2002 09:55



--- Em ciencialist@y..., Prof. José Carlos <j.c@i...> escreveu
> Só para desfazer outro engano vou responder à sua mensagem e
contestar
> algumas informações que você fornece nelas,

[Tânia] Removi partes da msg original para não ficar difícil de
entender onde discordo .A msg a que me refiro é a 12307
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/12307


>>>[JC] Na verdade a "cultura" da cesariana me parece mais como algo
nascido do desejo de ganhar dinheiro (já que uma cesárea é sempre
mais cara que um parto normal) do que de uma comodidade....

... Mas se pensarmos em termos de SUS (e seus antecessores), tanto os
médicos (cirurgiões, anestesistas, enfermeiras etc) quanto os
hospitais, laboratórios e farmácias ganham muito mais em um parto
por cesária do que em um parto normal.

>> [Tânia] Só para desfazer um engano, a cesárea não é um
procedimento mais caro que o parto espontâneo por via baixa, ao
contrário, nos partos gemelares e outros múltiplos, a remuneração
destes é maior.

> [JC] Eu me referi a partos normais sem complicações que, como você
sabe, são aqueles partos em que não há necessidade de cirurgiões,
anestesistas ou outros profissionais esdecialistas. Nesses partos
não há "pós-operatório", não há necessidade de antibióticos,
curativos, nem sedativos, e, por fim, a internação é apenas por um
dia.

[Tânia] Isto a que vc se referiu, recebe o nome técnico de parto
espontâneo por via baixa. A presença do anestesista pode ser
solicitada ou não a critério do médico responsável, independente de
complicações, apenas para alívio da dor.

>> [Tania] Esta é a Tabela da AMB (Associação Médica Brasileira) de
valores referenciais de procedimentos médicos que esta em vigor há
mais de 5 anos
Parto (via baixa) código 45.08.018-6
Cirurgião: R$ 300,00
Anestesista: R$ 225,00
No parto múltiplo por via baixa (por cada um subseqüente ao inicial)
código 45.08.010-0
Cirurgião: R$ 80,00
Anestesista: R$ 111,00

Cesariana (feto único ou múltiplo) código 45.08.019-4
Cirurgião: R$ 300,00
Anestesista: R$ 225,00

> [JC] Você desconsidera aqui os custos dos medicamentos durante o
parto (anestesia, instrumentos, etc.), os custos do uso de um centro
cirúrgico, os custos dos auxiliares, os sustos da internação
prolongada, os custos dos remédios e curativos pós-operatórios etc.
Enfim, sua aritmética é falha ao considerar o processo todo.

[Tânia} Não estou desconsiderando, estou afirmando que vc fez uma
generalização que pode ser lida nos dois primeiro parágrafo desta
msg, incluindo médicos e anestesistas, como &#8220;maiores lucradores&#8221=
;
entre outros, no parto cesáreo. E isto não é verdade!
Como a decisão do tipo do parto cabe ao médico e não ao laboratório,
farmácia e hospitais, vc não pode afirmar que este &#8220;lucro&#8221; é o =

responsável pela &#8220;cultura&#8221; da cesariana.

Outro ponto a ser considerado: como vc mesmo disse, o CUSTO é maior
por conta do serviço hospitalar, farmácia e laboratório. Não há
interesse do SUS e demais convênios saúde em pagar mais. Nos serviços
tendenciosos que têm um número grande de cesáreas há auditorias e
glosas de contas não justificadas. É claro que se vc pega um serviço
que atende apenas gestantes de alto risco o número de cesáreas tende
a 100% e não há o que contestar.

Que há um número maior de cesáreas do que realmente é necessário não
há duvidas, porém os motivos são um pouco mais complexos do que &#8220; o
desejo de ganhar dinheiro&#8221;. Mas isto é assunto que foge à discussão
deste tema, se vc quiser continuar sugiro que mude o assunto da msg .
Abraços
Tânia





SUBJECT: RES: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/01/2002 09:56

> De: João Mário Miranda [mailto:jmiranda@explicacoes.com]
>
> Atenção, as pessoas não são totalmente parvas e raramente fazem
> coisas contrárias aos seus interesses. Se seguem os apelos da
> sociedade de consumo é porque isso é bom para elas. Não acredito
> que esse apelo da sociedade de consumo seja assim tão contrário
> aos apelos naturais.

É isso aí João, é a Lei do Menor Esforço

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Cogumelo
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/01/2002 10:08

Prof. José Carlos wrote:

> Já pedi desculpas compadre. E as reforço agora.

OK, sem problemas.

>
> []'s
>
> JC
>
> Quem solicitou sugestões para a questão fui eu (Léo) e continuo agradecendo
> ás participações. Mas, seriamente, dispenso as grosserias.

Obrigado pela intervenção.

>
> []'
> Léo
> ===============

abbracci,
Stafusa



SUBJECT: O Universo Numa Casca de Noz
FROM: "moacir_schmidt" <moacir.schmidt@softtek.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/01/2002 10:15

Amigos,

Estou lendo "O Universo Numa Casca de Noz", do famoso jogador de
pôquer Stephen Hawking. Mas o dito cujo tem algumas afirmações além
da minha compreensão, por exemplo, na pág 39 ele diz:

"O fato do espectro da radiação de fundo do universo coincidir tão
exatamente com o da radiação de um corpo a 2,7K informa-nos que a
radiação deve ter vindo de regiões opacas às microondas"

Não consegui entender porque cargas d'agua podemos concluir que as
tais regiões seriam opacas as microondas. Estou com a terrível
sensação que alguma coisa bastante óbvia está me escapando...Quem
poderá me ajudar? O Chapolim Colorado?

Abraços,

<Moacir>






SUBJECT: Para a Tânia e corporação
FROM: Prof. José Carlos <j.c@iname.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/01/2002 11:33

Prezada médica,

[Tânia] Que há um número maior de cesáreas do que realmente é necessário não
há duvidas, porém os motivos são um pouco mais complexos do que &#8220; o
desejo de ganhar dinheiro&#8221;. Mas isto é assunto que foge à discussão
deste tema, se vc quiser continuar sugiro que mude o assunto da msg .
Abraços
Tânia

[JC] Sinto informá-la que continuo discondando de sua postura
corporativista. O que move a "cultura da cesárea" é SIM o dinheiro que
médicos, laboratórios, hospitais, farmácias e demais beneficiários do
sistema põem no bolso. E você se esqueceu de dizer que mesmo nos partos do
SUS ainda há médicos que estorquem dinheiro das famílias e que fora do SUS
um parto merréca qualquer não custa menos que R$ 1.500,00.
De resto, se você quer ou não continuar discutindo isso comigo é uma questão
menor, o que não vou engolir é que você venha me dizer que as cesáreas são
"preferíveis" aos partos normais em situações onde eles podem se dar e que,
além disso, têm "custos próximos". Insisto, isso é uma grande mentira.
Quanto a tabela da AMB que você menciona, é um prazer informar a essa lista
que ela custa mais caro para ser adquirida (350,00) do que a cesárea que
você informa custar 300,00 (pagos ao médico). Assim temos uma vaga idéia de
como essa tabela deve estar sendo seguida. :)

JC






SUBJECT: Re: [ciencialist] Cogumelo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/01/2002 12:01

OK, para ambos.
... e tudo retorna ao 'normal', seja lá o que for isso.

Responder ás perguntas dos consulentes com cuidado e tomar mais cuidado ainda com relação ao site nos dá satisfações (além daquela deliciosa massagem no ego) tais como:

>Estimado amigo:
Quero apenas enviar-lhe os meus parabéns pela sua magnífica WEB, que me está a ser muito útil para completar um humilde trabalho sobre um também humilde parque de Aquaciência que existe na minha cidade. A súa página servirá para citar as referências aos aparelhos concretos que se trata de estudar e que procurem a informação que você apresenta.
Com um saúdo desde Ferrol, uma cidade atlântica da Galiza, repito os meus parabéns.
Antón Cortizas."

que recebi hoje.

[]'
Léo
===================
-----Mensagem Original-----
De: "Jefferson Stafusa Elias Portela" <stafusa@fisica.ufpr.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: sexta-feira, 11 de janeiro de 2002 10:08
Assunto: Re: [ciencialist] Cogumelo


Prof. José Carlos wrote:

> Já pedi desculpas compadre. E as reforço agora.

OK, sem problemas.

>
> []'s
>
> JC
>
> Quem solicitou sugestões para a questão fui eu (Léo) e continuo agradecendo
> ás participações. Mas, seriamente, dispenso as grosserias.

Obrigado pela intervenção.

>
> []'
> Léo
> ===============

abbracci,
Stafusa


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SUBJECT: Re: Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/01/2002 12:16

--- In ciencialist@y..., Prof. José Carlos <j.c@i...> wrote:
> [JC] Isso não me parece ser verdadeiro. Tenho cachorros e as cachorras
> sempre sentiram dor durante seus partos. O problema talvez seja como os
> outros animais manisfestam a dor que sentem.

Ok, se isso nao for verdadeiro, muito das especulacoes
feitas ate' o momento nao serao validas.

Embora nos partos de cadelas q, presenciei nunca
tenha notado nenhuma algazarra como costuma ocorrer
em partos humanos. (Nao q. eu tenha presenciado
muitos partos humanos.)

Ha' certa dificuldade em se utilizar observacoes
isoladas como indicios seguros.

> [JC] Não penso assim. Acho que diferentes espécies tem estratérias
> evolutivas diferentes embora existam semelhanças em alguns processos.

O lance e' saber se essas semelhancas ocorrem ou
nao no caso de partos. Se ha' semelhanca tentaremos
entender o q. torna essa semelhanca necessaria:
restricao filetica, restricao construcional ? Se ha' diferencas,
tentaremos entender essas diferencas: sao caracteristicas
adaptativas? sao diferencas casuais?

> [JC] No que se refere a "dor no parto" não vejo como supor que apenas o s=
er
> humano a tenha. Como você mesmo diz, se os mamíferos mamam, e isso é uma
> característica comum, então os que apresentam um parto similar ao humano
> também podem ter algumas características do parto humano, como a dor. Da
> mesma forma, assim como diferentes animais reagem de forma distinta à dor=
,
> também é de se esperar que o mesmo se dê quanto à "dor no parto".

*Podem* apresentar, mas nao necessariamente,
como vc mesmo nota em relacao a outras caracteristicas.
Vc diz q. apresentam similaridades em relacao 'a
dor no parto, se isso for verdadeiro, a pergunta
de nosso colega Paulo Dias pode continuar valendo,
mas certamente a resposta sera' diferente.

> [JC] O fato de que diferentes espécies têm órgãos similares não implica q=
ue
> esses órgãos funcionem de maneira exatamente igual, nem que tenham
> exatamente as mesmas funções, nem que sirvam exatamente à mesma estratégi=
a
> evolutiva. O parto é uma estratégia evolutiva que, assim como os órgãos d=
os
> animais, se diferencia em cada espécie em função de outras característica=
s.
> Não vejo dificuldade em concluir isso.

Bem, mas vc mesmo acha q. no q. se refere 'a
dor no parto as caracteristicas sao iguais (ao
menos similares o suficiente para uma explicacao
geral).

Eu nao disse q. implicava em funcionamento
exatamente igual. Apenas apontei um contra-
exemplo, apenas para concluir q. nao podemos
concluir o contrario tbm: q. necessariamente
sera' diferente.

Ha' dificuldade em se concluir q. necessariamente
havera' essa diferenciacao. Pode haver, como pode
nao haver. Em qq um dos casos podemos tentar
buscar uma explicacao para isso: para a similaridade
ou para a diferenciacao.

> [JC] Até o momento vejo a dor no parto como uma estratégia evolutiva, mas=

> não estou com isso dizendo que ela é, por si só, uma necessidade ou uma
> vantagem evolutiva. Como disse nas outras mensagens é possível encontrar =
na

Se e' uma "estrategia" evolutiva, necessariamente passa
pela questao da vantagem e desvantagem evolutiva.
"Estrategias" evolutivas se referem basicamente a adaptacoes
e como tal nao sao casuais e portanto entram no rol de
"necessidades" - relacoes de causalidade.

O caso e' q. parece q. nao temos muitos
elementos solidos para fechar a questao.
Mesmo com a contribuicao de Marco Aurelio
(q. nao e' o primo do Collor), fica faltando
uma analise do padrao de herenca genetica
e cultural. Nao q. essa questao esteja em aberto
entre os especialistas -- alguem ja' deve ter estudado
isso a fundo.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Cogumelo
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/01/2002 12:30

Penso que o Léo mandou o mail para a lista para que uma resposta
adequada surgisse ou ao menos para que houvesse discussão a respeito.
Creio que ele não queria apenas que lhe mandassem respostas prontas para
ele remeter a garota.

Apenas participei da "conversa", não sou especialista em explosões,
mas achei que sua explicação não parecia boa e então o disse e o porquê.

Minha resposta nada teve de pessoal (errei ao usar o "tens certeza...?"),
e muito menos de agressão, portanto não me agrida.

On Fri, 11 Jan 2002, Prof. José Carlos wrote:

> Da próxima vez que comentar a resposta procure ler primeiro a pergunta, ok.
>
> []'s
>
> JC
>
[]'s,
Stafusa






SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/01/2002 12:55

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "João Mário Miranda"
<jmiranda@explicacoes.com> wrote:

> Atenção, as pessoas não são totalmente parvas e raramente fazem
> coisas contrárias aos seus interesses. Se seguem os apelos da
> sociedade de consumo é porque isso é bom para elas.

João

Tenho a impressão que vc. está caçoando. Não creio que creia seriamente no
que diz. Será para provocar impacto e escandalizar os listeiros esta sua
postura algo cínica? Ou a lista já não merece nem que se responda ?

As pessoas não fazem as coisas porque são parvas. Se se quer ganhar tempo e
dinheiro submetendo as mulheres e acelerando as coisas para que andem rápido
(não me atrevo a dizer bem), é certo, os que manejam e têm o poder estão
fazendo o que mais lhes interessa. Os explorados (as) e ignorantes de coisas
melhores não são parvos nem têm interesse em sofrer, mas...sofrem.

Não creio que a sociedade de consumo faça algo no interesse autêntico da
especie incitando as crianças a consumir coca-cola. Comer tudo o que a
sociedade de consumo oferece desencadeia uma das maiores epidemias de
obesidade nas sociedades de maior consumo. Este interesse despertado nestas
pessoas não parece levar a grandes vantagens com essa obesidade:
hipertensão, diabete, litíase biliar, hernia hiatal, doença coronaria, morte
prematura e maior gasto em tratamentos e diagnóstico.

A lei do menor esforço pode levar a grandes desastres. Não sei que vantagens
se pode obter com maior sofrimento no parto. A lei do menor esforço pode
produzir maior dano quando estimula a gente a não esforçar-se para aprender
hábitos menos sedentarios. Também é interessante como um grande número de
listeiros segue insistindo no problema da dor, quando se sabe que a dor não
é o problema. A lei do menor esforço diz que é mais divertido argumentar sob
a base do que a gente pensa que é senso comum e lógica elementar. A verdade
não seria então de grande importancia.

Eu não acho que a denominada sociedade de consumo seja algo muito ético.
Creio também que se deveria fazer diferenças entre o que é adecuado e o que
é, por um lado, corrupto, por outro, perverso e, por outro, promotor de
submissão e atrazo.

Se a gente não discute bem o tema do sofrimento do parto, é pura diversão e
só serve para fazer que alguns possam rir e outros irritar-se. Enfim, isso
sim, todo o mundo é livre para escolher. É a única coisa que defendo (desde
que haja realmente liberdade). Quem quer sofrer, que sofra, que não quer...

[]s
Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar






SUBJECT: Re: RES: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/01/2002 13:24

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "dra_savat" <dra_savat@bol.com.br> wrote:

>A presença do anestesista pode ser
> solicitada ou não a critério do médico responsável, independente de
> complicações, apenas para alívio da dor.

Eu ainda acho que o tema da atenção perinatal é um tema que exige uma
consideração melhor. Uma das posturas (não a mais louvável) é pensar que as
respostas podem ser satisfatorias com a descrição rápida de um desempenho
prático (tipo atenção do SUS). Eu perguntaria: se a expressão "médico
responsável" se refere ao reconhecimento do poder de decisão do mádico (em
termos legais) ou se refere à responsabilidade ética, seria e corretamente
relacionada com a saúde.

Normalmente se pode responder: como a gente vai duvidar da seriedade
dos profissionais? Eu diria que os serviços públicos de atenção médica estão
longe de ser bons. São apenas necessarios. Atendem uma necessidade mínima e
as contas são muito pouco razoáveis. Argumentar em termos de aritmética de
serviço público é muito mau.

Creio que devemos entrar a discutir o tema de se a dor é ou não um problema
no parto humano. Se o que se chama de dor é realmente só dor.
Se o que se pensa da evolução está formulado de modo correto.

Um argumento é que tudo é produto da evolução. Se a cultura foi gerada pela
evolução, então é produto da evolução. Não é errado. Mas fazer uma pergunta
tão geral para um tema tão específico, requer outras respostas. Não se trata
de responder como quando a gente atende a um paciente de serviço público
(eles deveriam ser bem atendidos). Em duas frases se resolve o assunto. O
sofrimento é outra coisa.

Discutamos mais profundamente este assunto.
[]s
Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: Cogumelo
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/01/2002 13:28

A transferência de energia da detonação apresenta quatro fases:

A. A liberação da tremenda quantidade de energia por unidade de massa
faz a área ao redor do centro da explosão atingir a temperatura de
várias dezenas de milhões de graus centígrados. Essa temperatura faz
evaporar os componentes não-fissionados da bomba. É importante notar que
a reação não libera energia cinética, mas enormes quantidades de energia
eletromagnética. Essa energia, composta principalmente de raios-X, é
absorvida pela atmosfera num raio de poucos metros e a aquece formando
uma "bola de fogo" de gases e metal evaporado. Imediatamente após a
formação, a "bola de fogo" começa a crescer rapidamente e sobe como um
balão de ar quente. Em um milisegundo, seu diâmetro chega a 150 m para
uma bomba de 1 megaton. Em 10 segundos, chega a 2200 m e sobe à
velocidade de 100 m/s.

B. A "bola de fogo" emite enorme quantidade de radiação
electromagnética, de espectro semelhante à luz solar -- a chamada
radiação térmica. O componente visível é responsável pelo "flash"
intenso durante a detonação e pelo brilho subsequente, o componente
infravermelho é responsável pelo calor e efeitos incendiários.

C. À medida em que expande ao diâmetro máximo, a "bola de fogo" esfria
e, após um minuto, sua temperatura diminui até o ponto em que deixa de
emitir quantidades significativas de radiação térmica. A combinação de
movimento ascendente e esfriamento da "bola de fogo" faz surgir a
característica nuvem em forma de cogumelo. À medida que esfria, os
materiais vaporizados na nuvem se condensam e transformam-se em
partículas sólidas. No caso de uma explosão a baixa altitude, essa nuvem
contém grandes quantidades de terra e detritos que são vaporizados
quando a "bola de fogo" toca a superfície da Terra ou são sugados para
cima pelas correntes de ar fortíssimas que sucedem a explosão, deixando
a nuvem-cogumelo com uma coloração marrom-sujo. Esses detritos são
contaminados por radioisótopos ou ativados pela radiação de neutrons e
caem sobre a Terra sob a forma de contaminantes radioativos.

D. A nuvem sobe por aproximadamente 10 minutos e estabiliza-se a uma
certa altura, que depende da força da explosão e das condições
atmosféricas. Continua a expandir-se lateralmente, assumindo a clássica
forma de cogumelo, e pode permanecer visível por cerca de uma hora, em
condições favoráveis. Por exemplo, a nuvem nuclear de uma explosão
superficial de 1 megaton estabiliza-se a uma altitude de 20 km e
apresenta um diametro lateral médio de 35 km.

Leo, qual é a idade da criança que fez a pergunta? Posso ajudar a
formular uma resposta adequada e talvez um artigo. As crianças precisam
saber que tipo de mundo herdarão de nós.

Vale lembrar que uma ogiva termonuclear moderna é de cerca de 1.5
megatons, isto é, 100 vezes mais potente que a bomba de Hiroshima. Armas
termonucleares de 50 megatons já foram testadas pelos EUA. Há rumores de
bombas de 100 megatons. Entre 1945 e 1980, foram detonados
experimentalmente 438 megatons, o equivalente a 29,200 Hiroshimas.

A explicação completa sobre os efeitos de uma explosão nuclear pode ser
encontrada no NATO HANDBOOK ON THE MEDICAL ASPECTS OF NBC DEFENSIVE
OPERATIONS - AMedP-6(B), nos links abaixo, de onde traduzi a explicação
acima:


EFFECTS OF NUCLEAR EXPLOSIONS
http://www.fas.org/nuke/guide/usa/doctrine/dod/fm8-9/1ch3.htm#s1p3b

PDF Version
http://www.mega.nu:8080/nbcmans/8-9/1ch3.pdf


Um abraço,
Colucci



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: "Silvio Cordeiro" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/01/2002 14:16

Será que a causa da dor seria a adaptação ainda em curso do "homo erectus" ao
bipedalismo?

silvio


PS.
Outra alternativa é que as dores sao provocadas pela ingenuidade feminina pois D.
Eva, iludida pela serpente foi admoestada pelo senhor deus dos cristaos (santa
biblia, genesis, 3, 16 = "com dor terás filhos". Nada a ver com a evolução.

s.




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/01/2002 14:48

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
wrote:

> Bem, mas uma explicacao alternativa -- e nao
> excludente -- e' q. a sensacao de dor de alguma
> forma aumentaria as ligacoes afetivas da mae
> em relacao ao bebe.

Roberto.

São todas respostas do tipo "mitológicas". As coisas mais lógicas são que os
sentimentos provocados por quem faz a gente sentir dor é sempre hostil. Se
um dentista não me anestesia, odeio este dentista. Pode ser necessaro
atender-se, mas que é ruim, ninguém discute. Não entendo como se pode crer
numa coisa dessas. Eu me inclino por uma submissão machista da mulher.
Masoquismo do melhor.

> Qto 'a explicacao do Joao Miranda. E' bom
> lembrar q. existem ainda casos de morte
> durante o trabalho de parto, uma parte
> ocasionada pela complicacao na passagem
> pelo canal vaginal.

É uma incidencia mínima e não significativa.

[]s
Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: Re: Cogumelo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/01/2002 14:57

Olha o q. eu achei:

What are the processes that determine the
strange shape of a mushroom cloud after a
nuclear, thermonuclear or major chemical explosion?

http://www.sciam.com/askexpert/physics/physics23.html

Se eu entendi bem e' mais ou menos aquilo:
uma bola se forma pela explosao; ela, por
ser menos densa, sobe e arrasta o material
de baixo formando a coluna.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/01/2002 15:09

--- In ciencialist@y..., "Marco Aurelio" <clave@s...> wrote:
> São todas respostas do tipo "mitológicas". As coisas mais lógicas são que=
os
> sentimentos provocados por quem faz a gente sentir dor é sempre hostil. S=
e
> um dentista não me anestesia, odeio este dentista. Pode ser necessaro
> atender-se, mas que é ruim, ninguém discute. Não entendo como se pode cre=
r
> numa coisa dessas. Eu me inclino por uma submissão machista da mulher.
> Masoquismo do melhor.

Nao necessariamente. Algo obtido a muita custa
pode ser mais valorizado. Ademais temos q.
o nascimento do bebe efetivamente causa dor
em boa parte dos casos e temos q. efetivamente
boa parte das maes nao os odeiam por isso.

Claro q. essa explicacao tbm tem outra falha
alem da ja' apontada por Colluci: em sendo
verdade q. outros mamiferos nao sentem tta
dor e em tendo eles tbm ligacoes afetivas
parece q. nao e' uma boa explicacao -- ao
menos nao como uma explicacao de causa e
efeito.

Enfim, discussoes puramente teoricas
podem nao ser muito frutiferas para uma
questao pratica.

Tudo isso depende primeiro de
um bom estudo (q. ja' deve existir por
ai').

> > Qto 'a explicacao do Joao Miranda. E' bom
> > lembrar q. existem ainda casos de morte
> > durante o trabalho de parto, uma parte
> > ocasionada pela complicacao na passagem
> > pelo canal vaginal.
>
> É uma incidencia mínima e não significativa.

Se tudo o mais for isolado, uma incidencia
ainda q. pequena e' o suficiente para ser
selecionada -- contra ou a favor. (Claro,
respeitada a condicao de herdabilidade de
uma caracteristica.)

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/01/2002 16:47

--- In ciencialist@y..., "Marco Aurelio" <clave@s...> wrote:
> Tenho a impressão que vc. está caçoando. Não creio que creia seriamente n=
o
> que diz. Será para provocar impacto e escandalizar os listeiros esta sua
> postura algo cínica? Ou a lista já não merece nem que se responda ?

O Miranda e' um liberal, so' isso. (Nos, em
um linguajar pretensamente engajado, o
xingariamos de neo-liberal.)

E' o ponto de vista dele. E nao cinismo.
Ao menos o direito de se expressar acho
q nos lhe devemos - por mais q. discordemos
veementemente da visao q. ele tem.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: 'Ferro' no Sol?
FROM: "brudna" <lrb@dalton.iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/01/2002 18:42

Alguem jah leu algo parecido??

A Solar Revolution
(Fonte: http://www.chemweb.com/alchem/articles/1010599173302.html ,
pede inscricao (gratuita))

The collapse of a supernova five billion years ago could have seen
the catastrophic birth of our sun and all its planets, according to
one nuclear chemist.
Oliver Manuel of the University of Missouri-Rolla, USA, reckons that,
despite popular opinion, the sun is made not of hydrogen but mainly
iron and that iron provides most of its energy. The new spin on solar
origins was presented at the American Astronomical Society's meeting
in Washington, DC on 10 January 2002.

Some of the sun's energy is certainly derived from hydrogen fusion
explained Manuel, but he believes most of the heat comes from the
core of an exploded supernova that continues to generate energy
within the iron-rich interior of the sun. "We think that the solar
system came from a single star, and the sun formed on a collapsed
supernova core," Manuel says. "The inner planets are made mostly of
matter produced in the inner part of that star, and the outer planets
of material form the outer layers of that star."

The idea may shock those convinced the sun is a gigantic hydrogen
fusion reactor formed some 4.5 billion years ago. Manuel bases his
hypothesis on analyses of meteorites that reveal that all primordial
helium is accompanied by 'strange xenon', an isotopically enriched
form of the noble gas. Helium and strange xenon are also observed
together in the Jovian atmosphere as revealed by NASA's Galileo probe
in 1996. Manuel reckons that both helium and strange xenon came from
the outer layer of the supernova that created the solar system some 5
billion years ago.

Manuel and his colleagues have found that all of the primordial
helium in meteorites is trapped in the same sites as trapped strange
xenon. The strange xenon could only be found after a supernova
explosion and could not form within meteorites themselves. Analysis
of the solar wind too reveals that the sun must be rich in iron. The
giant planets like Jupiter grew from material in the outer part of
the supernova and so consist of hydrogen, helium and other light
elements. The Earth and the inner planets formed out of material from
the supernova's interior where no strange xenon is found and are made
mainly of iron, sulfur and silicon, as we observe.

It remains to be seen whether the astrophysics community will be
swayed by Manuel's evidence accumulated over three decades.

Footnote: A summary of Manuel's evidence for an iron sun can be found
here http://www.umr.edu/~om/summary/evidence_fe_sun.html .


Ateh
Luis Roberto Brudna





SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/01/2002 20:55


----- Original Message -----
From: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, January 11, 2002 3:47 PM
Subject: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?


> --- In ciencialist@y..., "Marco Aurelio" <clave@s...> wrote:
> > Tenho a impressão que vc. está caçoando. Não creio que creia seriamente
n=
> o
> > que diz. Será para provocar impacto e escandalizar os listeiros esta sua
> > postura algo cínica? Ou a lista já não merece nem que se responda ?
>
> O Miranda e' um liberal, so' isso. (Nos, em
> um linguajar pretensamente engajado, o
> xingariamos de neo-liberal.)
>
> E' o ponto de vista dele. E nao cinismo.
> Ao menos o direito de se expressar acho
> q nos lhe devemos - por mais q. discordemos
> veementemente da visao q. ele tem.
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
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SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/01/2002 21:08

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, rmtakata" <rmtakata@altavista.net> wrote:

> O Miranda e' um liberal, so' isso.

Jamais pensaria em impedir que se manifeste. Mais, creio que Voltaire foi um
genio quando disse "Não concordo com uma só palavra do que você disse, mas
defendería até a morte seu direito de dizê-las".

Também creio que é bom que gente assim se manifeste muito para a gente poder
localizá-la e tratar de compreendê-la. Não sei se ele é realmente um liberal
ou um gozador.

Sobre chingá-lo de neo-liberal também não está bem. Ele, evidentemente não é
mau nem bom. O que deve ser destacado é o seu pensamento: é pura gozação e
só serve como piada ou é uma estupidez dicha por uma pessoa que merece ser
respeitada.

É lógico que ele deve poder dizer o que quer. E mais. Los juizos jamais
deverão ser dirigidos contra sua pessoa. Contra suas palavras, sim e com a
mesma liberdade.

Eu continuo achando que foi uma piada no meio da discussão.

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/01/2002 21:16


----- Original Message -----
From: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, January 11, 2002 11:16 AM
Subject: [ciencialist] Re: Como a evolucao explica a dor do parto ?


> --- In ciencialist@y..., Prof. José Carlos <j.c@i...> wrote:
> > [JC] Isso não me parece ser verdadeiro. Tenho cachorros e as cachorras
> > sempre sentiram dor durante seus partos. O problema talvez seja como os
> > outros animais manisfestam a dor que sentem.
>
> Ok, se isso nao for verdadeiro, muito das especulacoes
> feitas ate' o momento nao serao validas.
>
> Embora nos partos de cadelas q, presenciei nunca
> tenha notado nenhuma algazarra como costuma ocorrer
> em partos humanos. (Nao q. eu tenha presenciado
> muitos partos humanos.)
>
> Ha' certa dificuldade em se utilizar observacoes
> isoladas como indicios seguros.
>
> > [JC] Não penso assim. Acho que diferentes espécies tem estratérias
> > evolutivas diferentes embora existam semelhanças em alguns processos.
>
> O lance e' saber se essas semelhancas ocorrem ou
> nao no caso de partos. Se ha' semelhanca tentaremos
> entender o q. torna essa semelhanca necessaria:
> restricao filetica, restricao construcional ? Se ha' diferencas,
> tentaremos entender essas diferencas: sao caracteristicas
> adaptativas? sao diferencas casuais?
>
> > [JC] No que se refere a "dor no parto" não vejo como supor que apenas o
s=
> er
> > humano a tenha. Como você mesmo diz, se os mamíferos mamam, e isso é uma
> > característica comum, então os que apresentam um parto similar ao humano
> > também podem ter algumas características do parto humano, como a dor. Da
> > mesma forma, assim como diferentes animais reagem de forma distinta à
dor=
> ,
> > também é de se esperar que o mesmo se dê quanto à "dor no parto".
>
> *Podem* apresentar, mas nao necessariamente,
> como vc mesmo nota em relacao a outras caracteristicas.
> Vc diz q. apresentam similaridades em relacao 'a
> dor no parto, se isso for verdadeiro, a pergunta
> de nosso colega Paulo Dias pode continuar valendo,
> mas certamente a resposta sera' diferente.
>
> > [JC] O fato de que diferentes espécies têm órgãos similares não implica
q=
> ue
> > esses órgãos funcionem de maneira exatamente igual, nem que tenham
> > exatamente as mesmas funções, nem que sirvam exatamente à mesma
estratégi=
> a
> > evolutiva. O parto é uma estratégia evolutiva que, assim como os órgãos
d=
> os
> > animais, se diferencia em cada espécie em função de outras
característica=
> s.
> > Não vejo dificuldade em concluir isso.
>
> Bem, mas vc mesmo acha q. no q. se refere 'a
> dor no parto as caracteristicas sao iguais (ao
> menos similares o suficiente para uma explicacao
> geral).
>
> Eu nao disse q. implicava em funcionamento
> exatamente igual. Apenas apontei um contra-
> exemplo, apenas para concluir q. nao podemos
> concluir o contrario tbm: q. necessariamente
> sera' diferente.
>
> Ha' dificuldade em se concluir q. necessariamente
> havera' essa diferenciacao. Pode haver, como pode
> nao haver. Em qq um dos casos podemos tentar
> buscar uma explicacao para isso: para a similaridade
> ou para a diferenciacao.
>
> > [JC] Até o momento vejo a dor no parto como uma estratégia evolutiva,
mas=
>
> > não estou com isso dizendo que ela é, por si só, uma necessidade ou uma
> > vantagem evolutiva. Como disse nas outras mensagens é possível encontrar
=
> na
>
> Se e' uma "estrategia" evolutiva, necessariamente passa
> pela questao da vantagem e desvantagem evolutiva.
> "Estrategias" evolutivas se referem basicamente a adaptacoes
> e como tal nao sao casuais e portanto entram no rol de
> "necessidades" - relacoes de causalidade.
>
> O caso e' q. parece q. nao temos muitos
> elementos solidos para fechar a questao.
> Mesmo com a contribuicao de Marco Aurelio
> (q. nao e' o primo do Collor), fica faltando
> uma analise do padrao de herenca genetica
> e cultural. Nao q. essa questao esteja em aberto
> entre os especialistas -- alguem ja' deve ter estudado
> isso a fundo.
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
>
>
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http://br.yahoo.com/info/utos.html
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>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/01/2002 21:51

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
wrote:

> Embora nos partos de cadelas q, presenciei nunca
> tenha notado nenhuma algazarra como costuma ocorrer
> em partos humanos. (Nao q. eu tenha presenciado
> muitos partos humanos.)

Creio que vc. mencionou algo muito importante: a algazarra. Fiz, ajudei e
presenciei muitos partos humanos. Algo que não se falou ainda é a percepção
subjetiva, o padrão de registro (em termos de potenciais elétricos) da dor
no centro doloroso e a expressão de sofrimento. A percepção subjetiva é
altamente variável. Ante um mesmo tipo de registro, algumas mulheres dizem
ter muita dor, outras pouca dor e outras se põem freneticas dizendo que não
podem suportar.

Os registros humanos não diferem demasiado dos registros animais. As
mulheres que dizem não sentir dor, realmente registram pouco ou nada. Além
disso, embora não seja intensa, a presença da dor está. Vi registros de
animais em que aparece também a dor. Eles não se queixam e isso faz pensar
que não sentem.

Existem outras coisas. Uma delas é a afirmação de algumas mulheres de
sentirem algo parecido ao orgasmo durante o período expulsivo. É um outro
elemento para atrapalhar. Tratei de buscar trabalhos sobre o tema da dor do
parto. Não ha efetivamente nehum que me pareça serio como para deixar ver
algo assim como "um padrão de percepção". Não sei se os registros de EEG
servem para concluir algo.

O problema alegado em relação ao parto humano se deve muito mais à algazarra
que à verdadeira dor (olhem que eu digo verdadeira, em nenhum momento
duvidei). O estardalhaço me parece mais um show que uma queixa contra a dor.
Sempre que se realiza uma intervenção atenta, carinhosa (humana),
muitíssimas mulheres falam em diminuição e até abolição da dor. Muitas
atuações de anestesistas foram puramente com placebo e vi muitas mulheres
reagirem como anestesiadas.

Um fenómeno que, isolado, interfere tão pouco na evolução de um parto e que,
por sua vez, é tão interferido por diferentes fatores culturais e naturais
tão diversos, perde importancia fenomênica.

Estou de acordo que um estudo de um registro padrão de dor de parto humano
poderia esclarecer algo sobre o papel dessa dor. No entanto tenho a
impressão que as pessoas estão demasiado interessadas em coisas práticas (no
sentido de amenizar o sofrimento).

Não invalido a causa de pura vontade de saber. Penso que um estudo dos
padrões registrados da dor do parto poderiam ajudar para responder o lugar
evolutivo dessa dor (ainda que haja especies com mais dor que a humana).

No entanto creio que a algazarra é um fenômeno muito mais significativo
nesse espetáculo ritual que é um parto humano. Não há úvida que é um fator
de ruido muito importante. Não me sinto muito inclinado a crer que se
poderiam chegar a conclusões muito decisivas, embora pense que evidentemente
se aprenderiam coisas.
[]s
Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar






SUBJECT: Liberalismo
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/01/2002 22:45

O Takata tem razão, eu sou um liberal, o que significa que acredito
que:
1 - as pessoas têm direito inalienável à liberdade;
2 - a liberdade individual é a melhor forma de resolver os problemas;
3 - os seres humanos são inteligentes e racionais e são capazes de
escolher o que é melhor para si próprios.

Isto significa que as poucas políticas públicas necessárias devem ter
como objectivo maximizar a liberdade individual. O estado deve
garantir que o individuo possa escolher o máximo de alternativas
possível para que o individuo possa escolher as suas ideias, a sua
morada, os seus amigos, os seus gostos, a sua comida, o seu local de
férias, o seu emprego, a sua religião e os seus vícios. Para tal é
necessário que o estado interfira apenas para libertar o individuo do
jugo da doença e da ignorancia e só quando isso não pode ser feito de
forma mais eficaz por outros individuos. Devido à sua fé na liberdade,
o liberal também acredita que o melhor caminho para tudo isto passa
por garantir ao individuo as liberdades básicas: direito à vida,
liberdade de expressão e de opinião, liberdade religiosa e liberdade
de associação política. Se estas condições forem garantidas, acreditam
os liberais, a inteligência e a racionalidade humana acabará por fazer
o resto. Alguns liberais acreditam ainda que se for possível libertar
o homem da doença e da ignorância tanto melhor. Os liberais tomam
muitos sabores, desde aqueles que são a favor da liberdade total até
aqueles que acham justo que a liberdade de alguns possa ser limitada
para que a liberdade de outros possa ser garantida.
[uma clarificação: a liberdade tem sempre que respeitar o principio
da universalidade. Eu só tenho direito às liberdades que possam ser
igualmente atribuidas a outros. Eu não tenho direito à liberdade de
roubar a sua casa porque nesse caso você teria que ter direito à mesma
liberdade. Isso violaria a liberdade que ambos temos de não ser
roubados. Alguns liberais aceitam que este principio seja quebrado
no caso em que o dinheiro é retirado a uns através dos impostos para
ser dado a outros, desde que isso sirva para libertar esses outros
da ignorância e da doença. Outros liberais não aceitam que o dinheiro
possa ser transferido de uns para outros pela coerção e preferem
sistemas de caridade e filantropia para libertar os ignorantes e os
doentes]

Em termos económicos, os liberais acreditam na iniciativa privada
porque:
1 - acreditam que os individuos servem melhor o bem comum se servirem
os seus próprios interesses egoístas;
2 - acreditam que o mercado utiliza e distribui melhor a informação
(é mais inteligente) que qualquer autoridade central ou qualquer
burocracia.

Os liberais acreditam num estado pequeno, forte, neutro e agnóstico
e numa sociedade civil forte e dinâmica. Abominam estados ditatoriais,
curruptos e interventores. Abominam empresas que procuram vantagens
através de golpes políticos e dos favores do estado. São contra a
intervenção do estado nas opções individuais, principalmente quando
os riscos são exclusivamente suportados pelo individuo. É por isso
que os liberais não gostam das proibições de fumar nem de consumir
de droga, embora aqui a questão seja complicada porque na maior parte
dos países é o estado que garante os cuidados de saúde.

Os liberais aceitam a intervenção do estado quando estão em causa
os bens comuns, com o objectivo de evitar que os desejos egoístas
de uns possam destruir os bens de todos. Defendem, por exemplo, que
as pessoas não são livres de poluir, porque o ar é de todos. Mesmo
para problemas como a poluição, os liberais inspiram-se nos seus
principios e preferem soluções de mercado, como a bolsa de CO2, do
que a criação de uma autoridade central.

Os liberais defendem livre mercado das ideias porque acreditam que,
sendo nós seres racionais, as melhores ideias acabarão por triunfar.
Defendem a democracia, porque acreditam que os Homens têm direito
de escolher os seus próprios governantes e o seu próprio destino.
Defendem que a democracia deve ter mecanismos para evitar a ditadura
da maioria. Defendem uma constituição simples. A constituição não é o
documento que confere os direitos aos Homens. A constituição é o
documento no qual os Homens concedem temporariamente alguns dos seus
direitos ao Parlamento.

Espero que agora fique claro porque é que eu acho que cada individuo
tem o direito de beber Coca Cola, se assim o desejar, mesmo que a
Coca Cola engorde e faça mal à saúde. Aqueles que pensam o contrário
poderão sempre tentar a sua sorte no mercado de ideias.

Quando Voltaire disse:

"Não concordo com uma só palavra do que você disse, mas
defendería até a morte seu direito de dizê-las".

estava de facto a reiterar a crença que os liberais têm no mercado
de ideias.

Finalmente, os liberais acreditam nos principios do iluminismo.
Acreditam na ciência e na análise da experiência e dos factos.

Joao
http://www.nonio.com


rmtakata wrote:
>
> --- In ciencialist@y..., "Marco Aurelio" <clave@s...> wrote:
> > Tenho a impressão que vc. está caçoando. Não creio que creia seriamente n=
>
> o
> > que diz. Será para provocar impacto e escandalizar os listeiros esta sua
> > postura algo cínica? Ou a lista já não merece nem que se responda ?
>
> O Miranda e' um liberal, so' isso. (Nos, em
> um linguajar pretensamente engajado, o
> xingariamos de neo-liberal.)
>
> E' o ponto de vista dele. E nao cinismo.
> Ao menos o direito de se expressar acho
> q nos lhe devemos - por mais q. discordemos
> veementemente da visao q. ele tem.
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
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> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: daN
FROM: "marmidan" <damich@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/01/2002 23:11

--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> Levando em frente a hipótese que 'daN' é decanewtons vem 1 daN = 10
N ~ 1 kgf.
>
> A rigor 1 kgf = 9,806 65 N, mas a idéia é boa.
>
> Trabalhando com daN ~ kgf fica mais 'intuitiva' a intensidade da
força uma vez que, nessa aproximação, o peso (ou a força) é
numericamente igual á massa. "Num local onde g é normal o número que
mede a massa em quilogramas é o mesmo que mede o peso em quilogramas-
força".

É isso aí, Leo.
Há muito tempo (desde que descobri isso lá no longínquo ginásio) que
eu uso a definição de 1 dm3 para litro. Particularmente, me sinto
mais à vontade em fazer cáculos de volume usando sub-múltiplo de
metro em vez de unidade de volume tipo litro, mililitro. Se usamos
cm3, por que não usar dm3?
Com o daN se dá a mesma coisa: é mais intuitivo pensar num
submúltiplo que nos dá uma idéia unitária do que ficar fazendo contas
mentais p/ "visualizar" uma grandeza.

[]s.

Daniel



SUBJECT: criancice
FROM: "marmidan" <damich@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/01/2002 23:15

nada não...



SUBJECT: agora sim!!!
FROM: "marmidan" <damich@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/01/2002 23:16

caríssimos companheiros de lista.
notem o nº desta msg....



SUBJECT: Re: [ciencialist] Liberalismo
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/01/2002 01:34

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "João Mário Miranda"
<jmiranda@explicacoes.com> wrote:

> Finalmente, os liberais acreditam nos principios do iluminismo.
> Acreditam na ciência e na análise da experiência e dos factos.

Realmente gostei muito do seu arrobamento. Acho que a liberdade deve ser
defendida. Creio que se vc enunciasse as cinco versões do imperativo
categórico do Kant, poderia ter economizado tanto palavrorio tão obvio.

Por outro lado, não entendi porque tanta veemencia em defender a liberdade
desta maneira. Ela nem está ameaçada. O que é que vc. pensou que eu
insinuava? Será que eu dei a entender que sou totalitario e troglodita? De
repente, quando eu achei (creio que posso ter a liberdade de achar, total,
se um gordo se quer suicidar comendo graxa e tomando coca-cola, a vida é
dele e é certo que ninguém deve privá-lo de fazer, por que é que eu não
posso achar que junto com o seu "liberalismo" tem muito cinismo? ) que
algumas coisas eram bobagens, pareceu significar que estou contra a
liberdade e despertei todo este amor febril pela liberdade.

Para quê tanta veemencia? Acaso vc pensa que estes principios são tão
frágeis que necessitam ser gritados com ufanismo?

Eu acho que qualquer pessoa que defenda a liberdade pode ser chamada de
liberal. Total, a gente também bota o nome que quizer. Quem não goste, que
mude. É certo que Voltaire era iluminista, mas, liberal... Total, o conceito
é seu e quem sou eu para contrariar? Creio que reduzir Voltaire a liberal é
até pouco.

Peço-lhe humildemente desculpas por ter provocado seus brios. Estou de
acordo com muita coisa que vc. diz, mas sigo insistindo, embora não concorde
absolutamente com tudo, estou disposto a defender seu direito de dizer o que
lhe aprouver diante de qualquer tribunal totalitario.

A sua defeza da liberdade soou a desabafo. Será certo ? (Não precisa
responder).
[]s
Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar





SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/01/2002 01:48

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Silvio Cordeiro" <scf@escelsa.com.br>
wrote:

> Outra alternativa é que as dores sao provocadas pela ingenuidade feminina
>pois D. Eva, iludida pela serpente foi admoestada pelo senhor deus dos
>cristaos

Em realidade nem é tanta a dor, para que a vejamos como algo "estratégico"
da evolução (este vocabulario holista me produz uma desconfiança de que
estamos usando um paradigma animista). Não gosto muito da formulação de
"perguntar" à evolução.

Já que a Sra. evolução pode responder qualquer coisa, prefiro sua fórmula.
Creio que a algazarra (expressão muito boa do Takata) tem mais que ver com a
serpende e a maldição divina que com a evolução que usa estrategias (a
diferença é que ela sempre parece favorecer ou compensar. O Senhor da Biblia
às vezes é vingativo).

[]s
Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: "Silvio Cordeiro" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/01/2002 09:02

O Senhor da Biblia às vezes é vingativo).

[]s
Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar

vingativo, machista e preconceituoso.
esse deus, como divindade tribal de uma raça eleita é etnocêntrica e racista.
o texto biblico revela simplesmente um baixo nível de sofisticação de um povo tribal
primitivo num estágio bárbaro de desenvolvimento.

silvio.




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Como a evolucao explica a dor do parto ?
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/01/2002 14:35

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Silvio Cordeiro" <scf@escelsa.com.br>
wrote:

> vingativo, machista e preconceituoso.

São por estas razões, entre outras, que creio que o problema do sofrimento
do parto tem que ver com algo "vingativo, machista e preconceituoso", do
mesmo teor do primitivismo dos povos daquela época.

Estas coisas evoluem com a cultura (tb produto da evolução biológica).

[]s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar





SUBJECT: Re: Como a evolucao explica a dor do parto
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/01/2002 06:33

Olá,

Uma das explicações para a dor do parto, aventada pelo paleoantropólogo
vietnamista Tran Duc Thao, é a forma como se deu a evolução para o bipedismo
e as suas conseqüências na estrutura óssea da fêmea humana.

<< do australoptecus ao homem, o "ísquion", ou parte inferior do osso coxal,
encurtou-se consideravelmente,e resultava disso um importante estreitamento
da abertura inferior da bacia materna, isto é, um verdadeiro estrangulamento
do canal do nascimento. Ora, ao mesmo tempo, o desenvolvimento do trabalho e
da linguagem criava novas camadas corticais que aumentavam o volume do
cérebro. Por outras palavras, à medida que a saíde do seio materno se
tornava mais estreita, o feto apresentava uma cabeça maior. Daí resultava
evidentemente uma distocia generalizada que levava frequentemente à morte da
mãe e da criança, quando o parto se fazia no fim do tempo, só os fetos
prematuros podiam passar de maneira relativamente fácil.>>

[]s
Manuel Bulcão



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: O valor da mística e dos sentimentos humanitários
FROM: "thiago_m_santos" <thiagomaiasantos@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/01/2002 18:53

Queridos colegas, segue abaixo meu último escrito para este grupo.
Estou me despedindo. Nada pessoal, pois estou me despedindo de quase
todos os grupos de discussão em que participava. Se alguém quiser
manter contato comigo, meu e- mail é thiagomaiasantos@uol.com.br
Thiago Maia


Mandei no dia 29/09 para o grupo Acrópolis um artigo de João Luiz
Romão Pereira intitulado "A mística medieval de Eckhart e a mística
contemporânea de Henri Bergson". A finalidade da leitura de tal
artigo era despertar os membros daquele grupo para o tema da mística.

Com certeza não sou a pessoa mais autorizada para falar em mística,
mas tentarei mostrar que a mística e os sentimentos humanitários se
entrelaçam e que ambos são de uma ajuda muito grande para que
cheguemos como indivíduos e sociedade num estágio superior ao atual.

Comecemos pelas definições dicionarísticas:

Conforme o Michaelis:

mís.ti.ca sf (gr mystiké)
1 Tratado a respeito das coisas divinas ou espirituais. 2 O mesmo que
misticismo. 3 Ciência e arte do mistério; meio de iniciação baseado
sobre a ação de Deus na alma humana. 4 Devotamento a uma doutrina.

Conforme o Aurélio:

mística . [F. subst. do adj. místico1.] S. f. 1. O estudo das coisas
divinas ou espirituais. 2. Vida religiosa e contemplativa;
misticismo. 3. Crença ou sentimento arraigado de devotamento a uma
idéia, causa, clube, etc. 4. Essência doutrinária: a mística liberal.

No entanto, o que mais se aproxima do sentido que quero dar ao termo
"mística" neste escrito é o seguinte: "Devotamento e amor pelas coisas
divinas ou espirituais". Em segundo plano, pode-se ter ainda o
significado de "extâse produzido pela união com a Divindade". Já em
acordo em relação ao sentido do termo mística, avancemos mais.

A mística, como a defino, pressupõe o conhecimento do que sejam coisas
divinas ou espirituais e também do que seja a divindade. Em relação ao
posicionamento dos filósofos acerca dessas questões, podemos já fazer
algumas cisões. Há os materialistas e os espiritualistas.
Materialistas são aqueles, grosso modo, que acreditam que nada há
mais no mundo além da matéria. Já espiritualistas são aqueles que
acreditam na existência do
espírito. Pode-se fazer algumas subdivisões:

* "Materialismo vulgar" ou "mecanicista": explica o universo por meio
de processos puramente mecânicos; "materialismo dialético", afirma a
dinamicidade do Universo, que resulta do permanente conflito de forças
contrárias que se encontram latentes no seio da matéria.
* "Espiritualismo imaterialista" ou "idealista": afirma que o
espírito é a única realidade, sendo a matéria apenas uma criação
ilusória do espírito; "espiritualismo dualista": acredita na
existência da matéria, e que o espírito se sobrepõe a esta.

Como puderam observar, teremos que caminhar numa perspectiva
espiritualista, para chegarmos ao nosso objetivo. Embora o
materialismo de um modo geral, aceite a "realidade espiritual", ele
tende a dizer que é fruto do mesmo processo material, e que portanto
não cabe o nome do espírito, quando o que temos é somente um cérebro
e um corpo, expostos à influência do meio e de suas próprias reações
químicas. Em tese, um materialista poderá aceitar o que diremos aqui,
e até mesmo desenvolver a mística, mas não terá o incentivo de contar
com uma realidade de outra ordem, e sempre acabará por traduzir
nossas teorias para o léxico materialista. Já o espiritualismo, por
força de sua própria doutrina tem uma tendência natural no sentido de
valorizar tudo o que provém do espírito. Continuarei então com o nosso
propósito de explicar o que significa a "Divindade" e "coisas
espirituais" ou "divinas", dentro de uma perspectiva espiritualista.

O que é a "Divindade"?

Divindade é um termo que designa uma força de origem espiritual que
está na essência de tudo o que foi dela derivado. Unindo-se com a
divindade chega-se a um estado de espírito em que o próprio Universo
se torna a pessoa e a pessoa, o Universo. Não há mais barreiras de
ordem cognitiva entre sujeito e objeto. A própria individualidade se
dissipa nessa onipresença inebriante.

O que são "coisas espirituais" ou "divinas"?

"Coisas espirituais" são valores provenientes do espírito puro. São
chamadas também de divinas pelo fato de nos deixarem mais próximos de
nossa essência imaterial. Quanto mais desapegado da matéria maior o
grau de espiritualidade embutido. Exemplos: o apreço e contemplação
das belas formas sem conotação ou desejo sexual (principalmente
quando relacionado às formas do sexo oposto), a vontade de praticar o
bem, o interesse pelo estudo de matérias abstratas, o gosto por
atividades intelectuais, a preferência por músicas que nos inspirem
sentimentos nobres e/ou cuja melodia é de uma rara beleza,a admiração
por todas as obras e atos que demonstrem grandeza de caráter e
espírito, etc, etc, etc.

Respondida tais perguntas, espero que todos estejam de posse do
sentido completo que quero dar ao termo "mística", para que enfim,
depois dessa pequena introdução, eu possa tratar do tema que
realmente me interessa.


1. O VALOR DA MÍSTICA

A mística, que defini como "devotamento e amor pelas coisas divinas ou
espirituais", representa para os homens uma grande oportunidade de
conhecerem melhor a si mesmos e adentrarem num estágio superior da
existência. Primeiro, porque permite que determinadas energias
psíquicas latentes em nós possam se desenvolver, com grandes
benefícios para a saúde mental e equilíbrio humano. E segundo, por
propiciar a interiorização, tão em falta nos dias de hoje, em que
estamos preocupados somente com o
exterior.

O aprendizado e o exercício da mística leva-nos ao desocultamento do
Ser, assim como depura e sublima a bestialidade existente em nós. Os
místicos são homens de tipo superior, repletos de sentimentos nobres
que a maioria da humanidade ainda não aprendeu a cultivar. As
energias psíquicas que se desenvolvem nos místicos abrem um novo
campo de percepção, ou seja, começa-se a ver um mundo de uma maneira
diferente, descobre-se aspectos inusitados nas coisas, permitir-nos
ir além dos conceitos intelectuais no quais encerramos a realidade. A
sabedoria prática cresce no indivíduo,motivada pelo desejo de
harmonizar e agir conforme os valores espirituais em cada situação,
respeitando os direitos e as individualidades dos irmãos de
existência.

Em seu íntimo, o místico busca a Unidade, a sintonia fina com o
Cosmos. Os sentimentos baixos como a raiva, o ódio, a vaidade, o
ciúme, entre outros, são empecilhos que a mente cria que nos impedem
de permanecer sempre em harmonia com os que nos cerca. Para que
alcancemos este objetivo, devemos então buscar conhecer a nós mesmos,
com o fim de compreender a razão de ser de tais sentimentos e eliminá-
los da raiz de nosso ser. A interiorização cumpre bem essa
finalidade. À medida em que nos tornamos mais interiorizados fica
cada vez mais fácil tornar-se consciente dos mínimos movimentos de
nossa mente. Tornamo-nos senhores de nossas emoções e não mais
escravos.

A interiorização também propicia uma espécie de "felicidade" não
causada por elementos externos. Não se é preciso mais buscar a
felicidade lá fora, e por conseguinte, não se perde tanto nosso tempo
precioso com ambições materiais. Carros do ano, mulheres de corpo
escultural, viagens para o exterior, poder sobre os homens etc., não
tem mais tanto valor como antes. Há um desapego do que é "material",
passando este a ser considerado como um mero veículo do que
é "espiritual". Com esse desapego, o nosso comportamento se torna
muito mais "natural"; reduz o estresse e a artificialidade provocada
pela ambição material, proporcionando uma vida psíquica e física
muito saudável. Não há mais necessidade de competir com os colegas
pelos cargos de chefia, de estudar arduamente para passar num
vestibular concorrido, de conviver com pessoas que lhe são
desagradáveis, entre muitos outros exemplos.

Quem cultiva a mística consegue, em pouco tempo, se tornar uma pessoa
alegre, agradável, sábia, piedosa, etc. Em suma, um caráter que além
de não trazer conflitos íntimos e doenças psíquicas, ajuda em muito a
vida em sociedade e a cooperação mútua. O progresso, numa sociedade
de místicos, se dá de uma forma muito mais ordenada e benéfica, sem
desrespeito a Mãe-Natureza, mas proporcionando conforto e comodidade
para que os homens tenham mais tempo para se dedicar as atividades do
espírito. O sentido de justiça faz com que nenhuma pessoa seja
explorada em benefício da outra. Todos terão igual carga de trabalho
e remuneração por contribuírem ao bem comum. Em suma, uma total
mudança de paradigmas, onde a competição e a exploração do homem pelo
homem, darão lugar a cooperação e ao reconhecimento de que todos têm
direito à felicidade.


2. O VALOR DOS SENTIMENTOS HUMANITÁRIOS

Consideramos como sentimentos humanitários todos aqueles oriundos da
compreensão inata ou adquirida de que o fenômeno das outras pessoas
não lhe é substancialmente diferente do seu. Ambos são uma parte
ínfima do fenômeno humano. Schopenhauer nos diz que "a perspectiva
dos virtuosos (aqueles dotados de sentimentos nobres e humanitários)
atravessa o princípio de Individuação, o véu de Maya, no sentido em
que eles consideram o ser alheio como igual ao seu e não o ofende"
("O Mundo como Vontade e Representação", livro IV, Virtude). Daqui
podemos concluir, portanto, que o egoísmo representa uma postura
atrasada e equivocada, dado que, continuando com Schopenhauer "O
egoísmo restringe o coração. O egoísmo concentra o nosso interesse
sobre o fenômeno isolado da nossa pessoa e então o intelecto
nos mostra sem trégua, os perigos inumeráveis que a ameaçam e produz,
em nós, uma disposição inquieta e cheia de cuidados; enquanto a
convicção de que o mesmo ser anima tudo o que vive, tanto quanto a
nossa pessoa, dilata-nos a simpatia, levando-a para tudo em que
palpita a vida e alegrando-nos o coração. Diminuindo o interesse pelo
nosso ego, essa convicção prende-se pela raiz e tempera a nossa
ansiedade. (...)O egoísta sente-se cercado por estranhos e inimigos e
toda a esperança se lhe funda no próprio bem-estar. O bondoso vive
num mundo povoado por amigos. O bem-estar destes últimos é também o
seu. Portanto, embora o conhecimento dos destinos humanos, em geral,
não seja de molde a alegrá-lo, a firme convicção de encontrar o
próprio ser em todas as criaturas viventes dá ao seu humor certa
uniformidade e até alegria." (idem)

É importante ter em conta que não tratamos do "altruísmo" em oposição
ao "egoísmo", pois há uma subtil diferença entre o altruísmo e os
sentimentos oriundos do respeito pela alteridade. Enquanto o
altruísmo é a doutrina que considera o fenômeno do outro como mais
importante que o nosso, a posição que defendemos parte de uma
disposição que coloca o fenômeno de outrem no mesmo nível que o
nosso. Partindo disso, deve-se criar um equilíbrio entre as ações que
privilegiam e beneficiam os interesses e aspirações dos outros de
maneira geral e da ações que privilegiam e beneficiam a nós mesmos.

Os sentimentos humanitários geram para quem os cultiva, uma atmosfera
de bem-estar. Essa satisfação, como sabemos, é oriunda da boa-
consciência. São pessoas que suportam melhor o sofrimento pelo qual
porventura estejam passando, por meio da comparação com o de outrem,
e pelo poder de atenuar o sofrimento alheio. As obras que tais
pessoas realizam, desinteressadamente, dão ótimos e múltiplos frutos.
O sentimento de gratidão fará com que tenhamos ajuda quando
precisarmos. A caridade e a comiseração criam laços de afeto entre as
pessoas. Amizade sincera e espontânea que nos alegra e faz
bem.

Um mundo de pessoas com preocupações humanitárias, com certeza, é um
mundo onde todos são beneficiados, em que o egoísmo dá lugar ao bem
comum. O humanitarismo faz com que desenvolva a civilização
socialista, substituindo a podre estrutura capitalista que nos
rodeia. Não entendam o socialismo como "ditadura de esquerda". O
socialismo simplesmente é um sistema em que as pessoas ao invés de
perseguir tão somente seu interesse pessoal, atropelando e matando a
si mesmo e aos outros, direcionam seus esforços para beneficiar
a sociedade em geral. Seu princípio norteador é o maior bem para o
maior número de pessoas, sem com isso desrespeitar os direitos de
ninguém. O bem, a verdade e a justiça são os valores que moverão tal
sociedade. Por isso, não há perigo de se perder a liberdade. A
consciência de que o poder emana do povo fará com que não se deixem
mais dominar pela vontade de uma minoria. Tampouco a maioria oprimirá
a minoria, pois se agirá eticamente, com tolerância, respeitando-se o
livre-arbítrio.

3. CONCLUSÃO

A mística tem como uns dos seus objetivos a realização do Reino de
Deus na Terra, ou seja, fazer do nosso planeta um paraíso divino.
Nisso ela converge com os sentimentos humanitários, os quais, os
místicos, por sua sabedoria e compaixão tendem a desenvolver. Que
nenhum homem seja pobre, nem materialmente tampouco espiritualmente,
isto é o que se almeja. Talvez os místicos se preocupem mais com o
próprio progresso espiritual, mas tenham certeza que nunca se
esquecem dos seus irmãos, pois os místicos tem consciência da Unidade
da Criação, que é Deus.

Já as pessoas que têm consciência da unidade do fenômeno humano, do
qual são simples espécimes, estão a meio caminho de desenvolver a
mística. Precisam apenas abarcar a Totalidade, ao invés de tão
somente a espécie humana, e trabalhar em prol do seu progresso
espiritual. Já são de alguma maneira devotados às coisas espirituais,
pois têm o interesse de praticar a justiça e o bem e conseguem obter
satisfação com isso, em prejuízo talvez de algo material, como
dinheiro e o tempo que perdem com tais ações. Vão além do seu ego e
do Véu de Maya. Quem cultiva os sentimentos humanitários consegue
criar ao redor de si um ambiente que facilita muito a mística,
tanto para si como para os outros, que se beneficiam de suas boas
ações, cuja gratidão desperta neles algo de espiritual, reconhecendo
a beleza e a grandiosidade das ações humanitárias.

Conforme demonstrado aqui nesse artigo, tanto a mística como o
cultivo de sentimentos humanitários se entrelaçam, proporcionando ao
homem que reconhece seu valor a oportunidade de subir um degrau na
escada de sua evolução pessoal, assim como propicia a felicidade e
bem-aventurança a si mesmo e aos que estão ao seu redor. Em suma,
ambos representam algo de benéfico e devem ser buscados por todo ser
humano.

Bendito seja aquele que ver a sabedoria aqui contida,

Thiago Maia




SUBJECT: Re: [ciencialist] Liberalismo
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/01/2002 00:02



Marco Aurelio wrote:
>
> In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "João Mário Miranda"
> <jmiranda@explicacoes.com> wrote:
>
> > Finalmente, os liberais acreditam nos principios do iluminismo.
> > Acreditam na ciência e na análise da experiência e dos factos.
>
> Realmente gostei muito do seu arrobamento. Acho que a liberdade deve ser
> defendida. Creio que se vc enunciasse as cinco versões do imperativo
> categórico do Kant, poderia ter economizado tanto palavrorio tão obvio.

Parece óbvio, mas não é. Isto porque os liberais são contra quer
a direita quer a esquerda. São contra a direita, porque a direita
é contra a liberdade individual. São contra a esquerda porque a
esuqerda defende soluções colectivistas para a economia. E claro,
tanto a esquerda como a direira acabam sempre por atentar contra
todo e qualquer tipo de liberdade. Os liberais não têm grande
estima por determinados conceitos de "igualdade" e "fraternidade"
que a maior parte das pessoas tende a estimar.


> Por outro lado, não entendi porque tanta veemencia em defender a liberdade
> desta maneira. Ela nem está ameaçada.

Não, a liberdade não está tão ameaçada assim. Mas as soluções que
a liberdade aponta podem contribuir para resolver a pobreza e a
ignorância e essas soluções não estão a ser aplicadas ou estão a
ser mal aplicadas. O Takata brincou como facto de você me poder
xingar de neo-liberal e isso é um indicador de como uma ideologia
tão bela é tão mal vista pelo público. Neo-liberal não é insulto,
mas há muita gente que vê o neo-liberalismo como um bicho papão.

O que é que vc. pensou que eu
> insinuava? Será que eu dei a entender que sou totalitario e troglodita?

De forma alguma. Só me apeteceu falar do assunto.

>De
> repente, quando eu achei (creio que posso ter a liberdade de achar, total,
> se um gordo se quer suicidar comendo graxa e tomando coca-cola, a vida é
> dele e é certo que ninguém deve privá-lo de fazer, por que é que eu não
> posso achar que junto com o seu "liberalismo" tem muito cinismo? )

Trata-se de um exemplo extremo para marcar um ponto de vista.

>que
> algumas coisas eram bobagens, pareceu significar que estou contra a
> liberdade e despertei todo este amor febril pela liberdade.

De forma alguma. Apenas achei piada ao email do Takata e resolvi
brincar um pouco também.

> Para quê tanta veemencia? Acaso vc pensa que estes principios são tão
> frágeis que necessitam ser gritados com ufanismo?

Não são frágeis, são incompreendidos. Estes são os principios por
detrás do neo-liberalismo, tão odiado, em especial na América do Sul
e Europa.

> Eu acho que qualquer pessoa que defenda a liberdade pode ser chamada de
> liberal.

Não basta defender a liberdade para se ser liberal. É preciso defender
a liberdade acima de outros valores como a igualdade e a fraternidade,
na convicção de que a igualdade e a fraternidade serão respeitados se
a liberdade o for.

>Total, a gente também bota o nome que quizer. Quem não goste, que
> mude. É certo que Voltaire era iluminista, mas, liberal... Total, o conceito
> é seu e quem sou eu para contrariar? Creio que reduzir Voltaire a liberal é
> até pouco.


Na verdade não conheço Voltaire, mas aquela frase dele é uma
expressão muito feliz das ideias do liberalismo.

> Peço-lhe humildemente desculpas por ter provocado seus brios. Estou de
> acordo com muita coisa que vc. diz, mas sigo insistindo, embora não concorde
> absolutamente com tudo, estou disposto a defender seu direito de dizer o que
> lhe aprouver diante de qualquer tribunal totalitario.

Não tem que pedir desculpa.

> A sua defeza da liberdade soou a desabafo. Será certo ? (Não precisa
> responder).

De facto você tem quase razão. Não foi bem um desabafo, mas uma
sublimação, relacionada com uma discussão noutra lista.
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: daN
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/01/2002 06:50

De: "marmidan" <damich@bol.com.br>

>>É isso aí, Leo.
Há muito tempo (desde que descobri isso lá no longínquo ginásio) que
eu uso a definição de 1 dm3 para litro. Particularmente, me sinto
mais à vontade em fazer cáculos de volume usando sub-múltiplo de
metro em vez de unidade de volume tipo litro, mililitro. Se usamos
cm3, por que não usar dm3?
Com o daN se dá a mesma coisa: é mais intuitivo pensar num
submúltiplo que nos dá uma idéia unitária do que ficar fazendo contas
mentais p/ "visualizar" uma grandeza.
[]s. Daniel <<

Enviei a idéia do "daN" ao consulente, com os devidos detalhes. Eis sua resposta, que divido com vcs:

>>>Olá
Prof. Luiz Ferraz
Fico-lhe MUITÍSSIMO agradecido, pois, sinceramente, não esperava que tão prontamente teria um retorno do meu questionamento.
A "FORÇA", ou seja, os esclarecimentos que o Caro Prof. acaba de me passar são de extrema valia. Quero salientar, também que a clareza da sua exposição não me deixaram dúvidas quanto ao assunto.
E ainda o Sr me promete que quando tiver mais informações colhidas junto a seus amigos, me passa !!!
DIANTE DISSO FICO-LHE ETERNAMENTE AGRADECIDO.
Um grande abraço,
Ricardo Ventura<<<

[]'
Léo
==============






SUBJECT: RES: [ciencialist] Liberalismo
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/01/2002 15:00

JMM:
> Defendem a democracia, porque acreditam que os Homens têm direito
> de escolher os seus próprios governantes e o seu próprio destino.
> Defendem que a democracia deve ter mecanismos para evitar a ditadura
> da maioria. Defendem uma constituição simples. A constituição não é o
> documento que confere os direitos aos Homens. A constituição é o
> documento no qual os Homens concedem temporariamente alguns dos seus
> direitos ao Parlamento.

Não conheço uma instituição privada com fins lucrativos que adote
internamente a democracia.

Antes que vc esperneie, digo de antemão que estou sendo cínico e
que esta afirmação está carregada de falácias.

Não obstante, o Estado de Direito, por adotar a democracia
torna-se mais lento e menos eficiente, pois as decisões
não são tomadas antes de muita, muita discussão. Se isso ocorresse
com uma sociedade privada a concorrência a devoraria.

Outro ponto intrigante é, por que raios os países mais ricos
são tão protecionistas no que diz respeito à importação de
produtos agrícolas e tão pró-liberalismo quando se trata de
exportar produtos manufaturados para os mais pobres?

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Universo Numa Casca de Noz
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/01/2002 15:56

On Fri, 11 Jan 2002, moacir_schmidt wrote:
> Amigos,
> Estou lendo "O Universo Numa Casca de Noz", do famoso jogador de
> pôquer Stephen Hawking. Mas o dito cujo tem algumas afirmações além
> da minha compreensão, por exemplo, na pág 39 ele diz:

O livro, embora excelente, não é muito trivial. Ele exige noções prévias
de qüântica e relatividade e acaba viajando na maionese muitas vezes. Mas
a salvação está na sua indicação de bibliografia ao final do livro:

- O Universo Elegante - Brian Greene

Este sim, maravilhoso e muito didático. Superstrings rules!!! Creio que o
Alberto iria gostar.


> "O fato do espectro da radiação de fundo do universo coincidir tão
> exatamente com o da radiação de um corpo a 2,7K informa-nos que a
> radiação deve ter vindo de regiões opacas às microondas"
> Não consegui entender porque cargas d'agua podemos concluir que as
> tais regiões seriam opacas as microondas. Estou com a terrível
> sensação que alguma coisa bastante óbvia está me escapando...Quem
> poderá me ajudar? O Chapolim Colorado?

Não me vem nenhuma razão lógica para tal afirmação de Hawking, se ninguém
da lista opinar creio que só o Chapolim Colorado poderá lhe salvar.

Pode ser um simples erro grotesco de tradução, mas não tenho o original em
mãos para saber.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
One Ring to rule them all



SUBJECT: Como eh dificil!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/01/2002 16:28

Dividam comigo o lado 'negro' do Imperdível :-))))
Por vezes me vejo mesmo perdido, não só pela idade dos consulentes como pelo teor das perguntas. Eis as desse fim de semana:

>Dúvida/Sugestão: preciso fazer um seminario sobre corrente alternada mas nao encontro textos especificos gostaria de uma ideia de onde encontra-los e omo começar meu seminario<

>Dúvida/Sugestão: Oi, professor. Tudo bem? Minha dúvida é a seguinte: Se, sobre uma barra de peso desprezível e comprimento 2L age uma força constante de módulo F, perpendicular à barra, a uma distância x de seu centro, qual será, e POR QUÊ, o movimento subseqüente da barra nas condições: a) durante a atuação da força; b) após a atuação da força? Nota 1: lembro que minha pergunta não pede apenas a descrição, mas também, a explicação do movimento. Nota 2: só tenho o segundo grau. Nota 3: peço a resposta qualitativa e quantitativa. Obrigado, professor.<

>Dúvida/Sugestão: QUERO SABER A DIFERENÇA ENTRE ENERGIA E LUZ?<

>Dúvida/Sugestão: Gostaria de saber sobre um utilitário para verificação de (resistores e capacitores), estava discriminado como matherbord . quando vi este comentário estava como próximos experimentos. se possível gostaria de saber mais sobre o assunto. Obrigado<

>Dúvida/Sugestão: Estou a fazer um trabalho sobre lasers e suas aplicações.Já li muita informação sobre este assunto mas não consigo fazer a ligação com o electromagnetismo. Sei que o feixe de luz emanado pelo laser são ondas elevtromagnéticas mas não consigo fazer a ligação com as equações de Maxwell. Já viagei por vários sites mas não obtive grandes respostas. Agradecia imenso que me ajudassem. Atenciosamente, Ana Gomes<

>Dúvida/Sugestão: Queria saber como se fabricar um CATODO,para que serve ele,e qual o meio mais simples de fabrica-lo como experiência,faço faculdade de engenharia eletrica,e meu tema seria sobre o CATODO,como se fabrica e apresenta-lo em experiência. OBRIGADO. AGUARDO RESPOSTAS. ASS:Fernando valle.<

>Dúvida/Sugestão: qual a pressão máxima suportada por uma garrafa pet de 2 litros (coca cola)?<

>Dúvida/Sugestão: Tenho uma pequena bobina de Tesla tipo Globo. A ampola quebrou restando apenas o fio de saida, porém ela ainda funciona. Como posso usa-la para obter 30Kv na saida para experiências com motores eletrostáticos e outros equipamentos?<

>Dúvida/Sugestão: o que é piócitos, cocos gram positivos e leptotrix?<

>Dúvida/Sugestão: Passei um imã sem querer na tela do computador e isso causou algumas manchas. Por que isso aconteceu? Essas manchas saem? Ficaria muito grata se pudesse me responder. Obrigada!<

>Dúvida/Sugestão: Estou fazendo intercambio no Estados Unidos e preciso fazer um projeto que descreve qualquer experimento na area de biologia. Gostaria da sua ajuda e sugestao, ja que alem de nao conseguir encontrar nada, acho que nao tenho materiais suficientes para fazer uma boa apresentacao. Por favor, entre em contato comigo via e-mail o mais rapido possivel. Obrigada, Maria Ines<

>Dúvida/Sugestão: PESQUISA SOBRE MEDIDAS EM FISICAS URGENTE <

>Dúvida/Sugestão: Gostaria de saber a distância entre o chão da terra em que pisamos até o espaço. Tenho essa duvida e gostaria de saber fico grato<

>Dúvida/Sugestão: Sou engenheiro eletrônico e gostaria de pesquisar sobre a técnica de resfriamento, utilizando o efeito Peltier. Tenho notícias de que já estão construindo pequenas geladeiras com este princípio. Se vc souber onde posso comprar uma dessas células de resfriamento (termopar) ficaria muito grato. Mauro Trajano<

e assim vai ......... não coloquei aqui as perguntas específicas sobre exercícios de física que caiu nesse ou naquele vestibular (que são as mais fáceis de responder).

Agora, só pro cês ter uma idéia da coisa. Agora pouco chegaram três mensagem do mesmo consulente, só passem os olhos:

>primeira:
Dúvida/Sugestão: Eu gostaria de obter respostas para estas peguntas. 1) Se a resultante das forças que atuam em um corpo for nula e o corpo estiver em movimento, obviamente o corpo não permanecerá em movimento por muito mais tempo. Você concorda com esta afirmativa? Justifique. 2) a) Defina força peso. b) Na linguagem diária, uma pessoa lhe diz que pesa 100 quilos. De acordo com o que você aprendeu, você deve entender que esta pessoa pesa quantos kgf? Quantos N ? 3) Para você abrir a porta de sua sala, você deverá aplicar uma força de ação maior do que a de reação, caso contrário a porta não se abriria. Você concorda? Explique por que? 4) O grego Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.) dizia aos seus seguidores: "Para manter um corpo em movimento, é necessário aplicar-se sobre ele uma força". Você concorda com essa afirmação? Justifique. 5) a) Você sabe que seu peso é uma força vertical, dirigida para baixo. Qual é o corpo que exerce esta força sobre você? b) Na linguagem diária, uma pessoa lhe diz que pesa 100 quilos. De acordo com o que você aprendeu, você deve entender que esta pessoa pesa quantos kgf? Quantos N ? 6) É um fato conhecido que a Terra exerce uma força de atração sobre a Lua. Pela 3ª lei de Newton, podemos concluir que a Lua também atrai a Terra. A figura deste exercício foi encontrada em um certo livro de Física, mostrando estas forças de interação entre a Terra e a Lua. Há um erro grave neste desenho. Diga qual é este erro? Terra Lua F2 F1 7) (UFJF) - Joãozinho atrela o seu burrico Xanadú à carroça e grita: "Anda!" Mas o animal, que tinha acabado de ler o livro Philosophiae Naturalis Principia Mathematica, de Isaac Newton, responde: "Enfim a liberdade. Se eu aplico uma força para mover a carroça, esta vai aplicar uma força de reação sobre mim. Como estas forças têm mesma direção, mesma intensidade e sentidos contrários, elas se equilibram. Concluo portanto que é impossível mover a carroça e vou me aposentar." Joãozinho esqueceu o chicote e as cenouras necessitando debater com o burro para convencê-lo de seu erro. Como? 8) Deixa-se cair, da mesma altura e no mesmo instante, duas caixinhas de fósforo idênticas, porém, uma das caixinhas está cheia de terra e a outra vazia. Considerando a força de resistência do ar igual para as duas caixinhas, qual chegará ao solo primeiro? Justifique a sua resposta. 9) Um homem que sabe que seu peso é 75 N é encerrado num elevador de um edifício. O elevador não tem janelas e seu funcionamento é perfeitamente silencioso. Ele sobe numa balança de molas que se encontra no elevador e verifica que ela, durante certo tempo, acusa 85 N. Dispondo apenas das informações anteriores, que afirmações você faria a respeito do movimento do elevador, nesse intervalo de tempo? Justifique suas colocações. Adote g = 10 m/s2 . 10) Deixa-se cair, de uma mesma altura e no mesmo instante, duas caixinhas de fósforo idênticas, sendo que uma está vazia e a outra cheia de terra. Considerando a força de resistência do ar igual para as duas caixinhas, qual chegará ao solo primeiro? Justifique sua resposta. 11) Responda. a) O que é força? b) O que é força de campo? c) O que é força de contato? d) Qual é a unidade de medida da força no SI? 12) Resolva os Problemas. a) Que aceleração vai ser imprimida a um corpo, de 5 kg de massa, ao qual foi aplicada a força de 3N? b) Qual a massa de um corpo ao qual foi aplicada uma força resultante de 2N e que sofreu uma aceleração de 0,5 m/s2 ? c) Que força resultante foi aplicada a um corpo de 10 kg cuja aceleração foi de 3 m/s2 ? d) Qual é a massa de um corpo puxado por uma força resultante de 30N, que lhe imprime uma aceleração de 5 m/s2 ? e) Qual o valor da aceleração que uma força resultante de 40N imprime a um corpo de 10 kg ? 15) Leia e responda: A tendência que um corpo tem de continuar seu estado de movimento ou de repouso é denominada inércia. Para alterar o estado de um corpo é preciso aplicar uma força sobre ele. Quanto maior a massa do corpo, maior a força necessária para mudar seu estado de repouso ou de movimento. a) O que é inércia? b) Como se vence a inércia de um corpo? c) Que relação existe entre a inércia e a massa de um corpo? <

>segunda:
Dúvida/Sugestão: Gostaria de saber as repostas destas perguntas pois necessito desenvolver um trabalho de alto esclarecimento das leis de Newton favor me dar um retorno estou precisando de ajuda, agradecido. 1) (1,0) - Um massa 700 Kg sobre um plano horizontal liso é freiado uniformemente quando sua velocidade é de 20 m/s e pára após percorrer 50 m. Determine a intensidade da força aplicada pelos freios. 2) (1,5) - Um bloco de massa 4 Kg desliza sobre um plano horizontal sujeito à ação das forças F1 e F2 , conforme indica a figura. Sendo a intensidade das forças F1 = 15 N e F2 = 5 N , determine a aceleração do corpo. F2 F1 3) (1,0) - O corpo A está ligado ao B por meio de um fio flexível e inextensível que passa por uma roldana de massa desprezível. A aceleração da gravidade local é de 10 m/s2 , as massas dos corpos mA = 8 kg e mB = 12 kg e o atrito com a superfície desprezível. Determine: a) o módulo da aceleração; b) a tração no fio. A B 4) (1,5) - Um foguete acelera verticalmente para cima nas proximidades da Terra. No teto de um compartimento está fixado um dinamômetro ideal, que tem preso a si um bloco de 4 kg de massa. Adotando g = 10 m/s2 e admitindo que a indicação do dinamômetro seja 80 N, determine o módulo da aceleração do foguete. 5) 1) (1,0) - Na figura as massas dos corpos são: mA = 40 kg e mB = 10 kg , e a força F tem intensidade de 100 N. Supondo o atrito desprezível, determine: F a) a aceleração do sistema; A B b) a força que o corpo B exerce sobre A. 6) (1,5) - A figura abaixo ilustra três corpos A, B e C unidos por fio inextensível e de massa desprezível. As massas dos corpos são, respectivamente, iguais a 10 kg, 15 kg e 25 kg. A intensidade da força F é 100 N e o atrito entre os corpos e a superfície é desprezível. F Com base nos dados determine: C B A a) a aceleração do sistema; b) a tração em cada fio. 7) (1,0) - O corpo A está ligado ao B por meio de um fio flexível e inextensível que passa por uma roldana de massa desprezível. A aceleração da gravidade local é de 10 m/s2 , as massas dos corpos mA = 12 kg e mB = 8 kg e o atrito com a superfície desprezível. Determine: a) o módulo da aceleração; b) a tração no fio. A B 8) (1,5) - Um foguete acelera verticalmente para cima nas proximidades da Terra. No teto de um compartimento está fixado um dinamômetro ideal, que tem preso a si um bloco de 4 kg de massa. Adotando g = 10 m/s2 e admitindo que a indicação do dinamômetro seja 80 N, determine o módulo da aceleração do foguete. 9) Um corpo de massa 8 kg é suspenso a um dinamômetro preso ao teto de um elevador, por meio de um fio ideal. Dado g = 10 m/s2 , determine as indicações fornecidas pelo dinamômetro nos seguintes casos: a) o elevador sobe com aceleração constante de 4 m/s2 ; b) o elevador desce com aceleração constante de 4 m/s2 ; c) o elevador sobe com movimento uniforme. d) o cabo do elevador se arrebenta. 10) Dois blocos A e B de massas respectivamente iguais a 4 kg e 9 kg, inicialmente em repouso estão interligados por um fio inextensível e de massa desprezível, sobre uma superfície plana, horizontal e polida. Sobre A aplica-se uma força F = 260 N , conforme indica a figura. Admitindo g = 10 m/s2 , pede-se: a) a aceleração do conjunto; b) a tração no fio que une A a B. 11) (UFJF - 94) -Uma esfera de massa m está presa na extremidade de um fio inextensível de comprimento L. Este sistema executa movimento circular uniforme na vertical com velocidade angular w. Determine a tensão no fio quando a esfera está no ponto extremo inferior e superior, respectivamente. Dado: L = 1 m m = 0,5 kg w = 100 rpm g = 10 m/s2 12) (FUNREI - 95) - Um pequeno bloco de madeira de massa 2,0 kg encontra-se sobre um plano inclinado, como mostra a figura abaixo, onde l = 1 m e h = 0,6 m. Se o coeficiente de atrito estático entre o bloco e a superfície do plano é m = 0,4 . Qual é a MENOR força F com que se deverá pressionar o bloco sobre o plano, para que o mesmo permaneça em equilíbrio? 13) (FUVEST - SP) - As figuras mostram dois arranjos A e B de polias, construídos para erguer um corpo de massa M = 8 kg. Despreze as massas das polias e da corda, bem como os atritos. Calcule os módulos das forças FA e FB , em newtons, necessárias para manter o corpo suspenso e em repouso nos dois casos. Considere g = 10 m/s2 . 14) (UFJF - 94) -Uma esfera de massa m está presa na extremidade de um fio inextensível de comprimento L. Este sistema executa movimento circular uniforme na vertical com velocidade angular w. Determine a tensão no fio quando a esfera está no ponto extremo inferior e superior, respectivamente. Dado: L = 1 m m = 0,5 kg w = 100 rpm g = 10 m/s2 15) Uma força horizontal, de intensidade 30 N , atua sobre um corpo que inicialmente se encontra em repouso sobre uma superfície lisa e horizontal. Após 2 segundos, sua velocidade é de 30 m/s. Calcule a massa do corpo. 16) Durante quanto tempo uma força de 120 N deve atuar sobre um corpo de massa 5 Kg para aumentar sua velocidade de 1 m/s para 25 m/s? 17) Um objeto tem velocidade V0 = 10 m/s. Depois de 4s, a sua velocidade passa para 30 m/s. Calcule a aceleração média do objeto. 18) Um veículo parte do repouso com uma aceleração média de 2 m/s2 e atinge a velocidade de 16 m/s. Qual o intervalo de tempo gasto para isto? 19) Iª Questão (até 3,0 pontos) - (UNICAMP- 96) - A figura abaixo representa um mapa da cidade de Vectoria o qual indica a direção das mãos do tráfego. Devido ao congestionamento, os veículos trafegam com a velocidade média de 18 Km/h. Cada quadra desta cidade mede 200 m por 200 m . Uma ambulância localizada em A precisa pegar um doente localizado bem no meio da quadra em B, sem andar na contramão. a) Qual o menor tempo gasto (em minutos) no percurso de A para B? b) Qual é o módulo do vetor velocidade média (em Km/h) entre os pontos A e B? 20) (até 3,0 pontos) - Uma pessoa puxa um trenó por meio de uma corda que faz um ângulo de 45º com a horizontal. Sobre o trenó, de massa 2 Kg está um bloco de massa 10 Kg. O sistema bloco-trenó tem aceleração de 1,0 m/s2 . O atrito entre o trenó e o solo é nulo. Lembre-se que sen 45º = cos 45º = . a) Determine o módulo da força F exercida pela pessoa; b) Sendo de 2 m/s2 a máxima aceleração possível para que o bloco não escorregue sobre o trenó, determine o coeficiente de atrito estático entre as superfícies em contato. (adote g = 10 m/s2 ) c) No instante t1 , a velocidade do sistema é de 1,0 m/s . Quanto tempo (t) levará para percorrer 4,0 metros, a partir do instante t1 ? 21) (até 3,0 pontos) - Uma esfera de massa m está presa na extremidade de um fio inextensível de comprimento L. Este sistema executa movimento circular uniforme na vertical com velocidade angular w. Determine a tensão no fio quando a esfera está no ponto extremo inferior e superior, respectivamente. Dado: L = 1m m = 0,5 Kg f (frequência) = 100 rpm g = 10 m/s2 22) (até 3,0 pontos) - No esquema da figura, o plano a é perfeitamente liso e entre o plano b e o corpo B o coeficiente de atrito é m. As massas dos corpos A e B valem, respectivamente 1,25 e 10,0 Kg . Calcule o valor mínimo de m para que o sistema permaneça em equilíbrio. Adote g = 10 m/s2 . B Dados: sen a = cos b = 0,8 cos a = sen b = 0,6 plano a A plano b a b 23) Um corpo de massa 1 Kg está preso à extremidade de um fio de comprimento L = 1m , cuja tração de ruptura é T = 400 N . A outra extremidade do fio está fixa em um ponto A e o corpo executa um movimento circular de centro A e raio L, sobre uma mesa horizontal sem atrito. Determine a maior velocidade que o corpo pode ter sem romper o fio. 24) (UNICAMP 96) (Valor até 3,0 pontos) - Uma criança de 15 kg está sentada em um balanço sustentado por duas cordas de 3,0 m de comprimento cada, conforme mostram as figuras (a) e (b) abaixo. a) Qual a tensão em cada uma das duas cordas quando o balanço está parado (figura (a)) b) A criança passa a balançar de modo que o balanço atinge 0,5 m de altura em relação ao seu nível mais baixo, (figura (b)). Qual a tensão máxima em cada uma das duas cordas nesta situação? 25) (UNICAMP 96) (Valor até 3,0 pontos) - Um pára-quedista de 80 kg (pessoa + pára-quedas) salta de um avião. A força de resistência do ar no pára-quedas é dada pela expressão: F = - b v2 onde b = 32 kg/m é uma constante e v a velocidade do pára-quedista. Depois de saltar, a velocidade de queda vai aumentando até ficar constante. O pára-quedista salta de 2.000 m de altura e atinge a velocidade constante antes de chegar ao solo. a) Qual a velocidade com que o pára-quedista atinge o solo? b) Qual foi a energia total dissipada pelo atrito com o ar na queda desse pára-quedista? 26) (UFJF) - No interior de um trem há uma mesa lisa e horizontal, sobre a qual se encontra um sistema massa-mola, conforme a figura abaixo: a Quando o trem se move com aceleração a sobre trilhos planos e horizontais, a mola se distende de 5 cm. Qual é o módulo da aceleração do trem? 27) (1,2 ponto) - Um objeto de peso igual a 20N é lançado verticalmente para cima. Desprezando influências do ar, a única força que atua no objeto após o lançamento é seu peso, e mesmo assim ele sobe. 1) A) Que propriedade da matéria justifica a subida do objeto? 2) B) Quais os módulos da velocidade e da força resultante no objeto quando ele atinge a altura máxima? 3) C) Qual a intensidade da força com que o objeto atrai a Terra? 4) D) No ponto de altura máxima o objeto se encontra em repouso? 28) (1,0 ponto) - As caixas A e B estão interligadas por um fio que se dispõe paralelamente ao plano. A força horizontal F, de intensidade 50N, é aplicada em . As caixas entram em movimento acelerado para a direita. Calcule: a) a aceleração das caixas; b) a intensidade da força de tração no fio. F Dados: mA = 6 kg mB = 4 kg 29) (2,0 pontos) - Nesta questão as massas de A e B são as mesmas do exercício anterior. Além de A e B participa deste problema um corpo C, de massa 10 kg. O sistema está representado na figura abaixo. Calcule a intensidade: a) da aceleração dos corpos; b) das trações nos fios A e B. 30) (0,8 ponto) - A figura abaixo mostra um trilho contido num plano vertical e uma bolinha de massa m = 1 kg em seu ponto mais baixo. Calcule a intensidade da força normal que a bolinha recebe do trilho, supondo que ela esteja: a) em repouso; b) em movimento com velocidade v = 20 m/s. 31) (2,0 pontos) - O bloco da figura está sobre um plano inclinado de 30º . O bloco tem massa de 2 kg e o coeficiente de atrito entre o bloco e o plano inclinado é de 0,2. Determine a aceleração do bloco. Adote e g = 10 m/s2 32) (1,0 ponto) - Um trator puxa um tronco de árvore por meio de um cabo, a uma velocidade constante e com uma força F de 1 000 N. O tronco de árvore tem massa m = 200 kg. Qual a força resultante aplicada sobre o tronco? 33) (1,5 ponto) - Um corpo de massa igual a 5 kg, inicialmente em repouso sofre a ação de uma força resultante constante de 30 N. Qual a velocidade do corpo depois de 5s? 34) Um corpo de 4 kg de massa está pendurado em um dinamômetro preso ao teto de um elevador. A indicação do dinamômetro é 48N e g = 10 m/s2. a) Com essas informações, é possível dizer inequivocamente em que sentido o elevador está se movendo? Justifique. b) Calcule o valor numérico da aceleração do elevador. 35) Um bloco de peso igual a 100 N é arrastado com velocidade constante sobre uma superfície horizontal, cujo coeficiente de atrito é 0,2. a) Qual a intensidade da força de atrito da superfície sobre o bloco? b) Qual a intensidade da força que atua sobre o bloco, no sentido do movimento? 36) Dois corpos A e B, de massas mA = 3 kg e mB = 6 kg, estão ligados por um fio ideal que passa por uma polia sem atrito, conforme a figura. Entre o corpo A e o apoio, o coeficiente de atrito é 0,5. Considerando g = 10 m/s2 , determine: a) a aceleração dos corpos; b) a intensidade da tração no fio. 37) (1,5 ponto) - Um móvel de massa 2 kg, inicialmente em repouso, sofre a ação de uma força resultante constante de 10 N. Determine a velocidade do móvel após decorridos 3 segundos de movimento. 38) (2,0 pontos) - Dois corpos A e B (mA = 2 kg e mB = 1 kg) são presos por uma corda inextensível e sem massa. Puxa-se o sistema com uma força F = 6N, conforme mostra a figura. Determine: a) a aceleração do sistema; b) a tração na corda. 39) (4,0 pontos) - Em cada um dos sistemas abaixo determine a aceleração do sistema e as trações das cordas: Despreze qualquer possível atrito. I) II) 40) (1,5 ponto) - Dois blocos A e B (mA = 2 kg e mB = 3 kg estão apoiados numa superfície horizontal perfeitamente lisa. O fio que liga os corpos pode ser considerado ideal (inextensível e de massa desprezível). A força horizontal é constante e tem intensidade F = 10N. Determine: 41) (2,0 pontos) - (FEI) Dois blocos de massas m1 = 2 kg e m2 = 4 kg são ligados por um fio inextensível de massa desprezível, conforme mostra a figura. Um segundo fio é ligado ao bloco superior. Aplica-se ao segundo fio uma força . Pede-se a intensidade da força F para que a aceleração dos blocos seja dirigida para cima e igual a 2 m/s2. Neste caso qual a intensidade da força de tração no fio entre os blocos? Dado g = 10 m/s2 42) (2,0 pontos) - (PUC) - Se a resultante das forças que atuam sobre um corpo é 10N, sua aceleração é 4 m/s2. Se a resultante das forças fosse de 12,5N , qual seria a aceleração? 43) (2,0 pontos) - Determine a aceleração do sistema e a tração em cada fio: 44) IIIª Questão (até 3,0 pontos) - O conjunto dos blocos representado na figura está sujeito a uma força vertical, para baixo, constante de 200N. A constante elástica da mola (massa desprezível) que une os blocos vale 1 000 N/m e o movimento do sistema se dá na mesma linha vertical. Adotando g = 10 m/s2, calcule a deformação da mola. 45) IVª Questão (3,0 pontos) - Um motoqueiro efetua uma curva de raio de curvatura 80 m a 20 m/s num plano horizontal. A massa total (motoqueiro + moto) é de 100 kg. O coeficiente de atrito estático entre o pavimento e o pneu da moto vale 0,6. a) Qual a força máxima de atrito estático para que a moto não escorregue? b) Qual a tangente trigonométrica do ângulo de inclinação q da moto em relação à vertical? 46) (1,5 ponto) - Sobre um corpo de 6 kg de massa, inicialmente em repouso sobre uma mesa horizontal perfeitamente lisa, aplica-se uma força F constante, também horizontal. Após um deslocamento de 25 m o corpo apresenta uma velocidade de 5 m/s. Determine a intensidade da força F aplicada ao corpo. 47) (1,0 ponto) - Um trator puxa um tronco de árvore por meio de um cabo, a uma velocidade constante e com uma força F de 1 000 N. O tronco de árvore tem massa m = 200 kg. Qual a força resultante aplicada sobre o tronco? 48) (1,5 ponto) - A equação horária da velocidade de uma partícula em movimento retilíneo e de 3 kg de massa é v = 4 + 2t, com unidades do SI. Qual a intensidade da força resultante sobre a partícula? 49) (1,5 pontos) - O coeficiente de atrito entre o corpo e a superfície horizontal sobre a qual se desloca é 0,3. O corpo tem massa de 8 kg e apresenta movimento uniforme. Sendo a aceleração da gravidade local g = 10 m/s2 , determine a intensidade: a) da reação normal de apoio sobre o corpo; b) da força de atrito que age sobre o corpo; c) da força que atua sobre o corpo no sentido do movimento. 50) (1,5 ponto) - Um bloco B, de 5 kg de massa, está em repouso sobre uma superfície horizontal. O coeficiente de atrito estático entre eles é 0,2. Coloca-se areia no balde à razão de 100 g por segundo. Quanto tempo o bloco B permanecerá em repouso? 51) 1ª Questão (até 2,5 pontos) - Na situação esquematizada na figura, um homem de 70 kg de massa está deitado sobre uma mesa horizontal para submeter-se a uma terapia por tração: 52) 2ª Questão: ( até 2,5 pontos) - Um carro está sendo acelerado em um plano horizontal. Com o carro em movimento, as rodas dianteiras suportam 3/5 do peso total do carro e de seu conteúdo. Admita que os coeficientes de atrito estático e dinâmico entre os pneus e o chão valem respectivamente 0,50 e 0,45 , e que o carro tenha tração apenas nas rodas dianteiras. Desprezando o efeito do ar e adotando g = 10 m/s2 , determine a máxima aceleração que o carro pode ter. 53) 3ª Questão: (até 2,5 pontos) - Em um parque de diversões existe um brinquedo chamado rotor que consiste em um cilindro vertical e oco. As pessoas encostam na parede interna do cilindro, que passa a ter um movimento de rotação, com velocidade angular "w" crescente. A partir de um dado instante t0 , a velocidade angular passa a ser constante, o piso é retirado e a pessoa fica "pregada" na parede do rotor, sem escorregar. Seja "w0" a mínima velocidade angular para que a pessoa não escorregue, mostre que "w0" depende do raio do cilindro e do coeficiente de atrito entre a pessoa e a parede do rotor. "w0" dependerá também da massa da pessoa ou não? 54) (até 3,0 pontos) - Considere que uma corrida de automóveis o líder da prova e um retardatário mantêm, em cada volta, uma velocidade escalar média constante de 300 km/h e de 280 km/h, respectivamente. a) Calcule a velocidade relativa do líder em relação ao retardatário. b) Calcule quantas voltas o líder terá que completar, após ultrapassar o retardatário, até alcançá-lo novamente. Solução: a) a velocidade relativa é : 300 km/h - 280 km/h = 20 km/h b) Seja d o comprimento do circuito. O tempo que ele gasta após a ultrapassagem para alcançar novamente o retardatário é : vrel = d / t logo t = d / vrel então t = d/20 (usamos aqui a velocidade relativa.) Agora nesse mesmo tempo o móvel dará n voltas, então: v = n . d/t onde t = d/20 V = n . d / d/20 > 300 = n . 20 então n = 300 / 20 Resposta: n = 15 voltas 55) 1ª Questão: (até 3,0 pontos) - Em um parque de diversões existe um brinquedo chamado rotor que consiste em um cilindro vertical e oco. As pessoas encostam na parede interna do cilindro, que passa a ter um movimento de rotação, com velocidade angular "w" crescente. A partir de um dado instante t0 , a velocidade angular passa a ser constante, o piso é retirado e a pessoa fica "pregada" na parede do rotor, sem escorregar. Seja "w0" a mínima velocidade angular para que a pessoa não escorregue, mostre que "w0" depende do raio do cilindro e do coeficiente de atrito entre a pessoa e a parede do rotor. "w0" dependerá também da massa da pessoa ou não? 56) 4ª Questão (até 3,0 pontos) - No esquema seguinte, um homem faz com que um balde cheio de água realize uma volta circular de raio R num plano vertical: 57) <

>terceira:
Dúvida/Sugestão: Gostaria de obter respostas sobre estas peguntas. 1) (1,0) - Um veículo de massa 700 Kg sobre um plano horizontal liso é freiado uniformemente quando sua velocidade é de 20 m/s e pára após percorrer 50 m. Determine a intensidade da força aplicada pelos freios. 2) (1,5) - Um bloco de massa 4 Kg desliza sobre um plano horizontal sujeito à ação das forças F1 e F2 , conforme indica a figura. Sendo a intensidade das forças F1 = 15 N e F2 = 5 N , determine a aceleração do corpo. F2 F1 3) (1,0) - O corpo A está ligado ao B por meio de um fio flexível e inextensível que passa por uma roldana de massa desprezível. A aceleração da gravidade local é de 10 m/s2 , as massas dos corpos mA = 8 kg e mB = 12 kg e o atrito com a superfície desprezível. Determine: a) o módulo da aceleração; b) a tração no fio. A B 4) (1,5) - Um foguete acelera verticalmente para cima nas proximidades da Terra. No teto de um compartimento está fixado um dinamômetro ideal, que tem preso a si um bloco de 4 kg de massa. Adotando g = 10 m/s2 e admitindo que a indicação do dinamômetro seja 80 N, determine o módulo da aceleração do foguete. 5) 1) (1,0) - Na figura as massas dos corpos são: mA = 40 kg e mB = 10 kg , e a força F tem intensidade de 100 N. Supondo o atrito desprezível, determine: F a) a aceleração do sistema; A B b) a força que o corpo B exerce sobre A. 6) (1,5) - A figura abaixo ilustra três corpos A, B e C unidos por fio inextensível e de massa desprezível. As massas dos corpos são, respectivamente, iguais a 10 kg, 15 kg e 25 kg. A intensidade da força F é 100 N e o atrito entre os corpos e a superfície é desprezível. F Com base nos dados determine: C B A a) a aceleração do sistema; b) a tração em cada fio. 7) (1,0) - O corpo A está ligado ao B por meio de um fio flexível e inextensível que passa por uma roldana de massa desprezível. A aceleração da gravidade local é de 10 m/s2 , as massas dos corpos mA = 12 kg e mB = 8 kg e o atrito com a superfície desprezível. Determine: a) o módulo da aceleração; b) a tração no fio. A B 8) (1,5) - Um foguete acelera verticalmente para cima nas proximidades da Terra. No teto de um compartimento está fixado um dinamômetro ideal, que tem preso a si um bloco de 4 kg de massa. Adotando g = 10 m/s2 e admitindo que a indicação do dinamômetro seja 80 N, determine o módulo da aceleração do foguete. 9) Um corpo de massa 8 kg é suspenso a um dinamômetro preso ao teto de um elevador, por meio de um fio ideal. Dado g = 10 m/s2 , determine as indicações fornecidas pelo dinamômetro nos seguintes casos: a) o elevador sobe com aceleração constante de 4 m/s2 ; b) o elevador desce com aceleração constante de 4 m/s2 ; c) o elevador sobe com movimento uniforme. d) o cabo do elevador se arrebenta. 10) Dois blocos A e B de massas respectivamente iguais a 4 kg e 9 kg, inicialmente em repouso estão interligados por um fio inextensível e de massa desprezível, sobre uma superfície plana, horizontal e polida. Sobre A aplica-se uma força F = 260 N , conforme indica a figura. Admitindo g = 10 m/s2 , pede-se: a) a aceleração do conjunto; b) a tração no fio que une A a B. 11) (UFJF - 94) -Uma esfera de massa m está presa na extremidade de um fio inextensível de comprimento L. Este sistema executa movimento circular uniforme na vertical com velocidade angular w. Determine a tensão no fio quando a esfera está no ponto extremo inferior e superior, respectivamente. Dado: L = 1 m m = 0,5 kg w = 100 rpm g = 10 m/s2 12) (FUNREI - 95) - Um pequeno bloco de madeira de massa 2,0 kg encontra-se sobre um plano inclinado, como mostra a figura abaixo, onde l = 1 m e h = 0,6 m. Se o coeficiente de atrito estático entre o bloco e a superfície do plano é m = 0,4 . Qual é a MENOR força F com que se deverá pressionar o bloco sobre o plano, para que o mesmo permaneça em equilíbrio? 13) (FUVEST - SP) - As figuras mostram dois arranjos A e B de polias, construídos para erguer um corpo de massa M = 8 kg. Despreze as massas das polias e da corda, bem como os atritos. Calcule os módulos das forças FA e FB , em newtons, necessárias para manter o corpo suspenso e em repouso nos dois casos. Considere g = 10 m/s2 . 14) (UFJF - 94) -Uma esfera de massa m está presa na extremidade de um fio inextensível de comprimento L. Este sistema executa movimento circular uniforme na vertical com velocidade angular w. Determine a tensão no fio quando a esfera está no ponto extremo inferior e superior, respectivamente. Dado: L = 1 m m = 0,5 kg w = 100 rpm g = 10 m/s2 15) Uma força horizontal, de intensidade 30 N , atua sobre um corpo que inicialmente se encontra em repouso sobre uma superfície lisa e horizontal. Após 2 segundos, sua velocidade é de 30 m/s. Calcule a massa do corpo. 16) Durante quanto tempo uma força de 120 N deve atuar sobre um corpo de massa 5 Kg para aumentar sua velocidade de 1 m/s para 25 m/s? 17) Um objeto tem velocidade V0 = 10 m/s. Depois de 4s, a sua velocidade passa para 30 m/s. Calcule a aceleração média do objeto. 18) Um veículo parte do repouso com uma aceleração média de 2 m/s2 e atinge a velocidade de 16 m/s. Qual o intervalo de tempo gasto para isto? 19) Iª Questão (até 3,0 pontos) - (UNICAMP- 96) - A figura abaixo representa um mapa da cidade de Vectoria o qual indica a direção das mãos do tráfego. Devido ao congestionamento, os veículos trafegam com a velocidade média de 18 Km/h. Cada quadra desta cidade mede 200 m por 200 m . Uma ambulância localizada em A precisa pegar um doente localizado bem no meio da quadra em B, sem andar na contramão. a) Qual o menor tempo gasto (em minutos) no percurso de A para B? b) Qual é o módulo do vetor velocidade média (em Km/h) entre os pontos A e B? 20) (até 3,0 pontos) - Uma pessoa puxa um trenó por meio de uma corda que faz um ângulo de 45º com a horizontal. Sobre o trenó, de massa 2 Kg está um bloco de massa 10 Kg. O sistema bloco-trenó tem aceleração de 1,0 m/s2 . O atrito entre o trenó e o solo é nulo. Lembre-se que sen 45º = cos 45º = . a) Determine o módulo da força F exercida pela pessoa; b) Sendo de 2 m/s2 a máxima aceleração possível para que o bloco não escorregue sobre o trenó, determine o coeficiente de atrito estático entre as superfícies em contato. (adote g = 10 m/s2 ) c) No instante t1 , a velocidade do sistema é de 1,0 m/s . Quanto tempo (t) levará para percorrer 4,0 metros, a partir do instante t1 ? 21) (até 3,0 pontos) - Uma esfera de massa m está presa na extremidade de um fio inextensível de comprimento L. Este sistema executa movimento circular uniforme na vertical com velocidade angular w. Determine a tensão no fio quando a esfera está no ponto extremo inferior e superior, respectivamente. Dado: L = 1m m = 0,5 Kg f (frequência) = 100 rpm g = 10 m/s2 22) (até 3,0 pontos) - No esquema da figura, o plano a é perfeitamente liso e entre o plano b e o corpo B o coeficiente de atrito é m. As massas dos corpos A e B valem, respectivamente 1,25 e 10,0 Kg . Calcule o valor mínimo de m para que o sistema permaneça em equilíbrio. Adote g = 10 m/s2 . B Dados: sen a = cos b = 0,8 cos a = sen b = 0,6 plano a A plano b a b 23) Um corpo de massa 1 Kg está preso à extremidade de um fio de comprimento L = 1m , cuja tração de ruptura é T = 400 N . A outra extremidade do fio está fixa em um ponto A e o corpo executa um movimento circular de centro A e raio L, sobre uma mesa horizontal sem atrito. Determine a maior velocidade que o corpo pode ter sem romper o fio. 24) (UNICAMP 96) (Valor até 3,0 pontos) - Uma criança de 15 kg está sentada em um balanço sustentado por duas cordas de 3,0 m de comprimento cada, conforme mostram as figuras (a) e (b) abaixo. a) Qual a tensão em cada uma das duas cordas quando o balanço está parado (figura (a)) b) A criança passa a balançar de modo que o balanço atinge 0,5 m de altura em relação ao seu nível mais baixo, (figura (b)). Qual a tensão máxima em cada uma das duas cordas nesta situação? 25) (UNICAMP 96) (Valor até 3,0 pontos) - Um pára-quedista de 80 kg (pessoa + pára-quedas) salta de um avião. A força de resistência do ar no pára-quedas é dada pela expressão: F = - b v2 onde b = 32 kg/m é uma constante e v a velocidade do pára-quedista. Depois de saltar, a velocidade de queda vai aumentando até ficar constante. O pára-quedista salta de 2.000 m de altura e atinge a velocidade constante antes de chegar ao solo. a) Qual a velocidade com que o pára-quedista atinge o solo? b) Qual foi a energia total dissipada pelo atrito com o ar na queda desse pára-quedista? 26) (UFJF) - No interior de um trem há uma mesa lisa e horizontal, sobre a qual se encontra um sistema massa-mola, conforme a figura abaixo: a Quando o trem se move com aceleração a sobre trilhos planos e horizontais, a mola se distende de 5 cm. Qual é o módulo da aceleração do trem? 27) (1,2 ponto) - Um objeto de peso igual a 20N é lançado verticalmente para cima. Desprezando influências do ar, a única força que atua no objeto após o lançamento é seu peso, e mesmo assim ele sobe. 1) A) Que propriedade da matéria justifica a subida do objeto? 2) B) Quais os módulos da velocidade e da força resultante no objeto quando ele atinge a altura máxima? 3) C) Qual a intensidade da força com que o objeto atrai a Terra? 4) D) No ponto de altura máxima o objeto se encontra em repouso? 28) (1,0 ponto) - As caixas A e B estão interligadas por um fio que se dispõe paralelamente ao plano. A força horizontal F, de intensidade 50N, é aplicada em . As caixas entram em movimento acelerado para a direita. Calcule: a) a aceleração das caixas; b) a intensidade da força de tração no fio. F Dados: mA = 6 kg mB = 4 kg 29) (2,0 pontos) - Nesta questão as massas de A e B são as mesmas do exercício anterior. Além de A e B participa deste problema um corpo C, de massa 10 kg. O sistema está representado na figura abaixo. Calcule a intensidade: a) da aceleração dos corpos; b) das trações nos fios A e B. 30) (0,8 ponto) - A figura abaixo mostra um trilho contido num plano vertical e uma bolinha de massa m = 1 kg em seu ponto mais baixo. Calcule a intensidade da força normal que a bolinha recebe do trilho, supondo que ela esteja: a) em repouso; b) em movimento com velocidade v = 20 m/s. 31) (2,0 pontos) - O bloco da figura está sobre um plano inclinado de 30º . O bloco tem massa de 2 kg e o coeficiente de atrito entre o bloco e o plano inclinado é de 0,2. Determine a aceleração do bloco. Adote e g = 10 m/s2 32) (1,0 ponto) - Um trator puxa um tronco de árvore por meio de um cabo, a uma velocidade constante e com uma força F de 1 000 N. O tronco de árvore tem massa m = 200 kg. Qual a força resultante aplicada sobre o tronco? 33) (1,5 ponto) - Um corpo de massa igual a 5 kg, inicialmente em repouso sofre a ação de uma força resultante constante de 30 N. Qual a velocidade do corpo depois de 5s? 34) Um corpo de 4 kg de massa está pendurado em um dinamômetro preso ao teto de um elevador. A indicação do dinamômetro é 48N e g = 10 m/s2. a) Com essas informações, é possível dizer inequivocamente em que sentido o elevador está se movendo? Justifique. b) Calcule o valor numérico da aceleração do elevador. 35) Um bloco de peso igual a 100 N é arrastado com velocidade constante sobre uma superfície horizontal, cujo coeficiente de atrito é 0,2. a) Qual a intensidade da força de atrito da superfície sobre o bloco? b) Qual a intensidade da força que atua sobre o bloco, no sentido do movimento? 36) Dois corpos A e B, de massas mA = 3 kg e mB = 6 kg, estão ligados por um fio ideal que passa por uma polia sem atrito, conforme a figura. Entre o corpo A e o apoio, o coeficiente de atrito é 0,5. Considerando g = 10 m/s2 , determine: a) a aceleração dos corpos; b) a intensidade da tração no fio. 37) (1,5 ponto) - Um móvel de massa 2 kg, inicialmente em repouso, sofre a ação de uma força resultante constante de 10 N. Determine a velocidade do móvel após decorridos 3 segundos de movimento. 38) (2,0 pontos) - Dois corpos A e B (mA = 2 kg e mB = 1 kg) são presos por uma corda inextensível e sem massa. Puxa-se o sistema com uma força F = 6N, conforme mostra a figura. Determine: a) a aceleração do sistema; b) a tração na corda. 39) (4,0 pontos) - Em cada um dos sistemas abaixo determine a aceleração do sistema e as trações das cordas: Despreze qualquer possível atrito. I) II) 40) (1,5 ponto) - Dois blocos A e B (mA = 2 kg e mB = 3 kg estão apoiados numa superfície horizontal perfeitamente lisa. O fio que liga os corpos pode ser considerado ideal (inextensível e de massa desprezível). A força horizontal é constante e tem intensidade F = 10N. Determine: 41) (2,0 pontos) - (FEI) Dois blocos de massas m1 = 2 kg e m2 = 4 kg são ligados por um fio inextensível de massa desprezível, conforme mostra a figura. Um segundo fio é ligado ao bloco superior. Aplica-se ao segundo fio uma força . Pede-se a intensidade da força F para que a aceleração dos blocos seja dirigida para cima e igual a 2 m/s2. Neste caso qual a intensidade da força de tração no fio entre os blocos? Dado g = 10 m/s2 42) (2,0 pontos) - (PUC) - Se a resultante das forças que atuam sobre um corpo é 10N, sua aceleração é 4 m/s2. Se a resultante das forças fosse de 12,5N , qual seria a aceleração? 43) (2,0 pontos) - Determine a aceleração do sistema e a tração em cada fio: 44) IIIª Questão (até 3,0 pontos) - O conjunto dos blocos representado na figura está sujeito a uma força vertical, para baixo, constante de 200N. A constante elástica da mola (massa desprezível) que une os blocos vale 1 000 N/m e o movimento do sistema se dá na mesma linha vertical. Adotando g = 10 m/s2, calcule a deformação da mola. 45) IVª Questão (3,0 pontos) - Um motoqueiro efetua uma curva de raio de curvatura 80 m a 20 m/s num plano horizontal. A massa total (motoqueiro + moto) é de 100 kg. O coeficiente de atrito estático entre o pavimento e o pneu da moto vale 0,6. a) Qual a força máxima de atrito estático para que a moto não escorregue? b) Qual a tangente trigonométrica do ângulo de inclinação q da moto em relação à vertical? 46) (1,5 ponto) - Sobre um corpo de 6 kg de massa, inicialmente em repouso sobre uma mesa horizontal perfeitamente lisa, aplica-se uma força F constante, também horizontal. Após um deslocamento de 25 m o corpo apresenta uma velocidade de 5 m/s. Determine a intensidade da força F aplicada ao corpo. 47) (1,0 ponto) - Um trator puxa um tronco de árvore por meio de um cabo, a uma velocidade constante e com uma força F de 1 000 N. O tronco de árvore tem massa m = 200 kg. Qual a força resultante aplicada sobre o tronco? 48) (1,5 ponto) - A equação horária da velocidade de uma partícula em movimento retilíneo e de 3 kg de massa é v = 4 + 2t, com unidades do SI. Qual a intensidade da força resultante sobre a partícula? 49) (1,5 pontos) - O coeficiente de atrito entre o corpo e a superfície horizontal sobre a qual se desloca é 0,3. O corpo tem massa de 8 kg e apresenta movimento uniforme. Sendo a aceleração da gravidade local g = 10 m/s2 , determine a intensidade: a) da reação normal de apoio sobre o corpo; b) da força de atrito que age sobre o corpo; c) da força que atua sobre o corpo no sentido do movimento. 50) (1,5 ponto) - Um bloco B, de 5 kg de massa, está em repouso sobre uma superfície horizontal. O coeficiente de atrito estático entre eles é 0,2. Coloca-se areia no balde à razão de 100 g por segundo. Quanto tempo o bloco B permanecerá em repouso? 51) 1ª Questão (até 2,5 pontos) - Na situação esquematizada na figura, um homem de 70 kg de massa está deitado sobre uma mesa horizontal para submeter-se a uma terapia por tração: 52) 2ª Questão: ( até 2,5 pontos) - Um carro está sendo acelerado em um plano horizontal. Com o carro em movimento, as rodas dianteiras suportam 3/5 do peso total do carro e de seu conteúdo. Admita que os coeficientes de atrito estático e dinâmico entre os pneus e o chão valem respectivamente 0,50 e 0,45 , e que o carro tenha tração apenas nas rodas dianteiras. Desprezando o efeito do ar e adotando g = 10 m/s2 , determine a máxima aceleração que o carro pode ter. 53) 3ª Questão: (até 2,5 pontos) - Em um parque de diversões existe um brinquedo chamado rotor que consiste em um cilindro vertical e oco. As pessoas encostam na parede interna do cilindro, que passa a ter um movimento de rotação, com velocidade angular "w" crescente. A partir de um dado instante t0 , a velocidade angular passa a ser constante, o piso é retirado e a pessoa fica "pregada" na parede do rotor, sem escorregar. Seja "w0" a mínima velocidade angular para que a pessoa não escorregue, mostre que "w0" depende do raio do cilindro e do coeficiente de atrito entre a pessoa e a parede do rotor. "w0" dependerá também da massa da pessoa ou não? 54) (até 3,0 pontos) - Considere que uma corrida de automóveis o líder da prova e um retardatário mantêm, em cada volta, uma velocidade escalar média constante de 300 km/h e de 280 km/h, respectivamente. a) Calcule a velocidade relativa do líder em relação ao retardatário. b) Calcule quantas voltas o líder terá que completar, após ultrapassar o retardatário, até alcançá-lo novamente. Solução: a) a velocidade relativa é : 300 km/h - 280 km/h = 20 km/h b) Seja d o comprimento do circuito. O tempo que ele gasta após a ultrapassagem para alcançar novamente o retardatário é : vrel = d / t logo t = d / vrel então t = d/20 (usamos aqui a velocidade relativa.) Agora nesse mesmo tempo o móvel dará n voltas, então: v = n . d/t onde t = d/20 V = n . d / d/20 > 300 = n . 20 então n = 300 / 20 Resposta: n = 15 voltas 55) 1ª Questão: (até 3,0 pontos) - Em um parque de diversões existe um brinquedo chamado rotor que consiste em um cilindro vertical e oco. As pessoas encostam na parede interna do cilindro, que passa a ter um movimento de rotação, com velocidade angular "w" crescente. A partir de um dado instante t0 , a velocidade angular passa a ser constante, o piso é retirado e a pessoa fica "pregada" na parede do rotor, sem escorregar. Seja "w0" a mínima velocidade angular para que a pessoa não escorregue, mostre que "w0" depende do raio do cilindro e do coeficiente de atrito entre a pessoa e a parede do rotor. "w0" dependerá também da massa da pessoa ou não? 56) 4ª Questão (até 3,0 pontos) - No esquema seguinte, um homem faz com que um balde cheio de água realize uma volta circular de raio R num plano vertical>

Pode?

[]'
Léo
+++++++++++++++++++=



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Liberalismo
FROM: Jo�o M�rio Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/01/2002 19:55



"Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:
>
> JMM:
> > Defendem a democracia, porque acreditam que os Homens t�m direito
> > de escolher os seus pr�prios governantes e o seu pr�prio destino.
> > Defendem que a democracia deve ter mecanismos para evitar a ditadura
> > da maioria. Defendem uma constitui��o simples. A constitui��o n�o � o
> > documento que confere os direitos aos Homens. A constitui��o � o
> > documento no qual os Homens concedem temporariamente alguns dos seus
> > direitos ao Parlamento.
>
> N�o conhe�o uma institui��o privada com fins lucrativos que adote
> internamente a democracia.
>
> Antes que vc esperneie, digo de antem�o que estou sendo c�nico e
> que esta afirma��o est� carregada de fal�cias.

Uma institui��o privada com fins lucrativos � propriedade dos
respectivos accionistas, os �nicos com direito a voto para eleger
o conselho de administra��o. Os trabalhadores n�o t�m nada a
dizer sobre como deve ser gerida a empresa porque a empresa n�o
� deles. Ao contr�rio, o estado � de todos. Os trabalhadores
estabeleceram um contracto de livre vontade com a empresa e se
n�o est�o satisfeitos podem ir montar a pr�pria empresa. Como
� �bvio, eu n�o o posso mandar ir criar outro pa�s, porque o
pa�s onde voc� vive � tamb�m seu.


> Outro ponto intrigante �, por que raios os pa�ses mais ricos
> s�o t�o protecionistas no que diz respeito � importa��o de
> produtos agr�colas e t�o pr�-liberalismo quando se trata de
> exportar produtos manufaturados para os mais pobres?

Porque defendem os pr�prios interesses. Os pa�ses n�o t�m
preten��es � honestidade intelectual. E os liberais n�o
t�m culpa do mau uso que � dado �s suas ideias. O liberais
defendem que:

1 - os habitantes dos pa�ses ricos t�m direito a importarem o que
quiserem de onde quiserem sem taxas.
2 - os agricultores dos pa�ses ricos n�o devem ter direito a
subs�dios
3 - os subs�dios � agricultura e as taxas proteccionistas s�o
um roubo dos agricultores dos pa�ses ricos a todos os cidad�os.
4 - se n�o existirem taxas todos ganham (consumidore e pa�ses pobres),
excepto os agricultores dos pa�ses ricos e isso � �ptimo. H� mais
consumidores ricos e agricultores pobres que agricultores ricos.

--
jo�o
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Como eh dificil!
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/01/2002 22:19

Leo , queres que a gente responda a essa perguntas ? :-)))

[]

Sérgio



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Liberalismo
FROM: Manuel Bulc�o <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/01/2002 23:57

Ol� turma,

Vou dar o meu palpite absolutamente dispens�vel.

Uma coisa que muitos socialistas ignoram � que o liberalismo n�o � um bloco
monol�tico. H� liberalismo de direita (para este, os antagonismos sociais
s�o fecundos e desej�veis, e o conceito de igualdade � uma quimera) mas h�,
tamb�m, um liberalismo de esquerda que se desenvolveu a partir das id�ias do
fil�sofo utilitarista John Stuart Mill e que tem como expoentes atuais Karl
Popper, Raymond Aron, Isaiah Berlin, Norberto Bobbio e John Rawls.

Para esses liberais de esquerda (eu me considero um disc�pulo deles), a
democracia n�o tem apenas um valor instrumental -- n�o se trata apenas de um
conjunto de regras --, mas compreende tamb�m uma meta, que � de estabelecer
uma situa��o em que todos os indiv�duos sejam "igualmente livres"; de
realizar uma combina��o �tima de liberdade individual com igualdade; de
impedir que a liberdade de alguns n�o venha a se traduzir na escravid�o dos
demais; que a todos os cidad�os seja assegurada condi��es materiais m�nimas
sem as quais aos pobres a �nica escolha poss�vel � entre a morte por
inani��o ou o servilhismo.

Esse liberalismo de esquerda � uma modalidade de individualismo, na medida
em que defende que o indiv�duo � um fim em si (ou que ao menos "deve ser") e
n�o um meio cujo fim � o Estado, a Sociedade ou a Humanidade com "H"
mai�sculo. S� que, ao contr�rio do liberalismo de direita (do liberalismo
estritamente econ�mico ou "liberismo"), entende que a todos os indiv�duos
deve ser assegurado pelo Estado uma base econ�mica -- pode ser uma renda
m�nima -- que torne poss�vel o exerc�cio da "escolha"; que a a��o dos
indiv�duos n�o seja determinada pelo acicate das necessidades b�sicas de
sobreviv�ncia mas que tenha por crit�rio um valor extra-econ�mico (ser rico,
ser um monge, dedicar-se a produ��o do belo -- ser artista --, ser um
desportista, ser um cientista "porque sou curioso", etc.).

Mas, para tanto, uma parte da riqueza global deve (o estritamente necess�rio
para a consecu��o desse fim) ser "socializada". Por isso que o fil�sofo
italiano Norberto Bobbio considera esse liberalismo de esquerda como um
liberal-socialismo.

At� mesmo o Milton Friedmann, o papa do neo-liberalismo ou monetarismo,
cedeu um pouco diante dos fortes argumentos do liberalismo de esquerda ou
liberal-socialismo. Chegou a defender um tal de "imposto de renda negativo",
ou seja, aqueles que n�o recebem renda alguma (lucro, renda fundi�ria ou
sal�rio) e que, portanto, n�o pagam impostos, teriam o direito de receber do
Estado uma renda m�nima que lhe assegure as condi��es b�sicas de
sobreviv�ncia.

Mas tudo isso s� � poss�vel a partir de um determinado grau de
desenvolvimento das for�as produtivas da sociedade.

Abra�os,
Manuel Bulc�o



SUBJECT: Re: [ciencialist] Como eh dificil!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/01/2002 00:32

He he he ... não, não! É só para dividir o sofrimento comigo!

Veja, por exemplo, a pergunta sobre o "CATODO" ... impressionante!
O curioso é que recebo mais perguntas de universitários e professores de física do que propriamente de alunos do ensino médio. Há perguntas que não consigo 'decifrar' o que querem ou pretendem! Vejam:

de um engenheiro:
>Sugestao:GOSTARIA DE SABER SE UM TRANSFORMADOR EM VAZIO PODE ALMENTAR O CONSUMO DE POTENCIA REATIVA, ISTO É, SE A INDUTANCIA REATIVA DO PRIMÁRIO PODERIA DIMINUIR O COSFI.<

de um professor:
>Sugestao:Gostaria de saber alguma experimento q comprove o movimento circular.<

professor ou aluno(?):
>Sugestao:OI!!!!!
Eu vou fazer uma esperiência na escola que dou física e gostaria de saber se a \"Chuva Elétrica de kelvin\" poderia ser tipo um \"Gerador de Van de Graaff\" deixando o coletor de cargas negativas ir recebendo, e alguém ir lá e encostar a mão para seu cabelo arrepiar, ou fazer dois aparelhos desse, um com carga positiva e outro com carga negativa, e de minutos em minutos, com o almento de ambas as cargas ir pulando faíscas.
POR FAVOR SE PUDER ME RETORNAR LOGO EU FICAREI AGRADECIDO POR CAUSA DA PREPARAÇAO DA ESPERIÊNCIA.
OBRIGADO PELA ATENÇÃO! <

de um '10 anos de praia':
>Sugestao:Olá Caro Professor! Tenho muita vontade de construir em minha residência uma energia alternativa em que eu mesmo possa fabricar. Gostaria de saber se o senhor pode me indicar e descrever como fazer um gerador de energia em casa em que eu mesmo possa construir. Gostaria muito de construir algo que possa ser sulficiente para suprir toda energia de uma casa. Se o senhor puder me ajudar, por favor me descreva o tipo de material em que eu possa comprar e o modo de fazer, ou seja, de construir. Se por acaso for mais fácil já que moro próximo a praia e os ventos são bastante fortes construir um gerador de energia eólico, seria bastante interessante em saber como eu mesmo possa construir. Aceito também outras alternativas em que eu possa suprir a energia de minha casa já que estamos em tempo de economia.
Professor, não se esqueça de me dizer os materiais necessários e o modo de fazer.
Um grande abraço! Adorei muito de visitar o seu site, pois ele é de muita importância para os estudantes e para aqueles que procuram almentar seus conhecimentos.<

de uma 'serproniana':
>Sugestao:O QUE EU PRECISO SABER SOBRE INTERNET,INTRANET E EXTRANET, PARA CONSEGUIR PASSAR NO CONCURSO DO SERPRO PARA OPERADOR DE REEDES? FAVOR EXPLICA-ME TUDO A RESPEITO.<

de um professor do SENAI:
>Sugestao:Como ver fotos de acidentes na mecânica de usinagem?<


E assim vai caminhando a humanidade ..........

[]'
Léo
===================

-----Mensagem Original-----
De: "Sérgio Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 14 de janeiro de 2002 22:19
Assunto: Re: [ciencialist] Como eh dificil!


| Leo , queres que a gente responda a essa perguntas ? :-)))
|
| []
|
| Sérgio




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Liberalismo
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/01/2002 00:33

Esta mensagem deu-me calafrios e cheguei à conclusão que nem sou
liberal de esquerda nem liberal de direita. Sou um liberal liberal.
Ou um liberal clássico...

Joao
http://www.nonio.com

Manuel Bulcão wrote:
>
> Olá turma,
>
> Vou dar o meu palpite absolutamente dispensável.
>
> Uma coisa que muitos socialistas ignoram é que o liberalismo não é um bloco
> monolítico. Há liberalismo de direita (para este, os antagonismos sociais
> são fecundos e desejáveis, e o conceito de igualdade é uma quimera) mas há,
> também, um liberalismo de esquerda que se desenvolveu a partir das idéias do
> filósofo utilitarista John Stuart Mill e que tem como expoentes atuais Karl
> Popper, Raymond Aron, Isaiah Berlin, Norberto Bobbio e John Rawls.
>
> Para esses liberais de esquerda (eu me considero um discípulo deles), a
> democracia não tem apenas um valor instrumental -- não se trata apenas de um
> conjunto de regras --, mas compreende também uma meta, que é de estabelecer
> uma situação em que todos os indivíduos sejam "igualmente livres"; de
> realizar uma combinação ótima de liberdade individual com igualdade; de
> impedir que a liberdade de alguns não venha a se traduzir na escravidão dos
> demais; que a todos os cidadãos seja assegurada condições materiais mínimas
> sem as quais aos pobres a única escolha possível é entre a morte por
> inanição ou o servilhismo.
>
> Esse liberalismo de esquerda é uma modalidade de individualismo, na medida
> em que defende que o indivíduo é um fim em si (ou que ao menos "deve ser") e
> não um meio cujo fim é o Estado, a Sociedade ou a Humanidade com "H"
> maiúsculo. Só que, ao contrário do liberalismo de direita (do liberalismo
> estritamente econômico ou "liberismo"), entende que a todos os indivíduos
> deve ser assegurado pelo Estado uma base econômica -- pode ser uma renda
> mínima -- que torne possível o exercício da "escolha"; que a ação dos
> indivíduos não seja determinada pelo acicate das necessidades básicas de
> sobrevivência mas que tenha por critério um valor extra-econômico (ser rico,
> ser um monge, dedicar-se a produção do belo -- ser artista --, ser um
> desportista, ser um cientista "porque sou curioso", etc.).
>
> Mas, para tanto, uma parte da riqueza global deve (o estritamente necessário
> para a consecução desse fim) ser "socializada". Por isso que o filósofo
> italiano Norberto Bobbio considera esse liberalismo de esquerda como um
> liberal-socialismo.
>
> Até mesmo o Milton Friedmann, o papa do neo-liberalismo ou monetarismo,
> cedeu um pouco diante dos fortes argumentos do liberalismo de esquerda ou
> liberal-socialismo. Chegou a defender um tal de "imposto de renda negativo",
> ou seja, aqueles que não recebem renda alguma (lucro, renda fundiária ou
> salário) e que, portanto, não pagam impostos, teriam o direito de receber do
> Estado uma renda mínima que lhe assegure as condições básicas de
> sobrevivência.
>
> Mas tudo isso só é possível a partir de um determinado grau de
> desenvolvimento das forças produtivas da sociedade.
>
> Abraços,
> Manuel Bulcão
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: Liberalismo
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/01/2002 00:45

Olá, estou postando novamente a mensagem "Re: Liberalismo", desta vez com as devidas correções ortográficas (desculpem-me se algum outro erro crasso me escapou)

Olá turma,

Vou dar o meu palpite absolutamente dispensável.

Uma coisa que muitos socialistas ignoram é que o liberalismo não é um bloco
monolítico. Há liberalismo de direita (para este, os antagonismos sociais
são fecundos e desejáveis, e o conceito de igualdade é uma quimera) mas há,
também, um liberalismo de esquerda que se desenvolveu a partir das idéias do
filósofo utilitarista John Stuart Mill e que tem como expoentes atuais Karl
Popper, Raymond Aron, Isaiah Berlin, Norberto Bobbio e John Rawls.

Para esses liberais de esquerda (eu me considero um discípulo deles), a
democracia não tem apenas um valor instrumental -- não se trata apenas de um
conjunto de regras --, mas compreende também uma meta, que é de estabelecer
uma situação em que todos os indivíduos sejam "igualmente livres"; de
realizar uma combinação ótima de liberdade individual com igualdade; de
impedir que a liberdade de alguns venha a traduzir-se na escravidão dos
demais; que a todos os cidadãos seja assegurada condições materiais mínimas
sem as quais aos pobres a única escolha possível é entre a morte por
inanição ou o servilhismo.

Esse liberalismo de esquerda é uma modalidade de individualismo, na medida
em que defende que o indivíduo é um fim em si (ou que ao menos "deve ser") e
não um meio cujo fim é o Estado, a Sociedade ou a Humanidade com "H"
maiúsculo. Só que, ao contrário do liberalismo de direita (do liberalismo
estritamente econômico ou "liberismo"), entende que a todos os indivíduos
deve ser assegurado pelo Estado uma base econômica -- pode ser uma renda
mínima -- que torne possível o exercício da "escolha"; que a ação dos
indivíduos não seja determinada pelo acicate das necessidades básicas de
sobrevivência mas que tenha por critério um valor extra-econômico (ser rico,
ser um monge, dedicar-se a produção do belo -- ser artista --, ser um
desportista, ser um cientista "porque sou curioso", etc.).

Mas, para tanto, uma parte da riqueza global (o estritamente necessário
para a consecução desse fim) deve ser "socializada". Por isso que o filósofo
italiano Norberto Bobbio considera esse liberalismo de esquerda como um
liberal-socialismo.

Até mesmo o Milton Friedmann, o papa do neo-liberalismo ou monetarismo,
cedeu um pouco diante dos fortes argumentos do liberalismo de esquerda ou
liberal-socialismo. Chegou a defender um tal de "imposto de renda negativo",
ou seja, aqueles que não recebem renda alguma (lucro, renda fundiária ou
salário) e que, portanto, não pagam impostos, teriam o direito de receber do
Estado uma renda mínima que lhes assegure as condições básicas de
sobrevivência.

Mas tudo isso só é possível a partir de um determinado grau de
desenvolvimento das forças produtivas da sociedade.

Abraços,
Manuel Bulcão



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Liberalismo
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/01/2002 01:05

Oi João Miranda,

> Esta mensagem deu-me calafrios e cheguei à conclusão que nem sou
> liberal de esquerda nem liberal de direita. Sou um liberal liberal.
> Ou um liberal clássico...

Manuel: Calafrios não são argumentos. Por favor, fundamente "com argumentos
lógicos" e não com a cinestesia ou o estado de humor as suas opiniões.
Afinal, participamos de uma lista de discussão e não de uma sessão de
terapia de grupo ou de psicodrama.

É fácil definir-se como centro, fácil e cômodo. O difícil é estabelecer, de
uma forma objetiva, o que é o centro.

[]'s
Manuel Bulcão

PS: Entre os "clássicos" do liberalismo figuram tanto john Stuart Mill
quanto J. B. Say, sendo que o primeiro é de esquerda e o segundo é de
direita. Em que liberalismo "clássico" você se enquadra?



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Liberalismo
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/01/2002 01:38

Não me sinto obrigado a justificar. Há muitos liberalismos e eu
simplesmente não me revejo nos liberalismos que você apresentou
na outra mensagem. É só uma questão de definições, as definições
não merecem discussão, acho eu.

Joao
http://www.nonio.com

Manuel Bulcão wrote:
>
> Oi João Miranda,
>
> > Esta mensagem deu-me calafrios e cheguei à conclusão que nem sou
> > liberal de esquerda nem liberal de direita. Sou um liberal liberal.
> > Ou um liberal clássico...
>
> Manuel: Calafrios não são argumentos. Por favor, fundamente "com argumentos
> lógicos" e não com a cinestesia ou o estado de humor as suas opiniões.
> Afinal, participamos de uma lista de discussão e não de uma sessão de
> terapia de grupo ou de psicodrama.
>
> É fácil definir-se como centro, fácil e cômodo. O difícil é estabelecer, de
> uma forma objetiva, o que é o centro.
>
> []'s
> Manuel Bulcão
>
> PS: Entre os "clássicos" do liberalismo figuram tanto john Stuart Mill
> quanto J. B. Say, sendo que o primeiro é de esquerda e o segundo é de
> direita. Em que liberalismo "clássico" você se enquadra?
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Como eh dificil!
FROM: Prof. José Carlos <j.c@iname.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/01/2002 01:43

:)))

Você está virando plantonista de aluno folgado. :)

____________________
Prof. José Carlos (JC)
j.c@iname.com
ICQ 11734153
____________________


----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, January 14, 2002 4:28 PM
Subject: [ciencialist] Como eh dificil!


Dividam comigo o lado 'negro' do Imperdível :-))))
Por vezes me vejo mesmo perdido, não só pela idade dos consulentes como pelo
teor das perguntas. Eis as desse fim de semana:

>Dúvida/Sugestão: preciso fazer um seminario sobre corrente alternada mas
nao encontro textos especificos gostaria de uma ideia de onde encontra-los e
omo começar meu seminario<

>Dúvida/Sugestão: Oi, professor. Tudo bem? Minha dúvida é a seguinte: Se,
sobre uma barra de peso desprezível e comprimento 2L age uma força constante
de módulo F, perpendicular à barra, a uma distância x de seu centro, qual
será, e POR QUÊ, o movimento subseqüente da barra nas condições: a) durante
a atuação da força; b) após a atuação da força? Nota 1: lembro que minha
pergunta não pede apenas a descrição, mas também, a explicação do movimento.
Nota 2: só tenho o segundo grau. Nota 3: peço a resposta qualitativa e
quantitativa. Obrigado, professor.<

>Dúvida/Sugestão: QUERO SABER A DIFERENÇA ENTRE ENERGIA E LUZ?<

>Dúvida/Sugestão: Gostaria de saber sobre um utilitário para verificação de
(resistores e capacitores), estava discriminado como matherbord . quando vi
este comentário estava como próximos experimentos. se possível gostaria de
saber mais sobre o assunto. Obrigado<

>Dúvida/Sugestão: Estou a fazer um trabalho sobre lasers e suas
aplicações.Já li muita informação sobre este assunto mas não consigo fazer a
ligação com o electromagnetismo. Sei que o feixe de luz emanado pelo laser
são ondas elevtromagnéticas mas não consigo fazer a ligação com as equações
de Maxwell. Já viagei por vários sites mas não obtive grandes respostas.
Agradecia imenso que me ajudassem. Atenciosamente, Ana Gomes<

>Dúvida/Sugestão: Queria saber como se fabricar um CATODO,para que serve
ele,e qual o meio mais simples de fabrica-lo como experiência,faço faculdade
de engenharia eletrica,e meu tema seria sobre o CATODO,como se fabrica e
apresenta-lo em experiência. OBRIGADO. AGUARDO RESPOSTAS. ASS:Fernando
valle.<

>Dúvida/Sugestão: qual a pressão máxima suportada por uma garrafa pet de 2
litros (coca cola)?<

>Dúvida/Sugestão: Tenho uma pequena bobina de Tesla tipo Globo. A ampola
quebrou restando apenas o fio de saida, porém ela ainda funciona. Como posso
usa-la para obter 30Kv na saida para experiências com motores eletrostáticos
e outros equipamentos?<

>Dúvida/Sugestão: o que é piócitos, cocos gram positivos e leptotrix?<

>Dúvida/Sugestão: Passei um imã sem querer na tela do computador e isso
causou algumas manchas. Por que isso aconteceu? Essas manchas saem? Ficaria
muito grata se pudesse me responder. Obrigada!<

>Dúvida/Sugestão: Estou fazendo intercambio no Estados Unidos e preciso
fazer um projeto que descreve qualquer experimento na area de biologia.
Gostaria da sua ajuda e sugestao, ja que alem de nao conseguir encontrar
nada, acho que nao tenho materiais suficientes para fazer uma boa
apresentacao. Por favor, entre em contato comigo via e-mail o mais rapido
possivel. Obrigada, Maria Ines<

>Dúvida/Sugestão: PESQUISA SOBRE MEDIDAS EM FISICAS URGENTE <

>Dúvida/Sugestão: Gostaria de saber a distância entre o chão da terra em que
pisamos até o espaço. Tenho essa duvida e gostaria de saber fico grato<

>Dúvida/Sugestão: Sou engenheiro eletrônico e gostaria de pesquisar sobre a
técnica de resfriamento, utilizando o efeito Peltier. Tenho notícias de que
já estão construindo pequenas geladeiras com este princípio. Se vc souber
onde posso comprar uma dessas células de resfriamento (termopar) ficaria
muito grato. Mauro Trajano<

e assim vai ......... não coloquei aqui as perguntas específicas sobre
exercícios de física que caiu nesse ou naquele vestibular (que são as mais
fáceis de responder).

Agora, só pro cês ter uma idéia da coisa. Agora pouco chegaram três mensagem
do mesmo consulente, só passem os olhos:

>primeira:
Dúvida/Sugestão: Eu gostaria de obter respostas para estas peguntas. 1) Se a
resultante das forças que atuam em um corpo for nula e o corpo estiver em
movimento, obviamente o corpo não permanecerá em movimento por muito mais
tempo. Você concorda com esta afirmativa? Justifique. 2) a) Defina força
peso. b) Na linguagem diária, uma pessoa lhe diz que pesa 100 quilos. De
acordo com o que você aprendeu, você deve entender que esta pessoa pesa
quantos kgf? Quantos N ? 3) Para você abrir a porta de sua sala, você deverá
aplicar uma força de ação maior do que a de reação, caso contrário a porta
não se abriria. Você concorda? Explique por que? 4) O grego Aristóteles (384
a.C. - 322 a.C.) dizia aos seus seguidores: "Para manter um corpo em
movimento, é necessário aplicar-se sobre ele uma força". Você concorda com
essa afirmação? Justifique. 5) a) Você sabe que seu peso é uma força
vertical, dirigida para baixo. Qual é o corpo que exerce esta força sobre
você? b) Na linguagem diária, uma pessoa lhe diz que pesa 100 quilos. De
acordo com o que você aprendeu, você deve entender que esta pessoa pesa
quantos kgf? Quantos N ? 6) É um fato conhecido que a Terra exerce uma força
de atração sobre a Lua. Pela 3ª lei de Newton, podemos concluir que a Lua
também atrai a Terra. A figura deste exercício foi encontrada em um certo
livro de Física, mostrando estas forças de interação entre a Terra e a Lua.
Há um erro grave neste desenho. Diga qual é este erro? Terra Lua F2 F1 7)
(UFJF) - Joãozinho atrela o seu burrico Xanadú à carroça e grita: "Anda!"
Mas o animal, que tinha acabado de ler o livro Philosophiae Naturalis
Principia Mathematica, de Isaac Newton, responde: "Enfim a liberdade. Se eu
aplico uma força para mover a carroça, esta vai aplicar uma força de reação
sobre mim. Como estas forças têm mesma direção, mesma intensidade e sentidos
contrários, elas se equilibram. Concluo portanto que é impossível mover a
carroça e vou me aposentar." Joãozinho esqueceu o chicote e as cenouras
necessitando debater com o burro para convencê-lo de seu erro. Como? 8)
Deixa-se cair, da mesma altura e no mesmo instante, duas caixinhas de
fósforo idênticas, porém, uma das caixinhas está cheia de terra e a outra
vazia. Considerando a força de resistência do ar igual para as duas
caixinhas, qual chegará ao solo primeiro? Justifique a sua resposta. 9) Um
homem que sabe que seu peso é 75 N é encerrado num elevador de um edifício.
O elevador não tem janelas e seu funcionamento é perfeitamente silencioso.
Ele sobe numa balança de molas que se encontra no elevador e verifica que
ela, durante certo tempo, acusa 85 N. Dispondo apenas das informações
anteriores, que afirmações você faria a respeito do movimento do elevador,
nesse intervalo de tempo? Justifique suas colocações. Adote g = 10 m/s2 .
10) Deixa-se cair, de uma mesma altura e no mesmo instante, duas caixinhas
de fósforo idênticas, sendo que uma está vazia e a outra cheia de terra.
Considerando a força de resistência do ar igual para as duas caixinhas, qual
chegará ao solo primeiro? Justifique sua resposta. 11) Responda. a) O que é
força? b) O que é força de campo? c) O que é força de contato? d) Qual é a
unidade de medida da força no SI? 12) Resolva os Problemas. a) Que
aceleração vai ser imprimida a um corpo, de 5 kg de massa, ao qual foi
aplicada a força de 3N? b) Qual a massa de um corpo ao qual foi aplicada uma
força resultante de 2N e que sofreu uma aceleração de 0,5 m/s2 ? c) Que
força resultante foi aplicada a um corpo de 10 kg cuja aceleração foi de 3
m/s2 ? d) Qual é a massa de um corpo puxado por uma força resultante de 30N,
que lhe imprime uma aceleração de 5 m/s2 ? e) Qual o valor da aceleração que
uma força resultante de 40N imprime a um corpo de 10 kg ? 15) Leia e
responda: A tendência que um corpo tem de continuar seu estado de movimento
ou de repouso é denominada inércia. Para alterar o estado de um corpo é
preciso aplicar uma força sobre ele. Quanto maior a massa do corpo, maior a
força necessária para mudar seu estado de repouso ou de movimento. a) O que
é inércia? b) Como se vence a inércia de um corpo? c) Que relação existe
entre a inércia e a massa de um corpo? <

>segunda:
Dúvida/Sugestão: Gostaria de saber as repostas destas perguntas pois
necessito desenvolver um trabalho de alto esclarecimento das leis de Newton
favor me dar um retorno estou precisando de ajuda, agradecido. 1) (1,0) - Um
massa 700 Kg sobre um plano horizontal liso é freiado uniformemente quando
sua velocidade é de 20 m/s e pára após percorrer 50 m. Determine a
intensidade da força aplicada pelos freios. 2) (1,5) - Um bloco de massa 4
Kg desliza sobre um plano horizontal sujeito à ação das forças F1 e F2 ,
conforme indica a figura. Sendo a intensidade das forças F1 = 15 N e F2 = 5
N , determine a aceleração do corpo. F2 F1 3) (1,0) - O corpo A está ligado
ao B por meio de um fio flexível e inextensível que passa por uma roldana de
massa desprezível. A aceleração da gravidade local é de 10 m/s2 , as massas
dos corpos mA = 8 kg e mB = 12 kg e o atrito com a superfície desprezível.
Determine: a) o módulo da aceleração; b) a tração no fio. A B 4) (1,5) - Um
foguete acelera verticalmente para cima nas proximidades da Terra. No teto
de um compartimento está fixado um dinamômetro ideal, que tem preso a si um
bloco de 4 kg de massa. Adotando g = 10 m/s2 e admitindo que a indicação do
dinamômetro seja 80 N, determine o módulo da aceleração do foguete. 5) 1)
(1,0) - Na figura as massas dos corpos são: mA = 40 kg e mB = 10 kg , e a
força F tem intensidade de 100 N. Supondo o atrito desprezível, determine: F
a) a aceleração do sistema; A B b) a força que o corpo B exerce sobre A. 6)
(1,5) - A figura abaixo ilustra três corpos A, B e C unidos por fio
inextensível e de massa desprezível. As massas dos corpos são,
respectivamente, iguais a 10 kg, 15 kg e 25 kg. A intensidade da força F é
100 N e o atrito entre os corpos e a superfície é desprezível. F Com base
nos dados determine: C B A a) a aceleração do sistema; b) a tração em cada
fio. 7) (1,0) - O corpo A está ligado ao B por meio de um fio flexível e
inextensível que passa por uma roldana de massa desprezível. A aceleração da
gravidade local é de 10 m/s2 , as massas dos corpos mA = 12 kg e mB = 8 kg e
o atrito com a superfície desprezível. Determine: a) o módulo da aceleração;
b) a tração no fio. A B 8) (1,5) - Um foguete acelera verticalmente para
cima nas proximidades da Terra. No teto de um compartimento está fixado um
dinamômetro ideal, que tem preso a si um bloco de 4 kg de massa. Adotando g
= 10 m/s2 e admitindo que a indicação do dinamômetro seja 80 N, determine o
módulo da aceleração do foguete. 9) Um corpo de massa 8 kg é suspenso a um
dinamômetro preso ao teto de um elevador, por meio de um fio ideal. Dado g =
10 m/s2 , determine as indicações fornecidas pelo dinamômetro nos seguintes
casos: a) o elevador sobe com aceleração constante de 4 m/s2 ; b) o elevador
desce com aceleração constante de 4 m/s2 ; c) o elevador sobe com movimento
uniforme. d) o cabo do elevador se arrebenta. 10) Dois blocos A e B de
massas respectivamente iguais a 4 kg e 9 kg, inicialmente em repouso estão
interligados por um fio inextensível e de massa desprezível, sobre uma
superfície plana, horizontal e polida. Sobre A aplica-se uma força F = 260 N
, conforme indica a figura. Admitindo g = 10 m/s2 , pede-se: a) a aceleração
do conjunto; b) a tração no fio que une A a B. 11) (UFJF - 94) -Uma esfera
de massa m está presa na extremidade de um fio inextensível de comprimento
L. Este sistema executa movimento circular uniforme na vertical com
velocidade angular w. Determine a tensão no fio quando a esfera está no
ponto extremo inferior e superior, respectivamente. Dado: L = 1 m m = 0,5 kg
w = 100 rpm g = 10 m/s2 12) (FUNREI - 95) - Um pequeno bloco de madeira de
massa 2,0 kg encontra-se sobre um plano inclinado, como mostra a figura
abaixo, onde l = 1 m e h = 0,6 m. Se o coeficiente de atrito estático entre
o bloco e a superfície do plano é m = 0,4 . Qual é a MENOR força F com que
se deverá pressionar o bloco sobre o plano, para que o mesmo permaneça em
equilíbrio? 13) (FUVEST - SP) - As figuras mostram dois arranjos A e B de
polias, construídos para erguer um corpo de massa M = 8 kg. Despreze as
massas das polias e da corda, bem como os atritos. Calcule os módulos das
forças FA e FB , em newtons, necessárias para manter o corpo suspenso e em
repouso nos dois casos. Considere g = 10 m/s2 . 14) (UFJF - 94) -Uma esfera
de massa m está presa na extremidade de um fio inextensível de comprimento
L. Este sistema executa movimento circular uniforme na vertical com
velocidade angular w. Determine a tensão no fio quando a esfera está no
ponto extremo inferior e superior, respectivamente. Dado: L = 1 m m = 0,5 kg
w = 100 rpm g = 10 m/s2 15) Uma força horizontal, de intensidade 30 N , atua
sobre um corpo que inicialmente se encontra em repouso sobre uma superfície
lisa e horizontal. Após 2 segundos, sua velocidade é de 30 m/s. Calcule a
massa do corpo. 16) Durante quanto tempo uma força de 120 N deve atuar sobre
um corpo de massa 5 Kg para aumentar sua velocidade de 1 m/s para 25 m/s?
17) Um objeto tem velocidade V0 = 10 m/s. Depois de 4s, a sua velocidade
passa para 30 m/s. Calcule a aceleração média do objeto. 18) Um veículo
parte do repouso com uma aceleração média de 2 m/s2 e atinge a velocidade de
16 m/s. Qual o intervalo de tempo gasto para isto? 19) Iª Questão (até 3,0
pontos) - (UNICAMP- 96) - A figura abaixo representa um mapa da cidade de
Vectoria o qual indica a direção das mãos do tráfego. Devido ao
congestionamento, os veículos trafegam com a velocidade média de 18 Km/h.
Cada quadra desta cidade mede 200 m por 200 m . Uma ambulância localizada em
A precisa pegar um doente localizado bem no meio da quadra em B, sem andar
na contramão. a) Qual o menor tempo gasto (em minutos) no percurso de A para
B? b) Qual é o módulo do vetor velocidade média (em Km/h) entre os pontos A
e B? 20) (até 3,0 pontos) - Uma pessoa puxa um trenó por meio de uma corda
que faz um ângulo de 45º com a horizontal. Sobre o trenó, de massa 2 Kg está
um bloco de massa 10 Kg. O sistema bloco-trenó tem aceleração de 1,0 m/s2 .
O atrito entre o trenó e o solo é nulo. Lembre-se que sen 45º = cos 45º = .
a) Determine o módulo da força F exercida pela pessoa; b) Sendo de 2 m/s2 a
máxima aceleração possível para que o bloco não escorregue sobre o trenó,
determine o coeficiente de atrito estático entre as superfícies em contato.
(adote g = 10 m/s2 ) c) No instante t1 , a velocidade do sistema é de 1,0
m/s . Quanto tempo (t) levará para percorrer 4,0 metros, a partir do
instante t1 ? 21) (até 3,0 pontos) - Uma esfera de massa m está presa na
extremidade de um fio inextensível de comprimento L. Este sistema executa
movimento circular uniforme na vertical com velocidade angular w. Determine
a tensão no fio quando a esfera está no ponto extremo inferior e superior,
respectivamente. Dado: L = 1m m = 0,5 Kg f (frequência) = 100 rpm g = 10
m/s2 22) (até 3,0 pontos) - No esquema da figura, o plano a é perfeitamente
liso e entre o plano b e o corpo B o coeficiente de atrito é m. As massas
dos corpos A e B valem, respectivamente 1,25 e 10,0 Kg . Calcule o valor
mínimo de m para que o sistema permaneça em equilíbrio. Adote g = 10 m/s2 .
B Dados: sen a = cos b = 0,8 cos a = sen b = 0,6 plano a A plano b a b 23)
Um corpo de massa 1 Kg está preso à extremidade de um fio de comprimento L =
1m , cuja tração de ruptura é T = 400 N . A outra extremidade do fio está
fixa em um ponto A e o corpo executa um movimento circular de centro A e
raio L, sobre uma mesa horizontal sem atrito. Determine a maior velocidade
que o corpo pode ter sem romper o fio. 24) (UNICAMP 96) (Valor até 3,0
pontos) - Uma criança de 15 kg está sentada em um balanço sustentado por
duas cordas de 3,0 m de comprimento cada, conforme mostram as figuras (a) e
(b) abaixo. a) Qual a tensão em cada uma das duas cordas quando o balanço
está parado (figura (a)) b) A criança passa a balançar de modo que o balanço
atinge 0,5 m de altura em relação ao seu nível mais baixo, (figura (b)).
Qual a tensão máxima em cada uma das duas cordas nesta situação? 25)
(UNICAMP 96) (Valor até 3,0 pontos) - Um pára-quedista de 80 kg (pessoa +
pára-quedas) salta de um avião. A força de resistência do ar no pára-quedas
é dada pela expressão: F = - b v2 onde b = 32 kg/m é uma constante e v a
velocidade do pára-quedista. Depois de saltar, a velocidade de queda vai
aumentando até ficar constante. O pára-quedista salta de 2.000 m de altura e
atinge a velocidade constante antes de chegar ao solo. a) Qual a velocidade
com que o pára-quedista atinge o solo? b) Qual foi a energia total dissipada
pelo atrito com o ar na queda desse pára-quedista? 26) (UFJF) - No interior
de um trem há uma mesa lisa e horizontal, sobre a qual se encontra um
sistema massa-mola, conforme a figura abaixo: a Quando o trem se move com
aceleração a sobre trilhos planos e horizontais, a mola se distende de 5 cm.
Qual é o módulo da aceleração do trem? 27) (1,2 ponto) - Um objeto de peso
igual a 20N é lançado verticalmente para cima. Desprezando influências do
ar, a única força que atua no objeto após o lançamento é seu peso, e mesmo
assim ele sobe. 1) A) Que propriedade da matéria justifica a subida do
objeto? 2) B) Quais os módulos da velocidade e da força resultante no objeto
quando ele atinge a altura máxima? 3) C) Qual a intensidade da força com que
o objeto atrai a Terra? 4) D) No ponto de altura máxima o objeto se encontra
em repouso? 28) (1,0 ponto) - As caixas A e B estão interligadas por um fio
que se dispõe paralelamente ao plano. A força horizontal F, de intensidade
50N, é aplicada em . As caixas entram em movimento acelerado para a direita.
Calcule: a) a aceleração das caixas; b) a intensidade da força de tração no
fio. F Dados: mA = 6 kg mB = 4 kg 29) (2,0 pontos) - Nesta questão as massas
de A e B são as mesmas do exercício anterior. Além de A e B participa deste
problema um corpo C, de massa 10 kg. O sistema está representado na figura
abaixo. Calcule a intensidade: a) da aceleração dos corpos; b) das trações
nos fios A e B. 30) (0,8 ponto) - A figura abaixo mostra um trilho contido
num plano vertical e uma bolinha de massa m = 1 kg em seu ponto mais baixo.
Calcule a intensidade da força normal que a bolinha recebe do trilho,
supondo que ela esteja: a) em repouso; b) em movimento com velocidade v = 20
m/s. 31) (2,0 pontos) - O bloco da figura está sobre um plano inclinado de
30º . O bloco tem massa de 2 kg e o coeficiente de atrito entre o bloco e o
plano inclinado é de 0,2. Determine a aceleração do bloco. Adote e g = 10
m/s2 32) (1,0 ponto) - Um trator puxa um tronco de árvore por meio de um
cabo, a uma velocidade constante e com uma força F de 1 000 N. O tronco de
árvore tem massa m = 200 kg. Qual a força resultante aplicada sobre o
tronco? 33) (1,5 ponto) - Um corpo de massa igual a 5 kg, inicialmente em
repouso sofre a ação de uma força resultante constante de 30 N. Qual a
velocidade do corpo depois de 5s? 34) Um corpo de 4 kg de massa está
pendurado em um dinamômetro preso ao teto de um elevador. A indicação do
dinamômetro é 48N e g = 10 m/s2. a) Com essas informações, é possível dizer
inequivocamente em que sentido o elevador está se movendo? Justifique. b)
Calcule o valor numérico da aceleração do elevador. 35) Um bloco de peso
igual a 100 N é arrastado com velocidade constante sobre uma superfície
horizontal, cujo coeficiente de atrito é 0,2. a) Qual a intensidade da força
de atrito da superfície sobre o bloco? b) Qual a intensidade da força que
atua sobre o bloco, no sentido do movimento? 36) Dois corpos A e B, de
massas mA = 3 kg e mB = 6 kg, estão ligados por um fio ideal que passa por
uma polia sem atrito, conforme a figura. Entre o corpo A e o apoio, o
coeficiente de atrito é 0,5. Considerando g = 10 m/s2 , determine: a) a
aceleração dos corpos; b) a intensidade da tração no fio. 37) (1,5 ponto) -
Um móvel de massa 2 kg, inicialmente em repouso, sofre a ação de uma força
resultante constante de 10 N. Determine a velocidade do móvel após
decorridos 3 segundos de movimento. 38) (2,0 pontos) - Dois corpos A e B (mA
= 2 kg e mB = 1 kg) são presos por uma corda inextensível e sem massa.
Puxa-se o sistema com uma força F = 6N, conforme mostra a figura. Determine:
a) a aceleração do sistema; b) a tração na corda. 39) (4,0 pontos) - Em cada
um dos sistemas abaixo determine a aceleração do sistema e as trações das
cordas: Despreze qualquer possível atrito. I) II) 40) (1,5 ponto) - Dois
blocos A e B (mA = 2 kg e mB = 3 kg estão apoiados numa superfície
horizontal perfeitamente lisa. O fio que liga os corpos pode ser considerado
ideal (inextensível e de massa desprezível). A força horizontal é constante
e tem intensidade F = 10N. Determine: 41) (2,0 pontos) - (FEI) Dois blocos
de massas m1 = 2 kg e m2 = 4 kg são ligados por um fio inextensível de massa
desprezível, conforme mostra a figura. Um segundo fio é ligado ao bloco
superior. Aplica-se ao segundo fio uma força . Pede-se a intensidade da
força F para que a aceleração dos blocos seja dirigida para cima e igual a 2
m/s2. Neste caso qual a intensidade da força de tração no fio entre os
blocos? Dado g = 10 m/s2 42) (2,0 pontos) - (PUC) - Se a resultante das
forças que atuam sobre um corpo é 10N, sua aceleração é 4 m/s2. Se a
resultante das forças fosse de 12,5N , qual seria a aceleração? 43) (2,0
pontos) - Determine a aceleração do sistema e a tração em cada fio: 44) IIIª
Questão (até 3,0 pontos) - O conjunto dos blocos representado na figura está
sujeito a uma força vertical, para baixo, constante de 200N. A constante
elástica da mola (massa desprezível) que une os blocos vale 1 000 N/m e o
movimento do sistema se dá na mesma linha vertical. Adotando g = 10 m/s2,
calcule a deformação da mola. 45) IVª Questão (3,0 pontos) - Um motoqueiro
efetua uma curva de raio de curvatura 80 m a 20 m/s num plano horizontal. A
massa total (motoqueiro + moto) é de 100 kg. O coeficiente de atrito
estático entre o pavimento e o pneu da moto vale 0,6. a) Qual a força máxima
de atrito estático para que a moto não escorregue? b) Qual a tangente
trigonométrica do ângulo de inclinação q da moto em relação à vertical? 46)
(1,5 ponto) - Sobre um corpo de 6 kg de massa, inicialmente em repouso sobre
uma mesa horizontal perfeitamente lisa, aplica-se uma força F constante,
também horizontal. Após um deslocamento de 25 m o corpo apresenta uma
velocidade de 5 m/s. Determine a intensidade da força F aplicada ao corpo.
47) (1,0 ponto) - Um trator puxa um tronco de árvore por meio de um cabo, a
uma velocidade constante e com uma força F de 1 000 N. O tronco de árvore
tem massa m = 200 kg. Qual a força resultante aplicada sobre o tronco? 48)
(1,5 ponto) - A equação horária da velocidade de uma partícula em movimento
retilíneo e de 3 kg de massa é v = 4 + 2t, com unidades do SI. Qual a
intensidade da força resultante sobre a partícula? 49) (1,5 pontos) - O
coeficiente de atrito entre o corpo e a superfície horizontal sobre a qual
se desloca é 0,3. O corpo tem massa de 8 kg e apresenta movimento uniforme.
Sendo a aceleração da gravidade local g = 10 m/s2 , determine a intensidade:
a) da reação normal de apoio sobre o corpo; b) da força de atrito que age
sobre o corpo; c) da força que atua sobre o corpo no sentido do movimento.
50) (1,5 ponto) - Um bloco B, de 5 kg de massa, está em repouso sobre uma
superfície horizontal. O coeficiente de atrito estático entre eles é 0,2.
Coloca-se areia no balde à razão de 100 g por segundo. Quanto tempo o bloco
B permanecerá em repouso? 51) 1ª Questão (até 2,5 pontos) - Na situação
esquematizada na figura, um homem de 70 kg de massa está deitado sobre uma
mesa horizontal para submeter-se a uma terapia por tração: 52) 2ª Questão:
( até 2,5 pontos) - Um carro está sendo acelerado em um plano horizontal.
Com o carro em movimento, as rodas dianteiras suportam 3/5 do peso total do
carro e de seu conteúdo. Admita que os coeficientes de atrito estático e
dinâmico entre os pneus e o chão valem respectivamente 0,50 e 0,45 , e que o
carro tenha tração apenas nas rodas dianteiras. Desprezando o efeito do ar e
adotando g = 10 m/s2 , determine a máxima aceleração que o carro pode ter.
53) 3ª Questão: (até 2,5 pontos) - Em um parque de diversões existe um
brinquedo chamado rotor que consiste em um cilindro vertical e oco. As
pessoas encostam na parede interna do cilindro, que passa a ter um movimento
de rotação, com velocidade angular "w" crescente. A partir de um dado
instante t0 , a velocidade angular passa a ser constante, o piso é retirado
e a pessoa fica "pregada" na parede do rotor, sem escorregar. Seja "w0" a
mínima velocidade angular para que a pessoa não escorregue, mostre que "w0"
depende do raio do cilindro e do coeficiente de atrito entre a pessoa e a
parede do rotor. "w0" dependerá também da massa da pessoa ou não? 54) (até
3,0 pontos) - Considere que uma corrida de automóveis o líder da prova e um
retardatário mantêm, em cada volta, uma velocidade escalar média constante
de 300 km/h e de 280 km/h, respectivamente. a) Calcule a velocidade relativa
do líder em relação ao retardatário. b) Calcule quantas voltas o líder terá
que completar, após ultrapassar o retardatário, até alcançá-lo novamente.
Solução: a) a velocidade relativa é : 300 km/h - 280 km/h = 20 km/h b) Seja
d o comprimento do circuito. O tempo que ele gasta após a ultrapassagem para
alcançar novamente o retardatário é : vrel = d / t logo t = d / vrel então t
= d/20 (usamos aqui a velocidade relativa.) Agora nesse mesmo tempo o móvel
dará n voltas, então: v = n . d/t onde t = d/20 V = n . d / d/20 > 300 = n .
20 então n = 300 / 20 Resposta: n = 15 voltas 55) 1ª Questão: (até 3,0
pontos) - Em um parque de diversões existe um brinquedo chamado rotor que
consiste em um cilindro vertical e oco. As pessoas encostam na parede
interna do cilindro, que passa a ter um movimento de rotação, com velocidade
angular "w" crescente. A partir de um dado instante t0 , a velocidade
angular passa a ser constante, o piso é retirado e a pessoa fica "pregada"
na parede do rotor, sem escorregar. Seja "w0" a mínima velocidade angular
para que a pessoa não escorregue, mostre que "w0" depende do raio do
cilindro e do coeficiente de atrito entre a pessoa e a parede do rotor. "w0"
dependerá também da massa da pessoa ou não? 56) 4ª Questão (até 3,0
pontos) - No esquema seguinte, um homem faz com que um balde cheio de água
realize uma volta circular de raio R num plano vertical: 57) <

>terceira:
Dúvida/Sugestão: Gostaria de obter respostas sobre estas peguntas. 1)
(1,0) - Um veículo de massa 700 Kg sobre um plano horizontal liso é freiado
uniformemente quando sua velocidade é de 20 m/s e pára após percorrer 50 m.
Determine a intensidade da força aplicada pelos freios. 2) (1,5) - Um bloco
de massa 4 Kg desliza sobre um plano horizontal sujeito à ação das forças F1
e F2 , conforme indica a figura. Sendo a intensidade das forças F1 = 15 N e
F2 = 5 N , determine a aceleração do corpo. F2 F1 3) (1,0) - O corpo A está
ligado ao B por meio de um fio flexível e inextensível que passa por uma
roldana de massa desprezível. A aceleração da gravidade local é de 10 m/s2 ,
as massas dos corpos mA = 8 kg e mB = 12 kg e o atrito com a superfície
desprezível. Determine: a) o módulo da aceleração; b) a tração no fio. A B
4) (1,5) - Um foguete acelera verticalmente para cima nas proximidades da
Terra. No teto de um compartimento está fixado um dinamômetro ideal, que tem
preso a si um bloco de 4 kg de massa. Adotando g = 10 m/s2 e admitindo que a
indicação do dinamômetro seja 80 N, determine o módulo da aceleração do
foguete. 5) 1) (1,0) - Na figura as massas dos corpos são: mA = 40 kg e mB =
10 kg , e a força F tem intensidade de 100 N. Supondo o atrito desprezível,
determine: F a) a aceleração do sistema; A B b) a força que o corpo B exerce
sobre A. 6) (1,5) - A figura abaixo ilustra três corpos A, B e C unidos por
fio inextensível e de massa desprezível. As massas dos corpos são,
respectivamente, iguais a 10 kg, 15 kg e 25 kg. A intensidade da força F é
100 N e o atrito entre os corpos e a superfície é desprezível. F Com base
nos dados determine: C B A a) a aceleração do sistema; b) a tração em cada
fio. 7) (1,0) - O corpo A está ligado ao B por meio de um fio flexível e
inextensível que passa por uma roldana de massa desprezível. A aceleração da
gravidade local é de 10 m/s2 , as massas dos corpos mA = 12 kg e mB = 8 kg e
o atrito com a superfície desprezível. Determine: a) o módulo da aceleração;
b) a tração no fio. A B 8) (1,5) - Um foguete acelera verticalmente para
cima nas proximidades da Terra. No teto de um compartimento está fixado um
dinamômetro ideal, que tem preso a si um bloco de 4 kg de massa. Adotando g
= 10 m/s2 e admitindo que a indicação do dinamômetro seja 80 N, determine o
módulo da aceleração do foguete. 9) Um corpo de massa 8 kg é suspenso a um
dinamômetro preso ao teto de um elevador, por meio de um fio ideal. Dado g =
10 m/s2 , determine as indicações fornecidas pelo dinamômetro nos seguintes
casos: a) o elevador sobe com aceleração constante de 4 m/s2 ; b) o elevador
desce com aceleração constante de 4 m/s2 ; c) o elevador sobe com movimento
uniforme. d) o cabo do elevador se arrebenta. 10) Dois blocos A e B de
massas respectivamente iguais a 4 kg e 9 kg, inicialmente em repouso estão
interligados por um fio inextensível e de massa desprezível, sobre uma
superfície plana, horizontal e polida. Sobre A aplica-se uma força F = 260 N
, conforme indica a figura. Admitindo g = 10 m/s2 , pede-se: a) a aceleração
do conjunto; b) a tração no fio que une A a B. 11) (UFJF - 94) -Uma esfera
de massa m está presa na extremidade de um fio inextensível de comprimento
L. Este sistema executa movimento circular uniforme na vertical com
velocidade angular w. Determine a tensão no fio quando a esfera está no
ponto extremo inferior e superior, respectivamente. Dado: L = 1 m m = 0,5 kg
w = 100 rpm g = 10 m/s2 12) (FUNREI - 95) - Um pequeno bloco de madeira de
massa 2,0 kg encontra-se sobre um plano inclinado, como mostra a figura
abaixo, onde l = 1 m e h = 0,6 m. Se o coeficiente de atrito estático entre
o bloco e a superfície do plano é m = 0,4 . Qual é a MENOR força F com que
se deverá pressionar o bloco sobre o plano, para que o mesmo permaneça em
equilíbrio? 13) (FUVEST - SP) - As figuras mostram dois arranjos A e B de
polias, construídos para erguer um corpo de massa M = 8 kg. Despreze as
massas das polias e da corda, bem como os atritos. Calcule os módulos das
forças FA e FB , em newtons, necessárias para manter o corpo suspenso e em
repouso nos dois casos. Considere g = 10 m/s2 . 14) (UFJF - 94) -Uma esfera
de massa m está presa na extremidade de um fio inextensível de comprimento
L. Este sistema executa movimento circular uniforme na vertical com
velocidade angular w. Determine a tensão no fio quando a esfera está no
ponto extremo inferior e superior, respectivamente. Dado: L = 1 m m = 0,5 kg
w = 100 rpm g = 10 m/s2 15) Uma força horizontal, de intensidade 30 N , atua
sobre um corpo que inicialmente se encontra em repouso sobre uma superfície
lisa e horizontal. Após 2 segundos, sua velocidade é de 30 m/s. Calcule a
massa do corpo. 16) Durante quanto tempo uma força de 120 N deve atuar sobre
um corpo de massa 5 Kg para aumentar sua velocidade de 1 m/s para 25 m/s?
17) Um objeto tem velocidade V0 = 10 m/s. Depois de 4s, a sua velocidade
passa para 30 m/s. Calcule a aceleração média do objeto. 18) Um veículo
parte do repouso com uma aceleração média de 2 m/s2 e atinge a velocidade de
16 m/s. Qual o intervalo de tempo gasto para isto? 19) Iª Questão (até 3,0
pontos) - (UNICAMP- 96) - A figura abaixo representa um mapa da cidade de
Vectoria o qual indica a direção das mãos do tráfego. Devido ao
congestionamento, os veículos trafegam com a velocidade média de 18 Km/h.
Cada quadra desta cidade mede 200 m por 200 m . Uma ambulância localizada em
A precisa pegar um doente localizado bem no meio da quadra em B, sem andar
na contramão. a) Qual o menor tempo gasto (em minutos) no percurso de A para
B? b) Qual é o módulo do vetor velocidade média (em Km/h) entre os pontos A
e B? 20) (até 3,0 pontos) - Uma pessoa puxa um trenó por meio de uma corda
que faz um ângulo de 45º com a horizontal. Sobre o trenó, de massa 2 Kg está
um bloco de massa 10 Kg. O sistema bloco-trenó tem aceleração de 1,0 m/s2 .
O atrito entre o trenó e o solo é nulo. Lembre-se que sen 45º = cos 45º = .
a) Determine o módulo da força F exercida pela pessoa; b) Sendo de 2 m/s2 a
máxima aceleração possível para que o bloco não escorregue sobre o trenó,
determine o coeficiente de atrito estático entre as superfícies em contato.
(adote g = 10 m/s2 ) c) No instante t1 , a velocidade do sistema é de 1,0
m/s . Quanto tempo (t) levará para percorrer 4,0 metros, a partir do
instante t1 ? 21) (até 3,0 pontos) - Uma esfera de massa m está presa na
extremidade de um fio inextensível de comprimento L. Este sistema executa
movimento circular uniforme na vertical com velocidade angular w. Determine
a tensão no fio quando a esfera está no ponto extremo inferior e superior,
respectivamente. Dado: L = 1m m = 0,5 Kg f (frequência) = 100 rpm g = 10
m/s2 22) (até 3,0 pontos) - No esquema da figura, o plano a é perfeitamente
liso e entre o plano b e o corpo B o coeficiente de atrito é m. As massas
dos corpos A e B valem, respectivamente 1,25 e 10,0 Kg . Calcule o valor
mínimo de m para que o sistema permaneça em equilíbrio. Adote g = 10 m/s2 .
B Dados: sen a = cos b = 0,8 cos a = sen b = 0,6 plano a A plano b a b 23)
Um corpo de massa 1 Kg está preso à extremidade de um fio de comprimento L =
1m , cuja tração de ruptura é T = 400 N . A outra extremidade do fio está
fixa em um ponto A e o corpo executa um movimento circular de centro A e
raio L, sobre uma mesa horizontal sem atrito. Determine a maior velocidade
que o corpo pode ter sem romper o fio. 24) (UNICAMP 96) (Valor até 3,0
pontos) - Uma criança de 15 kg está sentada em um balanço sustentado por
duas cordas de 3,0 m de comprimento cada, conforme mostram as figuras (a) e
(b) abaixo. a) Qual a tensão em cada uma das duas cordas quando o balanço
está parado (figura (a)) b) A criança passa a balançar de modo que o balanço
atinge 0,5 m de altura em relação ao seu nível mais baixo, (figura (b)).
Qual a tensão máxima em cada uma das duas cordas nesta situação? 25)
(UNICAMP 96) (Valor até 3,0 pontos) - Um pára-quedista de 80 kg (pessoa +
pára-quedas) salta de um avião. A força de resistência do ar no pára-quedas
é dada pela expressão: F = - b v2 onde b = 32 kg/m é uma constante e v a
velocidade do pára-quedista. Depois de saltar, a velocidade de queda vai
aumentando até ficar constante. O pára-quedista salta de 2.000 m de altura e
atinge a velocidade constante antes de chegar ao solo. a) Qual a velocidade
com que o pára-quedista atinge o solo? b) Qual foi a energia total dissipada
pelo atrito com o ar na queda desse pára-quedista? 26) (UFJF) - No interior
de um trem há uma mesa lisa e horizontal, sobre a qual se encontra um
sistema massa-mola, conforme a figura abaixo: a Quando o trem se move com
aceleração a sobre trilhos planos e horizontais, a mola se distende de 5 cm.
Qual é o módulo da aceleração do trem? 27) (1,2 ponto) - Um objeto de peso
igual a 20N é lançado verticalmente para cima. Desprezando influências do
ar, a única força que atua no objeto após o lançamento é seu peso, e mesmo
assim ele sobe. 1) A) Que propriedade da matéria justifica a subida do
objeto? 2) B) Quais os módulos da velocidade e da força resultante no objeto
quando ele atinge a altura máxima? 3) C) Qual a intensidade da força com que
o objeto atrai a Terra? 4) D) No ponto de altura máxima o objeto se encontra
em repouso? 28) (1,0 ponto) - As caixas A e B estão interligadas por um fio
que se dispõe paralelamente ao plano. A força horizontal F, de intensidade
50N, é aplicada em . As caixas entram em movimento acelerado para a direita.
Calcule: a) a aceleração das caixas; b) a intensidade da força de tração no
fio. F Dados: mA = 6 kg mB = 4 kg 29) (2,0 pontos) - Nesta questão as massas
de A e B são as mesmas do exercício anterior. Além de A e B participa deste
problema um corpo C, de massa 10 kg. O sistema está representado na figura
abaixo. Calcule a intensidade: a) da aceleração dos corpos; b) das trações
nos fios A e B. 30) (0,8 ponto) - A figura abaixo mostra um trilho contido
num plano vertical e uma bolinha de massa m = 1 kg em seu ponto mais baixo.
Calcule a intensidade da força normal que a bolinha recebe do trilho,
supondo que ela esteja: a) em repouso; b) em movimento com velocidade v = 20
m/s. 31) (2,0 pontos) - O bloco da figura está sobre um plano inclinado de
30º . O bloco tem massa de 2 kg e o coeficiente de atrito entre o bloco e o
plano inclinado é de 0,2. Determine a aceleração do bloco. Adote e g = 10
m/s2 32) (1,0 ponto) - Um trator puxa um tronco de árvore por meio de um
cabo, a uma velocidade constante e com uma força F de 1 000 N. O tronco de
árvore tem massa m = 200 kg. Qual a força resultante aplicada sobre o
tronco? 33) (1,5 ponto) - Um corpo de massa igual a 5 kg, inicialmente em
repouso sofre a ação de uma força resultante constante de 30 N. Qual a
velocidade do corpo depois de 5s? 34) Um corpo de 4 kg de massa está
pendurado em um dinamômetro preso ao teto de um elevador. A indicação do
dinamômetro é 48N e g = 10 m/s2. a) Com essas informações, é possível dizer
inequivocamente em que sentido o elevador está se movendo? Justifique. b)
Calcule o valor numérico da aceleração do elevador. 35) Um bloco de peso
igual a 100 N é arrastado com velocidade constante sobre uma superfície
horizontal, cujo coeficiente de atrito é 0,2. a) Qual a intensidade da força
de atrito da superfície sobre o bloco? b) Qual a intensidade da força que
atua sobre o bloco, no sentido do movimento? 36) Dois corpos A e B, de
massas mA = 3 kg e mB = 6 kg, estão ligados por um fio ideal que passa por
uma polia sem atrito, conforme a figura. Entre o corpo A e o apoio, o
coeficiente de atrito é 0,5. Considerando g = 10 m/s2 , determine: a) a
aceleração dos corpos; b) a intensidade da tração no fio. 37) (1,5 ponto) -
Um móvel de massa 2 kg, inicialmente em repouso, sofre a ação de uma força
resultante constante de 10 N. Determine a velocidade do móvel após
decorridos 3 segundos de movimento. 38) (2,0 pontos) - Dois corpos A e B (mA
= 2 kg e mB = 1 kg) são presos por uma corda inextensível e sem massa.
Puxa-se o sistema com uma força F = 6N, conforme mostra a figura. Determine:
a) a aceleração do sistema; b) a tração na corda. 39) (4,0 pontos) - Em cada
um dos sistemas abaixo determine a aceleração do sistema e as trações das
cordas: Despreze qualquer possível atrito. I) II) 40) (1,5 ponto) - Dois
blocos A e B (mA = 2 kg e mB = 3 kg estão apoiados numa superfície
horizontal perfeitamente lisa. O fio que liga os corpos pode ser considerado
ideal (inextensível e de massa desprezível). A força horizontal é constante
e tem intensidade F = 10N. Determine: 41) (2,0 pontos) - (FEI) Dois blocos
de massas m1 = 2 kg e m2 = 4 kg são ligados por um fio inextensível de massa
desprezível, conforme mostra a figura. Um segundo fio é ligado ao bloco
superior. Aplica-se ao segundo fio uma força . Pede-se a intensidade da
força F para que a aceleração dos blocos seja dirigida para cima e igual a 2
m/s2. Neste caso qual a intensidade da força de tração no fio entre os
blocos? Dado g = 10 m/s2 42) (2,0 pontos) - (PUC) - Se a resultante das
forças que atuam sobre um corpo é 10N, sua aceleração é 4 m/s2. Se a
resultante das forças fosse de 12,5N , qual seria a aceleração? 43) (2,0
pontos) - Determine a aceleração do sistema e a tração em cada fio: 44) IIIª
Questão (até 3,0 pontos) - O conjunto dos blocos representado na figura está
sujeito a uma força vertical, para baixo, constante de 200N. A constante
elástica da mola (massa desprezível) que une os blocos vale 1 000 N/m e o
movimento do sistema se dá na mesma linha vertical. Adotando g = 10 m/s2,
calcule a deformação da mola. 45) IVª Questão (3,0 pontos) - Um motoqueiro
efetua uma curva de raio de curvatura 80 m a 20 m/s num plano horizontal. A
massa total (motoqueiro + moto) é de 100 kg. O coeficiente de atrito
estático entre o pavimento e o pneu da moto vale 0,6. a) Qual a força máxima
de atrito estático para que a moto não escorregue? b) Qual a tangente
trigonométrica do ângulo de inclinação q da moto em relação à vertical? 46)
(1,5 ponto) - Sobre um corpo de 6 kg de massa, inicialmente em repouso sobre
uma mesa horizontal perfeitamente lisa, aplica-se uma força F constante,
também horizontal. Após um deslocamento de 25 m o corpo apresenta uma
velocidade de 5 m/s. Determine a intensidade da força F aplicada ao corpo.
47) (1,0 ponto) - Um trator puxa um tronco de árvore por meio de um cabo, a
uma velocidade constante e com uma força F de 1 000 N. O tronco de árvore
tem massa m = 200 kg. Qual a força resultante aplicada sobre o tronco? 48)
(1,5 ponto) - A equação horária da velocidade de uma partícula em movimento
retilíneo e de 3 kg de massa é v = 4 + 2t, com unidades do SI. Qual a
intensidade da força resultante sobre a partícula? 49) (1,5 pontos) - O
coeficiente de atrito entre o corpo e a superfície horizontal sobre a qual
se desloca é 0,3. O corpo tem massa de 8 kg e apresenta movimento uniforme.
Sendo a aceleração da gravidade local g = 10 m/s2 , determine a intensidade:
a) da reação normal de apoio sobre o corpo; b) da força de atrito que age
sobre o corpo; c) da força que atua sobre o corpo no sentido do movimento.
50) (1,5 ponto) - Um bloco B, de 5 kg de massa, está em repouso sobre uma
superfície horizontal. O coeficiente de atrito estático entre eles é 0,2.
Coloca-se areia no balde à razão de 100 g por segundo. Quanto tempo o bloco
B permanecerá em repouso? 51) 1ª Questão (até 2,5 pontos) - Na situação
esquematizada na figura, um homem de 70 kg de massa está deitado sobre uma
mesa horizontal para submeter-se a uma terapia por tração: 52) 2ª Questão:
( até 2,5 pontos) - Um carro está sendo acelerado em um plano horizontal.
Com o carro em movimento, as rodas dianteiras suportam 3/5 do peso total do
carro e de seu conteúdo. Admita que os coeficientes de atrito estático e
dinâmico entre os pneus e o chão valem respectivamente 0,50 e 0,45 , e que o
carro tenha tração apenas nas rodas dianteiras. Desprezando o efeito do ar e
adotando g = 10 m/s2 , determine a máxima aceleração que o carro pode ter.
53) 3ª Questão: (até 2,5 pontos) - Em um parque de diversões existe um
brinquedo chamado rotor que consiste em um cilindro vertical e oco. As
pessoas encostam na parede interna do cilindro, que passa a ter um movimento
de rotação, com velocidade angular "w" crescente. A partir de um dado
instante t0 , a velocidade angular passa a ser constante, o piso é retirado
e a pessoa fica "pregada" na parede do rotor, sem escorregar. Seja "w0" a
mínima velocidade angular para que a pessoa não escorregue, mostre que "w0"
depende do raio do cilindro e do coeficiente de atrito entre a pessoa e a
parede do rotor. "w0" dependerá também da massa da pessoa ou não? 54) (até
3,0 pontos) - Considere que uma corrida de automóveis o líder da prova e um
retardatário mantêm, em cada volta, uma velocidade escalar média constante
de 300 km/h e de 280 km/h, respectivamente. a) Calcule a velocidade relativa
do líder em relação ao retardatário. b) Calcule quantas voltas o líder terá
que completar, após ultrapassar o retardatário, até alcançá-lo novamente.
Solução: a) a velocidade relativa é : 300 km/h - 280 km/h = 20 km/h b) Seja
d o comprimento do circuito. O tempo que ele gasta após a ultrapassagem para
alcançar novamente o retardatário é : vrel = d / t logo t = d / vrel então t
= d/20 (usamos aqui a velocidade relativa.) Agora nesse mesmo tempo o móvel
dará n voltas, então: v = n . d/t onde t = d/20 V = n . d / d/20 > 300 = n .
20 então n = 300 / 20 Resposta: n = 15 voltas 55) 1ª Questão: (até 3,0
pontos) - Em um parque de diversões existe um brinquedo chamado rotor que
consiste em um cilindro vertical e oco. As pessoas encostam na parede
interna do cilindro, que passa a ter um movimento de rotação, com velocidade
angular "w" crescente. A partir de um dado instante t0 , a velocidade
angular passa a ser constante, o piso é retirado e a pessoa fica "pregada"
na parede do rotor, sem escorregar. Seja "w0" a mínima velocidade angular
para que a pessoa não escorregue, mostre que "w0" depende do raio do
cilindro e do coeficiente de atrito entre a pessoa e a parede do rotor. "w0"
dependerá também da massa da pessoa ou não? 56) 4ª Questão (até 3,0
pontos) - No esquema seguinte, um homem faz com que um balde cheio de água
realize uma volta circular de raio R num plano vertical>

Pode?

[]'
Léo
+++++++++++++++++++=


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VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
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ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html






SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Liberalismo
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/01/2002 02:20

Oi João Miranda,

> Não me sinto obrigado a justificar. Há muitos liberalismos e eu
> simplesmente não me revejo nos liberalismos que você apresentou
> na outra mensagem. É só uma questão de definições, as definições
> não merecem discussão, acho eu.

Manuel: Bem, diante de um aforismo de cunho religioso, de um pronunciamento
quase "oracular" (é deste modo porque "acho eu" e ponto final) não há
contra-argumento possível. Só me resta calar.

[]'s
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Liberalismo
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/01/2002 02:49

Se você quer discutir as definições de liberalismo, podemos
discutir, mas tem a certeza que isso é importante? Não é
mais fácil partir de uma determinada definição e discutir
se a ideia é boa ou má?

Joao
http://www.nonio.com

Manuel Bulcão wrote:
>
> Oi João Miranda,
>
> > Não me sinto obrigado a justificar. Há muitos liberalismos e eu
> > simplesmente não me revejo nos liberalismos que você apresentou
> > na outra mensagem. É só uma questão de definições, as definições
> > não merecem discussão, acho eu.
>
> Manuel: Bem, diante de um aforismo de cunho religioso, de um pronunciamento
> quase "oracular" (é deste modo porque "acho eu" e ponto final) não há
> contra-argumento possível. Só me resta calar.
>
> []'s
> Manuel Bulcão
>
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> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
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> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Liberalismo
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/01/2002 03:59

João Miranda escreveu:

> Se você quer discutir as definições de liberalismo, podemos
> discutir, mas tem a certeza que isso é importante? Não é
> mais fácil partir de uma determinada definição e discutir
> se a ideia é boa ou má?

Manuel: Tudo bem, eu cedo. Vamos partir de uma determinada definição de
liberalismo. A sua. Manda!

[]'s
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: Liberalismo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/01/2002 09:30

Bem, nao sei quao longe uma
discussao tao incutida em
questoes ideologicas (claro
q. eu tenho a minha) pode
ir e trazer frutos. Mas enfim
discutamos (com a maxima civili-
dade possivel: regra do
apelou-perdeu).

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> 1 - as pessoas têm direito inalienável à liberdade;
> 2 - a liberdade individual é a melhor forma de resolver os
problemas;
> 3 - os seres humanos são inteligentes e racionais e são capazes de
> escolher o que é melhor para si próprios.

*Eu* serei um tto cinico
agora (sim, sei q. o ci-
nismo nao contribui em
nada).

A mim me parece estranho q.,
aceitos os preceitos 2 e 3
do liberalismo, tenhamos q.
ter um estado organizado
para garantir o preceito 1.

Quero dizer, se 2 e 3 fossem
mesmo concomitantemente verdadeiros,
naturalmente teriamos uma
organizacao liberal.

Na questao economica, o
modelo da concorrencia livre
e o equilibrio da demanda e
oferta seriam atingidos. E
os estados nao precisariam
ser clamados para garantir
as condicoes a partir das
quais a economia 'natural-
mente'organizar-se-ia em
um regime liberal.

Um tto qto falar q. gelos
se formam no meio do Saara
no verao ao meio-dia, dado
q. haja muita umidade e
temperaturas baixas.
(Ok, e' um gde exagero, mas
apenas para fins ilustrativos
esta caricatura.)

Eu diria um tto qto paradoxalmente
q. a liberdade individual e' um
bem pelo qual vale a pena lutar.
Mas ela nao e' necessariamente
sempre a melhor alternativa para
resolver problemas.

Os seres humanos sao inteligentes
e racionais em muitas coisas. Mas
sao burros e emotivos em outras.
E inteligentes e emotivos em outras,
e burros e racionais em outras ainda.
Cada pessoa pode ser uma coisa e
outra dependendo das circunstancias.
E nesses casos nao se garante a
melhor escolhar: quer para si
proprio, quer para a coletividade.
Eu deixar de jantar por cinco dias
seguidos para comprar um ingresso
ao show da Joan Osborne nao seria
inteligente, nem racional, mas e'
o q. eu provavelmente faria. (Inteligente
e racional poderia ser fazer um boicote
para os organizadores diminuirem seus
lucros exorbitantes e colocar os ingressos
a precos realistas.)

O preceito 3 na verdade pode
entrar em conflito com o 2.
As pessoas em sendo sagazes
o suficientes para cuidar
de seus proprios problemas,
pode gerar um impasse na
medida em q. beneficios de
individuos podem ser
contraditorios. Aqui abusamos
mais uma vez da Teoria dos Jogos.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Liberalismo
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/01/2002 09:39

Oi,

João: Esta mensagem deu-me calafrios e cheguei à conclusão que nem sou
liberal de esquerda nem liberal de direita. Sou um liberal liberal. Ou um
liberal clássico...

Medeiros: Vc já cogitou a hipótese de liberal romântico? :-)

Manuel: eu já, com uma namoradinha linda e muito safadinha, nas areias de
Copacabana, na noite alta. Ela me liberou todos os seus lindos
buraquinhos...

[]s
Manuel Bulcão



SUBJECT: RES: RES: [ciencialist] Liberalismo
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/01/2002 10:16

> De: João Mário Miranda [mailto:jmiranda@explicacoes.com]

> Esta mensagem deu-me calafrios e cheguei à conclusão que nem sou
> liberal de esquerda nem liberal de direita. Sou um liberal liberal.
> Ou um liberal clássico...

Vc já cogitou a hipótese de liberal romântico? :-)

Abraços libertários,

Alexandre Medeiros



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Liberalismo
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/01/2002 12:25

Manuel Bulcão wrote:

>
> Manuel: Tudo bem, eu cedo. Vamos partir de uma determinada definição de
> liberalismo. A sua. Manda!

O liberalismo puro e duro, também conhedido por liberalismo clássico,
ou talvez como diz o A Medeiros, liberalismo romântico :), defende que
nenhum Homem pode ser usado para atingir os fins de outro Homem. Os
Homens têm igual direito à vida, ao fruto do seu trabalho e nenhum fim
justifica a iniciação da força. A força só pode ser usada para
impedir o uso da força.
Os individuos não abdicam nunca dos seus direitos. O estado é uma
organização temporária a quem os individuos delegam temporariamente
determinados direitos, como o direito à auto-defesa. A função do
estado é a de impedir a iniciação da força e preservar a liberdade,
e deve gerir: a justiça, a polícia e o exército de voluntários. Os
individuos concedem ao estado o direito de cobrar pelos serviços de
segurança que presta.

--
joão
http://www.nonio.com


SUBJECT: RES: RES: [ciencialist] Liberalismo
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/01/2002 14:37

Bulcão:
> Tudo bem, eu cedo. Vamos partir de uma determinada
> definição de liberalismo. A sua. Manda!
>
Miranda:
> O liberalismo puro e duro, também conhedido por liberalismo clássico,
> ou talvez como diz o A Medeiros, liberalismo romântico :), defende que
> nenhum Homem pode ser usado para atingir os fins de outro Homem. Os
> Homens têm igual direito à vida, ao fruto do seu trabalho e nenhum fim
> justifica a iniciação da força. A força só pode ser usada para
> impedir o uso da força.
> Os individuos não abdicam nunca dos seus direitos. O estado é uma
> organização temporária a quem os individuos delegam temporariamente
> determinados direitos, como o direito à auto-defesa. A função do
> estado é a de impedir a iniciação da força e preservar a liberdade,
> e deve gerir: a justiça, a polícia e o exército de voluntários. Os
> individuos concedem ao estado o direito de cobrar pelos serviços de
> segurança que presta.

Hipocrisia ou ingenuidade (para outros, puro romantismo),
isso fez-me lembrar de uma coisa: no ambiente corporativo
a integração cooperativa entre os empregados aumenta
dramaticamente a qualidade do ambiente de trabalho, mas é
fator de declínio da produtividade.

Ao contrário, no estressante ambiente competitivo a
produtividade aumenta.

Acreditar que pode existir alta produtividade num ambiente
de trabalho sem competição entre os empregados é hipocrisia/
ingenuidade/romantismo de autor de livro de auto-ajuda.

Não se pode ter tudo. Pode-se conciliar um ambiente
de trabalho relativamente cooperativo, mas com uma
dose de competitividade afim de não permitir que a
produtividade, e conseqüentemente o lucro, despenque.
Difícil é encontrar esse meio termo. Não sei como
é na Europa ou EUA, mas aqui no Brasil, empresas
que não estimulam a competitividade interna correm
sério risco de falência.

Exportem esse conceito para a relação Publico x Privado,
Global x Local e vejam quantas idéias interessantes
podem surgir.

Abraços social-liberais,

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RES: RES: [ciencialist] Liberalismo
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/01/2002 14:57

Ops! Esqueci de comentar esse parágrafo:

> De: João Mário Miranda [mailto:jmiranda@explicacoes.com]
> Os individuos não abdicam nunca dos seus direitos. O estado é uma
> organização temporária a quem os individuos delegam temporariamente
> determinados direitos, como o direito à auto-defesa. A função do
> estado é a de impedir a iniciação da força e preservar a liberdade,
> e deve gerir: a justiça, a polícia e o exército de voluntários. Os
> individuos concedem ao estado o direito de cobrar pelos serviços de
> segurança que presta.

Miranda, eu não sei como é o mundo onde vc vive, mas aqui nas
terras esquecidas do hemisfério sul alguns indivíduos abdicam
dos próprios filhos por um punhadinho de farinha de mandioca.

Você tem noção do que a miséria pode fazer com a auto-estima
do indivíduo?

Presumo que você viva em Portugal, certo? Primeiro mundo, enfim...
O seu modo de vida é exceção, não regra. Eu já disse noutra
oportunidade e torno a dizer: é impossível que toda a humanidade
tenha o padrão de vida dos que consideram aceitável para a
manutenção da dignidade. Alguém tem que pagar o pato.

Ou toda a humanidade leve uma vida mais simples, ou boa
parte do mundo têm que viver na míngua para propiciar
a conforto de alguns.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: RES: RES: [ciencialist] Liberalismo
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/01/2002 14:57

O liberalismo não nega que existem conflitos e não diz que tudo é um
mar de rosas. O que os liberais dizem é que o liberalismo é a solução
justa para os conflitos. O empresário pode até fomentar um mau ambiente
de trabalho para fomentar a produção através da competividade interna.
(Creio que isso é uma péssima solução, mas não interessa). O que
interessa é que terá que pagar mais aos trabalhadores porque terá menos
gente interessada em trabalhar com mau ambiente. Se as pessoas
conseguem trabalhar assim e não se vão embora é porque pensam que isso
é o melhor para elas.

Joao
http://www.nonio.com

"Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:

>
> Hipocrisia ou ingenuidade (para outros, puro romantismo),
> isso fez-me lembrar de uma coisa: no ambiente corporativo
> a integração cooperativa entre os empregados aumenta
> dramaticamente a qualidade do ambiente de trabalho, mas é
> fator de declínio da produtividade.
>
> Ao contrário, no estressante ambiente competitivo a
> produtividade aumenta.
>
> Acreditar que pode existir alta produtividade num ambiente
> de trabalho sem competição entre os empregados é hipocrisia/
> ingenuidade/romantismo de autor de livro de auto-ajuda.
>
> Não se pode ter tudo. Pode-se conciliar um ambiente
> de trabalho relativamente cooperativo, mas com uma
> dose de competitividade afim de não permitir que a
> produtividade, e conseqüentemente o lucro, despenque.
> Difícil é encontrar esse meio termo. Não sei como
> é na Europa ou EUA, mas aqui no Brasil, empresas
> que não estimulam a competitividade interna correm
> sério risco de falência.
>
> Exportem esse conceito para a relação Publico x Privado,
> Global x Local e vejam quantas idéias interessantes
> podem surgir.
>
> Abraços social-liberais,
>
> Alexandre Medeiros
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
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joão
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SUBJECT: Re: RES: RES: [ciencialist] Liberalismo
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/01/2002 15:30



"Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:
>
> Ops! Esqueci de comentar esse parágrafo:
>
> > De: João Mário Miranda [mailto:jmiranda@explicacoes.com]
> > Os individuos não abdicam nunca dos seus direitos. O estado é uma
> > organização temporária a quem os individuos delegam temporariamente
> > determinados direitos, como o direito à auto-defesa. A função do
> > estado é a de impedir a iniciação da força e preservar a liberdade,
> > e deve gerir: a justiça, a polícia e o exército de voluntários. Os
> > individuos concedem ao estado o direito de cobrar pelos serviços de
> > segurança que presta.
>
> Miranda, eu não sei como é o mundo onde vc vive, mas aqui nas
> terras esquecidas do hemisfério sul alguns indivíduos abdicam
> dos próprios filhos por um punhadinho de farinha de mandioca.
>
> Você tem noção do que a miséria pode fazer com a auto-estima
> do indivíduo?

É claro que você não pode aplicar o liberalismo ao Brasil de um
dia para o outro, nem pode começar por dizer aos miseráveis que
agora eles são livres e que tratem da vidinha. A miséria é o
resultado de dezenas ou centenas de anos de opressão e de coação.
Mas há ideias do liberalismo que são úteis para melhorar o Brasil.
Enquanto os colectivistas se preocupam em usar os recursos do
estado para dar aos pobres, os liberais limitam-se a pedir que
determinadas regras de justiça sejam cumpridas. Não adianta pedir
ao estado para tratar dos pobres, porque o estado está controlado
pelos ricos. O que é preciso é apoiar medidas:

1 - contra a currupção;
2 - contra a fuga aos impostos;
3 - contra os subsídios à empresas porque é completamente imoral
que os impostos da classe média sirvam para pagar os investimentos
e os lucros dos empresários que não pagam impostos;
4 - contra o proteccionismo quando esse proteccionismo não serve o
bem comum, mas os interesses empresariais instalados;
5 - contra os abusos da propriedade comum;
6 - a favor do direito de propriedade dos pobres. Um dos principais
obstáculos ao progresso dos pobres é o não reconhecimento legal dos
seus bens. Por exemplo, um pobre pode ser dono efectivo de um barraco
ou de um pequeno negócio, mas se isso não for reconhecido legalmente
ele não poderá usá-lo como penhor para pedir empréstimos;
7 - contra os empregados públicos improdutivos;
8 - a favor da diminuição do peso do sector público na economia;
9 - para indexar os salários da função pública à produtividade;
10 - para avaliar as universidades e escolas públicas;
11 - para que o estado não se relacione com empresas que poluem
o ambiente, violem a lei, fogem aos impostos;
12 - para que não sejam aceites na função pública licenciados em
universidades privadas de má qualidade;
13 - para que a justiça, a polícia e o exercito funcionem
eficientemente;
14 - descentralização da administraçõ pública.

Se estas medidas forem apoiadas, o resto virá por acréscimo.

É claro que um socialista proporia mais dinheiro para a educação
pública, mais dinheiro para a saúde pública, mais intervenção do
estado nacomunicação social etc. Mas se toda a gente diz que o
estado é incompentente, qual é o interesse em dar mais poder ao
estado?

> Presumo que você viva em Portugal, certo?

Sim

>Primeiro mundo, enfim...
> O seu modo de vida é exceção, não regra.

Não pense que Portugal é um paraíso liberal. Não é. Há muita
intervenção estatal por aqui. E tem ainda a desvantagem de
ser um país pequeno onde as alternativas ao estado central
são escassas.

>Eu já disse noutra
> oportunidade e torno a dizer: é impossível que toda a humanidade
> tenha o padrão de vida dos que consideram aceitável para a
> manutenção da dignidade. Alguém tem que pagar o pato.
>
> Ou toda a humanidade leve uma vida mais simples, ou boa
> parte do mundo têm que viver na míngua para propiciar
> a conforto de alguns.

Até o Brasil está a crescer a alguns por cento ao ano.
--
joão
http://www.nonio.com



SUBJECT: Re: O Universo Numa Casca de Noz
FROM: "brudna" <lrb@dalton.iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/01/2002 15:53

> O livro, embora excelente, não é muito trivial. Ele exige noções
prévias
> de qüântica e relatividade e acaba viajando na maionese muitas
vezes. Mas
> a salvação está na sua indicação de bibliografia ao final do livro:
>
> - O Universo Elegante - Brian Greene
>
> Este sim, maravilhoso e muito didático. Superstrings rules!!! Creio
que o
> Alberto iria gostar.
> TARCISIO BORGES

O primeiro capitulo do "O universo elegante" estah disponivel no
link
http://www.gradiva.pt/capitulo.asp?L=2108

Uma lista de mais livros com capitulos disponiveis para leitura pode
ser encontrada em
http://www.gradiva.pt/livros.asp?C=2

Ateh
Luis Brudna



SUBJECT: Re: RES: RES: [ciencialist] Liberalismo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/01/2002 16:23

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> mar de rosas. O que os liberais dizem é que o liberalismo é a
> solução justa para os conflitos.

Entre iguais talvez. Entre desiguais a coisa
complica muito.

> gente interessada em trabalhar com mau ambiente. Se as pessoas
> conseguem trabalhar assim e não se vão embora é porque pensam que
> isso é o melhor para elas.

Supondo-se um racionalismo e a existencia
de opcoes (equitatividade de poder). Nem
sempre e' o caso, mesmo em paises
desenvolvidos.

Supondo racionalismo e equitatividade de
poder entre, digamos, empresas e consumidores,
nao e' correto imaginar q. isso garanta um
equilibrio na relacao de poderes.

O numero de empreaas e' muito menor, geralmente,
q. o de consumidores. O poder das empresas
e' mais concentrado, o poder dos consumidores
e' mais difuso. Cada empresa detem proporcionalmente
uma fatia maior de poder do q. cada consumidor.
(Mesmo qdo nao consideramos uma situacao de
mono ou oligopolio.) Existe uma facilidade muito
maior de coordenacao entre as empresas para
a preservacao de seus interesses, ja' a capacidade
de organizacao entre os consumidores teria q.
ser muito maior. (Existem algumas excecoes a
esse quadro, qdo temos um mono ou oligopsonio --
mas em geral o consumidor e' uma outra industria
ou empresa: por exemplo, dentro do mercado de
trabalho, uma unica empresa pode ser a principal,
se nao a unica, compradora de mao-de-obra em
uma dada regiao.)

Um exemplo recente q. temos e' q. houve uma queda
sensivel do preco do petroleo, queda essa q. foi
repassada aos distribuidores de combustiveis, mas
q. nao chegou ao consumidor final. (A alegacao
dos donos de postos e' q. o Estado cobra um carga
de impostos muito alta sobre circulacao de mercadoria.)

Alguns apontam tbm a queda de 1929 da bolsa de N. Iorque
como a incapacidade auto-regulatoria do mercado.
Desde o trabalho de Keynes, a discussao foi menos de
se o estado deveria intervir e mais de qto, como, qdo
e onde intervir. Mas os assim chamados neo-liberais
alegam q. o trabalho de Keynes esta' ultrapassado e
esta' na hora de utilizar outros parametros (curioso
notar q. pretendem substituir por parametros ainda
mais antigos de Adam Smith e cia.)

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: RES: RES: RES: [ciencialist] Liberalismo
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/01/2002 16:39

> De: João Mário Miranda [mailto:jmiranda@explicacoes.com]
> Se as pessoas
> conseguem trabalhar assim e não se vão embora é porque pensam que isso
> é o melhor para elas.

Ou será porque com índice de desemprego acima de 6% não há muita opção?

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Como eh dificil!
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/01/2002 17:01

Realmente curioso... quase me dá vontade de citar algumas respostas como
exemplo do mal que está o mundo de conhecimento cientifico... e depois dizem
que o Hawkings faz divulgação cientifica, quando alguem quer construir um
gerador eolico na praia ... :-)))
É genial :-))

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda

"Às vezes a leitura é um modo engenhoso de evitar o pensamento"
A.Help- Historiador




SUBJECT: RES: RES: RES: [ciencialist] Liberalismo
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/01/2002 17:16

> De: João Mário Miranda [mailto:jmiranda@explicacoes.com]
>
> É claro que você não pode aplicar o liberalismo ao Brasil de um
> dia para o outro, nem pode começar por dizer aos miseráveis que
> agora eles são livres e que tratem da vidinha. A miséria é o
> resultado de dezenas ou centenas de anos de opressão e de coação.
> Mas há ideias do liberalismo que são úteis para melhorar o Brasil.
> Enquanto os colectivistas se preocupam em usar os recursos do
> estado para dar aos pobres, os liberais limitam-se a pedir que
> determinadas regras de justiça sejam cumpridas. Não adianta pedir
> ao estado para tratar dos pobres, porque o estado está controlado
> pelos ricos. O que é preciso é apoiar medidas:

Opa! Estamos em sintonia fina aqui: "Não adianta pedir
ao estado para tratar dos pobres, porque o estado está controlado
pelos ricos.". Isso é a pura realidade.

> 1 - contra a currupção;

Excelente! Este é o item que deve encabeçar a lista de medidas.
Mas há um obstáculo forte, a sociedade deseja o combate
à corrupção, mas não parece que este seja o desejo dos políticos,
embora recentemente tenhamos conseguido algum progresso nesse
aspecto com a cassação de uns "coronés".

> 2 - contra a fuga aos impostos;

Blargh! É duro de engolir essa. A carga tributária imposta aos
brasileiros compara-se à da Alemanha, Inglaterra e França, mas
estamos aquém de boas escolas e hospitais públicos. Pessoalmente
sou refém de planos de saúde, seguradoras, segurança privada e
escola particular. Sonho com o dia em que minha filha poderá
estudar numa escola pública de boa qualidade!

Ao menos com relação ao assalariado de classe média esta medida
já esta em vigor, e de uma forma brutal. O problema é que
não há a contrapartida do Estado que desperdiça os tributos
com burocracia, corrupção e remuneração de juros elevadíssimos.

> 3 - contra os subsídios à empresas porque é completamente imoral
> que os impostos da classe média sirvam para pagar os investimentos
> e os lucros dos empresários que não pagam impostos;

Concordo plenamente. E, pasme meu amigo, aqui no Brasil o grosso dos
subsídios não é destinado às empresas publicas -- como era de se
esperar -- mas à certos bancos privados fraudulentos, num programa
chamado PROER.

> 4 - contra o proteccionismo quando esse proteccionismo não serve o
> bem comum, mas os interesses empresariais instalados;
> 5 - contra os abusos da propriedade comum;
> 6 - a favor do direito de propriedade dos pobres. Um dos principais
> obstáculos ao progresso dos pobres é o não reconhecimento legal dos
> seus bens. Por exemplo, um pobre pode ser dono efectivo de um barraco
> ou de um pequeno negócio, mas se isso não for reconhecido legalmente
> ele não poderá usá-lo como penhor para pedir empréstimos;
> 7 - contra os empregados públicos improdutivos;
> 8 - a favor da diminuição do peso do sector público na economia;
> 9 - para indexar os salários da função pública à produtividade;
> 10 - para avaliar as universidades e escolas públicas;
> 11 - para que o estado não se relacione com empresas que poluem
> o ambiente, violem a lei, fogem aos impostos;
> 12 - para que não sejam aceites na função pública licenciados em
> universidades privadas de má qualidade;
> 13 - para que a justiça, a polícia e o exercito funcionem
> eficientemente;
> 14 - descentralização da administraçõ pública.

Concordo com tudo.

> Se estas medidas forem apoiadas, o resto virá por acréscimo.

Com metade dessas medidas estaríamos vivendo nos padrões da
Suécia.

> É claro que um socialista proporia mais dinheiro para a educação
> pública, mais dinheiro para a saúde pública, mais intervenção do
> estado nacomunicação social etc. Mas se toda a gente diz que o
> estado é incompentente, qual é o interesse em dar mais poder ao
> estado?

A Constituição brasileira (1988) elencou uma série de direitos
do mundo da lua, o verdadeiro paraíso, mas ninguém disse quem
pagaria a conta, o que tornou o Brasil praticamente ingovernável.

Na mesma linha de um liberal, sou a favor de um Estado mínimo,
o que significa um estado de quase-não-intervenção, mas quando
intervém tem de arrancar o couro do abusado em praça pública.

> Não pense que Portugal é um paraíso liberal. Não é. Há muita
> intervenção estatal por aqui. E tem ainda a desvantagem de
> ser um país pequeno onde as alternativas ao estado central
> são escassas.

Mas foi, se não estou enganado, o país da Europa que
mais cresceu nos últimos anos. Até surgiu oportunidade de
trabalho pra mim há um tempo atrás, da qual declinei por
motivos familiares. Assim sendo, tendo a concluir que a
intervenção estatal em Portugal foi de uma justa medida.
Aqui no Brasil a intervenção estatal nunca é no sentido
de amenizar a aflição do pobre.

> Até o Brasil está a crescer a alguns por cento ao ano.

Todavia, aumentou a concentração de riqueza. O Brasil,
se não estou louco, lidera o ranking mundial de concentração
de riqueza. Triste, não?

Abraços,

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Como eh dificil!
FROM: "marmidan" <damich@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/01/2002 22:37

--- In ciencialist@y..., Prof. José Carlos <j.c@i...> wrote:
> :)))
>
> Você está virando plantonista de aluno folgado. :)


Não apenas isto como salvador da pátria energética, oráculo das
causas físicas impossíveis (adorei esta!), excelso mestre gram
positivo (com ou sem piócitos) e repositório bomberdeável com
perguntas de, obviamente, algum engraçadinho.

solidariamente

[]s.

Daniel

P.S.--> P/ o Prof. J. Carlos: quando fizer um "reply" de uma msg
muito extensa, procure apagar as partes dispensáveis. :)




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Liberalismo
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/01/2002 02:26

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
wrote:

> Manuel: Bem, diante de um aforismo de cunho religioso, de um
>pronunciamento quase "oracular" (é deste modo porque "acho eu" e ponto
>final) não há contra-argumento possível. Só me resta calar.

Oi Manuel: Fazia tempo que não renovava o gosto de comunicar-me com vc.
Gostei de sua resenha sobre as diferentes acepções do liberalismo. Como vc
bem percebeu, o tema da liberdade é bem parecido ao tema do tempo em Santo
Agostinho.

Uma vez ele disse algo assim: Quando me ponho a falar do tempo em linguagem
coloquial, não encontro nenhuma dificuldade, mas se tenho que defini-lo, é
quase impossível. O passado não passa de uma presentificação daquilo que já
não existe. É um presente que já passou e só volta a existir quando se
torna, de algum modo presente. O presente é um instante e já deixa de
existir. Se torna passado. O futuro é uma tentativa de transformá-lo em
presente para que comece a existir, mas deixa, neste momento, de ser futuro
para ser presente e ...esfumar-se.

A liberdade á algo fácil de mencionar, mas difícil de definir. Depois
começam as restrições que mais parecem opressão e opressões com aparencia de
liberdade. De repente o caos parece a liberdade absoluta, mas a renuncia
altruista para conservar a liberdade do outro parece opressão.

Podemos adotar diferente posições e tratar de definir liberdade a partir de
destacar determinados aspectos mais compatível com a posição que assumimos,
mas nada disso resume a liberdade. Creio que a atitude de John Stuart Mill é
a que deveria ser adotada. Digo mais como atitude que conteúdo. Os
conteúdos se renovam, mas a argumentação forte e conscienciosa é a que deve
prevalecer.

Takata mencionou a argumentação consuetudinaria. Creio que hoje em dia não
há nenhuma posição definitivamente verdadeira. Um dos últimos encontros da
UNESCO para estudar a filosofia como instrumento de cidadania e liberdade
postula que os holismos devem dialogar.

A melhor possibilidade de melhorar o instrumento de busca da verdade não é a
confrontação de ideias. É a conversação, em que todos se manifestam e
demonstram curiosidade. O instrmento por excelencia é a capacidade crítica e
um desejo nunca satisfeito de que deve sempre existir uma coisa melhor.

Também é uma atitude sumamente jovem. Não me resignarei a seguir com uma
posição estratificada. O que eu tenho é bom, mas vou conseguir coisa melhor.

Então, como a verdade é algo que se desvela lenta e progressivamente, creio
que este aforisma passa aser válido: "A verdade lhes fará livres".

Eu me atrevo a propor que existe um grande parentesco entre o conceito de
verdade e o de liberdade.

As "Coletânea Literaria" do Ruy Barbosa tem uns escritos lindíssimos do
"Aguia de Haya" sobra a liberdade. Ha muitos anos (já vão 35) quando tive
que fazer o vestibular de Medicina, este livro me ajudou muito para a
redação. Vale a pena recordar

[]s
Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: Re: RES: RES: [ciencialist] Liberalismo
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/01/2002 02:48

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "João Mário Miranda"
<jmiranda@explicacoes.com> wrote:

> Se as pessoas conseguem trabalhar assim e não se vão embora é porque
>pensam que isso é o melhor para elas.

João:

Sua afirmação choca com um tema. Existem posições que postulam não só uma
liberdade extrínseca (relacionada com as atitude exteriores da pessoa), como
o da liberdade intrínseca (condições internas que facultam ou impedem o
exercicio da liberdade).

A singeleza de sua afirmação mostra que você é bastante sábio. Eu penso
que sábio (vem de sapore, saborear) é o que sente o gosto das coisas
que conhece, não é conhecer tudo. O conhecimento filosófico que possuo
tem um sentido puramente utilitário. Como não sou filósofo, passo-lhe
o que penso saber. Creio que se digo alguma besteira, espero que
alguém que entenda realmente o assunto possa vir em meu auxilio e
corrigir. Quem não gosta de filosofia, nem deve ler, porque é muito
monótono e aborrecido o que vou dizer. Eu agradeceria muito que algum
filósofo me corrigisse, se erro.

Minha ideia é que se deve ter fundamento filosóficos sobre o tema (partir de
fundamentos teóricos e chegar a um fundmento ético.Liberdade tem que ver com
prática. A liberdade se exerce, portante tem muito que ver com a ética.

Primeiro, tentarei explicar o conceito de imperativo.

Este é um tema que pertence ao capítulo filosófico da Ética. Impe-
ativo é um mandamento. É um preceito ético formulado numa linguagem
imperativa. Esta é a razão do seu nome. Uma linguagem imperativa é,
por sua vez, parte de uma linguagem prescritiva (que prescreve). Como
sempre é um assunto ético, implica juízos de valor. Quando fazemos uma
crítica, opinamos sobre o valor que tem tal ou qual conhecimento para
um determinado objetivo. Não podemos evitar juízos de valor. Estamos
sempre julgando. Dizer que é útil, inútil, correto, etc., gera
apreciação valorativa.

Além disso, os imperativos são sempre regras práticas que orientam
objetivamente a ação. Os imperativos podem ser considerados como
condicionais (hipotéticos ou instrumentais) e categóricos (também
chamados absolutos). Os imperativos hipotéticos estão condicionados
aos fins que se pretendem alcançar. Exemplo: Será permitido o
aborto sempre que o filho seja fruto de um estupro. Os imperativos
categóricos são absolutos e devem ser incondicionalmente cumpridos.
Exemplo: Não roubarás.

É interessante observar como os membros do fórum lutam entre os
imperativos categóricos e os hipotéticos quando discutem sobre a
liberdade. Oscilam na hora de buscar as condições para os imperativos
condicionais. Esta forma simplista que estou usando é para tentar explicar o
tema. Existem livros escritos sobre os imperativos e hoje há toda uma
crítica muito interessante sobre a validez desses enunciados.

Kant fundamentou sua doutrina filosófica moral no imperativo
categórico kantiano. Este filósofo pensou que não podemos chegar a
entender plenamente o que somos. Podemos adquirir todo o conhecimento
sobre uma flor ou os insetos, por exemplo, no entanto jamais poderemos
adquirir todo o conhecimento sobre o universo ou sobre nós mesmos.
Apesar de tudo, pensava que é inerente à razão humana o conhecimento
entre o bem e o mal. Postulou (postular é afirmar algo sem provar)
que todos sabemos, no fundo, o que está bem e o que está mal.

Segundo Kant, todos temos uma razão prática, ou seja, uma capacidade
de raciocinar e decidir se algo está bem ou está mal moralmente. Do
mesmo modo que todos os seres humanos têm a mesma forma de razão, por
exemplo, o fato de percebermos tudo como algo determinado causalmente,
todos temos acesso à mesma lei moral universal.

Interessante aqui é observar como os discutidores da lista falam muitas
vezes
de uma ética racional. Kant escreveu sua grande obra filosófica que
marcou um antes e um depois na história da filosofia sob o título de
'Crítica da Razão Pura'. Também tem uma 'Crítica da Razão Prática'.
Como a palavra racional quer dizer referente, qualidade da razão,
se torna um termo muito importante e deveria ser esclarecido. Que
significa racional. Em todo caso, que tipo de raciocínio postula.
Existem carradas de livros escritos sobre isto e todos dizem que se
referem a algo prático e acessível.

Kant formulou a lei moral como um imperativo categórico, ou seja,
válida para todas as situações. Existem cinco formas de enunciar o
imperativo categórico de Kant. São:

1. Age sempre segundo um princípio tal que possas querer ao mesmo
tempo que ele seja uma lei universal (fórmula da lei universal), ou seja,
válido para mim e para todos;

2. Age de tal sorte que mantenhas sempre a vontade livre, em ti e no
outro, como um fim e não como um meio (fórmula do fim em si mesmo);

3. Age sempre com a idéia de tua vontade como legisladora num reino
universal de fins (fórmula do reino dos fins);

4. Age de tal modo que tua vontade possa considerar-se a si mesma
como constituindo uma lei universal por meio de sua máxima (fórmula
da autonomia);

5. Age como se a máxima de tua ação devesse ser convertida, por tua
vontade, numa lei da natureza (fórmula da lei da natureza).

Como vemos, são fórmulas simples e fáceis de conceber. Poderiam
ser resumidas em algo assim: Se tua ação não prejudica a ti, nem a
terceiros e nem à humanidade, faze o que queiras e como bem entendas.
Também pode significar fazer aos outros o que quero que me façam.
Embora hoje em dia existam críticas importantes a esta concepção
moral, não pode ser considerada como algo tonto. Por outro lado, são
postulados práticos muito acessíveis. Alguns dizem que o imperativo
kantiano é utópico (creio que é certo), mas não pode ser invalidado
a priori.

Talvez seja um bom modo de começar a discutir sobre a liberdade.

João, espero que seja útil o que escrevi e que sirva
para algo. Peço perdão aos outros membros da lista, por ser tão
aborrecido.
[]s
Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: Fw: Register Now - Diplomas
FROM: Prof. José Carlos <j.c@iname.com>
TO: "ForumFilosofico" <ForumFilosofico@topica.com>, "Ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, "Acropolis" <acropolis@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/01/2002 10:01

E depois ainda dizem que o ensino vai mal... Vejam abaixo a pérola que
recebi.
____________________
Prof. José Carlos (JC)
j.c@iname.com
ICQ 11734153
____________________


----- Original Message -----
From: <diploma4u@iskon.hr>
To: <undisclosed-recipients:>
Sent: Wednesday, January 22, 2003 7:04 AM
Subject: Register Now - Diplomas


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SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Liberalismo
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/01/2002 16:06

Oi João Miranda, Alexandre, Marco Aurélio e lista,

O João Miranda escreveu:

> O liberalismo puro e duro, também conhedido por liberalismo clássico,
> ou talvez como diz o A Medeiros, liberalismo romântico :), defende que
> nenhum Homem pode ser usado para atingir os fins de outro Homem. Os
> Homens têm igual direito à vida, ao fruto do seu trabalho e nenhum fim
> justifica a iniciação da força. A força só pode ser usada para
> impedir o uso da força.
> Os individuos não abdicam nunca dos seus direitos. O estado é uma
> organização temporária a quem os individuos delegam temporariamente
> determinados direitos, como o direito à auto-defesa. A função do
> estado é a de impedir a iniciação da força e preservar a liberdade,
> e deve gerir: a justiça, a polícia e o exército de voluntários. Os
> individuos concedem ao estado o direito de cobrar pelos serviços de
> segurança que presta.

Manuel: Sim, o essencial do pensamento liberal é a defesa do indivíduo como
um fim em si mesmo, o "individualismo". Eu afirmei isso em outra mensagem:
"Esse liberalismo de esquerda é uma modalidade de individualismo, na medida
em que defende que o indivíduo é um fim em si (ou que ao menos "deve ser") e
não um meio cujo fim é o Estado, a Sociedade ou a Humanidade com "H"
maiúsculo." Acrescento agora: "nem um meio cujo fim é a acumulação pela
acumulação de riqueza, o lucro considerado como único critério ou critério
precípuo a reger a economia, enfim, o capital." Por isso, sou um liberal "de
esquerda" ou um liberal-socialista, como queira.

Não significa que sou contra o mercado ou mesmo contra o lucro. Acho até que
o lucro é o melhor critério para se medir a eficiência de uma empresa. Só
acho que a eficiência não é um fim em si mesmo. Fim em si mesmo é o homem de
carne e osso, o indivíduo (afinal, sou um liberal); logo, a economia deve
estar a serviço do homem e não o contrário.

Transcrevo abaixo um trecho de uma mensagem que postei na lista Acrópolis,
em meados do ano 2000, em que falo da idéia absolutamente infundada (o mito
da teologia liberal-monetarista) segundo a qual, no capitalismo, o indivíduo
oculpa o centro. Segue:

No capitalismo, o grosso da demanda -- a que garante o equilíbrio
demanda-oferta -- não é a demanda das pessoas por bens de consumo, mas a
demanda dos capitalistas por bens de capital (a denominada "demanda
intercapitalista"). Vale dizer, uma organização social tipicamente
capitalista é uma imensa fábrica de fabricar fábricas de fabricar mais
fábricas. O produto final pouco importa: pode ser as obras completas de
Balzac, peças do vestuário, feijoada enlatada, cigarro, uísque, cocaína,
revólveres, granadas, minas, mísseis, bombas de hidrogênio, etc. -- o valor
de uso do produto é absolutamente secundário: para o capitalista, o que
importa mesmo é o valor de troca do produto, a mercadoria como mercadoria e,
dentre todas as mercadorias, a que importa mais é aquela mercadoria que não
tem valor de uso algum, mas apenas valor de troca: o dinheiro. Se é mais
lucrativo produzir metralhadoras e cocaína do que produzir víveres e
agasalhos, então que se produza metralhadoras e cocaína. Aliás, a campanha
do candidato republicano à presidência dos Estados Unidos ilustra bem isso:
após os EUA terem vencido a Guerra Fria, e sem mais nenhuma outra grande
potência para lhes fazer frente, George Bush fala na necessidade de se
destinar mais verbas para a defesa, isto é, produzir mais mísseis
intercontinentais, caças supersônicos, submarinos nucleares, etc. Para quê?
Ora, durante décadas os Estados Unidos desenvolveram um imenso complexo
industrial-militar capitalista (que visa ao lucro) o qual gera centenas de
milhares de empregos direta e indiretamente. Se a demanda do Estado por seus
terríveis produtos não se mantiver num determinado nível, todo esse
famigerado complexo irá a bancarrota, gerando um efeito cascata que
culminará numa crise geral da economia. Então, que se fabrique mais e mais
meios de destruição e viva a guerra! Guerra contra quem? Contra o Islão, os
marcianos, não importa o inimigo. Se nenhum houver, a mass media
"capitalista" inventa um, para o regozijo de nossas pulsões irracionais
sadomasoquistas e necrófilas.

Um sistema social teocrático é um sistema moral cujo Bem, a razão de ser da
vida de todos os seus súditos, é a contemplação da grandeza de Deus. O
socialismo de Estado que se instaurou em vários países depois de 1917 também
é um sistema moral, só que, neste caso, o Bem que ilumina a existência de
todos os cidadãos-trabalhadores é a Grande Meta da História (tudo com
iniciais maiúsculas), o Comunismo com o seu Homem Integral, não fragmentado
pela divisão do trabalho. O capitalismo, idem: um sistema moral cujo Bem
Supremo é a eficiência econômica, a capacidade de produzir sempre mais do
que o necessário, o trabalho pelo trabalho, a acumulação pela acumulação, o
lucro, a riqueza abstrata, o dinheiro.

É falsa a asserção de que, no capitalismo, o indivíduo ocupa um lugar
central. No capitalismo o indivíduo, seja o operário ou o capitalista, não é
um fim em si mesmo, mas mero instrumento de produção de uma riqueza que vale
por si própria. E não só como produtor, mas também como consumidor, pois, no
capitalismo, as necessidades humanas são manipuladas, quando não diretamente
criadas pelo marketing das empresas, mormente o das grandes corporações e
tendo em vista a realização do lucro máximo, isto é, a transformação,
mediante a venda, do capital-mercadoria em capital-dinheiro. Em suma: no
capitalismo, o homem vive em função da produção e não o contrário: a
produção como um meio para o indivíduo se realizar como indivíduo. Ou dito
em outros termos, no capitalismo o homem é o apêndice protoplasmático de uma
engrenagem metálica cuja razão de ser é a perpetuação do movimento
ascendente do capital: C > C + C' > C + C' + C'' > ...

Também é falsa a idéia de que, no capitalismo, a riqueza do indivíduo é o
resultado do seu esforço, o prêmio da sua capacidade empreendedora, do seu
trabalho. Um exemplo muito simples demonstra a falsidade desta tese: a)
suponhamos dois empresários: um dirige uma pequena empresa que tem como
capital o equivalente a R$ 50.000, e um outro empresário cujo capital da sua
grande empresa totaliza R$ 1.000.000,00 (os valores aqui são arbitrários);
b) em um ano, o pequeno empresário, muito mais empreendedor, aufere um lucro
de 100%, isto é, em um ano ele dobra o seu capital; c) o segundo empresário,
rico porém medíocre, consegue, neste mesmo ano, um lucro de 20% apenas; d) o
lucro do empresário com mais visão foi de R$ 50.000, ao passo que o do
empresário míope foi de R$ 200.000,00, isto é, em termos absolutos o grande
empresário obteve uma massa de lucro quatro vezes maior do que o do pequeno
empresário muito mais vocacionado.

O exemplo acima, muito simples, demonstra que, no capitalismo, o lucro não é
"o preço de um bem": a capacidade empreendedora do capitalista (isso seria
mais ou menos correto numa economia mercantil simples); que no capitalismo é
a propriedade que gera riqueza para o indivíduo, e não o seu trabalho.
Aliás, o neurolingüista Lair Ribeiro, guru de nove em cada dez empresários,
escreveu certa vez que "assim como a água da chuva corre para o rio e o rio
corre para o mar, o dinheiro vai para quem tem dinheiro." -- Sábias
palavras, das quais se extrai a seguinte conclusão: o mercado capitalista
pode até ser eficiente, mas não é necessariamente justo.

Não sou contra o mercado, nem mesmo contra o lucro. Só acho que o lucro deve
voltar a ser apenas uma categoria econômica, e não um objetivo ético. Uma
economia racional -- racional do ponto de vista do indivíduo considerado
como um fim em si mesmo, o sonho de Kant -- deve ter o lucro como critério,
obviamente, visto que o lucro de uma empresa é a sua medida de eficiência.
Mas o lucro não deve ser o único critério, nem mesmo o mais fundamental.
Outros há, mais importantes, tais como o respeito à vida humana, a
integridade física e psíquica dos indivíduos, o equilíbrio ecológico, a
justiça e, sobretudo, a liberdade das pessoas de decidirem por si mesmas o
que é bom para elas -- se o fulano tem por meta ganhar dinheiro e para tal
trabalha 14 horas por dia, tudo bem, é a sua escolha. Mas que não me venha
esnobar, chamar-me de fracassado, perdedor ou maluco pelo simples fato de eu
ter escolhido outro objetivo de vida: trabalhar o suficiente para garantir o
pouco de que necessito e varar as madrugadas estudando filosofia.

No capitalismo, se o teu objetivo de vida não for a eficiência e a
acumulação de riquezas, então estás automaticamente excluído. És um pária,
um marginal, um irracional, um herege, um mal exemplo para nossos filhos.
Sendo assim, o capitalismo idealizado por Hayek é um sistema moral tão
totalitário quanto a teocracia islâmica. A diferença é que, no primeiro, os
ímpios são enclausurados não necessariamente em penitenciárias: seu claustro
é a solidão, o isolamento, o desdém e a hostilidade todos os dias renovados
da opinião pública, o não-reconhecimento.

Um fenômeno interessante que está a ocorrer hoje nos Estados Unidos: muitos
executivos, daqueles que trabalham o dia todo para enriquecer, que fazem do
objetivo da corporação o objetivo da sua vida, estão abrindo mão da riqueza
e do status, escolhendo empregos com menor remuneração (o que a mediocridade
abastada chama de "empreguinhos") mas que, no entanto, "absorvem" menos a
personalidade e garantem mais tempo livre para que possam se dedicar à arte,
à literatura, à filosofia, aos amigos, etc. Isso só pode acontecer num
contexto de muita riqueza acumulada e... democracia.

Somente a democracia pode garantir uma combinação ótima entre essas duas
variáveis: eficiência e justiça; e entre essas duas outras: liberdade e
igualdade. Somente a democracia pode estender a todos os benefícios da
civilização. Num mercado sem democracia, o homem se transforma em mercadoria
entre outras, num "objeto" a mercê das leis da oferta e da procura. Por
isso, temos que nos esforçar mais para que sejam aperfeiçoadas as
instituições democráticas de governo.

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: RES: RES: [ciencialist] Liberalismo
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/01/2002 18:53

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@uol.com.br> wrote:

>Enquanto os colectivistas se preocupam em usar os recursos do
>estado para dar aos pobres, os liberais limitam-se a pedir que
> determinadas regras de justiça sejam cumpridas

Oi listeiros

Noto que neste tema existe uma confusão tremenda. Manuel Bulcão é quem tem
feito um grande esforço para discriminar o tema. A confusão é grossa e, por
isso, o caos sobre o tema não esclarece quase nada.

Surgiu o tema do liberalismo. Acontece que a palavra é uma verdadeira caixa
de Pandora. No entanto a associação mais próxima com a palavra liberalismo é
a ideia de liberalismo econômico. De fato, as pessoas discutem
constantemente a intervenção do Estado, pagamento de impostos, corrupção
financeira, etc.

Outros trazem o tema especialmente para o terreno da liberdade como ideia.
Acontece que, ao discutir o liberalismo econômico, estão discutindo o tema
da liberdade associado ao da economia ou mais precisamente ao do mercado. Eu
pergunto se não se podia ser mais claro. Porque uma coisa é o conceito de
liberdade individualmente considerado. Quando a gente associa a outro
conceito, deve também aclarar o segundo conceito. Quase sempre um exerce uma
função substantiva e outro adjetiva. Se a gente não esclarece, é pura
confusão, que serve muito pouco.

Que acontece se associamos o conceito de liberdade ao de trabalho? A Marx
lhe ocorreu associar a ideia de capital a trabalho. Hoje em dia se sabe que
esta associação é arbitraria. É uma simples relação de poder. Quem tem
capital tem poder e faz o que o poder lhe permite, como por exemplo,
corromper o valor do trabalho. O marxismo pode ser um instrumento de
análise, mas não supõe nenhuma ética e cada um trata de demonstrar que o
está aplicando, mas a perversão e a corrupção pode correr solta.

Outra coisa. Falam em coletivismo. Este termo não expressa mais que uma
ideia. Não existe coletivismo em nossa cultura, nem nunca existiu. O que
existiu foi um capitalismo de Estado que funcionou na ex-União Soviética.
Coletivismo é propriedade de todos. Dizer que o Estado é a representação de
todos é só uma pretenção romântica. Sempre foi o exercicio do poder de
alguns que sempre submeteram outros. A liberdade, neste caso só é um sonho.
A psicanálise diz que não há sonho verdadeiramente bom. Todos deveriam
chamar-se de pesadelos.

Quem tem aptidão para fazer coisas e não pode realizar e fica impedido de
ganhar seu sustento, não tem liberdade. Porque será que as pessoas só
associam liberdade a dinheiro, em todas as suas formas? Só porque quem o tem
decidiu impôr a associação. Quem associa liberdade a trabalho, a educação,
passa a ser olhado com certa desconfiança. Outra questão seria também
associar liberdade a direito. Como se poderia ponderar?

Para resumir, creio que a ideia da liberdade pura parece não funcionar. Como
principio é ético. Por outro lado, onde ha poder é facil encontrar
corrupção. E que vai ser da liberdade? Houve quem disse que todo poder
corrompe e um poder absoluto corrompe absolutamente.

O que sobra para a liberdade?
[]s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar






SUBJECT: Ceticismo? Eheh!
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/01/2002 20:09


CHARLATANISMO EM XEQUE
Ceticismo em excesso
é uma forma de crendice
Ulisses Capozoli*

Na edição de 9 de janeiro, Veja festejou nas páginas amarelas, dedicadas a
entrevistas, o psicólogo norte-americano Michael Shermer, identificado como
um defensor do "pensamento científico" e um combatente de "superstições,
crendices e mitos". Diretor da Sociedade dos Céticos, Shermer, que
ultimamente escreve uma coluna na revista Scientific American, tem, entre
seus livros, Fronteiras da Ciência: Onde o que faz e o que não faz sentido
se encontram. Segundo o texto de Veja, "quando não está debatendo com
crédulos de todos os matizes, ou escrevendo livros", Sherman diverte-se como
os outros mortais em atividades como pedalar numa corrida de bicicleta que
cruza os Estados Unidos.

Não é a primeira e, certamente, não será a última, que alguém aparece com
uma receita bem comportada para dizer o que está certo e o que está errado
no mundo da ciência. O surpreendente é que as pessoas continuem acreditando
que seja possível fazer isso com a facilidade pretendida, mesmo depois de
tantos absurdos ditos em nome da ciência.
Cientistas bem humorados criaram o Prêmio Ignobel para refutar idéias tolas,
apresentadas por pesquisadores científicos, baseada em metodologia
científica, mas que não passam de puro absurdo. A razão disso é que a
ciência é uma atividade humana e não supra-humana como um ceticismo rasteiro
sugere. Por isso mesmo, em última instância, não há garantia de nada, apesar
de todo o esforço para se garantir do erro.

Em 1994, o jornalista francês Jean-Pierre Lentin escreveu um livro (Je pense
donc je me trompe) que não mereceu, na imprensa, o mesmo destaque dado à
cruzada de Shermer. A razão para isso é, aparentemente, simples. Boa parte
dos jornalistas cultiva uma arrogância acima do tolerável para disfarçar uma
formação abaixo do aceitável. É essa carência de formação que os leva a
defender posições como a que chamam de ceticismo quando seria necessário,
antes de qualquer coisa, esclarecer do que exatamente está se falando. Em
resumo, por trás disso, há uma visão reducionista do mundo e uma pretensão
tola de ser o dono da verdade.

Charlatanismo

Antes que algum apressado conclua que fazer estas observações equivale a
defender astrologia ou ufologia como atividades dignas de preocupação
científica, é preciso dizer que charlatanismo é o que não falta no mundo.
Mas o problema maior é esse: nem mesmo a ciência está livre dessa praga. E
um tipo bem pouco disfarçado de charlatanismo é levar as pessoas a acreditar
que, em ciência, (ou fora dela) se possa fazer uma distinção tão cristalina
entre o que é e o que não é. Se isso fosse possível, ao menos em princípio,
um único sujeito objetivo teria como fazer uma descrição definitiva do
mundo. O que conhecemos como sendo o mundo é resultado da interpretação
humana, uma tarefa que não cessa e transforma a própria ciência. É da
interpretação incessante que vem a idéia de "progresso" em ciência, e não de
uma instância sobre-humana, como defende um internalismo superado.

Para voltar ao livro de Lentin, certamente vale a pena reproduzir alguns
exemplos do que a edição brasileira (Penso logo me engano) acrescentou como
subtítulo: breve história do besteirol científico. A começar por alguns
casos que Lentin não colecionou.

Foi o que aconteceu com monsieur Lavoisier que, numa reunião, em 15 de abril
de 1769, na Academia de Ciências da França, sustentou, referindo-se aos
meteoritos, que "pedras que caem do céu não existem". Como resultado do que
Lavoisier classificou de "crendice", "mito", ou pura "ignorância humana", o
mineralogista austríaco Ignaz von Born, ao assumir o cargo de conservador da
coleção imperial de Viena, retirou de lá todos os meteoritos. Na visão de
Lavoisier e seu discípulo, exemplos de céticos irredutíveis, um corpo tão
metálico quando o Bendengó, o mais famoso meteorito encontrado no Brasil
(junto ao rio Vaza Barris, em Canudos), não passaria de ignorância popular.

Outro exemplo do discernimento dos chamados "céticos", levou, em 1912, a uma
condenação praticamente unânime o meteorologista alemão Alfred Wegener
(1880-1930) quando ele propôs que a superfície da Terra está quebrada em
placas e elas se movimentam, umas em relação a outras, gerando, entre outros
fenômenos, sismos e vulcanismo. Os céticos preferiam um mundo bem sólido e
imóvel sob seus pés, mas tiveram que se render, definitivamente, no começo
dos anos 60, quando a teoria se mostrou acertada. Até então Wegener fora
chamado especialmente de "charlatão".

Em 1654, o bispo irlandês James Ussher publicou um trabalho sustentando que
o mundo fora criado no dia 26 de outubro de 4004 antes de Cristo, exatamente
às 9 horas da manhã. Fazer ciência baseada na Bíblia nunca foi uma receita
confiável. Mas o surpreendente é que, como mostra Lentin, houve
controvérsia. O grande Johannes Kepler (1572-1630), por exemplo, preferiu o
27 de abril de 4977 antes de Cristo. Já o astrônomo polonês Johannes
Hevelius (1611-1687), um dos grandes nomes do século 17, ficou com o 24 de
abril de 3963 antes de Cristo, às 18 horas.

E mesmo Kepler não escapou de críticas, exatamente quando estava na direção
que se mostrou acertada. Ao falar de forças agindo à distância, referindo-se
ao que Newton chamou de gravitação universal, Kepler recebeu um sorriso de
desdém de outro gigante: Galileu Galilei (1564-1642). Para Galileu, forças
agindo à distância eram uma herança da magia, algo que não combinava com os
novos tempos. E também Galilei, como é do conhecimento geral, foi combatido.
Christophorus Clavius (1537-1612) encarregado pelo papa Gregório XIII da
reforma do calendário, este mesmo calendário que ainda hoje continua em
vigor, assegurou que as irregularidades observadas por Galilei na superfície
da Lua não eram outra coisa senão ilusão de óptica. Como bom cético, Clavius
sustentou que a Lua estava encoberta por uma camada transparente que a fazia
tão lisa como uma bola de bilhar.

Os casos de disparates e trapaças cometidos em nome da ciência vão longe e
incluem tanto nomes controvertidos, como Auguste Comte e Denissovith
Lyssenko, quanto figuras consagradas, caso de John Dalton, Gregor Mendel e
Robert Millikan, sem falar de embusteiros como o parapsicólogo inglês Samuel
G. Soal.

Para encerrar por aqui a história, essa foi a razão pela qual a obra de
Nicolau Copérnico (1473-1543) só saiu como autor em seu leito de morte.
Copérnico temia os céticos de seu tempo. E eles teriam, naquela momento, um
argumento aparentemente muito sólido para brandir aos olhos de seus
interlocutores: "Vocês não estão vendo que de manhã o Sol está baixo no
horizonte Leste, ao meio-dia está alto no céu e, ao final da tarde,
novamente baixo no horizonte Oeste? Então, que idéia mais idiota esta, de
que é a Terra que gira em torno do Sol?"
Brasil na Antártida

Jornalistas convidados pela Secretaria da Convenção Interministerial para os
Recursos do Mar (Secirm) para visitar as instalações do Brasil na Antártida
quase sempre voltam de lá deslumbrados. O resultado disso são textos que
apenas repetem o que ouviram, sem nenhum conteúdo crítico. Cláudio Angelo,
da Folha de S. Paulo, (Caderno Mais, 13/01, págs. 5/11) mostrou um outro
lado do que viu: ou o Brasil muda o rumo dos trabalhos que faz no continente
(na verdade continuamos com uma base numa ilha, a Rei George, nas Shetland
do Sul), ou mesmo o que já se fez fica comprometido.

No Brasil, como acontece desde a chegada da corte portuguesa, em 1808, que
autorizou, depois de mais de 300 anos de veto, a pesquisa científica, o
improviso ainda está na base das decisões. Para ter voto como membro
consultivo do Tratado Antártico, reaberto em 1991, o Brasil comprou um navio
polar usado, o Barão de Teffé, e o governo justificou para a sociedade que
estava em busca de alimentos (krill, pequeno crustáceo) nas águas geladas do
Sul. Até hoje o país não tem uma base continental, ao contrário da Argentina
e do Chile, e nem mesmo um quebra-gelos, que permitiria o aprofundamento das
pesquisas. O resultado disso é o apontado por Angelo: ou avançamos ou nem
ficamos estacionados, mas recuamos.
Pesquisadores estrangeiros

O Estado de S. Paulo, com seu jornalismo de bajulação ao governo FHC, não
perde nenhuma oportunidade de elogiar como se essa fosse a solução para os
problemas. "Os pesquisadores que o Brasil conquistou" (OESP, 13/01,pág. A
14) vai nesta linha. Matéria mostra que Brasil atrai pelo menos 2.105
cientistas estrangeiros. Em primeiro lugar estão os argentinos, por razões
óbvias e que não são exatamente novas. Um trabalho deste tipo, para ser
representativo, precisaria citar, entre outros dados, quantos brasileiros
estão fora e o que os levou a sair daqui. O Brasil forma, atualmente, quase
6 mil doutores/ano e o problema é que eles não têm emprego aqui.

Heisenberg sem remorso

Material produzido pelo New York Times com base em noticiário do The Times,
inglês, e reproduzido pelos jornais brasileiros joga alguma luz sobre o
famoso encontro entre o físico alemão Werner Heisenberg e o físico
dinamarquês Nils Bohr, em setembro de 1941. Mas a reunião que separou os
dois físicos, ambos premiados com o Nobel, ainda é um dos mistérios do
universo da ciência. Segundo o relato do The Times, tendo como fonte Finn
Aaserud, diretor do Arquivo Nils Bohr, de Copenhague, Heisenberg, ao
contrário do que diz a versão clássica, não teria tido nenhuma intenção de
sabotar uma bomba atômica nazista. O temor de que a Alemanha nazista
construísse a bomba levou o físico de origem alemã, Albert Einstein, a
recomendar ao governo dos Estados Unidos que desenvolvesse a arma.

* Ulisses Capozoli, jornalista especializado em divulgação científica é
mestre e doutorando em ciências pela USP e presidente da Associação
Brasileira de Jornalismo científico (ABJC)



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ceticismo? Eheh!
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/01/2002 00:03

----- Original Message -----
From: "Manuel Bulcão"
Sent: Wednesday, January 16, 2002 8:09 PM
Subject: [ciencialist] Ceticismo? Eheh!


> CHARLATANISMO EM XEQUE
> Ceticismo em excesso
> é uma forma de crendice
> Ulisses Capozoli*

> Na edição de 9 de janeiro..., etc etc etc

Assino embaixo.

> * Ulisses Capozoli, jornalista especializado em divulgação científica é
> mestre e doutorando em ciências pela USP e presidente da Associação
> Brasileira de Jornalismo científico (ABJC)

Parabéns ao Manuel pela descoberta do artigo.
Parabéns ao Capozoli pelo artigo.
Parabéns ao jornalismo nacional por demonstrar que ainda tem jornalistas que
pensam.
Parabéns a minha querida USP por ainda produzir homens que entendem de
ciência, numa época em que a ciência internacional está em franca crise de
criatividade e bom senso.

E Parabéns à ciencialist por dar respaldo a divulgação de artigos como este.

E se alguém não gostou: "Pode vir quente que eu estou fervendo."

[ ]'s
Alberto
Espaço Científico Cultural
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ceticismo? Eheh!
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/01/2002 09:12

On Wed, 16 Jan 2002, Manuel Bulcão wrote:
> CHARLATANISMO EM XEQUE
> Ceticismo em excesso
> é uma forma de crendice
> Ulisses Capozoli*
>
> Na edição de 9 de janeiro, Veja festejou nas páginas amarelas, dedicadas a
> entrevistas, o psicólogo norte-americano Michael Shermer, identificado como
> um defensor do "pensamento científico" e um combatente de "superstições,
> crendices e mitos". [ ... ]

Este artigo mais parece agressão gratuita contra a Veja. Não importa o que
eles publiquem o Observatório da Imprensa sempre desce o sarrafo.

Não tenho nada contra o Capozoli, ou contra o OI, ou contra seu artigo.
Também não tenho nada a favor da Veja, muito pelo contrário, mas este tipo
de comportamento está se tornando evidente.

É Veja? Então é ruim. É SuperInteressante? É ruim...

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
One Ring to rule them all



SUBJECT: Re: Ceticismo? Eheh!
FROM: Roberto Belisario <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/01/2002 09:54


Oi. O primeiro parágrafo do texto do Ulisses, criticando o entrevistado da
Veja (em princípio o entrevistado, não a revista!), é apenas uma "chamada"
para dissertar sobre o assunto. Coisa de jornalista: tem sempre que haver
um motivo atual para se falar sobre qualquer coisa... O restante do texto
claramente não se refere exclusivamente à Veja ou ao próprio entrevistado,
mas à abordagem geral que se costuma fazer sobre a ciência em todas as
esferas (a primeira parte do texto).

Quanto à Veja e a Super "sempre serem ruins", (1) por que será...? :) (2)
São as mais lidas, logo é natural que sejam as mais criticadas; além disso,
o Observatório da Imprensa dificilmente elogia alguém (isso, sim, algo
digno de crítica - é interessante dizer também o que está certo, não só o
que está errado); logo, se Veja e Super são as mais comentadas por serem as
mais lidas, então são as mais criticadas; (3) Veja e Super estão
longíssimas de serem as únicas: fala-se no OI horrores contra a Folha de S.
Paulo, a Rede Globo, etc... (aliás, os caras tiveram que sair do Uol por
conta de um desses episódios), e às vezes de forma também meio gratuita;
(4) Não concordo que o OI critique a Superinteressante a ponto de se
justificar um "esse comportamento já está se tornando evidente". A Super em
geral é abordada na seção Ofjor Ciência (e quando é, em geral são
abordagens bem sustentadas, longe de serem gratuitas), que, aliás, tem
quase apenas artigos assinados por colaboradores (leitores) do OI, não
pelos seus editores e redatores (claro que o pensamento dos leitores tem a
ver com o do OI - uma vez que esses leitores são gente que se sente atraída
pela abordagem do OI - mas só indiretamente). Ulisses Capozoli, por
exemplo, que eu saiba, não percente aos quadros do OI, é colaborador.

Até,
Belisário

At 09:12 17/01/02 -0200, you wrote:
>On Wed, 16 Jan 2002, Manuel Bulcão wrote:
>> CHARLATANISMO EM XEQUE
>> Ceticismo em excesso
>> é uma forma de crendice
>> Ulisses Capozoli*
>>
>> Na edição de 9 de janeiro, Veja festejou nas páginas amarelas, dedicadas a
>> entrevistas, o psicólogo norte-americano Michael Shermer, identificado como
>> um defensor do "pensamento científico" e um combatente de "superstições,
>> crendices e mitos". [ ... ]
>
>Este artigo mais parece agressão gratuita contra a Veja. Não importa o que
>eles publiquem o Observatório da Imprensa sempre desce o sarrafo.
>
>Não tenho nada contra o Capozoli, ou contra o OI, ou contra seu artigo.
>Também não tenho nada a favor da Veja, muito pelo contrário, mas este tipo
>de comportamento está se tornando evidente.
>
>É Veja? Então é ruim. É SuperInteressante? É ruim...
>
>[]s
>TARCISIO BORGES
>tbs97@fisica.ufpr.br
>Seja responsável, vote nulo.
>One Ring to rule them all



SUBJECT: Re: Ceticismo? Eheh!
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/01/2002 10:29

Bem, nao falarei em nome do OI,
mas me permitam fazer alguma defesa.

Certa vez, Alberto Dines disse algo sobre isso.
Mas ele falava em patologias, para poder melhorar
e' preciso saber o q esta' ruim:

"Estamos inaugurando um programa de treinamento inédito mas não
podemos perder de vista que, assim como nos estudos de medicina,
temos que começar pela patologia. Sem o conhecimento das disfunções
não se pode pensar em desenvolver novas funções. Para aprendermos a
fazer as coisas bem feitas é indispensável prestar atenção no que é
mal feito. O acerto não é abstrato, é relativo ao erro."
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/ofjor/aula.html#dines

Claro, e' de se perguntar se ja' nao
passamos da fase da patologia... Eu
nao sei. Mas nota-se alguns ensaios
em outras direcoes. Porem ha' q. se
reconhecer: nossa midia e' muito ruim.
(Nao q. as outras sejam muito melhores
e nao q. nao esteja melhor do q. ja'
foi.)

Ruim porq:

*Particularmente na cobertura de
assuntos relacionados a Ciencia e
Tecnologia, os jornalistas de modo
geral parecem despreparados.

*Ha' uma clara tendencia ao q.
causa sensacao, ainda q. isso
seja obtido `as custas da clareza
e precisao.

*Os assuntos sao abordados
superficialmente: seja por
questao de tempo, seja por
questao de espaco. (Poderia
se discurtir se uma reflexao
sobre os acontecimentos seria
o papel da midia, mas ainda
q. nao seja um papel primordial,
o espaco e' escasso. Claro q.
problemas culturais do pais
tornam as coisas mais dificeis e
seria injusto cobrar das empresas
de comunicacao o suprimento dessa
carencia.)

*Reiterada vezes ha' a quebra
da chamada imparcialidade
jornalistica. Interesses economicos,
politicos e ideologicos acabam
comprometendo a apresentacao
isenta dos fatos. Os principais
veiculos adotam praticamente uma
mesma linha, o q. agrava o problema.
O Estadao apesar de tudo tem a
vantagem de ser um veiculo declarada-
mente conservador.

A equipe do OI pode ser conferida em:

http://www.observatoriodaimprensa.com.br/equipe.htm

As minhas criticas `a SI e `a Galileu
nao sao gratuitas -- nao sei se sao
embasadas, mas nao sao gratuitas.

Em relacao ao artigo do Capozoli,
eu particularmente discordo de
algumas coisas. Sim, acho q. o
ceticismo *em excesso* seja improdutivo.
Mas o texto dele da' a impressao de
q. haja um ceticismo excessivo na
imprensa brasileira e q. haja um
movimento pregando tal exagero.
Nao sou advogado de Shermer e cia,
mas parece q. o diagnostico e' a
*falta* de ceticismo (qdo nao a
sua ausencia). Dados de opiniao
publica -- alem de uma observacao
do quadro da midia brasileira e
estadunidense (nao sei como vao
as coisas na Europa, Asia, Africa
e Oceania) -- dao uma indicacao
disso. (A proporcao de americanos
q. acreditam em discos-voadores,
poderes paranormais, assombracoes
e' bastante gde e tem aumentado na
ultima decada aparentemente. O espaco
cedido pela midia a charlataes de
todo tipo e' notorio -- embora nao
sei se existem dados quantitativos
sobre isso. Claro q. ainda ha' q. se
perguntar se ha' uma ligacao entre
uma e outra, se ha' uma relacao de
causa e efeito.)

A inversao, por exemplo, q. Capozoli
faz da questao da Inquisicao -- os
inquisidores como ceticos, nao parece
ser algo justo.

Ha' ainda o problema das multiplas
definicoes de ceticismo. O ceticismo
filosofico de Pirro, nao e' mesmo
muito produtivo.

Sim, o excesso de ceticismo (e de
qq coisa) e' ruim. Mas parece ser
um discurso sobre o mal da obesidade
para os etiopes... (Nao resisti a
uma frase de [d]efeito.)

(Qdo alguem reclama da falta de
tempero na salada, nao se espera
q. essa pessoa deseje uma tonelada
de sal em sua alface...)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RES: RES: RES: [ciencialist] Liberalismo
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/01/2002 10:32

Só pra registrar. Não fui eu quem disse isso não...

***

Acho que o Marco Aurélio fez uma inferência interessante.
Os conceitos se confundem e se antagonizam. Liberalismo
econômico, liberdade e libertinagem são coisas relativamente
distintas.

[]'s

Alexandre Medeiros


> -----Mensagem original-----
> De: Marco Aurelio [mailto:clave@speedy.com.ar]
> Enviada em: Quarta-feira, 16 de Janeiro de 2002 09:53
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Assunto: Re: RES: RES: [ciencialist] Liberalismo
>
>
> In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Medeiros, Alexandre
> Pimentel Cabral de"
> <alxmpub@uol.com.br> wrote:
>
> >Enquanto os colectivistas se preocupam em usar os recursos do
> >estado para dar aos pobres, os liberais limitam-se a pedir que
> > determinadas regras de justiça sejam cumpridas
>
> Oi listeiros
>
> Noto que neste tema existe uma confusão tremenda. Manuel
> Bulcão é quem tem
> feito um grande esforço para discriminar o tema. A confusão é
> grossa e, por
> isso, o caos sobre o tema não esclarece quase nada.
>
> Surgiu o tema do liberalismo. Acontece que a palavra é uma
> verdadeira caixa
> de Pandora. No entanto a associação mais próxima com a
> palavra liberalismo é
> a ideia de liberalismo econômico. De fato, as pessoas discutem
> constantemente a intervenção do Estado, pagamento de
> impostos, corrupção
> financeira, etc.
>
> Outros trazem o tema especialmente para o terreno da
> liberdade como ideia.
> Acontece que, ao discutir o liberalismo econômico, estão
> discutindo o tema
> da liberdade associado ao da economia ou mais precisamente ao
> do mercado. Eu
> pergunto se não se podia ser mais claro. Porque uma coisa é o
> conceito de
> liberdade individualmente considerado. Quando a gente associa a outro
> conceito, deve também aclarar o segundo conceito. Quase
> sempre um exerce uma
> função substantiva e outro adjetiva. Se a gente não esclarece, é pura
> confusão, que serve muito pouco.
>
> Que acontece se associamos o conceito de liberdade ao de
> trabalho? A Marx
> lhe ocorreu associar a ideia de capital a trabalho. Hoje em
> dia se sabe que
> esta associação é arbitraria. É uma simples relação de poder. Quem tem
> capital tem poder e faz o que o poder lhe permite, como por exemplo,
> corromper o valor do trabalho. O marxismo pode ser um instrumento de
> análise, mas não supõe nenhuma ética e cada um trata de
> demonstrar que o
> está aplicando, mas a perversão e a corrupção pode correr solta.
>
> Outra coisa. Falam em coletivismo. Este termo não expressa
> mais que uma
> ideia. Não existe coletivismo em nossa cultura, nem nunca
> existiu. O que
> existiu foi um capitalismo de Estado que funcionou na
> ex-União Soviética.
> Coletivismo é propriedade de todos. Dizer que o Estado é a
> representação de
> todos é só uma pretenção romântica. Sempre foi o exercicio do poder de
> alguns que sempre submeteram outros. A liberdade, neste caso
> só é um sonho.
> A psicanálise diz que não há sonho verdadeiramente bom. Todos deveriam
> chamar-se de pesadelos.
>
> Quem tem aptidão para fazer coisas e não pode realizar e fica
> impedido de
> ganhar seu sustento, não tem liberdade. Porque será que as pessoas só
> associam liberdade a dinheiro, em todas as suas formas? Só
> porque quem o tem
> decidiu impôr a associação. Quem associa liberdade a
> trabalho, a educação,
> passa a ser olhado com certa desconfiança. Outra questão seria também
> associar liberdade a direito. Como se poderia ponderar?
>
> Para resumir, creio que a ideia da liberdade pura parece não
> funcionar. Como
> principio é ético. Por outro lado, onde ha poder é facil encontrar
> corrupção. E que vai ser da liberdade? Houve quem disse que todo poder
> corrompe e um poder absoluto corrompe absolutamente.
>
> O que sobra para a liberdade?
> []s
>
> Marco A. Andrade
> clave@speedy.com.ar
>
>
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Ceticismo? Eheh!
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/01/2002 14:21

--- In ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
wrote:
> Assino embaixo.
> E se alguém não gostou: "Pode vir quente que eu estou fervendo."

Sera' q. eu consigo jogar agua
fria nessa fervura?

Capozoli escreveu la' pelas tantas:

> > A razão disso é que a ciência é
> > uma atividade humana e não supra-humana
> > como um ceticismo rasteiro sugere. Por
> > isso mesmo, em última instância, não há
> > garantia de nada, apesar de todo o
> > esforço para se garantir do erro.

Engracado q. ele utilize isso para argumentar
contra um ceticismo exagerado. Essa ideia q.
ele defende e' a propria base do ceticismo radical.
Quem mais cetico q. alguem q. diz q. nao
se pode obter conhecimento algum?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Liberalismo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/01/2002 14:43

--- In ciencialist@y..., "Marco Aurelio" <clave@s...> wrote:
> que este aforisma passa aser válido: "A verdade lhes fará livres".
>
> Eu me atrevo a propor que existe um grande parentesco entre o
> conceito de verdade e o de liberdade.

Tomo a liberdade de fazer uma provocacao
gratuita.

Consideremos fisico-matematicamente:

* a liberdade como a possibilidade de uma
variavel dada poder assumir qq valor
(quantitativo ou qualitativo);

* a verdade como a congruencia entre a
proposicao e um dado do mundo (fato);

* a informacao como o reverso da variacao
da entropia. Mais precisamente:
I = - deltaS / (k * ln 2)

Em q. I e' o valor da informacao em bit e
S e' a medida da entropia de um sistema.

Segue-se q. qto maior a informacao, menor
a entropia de um sistema e portanto menor
a incerteza sobre o sistema e menor o grau
de liberdade dos componentes desse sistema.

Sendo pela probabilidade bayesiana:

P(H) = E. P(H/dado)

Isto e', a probabilidade P da hipotese H
ser correta (isto e' verdadeira), depende
do numero de observacoes de dados congruentes
com a hipotese H. Ou seja, quanto mais dados
informativos tivermos, maior a probabilidade
da hipotese ser verdadeira. Isto e', qto
mais informacao, mais convergencia em direcao
'a verdade.

Posto q. qto mais informacao, menos liberdade e
qto mais informacao, mais proximo à verdade;
segue-se q. qto mais proximo 'a verdade, menos
liberdade. Isto e':

L = 1/P(V) - 1

Em q. P(V) e' a probabilidade de se conhecer a
verdade e L o grau de liberdade.

Um novo aforismo: "A verdade e' uma prisao" ou
"O ignorante e' livre". De forma mais construtiva:
"Por ignorar que era impossivel, foi la' e fez."

Nao adianta apelar para o Principio da Incerteza,
ela apenas limita a possibilidade de se conhecer o
sistema, nao contradiz a relacao.

(Como eu disse, apenas uma provocacao gratuita.
Quem disse q. nao se pode embromar com a linguagem
precisa da matematica?)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Flatulencia de refrigerante
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/01/2002 14:52

O 'assunto' não tem nada a ver, é segundo os jornalistas, a técnica para incentivar á leitura:-))

Quem quer participar ?

>Dúvida/Sugestão: Caro professor, não sou da área da física, sou advogado, mas tenho uma dúvida que não consigo resposta. É sobre o gás dos refrigerantes de garrafas PET. Gostaria de saber se ao fecharmos uma garrafa de refrigerante com aproximadamente metade do líquido e a apertarmos para diminuir a quantidade de ar que fica dentro dela (e também seu volume) poderemos evitar que o gás do líquido saia? Ou a pressão que o gás fará ao sair do líquido poderá fazer com que a garrafa tome sua forma original, aumentando seu volume e o gás saia do líquido da mesma forma? Desde já fico grato pela sua atenção. Um abraço, Alexandre Francisco<

>Caro Professor Luiz Ferraz
Eu procuro uma explicação para o funcionamento da ressonância que ocorre
em conchas, o barulho que ocorre quando colocamos estas em nossos ouvidos.
sem mais
obrigado
Robson Jaruzo<

[Quem se aventurar nessa resposta não esqueça do ruido Johnson e que o mesmo efeito se consegue com qualquer chícara de chá (e não necessariamente apenas com conchas). Léo]

>Sugestao:qual hipotesis voce me daria para \"o cheiro interfere com o sentido do gosto\"?<

Das 17 "cartinhas de hoje" essas 3 tiveram seu destaque.

[]'
Léo
=================





SUBJECT: RES: RES: [ciencialist] Liberalismo
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/01/2002 15:51

Putz! Por favor, alguém pode acabar com o
sofrimento do Takata?

(brincadeirinha...)

:-)

Alexandre Medeiros

> -----Mensagem original-----
> De: rmtakata [mailto:rmtakata@altavista.net]
> Enviada em: Quinta-feira, 17 de Janeiro de 2002 05:43
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Assunto: Re: RES: [ciencialist] Liberalismo
>
>
> --- In ciencialist@y..., "Marco Aurelio" <clave@s...> wrote:
> > que este aforisma passa aser válido: "A verdade lhes fará livres".
> >
> > Eu me atrevo a propor que existe um grande parentesco entre o
> > conceito de verdade e o de liberdade.
>
> Tomo a liberdade de fazer uma provocacao
> gratuita.
>
> Consideremos fisico-matematicamente:
>
> * a liberdade como a possibilidade de uma
> variavel dada poder assumir qq valor
> (quantitativo ou qualitativo);
>
> * a verdade como a congruencia entre a
> proposicao e um dado do mundo (fato);
>
> * a informacao como o reverso da variacao
> da entropia. Mais precisamente:
> I = - deltaS / (k * ln 2)
>
> Em q. I e' o valor da informacao em bit e
> S e' a medida da entropia de um sistema.
>
> Segue-se q. qto maior a informacao, menor
> a entropia de um sistema e portanto menor
> a incerteza sobre o sistema e menor o grau
> de liberdade dos componentes desse sistema.
>
> Sendo pela probabilidade bayesiana:
>
> P(H) = E. P(H/dado)
>
> Isto e', a probabilidade P da hipotese H
> ser correta (isto e' verdadeira), depende
> do numero de observacoes de dados congruentes
> com a hipotese H. Ou seja, quanto mais dados
> informativos tivermos, maior a probabilidade
> da hipotese ser verdadeira. Isto e', qto
> mais informacao, mais convergencia em direcao
> 'a verdade.
>
> Posto q. qto mais informacao, menos liberdade e
> qto mais informacao, mais proximo à verdade;
> segue-se q. qto mais proximo 'a verdade, menos
> liberdade. Isto e':
>
> L = 1/P(V) - 1
>
> Em q. P(V) e' a probabilidade de se conhecer a
> verdade e L o grau de liberdade.
>
> Um novo aforismo: "A verdade e' uma prisao" ou
> "O ignorante e' livre". De forma mais construtiva:
> "Por ignorar que era impossivel, foi la' e fez."
>
> Nao adianta apelar para o Principio da Incerteza,
> ela apenas limita a possibilidade de se conhecer o
> sistema, nao contradiz a relacao.
>
> (Como eu disse, apenas uma provocacao gratuita.
> Quem disse q. nao se pode embromar com a linguagem
> precisa da matematica?)
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Flatulencia de refrigerante
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/01/2002 16:19



Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> O 'assunto' não tem nada a ver, é segundo os jornalistas, a técnica para incentivar á leitura:-))
>
> Quem quer participar ?
>
> >Dúvida/Sugestão: Caro professor, não sou da área da física, sou advogado, mas tenho uma dúvida que não consigo resposta. É sobre o gás dos refrigerantes de garrafas PET. Gostaria de saber se ao fecharmos uma garrafa de refrigerante com aproximadamente metade do líquido e a apertarmos para diminuir a quantidade de ar que fica dentro dela (e também seu volume) poderemos evitar que o gás do líquido saia? Ou a pressão que o gás fará ao sair do líquido poderá fazer com que a garrafa tome sua forma original, aumentando seu volume e o gás saia do líquido da mesma forma? Desde já fico grato pela sua atenção. Um abraço, Alexandre Francisco<

A solução consiste em aumentar a presão parcial de CO2. Para isso
é preciso apertar a garrafa quando ela está fecha. Se se apertar
a garrafa quando ela está aberta o pressão é a mesma. É claro
que o método de reduzir a quantidade de ar também funciona porque
a pressão aumenta mais rápido à medida que o CO2 se liberta do
líquido. Mas não é tão boa.

--
joão
http://www.nonio.com



SUBJECT: O Gato de Schrodinger (PPSD)
FROM: "Paulo Sergio Dias" <psdias@globo.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/01/2002 21:01

Amigos:

- Ha' muito tempo, li (em mais
de um lugar) aquela alegoria
proposta pelo fisico Schrodinger (?)
que narra a historia de um gato
preso em uma caixa, com uma fonte
radioativa e um gas venenoso.

No final da historia, nao se pode
definir o estado de vida ou morte
do gato, antes de se abrir a caixa
e examinar o que ha' la' dentro.

- Alguem poderia descrever essa alegoria
aqui na lista, e tecer comentarios a respeito
das suas implicacoes fisicas e filosoficas ?

Por exemplo, a ideia do Schrodinger, que afirma
que o gato nao esta' vivo nem morto, e' bem
aceita pelos cientistas, de modo geral, ou
ha' novos argumentos que derrubam a validade
das ideias por tras daquela alegoria ?

[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ceticismo? Eheh!
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/01/2002 01:10


----- Original Message -----
From: "rmtakata"
Sent: Thursday, January 17, 2002 2:21 PM
Subject: [ciencialist] Re: Ceticismo? Eheh!


> > Assino embaixo.
> > E se alguém não gostou: "Pode vir quente que eu estou fervendo."

> Sera' q. eu consigo jogar agua
> fria nessa fervura?

A fervura talvez tenha sido força de expressão e/ou utilizada para brincar
com os amigos céticos da ciencialist. ;-)

> Capozoli escreveu la' pelas tantas:

> > > A razão disso é que a ciência é
> > > uma atividade humana e não supra-humana
> > > como um ceticismo rasteiro sugere. Por
> > > isso mesmo, em última instância, não há
> > > garantia de nada, apesar de todo o
> > > esforço para se garantir do erro.

> Engracado q. ele utilize isso para argumentar
> contra um ceticismo exagerado. Essa ideia q.
> ele defende e' a propria base do ceticismo radical.
> Quem mais cetico q. alguem q. diz q. nao
> se pode obter conhecimento algum?

Pois eu vejo este parágrafo, escrito lá pelas tantas, sob um outro prisma.
Costumo dizer que "o cientista é aquele que duvida para acreditar". Em meio
à mensagem do Capozoli consigo visualizar algo desse tipo, ainda que ele não
tenha se manifestado exatamente dessa maneira. Sob esse prisma, não vejo
como imputar nenhum ceticismo inerente à mensagem do Capozoli. Por outro
lado, o cético de carteirinha é aquele que duvida única e exclusivamente
para ser chato, e isso parece-me estar implícito no conceito que o Capozoli
faz dos céticos que critica.

Sem dúvida, existe um ceticismo sadio, mas não é isso que costumo flagrar em
meio da maioria dos que fazem questão de se intitularem céticos. O ceticismo
que vejo por aí é exatamente do mesmo tipo do corinthianismo, do
flamenguismo, do cruzeirismo, do gremismo, ou seja, nada mais é senão um
clubismo a congregar indivíduos que têm *acrescentado* muito pouco à
ciência. E em termos de clubismo não há como defender Corinthians, Flamengo,
Cruzeiro, Grêmio, etc, pois todo o mundo está cansado de saber que o melhor
time de futebol é o São Paulo ;-))).

[ ]'s
Alberto
Espaço Científico Cultural
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ceticismo? Eheh!
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/01/2002 09:35

Olá,

Capozoli: A razão disso é que a ciência é uma atividade humana e não
supra-humana como um ceticismo rasteiro sugere. Por isso mesmo, em última
instância, não há garantia de nada, apesar de todo o esforço para se
garantir do erro.

Takata: Engracado q. ele utilize isso para argumentar contra um ceticismo
exagerado. Essa ideia q. ele defende e' a propria base do ceticismo
radical.Quem mais cetico q. alguem q. diz q. nao se pode obter conhecimento
algum?

Manuel: Neste ponto, concordo com o Takata. O Capozoli equivocou-se, creio,
ao considerar uma certa categoria de céticos como excessivamente céticos,
quando na verdade são apenas céticos pela metade, pois não são céticos com
relação aos princípios "filosóficos" (filosóficos, e não científicos, dado
que não podem ser falseados) que estabelecem o que é ciência ou não.

De fato, existe uma espécie de ceticismo que não passa de dogmatismo
negativo, dado que combate os dogmatismos com um dogma. Ora, o dogma se
combate com a dúvida e com o questionamento, e não com outro dogma.

Montaigne, o cético, certa vez sentenciou: "tudo é incerto". Pascal
questionou-o com esse raciocínio: "se tudo é incerto, então não é certo que
tudo é incerto." Ao ser cético com relação ao próprio ceticismo filosófico,
Pascal revelou-se um cético ainda mais radical.

André Comte-Sponville, um dos expoentes do ceticismo filosófico moderno,
escreveu que o princípio do ceticismo é "tudo é incerto, inclusive isso."

Se o cético não é cético frente a suas próprias idéias, então ele não é
cético, mas um sofista.

[]s
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ceticismo? Eheh!
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/01/2002 10:09

Oi, esqueci-me de comentar uma passagem do texto do Takata.

> Quem mais cetico q. alguem q. diz q. nao se pode obter conhecimento
> algum?

Manuel: A sentença "o conhecimento é impossível" já é um conhecimento, não?
Mas como pode ser, se todo conhecimento é impossível? Contradição.

O ceticismo postula que o conhecimento é duvidoso, e não que seja
impossível. Pois, mesmo que todo juízo acerca dos fatos sejam incertos, há
hipóteses menos incertas do que outras, sendo que algumas são "quase" certas
(o que não há é a certeza absoluta). Em última análise, é a experiência e a
observação a medida de incerteza de uma hipótese.

Uma hipótese pode passar ou não pelo crivo da experiência e da observação.
Se não passa, é falsa; se passa, é apenas provavelmente verdadeira e jamais
uma verdade indubitável, pois os resultados de um experimento ou de uma
observação dada podem não se repetir no futuro.

O problema, segundo D. Hume -- um cético, talvez o mais completo --, é que
os nosso próprios dados sensórios são enganosos e sujeitos a mais de uma
interpretação. Por isso, céticos, sejamos muito, muitíssimo cautelosos em
nossa cruzada contra as crendices.

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ceticismo? Eheh!
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/01/2002 10:51

Olá Mesquita!

Você escreveu:
>"o cientista é aquele que duvida para acreditar"...

Manuel: Concordo contigo. Ademais, quem não acredita em nada não é um
cético, mas um nihilista (com freqüência se confunde esses dois conceitos).

As idéias que defendo não são absolutamente certas. Por isso que "apenas"
CREIO nelas. Se fossem absolutamente certas, eu não "acreditaria": "teria
certeza". Toda crença pressupõe uma não-evidência das idéias em que se
acredita. "Credo quia absurdum". Veja como é interessante, o ceticismo, que
defende que todo conhecimento é duvidoso, não nega a crença, antes a
universaliza: "tudo é crença". O ceticismo apenas distingue duas espécies de
crença: as crenças que são racionalmente fundamentadas e as que não são. E o
ceticismo científico defende as do primeiro tipo, porque os céticos têm "fé"
na Razão. Como o Popper mesmo afirmou, ser racionalista ou não é uma escolha
moral, que depende da fé.

Não há como convencer um solipsista, por meio do argumento lógico ou da
experiência, de que existe uma realidade "objetiva" independente do ego do
solipsista (para este, tudo é um sonho). Se chuto-lhe a canela ou
escrevo-lhe uma carta, ele logo responde: "sonhei que você me chutou a
canela e que me escreveu uma carta." Em suma: ou se "crê" numa realidade
objetiva ou não se crê, eis a questão. Presumo que todos os seguidores do
ceticismo científico "acreditam", isto é, "crêem" (eles também têm uma
"crença") na existência de uma realidade independente do ego.

Viver é um jogo azar em que as cartas não estão marcadas. E nesse jogo todos
nós estamos a "apostar", todos nós, céticos ou não, somos movidos por uma
crença.

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Gato de Schrodinger (PPSD)
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/01/2002 12:02

O que se segue é o texto da Wikipedia sobre o Gato de Schrödinger,
traduzido por mim. Há úm parágrafo lá no fundo que não consigo
traduzir. (Joao)

O Gato de Schrödinger é uma experiência mental inventada por
Erwin Schrödinger que procura iilustrar a imcomplitude da
mecânica quântica.


O gato é colocado numa caixa selada. No interior da caixa existe
um dispositivo que contém um núcleo radioativo e um frasco de gás
venenoso. Quando o núcleo decai, emite uma partícula que acciona
o dispositivo, que parte o frasco e mata o gato. De acordo com a
mecânica quântica, o núcleo é descrito como uma mistura de
"núcleo decaído" e "núcleo de não decaído". No entanto, quando a
caixa é aberta o experimentador vê só um "gato morto/núcleo
decaído" ou um "núcleo não decaído/gato vivo." A questão é a de
saber quando é que o sistema deixa de ser uma mistura de estados
e se torna num ou noutro? O objectivo da experiência é ilustrar
que a mecânica quântica é incompleta se não existirem regras que
descrevam quando é que a função de onda colapsa e o gato se
torna morto ou vivo em vez de uma mistura de ambos.

Ao contrário da convicção popular, Schrödinger não pretendia
mostrar que existem gatos mortos/vivos; o que ele queria mostrar
é que a mecânica quântica é uma teoria incompleta.


Segundo a interpretaão de Copenhaga, um sistema deixa de ser uma
mistura de estados e passa a ser um único estado quando se dá uma
observação. Esta experiência ilustra que não é claro qual é o
momento exacto da observação. Poder-se-ia argumentar a posição
absurda de que enquanto a caixa está fechada, o sistema é uma
sobreposição de estados "gato morto/núcleo decaído" e "gato
vivo/núcleo não decaído" e só quando a caixa é aberta e se dá uma
observação é que a função de onda colapsa num dos dois estados.
Isto é absurdo, e intuitivamente pensar-se-ia que a "observação"
se dá quando uma partícula do núcleo bate no detetor. No entanto
(e isto é a ideia crucial da experiência), nao há qualquer regra
para escolher entre as duas hipóteses, e a mecânica quântica é
incompleta sem explicações para a existência de tais regras.


Curiosamente, estas ideias têm algum interesse prático, já que
podem ser aplicadas à [[criptografia quântica]]. É possível
emviar através de uma fibra ótica, luz que é uma mistura de
estados. Se for possível colocar uma escuta no meio do cabo que
intercepta a transmissão e a retransmite, é possível fazer uma
observação que faz com que a luz colapse num dos estados. Através
de uma análise estatística realizada na outra extremidade do
cabo, é possível determinar se a luz j´foi interceptada e
retransmitida ou não. Isto permite o desenvolvimento de sistemas
de comunicação que nao podem ser escutados sem sem que isso seja
detectado. Esta experiência (perfeitamente realizável) também
ilustra que a "observação" em mecânica quântica não tem nada a
ver com consciência, já que uma escuta perfeitamente automática
também afectará o sinal de foma detectável.


Não me senti competente para traduzir esta parte:

In the Everett many-worlds interpretation, which does not
single out observation as a special process, both states persist,
but decohere. When an observer opens the box, he becomes
entangled with the cat, so observer-states corresponding to the
cat being alive and dead are formed, and each can have no
interaction with the other.


Texto do projecto wikipedia (href=http://pt.wikipedia.com/);
Licença de utilização: GNU FDL
(http://www.wikipedia.com/wiki/GNU_Free_Documentation_License); Versão
original em português:
http://pt.wikipedia.com/wiki.cgi?


Paulo Sergio Dias wrote:
>
> Amigos:
>
> - Ha' muito tempo, li (em mais
> de um lugar) aquela alegoria
> proposta pelo fisico Schrodinger (?)
> que narra a historia de um gato
> preso em uma caixa, com uma fonte
> radioativa e um gas venenoso.
>
> No final da historia, nao se pode
> definir o estado de vida ou morte
> do gato, antes de se abrir a caixa
> e examinar o que ha' la' dentro.
>
> - Alguem poderia descrever essa alegoria
> aqui na lista, e tecer comentarios a respeito
> das suas implicacoes fisicas e filosoficas ?
>
> Por exemplo, a ideia do Schrodinger, que afirma
> que o gato nao esta' vivo nem morto, e' bem
> aceita pelos cientistas, de modo geral, ou
> ha' novos argumentos que derrubam a validade
> das ideias por tras daquela alegoria ?
>
> []'s
> Paulo Sérgio Dias
> psdias@globo.com
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ceticismo? Eheh!
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/01/2002 12:02

On Thu, 17 Jan 2002, rmtakata wrote:
> Em relacao ao artigo do Capozoli,
> eu particularmente discordo de
> algumas coisas. Sim, acho q. o
> ceticismo *em excesso* seja improdutivo.
> Mas o texto dele da' a impressao de
> q. haja um ceticismo excessivo na
> imprensa brasileira e q. haja um
> movimento pregando tal exagero.

Foi por isso e por outros pequenos detalhes que sempre vejo no OI que
mandei meu email. Aprecio o que vc escreve e o Ulisses também e vários
outros. Mas também tem vários outros que volta e meia pisam na bola em
algum ponto sem no entanto comprometer o texto de um modo em geral.
Concordo plenamente com seu email e abaixo a obesidade dos etíopes.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
One Ring to rule them all



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Gato de Schrodinger (PPSD)
FROM: Roberto Belisario <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/01/2002 13:07

At 14:02 18/01/02 +0000, you wrote:
>O que se segue é o texto da Wikipedia sobre o Gato de Schrödinger,
>traduzido por mim. Há úm parágrafo lá no fundo que não consigo
>traduzir. (Joao)

>Não me senti competente para traduzir esta parte:
>
>In the Everett many-worlds interpretation, which does not
>single out observation as a special process, both states persist,
>but decohere. When an observer opens the box, he becomes
>entangled with the cat, so observer-states corresponding to the
>cat being alive and dead are formed, and each can have no
>interaction with the other.

Arrisco uma tradução meio livre:

"Na interpretação dos muitos mundos [ou Interpretação dos Universos
Múltiplos], de Everett, que não elege a observação como um processo
especial, ambos os estados persistem, mas sofrem decoerência. Quando um
observador abre a caixa, ele passa a ficar emaranhado com o gato, e assim
são formados estados do observador correspondentes ao gato vivo e ao gato
morto, cada um deles não tendo interação com o outro."

Isso significa que, nessa interpretação de Everett, quando o observador
abre a caixa e vê o gato, forma-se um estado "emaranhado" (misturado
quanticamente) entre o gato e o observador. Ou seja, inicialmente, logo
depois que a caixa é aberta e o gato visto, o gato está num estado
misturado vivo-morto, e o estado do observador emaranhado com esse estado
do gato. Na verdade, a coisa seria melhor descrita como um emaranhamento
entre os dois estados seguintes: (1) "gato vivo + observador vendo gato
vivo"/(2)"gato morto + observador vendo gato morto". (O estado total não é
nenhum desses isoladamente, mas uma combinação dos dois.) Esse estado,
entretanto, sofre decoerência rapidamente (decoerência = processo pelo qual
o emaranhamento de desmancha, evoluindo para um dos estados 1 ou 2. Quando
maior a massa do sistema, mais rápido é o processo. Para objetos
macroscópicos, como o sistema gato-observador, é praticamente instantâneo.
Por isso não conseguimos observar a mistura quântica 1+2, somente um dos
estados 1 ou 2). Na interpretação comum, como dito no parênteses anterior,
a decoerência faria o estado evoluir para um dos dois estados: (1) "gato
vivo + observador vendo gato vivo" ou (2) "gato morto + observador vendo
gato morto". Na interpretação de Everett, porém, o universo sofre uma
bifurcação no início dessa evolução, de forma que em um "universo" a
situação evolui para o estado 1, e em outro para o estado 2. Os dois
"universos" coexistem em algum sentido da palavra "coexistir". Nós só
podemos observar um desses universos, e esses universos não interagem entre
si (e, se não interagem, um é inobservável a partir do outro). Por exemplo,
se abrimos a caixa e vemos o gato vivo, é que no "nosso ramo" do universo,
a coisa evoluiu para "gato vivo + observador vendo gato vivo". Trata-se de
uma interpretação epistemológica, que não proporciona resultados
quantitativos diferentes da Interpretação de Copenhague (a mais ortodoxa),
e sem possibilidade de refutação ou confirmação experimental.

Belisário



SUBJECT: O Gato de Schrodinger
FROM: Carlos Maçaranduba <soh_lamento@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/01/2002 14:13

aproveitando o momento ,uma dúvida que eu sempre
tive:

A limitação de não se puder prever a velocidade e a
posição do eletron ao mesmo tempo é uma limitação
apenas humana(ou seja ele está LÁ com sua velocidade x
mas nós nao podemos detectar ainda) ou NÃO EXISTE e
NUNCA EXISTIRÀ MEIO PELO QUAL PODEREMOS DETECTAR A
POSIÇÂO E A VELOCIDADE COM 100% DE CERTEZA???







Roberto Belisario <rbdiniz@terra.com.br> escreveu: >
At 14:02 18/01/02 +0000, you wrote:
> >O que se segue é o texto da Wikipedia sobre o Gato
> de Schrödinger,
> >traduzido por mim. Há úm parágrafo lá no fundo que
> não consigo
> >traduzir. (Joao)
>
> >Não me senti competente para traduzir esta parte:
> >
> >In the Everett many-worlds interpretation, which
> does not
> >single out observation as a special process, both
> states persist,
> >but decohere. When an observer opens the box, he
> becomes
> >entangled with the cat, so observer-states
> corresponding to the
> >cat being alive and dead are formed, and each can
> have no
> >interaction with the other.
>
> Arrisco uma tradução meio livre:
>
> "Na interpretação dos muitos mundos [ou
> Interpretação dos Universos
> Múltiplos], de Everett, que não elege a observação
> como um processo
> especial, ambos os estados persistem, mas sofrem
> decoerência. Quando um
> observador abre a caixa, ele passa a ficar
> emaranhado com o gato, e assim
> são formados estados do observador correspondentes
> ao gato vivo e ao gato
> morto, cada um deles não tendo interação com o
> outro."
>
> Isso significa que, nessa interpretação de Everett,
> quando o observador
> abre a caixa e vê o gato, forma-se um estado
> "emaranhado" (misturado
> quanticamente) entre o gato e o observador. Ou seja,
> inicialmente, logo
> depois que a caixa é aberta e o gato visto, o gato
> está num estado
> misturado vivo-morto, e o estado do observador
> emaranhado com esse estado
> do gato. Na verdade, a coisa seria melhor descrita
> como um emaranhamento
> entre os dois estados seguintes: (1) "gato vivo +
> observador vendo gato
> vivo"/(2)"gato morto + observador vendo gato morto".
> (O estado total não é
> nenhum desses isoladamente, mas uma combinação dos
> dois.) Esse estado,
> entretanto, sofre decoerência rapidamente
> (decoerência = processo pelo qual
> o emaranhamento de desmancha, evoluindo para um dos
> estados 1 ou 2. Quando
> maior a massa do sistema, mais rápido é o processo.
> Para objetos
> macroscópicos, como o sistema gato-observador, é
> praticamente instantâneo.
> Por isso não conseguimos observar a mistura quântica
> 1+2, somente um dos
> estados 1 ou 2). Na interpretação comum, como dito
> no parênteses anterior,
> a decoerência faria o estado evoluir para um dos
> dois estados: (1) "gato
> vivo + observador vendo gato vivo" ou (2) "gato
> morto + observador vendo
> gato morto". Na interpretação de Everett, porém, o
> universo sofre uma
> bifurcação no início dessa evolução, de forma que em
> um "universo" a
> situação evolui para o estado 1, e em outro para o
> estado 2. Os dois
> "universos" coexistem em algum sentido da palavra
> "coexistir". Nós só
> podemos observar um desses universos, e esses
> universos não interagem entre
> si (e, se não interagem, um é inobservável a partir
> do outro). Por exemplo,
> se abrimos a caixa e vemos o gato vivo, é que no
> "nosso ramo" do universo,
> a coisa evoluiu para "gato vivo + observador vendo
> gato vivo". Trata-se de
> uma interpretação epistemológica, que não
> proporciona resultados
> quantitativos diferentes da Interpretação de
> Copenhague (a mais ortodoxa),
> e sem possibilidade de refutação ou confirmação
> experimental.
>
> Belisário
>
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SUBJECT: Re: O Gato de Schrodinger (PPSD)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/01/2002 14:16

Eu ia ficar quieto por um tempo
depois da chamada do Medeiros,
mas fraquejo.

--- In ciencialist@y..., Roberto Belisario <rbdiniz@t...> wrote:
> estados 1 ou 2). Na interpretação comum, como dito no parênteses
> anterior, a decoerência faria o estado evoluir para um dos dois
> estados: (1) "gato vivo + observador vendo gato vivo" ou (2) "gato
> morto + observador vendo gato morto".

E por q. nao as possibilidades:

3) "gato vivo + observador vendo gato morto" e
4) "gato vivo + observador vendo gato vivo"?

Porq. todas as pessoas sofreriam um mesmo tipo de
descoerencia? Por causa do emaranhamento existente
entre os observadores? Mas ai' ja' nao existiria um
emaranhamento entre os observadores e a caixa fechada
e entre esta e seu conteúdo em seu interior?
(Bem, uma resposta parece ser q. as duas coisas são
corretas e por isso não existe um sistema gato
morto + gato vivo; ja' q. o gato tbm e' um sistema
macroscópico e serve apenas como uma ilustração
para o q. ocorreria em níveis microscópicos --
levando-nos a um beco sem-saída se tomarmos esse
experimento mental muito a sério).

Mas e os loucos? Sera' q. eles sofrem o tipo
incoerente de descoerência (tipo 3 e/ou 4)?

(Outra provocação gratuita. Perdões, Medeiros.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: O Gato de Schrodinger (PPSD)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/01/2002 14:18

--- In ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> wrote:
> E por q. nao as possibilidades:
>
> 3) "gato vivo + observador vendo gato morto" e
> 4) "gato vivo + observador vendo gato vivo"?

Correcao:

4) "gato morto + observador vendo gato vivo"

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: O Gato de Schrodinger
FROM: Roberto Belisario <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/01/2002 14:39


Oi. Da forma como está escrita hoje, a Mecânica Quântica diz que não
existe e nem nunca existirá meio pelo qual poderemos detectar a posição e a
velocidade *simultaneamente* com 100% de certeza (se as medidas da posição
e velocidade não forem simultâneas, podemos fazê-lo). Nisso consiste o
Princípio da Indeterminação (ou da Incerteza) de Heisenberg, em sua
formulação mais tradicional. Ou seja, trata-se de uma indeterminação
intrínseca da Natureza. Há tentativas de se "completar" a Mecânica
Quântica, de modo a fazer uma nova teoria em que isso não aconteça. Uma
delas são das Teorias das Variáveis Ocultas, das quais a mais notória é a
teoria de David Bohm. Albert Einstein também não aceitava essa
característica da Quântica, e são célebres as discussões que teve com Niels
Bohr por causa disso.

Até,
Belisário

P.S. - Mais tarde eu respondo o e-mail do Takata.

At 13:13 18/01/02 -0300, you wrote:
> aproveitando o momento ,uma dúvida que eu sempre
>tive:
>
>A limitação de não se puder prever a velocidade e a
>posição do eletron ao mesmo tempo é uma limitação
>apenas humana(ou seja ele está LÁ com sua velocidade x
>mas nós nao podemos detectar ainda) ou NÃO EXISTE e
>NUNCA EXISTIRÀ MEIO PELO QUAL PODEREMOS DETECTAR A
>POSIÇÂO E A VELOCIDADE COM 100% DE CERTEZA???
>
>
>
>
>
>
>
> Roberto Belisario <rbdiniz@terra.com.br> escreveu: >
>At 14:02 18/01/02 +0000, you wrote:
>> >O que se segue é o texto da Wikipedia sobre o Gato
>> de Schrödinger,
>> >traduzido por mim. Há úm parágrafo lá no fundo que
>> não consigo
>> >traduzir. (Joao)
>>
>> >Não me senti competente para traduzir esta parte:
>> >
>> >In the Everett many-worlds interpretation, which
>> does not
>> >single out observation as a special process, both
>> states persist,
>> >but decohere. When an observer opens the box, he
>> becomes
>> >entangled with the cat, so observer-states
>> corresponding to the
>> >cat being alive and dead are formed, and each can
>> have no
>> >interaction with the other.
>>
>> Arrisco uma tradução meio livre:
>>
>> "Na interpretação dos muitos mundos [ou
>> Interpretação dos Universos
>> Múltiplos], de Everett, que não elege a observação
>> como um processo
>> especial, ambos os estados persistem, mas sofrem
>> decoerência. Quando um
>> observador abre a caixa, ele passa a ficar
>> emaranhado com o gato, e assim
>> são formados estados do observador correspondentes
>> ao gato vivo e ao gato
>> morto, cada um deles não tendo interação com o
>> outro."
>>
>> Isso significa que, nessa interpretação de Everett,
>> quando o observador
>> abre a caixa e vê o gato, forma-se um estado
>> "emaranhado" (misturado
>> quanticamente) entre o gato e o observador. Ou seja,
>> inicialmente, logo
>> depois que a caixa é aberta e o gato visto, o gato
>> está num estado
>> misturado vivo-morto, e o estado do observador
>> emaranhado com esse estado
>> do gato. Na verdade, a coisa seria melhor descrita
>> como um emaranhamento
>> entre os dois estados seguintes: (1) "gato vivo +
>> observador vendo gato
>> vivo"/(2)"gato morto + observador vendo gato morto".
>> (O estado total não é
>> nenhum desses isoladamente, mas uma combinação dos
>> dois.) Esse estado,
>> entretanto, sofre decoerência rapidamente
>> (decoerência = processo pelo qual
>> o emaranhamento de desmancha, evoluindo para um dos
>> estados 1 ou 2. Quando
>> maior a massa do sistema, mais rápido é o processo.
>> Para objetos
>> macroscópicos, como o sistema gato-observador, é
>> praticamente instantâneo.
>> Por isso não conseguimos observar a mistura quântica
>> 1+2, somente um dos
>> estados 1 ou 2). Na interpretação comum, como dito
>> no parênteses anterior,
>> a decoerência faria o estado evoluir para um dos
>> dois estados: (1) "gato
>> vivo + observador vendo gato vivo" ou (2) "gato
>> morto + observador vendo
>> gato morto". Na interpretação de Everett, porém, o
>> universo sofre uma
>> bifurcação no início dessa evolução, de forma que em
>> um "universo" a
>> situação evolui para o estado 1, e em outro para o
>> estado 2. Os dois
>> "universos" coexistem em algum sentido da palavra
>> "coexistir". Nós só
>> podemos observar um desses universos, e esses
>> universos não interagem entre
>> si (e, se não interagem, um é inobservável a partir
>> do outro). Por exemplo,
>> se abrimos a caixa e vemos o gato vivo, é que no
>> "nosso ramo" do universo,
>> a coisa evoluiu para "gato vivo + observador vendo
>> gato vivo". Trata-se de
>> uma interpretação epistemológica, que não
>> proporciona resultados
>> quantitativos diferentes da Interpretação de
>> Copenhague (a mais ortodoxa),
>> e sem possibilidade de refutação ou confirmação
>> experimental.
>>
>> Belisário
>>
>>
>> &&& --- &&&
>> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>> http://www.ciencialist.hpg.com.br
>> Para sair da lista envie um mail para
>> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
>> &&& --- &&&
>>
>> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras
>> descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
>>
>>
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>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>Para sair da lista envie um mail para
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>
>Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
>http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O Gato de Schrodinger (PPSD)
FROM: Roberto Belisario <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/01/2002 14:55


Oi de novo. Indo por partes:

At 16:16 18/01/02 +0000, you wrote:
>Eu ia ficar quieto por um tempo
>depois da chamada do Medeiros,
>mas fraquejo.
>
>--- In ciencialist@y..., Roberto Belisario <rbdiniz@t...> wrote:
>> estados 1 ou 2). Na interpretação comum, como dito no parênteses
>> anterior, a decoerência faria o estado evoluir para um dos dois
>> estados: (1) "gato vivo + observador vendo gato vivo" ou (2) "gato
>> morto + observador vendo gato morto".
>
>E por q. nao as possibilidades:
>
>3) "gato vivo + observador vendo gato morto" e
>4) "gato vivo + observador vendo gato vivo"?

Por que "gato vivo + observador vendo gato morto" não faz sentido...
(Alguém poderia perguntar: e a mistura dos estados acaso faz sentido...?
Para a Mecânica Quântica, faz. Mas essas misturas 3 e 4, não).

>Porq. todas as pessoas sofreriam um mesmo tipo de
>descoerencia? Por causa do emaranhamento existente
>entre os observadores? Mas ai' ja' nao existiria um
>emaranhamento entre os observadores e a caixa fechada
>e entre esta e seu conteúdo em seu interior?
>(Bem, uma resposta parece ser q. as duas coisas são
>corretas e por isso não existe um sistema gato
>morto + gato vivo; ja' q. o gato tbm e' um sistema
>macroscópico e serve apenas como uma ilustração
>para o q. ocorreria em níveis microscópicos --
>levando-nos a um beco sem-saída se tomarmos esse
>experimento mental muito a sério).

Bom, a experiência de Schrödinger parte da seguinte situação: uma pessoa
abrindo uma caixa com um gato dentro. Então o estado emaranhado se dá entre
o gato e a pessoa (observador). Por que todas as pessoas sofrem a mesma
decoerência? Não sofrem precisamente a mesma, já que são pessoas diferentes
olhando caixas diferentes com gatos diferentes, mas a evolução
(decoerência) convergiria (caso essa interpretação seja realmente adequada)
rapidamente para um estado final que é indistinguível entre as diferentes
pessoas.

(E se for duas pessoas olhando a mesma caixa com o mesmo gato? Bom,
tentemos entender os exemplos mais simples ao invés de complicar de cara... :)

O emaranhamento entre dois sistemas aparece quando acontece uma interação
entre os dois sistemas. Se são sistemas totalmente isolados, não há
emaranhamento. Claro que, partindo do princípio de que tudo no mundo está
interagindo (se eu ando no chão, vibro o chão, que vibra a caixa, que vibra
o gato lá dentro...), então tudo está emaranhado em algum grau - mas só em
algum grau, e através de determinadas variáveis.

E, não, o experimento de Schrödinger não é só uma ilustração do que ocorre
no mundo subatômico - pelo menos em sua formulação original. Schrödinger
propôs isso em 1935 justamente com o intuito de mostrar o quão absurdas
seriam as previsões da Mecânica Quântica (apesar de ter proposto sua
equação fundamental, ele não acreditava nas suas conseqüências). Tentou
reduzir as previsões ao absurdo, transplantando-as ao mundo macroscópico.
Porém, o tiro saiu pela culatra: hoje, a interpretação comum da Quântica
aceita o gato de Schrödinger não como um paradoxo, mas como uma
conseqüência natural da Mecânica Quântica, que serve bem para tornar mais
claras várias de suas características. O problema é apenas compatibilizar
isso com o fato incontestável de que ninguém até hoje observou uma mistura
quântica gato vivo + gato morto. Por isso os esforços teóricos sobre a
decoerência, e tal. (E por que não se argumenta que essa incompatibilidade
entre a previsão da MQ e a observação não implica na falsidade da MQ?
Porque só se pode concluir isso depois que se eliminar todas as outras
alternativas, ou seja, depois que a tentativa teórica de compatibilizar as
duas coisas se provar vã).

>Mas e os loucos? Sera' q. eles sofrem o tipo
>incoerente de descoerência (tipo 3 e/ou 4)?

Sei lá... Tem gente que me chama de doido, mas juro que não sou um deles,
de modo que não posso saber o que se passa em seus cocurutos... :)

>(Outra provocação gratuita. Perdões, Medeiros.)
>
>[]s,
>
>Roberto Takata
>



SUBJECT: Re: O Gato de Schrodinger (PPSD)
FROM: Roberto Belisario <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/01/2002 14:59

At 11:55 18/01/02 -0600, you wrote:
>> -----Mensagem original-----
>> De: rmtakata [mailto:rmtakata@altavista.net]
>>
>> Eu ia ficar quieto por um tempo
>> depois da chamada do Medeiros,
>> mas fraquejo.
>
>Pelo amor dos deuses! Não tive intenção de censurá-lo! :-)
>
>> E por q. nao as possibilidades:
>>
>> 3) "gato vivo + observador vendo gato morto" e
>> 4) "gato vivo + observador vendo gato vivo"?
>>
>> Porq. todas as pessoas sofreriam um mesmo tipo de
>> descoerencia? Por causa do emaranhamento existente
>> entre os observadores? Mas ai' ja' nao existiria um
>> emaranhamento entre os observadores e a caixa fechada
>> e entre esta e seu conteúdo em seu interior?
>> (Bem, uma resposta parece ser q. as duas coisas são
>> corretas e por isso não existe um sistema gato
>> morto + gato vivo; ja' q. o gato tbm e' um sistema
>> macroscópico e serve apenas como uma ilustração
>> para o q. ocorreria em níveis microscópicos --
>> levando-nos a um beco sem-saída se tomarmos esse
>> experimento mental muito a sério).
>>
>> Mas e os loucos? Sera' q. eles sofrem o tipo
>> incoerente de descoerência (tipo 3 e/ou 4)?
>
>Se o Takata pode surtar de vez em quando
>então também posso...
>
>Não dá pra considerar a hipótese de observar
>o que acontece ao gato com a caixa aberta?

Mas é exatamente isso que acontece no caso do gato de Schrödinger...
abre-se a caixa e vê-se o gato lá dentro. A MQ prevê que o gato estará no
estado misto vivo + morto, mas o que se observa é gato vivo ou gato morto.
Daí as tentativas teóricas, como a história da decoerência, para
compatibilizar as duas coisas.

>Agora falando sério. A incerteza de um estado
>quântico têm a ver com a impossibilidade (ou
>melhor, improbabilidade) de se conhecer com
>exatidão o estado de um sistema no tempo futuro?

Em princípio, essa incerteza é tradiconalmente associada a uma imprecisão
no conhecimento do estado do sistema observado no instante presente. Mas a
resposta à sua pergunta é sim: se não podemos conhecer com total exatidão a
situação presente de um sistema, logo não podemos fazê-lo também com
relação ao futuro. A incerteza se propaga pelo tempo.

Inté,
Belisário



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Re: O Gato de Schrodinger
FROM: Roberto Belisario <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/01/2002 15:18

At 12:00 18/01/02 -0600, you wrote:
>> -----Mensagem original-----
>> De: Roberto Belisario [mailto:rbdiniz@terra.com.br]
>>
>> Oi. Da forma como está escrita hoje, a Mecânica
>> Quântica diz que não
>> existe e nem nunca existirá meio pelo qual poderemos detectar
>> a posição e a
>> velocidade *simultaneamente* com 100% de certeza (se as
>> medidas da posição
>> e velocidade não forem simultâneas, podemos fazê-lo). Nisso consiste o
>> Princípio da Indeterminação (ou da Incerteza) de Heisenberg, em sua
>> formulação mais tradicional.
>> Ou seja, trata-se de uma indeterminação
>> intrínseca da Natureza.
>
>Isto é o gerador de números aleatórios da natureza?
>
>Alexandre Medeiros

Sim, poderíamos interpretar como o único modo de gerar números realmente
aleatórios que existe...

Repare que isso vai contra a lei da causalidade em sua formulação "forte",
que diz que todo fenômeno tem uma causa que o precede (a formulação "fraca"
diz apenas que toda causa precede o efeito, quando há causa): se há uma
indeterminação, a resposta a "por que uma medida dá um resultado e não
outro" (ambos dentro do limite da indeterminação), é: "não há por quê". O
fenômeno: "deu esse resultado e não aquele" é um fenômeno sem causa.

Belisário



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O Gato de Schrodinger (PPSD)
FROM: Roberto Belisario <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/01/2002 15:26


Um P.S. - Bem entendido: tudo isso corresponde à chamada interpretação de
Copenhague da Mecânica Quântica, que, apesar de ser a mais aceita e a mais
estudada, e de ser a interpretação com que comumente se trabalha nos
livros-textos e nos artigos científicos em geral, não é uma unanimidade
total entre os físicos, como creio que deixei claro em um desses e-mails.
Aliás, em várias situações escolhe-se uma interpretação "híbrida", pegando
elementos de algumas delas. Por exemplo, em física das partículas, usa-se
elementos da interpretação dos muitos mundos de Everett - especificamente,
no chamado "cálculo de Feynmann", que é a formulação matemática mais usada
nessa área. Como a maior parte dessas interpretações são apenas
interpretações epistemológicas, não se pode decidir no laboratório qual é a
"correta", e sua conveniência dependerá apenas da sua adequação para a
descrição a cada problema. No caso do cálculo de Feynmann, foi conveniente
usar elementos da int. de Everett.

Algumas interpretações são de outro tipo, produzem previsões que podem ser
observadas em laboratório. As chamadas Teorias das Variáveis Ocultas
não-locais são uma classe destas. Estas foram descartadas pelos
experimentos de Alain Aspect, de 1981, baseados no famoso Teorema de Bell.
(A famosa teoria de David Bohm pertence à classe de Teorias das Variáveis
Ocultas locais, e não foi descartada pela experiência de Aspect,
continuando a ser uma alternativa real à Mecânica Quântica. Mas há muito
pouco estudo sobre ela).

Belisário

At 14:55 18/01/02 -0200, you wrote:
>
> Oi de novo. Indo por partes:
>
>At 16:16 18/01/02 +0000, you wrote:
>>Eu ia ficar quieto por um tempo
>>depois da chamada do Medeiros,
>>mas fraquejo.
>>
>>--- In ciencialist@y..., Roberto Belisario <rbdiniz@t...> wrote:
>>> estados 1 ou 2). Na interpretação comum, como dito no parênteses
>>> anterior, a decoerência faria o estado evoluir para um dos dois
>>> estados: (1) "gato vivo + observador vendo gato vivo" ou (2) "gato
>>> morto + observador vendo gato morto".
>>
>>E por q. nao as possibilidades:
>>
>>3) "gato vivo + observador vendo gato morto" e
>>4) "gato vivo + observador vendo gato vivo"?
>
> Por que "gato vivo + observador vendo gato morto" não faz sentido...
>(Alguém poderia perguntar: e a mistura dos estados acaso faz sentido...?
>Para a Mecânica Quântica, faz. Mas essas misturas 3 e 4, não).
>
>>Porq. todas as pessoas sofreriam um mesmo tipo de
>>descoerencia? Por causa do emaranhamento existente
>>entre os observadores? Mas ai' ja' nao existiria um
>>emaranhamento entre os observadores e a caixa fechada
>>e entre esta e seu conteúdo em seu interior?
>>(Bem, uma resposta parece ser q. as duas coisas são
>>corretas e por isso não existe um sistema gato
>>morto + gato vivo; ja' q. o gato tbm e' um sistema
>>macroscópico e serve apenas como uma ilustração
>>para o q. ocorreria em níveis microscópicos --
>>levando-nos a um beco sem-saída se tomarmos esse
>>experimento mental muito a sério).
>
> Bom, a experiência de Schrödinger parte da seguinte situação: uma pessoa
>abrindo uma caixa com um gato dentro. Então o estado emaranhado se dá entre
>o gato e a pessoa (observador). Por que todas as pessoas sofrem a mesma
>decoerência? Não sofrem precisamente a mesma, já que são pessoas diferentes
>olhando caixas diferentes com gatos diferentes, mas a evolução
>(decoerência) convergiria (caso essa interpretação seja realmente adequada)
>rapidamente para um estado final que é indistinguível entre as diferentes
>pessoas.
>
> (E se for duas pessoas olhando a mesma caixa com o mesmo gato? Bom,
>tentemos entender os exemplos mais simples ao invés de complicar de cara... :)
>
> O emaranhamento entre dois sistemas aparece quando acontece uma interação
>entre os dois sistemas. Se são sistemas totalmente isolados, não há
>emaranhamento. Claro que, partindo do princípio de que tudo no mundo está
>interagindo (se eu ando no chão, vibro o chão, que vibra a caixa, que vibra
>o gato lá dentro...), então tudo está emaranhado em algum grau - mas só em
>algum grau, e através de determinadas variáveis.
>
> E, não, o experimento de Schrödinger não é só uma ilustração do que ocorre
>no mundo subatômico - pelo menos em sua formulação original. Schrödinger
>propôs isso em 1935 justamente com o intuito de mostrar o quão absurdas
>seriam as previsões da Mecânica Quântica (apesar de ter proposto sua
>equação fundamental, ele não acreditava nas suas conseqüências). Tentou
>reduzir as previsões ao absurdo, transplantando-as ao mundo macroscópico.
>Porém, o tiro saiu pela culatra: hoje, a interpretação comum da Quântica
>aceita o gato de Schrödinger não como um paradoxo, mas como uma
>conseqüência natural da Mecânica Quântica, que serve bem para tornar mais
>claras várias de suas características. O problema é apenas compatibilizar
>isso com o fato incontestável de que ninguém até hoje observou uma mistura
>quântica gato vivo + gato morto. Por isso os esforços teóricos sobre a
>decoerência, e tal. (E por que não se argumenta que essa incompatibilidade
>entre a previsão da MQ e a observação não implica na falsidade da MQ?
>Porque só se pode concluir isso depois que se eliminar todas as outras
>alternativas, ou seja, depois que a tentativa teórica de compatibilizar as
>duas coisas se provar vã).
>
>>Mas e os loucos? Sera' q. eles sofrem o tipo
>>incoerente de descoerência (tipo 3 e/ou 4)?
>
> Sei lá... Tem gente que me chama de doido, mas juro que não sou um deles,
>de modo que não posso saber o que se passa em seus cocurutos... :)
>
>>(Outra provocação gratuita. Perdões, Medeiros.)
>>
>>[]s,
>>
>>Roberto Takata
>>
>
>
>&&& --- &&&
>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>Para sair da lista envie um mail para
>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
>&&& --- &&&
>
>Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
>http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: O Gato de Schrodinger (PPSD)
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/01/2002 15:55

> -----Mensagem original-----
> De: rmtakata [mailto:rmtakata@altavista.net]
>
> Eu ia ficar quieto por um tempo
> depois da chamada do Medeiros,
> mas fraquejo.

Pelo amor dos deuses! Não tive intenção de censurá-lo! :-)

> E por q. nao as possibilidades:
>
> 3) "gato vivo + observador vendo gato morto" e
> 4) "gato vivo + observador vendo gato vivo"?
>
> Porq. todas as pessoas sofreriam um mesmo tipo de
> descoerencia? Por causa do emaranhamento existente
> entre os observadores? Mas ai' ja' nao existiria um
> emaranhamento entre os observadores e a caixa fechada
> e entre esta e seu conteúdo em seu interior?
> (Bem, uma resposta parece ser q. as duas coisas são
> corretas e por isso não existe um sistema gato
> morto + gato vivo; ja' q. o gato tbm e' um sistema
> macroscópico e serve apenas como uma ilustração
> para o q. ocorreria em níveis microscópicos --
> levando-nos a um beco sem-saída se tomarmos esse
> experimento mental muito a sério).
>
> Mas e os loucos? Sera' q. eles sofrem o tipo
> incoerente de descoerência (tipo 3 e/ou 4)?

Se o Takata pode surtar de vez em quando
então também posso...

Não dá pra considerar a hipótese de observar
o que acontece ao gato com a caixa aberta?

Agora falando sério. A incerteza de um estado
quântico têm a ver com a impossibilidade (ou
melhor, improbabilidade) de se conhecer com
exatidão o estado de um sistema no tempo futuro?

> (Outra provocação gratuita. Perdões, Medeiros.)

Acho que quem vai ajoelhar no milho dessa vez
serei eu... :-(

[]'s

Alexandre Medeiros



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Sangue e DNA
FROM: Adam Luiz de Azevedo <adam@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/01/2002 15:56

Desculpem a minha ignorância, mas como se faz exame de DNA com
o sangue sabendo que as hemácias são anucleadas? No fluido sanguineo há
outras células nucledas?



SUBJECT: Re: O Gato de Schrodinger (PPSD)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/01/2002 15:57

--- In ciencialist@y..., Roberto Belisario <rbdiniz@t...> wrote:
> Por que "gato vivo + observador vendo gato morto" não faz
> sentido...

Nao vejo por q. nao faça.

Antes q. chamem a ambulância e me peçam uma
camisa-de-força, explico-me (tentarei ao menos):

- existem coisas como déjà vu, déjà entendu, déjà
vecu (epa!) e os correspondentes jamais vu, jamais entendu
e jamais vecu. Há diversas outros fenômenos q.
normalmente atribuímos a falhas de percepções ou
erros de processamento. E, por outro lado, (isto
é mais uma questão sobre o q. os filósofos adoram
especular) podemos pensar q. não há garantias de
q. o q. percebemos seja efetivamente um correspondente
do real -- ainda q. admitamos a existência de
uma realidade objetiva. (Antes q. me entendam mal --
eu ainda estou brincando.)

Dessa forma pode-se perfeitamente existir uma
situação em q. enxergamos uma coisa q. não
corresponde a uma realidade objetiva.

Enxergamos um gato vivo qdo ele está morto e
vice-versa faz sentido sim. E em uma interpretação
(pseudo-)quântica, poderia se dever a um colapsamento
independente das funções: gato vivo ou morto e
observador enxerga gato vivo ou enxerga gato morto.
Se está se supondo q. havia uma independência entre
esses dois fenômenos e q. houve um emaranhamento
apenas na abertura da caixa, não precisamos supor
q. haja uma relação de dependência entre os resultados
dos dois processos -- a menos q. pensemos em
relações de causa e efeito, o q. estamos dispensando
em uma análise quântica.

> Para a Mecânica Quântica, faz. Mas essas misturas 3 e 4, não).

É de se perguntar o q. porq. disso.

> (E se for duas pessoas olhando a mesma caixa com o mesmo
gato? Bom,
> tentemos entender os exemplos mais simples ao invés de complicar de
cara... :)

Era essa a situação q. tinha em mente.

> E, não, o experimento de Schrödinger não é só uma ilustração
do que ocorre
> no mundo subatômico - pelo menos em sua formulação original.

Originalmente não. Mas temos q. apelar para
isso para sair do canto em q. seremos encurralados
se prosseguirmos fielmente nisso. Como fica claro
na sua observação q. se segue:

> claras várias de suas características. O problema é apenas
> compatibilizar isso com o fato incontestável de que ninguém até
> hoje observou uma mistura quântica gato vivo + gato morto. Por isso
> os esforços teóricos sobre a decoerência, e tal.

Q. tem q. explicar o resultado diferente
para um sistema macroscópico e um microscópico.
Elétrons e átomos podem ser obtidos em
estados de sobreposição. Gatos não.

> Sei lá... Tem gente que me chama de doido, mas juro que não
> sou um deles, de modo que não posso saber o que se passa em seus
> cocurutos... :)

Louco não. Proponho uma nova denominação
politicamente correta: Indíviduo com descoerência
alternativa.

Continuando a provocação: nós como sistemas
macroscópicos, estamos todos atrelados pelo
emaranhamento das funções de ondas, daí de
percebermos uma realidade comum. E por q.
a realidade é q. gato morto corresponde à
observação de gato morto e não de gato vivo?
Isso porq. a função de onda evolui no tempo,
nós estamos atrelados não apenas um com
as funções de ondas dos outros (precisamos
inventar uma camisinha quântica), mas tbm
com as funções de ondas do passado. Foi
o caso de q. no passado houve um emaranhamento
entre observar um gato morto e ele estar morto
(ou observar um gato vivo e o gato estar vivo) --
talvez no Paleolítico superior nossos ancestrais
usassem vasos de barro em lugar de caixas e
tigres-dente-de-sabre em lugar de gatos --
ou mais realisticamente algum tipo de função de
onda q. forçou essa ligação para sempre.
Se houvesse sido diferente, acharíamos normal
olharmos gatos mortos qdo estão vivos e
vice-versa e acharíamos q. não faria sentido
ver um gato vivo qdo ele estivesse vivo.

(Ishtou sobriu!)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Sangue e DNA
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/01/2002 15:59

--- In ciencialist@y..., Adam Luiz de Azevedo <adam@f...> wrote:
> sanguineo há outras células nucledas?

Por exemplo, os leucócitos.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: O Gato de Schrodinger
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/01/2002 16:00

> -----Mensagem original-----
> De: Roberto Belisario [mailto:rbdiniz@terra.com.br]
>
> Oi. Da forma como está escrita hoje, a Mecânica
> Quântica diz que não
> existe e nem nunca existirá meio pelo qual poderemos detectar
> a posição e a
> velocidade *simultaneamente* com 100% de certeza (se as
> medidas da posição
> e velocidade não forem simultâneas, podemos fazê-lo). Nisso consiste o
> Princípio da Indeterminação (ou da Incerteza) de Heisenberg, em sua
> formulação mais tradicional.
> Ou seja, trata-se de uma indeterminação
> intrínseca da Natureza.

Isto é o gerador de números aleatórios da natureza?

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Sangue e DNA
FROM: Adam Luiz de Azevedo <adam@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/01/2002 16:03

Ahhh... então o exame de DNA é feito usando-se o núcleo dos
leucócitos e o restante das células nucleadas contidas no fluido
sanguineo.
Me sinto um idiota agora em não ter pensado mais um pouquinho...

Obrigado Takata.

On Fri, 18 Jan 2002, rmtakata wrote:

> --- In ciencialist@y..., Adam Luiz de Azevedo <adam@f...> wrote:
> > sanguineo há outras células nucledas?
>
> Por exemplo, os leucócitos.
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>



SUBJECT: Re: O Gato de Schrodinger (PPSD)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/01/2002 16:23

--- In ciencialist@y..., "Paulo Sergio Dias" <psdias@g...> wrote:
> - Ha' muito tempo, li (em mais
> de um lugar) aquela alegoria
> proposta pelo fisico Schrodinger (?)
> que narra a historia de um gato
> preso em uma caixa, com uma fonte
> radioativa e um gas venenoso.

Apropo:

http://www.geocities.com/gatoquemia/

(Eu não acho o Schrödinger um gato...)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Gato de Schrodinger (PPSD)
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/01/2002 17:45

From: "Paulo Sergio Dias"

Antes de comentar o texto, chamo a tua atenção para os seguintes conceitos
que deverias conhecer para entender melhor o problema:
1) Caixa Negra, como é entendida em fisica.
2) O decaimento radioactivo é um processo estatistico, não determinado no
tempo: ou seja, sabe-se que o nucleo decai, mas não quando ele decai.
3) Tempo médio de vida


>Amigos:
>
>No final da historia, nao se pode
>definir o estado de vida ou morte
>do gato, antes de se abrir a caixa
>e examinar o que ha' la' dentro.

Peça a alguem que esconda algo numa mão , uma moeda por exemplo.
Ao estender a mão para vc, ela pode ter colocado lá a moeda, ou não.
Tu não saberás se está ou não, antes que ela abra a mão.
Este é problema real para a indefinição do estado.
Antes de observares o estado pode ser qq dentro de um conjunto de hipoteses.
Neste caso, o conjunto é o mais simples { sim, não }

>- Alguem poderia descrever essa alegoria
>aqui na lista, e tecer comentarios a respeito
>das suas implicacoes fisicas e filosoficas ?

O João já explicou do que se trata.
A questão filosofica aqui não é nenhuma. Não existe qq problema ou paradoxo
ou qq coisa que se assemelhe, tal como não no caso da moeda não mão.

>Por exemplo, a ideia do Schrodinger, que afirma
>que o gato nao esta' vivo nem morto,

Correcção: O gato não se observa vivo, nem morto.
"observar" é diferente de "estar". Frequentemente os cientistas usam
"estar" como sinónimo de "observar" mas em rigor não é a mesma coisa.
Lembre-se que a MQ só fala do que é Observável, despresando o sentido
filosofico de tudo o que ocorra antes ou depois da observação.
Este desprezo, pode levar a imaginar as coisas mais esquesitas.
Essas coisas podem ser até aceites pela MQ , pois ela não tem ferramentas
para dizer o contrário (por exemplo, dizer que o gato morre e renasce a cada
2 segundos, desde que a caixa esteja fechada)
Todos os absurdos se podem dizer, pois se eles não forem observáveis no
sentido que a MQ dá a essa palavra, então nada disso pode ser refutado.
Contudo o sentido fisico do fisico serve exactamente para detectar esses
absurdos tão cedo quanto possivel.

Portanto, o gato não está vivo nem morto. O gato ou é observado vivo, ou é
observado morto.
Como ainda não o observámos, antes de abrir a caixa, ambas as hipoteses são
possiveis.

>e' bem aceita pelos cientistas, de modo geral, ou
>ha' novos argumentos que derrubam a validade
>das ideias por tras daquela alegoria ?

A alegoria em si, não vale grande coisa.
Na minha opinião ela é uma ferramenta muito util para explicar os principios
da MQ se tirarmos toda essa neblina de "mito" que o "paradoxo" tem. Esse
mito é tão grande e forte, que foram feitas conferencias só para o resolver.

Os "cientistas" aceitam qq coisa desde que isso lhes dê fundos para
investigação: leia-se: lhes page os salários todos os meses.
A ciencia, não aceita nenhum absurdo.

Eu ja´expliquei aqui, longamente, como funciona a bendita/maldita teoria da
mecânica quantica. O que significa o principio de incerteza e tentei
elucidar o erro que se comente ao embarcar naquela neblina mitologica que
envolve a MQ (mecânica quantica).

===

O estudo em MQ seria mais ou menos assim.

1)Temos um sistema.
Este sistema é composto por um gato.

2)Escolhemos uma grandeza fisica para observar.
Neste caso a "vida". Não sendo uma grandeza fisica no verdadeiro sentido
das palavras, serve.

3)Encontram-se os estados possiveis para essa grandeza.
Neste caso "vivo" e "morto". O conjunto de estados possiveis é portanto
{vivo , morto}
No caso real, algumas contas com funções têm de ser feitas.

4)Calculam-se as probabilidades de observação de cada um.
Neste caso assum-se que a probabilidade é 50% .
Em rigor , não é , pq ela depende do tempo. Quanto mais tempo passar
,mais probabilidade existe do gato estar morto. (tempo médio de vida )
Vamos desprezar isto por agora, e assumir que é 50 %
Contudo este rigor é que cria a dificultade e é ai , quanto a mim, que
está o interesse da proposta do Srondinger

5)A função de estado é

f(x,t) = 0.5 * | vivo > + 0.5 * | vivo>

que para o que interessa aqui se lê : o sistema tem 2 estados possiveis :
vivo e morto, cada u mdeles com 50% de chances de ser observado.[ x denota o
espaço e t o tempo. neste caso o espaço é irrelevante e apenas o tempo tem
significado ]

Acaba aqui.
Agroa vamos usar aquela função na prática.

A) A observação.

Para o instante de observação t=T , a função vai tomar um dos valores
consuante aquilo que é observado.

A observação é , suponhamos , "vivo", ainda não passou tempo suficiente para
que o gato morresse.
Então f(x,T)= 1 *| vivo >+ 0 * |morto>.

Que deve ler-se : o sistema tem dois estados e foi observado |vivo>

Que é o mesmo que : f(x,T)= | vivo >

Que deve ler-se : o sistema foi observado |vivo> no isntante t=T

B) Fechamos a caixa.

A função passa de novo a ser f(x,t) = 0.5 *|vivo> + 0.5 * |morto>

Note que t aqui não é fixo. É a mesma funçaõ de sempre. "passa de novo" é só
para reforçar a ideia de que o estado não se mantém quando fechamos a caixa,
mas continua indefenido.

C) Deixamos passar mais tempo num instante T1 depois , voltamos a observar e
verificamos agora que o gato está morto. A função para t = T1 é então

f(x,T1)= 0* |vivo> + 1 * | morto>

Que deve ler-se : o sistema tem dois estados e foi observado |morto>

O problema , e aqui é que está o "truque" do paradoxo é que os gatos não
ressucitam.
E a partir de t=T1 o estado será sempre "morto"

MAS a MQ não pode afirmar nada disso. Isso é um conhecimento suplementar que
a MQ não poderia saber.
A MQ tb não pode dizer nada do que se passa enquanto a caixa está fechada,
pois ai NÂO HA OBSERVAÇÂO.
Normalmente o paradoxo é achar que de facto, o gato está morto e vivo
simultaneamente.
quando a MQ apenas diz que o gato pode ser observado vivo e morto quando a
observação for feita Não antes , NEM DEPOIS.

Tudo o resto é estoria para dormir.


Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda

"Às vezes a leitura é um modo engenhoso de evitar o pensamento"
A.Help- Historiador




SUBJECT: Quem desta lista esta' cursando um mestrado ? (PPSD)
FROM: "Paulo Sergio Dias" <psdias@globo.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/01/2002 12:30

- `Aqueles que cursaram ou estao cursando
mestrado, que lecionam em cursos de mestrado,
ou que conhecem alguem que esteja no mestrado,
solicito a gentileza de entrar em contato
comigo, atraves de meu e-mail pessoal, e nao
atraves da lista, pois eu necessito de algumas
informacoes.

- Grato pela compreensao de todos.
Paulo.





SUBJECT: Re: RES: RES: [ciencialist] Liberalismo
FROM: Jo�o M�rio Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/01/2002 12:53



rmtakata wrote:
>
> --- In ciencialist@y..., Jo�o M�rio Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> > mar de rosas. O que os liberais dizem � que o liberalismo � a
> > solu��o justa para os conflitos.
>
> Entre iguais talvez. Entre desiguais a coisa
> complica muito.
>
> > gente interessada em trabalhar com mau ambiente. Se as pessoas
> > conseguem trabalhar assim e n�o se v�o embora � porque pensam que
> > isso � o melhor para elas.
>
> Supondo-se um racionalismo e a existencia
> de opcoes (equitatividade de poder). Nem
> sempre e' o caso, mesmo em paises
> desenvolvidos.

A falta de racionalidade dos agentes n�o pode ser usada como
argumento contra o liberalismo porque esse tamb�m � o problema
das alternativas. Se o trabalhador privado n�o � racional,
porque � que o funcion�rio publico haveria de ser? O que o
liberalismo prop�e � que a irracionalidade seja punida. Numa
economia de mercado os individuos irracionais t�m mais
probabilidade de ser os principais v�timas da irracionalidade.
Numa economia p�blica, a irracionalidade compensa e quem perde
s�o os outros.

Um contra-argumento similar pode ser usado para refutar o
argumento da equitatividade de poder. Numa economia p�blica
tamb�m n�o h� equitatividade de poder.

> Supondo racionalismo e equitatividade de
> poder entre, digamos, empresas e consumidores,
> nao e' correto imaginar q. isso garanta um
> equilibrio na relacao de poderes.
>
> O numero de empreaas e' muito menor, geralmente,
> q. o de consumidores. O poder das empresas
> e' mais concentrado, o poder dos consumidores
> e' mais difuso. Cada empresa detem proporcionalmente
> uma fatia maior de poder do q. cada consumidor.
> (Mesmo qdo nao consideramos uma situacao de
> mono ou oligopolio.) Existe uma facilidade muito
> maior de coordenacao entre as empresas para
> a preservacao de seus interesses, ja' a capacidade
> de organizacao entre os consumidores teria q.
> ser muito maior. (Existem algumas excecoes a
> esse quadro, qdo temos um mono ou oligopsonio --
> mas em geral o consumidor e' uma outra industria
> ou empresa: por exemplo, dentro do mercado de
> trabalho, uma unica empresa pode ser a principal,
> se nao a unica, compradora de mao-de-obra em
> uma dada regiao.)

Voc� aqui tem raz�o se quiser provar que o mercado tem problemas,
mas n�o tem argumento para sugerir que o estado � a solu��o. Afinal
as empresas, sendo mais poderosas, s�o as que t�m mais for�a para
influenciar o estado. Se voc� der poderes ao estado, o estado vai
usar esse poder a favor do mais forte e n�o do mais fraco.

>
> Um exemplo recente q. temos e' q. houve uma queda
> sensivel do preco do petroleo, queda essa q. foi
> repassada aos distribuidores de combustiveis, mas
> q. nao chegou ao consumidor final. (A alegacao
> dos donos de postos e' q. o Estado cobra um carga
> de impostos muito alta sobre circulacao de mercadoria.)


O petr�leo devia ser entendido como propriedade colectiva
abusivamente explorada por alguns principes e ditadores. N�o
h� nenhuma justifica��o liberal para a posse dos recursos
naturais escassos por parte de individuos. Alguns pa�ses t�m
leis que atribuem os recursos naturais ao estado e � o estado que
concede a explora��o aos privados. E os privados t�m que dar
contrapartidas. O petr�leo � um bem colectivo como o ar ou o
mar. N�o � o fruto do trabalho de ningu�m.

> Alguns apontam tbm a queda de 1929 da bolsa de N. Iorque
> como a incapacidade auto-regulatoria do mercado.

At� contra isso os liberais t�m argumentos. Mas eu nunca os
percebi.

> Desde o trabalho de Keynes, a discussao foi menos de
> se o estado deveria intervir e mais de qto, como, qdo
> e onde intervir. Mas os assim chamados neo-liberais
> alegam q. o trabalho de Keynes esta' ultrapassado e
> esta' na hora de utilizar outros parametros

Pelo que eu percebi dessa confus�o h� que distinguir Keynes
dos keynesianos. A verdade � que as politicas keynesianas, que
o pr�prio Keynes se calhar n�o aprovaria, geram infla��o. A
�nica forma segura de a economia crescer � produzindo riqueza.
Os keynesianos acreditavam que havia um caminho mais curto:
estimular o consumo. Mas estimular o consumo s� serve para que
as pessoas comprem coisas de que na realidade n�o precisam.

>(curioso
> notar q. pretendem substituir por parametros ainda
> mais antigos de Adam Smith e cia.)

� como os biologos. Acabam sempre por voltar � essencia do velho
Darwin.

--
jo�o
http://www.nonio.com


SUBJECT: Teste de Paternidade
FROM: "roxostern" <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/01/2002 18:06


Gostaria de saber se existe alguma técnica de determinação de
paternidade através de sondas de DNA que permita a distinção da
paternidade entre dois gêmeos univitelinos.

[]s

Leonardo Stern



SUBJECT: Pseudoceticismo
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/01/2002 20:02

(Estou postanto aqui uma mensagem que enviei para a lista de discussão Acrópolis)

Olá turma,

Há certos céticos reunidos em organizações céticas que tem por programa a defesa do pensamento científico e o combate às pseudociências.

Percebo em boa parte desses céticos de carteirinha a sanha dos que se arvoram a guarda pretoriana da Verdade ou, ao menos, do Pensamento Correto. Para estes, todas as pseudociências são falcatruas promovidas por impostores e que lidam com pseudo-questões ou pseudo-problemas (Popper não achava isso, ao contrário, defendia que uma teoria é verdadeira ou falsa independentemente da possibilidade de ser testada* e que, portanto, as pseudociências não lidam necessariamente com pseudo-problemas).

Por isso, Submetem a um duro interrogatório os seus "inimigos de fé", e os questionam não movidos pela dúvida quanto a veracidade de suas idéias e tendo por meta chegar a um consenso, mas porque têm eles a arraigada convicção de que os interrogados estão errados, de que são mentirosos contumazes, de que não passam de charlatões. O objetivo do seu interrogatório não é chegar à verdade por meio do questionamento, isto é, o que eles querem não é a verdade (mesmo que se trate de uma verdade relativa ou apenas aproximada), mas tão-somente uma confissão de culpa. Querem "desmascarar" mesmo que a máscara seja a carne que cobre o osso. São, como certa vez os denominou um jornalista da revista Galileu, os "inquisidores da Razão". E, com efeito, muitas dessas organizações ditas "céticas" (muitas, não todas), em matéria de intolerância, não ficam muito atrás das ordens católicas criadas durante a Contra-Reforma e que levaram a cabo a Santa Inquisição.

Sua cruzada (sim, cruzada) "iluminista" tem uma afinidade com a medieval "caça às bruxas" e com os autos-de-fé.

Esses "céticos" (céticos entre aspas) dizem-se anti-religiosos quando, na verdade, são discípulos cegos de uma religião fundamentalista ou de um misticismo leigo, o cientificismo.

Temem o irracionalismo. Só não sabem que, como disse certa vez o Olavo de Carvalho (sim, o Olavo às vezes acerta), "o medo do irracional é irracional".

Consideram-se esses céticos de carteirinha (não todos, lembro, pois há valiosas exceções) os defensores das ciências. Mas não são as ciências que eles defendem, e sim "A Ciência", que, segundo Elisabeth Roudinesco, trata-se de uma abstração dogmática que ocupa o lugar de Deus ou de uma teologia repressiva e que busca uma normatização policialesca do pensamento.

Abraços céticos,
Manuel Bulcão

PS: Um cético que não é cético com relação às próprias idéias que defende não é um cético, mas um sofista.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: RES: RES: [ciencialist] Liberalismo
FROM: Manuel Bulc�o <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/01/2002 20:19

Oi,

Takata escreveu:

> > Desde o trabalho de Keynes, a discussao foi menos de
> > se o estado deveria intervir e mais de qto, como, qdo
> > e onde intervir. Mas os assim chamados neo-liberais
> > alegam q. o trabalho de Keynes esta' ultrapassado e
> > esta' na hora de utilizar outros parametros.

Manuel: �, parece que o mercado � incapaz de se auto-regular mesmo a m�dio
prazo.

Keynes demonstrou que o equil�brio econ�mico de um sistema capitalista
ami�de se d� sob condi��es de desemprego - desemprego cr�nico tanto da for�a
de trabalho quanto dos meios de trabalho (as m�quinas-ferramentas). Em
outros termos, os mecanismos do mercado capitalista por si s� n�o garantem o
pleno emprego dos meios de produ��o existentes. Pelo contr�rio: entregue �
sua pr�pria sorte, o mercado tende a se equilibrar em meio a uma grande
capacidade ociosa das for�as produtivas. Tanto � assim que as crises
peri�dicas do capitalismo n�o s�o crises de sub-produ��o, mas crises de
sobreprodu��o; isto �, "n�o � por haver demasiadamente pouco que comer, mas
por serem relativamente demasiados os produtos alimentares que os
desempregados bruscamente morrem de fome" (Ernest Mandel). Este fen�meno
interessante (e absolutamente irracional!) da economia capitalista foi
amplamente estudado por Keynes. E qual foi a receita deste eminente
economista para que a economia funcionasse pr�ximo do pleno emprego?
Defendeu ele que, para tanto, o Estado teria que intervir na economia
(horror!) aumentando a demanda efetiva, o que traria como efeito o emprego
das for�as de produ��o antes ociosas (para atender ao "plus" da demanda).
Esta receita foi levada a cabo tanto nos Estados Unidos quanto na Europa e
(pasmem!) traduziu-se num retumbante sucesso.


[]s
Manuel Bulc�o




SUBJECT: Re: [ciencialist] Pseudoceticismo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/01/2002 20:52

----- Original Message -----
From: "Manuel Bulcão"
Sent: Saturday, January 19, 2002 8:02 PM
Subject: [ciencialist] Pseudoceticismo


> PS: Um cético que não é cético com relação às próprias idéias que defende
> não é um cético, mas um sofista.

Concordo plenamente.

Mas que fazer em meio a uma infinidade de sofistas que se dizem céticos?
Haja anti-séptico! ;-))

[ ]'s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Gravidade Quantica
FROM: Rodrigo Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/01/2002 22:24

A noticia já não é muito nova... mas mesmo assim:

http://www.aip.org/enews/physnews/2002/573.html
http://slashdot.org/article.pl?sid=02/01/17/0347246&mode=flat
http://www.nature.com/nature/links/020117/020117-4.html

(Comentários?)

--
email (same address): rnbc@rnbc.pt.eu.org or rnbc@rnl.ist.utl.pt
homepage: http://rnbc.pt.eu.org/~rnbc
IRC: r0 (PT-Net and IRC-Net and sometimes UnderNet)



SUBJECT: Re: RES: RES: [ciencialist] Liberalismo
FROM: Joao Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/01/2002 22:25



Manuel Bulcão wrote:

>
> Manuel: É, parece que o mercado é incapaz de se auto-regular mesmo a médio
> prazo.
>
> Keynes demonstrou que o equilíbrio econômico de um sistema capitalista
> amiúde se dá sob condições de desemprego - desemprego crônico tanto da força
> de trabalho quanto dos meios de trabalho (as máquinas-ferramentas). Em
> outros termos, os mecanismos do mercado capitalista por si só não garantem o
> pleno emprego dos meios de produção existentes. Pelo contrário: entregue à
> sua própria sorte, o mercado tende a se equilibrar em meio a uma grande
> capacidade ociosa das forças produtivas.

Isso não é bem assim. Porque é que isso acontecia? Se não me engano
isso tinha a ver com as condições especificas da época em que o
Keynes fez a análise. Naquela época a reciclagem de capital não era
eficiente porque o sistema bancário não funcionava bem.

>Tanto é assim que as crises
> periódicas do capitalismo não são crises de sub-produção, mas crises de
> sobreprodução; isto é, "não é por haver demasiadamente pouco que comer, mas
> por serem relativamente demasiados os produtos alimentares que os
> desempregados bruscamente morrem de fome" (Ernest Mandel).

Isso também não me parece muito correcto. As crises de sobre-produção
ocorrem porque a economia não se consegue reajustar às novas
necessidades e continua a produzir coisas que já ninguém quer. É
um problema de falta de eficiencia, que o estado também tem.

>Este fenômeno
> interessante (e absolutamente irracional!) da economia capitalista foi
> amplamente estudado por Keynes. E qual foi a receita deste eminente
> economista para que a economia funcionasse próximo do pleno emprego?
> Defendeu ele que, para tanto, o Estado teria que intervir na economia
> (horror!) aumentando a demanda efetiva, o que traria como efeito o emprego
> das forças de produção antes ociosas (para atender ao "plus" da demanda).
> Esta receita foi levada a cabo tanto nos Estados Unidos quanto na Europa e
> (pasmem!) traduziu-se num retumbante sucesso.

Isso é igualmente falso. As politicas Keynesianas produzem desemprego e
inflação. Isto porque o estimulo artificial da economia não aumenta
a produtividade. Só serve para aumentar o consumo e os preços e mais
cedo ou mais tarde causa desemprego. Esta é uma questão sobre a qual
o Keynes não teve a única palavra.

Joao
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Teste de Paternidade
FROM: Charles Pilger <charles@pilger.inf.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/01/2002 00:52

At 20:06 19/01/02 +0000, you wrote:
>Gostaria de saber se existe alguma técnica de determinação de paternidade
>através de sondas de DNA que permita a distinção da paternidade entre dois
>gêmeos univitelinos.

Não seria gêmeos bivetelinos? Afinal gêmeos univitelinos se formam a partir
de um mesmo óvulo fecundado... Ou seja: para ambos o pai será somente um.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Teste de Paternidade
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/01/2002 09:57

On Sun, 20 Jan 2002, Charles Pilger wrote:

> At 20:06 19/01/02 +0000, you wrote:
> >Gostaria de saber se existe alguma técnica de determinação de paternidade
> >através de sondas de DNA que permita a distinção da paternidade entre dois
> >gêmeos univitelinos.
>
> Não seria gêmeos bivetelinos? Afinal gêmeos univitelinos se formam a partir
> de um mesmo óvulo fecundado... Ou seja: para ambos o pai será somente um.
>

Acho que a dúvida é sobre saber qual dos gêmeos (univitelinos) é o pai.

E arrisco a dizer que não é possível. Suponho que talvez possa haver
alguma pequena diferença genética hereditária entre os dois (devido a
algum erro de cópia ?) mas pelo que sei nesses testes de paternidade se
compara apenas parte do material genético... então meu "chute" é:
se possível, não é viável (hoje).

Bem, depois de "arriscar", "supor" e, "pelo que sei", "chutar"... nada me
resta além de rogar a alguém com maior competência para responder a
pergunta que o faça.

Novamente sem grandes contribuições,

Stafusa




SUBJECT: Re: [ciencialist] Teste de Paternidade
FROM: Charles Pilger <charles@pilger.inf.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/01/2002 13:57

At 09:57 20/01/02 -0200, you wrote:
>On Sun, 20 Jan 2002, Charles Pilger wrote:
>
> > At 20:06 19/01/02 +0000, you wrote:
> > >Gostaria de saber se existe alguma técnica de determinação de paternidade
> > >através de sondas de DNA que permita a distinção da paternidade entre
> dois
> > >gêmeos univitelinos.
> >
> > Não seria gêmeos bivetelinos? Afinal gêmeos univitelinos se formam a
> partir
> > de um mesmo óvulo fecundado... Ou seja: para ambos o pai será somente um.
> >
>
>Acho que a dúvida é sobre saber qual dos gêmeos (univitelinos) é o pai.
>
>E arrisco a dizer que não é possível. Suponho que talvez possa haver
>alguma pequena diferença genética hereditária entre os dois (devido a
>algum erro de cópia ?) mas pelo que sei nesses testes de paternidade se
>compara apenas parte do material genético... então meu "chute" é:
>se possível, não é viável (hoje).
>
>Bem, depois de "arriscar", "supor" e, "pelo que sei", "chutar"... nada me
>resta além de rogar a alguém com maior competência para responder a
>pergunta que o faça.
>
>Novamente sem grandes contribuições,

Aliás, agora que eu percebi que a pergunta na verdade era: "Qual dos dois
gêmeos é o pai?", e não "Quem é o pai dos gêmeos?" como eu havia entendido...




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ceticismo? Eheh!
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/01/2002 14:43

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
wrote:


> Manuel: Neste ponto, concordo com o Takata. O Capozoli equivocou-se,
>creio, ao considerar uma certa categoria de céticos como excessivamente
>céticos, quando na verdade são apenas céticos pela metade, pois não são
>céticos com relação aos princípios "filosóficos" (filosóficos, e não
>científicos, dado que não podem ser falseados) que estabelecem o que é
>ciência ou não.

Acho estranha esta forma de quantificar ceticismo. É cético quem tem uma
determinada atitude ante diferentes enunciados. É raríssimo pensar que
alguém é "meio" cético, cético radical, etc. Também dizer que existe um
ceticismo exagerado me parece inadequado. Ou se é cético ou não se é. Quem
se manifesta crédulo para determinadas coisas e "cético" para outras, não
pode ser chamado de cético, mas sim crédulo parcial. Ceticismo é algo
coerente.

Às vezes penso que dizer que alguém é "meio cético" ou pouco cético é como
dizer que uma mulher pode estar "meio" grávida", "um pouco grávida". Vê se
pode...
[]s
Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ceticismo? Eheh!
FROM: "Francisco Saiz" <perseu_fss@yahoo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/01/2002 06:05

Olá, lista.


O Marco Aurélio escreveu:
Quem se manifesta crédulo para determinadas coisas e "cético" para outras, não pode ser chamado de cético, mas sim crédulo parcial.

É estranho que vc, Marco, admita o crédulo parcial mas não admita o cético parcial.
Existe algum motivo lógico para que assim seja?


Francisco Saiz





[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Pseudoceticismo
FROM: "evoluindo" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/01/2002 11:15

Manuel,

Lembro-me de que debatíamos há algum tempo atrás e, se não me engano,
vc disse que iria se afastar por problemas de saúde. Espero que tenha
melhorado. Mas vamos ao quebra-pau.

Vou tentar defender o lado dos céticos e das organizações, já que a
maioria dos que eu conheço é boa gente e parece ter bastante
honestidade intelectual (e é também cética em relação às próprias
idéias), portanto acho as críticas um tanto injustas. Podem sim
existir os "céticos dogmáticos" de que vc fala, mas com certeza não
são a maioria.

Não defino pseudociência como necessariamente associada a impostores
ou charlatães, nem como necessariamente ligada a pseudo-questões ou
pseudo-problemas. Pseudociência é simplesmente, como se pode deduzir
do nome, aquilo que se apresenta como ciência, mas que não segue o
mesmo rigor que a ciência verdadeira exige para apresentar suas
conclusões. Muitos pseudocientistas não são impostores nem charlatães
(estou defendendo os pseudocientistas!!!), mas acreditam sinceramente
nas bobag... digo, idéias sem fundamento que defendem. Muitas
pseudociências se envolvem com questões e problemas extremamente
importantes, como a saúde por exemplo.

A reportagem da Galileu (fui entrevistado nessa reportagem) foi até
bastante correta em muitos pontos, mas incorreu no erro de confundir
o ceticismo moderno com o ceticismo clássico, aquele da Grécia
antiga. Esse erro, no entanto, é comum. Um artigo do Ulisses
Capozoli, no Observatório de Imprensa da semana passada, cometeu a
mesma gafe. Algumas pessoas têm mesmo a impressão de que os céticos e
as organizações céticas criaram uma espécie de "lista negra"
ou "index" de assuntos considerados pseudociência e se colocam
imediatamente contra qualquer coisa que esteja nessa lista, sem
maiores questionamentos. A coisa não é assim. A pseudociência tem
algumas "marcas registradas" que permitem a sua identificação. A
presença de algum desses indícios dispara um alerta. Aí exige-se do
candidato a pseudocientista que apresente provas, estudos, controles,
meios de refutação, como é que se descobriu isso. O pseudocientista
apresenta, em lugar disso, protestos, acusações de perseguição,
alegações especiais, frases do tipo "precisamos mudar paradigmas"
ou "riram de Galileu", desviam o assunto para a filosofia, apresentam
supostos apoios em áreas que são igualmente pseudociências, defendem-
se com falácias, etc.

Faltou que vc especificasse melhor que tipo de atitude vc considera
intolerante ou dogmática por parte dos céticos. Seria indelicado
pedir a vc que desse nomes aos bois (e currais), portanto não estou
fazendo isso. Gostaria apenas que vc exemplificasse a que tipo de
atitude em relação a que tipo de teoria vc está se referindo.

[]s
Ronaldo Cordeiro



--- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:
> (Estou postanto aqui uma mensagem que enviei para a lista de
discussão Acrópolis)
>
> Olá turma,
>
> Há certos céticos reunidos em organizações céticas que tem por
programa a defesa do pensamento científico e o combate às
pseudociências.
>
> Percebo em boa parte desses céticos de carteirinha a sanha dos que
se arvoram a guarda pretoriana da Verdade ou, ao menos, do Pensamento
Correto. Para estes, todas as pseudociências são falcatruas
promovidas por impostores e que lidam com pseudo-questões ou pseudo-
problemas (Popper não achava isso, ao contrário, defendia que uma
teoria é verdadeira ou falsa independentemente da possibilidade de
ser testada* e que, portanto, as pseudociências não lidam
necessariamente com pseudo-problemas).
>
> Por isso, Submetem a um duro interrogatório os seus "inimigos de
fé", e os questionam não movidos pela dúvida quanto a veracidade de
suas idéias e tendo por meta chegar a um consenso, mas porque têm
eles a arraigada convicção de que os interrogados estão errados, de
que são mentirosos contumazes, de que não passam de charlatões. O
objetivo do seu interrogatório não é chegar à verdade por meio do
questionamento, isto é, o que eles querem não é a verdade (mesmo que
se trate de uma verdade relativa ou apenas aproximada), mas tão-
somente uma confissão de culpa. Querem "desmascarar" mesmo que a
máscara seja a carne que cobre o osso. São, como certa vez os
denominou um jornalista da revista Galileu, os "inquisidores da
Razão". E, com efeito, muitas dessas organizações ditas "céticas"
(muitas, não todas), em matéria de intolerância, não ficam muito
atrás das ordens católicas criadas durante a Contra-Reforma e que
levaram a cabo a Santa Inquisição.
>
> Sua cruzada (sim, cruzada) "iluminista" tem uma afinidade com a
medieval "caça às bruxas" e com os autos-de-fé.
>
> Esses "céticos" (céticos entre aspas) dizem-se anti-religiosos
quando, na verdade, são discípulos cegos de uma religião
fundamentalista ou de um misticismo leigo, o cientificismo.
>
> Temem o irracionalismo. Só não sabem que, como disse certa vez o
Olavo de Carvalho (sim, o Olavo às vezes acerta), "o medo do
irracional é irracional".
>
> Consideram-se esses céticos de carteirinha (não todos, lembro, pois
há valiosas exceções) os defensores das ciências. Mas não são as
ciências que eles defendem, e sim "A Ciência", que, segundo Elisabeth
Roudinesco, trata-se de uma abstração dogmática que ocupa o lugar de
Deus ou de uma teologia repressiva e que busca uma normatização
policialesca do pensamento.
>
> Abraços céticos,
> Manuel Bulcão
>
> PS: Um cético que não é cético com relação às próprias idéias que
defende não é um cético, mas um sofista.
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Gato de Schrodinger (PPSD)
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/01/2002 11:32

Estou torcendo vivamente para que nenhum místico venha a ler essas mensagens da thread 'O Gato de Schrodinger'.

[]'
Léo
===========
-----Mensagem Original-----
De: "Sérgio Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: sexta-feira, 18 de janeiro de 2002 17:45
Assunto: Re: [ciencialist] O Gato de Schrodinger (PPSD)


| From: "Paulo Sergio Dias"
|
| Antes de comentar o texto, chamo a tua atenção para os seguintes conceitos
| que deverias conhecer para entender melhor o problema:
| 1) Caixa Negra, como é entendida em fisica.
| 2) O decaimento radioactivo é um processo estatistico, não determinado no
| tempo: ou seja, sabe-se que o nucleo decai, mas não quando ele decai.
| 3) Tempo médio de vida
|
|
| >Amigos:
| >
| >No final da historia, nao se pode
| >definir o estado de vida ou morte
| >do gato, antes de se abrir a caixa
| >e examinar o que ha' la' dentro.




SUBJECT: Re: RES: RES: [ciencialist] Liberalismo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/01/2002 11:46

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> A falta de racionalidade dos agentes não pode ser usada como
> argumento contra o liberalismo porque esse também é o problema
> das alternativas.

O intuito foi mais tirar a racionalidade
e igualdade como bases do liberalismo.

Todas as alternativas possuem problemas.
Nao sei se uma delas possa ser pensada como
uma solucao de carater geral. (Claro q. eu,
em minha ideologia nao cogito uma didadura
como solucao viavel.)

> Se o trabalhador privado não é racional,
> porque é que o funcionário publico haveria de ser?

Realmente nao e'.

> O que o liberalismo propõe é que a
> irracionalidade seja punida. Numa

Bem, basicamente todos os sistemas
propoem isso.

Embora eu particularmente ache q.
isso e' problematico. Primeiro para
a definicao do q. seja ou nao irracionalidade.
Claro q. boa parte das vezes a
distincao e' bastante facil, mas
muitas vezes nao e'. Ate' porq. a
irracionalidade esta' na base da
racionalidade: a velha historia do
burro q. morreu de fome e de sede
porq. a agua e a comida estavam em
direcoes opostas e equidistantes do
animal, q. igualmente famelico e
sequioso e sendo exclusivamente
racional nao sabia por se decidir
para qual se dirigir primeiro.
(Antonio Damasio mostra bem as
conexoes entre as tomadas de decisoes
e os aspectos emocionais: tidos como
irracionais.)

Alias, boa parte da economia
liberal depende do aspecto emocional
das pessoas. As pecas publicitarias --
a propaganda como alma do negocio --
grandemente apelam por esse lado.
Um Fusca e um Audi vao leva'-lo
igualmente para o Alentejo, exceto
na questao emocional (bem, tem
a questao de economia de combustivel,
a seguranca e outros detalhes
tecnicos, mas o diferencial e' o
aspecto emocional: a velocidade
maxima -- mesmo q. a regulamentacao
federal limite a velocidade dos
veiculos para algo em torno de 120 km/h --
coisa q. um Fusca tbm pode fazer;
a sensacao de status e assim vai).

Por q. eu compraria um saco
de batatas fritas? Ele ira' me
alimentar melhor do q. uma maca?
Nao. Mas o sabor e' irresistivel.

> economia de mercado os individuos irracionais têm mais
> probabilidade de ser os principais vítimas da irracionalidade.
> Numa economia pública, a irracionalidade compensa e quem perde
> são os outros.

Qdo o banco da Inglaterra faliu (esqueci-me
do nome dele). Quem se vitimou nao
foi o agente irracional q. aplicou
o dinheiro da instituicao em negocios
altamente arriscados (embora potencialmente
lucrativos), foram os clientes do banco.

Nao q. em um estado falido, as coisas sejam
diferentes.

E entre a economia de mercado e a
economia publica ha' a economia
mista -- com todas as suas gradacoes.

Apenas nao consigo enxergar de q. modo uma
economia liberal sera' melhor q. uma planificada.
Para mim sao ambas equivalentemente ruins
(ou boas, depende muito do prisma).

> Você aqui tem razão se quiser provar que o mercado tem problemas,
> mas não tem argumento para sugerir que o estado é a solução. Afinal
> as empresas, sendo mais poderosas, são as que têm mais força para
> influenciar o estado. Se você der poderes ao estado, o estado vai
> usar esse poder a favor do mais forte e não do mais fraco.

A questao e' q. pra assumir
q. o liberalismo e' melhor
temos q. tomar q. o Estado
e' nao apenas indiscutivelmente
ineficiente (ele e'), mas
inevitavelmente ineficiente
(sera'?).

Ja' se alguem assume q. o
estatismo e' o melhor,
deve assumir q. a iniciativa
privada nao apenas e'
indiscutivelmente ineficiente (
ela e'), mas inevitavelmente
ineficiente (sera'?).

Eu, como um falso anarquista,
assumo q. ambos sao ineficientes
e inevitavelmente ineficientes
(embora suas ineficiencias possam
ser minoradas).

> O petróleo devia ser entendido como propriedade colectiva
> abusivamente explorada por alguns principes e ditadores.

A maior reserva de petroleo do mundo,
se nao me engano se encontra sob o solo
americano. Nao me parece q. os EUA
aceitem a ideia de q. seu petroleo seja
um bem coletivo como o ar. Eles imaginam
q. a prospeccao e extracao sejam trabalho q.
justifique sua posse.

> Até contra isso os liberais têm argumentos.

Sempre e' possivel regatear. Muitos anti-liberais
tbm tEm argumento para justificar o estado de coisas
em Cuba e na China.

> Pelo que eu percebi dessa confusão há que distinguir Keynes
> dos keynesianos. A verdade é que as politicas keynesianas, que
> o próprio Keynes se calhar não aprovaria, geram inflação. A
> única forma segura de a economia crescer é produzindo riqueza.
> Os keynesianos acreditavam que havia um caminho mais curto:
> estimular o consumo. Mas estimular o consumo só serve para que
> as pessoas comprem coisas de que na realidade não precisam.

Bem, entao aqui temos um dilema.
Ou assumimos q. a propaganda das
empresas gera um consumismo (e' uma
forma de estimular o consumo) q.
faca as pessoas comprarem coisas
de q. nao necessitam -- e isso me
parece ser algo irracional e nada
muito interessante `as pessoas.
Ou q. o consumismo seja uma escolha
racional das pessoas e q. uma politica
keynesiana de estimulo ao consumo
sera' recebida de acordo com interesses
racionais dos consumidores.

Ao menos teoricamente, Keynes se
resguardou da inflacao ao asusmir
q. o equilibrio estava em condicoes
de ociosidade da capacidade produtiva
da economia considerada. Conforme
nosso colega Bulcao apontou.

> > notar q. pretendem substituir por parametros ainda
> > mais antigos de Adam Smith e cia.)
>
> É como os biologos. Acabam sempre por voltar à essencia do velho
> Darwin.

Ou seria como os biologos se voltando a Lamarck?

(De todo modo e' melhor do q. 'baixarel' em
Biologia se voltando 'a economia... re re)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: RES: RES: [ciencialist] Liberalismo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/01/2002 12:04

--- In ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> wrote:
> --- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> > A falta de racionalidade dos agentes não pode ser usada como
> > argumento contra o liberalismo porque esse também é o problema
> > das alternativas.
>
> O intuito foi mais tirar a racionalidade
> e igualdade como bases do liberalismo.

E tbm mostrar (o', pretensao!) q. o
liberalismo depende tto do Estado
intervindo para garantir as condicoes
sine qua non da economia liberal q.
diminui um pouco mais a diferenca entre
o liberalismo e o intervencionismo
(nao q. sejam exatamente a mesma coisa).

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: RES: RES: [ciencialist] Liberalismo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/01/2002 12:12

--- In ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> wrote:
> --- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> > O que o liberalismo propõe é que a
> > irracionalidade seja punida. Numa
>
> Embora eu particularmente ache q.
> isso e' problematico. Primeiro para
> a definicao do q. seja ou nao irracionalidade.

E segundo q. nao acho q. toda
irracionalidade deva ser punida.
(Nao sei se toda racionalidade
deva ser bem quista tbm.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Pseudoceticismo
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/01/2002 12:45

Ronaldo,

Entendo que sua manifestação não vai contra a do
Manuel, ao contrário, foi um bom complemento.

PS: Manuel, também espero que você esteja bem de saúde
para gente não interromper os "quebra-paus" de sempre :-)

[]'s

Alexandre Medeiros

> -----Mensagem original-----
> De: evoluindo [mailto:rcordeiro@writeme.com]
> Enviada em: Segunda-feira, 21 de Janeiro de 2002 11:15
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Assunto: [ciencialist] Re: Pseudoceticismo
>
>
> Manuel,
>
> Lembro-me de que debatíamos há algum tempo atrás e, se não me engano,
> vc disse que iria se afastar por problemas de saúde. Espero que tenha
> melhorado. Mas vamos ao quebra-pau.
>
> Vou tentar defender o lado dos céticos e das organizações, já que a
> maioria dos que eu conheço é boa gente e parece ter bastante
> honestidade intelectual (e é também cética em relação às próprias
> idéias), portanto acho as críticas um tanto injustas. Podem sim
> existir os "céticos dogmáticos" de que vc fala, mas com certeza não
> são a maioria.
>
> Não defino pseudociência como necessariamente associada a impostores
> ou charlatães, nem como necessariamente ligada a pseudo-questões ou
> pseudo-problemas. Pseudociência é simplesmente, como se pode deduzir
> do nome, aquilo que se apresenta como ciência, mas que não segue o
> mesmo rigor que a ciência verdadeira exige para apresentar suas
> conclusões. Muitos pseudocientistas não são impostores nem charlatães
> (estou defendendo os pseudocientistas!!!), mas acreditam sinceramente
> nas bobag... digo, idéias sem fundamento que defendem. Muitas
> pseudociências se envolvem com questões e problemas extremamente
> importantes, como a saúde por exemplo.
>
> A reportagem da Galileu (fui entrevistado nessa reportagem) foi até
> bastante correta em muitos pontos, mas incorreu no erro de confundir
> o ceticismo moderno com o ceticismo clássico, aquele da Grécia
> antiga. Esse erro, no entanto, é comum. Um artigo do Ulisses
> Capozoli, no Observatório de Imprensa da semana passada, cometeu a
> mesma gafe. Algumas pessoas têm mesmo a impressão de que os céticos e
> as organizações céticas criaram uma espécie de "lista negra"
> ou "index" de assuntos considerados pseudociência e se colocam
> imediatamente contra qualquer coisa que esteja nessa lista, sem
> maiores questionamentos. A coisa não é assim. A pseudociência tem
> algumas "marcas registradas" que permitem a sua identificação. A
> presença de algum desses indícios dispara um alerta. Aí exige-se do
> candidato a pseudocientista que apresente provas, estudos, controles,
> meios de refutação, como é que se descobriu isso. O pseudocientista
> apresenta, em lugar disso, protestos, acusações de perseguição,
> alegações especiais, frases do tipo "precisamos mudar paradigmas"
> ou "riram de Galileu", desviam o assunto para a filosofia, apresentam
> supostos apoios em áreas que são igualmente pseudociências, defendem-
> se com falácias, etc.
>
> Faltou que vc especificasse melhor que tipo de atitude vc considera
> intolerante ou dogmática por parte dos céticos. Seria indelicado
> pedir a vc que desse nomes aos bois (e currais), portanto não estou
> fazendo isso. Gostaria apenas que vc exemplificasse a que tipo de
> atitude em relação a que tipo de teoria vc está se referindo.
>
> []s
> Ronaldo Cordeiro
>
>
>
> --- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:
> > (Estou postanto aqui uma mensagem que enviei para a lista de
> discussão Acrópolis)
> >
> > Olá turma,
> >
> > Há certos céticos reunidos em organizações céticas que tem por
> programa a defesa do pensamento científico e o combate às
> pseudociências.
> >
> > Percebo em boa parte desses céticos de carteirinha a sanha dos que
> se arvoram a guarda pretoriana da Verdade ou, ao menos, do Pensamento
> Correto. Para estes, todas as pseudociências são falcatruas
> promovidas por impostores e que lidam com pseudo-questões ou pseudo-
> problemas (Popper não achava isso, ao contrário, defendia que uma
> teoria é verdadeira ou falsa independentemente da possibilidade de
> ser testada* e que, portanto, as pseudociências não lidam
> necessariamente com pseudo-problemas).
> >
> > Por isso, Submetem a um duro interrogatório os seus "inimigos de
> fé", e os questionam não movidos pela dúvida quanto a veracidade de
> suas idéias e tendo por meta chegar a um consenso, mas porque têm
> eles a arraigada convicção de que os interrogados estão errados, de
> que são mentirosos contumazes, de que não passam de charlatões. O
> objetivo do seu interrogatório não é chegar à verdade por meio do
> questionamento, isto é, o que eles querem não é a verdade (mesmo que
> se trate de uma verdade relativa ou apenas aproximada), mas tão-
> somente uma confissão de culpa. Querem "desmascarar" mesmo que a
> máscara seja a carne que cobre o osso. São, como certa vez os
> denominou um jornalista da revista Galileu, os "inquisidores da
> Razão". E, com efeito, muitas dessas organizações ditas "céticas"
> (muitas, não todas), em matéria de intolerância, não ficam muito
> atrás das ordens católicas criadas durante a Contra-Reforma e que
> levaram a cabo a Santa Inquisição.
> >
> > Sua cruzada (sim, cruzada) "iluminista" tem uma afinidade com a
> medieval "caça às bruxas" e com os autos-de-fé.
> >
> > Esses "céticos" (céticos entre aspas) dizem-se anti-religiosos
> quando, na verdade, são discípulos cegos de uma religião
> fundamentalista ou de um misticismo leigo, o cientificismo.
> >
> > Temem o irracionalismo. Só não sabem que, como disse certa vez o
> Olavo de Carvalho (sim, o Olavo às vezes acerta), "o medo do
> irracional é irracional".
> >
> > Consideram-se esses céticos de carteirinha (não todos, lembro, pois
> há valiosas exceções) os defensores das ciências. Mas não são as
> ciências que eles defendem, e sim "A Ciência", que, segundo Elisabeth
> Roudinesco, trata-se de uma abstração dogmática que ocupa o lugar de
> Deus ou de uma teologia repressiva e que busca uma normatização
> policialesca do pensamento.
> >
> > Abraços céticos,
> > Manuel Bulcão
> >
> > PS: Um cético que não é cético com relação às próprias idéias que
> defende não é um cético, mas um sofista.
> >
> >
> > [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Teste de Paternidade
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/01/2002 14:23

On Sun, 20 Jan 2002, Charles Pilger wrote:
> Não seria gêmeos bivetelinos? Afinal gêmeos univitelinos se formam a partir
> de um mesmo óvulo fecundado... Ou seja: para ambos o pai será somente um.

Se há apenas um óvulo, há apenas uma mãe.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
One Ring to rule them all



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ceticismo? Eheh!
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/01/2002 14:59

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Francisco Saiz"
<perseu_fss@yahoo.com.br> wrote


> É estranho que vc, Marco, admita o crédulo parcial mas não admita o
>cético parcial. Existe algum motivo lógico para que assim seja?

Francisco.

Se vc. quiser, pode ser. Cada pessoa usa as palavras como bem entende.
Ninguém precisa seguir nenhum dogma (nem deveria). Eu simplesmente acho que
cético não é uma palavra coloquial. Quase sempre serviu para caracterizar
uma atitude filosófica.

Uma atitude filosófica deve ser (é ululantemente obvio), filosóficamente
sustentada. Deve resumir uma certa quantidade de enunciados coerentemente
encadeados e com bons fundamentos teóricos (elém de éticos). Se a palavra é
como qualquer outra, perde o significado especial.

Penso que quem quiser ser nominalista, pode dar qualquer nome, mas é muito
mais serio interessar-se por investigar bem o que é ceticismo e, de uma
forma culta, definir bem a atitude. Ser cético não é uma mera veleidade, nem
se presta para uma conversinha fiada. É algo importante e necessita muito
estudo. Do contrario fica igual a qualquer ideia religiosa. Sou de tal
religião, mas não sou preticante, etc.

[]s
Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: [off-topic] Blecaute
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: 'SBCR' <sbcr@yahoogrupos.com.br>, "'Ciencialist (br)'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/01/2002 15:51

Para quem está online, qual a causa do blecaute que está acontecendo????

Alexandre P.Cabral de Medeiros
Analista Consultor * mailto:alexandre.medeiros@consultmail.net
AC Nielsen do Brasil - Grupo VNU * http://www.acnielsen.com
Tel. *(0xx11) 4613-7469 - Fax (0xx11) 4613-7077


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Liberalismo
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/01/2002 16:07

Olá Manuel, João e listeiros. É muito bom voltar de férias e ver que
lista segue firme, forte e cheia de polêmicas :)

Vamos ver se consigo aquecer os neurônios e mandar alguns comentários
que não sejam ofensivos de tão estúpidos :)


--- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:
> Manuel: Sim, o essencial do pensamento liberal é a defesa do
indivíduo como
> um fim em si mesmo, o "individualismo". Eu afirmei isso em outra
mensagem:
> "Esse liberalismo de esquerda é uma modalidade de individualismo,
na medida
> em que defende que o indivíduo é um fim em si (ou que ao
menos "deve ser") e
> não um meio cujo fim é o Estado, a Sociedade ou a Humanidade com "H"
> maiúsculo." Acrescento agora: "nem um meio cujo fim é a acumulação
pela
> acumulação de riqueza, o lucro considerado como único critério ou
critério
> precípuo a reger a economia, enfim, o capital." Por isso, sou um
liberal "de
> esquerda" ou um liberal-socialista, como queira.
>
> Não significa que sou contra o mercado ou mesmo contra o lucro.
Acho até que
> o lucro é o melhor critério para se medir a eficiência de uma
empresa. Só
> acho que a eficiência não é um fim em si mesmo. Fim em si mesmo é o
homem de
> carne e osso, o indivíduo (afinal, sou um liberal); logo, a
economia deve
> estar a serviço do homem e não o contrário.
>
> Transcrevo abaixo um trecho de uma mensagem que postei na lista
Acrópolis,
> em meados do ano 2000, em que falo da idéia absolutamente infundada
(o mito
> da teologia liberal-monetarista) segundo a qual, no capitalismo, o
indivíduo
> oculpa o centro. Segue:
>
> No capitalismo, o grosso da demanda -- a que garante o equilíbrio
> demanda-oferta -- não é a demanda das pessoas por bens de consumo,
mas a
> demanda dos capitalistas por bens de capital (a denominada "demanda
> intercapitalista"). Vale dizer, uma organização social tipicamente
> capitalista é uma imensa fábrica de fabricar fábricas de fabricar
mais
> fábricas.


Não sei de onde você tirou esse dado, ou se tem alguma medida
quantitativa disso. Mas está visão do capitalismo como um mundo
de "fábricas e máquinas" parece antiquada. O setor da economia que
mais cresce nos países ricos é o setor de bens e serviços
(terciário), e não o setor industrial. Cada vez mais pessoas se
ocupam do lazer e da prestação de serviços pessoais, e não da
produção de mercadorias.


O produto final pouco importa: pode ser as obras completas de
> Balzac, peças do vestuário, feijoada enlatada, cigarro, uísque,
cocaína,
> revólveres, granadas, minas, mísseis, bombas de hidrogênio, etc. --
o valor
> de uso do produto é absolutamente secundário: para o capitalista, o
que
> importa mesmo é o valor de troca do produto, a mercadoria como
mercadoria e,
> dentre todas as mercadorias, a que importa mais é aquela mercadoria
que não
> tem valor de uso algum, mas apenas valor de troca: o dinheiro. Se é
mais
> lucrativo produzir metralhadoras e cocaína do que produzir víveres e
> agasalhos, então que se produza metralhadoras e cocaína. Aliás, a
campanha
> do candidato republicano à presidência dos Estados Unidos ilustra
bem isso:
> após os EUA terem vencido a Guerra Fria, e sem mais nenhuma outra
grande
> potência para lhes fazer frente, George Bush fala na necessidade de
se
> destinar mais verbas para a defesa, isto é, produzir mais mísseis
> intercontinentais, caças supersônicos, submarinos nucleares, etc.
Para quê?
> Ora, durante décadas os Estados Unidos desenvolveram um imenso
complexo
> industrial-militar capitalista (que visa ao lucro) o qual gera
centenas de
> milhares de empregos direta e indiretamente. Se a demanda do Estado
por seus
> terríveis produtos não se mantiver num determinado nível, todo esse
> famigerado complexo irá a bancarrota, gerando um efeito cascata que
> culminará numa crise geral da economia. Então, que se fabrique mais
e mais
> meios de destruição e viva a guerra! Guerra contra quem? Contra o
Islão, os
> marcianos, não importa o inimigo. Se nenhum houver, a mass media
> "capitalista" inventa um, para o regozijo de nossas pulsões
irracionais
> sadomasoquistas e necrófilas.


É verdade que existem setores da sociedade americana, e de outras,
que se beneficiam das guerras e da venda de armamentos, e esses
setores seriam prejudicados em caso de desarmamento. É verdade que
esses setores fazem lobby pela manutenção do programa armamentista.
Agora, não é verdade que a sociedade americana como um todo dependa
da indústria bélica. Não é verdade que haveria uma crise geral
significativa se essa indústria fosse desmantelada, muito pelo
contrário: seriam liberados recursos valiosos para investimentos
produtivos. poderia haver uma grande expansão do PIB.


>
> Um sistema social teocrático é um sistema moral cujo Bem, a razão
de ser da
> vida de todos os seus súditos, é a contemplação da grandeza de
Deus. O
> socialismo de Estado que se instaurou em vários países depois de
1917 também
> é um sistema moral, só que, neste caso, o Bem que ilumina a
existência de
> todos os cidadãos-trabalhadores é a Grande Meta da História (tudo
com
> iniciais maiúsculas), o Comunismo com o seu Homem Integral, não
fragmentado
> pela divisão do trabalho. O capitalismo, idem: um sistema moral
cujo Bem
> Supremo é a eficiência econômica, a capacidade de produzir sempre
mais do
> que o necessário, o trabalho pelo trabalho, a acumulação pela
acumulação, o
> lucro, a riqueza abstrata, o dinheiro.

Sim, mas eu posso ir para ubatuba a hora que quiser, ou passar a
madrugada sobre livros de filosofia. Posso arranjar um emprego
temporário e depois viajar. Cada vez mais pessoas vivem assim nos
países ricos, completamente alheias a competição por dinheiro e
status.


>
> É falsa a asserção de que, no capitalismo, o indivíduo ocupa um
lugar
> central. No capitalismo o indivíduo, seja o operário ou o
capitalista, não é
> um fim em si mesmo, mas mero instrumento de produção de uma riqueza
que vale
> por si própria.

Um fim para quem? No capitalismo não existe sequer um único "fim". Os
individuos que são instrumentos da produção de riqueza são cada vez
mais bem pagos, e se submetem cada vez mais alegria a
essa "exploração". Cada vez menos se vê a exploração do trabalho
manual, e cada vez mais se necessita de trabalho intelectual, muito
mais bem remunerado.


E não só como produtor, mas também como consumidor, pois, no
> capitalismo, as necessidades humanas são manipuladas, quando não
diretamente
> criadas pelo marketing das empresas,

As "necessidades artificiais" de ontem são os "direitos fundamentais"
de hoje. Quem precisava de luz elétrica, água tratada, ônibus
motorizado no séc. XIX? Quem negaria que esses são direitos
fundamentais dos trabalhadores hoje em dia? (embora tenham sido
inventados por capitalistas oportunistas, que viram a chance de criar
uma necessidade que as pessoas não tinham e assim faturar dinheiro).

Ademais essas "necessidades criadas pelo marketing das empresas" são
cada vez mais fundamentais para absorver toda a mão de obra
disponível e para manter o nível de crescimento do PIB.


mormente o das grandes corporações e
> tendo em vista a realização do lucro máximo, isto é, a
transformação,
> mediante a venda, do capital-mercadoria em capital-dinheiro. Em
suma: no
> capitalismo, o homem vive em função da produção e não o contrário: a
> produção como um meio para o indivíduo se realizar como indivíduo.
Ou dito
> em outros termos, no capitalismo o homem é o apêndice
protoplasmático de uma
> engrenagem metálica cuja razão de ser é a perpetuação do movimento
> ascendente do capital: C > C + C' > C + C' + C'' > ...
>
> Também é falsa a idéia de que, no capitalismo, a riqueza do
indivíduo é o
> resultado do seu esforço, o prêmio da sua capacidade empreendedora,
do seu
> trabalho. Um exemplo muito simples demonstra a falsidade desta
tese: a)
> suponhamos dois empresários: um dirige uma pequena empresa que tem
como
> capital o equivalente a R$ 50.000, e um outro empresário cujo
capital da sua
> grande empresa totaliza R$ 1.000.000,00 (os valores aqui são
arbitrários);
> b) em um ano, o pequeno empresário, muito mais empreendedor, aufere
um lucro
> de 100%, isto é, em um ano ele dobra o seu capital; c) o segundo
empresário,
> rico porém medíocre, consegue, neste mesmo ano, um lucro de 20%
apenas; d) o
> lucro do empresário com mais visão foi de R$ 50.000, ao passo que o
do
> empresário míope foi de R$ 200.000,00, isto é, em termos absolutos
o grande
> empresário obteve uma massa de lucro quatro vezes maior do que o do
pequeno
> empresário muito mais vocacionado.
>
> O exemplo acima, muito simples, demonstra que, no capitalismo, o
lucro não é
> "o preço de um bem": a capacidade empreendedora do capitalista
(isso seria
> mais ou menos correto numa economia mercantil simples); que no
capitalismo é
> a propriedade que gera riqueza para o indivíduo, e não o seu
trabalho.


Isso não é verdade. O capital puro e simples é incapaz de gerar uma
renda segura de mais de 0,5% ao mês. Pode-se conseguir uma renda
maior aplicando-se em fundos de risco ou ações, mas aí você está na
verdade contratando o serviço de outras pessoas, não é o capital
sozinho que produz a renda.

O seu exemplo simplório contém muitos furos. O pequeno capitalista,
com sua rentabilidade anual, em pouco tempo ultrapassará o maior. Mas
o mais importante é a demonstração da capacidade: em pouco tempo ele
poderá conseguir o emprego do outro. Será que os grandes executivos
ganham milhões porque os acionistas das empresas gostam de queimar
dinheiro?



> Aliás, o neurolingüista Lair Ribeiro, guru de nove em cada dez
empresários,
> escreveu certa vez que "assim como a água da chuva corre para o rio
e o rio
> corre para o mar, o dinheiro vai para quem tem dinheiro." -- Sábias
> palavras, das quais se extrai a seguinte conclusão: o mercado
capitalista
> pode até ser eficiente, mas não é necessariamente justo.


Já que você apelou para o Lair Ribeiro, vou lembrar também daquele
ditado "Dinheiro não aguenta desaforo". Conheço um ex-banqueiro que
atualmente anda de carro popular e não tem dinheiro sequer para o
aluguel. Conheço várias outras pessoas assim, os chamados "novo-
pobres". Cada vez mais o capital apenas é menos importante e
insuficiente para se manter o padrão econômico. Tem também aquela
música: "Dinheiro na mão é vendeval..." . Cada vez mais é preciso
cérebro.

Não é necessariamente justo. Correto. Para isso existe a nobre função
de Auditor da Receita Federal, que vivemos de arrecadar dos ricos
para dar aos pobres (pelo menos essa é a intenção!) :)

>
> Não sou contra o mercado, nem mesmo contra o lucro. Só acho que o
lucro deve
> voltar a ser apenas uma categoria econômica, e não um objetivo
ético. Uma
> economia racional -- racional do ponto de vista do indivíduo
considerado
> como um fim em si mesmo, o sonho de Kant -- deve ter o lucro como
critério,
> obviamente, visto que o lucro de uma empresa é a sua medida de
eficiência.
> Mas o lucro não deve ser o único critério, nem mesmo o mais
fundamental.
> Outros há, mais importantes, tais como o respeito à vida humana, a
> integridade física e psíquica dos indivíduos, o equilíbrio
ecológico, a
> justiça e, sobretudo, a liberdade das pessoas de decidirem por si
mesmas o
> que é bom para elas -- se o fulano tem por meta ganhar dinheiro e
para tal
> trabalha 14 horas por dia, tudo bem, é a sua escolha. Mas que não
me venha
> esnobar, chamar-me de fracassado, perdedor ou maluco pelo simples
fato de eu
> ter escolhido outro objetivo de vida: trabalhar o suficiente para
garantir o
> pouco de que necessito e varar as madrugadas estudando filosofia.


Do mesmo modo você pode considerar um fracassado o sujeito cuja
atividade mental gira apenas em torno de ganhar dinheiro. Qual o
preço da riqueza intelectual? Que adianta o sujeito ter dinheiro para
uma viagem a paris se o cérebro dele não sai do escritório?

Mas é inegável que com o enriquecimento das sociedades cada vez mais
pessoas podem viver, se quiserem, como você.




>
> No capitalismo, se o teu objetivo de vida não for a eficiência e a
> acumulação de riquezas, então estás automaticamente excluído. És um
pária,
> um marginal, um irracional, um herege, um mal exemplo para nossos
filhos.
> Sendo assim, o capitalismo idealizado por Hayek é um sistema moral
tão
> totalitário quanto a teocracia islâmica. A diferença é que, no
primeiro, os
> ímpios são enclausurados não necessariamente em penitenciárias: seu
claustro
> é a solidão, o isolamento, o desdém e a hostilidade todos os dias
renovados
> da opinião pública, o não-reconhecimento.
>
> Um fenômeno interessante que está a ocorrer hoje nos Estados
Unidos: muitos
> executivos, daqueles que trabalham o dia todo para enriquecer, que
fazem do
> objetivo da corporação o objetivo da sua vida, estão abrindo mão da
riqueza
> e do status, escolhendo empregos com menor remuneração (o que a
mediocridade
> abastada chama de "empreguinhos") mas que, no entanto, "absorvem"
menos a
> personalidade e garantem mais tempo livre para que possam se
dedicar à arte,
> à literatura, à filosofia, aos amigos, etc. Isso só pode acontecer
num
> contexto de muita riqueza acumulada e... democracia.
>
> Somente a democracia pode garantir uma combinação ótima entre essas
duas
> variáveis: eficiência e justiça; e entre essas duas outras:
liberdade e
> igualdade. Somente a democracia pode estender a todos os benefícios
da
> civilização. Num mercado sem democracia, o homem se transforma em
mercadoria
> entre outras, num "objeto" a mercê das leis da oferta e da procura.
Por
> isso, temos que nos esforçar mais para que sejam aperfeiçoadas as
> instituições democráticas de governo.

É isso aí. Concordo totalmente com esse último trecho. Einstein
estava enganado: nosso bem mais precioso não é a ciência, mas o
estado democrático de direito.


um abraço,

André Baptista



SUBJECT: Re: Roda: Porque só a roda?
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/01/2002 16:55

Olá Antônio, aí vai minha resposta, atrasada e algo irrelevante:


--- In ciencialist@y..., "Antonio" <a_ferrao@t...> wrote:
> Caros Colegas,
>
>
> Desculpe o tempo que levei para responder, mas em função da época
de férias,
> eu fui impedido de aproximar-me do computador...
>
>
>
> Resposta ao André:
>
> > Os maiores animais voadores conhecidos foram o "quetzocoatls" (ou
> > alguma coisa assim), um réptil voador do cretáceo com 12 m de
> > envergadura e a "argentavis" (uma águia argentina do cenozóico)
com
> > uns 9 m. Ambos tinham uma massa aproximada de 100 kg, o que
> > provavelmente pode ser visto como um limite máximo para o vôo.
>
> Por qual razão este seria o limite máximo para o vôo?


Note o "provavelmente". Pode ser visto como um limite mínimo do valor
máximo. Isso se esses bichos voavam de verdade, como já foi observado.

Quanto aos irmãos Wright, eles voaram em 1903 ou não? Será que um
empurrão na decolagem é suficiente para descaracterizar o feito?

[]´s

André





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Roda: Porque só a roda?
FROM: Charles Pilger <charles@pilger.inf.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/01/2002 17:06

andrediasbaptista wrote:
> Quanto aos irmãos Wright, eles voaram em 1903 ou não? Será que um
> empurrão na decolagem é suficiente para descaracterizar o feito?

Na verdade o que descaracteriza o feito é que ele não foi reproduzido
diante de uma grande audiência e as testemunhas do primeiro vôo dos
Wright foram empregados deles.


SUBJECT: Dumont versus Wright (era: Re: Roda: Porque só a roda?)
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/01/2002 17:33

--- In ciencialist@y..., Charles Pilger <charles@p...> wrote:
> andrediasbaptista wrote:
> > Quanto aos irmãos Wright, eles voaram em 1903 ou não? Será que um
> > empurrão na decolagem é suficiente para descaracterizar o feito?
>
> Na verdade o que descaracteriza o feito é que ele não foi
reproduzido
> diante de uma grande audiência e as testemunhas do primeiro vôo dos
> Wright foram empregados deles.

Entre 1903 e 1906 eles não voaram uma vez sequer diante de uma grande
multidão? Não foi filmado?

[]´s

André



SUBJECT: Será verdade? o Darkman suicidou-se!?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/01/2002 17:52

Está rolando no Uol-ciências e outros o suicídio do amigo Darkman. Os que participam dos news da uol sabem algo de mais detalhes ou constatação da veracidade?

[]'
Léo
=============



SUBJECT: RE: [ciencialist] Dumont versus Wright (era: Re: Roda: Porque só a roda?)
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/01/2002 18:13

André,

Sou obcecado pela história de Santos Dumont e coleciono muita coisa
sobre o assunto. Tenho, inclusive, muitos livros esgotados sobre o
brasileiro voador. Só lamento não ter mais tempo agora para elaborar o
assunto, mas vou dizer o que conseguir arrancar da memória.

A melhor biografia de Santos Dumont (vergonha para nós) foi escrita por
um inglês -- "Santos-Dumont: A Study in Obsession", por Peter Wykeham,
um major da Royal Air Force. Segundo Wykeham, Santos Dumont acreditou
ter sido o primeiro homem a voar o mais pesado do que o ar, mas a
evidência documental mostra que os irmãos Wright foram realmente os
primeiros.

Embora não haja provas do vôo de 1903, pois os dois irmãos -- bem
americanamente -- pretendiam manter a invenção secreta e ganhar dinheiro
com ela, há farta documentação sobre um vôo de 24 milhas realizado em
1905. Em comparação, o vôo de 200 metros no campo de Bagatelle em 1906
foi um pulinho.

O argumento tão caro aos brasileiros de que os irmãos Wright usaram uma
catapulta não se sustenta. A catapulta foi usada nos primeiros vôos,
devido, principalmente, às dunas de areia em Kitty Hawk. Mais tarde, mas
ainda antes de 1906, os irmãos Wright fizeram vôos usando roletes que
eram deixados para trás durante a decolagem. O avião deles tinha
potência mais do que suficiente para carregar um par de rodas, não
usá-las foi uma opção técnica.

Dizer isso no Brasil é ser considerado traidor da pátria, mas digo de
qualquer jeito, por amor à verdade. Concordo com Peter Wykeham quando
ele diz que os brasileiros fariam melhor em admitir que Santos Dumont
não foi o primeiro a voar o mais pesado do que o ar, pois isso
facilitaria a divulgação de seu nome fora do Brasil. Santos Dumont foi
um gênio criativo que se manifestou em muitas outras áreas além da
aeronáutica. Suas grandes contribuições para a humanidade, incluindo o
grande avanço no desenho de aeronaves (a Deimoiselle introduziu
avançados conceitos de aerodinâmica), ficam empanadas pela insistência
ridícula dos brasileiros de achar que ele foi o primeiro. É só ver o tom
ufanista das biografias publicadas no Brasil, que tentam esconder,
inclusive a opção sexual (se me perguntarem digo qual era) do patrono da
aeronáutica.

Um abraço,
Colucci




-----Original Message-----
From: andrediasbaptista [mailto:andrebaptista@uol.com.br]
Sent: Monday, January 21, 2002 2:33 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Dumont versus Wright (era: Re: Roda: Porque só a
roda?)


--- In ciencialist@y..., Charles Pilger <charles@p...> wrote:
> andrediasbaptista wrote:
> > Quanto aos irmãos Wright, eles voaram em 1903 ou não? Será que um
> > empurrão na decolagem é suficiente para descaracterizar o feito?
>
> Na verdade o que descaracteriza o feito é que ele não foi
reproduzido
> diante de uma grande audiência e as testemunhas do primeiro vôo dos
> Wright foram empregados deles.

Entre 1903 e 1906 eles não voaram uma vez sequer diante de uma grande
multidão? Não foi filmado?

[]´s

André


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Dumont versus Wright (era: Re: Roda: Porque só a roda?)
FROM: Charles Pilger <charles@pilger.inf.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/01/2002 18:14

andrediasbaptista wrote:
> > > Quanto aos irmãos Wright, eles voaram em 1903 ou não? Será que
> > > um empurrão na decolagem é suficiente para descaracterizar o
> > > feito?
> >
> > Na verdade o que descaracteriza o feito é que ele não foi
> > reproduzido diante de uma grande audiência e as testemunhas do
> > primeiro vôo dos Wright foram empregados deles.
>
> Entre 1903 e 1906 eles não voaram uma vez sequer diante de uma grande
> multidão? Não foi filmado?

Não, como pode ser visto na página

http://www.fab.mil.br/conheca/personalidades/sdumont/wright.htm

"Em 1904, Santos-Dumont recebeu a notícia que, nos Estados Unidos, os
irmãos Orville e Wilbur Wright afirmavam ter conseguido voar em 1903 com
um aeroplano mais pesado que o ar. No entanto, esse vôo foi realizado
sem a presença de uma comissão científica e de qualquer testemunha. Seu
único registro foram publicações nos jornais com base nos relatos dos
próprios aviadores.

Posteriormente, o vôo de 1903 foi aceito publicamente, mas com um
caráter de dependência de recursos externos ao aparelho. Como o motor de
12 HP era insuficiente para elevar o aeroplano do solo, decolaram com
auxílio de catapulta.

Somente em l908, dois anos após o vôo do 14-Bis, Wilbur Wright esteve na
França para realizar demonstrações, mostrando publicamente a
superioridade do aparelho em relação a todos os que estavam sendo
produzidos na Europa. Alegou que esse avião fora construído com base no
modelo original de 1903.

Os fatos descritos parecem-nos superar uma polêmica que já perdeu
totalmente seu sentido. "

[]'s


SUBJECT: Re: [ciencialist] Dumont versus Wright (era: Re: Roda: Porque só a roda?)
FROM: Charles Pilger <charles@pilger.inf.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/01/2002 18:33

"Jose Colucci Jr. (Home)" wrote:
> inclusive a opção sexual (se me perguntarem digo qual era) do patrono da
> aeronáutica.

Até onde eu sei não há provas documentais do homossexualismo de Santos
Dummont. Existem ou é suposição mesmo? Nada contra o fato dele ter sido
homossexual, mas se o realmente tivesse sido bem que o Luiz Mott iria
gostar de saber :)


SUBJECT: RE: [ciencialist] Dumont versus Wright (era: Re: Roda: Porque só a roda?)
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/01/2002 19:17

Quem foi que disse que ele era homossexual? Segundo seus melhores
biógrafos, Santos Dumont não se interessava por sexo. Toda a sua energia
era canalizada para as invenções. As mulheres mais lindas da época se
interessaram por ele, afinal era jovem, rico, famoso e elegante. Ele as
cortejava. Levava-as para voar de balão. Mas, aparentemente, ficava por
aí.

No Brasil, há o registro de uma loja maçônica que se recusou a aceitá-lo
porque "era efeminado", mas nunca houve provas disso. Provavelmente,
como muitas outras pessoas absolutamente normais, sexo não era um fator
importante em sua vida.

Na biografia romanceada -- ou seria mais romance histórico? -- "A Night
of Bright Stars", Richard Llewellyn conta de uma jovem lindíssima que
vivia ao lado de Albertô tentando conquistá-lo, sem nunca ter
conseguido.

Colucci


-----Original Message-----
From: Charles Pilger [mailto:charles@pilger.inf.br]
Sent: Monday, January 21, 2002 3:33 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Dumont versus Wright (era: Re: Roda: Porque
só a roda?)


"Jose Colucci Jr. (Home)" wrote:
> inclusive a opção sexual (se me perguntarem digo qual era) do patrono
> da aeronáutica.

Até onde eu sei não há provas documentais do homossexualismo de Santos
Dummont. Existem ou é suposição mesmo? Nada contra o fato dele ter sido
homossexual, mas se o realmente tivesse sido bem que o Luiz Mott iria
gostar de saber :)

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Dumont versus Wright (era: Re: Roda: Porque só a roda?)
FROM: Charles Pilger <charles@pilger.inf.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/01/2002 19:28

"Jose Colucci Jr. (Home)" wrote:
> Quem foi que disse que ele era homossexual? Segundo seus melhores
> biógrafos, Santos Dumont não se interessava por sexo. Toda a sua energia
> era canalizada para as invenções. As mulheres mais lindas da época se
> interessaram por ele, afinal era jovem, rico, famoso e elegante. Ele as
> cortejava. Levava-as para voar de balão. Mas, aparentemente, ficava por
> aí.
>
> No Brasil, há o registro de uma loja maçônica que se recusou a aceitá-lo
> porque "era efeminado", mas nunca houve provas disso. Provavelmente,
> como muitas outras pessoas absolutamente normais, sexo não era um fator
> importante em sua vida.
>
> Na biografia romanceada -- ou seria mais romance histórico? -- "A Night
> of Bright Stars", Richard Llewellyn conta de uma jovem lindíssima que
> vivia ao lado de Albertô tentando conquistá-lo, sem nunca ter
> conseguido.

Pois é... eu já li versões justamente falando que ele era homossexual,
etc, etc...

Mas isso pode ser compreendido devido a nossa cultura machista onde um
que não se interessa por um bela mulher só pode ser homossexual.

Eu da minha parte acho essas histórias sem importância nenhuma, tanto
que nem gravo as fontes...

[]'s


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Pseudoceticismo
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/01/2002 19:45

Oi Ronaldo e Alexandre,

Fiquei deveras comovido com a preocupação de vocês com a minha saúde. Quanto
à doença de Crohn, saí da crise. Até parei de tomar o corticóide. Não foi
preciso a retirada do reto, decisão médica esta que me trouxe tranquilidade,
mas que não me deixou radiantemente feliz. Afinal, não sei para quê um cabra
macho como eu precisa de uma mucosa reto-anal se uma sondinha resolve o
problema da saída do bolo fecal. (Perco a saúde mas não perco a piada,
eheh!)

Já estou preparando a resposta ao e-mail do Ronaldo (acho que posto ainda
hoje), e não se preocupe, Alexandre, que desta vez não irei fazer da parte
não nobre das minhas tripas e adjacências uma desculpa para interromper a
discussão. É muito desmoralizante. :-)

Abraços,
Manuel Bulcão

----- Original Message -----
From: Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de <alxmpub@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, January 21, 2002 12:45 PM
Subject: RES: [ciencialist] Re: Pseudoceticismo


> Ronaldo,
>
> Entendo que sua manifestação não vai contra a do
> Manuel, ao contrário, foi um bom complemento.
>
> PS: Manuel, também espero que você esteja bem de saúde
> para gente não interromper os "quebra-paus" de sempre :-)
>
> []'s
>
> Alexandre Medeiros
>
> > -----Mensagem original-----
> > De: evoluindo [mailto:rcordeiro@writeme.com]
> > Enviada em: Segunda-feira, 21 de Janeiro de 2002 11:15
> > Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > Assunto: [ciencialist] Re: Pseudoceticismo
> >
> >
> > Manuel,
> >
> > Lembro-me de que debatíamos há algum tempo atrás e, se não me engano,
> > vc disse que iria se afastar por problemas de saúde. Espero que tenha
> > melhorado. Mas vamos ao quebra-pau.
> >
> > Vou tentar defender o lado dos céticos e das organizações, já que a
> > maioria dos que eu conheço é boa gente e parece ter bastante
> > honestidade intelectual (e é também cética em relação às próprias
> > idéias), portanto acho as críticas um tanto injustas. Podem sim
> > existir os "céticos dogmáticos" de que vc fala, mas com certeza não
> > são a maioria.
> >
> > Não defino pseudociência como necessariamente associada a impostores
> > ou charlatães, nem como necessariamente ligada a pseudo-questões ou
> > pseudo-problemas. Pseudociência é simplesmente, como se pode deduzir
> > do nome, aquilo que se apresenta como ciência, mas que não segue o
> > mesmo rigor que a ciência verdadeira exige para apresentar suas
> > conclusões. Muitos pseudocientistas não são impostores nem charlatães
> > (estou defendendo os pseudocientistas!!!), mas acreditam sinceramente
> > nas bobag... digo, idéias sem fundamento que defendem. Muitas
> > pseudociências se envolvem com questões e problemas extremamente
> > importantes, como a saúde por exemplo.
> >
> > A reportagem da Galileu (fui entrevistado nessa reportagem) foi até
> > bastante correta em muitos pontos, mas incorreu no erro de confundir
> > o ceticismo moderno com o ceticismo clássico, aquele da Grécia
> > antiga. Esse erro, no entanto, é comum. Um artigo do Ulisses
> > Capozoli, no Observatório de Imprensa da semana passada, cometeu a
> > mesma gafe. Algumas pessoas têm mesmo a impressão de que os céticos e
> > as organizações céticas criaram uma espécie de "lista negra"
> > ou "index" de assuntos considerados pseudociência e se colocam
> > imediatamente contra qualquer coisa que esteja nessa lista, sem
> > maiores questionamentos. A coisa não é assim. A pseudociência tem
> > algumas "marcas registradas" que permitem a sua identificação. A
> > presença de algum desses indícios dispara um alerta. Aí exige-se do
> > candidato a pseudocientista que apresente provas, estudos, controles,
> > meios de refutação, como é que se descobriu isso. O pseudocientista
> > apresenta, em lugar disso, protestos, acusações de perseguição,
> > alegações especiais, frases do tipo "precisamos mudar paradigmas"
> > ou "riram de Galileu", desviam o assunto para a filosofia, apresentam
> > supostos apoios em áreas que são igualmente pseudociências, defendem-
> > se com falácias, etc.
> >
> > Faltou que vc especificasse melhor que tipo de atitude vc considera
> > intolerante ou dogmática por parte dos céticos. Seria indelicado
> > pedir a vc que desse nomes aos bois (e currais), portanto não estou
> > fazendo isso. Gostaria apenas que vc exemplificasse a que tipo de
> > atitude em relação a que tipo de teoria vc está se referindo.
> >
> > []s
> > Ronaldo Cordeiro
> >
> >
> >
> > --- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:
> > > (Estou postanto aqui uma mensagem que enviei para a lista de
> > discussão Acrópolis)
> > >
> > > Olá turma,
> > >
> > > Há certos céticos reunidos em organizações céticas que tem por
> > programa a defesa do pensamento científico e o combate às
> > pseudociências.
> > >
> > > Percebo em boa parte desses céticos de carteirinha a sanha dos que
> > se arvoram a guarda pretoriana da Verdade ou, ao menos, do Pensamento
> > Correto. Para estes, todas as pseudociências são falcatruas
> > promovidas por impostores e que lidam com pseudo-questões ou pseudo-
> > problemas (Popper não achava isso, ao contrário, defendia que uma
> > teoria é verdadeira ou falsa independentemente da possibilidade de
> > ser testada* e que, portanto, as pseudociências não lidam
> > necessariamente com pseudo-problemas).
> > >
> > > Por isso, Submetem a um duro interrogatório os seus "inimigos de
> > fé", e os questionam não movidos pela dúvida quanto a veracidade de
> > suas idéias e tendo por meta chegar a um consenso, mas porque têm
> > eles a arraigada convicção de que os interrogados estão errados, de
> > que são mentirosos contumazes, de que não passam de charlatões. O
> > objetivo do seu interrogatório não é chegar à verdade por meio do
> > questionamento, isto é, o que eles querem não é a verdade (mesmo que
> > se trate de uma verdade relativa ou apenas aproximada), mas tão-
> > somente uma confissão de culpa. Querem "desmascarar" mesmo que a
> > máscara seja a carne que cobre o osso. São, como certa vez os
> > denominou um jornalista da revista Galileu, os "inquisidores da
> > Razão". E, com efeito, muitas dessas organizações ditas "céticas"
> > (muitas, não todas), em matéria de intolerância, não ficam muito
> > atrás das ordens católicas criadas durante a Contra-Reforma e que
> > levaram a cabo a Santa Inquisição.
> > >
> > > Sua cruzada (sim, cruzada) "iluminista" tem uma afinidade com a
> > medieval "caça às bruxas" e com os autos-de-fé.
> > >
> > > Esses "céticos" (céticos entre aspas) dizem-se anti-religiosos
> > quando, na verdade, são discípulos cegos de uma religião
> > fundamentalista ou de um misticismo leigo, o cientificismo.
> > >
> > > Temem o irracionalismo. Só não sabem que, como disse certa vez o
> > Olavo de Carvalho (sim, o Olavo às vezes acerta), "o medo do
> > irracional é irracional".
> > >
> > > Consideram-se esses céticos de carteirinha (não todos, lembro, pois
> > há valiosas exceções) os defensores das ciências. Mas não são as
> > ciências que eles defendem, e sim "A Ciência", que, segundo Elisabeth
> > Roudinesco, trata-se de uma abstração dogmática que ocupa o lugar de
> > Deus ou de uma teologia repressiva e que busca uma normatização
> > policialesca do pensamento.
> > >
> > > Abraços céticos,
> > > Manuel Bulcão
> > >
> > > PS: Um cético que não é cético com relação às próprias idéias que
> > defende não é um cético, mas um sofista.
> > >
> > >
> > > [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
> >
> >
> > &&& --- &&&
> > VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> > http://www.ciencialist.hpg.com.br
> > Para sair da lista envie um mail para
> > ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> > &&& --- &&&
> >
> > Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
> http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
>
> &&& --- &&&
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> Para sair da lista envie um mail para
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> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] [off-topic] Blecaute
FROM: Prof. José Carlos <j.c@iname.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/01/2002 20:17

Provavelmente o governo terá outra boa explicação mística para o fato. :)))

____________________
Prof. José Carlos (JC)
j.c@iname.com
ICQ 11734153
____________________


----- Original Message -----
From: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
To: "'SBCR'" <sbcr@yahoogrupos.com.br>; "'Ciencialist (br)'"
<ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, January 21, 2002 3:51 PM
Subject: [ciencialist] [off-topic] Blecaute


Para quem está online, qual a causa do blecaute que está acontecendo????

Alexandre P.Cabral de Medeiros
Analista Consultor * mailto:alexandre.medeiros@consultmail.net
AC Nielsen do Brasil - Grupo VNU * http://www.acnielsen.com
Tel. *(0xx11) 4613-7469 - Fax (0xx11) 4613-7077


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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SUBJECT: Dumont versus Wright (era: Re: Roda: Porque só a roda?)
FROM: "evoluindo" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/01/2002 22:49

--- In ciencialist@y..., Charles Pilger <charles@p...> wrote:
> "Jose Colucci Jr. (Home)" wrote:
> > inclusive a opção sexual (se me perguntarem digo qual era) do
patrono da
> > aeronáutica.
>
> Até onde eu sei não há provas documentais do homossexualismo de
Santos
> Dummont. Existem ou é suposição mesmo? Nada contra o fato dele ter
sido
> homossexual, mas se o realmente tivesse sido bem que o Luiz Mott
iria
> gostar de saber :)


E vc acha que o Luiz Mott perdeu tempo?

Era Santos Dumont Homossexual?
http://jbonline.terra.com.br/destaques/santosdumont/dumont7.html

[]s
Ronaldo



SUBJECT: Dumont versus Wright (era: Re: Roda: Porque só a roda?)
FROM: "evoluindo" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/01/2002 23:04

--- In ciencialist@y..., "andrediasbaptista" <andrebaptista@u...>
wrote:

> Entre 1903 e 1906 eles não voaram uma vez sequer diante de uma
grande
> multidão? Não foi filmado?
>
> []´s
>
> André

Como já disse o Colucci, há voos dos Wright bem documentados e
anteriores ao de Santos Dumont. Vc deve se lembrar de que já
discutimos o assunto aqui no Ciencialist. Abaixo, um link para o
texto da minha msg sobre a questão da catapulta e do desenho do avião:

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/10695

Afinal, caças supersonicos decolam de porta-avioes auxiliados por...
catapultas! Duvido que alguém diga que não são aviões porque não
decolam sem o auxílio delas.

[]s
Ronaldo Cordeiro




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Pseudoceticismo
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/01/2002 05:49

Oi Ronaldo e lista,

Espero que vocês tenham a paciência para ler esta mensagem até o fim.

Ronaldo: Vou tentar defender o lado dos céticos e das organizações, já que a
maioria dos que eu conheço é boa gente e parece ter bastante honestidade
intelectual (e é também cética em relação às próprias idéias), portanto acho
as críticas um tanto injustas. Podem sim existir os "céticos dogmáticos" de
que vc fala, mas com certeza não são a maioria.

Manuel: Espero que você tenha percebido em minha mensagem sobre o
"pseudoceticismo" algumas manifestações de complacência com relação a esse
ceticismo burocrático (relativamente ao politburô do ceticismo científico).
Já no primeiro parágrafo, deixei claro o meu pouco apego a generalizações
arbitrárias, visto que dirigi a minha crítica não a todos, mas a "boa parte
desses céticos de carteirinha". Logo adiante, eu até ressalvei alguns grupos
céticos, ao afirmar que o meu juízo negativo abarca "muitas dessas
organizações ditas "céticas" (muitas, não todas)...". E no fim do e-mail
frisei que há "valiosas exceções" individuais. Ainda gostaria de lembrar
que, quando me inscrevi na lista de discussão do FCB, minha intenção não era
a de sabotar, mas de participar. Entretanto, minhas mensagens em defesa do
freudismo não foram lá postadas, sob o argumento de que "a posição (cética)
do fórum com relação à psicanálise é a mesma dos textos e livros abaixo,
independentemente de quão cara ela possa ser para alguns". Eu sempre achei
que essa estória de buscar a sabedoria nos textos -- e não na confrontação
da hipótese
com a realidade e com a crítica -- fosse coisa de escriba egípcio ou de
sacerdote caldeu. Eu não imaginava que um cético "moderno" (presume-se que
muito mais coerente que um cético "clássico") pudesse valer-se de um
anti-argumento como esse, mormente para justificar uma censura. Eu gostaria
muito de citar-lhe o nome dos bois (quanto ao curral, acabei de me referir a
ele); mas eu sei que, quando quem decide é um colegiado, quem termina
"pagando o pato" é o pobre-diabo do porta-voz. Quando estudante
universitário, fui membro do comitê regional de uma organização
ultra-esquerdista (marxista-leninista-trotsquista de esquerda), e sei quanto
a gente, réles comissários, temos que nos violentar em nome do "centralismo
democrático" ou do coletivismo burocrático, o que dá no mesmo.

Ronaldo: Não defino pseudociência como necessariamente associada a
impostores ou charlatães, nem como necessariamente ligada a pseudo-questões
ou pseudo-problemas. Pseudociência é simplesmente, como se pode deduzir do
nome, aquilo que se apresenta como ciência, mas que não segue o mesmo rigor
que a ciência verdadeira exige para apresentar suas conclusões.

Manuel: Eu pergunto: qual o objetivo das organizações céticas? O combate às
pseudociências? Mas o conceito de ciência é tão dinâmico, não é? Até meados
da década de 70, Karl Popper não considerava o darwinismo (ou teoria
sintética da evolução) como ciência. Depois passou a considerá-lo como tal.
Isso sem falar no grande apreço que Popper tinha por Freud, o fundador de
uma "pseudociência". Peter Gay, em seu livro Psicanálise para Historiadores,
transcreve uma frase do Popper, segundo a qual "são de mitos como os
freudianos que nascem as verdadeiras ciências."

Por isso, por uma questão de prudência, e tendo em vista o caráter fluídico
dos conceitos inclusive o de ciência e o de pseudociência, defendo que os
céticos devam ser mais atomistas e menos holistas em seu "bom combate", isto
é, ao invés de combater "A Pseudociência" (com "P" maiúsculo), deveriam
combater os "pseudocientistas" (com "p" minúsculo), conceito este muito mais
abrangente, visto que envolve também físicos, biólogos, neurocientistas e
outros espécimes da "ciência rigorosa" que, movidos por necessidades
extra-científicas -- status, riqueza, etc. --, forjam os dados experimentais
de modo a enquadrar a realidade a seus esquemas (as fraudes no meio
científico, todos sabem, é abundante). Ou mesmo aquela mediocridade
acadêmica aferrada ao poder e que, em sua briga por cargos na administração
das universidades e centros de pesquisa subvencionados pelo Estado ou pela
iniciativa privada, tecem toda uma rede de intrigas, valendo-se inclusive,
como tática, de critérios epistemológicos tais como a antinomia popperiana
"ciência-pseudociência" para demarcar território, para separar os amigos dos
inimigos e, desta forma, compôr alianças e conspirar. (Marx, na Crítica ao
Programa de Gotha, ao ver as aberrações que alguns socialistas estavam a
proferir em seu
nome, disse: "o certo é que não sou marxista". E o que Popper diria do
discurso dos seus epígonos?)

Mas vamos ao núcleo da questão: qual a principal razão para que os céticos
devam ser céticos também com relação ao critério popperiano? É certo que
muitos querem modificar o conceito de "ciência" apenas para ajustá-lo às
suas convicções (numa sociedade pós-revolução técnico-científica e em que
tal revolução trouxe inúmeros benefícios, a palavra ciência virou termo de
garantia para qualquer idéia). Entretanto, se por ciência entendemos o
conhecimento obtido empiricamente -- por meio da experiência e da
observação --, então tudo que é observável deve ser objeto de ciência. A
ciência tem lá os seus critérios, deve ser rigorosa, mas não ao ponto de
deixar fora dela este ou aquele fenômeno da realidade.

Ora, a epistemologia popperiana deixa muitas coisas importantes fora do
alcance da ciência. Pois, segundo Popper, uma hipótese só é científica
quando faz uma previsão que pode ser testada. Mas, quanto aos sistemas
dinâmicos não-lineares complexos (como é o caso do indivíduo humano), a
resposta de tais sistemas a um determinado estímulo não é unívoca, mas uma
vasta gama de comportamentos possíveis e até mesmo contraditórios. Trata-se
de sistemas "relativamente" imprevisíveis. Por isso que a ciência "dura"
lida com muita dificuldade com sistemas dinâmicos não-lineares complexos;
por isso que, para Popper, ainda não existe uma ciência humana no sentido
rigoroso do termo, que falta a tal "ciência" ("ciência" entre aspas)
encontrar o seu Galileu; por isso que Popper custou a dar ao darwinismo o
estatuto de ciência (a teoria da evolução de Darwin lida com sistemas
adaptativos complexos) e só veio a atribuir-lhe tal "mérito" quando
constatou, horrorizado, que os criacionistas bíblicos estavam a valer-se dos
argumentos popperianos (segundo o qual o darwinismo, tal como a psicanálise
de Freud, não é ciência mas tão-somente um "fecundo" sistema metafísico de
pesquisa); por isso que de cada dez dos exemplos citados por Popper de
hipóteses "científicas", dez são hipóteses extraídas da física, mormente da
física dos sistemas lineares ou não-lineares integráveis (os quais, entre os
sistemas não-lineares, são a exceção).

Devemos, em nome do rigor científico, abandonar tais aspectos da realidade,
deixar que as traças do misticismo tomem conta deles?

Uma alternativa é cortar as arestas de tais aspectos da realidade, de modo
que venha a caber no leito de Procusto da ciência acadêmica. É o que vem
tentando fazer o behaviorismo com relação ao psiquismo humano. Os
behavioristas, para estudar o homem "de uma forma rigorosamente científica",
enclausuram-no num laboratório, numa situação pré-determinada pelo
cientista. Por isso, perdem de vista um aspecto importante, talvez
essencial, do comportamento do homem quando este se encontra em uma situação
de liberdade. O etólogo Konrad Lorenz não admite que tal método seja
inteiramente válido sequer para o estudo do comportamento dos pombos. Em seu
livro Fundamentos da Etologia, ele escreveu:

<<Quando, por outro lado, behavioristas colocam pombos experimentais dentro
de uma caixa opaca que evita a percepção de qualquer informação, exceto
aquela de quando e quão freqüentemente o pombo aperta uma barra, eu não
posso evitar a idéia de que eles não querem ver as outras várias atividades
executadas pelo animal, porque têm medo de que o que vissem pudesse diminuir
sua crença em seu próprio monismo explicativo.>> (K. Lorenz; Os Fundamentos

da Etologia; Ed. UNESP; pp. 102/103)

Mas como nós, homens, compartilhamos com os pombos-de-laboratório alguns
comportamentos condicionados e previsíveis -- o que nos torna
manipuláveis --, os behavioristas sempre terão emprego garantido no setor de
marketing de qualquer empresa, que é o lugar onde são produzidos os
consumidores de cigarro, uísque e outras porcarias. Para esses que querem
apenas lucrar, seria interessante que o comportamento dos consumidores nada
mais fosse que um feixe de reflexos condicionados. A criatividade e o
discernimento crítico constituem um obstáculo.

Como escrevi em outro artigo: "Para o beraviorismo a 'natureza' humana é uma
matéria extremamente dócil, uma verdadeira tábula rasa, tão maleável que a
sociedade a molda como bem lhe apraz. Para a psicanálise, ao contrário,
nossa natureza não é tão plástica assim: ela, até um certo ponto, 'resiste'
ao processo de aculturação. A psicanálise afirma que há algo no indivíduo
que é irredutível à cultura, daí o mal-estar na Civilização. Ora, os Estados
totalitários, bem como nossa sociedade de consumo (em que antes de se criar
o produto, cria-se "behavioristicamente", por meio do marketing, a
necessidade de tal produto), anelam uma humanidade ao seu modo "feliz". Isso
talvez explique o fato de o stalinismo e o nazismo terem abominado a
psicanálise, bem como o mal-estar dos psicólogos ligados ao 'human
Engineering', empregados das grandes corporações capitalistas, com relação a
algumas idéias de Freud."

Ufa! Tem ainda muita coisa para ser dito. Deixarei para outro dia. Por ora,
concluirei com um texto do Einstein, que ilustra bem a relação problemática
entre a epistemologia e a ciência. Se o epistemólogo Popper afirmou que
Freud não era um cientista, vejamos o que afirmou um cientista "em toda a
extensão da palavra" sobre a epistemologia:

<<A ciência sem epistemologia -- supondo-se que isto seja imaginável -- é
primitiva e confusa. Entretanto, caso o epistemólogo, que procura um sistema
claro, o tenha encontrado, ele está propenso a interpretar o conceúdo da
ciência por meio de seu sistema e a rejeitar seja o que for que não se
ajuste ao seu sistema. O cientista, contudo, não pode se dar ao luxo de
levar tão longe seu empenho pela sistemática epistemológica... O cientista,
por este motivo, deve parecer ao epistemólogo sistemático um oportunista
inescrupuloso.>> (Albert Einstein; 1949, p. 684, "in" Imposturas
Intelectuais, de Alan Sokal e Jean Bricmont; p. 69)

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: Pseudoceticismo
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/01/2002 05:51

Oi Ronaldo e lista,

Espero que vocês tenham a paciência para ler esta mensagem até o fim.

Ronaldo: Vou tentar defender o lado dos céticos e das organizações, já que a
maioria dos que eu conheço é boa gente e parece ter bastante honestidade
intelectual (e é também cética em relação às próprias idéias), portanto acho
as críticas um tanto injustas. Podem sim existir os "céticos dogmáticos" de
que vc fala, mas com certeza não são a maioria.

Manuel: Espero que você tenha percebido em minha mensagem sobre o
"pseudoceticismo" algumas manifestações de complacência com relação a esse
ceticismo burocrático (relativamente ao politburô do ceticismo científico).
Já no primeiro parágrafo, deixei claro o meu pouco apego a generalizações
arbitrárias, visto que dirigi a minha crítica não a todos, mas a "boa parte
desses céticos de carteirinha". Logo adiante, eu até ressalvei alguns grupos
céticos, ao afirmar que o meu juízo negativo abarca "muitas dessas
organizações ditas "céticas" (muitas, não todas)...". E no fim do e-mail
frisei que há "valiosas exceções" individuais. Ainda gostaria de lembrar
que, quando me inscrevi na lista de discussão do FCB, minha intenção não era
a de sabotar, mas de participar. Entretanto, minhas mensagens em defesa do
freudismo não foram lá postadas, sob o argumento de que "a posição (cética)
do fórum com relação à psicanálise é a mesma dos textos e livros abaixo,
independentemente de quão cara ela possa ser para alguns". Eu sempre achei
que essa estória de buscar a sabedoria nos textos -- e não na confrontação
da hipótese
com a realidade e com a crítica -- fosse coisa de escriba egípcio ou de
sacerdote caldeu. Eu não imaginava que um cético "moderno" (presume-se que
muito mais coerente que um cético "clássico") pudesse valer-se de um
anti-argumento como esse, mormente para justificar uma censura. Eu gostaria
muito de citar-lhe o nome dos bois (quanto ao curral, acabei de me referir a
ele); mas eu sei que, quando quem decide é um colegiado, quem termina
"pagando o pato" é o pobre-diabo do porta-voz. Quando estudante
universitário, fui membro do comitê regional de uma organização
ultra-esquerdista (marxista-leninista-trotsquista de esquerda), e sei quanto
a gente, réles comissários, temos que nos violentar em nome do "centralismo
democrático" ou do coletivismo burocrático, o que dá no mesmo.

Ronaldo: Não defino pseudociência como necessariamente associada a
impostores ou charlatães, nem como necessariamente ligada a pseudo-questões
ou pseudo-problemas. Pseudociência é simplesmente, como se pode deduzir do
nome, aquilo que se apresenta como ciência, mas que não segue o mesmo rigor
que a ciência verdadeira exige para apresentar suas conclusões.

Manuel: Eu pergunto: qual o objetivo das organizações céticas? O combate às
pseudociências? Mas o conceito de ciência é tão dinâmico, não é? Até meados
da década de 70, Karl Popper não considerava o darwinismo (ou teoria
sintética da evolução) como ciência. Depois passou a considerá-lo como tal.
Isso sem falar no grande apreço que Popper tinha por Freud, o fundador de
uma "pseudociência". Peter Gay, em seu livro Psicanálise para Historiadores,
transcreve uma frase do Popper, segundo a qual "são de mitos como os
freudianos que nascem as verdadeiras ciências."

Por isso, por uma questão de prudência, e tendo em vista o caráter fluídico
dos conceitos inclusive o de ciência e o de pseudociência, defendo que os
céticos devam ser mais atomistas e menos holistas em seu "bom combate", isto
é, ao invés de combater "A Pseudociência" (com "P" maiúsculo), deveriam
combater os "pseudocientistas" (com "p" minúsculo), conceito este muito mais
abrangente, visto que envolve também físicos, biólogos, neurocientistas e
outros espécimes da "ciência rigorosa" que, movidos por necessidades
extra-científicas -- status, riqueza, etc. --, forjam os dados experimentais
de modo a enquadrar a realidade a seus esquemas (as fraudes no meio
científico, todos sabem, é abundante). Ou mesmo aquela mediocridade
acadêmica aferrada ao poder e que, em sua briga por cargos na administração
das universidades e centros de pesquisa subvencionados pelo Estado ou pela
iniciativa privada, tecem toda uma rede de intrigas, valendo-se inclusive,
como tática, de critérios epistemológicos tais como a antinomia popperiana
"ciência-pseudociência" para demarcar território, para separar os amigos dos
inimigos e, desta forma, compôr alianças e conspirar. (Marx, na Crítica ao
Programa de Gotha, ao ver as aberrações que alguns socialistas estavam a
proferir em seu
nome, disse: "o certo é que não sou marxista". E o que Popper diria do
discurso dos seus epígonos?)

Mas vamos ao núcleo da questão: qual a principal razão para que os céticos
devam ser céticos também com relação ao critério popperiano? É certo que
muitos querem modificar o conceito de "ciência" apenas para ajustá-lo às
suas convicções (numa sociedade pós-revolução técnico-científica e em que
tal revolução trouxe inúmeros benefícios, a palavra ciência virou termo de
garantia para qualquer idéia). Entretanto, se por ciência entendemos o
conhecimento obtido empiricamente -- por meio da experiência e da
observação --, então tudo que é observável deve ser objeto de ciência. A
ciência tem lá os seus critérios, deve ser rigorosa, mas não ao ponto de
deixar fora dela este ou aquele fenômeno da realidade.

Ora, a epistemologia popperiana deixa muitas coisas importantes fora do
alcance da ciência. Pois, segundo Popper, uma hipótese só é científica
quando faz uma previsão que pode ser testada. Mas, quanto aos sistemas
dinâmicos não-lineares complexos (como é o caso do indivíduo humano), a
resposta de tais sistemas a um determinado estímulo não é unívoca, mas uma
vasta gama de comportamentos possíveis e até mesmo contraditórios. Trata-se
de sistemas "relativamente" imprevisíveis. Por isso que a ciência "dura"
lida com muita dificuldade com sistemas dinâmicos não-lineares complexos;
por isso que, para Popper, ainda não existe uma ciência humana no sentido
rigoroso do termo, que falta a tal "ciência" ("ciência" entre aspas)
encontrar o seu Galileu; por isso que Popper custou a dar ao darwinismo o
estatuto de ciência (a teoria da evolução de Darwin lida com sistemas
adaptativos complexos) e só veio a atribuir-lhe tal "mérito" quando
constatou, horrorizado, que os criacionistas bíblicos estavam a valer-se dos
argumentos popperianos (segundo o qual o darwinismo, tal como a psicanálise
de Freud, não é ciência mas tão-somente um "fecundo" sistema metafísico de
pesquisa); por isso que de cada dez dos exemplos citados por Popper de
hipóteses "científicas", dez são hipóteses extraídas da física, mormente da
física dos sistemas lineares ou não-lineares integráveis (os quais, entre os
sistemas não-lineares, são a exceção).

Devemos, em nome do rigor científico, abandonar tais aspectos da realidade,
deixar que as traças do misticismo tomem conta deles?

Uma alternativa é cortar as arestas de tais aspectos da realidade, de modo
que venha a caber no leito de Procusto da ciência acadêmica. É o que vem
tentando fazer o behaviorismo com relação ao psiquismo humano. Os
behavioristas, para estudar o homem "de uma forma rigorosamente científica",
enclausuram-no num laboratório, numa situação pré-determinada pelo
cientista. Por isso, perdem de vista um aspecto importante, talvez
essencial, do comportamento do homem quando este se encontra em uma situação
de liberdade. O etólogo Konrad Lorenz não admite que tal método seja
inteiramente válido sequer para o estudo do comportamento dos pombos. Em seu
livro Fundamentos da Etologia, ele escreveu:

<<Quando, por outro lado, behavioristas colocam pombos experimentais dentro
de uma caixa opaca que evita a percepção de qualquer informação, exceto
aquela de quando e quão freqüentemente o pombo aperta uma barra, eu não
posso evitar a idéia de que eles não querem ver as outras várias atividades
executadas pelo animal, porque têm medo de que o que vissem pudesse diminuir
sua crença em seu próprio monismo explicativo.>> (K. Lorenz; Os Fundamentos

da Etologia; Ed. UNESP; pp. 102/103)

Mas como nós, homens, compartilhamos com os pombos-de-laboratório alguns
comportamentos condicionados e previsíveis -- o que nos torna
manipuláveis --, os behavioristas sempre terão emprego garantido no setor de
marketing de qualquer empresa, que é o lugar onde são produzidos os
consumidores de cigarro, uísque e outras porcarias. Para esses que querem
apenas lucrar, seria interessante que o comportamento dos consumidores nada
mais fosse que um feixe de reflexos condicionados. A criatividade e o
discernimento crítico constituem um obstáculo.

Como escrevi em outro artigo: "Para o beraviorismo a 'natureza' humana é uma
matéria extremamente dócil, uma verdadeira tábula rasa, tão maleável que a
sociedade a molda como bem lhe apraz. Para a psicanálise, ao contrário,
nossa natureza não é tão plástica assim: ela, até um certo ponto, 'resiste'
ao processo de aculturação. A psicanálise afirma que há algo no indivíduo
que é irredutível à cultura, daí o mal-estar na Civilização. Ora, os Estados
totalitários, bem como nossa sociedade de consumo (em que antes de se criar
o produto, cria-se "behavioristicamente", por meio do marketing, a
necessidade de tal produto), anelam uma humanidade ao seu modo "feliz". Isso
talvez explique o fato de o stalinismo e o nazismo terem abominado a
psicanálise, bem como o mal-estar dos psicólogos ligados ao 'human
Engineering', empregados das grandes corporações capitalistas, com relação a
algumas idéias de Freud."

Ufa! Tem ainda muita coisa para ser dito. Deixarei para outro dia. Por ora,
concluirei com um texto do Einstein, que ilustra bem a relação problemática
entre a epistemologia e a ciência. Se o epistemólogo Popper afirmou que
Freud não era um cientista, vejamos o que afirmou um cientista "em toda a
extensão da palavra" sobre a epistemologia:

<<A ciência sem epistemologia -- supondo-se que isto seja imaginável -- é
primitiva e confusa. Entretanto, caso o epistemólogo, que procura um sistema
claro, o tenha encontrado, ele está propenso a interpretar o conceúdo da
ciência por meio de seu sistema e a rejeitar seja o que for que não se
ajuste ao seu sistema. O cientista, contudo, não pode se dar ao luxo de
levar tão longe seu empenho pela sistemática epistemológica... O cientista,
por este motivo, deve parecer ao epistemólogo sistemático um oportunista
inescrupuloso.>> (Albert Einstein; 1949, p. 684, "in" Imposturas
Intelectuais, de Alan Sokal e Jean Bricmont; p. 69)

Abraços,
Manuel Bulcão




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Dumont versus Wright (era: Re: Roda: Porque só a roda?)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/01/2002 09:35

Qual a importancia de se discutir
a sexualidade de Santos Dumont?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [off-topic] Blecaute
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/01/2002 09:38

Queda de cabo de transmissão em SP causa blecaute; "sistema é
vulnerável", diz ministro.
http://www.uol.com.br/economia/apagao.shl

(Descobriram ontem q. o sistema e' vulneravel...
Daqui a pouco descobrem q. a Terra e' redonda.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Dumont versus Wright (era: Re: Roda: Porque só a roda?)
FROM: Charles Pilger <charles@pilger.inf.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/01/2002 11:11

"Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:
>
> Putz! Vamos deixar a discussão da orientação sexual de alguém para a Revista
> Caras! ;-)
>

Eu da minha parte já parei...


SUBJECT: RES: [ciencialist] Dumont versus Wright (era: Re: Roda: Porque só a roda?)
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/01/2002 12:07

Putz! Vamos deixar a discussão da orientação sexual de alguém para a Revista
Caras! ;-)

Abraços hetero-machão-he-man...

Alexandre Medeiros

> -----Mensagem original-----
> De: Charles Pilger [mailto:charles@pilger.inf.br]
> Enviada em: Segunda-feira, 21 de Janeiro de 2002 19:28
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Assunto: Re: [ciencialist] Dumont versus Wright (era: Re: Roda: Porque
> só a roda?)
>
>
> "Jose Colucci Jr. (Home)" wrote:
> > Quem foi que disse que ele era homossexual? Segundo seus melhores
> > biógrafos, Santos Dumont não se interessava por sexo. Toda
> a sua energia
> > era canalizada para as invenções. As mulheres mais lindas
> da época se
> > interessaram por ele, afinal era jovem, rico, famoso e
> elegante. Ele as
> > cortejava. Levava-as para voar de balão. Mas,
> aparentemente, ficava por
> > aí.
> >
> > No Brasil, há o registro de uma loja maçônica que se
> recusou a aceitá-lo
> > porque "era efeminado", mas nunca houve provas disso. Provavelmente,
> > como muitas outras pessoas absolutamente normais, sexo não
> era um fator
> > importante em sua vida.
> >
> > Na biografia romanceada -- ou seria mais romance histórico?
> -- "A Night
> > of Bright Stars", Richard Llewellyn conta de uma jovem
> lindíssima que
> > vivia ao lado de Albertô tentando conquistá-lo, sem nunca ter
> > conseguido.
>
> Pois é... eu já li versões justamente falando que ele era homossexual,
> etc, etc...
>
> Mas isso pode ser compreendido devido a nossa cultura machista onde um
> que não se interessa por um bela mulher só pode ser homossexual.
>
> Eu da minha parte acho essas histórias sem importância nenhuma, tanto
> que nem gravo as fontes...
>
> []'s
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RE: [ciencialist] Dumont versus Wright (era: Re: Roda: Porque só a roda?)
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/01/2002 12:19

Roberto Takata perguntou:
>Qual a importancia de se discutir
>a sexualidade de Santos Dumont?

A importância desse assunto para o estudo da história da aeronáutica é
nenhuma.

A importância desse assunto para o estudo das razões, motivações,
atitudes do homem Santos Dumont é grande. Tanto que seus biógrafos
sérios o abordaram. Como disse Terêncio "Homo sum et nihil humani a me
alienum" - Sou homem e nada do que é humano me é estranho.

Achar que falar da sexualidade de Santos Dumont é desmerecê-lo é uma
forma de preconceito. Concordo, no entanto, que não é assunto para esta
lista, por isso paro por aqui.

Um abraço,
Colucci



SUBJECT: Fw: “SISTEMA DE PROPULSÃO DE MOTOR COM PISTÃO MAGNÉTICO E ACIONAMENTO COM ELETROÍMÃ
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/01/2002 12:53

Mais um ...........

['
Léo
PS: segue outra mensagem com a figura
=============
-----Mensagem Original-----
De: MichelSinger@aol.com
Para: leo@barretos.com.br
Enviada em: terça-feira, 22 de janeiro de 2002 10:41
Assunto: “SISTEMA DE PROPULSÃO DE MOTOR COM PISTÃO MAGNÉTICO E ACIONAMENTO COM ELETROÍMÃ




Sou Michel Singer do Rio de Janeiro sou inventor tenho 7 patentes registradas no I.N.P.I. Instituo Nacional de Propriedade Industrial, minha ultima invenção com o n.° MU.8102915-2 é o “SISTEMA DE PROPULSÃO DE MOTOR COM PISTÃO MAGNÉTICO E ACIONAMENTO COM ELETROÍMÃ!”, pode ser acionado com um eletroímã . Infelizmente não tenho tempo para montar um protótipo em um carro ou um motor, só criei um protótipo com um motor elétrico de carrinho e cano pvc , este protótipo multiplicou a potencia do motor com a mesma pilha alcalina.
Esta invenção deve economizar o combustível do carro pois por exemplo o ford Ka possui quatro pistões, sendo que dois não vão ter a queima de combustível e os outros dois vão ter o funcionamento normal.

Tenho algumas dividas e perguntas, gostaria que os senhores me ajudassem a responder as tais perguntas:

1- Gostaria de saber se este sistema seria possível de mover, a biela de um carro e empurrar o pistão ?

2- Gostaria de saber em relação a pergunta anterior se fosse possível o funcionamento e ele iria economizar o combustível do carro?

3- Gostaria de saber por favor, se este sistema iria multiplicar a potência do motor ?

Gostaria que os senhores analisassem a minha invenção, e fico a disposição dos senhores para maiores detalhes .

Obrigado pela atenção.

Vou mandar um desenho para os senhores.




Tel: (021) 2557-3054 fax.
(021) 2558-7498
(021) 9632- 7317


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Fw: RESUMO E DESENHO DO "SISTEMA DE PROPULSÃO DE MOTOR COM PISTÃO MAGNÉTICO ....
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/01/2002 12:54


-----Mensagem Original-----
De: MichelSinger@aol.com
Para: leo@barretos.com.br
Enviada em: terça-feira, 22 de janeiro de 2002 10:44
Assunto: RESUMO E DESENHO DO "SISTEMA DE PROPULSÃO DE MOTOR COM PISTÃO MAGNÉTICO ....


RESUMO


“SISTEMA DE PROPULSÃO DE MOTOR COM PISTÃO MAGNÉTICO E ACIONAMENTO COM ELETROÍMÃ. ”


O sistema tem por objetivo ser adaptável em todos os tipos de motores como os de combustão interna, elétricos, híbridos e os motores que utilizam célula de combustível. Com o grande aumento do efeito estufa na camada de ozônio, grandes montadoras buscam criar um motor ecologicamente correto. Mas alguns sistemas criados não atendem as necessidades dos consumidores especialmente ao rendimento do carro.

1- FUNCIONAMENTO : foto em anexo

O motor de um carro popular possui quatro cilindros e quatro pistões, no motor com pistão magnético dois pistões (ver foto, pistão 1 e 4) vão ter a queima de combustível normal e os outros dois (ver foto, pistão 2 e 3) não terão a queima de combustível, ou seja, não vai entrar combustível dentro do cilindro.
O pistão 1 queima o combustível, assim ele desce enquanto o pistão 2 sobe , quando o pistão 2 esta subindo o eletroímã não é ativado, ele só é ativado quando o pistão esta perto do eletroímã, ai sim o eletroímã é ativado fazendo a imantação . O imã que esta dentro do pistão 2 não agüenta a imantação e desce, pois negativo com negativo se repelem . O mesmo ocorre com o pistão 3 .

O motor é feito todo de alumínio e o pistão também, o imã fica dentro do pistão. Este sistema pode ser usado dentro dos cilindros (1 e 4), ou seja, o sistema vai aproveitar os tempos não úteis (admissão e exaustão) de motores a combustão de 4 tempos, para uma impulsão eletromagnética. Enquanto o ar e o combustível é injetado na câmara, minutos depois a vela é ativada, ai o eletroímã é ativado, por uma central (um computador). Quando a vela da a centelha para a combustão, o eletroímã é ativado para ajudar o pistão a descer.

2- RESULTADO:

O motor com pistão magnético resultará num melhor aproveitamento do combustível por dispensar a queima de dois cilindros ou no caso de ser utilizado dentro da combustão ele poderá economizar o combustível, pois não será necessário injetar tanto combustível, pois o eletroímã vai ajudar a fazer o serviço. A energia para alimentação dos eletroímãs teria de vir de baterias isoladas do sistema do carro, ou seja, o sistema não vai aproveitar a bateria do carro ele terá a sua própria fonte de energia. Por ser uma fonte inesgotável de energia o seu funcionamento dispensará reposição ou manutenção, é só carregar as baterias do sistema.

3- OBJETIVO DO INVENTOR:

Gostaria de criar um protótipo do motor com pistão magnético em um carro de passeio ou em uma moto.Procuro pessoas interessadas em elaborar o sistema.

Fico a disposição para qualquer esclarecimento técnico.

Michel Singer
Rio de Janeiro
Rua das Laranjeiras n.° 210 ap. 1510
Cep. 22240-001 Bairro Laranjeiras
Tel. (021) 2557-3054 (021) 2558-7498 (021) 9632-7317
michelsinger@aol.com




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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Fw: �?oSISTEMA DE PROPULS�fO DE MOTOR COM PIST�fO MAGN�?TICO E ACIONAMENTO COM ELETROÍM�f
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/01/2002 12:54


-----Mensagem Original-----
De: MichelSinger@aol.com
Para: leo@barretos.com.br
Enviada em: terça-feira, 22 de janeiro de 2002 10:41
Assunto: â?oSISTEMA DE PROPULSÃfO DE MOTOR COM PISTÃfO MAGNÃ?TICO E ACIONAMENTO COM ELETROÍMÃf




Sou Michel Singer do Rio de Janeiro sou inventor tenho 7 patentes registradas no I.N.P.I. Instituo Nacional de Propriedade Industrial, minha ultima invenção com o n.° MU.8102915-2 é o â?oSISTEMA DE PROPULSÃfO DE MOTOR COM PISTÃfO MAGNÃ?TICO E ACIONAMENTO COM ELETROÍMÃf!â?, pode ser acionado com um eletroímã . Infelizmente não tenho tempo para montar um protótipo em um carro ou um motor, só criei um protótipo com um motor elétrico de carrinho e cano pvc , este protótipo multiplicou a potencia do motor com a mesma pilha alcalina.
Esta invenção deve economizar o combustível do carro pois por exemplo o ford Ka possui quatro pistões, sendo que dois não vão ter a queima de combustível e os outros dois vão ter o funcionamento normal.

Tenho algumas dividas e perguntas, gostaria que os senhores me ajudassem a responder as tais perguntas:

1- Gostaria de saber se este sistema seria possível de mover, a biela de um carro e empurrar o pistão ?

2- Gostaria de saber em relação a pergunta anterior se fosse possível o funcionamento e ele iria economizar o combustível do carro?

3- Gostaria de saber por favor, se este sistema iria multiplicar a potência do motor ?

Gostaria que os senhores analisassem a minha invenção, e fico a disposição dos senhores para maiores detalhes .

Obrigado pela atenção.

Vou mandar um desenho para os senhores.




Tel: (021) 2557-3054 fax.
(021) 2558-7498
(021) 9632- 7317


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SUBJECT: Fw: RESUMO E DESENHO DO "SISTEMA DE PROPULS�O DE MOTOR COM PIST�O MAGN�TICO ....
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/01/2002 12:54


-----Mensagem Original-----
De: MichelSinger@aol.com
Para: leo@barretos.com.br
Enviada em: terça-feira, 22 de janeiro de 2002 10:44
Assunto: RESUMO E DESENHO DO "SISTEMA DE PROPULSÃO DE MOTOR COM PISTÃO MAGNÉTICO ....


RESUMO


â?oSISTEMA DE PROPULSÃfO DE MOTOR COM PISTÃfO MAGNÃ?TICO E ACIONAMENTO COM ELETROÍMÃf. â?


O sistema tem por objetivo ser adaptável em todos os tipos de motores como os de combustão interna, elétricos, híbridos e os motores que utilizam célula de combustível. Com o grande aumento do efeito estufa na camada de ozônio, grandes montadoras buscam criar um motor ecologicamente correto. Mas alguns sistemas criados não atendem as necessidades dos consumidores especialmente ao rendimento do carro.

1- FUNCIONAMENTO : foto em anexo

O motor de um carro popular possui quatro cilindros e quatro pistões, no motor com pistão magnético dois pistões (ver foto, pistão 1 e 4) vão ter a queima de combustível normal e os outros dois (ver foto, pistão 2 e 3) não terão a queima de combustível, ou seja, não vai entrar combustível dentro do cilindro.
O pistão 1 queima o combustível, assim ele desce enquanto o pistão 2 sobe , quando o pistão 2 esta subindo o eletroímã não é ativado, ele só é ativado quando o pistão esta perto do eletroímã, ai sim o eletroímã é ativado fazendo a imantação . O imã que esta dentro do pistão 2 não agüenta a imantação e desce, pois negativo com negativo se repelem . O mesmo ocorre com o pistão 3 .

O motor é feito todo de alumínio e o pistão também, o imã fica dentro do pistão. Este sistema pode ser usado dentro dos cilindros (1 e 4), ou seja, o sistema vai aproveitar os tempos não úteis (admissão e exaustão) de motores a combustão de 4 tempos, para uma impulsão eletromagnética. Enquanto o ar e o combustível é injetado na câmara, minutos depois a vela é ativada, ai o eletroímã é ativado, por uma central (um computador). Quando a vela da a centelha para a combustão, o eletroímã é ativado para ajudar o pistão a descer.

2- RESULTADO:

O motor com pistão magnético resultará num melhor aproveitamento do combustível por dispensar a queima de dois cilindros ou no caso de ser utilizado dentro da combustão ele poderá economizar o combustível, pois não será necessário injetar tanto combustível, pois o eletroímã vai ajudar a fazer o serviço. A energia para alimentação dos eletroímãs teria de vir de baterias isoladas do sistema do carro, ou seja, o sistema não vai aproveitar a bateria do carro ele terá a sua própria fonte de energia. Por ser uma fonte inesgotável de energia o seu funcionamento dispensará reposição ou manutenção, é só carregar as baterias do sistema.

3- OBJETIVO DO INVENTOR:

Gostaria de criar um protótipo do motor com pistão magnético em um carro de passeio ou em uma moto.Procuro pessoas interessadas em elaborar o sistema.

Fico a disposição para qualquer esclarecimento técnico.

Michel Singer
Rio de Janeiro
Rua das Laranjeiras n.° 210 ap. 1510
Cep. 22240-001 Bairro Laranjeiras
Tel. (021) 2557-3054 (021) 2558-7498 (021) 9632-7317
michelsinger@aol.com




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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: porque há tantos homosexuais famosos
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/01/2002 14:39



"Jose Colucci Jr. (Home)" wrote:

>
> Achar que falar da sexualidade de Santos Dumont é desmerecê-lo é uma
> forma de preconceito. Concordo, no entanto, que não é assunto para esta
> lista, por isso paro por aqui.

Não totalmente. A proporção de homosexuais famosos parece ser superior
ao da média da população. Há várias hipoteses para explicar este
fenómeno:

1 - O fenómeno não existe. Os homosexuais famosos parecem muitos
porque chamam mais à atenção.

2 - Os homosexuais sublimam a impossibilidade de ter filhos
dedicando-se às artes.

3 - Os homosexuais estabelecem laços sociais e criam comunidades
que facilitam a ascenção social.

4 - Os famosos detestam ser assediados e dizem-se homosexuais
para se livrarem dos admiradores.

5 - Os famosos são famosos porque são homosexuais e não porque tenham
alguma espécie de mérito.

6 - O número de homosexuais na população em geral é muito maior
do que se pensa (3% homens, 1% mulheres -- sem falar nos bisexuais)
--
joão
http://www.nonio.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] porque h� tantos homosexuais famosos
FROM: Nicolau Werneck <nwerneck@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/01/2002 15:50

> 5 - Os famosos são famosos porque são homosexuais e
> não porque tenham
> alguma espécie de mérito.
é questão de fazer-se uma pesquisa, e detectar-se
qualquer relação de funcionalidade entre
homossexualismoe fama!...

mas é uma daquelas pesquisas esclarecedoras que as
pessoas têm preguiça de fazer...

++nicolau



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SUBJECT: Re: porque há tantos homosexuais famosos
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/01/2002 16:55

Olá João,

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
>
>
> Não totalmente. A proporção de homosexuais famosos parece ser
superior
> ao da média da população. Há várias hipoteses para explicar este
> fenómeno:
>

1- É homosexuais ou homossexuais?
2- É verdade que em Portugal, antes de entrar no cinema temos que
pegar uma bicha?
2- Sabes como chamamos os homossexuais aqui no Brasil?

:)

[]´s

André





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: porque há tantos homosexuais famosos
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/01/2002 17:25



andrediasbaptista wrote:
>
> Olá João,
>
> --- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> >
> >
> > Não totalmente. A proporção de homosexuais famosos parece ser
> superior
> > ao da média da população. Há várias hipoteses para explicar este
> > fenómeno:
> >
>
> 1- É homosexuais ou homossexuais?

Não sei.

> 2- É verdade que em Portugal, antes de entrar no cinema temos que
> pegar uma bicha?

Sim, é verdade, mas nós também lhe chamamos fila.

> 2- Sabes como chamamos os homossexuais aqui no Brasil?
>
> :)

Nós cá também chamamos "bichas" aos homosexuais, mas isso é
considerado deselegante.
:)

--
joão
http://www.nonio.com


SUBJECT: 'Algo' que se propaga
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/01/2002 19:01

"Cite vários fenômenos em que "algo" se propaga."

Sugestões que apresento estão abaixo. Apreciaria complementar essa lista.

a) Várias pedras de dominó alinhadas, colocadas em pé, uma próxima da outra, seguindo qualquer trajetória. Derrubando-se uma pedra, o "estado de queda" se propaga.

b) Uma fila de carros, aguardando o sinal verde de tráfego. Quando o sinal abre, o primeiro carro parte, o segundo acompanha e assim por diante. A "informação" transmite-se em sentido contrário ao movimento dos veículos.

c) A propagação dos boatos.

d) Uma barra imantada girando fora de uma câmara de vácuo. Dentro da câmara há pequenas agulhas magnéticas, em vários lugares, que começam a girar quando são atingidas pelo 'efeito' magnético da barra. Esse pulso, que se propaga através do vácuo, não necessita de nenhum meio.

e) Pulsos transversais e longitudinais se propagam em molas helicoidais e cordas.

f) Perturbações na água podem acarretar ondas planas e circulares que se propagam.

g) Perturbações no espaço podem acarretar ondas esféricas. É o caso, por exemplo, da antena de um telefone celular que perturba o espaço circunvizinho (o 'algo' será uma onda eletromagnética) ou o de uma bombinha que explode no ar (o 'algo' será uma onda mecânica longitudinal).


[]'
Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] 'Algo' que se propaga
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/01/2002 19:02



Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> "Cite vários fenômenos em que "algo" se propaga."
>
> Sugestões que apresento estão abaixo. Apreciaria complementar essa lista.
>
> a) Várias pedras de dominó alinhadas, colocadas em pé, uma próxima da outra, seguindo qualquer trajetória. Derrubando-se uma pedra, o "estado de queda" se propaga.
>
> b) Uma fila de carros, aguardando o sinal verde de tráfego. Quando o sinal abre, o primeiro carro parte, o segundo acompanha e assim por diante. A "informação" transmite-se em sentido contrário ao movimento dos veículos.
>
> c) A propagação dos boatos.
>
> d) Uma barra imantada girando fora de uma câmara de vácuo. Dentro da câmara há pequenas agulhas magnéticas, em vários lugares, que começam a girar quando são atingidas pelo 'efeito' magnético da barra. Esse pulso, que se propaga através do vácuo, não necessita de nenhum meio.
>
> e) Pulsos transversais e longitudinais se propagam em molas helicoidais e cordas.
>
> f) Perturbações na água podem acarretar ondas planas e circulares que se propagam.
>
> g) Perturbações no espaço podem acarretar ondas esféricas. É o caso, por exemplo, da antena de um telefone celular que perturba o espaço circunvizinho (o 'algo' será uma onda eletromagnética) ou o de uma bombinha que explode no ar (o 'algo' será uma onda mecânica longitudinal).

h) poluentes emitidos pela chaminé de uma fábrica

i) O Euro. O Euro é a nova moeda Europeia. As notas são iguais em
todos os países, mas as moedas são diferentes. Apesar de serem
diferentes, as moedas são válidas em todos os países. Uma moeda de
Euro espanhola pode circular em Portugal e vice versa. Nesta fase
inicial, os Euros espanhóis estão a propagar-se para Portugal
através das fronteiras num fenómeno semelhante ao de
difusão/convecção.

j) calor das temperaturas maiores para as menores

k) informação num formigueiro. Já li algures que num formigueiro
a informação circula através de feromonas.

l)genes através de uma população

m)modas de país para país, em particular em tempo de férias

n)O Linux propaga-se de utilizador em utilizador até que um
dia ocupará todo o espaço de disco disponível. Adeus Windows.

o) vírus de computador

p) doenças como o AIDS/SIDA

q)ideias em geral, memes



--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] 'Algo' que se propaga
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/01/2002 19:36


>m)modas de país para país, em particular em tempo de férias
>
>n)O Linux propaga-se de utilizador em utilizador até que um
>dia ocupará todo o espaço de disco disponível. Adeus Windows.
>
>o) vírus de computador
>
>p) doenças como o AIDS/SIDA
>
>q)ideias em geral, memes

?? r) as "chain letters" tb se propagam de caixa de email para caixa de
email. mas isso poderiamos entender como um tipo de virus....


Os genes "propagam-se" ?

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: Teste de Paternidade
FROM: "dra_savat" <dra_savat@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/01/2002 20:12

--- Em ciencialist@y..., Jefferson Stafusa Elias Portela
<stafusa@f...> escreveu
> On Sun, 20 Jan 2002, Charles Pilger wrote:
>
> > At 20:06 19/01/02 +0000, you wrote:
> > >Gostaria de saber se existe alguma técnica de determinação de
paternidade
> > >através de sondas de DNA que permita a distinção da paternidade
entre dois
> > >gêmeos univitelinos.
> >
> > Não seria gêmeos bivetelinos? Afinal gêmeos univitelinos se
formam a partir
> > de um mesmo óvulo fecundado... Ou seja: para ambos o pai será
somente um.
> >
>
> Acho que a dúvida é sobre saber qual dos gêmeos (univitelinos) é o
pai.
>
> E arrisco a dizer que não é possível. Suponho que talvez possa haver
> alguma pequena diferença genética hereditária entre os dois (devido
a
> algum erro de cópia ?) mas pelo que sei nesses testes de
paternidade se
> compara apenas parte do material genético... então meu "chute" é:
> se possível, não é viável (hoje).
>
> Bem, depois de "arriscar", "supor" e, "pelo que sei", "chutar"...
nada me
> resta além de rogar a alguém com maior competência para responder a
> pergunta que o faça.
>
> Novamente sem grandes contribuições,
>
> Stafusa

Olá!

Penso que aumentando o número de sondas polimórficas pesquisadas
acabe-se encontrando uma que diferencie um do outro.

Realmente existem algumas diferenças entre os genomas de dois gêmeos
monozigóticos, mas elas são decorrentes de mutações somáticas, que
acontecem em células específicas e portanto não são rotineiramente
detectadas pelos exames de DNA. Portanto, até o momento, em gêmeos
monozigóticos, pode-se testar quantos marcadores conhecidos que você
quiser, por mais polimórficos que sejam, que os dois gêmeos serão
iguais, ou seja, apresentarão a mesma "impressão digital"
(fingerprinting) de DNA.

Abraços
Tânia






SUBJECT: Re: [ciencialist] 'Algo' que se propaga
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/01/2002 20:13



Sérgio Taborda wrote:

> Os genes "propagam-se" ?

Se pintasses num mapa o gene G e o seu competidor direto que acaba de
surgir, o gene GG, e se este novo gene GG conferir vantagens a quem o
possui, poderias observar que o gene GG se propaga das concentrações
mais altas para as mais baixas.

--
joão
http://www.nonio.com


SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Roda: Porque só a roda?
FROM: "Antonio" <a_ferrao@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/01/2002 21:00

André,

Talvez o empurrão não, mas a "manutenção indefinida do vôo", sim,
descaracteriza o feito! Voar é diferente de plainar.
Se dermos uma lida no site
<http://www.cavok.net/aviacao/historia/dumont/inicio.html>, notaremos que o
que os irmãos Wright fizeram até 1906 não é muito diferente do que o alemão
Otto Lilienthal fizera muitos anos antes, muitas e muitas vezes: Plainar.
No meu ponto de vista, um avião pode ser definido como sendo uma máquina
voadora mais pesada do que o ar, capaz de alçar vôo AUTÔNOMAMENTE, isto é,
sem impulso externo, mantendo vôo por longo período de tempo e aterrisando
em segurança.
Sem um motor à hélice, ou alguma espécie de turbina capaz de impulsionar o
avião de dentro do próprio avião, no meu ponto de vista este "avião" não
seria um avião. O primeiro homem que utilizou um motor acoplado a um
aparelho voador mais pesado do que o ar, foi Alberto Santos Dumont, o
verdadeiro inventor do avião. Os irmão Wright NÃO fizeram isso antes de
Dumont.
Mas por outro lado, esta história de quem inventou o quê é uma chatice. A
verdade é que, se Dumont não tivesse inventado o avião, muito provavelmente
outros o teriam inventado e os americanos iriam ficar com a parte da grana.
Durante todo o século XX, muitas coisas foram inventadas e os verdadeiros
inventores ficaram esquecidos. O Computador, por exemplo, possui vários
inventores consagrados, mas cada um de nós, que programamos, também somos
construtores de um pedaço deste universo computacional. Exixtiriam,
portanto, milhões de inventores.
Eu também acho absurda as leis de copyright, onde se chega ao cúmulo de se
registrar equações matemáticas, como se a matemática fosse exclusiva de quem
primeiro a descobriu. Exitem muitas descobertas que podem muito bem serem
redescobertas e a existênica de copyright não deve limitar as redescobertas.
Eu acredito que o Brasil vem sofrendo muito com isso. O nosso país paga
royalties diretos e indiretos sobre tudo o que consome. Nós estamos presos
numa armadilha, pois nunca seremos capazes de vencer a barreira tecnológica
que existe entre nós e os países mais ricos, especialmente os EUA. Além
disso, estamos sujeitos às regras de copyright por eles determinadas.
Acho que o avião foi a última invenção importante, genuinamente brasileira,
mas mesmo essa os americanos "paparam" a patente.
Recentemente, com a quebra das patentes dos remédios para combate à Aids,
pudemos verificar o quanto se paga de royalties sobre o produto. Houve uma
grande economia para o nosso governo.
Se nós pudéssemos quebrar as leis de patentes para todos os produtos, nós
poderíamos produzí-los internamente e com um custo muito menor.
Por outro lado, existem as relações internacionais, especialmente a
Organização Mundial de Comércio.
Neste caso, eu defenderia uma postura "marota" do governo brasileiro, agindo
conforme o modelo asiático, na segunda metade do século XX.
No meu ponto de vista, as lei de copyright deveriam ser modificadas,
principalmente nos países onde as leis implicam num empobrecimento da
população, como é o caso do Brasil.
Entretanto, este é um outro assunto ...


[]'s
Antonio

-----Mensagem original-----
De: andrediasbaptista [mailto:andrebaptista@uol.com.br]
Enviada em: segunda-feira, 21 de janeiro de 2002 15:56
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Re: Roda: Porque só a roda?


Olá Antônio, aí vai minha resposta, atrasada e algo irrelevante:


--- In ciencialist@y..., "Antonio" <a_ferrao@t...> wrote:
> Caros Colegas,
>
>
> Desculpe o tempo que levei para responder, mas em função da época
de férias,
> eu fui impedido de aproximar-me do computador...
>
>
>
> Resposta ao André:
>
> > Os maiores animais voadores conhecidos foram o "quetzocoatls" (ou
> > alguma coisa assim), um réptil voador do cretáceo com 12 m de
> > envergadura e a "argentavis" (uma águia argentina do cenozóico)
com
> > uns 9 m. Ambos tinham uma massa aproximada de 100 kg, o que
> > provavelmente pode ser visto como um limite máximo para o vôo.
>
> Por qual razão este seria o limite máximo para o vôo?


Note o "provavelmente". Pode ser visto como um limite mínimo do valor
máximo. Isso se esses bichos voavam de verdade, como já foi observado.

Quanto aos irmãos Wright, eles voaram em 1903 ou não? Será que um
empurrão na decolagem é suficiente para descaracterizar o feito?

[]´s

André




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Para sair da lista envie um mail para
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Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html






SUBJECT: RES: [ciencialist] Dumont versus Wright (era: Re: Roda: Porque só a roda?)
FROM: "Antonio" <a_ferrao@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/01/2002 21:00


>Afinal, caças supersonicos decolam de porta-avioes auxiliados por...
>catapultas! Duvido que alguém diga que não são aviões porque não
>decolam sem o auxílio delas.
>
>[]s
>Ronaldo Cordeiro

Ronaldo,

Seguramente, se os caças supersônicos utilizassem APENAS as catapultas como
forma de energia, certamente eles NÃO seriam aviões.

[]'s

Antonio




SUBJECT: Re: porque há tantos homosexuais famosos
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/01/2002 09:22

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> andrediasbaptista wrote:
> > 1- É homosexuais ou homossexuais?
>
> Não sei.

Homossexuais em português e homosexuals em
inglês.

Homosexual em português teria a pronúncia:
omozequiçual.

> > 2- Sabes como chamamos os homossexuais aqui no Brasil?
>
> Nós cá também chamamos "bichas" aos homosexuais, mas isso é
> considerado deselegante.
> :)

Em portugal uma mãe pode dizer durante uma
campanha de vacinação: pego esta bicha para
meu puto tomar uma pica no cu -- sem nenhum
rubor. (Perdões, senhoras.)

Embora aos lusos deva parecer estranho q.
alguem se dirija ao salva-vidas para se
aliviar fisiologicamente.

Ó, Miranda (parente da Bomb Shell?),
é verdade que por aí existe uma lista
oficial de nomes que se podem dar às crianças
ou é tudo bravata?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Roda: Porque só a roda?
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/01/2002 09:52

--- In ciencialist@y..., "Antonio" <a_ferrao@t...> wrote:
> Eu também acho absurda as leis de copyright, onde se chega ao
cúmulo de se
> registrar equações matemáticas, como se a matemática fosse

Bem, copirraite e' uma coisa e patente e' outra.
Mas tem certeza de q. se pode registrar equacoes
matematicas?

Ao menos no Brasil, pelas leis dos direitos autorais
no artigo 8o.

"Art. 8º Não são objeto de proteção como direitos autorais de que
trata esta Lei:
I - as idéias, procedimentos normativos, sistemas, métodos, projetos
ou conceitos matemáticos como tais;
II - os esquemas, planos ou regras para realizar atos mentais, jogos
ou negócios;
VII - o aproveitamento industrial ou comercial das idéias contidas
nas obras."

O copirraite e as patentes sao instrumentos importantes
para o incentivo `a mente criativa. Claro q. como qq outro
dispositivo pode ser alvo de tentativas de abusos, cabe
'a sociedade -- delegando poderes aos governos e outras
autoridades -- cuidar para q. isso nao ocorra.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: 'Algo' que se propaga
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/01/2002 10:11

--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> "Cite vários fenômenos em que "algo" se propaga."

Fogo, humanos (seres vivos de modo geral)...

Aliás uma dúvida: é possível criar um
fenômeno equivalente ao laser com ondas
mecânicas?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: porque há tantos homosexuais famosos
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/01/2002 11:59

Sem responder 'as perguntas, alguns
artigos q. nao tratam especificamente
do topico, mas q. podem trazer algumas
contribuicoes.

(Nota: existe muito preconceito e
preconcepcoes sobre o tema. Ninguem
esta' livre disso - seja contra, a
favor ou qq outro posicionamento --
epa! -- entao os trabalhos devem
ser tomados com mais cautela ainda do
q, normalmente se reserva em uma
leitura critica e atenta.)

----------------
Does homosexual activity shorten life?
Cameron P, Cameron K, Playfair WL
Psychol Rep 1998 Dec 83:847-66

Aqui os autores concluem q. o homossexualismo
diminui a espectativa de vida em cerca de
20 a 30 anos (as causas sao variadas, mas
entre elas esta' a Aids/Sida).

The ratio of 2nd to 4th digit length and male homosexuality
S. J. Robinson and J. T. Manning
Evolution and Human Behavior, Volume 21, Issue 5, September 2000,
Pages 333-345

Aquele famoso estudo. (O tamanho amostral e'
de 88 homossexuais e 88 hetero -- ou algo
assim.)

Is male homosexuality maintained via kin selection?
David Bobrow, , a and J. Michael Baileyb
Evolution and Human Behavior, Volume 22, Issue 5, September 2001,
Pages 361-368

Os autores concluem q. a hipotese de
q. os genes do homossexualismo (eles
supoem um componente genetico) poderiam
ser mantidos em uma certa fracao na populacao
devido a uma selecao por parentesco
nao e' muito viavel. Eles encontraram
q. parentes homossexuais canalizam
menos recursos a seus parentes do q.
os q. não são homossexuais.

Homosexuality, birth order, and evolution: toward an equilibrium
reproductive economics of homosexuality.
Miller EM
Arch Sex Behav 2000 Feb 29:1-34

O autor (ou a autora) hipotetiza q.
se o homossexualismo for uma caracteristica
poligenica (determinada por varios genes),
e q. existam alelos q. determinem
maior sensibilidade, empatia, docilidade e
bondade. Essas caracteristicas em um
individuo heterossexual confeririam uma
vantagem ao torna'-los melhores pais e
parceiros mais atrativos. A selecao favoreceria
um balanco dessas caracteristicas, mas isso
determinaria uma curva normal -- e sempre
haveria segregacao em alguns individuos,
tornando-os mais feminilizados (hipotetizando
portanto q. o homossexualismo seja basicamente
a presenca de caracteristicas do sexo oposto) --
o q. prediz tbm q. haveria sempre a ponta
oposta: o macho bronco por excelência.
COnsideracoes semelhantes poderiam explicar
o homossexualismo feminino. Esse sistema
sobreviveria porq. geraria uma prole
bastante variada fazendo com q. os irmaos
nao competissem por um mesmo nicho.

Invasion and Maintenance of Alleles that Influence Mating and
Parental Success
Wayne M. Getz, Jun 1993

O trabalho acima nao e' especifico sobre
genetica do homossexualismo, mas faz
algumas inferencias. Se genes q. estao
ligados ao homossexualismo tiverem
um regime de selecao dependente de frequencia,
eles poderiam ser mantidos em um certo nivel
na populacao.

A biological link between (male) homosexuality and fluid intelligence?
European Psychiatry, Volume 11, Supplement 4, 1996, Pages 381s-382s
A. G. Aliasa, *

Fae et al Science 1989: 243:338-48

Teriam encontrado uma proporcao
ligeiramente maior de homossexuais
entre a populacao com maior nivel
educacional.

Homosexuality, type 1: an Xq28 phenomenon.
Turner WJ
Arch Sex Behav 1995 Apr 24:109-34

------

Bem, puxei a brasa pra sardinha da hipotese
de componentes geneticos do homossexualismo.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: porque há tantos homosexuais famosos
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/01/2002 12:07



rmtakata wrote:


> Em portugal uma mãe pode dizer durante uma
> campanha de vacinação: pego esta bicha para
> meu puto tomar uma pica no cu -- sem nenhum
> rubor. (Perdões, senhoras.)


A frase correcta seria:

"Vou prá bicha pró puto apanhar uma pica no cu"

Mas isto varia com o extracto social. Uma senhora de Cascais diria:

"Maria[a empregada], leva o Ruben Ricardo ao Dr Fonseca para ele lhe
dar a vacina para o tétano"

Os ricos não precisam de ir prá bicha. A classe média, quando precisa
diz "fila"


> Embora aos lusos deva parecer estranho q.
> alguem se dirija ao salva-vidas para se
> aliviar fisiologicamente.
>
> Ó, Miranda (parente da Bomb Shell?),
> é verdade que por aí existe uma lista
> oficial de nomes que se podem dar às crianças
> ou é tudo bravata?

Não sei ao certo, mas há limitações aos nomes que um pai pode dar a
um filho. Vou investigar!

--
joão
http://www.nonio.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] 'Algo' que se propaga
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/01/2002 13:30

Agradecendo ao João do vernier, transcrevo essa, de hoje, diretamente do Porto:

"Chamo-me José Augusro Oliveira Peito, e sou um aluno do 4ª ano da
Licenciatura de Física ( Ramo Educacional )da Faculdade de Ciências da
Universidade do Porto ( Portugal ).

Venho por este meio dizer o quanto foi agradável ter conhecimento da sua
página, uma vez que páginas desta qualidade e em Português são uma
raridade.
Estou a escrever-lhe pois gostando de Física como eu gosto ( principalmente
na sua vertente pedagógica),não pude ficar indiferente ao enorme esforço
que deve ter tido na elaboração da sua página, onde apresenta os conceitos
físicos de um modo elegante e complementados por experiências muito
didáticas , e é por isso que eu acho que deve ser felicitado.
--
10Mb na sua caixa de email gratuita no mail.pt
http://www.mail.pt"

é por essa e outras ajudas que recebo dos amigos do Ciencialist que o Imperdível vai granjeando (deve ser coisa de galinha!) boa acolhida.

[]'
Léo
======
-----Mensagem Original-----
De: "João Mário Miranda" <jmiranda@explicacoes.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 22 de janeiro de 2002 19:02
Assunto: Re: [ciencialist] 'Algo' que se propaga




Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> "Cite vários fenômenos em que "algo" se propaga."
>
> Sugestões que apresento estão abaixo. Apreciaria complementar essa lista.
>
> a) Várias pedras de dominó alinhadas, colocadas em pé, uma próxima da outra, seguindo qualquer trajetória. Derrubando-se uma pedra, o "estado de queda" se propaga.
>
> b) Uma fila de carros, aguardando o sinal verde de tráfego. Quando o sinal abre, o primeiro carro parte, o segundo acompanha e assim por diante. A "informação" transmite-se em sentido contrário ao movimento dos veículos.
>
> c) A propagação dos boatos.
>
> d) Uma barra imantada girando fora de uma câmara de vácuo. Dentro da câmara há pequenas agulhas magnéticas, em vários lugares, que começam a girar quando são atingidas pelo 'efeito' magnético da barra. Esse pulso, que se propaga através do vácuo, não necessita de nenhum meio.
>
> e) Pulsos transversais e longitudinais se propagam em molas helicoidais e cordas.
>
> f) Perturbações na água podem acarretar ondas planas e circulares que se propagam.
>
> g) Perturbações no espaço podem acarretar ondas esféricas. É o caso, por exemplo, da antena de um telefone celular que perturba o espaço circunvizinho (o 'algo' será uma onda eletromagnética) ou o de uma bombinha que explode no ar (o 'algo' será uma onda mecânica longitudinal).

h) poluentes emitidos pela chaminé de uma fábrica

i) O Euro. O Euro é a nova moeda Europeia. As notas são iguais em
todos os países, mas as moedas são diferentes. Apesar de serem
diferentes, as moedas são válidas em todos os países. Uma moeda de
Euro espanhola pode circular em Portugal e vice versa. Nesta fase
inicial, os Euros espanhóis estão a propagar-se para Portugal
através das fronteiras num fenómeno semelhante ao de
difusão/convecção.

j) calor das temperaturas maiores para as menores

k) informação num formigueiro. Já li algures que num formigueiro
a informação circula através de feromonas.

l)genes através de uma população

m)modas de país para país, em particular em tempo de férias

n)O Linux propaga-se de utilizador em utilizador até que um
dia ocupará todo o espaço de disco disponível. Adeus Windows.

o) vírus de computador

p) doenças como o AIDS/SIDA

q)ideias em geral, memes



--
joão
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: 'Algo' que se propaga
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/01/2002 13:36

> "Cite vários fenômenos em que "algo" se propaga."

Takata escreve:

>>Fogo, humanos (seres vivos de modo geral)...

Aliás uma dúvida: é possível criar um
fenômeno equivalente ao laser com ondas
mecânicas?<<

Bela dúvida!

O exemplo imediato que enxergo é o canhão acústico (canhão de vórtice) o qual, entre outra extravagâncias permite apagar velas a 6 m de distância.

Mas, vou pensar com mais calma no problema da coerência e simultaneidade das ondas.

[]'
Léo
=================




SUBJECT: Fwd: [widebiz] Pesquisa
FROM: Charles Pilger <charles@pilger.inf.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/01/2002 13:56

Oi pessoal

Essa pergunta veio em outra lista da qual faço parte:

<forward>
From: "Wilson Rodrigues"
Subject: [widebiz] Pesquisa

Pessoal,

alguém sabe se existe alguma pesquisa comparando os índices de
criminalidade
ao poder de compra do salário mínimo? Ou ao índice de desemprego?

abraços,

Wilson Rodrigues
</forward>


SUBJECT: OS SARNEYS E O CHARME DA MISERIA
FROM: Prof. José Carlos <j.c@iname.com>
TO: "ForumFilosofico" <ForumFilosofico@topica.com>, "Ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, "Acropolis" <acropolis@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/01/2002 14:08

Recebi e repasso para apreciação de vocês.
____________________
Prof. José Carlos (JC)
j.c@iname.com
ICQ 11734153
____________________

OS SARNEYS E O CHARME DA MISERIA
O ESTADO DE SÃO PAULO, 12/01/02
TEXTO DE MAURO CHAVES
O Maranhão é o estado brasileiro que apresenta situação social mais
calamitosa. Mantém desde 1985 o pior PIB per apita do país. 62.37% da
população vive na miséria com renda mensal inferior a R$80.00 por mês
!!!
Nas duas gestões de Roseana Sarney, a probreza só cresceu no estado,
pois, segundo o IBGE, o número de famílias que vive com até meio salário
mínimo cresceu 37%, enquanto, no resto do Brasil, a média caiu 22%.
Segundo ainda o IBGE no censo 2000, a mortalidade infantil cresceu assim
como a evasão escolar, o índice de desenvolvimento humano (da ONU) do
Maranhão está no mesmo patamar de Congo, lembrando que 39.8% das casas
maranhenses não tem sequer uma privada.
Como se explica então que nos últimos 36 anos, ou seja, desde 1965
quando José Sarney se elegeu governador do estado, o eleitorado
maranhense tenha escolhido para o governo do estado uma sequencia
ineterrupta de correligionários e amigos de José Sarney? Como, se
nesse tempo todo o Maranhão que no passado fora um marco cultural e
histórico do país entrou em franca decadência econômica, social e
cultural?
Abaixo a explicão:
* a família Sarney exerce o domínio absoluto de todo o sistema de
comunicação Maranhense:
. donos do principal jornal (O Estado do Maranhão)
. do principal sistema de rádio (Sistema Mirante)
. do principal sistema de televisão (sistema mirante SAT que recebem os
sinais da Globo).
* os outros dois canais de TV mais importantes pertencem a
correligionários da família:
senador Edison Lobão, dono da difusora que recebe o SBT, e deputado
estadual Manuel Ribeiro,
dono da TV Praia Grande, que recebe a Bandeirantes.
Este último presidente da assembléia legislativa há oito anos, onde a
governadora Roseana
conta com o apoio de 36 dos 42 membros!
Interagindo com o governo, em um processo de publicidade institucional
massificada, intensa e constante, os sistema de comunicação maranhenses
exercem com perfeição um duplo papel:
1- mantendo um clima permanente de festa, com a divulgação diuturna de
promoções governamentais .... festas organizadas pelo governo com ampla
concentração popular, tendo como pólo de atração artistas famosos.
2- abafar os escândalos e fracassos administrativos como, por exemplo:
* polo de confeções Rosário, projeto de R$ 20 milhões, que na
inauguração
teve até FHC e iria gerar 4 mil empregos. Hoje, emprega cerca de 400
pessoas ganhando R$100 ao mês.
* caso da Usimar, orçado EM R$1.3 bilhões que teve aprovação recorde
na SUDAM, levantou com rapidez R$44 milhões e evaporou, levando o
ministério público a entrar com ação contra Roseana e Jorge Murad.
* caso salango, projeto de irrigação de R$ 60 milhões há anos não
produz nada e está na mira do TCU.
* caso da estrada fantasma Paulo Ramos Arame, projeto de R$ 33 milhões
em obras até hoje inexistentes.
* projeto Italuis, R$300 milhões obras de saneamento com graves
irregularidades apontadas pelo TCU.
Acho que já deu para ter uma idéia porque as propagandas dela são tão
sem conteúdo não é mesmo? Como se orgulhar dos dados acima?
Abraços e se informem bem antes de votar este ano.





SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: porque há tantos homosexuais famosos
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/01/2002 14:27

Interesting discussion in:

http://www.wsu.edu/~wsanford/homosexual.htm



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: porque há tantos homosexuais famosos
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/01/2002 14:50

> -----Mensagem original-----
> De: rmtakata [mailto:rmtakata@altavista.net]
>
> Bem, puxei a brasa pra sardinha da hipotese
> de componentes geneticos do homossexualismo.

Interessante! Realmente nunca ouvi dizer seriamente
de alguém que era heterossexual e "virou" homossexual.

Menos ainda, alguém homo "virar" hetero! :-)

Alguém aí já ouviu falar de heterossexual
enrustido?? (ou falso-gay?) Rárrárrárrá!

Outra coisa interessante é achar uma
explicação para a homofobia. Homossexuais
não competem com heterssexuais por parceiros
do sexo oposto, não é?

(Exemplo: Se eu estivesse numa ilha com dez mulheres
e vinte homens e eu fosse o único heterossexual
eu estaria feliz da vida! Rê-rê-rê!)

Acho que a fobia tem haver com o fato do homem
ser um animal social. A homossexualidade masculina
parece sugerir submissão na mente do heterossexual,
talvez, porque no decorrer da evolução da
espécie humana a mulher tenha sido submissa
ao homem em razão da superioridade física deste.

Na mente do homem heterossexual parece ser humilhante
comportar-se como mulher, por isso não tolera
ser em companhia de homossexuais.

Alguém tem algo a acrescentar?

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Lixo no e-mail
FROM: Prof. José Carlos <j.c@iname.com>
TO: <TodoMundoDaMinhaLista@vai.com.deus>
DATE: 23/01/2002 15:06

Gostei e repasso.

Visite o link http://www.dicas-l.unicamp.br/dicas-l/dicadodia.html e se
divirta com as tragédias que assolam todos nós, isto é, os e-mails idiotas
que recebemos o ano todo (como esse aqui, por exemplo) :)))

Abraços,

____________________
Prof. José Carlos (JC)
j.c@iname.com
ICQ 11734153
____________________





SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Roda: Porque só a roda?
FROM: "evoluindo" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/01/2002 15:06

Antônio,

O que o faz pensar que os aviões dos Wright não tinham motor?

[]s
Ronaldo


--- In ciencialist@y..., "Antonio" <a_ferrao@t...> wrote:
> André,
>
> Talvez o empurrão não, mas a "manutenção indefinida do vôo", sim,
> descaracteriza o feito! Voar é diferente de plainar.
> Se dermos uma lida no site
> <http://www.cavok.net/aviacao/historia/dumont/inicio.html>,
notaremos que o
> que os irmãos Wright fizeram até 1906 não é muito diferente do que
o alemão
> Otto Lilienthal fizera muitos anos antes, muitas e muitas vezes:
Plainar.
> No meu ponto de vista, um avião pode ser definido como sendo uma
máquina
> voadora mais pesada do que o ar, capaz de alçar vôo AUTÔNOMAMENTE,
isto é,
> sem impulso externo, mantendo vôo por longo período de tempo e
aterrisando
> em segurança.
> Sem um motor à hélice, ou alguma espécie de turbina capaz de
impulsionar o
> avião de dentro do próprio avião, no meu ponto de vista
este "avião" não
> seria um avião. O primeiro homem que utilizou um motor acoplado a um
> aparelho voador mais pesado do que o ar, foi Alberto Santos Dumont,
o
> verdadeiro inventor do avião. Os irmão Wright NÃO fizeram isso
antes de
> Dumont.
> Mas por outro lado, esta história de quem inventou o quê é uma
chatice. A
> verdade é que, se Dumont não tivesse inventado o avião, muito
provavelmente
> outros o teriam inventado e os americanos iriam ficar com a parte
da grana.
> Durante todo o século XX, muitas coisas foram inventadas e os
verdadeiros
> inventores ficaram esquecidos. O Computador, por exemplo, possui
vários
> inventores consagrados, mas cada um de nós, que programamos, também
somos
> construtores de um pedaço deste universo computacional. Exixtiriam,
> portanto, milhões de inventores.
> Eu também acho absurda as leis de copyright, onde se chega ao
cúmulo de se
> registrar equações matemáticas, como se a matemática fosse
exclusiva de quem
> primeiro a descobriu. Exitem muitas descobertas que podem muito bem
serem
> redescobertas e a existênica de copyright não deve limitar as
redescobertas.
> Eu acredito que o Brasil vem sofrendo muito com isso. O nosso país
paga
> royalties diretos e indiretos sobre tudo o que consome. Nós estamos
presos
> numa armadilha, pois nunca seremos capazes de vencer a barreira
tecnológica
> que existe entre nós e os países mais ricos, especialmente os EUA.
Além
> disso, estamos sujeitos às regras de copyright por eles
determinadas.
> Acho que o avião foi a última invenção importante, genuinamente
brasileira,
> mas mesmo essa os americanos "paparam" a patente.
> Recentemente, com a quebra das patentes dos remédios para combate à
Aids,
> pudemos verificar o quanto se paga de royalties sobre o produto.
Houve uma
> grande economia para o nosso governo.
> Se nós pudéssemos quebrar as leis de patentes para todos os
produtos, nós
> poderíamos produzí-los internamente e com um custo muito menor.
> Por outro lado, existem as relações internacionais, especialmente a
> Organização Mundial de Comércio.
> Neste caso, eu defenderia uma postura "marota" do governo
brasileiro, agindo
> conforme o modelo asiático, na segunda metade do século XX.
> No meu ponto de vista, as lei de copyright deveriam ser modificadas,
> principalmente nos países onde as leis implicam num empobrecimento
da
> população, como é o caso do Brasil.
> Entretanto, este é um outro assunto ...
>
>
> []'s
> Antonio




SUBJECT: Re: 'Algo' que se propaga
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/01/2002 15:27

--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
>
> O exemplo imediato que enxergo é o canhão acústico (canhão de
vórtice) o qual, entre outra extravagâncias permite apagar velas a 6
m de distância.
>

Ei, Leo, acho que vi esse canhão no novo museu de ciências do
guarujá. É um cilindro com uma membrana de tambor numa das bocas.
Quando a membrana é golpeada, o canhão emite um pulso de ar (uma
lufada) que se propaga com velocidade menor que o som. É isso? Nenhum
monitor do local conseguiu explicar, mas imaginei que seja um
fenomeno de interferencia que gera o pulso?

ps: esse museu é bem caprichado e merece a visita mesmo para adultos
curiosos, assim como o aquario do guarujá, que parece é do mesmo dono

um abraço

André






SUBJECT: Re: porque há tantos homosexuais famosos
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/01/2002 15:32

André:

> > 2- Sabes como chamamos os homossexuais aqui no Brasil?
> >
> > :)
>

João:

> Nós cá também chamamos "bichas" aos homosexuais, mas isso é
> considerado deselegante.
> :)
>

André:

Não é a resposta correta. Simplesmente não chamamos, eles vem
sozinhos. (A primeira vez vieram em caravelas! hehehe :)))



SUBJECT: Re: OS SARNEYS E O CHARME DA MISERIA
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/01/2002 15:35

--- In ciencialist@y..., Prof. José Carlos <j.c@i...> wrote:
> Recebi e repasso para apreciação de vocês.

O original se encontra em:

http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2002/01/12/aberto002.html

Com algumas modificacoes.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: porque há tantos homosexuais famosos
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/01/2002 15:43

--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> wrote:

>
> Acho que a fobia tem haver com o fato do homem
> ser um animal social. A homossexualidade masculina
> parece sugerir submissão na mente do heterossexual,
> talvez, porque no decorrer da evolução da
> espécie humana a mulher tenha sido submissa
> ao homem em razão da superioridade física deste.
>
> Na mente do homem heterossexual parece ser humilhante
> comportar-se como mulher, por isso não tolera
> ser em companhia de homossexuais.
>
> Alguém tem algo a acrescentar?
>

Já leu sobre o comportamento social dos babuínos? Tomando-se as
devidas precauções contra analogias indevidas, entre os babuínos
parece haver uma relação entre homossexualismo e submissão. Os machos
dominantes tem direito as femeas mais atraentes no período fertil.
Quando um macho não dominante entra em conflito com um dominante, ele
vira de costas e mostra sua bunda. O dominante chega perto e
aparentemente "simula" uma cópula, como para demostrar o poder e
status. Como eu já valei, sem analogias indevidas..

[]´s

André



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: porque há tantos homosexuais famosos
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/01/2002 16:02

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@uol.com.br> wrote:


> Outra coisa interessante é achar uma
> explicação para a homofobia.

Alexandre:

Noto que o tema da homosexualidade masculina está mobilizando muito a lista.
Como sou psicanalista e analisei já uns 20 pacientes homesesuais, creio
poder dizer algumas coisas sobre o modo de pensar destas pessoas.

Em primeiro lugar quero dar fé de que existem no mundo muitos estudos serios
que demonstram a origem genética desta modalidade de preferencia sexual.
Como todas a manifestações de natureza genética, a intensidade do fenômeno é
muito variável.

Algumas manifestações são de natureza patológica, outras são nada mais que
desadaptações biológicas. Nem todas são doenças. A asma é doença, as
diferentes formas anatômicas diferentes das comuns para a anatomia genital
(transexuais genéticos, por ex.), Não são adaptativas, mas não são
patológicas. Não se pode considerar doença. A homosexualidade é
desadaptativa para a propagação da espécie, mas nãose pode considerar
doença. O que as especie perde com isso pode nem ser significativo, assim
que pode até ser algo inocuo.

A análise dos homosexuais revela que a grande maioria não está interessada
em mudar sua orientação sexual e se alguem força esta circunstancia pode
provocar uma psicose grave. Ante uma dessas possibilidades um paciente me
disse: "Dr., eu prefiro ser puto e não louco". E eu nem pensei em discutir
este tema.

Outra coisa; os homossexuais (90% deles) não querem nem pintados ser
mulheres. Os manirismos que possuem são em realidade uma caricatura. Nenhuma
mulher é tão louca como os que escandalizam. Seus trejeitos e modos afetados
são uma burla das mulheres. Fazem isso para ridicularizar o sexo feminino.
As mulheres não são assim. Suas ondulações e suavidades são agradaveis e
esteticamente belas, as bichas "loucas" são agressivas e desagradaveis. Seu
propósito é muito agressivo.

Existem muitos homossexuais que não demonstram e vão muito bem obrigado.

Tenho dois casos que analisei que mudaram a orientação sexual. Um homem que
era podre de bicha, hoje está casado e é pai de cinco filhos e abandonou a
prática da homossexualidade. Não aconteceu nenhum fenômeno raro, não houve
conflitos. Ele simplesmente foi abandonando a homossexualidade e se instalou
na heterosexualidade. Tampouco havia começado a análise com um propósito de
mudar e meu comportamento ético como analista me impede derealizar qualquer
juizo sobre este tema. A mudança simplesmente se deu porque a analise
revelou que não havia uma homossexualidade demasiado instalada (talvez
houvesse "pouca carga" genética) e que também havia uma heterossexualidade
latente que se revelou bastante potente.

Outra virada importante foi a de uma mulher que, depois de viver junto com
outra durante 12 anos, começou uma análise para tratar certos sintomas
depressivos e depois de 4 anos, sem haver feito nenhum propósito, nem
sofrido influencia de minha parte, começou a entrar em conflito com su
parceira. Pedia a ela um comportamento que depois pudemos identificar como
masculino. Queria que a outra fosse ... um marido. Terminou mudando.

Quando um homem quer que seu parceiro funcione como mulher e uma mulher que
sua parceira funcione como homem, a coisa se complica. Surge sempre uma
oportunidade de mudança de orientação sexual.

Outra coisa: estas mudanças não são faceis de agüentar. Ocorrem
acontecimentos muito dolorosos e até catastróficos na mudança. O que se faz
sempre é tratar de amenizar as coisas. Assistir o paciente e ajudar a levar
adiante sua vida. Quase sempre as ocorrencias são as sitações menos
desatrosas para o ego.

A homofobia não é algo igual para todos. Para algumas pessoas é indiferente
a orientação sexual de seu próximo (estas são muitas e quietas), outras se
mostram curiosas, outras demonstram preconceito e outras (quase sempre
ruidosas) demonstam muita preocupação e medo. Reagem de modo agressivo ou
nervoso.

Os risinhos e a piadinhas demonstram certo nervosismo. Não digo que não se
faça piada. Sempre piada é bom. É o modo menos agressivo de comportarse.
Creio que a presença de algum tipo de homossexualidade latente e uma forte
pressão cultural, pode, em certas circunstancias, provocar malestar (não
estou afirmando que "sempre" a coisa é assim).

Eu lhe pergunto como se sentiria vc numa ilha com uma ou duas mulheres e 20
homens (sem distinção de orientação homo ou heterosexual). Não precisa
responder. Já sabemos que vc é machão. Assim que responderá como um machão.
Se estou equivocado estaria curioso. Até gostaria de ver uma resposta
original.

Existem varias formas de homofobia. O tema é mais complexo. Sua explicação
pode ser lógica, mas não é verdadeira. Existem homofobias por preconceito,
por religião, por ideologia (ha uma "direita" homofóbica e também um
"esquerda"), por conflito intrapsíquico, etc.

A sublimação é um mecanismo de defeza muito aceito pela maioria das pessoas.
É um invento psicanalítico (de Freud) que muita gente pensou que existe. No
entanto não é uniformemente aceito por todos os psicanalistas. Eu
particularmente não simpatizo nada com a sublimação. Penso que tem um
conteúdo moralista e vitoriano. É um dos mecanismos menos explicado e
fundamentado por Freud. No entanto as pessoas tem grande simpatia por este
suposto mecanismo (cientificamente pouco fundamentado).

Só porque certas tendencias são socialmente aceitas, Freud as denominou
sublimações, como uma espécie de transformação de tendencias menos aceitas
por outras mais aceitas. Além do mais, as sublimações não são tão fáceis de
diagnosticar. Devem-se estabelecer diferenças com as formações reativas e as
transformações no contrario.

Fico por aqui porque isto está demasiado longo.
[]s






SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: porque há tantos homosexuais famosos
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/01/2002 16:59

> De: andrediasbaptista [mailto:andrebaptista@uol.com.br]

> Já leu sobre o comportamento social dos babuínos? Tomando-se as
> devidas precauções contra analogias indevidas, entre os babuínos
> parece haver uma relação entre homossexualismo e submissão. Os machos
> dominantes tem direito as femeas mais atraentes no período fertil.
> Quando um macho não dominante entra em conflito com um dominante, ele
> vira de costas e mostra sua bunda. O dominante chega perto e
> aparentemente "simula" uma cópula, como para demostrar o poder e
> status. Como eu já valei, sem analogias indevidas..

Já li sim. O mesmo vale (em graus e situações às vezes diferentes)
para os demais primatas superiores. Já foi observado que até mesmo
fêmeas veteranas de chipanzés "humilham" jovens chipanzés simulando
coito sobre estes.

A analogia entre sexo e poder é perfeitamente devida.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RES: Homossexualidade
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/01/2002 17:47

> De: Marco Aurelio [mailto:clave@speedy.com.ar]
>
> > Medeiros:
> > Outra coisa interessante é achar uma
> > explicação para a homofobia.
>

Muito elucidativo seus comentários. Realmente percebi
que minha explicação, embora tenha lógica, não está
muito adequada dada a complexidade do tema. Falhei...

Algumas dúvidas:

> Algumas manifestações são de natureza patológica, outras são
> nada mais que
> desadaptações biológicas. Nem todas são doenças. A asma é doença, as
> diferentes formas anatômicas diferentes das comuns para a
> anatomia genital
> (transexuais genéticos, por ex.), Não são adaptativas, mas não são
> patológicas. Não se pode considerar doença. A homosexualidade é
> desadaptativa para a propagação da espécie, mas nãose pode considerar
> doença. O que as especie perde com isso pode nem ser
> significativo, assim
> que pode até ser algo inocuo.

Dependo do caso o comportamento homossexual pode ser
considerado doença, noutros casos não. Certo?

> A análise dos homosexuais revela que a grande maioria não
> está interessada
> em mudar sua orientação sexual e se alguem força esta
> circunstancia pode
> provocar uma psicose grave. Ante uma dessas possibilidades um
> paciente me
> disse: "Dr., eu prefiro ser puto e não louco". E eu nem
> pensei em discutir
> este tema.

É possível que alguém não tenha predisposição genética
para o comportamento homossexual e mesmo assim comportar-se
como homossexual por um disturbio psicológico?

> Outra coisa; os homossexuais (90% deles) não querem nem pintados ser
> mulheres. Os manirismos que possuem são em realidade uma
> caricatura.

E os 10% que querem ser pintados como mulheres? Qual
a diferença destes com relação aos outros 90%?

> Eu lhe pergunto como se sentiria vc numa ilha com uma ou duas
> mulheres e 20
> homens (sem distinção de orientação homo ou heterosexual). Não precisa
> responder.

Putz! Uma, duas? Sacanagem, hein! Ia ser uma guerra.

> Já sabemos que vc é machão.

Hê-hê-hê...

> Assim que responderá como um machão.

Dãããã! Responder o que, qual a pergunta?

> Se estou equivocado estaria curioso. Até gostaria de ver uma resposta
> original.

Não entendi: "Se estou equivocado estaria curioso."
Qual a pergunta?

> Existem varias formas de homofobia. O tema é mais complexo.
> Sua explicação
> pode ser lógica, mas não é verdadeira. Existem homofobias por
> preconceito,
> por religião, por ideologia (ha uma "direita" homofóbica e também um
> "esquerda"), por conflito intrapsíquico, etc.

Tenho um amigo do tempo do ginásio que há não muito tempo
atrás assumiu sua homossexualidade. E quando adolescente
vivia às voltas com a mulherada e era o mais homófobo de
todos da turma. Não tolerava aquelas piadinhas sexuais que
rapazes adolescentes adoram fazer para atormentar os
colegas. Depois que assumiu, sumiu, afastou-se da
antiga turma e raramente o vemos. Continuamos a convidá-lo
pra tomar aquele chopinho, mas o cara nem dá as caras.
Pessoalmente, acho que isso é algo mais que constrangimento,
afinal nossa turma é bastante civilizada.

> A sublimação é um mecanismo de defeza muito aceito pela
> maioria das pessoas.

Mas em que consiste essa tal "sublimação"?

***

Gostaria que vc me indicasse um livro sobre psicanálise
para leigos, mas que não seja tão "dã... for dummies...
sorvete na testa..."

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] RES: Homossexualidade
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/01/2002 18:51

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@uol.com.br> wrote:

> Dependo do caso o comportamento homossexual pode ser
> considerado doença, noutros casos não. Certo?

Geramente não é doente pelo comportamento homosexual. Será por alguma outra
coisa. No entanto tudo não é tão simples. É bastante comum encontrar-se a
homosexualidade reativa. A pessoa não é nem tem tendencia a uma
homosexualidade latente, no entanto por algum conflito psíquico (algum feito
traumático) , vira. Durante a análise estas coisas aparecem. Neste caso não
se trata de uma estrutura homossexual e sim de um disturbio reativo.

Neste caso a homossexualidade se torna prejudicial para o sujeito e seu
desempenho rouba potencialidade e o individuo perde criatividade (coisa que
não acontece com as estruturas homossexuais, que são muito criativas e
produtivas).

Assim vc. pode ver que um disturbio psicológico pode gerar m comportamentos
homossexual. O caso oposto também é possível, um heterossexual, muito macho,
pode ser hetero por um problema psíquico e sua cura vai consistir em assumir
uma homossexualidade.

Os homossexuais que desejam ser mulheres têm, além da homossexualidade como
conduta, um estado transexual da mente. Assim como nacem 65 000 crianças sem
definição sexual anatômica (que a gente não pode determinar o sexo
fenotipicamente), existem estas irregularidades a nível mental. Um sujeito
pode ter um fenótipo masculino, mas sua mente, por alguma razão, é feminina.

Quem está acostumado a vê-lo homem, dirá que é homossexual e, de fato, se
não se opera, é homossexual. Ele, intimamente, se considera mulher e
portanto, heterossexual. Existe um caso especial de homossexual que, além de
sua orientación homossexual, é travesti. Se o sujeito não se quer operar, é
um homossexual com um caso especial de fetichismo. Não se sente realmente
mulher, como o transexual. Uma deitadinha no divã demonstra como o cara é
bem homem.

Nem todo travesti é homossexual. Muitos são bem hetero e se vestem e
disfarçam de mulher (às vezes de um modo espetacular), mas não são
homossexuais. São hetero bem definidos. Esta é uma das razões pelas quais o
travestismo não é sinónimo de homossexualidade e tampouco de
heterossexualidade. Se não se trata de um caso de transexualidade, é uma
manifestação à parte, com autonomia.

Então já fica respondida sua pergunta sobre os outros que sim querem ver-se
como mulheres (transexxuais, e travestis).


> Eu lhe pergunto como se sentiria vc numa ilha com uma ou duas
> mulheres e 20 homens (sem distinção de orientação homo ou >heterosexual).

Esta é a pergunta. Como se sentiria? Vc. respondeu: > Putz! Uma, duas?
>Sacanagem, hein! Ia ser uma guerra.

Eu acrescento: Até quando duraria uma guerra assim ? Que é mais racional ?
Comportar-se de modo bi-sexual e esperar poder faturar uma das mulheres, ou
"arder no inferno" ? É uma pergunta só para complicar e forçar a pensar.

O que eu quero dizer é que em situações extremas, qualquer pessoa pode
tornar-se homossexual transitoriamente. Nas prisões e em certas
circunstancias futebolísticas, é muito comum comportamento homossexual.
Quando saem, voltam ao comportamento heterossexual. De nenhuma maneira
significa que quem teve relação homossexual permanece nessa orientação.
Passada a situação extrema, o sujeito retorna normalmente a sua
heterosexualidade.

Creio que seu antigo amigo sofreu algum tipo de disturbio psíquico. Não
creio que esteja assim pela homosexualidade. O que acontece na maioria dos
casos é que o sujeito se torna muito feliz de ser aceito entre pessoas de
diferente orientação sexual. Mostram-se grandes e fieis amigos, capazes de
grandes demonstrações de magnanimidade e nobreza de carácter.

Não o conheço, mas é bem possível que tenha sofrido algum padecimento mental
mais serio (surto psicótico?). Arrisco um grande erro. É só um palpite.

De uma forma bastante simplista, a sublimação consiste em transformar uma
tendencia primaria negativa da personalidade, que poderia gerar uma conduta
conflitiva numa atividade socialmente aceita. Dou um exemplo. Suponha que um
determinado cirurgião muito bom descubra em sua análise que seria um
criminoso sangrento e que sua tendencia assassina se haja canalizado de tal
forma que ele pode cravar uma faca ( o bisturi) na pessoa e em vez de
matá-la, a salva de morrer. Um cara que, em vez de assassino, se transformou
em salvador de gente.

Este, a grosso modo, seria um exemplo de sublimação. Outro é um perverso que
teria um prazer sexual em brincar com fezes, canaliza sua tendencia na
pintura e se transforma num excelente pintor.

Isto não segnifica que todos os pintores ou cirurgiões sejam tarados ou
assassinos em potencial. Como eu disse, sempre são achados individuais.
Também lhe disse que não estou de acordo com a sublimação. Não existe uma
descrição suficientemente clara para que se fundamente como um mecanismo
defeza contra conflitos psíquicos.

Um livro interessante é o de um autor chamado Charles Brenner. Sei que
existe em Português um livro cujo título é Lições de Psicanálise ou
Introdução à Psicanálise. Não recordo o título exatamente em Português. É
muito conhecido. Citando o autor, vc. o acha. Não é pesado nem infantil.

Outro livro muito lindo é de um psicanalista chamado Robert Lindner cujo
título é "A hora de 50 minutos". Ele narra casos tratados psicanaliticamente
por ele de uma maneira muito atraente. Carl Sagan o citou muitas vezes em
suas obras.

[]s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Pseudoceticismo
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/01/2002 19:06

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
wrote:

> Espero que vocês tenham a paciência para ler esta mensagem até o fim.

Manuel,
Estou totalmente de acordo. Vc. escreveu um longa e muito bonita mensagem.
Vc. sabe bem que eu já dei com os burros nágua quando tentei participar numa
dessas instituições totalitarias. Creio que nós somos rebeldes e não
gostamos dos dogmas. Sempre que alguem afirma algo de modo tão enfático,
desconfio da veracidade. Até agora não me arrependi.

Nós, os céticos serios (de carteirinha) gostamos de cutucar o diabo com vara
curta. É algo que, além de instrutivo, desafia e é divertido.

Espero que vc. siga cada vez melhor de suas dolencias. Estou solidario com
vc. É uma pena que lhe haja tocado a sorte de dançar com a feia. Gostei que
vc. conservou o senso de humor. Cuide-se, que vc. é valioso.

[]s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Liberalismo
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/01/2002 19:10

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
wrote:

> (Como eu disse, apenas uma provocacao gratuita.
> Quem disse q. nao se pode embromar com a linguagem
> precisa da matematica?)

Takata

Creio que sua provocação é muito instrutiva. Ilustra o que se pode fazer com
a linguagem. Creio que muitos listeiros estão fazendo o mesmo com o tema, só
que não da menira consciente como vc.

Parece-me divertidíssima sua "provocação"

[]s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: porque há tantos homosexuais famosos
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/01/2002 19:34

Olá,

Essa discussão sobre viadagem está muito boa. Gostaria de dar o meu palpite.

Tanto entre os chimpanzés-comuns quanto entre os chimpanzés-pigmeus
(bonobos) as relações sexuais desempenham outras funções além da
reprodutiva. Os primatologistas constataram que o sexo funciona, entre essas
espécies, como uma espécie de "moeda": tudo se faz em troca de sexo.

Os chimpanzés têm uma vida sexual muito mais intensa que a dos seus
priminhos metidos a besta, os homens. Realizam, por dia, mais de dez
cópulas, sendo que a metade delas são relações homossexuais. A felação ou
coito oral é praticado normalmente.

A "esfregação gênito-genital" muito comum entre as fêmeas de bonobos, os
mongandus, povo nativo da região da África onde vive essa espécie de macado,
tem até uma expressão que serve para designá-la: "hoka-hoka".

É interessante observar que as espécies de macacos antropóides em que as
relações homossexuais são normais e consentidas e não um desvio são
precisamente aquelas em que há uma comunidade de machos para a defesa do
território ou para a caça; em que o indivíduo alfa solitário dono de um
harém foi substituído pelo "primus inter paris" (primeiro entre iguais) e em
que são as fêmeas que abandonam o grupo e não os machos, fenômeno este
denominado "filopatria masculina". Talvez uma das funções da
homossexualidade, nessas espécies de primatas, seja a de fortalecer os laços
de cooperação entre os indivíduos do mesmo sexo e de mitigar os
antagonismos. Talvez.

Mas mesmo entre macacos não pertencentes à superfamília "hominoidea" o sexo
transcende sua função primária,
de reprodução da espécie. Entre os macacos-de-cheiro, os macacos-esquilos,
como também entre os babuínos, a sinalização da corte é semelhante à da
agressividade. Carl Sagan, em seu livro "Sombras de Antepassados
Esquecidos", escreve o seguinte sobre tais macacos: "As ameaças fálicas
derivadas de um gesto de dominação sexual (o ato de montar) foram observadas
entre muitas espécies de macacos tanto do Velho como do Novo Mundo. No caso
dos macacos africanos e dos babuínos, há certos machos que se sentam sempre
de costas voltadas para o campo, mantendo-se de guarda e exibindo o
intensamente colorido pênis e os testículos, por vezes do mesmo colorido
intenso. Se um estranho ao grupo se aproxima demasiado, os guardas têm mesmo
uma ereção; as chamadas 'cópulas de fúria' também têm lugar."

Bem, estou apenas apresentando dados etológicos. Quanto à explicação
científica sobre esse fenômeno, falo depois.

Abraços,
Manuel Bulcão





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: 'Algo' que se propaga = canhão de vórtice
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/01/2002 21:39

Léo comenta para R. Takata:

> O exemplo imediato que enxergo é o canhão acústico (canhão de
vórtice) o qual, entre outra extravagâncias permite apagar velas a 6
m de distância.
>

André escreve:

>>Ei, Leo, acho que vi esse canhão no novo museu de ciências do
guarujá. É um cilindro com uma membrana de tambor numa das bocas.
Quando a membrana é golpeada, o canhão emite um pulso de ar (uma
lufada) que se propaga com velocidade menor que o som. É isso? Nenhum
monitor do local conseguiu explicar, mas imaginei que seja um
fenomeno de interferencia que gera o pulso?
ps: esse museu é bem caprichado e merece a visita mesmo para adultos
curiosos, assim como o aquario do guarujá, que parece é do mesmo dono

Léo retorna:

Como eu não sou o monitor do local posso arriscar uma explicação (superficial).
Vc não observou certas coisas: nesse tubo, uma das extremidades é vedada por uma membrana elástica bem esticada (couro, borracha, plástico etc.). Sobre essa membrana há uma tira de borracha com uma bola de madeira fixada em sua região central (tal qual um bodoque). A outra extremidade do tubo é fechada por uma parede rígida dotada de um orifício central (normalmente é um disco de PVC rígido de diâmetro de 6" com um furo central de 1").
________________________
/| |
/ | |
(o) | gás interno (furo)
\ | |
\|________________________|

O operador puxa a bola de madeira esticando a tira de borracha (como um estilingue) e solta. A pancada na membrana elástica esticada dá um enorme gradiente de pressão numa camada de ar junto á membrana. Essa camada sob alta pressão avança pelo interior do tubo e chega ao orifício. Para que passe pelo orifício a camada forma um vórtice (algo em forma de toróide com o gás/ar em rotação). Esse vórtice (parecido com um anel de fumaça lançada pelos fumantes) avança girando sobre si mesmo sem perder praticamente nenhuma energia cinética de rotação.
Ao passar por uma vela acesa (a uns 6 metros do orifício) o vórtice 'deturpa' totalmente a tomada de ar para a manutenção da chama e a vela apaga (não é um apagar tipo soprar).
O bonito do experimento é substituir o ar de dentro do cilindro por gás do bico de Bunsen. O gás é colocado dentro do cilindro simplesmente colocando-o com o orifício para baixo, o ar pesado sai e o gás fica.
Feito o disparo desse gás contra a vela, ao atingí-la o gás se inflama numa linda bolota de chamas! Colorindo-se o gás (ou acrescentando-lhe partículas em suspensão) pode-se observar o avanço do vórtice e sua interação com a chama.

O que vi com o mais 'parecido' com um "laser" de ondas mecânicas ao ler a dúvida do Takata foi esse canhão. Mas, ainda não tenho resposta definitiva para a dúvida por ele levantada.

[]'
Léo
=================



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: 'Algo' que se propaga = canhão de vórtice
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/01/2002 21:42

Ooops. Escapou-me um detalhe na história do vórtice: vórtice de tinta na glicerina segue o mesmo princípio.

[]'
Léo
========



SUBJECT: Re: 'Algo' que se propaga = canhão de vórtice=queda de aeronave
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/01/2002 22:12

Olá Leo

É esse dispositivo mesmo, só havia esquecido de mencionar que a
extremidade do tubo era coberta pelo disco com um oríficio central.
Apenas o "bodoque" fora substituído por uma baqueta do tipo "bumbo".
Demorei um tempão para descobrir para que servia esse dispositivo; e
infelizmente não se realizou essa demonstração com a vela e o gás,
que deve ser muito interessante. Apenas senti uma lufada de ar no
torax, não dando para distinguir se era um sopro ou um vortex.

Esse assunto me lembrou aquela história do Boing que caiu em NY, o
que foi atribuido à turbulencia de outro avião que havia passado há
vários minutos. Será possível?


[]´s

André





--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> Como eu não sou o monitor do local posso arriscar uma explicação
(superficial).
> Vc não observou certas coisas: nesse tubo, uma das extremidades é
vedada por uma membrana elástica bem esticada (couro, borracha,
plástico etc.). Sobre essa membrana há uma tira de borracha com uma
bola de madeira fixada em sua região central (tal qual um bodoque). A
outra extremidade do tubo é fechada por uma parede rígida dotada de
um orifício central (normalmente é um disco de PVC rígido de diâmetro
de 6" com um furo central de 1").
> ________________________
> /| |
> / | |
> (o) | gás interno (furo)
> \ | |
> \|________________________|
>
> O operador puxa a bola de madeira esticando a tira de borracha
(como um estilingue) e solta. A pancada na membrana elástica esticada
dá um enorme gradiente de pressão numa camada de ar junto á membrana.
Essa camada sob alta pressão avança pelo interior do tubo e chega ao
orifício. Para que passe pelo orifício a camada forma um vórtice
(algo em forma de toróide com o gás/ar em rotação). Esse vórtice
(parecido com um anel de fumaça lançada pelos fumantes) avança
girando sobre si mesmo sem perder praticamente nenhuma energia
cinética de rotação.
> Ao passar por uma vela acesa (a uns 6 metros do orifício) o
vórtice 'deturpa' totalmente a tomada de ar para a manutenção da
chama e a vela apaga (não é um apagar tipo soprar).
> O bonito do experimento é substituir o ar de dentro do cilindro por
gás do bico de Bunsen. O gás é colocado dentro do cilindro
simplesmente colocando-o com o orifício para baixo, o ar pesado sai e
o gás fica.
> Feito o disparo desse gás contra a vela, ao atingí-la o gás se
inflama numa linda bolota de chamas! Colorindo-se o gás (ou
acrescentando-lhe partículas em suspensão) pode-se observar o avanço
do vórtice e sua interação com a chama.
>
> O que vi com o mais 'parecido' com um "laser" de ondas mecânicas ao
ler a dúvida do Takata foi esse canhão. Mas, ainda não tenho resposta
definitiva para a dúvida por ele levantada.
>
> []'
> Léo
> =================



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Pseudoceticismo
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/01/2002 22:21

Oi Marco Aurélio,

Marco Aurélio: Creio que nós somos rebeldes....

Manuel: É o que escreveu o poeta Carlos Drummond de Andrade:

"As coisas estão fortes
Mas eu não sou as coisas
Por isso me revolto."

[]s
Manuel Bulcão



SUBJECT: O Mito Popperiano
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/01/2002 05:18

Olá,

Posto aqui uma mensagem que enviei a Acrópolis acerca de alguns "mitos científicos", como o da PREVISIBILIDADE e o do INCONSCIENTE.

Oi Arturo,

Eu apenas acho que a ciência como conhecimento obtido empiricamente (por
meio da experiência e da observação), não pode deixar fora dela, em nome do
rigor, este ou aquele fenômeno "observável" da realidade. Vale dizer, tudo
que é observável, DIRETA OU INDIRETAMENTE, deve ser enquadrado no universo
da ciência.

Observe que a norma da epistemologia popperiana segundo a qual "uma
hipótese, para ser científica, deve fazer uma PREVISÃO que pode ser
testada", tal imperativo pressupõe, como um princípio não falseável
(portanto, não-científico), que tudo na realidade pode ser previsto, que
"tudo é previsível". Isso se admitirmos que a ciência é omnisciente.

Ora, a PREVISIBILIDADE como algo que se admite a priori para definir o que é
e o que não é científico não passa de um mito, de um mito "científico".
Afinal, o que garante que todos os fenômenos comportam-se de uma forma
previsível?

Por que razão você defende o mito popperiano da PREVISIBILIDADE ao mesmo
tempo que rejeita, de uma forma tão enfática, o mito freudiano do
INCONSCIENTE?

Abraços,
Manuel Bulcão





[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: porque há tantos homosexuais famosos
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/01/2002 09:21

Bancarei o chato politicamente
correto novamente.

--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> wrote:
> > -----Mensagem original-----
> > De: rmtakata [mailto:rmtakata@a...]
> >
> > Bem, puxei a brasa pra sardinha da hipotese
> > de componentes geneticos do homossexualismo.
>
> Interessante! Realmente nunca ouvi dizer seriamente
> de alguém que era heterossexual e "virou" homossexual.

Cuidado. Nao pense nisso como um
determinismo genetico. Nossos colegas,
em especial o Marco Aurelio, ja' mostrou
a variedade da expressao da sexualidade
humana (e outros complementaram com
detalhes picantes sobre a vida intima/
publica de nossos parentes evolutivos).

Existe toda uma gama de variacoes do tema
q. um sexologo por ai' andou tentando
reclassificar as categorias sexuais:
entre caracteristicas anatomicas e
comportamentais -- em nove ou mais
grupamentos.

Aparentemente nem essas nove categorias
serviriam para encaixar todas as modalidades
sem ambiguidades.

Alem da provavel variabilidade genetica
subjacente -- especialmente se considerarmos
a hipotese de uma heranca poligencia --
certamente existe uma variabilidade ambiental
-- o q. nos conduzira' a uma heranca
multifatorial. Nao apenas ha' variacao entre
individuos, como tbm num mesmo individuo
ao longo do tempo.

Por isso e' enganoso falar em genes *para*
o homossexualismo ou genes *do* homossexualismo --
ou qq outra caracteristica.

Genes nao agem autonomamente, sua expressao
depende do ambiente em q. se encontra.

Se houver algum determinismo sera' do tipo
gene + ambiente. Mas mesmo isso pode ser q.
nao haja, devido a flutuacoes aleatorias:
haja uma variabilidade residual nas caracteristicas
mesmo com os fatores geneticos e ambientais
fixados.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: 'Algo' que se propaga = canhão de vórtice
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/01/2002 09:41

--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> O que vi com o mais 'parecido' com um "laser" de ondas mecânicas ao
ler a dúvida do Takata foi esse canhão. Mas, ainda não tenho resposta
definitiva para a dúvida por ele levantada.

Mas nesse caso ha' o deslocamento de
materia, nao? E' o ar q. sai do tubo
q. vai la' apagar a vela, nao e'?
Ou as moleculas de ar do tubo transferem
a energia para o ar de fora e assim
sucessivamente?

Sei q. ja' criaram uma especie de
"laser" atomico:

http://www.aip.org/physnews/preview/1997/alaser/text.htm

[]s,

Roberto Takata





SUBJECT: Re: O Mito Popperiano
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/01/2002 10:42

Oi Manuel

--- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:

> Eu apenas acho que a ciência como conhecimento obtido empiricamente
(por
> meio da experiência e da observação), não pode deixar fora dela, em
nome do
> rigor, este ou aquele fenômeno "observável" da realidade. Vale
dizer, tudo
> que é observável, DIRETA OU INDIRETAMENTE, deve ser enquadrado no
universo
> da ciência.

Correto. Mas o fato de alguns cientistas deixarem esse ou aquele fato
de fora, não denigre a ciência. Tudo que o que é observável pode ser
objeto de estudo científico.


>
> Observe que a norma da epistemologia popperiana segundo a qual "uma
> hipótese, para ser científica, deve fazer uma PREVISÃO que pode ser
> testada", tal imperativo pressupõe, como um princípio não falseável
> (portanto, não-científico), que tudo na realidade pode ser
previsto, que
> "tudo é previsível".

Epa. "Fazer uma previsão testável" não é a mesma coisa que "prever
tudo". Todas as ciências podem fazer algum tipo de previsão testável.
Nenhuma ciência pode prever tudo.


>Isso se admitirmos que a ciência é omnisciente.

Ninguém disse isso.

>
> Ora, a PREVISIBILIDADE como algo que se admite a priori para
definir o que é
> e o que não é científico não passa de um mito, de um
mito "científico".
> Afinal, o que garante que todos os fenômenos comportam-se de uma
forma
> previsível?

Mesmo fenômenos caóticos podem ter testados de forma estatística. Mas
você está certo: certos fenômenos absolutamente imprevisíveis não
fazem parte do escopo da ciência. Ninguém pode prever, por exemplo,
quando fulano ou sicrano vai começar a levitar, vai ter uma
premonição ou vai ser abduzido por um alienígena. Depois que essas
coisas acontecem também não deixam nenhum tipo de prova, resíduo
material ou consequencia física mesurável.

>
> Por que razão você defende o mito popperiano da PREVISIBILIDADE ao
mesmo
> tempo que rejeita, de uma forma tão enfática, o mito freudiano do
> INCONSCIENTE?
>

Não rejeito as idéias de Freud. Reconheço que ele foi um pensador
importante e que suas idéias tiveram e tem grande influência na
civilização contemporânea. Idéias não precisam do
carimbo "científico" para serem importantes. Mas para que as idéias
sejam consideradas científicas elas precisam constituir um modelo
testável e refutável.

O universo da cultura humana é muito rico não pode ficar restrito
apenas as idéias que sejam consideradas testáveis e refutáveis; mas
apenas estes tipos de idéias possuem a propriedade de constituir um
conjunto que sempre cresce e progride, eliminando os erros através de
crítica interna, aumentado o domínio humano sobre o universo e sobre
si mesmo.

Me xingue de positivista se tiver coragem. :)

[]´s

André






SUBJECT: Re: O Mito Popperiano
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/01/2002 10:57

--- In ciencialist@y..., "andrediasbaptista" <andrebaptista@u...>
> Me xingue de positivista se tiver coragem. :)

Seu P-O-S-I-T-I-V-I-S-T-A!

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: OS SARNEYS E O CHARME DA MISERIA
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/01/2002 11:10

--- In ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> wrote:
> O original se encontra em:
>
> http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2002/01/12/aberto002.html
>
> Com algumas modificacoes.

E tbm:

http://www.estado.estadao.com.br/jornal/01/12/29/news177.html

http://www.estado.estadao.com.br/jornal/02/01/18/news311.html

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: 'Algo' que se propaga = canhão de vórtice
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/01/2002 12:17

A duvida do Takata procede. Afinal o que apaga a vela?
Uma onda sonora ou uma massa de ar na forma de um sopro?

> -----Mensagem original-----
> De: rmtakata [mailto:rmtakata@altavista.net]
> Enviada em: Quinta-feira, 24 de Janeiro de 2002 08:42
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Assunto: [ciencialist] Re: 'Algo' que se propaga = canhão de vórtice
>
>
> --- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> > O que vi com o mais 'parecido' com um "laser" de ondas mecânicas ao
> ler a dúvida do Takata foi esse canhão. Mas, ainda não tenho resposta
> definitiva para a dúvida por ele levantada.
>
> Mas nesse caso ha' o deslocamento de
> materia, nao? E' o ar q. sai do tubo
> q. vai la' apagar a vela, nao e'?
> Ou as moleculas de ar do tubo transferem
> a energia para o ar de fora e assim
> sucessivamente?
>
> Sei q. ja' criaram uma especie de
> "laser" atomico:
>
> http://www.aip.org/physnews/preview/1997/alaser/text.htm
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Mito Popperiano
FROM: Nicolau Werneck <nwerneck@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/01/2002 13:07

> tal imperativo pressupõe, como um princípio não
> falseável (portanto, não-científico), que tudo na
> realidade pode ser previsto, que "tudo é
> previsível". Isso se admitirmos que a ciência é
> omnisciente.
não sou o rei da epistemologia, mas algo nessa frase
me incomodou...
"ser previsível" tem duas conotações. A
possibilidade de se dizer como ela será no futuro, ou
a possibilidade de _elaborar-se uma hipótese_ de como
ela será!
A ciência não prediz nada, só dá palpites.


> Afinal, o que garante que todos os fenômenos
> comportam-se de uma forma previsível?
nada

Eu li muito pouco Popper, mas sempre foi claro pra mim
que ele nunca teve a menor pretensão de criar uma
ciência que se comprometesse a funcionar!

++nicolau, fingindo que sabe alguma coisa :)



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SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: 'Algo' que se propaga = canhão de vórtice
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/01/2002 13:29

--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> wrote:
> A duvida do Takata procede. Afinal o que apaga a vela?
> Uma onda sonora ou uma massa de ar na forma de um sopro?

Na verdade a minha duvida e' estupida.

Se ao colocar um gas inflamavel no tubo,
ocorrera' uma pequena explosao mais `a frente,
so' pode ser porq. ha' deslocamento
das moleculas de gas.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: 'Algo' que se propaga = canhão de vórtice
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/01/2002 14:41

--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> wrote:
> A duvida do Takata procede. Afinal o que apaga a vela?
> Uma onda sonora ou uma massa de ar na forma de um sopro?

Qual é a diferença ?
um onda sonora é o movimento de uma massa de ar.
um sopro é o movimento de um massa de ar.

O som, tem várias faces dependendo da escala.

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: 'Algo' que se propaga = canhão de vórtice
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/01/2002 14:48

> De: rmtakata [mailto:rmtakata@altavista.net]
>
> --- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> <alxmpub@u...> wrote:
> > A duvida do Takata procede. Afinal o que apaga a vela?
> > Uma onda sonora ou uma massa de ar na forma de um sopro?
>
> Na verdade a minha duvida e' estupida.
>
> Se ao colocar um gas inflamavel no tubo,
> ocorrera' uma pequena explosao mais `a frente,
> so' pode ser porq. ha' deslocamento
> das moleculas de gas.

Tá certo. Não tinha prestado atenção ao detalhe
da explosão. (Teria chamuscado meu cavanhaque) :)


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: 'Algo' que se propaga = canhão de vórtice
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/01/2002 14:52

Medeiros escreve:
> A duvida do Takata procede. Afinal o que apaga a vela?<
> Uma onda sonora ou uma massa de ar na forma de um sopro?<
Em mensagem posterior Takata escreve:

>Na verdade a minha duvida e' estupida.<

>Se ao colocar um gas inflamavel no tubo,
ocorrera' uma pequena explosao mais `a frente,
so' pode ser porq. ha' deslocamento
das moleculas de gas.<

Léo responde:
Não acredito em dúvida 'estúpida'. A dúvida apenas deu a 'aparência' de estúpida depois de um 'insight' ou um raciocínio lógico que desfez a dúvida e, como a solução foi por demais trivial (o gás do interior do tubo queimou-se fora do tubo) coroou a dúvida como 'estúpida'. Se o raciocínio lógico envolve-se muito mais variáveis e ferramentas matemáticas a dúvida teria sido coroada com outro adjetivo.
Continuando,
Pela teoria dos 'vortices de Helmholtz' há um deslocamento de matéria para apagar a vela porém, algo distinto de um simples sopro. No tubo de vórtice em movimento do tubo até a vela (enxergue algo como uma câmara de ar, cheia de ar e feita de ar, com esse ar girando ao redor da circunferência média do tubo -- toro --) temos a salientar; o tubo é fechado e o ar desse tubo em movimento circular (spin?) não se mistura (difunde/dilui) no ar envolve (meio onde se propaga o vórtice).
O apagar da vela não se dá por efeito de um soprão e sim por um turbilhonar.
O redemoinho é um vórtice; o efeito Magnus deriva de vórtice.
Mas, ainda não se resolveu a dúvida 'primordial' do Takata ... laser com ondas mecânicas; e só faltava, depois de tudo, o Takata batizar essa dúvida primordial de ... 'estúpida'! :|])
[]'
Léo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: 'Algo' que se propaga = canhão de vórtice
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/01/2002 15:43

Taborda escreve:


>Qual é a diferença ?
um onda sonora é o movimento de uma massa de ar. <==+++
um sopro é o movimento de um massa de ar.

O som, tem várias faces dependendo da escala.<

(<==++)Conceito furado (<==++)

[]'
Léo
============





SUBJECT: RES: canhão de vórtice
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/01/2002 09:57

Olá Sérgio

--- In ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> wrote:

> Qual é a diferença ?
> um onda sonora é o movimento de uma massa de ar.
> um sopro é o movimento de um massa de ar.
>
> O som, tem várias faces dependendo da escala.
>

Numa onda mecânica (como a sonora) a energia é transmitida para
frente por um movimento de oscilação (vai-e-vem)das moléculas. Não
ocorre transporte de matéria.

Já um sopro é um jato de ar contínuo - as moléculas se deslocam para
a frente.

No caso do canhão de vórtice, as moléculas de gás de dentro do tubo
se deslocam para frente no tal vórtice até alimentar a chama da vela
6 metros adiante.

ps. para o Leo: não daria para visualizar o vórtice com fumaça ou
gelo seco?

[]´s

André



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O Mito Popperiano
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/01/2002 12:00

Oi André Batista,

Manuel escrevera: Observe que a norma da epistemologia popperiana segundo a
qual "uma hipótese, para ser científica, deve fazer uma PREVISÃO que pode
ser testada", tal imperativo pressupõe, como um princípio não falseável
(portanto, não-científico), que tudo na realidade pode ser previsto, que
"tudo é previsível".

André: Epa. "Fazer uma previsão testável" não é a mesma coisa que "prever
tudo". Todas as ciências podem fazer algum tipo de previsão testável.
Nenhuma ciência pode prever tudo.

Manuel: Acho que não expliquei bem. O que quis dizer foi o seguinte: a) o
método científico é o método correto para se investigar a natureza, e,
segundo esse método, uma hipótese só é científica caso faça uma previsão que
pode ser testada; b) Ora, se o método científico é o correto para se
investigar a natureza, é porque presume-se que "os fenômenos naturais são
previsíveis".

Claro que a ciência não explica tudo, até porque, como disse Pascal, o
conhecimento científico é como uma esfera no espaço; e quanto maior essa
esfera, mais contato temos com o desconhecido (a superfície da esfera). O
que não quer dizer que os fenômenos naturais, quaisquer que sejam eles, não
sejam cientificamente "explicáveis". Por isso que não se deve pegar o atalho
do misticismo para se tentar explicar aqueles fenômenos naturais que AINDA
não foram explicados pela ciência. A respeito do potencial investigativo da
ciência, Freud, em "O Futuro de uma Ilusão", escreveu: "existem muitas
questões a que a ciência atualmente não pode dar resposta. Mas o trabalho
científico constitui a única estrada que nos pode levar a um conhecimento da
realidade externa a nós mesmos." (Vol. 21; Ed. Imago; pág. 45) -- Esse Freud
era mesmo um positivista. :-)

Também o fato de os cientistas errarem em suas previsões (e quem não erra?)
não quer dizer que há fenômenos naturais inexplicáveis (na avaliação de
Popper, inexplicável é sinônimo de imprevisível). Aliás, um bom critério
para distinguir um cientista de um pseudocientista é, precisamente, a
capacidade de admitir os erros. Os pseudocientistas sempre guardam na manga
uma explicação ad hoc para justificar-se sempre que os fatos destoam
"aparentemente" de suas avaliações. Sobre os erros na ciência, Freud certa
vez escreveu: "Às vezes nós adivinhamos erradamente e nunca estamos em
posição de descobrir tudo" (Freud; Über Wilde Psychoanalyse; 1910). Malgrado
a expressão "advinhamos" (que alguém pode associar à palavra "advinho" :-)),
que charlatão pseudocientífico seria capaz de referir-se ao seu próprio
esforço investivativo desta maneira?

Concordo com você, André, quando diz que mesmo fenômenos caóticos podem ser
testados de forma estatística. De modo que o que estou pondo em questão não
é a previsibilidade dos fenômenos naturais, mas a previsibilidade absoluta,
linear. Se há imprevisibilidade na natureza, essa imprevisibilidade é
relativa. Mas não creio que Popper se satisfaria com as previsões frouxas
das ciências que tratam dos sistemas complexos, cujas hipóteses sobre o
comportamento do sistema envolve muitas possibilidades ou soluções
possíveis, às vezes mesmo soluções diametralmente opostas. Talvez Popper
diria que, assim como a sociologia, o estudo dos sistemas adaptativos
complexos ainda não encontrou o seu Galileu ou que, como a psicanálise e o
darwinismo, trata-se apenas de um programa metafísico de pesquisa. Talvez
ele ainda argumentaria que não é porque se vale da matemática (no caso, a
matemática do caos) para modelar o seu objeto que tal estudo deve ser
considerado como rigorosamente científico, pelo simples fato de que, como
demonstrou o Takata, até com a linguagem precisa da matemática se pode
embromar.

Acho mesmo O Popper tem sempre uma explicação ad hoc para defender sua tese
segundo a qual o mundo investigado pela ciência é bem comportado, que o
comportamento dos fenômenos podem ser deduzidos com precisão.

Abraços,
Manuel Bulcão
PS: Acho que estou sendo muito chato com esse discurso monomaníaco sobre
ceticismo, Popper e psicanálise. Preciso trocar o disco. :-)




SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: O Mito Popperiano
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/01/2002 12:46

>André: Epa. "Fazer uma previsão testável" não é a mesma coisa
>que "prever tudo". Todas as ciências podem fazer algum tipo de
>previsão testável. Nenhuma ciência pode prever tudo.

>Manuel: Acho que não expliquei bem. O que quis dizer foi o
>seguinte: a) o método científico é o método correto para se
>investigar a natureza, e, segundo esse método, uma hipótese
>só é científica caso faça uma previsão que pode ser testada;
>b) Ora, se o método científico é o correto para se investigar
>a natureza, é porque presume-se que "os fenômenos naturais
>são previsíveis".


Manuel,

Tenho acompanhado a sua excelente discussão sobre o mito Popperiano. Não
pare.

Você tem examinado mais o critério do poder preditivo, mas me parece que
o critério principal para Popper é a falsificabilidade (ou
falseabilidade, detesto ambas as traduções). Não tenho condições de
verificar agora se Popper disse isso assim, com todas as letras, mas
acho que o poder de predição é um critério secundário.

No famoso caso da Teoria da Evolução, que Popper disse não ser
científica, para depois voltar atrás, o que o convenceu foi a idéia de
que ela poderia ser refutada pelo achado de registros fósseis que a
contradissessem. Por exemplo, pegadas de humanos juntamente com as de
dinossauros. O que Popper não sabia naquele tempo é que ela poderia
fazer previsões e ser testada experimentalmente, como no caso de
populações de drosófilas que apresentam variações genéticas após alguns
anos de exposição a ambientes idênticos em tudo, exceto por uma variação
de alguns graus na temperatura.

Poder preditivo é um critério forte, mas não definitivo.

Se aplicarmos o critério do poder preditivo à teoria das supercordas,
concluiremos que ela não é científica. Até hoje não foi possível obter
provas experimentais de sua validade. Pelo critério da
falsificabilidade, no entanto, ela é científica, pois há a possibilidade
de existirem fenômenos observáveis que a contradigam. O que nos remete à
pseudociência.

A distinção entre as crenças místicas e a pseudociência é que as
primeiras não podem ser contraditas pela observação e experiência,
enquanto as segundas podem -- e não passam no teste.

Abraços,
Colucci




SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: O Mito Popperiano
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/01/2002 15:39

> De: Manuel Bulcão [mailto:manuelbulcao@uol.com.br]

> PS: Acho que estou sendo muito chato com esse discurso
> monomaníaco sobre ceticismo, Popper e psicanálise.
> Preciso trocar o disco. :-)

Sendo chato ou não, o debate "O Mito Popperiano" foi
pro meu arquivo. Embora, eu não me intrometa no tema
não perco uma linha. :-)

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Prêmio União Latina de Tradução C&T 2002
FROM: "rbdiniz2" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/01/2002 16:08


Talvez alguém aí se interesse.
Belisário

Date: 25 Jan 2002 17:54:01 -0000
To: voz2002@grupos.com.br
From: ricardo BELINSKI <rbelinski2001@hotmail.com>
Subject: [VoZ] CBL: Prêmio União Latina

Prêmio União Latina
de Tradução Científica e Técnica 2002

Inscrições abertas até 15 de fevereiro de 2002..

A União Latina, organização intergovernamental, e a Câmara Brasileira
do Livro têm o prazer de anunciar a realização do Prêmio União Latina
de Tradução Científica e Técnica 2002..

O Prêmio foi criado com o intuito de promover a língua portuguesa
como língua de comunicação científica e técnica, premiando traduções
de boa qualidade, que tenham contribuído para o enriquecimento da
terminologia científico-técnica em língua portuguesa, valorizando
também a profissão do tradutor especializado, favorecendo seu acesso
às novas tecnologias e incentivando o desenvolvimento da terminologia
científico-técnica..

A cerimônia de premiação, acontecerá juntamente com a entrega do
prêmio Jabuti 2002..

REGULAMENTOO
Língua-alvo: português..
Línguas-fonte: todas as línguas que possam ser cobertas pelos
jurados..

As editoras especializadas, científicas e técnicas, os organismos
científico-técnicos, empresas, universidades etc, poderão inscrever
traduções em português editadas entre 18 de novembro de 2000 e 07 de
dezembro de 2001, das áreas::
· Economia;
· Administração;
· Negócios;
· Direito;
· Ciências Naturais;
· Medicina;
· Ciências Exatas;
· Tecnologia;
· Informática;
· Ciências Humanas;;

Serão rejeitadas obras que não façam menção ao tradutor, ao título
original, que não estejam acompanhadas do texto original, ou que não
estejam editadas de acordo com as modernas nomras de editoração e
catalogação..

PREMIAÇÃOO

O primeiro prêmio receberá, em reais , o valor equivalente a US$
2.000.00 (dois mil dólares), além de um diploma..

Haverá também uma premiação secundária, onde os eleitos receberão
ferramentas de auxílio ao trabalho de tradução, como dicionários
eletrônicos, CD-ROM terminológicos, sistemas de ajuda à tradução,
dicionários impressos etc;;

O prêmio será entregue ao tradutor vencedor, desde que sua tradução
tenha sido publicada em primeira edição no Brasil, no período de 18
de novembro de 2000 e 07 de dezembro de 2001..

Importante: As obras de tradutores já falecidos, se selecionadas pelo
júri, serão transferidas para uma seção especial, e assim premiadas,
não concorrendo porém, ao prêmio em dinheiro..

COMO PARTICIPARR

As inscrições se encerram no dia 15 de fevereiro de 2002. Após tal
data não mais serão aceitas, sendo considerada a data de postagem do
material..

Para participar, as empresas e instituições interessadas deverão
enviar sua inscrição segundo os critérios abaixo::
a) Preenchimento da ficha de inscriçãoo
b) Pagamento de taxa de R$ 50,00 (cinqüenta reais), por obra para
associados e R$ 60,00 (sessenta reais) para não associados; as
coleções terão uma taxa de R$ 60,00 (sessenta reais) para associados
e R$ 70,00 (setenta reais) para não associados. O pagamento deverá
ser efetuado no ato das inscrições;;
c) As coleções serão aceitas desde que todos os volumes tenham sido
editados no ano de 2001;;
d) As obras impressas em co-edição deverão ser inscritas apenas por
uma das editoras;;
e) Fornecimento de 05 (cinco) exemplares de cada título inscrito.
Atenção: eventualmente poderão ser solicitados às editoras exemplares
adicionais; a editora deverá apresentar também, 1 cópia da obra
original;;
f) A editora deverá anexar uma declaração confirmando que o(s)
candidato(s) (tradutor) foi informado sobre sua inscrição para
concorrer ao prêmio;;
g) Solicitamos aos editores que, quando na contracapa não apareça o
ano de edição, enviem junto à obra cópia da Nota Fiscal da gráfica,
comprovando o ano de edição;;
h) Não serão aceitas reedições de obras, nem obras de acesso restrito
ou artigos de revistas;;
i) Serão rejeitadas obras que não façam menção ao tradutor, ao título
original, que não estejam acompanhadas do texto original, ou que não
estejam editadas de acordo com as modernas normas de editoração e
catalogação..

Obs.: As obras inscritas, não serão devolvidas no final da premiação..

OUTRAS INFORMAÇÕESS
· As atividades referentes à premiação ficarão a cargo da Comissão do
Prêmio de Tradução Científica e Técnica União Latina e CBL
· A Comissão resolverá os casos omissos.
· A decisão do júri é irrecorrível e os inscritos deverão obedecer
rigorosamente ao regulamento.
· Informações complementares poderão ser obtidas junto à CBL ou à
União Latina:

Todo o material necessário e ficha de inscrição preenchida, devem ser
encaminhados para::
Câmara Brasileira do Livroo
Alameda Santos, 1000 - 10º andarr
01418-100 - São Paulo - SPP
Informações:Departamento de MKT da CBL , tel.: (11) 3147-0870
Site: www.cbl.org.br e-mail: srodrigues@cbl.org.br
Ou União Latina, tel.: (21) 518-32544
Site: http://www.unilat.org/dtil/premio_brasil/index.htm e-mail:
uniaolatina@openlink.com.brr
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de Tradução Científica e Técnica 2002


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de Tradução Científica e Técnica 2002.


O Prêmio foi criado com o intuito de promover a língua portuguesa
como língua de comunicação científica e técnica, premiando traduções
de boa qualidade, que tenham contribuído para o enriquecimento da
terminologia científico-técnica em língua portuguesa, valorizando
também a profissão do tradutor especializado, favorecendo seu acesso
às novas tecnologias e incentivando o desenvolvimento da terminologia
científico-técnica.


A cerimônia de premiação, acontecerá juntamente com a entrega do
prêmio Jabuti 2002.


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As editoras especializadas, científicas e técnicas, os organismos
científico-técnicos, empresas, universidades etc, poderão inscrever
traduções em português editadas entre 18 de novembro de 2000 e 07 de
dezembro de 2001, das áreas:
· Economia;
· Administração;
· Negócios;
· Direito;
· Ciências Naturais;
· Medicina;
· Ciências Exatas;
· Tecnologia;
· Informática;
· Ciências Humanas;


Serão rejeitadas obras que não façam menção ao tradutor, ao título
original, que não estejam acompanhadas do texto original, ou que não
estejam editadas de acordo com as modernas nomras de editoração e
catalogação.


PREMIAÇÃO


O primeiro prêmio receberá, em reais , o valor equivalente a US$
2.000.00 (dois mil dólares), além de um diploma.


Haverá também uma premiação secundária, onde os eleitos receberão
ferramentas de auxílio ao trabalho de tradução, como dicionários
eletrônicos, CD-ROM terminológicos, sistemas de ajuda à tradução,
dicionários impressos etc;


O prêmio será entregue ao tradutor vencedor, desde que sua tradução
tenha sido publicada em primeira edição no Brasil, no período de 18
de novembro de 2000 e 07 de dezembro de 2001.


Importante: As obras de tradutores já falecidos, se selecionadas pelo
júri, serão transferidas para uma seção especial, e assim premiadas,
não concorrendo porém, ao prêmio em dinheiro.


COMO PARTICIPAR


As inscrições se encerram no dia 15 de fevereiro de 2002. Após tal
data não mais serão aceitas, sendo considerada a data de postagem do
material.


Para participar, as empresas e instituições interessadas deverão
enviar sua inscrição segundo os critérios abaixo:
a) Preenchimento da ficha de inscrição
b) Pagamento de taxa de R$ 50,00 (cinqüenta reais), por obra para
associados e R$ 60,00 (sessenta reais) para não associados; as
coleções terão uma taxa de R$ 60,00 (sessenta reais) para associados
e R$ 70,00 (setenta reais) para não associados. O pagamento deverá
ser efetuado no ato das inscrições;
c) As coleções serão aceitas desde que todos os volumes tenham sido
editados no ano de 2001;
d) As obras impressas em co-edição deverão ser inscritas apenas por
uma das editoras;
e) Fornecimento de 05 (cinco) exemplares de cada título inscrito.
Atenção: eventualmente poderão ser solicitados às editoras exemplares
adicionais; a editora deverá apresentar também, 1 cópia da obra
original;
f) A editora deverá anexar uma declaração confirmando que o(s)
candidato(s) (tradutor) foi informado sobre sua inscrição para
concorrer ao prêmio;
g) Solicitamos aos editores que, quando na contracapa não apareça o
ano de edição, enviem junto à obra cópia da Nota Fiscal da gráfica,
comprovando o ano de edição;
h) Não serão aceitas reedições de obras, nem obras de acesso restrito
ou artigos de revistas;
i) Serão rejeitadas obras que não façam menção ao tradutor, ao título
original, que não estejam acompanhadas do texto original, ou que não
estejam editadas de acordo com as modernas normas de editoração e
catalogação.


Obs.: As obras inscritas, não serão devolvidas no final da premiação.


OUTRAS INFORMAÇÕES
· As atividades referentes à premiação ficarão a cargo da
Comissão do Prêmio de Tradução Científica e Técnica União Latina e
CBL
· A Comissão resolverá os casos omissos.
· A decisão do júri é irrecorrível e os inscritos deverão
obedecer rigorosamente ao regulamento.
· Informações complementares poderão ser obtidas junto à CBL ou
à União Latina:


Todo o material necessário e ficha de inscrição preenchida, devem ser
encaminhados para:
Câmara Brasileira do Livro
Alameda Santos, 1000 - 10º andar
01418-100 - São Paulo - SP
Informações:Departamento de MKT da CBL , tel.: (11) 3147-0870
Site: www.cbl.org.br e-mail: srodrigues@cbl.org.br
Ou União Latina, tel.: (21) 518-3254
Site: http://www.unilat.org/dtil/premio_brasil/index.htm e-mail:
uniaolatina@openlink.com.br
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SUBJECT: Homossexualidade: Mudando para "comportamento aprendido" (PPSD)
FROM: "Paulo Sergio Dias" <psdias@globo.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/01/2002 21:44

Aproveitando o assunto "homossexualidade",
gostaria de fazer algumas perguntas sobre
comportamento humano que, penso eu,
talvez possam ter "tentativas" de explicacao
semelhante.

Obs.: Sao apenas questionamentos. Nao estou
formulando, nem defendendo nenhuma tese,
pois nao conheco o assunto.


PARTE "A" - Existe "homossexualismo aprendido" ?
=================================================


a) Alem de uma tendencia genetica, um individuo
nao pode acabar se tornando homossexual
devido ao tipo de "educacao" que recebeu,
desde a infancia ate' a adolescencia ?

- Caso 1:
Uma familia e' constituida do pai, mae,
e cinco filhos: 4 meninas e um menino
Vamos supor que o pai faleceu, e o
menino foi educado pela mae, em convivencia
com as 4 irmas. Supondo ainda que os "modelos"
de comportamento que o garoto recebeu
sao, em sua maioria, de mulheres, a chance
desse individuo se tornar "efeminado" e'
grande, nao acham ? Notem: Ele v^e as
irmas e a mae se vestindo com roupas de
mulheres, se maquiando, usando trejeitos
femininos, etc. Isso provavelmente vai
getar o mesmo tipo de comportamento no garoto.

E esse "efeminamento" ? Pode acabar gerando
algum grau de "homossexualismo ? Por exemplo,
certamente o garoto vai ver as irmas se
"apaixonarem" por atores, cantores, falarem
de garotos da escola pelos quais elas estao
interessadas, etc., etc. O garoto nao podera'
acabar "aprendendo" o comportamento de se
interessar por "homens" ?


Exemplo 2:
- O pai, chefe da familia, e' por demais
autoritario, e subjuga a mae e os filhos
(garotos ou garotas). Um dos garotos,
por exemplo, nao pode acabar apresentando
comportamentos homossexuais, por ter
"aprendido" a ser submisso `a autoridade
extremamente austera do pai ? Isto e',
se o pai e' severo demais, ele nao pode
acabar "sufocando" os aspectos "masculinos"
do filho ?

Exemplo 3:
- Uma mae que superprotege o filho, tratando-o
com excesso de zelo, de mimo, "dando tudo de
bandeja", talvez ate' controlando seus
contatos com garotas (por uma especie de
"ciumes maternos", quem sabe ?) , tambem
nao pode acabar educando um filho de forma
que ele revele tendencias homossexuais ?


- Enfim, nestes tres exemplos, estou querendo
identificar ate' que ponto o homossexualismo
pode ser encarado apenas pelo aspecto "genetico",
e o quanto ele pode ser "aprendido".

Obs.: Evidentemente, nenhuma das situacoes acima
necessariamente irao gerar diferencas
comportamentais "homossexuais". Imagino ate'
que outro tipos de disturbio psicologico
(que nao o homossexualismo) possam advir de historicos
de vidas como os que eu citei acima."



PARTE "B" - Existe a "Sindrome de Tarzan" ?
===========================================

- Na historia de Tarzan (o do filme com o
ator Christopher Lambert e' mais interessante),
um menino e' criado por um bando de macacos,
e cresce apresentando comportamento semelhante
ao desses animais.

- Ja' ouvi dizer que existem casos "reais"
de criancas que se perderam na selva
(nao sei os detalhes) e foram criadas em meio
a animais, e quando foram encontradas
apresentavam comportamento animal (comunicavam-se
apenas com "grunhidos", por exemplo).

- Esses casos realmente existiram, ou sao apenas
"lenda" ? Se existiram, e' verdade que pessoas
assim estao fadadas a comportar-se como
animais para o resto de suas vidas ? Ouvi dizer,
por exemplo, que essas pessoas nao conseguiriam
"aprender a falar".

Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O Mito Popperiano
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/01/2002 10:57

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "andrediasbaptista"
<andrebaptista@uol.com.br> wrote:

> Não rejeito as idéias de Freud. Reconheço que ele foi um pensador
> importante e que suas idéias tiveram e tem grande influência na
> civilização contemporânea. Idéias não precisam do
> carimbo "científico" para serem importantes.

É inegável que Freud foi um pensador. Qualquer pessoa que deixa o resultado
de seu trabalho em obras escritas, deixa ideias e, se deixa ideias, é
pensador. Popper não é nem nunca foi cientista. Escreveu uma quantidade
importante de ideias filosóficas sobre a ciencia que serviram muito para os
cientistas. Em realidade pôs palavras na boca dos cientistas que eles,
ocupados com o trabalho, não sabiam como expressar.

Em realidade a comunidade científica acolheu tão bem as ideias de Popper
porque ele conseguiu traduzir em palavras o que os cientistas faziam de um
modo intuitivo. Quando digo intuitivo, me refiro a uma conduta coerente, mas
que nem sempre pode ser traduzida em palavras. O Popper foi um intérprete.
Fez boas interpretações da conduta científica.

Agora sobre Freud. Não se pode negar que foi um pensador. No entanto o valor
das "ideias" de Freud não reside na sua qualidade de ideias. Quando ele
definiu a psicanálise para a Enciclopédia Britânica, disse: É um método de
investigação de fenômenos até agora inacessiveis pelos métodos tradicionais
conhecidos; um método de tratamento de certas doenças, decorrente da
investigação e um acervo de ideias que tendem a transformar-se
progressivamente numa disciplina científica.

As ideias de Freud são um conjunto de enunciados empíricos. Ensinam um modo
de observar certos fenômenos que aparecem no discurso. Seu valor não reside
nas conclusões filosóficas ou psicológicas em geral (como recomendações
éticas ou descrições relacionadas com visões de mundo). Está na metodologia
de abordagem dos fenômenos que se conhecem como sintomas.

O objeto da psicanálise é a investigação do sintoma. Todas as conclusões se
relacionam com esta atividade. Se uma crítica contra a cientificidade da
psicanálise vais contra a forma de investigar e os resultados da
investigação, então é efetivamente contra a psicanálise.

Como invesiga a psicanálise? Quais são as proposições que são constantemente
refutadas? De nehuma maneira se devem interessar por frases ou ideias
escritas em suas obras, por Freud. As hipóteses psicanalíticas são as
interpretações do analista. Como testá-las? Muito simples.

Sempre que um paciente está em análise e fala, o analista trata de
investigar o conteúdo do discurso. Com um determinado método, procura certos
indicios. Quando encontra estes supostos indicios, os revela ao paciente.
Esta manifestação do analista se denomina interpretação. Se a interpretação
é correta (uma grande quantidade de vezes não o é), devem ocorrer
determinadas modificações no discurso. Se não ocorrem, é porque o analista
errou.

Um analista está constantemente testando a hipótese sobre o que ocorre no
discurso do paciente. Existe coisa mais empírica que isso? O Popper, quando
esteve na Associação Psicanalítica Britânica confessou que não leu os
trabalhos técnicos de Freud. Suas interpretações se dirigiram a algumas
conclusões meramente metapsicológicas (a parte teórica da psicanálise que
sofre continuas modificações).

Existem duas maneiras de investigar em psicanálise. Uma, é a prova da
correção da interpretação (quando provoca certas modificações no discurso)
durante a sessão analítica; outra é o estudo da reprodução em determinado
suporte, da sessão analítica (gravação em suporte magnético e/ou óptico) em
que pessoas que conhecem o método submetem as interpretações do analista a
um exame e tratam de evidenciar os eventuais erros do terapeuta.

Esta técnica de submeter o produto do encontro paciente-analista a um exame
se denomina supervisão clínica. Todo analista se submete a um conjunto de
supervisões durante sua formação nos institutos de psicanálise (escolas de
formação de analistas). Aprende a supervisionar seu trabalho e busca
constantemente a professores para submeter seus procedimentos a um exame
técnico.

Existem centros no mundo (o mais importante está na cidade alemã de Ulm) em
que estão guardados gravados, classificados e catalogados uma enorme
quantidade de tratamentos psicanalíticos de diferentes pacientes, com
diferentes gravidades, diferentes resultados e diferentes durações.

Um estudo importante para criar novas hipóteses e invalidar outras é
submeter um conjunto de sessões analíticas de determinado paciente a um
estudo crítico, depois do qual os investigadores emitem suas hipóteses
tentando prever o desenlace do tratamento depois de um determinado tempo.

Uma vez resumido e enotado tudo, se trazem as sessões do mesmo tratamento,
realizadas depois do tempo estipulado. A realidade demonstra quais hipóteses
se cumpriram e quais não. A seguinte etapa é o estudo das possíveis causas
de erro na previsão. Onde está a falta de cientificidade?

Tenho a impressão que está na moda dizer que a psicanálise não é científica.
Uma lista muito conhecida censura qualquer tentativa de discutir a
cientificidade ou não cientificidade da psicanálise. Quando eu tentei
fazê-lo, me puniram com uma suspensão. Eu simplesmente protestei contra a
censura e nunca mais me comuniquei com eles.

Sua atitude convenceu muita gente. Eu pessoalmente não me importo que digam
que a psicanálise é ou não é científica. Eu a pratico e trato de aperfeiçoar
minhas técnicas para que um maior número de pacientes se curem (como
qualquer prática, tem muitos fracassos terapêuticos). Só tenho medo da
atitude totalitaria e dogmática de proibir sem saber o que proibem.

Não se esqueça que Wittgenstein propôs que existem nos discursos
relacionados com o saber os conhecidos "jogos de linguagem", em que o mais
importante não é a significação das palavras, senão o uso que delas se faz.
Existem muitos deste jogos que tem como objetivo criar um ânimo adverso à
psicanálise e fazer com que as pessoas a combatam repetindo determinadas
formas "paradigmáticas" que não se aceitam que se submetam a nenhuma
crítica.

Como isto já está muito comprido, fico por aqui.
[]s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar







SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Pseudoceticismo
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/01/2002 11:08

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
wrote:

> "As coisas estão fortes
> Mas eu não sou as coisas
> Por isso me revolto."

É isso aí, Manuel.

Penso que temos nisso tudo, uma atitude profundamente estética. Tudo o que
perece é porque não tem condições de sobreviver. O darwinismo das ideias é
inegável. A evolução segue seu rumo, mesmo que não se queira. Além disoo, o
peta também disse:

"...Mas as coisas lindas,
muito mais que findas,
estas ficarão".

Vale
[]s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar






SUBJECT: Re: [ciencialist] O Mito Popperiano
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/01/2002 12:15

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
wrote:

> Por que razão você defende o mito popperiano da PREVISIBILIDADE ao >mesmo
tempo que rejeita, de uma forma tão enfática, o mito freudiano do
> INCONSCIENTE?

Oi Manuel.

É muito interessante a sua pergunta. Creio que existem algumas razões que se
se podia arriscar mencionar.

Ludwig Wittgenstein postulou que devemos ver a linguagem como uma atividade
humana imersa num sistema de práticas que constituem o que ele denominou uma
"forma de vida". Definiu então o "jogo de linguagem" como o "todo formado
pela linguagem e as ações com as que está entretecido" (Investigações
Filosóficas, § 7).

Ele disse mais ou menos que o importante, no caso dos jogos de linguagem é o
uso que se faz das alavras, mais que o significado das mesmas. Quando se
argumenta, por exemplo, se busca uma ação, um efeito, mais que propriamente
esclarecer. Simplesmente temos determinados costumes de usar determinadas
regras de linguagem. O significado de uma palavra não é outra coisa que seu
uso.

Um determinado jogo de palavras serve para provocar certos efeitos. O caso
do vocábulo inconsciente. Antes do nascimento da psicanálise era um termo
francamente equívoco. Com Freud nasceu o inconsciente dinâmico. Os
investigadores da ciencia cognitiva começou a publicar trabalhos em que
aparecem métodos altamente sofisticados que coincidem na afirmação cada vez
mais convincente da existencia de um inconsciente cognitivo.

Em muitos trabalhos não estão interessados em afirmar nem negar nada com
relação ao inconsciente dinâmico (freudiano), mas em outros, sem se
preocupar em demonstrar nada afirmam que o inconsciente freudiano não
existe. Outros ainda usam um jogo de palavras extraidas de supostos resumos
(muito mal feitos) de argumento "freudianos" sobre a existencia do
inconsciente dinâmico, que obviamente são facilmente rebativeis.

O que acontece é que se submetemos rigorosamente a uma análise
terminológica, o inconsciente cognitivo não difere do inconsciente dinâmico.
Assim que, se não se informa bem o que significa isso, não entendo como uma
pessoa aceita ou não aceita um conceito. Só posso pensar que é um problema
de fé. Nada mais.

A liberdade de culto existe e não creio que se deva interferir nela. Quando
vc. pergunta por que aceita um mito e nega outro, a pergunta é muito
simples. É até ingênua. É como se uma criança perguntasse: Por que vc aceita
que exista o dia e não aceita que exista a noite ?

Penso que tudo faz parte de jogos de linguagem. Como os mitos das
comunidades religiosas. Servem unicamente para conferir identidade com um
grupo. Só penso que este modo de pensar pode dar margem a atitudes
totalitarias. Temos experiencia com grupos que censuram e tratam de aplicar
penalidades para quem não segue seus dogmas.

[]s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] Homossexualidade: Mudando para "comportamento aprendido" (PPSD)
FROM: "Cesar Gomes" <cgm_sup@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/01/2002 15:28

Paulo,

Nao sou pscicologo, nem estudo nada na area de humanas... só exatas. Mas
enfim, eu acredito q as tendencias homosexuais se dão, na maioria das
vezes, pelo "Exemplo 3" q vc citou...

Eu tbm nao acredito q isso seja genetico, nao faz muito sentido algo desse
tipo ter uma razao "fisica" q pode ser controlada atraves dos genes...

Bom... isso é oq eu acho.

[]'s
Cesar


>*********** REPLY SEPARATOR ***********
>
>On 25/1/2002 at 21:44 Paulo Sergio Dias wrote:
>Aproveitando o assunto "homossexualidade",
>gostaria de fazer algumas perguntas sobre
>comportamento humano que, penso eu,
>talvez possam ter "tentativas" de explicacao
>semelhante.
>
>Obs.: Sao apenas questionamentos. Nao estou
>formulando, nem defendendo nenhuma tese,
>pois nao conheco o assunto.
>
>
>PARTE "A" - Existe "homossexualismo aprendido" ?
>========================
=========================
>
>
>a) Alem de uma tendencia genetica, um individuo
>nao pode acabar se tornando homossexual
>devido ao tipo de "educacao" que recebeu,
>desde a infancia ate' a adolescencia ?
>
>- Caso 1:
> Uma familia e' constituida do pai, mae,
> e cinco filhos: 4 meninas e um menino
> Vamos supor que o pai faleceu, e o
> menino foi educado pela mae, em convivencia
> com as 4 irmas. Supondo ainda que os "modelos"
> de comportamento que o garoto recebeu
> sao, em sua maioria, de mulheres, a chance
> desse individuo se tornar "efeminado" e'
> grande, nao acham ? Notem: Ele v^e as
> irmas e a mae se vestindo com roupas de
> mulheres, se maquiando, usando trejeitos
> femininos, etc. Isso provavelmente vai
> getar o mesmo tipo de comportamento no garoto.
>
> E esse "efeminamento" ? Pode acabar gerando
> algum grau de "homossexualismo ? Por exemplo,
> certamente o garoto vai ver as irmas se
> "apaixonarem" por atores, cantores, falarem
> de garotos da escola pelos quais elas estao
> interessadas, etc., etc. O garoto nao podera'
> acabar "aprendendo" o comportamento de se
> interessar por "homens" ?
>
>
>Exemplo 2:
> - O pai, chefe da familia, e' por demais
> autoritario, e subjuga a mae e os filhos
> (garotos ou garotas). Um dos garotos,
> por exemplo, nao pode acabar apresentando
> comportamentos homossexuais, por ter
> "aprendido" a ser submisso `a autoridade
> extremamente austera do pai ? Isto e',
> se o pai e' severo demais, ele nao pode
> acabar "sufocando" os aspectos "masculinos"
> do filho ?
>
>Exemplo 3:
> - Uma mae que superprotege o filho, tratando-o
> com excesso de zelo, de mimo, "dando tudo de
> bandeja", talvez ate' controlando seus
> contatos com garotas (por uma especie de
> "ciumes maternos", quem sabe ?) , tambem
> nao pode acabar educando um filho de forma
> que ele revele tendencias homossexuais ?
>
>
>- Enfim, nestes tres exemplos, estou querendo
>identificar ate' que ponto o homossexualismo
>pode ser encarado apenas pelo aspecto "genetico",
>e o quanto ele pode ser "aprendido".
>
>Obs.: Evidentemente, nenhuma das situacoes acima
>necessariamente irao gerar diferencas
>comportamentais "homossexuais". Imagino ate'
>que outro tipos de disturbio psicologico
>(que nao o homossexualismo) possam advir de historicos
>de vidas como os que eu citei acima."
>
>
>
>PARTE "B" - Existe a "Sindrome de Tarzan" ?
>========================
===================
>
>- Na historia de Tarzan (o do filme com o
>ator Christopher Lambert e' mais interessante),
>um menino e' criado por um bando de macacos,
>e cresce apresentando comportamento semelhante
>ao desses animais.
>
>- Ja' ouvi dizer que existem casos "reais"
>de criancas que se perderam na selva
>(nao sei os detalhes) e foram criadas em meio
>a animais, e quando foram encontradas
>apresentavam comportamento animal (comunicavam-se
>apenas com "grunhidos", por exemplo).
>
>- Esses casos realmente existiram, ou sao apenas
>"lenda" ? Se existiram, e' verdade que pessoas
>assim estao fadadas a comportar-se como
>animais para o resto de suas vidas ? Ouvi dizer,
>por exemplo, que essas pessoas nao conseguiriam
>"aprender a falar".
>
>Paulo Sérgio Dias
>psdias@globo.com
>
>
>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Homossexualidade: Mudando para "comportamento aprendido" (PPSD)
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/01/2002 21:31

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Paulo Sergio Dias" <psdias@globo.com>
wrote:

Paulo Sergio

Creio que entendo o que vc. quer dizer. Você fala da possibilidade de
"adquirir" homossexualidade. Talvez a palavra melhor seja essa e não
aprender.

Geralmente se poderia aplicar uma equação etiológica que poderia ter
qualquer do seus elementos sobrecarregados.

Constituição (C) + Vivencias Infantis (VI) = Homossexualidade (H)

C poderia ser a carga genética mais circunstancias biológicas intrauterinas,
VI poderia ser os elementos que vc assinalou.

Às vezes uma baixa C pode gerar H por alta intensidade de VI, como também
uma VI intensa se pode opôr a C que, se não for muito "forte", pode não
gerar H.


> PARTE "A" - Existe "homossexualismo aprendido" ?
> - Caso 1: ... O garoto nao podera' acabar "aprendendo" o comportamento de
se interessar por "homens" ?

Em primeiro lugar, aprender não supõe, no caso que vc. propõe uma anulação
do julgamento do menino ? Vc. acha que ao nacer ele é uma tabula rasa e que
o meio o "enche"? Creio que ele só "aprenderá" se estiver interessado e se
isso for prazeiroso para ele. Tratei muitos com essa historia familiar e
nenhum era homossexual. Em todo caso, podería até haver homossexuais com
essa historia. Eu perguntaria: Porque uns ficaram homossexuais e outros não?
Porque uns aprenderam e outros não? Não creio que quem não aprendeu foi por
burro.

Outra coisa: Os homossexuais em geral não querem ser mulheres. Os que as
imitam não são maioria e quase sempre o que fazem é para ridicularizar as
mulheres. As imitações dos homens que não são travestis são palhaçadas
terriveis. As mulheres não são assim.


> Exemplo 2:
> Um dos garotos, por exemplo, nao pode acabar apresentando
> comportamentos homossexuais, por ter "aprendido" a ser submisso `a
>autoridade extremamente austera do pai ? Isto e', se o pai e' severo
>demais, ele nao pode acabar "sufocando" os aspectos "masculinos" do >filho
?

Também vi casos com essa historia. Em geral a homossexualidade tem algo mais
que ver com vinganças contra o modelo machão do pai e dificuldades de
identificação com ele. O garoto busca, na relação sexual com outro homem,
uma possibilidade de "adquirir" certos atributos que ele julga que não tem.
Busca um homem que o ame como o pai não o amou. Toda pessoa tem um homem
querido na sua vida. É o pai. Quando ele não está presente psicologicamente
e o filho não se sente querido, pode buscar na homossexualidade uma ilusão
de ser amado. O sexo é um modo de acrescentar prazer para sustentar a
ilusão. Aprender não é bem o termo.
Talvez o melhor seja "adquirir".

> Exemplo 3:
> - Uma mae que superprotege o filho, tratando-o
> com excesso de zelo, de mimo, "dando tudo de
> bandeja", talvez ate' controlando seus
> contatos com garotas (por uma especie de
> "ciumes maternos", quem sabe ?) , tambem
> nao pode acabar educando um filho de forma
> que ele revele tendencias homossexuais ?

Este caso é possivel. Muitas vezes dá em esquizofrenia. Muitos loucos tem
esta historia. Também ocorrem homossexuais. Eu creio que não é por
aprendizagem. Geralmente as mães se sentem muito mal quando têm um filho
homossexual. Quase todas são preconceituosas. Depois, como não têm mais
remedio e amam o filho, se resignam. A tendencia é mais por busca de um
homem que exerça uma função paterna. A erotização do vínculo garante a busca
e conserva a ilusão.

> PARTE "B" - Existe a "Sindrome de Tarzan" ?

Sim. Existiram alguns casos, mas não surgiu nenhum Lord Greystocke. Todos se
mostraram completamente loucos e nunca puderam ser recuperados para uma sã
convivencia social.
[]s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O Mito Popperiano
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/01/2002 22:11

Olá Colucci,

Antes de tudo, gostaria de dizer que sempre li com muito interesse suas
mensagens postadas na lista de discussão do FCB. Malgrado não concorde com
tudo que você defende (mas concordo em muitas coisas), seus e-mails são
muito bem fundamentados. São excelentes.

Agora, voltemos à discussão:

Colucci: Você tem examinado mais o critério do poder preditivo, mas me
parece que o critério principal para Popper é a falsificabilidade (ou
falseabilidade, detesto ambas as traduções). Não tenho condições de
verificar agora se Popper disse isso assim, com todas as letras, mas acho
que o poder de predição é um critério secundário.

Manuel: Posso estar enganado, mas me parece que esses dois critérios, o do
poder preditivo e o da
falsificabilidade, não podem ser considerados separadamente. Ao menos na
visão de Popper. Pois, de acordo com o falsificacionismo, uma hipótese só é
falseável se faz previsões que podem não acontecer na realidade e, portanto,
revelarem-se falsas. Isto
é, para que uma conjectura seja falseável, deve haver uma possibilidade
lógica para que suas previsões não se verifiquem, ou ainda, a falsificação
de uma hipótese dá-se por meio de suas previsões.

É bom lembrar que, em seu livro "The Logic of Scientific Discovery", Popper
insiste que somente os efeitos "reproduzíveis" podem conduzir à
falsificação.

Quanto às hipóteses cosmológicas (no final da sua mensagem, você citou a
teoria das supercordas), como se trata de conjecturas sobre as condições
iniciais do Universo, presume-se que algumas de suas "previsões" já se
realizaram, de sorte que são, na realidade, "pós-visões" a serem confirmadas
pela observação. As teorias da supersimetria "prevêem" que, num determinado
momento "passado" da história cosmológica, surgiram no universo partículas
como os fotinos, os gravitinos e outros "inos". Devido a dificuldades
técnicas, algumas talvez insuperáveis, é pouco provável que tais efeitos
possam ser reproduzidos em laboratório (a produção de outros "inos" além dos
neutrinos dentro de
aceleradores de partículas). Descartada, ao menos por enquanto, a
experiência, só nos resta a observação: se tais partículas forem algum dia
detectadas em algum lugar do espaço, então as teorias da supersimetria serão
confirmadas, se não como verdadeiras, pelo menos como uma "aproximação"
razoável da verdade ou uma hipótese com maior grau de certeza.

Um dos problemas que vejo no falsificacionismo de Popper é que, segundo ele,
pelo teste empírico podemos estar certos de que uma hipótese é falsa;
entretanto, mesmo que a previsão passe pelo crivo da experiência ou da
observação, este fato nada diz sobre a sua verdade. Para Popper, não
existem graus diferentes de incerteza. No caso acima, se ficar provado que
os gravitinos não existem então a teoria que os previu é "certamente" falsa.
Do
contrário, se tais partículas forem detectadas, isso não nos garante nada
acerca de sua aproximação com a verdade, sobre o seu grau de certeza.

Popper opõe a "falsificação" à "verificação" e julga apenas a primeira como
correta. Isto porque, em consonância com o empirismo de David Hume, Popper
defendia que "não é racionalmente justificado raciocinar a partir de
repetidos exemplos de que temos experiência para exemplos de que não tivemos
nenhuma experiência."

Decerto que, como argumentou Hume, há sempre a possibilidade de que o
resultado de um experimento
não venha a se repetir em outra tentativa. Mas, e quando o experimento -- ou
acontecimento -- é
único e não reproduzível, como o surgimento do universo em que vivemos? A
minha existência depende de alguns resultados desse "experimento" único
(afinal, sou assim e assado
porque o universo é deste jeito e não de outro). Se uma teoria prevê alguns
desses resultados sem os quais eu não existiria, e se suas previsões (ou
pós-visões) são constatadas empiricamente, eu não posso deixar de ter um
GRAU MAIOR de certeza (ou um GRAU MENOR de incerteza) quanto a verdade dessa
teoria, de considerá-la ao menos como algo próximo da verdade, e pelo
simples
fato de que eu não posso deixar de ter certeza de que existo.

Popper julgava o falsificacionismo certo (dado que podemos provar "com
certeza" que uma determinada hipótese é falsa) e o verificacionismo incerto,
visto que não se pode demonstrar cabalmente a verdade de uma teoria. Mas
será que o falsificacionismo é tão certo assim? O físico Paul Dirac certa
vez disse que "é mais importante ter 'beleza' em nossas equações do que
fazer com que se enquadrem na experiência." Dirac afirmou isso não porque
estivesse decepcionado com a "feiúra" da natureza e, por isso, propenso a
trocar a ciência pela arte. Dirac apenas achava que a experiência às vezes
nos ilude; que os dados empíricos são decerto confiáveis, mas não o são
absolutamente; que os resultados da experiência e da observação estão
sujeitos a mais de uma interpretação. De sorte que não se deve abandonar uma
teoria porque ela foi reprovada no primeiro teste. E, realmente, como
escreveu a dupla que aterrorizou os filósofos pós-modernos, Alan Sokal e
Jean Bricmont: "se se toma a doutrina falsificacionista literalmente,
deveríamos declarar que a mecânica de Newton era falsifiada" -- presumo que
a palavra 'falsifiada' significa 'falsa' -- "já em meados do século XIX pelo
comportamento anômalo da órbita de Mercúrio." (O nosso querido colega
Alberto Mesquita, um destemido defensor da física clássica ou newtoneana,
demonstra, ao meu ver, um grande discernimento nesta questão.)

Pelo que afirmei acima, acho que Popper não trocou uma certeza (a
falsificação) por uma incerteza (a verificação), mas uma incerteza por
outra.

Não sou um anti-popperiano, pelo contrário: considero-me, como Popper, um
racionalista crítico e entendo que o pensamento de Popper encerra valiosos
"insights". Só acho que esse grande filósofo exagerou um pouco em sua
crítica ao indutivismo, e também exigiu que os "pseudocientistas" (segundo a
sua definição de pseudociência) seguissem regras que os próprios cientistas
"rigorosos" não podem ou não conseguem seguir. Dois pesos, duas medidas.

Os estreitos marcos que a epistemologia popperiana, em nome do rigor e do
racionalismo, impôs à ciência gerou muita insatisfação. E, em meio a essa
crise da epistemologia, o anarquismo irracionalista de Feyerabend (segundo o
qual, na ciência, tudo é permitido) emergiu como uma idéia muito sedutora.
Isso porque a repressão, quando desmedida, torna justa a libertinagem.

Quanto a mim, no que tange à teoria da ciência, não sou um libertino. Se bem
que posso me tornar um libertino se algum seguidor de Feyerabend -- qualquer
um, não importa os títulos que possuem ou as referências -- conseguir me
convencer. O método científico é um método aberto (aperfeiçoável). Eis uma
boa razão para que eu permaneça aberto à qualquer crítica, sempre aberto à
discussão.

Abraços,
Manuel Bulcão





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O Mito Popperiano
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/01/2002 03:38

Olá Colucci,

Antes de tudo, gostaria de dizer que sempre li com muito interesse suas
mensagens postadas na lista de discussão do FCB. Malgrado não concorde com
tudo que você defende (mas concordo em muitas coisas), seus e-mails são
muito bem fundamentados. São excelentes.

Agora, voltemos à discussão:

Colucci: Você tem examinado mais o critério do poder preditivo, mas me
parece que o critério principal para Popper é a falsificabilidade (ou
falseabilidade, detesto ambas as traduções). Não tenho condições de
verificar agora se Popper disse isso assim, com todas as letras, mas acho
que o poder de predição é um critério secundário.

Manuel: Posso estar enganado, mas me parece que esses dois critérios, o do
poder preditivo e o da
falsificabilidade, não podem ser considerados separadamente. Ao menos na
visão de Popper. Pois, de acordo com o falsificacionismo, uma hipótese só é
falseável se faz previsões que podem não acontecer na realidade e, portanto,
revelarem-se falsas. Isto
é, para que uma conjectura seja falseável, deve haver uma possibilidade
lógica para que suas previsões não se verifiquem, ou ainda, a falsificação
de uma hipótese dá-se por meio de suas previsões.

É bom lembrar que, em seu livro "The Logic of Scientific Discovery", Popper
insiste que somente os efeitos "reproduzíveis" podem conduzir à
falsificação.

Quanto às hipóteses cosmológicas (no final da sua mensagem, você citou a
teoria das supercordas), como se trata de conjecturas sobre as condições
iniciais do Universo, presume-se que algumas de suas "previsões" já se
realizaram, de sorte que são, na realidade, "pós-visões" a serem confirmadas
pela observação. As teorias da supersimetria "prevêem" que, num determinado
momento "passado" da história cosmológica, surgiram no universo partículas
como os fotinos, os gravitinos e outros "inos". Devido a dificuldades
técnicas, algumas talvez insuperáveis, é pouco provável que tais efeitos
possam ser reproduzidos em laboratório (a produção de outros "inos" além dos
neutrinos dentro de
aceleradores de partículas). Descartada, ao menos por enquanto, a
experiência, só nos resta a observação: se tais partículas forem algum dia
detectadas em algum lugar do espaço, então as teorias da supersimetria serão
confirmadas, se não como verdadeiras, pelo menos como uma "aproximação"
razoável da verdade ou uma hipótese com maior grau de certeza.

Um dos problemas que vejo no falsificacionismo de Popper é que, segundo ele,
pelo teste empírico podemos estar certos de que uma hipótese é falsa;
entretanto, mesmo que a previsão passe pelo crivo da experiência ou da
observação, este fato nada diz sobre a sua verdade. Para Popper, não
existem graus diferentes de incerteza. No caso acima, se ficar provado que
os gravitinos não existem então a teoria que os previu é "certamente" falsa.
Do
contrário, se tais partículas forem detectadas, isso não nos garante nada
acerca de sua aproximação com a verdade, sobre o seu grau de certeza.

Popper opõe a "falsificação" à "verificação" e julga apenas a primeira como
correta. Isto porque, em consonância com o empirismo de David Hume, Popper
defendia que "não é racionalmente justificado raciocinar a partir de
repetidos exemplos de que temos experiência para exemplos de que não tivemos
nenhuma experiência."

Decerto que, como argumentou Hume, há sempre a possibilidade de que o
resultado de um experimento
não venha a se repetir em outra tentativa. Mas, e quando o experimento -- ou
acontecimento -- é
único e não reproduzível, como o surgimento do universo em que vivemos? A
minha existência depende de alguns resultados desse "experimento" único
(afinal, sou assim e assado
porque o universo é deste jeito e não de outro). Se uma teoria prevê alguns
desses resultados sem os quais eu não existiria, e se suas previsões (ou
pós-visões) são constatadas empiricamente, eu não posso deixar de ter um
GRAU MAIOR de certeza (ou um GRAU MENOR de incerteza) quanto a verdade dessa
teoria, de considerá-la ao menos como algo próximo da verdade, e pelo
simples
fato de que eu não posso deixar de ter certeza de que existo.

Popper julgava o falsificacionismo certo (dado que podemos provar "com
certeza" que uma determinada hipótese é falsa) e o verificacionismo incerto,
visto que não se pode demonstrar cabalmente a verdade de uma teoria. Mas
será que o falsificacionismo é tão certo assim? O físico Paul Dirac certa
vez disse que "é mais importante ter 'beleza' em nossas equações do que
fazer com que se enquadrem na experiência." Dirac afirmou isso não porque
estivesse decepcionado com a "feiúra" da natureza e, por isso, propenso a
trocar a ciência pela arte. Dirac apenas achava que a experiência às vezes
nos ilude; que os dados empíricos são decerto confiáveis, mas não o são
absolutamente; que os resultados da experiência e da observação estão
sujeitos a mais de uma interpretação. De sorte que não se deve abandonar uma
teoria porque ela foi reprovada no primeiro teste. E, realmente, como
escreveu a dupla que aterrorizou os filósofos pós-modernos, Alan Sokal e
Jean Bricmont: "se se toma a doutrina falsificacionista literalmente,
deveríamos declarar que a mecânica de Newton era falsifiada" -- presumo que
a palavra 'falsifiada' significa 'falsa' -- "já em meados do século XIX pelo
comportamento anômalo da órbita de Mercúrio." (O nosso querido colega
Alberto Mesquita, um destemido defensor da física clássica ou newtoneana,
demonstra, ao meu ver, um grande discernimento nesta questão.)

Pelo que afirmei acima, acho que Popper não trocou uma certeza (a
falsificação) por uma incerteza (a verificação), mas uma incerteza por
outra.

Não sou um anti-popperiano, pelo contrário: considero-me, como Popper, um
racionalista crítico e entendo que o pensamento de Popper encerra valiosos
"insights". Só acho que esse grande filósofo exagerou um pouco em sua
crítica ao indutivismo, e também exigiu que os "pseudocientistas" (segundo a
sua definição de pseudociência) seguissem regras que os próprios cientistas
"rigorosos" não podem ou não conseguem seguir. Dois pesos, duas medidas.

Os estreitos marcos que a epistemologia popperiana, em nome do rigor e do
racionalismo, impôs à ciência gerou muita insatisfação. E, em meio a essa
crise da epistemologia, o anarquismo irracionalista de Feyerabend (segundo o
qual, na ciência, tudo é permitido) emergiu como uma idéia muito sedutora.
Isso porque a repressão, quando desmedida, torna justa a libertinagem.

Quanto a mim, no que tange à teoria da ciência, não sou um libertino. Se bem
que posso me tornar um libertino se algum seguidor de Feyerabend -- qualquer
um, não importa os títulos que possuem ou as referências -- conseguir me
convencer. O método científico é um método aberto (aperfeiçoável). Eis uma
boa razão para que eu permaneça aberto à qualquer crítica, sempre aberto à
discussão.

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: [ciencialist] Homossexualidade: Mudando para "comportamento aprendido" (PPSD)
FROM: Alisson Antonio Martins <aam00@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/01/2002 09:32

Brilhante, nada mais científico...
É realmente entusiasmente fazer parte de uma lista machista, que tenta
explicar de forma matemática ( Constituição (C) + Vivencias Infantis
(VI) = Homossexualidade (H))como se chega a ser um Homossexual.
Nada mais facista, a não ser o modo como Hitler explicava a soberania da
"raça" alemã sobre as "demais raças":através da Seleção Natural de Darwin.
O grande problema está, não na ciência,nas na sua interpetração. Tudo fica esclarecido
quando usamos a ciência em nosso favor, sustentando loucuras que
necessitamos para viver.Olha, fico profundamente chateado com a forma que
se aborda o tema, de forma machista, pseudocientífica e facista. Não sou
homossexual, apenas me chateio com todas as formas de opressão que este
sistema nos oferece. Este sistema é aquele que a muito tempo determina a
forma certa de pensar, a forma certa de agir, a melhor forma estética, a
mais bela "raça", o mais nobre sexo...Chega, abaixo a toda forma de
repressão, seja ela de ordem racial,estética,ideológica e/ou sexual.


On Sat, 26 Jan 2002, Marco Aurelio wrote:

> In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Paulo Sergio Dias" <psdias@globo.com>
> wrote:
>
> Paulo Sergio
>
> Creio que entendo o que vc. quer dizer. Você fala da possibilidade de
> "adquirir" homossexualidade. Talvez a palavra melhor seja essa e não
> aprender.
>
> Geralmente se poderia aplicar uma equação etiológica que poderia ter
> qualquer do seus elementos sobrecarregados.
>
> Constituição (C) + Vivencias Infantis (VI) = Homossexualidade (H)
>
> C poderia ser a carga genética mais circunstancias biológicas intrauterinas,
> VI poderia ser os elementos que vc assinalou.
>
> Às vezes uma baixa C pode gerar H por alta intensidade de VI, como também
> uma VI intensa se pode opôr a C que, se não for muito "forte", pode não
> gerar H.
>
>
> > PARTE "A" - Existe "homossexualismo aprendido" ?
> > - Caso 1: ... O garoto nao podera' acabar "aprendendo" o comportamento de
> se interessar por "homens" ?
>
> Em primeiro lugar, aprender não supõe, no caso que vc. propõe uma anulação
> do julgamento do menino ? Vc. acha que ao nacer ele é uma tabula rasa e que
> o meio o "enche"? Creio que ele só "aprenderá" se estiver interessado e se
> isso for prazeiroso para ele. Tratei muitos com essa historia familiar e
> nenhum era homossexual. Em todo caso, podería até haver homossexuais com
> essa historia. Eu perguntaria: Porque uns ficaram homossexuais e outros não?
> Porque uns aprenderam e outros não? Não creio que quem não aprendeu foi por
> burro.
>
> Outra coisa: Os homossexuais em geral não querem ser mulheres. Os que as
> imitam não são maioria e quase sempre o que fazem é para ridicularizar as
> mulheres. As imitações dos homens que não são travestis são palhaçadas
> terriveis. As mulheres não são assim.
>
>
> > Exemplo 2:
> > Um dos garotos, por exemplo, nao pode acabar apresentando
> > comportamentos homossexuais, por ter "aprendido" a ser submisso `a
> >autoridade extremamente austera do pai ? Isto e', se o pai e' severo
> >demais, ele nao pode acabar "sufocando" os aspectos "masculinos" do >filho
> ?
>
> Também vi casos com essa historia. Em geral a homossexualidade tem algo mais
> que ver com vinganças contra o modelo machão do pai e dificuldades de
> identificação com ele. O garoto busca, na relação sexual com outro homem,
> uma possibilidade de "adquirir" certos atributos que ele julga que não tem.
> Busca um homem que o ame como o pai não o amou. Toda pessoa tem um homem
> querido na sua vida. É o pai. Quando ele não está presente psicologicamente
> e o filho não se sente querido, pode buscar na homossexualidade uma ilusão
> de ser amado. O sexo é um modo de acrescentar prazer para sustentar a
> ilusão. Aprender não é bem o termo.
> Talvez o melhor seja "adquirir".
>
> > Exemplo 3:
> > - Uma mae que superprotege o filho, tratando-o
> > com excesso de zelo, de mimo, "dando tudo de
> > bandeja", talvez ate' controlando seus
> > contatos com garotas (por uma especie de
> > "ciumes maternos", quem sabe ?) , tambem
> > nao pode acabar educando um filho de forma
> > que ele revele tendencias homossexuais ?
>
> Este caso é possivel. Muitas vezes dá em esquizofrenia. Muitos loucos tem
> esta historia. Também ocorrem homossexuais. Eu creio que não é por
> aprendizagem. Geralmente as mães se sentem muito mal quando têm um filho
> homossexual. Quase todas são preconceituosas. Depois, como não têm mais
> remedio e amam o filho, se resignam. A tendencia é mais por busca de um
> homem que exerça uma função paterna. A erotização do vínculo garante a busca
> e conserva a ilusão.
>
> > PARTE "B" - Existe a "Sindrome de Tarzan" ?
>
> Sim. Existiram alguns casos, mas não surgiu nenhum Lord Greystocke. Todos se
> mostraram completamente loucos e nunca puderam ser recuperados para uma sã
> convivencia social.
> []s
>
> Marco A. Andrade
> clave@speedy.com.ar
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>



SUBJECT: Re: Homossexualidade: Mudando para "comportamento aprendido" (PPSD)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/01/2002 10:47

--- In ciencialist@y..., Alisson Antonio Martins <aam00@f...> wrote:
> É realmente entusiasmente fazer parte de uma lista machista, que
tenta
> explicar de forma matemática ( Constituição (C) + Vivencias
Infantis
> (VI) = Homossexualidade (H))como se chega a ser um Homossexual.
> Nada mais facista, a não ser o modo como Hitler explicava a

Não há nada de machista nem fascista nisso, Alisson.
Apenas rotular isso como tal não torna mais ou menos
real.

Essa 'fórmula' tem uma forma mais comum de:

Genes + Ambiente = Característica (Fenótipo). (1)

Não dá pra fugir disso. Mesmo em algo q.
seja essencialmente determinado pelo ambiente
(a educação faz parte da variável ambiente)
essa 'equação' pode ser utilizada, apenas
q. a 'variável' genética assumiria um 'valor'
zero. (Nosso colega Marco Aurélio fala
em 'carga genética', mas essa expressão tem
outro significado em Genética.)

Alguém poderia dizer q. a lei da gravidade
é machista e fascista, mas não afetaria a validade
da 'lei'. (Alan Sokal e Jean Bricmont fizeram
uma paródia sobre isso certa feita: "Imposturas
intelectuais", editora Record.)

Claro q. a 'equação' não é um caso exatamente de
soma. O sinal '+' representa apenas uma interação
entre os fatores genéticos e os fatores do
ambiente. Interação essa q. ainda está pra ser
desvendada, ainda q. muita coisa sobre isso já
tenha sido bem esclarecida.

Todo comportamento humano depende do modo
como funciona seu sistema nervoso e sua conexão
com os sistemas motores. (Alguém poderia
falar em alma, aí a 'equação' de nosso colega
Marco Aurélio se revela mais abrangente, pois
isso pode ser integrado na 'Constituição inata'.)
O modo como funciona o sistema nervoso
depende do modo como ele está organizado e
isso depende dos genes e do ambiente.
Um criança com Síndrome de Down não poderá
ser totalmente normal por melhor q. seja
sua criação. Por outro lado, ela pode ser
mais ou menos bem desenvolvida dependendo
de sua criação -- não apenas a educação, mas
a nutrição e outros estímulos ambientais.
Se temos por princípio q. devemos
dar o melhor de nós a nossos filhos,
entender isso nos dará melhores condições
de criá-los com dignidade. (Embora seja
verdade q. se temos por princípio q.
devemos ferir as pessoas, esse mesmo
conhecimento nos permitirá feri-las de
modo mais efetivo.)

Qdo se fala q. uma característica tem
um componente genético não se fala em
determinismo genético: a 'equação'
machista e fascista em sua opinião é
quem demonstra isso: existe a 'variável'
ambiental q. irá interferir.

Uma criança filhas de pais superdotados,
mas criada sem estímulo terá poucas chances
de se desenvolver plenamente em seus
dotes intelectuais. Mas isso nÃo nega os
genes, já q. na média, filhos de pais
mais inteligentes (com um certo tipo de
inteligência) tendem a ser mais inteligentes
(em relaçÃo ao tipo de inteligência dos
pais) -- mesmo q. sejam criadas em
ambientes diferentes (sejam adotadas, por
exemplo). Essas duas características:
dependência ambiental e dependência genética --
são demonstradas reiteradas vezes nos
estudos de gêmeos idênticos e irmãos
normais e de criação. Isso tbm é verdadeiro,
tto qto se sabe, no caso de homossexualismo.
Não é dizendo q. a 'equação' acima é
machista e fascista q. irá tornar
falso esse dado.

Isso nada tem de machista ou fascista em
si. Não diz q. homossexualismo e' doença,
não diz q. homossexual e' filho do capeta,
não diz q. homossexuais não devem ser
tratados com respeito, não diz q. homossexuais
nÃo são pessoas como as outras, não diz q.
eles devem ser exterminados. (Verdade q.
não diz o contrário tbm... mas isso significa
q. o ponto são os nosso valores q. trazemos
em nosso íntimo e não as 'equações' deduzidas
da observação sistemática da natureza.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Impostos em cascata - estudos da Fiesp/FGV
FROM: "rbdiniz2" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/01/2002 11:55


Oi, pessoal. Olha que interessante o que encontrei na primeira
página do site da Fiesp:

Impostos em cascata - Estudo da Fiesp/FGV apura impacto sobre custo
dos produtos brasileiros. Conheça o estudo completo.

http://www.fiesp.org.br/

Abaixo, um pequeno resumo e o índice.
Belisário

Carga tributária e competitividade
da Indústria Brasileira

Análise do impacto da incidência em cascata
do PIS/PASEP, COFINS e CPMF.
Análise do impacto das taxas de juros sobre o
custo financeiro da carga tributária relacionada
ao PIS/PASEP, COFINS, IPI e ICMS.

Estudo encomendado pela Federação das Indústrias do Estado de
São Paulo (FIESP) ao Instituto Brasileiro de Economia da
Fundação Getúlio Vargas.

(...) o presente Estudo tem por objetivo o desenvolvimento e
implementação de modelos visando a análise dos seguintes temas:

§ Os impactos alocativos dos impostos em cascata (PIS/PASEP, COFINS e
CPMF).

§ Os impactos dos impostos em cascata (PIS/PASEP, COFINS e CPMF)
sobre a
competitividade industrial.

§ Os impactos das altas taxas de juros praticadas no Brasil sobre a
carga tributária,
tendo em vista o custo de carregamento financeiro do PIS/PASEP,
COFINS, ICMS e
IPI entre a data de recolhimento do imposto e a data de recebimento
das vendas.

A Parte I do Estudo, contemplando os capítulos 2, 3 e 4, aborda os
impactos dos
impostos em cascata.

O capítulo 2 é dedicado a uma discussão conceitual do problema,
abordando a
diferença entre os impostos em cascata e aqueles incidentes sobre o
valor adicionado e
situando a problemática do PIS/PASEP, COFINS e CPMF no contexto da
competitividade internacional da indústria brasileira. Nos capítulos
3 e 4, apresenta-se
um resumo da metodologia adotada, abordada em maiores detalhes no
Anexo A, e a
análise dos resultados obtidos.

A Parte II do Estudo, contemplando os capítulos 5 e 6, aborda os
efeitos das altas taxas
de juros praticadas no Brasil sobre a carga tributária.

O capítulo 5 é dedicado a uma breve conceituação do problema e um
resumo da
metodologia adotada, abordada em maiores detalhes no Anexo B.
Finalmente, no
capítulo 6, apresentam-se os resultados obtidos.

Índice

1. Introdução 2
Parte I - Impactos da incidência em cascata do PIS/PASEP, COFINS e
CPMF
2. Conceituação do problema 3
2.1. PIS/PASEP e COFINS 3
2.2. CPMF 6
3. Metodologia 7
3.1. Considerações metodológicas 7
3.2. Indicador para mensuração do impacto para a competitividade dos
setores
industriais brasileiros da incidência do PIS/PASEP, COFINS e CPMF
9
3.3. Modelo para cálculo da Alíquota Efetiva da Cadeia 11
4. Resultados 12
4.1. Estimativas das alíquotas efetivas da cadeia 12
4.2. Análise dos resultados 15
4.3. Interpretação dos resultados setoriais 19
Parte II - Impactos das taxas de juros sobre o custo financeiro da
carga tributária
relacionada ao PIS/PASEP, COFINS, IPI e ICMS
5. Conceituação do problema e resumo da metodologia 23
6. Resultados 24
Anexo A. Impactos da incidência em cascata do PIS/PASEP, COFINS e CPMF
- Metodologia
28
A1. Os coeficientes relevantes da matriz insumo-produto 29
A2. Modelo de cálculo da Alíquota Efetiva da Cadeia para o mercado
interno 31
A3. Modelo de cálculo da Alíquota Efetiva da Cadeia para o mercado
externo 33
A4. Impacto do critério alternativo proposto pelo governo para
desoneração do
PIS/PASEP e COFINS sobre aquisição de insumos para produtos exportados
(ressarcimento no IPI)
35
A5. Cálculo da alíquota efetiva da cadeia média 37
Anexo B. Impactos das taxas de juros sobre o custo financeiro da
carga tributária
relacionada ao PIS/PASEP, COFINS, IPI e ICMS - Metodologia
39
B1. Modelo de cálculo do impacto financeiro para o PIS/PASEP e COFINS
40
B2. Modelo de cálculo do impacto financeiro para o IPI 42
B3. Modelo de cálculo do impacto financeiro para o ICMS 44





SUBJECT: Re: [ciencialist] Homossexualidade: Mudando para "comportamentoaprendido" (PPSD)
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/01/2002 11:58



Alisson Antonio Martins wrote:
>
> Brilhante, nada mais científico...
> É realmente entusiasmente fazer parte de uma lista machista, que tenta
> explicar de forma matemática ( Constituição (C) + Vivencias Infantis
> (VI) = Homossexualidade (H))como se chega a ser um Homossexual.

Quais são os outros factores que determinam a Homossexualidade para
alem da Constituição e as Vivencias Infantis.

--
joão
http://www.nonio.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Homossexualidade: Mudando para "comportamento aprendido" (PPSD)
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/01/2002 12:56

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
wrote:

> Não dá pra fugir disso. Mesmo em algo q.
> seja essencialmente determinado pelo ambiente
> (a educação faz parte da variável ambiente)
> essa 'equação' pode ser utilizada, apenas
> q. a 'variável' genética assumiria um 'valor'
> zero.

Takata.

Vc. explicou o que eu quiz dizer muito melhor do que eu faria. É exatamente
como vc. desenvolveu.

Creio que o artificio de aplicar uma "equação" para mostrar um pouco mais
didáticamente o tema chocou. Não entendi porque foi dito "machista". Creio
que o que chocou foi dizer que os homossexuais são homens e ridicularizam as
mulheres. Não entendi tampouco o que tem de hitleriano dizer isso. Eu não
vejo nada positivo nem negativo (desde um ponto de vista de valores), nem
superioridade em nenhuma posição.

Creio que só o que houve foi emoção demais. Eu nem pedi para as coisas serem
assim.

[]s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: Re: O Mito Popperiano
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/01/2002 14:47

--- In ciencialist@y..., "Marco Aurelio" <clave@s...> wrote:
> As ideias de Freud são um conjunto de enunciados empíricos. Ensinam
um modo
> de observar certos fenômenos que aparecem no discurso. Seu valor

Algum tempo travei uma conversa com outra
psicanalista -- na verdade nao sei se
ela psicanalista, mas era sobre Freud. (Nao,
eu nao estava em sessao. Alias como disse
certa vez Jorge Kajuru, um jornalista esportivo,
"A psicanalise funcionou muito bem. Estava
com depressao e fui procurar uma psicanalista.
Após duas horas de conversa, veio a conta:
quinhentos reais. Pronto. Acabou minha depressao
na hora.")

> escritas em suas obras, por Freud. As hipóteses psicanalíticas são
as
> interpretações do analista. Como testá-las? Muito simples.
>
> Sempre que um paciente está em análise e fala, o analista trata de
> investigar o conteúdo do discurso. Com um determinado método,
procura certos
> indicios. Quando encontra estes supostos indicios, os revela ao
paciente.
> Esta manifestação do analista se denomina interpretação. Se a
interpretação
> é correta (uma grande quantidade de vezes não o é), devem ocorrer
> determinadas modificações no discurso. Se não ocorrem, é porque o
analista
> errou.

Nao sei se eu entendi direito. Mas --
nao estou fazendo exatamente uma critica,
nao tenho uma opiniao fechada a respeito,
embora a tenha a tendencia a achar q. ela
nao e' muito rigorosa e nem cientifica --
nao sei se apenas a mudanca do discurso
(vc como a psicanalista acima referida
parece enfatizar mais a questao do discurso --
parece quase tratar a psicanalise como uma
analise linguistica -- embora parece haver
outras correntes dentro da psicanalise
freudiana. Bulcao, se fosse psicanalista,
seguiria uma outra tendencia, mais organicista)
pode ser um indicio de funcionamento.

Correntes misticas tbm provocam uma
mudanca correspondente do discurso.
Nao necessariamente resolve o problema
do individuo.

Nao podera' ocorrer, tal qual ocorre
uma fome oculta no caso da desnutricao,
uma disfuncao oculta no processo linguistico?
Nao pode ser gde o risco de se mudar
apenas o 'output' da mensagem, sem alterar
o modo de processamento dos dados?

Digamos, uma pessoa com tendências homicidas,
continuar com tais tendencias e apenas passar
a pregar o discurso da paz.

Qdo um psicanalista fala para seu paciente
q. a origem de sua angustia e' uma emocao
infantil reprimida, o paciente nao pode
apenas se sentir bem por achar q. esse
era o problema? Pessoas nao fantasiam e
se sentem melhor com isso? Nao poderia ser
apenas uma fantasia apoiada em uma racionalizacao?
Alias, e' bastante comum as pessoas
racionalizarem em cima de seus atos de
modo q. se sentem mais aliviadas.
Como se afasta isso, seja na psicanalise
seja em qq outra coisa relacionada?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RE: [ciencialist] O Mito Popperiano
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/01/2002 18:38


Manuel Bulcão escreveu:

>Manuel: Posso estar enganado, mas me parece que esses dois critérios, o
do poder preditivo e o da falsificabilidade, não podem ser considerados
separadamente. Ao menos na visão de Popper. Pois, de acordo com o
falsificacionismo, uma hipótese só é falseável se faz previsões que
podem não acontecer na realidade e, portanto, revelarem-se falsas. Isto
é, para que uma conjectura seja falseável, deve haver uma possibilidade
lógica para que suas previsões não se verifiquem, ou ainda, a
falsificação de uma hipótese dá-se por meio de suas previsões.<


Manuel,

Uma das dificuldades de debater com um adversário qualificado como você
é que somos obrigados a deixar a preguiça de lado e escarafunchar a
estante e a Internet à procura dos textos que esclarecerão as dúvidas.
Fiz isso e descobri que você está certo. E eu também. A culpa é do velho
Popper, que não explicou as coisas de maneira apropriada à minha
capacidade mental. Vamos lá.

O esclarecimento da questão sobre o que é fundamental, se
“falsificabilidade” ou poder preditivo, pode ser buscado no texto
“Science as Falsification”, publicado no “Conjectures and Refutations”
(1963), do próprio Popper. (Disponível integralmente no link abaixo.)

Só para relembrar, a grande contribuição de Popper para a filosofia da
ciência foi o argumento de que o método científico deve basear-se no
princípio da falsificabilidade, e não no verificacionismo, como dizia o
pensamento predominante até 1934, data da publicação do “The Logic of
Scientific Discovery”. A intenção é separar o que é ciência de outras
formas de conhecimento que, a despeito da importância que porventura
tenham, não são ciência – o chamado problema da demarcação. Deixemos o
próprio Popper falar:

“Thus the problem which I tried to solve by proposing the criterion of
falsifiability was neither a problem of meaningfulness or significance,
nor a problem of truth or acceptability. It was the problem of drawing a
line (as well as this can be done) between the statements, or systems of
statements, of the empirical sciences, and all other statements —
whether they are of a religious or of a metaphysical character, or
simply pseudo-scientific. Years later — it must have been in 1928 or
1929 — I called this first problem of mine the "problem of demarcation."
The criterion of falsifiability is a solution to this problem of
demarcation, for it says that statements or systems of statements, in
order to be ranked as scientific, must be capable of conflicting with
possible, or conceivable, observations.”

Essa é a questão que preocupava Popper no momento da formulação do
princípio da falsificabilidade. Como ele diz, não estava interessado em
discutir se uma teoria é verdadeira ou aceitável. No artigo citado,
Popper diz que reformulou suas conclusões anteriores da seguinte maneira
(traduzi porque acho que oferecem um bom resumo dos critérios de Popper,
para referência futura):


1. É fácil obter confirmações, ou verificações, para
praticamente toda a teoria – se procurarmos confirmações.

2. Confirmações só contam se forem o resultado de previsões
arriscadas, isto é, se desconsiderando a teoria em questão devêssemos
esperar um evento que seja incompatível com a esta – um evento que a
refute.

3. Toda a teoria científica “boa” é uma proibição: proibe que
certas coisas aconteçam. Quanto mais a teoria proiba, melhor ela é.

4. A teoria que não seja refutável por evento algum concebível
não é científica. Em uma teoria, irrefutabilidade não é virtude (como
frequentemente se pensa) mas vício.

5. Todo o teste genuíno de uma teoria é uma tentativa de
refutá-la. Testabilidade é falsificabilidade, mas há graus de
testabilidade: algumas teorias são mais testáveis, mais expostas à
refutação, do que outras; assumem, pois, maiores riscos.

6. Evidência confirmatória não conta, exceto quando resultado do
teste genuíno de uma teoria, isto é, quando possa ser apresentada como
uma tentativa séria, porém frustrada, de falsificar a teoria. (Falo
agora dos casos de “evidência corroborante”.)

7. Algumas teorias genuinamente testáveis, quando refutadas,
continuam a ser defendidadas por seus admiradores – por exemplo, pela
introdução ad hoc de alguma proposição, ou por sua reinterpretação ad
hoc de maneira que fique imune à refutação. Tal procedimento é sempre
possível, mas resgata a teoria da refutação ao preço de destruir, ou no
mínimo diminuir, o seu status científico. (Mais tarde descrevi essa
operação de resgate como “a virada convencionalista” ou “estratagema
convencionalista”.)

Popper continua: “pode-se resumir tudo isso dizendo que o ***critério do
status científico de uma teoria é sua falsificabilidade, ou
refutabilidade, ou testabilidade***.”

Se os critérios enunciados acima me parecem bastante claros, no
parágrafo destacado Popper mistura um pouco as coisas. Vamos buscar o
esclarecimento em outro canto.

Críticas do falsificacionismo por parte de inúmeros filósofos levaram
Popper a reformular a proposição número 7 acima. Popper reconheceu que
em certos casos é possível uma modificação ad hoc das hipóteses, mas diz
que devemos saber quando isso acontece.

No “Lógica”, Popper faz a distinção entre o que chama de “previsões
científicas condicionais”, cuja forma é “se ocorrer X, então ocorrerá
Y”, e “profecias científicas incondicionais”, cuja forma é “Y ocorrerá”.
A forma típica das ciências naturais é a primeira – previsões sujeitas à
condições iniciais e limitadas em escopo. O que não quer dizer que não
haja predições científicas do segundo tipo, como as previsões
astronômicas. Popper argumentou que estas últimas eram um caso
particular da primeira, já que o X é fixo, por exemplo, as leis
imutáveis do universo. Mais uma vez, percebemos aqui a distinção entre a
característica da testabilidade, sujeita interpretações, e a
falsificabilidade, como critério lógico.

Desse artigo, e do “The Logic of Scientific Discovery”, acredito ser
seguro concluir que:

1. O critério da falsificabilidade diz respeito ao problema da
demarcação, ou critério que serve para distinguir ciência da
não-ciência. Assim, a hipótese de que uma solução extremamente diluída
de enxofre, digamos Sulphur C12, cura infecções na garganta é
científica, pois é passível de verificação experimental. Aplicando os
critérios de Popper, o experimentador encumbido do teste deveria tentar
refutar essa hipótese por todos os meios disponíveis. Por exemplo,
tentanto mostrar que a solução diluída não é melhor do que um placebo.
Se falhar na missão, a teoria sai fortalecida. O que não quer dizer que
seja verdadeira, já que é impossível asseverar a verdade de uma teoria.

2. O critério do poder preditivo diz respeito à qualidade da
hipótese. Popper diz: “testabilidade é falsificabilidade, mas há graus
de testabilidade”. Note que Popper não fala em “graus de
falsificabilidade” e a proposição inversa “falsificabilidade é
testabilidade” não é válida. Daí tirei a idéia de que falsificabilidade
é um critério mais primário, senão mais importante.

3. No sentido descrito acima, os critérios falsificabilidade e
poder preditivo são relacionados, mas não idênticos. O primeiro é
aplicado para decidir entre ciência e não-ciência, e o segundo para
avaliar a qualidade da hipótese. Falsificabilidade é um critério lógico,
demonstrável dentro de um conjunto de premissas, enquanto testabilidade
ou poder preditivo é um critério sujeito a considerações de ordem
prática.

As hipóteses cosmológicas, que eu citei e você comentou, são um exemplo
interessante, pois elas passam no critério da falsificabilidade. É
possível conceber algum evento que venha a refutá-las. Há porém,
dificuldades que hoje parecem intransponíveis para sua verificação
experimental, portanto não são reproduzíveis. A teoria das supercordas,
por exemplo, só poderá ser confirmada se puder prever algum efeito
observável que não possa ser explicado pelos modelos vigentes. Do jeito
que está agora, está bem perto de ser irrefutável (o que, como vimos,
não é uma qualidade).


>Manuel: Um dos problemas que vejo no falsificacionismo de Popper é que,
segundo ele, pelo teste empírico podemos estar certos de que uma
hipótese é falsa; entretanto, mesmo que a previsão passe pelo crivo da
experiência ou da observação, este fato nada diz sobre a sua verdade.
Para Popper, não existem graus diferentes de incerteza. No caso acima,
se ficar provado que os gravitinos não existem então a teoria que os
previu é "certamente" falsa. Do contrário, se tais partículas forem
detectadas, isso não nos garante nada acerca de sua aproximação com a
verdade, sobre o seu grau de certeza.<

Não acho que seja possível dizer isso. Popper diz que quanto mais
arriscadas forem as previsões de uma teoria, melhor ela é. Quanto mais
coisas ela proibir, maior a probabilidade de que seja verdadeira.

Se for comprovada a existência de gravitinos, isso só provará que a
teoria que os previu ainda não foi falsificada. Se a essa previsão forem
acrescentadas outras, mais arriscadas, a teoria será fortalecida. A cada
vez que uma tentativa de refutar a teoria for mal sucedida, o nosso grau
de confiança de que a teoria descreve a realidade será aumentado.


>Manuel: Mas será que o falsificacionismo é tão certo assim? O físico
Paul Dirac certa vez disse que "é mais importante ter 'beleza' em nossas
equações do que fazer com que se enquadrem na experiência." Dirac
afirmou isso não porque estivesse decepcionado com a "feiúra" da
natureza e, por isso, propenso a trocar a ciência pela arte. Dirac
apenas achava que a experiência às vezes nos ilude; que os dados
empíricos são decerto confiáveis, mas não o são absolutamente; que os
resultados da experiência e da observação estão sujeitos a mais de uma
interpretação. De sorte que não se deve abandonar uma teoria porque ela
foi reprovada no primeiro teste.<

Desconfio dessa formulação de Dirac. É claro que o critério estético tem
orientado físicos e matemáticos a preferir uma formulação a outra menos
estética, mas acredito que isso tenha mais relação com certos mecanismos
mentais do que com a realidade. A matemática da física quântica, por
exemplo, é horrível. Qual é o físico que não gostaria de abandoná-la em
favor de uma formulação mais elegante? Quem foi mesmo que disse que o
grande mistério é o universo ser compreensível através da matemática?
Até agora. Pode ser que já tenhamos chegado na fronteira das explicações
elegantes, e devemos considerar as explicações efetivas, ainda que sejam
esteticamente repugnantes. Outra hipótese, esta de Brian Greene no
“Elegant Universe”, é que é possível que a comprensão da constituição
última da matéria seja complexa demais para os nossos cérebros. Até
agora a ciência assumiu que seríamos capazes de atingir graus crescentes
de complexidade, mas será que um computador 286 conseguiria rodar um
programa de simulação de estados caóticos, por exemplo?

Os dilemas apresentados pelo falsificacionismo, que você menciona, são
verdadeiros. Popper teve muitos críticos e chegou a reformular seus
primeiros conceitos. Quanto a uma “teoria” do método científico, prefiro
Charles Sanders Peirce a Popper. Peirce era um cientista prático, lógico
e matemático. Sua epistemologia merece ser mais estudada.

Um abraço,
Colucci

Science as Falsification, por Karl R. Popper
http://www.freethought-web.org/ctrl/popper_falsification.html





SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Roda: Porque só a roda?
FROM: "Antonio" <a_ferrao@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/01/2002 21:52

Ronaldo,

Simples, a História. Basta dar uma lida nos jornais da época. Antes de
Dumont, não existem registros de "planadores motorizados", ou seja, aviões.
O que o faria pensar que os aviões dos Wright tinham motor?

[]s
Antonio

-----Mensagem original-----
De: evoluindo [mailto:rcordeiro@writeme.com]
Enviada em: quarta-feira, 23 de janeiro de 2002 14:07
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: RES: [ciencialist] Re: Roda: Porque só a roda?


Antônio,

O que o faz pensar que os aviões dos Wright não tinham motor?

[]s
Ronaldo






SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Roda: Porque só a roda?
FROM: "Antonio" <a_ferrao@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/01/2002 21:52



> Bem, copirraite e' uma coisa e patente e' outra.
Lógico que são diferentes, mas no fundo possuem a mesma finalidade: Proteger
o autor contra cópias, para estimular a criação.

> Mas tem certeza de q. se pode registrar equacoes
> matematicas?

Eu tenho certeza de ter ouvido isso, mas agora não posso dizer onde. Assim
que eu tiver esta informação, eu mostrarei a você.

> Ao menos no Brasil, pelas leis dos direitos autorais
> no artigo 8o.
>
> "Art. 8º Não são objeto de proteção como direitos autorais de que
> trata esta Lei:
> I - as idéias, procedimentos normativos, sistemas, métodos, projetos
> ou conceitos matemáticos como tais;
> II - os esquemas, planos ou regras para realizar atos mentais, jogos
> ou negócios;
> VII - o aproveitamento industrial ou comercial das idéias contidas
> nas obras."
>

Eu não consigo entender como a proteção aos softwares se encaixam nesta lei,
uma vez que eles SÃO: idéias, procedimentos normativos, sistemas, métodos,
projetos ou conceitos matemáticos como tais; e também: os esquemas, planos
ou regras para realizar atos mentais, jogos ou negócios. Para mim, esta é a
"definição" dos softwares.
Não sei se a lei nos EUA é diferente, mas a autoria dos softwares chega a
especificar trechos minúsculos de codificação, representando idéias muito
simplórias.
Apenas como um exemplo, no site
<http://astronomy.swin.edu.au/pbourke/projection/conrec/> existe uma
descrição de um algorítmo para a criação de gráficos do tipo "contorno",
como aqueles utilizados nos mapas topográficos. Muito bem, a idéia existente
por detrás deste algorítmo é ridiculamente simples. Entretanto, o algorítmo
é, falando de seu jeito, "copirraiteado"!. Este é apenas um pequeno exemplo,
que está afetendo-me diretamente, no presente momento, porque eu preciso
utilizar este algorítmo.
Existe um livro muito bom, chamado "Numerical Recipes in C"
(http://www.amazon.com/exec/obidos/ASIN/0521431085/qid=1012262913/sr=1-2/ref
=sr_1_75_2/102-6962849-4582508), que traz uma excelente coletânea de
algorítmos para Cálculo Numérico, cada um, representado por um minúsculo
fragmento de código. Pois bem, se você quiser incorporar um trechinho de
código destes dentro de uma aplicação sua, você terá que comprar uma licença
proporcional ao número de usuários que utilizarão o seu programa. Isto
também está me afetando no presente momento.

Veja o que diz um dos revisores no site da Amazon:
"
good book, bad policy, March 2, 1998
Reviewer: xuelei@phys.columbia.edu
This is a very useful book for scientists and engineers, it
collects codes for many most-often-encountered numerical problems, and the
discussion is lucid, frank and helpful. However, the author adopted a very
bad policy: they do not permit users to distribute their code. So suppose
you write an application program which uses lots of integrations, linear
algebra and differential equation routines, you would naturally like to use
the numerical recipe routines for these basic tasks, but if you want to make
your code freely available to others, you find you can't, because the
numerical recipes routines are copyrighted and the authors forbid you to
distribute even part of them with your code(except for a few public domain
routines). They suggest you use the Netlib code which is freely available,
however, since there is no systematic documentation, it is more difficult to
use the netlib code. In any case, what is the point of having this book and
its code if you have to use netlib code? this is really a trouble for the
readers and users of this book. On the other hand, the authors provided
their book online free of charge, but this is of little use--most readers
would buy the book anyway, and prefer to have the code free.
"
Considerando-se que este é um livro de Matemática Numérica, eu acho um
absurdo proibir, por copyright, o uso de algorítmos matemáticos. No meu
ponto de vista, se alguém tem direito a registrar equações, algorítmos ou
mesmo procedimentos matemáticos, este seria Deus, que seria o seu legítmo
inventor. Toda a lógica sempre existiu, muito tempo antes dos humanos a
terem descoberto (se é que eu posso dizer isso...).

> O copirraite e as patentes sao instrumentos importantes
> para o incentivo `a mente criativa. Claro q. como qq outro
> dispositivo pode ser alvo de tentativas de abusos, cabe
> 'a sociedade -- delegando poderes aos governos e outras
> autoridades -- cuidar para q. isso nao ocorra.

Entendo o que você diz e concordo com você quanto ao incentivo à mente
criativa, mas não confio que a delegação de poderes aos governos possa
garantir que os abusos não ocorram. Eles não conseguem resolver problemas
muito mais simples ...

[]s,

Antonio



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Impostos em cascata - estudos da Fiesp/FGV
FROM: "rbdiniz2" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/01/2002 22:49


Ops... Perdão, eu deveria ter enviado isto para outra lista...!
Belisário

--- In ciencialist@y..., "rbdiniz2" <rbdiniz@t...> wrote:
>
> Oi, pessoal. Olha que interessante o que encontrei na primeira
> página do site da Fiesp:




SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Roda: Porque só a roda?
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/01/2002 09:15

--- In ciencialist@y..., "Antonio" <a_ferrao@t...> wrote:
> Eu não consigo entender como a proteção aos softwares se encaixam
nesta lei,

Elas nao se encaixam. A lei diz q. a questao
dos softwares esta' contemplada em lei 'a parte.

> ou regras para realizar atos mentais, jogos ou negócios. Para mim,
esta é a
> "definição" dos softwares.

Software e' mais do q. simplesmente isso.
Nao e' um simples amontoado de algoritmos,
mas uma costura fina (bem, em alguns -- uma
costura grosseira) de algoritmos.

Software envolve uma ato criativo e nao
apenas uma descoberta.

> por detrás deste algorítmo é ridiculamente simples. Entretanto, o
algorítmo
> é, falando de seu jeito, "copirraiteado"!. Este é apenas um pequeno

O algoritmo?

> fragmento de código. Pois bem, se você quiser incorporar um

E qual o tamanho desse codigo?

> absurdo proibir, por copyright, o uso de algorítmos matemáticos. No

Mas aqui se trata de codigos e nao
dos algoritmos.

> inventor. Toda a lógica sempre existiu, muito tempo antes dos
humanos a
> terem descoberto (se é que eu posso dizer isso...).

A logica e' uma invencao humana. Ao menos a
logica humana e' uma invencao humana.

> criativa, mas não confio que a delegação de poderes aos governos
possa
> garantir que os abusos não ocorram. Eles não conseguem resolver
problemas
> muito mais simples ...

Se esperarmos passivamente pelo governo e'
bastante provavel q. isso ocorra. Por isso
e' preciso uma participacao ativa, por
exemplo, cobrando de seus representantes
eleitos.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Retificando...
FROM: Alisson Antonio Martins <aam00@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/01/2002 11:12

Bom, primeiro, continuo achando que o tratamento que é dado ao
homossexualismo é machista. E por que machista? Talvez, pela forte
influência do machismo na nossa sociedade. Segundo, admiro que pessoas de
ciência, se dediquem ao debate de um tema tão "polêmico".Mas, continuo
achando a abordagem um tanto quanto facista...afinal, aonde se quer
chegar?Na soberania de tal ou qual sexo? Entendam, falei de Hitler apenas
para citar um exemplo de compreensão equivocada da ciência- a lei
de Seleção Natural do Darwin,querendo assim comprovar a soberania
do povo alemão, leiam o"Mine Kampf" e vejam a loucura. Ciência
é coisa séria, entretanto, há muita gente dedicada exclusivamente a má
interpretação da ciência em benefício de algum preconceito. Este é o meu
medo: tudo bem, agora há uma fórmula capaz de saber acerca das tendências
homossexuais da pessoa, vamos aplicá-la na prática! Aí,acontece a exclusão
social e o pior, a morte.
Vejam, admiro, o trabalho que vocês têm em transcrever os fenômenos em
fórmulas, acho louvável e tanto é que estou cursando um curso desses,
agora, acho que as questões opressoras da nossa sociedade devem ser
tratadas de forma realmente científica: tratando o existente como o
movimento, não existe o estático, assim, o conhecimento evolui, as pessoas
evoluem, os valores se transformam...
Tenho esperança de viver em uma sociedade em que não haja repressão
nenhuma, nenhuma forma de pensar que sufoque as demais...que todos tenham
as mesmas oportunidades, sem preconceitos...
Bem, agradeço a atenção de todos e ficam as saudações emocionadas, por
que não,de quem pensa um mundo melhor.
Alisson



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O Mito Popperiano
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/01/2002 11:24

Oi Marco Aurélio e Takata,

Marco Aurélio escrevera: Sempre que um paciente está em análise e fala, o
analista trata de investigar o conteúdo do discurso. Com um determinado
método, procura certos indicios. Quando encontra estes supostos indicios, os
revela ao paciente. Esta manifestação do analista se denomina
interpretação. Se a interpretação é correta (uma grande quantidade de vezes
não o é), devem ocorrer determinadas modificações no discurso. Se não
ocorrem, é porque o analista errou.

Takata: Correntes misticas tbm provocam uma mudanca correspondente do
discurso. Nao necessariamente resolve o problema do individuo.

Nao podera' ocorrer, tal qual ocorre uma fome oculta no caso da desnutricao,
uma disfuncao oculta no processo linguistico?Nao pode ser gde o risco de se
mudar apenas o 'output' da mensagem, sem alterar o modo de processamento dos
dados?

Digamos, uma pessoa com tendências homicidas, continuar com tais tendencias
e apenas passar a pregar o discurso da paz.

Manuel: He, he! Por falar em correntes místicas, lembrei-me agora de um
conhecido meu, que apresentava um quadro de neurose obsessivo-compulsiva. O
cara era cheio de rituais (sim, rituais) estranhos, como, por exemplo,
saltar duas vezes sempre que o forno de micro-ondas dava o seu sinal sonoro.
Ele tinha a impressão de que, caso não realizasse esses rituais
incompreensíveis, alguma coisa muito terrível ele faria com os seus
familiares.

Hoje ele é um homem totalmente "curado". Segundo ele, a cura se deu depois
de ter ingressado no movimento católico da Renovação Carismática. Ele está
convencido de que a razão da sua angústia era o Demônio, que tentava
induzi-lo ao crime (contra as pessoas que ele mais amava) para, desta forma,
ganhar a sua alma.

Mas a impressão que tenho (não tive coragem de dizer-lhe isso) é que ele não
está curado coisa nenhuma. Que, na verdade, ele apenas trocou um ritual por
outro, e os realiza de uma forma igualmente compulsiva. Ao invés dos infames
saltinhos na frente do micro-ondas (que coisa idiota!), ele agora reza todo
dia a uma determinada hora, vai à missa todos os domingos, comunga, realiza
boas ações, etc. A função desses novos rituais (desta vez rituais
socialmente aceitáveis) é a mesma dos antigos rituais neuróticos: afastar o
Demônio, que, ao meu ver, não passa de um nome que serve para designar
aquelas pulsões (entre elas as sadomasoquistas e necrófilas) socialmente
reprováveis e sobre as quais o indivíduo não tem absoluto controle.

A vantagem desses novos rituais com relação aos antigos é que, por serem
rituais compartilhados por outras pessoas, ele agora não se sente só e
isolado.

A propósito, Freud, em seu livro Totem e Tabu, afirmou que a neurose
obsessivo-compulsiva, com sua ritualística bizarra, constitui uma religião
privada, e que a religião, com seus rituais consagrados, nada mais é que uma
neurose pública ou coletiva. Exageros a parte, acho que essa hipótese de
Freud encerra alguma verdade.

O efeito da interpretação do psicanalista sobre o psicanalisado é muito
diferente do efeito que pode lhe trazer uma revelação mística ou a
interpretação de um místico acerca da sua doença. A aceitação quase que
imediata (e a sensação de alívio ou mesmo de êxtase) de uma revelação
mística é "sintomática", isto é, o próprio misticismo passa a ser mais um
sintoma da neurose ou, na melhor das hipóteses, um sucedâneo. A
interpretação psicanalítica, quando correta, num primeiro momento aumenta a
angústia e exacerba os mecanismos de resistência do paciente. Tanto que
muitos pacientes, precisamente nesta fase, abandonam a análise. De um certo
modo, agem como uma criança que foge da mãe quando esta se prepara para
fazer a assepsia da sua ferida.

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Retificando...
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/01/2002 11:34

Acho que devia ser óbvio que o que quer que a ciência descubra
sobre quem quer que seja não tem consequências éticas. A razão é
simples: há muito que aceitamos que as pessoas têm todas os
mesmos direitos, mesmo as que têm dificiencias fisicas e mentais.
O problema de Hitler não é o mau uso da ciência, esse é um
problema secundário. O problema de Hitler é o mau uso da ética.

Joao
http://www.nonio.com

Alisson Antonio Martins wrote:
>
> Bom, primeiro, continuo achando que o tratamento que é dado ao
> homossexualismo é machista. E por que machista? Talvez, pela forte
> influência do machismo na nossa sociedade. Segundo, admiro que pessoas de
> ciência, se dediquem ao debate de um tema tão "polêmico".Mas, continuo
> achando a abordagem um tanto quanto facista...afinal, aonde se quer
> chegar?Na soberania de tal ou qual sexo? Entendam, falei de Hitler apenas
> para citar um exemplo de compreensão equivocada da ciência- a lei
> de Seleção Natural do Darwin,querendo assim comprovar a soberania
> do povo alemão, leiam o"Mine Kampf" e vejam a loucura. Ciência
> é coisa séria, entretanto, há muita gente dedicada exclusivamente a má
> interpretação da ciência em benefício de algum preconceito. Este é o meu
> medo: tudo bem, agora há uma fórmula capaz de saber acerca das tendências
> homossexuais da pessoa, vamos aplicá-la na prática! Aí,acontece a exclusão
> social e o pior, a morte.
> Vejam, admiro, o trabalho que vocês têm em transcrever os fenômenos em
> fórmulas, acho louvável e tanto é que estou cursando um curso desses,
> agora, acho que as questões opressoras da nossa sociedade devem ser
> tratadas de forma realmente científica: tratando o existente como o
> movimento, não existe o estático, assim, o conhecimento evolui, as pessoas
> evoluem, os valores se transformam...
> Tenho esperança de viver em uma sociedade em que não haja repressão
> nenhuma, nenhuma forma de pensar que sufoque as demais...que todos tenham
> as mesmas oportunidades, sem preconceitos...
> Bem, agradeço a atenção de todos e ficam as saudações emocionadas, por
> que não,de quem pensa um mundo melhor.
> Alisson
>
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joão
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SUBJECT: Re: O Mito Popperiano
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/01/2002 13:31

--- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:
> interpretação de um místico acerca da sua doença. A aceitação quase
que
> imediata (e a sensação de alívio ou mesmo de êxtase) de uma
revelação
> mística é "sintomática", isto é, o próprio misticismo passa a ser
mais um
> sintoma da neurose ou, na melhor das hipóteses, um sucedâneo.

Isso me parece uma simplificacao perigosa.
Nao conheco muitos neo-convertidos, mas
nao me parece q. tal aceitacao seja tao imediata
ou sem resistencia.

Nao e' raro as pessoas contarem como lutaram
contra a ideia de um dado deus ou divindade ate'
a sua conversao -- claro q. pode ser uma alteracao
na percepcao da memoria, mas nao deve ser da totalidade
dos casos. (Vale tbm para coisas relacionadas como
astrologia, tarot, buzios, numerologia...)

Por outro lado, nao me parece ser tao resistida
assim as interpretacoes psicanaliticas -- seja
de q. corrente for. Especialmente se ja' ha' uma
predisposicao para sua aceitacao.

E lavagem cerebral tbm produz efeitos de
resistencia e posterior mudanca comportamental.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Retificando...
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/01/2002 13:41

--- In ciencialist@y..., Alisson Antonio Martins <aam00@f...> wrote:
> Bom, primeiro, continuo achando que o tratamento que é dado ao
> homossexualismo é machista. E por que machista? Talvez, pela forte
> influência do machismo na nossa sociedade.

Nesta lista? Mas quais elementos da discussao
demonstra machismo? (Fora algumas piadas.)

> achando a abordagem um tanto quanto facista...

Qual abordagem e' fascista? Como esse
fascismo se caracteriza? O q. ha' de antiliberal,
de antidemocrático e imperialista nisso?

> chegar?Na soberania de tal ou qual sexo?

Por q. seria soberania?

Ainda mais qdo processos de mesma natureza estao por
tras (epa!) da determinacao da masculinidade e feminilidade?

Gene + Ambiente = Característica

vale tto para o homossexualismo como para o heteros-
sexualismo.

Um homem age como tal por causa dos genes
q. possui e por causa de sua criacao e das
circunstancias q. o cercam. Uma mulher tbm.
Idem para um homossexual masculino ou feminino.

> medo: tudo bem, agora há uma fórmula capaz de saber acerca das
tendências
> homossexuais da pessoa, vamos aplicá-la na prática! Aí,acontece a
exclusão
> social e o pior, a morte.

Digamos q. a tal 'formula' pudesse mesmo ser
usada na pratica. Valeria de q?

Se for apenas para determinar as tendencias
da pessoa, nao adiantaria de nada: ela
e' homossexual, e dai'?

Se for para controlar as variaveis para se
chegar a um resultado desejado, ai' com ou
sem formula isso ja' e' tentado.

Exclusao social e morte nao se devem
'as "formulas", mas 'as acoes humanas.

> Tenho esperança de viver em uma sociedade em que não haja repressão
> nenhuma, nenhuma forma de pensar que sufoque as demais...que todos
tenham
> as mesmas oportunidades, sem preconceitos...

E alguém nesta lista por acaso e' contra?
Falar da natureza humana e' ser contra a
igualdade, liberdade e fraternidade? E'
ser preconceituoso?

Q. preconceito ha' em alguém dizer:

- as plantas sao verdes por causa da
clorofila q. reflete a luz verde.

Seria, sim, preconceito alguem dizer isso:

- as plantas sao idiotas porq. sao verdes.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Direitos Autorais (era Re: Roda: Porque só a roda?)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/01/2002 16:46

Trechos da LDA

----------

Art. 7° São obras intelectuais protegidas as criações do espírito,
expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível
ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro, tais como:

I - os textos de obras literárias, artísticas ou científicas;

II - as conferências, alocuções, sermões e outras obras da mesma
natureza;

III - as obras dramáticas e dramático-musicais;

IV - as obras coreográficas e pantomímicas, cuja execução cênica se
fixe por escrito ou por qualquer outra forma;

V - as composições musicais, tenham ou não letra;

VI - as obras audiovisuais, sonorizadas ou não, inclusive as
cinematográficas;

VII - as obras fotográficas e as produzidas por qualquer processo
análogo ao da fotografia;

VIII - as obras de desenho, pintura, gravura, escultura, litografia e
arte cinética;

IX - as ilustrações, cartas geográficas e outras obras da mesma
natureza;

X - os projetos, esboços e obras plásticas concernentes à geografia,
engenharia, topografia, arquitetura, paisagismo, cenografia e
ciência;

XI - as adaptações, traduções e outras transformações de obras
originais, apresentadas como criação intelectual nova;

XII - os programas de computador;

XIII - as coletâneas ou compilações, antologias, enciclopédias,
dicionários, bases de dados e outras obras, que, por sua seleção,
organização ou disposição de conteúdo, constituam uma criação
intelectual.

§ 1° Os programas de computador são objeto de legislação específica,
observadas as disposições desta Lei que lhes sejam aplicáveis 6.

§ 2° A proteção concedida no inciso XIII não abarca os dados ou
materiais em si mesmo e se entende sem prejuízo de quaisquer direitos
autorais que subsistam a respeito dos dados ou materiais contidos nas
obras.

§ 3° No domínio das ciências, a proteção se recairá sobre a forma
literária ou artística, não abrangendo o seu conteúdo científico ou
técnico, sem prejuízo dos direitos que protegem os demais campos da
propriedade imaterial.

-----------

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Lei de Software (era: Re: Roda: Porque só a roda?)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/01/2002 17:20

--- In ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> wrote:
> Elas nao se encaixam. A lei diz q. a questao
> dos softwares esta' contemplada em lei 'a parte.

Lei 9.609/98

http://www.mct.gov.br/legis/leis/9609_98.htm

(Um mais fácil de acessar:
http://www.bioamazonia.org.br/legis/software.htm )

Decreto 2.556/98

http://www.mct.gov.br/legis/decretos/2556_98.htm

> esta é a
> > "definição" dos softwares.
>
> Software e' mais do q. simplesmente isso.
> Nao e' um simples amontoado de algoritmos,
> mas uma costura fina (bem, em alguns -- uma
> costura grosseira) de algoritmos.

---------

Art. 1º. Programa de computador é a expressão de um conjunto
organizado de instruções em linguagem natural ou codificada, contida
em suporte físico de qualquer natureza, de emprego necessário em
máquinas automáticas de tratamento da informação, dispositivos,
instrumentos ou equipamentos periféricos, baseados em técnica digital
ou análoga, para fazê-los funcionar de modo e para fins determinados.

Art. 6º. Não constituem ofensa aos direitos do titular de programa de
computador:

I - reprodução, em um só exemplar, de cópia legitimamente adquirida,
desde que se destine à cópia de salvaguarda ou armazenamento
eletrônico, hipótese em que o exemplar original servirá de
salvaguarda;

II - a citação parcial, para fins didáticos, desde que identificados
o programa e o titular dos direitos respectivos;

III - a ocorrência de semelhança de programa a outro, preexistente,
quando se der por força das características funcionais de sua
aplicação, da observância de preceitos normativos e técnicos, ou de
limitação de forma alternativa para a sua expressão;

IV - a integração de um programa, mantendo-se suas características
essenciais, a um sistema aplicativo ou operacional, tecnicamente
indispensável às necessidades do usuário, desde que para o uso
exclusivo de quem a promoveu.

-----------

Infelizmente talvez vc precise de um
advogado pra desvendar as minucias do
texto.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Direitos Autorais (era Re: Roda: Porque só a roda?)
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/01/2002 20:34

Como sempre esquecem-se do Imperdível ......

Na página de abertura do Imperdível, quase no final da página está "direitos autorais". Clique nele para ver tudo, mas tudo mesmo sobre o tema.

[]'
Léo
PS: E o amigo Alberto Mesquita? Sublimou? Está enveredado com as teorizações? Imaginem ... falou-se de Popper e ele não tirou ninguém para dançar! Tá com febre! Só pode ser isso.
=================
-----Mensagem Original-----
De: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 29 de janeiro de 2002 16:46
Assunto: [ciencialist] Direitos Autorais (era Re: Roda: Porque só a roda?)


Trechos da LDA

----------

Art. 7° São obras intelectuais protegidas as criações do espírito,
expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível
ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro, tais como:

I - os textos de obras literárias, artísticas ou científicas;

II - as conferências, alocuções, sermões e outras obras da mesma
natureza;

III - as obras dramáticas e dramático-musicais;

IV - as obras coreográficas e pantomímicas, cuja execução cênica se
fixe por escrito ou por qualquer outra forma;

V - as composições musicais, tenham ou não letra;

VI - as obras audiovisuais, sonorizadas ou não, inclusive as
cinematográficas;

VII - as obras fotográficas e as produzidas por qualquer processo
análogo ao da fotografia;

VIII - as obras de desenho, pintura, gravura, escultura, litografia e
arte cinética;

IX - as ilustrações, cartas geográficas e outras obras da mesma
natureza;

X - os projetos, esboços e obras plásticas concernentes à geografia,
engenharia, topografia, arquitetura, paisagismo, cenografia e
ciência;

XI - as adaptações, traduções e outras transformações de obras
originais, apresentadas como criação intelectual nova;

XII - os programas de computador;

XIII - as coletâneas ou compilações, antologias, enciclopédias,
dicionários, bases de dados e outras obras, que, por sua seleção,
organização ou disposição de conteúdo, constituam uma criação
intelectual.

§ 1° Os programas de computador são objeto de legislação específica,
observadas as disposições desta Lei que lhes sejam aplicáveis 6.

§ 2° A proteção concedida no inciso XIII não abarca os dados ou
materiais em si mesmo e se entende sem prejuízo de quaisquer direitos
autorais que subsistam a respeito dos dados ou materiais contidos nas
obras.

§ 3° No domínio das ciências, a proteção se recairá sobre a forma
literária ou artística, não abrangendo o seu conteúdo científico ou
técnico, sem prejuízo dos direitos que protegem os demais campos da
propriedade imaterial.

-----------

[]s,

Roberto Takata


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SUBJECT: Re: Retificando...
FROM: "gytuin" <gytuin@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/01/2002 21:50

Ola,

> > homossexuais da pessoa, vamos aplicá-la na prática! Aí,acontece a
> exclusão
> > social e o pior, a morte.
> Digamos q. a tal 'formula' pudesse mesmo ser
> usada na pratica. Valeria de q?
> Se for apenas para determinar as tendencias
> da pessoa, nao adiantaria de nada: ela
> e' homossexual, e dai'?
> Se for para controlar as variaveis para se
> chegar a um resultado desejado, ai' com ou
> sem formula isso ja' e' tentado.

Deixa eu ser chato e perguntar: Caso daqui ha algumas decadas as tao fal=
adas profecias se realizem, e vejamos aquela imagem, ja tao explorada em fil=
mes e ficcoes cientificas por ai, do casal que entra no consultorio e de ant=
emao (e de acordo ao seu poder aquisitivo, claro) escolhe todas as caracteri=
sticas que querem no seu filho: bonitao, 2,15m de altura, olhos azuis, loiro=
, sem possibilidades de doencas hereditarias, QI 180, etc e tal, e... sem ho=
mossexualismo.
Entao, teremos algum atentato na descricao acima? Alias, pergunto a cad=
a leitor dessa mensagem o que ele faria se, ao preparar-se para ter um filho=
no ano 2200DC, que X ele colocaria no questionario do "Que preferencia sexu=
al seu filho tera?".
Eh claro que estou supondo que ha como aumentar o peso da constituicao =
genetica, naquela formuleta, de modo a tornar as influencias do meio ambient=
e despreziveis na determinacao da preferencia sexual...


Ate,
Clovis





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O Mito Popperiano
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/01/2002 22:48

Olá Takata,

Manuel escrevera: O efeito da interpretação do psicanalista sobre o
psicanalisado é muito
diferente do efeito que pode lhe trazer uma revelação mística ou
interpretação de um místico acerca da sua doença. A aceitação quase que
imediata (e a sensação de alívio ou mesmo de êxtase) de uma revelação
mística é "sintomática", isto é, o próprio misticismo passa a ser mais um
sintoma da neurose ou, na melhor das hipóteses, um sucedâneo.

Takata: Isso me parece uma simplificacao perigosa. Nao conheco muitos
neo-convertidos, mas nao me parece q. tal aceitacao seja tao imediata ou sem
resistencia.

Nao e' raro as pessoas contarem como lutaram contra a ideia de um dado deus
ou divindade ate' a sua conversao (...) Vale tbm para coisas relacionadas
como astrologia, tarot, buzios, numerologia...

Manuel: Realmente, por descuido, eu simplifiquei um pouco. A resistência
como conceito psicanalítico não é uma mera negação ou discordância por
razões lógicas, falta de convicção ou descrença. A resistência a uma pulsão
reprimida vem sempre acompanhada de muita ansiedade, uma reação pânica
análoga a de um claustrofóbico dentro de um elevador.

Eu conheço alguns ex-materialistas que hoje acreditam em astrologia, tarot,
buzios, numerologia, etc. Antes da sua conversão ao "new age", eles
rechaçavam com bons argumentos lógicos, dados empíricos e grandes risadas
essas crendices. Negavam, mas não "resistiam", não havia sinal de angústia
em sua negativa, a não ser aquele saudável e perfeitamente racional medo dos
malefícios das pseudociências. Até que, num radioso dia, descobriram o
Teorema da incompletude de Godel... e por motivos pessoais insondáveis,
aproveitaram a brecha. :-)

Takata: Por outro lado, nao me parece ser tao resistida assim as
interpretacoes psicanaliticas -- seja de q. corrente for. Especialmente se
ja' ha' uma predisposicao para sua aceitacao.

Manuel: Se o psicanalisado concorda com tudo que o psicanalista diz, isso é
sinal de que a análise não vai bem e que se encontra num beco sem saída. Os
bons psicanalistas não desconhecem esse impasse. Pois eles sabem que há
indivíduos muito inseguros, extremamente dependentes e moralmente
masoquistas -- i.e., indivíduos doentes -- que fazem tudo aquilo que o seu
"amado" manda, tudo fazem para agradá-lo, concordam com ele
incondicionalmente, mesmo que isso custe a sua dignidade. Neste caso, o
paciente apenas "transferiu" para o psicanalista os seus vínculos
simbióticos, suas relações de dependência. De modo que sua concordância com
o psicanalista -- irrefletida e não vivenciada com angústia -- deve ser
encarada como apenas mais um sintoma. Se eu fosse o psicanalista, receitava
um desses cosméticos da alma, como o Prozac.

Takata: E lavagem cerebral tbm produz efeitos de resistencia e posterior
mudanca comportamental.

Manuel: Isso sem falar no mertiolate: arde pra caramba, mas é inócuo, não
causa dano nem benefício. :-)

Abraços,
Manuel Bulcão





SUBJECT: Re: [ciencialist] Direitos Autorais (era Re: Roda: Porque só a roda?)
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/01/2002 23:34

Ois,

Léo: E o amigo Alberto Mesquita? Sublimou? Está enveredado com as
teorizações? Imaginem ... falou-se de Popper e ele não tirou ninguém para
dançar! Tá com febre! Só pode ser isso.

Manuel: E olha que eu o convidei para uma contradança. Fiz-lhe elogios
rasgados. Em um de meus e-mails disse que " nosso querido colega Alberto
Mesquita, um destemido defensor da física clássica ou newtoneana, demonstra,
ao meu ver, um grande discernimento nesta questão."

Infelizmente, o Mesquita não dá as caras, não responde, não telefona mais...
:-(

[]'s
Manuel Bulcão


> =================
> -----Mensagem Original-----
> De: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
> Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Enviada em: terça-feira, 29 de janeiro de 2002 16:46
> Assunto: [ciencialist] Direitos Autorais (era Re: Roda: Porque só a roda?)
>
>
> Trechos da LDA
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>
> Art. 7° São obras intelectuais protegidas as criações do espírito,
> expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível
> ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro, tais como:
>
> I - os textos de obras literárias, artísticas ou científicas;
>
> II - as conferências, alocuções, sermões e outras obras da mesma
> natureza;
>
> III - as obras dramáticas e dramático-musicais;
>
> IV - as obras coreográficas e pantomímicas, cuja execução cênica se
> fixe por escrito ou por qualquer outra forma;
>
> V - as composições musicais, tenham ou não letra;
>
> VI - as obras audiovisuais, sonorizadas ou não, inclusive as
> cinematográficas;
>
> VII - as obras fotográficas e as produzidas por qualquer processo
> análogo ao da fotografia;
>
> VIII - as obras de desenho, pintura, gravura, escultura, litografia e
> arte cinética;
>
> IX - as ilustrações, cartas geográficas e outras obras da mesma
> natureza;
>
> X - os projetos, esboços e obras plásticas concernentes à geografia,
> engenharia, topografia, arquitetura, paisagismo, cenografia e
> ciência;
>
> XI - as adaptações, traduções e outras transformações de obras
> originais, apresentadas como criação intelectual nova;
>
> XII - os programas de computador;
>
> XIII - as coletâneas ou compilações, antologias, enciclopédias,
> dicionários, bases de dados e outras obras, que, por sua seleção,
> organização ou disposição de conteúdo, constituam uma criação
> intelectual.
>
> § 1° Os programas de computador são objeto de legislação específica,
> observadas as disposições desta Lei que lhes sejam aplicáveis 6.
>
> § 2° A proteção concedida no inciso XIII não abarca os dados ou
> materiais em si mesmo e se entende sem prejuízo de quaisquer direitos
> autorais que subsistam a respeito dos dados ou materiais contidos nas
> obras.
>
> § 3° No domínio das ciências, a proteção se recairá sobre a forma
> literária ou artística, não abrangendo o seu conteúdo científico ou
> técnico, sem prejuízo dos direitos que protegem os demais campos da
> propriedade imaterial.
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> Roberto Takata
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Direitos Autorais (era Re: Roda: Porque só a roda?)
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/01/2002 00:22

Realmente, com tais leis (e seus textos) entendo perfeitamente o porque do aparecimento da classe advocatícia.
Meia dúzia de advogados jamais terão as mesmas interpretações das leis abaixo.
O item XI, por exemplo, é o pé-do-galo!

[]'
Léo
================

Trechos da LDA

----------

Art. 7° São obras intelectuais protegidas as criações do espírito,
expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível
ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro, tais como:

I - os textos de obras literárias, artísticas ou científicas;

II - as conferências, alocuções, sermões e outras obras da mesma
natureza;

III - as obras dramáticas e dramático-musicais;

IV - as obras coreográficas e pantomímicas, cuja execução cênica se
fixe por escrito ou por qualquer outra forma;

V - as composições musicais, tenham ou não letra;

VI - as obras audiovisuais, sonorizadas ou não, inclusive as
cinematográficas;

VII - as obras fotográficas e as produzidas por qualquer processo
análogo ao da fotografia;

VIII - as obras de desenho, pintura, gravura, escultura, litografia e
arte cinética;

IX - as ilustrações, cartas geográficas e outras obras da mesma
natureza;

X - os projetos, esboços e obras plásticas concernentes à geografia,
engenharia, topografia, arquitetura, paisagismo, cenografia e
ciência;

XI - as adaptações, traduções e outras transformações de obras
originais, apresentadas como criação intelectual nova;

XII - os programas de computador;

XIII - as coletâneas ou compilações, antologias, enciclopédias,
dicionários, bases de dados e outras obras, que, por sua seleção,
organização ou disposição de conteúdo, constituam uma criação
intelectual.

§ 1° Os programas de computador são objeto de legislação específica,
observadas as disposições desta Lei que lhes sejam aplicáveis 6.

§ 2° A proteção concedida no inciso XIII não abarca os dados ou
materiais em si mesmo e se entende sem prejuízo de quaisquer direitos
autorais que subsistam a respeito dos dados ou materiais contidos nas
obras.

§ 3° No domínio das ciências, a proteção se recairá sobre a forma
literária ou artística, não abrangendo o seu conteúdo científico ou
técnico, sem prejuízo dos direitos que protegem os demais campos da
propriedade imaterial.

-----------

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Roberto Takata


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Direitos Autorais (era Re: Roda: Porque só a roda?)
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/01/2002 01:06

Oi Léo,

Francamente, não vejo grande problema para a interpretação desse quesito da
lei que o Takata transcreveu.

Art. 7° São obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas
por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível,
conhecido ou que se invente no futuro, tais como:

XI - as adaptações, traduções e outras transformações de obras originais,
apresentadas como criação intelectual nova;

Manuel: Cito como exemplo o mito do Fausto. Há pseudo-eruditos que pensam
que Fausto é uma criação exclusiva de Goethe. Não é. Fausto é um personagem
mítico germânico (há quem afirme que ele existiu realmente, na alta idade
média). Antes do poema de Goethe, muitas versões haviam do drama fausteano.
A obra de Goethe (Fausto), bem como o romance de Thomas Mann (Dr. Fausto)
são duas entre muitas transformações de uma obra original, no caso uma lenda
popular. Aos seus autores deve ser assegurado os direitos autorais, vc não
acha?

Se eu traduzo a obra de um autor estrangeiro, acho que o meu trabalho de
tradutor deve ser legalmente resguardado, vc não concorda?

Quanto às adaptações, podemos citar as adaptações das obras literárias para
o cinema, o teatro, etc.

E nem precisa um advogado para entender isso...

[]s
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Retificando...
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/01/2002 01:12

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "gytuin" <gytuin@mailbr.com.br> wrote:
> Alias, pergunto a cada leitor dessa mensagem o que ele faria se, ao
>preparar-se para ter um filhono ano 2200DC, que X ele colocaria no
>questionario do "Que preferencia sexual seu filho tera?".

Clovis

Vc. pergunta, para o ano 2200, com uma mentalidade de 2002. É fácil
responder. Se para aquela época as pessoas continuarem cheias de
preconceitos (machismo, sexismo e outros ismos), terão as mesmas tendencias
para responder que querem o filho loiro, alto e com alhos azuis (esqueci de
mencionar o racismo). Se tiverem terminado com os preconceitos, acredito que
nem se preocuparão com a eleição de objeto sexual.

[]s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] Retificando...
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/01/2002 01:25

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Alisson Antonio Martins"
<aam00@fisica.ufpr.br> wrote:


> Bom, primeiro, continuo achando que o tratamento que é dado ao
> homossexualismo é machista. E por que machista? Talvez, pela forte
> influência do machismo na nossa sociedade.
>Mas, continuo achando a abordagem um tanto quanto facista...

Alisson

Creio que sua intervenção é demasiado emocional e pouco científica. Em todo
caso diria que não se entende o que vc. quer dizer.

1. Qual é exatamente o conteúdo machista da abordagem da homossexualidade ?
Em que fomos machistas nos nossos argumentos ? Uma coisa é dizer qual é cada
elemento machista de nossas ideias e outra é nada mais que uma acusação.
Poderia até dizer que é um insulto. (Eu evidentemente não o tomo assim,
simplesmente menciono)

2. Digo a mesma coisa em relação à acusação de fascismo. Em que fomos
fascistas. Se vc. não explica, podemos pensar simplesmente que vc. quer
insultar.

3. O sexismo é um dos preconceitos execráveis de nossa cultura (junto com o
racismo, o fundamentalismo e a xenofobia). Se vc. viu algum desses
preconceitos na nossa discussão, assinale para que nos demos conta de nossa
estupidez. Não deixe de fazer. Talvez seja útil para que revisemos nossa
argumentação. Não devemos deixar de seguir discutindo. É com o diálogo que
se progride.

[]s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O Mito Popperiano
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/01/2002 02:05

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
wrote:


> Após duas horas de conversa, veio a conta:
> quinhentos reais. Pronto. Acabou minha depressao
> na hora.

Oi Takata.
Gostei de suas ponderações.

Evidentemente a primeira é uma piada. Ninguém se cura de depressão depois de
duas horas. Tampouco fica mal com a conta. A conta se discute antes de tudo.
Até agora não me aconteceu de que uma pessoa rejeitasse o tratamento porque
achou caro. Só não se trata se não tem dinheiro. Sabem por que? Porque não
podemos atender uma pessoa menos de 50 minutos e isso limita muito os nossos
ingressos. Pensem quanto podemos atender e quando devemos cobrar para viver
dignamente? Não são muitos os pacientes que podemos atender por dia. Muitas
vezes um seguro médico paga o tratamento.

> nao sei se apenas a mudanca do discurso pode ser um indicio de
>funcionamento. Correntes misticas tbm provocam uma
> mudanca correspondente do discurso. Nao necessariamente resolve o
>problema do individuo.

Eu falei sobre indicios de que a interpretação está funcionando. Resolver um
problema é muito mais complicado e leva mais tempo. Quem evela se o problema
está no caminho da solução é o paciente. Solucionar é algo mais interessante
do que ocorre nas religiões.

Sempre que alguém tem um sintoma, este incide de modo prejudicial na vida
psíquica do individuo, limitando sua criatividade e promovendo um grau de
sofrimento importante. A solução do problema significa uma liberação e uma
conquista de novo territorio. Um deprimido não se deprime mais, uma frigidez
deixa de existir, uma impotência termina, um ritual obsessivo deixa espaço
para outras coisas mais alegres e produtivas, enfim, ae acrescenta um maior
espaço de prazer para o paciente. As religiões não gostam do prazer.


> Nao pode ser gde o risco de se mudar
> apenas o 'output' da mensagem, sem alterar
> o modo de processamento dos dados?

De fato, se as coisas ocorressem assim, seria muito prejudicial. Uma
homossexualidade "forçada" a desaparecer quase sempre gera no paciente
sintomas psicóticos. Um tratamento "aloucado" pode danificar. Pior a emenda
que o soneteo.

> Digamos, uma pessoa com tendências homicidas,
> continuar com tais tendencias e apenas passar
> a pregar o discurso da paz.

Isto não é cura. As curas não são nem parecidas com isso.Eu não sei como se
manifestava a tendencia homicida dessa pessoa antes de ir ao analista. Um
certo número de pessoas (não todas, evidentemente) que pregam a paz o fazem
por formação reativa exatamente contra tendencias homicidas. Um dos indicios
de cura poderia ser que seus interesse mudem para coisas que não tem nada
que ver com guerra, nem com paz.

> Qdo um psicanalista fala para seu paciente q. a origem de sua angustia e'
>uma emocao infantil reprimida, o paciente nao pode apenas se sentir bem
>por achar q. esse era o problema?

Isto não é interpretação analítica. Qualquer pessoa pode dizer isso a
alguém. Não precisa ser analista. Creio se pode encontrar intervenção melhor
do que essa em qualquer revista como, por exemplo, "Caras". Quando vc. fala
em racionalização está falando, desde um ponto de vista psicanalítico, num
mecanismo de defeza patológico. O seu exemplo não é psicanálise.

Se a psicanálise cura falando, não entendo o que vc. quer dizer com
"tendencia mais organicista". Os analista não tocamos o corpo do paciente,
não operamos e não usamos nenhum instrumento que não seja o discurso.

Uma coisa que pensamos os analistas é que não vivemos, que somos vividos por
nossas interpretações. A psicanálise é uma tentativa (nada mais que
tentativa e nem sempre exitosa) de não ser vivido por interpretações, ou
seja, de viver melhor por poder melhorar nossas interpetações da realidade
(que não é fácil de ser captada. Só com as verdades científicas não se pode
viver. Necessitamos de diversão, de amor, de trabalho e perpectiva de
futuro.

[]s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar






SUBJECT: Re: O Mito Popperiano
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/01/2002 14:36

--- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:
> resistência como conceito psicanalítico
> não é uma mera negação ou discordância por
> razões lógicas, falta de convicção ou descrença.
> A resistência a uma pulsão reprimida vem sempre
> acompanhada de muita ansiedade, uma reação pânica
> análoga a de um claustrofóbico dentro de um elevador.

Dificil e' diagnosticar isso, nao?

De todo modo nao me parece q. tais sintomas
nao possa surgir nos outros casos tbm.

> Manuel: Isso sem falar no mertiolate: arde pra caramba,
> mas é inócuo, não causa dano nem benefício. :-)

O tiomersal da formula original nao era
tao inocuo. Potencialmente era perigoso.
Tto e' q. foram obrigado a mudar a formula.
Mas o nome ficou.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: O Mito Popperiano
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/01/2002 15:04

--- In ciencialist@y..., "Marco Aurelio" <clave@s...> wrote:

(Eu ia falar da scout girl q. atende por
no mínimo duas horas, mas eu seria mal
interpretado...)

> Eu falei sobre indicios de que a interpretação está funcionando.
Resolver um
> problema é muito mais complicado e leva mais tempo. Quem evela se o
problema
> está no caminho da solução é o paciente. Solucionar é algo mais
interessante
> do que ocorre nas religiões.

E por q. as religioes nao seriam solucoes?

> espaço de prazer para o paciente. As religiões não gostam do prazer.

E' um estigma preconceituoso contra as religioes.
Se e' verdade q. algumas correntes sao -- pra lancar
mao de uma expressao tao cara aos psicanalistas --
castradoras: e.g. a dos talibans, e' verdade tbm q.
muitas outras incentivam algum tipo de prazer: em
especial do q. eles chamam de alegria -- da corrente
carismatica catolica a diversas seitas novevais.
(Algumas com franco carater hedonista.)

> > Nao pode ser gde o risco de se mudar
> > apenas o 'output' da mensagem, sem alterar
> > o modo de processamento dos dados?
>
> De fato, se as coisas ocorressem assim, seria muito prejudicial. Uma
> homossexualidade "forçada" a desaparecer quase sempre gera no
paciente
> sintomas psicóticos. Um tratamento "aloucado" pode danificar. Pior
a emenda
> que o soneteo.

E como saber se nao e' esse o caso? Como
saber se de fato quase sempre se gera sintomas
psicoticos qdo se faz a coisa errada?
(Os casos em q. nao haja psicose serao
tratados como normais -- ate' q. ecloda
mais 'a frente ou cause um outro problema.)

Existem outros meios q. nao sao psicanaliticos
q. produzem o mesmo efeito (sem forcar o individuo)
de desaparecimento de ansiedade, depressao e assim
por diante. Jogar papo fora em uma roda de
cerveja com os amigos e falar bobagens em uma
lista de discussao parecem ser dois deles.

> por formação reativa exatamente contra tendencias homicidas. Um dos
indicios
> de cura poderia ser que seus interesse mudem para coisas que não
tem nada
> que ver com guerra, nem com paz.

Sera' mesmo q. isso pode ser considerado um
indicio de cura?

> > Qdo um psicanalista fala para seu paciente q. a origem de sua
angustia e'
> >uma emocao infantil reprimida, o paciente nao pode apenas se
sentir bem
> >por achar q. esse era o problema?
>
> Isto não é interpretação analítica. Qualquer pessoa pode dizer isso
a
> alguém. Não precisa ser analista. Creio se pode encontrar
intervenção melhor
> do que essa em qualquer revista como, por exemplo, "Caras". Quando
vc. fala
> em racionalização está falando, desde um ponto de vista
psicanalítico, num
> mecanismo de defeza patológico. O seu exemplo não é psicanálise.

Sim, qq um pode. O lance e' q. aparentemente
os psicanalista tbm o fazem (e ficam irados
qdo outros -- como os filosofos -- tbm fazem isso).

Como assim a racionalizacao e' patologica?
Concordo q. possa ser. Mas nao me parece ser
algo sempre morbido.

> Se a psicanálise cura falando, não entendo o que vc. quer dizer com
> "tendencia mais organicista". Os analista não tocamos o corpo do
paciente,
> não operamos e não usamos nenhum instrumento que não seja o
discurso.

Uma tendencia organicista seria aquela
q. procura pensar nos sintomas do paciente
nao em termos estritamente simbolicos, mas
como um reflexo de um disturbio organico:
seja estrutural, seja funcional -- no sistema
nervoso do paciente, em especial o q. se
convenciona chamar de funcoes superiores
(o q. quer q. isso signifique).

> nossas interpretações. A psicanálise é uma tentativa (nada mais que
> tentativa e nem sempre exitosa) de não ser vivido por
interpretações, ou

Ai' q. esta'. Com a psicanalise nao
passamos apenas a ser vivido por interpretacoes
da psicanalise? Como saber q. nao? (E como
saber q. sim?)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] RES: Eugenia (era: Homossexualismo)
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/01/2002 15:28


Uma coisa que tenho observado é que em geral os defensores da
eugenia se referem à criação de seres humanos melhores. Raramente falam em
usá-la para criar *sociedades* melhores (geralmente são os adversários da
eugenia - e da clonagem, etc. - que invocam as conseqüências sociais). Uma
coisa não leva, necessariamente, à outra - pode até ser um tiro pela
culatra, se induzir mais uma fonte de desigualdade na sociedade. Porém,
criar sociedades melhores, passa, necessariamente, por criar seres humanos
melhores.

Belisário

At 12:06 30/01/02 -0600, you wrote:
> > De: gytuin [mailto:gytuin@mailbr.com.br]
>
> > Deixa eu ser chato e perguntar: Caso daqui ha algumas
> > decadas as tao faladas profecias se realizem, e vejamos aquela imagem, ja
>tao
> > explorada em filmes e ficcoes cientificas por ai, do casal que entra no
> > consultorio e de antemao (e de acordo ao seu poder aquisitivo, claro)
>escolhe
> > todas as caracteristicas que querem no seu filho: bonitao, 2,15m de
>altura,
> > olhos azuis, loiro, sem possibilidades de doencas hereditarias, QI 180,
>etc e
> > tal, e... sem homossexualismo.
> > Entao, teremos algum atentato na descricao acima? Alias,
> > pergunto a cada leitor dessa mensagem o que ele faria se, ao preparar-se
> > para ter um filho no ano 2200DC, que X ele colocaria no questionario do
>"Que
> > preferencia sexual seu filho tera?".
> > Eh claro que estou supondo que ha como aumentar o peso da
> > constituicao genetica, naquela formuleta, de modo a tornar as influencias
> > do meio ambiente despreziveis na determinacao da preferencia sexual...
>
>Oba! Vamos nos atormentar uns aos outros com um assunto
>mais polêmico que homossexualismo: EUGENIA!
>
>Não sou contra. Aliás sou a favor do uso da engenharia genética
>para ajudar a produzir seres humanos melhores.
>
>Só há um problema: muito mais difícil que dominar a técnica de
>manipulação genética é definir [gritando]: O QUE É, Ó RAIOS, UM
>SER HUMANO MELHOR??????
>
>Bem, tem mais problema também: quem não tiver grana para solicitar
>um filho projetado à perfeição vai ter que se contentar com o
>velho "seja o que deus quiser". Mas como os "filhos de deus" vão
>competir com os "filhos da engenharia" no futuro próximo???
>
>Recomendo o ótimo "GATTACA" (comprei o DVD!) que narra uma
>bela história sobre o triunfo da vontade.
>
>[]'s
>
>Alexandre Medeiros
>
>
>[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
>
>&&& --- &&&
>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>Para sair da lista envie um mail para
>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
>&&& --- &&&
>
>Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
>http://br.yahoo.com/info/utos.html



SUBJECT: RES: Direitos Autorais
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/01/2002 15:37

Com relação aos softwares a coisa funciona mais ou menos assim:

- Se faço um programa que joga xadrez posso solicitar o
copirraite, dessa forma ninguém poderá ter uma cópia do MEU
programa sem minha autorização; mas nada impede que alguém,
algures, faça outro programa de xadrez e solicite copirraite
também, ou seja, ninguém pode pedir copirraite sobre as
regras do xadrez, mas pode, sobre o um programa específico
de jogar xadrez.

[]'s

Alexandre



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: RES: Eugenia (era: Homossexualismo)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/01/2002 15:41

--- In ciencialist@y..., Roberto Belisário <rbdiniz@t...> wrote:
> criar sociedades melhores, passa, necessariamente, por criar seres
> humanos melhores.

So' pra nao perder o trocadalho do carilho:

Em vez de nos preocuparmos em criar seres
humanos melhores, seria mais produtivo
nos preocuparmos em criar melhor os seres
humanos.

(Frase pret-a-porter.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O Mito Popperiano
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/01/2002 15:50

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
wrote:


> Manuel: "Ele tinha a impressão de que, caso não realizasse esses rituais
> incompreensíveis, alguma coisa muito terrível ele faria com os seus
> familiares".

Este é um caso dos mais típicos e menos originais de neurose obsessiva. Em
certos países mais adiantados e com gente melhor informada, já não está mais
de moda este tipo de sintoma. Aliás os obsessivos são muito divertidos e têm
um potencial criativo muito grande. Depois que a análise possibilita que
eles descifrem (sim, é o paciente quem descifra sempre) o sintoma, a
historia parece inverossímil e a gente tem a impressão de que o paciente
queria satisfazer a Freud.

O que aconteceu com teu conhecido foi realmente a substituição de um simples
ritual por outros mais complicados e empobrecedores. Ele só se tornou um
homem mais virtuoso. Virtuoso é um orgulhoso que se sente maravilhoso por
renunciar a muitas coisas da vida. Como é carismático, eu afirmo que, sem
risco de errar, está escravizado. Os carismáticos são muito infantis. Tem
uma fé totalmente emocional e roçam o fundamentalismo. São muito fanáticos e
cultivam a auto sugestão.

Eu até acho graça e penso que o Takata está brincando quando afirma que o
modo como um analista detecta as alterações do discurso é o mesmo que as
supostas alterações dos religiosos. Estes nunca o alteram. Fazem
substituições e realizam a mesma coisa disfarçada. Eu não estou de acordo
com a afirmação de que os religiosos quando se convertem mudam o discurso. É
preciso não saber analisar discursos para afirmar uma coisa dessas.

Vou aproveitar e contar o caso de um neurótico obsessivo que se curou. Ele
consultou por seus rituais incômodos. Exemplo: viu-se compelido a não passar
por uma determinada rua, deixou de comer carne e passava por um período de
impotencia sexual. Durante o tratamento descobriu que se sentia sexualmente
atraido pelo verdureiro que tinha a tendinha na rua. Evitava passar por lá e
começou a evitar a tentação da carne (a dieta vegetariana). Buscava vegetais
porque desejava verdura (escandiu o termo verdura em duas palavras a queria
ver dura - desejo de voltar a ter potencia). Durante a análise desses
conteúdos sonhou que tratava de ressuscitar uma velha. Associou a velha com
seu pênis enrugado e "morto". Era seu esforço por voltar a ter potência. O
verdureiro se chamava - pasme - Vergara. Tinha a palavra "verga" no nome,
que significa pênis (coisa que o paciente sempre soube).

O tratamento teve muitas outras coisas, mas o paciente se livrou de seus
rituais, readquiriu potencia sexual, empregou o trabalho que desperdiçava
com os rituais em escrever, iniciou uma carreira literaria, reconcilhou-se
com sua sexualidade (tinha obsessões de conteúdo homossexual, nunca foi
homossexual), deixou de ser demasiado submisso (suas fantasias homossexuais
tinham que ver com suas submissões ao pai), etc. etc.

Espero que não pensem que todas as traduções de sintomas que fiz aqui sejam
válidas para todos. Já vão me dizer que eu não posso afirmar que tal coisa
seja equivalentee a tal outra. De um modo universal, é certo, mas unicamente
para este paciente funcionou porque eram fantasias dele.

Muita gente pensa que o analista descobre o significado, o canta para o
paciente e ele se cura. É uma visão infantil da psicanálise. O analista
interpreta as resistencias e quase nunca o resistido. Ou seja, mostramos a
resistencia do paciente em seguir associando sobre determinado tema. A
associação livre (regra fundamental) se rompe. O analista assinala quando a
associação deixa de ser livre. Se a associação segue livremente, o paciente
descifra seus significados.

Parece-me muito autoritario o analista que diz: tal sintoma seu se deve a um
medo de ser castrado pelo seu pai. Se um terapeuta diz isso, o paciente ri
na cara dele e eu não tiro sua razão.
[]s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: RES: Eugenia (era: Homossexualismo)
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/01/2002 16:06

> De: gytuin [mailto:gytuin@mailbr.com.br]

> Deixa eu ser chato e perguntar: Caso daqui ha algumas
> decadas as tao faladas profecias se realizem, e vejamos aquela imagem, ja
tao
> explorada em filmes e ficcoes cientificas por ai, do casal que entra no
> consultorio e de antemao (e de acordo ao seu poder aquisitivo, claro)
escolhe
> todas as caracteristicas que querem no seu filho: bonitao, 2,15m de
altura,
> olhos azuis, loiro, sem possibilidades de doencas hereditarias, QI 180,
etc e
> tal, e... sem homossexualismo.
> Entao, teremos algum atentato na descricao acima? Alias,
> pergunto a cada leitor dessa mensagem o que ele faria se, ao preparar-se
> para ter um filho no ano 2200DC, que X ele colocaria no questionario do
"Que
> preferencia sexual seu filho tera?".
> Eh claro que estou supondo que ha como aumentar o peso da
> constituicao genetica, naquela formuleta, de modo a tornar as influencias
> do meio ambiente despreziveis na determinacao da preferencia sexual...

Oba! Vamos nos atormentar uns aos outros com um assunto
mais polêmico que homossexualismo: EUGENIA!

Não sou contra. Aliás sou a favor do uso da engenharia genética
para ajudar a produzir seres humanos melhores.

Só há um problema: muito mais difícil que dominar a técnica de
manipulação genética é definir [gritando]: O QUE É, Ó RAIOS, UM
SER HUMANO MELHOR??????

Bem, tem mais problema também: quem não tiver grana para solicitar
um filho projetado à perfeição vai ter que se contentar com o
velho "seja o que deus quiser". Mas como os "filhos de deus" vão
competir com os "filhos da engenharia" no futuro próximo???

Recomendo o ótimo "GATTACA" (comprei o DVD!) que narra uma
bela história sobre o triunfo da vontade.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O Mito Popperiano
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/01/2002 16:10

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
wrote:

Oi Manuel
Você disse:
> A aceitação quase que imediata (e a sensação de alívio ou mesmo de
>êxtase) de uma revelação mística é "sintomática", isto é, o próprio
>misticismo passa a ser mais um sintoma da neurose ou, na melhor das
>hipóteses, um sucedâneo.

É certo. estou de acordo

Existem todos os graus de conversão. Alguns o fazem rapidamente e outros se
resiste. O importante não é a "simples transformação". Um analista precisa
estrar treinado para reconhecer o que é um sintoma. Se ele não souber o que
é um sintoma, não é analista. Os sintomas não são tão faceis de reconhecer
para quem não rebeu um treinamento. Pode haver sintoma sob a aparencia de
comportamento normal. Muitas vezes é confundido com sublimação (mecanismo,
para mim, de existencia duvidosa).

> Manuel: Realmente, por descuido, eu simplifiquei um pouco. A resistência
> como conceito psicanalítico não é uma mera negação ou discordância por
> razões lógicas, falta de convicção ou descrença. A resistência a uma
pulsão
> reprimida vem sempre acompanhada de muita ansiedade, uma reação >pânica
análoga a de um claustrofóbico dentro de um elevador.

É certo que a resistencia é todo um tema. Nem sempre aparece como vc. diz.
Às vezes é mais sutil. Freud disse que a análise é análise de resistencias.
Não se analisa outra coisa. A resistência sempre é contra a pulsão, mas uma
pulsão nunca existe em estado puro. Sempre aparece com um desejo. A gente se
resiste a desejos e tendencias.


> Takata: E lavagem cerebral tbm produz efeitos de resistencia e posterior
> mudanca comportamental.

> Manuel: Isso sem falar no mertiolate: arde pra caramba, mas é inócuo, não
> causa dano nem benefício. :-)

Havia que dizer ao Takata que existem muitas classes de mudanças. Uma
mudança de lavagem cerebral sempre limita a criatividade do paciente. Creio
que é fundamental o conceito de liberação. Um religioso fica preso às
exigencias da religião e um lavado cerebral fica atado ao seu lavador, ou às
ideias dele. As mudanças catastróficas sempre diminuem a subjetividade do
paciente. A psicanálise trata (nem sempre consegue) de que o individuo
recupere sua subjetividade e realize sua identidade. Todos os sintomas são
alienação ("saídas" de si mesmo, ficam sempre em certo grau, "fora" de si).

[]s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O Mito Popperiano
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/01/2002 16:20

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
wrote:

> Dificil e' diagnosticar isso, nao?

É certo o que vc. diz. As coisas são ainda mais difíceis e complexas. Manuel
fez uma simplificação, mas as resistencias são, na maioria das vezes, mais
sutis. Até que enfim alguém se deu conta que ser psicanalista não é facil e
necessita uma formação de pos graduação de pelo menos 4 anos.

O que acontece é que todos se julgam com capacidade para ser analistas. É
cômico. Como sou psicanalista didata, ofereço para quem quiser aprender,
meus préstimos. Não é iniciação reigiosa. Eu garanto.

[]s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: Re: O Mito Popperiano
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/01/2002 16:26

--- In ciencialist@y..., "Marco Aurelio" <clave@s...> wrote:
> eles descifrem (sim, é o paciente quem descifra sempre) o sintoma, a

Qual o papel do psicanalista na historia?

> Eu até acho graça e penso que o Takata está brincando quando afirma

Sim e nao. Nao deixa de ser uma brincadeira, mas
eu realmente tenho duvidas de se ha' alguma
diferenca real. E em havendo uma diferenca real,
o q. faz a psicanalise ser um meio mais util.

> modo como um analista detecta as alterações do discurso é o mesmo
que as
> supostas alterações dos religiosos. Estes nunca o alteram. Fazem
> substituições e realizam a mesma coisa disfarçada. Eu não estou de
acordo
> com a afirmação de que os religiosos quando se convertem mudam o
discurso. É
> preciso não saber analisar discursos para afirmar uma coisa dessas.

Aqui, sim, sinto um certo cheiro de
preconceito. Falar q. motivacoes
religiosas nunca alteram o discurso
e' temerario.

Outra coisa estranha e' a enfase no
discurso. Se temos q. comecar a distinguir
entre cura *real* e cura *aparente*,
significa q. o discurso e' secundario.
Estamos procurando entao algo mais subjacente.
E' aqui q. vejo a vantagem da tendencia
organicista em relacao 'a tendencia
linguistica (rotulos meus) da psicanalise --
claro q. eu nao tenho conhecimento algum
da area.

Comeca a me parecer: "ah! mas ele nao
mudou o discurso realmente..."

> associação livre (regra fundamental) se rompe. O analista assinala
quando a
> associação deixa de ser livre. Se a associação segue livremente, o
paciente
> descifra seus significados.

Aqui q. eu q. indago qto a racionalizacoes.
Como saber realmente q. o paciente nao esta'
de certa forma fantasiando ainda?

> Parece-me muito autoritario o analista que diz: tal sintoma seu se
deve a um
> medo de ser castrado pelo seu pai. Se um terapeuta diz isso, o
paciente ri
> na cara dele e eu não tiro sua razão.

Nao precisa dizer ao paciente.
Mas no minimo ele diz para seus
amigos psicanalistas.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: O Mito Popperiano
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/01/2002 16:32

--- In ciencialist@y..., "Marco Aurelio" <clave@s...> wrote:
> sutis. Até que enfim alguém se deu conta que ser psicanalista não é
facil e
> necessita uma formação de pos graduação de pelo menos 4 anos.

Resta saber se alem de necessario e'
o suficiente. Nao tto qto ao tempo,
mas em relacao 'a tecnica.

Ainda sou reticente qto 'a psicanalise.
(Minha ignorancia me impede de ser
totalmente contra em todo caso.)

> cômico. Como sou psicanalista didata, ofereço para quem quiser
aprender,
> meus préstimos.

E' mais ou menos o q. estou fazendo.
Discuto para poder aprender.

(Sera' q. a minha resitencia 'a
aceitacao da psicanalise tem algum
elemento psicanalitico?)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RES: O Mito Popperiano
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/01/2002 16:37

> De: rmtakata [mailto:rmtakata@altavista.net]

> (Eu ia falar da scout girl q. atende por
> no mínimo duas horas, mas eu seria mal
> interpretado...)

Dá o telefone dela pra nóis, pô? :-))))

> Existem outros meios q. nao sao psicanaliticos
> q. produzem o mesmo efeito (sem forcar o individuo)
> de desaparecimento de ansiedade, depressao e assim
> por diante. Jogar papo fora em uma roda de
> cerveja com os amigos e falar bobagens em uma
> lista de discussao parecem ser dois deles.

Eu pratico essa "psicanálise" de boteco de
vez em quando com alguns amigos e foi nalgumas destas
sessões que tive meus melhores "insaitis".

Já tive "insaitis" em situações ordinárias
como lendo um livro, assistindo um filme e
em outras situações mais insólitas como ao sonhar,
mas na maioria das vezes foi depois de uns
dois ou três chopes. (Acho necessário salientar que
além de três ou quatro doses o raciocínio tropeça e
essa potencialidade tende a desaparecer.)

Pergunto pro Marco Aurélio, isso é só um obscuro efeito
favorável do álcool em doses moderadas ou APENAS
efeito do discurso argumentativo? Ou ambos? Alguém
já estudou isso?

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O Mito Popperiano
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/01/2002 17:00

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
wrote:
> E por q. as religioes nao seriam solucoes?

Para muitos casos poderia até ser. A Mãe Menininha do Gantois "curou"
Vinicius de Morais de uma fobia aos aviões. Existem muito casos de
verdadieras curas. Sem invalidar, eu acho que a freqüencia é muito menor de
casos de "cura" e, como todas as religiões tem fórmulas padrão, muitas
idiosincrasias ficam fora e não se curam. A fé não é coisa fácil de ter.

Apostar e aguardar de modo mais ou menos curioso o que vai acontecer e
seguir freqëntando as sessões analíticas pode ser muito parecido ao paciente
que vai à sessão espírita. No caso da psicanálise, o paciente é totalmente
ativo e sujeito de sua cura. Nas religiões é passivo. As estatísticas nos
favorece aos analistas. Significa que estamos mais próximos da ciência que
as religiões. A medicina é a mesma coisa. Muita tecnologia que também tem
seus fracassos.

>... e' verdade tbm q. muitas outras incentivam algum tipo de prazer: em
> especial do q. eles chamam de alegria -- da corrente
> carismatica catolica a diversas seitas novevais.
> (Algumas com franco carater hedonista.)

Entre todas as opções que vc. oferece a que melhor se enquadra no que vc.
diz é a psicose maníaco-depressiva, em sua fase maníaca. Não existe ninguém
mais alegre nem mais hedonista que um maníaco com ataque, mas também duvido
que exista alguém mais louco. É só visitar um manicômio. Quase todos estão
internados.

> E como saber se nao e' esse o caso? Como
> saber se de fato quase sempre se gera sintomas
> psicoticos qdo se faz a coisa errada?

Existem meios de como saber. É só estudar. Se chama semiologia psiquiátrica.
Existe também todo um capítulo da medicina que se chama iatrogenia, que
trata das ações realizadas pelos terapeutas (clínicos, cirurgiões,
psicoterapeutas, etc.) que em vez de melhorar o paciente, prejudica.

Dentro da psicanálise existe uma espécie de Godell que se chama Reação
Terapêutica Negativa. É quando o emprego da metodologia psicanalítica, em
vez de melhorar o paciente, faz com que ele piore. O psicanalista revisa
seus métodos e submete à supervisão de colegas mais doutos e tudo parece
estar correto e o paciente, quanto mais se analiza, pior fica. É um capítulo
muito importante da psicanálise. Quando o método de cura da psicanálise se
trona iatrogênico, ou seja, em vez de melhora, faz piorar. Existem técnicas
e modos de abordar o tema para resolver. Existem muitos êxitos e alguns
fracassos, para os quais só resta aconselhar outros métodos.

> Existem outros meios q. nao sao psicanaliticos
> q. produzem o mesmo efeito (sem forcar o individuo)
> de desaparecimento de ansiedade, depressao e assim
> por diante. Jogar papo fora em uma roda de
> cerveja com os amigos e falar bobagens em uma
> lista de discussao parecem ser dois deles.

Quando a pessoa tem vontade fazer isso, não está doente e eu estou de acordo
com vc. Mas quando a pessoa se sente "sem forças para reagir", é que a porca
torce o rabo. Depressão é doença. Às vezes se tem combinar fármacos com
psicoterapia, porque só com uma não resolve.


> Sera' mesmo q. isso pode ser considerado um
> indicio de cura?

Só indicio, sim, mas cura, ninguem, nem nunca pode afirmar que existe.
Talvez as infecções sejam os únicos exemplos de curas, mesmo assim às vezes
fracassam.

> Sim, qq um pode. O lance e' q. aparentemente
> os psicanalista tbm o fazem.

Eu não faço nem fico irado.

> Como assim a racionalizacao e' patologica?
> Concordo q. possa ser. Mas nao me parece ser
> algo sempre morbido.

Muitas vezes os termos são equívocos. Existem termos que, além de ser usados
no vocabulario comum, servem para caracterizar outras coisas. É um dos
defeitos da psicopatologia. Termos que as pessoas interpretam como doença,
nem sempre o são. Racionalização é um termo que, no vocabulario comum, é
algo normal e louvável.

Em realidade o que a psicopatologia interpreta como racionalização é uma
falacia comotal. Infelizmente o termo se consagrou.

Racionalização é a famosa desculpa da raposa que não conseguiu alcançar as
uvas (na fábula) e disse: "Não importa, estão verdes". É uma justificação
enganosa. Na verdade pode ser muitas coisas, menos racionalização. Em todo
caso o melhor seria dizer pseudo-racionalização, mas eu não faço as regras.
Esta é uma má denominação.

> Uma tendencia organicista seria aquela
> q. procura pensar nos sintomas do paciente
> nao em termos estritamente simbolicos, mas
> como um reflexo de um disturbio organico:
> seja estrutural, seja funcional -- no sistema
> nervoso do paciente, em especial o q. se
> convenciona chamar de funcoes superiores
> (o q. quer q. isso signifique).

Mesmo que as causas sejam orgânicas, do sistema nervoso ou um disturbio
bioquímico, a psicanálise trata de chegar por via da palavra. É sempre uma
"tlajing cure".

> Ai' q. esta'. Com a psicanalise nao
> passamos apenas a ser vivido por interpretacoes
> da psicanalise? Como saber q. nao? (E como
> saber q. sim?)

Quando uma pessoa aprende a não se desperar com a solidão, além de não temer
a companhia, ama de um modo razoavelmente satisfatorio (senso comum),
trabalha e cria com uma boa perspectiva, não teme demasiado o futuro, sabe
se divertir (a cerveja, os amigos, o sexo, a familia, a lista, etc.) e não
permanece derrotado durante muito tempo, parece estar escolhendo melhor suas
interpretações. Sempre um pouco de passividade existem. A felicidade
perfeita não existe. Tampouco a saúde.

[]s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: psicanálise (era: Re: O Mito Popperiano)
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/01/2002 17:01

Olá Manuel, Marcos, Roberto e todos os demais

--- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:

> Manuel: Realmente, por descuido, eu simplifiquei um pouco. A
resistência
> como conceito psicanalítico não é uma mera negação ou discordância
por
> razões lógicas, falta de convicção ou descrença. A resistência a
uma pulsão
> reprimida vem sempre acompanhada de muita ansiedade, uma reação
pânica
> análoga a de um claustrofóbico dentro de um elevador.


Algumas questões apenas para apimentar a discussão:

1- Vivemos atualmente uma epidemia de doenças mentais?
2- A psicanálise pode diminuir a incidência dessas doenças?

Especificamente com relação ao parágrafo acima: quando se fala
em "resistência a pulsão reprimida" o que me vem imediatamente a
mente é a repressão sexual. Estou enganado? A que outro tipo de
pulsão pode se referir? Sei que a psicanálise freudiana atribui uma
grande importância ao impulso sexual, e que procura explicar muitas
doenças mentais como decorrência de impulsos reprimidos. Mas
aparentemente, após a liberação sexual dos anos 60 e posteriores
parece ter havido um aumento da incidência de doenças mentais e não
sua diminuição.

Quando você escreve especificamente: "A resistência a uma pulsão
reprimida vem sempre acompanhada de muita ansiedade, uma reação pânica
análoga a de um claustrofóbico dentro de um elevador"
eu não posso deixar de pensar, será então uma boa idéia mexer com
pulsões ou pensamentos reprimidos? Pelo que você diz, não parece.
Será que despertar memórias ou sentimentos reprimidos é sempre bom?
Não pode ser a repressão uma adaptação positiva, uma forma que a
mente encontra de lidar com o "lixo mental" de forma a não atrapalhar
sua vida normal?

Pense num assassino ou num molestador de crianças: não é melhor para
a sociedade e para o próprio indivíduo que passe a vida "reprimido"
(ou "sublimado", etc)?

Tenho outra crítica a fazer. A psicanálise me parece demasiadamente
centrada no próprio indivíduo, desconsiderando que o mesmo vive num
meio social. Como se a única coisa importante fosse o auto-
conhecimento, o "estar de bem consigo mesmo". Não nego a importancia
disto, mas levada ao extremo essa obsessão pelo auto-conhecimento
pode levar o sujeito a um estado de narcisismo mórbido, de infinita
contemplação de cada pequeno capricho pessoal, enfim, uma atitude
solipsista dianta da vida. Me vem a mente, por exemplo, o poeta
Fernando Pessoa, eternamente obcecado por sua própria personalidade,
eternamente escarafunchando seus pequenos caprichos, traumas e
frustações, o que parece resultar num sujeito com enorme auto-
conhecimento, narcisista e infeliz.

[]´s

André




SUBJECT: Re: [ciencialist] RES: O Mito Popperiano
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/01/2002 17:06

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@uol.com.br> wrote

> Pergunto pro Marco Aurélio, isso é só um obscuro efeito
> favorável do álcool em doses moderadas ou APENAS
> efeito do discurso argumentativo? Ou ambos? Alguém
> já estudou isso?

Alexandre,

Creio que ambos. Vc.demonstra que pode fazer isso. Significa que vc. não é
doente. Embora haja poca gente que estude a saúde, existem estudos. Quem não
é doente, obtem "insights" em situações que as vezes são incríveis. Estas
pessoas não necessitam psicanalista.

Abração

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O Mito Popperiano
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/01/2002 17:27

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
wrote:


> Qual o papel do psicanalista na historia?

Assinalar a possibilidade de que ocaminho adotado pode ser resistencial. A
resposta do paciente é que determina se o analista tem razão ou não.

> Aqui, sim, sinto um certo cheiro de preconceito. Falar q. motivacoes
> religiosas nunca alteram o discurso e' temerario.

Concordo que fiu dogmático. Peço desculpas. O entusiasmo é egoista. Faz a
gente esquecer dos outros. Paixão significa passividade. Deixei-me levar por
ela. Eu falo em termos estatísticos. Não é certo que as religiões "nunca"
mudam o discurso. Eu não me atrevo a dizer que o discurso religioso da Madre
Tereza era neurótico.

São Francisco de Assis foi um grande histérico. Eu não me atreveria a
aconselhar psicanalise para ele. Existem malucos geniais que são muito
melhores que sua loucura. Como eu não consegui ser melhor que a minha,
resolvi combatê-la. Algumas vitorias consegui.

> Outra coisa estranha e' a enfase no
> discurso. Se temos q. comecar a distinguir
> entre cura *real* e cura *aparente*,
> significa q. o discurso e' secundario.

O discurso é realmente secundario. Não é mais que um meio. Só podemos dizer
que vemos as coisas de determinada maneira, ... dizendo. O importante é a
conquista da subjetividade que é sempre inefável e não se podem comunicar a
ninguém.

É muito difícil demonstrar para quem não tem familiaridade com oestudo da
linguagem que tudo se manifesta no discurso. É muito grande o conhecimento
que se tem hoje em dia sobre este tema. Tudo o que ocorre se reflete na
linguagem. Isto é quase uma certeza. Se não podemos detectar tudo é porque
não sabemos o suficiente e muito se tem que descobrir. A capacidade de
representar é inesgotável.

> Aqui q. eu q. indago qto a racionalizacoes.
> Como saber realmente q. o paciente nao esta'
> de certa forma fantasiando ainda?

Não existe possibilidade desaber se não está fantasiando. Sem fantasia não
se vive. Sóa as máquinas ainda não fantasiam.


> Nao precisa dizer ao paciente. Mas no minimo ele diz para seus
> amigos psicanalistas.

Se ele pode argumentar e provar, não vejo porque não poderia dizer aos
colegas. O que acontece é que são freqüentes o que chamamos interpretações
selvagens (ou silvestres). Os psicanalista só pode e deve interpretar
psicanalíticamente num contexto psicanalítico. Fora deste âmbito é como se
um cirurgião estivesse usando o bisturi fora da sala de cirurgia. Qualquer
pessoa se pode sentir insultada.

[]s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O Mito Popperiano
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/01/2002 17:35

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
wrote:

> Resta saber se alem de necessario e'
> o suficiente. Nao tto qto ao tempo,
> mas em relacao 'a tecnica.

Takata:

Creio que não é suficiente. É um tempo mínimo. Um médico, com seu anos de
faculdade não se trona bom médico. É preciso praticar muito e aprender mais,
sempre.

> Ainda sou reticente qto 'a psicanalise.
> (Minha ignorancia me impede de ser
> totalmente contra em todo caso.)

Creio que não ser reticente, no seu caso seria até covardia. A reticencia é
um elemento cético dos mais valiosos.
Não creia que eu não tenho minhas reticencias com a psicanálise, ou com
qualquer outra coisa. A gente pode ser reticente em graumaior oumenor, mas
nuncadeve ficar quieto.

> > cômico. Como sou psicanalista didata, ofereço para quem quiser
> aprender,
> > meus préstimos.
>
> E' mais ou menos o q. estou fazendo.
> Discuto para poder aprender.

> (Sera' q. a minha resitencia 'a
> aceitacao da psicanalise tem algum
> elemento psicanalitico?)

Não sei se psicanalítico. Permíta-me rir um pouquinho. Pode ser sua
resistencia contra a autoridade paterna que se revelou muito castradora, e
gerou na sua cabeça essa rebeldia. Juá, juá. É puro blá, blá. Às vezes canso
de se psicanalista e me permito delizes. Não pense que levo a serio o que eu
dgo. É só pra chatear.

[]s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: Re: O Mito Popperiano
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/01/2002 17:53

--- In ciencialist@y..., "Marco Aurelio" <clave@s...> wrote:
> Assinalar a possibilidade de que ocaminho adotado pode ser
resistencial. A
> resposta do paciente é que determina se o analista tem razão ou não.

E' possivel descrever as possibilidades em
termos genericos?

> ela. Eu falo em termos estatísticos. Não é certo que as
religiões "nunca"
> mudam o discurso.

Continuo com duvidas mesmo em termos
estatisticos.

> O discurso é realmente secundario. Não é mais que um meio. Só
podemos dizer
> que vemos as coisas de determinada maneira, ... dizendo. O
importante é a
> conquista da subjetividade que é sempre inefável e não se podem
comunicar a
> ninguém.

Pois e', mas existem diversos meios para
se chegar a essa subjetividade...

Tem o problema em relacao ao discurso
q. envolve nao apenas aspectos da
estrutura neurologica (acidentes vasculares,
traumas fisicos, uso de medicamentos, etc.),
mas tbm do contexto cultural: pessoas
menos instruidas tem um certo tipo de
expressao, pessoas com mais escolaridade
uma outra... Isso nao afeta a analise do
discurso? Ja' considerando q. afeta: como
saber o modo como isso afeta e poder
fazer uma compensacao?

(Suponho q. o pobre mudo tera' poucas
chances de receber um bom tratamento
psicanalitico, embora nao seja menos
frustrado, traumatizado, neurotico,
psicotico ou edipiano por isso...)

> Tudo o que ocorre se reflete na linguagem.

Tenho algumas duvidas em relacao a isso.
O nosso encefalo, embora bastante interconectado,
tem uma boa dose de modularidade. Podemos
realizar algumas excisoes sem q. haja qq
alteracao perceptivel na capacidade de fala
e de compreensao.

> A capacidade de representar é inesgotável.

A capacidade de criar explicacoes tbm parece ser.
Queria saber se existe algum modo de se
testar objetivamente a validade dos fundamentos
da psicanalise...

> Não existe possibilidade desaber se não está fantasiando. Sem
fantasia não

Bem, mas e' possivel ter algum indicio mais seguro?

> Se ele pode argumentar e provar, não vejo porque não poderia dizer
aos
> colegas.

E como ele 'prova'?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: O Mito Popperiano
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/01/2002 17:55

--- In ciencialist@y..., "Marco Aurelio" <clave@s...> wrote:
> > Resta saber se alem de necessario e'
> > o suficiente. Nao tto qto ao tempo,
> > mas em relacao 'a tecnica.
>
> Takata:
>
> Creio que não é suficiente. É um tempo mínimo. Um médico, com seu

Mas a minha duvida nao e' muito em
relacao ao tempo. E' mais em relacao
'a tecnica. Se a tecnica realmente
e' adequada.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O Mito Popperiano
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/01/2002 19:06

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
wrote:

> Mas a minha duvida nao e' muito em
> relacao ao tempo. E' mais em relacao
> 'a tecnica. Se a tecnica realmente

Takata:

A que técnica vc. se refere? À técnica psicanalítica ?
Qual a sua objeção ? Em que não seria adequada, segundo sua dúvida?

[]s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: O Mito Popperiano
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/01/2002 19:35

> De: Marco Aurelio [mailto:clave@speedy.com.ar]
>
> Racionalização é a famosa desculpa da raposa que não
> conseguiu alcançar as
> uvas (na fábula) e disse: "Não importa, estão verdes". É uma
> justificação
> enganosa. Na verdade pode ser muitas coisas, menos
> racionalização. Em todo
> caso o melhor seria dizer pseudo-racionalização, mas eu não
> faço as regras.
> Esta é uma má denominação.

Mudando de "raposa" para "homem" a coisa seria mais ou menos
assim: um sujeito sofre um insulto físico (um tapa ou uma
passada de mão na bunda mesmo!) e não reage sob a desculpa
de que não gosta de violência, quando na verdade está se
corroendo de ódio mas é covarde demais para enfrentar a
situação.

Isto é verdadeiro? Se for, pode virar essa "covardia" patológica
que tantos sofrem, ou seja, aquele medo e ansiedade de praticamente
tudo que existe e não existe: a famigerada síndrome do pânico?

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O Mito Popperiano
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/01/2002 20:28

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
wrote:


> E' possivel descrever as possibilidades em
> termos genericos?

Creio que vc. se refere aos modos de responder do paciente. Se entendi o que
vc. pergunta, poderia dar exemplos.

1. Se um paciente está silencioso e não tem ocorrencias, o processo
analítico está temporariamente detido. O paciente não associa, diz que está
em branco e se gera um grande silencio. Suponhamos que o analista lembra que
o último que o paciente disse foi tal coisa e que ele deixou de falar quando
o analista assinalou determinado assunto e que se deu entre os dois uma
situação muito parecida à que ele mencionou como lembrança. Se o paciente
começa a falar e o processo segue, a intervenção do analista foi válida.

2. Suponhamos que o paciente conta que se lembra que sua mãe molhava um
lenço no álcool quando ele sentia dor de garganta e lhe aplicava no peito
eele se sentia muito bem e tranquilo porque ela o atendia e que também e que
ela cantava el ele dormia. Neste momento o analista pode lembrar que no
começo da sessão ele contou que escutava música enquanto se masturbava no
dia anterior e que buscava um lenço para limpar o esperma da ejaculação e
depois dormia. Depois pode perguntar se ele vê alguma semelhança nos dois
episodios. O paciente pode até responder que não, mas se começa a lembrar um
montão de coisas e se estabelece um dialogo em que o analista intervém e o
paciente responde dentro da mesma temátia e o diálogo se enriquece, houve
uma boa intervenção do analista.

Se o paciente cala ou entra a contar trivialidades e se põe alegremente a
fazer digressões que não têm nada que ver com o tema, o analista sente que
errou. Não significa que não tenha razão. Pode até ter, mas não funcionou e
não adianta insistir. Mesmo que se trate de uma resistencia, o analista não
vai conseguir entrar no tema por esta via.

3. Se um paciente usa um mecanismo de defeza chamado isolamento retroativo e
depois de uma intervenção do analista, trata de usar uma técnica de sedução,
o analista pode haver dado numa tecla que talvez deverá explorar. Se depois
de uma intervenção começou a atrapalhar-se para falar, ou gagueja, ou comete
atos falhos, é um bom caminho para seguir.

4. Se o paciente normalmente não recorda nada e depois de uma interveção do
analista, começa a recordar e o dialogo se enriquece pode significar que
estamos ante uma emergência de algo que estava inconsciente (esquecido) e
que pode vir à tona.

5. Quando o analista menciona algo que parece claro para quem escuta, mas o
paciente experimenta uma surpresa, como se o analista houvesse feito uma
grande descoberta e começa a associar uma grande quantidade de coisas, houve
um "insight". O paciente seguramente começará a descobrir coisas que estavam
esquecidas. Quando isso acontece, o paciente não tem a sensação de que a
interpretação do analista foi algo importante. Simplesmente começa a falar
de coisas que ele mesmo refere que sempre soube. É uma mudança significativa
no discurso.

Quando há um insight, o analista procede ao que se chama "working through".
Consiste em convidar a relacionar o "descobrimento" com sua vida atual, com
algum problema, com a relação entre analista e paciente, com aspectos de sua
vida social, intelectual, sexual, etc. Lentamente um descobrimento começa a
integrar-se na corrente psíqui do paciente. As mudanças não são imediatas.

Depois de um certo tempo, o paciente relata menor intensidade do sintoma,
talvez menor freqüencia e lentamente começa a compreender. Outro "insights
vão ocorrer com efeitos semelhantes. Às vezes os insights tardam, até que o
analista descubra uma linha temática que leve o paciente a associar melhor.

Como se pode ver, a gente podia comparar metaforicamente o processo
analítico com um duo de esqui aquático. O paciente vai na lancha e o
analista no esqui. O paciente se solta e vai falando. O analista fica atento
para não afundar, ou seja para manter certa tensão permitir que a equipe
avance.

Esta é a técnica da associação livre. Única que existe. Não existe
julgamento, nem insistencia sobre qualquer coisa. Quando ha uma resistencia
forte, não adianta querer derrubá-la. Deve-se buscar outros caminhos, outros
insights, que, talvez só depois de varias coisas "descobertas", a referida
resistencia ficará debilitada.

Não sei se o exemplo serviu para despertar ímpetos de discussão. Se for
assim, minha intervenção serviu.

> Continuo com duvidas mesmo em termos
> estatisticos.

As dúvidas são muito difíceis de solucionar. Talvez vc. esteja muito
empenhado em determinados jogos de linguagem que jamais poderão servir para
convencê-lo. É até bom que não se conveça, porque a discussão perderia a
graça. O jogos de linguagem têm essa utilidade. O importante não são os
significados das palavras. Nas discussões é mais importante o uso delas. Não
existe argumento que elimine dúvidas. A gente pode mudar o jogo de linguagem
e aquietar-se (não é aconselhavel). O que geralmente acontece é ir provando
coisas e o convencimento é sempre algo muito trabalhoso.

Não tenho a pretenção de eliminar suas dúvidas. Necessitaria um argumentaço
que rebentasse tudo. Não o tenho. Também estou cheio de dúvidas. Eu vou
praticando a psicanálise e resulta como qualquer prática de saúde. Não é
panacéia. Parece-me agradável, muitos paciente se beneficiam, tem limitações
intrísecas ao método (não é panacéia), existem limitações de conhecimento
(não sou oniciente), manejo mal algumas coisas que surgem por primeira vez,
etc.

> Pois e', mas existem diversos meios para
> se chegar a essa subjetividade...

De fato exitem varios meios. A prova é que as pessoas que não necessitam
analisar-se fazem excelente uso dela. Os poetas e os músicos são excelentes.
Muitos religiosos driblam a imposição moral da religião e chegam. Não posso
resolver sua antipatia pelo método analítico.

Vc. lembrou as dificuldades inerentes aos processos deficitarios orgânicos.
Não existem limitações no analista hábil. O discurso se trna muito
regressivo. Não esqueça que existe psicanálise infantil que é todo um
capítulo fascinante. Imagine a estupidez que poderia ser dizer a um menino
de 6 anos que sua angustia se deve a seu desejo de matar o pai e deitar com
a mãe. A análise infantil se faz brincando com a criança. Os pacientes
deficitarios têm, em maior ou menor grau, semelhança ao discurso infantil. O
tema da influencia cultural se chama competência lingüística. Não se pode
analisar um paciente se não é com uma competencia ligüistica afim com a
dele.

> (Suponho q. o pobre mudo tera' poucas
> chances de receber um bom tratamento
> psicanalitico.

O analista deverá conhecer a linguagem por gestos. Tenho colegas que fazem
isso. Uma ligeira modificação da técnica é que o analista não pode sentar-se
atrás do paciente, nem convém que este se deite no divã. A coisa não muda
porque estas pessoas têm outras adaptações.


> > Tudo o que ocorre se reflete na linguagem.

> Tenho algumas duvidas em relacao a isso.
> O nosso encefalo, embora bastante interconectado,
> tem uma boa dose de modularidade. Podemos
> realizar algumas excisoes sem q. haja qq
> alteracao perceptivel na capacidade de fala
> e de compreensao.

É possivel que assim seja. O que não se manifesta, não se vê e não se trata.
O que produz sintoma é sempre uma linguagem. Se não há sintoma não há
tratamento. Se há sintoma é porque há manifestação. Se há manifestação é
porque há interconexão. Quando se chega a tratar e o paciente melhora é
porque se chegou até ele. Quando não há melhoria, acabou a psicanálise. Não
serve. O aspecto serio da psicanálise é que não é panaceia. Para algumas
coisas serve e para outras não. Qualquer método terapêutico é assim. Isto é
que a torna melhor e mais confiável. Não oferece a felicidade a todos.

> > A capacidade de representar é inesgotável.
> A capacidade de criar explicacoes tbm.

Só que as que não servem , não são usadas pelo paciente para curar-se.
Existem também as iatrogênicas, que pioram o paciente.

[]s
Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar






SUBJECT: Re: [ciencialist] psicanálise (era: Re: O Mito Popperiano)
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/01/2002 00:38

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "andrediasbaptista"
<andrebaptista@uol.com.br> wrote:

> 1- Vivemos atualmente uma epidemia de doenças mentais?
> 2- A psicanálise pode diminuir a incidência dessas doenças?

André,

O conceito de epidemia tem muito que ver com uma só doença. Fala-se de
epidemia de gripe, epidemia de sarampo. Quando são muitas as doenças não se
pode falar de epidemia. Não creio que haja mais doenças hoje.

O que há é maior esclarecimento, maior difusão de informação e maior
quantidade de recursos e, evidentemente maior número de pessoas atendidas.
Não me parece que haja algo assim como epidemia.

Não sei se a psicanálise pode influir. Creio que como acervo de
conhecimentos, sim, porque há um humanismo derivado da psicanálise (não um
humanismo psicanalítico), uma antropologia psicanalítica, uma psicologia
psicanalítica. Além do mais se pode trabalhar em qualquer ramo da cultura
inspirados psicanalíticamente (aplicação da psicanálise). Evidentemente não
há uma filosofia psicanalítica.

> Mas aparentemente, após a liberação sexual dos anos 60 e posteriores
> parece ter havido um aumento da incidência de doenças mentais e não
> sua diminuição.

Não parece que as coisas sejam exatamente assim. Antes muita coisa que hoje
se sabe que é doença mental ficava sem diagnosticar. Por outro lado
"sexual" em psicanálise se refere à economia do prazer e não propriamente as
funções dos órgãos genitais. Talvez a melhor expressão fosse
psico-sexualidade.

Em psicanálise costumamos fazer referencias um principio do prazer. O que se
reprime são as moções de desejo relacionadas com o prazer.

> Será que despertar memórias ou sentimentos reprimidos é sempre bom?
> Não pode ser a repressão uma adaptação positiva, uma forma que a
> mente encontra de lidar com o "lixo mental" de forma a não atrapalhar
> sua vida normal?

Vc. se refere não à repressão, mas a uma supressão do que não serve. Quando
algo é realmente reprimido, não se tem mais noticia disso e não se sabe mais
nada do tema. A repressão nunca é boa. O que sim é bom é uma renuncia
racional ao que não é adequado.

Exemplo: Renuncio a sentir desjo sexual pela minha mãe, porque, além de
gostar do meu pai e ela gostar dele, ela é muito velha para mim, uma mais
jovem de minha idade é mais adequada não só por uma questão de idade, mas
também por uma questão genética, etc., etc.

Os sintomas acontecem quando algo ficou em realidade mal reprimido. Um
desejo infantil que não foi integrado e julgado pelo raciocinio adulto, fica
mal reprimido em linguagem infantil e a pessoa sente que é governada por
tendencias irracionais. Nesse caso o que ocorre é sofrimento.

A universalidade da proibição do incesto deixa uma forte suspeita que se
trata de algo biológico e não propriamente psicológico. Se a tendencia
incestuosa não é reprimida, é claro que é prejudicial. Se é mal reprimida é
também prejudicial. Vc. tem razão que existem coisas que devem ser
reprimidas para a saúde da especie. Estas repressões não se levantam porque
não se conhece nada delas.

Só se levantam aspectos mal reprimidos para poderem ser racionalmente
julgados pelo sujeito.

> Pense num assassino ou num molestador de crianças: não é melhor para
> a sociedade e para o próprio indivíduo que passe a vida "reprimido"
> (ou "sublimado", etc)?

Sim. Efetivamente. Embora eu não esteja convencido da existencia e das
bondades da assim chamada sublimação.

> Tenho outra crítica a fazer. A psicanálise me parece demasiadamente
> centrada no próprio indivíduo, desconsiderando que o mesmo vive num
> meio social.

A psicanálise não é uma filosofia. É um método de tratamento. é muito
difícil pensar num bisturi coletivo. Existe tratamento psicanalítico de
grupo, mas não existe tratamento de coletividades. Em todo caso é útil
pensar psicanalíticamente porque se pode conhecer o que, para a psicanálise
é um modo de pensar de um ser humano. Sabendo como uma pessoa pensa e
reage, é mais fácil compreender suas associações, vínculos, costmes, etc.
Isto facilita atuar socialmente. Mas não existe um modo de tratar uma
comunidade.


> ... mas levada ao extremo essa obsessão pelo auto-conhecimento
> pode levar o sujeito a um estado de narcisismo mórbido, de infinita
> contemplação de cada pequeno capricho pessoal, enfim, uma atitude
> solipsista dianta da vida.

Se os psicanalistas pensassem assim seria uma contradição. Se o narcisismo é
patológico, como a psicanálise vai promover un narcisismo ? Seria uma
especialidade estúpida. Por outro lado não há nada disso que você disse num
tratamento psicanalítico. A gente vai se livrar de um sintoma que está
atrapalhando a vida. Se é para atrapalhar mais, a psicanálise é mais uma
peste, que algo bom. Não sei, mas pensar que os analistas somo tão estúpidos
é ignorancia ou má fé. Creio que se eu pensasse isso da psicanálise, não me
alcançariam os anos de vida para combater essa porcaria.

Me vem a mente, por exemplo, o poeta
> Fernando Pessoa, eternamente obcecado por sua própria personalidade,
> eternamente escarafunchando seus pequenos caprichos, traumas e
> frustações, o que parece resultar num sujeito com enorme auto-
> conhecimento, narcisista e infeliz.

Até pode ser. Ele seria um narcisista infeliz e genial. A genialidade pode
coexistir com a neurose e a infelicidade. Se a psicanálise promovesse isso,
seria uma peste.
[]´s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] RES: Eugenia (era: Homossexualismo)
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/01/2002 01:11

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@uol.com.br> wrote:

> Só há um problema: muito mais difícil que dominar a técnica de
> manipulação genética é definir [gritando]: O QUE É, Ó RAIOS, UM
> SER HUMANO MELHOR??????

Alexandre,

Um ser humano melhor é evidentemente o que decide o fundamentalismo de turno
que tiver poder. Nada mais.Em realidade melhor ser humano é o mais ético,
mas se a ética é tão relativa e tão sujeita ao poder, só vai sobrar como
melhor, o ser humano que postular a liberdade, o diálogo e a crítica de seus
proprios principios. É meio abstrato. A amnipulação genética para estas
finalidades é totalitaria.

> Bem, tem mais problema também: quem não tiver grana para solicitar
> um filho projetado à perfeição vai ter que se contentar com o
> velho "seja o que deus quiser". Mas como os "filhos de deus" vão
> competir com os "filhos da engenharia" no futuro próximo???

Engenharia sem ética é monstruosa, mas as influências do ambiente sempre
existem. Por melhor genéticamente que sejam os seres, num meio que seja uma
porcaria, correm riscos de malogro.

[]'s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O Mito Popperiano
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/01/2002 01:20

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@uol.com.br> wrote:

> Mudando de "raposa" para "homem" a coisa seria mais ou menos
> assim: um sujeito sofre um insulto físico (um tapa ou uma
> passada de mão na bunda mesmo!) e não reage sob a desculpa
> de que não gosta de violência, quando na verdade está se
> corroendo de ódio mas é covarde demais para enfrentar a
> situação.

A palavra covardia é uma apreciação moral. Poderíamos dizer que é um
mecanismo de defeza do tipo racionalização se o cara não pode aceitar que
tem medo. Em realidade o seu motivo é medo (uma emoção) e não um principio
moral.

> Isto é verdadeiro? Se for, pode virar essa "covardia" patológica
> que tantos sofrem, ou seja, aquele medo e ansiedade de praticamente
> tudo que existe e não existe: a famigerada síndrome do pânico?

Não. A "famigerada" síndrome do pânico é bem mais complexa. Está muito
relacionada, quimicamente, com a captação da serotonina ao nível de
determinados centros cerebrais. As drogas efetivas para esta entidade
nosológica têm efeitos antidepressivos. A análise de pessoas com pânico
permite que a gente possa fazer uma comparação entre o gelo e a água
(líquida). Assim como o gelo se transforma em água, quando manipulado e
derretido. o pânico se transforma em depressão durante o tratamento
psicanalítico. A gente termina tratando uma depressão.

[]'s




SUBJECT: Ferias
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/01/2002 01:27

Meus amáveis e inteligentes listeiros.

Estou saindo de ferias no dia 4 de fevereiro. Vou viajar. Assim que deixo momentâneamente esta discussão tão agradável, que o Takata diz, com razão que é bem terapêutica. Com todos vocês com um lugar nos meus melhores afetos, volto em março.
Abração

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Duvida radical
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/01/2002 01:43

Olá,

Marco Aurélio: A capacidade de representar é inesgotável.

Takata: A capacidade de criar explicacoes tbm parece ser.

Manuel: Outra capacidade inesgotável é a de duvidar.

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: fotos da lua
FROM: "danni_scully" <stargirl@london.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/01/2002 01:43

alguem sabe onde posso achar as explicaçoes das fotos mostradas
dizendo que o homem nao foi a Lua que rolam por aí?





SUBJECT: RE: [ciencialist] fotos da lua
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/01/2002 02:10

danni_scully perguntou:

>alguem sabe onde posso achar as explicaçoes das fotos mostradas
>dizendo que o homem nao foi a Lua que rolam por aí?

Sim. Estão em:

The Great Moon Hoax (website da NASA)
http://science.nasa.gov/headlines/y2001/ast23feb_2.htm

Are Apollo Moon Photos Fake?
http://www.badastronomy.com/bad/tv/iangoddard/moon01.htm

Who Mourns For Apollo? OR Was It Really Only a Paper Moon?
http://www.lunaranomalies.com/fake-moon.htm





SUBJECT: Re: Duvida radical
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/01/2002 09:09

--- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:
> Takata: A capacidade de criar explicacoes tbm parece ser.
>
> Manuel: Outra capacidade inesgotável é a de duvidar.

Isso por causa da primeira.

Mas duvidar pode tto significar
nao estar certo como estar certo q.
nao.

----
Marco Aurelio, boas férias.

(As conversas sempre parecem
parar no meio... Acho q. e'
uma tecnica psicoterapeutica:
o analista interrompe a sessao
bem qdo o paciente esta'
falando algo muito importante
para ele. Assim o analista o obriga
o paciente a retornar - e pagar
mais uma sessao. Pena q. Freud
se ateve mais aos mitos gregos,
senao poderiamos chamar de
sindrome de Xerazade... re re.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: psicanálise (era: Re: O Mito Popperiano)
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/01/2002 10:50

--- In ciencialist@y..., "Marco Aurelio" <clave@s...> wrote:
André:

> > ... mas levada ao extremo essa obsessão pelo auto-conhecimento
> > pode levar o sujeito a um estado de narcisismo mórbido, de
infinita
> > contemplação de cada pequeno capricho pessoal, enfim, uma atitude
> > solipsista dianta da vida.
>

Marco Aurélio:
> Se os psicanalistas pensassem assim seria uma contradição. Se o
narcisismo é
> patológico, como a psicanálise vai promover un narcisismo ? Seria
uma
> especialidade estúpida. Por outro lado não há nada disso que você
disse num
> tratamento psicanalítico. A gente vai se livrar de um sintoma que
está
> atrapalhando a vida. Se é para atrapalhar mais, a psicanálise é
mais uma
> peste, que algo bom. Não sei, mas pensar que os analistas somo tão
estúpidos
> é ignorancia ou má fé. Creio que se eu pensasse isso da
psicanálise, não me
> alcançariam os anos de vida para combater essa porcaria.
>

André:
Não leve para o lado pessoal, Marco. Não acusei os psicanalistas de
ma-fé. Ademais, também não tenho provas do que escrevi; são apenas
conjecturas baseadas em observações pessoais e algumas idéias de
terceiros.

Depois a gente continua, só gostaria de desejar-lhe boas férias!

um abraço,


André Baptista





SUBJECT: Re: [ciencialist] Duvida radical
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/01/2002 11:35



| Olá,
|
| Marco Aurélio: A capacidade de representar é inesgotável.
|
| Takata: A capacidade de criar explicacoes tbm parece ser.
|
| Manuel: Outra capacidade inesgotável é a de duvidar.
|

Léo: Mas, primeiro, é preciso ter 'capacidade'.

[]'
Léo
===============



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ferias
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/01/2002 11:37

Qual a necessidade comprovada de se 'tirar férias'?

[]'
Léo
================
-----Mensagem Original-----
De: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 31 de janeiro de 2002 01:27
Assunto: [ciencialist] Ferias


Meus amáveis e inteligentes listeiros.

Estou saindo de ferias no dia 4 de fevereiro. Vou viajar. Assim que deixo momentâneamente esta discussão tão agradável, que o Takata diz, com razão que é bem terapêutica. Com todos vocês com um lugar nos meus melhores afetos, volto em março.
Abração

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Ferias
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/01/2002 12:00

--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" >
> Por favor, defina FÉRIAS... :-(

lim(saco) --> 0 = Ferias

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Ferias
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/01/2002 12:11

--- In ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> wrote:
> lim(saco) --> 0 = Ferias

Alias,

lim (saco --> 0) = Ferias

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RES: [ciencialist] Ferias
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/01/2002 12:50

> De: Luiz Ferraz Netto [mailto:leo@barretos.com.br]
>
> Qual a necessidade comprovada de se 'tirar férias'?
>
> De: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
>
> Estou saindo de ferias no dia 4 de fevereiro. Vou viajar.

Por favor, defina FÉRIAS... :-(

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Duvida radical
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/01/2002 12:53

Oi,

Takata escreveu:

> (As conversas sempre parecem
> parar no meio... Acho q. e'
> uma tecnica psicoterapeutica:
> o analista interrompe a sessao
> bem qdo o paciente esta'
> falando algo muito importante
> para ele. Assim o analista o obriga
> o paciente a retornar - e pagar
> mais uma sessao...

O tempo da sessão é fixo, 50 minutos. O analista só interrompe a sessão
quando precisa ir ao banheiro para dar uma mijadinha. :-)

[]s
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Duvida radical
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/01/2002 13:12

Manuel: Outra capacidade inesgotável é a de duvidar.

Léo: Mas, primeiro, é preciso ter 'capacidade'.

Manuel: Como é uma capacidade inesgotável, 'sempre' se tem essa capacidade.

[]s
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: Duvida radical
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/01/2002 13:14

--- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:
> O tempo da sessão é fixo, 50 minutos.

Fixo ou e' o minimo?

'Magine se o cirurgiao parasse no meio
da operacao porq. estourou o tempo previsto...
vixe.

(Parece aquele desenho do cao pastor Sam
e do lobo Ralph q. tentava roubar um carneiro.
O cao parava de espancar o lobo qdo
dava o sinal. Eita vida de funça público.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Ferias
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/01/2002 13:17

Proposta Takatiana:

>>Alias,

lim (saco --> 0) = Ferias <<

Entretanto, a função não está definida e, como a variável é 'saco' [trabalho função do saco], chego á conclusão que apenas 'papai noel' tem direito a férias.

Se o trabalhador já tem parte do sábado (talvez todo ele) e o domingo para descanso ele tem 'férias' semanalmente; inclua-se nisso os feriados todos e teremos, por ano, um bocado de dias não trabalhados sob a denominação de 'férias'. Será que 'férias' é prática mundial?

:-) :-)

[]'
Léo
===============





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Duvida radical
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/01/2002 13:34



| Oi,
|
| Takata escreveu:
|
| > (As conversas sempre parecem
| > parar no meio... Acho q. e'
| > uma tecnica psicoterapeutica:
| > o analista interrompe a sessao
| > bem qdo o paciente esta'
| > falando algo muito importante
| > para ele. Assim o analista o obriga
| > o paciente a retornar - e pagar
| > mais uma sessao...
|
| O tempo da sessão é fixo, 50 minutos. O analista só interrompe a sessão
| quando precisa ir ao banheiro para dar uma mijadinha. :-)
|
| []s
| Manuel Bulcão
|

Como se chega á conclusão que o intervalo de tempo (delta t) adequado para uma sessão é de 50 minutos? Foram feitas várias e várias sessões, nos mais variados intervalos de tempo de duração e chegaram a essa conclusão?

Ou o cálculo foi assim:
Rendimento mensal = X
Número de dias trabalhados = ndt
Número de minutos por dia = nmd
Delta t de cada sessão = x = formuleta cujo valor final, função de X, ndt e nmd, é 50.


[]'
Léo
=============



SUBJECT: Re: [ciencialist] Duvida radical
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/01/2002 13:44



| Manuel: Outra capacidade inesgotável é a de duvidar.
|
| Léo: Mas, primeiro, é preciso ter 'capacidade'.
|
| Manuel: Como é uma capacidade inesgotável, 'sempre' se tem essa capacidade.
|

Não, a análise sintática da frase não mostra isso; duvidar é tomado como objeto que atrai o verbo para o gerúndio do mais que perfeito, quase um subjuntivo, nessa oração coordenada subjuntiva temporal. Além do que 'capacidade' não está subtendendo 'volume' contendo líquido para ser 'inesgotável'. Aliás ninguém falou em esgoto!

[]'
Léo
PS: Bom dia Manuel.
===========



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Duvida radical
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/01/2002 14:13

> De: Manuel Bulcão [mailto:manuelbulcao@uol.com.br]

> O tempo da sessão é fixo, 50 minutos. O analista só
> interrompe a sessão
> quando precisa ir ao banheiro para dar uma mijadinha. :-)

Dá pra compensar ou descontar o tempo da mijadinha?
Senão é uma baita sacanagem o terapeuta cobrar para
dar uma mijadinha, né? :-)

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: Clóvis A. S. Maia <gytuin@mailbr.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/01/2002 14:32


Ola Luiz,


Nem de longe quero corrigir alguem, mesmo porque meu conhecimento da
bibliografia no assunto nao eh nem o infinitesimo do seu. Mas eh que tenho
por aqui outro livro, "Fisica mais que divertida", do Prof. Eduardo de
Campos Valadares (Editora UFMG, 2000) que, acho eu, encaixa-se tambem na
mesma classificacao do seu livro. Conheces?
Por sinal, nao conheco seu livro, mas se tem a qualidade do Imperdivel,
eh um livrao.


Ate,
Clovis

----------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------
Tenho salutar inveja de vc. Não posso conseguir os livros de experimentos os
quais vc tem toda facilidade de encontrar por ai. Pelo que me consta o
'Manual das Feiras de Ciências' - 2 volumes (esgotada a única edição de 1000
exemplares cada) é o único título de pura física experimental no Brasil
dedicado ao tema Feira de Ciências. O autor, um ilustre desconhecido Luiz
Ferraz Netto, deveria ter re-editado, ampliado e lançado o volume 3 que
ficou no papel.

Vou aguardar dos demais colegas algumas sugestões sobre a resposta que devo
enviar á mãe consulentes do Imperdível.

Aquele abraço,

Léo
====================







SUBJECT: Re: [ciencialist] Ferias
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/01/2002 23:03

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
wrote:

> Qual a necessidade comprovada de se 'tirar férias'?

Leo

Não sei se há uma necessidade comprovada. A palavra necessidade está mais
ligada a coisas biológicas. Eu não sinto uma especial necessidade de tirar
ferias. Eu sinto sim um desejo. Creio que no meu caso está ligado a um
desejo de ter um tempo de maior prazer e menos dever. Eu não sei se ha uma
necessidade, mas que eu acho bom, la isso eu acho.

Abração
Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Ferias
FROM: Felipe Figueiredo <philsf@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/02/2002 00:31


> Se o trabalhador já tem parte do sábado (talvez todo ele) e o domingo para
> descanso ele tem 'férias' semanalmente; inclua-se nisso os feriados todos e
> teremos, por ano, um bocado de dias não trabalhados sob a denominação de
> 'férias'. Será que 'férias' é prática mundial?

No seriado classico do Jornada nas Estrelas, o Dr. Spok esclarece que os
vulcanos entram num transe, em que eles se "programam" para ficar durante um
tempo pre-determinado - como uma hibernacao, mas sem a necessidade climatica.

E ele considera que um transe desses por semana eh mais eficiente do que as
tais "ferias".

PS: ele nem precisa dormir todas as noites...

abracos
Felipe


SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Ferias
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/02/2002 01:39

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
wrote

>Será que 'férias' é prática mundial?

Luiz

Creio que não. No Japão faz muito pouco tempo qu começaram a tomar ferias.
Era considerado vergonhoso faltar e as ferias eram diretamente uma falta de
honra.

Psicanaliticamente, férias é um tempo de mania permitida. Baixa-se
temporariamente a cortina racional e se usa o mecanismo de negação para
anular as pálidas. sta terminología não significa patologia. Para quem pode
tomar ( se gostar) é muito saudável.

[]s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar





SUBJECT: Re: [ciencialist] Duvida radical
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/02/2002 01:44

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
wrote:

> Marco Aurélio: A capacidade de representar é inesgotável.
> Takata: A capacidade de criar explicacoes tbm parece ser.
> Manuel: Outra capacidade inesgotável é a de duvidar.
Oi,

Creio que ficou sentada a tríada da criatividade: representar, explicar e
duvidar. Parece-me genial e a criamos entre os tres. Joia.

[]s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Duvida radical
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/02/2002 01:52

>Pena q. Freud
> se ateve mais aos mitos gregos,
> senao poderiamos chamar de
> sindrome de Xerazade... re re.)

Takata

Gostei da sugestão. Vou começar a usar a caracterização do Síndrome de
Xerazade. É muito interessante pensar mas em termo de 1001 noites (são
muitas sessões).

Pequena digressão: Os franceses chamam o orgasmo "la petite morte". Com um
pouquinho de imaginação e malicia psicanalítica, não será que o rei queria,
em vez de matar, faturar a Xerazade e ela, por histérica, ficou contando
histrinhas ?

Abração
Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O Mito Popperiano
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/02/2002 03:12

(André Batista, suas considerações sobre a psicanálise são muito
interessantes e pertinentes. Merecem, como resposta, uma mensagem mais
elaborada. Já estou preparando uma, bem encorpadinha, quase um tratado. Irei
postá-la em breve. Abraços.)

Oi Takata,

> Existem outros meios q. nao sao psicanaliticos
> q. produzem o mesmo efeito (sem forcar o individuo)
> de desaparecimento de ansiedade, depressao e assim
> por diante. Jogar papo fora em uma roda de
> cerveja com os amigos e falar bobagens em uma
> lista de discussao parecem ser dois deles.

Manuel: A psicanálise como técnica terapêutica não serve para tratar
psicóticos. Também é inadequada para tratar o que alguns psicanalistas (como
Karen Horney) chama de neurose de situação, isto é, um quadro de ansiedade e
tristeza causado por desemprego, isolamento cultural, chifre, etc. Neste
caso, uma terapia de aconselhamento, uma conversa com os amigos num bar ou
mesmo um ansiolítico nas horas mais difíceis (os naturebas preferem um
chazinho de camomila) parece-me meios melhores para se lidar com a dor.

A terapêutica psicanalítica é apropriada (e mesmo assim com limitações, como
admitia Freud) nos casos de neurose de cárater, isto é, quando a ansiedade e
a tristeza são traços do caráter da pessoa e quando esta se vale de rituais
e outros jogos simbólicos (i.e., do discurso) como mecanismos de fuga. Neste
caso, a terapêutica psicanalítica é mesmo necessária quando o indivíduo está
tão concentrado na realização desses rituais que não lhe resta ou resta-lhe
muito pouco tempo e energia para se dedicar a outras atividades. É por esta
razão que se diz que os rituais ou sintomas neuróticos limitam e empobrecem
a vida.

Uma conversa com os amigos num bar regada a cerveja não serve para fazer
desaparecer a ansiedade ou depressão psicóticas (quem aqui nesta lista tem
coragem de beber uma cervejinha com um amigo que se encontra em pleno surto
psicótico?). Não digo que um neurótico de caráter não participe de rodas de
cerveja nos fins de semana, pois, se é divertido para os "normais", também é
divertido para os neuróticos. Mas se trata apenas de uma diversão ou, quando
muito, de um paliativo. Não creio que vá curá-lo. Aliás, numa roda de
cerveja o neurótico é quase sempre aquele chato que, ao invés de se
divertir, fica o tempo todo a) implicando com o garçon; b) cutucando a
comida e a bebida em busca de moscas , fios de cabelo, cusparadas, etc.; c)
buscando nas entrelinhas da conversa dos amigos algum sinal de hostilidade
contra ele; d) achando que tá todo mundo paquerando a sua namorada; d)
pedindo desculpas por implicar com o garçon, por cutucar a comida, por ter
entendido mal o que o outro disse ou por ter sido tão estúpido ao ponto de
pensar que o cara da mesa ao lado estava paquerando a sua namorada. Muitos
vezes o neurótico, depois de uma noitada, está mais angustiado e deprimido
do que antes.

As limitações da psicanálise deve-se não só ao fato de que a sua técnica não
está suficientemente aperfeiçoada (afinal, nada é perfeito) como também, e
sobretudo, porque é muito difícil mudar o caráter de uma pessoa; até porque,
com o passar do tempo, os traços de caráter tornam-se cada vez mais
cristalizados. Ademais, as pessoas, via de regra, acham mais importante
fugir da dor do que buscar o prazer, isto é, a sensação de alívio é com
freqüência o bastante para que as pessoas se sintam contentes. A segurança,
não a felicidade, é a meta, mormente quando jamais se conheceu a felicidade.
Ora, os sintomas neuróticos constituem um artifício ou uma fórmula mágica
que o indivíduo se vale para sentir-se seguro, aliviado da tristeza e da
ansiedade.

Sobre a psicanálise como método terapêutico, Freud, em seu ensaio "Esboços
da Psicanálise", escreveu: "O futuro talvez nos ensine a agir diretamente,
com a ajuda de algumas substâncias químicas, sobre as quantidades de energia
e sua distribuição no aparelho psíquico. Haveremos nós de descobrir, talvez,
outras possibilidades terapêuticas insuspeitadas? Por ora, no entanto,
dispomos somente da técnica psicanalítica. E é por isso que, a despeito de
todas as suas limitações, convém não desprezá-la."

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: fotos da lua
FROM: "brudna" <lrb@dalton.iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/02/2002 03:22

--- Em ciencialist@y..., "danni_scully" <stargirl@l...> escreveu
> alguem sabe onde posso achar as explicaçoes das fotos mostradas
> dizendo que o homem nao foi a Lua que rolam por aí?

Um pouco de humor...

http://www.humornaciencia.hpg.ig.com.br/pseudo/lua.htm

http://www.humornaciencia.hpg.ig.com.br/pseudo/lua2.htm


As paginas demoram um pouco pra carregar (muitas imagens).

Ateh
Luis Roberto Brudna
http://www.humornaciencia.cjb.net




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O Mito Popperiano
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/02/2002 10:01

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
wrote:

>A psicanálise como técnica terapêutica não serve para tratar
> psicóticos. Também é inadequada para tratar o que alguns psicanalistas
>como Karen Horney) chama de neurose de situação, isto é, um quadro de
>ansiedade e tristeza causado por desemprego, isolamento cultural, chifre,
>etc.

Esta é uma informação já velha. Quando se pensava assim, também se pensava
que toda psicose era esquizofênica. Hoje se sabe que só 1% das doenças
mentais são esquizofrenia. É certo, contra a esquizofrenia, até hoje,
ninguém pode, com uma única técnica, fazer nada. Já se identificaram gens,
mas, como não é de estranhar, muitos portadores destes gens, não
desenvolveram a doença, o que não pode ser comprovado é que os que, sim, a
desenvolveram não eram portadores dos referidos gens. Não é nada do outro
mundo esta realidade.

O que se faz com os esquizofrênicos é um procedimento que se chama impacto
múltiplo (varias técnicas num só paciente) Se conseguem maravilhas, os
esquizofrênicos se integram na sociedade e até casa, só que seguem sendo
esquizofrênicos, raros, mas sem loucura, ou seja se integram, mas não
enlouquecem (não deliram, não alucinam nem demonstram comportamentos raros).
É um procedimento discutível (as pessoas são adaptadas à cultura, por certa
imposição) porque, além de caro, promove uma espécie de robotização das
pessoas. Até hoje niguém conseguiu chegar na subjetividade de um
esquizofrênico.

Existem outros estados psicóticos que são perfeitamente tratáveis pelas
psicanálise. Existe um capítulo que se chama "patologias graves" em que se
progrediu muito. Quando volte das ferias, se for do interesse posso informar
sobre os progressos nesta área. Um dos meus mestres foi um psicanalista que
morreu no ano passado (com 92 anos) chamado Egardo Rolla que foi um genio
que desenvolveu técnicas espetaculares para tratar psicóticos. Eu o vi
demonstrando como com uma intervenção podia desencadear o delirio de um
louco e com outra o cortava. Aprendi com ele uma excelente técnica para
eliminar aluciações só com nossa "talking cure". É eficaz em 85% dos casos
e, sem medicação. Não é bravata Para quem quiser posso explicar. Só que não
creio que seja numa lista. É enorme a fundamentação. Se quizerem,
escrevam-me particularmente.

Também existem as psicoterapias psicanalíticas de crise e psicoterapias
psicanalíticas de emergência. É toda uma conquista. O que as pessoas pensam
é que a psicanálise não evolui. Há coisas importantes que se conquistam,
novas técnicas perfeitamente psicanalíticas. Os estudos dos discursos são
muito prometedores. Certas doenças que antes se chamavam "de situação", hoje
tem nomes mais específicos como reativas, de crise, luto, etc.

Existe uma enorme quantidade de neuroses de caráter que já são tratáveis.


Como podem ver, meu genio polêmico me domina. Vou necessitar um psicanalista
para nelhorar. (re, re, re...). 5 minutos antes de sair o avião vou seguir
respondendo ...(meus familiares dizem: "estás louco").

[]s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar









SUBJECT: Fw: Perfil Feira de Ci�ncias, d�vidas e sugest�es.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/02/2002 10:55

Alguém pode me dar uma ajuda nisso? Percebam a idade e a imposição da escola ... e o pedido da mãe.
Será que uma criança norte-americana (7 anos) tem 'lastro mental' para desenvolver uma 'experiência' por conta própria?

[]'
Léo
=============
-----Mensagem Original-----
De: Lpguimaraes
Para: leo@barretos.com.br
Enviada em: quinta-feira, 31 de janeiro de 2002 23:33
Assunto: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.





E-mail: Lpguimaraes
Nome: Leila
Endereço: 4312 valley Avenue
Complemento: Ap C
Bairro: Pleasanton
CEP: 94566
Cidade: Pleasanton
UF: US
Pessoa: F
DDD:
Telefone: 6997029
Data de Nascimento: 26/12/64
Sexo: F
Nível de Escolaridade: 3
Profissão: 9
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 02
Dúvida/Sugestão: Oi, Minha filha esta na 1 serie (7 anos). Ela quer participar da Feira de Ciencias que ira acontecer em fevereiro. Porem ela precisara fazer o projeto praticamente sozinha (imposicao da escola, a ajuda so podera ser dada o minimo possivel). Voces poderiam me dar alguma sugestao de projeto? Atenciosamente, Leila (Mae)


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Ferias
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/02/2002 12:28

--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> Se o trabalhador já tem parte do sábado (talvez todo ele) e o
domingo para descanso ele tem 'férias' semanalmente; inclua-se nisso
os feriados todos e teremos, por ano, um bocado de dias não
trabalhados sob a denominação de 'férias'. Será que 'férias' é
prática mundial?

Bem, em havendo 365 dias no ano.
Tirando-se os 30 dias de férias anuais,
temos 335 dias de trabalho.
Tirando-se os domingos (52 por ano -
menos os 4 do mês de férias):
sao 287 dias. Menos metade dos sábados:
263 dias.

Tirando 2 dias e meio de carnaval, 7 de setembro,
15 de novembro, Natal, Ano Novo, 12 de
outubro (sim, e' o dia das criancas, mas
o feriado e' da padroeira do Brasil),
21 de abril, 1 de maio, Corpus Christi teremos:
252,5 dias trabalhados. Com as emendas dos
feriados de meio de semana os dias de feriado
chegam a dobrar: 242 dias.

Gripe anual: 3 dias de falta. 239 dias.
Levar o filho ao médico, 'a final do
campeonato escolar, ir pegar o cunhado
no aeroporto, a sogra na rodoviária,
pagar as contas porq. sua mulher esta'
'indisposta' ou seu maridao um tto
'borocoxo': 5 dias. 234 dias.

Mas so' se trabalha 8 horas por dia.
Sao entao 78 dias de trampo efetivo.

Uma hora por dia de conversa fiada
fora (quem no trampo nao esta' navegando
na internet agora?), cafezinho, pausa
para o cigarro: 68,25 dias.

[]s,

Roberto Takata










SUBJECT: Re: O Mito Popperiano
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/02/2002 12:35

--- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:

Aliás, numa roda de cerveja o neurótico é quase sempre aquele chato
que, ao invés de se divertir, fica o tempo todo a) implicando com o
garçon; b) cutucando a comida e a bebida em busca de moscas , fios de
cabelo, cusparadas, etc.; c) buscando nas entrelinhas da conversa dos
amigos algum sinal de hostilidade contra ele; d) achando que tá todo
mundo paquerando a sua namorada; d) pedindo desculpas por implicar
com o garçon, por cutucar a comida, por ter entendido mal o que o
outro disse ou por ter sido tão estúpido ao ponto de pensar que o
cara da mesa ao lado estava paquerando a sua namorada. Muitos vezes o
neurótico, depois de uma noitada, está mais angustiado e deprimido do
que antes.

André:

Será que podemos acrescentar: e)em vez de prestar atenção a conversa,
fica relembrando e analisando discussões abstratas sobre Popper,
Freud et caterva; f)fica examinando os outros participantes em busca
dos sintomas neuróticos a), b), c) e d); g) fica lembrando os fatos
científicos que aprendeu sobre os malefícios do alcool e do cigarro;
h) fica ansioso para que a divertida reunião termine logo para que
ele possa voltar para casa, ligar o computador e entrar em
intermináveis debates sobre ciência e filosofia.

Não seria toda atividade intelectual essencialmente neurótica? Por
exemplo, quando Isaac Newton deixou de cuidar adequadamente da
fazenda de família para tentar resolver o mistério da órbita da lua e
inventar o cálculo integral, não tratava-se de um desvio neurótico?
Imagino que quem inventou a roda deve ter sido um neurótico também.
Pessoas 100% saudáveis dificilmente sacrificariam sua saúde, seu bem-
estar físico atrás de visões, da busca de soluções de problemas
abstratos sem consequencia imediata. Como seria um mundo de pessoas
absolutamente saudáveis? Uma espécie de "ilha de caras" , com pessoas
saudáveis e sorridentes praticando esportes ao ar livre? Quem iria
descobrir as leis da física neste mundo? Dúvido que alguma pessoa não
neurótica pudesse formular a equação de schrödinger. Nossa
civilização é neurótica, nossa espécie é neurótica. Saudáveis são os
bonobos.

abraços neuróticos,

André Baptista, neurótico não analisável






SUBJECT: Re: O Mito Popperiano
FROM: "evoluindo" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/02/2002 15:33

--- In ciencialist@y..., "andrediasbaptista" <andrebaptista@u...>
wrote:
> ...
> Como seria um mundo de pessoas
> absolutamente saudáveis? Uma espécie de "ilha de caras" , com
pessoas
> saudáveis e sorridentes praticando esportes ao ar livre? Quem iria
> descobrir as leis da física neste mundo? Dúvido que alguma pessoa
não
> neurótica pudesse formular a equação de schrödinger. Nossa
> civilização é neurótica, nossa espécie é neurótica. Saudáveis são
os
> bonobos.



André, vou guardar essa sua frase!

[]s
Ronaldo



SUBJECT: re: Férias
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/02/2002 16:46

Oi Pessoal.

Para não perder a viagem, posto aqui também comentário postado na
lista sbcr sobre o artigo de Stephen Kanitz:

Férias? Nem pensar
http://www2.uol.com.br/veja/300102/ponto_de_vista.html

O que o Kanitz quis dizer é que em economia vale a famosa
máxima: "Não existe almoço grátis" (s não me engano de M. Friedman).
Essa história de que você está tirando férias é ao mesmo tempo
recebendo seu salário é pura ilusão, criada por nossas leis
paternalistas. O salário que você recebe nas férias é uma espécie
de "poupança forçada" descontada nos 11 meses em que você trabalha.
Simplesmente seu salário de 11 meses é pago em 13 parcelas (11 mesmes
+ férias e décimo terceiro). 15,4% do que você receberia nos onze
meses trabalhados é descontado para que a empresa possa pagar as
férias e o décimo terceiro. Só que, como o dinheiro descontado só
retorna ao final do período, o assalariado acaba perdendo os ganhos
de capital.

Pode-se alegar que, quando foram criados, as férias pagas e décimo
terceiro representaram um ganho imediato ao trabalhador, que de uma
hora para outra passou a ganhar por 11 meses de trabalho o que antes
ganhava em 13. Mas a longo prazo esse ganho se perde, pois o mercado
tende a ajustar os salários para baixo. Outra alternativa seria criar
mecanismos legais para impedir essas perdas e manter os ganhos
salariais, mas tais medidas seriam inócuas pois os salários acabariam
sendo ajustados para baixo via inflação. Aumentos de salário sem
ganhos de produtividade sempre geram inflação, e o ganho salarial
desaparece.

Sem as leis paternalistas, as empresas poderiam pagar em 11 meses o
que pagam em um ano. No décimo segundo mês você poderia viajar com o
dinheiro poupado ou trabalhar e ganhar ainda mais. Muito mais
racional. Mas o povo brasileiro está acostumado ao paternalismo e
adora essa "poupança forçada", que provavelmente não seria capaz de
fazer por conta própria.

[]´s

André




SUBJECT: Re: Férias
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/02/2002 17:04

--- In ciencialist@y..., "andrediasbaptista" <andrebaptista@u...>
> Sem as leis paternalistas, as empresas poderiam pagar em 11 meses o
> que pagam em um ano. No décimo segundo mês você poderia viajar com

Poder, poderiam. Se querem e' outra coisa.

Cortando-se os beneficios, nao estou certo
de q. havera' incorporacao proporcial no
salario.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Férias
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/02/2002 18:38

André:

> > Sem as leis paternalistas, as empresas poderiam pagar em 11 meses
o que pagam em um ano. No décimo segundo mês você poderia viajar com
>

Roberto:
> Poder, poderiam. Se querem e' outra coisa.
>
> Cortando-se os beneficios, nao estou certo
> de q. havera' incorporacao proporcial no
> salario.
>

Numa economia de salários livres, como a nossa, os salários totais
são determinados pela lei da oferta e da procura (com exceção do
salário mínimo).
Cortando-se os benefícios, sem que haja incorporação total, ocorre
uma perda a curto prazo. Mas a longo prazo os salários totais
tenderão a se reequilibrar no mesmo patamar. Não dá para aumentar os
salários totais reais por decreto, senão bastava instituir o 14o. ,
15o., etc...

A única "vantagem" dos benefícios, se é que se pode chamar de
vantagem, é o paternalismo. O trabalhador não precisa economizar para
as férias e para os gastos de fim de ano - o empregador é obrigado a
fazer isso por ele.

Claro que o salário mínimo, que não é dado pelas leis de mercado,
deveria ser corrigido proporcionalmente, e isso em nada alteraria os
pagamentos totais. Como forma de transição, talvez pudesse ser criada
uma poupança mensal obrigatória para os gastos de férias e fim de ano
- uma forma de ir acostumando o povo (lá venho eu com paternalismo!).

As férias anuais continuariam sendo um direito, porém não
remuneradas. O trabalhador poderia optar entre tirar férias ou
trabalhar e aumentar sua produção anual, e como consequencia sua
renda. Bom para ele e para o país.

[]'s

André





SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: O Mito Popperiano
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/02/2002 19:28

> Manuel:
> Aliás, numa roda de cerveja o neurótico é quase sempre aquele chato
> que, ao invés de se divertir, fica o tempo todo a) implicando com o
> garçon; b) cutucando a comida e a bebida em busca de moscas , fios de
> cabelo, cusparadas, etc.; c) buscando nas entrelinhas da conversa dos
> amigos algum sinal de hostilidade contra ele; d) achando que tá todo
> mundo paquerando a sua namorada; d) pedindo desculpas por implicar
> com o garçon, por cutucar a comida, por ter entendido mal o que o
> outro disse ou por ter sido tão estúpido ao ponto de pensar que o
> cara da mesa ao lado estava paquerando a sua namorada. Muitos vezes o
> neurótico, depois de uma noitada, está mais angustiado e deprimido do
> que antes.
>
> Andre:
> Será que podemos acrescentar: e)em vez de prestar atenção a conversa,
> fica relembrando e analisando discussões abstratas sobre Popper,
> Freud et caterva; f)fica examinando os outros participantes em busca
> dos sintomas neuróticos a), b), c) e d); g) fica lembrando os fatos
> científicos que aprendeu sobre os malefícios do alcool e do cigarro;
> h) fica ansioso para que a divertida reunião termine logo para que
> ele possa voltar para casa, ligar o computador e entrar em
> intermináveis debates sobre ciência e filosofia.
>
> Não seria toda atividade intelectual essencialmente neurótica? Por
> exemplo, quando Isaac Newton deixou de cuidar adequadamente da
> fazenda de família para tentar resolver o mistério da órbita da lua e
> inventar o cálculo integral, não tratava-se de um desvio neurótico?
> Imagino que quem inventou a roda deve ter sido um neurótico também.
> Pessoas 100% saudáveis dificilmente sacrificariam sua saúde, seu bem-
> estar físico atrás de visões, da busca de soluções de problemas
> abstratos sem consequencia imediata. Como seria um mundo de pessoas
> absolutamente saudáveis? Uma espécie de "ilha de caras" , com pessoas
> saudáveis e sorridentes praticando esportes ao ar livre? Quem iria
> descobrir as leis da física neste mundo? Dúvido que alguma pessoa não
> neurótica pudesse formular a equação de schrödinger. Nossa
> civilização é neurótica, nossa espécie é neurótica. Saudáveis são os
> bonobos.

Mas no lugar de "Ilha de Caras" seria a "Caverna de Caras". Todas
as descobertas e invenções não são realizadas por pessoas ordinárias,
mas por homens de excessão. E como bem observou Aristóteles: "todo
homem de excessão é melancólico". É o ônus do benefício. Quanto mais
genial, mais atormentado ou mais louco ou mais esquisito.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RE: [ciencialist] Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/02/2002 20:23

Léo escreveu:

>Alguém pode me dar uma ajuda nisso? Percebam a
>idade e a imposição da escola ... e o pedido da
>mãe. Será que uma criança norte-americana (7 anos)
>tem 'lastro mental' para desenvolver uma
>'experiência' por conta própria?

Léo,

Vivo esse problema há muito tempo, já que a tradição das feiras de
ciência aqui nos EUA é bem estabelecida. Aos sete anos minha filha
construiu pontes de materiais frágeis (macarrão espaguete seco é um dos
melhores) e viu quantos bloquinhos de madeira (peso) aguentavam conforme
o modelo. Agora, aos onze, está medindo o conteúdo de vitamina C em
plantas que cresceram na luz e na sombra. Idéia de um livro.

Vendo os projetos das outras crianças da escola, concluo que *nenhum
deles* foi feito pela própria criança. Querer que isso aconteça é
ridículo, pois não se pode ser mestre de obras sem antes ser servente,
auxiliar, meio-oficial, pedreiro, etc. A própria ciência profissional
tem essa hierarquia de aprendizes e mestres, através dos estudantes de
pós-graduação, auxiliares de pesquisa, doutores, etc.

Há distorções. Quando vejo uma criança de dez anos fazendo experiência
com DNA recombinante acho que os pais passaram do limite. Na região onde
vivo (Boston) muitos pais são ligados a Harvard, MIT, biotecnologia,
eletrônica, e exageram um pouco.

Tenho uns livros sobre projetos para feiras de ciências lá em casa
(estou agora no escritório, três horas atrás de vocês) e vou ver se
consigo fazer uma listinha de projetos adequados a essa idade. Não sei
se já disse que trabalhei dez anos na FUNBEC, que foi a pioneira no
ensino de ciências no Brasil.

Colucci



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Duvida radical
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/02/2002 20:31

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@uol.com.br> wrote:

> Dá pra compensar ou descontar o tempo da mijadinha?
> Senão é uma baita sacanagem o terapeuta cobrar para
> dar uma mijadinha, né? :-)

Alexandre

É interessante o tema da mijadinha. Se a terapeuta é mulher, a exploração é
maior. Sem querer, as normas se tornam machistas. As mulheres tardam mais em
na mijadinha que os homens ( a menos que o sujeito passe mais tempo
acudindo - suspeitas masturbatorias). :-)

Seriamente considerado, o tema se toca durante a formação do analista. Não
se pode mijar durante uma sessão (se fôr necessario, que mije nas calças).
Nunca me passou de ter tanta urgência. Mas não se deve interromper a sessão.
Só quem o faz, muitas vezes é o paciente, por muitíssimos motivos
diferentes.

Diz-se que os analistas da escola lacaniana trabalham com escessivos
silencios. Um não-lacaniano inventou uma anedota muito pitoresca.

Conta-se que um analista lacaniano começava a atender sempre às 8:00 hs e
terminava às 20:00 hs. Um determinado dia, ele começou, como sempre, na hora
de costume e lá pelas 11:00 hs. teve um infarto e morreu. Os pacientes e
todos os que o conheciam juram que ele atendeu até as 20:00 hs.

Como se vê, este não interrompeu nem para morrer.

[]s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar





SUBJECT: Re: Férias
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/02/2002 20:40

--- In ciencialist@y..., "andrediasbaptista" <andrebaptista@u...>
> Numa economia de salários livres, como a nossa, os salários totais
> são determinados pela lei da oferta e da procura (com exceção do
> salário mínimo).

A lei da oferta e da procura funciona
em um sistema idealizado perfeito.

O mercado de trabalho se caracteriza
por oligopsonios, cartelizacao e
assimetria das relacoes -- os sindicatos
patronais notadamente tEm muito mais
forca do q. os sindicatos de trabalhadores
na maioria das vezes.

Nao ha' transparencia nas relacoes tbm.

Enfim, nao ha' livre-concorrencia
entre os compradores da mao-de-obra.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/02/2002 21:40

Oi Colucci

Não sei se já disse que trabalhei dez anos na FUNBEC, que foi a
pioneira no ensino de ciências no Brasil.
>
> Colucci

Saudosa FUNBEC. Comprei uns kits legais lá a mais de 20 anos. Depois
que meus filhos nasceram, passei por lá novamente e só encontrei um
barracão fechado e cercado de mato. snif, snif... :(

[]´s

André




SUBJECT: Re: Férias
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/02/2002 22:09

--- In ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> wrote:
> A lei da oferta e da procura funciona
> em um sistema idealizado perfeito.
>
> O mercado de trabalho se caracteriza
> por oligopsonios, cartelizacao e
> assimetria das relacoes -- os sindicatos
> patronais notadamente tEm muito mais
> forca do q. os sindicatos de trabalhadores
> na maioria das vezes.
>
> Nao ha' transparencia nas relacoes tbm.
>
> Enfim, nao ha' livre-concorrencia
> entre os compradores da mao-de-obra.
>

Que seja. Mas as férias pagas continuam onerando o sistema produtivo.
Quem paga é sempre o trabalhador, seja via redução dos salários ou
via imposto inflacionário.

Mas repito mais uma vez: mesmo que houvesse concorrência perfeita e
os sindicatos de trabalhadores fossem poderosos, não seria possível
aumentar os salários reais sem um correspondente aumento da
produtividade.

Você pode propor tributar o lucro das empresas e repassar diretamente
para os salários, mas isso a longo prazo desestimula os
investimentos. A tributação só compensa se o dinheiro arrecadado for
investido de forma a aumentar a produtividade geral (via melhoria da
infra-estrutura, da qualidade de vida e da educação).

Simples né :))

"Todo problema complexo tem uma solução simples e errada"

[]´s

André



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Duvida radical
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/02/2002 22:17

|
| Conta-se que um analista lacaniano começava a atender sempre às 8:00 hs e
| terminava às 20:00 hs. Um determinado dia, ele começou, como sempre, na hora
| de costume e lá pelas 11:00 hs. teve um infarto e morreu. Os pacientes e
| todos os que o conheciam juram que ele atendeu até as 20:00 hs.
|
| Como se vê, este não interrompeu nem para morrer.
|

Então eram pacientes espirituais. Os outros que o conheciam não estavam presentes, apenas deram suas opiniões.

[]'
Léo
==============



SUBJECT: Re: [ciencialist] Duvida radical
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/02/2002 22:22

|
| > Marco Aurélio: A capacidade de representar é inesgotável.
| > Takata: A capacidade de criar explicacoes tbm parece ser.
| > Manuel: Outra capacidade inesgotável é a de duvidar.
| Oi,
|
| Creio que ficou sentada a tríada da criatividade: representar, explicar e
| duvidar. Parece-me genial e a criamos entre os tres. Joia.
|

Incrível é a nossa capacidade de generalizar!

[]'
Léo
=============



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Perfil Feira de Ci�ncias, d�vidas e sugest�es.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/02/2002 23:33

Oi Colucci,

gostei desse 'recado'. Por vezes dou uma olhada nas várias High School pela NET e vejo os trabalhos apresentados e fico matutando como uma criança daquela idade poderia ter apresentado aquele trabalho. Sente-se a completa "mão-de-gato". Será que eles se 'auto-tapeiam'?
É tremendamente diferente saber manusear um experimento e/ou entender a profundidade que ele atinge.

Meu filhote tem três anos, tem sua própria bancada de serviço com fonte para 12 V, tomadas para 110V (cada qual com seu interruptor), morsa, paquímetro, chaves de boca, chaves de fenda, motores para 12 e 110 V (vários modelos), serra de aço, pequeno serrote, martelo, pincéis, panos de limpeza etc. Sabe o nome de tudo, liga e desliga os cabos dos motores e quem vem aqui em casa fica impressionado com o relato do material e uso que ele faz.
Olha, acabei de virar a webcam creative prá lá:

Essa amigona ai no chão é a MISS, onde estou, ela está (pastora alemã capa-preta -- 5 anos -- que serve até de travesseiro para meus rebentos!). Nesse canto ai o filhote faz e desfaz.
Entretanto, isso é ensinamento diário, cada dia ensino uma pequena novidade, com todo cuidado, nome, função, perigo etc.
Essa semana ensinei algumas propriedades dos ímãs (inclusive arrastar clips sobre a bancada com o ímã por debaixo) e foi uma alegria para ele saber "onde tem ferro gruda; onde tem madeira, plástico não gruda".
Na próxima semana pretendo tentar algo (estou matutando como fazer): usar a palavra 'atrair' e mostrar uma 'meia verdade' --- "o ímã atrai uma peça de ferro" (por enquanto ele só tem a idéia de 'grudar'); o que está me atrasando esse papo com ele é como mostrar a outra metade da verdade "a peça de ferro atrai o ímã". Claro que vou colocar na mão dele ora o imã (atraíndo a arruela) ora a arruela (atraindo o ímã) ... mas isso não é suficiente (é apenas necessário). Estou matutando.
Ah! Aquele armário (direita da foto) está entulhado de aparelho de demonstração para ele. Ele tem uma manuseabilidade incrível, os familiares que assistem ás suas demonstrações ficam pasmados ao vê-lo pegar as lâmpadas, os fios, fazer as devidas ligações (simples ou série) e ligar os jacarés nos terminais; ligar o devido interruptor e acender as ditas lâmpadas. Hoje meu irmão nos visitou e *obviamente* ele foi mostrar seu motorzinho ... ligou tudo direitinho e pôs a funcionar. Meu irmão perguntou: --- E se inverter os fios? Resposta imediata: --- O motor vai girar pro outro lado ué! * Meu filho! * ---- tem 3 anos! Dia de festa prá ele é quando eu o convido a entrar no meu laboratório.
Será que todos os norte-americanos fazem isso com sua prole?

Em continuação ao seu 'recado', ... que saudades da FUNBEC! Tinha lá no barracão o amigo "Zé Carlos' para nos atender e ia lá com o Johnson (para os não íntimos, Tore Nils Olof Folmer-Johnson) para comprarmos material para as aulas práticas do Di Tullio (no mesmo ano em que fazia cursinho já auxiliava o Prof. Johnson nas aulas de laboratório --- no ano seguinte eu já lecionava "Estática" (teoria) e era o Prof. de laboratório ---. Conheci o material da FUNBEC em detalhes. Por vezes ia lá com o Mauro e Barone (para os não íntimos, Mauro de Oliveira Cesar e Ângelo Barone Netto) os quais eram incapazes de manusear uma chave de fenda e ajustar o kit marcador de tempo (talvez porque são apenas doutores matemáticos) enão era nada difícil encontrar por lá o Dr. Isaias Raw (não fomos íntimos amigos).
Como os estudos decaíram ... decaem bem mais depressa que o urânio!

Tenho salutar inveja de vc. Não posso conseguir os livros de experimentos os quais vc tem toda facilidade de encontrar por ai. Pelo que me consta o 'Manual das Feiras de Ciências' - 2 volumes (esgotada a única edição de 1000 exemplares cada) é o único título de pura física experimental no Brasil dedicado ao tema Feira de Ciências. O autor, um ilustre desconhecido Luiz Ferraz Netto, deveria ter re-editado, ampliado e lançado o volume 3 que ficou no papel.

Vou aguardar dos demais colegas algumas sugestões sobre a resposta que devo enviar á mãe consulentes do Imperdível.

Aquele abraço,

Léo
====================



-----Mensagem Original-----
De: "Jose Colucci Jr. (Home)" <j.colucci@rcn.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: sexta-feira, 1 de fevereiro de 2002 20:23
Assunto: RE: [ciencialist] Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.


Léo escreveu:

>Alguém pode me dar uma ajuda nisso? Percebam a
>idade e a imposição da escola ... e o pedido da
>mãe. Será que uma criança norte-americana (7 anos)
>tem 'lastro mental' para desenvolver uma
>'experiência' por conta própria?

Léo,

Vivo esse problema há muito tempo, já que a tradição das feiras de
ciência aqui nos EUA é bem estabelecida. Aos sete anos minha filha
construiu pontes de materiais frágeis (macarrão espaguete seco é um dos
melhores) e viu quantos bloquinhos de madeira (peso) aguentavam conforme
o modelo. Agora, aos onze, está medindo o conteúdo de vitamina C em
plantas que cresceram na luz e na sombra. Idéia de um livro.

Vendo os projetos das outras crianças da escola, concluo que *nenhum
deles* foi feito pela própria criança. Querer que isso aconteça é
ridículo, pois não se pode ser mestre de obras sem antes ser servente,
auxiliar, meio-oficial, pedreiro, etc. A própria ciência profissional
tem essa hierarquia de aprendizes e mestres, através dos estudantes de
pós-graduação, auxiliares de pesquisa, doutores, etc.

Há distorções. Quando vejo uma criança de dez anos fazendo experiência
com DNA recombinante acho que os pais passaram do limite. Na região onde
vivo (Boston) muitos pais são ligados a Harvard, MIT, biotecnologia,
eletrônica, e exageram um pouco.

Tenho uns livros sobre projetos para feiras de ciências lá em casa
(estou agora no escritório, três horas atrás de vocês) e vou ver se
consigo fazer uma listinha de projetos adequados a essa idade. Não sei
se já disse que trabalhei dez anos na FUNBEC, que foi a pioneira no
ensino de ciências no Brasil.

Colucci


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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: bolas! esqueci que a ciencialist não aceita html
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/02/2002 23:55

Tentando enviar a figura que faltou

Luiz Ferraz Netto [L�o]
UIN#: 31028111
leo@barretos.com.br
leo@esquinas.com.br
www.feiradeciencias.com.br


[As partes desta mensagem que n�o continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Duvida radical
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/02/2002 00:59

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
wrote:


> Então eram pacientes espirituais. Os outros que o conheciam não estavam
>presentes, apenas deram suas opiniões.

Luiz

É interessante ver como esta piada foi feita para os que têm familiaridade
com o contexto das diferentes "escolas" analíticas. Eu postei esta anedota
para ver até que ponto era "hermética". Sua resposta demonstrou que só podia
ser captada por quem estava dentro do contexto.

A graça reside em que as pessoas imaginam um analista que tem por norma não
falar. A ortodoxia deste lacaniano seria tão estrita que ele talvez nem
sequer se levantava. Como aparentemente ele não se movia em nenhum dia até
sua hora de saída, ninguém notou que ele morreu durante o trabalho, porque.
como nunca se movia nem falava, tudo se deu como se ele continuasse
atendendo.

Alem disso existe uma metáfora lacaniana que diz que o analista ocupa o
lugar do morto. Aí estava o proprio e, por isso, não podía ser mais efetiva
sua análise. Claro, a piada só funciona como piada quando se capta todo seu
"non sense" de uma só vez. Explicada assim, perde a graça.

[]s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O Mito Popperiano
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/02/2002 02:52

Olá,

José Baptista uróite:

Zé Mané: Aliás, numa roda de cerveja o neurótico é quase sempre aquele chato
> que, ao invés de se divertir, fica o tempo todo a) implicando com o
> garçon; b) cutucando a comida e a bebida em busca de moscas , fios de
> cabelo, cusparadas, etc.; c) buscando nas entrelinhas da conversa dos
> amigos algum sinal de hostilidade contra ele; d) achando que tá todo
> mundo paquerando a sua namorada; d) pedindo desculpas por implicar
> com o garçon, por cutucar a comida, por ter entendido mal o que o
> outro disse ou por ter sido tão estúpido ao ponto de pensar que o
> cara da mesa ao lado estava paquerando a sua namorada. Muitos vezes o
> neurótico, depois de uma noitada, está mais angustiado e deprimido do
> que antes.
>
> André: Será que podemos acrescentar: e) em vez de prestar atenção a
conversa,
> fica relembrando e analisando discussões abstratas sobre Popper,
> Freud et caterva;

Manuel: Se estás querendo insinuar que sou um chato e, por conseguinte, um
neurótico, então acertou. Sim, meu caro André, não tenho vergonha de
admitir, sou um neurótico, mas um neurótico em caminho da cura, presumo
(claro que vc vai duvidar disso, problema seu.)

Até porque ninguém é normal quando se olha de perto.

Mas num ponto muito importante você, meu "saudável" André (quanta saúde!),
equivocou-se. Ao contrário do que vc afirma, eu presto muita atenção nas
conversas.

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O Mito Popperiano
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/02/2002 02:53

Olá,

José Baptista uróite:

Zé Mané: Aliás, numa roda de cerveja o neurótico é quase sempre aquele chato
> que, ao invés de se divertir, fica o tempo todo a) implicando com o
> garçon; b) cutucando a comida e a bebida em busca de moscas , fios de
> cabelo, cusparadas, etc.; c) buscando nas entrelinhas da conversa dos
> amigos algum sinal de hostilidade contra ele; d) achando que tá todo
> mundo paquerando a sua namorada; d) pedindo desculpas por implicar
> com o garçon, por cutucar a comida, por ter entendido mal o que o
> outro disse ou por ter sido tão estúpido ao ponto de pensar que o
> cara da mesa ao lado estava paquerando a sua namorada. Muitos vezes o
> neurótico, depois de uma noitada, está mais angustiado e deprimido do
> que antes.

André: Será que podemos acrescentar: e) em vez de prestar atenção a
conversa, fica relembrando e analisando discussões abstratas sobre Popper,
Freud et caterva;

Manuel: André, estáis



SUBJECT: Andre Dias Baptista
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/02/2002 03:05

Olá,

André Dias Baptista (o normal) uróite:

Zé Mané: Aliás, numa roda de cerveja o neurótico é quase sempre aquele chato que, ao invés de se divertir, fica o tempo todo a) implicando com o garçon; b) cutucando a comida e a bebida em busca de moscas , fios de cabelo, cusparadas, etc.; c) buscando nas entrelinhas da conversa dos amigos algum sinal de hostilidade contra ele; d) achando que tá todo mundo paquerando a sua namorada; d) pedindo desculpas por implicar com o garçon, por cutucar a comida, por ter entendido mal o que outro disse ou por ter sido tão estúpido ao ponto de pensar que o cara da mesa ao lado estava paquerando a sua namorada. Muitos vezes o neurótico, depois de uma noitada, está mais angustiado e deprimido do que antes.

André: Será que podemos acrescentar: e) em vez de prestar atenção a conversa, fica relembrando e analisando discussões abstratas sobre Popper, Freud et caterva;

Manuel: Se estás querendo insinuar que sou um chato e, por conseguinte, um
neurótico, então acertou. Sim, meu caro André, não tenho vergonha de
admitir, sou um neurótico, mas um neurótico em caminho da cura, presumo
(claro que vc vai duvidar disso, problema seu.)

Até porque ninguém é normal quando se olha de perto.

Mas num ponto muito importante você, meu "saudável" André (quanta saúde!),
equivocou-se. Ao contrário do que vc afirma, eu presto muita atenção nas
conversas.

Abraços,
Manuel Bulcão



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Duvida radical
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/02/2002 03:32


> Incrível é a nossa capacidade de generalizar!

Manuel: Muito mais incrível é a nossa capacidade de ironizar.

[]s
Manuel Bulcão




SUBJECT: descoberta de 99
FROM: "danni_scully" <stargirl@london.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/02/2002 03:51

alguem sabe que fim levou essa descoberta em outubro de 1999?

http://www.msnbc.com/news/320182.asp?cp1=1





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Férias
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/02/2002 04:27

Oi André, o normal:

> As férias anuais continuariam sendo um direito, porém não
> remuneradas. O trabalhador poderia optar entre tirar férias ou
> trabalhar e aumentar sua produção anual, e como consequencia sua
> renda. Bom para ele e para o país.

Manuel: Tirar férias mas sem dinheiro no bolso... o pobre-diabo tem duas
opões: a) vender as férias e continuar trabalhando ou então; b) passar fome
ou, no mínimo, entediar-se durante as férias.

De um modo ou de outro, o trabalhador não terá descanso. Nessas
circunstâncias, não á como relaxar.

É claro que o André Baptista está brincando. Não creio que alguém seria tão
estúpido ou idiota ao ponto de defender uma proposta desta.

[]s
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Férias
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/02/2002 04:38

Errei, ao invés de "a´", escreva-se "há".

Olá André, o normal:

> > As férias anuais continuariam sendo um direito, porém não
> > remuneradas. O trabalhador poderia optar entre tirar férias ou
> > trabalhar e aumentar sua produção anual, e como consequencia sua
> > renda. Bom para ele e para o país.

Manuel: Tirar férias mas sem dinheiro no bolso... o pobre-diabo tem duas
opções: a) vender as férias e continuar trabalhando ou então; b) passar fome
ou, no mínimo, entediar-se durante as férias.

De um modo ou de outro, o trabalhador não terá descanso. Nessas
circunstâncias, não há como relaxar.

É claro que o André Baptista está brincando. Não creio que alguém seria tão
estúpido ou idiota ao ponto de defender uma proposta desta.

[]s
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: [ciencialist] Duvida radical
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/02/2002 05:07

> | > Marco Aurélio: A capacidade de representar é inesgotável.
> | > Takata: A capacidade de criar explicacoes tbm parece ser.
> | > Manuel: Outra capacidade inesgotável é a de duvidar.

Manuel: Há quem exija critérios objetivos... O problema é que todo critério
objetivo é dubitável..

O problema é saber quando a dúvida é racionalmente justificável ou quando se
trata de uma simples técnica discursiva auto-imunizante.

[]s
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Andre Dias Baptista
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/02/2002 06:28

Oi,

André: Será que podemos acrescentar: e) em vez de prestar atenção a
conversa, fica relembrando e analisando discussões abstratas sobre Popper,
Freud et caterva;

Manuel: Eu costumo repetir esses argumentos "abstratos acerca de Popper e
Freud" pelo simples fato de que ninguém, seja você ou qualquer outro,
demonstraram a capacidade de contestá-los. Não creio que o silêncio seja
argumento. Se eu os reapresento mais de duas vezes, é porque estou sequioso
de contra-argumentos. Infelizmente, você ou qualquer outro ainda não
apresentaram absolutamente nada que os conteste.

Já mostrei que a teoria da libido de Freud é falseável. e que, entretanto,
não foi falseada. Malgrado isso, nem vc nem outro qualquer
contra-argumentaram. Entretanto, continuam repetindo: " continuo reticente
quanto aos fundamentos da psicanálise".

Certa vez, para argumentar a favor da multifuncionalidade da sexualidade
entre os homens e os pongídeos (o que vai ao encontro da teoria da libido do
Freud, ao menos em parte), citei, para embasar minha teoria, um exemplo do
que Darwin denominou de "deslocamento funcional". Criticaram o exemplo que
citei como se estivessem criticando a tese em si. Falácia.

Realmente, caro André, meu discurso anda muito monomaníaco. Acho até que
estou caindo no ridículo.

Bem, fique você com suas certezas, fique outros com suas incertezas (duvidar
muitas vezes não passa de uma técnica discursiva auto-imunizante) e que
sejam felizes.

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Duvida radical
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/02/2002 10:47

Agradeço os 'explicamentos'.
Como se pode constatar, a ignorância é genética ... e me pegou com carga total. Creio que preciso 'estudar 20 anos' para ficar por dentro desse contexto. Fazer o que? Vivendo e aprendendo.
Continuem me suportando, releguem o dito pois a intenção é honesta.

[]'
Léo
===================
-----Mensagem Original-----
De: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: sábado, 2 de fevereiro de 2002 00:59
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Duvida radical


| In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
| wrote:
|
|
| > Então eram pacientes espirituais. Os outros que o conheciam não estavam
| >presentes, apenas deram suas opiniões.
|
| Luiz
|
| É interessante ver como esta piada foi feita para os que têm familiaridade
| com o contexto das diferentes "escolas" analíticas. Eu postei esta anedota
| para ver até que ponto era "hermética". Sua resposta demonstrou que só podia
| ser captada por quem estava dentro do contexto.
|
| A graça reside em que as pessoas imaginam um analista que tem por norma não
| falar. A ortodoxia deste lacaniano seria tão estrita que ele talvez nem
| sequer se levantava. Como aparentemente ele não se movia em nenhum dia até
| sua hora de saída, ninguém notou que ele morreu durante o trabalho, porque.
| como nunca se movia nem falava, tudo se deu como se ele continuasse
| atendendo.
|
| Alem disso existe uma metáfora lacaniana que diz que o analista ocupa o
| lugar do morto. Aí estava o proprio e, por isso, não podía ser mais efetiva
| sua análise. Claro, a piada só funciona como piada quando se capta todo seu
| "non sense" de uma só vez. Explicada assim, perde a graça.
|
| []s
|
| Marco A. Andrade
| clave@speedy.com.ar
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Duvida radical
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/02/2002 10:53

Bulcão escreve:

|
| > Incrível é a nossa capacidade de generalizar!
|
| Manuel: Muito mais incrível é a nossa capacidade de ironizar.
|

Hoje parece-me ser o dia ideal para ficar me desculpado das bobagens que escrevo. Ai está, levei mais uma cacetada. Novas desculpas.
Acredito que preciso de umas férias!

[]'
Léo
=============



SUBJECT: Re: Andre Dias Baptista
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/02/2002 12:47

> Manuel: Se estás querendo insinuar que sou um chato e, por
conseguinte, um neurótico,


Desculpe pelo mal entendido Manuel. Mas se tinha alguém em mente esse
alguém era eu mesmo (veja que no final me defino como "neurótico não
analisável")

Me imaginei a mim numa rodinha de cerveja tentando entender nossas
discussões sobre Popper, etc. Tenho o costume de divagar nessas
situações (em muitas outras também, como missas, almoços de família,
etc).

Jamais o considerei chato, acho seus textos muito inteligentes e bem
escritos. Mesmo quando não tenho tempo de ler todas as mensagens,
leio as suas pois sei que têm conteúdo.

Meu último texto não foi uma tentativa de argumentar contra suas
idéias, mas sim uma espécie de "manifesto pela liberdade de ser
neurótico", recheado de auto-ironia.

Conto com sua compreensão, e novamente peço desculpas pelo mal
entendido.

um abraço,

André Baptista






SUBJECT: Re: Andre Dias Baptista
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/02/2002 12:56

--- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:
> Oi,
>
> André: Será que podemos acrescentar: e) em vez de prestar atenção a
> conversa, fica relembrando e analisando discussões abstratas sobre
Popper,
> Freud et caterva;
>
> Manuel: Eu costumo repetir esses argumentos "abstratos acerca de
Popper e
> Freud" pelo simples fato de que ninguém, seja você ou qualquer
outro,
> demonstraram a capacidade de contestá-los.


André:
Por isso, me referia a mim mesmo. Se não me interessasse por Freud,
Popper, etc, não estaria envolvisdo nessa discussão.


Não creio que o silêncio seja
> argumento. Se eu os reapresento mais de duas vezes, é porque estou
sequioso
> de contra-argumentos. Infelizmente, você ou qualquer outro ainda não
> apresentaram absolutamente nada que os conteste.
>
> Já mostrei que a teoria da libido de Freud é falseável. e que,
entretanto,
> não foi falseada. Malgrado isso, nem vc nem outro qualquer
> contra-argumentaram. Entretanto, continuam repetindo: " continuo
reticente
> quanto aos fundamentos da psicanálise".
>
> Certa vez, para argumentar a favor da multifuncionalidade da
sexualidade
> entre os homens e os pongídeos (o que vai ao encontro da teoria da
libido do
> Freud, ao menos em parte), citei, para embasar minha teoria, um
exemplo do
> que Darwin denominou de "deslocamento funcional". Criticaram o
exemplo que
> citei como se estivessem criticando a tese em si. Falácia.
>
> Realmente, caro André, meu discurso anda muito monomaníaco. Acho
até que
> estou caindo no ridículo.


André:
Ninguém disse isso. Mas agora vou ser bem claro: não está.


>
> Bem, fique você com suas certezas, fique outros com suas incertezas
(duvidar
> muitas vezes não passa de uma técnica discursiva auto-imunizante) e
que
> sejam felizes.


André:
Tenho muito poucas certezas, Manuel. Desfeito o mal-entendido, espero
que nossa discussão continue.

um abraço,

André



SUBJECT: Re: Férias
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/02/2002 20:41

--- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:

André:
> > > As férias anuais continuariam sendo um direito, porém não
> > > remuneradas. O trabalhador poderia optar entre tirar férias ou
> > > trabalhar e aumentar sua produção anual, e como consequencia sua
> > > renda. Bom para ele e para o país.
>
> Manuel: Tirar férias mas sem dinheiro no bolso... o pobre-diabo tem
duas
> opções: a) vender as férias e continuar trabalhando ou então; b)
passar fome
> ou, no mínimo, entediar-se durante as férias.
> De um modo ou de outro, o trabalhador não terá descanso. Nessas
> circunstâncias, não há como relaxar.

André:
Pelo menos ele receberá um salário a mais por trabalhar nas férias.
Pelo modelo atual, o funcionário que trabalha nas férias não recebe
um centavo a mais. Isso é justo? Atualmente o assalariado brasileiro
recebe um salário de 11 meses dividido em 13 parcelas, o que lhe dá a
ilusão que está "ganhando sem trabalhar" nas férias. Eu preferiria
receber meu salário anual em 11 parcelas, e no décimo segundo mês
optar entre trabalhar e aumentar meu rendimento anual ou tirar
férias.
Se esta medida for posta em prática, não vai acabar com a pobreza,
mas também não vai aumentá-la. A importância dela seria "apenas"
mudar a mentalidade com que se encara as férias e dar mais autonomia
ao assalariado.


Manuel:
>
> É claro que o André Baptista está brincando. Não creio que alguém
seria tão
> estúpido ou idiota ao ponto de defender uma proposta desta.
>

André:
Não estou brincando. Mas relevo este comentário por causa do mal
entendido que houve na outra mensagem.

[]'s

André



SUBJECT: Legislacao Metrologica
FROM: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/02/2002 02:23

Olá pessoal ! Olá Leo !

Fuçando em meus guardados encontrei alguns alfarrábios e anotações a
respeito da legislação metrológica do Brasil.
Esse assunto - que em geral "é de uma aridez desértica" - talvez tenha alguma
utilidade para o "Imperdível".

Segue abaixo alguns dos tópicos históricos mais notórios.


*
Lei Imperial 1.157, de 26/06/1862 - Por determinação do D. Pedro II
substituía em todo o Império (com um prazo de dez anos para sua implantação
gradual) o sistema métrico decimal, em substituição ao antigo sistema
métrico francês, em uso, e se restringia às medidas lineares, de superfície,
de capacidade e peso.

Os pontos básico desse decreto foram:
- importar da França os padrões legais já aferidos.
- ensinar o uso do sistema métrico no curso primário
- divulgar tabelas de conversão do sistema antigo para o novo
- multa de 100 mil reais (antigos) e pena de um mês de prisão aos infratores
da lei.

*
Decreto 5.169, de 11/12/1862 - Este texto normativo imperial, com 56 artigos
muito bem elaborados, serviu eficientemente a nação durante 71 anos

*
Decreto-Lei 592, de 04/08/1938 - chamada de "Lei Metrológica Brasileira" -
que, inclusive criou a "Comissão de Metrologia" e adotou as decisões da
"Convenção Internacional do Metro".

- Em 1925, Paulo de Frontin tentou atualizar a legislação metrológica, mas,
só após 1935 uma comissão de técnicos ligados ao INT desenvolveu um
substitutivo que, após varias modificações, finalmente foi assinado em 1938,
no auge da ditadura Vargas.

Não foi feita qualquer consulta previa às classes produtoras no sentido de
verificar sua aplicabilidade ou
conseqüências possivelmente desastrosas à economia.
Isso deu origem a uma série infindável de decretos, leis e portarias
regulamentadoras.

*
Decreto-Lei 886, de 24/11/39 - altera o 592

*
Decreto 4.257, de 15/06/1939 - dec. regulamentador do dec. 592

*
Lei 4.048, de 29/12/1961 - Cria e transfere para o INPM (Inst. Nac. de Pesos
e Medidas) a responsabilidade pela área metrológica

*
Portaria 26, de 29/08/1962 - adota o Sistema Internacional de Unidades
(S.I.)

*
Decreto 1.936, de 20/12/1962 - decreto elaborado "as pressas" - ruinoso e
inviável; gerou uma forte reação dos setores produtivos e foi revogado.

*
Decreto 52.423, de 30/08/1963 - Atualiza o sistema legal de unidades de
medida de acordo Sistema Internacional definido na 11a. Conferencia
Internacional de Pesos e Medidas (em 1960)

*
Decreto 52.916 de 22/11/1963 - atendeu muitas reivindicações da Industria
mas incluiu alguns dos condenados preceitos do famigerado dec. 1.936.

**
OBS.- A "Comissão de Metrológica" atuou durante 23 anos, sendo a principal
responsável por uma serie de portarias, resoluções e interpretações legais
nem sempre coerentes.

A Comissão era constituída pelos seguintes representantes:

- dois do INT
- um, por estado, de órgão metrológico estadual
- um, por estado, de órgãos metrológicos municipais
- um, do Observatório Nacional
- um, da Casa da Moeda
- três, das Universidades (profs. de física)
- um, do Min. da Educ. E Saúde
- um, do Min. da Guerra
- um, do Min. da Marinha
- um, do Min. da Viação e Obras Publicas
- um, do Min. da Fazenda
- um, da Acad. Bras. de Ciências
- um, dos fabricantes de instrumentos de medição
- um, da Ass. das Empr. de Serviços Públicos
- um, da Fed. das Ass. Comerciais
- um, da Conf. Nac. da Industria

----------------------------------


[s] Neville



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Andre Dias Baptista
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/02/2002 02:40

Olá André,

Realmente foi um mal entendido.

É nisso que dá ficar o tempo todo procurando, nas entrelinhas dos textos,
sinais de hostilidade contra mim. Peço desculpas a você por ter interpretado
mal as suas palavras. Eheh! Parece que eu me enquadro bem na descrição que
fiz de um neurótico típico. :-)

Amigos novamente?

Um forte abraço,
Manuel Bulcão
PS: Estou te devendo uma resposta sobre os muito bons questionamentos que vc
fez de alguns temas da psicanálise. Domingo ou segunda-feira a estarei
postando.



SUBJECT: Direito cibernetico
FROM: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/02/2002 12:50

Olá pessoal, especialmente o Celso Galli Coimbra (se ainda estiver na lista)
!

Caros causídicos (e afins) da lista. Anexo, segue o texto completo de uma
decisão judicial sobre divulgação de textos na net.

Resumidamente, um juiz decidiu que: " Publicação de artigo em site, sem
autorização, mesmo quando o nome do autor é divulgado, não gera danos morais
e sim patrimoniais."

Embora ache que o Juiz tenha decidido corretamente, minha dúvida é se somente
caberia ação indenizatória se o texto copiado sem autorização expressa,
estiver protegido por copirraite ou então for usado para fins comerciais ??

Abraços
Neville



SUBJECT: Re: [ciencialist] Direito cibernetico
FROM: Joao Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/02/2002 13:03



Neville wrote:

>
> Resumidamente, um juiz decidiu que: " Publicação de artigo em site, sem
> autorização, mesmo quando o nome do autor é divulgado, não gera danos morais
> e sim patrimoniais."
>
> Embora ache que o Juiz tenha decidido corretamente, minha dúvida é se somente
> caberia ação indenizatória se o texto copiado sem autorização expressa,
> estiver protegido por copirraite ou então for usado para fins comerciais ??

Só há crime se o texto estiver protegido por copirraite. No entanto,
todos os textos recentes produzidos ficam automaticamente protegidos,
a não ser que o autor declare o contrário. Textos antigos estão no
domínio público e podem ser livremente copiados. Nos textos actuais,
o autor pode liberar o seu trabalho sob licenças especiais que
permitem a cópia e modificação.

Em relação ao danos patrimoniais: o uso de um artigo para fins não
comerciais pode causar dano porque reduz a quota potencial de mercado
do autor. Por isso deveria haver lugar a pagamento de indmnização. É
possível que o lesado seja obrigado a provar a extensão dos danos.


Joao
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Direito cibernetico
FROM: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/02/2002 14:52

Olá pessoal !


Gratíssimo, João. Seu texto é bem esclarecedor. Mas restam casos especiais,
que não sei se foram considerados pela lei, como os da demonstração de uma
teoria, de teorema matemático ou em citações em sentenças de doutrinas e
pareceres de terceiros, ou ainda no texto de ações jurídicas contendo textos
de outras causas similares. Será que caberia aos primeiros advogados
participação nos honorários dos segundos sob uma pretensa co-autoria na causa
?

Talvez isto seja forçar exageradamente a questão, mas acho que tudo é
possível.

Abraços
Neville



SUBJECT: RE: [ciencialist] Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/02/2002 21:44

Léo,

Como você sabe, aqui nos EUA há centenas de livros sobre experimentos
científicos para feiras de ciência. Procurei alguns -- na Biblioteca
Pública, onde mais? -- e fiz uma listinha. Vamos ver se ajuda em algo.

A maioria dos livros para crianças novas insiste que se explique os
fundamentos do método científico. Em linguagem simples:

1. Descobrir um problema para resolver ou observar - Qual é a intenção
do projeto? Qual é o pergunta que estamos querendo responder?

2. Formular uma hipótese. Uma hipótese é tentar "adivinhar" como ou
porque alguma coisa acontece. OU tentar adivinhar o que vai acontecer.

3. Testar a hipótese. Fazer uma experiência para ver se a hipótese é
certa ou errada.

4. Estabelecer um controle (ajudando a minha filha descobri que essa é a
parte mais difícil da criança entender).

5. Anotar todas as observações.

6. Tirar uma conclusão. Explicar para a criança que mesmo um experimento
que não confirme a hipótese é importante em ciência.


Exemplos de experiências simples (quase todas com auxílio dos pais):

1. Quanta água os alimentos contém?
Pesar uma porção de alimentos diferentes (melancia, banana, batata, pão,
farinha, etc) quando frescos e depois de secos (pode-se usar um forno a
baixa temperatura por duas horas). Qual material perdeu mais água por
evaporação?

2. Condução de calor nos vários materiais. Mergulhar bastões de vários
materiais em água quente. Qual "esquenta" mais? Madeira, ferro, vidro,
cobre ou alumínio?

3. Absorção de calor. Fazer duas casinhas de papelão ou palitos de
sorvete. Pintar uma de preto e outra de branco. Deixar ao sol e comparar
a temperatura depois de uma hora.

4. Estudar o crescimento de plantas (feijões) em várias condições
diferentes: escuro e claro, de cabeça para baixo, com bastante água ou
pouca água, etc. Boa para ensinar a importância do controle.

A escola da minha filha, pelo menos, estimula as crianças a fazer
experimentos com controle, isolando uma variável, e tenta evitar
experiências de demonstração -- daquelas que a criança constrói um
modelo super-legal mas não consegue entender direito os princípios
envolvidos.

Se precisar de alguma coisa mais específica é só dizer. Material aqui
não falta.

Um abraço,
Colucci





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O Mito Popperiano
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/02/2002 21:45

Ois,

> > Como seria um mundo de pessoas
> > absolutamente saudáveis? Uma espécie de "ilha de caras" , com
> pessoas
> > saudáveis e sorridentes praticando esportes ao ar livre? Quem iria
> > descobrir as leis da física neste mundo? Dúvido que alguma pessoa
> não
> > neurótica pudesse formular a equação de schrödinger. Nossa
> > civilização é neurótica, nossa espécie é neurótica. Saudáveis são
> os
> > bonobos.

Manuel: Bem, o Schödinger, ao tempo em que ele formulou a sua famosa
equação, estava numa fase muito boa da vida. Estava, inclusive, com uma
amante.

Eu invejo o Schödinger. :-))

[]s
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: Clóvis A. S. Maia <gytuin@mailbr.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/02/2002 21:50

Oi Leo,

O livro é de 2000, e, pela minha pesquisa aqui no miner, voce pode
adquiri-lo por R$24,00 em www.fnac.com.br (foi o mais barato que o miner
encontrou - na Saraiva e na Cultura tbm tem).
E, sim, o livro eh completamente dedicado a experimentacao, e com boas
ilustracoes. E ainda com a boa ideia de usar somente materiais de baixo
custo e facilmente acessiveis.
Bem, aproveitando a discussao sobre Normais que anda tendo por ai, tenho
que dizer: fosse voce normal, recomendaria o livro com certeza. Porem, sendo
voce o Leo, duvido que encontre alguma novidade nele... de qquer jeito, nao
custa conferir. :-)

Ate, e um grande abraco!
Clovis



________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
Olá Clóvis,

Contrário ao que possa parecer fico muito contente em saber que existe outro
título no tema Feira de Ciências ou Experiências para a Juventude ou algo
assim. Gostaria que isso se intensificasse ainda mais!
Não conheço o livro em questão (sabe a data da edição?). Meu Manual foi
editado em 1990.
Física mais que divertida é um livro texto de Física com partes
experimentais ou é exclusivamente dedicado á experimentação?

[]'
Léo
==============
-----Mensagem Original-----
De: "Clóvis A. S. Maia" <gytuin@mailbr.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 31 de janeiro de 2002 14:32
Assunto: [ciencialist] Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.


|
| Ola Luiz,
|
|
| Nem de longe quero corrigir alguem, mesmo porque meu conhecimento da
| bibliografia no assunto nao eh nem o infinitesimo do seu. Mas eh que tenho
| por aqui outro livro, "Fisica mais que divertida", do Prof. Eduardo de
| Campos Valadares (Editora UFMG, 2000) que, acho eu, encaixa-se tambem na
| mesma classificacao do seu livro. Conheces?
| Por sinal, nao conheco seu livro, mas se tem a qualidade do
Imperdivel,
| eh um livrao.
|
|
| Ate,
| Clovis
|
| --------------------------------------------------------------------------
--
| ------------------------------------------
| Tenho salutar inveja de vc. Não posso conseguir os livros de experimentos
os
| quais vc tem toda facilidade de encontrar por ai. Pelo que me consta o
| 'Manual das Feiras de Ciências' - 2 volumes (esgotada a única edição de
1000
| exemplares cada) é o único título de pura física experimental no Brasil
| dedicado ao tema Feira de Ciências. O autor, um ilustre desconhecido Luiz
| Ferraz Netto, deveria ter re-editado, ampliado e lançado o volume 3 que
| ficou no papel.
|
| Vou aguardar dos demais colegas algumas sugestões sobre a resposta que
devo
| enviar á mãe consulentes do Imperdível.
|
| Aquele abraço,
|
| Léo
| ====================
|




SUBJECT: [ciencialist] Papo com o Leo (era: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.)
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/02/2002 21:54

Léo escreveu:

>Em continuação ao seu 'recado', ... que saudades
>da FUNBEC! Tinha lá no barracão o amigo "Zé Carlos'
>para nos atender e ia lá com o Johnson (para os não
>íntimos, Tore Nils Olof Folmer-Johnson) para
>comprarmos material para as aulas práticas do
>Di Tullio (no mesmo ano em que fazia cursinho já
>auxiliava o Prof. Johnson nas aulas de laboratório
>--- no ano seguinte eu já lecionava "Estática"
>(teoria) e era o Prof. de laboratório ---.
>Conheci o material da FUNBEC em detalhes.


Bate Papo com o Léo à volta de uma cerveja virtual


Léo, eu já te disse que acho o www.feiradeciencias.com.br a melhor coisa
da Internet em português. Claro que há outros sites mais bem acabados,
mais pretenciosos, mais...(não sei qual é a gíria para “cool”), etc. Tem
também aquela foto sua no canto direito que precisa mudar. Arrange um
fotógrafo. Pose fazendo um pouco mais de gênero. Marketing! Mas, fora
isso, em utilidade, conteúdo educacional, benefício para o país,
estímulo ao estudo de ciências, desenvolvimento do raciocínio crítico
nos jovens, qualidade do material apresentado, você está anos-luz à
frente de websites realizados com maiores recursos financeiros.

Agora, que você disse que conheceu a FUNBEC, eu vou te convidar para uma
cerveja virtual. Você vai ter de aguentar um pouco de nostalgia antes de
entrarmos no assunto principal – ensino de ciências. Puxa aí uma cadeira
e pegue aquele copo. Vamos convidar também outros que se interessem pelo
tema.

Eu trabalhei na FUNBEC de 1979 a 1988. Para mim foi um sonho, pois eu
conhecia a FUNBEC há muito tempo. Desde criança eu tomava acordava,
vivia e dormia ciência. Tinha, como muitos de nós, laboratório no fundo
do quintal. Graças ao incentivo do meu primeiro professor de ciências, o
inesquecível Luiz Grecco, eu, que morava em Valinhos, tinha a chance de
ir a São Paulo para participar das feiras de ciência que a FUNBEC
organizava.

Muita gente pensava, erroneamente, que a FUNBEC era um órgão público. Na
verdade era uma fundação de direito privado cuja única fonte de renda
era a venda de produtos. Nós ganhávamos dinheiro com a venda de
equipamento médico-eletrônico e gastávamos com o ensino de ciências. A
USP cedia o espaço para a área educacional e administrativa, mas a
FUNBEC tinha uma fábrica de 15 mil metros quadrados em Alphaville.

Em 1988 eu ganhei uma bolsa da Fulbright para estudar nos EUA. Na época
eu era gerente geral da Divisão de Engenharia Médica. Saí para ficar
dois anos e voltar. Enquanto estive fora, a FUNBEC faliu, em parte por
má administração, em parte por causa do sindicato dos metalúrgicos de
Osasco, em parte por causa do plano verão do governo Collor. Na verdade
não faliu assim, de repente. A Divisão Médica, incluindo a fábrica foi
vendida para pagar dívidas trabalhistas. Sem fonte de renda própria, a
FUNBEC ficou dependente de fontes de financiamento do governo para
sustentar os programas de ensino de ciências e foi agonizando até
morrer.

A história da FUNBEC, desde sua fundação com uma verba da UNESCO no
pós-guerra até chegar a ser a maior empresa brasileira de equipamentos
cardiológicos e educação científica é interessantíssima. Qualquer hora
me dou ao trabalho de contá-la. Por enquanto eu digo que trabalhar lá
foi uma das melhores experiências da minha vida. Conheci duas figuras
fantásticas, o Prof. Isaías Raw e o Prof. Antonio de Souza Teixeira. O
Prof. Teixeira veio depois a ser prefeito da USP. O Zé Carlos, que você
conheceu, saiu montou sua própria loja de produtos para ensino de
ciências. Não sei no que deu. Não o vi mais.

O que essa história mostra é que o Brasil já esteve melhor do que está
em matéria de ensino de ciências. Entre outras coisas, a FUNBEC promovia
cursos de aperfeiçoamento para professores de ciência, ensinando-os a
usar mais material prático nas aulas. O kit “Os cientistas”, distribuido
nas bancas de revista pela Editora Abril (tiragem: um milhão), foi uma
criação da FUNBEC. A FUNBEC também ajudou na criação da Estação Ciência,
com patrocínio da FAPESP. Volta e meia eu ia lá dar aula para a molecada
que, como eu, achava ciência o máximo. Uma grande diferença de
mentalidade entre os EUA e o Brasil é a questão da captação de recursos.
A FAPESP nunca deixou a FUNBEC montar uma loja dentro da Estação
Ciência. Diziam que coisa pública não pode ter fins lucrativos. Meter a
mão pode, acho.

Bom, para não encompridar demais esta mensagem, vou finalizar e abrir o
gancho para uma próxima, que mandarei assim que der.

Quando voltei para o Brasil em 1990, com a FUNBEC falida, ainda tentei
fazer algo similar em matéria de ensino ou viabilizar um negócio no
Brasil. Depois de muitas cabeçadas, da minha filha nascer num hospital
público porque o Collor tomou o meu dinheiro e eu não podia pagar um
particular, de ser assaltado, enfim, essas coisinhas do cotidiano
nacional, resolvi cair fora. Mudei-me para o Canadá. O Brasil para mim é
como uma mulher que amo, mas com quem não consigo viver.

No Canadá eu conheci o que pode ser uma sociedade organizada – no
ensino, no respeito aos direitos de cidadão, na saúde, na segurança.
Para mim o Canadá é o país número um na escala de decência humana. Por
que, então, mudei-me para os EUA? Isso é fora do assunto. Sem fugir do
assunto, contarei como é o ensino de ciências nos EUA e Canadá, e a
atitude dos pais com relação à educação dos filhos. Numa próxima
mensagem...

Um abraço,
Colucci





SUBJECT: Re: Férias
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/02/2002 09:25

--- In ciencialist@y..., "andrediasbaptista" <andrebaptista@u...>
> Que seja. Mas as férias pagas continuam onerando o sistema
> produtivo. Quem paga é sempre o trabalhador, seja via redução dos
> salários ou via imposto inflacionário.

Isso tbm me parece verdade. Mas
estamos analisando sob o ponto de se
tirar as ferias.

Eu acho q. o trabalhador continuara' pagando.

Regra geral da economia: em qq mudanca
quem paga o pato e' o povo.

Claro q., em sendo isso verdadeiro, nao
e' exatamente uma defesa da manutencao do
estado de coisa, mas q. e' preciso ver se
o pato vale a pena ser pago.

> Mas repito mais uma vez: mesmo que houvesse concorrência perfeita e
> os sindicatos de trabalhadores fossem poderosos, não seria possível
> aumentar os salários reais sem um correspondente aumento da
> produtividade.

Poderia sim.

Dado q. o preco P e' normalmente e' considerado
como composto por:

P = S + J + A + R + L

salario, juros, aluguel, royalty, lucro

(e poderiamos colocar a variavel I de imposto)

E q. o faturamento F da empresa e' dada por

F = P.V

Sendo V correspondente 'a vendagem.

Temos um aumento do salario por diminuicao
de J, A, R, L, I ou aumento de V (q. estaria
atrelada entre outras coisas 'a produtividade).

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Andre Dias Baptista
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/02/2002 10:22

Olá Manuel,

> Realmente foi um mal entendido.
>
> É nisso que dá ficar o tempo todo procurando, nas entrelinhas dos
textos,
> sinais de hostilidade contra mim. Peço desculpas a você por ter
interpretado
> mal as suas palavras. Eheh! Parece que eu me enquadro bem na
descrição que
> fiz de um neurótico típico. :-)
>
> Amigos novamente?
>

Amigos!

um grande abraço,

André Baptista




SUBJECT: Re: descoberta de 99
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/02/2002 11:35

--- In ciencialist@y..., "danni_scully" <stargirl@l...> wrote:
> alguem sabe que fim levou essa descoberta em outubro de 1999?
>
> http://www.msnbc.com/news/320182.asp?cp1=1

Talvez o pessoal do IAG possa lhe responder.

www.iag.usp.br

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Férias
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/02/2002 11:38

> De: andrediasbaptista [mailto:andrebaptista@uol.com.br]
>
> Numa economia de salários livres, como a nossa, os salários totais
> são determinados pela lei da oferta e da procura (com exceção do
> salário mínimo).
> Cortando-se os benefícios, sem que haja incorporação total, ocorre
> uma perda a curto prazo. Mas a longo prazo os salários totais
> tenderão a se reequilibrar no mesmo patamar. Não dá para aumentar os
> salários totais reais por decreto, senão bastava instituir o 14o. ,
> 15o., etc...
>
> A única "vantagem" dos benefícios, se é que se pode chamar de
> vantagem, é o paternalismo. O trabalhador não precisa economizar para
> as férias e para os gastos de fim de ano - o empregador é obrigado a
> fazer isso por ele.
>
> Claro que o salário mínimo, que não é dado pelas leis de mercado,
> deveria ser corrigido proporcionalmente, e isso em nada alteraria os
> pagamentos totais. Como forma de transição, talvez pudesse ser criada
> uma poupança mensal obrigatória para os gastos de férias e fim de ano
> - uma forma de ir acostumando o povo (lá venho eu com paternalismo!).
>
> As férias anuais continuariam sendo um direito, porém não
> remuneradas. O trabalhador poderia optar entre tirar férias ou
> trabalhar e aumentar sua produção anual, e como consequencia sua
> renda. Bom para ele e para o país.

André,

Só para tirar dúvida: você é empregado ou empregador?

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Férias
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/02/2002 16:55


>
> Só para tirar dúvida: você é empregado ou empregador?
>

Qual a pertinência dessa informação?

[]´s

André




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O Mito Popperiano
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/02/2002 17:20

Oi novamente,

André: Como seria um mundo de pessoas absolutamente saudáveis? Uma espécie
de "ilha de caras" , com pessoas saudáveis e sorridentes praticando esportes
ao ar livre? Quem iria descobrir as leis da física neste mundo? Dúvido que
alguma pessoa não neurótica pudesse formular a equação de schrödinger. Nossa
civilização é neurótica, nossa espécie é neurótica. Saudáveis são os
bonobos.

Manuel: Bem, o Schödinger, ao tempo em que ele formulou a sua famosa
equação, estava numa fase muito boa da vida. Estava, inclusive, com uma
amante.

Mas há mesmo casos de neuróticos e psicóticos geniais. Abaixo, listei alguns
deles:

Isaac Newton - morreu virgem. Era tido como um sujeito intratável.

Immanuel Kant - Também morreu virgem. Nasceu, viveu e morreu em Koningsberg
(atual Kalinigrado) e jamais se distanciou da sua cidade natal além de um
raio de 180 km. Era extremamente metódico. Tinha pavor de terremotos, pois
um acidente deste poderia desarrumar a sua gaveta.

Boltzmann - Suicidou-se após uma crise de depressão.

Kurt Godel - Tinha surtos paranóicos. Morreu de inanição, pois achava que a
comida que lhe serviam estava envenenada.

George Cantor - Enlouqueceu na fase mais produtiva da sua vida.

Nietzsche - Fez parar um carroceiro que estava a açoitar o seu jumento,
abraçou o jumento em prantos, depois disso enlouqueceu.

Van Gogh - Sofria de psicose maníaco-depressiva. Arrependido por ter
esfaqueado Paul Gauguin (por que este transou com o amor platônico do Van
Gogh -- uma prostituta -- logo no primeiro encontro que teve com ela e ainda
ficou rindo da cara do amigo), cortou fora a sua orelha. Morreu por causa da
infecção.

Louis Althusser - Também psicótico maníaco-depressivo. Transou pela primeira
vez quando tinha 28 anos com uma mulher dez anos mais velha. Depois da
transa entrou em surto e foi submetido a um tratamento por meio de
eletrochoques. Mais tarde, num outro surto, estrangulou a sua companheira. E
saiu nu pelo Campus dizendo que ia atear fogo na universidade.

Nikos Poulantzas - Suicidou-se pulando de um edifício e tendo entre os
braços todos os livros que escrevera.

Wittgenstein - Jamais comia acompanhado. Não ia a restaurantes, recusava os
convites dos amigos para jantares. Fazia as refeições na cozinha, pois tinha
o hábito de comer com as mãos.

Henri Poincaré: Extremamente desajeitado. Sua capacidade de orientação era
mínima. Os amigos brincavam dizendo que ele se movimentava muito bem em
todas as dimensões do espaço, com exceção das três dimensões euclidianas.

Thomas Mann - Voyerista. Promovia reuniões em sua casa. Entretanto, passava
a maior parte do tempo não entre os convidados, mas escondido, observando as
pessoas por meio de um binóculo.

Dostoiévsky - Sofria do "grande mal", isto é, era epilético. Tinha várias
crises por dia.

Hemingway - Alcoólatra. Percebendo que sua capacidade criativa havia se
exaurido, suicidou-se .

Malcolm Lowry - Alcoólatra. Suicidou-se.

Scott Fitzsgerald - Alcoólatra. Tinha crises profundas de depressão. Não
tinha auto-estima. Julgava-se "um trapo".

É uma lei da termodinâmica do não-equilíbrio: próximo do equilíbrio, o que
se vê é a mesmice, o banal, o comportamento periódico, o previsível. Somente
distante do equilíbrio é que alguma novidade pode acontecer. Sem
insatisfação, não há criação.

Mas não quero fazer a apologia da neurose. Os neuróticos, via de regra,
levam uma vida muito limitada e quase nunca conseguem realizar os seus mais
caros projetos. Não são pessoas insatisfeitas. São apenas infelizes. Os
casos que citei acima não são de neuróticos que criavam, mas de pessoas que
criavam para não permanecerem neuróticas. Quando alguma coisa bloqueava a
sua criatividade, eles retornavam à neurose ou mesmo a psicose.

Claro que alguma tristeza e alguma ansiedade fazem parte da condição humana.
A Civilização em si é causa de mal-estar. E, com certeza, prefiro a
insatisfação dos homens à vidinha satisfeita dos bonobos. Se a condição
humana, além dos seus benefícios, compreende também um custo, estou disposto
a pagar o preço.

Abraços,
Manuel Bulcão





SUBJECT: Re: Papo com o Leo (era: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.)
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/02/2002 17:28

Olá Colucci e Leo,

--- In ciencialist@y..., "Jose Colucci Jr." <j.colucci@r...> wrote:
>
> Agora, que você disse que conheceu a FUNBEC, eu vou te convidar
para uma
> cerveja virtual. Você vai ter de aguentar um pouco de nostalgia
antes de
> entrarmos no assunto principal – ensino de ciências. Puxa aí uma
cadeira
> e pegue aquele copo. Vamos convidar também outros que se interessem
pelo
> tema.

Espero ser convidado também!

>
> A história da FUNBEC, desde sua fundação com uma verba da UNESCO no
> pós-guerra até chegar a ser a maior empresa brasileira de
equipamentos
> cardiológicos e educação científica é interessantíssima. Qualquer
hora
> me dou ao trabalho de contá-la.

Pelo resumo que você deu deve ser uma história muito bonita e triste
também.


A FUNBEC também ajudou na criação da Estação Ciência,
> com patrocínio da FAPESP. Volta e meia eu ia lá dar aula para a
molecada
> que, como eu, achava ciência o máximo. Uma grande diferença de
> mentalidade entre os EUA e o Brasil é a questão da captação de
recursos.
> A FAPESP nunca deixou a FUNBEC montar uma loja dentro da Estação
> Ciência. Diziam que coisa pública não pode ter fins lucrativos.
Meter a
> mão pode, acho.

Isso é interessante. Visitei a Estação Ciência em junho, com meus
filhos pequenos. Achei o local atraente e razoavelmente organizado,
porém o que salta aos olhos é a ideologia "anti-comercial", ou "anti-
burguesa", que permeia tudo. Em primeiro lugar, não existe
estacionamento, embora o local seja enorme (claro, carro é coisa de
burguês). Em segundo lugar o acesso é grátis, o que em príncipio é
muito bom, porque permite que crianças carentes possam ter acesso (e
com relação a isso funciona, vi algumas crianças que pareciam muito
pobres, meninos de rua mesmo, vivamente interessados em algumas
demosntrações). Mas porque não fazer por exemplo, como os museus
novaiorquinos, onde existe uma "sugestão" de ingresso, e cada um paga
quanto puder? Procurei por alguma indicação de fosse possível fazer
uma contribuição, mas não encontrei. Me senti sinceramente mal por
usufruir mas não poder contribuir para a manutenção do local, eu que
gasto pequenas fortunas com esses parquinhos infantis estúpidos de
shopping center. Em terceiro lugar, senti também a falta de uma
lojinha de museu digna deste nome (existe uma pequena loja adjacente,
mas muitíssimo modesta). Fiquei pensando, este local era para ser uma
atração turística, um programa para as famílias no fim de semana. Mas
parece ficar relegado a excursões escolares. Uma administração mais
comercial e marketeira poderia fazer muito bem ao local.

Nas últimas férias fiz uma périplo por vários museus da cidade
universitária com meu filho de 5 anos, e apesar da modéstia geral,
ele considerou o programa interessante. No museu de geociencias
compramos uns minerais e um fóssil de amonita e agora ele me fez
prometer que nas próximas férias vamos para o sertão procurar mais
fósseis!!

Todo o patrimônio dos museus da USP, incluindo o de Zoologia, que
está fechado a mais de dois anos, daria um museu de ciencias
respeitável. A estação ciência poderia ser o embrião deste museu, ou
talvez o museu de tecnologia que fica próximo a USP, que possuí um
prédio excelente porém quase vazio. Tem também o acervo do antigo
museu aeronáutico do ibirapuera, que está apodrecendo em algum
lugar... Tudo isso pode parecer puro sonho, mas se fosse possível
costurar os interesses e arranjar patrocinadores... O problema é
também a enorme burocracia. Mas acho que um grande museu paulista de
ciencia e tecnologia seria algo válido para se lutar.



>
> No Canadá eu conheci o que pode ser uma sociedade organizada – no
> ensino, no respeito aos direitos de cidadão, na saúde, na segurança.
> Para mim o Canadá é o país número um na escala de decência humana.
Por
> que, então, mudei-me para os EUA? Isso é fora do assunto. Sem fugir
do
> assunto, contarei como é o ensino de ciências nos EUA e Canadá, e a
> atitude dos pais com relação à educação dos filhos. Numa próxima
> mensagem...

Estamos aguardando.

abraços,

André Baptista





SUBJECT: Em defesa dos normais
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/02/2002 17:42

Por outro lado o q. seria do
mundo sem os normais?

Se Teo fosse tao desatinado
qto van Gogh teriamos 'Os girassois'?

Se nao fosse Zelda Sayre, o
q. seria Fitzgerald?

[]s,

Roberto Takat



SUBJECT: Re: Papo com o Leo (era: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/02/2002 17:46

--- In ciencialist@y..., "andrediasbaptista" <andrebaptista@u...>
> também a enorme burocracia. Mas acho que um grande museu paulista
> de ciencia e tecnologia seria algo válido para se lutar.

Isso e' um trabalho para o... Titio Leo.

Sera' mesmo possivel montar um museu de ciencias
auto-sustentado?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Férias
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/02/2002 18:49

> -----Mensagem original-----
> De: andrediasbaptista [mailto:andrebaptista@uol.com.br]
> >
> > Só para tirar dúvida: você é empregado ou empregador?
>
> Qual a pertinência dessa informação?

O valor subjetivo que vc atribui a férias, enquanto
necessidade de descanso, e não como um fardo econômico.

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: O Mito Popperiano
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/02/2002 18:58

> De: Manuel Bulcão [mailto:manuelbulcao@uol.com.br]
> É uma lei da termodinâmica do não-equilíbrio: próximo do
> equilíbrio, o que
> se vê é a mesmice, o banal, o comportamento periódico, o
> previsível. Somente
> distante do equilíbrio é que alguma novidade pode acontecer. Sem
> insatisfação, não há criação.

Bonita analogia! Também a usei no texto que venceu o concurso
da Revista da Folha, no qual diz que o ônus da inteligência
do homo sapiens é a consciência da própria morte: uma forma
de equilibrio para compensar a superioridade intelectual.

> Mas não quero fazer a apologia da neurose. Os neuróticos,
> via de regra,
> levam uma vida muito limitada e quase nunca conseguem
> realizar os seus mais
> caros projetos. Não são pessoas insatisfeitas. São apenas
> infelizes. Os
> casos que citei acima não são de neuróticos que criavam, mas
> de pessoas que
> criavam para não permanecerem neuróticas. Quando alguma coisa
> bloqueava a
> sua criatividade, eles retornavam à neurose ou mesmo a psicose.

Os neuróticos são desgraçadamente infelizes. Apenas o
extraordinário tem sentido para o neurótico.

> Claro que alguma tristeza e alguma ansiedade fazem parte da
> condição humana.
> A Civilização em si é causa de mal-estar. E, com certeza, prefiro a
> insatisfação dos homens à vidinha satisfeita dos bonobos. Se
> a condição
> humana, além dos seus benefícios, compreende também um custo,
> estou disposto
> a pagar o preço.

Como eu disse: O ônus do benefício! ;-)

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: 1_14. Morte encefalica e transplantes -- THE NASTY SIDE OF ORGAN TRANSPLANTING - THE BOOK
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/02/2002 21:45

1_14. Morte encefalica e transplantes --
THE NASTY SIDE OF ORGAN TRANSPLANTING
- THE BOOK
______________________________________


Direito_Saúde e Bioética -- 05.02.2002
http://www.yahoogroups.com/group/direito_saude

_______________________________________

Aproveitem para ler enquanto não for retirado
da Internet. O livro está disponibilizado
gratuitamente para quem estiver interessado
em formato word, que será remetido por
correio eletrônico.

www.geocities.com/organdonate

___________

Dr David Wainwright Evans, Cardiologist,
Queens College, Cambridge, United Kingdom,
suggest that organ donors diagnosed
"brain dead" may still be alive.


The Nasty Side of Organ
Transplanting - The Book


Are The Donors Dead?

Donors May Need Anaesthetic
and the Brain Death Test May Kill the Patient


Organ Rejection and Harvest Time


Aggressive Hospital Harvest Teams


The Nurse's Tale


Survival Statistics and Body Parts
and Business


Coercion and Australian Transplant
Legislation


Avoiding Harvest Time and Societal Consensus
and the Slipperly Slope


Language Use and Gender Donor Rates
and Getting A Transplant


Religion and Harvesting and the Politics
of Suppressed Death Statistics


A Short History of Human and Xeno
Transplanting and Trusting Your Hospital


Robbery, Crash Testing and Odd Things
and Sociological Implications


End Notes and Appendix One and Two


For A Copy of the Whole Book in Word format send your email request to
gumflat88@hotmail.com


David Hill, Emeritus Consultant Anaesthetist,
Cambridgeshire, U.K.


Harvest theatre nurses also express doubt about the health
status of the donor. Dr David Hill, also an anaesthetist, checked
operating theatre registers at Addenbrooke Hospital in the United
Kingdom and discovered that nurses recorded the time of death
at the end of harvesting as if the donor had come in to the
harvest room alive. 22




On declaring brain death Dr Hill says,
"…doctors who are sympathetic to this form of death are required
and consequently others, such as myself, who would not certify death
on the basis of such tests, are not asked. It is doubtful whether
this situation would pass any serious scrutiny for being truly independent
of the transplant team."



The Nasty Side of Organ Transplanting
CThis page examines the hidden aspects of human body
harvesting and transplanting.
Did you know that doctors may provide anaesthetic to prevent
pain to supposedly brain dead donors prior to harvesting despite
the donor officially declared dead.



Organ donors get inferior "harvest preparation" treatment that may
increase their injuries and even kill them. Organ keepers receive better
treatment from doctors who want to keep them alive.



Organ recipient's immune systems experience transplanted
organs as malignant illnesses that need to be killed.
Doctors administer anti-rejection drugs which create similar
conditions and diseases to AIDS victims.
reated by Australian Researcher Norm Barber



Another Viewpoint

Duane Horton of Organ Keeper:
A plan to increase organ transplant rates
by first going on strike to improve conditions


OrganRetainer
Cards
Links



Michael Potts, one of the editors of Beyond Brain Death
and Head of the Philosophy and Religion Department
of Methodist College, Fayetteville, N.C., U.S.A.

"A number of thinkers from diverse disciplines such
as medicine, philosophy, and theology, are now openly questioning
brain-based criteria for declaring death.
That this issue is important is obvious; if brain dead patients
are not dead, then harvesting unpaired vital organs from
these individuals directly causes their deaths.


from Journal of Medicine and Philosophy

___________________________________

ENDERECOS SOBRE MORTE ENCEFALICA
E TRANSPLANTE DE ORGAOS VITAIS ÚNICOS
____________________________________

Nao se deixe enganar
pela propaganda transplantista.
===
INFORME-SE:
apenas a *Medicina Preventiva* de baixo custo
ja seria suficiente para evitar a necessidade de
80% de transplantes previsiveis, com origem em declaracoes
de mortes encefalicas *antecipadas*
para fins de retirada de orgaos vitais.
===
ARTIGO:
"Falhas no Diagnostico da Morte Cerebral",
publicado na Revista CIENCIA HOJE,
número 161, junho de 2000:
http://www.uol.com.br/cienciahoje/chmais/pass/ch161/morte.pdf
===
ARTIGOS
cientificos no site da UNIFESP:
http://www.unifesp.br/dneuro/textos.htm
===
ARTIGO:
"Morte Encefalica"
http://www.unifesp.br/dneuro/mortencefalica.htm
===
DEMONSTRACAO
cientifica dos efeitos mortais do teste
da APNEIA, imposto pelo CFM para
declaracao da morte encefalica que
pretende diagnosticar:
http://www.unifesp.br/dneuro/apnea.htm
===
ARTIGO:
em ingles sobre a importancia da
*Penumbra Isquemica* para a declaracao
da morte encefalica:
http://www.unifesp.br/dneuro/brdeath.html
===
MANIFESTACOES PUBLICAS
da comunidade neurocientifica internacional
contraria aos criterios declaratorios
da morte encefalica.
NAO EH VERDADE QUE HA CONSENSO
internacional na declaracao de morte encefalica,
confirme o que dizem os neurocientistas em:
http://www.unifesp.br/dneuro/opinioes.htm
===
DEBATE
internacional da comunidade neurocientifica
sobre os erros declaratorios da morte encefalica
na Revista Cientifica BMJ:
http://www.bmj.com/cgi/eletters/320/7244/1266
===
PARA ler os artigos sobre
morte encefalica em Direito_Saude:
http://www.yahoogroups.com/files/direito_saude/
===
INSCRICAO, enviar mensagem em branco para:
direito_saude-subscribe@yahoogroups.com
===
PARA outras finalidades acessar
a pagina principal deste Grupo:
http://www.yahoogroups.com/group/direito_saude
===





SUBJECT: Re:Papo com o Léo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/02/2002 22:15

Colucci, Takata, André e interessados,

Cheguei do rancho. A pesca está ruim devido ao aumento do volume do rio, arraste de sujeiras das margens e incremento da velocidade das águas. Todavia, um mau dia de pescaria é mais reconfortante que um bom dia de trabalho! [:-)]
Mas, tem os vizinhos, a Skol, as guloseimas e os belos papos. Cada lata de Skol consumida é amassada 'cientificamente' na técnica do colapso da resistência da lata com as pontas de dois lápis! (se interessar descrevo a técnica).

Li toda a correspondência desses 3 últimos dias e adorei o papo. Temos muita coisa a discutir e mais amiúde o questionamento do Takata sobre a viabilidade de um projeto-molde Estação Ciência. Mantendo a tradição, vamos a la Jack:

1- Assunto: Metodologia científica para a garotada, em resposta á postagem do Colucci.

Esse tema é excitante mas totalmente ausente em nossas escolas em toda a seqüência ensino fundamental/básico/médio; nas feiras de ciências nem o 'folheto explicativo' como sugiro na Sala 01 é apresentado. Os trabalhos científicos escolares reduzem-se a apresentar uma folha de cartolina com umas aberrações gramaticais postas á mão.

Quanto aos relatórios, não só os recomendo como incentivo e dou modelos. Apreciaria que vcs dessem uma olhada em:
www.feiradeciencias.com.br/sala02/02_000b.asp
dedicado ao nível 5a/8a séries.

Para o ensino fundamental (1a/4a séries) o Feira de Ciências ainda não tem nada. Motivo: não estou capacitado a escrever para essa faixa etária. Tentei aqui em casa, tenho vários textos ... mas não tenho coragem de apresentá-los. É um crime a apresentação do material de "Ciências" disponível no ensino fundamental que existe no mercado! Aquilo não é Ciência, quando muito um adestramento manual (corte, colorir etc.). Entretanto, entendo, *não é fácil escrever para os pequenos*.

Quando vc diz: "A maioria dos livros para crianças novas insiste que se explique os
fundamentos do método científico. Em linguagem simples:", acredito que se refira aos garotos do nosso equivalente 5a/8a séries, pois da 1a á 4a série não consigo atinar como 'colocar a idéia da metodologia' por mais simples que seja a apresentação. Aos 6 anos não há vivência para algo abstrato! Não há céticos com 6 anos! Muito me agradaria que um garoto de 6 a 10 anos participasse do Ciencialist/SBCR. Com todo o cuidado do mundo eu iria lhe dirigir frases, cada uma após pensar 1/2 hora!

Há bom tempo, lá pela época que entrei para o Ciencialist, propus que a turma escrevesse textos para tal faixa etária (vou ver se consigo descobrir essa mensagem) ... infelizmente não vingou. propus também escrevermos um livro didático em conjunto (tipo Burbaki) --- à época o MEC tava fazendo vistorias nos livros didáticos e houve muitas podas. Ainda topo o projeto.

Como curiosidade, qual a idade de sua filha? Ela bem que poderia (entre outros) ser nosso "ratinho de laboratório" :-).

Fim da parte 1 .........

[]'
Léo
====================




-----Mensagem Original-----
De: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: domingo, 3 de fevereiro de 2002 21:44
Assunto: RE: [ciencialist] Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.


Léo,

Como você sabe, aqui nos EUA há centenas de livros sobre experimentos
científicos para feiras de ciência. Procurei alguns -- na Biblioteca
Pública, onde mais? -- e fiz uma listinha. Vamos ver se ajuda em algo.

A maioria dos livros para crianças novas insiste que se explique os
fundamentos do método científico. Em linguagem simples:

1. Descobrir um problema para resolver ou observar - Qual é a intenção
do projeto? Qual é o pergunta que estamos querendo responder?

2. Formular uma hipótese. Uma hipótese é tentar "adivinhar" como ou
porque alguma coisa acontece. OU tentar adivinhar o que vai acontecer.

3. Testar a hipótese. Fazer uma experiência para ver se a hipótese é
certa ou errada.

4. Estabelecer um controle (ajudando a minha filha descobri que essa é a
parte mais difícil da criança entender).

5. Anotar todas as observações.

6. Tirar uma conclusão. Explicar para a criança que mesmo um experimento
que não confirme a hipótese é importante em ciência.


Exemplos de experiências simples (quase todas com auxílio dos pais):

1. Quanta água os alimentos contém?
Pesar uma porção de alimentos diferentes (melancia, banana, batata, pão,
farinha, etc) quando frescos e depois de secos (pode-se usar um forno a
baixa temperatura por duas horas). Qual material perdeu mais água por
evaporação?

2. Condução de calor nos vários materiais. Mergulhar bastões de vários
materiais em água quente. Qual "esquenta" mais? Madeira, ferro, vidro,
cobre ou alumínio?

3. Absorção de calor. Fazer duas casinhas de papelão ou palitos de
sorvete. Pintar uma de preto e outra de branco. Deixar ao sol e comparar
a temperatura depois de uma hora.

4. Estudar o crescimento de plantas (feijões) em várias condições
diferentes: escuro e claro, de cabeça para baixo, com bastante água ou
pouca água, etc. Boa para ensinar a importância do controle.

A escola da minha filha, pelo menos, estimula as crianças a fazer
experimentos com controle, isolando uma variável, e tenta evitar
experiências de demonstração -- daquelas que a criança constrói um
modelo super-legal mas não consegue entender direito os princípios
envolvidos.

Se precisar de alguma coisa mais específica é só dizer. Material aqui
não falta.

Um abraço,
Colucci




&&& --- &&&
VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
http://www.ciencialist.hpg.com.br
Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html





SUBJECT: LNLS - 12a. Reunião Anual dos Usuários
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/02/2002 22:20


Fala, negada. Estou indo às sessões da 12a. Reunião Anual dos Usuários
(RAU) do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, perto da Unicamp, para
fazer cobertura jornalística. Esse laboratório usa um acelerador de
partículas - não para pesquisar física de partículas, mas para gerar
radiação síncrotron, um tipo de radiação antigamente tido como "efeito
colateral" desse tipo de acelerador, mas depois reconhecida como muito útil
para uma variedade de coisas. Então constrói-se vários laboratórios ao
redor do aparelho, que coletam a radiação síncrotron e usam em áreas como
física, medicina e biologia.

É um evento internacional grande (avalia-se mais de 250 pesquisadores) e é
impressionante a ausência total (à minha exceção!) de jornalistas (muita
pretensão minha me autoqualificar como jornalista, mas vá lá).

No LNLS não tem só o acelerador, tem também microscópios eletrônicos.
Nessa parte, hoje de interessante vi uma pesquisa sobre nanofios de prata.
Lembram-se da matéria sobre nanofios de ouro que postei há dias? São fios
tão pequenos que são constituídos de uns 70 átomos apenas, com espessura de
três. Estuda-se-os como parte da chamada nanotecnologia, ou melhor,
nanociênica, já que ainda está no estágio de pesquisa básica: com a
tecnologia atual, pode-se construir artefatos miudíssimos, que prometem -
quando passar de nanociência para nanotecnologia - reduzir a tecnologia
eletrônica atual por um fator de mil. Os estudos dos nanofios de ouro
emplacaram uma capa na Physical Review Letters, a revista de física mais
conceituada do mundo, feito análogo à capa da Nature com a Xylella
fastidiosa. Para saber mais, tem uma matéria na seção Radar da Ciência da
revista Com Ciência - www.comciencia.br. Esse estudo que emplacou a capa da
PRL foi um estudo teórico (simulação por computador) que partiu de um
estudo experimental sobre nanofios de ouro feito pelo mesmo grupo que
apresentou hoje os estudos sobre fios de prata. Esse estudo apresentado
hoje usou os microscópios do LNLS para estudar o tal fio de prata.

Outra coisa interessante foi um estudo sobre efeitos de certo tipo de
laser (laser de CO2 superpulsados) sobre o dente humano. Esse laser é usado
em revascularização transmiocárdica (os entendidos podem dizer o que raios
significa isso), e esse povo está tentando aplicá-lo na odontologia. Para
isso, precisam estudar que raios de efeitos esse troço tem sobre o dente
humano. Especificamente, mandaram pulsos rápidos de laser (de 15 a 20
milissegundos) sobre pedaços de dentes sãos (quer dizer, sãos a menos de
estarem em pedaços) e estudaram com o microscópio a craterinha que se
formou. Exemplo de um resultado bonitinho: quando incide diretamente na
dentina, ele causa rachadura e carbonização, mas, quando incide no esmalte,
não causa nada disso, dá uma craterinha bonitinha.

Mais sobre a RAU: http://www.lnls.br/info/framesetnotrau.htm

Belisário



SUBJECT: Re: Papo com o Leo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/02/2002 23:28


Parte 2: Funbec, Estação Ciência e museus

Colucci escreve:

>Bate Papo com o Léo à volta de uma cerveja virtual


>Léo, eu já te disse que acho o www.feiradeciencias.com.br a melhor coisa
da Internet em português. Claro que há outros sites mais bem acabados,
mais pretenciosos, mais...(não sei qual é a gíria para "cool"), etc. Tem
também aquela foto sua no canto direito que precisa mudar. Arrange um
fotógrafo. Pose fazendo um pouco mais de gênero. Marketing! Mas, fora
isso, em utilidade, conteúdo educacional, benefício para o país,
estímulo ao estudo de ciências, desenvolvimento do raciocínio crítico
nos jovens, qualidade do material apresentado, você está anos-luz à
frente de websites realizados com maiores recursos financeiros.<

Léo responde:
Agradeço a massagem ao ego. A técnica da apresentação do Imperdível é "apenas 2 cliques" por assunto. Um localiza a Sala, outro o texto. Não há qualquer embelezamento extra (talvez apenas o .gif do locotipo e a barra de salas para navegação). Aquilo nos index das salas não é foto ... é retrato! E vc é o 20° que diz que aquilo está horrível. Vou providenciar um Léo tipo Beakman para estampar nos index.
Num dos news da UOL um participante sob nome Hawkins disse que o Imperdível precisa de uma "re-organização". Acredito que ele tenha certa razão ... o difícil é manusear 1 800 páginas! (algumas com o equivalente a 10 páginas de livro comum). E põe a idéia de recurso financeiro externo fora da jogada ... não há um único e mísero patrocinador.

Colucci:
>Agora, que você disse que conheceu a FUNBEC, eu vou te convidar para uma
cerveja virtual. Você vai ter de aguentar um pouco de nostalgia antes de
entrarmos no assunto principal - ensino de ciências. Puxa aí uma cadeira
e pegue aquele copo. Vamos convidar também outros que se interessem pelo
tema.<

Já está aqui ao lado um bonito copo com Lambrusco -- branco, seco e gelado --, a ocasião assim o pede.


Colucci:
>Eu trabalhei na FUNBEC de 1979 a 1988. Para mim foi um sonho, pois eu
conhecia a FUNBEC há muito tempo. Desde criança eu tomava acordava,
vivia e dormia ciência. Tinha, como muitos de nós, laboratório no fundo
do quintal. Graças ao incentivo do meu primeiro professor de ciências, o
inesquecível Luiz Grecco, eu, que morava em Valinhos, tinha a chance de
ir a São Paulo para participar das feiras de ciência que a FUNBEC
organizava.<

Léo:
Vou deletar o restante apenas para encurtar os 'bytes'.

FUNBECC: Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues - travessa 4, No 67 - CEP: 05508-900- tel (011) 815 7555

Ainda está em minha velha e nostalgica agenda que trouxe de São Paulo para Barretos. E eu pensava que realmente fosse um órgão público, fundado e administrado pela USP, com subsídios totalmente governamentais (além dos ganhos derivados das vendas dos produtos). Aliás, eu achava o material "caro", porém mais barato que a "Casa da Química" (na Cons.Furtado, logo abaixo da esquina com a Conde de Sarzedas, onde ficava o Curso de Tullio, e ao lado de onde o Objetivo foi fundado).
FUNBEC não era uma PHIWE da vida, mas um material muito bom. Um sério concorrente da BENDER. Em fim, era um local onde obter material científico (coisa que hoje só existe em escala artesanal) mais que suficiente para o propósito das aulas (obrigatórias) de laboratório.
A BENDER (e suas caixinhas) era um inferno. Não recomendei ao Di Tullio e não foi comparado (trabalhei com essas caixas no Colégio de São Bento e com o material da PHIWE no Colégio .... esqueci o nome, esquina da Augusta com a Paulista onde labutei com Prof. Wilson Tucci e ... esqueci o nome do outro, tb dono do Liceu Eduardo Prado ... ah! lá tb tinha o Prof. Marmo --- morei na casa dele por quase um ano).

Não sabia dessa parte de equipamento médico-eletrônico na Funbec.
Saudoso Zé Carlos, bem atencioso ... tb nunca mais o vi.

Falemos da Estação Ciência, da qual participei numa de suas fases de montagem quando passou para a coordenação do Prof. Dr. E. Hamburger (tb 'meu chefe' lá no IFUSP onde expandi vivamente o Laboratório de Demonstrações). Para lá levamos o 'betaron', o Van de Graaff, o trinado dos pássaros, as faíscas etc. Sempre dei a idéia de, numa pequena banca da entrada, distribuir folhetos explicativos das experiências ... não vingou. Sai de lá quando vim para Barretos ... e lá se vão 9 anos! Todas as montagens eram feitas na oficina do Laboratório de Demonstrações da IFUSP sob meus desenhos. O Mestre Hambuger sempre me deu um tratamento e depósito de confiança notáveis. Trocamos mensagens com certa regularidade. Foi o primeiro a enviar-me rasgados elogios ao trabalho "Passaro Sedento" da Sala 08 de Física Térmica (nas palavras dele: "o melhor trabalho termodinâmico que já li sobre o assunto. Não há na literatura internacional nada melhor do que o que ali está").

Há agora em São Paulo, em algum shopping, uma grande boneca. O autor (dono) entrou em contato comigo à época do projeto. Trocamos meia dúzia de mensagem ... não topei a parada devido ao alto preço que cobraria das visitas (lembro algo de 8,00 reais/cabeça) passearem lá por dentro da dita cuja, até chegarem ao feto. Material só pra burguês! Ah! Além disso, não entendo nada do interior de corpo humano!

Fica em suspenso o feliz comentário do Takata sobre a viabilidade atual de um projeto sobre ciências. Quero participar 'vivamente' dessa discussão.

Como consigo alguns livros de experimentos ai da EUA? Em especial como consigo material, pois já estou com o .... cheio de responder aos consulentes que não vendo material, meus aparelhos são de construção caseira, não sei onde adquirir material etc. Só de pedidos de Van de Graaff e ímãs, se eu os tivesse, já teria um bom dinheiro em caixa!
Imaginou se eu coloco no Imperdível um local onde se consegue esse gerador e outros materiais a preço acessível!
Os 'putos' não sabem nem mesmo onde conseguir lentes! Um professor escreveu-me essa semana perguntando onde ele consegue 'glicerina', 'bicarbonato' e 'sal amargo'!

Gostarei muito de sua narrativa de como é o ensino de ciências nos EUA e Canadá, e a atitude dos pais.

Fim da Parte 2

[]'
Léo
===========



SUBJECT: teratocarcinoma
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/02/2002 00:01

Oi,

Alguém poderia me explicar o que é um teratocarcinoma? Sei que, em alguns desses tumores cancerígenos, aparecem até dentes, alguns pulsam feito um coração, outros reagem a uma incisão ou perfuração como se experimentassem dor.

[]s
Manuel Bulcão


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: O Mito Popperiano
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/02/2002 00:59

> De: Manuel Bulcão [mailto:manuelbulcao@uol.com.br]
> É uma lei da termodinâmica do não-equilíbrio: próximo do
> equilíbrio, o que se vê é a mesmice, o banal, o
> comportamento periódico, o previsível. Somente
> distante do equilíbrio é que alguma novidade pode acontecer. Sem
> insatisfação, não há criação.

Quem disse isso de uma maneira muito interessante foi Orson Welles:

A Itália, em trinta anos sob os Bórgias, em meio à guerra, terror,
assassinatos, e sangue derramado, produziu Miguelângelo, Leonardo da
Vinci e o Renascimento. A Suiça, em quinhentos anos de democracia, paz e
amor fraternal produziu o quê? O relógio cuco!

Orson Welles (1915–84


Tradução livre minha. O original:

"In Italy for thirty years under the Borgias they had warfare, terror,
murder, bloodshed—they produced Michelangelo, Leonardo da Vinci and the
Renaissance. In Switzerland they had brotherly love, five hundred years
of democracy and peace, and what did they produce? The cuckoo clock!"






SUBJECT: Re: [ciencialist] teratocarcinoma
FROM: "Raul Sturari Jr." <sturari@brturbo.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/02/2002 01:34

----- Original Message -----

Subject: [ciencialist] teratocarcinoma

Alguém poderia me explicar o que é um teratocarcinoma? Sei que, em alguns desses tumores cancerígenos, aparecem até dentes, alguns pulsam feito um coração, outros reagem a uma incisão ou perfuração como se experimentassem dor.

[]s
Manuel Bulcão

----- Original Message -----


Caro Manuel,

---> Geralmente uma neoplasia, seja ela maligna ou benigna, é originada de apenas um folheto germinativo.

---> Existem 3 tipos de folhetos germinativos (mesoderma, ectoderma e endoderma). São eles que dão origem a todas as células do corpo.

---> Nos folhetos germinativos estão as células pluripotentes (steam cells) que darão origem a outras linhagens celulares de acordo com folheto em que estão. Por exemplo, as células localizadas no ectoderma darão origem a células do sistema nervoso.

---> Os teratomas são compostos de células representativas de mais de um folheto germinativo (geralmente os três). Daí encontrarmos nele tecido dentário, tecido epitelial, células do músculo cardíaco e até mesmo cabelo (Arghhh!)

---> Mas não pense que lá tem um coração batendo bonitinho ou um dente pré-molar. São estruturas neoplásicas e se apresentam como tal.


Espero haver sido claro.

[]s
Raul


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/02/2002 02:24

Olá Clóvis,

Contrário ao que possa parecer fico muito contente em saber que existe outro título no tema Feira de Ciências ou Experiências para a Juventude ou algo assim. Gostaria que isso se intensificasse ainda mais!
Não conheço o livro em questão (sabe a data da edição?). Meu Manual foi editado em 1990.
Física mais que divertida é um livro texto de Física com partes experimentais ou é exclusivamente dedicado á experimentação?

[]'
Léo
==============
-----Mensagem Original-----
De: "Clóvis A. S. Maia" <gytuin@mailbr.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 31 de janeiro de 2002 14:32
Assunto: [ciencialist] Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.


|
| Ola Luiz,
|
|
| Nem de longe quero corrigir alguem, mesmo porque meu conhecimento da
| bibliografia no assunto nao eh nem o infinitesimo do seu. Mas eh que tenho
| por aqui outro livro, "Fisica mais que divertida", do Prof. Eduardo de
| Campos Valadares (Editora UFMG, 2000) que, acho eu, encaixa-se tambem na
| mesma classificacao do seu livro. Conheces?
| Por sinal, nao conheco seu livro, mas se tem a qualidade do Imperdivel,
| eh um livrao.
|
|
| Ate,
| Clovis
|
| ----------------------------------------------------------------------------
| ------------------------------------------
| Tenho salutar inveja de vc. Não posso conseguir os livros de experimentos os
| quais vc tem toda facilidade de encontrar por ai. Pelo que me consta o
| 'Manual das Feiras de Ciências' - 2 volumes (esgotada a única edição de 1000
| exemplares cada) é o único título de pura física experimental no Brasil
| dedicado ao tema Feira de Ciências. O autor, um ilustre desconhecido Luiz
| Ferraz Netto, deveria ter re-editado, ampliado e lançado o volume 3 que
| ficou no papel.
|
| Vou aguardar dos demais colegas algumas sugestões sobre a resposta que devo
| enviar á mãe consulentes do Imperdível.
|
| Aquele abraço,
|
| Léo
| ====================
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|
|
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SUBJECT: RE: [ciencialist] Re:Papo com o Léo
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/02/2002 03:00

O papo sobre ensino de ciência parece que vai ficar animado. Eu farei o
possível para conter a minha incontinência verbal e não tentar empacotar
tudo numa única mensagem. Até agora participaram o Léo, o André Dias
Batista, o Takata e eu. Vamos ver se mais gente se junta e algo bom para
a educação científica no Brasil surge disso.


>Léo: 1- Assunto: Metodologia científica para a garotada, em resposta á
postagem do Colucci. Esse tema é excitante mas totalmente ausente em
nossas escolas em toda a seqüência ensino fundamental [...] Os trabalhos
científicos escolares reduzem-se a apresentar uma folha de cartolina com
umas aberrações gramaticais postas á mão.

É ausente porque os professores não estão preparados. Não estão
preparados porque não têm as mínimas condições de estar, por razões
conhecidas de todos. Vou contar um caso exemplar:

Minha mulher - Rita - era (antes de mudarmos para o exterior) professora
do Instituto de Biologia da UNICAMP. Durante as férias escolares o IB
oferecia um curso de reciclagem profissional para professores de
primeiro grau, voltado principalmente para professores de escolas
rurais. Um dia, durante uma explicação sobre o ciclo dos parasitas, em
uma aula de laboratório onde os alunos examinavam lâminas em
microscópios, uma das professoras começou a chorar. A Rita perguntou-lhe
se estava se sentindo bem. Ela disse que sim, que chorava de emoção.
Emoção de poder -- finalmente, depois de tanto tempo -- ter a
oportunidade de olhar num microscópio. Ela disse que sempre explicava
para os alunos o que era microscópio e pensava que nunca fosse ter a
chance de olhar em um.

Pois bem, essa mulher contou que dava aula para o 1º, 2º, 3º e 4º ano do
fundamental numa escola de fazenda. Tudo na mesma sala, ao mesmo tempo.
Passava exercícios para um aluno, ensinava a matéria para outro,
corrigia um terceiro. Perto da hora do almoço, ela passava lição para
todo o mundo e ia para a cozinha esquentar a merenda. Depois da merenda,
ela mandava a criançada para casa e ficava limpando a cozinha. Saía,
comprava comida para o dia seguinte e só depois ia para casa. Uma
heroína.

Sei que esse é um caso extremo, mas acho que o resto do ensino público
no Brasil não está muito melhor. Os mais jovens não devem pensar que
sempre foi assim. Eu sou um fruto da escola pública. Fiz o primário, o
ginásio, o colegial, a faculdade e a pós em escolas públicas. Tive a
sorte de estudar no Culto à Ciência, em Campinas, onde estudaram várias
figuras importantes da história brasileira, incluindo Santos Dumont. No
colegial (o ensino médio de hoje), eu tinha aulas de educação física,
música, prática de química, física e biologia pela manhã, e o resto das
disciplinas à tarde. Período integral. Escola pública.



>Léo: Para o ensino fundamental (1a/4a séries) o Feira de Ciências ainda
não tem nada. Motivo: não estou capacitado a escrever para essa faixa
etária. Tentei aqui em casa, tenho vários textos ... mas não tenho
coragem de apresentá-los. É um crime a apresentação do material de
"Ciências" disponível no ensino fundamental que existe no mercado!

Realmente, escrever para crianças muito pequenas é coisa para
especialistas. A tentação de botar um raciocínio mais complicado é
grande demais para quem não lida com elas diariamente. Mas é possível
fazê-lo.

Aqui nos EUA há muito material para crianças pequenas, uns melhores do
que os outros. Há experiências extremamente simples que são importantes.
O mais difícil é associá-las a um estágio particular do desenvolvimento
infantil.

Um exemplo de experiência é a noção de conservação da quantidade de
matéria. Pega-se uma série de vasilhames com formatos diferentes e
passa-se água de um para outro. As crianças pequenas dizem que a água
"aumentou" quando vai para um recipiente mais alto e fino, ou que
"diminuiu" quando vai para um mais baixo e largo. O entendimento de que
a matéria não é destruída e não aparece nem desaparece no processo é,
segundo os entendidos, um marco fundamental no desenvolvimento da
criança.



>Léo: ...acredito que se refira aos garotos do nosso equivalente 5a/8a
séries, pois da 1a á 4a série não consigo atinar como 'colocar a idéia
da metodologia' por mais simples que seja a apresentação. Aos 6 anos não
há vivência para algo abstrato! Não há céticos com 6 anos!

Não há céticos com seis anos, concordo. Mas há bons e maus observadores.

Para os bem jovens (5 a 7 anos) o importante é passar a idéia de que
ciência é uma coisa divertida e desenvolver a capacidade de observação.
São idéias tão simples que um adulto não consegue perceber que são
experiências. Coisas como experimentar vários sabores com os olhos
fechados e aprender o que é salgado, doce, amargo, azedo com os olhos
vendados. Para nós é óbvio, mas para os pequenos pode ser uma surpresa
saber que é possível obter essa informação sem o sentido da visão.
Construir pontes e estruturas de materiais leves e determinar que forma
é mais apropriada.

Na escola da minha filha, quando ela estava com sete anos, fizeram um
concurso de empacotar ovos. Cada equipe dispunha de materiais (algodão,
papelão, isopor, jornal, fita colante, etc) para "empacotar" um ovo da
melhor maneira possível de forma a resistir uma queda da escadaria da
escola. A equipe cujo ovo resistisse à maior altura, começando pelos
degraus mais baixos, seria a vencedora. Foi uma farra muito grande, com
os ovos se espatifando pelo chão. Mas ensina alguns princípios físicos.
Não é preciso ficar muito preocupado com as explicações, nessa idade
basta adquirir uma certa percepção das grandezas físicas.
Surpreendentemente, em algumas embalagem o ovo aguentou até o segundo
andar.



>André: Nas últimas férias fiz uma périplo por vários museus da cidade
universitária com meu filho de 5 anos, e apesar da modéstia geral, ele
considerou o programa interessante. No museu de geociencias compramos
uns minerais e um fóssil de amonita e agora ele me fez
prometer que nas próximas férias vamos para o sertão procurar mais
fósseis!!

Entre os vários institutos da USP há material para um museu excelente,
mas... Nem preciso dizer o resto da frase. Não dá para começar por aí.
Temos de arranjar um outro jeito.

Procurar fósseis, estudar os animais em seus diferentes habitats (o
peixe na água, o sapo na beira da lagoa, o lagarto na pedra, o
passarinho na árvore), cadeia alimentar, etc, são experiências adequadas
para crianças novas.



>Colucci: A FAPESP nunca deixou a FUNBEC montar uma loja dentro da
Estação Ciência. Diziam que coisa pública não pode ter fins lucrativos.
Meter a mão pode, acho.

>André: Isso é interessante. Visitei a Estação Ciência em junho, com
meus filhos pequenos. Achei o local atraente e razoavelmente organizado,
porém o que salta aos olhos é a ideologia "anti-comercial", ou
"anti-burguesa", que permeia tudo.

É um exemplo de burrice brasileira na condução de certos negócios. Nada
do que seja feito com dinheiro público pode ter o menor vínculo com
lucro. Nossos museus não têm um restaurante que preste, uma loja
decente, um estacionamento pago. Se tivessem, estaríamos aproveitando
melhor o dinheiro do contribuinte que vai para a manutenção das
instalações.

Não dá para fazer a comparação com os EUA e Canadá, devido ao poder
aquisitivo da população. Mas não é preciso assumir essa falsa pureza,
isolando a classe média que é quem deveria estar financiando essas
coisas para o povão através da receita dessas atividades paralelas.


>Takata: Isso e' um trabalho para o... Titio Leo. Sera' mesmo possivel
montar um museu de ciencias auto-sustentado?

Resposta: Não. Pelo menos não um museu que se preze. Museu não dá lucro
em lugar nenhum do mundo, com alguma exceções como o Museu de Cera da
Madame Tussaud. Sei porque a empresa para a qual trabalho (www.ideo.com)
já projetou instalações para vários museus nos EUA. Mesmo o aquário de
Boston, bastante visitado, e não propriamente um museu, só consegue
cobrir os custos.

Vou parando por aqui. Já falei muito. Mas não sem antes perguntar ao
Léo:


>Léo: Cada lata de Skol consumida é amassada 'cientificamente' na
técnica do colapso da resistência da lata com as pontas de dois lápis!
(se interessar descrevo a técnica).

Conta, pelo amor de Deus, qual é essa técnica? Os americanos têm uma
interessante, de equilibrar a latinha de cerveja pelo chanfro entre o
fundo e o lado da latinha. Exige que a quantidade de cerveja restante
seja muito bem calibrada. Pouco, a lata volta ao equilíbrio; muito, a
lata vira e derrama a cerveja na mesa.


A Skol tá boa agora? No meu tempo a Antarctica era melhor. Boa mesmo era
a Serra Malte. Rival até para a Alexander Keith, canadense, insuperável.


Os canadenses perguntam: qual é a semelhança entre a cerveja americana e
um casal fazendo amor numa canoa? Só respondo se você explicar o truque
dos dois lápis.


Colucci




SUBJECT: Re:Papo com o Léo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/02/2002 09:43

> Sei que esse é um caso extremo, mas acho que o resto do ensino
> público

Caso extremo, mas como a distribuicao socio-economica
no Brasil e' bimodal, esse extremo e' representativo
de uma parte consideravel.

Leo certa vez me mostrou um email -- sabe-se la' como
eles tinham acesso 'a internet -- de uma aluna q.
contava a situacao de penuria material de sua escola.
Mal tinha carteira e cadeira. Estavam entusiasmados com
a ideia de uma feira de ciencias, mas quede material?
Sugerimos improvisar com vidros de maionese, enfatizar
a parte de campo -- ir visitar o jardim ou a mata
proxima (precisamos ter cuidado com cobras e aranhas
qdo se trata de criancas).

Isso bem na epoca em q. o governo anunciava o inicio
do racionamento de energia, alegando q. fora pego de
surpresa.

> sempre foi assim. Eu sou um fruto da escola pública. Fiz o

O Leo tbm. Eu tbm sou uma especie hibrida. Fiz escola
publica ate' antiga setima serie do primeiro grau (atual
segundo ano do ensino medio e anteriormente chamada de
segundo ano ginasial -- 'as vezes tenha a impressao q.
as reformas educacionais no Brasil se restringem 'a
mudancas de terminologia e algumas tecnicalidades nos
indices de medicao de parametros escolares: evasao,
repetencia e assim vai).

A mae de um amigo meu, bastante envolvida em educacao,
conta sobre os esforcos q. o governo estadual (de SP)
tem feito. Finalmente passarao a exigir diploma de nivel
superior aos professores. Os professores atuais da rede publica
podem se matricular em cursos conveniados para fazerem
os cursos. Mas claro q. tem problemas graves ainda --
muitos cursos sao de doer, porem se isso tiver continuidade
e' um alento. (Um problema nosso e' a falta de continuidade
dos projetos. Entra governo novo e modifica tudo...
independentemente de se a ideia e' boa ou nao.)

> Realmente, escrever para crianças muito pequenas é coisa para
> especialistas. A tentação de botar um raciocínio mais complicado é
> grande demais para quem não lida com elas diariamente. Mas é
> possível fazê-lo.

Precisamos dialogar com uma pedagoga ou uma
especialista em educacao. (Engracado como
algumas profissoes a gente associa a determinado
sexo... eu falo 'a gente' e nao 'eu' so' pra
compartilhar a culpa.)

Mas tem o programa Ver Ciencia q. passa
na Cultura com videos do Canada' e dos EUA
q. mostram experiencias didaticas de
ensino das Ciencias com a criancada.
Sao coisas bem simples mesmo.

> O mais difícil é associá-las a um estágio particular do
> desenvolvimento infantil.

Da'-lhe Piaget.

> Procurar fósseis, estudar os animais em seus diferentes habitats (o
> peixe na água, o sapo na beira da lagoa, o lagarto na pedra, o
> passarinho na árvore), cadeia alimentar, etc, são experiências
> adequadas para crianças novas.

Nos EUA existem sitios fossileferos bem conhecidos
e espalhados pelo pais. Em gde parte pela ajuda dos
paleontologos amadores. Aqui no pais existem apenas
um punhado de sitios conhecidos ali e acola'... e bem
longe dos centros urbanos. E os q. existem muitos sao
explorados por mineradoras e depredados por cacadores
de fosseis.

> Nada do que seja feito com dinheiro público pode ter o menor
> vínculo com lucro.

Sem fins lucrativos nao deveria significar com fins de
prejuizo...

> Museu não dá lucro em lugar nenhum do mundo

Mas tbm nao precisa dar lucro. Precisa e' cobrir
os custos operacionais e talvez sobrar
algum para reinvestimento. Sera' q. nao ha' modo nenhum?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re:Papo com o Léo
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/02/2002 10:51

Colucci:

> Entre os vários institutos da USP há material para um museu
> excelente, mas... Nem preciso dizer o resto da frase. Não dá para
> começar por aí. Temos de arranjar um outro jeito.

André:

Foi o que imaginei. Conheço o presidente da Fundação Museu de
Tecnologia de São Paulo, que tem um prédio ao lado da cidade
universitária, na marginal pinheiros. Eles tem algum material
interessante, como duas locomotivas antigas e um avião DC-3, mas as
condições do museu são precárias, apesar do belo edifício. Quando o
museu de aeronáutica que funcionava no ibirapuera foi desativado,
parece que eles tentaram chegar a um acordo para hospedar o acervo,
mas sem sucesso.

Conseguir juntar o acervo dos diferentes institutos da USP deve ser
mesmo extremamente complicado por causa da burocracia. Imagino que
não seja nem tanto culpa dos administradores, mas da legislação. É o
velho paradoxo brasileiro: para evitar uma corrupção intolerável só
mesmo uma burocracia insuportável.



Colucci:

>
> Procurar fósseis, estudar os animais em seus diferentes habitats (o
> peixe na água, o sapo na beira da lagoa, o lagarto na pedra, o
> passarinho na árvore), cadeia alimentar, etc, são experiências
adequadas
> para crianças novas.
>

André:

É isso mesmo, o importante é aprender a observar o mundo, a
distinguir o que faz parte do mundo real e o que faz parte da ficção.
Já não é pouca coisa hoje em dia. O importante é despertar a
curiosidade e o amor pela natureza e pelo conhecimento; porque esse
amor é o motor de toda grande carreira científica. Sempre gostei de
ciência. A primeira vez que ouvi falar em "método científico" foi no
ginásio, e a primeira vez ouvi falar em "Carl Popper" foi na
faculdade (curiosamente, na faculdade de Administração de Empresas, e
não no IAG), mas já gostava de ciências muito antes disso. O
importante é acender a chama na criança. E no adulto, claro, manter
essa chama acesa. Infelizmente, quando me formei no IAG, o ambiente
acadêmico não era o que eu poderia chamar de "excitante". Como
naquela época não me sentia preparado para morar no exterior, acabei
dessitindo da área acadêmica. Prestei concurso para Auditor Fiscal e
aqui estou.

>
>
> >Colucci: A FAPESP nunca deixou a FUNBEC montar uma loja dentro da
> Estação Ciência. Diziam que coisa pública não pode ter fins
lucrativos.
> Meter a mão pode, acho.
>
> >André: Isso é interessante. Visitei a Estação Ciência em junho, com
> meus filhos pequenos. Achei o local atraente e razoavelmente
organizado,
> porém o que salta aos olhos é a ideologia "anti-comercial", ou
> "anti-burguesa", que permeia tudo.
>

Colucci:

> É um exemplo de burrice brasileira na condução de certos negócios.
Nada
> do que seja feito com dinheiro público pode ter o menor vínculo com
> lucro. Nossos museus não têm um restaurante que preste, uma loja
> decente, um estacionamento pago. Se tivessem, estaríamos
aproveitando
> melhor o dinheiro do contribuinte que vai para a manutenção das
> instalações.
>
> Não dá para fazer a comparação com os EUA e Canadá, devido ao poder
> aquisitivo da população. Mas não é preciso assumir essa falsa
pureza,
> isolando a classe média que é quem deveria estar financiando essas
> coisas para o povão através da receita dessas atividades paralelas.
>

André:

Mas existe uma classe média respeitável, com dinheiro para gastar.
É possível que haja um canadá, ou pelo menos meio canadá dentro do
Brasil, concentrado na região sul. O Leo disse que R$8,00 é ingresso
para burguês. Até concordo, mas então o Brasil está cheio de
burgueses. É só convencer esse pessoal a trocar o cinema ou o
parquinho pelo museu! O ingresso para o Museu tem que ser apenas uma
sugestão, e espera-se que as pessoas que podem pagar tenham vergonha
na cara e paguem.



> >Takata: Isso e' um trabalho para o... Titio Leo. Sera' mesmo
possivel
> montar um museu de ciencias auto-sustentado?
>
> Resposta: Não. Pelo menos não um museu que se preze. Museu não dá
lucro
> em lugar nenhum do mundo, com alguma exceções como o Museu de Cera
da
> Madame Tussaud. Sei porque a empresa para a qual trabalho
(www.ideo.com)
> já projetou instalações para vários museus nos EUA. Mesmo o aquário
de
> Boston, bastante visitado, e não propriamente um museu, só consegue
> cobrir os custos.
>

André:
Depende do que se entende como "auto-sustentado". É muito difícil
esperar que um museu dê lucro, ou mesmo pague seus custos apenas com
a venda de ingressos. Mas imagino que a venda de ingressos represente
apenas uma fração do orçamento dos grandes museus. Outras fontes de
renda: 1. Serviços paralelos: como o Colucci mencionou,
estacionamento, lojinha, restaurante. 2. Doações - desde pequenas até
grandes e muito grandes. Espera-se que quem gosta de ciência e tem
algum dinheiro, e principalmente quem enriqueceu na área de ciência e
tecnologia tenha vergonha na cara e contribua. 3. Patrocínio. 4.
Trabalho voluntário. Talvez ainda: 5. intercâmbio, doações ou
empréstimos (de acervo) de grandes museus estrangeiros.

Não acho que seja impossível, mas para se conseguir um patrocínio
inicial razoável é preciso desenvolver um projeto que tenha
credibilidade, e isso pressupõe tanto um bom projeto em si quanto o
envolvimento de pessoas que já tenham no nome na área científica,
tecnológica e educacional.

No caso de museus, tamanho é documento. O ideal seria um grande museu
Paulista de ciências, tecnologia e história natural, tudo junto,
incluindo ainda um planetário e um aquário.

Se o museu se sustentar sem dinheiro público acho que podemos chamá-
lo de auto-sustentado.

alguns links relacionados:

Fundação Museu de Tecnologia de São Paulo
http://www.museutec.org.br/

Fundação Santos Dumont
http://www.prodam.sp.gov.br/ibira/bienalemu3.htm

A memória aeronáutica brasileira, ao relento
http://www.jt.estadao.com.br/noticias/99/11/21/do16.htm

parque científico "Tecnorama"
http://www.tecnorama.com.br/

Aquário do Guarujá "Acqua Mundo"
http://www.aquarioguaruja.com.br/

[]´s

André Baptista









SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Em defesa dos normais
FROM: Charles Pilger <charles@pilger.inf.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/02/2002 10:56

"Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:
>
> > De: rmtakata [mailto:rmtakata@altavista.net]
> >
> > Por outro lado o q. seria do
> > mundo sem os normais?
>
> Os normais só servem de parâmetro para os doidos.
> Servem também para produzir filhos doidos.

Desculpe, mas a normalidade não é definida pela estatísitca? Ou seja:
normal é o que está na curva do sino.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Em defesa dos normais
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/02/2002 11:13

Oi,

Takata: Por outro lado o q. seria do mundo sem os normais?

Manuel: Cito ainda o caso do Kafka, que não era lá muito normal, e do seu
amigo Max Brod. Kafka, antes de morrer, pediu ao Brod para queimar todos os
seus manuscritos. Brod não atendeu ao pedido do amigo. Ainda bem! Se não
fosse o normal Max Brod, Kafka não teria existido como escritor.

Alexandre: Os normais só servem de parâmetro para os doidos. Servem também
para produzir filhos doidos.

Manuel: Para uma coisa os doentes da alma servem: para serem explorados.
Escravo bom é escravo moralmente fraco. Por isso, se queres explorar alguém,
antes quebre a sua auto-estima. Pois, sem auto-estima, uma pessoa não tem
vontade própria, de modo que a sua vontade será doravante a vontade do
outro, isto é, do normal.

Uma sociedade autoritária, fundada em relações de exploração, não pode
subsistir sem esse tipo de doença. Em tal sociedade, a melancolia e a
angústia são endêmicas.

O catolicismo por muito tempo serviu de ideologia das classes dominantes
porque sempre ensinou aos homens a não gostarem de si. Segundo o mito do
Pecado Original, o homem é pecador desde o berço. Ora, é por meio do
castigo, da penitência e submetendo-se à Vontade de Deus (na verdade, à
vontade dos representantes de Deus na Terra) que nos eximimos do pecado.

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: RES: [ciencialist] Em defesa dos normais
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/02/2002 11:32

> De: rmtakata [mailto:rmtakata@altavista.net]
>
> Por outro lado o q. seria do
> mundo sem os normais?

Os normais só servem de parâmetro para os doidos.
Servem também para produzir filhos doidos.

> Se nao fosse Zelda Sayre, o
> q. seria Fitzgerald?

Zelda era tão junkie quanto Scott.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Em defesa dos normais
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/02/2002 12:01

--- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:
> Escravo bom é escravo moralmente fraco. Por isso, se queres
> explorar alguém, antes quebre a sua auto-estima. Pois, sem auto-
> estima, uma pessoa não tem vontade própria, de modo que a sua
> vontade será doravante a vontade do outro, isto é, do normal.

Ah! Cale a boca, seu néscio ignorante.
E vá buscar os meus chinelos, seu
imprestável!

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re:Papo com o Léo
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/02/2002 12:13

> De: Luiz Ferraz Netto [mailto:leo@barretos.com.br]
>
> Há bom tempo, lá pela época que entrei para o Ciencialist,
> propus que a turma escrevesse textos para tal faixa etária
> (vou ver se consigo descobrir essa mensagem) ... infelizmente
> não vingou. propus também escrevermos um livro didático em
> conjunto (tipo Burbaki) --- à época o MEC tava fazendo
> vistorias nos livros didáticos e houve muitas podas. Ainda
> topo o projeto.

Léo e demais camaradas,

Tive uma experiência didática com crianças entre sete e doze
anos quando lecionei BASIC (viximaria!) para uma turma na ACM.
Os manuais eram destinados ao estudante adulto, mas consegui
interpretá-los muito bem para os pirralhos. Foi um sucesso!
Formei a turma mirim mais rápido que a dos marmanjões.

Não me atrevo a elaborar textos técnicos por não ter
qualificação adequada, mas acho que posso ajudar a revisar este
textos enquadrando-os à capacidade cognitiva da criançada.

Gostaria de fazer um teste, mande um texto de nível médio
para eu ver o que posso fazer.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Em defesa dos normais
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/02/2002 12:47

Manuel Bulcão:

>
> Uma sociedade autoritária, fundada em relações de exploração, não
pode
> subsistir sem esse tipo de doença. Em tal sociedade, a melancolia e
a
> angústia são endêmicas.
>
> O catolicismo por muito tempo serviu de ideologia das classes
dominantes
> porque sempre ensinou aos homens a não gostarem de si. Segundo o
mito do
> Pecado Original, o homem é pecador desde o berço. Ora, é por meio do
> castigo, da penitência e submetendo-se à Vontade de Deus (na
verdade, à
> vontade dos representantes de Deus na Terra) que nos eximimos do
pecado.
>

André:

Essa é uma questão complicada. A principio eu tenderia a concordar
com você, em parte. Mas, pensando bem, será que o brasileiro tem mais
sentimento de culpa do que o alemão, o japonês e o americano? Talvez
seja exatamente o contrário. A acomodação do brasileiro em relação ao
autoritarismo e a dominação vêm mais da ignorância e da pobreza do
que da nossa religiosidade dominical. O brasileiro educado de classe
média me parece na verdade menos conformado do que o americano na
mesma situação. Talvez essa seja uma das razões porque o capitalismo
ainda não tenha triunfado por aqui. Afinal, o "espírito do
capitalismo" não nasceu da ética protestante? E essa ética,
resumindo, não diz que um homem não vale nada sem o trabalho?
Aliás não são os americanos, e mais ainda os alemães, muito mais
neuróticos do que os brasileiros? Porque alguns alemães ficam tão
deslumbrados com o Brasil, senão por ser um povo cuca-fresca e
desneurotizado, o oposto dos próprios alemães? (por favor, exclua
deste exemplo os paulistanos, tão neuróticos e competitivos quanto os
habitantes de qualquer megalópole do mundo).

No limite não é toda ética um instrumento de alienação e dominação?
Afinal, como diz o ditado, "não é por não praticar o bem que eu vou
pregar o mal"; mesmo as pessoas que praticam o mal sabem que é
conveniente pregar o bem. Os políticos e as classes dominantes são
exatamente as mesmas em todas as partes do mundo. A única diferença é
que nos países desenvolvidos elas dominam com maestria a arte da
hipocrisia ("uma homenagem que o vício presta à virtude", como diz
outro ditado), e conseguem convencer o próprio povo das virtudes de
uma vida ética e trabalhadora (enquanto a própria elite só está
preocupada em se perpetuar no controle do poder econômico). No fim a
hipocrisia se torna uma armadilha, que muitas vezes pega o rabo do
próprio hipócrita (se ele não for ágil o suficiente). Assim que vemos
políticos desnonestos aprovando leis moralizantes e éticas, que podem
acabar levando-os para a cadeia. Um país cresce e se desenvolve na
mesma medida em que suas elites vão se refinando na arte da
hipocrisia.

E nós pensamos que somos malandros, enquanto o verdadeiro malandro
fala inglês, não fuma, não bebe e vai a igreja todo dia. E quando nos
encontra pela frente fala "você não vai pra frente por que é muito
malandro!" :)

[]´s

André




SUBJECT: Re: [ciencialist] Direito cibernetico
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/02/2002 13:19

Eu não tenho conhecimentos de leis especificas, o que eu estou para
aqui a dizer é a doutrina geral do direito de vários países e pode
não ser aplicado na prática.Assim,

1 - o copyrigth só se aplica à expressão concreta das ideias e não às
ideias em si. Você pode copiar as ideias de outro autor, não pode é
copiar o texto exacto do que ele escreve. Por isso, o copyrigth não se
aplica à demonstração de uma teoria ou teorema matemático. Isto poderia,
quanto muito, ser alvo de uma patente. O periodo de duração das patentes
(20 anos) é mais curto que o do copyrigth(70 anos após a morte do
autor).

2 - o direito de citação deve ser garantido. Qualquer autor tem o
direito de citar outro autor se isso se justificar.

3 - o copyright não se deveria aplicar a qualquer documento público
como cotratos, sentenças, legislação, documentos da administração
pública, documentos apresentados em tribunal. Os pareceres juridicos
deveriam cair no dominio público logo que fossem apresentados
publicamente.

Neville wrote:
>
> Olá pessoal !
>
> Gratíssimo, João. Seu texto é bem esclarecedor. Mas restam casos especiais,
> que não sei se foram considerados pela lei, como os da demonstração de uma
> teoria, de teorema matemático ou em citações em sentenças de doutrinas e
> pareceres de terceiros, ou ainda no texto de ações jurídicas contendo textos
> de outras causas similares. Será que caberia aos primeiros advogados
> participação nos honorários dos segundos sob uma pretensa co-autoria na causa
> ?

A resposta a esta pergunta deveria de ser: se os textos já foram
apresentados num tribunal são públicos. Se os argumentos foram
copiados de um livro, também não há lugar ao pagamento de copyrigth,
desde que não sejam escritos da mesma forma. Só quando se copia o
texto igualzinho é que há violação de copyrigth.

--
joão
http://www.nonio.com



SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: Em defesa dos normais
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/02/2002 14:55

>André Dias Baptista: A acomodação do brasileiro em relação ao
autoritarismo e a dominação vêm mais da ignorância e da pobreza do que
da nossa religiosidade dominical. O brasileiro educado de classe média
me parece na verdade menos conformado do que o americano na mesma
situação.

André,

Peço licença para discordar. Esse é um mito tão repetido no Brasil que é
tomado como verdade. O comportamento predominante nos EUA é o
individualismo. Sendo os EUA uma sociedade individualista, o conjunto de
regras mínimas combinadas para que o sistema funcione sem que um não
coma o outro vivo é defendido com energia. O individualismo permeia
todas as relações -- pais e filhos, professor e aluno, cidadão e
cidadão. Por isso mesmo, um americano é mais diferente de outro
americano do que um brasileiro é diferente de outro brasileiro. A
afirmação parece contrariar a lógica da sociedade de consumo, da
massificação, etc, mas só aparentemente. Quem vive aqui algum tempo
percebe o como é ridícula a afirmação de alguns brasileiros que conhecem
os EUA superficialmente e afirmam "os americanos são assim".

Quanto à nossa classe média...hmmm... deixe-me tentar ser educado.
Acho-a totalmente inócua, desossada, sem espinha. Pode-se fazer com ela
o que quiser, desde que estejam se achando melhor do que o povão,
trocando de carro de vez em quando, conseguindo escapar da maioria dos
assaltos, etc, não criam problema. Se acontecesse nos EUA algo
remotamente similar ao que o Collor fez com o Plano Verão não haveria um
político daquela corja vivo para contar a história.

Não sou admirador incondicional dos americanos (prefiro os canadenses),
mas o pecado do conformismo eles não têm. A essência de ser americano é
ser anti-conformista. A história dos EUA é a prova.

Colucci




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Papo com o Léo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/02/2002 14:56

De Medeiros,
"Gostaria de fazer um teste, mande um texto de nível médio
para eu ver o que posso fazer."


Farei outros comentários em novo e.mail, nesse vai a indicação da nova Sala 00 no Imperdível, "APENAS PARA NOSSOS OLHOS" (não existe essa sala para o público):

www.feiradeciencias.com.br/sala00/00_01.asp

Isso foi uma tentativa (em 2001) de escrever algo para essa faixa etária. Não tive a ousadia de colocar nada on-line.
Para essa faixa etária é indispensável o recurso de figuras devidamente colocada e o formato .htm não permite muita 'extravagância', por isso tive de fazer tudo em .gif. No fundo a totalidade dos bytes nesse formato deu ligeiramente menor que a soma dos gifs individuais.
Tenho mais uma página para teste (um dos assuntos do menu) que colocarei hoje mesmo nessa sala 00. É sobre o peso.

Dêem uma olhadinha/comentários.

[]'
Léo

PS: é para outro e.mail, mas para não esquecer: Todo e qualquer projeto viável não pode ostentar a palavra "Museu". Infelizmente desgastaram essa denominação e virou 'algo antigo", 'ultrapassado', 'lugar de guardar coisas velhas', 'coisa de velho visitar', 'sessão nostalgia' etc. Tenho um trabalho sobre isso(sei lá em que fundo de gaveta estará!) feito no IFUSP.
==================

-----Mensagem Original-----
De: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 5 de fevereiro de 2002 12:13
Assunto: RES: [ciencialist] Re:Papo com o Léo


> De: Luiz Ferraz Netto [mailto:leo@barretos.com.br]
>
> Há bom tempo, lá pela época que entrei para o Ciencialist,
> propus que a turma escrevesse textos para tal faixa etária
> (vou ver se consigo descobrir essa mensagem) ... infelizmente
> não vingou. propus também escrevermos um livro didático em
> conjunto (tipo Burbaki) --- à época o MEC tava fazendo
> vistorias nos livros didáticos e houve muitas podas. Ainda
> topo o projeto.

Léo e demais camaradas,

Tive uma experiência didática com crianças entre sete e doze
anos quando lecionei BASIC (viximaria!) para uma turma na ACM.
Os manuais eram destinados ao estudante adulto, mas consegui
interpretá-los muito bem para os pirralhos. Foi um sucesso!
Formei a turma mirim mais rápido que a dos marmanjões.

Não me atrevo a elaborar textos técnicos por não ter
qualificação adequada, mas acho que posso ajudar a revisar este
textos enquadrando-os à capacidade cognitiva da criançada.

Gostaria de fazer um teste, mande um texto de nível médio
para eu ver o que posso fazer.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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SUBJECT: RES: RES: [ciencialist] Em defesa dos normais
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/02/2002 15:00

> De: Charles Pilger [mailto:charles@pilger.inf.br]
>
> > > De: rmtakata [mailto:rmtakata@altavista.net]
> > >
> > > Por outro lado o q. seria do
> > > mundo sem os normais?
> >
> > Alexandre:
> > Os normais só servem de parâmetro para os doidos.
> > Servem também para produzir filhos doidos.
>
> Charles:
> Desculpe, mas a normalidade não é definida pela estatísitca? Ou seja:
> normal é o que está na curva do sino.

Sim. Normais são a maioria. Mas, mão entendi a inferência.

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: RES: RES: [ciencialist] Em defesa dos normais
FROM: Charles Pilger <charles@pilger.inf.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/02/2002 15:15



"Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:
> > De: Charles Pilger [mailto:charles@pilger.inf.br]
> > > > De: rmtakata [mailto:rmtakata@altavista.net]
> > > >
> > > > Por outro lado o q. seria do mundo sem os normais?
> > >
> > > Alexandre:
> > > Os normais só servem de parâmetro para os doidos.
> > > Servem também para produzir filhos doidos.
> >
> > Charles:
> > Desculpe, mas a normalidade não é definida pela estatísitca?
> > Ou seja: normal é o que está na curva do sino.
>
> Sim. Normais são a maioria. Mas, mão entendi a inferência.

Na verdade eu estava fazendo a pergunta pro rmtakata...

Ou seja: embolei o meio de campo :)


SUBJECT: Re: [ciencialist] psicanálise (era: Re: O Mito Popperiano)
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/02/2002 15:59

Olá André Baptista,

André: quando se fala em "resistência a pulsão reprimida" o que me vem
imediatamente a mente é a repressão sexual. Estou enganado? A que outro tipo
de pulsão pode se referir? Sei que a psicanálise freudiana atribui uma
grande importância ao impulso sexual, e que procura explicar muitas doenças
mentais como decorrência de impulsos reprimidos. Mas aparentemente, após a
liberação sexual dos anos 60 e posteriores parece ter havido um aumento da
incidência de doenças mentais e não sua diminuição.

Manuel: Uma pulsão ou desejo só pode ser reprimida caso a sua não satisfação
não venha a causar a morte do indivíduo. Não podemos deixar de comer ou de
beber água, mas podemos nos abster do sexo ou da prática de atos violentos
(quando a própria vida não está em jogo). Logo, as pulsões eróticas e as
agressivas são passíveis de repressão ou recalque. E ambas, muitas vezes,
aparecem combinadas. Outro sentimento que se pode reprimir é o medo. Freud
afirma que as primeiras repressões, no menino, são: a) o desejo incestuoso
pela mãe; b) o ódio pelo pai ou pelos irmãos rivais; c) o medo de ser
castrado pelo pai.

(Observe-se que, segundo alguns primatologistas, entre muitos primatas,
inclusive o homem, o "falo" é um símbolo inato cujo significado é "poder",
"dominância" ou "força".
Por isso, as manifestações de agressividade se assemelham muito aos rituais
de corte e
sedução. Mostramos o pênis para nossas parceiras, mas também, de uma maneira
alegórica -- um cotoco, uma banana, ou então segurando o bicho e gritando:
Taqui pra ti, viado! -- o mostramos aos nossos desafetos. De sorte que,
talvez, o medo de ser castrado nada mais seja que o
medo de perder o poder para alguém. Entre muitos povos há até mesmo
castrações mitigadas como rituais de iniciação. A prática da circuncisão
entre os semitas --
judeus e árabes -- é apenas um entre vários exemplos.)

(Observe-se, também, que "mãe" e "pai" são significantes que podem
ter por significado tanto os nossos genitores biológicos como também: mãe -
"a mulher
do pai"; pai - "o indivíduo alfa, o superior hierárquico ou o primus inter
paris".)

Quanto à revolução sexual, é bom que se diga que as interdições que geram
comportamentos neuróticos (e que estão ausentes nos "pervertidos") são
interdições intra-psíquicas e inconscientes. Assim como o Id, parte
considerável do Superego é inconsciente. Logo, não adianta o Estado decretar
que "a partir desta data todo mundo pode comer todo mundo e as disposições
em contrário estão revogadas" se o sujeito sexualmente liberado, no primeiro
encontro num motel, fica ansioso, broxa e, porque broxou, entra numa crise
de depressão. Ademais, a sexualidade geratriz de uma neurose de caráter é a
sexualidade infantil e não, por exemplo, o tesão absolutamente normal e
saudável que porventura temos por uma mulher casada ou pela filha
adolescente de um colega.

Freud foi um dos primeiros a perceber a existência de uma sexualidade
infantil. Há, hoje, estudos neurológicos e endocrinológicos que comprovam a
existência de desejos sexuais (embora não genitais) ainda na infância. (Se
alguém quiser, posso citar as referências.) O
aparecimento das neuroses de caráter e das "perversões" (não gosto deste
último termo) está relacionado à maneira como a criança vivenciou esses seus
desejos. Note-se que, nas criancinhas, o sistema nervoso central ainda
encontra-se em formação, de modo que um acontecimento -- que a criança ainda
não é capaz de compreender -- pode determinar alterações químicas e mesmo
trazer conseqüências neurológicas
profundas e até permanentes. Não dá para separar o desenvolvimento somático
do psíquico nem abstrair ambos do ambiente em que a criança cresce.

Ainda sobre a liberação sexual. Creio que esta se deu também porque os
empresários descobriram que podiam lucrar muito com o sexo, seja o "normal"
ou o "anormal". Mas o comércio, por meio do marketing, tende a estandartizar
o objeto do desejo. Por isso que vemos hoje um estereótipo de beleza,
masculina e feminina, consagrado pela mídia. Um modelo inascessível para a
esmagadora maioria dos mortais. Outro dia, vi um vendedor de picolé, velho,
barrigudo, pobre, careca, desdentado e, provavelmente casado com uma mulher
horrorosa, olhando extasiado para um grande outdoor em que uma diva
belíssima e semi-nua fazia propaganda de um bronzeador. Somente um homem
belíssimo ou um endinheirado (segundo Marx, o dinheiro faz do covarde um
corajoso, do desajeitado um sedutor) teria alguma chance com aquela mulher.
De que adianta criar a necessidade ou liberar o consumo se não se dá meios
para o consumo ou para a satisfação da necessidade? É claro que isso só
serve para gerar mais insatisfação, mais frustração, mais sofrimento. É duro
ver a vida sempre atrás de uma vitrine.

Assim como a propriedade é um critério para diferenciar as pessoas (sou mais
rico, por isso sou melhor!) o sexo também se transformou numa forma de
diferenciação narcísica.

André: Tenho outra crítica a fazer. A psicanálise me parece demasiadamente
centrada no próprio indivíduo, desconsiderando que o mesmo vive num meio
social. Como se a única coisa importante fosse o auto-conhecimento, o "estar
de bem consigo mesmo". Não nego a importancia disto, mas levada ao extremo
essa obsessão pelo auto-conhecimento pode levar o sujeito a um estado de
narcisismo mórbido, de infinita contemplação de cada pequeno capricho
pessoal, enfim, uma atitude solipsista dianta da vida. Me vem a mente, por
exemplo, o poeta Fernando Pessoa, eternamente obcecado por sua própria
personalidade, eternamente escarafunchando seus pequenos caprichos, traumas
e frustações, o que parece resultar num sujeito com enorme
auto-conhecimento, narcisista e infeliz.

Manuel: Não, não basta o auto-conhecimento para ser feliz ou menos infeliz.
O prefeito de uma cidade pode conhecer todos os problemas da sua cidade e
mesmo assim não conseguir melhorá-la "porque não tem recursos". Mas, de
outra parte, mesmo com muito recurso o prefeito só consegue melhorar a
cidade se conhecer todos seus problemas, não é?

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: psicanálise (era: Re: O Mito Popperiano)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/02/2002 16:33

Vou inverter a ordem dos comentarios
do Bulcao.

> (Observe-se que, segundo alguns primatologistas, entre muitos
> primatas, inclusive o homem, o "falo" é um símbolo inato cujo
> significado é "poder", "dominância" ou "força".
> Por isso, as manifestações de agressividade se assemelham muito aos
> rituais de corte e sedução. Mostramos o pênis para nossas
> parceiras, mas também, de
> uma maneira alegórica -- um cotoco, uma banana, ou então segurando
> o bicho e gritando: Taqui pra ti, viado! -- o mostramos aos nossos
> desafetos. De sorte que, talvez, o medo de ser castrado nada mais
> seja que o medo de perder o poder para alguém. Entre muitos povos
> há até mesmo castrações mitigadas como rituais de iniciação. A
> prática da circuncisão entre os semitas -- judeus e árabes -- é
> apenas um entre vários exemplos.)
>
> (Observe-se, também, que "mãe" e "pai" são significantes que podem
> ter por significado tanto os nossos genitores biológicos como
> também: mãe - "a mulher do pai"; pai - "o indivíduo alfa, o
> superior hierárquico ou o primus inter paris".)

E' por isso q. acho q. parece ser mais
uma leitura apressada, tentar correlacionar
esse comportamento sexual de primatas com
a teoria freudiana.

Temos q. 'interpretar' o pai de Freud como
nao exatamente pai... Biologicamente faria
pouco sentido o pai castrar o proprio filho...

--- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:
> Outro sentimento que se pode reprimir é o medo. Freud
> afirma que as primeiras repressões, no menino, são: a) o desejo
> incestuoso pela mãe; b) o ódio pelo pai ou pelos irmãos rivais; c)
> o medo de ser castrado pelo pai.

Os pacientes de Freud tinham mesmo sonhos
eroticos com os pais? Eles se sentiam melhores
qdo em livre-associacao acabavam concluindo q.
queriam manter relacoes com os proprios pais?
Como Freud chegou 'a conclusao de q. isso
ocorria na infancia?

Essas pulsoes existiriam em outros primatas?
Em caso positivo, essa repressao existiria em
outros primatas?

A repressao e' externa ou interna?

Talvez possamos bolar um teste de hipotese:
a repressao sexual e' muito maior nos meios
conservadores rurais do q. em metropoles.
Se pudermos isolar os sintomas das neuroses
associadas 'as frustracoes sexuais, hipotetizo
q. deveria ser mais frequente em populacoes
rurais.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Paradigmas
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'Ciencialist (br)'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/02/2002 16:40

O artigo foi publicado no JC-EMail, transcrito do Jornal do Commercio,
Recife, 02/02/2002

Gostariam de comentar?

Alexandre Medeiros

******************

Ciência e cientistas, artigo de Ulysses P. Albuquerque: "O importante é
repensar nossos paradigmas, a maneira de ver, sentir e usar a ciência"

Quando falamos sobre a forma como a ciência aborda seus problemas é preciso
deixar claro que as soluções que os cientistas encontram são baseadas na
visão de mundo e nos conceitos que dominam a ciência em um dado momento.

Isso quer dizer que o conhecimento científico é produzido em um determinado
contexto cultural. Sendo assim, quando um cientista aborda um problema,
todas as construções que resultarem dessa análise serão baseadas nas lentes
disciplinares que ele coloca sobre os seus olhos.

Todavia, além dessas lentes disciplinares, existe todo um referencial que
norteia o cientista ao construir a sua forma de ver o mundo e encarar um
problema. Aprendemos na escola que a ciência se constrói com fatos que são
interpretados, e se sucedem, e que o novo conhecimento é construído com base
no anterior.

Essa é a chamada visão linear de ciência. Mas outros filósofos da ciência,
como Tomas Kuhn, consideram que o progresso científico nem sempre se dá por
esse meio, às vezes podem ocorrer verdadeiros saltos que rompem com as
idéias e conceitos dominantes. Isto é, simplificadamente, o que ele chama de
paradigma.

Como vemos, descremos e sentimos o mundo ao nosso redor, é simplesmente uma
das muitas maneiras de explicar o universo e a relação entre as coisas.
Enfatiza Leonardo Boff que o diálogo experimental vem definindo as nossas
relações com o universo.

E foi assim ao tentar apreender as coisas que nasceu a ciência moderna que
pretende ser a única forma legítima de compreender o universo, isso através
de um método que orienta essas perquirições e sem o qual nenhum conhecimento
tem valor.

Sem dúvida o método científico é responsável pelos grandes avanços que
pudemos presenciar e, obviamente, se não fora o reducionismo da nossa
ciência, talvez, como ressaltam muitos, certas descobertas no campo da
biologia e medicina ainda estariam por se realizar.

Além disso, nova consciência já vem emergindo no seio da própria ciência: o
reconhecimento das ilusões e mitos científicos, dos quais somos legítimos
divulgadores, vêm sendo postos por terra. Não queremos dizer aqui que
devemos romper definitivamente com o método científico.

O importante é repensar os nossos paradigmas, a maneira de ver, sentir e
usar a ciência. Mas algum questionamento nos cabe fazer nesse momento como,
por exemplo, a ausência de disciplinas de filosofia em muitos cursos
universitários.

Nossos estudantes e jovens pesquisadores são treinados em técnicas, métodos
ultramodernos, são capazes de reproduzir experimentos e viver toda uma vida
trabalhando para uma ciência, da qual muitos desconhecem os valores e
significados.

Cada vez menos se produz "pensadores", formadores de opinião, e sem dúvida a
filosofia é uma poderosa ferramenta que habilita e introduz a essa arte do
pensar, do questionamento.

Mas que imagem de ciência é essa que foi construída ao longo do tempo e que
norteia atitudes, dita normas de conduta e padrão e faz com que as "pessoas
comuns" vejam os cientistas como visionários e suas opiniões como
inquestionáveis?

Na verdade, estamos vivendo numa época em que esses questionamentos são cada
vez mais recorrentes.

Clotilde Tavares no seu delicioso "Iniciação à Visão Holística", fala de uma
ideologia quase mística que retrata a ciência como tendo as respostas para
todos os questionamentos, todas as dúvidas e inquietações do homem, um
"passaporte" para o progresso dos seres humanos, um meio, uma forma de
fornecer um quadro perfeito e exato da realidade.

Nesse ponto, é preciso discutir o porquê e para que estamos produzindo
determinados conhecimentos? Qual a formação ideal para os cientistas que
estão se apurando no caldeirão da experiência acadêmica?

Será que eles ainda devem "crer" que nosso método é o único que pode levar
ao conhecimento do mundo que nos cerca e de nós mesmos?

Uma coisa é certa, estamos em um momento propício para debates, numa época
onde o questionar inteligente é extremamente desejável para definir os rumos
e destino que queremos dar as nossas vidas.

As descobertas científicas e tecnológicas avançam numa velocidade superior a
da compreensão ética do que fazer com elas. Hoje, mais do que nunca,
independente das querelas e dos conflitos ideológicos de quem quer que seja,
é preciso flexibilidade e bom senso.

Nos vem à mente uma estória de Khalil Gibran que iremos resumir: Três rãs
sentadas sobre um tronco discutiam acaloradamente sobre o fato de estarem
navegando. Cada uma aventou uma hipótese para explicar o ocorrido sem
entrarem em um acordo sobre a melhor explicação.

Ao fim, muito zangadas, solicitam a opinião de uma quarta rã que sem
pestanejar retrucou: Cada uma de vocês tem razão, e nenhuma está errada.
Sucedeu, então, um fato inesperado: as três rãs se juntaram e acabaram por
jogar no rio a quarta rã.



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Em defesa dos normais
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/02/2002 17:17

André Dias Baptista:
A acomodação do brasileiro em relação ao autoritarismo e a dominação
vêm mais da ignorância e da pobreza do que da nossa religiosidade
dominical. O brasileiro educado de classe média me parece na verdade
menos conformado do que o americano na mesma situação.

José Colucci:
> Peço licença para discordar. Esse é um mito tão repetido no Brasil
que é tomado como verdade. O comportamento predominante nos EUA é o
> individualismo. Sendo os EUA uma sociedade individualista, o
conjunto de regras mínimas combinadas para que o sistema funcione sem
que um não coma o outro vivo é defendido com energia.

André:
Sendo o Brasil também individualista, e havendo regras mas que não
são defendidas com nenhuma energia, os pobres são comidos vivos...
Mas a classe média brasileira, em especial o funcionalismo público,
tem se defendido historicamente muito bem. Será que os funcionários
públicos americanos tem os mesmos benefícios conquistados pelos
brasileiros, tais como aposentadoria integral, férias pagas,
estabilidade, etc? (Embora eu como funcionário público fosse capaz de
trocar todos os benefícios por outros difíceis de ser medidos, como
andar por ruas asfaltadas e limpas e ter acesso aos parques e museus
americanos).


Colucci:
O individualismo permeia todas as relações -- pais e filhos,
professor e aluno, cidadão e cidadão.

André:
Mas digamos que é um tipo especial de individualismo - por exemplo,
veja o mutirão para socorrer as vítimas do WTC, ou a tradição dos
trabalhos comunitários.

Colucci:
Por isso mesmo, um americano é mais diferente de outro americano do
que um brasileiro é diferente de outro brasileiro.

André:
*Dentro do mesmo estrato social* Porque se você comparar um cidadão
de Curitiba com um cidadão de São José da Tapera pode pensar que
vieram de planetas diferentes. Entendo o que você quis dizer: os
americanos são mais livres para serem eles mesmos (desde que sejam
americanos patriotas). Os brasileiros, ao contrário, são livres para
fazerem o que quiserem com o país: desmatar, roubar, poluir (desde
que sejam leais com os amigos e familiares e se comportem como o
patota espera).


Colucci:
A
> afirmação parece contrariar a lógica da sociedade de consumo, da
> massificação, etc, mas só aparentemente. Quem vive aqui algum tempo
> percebe o como é ridícula a afirmação de alguns brasileiros que
conhecem os EUA superficialmente e afirmam "os americanos são assim".

André:
Reconheço que viajei no clichê. As vezes falamos em "americanos"
e "espírito do capitalismo" e imaginamos quackers da Nova Inglaterra,
rezando e trabalhando... Mas depois disso o país recebeu uns 50
milhões de imigrantes, de diversas partes do mundo, e o país mudou
muito. O "espírito do capitalismo" ganhou vida própria, não precisa
mais da "ética protestante" por trás. Ou ainda precisa? O que você
acha? Afinal, existe ainda algum "sentimento de culpa" por trás da
ética do trabalho?

Colucci:
> Quanto à nossa classe média...hmmm... deixe-me tentar ser educado.
> Acho-a totalmente inócua, desossada, sem espinha. Pode-se fazer com
ela o que quiser, desde que estejam se achando melhor do que o povão,
> trocando de carro de vez em quando, conseguindo escapar da maioria
dos assaltos, etc, não criam problema. Se acontecesse nos EUA algo
> remotamente similar ao que o Collor fez com o Plano Verão não
haveria um político daquela corja vivo para contar a história.

André:
Triste verdade. Mas a classe média ainda é historicamente
privilegiada, por isso é tão conservadora. Nunca teve que competir
com os milhões de pobres sem acesso a educação decente. A classe
média brasileira tem empregadas domésticas. Quantos tem esse
privilégio nos EUA? Não tenho pena da classe média brasileira, porque
ela ainda é mais exploradora do que explorada.

Quando escrevi que o brasileiro de classe média é menos conformado,
isso não foi exatamente um elogio (pelo menos não era essa a
intenção). Quis dizer que brasileiro é menos conformado por acreditar
menos no país, por se sujeitar menos as regras (que valem só para
outro). Ou quer enriquecer por algum atalho fácil, ou é revoltado com
o sistema economico. Já o americano acreditaria mais no pais e se
sujeitaria mais as regras do jogo.

Afinal tudo isso começou com uma discussão sobre neurose e culpa. Mas
admito que não sei se os americanos são mais neuróticos ou não. Tem o
fator riqueza, que dificulta a comparação. Com dinheiro no bolso tudo
fica mais suave.


Colucci:
>
> Não sou admirador incondicional dos americanos (prefiro os
canadenses),

André:
Porquê? Você não está generalizando? A comparação é entre os povos ou
os países?

Colucci:
> mas o pecado do conformismo eles não têm. A essência de ser
americano é ser anti-conformista. A história dos EUA é a prova.

André:
Você me recomendaria algum livro sobre a história americana?

Se me indicar um, em troca te indico um bom livro sobre a "história
das alagoas" . Ai você vai conhecer o que é civilização. :))

um abraço,

André Baptista



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Papo com o Léo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/02/2002 19:35

>Léo: Cada lata de Skol consumida é amassada 'cientificamente' na
técnica do colapso da resistência da lata com as pontas de dois lápis!
(se interessar descrevo a técnica).

Colucci:
Conta, pelo amor de Deus, qual é essa técnica? Os americanos têm uma
interessante, de equilibrar a latinha de cerveja pelo chanfro entre o
fundo e o lado da latinha. Exige que a quantidade de cerveja restante
seja muito bem calibrada. Pouco, a lata volta ao equilíbrio; muito, a
lata vira e derrama a cerveja na mesa.

Com uma perna só, apoiando o pé sobre a lata de cerveja, suba calmamanete e fique equilibrado sobre a lata (pode apoiar-se lateralmente sobre um colega). Procure colocar a maior área possível do sapato sobre a tampa da lata.
Outro colega, munido de dois lápis bem apontado e afiado, um em cada mão, deita no chão e encosta as pontas dos lápis das laterais da lata em pontos diametralmente opostos.
Uma ligeiríssima pressão dos lápis contra a lata e essa desmorona amassando completamente. Uma festa!

\-----/ (pé)
---------- (tampa da lata)
| |
| |
| |
====----| |----===== (lápis)
| |
| |
=================== (chão)

é isso ai!

[]'
Léo
=============



SUBJECT: O Mito Popperiano (off topic)
FROM: "Luis Roberto Brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/02/2002 20:08


----- Original Message -----
From: "Luis Roberto Brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, February 05, 2002 8:00 PM
Subject: Re: O Mito Popperiano (off topic)


> > Isaac Newton - morreu virgem. Era tido como um sujeito intratável.
> >
> > Immanuel Kant - Também morreu virgem. Nasceu, viveu e morreu em
> Koningsberg
> > (atual Kalinigrado) e jamais se distanciou da sua cidade natal além de
um
> > raio de 180 km. Era extremamente metódico. Tinha pavor de terremotos,
pois
> > um acidente deste poderia desarrumar a sua gaveta.
> >
> > Boltzmann - Suicidou-se após uma crise de depressão.
> >
> > Kurt Godel - Tinha surtos paranóicos. Morreu de inanição, pois achava
que
> a
> > comida que lhe serviam estava envenenada.
> >
> > George Cantor - Enlouqueceu na fase mais produtiva da sua vida.
> >
> > Nietzsche - Fez parar um carroceiro que estava a açoitar o seu jumento,
> > abraçou o jumento em prantos, depois disso enlouqueceu.
> [...]
> > Abraços,
> > Manuel Bulcão
>
Lendo essa curiosa lista lembrei de um texto.

Mulher: Melhor não pensar muito (Carlos Gerbase)
http://www.google.com/search?q=cache:www.nao-til.com.br/nao-75/gerbase1.htm
(o site estah fora do ar :-/ , por isso tive que apelar pro cache do
Google)

Se algum dia retornar 'ao ar'... recomendo a leitura de alguns textos do
http://www.nao-til.com.br

Ateh
Luis Brudna
administrador mandando off topic.. eh o fim! :)
"Pior que a besteira é ter a noção cristalina, absoluta, completa de
besteira."




SUBJECT: Re: [ciencialist] psicanálise (era: Re: O Mito Popperiano)
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/02/2002 20:16

Olá Takata,

Manuel escrevera: (Observe-se que, segundo alguns primatologistas, entre
muitos primatas, inclusive o homem, o "falo" é um símbolo inato cujo
significado é "poder", "dominância" ou "força". Por isso, as manifestações
de agressividade se assemelham muito aos rituais de corte e sedução.
Mostramos o pênis para nossas parceiras, mas também, de uma maneira
alegórica -- um cotoco, uma banana, ou então segurando o bicho e gritando:
Taqui pra ti, viado! -- o mostramos aos nossos desafetos. De sorte que,
talvez, o medo de ser castrado nada mais seja que o medo de perder o poder
para alguém. Entre muitos povos há até mesmo castrações mitigadas como
rituais de iniciação. A prática da circuncisão entre os semitas -- judeus e
árabes -- é apenas um entre vários exemplos.)

(Observe-se, também, que "mãe" e "pai" são significantes que podem ter por
significado tanto os nossos genitores biológicos como também: mãe - "a
mulher do pai"; pai - "o indivíduo alfa, o superior hierárquico ou o primus
inter paris".)

Takata: E' por isso q. acho q. parece ser mais uma leitura apressada, tentar
correlacionar esse comportamento sexual de primatas com a teoria freudiana.

Manuel: Elabora-se uma hipótese com base em meros indícios e só depois
submetemo-la a um teste. Por isso que toda hipótese, de um certo modo, é
apressada. As tentativas meramente teóricas de refutação são igualmente
apressadas. Mas será que há como comprovar empiricamente que, nos homens, a
sensação de poder, de força e de dominância aumenta o apetite sexual? Será
que podemos provar que o poder e o prestígio social que um homem tem torna-o
mais sedutor junto às mulheres? Porque que alguns homens só sentem prazer
sexual quando submetem o parceiro à dor física e à humilhação, de uma forma
consentida ou não? Porque que algumas mulheres (e alguns homens também,
principalmente entre os homossexuais passivos) só experimentam prazer sexual
quando se sentem "dominadas", quando não maltratadas, isto é, porque a dor
muitas vezes intensifica o prazer sexual? Há alguma outra explicação mais
convincente acerca dos impulsos sadomasoquistas? Será que a relação sexual
masculino-feminino e a relação de dominância ativo-passivo não serviriam de
estímulo uma para a outra?

Por que a testosterona é, ao mesmo tempo, o hormônio da agressividade
intra-específica e, também, do prazer sexual?

Por que que, após uma partida de futebol (ou basquete, etc.), verifica-se um
aumento do nível de testosterona entre os vencedores e, ao mesmo tempo, uma
diminuição do nível deste hormônio entre os perdedores?

Por que alguns homens tem preferência por mulheres casadas, não por serem
bonitas, mas por serem casadas? Não seria porque, ao transarem com a mulher
do outro, eles sentem que estão "por cima da carne seca", que são
superiores, os maiorais, os fodões? Quem não conhece esse tipinho? É só
freqüentar rodas de cerveja e clubes do bolinha. Um desses até me confessou
que o ápice é quando ele se despede da mulher e fica "imaginando ela
beijando o marido corno, com a barriga cheia do 'meu' esperma."

Por que, entre alguns sagüis, basta a presença do alfa para diminuir o nível
de testosterona dos subalternos, ao ponto de comprometer-lhes a virilidade
e, em alguns casos, até mesmo o desenvolvimento? Vou procurar a fonte desta
informação. Sei que o nome que os etólogos deram a esse fenômeno foi
"castração psíquica". Ou foi castração química? Não me lembro ao certo.

Por que que, nas relações homossexuais entre os chimpanzés e bonobos, o
passivo é via de regra o subalterno?

E quanto às "cópulas de fúrias" que se verificam entre alguns macacos, em
que há não só ereção como também ejaculação?

Takata: Os pacientes de Freud tinham mesmo sonhos eroticos com os pais?
Eles se sentiam melhores qdo em livre-associacao acabavam concluindo q.
queriam manter relacoes com os proprios pais? Como Freud chegou 'a conclusao
de q. isso ocorria na infancia?

Manuel: Eu vou tentar reunir alguns trabalhos do Freud. Tenho até um CD com
as obras completas de Freud. Será que posso postar alguns textos sem correr
o risco de ser processado? :-)

Quanto a desejos incestuosos pela mãe, é fácil detectá-los em sonhos de
homens que só manifestam interesse sexual por mulheres bem mais velhas.

Quanto às conclusões, Freud as tirou de um farto material clínico. Ele
jamais partiu de juízos a priori, tal como: "os astros determinam o nosso
destino." Isso não quer dizer que Freud jamais disse uma besteira.

Acho que algumas perguntas do Takata só mesmo o Freud pode respondê-las.
Eheh!

Bem, por enquanto é só.

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] teratocarcinoma
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/02/2002 21:38

Oi Raul,

Obrigadíssimo pelas informações.

Fiz esta pergunta porque fui convidado para escrever o roteiro de uma ficção
científica "trash" a ser publicada num gibi (revista de histórias em
quadrinhos).

Só mais uma perguntinha: não há nenhuma possibilidade de um teratocarcinoma
irromper do corpo de um indivíduo e sair correndo por aí assustando o povo?

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: teratocarcinoma
FROM: "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/02/2002 00:34

--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Oi Raul,
> Obrigadíssimo pelas informações.
> Fiz esta pergunta porque fui convidado para escrever o roteiro de
uma ficção
> científica "trash" a ser publicada num gibi (revista de histórias em
> quadrinhos).
> Só mais uma perguntinha: não há nenhuma possibilidade de um
teratocarcinoma
> irromper do corpo de um indivíduo e sair correndo por aí assustando
o povo?
> Abraços,
> Manuel Bulcão

Chute completo e absoluto. :) Se nao me engano existe uma cena no
inicio do filme "Metade Negra" que aparece uma operacao de um caso
destes no cerebro de uma pessoa, eles mostram um olho quase
completamente formado.

Alguem confirma se isso (no filme) tem relacao com o tal
teratocarcinoma?


Ateh
Luis Brudna




SUBJECT: Re: Em defesa dos normais (errata)
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/02/2002 05:36

Olá Colucci, por favor desconsidere o parágrafo abaixo na última
mensagem:

> Quando escrevi que o brasileiro de classe média é menos conformado,
> isso não foi exatamente um elogio (pelo menos não era essa a
> intenção). Quis dizer que brasileiro é menos conformado por
acreditar menos no país, por se sujeitar menos as regras (que valem
só para outro). Ou quer enriquecer por algum atalho fácil, ou é
revoltado com o sistema economico. Já o americano acreditaria mais no
pais e se sujeitaria mais as regras do jogo.

Reconheço que falei besteira e depois tentei remendar torcendo tudo.
É o vício da tergiversação. Por favor, não preocupe em responder,
amasse e mande para a lata de lixo :)

um abraço,

André




SUBJECT: museu (era:Re:Papo com o Léo)
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/02/2002 10:09

--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:

> PS: é para outro e.mail, mas para não esquecer: Todo e qualquer
projeto viável não pode ostentar a palavra "Museu". Infelizmente
desgastaram essa denominação e virou 'algo
antigo", 'ultrapassado', 'lugar de guardar coisas velhas', 'coisa de
velho visitar', 'sessão nostalgia' etc. Tenho um trabalho sobre isso
(sei lá em que fundo de gaveta estará!) feito no IFUSP.


Leo, me parece que esse seja mais um problema dos museus nacionais, e
não da palavra "museu". Tanto que os americanos, campeões do
merchandising, continuam usando "museum" para suas instituições. Os
turistas quando vão para NY fazem filas para ver os "museums" -
Metropolitan, Natural History, Gugenheim, MOMA, Brooklin, etc. Fora
os museus pequenos, de tudo o que é coisa.

[]´s

André



SUBJECT: Re: teratocarcinoma
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/02/2002 10:41

--- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:
> Fiz esta pergunta porque fui convidado para escrever o roteiro de
uma ficção
> científica "trash" a ser publicada num gibi (revista de histórias em
> quadrinhos).
>
> Só mais uma perguntinha: não há nenhuma possibilidade de um
teratocarcinoma
> irromper do corpo de um indivíduo e sair correndo por aí assustando
o povo?
>

Não sei se se trata da mesma coisa, mas uma vez meu irmão retirou um
quisto do rosto e o médico disse tratar-se de uma espécie de embrião
não desenvolvido. Terá sido esse tal teratocarcinoma?

Por favor, nos diga quando sua história for publicada.

um abraço,

André




SUBJECT: off-topic - traducao
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/02/2002 12:23

Encontrei num livro espanhol a denomina��o "fuerzas ajenas" associada ao contexto das for�as eletromotrizes. N�o encontro uma tradu��o aceit�vel para tal for�a. Algu�m tem uma sugest�o?

Eis uma das frases pin�adas: "De esta manera hemos obtenido la ley de Ohm para un circuito cerrado en que la f.e.m. viene representada como la circulaci�n del vector de intensidad de las fuerzas ajenas."

[]'
L�o
==============
Luiz Ferraz Netto [L�o]
UIN#: 31028111
leo@barretos.com.br
leo@esquinas.com.br
www.feiradeciencias.com.br


[As partes desta mensagem que n�o continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: teratocarcinoma
FROM: "Raul Sturari Jr." <sturari@brturbo.com>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/02/2002 19:26

----- Original Message -----

From: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>

Não sei se se trata da mesma coisa, mas uma vez meu irmão retirou um
quisto do rosto e o médico disse tratar-se de uma espécie de embrião
não desenvolvido. Terá sido esse tal teratocarcinoma?


----- Original Message -----


Talvez tenha sido isso mesmo, Andre.

Mas essa explicação do médico foi um tanto esdrúxula. É bem verdade que nos estágios iniciais da gestação o embrião é formado apenas destes três folhetos - mesoderma, endoderma e ectoderma - mas no teratoma não se encontra este disco trilaminar (embrião), e sim células neoplásicas originadas destas camadas.

Seria melhor gastar mais alguns minutos e explicar corretamente ao paciente. Lá no hospital universitário, sempre que o paciente me pergunta algo sobre a etiopatogenia eu faço uns esboços explicativos (no receituário mesmo). Isso faz uma diferença no rapport...

[]s
Raul



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/02/2002 23:12

Olá Clóvis,

agradeço a referência. Tentarei adquiri-lo via fnac.com.br. Todo livro traz algo de bom ... até o meu! :-)
Sou normal. Fui perguntar prá minha esposa e ela afirmou que sim.

O problema todo nas experimentações é esse material de baixo custo; não há lugar prá comprá-los! :-)

[]'
Léo
===============
-----Mensagem Original-----
De: "Clóvis A. S. Maia" <gytuin@mailbr.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: domingo, 3 de fevereiro de 2002 21:50
Assunto: [ciencialist] Re: Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.


| Oi Leo,
|
| O livro é de 2000, e, pela minha pesquisa aqui no miner, voce pode
| adquiri-lo por R$24,00 em www.fnac.com.br (foi o mais barato que o miner
| encontrou - na Saraiva e na Cultura tbm tem).
| E, sim, o livro eh completamente dedicado a experimentacao, e com boas
| ilustracoes. E ainda com a boa ideia de usar somente materiais de baixo
| custo e facilmente acessiveis.
| Bem, aproveitando a discussao sobre Normais que anda tendo por ai, tenho
| que dizer: fosse voce normal, recomendaria o livro com certeza. Porem, sendo
| voce o Leo, duvido que encontre alguma novidade nele... de qquer jeito, nao
| custa conferir. :-)
|
| Ate, e um grande abraco!
| Clovis
|
|
|
| ________________________________________________________________________
| ________________________________________________________________________
| Olá Clóvis,
|
| Contrário ao que possa parecer fico muito contente em saber que existe outro
| título no tema Feira de Ciências ou Experiências para a Juventude ou algo
| assim. Gostaria que isso se intensificasse ainda mais!
| Não conheço o livro em questão (sabe a data da edição?). Meu Manual foi
| editado em 1990.
| Física mais que divertida é um livro texto de Física com partes
| experimentais ou é exclusivamente dedicado á experimentação?
|
| []'
| Léo
| ==============
| -----Mensagem Original-----
| De: "Clóvis A. S. Maia" <gytuin@mailbr.com.br>
| Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
| Enviada em: quinta-feira, 31 de janeiro de 2002 14:32
| Assunto: [ciencialist] Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
|
|
| |
| | Ola Luiz,
| |
| |
| | Nem de longe quero corrigir alguem, mesmo porque meu conhecimento da
| | bibliografia no assunto nao eh nem o infinitesimo do seu. Mas eh que tenho
| | por aqui outro livro, "Fisica mais que divertida", do Prof. Eduardo de
| | Campos Valadares (Editora UFMG, 2000) que, acho eu, encaixa-se tambem na
| | mesma classificacao do seu livro. Conheces?
| | Por sinal, nao conheco seu livro, mas se tem a qualidade do
| Imperdivel,
| | eh um livrao.
| |
| |
| | Ate,
| | Clovis
| |
| | --------------------------------------------------------------------------
| --
| | ------------------------------------------
| | Tenho salutar inveja de vc. Não posso conseguir os livros de experimentos
| os
| | quais vc tem toda facilidade de encontrar por ai. Pelo que me consta o
| | 'Manual das Feiras de Ciências' - 2 volumes (esgotada a única edição de
| 1000
| | exemplares cada) é o único título de pura física experimental no Brasil
| | dedicado ao tema Feira de Ciências. O autor, um ilustre desconhecido Luiz
| | Ferraz Netto, deveria ter re-editado, ampliado e lançado o volume 3 que
| | ficou no papel.
| |
| | Vou aguardar dos demais colegas algumas sugestões sobre a resposta que
| devo
| | enviar á mãe consulentes do Imperdível.
| |
| | Aquele abraço,
| |
| | Léo
| | ====================
| |
|
|
|
| &&& --- &&&
| VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
| http://www.ciencialist.hpg.com.br
| Para sair da lista envie um mail para
| ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
| &&& --- &&&
|
| Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
|
|



SUBJECT: ISI está contando de forma equivocada algumas citações
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/02/2002 00:15


O ISI, Institute for Scientific Information, publica os mais
conceituados índices de referências científicas, entre os quais o Science
Citation Index. Mas a revista Nature andou encontrando uns números
estranhos nos dados do ISI. Por exemplo, segundo o texto abaixo, o artigo
da Nature sobre o consórcio para o seqüenciamento do genoma humano foi
citado tão pouco nos anos seguintes, de acordo com os dados do ISI, que nem
entrou nas listas do Instituto - coisa impossível, dada a importância da
matéria. Essa distorção parece acontecer para trabalhos assinados por um
consórcio, ao invés de por autores individuais. O artigo arremata:
"Pesquisadores, legisladores e editores que dependem crucialmente de
estatísticas sobre citações deveriam ser instados a tratá-las com mais
cuidado."

"In statistics published on the ISI's website,
citation counts for the landmark paper describing the consortium's
sequencing of the human genome (Nature 409, 860-921; 2001) were so low
that it was absent from the lists - of questionable use, even on a good
day - of 'hot papers' in biology, which are published regularly in Science
Watch. When puzzled Nature staff examined the ISI's data, they found that
citations to the paper had been grossly undercounted. The same, it
emerged, applied to several other prominent papers authored by a
consortium, rather than by a list of individuals. To its credit, the ISI
reacted promptly, amending its website and commissioning a journalist to
write an account of the episode for Science Watch. The paper by the
International Human Genome Sequencing Consortium now sits at the top of
the hot papers list." (...) "Researchers, policy-makers and
publishers who depend heavily on
citation statistics should be urged to treat them with greater caution."

Texto integral abaixo.

Belisário

Nature 415, 101 (2002)

Errors in citation statistics A curious absence from a list of 'hot
papers' has led Nature to uncover some inaccuracies in the citation
statistics compiled by the ISI. This adds to worries about relying heavily
on these figures when rating scientific performance. For some researchers,
monitoring citation statistics and journal 'impact factors' is an
intensely serious business. In many German universities, for instance, the
impact factors of the journals in which scientists publish their work are
tallied, and the data plugged into formulae that directly influence the
funding given to individual departments. Worldwide, citation statistics
are increasingly being used as a convenient metric to assess the quality
of scientists' work. Researchers with expertise in bibliometric analysis
have long pointed out the potential pitfalls, and go to considerable
lengths to validate the data used in their studies. But when citation
statistics get into the hands of non-experts, rigour frequently flies out
of the window. Comparing the impact factors of journals is meaningless,
for instance, if they serve different disciplines in which widely
different citation practices may prevail. But in the drive to rate
scientists' performance, such comparisons are sometimes carried out. The
effective monopoly supplier of such statistics is the Philadelphia-based
ISI, formerly known as the Institute for Scientific Information, and now
owned by the Thomson Corporation. The ISI cannot be held responsible for
the uses to which its statistics are put, and its web pages include a
commentary on the limitations on citation data. However, the ISI is
accountable for the accuracy of the statistics it publishes. Subscribers
to the ISI newsletter Science Watch will notice that its latest issue
contains an apology to Nature and the International Human Genome
Sequencing Consortium. In statistics published on the ISI's website,
citation counts for the landmark paper describing the consortium's
sequencing of the human genome (Nature 409, 860-921; 2001) were so low
that it was absent from the lists - of questionable use, even on a good
day - of 'hot papers' in biology, which are published regularly in Science
Watch. When puzzled Nature staff examined the ISI's data, they found that
citations to the paper had been grossly undercounted. The same, it
emerged, applied to several other prominent papers authored by a
consortium, rather than by a list of individuals. To its credit, the ISI
reacted promptly, amending its website and commissioning a journalist to
write an account of the episode for Science Watch. The paper by the
International Human Genome Sequencing Consortium now sits at the top of
the hot papers list. That would be that, were it not for further
investigations that reveal other problems, this time with journals' impact
factors - a measure of the average number of citations per paper. A
journal's 2000 impact factor, for instance, is calculated by first
counting the total number of citations made in that year, counted across
all publications scanned by the ISI, to papers in that journal that were
published in the preceding two years. This figure is then divided by the
total number of items in the journal over the same two-year period that
are deemed by the ISI to be citable - usually original research papers and
review articles. Preliminary studies by Nature have uncovered errors in
the denominators used by the ISI that would seem to invalidate some
previously published impact factors. For some of the journals published by
the Nature Publishing Group, for instance, the number of citable papers
tallied by the ISI has been inaccurate, leading to spurious variation in
impact factor from year to year. It is not the purpose of this article to
put the record straight - that would require further detailed analysis.
And for many scientists, the accuracy of a particular journal's impact
factor will not be their most pressing concern. But these examples
highlight an even greater need than previously realized - by us, at least,
we confess - to check the ISI's data. Researchers, policy-makers and
publishers who depend heavily on
citation statistics should be urged to treat them with greater caution.
And, it would seem, the ISI has some further investigation to do.

fonte:
http://www.nature.com/cgi-taf/DynaPage.taf?file=/nature/journal/v415/n6868/full/415101a_fs.html




SUBJECT: Re: teratocarcinoma
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/02/2002 11:34

Raul:

> Talvez tenha sido isso mesmo, Andre.
>
> Mas essa explicação do médico foi um tanto esdrúxula. É bem verdade
que nos estágios iniciais da gestação o embrião é formado apenas
destes três folhetos - mesoderma, endoderma e ectoderma - mas no
teratoma não se encontra este disco trilaminar (embrião), e sim
células neoplásicas originadas destas camadas.
>

André:
Como não ouvi a explicação diretamente do médico, mas recontada, pode-
se desculpar. Mas sua explicação ainda está um pouco hermética para
um leigo. Os três folhetos são tipos de tecidos? encontrados apenas
no embrião ou em células comuns? As células neoplásicas são o tumor?
Aonde ficam as camadas das quais elas se originam? O teratocarcinoma
é formada por células semelhantes as tais células-tronco (ou toti- ou
pluri-potentes?)

(desculpe a encheção, mas agora fiquei curioso)

um abraço,

André






SUBJECT: Palavroes
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'Ciencialist (br)'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/02/2002 15:59

Não resisti. Essa é ótima.

[]'s

Alexandre Medeiros

***********************************

Preocupada com a quantidade de palavrões que o Joãozinho dizia, a mãe dele
decidiu pedir ajuda ao padre da paróquia.
O padre deu o seguinte conselho:

-Leve este caderno e anote cada vez que seu filho disser um palavrão.
No final do mês, desconte dez centavos por palavra da mesada do menino e os
doe à igreja".

No final do mês, o padre foi visitar a família e a primeira coisa que fez
foi chamar o Joãozinho e conferir o caderno. Contou os palavrões e disse:

-Meu filho, você proferiu 99 palavrões esse mês! Isso é terrível! Sua mãe
descontará R$9,90 da sua mesada".

-Vamos acertar logo isso", disse o menino. Sem esconder a irritação,
Joãozinho tirou uma nota de R$10,00 do bolso e entregou ao padre.

-Mas eu não tenho R$0,10 de troco".

-Então o senhor vai tomar no CÚ e fica tudo certo".


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: psicanálise (era: Re: O Mito Popperiano)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/02/2002 17:07

E aí, Manuel?

--- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:
> Manuel: Elabora-se uma hipótese com base em meros indícios e só
> depois submetemo-la a um teste. Por isso que toda hipótese, de um
> certo modo, é apressada.

Se ela so' e' advogada com mais vigor depois de
algum teste e' outra historia. Ou a mesma, mas
mais desenvolvida.

> As tentativas meramente teóricas de refutação são igualmente
> apressadas.

Eu nao estou refutando nada.

> Mas será que há como comprovar empiricamente que, nos homens, a
> sensação de poder, de força e de dominância aumenta o apetite
> sexual?

Sim. Testes psicologicos, formularios de inventario
de disposicao, monitoramento da atividade cerebral.
Pode ser q. se comprove o inverso tbm, ou uma certa
independencia.

Mas isso nao tem diretamente a ver com freudismo e
sua psicanalise. Diversos outros quadros teoricos
sustentam q. essa relacao deva existir. E -- nao
conheco nada de psicanalise -- parece q. esse
tipo de interpretacao e' apenas uma possivel q. se
pode ter dentro do quadro psicanalitico: se alternativamente
encontrarmos q. a sensacao de poder e' um inibidor de
apetite sexual, a teoria psicanalitica pode ser
chamada 'a baila tbm.

Por exemplo, logo apos os atentados aos EUA, foi relatado
um aumento da atividade sexual entre os americanos.
De certo modo reminiscente ao baby-boom pos-guerra.

> Será que podemos provar que o poder e o prestígio social que um
> homem tem torna-o mais sedutor junto às mulheres?

Novamente, podemos fazer uma pesquisa de
opiniao.

Ha' q. se diferenciar tbm sexy appeal ou
poder de seducao e uma disposicao verdadeira
ao engajamento sexual. E sexo com a formacao
de parcerias de longo prazo.

> Porque que alguns homens só sentem prazer
> sexual quando submetem o parceiro à dor física e à humilhação, de
> uma forma consentida ou não? Porque que algumas mulheres (e alguns
> homens também, principalmente entre os homossexuais passivos) só
> experimentam prazer sexual quando se sentem "dominadas", quando não
> maltratadas, isto é, porque a dor muitas vezes intensifica o prazer
> sexual? Há alguma outra explicação mais convincente acerca dos
> impulsos sadomasoquistas? Será que a relação sexual masculino-
> feminino e a relação de dominância ativo-passivo não serviriam de
> estímulo uma para a outra?

Pode ser meio complicado tratar uma teoria q.
atente para as excecoes.

Se alguns homens sofrem de lagnias associadas
'a humilhacao: seja ativo ou passivo, nao e'
verdade q. para uma boa parte isso cause
repugnancia?

> Por que a testosterona é, ao mesmo tempo, o hormônio da
> agressividade intra-específica e, também, do prazer sexual?

Opa, o prazer sexual tem mais a ver com
serotonina.

> Por que que, após uma partida de futebol (ou basquete, etc.),
> verifica-se um aumento do nível de testosterona entre os vencedores
> e, ao mesmo tempo, uma diminuição do nível deste hormônio entre os
> perdedores?

Partida de futebol e' diferente de sexo.
Nao compro a tese dos ludopedolatras de q.
o gol equivale ao orgasmo.

> Por que alguns homens tem preferência por mulheres casadas, não por
> serem bonitas, mas por serem casadas? Não seria porque, ao
> transarem com a mulher do outro, eles sentem que estão "por cima da
> carne seca", que são superiores, os maiorais, os fodões?

E se for simplesmente porq. mulheres casadas sao
mais carinhosas, nao enchem a paciencia e ja' tem
quem as sustente? E se for porq. as mulheres casadas
dao mimos aos amantes?

E 'alguns homens' equivale a 'a maioria dos homens'?

> que o ápice é quando ele se despede da mulher e fica "imaginando ela
> beijando o marido corno, com a barriga cheia do 'meu' esperma."

E tem tbm aquele tipinho q. fica se vangloriando
q. tracou uma cadela muito jeitadinha... O outro
q. se vangloria de ser assexual, o outro por
ser pansexual.

> Por que, entre alguns sagüis, basta a presença do alfa para
> diminuir o nível de testosterona dos subalternos, ao ponto de
> comprometer-lhes a virilidade e, em alguns casos, até mesmo o
> desenvolvimento? Vou procurar a fonte desta informação. Sei que o
> nome que os etólogos deram a esse fenômeno foi "castração
> psíquica". Ou foi castração química? Não me lembro ao certo.

Mas acaso Freud explica isso?

> Por que que, nas relações homossexuais entre os chimpanzés e
> bonobos, o passivo é via de regra o subalterno?

Essa regra vale para os humanos? Ha' mais
homossexualidade passiva entre os individuos
de menor escala social?

> E quanto às "cópulas de fúrias" que se verificam entre alguns
> macacos, em que há não só ereção como também ejaculação?

Entre coelhos algumas vezes ocorre da femea
ir por cima do macho. Nao ha' uma sociedade
hierarquica entre os coelhos. Nao estou
dizendo q. entre os primatas seja o mesmo
caso, mas entre os lagomorfos considera-se
isso desvios -- algumas vezes por inexperiencia.

> as obras completas de Freud. Será que posso postar alguns textos
> sem correr o risco de ser processado? :-)

Sera' q. o seu medo de processo e' freudiano?

> Quanto a desejos incestuosos pela mãe, é fácil detectá-los em
> sonhos de homens que só manifestam interesse sexual por mulheres
> bem mais velhas.

Mas o q. isso tem a ver com a mae? Sera' q. alguem
gostar de uma mulher mais nova e' porq. quer tracar
a filha? Ou se gostar de mulher da mesma idade quer
tracar a irma?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: novos documentos sobre o encontro entre Bohr e Heisenberg
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/02/2002 17:15

Divulgado manuscrito de Bohr sobre o encontro de 1941, onde
Heisenberg teria dito que se a guerra durasse muito, seria decidida
com armas atômicas (ele trabalhava na bomba alemã).


Release of documents relating to 1941 Bohr-Heisenberg meeting.
http://www.nbi.dk/NBA/papers/introduction.htm

Texto de Bohr nega acordo com Heisenberg
http://www.uol.com.br/fsp/ciencia/fe0702200201.htm

[]´s

André



SUBJECT: Re: [ciencialist] off-topic - traducao
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/02/2002 17:58



>Encontrei num livro espanhol a denominação "fuerzas ajenas" associada ao
contexto das forças >eletromotrizes. Não encontro uma tradução aceitável
para tal força. Alguém tem uma sugestão?

"fuerzas ajenas" traduz-se literalmente para: forças que não são daqui/ de
cá; forças que não pertencem aqui.
A tradução que eu chutaria seria "forças exteriores"

>Eis uma das frases pinçadas: "De esta manera hemos obtenido la ley de Ohm
para un circuito >cerrado en que la f.e.m. viene representada como la
circulación del vector de intensidad de las >fuerzas ajenas."

Não sei se "forças exteriores" se encaixa nesta frase que traduzida seria
"Desta maneira obtivemos a lei de Ohm para um circuito fechado em que a
f.e.m vem representada como a circulação do vector de intensidade das forças
exteriores"

Sérgio Taborda




SUBJECT: Re: [ciencialist] off-topic - traducao
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/02/2002 21:39

Gratius.
Realmente a idéia final é essa: "forças externas ou forças de outras naturezas" para conceituar a f.e.m. nascida no interior do gerador. O "externa" é um tanto 'esquisito' pois dá a entender que 'algo vem de fora' e, no caso das pilhas, por exemplo, o eletrólito está lá dentro mesmo. Nos geradores eletromecânicos (dínamos e alternadores) separando-se as partes "induzido e indutor" até que o 'externa' não pega tão mal. No par termoelétrico "nem é força" o agente da produção da f.e.m.

[]'
Léo
============
-----Mensagem Original-----
De: "Sérgio Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 7 de fevereiro de 2002 17:58
Assunto: Re: [ciencialist] off-topic - traducao


|
|
| >Encontrei num livro espanhol a denominação "fuerzas ajenas" associada ao
| contexto das forças >eletromotrizes. Não encontro uma tradução aceitável
| para tal força. Alguém tem uma sugestão?
|
| "fuerzas ajenas" traduz-se literalmente para: forças que não são daqui/ de
| cá; forças que não pertencem aqui.
| A tradução que eu chutaria seria "forças exteriores"
|
| >Eis uma das frases pinçadas: "De esta manera hemos obtenido la ley de Ohm
| para un circuito >cerrado en que la f.e.m. viene representada como la
| circulación del vector de intensidad de las >fuerzas ajenas."
|
| Não sei se "forças exteriores" se encaixa nesta frase que traduzida seria
| "Desta maneira obtivemos a lei de Ohm para um circuito fechado em que a
| f.e.m vem representada como a circulação do vector de intensidade das forças
| exteriores"
|
| Sérgio Taborda
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SUBJECT: Re: [ciencialist] psicanálise (era: Re: O Mito Popperiano)
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/02/2002 22:58

(Caro Alexandre, em breve estarei respondendo aquele e-mail que vc me mandou
em pvt. Abraços.)

Diga lá, Takata!

Manuel: Mas será que há como comprovar empiricamente que, nos homens, a
sensação de poder, de força e de dominância aumenta o apetite sexual?

Takata: Sim. Testes psicologicos, formularios de inventario de disposicao,
monitoramento da atividade cerebral. Pode ser q. se comprove o inverso tbm,
ou uma certa independencia.

Mas isso nao tem diretamente a ver com freudismo e sua psicanalise. Diversos
outros quadros teoricos sustentam q. essa relacao deva existir. E -- nao
conheco nada de psicanalise -- parece q. esse tipo de interpretacao e'
apenas uma possivel q. se pode ter dentro do quadro psicanalitico: se
alternativamente encontrarmos q. a sensacao de poder e' um inibidor de
apetite sexual, a teoria psicanalitica pode ser chamada 'a baila tbm.

Manuel: Bem, como você afirmou ser apressada a associação entre o
comportamento de alguns macacos (que valorizam o 'falo' como um símbolo de
poder) com a teoria da libido de Freud, eu, da minha parte, tentei reunir
indícios de que existe uma efetiva unidade -- unidade e não necessariamente
identidade -- entre poder e sexo. Até porque o símbolo de poder escolhido
por nossos priminhos machistas e irracionais foi, precisamente, o órgão
'sexual' masculino, o 'pênis'. Citei exemplos de que essa combinação existe
também entre os não muito racionais seres humanos. Poderia ter citado
também, a título de ilustração, os best-sellers, cujo sucesso é garantido
pela combinação de 'sexo', 'violência', 'poder' e 'dinheiro'.

Quis apenas embasar empiricamente a minha opinião de que não é tão apressada
assim a tese segundo a qual, em algumas comunidades antropóides (entre elas
a humana) a relação de poder ativo-passivo tem um cunho sexual.

Se essa valorização do falo como símbolo é comum entre macacos-de-cheiro,
macacos-esquilos, babuínos, chimpanzés, bonobos e humanos, isso indica que
se trata de um símbolo inato (não é certo, mas em ciência nada é
absolutamente certo). De modo que numa determinada fase do desenvolvimento
psíquico da criança ela 'descobre' esse símbolo: jacta-se por possuí-lo,
angustia-se diante da possibilidade de perdê-lo e se deprime com a sua
falta. Angústia e depressão, os dois sentimentos que dominam os neuróticos.
E isso combinado com uma relação difícil com o sexo oposto, com inibições
sexuais, quando não impotência

Você falou do freudismo original, de suas interpretações e também de que a
psicanálise explica tanto um comportamento quanto o seu contrário. Ora, o
mesmo posso dizer do darwinismo, que ninguém duvida, a não ser os
criacionistas (por razões religiosas), que seja uma ciência. Assim como o
freudismo, o darwinismo também está cheio de interpretações "darwinistas"
conflitantes, não é? Atualmente existe até uma briga bem acirrada entre o
darwinista Gould e os darwinistas Dawkins e Wilson. Qual a sua interpretação
de Darwin? Será que o seu tipo de interpretação tem algo a ver diretamente
com Darwin e sua teoria da evolução? Ademais, segundo Darwin, a natureza
seleciona os aptos e contra-seleciona os inaptos, isto é, os aptos
sobrevivem. Entretanto, o darwinismo também é capaz de explicar a
sobrevivência muitas vezes para além da idade reprodutiva de alguns
"inaptos", como, por exemplo, os africanos portadores de um tipo de anemia
(o gene que, em estado homozigótico, causa esta doença mortal é o mesmo que,
em estado heterozigótico, torna o indivíduo imune à malária). O darwinismo
também explica tanto as características fenotípicas com valor seletivo
quanto aquelas outras características fenotípicas recorrentes sem nenhum
valor seletivo ou mesmo nocivas, pois um gene ou combinação de genes muitas
vezes determina mais de uma característica, umas boas e outras neutras ou
mesmo ruins. Veja, o darwinismo explica tanto o A quanto o não-A.

Manuel: Porque que alguns homens só sentem prazer sexual quando submetem o
parceiro à dor física e à humilhação, de uma forma consentida ou não?
Porque que algumas mulheres (e alguns homens também, principalmente entre os
homossexuais passivos) só experimentam prazer sexual quando se sentem
"dominadas", quando não maltratadas, isto é, porque a dor muitas vezes
intensifica o prazer sexual? Há alguma outra explicação mais convincente
acerca dos impulsos sadomasoquistas? Será que a relação sexual
masculino-feminino e a relação de dominância ativo-passivo não serviriam de
estímulo uma para a outra?

Takata: Pode ser meio complicado tratar uma teoria q. atente para as
excecoes.

Manuel: Sim, os sadomasoquistas (como de resto todas as perversões sexuais:
voyerismo, fetichismo, necrofilia, coprofilia...) constituem uma exceção,
mas uma exceção 'recorrente' e que existe em qualquer povo ou cultura ou
continente ou época (caucasianos, judeus, árabes, negros, amarelos, etc.).
Logo, se há uma certa regularidade neste fenômeno "anormal", se não se trata
de uma mera aberração ou idiossincrasia individual, alguma relação essas
perversões devem ter com a condição humana. Pode ser -- não é certo, mas em
ciência nada é certo -- e tudo leva a crer que, em tais casos, a doença
consiste em que algumas características humanas se manifestam de uma forma
exagerada ou exclusiva. Aquela velha história: virtude em excesso é vício.
Numa relação sexual dita "normal", há beijos nas partes íntimas, carícias na
bunda, beliscões e mesmo tapinhas. Mas tudo são preliminares. O orgasmo se
obtém num respeitoso coito genital. Mas há pessoas que nada interessa a não
ser o coito oral, a penetração no ânus ou em apenas dar e levar porrada
(veja que interessante, ser espancado é levar "porrada", pôrra, receber
esperma).

Manuel: Por que a testosterona é, ao mesmo tempo, o hormônio da
agressividade intra-específica e, também, do prazer sexual?

Takata: Opa, o prazer sexual tem mais a ver com serotonina.

Manuel: Êpa! Pergunte a qualquer endocrinologista: mulher cuja produção de
testosterona (o hormônio masculino) é muito baixo ou inexistente são
incapazes de experimentar o orgasmo. A serotonina tem mais a ver com a
sensação cinestésica de bem-estar e de disposição.

Manuel: Por que que, após uma partida de futebol (ou basquete, etc.),
verifica-se um aumento do nível de testosterona entre os vencedores e, ao
mesmo tempo, uma diminuição do nível deste hormônio entre os perdedores?

Takata: Partida de futebol e' diferente de sexo.

Manuel: O que não significa que o sexo seja indiferente à vitória, ao poder
e ao sucesso. Como a vitória aumentou a produção de testosterona, o hormônio
da virilidade e do prazer sexual...

Manuel: Por que alguns homens tem preferência por mulheres casadas, não por
serem bonitas, mas por serem casadas? Não seria porque, ao transarem com a
mulher do outro, eles sentem que estão "por cima da carne seca", que são
superiores, os maiorais, os fodões?

Takata: E se for simplesmente porq. mulheres casadas sao mais carinhosas,
nao enchem a paciencia e ja' tem quem as sustente? E se for porq. as
mulheres casadas dao mimos aos amantes?

Manuel: Sim, não descarto essas possibilidades. Existem mulheres casadas
atraentes, carinhosas, tolerantes e endinheiradas e que seduzem seus amantes
por apresentarem essas virtudes ou todas elas reunidas. (A psicanálise não é
um monismo explicativo e nem eu sou um moralista.) Mas esse tipinho machista
e escroto de que me referi é bem mais comum do que se imagina. Se um
adolescente diz que comeu uma gostosa, todos os seus colegas passam a
admirá-lo. Mas se diz que a gostosa que ele comeu é uma mulher casada,
certamente a turma o elegerá como líder. Se a mulher casada for a do
professor, então será consagrado rei. (engraçado, por que todo rei segura um
cetro? Não seria o cetro um símbolo fálico?)

É claro que um e outro da turma, um desses bem comportados e moralistas,
irão ficar indignados. Mas que não manifestem a sua indignação. Do
contrário, podem levar a pecha de viadinho.

Takata: E 'alguns homens' equivale a 'a maioria dos homens'?

Manuel: E mesmo que 'alguns homens' seja a minoria, a minoria não é humana?

Manuel: que o ápice é quando ele se despede da mulher e fica "imaginando ela
beijando o marido corno, com a barriga cheia do 'meu' esperma."

Takata: E tem tbm aquele tipinho q. fica se vangloriando q. tracou uma
cadela muito jeitadinha... O outro q. se vangloria de ser assexual, o outro
por ser pansexual.

Manuel: Esses que se vangloriam de ser assexual ou pansexual querem mesmo é
ser linchados ou ridicularizados pela turba dos normais, o Bolinha & Cia.
Vai ver que são masoquistas. Ou então, como disse o Renato Russo, querem
mostrar pra todo mundo que não precisam mostrar nada pra ninguém.

Manuel: Por que que, nas relações homossexuais entre os chimpanzés e
bonobos, o passivo é via de regra o subalterno?

Takata: Essa regra vale para os humanos? Ha' mais homossexualidade passiva
entre os individuos de menor escala social?

Manuel: Homossexuais passivos há em todas as classes. Nada tenho contra eles
e respeito sua opção. Agora, o que eu não gosto são das bichonas enrustidas,
aqueles subalternos da fábrica, da loja, do escritório ou da repartição
pública que adoram paparicar o chefinho. São os puxa-sacos (sacos escrotais)
e os baba-ovos (testículos) dos superiores hierárquicos. A única diferença
entre esses paus-mandados humanos e os macacos subalternos é que os
primeiros são homossexuais 'metafóricos', ou seja, sua homossexualidade jaz
sublimada.

Manuel: as obras completas de Freud. Será que posso postar alguns textos sem
correr o risco de ser processado? :-)

Takata: Sera' q. o seu medo de processo e' freudiano?

Manuel: Freud não era um reducionista. A sua concepção do freudismo, esta
sim é reducionista. Achar que o freudismo defende que todo medo é, no
íntimo, medo da castração... Nunca vi interpretação mais simplista. Mas
concordo que uma interpretação desta é muito fácil de ser combatida.

Eu poderia valer-me, para rebater seu ceticismo quanto ao freudismo, de uma
técnica argumentativa auto-imunizante. Poderia dizer que você "resiste" ao
freudismo pelas mesmas razões que os criacionistas bíblicos resistem ao
darwinismo: "resiste" por razões extra-científicas ou extra-empíricas, por
motivos religiosos, por questões moralistas, por achar obsceno que crianças
de menos de seis anos tenham desejos sexuais, por, preconceituosamente, ver
o sexo associado apenas com ternura e nunca com o poder. Ou porque,
obedecento a um espírito de horda, quer permanecer concordando com seus
companheiros "céticos".

Mas eu não sou reducionista e não sou chegado a falácias. Sei que nem toda
negação é uma resistência (no sentido psicanalítico do termo), sei que
muitos dos que contestam a psicanálise a contestam por razões lógicas,
empíricas e racionais. Afinal, a psicanálise não é uma teoria completa ou
uma doutrina dogmática.

Estou travando com você uma discussão científica ou, se você preferir,
filosófica. Não estou aqui para psicanalisá-lo ou para ser psicanalisado.

Manuel: Quanto a desejos incestuosos pela mãe, é fácil detectá-los em sonhos
de homens que só manifestam interesse sexual por mulheres bem mais velhas.

Takata: Mas o q. isso tem a ver com a mae? Sera' q. alguem gostar de uma
mulher mais nova e' porq. quer tracar a filha? Ou se gostar de mulher da
mesma idade quer tracar a irma?

Manuel: Se um homem tem preferência sexual por mulheres muito mais velhas
(interessante observar: as mães são sempre muito mais velhas que os filhos);
se eles reproduzem com a parceira a mesma dependência que tinham com a mãe;
e se ainda por cima tem sonhos eróticos com a mãe, ou manifestam uma raiva
irracional ou desproporcional ao pai, então conclui-se...

Ter preferência por mulheres mais velhas é apenas um indício. Não é o
bastante. Mas quando a um indício assoma-se outro, e outro mais...

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Psicanalise
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/02/2002 23:01

Caro Alexandre, em breve estarei respondendo aquele e-mail que vc me mandou
em pvt. Abraços.)

Diga lá, Takata!

Manuel: Mas será que há como comprovar empiricamente que, nos homens, a
sensação de poder, de força e de dominância aumenta o apetite sexual?

Takata: Sim. Testes psicologicos, formularios de inventario de disposicao,
monitoramento da atividade cerebral. Pode ser q. se comprove o inverso tbm,
ou uma certa independencia.

Mas isso nao tem diretamente a ver com freudismo e sua psicanalise. Diversos
outros quadros teoricos sustentam q. essa relacao deva existir. E -- nao
conheco nada de psicanalise -- parece q. esse tipo de interpretacao e'
apenas uma possivel q. se pode ter dentro do quadro psicanalitico: se
alternativamente encontrarmos q. a sensacao de poder e' um inibidor de
apetite sexual, a teoria psicanalitica pode ser chamada 'a baila tbm.

Manuel: Bem, como você afirmou ser apressada a associação entre o
comportamento de alguns macacos (que valorizam o 'falo' como um símbolo de
poder) com a teoria da libido de Freud, eu, da minha parte, tentei reunir
indícios de que existe uma efetiva unidade -- unidade e não necessariamente
identidade -- entre poder e sexo. Até porque o símbolo de poder escolhido
por nossos priminhos machistas e irracionais foi, precisamente, o órgão
'sexual' masculino, o 'pênis'. Citei exemplos de que essa combinação existe
também entre os não muito racionais seres humanos. Poderia ter citado
também, a título de ilustração, os best-sellers, cujo sucesso é garantido
pela combinação de 'sexo', 'violência', 'poder' e 'dinheiro'.

Quis apenas embasar empiricamente a minha opinião de que não é tão apressada
assim a tese segundo a qual, em algumas comunidades antropóides (entre elas
a humana) a relação de poder ativo-passivo tem um cunho sexual.

Se essa valorização do falo como símbolo é comum entre macacos-de-cheiro,
macacos-esquilos, babuínos, chimpanzés, bonobos e humanos, isso indica que
se trata de um símbolo inato (não é certo, mas em ciência nada é
absolutamente certo). De modo que numa determinada fase do desenvolvimento
psíquico da criança ela 'descobre' esse símbolo: jacta-se por possuí-lo,
angustia-se diante da possibilidade de perdê-lo e se deprime com a sua
falta. Angústia e depressão, os dois sentimentos que dominam os neuróticos.
E isso combinado com uma relação difícil com o sexo oposto, com inibições
sexuais, quando não impotência

Você falou do freudismo original, de suas interpretações e também de que a
psicanálise explica tanto um comportamento quanto o seu contrário. Ora, o
mesmo posso dizer do darwinismo, que ninguém duvida, a não ser os
criacionistas (por razões religiosas), que seja uma ciência. Assim como o
freudismo, o darwinismo também está cheio de interpretações "darwinistas"
conflitantes, não é? Atualmente existe até uma briga bem acirrada entre o
darwinista Gould e os darwinistas Dawkins e Wilson. Qual a sua interpretação
de Darwin? Será que o seu tipo de interpretação tem algo a ver diretamente
com Darwin e sua teoria da evolução? Ademais, segundo Darwin, a natureza
seleciona os aptos e contra-seleciona os inaptos, isto é, os aptos
sobrevivem. Entretanto, o darwinismo também é capaz de explicar a
sobrevivência muitas vezes para além da idade reprodutiva de alguns
"inaptos", como, por exemplo, os africanos portadores de um tipo de anemia
(o gene que, em estado homozigótico, causa esta doença mortal é o mesmo que,
em estado heterozigótico, torna o indivíduo imune à malária). O darwinismo
também explica tanto as características fenotípicas com valor seletivo
quanto aquelas outras características fenotípicas recorrentes sem nenhum
valor seletivo ou mesmo nocivas, pois um gene ou combinação de genes muitas
vezes determina mais de uma característica, umas boas e outras neutras ou
mesmo ruins. Veja, o darwinismo explica tanto o A quanto o não-A.

Manuel: Porque que alguns homens só sentem prazer sexual quando submetem o
parceiro à dor física e à humilhação, de uma forma consentida ou não?
Porque que algumas mulheres (e alguns homens também, principalmente entre os
homossexuais passivos) só experimentam prazer sexual quando se sentem
"dominadas", quando não maltratadas, isto é, porque a dor muitas vezes
intensifica o prazer sexual? Há alguma outra explicação mais convincente
acerca dos impulsos sadomasoquistas? Será que a relação sexual
masculino-feminino e a relação de dominância ativo-passivo não serviriam de
estímulo uma para a outra?

Takata: Pode ser meio complicado tratar uma teoria q. atente para as
excecoes.

Manuel: Sim, os sadomasoquistas (como de resto todas as perversões sexuais:
voyerismo, fetichismo, necrofilia, coprofilia...) constituem uma exceção,
mas uma exceção 'recorrente' e que existe em qualquer povo ou cultura ou
continente ou época (caucasianos, judeus, árabes, negros, amarelos, etc.).
Logo, se há uma certa regularidade neste fenômeno "anormal", se não se trata
de uma mera aberração ou idiossincrasia individual, alguma relação essas
perversões devem ter com a condição humana. Pode ser -- não é certo, mas em
ciência nada é certo -- e tudo leva a crer que, em tais casos, a doença
consiste em que algumas características humanas se manifestam de uma forma
exagerada ou exclusiva. Aquela velha história: virtude em excesso é vício.
Numa relação sexual dita "normal", há beijos nas partes íntimas, carícias na
bunda, beliscões e mesmo tapinhas. Mas tudo são preliminares. O orgasmo se
obtém num respeitoso coito genital. Mas há pessoas que nada interessa a não
ser o coito oral, a penetração no ânus ou em apenas dar e levar porrada
(veja que interessante, ser espancado é levar "porrada", pôrra, receber
esperma).

Manuel: Por que a testosterona é, ao mesmo tempo, o hormônio da
agressividade intra-específica e, também, do prazer sexual?

Takata: Opa, o prazer sexual tem mais a ver com serotonina.

Manuel: Êpa! Pergunte a qualquer endocrinologista: mulher cuja produção de
testosterona (o hormônio masculino) é muito baixo ou inexistente são
incapazes de experimentar o orgasmo. A serotonina tem mais a ver com a
sensação cinestésica de bem-estar e de disposição.

Manuel: Por que que, após uma partida de futebol (ou basquete, etc.),
verifica-se um aumento do nível de testosterona entre os vencedores e, ao
mesmo tempo, uma diminuição do nível deste hormônio entre os perdedores?

Takata: Partida de futebol e' diferente de sexo.

Manuel: O que não significa que o sexo seja indiferente à vitória, ao poder
e ao sucesso. Como a vitória aumentou a produção de testosterona, o hormônio
da virilidade e do prazer sexual...

Manuel: Por que alguns homens tem preferência por mulheres casadas, não por
serem bonitas, mas por serem casadas? Não seria porque, ao transarem com a
mulher do outro, eles sentem que estão "por cima da carne seca", que são
superiores, os maiorais, os fodões?

Takata: E se for simplesmente porq. mulheres casadas sao mais carinhosas,
nao enchem a paciencia e ja' tem quem as sustente? E se for porq. as
mulheres casadas dao mimos aos amantes?

Manuel: Sim, não descarto essas possibilidades. Existem mulheres casadas
atraentes, carinhosas, tolerantes e endinheiradas e que seduzem seus amantes
por apresentarem essas virtudes ou todas elas reunidas. (A psicanálise não é
um monismo explicativo e nem eu sou um moralista.) Mas esse tipinho machista
e escroto de que me referi é bem mais comum do que se imagina. Se um
adolescente diz que comeu uma gostosa, todos os seus colegas passam a
admirá-lo. Mas se diz que a gostosa que ele comeu é uma mulher casada,
certamente a turma o elegerá como líder. Se a mulher casada for a do
professor, então será consagrado rei. (engraçado, por que todo rei segura um
cetro? Não seria o cetro um símbolo fálico?)

É claro que um e outro da turma, um desses bem comportados e moralistas,
irão ficar indignados. Mas que não manifestem a sua indignação. Do
contrário, podem levar a pecha de viadinho.

Takata: E 'alguns homens' equivale a 'a maioria dos homens'?

Manuel: E mesmo que 'alguns homens' seja a minoria, a minoria não é humana?

Manuel: que o ápice é quando ele se despede da mulher e fica "imaginando ela
beijando o marido corno, com a barriga cheia do 'meu' esperma."

Takata: E tem tbm aquele tipinho q. fica se vangloriando q. tracou uma
cadela muito jeitadinha... O outro q. se vangloria de ser assexual, o outro
por ser pansexual.

Manuel: Esses que se vangloriam de ser assexual ou pansexual querem mesmo é
ser linchados ou ridicularizados pela turba dos normais, o Bolinha & Cia.
Vai ver que são masoquistas. Ou então, como disse o Renato Russo, querem
mostrar pra todo mundo que não precisam mostrar nada pra ninguém.

Manuel: Por que que, nas relações homossexuais entre os chimpanzés e
bonobos, o passivo é via de regra o subalterno?

Takata: Essa regra vale para os humanos? Ha' mais homossexualidade passiva
entre os individuos de menor escala social?

Manuel: Homossexuais passivos há em todas as classes. Nada tenho contra eles
e respeito sua opção. Agora, o que eu não gosto são das bichonas enrustidas,
aqueles subalternos da fábrica, da loja, do escritório ou da repartição
pública que adoram paparicar o chefinho. São os puxa-sacos (sacos escrotais)
e os baba-ovos (testículos) dos superiores hierárquicos. A única diferença
entre esses paus-mandados humanos e os macacos subalternos é que os
primeiros são homossexuais 'metafóricos', ou seja, sua homossexualidade jaz
sublimada.

Manuel: as obras completas de Freud. Será que posso postar alguns textos sem
correr o risco de ser processado? :-)

Takata: Sera' q. o seu medo de processo e' freudiano?

Manuel: Freud não era um reducionista. A sua concepção do freudismo, esta
sim é reducionista. Achar que o freudismo defende que todo medo é, no
íntimo, medo da castração... Nunca vi interpretação mais simplista. Mas
concordo que uma interpretação desta é muito fácil de ser combatida.

Eu poderia valer-me, para rebater seu ceticismo quanto ao freudismo, de uma
técnica argumentativa auto-imunizante. Poderia dizer que você "resiste" ao
freudismo pelas mesmas razões que os criacionistas bíblicos resistem ao
darwinismo: "resiste" por razões extra-científicas ou extra-empíricas, por
motivos religiosos, por questões moralistas, por achar obsceno que crianças
de menos de seis anos tenham desejos sexuais, por, preconceituosamente, ver
o sexo associado apenas com ternura e nunca com o poder. Ou porque,
obedecento a um espírito de horda, quer permanecer concordando com seus
companheiros "céticos".

Mas eu não sou reducionista e não sou chegado a falácias. Sei que nem toda
negação é uma resistência (no sentido psicanalítico do termo), sei que
muitos dos que contestam a psicanálise a contestam por razões lógicas,
empíricas e racionais. Afinal, a psicanálise não é uma teoria completa ou
uma doutrina dogmática.

Estou travando com você uma discussão científica ou, se você preferir,
filosófica. Não estou aqui para psicanalisá-lo ou para ser psicanalisado.

Manuel: Quanto a desejos incestuosos pela mãe, é fácil detectá-los em sonhos
de homens que só manifestam interesse sexual por mulheres bem mais velhas.

Takata: Mas o q. isso tem a ver com a mae? Sera' q. alguem gostar de uma
mulher mais nova e' porq. quer tracar a filha? Ou se gostar de mulher da
mesma idade quer tracar a irma?

Manuel: Se um homem tem preferência sexual por mulheres muito mais velhas
(interessante observar: as mães são sempre muito mais velhas que os filhos);
se eles reproduzem com a parceira a mesma dependência que tinham com a mãe;
e se ainda por cima tem sonhos eróticos com a mãe, ou manifestam uma raiva
irracional ou desproporcional ao pai, então conclui-se...

Ter preferência por mulheres mais velhas é apenas um indício. Não é o
bastante. Mas quando a um indício assoma-se outro, e outro mais...

Abraços,
Manuel Bulcão




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Psicanalise
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/02/2002 23:39

Oi,

Continuando:

Takata: Os pacientes de Freud tinham mesmo sonhos eroticos com os pais?
Eles se sentiam melhores qdo em livre-associacao acabavam concluindo q.
queriam manter relacoes com os proprios pais? Como Freud chegou 'a conclusao
de q. isso ocorria na infancia?


Manuel: Vou citar um textinho do livro de Freud, "A Questão da Análise Leiga: Conversações Com Uma Pessoa Imparcial".


<<Ao afirmar que a primeira escolha de uma criança é, para empregar o termo técnico, uma escolha incestuosa, a análise sem dúvida mais uma vez fere os sentimentos mais sagrados da humanidade, epode muito bem estar preparada para uma quantidade correspondente de descrença, contradição e ataque. E estes ela tem recebido com abundância. Nada a tem danificado mais na abalizada opinião dos seus contemporâneos do que sua hipótese do complexo de Édipo como uma estrutura universalmente vinculada ao destino humano. O mito grego, incidentalmente, deve ter tido o mesmo significado; mas a maioria dos homens hoje em dia, eruditos igualmente, prefere crer que a Natureza estabeleceu em nós uma aversão inata como salvaguarda contra a possibilidade de incesto.

<<Mas vamos em primeiro lugar convocar a história em nosso auxílio. Quando Caio Júlio César aportou no Egito, encontrou a jovem rainha Cleópatra (que logo iria tornar-se tão importante para ele) casada com o irmão dela ainda mais jovem, Ptolomeu. Numa dinastia egípcia nada havia de peculiar nisso; os Ptolomeus, que eram de origem grega, haviam simplesmente continuado com o costume que fora praticado por seus antecessores, os antigos faraós, por alguns milhares de anos. Isto, todavia, era meramente um incesto entre irmão e irmã, que mesmo na época atual não é julgado tão rigorosamente. Voltemos assim à nossa principal testemunha em assuntos concernentes aos tempos primevos - a mitologia. Ela nos informa que os mitos de cada povo, e não somente dos gregos, estão repletos de casos amorosos entre pais e filhas e mesmo entre mães e filhos. A cosmologia, não menos que a genealogia de raças reais, está fundamentada no incesto. Para que finalidade o senhor supõe que essas lendas foram criadas? Para estigmatizar deuses e reis como criminosos? para imputar-lhes a repulsa da raça humana? De preferência, por certo, porque os desejos incestuosos constituem um legado humano primordial e jamais foram plenamente superados, de modo que sua realização ainda era concedida aos deuses e aos seus descendentes quando a maioria dos seres humanos comuns já era obrigada a renunciar a tais desejos. Está em completa harmonia com essas lições da história e da mitologia o fato de encontrarmos desejos ainda presentes a atuantes na infância do indivíduo.

<<'Eu poderia considerar erroneamente que o senhor tivesse tentado ocultar de mim tudo isso sobre a sexualidade infantil. Parece-me muitíssimo interessante, particularmente por causa de sua ligação com a pré-história humana.'

<<Temia que pudesse afastar-nos para muito longe de nossa finalidade. Mas talvez, afinal de contas, seja útil.

<<'Agora me diga, então, que certeza pode o senhor oferecer para os seus achados analíticos sobre a vida sexual das crianças? Sua convicção baseia-se unicamente em pontos de concordância com a mitologia e a história?'Oh, de modo algum. Ela tem como base a observação direta. O que aconteceu foi isto. Tínhamos começado por inferir o conteúdo da infância sexual a partir da análise de adultos - isto é, cerca de vinte a quarenta anos depois. Posteriormente, procedemos a análises sobre as próprias crianças, e não deixou de ser uma grande vitória quando assim fomos capazes de confirmar nelas tudo que tínhamos podido adivinhar, apesar da quantidade do que havia ficado encoberto e distorcido no intervalo.

<<'O quê? O senhor submeteu criancinhas à análise? crianças com menos de seis anos? isso pode ser feito? E não é muito arriscado para as crianças?

<<Pode muito bem ser feito. Quase não se pode acreditar no que se passa numa criança de quatro ou cinco anos de idade. As crianças têm uma mente muito ativa nessa idade; seu período sexual prematuro é também um período de florescimento intelectual. Tenho a impressão de que com o início do período de latência elas se tornam mentalmente inibidas também, mais estúpidas. Também a partir dessa época muitas crianças perdem seu encanto físico. E, no tocante ao dano causado pela análise prematura, posso informar-lhe que a primeira criança na qual se aventurou o primeiro experimento, há quase vinte anos, desde então se desenvolveu num jovem saudável e capaz, que atravessou a puberdade de maneira irrepreensível, apesar de alguns graves traumas psíquicos. Talvez seja de se esperar que as coisas não sejam piores para as outras 'vítimas' da análise prematura. Muito daquilo que é de interesse está ligado a essas análises infantis; é possível que no futuro elas se tornem ainda mais importantes. Do ponto de vista da teoria, seu valor é indubitável, proporcionando informações destituídas de ambigüidade sobre problemas que permanecem insolúveis nas análises de adultos; e dessa forma protegem o analista de erros que poderiam ter para ele conseqüências graves. Surpreendemos os fatores que levam à formação de uma neurose enquanto se acham realmente em ação e não podemos então confundi-los. No interesse da criança, é verdade, a influência analítica deve ser combinada com medidas educacionais. A técnica ainda tem de receber sua confirmação. Mas o interesse prático é despertado pela observação de que grande número de nossas crianças passa por uma fase claramente neurótica no curso de seu desenvolvimento. Visto termos aprendido a observar com maior agudeza, somos tentados a afirmar que a neurose nas crianças não é a exceção mas a regra, como se ela quase não pudesse ser evitada na trilha desde a disposição inata da infância até a sociedade civilizada. Na maioria dos casos essa fase neurótica da infância é superada espontaneamente. Mas será que ela não pode também regularmente deixar seus vestígios no adulto saudável comum? Por outro lado, naqueles que se tornam neuróticos depois, nunca deixamos deencontrar elos com a doença na infância, embora na época não tenha sido necessário ser muito observável. De forma precisamente análoga os médicos hoje, creio, sustentam a opinião de que cada um de nós passou por uma investida de tuberculose em sua infância. É verdade que no caso das neuroses o fator de imunização não atua, mas somente o fator de predisposição.

<<Voltemos a sua pergunta sobre a certeza. Ficamos de maneira geral bem convictos, pelo exame direto das crianças, de que tínhamos razão em nossa interpretação daquilo que os adultos nos relataram sobre sua infância. Em grande número de casos, contudo, outra espécie de confirmação tornou-se possível. O material da análise de alguns pacientes permitiu-nos reconstruir certos acontecimentos externos, certos eventos impressionantes de seus anos de infância, dos quais não conservaram qualquer lembrança consciente. Acidentes felizes, informações de pais ou de amas ofereceram depois provas irrefutáveis de que essas ocorrências realmente se verificaram. Isto, naturalmente, não aconteceu com freqüência, mas quando se verificou, foi com esmagadora impressão. A reconstrução correta, o senhor precisa saber, de tais experiências esquecidas da infância tem sempre grande efeito terapêutico, permitam ou não confirmação objetiva. Esses eventos devem sua importância, naturalmente, ao fato de terem ocorrido numa idade tão prematura, numa época em que podiam ainda produzir um efeito traumático sobre o ego frágil.

<<'E que espécie de eventos podem ser esses, que têm de ser descobertos pela análise?'

<<De várias espécies. Primeiramente, impressões capazes de influenciar permanentemente a vida sexual que desabrocha da criança - tais como observações de atividades sexuais entre adultos, ou experiências sexuais suas com um adulto ou outra criança (fatos que não são raros); ou, ainda, o ouvir por acaso conversas, compreendidas na época ou retrospectivamente, das quais a criança pensou poder tirar conclusões sobre assuntos misteriosos ou fantásticos; ou, ainda, observações ou ações da própria criança que dão prova de atitudes significativas de efeito ou inimizade para com outras pessoas. É de especial importância numa análise induzir uma lembrança da atividade sexual esquecida do próprio paciente como criança e também da intervenção dos adultos que acabaram com a mesma.

<<'Isso me dá a oportunidade de trazer à baila uma pergunta que há muito desejava formular. Qual é, então, a natureza dessa "atividade sexual" das crianças numa tenra idade, que, como o senhor diz, foi desprezada antes dos dias da análise?'

<<Constitui um fato estranho que a parte regular e essencial dessa atividade sexual não tenha sido desprezada. Ou antes, ela não é de forma alguma estranha, pois foi impossível desprezá-la. Os impulsos sexuais das crianças encontram suas principais expressões na autogratificação pela fricção de seus próprio órgãos genitais, ou, mais precisamente, da porção masculina deles. A distribuição extraordinariamente ampla dessa forma de 'travessura' infantil sempre foi conhecida dos adultos, e foi considerada como grave pecado e severamente punida. Mas por favor não me pergunte como as pessoas podiam reconciliar essas observações das inclinações imorais das crianças - porque as crianças o fazem, como elas próprias dizem, porque lhes dá prazer - com a teoria de sua pureza e não-sensualidade inatas. O senhor tem de fazer com que nossos adversários solucionem esse enigma. Nós temos um problema mais importante diante de nós. Que atitude devemos adotar em relação à atividade sexual da primeira infância? Sabemos a responsabilidade na qual estamos incorrendo se a suprimirmos; mas não nos aventuramos a deixá-la seguir seu curso sem restrição. Entre as raças num baixo nível de civilização, e entre as camadas inferiores das raças civilizadas, a sexualidade das crianças parece ter recebido livre rédea. Isso provavelmente oferece poderosa proteção contra o subseqüente desenvolvimento de neuroses no indivíduo. Mas isso ao mesmo tempo não envolve uma extraordinária perda de aptidão para realizações culturais? Muito há para sugerir que aqui estamos diante de uma nova Sila e Caríbdis.

<<Mas se os interesses que são estimulados pelo estudo da vida sexual dos neuróticos criam uma atmosfera favorável ao estímulo da lascívia - isso é uma questão que eu me aventuro a deixar ao seu próprio julgamento.>>



Abraços, Manuel Bulcão



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Psicanalise
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/02/2002 23:44

Oi,

Continuando:

Takata: Os pacientes de Freud tinham mesmo sonhos eroticos com os pais?
Eles se sentiam melhores qdo em livre-associacao acabavam concluindo q.
queriam manter relacoes com os proprios pais? Como Freud chegou 'a conclusao
de q. isso ocorria na infancia?

Manuel: Vou citar um textinho do livro de Freud, "A Questão da Análise
Leiga: Conversações Com Uma Pessoa Imparcial".

<<Ao afirmar que a primeira escolha de uma criança é, para empregar o termo
técnico, uma escolha incestuosa, a análise sem dúvida mais uma vez fere os
sentimentos mais sagrados da humanidade, epode muito bem estar preparada
para uma quantidade correspondente de descrença, contradição e ataque. E
estes ela tem recebido com abundância. Nada a tem danificado mais na
abalizada opinião dos seus contemporâneos do que sua hipótese do complexo de
Édipo como uma estrutura universalmente vinculada ao destino humano. O mito
grego, incidentalmente, deve ter tido o mesmo significado; mas a maioria dos
homens hoje em dia, eruditos igualmente, prefere crer que a Natureza
estabeleceu em nós uma aversão inata como salvaguarda contra a possibilidade
de incesto.

<<Mas vamos em primeiro lugar convocar a história em nosso auxílio. Quando
Caio Júlio César aportou no Egito, encontrou a jovem rainha Cleópatra (que
logo iria tornar-se tão importante para ele) casada com o irmão dela ainda
mais jovem, Ptolomeu. Numa dinastia egípcia nada havia de peculiar nisso; os
Ptolomeus, que eram de origem grega, haviam simplesmente continuado com o
costume que fora praticado por seus antecessores, os antigos faraós, por
alguns milhares de anos. Isto, todavia, era meramente um incesto entre irmão
e irmã, que mesmo na época atual não é julgado tão rigorosamente. Voltemos
assim à nossa principal testemunha em assuntos concernentes aos tempos
primevos - a mitologia. Ela nos informa que os mitos de cada povo, e não
somente dos gregos, estão repletos de casos amorosos entre pais e filhas e
mesmo entre mães e filhos. A cosmologia, não menos que a genealogia de raças
reais, está fundamentada no incesto. Para que finalidade o senhor supõe que
essas lendas foram criadas? Para estigmatizar deuses e reis como criminosos?
para imputar-lhes a repulsa da raça humana? De preferência, por certo,
porque os desejos incestuosos constituem um legado humano primordial e
jamais foram plenamente superados, de modo que sua realização ainda era
concedida aos deuses e aos seus descendentes quando a maioria dos seres
humanos comuns já era obrigada a renunciar a tais desejos. Está em completa
harmonia com essas lições da história e da mitologia o fato de encontrarmos
desejos ainda presentes a atuantes na infância do indivíduo.

<<'Eu poderia considerar erroneamente que o senhor tivesse tentado ocultar
de mim tudo isso sobre a sexualidade infantil. Parece-me muitíssimo
interessante, particularmente por causa de sua ligação com a pré-história
humana.'

<<Temia que pudesse afastar-nos para muito longe de nossa finalidade. Mas
talvez, afinal de contas, seja útil.

<<'Agora me diga, então, que certeza pode o senhor oferecer para os seus
achados analíticos sobre a vida sexual das crianças? Sua convicção baseia-se
unicamente em pontos de concordância com a mitologia e a história?'Oh, de
modo algum. Ela tem como base a observação direta. O que aconteceu foi isto.
Tínhamos começado por inferir o conteúdo da infância sexual a partir da
análise de adultos - isto é, cerca de vinte a quarenta anos depois.
Posteriormente, procedemos a análises sobre as próprias crianças, e não
deixou de ser uma grande vitória quando assim fomos capazes de confirmar
nelas tudo que tínhamos podido adivinhar, apesar da quantidade do que havia
ficado encoberto e distorcido no intervalo.

<<'O quê? O senhor submeteu criancinhas à análise? crianças com menos de
seis anos? isso pode ser feito? E não é muito arriscado para as crianças?

<<Pode muito bem ser feito. Quase não se pode acreditar no que se passa numa
criança de quatro ou cinco anos de idade. As crianças têm uma mente muito
ativa nessa idade; seu período sexual prematuro é também um período de
florescimento intelectual. Tenho a impressão de que com o início do período
de latência elas se tornam mentalmente inibidas também, mais estúpidas.
Também a partir dessa época muitas crianças perdem seu encanto físico. E, no
tocante ao dano causado pela análise prematura, posso informar-lhe que a
primeira criança na qual se aventurou o primeiro experimento, há quase vinte
anos, desde então se desenvolveu num jovem saudável e capaz, que atravessou
a puberdade de maneira irrepreensível, apesar de alguns graves traumas
psíquicos. Talvez seja de se esperar que as coisas não sejam piores para as
outras 'vítimas' da análise prematura. Muito daquilo que é de interesse está
ligado a essas análises infantis; é possível que no futuro elas se tornem
ainda mais importantes. Do ponto de vista da teoria, seu valor é
indubitável, proporcionando informações destituídas de ambigüidade sobre
problemas que permanecem insolúveis nas análises de adultos; e dessa forma
protegem o analista de erros que poderiam ter para ele conseqüências graves.
Surpreendemos os fatores que levam à formação de uma neurose enquanto se
acham realmente em ação e não podemos então confundi-los. No interesse da
criança, é verdade, a influência analítica deve ser combinada com medidas
educacionais. A técnica ainda tem de receber sua confirmação. Mas o
interesse prático é despertado pela observação de que grande número de
nossas crianças passa por uma fase claramente neurótica no curso de seu
desenvolvimento. Visto termos aprendido a observar com maior agudeza, somos
tentados a afirmar que a neurose nas crianças não é a exceção mas a regra,
como se ela quase não pudesse ser evitada na trilha desde a disposição inata
da infância até a sociedade civilizada. Na maioria dos casos essa fase
neurótica da infância é superada espontaneamente. Mas será que ela não pode
também regularmente deixar seus vestígios no adulto saudável comum? Por
outro lado, naqueles que se tornam neuróticos depois, nunca deixamos
deencontrar elos com a doença na infância, embora na época não tenha sido
necessário ser muito observável. De forma precisamente análoga os médicos
hoje, creio, sustentam a opinião de que cada um de nós passou por uma
investida de tuberculose em sua infância. É verdade que no caso das neuroses
o fator de imunização não atua, mas somente o fator de predisposição.

<<Voltemos a sua pergunta sobre a certeza. Ficamos de maneira geral bem
convictos, pelo exame direto das crianças, de que tínhamos razão em nossa
interpretação daquilo que os adultos nos relataram sobre sua infância. Em
grande número de casos, contudo, outra espécie de confirmação tornou-se
possível. O material da análise de alguns pacientes permitiu-nos reconstruir
certos acontecimentos externos, certos eventos impressionantes de seus anos
de infância, dos quais não conservaram qualquer lembrança consciente.
Acidentes felizes, informações de pais ou de amas ofereceram depois provas
irrefutáveis de que essas ocorrências realmente se verificaram. Isto,
naturalmente, não aconteceu com freqüência, mas quando se verificou, foi com
esmagadora impressão. A reconstrução correta, o senhor precisa saber, de
tais experiências esquecidas da infância tem sempre grande efeito
terapêutico, permitam ou não confirmação objetiva. Esses eventos devem sua
importância, naturalmente, ao fato de terem ocorrido numa idade tão
prematura, numa época em que podiam ainda produzir um efeito traumático
sobre o ego frágil.

<<'E que espécie de eventos podem ser esses, que têm de ser descobertos pela
análise?'

<<De várias espécies. Primeiramente, impressões capazes de influenciar
permanentemente a vida sexual que desabrocha da
criança - tais como observações de atividades sexuais entre adultos, ou
experiências sexuais suas com um adulto ou outra criança (fatos que não são
raros); ou, ainda, o ouvir por acaso conversas, compreendidas na época ou
retrospectivamente, das quais a criança pensou poder tirar conclusões sobre
assuntos misteriosos ou fantásticos; ou, ainda, observações ou ações da
própria criança que dão prova de atitudes significativas de efeito ou
inimizade para com outras pessoas. É de especial importância numa análise
induzir uma lembrança da atividade sexual esquecida do próprio paciente como
criança e também da intervenção dos adultos que acabaram com a mesma.

<<'Isso me dá a oportunidade de trazer à baila uma pergunta que há muito
desejava formular. Qual é, então, a natureza dessa "atividade sexual" das
crianças numa tenra idade, que, como o senhor diz, foi desprezada antes dos
dias da análise?'

<<Constitui um fato estranho que a parte regular e essencial dessa atividade
sexual não tenha sido desprezada. Ou antes, ela não é de forma alguma
estranha, pois foi impossível desprezá-la. Os impulsos sexuais das crianças
encontram suas principais expressões na autogratificação pela fricção de
seus próprio órgãos genitais, ou, mais precisamente, da porção masculina
deles. A distribuição extraordinariamente ampla dessa forma de 'travessura'
infantil sempre foi conhecida dos adultos, e foi considerada como grave
pecado e severamente punida. Mas por favor não me pergunte como as pessoas
podiam reconciliar essas observações das inclinações imorais das crianças -
porque as crianças o fazem, como elas próprias dizem, porque lhes dá
prazer - com a teoria de sua pureza e não-sensualidade inatas. O senhor tem
de fazer com que nossos adversários solucionem esse enigma. Nós temos um
problema mais importante diante de nós. Que atitude devemos adotar em
relação à atividade sexual da primeira infância? Sabemos a responsabilidade
na qual estamos incorrendo se a suprimirmos; mas não nos aventuramos a
deixá-la seguir seu curso sem restrição. Entre as raças num baixo nível de
civilização, e entre as camadas inferiores das raças civilizadas, a
sexualidade das crianças parece ter recebido livre rédea. Isso provavelmente
oferece poderosa proteção contra o subseqüente desenvolvimento de neuroses
no indivíduo. Mas isso ao mesmo tempo não envolve uma extraordinária perda
de aptidão para realizações culturais? Muito há para sugerir que aqui
estamos diante de uma nova Sila e Caríbdis.

<<Mas se os interesses que são estimulados pelo estudo da vida sexual dos
neuróticos criam uma atmosfera favorável ao estímulo da lascívia - isso é
uma questão que eu me aventuro a deixar ao seu próprio julgamento.>>

Abraços, Manuel Bulcão



SUBJECT: psicanálise (era: Re: O Mito Popperiano)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/02/2002 10:27

Bem, Manuel, nao sei qto tempo vc
ira' aguentar isso antes de
querer mostrar na pratica as
suas ideias... Mas vamula'.

--- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:
> identidade -- entre poder e sexo.

Entre phoder e sexo? Mas tem tbm entre
drogas e sexo, sexo e sexo, religiao e
sexo, guerra e sexo, paz e sexo, comida
e sexo. E entre drogas e poder, paz e
poder, religiao e poder, comida e poder --
nao necessariamente onde tem um tem o
outro.

Os eunucos do imperio Otomano -- acho q.
eram de la' -- constituiam-se em um exercito
poderoso e destemido. E, em alguns casos
chegaram mesmo ao poder.

Ou ao inves de enfatizar o sexo como
o determinantes do poder, poderiamos
achar q. o poder seria o determinante
do sexo -- um macho alfa tem privilegios
sexuais porq. e' dominante e nao o contrario.

> Até porque o símbolo de poder escolhido
> por nossos priminhos machistas e irracionais foi, precisamente, o
> órgão 'sexual' masculino, o 'pênis'.

Seria mais convincente se houvesse uma
correlacao demonstrada entre tamanho do
penis e sua situacao hierarquica.

> também, a título de ilustração, os best-sellers, cujo sucesso é
> garantido pela combinação de 'sexo', 'violência', 'poder'
> e 'dinheiro'.

E anjos cabalisticos. Poder do feng shui'. A cura
do cancer por meio de uma beberagem de babosa e mel.
Como seres alienigenas moldaram a nossa historia.

> assim a tese segundo a qual, em algumas comunidades antropóides
> (entre elas a humana) a relação de poder ativo-passivo tem um cunho
> sexual.

Pode ser apenas uma correlacao um tto casual.
Ha' outras correlacoes. Se considerarmos q.
essas caracteristicas sao mais ou menos
independentes, mas presentes em um certo numero,
poderemos acabar encontrando essas associacoes.

Talvez seja uma certa selecao de indicios.
Por exemplo, e' muito comum o discurso de
q. as ciencias e as religioes estao se aproximando
cada vez mais -- notadamente q. as ciencias estao
apenas redescobrindo o q. as religioes ja'
sabem ha' muito tempo.

Temos cerca de 4.000 religioes entre maiores e
menores com alguma representatividade.

Algumas falam de universo criado, outros q.
sempre existiram. Algumas falam q. o universo
tera' um fim, outros q. ira' durar para sempre.
Algumas falam q. depois do fim, surgira' outro
universo em um ciclo eterno, outros q. nao
havera' mais nada e assim por diante.

Existem diversas combinacoes possiveis de
cosmogonias religiosas.

Praticamente sempre a cosmogonia cientifica
ira' esbarrar com alguma -- nao importa em
q. direcao va'.

Nao sei se isso nao seria o caso de uma certa
enfase freudiana dos primatas.

As relacoes sociais dos primatas formam uma
rede -- praticamente todas as caracteristicas
estarao ligadas mais direta ou indiretamente
em um ou outro grupo. Escolher uma dessas
caracteristicas como o centro a partir do qual
tecer as relacoes pode ser uma questao um
tto arbitraria.

Poderiamos falar da relacao entre arte e
poder, p.e. Mesmo entre primatas e outros
organismos.

> absolutamente certo). De modo que numa determinada fase do
> desenvolvimento psíquico da criança ela 'descobre' esse símbolo:
> jacta-se por possuí-lo, angustia-se diante da possibilidade de
> perdê-lo e se deprime com a sua falta.

Isso ai' q. gostaria de saber melhor de
como chegam a essa conclusao.

> Angústia e depressão, os dois sentimentos que dominam os neuróticos.
> E isso combinado com uma relação difícil com o sexo oposto, com
> inibições sexuais, quando não impotência

Em criancas? Ou em neuroticos? Ou em
criancas neuroticas?

> mesmo posso dizer do darwinismo, que ninguém duvida, a não ser os
> criacionistas (por razões religiosas), que seja uma ciência.

Na verdade nao. Existem interpretacoes, mas
elas nao se esgotam em si mesmas. O q. isso
faz nao precisa ser levada muito a serio.
Mas os q. permitem verificacoes independentes
podem merecer uma segunda olhada.

> conflitantes, não é? Atualmente existe até uma briga bem acirrada
> entre o darwinista Gould e os darwinistas Dawkins e Wilson. Qual a
> sua interpretação de Darwin?

A briga entre Gould e Dawkins tem mais
a ver com egos (Freud?) do q. com algo
mais profundo.

A minha interpretacao de Darwin ou
de qq outra pessoa importa pouco ou
nada. O q. e' mais importante e' a
interpretacao dos indicios.

Qdo ha' interpretacoes conflitantes
temos q. tentar buscar novos indicios
q. corroborem ou contradigam essas
interpretacoes.

Por isso q. eu me pergunto sobre como
saber qual a melhor interpretacao
da psique humana?

> seleciona os aptos e contra-seleciona os inaptos, isto é, os aptos
> sobrevivem. Entretanto, o darwinismo também é capaz de explicar a
> sobrevivência muitas vezes para além da idade reprodutiva de alguns
> "inaptos", como, por exemplo, os africanos portadores de um tipo de
> anemia

Mas isso porq. podemos verificar
se tal caracteristica promove alguma
vantagem reprodutiva naquele ambiente.
Podemos ver se o tal inapto e' mesmo
inapto.

O ponto e' a gente poder verificar.

> mesmo ruins. Veja, o darwinismo explica tanto o A quanto o não-A.

Na, nao. A teoria da evolucao biologica explica a
ausencia de fosseis de coelho no Devoniano,
mas nao explicaria a sua presenca.

A teoria da evolucao biologica explicaria
A em um contexto X e explicaria ~A em um
contexto Y. Mas nao explicaria A em
um contexto Y e um ~A em um contexto X.
Se o alelo da anemia falciforme nao conferisse
nenhuma vantagem e nao houvesse possibilidade
de acao da deriva genica: populacoes grandes
por exemplo, nao haveria a explicacao para
sua proporcao relativamente alta em algumas
populacoes.

O fato de sua proporcao mais alta estar ligada
a populacoes com um historico de convivencia com
malaria e' sugestiva. Mas podemos verificar
isso de modo independente: por exemplo, verificando
o mecanismo bioquimico do produto do alelo causador
da anemia falciforme.

Como aplicar isso em Freud e sua psicanalise?
Nao estou dizendo q. nao seja possivel.
Estou declarando a minha ignorancia qto a isso.

> consiste em que algumas características humanas se manifestam de
> uma forma exagerada ou exclusiva.

Ou nao. Pode ser algo q. nao esteja latente nos humanos
ou nos primatas, mas q. seja adquirido e nao simplesmente
liberto ou desviado. A questao novamente e' como saber?

> Numa relação sexual dita "normal", há beijos nas partes íntimas,
> carícias na bunda, beliscões e mesmo tapinhas.

Normal hoje e em algumas culturas.

> obtém num respeitoso coito genital. Mas há pessoas que nada
> interessa a não ser o coito oral, a penetração no ânus ou em apenas
> dar e levar porrada (veja que interessante, ser espancado é
> levar "porrada", pôrra, receber esperma).

Eu acho q. vc esta' fazendo uma inversao
filologica - porra originalmente significava
clava. Levar porrada e' o mesmo q. levar paulada.
Uma porra pequena e' um porrete. O penis e'
chamado de pau porq. ele lembra o pau e
nao o pedaco de pau e' chamado de pau por
lembrar o penis. O q. nos levanta uma hipotese
oposta: o penis como simbolo de poder por
lembrar outro simbolo de poder -- um pedaco
de madeira com q. bater em outros (seria
preciso verificar a utilizacao de armas
em outros primatas) -- e nao tais outros
simbolos (cetro, inclusive) serem simbolos
do poder por lembrarem o penis (ate' porq.
coroa, manto real e brasao nao lembram
penis e sao tbm simbolos de poder).

Sim, ha' pessoas q. sofrem de lagnias varias.
Mas ai' fica uma pergunta: para os q. sao
ativos nessas atividades -- oras, mas o coito
dito normal tbm nao significaria uma relacao de
poder? Se formos por essa interpretacao teriamos
q. imaginar q. houve uma perversao da relacao
de poder dessa pessoa -- quase tao enigmatico
qto o proprio desvio comportamental. Mas como
saber desses desvio da percepcao da relacao de poder?


> Takata: Opa, o prazer sexual tem mais a ver com serotonina.
>
> Manuel: Êpa! Pergunte a qualquer endocrinologista: mulher cuja
> produção de testosterona (o hormônio masculino) é muito baixo ou
> inexistente são incapazes de experimentar o orgasmo. A serotonina
> tem mais a ver com a sensação cinestésica de bem-estar e de
> disposição.

A testosterona aumenta o apetite
sexual. Prazer sexual e' outra historia --
q. justamente haver com bem-estar
e disposicao.

> Manuel: O que não significa que o sexo seja indiferente à vitória,
> ao poder e ao sucesso. Como a vitória aumentou a produção de
> testosterona, o hormônio da virilidade e do prazer sexual...

Uma relacao um tto tortuosa demais.
Imagine outro cenario. A testosterona
tem a ver muito com a agressividade.
Se um grupo derrotado mantem seu modo
agressivo tenderia a ser massacrado,
uma baixada de bola diante do mais
forte pode aumentar suas chances de
sobrevivencia e encontrar uma outra
oportunidade.

A posicao papai-mamae e' uma das menos
agressivas para o sexo. Aposto q. e' a
preferida para a maioria dos adeptos.

> Manuel: Sim, não descarto essas possibilidades. Existem mulheres
> casadas atraentes, carinhosas, tolerantes e endinheiradas e que
> seduzem seus amantes por apresentarem essas virtudes ou todas elas
> reunidas. (A psicanálise não é um monismo explicativo e nem eu sou
> um moralista.) Mas esse tipinho machista e escroto de que me referi
> é bem mais comum do que se imagina. Se um adolescente diz que comeu
> uma gostosa, todos os seus colegas passam a admirá-lo. Mas se diz
> que a gostosa que ele comeu é uma mulher casada, certamente a turma
> o elegerá como líder.

Eu o elegeria como o maior contador
de historias da paroquia. Loroteiros
nao dao bons lideres.

Fico me indagando pela quantidade de
canhoes q. sao cortejadas por amantes
potenciais apenas pelo fato de serem
casadas.

Pode ser q. tenha mais a ver com a
questao da proibicao. Menininhas
cercadas por pais vigilantes tbm chamam
a atencao de aventureiros.

Idem para outras coisas consideradas
pecaminosas. A relacao com o sexo pode
ser apenas casual.

> Takata: E 'alguns homens' equivale a 'a maioria dos homens'?
>
> Manuel: E mesmo que 'alguns homens' seja a minoria, a minoria não é
> humana?

Sim, mas dai' a passarem a ter um 'status'
representativo, sei nao.

Claro, podemos obter pistas do funcionamento
normal pelos casos q. se desviam do normal --
como fazemos com outras doencas ou mesmo com
mutacoes q. alteram o fenotipo.

Mas o fato de q. em algumas manifestacoes
ditas patologicas haja uma relacao entre um
aspecto humano, digamos, sexo e outro,
digamos poder - nao quer dizer necessariamente
q. haja essa ligacao normalmente. Pode ser
q. a condicao patologica seja justamente
pela presenca dessa ligacao e nao apenas como
uma exacerbacao.

Existe uma outra minoria q. nao apresenta
tais ligacoes, mas manifestam outras patologias.

> Manuel: Esses que se vangloriam de ser assexual ou pansexual querem
> mesmo é ser linchados ou ridicularizados pela turba dos normais,
> Bolinha & Cia. Vai ver que são masoquistas. Ou então, como disse o
> Renato Russo, querem mostrar pra todo mundo que não precisam
> mostrar nada pra ninguém.

Vai ver. Mas como saber?

(E' muito gde a nossa capacidade de
aventar explicacoes e contra-explicacoes...)

> entre esses paus-mandados humanos e os macacos subalternos é que os
> primeiros são homossexuais 'metafóricos', ou seja, sua
> homossexualidade jaz sublimada.

Como saber isso? Homossexuais 'metaforicos'
tem uma ligacao com homossexualismo propriamente
dito?

> muitos dos que contestam a psicanálise a contestam por razões
> lógicas, empíricas e racionais. Afinal, a psicanálise não é uma
> teoria completa ou uma doutrina dogmática.

Bem, eu nao tenho muitas
razoes empiricas, nem logicas...
razoes racionais e' legal, ate'
porq. existe mesmo razoes irracionais.

Eu discuto mais: primeiro pra entender afinal
o q. e' a psicanalise; e segundo, dado q. nao
entendo, eu a acho estranha.

Seria mais facil se a psicanalise fosse
uma teoria axiomatica como a teoria da
evolucao biologica -- ai' poderiamos
considerar diretamente os postulados.

> filosófica. Não estou aqui para psicanalisá-lo ou para ser
> psicanalisado.

Eu sei.

> Manuel: Se um homem tem preferência sexual por mulheres muito mais
> velhas (interessante observar: as mães são sempre muito mais velhas
> que os filhos); se eles reproduzem com a parceira a mesma
> dependência que tinham com a mãe; e se ainda por cima tem sonhos
> eróticos com a mãe, ou manifestam uma raiva
> irracional ou desproporcional ao pai, então conclui-se...

Mas ha' sempre todas essas caracteristicas
nos individuos q. apreciam mulheres mais velhas?
O q. seria mais chamativo e' o fato de
terem sonhos eroticos com a mae -- independente
de todo o resto.

Mas o fato de alguns individuos apresentarem
isso e' mesmo indicio de q. todos apresentam
uma tendencia incestuosa reprimida? A tendencia
incestuosa de alguns nao podem ter surgidos
nesses individuos?

Como distinguir uma possibilidade de outra?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RES: [ciencialist] psicanálise (era: Re: O Mito Popperiano)
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/02/2002 12:32

Desculpe minha intromissão e opinião leiga,

> mesmo posso dizer do darwinismo, que ninguém duvida, a não ser os
> criacionistas (por razões religiosas), que seja uma ciência.

Na verdade nao. Existem interpretacoes, mas
elas nao se esgotam em si mesmas. O q. isso
faz nao precisa ser levada muito a serio.
Mas os q. permitem verificacoes independentes
podem merecer uma segunda olhada.

>> " ninguém dúvida, a não ser os criacionistas ", bem não sou religioso,
não creio que viemos do estalo de dedos de um Deus todo poderoso, também não
creio que surgiu um explosão do nada e tudo formou-se dela, a Teoria
Darwinista não explica muita coisa, principalmente em relação a seres
humanas, ser comparado a um macaco, abelha ou a qualquer outro ser é um
tremendo absurdo, visto que somos dotados de uma consciência e nossos
propósitos de sobrevivência são muito diferentes dos outros animais. Estou
lendo o Gene Egoísta, confesso que em determinados pontos o acho complicado
e por isto vou lê-lo novamente e consultar outras bibliografias. Também não
acredito que somos meros fantoches de nosso genes, seria a mesma coisa que
acreditar no destino religioso, "esta tudo escrito no caderninho de Deus"
para os religiosos e para os céticos "esta tudo escrito na cadeia de DNA",
sinceramente a ciência hoje se molda, ao que certos bilionários querem que
ela pesquise.

Gilberto



SUBJECT: RES: [ciencialist] psicanálise (era: Re: O Mito Popperiano)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/02/2002 13:39

--- In ciencialist@y..., "gp" <sunriseg@t...> wrote:
> Desculpe minha intromissão e opinião leiga,

Gilberto,

o papo e' aberto a todos. Fique 'a vontade.

> >> " ninguém dúvida, a não ser os criacionistas ", bem não sou
> religioso, não creio que viemos do estalo de dedos de um Deus todo
> poderoso, também não creio que surgiu um explosão do nada e tudo
> formou-se dela

Bem, na verdade, pelo pouco q. sei da teoria do Big Bang
(ha' outras alternativas menos cogitadas por eqto),
ela nao fala exatamente de uma explosao. Isso e' mais uma
especie de metafora -- q. perde o sentido qdo transpira
para fora do contexto.

Alguns estudos mostram q. o q. consideramos o espaco
vazio na verdade esta' cheio de energia e particulas
se formam e somem o tempo todo: na verdade essas
particulas surgem aos pares -- uma particula normal
e outra chamada anti-particula. Qdo uma particula
se encontra com uma anti-particula correspondente
ambas se aniquilam liberando energia.

Flutuacoes desse tipo poderiam estar por tras da
criacao da materia. O problema por eqto e' q.
ainda nao se sabe como isso poderia gerar mais
materia q. anti-materia -- nosso universo e'
composto basicamente de materia.

> a Teoria Darwinista não explica muita coisa, principalmente em
> relação a seres humanas, ser comparado a um macaco, abelha ou a
> qualquer outro ser é um tremendo absurdo, visto que somos dotados
> de uma consciência e nossos propósitos de sobrevivência são muito
> diferentes dos outros animais.

Na verdade nao somos tao diferentes assim de outros
animais. Especialmente se comparados com os mais
proximos. Chimpanzes possuem algum grau de auto-consciencia.
Eles se reconhecem no espelho. Golfinhos tbm.
Chimpanzes sao capazes de arquitetar planos, de
construir ferramentas rudimentares, de aprender
uma linguagem de sinais e usa'-la criativamente.

Claro q. isso nao explica de forma definitiva, mas
da' bons indicios de como as coisas podem ter ocorrido.

> acredito que somos meros fantoches de nosso genes, seria a mesma

Se formos pensar q. genes tEm algum tipo
de vontade realmente e' bobagem. Mas a ideia
de Dawkins e' diferente, embora ele reconheca
q. utilizar a metafora de genes egoistas
tenha causado problemas.

Pense nos genes egoistas mais dessa forma:
eles nao fazem nada com um proposito, eles
nao tem vontade. Mas nos somos consequencias
de sua interacao com o meio ambiente.
Assim como uma pedra cai, nao porq. a gravidade
quer q. a pedra caia. Mas simplesmente a
pedra cai pela acao da forca de gravidade.

> para os religiosos e para os céticos "esta tudo escrito na cadeia
> de DNA",

Nao e' bem isso. Ha' um problema na divulgacao --
certamente nao esta' escrito tudo no ADN: somos
frutos da interacao entre os genes e o ambiente.

O q. se faz e' tentar mostrar q. os genes tbm
desempenham um papel importante. (Se genes q.
produzem proteinas importantes na formacao
do cerebro estao alterados, entao o cerebro
ira' se desenvolver com alteracoes e isso
afetara' a capacidade mental da pessoa --
como ocorre no caso da sindrome de Down,
por exemplo.) Mas muitas vezes na ansia de
mostrar esse papel acaba passando a impressao
de q. so' os genes sao importantes.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Psicanalise
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/02/2002 15:12

--- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:
> Ela tem como base a observação direta. O que aconteceu foi isto.
> Tínhamos começado por inferir o conteúdo da infância sexual a
> partir da análise de adultos - isto é, cerca de vinte a quarenta
> anos depois. Posteriormente, procedemos a análises sobre as
> próprias crianças, e não deixou de ser uma grande vitória quando
> assim fomos capazes de confirmar nelas tudo que tínhamos podido
> adivinhar, apesar da quantidade do que havia
> ficado encoberto e distorcido no intervalo.

Mas o q. ele encontrou alem da ocorrencia
de masturbacao? Era um simples ato de obtencao
de prazer ou tinha realmente uma conotacao
sexual e/ou de poder?

Ele detectou algum indicio de tendencia ao
incesto? Como ele detectou o medo da castracao?

Q. tipo de neurose ele encontrou nas criancas?
Isso tem algo a ver com a sexualidade delas?

> inimizade para com outras pessoas. É de especial importância numa
> análise induzir uma lembrança da atividade sexual esquecida do
> próprio paciente como criança e também da intervenção dos adultos
> que acabaram com a mesma.

E tbm de falsas lembrancas...

> seus próprio órgãos genitais, ou, mais precisamente, da porção
> masculina deles.

O q. ele quer dizer com porcao masculina
dos orgaos genitais?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: A força explosiva das minhocas
FROM: "Jose Colucci" <j.colucci@rcn.com>
TO: <sbcr@yahoogrupos.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/02/2002 18:41

Essa é boa. Saiu no boletim WHAT'S NEW, do físico Robert L. Park, de
8-Fev-02. Traduzi:

MICRO-BOMBAS ATÔMICAS: A FORÇA EXPLOSIVA DA ALMA DOS VERMES

Estou em dívida com James Randi por chamar a minha atenção para um
artigo da "Frontier Perspectives", Outono de 2001. Quando setenta gramas
de minhoca vermelha da Califórnia [1] colocados em um tubo de ensaio
foram mortos por formol, o peso dos vermes diminuiu 93.6 microgramas.

Como matéria não poderia ter escapado do tubo selado, o autor diz que a
massa deve ter sido perdida na forma de energia. Ele identificou essa
energia como força vital (na medicina tradicional chinesa, "Chi", na
medicina Ayurvedica, "Prana"). Randi pergunta se uma nuvem em forma de
cogumelo se formou. De fato, a energia é equivalente a duas
gigacalorias. Em terminologia de armamento nuclear, seriam duas
toneladas de TNT.

Se for assim por que é que, quando alguém morre na multidão, não há uma
terrível reação em cadeia de corpos humanos explodindo? Será que temos
almas bem menores do que a minhoca da Califórnia?

Colucci


[1] NOTA MINHA: O "California worm", Eisenia foetida, também é conhecido
como "red worm", "manure worm" ou "red wiggler". Muito usada na produção
de humus. Em português, é chamada às vezes de "vermelha da Califórnia".



ORIGINAL:

MICRO-NUKES: THE EXPLOSIVE POWER OF THE SOUL OF A WORM.
I'm indebted to James Randi for calling my attention to an article in
the Fall 2001 issue of Frontier Perspectives. When seventy grams of live
"California worms" in a sealed test tube were killed by formaldehyde,
the weight of the worms decreased 93.6 micrograms.
Since matter could not have escaped from the sealed tube, the author
says the mass must have been lost in the form of energy.
He identifies this energy as the vital life force (in traditional
Chinese medicine it's "Qi," in Ayurvedic medicine it's "Prana.")
Randi wondered if a mushroom cloud formed. In fact, the energy
equivalent is two gigacalories. In nuclear weapons terminology, that
would be two tons of TNT. So when a person dies in a crowd, why isn't
there a gruesome chain reaction of exploding humans?
Can it be that we have far smaller souls than California worms?


SUBJECT: Re: [ciencialist] psicanálise (era: Re: O Mito Popperiano)
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/02/2002 20:10

Oi Gilberto,

Gilberto: a Teoria Darwinista não explica muita coisa, principalmente em
relação a seres humanos, ser comparado a um macaco, abelha ou a qualquer
outro ser é um tremendo absurdo, visto que somos dotados de uma consciência
e nossos
propósitos de sobrevivência são muito diferentes dos outros animais.

Manuel: O interessante é que foi precisamente a questão da "consciência" que
separou os dois teóricos da evolução, Wallace e Darwin. A este respeito,
escrevi num ensaio o seguinte:

<<Mas qual a importância, do ponto de vista darwiniano - isto é, da luta do
indivíduo pela existência -, dessa relação do indivíduo consigo mesmo que
doravante chamaremos "autoconsciência"? Terá a autoconsciência um valor
seletivo? Creio que o fato de uma espécie como a nossa, constituída por
indivíduos com alto grau de autoconsciência, ter alcançado tão inusitado
sucesso evolutivo, isso denota que o "Eu" confere a quem o possui grande
aptidão biológica. Não obstante, devido a algumas idiossincrasias da
autoconsciência, como, por exemplo, o senso moral e a sensibilidade
estética, muitos teóricos da evolução encaram com ceticismo a assertiva de
que o "Eu" é um produto da seleção natural. Alfred Wallace, grande
naturalista do século XIX, que, juntamente com Darwin, elaborou a moderna
teoria da evolução, é o representante mais ilustre desse grupo de céticos. O
interessante é que esse eminente cientista costumava encantar Darwin com a
sua visão altamente penetrante: ele era capaz de enxergar, em cada mínimo
detalhe da fisiologia de um animal, a mão invisível da seleção natural. Sem
embargo, ao se deparar com as peculiaridades da alma humana, sobretudo o
nosso aguçado senso ético, não encontrou para esse fenômeno nenhuma
explicação evolucionista convincente. - Qual a função da arte na peleja pela
sobrevivência? O que explica a compaixão, isto é, por que nos compadecemos
dos fracos e dos doentes se as leis da vida diz para nos servirmos deles
como alimentos ou escravos? Por que a forma como se dá a evolução, em que o
extermínio sistemático do grosso da biomassa figura como pré-requisito da
perpetuação da vida, é motivo, para muitos entre nós, de desencanto com a
própria vida? - Atormentado com essas perguntas, Wallace terminou
rendendo-se à teologia. Para desgosto de Darwin, o co-autor da teoria da
seleção natural passou a defender, segundo as palavras de Stephen Gould, que
"o nosso intelecto e senso moral (.) não podiam ser um produto da seleção
natural"; "e já que a seleção natural é a única via da evolução, algum poder
mais alto - Deus, para por a questão precisamente - teve que intervir para
construir esta última e maior das inovações orgânicas."
<<O erro de Wallace, que o fez tomar esse estranho desvio, está precisamente
no seu hiperselecionismo: achar que tudo nos seres vivos é um produto da
seleção natural e que, portanto, todo e qualquer detalhe anatômico, seja o
nariz chato de um aborígene australiano ou o cabelo crespo de um negro
africano, apresentam uma função adaptativa. Ora, um gene pode determinar uma
ou mais características fenotípicas, mas isso não quer dizer que todas essas
características tenham necessariamente uma funcionalidade evolutiva. Basta
que uma delas seja funcional para que o gene em questão garanta o seu lugar
no genoma da espécie. As outras características que ele determina, neutras
do ponto de vista adaptativo, vem de brinde. A assertiva acima enuncia, em
outras palavras, o primeiro de dois princípios que Darwin destacou para
rebater os argumentos de Wallace. Mas é o segundo princípio o que melhor
explica a natureza sui generis do psiquismo desses mamíferos superiores.
Gould resumiu esse princípio nos seguintes termos: - "Um órgão construído
para um papel específico sob a influência da seleção natural pode ser capaz,
em conseqüência da sua estrutura, de desempenhar também muitas outras
funções não selecionadas." A este fenômeno, Gould deu o nome de "exaptação".
(Manuel Bulcão; Ontologia do Indivíduo; 1998)

[]s
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Psicanalise
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/02/2002 22:19

Oi Takata

Não sei o que vc quis dizer quando afirmou: "nao sei qto tempo vc ira'
aguentar isso antes de querer mostrar na pratica as
suas ideias..."

Prática? Eu lá quero saber de prática... eu sou é um masturbador
intelectual.

Continuemos com nossas punhetinhas teóricas:

Freud wrote: Ela tem como base a observação direta. O que aconteceu foi
isto. Tínhamos começado por inferir o conteúdo da infância sexual a partir
da análise de adultos - isto é, cerca de vinte a quarenta anos depois.
Posteriormente, procedemos a análises sobre as próprias crianças, e não
deixou de ser uma grande vitória quando assim fomos capazes de confirmar
nelas tudo que tínhamos podido adivinhar, apesar da quantidade do que havia
ficado encoberto e distorcido no intervalo.

Takata: Mas o q. ele encontrou alem da ocorrencia de masturbacao? Era um
simples ato de obtencao de prazer ou tinha realmente uma conotacao sexual
e/ou de poder?

Manuel: Você não acha que a prática da masturbação na criança não é um forte
indício de que realmente existe uma sexualidade infantil? Caso não, fica
difícil convencê-lo de qualquer coisa que seja.

Já falei aqui na ciencialista acerca da "crise hormonal pós-natal". Em
resumo, escrevi que foi observado em recém-nascidos machos de várias
espécies de mamíferos, entre as quais o homem, uma secreção de testosterona
muito intensa, fenômeno este que ficou conhecido como "crise testicular
neonatal". "No menino" -- escreveu o neurologista André Bourguignon -- "a
taxa de testosterona chega à metade da do adulto já na segunda hora de vida
e, após um decréscimo, continua alta do segundo ao sexto mês. Diminui
depois, até atingir taxas muito baixas (1% da taxa adulta) que se mantêm até
os oito-dez anos, depois voltam a subir progressivamente, até a puberdade.
(...) Quanto às meninas, é entre o sexto e o décimo segundo mês que uma
atividade ovariana se acentua muito nitidamente." (HNH; pp. 173/174). Não
seria essa super-produção de testosterona -- o hormônio do apetite sexual --
um outro indício apontando para a existência de um erotismo infantil? Nesta
época, a criança convive mais com quem?

Takata: Ele detectou algum indicio de tendencia ao incesto? Como ele
detectou o medo da castracao?

Manuel: Ele detectou esses indícios (e muitos psicanalistas, hoje, continuam
detectando) por meio da observação e da análise do discurso dos adultos,
principalmente dos adultos neuróticos, e das crianças. Em sua obra, Freud
fornece um farto material clínico. É só ir à fonte.

Quanto ao falo e ao medo de castração, importa dizer que o órgão genital
masculino é um "símbolo" inato, símbolo de potência entre muitos primatas,
mas que só aparece na estrutura psíquica do indivíduo a partir de uma
determinada idade. Se se trata, nos seres humanos, de mero atavismo (como as
guelras no embrião humano) isso é uma outra questão. Não creio que seja.
Nesta idade o pênis é valorizado pela criança como um "significante" cujo
significado é "o poder do alfa". O problema da criança é que ela não
consegue distinguir o significante do significado. Essa indistinção é uma
das características do pensamento mágico, pré-conceitual. Na tríade
pai-mãe-filho, o filhinho paparicado por todo mundo, o centro de todas as
atenções, sente-se como o "alfa", o primeiro. É o narcisismo fálico. O medo
de perder essa primazia, isto é, o medo de perder o poder do alfa
(significado do falo), na sua cabecinha aparece como medo fetichista de
perder o pênis (significante).

Freud percebeu o caráter simbólico do pênis nas crianças (e em alguns
adultos também) muito antes de qualquer naturalista ou etologista ter
descoberto este mesmo caráter em outras espécies de primatas. Como
macacos-de-cheiro, macacos-esquilos, babuínos, chimpanzés, bonobos e humanos
são todos primatas, todos parentes muito próximos, talvez isso indique que
se trata de traços psíquicos homólogos.

Freud: É de especial importância numa análise induzir uma lembrança da
atividade sexual esquecida do próprio paciente como criança e também da
intervenção dos adultos que acabaram com a mesma.

Takata: E tbm de falsas lembrancas...

Manuel: Você está querendo dizer que é de especial importância numa análise
induzir falsas lembranças? Já parte do pressuposto de que o cara é
charlatão? Ou quis apenas dizer que a análise "pode" induzir também
lembranças falsas mesmo que isso não seja a intenção do psicanalista?

Freud abandonou o método catártico, que se valia da hipnose, precisamente
porque, como hipnotisador, seus poderes sobre o paciente eram muito grandes,
quase ilimitados; como hipnotisador ele se sentia um demiurgo e isso,
segundo ele, era perigoso, dado que o querer do analisado passa a ser o
querer do analista. O método psicanalítico, ao contrário, confere mais
autonomia ao paciente, maior distanciamento epistemológico e diminui muito
esse perigo (real) de induzir no paciente falsas lembranças.

O problema é que, em toda profissão, sempre existem profissionais ruins,
quando não falsos profissionais. Não é a psicanálise uma exceção.

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: teratocarcinoma
FROM: "Raul Sturari Jr." <sturari@brturbo.com>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/02/2002 01:07

Não é encheção de modo algum, André. Estou aproveitando para fazer uma
revisão sobre teratomas.

1. Os três folhetos são tipos de tecidos?
Apenas nos estágios iniciais da gestação quando o embrião ainda é discóide.
Com a evolução da gravidez estas células começam a se diferenciar para dar
origem as estruturas que formam nosso organismo. Durante esse período elas
deixam de ser totipotentes (células tronco) e passam a ser multipotentes
(células que podem gerar células especializadas concretas, mas ainda não se
demonstrou que possam produzir outro tipo de tecido) que encontramos no
adulto. Mas nem todas.

2. Encontrados apenas no embrião ou em células comuns? Aonde ficam as
camadas das quais elas se originam?
Nos primeiros dias do embrião elas reinam absolutas. Com o passar do tempo
dão lugar a células cada vez mais especializadas, e por fim, no adulto, se
localizam apenas na pele e na medula óssea.

3. As células neoplásicas são o tumor?
Uma tumoração não é necessariamente uma neoplasia (maligna ou benigna). Uma
tumoração é qualquer massa atípica que esteja localizada dentro do corpo. Ou
seja, toda neoplasia é tumor mas nem todo tumor é neoplasia.

4. O teratocarcinoma é formado por células semelhantes as tais
células-tronco?
Ele é formado por células neoplásicas originadas de células-tronco dos três
tipos. O teratoma não contém as células-tronco em si, e sim suas "filhas".

[]s
Raul

----- Original Message -----
From: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, February 07, 2002 11:34 AM
Subject: [ciencialist] Re: teratocarcinoma


Raul:

> Talvez tenha sido isso mesmo, Andre.
>
> Mas essa explicação do médico foi um tanto esdrúxula. É bem verdade
que nos estágios iniciais da gestação o embrião é formado apenas
destes três folhetos - mesoderma, endoderma e ectoderma - mas no
teratoma não se encontra este disco trilaminar (embrião), e sim
células neoplásicas originadas destas camadas.
>

André:
Como não ouvi a explicação diretamente do médico, mas recontada, pode-
se desculpar. Mas sua explicação ainda está um pouco hermética para
um leigo. Os três folhetos são tipos de tecidos? encontrados apenas
no embrião ou em células comuns? As células neoplásicas são o tumor?
Aonde ficam as camadas das quais elas se originam? O teratocarcinoma
é formada por células semelhantes as tais células-tronco (ou toti- ou
pluri-potentes?)

(desculpe a encheção, mas agora fiquei curioso)

um abraço,

André





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SUBJECT: interpretacoes da psicanalise
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/02/2002 10:35

Olá,

Takata: Queria saber se existe algum modo de se testar objetivamente a validade dos fundamentos da psicanalise...

Manuel: Resta saber quais são os fundamentos da psicanálise. Segundo Freud,
são pedras angulares da teoria psicanalítica: a )A pressuposição de existirem
processos mentais inconscientes; b) O reconhecimento da teoria da
resistência e repressão; c) A apreciação da importância da sexualidade e do
complexo de Édipo. (Freud; Obras Completas; Volume XVIII; Dois Verbetes; A -
Psicanálise; Ed. Imago).

Creio que foi o Takata que certa vez postou aqui na ciencialist um artigo sobre o que seria uma comprovação experimental do mecanismo psíquico da resistência e da repressão.

Todos os denominados psicanalistas "revisionistas" (Jung, Adler e os culturalistas: Sullivan, Karen Horney, Eric Fromm, Rollo May, etc.) continuam aceitando tanto a existência de processos mentais inconscientes quanto a teoria da resistência e repressão. Distanciaram-se de Freud apenas no que diz respeito à teoria da libido. Podemos então dizer que os fundamentos da psicanálise (algo mais abrangente que o freudismo) são apenas os itens a) e b).

Karen Horney chega mesmo a tecer críticas à psicanálise como técnica terapêutica. Defende ela que não basta conhecer as causas da neurose (lembranças ou sentimentos reprimidos) para que se dê a cura. Não bastaria o auto-conhecimento. Necessário também seria uma mudança "prática", isto é, uma deliberada alteração do modo de vida.

Há ainda quem estabeleça uma separação radical entre as duas funções do pênis tal como se verifica em alguns primatas, a saber: sua função como órgão sexual e sua função como símbolo de poder ou dominância hierárquica. Essa separação equivale a uma "deserotização" do símbolo fálico. As duas funções estariam ligadas a partes diferentes do cérebro dos primatas. E, de fato, experimentos com macacos-de-cheiro mostrou que quando a porção mais arcaica do prosencéfalo é lesionada, o macaco deixa de apresentar o seu ritual agonístico mais característico (a exibição do pênis ereto a outros machos). Essa lesão, entretanto, não compromete em nada o seu comportamento sexual.

Em seu "Os Dragões do Éden", Carl Sagan escreveu: "A ligação entre exibição sexual e posição na hierarquia de domínio pode ser freqüentemente observada entre os primatas. Entre os macacos japoneses, a classe social é mantida e reforçada por um ritual diário: os machos das castas inferiores adotam a posição sexual submissa característica da fêmea no cio e são, de forma rápida e cerimonial, montados por machos de castas superiores. Essas encenações são ao mesmo tempo comuns e superficiais. Parecem ter pouco conteúdo sexual, mas servem como símbolos de fácil entendimento de quem é quem em uma sociedade complexa. (...) A exibição sexual é um ritual derivado do comportamento sexual, mas que serve a propósitos sociais e não reprodutores."

Na ontogênese, o pênis como símbolo aparece antes -- entre o terceiro e o quinto ano de vida -- do pênis como órgão sexual. Claro que o pênis como traço anatômico suge antes dos dois, ao menos nos meninos. :-)

Talvez a causa das neuroses de caráter e de algumas perversões (sadomasoquismo, por exemplo) seja uma confusão ou uma incapacidade do indivíduo de diferenciar essas duas funções do pênis: a função sexual e a função simbólica.

Por enquanto é só. Vou vestir minha fantasia de pierrô. :-)

Abraços,
Manuel Bulcão


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RES: [ciencialist] psicanálise (era: Re: O Mito Popperiano)
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/02/2002 10:47

Caro Roberto Takata,
agradeço pelas explicações, e agradeço mais ainda pela sua Humanidade, pois
sai de uma outra lista que só existiam pessoas arrogantes e o leigo era
visto como mais um imbecil que veio perturbar a mente dos Srs. Oniscientes
com sua falta de conhecimento e argumentação sem fundamento. Obrigado.

Da forma coisa você explicou algumas coisas ficam mais clara, a ciência
nunca será "onisciente", sempre aparecerá uma pedra nos sapatos dos
cientistas, mas esta teoria de matéria e anti-matéria também tem suas
falhas, parecem muito com a Geração Espontânea de Lamarck, com a diferença
que ele dizia que seres se formavam do nada, enquanto a Teoria diz que as
partículas vem e vão.

No caso do Big Bang, você mencionou sobre metáforas, só que para um leigo a
primeira impressão é a que fica, se é mencionado que ocorreu uma grande
explosão, acredita-se infelizmente nesta explosão, você me deu respostas que
em outros sites não obtive, isto é as pessoas parecem moldar o conhecimento
ao seu bel-prazer "eu acredito nisto então é válido prá mim, esta outra
Teoria é absurda, vou ignora-la". Fazendo um paralelo com a Religião, isto
esta parecendo as diversas ramificações religiosas que vem surgindo, cada
pastor prega determinado versículo Bíblico, principalmente os que tem maior
"poder de persuasão" sobre as pessoas.

Sobre a Teoria Darwinista, não entendo porque ela é tão rejeitada entre
leigos, enquanto a Teoria Criacionista se torna mais aceito. Coloco-me na
situação de rejeição da Teoria de Darwin e também na Criacionista. Desde que
nasci até o presente momento, ou melhor desde que completei meus 15 anos até
o presente momento, não ouvi falar em nenhuma nova espécie evoluída
descoberta, somente em ossadas de prováveis dinossauros. A ciência tem suas
falhas de argumentação caso contrário a Teoria Criacionista seria de todo
abandonada. As pessoas tem em si, ou em seu gene egoísta (he he), uma
espécie de consciência protetora e não gosta de ser comparada com seus
"irmãos" animais. Se o pastor fala devemos ser fiéis pois esta no decálogo
de Móises, estamos comparando a outro ser humano, agora se um biólogo
falasse 90% das espécies animais são fiéis aos seus parceiros, logo seria
interessante adotar este comportamento como predominante, muitos
rejeitariam. Confesso a você, e aqui exponho minha opinião de leigo, que não
acho nada interessante ser comparado a macacos, golfinhos, baleias ou
formigas. Se a Natureza de nossos genes caminham para uma evolução de
Espécies, porque tanta diversidade biológica, porque todas as "máquinas de
sobrevivência" não tem o mesmo aspecto e formato, porque só nós adquirimos
consciência. A ciência tem muito pela frente, e talvez eu já tenha me
transformado e voltado ao ecossistema até estas descobertas serem
realizadas. Mas também há outros fatores, os cientistas só descobrem o que é
de interesse dos seus patrocinadores. Muitas das descobertas cientificas tem
sido espacial, não com o mero propósito de tirar a grande dúvida, o que
somos e para onde vamos, apenas para construir armas contra os gigantes
errantes que a qualquer momento podem nos destruir, mas será que eles
conseguiriam evitar: uma possível morte precoce do Sol, o surgimento
repentino de toda a anti-matéria, que saiu prá tomar cafezinho em uma
dimensão paralela; o surgimento repentino, quem sabe do lado do sol de um
enorme buraco-negro, sinceramente onde a ciência pretende chegar.

Fraternais Abraços,
Gilberto



o papo e' aberto a todos. Fique 'a vontade.

> >> " ninguém dúvida........ dela

Bem, na verdade, pelo pouco q. sei da teoria do Big Bang
...ela nao fala exatamente de uma explosao...

> a Teoria Darwinista não explica...

Na verdade nao somos tao diferentes assim de outros
animais... Claro q. isso nao explica de forma definitiva...

> acredito que somos meros fantoches de nosso genes, seria a mesma

Se formos pensar q. genes tEm algum tipo
de vontade realmente e' bobagem.
Pense nos genes egoistas mais dessa forma:
eles nao fazem nada com um proposito, eles
nao tem vontade. Mas nos somos consequencias
de sua interacao com o meio ambiente.

> para os religiosos e para os céticos "esta tudo escrito na cadeia
> de DNA",

Nao e' bem isso. Ha' um problema na divulgacao --
certamente nao esta' escrito tudo no ADN: somos
frutos da interacao entre os genes e o ambiente.



SUBJECT: RES: [ciencialist] psicanálise (era: Re: O Mito Popperiano)
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/02/2002 11:15

Olá Manuel,

Sinceramente, talvez o motivo pelo qual eu não acredite ou até mesmo não
leve em consideração a Teoria Darwinista, seja o fato de não fazer muita
diferença em minha vida conhece-la ou não, logicamente a Adaptação das
Espécies de alguma forma ocorre, no nosso caso de forma consciente, mudando
o meio que nos circunda, quanto a nossa estrutura orgânica, é difícil
acreditar em evolução.

Bem, se estamos em constante evolução, isto leva a crer que humanos dotados
de certas deficiências, que lhes traz dificuldades no dia-a-dia, seriam em
futuras gerações extintos, mas não é isto que se percebe, continuam a nascer
casos como irmãs siamesas, pessoas com síndrome de down, deficiência
auditiva, visual, albinos e etc...

Vejo nisto apenas um preconceito cientifico, a espécie humana que para
cientistas seria a perfeita.
Se observada a natureza não vemos perfeição, insetos e animais( mamíferos,
peixes, aves) são aberrações, verdadeiros monstros miniaturizados, porque o
ser humano seria exceção, só por ter consciência.

Então nossa consciência nos faz tratar estas pessoas com certos cuidados,
alguns até em exagero, caso de pais e mães que tratam pessoas com síndrome
de down como "retardados", e não os vejo assim, tem suas limitações, mas são
pessoas inteligentes, conheço um bom vendedor em uma loja de tapetes e
cortinas que possui a síndrome, conversa normalmente e nunca o vi ou soube
que ele se tornou agressivo com uma pessoa, por ela não ter comprado com
ele.

Isto leva a crer que ....
A ciência tem as suas crise de identidade: de onde viemos, o que somos e
para onde vamos.
Tem os seus preconceitos: a espécie perfeita seria assim...

e tem muito a evoluir...

Querendo ou não aceitar, somos seres humanos e não máquinas como muitos
"pregam", somos dotados de sentimentos, que alguns querem eliminar, por
acharem que não passam de um complexo de impulsos elétricos ocasionados pela
reação química de substâncias em nosso organismos.

Querem nos transformar em meros robôs orgânicos.

Gilberto



Manuel:
<<O erro de Wallace, que o fez tomar esse estranho desvio, está precisamente
no seu hiperselecionismo: achar que tudo nos seres vivos é um produto da
seleção natural e que, portanto, todo e qualquer detalhe anatômico, seja o
nariz chato de um aborígene australiano ou o cabelo crespo de um negro
africano, apresentam uma função adaptativa. Ora, um gene pode determinar uma
ou mais características fenotípicas, mas isso não quer dizer que todas essas
características tenham necessariamente uma funcionalidade evolutiva. Basta
que uma delas seja funcional para que o gene em questão garanta o seu lugar
no genoma da espécie. As outras características que ele determina, neutras
do ponto de vista adaptativo, vem de brinde. A assertiva acima enuncia, em
outras palavras, o primeiro de dois princípios que Darwin destacou para
rebater os argumentos de Wallace. Mas é o segundo princípio o que melhor
explica a natureza sui generis do psiquismo desses mamíferos superiores.
Gould resumiu esse princípio nos seguintes termos: - "Um órgão construído
para um papel específico sob a influência da seleção natural pode ser capaz,
em conseqüência da sua estrutura, de desempenhar também muitas outras
funções não selecionadas." A este fenômeno, Gould deu o nome de "exaptação".
(Manuel Bulcão; Ontologia do Indivíduo; 1998)

[]s
Manuel Bulcão


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SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] psicanálise (era: Re : O Mito Popperiano)
FROM: Charles Pilger <charles@pilger.inf.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/02/2002 16:25

At 11:15 09/02/02 -0200, you wrote:
>Bem, se estamos em constante evolução, isto leva a crer que humanos
>dotados de certas deficiências, que lhes traz dificuldades no dia-a-dia,
>seriam em futuras gerações extintos, mas não é isto que se percebe,
>continuam a nascer casos como irmãs siamesas, pessoas com síndrome de
>down, deficiência auditiva, visual, albinos e etc...

É por essas que eu vejo que o fato da inteligência poder manipular o gene
faz parte da linha evolucionária que ainda estamos percorrendo...




SUBJECT: RES: RES: [ciencialist] psicanálise (era: Re : O Mito Popperiano)
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/02/2002 17:09

Caro Charles,
Se evoluir é assumir o papel de um "Deus" ou se dotar do poder de manipular
a Evolução.
Creio que a sociedade do Futuro terá guerras geradas pela ciência, assim que
já ocorreram e ocorrem guerras por causa da Religiosidade.
Supomos que a Ciência detenha na mão o poder de manipular os genes de forma
a decidir os fatores predominantes e recessivos das futuras gerações, isto,
ao meu ver, não seria uma Evolução Natural.
Imagine, que 90% da população seja religiosa e descobre-se o gene ou meme
responsável pela formação na mente da "cegueira religiosa", então vamos
alterar todos os Ateus e Céticos e assim eles crerão em Deus.
A Genética esta trazendo a tona o que de mais cruel existe na mente humana,
o poder de fazer o que bem entende com futuras gerações.
Novamente estaremos a mercê de Políticos e Governantes que farão tudo ao seu
bel-prazer.
Espero que até chegarmos nesta época, eu já tenha me decomposto e minha
energia seja absorvida por alguma planta.

Fraternais Abraços,
Gilberto


-----Mensagem original-----
De: Charles Pilger [mailto:charles@pilger.inf.br]
Enviada em: sábado, 9 de fevereiro de 2002 16:25
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: RES: [ciencialist] psicanálise (era: Re : O Mito
Popperiano)


At 11:15 09/02/02 -0200, you wrote:
>Bem...

É por essas que eu vejo que o fato da inteligência poder manipular o gene
faz parte da linha evolucionária que ainda estamos percorrendo...



SUBJECT: Re: [ciencialist] interpretacoes da psicanalise
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/02/2002 18:57

Só um complemento a minha mensagem anterior. O artigo da revista Nature que
relata uma comprovação experimental da teoria freudiana da resistência e
repressão (recalque) é o seguinte:

http://www.nature.com/nsu/010315/010315-10.html

----- Original Message -----
From: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, February 09, 2002 10:35 AM
Subject: [ciencialist] interpretacoes da psicanalise


> Olá,
>
> Takata: Queria saber se existe algum modo de se testar objetivamente a
validade dos fundamentos da psicanalise...
>
> Manuel: Resta saber quais são os fundamentos da psicanálise. Segundo
Freud,
> são pedras angulares da teoria psicanalítica: a )A pressuposição de
existirem
> processos mentais inconscientes; b) O reconhecimento da teoria da
> resistência e repressão; c) A apreciação da importância da sexualidade e
do
> complexo de Édipo. (Freud; Obras Completas; Volume XVIII; Dois Verbetes;
A -
> Psicanálise; Ed. Imago).
>
> Creio que foi o Takata que certa vez postou aqui na ciencialist um artigo
sobre o que seria uma comprovação experimental do mecanismo psíquico da
resistência e da repressão.
>
> Todos os denominados psicanalistas "revisionistas" (Jung, Adler e os
culturalistas: Sullivan, Karen Horney, Eric Fromm, Rollo May, etc.)
continuam aceitando tanto a existência de processos mentais inconscientes
quanto a teoria da resistência e repressão. Distanciaram-se de Freud apenas
no que diz respeito à teoria da libido. Podemos então dizer que os
fundamentos da psicanálise (algo mais abrangente que o freudismo) são apenas
os itens a) e b).
>
> Karen Horney chega mesmo a tecer críticas à psicanálise como técnica
terapêutica. Defende ela que não basta conhecer as causas da neurose
(lembranças ou sentimentos reprimidos) para que se dê a cura. Não bastaria o
auto-conhecimento. Necessário também seria uma mudança "prática", isto é,
uma deliberada alteração do modo de vida.
>
> Há ainda quem estabeleça uma separação radical entre as duas funções do
pênis tal como se verifica em alguns primatas, a saber: sua função como
órgão sexual e sua função como símbolo de poder ou dominância hierárquica.
Essa separação equivale a uma "deserotização" do símbolo fálico. As duas
funções estariam ligadas a partes diferentes do cérebro dos primatas. E, de
fato, experimentos com macacos-de-cheiro mostrou que quando a porção mais
arcaica do prosencéfalo é lesionada, o macaco deixa de apresentar o seu
ritual agonístico mais característico (a exibição do pênis ereto a outros
machos). Essa lesão, entretanto, não compromete em nada o seu comportamento
sexual.
>
> Em seu "Os Dragões do Éden", Carl Sagan escreveu: "A ligação entre
exibição sexual e posição na hierarquia de domínio pode ser freqüentemente
observada entre os primatas. Entre os macacos japoneses, a classe social é
mantida e reforçada por um ritual diário: os machos das castas inferiores
adotam a posição sexual submissa característica da fêmea no cio e são, de
forma rápida e cerimonial, montados por machos de castas superiores. Essas
encenações são ao mesmo tempo comuns e superficiais. Parecem ter pouco
conteúdo sexual, mas servem como símbolos de fácil entendimento de quem é
quem em uma sociedade complexa. (...) A exibição sexual é um ritual derivado
do comportamento sexual, mas que serve a propósitos sociais e não
reprodutores."
>
> Na ontogênese, o pênis como símbolo aparece antes -- entre o terceiro e o
quinto ano de vida -- do pênis como órgão sexual. Claro que o pênis como
traço anatômico suge antes dos dois, ao menos nos meninos. :-)
>
> Talvez a causa das neuroses de caráter e de algumas perversões
(sadomasoquismo, por exemplo) seja uma confusão ou uma incapacidade do
indivíduo de diferenciar essas duas funções do pênis: a função sexual e a
função simbólica.
>
> Por enquanto é só. Vou vestir minha fantasia de pierrô. :-)
>
> Abraços,
> Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] psicanálise (era: Re: O Mito Popperiano)
FROM: Rodrigo Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/02/2002 21:57

Penso que de facto como em muitos outros casos teorias inferiores
continuam sendo aceites devido à falta de cultura da população, sendo
que a culpa disso é em parte também das elites cientificas, e em muito
maior parte das elites politicas...

Quanto ao facto de que realmente nenhuma espécie nova surgiu, e a
comparação com macacos continua sendo incómoda, e outras coisas mais...
só posso dizer que o mundo é o que é, e resta-nos neste caso ler o livro
do mundo o melhor que sabemos e aceitar o passado, que tudo leva a crer
tenha sido um passado evolutivo. Quem somos nós para discutir com o
universo?

> gp wrote:
> Sobre a Teoria Darwinista, não entendo porque ela é tão rejeitada entre
> leigos, enquanto a Teoria Criacionista se torna mais aceito. Coloco-me na
> situação de rejeição da Teoria de Darwin e também na Criacionista. Desde que
> nasci até o presente momento, ou melhor desde que completei meus 15 anos até
> o presente momento, não ouvi falar em nenhuma nova espécie evoluída
> descoberta, somente em ossadas de prováveis dinossauros. A ciência tem suas
> falhas de argumentação caso contrário a Teoria Criacionista seria de todo
> abandonada. As pessoas tem em si, ou em seu gene egoísta (he he), uma
> espécie de consciência protetora e não gosta de ser comparada com seus
> "irmãos" animais. Se o pastor fala devemos ser fiéis pois esta no decálogo
> de Móises, estamos comparando a outro ser humano, agora se um biólogo
> falasse 90% das espécies animais são fiéis aos seus parceiros, logo seria
> interessante adotar este comportamento como predominante, muitos
> rejeitariam. Confesso a você, e aqui exponho minha opinião de leigo, que não
> acho nada interessante ser comparado a macacos, golfinhos, baleias ou
> formigas. Se a Natureza de nossos genes caminham para uma evolução de
> Espécies, porque tanta diversidade biológica, porque todas as "máquinas de
> sobrevivência" não tem o mesmo aspecto e formato, porque só nós adquirimos
> consciência. A ciência tem muito pela frente, e talvez eu já tenha me
> transformado e voltado ao ecossistema até estas descobertas serem
> realizadas. Mas também há outros fatores, os cientistas só descobrem o que é
> de interesse dos seus patrocinadores. Muitas das descobertas cientificas tem
> sido espacial, não com o mero propósito de tirar a grande dúvida, o que
> somos e para onde vamos, apenas para construir armas contra os gigantes
> errantes que a qualquer momento podem nos destruir, mas será que eles
> conseguiriam evitar: uma possível morte precoce do Sol, o surgimento
> repentino de toda a anti-matéria, que saiu prá tomar cafezinho em uma
> dimensão paralela; o surgimento repentino, quem sabe do lado do sol de um
> enorme buraco-negro, sinceramente onde a ciência pretende chegar.


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SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] psicanálise (era: Re: O Mito Popperiano)
FROM: Joao Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/02/2002 22:25



Rodrigo Cunha wrote:
>
> Penso que de facto como em muitos outros casos teorias inferiores
> continuam sendo aceites devido à falta de cultura da população, sendo
> que a culpa disso é em parte também das elites cientificas, e em muito
> maior parte das elites politicas...
>
> Quanto ao facto de que realmente nenhuma espécie nova surgiu,

Há vários casos de especiação documentados:

http://www.talkorigins.org/faqs/faq-speciation.html

Joao
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] psicanálise (era: Re: O Mito Popperiano)
FROM: Rodrigo Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/02/2002 22:45

Joao Mário Miranda wrote:
> Há vários casos de especiação documentados:

Sem dúvida, mas embora o estudo da evolução em moscas e bactérias tenha
ajudado a compreender a evolução (e em ervilhas!) isso não é conhecido
pelo comum dos mortais. Talvez fosse mais interessante observar as
mudanças que levam às várias raças de cães, a vários tipos de frutos, e
coisas geralmente mais corriqueiras. Entretanto você compreenderá que
essas modificações são em geral menos espetaculares do que pegar num
caldo meio inorgânico e tirar de lá um homem passado 3*10^9 anos :-)

É como pegar no foguete do século II e dizer que no século XX você
chegaria à lua com uma tecnologia algo similar... só que nem mesmo este
exemplo exprime bem a "magia" da evolução quando lhe damos muito tempo.


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SUBJECT: RES: RES: [ciencialist] psicanálise (era: Re: O Mito Popperiano)
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/02/2002 14:28

>> Quem somos nós para discutir com o universo?

Somos os únicos animais capazes de estudá-lo e tentar entendê-lo.



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] psicanálise (era: Re: O Mito Popperiano)
FROM: "Marcos Penna" <marcospenna@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/02/2002 17:13


----- Original Message -----
From: gp
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, February 11, 2002 2:28 PM
Subject: RES: RES: [ciencialist] psicanálise (era: Re: O Mito Popperiano)


>> Quem somos nós para discutir com o universo?

>Somos os únicos animais capazes de estudá-lo e tentar entendê-lo.

Sim, mas so posso concondar se consideramos apenas o nosso padrão como válido, o que me soa mais como narcisismo.
Nossos antecessores se comunicavam?
Nossos sucessores se comunicarão?
Tenho como certo que nossos sucessores no planeta serão as baratas, que são imunes às radiações nucleares, e então basta que os EUA percam o controle da situação no Paquistão para que seja a vez delas.
E olhe que de quebra as feministas irão ter orgasmos multiplos, pois então o ser dominate no planeta serão no feminino, baratas, e não homens, no masculino.



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SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] psicanálise (era: Re: O Mito Popperiano)
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/02/2002 21:20

Oi,
> > Quanto ao facto de que realmente nenhuma espécie nova surgiu,
>
> Há vários casos de especiação documentados:
>
> http://www.talkorigins.org/faqs/faq-speciation.html

Manuel: Parece-me que Theodozius Dobzhansky realizou experimentos com moscas
e verificou no laboratório o surgimento de uma nova espécie deste inseto.

[]s
Manuel Bulcão





SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] psicanálise (era: Re: O Mito Popperiano)
FROM: "Marcos Penna" <marcospenna@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/02/2002 00:18


----- Original Message -----
From: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, February 11, 2002 9:20 PM
Subject: Re: RES: [ciencialist] psicanálise (era: Re: O Mito Popperiano)


>
> Manuel: Parece-me que Theodozius Dobzhansky realizou experimentos com
moscas
> e verificou no laboratório o surgimento de uma nova espécie deste inseto.
>

Para compreender a evolução das espécies vejo como necessário primeiro
compreender as espécies. Veja o caso das bactérias. Até então era-nos apenas
algo pernicioso agora temos os bacriófagos, ou simplesmente fagos. Ela não é
uma evolução mas sim a o predador da bactéria. Já devíamos te-la previsto e
encontrado antes porque a simples lógica nos empurrava para isso. Se a
bactéria propaga-se infinitamente porque não teria tomado conta do planeta?
Elementar meu caro Watson. Os fagos encontrados nos esgotos estão a
revolucionar a ciência tanto ou mais que nos foi a penicilina.
Quanto ao Mito Popperiano observe o artigo abaixo.

==================
Agente Neural Popperiano

João Paulo Schwarz Schüler
Luis Otávio Campos Alvares (orientador)
jpss@schulers.com

Resumo

O objetivo geral da dissertação é colaborar com a solução da questão: "
máquinas podem ter ou manifestar consciência?". Para alcançar tal objetivo,
estão sendo estudadas propostas para o entendimento da consciência por
diversos autores. Daniel Dennett propõe um modelo de evolução da
inteligência das "criaturas" ao longo da evolução das espécies. Ao comparar
a definição da criatura popperiana proposta por Dennett com as idéias sobre
consciência de António Damásio e Gerald Edelman, observa-se que a criatura
popperiana já tem algum nível de consciência. É objetivo do presente
trabalho implementar uma criatura popperiana usando-se conhecimentos de
redes neurais artificiais e sistemas multiagentes.


1. INTRODUÇÃO

A possibilidade de construção de um computador ou de uma máquina consciente
não é uma questão resolvida na ciência. Diversos cientistas e filósofos
importantes não concordam entre si em relação a possibilidade de consciência
artificial. Para Roger Penrose, a apropriada ação física do cérebro provoca
consciência; porém, essa ação física não pode ser propriamente simulada
computacionalmente[9]. Sendo assim, Penrose afirma que existe pelo menos um
sistema físico que não pode ser simulado computacionalmente: o cérebro.

Por outro lado, no artigo Simulating Physics with Computer[5], o ganhador do
prêmio Nobel de física Richard P. Feynman sugere que todo sistema físico
pode ser simulado computacionalmente. Sendo assim, sem se dar conta,
considerando que o cérebro é um sistema físico, Feynman está sugerindo que o
cérebro pode ser simulado computacionalmente.

Também recebedor do prêmio Nobel, Gerald M. Edelman não acredita que o
cérebro seja um computador [3]. Edelman acredita que uma máquina de Turing
não descreve corretamente a evolução ou a ação do cérebro. Uma máquina de
Turing pode descrever alguns aspectos do cérebro; porém, não pode
representar o que o cérebro faz. Nesse ponto, provavelmente sem saber,
Edelman discorda de Feynman considerando que para Feynman todo sistema
físico pode ser simulado por uma máquina de Turing. Sendo assim, são dois
cientistas premiados com o prêmio Nobel discordando entre si.

Marvin Minsky pode dar importante contribuição para a discussão sobre
máquinas conscientes. Para Minsky [8], não apenas máquinas podem ter
consciência como também cérebros são um tipo de máquina. As posições de
Minsky e Penrose são marcantemente distintas. Minsky pergunta e responde :

"As mentes são entidades particulares possuídas apenas por cérebros como os
nossos, ou podem tais qualidades serem compartilhadas por todas as coisas?
Parece-me que o esquema dual de mundo cria mistérios e leva a problemas
maiores ...".

Construir neurônios artificiais de funcionalidade próxima a dos neurônios
naturais é reconstruir artificialmente as unidades de processamento
encontradas no cérebro[4]. Considerando que a consciência humana emerge da
fisiologia e da morfologia do cérebro [6,7], construir neurônios artificiais
é reconstruir a unidade funcional da qual a consciência emerge. Na
bibliografia de neurociência [7], encontra-se a expressão sugerindo que a
funcionalidade dos neurônios pode ser reproduzida artificial e fielmente:

"As propriedades funcionais do neurônio podem ser representadas por um
circuito elétrico equivalente "[7].



2. CRIATURAS DE DENNETT

No presente tópico, será abordada a visão de Dennett para a evolução da
inteligência ao longo da evolução das espécies encontrada no capítulo 4 do
seu livro Tipos de Mentes [2]. Para Dennett, os sistemas de coleta de
informação são compostos por um grande número de detectores. Cada detector
detecta um determinado evento produzindo resposta do tipo SIM ou NÃO para a
pergunta "percebo o evento agora?". Células individuais da retina do olho
humano são detectores. Cada detector apresenta a sua intencionalidade
mínima: a intencionalidade de detectar um tipo muito específico de evento.

Como os agentes se organizam em sistemas mais complexos capazes de sustentar
tipos de intencionalidade cada vez mais sofisticada? Dadas várias opções de
organizações geradas por mutações, as melhores serão selecionadas por
seleção natural. Dennett chama essa geração e seleção de Torre de Gerar e
Testar. A Torre de Gerar e Testar é um modelo muito simplificado no qual
pode-se classificar várias opções de organização de cérebros para estudar
onde o seu poder se origina.

No início da evolução, diversos tipos de criaturas foram gerados por
mutação. Os tipos melhor adaptados foram selecionados pelo ambiente. Nesta
etapa da evolução, as criaturas não tem memória do passado e nenhum tipo de
aprendizado. Para essas criaturas, a única possibilidade de alteração do
comportamento é mutação genética durante a reprodução. Essas criaturas são
chamadas de criaturas darwinianas e estão inteiramente definidas no momento
do nascimento. As criaturas darwinianas constituem a base da Torre de Gerar
e Testar.

Durante a evolução, apareceram as criaturas com a propriedade da
plasticidade fenótica chamadas de criaturas skinnerianas. As criaturas
skinnerianas não estão totalmente definidas no momento de seu nascimento e
podem se modificar durante a sua vida.

As criaturas skinnerianas testam ao acaso diversas ações. As ações que
resultarem em sucesso serão reforçadas. As criaturas devem avaliar as suas
ações para medir o seu sucesso e então reforçar ou não as suas ações. As
criaturas que tiverem melhores métodos de avaliação terão mais chances de
sobrevivência.

O reforço de algumas ações sob determinadas condições em detrimento de
outras ações é um tipo de aprendizado que Dennett chama de aprendizado ABC.
O aprendizado ABC é resultado de um processo longo de treinamento e
freqüentemente encontrado em animais. Uma característica importante do
aprendizado ABC é que ele é resultado de tentativa e erro de ações. Muitas
tentativas são feitas e as que resultarem em sucesso são reforçadas. O
perigo do aprendizado ABC é a realização de uma tentativa que provoque dano
sério ou a morte do indivíduo. O aprendizado ABC não possui nenhum sistema
de predição de ações não testadas que provoquem a morte do indivíduo. Sendo
assim, a criatura skinneriana pode fazer uma tentativa e acabar morrendo.

Para evitar a morte da criatura em uma tentativa perigosa, um sistema de
predição de conseqüência de ações evoluiu. As criaturas que possuem esse
sistema de predição são chamadas de criaturas popperianas e formam a próxima
classe de criaturas a serem estudadas no presente texto na Torre de Gerar e
Testar.

As criaturas popperianas constroem dentro de si um modelo de mundo com base
nas suas percepções ao longo de sua existência. Sendo assim, a criatura
popperiana pode realizar simulações no seu modelo de mundo e avaliar as
conseqüências antes de realizar as ações do mundo real. Quando uma criatura
faz algo que resulta em insucesso ou sucesso no seu modelo de mundo, a
simulação deve gerar algum tipo de dor ou prazer respectivamente. Esta dor
ou prazer é a avaliação da ação ou conjunto de ações experimentadas no
modelo de mundo.

Ações testadas no modelo de mundo competem entre si. As ações vencedoras na
avaliação da criatura tem mais probabilidade de serem usadas no mundo real.
As criaturas popperianas sentem medo de certas situações apresentadas tanto
no modelo de mundo quanto no mundo real. O medo faz com que muitas ações
perigosas sejam descartadas no modelo de mundo antes de serem testadas no
mundo real.

Acima da criatura popperiana, no estágio mais alto da Torre de Gerar e
Testar, está a criatura que tem cultura: a criatura gregoriana. A cultura é
uma forma de transmitir o conhecimento aprendido de uma geração para outra.
As criaturas gregorianas sabem manipular e construir ferramentas, usar e
construir linguagem, armazenar informação fora do cérebro, perceber o
trabalho em equipe e perceber a própria existência entre outras
características que não serão observadas aqui. Os seres humanos enquadram-se
nas criaturas gregorianas.



3. INTELIGÊNCIA DO AGENTE POPPERIANO

No tópico anterior, foi estudada a criatura popperiana. Com base na criatura
popperiana, pretende-se construir um agente com as mesmas características da
criatura popperiana. A criatura popperiana deve prever eventos e testar
ações no seu modelo de mundo interno antes de agir no mundo real. O modelo
de mundo do agente baseia-se simplesmente no relacionamento entre eventos
que ocorrem no passado e no futuro.

Sabendo relacionar eventos que ocorrem em pontos diferentes no tempo, o
agente pode prever o futuro. Sendo assim, apenas para efeito de exemplo, um
agente popperiano pode aprender que o evento "chutar pedra" provoca o evento
"dor".

Para que o agente consiga relacionar eventos, usa-se uma rede neural com
aprendizado de Hebb. O aprendizado de Hebb em neurônios pode ser descrito na
forma que segue: em dois neurônios A e B conectados por uma sinapse S que
leva o sinal de A para B, a sinapse S é reforçada sempre que A participe
excitatoriamente no disparo de B.

Para efeito de exemplo, supondo-se que: (1) o evento A provoca a ocorrência
do evento B em pouco tempo; (2) a ocorrência dos eventos A e B provocam o
disparo dos neurônios A e B respectivamente; (3) existe uma sinapse
excitatória que inicialmente é fraca entre A e B. Com o passar do tempo, por
aprendizado de Hebb, a sinapse que liga os neurônios A e B ganha força e
dispara o neurônio B antes que o evento B ocorra. Este é o método que se
espera usar para permitir que o agente preveja eventos no futuro. O
aprendizado de Hebb deve relacionar ações com prazer ou dor no agente
skinneriano e relacionar o passado com o futuro no agente popperiano.

O agente popperiano percebe eventos e pode executar ações. As ações também
são eventos. A rede neural é usada para prever eventos. O sistema de
predição de eventos é feito por rede neural; porém, não é necessário que
todo o comportamento deva ser implementado por rede neural artificial. Os
instintos não são modelados por rede neural. O agente deve ter uma estrutura
geral que funcione em qualquer ambiente. Não é modelada a percepção e nem o
tipo de ações possíveis. O agente deve perceber eventos do tipo "ocorre
evento A" ou " não ocorre o evento A" podendo agir com base na percepção de
eventos ou com base na predição de eventos. De certa forma, modela-se aqui a
inteligência e não o corpo.

Supondo uma rede neural com centenas de neurônios, é inviável ligar cada
neurônio com todos os outros. Quem determina onde conectar neurônios por
sinapses é o algoritmo de otimização. O algoritmo de otimização utilizado é
um algoritmo baseado no período inicial da evolução darwiniana onde ainda
não existia sexo existindo somente reprodução, mutação e seleção.



4. PROTÓTIPO

Conforme sugere o título, pretende-se construir um agente dotado de rede
neural artificial popperiano. Encontra-se em avançada fase de implementação
um pequeno protótipo do agente popperiano. Para implemetar o protótipo, é
necessário modelar: o mundo em que os agentes habitam, os agentes, o
algoritmo de otimização usado e a estrutura da rede neural. O mundo dos
agentes é um plano quadrado de 900 células com 30 células de lado. Diversos
agentes podem habitar a mesma célula ao mesmo tempo. A posição que um agente
pode ocupar no mundo é representada por um par de números inteiros indicando
uma coordenada de célula no plano.

Existem dois tipos de agentes: predadores e presas. O objetivo dos
predadores é estar o mais próximo possível do agente presa. No modelo,
existem quatro predadores e uma única presa. Cada agente percebe a posição
de todos os outros agentes no mundo. Existe possibilidade de que emerja
trabalho cooperativo entre os predadores com a evolução. As ações dos
agentes limitam-se a apenas 4 movimentos para as quatro posições adjacentes
no mundo plano. O tempo de vida de cada agente deve ficar entre 20 e 100
ciclos de execução. Em cada ciclo, o agente pode tomar uma única ação.



5. CONCLUSÕES

As criaturas popperianas tem a capacidade de prever eventos usando o seu
modelo de mundo. Antes de agir, a criatura popperiana pode simular a ação em
sua mente para então decidir se vai ou não agir. De certa forma, a criatura
popperiana imagina uma ação e suas conseqüências antes de agir.

Para António Damásio [1], criar imagens na mente é uma característica básica
da consciência e por si só já é um tipo muito simples de consciência. De
forma mais ampla, Gerald Edelman[10] entende que qualquer tipo imaginação e
não apenas a geração de imagens na mente é um tipo simples de consciência.

No universo biológico, o neurônio é a unidade funcional da qual emerge a
consciência. Usando-se (1)redes neurais artificiais, (2)um algoritmo de
otimização que lembra a evolução darwiniana, (3)o modelo de evolução da
inteligência de Dennett e (4)estudos sobre o tema da consciência,
pretende-se criar um agente que apresenta características esperadas para um
ser consciente primitivo: o agente popperiano.

Os próximos passos a serem dados são: (1) comparar as criaturas de Dennett
com o conhecimento que se tem na área de sistemas multiagentes e (2) estudo
mais aprofundado sobre consciência.



AGRADECIMENTOS

Agradeço à CAPES pelo investimento a mim conferido.



REFERÊNCIAS

[1] DAMÁSIO, António R. O Mistério da Consciência. Companhia das Letras. São
Paulo. 2000.

[2] DENNETT, Daniel C. Kinds of Minds. Basic Books, NewYork, 1996.

[3] EDELMAN,Gerald; REEKE, George N. Neural Darwinism. Natural and
Artificial Parallel Computation. MIT Press. 1990. p. 211-250.

[4] FREEMAN, James A; SKAPURA, David M. Redes Neuronales. Addinson-Wesley.
1991. p.1-92

[5] FEYNMAN, Richard P. Simulating Physics with Computers. International
Journal of Theoretical Physics. 1982. v. 21 n. 6-7, p. 467-488.

[6] GUYTON, Arthur C. Neurociência Básica. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro.
1991. p.5, 84-88.

[7] KANDEL, Eric R. SCHWARTZ, James H. JESSEL, Thomas M. Fundamentos da
Neurociência e do Comportamento. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro. 1997.
p.5-33, 110-160.

[8] MINSKY, Marvin. MINDS ARE SIMPLY WHAT BRAINS DO. Telling the Truth
Project. Disponível por WWW em http://www.leaderu.com/truth/2truth03.html .
(4, maio, 2001)

[9] PENROSE, Roger. Shadows of the Mind. Oxford University Press. New York,
1994. p. 101.

[10] SEARLE, Jhon R. O Mistério da Consciência. Paz e Terra. São Paulo.1998.
p.65-76




SUBJECT: Re: [ciencialist] novas espécies (era: O Mito Popperiano)
FROM: "San Martin" <c.f.a@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/02/2002 02:44


----- Original Message -----
From: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, February 11, 2002 9:20 PM
Subject: Re: RES: [ciencialist] psicanálise (era: Re: O Mito Popperiano)


> Oi,
> > > Quanto ao facto de que realmente nenhuma espécie nova surgiu,
> >
> > Há vários casos de especiação documentados:
> >
> > http://www.talkorigins.org/faqs/faq-speciation.html
>
> Manuel: Parece-me que Theodozius Dobzhansky realizou experimentos com moscas
> e verificou no laboratório o surgimento de uma nova espécie deste inseto.
>

Surgiram ou foram descobertas, assim como a Aids ou os Bacteriófagos?
Veja o artigo abaixo.




Domingo, 16 de dezembro de 2001



A volta dos exterminadores de bactérias
Os bacteriófagos, vírus minúsculos, eram usados na antiga URSS. Foram redescobertos
ANNA LUCHMENT
Newsweek

Alfred Gertler nunca estivera tão doente. Em 1997, o músico de jazz de 45 anos estava fazendo trilhas na Costa Rica quando caiu e quebrou o tornozelo. Contraiu uma infecção de estafilococos tão grave que, a cada ataque, ficava de cama durante semanas. Os antibióticos de nada adiantavam, a circulação no seu tornozelo estava ruim demais para transportar o medicamento até seu destino. Quando os médicos lhe disseram que talvez tivessem de amputar seu pé, Gertler enterrou-se nos livros e revistas, procurando uma solução.

Descobriu uma: a terapia com bacteriófagos, um tratamento médico pouco conhecido que os médicos da ex-União Soviética vêm empregando há décadas. Em fevereiro, Gertley viajou para o Instituto Eliava, em Tbilisi, Georgia. Lá encontrou médicos trabalhando à luz de lampiões de querosene em prédios mal-aquecidos, abastecidos com apenas uma hora de água corrente por dia.

Eles aplicaram uma solução de bacteriófagos -- minúsculos vírus que destróem bactérias -- diretamente sobre o tornozelo e funcionou. "A infecção se foi em três dias", diz Gertler.

Logo não será mais necessário pegar um avião até Tbilisi. Muitos cientistas acreditam que os bacteriófagos serão uma nova arma importante no combate a infecções resistentes a antibióticos. Na última década, o crônico excesso de prescrição de antibióticos fortaleceu novas espécies de superbactérias e nas empresas farmacêuticas começaram a escassear drogas para combatê-las.

Felizmente, empresas iniciantes de Baltimore a Bangalore estão desenvolvendo tratamentos com fagos que combatem doenças infecciosas como tuberculose e salmonella, assim como antraz e outras armas biológicas.

Mesmo que o tratamento já tenha oito décadas de uso na Europa Oriental, seu sucesso tem sido em grande parte baseado em informações. "Os cientistas soviéticos davam como certo o funcionamento dos fagos", diz Nina Chanishvili, uma microbióloga do Instituto Eliava. "Achavam que não precisavam explicar que o método é seguro e ninguém se preocupou em acumular dados sobre eles."


Romance - É isso que os cientistas estão fazendo agora, mais de 80 anos depois que os fagos foram ministrados pela primeira vez em Paris para quatro pacientes com desinteria grave. Todos os quatro se recuperaram. O tratamento foi divulgado pela primeira vez no romance de 1925 de Sinclair Lewis, Arrowsmith, sobre um jovem médico que se depara com um vírus que come bactérias. "Talvez você tenha encontrado a forma suprema de matar bactérias patogênicas", exclama um personagem. Houve uma época em que soldados alemães e do Exército Vermelho levavam frascos de fagos no seus kits de primeiros socorros e a empresa americana Eli Lilly comercializava sete preparados diferentes de fago para combater estafilococos, estreptococos e E. coli.

Os fagos foram eclipsados na década de 40 pelos antibióticos, que se mostraram mais eficazes e mais simples de usar, mas agora estão vivendo um renascimento. "Chamo isso de "volta para o futuro", diz Alexander Sulakvelidze, co-fundador do Intralytix, uma firma de biotecnologia de Baltimore.

Os cientistas ainda têm alguns obstáculos a vencer. Um deles é político: a duradoura desconfiança na medicina soviética. Alguns médicos também relutam em ministrar vírus vivos com medo que seus pacientes adoeçam. Os especialistas prontamente informam que as fagos têm por alvo células de bactérias e não células humanas.


Específicos - E fagos, como os mísseis guiados a laser, são muito específicos: um fago mata apenas um subgrupo de bactérias.

A salmonella, por exemplo, tem mais de 2.400 subgrupos. Enquanto os antibióticos, que são armas de destruição em massa da medicina, matam muitos tipos diferentes de bactéria de uma vez, um médico precisará fazer um diagnóstico muito preciso antes de prescrever um tratamento com fagos. Para facilitar, cientistas da Intralytix estão desenvolvendo "coquetéis" de fagos, e a Phage Therapeutics, de Seattle produziu por engenharia genética superfagos para atacar bactérias em subgrupos e espécies.

Quando finalmente chegarem ao mercado, os fagos vão comprovar ter nítidas vantagens sobre os antibióticos, dizem os pesquisadores. A prática tem mostrado que os fagos são seguros. Até agora não se tem notícia de um paciente que tenha tido uma relação alérgica a eles. Isso talvez porque os fagos são os organismos vivos mais presentes na Terra, encontrados no solo, na água, nas plantas e nos seres humanos. E, diferentemente dos antibióticos, os fagos se multiplicam no local de uma infecção. "É o único medicamento que se reproduz enquanto atua", diz Richard Carlton, presidente da Exponential Biotherapies, de Nova York.


Explosão - Os minúsculos vírus -- uma gota d'água pode conter 200 milhões deles -- matam anexando-se a uma célula de bactéria e injetando DNA do fago. Uma vez dentro da célula, novos fagos se reproduzem até a célula explodir. Com a explosão, fagos "filhos" libertam-se e saem em busca de mais presas. A especificidade dos fagos será uma vantagem no tratamento de pacientes cujo sistema imunológico foi comprometido por tratamento de câncer ou aids. Como os antibióticos destróem células sãs que mantêm as células doentes encurraladas, esses pacientes freqüentemente sucumbem a infecções secundárias mortais. E, embora as bactérias possam desenvolver resistência aos fagos assim como aos antibióticos, os pesquisadores dizem ser necessário apenas alguns dias para isolar um novo e eficiente fago, enquanto leva-se anos para se fazer um novo antibiótico.


Rapidez - O progresso na introdução dos fagos na medicina ocidental tem sido rápido, mas ainda vai demorar no mínimo três anos para que produtos com fagos sejam comercializados. Recentemente, a Exponential Biotherapy concluiu a primeira fase de experiências clínicas de um tratamento contra a superbactéria VRE (enterococo resistente ao antibiótico vancomicina), que mata milhares de pacientes de câncer e de aids todos os anos.

A Intralytix está trabalhando em um tratamento da mesma bactéria e também tem um patente pendente do PhagoBioDerm, uma bandagem impregnada de fagos para ajuda a curar infecções graves da pele. A empresa, que espera fechar sua segunda rodada de financiamento em janeiro (está pedindo US$ 8 milhões), está prestes a se mudar para um novo laboratório -- uma instalação de 3.200 metros quadrados com vista para a baía Chesapeake, onde os pesquisadores encontram a maioria de seus fagos.

Outras empresas não ficaram trás. A Phage Therapeutics listou suas ações na bolsa e espera começar os testes clínicos em março com colírios que combatem infecções que podem causar cegueira se não tratadas rapidamente. "Com antibióticos", diz o presidente e diretor-executivo, Richard Honour, "pode levar dias até que os níveis do sangue fiquem suficientemente altos (para que o medicamento funcione). Mas quando você coloca uma gota de fago no olho, ela começa a agir imediatamente."

No final do ano passado, Janakiraman Ramachandran, ex-presidente da AstraZeneca, fundou a Gangagen em Bangalore, Índia. Com dinheiro de um capitalista de risco dos Estados Unidos que prefere permanecer anônimo, abriu há três meses um escritório em Palo Alto, Califórnia e planeja dobrar o número de funcionários no próximo ano.

Os pesquisadores dos fagos estão explorando a eficiência do vírus contra o antraz -- particularmente espécies modificadas geneticamente para resistir a antibióticos. A Intralytix e a Exponential Biotherapies também estão aplicando fagos às bactérias da salmonella e da E. Coli em produtos avícolas e de carne. Um tratamento que está sendo desenvolvido pela Intralytix pode ser pulverizado sobre ovos, pintinhos e frangos antes do empacotamento.

Ambas as empresas têm parceria com fábricas de processamento de carne nos Estados Unidos e Europa Oriental.

Ninguém espera que os fagos sejam uma mágica que substitua os antibióticos.

"Eles são um acréscimo importante às ferramentas que já temos", diz Sulakvelidze. "Para alguns pacientes, talvez sejam a única coisa que funciona". Com as superbactérias aumentando, o número de pacientes certamente irá se elevar. (Colaboraram Ian MacKinnon, em Nova Délhi, e Eve Conant, em Moscou)









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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RES: [ciencialist] novas espécies (era: O Mito Popperiano)
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/02/2002 10:05

Quanto a AIDS, é bom esclarecer que ela é a denominação dada ao conjunto de
sintomas que surgem no organismo após a contaminação pelo HIV, este sim é o
vírus.

O HIV é polêmico, nem sempre teremos respostas tão precisas como querem os
acomodados.

No caso do HIV, seu surgimento foi explicado das seguintes formas:

1 - Evolução do SIV, correspondente dos símios, por algum humano ter relação
sexual com macacos. Pouco provável, já ouvi tanto de pessoas que transam com
cavalos e cachorros e não soube de nenhuma evolução patológica, apenas de
isto ser uma patologia da mente.

2 - Evolução de um vírus similar dos gatos, coitado dos felinos, são
acusados de tanta coisa ruim, talvez desta versão tenha surgido o filme COMO
CÃES e GATOS.

3 - Criação em laboratório por grupos terroristas que buscavam uma nova arma
bacteriológica.

4 - Criação em laboratório por um grupo anti-GLS que queria atingi-los, mas
fracassaram pois até os heterossexuais e assexuados que usam drogas se
contaminam.

5 - Talvez a mais provável, Deus em um momento de irá lançou mais uma praga
contra sua criação pecaminosa (he he ).

Nem todos os fatos que chegam a nós são verdadeiros. Muitos são totalmente
mascarados.
Talvez a Elite Cientifica saiba da verdade. Aos outros cientistas de escalão
menor caberá engolir o sapos que lhe forem entregues.

Gilberto.



SUBJECT: O Mito Popperiano
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/02/2002 10:12

Gostaria de indicações de Bibliografias sobre o assunto para iniciantes,
leia-se leigos.

Gilberto



SUBJECT: [urania-br] força estranha arrasta nave em direçao ao sol
FROM: "Morais" <ardm@unisys.com.br>
TO: <urania_br@yahoogrupos.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/02/2002 10:58

fonte: O GLOBO (12 de fevereiro de 2002)

FORÇA ESTRANHA ARRASTA NAVE EM DIREÇÃO AO SOL
-Fenomeno pode alterar os conceitos das leis da fisica e a forma como é
compreendido o Universo.-

LONDRES - Uma nave espacial lançada há 30 anos e já aposentada está sobre
influência de uma força misteriosa que intriga cientistas e poderá mudar as
leis da física. Pesquisadores dizem que a Pioneer 10, que obteve as
primeiras imagens bem defnidas de Júpiter antes de deixar nosso Sistema
Solar em 1983, está sendo empurrada de volta em direção ao Sol por uma força
desconhecida. A mesma força está atuando também sobre a Pioneer 11.
O fenômeno não dá sinal de enfraquecer 'a medida que as naves viajam pelo
espaço e cientistas consideram a possibilidade de terem se defrontado com
uma nova força da natureza. Philip Laing, um membro da equipe de pesquisa da
Nasa que monitora a viagem da Pioneer 10, disse:
- Examinamos cada mecanismo e teoria que se possa imaginar, mas nada explica
o fenômeno. Se existir de fato uma nova força, ela terá um grande impacto
sobre o que sabemos a respeito de cosmologia e navegação espacial.
A Pioneer 10 foi lançada em 2 de março de 1972, e junto com a Pioneer 11,
sua gêmea, revolucionou a astronomia ao obter imagens detalhadas de Jupiter
e Saturno. Em junho de 1983, a Pioneer 10 passou por Plutão, o mais distante
plaaneta do nosso Sistema Solar.
Ambas as sondaas estão agora viajando a 44 quilômetros por hora e deveriam
ir em direção a estrelas situadas a milhares de anos-luz (um ano luz
equivale a 9,5 trilhões de quilômetros) de distância. Pesquisadores, porém,
contnuam a monitorar o sinal das sondas, que estão a mais de 11 bilhões de
quilômetros da Terra.
Porém, uma pesquisa que deve ser publicada em breve em uma importante
revista científica mostra que a velocidade das sondas está variando
estranhamente. Os pesquisadores inicialmente suspeitaram que o efeito
estivesse associado ao escapamento de gás dos pequenos motores das naves ou
ao calor de mini-reatores a bordo.
Todavia, ambas as possibilidades foram descartadas. A equipe diz que não há
qualquer explição para o fenômeno. Todas as forças mais plausíveis, da
gravidade ao efeito da radiação solar, diminuem rapidamente com a distância.
O comportamento bizarro também não poderia estar ligado à força
gravitacional de planetas desconhecidos, além do Sitema Solar. Cientistas da
Nasa dizem que o mesmo fenômeno parece estar afetando duas outras
naves-robôs, a Galileu e a Ulisses.
O astrofísico Duncan Steel, da Universidade de Salford, na Inglaterra, frisa
que tal força fraca poderia ter grande impacto em escala cósmica.
- Ela poderia alterar o número de cometas que se aproximam da Terra ao longo
de milhões de anos - observou Steel.





SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] novas espécies (era: O Mito Popperiano)
FROM: Joao Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/02/2002 11:27



gp wrote:
>
> Quanto a AIDS, é bom esclarecer que ela é a denominação dada ao conjunto de
> sintomas que surgem no organismo após a contaminação pelo HIV, este sim é o
> vírus.
>
> O HIV é polêmico, nem sempre teremos respostas tão precisas como querem os
> acomodados.
>
> No caso do HIV, seu surgimento foi explicado das seguintes formas:
>
> 1 - Evolução do SIV, correspondente dos símios, por algum humano ter relação
> sexual com macacos.

Onde é que você ouviu esta teoria absurda? Não é preciso ter relações
sexuais com simios, basta comer carne de simio.

Joao
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] novas espécies (era: O Mito Popperiano)
FROM: "San Martin" <c.f.a@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/02/2002 12:00


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From: "Joao Mário Miranda" <jmiranda@explicacoes.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, February 12, 2002 11:27 AM
Subject: Re: RES: [ciencialist] novas espécies (era: O Mito Popperiano)

>
> gp wrote:
> >
> > Quanto a AIDS, é bom esclarecer que ela é a denominação dada ao conjunto
de
> > sintomas que surgem no organismo após a contaminação pelo HIV, este sim
é o
> > vírus.
> >

Quanto a tratar-mos AIDS como HIV deve-se à metonímia, uma figura de
linguarem muito utilizada e válida, desde que fora dos meios acadêmicos. No
nosso caso, por exemplo.

> > O HIV é polêmico, nem sempre teremos respostas tão precisas como querem
os
> > acomodados.
> >
> > No caso do HIV, seu surgimento foi explicado das seguintes formas:
> >

Embora eu não tenha autoridade alguma para fazer proposituras médicas,
valho-me do meu poder de análise e observação e então intuir que o HIV foi
datectado na África, mais precisamente na África do Sul, justamente onde se
faziam experiências para evitar a rejeição dos implantes de órgãos humanos.
Se consideramos que os direitos humanos lá , e em especial o dos negros,
inexistia, e-me forçoso admitir que perdeu-se o contrôle durante os testes e
então acabou por gerar ou libertar esse novo vírus.
Isso é perfeitamente possível mesmo porque a Aids é exatamente e
intrisecamente uma perda de contôle.
Estou tão certo quanto se é possível estar que a ciência jamais vai admitir
que foi ela mesma quem criou o maior mal que a humanidade atual conhece.
Argumentos para destruir essa linha de raciocínio não faltarão, mas todos
sofismas e cortinas de fumaça apenas. Até porque essa descoberta em nada
contribuiria para sua solução.

> > 1 - Evolução do SIV, correspondente dos símios, por algum humano ter
relação
> > sexual com macacos.
>

Essa prática é bem comum em grande parte da África inclusive na África do
Sul. Nada de extraordinário.

> Onde é que você ouviu esta teoria absurda? Não é preciso ter relações
> sexuais com simios, basta comer carne de simio.
>

Há testes e comprovações científicas que comprovem esse tipo de
contaminação? Não estou bem certo disso.





SUBJECT: Re: [ciencialist] O Mito Popperiano
FROM: "San Martin" <c.f.a@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/02/2002 12:49


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Sent: Tuesday, February 12, 2002 10:12 AM
Subject: [ciencialist] O Mito Popperiano


> Gostaria de indicações de Bibliografias sobre o assunto para iniciantes,
> leia-se leigos.
>

Pois então pega este aqui que então reenvio, caro Gilberto.

Para compreender a evolução das espécies vejo como necessário primeiro
compreender as espécies. Veja o caso das bactérias. Até então era-nos apenas
algo pernicioso agora temos os bacriófagos, ou simplesmente fagos. Ela não é
uma evolução mas sim a o predador da bactéria. Já devíamos te-la previsto e
encontrado antes porque a simples lógica nos empurrava para isso. Se a
bactéria propaga-se infinitamente porque não teria tomado conta do planeta?
Elementar meu caro Watson. Os fagos encontrados nos esgotos estão a
revolucionar a ciência tanto ou mais que nos foi a penicilina.

Quanto ao Mito Popperiano observe o artigo abaixo.

==================
Agente Neural Popperiano

João Paulo Schwarz Schüler
Luis Otávio Campos Alvares (orientador)
jpss@schulers.com

Resumo

O objetivo geral da dissertação é colaborar com a solução da questão: "
máquinas podem ter ou manifestar consciência?". Para alcançar tal objetivo,
estão sendo estudadas propostas para o entendimento da consciência por
diversos autores. Daniel Dennett propõe um modelo de evolução da
inteligência das "criaturas" ao longo da evolução das espécies. Ao comparar
a definição da criatura popperiana proposta por Dennett com as idéias sobre
consciência de António Damásio e Gerald Edelman, observa-se que a criatura
popperiana já tem algum nível de consciência. É objetivo do presente
trabalho implementar uma criatura popperiana usando-se conhecimentos de
redes neurais artificiais e sistemas multiagentes.


1. INTRODUÇÃO

A possibilidade de construção de um computador ou de uma máquina consciente
não é uma questão resolvida na ciência. Diversos cientistas e filósofos
importantes não concordam entre si em relação a possibilidade de consciência
artificial. Para Roger Penrose, a apropriada ação física do cérebro provoca
consciência; porém, essa ação física não pode ser propriamente simulada
computacionalmente[9]. Sendo assim, Penrose afirma que existe pelo menos um
sistema físico que não pode ser simulado computacionalmente: o cérebro.

Por outro lado, no artigo Simulating Physics with Computer[5], o ganhador do
prêmio Nobel de física Richard P. Feynman sugere que todo sistema físico
pode ser simulado computacionalmente. Sendo assim, sem se dar conta,
considerando que o cérebro é um sistema físico, Feynman está sugerindo que o
cérebro pode ser simulado computacionalmente.

Também recebedor do prêmio Nobel, Gerald M. Edelman não acredita que o
cérebro seja um computador [3]. Edelman acredita que uma máquina de Turing
não descreve corretamente a evolução ou a ação do cérebro. Uma máquina de
Turing pode descrever alguns aspectos do cérebro; porém, não pode
representar o que o cérebro faz. Nesse ponto, provavelmente sem saber,
Edelman discorda de Feynman considerando que para Feynman todo sistema
físico pode ser simulado por uma máquina de Turing. Sendo assim, são dois
cientistas premiados com o prêmio Nobel discordando entre si.

Marvin Minsky pode dar importante contribuição para a discussão sobre
máquinas conscientes. Para Minsky [8], não apenas máquinas podem ter
consciência como também cérebros são um tipo de máquina. As posições de
Minsky e Penrose são marcantemente distintas. Minsky pergunta e responde :

"As mentes são entidades particulares possuídas apenas por cérebros como os
nossos, ou podem tais qualidades serem compartilhadas por todas as coisas?
Parece-me que o esquema dual de mundo cria mistérios e leva a problemas
maiores ...".

Construir neurônios artificiais de funcionalidade próxima a dos neurônios
naturais é reconstruir artificialmente as unidades de processamento
encontradas no cérebro[4]. Considerando que a consciência humana emerge da
fisiologia e da morfologia do cérebro [6,7], construir neurônios artificiais
é reconstruir a unidade funcional da qual a consciência emerge. Na
bibliografia de neurociência [7], encontra-se a expressão sugerindo que a
funcionalidade dos neurônios pode ser reproduzida artificial e fielmente:

"As propriedades funcionais do neurônio podem ser representadas por um
circuito elétrico equivalente "[7].



2. CRIATURAS DE DENNETT

No presente tópico, será abordada a visão de Dennett para a evolução da
inteligência ao longo da evolução das espécies encontrada no capítulo 4 do
seu livro Tipos de Mentes [2]. Para Dennett, os sistemas de coleta de
informação são compostos por um grande número de detectores. Cada detector
detecta um determinado evento produzindo resposta do tipo SIM ou NÃO para a
pergunta "percebo o evento agora?". Células individuais da retina do olho
humano são detectores. Cada detector apresenta a sua intencionalidade
mínima: a intencionalidade de detectar um tipo muito específico de evento.

Como os agentes se organizam em sistemas mais complexos capazes de sustentar
tipos de intencionalidade cada vez mais sofisticada? Dadas várias opções de
organizações geradas por mutações, as melhores serão selecionadas por
seleção natural. Dennett chama essa geração e seleção de Torre de Gerar e
Testar. A Torre de Gerar e Testar é um modelo muito simplificado no qual
pode-se classificar várias opções de organização de cérebros para estudar
onde o seu poder se origina.

No início da evolução, diversos tipos de criaturas foram gerados por
mutação. Os tipos melhor adaptados foram selecionados pelo ambiente. Nesta
etapa da evolução, as criaturas não tem memória do passado e nenhum tipo de
aprendizado. Para essas criaturas, a única possibilidade de alteração do
comportamento é mutação genética durante a reprodução. Essas criaturas são
chamadas de criaturas darwinianas e estão inteiramente definidas no momento
do nascimento. As criaturas darwinianas constituem a base da Torre de Gerar
e Testar.

Durante a evolução, apareceram as criaturas com a propriedade da
plasticidade fenótica chamadas de criaturas skinnerianas. As criaturas
skinnerianas não estão totalmente definidas no momento de seu nascimento e
podem se modificar durante a sua vida.

As criaturas skinnerianas testam ao acaso diversas ações. As ações que
resultarem em sucesso serão reforçadas. As criaturas devem avaliar as suas
ações para medir o seu sucesso e então reforçar ou não as suas ações. As
criaturas que tiverem melhores métodos de avaliação terão mais chances de
sobrevivência.

O reforço de algumas ações sob determinadas condições em detrimento de
outras ações é um tipo de aprendizado que Dennett chama de aprendizado ABC.
O aprendizado ABC é resultado de um processo longo de treinamento e
freqüentemente encontrado em animais. Uma característica importante do
aprendizado ABC é que ele é resultado de tentativa e erro de ações. Muitas
tentativas são feitas e as que resultarem em sucesso são reforçadas. O
perigo do aprendizado ABC é a realização de uma tentativa que provoque dano
sério ou a morte do indivíduo. O aprendizado ABC não possui nenhum sistema
de predição de ações não testadas que provoquem a morte do indivíduo. Sendo
assim, a criatura skinneriana pode fazer uma tentativa e acabar morrendo.

Para evitar a morte da criatura em uma tentativa perigosa, um sistema de
predição de conseqüência de ações evoluiu. As criaturas que possuem esse
sistema de predição são chamadas de criaturas popperianas e formam a próxima
classe de criaturas a serem estudadas no presente texto na Torre de Gerar e
Testar.

As criaturas popperianas constroem dentro de si um modelo de mundo com base
nas suas percepções ao longo de sua existência. Sendo assim, a criatura
popperiana pode realizar simulações no seu modelo de mundo e avaliar as
conseqüências antes de realizar as ações do mundo real. Quando uma criatura
faz algo que resulta em insucesso ou sucesso no seu modelo de mundo, a
simulação deve gerar algum tipo de dor ou prazer respectivamente. Esta dor
ou prazer é a avaliação da ação ou conjunto de ações experimentadas no
modelo de mundo.

Ações testadas no modelo de mundo competem entre si. As ações vencedoras na
avaliação da criatura tem mais probabilidade de serem usadas no mundo real.
As criaturas popperianas sentem medo de certas situações apresentadas tanto
no modelo de mundo quanto no mundo real. O medo faz com que muitas ações
perigosas sejam descartadas no modelo de mundo antes de serem testadas no
mundo real.

Acima da criatura popperiana, no estágio mais alto da Torre de Gerar e
Testar, está a criatura que tem cultura: a criatura gregoriana. A cultura é
uma forma de transmitir o conhecimento aprendido de uma geração para outra.
As criaturas gregorianas sabem manipular e construir ferramentas, usar e
construir linguagem, armazenar informação fora do cérebro, perceber o
trabalho em equipe e perceber a própria existência entre outras
características que não serão observadas aqui. Os seres humanos enquadram-se
nas criaturas gregorianas.



3. INTELIGÊNCIA DO AGENTE POPPERIANO

No tópico anterior, foi estudada a criatura popperiana. Com base na criatura
popperiana, pretende-se construir um agente com as mesmas características da
criatura popperiana. A criatura popperiana deve prever eventos e testar
ações no seu modelo de mundo interno antes de agir no mundo real. O modelo
de mundo do agente baseia-se simplesmente no relacionamento entre eventos
que ocorrem no passado e no futuro.

Sabendo relacionar eventos que ocorrem em pontos diferentes no tempo, o
agente pode prever o futuro. Sendo assim, apenas para efeito de exemplo, um
agente popperiano pode aprender que o evento "chutar pedra" provoca o evento
"dor".

Para que o agente consiga relacionar eventos, usa-se uma rede neural com
aprendizado de Hebb. O aprendizado de Hebb em neurônios pode ser descrito na
forma que segue: em dois neurônios A e B conectados por uma sinapse S que
leva o sinal de A para B, a sinapse S é reforçada sempre que A participe
excitatoriamente no disparo de B.

Para efeito de exemplo, supondo-se que: (1) o evento A provoca a ocorrência
do evento B em pouco tempo; (2) a ocorrência dos eventos A e B provocam o
disparo dos neurônios A e B respectivamente; (3) existe uma sinapse
excitatória que inicialmente é fraca entre A e B. Com o passar do tempo, por
aprendizado de Hebb, a sinapse que liga os neurônios A e B ganha força e
dispara o neurônio B antes que o evento B ocorra. Este é o método que se
espera usar para permitir que o agente preveja eventos no futuro. O
aprendizado de Hebb deve relacionar ações com prazer ou dor no agente
skinneriano e relacionar o passado com o futuro no agente popperiano.

O agente popperiano percebe eventos e pode executar ações. As ações também
são eventos. A rede neural é usada para prever eventos. O sistema de
predição de eventos é feito por rede neural; porém, não é necessário que
todo o comportamento deva ser implementado por rede neural artificial. Os
instintos não são modelados por rede neural. O agente deve ter uma estrutura
geral que funcione em qualquer ambiente. Não é modelada a percepção e nem o
tipo de ações possíveis. O agente deve perceber eventos do tipo "ocorre
evento A" ou " não ocorre o evento A" podendo agir com base na percepção de
eventos ou com base na predição de eventos. De certa forma, modela-se aqui a
inteligência e não o corpo.

Supondo uma rede neural com centenas de neurônios, é inviável ligar cada
neurônio com todos os outros. Quem determina onde conectar neurônios por
sinapses é o algoritmo de otimização. O algoritmo de otimização utilizado é
um algoritmo baseado no período inicial da evolução darwiniana onde ainda
não existia sexo existindo somente reprodução, mutação e seleção.



4. PROTÓTIPO

Conforme sugere o título, pretende-se construir um agente dotado de rede
neural artificial popperiano. Encontra-se em avançada fase de implementação
um pequeno protótipo do agente popperiano. Para implemetar o protótipo, é
necessário modelar: o mundo em que os agentes habitam, os agentes, o
algoritmo de otimização usado e a estrutura da rede neural. O mundo dos
agentes é um plano quadrado de 900 células com 30 células de lado. Diversos
agentes podem habitar a mesma célula ao mesmo tempo. A posição que um agente
pode ocupar no mundo é representada por um par de números inteiros indicando
uma coordenada de célula no plano.

Existem dois tipos de agentes: predadores e presas. O objetivo dos
predadores é estar o mais próximo possível do agente presa. No modelo,
existem quatro predadores e uma única presa. Cada agente percebe a posição
de todos os outros agentes no mundo. Existe possibilidade de que emerja
trabalho cooperativo entre os predadores com a evolução. As ações dos
agentes limitam-se a apenas 4 movimentos para as quatro posições adjacentes
no mundo plano. O tempo de vida de cada agente deve ficar entre 20 e 100
ciclos de execução. Em cada ciclo, o agente pode tomar uma única ação.



5. CONCLUSÕES

As criaturas popperianas tem a capacidade de prever eventos usando o seu
modelo de mundo. Antes de agir, a criatura popperiana pode simular a ação em
sua mente para então decidir se vai ou não agir. De certa forma, a criatura
popperiana imagina uma ação e suas conseqüências antes de agir.

Para António Damásio [1], criar imagens na mente é uma característica básica
da consciência e por si só já é um tipo muito simples de consciência. De
forma mais ampla, Gerald Edelman[10] entende que qualquer tipo imaginação e
não apenas a geração de imagens na mente é um tipo simples de consciência.

No universo biológico, o neurônio é a unidade funcional da qual emerge a
consciência. Usando-se (1)redes neurais artificiais, (2)um algoritmo de
otimização que lembra a evolução darwiniana, (3)o modelo de evolução da
inteligência de Dennett e (4)estudos sobre o tema da consciência,
pretende-se criar um agente que apresenta características esperadas para um
ser consciente primitivo: o agente popperiano.

Os próximos passos a serem dados são: (1) comparar as criaturas de Dennett
com o conhecimento que se tem na área de sistemas multiagentes e (2) estudo
mais aprofundado sobre consciência.



AGRADECIMENTOS

Agradeço à CAPES pelo investimento a mim conferido.



REFERÊNCIAS

[1] DAMÁSIO, António R. O Mistério da Consciência. Companhia das Letras. São
Paulo. 2000.

[2] DENNETT, Daniel C. Kinds of Minds. Basic Books, NewYork, 1996.

[3] EDELMAN,Gerald; REEKE, George N. Neural Darwinism. Natural and
Artificial Parallel Computation. MIT Press. 1990. p. 211-250.

[4] FREEMAN, James A; SKAPURA, David M. Redes Neuronales. Addinson-Wesley.
1991. p.1-92

[5] FEYNMAN, Richard P. Simulating Physics with Computers. International
Journal of Theoretical Physics. 1982. v. 21 n. 6-7, p. 467-488.

[6] GUYTON, Arthur C. Neurociência Básica. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro.
1991. p.5, 84-88.

[7] KANDEL, Eric R. SCHWARTZ, James H. JESSEL, Thomas M. Fundamentos da
Neurociência e do Comportamento. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro. 1997.
p.5-33, 110-160.

[8] MINSKY, Marvin. MINDS ARE SIMPLY WHAT BRAINS DO. Telling the Truth
Project. Disponível por WWW em http://www.leaderu.com/truth/2truth03.html .
(4, maio, 2001)

[9] PENROSE, Roger. Shadows of the Mind. Oxford University Press. New York,
1994. p. 101.

[10] SEARLE, Jhon R. O Mistério da Consciência. Paz e Terra. São Paulo.1998.
p.65-76





SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] novas espécies (era: O MitoPopperiano)
FROM: Joao Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/02/2002 13:13



San Martin wrote:

>
> > > O HIV é polêmico, nem sempre teremos respostas tão precisas como querem
> os
> > > acomodados.
> > >
> > > No caso do HIV, seu surgimento foi explicado das seguintes formas:
> > >
>
> Embora eu não tenha autoridade alguma para fazer proposituras médicas,
> valho-me do meu poder de análise e observação e então intuir que o HIV foi
> datectado na África, mais precisamente na África do Sul, justamente onde se
> faziam experiências para evitar a rejeição dos implantes de órgãos humanos.
> Se consideramos que os direitos humanos lá , e em especial o dos negros,
> inexistia, e-me forçoso admitir que perdeu-se o contrôle durante os testes e
> então acabou por gerar ou libertar esse novo vírus.
> Isso é perfeitamente possível mesmo porque a Aids é exatamente e
> intrisecamente uma perda de contôle.
> Estou tão certo quanto se é possível estar que a ciência jamais vai admitir
> que foi ela mesma quem criou o maior mal que a humanidade atual conhece.
> Argumentos para destruir essa linha de raciocínio não faltarão, mas todos
> sofismas e cortinas de fumaça apenas. Até porque essa descoberta em nada
> contribuiria para sua solução.

O facto de o virus ter surgido no Zaire e não na África do Sul não
lhe parece interessar muito, pois não?

>
> > > 1 - Evolução do SIV, correspondente dos símios, por algum humano ter
> relação
> > > sexual com macacos.
> >
>
> Essa prática é bem comum em grande parte da África inclusive na África do
> Sul. Nada de extraordinário.


A sério? Você tem provas disso?


> > Onde é que você ouviu esta teoria absurda? Não é preciso ter relações
> > sexuais com simios, basta comer carne de simio.
> >
>
> Há testes e comprovações científicas que comprovem esse tipo de
> contaminação? Não estou bem certo disso.

Há? Mas onde é que você ouviu dizer que a prática de sexo com macacos
é habitual em África?

Joao
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] novas espécies (era: O MitoPopperiano)
FROM: "Marcos Penna" <marcospenna@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/02/2002 14:39


----- Original Message -----
From: Joao Mário Miranda
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, February 12, 2002 1:13 PM
Subject: Re: RES: [ciencialist] novas espécies (era: O MitoPopperiano)


O facto de o virus ter surgido no Zaire e não na África do Sul não
lhe parece interessar muito, pois não?

Caro João, não nos é importante as minúcias, embora me pareça que está a falar em causa própria, talvez por ser ou ter descendência africana. Não é meu propósito ofender a ninguém nem muito menos iniciar uma contenda pessoal. O objetivo era e continua sendo a busca da Verdade, tanto minha quanto sua, suponho. Mas para não ficar no vazio sua questão respondo com outra indagação: Parece-lhe que depois de tamanha cagada (desculpe-me pelo adjetivo chulo mas é o mais correto que encontrei) você iria querer que o vírus fosse encontrado no quintal do Dr. Barnard ou de um de seus 20 assistentes?



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RES: RES: [ciencialist] novas espécies (era: O Mito Popperiano)
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/02/2002 15:43

Infelizmente esta Teoria Absurda foi apresentada pela Rede Globo na Época.

Gilberto

> No caso do HIV, seu surgimento foi explicado das seguintes formas:
>
> 1 - Evolução do SIV, correspondente dos símios, por algum humano ter
relação
> sexual com macacos.

Onde é que você ouviu esta teoria absurda? Não é preciso ter relações
sexuais com simios, basta comer carne de simio.

Joao



SUBJECT: Re: Áfricas e macacos (era: novas espécies (era: O MitoPopperiano))
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/02/2002 16:35


Sobre transa com macacos: é bem possível que a mídia internacional
(não foi só a Globo que falou) tenha pisado na bola e que comer carne de
macaco seja um veículo mais eficiente de transmissão. Mas quero falar aqui
sobre a transa em si, sem conexão com a transmissão do vírus. Muitos de nós
somos filhos de uma sociedade urbana. Mas perguntem a qualquer um que tenha
passado a infância na roça ou em fazenda há várias décadas atrás e verão
que transar com ovelhas, vacas e éguas não era nada incomum no Brasil.
Claro que a repressão sexual da sociedade brasileira ajudava muito. Mas
isso também deve-se ao fato de que nas zonas rurais os animais são
encarados de forma muito mais próxima das pessoas do que em cidades,
exatamente por se lidar com eles o tempo todo. Não tenho a mínima idéia de
como o sexo é tratado no interior da Rep. Dem. do Congo (ex-Zaire, e não
confundir com o outro Congo, capital Brazzaville). Mas eu me surpreenderia
se fosse muito incomum transar com macacos ali ou em qualquer outra zona
rural onde haja muitos macacos (como acho que há no Congo). Talvez não seja
tão comum como a mídia internacional quis passar. Os congoleses que
conheçam bem a zona rural de seu país que dêem o veredicto final.

Belisário

P.S. - Aproveitando a confusão entre Congo e África do Sul,
manifesto minha indignação com a tal mídia internacional: a África é o
único continuente onde os países não são tratados pelo nome, mas por
"África". O ebola surgiu na "África". O HIV surgiu na "África". As "tribos
africanas" são assim, a "música africana" é assado. E assim vai. Como se
não houvesse a enorme diversidade entre os diversos países e mesmo dentro
de cada país. Mesmo quando se trata a Europa meramente por "Europa" ou o
Extremo Oriente por "Ásia", trata-se de um artifício para se referir a
países que todos sabem quais são e são mencionados no discurso e, mesmo
quando isso não acontece, não é o tratamento mais freqüente. Na África,
não: país africano é "tudo igual" e esse tratamento é freqüentíssimo. A não
ser quando se fala em Egito ou Argélia, países do Mediterrâneo, que ninguém
se lembra que ficam na África. Talvez reducionismo semelhante aconteça só
com os índios americanos.

At 16:13 12/02/02 +0000, you wrote:


>San Martin wrote:
>
> >
> > > > O HIV é polêmico, nem sempre teremos respostas tão precisas como querem
> > os
> > > > acomodados.
> > > >
> > > > No caso do HIV, seu surgimento foi explicado das seguintes formas:
> > > >
> >
> > Embora eu não tenha autoridade alguma para fazer proposituras médicas,
> > valho-me do meu poder de análise e observação e então intuir que o HIV foi
> > datectado na África, mais precisamente na África do Sul, justamente onde se
> > faziam experiências para evitar a rejeição dos implantes de órgãos humanos.
> > Se consideramos que os direitos humanos lá , e em especial o dos negros,
> > inexistia, e-me forçoso admitir que perdeu-se o contrôle durante os
> testes e
> > então acabou por gerar ou libertar esse novo vírus.
> > Isso é perfeitamente possível mesmo porque a Aids é exatamente e
> > intrisecamente uma perda de contôle.
> > Estou tão certo quanto se é possível estar que a ciência jamais vai admitir
> > que foi ela mesma quem criou o maior mal que a humanidade atual conhece.
> > Argumentos para destruir essa linha de raciocínio não faltarão, mas todos
> > sofismas e cortinas de fumaça apenas. Até porque essa descoberta em nada
> > contribuiria para sua solução.
>
>O facto de o virus ter surgido no Zaire e não na África do Sul não
>lhe parece interessar muito, pois não?
>
> >
> > > > 1 - Evolução do SIV, correspondente dos símios, por algum humano ter
> > relação
> > > > sexual com macacos.
> > >
> >
> > Essa prática é bem comum em grande parte da África inclusive na África do
> > Sul. Nada de extraordinário.
>
>
>A sério? Você tem provas disso?
>
>
> > > Onde é que você ouviu esta teoria absurda? Não é preciso ter relações
> > > sexuais com simios, basta comer carne de simio.
> > >
> >
> > Há testes e comprovações científicas que comprovem esse tipo de
> > contaminação? Não estou bem certo disso.
>
>Há? Mas onde é que você ouviu dizer que a prática de sexo com macacos
>é habitual em África?
>
>Joao
>http://www.nonio.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Áfricas e macacos (era: novas espécies (era: O MitoPopperiano))
FROM: "Marcos Penna" <marcospenna@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/02/2002 17:35


----- Original Message -----
From: "Roberto Belisário" <rbdiniz@terra.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, February 12, 2002 4:35 PM
Subject: [ciencialist] Re: Áfricas e macacos (era: novas espécies (era: O
MitoPopperiano))


>
> P.S. - Aproveitando a confusão entre Congo e África do Sul,
> manifesto minha indignação com a tal mídia internacional: a África é o
> único continuente onde os países não são tratados pelo nome, mas por
> "África". O ebola surgiu na "África". O HIV surgiu na "África". As "tribos
> africanas" são assim, a "música africana" é assado. E assim vai. Como se
> não houvesse a enorme diversidade entre os diversos países e mesmo dentro
> de cada país. Mesmo quando se trata a Europa meramente por "Europa" ou o
> Extremo Oriente por "Ásia", trata-se de um artifício para se referir a
> países que todos sabem quais são e são mencionados no discurso e, mesmo
> quando isso não acontece, não é o tratamento mais freqüente. Na África,
> não: país africano é "tudo igual" e esse tratamento é freqüentíssimo. A
não
> ser quando se fala em Egito ou Argélia, países do Mediterrâneo, que
ninguém
> se lembra que ficam na África. Talvez reducionismo semelhante aconteça só
> com os índios americanos.
>


Inicialmente agradeço a explicação sobre a gografia africana, algo que
considero necessário para nossa orientação futura.
No meu caso citei a África mas explicitei a África do Sul, o que invalida,
em parte, o cometário, mas gostaria para chamar a atenção para o novo escôpo
do assunto que é a forma que se oríginou o vírus e não onde, que se faz
irrelevante e desnecessário até.

Quanto a tratarmos os Africanos como um todo vejo isso como normal, na
medida em que outros povos se referem à latinos como um todo, o que somos
realmente, mas se fosse explicitar exatamente teriam então que incluir até a
Alemanha pois é igualmente uma lingua neo-latina, e mais, quem escapou das
dominações romanas? Mas como já disse, não vem ao caso.
Fiquemos na origem do vírus apenas ou ainda dos novos vírus ou espécies, ou
ainda os comedores de bactérias como os bacteriófagos. Esse sim uma salvação
para a humanidade.
Saudações a todos.
Marcos




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] novas espécies (era: O MitoPopperiano)
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/02/2002 18:43



Marcos Penna wrote:

>
> O facto de o virus ter surgido no Zaire e não na África do Sul não
> lhe parece interessar muito, pois não?
>
> Caro João, não nos é importante as minúcias, embora me pareça que está a falar em causa própria, talvez por ser ou ter descendência africana. Não é meu propósito ofender a ninguém nem muito menos iniciar uma contenda pessoal. O objetivo era e continua sendo a busca da Verdade, tanto minha quanto sua, suponho. Mas para não ficar no vazio sua questão respondo com outra indagação: Parece-lhe que depois de tamanha cagada (desculpe-me pelo adjetivo chulo mas é o mais correto que encontrei) você iria querer que o vírus fosse encontrado no quintal do Dr. Barnard ou de um de seus 20 assistentes?

Desculpe, mas você não tem provas de nada. Faz insinuações.
Só isso.
E depois, para justificar a falta de provas, inventa teorias
da conspiração.

--
joão
http://www.nonio.com




SUBJECT: Re: RES: RES: [ciencialist] novas espécies (era: O Mito Popperiano)
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/02/2002 18:43



gp wrote:
>
> Infelizmente esta Teoria Absurda foi apresentada pela Rede Globo na Época.
>
> Gilberto

Pior para a Rede Globo.

--
joão
http://www.nonio.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] O HIV, A AFRICA e o PAPAI NOEL
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/02/2002 20:37



gp wrote:
>
> Acho muito curioso como os debates fogem do tema.
> Debatia-se sobre a evolução das Espécies, foi mencionado um vírus, no caso o
> HIV, passei algumas das idéias que surgiram na época sobre a origem do
> vírus, até aí tchudo bem, mas derepente virou uma guerra de argumentos, e
> pior, fugiu do assunto, o novo assunto agora é se na África comem macacos,
> seja sexualmente, seja degustando-os.

É assim que as listas funcionam. Não há nada de errado nisso.
Porque é que podemos discutir a origem do HIV e não podemos
discutir se é ou não plausível uma transmissão sexual do HIV
de Chimpanzés para humanos?

--
joão
http://www.nonio.com


SUBJECT: O HIV, A AFRICA e o PAPAI NOEL
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/02/2002 20:53

Acho muito curioso como os debates fogem do tema.
Debatia-se sobre a evolução das Espécies, foi mencionado um vírus, no caso o
HIV, passei algumas das idéias que surgiram na época sobre a origem do
vírus, até aí tchudo bem, mas derepente virou uma guerra de argumentos, e
pior, fugiu do assunto, o novo assunto agora é se na África comem macacos,
seja sexualmente, seja degustando-os.
Só falta agora saber se Papai Noel na sua solidão come Renas ou Anõezinhos.

Gilberto.



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Mito Popperiano
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/02/2002 21:14

Olá :-)

> Gostaria de indicações de Bibliografias sobre o assunto para iniciantes,
> leia-se leigos.

Manuel: Bem, para leigos como eu, que se aventuram a debates como estes com
expertos por pura travessura ou arrochamento, eu indico livros introdutórios
bem preliminares, bem ao meu nível, do tipo "epistemologia para asnos".

Leiam "A Revolução Científica" (E As Origens da Ciência Moderna), do John
Henry; Jorge Zahar Editor.

Tem também o livro do Alan Sokal e Jean Bricmont: "Imposturas Intelectuais".
Os primeiros capítulos deste livro constituem uma excelente introdução à
teoria da ciência. O resto é questionável.

Mas Popper é muito acessível em qualquer de seus ensaios (como Marx e Freud
também o foram). Livros do Popper que eu lhe indico são: O Mito do Contexto;
Falsificação e Metodologia; O Conhecimento e o Problema Mente-Corpo, O
Conhecimento Objetivo. Todos não se encontram ainda esgotados.

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: [ciencialist] novas esp�cies (era: O Mito Popp eriano)
FROM: Charles Pilger <charles@pilger.inf.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/02/2002 21:30

At 02:44 12/02/02 -0300, you wrote:
>Surgiram ou foram descobertas, assim como a Aids ou os Bacteriófagos?
>Veja o artigo abaixo.
>
> A volta dos exterminadores de bactérias
> Os bacteriófagos, vírus minúsculos, eram usados na antiga URSS.
> Foram redescobertos
> ANNA LUCHMENT
> Newsweek

Por favor, qual é o link desse artigo?




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] novas esp�cies (era: O Mito Popperiano)
FROM: Charles Pilger <charles@pilger.inf.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/02/2002 21:58

At 14:27 12/02/02 +0000, you wrote:
>gp wrote:
> > Quanto a AIDS, é bom esclarecer que ela é a denominação dada ao
> > conjunto de sintomas que surgem no organismo após a contaminação
> > pelo HIV, este sim é o vírus.
> >
> > O HIV é polêmico, nem sempre teremos respostas tão precisas como
> > querem os acomodados.
> >
> > No caso do HIV, seu surgimento foi explicado das seguintes formas:
> >
> > 1 - Evolução do SIV, correspondente dos símios, por algum humano ter
> > relação sexual com macacos.
>
>Onde é que você ouviu esta teoria absurda? Não é preciso ter relações
>sexuais com simios, basta comer carne de simio.

João, você nem imagina o número enorme de vezes que já se comentou nos
meios de comunicação essa "hipotese" aqui no Brasil...



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] novas espécies (era: O MitoPopperiano)
FROM: "Marcos F. Penna" <marcospenna@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/02/2002 22:21


>
> Caro João, não nos é importante as minúcias, embora me pareça que está a falar em causa própria, talvez por ser ou ter descendência africana. Não é meu propósito ofender a ninguém nem muito menos iniciar uma contenda pessoal. O objetivo era e continua sendo a busca da Verdade, tanto minha quanto sua, suponho. Mas para não ficar no vazio sua questão respondo com outra indagação: Parece-lhe que depois de tamanha cagada (desculpe-me pelo adjetivo chulo mas é o mais correto que encontrei) você iria querer que o vírus fosse encontrado no quintal do Dr. Barnard ou de um de seus 20 assistentes?

Desculpe, mas você não tem provas de nada. Faz insinuações.
Só isso. E depois, para justificar a falta de provas, inventa teorias da conspiração.



Resposta -> João, por favor, rogo-lhe encarecidamente que releia a mensagem e medite sobre o que ela quer dizer. Por favor, repito novamente, saimos do confronto pessoal e partamos para a busca da Verdade. Verdade com "V" maiúsculo, filosófica, onde quer que ela se encontre, mesmo que seja no quintal dos pesquisadores ou no Zaire.







[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: A volta dos exterminadores de bactérias
FROM: "San Martin" <c.f.a@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/02/2002 23:22


----- Original Message -----
From: "Charles Pilger" <charles@pilger.inf.br>
> >
> > A volta dos exterminadores de bactérias
> > Os bacteriófagos, vírus minúsculos, eram usados na antiga URSS.
> > Foram redescobertos
> > ANNA LUCHMENT
> > Newsweek
>

Caro Charles, além dos que consideram os fagos uma bênção, há os que o
consideram um mal. Como as opiniões são de 1.000 ou mesmo de 1.000.000 para
1 creio que este 1 esteja falando besteira, até porque fala em ataque de
fagos, como se isso fosse possível. Eles vivem exclusivamente de bactérias e
se auto extinguem na sua falta, e este é seu grande bem para a humanidade.
Aldo

===========================
Confira:
http://www.milknet.com.br/artigos2.html
Relato de ataque de fagos em uma fábrica de queijos
Até recentemente, bacteriófagos somente constavam como problemas citados na
literatura, para a grande maioria dos laticínios brasileiros. E de fato
assim era, pois a indústria brasileira, até bem pouco tempo, se
caracterizava por um grande número de pequenas unidades industriais, onde a
ocorrência de infecção por vírus, como os fagos, era praticamente
impossível, já que o trabalho geralmente adotado por pequenas queijarias não
favorecia a manutenção e propagação desta contaminação. Entretanto, os
tempos mudaram, e hoje se vê, a cada dia, aumentar o número de unidades de
médio e grande porte, onde a operação diária com dezenas de milhares de
litros de leite, que geram quase igual volume de soro, favorece
tremendamente o surgimento e a propagação deste tipo de infecção.
Infelizmente, o que se observa é que de maneira geral, os laticínios ainda
não estão devidamente preparados para enfrentar e dominar este sério
problema.
Certo laticínio enfrentava problemas na fabricação de queijo prato,
caracterizados por:

* Ausência de fermentação no queijo: 24 horas após a elaboração o pH era
superior a 6,0;
* Má dessoragem do queijo: mesmo após a prensagem ainda havia resíduos de
soro na massa;
* Presença de olhaduras provenientes de contaminação por coliformes ou
propiônicas, que aparentemente só se manifestavam no queijo devido ao alto
pH (ausência de importante fator de inibição de contaminações, que é a
formação de ácido lático);
* Fermento industrial lento, com acidez quase sempre menor do que 60ºD, após
16 horas de fermentação.

Além disso, a usina apresentava um problema frequente em queijarias
brasileiras, que é a presença de tanques para coleta e bombeamento de soro
dentro da sala de fabricação, onde situa também a fermenteira para preparo
da cultura lática industrial, uma prática altamente condenável.
Este quadro configurava, sem nenhuma dúvida, os requisitos mínimos para se
diagnosticar uma infecção por bacteriófagos, que estariam destruindo a
cultura lática a nível do processo de fabricação do queijo prato. Para
confirmação, foram feitos testes práticos qualitativos que indicaram a
presença do vírus homólogo ou específico para a cultura mesofílica sendo
utilizada na fabrica.
Nestes testes, leite desnatado reconstituído foi inoculado com a
cultura-mãe, com e sem presença de soro proveniente da fabricação suspeita
de estar sendo atacada pelos fagos. Os resultados indicaram uma contaminação
maciça com bacteriófagos, sendo que a diferença de acidez observada nas
titulações chegava a 30ºD, após 4 horas de incubação a 30ºC. O soro presente
em um dos dois tubos de ensaio usados no teste continha fagos, que destruiam
a cultura e impediam a elevação da acidez.
Para combater o problema, adotou-se um conjunto de medidas clássicas para
casos graves como este:

* Troca imediata do fermento por outro contendo bactérias da mesma espécie,
porém com cepas (estirpes) diferentes (perda da identidade com o fago
contaminante);
* Sanitização rigorosa de todo laticínio, com especial cuidado para sala de
fabricação e vias de depósito ou eliminação de soro. Nesse processo foi
usado o cloro, em alta concentração;
* Adoção de um esquema provisório de rotação de culturas não-homólogas com
recomendação de adoção de culturas super concentradas (DVS) que dispensariam
o manuseio de fermento na fábrica;
* Emprego parcial de culturas termofílicas que promoveriam o rápido
abaixamento do pH em 6 e 24 horas, impedindo assim que pequenas
contaminações adquirissem proporções indesejáveis em termos de alteração da
textura do queijo prato;
* Implantação de um sistema diário de análise e prevenção da presença de
fagos na usina, através de técnicas simples e ágeis.

A longo prazo, foi feita uma série de recomendações pertinentes a presença
de depósitos de soro na sala de fabricação e ausência de uma sala própria e
adequada para a preparação do fermento industrial. O uso de culturas
concentradas liofilizadas (DVS), para inoculação direta no leite, no tanque
de fabricação de queijos, foi recomendado como a opção mais segura contra
eventuais ataques de bacteriófagos.

A Redação
Milknet - O portal laticinista na Web





SUBJECT: A volta dos exterminadores de bactérias
FROM: "San Martin" <c.f.a@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/02/2002 23:22


----- Original Message -----
From: "Charles Pilger" <charles@pilger.inf.br>
> >
> > A volta dos exterminadores de bactérias
> > Os bacteriófagos, vírus minúsculos, eram usados na antiga URSS.
> > Foram redescobertos
> > ANNA LUCHMENT
> > Newsweek
>

Caro Charles, além dos que consideram os fagos uma bênção, há os que o
consideram um mal. Como as opiniões são de 1.000 ou mesmo de 1.000.000 para
1 creio que este 1 esteja falando besteira, até porque fala em ataque de
fagos, como se isso fosse possível. Eles vivem exclusivamente de bactérias e
se auto extinguem na sua falta, e este é seu grande bem para a humanidade.
Aldo

===========================
Confira:
http://www.milknet.com.br/artigos2.html
Relato de ataque de fagos em uma fábrica de queijos
Até recentemente, bacteriófagos somente constavam como problemas citados na
literatura, para a grande maioria dos laticínios brasileiros. E de fato
assim era, pois a indústria brasileira, até bem pouco tempo, se
caracterizava por um grande número de pequenas unidades industriais, onde a
ocorrência de infecção por vírus, como os fagos, era praticamente
impossível, já que o trabalho geralmente adotado por pequenas queijarias não
favorecia a manutenção e propagação desta contaminação. Entretanto, os
tempos mudaram, e hoje se vê, a cada dia, aumentar o número de unidades de
médio e grande porte, onde a operação diária com dezenas de milhares de
litros de leite, que geram quase igual volume de soro, favorece
tremendamente o surgimento e a propagação deste tipo de infecção.
Infelizmente, o que se observa é que de maneira geral, os laticínios ainda
não estão devidamente preparados para enfrentar e dominar este sério
problema.
Certo laticínio enfrentava problemas na fabricação de queijo prato,
caracterizados por:

* Ausência de fermentação no queijo: 24 horas após a elaboração o pH era
superior a 6,0;
* Má dessoragem do queijo: mesmo após a prensagem ainda havia resíduos de
soro na massa;
* Presença de olhaduras provenientes de contaminação por coliformes ou
propiônicas, que aparentemente só se manifestavam no queijo devido ao alto
pH (ausência de importante fator de inibição de contaminações, que é a
formação de ácido lático);
* Fermento industrial lento, com acidez quase sempre menor do que 60ºD, após
16 horas de fermentação.

Além disso, a usina apresentava um problema frequente em queijarias
brasileiras, que é a presença de tanques para coleta e bombeamento de soro
dentro da sala de fabricação, onde situa também a fermenteira para preparo
da cultura lática industrial, uma prática altamente condenável.
Este quadro configurava, sem nenhuma dúvida, os requisitos mínimos para se
diagnosticar uma infecção por bacteriófagos, que estariam destruindo a
cultura lática a nível do processo de fabricação do queijo prato. Para
confirmação, foram feitos testes práticos qualitativos que indicaram a
presença do vírus homólogo ou específico para a cultura mesofílica sendo
utilizada na fabrica.
Nestes testes, leite desnatado reconstituído foi inoculado com a
cultura-mãe, com e sem presença de soro proveniente da fabricação suspeita
de estar sendo atacada pelos fagos. Os resultados indicaram uma contaminação
maciça com bacteriófagos, sendo que a diferença de acidez observada nas
titulações chegava a 30ºD, após 4 horas de incubação a 30ºC. O soro presente
em um dos dois tubos de ensaio usados no teste continha fagos, que destruiam
a cultura e impediam a elevação da acidez.
Para combater o problema, adotou-se um conjunto de medidas clássicas para
casos graves como este:

* Troca imediata do fermento por outro contendo bactérias da mesma espécie,
porém com cepas (estirpes) diferentes (perda da identidade com o fago
contaminante);
* Sanitização rigorosa de todo laticínio, com especial cuidado para sala de
fabricação e vias de depósito ou eliminação de soro. Nesse processo foi
usado o cloro, em alta concentração;
* Adoção de um esquema provisório de rotação de culturas não-homólogas com
recomendação de adoção de culturas super concentradas (DVS) que dispensariam
o manuseio de fermento na fábrica;
* Emprego parcial de culturas termofílicas que promoveriam o rápido
abaixamento do pH em 6 e 24 horas, impedindo assim que pequenas
contaminações adquirissem proporções indesejáveis em termos de alteração da
textura do queijo prato;
* Implantação de um sistema diário de análise e prevenção da presença de
fagos na usina, através de técnicas simples e ágeis.

A longo prazo, foi feita uma série de recomendações pertinentes a presença
de depósitos de soro na sala de fabricação e ausência de uma sala própria e
adequada para a preparação do fermento industrial. O uso de culturas
concentradas liofilizadas (DVS), para inoculação direta no leite, no tanque
de fabricação de queijos, foi recomendado como a opção mais segura contra
eventuais ataques de bacteriófagos.

A Redação
Milknet - O portal laticinista na Web





SUBJECT: Seducao e fantasia
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/02/2002 00:41

Ois,

Bem, estive lendo atualmente a "Carta do Equinócio", do Freud. Neste texto o Freud declara que nem tudo que as histéricas lhe confessaram, a respeito de estrupos ou seduções que sofreram na infânia, são acontecimentos reais ou verossímeis.

Segundo Freud, muitos acontecimentos relatados não passam de "fantasia". Algumas lembranças recordadas não passam de meras fantasias, ou seja, de falsas lembranças.

No fim do século passado, Freud substituiu a sua teoria da sedução pela teoria da fantasia.

Abraços,
Manuel Bulcão


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RES: [ciencialist] O Mito Popperiano
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/02/2002 00:43

Agradeço as indicações feitas.
Mas fiquei como uma certa dúvida:
O que quis dizer com "epistemologia para asnos", enfatizou muito o uso do
pronome na primeira pessoal, mas com certeza não se referiu a você.

Gilberto

>> Manuel: Bem, para leigos como eu, que se aventuram a debates como estes
com
expertos por pura travessura ou arrochamento, eu indico livros introdutórios
bem preliminares, bem ao meu nível, do tipo "epistemologia para asnos".



SUBJECT: RES: RES: [ciencialist] novas espécies (era: O Mito Popperiano)
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/02/2002 00:45

Aqui no Brasil ou tudo acaba em "pizza" ou acaba em sexo, talvez pode-se
incluir cerveja.

Gilberto

> > No caso do HIV, seu surgimento foi explicado das seguintes formas:
> >
> > 1 - Evolução do SIV, correspondente dos símios, por algum humano ter
> > relação sexual com macacos.
>
>Onde é que você ouviu esta teoria absurda? Não é preciso ter relações
>sexuais com simios, basta comer carne de simio.

João, você nem imagina o número enorme de vezes que já se comentou nos
meios de comunicação essa "hipotese" aqui no Brasil...



SUBJECT: RES: RES: [ciencialist] novas espécies (era: O MitoPopperiano)
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/02/2002 00:51

Por causa das faltas de provas,
contemplamos nosso país repleto de políticos corruptos,
"sabemos" que são corruptos e não podemos provar,
logo que fiquem livres de suas culpas por corrupção.

A ciência não prova a existência de buracos negros,
ninguém viu um buraco negro ou o criou em laboratório,
cientificamente não pode-se comprovar a existência
de buracos negros, apenas Teorizar sua existência,
logo nem tudo em ciência precisa ser provado e ter prova Física.
O meio cientifico acredita em buracos negros.
Eu, particularmente, como leigo que sou, não creio em buracos negros.
Mas acredito na manipulação Política e na Industria da Ciência.

Provas !!!

A mais mistérios entre o céu e a terra do que nossa vã filosofia.

Gilberto

> Caro João, não nos é importante as minúcias, embora me pareça que está a
falar em causa própria, talvez por ser ou ter descendência africana. Não é
meu propósito ofender a ninguém nem muito menos iniciar uma contenda
pessoal. O objetivo era e continua sendo a busca da Verdade, tanto minha
quanto sua, suponho. Mas para não ficar no vazio sua questão respondo com
outra indagação: Parece-lhe que depois de tamanha cagada (desculpe-me pelo
adjetivo chulo mas é o mais correto que encontrei) você iria querer que o
vírus fosse encontrado no quintal do Dr. Barnard ou de um de seus 20
assistentes?

Desculpe, mas você não tem provas de nada. Faz insinuações.
Só isso. E depois, para justificar a falta de provas, inventa teorias da
conspiração.

Resposta -> João, por favor, rogo-lhe encarecidamente que releia a
mensagem e medite sobre o que ela quer dizer. Por favor, repito novamente,
saimos do confronto pessoal e partamos para a busca da Verdade. Verdade com
"V" maiúsculo, filosófica, onde quer que ela se encontre, mesmo que seja no
quintal dos pesquisadores ou no Zaire.



SUBJECT: Re: [ciencialist] novas espécies (era: O Mito Popp eriano)
FROM: "San Martin" <c.f.a@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/02/2002 00:56


----- Original Message -----
From: "Charles Pilger" <charles@pilger.inf.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, February 12, 2002 9:30 PM
Subject: Re: [ciencialist] novas espécies (era: O Mito Popp eriano)
> >
> > A volta dos exterminadores de bactérias
> > Os bacteriófagos, vírus minúsculos, eram usados na antiga URSS
Foram redescobertos
> > ANNA LUCHMENT
> > Newsweek
>
> Por favor, qual é o link desse artigo?
>

Fico muito feliz que tenha ou que venha a ser útil a alguém. Meu objetivo
neste grupo é ao mesmo tempo aprender quanto informar. Essa a base do
conhecimento e mais ainda, da amizade e do respeito.
Quanto ao link, especificamente este:
http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2001/12/16/ger015.html

Mas tem outros mais, inclusive e-mail para troca de informações.
Espero que ajude.
Saudações,
Marcos

===========================
http://www.ipla.csic.es/publicaciones.htm
http://www.ipla.csic.es/proyectos_de_investigacion.htm
mailto:anarguez@ipla.csic.es (em espanhol)

===========================
Este também:

Los bacteriófagos, futuras fuentes de nuevos antibióticos

NORTHTOWN, 27 Jun [MedEx]- Nuevos antibióticos derivados de proteínas
elaboradas por bacteriófagos con capacidad de destruir la pared celular
constituyen una nueva clase terapéutica.

Los investigadores estadounidenses describen tres fagos con genomas de ácido
nucleico de una cadena que poseen un único gen requerido para la lisis de la
pared bacteriana. Para ejemplificar su acción: si una célula intenta
dividirse separando la pared celular entre las células hijas explotará en
presencia de proteínas líticas. La manipulación de la secuencia del DNA del
fago permitirá reducir la resistencia a los antibióticos. El grupo está
actualmente buscando proteínas líticas que ataquen la pared bacteriana desde
afuera.

[Fuente]- Edición del 22 de Junio de 2001 de Science

[Tipo de Estudio]- Observacional

[Autor]- Dr. Ryland Young y colegas.

[Centro]- Texas A&M University in College Station

[Cita]- Science [ta] 2001 [dp] 292 [vi] 2326-2329 [pg]

Copyright ® 2001 Tribuna Médica T http://www.tribunamedica.com
Translate this page into English using FreeTranslation.com
==============================================
Inimigo natural dos micróbios oferece alternativa a antibióticos

Fonte: Proceedings of the National Academy of Sciences, 20/03/2001

Pesquisadores da Universidade The Rockfeller descobriram uma maneira
poderosa de destruir a bactéria que causa a infecção de garganta e uma
variedade de outras infecções. A técnica, que pode impedir o desenvolvimento
de cepas resistentes a antibióticos, também pode ter implicações para várias
outras doenças bacterianas. As descobertas foram reportadas na edição de 20
de março de Proceedings of the National Academy of Sciences.

O novo método utiliza enzimas produzidas por bacteriófagos, minúsculos vírus
que infectam células bacterianas, replicando-se e infectando outras células.
Os bacteriófagos produzem as enzimas após o final da replicação, dissolvendo
a parede celular para escapar. O Professor Vincent Fischetti, Ph.D., que
conduziu o estudo, utiliza estas enzimas para matar as bactérias,
estreptococos do Grupo A.

O efeito é extraordinário. Além de ser inacreditavelmente potente, a enzima
é altamente específica. Cada tipo de bactéria tem um bacteriófago
correspondente. Atualmente, o laboratório cultiva a enzima de bacteriófagos
que infectaram bactérias, mas também é possível produzí-la artificialmente
se necessário. Eventualmente, a produção pode chegar a 10 centavos de dólar
por dose.

"A enzima poderia ser utilizada para eliminar a fonte da doença pela
bactéria, que na maioria dos casos está localizada na membrana da mucosa
humana.

Os organismos geralmente se difundem a partir de um indivíduo infectado ou
colonizado através da saliva contaminada. A enzima poderia ser administrada
na forma de spray, com doses em intervalos freqüentes para maximizar a
efetividade", diz Fischetti.

Após a descoberta dos bacteriófagos em 1917, os pesquisadores inicialmente
acreditaram que poderiam oferecer uma forma efetiva de eliminar as
bactérias. Contudo, descobriu-se que bacteriófagos devem se ligar
especificamente aos receptores da superfície da bactéria antes de injetarem
seu DNA. Conforme o desenvolvimento, a bactéria muda seus receptores e
afasta os bacteriófagos. Os cientistas teriam que constantemente desenvolver
novos bacteriófagos para garantir a efetividade. Devido a esta desvantagem,
esta terapia foi desconsiderada.

Nos últimos anos os antibióticos como a penicilina perderam sua força e hoje
afirma-se que o uso excessivo de antibióticos apenas aumenta a ameaça
bacteriana. Para evitar este problema, cientistas estão procurando por
outras alternativas.






SUBJECT: Re: [ciencialist] novas espécies (era: O Mito Popp eriano)
FROM: "San Martin" <c.f.a@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/02/2002 00:56


----- Original Message -----
From: "Charles Pilger" <charles@pilger.inf.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, February 12, 2002 9:30 PM
Subject: Re: [ciencialist] novas espécies (era: O Mito Popp eriano)
> >
> > A volta dos exterminadores de bactérias
> > Os bacteriófagos, vírus minúsculos, eram usados na antiga URSS
Foram redescobertos
> > ANNA LUCHMENT
> > Newsweek
>
> Por favor, qual é o link desse artigo?
>

Fico muito feliz que tenha ou que venha a ser útil a alguém. Meu objetivo
neste grupo é ao mesmo tempo aprender quanto informar. Essa a base do
conhecimento e mais ainda, da amizade e do respeito.
Quanto ao link, especificamente este:
http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2001/12/16/ger015.html

Mas tem outros mais, inclusive e-mail para troca de informações.
Espero que ajude.
Saudações,
Marcos

===========================
http://www.ipla.csic.es/publicaciones.htm
http://www.ipla.csic.es/proyectos_de_investigacion.htm
mailto:anarguez@ipla.csic.es (em espanhol)

===========================
Este também:

Los bacteriófagos, futuras fuentes de nuevos antibióticos

NORTHTOWN, 27 Jun [MedEx]- Nuevos antibióticos derivados de proteínas
elaboradas por bacteriófagos con capacidad de destruir la pared celular
constituyen una nueva clase terapéutica.

Los investigadores estadounidenses describen tres fagos con genomas de ácido
nucleico de una cadena que poseen un único gen requerido para la lisis de la
pared bacteriana. Para ejemplificar su acción: si una célula intenta
dividirse separando la pared celular entre las células hijas explotará en
presencia de proteínas líticas. La manipulación de la secuencia del DNA del
fago permitirá reducir la resistencia a los antibióticos. El grupo está
actualmente buscando proteínas líticas que ataquen la pared bacteriana desde
afuera.

[Fuente]- Edición del 22 de Junio de 2001 de Science

[Tipo de Estudio]- Observacional

[Autor]- Dr. Ryland Young y colegas.

[Centro]- Texas A&M University in College Station

[Cita]- Science [ta] 2001 [dp] 292 [vi] 2326-2329 [pg]

Copyright ® 2001 Tribuna Médica T http://www.tribunamedica.com
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==============================================
Inimigo natural dos micróbios oferece alternativa a antibióticos

Fonte: Proceedings of the National Academy of Sciences, 20/03/2001

Pesquisadores da Universidade The Rockfeller descobriram uma maneira
poderosa de destruir a bactéria que causa a infecção de garganta e uma
variedade de outras infecções. A técnica, que pode impedir o desenvolvimento
de cepas resistentes a antibióticos, também pode ter implicações para várias
outras doenças bacterianas. As descobertas foram reportadas na edição de 20
de março de Proceedings of the National Academy of Sciences.

O novo método utiliza enzimas produzidas por bacteriófagos, minúsculos vírus
que infectam células bacterianas, replicando-se e infectando outras células.
Os bacteriófagos produzem as enzimas após o final da replicação, dissolvendo
a parede celular para escapar. O Professor Vincent Fischetti, Ph.D., que
conduziu o estudo, utiliza estas enzimas para matar as bactérias,
estreptococos do Grupo A.

O efeito é extraordinário. Além de ser inacreditavelmente potente, a enzima
é altamente específica. Cada tipo de bactéria tem um bacteriófago
correspondente. Atualmente, o laboratório cultiva a enzima de bacteriófagos
que infectaram bactérias, mas também é possível produzí-la artificialmente
se necessário. Eventualmente, a produção pode chegar a 10 centavos de dólar
por dose.

"A enzima poderia ser utilizada para eliminar a fonte da doença pela
bactéria, que na maioria dos casos está localizada na membrana da mucosa
humana.

Os organismos geralmente se difundem a partir de um indivíduo infectado ou
colonizado através da saliva contaminada. A enzima poderia ser administrada
na forma de spray, com doses em intervalos freqüentes para maximizar a
efetividade", diz Fischetti.

Após a descoberta dos bacteriófagos em 1917, os pesquisadores inicialmente
acreditaram que poderiam oferecer uma forma efetiva de eliminar as
bactérias. Contudo, descobriu-se que bacteriófagos devem se ligar
especificamente aos receptores da superfície da bactéria antes de injetarem
seu DNA. Conforme o desenvolvimento, a bactéria muda seus receptores e
afasta os bacteriófagos. Os cientistas teriam que constantemente desenvolver
novos bacteriófagos para garantir a efetividade. Devido a esta desvantagem,
esta terapia foi desconsiderada.

Nos últimos anos os antibióticos como a penicilina perderam sua força e hoje
afirma-se que o uso excessivo de antibióticos apenas aumenta a ameaça
bacteriana. Para evitar este problema, cientistas estão procurando por
outras alternativas.






SUBJECT: RES: [ciencialist] Sedução e fantasia
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/02/2002 00:57

Sem ter muito conhecimento sobre Freud,
já havia lido em Literaturas de Programação Neuro-Linguistica, considerada
pseudo-ciência,
formas como a mente completa os vazios existentes nas lembranças,
forçamos a adaptações presentes, tornamos aquele passeio do passado, em uma
super-aventura
só para emocionar nosso ouvinte.

O que Freud ouvia, novamente relembro minha posição como leigo, poderia até
mesmo ser o desejo de suas prováveis histéricas, a fantasia se faz muitas
vezes presente em nossos sonhos. A mentira é uma forma de fantasiar,
principalmente quando quem mente acredita em sua própria mentira e isto,
para o mentiroso, começa a fazer parte de sua realidade passada.

Gilberto


Ois,

Bem, estive lendo atualmente a "Carta do Equinócio", do Freud. Neste texto o
Freud declara que nem tudo que as histéricas lhe confessaram, a respeito de
estrupos ou seduções que sofreram na infânia, são acontecimentos reais ou
verossímeis.

Segundo Freud, muitos acontecimentos relatados não passam de "fantasia".
Algumas lembranças recordadas não passam de meras fantasias, ou seja, de
falsas lembranças.

No fim do século passado, Freud substituiu a sua teoria da sedução pela
teoria da fantasia.

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Mito Popperiano
FROM: "San Martin" <c.f.a@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/02/2002 00:58


----- Original Message -----
From: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, February 13, 2002 12:43 AM
Subject: RES: [ciencialist] O Mito Popperiano


> Agradeço as indicações feitas.
> Mas fiquei como uma certa dúvida:
> O que quis dizer com "epistemologia para asnos", enfatizou muito o uso do
> pronome na primeira pessoal, mas com certeza não se referiu a você.
>
> Gilberto
>

Embora não seja comigo a questão, e então tentando ser útil, o máximo que
consegui chegar foi até aqui:

Epistemologia, segundo o Aurélio é:
[Do gr. epistéme, 'ciência'; 'conhecimento', + -o- + -logia.]
S. f.
1. Conjunto de conhecimentos que têm por objeto o conhecimento científico,
visando a explicar os seus condicionamentos (sejam eles técnicos,
históricos, ou sociais, sejam lógicos, matemáticos, ou lingüísticos),
sistematizar as suas relações, esclarecer os seus vínculos, e avaliar os
seus resultados e aplicações.
[Cf. teoria do conhecimento e metodologia (2).]
==============
Se aplicarmos aos asnos o resultado me parece inútil. Portanto diálogo de
surdos. É toda minha filosofia.
O Gilberto que se explique que estou curioso.









SUBJECT: Re: [ciencialist] O Mito Popperiano
FROM: "San Martin" <c.f.a@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/02/2002 00:58


----- Original Message -----
From: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, February 13, 2002 12:43 AM
Subject: RES: [ciencialist] O Mito Popperiano


> Agradeço as indicações feitas.
> Mas fiquei como uma certa dúvida:
> O que quis dizer com "epistemologia para asnos", enfatizou muito o uso do
> pronome na primeira pessoal, mas com certeza não se referiu a você.
>
> Gilberto
>

Embora não seja comigo a questão, e então tentando ser útil, o máximo que
consegui chegar foi até aqui:

Epistemologia, segundo o Aurélio é:
[Do gr. epistéme, 'ciência'; 'conhecimento', + -o- + -logia.]
S. f.
1. Conjunto de conhecimentos que têm por objeto o conhecimento científico,
visando a explicar os seus condicionamentos (sejam eles técnicos,
históricos, ou sociais, sejam lógicos, matemáticos, ou lingüísticos),
sistematizar as suas relações, esclarecer os seus vínculos, e avaliar os
seus resultados e aplicações.
[Cf. teoria do conhecimento e metodologia (2).]
==============
Se aplicarmos aos asnos o resultado me parece inútil. Portanto diálogo de
surdos. É toda minha filosofia.
O Gilberto que se explique que estou curioso.









SUBJECT: Re: Psicanalise
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/02/2002 09:21

--- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:
> Manuel: Você não acha que a prática da masturbação na criança não é
> um forte indício de que realmente existe uma sexualidade infantil?
> Caso não, fica difícil convencê-lo de qualquer coisa que seja.

Depende do q. se entende por sexualidade.
Em especial, sexualidade infantil. Se a
minha sobrinha aos 4 anos reconhece suas
partes pudendas podemos dizer q. ela
tem alguma noção de sexualidade. Mas isso
é diferente de ter uma conotação sexual.
Uma sensualidade mais marcante da sexualidade
adulta, um erotismo por assim dizer.

Vejamos se é possível fazer uma comparação
didática do q. tenho em mente... Uma
criança q. brinca com seus bloquinhos de
montar, certamente tem alguma noção de
espaço. Mas essa noção de espaço é diferente
da de um cálculo de engenharia. Bem, acho
q. não está bom, mas é o melhor q.
consigo pensar no momento.

> resumo, escrevi que foi observado em recém-nascidos machos de várias
> espécies de mamíferos, entre as quais o homem, uma secreção de
> testosterona muito intensa

Frisemos o "macho". Se chamarmos a testosterona
de hormônio da libido, certamente não é ela
quem iria estimular a atividade ovariana nas
fêmeas.

> época, a criança convive mais com quem?

Tto o garoto qto a garota geralmente convivem
mais com a mãe. Bem, alguns psicanalistas
falam q. não se trata de ódio ao genitor do
mesmo sexo e amor ao do oposto...

(Seria interessante averiguar a sexualidade
dos filhos q. são criados pelo pai e não
pela mãe... ou pelos avós...)

> Takata: Ele detectou algum indicio de tendencia ao incesto? Como ele
> detectou o medo da castracao?
>
> Manuel: Ele detectou esses indícios (e muitos psicanalistas, hoje,
> continuam detectando) por meio da observação e da análise do
> discurso dos adultos, principalmente dos adultos neuróticos, e das
> crianças. Em sua obra, Freud
> fornece um farto material clínico. É só ir à fonte.

"Adultos" e "principalmente neuróticos".

Qdo se estuda uma patologia e dela se
tenta inferir a condição de normalidade,
muitas vezes se trata a normalidade
como uma condição oposta -- no que diz
respeito ao elemento patológico -- da q.
se observa na condição de doença.

Assim, se uma pessoa está doente e
associada a essa doença temos uma pressão
elevada, supomos q. uma pressão mais
baixa seja a condição normal. E não q.
a pressão alta seja uma característica
presente nos indivíduos saudáveis, mas
indetectáveis.

Acho q. já sei qual seria um bom
teste de hipótese: detectar uma
pessoa q. não tenha nada disso e ver
se sua psicologia é sadia.

> Quanto ao falo e ao medo de castração, importa dizer que o órgão
> genital masculino é um "símbolo" inato, símbolo de potência entre
> muitos primatas,

Não nos esqueçamos das sociedades
matriarcais.

> de perder essa primazia, isto é, o medo de perder o poder do alfa
> (significado do falo), na sua cabecinha aparece como medo
> fetichista de perder o pênis (significante).

Quais os indícios do medo de perder o
pênis nas crianças?

> Freud percebeu o caráter simbólico do pênis nas crianças (e em

Se a criança não entende o pênis como
símbolo, fica estranho falar em "caráter
simbólico do pênis nas crianças"...

> Takata: E tbm de falsas lembrancas...
>
> Manuel: Você está querendo dizer que é de especial importância numa
> análise induzir falsas lembranças?

Desculpe-me, expressei-me mal. Eu quis apenas
chamar a atenção para a questão das
falsas lembranças q. pode ser introduzido
acidentalmente pelo psicanalista -- ou
qq outra pessoa, muitas vezes pelo próprio
psicanalisado. Sabemos do poder de racionalização,
por exemplo, do paranóico -- só o detectamos
porq. notamos q. não condiz com a realidade e
nem sempre isso é fácil. Uma paranóia amena
pode passar completamente despercebida. Um
mecanismo semelhante de racionalização pode
estar por trás dos sucessos psicanalíticos.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: interpretacoes da psicanalise
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/02/2002 09:38

--- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:
> Manuel: Resta saber quais são os fundamentos da psicanálise.
> Segundo Freud, são pedras angulares da teoria psicanalítica: a )A
> pressuposição de existirem processos mentais inconscientes; b) O
> reconhecimento da teoria da resistência e repressão; c) A
> apreciação da importância da sexualidade e do complexo de Édipo.
> (Freud; Obras Completas; Volume XVIII; Dois Verbetes; A -
> Psicanálise; Ed. Imago).

Ok. Assim fica mais claro.

Porém, a validade da Psicanálise
como técnica terapêutica não parece q. siga
direto e reto da eventual aceitação dos
três postulados.

A técnica de livre-associação, por
exemplo, não teria embasamento apenas
nesses postulados. (Nem a hipnose ou
outros instrumentos utilizados pelo
psicanalista.) A menos q. elas estejam
embutidas na teoria da resistência e
repressão.

Eu ainda desconfio q. o excesso do
peso da sexualidade se deva aos pacientes
vitorianos de Freud.

> Creio que foi o Takata que certa vez postou aqui na ciencialist um
> artigo sobre o que seria uma comprovação experimental do mecanismo
> psíquico da resistência e da repressão.

Nosso colega Ronaldo Cordeiro discorda, já q.
a repressão da lembrança no experimento era
voluntária, entre outras coisas.

> diário: os machos das castas inferiores adotam a posição sexual
> submissa característica da fêmea no cio e são, de forma rápida e

Um problema e' q. entre humanos
nao se observa esse tipo de comportamento.
Nem a passividade na relacao homossexual
parece ligada 'a posicao nas camadas
socio-economicas.

> Por enquanto é só. Vou vestir minha fantasia de pierrô. :-)

Freud explica isso. Cuidado com o Arlequim... re re.

[]s e espero q. tenha tido um bom carna'.

Roberto Takata



SUBJECT: Evolucao - especiacao
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/02/2002 10:38

E aí, Gilberto.

Obrigado pelo "humanidade". A maioria
do pessoal da lista não concordaria
com essa sua observação sobre mim, re re...

Mas tenha isso em mente: leigos todos
somos, mesmo os especialistas serão
leigos em tudo o mais q. não diz respeito
a seu campo de trabalho.

> cientistas, mas esta teoria de matéria e anti-matéria também tem
> suas falhas, parecem muito com a Geração Espontânea de Lamarck, com
> a diferença que ele dizia que seres se formavam do nada, enquanto a
> Teoria diz que as partículas vem e vão.

Ah, sim. Com certeza ela tem alguns pontos a
esclarecer, mas por eqto ela tem se mostrado
bastante consistente.

Talvez ela se pareça superficialmente com
a teoria da geração espontânea (q. não era
de Lamarck, muito pelo contrário, Lamarck
era um evolucionista -- apenas pensava em
um mecanismo diferente para a evolução),
mas os experimentos feitos em laboratório
tem confirmado a produção de matéria e anti-
matéria aos pares em situações de alta
densidade de energia (portanto não surgem
do nada, mas da energia) -- na teoria da
geração espontânea, os organismos tbm não
surgiam do nada -- eles surgiam a partir
de substâncias inanimadas: ratos de grãos
de trigo e trapos de panos, moscas de carne
em putrefação...

> No caso do Big Bang, você mencionou sobre metáforas, só que para um
> leigo a primeira impressão é a que fica, se é mencionado que
> ocorreu uma grande explosão, acredita-se infelizmente nesta
> explosão, você me deu respostas que

Realmente. Por isso tenho um certo receio com
as metáforas e analogias. Elas podem ser bastante
explicativas se bem utilizadas. Mas mal utilizadas
podem criar confusões muito, muito gdes.

> em outros sites não obtive, isto é as pessoas parecem moldar o
> conhecimento ao seu bel-prazer "eu acredito nisto então é válido
> prá mim, esta outra Teoria é absurda, vou ignora-la". Fazendo um
> paralelo com a Religião, isto esta parecendo as diversas
> ramificações religiosas que vem surgindo, cada
> pastor prega determinado versículo Bíblico, principalmente os que
> tem maior "poder de persuasão" sobre as pessoas.

Pois é. Uma certa vantagem q. as Ciências têm
em relação a outros métodos é q. suas proposições,
em princípio, podem ser verificadas de forma independente.
(Poucas pessoas precisam acreditar q. uma
pedra lançada de uma altura xis irá atingir o
chão em um tempo ípsolon com velocidade dábliu
para poder verificar se isso ocorre de fato ou não --
basta realizar o experimento e conferir os resultados.
Embora para experimentos mais complicados como os q.
temos hj isso seja mais difícil. Mas em tese isso funciona
um tto assim...)

> Sobre a Teoria Darwinista, não entendo porque ela é tão rejeitada
> entre leigos, enquanto a Teoria Criacionista se torna mais aceito.

Essa é uma boa pergunta. Uma possível resposta
seria porq. boa parte das pessoas acreditam em
um Deus judaico-cristão e acham q. a Teoria da
evolução biológica seja incompatível com a noção
de um Deus criador.

> o presente momento, não ouvi falar em nenhuma nova espécie evoluída
> descoberta, somente em ossadas de prováveis dinossauros. A ciência

Bem, nossos colegas já apontaram alguns estudos
q. mostram a obtenção de novas espécies em
experimentos de laboratório e na observação de
surgimento de novas espécies de modo natural nos
campos.

Vou dar um exemplo do último caso. Mas antes
precisamos ter em mente alguns pontos:

*Conceito de espécie: De modo geral
considera-se q. duas espécies são diferentes se
os seus membros não são capazes de se cruzar
entre si produzindo descendentes férteis -- cavalo
e jumentos são de espécies diferentes porq.
o cruzamento de égua com jumento ou de cavalo
com jumenta produz o mulo ou a mula q. é estéril.
(A coisa é um pouco mais complicada q. isso, mas
por ora podemos levar apenas isso em conta.)

*Medida de evolução: como se mede a evolução de
um organismo? Na verdade não se mede a evolução
de um organismo, mas a de um grupo de organismos.
Evolução é a herança com modificação ou a modificação
nas características hereditárias em uma população
através de gerações. Assim, acompanhamos ao longo
das gerações a presença e a ausência de uma
dada característica ou um conjunto de características
nos indivíduos de uma população. Essas características
tem q. ser herdáveis: isto é, passar de pai para
filho. Digamos, o tamanho do bico de uma população
de aves. Se o tamanho do bico estiver variando na
população: por exemplo, cada vez mais indivíduos
apresentam um bico mais curto ao longo das gerações --
estaremos acompanhando a evolução em processo.

Bem, isto posto, temos q. duas populações
irão se tornar duas espécies diferentes se
ao longo do tempo elas deixarem de ser capazes
de se intercruzar -- ou seja, se ao longo
do tempo, os indivíduos de uma população
não puder mais cruzar com os indíviduos da outra
população. Qdo isso ocorrer, diremos q.
houve uma especiação, isto é, a formação de
novas espécies.

Esse isolamento reprodutivo irá ocorrer
se houver modificações em características q.
interfiram na reprodução. Por exemplo,
se as fêmeas de uma população, não reconhecer
mais os machos de outra como sexualmente
atraentes. (Lembre-se de q. estou simplificando
bastante as coisas.)

Ok, vamos ao exemplo, prometido. Existe
uma espécie de mosca-das-frutas (não
são as drosófilas!) q. mora lá na América
do Norte. As fêmeas botam ovos no fruto
de uma espécie de planta nativa. Os machos
ficam em cima desses frutos para atrair
as fêmeas e poderem copular. Pois bem,
ocorre q. lá foi introduzido o cultivo
de macieiras. Uma parte da população original
migrou para a plantação de maçãs e passou
a se reprodizir em cima das maçãs. Como
o reconhecimento do parceiro para a reprodução
depende do reconhecimento do fruto, as
q. ficam sobre as maçãs não irão se
reproduzir com muita freqüência com as q.
se reproduzem em cima do fruto nativo.
Temos o processo de evolução em pleno
andamento e o processo de formação de
novas espécies bem à vista.

Podemos pensar tbm de outro modo.
Olhemos para os nossos cães. Sim,
todas as raças pertencem a uma
única espécie /Canis familiaris/.
Mas notamos q. nem todas as raças são
capazes de se intercruzarem entre si --
temos aqui um certo problema com
a definição de espécie q. foi dada
lá em cima, mas não nos preocupemos com
isso por eqto. Bem, digamos q.
todas as raças intermediárias entre um,
suponhamos, lulu da pomerânia e
um fila brasileiro sejam exterminadas --
talvez por uma doença, talvez por perda
de hábitats. Teremos duas raças q.
não se cruzam e apenas elas. Não há
raças intermediárias q. permitam a
troca de material genético entre elas.
Teremos duas novas espécies.

> tem suas falhas de argumentação caso contrário a Teoria
> Criacionista seria de todo abandonada.

Na verdade não é bem por falha de
argumentação. A gde maioria dos cientistas
não levam a teoria criacionista à sério.
O problema é q. isso envolve um pouco mais
do q. simplesmente argumentação, envolve
coisas como religiosidade e isso pode
complicar as coisas. (Não q. isso signifique
q. a religião em si seja alguma coisa ruim,
mas q. ela pode bater de frente com as Ciências
em alguns aspectos e precisamos ficar atentos
qto a isso.)

> espécie de consciência protetora e não gosta de ser comparada com
> seus "irmãos" animais.

A coisa chega ao ponto de não
gostarmos de sermos comparados mesmo
a outros seres humanos, apenas porq.
eles não pertencem a nosso grupo social.
O preconceito é ainda mais embaixo.

> rejeitariam. Confesso a você, e aqui exponho minha opinião de
> leigo, que não acho nada interessante ser comparado a macacos,
> golfinhos, baleias ou formigas.

Eu acho q. entendo a sua posição. Mas
não precisa ficar acanhado com as comparações.
Não somos melhores de fato, mas tbm não
somos piores do q. nenhuma outra espécie de
organismo -- somos melhores em alguns
aspectos sob um determinado ponto de vista, mas
podemos ser piores em outros aspectos ou mesmo
no mesmo aspecto, mas com outro ponto de vista.
Isso é questão de julgamento de valor. E
idealmente não diz respeito diretamente às Ciências.
O fato de alguém ter uma cor de pele
diferente não quer dizer q. essa pessoa
seja melhor ou pior do q. uma pessoa
com outro tom de cor de pele. O fato das
aves terem asas não quer dizer q. sejam
melhores ou piores do q. nós.

> Se a Natureza de nossos genes caminham para uma evolução de
> Espécies, porque tanta diversidade biológica, porque todas
> as "máquinas de sobrevivência" não tem o mesmo aspecto e formato,
> porque só nós adquirimos consciência.

Na verdade a Natureza não faz nada com
finalidade alguma -- pelo menos nesta nossa
visão pretensamente mecanicista.
A evolução as espécies é apenas uma
conseqüência e não um fim. Se uma folha se
desprende do ramo, ela cai em conseqüência da
ação da gravidade. Ela não cai porq. precisa
cair, nem a gravidade age para que a folha
caia.

Em relação à diversidade biológica. Os
organismos diferem entre si basicamente
por dois motivos concatenados: mutação --
considerada aleatória -- e seleção.
A mutação faz surgir novas variedades, a
selação faz com q. as variedades q.
sejam melhores adaptadas ao meio, em
média, tenham melhores chances de
sobrevivência. Mas por q. a seleção
não faz com q. apenas uma variedade persista:
afinal apenas uma deve ser melhor q. todas
e assim sendo deveria sobrepujar todas as
demais, certo?

Mas o q. ocorre é q. o ambiente é diverso.
A água certamente é diferente do meio
aéreo e do terrestre. A água de doce
é um meio diferente do oceano. A área
sombreada de um lago é diferente da área
mais iluminada. A área sombreada no
fundo é diferente da área sombreada
próxima à superfície.

Cada organismos adaptando-se às condições
diferentes q. se lhes apresentam acaba
resultando na imensa variedade de espécie
q. podemos observar -- atuais ou passadas.

Mas concordo com sua preocupação qto ao
uso do conhecimento científico. Se o
conhecimento em si é amoral, seu uso não
é livre das implicações éticas. Devemos
sim ficar atentos.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RES: [ciencialist] psicanálise (era: Re: O Mito Popperiano)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/02/2002 10:43

--- In ciencialist@y..., "Marcos Penna" <marcospenna@u...> wrote:
> uma evolução mas sim a o predador da bactéria. Já devíamos te-la
> previsto e encontrado antes porque a simples lógica nos empurrava
> para isso. Se a bactéria propaga-se infinitamente porque não teria
> tomado conta do planeta?

A resposta é q. as bactérias *tomam*
conta do planeta.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [urania-br] força estranha arrasta nave em direçao ao sol
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/02/2002 10:58


> FORÇA ESTRANHA ARRASTA NAVE EM DIREÇÃO AO SOL

alguem sabe a referencia deste tema ? é que tentei procurar por isto
na net, pq já não é a primeia vez que vejo falar no assunto e não
encontrei nada relevante.

Talvez a referencia em inglês ajude mais.


[nota: quando se diz "em direcção ao sol" não significa que a nave
esteja a ir directamente contra o sol, já que a força centripeda é tb
em direcção ao sol e promove um movimento curvilineo]


Sérgio M. M. Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Áfricas e macacos (era: novas espécies (era: O MitoPopperiano))
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/02/2002 11:00

Belisário

P.S. - Aproveitando a confusão entre Congo e África do Sul,
manifesto minha indignação com a tal mídia internacional: a África é o
único continuente onde os países não são tratados pelo nome, mas por
"África". O ebola surgiu na "África". O HIV surgiu na "África". As "tribos
africanas" são assim, a "música africana" é assado. E assim vai. Como se
não houvesse a enorme diversidade entre os diversos países e mesmo dentro
de cada país. Mesmo quando se trata a Europa meramente por "Europa" ou o
Extremo Oriente por "Ásia", trata-se de um artifício para se referir a
países que todos sabem quais são e são mencionados no discurso e, mesmo
quando isso não acontece, não é o tratamento mais freqüente. Na África,
não: país africano é "tudo igual" e esse tratamento é freqüentíssimo. A não
ser quando se fala em Egito ou Argélia, países do Mediterrâneo, que ninguém
se lembra que ficam na África. Talvez reducionismo semelhante aconteça só
com os índios americanos.


PS do Léo - Do mesmo artifício utilizam-se os moradores do USA (os nordestinos do continente americano) ... "os americanos chegaram!" ; "isso é produto americano"; "é carro americano"; "é bebida americana"; "ele é americano" ... Quem? Eu, que moro no Brasil ou um norte-americano? []' Léo



SUBJECT: Desprezo da Ciencia ?
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/02/2002 11:22


Sobre a votação a decorrer na lista intitulada:

"Por que há um "desprezo" das Ciências pela sociedade como um todo?
(Se nenhuma das respostas for satisfatória, envie seu comentário em
pvt)"

Eu até enviaria meu comentário se soubesse para onde...
Eu diria que as pessoas não se interessam pela ciencia mas pelo
espetáculo que o assunto permite.
Porque entendem com cuidado o assunto em causa é de certa forma
complicado e a sociedade adopta um sub-cultura, ficando presa a
clichès do inicio do seculo passado, ou a clichès actuais que não
significam nada, normalmente todos tirados de citações de livros de
autores que proporcionam uma boa ficção cientifica ou uma previsão do
que será a ciencia, mas nenhum que faça ciencia em si mesmo.

Quantas pessoas já se informaram, por exemplo, sobre aquisição de
dados ?

Tlv se tivessem feito isso as suas vidas estariam livres de ...
bobagens ... e o seu raciocinio fosse mais, digamos, apurado.
Não espero milagres, mas acho que só isto já daria muita dor de
cabeça aos politicos, por exemplo, que adoram convencer as massas com
base em estatistica [a qual se baseia em aquesição de dados].

Mas não... é mais facil citar Galileu : "E no entanto ela se move"
Frase que pertence mais ao dominio da mitologia que da historia.

[]

Sergio M. M. Taborda




SUBJECT: Re: [ciencialist] O Mito Popperiano
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/02/2002 12:01

Oi Gilberto,

> Agradeço as indicações feitas.
> Mas fiquei como uma certa dúvida:
> O que quis dizer com "epistemologia para asnos", enfatizou muito o uso do
> pronome na primeira pessoal, mas com certeza não se referiu a você.

Manuel: Foi só uma brincadeira, e claro que eu estava se referindo a mim
mesmo. Eu sou um leigo muito xereta, dou palpite em tudo, costumo dizer
muitas asneiras e, francamente, não vejo nenhum problema nisso. :-)

Pelamordedeus não me entenda mal!

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: O Mito Popperiano
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/02/2002 13:06

--- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:
> Pelamordedeus não me entenda mal!

Como assim: "Não me entenda mal!"?

O q. vc quer dizer com isso?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Divulga��o Cient�fica
FROM: rodrigotoledo@canbras.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/02/2002 13:14

Ol� Pessoal,

Com tantas msg's sobre divulga��o cient�fica, lembro-me dos livros dos c�lebres
Issac Assimov, Carl Sagan, ambos falecidos mas que s�o lembrados, mundialmente
eu diria, como gandes divulgadores da ci�ncia. Cientistas que "traduziam", para
leigos, a complicada linguagem cient�fica. Lendo seus livros, apaixonei-me pela
ci�ncia, n�o apenas por uma ou outra �rea, mas todas as �reas poss�veis.

Hoje em dia, Sthepen Jay Gold carrega este bast�o de divulga��o cient�fica.

Agora, mesmo sabendo que existem no Brasil excelentes ve�culos de divulga��o,
essa lista por exemplo, porque n�o existe uma pessoa, ou um grupo delas, que
seja conhecido em todo o Brasil. Porque n�o existe um Pel� da divulga��o
cient�fica, ou seja, uma pessoa que desperte nas crian�as o amor pela ciencia.

Porque ser�

abra�os,




SUBJECT: Re: [ciencialist] Desprezo da Ciencia ?
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/02/2002 13:15


Oi. Talvez por não estar acompanhando bem as mensagens, fiquei
meio perdido sobre esse lance de "votação".

Mas adianto uns comentários rápidos:

Não creio que haja um desprezo das ciências pela sociedade. Talvez
mais precisa seja a frase mais abaixo, interessam-se pelo espetáculo que a
ciência permite. Mas não só: O que tenho observado é que, quando têm acesso
à ciência, as pessoas se interessam. Entendendo-se por "acesso à ciência",
algo que inclua um tratamento acessível da ciência aos não-especialistas.

E por tratamento acessível não quero dizer só abordagens que não
contenham tecnicismos demais, que sejam inteligíveis. Outras coisas são
necessárias, como, por exemplo: continuidade na abordagem. A abordagem de
ciência hoje na mídia parece uma colcha de retalhos meio sem sentido. Ex.:
Diz-se uma hora que um "grupo norte-americano" encontrou evidências de
aquecimento global. Um mês depois diz-se que um outro grupo de uma outra
nacionalidade qualquer publicou na Nature estudo dizendo que as geleiras da
Antártida estão avançando, e não recuando. Nesse último texto, não se fala
em um só momento na notícia anterior, ou em outras notícias, para se dar
uma contextualizada, para se pôr alguma ordem nas notícias. O que já se
publicou não é . Não há memória.

Outra coisa necessária: a "divulgação do método". A importância da
divulgação da ciência não está só no seu conteúdo. O seu método é tão ou
mais importante. Pois a utilidade da ciência não está só na cultura geral,
mas no desenvolvimento da postura crítica que ela proporciona. Postura
crítica é necessária para votar, para entender o que se passa ao nosso
redor, para encarar e combater nossos próprios preconceitos, para coisas
pessoais como seguir a receita do médico à risca e não dividir comprimidos
"para render", etc... E, é claro, também para a sociedade ter algum
conhecimento de causa quando for garantir que os tomadores de decisão
tomem-nas em benefício da sociedade em temas como trasngênicos, clonagem,
usinas nucleares, ambientalismo, etc. E, finalmente, a grande beleza da
ciência está justamente nessas coisas - não só no apelo ao imaginário
popular (vida em outros mundos, o Céu - motivação de fundo freqüente em
astrofísica - vida eterna - motivação de fundo em muitos textos de
clonagem, DNA e outras biotecnologias), altamente contemplado na mídia.

Isso implica em que um texto sobre ciência para não-especialistas
deveria contemplar essas coisas. Mas não é o que se vê. Muitas vezes é
extremamente difícil encontrar as fontes do assunto exposto por um jornal.
Haja visto a dificuldade do Sérgio Taborda com o negócio das sondas sendo
atraídas em direção ao sol, notícia do O Globo. Diz-se "pesquisadores
norte-americanos"; muitas vezes não se menciona os nomes ou o instituto de
pesquisa de onde vêm. Para se ter postura crítica, deve-se dar valor à
credibilidade e às fontes das informações. Não se dá valor a isso em textos
sobre ciência em jornais.

Muitos redatores fazem questão de ligar assuntos com temas com
forte apelo ao imaginário porque entendem que é a única forma de conquistar
o interesse do leitor (isso eu já vi jornalistas dizerem várias vezes).
Ex.: notícias sobre descobertas de planetas fora do sistema solar são
invariavelmente ligadas ao tema vida em outros mundos. Ora, essa não é a
única forma de conquistar o interesse do leitor, digo por experiência
própria. A perscrutação do mistério é um ótimo meio (Einstein chamava a
ciência de uma grande história de mistério, em seu "A evolução da Física").
E isso consegue-se contemplando os métodos, a essência da pesquisa
científica, como exposto acima. Basta contextualizar, citar notícias
anteriores sobre o mesmo assunto, que falem a favor ou contra, mostrando ao
leitor uma ciência em movimento, ao invés de flashes estáticos; isso já
pode ser suficiente para dar a noção de perscrutação do mistério e de
despertar seu interesse.

Conclusão a que chego: como as pessoas podem se interessar por
ciência se o que lhes chega da mídia tem tão pouco a ver com a essência da
ciência?

Há que se notar, entretanto, que não dá para dividir nossa
sociedade em "mídia" e "o resto". Toda sociedade é um todo orgânico. As
origens do comportamento de nossa mídia estão no seio de nossa própria
sociedade. Incluindo, é claro, o poder. Há que se agir não só sobre a
mídia, mas sobre a educação, sobre a estrutura do poder, sobre a pesquisa
(os cientistas precisam se conscientizar de que devem agir também sobre a
divulgação!). E não adianta estabelecermos um esquema ótimo de divulgação
científica (e nem vamos conseguir fazê-lo!) se nossa educação vai mal, se a
economia vai às capengas.

Isso é o que me vem agora, escrevendo no joelho. Mas tenho que
almoçar e tenho que parar aqui.

Até a próxima...
Belisário

At 14:22 13/02/02 +0000, you wrote:

>Sobre a votação a decorrer na lista intitulada:
>
>"Por que há um "desprezo" das Ciências pela sociedade como um todo?
>(Se nenhuma das respostas for satisfatória, envie seu comentário em
>pvt)"
>
>Eu até enviaria meu comentário se soubesse para onde...
>Eu diria que as pessoas não se interessam pela ciencia mas pelo
>espetáculo que o assunto permite.
>Porque entendem com cuidado o assunto em causa é de certa forma
>complicado e a sociedade adopta um sub-cultura, ficando presa a
>clichès do inicio do seculo passado, ou a clichès actuais que não
>significam nada, normalmente todos tirados de citações de livros de
>autores que proporcionam uma boa ficção cientifica ou uma previsão do
>que será a ciencia, mas nenhum que faça ciencia em si mesmo.
>
>Quantas pessoas já se informaram, por exemplo, sobre aquisição de
>dados ?
>
>Tlv se tivessem feito isso as suas vidas estariam livres de ...
>bobagens ... e o seu raciocinio fosse mais, digamos, apurado.
>Não espero milagres, mas acho que só isto já daria muita dor de
>cabeça aos politicos, por exemplo, que adoram convencer as massas com
>base em estatistica [a qual se baseia em aquesição de dados].
>
>Mas não... é mais facil citar Galileu : "E no entanto ela se move"
>Frase que pertence mais ao dominio da mitologia que da historia.
>
>[]
>
>Sergio M. M. Taborda



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: [urania-br] força estranha arrasta nave em direçao ao sol
FROM: "Antonio" <a_ferrao@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/02/2002 13:28

Caro Sérgio,

Aqui estão duas sugestões:

http://news.bbc.co.uk/hi/english/sci/tech/newsid_168000/168410.stm
http://news.bbc.co.uk/hi/english/sci/tech/newsid_1332000/1332368.stm

Lá vão os cientistas "criarem" mais uma força explicando o bizarro
comportamento destas naves fora do sistema solar.
Estas forças não poderiam ser inversamente proporcionais ao quadrado da
distância, como na gravitação Newtoniana.
Assim, estas forças seriam "criadas", a exemplo das forças "Fracas" e
"Fortes" que atuam nas dimensões atômicas

Do meu lado eu insisto que as forças de campo não precisam, necessariamente,
serem lineares.

Na minha tese (<http://www.geocities.com/aferraonetobr/>) eu mostro que as
partículas subatômicas podem ser explicadas simplesmente considerando-se que
os campos eletromagnéticos não sejam linerares, dentro de certos limites,
mas fortemente lineares dentro de outros.
Eu não acredito que a grande estabilidade dos planetas em torno do sol ou
dos satélites em torno de seus planetas, pudesse ser explicada apenas pelas
teorias de gravitação existentes, todas elas considerando que o campo
gravitacional seja linear.

Considerando-se que o espaço não seja absolutamente linear, mas
predominantemente linear, as teorias de gravitação funcionariam muito bem
dentro de certos limites e condições, mas falhariam na explicação de algumas
observações. No meu ponto de vista, é isto o que acontece com estas naves e
com a gravitação de alguns asteróides, que também apresenta comportamentos
misteriosos.

[]'s

Antonio

-----Mensagem original-----
De: sergiotaborda [mailto:sergiotaborda@netcabo.pt]
Enviada em: quarta-feira, 13 de fevereiro de 2002 10:58
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Re: [urania-br] força estranha arrasta nave em
direçao ao sol



> FORÇA ESTRANHA ARRASTA NAVE EM DIREÇÃO AO SOL

alguem sabe a referencia deste tema ? é que tentei procurar por isto
na net, pq já não é a primeia vez que vejo falar no assunto e não
encontrei nada relevante.

Talvez a referencia em inglês ajude mais.


[nota: quando se diz "em direcção ao sol" não significa que a nave
esteja a ir directamente contra o sol, já que a força centripeda é tb
em direcção ao sol e promove um movimento curvilineo]


Sérgio M. M. Taborda


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SUBJECT: Re: Desprezo da Ciencia ?
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/02/2002 13:41


> Oi. Talvez por não estar acompanhando bem as mensagens,
fiquei
> meio perdido sobre esse lance de "votação".

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/polls

:-)


> E por tratamento acessível não quero dizer só abordagens que não
> contenham tecnicismos demais, que sejam inteligíveis.

É verdade.
Ainda ontem ouvia uma médica falar na TV sobre um caso de uma mulher
q estava grávida de 6 gemeos. Os quais nasceram permaturamente (5
meses de gestação) e acabaram por morrer quase todos até à data e
segundo o que sei. O ponto é que a médica começou a responder com
termo tecnicos de tal modo que quem estava a seguir o seu raciocinio
se tenha perdido quase de certeza quando ela fez isso.
Ok, é a profissão dela, é a giria da sua profissão, ela quer ser
rigorosa no que diz, pq tem medo que se não o for, possa ter
problemas depois, já q está a falar para a TV.
Mas e as pessoas em casa ? Mulheres e homens que não são médicos e
que gostariam de entender o que se passou ?
Pois, esses que consultem o dicionário ou o médico mais proximo para
esclarecimentos: e quem se dá a esse trabalho ?
Obviamente ninguem.

Resumindo o que as pessoas poderão ter entendido: o que disse a
médica ? Não sei. Não entendo medico-guês :-)

E isto é um médico. pessoa com quem é mais comum lidar. Agora
imaginesse um fisico, um quimico, um matemático , etc...



> Outras coisas são
> necessárias, como, por exemplo: continuidade na abordagem.

Pois. Venho notando que é comum fazer-se isso em noticias de outro
cariz. Mas não nas de cariz cientifico.
E mais uma vez me convenço que é tudo por causa do exibicionismo e do
espetáculo.

> Outra coisa necessária: a "divulgação do método". A
importância da
> divulgação da ciência não está só no seu conteúdo. O seu método é
tão ou
> mais importante. Pois a utilidade da ciência não está só na cultura
geral,
> mas no desenvolvimento da postura crítica que ela proporciona.

Nõ sei muito bem o que entendes por "divulgação do método". Pareceu-
me que te referes à divulgação do método cientifico em vez da do
método do cientista... Que são coisas diferentes. Do primeiro ha
muito qeu dizer, é discutivel, etc... do segundo não.É mera
informação que se discutirá depois à luz do primeiro.

>E, é claro, também para a sociedade ter algum
> conhecimento de causa quando for garantir que os tomadores de
decisão
> tomem-nas em benefício da sociedade

Normalmente estabelecem-se comissões cientificas que elaboram
relatórios que são entregues a esses tomadores de decisão.
Parece bem, mas o problema está nos contragimentos humanos , de
recursos e até politicos que essas comissões enfrentam. As quais
muitas vezes apenas servem para dar um suporte com face cientifica a
interesses pre-determinado.
Tudo o que foi dito atras é deixado de lado, método, referencias ,
etc... e baseia-se tudo no "fulano de tal que é muito conceituado
disse que era assim que se fazia"

>E, finalmente, a grande beleza da
> ciência está justamente nessas coisas - não só no apelo ao
imaginário
> popular (vida em outros mundos, o Céu - motivação de fundo
freqüente em
> astrofísica - vida eterna - motivação de fundo em muitos textos de
> clonagem, DNA e outras biotecnologias), altamente contemplado na
mídia.

Os mitos de antigamente com a cara de hoje.
Mudam-se os tempos, mudam-se as ... vaidades.


> Muitos redatores fazem questão de ligar assuntos com temas
com
> forte apelo ao imaginário porque entendem que é a única forma de
conquistar
> o interesse do leitor (isso eu já vi jornalistas dizerem várias
vezes).

Pois. É que as noticias cientificas são como as outras : servem para
vender jornais. E as pessoas só compram o que for sencionalista!
E portanto noticias com alto interesse para a comunidade mas pouco
interesse mediático, são mantidas foras das páginas dos jornais e
revistas [não especializadas, mas tb das expecialzadas].

> Ex.: notícias sobre descobertas de planetas fora do sistema solar
são
> invariavelmente ligadas ao tema vida em outros mundos. Ora, essa
não é a
> única forma de conquistar o interesse do leitor, digo por
experiência
> própria.

Um exemplo de forma alternativa ?

> Conclusão a que chego: como as pessoas podem se interessar
por
> ciência se o que lhes chega da mídia tem tão pouco a ver com a
essência da
> ciência?

Ora nem mais.
Mas isto é um sistema recursivo. Os jornais publicam o que [pensam
que ] as pessaos querem ler. E as pessoas leem o que os jornais
publicam.

> Há que se notar, entretanto, que não dá para dividir nossa
> sociedade em "mídia" e "o resto". Toda sociedade é um todo
orgânico. As
> origens do comportamento de nossa mídia estão no seio de nossa
própria
> sociedade. Incluindo, é claro, o poder.

Não sei se concordo muito com isto. Se bem que existe a recursividade
ela é baseada no interesse puramente economico por muito que os
editores queiram dizer o contrário. OS jornais são feitos para vender.
As pessoas apenas podem escolher entre comprar A ou B ou não comprar.
E se A=B então tanto faz, pq a farça mediática continuará.

Há que se agir não só sobre a
> mídia, mas sobre a educação, sobre a estrutura do poder, sobre a
pesquisa
> (os cientistas precisam se conscientizar de que devem agir também
sobre a
> divulgação!).

Isso é tudo verdade.
E acho que começando pela educação poderiamos simplificar os outros
passos.
A estrutura escolar por onde eu passei não está de boa saude, e todos
aqui sabem isso, mas ninguem dá ouvidos às pessoas correctas. Os
partidos preferem e adoram usar comparações com o exterior (no caso
UE) em vez de se virarem para a populaçao e dizer "ajudem-nos lá
nisto. mandem as vossas propostas"
Não. As pessoas mandam propostas mas são indexadas e encaixotadas nos
aquivos de correio, se é que isto existe.

> E não adianta estabelecermos um esquema ótimo de divulgação
> científica (e nem vamos conseguir fazê-lo!) se nossa educação vai
mal, se a
> economia vai às capengas.


O velho ciclo $ -> educação -> $ -> ciencia -> $ -> tecnologia -> $


[]

Sérgio Taborda




SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: [urania-br] força estranha arrasta nave em direçao ao sol
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/02/2002 13:48


> Na minha tese (<http://www.geocities.com/aferraonetobr/>) eu mostro
que as
> partículas subatômicas podem ser explicadas simplesmente
considerando-se que
> os campos eletromagnéticos não sejam linerares, dentro de certos
limites,
> mas fortemente lineares dentro de outros.

em rápida referencia a este assnto que tinah deixado pendente, eu li
o teu artigo...e só tenho pena de nao haver ligação com a fisica
conhecida de modo a dizer: "se for assim então..." ou "isto sendo
assim então" ... pq matemáticamente aquilo que se está ali a dizer é
o que os defensores de teorias como a aether ou das superstrings
dizem. um "meio" que oscila não lineamente e que "causa" as
particulas.

A descrição com massas e molas tá tudo muito bem ,mas o q representam
aquelas massas e aquelas molas, ou os parametros a elas ligados (m e
k) ?

Foi isso que fiquei com pena de não ser aflorado no texto.


[]

Sérgio



SUBJECT: Re: [ciencialist] Divulga��o Cient�fica
FROM: rodrigotoledo@canbras.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br, ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/02/2002 14:08

Concordo com vc`s.

Lembro-me dos artigos assinados pelo Mour�o na SuperInteressante, quando ainda
trabalha no Istituto geof�sico da USP mas, invariavelmente, seus textos
tratavam de astronomia.
No caso do Gleiser, um f�sico que ministra aulas no exterior, os assuntos s�o
mais variados, contudo, s�o conhecidos, e pouco conhecidos, apenas 2 livros,
al�m da coluna de domingo na folha.

Mas mesmo assim, infelizmente, s�o pouco expressivos como divulgadores, mas
tudo bem, este n�o � um tema que mere�a uma discuss�o aprofundada.

APenas lamento o fato de n�o haver um grande divulgador..� claro que existem
grandes cientistas, como os 2 citados.

[]`s



> E h� o Marcelo Gleiser.
> Belis�rio
>
> At 16:20 13/02/02 -0300, you wrote:
> >Ol� Rodrigo,
> >aqui no Rio h� uma pessoa com perfil mais ou menos semelhante ao que
voc> �
> >descreveu: o astr�nomo Ronaldo Rog�rio de Freitas Mour�o. Ele �
ba> stante
> >popular como divulgador cient�fico.
> >Terezinha Costa
> >
> >----- Original Message -----
> >From: <rodrigotoledo@canbras.net>
> >To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> >Sent: Wednesday, February 13, 2002 1:14 PM
> >Subject: [ciencialist] Divulga��o Cient�fica
> >
> >
> > > Ol� Pessoal,
> > >
> > > Com tantas msg's sobre divulga��o cient�fica, lembro-me dos
livro> s dos
> >c�lebres
> > > Issac Assimov, Carl Sagan, ambos falecidos mas que s�o lembrados,
> >mundialmente
> > > eu diria, como gandes divulgadores da ci�ncia. Cientistas que
"traduz> iam",
> >para
> > > leigos, a complicada linguagem cient�fica. Lendo seus livros,
apaixon> ei-me
> >pela
> > > ci�ncia, n�o apenas por uma ou outra �rea, mas todas as �reas
p> oss�veis.
> > >
> > > Hoje em dia, Sthepen Jay Gold carrega este bast�o de divulga��o
> >cient�fica.
> > >
> > > Agora, mesmo sabendo que existem no Brasil excelentes ve�culos de
> >divulga��o,
> > > essa lista por exemplo, porque n�o existe uma pessoa, ou um grupo
del> as,
> >que
> > > seja conhecido em todo o Brasil. Porque n�o existe um Pel� da
divul> ga��o
> > > cient�fica, ou seja, uma pessoa que desperte nas crian�as o amor
pe> la
> >ciencia.
> > >
> > > Porque ser�
> > >
> > > abra�os,
> > >
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos � sujeito �s regras descritas em:
http://br.ya> hoo.com/info/utos.html
>
>
>





SUBJECT: Re: [ciencialist] Divulga��o Cient�fica
FROM: rodrigotoledo@canbras.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br, ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/02/2002 14:08

Concordo com vc`s.

Lembro-me dos artigos assinados pelo Mour�o na SuperInteressante, quando ainda
trabalha no Istituto geof�sico da USP mas, invariavelmente, seus textos
tratavam de astronomia.
No caso do Gleiser, um f�sico que ministra aulas no exterior, os assuntos s�o
mais variados, contudo, s�o conhecidos, e pouco conhecidos, apenas 2 livros,
al�m da coluna de domingo na folha.

Mas mesmo assim, infelizmente, s�o pouco expressivos como divulgadores, mas
tudo bem, este n�o � um tema que mere�a uma discuss�o aprofundada.

APenas lamento o fato de n�o haver um grande divulgador..� claro que existem
grandes cientistas, como os 2 citados.

[]`s



> E h� o Marcelo Gleiser.
> Belis�rio
>
> At 16:20 13/02/02 -0300, you wrote:
> >Ol� Rodrigo,
> >aqui no Rio h� uma pessoa com perfil mais ou menos semelhante ao que
voc> �
> >descreveu: o astr�nomo Ronaldo Rog�rio de Freitas Mour�o. Ele �
ba> stante
> >popular como divulgador cient�fico.
> >Terezinha Costa
> >
> >----- Original Message -----
> >From: <rodrigotoledo@canbras.net>
> >To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> >Sent: Wednesday, February 13, 2002 1:14 PM
> >Subject: [ciencialist] Divulga��o Cient�fica
> >
> >
> > > Ol� Pessoal,
> > >
> > > Com tantas msg's sobre divulga��o cient�fica, lembro-me dos
livro> s dos
> >c�lebres
> > > Issac Assimov, Carl Sagan, ambos falecidos mas que s�o lembrados,
> >mundialmente
> > > eu diria, como gandes divulgadores da ci�ncia. Cientistas que
"traduz> iam",
> >para
> > > leigos, a complicada linguagem cient�fica. Lendo seus livros,
apaixon> ei-me
> >pela
> > > ci�ncia, n�o apenas por uma ou outra �rea, mas todas as �reas
p> oss�veis.
> > >
> > > Hoje em dia, Sthepen Jay Gold carrega este bast�o de divulga��o
> >cient�fica.
> > >
> > > Agora, mesmo sabendo que existem no Brasil excelentes ve�culos de
> >divulga��o,
> > > essa lista por exemplo, porque n�o existe uma pessoa, ou um grupo
del> as,
> >que
> > > seja conhecido em todo o Brasil. Porque n�o existe um Pel� da
divul> ga��o
> > > cient�fica, ou seja, uma pessoa que desperte nas crian�as o amor
pe> la
> >ciencia.
> > >
> > > Porque ser�
> > >
> > > abra�os,
> > >
>
>
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>
> Seu uso do Yahoo! Grupos � sujeito �s regras descritas em:
http://br.ya> hoo.com/info/utos.html
>
>
>





SUBJECT: Re: Desprezo da Ciencia ?
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/02/2002 14:11

--- In ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> wrote:
> > Oi. Talvez por não estar acompanhando bem as mensagens,
> fiquei
> > meio perdido sobre esse lance de "votação".
>
> http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/polls

Vai bem um tempo q. essa votacao foi aberta.
Deve remontar aos primordios da lista no egroups.
E vao la' uns dois ou tres anos isso.

> > E por tratamento acessível não quero dizer só abordagens que não
> > contenham tecnicismos demais, que sejam inteligíveis.
>
> É verdade.

O dilema: acuracia ou alcance? (So' pra provocar,
parece um tto qto o principio da incerteza...
ou se tem um ou se tem o outro, nao se pode ter
os dois. Embora se possa ter um meio-termo razoavel.)

> E isto é um médico. pessoa com quem é mais comum lidar. Agora
> imaginesse um fisico, um quimico, um matemático , etc...

Eles nao se entendem entre si, qto mais
fazerem-se entender a leigos.

> > Outras coisas são
> > necessárias, como, por exemplo: continuidade na abordagem.
>
> Pois. Venho notando que é comum fazer-se isso em noticias de outro
> cariz. Mas não nas de cariz cientifico.
> E mais uma vez me convenço que é tudo por causa do exibicionismo e
> do espetáculo.

Eu acho q. tem isso, mas deve ter tbm
q o proprio jornalista nao tem a minima
ideia do q. esta' a falar.

> Tudo o que foi dito atras é deixado de lado, método, referencias ,
> etc... e baseia-se tudo no "fulano de tal que é muito conceituado
> disse que era assim que se fazia"

E outro fator e' q. e' meio complicado
fazer um jornalismo contextualizado decente
com no maximo meia-pagina de jornal --
q. tem q. ser dividido com outras notas.
Qdo nao com uma bruta fotografia do
espaco profundo ou obtida por tecnicas
microfotogrficas de um quarto de pagina
-- bonita, mas pouco informativa por si so'.

> Pois. É que as noticias cientificas são como as outras : servem
> para vender jornais. E as pessoas só compram o que for
> sencionalista!

Acho q. da' pra arranjar um bom termo
entre vendagem e prestacao de servico.

A questao dos Projetos Genomas ate' q.
nao esta' de todo ruim na abordagem dos
meios de comunicacao. Nao e' uma maravilha,
mas esta' ate' razoavel. (Claro q. a
relevancia do projeto se houver sera' de
prazo bem mais longo. Se houvesse uma
boa enfase nisso seria mais um ponto pra
divulgacao cientifica realizada -- mas em
boa parte e' culpa dos proprios pesquisadores
e cientistas q. se preocupam muito em vender
seu peixe e garantir suas bolsas e financiamentos.)

> > Ex.: notícias sobre descobertas de planetas fora do sistema solar
> são
> > invariavelmente ligadas ao tema vida em outros mundos. Ora, essa
> não é a
> > única forma de conquistar o interesse do leitor, digo por
> experiência
> > própria.
>
> Um exemplo de forma alternativa ?

Podemos chamar a atencao para o significado
real dessas descobertas. Nao qto 'a existencia
de vidas extraterrestres, mas sim qto aos
modelos de formacao dos planetas e de nosso
sistema solar -- e de outros.

> > ciência se o que lhes chega da mídia tem tão pouco a ver com a
> essência da
> > ciência?
>
> Ora nem mais.
> Mas isto é um sistema recursivo. Os jornais publicam o que [pensam
> que ] as pessaos querem ler. E as pessoas leem o que os jornais
> publicam.

Criancas sao altamente motivadas.
Jornais costumam manter secoes e cadernos
especiais para o publico infantil --
futuro leitores regulares. Claro, isso
e' pra um prazo mais longo.

Mas tbm ha' interesse da populacao por
ciencia. Seria mais o caso de mostrar
os processos cientificos de um modo
menos idiotizante.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Desprezo da Ciencia ?
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/02/2002 15:08

--- In ciencialist@y..., Roberto Belisário <rbdiniz@t...> wrote:
> Só uma coisa: com relação ao formato dos textos noticiosos -
> pequeno espaço, etc. - acho perfeitamente possível fazer divulgação
> científica de qualidade mesmo com essas restrições. Questão de
> técnica.

Sei nao... Como vc explicaria as implicacoes
da descoberta de um fossil de coelho no
arqueozoico para a teoria da evolucao biologica
em tres linhas? (Sem apelar para: "Criacionismo
vence afinal!")

E' claro q. em primeiro lugar nao se deveria
dar apenas tres linhas para algo com um impacto
potencialmente tao gde. Mas do jeito q. sao os
jornais no maximo teremos um box (um sexto de
lauda) -- isso se chorarmos muito -- e saira'
publicado qdo houver espaco porq. a publicidade
nao preencheu a cota. (A menos q. o TNYT anuncie
em primeira pagina... alias e' facil revolucionar
a imprensa brasileira: basta influenciar os
jornais dos EUA.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Evolucao - especiacao
FROM: "Leandro M. Sousa" <lmsousa@netsite.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/02/2002 15:31

Olá a todos,

Sou novo por aqui e estou achando as discussões interessantíssimas (apesar
de não saber muito sobre a maioria dos assuntos). Numa delas foi mencionado
o nome científico do cachorro como sendo Canis familiares e eu me lembrei
que um amigo meu que é mastozoólogo (estuda mamíferos) me disse um dia
desses que, atualmente, o cachorro é considerado pertencer à mesma espécie
do lobo! Assim sendo, o nome científico do cachorro é Canis lupus. O mais
doido disso tudo é constatar que animais tão diferentes ainda pertençam à
mesma espécie.

Abraços,
Leandro



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Desprezo da Ciencia ?
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/02/2002 15:45


Ai, ai, ai, saiu um e-mail enorme...

At 16:41 13/02/02 +0000, Sérgio Taborda wrote:

> > Outra coisa necessária: a "divulgação do método". A
>importância da
> > divulgação da ciência não está só no seu conteúdo. O seu método é
>tão ou
> > mais importante. Pois a utilidade da ciência não está só na cultura
>geral,
> > mas no desenvolvimento da postura crítica que ela proporciona.
>
>Nõ sei muito bem o que entendes por "divulgação do método". Pareceu-
>me que te referes à divulgação do método cientifico em vez da do
>método do cientista... Que são coisas diferentes. Do primeiro ha
>muito qeu dizer, é discutivel, etc... do segundo não.É mera
>informação que se discutirá depois à luz do primeiro.

Não, divulgação do método foi até um termo infeliz. Preferível
divulgação do estilo científico. Trata-se, essencialmente, da divulgação,
através do uso na mídia, de elementos da postura crítica, tradicionais nas
abordagens científicas: (1) não acreditar em qualquer informação que se
receba - nos textos, p. ex., evitar reducionismos do tipo "cientistas
afirmam que..." quando, na verdade, um grupo chama a atenção para a mera
possibilidade de...; (2) dar ao interlocutor condições de verificar o que
foi dito - citando fontes, p. ex., ao invés de ficar na "pesquisadores
norte-americanos afirmam"; (3) evitar falácias "básicas", como argumentos
ad hominem (desqualificar o autor da informação ao invés de criticar o
trabalho); (4) prontidão em relativizar nossas certezas e pré-concepções
sempre que for necessário; (5) evitar que as simplificações impliquem em
informações distorcidas demais (simplificações são via de regra
necessárias, mas com judiciosidade), etc. Isso pode ser visto em bons
textos de divulgação científica, como os da Ciência Hoje ou da Revista
Pesquisa Fapesp (http://revistapesquisa.fapesp.br/). Tentamos fazer, e
espero que tenhamos tido algum resultado, na revista Com Ciência -
www.comciencia.br .

Quanto a vários dos seus comentários a respeito do caráter de
mercado da divulgação da mídia através dos jornais (como: os jornais
publicam o que as pensam que as pessoas querem ler e as pessoas lêem o que
os jornais publicam):

Não é uma característica absoluta da mídia. No Brasil há a TV
Cultura, financiada pelo Estado, que portanto não se enquadra nas leis do
mercado sozinhas. Portanto, passam programas que tradicionalmente vistos
como sem retorno - inclusive divulgando artistas "malditos" pelo mercado,
como Itamar Assunpção, e tal. Ademais, mesmo nas TVs privadas, considerando
que eles só divulgam o que consideram que têm retorno, o trabalho é
convencê-los de que outras coisas têm retorno - o que passa, muitas vezes,
por fazer com que a sociedade se interesse por essas coisas, divulgando-as
de maneira mais interessante e razoável. Mas tudo isso passa por coisas que
eu explicito no último parágrafo, lá embaixo.

Mas o fato é que estamos começando um período onde a veiculação de
informação e da cultura em geral está massivamente vinculada ao mercado.
Até há pouco tempo - 20 anos talvez -, no Brasil, a coisa tinha essa
característica, mas não na dimensão que tem hoje. Creio, por exemplo, que
essa é a razão pela qual a MPB decaiu tanto, desde os tempos em que
apareceram Chico Buarque e outros tantos. (Analisei a história da MPB em
alguns livros certa vez e vi que não se tratou se um mero período de
megacriatividade da música brasileira: nunca houve, em um século, período
de tamanha crise como nos últimos 20 anos). Ainda não sabemos como adequar
essa nova caractererística às necessidades da sociedade que vão além do que
o mercado simples pode oferecer. Se é possível ou impossível, só podemos
decidir depois de tentar muito.

Mais sobre isso:

>OS jornais são feitos para vender.
>As pessoas apenas podem escolher entre comprar A ou B ou não comprar.
>E se A=B então tanto faz, pq a farça mediática continuará.

Não creio que a realidade se adeque a essa descrição muito
esquemática que você fez. As pessoas podem escolher entre vários jornais de
diferentes matizes, e, dentro desses jornais, entre articulistas de
diferentes matizes, ou ler notícias pela Internet, ou pela televisão,
escolhendo entre diferentes tipos de telejornais (veja a diferença, no
Brasil, entre o Jornal Nacional, o da Record, o da TV Cultura... não dá
para colocá-los no mesmo saco. Essas diferenças devem poder ser observadas
em qualquer país), ou ainda por revistas, ou ainda não ler nada e só
conversar com outras pessoas - ou ainda ler a Ciência Hoje e a Revista da
Fapesp... É bem verdade que a população é levada a ver só o Jornal
Nacional, por causa do apelo à passividade no recebimento da informação
contida nesse programa (acho que deve ter na TV a Cabo Globo News, passa lá
pelas 8:30 da noite, horário de Brasília), etc. Mas as opções existem. E,
de novo, veja-se o último parágrafo abaixo, pois uma das defesas contra
essa tendência a só ver o JN está em as pessoas lerem muito mais do que
lêem hoje.


> > Ex.: notícias sobre descobertas de planetas fora do sistema solar
>são
> > invariavelmente ligadas ao tema vida em outros mundos. Ora, essa
>não é a
> > única forma de conquistar o interesse do leitor, digo por
>experiência
> > própria.
>
>Um exemplo de forma alternativa ?

Dando continuidade às coberturas, promovendo a postura crítica,
tenho observado que isso desperta o leitor. É o negócio da história de
mistério que eu falei em outro parágrafo na mensagem anterior. O leitor é
inteligente, não é esse ser passivo que só recebe informação já mastigada
que a mídia televisiva privada acha que é. Ele gosta de pensar e de ter sua
inteligência e criatividades desafiadas - na medida em que pode responder
ao desafio, claro.

Digo "tenho observado que" por conversas com diversas pessoas
sobre ciência e sobre outros temas, e pela pouca experiência direta com
divulgação científica, escrevendo para revistas. Não tive, entretanto,
acesso a nenhum estudo mais objetivo sobre isso.

Outro modo de fazer as pessoas se interessarem é fazê-las ter,
previamente, a noção bem incutida da importância desses temas. Mas isso
passa, infelizmente, por modificar a maneira como se divulga informações na
mídia comercial. Essa é a parte mais difícil. Passa também pela necessidade
de as pessoas lerem muito mais. Parece-me que hoje as pessoas lêem muito
menos do que há várias décadas ou no século XIX. Hoje mesmo estive
conversando com uma amiga sobre como as pessoas liam e escreviam mais
nessas épocas. Veja-se, por exemplo, os textos que os representantes do
Terceiro Estado na Revolução Francesa fizeram, como a Declaração dos
Direitos do Homem. Coisa de altíssimo nível. Transcrições literais desse
texto são citadas ainda hoje e usadas em Constituições nacionais.
Questionei um professor de história da Unicamp a respeito, e ele me disse
que esses textos eram sínteses das idéias iluministas da época, e que esse
pessoal lia Locke, Rousseau, etc. Os filósofos eram lidos pelo povo. Quase
todo mundo era analfabeto, mas quem não era lia coisas assim. Quem lê
qualquer filósofo hoje...? Para não sair do contexto atual: quem lê livros
sobre globalização hoje? É bem verdade que a forma de veiculação das
informações mudou: hoje pode-se "estudar" globalização pelos artigos dos
jornais... mas isso também tem a sua contrapartida: as pessoas não lêem
análises da globalização a não ser por articulistas de jornal que não são
especialistas nisso... Quando lêem. De forma que, concluindo, é necessário
reformular a educação desde a base, para que as pessoas leiam muito mais.
Essa educação ensina a odiar História e Guimarães Rosa, e a achar que
qualquer coisa além de um livro paradidático é acessível só para iniciados.

Até,
Belisário



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Desprezo da Ciencia ?
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/02/2002 15:54


Excelentes as sugestões do Takata, que vêm complementar as minhas.
Só uma coisa: com relação ao formato dos textos noticiosos - pequeno
espaço, etc. - acho perfeitamente possível fazer divulgação científica de
qualidade mesmo com essas restrições. Questão de técnica.

Até,
Belisário

P.S. - É incrível como tem pessoas que têm que escrever tanto para
dizer algo e outras são mais objetivas...

At 17:11 13/02/02 +0000, you wrote:
>--- In ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> wrote:
> > > Oi. Talvez por não estar acompanhando bem as mensagens,
> > fiquei
> > > meio perdido sobre esse lance de "votação".
> >
> > http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/polls
>
>Vai bem um tempo q. essa votacao foi aberta.
>Deve remontar aos primordios da lista no egroups.
>E vao la' uns dois ou tres anos isso.
>
> > > E por tratamento acessível não quero dizer só abordagens que não
> > > contenham tecnicismos demais, que sejam inteligíveis.
> >
> > É verdade.
>
>O dilema: acuracia ou alcance? (So' pra provocar,
>parece um tto qto o principio da incerteza...
>ou se tem um ou se tem o outro, nao se pode ter
>os dois. Embora se possa ter um meio-termo razoavel.)
>
> > E isto é um médico. pessoa com quem é mais comum lidar. Agora
> > imaginesse um fisico, um quimico, um matemático , etc...
>
>Eles nao se entendem entre si, qto mais
>fazerem-se entender a leigos.
>
> > > Outras coisas são
> > > necessárias, como, por exemplo: continuidade na abordagem.
> >
> > Pois. Venho notando que é comum fazer-se isso em noticias de outro
> > cariz. Mas não nas de cariz cientifico.
> > E mais uma vez me convenço que é tudo por causa do exibicionismo e
> > do espetáculo.
>
>Eu acho q. tem isso, mas deve ter tbm
>q o proprio jornalista nao tem a minima
>ideia do q. esta' a falar.
>
> > Tudo o que foi dito atras é deixado de lado, método, referencias ,
> > etc... e baseia-se tudo no "fulano de tal que é muito conceituado
> > disse que era assim que se fazia"
>
>E outro fator e' q. e' meio complicado
>fazer um jornalismo contextualizado decente
>com no maximo meia-pagina de jornal --
>q. tem q. ser dividido com outras notas.
>Qdo nao com uma bruta fotografia do
>espaco profundo ou obtida por tecnicas
>microfotogrficas de um quarto de pagina
>-- bonita, mas pouco informativa por si so'.
>
> > Pois. É que as noticias cientificas são como as outras : servem
> > para vender jornais. E as pessoas só compram o que for
> > sencionalista!
>
>Acho q. da' pra arranjar um bom termo
>entre vendagem e prestacao de servico.
>
>A questao dos Projetos Genomas ate' q.
>nao esta' de todo ruim na abordagem dos
>meios de comunicacao. Nao e' uma maravilha,
>mas esta' ate' razoavel. (Claro q. a
>relevancia do projeto se houver sera' de
>prazo bem mais longo. Se houvesse uma
>boa enfase nisso seria mais um ponto pra
>divulgacao cientifica realizada -- mas em
>boa parte e' culpa dos proprios pesquisadores
>e cientistas q. se preocupam muito em vender
>seu peixe e garantir suas bolsas e financiamentos.)
>
> > > Ex.: notícias sobre descobertas de planetas fora do sistema solar
> > são
> > > invariavelmente ligadas ao tema vida em outros mundos. Ora, essa
> > não é a
> > > única forma de conquistar o interesse do leitor, digo por
> > experiência
> > > própria.
> >
> > Um exemplo de forma alternativa ?
>
>Podemos chamar a atencao para o significado
>real dessas descobertas. Nao qto 'a existencia
>de vidas extraterrestres, mas sim qto aos
>modelos de formacao dos planetas e de nosso
>sistema solar -- e de outros.
>
> > > ciência se o que lhes chega da mídia tem tão pouco a ver com a
> > essência da
> > > ciência?
> >
> > Ora nem mais.
> > Mas isto é um sistema recursivo. Os jornais publicam o que [pensam
> > que ] as pessaos querem ler. E as pessoas leem o que os jornais
> > publicam.
>
>Criancas sao altamente motivadas.
>Jornais costumam manter secoes e cadernos
>especiais para o publico infantil --
>futuro leitores regulares. Claro, isso
>e' pra um prazo mais longo.
>
>Mas tbm ha' interesse da populacao por
>ciencia. Seria mais o caso de mostrar
>os processos cientificos de um modo
>menos idiotizante.
>
>[]s,
>
>Roberto Takata



SUBJECT: Re: Desprezo da Ciencia ?
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/02/2002 16:10

--- In ciencialist@y..., Roberto Belisário <rbdiniz@t...> wrote:
> Bom, primeiro eu não sei as implicações dessa
> descoberta... :)

Como jornalista será tarefa sua descobrir
essas implicacoes.

E alem do mais duvido q. a maioria dos
jornalistas soubessem as implicacoes disso.
(Duvido q. boa parte dos biologos soubessem
tbm... Bem, provavelmente eu tbm nao. Mas eu
nao sou biologo.)

> Depois, você está falando sobre um problema diferente: os editores
> não querem que esses assuntos sejam tratados devidamente, mesmo no
> espaço exíguo imposto pelos jornais.

Nao q. eles nao queiram. O problema
primeiro e' fazer com q. eles entendam
como isso e' importante. (Mais do q.
aquela foto sensacional da galaxia
MX-148 tirada pelo Hubble no fim
do ano passado e repassado pela Nasa
no comeco da semana retrasada.)

> Se restringirem a um mero box minúsculo fica
> difícil mesmo.

Alguem conseguiria dentro do jornal
um espaco maior do q. isso? Salvo se
esfregar na cara do editor uma pagina
inteira do Washington Post com declaracoes
de Gould, Dawkins, Wilson e cia?

(Ah, na nossa idiossincrasia nacional
teriamos q. ir cotejar as opinioes da
CNBB sobre a descoberta... E fazer a
repercussao com a irma do Gugu, a mae
Dina'... Certamente eles teriam previsto
isso com uma semana de antecedencia --
mas ocultado para nao abalar os pilares
da sociedade mecanicista.)

As excecoes de praxe - q. nao sao excecoes,
mas sub-padroes - sao assuntos ligados 'a
saude (a genetica entre por causa disso).
Cura do cancer, do mal do Alzheimer e cia
tEm pelo menos o box garantido e dependendo
do impacto pode ter até 5 paginas inteiras.
(Claro, metade dessas paginas serao de
fotografias...)

Aplicacoes praticas diretas de tecnologias
tbm: informatica tem uma secao exclusiva em
muitos jornais; transporte na parte de veiculos;
energia dependendo pode ir pra economia e
assim por diante.

Ha' pouco tempo os jornais costumavam ter
equipes de pesquisa e centros de documentacao:
para uma materia com alguma relevancia,
o reporter era munido com as informacoes
de noticias passadas e outras informacoes
sobre o tema a ser abordado. Jornal tinha
memoria -- ao menos alguns. Hj um Duesberg
da vida diz q. Erwin "Magic" Johnson abandonou
seu tratamento contra a Aids e o cara nem
pra verificar se isso e' mesmo verdadeiro.
Agora no maximo parecem dedicar uma coluna
para o noticiario de 50 ou 100 anos atras --
pra mostrar quao antigo e' o jornal (na
esperanca de dar alguma credibilidade
por causa da provecta idade?).

> O que eu digo que é possível e fazer notícias boas dentro
> das exigências técnicas inerentes ao meio jornalístico
> (justificação do tamanho, formato "noticioso" de pirâmide invertida
> (vide abaixo), etc.), e

Isso nao difere muito dos resumos dos trabalhos
cientificos. O problema e' fazer isso para quem
nao conhece o jargao, nao domina o estado da arte
da area...

Mas concordo q. nao ha' desculpas para uma
divulgacao porca.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Áfricas e macacos ( era : nova s espécies (era: O MitoPopperiano))
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/02/2002 16:16

--- In ciencialist@y..., Roberto Belisário <rbdiniz@t...> wrote:
> P.S. 2 - O pior é que nós falamos igualzinho...
> Na Argentina falam "estadunidenses".

Rolou o maior pau em outra lista
em cima dessa discussao. (Pena q.
o conteudo nao seja aberto para todos...)

Por mim, desde q. o contexto esteja
bem definido, nao ha' problemas em
chamar os estadunidenses de americanos.
(Claro, como se o q. eu achasse importasse
alguma coisa...)

Alias, como se chama quem nasce na Republica
Democratica do Congo? Congoles democratico
ou congoles republicano-democratico?

E quem nasce nos Emirados Arabes Unidos?
E' um arabe unido? E no Reino Unido?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Divulgação Científica
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/02/2002 16:17

--- In ciencialist@y..., rodrigotoledo@c... wrote:
> APenas lamento o fato de não haver um grande divulgador..é claro

A referencia brasileira e' Jose' Reis.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Divulgação Científica
FROM: "Terezinha Costa" <terezinhac@bridge.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/02/2002 16:20

Olá Rodrigo,
aqui no Rio há uma pessoa com perfil mais ou menos semelhante ao que você
descreveu: o astrônomo Ronaldo Rogério de Freitas Mourão. Ele é bastante
popular como divulgador científico.
Terezinha Costa

----- Original Message -----
From: <rodrigotoledo@canbras.net>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, February 13, 2002 1:14 PM
Subject: [ciencialist] Divulgação Científica


> Olá Pessoal,
>
> Com tantas msg's sobre divulgação científica, lembro-me dos livros dos
célebres
> Issac Assimov, Carl Sagan, ambos falecidos mas que são lembrados,
mundialmente
> eu diria, como gandes divulgadores da ciëncia. Cientistas que "traduziam",
para
> leigos, a complicada linguagem científica. Lendo seus livros, apaixonei-me
pela
> ciëncia, não apenas por uma ou outra área, mas todas as áreas possíveis.
>
> Hoje em dia, Sthepen Jay Gold carrega este bastão de divulgação
científica.
>
> Agora, mesmo sabendo que existem no Brasil excelentes veículos de
divulgação,
> essa lista por exemplo, porque não existe uma pessoa, ou um grupo delas,
que
> seja conhecido em todo o Brasil. Porque não existe um Pelé da divulgação
> científica, ou seja, uma pessoa que desperte nas crianças o amor pela
ciencia.
>
> Porque será
>
> abraços,
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Desprezo da Ciencia ?
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/02/2002 16:34


Bom, primeiro eu não sei as implicações dessa descoberta... :)
Depois, você está falando sobre um problema diferente: os editores não
querem que esses assuntos sejam tratados devidamente, mesmo no espaço
exíguo imposto pelos jornais. Se restringirem a um mero box minúsculo fica
difícil mesmo. O que eu digo que é possível e fazer notícias boas dentro
das exigências técnicas inerentes ao meio jornalístico (justificação do
tamanho, formato "noticioso" de pirâmide invertida (vide abaixo), etc.), e
não dentro dos preconceitos dos editores.

Só pra não ficar no "é possível", dou a minha vidraça às pedras no
texto abaixo, publicado na seção de notícias da Com Ciência - essa seção,
sendo da Internet, tem muito menos problemas com espaço do que em jornais
comuns, mas, mesmo assim, tentamos evitar ao máximo fazer textos muito
grandes, e os textos têm invariavelmente que seguir a linha da "pirâmide
invertida": primeiro um lead contando a essência da matéria, depois as
coisas mais essenciais para a compreensão, depois as menos, etc. - e isso
seguimos à risca. (revistas como Ciência Hoje e revista da Fapesp - e
artigos científicos - fazem em geral uma "pirâmide invertida invertida",
explicando um monte de coisas antes de chegar no biofó do fuafá). Podem
criticar à vontade, quando mais xingarem mais feliz fico, pois quero ter
retornos:

http://www.comciencia.br/noticias/framenot.htm

Belisário

At 18:08 13/02/02 +0000, you wrote:
>--- In ciencialist@y..., Roberto Belisário <rbdiniz@t...> wrote:
> > Só uma coisa: com relação ao formato dos textos noticiosos -
> > pequeno espaço, etc. - acho perfeitamente possível fazer divulgação
> > científica de qualidade mesmo com essas restrições. Questão de
> > técnica.
>
>Sei nao... Como vc explicaria as implicacoes
>da descoberta de um fossil de coelho no
>arqueozoico para a teoria da evolucao biologica
>em tres linhas? (Sem apelar para: "Criacionismo
>vence afinal!")
>
>E' claro q. em primeiro lugar nao se deveria
>dar apenas tres linhas para algo com um impacto
>potencialmente tao gde. Mas do jeito q. sao os
>jornais no maximo teremos um box (um sexto de
>lauda) -- isso se chorarmos muito -- e saira'
>publicado qdo houver espaco porq. a publicidade
>nao preencheu a cota. (A menos q. o TNYT anuncie
>em primeira pagina... alias e' facil revolucionar
>a imprensa brasileira: basta influenciar os
>jornais dos EUA.)
>
>[]s,
>
>Roberto Takata

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---------------------------------



SUBJECT: Re: Desprezo da Ciencia ? - CORREÇÃO
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/02/2002 16:36


Correção: o site do meu texto é:

http://www.comciencia.br/noticias/11jan02/nanociencia.htm

Belisário

>Date: Wed, 13 Feb 2002 16:34:20 -0300
>To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>From: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
>Subject: Re: [ciencialist] Re: Desprezo da Ciencia ?
>
>
> Bom, primeiro eu não sei as implicações dessa descoberta... :)
> Depois, você está falando sobre um problema diferente: os editores não
> querem que esses assuntos sejam tratados devidamente, mesmo no espaço
> exíguo imposto pelos jornais. Se restringirem a um mero box minúsculo
> fica difícil mesmo. O que eu digo que é possível e fazer notícias boas
> dentro das exigências técnicas inerentes ao meio jornalístico
> (justificação do tamanho, formato "noticioso" de pirâmide invertida (vide
> abaixo), etc.), e não dentro dos preconceitos dos editores.
>
> Só pra não ficar no "é possível", dou a minha vidraça às pedras
> no texto abaixo, publicado na seção de notícias da Com Ciência - essa
> seção, sendo da Internet, tem muito menos problemas com espaço do que em
> jornais comuns, mas, mesmo assim, tentamos evitar ao máximo fazer textos
> muito grandes, e os textos têm invariavelmente que seguir a linha da
> "pirâmide invertida": primeiro um lead contando a essência da matéria,
> depois as coisas mais essenciais para a compreensão, depois as menos,
> etc. - e isso seguimos à risca. (revistas como Ciência Hoje e revista da
> Fapesp - e artigos científicos - fazem em geral uma "pirâmide invertida
> invertida", explicando um monte de coisas antes de chegar no biofó do
> fuafá). Podem criticar à vontade, quando mais xingarem mais feliz fico,
> pois quero ter retornos:
>
>http://www.comciencia.br/noticias/framenot.htm
>
> Belisário
>
>At 18:08 13/02/02 +0000, you wrote:
>>--- In ciencialist@y..., Roberto Belisário <rbdiniz@t...> wrote:
>> > Só uma coisa: com relação ao formato dos textos noticiosos -
>> > pequeno espaço, etc. - acho perfeitamente possível fazer divulgação
>> > científica de qualidade mesmo com essas restrições. Questão de
>> > técnica.
>>
>>Sei nao... Como vc explicaria as implicacoes
>>da descoberta de um fossil de coelho no
>>arqueozoico para a teoria da evolucao biologica
>>em tres linhas? (Sem apelar para: "Criacionismo
>>vence afinal!")
>>
>>E' claro q. em primeiro lugar nao se deveria
>>dar apenas tres linhas para algo com um impacto
>>potencialmente tao gde. Mas do jeito q. sao os
>>jornais no maximo teremos um box (um sexto de
>>lauda) -- isso se chorarmos muito -- e saira'
>>publicado qdo houver espaco porq. a publicidade
>>nao preencheu a cota. (A menos q. o TNYT anuncie
>>em primeira pagina... alias e' facil revolucionar
>>a imprensa brasileira: basta influenciar os
>>jornais dos EUA.)
>>
>>[]s,
>>
>>Roberto Takata
>
>---------------------------------
>Roberto Belisário Diniz
>rbdiniz@terra.com.br
>Revista Com Ciência - jornalismo científico
>www.comciencia.br
>Labjor - Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo
>www.uniemp.br/labjor/
>---------------------------------

---------------------------------
Roberto Belisário Diniz
rbdiniz@terra.com.br
Revista Com Ciência - jornalismo científico
www.comciencia.br
Labjor - Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo
www.uniemp.br/labjor/
---------------------------------



SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: Divulgação Científica
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/02/2002 16:37

>Takata: A referencia brasileira e' Jose' Reis.<

O José Reis tem o mérito de ter sido pioneiro. Mas como divulgador
científico, ele é mais científico do que divulgador. Seus textos são
chatos.

Acho que os que reúnem mais qualidades são mesmo o Marcelo Gleiser, o
Mourão e o Dráusio Varella. É, vocês se esqueceram do Dráusio, que não
comenta só medicina, mas fala de evolução, bacteriologia, etc. E escreve
muito bem.

Quanto aos EUA, já ouvi gente do ramo dizer que, infelizmente, a maioria
dos americanos aprendeu evolução com Jay Gould.

Vocês já viram alguém ganhar dinheiro com divulgação no Brasil? O
Richard Dawkins, por exemplo, é professor de "public understanding of
science" em Oxford.

Colucci



SUBJECT: Re: [ciencialist] Divulgação Científica
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/02/2002 16:38


E há o Marcelo Gleiser.
Belisário

At 16:20 13/02/02 -0300, you wrote:
>Olá Rodrigo,
>aqui no Rio há uma pessoa com perfil mais ou menos semelhante ao que você
>descreveu: o astrônomo Ronaldo Rogério de Freitas Mourão. Ele é bastante
>popular como divulgador científico.
>Terezinha Costa
>
>----- Original Message -----
>From: <rodrigotoledo@canbras.net>
>To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Sent: Wednesday, February 13, 2002 1:14 PM
>Subject: [ciencialist] Divulgação Científica
>
>
> > Olá Pessoal,
> >
> > Com tantas msg's sobre divulgação científica, lembro-me dos livros dos
>célebres
> > Issac Assimov, Carl Sagan, ambos falecidos mas que são lembrados,
>mundialmente
> > eu diria, como gandes divulgadores da ciëncia. Cientistas que "traduziam",
>para
> > leigos, a complicada linguagem científica. Lendo seus livros, apaixonei-me
>pela
> > ciëncia, não apenas por uma ou outra área, mas todas as áreas possíveis.
> >
> > Hoje em dia, Sthepen Jay Gold carrega este bastão de divulgação
>científica.
> >
> > Agora, mesmo sabendo que existem no Brasil excelentes veículos de
>divulgação,
> > essa lista por exemplo, porque não existe uma pessoa, ou um grupo delas,
>que
> > seja conhecido em todo o Brasil. Porque não existe um Pelé da divulgação
> > científica, ou seja, uma pessoa que desperte nas crianças o amor pela
>ciencia.
> >
> > Porque será
> >
> > abraços,
> >



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Áfricas e macacos ( era : nova s espécies (era: O MitoPopperiano))
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/02/2002 17:11


At 11:00 13/02/02 -0300, you wrote:
> Belisário
>
> P.S. - Aproveitando a confusão entre Congo e África do Sul,
>manifesto minha indignação com a tal mídia internacional: a África é o
>único continuente onde os países não são tratados pelo nome, mas por
>"África". O ebola surgiu na "África". O HIV surgiu na "África". As "tribos
>africanas" são assim, a "música africana" é assado. E assim vai. Como se
>não houvesse a enorme diversidade entre os diversos países e mesmo dentro
>de cada país. Mesmo quando se trata a Europa meramente por "Europa" ou o
>Extremo Oriente por "Ásia", trata-se de um artifício para se referir a
>países que todos sabem quais são e são mencionados no discurso e, mesmo
>quando isso não acontece, não é o tratamento mais freqüente. Na África,
>não: país africano é "tudo igual" e esse tratamento é freqüentíssimo. A não
>ser quando se fala em Egito ou Argélia, países do Mediterrâneo, que ninguém
>se lembra que ficam na África. Talvez reducionismo semelhante aconteça só
>com os índios americanos.
>
>
> PS do Léo - Do mesmo artifício utilizam-se os moradores do USA (os
> nordestinos do continente americano) ... "os americanos chegaram!" ;
> "isso é produto americano"; "é carro americano"; "é bebida americana";
> "ele é americano" ... Quem? Eu, que moro no Brasil ou um
> norte-americano? []' Léo

P.S. 2 - O pior é que nós falamos igualzinho...
Na Argentina falam "estadunidenses".
Belisário



SUBJECT: Re: [ciencialist] Divulgação Científica
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/02/2002 17:25


Oi, Rodrigo. Já cá do meu canto parece-me que o Marcelo Gleiser
tem tido uma grande penetração no Brasil. Aparece na TV, e seus livros são
bastante populares. Acho que não é muito menos popular que Jay Gould. Ele
já lançou três livros, mas começou há pouco tempo e, se continuar nesse
ritmo, daqui a uns 20 anos vai ter também um cabedal de obras, como o Jay
Gould e Sagan. O Mourão já tem um zilhão de livros...

Não conheço o trabalho científico do Gleiser e do Mourão,
realmente não sei se podem ser considerados do time dos grandes cientistas.

Há também que se notar que a obra de divulgação de todos esses
cientistas - Gleiser, Mourão, Sagan, à exceção, até onde sei, do Jay Gould
- são criticadas pelo meio científico. Às vezes, é verdade, por implicância
ou excesso de preciosismo.

Até,
Belisário


At 17:08 13/02/02 +0000, you wrote:
>Concordo com vc`s.
>
>Lembro-me dos artigos assinados pelo Mouräo na SuperInteressante, quando
>ainda
>trabalha no Istituto geofísico da USP mas, invariavelmente, seus textos
>tratavam de astronomia.
>No caso do Gleiser, um físico que ministra aulas no exterior, os assuntos säo
>mais variados, contudo, sáo conhecidos, e pouco conhecidos, apenas 2 livros,
>além da coluna de domingo na folha.
>
>Mas mesmo assim, infelizmente, säo pouco expressivos como divulgadores, mas
>tudo bem, este näo é um tema que mereça uma discussäo aprofundada.
>
>APenas lamento o fato de não haver um grande divulgador..é claro que existem
>grandes cientistas, como os 2 citados.
>
>[]`s
>
>
>
> > E há o Marcelo Gleiser.
> > Belisário
> >
> > At 16:20 13/02/02 -0300, you wrote:
> > >Olá Rodrigo,
> > >aqui no Rio há uma pessoa com perfil mais ou menos semelhante ao que
>voc> ê
> > >descreveu: o astrônomo Ronaldo Rogério de Freitas Mourão. Ele é
>ba> stante
> > >popular como divulgador científico.
> > >Terezinha Costa
> > >
> > >----- Original Message -----
> > >From: <rodrigotoledo@canbras.net>
> > >To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> > >Sent: Wednesday, February 13, 2002 1:14 PM
> > >Subject: [ciencialist] Divulgação Científica
> > >
> > >
> > > > Olá Pessoal,
> > > >
> > > > Com tantas msg's sobre divulgação científica, lembro-me dos
>livro> s dos
> > >célebres
> > > > Issac Assimov, Carl Sagan, ambos falecidos mas que são lembrados,
> > >mundialmente
> > > > eu diria, como gandes divulgadores da ciëncia. Cientistas que
>"traduz> iam",
> > >para
> > > > leigos, a complicada linguagem científica. Lendo seus livros,
>apaixon> ei-me
> > >pela
> > > > ciëncia, não apenas por uma ou outra área, mas todas as áreas
>p> ossíveis.
> > > >
> > > > Hoje em dia, Sthepen Jay Gold carrega este bastão de divulgação
> > >científica.
> > > >
> > > > Agora, mesmo sabendo que existem no Brasil excelentes veículos de
> > >divulgação,
> > > > essa lista por exemplo, porque não existe uma pessoa, ou um grupo
>del> as,
> > >que
> > > > seja conhecido em todo o Brasil. Porque não existe um Pelé da
>divul> gação
> > > > científica, ou seja, uma pessoa que desperte nas crianças o amor
>pe> la
> > >ciencia.
> > > >
> > > > Porque será
> > > >
> > > > abraços,
> > > >
> >



SUBJECT: Re: Desprezo da Ciencia ?
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/02/2002 17:29

--- In ciencialist@y..., Roberto Belisário <rbdiniz@t...> wrote:
> Correto. (Há que haver, entretanto, um press-release uma nota de
> boletim, para que o jornalista possa saber que o troço é
> importante, vide o resto deste e-mail sobre o papel do cientista).

Press-release e' coisa de jornalista
preguicoso.

Um jornalista economico tem contatos
nas areas estrategicas da economia --
fontes palacianas, empresarios importantes,
economistas influentes e assim por diante.

Um jornalista cientifico alem de ficar
atento 'as principais publicacoes
cientificas (nao apenas ler os famigerados
previews), aos principais centros de
pesquisas.

Ok, um jornalista nao inveta noticias,
mas um bom jornalista antecipa as noticias.
Deve saber onde e quando estar. E tem a
vantagem do desenvolvimento cientifico
nao ser tao imediatista qto o quadro
de flutuacoes economicas. (Embora a politica
do publish or perish tenha contribuido para
dar esse ar de imediatismo 'as descobertas
cientificas.)

> Já estava chafurdando a Internet para descobrir por que raios é
> tão importante, mas se nem você sabe a importância, vou tratar de
> coisas mais urgentes... :)

Bem, fiquem todos calmos: *nao* se descobriu um
fossil de coelho em camadas do arqueozoico.

A implicacao disso e' um tto banal: simplesmente
seria um tiro praticamente mortal para a teoria
da evolucao biologica. A evolucao como conhecemos
nao conseguiria explicar o q. diabos um coelho
estaria fazendo zanzando pela Terra alguns bilhoes
de anos antes de seus supostos ancestrais mais
imediatos. (Acredita-se atualmente q. as principais
ordens de mamiferos atuais tenham se originado
cerca de 65 a 40 milhoes de anos atras -- logo apos
a extincao dos dinossauros - exceto aves.)

> Por isso defendo a necessidade da presença de pessoas formadas em
> ciências junto aos jornalistas (e há os caras que cobrem
> determinado assunto - biotecnologia, astrofísica, etc. - não dá
> para estar a par de tudo). Se um negócio é muito importante, então
> tem que ser colocado um press-release com visibilidade de acordo,
> ou divulgado nos boletins. (Aí também há distorções, claro). Se
> não estiver a par da importância, o jornalista que vê aquilo (o
> jornalista que queremos, bem entendido) desconfia e vai querer
> saber por que o estardalhaço, e aí toma conhecimento da coisa.

Eu tbm acho importante isso: haver uma
assessoria cientifica nos orgaos de
comunicacao e uma assessoria de comunicacao
nos orgaos de pesquisa.

Mas duvido da eficacia de um sistema q. se
estruture nesse principio. (Eu vejo o q. a
historia dos press-releases fizeram com o
jornalismo politico e economico: cai'mos
na cilada do jornalismo declarativo ou no
jornalismo das versoes...)

> >Nao q. eles nao queiram. O problema
> >primeiro e' fazer com q. eles entendam
> >como isso e' importante. (Mais do q.
> >aquela foto sensacional da galaxia
> >MX-148 tirada pelo Hubble no fim
> >do ano passado e repassado pela Nasa
> >no comeco da semana retrasada.
>
> Isso.

Mas duvido q. isso possa ser jogado
nas costas dos cientistas. A equipe
da Nasa q. processou aquela foto
ira' vender seu peixe ate' a ultima
gota: afinal eles tEm q. justificar
o aporte das verbas publicas.

Toda essa coisa de vida fora do
espaco q. os meios de comunicacao
ficam ecoando, em boa medida foi
plantada pela propria comunidade
astronomica: foi a forma q. eles
acharam para chamar a atencao para
as pesquisas astrofisicas.

Como as pessoas nao entendem qual
a importancia de se estudar os
ciclos de uma estrela de neutrons --
nao vamos curar nenhuma doenca com
isso (ao menos nao se espera isso) --
podemos saciar seus olhos e sua
curiosidade alimentando a esperanca
de se encontrar homenzinhos verdes
no espaco perdido por ai' (eqto isso
fazemos a pesquisa q. tto queremos e
para a qual nao conseguiriamos financiamento
de outro modo...)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Divulgação Científica
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/02/2002 17:33

--- In ciencialist@y..., "gp" <sunriseg@t...> wrote:
> Imagine:
>
> Filho: Pai porque eu nasci.
>
> Pai: Você nasceu para comer, crescer, descobrir a natureza, morrer,
> apodrecer e virar jantarzinho de bactérias decompositoras.

O erro esta' em interpretar
esse "por q" como um "para que".
Se interpretarmos esse
"por q." como "qual a causa",
podemos dizer ao filho:

"Vc nasceu pelo amor q. papai
e mamãe têm um pelo outro.
Amor esse do qual agora vc faz
parte... Vem cá filhão e me dê
um abraço..."

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Divulgação Científica
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/02/2002 17:42

--- In ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> wrote:
> --- In ciencialist@y..., "gp" <sunriseg@t...> wrote:
> > Imagine:
> >
> > Filho: Pai porque eu nasci.
> >
> > Pai: Você nasceu para comer, crescer, descobrir a natureza,
morrer,
> > apodrecer e virar jantarzinho de bactérias decompositoras.
>
> O erro esta' em interpretar
> esse "por q" como um "para que".

Agora se a pergunta for mesmo
um "Para que a gente nasce?",
a minha resposta poderia ser algo
assim:

"Na natureza não há um 'para que'.
As coisas não ocorrem com um
objetivo. Somos nós quem damos
um sentido `as coisas. Isso quer dizer
q. quem da' sentido a nossas vidas
somos nos mesmos. Nos construimos nossas
vidas, nos escolhemos o objetivo delas.
Devemos apenas ser bons uns com os
outros e procurar a nossa felicidade
sem magoar as pessoas, esse e' o
desejo q. tenho sobre a sua vida.
Se vc tiver entendido como e' importante
isso, eu terei alcancado o objetivo q.
eu escolhi." -- claro, adaptavel de
acordo com a idade do moleque.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: RES: RES: [ciencialist] Divulgação Científica
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/02/2002 17:45

--- In ciencialist@y..., "gp" <sunriseg@t...> wrote:
> Desculpe Roberto,
> mas a ciência não tem nada de romântico.
>
> Descartando-se a existência de um criador,
> pelo que as pessoas adotam a postura amai um aos outros,
> todos seriamos como animais que lutam pelos seus territórios
> e por sua fêmeas.
>
> A paternidade ou maternidade assumida hoje pelos animais pensantes,
> é em virtude de existirem leis de sociabilização de nossa espécie,
> caso contrário nosso mundo seria repleto de bárbaros.
>
> E se nos perguntarmos para que estamos aqui.
> Com certeza a ciência não responderá.
> A tua resposta a teu possível filho não é científica.

Claro q. nao e' cientifica.
Um 'para que' nao e' uma pergunta
exatamente cientifica.

E nessa pergunta o filho nao
esta' clamando por ciencia,
esta' indagando sobre sua
espiritualidade.

E' falso a ideia de q. sem
Deus tudo e' possivel. Conheco
ateus dignissimos. E' falso
tbm a ideia de q. com
Deus tudo e' etico: conheco
crentes canalhas. Claro q.
o inverso tbm e' verdadeiro.

O nosso carater esta' em nos
mesmos. E o carater de nossos
filhos em gde medida depende de
nos.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Desprezo da Ciencia ?
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/02/2002 17:49


At 19:10 13/02/02 +0000, you wrote:
>--- In ciencialist@y..., Roberto Belisário <rbdiniz@t...> wrote:
> > Bom, primeiro eu não sei as implicações dessa
> > descoberta... :)
>
>Como jornalista será tarefa sua descobrir
>essas implicacoes.

Correto. (Há que haver, entretanto, um press-release uma nota de
boletim, para que o jornalista possa saber que o troço é importante, vide o
resto deste e-mail sobre o papel do cientista).

>E alem do mais duvido q. a maioria dos
>jornalistas soubessem as implicacoes disso.
>(Duvido q. boa parte dos biologos soubessem
>tbm... Bem, provavelmente eu tbm nao. Mas eu
>nao sou biologo.)

Já estava chafurdando a Internet para descobrir por que raios é
tão importante, mas se nem você sabe a importância, vou tratar de coisas
mais urgentes... :)

Deixe-me comentar algo que tem a ver com isso indiretamente - sem
querer, claro, passar a batata do jornalista para o cientista, só para fins
de "completeza". O trabalho de divulgação não se restringe ao jornalista, a
comunidade científica tem um papel fundamental. Se não fossem os
press-releases e boletins, nada poderiam fazer os jornalistas. Nem tampouco
o jornalista tem condições de varrer os press-releases e boletins a ponto
de saber sempre quando um negócio é importante ou não. A ciência é vasta.
Por isso defendo a necessidade da presença de pessoas formadas em ciências
junto aos jornalistas (e há os caras que cobrem determinado assunto -
biotecnologia, astrofísica, etc. - não dá para estar a par de tudo). Se um
negócio é muito importante, então tem que ser colocado um press-release com
visibilidade de acordo, ou divulgado nos boletins. (Aí também há
distorções, claro). Se não estiver a par da importância, o jornalista que
vê aquilo (o jornalista que queremos, bem entendido) desconfia e vai querer
saber por que o estardalhaço, e aí toma conhecimento da coisa.

> > Depois, você está falando sobre um problema diferente: os editores
> > não querem que esses assuntos sejam tratados devidamente, mesmo no
> > espaço exíguo imposto pelos jornais.
>
>Nao q. eles nao queiram. O problema
>primeiro e' fazer com q. eles entendam
>como isso e' importante. (Mais do q.
>aquela foto sensacional da galaxia
>MX-148 tirada pelo Hubble no fim
>do ano passado e repassado pela Nasa
>no comeco da semana retrasada.

Isso.

Belisário



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Divulgação Científica
FROM: "Toledo,Rodrigo" <rodrigotoledo@canbras.net>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/02/2002 18:09

É verdade....O Dr. Dráusio tem se destacado...aliás , seu livro Estação
Carandiru em breve estará nas telas do cinema e, tendo Hector Babenco como
diretor, será um grande filme, assim como o livro.

Bem lembrado ;-)

Abraços,


Rodrigo P.P. Toledo
rodrigotoledo@canbras.net

-----Mensagem original-----
De: Jose Colucci Jr. (Home) [mailto:j.colucci@rcn.com]
Enviada em: quarta-feira, 13 de fevereiro de 2002 16:38
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: RE: [ciencialist] Re: Divulgação Científica

>Takata: A referencia brasileira e' Jose' Reis.<

O José Reis tem o mérito de ter sido pioneiro. Mas como divulgador
científico, ele é mais científico do que divulgador. Seus textos são
chatos.

Acho que os que reúnem mais qualidades são mesmo o Marcelo Gleiser, o
Mourão e o Dráusio Varella. É, vocês se esqueceram do Dráusio, que não
comenta só medicina, mas fala de evolução, bacteriologia, etc. E escreve
muito bem.

Quanto aos EUA, já ouvi gente do ramo dizer que, infelizmente, a maioria
dos americanos aprendeu evolução com Jay Gould.

Vocês já viram alguém ganhar dinheiro com divulgação no Brasil? O
Richard Dawkins, por exemplo, é professor de "public understanding of
science" em Oxford.

Colucci


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Para sair da lista envie um mail para
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Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Áfricas e macacos ( era : nova s espécies (era: O MitoPopperiano))
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/02/2002 18:18


Vamos ver se consigo enquadrar esse debate à área de Ciências
Humanas, para podermos continuar.

At 19:16 13/02/02 +0000, you wrote:
>--- In ciencialist@y..., Roberto Belisário <rbdiniz@t...> wrote:
> > P.S. 2 - O pior é que nós falamos igualzinho...
> > Na Argentina falam "estadunidenses".
>
>Rolou o maior pau em outra lista
>em cima dessa discussao. (Pena q.
>o conteudo nao seja aberto para todos...)
>
>Por mim, desde q. o contexto esteja
>bem definido, nao ha' problemas em
>chamar os estadunidenses de americanos.
>(Claro, como se o q. eu achasse importasse
>alguma coisa...)
>
>Alias, como se chama quem nasce na Republica
>Democratica do Congo? Congoles democratico
>ou congoles republicano-democratico?
>
>E quem nasce nos Emirados Arabes Unidos?
>E' um arabe unido? E no Reino Unido?
>
>[]s,
>
>Roberto Takata

Se existe alguma pinimba política com esses gentílicos que você
aponta, isso é para os envolvidos resolverem, pois não temos conhecimento
de causa suficiente para decidirmos em favor deles. Com o termo
"americano", os envolvidos somos nós. E há implicações políticas
suficientes para justificar uma preocupação (lembre-se da força que os
símbolos têm em pautar as ações da sociedade). Em Ciências Humanas, não dá
para ser universalista, o papel do observador - e do cara que fala - é
fundamental. Não dá para sermos objetivos a ponto de desvincularmo-nos do
fato de que somos nós, os brasileiros, que estamos falando do termo
"americano", e esquecer das implicações políticas do uso desse termo.

Belisário



SUBJECT: RES: [ciencialist] Divulgação Científica
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/02/2002 18:27

>>Porque não existe um Pelé da divulgação
científica, ou seja, uma pessoa que desperte nas crianças o amor pela
ciencia.

Simplesmente porque Deus é amor, ciência não.

Imagine:

Filho: Pai porque eu nasci.

Pai: Você nasceu para comer, crescer, descobrir a natureza, morrer,
apodrecer e virar jantarzinho de bactérias decompositoras.



He he

Gilberto



SUBJECT: RES: [ciencialist] Divulgação Científica
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/02/2002 18:30

Sinceramente em seu Best-Seller o Fim da Terra e do Céu, Marcelo Gleiser foi
muito bom na sua explanação sobre as visões da sociedade, mas quando entra
na parte da ciência, falando sobre as diversas partículas e sub-particulas e
detalhando o microcosmo, sinceramente, ele se torna acadêmico, e o leigo
fica "boiando".


Gilberto



SUBJECT: RES: RES: [ciencialist] Divulgação Científica
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/02/2002 18:38

Desculpe Roberto,
mas a ciência não tem nada de romântico.

Descartando-se a existência de um criador,
pelo que as pessoas adotam a postura amai um aos outros,
todos seriamos como animais que lutam pelos seus territórios
e por sua fêmeas.

A paternidade ou maternidade assumida hoje pelos animais pensantes,
é em virtude de existirem leis de sociabilização de nossa espécie,
caso contrário nosso mundo seria repleto de bárbaros.

E se nos perguntarmos para que estamos aqui.
Com certeza a ciência não responderá.
A tua resposta a teu possível filho não é científica.


Abraços,
Gilberto


> Pai: Você nasceu para comer, crescer, descobrir a natureza, morrer,
> apodrecer e virar jantarzinho de bactérias decompositoras.

O erro esta' em interpretar
esse "por q" como um "para que".
Se interpretarmos esse
"por q." como "qual a causa",
podemos dizer ao filho:

"Vc nasceu pelo amor q. papai
e mamãe têm um pelo outro.
Amor esse do qual agora vc faz
parte... Vem cá filhão e me dê
um abraço..."

[]s,

Roberto Takata


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Desprezo da Ciencia ?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/02/2002 18:39

----- Original Message -----
From: "sergiotaborda"
Sent: Wednesday, February 13, 2002 1:41 PM
Subject: [ciencialist] Re: Desprezo da Ciencia ?

Olá Sérgio, e olá a todos os demais

Eis-me de volta (após um longo e tenebroso período de INETividade), para
a alegria (será???) da religião, digo, da legião dos ciencialisteiros.

Ao Leo e ao Manuel: Grato pela ausência sentida na discussão relativa ao
Popper. Na verdade eu estava muito atarefado. Costumo dizer que o
administrador educacional trabalha quando todos estão em férias, e esse é o
meu caso. Ou vocês pensam que a única coisa que faço é tentar descobrir
quantas vidas têm o gato de Schrödinger? ;-). Ou então quantas mensagens
seriam necessárias para um popperiano falsear os argumentos de um kuhniano?
;-)

Com respeito à mensagem em pauta:

> Belisário escreveu:
> > E por tratamento acessível não quero dizer só abordagens que não
> > contenham tecnicismos demais, que sejam inteligíveis.

Sérgio replicou, entre outras coisas:
> Resumindo o que as pessoas poderão ter entendido: o que disse a
> médica ? Não sei. Não entendo medico-guês :-)
> E isto é um médico. pessoa com quem é mais comum lidar. Agora
> imaginesse um fisico, um quimico, um matemático , etc...

Realmente isso acontece com uma freqüência incrível em medicina. Exerci a
medicina durante 11 anos, o suficiente para perceber esse problema de
comunicação entre os meus colegas. Muitos não conseguem traduzir o que
pensam em termos simples, algo do tipo de uma dislexia às avessas. Não
obstante, vejo com freqüência algo a traduzir um certo grau de insegurança.
E se essa insegurança potencializa-se pela responsabilidade do médico, na
realidade reflete um problema de natureza geral e creio mesmo que
relacionado à crise educacional, a meu ver, de nível global, se bem que bem
mais intensa em países do terceiro mundo.

Nossa escola aboliu a criatividade substituindo-a pelos conceitos d "o que
está certo" e d "o que está errado". E "o que está certo" ou "o que está
errado" são atributos do consenso, da opinião acadêmica, da FÉ na ciência ou
no que "está" bem estabelecido. Muitas vezes esse "estar bem estabelecido" é
produzido pela mídia ou pelos "donos" da comunicação, os Jô Soares da vida;
outras vezes pelos "donos" da ciência ou da tecnologia, etc.

Ora, para o homem limitar-se ao consenso kuhniano, ou seja, andar nos
trilhos, fica difícil ele emitir uma opinião própria sobre o que "está bem
estabelecido", ainda que não perfeitamente entendido. Como defender o que
não se entende? Como dizer o que se pensa sem ir contra os paradigmas que
norteiam o mundo acadêmico? Muitos médicos já foram julgados e/ou condenados
por terem ido contra paradigmas hoje totalmente superados. Nos países
desenvolvidos os médicos protegem-se pagando seguros que somente encarecem a
medicina, pois quem realmente paga é a sociedade. E isso apenas para que se
proteja contra uma conduta assumida como correta mas que vá contra o que
pregam os livros. Trabalhei muito tempo (onze anos, nos primórdios da
terapia intensiva, década de 70 e 80) em terapia intensiva, o suficiente
para perceber que muitas vezes podia salvar um paciente justamente indo
contra o "bem estabelecido". Mesmo porque em terapia intensiva, naquela
época, nada estava muito bem estabelecido, e o que fazíamos no passado era
exatamente o que está nos livros de hoje. É bem verdade que não é qualquer
médico, principalmente nos dias atuais, que tem competência suficiente para
assumir como certo o que em condições semelhantes, porém não exatamente
iguais, estaria totalmente errado. Creio que é exatamente isso o que
distingue o bom médico daquele simplesmente razoável.

O médico muitas vezes tenta disfarçar essa insegurança não apenas na
sua letra, via de regra ininteligível, como também em suas palavras. Existem
algumas exceções. Lembro-me do médico Israel Nussensveig (acho que é assim
que se escreve), meu professor e posteriormente colega de Departamento, que
tinha uma letra perfeita, caligráfica mesmo. Creio que é mal de família pois
seu irmão, o físico Moysés Nussensveig chegou a escrever livros realmente
"manuscritos" e impressos com sua própria letra. Consultar uma pasta de um
doente tratado pelo Dr. Israel era uma delícia. Por outro lado, conversar
com ele também era um exercício dialético. E doente algum saia de seu
consultório sem entender perfeitamente o que ele falava.

No restante das ciências as coisas são muito semelhantes. O verdadeiro e bom
cientista é aquele que sabe se comunicar tanto com os especialistas quanto,
e principalmente, com os leigos. Aquele que não sabe expor suas idéias ao
leigo, via de regra não conhece devidamente e/ou em profundidade o que
estuda. Nada mais é senão um "papagaio culto" a repetir o que os outros
disseram e sem modificar e/ou adaptar seus argumentos para que sejam
entendidos pelos demais. Em suma: é um medíocre. Mediocridade é também um
termo relativo: Medíocre não é ignorante mas aquele que pensa que sabe mais
do que realmente sabe. Existem ignorantes não medíocres e existem homens que
se julgam donos da verdade, que realmente sabem muito, mas que na realidade
são verdadeiras topeiras (o mundo está abarrotado destes supostos donos da
verdade). Pois o medíocre é aquele que tenta falar com desenvoltura aquilo
que apenas sabe superficialmente e não domina; e acaba escondendo-se ou
protegendo-se atrás de jargões técnicos. Se físico, esconde-se por trás
de equações e/ou de conceitos abstratos supostamente inteligíveis apenas
para os adeptos de sua seita; e sequer sabe traduzir em palavras o
significado a residir aquém da gnomologia que professa.

O Belisário falou em Einstein como exemplo de quem sabia se comunicar com o
leigo. Existem muitos assim, mas na realidade esses são representantes de
uma minoria. Cito também, dentre outros, o Feynmann e o Landau. O Landau
consegue ter uma dupla personalidade literária: em trabalhos técnicos
consegue ser ultra sintético (nunca vi nenhum cientista economizar tantas
palavras como ele e de forma tão elegante); em artigos para o leigo sabe
descer ao nível de seus leitores. Isso é ser sábio, termo esse que sob
certos aspectos opõe-se ao medíocre.

Em resumo: quem não sabe repetir o que disse com outras palavras e de forma
acessível ao interlocutor, com raríssimas exceções, não conhece devidamente
o assunto sobre o qual está falando; ou então não sabe se comunicar e/ou não
está preparado para viver em sociedade.

Deixo de lado os aproveitadores da ingenuidade popular pois estes são os
vigaristas que não estão nem um pouco preocupados em serem entendidos.

Vou parar por aqui, não sem antes fazer o meu comercial ;-)

[ ]'s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Desprezo da Ciencia ?
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/02/2002 19:02


Oi. Não percebo por que press-release seria coisa de jornalista
preguiçoso. Trata-se de uma fonte para se orientar como tantas outras. Pelo
resto do seu e-mail, vejo que você deve estar considerando o caso onde os
jornalistas prendem-se principalmente a eles. Mas quem falou nisso? Não
passemos de um extremo a outro. Veja bem: eu falei de press-releases e
boletins num contexto onde falava sobre o papel *do cientista* na
divulgação científica. Não vejo por que a comunidade científica não possa,
complementarmente à atividade do jornalista, dirigir-se à jornalística
através de press-releases e boletins. Desprezar fontes complementares
importantes é, por outro lado, atitude de mau jornalista.

Takata:
---------------------------------------
Bem, fiquem todos calmos: *nao* se descobriu um
fossil de coelho em camadas do arqueozoico.

A implicacao disso e' um tto banal: simplesmente
seria um tiro praticamente mortal para a teoria
da evolucao biologica.
-----------------------------------------

Ponto seu! (Eu nem tampouco estava chafurdando na Internet, era só
pra gozar...).

Belisário

At 20:29 13/02/02 +0000, you wrote:
>--- In ciencialist@y..., Roberto Belisário <rbdiniz@t...> wrote:
> > Correto. (Há que haver, entretanto, um press-release uma nota de
> > boletim, para que o jornalista possa saber que o troço é
> > importante, vide o resto deste e-mail sobre o papel do cientista).
>
>Press-release e' coisa de jornalista
>preguicoso.
>
>Um jornalista economico tem contatos
>nas areas estrategicas da economia --
>fontes palacianas, empresarios importantes,
>economistas influentes e assim por diante.
>
>Um jornalista cientifico alem de ficar
>atento 'as principais publicacoes
>cientificas (nao apenas ler os famigerados
>previews), aos principais centros de
>pesquisas.
>
>Ok, um jornalista nao inveta noticias,
>mas um bom jornalista antecipa as noticias.
>Deve saber onde e quando estar. E tem a
>vantagem do desenvolvimento cientifico
>nao ser tao imediatista qto o quadro
>de flutuacoes economicas. (Embora a politica
>do publish or perish tenha contribuido para
>dar esse ar de imediatismo 'as descobertas
>cientificas.)

(...)



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Desprezo da Ciencia ?
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/02/2002 22:00

Bom, tá tudo muito certo, e concordo com todos vós.

O Belissário tocou num problema grave: a zombificação televisiva.
Eu sou um fan fervoroso da TV e é um tema comum discutir o que passa na
TV..não pelo que passa, mas pq está passando...
Dizes que as pessoas podem escolher entre 3 noticiários diferentes. É
verdade. Eu já assisti. Mas agora imagina aqui onde temos 4 canais abertos,
2 do estado e apenas 2 estilos de fazer noticias. Sim, eu disse fazer
noticias.
Um estilo dominante em 3 canais é o que poderiamos comparar com o vosso
Jornal Nacional e o outro roça entre o noticiário e comentário de
"especialistas" (do tipo : da economia, guerra, etc..)

No que respeita à ciencia as tentativas existem , mas ainda são infantis
comparadas com as dos nossos vizinhos espanhois que dão cartas a fazer
programas de televisão (dávam, faz tempo que não vejo). Reduzem-se a
concursos entre escolas ou entre miudos. Tá tudo muito bem, mas isso vincula
o decoranço e o memorizar ... não o pensamento cientifico.

Não é um tema facil , pq todos concordamos que começa com a educação, mas a
educação está controlada por outras coisas . Quando perguntamos: por onde
começamos? ninguem sabe responder...

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda

"Às vezes a leitura é um modo engenhoso de evitar o pensamento"
A.Help- Historiador



SUBJECT: RES: RES: [ciencialist] Divulgação Científica
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/02/2002 22:53

>>Roberto Takata escreveu: " Na Natureza as coisas não ocorrem com um
objetivo"


Será que funciona assim mesmo.
Tantas leis encontradas pelo homem e existem por existirem.
Muito cômoda esta maneira de pensar.
Então é melhor crer num Criador.
Preencher a falta de sentido e de objetivos da existência,
com a soberania de um Deus todo Poderoso, que governa nosso destino.

Talvez ainda não tenhamos encontrado o porque estamos aqui e talvez esta
seja uma questão com resposta a muito longo prazo.

Agora achar que a Natureza não tem objetivos,
que tudo existe por existir pura e
simplesmente, me "soa" muito estranho.

Então para que estudar a Natureza,
para que criticar certas formas de raciocínio,
nada tem objetivo, tudo é sem sentido.

Que cada ser humano procura dar sentido a sua vida,
com certeza é válido, mas precisa de certas bases,
sejam elas religiosas ou não.


>>Roberto Takata escreveu: " Devemos apenas ser bons uns com os outros e
procurar nossa felicidade sem magoar as pessoas..."


Acho impossível atingirmos nosso objetivos sem magoar outras pessoas,
levando-se em consideração os seguintes fatos:

1 - Se uma pessoa tem o mesmo objetivo que eu, com certeza em determinado
momento um magoará o outro.

2 - Existem pessoas que se magoam com bobeiras, os sentimentos pertencem a
cada individuo e cabe a cada um saber administrar seus próprios sentimentos.


Gilberto



SUBJECT: RES: RES: RES: [ciencialist] Divulgação Científica
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/02/2002 22:55

Se não for pedir muito, por favor defina o que é espiritualidade para você.


Gilberto


E nessa pergunta o filho nao
esta' clamando por ciencia,
esta' indagando sobre sua
espiritualidade...

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Desprezo da Ciencia ?
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/02/2002 23:13

At 01:00 14/02/02 +0000, you wrote:

>Não é um tema facil , pq todos concordamos que começa com a educação, mas a
>educação está controlada por outras coisas . Quando perguntamos: por onde
>começamos? ninguem sabe responder...
>
>Cumprimentos,
>
>Sérgio M. M. Taborda

Começamos por onde podemos começar: não é por um ponto específico,
as coisas têm que ser feitas todas juntas. Eu posso contribuir com minha
área jornalística, então contribuo. Tento fazer o melhor possível na
revista em que esrevo e influenciar o maior número possível de pessoas
sobre essas coisas. Quem é professor, que faça o mesmo na educação. Quem é
artista, que faça o mesmo na sua arte. E etc. E todos nós votamos no
Executivo e no Legislativo (espero). Não vamos consertar o mundo em um dia,
mas um dia a gente chega lá... Eu ainda acredito nisso.

Até,
Belisário



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: �fricas e macacos (era: novas
FROM: rodrigotoledo@canbras.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br, ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/02/2002 07:06

Corrija-me se eu estiver errado mas, os macacos possuem 98% de similaridade
gen�tica conosco e, pelo que eu sei, o HIV, que ataque o organismo humano, n�o
possui qualquer efeito danoso ao organismo s�mio. A AIDS nos macacos � causada
por um v�rus ( retrov�rus ) diferente do HIV e, ai est� minha d�vida, se este
v�rus que contamina macacos tamb�m nos contamina

Desculpe-me se eu estiver equivocado.

Abra�os,






> On Tue, 12 Feb 2002, Roberto Belis�rio wrote:
> > Sobre transa com macacos: � bem poss�vel que a m�dia
inter> nacional
> > (n�o foi s� a Globo que falou) tenha pisado na bola e que comer
carne> de
> > macaco seja um ve�culo mais eficiente de transmiss�o. Mas quero
falar> aqui
> > sobre a transa em si, sem conex�o com a transmiss�o do v�rus.
>
> O HIV se transmite por mucosa e sangue. Basta vc ser mordido por um macaco
> para ser contaminado.
>
> []s
> TARCISIO BORGES
> tbs97@fisica.ufpr.br
> Seja respons�vel, vote nulo.
> One Ring to rule them all
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
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> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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> Seu uso do Yahoo! Grupos � sujeito �s regras descritas em:
http://br.ya> hoo.com/info/utos.html
>
>
>





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: �fricas e macacos (era: novas
FROM: rodrigotoledo@canbras.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br, ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/02/2002 07:06

Corrija-me se eu estiver errado mas, os macacos possuem 98% de similaridade
gen�tica conosco e, pelo que eu sei, o HIV, que ataque o organismo humano, n�o
possui qualquer efeito danoso ao organismo s�mio. A AIDS nos macacos � causada
por um v�rus ( retrov�rus ) diferente do HIV e, ai est� minha d�vida, se este
v�rus que contamina macacos tamb�m nos contamina

Desculpe-me se eu estiver equivocado.

Abra�os,






> On Tue, 12 Feb 2002, Roberto Belis�rio wrote:
> > Sobre transa com macacos: � bem poss�vel que a m�dia
inter> nacional
> > (n�o foi s� a Globo que falou) tenha pisado na bola e que comer
carne> de
> > macaco seja um ve�culo mais eficiente de transmiss�o. Mas quero
falar> aqui
> > sobre a transa em si, sem conex�o com a transmiss�o do v�rus.
>
> O HIV se transmite por mucosa e sangue. Basta vc ser mordido por um macaco
> para ser contaminado.
>
> []s
> TARCISIO BORGES
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> Seja respons�vel, vote nulo.
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>





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Áfricas e macacos (era: novas espécies (era: O MitoPopperiano))
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/02/2002 07:41

On Tue, 12 Feb 2002, Roberto Belisário wrote:
> Sobre transa com macacos: é bem possível que a mídia internacional
> (não foi só a Globo que falou) tenha pisado na bola e que comer carne de
> macaco seja um veículo mais eficiente de transmissão. Mas quero falar aqui
> sobre a transa em si, sem conexão com a transmissão do vírus.

O HIV se transmite por mucosa e sangue. Basta vc ser mordido por um macaco
para ser contaminado.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
One Ring to rule them all



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Desprezo da Ciencia ?
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/02/2002 08:31

Nós até podemos votar no Legislativo e Executivo,
mas sinceramente percebe-se que a política é um mero jogo na mão de poucos.
De nada adianta escolhermos nossos candidatos,
se ainda é permitido a pessoas sem noção de política votar,
pessoas que trocam seu voto por uma lata de cerveja,
por uma noitada com "prestadoras de serviços noturnicos".

Nosso voto se torna inválido,
principalmente quando os partidos nunca cumprem o que prometem,
o povo brasileiro não vai cobrar,
nem sabe que cada partido possui uma espécie de contrato,
onde estão os objetivos dos partidos.

Para que escolher um partido,
se tudo é uma grande fachada,
em época eleitoral é um encontrando argumentos para desmoralizar o outro,
passou a época de eleições, seja lá quem ganhe,
todo mundo aperta as mãos e designa os objetivos de cada partido:
"você é minha oposição, quanto a imprensa te abordar,
você fala isto, isto mais isto.
Quando for votar, aprove meu projeto e em troca te dou...."

A política é dos políticos.
Nunca interessará para os políticos:
Curar a cegueira político-religiosa das pessoas.

Fumar faz mal a saúde, mas o Governo ganha milhões em impostos,
então são criados mecanismos políticos para a sobrevivência do fumo,
assim como muitos outros hábitos menos saudáveis são mantidos, pois dão
lucro $$$$$.

A Educação, no que depender dos políticos, sempre manterá o mesmo nível,
pois pessoas má informadas, são bem mais fáceis de serem manipuladas.
A Educação é privilégio de poucos.
A mídia televisiva não interessa nos informar,
interessa vender, vender falsas estatísticas,
vender falsas informações,
vender o que interessa para seus anunciantes e patrocinadores.
Porque certas manchetes não são apresentadas.

Você pode perguntar,
mas porque a Globo apresenta o cidade alerta,
simplesmente para desmoralizar algum político a pedido de outro.

Será esta minha Teoria, uma nova versão da Teoria da Conspiração.

Até quando ficaremos, nas cavernas a ver sombras.

Gilberto



SUBJECT: Re: Desprezo da Ciencia ?
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/02/2002 08:38

--- In ciencialist@y..., Roberto Belisário <rbdiniz@t...> wrote:
> Oi. Não percebo por que press-release seria coisa de
> jornalista preguiçoso. Trata-se de uma fonte para se orientar como
> tantas outras.

E' mais desorientacao para o jornalista.
O press-release e' por natureza um veiculo
unilateral, mas isso nao e' tto um problema --
ja' q. todas as fontes do jornalistas sao
unilaterais: o esperto jornalista tera' fontes
de ttos lados diferentes qto possivel.

O problema e' q. se o jornalista so' vem
a saber de algo por press-release e' porq.
ele chegou tarde. A coisa ja' foi feita. As
pistas ja' foram apagadas. A cena do crime
ja' foi alterada.

Imagine um jornalista q. dependa de
notas oficiais para saber o q. aconteceu
em uma reuniao interministerial e so'
depois sair catando informacoes a respeito.

Press-release tem tta informacao qto
as sinopses de filmes na contra-capa
de videos. (Pior q. parece q. tem
critico de cinema q. se baseia apenas
nisso...)

> boletins num contexto onde falava sobre o papel *do cientista* na
> divulgação científica. Não vejo por que a comunidade científica não
> possa, complementarmente à atividade do jornalista, dirigir-se à
> jornalística através de press-releases e boletins.

Eu acho q. e' melhor o cientista
apenas ser aberto e o mais franco
possivel ('as vezes seu cargo depende
de nao ser tao franco).

Fazer press-release apenas incentiva
o jornalismo cut-n-paste. E' so' a gente
comparar as notas e os press-releases da
vida, dificilmente se muda uma virgula
(a gente nota pela uniformidade das
notas nos diferentes veiculos, entre outras
coisas).

Com os press-releases q. a gente acaba
tirando a vantagem competitiva dos
jornalistas inquiridores, dos fucadores.
Ate' um ze'-mane' como eu sou capaz de
escrever duas ou tres bobagens baseados
em press-releases.

(Falando nisso, tem uma jornalista q.
eu acho q. merece ser citada, embora
como jornalista nao seja exatamente uma
divulgadora das ciencias: Monica
Teixeira da TV Cultura de S. Paulo.
Eu nao costumava simpatizar muito com
a gaja, mas das coisas q. tenho visto
ela tem feito um trabalho interessante.)

> Desprezar fontes complementares
> importantes é, por outro lado, atitude
> de mau jornalista.

Press-release nao e' uma fonte
importante.

> Ponto seu! (Eu nem tampouco estava chafurdando na
> Internet, era só pra gozar...).

Eu sei.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: RES: RES: [ciencialist] Divulgação Científica
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/02/2002 09:06

--- In ciencialist@y..., "gp" <sunriseg@t...> wrote:
> >>Roberto Takata escreveu: " Na Natureza as coisas não ocorrem com
> um objetivo"
>
> Será que funciona assim mesmo.

Eu nao sei. Como disse e' a
resposta q. eu daria. Nao e'
a resposta q. eu gostaria
(ou deixaria de gostar) com que
todos concordassem.

> Tantas leis encontradas pelo homem e existem por existirem.
> Muito cômoda esta maneira de pensar.
> Então é melhor crer num Criador.

Nao e' nada comodo pensar
q. nao existe objetivos
pre-definidos. E comodidade
nao e' exatamente um criterio
de verdade.

O fato de existir regularidades
nao implica em um objetivo. Se
a gravidade e' tal q. ela e'
proporcional ao produto das massas
nao quer dizer q. ela tenha o
objetivo de atrair massas X e x
com uma forca Y (proporcional
ao produto X.x).

Como eu disse, se as folhas caem
ao se desprenderem das arvores, nao
ha' nada q. indique q. elas facam
isso para cair. Ou q. a gravidade
exista para q. elas caiam.

Achar q. o universo existe por nossa
causa e' tao estranho qto achar q.
o universo existe por causa dos
besouros -- na verdade e' mais estranho
ainda ja' q. sao mais de 300.000 especies
de coleopateros contra uma unica especie
de humanos (ou pouco mais de 4.000 de
mamiferos).

Se quiser crer em um criador, otimo
va' em frente. Nao ha' oposicao.
So' nao se trata de uma posicao
mais defensavel do q. achar q. nao
exista um objetivo pre-estabelecido --
na verdade tampouco e' incompativel
a nocao de ausencia de objetivos
com a existencia de um criador.
Um criador poderia tto ter criado
e depois deixado o sistema correr
livre, como poderia nao ter controle
sobre a criacao, qto poderia ter
criado sem querer.

A unica coisa e' q. a existencia
de um proposito e' incompativel
com a nocao de ausencia de um
criador.

Mas nao ha' nada q. indique q.
exista tal proposito. (Pode
ate' ser q. exista, mas nao e'
nada q. possamos ler na existencia
de tais leis da fisica: se as leis
fossem outras, o mundo apenas
calharia de ser diferente, mas e
dai'? O q. isso implica na existencia
de um criador ou de um proposito?
Posso encontrar regularidades em
um jogo aleatorio de dados, nao quer
dizer q. esses padroes tenham sido
forjados desde o inicio.)

> Talvez ainda não tenhamos encontrado o porque estamos aqui e talvez
> esta seja uma questão com resposta a muito longo prazo.

Existe o 'porque' - 'por qual causa' -
e o 'porque' - 'com qual proposito'.
Sao 'porques' diferentes. Bom nao
confundir.

> Agora achar que a Natureza não tem objetivos,
> que tudo existe por existir pura e
> simplesmente, me "soa" muito estranho.

Nao e' estranho achar q. a Natureza
tenha um proposito? Q. algo inanimado
tenha um proposito?

Um copo tem o proposito de se
estilhacar ao cair ao chao?
De repente tem, sabe-se la'.
Mas nao me parece muito mais
estranho achar q. nao tenha.

> Então para que estudar a Natureza,
> para que criticar certas formas de raciocínio,
> nada tem objetivo, tudo é sem sentido.

Isso e' diferente. Podemos
estudar a natureza para entender
os padroes. Mas o fato de ter
um padrao nao significa q. tenha
um proposito.

O fato de nao ter um proposito
nao quer dizer q. seja sem sentido.

> Que cada ser humano procura dar sentido a sua vida,
> com certeza é válido, mas precisa de certas bases,
> sejam elas religiosas ou não.

Isso nao quer dizer q. temos q.
achar q. exista um proposito por
tras de tudo isso.

Se calhar, podemos pensar q.
exatamente a ausencia de proposito
nos da' uma certa liberdade. E
essa liberdade nos traz responsabilidades.
Sermos bons nao por causa de algum
designio especial, mas sermos simplesmente
bons porq. achamos q. e' bom ser bom.

> Acho impossível atingirmos nosso objetivos sem magoar outras
> pessoas, levando-se em consideração os seguintes fatos:
>
> 1 - Se uma pessoa tem o mesmo objetivo que eu, com certeza em
> determinado momento um magoará o outro.

Nao necessariamente. Se as pessoas
tEm como objetivo salvar o mundo,
nao ha' muito porq. as pessoas ficarem
magoadas se tentamos salvar o mundo.

So' se isso for uma especie de
competicao.

> 2 - Existem pessoas que se magoam com bobeiras, os sentimentos
> pertencem a cada individuo e cabe a cada um saber administrar seus
> próprios sentimentos.

Tbm podemos tomar cuidado para
evitar magoar essas pessoas em
vez de simplesmente taxa'-las de
hipersensiveis e sensivel 'a toa.

Mas tudo isso e' bobagem. Aquilo
foi apenas um delineamento geral
q. eu daria para o meu filho. Nao
uma sentenca petrea e imutavel para
guia'-lo para o resto de sua vida.
Eu seria um imbecil completo se
tentasse falar de filosofia em
seus minimos detalhes para um
filho meu ainda garoto -- na
verdade mesmo se fosse um marmanjo.
Entre outras coisas porq. nao
sou filosofo, nao tenho um sistema
filosofico fechado: se eu conseguisse
em uma unica frase abarcar todo um
pensamento filosofico sem nenhuma
ambiguidade ou excecoes, eu seria
mais do q. um genio.

Ate' porq. nao e' em uma unica
sentenca q. irei moldar o meu
filho (ou a minha filha). Nem
terei controle completo (ainda
bem) sobre o processo. Na verdade,
a nossa influencia pode ser
minima por mais esmero q. apliquemos.
E' toda uma vivencia, sao acoes,
sao varias e varias conversas,
brigas, discussoes, exemplos,
gestos e toda uma sorte de comunicacao
nao-verbal.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Espiritualidade (era: Divulgação Científica)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/02/2002 09:09

--- In ciencialist@y..., "gp" <sunriseg@t...> wrote:
> Se não for pedir muito, por favor defina o que é espiritualidade
> para você.

Na verdade e' pedir muito.
Nao so' para mim, como ate'
mesmo para as pessoas capacitadas.

Em uma primeira aproximacao
a espiritualidade tem a ver com
esse sentido de proposito. Tem
a ver com essa indagacao sobre
"qual o meu papel neste mundo?",
"como eu me integro nele?".

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: ciência e religião: Clonagem humana
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/02/2002 09:52

veja a matéria: www.terra.com.br/istoe/

Como pode uma cientista, a sra. Brigitte Boisselier, falar que não acredita
em um criador.
Se ela acredita que fomos CRIADOS por cientistas alienígenas.


A Clonagem Humana se torna algo realmente assustador para algumas facções
religiosas:

--> Filhos legítimos de Homossexuais;
--> Filhos moldados ao bel-prazer, querer que o filho pareça o Brad Pitt ou
com a Feiticeira;

A possibilidade futura de implantação da cultura na mente humana,
parece que este teoria é a base do roteiro de o 6o. Dia.

Imagine, uma sociedade robotizada, todo mundo programado.
Amem seu presidente, façam o que ele pede.
Se ele falar que o crescimento populacional esta muito elevado,
suicide-se para não se esgotarem os recursos naturais.
Será que isto não parece MATRIX.

Gostaria de saber o que Freud falaria a respeito de toda esta loucura.

os cientistas querem brincar de ser "Deus".

Baseando-se na Teoria desta Cientista,
se fomos criados por alienígenas.
Quem criou os alienígenas.
E quem criou os criadores dos alienígenas.
E quem concebeu os criadores dos criadores dos criadores...


he he he

A ciência esta entregando os pontos....

E viva o Criacionismo !!!


Gilberto



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Desprezo da Ciencia ?
FROM: "Marcos F. Penna" <marcospenna@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/02/2002 11:53


----- Original Message -----
From: gp
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, February 14, 2002 8:31 AM
Subject: RES: [ciencialist] Re: Desprezo da Ciencia ?


Nós até podemos votar no Legislativo e Executivo,
mas sinceramente percebe-se que a política é um mero jogo na mão de poucos.
De nada adianta escolhermos nossos candidatos,
se ainda é permitido a pessoas sem noção de política votar,
pessoas que trocam seu voto por uma lata de cerveja,
por uma noitada com "prestadoras de serviços noturnicos".
Temos que partir da premissa básica de que todo povo tem o governo que merece pois ao votar podemos faze-lo de três maneiras
1 - usando nosso cérebro
2 - usando nosso coração
3 - usando nosso estômago

O coração não é bom para tomar decisões e geralmente é enganado por isso mesmo
O estômago dispensa comentários, mas é o mais usado e estes são a maioria.

Para não perdermos as esperanças consolemo-nos de que o povo, como massa que é e segundo Karl Marx, deve ser manipulado, mas essa condição vale para os dois lados.

Sabemos que o poder corrompe e que o poder total corrompe totalmente. Haja visto que a China é um poço de corrupção.

Resta-nos a habilidade de escolher uma posição na pirâmide da vida um pouco mais alta para não termos que suportar o peso todo que a base acarreta. Isso só através da cultura e a resultante libertação dos proconceitos e então escolher a parte boa da vida e deixar a ruim para quem quiser.

Temos que ter em mente que ninguém nos prometeu que a vida seria justa. Assim sendo, quem nada espera não tem de que se decepcionar. Mas também não podemos deixar de lutar pelos nossos sonhos e ter a coragem de coloca-los em prática, até porque se estivermos ocupados nisso nem veremos muito as coisas ruins.

Cordiais saudações




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Espiritualidade (era: Divulgação Científica)
FROM: "Marcos F. Penna" <marcospenna@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/02/2002 11:57


----- Original Message -----
From: rmtakata
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, February 14, 2002 9:09 AM
Subject: [ciencialist] Espiritualidade (era: Divulgação Científica)


--- In ciencialist@y..., "gp" <sunriseg@t...> wrote:
> Se não for pedir muito, por favor defina o que é espiritualidade
> para você.

Na verdade e' pedir muito.
Nao so' para mim, como ate'
mesmo para as pessoas capacitadas.

Em uma primeira aproximacao
a espiritualidade tem a ver com
esse sentido de proposito. Tem
a ver com essa indagacao sobre
"qual o meu papel neste mundo?",
"como eu me integro nele?".

Escolha seu alvo, dirija-se para seu rumo e dê o primeiro passo. O resto é apenas caminhar.





[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: ciência e religião: Clonagem humana
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/02/2002 12:24


> veja a matéria: www.terra.com.br/istoe/


> Como pode uma cientista, a sra. Brigitte Boisselier, falar que não
acredita
> em um criador.
> Se ela acredita que fomos CRIADOS por cientistas alienígenas.

Ela não me parece grande cientista. Me parece uma pessoa preocupada
em chegar em primeiro lugar a algum lado. Ela está concorrendo.
Concorrendo com seus rivais médicos, com o papa e com o tempo, para
mostrar à humanidade que sua ideia da criação por alienienas é
correcta.

Se ela não se apercebe da falácia q é o seu argumento, ele não é
grande cientista.

Depois, a palavra ciados gera alguma confusão. Digamos que fomos
pensados, concebidos e construidos , numa obra de engenharia genética
por outros seres.
Não ha nada contra.
O problema é pensar que isso substitui a questão de Deus.
Na cabeça dela, substitui, e de tal forma que forma a sua religião,
mas na nossa não.

> A Clonagem Humana se torna algo realmente assustador para algumas
facções
> religiosas:

Ela está usando a clonagem apenas pq quer, já q ha outros metodos que
ela poderia usar para a concepção assitistida.
É magalomania, nada mais.


> Imagine, uma sociedade robotizada, todo mundo programado.
> Amem seu presidente, façam o que ele pede.
> Se ele falar que o crescimento populacional esta muito elevado,
> suicide-se para não se esgotarem os recursos naturais.
> Será que isto não parece MATRIX.

Nesse filme o ser huamno não era robotizado.

> Gostaria de saber o que Freud falaria a respeito de toda esta
loucura.

Eu acho que eles explicou. O desejo.

> os cientistas querem brincar de ser "Deus".

A historia do ser humano que quer subtituir Deus, é muito antiga, e é
referida ate na Biblia no episódio da Torre de Babel.
Tentou-se chegar a Deus para o matar e o subtituir e o que Deus fez ?
Pôs todos a falar linguas diferentes e gerou o caos.
O Caos. É onde vivemos agora, quando todos querem subtituir Deus por
outras coisas. Nomeadamente pela ciencia e pela tecnologia pensando
que assim se estão a livrar da utilidade / necessidade de Deus.

Religiões que tomam os aliens como deuses não são novas e basicamente
é isso que sempre se tem feito. São só as palavras que mudam os
conceitos permanecem por fazem parte da matrix humana :-)


> Baseando-se na Teoria desta Cientista,
> se fomos criados por alienígenas.
> Quem criou os alienígenas.
> E quem criou os criadores dos alienígenas.
> E quem concebeu os criadores dos criadores dos criadores...
>
> A ciência esta entregando os pontos....

Não é a ciencia. É uma cambada de inuteis que só querem ganhar
dinheiro ou ser famosos.
Aquela dela usar a propria filha, mostra bem como ela foi submetida a
uma série lavagem cerebral.
Tão boa como qq crente de qq religião.

Antigamente tb havia pessoa que não tinham filhos e não morria
ninguem por causa disso. Hoje cai o carmo e a trindade se assim for e
procuram-se os métodos mais anti-naturais para ter um simples filho.
Às vezes penso se valerá a pena se responsabilizar por algo assim...
ainda para mais quando o mundo é esta confusão que conhecemos onde já
não ha valores proprios.

[]

Sérgio Taborda


P.S. Estou a lembrar-me de duas coisas. Uma é que se nós andamos a
querer fabricar clones À medida das necessidades, tlv outros já
tenham pensando nisso: donde não é de estranhar se formos o resultado
disso. Segundo , dizem que partilhamos 99% do material genéticos dos
primatas, mas temos diferentes numeros de cromossomas...
Entre todas as especies de plantas e animais é o mesmo. Então não
será que somos fruto de defeitos geneticos de outrora que permitiram
a sobrevivencia e desenvolvimento de seres que eram na alturas
deficientes pq serem diferentes ? Então pq esta mania de purificar a
humanidade com seres perfeitos e todos iguais ?





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Desprezo da Ciencia ?
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/02/2002 12:29


Oi, xará. A única crítica com a qual concordo nisso tudo que você
disse é esta:

"Fazer press-release apenas incentiva
o jornalismo cut-n-paste. E' so' a gente
comparar as notas e os press-releases da
vida, dificilmente se muda uma virgula
(a gente nota pela uniformidade das
notas nos diferentes veiculos, entre outras
coisas)."

"Com os press-releases q. a gente acaba
tirando a vantagem competitiva dos
jornalistas inquiridores, dos fucadores.
Ate' um ze'-mane' como eu sou capaz de
escrever duas ou tres bobagens baseados
em press-releases."

Isso pode ser bem verdade. Tem gente que faz matérias baseadas em
press-releases. O press-release deve servir como orientação e como alerta
para assuntos que passaram batido pelos jornalistas, não como fonte de
informação.

"E' mais desorientacao para o jornalista.
O press-release e' por natureza um veiculo
unilateral, mas isso nao e' tto um problema --
ja' q. todas as fontes do jornalistas sao
unilaterais: o esperto jornalista tera' fontes
de ttos lados diferentes qto possivel."

Isso não invalida o uso de press-releases, apenas indica o óbvio:
que eles devem ser complementos na busca de pautas, não fontes de informação.

"O problema e' q. se o jornalista so' vem
a saber de algo por press-release e' porq.
ele chegou tarde. A coisa ja' foi feita. As
pistas ja' foram apagadas. A cena do crime
ja' foi alterada."

Chegar tarde em alguns casos é inevitável, a ciência é vasta. É
óbvio que o jornalista não vai esperar sair um press-release para ir atrás
dos acontecimentos. Mas um bom jornalista deve partir do princípio de que
há assuntos correndo por aí que não estão sob suas antenas, e ter
mecanismos para não deixá-los passar em branco. Um desses mecanismos é
prestar atenção em press-releases e boletins. Se o jornalista ignorá-los,
assuntos que lhes escapam correm o risco de jamais serem divulgados -
principalmente se se tratar de um periódico que cobre assuntos que não são
cobertos pela mídia tradicional (como, acho, queremos que um periódico seja).

Press-releases e certas notas de boletim servem para não deixar o
jornalista à mercê da impossibilidade de correr atrás da ciência inteira.
Por isso, não importa se ele tem tanta informação quanto a sinopse barata
de um filme. É um alerta para os que passaram batido, não é fonte de
informação.

Estou falando de como os press-releases *devem* ser usados. Se a
mídia em geral os usa de forma inadequada, isso não é motivo para que não
possam ser usados da forma adequada.

Mais um comentário: considerar notícia quente só notícia de ontem
é idiossincrasia da mídia atual. Publicar uma matéria sobre uma pesquisa
publicada há duas semanas não é nenhuma tragédia. O leitor vai ficar
sabendo com duas semanas de atraso, mas vai ficar sabendo - e a ciência não
funciona da mesma forma que a política ou as fofocas, cujos acontecimentos
por natureza têm que ser noticiados na hora.

>Imagine um jornalista q. dependa de
>notas oficiais para saber o q. aconteceu
>em uma reuniao interministerial e so'
>depois sair catando informacoes a respeito.

Você está comparando duas situações inteiramente diferentes. A
ciência tem dinâmica totalmente diferente de eventos políticos e
administrativos.

Belisário



SUBJECT: Re: Desprezo da Ciencia ?
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/02/2002 12:31

--- In ciencialist@y..., Roberto Belisário <rbdiniz@t...> wrote:
> Isso pode ser bem verdade. Tem gente que faz matérias baseadas em
> press-releases. O press-release deve servir como orientação e como
> alerta para assuntos que passaram batido pelos jornalistas, não
> como fonte de informação.

A gente sabe q. eles serao assim usados.
Nao da' pra simplesmente lavar as maos.

> Um desses mecanismos é prestar atenção em press-releases e
> boletins.

Ha' meios bem mais eficientes e
substancialmente mais confiaveis.

> principalmente se se tratar de um periódico que cobre assuntos que
> não são cobertos pela mídia tradicional (como, acho, queremos que
> um periódico seja).

Basta ler os periodicos. Os periodicos
soltam informacoes sobre alguns temas q.
nao press releases.

> Estou falando de como os press-releases *devem* ser usados. Se a
> mídia em geral os usa de forma inadequada, isso não é motivo para
> que não possam ser usados da forma adequada.

Ate' ser usado vai um longo caminho.
(Qual a forma adequada de se usar uma
pistola?)

> Mais um comentário: considerar notícia quente só notícia de ontem
> é idiossincrasia da mídia atual.

Eu acho q. se trata mais de um vicio
q. vem dos primordios.

(Atualmente so' e' noticia quente
a noticia de no maximo um minuto atras.)

> Publicar uma matéria sobre uma
> pesquisa publicada há duas semanas não é nenhuma tragédia. O leitor
> vai ficar sabendo com duas semanas de atraso, mas vai ficar
> sabendo - e a ciência não funciona da mesma forma que a política ou
> as fofocas, cujos acontecimentos por natureza têm que ser
> noticiados na hora.

Convenca os editores e os donos dos
jornais. (Alem, e' claro, dos proprios
jornalistas q. ja' saem das faculs e dos
estagios com esses principios internalizados.)

> Você está comparando duas situações inteiramente diferentes. A
> ciência tem dinâmica totalmente diferente de eventos políticos e
> administrativos.

Nao se trata da urgencia -- embora
na pratica mesmo sob esse aspecto
nao haja uma diferenciacao nitida --
trata-se da fonte da informacao --
ou do alerta como vc quer (nao
vejo tbm gdes diferencas nessa
diferenciacao).

Press releases sao lixos informativos
produzidos pelas empresas e corporacoes.
Pode-se dizer q. uma ou duas coisas
podem ser salvas -- mas isso obriga a
uma triagem muito, muito gde. Perde-se
tempo precioso nisso (alem de dinheiro).
Convem investir em outros meios --
ate' o boato pode ser melhor do q. os
press releases (q. sao boatos escritos
oficiais).

Qual a ultima noticia importante na
area de ciencias (ou em qq outra area)
q. foi desenvolvida a partir de um
press release?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: ciência e religião: Clonagem humana
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/02/2002 12:38


> > Em hipótese alguma,
> > não sou criacionista.
> > Não creio em um Deus,
> > mas em uma força criadora,
> > é impossível que tudo veio do nada.
>
> Não seja ingênuo, Gilberto. Essa falácia "looping" é mais velha que
andar pra trás:
>
> - E de onde veio a força criadora? do nada?
> - Não.
> - Então quem a criou?
>
> Aí me saem com a clássica:
>
> - Ela sempre existiu.
>
> E assim caminha a humanidade...

vejamos:
a humanidade existiu sempre ?
não. foi criada a partir dos seus ancestrais pela lei da evolução (se
é a de Darwin, ou não, não interessa)
e os ancestrais do homem sempre existiram ?
não. foram criados a partir dos seus ancestrais
e por ai fora
E quais foram os ancestrais dos primeiros seres ?
Nenhuns, pois pensasse que tenham evoluido de formas moleculares
simples.
( o ciclo não é infinito)

E donde vieram essas moleculas ?
Foram criadas a partir dos atomos e outra pequenas moleculas
presentes no meio "de cultivo" que se pensa ter sido o mar original
da Terra ha uns quantos milhoes de anos atraz.

E donde veio a terra?
foi criada a partir de uma nuvem de poeira que girava em torno de um
eixo ...

E donde foi criada essa nuvem de poeira ?
foi criada pela acção da gravidade que a aglutinou

E essa poeira existiu sempre ?
Não. deve ter sido criada por estrelas ou derivou de detritos de
sistemas que entraram em cataclismo, como estrelas que explodem ou
super novas que se formam, etc, etc...

Afinal o que é comum a tudo isto?
a acção "foi criado por"
E portanto a força de criação sempre existiu.

Portanto, o loop não é eterno, nem sequer é um loop (no maximo um
limite). E muito menos uma falácia. Claro: tudo isto à luz das ideias
cientificas aceites hoje em dia. Não necessáriamente correctas, mas
dá para ter uma ideia geral da coisa.


[]

Sérgio Taborda




SUBJECT: Re: ciência e religião: Clonagem humana
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/02/2002 12:39

--- In ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> wrote:
> disso. Segundo , dizem que partilhamos 99% do material genéticos
> dos primatas, mas temos diferentes numeros de cromossomas...

99,5% com os chimpanzes. O cromossomo a mais
pode ser explicado pela quebra de um dos
cromossomos presentes no ancestral comum
nosso com o ancestral do chimpanze: ha'
uma correspondencia de um dos nossos cromossomos
com a metade de um dos cromossomos do chimpanze'
e a correspondencia de outro cromossomo com a
outra metade do mesmo cromossomo do chimp.
O cromossomo do chimpanze' em questao e'
metacentrico (o centromero do cromossomo --
regiao em q. se ligam as fibras do fuso q.
na divisao celular permite q. cada copia do
cromossomo migre para um dos polos da celula --
fica mais ou menos no meio) e os cromossomos
humanos sao acrocentricos (o centromero
fica em uma das extremidades).

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] ciência e religião: Clonagem humana
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/02/2002 12:39


At 09:52 14/02/02 -0300, you wrote:
>veja a matéria: www.terra.com.br/istoe/
>
>E viva o Criacionismo !!!
>
>Gilberto

Você é a favor do Cracionismo na forma formulada pelos Evangélicos
(mundo criado há uns 6000 anos, etc.)?

Belisário



SUBJECT: Estadunidenses vs americanos
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/02/2002 12:56

--- In ciencialist@y..., Roberto Belisário <rbdiniz@t...> wrote:
> Com o termo "americano", os envolvidos somos nós. E há implicações
> políticas suficientes para justificar uma preocupação (lembre-se da
> força que os símbolos têm em pautar as ações da sociedade). Em
> Ciências Humanas, não dá para ser universalista, o papel do
> observador - e do cara que fala - é fundamental. Não dá para sermos
> objetivos a ponto de desvincularmo-nos do fato de que somos nós, os
> brasileiros, que estamos falando do termo "americano", e esquecer
> das implicações políticas do uso desse termo.

Os americanos (estunidenses) se chamam
americanos ha' bem mais tempo do q.
o resto do continente se chama por americano.

Claro q. qdo eles vem com a doutrina
Monroe ou equivalente vale fazer frente a
isso: eles estao fazendo confusao de um
termo com outro.

Mas fora disso nao vejo problema algum.
(Um gaucho e um potiguar sao ambos
rio-grandenses... so' nao confundir
os estados.)

(Reagan nos chamou de bolivianos e
achamos graca.)

Ademais o q. mais quer dizer um americano
(pan-americano)? Nao e' mais do q. alguem
natural a um dado continente: politicamente
dispar, geograficamente heterogeneo, as
historias sao muito diferentes, as origens
idem... Nao tenho muito mais orgulho de
ser americano do q. ser um solariano (neologismo
pra quem nasce no Sistema Solar) ou
um galactico (Via Lactea).

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RES: [ciencialist] ciência e religião: Clonagem humana
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/02/2002 13:03

Em hipótese alguma,
não sou criacionista.
Não creio em um Deus,
mas em uma força criadora,
é impossível que tudo veio do nada.

Mas não creio totalmente no Big Bang
e nem nas teorias Evolutivas, em Buracos Negros, e outras teorias como a do
Caos,
como sou leigo, talvez minha opinião não faça tanta diferença.

Gilberto



SUBJECT: Re: [ciencialist] ciência e religião: Clonagem humana
FROM: "Raul Sturari Jr." <sturari@brturbo.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/02/2002 13:28

----- Original Message -----
From: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, February 14, 2002 1:03 PM
Subject: RES: [ciencialist] ciência e religião: Clonagem humana


> Em hipótese alguma,
> não sou criacionista.
> Não creio em um Deus,
> mas em uma força criadora,
> é impossível que tudo veio do nada.

Não seja ingênuo, Gilberto. Essa falácia "looping" é mais velha que andar pra trás:

- E de onde veio a força criadora? do nada?
- Não.
- Então quem a criou?

Aí me saem com a clássica:

- Ela sempre existiu.

E assim caminha a humanidade...

[]s
Raul


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] propaganda astrologica na lista
FROM: rodrigotoledo@canbras.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br, ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/02/2002 13:31


>
> Seria interessante se pudessemos pelo menos "vetar" banners com esse
> tipo de conte�do.
>

Andr�,

Existem softwares que bloqueiam banner's. Por exemplo, se usa um firewall
qualquer, um internet security, por exemplo, existe essa op��o..se n�o, veja
link abaixo se existe um software para tal fim.

http://www.tucows.com

Abra�o,


> []�s
>
> Andr�
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos � sujeito �s regras descritas em:
http://br.ya> hoo.com/info/utos.html
>
>
>





SUBJECT: Re: [ciencialist] propaganda astrologica na lista
FROM: rodrigotoledo@canbras.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br, ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/02/2002 13:31


>
> Seria interessante se pudessemos pelo menos "vetar" banners com esse
> tipo de conte�do.
>

Andr�,

Existem softwares que bloqueiam banner's. Por exemplo, se usa um firewall
qualquer, um internet security, por exemplo, existe essa op��o..se n�o, veja
link abaixo se existe um software para tal fim.

http://www.tucows.com

Abra�o,


> []�s
>
> Andr�
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos � sujeito �s regras descritas em:
http://br.ya> hoo.com/info/utos.html
>
>
>





SUBJECT: RE: RES: [ciencialist] ciência e religião : Clonagem humana
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/02/2002 13:50

Roberto Belisário escreveu:

>Oi de novo. Bom, temos poucas alternativas:
>
> 1 - Existe um Criador ou uma força criadora eterna
> 2 - Tudo veio do nada
> 3 - Tudo sempre existiu
>
>As três hipóteses me causam estranhamento tão grande que
>é-me impossível avaliar qual a mais plausível.

Roberto,

Um exemplo interessante é a doutrina da religião católica. Inicialmente,
Deus e seus representantes na Terra exerciam ação concreta sobre este
mundo na forma de milagres, aparições e outros fenômenos que
contradiziam a experiência diária. O argumento do design era usado como
prova irrefutável da existência do Criador.

A ciência -- com Copérnico, Kepler, Galileu, Newton, Darwin, Einstein --
foi derrubando uma a uma provas tidas como irrefutáveis, e nenhum
pensador sério aceita mais o argumento do design. A igreja católica
tentou resistir mas não teve jeito, e foi recuando até a posição
recente, quando o papa declarou que a evolução e o Big-Bang não são
compatíveis com a doutrina cristã.

Ora, se Deus saiu da esfera do imediato e hoje está reduzido a uma
perturbação qualquer antes do início do universo, qual a sua
importância? Intelectuais religiosos evitam encarar de frente o
problema, jogando Deus para o âmbito da esfera mental ou de regiões do
conhecimento inacessíveis à ciência. A mente humana recusa-se a aceitar
o que Bíblia diz claramente: somos pó e ao pó voltaremos.

Se tudo o que a física moderna precisa para explicar o universo, matéria
e energia é um mínimo irredutível na origem do tempo, a hipótese "Deus"
não é necessária. Quando introduzimos a idéia de um Deus criador e
onipotente estamos violando da maneira mais ignorante o princípio de
Occam. E se não aceitarmos que Deus é consciente, criador e onipotente,
estaremos cultuando uma descontinuidade primordial.

Para mim o problema é claro: não se pode provar racionalmente a
existência de Deus. Os que acreditam n'Ele devem ser honestos e declarar
que acreditam no irracional.

Colucci



SUBJECT: RE: RES: [ciencialist] ciência e religião : ERRATA
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/02/2002 13:52

Em minha última mensagem leia-se:

"...quando o papa declarou que a evolução e o Big-Bang não são
incompatíveis com a doutrina cristã."

Inicialmente escrevi "compatíveis". Desculpem. Colucci



SUBJECT: Re: [ciencialist] Desprezo da Ciencia ?
FROM: "Luis Roberto Brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/02/2002 14:06

Sergio M. M. Taborda escreveu
Sobre a votação a decorrer na lista intitulada:

"Por que há um "desprezo" das Ciências pela sociedade como um todo?
(Se nenhuma das respostas for satisfatória, envie seu comentário em
pvt)"

Eu até enviaria meu comentário se soubesse para onde...
- - -

O membro (dfreirebr) que criou a votacao (
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/polls ) jah nao estah mais
participando da Ciencialist.


Ateh
Luis Brudna - administrador da Ciencialist





SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] ciência e religião : Clonagem humana
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/02/2002 14:07


Oi. A opinião de um leigo faz diferença, sim, porque a ciência foi
feita para ser partilhada com todos!
Belisário

At 13:03 14/02/02 -0300, you wrote:
>Em hipótese alguma,
>não sou criacionista.
>Não creio em um Deus,
>mas em uma força criadora,
>é impossível que tudo veio do nada.
>
>Mas não creio totalmente no Big Bang
>e nem nas teorias Evolutivas, em Buracos Negros, e outras teorias como a do
>Caos,
>como sou leigo, talvez minha opinião não faça tanta diferença.
>
>Gilberto



SUBJECT: Re: Estadunidenses vs americanos
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/02/2002 14:11

Só uma pequena observação: "Estados Unidos" é apenas um denominação
genérica de como o estado está organizado politicamente, assim
como "República Federativa" ou "Reino Unido". Assim como ninguém
chama os brasileiros de "republicofederativos" ou os britânicos
de "reinounidenses", é rídiculo tentar denominar os americanos
de "estadosunidenses". São americanos sim, e o nome do país pode ser
chamado simplesmente de "América", assim como a República Federativa
do Brasil (antigos Estados Unidos do Brasil) pode ser chamada apenas
de "Brasil".

Não vejo qual a razão de ser dessa querela. Toda essa confusão
começou quando Cristóvão Colombo chegou e pensou que tinha atingido
as índias, denominando os habitantes locais de "índios", quando na
verdade ele atingiu a américa, e deveria tê-los
denominados "americanos", mas ele não poderia ter feito isso, já que
o continente só se tornou "américa" pela omissão do próprio colombo
em reconhecer a descoberta de um novo continente, deixando a primazia
para um aventureiro italiano que por acaso se tornou nome do
continente e da maior potência mundial. Na verdade o nome do
continente deveria ser Colômbia, e quero ver quem estaria agora
brigando para ser chamado de Colombiano... :)

[]´s

André



--- In ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> wrote:
> --- In ciencialist@y..., Roberto Belisário <rbdiniz@t...> wrote:
> > Com o termo "americano", os envolvidos somos nós. E há
implicações
> > políticas suficientes para justificar uma preocupação (lembre-se
da
> > força que os símbolos têm em pautar as ações da sociedade). Em
> > Ciências Humanas, não dá para ser universalista, o papel do
> > observador - e do cara que fala - é fundamental. Não dá para
sermos
> > objetivos a ponto de desvincularmo-nos do fato de que somos nós,
os
> > brasileiros, que estamos falando do termo "americano", e esquecer
> > das implicações políticas do uso desse termo.
>
> Os americanos (estunidenses) se chamam
> americanos ha' bem mais tempo do q.
> o resto do continente se chama por americano.
>
> Claro q. qdo eles vem com a doutrina
> Monroe ou equivalente vale fazer frente a
> isso: eles estao fazendo confusao de um
> termo com outro.
>
> Mas fora disso nao vejo problema algum.
> (Um gaucho e um potiguar sao ambos
> rio-grandenses... so' nao confundir
> os estados.)
>
> (Reagan nos chamou de bolivianos e
> achamos graca.)
>
> Ademais o q. mais quer dizer um americano
> (pan-americano)? Nao e' mais do q. alguem
> natural a um dado continente: politicamente
> dispar, geograficamente heterogeneo, as
> historias sao muito diferentes, as origens
> idem... Nao tenho muito mais orgulho de
> ser americano do q. ser um solariano (neologismo
> pra quem nasce no Sistema Solar) ou
> um galactico (Via Lactea).
>
> []s,
>
> Roberto Takata



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] ciência e religião : Clonagem humana
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/02/2002 14:16


Oi de novo. Bom, temos poucas alternativas:

1 - Existe um Criador ou uma força criadora eterna
2 - Tudo veio do nada
3 - Tudo sempre existiu

As três hipóteses me causam estranhamento tão grande que é-me
impossível avaliar qual a mais plausível. Há os que não têm essa
dificuldade - mas isso é questão pessoal - e os que têm previamente fé em
uma delas, como a 1. Aliás, a número 1 parece-me uma versão da número 3: ao
invés de dizermos que o Universo sempre existiu, dizemos que uma "força
criadora" sempre existiu. Mudamos o nome do problema, eis tudo.

Isso não significa que Deus não exista ou que as religiões são
coisa de mané, mas apenas que aceitar Sua existência não resolve, do ponto
de vista estritamente lógico, o paradoxo da Criação.

A fé pode nos livrar do paradoxo em nível pessoal, mas não por
resolvê-lo do ponto de vista lógico. Aliás, quanto mais penso nesse
assunto, mais me convenço de que qualquer crença em um deus ou em forças
criadoras eternas advém da fé, e não de argumentações lógicas.

E, claro, o mesmo vale para a crença na sua não-existência.

Aliás, a religião propriamente dita é um "conhecimento"
tipicamente obtido por Revelação, não pelos métodos científicos. Daí ser
tão difícil confrontarmos esse "conhecimento" com argumentos baseados em
posturas críticas.

Belisário

At 13:03 14/02/02 -0300, you wrote:
>Em hipótese alguma,
>não sou criacionista.
>Não creio em um Deus,
>mas em uma força criadora,
>é impossível que tudo veio do nada.
>
>Mas não creio totalmente no Big Bang
>e nem nas teorias Evolutivas, em Buracos Negros, e outras teorias como a do
>Caos,
>como sou leigo, talvez minha opinião não faça tanta diferença.
>
>Gilberto



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Divulgação Científica
FROM: "Luis Roberto Brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/02/2002 14:56

> APenas lamento o fato de não haver um grande divulgador..é claro

A referencia brasileira e' Jose' Reis.
Roberto Takata
- - - -

Vale uma visita no site do pessoal
http://www.eca.usp.br/nucleos/njr/
( Nucleo Jose Reis de Divulgacao Cientifica)


Ateh
Luis Brudna







SUBJECT: propaganda astrologica na lista
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/02/2002 15:22

Olá Pessoal,

Depois de um longo recesso anti-carnavalesco volto à lista. Não sei
quantos daqui têm o hábito de acompanhar a lista via WEB, mas a
desagradável novidade é que agora as mensagens quando visualizadas on-
line são acompanhadas de enormes "banners" comerciais. Por acaso
cliquei num desses banners e eis que me vejo numa
página "astrologica"!!
( http://astrology.yahoo.com/yastro/vday/ )

Será que nem nesta lista estamos seguros mais? :(

Seria interessante se pudessemos pelo menos "vetar" banners com esse
tipo de conteúdo.

[]´s

André



SUBJECT: Re: ciência e religião
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/02/2002 15:34

--- In ciencialist@y..., Roberto Belisário <rbdiniz@t...> wrote:
>
> Oi de novo. Bom, temos poucas alternativas:
>
> 1 - Existe um Criador ou uma força criadora eterna
> 2 - Tudo veio do nada
> 3 - Tudo sempre existiu
>

4 - O espaço-tempo forma um "continuum" fechado; logo não existem
limites - início ou fim. (Assim como a superfície bidimensional de
uma esfera é finita, mas não têm limites). Neste caso a indagação
sobre o início do universo perde o sentido (assim como a
pergunta "onde começa a superfície da terra?" também não tem sentido).

[]´s

André



SUBJECT: Re: [ciencialist] propaganda astrologica na lista
FROM: "Luis Roberto Brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/02/2002 16:54

Existe um modo de contornar isso... eh soh clicar em "Exibir codigo fonte"
( por exemplo
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/12840?source=1 ).

Para a versao em ingles fica
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/12840?source=1

Soh tem o velho problema da acentuacao (aparecem codigos).

Outra dica eh acessar a versao BR do YahooGrupos, pois estah nao apresenta
os 'banners' durante navegacao (soh os dentro do mail).


Ateh
Luis Brudna - administrador da Ciencialist

- - - - -
Olá Pessoal,

Depois de um longo recesso anti-carnavalesco volto à lista. Não sei
quantos daqui têm o hábito de acompanhar a lista via WEB, mas a
desagradável novidade é que agora as mensagens quando visualizadas on-
line são acompanhadas de enormes "banners" comerciais. Por acaso
cliquei num desses banners e eis que me vejo numa
página "astrologica"!!
( http://astrology.yahoo.com/yastro/vday/ )

Será que nem nesta lista estamos seguros mais? :(

Seria interessante se pudessemos pelo menos "vetar" banners com esse
tipo de conteúdo.

[]´s

André




SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: ciência e religião
FROM: Luciano Seidel <luciano.seidel@globaltelecom.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/02/2002 16:54

Olá pessoal,

Antes de comentar a mensagem gostaria de me apresentar. Meu nome é Luciano e
sou estudante universitário, curso Ciências Econômicas na UFPR.

> -----Mensagem original-----
> De: andrediasbaptista [mailto:andrebaptista@uol.com.br]
> Enviada em: quinta-feira, 14 de fevereiro de 2002 15:34
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Assunto: [ciencialist] Re: ciência e religião
>
>
> --- In ciencialist@y..., Roberto Belisário <rbdiniz@t...> wrote:
> >
> > Oi de novo. Bom, temos poucas alternativas:
> >
> > 1 - Existe um Criador ou uma força criadora eterna
> > 2 - Tudo veio do nada
> > 3 - Tudo sempre existiu
> >
>
> 4 - O espaço-tempo forma um "continuum" fechado; logo não existem
> limites - início ou fim. (Assim como a superfície bidimensional de
> uma esfera é finita, mas não têm limites). Neste caso a indagação
> sobre o início do universo perde o sentido (assim como a
> pergunta "onde começa a superfície da terra?" também não tem sentido).
>

Essa afirmação não se enquadra no item 3 "Tudo sempre existiu"?

Penso que "início" referiu-se ao momento do Big Bang, antes disso (se é que
se pode falar em antes) o próprio espaço-tempo não existia. Então, qual a
origem desse proto-universo (podemos chamar assim?) que existia antes do Big
Bang?

[]'s

Luciano


SUBJECT: Re: Estadunidenses vs americanos
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/02/2002 17:06

--- In ciencialist@y..., "andrediasbaptista" <andrebaptista@u...>
wrote:
> Só uma pequena observação: "Estados Unidos" é apenas um denominação
> genérica de como o estado está organizado politicamente, assim
> como "República Federativa" ou "Reino Unido". Assim como ninguém
> chama os brasileiros de "republicofederativos" ou os britânicos
> de "reinounidenses", é rídiculo tentar denominar os americanos
> de "estadosunidenses". São americanos sim, e o nome do país pode
> ser chamado simplesmente de "América", assim como a República
> Federativa do Brasil (antigos Estados Unidos do Brasil) pode ser
> chamada apenas de "Brasil".

Essa observacao foi feito por Colucci em outra
lista.

Uma questao q. fica em aberto e' se 'Estados Unidos
da America' tem o mesmo sentido de 'Republica Federativa
do Brasil'.

'Republica Federativa do Brasil' corresponde mais ou menos
a 'Republica Federativa de um pais chamado Brasil'.

'Estados Unidos da America' corresponde a 'Estados Unidos
de um pais chamado America'? Ou a 'Estados Unidos que ficam
em um continente chamado America'?

(Os britanicos se referem em tese aos moradores da
Gra-Bretanha - uma unidade um tanto diferente de
Reino Unido: q. inclui a Irlanda do Norte q.
nao esta' na ilha britanica.)

Outro ponto q. ja' comentei na outra lista:
Uniao das Republicas Socialistas Sovieticas
dava como gentilico sovietico, apesar de
sovietes serem tbm uma forma de organizacao
politica.

Eu defendo q. o q. importa e' o uso. Chamamos
os norte-rio-grandendeses de potiguar, os
buenairenses de portenhos, nao ha' problema nisso.

> continente deveria ser Colômbia, e quero ver quem estaria agora
> brigando para ser chamado de Colombiano... :)

Se houvesse alguma logica chamar-se-ia
Cristovia e nao Colombia, ja' q. o continente
se chama America e nao Vespucia.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RES: [ciencialist] Divulgação Científica
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/02/2002 17:12

Outro dia vi um adesivo colado no bagageiro de um motoboy: "DEU É FIEL"

> -----Mensagem original-----
> De: gp [mailto:sunriseg@terra.com.br]
> Enviada em: Quarta-feira, 13 de Fevereiro de 2002 18:27
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Assunto: RES: [ciencialist] Divulgação Científica
>
>
> >>Porque não existe um Pelé da divulgação
> científica, ou seja, uma pessoa que desperte nas crianças o amor pela
> ciencia.
>
> Simplesmente porque Deus é amor, ciência não.
>
> Imagine:
>
> Filho: Pai porque eu nasci.
>
> Pai: Você nasceu para comer, crescer, descobrir a natureza, morrer,
> apodrecer e virar jantarzinho de bactérias decompositoras.
>
>
>
> He he
>
> Gilberto
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
> http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: ciência e religião
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/02/2002 17:23


Essa sua alternativa 4 parece-me redutível à alternativa 3 - tudo
sempre existiu.

Ademais, a questão da Criação não se coloca necessariamente dentro
da dimensão temporal. O tempo faz parte do Universo, e é (mais ou menos)
natural imaginar que ele também "tenha sido" criado. O pó é que aí temos um
problema lingüístico grave, pois quase todos os nossos verbos denotam ações
que transcorrem no tempo (há exceções como ser, estar, existir, etc.), e
então vêm paradoxos lingüísticos como "o tempo tenha sido criado",
expressão que não faz sentido. Desta forma, questionar por que as coisas
foram criadas já implica na suposição tácita de que a Criação deu-se em um
instante ou período do tempo (repare que esse paradoxo não é real, é apenas
lingüístico). Para abstrair disso, acho que a melhor maneira de formular a
pergunta seria:

"Por que as coisas existem?"

A formulação das alternativas fica ainda mais simples fazendo essa
abstração do tempo:

1 - Existe um Criador ou uma força criadora, no sentido em que
seria a razão da existência do Universo, incluindo o tempo.
2 - Não há uma razão identificável para a existência do Universo
3 - A questão "por que as coisas existem?" não cabe ou não faz
sentido, por alguma razão lógica que nos escapa.

De novo, a alternativa 1 se reduz à 2, porque apenas trocamos o
Universo pela força criadora como sujeito principal do problema.

O tempo é um conceito suficientemente sutil para não podermos ter
certeza de que faz sentido abstrair-se dele, então mantenho uma quarta
alternativa, que são o conjunto das três do e-mail anterior.

Belisário

At 18:34 14/02/02 +0000, you wrote:
>--- In ciencialist@y..., Roberto Belisário <rbdiniz@t...> wrote:
> >
> > Oi de novo. Bom, temos poucas alternativas:
> >
> > 1 - Existe um Criador ou uma força criadora eterna
> > 2 - Tudo veio do nada
> > 3 - Tudo sempre existiu
> >
>
>4 - O espaço-tempo forma um "continuum" fechado; logo não existem
>limites - início ou fim. (Assim como a superfície bidimensional de
>uma esfera é finita, mas não têm limites). Neste caso a indagação
>sobre o início do universo perde o sentido (assim como a
>pergunta "onde começa a superfície da terra?" também não tem sentido).
>
>[]´s
>
>André



SUBJECT: RES: [ciencialist] ciência e religião: Clonagem humana
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/02/2002 17:50

Bem Raul,

Não vou dizer que a força criadora sempre existiu
ou que alguém a gerou, pelo simples fato de não poder
apresentar provas e também de não fazer muita
diferença na minha vida leiga, o importante
é que crendo que ela exista, fica mais fácil
sobreviver e evito pensar em como tudo começou.

Fraternais Amplexos,
Gilberto


> Em hipótese alguma,
> não sou criacionista.
> Não creio em um Deus,
> mas em uma força criadora,
> é impossível que tudo veio do nada.

Não seja ingênuo, Gilberto. Essa falácia "looping" é mais velha que andar
pra trás:

- E de onde veio a força criadora? do nada?
- Não.
- Então quem a criou?

Aí me saem com a clássica:

- Ela sempre existiu.

E assim caminha a humanidade...

[]s
Raul



SUBJECT: RES: [ciencialist] ciência e religião: Clonagem humana
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/02/2002 18:23

> De: Roberto Belisário [mailto:rbdiniz@terra.com.br]
>
> Isso não significa que Deus não exista ou que as
> religiões são
> coisa de mané, mas apenas que aceitar Sua existência não
> resolve, do ponto
> de vista estritamente lógico, o paradoxo da Criação.

Compactuo desse raciocínio que, por extensão, também
aplica-se à questão da vida eterna após a morte: a vida
eterna não resolve o enigma da vida.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: porquê do antidarwinismo
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/02/2002 18:25

Perdi algumas mensagens da lista, e do que li no Yahoo retive uma
pergunta de uma das mensagens: porque é que o darwinismo não é uma
teoria popular?

Esta pergunta está relacionada com outras:

- porque é que o estado central é uma ideia popular?
- porque é que a formiga é considerada um ser vivo mas o
formigueiro não?

A resposta a estas perguntas é sempre a mesma:

Porque os seres humanos sobrevalorizam os sistemas centralizadose
subvalorizam os descentralizados. Daniel C Dennet explica no livro "A
ideia perigosa de Darwin" que o grande obstáculo ao triunfo do
darwinismo é a crença de que é necessária uma grande quantidade de
inteligência para produzir a riqueza e a diversidade do mundo
biológico e que essa inteligência requer uma mente. Uma mente é uma
solução centralizada para o problema da inteligência. Esta ideia é na
verdade uma projecção de nós próprios. Se nós somos seres inteligentes
e se o nosso conceito de *eu* implica a existência de um centro, então
todas as coisas inteligentres têm que ser feitas por mentes
centralizadas. É para nós muito dificil de aceitar que se possam criar
coisas interessantes de uma forma absolutamente cega. Mas é de uma
forma absolutamente cega que a evolução produz um elefante, é de forma
absolutamente cega que o formigueiro se organiza e é de forma
absolutamente cega que a economia de mercado se organiza. No entanto,
nós não conseguimos aceitar isto e o nosso desejo de controlo exige
que as coisas tenham um centro e um cérebro. Ironicamente, é bem
possivel que o nosso próprio cérebro não tenha um centro, que o *eu*
seja uma ilusão e que as nossas decisões sejam o resultado das regras
cegas que regem o nosso cérebro. Esta obcessão pelo centro é também uma
projecção da estrutura familiar tradicional que marca os primeiros anos
das nossas vidas. A nosso amor a Deus e ao estado pode não passar da
procura de um substituto para os nossos pais. É também interessante que
a família tradicional esteja em declinio. Este declinio coincide com
a tendência das sociedades para se descentralizarem. A coincidência
pode até ser uma adaptação. Extraordinário, não é?

--
joão
http://www.nonio.com


SUBJECT: RES: [ciencialist] ciência e religião: Clonagem humana
FROM: "Toledo,Rodrigo" <rodrigotoledo@canbras.net>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/02/2002 18:26



Em hipótese alguma,
não sou criacionista.
Não creio em um Deus,
mas em uma força criadora,
é impossível que tudo veio do nada.

Essa força criadora pode chama-se Deus ;-)
[]'s
Rodrigo



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SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: ciência e religião
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/02/2002 19:09

>Belisário: "Por que as coisas existem?"<

Pergunta: Existir é mais misterioso do que não existir? Por que?

Colucci



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: ciência e religião
FROM: "Marcos F. Penna" <marcospenna@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/02/2002 19:57


----- Original Message -----
From: Jose Colucci Jr. (Home)
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, February 14, 2002 7:09 PM
Subject: RE: [ciencialist] Re: ciência e religião


>Belisário: "Por que as coisas existem?"<

Pergunta: Existir é mais misterioso do que não existir? Por que?
Colucci


Tento responder com outra pergunta: Será que realmente existimos ou somos uma mera materialização ficta do pensar?
Saudações,
Marcos.



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: ciência e religião
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/02/2002 20:04



"Marcos F. Penna" wrote:

>
> Tento responder com outra pergunta: Será que realmente existimos ou somos uma mera materialização ficta do pensar?
> Saudações,

Que diferença é que isso faz?

--
joão
http://www.nonio.com



SUBJECT: Proposito
FROM: "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/02/2002 20:07

Acompanhando essas discussoes lembrei de um trecho bem humorado do
livro "Ensaios Impopulares" do Bertrand Russell, que acabei de ler.

Transcrevo uma parte...

[... Um dos efeitos curiosos da importancia que cada um de nos
atribui a si mesmo e que temos tendencia a imaginar que a nossa boa
ou mah fortuna constituem o proposito das acoes de outrem. Quando
passamos de trem por um campo em que ha vacas pastando, podemos ver,
as vezes, que elas fogem horrorizadas a passagem do comboio. A vaca,
se fosse um metafisico, arguiria: "Tudo em meus proprios desejos,
esperancas e receios se refere a mim mesma: concluo dai, por inducao,
que tudo no universo se refere a mim. Este trem ruidoso, portanto,
pretende fazer-me bem ou mal. Nao me eh possivel supor que ele
pretenda fazer-me bem, jah que parece de maneira tao aterradora, e,
portanto, como vaca prudente que sou, procurarei escapar dele". Se
tivessemos de explicar a esse ruminante metafisico que o trem nao tem
intencao de deixar os trilhos, sendo inteiramente indiferente ao
destino da vaca, o pobre animal ficaria perplexo diante de coisa tao
pouco natural. Um trem que nao lhe desejasse nem bem nem mal, parecer-
lhe-a mais frio e mais tremendamente aterrorizador do que um trem que
dejesasse fazer-lhe mal. Foi isso exatamente o que aconteceu com as
criaturas humanas. O curso da natureza traz, as vezes, boa sorte;
outras vezes, mah. E elas nao podem acreditar que isso aconteca
simplesmente de maneira acidental. A vaca, tendo sabido de uma
companheira que se extraviou junto a linha ferroviaria e foi morta
por um trem, continuaria com suas reflexoes filosoficas, se fosse
dotada do moderado grau de inteligencia que caracteriza a maioria das
criaturas humanas, ateh o ponto de concluir que a infortunada vaca
fora punida, devido aos seus pecados, pelo deus da estrada de ferro.
Ficaria contente quando os seus sacerdotes colocassem cercas ao longo
da linha, advertindo as vacas mais jovens e ariscas que nao deviam
aproveitar-se de aberturas acidentais encontradas na cerca, jah que o
preco do pecado eh a morte. Mediante mitos semelhantes, os homens
conseguiriam, sem sacrificar a sua auto-importancia, explicar muitos
dos infortunios a que estao sujeitos. ...]

:-)

Ateh
Luis Brudna

ps:o livro estah fora de catalogo (comprei num sebo)








SUBJECT: Re: Estadunidenses vs americanos
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/02/2002 20:13

--- In ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> wrote:
> --- In ciencialist@y..., "andrediasbaptista" <andrebaptista@u...>
> wrote:
> > Só uma pequena observação: "Estados Unidos" é apenas um
denominação
> > genérica de como o estado está organizado politicamente, assim
> > como "República Federativa" ou "Reino Unido". Assim como ninguém
> > chama os brasileiros de "republicofederativos" ou os britânicos
> > de "reinounidenses", é rídiculo tentar denominar os americanos
> > de "estadosunidenses". São americanos sim, e o nome do país pode
> > ser chamado simplesmente de "América", assim como a República
> > Federativa do Brasil (antigos Estados Unidos do Brasil) pode ser
> > chamada apenas de "Brasil".
>
> Essa observacao foi feito por Colucci em outra
> lista.

Então você me desmascarou!! :) Desculpas ao Colucci por não ter feito
a referência, mas eu tinha a impressão de ter lido isso em um jornal,
e não em outra lista. Como disse Lavoisier...

>
> Uma questao q. fica em aberto e' se 'Estados Unidos
> da America' tem o mesmo sentido de 'Republica Federativa
> do Brasil'.
>
> 'Republica Federativa do Brasil' corresponde mais ou menos
> a 'Republica Federativa de um pais chamado Brasil'.
>
> 'Estados Unidos da America' corresponde a 'Estados Unidos
> de um pais chamado America'? Ou a 'Estados Unidos que ficam
> em um continente chamado America'?

De fato, inicialmente a "América" do nome certamente referia-se ao
continente, mas acabou virando nome do país (também). Podemos
protestar, mas temos que levar em conta que há duzentos anos eram os
*únicos* "estados unidos" da américa.


>
> (Os britanicos se referem em tese aos moradores da
> Gra-Bretanha - uma unidade um tanto diferente de
> Reino Unido: q. inclui a Irlanda do Norte q.
> nao esta' na ilha britanica.)

Os cidadãos do Reino Unido são chamados como?

>
> Outro ponto q. ja' comentei na outra lista:
> Uniao das Republicas Socialistas Sovieticas
> dava como gentilico sovietico, apesar de
> sovietes serem tbm uma forma de organizacao
> politica.
> Eu defendo q. o q. importa e' o uso. Chamamos
> os norte-rio-grandendeses de potiguar, os
> buenairenses de portenhos, nao ha' problema nisso.

Afinal é isso mesmo. Mas "estadosunidenses" é muito artificial.
Precisa muita vontade mesmo de não chamá-los de americanos, ou mesmo
norte-americanos.


>
> > continente deveria ser Colômbia, e quero ver quem estaria agora
> > brigando para ser chamado de Colombiano... :)
>
> Se houvesse alguma logica chamar-se-ia
> Cristovia e nao Colombia, ja' q. o continente
> se chama America e nao Vespucia.

De fato. V. nunca deixa eu terminar com a última palavra mesmo, então
desta vez faço minhas as suas palavras :))

um grande abraço,

André






SUBJECT: Re: [ciencialist] Divulgação Científica
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/02/2002 20:21


-----Mensagem Original-----
De: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 14 de fevereiro de 2002 17:12
Assunto: RES: [ciencialist] Divulgação Científica


Outro dia vi um adesivo colado no bagageiro de um motoboy: "DEU É FIEL"

> -----Mensagem original-----
> De: gp [mailto:sunriseg@terra.com.br]
> Enviada em: Quarta-feira, 13 de Fevereiro de 2002 18:27
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Assunto: RES: [ciencialist] Divulgação Científica
>
>
> >>Porque não existe um Pelé da divulgação
> científica, ou seja, uma pessoa que desperte nas crianças o amor pela
> ciencia.
>
> Simplesmente porque Deus é amor, ciência não.
>
> Imagine:
>
> Filho: Pai porque eu nasci.
>
> Pai: Você nasceu para comer, crescer, descobrir a natureza, morrer,
> apodrecer e virar jantarzinho de bactérias decompositoras.
>
>
>
> He he
>
> Gilberto
>
>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] porquê do antidarwinismo
FROM: "Marcos F. Penna" <marcospenna@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/02/2002 20:27


----- Original Message -----
From: João Mário Miranda
To: ciencialist
Sent: Thursday, February 14, 2002 6:25 PM
Subject: [ciencialist] porquê do antidarwinismo


Perdi algumas mensagens da lista, e do que li no Yahoo retive uma
pergunta de uma das mensagens: porque é que o darwinismo não é uma
teoria popular?

Em primeiro lugar por falta de dominadores que seja pregadores dessa idéia. Não que ela não seja aceita com facilidade mas admiti-la é um tanto pejorativo.
Eu por, exemplo não a aceito apenas por causa da questão ser amiúde mal colocada, porque não seriamos descendentes dos macacos mas dos chimpanzés, ou mais dentro da minha concepção, descendentes de uma espécie de macacos mas que evoluiram e não mais existem.
Esta a segunda possibilidade e para mim a única aceitável, mas nem um pouco difundida.
Creio mesmo é que somos os sobreviventes de outros dominantes, assim como as baratas serão os nossos sucessores na Terra, o somos de outros povos se se extinguiram, e provavelmente tenham a forma de macacos.


Esta pergunta está relacionada com outras:

- porque é que o estado central é uma ideia popular?
- porque é que a formiga é considerada um ser vivo mas o
formigueiro não?

A resposta a estas perguntas é sempre a mesma:

Porque os seres humanos sobrevalorizam os sistemas centralizadose
subvalorizam os descentralizados.

Essa sua questão leva-nos para muito longe. Posso parecer divagar mas chego lá. Vejamos.
A humanidade busca de forma consciente ou incnsciente uma única coisa só que é a felicidade. Para se atingir essa felicidade temos que passar necessariamente pelo reconhecimento. Só ficamos felizes se formos reconhecidos como bons pais, bons de jogo, bonitos ou gostosos, competentes etc. Todas estas são diferentes formas de reconhecimento. Se compramos um carro melhor que nosso visinho queremos que ele nos reconheça competente por isso pudedos comprar tal carro.
Se nos vestimos com joias caras é porque queremos ser admirados e então reconhcidos como competentes ou mesmo conhecdor das coisas boas ou até mesmo mais perverso se no meio de perversos.
Ocorre que a competição está instalada de forma a sempre destruir o mérito do próximo para que o nosso mérito seja maior que o dele. Destruimos o do próximo e então queremos que ele nos reconheça.
Agora finalizando e respondendo à sua questão, porque sistemas descentralizados prescindem de admiradores. Precisamos de quem nos aplauda. De que vale uma montanha de ouro se somos os únicos habitantes da ilha?
Quem assistui ao filme "O Planeta dos Macacos" sabe o que sentimos ao ver a estátua da liberdade caida e então a angústia por termos consciência de que eles eram os únicos habitantes da Terra.
Ao contrário do que afirmam, o homem não é essencialmente social, é essencialmente egoísta e narcisista. Tanto a ponto de criar um deus à sua imagem e semelhança e para valida-lo criou os dogmas que são um acinte à inteligência, mas como a maioria não tem capacidade para entender isso, os aceita como divino e é bom para o ego de todos.

Saudações caro João Mário.
Marcos.





[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Divulgação Científica
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/02/2002 20:28



> Outro dia vi um adesivo colado no bagageiro de um motoboy: "DEU É FIEL"

Isso é apenas outro modo de dizer que é 'corintiano', via apócope. Na reduzida largura da moto não dá para escrever: Deus é gavião da fiel.
Isso, sem dúvida, é uma generalização de que todo motoqueiro é 'corintiano'. Se fosse são paulino teria o bom senso de jamais subir numa moto!

[]'
Léo
========



SUBJECT: Re: [ciencialist] ciência e religião: Clonagem humana
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/02/2002 20:39

| Em hipótese alguma,
| não sou criacionista.
| Não creio em um Deus,
| mas em uma força criadora,
| é impossível que tudo veio do nada.
|
| Essa força criadora pode chama-se Deus ;-)
| []'s
| Rodrigo

Como tb pode chamar-se Gravitação ... mas sempre apareceria o criacionista dizendo que matéria atrai matéria por vontade divina. Se bem que, nessa hipótese, a 'vontade divina' diminui com o quadrado da distância!

[] '
Léo
======



SUBJECT: Re: ciência e religião
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/02/2002 20:58

Caros Roberto e Luciano,


--- In ciencialist@y..., Roberto Belisário <rbdiniz@t...> wrote:
>
> Essa sua alternativa 4 parece-me redutível à alternativa
3 - tudo
> sempre existiu.

Vamos ser um pouco mais rigorosos, e substituir "tudo sempre existiu"
por "o universo sempre existiu", que, imagino, seja isto que esteja
sendo dito aqui, e não "tudo sempre existiu" .Afinal, a trinta anos
atrás a Sheila Melo não existia. E a três anos atrás, os seios da
Sheila Melo não existiam! (desculpem, mas não resisti)

Vamos supor agora que "sempre" signifique "ao longo de toda a
dimensão temporal". Admitamos que a dimensão temporal faz parte do
próprio universo. Então a afirmação "o universo sempre existiu"
significaria algo como "o universo existe em todos os pontos da
dimensão temporal do universo", que é uma afirmação trivial!

Como o Roberto disse, a questão da "criação do tempo" não tem sentido.
É uma questão imprópria, com também a questão "porque a coisa X
existe e Y não". São questões impróprias. É mais produtivo assistir
Big Brother Brasil do que perder tempo com essas questões (agora
confesso que apelei!!)

Como escreceu o Colucci, se Deus foi varrido pela ciência para além
do Big-Bang (afirmação imprópria), e se até o Papa admite isso, deixe
Deus lá quieto, que não incomoda ninguém.

[]´s

André baptista





SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: ciência e religião
FROM: "Toledo,Rodrigo" <rodrigotoledo@canbras.net>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/02/2002 21:00

O assunto está ficando filosófico demais ;-)

-----Mensagem original-----
De: Marcos F. Penna [mailto:marcospenna@uol.com.br]
Enviada em: quinta-feira, 14 de fevereiro de 2002 19:58
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Re: ciência e religião



----- Original Message -----
From: Jose Colucci Jr. (Home)
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, February 14, 2002 7:09 PM
Subject: RE: [ciencialist] Re: ciência e religião


>Belisário: "Por que as coisas existem?"<

Pergunta: Existir é mais misterioso do que não existir? Por que?
Colucci


Tento responder com outra pergunta: Será que realmente existimos ou somos
uma mera materialização ficta do pensar?
Saudações,
Marcos.



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: ciência e religião
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/02/2002 21:37


Oi. Não sei o que é mais misterioso, se existir ou não existir,
mas o fato inescapável é que existimos (ou, pelo menos, eu existo).

Mesmo que sejamos uma "materialização ficta do pensar", esse
pensar existiria. Alguma coisa sempre existiria. A máxima de Descartes,
"penso, logo existo", é inescapável.

Se algo existe, por que existe? Por que, ao invés, não existe nada?

Taí Pergunta irrespondível.

E, quando pensamos que as coisas não só existem, mas existem
"muito bem existido", quer dizer, há coisas complexas, há pensamentos e
consciências, há mundos e galáxias, há organismos vivos, há sociedades, há
leis da física que muitas vezes parecem ter sido feitas sob medida para que
o Universo não fosse um mero pleno de matéria ou de vácuo, mas uma
estrutura imensa e variada, então aí a coisa fica realmente feia. Mesmo se
imaginarmos que nada disso existe e é o mero reflexo de um pensar, esse
pensar seria tão complexo quanto esse Universo que vemos, e o problema
persistiria. O mesmo raciocínio vale para uma eventual força criadora
universal e eterna.

Belisário

P.S. - Antes que pensem coisas sobre mim: sou ateu.

At 19:57 14/02/02 -0300, you wrote:

> ----- Original Message -----
> From: Jose Colucci Jr. (Home)
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Thursday, February 14, 2002 7:09 PM
> Subject: RE: [ciencialist] Re: ciência e religião
>
> >Belisário: "Por que as coisas existem?"<
>
> Pergunta: Existir é mais misterioso do que não existir? Por que?
> Colucci
>
> Tento responder com outra pergunta: Será que realmente existimos ou
> somos uma mera materialização ficta do pensar?
> Saudações,
> Marcos.




SUBJECT: Curiosidades incríveis
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/02/2002 23:04


SABIAS QUE:

* É impossível lamberes o teu cotovelo
* Um crocodilo não deita a lingua de fora
* Os camarões têm o coração alojado na cabeça
* Um estudo, que abrangeu cerca 200 mil avestruzes durante mais de 80
anos,não registou um único caso em que uma avestruz fosse vista a enfiar a
cabeça na areia
* Os porcos não são fisicamente capazes de olhar para o céu
* Mais de 50% das pessoas, no mundo inteiro, nunca fizeram nem receberam
chamadas telefonicas
* Os ratos e os cavalos não conseguem vomitar
* Se espirrares com muita força podes partir uma costela
* Se tentares impedir que um espirro seja expelido podes morrer ao causares
a ruptura duma veia no cérebro ou na nuca
* Se mantiveres, à força, os olhos abertos durante um espirro é
possível que eles saiam das órbitas
* Os ratos multiplicam-se tão rapidamente que, em 18 meses, um casal de
ratos pode ter para cima de um milhão de descendentes
* O isqueiro foi inventado antes do fósforo
* 35% das pessoas que utilizam os anúncios em jornais à procura de
companhia são já casadas
* 23% das avarias em fotocopiadoras, a nível mundial, são
causadas por pessoas que se sentam no aparelho para fotocopiarem o traseiro
* Ao longo duma vida, em média, cada pessoa engole durante o
sono cerca de 70 insectos e 10 aranhas
* O pó de arroz inclui quase sempre escamas de peixe na sua
composição
* Tal como as impressões digitais, a superfície da língua é diferente de
pessoa para pessoa
* 75% das pessoas que lêem este e-mail tentam lamber o cotovelo


---------------------------------
Roberto Belisário Diniz
rbdiniz@terra.com.br
Revista Com Ciência - jornalismo científico
www.comciencia.br
Labjor - Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo
www.uniemp.br/labjor/
---------------------------------



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: ciência e religião: Clonagem humana
FROM: "Raul Sturari Jr." <sturari@brturbo.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/02/2002 23:50

Não concordo Sérgio.

Dizer que "a força de criação sempre existiu" não resolve o problema. O "looping" existe sim porque em determinado momento as perguntas serão apenas: e de onde veio essa força criadora? E de onde veio essa força criadora (a última)? E de onde veio essa força criadora (ante-penúltima)? E de onde...

Se você disser que a pergunta não cabe porque ela (a força) sempre existiu, então deverá também abandonar sua afirmação de que " tudo isto à luz das idéias cientificas aceitas hoje em dia", visto que ela não é científica. Filosófica, talvez...

[]s
Raul

----- Original Message -----

From: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
Sent: Thursday, February 14, 2002 12:38 PM

> > Em hipótese alguma,
> > não sou criacionista.
> > Não creio em um Deus,
> > mas em uma força criadora,
> > é impossível que tudo veio do nada.
>
> Não seja ingênuo, Gilberto. Essa falácia "looping" é mais velha que
andar pra trás:
>
> - E de onde veio a força criadora? do nada?
> - Não.
> - Então quem a criou?
>
> Aí me saem com a clássica:
>
> - Ela sempre existiu.
>
> E assim caminha a humanidade...

vejamos:
a humanidade existiu sempre ?
não. foi criada a partir dos seus ancestrais pela lei da evolução (se
é a de Darwin, ou não, não interessa)
e os ancestrais do homem sempre existiram ?
não.

(...)

Afinal o que é comum a tudo isto?
a acção "foi criado por"
E portanto a força de criação sempre existiu.

Portanto, o loop não é eterno, nem sequer é um loop (no maximo um
limite). E muito menos uma falácia. Claro: tudo isto à luz das ideias
cientificas aceites hoje em dia. Não necessáriamente correctas, mas
dá para ter uma ideia geral da coisa.


[]

Sérgio Taborda

----- Original Message -----


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Divulgação Científica
FROM: "Morais" <ardm@unisys.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/02/2002 01:06

bem, é isso que vou contar para para o meu filho... mas claro, em uma forma menos naturalista...

alias, alguem sabe de um livro com uma linguagem para criança que fale exatamente sobre isso? algo para explicar a vida e i universo a nossa volta sem colocar a palavra "deus" no meio....

----- Original Message -----
From: gp
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, February 13, 2002 6:27 PM
Subject: RES: [ciencialist] Divulgação Científica


>>Porque não existe um Pelé da divulgação
científica, ou seja, uma pessoa que desperte nas crianças o amor pela
ciencia.

Simplesmente porque Deus é amor, ciência não.

Imagine:

Filho: Pai porque eu nasci.

Pai: Você nasceu para comer, crescer, descobrir a natureza, morrer,
apodrecer e virar jantarzinho de bactérias decompositoras.



He he

Gilberto


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SUBJECT: [ciencialist] Ateus discriminados?
FROM: "Morais" <ardm@unisys.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/02/2002 01:10


----- Original Message -----
From: Jorge A Quillfeldt
To: fcb@yahoogroups.com
Sent: Friday, February 08, 2002 12:07 PM
Subject: [FCB] Ateus discriminados?


> From the Gallup News Service,
> <http://www.gallup.com/poll/releases/pr990329.asp>this report on a recent
> poll which focused on voting preferences:
>
>"The poll shows that members of certain groups, including atheists,
>homosexuals, and Mormons, could find that these characteristics, even
>today, could be taken into account as negative factors by a sizeable
>portion of the U.S. population."
>
>When 1,014 people were asked if they would vote for people with certain
>characteristics, here's what the poll found (+/- 3% error):
> * 95% would vote for a black candidate
> * 94% would vote for a Jew or a Baptist for president
> * 92% would vote for a Catholic or a woman for president
> * 79% would vote for a Mormon
> * 59% would vote for a homosexual
> * only 49% would vote for an atheist
>The article also shows a history of answers to these questions for years
>going back to 1937 for some questions.
>
>Nearly as shocking to me personally, I found that seven states' (Arkansas,
>Maryland, Pennsylvania, North Carolina, South Carolina, Tennessee and
>Texas) state constitutions "require belief in a higher power to hold
>public office" South Carolina's state supreme court
><http://www.positiveatheism.org/writ/silverman.htm>ruled in 1997 that the
>requirement was unconstitutional, after a College of Charleton professor,
>Herb Silverman, filed suit. Silverman "is an atheist whose application for
>notary public was turned down because he had crossed out the part of an
>oath that read 'so help me God.'" The matter should have been settled in
>1961, when the U.S. Supreme Court ruled that
><http://www.positiveatheism.org/writ/notary.htm>states cannot require
>constitutional officers to profess a belief in God. However, these
>requirements remain on these states' constitutions.
>
>In 1988, George Bush (Sr) told a reporter, "I don't know that atheists
>should be considered as citizens, nor should they be considered as
>patriots. This is one nation under God."
>
>It's clearly still considered acceptable by a very large portion of
>Americans to treat the non-religious as second-class citizens.



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: ciência e religião
FROM: "San Martin" <c.f.a@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/02/2002 01:38


----- Original Message -----
From: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, February 14, 2002 8:58 PM
Subject: [ciencialist] Re: ciência e religião
>
> Como escreceu o Colucci, se Deus foi varrido pela ciência para além
> do Big-Bang (afirmação imprópria), e se até o Papa admite isso, deixe
> Deus lá quieto, que não incomoda ninguém.
>

Aplausos para sua sentença final. Assemelha-se àqueles cachorros ranhetas
que ficam a latir para os carros que passam, mas se um carro pára o que
acontece? Portanto deixe Deus la quieto que não incomoda ninguém, mesmo
porque não saberíamos o que fazer se assim não o procedesse. Apenas
ficaríamos com a mesma cara de tacho dos cachorros ranhetas.




SUBJECT: Re: [ciencialist] porquê do antidarwinismo
FROM: "Morais" <ardm@unisys.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/02/2002 01:39

>A nosso amor a Deus e ao estado pode não passar
>da procura de um substituto para os nossos pais.

há uns dois ou tres anos eu li um livro que tinha uma teoria sobre a necessidade de criar um deus estar relacionado com o fato de os nosso ancestrais (macacos, ou chimpanzes para os intimoa) terem descido das árvores. não lembro direito da teoria só lembro que relacionava essas duas coisas.

tentei procurar um tempo atras esse livro, as nao consegui, sao taaantos aqui em casa que desisti por falta de tempo. alguém já ouviu falar dessa teoria? também não lembro de quem era...




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RES: [ciencialist] Divulgação Científica
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/02/2002 02:14

Não entendi o que quiz dizer.

"Deus é Fiel", ele também poderia ser vascaíno ou palmeirense, prá mim não
faz a menor diferente,
Eu não creio em deuses, mas que eles existem, existem.

Gilberto.


-----Mensagem original-----
De: Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de [mailto:alxmpub@uol.com.br]
Enviada em: quinta-feira, 14 de fevereiro de 2002 17:13
Para: 'ciencialist@yahoogrupos.com.br'
Assunto: RES: [ciencialist] Divulgação Científica


Outro dia vi um adesivo colado no bagageiro de um motoboy: "DEU É FIEL"

> -----Mensagem original-----
> De: gp [mailto:sunriseg@terra.com.br]
> Enviada em: Quarta-feira, 13 de Fevereiro de 2002 18:27
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Assunto: RES: [ciencialist] Divulgação Científica
>
>
> >>Porque não existe um Pelé da divulgação
> científica, ou seja, uma pessoa que desperte nas crianças o amor pela
> ciencia.
>
> Simplesmente porque Deus é amor, ciência não.
>
> Imagine:
>
> Filho: Pai porque eu nasci.
>
> Pai: Você nasceu para comer, crescer, descobrir a natureza, morrer,
> apodrecer e virar jantarzinho de bactérias decompositoras.
>
>
>
> He he
>
> Gilberto
>
>
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SUBJECT: RES: [ciencialist] ciência e religião: Clonagem humana
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/02/2002 02:18

Vida Eterna, nossa, dos nossos genes, das nossas moléculas, dos nossos
átomos ou de nossa energia.

Como melhor definiríamos a palavra Vida.

Um átomo teria vida 2


Gilberto


Não estranhem o uso do numero dois, meu teclado "deu pau" e estou sem ponto
de interrogação.


Compactuo desse raciocínio que, por extensão, também
aplica-se à questão da vida eterna após a morte: a vida
eterna não resolve o enigma da vida.

[]'s

Alexandre Medeiros



SUBJECT: Interpretacoes da Psicanalise - 2
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/02/2002 02:19

Oi Takata e lista,

Manuel escrevera: Resta saber quais são os fundamentos da psicanálise.
Segundo Freud, são pedras angulares da teoria psicanalítica: a )A
pressuposição de existirem processos mentais inconscientes; b) O
reconhecimento da teoria da resistência e repressão; c) A apreciação da
importância da sexualidade e do complexo de Édipo. (Freud; Obras Completas;
Volume XVIII; Dois Verbetes; A -Psicanálise; Ed. Imago).

Takata: Ok. Assim fica mais claro.

Porém, a validade da Psicanálise como técnica terapêutica não parece q. siga
direto e reto da eventual aceitação dos três postulados.

Manuel: A psicanálise como técnica terapêutica e de interpretação do
discurso depende da aceitação de pelo menos dois desses postulados: o
reconhecimento de processos mentais inconscientes e da teoria da resistência
e repressão.

Takata: A técnica de livre-associação, por exemplo, não teria embasamento
apenas nesses postulados. (Nem a hipnose ou outros instrumentos utilizados
pelo psicanalista.)

Manuel: Livre-associação de idéias significa associação de idéias livre (mas
não totalmente livre) da interferência do ego "consciente" e racionalizador.
Na livre-associação o inconsciente fala mais alto e as leis que a regem são
unicamente as duas mediante as quais a linguagem humana se formou: a lei da
similaridade (metáfora) e a da contiguidade (metonímia). Bem, isso é apenas
uma hipótese fundada em fartos dados empíricos. Não é uma certeza.

É oportuno lembrar que a psicanálise não faz uso da hipnose. Freud, em sua
juventude, valeu-se do método catártico de Josef Breuer que, por sua vez,
valia-se da hipnose, mas abondonou-o depois e por muitas razões. Foi somente
a partir dessa sua ruptura com Breuer que surgiu a técnica psicanalítica.

Mas Freud jamais deixou de render tributos à hipnose. Certa vez ele
escreveu: "Importa, antes de tudo, que se reconhecia a genuinidade desses
fenômenos. (...) pelo comportamento do sujeito da experiência, depois da
hipnose, tinha-se a claríssima impressão da existência de certos processos
anímicos aos quais só se podia denominar de "inconscientes". O
"inconsciente", aliás, já era, de há muito, conceito teórico em discussão
entre os filósofos, mas aqui, nos fenômenos do hipnotismo, tornou-se algo
real, tangível e objeto da experiência. Juntou-se a isto o fato de que os
fenômenos hipnóticos mostraram evidente semelhança com as manifestações de
certas neuroses."

E, realmente, a técnica da hipnose torna real, tangível e objeto de
experiência os processos mentais inconscientes. Como o caso banalíssimo de
indivíduos que, após o transe hipnótico, obedecerem a comandos que eles não
se lembram. O psicólogo Malomar Lund Edelweiss cita um caso: <<No meu tempo
de estreante na prática da hipnose, um de meus alunos, de vinte e pouco
anos, aceitou minha proposta de experimentar se ele era capaz de entrar em
hipnose. Em sessões sucessivas, com espaço de alguns dias entre uma e outra,
pela quadragésima hora, percebi que o jovem entrara em sonambulismo.
Estávamos sentados em cadeiras comuns, frente a frente, com uma mesinha de
permeio. Escrevi uma frase. Fiz do bilhetinho uma bolinha que segurei entre
o polegar e o indicador da mão direita, apoiando o cotovelo sobre a mesa.
Meu antebraço estava levantado de tal maneira que minha mão ficasse bem à
altura dos olhos do aluno. Disse-lhe então que, quando eu lhe pedisse para
abrir os olhos, me perguntasse que horas eram, e esquecesse o meu comando.
Decorrido o fato, segundo o planejado, o rapaz, que tinha relógio de pulso,
moveu um pouco o braço correspondente, ao despertar e, de imediato,
interrogou: "Que horas são?" - Respondi-lhe: "Pegue esta bolinha de papel
que estou segurando, abra e leia". Assim o fez. Eu escrevera: "Ao abrir os
olhos, pergunte-me que horas são". Ele aceitou o fato de que se
hipnotizara.>>

Takata: Eu ainda desconfio q. o excesso do peso da sexualidade se deva aos
pacientes vitorianos de Freud.

Manuel: Muitos psicanalistas, como os da escola culturalista, também acham
isso. O indício seria a rígida moral protestante vigente naquela época e, na
sua esteira, a demonização do sexo e do prazer. Mas, em contrapartida, há
muito mais indícios de que Freud estava certo ou que há algo de universal em
sua teoria da libido, entre os quais posso citar o fato de a sexualidade
humana, como, de resto, em muitos outros primatas (pense nos bonobos), está
largamente dissociada da reprodução, isto é, nos primatas a sexualidade é
multifuncional. Entre os bonobos, segundo os primatologistas Richard
Wrangham e Dale Peterson, "tudo se faz em troca de sexo" e relações
homossexuais são comuns. Freud excluiu a homossexualidade da classe das
perversões, considerando-a uma disposição natural na espécie humana. Claro
que existem raras exceções, eu, por exemplo, um heterossexual da gota serena
até nas profundezas abissais do inconsciente, nascido no mais escondido
grotão do sertão dos Inhamuns (fronteira do Ceará com o Piauí) e bisneto de
cangaceiro. Duvida? :-(

Outro indício é a função simbólica do órgão sexual masculino entre os
primatas, incluindo-se o homem: o pênis como símbolo de dominância
hierárquica. Os dados empíricos colhidos pelos primatologistas são
incontroversos. A controvérsia só surge quando o macaco em questão é o
homem. Não sei se a razão desta controvérsia está no objeto investigado (o
homem natural) ou no sujeito investigador (o homem moral, que confunde 'ser'
com 'dever-ser').

Há ainda outro indício: a curva da testosterona, o hormônio da libido,
coincide com a teoria freudiana do caráter difásico da sexualidade humana.
Segundo Freud, a sexualidade desenvolve-se nos seres humanos em duas fases:
na primeira infância -- a qual se segue um período de latência -- e na
puberdade. Segundo Aron (1984), Mac Lusky (1986) e Bourguignon (História
Natural do Homem; Zahar; pp. 173/174), foi observado em recém-nascidos
machos de várias espécies de mamíferos, entre as quais o homem, uma secreção
de testosterona muito intensa, fenômeno este que ficou conhecido como'crise
testicular neonatal'. 'No menino' -- escreveu o neurologista André
Bourguignon -- 'a taxa de testosterona chega à metade da do adulto já na
segunda hora de vida e, após um decréscimo, continua alta do segundo ao
sexto mês. Diminui depois, até atingir taxas muito baixas (1% da taxa
adulta) que se mantêm até os oito-dez anos, depois voltam a subir
progressivamente, até a puberdade. (...) Quanto às meninas, é entre o sexto
e o décimo segundo mês que uma atividade ovariana se acentua muito
nitidamente.' (HNH; pp. 173/174) -- Juro que é a última vez que transcrevo
esse texto!

Manuel: Creio que foi o Takata que certa vez postou aqui na ciencialist um
artigo sobre o que seria uma comprovação experimental do mecanismo psíquico
da resistência e da repressão.

Takata: Nosso colega Ronaldo Cordeiro discorda, já q. a repressão da
lembrança no experimento era voluntária, entre outras coisas.

Manuel: O nosso colega Ronaldo Cordeiro é um behaviorista, pelo menos é o
que ele deixa transparecer em seus textos, por sinal muito bons, muito bem
fundamentados. Infelizmente, essas duas correntes da psicologia (psicanálise
e behaviorismo) são como dois bicudos que jamais se beijam. Há preconceitos
de ambos os lados, penso eu. Da minha parte (que não é de se levar muito a
sério), considero muito interessante o behaviorismo; acho que, por meio do
seu método, podemos elucidar alguma coisa importante do psiquismo humano.
Presumo, porém, que alguma outra coisa talvez muito mais interessante do
psiquismo humano não é discernível por meio da sua técnica e escapa ao seu
poder de análise.

Ao argumento do Ronaldo (que não conheço na íntegra), posso
contra-argumentar (um contra-argumento bem chinfrim, admito) que, assim como
o experimento em questão não prova ou desprova a teoria da resistência e
repressão de Freud "porque a repressão no experimento era voluntária", do
mesmo modo os "achados" do behaviorismo só são válidos para pombos, ratos ou
humanos que se encontram num ambiente artificial criado pelo cientista, o
"laboratório", em que os estímulos são pré-determinados e isolados de todo o
resto do ambiente pelo psicólogo e que, de um certo modo e por sua vez,
pré-determinam as respostas. Pombo-de-laboratório é uma coisa; pombo em seu
habitat natural é outra coisa "absolutamente" diferente. -- Desta última
assertiva, só discordo do que há entre as duas últimas aspas.

Manuel: "Entre os macacos japoneses, a classe social é mantida e reforçada
por um ritual diário: os machos das castas inferiores adotam a posição
sexual submissa característica da fêmea no cio e são, de forma rápida e
cerimonial, montados por machos de castas superiores. Essas encenações são
ao mesmo tempo comuns e superficiais. Parecem ter pouco conteúdo sexual, mas
servem como símbolos de fácil entendimento de quem é quem em uma sociedade
complexa. (...) A exibição sexual é um ritual derivado do comportamento
sexual, mas que serve a propósitos sociais e não reprodutores." (Carl Sagan;
Os Dragões do Édem)

Takata: Um problema e' q. entre humanos nao se observa esse tipo de
comportamento. Nem a passividade na relacao homossexual parece ligada 'a
posicao nas camadas socio-economicas.

Manuel: Entre humanos não se observa esse tipo de comportamento? É só olhar
ao redor, observar atentamente o comportamento dos nossos semelhantes e o
nosso próprio comportamento, para concluir que o que diferencia um chimpanzé
de um homem é o nosso poder maior de abstração, apenas. Entre nós, humanos,
ao invés de montar no que pressupomos ser um inferior ameaçando a nossa
posição hierárquica, limitamo-nos a dar-lhe um cotoco ou uma banana ou
mostrar-lhe qualquer outro símbolo "fálico". Se uma fêmea de bonobo
pertencente a uma casta 'superior', após surrar um macho de uma casta
'inferior', monta nele, simulando ritualisticamente uma relação sexual em
que ela é o ativo e ele o passivo, invertendo a ordem natural das coisas,
isso ocorre também entre os seres humanos. Mulheres também dão cotoco ou
banana ou ordenam: "foda-se!" ou "vai (venha) tomar no cu, viado!" As
mulheres também são, amiúde, fálicas. Se o órgão masculino, do ponto de
vista anatômico, é uma característica apenas dos homens, o pênis como
símbolo de poder é muito mais, digamos assim, democrático.

Manuel: Quanto ao falo e ao medo de castração, importa dizer que o órgão
genital masculino é um "símbolo" inato, símbolo de potência entre muitos
primatas...

Takata: Não nos esqueçamos das sociedades matriarcais.

Manuel: E quem disse que as mulheres não podem ser fálicas? Vou dar-lhe um
exemplo de sociedade matriarcal, a da tribo dos 'nuers', do Sudão. Neste
tipo de comunidade humana, as mulheres podem, se suficientemente ricas
(riqueza medida em cabeças de gado), desposar uma ou várias outras mulheres.
Nesta comunidade, há as mulheres-maridos e as mulheres-esposas (Marshall
Sahlins; 'Critique de la sociobiologie'). Obviamente que as mulheres-esposas
serão fecundadas pelos parentes próximos das mulheres-maridos. Mas o pai das
crianças, ninguém duvide, são elas, as poderosas.

Outro dado interessante a ser levado em conta: em jazigos achaulenses de
Burbach (Baixo-Reno), foram encontrados pré-molares de hipopótamos
esculpidos e que aparesentam a forma precisa de um pênis ereto ou falo.
Segundo os paleantropólogos Franck Bourdier e Forrer (Pré-histoire de
France, Flammarion, p. 174), seriam pingentes de colares usados no pescoço
ou na cintura por mulheres que ocupavam alguma posição proeminente na
comunidade. Sobre este assunto, ver 'Estudos Sobre a Origem da Consciência e
da Linguagem; Trân-Duc-Thao; Editorial Estampa; pp. 217/298; 1974).

Manuel: Você não acha que a prática da masturbação na criança não é um forte
indício de que realmente existe uma sexualidade infantil?

Takata: Depende do q. se entende por sexualidade. Em especial, sexualidade
infantil. Se a minha sobrinha aos 4 anos reconhece suas partes pudendas
podemos dizer q. ela tem alguma noção de sexualidade. Mas isso é diferente
de ter uma conotação sexual.Uma sensualidade mais marcante da sexualidade
adulta, um erotismo por assim dizer.

Manuel: A sexualidade infantil de que fala Freud é sinônimo de "erotismo"
infantil. A criança manipula o próprio pênis "em ereção" e obtém prazer com
esta atividade. Uma conhecida minha guarda até hoje o "Diário do bebê", um
caderno onde registrava tudo que acontecia com seus filhos, de doenças a
"gracinhas". No diário do seu filho mais velho, consta lá -- ela me mostrou
isso rindo e manifestando orgulho -- uma anotação com data de fevereiro de
1970 (seu filho tinha então seis anos e seis meses de idade) sobre uma
pergunta que o menininho lhe fizera: "Mãe, por que é que quando eu penso
imoralidade a minha pinta fica dura?" -- Tenho como conseguir este registro.
Com certeza tanto a senhora como seu filho --
hoje quase um quarentão -- não farão nenhuma objeção a sua divulgação para
fins científicos. Se quiserem, posso escanear a página do caderno e deixar o
documento a mostra na internet.

Mas acredito que todos os que têm filhos pequenos observam isso com certa
freqüência.

Abraços,
Manuel Bulcão







SUBJECT: Re: [ciencialist] Proposito
FROM: "San Martin" <c.f.a@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/02/2002 02:22


----- Original Message -----
From: "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, February 14, 2002 8:07 PM
Subject: [ciencialist] Proposito


> Acompanhando essas discussoes lembrei de um trecho bem humorado do
> livro "Ensaios Impopulares" do Bertrand Russell, que acabei de ler.
>
> Transcrevo uma parte...
>
> A vaca, tendo sabido de uma
> companheira que se extraviou junto a linha ferroviaria e foi morta
> por um trem, continuaria com suas reflexoes filosoficas, se fosse
> dotada do moderado grau de inteligencia que caracteriza a maioria das
> criaturas humanas,

Nestre trecho duas observações bem chamativas: As reflexões filosóficas da
vaca e o moderado grau de inteligência que caracteriza a maioria das
criaturas humanas. Se o que sobra dessa maioria não for ofensivo para os
bovinos teremos um senso comum ao menos.
São só minhas elucubrações, nada sério mesmo.
No mais, gostei bem do texto e das conclusões em especial.
Obrigado Brudna
Aldo.




SUBJECT: RES: [ciencialist] ciência e religião: Clonagem humana
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/02/2002 02:23

Concordo contigo Rodrigo,
as pessoas podem brincar com as palavras,
criar gírias, metáforas,
no livro de Marcelo Gleiser, ela fala de um força DEUS ( GOD ).
Neste caso metafórico.

O problema e quando as pessoas acreditam que exista um velho barbudo
com a bunda ataxada a um trono velho e comandando a gente aqui embaixo.
E a mesma coisa que acreditar que quando chove São Pedro ou os anjos estão
urinando no céu.
E se você perguntar para um fanático para onde vai o odor da amônio,
é capaz de ele dizer que as nuvens filtram.


Gilberto.


Em hipótese alguma,
não sou criacionista.
Não creio em um Deus,
mas em uma força criadora,
é impossível que tudo veio do nada.

Essa força criadora pode chama-se Deus ;-)
[]'s
Rodrigo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Desprezo da Ciencia ?
FROM: "San Martin" <c.f.a@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/02/2002 02:27


----- Original Message -----
From: Luis Roberto Brudna
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, February 14, 2002 2:06 PM
Subject: Re: [ciencialist] Desprezo da Ciencia ?


Sergio M. M. Taborda escreveu
Sobre a votação a decorrer na lista intitulada:

"Por que há um "desprezo" das Ciências pela sociedade como um todo?
(Se nenhuma das respostas for satisfatória, envie seu comentário em
pvt)"

Eu até enviaria meu comentário se soubesse para onde...
- - -

Tudo me leva a crer que seja para este endereço sergiotaborda@netcabo.pt
Mas é melhor certificar-se na mensagem que recebeu se o nome é esse mesmo.
Espero ter ajudado.
Aldo.




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RES: [ciencialist] porquê do antidarwinismo
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/02/2002 02:42

Ainda bem que inventaram o código Braile,
para ti tudo é cego.

Bem João, acho interessante esta Teoria Centralizadora,
uma vez que se analisarmos somos uma colônia de bactérias, células etc...
Tudo funciona como um relógio, se entra um corpo estranho, nosso sistema de
defesa entra em ação,
comparado com o seu formigueiro, qualquer intruso neste é atacado pelos
soldados,
a comando da rainha, sinceramente não sei como funciona a comunicação entre
formigas,
já ouvi sobre telepatia, mas pouco provável,
ainda mais sabendo que existem freqüências que não captamos com nosso órgãos
dos sentidos limitados.
A formiga rainha seria o cérebro do formigueiro.

mas... sempre existem os masss........

Isto parece uma mudança em um dos trechos do Gene Egoísta,
neste livro fala-se sobre o funcionamento de um formigueira e
sinceramente via ali um organismo, não como o nosso. Mas um organismo.

Talvez o cosmo seja um organismo, não como nós.

A grande questão e sempre tornarmos como base nós mesmos.
Temos uma concepção de inteligência,
e em outra lista li, bactérias e outros seres,
excetuando o bendito do macaco darwiniano e os golfinhos
fez sucesso o Flipper), não tem inteligência pois não são capazes de
"processar informações",
caramba já ouvi falar que o DNA efetua uma espécie de álgebra booleana assim
como em circuitos de computador,
será que bactérias não tem DNA e se eles "fazem cálculos" não processam
informação 2

Agora, voltando a cegueira de tua argumentação.

Não é cegamente que se faz um elefante,
seguindo a lógica evolutiva, aquela estrutura inútil que vive na África,
deve ser uma espécie evoluída dos mamutes, que melhor se adaptou a mudança
climática.

Ou realmente como a Natureza não tem objetivos, o elefante existe por
existir.

Concluindo: somos o que somos, por sermos o que somos.


Gilberto



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: ciência e religião
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/02/2002 02:43

Quem sabe somos o produto resultante
do mundo das Idéias de Platão.

Gilberto


>Belisário: "Por que as coisas existem?"<

Pergunta: Existir é mais misterioso do que não existir? Por que?
Colucci


Tento responder com outra pergunta: Será que realmente existimos ou somos
uma mera materialização ficta do pensar?
Saudações,
Marcos.



SUBJECT: RES: [ciencialist] Curiosidades incríveis
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/02/2002 02:48

Sinceramente não tive o interesse de lamber meu cotovelo,
é matematicamente impossível,
nem contorcionista consegue.

Gilberto

-----Mensagem original-----
De: Roberto Belisário [mailto:rbdiniz@terra.com.br]
Enviada em: quinta-feira, 14 de fevereiro de 2002 23:04
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Curiosidades incríveis



SABIAS QUE:

* É impossível lamberes o teu cotovelo
* Um crocodilo não deita a lingua de fora
* Os camarões têm o coração alojado na cabeça
* Um estudo, que abrangeu cerca 200 mil avestruzes durante mais de 80
anos,não registou um único caso em que uma avestruz fosse vista a enfiar a
cabeça na areia
* Os porcos não são fisicamente capazes de olhar para o céu
* Mais de 50% das pessoas, no mundo inteiro, nunca fizeram nem receberam
chamadas telefonicas
* Os ratos e os cavalos não conseguem vomitar
* Se espirrares com muita força podes partir uma costela
* Se tentares impedir que um espirro seja expelido podes morrer ao causares
a ruptura duma veia no cérebro ou na nuca
* Se mantiveres, à força, os olhos abertos durante um espirro é
possível que eles saiam das órbitas
* Os ratos multiplicam-se tão rapidamente que, em 18 meses, um casal de
ratos pode ter para cima de um milhão de descendentes
* O isqueiro foi inventado antes do fósforo
* 35% das pessoas que utilizam os anúncios em jornais à procura de
companhia são já casadas
* 23% das avarias em fotocopiadoras, a nível mundial, são
causadas por pessoas que se sentam no aparelho para fotocopiarem o traseiro
* Ao longo duma vida, em média, cada pessoa engole durante o
sono cerca de 70 insectos e 10 aranhas
* O pó de arroz inclui quase sempre escamas de peixe na sua
composição
* Tal como as impressões digitais, a superfície da língua é diferente de
pessoa para pessoa
* 75% das pessoas que lêem este e-mail tentam lamber o cotovelo


---------------------------------
Roberto Belisário Diniz
rbdiniz@terra.com.br
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SUBJECT: Psicanalise e fotocopiadoras
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/02/2002 03:58

Olá!!!

O Belisário escreveu: 23% das avarias em fotocopiadoras, a nível mundial,
são causadas por pessoas que se sentam no aparelho para fotocopiarem o
traseiro.

Manuel: Isso é uma prova cabal de que existe uma libido anal; que o cu é
algo muito significativo para a grande maioria das pessoas.

Rapaz, esse Freud...

[]s
Manuel Bulcão




SUBJECT: Interpretacoes da psicanalise -2
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/02/2002 04:19

Oi Takata e lista,

Manuel escrevera: Resta saber quais são os fundamentos da psicanálise.
Segundo Freud, são pedras angulares da teoria psicanalítica: a )A
pressuposição de existirem processos mentais inconscientes; b) O
reconhecimento da teoria da resistência e repressão; c) A apreciação da
importância da sexualidade e do complexo de Édipo. (Freud; Obras Completas;
Volume XVIII; Dois Verbetes; A -Psicanálise; Ed. Imago).

Takata: Ok. Assim fica mais claro.

Porém, a validade da Psicanálise como técnica terapêutica não parece q. siga
direto e reto da eventual aceitação dos três postulados.

Manuel: A psicanálise como técnica terapêutica e de interpretação do
discurso depende da aceitação de pelo menos dois desses postulados: o
reconhecimento de processos mentais inconscientes e da teoria da resistência
e repressão.

Takata: A técnica de livre-associação, por exemplo, não teria embasamento
apenas nesses postulados. (Nem a hipnose ou outros instrumentos utilizados
pelo psicanalista.)

Manuel: Livre-associação de idéias significa associação de idéias livre (mas
não totalmente livre) da interferência do ego "consciente" e racionalizador.
Na livre-associação o inconsciente fala mais alto e as leis que a regem são
unicamente as duas mediante as quais a linguagem humana se formou: a lei da
similaridade (metáfora) e a da contiguidade (metonímia). Bem, isso é apenas
uma hipótese fundada em fartos dados empíricos. Não é uma certeza.

É oportuno lembrar que a psicanálise não faz uso da hipnose. Freud, em sua
juventude, valeu-se do método catártico de Josef Breuer que, por sua vez,
valia-se da hipnose, mas abondonou-o depois e por muitas razões. Foi somente
a partir dessa sua ruptura com Breuer que surgiu a técnica psicanalítica.

Mas Freud jamais deixou de render tributos à hipnose. Certa vez ele
escreveu: "Importa, antes de tudo, que se reconhecia a genuinidade desses
fenômenos. (...) pelo comportamento do sujeito da experiência, depois da
hipnose, tinha-se a claríssima impressão da existência de certos processos
anímicos aos quais só se podia denominar de "inconscientes". O
"inconsciente", aliás, já era, de há muito, conceito teórico em discussão
entre os filósofos, mas aqui, nos fenômenos do hipnotismo, tornou-se algo
real, tangível e objeto da experiência. Juntou-se a isto o fato de que os
fenômenos hipnóticos mostraram evidente semelhança com as manifestações de
certas neuroses."

E, realmente, a técnica da hipnose torna real, tangível e objeto de
experiência os processos mentais inconscientes. Como o caso banalíssimo de
indivíduos que, após o transe hipnótico, obedecerem a comandos que eles não
se lembram. O psicólogo Malomar Lund Edelweiss cita um caso: <<No meu tempo
de estreante na prática da hipnose, um de meus alunos, de vinte e pouco
anos, aceitou minha proposta de experimentar se ele era capaz de entrar em
hipnose. Em sessões sucessivas, com espaço de alguns dias entre uma e outra,
pela quadragésima hora, percebi que o jovem entrara em sonambulismo.
Estávamos sentados em cadeiras comuns, frente a frente, com uma mesinha de
permeio. Escrevi uma frase. Fiz do bilhetinho uma bolinha que segurei entre
o polegar e o indicador da mão direita, apoiando o cotovelo sobre a mesa.
Meu antebraço estava levantado de tal maneira que minha mão ficasse bem à
altura dos olhos do aluno. Disse-lhe então que, quando eu lhe pedisse para
abrir os olhos, me perguntasse que horas eram, e esquecesse o meu comando.
Decorrido o fato, segundo o planejado, o rapaz, que tinha relógio de pulso,
moveu um pouco o braço correspondente, ao despertar e, de imediato,
interrogou: "Que horas são?" - Respondi-lhe: "Pegue esta bolinha de papel
que estou segurando, abra e leia". Assim o fez. Eu escrevera: "Ao abrir os
olhos, pergunte-me que horas são". Ele aceitou o fato de que se
hipnotizara.>>

Takata: Eu ainda desconfio q. o excesso do peso da sexualidade se deva aos
pacientes vitorianos de Freud.

Manuel: Muitos psicanalistas, como os da escola culturalista, também acham
isso. O indício seria a rígida moral protestante vigente naquela época e, na
sua esteira, a demonização do sexo e do prazer. Mas, em contrapartida, há
muito mais indícios de que Freud estava certo ou que há algo de universal em
sua teoria da libido, entre os quais posso citar o fato de a sexualidade
humana, como, de resto, em muitos outros primatas (pense nos bonobos), está
largamente dissociada da reprodução, isto é, nos primatas a sexualidade é
multifuncional. Entre os bonobos, segundo os primatologistas Richard
Wrangham e Dale Peterson, "tudo se faz em troca de sexo" e relações
homossexuais são comuns. Freud excluiu a homossexualidade da classe das
perversões, considerando-a uma disposição natural na espécie humana. Claro
que existem raras exceções, eu, por exemplo, um heterossexual da gota serena
até nas profundezas abissais do inconsciente, nascido no mais escondido
grotão do sertão dos Inhamuns (fronteira do Ceará com o Piauí) e bisneto de
cangaceiro. Duvida? :-(

Outro indício é a função simbólica do órgão sexual masculino entre os
primatas, incluindo-se o homem: o pênis como símbolo de dominância
hierárquica. Os dados empíricos colhidos pelos primatologistas são
incontroversos. A controvérsia só surge quando o macaco em questão é o
homem. Não sei se a razão desta controvérsia está no objeto investigado (o
homem natural) ou no sujeito investigador (o homem moral, que confunde 'ser'
com 'dever-ser').

Há ainda outro indício: a curva da testosterona, o hormônio da libido,
coincide com a teoria freudiana do caráter difásico da sexualidade humana.
Segundo Freud, a sexualidade desenvolve-se nos seres humanos em duas fases:
na primeira infância -- a qual se segue um período de latência -- e na
puberdade. Segundo Aron (1984), Mac Lusky (1986) e Bourguignon (História
Natural do Homem; Zahar; pp. 173/174), foi observado em recém-nascidos
machos de várias espécies de mamíferos, entre as quais o homem, uma secreção
de testosterona muito intensa, fenômeno este que ficou conhecido como'crise
testicular neonatal'. 'No menino' -- escreveu o neurologista André
Bourguignon -- 'a taxa de testosterona chega à metade da do adulto já na
segunda hora de vida e, após um decréscimo, continua alta do segundo ao
sexto mês. Diminui depois, até atingir taxas muito baixas (1% da taxa
adulta) que se mantêm até os oito-dez anos, depois voltam a subir
progressivamente, até a puberdade. (...) Quanto às meninas, é entre o sexto
e o décimo segundo mês que uma atividade ovariana se acentua muito
nitidamente.' (HNH; pp. 173/174) -- Juro que é a última vez que transcrevo
esse texto!

Manuel: Creio que foi o Takata que certa vez postou aqui na ciencialist um
artigo sobre o que seria uma comprovação experimental do mecanismo psíquico
da resistência e da repressão.

Takata: Nosso colega Ronaldo Cordeiro discorda, já q. a repressão da
lembrança no experimento era voluntária, entre outras coisas.

Manuel: O nosso colega Ronaldo Cordeiro é um behaviorista, pelo menos é o
que ele deixa transparecer em seus textos, por sinal muito bons, muito bem
fundamentados. Infelizmente, essas duas correntes da psicologia (psicanálise
e behaviorismo) são como dois bicudos que jamais se beijam. Há preconceitos
de ambos os lados, penso eu. Da minha parte (que não é de se levar muito a
sério), considero muito interessante o behaviorismo; acho que, por meio do
seu método, podemos elucidar alguma coisa importante do psiquismo humano.
Presumo, porém, que alguma outra coisa talvez muito mais interessante do
psiquismo humano não é discernível por meio da sua técnica e escapa ao seu
poder de análise.

Ao argumento do Ronaldo (que não conheço na íntegra), posso
contra-argumentar (um contra-argumento bem chinfrim, admito) que, assim como
o experimento em questão não prova ou desprova a teoria da resistência e
repressão de Freud "porque a repressão no experimento era voluntária", do
mesmo modo os "achados" do behaviorismo só são válidos para pombos, ratos ou
humanos que se encontram num ambiente artificial criado pelo cientista, o
"laboratório", em que os estímulos são pré-determinados e isolados de todo o
resto do ambiente pelo psicólogo e que, de um certo modo e por sua vez,
pré-determinam as respostas. Pombo-de-laboratório é uma coisa; pombo em seu
habitat natural é outra coisa "absolutamente" diferente. -- Desta última
assertiva, só discordo do que há entre as duas últimas aspas.

Manuel: "Entre os macacos japoneses, a classe social é mantida e reforçada
por um ritual diário: os machos das castas inferiores adotam a posição
sexual submissa característica da fêmea no cio e são, de forma rápida e
cerimonial, montados por machos de castas superiores. Essas encenações são
ao mesmo tempo comuns e superficiais. Parecem ter pouco conteúdo sexual, mas
servem como símbolos de fácil entendimento de quem é quem em uma sociedade
complexa. (...) A exibição sexual é um ritual derivado do comportamento
sexual, mas que serve a propósitos sociais e não reprodutores." (Carl Sagan;
Os Dragões do Édem)

Takata: Um problema e' q. entre humanos nao se observa esse tipo de
comportamento. Nem a passividade na relacao homossexual parece ligada 'a
posicao nas camadas socio-economicas.

Manuel: Entre humanos não se observa esse tipo de comportamento? É só olhar
ao redor, observar atentamente o comportamento dos nossos semelhantes e o
nosso próprio comportamento, para concluir que o que diferencia um chimpanzé
de um homem é o nosso poder maior de abstração, apenas. Entre nós, humanos,
ao invés de montar no que pressupomos ser um inferior ameaçando a nossa
posição hierárquica, limitamo-nos a dar-lhe um cotoco ou uma banana ou
mostrar-lhe qualquer outro símbolo "fálico". Se uma fêmea de bonobo
pertencente a uma casta 'superior', após surrar um macho de uma casta
'inferior', monta nele, simulando ritualisticamente uma relação sexual em
que ela é o ativo e ele o passivo, invertendo a ordem natural das coisas,
isso ocorre também entre os seres humanos. Mulheres também dão cotoco ou
banana ou ordenam: "foda-se!" ou "vai (venha) tomar no cu, viado!" As
mulheres também são, amiúde, fálicas. Se o órgão masculino, do ponto de
vista anatômico, é uma característica apenas dos homens, o pênis como
símbolo de poder é muito mais, digamos assim, democrático.

Manuel: Quanto ao falo e ao medo de castração, importa dizer que o órgão
genital masculino é um "símbolo" inato, símbolo de potência entre muitos
primatas...

Takata: Não nos esqueçamos das sociedades matriarcais.

Manuel: E quem disse que as mulheres não podem ser fálicas? Vou dar-lhe um
exemplo de sociedade matriarcal, a da tribo dos 'nuers', do Sudão. Neste
tipo de comunidade humana, as mulheres podem, se suficientemente ricas
(riqueza medida em cabeças de gado), desposar uma ou várias outras mulheres.
Nesta comunidade, há as mulheres-maridos e as mulheres-esposas (Marshall
Sahlins; 'Critique de la sociobiologie'). Obviamente que as mulheres-esposas
serão fecundadas pelos parentes próximos das mulheres-maridos. Mas o pai das
crianças, ninguém duvide, são elas, as poderosas.

Outro dado interessante a ser levado em conta: em jazigos achaulenses de
Burbach (Baixo-Reno), foram encontrados pré-molares de hipopótamos
esculpidos e que aparesentam a forma precisa de um pênis ereto ou falo.
Segundo os paleantropólogos Franck Bourdier e Forrer (Pré-histoire de
France, Flammarion, p. 174), seriam pingentes de colares usados no pescoço
ou na cintura por mulheres que ocupavam alguma posição proeminente na
comunidade. Sobre este assunto, ver 'Estudos Sobre a Origem da Consciência e
da Linguagem; Trân-Duc-Thao; Editorial Estampa; pp. 217/298; 1974).

Manuel: Você não acha que a prática da masturbação na criança não é um forte
indício de que realmente existe uma sexualidade infantil?

Takata: Depende do q. se entende por sexualidade. Em especial, sexualidade
infantil. Se a minha sobrinha aos 4 anos reconhece suas partes pudendas
podemos dizer q. ela tem alguma noção de sexualidade. Mas isso é diferente
de ter uma conotação sexual.Uma sensualidade mais marcante da sexualidade
adulta, um erotismo por assim dizer.

Manuel: A sexualidade infantil de que fala Freud é sinônimo de "erotismo"
infantil. A criança manipula o próprio pênis "em ereção" e obtém prazer com
esta atividade. Uma conhecida minha guarda até hoje o "Diário do bebê", um
caderno onde registrava tudo que acontecia com seus filhos, de doenças a
"gracinhas". No diário do seu filho mais velho, consta lá -- ela me mostrou
isso rindo e manifestando orgulho -- uma anotação com data de fevereiro de
1970 (seu filho tinha então seis anos e seis meses de idade) sobre uma
pergunta que o menininho lhe fizera: "Mãe, por que é que quando eu penso
imoralidade a minha pinta fica dura?" -- Tenho como conseguir este registro.
Com certeza tanto a senhora como seu filho --
hoje quase um quarentão -- não farão nenhuma objeção a sua divulgação para
fins científicos. Se quiserem, posso escanear a página do caderno e deixar o
documento a mostra na internet.

Mas acredito que todos os que têm filhos pequenos observam isso com certa
freqüência.

Abraços,
Manuel Bulcão


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Deus e' nada; logo, nao ha' deus
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/02/2002 04:47

Bom dia.

Imaginem o que se pode tirar de nada: +1 -1; +3.082.435.999 - 3.082.435.999; qualquer coisa que possa ser anulada por outra coisa qualquer de igual valor mas com sinal contrário, etc. Significa que do nada podemos tirar algo tão estupendamente grande quando um universo.

Algo me diz que o universo em que vivemos é uma redundância, um nada metido a besta.

Se isto for verdade, o que nos resta a fazer?

Abraços nihilistas,
Manuel Bulcão


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Reclamam demais!
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/02/2002 05:08

Então vamos nós da ciencialist criar uma revista de divulgação científica. Por aqui, talento é o que não falta. O que falta é coragem e auto-confiança. Bando de medrosos.

[]s
Manuel Bulcão


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Reclamam demais!
FROM: Nicolau Werneck <nwerneck@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/02/2002 07:35

> Então vamos nós da ciencialist criar uma revista de
> divulgação científica. Por aqui, talento é o que não
> falta. O que falta é coragem e auto-confiança. Bando
> de medrosos.
nóóóó, nóóóó, intimou :)

Eu nem sei muito de ciência, mas escrevo ocasinalmente
sobre assuntos correlatos que me apetecem. Eu publico
um fanzine (numa periodicidade menor do que me
agrada), chamdo RS-232, onde divulgo esses
textinhos... Já ofereci aqui na lista e ninguém nem
ligou, diga-se de passagem :P

Podem contar com meu apoio pra esse tipo de coisa!

++nicolau



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Divulgação Científica
FROM: "Silvio Cordeiro" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/02/2002 08:11

Luiz:
Já vi essa frase. deus pode ser tudo que as pessoas queiram que ele seja, por ser
uma abstração.
Nós podemos usar a frase: "deus não é fiel." - só que corremos o risco de agressao...

e nenhuma das duas tem o menor sentido.

silvio.

De: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 14 de fevereiro de 2002 17:12
Assunto: RES: [ciencialist] Divulgação Científica


Outro dia vi um adesivo colado no bagageiro de um motoboy: "DEU É FIEL"




SUBJECT: Re: [ciencialist] propaganda astrologica na lista
FROM: Nicolau Werneck <nwerneck@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/02/2002 08:12

> WEB, mas a desagradável novidade é que agora as
> mensagens quando visualizadas on-line são
> acompanhadas de enormes "banners" comerciais. Por
> acaso cliquei num desses banners e eis que me vejo
> numa página "astrologica"!!
> ( http://astrology.yahoo.com/yastro/vday/ )
> Será que nem nesta lista estamos seguros mais? :(

como assim? astrologia pra vc é um tipo de ofensa
"anti-científica", e que pessoas discutindo astrologia
deviam talvez serem impedidas de participar dessa
lista?
dá um tempo. Isso pra mim é uma manifestação típica de
uma mente mal-resolvida metafisicamente!!!

EXITE uma astrologia que é feita sem nenhuma afirmação
que contrarie qualquer lei da física. EXISTE uma
astrologia puramente estatística, e que não tem a
pretensão de acertar o tempo todo.

Eu tenho convicção de que aqui não é o lugar pra se
discutir astrologia, mas me dá mal-estar ver a maneira
como ela é tratada aqui, como se fosse uma coisa
*pior* do que acreditar em deuses, por exemplo...

++nicolau, aquariano de coração! :PPPPP



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SUBJECT: Re: Estadunidenses vs americanos
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/02/2002 08:26

--- In ciencialist@y..., "andrediasbaptista" <andrebaptista@u...>
> De fato, inicialmente a "América" do nome certamente referia-se ao
> continente, mas acabou virando nome do país (também). Podemos
> protestar, mas temos que levar em conta que há duzentos anos eram
> os *únicos* "estados unidos" da américa.

Eu tenho a impressao de q. ha' duzentos
anos eram os unicos a se preocuparem
em se identificar como americanos.
(Ate' porq. foram um dos primeiros
paises livres do novo continente e
parece q. continua sendo um dos poucos
q. nao faz questao nenhuma de manter
uma relacao mais intima com o velho
continente em termos culturais -- legal q.
no q. convencionamos chamar de ocidente
ou mundo ocidental: ocasiao em q.
desprezamos os amerindios, as culturas
da Africa Negra e branca -- haja o
polo de uma cultura europeia e uma
cultura americana. Ate' hj ficamos
no meio do caminho indecisos sobre
de qual devemos nos aproximar...)

> Os cidadãos do Reino Unido são chamados como?

Nao sao. Eles vEm sozinho e estendem
o Imperio-onde-o-Sol-nunca-se-poe sem
ser chamado e sem consultar a populacao
local sobre o q. eles acham disso.

E do q. conseguem resgatar do q. sobrou
do antigo imperio apos a segunda guerra
chamam delicadamente de commonwealth.

> Afinal é isso mesmo. Mas "estadosunidenses" é muito artificial.
> Precisa muita vontade mesmo de não chamá-los de americanos, ou
> mesmo norte-americanos.

Eu nao vejo problemas em se usar
americanos para designa'-los (e'
so' deixar claro no contexto a
quem o adjetivo americano se refere --
em caso de uma ambiguidade indesejavel
e se nao quiser se referir a 'estunidense'
basta falar em 'dos EUA'...).
Mas tbm nao vejo mal algum em se alguem
quiser lancar mao de estadunidense --
so' sera' um termo menos conhecido das pessoas.

> De fato. V. nunca deixa eu terminar com a última palavra mesmo,
> então desta vez faço minhas as suas palavras :))

Tem razao. Eu exagero, ne'?

Acato o puxao de orelhas.

E idem para o q. vem a seguir.

> um grande abraço,

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Curiosidades incríveis
FROM: "Silvio Cordeiro" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/02/2002 08:30

Gilberto:

nao é impossível. apenas custa caro e dói.
Basta ir a um ortopedista, pedir pra serrar o ante-braço (com ou sem anestesuia), ,
lamber o cotovelo, reconstituir o osso e sentir um pouco de dor. Segundo mãe Dinah,
nada é impossível debaixo do sol. por US$20.000 faço isso.

silvio.
----- Original Message -----
From: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, February 15, 2002 2:48 AM
Subject: RES: [ciencialist] Curiosidades incríveis


Sinceramente não tive o interesse de lamber meu cotovelo,
é matematicamente impossível,
nem contorcionista consegue.

Gilberto




SUBJECT: Re: Reclamam demais!
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/02/2002 08:44

--- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:
> Então vamos nós da ciencialist criar uma revista de divulgação
> científica. Por aqui, talento é o que não falta. O que falta é
> coragem e auto-confiança. Bando de medrosos.

Otimo, vamos comecar com uma
tiragem mais modesta de 3.000 exemplares.
(Claro q. o custo medio seria menor
em uma escala maior, mas nao creio q.
possamos juntar dinheiro para mais.)

A um custo de impressao de R$ 3,00
por revista de cerca de 70 paginas
-- algumas com duas cores -- teremos
entao cerca de R$ 9.000,00.
Computadores todos temos e acho q.
ninguem ira' pedir, por eqto, uma
remuneracao por texto publicado.

A distribuicao pode ser feita via
correio -- o q. vai encarecer, mas
nao sei se ha' outra alternativa viavel.
(Talvez um ou outro jornaleiro tenha
disposicao para isso.)

Podemos utilizar uma diagramacao porca
q. faremos com Word -- acho q. e' o
software de edicao viavel para um
trabalho em grupo nesta escala e
desta natureza. Contratar um diagramador
esta' fora de cogitacao por eqto.

Tem o problema das ilustracoes. Se
alguem tiver daqueles pacotes de
uso livre facilita, mas em geral
sao bastante limitados. Alguem tem
uma camara digital?

Acho q. pra cobrir os custos e
com um encalhe de 50% - teremos
q. vender a revista por cerca de
R$ 8,00 -- bastante salgado.

Mas se quiserem... (A alternativa
e' fazer so' uma versao eletronica --
mas o alcance e' limitado. Cerca de
7% apenas da populacao tem acesso
'a internet. Embora seja tbm a porcentagem
aproximada dos q. leem com alguma
regularidade jornais e revistas.)

Nao sei se e' necessario algum
jornalista (ir)responsavel.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: propaganda astrologica na lista
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/02/2002 09:05

--- In ciencialist@y..., Nicolau Werneck <nwerneck@y...> wrote:

> como assim? astrologia pra vc é um tipo de ofensa
> "anti-científica",

Não é "ofensa anti-científica", apenas é não científica.

>e que pessoas discutindo astrologia
> deviam talvez serem impedidas de participar dessa
> lista?

A lista é não moderada. Eu me manifestei contra a propaganda. Se
quiser discutir astrologia esteja a vontade. Que tal usar a
astrologia para fazer alguma previsão testável, para começar?


> dá um tempo. Isso pra mim é uma manifestação típica de
> uma mente mal-resolvida metafisicamente!!!
>

E isso é um típico ataque pessoal, falácia ad hominem, argumento
típico dos defensores de pseudo-ciências.


> EXITE uma astrologia que é feita sem nenhuma afirmação
> que contrarie qualquer lei da física. EXISTE uma
> astrologia puramente estatística, e que não tem a
> pretensão de acertar o tempo todo.

Mas tem pelo menos a pretensão de acertar mais do que o simples chute?

>
> Eu tenho convicção de que aqui não é o lugar pra se
> discutir astrologia, mas me dá mal-estar ver a maneira
> como ela é tratada aqui, como se fosse uma coisa
> *pior* do que acreditar em deuses, por exemplo...


Por que não é o lugar? Não temos inteligência suficiente? Ou não
temos acesso a segredos milenares acessíveis só aos iniciados?. Pode
ser pior do que simplesmente "acreditar em Deus", pois a astrologia
supostamente faz previsões sobre o futuro, então se ela não funciona
o adepto pode ser induzido a tomar decisões erradas ou pelo menos não
baseadas nos fatos.


[]´s

André Baptista



SUBJECT: Re: [ciencialist] porquê do antidarwinismo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/02/2002 09:10

Morais escreve:

> ...tentei procurar um tempo atras esse livro, as nao consegui, sao taaantos aqui em casa que desisti por falta de tempo. ...<

Esse é o mal de se ter tantos livros. Eu tenho aqui na minha minúscula prateleirinha só dois ... e que resolvem praticamente todas minhas necessidades de consultas.

[]'
Léo
=========



SUBJECT: Re: Interpretacoes da Psicanalise - 2
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/02/2002 09:24

--- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:
> Manuel: A psicanálise como técnica terapêutica e de interpretação do
> discurso depende da aceitação de pelo menos dois desses postulados:
> o reconhecimento de processos mentais inconscientes e da teoria da
> resistência e repressão.

O problema e' q. nao sao condicoes suficientes.
Apenas esses dois postulados podem dar origem
a varias outras coisas: incluindo a negacao da
validade das tecnicas terapeuticas.

Sobre a teoria da resistencia e repressao,
acho q. os proprios experimentos de Freud
com as criancas pode lancar algum ponto de
duvida. Ele diz q. ao psicanalisar as criancas
elas se desenvolveram sem empecilhos em
adultos normais.

Bem, isso pode mostrar q. as criancas
aguentam relativamente bem as 'duras
verdades' contra o q. supostamente
os mecanismos de resistencia e repressao
deveria proteger. Mas como a resistencia
e repressao muitas vezes gera adultos
neuroticos esse mecanismos nao seria
apenas inutil, mas deleterio. A aceitar-se
a teoria da selecao natural, nao creio q.
seria um mecanismo muito provavel de estar
presente em nossa psicologia.

> Manuel: Livre-associação de idéias significa associação de idéias
> livre (mas não totalmente livre) da interferência do
> ego "consciente" e racionalizador. Na livre-associação o
> inconsciente fala mais alto e as leis que a regem são
> unicamente as duas mediante as quais a linguagem humana se formou:
> a lei da similaridade (metáfora) e a da contiguidade (metonímia).
> Bem, isso é apenas uma hipótese fundada em fartos dados empíricos.
> Não é uma certeza.

O q. acrescenta pelo menos mais um postulado
para a sustentacao da tecnica psicanalitica.
(Sobre a hipnose, embora Freud a tenha abandonado
a favor da livre-associacao, ela e' sim utilizada
como tecnica psicanalitica por muitos psicanalistas.)

> sua teoria da libido, entre os quais posso citar o fato de a
> sexualidade humana, como, de resto, em muitos outros primatas
> (pense nos bonobos), está largamente dissociada da reprodução, isto
> é, nos primatas a sexualidade é multifuncional.

O cabelo tbm e'. Eu nao faria uma teoria
do comportamento humano centralizado no
cabelo.

> Wrangham e Dale Peterson, "tudo se faz em troca de sexo" e relações
> homossexuais são comuns.

Continua a me parecer apenas uma
interpretacao forcada. (Nao sei
se existe uma interpretacao q.
nao seja forcada, em todo caso.)
Podemos analogamente dizer q.
tudo se faz em troca de dinheiro --
ou obtencao de status social, ou
obtencao de filhos, ou obtencao de
recursos de guerra...

Qdo se tem um complexo intrincado
com diversos aspectos relacionados
em uma teia fica meio arbitrario
estipular um centro pivotante.



> Freud excluiu a homossexualidade da classe das
> perversões, considerando-a uma disposição natural na espécie
> humana. Claro que existem raras exceções, eu, por exemplo, um
> heterossexual da gota serena até nas profundezas abissais do
> inconsciente, nascido no mais escondido
> grotão do sertão dos Inhamuns (fronteira do Ceará com o Piauí) e
> bisneto de cangaceiro. Duvida? :-(

Eu acho q. vc esta' fazendo pose de
machao so' pra se compatibilizar com sua
defesa ao freudismo. re re... (ou esta'
procurando uma desculpa para a sua
escapada de carnaval no bloco das donzelas
recatadas?)

> Há ainda outro indício: a curva da testosterona, o hormônio da
> libido, coincide com a teoria freudiana do caráter difásico da
> sexualidade humana.

Fica meio estranho em mulheres... As meninas
deveria desenvolver um complexo de Edipo tbm.

> assim como o experimento em questão não prova ou desprova a teoria
> da resistência e repressão de Freud "porque a repressão no
> experimento era voluntária", do mesmo modo os "achados" do
> behaviorismo só são válidos para pombos, ratos ou
> humanos que se encontram num ambiente artificial criado pelo

Acho q. nao seria exatamente do mesmo modo.
Ha' uma diferenca entre um ato 'consciente' e
um 'inconsciente'.

> Manuel: Entre humanos não se observa esse tipo de comportamento? É
> só olhar ao redor, observar atentamente o comportamento dos nossos
> semelhantes e o nosso próprio comportamento, para concluir que o
> que diferencia um chimpanzé de um homem é o nosso poder maior de
> abstração, apenas. Entre nós, humanos, ao invés de montar no que
> pressupomos ser um inferior ameaçando a nossa posição hierárquica,
> limitamo-nos a dar-lhe um cotoco ou uma banana ou
> mostrar-lhe qualquer outro símbolo "fálico".

Ha' um certo salto entre a manifestacao
'fisica' dos macacos e a manifestacao
'simbolica' dos homens. Nao sei se esta'
bem substanciada a equivalencia fenomenologica
das duas manifestacoes.

A banana pode nao ser exatamente um
simbolo falico, poderia ser uma variacao
da demonstracao da forca fisica:
"olha o meu muque". E esses contatos
agonisticos apresentam uma variabilidade
enorme, nao sei se podemos encaixar
todas as varientes em simbolos falicos:
gritos, esporros (nao tem nada a ver com
porra), descomposturas, demissoes sumarias,
atribuicao de tarefas subalternas ou
demeritorias, castigos fisicos...

Tem gente q. mostra a lingua, tem
gente q. torce o nariz, tem gente q.
da' as costas, tem gente q. recita um
salmo...

> vista anatômico, é uma característica apenas dos homens, o pênis
> como símbolo de poder é muito mais, digamos assim, democrático.

E' tao democratico como qq outro
simbolo como simbolo de poder.
Dinheiro, careta, agressoes verbais...

> Takata: Não nos esqueçamos das sociedades matriarcais.
>
> Manuel: E quem disse que as mulheres não podem ser fálicas?

Desposar mulheres nao e' exatamente um
simbolo falico.

> Vou dar-lhe um exemplo de sociedade matriarcal, a da tribo
> dos 'nuers', do Sudão.

Todas ou a maioria das sociedades matriarcais
sao assim?

E as sociedades patriarcais em q. os
chefes desposam outros homens?

> Burbach (Baixo-Reno), foram encontrados pré-molares de hipopótamos
> esculpidos e que aparesentam a forma precisa de um pênis ereto ou
> falo.

Alem de diversas esculturas encontradas em
outros locais com mulheres de tracos generosos,
representacao da genitalia feminina.

(Alias, se alguem quiser forcar a barra dira' q
os homens das cavernas utilizavam as cavernas
como um simbolo do orgao feminino...)

> Manuel: A sexualidade infantil de que fala Freud é sinônimo
> de "erotismo" infantil.

E' preciso saber como saber se e' mesmo
um erotismo como da forma adulta.

> pergunta que o menininho lhe fizera: "Mãe, por que é que quando eu
> penso imoralidade a minha pinta fica dura?"

Olhai', esse garoto nao entende porq.
fica excitado e ainda pergunta aos pais.
(Nao q. as criancas sejam anjos de candura,
mas a sexualidade delas me parece ser
substancialmente diferente da dos adultos.
Nao apenas em termos quantitativos.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Divulgação Científica
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/02/2002 09:27

Aparentemente nao estava escrito:

"Deus e' fiel"

Mas sim:

"Deu e' fiel".

[]s,

Roberto Takata

--- In ciencialist@y..., "gp" <sunriseg@t...> wrote:
> Não entendi o que quiz dizer.
>
> "Deus é Fiel", ele também poderia ser vascaíno ou palmeirense, prá
mim não
> faz a menor diferente,
> Eu não creio em deuses, mas que eles existem, existem.
>
> Gilberto.
>
>
> -----Mensagem original-----
> De: Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de [mailto:alxmpub@u...]
> Enviada em: quinta-feira, 14 de fevereiro de 2002 17:13
> Para: 'ciencialist@y...'
> Assunto: RES: [ciencialist] Divulgação Científica
>
>
> Outro dia vi um adesivo colado no bagageiro de um motoboy: "DEU É
> FIEL"




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] porquê do antidarwinismo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/02/2002 09:36

--- In ciencialist@y..., "gp" <sunriseg@t...> wrote:
> Não é cegamente que se faz um elefante,
> seguindo a lógica evolutiva, aquela estrutura inútil que vive na
> África, deve ser uma espécie evoluída dos mamutes, que melhor se
> adaptou a mudança climática.
>
> Ou realmente como a Natureza não tem objetivos, o elefante existe
> por existir.

Nao e' exatamente um mamute, mas va' la'.

A primeira sentenca e a segunda nao sao
incompativeis.

Objetivo e' diferente de relacao causa e efeito.

Vc pode ter um resultado porq. houve uma
causa.

Se a gente tem um objetivo, a causa e' aplicada
para se obter o efeito.

No primeiro caso nao se tinha um efeito pre-estabelecido.
Ocorreu algo e disso ocorreu outra coisa. Se
tivesse ocorrido uma terceira coisa de inicio,
teriamos como resultado uma quarta coisa.

No segundo caso para q. ocorresse a outra coisa,
selecionou-se exatamente a causa q. levaria a
isso. Nao poderia ter acontecido uma terceira
coisa no comeco porq. senao nao teriamos a outra
coisa como efeito.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Reclamam demais!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/02/2002 10:04

Bulcão escreve:


> Então vamos nós da ciencialist criar uma revista de divulgação científica. Por aqui, talento é o que não falta. O que falta é coragem e auto-confiança. Bando de medrosos.<

E eu pensando que minhas tentativas de divulgação científica através do *Imperdível* fossem boas tentativas!
Bem, ainda resta a Sala 19 (Leituras Recomendadas) cujos artigos sobre a "Física Quântica ... para os místicos, esotéricos etc." rendem boas mensagens de retorno. Talvez mais que o "Estudando as marés" que recebeu saudáveis elogios da ufrgs (lá das plagas do Brudna) tornando-se texto de leitura em sala de aula.

Porém esses 'modestos' elogios são pequenos frente ao telefonema que recebi ontem lá pelas 14 h, proveniente do mestre Tore Nils Olof Folmer-Johnson (80 anos, com sérios problemas visuais ... e anais --- segundo ele mesmo o reporta --- não consegue evacuar). Após um saudável bate-papo ofereceu-me um belíssimo presente: uma cadeira giratória com rolamento de esferas, banco, encosto para estudos da conservação do momentum angular, para engrossar o equipamento de laboratório de que disponho para os textos e experimentos postos no Imperdível. Saudou-me por tentar, mesmo no plano virtual, oferecer a possibilidade de leitura de algo sério aos nossos tão necessitados alunos e professores.
Mesmo com 20% da visão passeia pelo Imperdível ao dar assistência a seus netos no estudo da Física. Comentou que, à época em que ao lecionava Termodinâmica no terceiro ano do IFUSP, dissertava sobre o "Pássaro Sedento" á luz do Faires (livro de termodinâmica) mas que, meu atual texto sobre o tema (Sala 08), colocaria o Faires no chinelo.

Essa 'massagem' no ego dá um novo 'tonus' ao meu plasma já tão entropicamente desgastado.

[]'
Léo
=============




SUBJECT: RE: [ciencialist] porquê do antidarwinismo
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/02/2002 10:20

>Morais: ...tentei procurar um tempo atras esse livro, as nao consegui,
sao taaantos aqui em casa que desisti por falta de tempo. ...<

>Léo: Esse é o mal de se ter tantos livros. Eu tenho aqui na minha
minúscula prateleirinha só dois ... e que resolvem praticamente todas
minhas necessidades de consultas.<

Esse é o seu problema, Léo. Livros demais. Os crentes têm um só. E
resolve não só todas as necessidades presentes, mas também as que ainda
estão por surgir. Colucci




SUBJECT: Re: [ciencialist] Reclamam demais!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/02/2002 10:41

Eu mesmo escrevi:
>Após um saudável bate-papo ofereceu-me um belíssimo presente: uma cadeira giratória com rolamento de esferas, banco, encosto, para estudos da conservação do momentum angular,..<

E como faço para ir buscar essa jóia de presente!? Será que há algum ectoplasma reencarnado que mora ai pelo Brooklin - SP que poderia ir até a Rua José dos Santos Jr pegar essa belezinha e colocar como encomenda para Barretos?
Meu mapa astrológico, como escorpião de novembro (casa mais ranheta) diz que esse pedido tem 86% de chance de se realizar (diz que há alguma oposição aquariana, mas nada insuperável).

Ansioso aguardo.....

Escorpião de novembro
PS: Em meus bons tempos de radio-amador (PY2DVV) entrava muito na 'faixinha preta' (7300, se ainda recordo a freqüência) sob o nome de "escorpião de novembro". Que belos papos eletrônicos.........
===============



SUBJECT: RES: [ciencialist] Deus e' nada; logo, nao ha' deus
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/02/2002 11:00

> De: Manuel Bulcão [mailto:manuelbulcao@uol.com.br]
>
> Algo me diz que o universo em que vivemos é uma redundância,
> um nada metido a besta.
>
> Se isto for verdade, o que nos resta a fazer?

Sentar na copiadora e tirar fotocópias da bunda?

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] ciência e religião : Clonagem humana
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/02/2002 11:06

--- In ciencialist@y..., Roberto Belisário <rbdiniz@t...> wrote:
>
> Oi de novo. Bom, temos poucas alternativas:
>
> 1 - Existe um Criador ou uma força criadora eterna
> 2 - Tudo veio do nada
> 3 - Tudo sempre existiu

Não. ha mais hipoteses
4- umas coisas sempre existiram e o resto foi feito a partir dai
5- algumas coisas vieram do nada, o resto veio dessas coisas.

> Isso não significa que Deus não exista ou que as religiões
são
> coisa de mané, mas apenas que aceitar Sua existência não resolve,
do ponto
> de vista estritamente lógico, o paradoxo da Criação.

Normalmente pq se confunde criação com geração/construção.
Criar é fabricar algo do nada, gerar/construir é fabricar algo a
partir de outras coisas pré-existentes.

Normalmente o paradoxo aparece quando se usa a palavra criar com
sentido de gerar. por exemplo: eu fui criado por meu pai, que foi
criado pelo pai dele, que foi criado pelo seu pai , etc... que foi
criado por Deus. E neste rol, pergunta-se : e quem criou deus?

mas deveria ser:

eu fui gerado pelo meu pai, que foi gerado pelo pai dele, que foi
gerado pelo seu pai, etc... que foi criado por Deus.

Dá para ver a diferença ?


> Aliás, a religião propriamente dita é um "conhecimento"
> tipicamente obtido por Revelação, não pelos métodos científicos.

Existe um tipo de religião, chamada Religião Natural, em que não
existe revelação, mas investigação da pessoa sobre os problemas
religiosos: o que somos, donde vimos, para onde vamos.
Esta procura pode muito bem ser feita usando do método cientifico
(rigor, ponderação, impacialidade etc..) não necessáriamente de
tecnologias cientificas: telescopios, datação do C14, etc...

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: RES: RES: [ciencialist] Divulgação Científica
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/02/2002 11:09

> De: rmtakata [mailto:rmtakata@altavista.net]
>
> Aparentemente nao estava escrito:
>
> "Deus e' fiel"
>
> Mas sim:
>
> "Deu e' fiel".

Pô! Atéquinfim!

Agora, adivinhem quem é o sujeito oculto da frase.

Hê-hê-hê!

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: propaganda astrologica na lista
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/02/2002 11:16


> Depois de um longo recesso anti-carnavalesco volto à lista. Não sei
> quantos daqui têm o hábito de acompanhar a lista via WEB, mas a
> desagradável novidade é que agora as mensagens quando visualizadas
on-
> line são acompanhadas de enormes "banners" comerciais. Por acaso
> cliquei num desses banners e eis que me vejo numa
> página "astrologica"!!

Isso faz-me lembrar aquelas pessoas que veêm barners parecidos com o
aspecto do windows e vão lá clicar pensando que é uma mensagem do
sistema. Ou aquelas q se queixam por ter carregado num botão que
dizia "Não clique aqui, ou o seu HD será apagado e a sua Bios
corrompida" LOL

Eu leio a lista por email e pela web e de facto tem esse problema dos
anuncios. Agora, querer censurar[ q é diferente de não ter nenhuns]
os anuncios é um pouco de mais... não ?

[]

Sérgio



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: propaganda astrologica na lista
FROM: Nicolau Werneck <nwerneck@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/02/2002 11:34

me desculpem se coloco lenha num assunto que não os
agradem! :S

> Se quiser discutir astrologia esteja a vontade.
eu não queria discutir astrologia, mas apenas a
metafísica que entra nisso tudo... se é que a ciencia
list tb comporta implicitamente uma "meta-ciencia"
list!

> Que tal usar a astrologia para fazer alguma previsão

> testável, para começar?
A astrologia freqüentemente me parece indigna de
confiança por ser muito grande e cheio de
detalhezinhos... Dá a impressão às vezes de que
qualquer coisa que você quiser dizer, é possivel,
assim como iinterpretações da bíblia, e outras
coisas...
Mas existe um pequeno pedaço que eu conheço da
astrologia que não lida com horóscopos, predições de
catástrofes ou clarividência em geral, e que vive me
deixando admirado por funcionar bem.. é aquela parte
que traça perfis psicológicos das pessoas baseadas no
instante do nascimento.
É realemnte impressionante... Eu vivo tentando
encontrar furos, e contradizer predições... e consigo
algumas vezes, mas ainda assim é espantoso o tanto que
se acerta.
...no entanto, não são coisas fáceis de se medir,
portanto difíceis de serem testadas...
Seria um experimento interessantíssimo juntar um
punhado de perguntas, traçar um perfil psicológico bem
complicado de um monte de pessoas, e ver se as
respostas não fazem as pessoas que agem e pensam de
formas parecidas não possuem datas de nascimento
semelhantes.......
Tentar montar uma rede neural que tente adivinhar a
data de nascimento a partir de um perfil psicológico!

Assim a gente descobre de a astrologia é verdade ou
não...

Astrologia pr amim não é uma ciência, mas sim um bom
objeto de estudo científico....

ah, chega :)
e me desculpem se qualquer coisa que eu disse pareceu
ofensivo, não foi a intenção...

> > Eu tenho convicção de que aqui não é o lugar pra
> > se discutir astrologia,
> Por que não é o lugar? Não temos inteligência
> suficiente? Ou não temos acesso a segredos milenares

> acessíveis só aos iniciados?.
de forma alguma, astrologia é uma coisa estupidamente
simples (pelo menos até onde eu gosto de trabalhar), e
os livros tão aí pra quem quer ler (pelo menos os
livros de que eu gosto). Só achei que não fosse do
interesse da lista!! afinal, ela realmente não deixa
de ser uma "pseudo-ciência"

......enfim, a minha astrologia é bacana e nada
pretensiosa, e detestaria ser banido da lista juntos
dos banners, por gostar de defendê-la.

e me desculpem de novo levantar essa questão
interminável!

++nicolau



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SUBJECT: Re: ciência e religião: Clonagem humana
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/02/2002 11:59

--- In ciencialist@y..., "Raul Sturari Jr." <sturari@b...> wrote:
> Não concordo Sérgio.
>
> Dizer que "a força de criação sempre existiu" não resolve o
problema. O "looping" existe sim porque em determinado momento as
perguntas serão apenas: e de onde veio essa força criadora? E de onde
veio essa força criadora (a última)? E de onde veio essa força
criadora (ante-penúltima)? E de onde...

Isso não existe pq ninguem pergunta: de onde vem a força electrica?
De onde vem a força gravitica ? no sentido de "o quê criou a força
electrica?" e "o quê criou a força gravitica".
E não se trata de responder que são criadas por cargas e massas, mas
sim de responder a: "pq elas existem"

>
> Se você disser que a pergunta não cabe porque ela (a força) sempre
existiu, então deverá também abandonar sua afirmação de que " tudo
isto à luz das idéias cientificas aceitas hoje em dia", visto que ela
não é científica. Filosófica, talvez...

não percebo pq. aquele mini resumo historico é assente em
conhecimentos basicos de como as coisas se ligam. Ok que são
discutiveis, mas são aceitaveis como principio. Não se trata de
descobrir a origem das especies, mas que essa origem exitiu, nem a
origem do sistema solar, mas que essa origem exitiu.
(teve que existir, ou não estariamos aqui)

O que pretendi mostrar é que em todos os passos existia uma força
criadora, uma causa. E se assim é, ela sempre existiu.

Notar que a força fisica não é sempre a mesma, nem é fisica às vezes;
pode ser biologica, por exemplo.
Mas "força ciadora" é um conceito geral que abrange todas as suas
várias forças carateristicas.

O loop não existe, pq não existe um encadeamento de forças umas nas
outras, existe um trabalho conjunto de todas a que se chama "força
criadora" [parafraseando a ideia que o somatório de forças é uma
força, ou : o somatório de causas é uma causa]

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] ciência e religião: Clonagem humana
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/02/2002 12:02

On Thu, 14 Feb 2002, gp wrote:

> Em hipótese alguma,
> não sou criacionista.
> Não creio em um Deus,
> mas em uma força criadora,
> é impossível que tudo veio do nada.
>
> Mas não creio totalmente no Big Bang
> e nem nas teorias Evolutivas, em Buracos Negros, e outras teorias como a do
> Caos,

Não sei se você se refere a isso, mas a teoria do caos que conheço fala de
comportamentos aperiódicos, sensibilidade às condições iniciais, etc e, ao
contrário dos buracos negros (por exemplo), existe *um monte* de
experiências que envolvem caos.
Se é essa a teoria do caos em questão, dizer que não se acredita nela é
como dizer que não se acredita na mecânica clássica, ou no
eletromagnetismo clássico: têm suas limitações, mas dentro delas são
perfeitamente válidos.


> como sou leigo, talvez minha opinião não faça tanta diferença.

Já disseram, e bem, que faz.

>
> Gilberto
>
abbracci,
Stafusa



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Curiosidades incríveis
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/02/2002 12:11

> Gilberto:
>
> nao é impossível. apenas custa caro e dói. (...)

Talvez algumas pessoas não necessitem de amputações para realizar tão
imprescindível tarefa.

Abaixo está a resposta que recebi de um amigo às "curiosidades
incríveis" que reenviei.

Aliás, não sei que é (ou foi) Danusa Leão; e não me responsabilizo pela
brincadeira dele sobre Portugal :-) .

Abraços,
Stafusa
_________________________________________________________________

Eu tentei lamber o cotovelo, sim. Foi para saber se, por um
milagre, tinha adquirido essa capacidade com o passar das décadas. Uma vez
eu tentei beijar (é ligeiramente mais difícil), vendo uma gincana na
TV. era para levar alguém que conseguisse beijar o próprio cotovelo. A
Apresentaram a Danusa Leão, que inclusive fazia parte do júri. Ela esticou
o braço verticalmente, torceu e cumpriu rapidamente a tarefa. Não é
uma incrível curiosidade?

Agora, quanto àquela dos insetos e aranhas engolidos durante o
sono, não seria válida somente em Portugal? Confira o sotaque...





SUBJECT: Re: propaganda astrologica na lista
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/02/2002 12:19


> EXITE uma astrologia que é feita sem nenhuma afirmação
> que contrarie qualquer lei da física. EXISTE uma
> astrologia puramente estatística, e que não tem a
> pretensão de acertar o tempo todo.

Bom, eu gostaria que me pudesses informar de estudos deste cariz,
pois como fan da mesma astrologia que tu, eu gostaria de saber dessas
estatisticas.
Se bem sei a astrologia não é baseada em estatisticas, mas numa
teoria [complexa] bem construida pelos nossos antepassados
babilonicos, gregos e arabes, entre outros.

A estatistica moderna poderia contudo lançar uma luz para aqueles que
a estudam pois é uma ferramenta poderosa. Mas nenhum estudo sério foi
feito até ha data, e ao meu conhecimento. Por isso o pedido.


[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] propaganda astrologica na lista
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/02/2002 12:31


> Segundo a Astrologia sou de Sagitário,

Bom, segundo a astronomia tb ;-) lol

> das características sagitarianas tenho
> 0,000000000000000000001E-1545555599999,
> logo tenho indícios sagitarianos,

Finalmente alguem que consegue quantificar as caracteristicas
astrologicas. Poderias revelar o segredo?

> conheço várias pessoas de sagitário nenhum é igual a mim,
> ai dizem tem o ascendente, descubra que 60% tem o meu ascendente e
nada
> haver com minha personalidade,
> ai vem o tal do fuso horário, quadratura, raio que o parta e afins.

Para quem não sabe:
O fuso horário pq a hora usada para calcular posições planetárias [em
astronomia] é a hora sideral (a que não depende da localização
geografica da pessoa).
Quadratura é um nome classico usando para designar uma diferença de
fase/angulo de 90º. Assim como oposição é para 180º , sextil para 60º
etc..
O signo solar é menos de 1/12 da intrepretaçao final, a qual não é
válida sem todos os elementos.
Dizeres que és de sagitário tem tanto significado astrologico como
dizer que a temperatura onde me encontro é 32ºC
Estás a omitir variáveis importantes.

> A astrologia é uma ciência indutora,

Uhau! e alem de sabere quantificar, dizes que é uma ciencia... bom ,
se sabes quantificar, suponho que possas dizer isso. :-)


> A consultora diz, vejo que você gosta muito de seu trabalho
> e até o final do ano ganhará uma promoção,
> mas isto dependerá também do seu esforço em aumentar as vendas.
>
> Lindo. A pessoa fica toda cheia.
> Trabalha que nem uma condenada.
> E o que temos no fim do ano. Cortes e mais cortes.
> Lá vai ela ser promovida a candidata a empregos.
>
> Lindo. Lindo. A vida é bela.

Não sei quem merece menos credito e mais "puxão de orelhas"
Se a consultora que diz aquilo, se a pessoa que acredita nela e age
por interesse, se as pessoas que acham que isto é astrologia.

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Re: ciência e religião
FROM: Alisson Antonio Martins <aam00@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/02/2002 12:33

Será que realmente existimos...essa é boa.
Não, não existimos, o que acontece é uma ilusão dos nos sentidos( se é que
eles existem tb.)
Devemos ser sensatos. Em primeiro lugar, como cientistas ou futuros
cientistas, devemos pensar que a realidade existe dentro ou fora de nossas
mentes? Se a resposta for a primeira, então em que realidade estão nossas
mentes? Agora, se afirmarmos que a realidade existe independente de nossa
consciência, então estaremos sendo 'realmente'científicos...É uma questão
de Filosofia: Idealista ou Materialista? Ora, se as coisas imprimem suas
impressões em nossa mente, então por que a dúvida acerca de nossa
existência? Não passa de uma pergunta idealista, e nada objetiva.

Alisson.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: propaganda astrologica na lista
FROM: rodrigotoledo@canbras.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br, ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/02/2002 12:36

Aproveitando o gancho, algu�m da lista sabe onde posso comprar edi��es avulsas
da Nature ou Science ?

Sei que posso faz�-lo pelo sites deles, mas gostaria de saber se existe algum
distribuidor no Brasil que vende.

Muito Obrigado,

Rodrigo


--- In ciencialist@y..., Nicolau Werneck <nwerneck@y...> wrote:
> > deixando admirado por funcionar bem.. � aquela parte
> > que tra�a perfis psicol�gicos das pessoas baseadas no
> > instante do nascimento.
> > � realemnte impressionante... Eu vivo tentando
> > encontrar furos, e contradizer predi��es... e consigo
> > algumas vezes, mas ainda assim � espantoso o tanto que
> > se acerta.
>
> Impressionante e', mas nao e' muito
> significativo. Se vc pegar o mapa
> astral de uma pessoa q. nasceu em
> outro dia e pegar as interpretacoes
> e confrontar com o 'perfil psicologico'
> de outra pessoa -- tbm vai bater em
> muitas, muitas coisas.
>
> Ja' houve alguns estudos cientificos
> sobre a astrologia. (O pessoal da
> Csicop adora fazer isso.)
>
> Um ja' velhinho saiu em uma
> edicao qq da Nature. Nao encontrava
> nada de extraordinario na astrologia.
>
> Shawn Carlson - 1985. A double-blind
> test of astrology. Nature 318: 419-25.
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos � sujeito �s regras descritas em:
http://br.ya> hoo.com/info/utos.html
>
>
>






SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: propaganda astrologica na lista
FROM: rodrigotoledo@canbras.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br, ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/02/2002 12:36

Aproveitando o gancho, algu�m da lista sabe onde posso comprar edi��es avulsas
da Nature ou Science ?

Sei que posso faz�-lo pelo sites deles, mas gostaria de saber se existe algum
distribuidor no Brasil que vende.

Muito Obrigado,

Rodrigo


--- In ciencialist@y..., Nicolau Werneck <nwerneck@y...> wrote:
> > deixando admirado por funcionar bem.. � aquela parte
> > que tra�a perfis psicol�gicos das pessoas baseadas no
> > instante do nascimento.
> > � realemnte impressionante... Eu vivo tentando
> > encontrar furos, e contradizer predi��es... e consigo
> > algumas vezes, mas ainda assim � espantoso o tanto que
> > se acerta.
>
> Impressionante e', mas nao e' muito
> significativo. Se vc pegar o mapa
> astral de uma pessoa q. nasceu em
> outro dia e pegar as interpretacoes
> e confrontar com o 'perfil psicologico'
> de outra pessoa -- tbm vai bater em
> muitas, muitas coisas.
>
> Ja' houve alguns estudos cientificos
> sobre a astrologia. (O pessoal da
> Csicop adora fazer isso.)
>
> Um ja' velhinho saiu em uma
> edicao qq da Nature. Nao encontrava
> nada de extraordinario na astrologia.
>
> Shawn Carlson - 1985. A double-blind
> test of astrology. Nature 318: 419-25.
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos � sujeito �s regras descritas em:
http://br.ya> hoo.com/info/utos.html
>
>
>






SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: ciência e religião
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/02/2002 12:37

On Thu, 14 Feb 2002, Jose Colucci Jr. (Home) wrote:
> >Belisário: "Por que as coisas existem?"<
>
> Pergunta: Existir é mais misterioso do que não existir? Por que?

Porque não existe a máquina do tempo ou o teletransporte??

Porque não existe água em pó e o moto-perpétuo???

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
One Ring to rule them all




SUBJECT: Re: RES: RES: [ciencialist] ciência e religião: Clonagem humana
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/02/2002 12:41

Olá Gilberto e demais,

On Fri, 15 Feb 2002, gp wrote:
> A única coisa, sinceramente, que já ouvi falar sobre a Teoria do Caos é a
> seguinte frase:
>
> " Uma borboleta bate azas na Malásia e poderá ocasionar um furacão no outro
> extremo do Globo ".
>
> Talvez meu conhecimento em Física seja escasso.
>
> Mas se a borboleta provoca isto, o que provoca os aplausos após um Gol no
> Maracanã.
>
> Será que a propagação de ondas, átomos ou seja lá o que tomaram como base
> para a criação desta frase,
> tem efeito exponencial.

O clima é caótico. Isso significa que ele é (infinitamente) sensível e
pequenas perturbações alteram significativamente seu comportamento.
De modo que o bater das asas de uma borboleta influencia sim o clima, mas
o fazem também os aplausos e espirros.
A questão é que não se pode saber *como* uma determinada perturbação
afetará o sistema: a borboleta, ou o gol, pode causar um furacão no outro
lado da Terra, mas também pode ter um outro efeito qualquer, inclusive
algum irrelevante (na verdade o problema do clima é até maior, uma vez que
tais perturbaçõe existem em um número inimaginável).

Existe sim um "efeito exponencial", também chamado de "efeito borboleta":
duas trajetórias caóticas (tais trajetórias podem ser, por exemplo, a
evolução temporal de uma variável quaquer do clima, como a
temperatura) que estejam infinitamente próximas num momento, divergirão
exponencialmente com o passar do tempo.



SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: ci�ncia e religi�o
FROM: rodrigotoledo@canbras.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br, ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/02/2002 12:42


>
> Porque n�o existe a m�quina do tempo ou o teletransporte??

Segundo J.J Benitez ela existe sim. Ser� ?


> Porque n�o existe �gua em p� e o moto-perp�tuo???

Dizem que um cientista portugu�s, seguindo as tend�ncias de produ��o materiais
liofilizados, desenvolveu a �gua liofilizada, bastava acrescentar �gua que
virava �gua. Digno do Ig-N�bel.

Briancadeirinha..rs.


> []s
> TARCISIO BORGES
> tbs97@fisica.ufpr.br
> Seja respons�vel, vote nulo.
> One Ring to rule them all
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos � sujeito �s regras descritas em:
http://br.ya> hoo.com/info/utos.html
>
>
>






SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: ci�ncia e religi�o
FROM: rodrigotoledo@canbras.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br, ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/02/2002 12:42


>
> Porque n�o existe a m�quina do tempo ou o teletransporte??

Segundo J.J Benitez ela existe sim. Ser� ?


> Porque n�o existe �gua em p� e o moto-perp�tuo???

Dizem que um cientista portugu�s, seguindo as tend�ncias de produ��o materiais
liofilizados, desenvolveu a �gua liofilizada, bastava acrescentar �gua que
virava �gua. Digno do Ig-N�bel.

Briancadeirinha..rs.


> []s
> TARCISIO BORGES
> tbs97@fisica.ufpr.br
> Seja respons�vel, vote nulo.
> One Ring to rule them all
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos � sujeito �s regras descritas em:
http://br.ya> hoo.com/info/utos.html
>
>
>






SUBJECT: Re: propaganda astrologica na lista
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/02/2002 12:42

--- In ciencialist@y..., Nicolau Werneck <nwerneck@y...> wrote:
> deixando admirado por funcionar bem.. é aquela parte
> que traça perfis psicológicos das pessoas baseadas no
> instante do nascimento.
> É realemnte impressionante... Eu vivo tentando
> encontrar furos, e contradizer predições... e consigo
> algumas vezes, mas ainda assim é espantoso o tanto que
> se acerta.

Impressionante e', mas nao e' muito
significativo. Se vc pegar o mapa
astral de uma pessoa q. nasceu em
outro dia e pegar as interpretacoes
e confrontar com o 'perfil psicologico'
de outra pessoa -- tbm vai bater em
muitas, muitas coisas.

Ja' houve alguns estudos cientificos
sobre a astrologia. (O pessoal da
Csicop adora fazer isso.)

Um ja' velhinho saiu em uma
edicao qq da Nature. Nao encontrava
nada de extraordinario na astrologia.

Shawn Carlson - 1985. A double-blind
test of astrology. Nature 318: 419-25.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] ciência e religião : Clonagem humana
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/02/2002 12:45

--- In ciencialist@y..., "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@r...>
> não é necessária. Quando introduzimos a idéia de um Deus criador e
> onipotente estamos violando da maneira mais ignorante o princípio de
> Occam. E se não aceitarmos que Deus é consciente, criador e

Mas por q. a navalha de Occam deve
ter primazia sobre deus?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Reclamam demais!
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/02/2002 12:49


Mais uma? Boas revistas nós temos. Acho que o melhor seria um
programa de TV de boa divulgação científica. Isso nós não temos. E tem
muito mais alcance que revistas. Só que é mais difícil que criar
revistas... Tem que ser um projeto de longo prazo, a não ser que já haja
entre nós gente com trânsito nessa mídia. Se quisermos alcançar a sociedade
como um todo, se não usarmos TV estaremos cuspindo nas ondas do mar.

Belisário

At 05:08 15/02/02 -0300, you wrote:
>Então vamos nós da ciencialist criar uma revista de divulgação científica.
>Por aqui, talento é o que não falta. O que falta é coragem e
>auto-confiança. Bando de medrosos.
>
>[]s
>Manuel Bulcão



SUBJECT: RES: [ciencialist] Curiosidades incríveis
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/02/2002 12:56

Silvio

O dia que eu sofrer uma fratura,
com certeza vou procurar um especialista.


Quando disse que é matematicamente impossível,
levei em consideração a distância do meu ombro-boca e ombro-cotovelo, por
ser quase o dobro do tamanho e o movimento não realizaria uma circunferência
completa seria impossível.

Não pensei na possibilidade de amputar um membro. Levei em consideração
hipóteses indolores.



Quanto a mãe Dinah, caso não esteja bem informado, ela não é mais aquela
vidente ganhando milhões a custa de seus consulentes, agora ela ganha
milhões a custa de seus fiéis.

Em um sonho ele teve o privilégio de falar com Dom Satã, que lhe apresentou
os dons que ele lhe concedeu.
Hoje a mulher arrependida faz parte da turminha do Tio Edirnheiro.

Ela até poderia ter se arrependido e virar cantora ao lado do Padre Marcelo,
com certeza seria logo canonizada e nomeada santa Mãe Dinah. Se o tal do
Cipriano que tinha pacto com o demo virou santo.

Mas isto é outra história.....



Gilberto


-----Mensagem original-----
De: Silvio Cordeiro [mailto:scf@escelsa.com.br]
Enviada em: sexta-feira, 15 de fevereiro de 2002 08:30
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Curiosidades incríveis


Gilberto:

nao é impossível. apenas custa caro e dói.
Basta ir a um ortopedista, pedir pra serrar o ante-braço (com ou sem
anestesuia), ,
lamber o cotovelo, reconstituir o osso e sentir um pouco de dor. Segundo
mãe Dinah,
nada é impossível debaixo do sol. por US$20.000 faço isso.

silvio.



SUBJECT: RES: [ciencialist] propaganda astrologica na lista
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/02/2002 13:04

Caro Nicolau, prá que tanta revolta neste coração,

A astrologia deve ter sua utilidade,
principalmente para quem sobrevive dela.

Segundo a Astrologia sou de Sagitário,
das características sagitarianas tenho
0,000000000000000000001E-1545555599999,
logo tenho indícios sagitarianos,
conheço várias pessoas de sagitário nenhum é igual a mim,
ai dizem tem o ascendente, descubra que 60% tem o meu ascendente e nada
haver com minha personalidade,
ai vem o tal do fuso horário, quadratura, raio que o parta e afins.

A astrologia é uma ciência indutora,
pessoas sem auto-estima levam ela muito a sério e acabam comportando-se como
dizem os almanaques.

Este tipo de jogo astrológico é tal interessante,
que muitas empresas vem utilizando a astrologia para motivar seu
funcionários.

A consultora diz, vejo que você gosta muito de seu trabalho
e até o final do ano ganhará uma promoção,
mas isto dependerá também do seu esforço em aumentar as vendas.

Lindo. A pessoa fica toda cheia.
Trabalha que nem uma condenada.
E o que temos no fim do ano. Cortes e mais cortes.
Lá vai ela ser promovida a candidata a empregos.

Lindo. Lindo. A vida é bela.

Gilberto.


-----Mensagem original-----
De: Nicolau Werneck [mailto:nwerneck@yahoo.com.br]
Enviada em: sexta-feira, 15 de fevereiro de 2002 08:13
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] propaganda astrologica na lista

Eu tenho convicção de que aqui não é o lugar pra se
discutir astrologia, mas me dá mal-estar ver a maneira
como ela é tratada aqui, como se fosse uma coisa
*pior* do que acreditar em deuses, por exemplo...

++nicolau, aquariano de coração! :PPPPP



SUBJECT: RES: RES: [ciencialist] ciência e religião: Clonagem humana
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/02/2002 13:16

Caro Jefferson,

Como estou meio desatualizado,
tenho em minha memória resquícios de informações
talvez com a lista eu os atualize.

A única coisa, sinceramente, que já ouvi falar sobre a Teoria do Caos é a
seguinte frase:

" Uma borboleta bate azas na Malásia e poderá ocasionar um furacão no outro
extremo do Globo ".

Talvez meu conhecimento em Física seja escasso.

Mas se a borboleta provoca isto, o que provoca os aplausos após um Gol no
Maracanã.

Será que a propagação de ondas, átomos ou seja lá o que tomaram como base
para a criação desta frase,
tem efeito exponencial.


Gilberto.


Não sei se você se refere a isso, mas a teoria do caos que conheço fala de
comportamentos aperiódicos, sensibilidade às condições iniciais, etc e, ao
contrário dos buracos negros (por exemplo), existe *um monte* de
experiências que envolvem caos.
Se é essa a teoria do caos em questão, dizer que não se acredita nela é
como dizer que não se acredita na mecânica clássica, ou no
eletromagnetismo clássico: têm suas limitações, mas dentro delas são
perfeitamente válidos.


> como sou leigo, talvez minha opinião não faça tanta diferença.

Já disseram, e bem, que faz.

abbracci,
Stafusa



SUBJECT: RE: RES: [ciencialist] ciência e religião : Clonagem humana
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/02/2002 13:17

>COLUCCI: Quando introduzimos a idéia de um Deus criador e onipotente
estamos violando da maneira mais ignorante o princípio de Occam.<

>TAKATA: Mas por q. a navalha de Occam deve ter primazia sobre deus?<

Eu ainda ia chegar lá com a minha pergunta: "Existir é mais misterioso
do que não existir?"

Acho que é. O raciocínio aqui tende ao antrópico, mas isso é inevitável.
O homem é criador de significados. A consciência humana busca fazer
sentido de um universo desprovido deste. Se a espécie humana desaparecer
é concebível que as estrelas continuem a converter hidrogênio em hélio e
as baratas continuem a baratear sobre os nossos escombros. O universo é
indiferente à nossa sorte.

Se o que eu disse for verdade (não é para os religiosos), a busca do
conhecimento é uma das maneiras que a consciência encontrou de
satisfazer a necessidade de obter significados. A religião é outra,
diferente, mas estou argumentando a favor da primeira. Ao longo da
história o homem inventou ferramentas que tornam a busca de significado
(conhecimento) mais eficiente: filosofia, ciência, matemática, lógica.
Se concordarmos que o uso dessas ferramentas é útil (eu me surpreenderia
se nessa lista a maioria não concordasse), a multiplicação desnecessária
de entidades é indesejável.

A hipótese "Deus" não é necessária para explicar a lógica do universo.
Não existe outra razão para propô-la que não tenha base em mecanismo
neurofisiológicos, principalmente no fato de que somos mamíferos.

A navalha de Occam deve ter primazia sobre hipóteses místicas na
discussão racional, pois ela provou-se útil na busca do entendimento do
mundo natural pelo homem. Se estiver falando da discussão não racional,
aí vale tudo. Até acreditar que o universo foi criado há cinco minutos,
ou que é recriado constantemente, ou que existem infinitos mundos
paralelos, ou qualquer coisa que os nossos circuitos neuronais
conseguirem imaginar.




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Curiosidades incríveis
FROM: Roberto Belisário <rbdiniz@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/02/2002 13:21


Repare que você pode chegar o ombro para trás. Por isso, eu
consigo lamber a parte interna do meu cotovelo, apesar das tais distâncias.
Belisário

At 12:56 15/02/02 -0300, you wrote:
>Silvio
>
>O dia que eu sofrer uma fratura,
>com certeza vou procurar um especialista.
>
>
>Quando disse que é matematicamente impossível,
>levei em consideração a distância do meu ombro-boca e ombro-cotovelo, por
>ser quase o dobro do tamanho e o movimento não realizaria uma circunferência
>completa seria impossível.
>
>Não pensei na possibilidade de amputar um membro. Levei em consideração
>hipóteses indolores.
>
>
>
>Quanto a mãe Dinah, caso não esteja bem informado, ela não é mais aquela
>vidente ganhando milhões a custa de seus consulentes, agora ela ganha
>milhões a custa de seus fiéis.
>
>Em um sonho ele teve o privilégio de falar com Dom Satã, que lhe apresentou
>os dons que ele lhe concedeu.
>Hoje a mulher arrependida faz parte da turminha do Tio Edirnheiro.
>
>Ela até poderia ter se arrependido e virar cantora ao lado do Padre Marcelo,
>com certeza seria logo canonizada e nomeada santa Mãe Dinah. Se o tal do
>Cipriano que tinha pacto com o demo virou santo.
>
>Mas isto é outra história.....
>
>
>
>Gilberto
>
>
>-----Mensagem original-----
>De: Silvio Cordeiro [mailto:scf@escelsa.com.br]
>Enviada em: sexta-feira, 15 de fevereiro de 2002 08:30
>Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>Assunto: Re: [ciencialist] Curiosidades incríveis
>
>
>Gilberto:
>
>nao é impossível. apenas custa caro e dói.
>Basta ir a um ortopedista, pedir pra serrar o ante-braço (com ou sem
>anestesuia), ,
>lamber o cotovelo, reconstituir o osso e sentir um pouco de dor. Segundo
>mãe Dinah,
>nada é impossível debaixo do sol. por US$20.000 faço isso.
>
>silvio.



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] ciência e religião : Clonagem humana
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/02/2002 13:26

Inverterei a ordem dos comentarios.

--- In ciencialist@y..., "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@r...>

> A navalha de Occam deve ter primazia sobre hipóteses místicas na
> discussão racional, pois ela provou-se útil na busca do
> entendimento do mundo natural pelo homem. Se estiver falando da
> discussão não racional, aí vale tudo. Até acreditar que o universo
> foi criado há cinco minutos, ou que é recriado constantemente, ou
> que existem infinitos mundos paralelos, ou qualquer coisa que os
> nossos circuitos neuronais conseguirem imaginar.

A navalha de Occam e' util, mas nao e'
absoluta. Ela falha muitas vezes. Na
media e' util, mas como saber em um caso
em particular?

Se formos pragmaticos, ok: por eqto nao
temos nada para sustentar isso, entao
na pratica nao alterar muito o q. sabemos
sobre o assunto. Mas isso tbm nao e'
exatamente uma 'prova' de alguma coisa.

E' um erro por outro lado dizer q.
em uma discussao irracional vale tudo.
Existem limites -- q. nao estao mapeados,
mas ha' limites: entre outras coisas
pelo q. e' concebivel ou nao por alguem.

> Eu ainda ia chegar lá com a minha pergunta: "Existir é mais
> misterioso do que não existir?"
>
> Acho que é.

Bem, em sendo entao temos algo q.
explicar.

> se nessa lista a maioria não concordasse), a multiplicação
> desnecessária de entidades é indesejável.

Na media sim. Mas e em um caso em particular?

> A hipótese "Deus" não é necessária para explicar a lógica do
> universo. Não existe outra razão para propô-la que não tenha base
> em mecanismo neurofisiológicos, principalmente no fato de que somos
> mamíferos.

Talvez nao muito mais do q. um universo
inteligivel. Ou um universo q. existe e
por ai' vai.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: ciência e religião
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/02/2002 13:55

>COLUCCI: Pergunta: Existir é mais misterioso do que não existir? Por
que?<

>TARCISIO: Porque não existe a máquina do tempo ou o teletransporte??
Porque não existe água em pó e o moto-perpétuo???<

Hmm. Tarcisio, agora você me pegou. E eu que pensava que esse cara aí
debaixo soubesse alguma coisa dos mistérios da existência:

"To be, or not to be: that is the question"
Shakespeare, Hamlet, Act III, Scene I.





SUBJECT: Freio (administrador)
FROM: "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/02/2002 14:00

Vou deixar a lista travada por algumas horas para dar a chance
de 'todos' lerem as mais de 50 mensagens que jah circularam hoje.

NAO vou excluir nenhuma mensagem.

Ateh
Luis Brudna - temporariamente 'moderando'




SUBJECT: RE: RES: [ciencialist] ciência e religião : Clonagem humana
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/02/2002 14:13

Respondendo ao Takata, à la Takata:

>A navalha de Occam e' util, mas nao e'
>absoluta. Ela falha muitas vezes. Na
>media e' util, mas como saber em um caso
>em particular?

Mostre-me um caso em que a multiplicação
desnecessária das entidades foi útil
em ciência.

>E' um erro por outro lado dizer q.
>em uma discussao irracional vale tudo.
>Existem limites -- q. nao estao mapeados,
>mas ha' limites: entre outras coisas
>pelo q. e' concebivel ou nao por alguem.

Quem define esses limites para a irracionalidade?
Em lógica, eles são consequência da obediência a
certos princípios derivados logicamente de outros,
mais básicos; em ciência eles são impostos pela
obrigação de não contrariar as leis da física.
Quais são os limites impostos pela discussão
irracional?

> COLUCCI: se nessa lista a maioria não concordasse),
> a multiplicação desnecessária de entidades é indesejável.

> TAKATA: Na media sim. Mas e em um caso em particular?

Acima. Não consigo pensar em um caso sequer onde
a multiplicação desnecessária em ciência seja desejável.


> COLUCCI: A hipótese "Deus" não é necessária
> para explicar a lógica do universo. Não existe
> outra razão para propô-la que não tenha base
> em mecanismo neurofisiológicos, principalmente
> no fato de que somos mamíferos.

> TAKATA: Talvez nao muito mais do q. um universo
>inteligivel. Ou um universo q. existe e
>por ai' vai.

Propus um princípio (busca de significados pela
consciência humana) que é internamente coerente.
Dentro dele a hipótese "Deus" não é necessária.
Aceitá-lo ou não depende da preferência pela
racionalidade (as coisas derivam logicamente umas
das outras) ou de um outro princípio (as coisas
não são o que parecem, há mais mistérios entre o...etc).
Muita gente, talvez por falta de parar para pensar
no assunto, adota uma mistura intermediária (a maioria
das coisas derivam logicamente umas das outras,
mas não todas).

Para mim o grande mistério (lá vem o ranço do
princípio antrópico novamente) é o universo ser
inteligível. E pior, matemático.




SUBJECT: Re: propaganda astrologica na lista
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/02/2002 14:24

--- In ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> wrote:
> Eu leio a lista por email e pela web e de facto tem esse problema
dos
> anuncios. Agora, querer censurar[ q é diferente de não ter nenhuns]
> os anuncios é um pouco de mais... não ?
>

Não estou falando em censurar, mas os anúncios pelo menos podiam ser
compatíveis com o conteúdo da lista. Isto é do interesse dos
anunciantes e dos listeiros. Eles colocam os anúncios que querem e
nós não temos nenhum controle sobre isso. Eu não ia querer que nas
página do cartoonnetwork, que meu filho acessa, começassem a veicular
banners pornográficos. Do mesmo modo sou contra pornografia
intelectual nesta lista.

[]´s

André





SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] ciência e religião : Clonagem humana
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/02/2002 15:47

--- In ciencialist@y..., "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@r...>
> Mostre-me um caso em que a multiplicação
> desnecessária das entidades foi útil
> em ciência.

Na verdade estams mais no ramo da
metafisica do q. das ciencias.

Um exemplo em ciencias, nao muito
bom, por exemplo, podemos ver no campo
da fisica das particulas. Em gde parte
por uma questao estetica estabeleceu-se
a simetria entre as particulas -- so'
depois foram buscar indicios de existencia
dessas particulas.

A teoria das branas (ou das supercordas)
multiplicou o numero de dimensoes aos
quais nao temos acesso. De novo e'
um certo apelo estetico, embora sob
outro ponto de vista seja anti-estetico.

(O exemplo fica pior ainda porq. eu nao
manjo nada disso, de forma q. e' bem
provavel q. eu esteja a dizer asneiras.)

Forcando bastante a barra podemos falar
q. a criacao de epiciclos para emendar
as orbitas circulares dos plantes teve
um aspecto positivo: nao havia ainda a
concepcao de uma orbita eliptica. Um
abandono forcado do modelo de orbitas
circulares criariam um vacuo conceitual
muito gde. Isso poderia gerar uma conclusao
precipitada de q. nao haveria modelo algum...

Um pouco menos forcado, mas ainda assim
forcado, o desenvolvimento da cronobiologia
e dos ritmos biologicos (nada a ver com os
famigerados biorritmos) se deu por provocacoes
pouco parcimoniosas: em alguns experimentos
em q. organismos experimentais eram
colocados em situacoes em q. teoricamente
nao poderiam receber nenhum sinal externo de
passagem temporal, obtinha-se ainda assim a
manutencao de um certo ritmo endogeno circadiano.
A coisa poderia parar por ai'. Mas alguns
catedraticos um tto renitentes comecaram
a especular sobre a possibilidade de influencias
gravitacionais. Isso forcou a refinamentos
maiores dos experimentos.

De certo modo, ao menos de inicio
toda teoria acaba recebendo algum remendo
salvador. Se Kuhn nesse aspecto estiver
certo, somente qdo começam a se acumular
muitos indícios contrários é q. a teoria
começa a fazer água de verdade. Os pequenos
remendos servem de um certo modo para dar
alguma estabilidade aos sistemas: se por
qq coisa formos logo abandonar uma teoria
poderíamos ficar um tanto 'a deriva.

Ok, continua forçado. Mas o q. estou
querendo dizer e' q. uma certa concepcao
metafisica de deus pode (eu disse pode)
servir como um principio organizador de
uma visao de mundo. De forma analoga 'a
como o principio da parcimonia funciona
satisfatoriamente em ciencias (e em outras
areas). So' pra diminuir mal-entendidos,
eu nao estou tentando justificar uma
visao de deus e nem querendo inventar
uma desculpa para que eu possa acreditar
em um divindade. (Sou agnostico para
todos os efeitos, mas polemista safado.)

> Quem define esses limites para a irracionalidade?

Quem nao, o que define. Isso pode
ser o senso comum, a intuicao e
outros processos q. nao sao verbais,
conscientes ou sistematicos. Pode
ser q. isso gere alguma incongruencia
em alguma parte, mas certamente estabelece
um limite.

(Uma pessoa pode ate' discutir
irracionalmente sobre cores, mas
ela esta' limitada a falar das
cores q. consegue conceber --
ninguem tera' nocao de uma cor
q. nao conhece.)

> Quais são os limites impostos pela discussão
> irracional?

A capacidade humana - como acima.

> > TAKATA: Talvez nao muito mais do q. um universo
> >inteligivel. Ou um universo q. existe e
> >por ai' vai.
>
> Propus um princípio (busca de significados pela
> consciência humana) que é internamente coerente.
> Dentro dele a hipótese "Deus" não é necessária.
> Aceitá-lo ou não depende da preferência pela
> racionalidade (as coisas derivam logicamente umas
> das outras) ou de um outro princípio (as coisas
> não são o que parecem, há mais mistérios entre o...etc).
> Muita gente, talvez por falta de parar para pensar
> no assunto, adota uma mistura intermediária (a maioria
> das coisas derivam logicamente umas das outras,
> mas não todas).

Esse principio nao deriva apenas da
racionalidade (ate' porq. a racionalidade
e' vinculada a aspectos irracionais como a
emocao). E' preciso fazer a suposicao tacita
de q. o Universo e' realmente inteligivel e
coerente. (Pode-se apelar para a observacao
empirica de q. o universo nos parece
inteligivel e coerente. Mas o universo sob
um certo aspecto nos parece tbm continuo,
homogeneo, etc. Temos q. lidar com os
filtros de nossas percepcoes: e se nossos
filtros permitirem o acesso apenas a
elementos q. concordem com a visao de uma
coerencia interna? Podem-me acusar de ser
relativista -- prefiro pensar q. estou
sendo contextualista -- mas existe, por
exemplo, um livro chamado de "Pequenos
Milagres". Nao concordo com o ponto de
vista ali exposto, mas as pessoas q.
acreditam realmente passam a pensar nas
coincidências em suas vidas como sinais
de intervenções amorosas de algum
tipo de deus. Não digo isso para defender
q. deus existe ou q. esse livro vale a
pena ser lido, mas sim q. a pre-concepcao
das pessoas acaba influindo em seu modo
de pensar. Não acredito q. eu esteja
livre de pre-concepções...)

> Para mim o grande mistério (lá vem o ranço do
> princípio antrópico novamente) é o universo ser
> inteligível. E pior, matemático.

O universo pode apenas *parecer* inteligivel.
O fato de ser matematico pode ser uma
selecao de indicios. Por exemplo: o
decaimento radioativo. O ponto exato de
emissao de radiacao e transformacao
do nucleo nao pode ser conhecido (ao menos
e' no se acredita por eqto), para todos
os efeitos e' um fenomeno aleatorio.
Mas o q. fazemos entao? Utilizamos um
truque: consideramos nao um evento
dado, mas um lapso de tempo e a probabilidade
de se ocorrer. Como nao encontramos
relacoes matematicas em um nivel, procuramos
em outro. E se uma dada relacao numerica
nao e' possivel, lancamos mao de outras
relacoes (utilizamos matematicas q.
sao diferentes: utilizam axiomas diferentes --
para descrever certos fenomenos -- o
espaco euclidiano nao funciona? Entao tentemos
a geometria de um espaco hiperbolico. Tbm
nao da' certo? Entao uma hiperesfera. E
assim por diante).

(Posso parecer cínico, mas a verdade
é q. *estou* sendo cínico. Não acredito
em nada do q. estou dizendo, mas
como tenho a odiosa tendência de
ser do contra...)

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Curiosidades incríveis
FROM: "Silvio Cordeiro" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/02/2002 15:59

Meu jovem Gilberto:

sem estender por demais o momentoso assunto, sugiro (em japonês quer dizer: ofereço
idéia) de uma farta distribuição de medalhas de nossa senehora desatadora de nós,
benta pelo marcelão o outro idiota que carrega uma santa, para os ímpios
listeiros...

----- Original Message -----
From: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, February 15, 2002 12:56 PM
Subject: RES: [ciencialist] Curiosidades incríveis


Silvio

G - Não pensei na possibilidade de amputar um membro. Levei em consideração
hipóteses indolores.

S Nota: nao tem de amputar nada. apenas serrar o osso, beijar o cotovelo e engessar
o antebraço de novo. todo indolor, desde que nao seja feito pelo SUS.

Quanto a mãe Dinah, caso não esteja bem informado, ela não é mais aquela
vidente ganhando milhões a custa de seus consulentes, agora ela ganha
milhões a custa de seus fiéis.

Em um sonho ele teve o privilégio de falar com Dom Satã, que lhe apresentou
os dons que ele lhe concedeu.
Hoje a mulher arrependida faz parte da turminha do Tio Edirnheiro.

Ela até poderia ter se arrependido e virar cantora ao lado do Padre Marcelo,
com certeza seria logo canonizada e nomeada santa Mãe Dinah. Se o tal do
Cipriano que tinha pacto com o demo virou santo.

Mas isto é outra história.....



Gilberto


-----Mensagem original-----
De: Silvio Cordeiro [mailto:scf@escelsa.com.br]
Enviada em: sexta-feira, 15 de fevereiro de 2002 08:30
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Curiosidades incríveis


Gilberto:

nao é impossível. apenas custa caro e dói.
Basta ir a um ortopedista, pedir pra serrar o ante-braço (com ou sem
anestesuia), ,
lamber o cotovelo, reconstituir o osso e sentir um pouco de dor. Segundo
mãe Dinah,
nada é impossível debaixo do sol. por US$20.000 faço isso.

silvio.


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SUBJECT: RES: RES: [ciencialist] propaganda astrologica na lista
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/02/2002 17:12

> Segundo a Astrologia sou de Sagitário,

Bom, segundo a astronomia tb ;-) lol

>>>>>> Onde a astronomia diz que sou de sagitário 2


> das características sagitarianas tenho
> 0,000000000000000000001E-1545555599999,
> logo tenho indícios sagitarianos,

Finalmente alguem que consegue quantificar as caracteristicas
astrologicas. Poderias revelar o segredo?


>>>>>Se não percebeu fui irônico o E no meio dos números significa "elevado
a n potência".


Dizeres que és de sagitário tem tanto significado astrologico como
dizer que a temperatura onde me encontro é 32ºC
Estás a omitir variáveis importantes.

>>>>>>Quais variáveis estou a omitir 2


> A astrologia é uma ciência indutora,

Uhau! e alem de sabere quantificar, dizes que é uma ciencia... bom ,
se sabes quantificar, suponho que possas dizer isso. :-)

>>>> Errei ao me expressar, fazer o que né.



Não sei quem merece menos credito e mais "puxão de orelhas"
Se a consultora que diz aquilo, se a pessoa que acredita nela e age
por interesse, se as pessoas que acham que isto é astrologia.


>>>>> Diga-me o sábio mentor, onisciência cósmica, o que significa na tua
concepção " Astrologia ".


AMÉM

Gilberto




SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: ciência e religião
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/02/2002 17:16

Porque não existe a máquina do tempo ou o teletransporte??

A máquina do tempo não existe pois não foi desenvolvida tecnologia para tal
façanha.
Mas muitos cientistas teorizam sobre sua possibilidade de existir.

O Teletransporte esta a caminho, só não sei em que parte dos tijolos
amarelos ele se perdeu, já ouvi uma experiência que foi teletransportado um
fóton. já é um bom começo.


Gilberto




SUBJECT: RES: RES: [ciencialist] ciência e religião : Clonagem humana
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/02/2002 17:18

Caro srs.
Gostaria de lembrar, que dentre os inúmeros cérebros inteligente nesta lista
encontram-se seres menos providos desta inteligência.

O que é, ou do que se trata o Principio de Occam.


Grato,

Gilberto




SUBJECT: RES: RES: RES: [ciencialist] ciência e religião: Clonagem humana
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/02/2002 17:24

Interessante a Teoria do Caos, seria interessante para os Afeganistãos
baterem palma o dia todo,
para aumentar os furacões nos estados unidos, pena que Ala não lhes permita
conhecer a ciência.

Gilberto




SUBJECT: RE: RES: [ciencialist] ciência e religião : Clonagem humana
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/02/2002 18:16

>GILBERTO (gp): O que é, ou do que se trata o Principio de Occam?<

William de Ockham (Occam é a grafia latina), formulou o princípio
filosófico conhecido como "navalha de Occam". A forma original "Não se
deve recorrer à pluralidade sem necessidade" é interpretada hoje como
"quanto mais simples uma explicação, melhor". Isto é, não invente
complicações desnecessárias para o argumento.

Occam era monge franciscano que deu grandes contribuições à lógica
matemática. Foi excomungado pelo papa em 1328, mas não parou de criticar
a igreja com base em argumentos lógicos.

Mais detalhes em:

Dicionário Cético:
http://www.cetico.hpg.ig.com.br/occam.html

Filosofia e Idéias:
http://www.geocities.com/Athens/4539/navalha.html




SUBJECT: RE: [ciencialist] ciência e religião (era: Clonagem humana)
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/02/2002 19:18

> COLUCCI: Mostre-me um caso em que a multiplicação desnecessária das
entidades foi útil em ciência.

> TAKATA: [...] um exemplo em ciencias, nao muito
bom, por exemplo, podemos ver no campo
da fisica das particulas.
[...]
A teoria das branas (ou das supercordas)
multiplicou o numero de dimensoes aos
quais nao temos acesso.
[...]
Forcando bastante a barra podemos falar
q. a criacao de epiciclos para emendar
as orbitas circulares dos plantes teve
um aspecto positivo: nao havia ainda a
concepcao de uma orbita eliptica.
[...]
Um pouco menos forcado, mas ainda assim
forcado, o desenvolvimento da cronobiologia
e dos ritmos biologicos (nada a ver com os
famigerados biorritmos) [...]<

Acho que foi Einstein quem disse que "Make it simple, but no simpler",
isto é, as explicações devem ser o mais simples possíveis, mas não mais
simples do que o necessário. O que há de comum em todos os seus exemplos
de teorias é que as explicações anteriores a elas eram simples demais
para o que se propunham a explicar. A palavra chave na formulação de
Occam é "necessidade". Não se deve multiplicar as entidades sem
necessidade.

Não acredito que haja um único físico teórico que não ficaria feliz em
se livrar das multiplas dimensões espaciais da teoria das cordas. Se
alguém integrar gravitação e física quântica através de um esquema mais
simples, não haverá porque usar o artifício das 9, ou 11, ou sei lá
quantas dimensões espaciais. Esse parece ser um caso (também sou leigo
no assunto) em que o universo impôs esse nível de complexidade à física.

>TAKATA: De certo modo, ao menos de inicio
toda teoria acaba recebendo algum remendo
salvador. Se Kuhn nesse aspecto estiver
certo, somente qdo começam a se acumular
muitos indícios contrários é q. a teoria
começa a fazer água de verdade. Os pequenos
remendos servem de um certo modo para dar
alguma estabilidade aos sistemas: se por
qq coisa formos logo abandonar uma teoria
poderíamos ficar um tanto 'a deriva.<

Isso é verdade, embora eu discorde do caráter historicista que Kuhn
atribui à ciência. A teoria da evolução é um bom exemplo. Tem sido
remendada desde Darwin com muito sucesso. Não há indícios de que um novo
paradigma venha a substituí-la tão cedo.

> COLUCCI: Quem define esses limites para a irracionalidade?<

> TAKATA: Quem nao, o que define. Isso pode
ser o senso comum, a intuicao e
outros processos q. nao sao verbais,
conscientes ou sistematicos. Pode
ser q. isso gere alguma incongruencia
em alguma parte, mas certamente estabelece
um limite.<

Eu deveria ter dito "que" em vez de "quem". Mas tenho dúvidas quanto à
sua lista de limitadores:

Senso comum: varia de pessoa a pessoa. Segundo Descartes é a coisa mais
bem distribuida do mundo, pois todos acham que o receberam em dose
suficiente.

Intuição: Idem. A minha é diferente da sua.

Processos não-verbais: Ótimos para comunicar estados emocionais.
Utilíssima na comunicação humana. Fantásticos na arte. Pouco úteis,
porém, na comunicação de alta definição; nos meios "frios", como disse
McLuhan.

> COLUCCI: Quais são os limites impostos pela discussão irracional?<
> TAKATA: A capacidade humana - como acima.<

A capacidade humana para a irracionalidade é infinita. Não devemos
subestimá-la. Falo, porém, da discussão que tem por objetivo saciar a
busca pelo desconhecido, inventar significados. Esses significados podem
ser encontrados no anseio de conhecer ou na busca religiosa. Minha
opinião pessoal é de que o primeiro método é mais eficaz na eliminação
do sofrimento humano, e esse é um valor caro. Minha opinião, apenas.
Outros podem achar que estamos neste vale de lágrimas para purificar o
espírito.

> TAKATA: Temos q. lidar com os
filtros de nossas percepcoes: e se nossos
filtros permitirem o acesso apenas a
elementos q. concordem com a visao de uma
coerencia interna? Podem-me acusar de ser
relativista -- prefiro pensar q. estou
sendo contextualista -- mas existe, por
exemplo, um livro chamado de "Pequenos
Milagres". Nao concordo com o ponto de
vista ali exposto, mas as pessoas q.
acreditam realmente passam a pensar nas
coincidências em suas vidas como sinais
de intervenções amorosas de algum
tipo de deus.

O problema de perceber a realidade através dos sentidos é dificílimo. O
melhor meio de eu não dizer asneiras aqui é não meter-me com ele, pois é
a própria essência da filosofia.

Descendo um grau abaixo na escala de pretensão intelectual, na busca de
conhecimento o homem desenvolveu mecanismos que, aparentemente (nunca se
tem certeza), reduzem a subjetividade na percepção do real. Indivíduos
que não se aperfeiçoam nessas técnicas são presas mais fáceis dos
mecanismos mentais de fixação de crenças ilógicas. É a tal da "percepção
direta da realidade, da experiência pessoal, vivida, etc" que você vai
achar em todo o canto, do Dalai Lama à escola de ioga no sobradinho da
Vila Madalena.

>TAKATA: O universo pode apenas *parecer* inteligivel.
O fato de ser matematico pode ser uma
selecao de indicios. Por exemplo: o
decaimento radioativo. O ponto exato de
emissao de radiacao e transformacao
do nucleo nao pode ser conhecido (ao menos
e' no se acredita por eqto), para todos
os efeitos e' um fenomeno aleatorio. <

Aqui você levanta um ponto bastante intrigante. Nada obrigaria, a não
ser o fato de que estamos no "nosso" universo (princípio antrópico), os
campos a variar com a distância de acordo com fórmulas bem
estabelecidas, a constante universal ter o valor que tem, as leis da
física serem tão simples, etc.

Acho mesmo que se as coisas no mundo macroscópico fossem aparentemente
aleatórias como no microscópico, ou, de maneira menos radical, não
fossem funções tão simples, a ciência e o conhecimento humano não
estariam onde estão. Felizmente, quando passamos do nível das partículas
subatômicas, o comportamento dos objetos é "descoerentizado" (qual a
tradução certa de 'decoherence'?) pela superposição de estados
quânticos.

Será que a "espuma quântica" de que fala a teoria das cordas não seria o
limite arbitrário que a natureza impôs ao conhecimento matemático do
homem? Há limite para tudo, inclusive para a nossa capacidade de
entender o mundo.

Um abraço,
Colucci

PS: Não postarei até terça-feira, depois do feriado do President's Day.
Vou passar o fim de semana em Montreal, no Canadá, para desfrutar do
clima ameno. Previsão para domingo: neve, ventos de 45 km/h, temperatura
de 26ºC negativos. Cada um tem o Carnaval que pode. Até.



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] propaganda astrologica na lista
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/02/2002 23:02

>> Segundo a Astrologia sou de Sagitário,

> Bom, segundo a astronomia tb ;-) lol

>>>>>>> Onde a astronomia diz que sou de sagitário 2

O que é que tu achas que é ser sagitário ? ou melhor, como é q se calcula se
alguem
é sagitário ?
Simplesmente vendo em que grau do zodiaco está o sol na hora de nascimento.
Dividindo esse angulo por 30º . tomando a parte inteira isso diz-te qual é o
teu signo.
É puramente astronomico. As leis são as de Kepler [que era astrologo] para o
movimento dos planetas. É pura matemática.

Portanto dizer que és Sagitário não é grande coisa.
Agora, dizer o que significa ser sagiário, isso já é outra conversa.

>> das características sagitarianas tenho
>> 0,000000000000000000001E-1545555599999,
>> logo tenho indícios sagitarianos,

>Finalmente alguem que consegue quantificar as caracteristicas
>astrologicas. Poderias revelar o segredo?

>>>>>>Se não percebeu fui irônico o E no meio dos números significa "elevado
>a n potência".

Eu sei. Eu tb fui ironico.
Uma das coisas que se aponta para que a astrologia não seja uma ciencia é
que ela não é quantificável. E por isso não é credivel. Mas tu usaste uam
[pseudo] quantificação para justificar a tua não crença na mesma.

>Dizeres que és de sagitário tem tanto significado astrologico como
>dizer que a temperatura onde me encontro é 32ºC
>Estás a omitir variáveis importantes.

>>>>>>>Quais variáveis estou a omitir 2

A que hora, em que dia em que ano e em que local nasceste.
(eu estou a dizer que é onde me encontro, mas não estou a dizer onde. Pelo
que a temperatura perde significa se estiver mais acima ou mais abaixo do
nivel médio do mar ; pressão)

>>>>> Diga-me o sábio mentor, onisciência cósmica, o que significa na tua
concepção " Astrologia ".

Não é o que significa na minha que está em causa. É o que significa na tua.
Os erros que comentes são do mesmo cariz que eu poderia cometer , sei lá, ..
qq coisa que eu não conheça os promenores tecnicos. Se eu xingar algo que
não conheço devidamente, em quê isso me transforma ?
De certo não num cientista.
Entendes o que quero dizer? Criticar é muito bom ,mas convém que seja por
coisas com relevância.

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda

"Às vezes a leitura é um modo engenhoso de evitar o pensamento"
A.Help- Historiador

P.S. Se quiseres perder tempo descobrindo as coincidencias do teu mapa com a
tua personalidade e vida, e souberes inglês ou alemão podes visitar :
www.astro.com




SUBJECT: Os médico que me desculpem - humor
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/02/2002 00:06

Jesus Cristo resolveu voltar à Terra ... e decidiu vir vestido de médico.

Procurou um lugar para descer. Em São Paulo, viu um posto de saúde do
sistema SUS. Viu, também, um médico trabalhando há muitas horas e morrendo
de cansaço.

Jesus Cristo então entrou de jaleco, passando pela fila de pacientes no
corredor, até atingir o consultório médico. Os pacientes viram-no e
comentaram:

- Olha aí, vai trocar o plantão...

J.C. entrou na sala e disse ao colega que ele podia ir; que ele ia tocar o
ambulatório dali por diante. E, todo resoluto, gritou:

- O PRÓXIMO!

Entrou no consultório um homem paraplégico com sua cadeira de rodas. J.C.
levantou-se, olhou bem para o aleijado, e com a palma da mão direita sobre
sua cabeça disse:

- LEVANTA-TE E ANDA!

O homem levantou-se, andou e saiu do consultório empurrando a cadeira de
rodas. Quando chegou ao corredor, o próximo da fila perguntou:

- E ai, como é esse doutor novo?

Ele respondeu:

- Igualzinho aos outros... nem examina a gente!



SUBJECT: RES: RES: [ciencialist] propaganda astrologica na lista
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/02/2002 00:31

Sérgio M. M. Taborda escreveu:

Criticar é muito bom ,mas convém que seja por
coisas com relevância.


Bem Sergio, concordo contigo que para se criticar deve-se ter alguma
referência, criticar por criticar, não resolve,
seria o mesmo que a maior parte dos brasileiros (incluo-me neste rol) fazem,
criticam as atitudes dos políticos, ma não apresentam soluções plausíveis.

Sinceramente, não sou nenhum astronomo, sei que a astronomia identificou
diversas constelações, principalmente as vistas a olho nu, Escorpião, Órion,
Ursa Maior, etc... Se através dos cálculos astronômicos, dados minha data de
nascimento e horário, descobre-se meu "signo", então a
"astrologia-astronomica" deveria ter mais signos, dada a vasta quantidade de
constelações.

E a não ser que a Astrologia basei-se numa Teoria Paralela a do Caos, onde o
posicionamento dos Planetas influenciam nosso comportamento, ou nosso
comportamento influencia a posição dos corpos celestes, a Astrologia Moderna
não tem validade.

As pessoas confundem a influencia das fases lunares na agricultura ou
crescimento do cabelo, com influencia em nossas mentes e vida. É mais cômodo
entregar a vida a algum "mecanismo divino", do que conduzi-la por si só, ou
tomar atitudes
e depois falar, me desculpa não fiz por querer...

Temos que parar com estas atitudes infantis. As pessoas precisam abrir os
olhos
e descobrir que são responsáveis pelos seus atos,
se somos manipulados ou roubados por políticos é porque nada fazemos,
ficamos acomodados esperando que apareça
um "Jesus" e resolva tudo para nós.

Existem pessoas que consultam horóscopo diariamente,
deixam que O Ky Rhouga tome conta de suas vidas.

Sabe porque hoje critico,
porque já fui muito nestas conversas,
fiz mapas astrais através de programas de computador,
pedi para uma especialista "dar o diagnostico"

ai aparece, Saturno na Casa tal : "Você gosta de comer hambúrguer"
Netuno na Casa tal: "você detesta hambúrguer e adora alcachofra."
Marte na Casa tal: "Você odeia hambúrguer e Alcachofra, sugiro que coma
peixe."


Tudo haver com tudo...


Fica parecendo um episodio que ocorreu estes dias em minha casa.

Colocaram um tijolos sobre uma caixa de papelão,
falei a um parente: o papelão vai afundar e os tijolos vão quebrar.
Não passou nem 10 minutos, estavam todos tijolos no chão quebrados.
Meu parente: Que boca maldita a tua, quero morrer seu amigo.


É por causa disto que a ciência nunca se infiltrara nas massas.

Gilberto



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] ciência e religião : Clonagem humana
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/02/2002 00:34


----- Original Message -----
From: "gp"
Sent: Friday, February 15, 2002 5:18 PM
Subject: RES: RES: [ciencialist] ciência e religião : Clonagem humana


> O que é, ou do que se trata o Principio de Occam.

Vide
Navalha de Ockham
de Sara Bizarro

em
http://www.terravista.pt/Guincho/2644/navalha.html

[ ]'s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: ciência e religião
FROM: "Silvio Cordeiro" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/02/2002 01:01

A maior invenção luso-portuguesa foi o solvente universal: nao descobriram é como
acondicioná-lo...

silvio.
From: <rodrigotoledo@canbras.net>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>; <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, February 15, 2002 12:42 PM
Subject: RE: [ciencialist] Re: ciência e religião



>
> Porque não existe a máquina do tempo ou o teletransporte??

Segundo J.J Benitez ela existe sim. Será ?


> Porque não existe água em pó e o moto-perpétuo???

Dizem que um cientista português, seguindo as tendências de produção materiais
liofilizados, desenvolveu a água liofilizada, bastava acrescentar água que
virava água. Digno do Ig-Nóbel.

Briancadeirinha..rs.





SUBJECT: Re: [ciencialist] Reclamam demais!
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/02/2002 06:44

Olá prof. Léo,

> > Então vamos nós da ciencialist criar uma revista de divulgação
científica. Por aqui, talento é o que não falta. O que falta é coragem e
auto-confiança. Bando de medrosos.<

Léo: E eu pensando que minhas tentativas de divulgação científica através do
*Imperdível* fossem boas tentativas!

Manuel: Oh, claro que o "imperdível" é uma excelente e muito louvável
realização de divulgação científica, não tenho dúvida quanto a isso.
Desculpe-me o lapso. :-)

Em outra mensagem disse que muitas vezes eu (Manuel Bulcão) falo asneiras.
Taí uma prova disso! E quando estou bêbado, então... É que, depois de mais
de um ano e meio de abstinência etílica, nesta carnaval não resisti. Até na
quarta-feira de cinzas à noite estive biritando. Para ser sincero, nem me
lembro de ter escrito esta mensagem (reclamam demais!) e aquela outra
(psicanálise e fotocopiadoras). Êta ressaca moral!

Abraços e parabéns pelo "imperdível" cada vez mais imperdível,
Manuel Bulcão




SUBJECT: O Poder Presciente da Matemática
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airdown@ig.com.br>
TO: <sbcr@yahoogroups.com>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/02/2002 08:54

O Poder Presciente da Matemática
por John Gribbin, original em sua página pessoal

Por que a matemática é uma ferramenta tão efetiva para descrever o modo como
o mundo físico funciona? Muitas pessoas vêem isto como um mistério profundo
e referem-se à "eficiência irracional" da matemática em descrever o Universo
conhecido. Mas Bruno Augenstein, do RAND, em Santa Mônica, Califórnia,
inverteu este argumento. Ele diz que a verdade é que os físicos são capazes
de achar uma contraparte no mundo real para qualquer conceito matemático, e
sugere que físicos espertos "deveriam ser aconselhados a procurar de forma
"deliberada e habitual" modelos físicos de estruturas matemáticas já
descobertas".

Texto completo em
http://www.ceticismoaberto.kit.net/gribbin_math.htm
ou
http://www.geocities.com/airsmither/gribbin_math.htm

(Nota: Não estou mandando o texto completo porque não é tão curto e estou
fazedno cross-post para a ciencialist e sbcr, não é puro SPAM... é só um
pouco de SPAM :) , mas acho o texto interessante a ambas as listas.)

MK
http://ceticismoaberto.cjb.net



SUBJECT: Re: RES: RES: RES: [ciencialist] ciência e religião: Clonagem humana
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/02/2002 11:53

Hello,

On Fri, 15 Feb 2002, gp wrote:

> Interessante a Teoria do Caos, seria interessante para os Afeganistãos
> baterem palma o dia todo,
> para aumentar os furacões nos estados unidos, pena que Ala não lhes permita
> conhecer a ciência.
>
> Gilberto
>

Como já disse antes:

"A questão é que não se pode saber *como* uma determinada perturbação
afetará o sistema: a borboleta, ou o gol, pode causar um furacão no outro
lado da Terra, mas também pode ter um outro efeito qualquer, inclusive
algum irrelevante (na verdade o problema do clima é até maior, uma vez que
tais perturbaçõe existem em um número inimaginável)."

Em um rio turbulento, com redemoinhos e etc (enfim, uma corredeira), por
exemplo, realizando repetidas vezes a experiência de colocar uma rolha em
determinado ponto e verificar em que ponto ela está 100m abaixo,
colocando-a sempre no mesmo ponto inicial (dentro da precisão possível),
se verificará que, devido aos pequenos erros na posição inicial (que nunca
era realmente a mesma) sua posição no rio, 100m abaixo muda sempre.
Esse é outro exemplo de trajetória caótica, o resultado da experiência é
bem diferente em um rio caudaloso ("linear").

bye,
Stafusa





SUBJECT: RE: [ciencialist] ciência e religião (era: Clonagem humana)
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/02/2002 11:56

> subatômicas, o comportamento dos objetos é "descoerentizado" (qual a
> tradução certa de 'decoherence'?) pela superposição de estados

Segundo muitos físicos (o Paulo Nussenzveig é um exemplo) a tradução
correta é "descoerência".

Entretanto é de uso corrente o termo "decoerência".

abraço,
Stafusa




SUBJECT: Re: RES: RES: [ciencialist] propaganda astrologica na lista
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/02/2002 11:58

Olá.

> E a não ser que a Astrologia basei-se numa Teoria Paralela a do Caos, onde o

Aí também já é provocação... :-)
Tem até uma área da matemática sobre caos: sistemas dinâmicos.

Abraços,
Stafusa




SUBJECT: RES: RES: RES: RES: [ciencialist] ciência e religião: Clonagem humana
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/02/2002 12:07

Sinceramente não percebo, no caso da experiência com a rolha,
uma trajetória caótica, percebo sim um número infinito de variáveis que
determinam a trajetória da rolha,
talvez a Teoria do Caos surgiu para acomodar a impossibilidade de se avaliar
e prever todas as variáveis.
No caso da rolha.

Solto a rolha, na superfície da água e ela começa a "navegar",
uma corrente de vento muda sua trajetória ao mesmo tempo,
uma folha surge em seu caminho e altera a trajetória,
ao mesmo tempo que um peixe submerso movimenta sua barbatanas e as ondas
causadas mudam a trajetória,
ao mesmo tempo que no percursos inúmeros outros fatos não previsíveis podem
ocorrer,
Não vejo nada desordenado nisto, nada de caótico.
Apenas percebo a incapacidade de se prever tudo o que influencia a bendita
da trajetória da nossa amiga rolha.


Gilberto



SUBJECT: RES: RES: RES: [ciencialist] propaganda astrológica na lista
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/02/2002 12:11

Não é provocação
é apenas suposição.

Se a borboleta que bate asa na Malásia
provoca furacões no outro lado do globo,
porque a pulsação das estrelas não pode
induzir grilos a saltarem,
que por sua vez induzirão a terra a tremer
que por sua vez vão derrubar prédios
que por sua vez cairão sobre alguém.

Alias, nunca foi cogitado exterminar os lepidópteros malasianos para ver se
os furacões desaparecem.


he he he


Gilberto


---------------------------------------------


Olá.

> E a não ser que a Astrologia basei-se numa Teoria Paralela a do Caos, onde
o

Aí também já é provocação... :-)
Tem até uma área da matemática sobre caos: sistemas dinâmicos.

Abraços,
Stafusa



SUBJECT: Re: RES: RES: RES: RES: [ciencialist] ciência e religião: Clonagem humana
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/02/2002 12:31

On Sat, 16 Feb 2002, gp wrote:

> Sinceramente não percebo, no caso da experiência com a rolha,
> uma trajetória caótica, percebo sim um número infinito de variáveis que
> determinam a trajetória da rolha,
> talvez a Teoria do Caos surgiu para acomodar a impossibilidade de se avaliar
> e prever todas as variáveis.
> No caso da rolha.
(...)
> Não vejo nada desordenado nisto, nada de caótico.
> Apenas percebo a incapacidade de se prever tudo o que influencia a bendita
> da trajetória da nossa amiga rolha.

Na verdade o exemplo da rolha não foi bom.

É fundamental perceber que a dinâmica não-linear (= teo. do caos,
sist. din., etc) trata de comportamentos aperiódicos e sensibilidade às
condições iniciais que são *intrínsecos* aos sistemas.

NÃO se trata de ruído, como no caso do vento ou do peixe na rolha.

Para "acomodar a impossibilidade de se avaliar e prever todas as
variáveis" criaram-se coisas como a mecânica estatística.

Prova-se (posso achar a referência) que um mero pêndulo duplo (um pêndulo
com outro na ponta) exibe caos no mais alto grau. E isso é visto através
das equações (vindas da mecânica newtoniana) do sistema.
A teoria de sistemas dinâmicos tem muito de qualitativo (e segundo o
matemático Ian Stewart, isso não é ruim [mas isso não vem ao caso]), mas
há também muitos resultados quantitativos (que podem muito bem ser
testados, experimental e numericamente), e, quanto ao caos no pêndulo
duplo, há também comprovação experimental disso.

Citei o exemplo do rio me lembrando da convecção de Benárd (e de outro
cara cujo nome me escapa agora): fluido entre duas placas com uma
diferença de temperatura entre elas, se tal diferença for suficientemente
grande, correntes circulares de convecção se formarão (simplifica-se o
problema, teórica e experimentalmente, considerando placas bem próximas),
o sentido de rotação dessas correntes é absurdamente sensível às condições
iniciais: caos.

Esse é um exemplo muito bonito de caos (já observado experimentalmente),
mas aqui não é um exemplo tão bom assim, pois quase nada sei sobre ele.

Paro por aqui. Se continuar a usar como exemplos coisas de que pouco sei,
começarei a falar besteiras além do tolerável...

Abraços,
Stafusa




SUBJECT: Teoria do Caos
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/02/2002 14:03

Jefferson
vou procurar me informar melhor sobre a Teoria
depois poderemos entrar em outro debate,
pois confesso que ainda não entendi esta Teoria,
e o que ela apresenta de novo a ciência.

Forte Abraço,
Gilberto



SUBJECT: Re: RES: RES: RES: RES: [ciencialist] ciência e religião: Clonagem humana
FROM: "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/02/2002 15:16

Quando a ignorancia eh grande... qualquer coisa informa. :) To
lendo um livro e me apareceu isso...

[... Caos eh, para muitos autores, sensibilidade as condicoes
iniciais, gerando por isso um poderoso artificio conceitual de
analise: quando se ve desordem em algum plano, como na evolucao do
indice da bolsa de valores ou na evolucao do potencial de acao sob a
forma de um codigo de barras(1), pode perfeitamente ser o caso de
existir uma estrutura de ordem por tras dessa desordem. Ordem por
tras do aparentemente aleatorio eh a grande razao de se investir
pesadamente na procura de caos deterministico onde parece haver
apenas ruido e acaso.

Caos significa uma maneira de enxergar sistemas fisicos *atribuindo
ao acaso um estatuto de ignorancia provisoria* acerca de todas as
variaveis e parametros que descrevem um fenomeno, alem da
possibilidade de que esse mesmo fenomeno exiba comportamentos ricos e
diferentes para condicoes extremamente proximas. Sensibilidade as
condicoes iniciais seria, metaforicamente, dizer que, dasdas as
condicoes iniciais quase identicas de dois gemeos univitelinos, com o
passar do tempo suas trajetorias podem se tornar absolutamente
diferentes...]

Algum comentario?

(1)sobre o potencial de acao o autor fala em outra parte do livro...
nao vem ao caso.

Ateh
Luis Brudna


--- Em ciencialist@y..., "gp" <sunriseg@t...> escreveu
> Sinceramente não percebo, no caso da experiência com a rolha,
> uma trajetória caótica, percebo sim um número infinito de variáveis
que
> determinam a trajetória da rolha,
> talvez a Teoria do Caos surgiu para acomodar a impossibilidade de
se avaliar
> e prever todas as variáveis.
> No caso da rolha.
>
> Solto a rolha, na superfície da água e ela começa a "navegar",
> uma corrente de vento muda sua trajetória ao mesmo tempo,
> uma folha surge em seu caminho e altera a trajetória,
> ao mesmo tempo que um peixe submerso movimenta sua barbatanas e as
ondas
> causadas mudam a trajetória,
> ao mesmo tempo que no percursos inúmeros outros fatos não
previsíveis podem
> ocorrer,
> Não vejo nada desordenado nisto, nada de caótico.
> Apenas percebo a incapacidade de se prever tudo o que influencia a
bendita
> da trajetória da nossa amiga rolha.
>
>
> Gilberto



SUBJECT: RES: RES: RES: RES: RES: [ciencialist] ciência e religião: Clonagem humana
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/02/2002 16:35

Bruna escreveu:

Caos significa uma maneira de enxergar sistemas fisicos *atribuindo
ao acaso um estatuto de ignorancia provisoria* acerca de todas as
variaveis e parametros que descrevem um fenomeno, alem da
possibilidade de que esse mesmo fenomeno exiba comportamentos ricos e
diferentes para condicoes extremamente proximas.


Gilberto escreveu:
> Sinceramente não percebo, no caso da experiência com a rolha,
> uma trajetória caótica, percebo sim um número infinito de variáveis
que
> determinam a trajetória da rolha,
> talvez a Teoria do Caos surgiu para acomodar a impossibilidade de
se avaliar
> e prever todas as variáveis.
> No caso da rolha.


Agora me diz cara Bruna, posso ter usado argumento leigo, mas me parece que
só repetiu o que eu escrevi.


Num tô intendiendo.

Abraços,

Gilberto


Desculpe pela Bruna, Sr. Brudna.

hehe



SUBJECT: Re: [ciencialist] Reclamam demais!
FROM: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/02/2002 17:28

Oi pessoal !


[Manuel] : Então vamos nós da ciencialist criar uma revista de divulgação
científica. Por aqui, talento é o que não falta. O que falta é coragem e
auto-confiança. Bando de medrosos.

[Léo] : E eu pensando que minhas tentativas de divulgação científica através
do
*Imperdível* fossem boas tentativas!

[Manuel] : Em outra mensagem disse que muitas vezes eu (Manuel Bulcão) falo
asneiras.
Taí uma prova disso! E quando estou bêbado, então...
..............

[NM] : Olá Manuel ! Talvez você não estivesse suficientemente bêbado ... acho
que sua idéia pode ser interessante dentro de um propósito um pouquinho
diferente.

Veja que o *Imperdível* do Leo tem uma função educativa, voltada, não só, mas
fundamentalmente para o esclarecimento de estudantes e leigos; nessa
circunstância é necessário que mantenha uma certa "pureza" a fim de evitar
confusões no entendimento ou mesmo interpretações espúrias.

Acho que realmente poderíamos tentar montar um site menos pasteurizado,
contendo polêmicas e assuntos mais cabeludos (no bom sentido, é claro) e
variados tais como a questão da eutanásia e mesmo eugenia, pra exagerar.

De outro lado, acho que tópicos estanques, ficariam bem colocados no site da
www.wikipedia.pt (que aguada ansiosamente por colaboradores - vamos lá,
gente).

A questão prática é encontrar um local para hospedagem.


Abraços
Neville





SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] propaganda astrologica na lista
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/02/2002 18:15


>Sinceramente, não sou nenhum astronomo, sei que a astronomia identificou
>diversas constelações, principalmente as vistas a olho nu, Escorpião,
Órion,
>Ursa Maior, etc... Se através dos cálculos astronômicos, dados minha data
de
>nascimento e horário, descobre-se meu "signo", então a
>"astrologia-astronomica" deveria ter mais signos, dada a vasta quantidade
de
>constelações.

Bom, isso tb é um erro, porque não interessa nada as constelações.
Além disso, não podiam ser tantas assim , pq o zodiaco tb não tem tantas
assim.
O zodiaco é uma faixa do ceu onde os planetas limitam o seu movimento.
(as cosntelações não interessam, pq o calendário astrologico é baseado no
sol e na lua e não nas estrelas como erradamente se pensa por vezes)

>E a não ser que a Astrologia basei-se numa Teoria Paralela a do Caos, onde
o
>posicionamento dos Planetas influenciam nosso comportamento, ou nosso
>comportamento influencia a posição dos corpos celestes, a Astrologia
Moderna
>não tem validade.

Essa não é a astrologia moderna.
Essa é a astrologia que alguns pensam que é a astrologia moderna.

>As pessoas confundem a influencia das fases lunares na agricultura ou
>crescimento do cabelo, com influencia em nossas mentes e vida. É mais
cômodo
>entregar a vida a algum "mecanismo divino", do que conduzi-la por si só,
ou
>tomar atitudes
>e depois falar, me desculpa não fiz por querer...

Bom, existem alguns ciclos que tem igual periodo. O exemplo classico é o da
lua e o periodo menstrual da mulher. Mas ninguem diz que ha influencia. Isso
é imaginação proferida nos termos do teu exemplo dos tijolos.
Mas que os periodos dos planetas se correlacionam com periodos dos eventos,
essa é a base da astrologia.
Um fenomeno mais parecido com ressonância e menos com influência. Se bem que
a ressonância é uma especie de influência.
Mas nos cânones da astrologia não é nunca dito pq funciona ou se funciona.
É apresentada uma teoria e um método e cada um é livre de praticar ,como
deve ser, e decidir.

>Existem pessoas que consultam horóscopo diariamente,
>deixam que O Ky Rhouga tome conta de suas vidas.

Os Horoscopos tb são mais compelxos do que isso que as pessoas leêm em
revistas que muitas vezes nem sequer é escrito por pessoas que saibem de
astrologia. Existem muito tarologos e numerólogos assinando colunas de
astrologia. [pelo menos por aqui]. E pior, às vezes nem sao assinadas.

>Sabe porque hoje critico,
>porque já fui muito nestas conversas,
>fiz mapas astrais através de programas de computador,
>pedi para uma especialista "dar o diagnostico"

Pois. Comes-te tlv um erro ai.
Tomando alguem como especialista, e confiar no que ele diz é algo perigoso.
E além disso, no minimo deverias ter perguntado a vários e não só a um.

>ai aparece, Saturno na Casa tal : "Você gosta de comer hambúrguer"
>Netuno na Casa tal: "você detesta hambúrguer e adora alcachofra."
>Marte na Casa tal: "Você odeia hambúrguer e Alcachofra, sugiro que coma
>peixe."

duas hipoteses:

Se isto é textualmente o que ele disse, está claro que ele não é
especialista.
Existe coisas que astrologia diz, e coisas que não diz. Este é um exemplo de
coisas que ela não diz.

Se isto é uma analogia : é claro que existe contradições entre um aspecto e
outro.
Mas tal como num diagramas de forças o que interessa é resultado final.
No caso, eu poderia dizer com maior probabilidade que tu destestas
hamburgueres do que gostas deles.

E um astrologo nunca sugere nada. Isso é uma má pratica.

>É por causa disto que a ciência nunca se infiltrara nas massas.

A ciencia começa por não se infiltrar na forma como as pessoas pensam.
E o primeiro erro é acreditar na palavra dos outros. .. em programas, etc...
ha que ter conhecimento de causa e ai sim usar os programas e ferramentas.
Eu poderia usar o pspice [programa para analizar circuitos electronicos] sem
saber de electronica, mas entenderia alguma coisa do que ele mostra como
resultado?

Só depois de tudo isto, de entender, procurar, aplicar... é que se pode
dizer que não se acredita.

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda

"Às vezes a leitura é um modo engenhoso de evitar o pensamento"
A.Help- Historiador



SUBJECT: Re: RES: RES: RES: RES: RES: [ciencialist] ciência e religião: Clonagem humana
FROM: "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/02/2002 20:35

> Agora me diz cara Bruna, posso ter usado argumento leigo, mas me
parece que
> só repetiu o que eu escrevi.

Ainda nao leio mentes para saber se eh exatamente o que voce pensa.
Se vc reler a mensagem que enviei vai ver que estava transcrevendo
uma parte de um livro.


> Num tô intendiendo.
>
> Abraços,
>
> Gilberto
>
> Desculpe pela Bruna, Sr. Brudna.

Sem problemas... meu lado feminino eh sapatao. :) Mas pra evitar
trocadilhos do tipo... Bunda... talvez eu comece a usar o outro
sobrenome nas assinaturas de mail... Hölzle. Pena que serao inumeros
os erros de grafia.

hehe

Ateh
Luis Holzle



SUBJECT: Re: [ciencialist] Teoria do Caos
FROM: Joao Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/02/2002 20:52

Não existe nenhuma "teoria do caos". Existem várias subdisciplinas que
estudam sistemas complexos.

Joao
http://www.nonio.com

gp wrote:
>
> Jefferson
> vou procurar me informar melhor sobre a Teoria
> depois poderemos entrar em outro debate,
> pois confesso que ainda não entendi esta Teoria,
> e o que ela apresenta de novo a ciência.
>
> Forte Abraço,
> Gilberto
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html


SUBJECT: HIV
FROM: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/02/2002 21:17

Olá pessoal !

Acho a hipótese de origem intencional do HIV, por descontrole durante a
pesquisa para evitar reações de rejeição no transplante cardíaco, como sendo
a
mais plausível até o momento. Sabe-se que essas pesquisas foram feitas.

Por outro lado, promiscuidade com animais ocorre desde tempos pré-históricos
e nunca se soube de casos de AIDS anteriormente.

No "Cândido ou o Otimista" , escrito a mais de 2 séculos, Voltaire já se
refere a relacionamento sexual ente índias e macacos. Na Bíblia e em vários
códigos religiosos antigos há proibições, o que sugere a ocorrência.

Portanto, na melhor das hipóteses, acho que os macacos não tem nada a ver com
a AIDS e, se de fato houve transmissão inter-racial, é mais provável que os
humanos
tenham, de alguma forma, contaminado os macacos.


Abraços
Neville






SUBJECT: RES: [ciencialist] Teoria do Caos
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/02/2002 23:22

Caro João se não existe nenhuma Teoria do Caos, porque existem bibliografias
sobre esta Teoria.

Desculpe-me cometi um equivoco.

Deus não existe e também há diversas bibliografias sobre ele.



Gilberto.



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Teoria do Caos
FROM: Joao Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/02/2002 23:46

Aquilo a que por vezes se chama "Teoria do Caos" é de facto uma
área do conhecimento e não uma teoria. Uma teoria é formulada
com rigor e faz previsões precisas sobre a realidade. Aquilo a
que se chama "Teoria do Caos" é uma área interdisciplinar de
conhecimento com contornos indefinidos.

Foi por isso que eu cheguei ao fim do livro:
Chaos: Making a New Science by James Gleick

sem saber o que era o caos.

Joao
http://www.nonio.com

gp wrote:
>
> Caro João se não existe nenhuma Teoria do Caos, porque existem bibliografias
> sobre esta Teoria.
>
> Desculpe-me cometi um equivoco.
>
> Deus não existe e também há diversas bibliografias sobre ele.
>
> Gilberto.
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html


SUBJECT: A Ciência e a Vida Moderna
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/02/2002 00:25

Gostaria de saber como seria o mundo moldado aos olhos da Ciência.
Que tipo de produtos comercializaríamos.
O que seria transmitido pela TV.
Quais seriam as formas de entretenimento.

Alguém tem alguma sugestão.

Gilberto



SUBJECT: Re: [ciencialist] A Ciência e a Vida Moderna
FROM: Joao Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/02/2002 00:39

O desejo de moldar a vida à volta da ciência é um desejo totalitário
e contrário ao método cientifico. O método cientifico defende que
devemos criticar e testar todas as ideias e essa é única coisa que
a ciência pode prescrever para a organização da sociedade:

que todas as ideias sejam testadas e experimentadas pelos seus
potenciais beneficiários. Para isso é necessário que exista liberdade
para discutir e experimentar. Nada mais.

A sua ideia de que a ciência prescreveria uma determinada forma de
entretenimento é totalitária e anticientifica. Cada pessoa deve ter
a possibilidade de experimentar várias formas de entretenimento e de
escolher aquela que mais lhe agrada. Afinal, a função do entretenimento
é entreter e pessoas diferentes entretêm-se de formas diferentes.

Joao
http://www.nonio.com

gp wrote:
>
> Gostaria de saber como seria o mundo moldado aos olhos da Ciência.
> Que tipo de produtos comercializaríamos.
> O que seria transmitido pela TV.
> Quais seriam as formas de entretenimento.
>
> Alguém tem alguma sugestão.
>
> Gilberto
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html


SUBJECT: Re: [ciencialist] A Ciência e a Vida Moderna
FROM: Rodrigo Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/02/2002 00:51

Supondo que você conseguia um modelo realmente completo do universo esse
modelo previria um universo exactamente igual aquele onde vvivemos
actualmente, portanto penso que para ver como seria o mundo moldado aos
olhos da ciência (ideal) basta você olhar em volta :-)

> gp wrote:
> Gostaria de saber como seria o mundo moldado aos olhos da Ciência.
> Que tipo de produtos comercializaríamos.
> O que seria transmitido pela TV.
> Quais seriam as formas de entretenimento.
>
> Alguém tem alguma sugestão.


--
email (same address): rnbc@rnbc.pt.eu.org or rnbc@rnl.ist.utl.pt
homepage: http://rnbc.pt.eu.org/~rnbc
IRC: r0 (PT-Net and IRC-Net and sometimes UnderNet)



SUBJECT: A Ciência e a Vida Moderna
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/02/2002 09:45

gp wrote:
>
> Gostaria de saber como seria o mundo moldado aos olhos da Ciência.
> Que tipo de produtos comercializaríamos.
> O que seria transmitido pela TV.
> Quais seriam as formas de entretenimento.
>
> Alguém tem alguma sugestão.
>
> Gilberto


>>>joão wrote

O desejo de moldar a vida à volta da ciência é um desejo totalitário
e contrário ao método cientifico. O método cientifico defende que
devemos criticar e testar todas as ideias e essa é única coisa que
a ciência pode prescrever para a organização da sociedade:

que todas as ideias sejam testadas e experimentadas pelos seus
potenciais beneficiários. Para isso é necessário que exista liberdade
para discutir e experimentar. Nada mais.

A sua ideia de que a ciência prescreveria uma determinada forma de
entretenimento é totalitária e anticientifica. Cada pessoa deve ter
a possibilidade de experimentar várias formas de entretenimento e de
escolher aquela que mais lhe agrada. Afinal, a função do entretenimento
é entreter e pessoas diferentes entretêm-se de formas diferentes.


>>>rodrigo cunha wrote:

Supondo que você conseguia um modelo realmente completo do universo esse
modelo preverei um universo exatamente igual aquele onde vivemos
atualmente, portanto penso que para ver como seria o mundo moldado aos
olhos da ciência (ideal) basta você olhar em volta :-)



Talvez eu tenha me expressado de forma incorreta,
vou tentar reformular.

Supondo que a sociedade fosse assimilando os conceitos científicos,
abandonando as falsas idéias, o misticismo,
fanatismo, as superstições. Como seria esta sociedade.

Não gostaria de induzir as respostas.

Mas,..

1 - Que tipo de produtos comercializaríamos: Levando em consideração as
necessidades biológicas dos organismos, hoje existem produtos que não
deveriam existir o Marketing, injeta nas pessoas a necessidade de obter tais
produtos.

2 - O que seria transmitido pela TV.

3- Quais seriam as formas de entretenimento. Muitas pessoas hoje freqüentam
cultos como forma de entretenimento, conhecer novas pessoas, "azarar
gatinhas", observar os comportamentos estranhos e ritualísticos de certas
pessoas.

Alguém tem alguma sugestão.


João Wrote: Para isso é necessário que exista liberdade
para discutir e experimentar. Nada mais.

Infelizmente esta tal liberdade é Utópica e fantasiosa, nem em nossa
Sociedade, com a bendita DEMOcracia, tem-se liberdade, pois se certas idéias
são expostas e certos grupos não querem-na ouvir, taxam-te como
preconceituoso.


Gilberto



SUBJECT: Viagem ao Espaço
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/02/2002 09:55

Nasa inicia jornada às estrelas

Cientistas já projetam missão tripulada para colonizar planeta em Alfa
Centauri

STEVE CONNOR


The Independent

BOSTON - Os cientistas da Nasa estão pensando o impensável:
enviar uma nave tripulada por homens, mulheres e crianças
para colonizar um planeta similar à Terra em outra galáxia.
A missão criará uma comunidade de pioneiros do espaço
dos quais apenas os tataranetos dos seus tataranetos
poderão sonhar em voltar para casa.
Na sexta-feira, em uma reunião na Associação Americana para o Avanço da
Ciência
(AAAS, sigla em inglês) cientistas discutiam as questões técnicas,
éticas e emocionais. Geoffrey Landis, um especialista em foguetes,
afirma: ''É a primeira vez que se tenta determinar o que é preciso
para enviar astronautas a outras estrelas'', avaliou.

Landis descreveu os debates como um movimento ''Star Trek''
- referência ao sucesso de TV dos anos 60 - ''clandestino''
que o ocupou e a vários colegas nos últimos três anos.
''Por muitos anos, a Nasa ignorou essa possibilidade'', desabafa.
Criticada por não ter pensado criativamente em projetos para os próximos
cinco ou seis anos,
a agência reagiu criando o Instituto para Estudos de Conceitos Avançados
para fazer pesquisas até 2010. Com a descoberta de mais de 70 planetas
fora do sistema solar, a colonização espacial ganhou respeitabilidade.
''Há 20 anos se diria que era impossível viajar até uma estrela próxima.
Isso requer uma propulsão muito poderosa.
Hoje é difícil, mas pode ser feito sem quebrar leis da física'', atesta
Landis.



Eu wrote :Talvez não quebre leis da Física, Talvez a estação orbital quebre
no meio de sua trajetória e a Porto Seguro vá reboca-la.

Gilberto



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Teoria do Caos
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/02/2002 11:20


> Aquilo a que por vezes se chama "Teoria do Caos" é de facto uma
> área do conhecimento e não uma teoria. Uma teoria é formulada
> com rigor e faz previsões precisas sobre a realidade. Aquilo a
> que se chama "Teoria do Caos" é uma área interdisciplinar de
> conhecimento com contornos indefinidos.
>
> Foi por isso que eu cheguei ao fim do livro:
> Chaos: Making a New Science by James Gleick
>
> sem saber o que era o caos.

Esse livro de introdução que você leu não é dos melhores. Ao lê-lo, a
impressão que se tem é que tudo é caos, quando, na verdade, uma parte
significativa dos sistemas complexos não-lineares não são caóticos, e esses
são os mais interessantes.

[]s
Manuel Bulcão



SUBJECT: Comportamento
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, "STR" <strbrasil@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/02/2002 12:58

E viva a DEMOcracia !!!!!

www.chupacabras.com.br/pcc.html



Gilberto


SUBJECT: PCC também é ciência
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/02/2002 13:16

30/03/2001

a toda ação existe uma reação em contrário, segundo newton.
o estatuto do pcc fala por si próprio.


estatuto do pc - primeiro comando da capital
1 - lealdade, respeito e solidariedade acima de tudo ao partido.

2 - a luta pela liberdade, justiça e paz.

3 - a união da luta contra as injustiças e a opressão dentro da prisão.

4 - a contribuição daqueles que estão em liberdade com os irmãos dentro da
prisão, atavés de advogados, dinheiro, ajuda aos parentes e ação de resgate.

5 - O respeito e a solidariedade a todos os membros do partido, para que não
haja conflitos internos, porque aquele que causar conflito interno dentro do
partido, tentando dividir a irmandade, será excluído e repudiado dentro do
partido.

6 - jamais usar o partido para resolver conflitos pessoais. o partido será
sempre leal e solidário a todos os seus integrantes para que não venham a
sofrer nenhuma desigualdade ou injustiça em conflitos externos.

7 - aquele que estiver em liberdade e bem estruturado, mas esquecer de
contribuir com os irmãos que estão na cadeia, será condenado à morte sem
perdão.

8 - os integrantes do partido têm que dar bom exemplo a ser seguido e por
isso o partido não permite que haja assalto, estupro e extorsão dentro do
sistema.

9 - o partido não admite mentiras, traição, inveja, cobiça, calúnia,
egoísmo, interesse pessoal, mas sim: a verdade, a fidelidade, hombridade,
solidariedade e o interesse comum ao bem de todos, porque somos um por todos
e todos por um.

10 - todo integrante tem que respeitar a ordem a a disciplina do partido.
cada um vai receber de acordo com aquilo que fez por merecer. a opinião de
todos será ouvida e respeitada, mas a decisão final será dos fundadores do
partido.

11 - o primeiro comando da capital, pc, fundado no ano de 1993, numa luta
descomunal e incansável contra a opressão e as injustiças do campo de
concentração anexo à casa de custódia e tratamento de taubaté, tem como
temas absolutos: a liberdade, a justiça e a paz.

12 - o partido não admite rivalidades internas ou disputas de poder na
liderança do comando, pois cada integrante do comando sabe a função que lhe
compete, de acordo com sua capacidade para exercê-la.

13 - temos que permanecer unidos e organizado para evitarmos que ocorra
novamente um massacre, semelhante ou pior ao ocorrido na casa de detenção em
2 de outubro de 1992, onde 111 presos foram covardemente assassinados,
massacre que jamais será esquecido na consciência da sociedade brasileira.
porque nós do comando vamos sacudir o sistema e fazer essas autoridades
mudarem a prática carcerária desumana, cheia de injustiça, opressão,
torturas e massacres nas prisões.

14 - a prioridade do comando no momento é pressionar o governador do estado
a desativar aquele campo de concentração "anexo" à casa de custódia e
tratamento de taubaté, de onde surgiu a semente e as raízes do comando, no
meio de tantas lutas inglórias e a tantos sofrimentos atrozes.

15 - partindo do comando central da capital do qg do estado, as diretrizes
de ações organizadas e simultâneas em todos os estabelecimentos penais do
estado, numa guerra sem trégua, sem fronteiras, até a vitória final.

16 - o importante de tudo é que ninguém nos deterá nesta luta, porque a
semente do comando se espalhou por todos os sistemas penitenciários do
estado e conseguimos nos estruturar também do lado de fora, com muitos
sacrifícios e muitas perdas irreparáveis, mas nos consolidamos em nível
estadual e a médio e longo prazo, nos consilidaremos em nível nacional. em
coligação com comando vermelho, cv, iremos revolucionar o país dentro das
prisões e o nosso braço armado será o terror dos poderosos, opressores e
tiranos que usam o anexo de taubaté o bangu i, do rio de janeiro, como
instrumentos de vingança da sociedade e fabricação de monstros.



SUBJECT: Cotidiano
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/02/2002 22:14

Sei que somos animais, racionais, mas animais.

Agora, criar lei trabalhista para Cavalos e Mulas é um absurdo.

DAqui a pouco vão reivindicar férias para as Formigas e fonoaudiólogo para
Cigarras.

ATé que ponto a Democracia vem contribuindo para o crescimento da loucura
humana.


Gilberto



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Poder Presciente da Matemática
FROM: Henry Mazer <dustcrown@ieg.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/02/2002 22:51

Aqueles que desejarem ler opiniôes diferentes sobre a frase "... e que estes modelos sempre refletem a cultura de sua
época.", é só acessar a página da Gradiva:

http://www.gradiva.pt/Livro.asp?L=2116

Abraços.


> O Poder Presciente da Matemática
> por John Gribbin, original em sua página pessoal
>
> Por que a matemática é uma ferramenta tão efetiva para descrever o modo
> como
> o mundo físico funciona? Muitas pessoas vêem isto como um mistério
> profundo
> e referem-se à "eficiência irracional" da matemática em descrever o
> Universo
> conhecido. Mas Bruno Augenstein, do RAND, em Santa Mônica, Califórnia,
> inverteu este argumento. Ele diz que a verdade é que os físicos são
> capazes
> de achar uma contraparte no mundo real para qualquer conceito matemático,
> e
> sugere que físicos espertos "deveriam ser aconselhados a procurar de forma
> "deliberada e habitual" modelos físicos de estruturas matemáticas já
> descobertas".
>
> Texto completo em
> http://www.ceticismoaberto.kit.net/gribbin_math.htm
> ou
> http://www.geocities.com/airsmither/gribbin_math.htm
>
> (Nota: Não estou mandando o texto completo porque não é tão curto e estou
> fazedno cross-post para a ciencialist e sbcr, não é puro SPAM... é só um
> pouco de SPAM :) , mas acho o texto interessante a ambas as listas.)
>
> MK
> http://ceticismoaberto.cjb.net




SUBJECT: Re: [ciencialist] Teoria do Caos
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/02/2002 07:43

On Sat, 16 Feb 2002, gp wrote:

> Jefferson
> vou procurar me informar melhor sobre a Teoria
> depois poderemos entrar em outro debate,
> pois confesso que ainda não entendi esta Teoria,
> e o que ela apresenta de novo a ciência.

Também estou muito longe de ser um expert em caos, apenas trabalho com um
caso bem particular disso em uma bolsa de iniciação científica (sou
graduando em física), então acabo aprendendo um pouco.

Passo alguns sites que, embora eu não conheça a fundo, parecem ser bons,
e foram bem recomendados:

http://sprott.physics.wisc.edu/phys505/lect01.htm
http://www.cmp.caltech.edu/~mcc/Chaos_Course/Outline.html
http://hypertextbook.com/chaos/

> Forte Abraço,
> Gilberto

Abraço,
Jefferson



SUBJECT: comportamento
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/02/2002 08:27

realist Show,

estes programas parecem uma espécie de laboratório,

um experimento com Seleção Natural Humana,

quem deve permanecer no habitat (convívio),

ou é mais uma forma de induzir as pessoas a acreditar

que tem poder de decidir tudo sozinhas,

esqueçam o altruísmo,

do meu lado só fica quem eu quero e me convier.

Onde isto vai parar 2.


Gilberto



SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: ciência e religião
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/02/2002 08:37

On Fri, 15 Feb 2002, Jose Colucci Jr. (Home) wrote:
> Hmm. Tarcisio, agora você me pegou. E eu que pensava que esse cara aí
> debaixo soubesse alguma coisa dos mistérios da existência:
> "To be, or not to be: that is the question"
> Shakespeare, Hamlet, Act III, Scene I.

Acho que ele tinha tantas dúvidas quanto nós temos. Mas resposta, que é
bom, nenhuma.

Perguntar porque algo existe e porque algo não existe é metafísico
demais. As respostas eu deixo para os especialistas em metafísica.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
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SUBJECT: Re: [ciencialist] ciência e religião
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/02/2002 08:52

--- In ciencialist@y..., "gp" <sunriseg@t...> wrote:
> Caro srs.
> Gostaria de lembrar, que dentre os inúmeros cérebros inteligente
> nesta lista encontram-se seres menos providos desta inteligência.

Bem, ser hermético não é exatamente
uma medida de inteligência. Desculpe-nos.

> O que é, ou do que se trata o Principio de Occam.

Além das informações já postadas, gostaria
de lembrar aos novos integrantes da lista
q. existe uma página de apoio da lista:

www.ciencialist.cjb.net

Entre outras coisas há uma página com uma
espécie de glossário de termos bastante
freqüentes nas discussões por aqui. O dono
da lista, Brudna, teve o trabalho de confeccionar
isso e outras coisas. Vale a pena conferir.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Viagem ao Espaço
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/02/2002 09:03

On Sun, 17 Feb 2002, gp wrote:
> Nasa inicia jornada às estrelas
>
> Cientistas já projetam missão tripulada para colonizar planeta em Alfa
> Centauri

Não sabia que existiam planetas em Alpha Centauri. Este sistema binário
[poucas chances de possuir planeta] fica a apenas 4 anos luz daqui. Mesmo
que tenhamos uma nave que alcance 1% da velocidade da luz demoraríamos 400
anos para chegar lá.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: ciência e religião
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/02/2002 09:19

"Ser ou não ser, eis a questão"

conheço esta tradução como oficial.

"Existir ou não existir, eis a questão"

parece um lamento de um provável suicida.


Agora, o filosofo que disse:
"Penso logo existo"

esqueceu do resto na material não pensante e inanimada.


Gilberto



SUBJECT: Viagem ao Espaço II
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/02/2002 09:22

Por isto o Cientista tem a intenção de mandar pessoas novas,
os que chegarão lá serão os tataranetos dos tataranetos dos tripulantes
iniciais.


Gilberto



SUBJECT: Re: [ciencialist] ciência e religião
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/02/2002 09:24

On Mon, 18 Feb 2002, gp wrote:
> Agora, o filosofo que disse:
> "Penso logo existo"
> esqueceu do resto na material não pensante e inanimada.

Concordo contigo mas a expressão "Penso logo existo" não responde a
questão "porque existo?".

[]s
TARCISIO BORGES
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SUBJECT: ciência e religião - a ciência cria religiões
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/02/2002 09:30

Existir.

Será que existimos ou somos fruto da imaginação de algum criador.

Cada vez mais Cientistas e suas Teorias tendem a nos levar que
não existimos que cremos existir.

Eu acredito, que sou Gilberto, um animal com forma humana.

Mas, alguns cientistas me vêem como uma colônia de células e bactérias.

Agora, que tipo de diferença isto fará na minha vida.

Será que todo dia ao acordar, deveria fazer uma "Assembléia Bacteriana",
conversar com minhas células de forma a se comportarem da melhor forma
possível, deveria criar um time "Linfocitinos", e torcer toda que vez
que a gripe ou qualquer doença for embora.

Deveria fazer o sepultamento dos bilhões de células que morrem e se
desprendem do meu organismo diariamente.


Será que isto pode se tornar uma Religião.
E melhor ainda.
Será que vai dar muito dinheiro.


Gilberto



SUBJECT: Re: ciência e religião (era: Clonagem humana)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/02/2002 09:34

--- In ciencialist@y..., "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@r...>
> Acho que foi Einstein quem disse que "Make it simple, but no
> simpler", isto é, as explicações devem ser o mais simples
> possíveis, mas não mais simples do que o necessário. O que há de
> comum em todos os seus exemplos de teorias é que as explicações
> anteriores a elas eram simples demais para o que se propunham a
> explicar. A palavra chave na formulação de Occam é "necessidade".
> Não se deve multiplicar as entidades sem necessidade.

Se necessidade estética couber.
Ainda na forcação de barra: não existe
nenhum indício de q. a física macroscópica
e a física microscópica devam ser totalmente
equivalentes. Uma simples aplicação de Occam
diria: considere-se que os dois domínios
são distintos qto à base explicativa. Mas
isso podaria a busca de uma gde teria unificada.
Claro, quem pode dizer (se é q. irá dizer)
se isso dará em alguma coisa é o tempo.

> Não acredito que haja um único físico teórico que não ficaria feliz
> em se livrar das multiplas dimensões espaciais da teoria das
> cordas. Se alguém integrar gravitação e física quântica através de
> um esquema mais simples, não haverá porque usar o artifício das 9,
> ou 11, ou sei lá quantas dimensões espaciais. Esse parece ser um
> caso (também sou leigo no assunto) em que o universo impôs esse
> nível de complexidade à física.

Qdo chegamos neste limite, começamos a
atribuir algumas propriedades antropomórficas
ao universo ou à natureza. Questão de
linguagem, sim. Mas aí q. a idéia de um
ou vários deuses começam a ficar interessante
sob um certo aspecto. É estranho atribuir
ao universo, considerado inanimado em si,
propriedades como desejos e vontades. Uma
entidade mais antropomórfica é mais afim
desse tipo de explicação finalista, teleológica
(que tiver pachorra de ler esta mensagem e
não tiver paciência de procurar no dicionário:
tem no glossário da página de apoio da lista --
quem ainda assim for preguiçoso, finalista e
teleológico é mais ou menos a mesma coisa).

> Eu deveria ter dito "que" em vez de "quem". Mas tenho dúvidas
> quanto à sua lista de limitadores:
>
> Senso comum: varia de pessoa a pessoa. Segundo Descartes é a coisa
> mais bem distribuida do mundo, pois todos acham que o receberam em
> dose suficiente.

Isso é mais pra bom senso do q. senso comum.
O senso comum, sim, apresenta variações, mas
ela se apresenta mais ou menos com variações
de um mesmo tema. Em parte isso pode ser pensado
em função do partilhamento de muitos genes
q. atuam na formação de nosso sistema nervoso.
Embora apresentemos uma grande plasticidade
neuro-psicológica há um substrato em comum --
não nascemos como tábulas rasas: muito de nosso
senso comum tem a ver com isso. E tbm com as
experiências em comum nas primeiras infâncias.
(O ser humano como se sabe tem quatro infâncias:
a q. vai da concepção à neurulação, da neurulação
ao nascimento, do nascimento à puberdade e da puberdade
ao leito de morte.)

> Intuição: Idem. A minha é diferente da sua.

Mas não muito ou completamente diferente.

> Processos não-verbais: Ótimos para comunicar estados emocionais.
> Utilíssima na comunicação humana. Fantásticos na arte. Pouco úteis,
> porém, na comunicação de alta definição; nos meios "frios", como
> disse McLuhan.

Em todo caso é um limitador. Se é eficiente
ou não é outra história. De todo modo como
a comunicação dita racional depende dos sinais
e do processamento dito irracional, a influência
desses processos (e de outros) pode ser
notada. Muito do poder de decisão não repousa
nos processos racionais, mas nas disposições
emocionais: o raciocínio serve mais como um
instrumento de satisfação das necessidades
ditadas pelo emocional. Em termos estritamente
racionais não seríamos capazes de tomar decisões
em nossas vidas.

> A capacidade humana para a irracionalidade é infinita. Não devemos
> subestimá-la. Falo, porém, da discussão que tem por objetivo saciar
> a busca pelo desconhecido, inventar significados. Esses
> significados podem ser encontrados no anseio de conhecer ou na
> busca religiosa. Minha opinião pessoal é de que o primeiro método é
> mais eficaz na eliminação do sofrimento humano, e esse é um valor
> caro. Minha opinião, apenas. Outros podem achar que estamos neste
> vale de lágrimas para purificar o espírito.

A capacidade humana é grande, mas não infinita:
normalmente damos apenas duas opções ou existe
deus ou não existe. (Pode ter a variante de
quantos deuses existe.) Alguém dirá: oras, mas
é possível existir alguma outra opção? Se eu fosse
daqueles mestres zen-budistas diria: o próprio
fato da pergunta ser pertinente mostra como somos
limitados. Operamos normalmente em termos dicotômicos,
mas se podemos extrair alguma lição de moral (não
podemos, mas fazemos assim mesmo) nas observações
sofisticadas da física é q. o universo
não é necessariamente dicotômico (por exemplo, se
aceitarmos a idéia de universos múltiplos na
evolução de um sistema). Sermos binários em nossos
pensamentos, sermos maniqueístas pode ser apenas
um acidente em nossa evolução biológica ou pode
ser fruto das condições específicas do ambiente
em q. nossos ancestrais foram selecionados, de
todo modo não é necessariamente um reflexo direto
do modo como a natureza opera (apenas foi útil
o suficiente ou não foi um estorvo tão gde a ponto
de estar presente ainda hj). Pode-se pensar: ah!
mas se a natureza não funcionasse assim, dicotomicamente,
ao menos no nível em q. nela interagimos, a coisa
iria degringolar. Não necessarimente. Sabemos
(ou assim pensamos) q. o espectro eletromagnético
não se restringe à faixa do visível, mas o fato de
não operarmos na faixa do UV ou do IV não foi um
impedimento tão gde em nossas vidas.

> mecanismos mentais de fixação de crenças ilógicas. É a tal
> da "percepção direta da realidade, da experiência pessoal, vivida,
> etc" que você vai achar em todo o canto, do Dalai Lama à escola de
> ioga no sobradinho da Vila Madalena.

Tecnicamente não temos condição de
dizer de modo taxativo se isso realmente
não é assim. Eu particularmente aceito
as ciências (não q. ela precise do meu
aval, claro) por questões de operacionalidade --
ela parece funcionar melhor do q. outros
meios. Não teria muito pudor epistemológico
em abraçar outras causas se elas dessem
melhores respostas. Se a astrologia acertasse
na previsão do tempo com mais freqüência do q.
a meteorologia utilizaria a astrologia.

> Acho mesmo que se as coisas no mundo macroscópico fossem
> aparentemente aleatórias como no microscópico, ou, de maneira menos
> radical, não fossem funções tão simples, a ciência e o conhecimento
> humano não estariam onde estão.

Mas e se a aparente falta de aleatoriedade
for o tal filtro dos sentidos? Ou um filtro
ideológico?

E em certos casos a ordem surge naturalmente
de onde ela não existe. As moléculas estão
em seu frenético movimento browniano, mas na
soma resulta em uma lago de águas plácidas.
Nossos átomos se agitam, mas na soma seus
movimentos se anulam e assim não vivemos em
espasmos.

> Será que a "espuma quântica" de que fala a teoria das cordas não
> seria o limite arbitrário que a natureza impôs ao conhecimento
> matemático do homem? Há limite para tudo, inclusive para a nossa
> capacidade de entender o mundo.

Um sujeito místico ficaria feliz em pensar
q. a espuma quântica fosse uma espécie
de véu q. deus usa para cobrir suas partes
pudendas.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: ciência e religião (era: Clonagem humana)
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/02/2002 10:18



rmtakata wrote:
>
> --- In ciencialist@y..., "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@r...>
> > Acho que foi Einstein quem disse que "Make it simple, but no
> > simpler", isto é, as explicações devem ser o mais simples
> > possíveis, mas não mais simples do que o necessário. O que há de
> > comum em todos os seus exemplos de teorias é que as explicações
> > anteriores a elas eram simples demais para o que se propunham a
> > explicar. A palavra chave na formulação de Occam é "necessidade".
> > Não se deve multiplicar as entidades sem necessidade.
>
> Se necessidade estética couber.
> Ainda na forcação de barra: não existe
> nenhum indício de q. a física macroscópica
> e a física microscópica devam ser totalmente
> equivalentes. Uma simples aplicação de Occam
> diria: considere-se que os dois domínios
> são distintos qto à base explicativa. Mas
> isso podaria a busca de uma gde teria unificada.
> Claro, quem pode dizer (se é q. irá dizer)
> se isso dará em alguma coisa é o tempo.

A distinção entre física microscópica e física macroscópica é
arbitrária. Tem que haver uma regra qualquer que diga ao universo
quando é que deve obedecer a uma e não a outra. O que é que acontece
nas escalas intermédias?


--
joão
http://www.nonio.com




SUBJECT: RES: RES: RES: [ciencialist] ciência e religião: Clonagem humana
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/02/2002 11:34

> De: gp [mailto:sunriseg@terra.com.br]
>
> Interessante a Teoria do Caos, seria interessante para os Afeganistãos
> baterem palma o dia todo,
> para aumentar os furacões nos estados unidos, pena que Ala
> não lhes permita
> conhecer a ciência.

Gilberto,

Alguns países do bloco islâmico tem um desenvolvimento científico
e tecnológico que põe um país como o Brasilzão nas chinelas, haja
vista o arsenal nuclear do Paquistão. Então o que vc afirmou não
é correto. Eles conhecem a Ciência, o que eles não conhecem é a
Liberdade (guardadas as devidas proporções).

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: ciência e religião (era: Clonagem humana)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/02/2002 12:17

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> A distinção entre física microscópica e física macroscópica é
> arbitrária. Tem que haver uma regra qualquer que diga ao universo
> quando é que deve obedecer a uma e não a outra. O que é que acontece
> nas escalas intermédias?

Isso hipotetizando q. haja algo intermediario.
(Talvez o desenvolvimento da nanotecnologia
diga algo a respeito ou force estudos na área.)

Mas pode ser q. não haja regra nenhuma -- apenas
a probabilidade de uma ou de outra diminua
em uma ou outra direção como conseqüência. Ou
pode ser q. as duas sejam equivalentes.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] ciência e religião : Clonagem humana
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/02/2002 12:41

GP wrote:


| Caro srs.
| Gostaria de lembrar, que dentre os inúmeros cérebros inteligente nesta lista
| encontram-se seres menos providos desta inteligência.

Eu: Putz grila! Finalmente alguém pensou em mim! Grato.

| O que é, ou do que se trata o Principio de Occam.

Eu: A navalha de 'Occam' é uma bússola para orientar os juizos que surgem. Dentre todas as direções que a agulha pode apontar (por presença de certos materiais) a mais indicada para se tomar como referência é a direção N-S pois, na ausência de outros complicadores essa é a direção normal a ser tomada.
Dentre vários juizos sobre a mesma idéia escolhe-se o mais simples.

Vamos dar um exemplo: Para um dado assunto vc pode pegar as extensas opiniões historiológicas de Kuhn, os juizos de Popper, as propostas filosóficas takatianas ou as altercações coluccianas provenientes do estrangeiro. MMAASS, não é mais simples consultar o Imperdível que supre todas as 'necessidades' ?
Viu? Isso é uma aplicação racional da navalha de Occam!

| Grato,
|
| Gilberto

Grato,

Eu, um anônimo.
============




SUBJECT: RES: [ciencialist] Viagem ao Espaço
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/02/2002 13:27

> -----Mensagem original-----
> De: TARCISIO BORGES [mailto:tbs97@fisica.ufpr.br]
> >
> > Cientistas já projetam missão tripulada para colonizar
> planeta em Alfa
> > Centauri
>
> Não sabia que existiam planetas em Alpha Centauri. Este
> sistema binário
> [poucas chances de possuir planeta] fica a apenas 4 anos luz
> daqui. Mesmo
> que tenhamos uma nave que alcance 1% da velocidade da luz
> demoraríamos 400
> anos para chegar lá.

O texto também diz que Alfa Centauri fica em outra galáxia.
Ridículo. Ou foi transcrito errado ou é, muito provavelmente,
uma notícia mentirosa.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RES: [ciencialist] Viagem ao Espaço II
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/02/2002 13:34

> -----Mensagem original-----
> De: gp [mailto:sunriseg@terra.com.br]
>
> Por isto o Cientista tem a intenção de mandar pessoas novas,
> os que chegarão lá serão os tataranetos dos tataranetos dos
> tripulantes
> iniciais.

Bobagem...
Não há tecnologia suficiente para uma viagem interestelar com
duração de várias gerações.

Não há tecnologia de hibernação disponível e confiável.
Não há propulsores construídos ou em contrução, testados
e confiáveis para encurtar a viagem em, digamos, 20 anos.

Se a tripulação não hibernar terá de enfrentar a endogenia e
doenças decorrentes da gravidade zero.

Embriões gerados em gravidade zero não têm desenvolvimento
aceitável e quase sempre apresenta deformidades.

Um geração nascida no espaço não terá saúde adequada para
pisar num planeta com gravidade semelhante à da Terra, pois
o coração não resistiria ao esforço.

Além disso há o problema da reciclagem de materiais, produção
de alimentos, reservas energéticas, manutenções, etc.

Ainda tem muito chão pela frente...

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RES: [ciencialist] Viagem ao Espaço
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/02/2002 14:25

Caro Alexandre Medeiros,
deixa eu te explicar o que fiz,
fui na página do terra onde estava a notícia,
cliquei em editar, selecionar tudo, ctrl-c.
Nova mensagem, digitei o destino,
ctrl-V:

Se houve transcrição errada, deve ser algum novo bug do Windows XP,
por gentileza reclame com a Microsoft do titio Gaytes.


Gilberto

-----Mensagem original-----
De: Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de [mailto:alxmpub@uol.com.br]
Enviada em: segunda-feira, 18 de fevereiro de 2002 13:28
Para: 'ciencialist@yahoogrupos.com.br'
Assunto: RES: [ciencialist] Viagem ao Espaço


> -----Mensagem original-----
> De: TARCISIO BORGES [mailto:tbs97@fisica.ufpr.br]
> >
> > Cientistas já projetam missão tripulada para colonizar
> planeta em Alfa
> > Centauri
>
> Não sabia que existiam planetas em Alpha Centauri. Este
> sistema binário
> [poucas chances de possuir planeta] fica a apenas 4 anos luz
> daqui. Mesmo
> que tenhamos uma nave que alcance 1% da velocidade da luz
> demoraríamos 400
> anos para chegar lá.

O texto também diz que Alfa Centauri fica em outra galáxia.
Ridículo. Ou foi transcrito errado ou é, muito provavelmente,
uma notícia mentirosa.

[]'s

Alexandre Medeiros



SUBJECT: Viagem ao Espaço II
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/02/2002 14:31

Pessoal peço desculpas, virei o mentiroso do ano,
entrei no site do terra isto é digital e não encontrei a bendita manchete,
noticias são efêmeras, pelo menos na internet.

Assim que eu obtê-la, mando na integra, para tirarem suas dúvidas.

Gilberto



SUBJECT: Re: A Ciência e a Vida Moderna
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/02/2002 14:34

--- In ciencialist@y..., "gp" <sunriseg@t...> wrote:
> Supondo que a sociedade fosse assimilando os conceitos científicos,
> abandonando as falsas idéias, o misticismo,
> fanatismo, as superstições. Como seria esta sociedade.

Não muito diferente da de hj. Incluindo
produtos milagrosos (baseados na fé genuína
ou na prentensa ciência).

> são expostas e certos grupos não querem-na ouvir, taxam-te como
> preconceituoso.

Não ouvir faz parte das liberdades.
Impedir alguém de ouvir ou de ser
ouvido, não.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Viagem ao Espaço
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/02/2002 14:45

Nos filmes de ficção científica, voar mais rápido que a luz é bico,
tecnologia banal dominada pelo engenho humano num passado remoto. Jornada
nas Estrelas não existiria sem os propulsores da nave Enterprise, capazes de
acelerar milhares de vezes mais rápido que os 300 mil km/s da luz,
encurtando para dias a viagem às estrelas. Mas a verdade é que isso é
impossível, pelo menos segundo Einstein. A velocidade da luz é um limite
universal, afirmam as equações do maior físico do século. Nada vai mais
rápido. Só para se ter uma idéia da barreira tecnológica que precisa ser
vencida basta saber que a nave Voyager 1, lançada em 1977, está hoje saindo
do sistema solar à 62.160 km/h (ou 17,2 km/s). Com esta velocidade, em 24
anos percorreu 11 horas-luz. Para atingir Proxima Centauri, a estrela mais
vizinha do sol e 4,3 anos-luz de distância, levaria 80 mil anos. Vale dizer
que - até que ocorra uma revolução tecnológica - estamos aprisionados ao
sistema solar. Mas isso não nos impede de sonhar. Nem de ousar encontrar
brechas nos castelo relativista do velho Albert. Perseguir essas brechas
significa um dia talvez poder visitar alguns dos mais de 50 planetas
orbitando planetas nas vizinhanças do sol e que foram detectados desde 1995.

Foi justamente perseguindo esse sonho que a Nasa criou dois grupos para
pesquisar novas formas de propulsão que sejam mais baratas e eficientes, e
principalmente muito, mas muito mais rápidas. A agência espacial americana
quer disparar uma missão interestelar no máximo em 25 anos. Para tanto, uma
equipe do Centro de Vôo Espacial Marshall, em Huntsville no Alabama, estuda
motores baseados no uso das energias solar, iônica, e da fusão e fissão
nuclear, cujos modelos - que em tese voariam a frações da velocidade da
luz - estão expostos nestas páginas. Já no Centro de Pesquisas Glenn, em
Cleveland, Ohio, o físico Marc Millis sonha mais alto. Quer tornar realidade
a hipotética aniquilação de matéria com anti-matéria, sistema que "acelera"
a nave do capitão James T. (de Tiberius) Kirk a velocidades centenas de
vezes maiores que a da luz.Existe muita gente entra a comunidade científica
americana que acha uma bobagem gastar recursos com tecnologias tão inúteis.
Se em 1961 John Kennedy pensasse assim, Neal Armstrong jamais teria pisado
na Lua oito anos depois. Abaixo você verá uma galeria com algumas das
propostas imaginosas, factíveis ou alucinadas, que podem um dia levar-nos a
outras estrelas.

CATAPULTA MAGNÉTICA: Foi inaugurada em 1999 no Centro Marshall uma rampa
especial. Foi feita para testar a tecnologia de lançamento de naves
aceleradas pela levitação magnética. O protótipo de 1,5 m e 13,5 kg foi
acelerado por imãs dispostos ao longo de 15 m de trilho, indo de zero a 100
km/h em meio segundo. Em 2001, os trilhos serão estendidos para 120 metros e
os testes prosseguirão. Mas para um dia essa tecnologia colocar satélites em
órbita, a agência espacial americana terá de fazer uma rampa de 1,5
quilômetro. Com esse comprimento, poderá acelerar naves de 18 ton até 1.000
km/h. Uma vez no ar, acionarão seus propulsores para atingir a órbita
terrestre.

VELA SOLAR: O conceito de velas solares não é novo. Foi imaginado em 1924
pelo pioneiro no estudo de foguetes, o soviético Fridrikh Tsander. Sua idéia
era colocar em órbita velas enormes feitas com material levíssimo e
resistente, que seriam "infladas" pela pressão da luz solar refletindo em
sua superfície. Em teoria, uma vela solar com 3,2 km de diâmetro poderia
sair do repouso no vácuo espacial para atingir Beta Centauri em apenas 40
anos. Ao passar por seu destino, a vela estaria viajando a 36 mil km/s, 12%
da velocidade da luz. A Sociedade Planetária, a maior ONG americana voltada
para o incentivo à exploração do espaço, está gastando US$ 4 milhões para
construir e lançar a Cosmos 1, a primeira vela espacial da história, a ser
lançada em 2002. Já o engenheiro Les Johnson, do Centro Marshall, tem como
missão disparar em 2010 uma vela interestelar para viajar 37 bilhões de
quilômetros ou 250 unidades astronômicas (ou 250 UA - uma UA equivale à
distância entre a Terra e o Sol). A vela será a maior nave espacial jamais
construída, com 440 m de envergadura. Segundo Johnson, voando a 98 km/s sua
sonda levará 10 anos para cobrir as 250 UA.

MOVIDO A LUZ: Assim como a vela solar, a capacidade da luz impulsionar
objetos também está por trás do Lightcraft. Funciona assim: usando um raio
laser, aquece-se o ar na parte de trás de uma sonda a temperaturas entre 10
mil e 30 mil graus, fazendo o ar explodir e criando empuxo. Em 1999,
cientistas da Força Aérea americana testaram essa hipótese e conseguiram
lançar um protótipo de 56 g a 12,5 m de altura. Num segundo teste, o
projétil subiu verticalmente até 27,4 m. A próxima meta será colocar em
órbita um projétil de 1 kg daqui 5 anos. Para despregar da gravidade
terrestre, o projétil terá que voar a 6 mach, seis vezes a velocidade do
som.

MOTOR DE DETONAÇÃO EM PULSOS E DE ANTI-MATÉRIA: Funciona com o mesmo
princípio dos motores a explosão que injetam combustível e oxigênio numa
câmara fechada e a descarga de uma vela provoca a explosão. A idéia é
construir um foguete impulsionado por uma seqüência contínua de explosões
detonadas na sua traseira. A hipótese está sendo investigada no Centro
Marshall. Já a aniquilação de matéria com anti-matéria é em tese o motor
mais rápido permitido pela física. Uma nave assim viajaria a mais de 30% da
velocidade da luz. O problema é que não se sabe ainda como produzir
anti-matéria em quantidades e a um custo aceitável. Hoje, ela é produzida em
quantidades diminutas (alguns poucos átomos) no interior dos aceleradores de
partículas. Instável, desaparece em bilionésimos de segundo.



SUBJECT: Re: Ciencialist de aniversario.
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/02/2002 15:48

http://www.ciencialist.hpg.ig.com.br/index.htm

(Parabéns. Já q. ninguém mais vai falar...)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] comportamento
FROM: "Luis Roberto Brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/02/2002 15:48

Stanford Prision Experiment
'A Simulation Study of the Psychology of Imprisonment Conducted at Stanford
University'
http://www.prisonexp.org/

E parece que tem uma rede de televisao interessada em repetir a
experiencia... algo meio 'Big Brother'.

Alguem sabe mais detalhes sobre o projeto original?

Ateh
Luis Brudna

----- Original Message -----
From: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, February 18, 2002 8:27 AM
Subject: [ciencialist] comportamento
> realist Show,
estes programas parecem uma espécie de laboratório,
> um experimento com Seleção Natural Humana,
> quem deve permanecer no habitat (convívio),
> ou é mais uma forma de induzir as pessoas a acreditar
> que tem poder de decidir tudo sozinhas,
> esqueçam o altruísmo,
> do meu lado só fica quem eu quero e me convier.
> Onde isto vai parar 2.
>
> Gilberto



SUBJECT: RES: Viagem ao Espaço
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/02/2002 15:51

> -----Mensagem original-----
> De: gp [mailto:sunriseg@terra.com.br]
>
> Caro Alexandre Medeiros,
> deixa eu te explicar o que fiz,
> fui na página do terra onde estava a notícia,
> cliquei em editar, selecionar tudo, ctrl-c.
> Nova mensagem, digitei o destino,
> ctrl-V:
>
> Se houve transcrição errada, deve ser algum novo bug do Windows XP,
> por gentileza reclame com a Microsoft do titio Gaytes.

Ô Giba (permita-me a intimidade). Relaxa...

Eu sei que não foi você. Quase ninguém se dá ao trabalho
de transcrever textos. É tudo copy-paste mesmo...

O erro de transcrição, se é que houve um, deve ter
sido de quem traduziu do tal "The Independent"
para a língua portuguesa.

Desculpe o mal entendido.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Ciencialist de aniversario.
FROM: "Luis Roberto Brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/02/2002 15:59

Além das informações já postadas, gostaria
de lembrar aos novos integrantes da lista
q. existe uma página de apoio da lista:
www.ciencialist.cjb.net
Entre outras coisas há uma página com uma
espécie de glossário de termos bastante
freqüentes nas discussões por aqui. O dono
da lista, Brudna, teve o trabalho de confeccionar
isso e outras coisas. Vale a pena conferir.
Roberto Takata
- -

Pra quem arriscar uma visita.. aviso que tem varios links quebrados :-/
... jah to um bom tempo sem atualizar. Mas jah que apareceu interessa na
pagina.. sou tratar de arrumar logo (nao sei quando).

Em tempo! A lista estah completando 3 anos de existencia no sistema
Yahoogroups! A primeira mensagem foi em - Qui Fev 18, 1999 3:44 pm . :)

A Ciencialist jah existia antes com o nome de Ciencia-L e estava
'hospedada' em um servico precario de listas da UFRGS. Eu pedi para o
administrador de sistemas criar a lista, mas estava tendo muitas
dificuldades de administracao... entao resolvemos migrar para o antigo
Egroups... o resto vcs jah sabem.

Ateh
Luis Brudna - administrador da Ciencialist






SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciencialist de aniversario.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/02/2002 16:01

Duas tentativas .... não consegui entrar na página indicada www.ciencialist.cjb.net:

A página não pode ser exibida
A página que você procura não está disponível no momento. Talvez o site da Web esteja passando por dificuldades técnicas ou você precise ajustar as configurações do navegador.


A página não pode ser exibida
A página que você procura não está disponível no momento. Talvez o site da Web esteja passando por dificuldades técnicas ou você precise ajustar as configurações do navegador.

[]'
Léo
===========

-----Mensagem Original-----
De: "Luis Roberto Brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 18 de fevereiro de 2002 15:59
Assunto: [ciencialist] Ciencialist de aniversario.


| Além das informações já postadas, gostaria
| de lembrar aos novos integrantes da lista
| q. existe uma página de apoio da lista:
| www.ciencialist.cjb.net
| Entre outras coisas há uma página com uma
| espécie de glossário de termos bastante
| freqüentes nas discussões por aqui. O dono
| da lista, Brudna, teve o trabalho de confeccionar
| isso e outras coisas. Vale a pena conferir.
| Roberto Takata
| - -
|
| Pra quem arriscar uma visita.. aviso que tem varios links quebrados :-/
| ... jah to um bom tempo sem atualizar. Mas jah que apareceu interessa na
| pagina.. sou tratar de arrumar logo (nao sei quando).
|
| Em tempo! A lista estah completando 3 anos de existencia no sistema
| Yahoogroups! A primeira mensagem foi em - Qui Fev 18, 1999 3:44 pm . :)
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| Ateh
| Luis Brudna - administrador da Ciencialist
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| Para sair da lista envie um mail para
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SUBJECT: Re: RES: Viagem ao Espaço
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/02/2002 16:17

--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> O erro de transcrição, se é que houve um, deve ter
> sido de quem traduziu do tal "The Independent"
> para a língua portuguesa.

Provavelmente houve. Embora não
tenha conseguido localizar o texto
na site do The Independent.

Isso é uma amostra dos cuidados
q. a imprensa dispensa aos assuntos
científicos (só interessa provocar
polêmica... informar q. é bom).
Já postei certa vez de uma nota
de jornal em q. acabaram nos matando
junto com os dinossauros (isso mesmo
a extinção dos dinossauros estranhamente
teria ocorrido concomitantemente com a
extinção dos humanos -- já q. estão
falando em viagens no tempo, a
tradutora deve ter se antecipado a
tudo isso) e de quebra institui q.
o sistema solar é um sistema estelar
binário...

http://www.cnnportugues.com/2000/tec/03/22/gasesextraterrestres/index.
html


E a nos valermos do q. saiu na Folha
Online:

http://www.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u6063.shtml

Podemos perceber a ação dos tais
press-releases.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RES: [ciencialist] Ciencialist de aniversario.
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/02/2002 17:09

Relaxa
é aniversário da página
ela quer descansar um pouco.


Gilberto

-----Mensagem original-----
De: Luiz Ferraz Netto [mailto:leo@barretos.com.br]
Enviada em: segunda-feira, 18 de fevereiro de 2002 16:01
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Ciencialist de aniversario.


Duas tentativas .... não consegui entrar na página indicada
www.ciencialist.cjb.net:

A página não pode ser exibida
A página que você procura não está disponível no momento. Talvez o site da
Web esteja passando por dificuldades técnicas ou você precise ajustar as
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A página não pode ser exibida
A página que você procura não está disponível no momento. Talvez o site da
Web esteja passando por dificuldades técnicas ou você precise ajustar as
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[]'
Léo
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-----Mensagem Original-----
De: "Luis Roberto Brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 18 de fevereiro de 2002 15:59
Assunto: [ciencialist] Ciencialist de aniversario.


| Além das informações já postadas, gostaria
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SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: RES: Viagem ao Espaço
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/02/2002 17:12

Caro KanaKa,

você merece um beijo,
com todo o respeito


é esta a matéria que eu vi na Terra,
ela saiu da terra e foi prá folha.


Algum processo similar ao dos vegetais, em relação aos minerais.


he he he


Gilberto


-----Mensagem original-----
De: rmtakata [mailto:rmtakata@altavista.net]
Enviada em: segunda-feira, 18 de fevereiro de 2002 16:17
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Re: RES: Viagem ao Espaço


--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> O erro de transcrição, se é que houve um, deve ter
> sido de quem traduziu do tal "The Independent"
> para a língua portuguesa.

Provavelmente houve. Embora não
tenha conseguido localizar o texto
na site do The Independent.

Isso é uma amostra dos cuidados
q. a imprensa dispensa aos assuntos
científicos (só interessa provocar
polêmica... informar q. é bom).
Já postei certa vez de uma nota
de jornal em q. acabaram nos matando
junto com os dinossauros (isso mesmo
a extinção dos dinossauros estranhamente
teria ocorrido concomitantemente com a
extinção dos humanos -- já q. estão
falando em viagens no tempo, a
tradutora deve ter se antecipado a
tudo isso) e de quebra institui q.
o sistema solar é um sistema estelar
binário...

http://www.cnnportugues.com/2000/tec/03/22/gasesextraterrestres/index.
html


E a nos valermos do q. saiu na Folha
Online:

http://www.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u6063.shtml

Podemos perceber a ação dos tais
press-releases.

[]s,

Roberto Takata


&&& --- &&&
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SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: RES: Viagem ao Espaço
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/02/2002 17:45

--- In ciencialist@y..., "gp" <sunriseg@t...> wrote:
> Caro KanaKa,
> Gilberto

O Kanaka vc pode beijar 'a
vonts. Qto a mim, so' se for uma
morena tipo exportacao.

(Não é a *mesma* nota q. deve
ter aparecido no Terra, mas
como devem ter canibalizado
as mesmas fontes -- eu chuto q.
era um press-release -- saiu
muito parecido.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Fw: [movimento-filo] DOCUMENTOS
FROM: "Leandro M. Sousa" <lmsousa@netsite.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/02/2002 20:03


----- Original Message -----
From: Saulo Calixto Bonfim
To: movimento-filo@yahoogroups.com
Sent: Segunda-feira, 18 de Fevereiro de 2002 19:01
Subject: [movimento-filo] DOCUMENTOS


VAMOS DIVULGAR!!!!!!!!!

"Nomeado com louvor"

Este foi o título da reportagem do Correio Braziliense do dia 22/12/01 a respeito da seguinte situaçao:

O filho do presidente do TJDF, Bruno (aquele "marginalzinho" que pôs fogo no índio pataxó) fez concurso público para o cargo de segurança (12 vagas disponíveis; salário de R$ 1300,00; nível exigido 2o grau) e ficou em 65º lugar.

Depois do resultado do concurso, o número de vagas aumentou para 70!!!(Mister M)

Após 12 dias no cargo ele foi promovido a dentista do TJDF, para ganhar R$ 6600,00 (seis mil e seiscentos reais).

O presidente do TJDF (Edmundo Minervino) ainda teve a cara-de-pau de afirmar na entrevista: "Nao houve ato ilegal nenhum".

Algumas questoes que, nós, cidadaos, perguntamos:

- Se Bruno é tao bom assim, por que nao fez concurso para o cargo de dentista?

- Por que aumentar o número de vagas exatamente para 70? Poderia ter aumentado para 65, que o competente Bruno entraria...

- Como estao se sentindo as outras pessoas que foram mais bem colocadas que Bruno no concurso? Será que algum dia na vida, estas pessoas vao ganhar R$ 6600,00? E os outros profissionais, que já estao trabalhando há mais tempo no TJDF?

Enquanto a marca Minerva limpa as nossas roupas, o Sr. Minervino suja o nosso país com muita lama...

O objetivo deste e-mail é tentar alcançar o maior número de pessoas possível para mostrar como o coronelismo e paternalismo ainda existem fortemente no serviço público brasileiro. Tomara que este e-mail chegue até o Sr. Minervino ou ao Bruno ou a algum promotor de justiça para impedir essa baixaria...

Quem quiser repassar para frente, será um favor para o país...

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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Erros
FROM: "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/02/2002 20:12

Resolvi colocar as noticias erradas na pagina de humor na ciencia.
Eh uma singela homenagem para coisas do estilo...

http://www.cnnportugues.com/2000/tec/03/22/gasesextraterrestres/index.
html

( http://www.humornaciencia.hpg.ig.com.br/noticias/gafe-gases.htm )

Quem lembrar de algum erro ou encontrar algum novo... eh soh avisar.

Ateh
Luis Brudna

ps: sei que cometo um monte de erros... mas eh mais facil criticar os
outros. :)



SUBJECT: vacina da meningite
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/02/2002 20:12

Em Portugal discute-se se a vacina da meningite deve ou não
passar a ser obrigatória. Os casos de meningite são eventos
raros com 7 mortos em 10 milhões de habitantes no ano passado.
A vacinação de todas as crianças não poderá provocar mais mortos
que aqueles que procura salvar? A vacinação em massa é a
atitude indicada neste caso?

--
joão
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] vacina da meningite
FROM: "Raul Sturari Jr." <sturari@brturbo.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/02/2002 22:32

----- Original Message -----

From: "João Mário Miranda" jmiranda@explicacoes.com


Em Portugal discute-se se a vacina da meningite deve ou não passar a ser obrigatória. Os casos de meningite são eventos raros com 7 mortos em 10 milhões de habitantes no ano passado. A vacinação de todas as crianças não poderá provocar mais mortos que aqueles que procura salvar? A vacinação em massa é a atitude indicada neste caso?

joão
http://www.nonio.com

----- Original Message -----

Acredito que sim, João. O fato de haverem poucos casos da doença e conseqüentemente um número baixo de mortes se deve justamente a cobertura vacinal. Caso ela deixe de ser obrigatória, em pouco tempo o número de casos certamente vai aumentar, elevando também o número de mortes. Ou eles acham que esse número baixíssimo de mortes se deve a papai-do-céu? Isso é, obviamente, graças a vacina.

O pessoal que defende o fim das vacinas usa o mesmo tipo de argumento errôneo.

[]s
Raul


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] vacina da meningite
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/02/2002 23:20

A questão é ao contrário.

A vacinação para a meningite não foi feita.
A baixa mortalidade é a mortalidade natural.

Agora, a questão que se põe é: a vacina é segura?

Determinadas vacinas causam um número reduzido de mortes entre a
população vacinada. Por isso a solução racional pode ser uma de
duas:

- não vacinar;
- vacinar apenas grupos de risco.

O que eu pergunto é se há algum argumento racional para não vacinar
a população contra a miningite, visto vários países não o fazerem?

Joao
http://www.nonio.com

"Raul Sturari Jr." wrote:
>
> ----- Original Message -----
>
> From: "João Mário Miranda" jmiranda@explicacoes.com
>
> Em Portugal discute-se se a vacina da meningite deve ou não passar a ser obrigatória. Os casos de meningite são eventos raros com 7 mortos em 10 milhões de habitantes no ano passado. A vacinação de todas as crianças não poderá provocar mais mortos que aqueles que procura salvar? A vacinação em massa é a atitude indicada neste caso?
>
> joão
> http://www.nonio.com
>
> ----- Original Message -----
>
> Acredito que sim, João. O fato de haverem poucos casos da doença e conseqüentemente um número baixo de mortes se deve justamente a cobertura vacinal. Caso ela deixe de ser obrigatória, em pouco tempo o número de casos certamente vai aumentar, elevando também o número de mortes. Ou eles acham que esse número baixíssimo de mortes se deve a papai-do-céu? Isso é, obviamente, graças a vacina.
>
> O pessoal que defende o fim das vacinas usa o mesmo tipo de argumento errôneo.
>
> []s
> Raul
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: vacina da meningite
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/02/2002 09:12

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> O que eu pergunto é se há algum argumento racional para não vacinar
> a população contra a miningite, visto vários países não o fazerem?

O fato de varios paises nao vacinarem
nao e' um bom indicativo.

Mas se o risco da vacina for maior do q
a incidencia natural da populacao, a
cobertura nao deveria ser permanente.

Digamos: um a cada milhao de criancas
vacinadas acaba contraindo meningite,
ai' seria melhor *nao* vacinar. Se a taxa
for maior do q. 7/10 em milhao o numero
de casos aumentara'.

Mas ha' outros fatores q. se deve levar
em conta: o numero de casos esta' estavel?
Ha' possibilidades de contaminacao: digamos,
espera-se o aumento de trafego de pessoas
para regioes com alta incidencia de meningite?

Deve-se levar em conta tbm q. em caso de
vacinacao havera' uma imunidade no resto
das criancas. Embora o numero de casos
aumente nominalmente, a vulnerabilidade
da populacao diminui: havera' uma taxa
mais ou menos constante e baixa de casos;
contra a possibilidade de taxas menores,
mas com aumentos esporadicos de casos.

Ha' um caso recente nos EUA q. mostram
a consideracao entre a protecao e a incidencia.
La' eles trocaram a Sabin pela Salks porq.
embora a Sabin ofereca maior protecao (nao
me lembro do grau de imunizacao, mas e'
maior do q. a Salks), com mais frequencia
falha (estamos falando da ordem de um
a cada milhao ou um a cada 10 milhoes).
Como a incidencia no pais de paralisia
e' baixa, preferiram trocar por uma
vacina menos eficiente, mas mais segura.

Da' pra fazer um calculo atuarial dos
riscos e tentar ver qual a melhor alternativa.
E' preciso quantificar essas variaveis.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] porquê do antidarwinismo
FROM: "Morais" <ardm@unisys.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/02/2002 11:57

será que nos seus dois livrinhos tem a pergunta que fiz? (de novo: a teoria que ligava deus ao fato de os macacos terem descido das árvores). Se tiver, quem foi o genio que conseguiu condensar todo o conhecimento em apeas dois livros? (sério, estou muito curiosa em saber)

Daniela.

----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, February 15, 2002 9:10 AM
Subject: Re: [ciencialist] porquê do antidarwinismo


Morais escreve:

> ...tentei procurar um tempo atras esse livro, as nao consegui, sao taaantos aqui em casa que desisti por falta de tempo. ...<

Esse é o mal de se ter tantos livros. Eu tenho aqui na minha minúscula prateleirinha só dois ... e que resolvem praticamente todas minhas necessidades de consultas.

[]'
Léo
=========


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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencialist de aniversario.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/02/2002 12:08

Agora entrei ... e, realmente, parabéns ao Brudna!
Com ou sem aniversário a exposição dos temas está supimpa.

[]'
Léo
PS: Há vários temas de 1999 que necessitam voltar á baila --- eu nem dei meus divinos palpites!
PSb: Please, não esqueçam de deletar os trechos de mensagens, 'supérfluos', nos replay.
===========
-----Mensagem Original-----
De: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 18 de fevereiro de 2002 15:48
Assunto: [ciencialist] Re: Ciencialist de aniversario.


http://www.ciencialist.hpg.ig.com.br/index.htm

(Parabéns. Já q. ninguém mais vai falar...)

[]s,

Roberto Takata





SUBJECT: Re: porquê do antidarwinismo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/02/2002 12:11

Tem pelo menos tres jeitos de
condensar todo o conhecimento em
apenas duas *palavras*:

- Deus quis...
- Porque sim.
- Vá saber...

Com uma palavra:

- Misterio...

[]s,

Roberto Takata

--- In ciencialist@y..., "Morais" <ardm@u...> wrote:
> será que nos seus dois livrinhos tem a pergunta que fiz? (de novo:
a teoria que ligava deus ao fato de os macacos terem descido das
árvores). Se tiver, quem foi o genio que conseguiu condensar todo o
conhecimento em apeas dois livros? (sério, estou muito curiosa em
saber)
>
> Daniela.




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] ciência e religião : Clonagem humana
FROM: "Silvio Cordeiro" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/02/2002 12:30

Onde eu vejo o "imperdível"?

silvio




SUBJECT: Re: [ciencialist] Viagem ao Espaço II
FROM: "Silvio Cordeiro" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/02/2002 12:56

Alex:

basta mandar um robô com óvulos e espermatozóides congelados e, faltando 20 anos pra
chegar. ele ativa o equipamento, faz a fecundação, cuida, educa e prepara a turma o,
findos os 20 anos (ou o tempo que o Barão de Itararé achar suficiente), em lá
chegando, descem, colocam a bandeira do Botafogo e colonizam mais um planeta.
É a panespermia...

silvio.

----- Original Message -----
From: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
Sent: Monday, February 18, 2002 1:34 PM
Subject: RES: [ciencialist] Viagem ao Espaço II
>
> Por isto o Cientista tem a intenção de mandar pessoas novas,
> os que chegarão lá serão os tataranetos dos tataranetos dos
> tripulantes
> iniciais.

Bobagem...
Não há tecnologia suficiente para uma viagem interestelar com
duração de várias gerações.

Não há tecnologia de hibernação disponível e confiável.
Não há propulsores construídos ou em contrução, testados
e confiáveis para encurtar a viagem em, digamos, 20 anos.

Se a tripulação não hibernar terá de enfrentar a endogenia e
doenças decorrentes da gravidade zero.

Embriões gerados em gravidade zero não têm desenvolvimento
aceitável e quase sempre apresenta deformidades.

Um geração nascida no espaço não terá saúde adequada para
pisar num planeta com gravidade semelhante à da Terra, pois
o coração não resistiria ao esforço.

Além disso há o problema da reciclagem de materiais, produção
de alimentos, reservas energéticas, manutenções, etc.

Ainda tem muito chão pela frente...

[]'s

Alexandre Medeiros





SUBJECT: Re: [ciencialist] porquê do antidarwinismo
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/02/2002 14:55

Estou curioso. Serão estes livros de domínio público ou segredo de
estado??? [é apenas um eufemismo para perguntar "quais livros são estes?"]

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
One Ring to rule them all

On Tue, 19 Feb 2002, Luiz Ferraz Netto wrote:
> Não sou nenhum gênio, mas consegui colocar tudo nessas duas brochuras
> até com certa facilidade (sei de muita gente capaz de fazer algo bem
> melhor!) e em nenhuma de suas páginas consegui encontrar algo que
> "ligue deus com a descida dos macacos das árvores" (exceto uma rasa
> indicação de que deus não passeou pelas florestas da África e como tal
> não teve chance de espantá-los de seus galhos). Na brochura que
> esmiuça Darwin e pós-darwnistas encontro prontamente total explicação
> para a evolução das espécies.



SUBJECT: Re: [ciencialist] porquê do antidarwinismo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/02/2002 15:07

Oi Daniela,

realmente, aqui na minha minúscula prateleira ao lado do micro só tenho dois livrinhos (na verdade são duas brochuras, capa dura, 50 folhas cada) e ali tenho praticamente tudo do que necessito em termos de informações científicas. Qualquer coisa que me perguntar a respeito de Física, boa parte da Matemática e alguns temas de Biologia e Química estão ali. São as duas brochuras que recomendaria a todos os alunos e professores desse 'altaneiro' Brasil.

Não sou nenhum gênio, mas consegui colocar tudo nessas duas brochuras até com certa facilidade (sei de muita gente capaz de fazer algo bem melhor!) e em nenhuma de suas páginas consegui encontrar algo que "ligue deus com a descida dos macacos das árvores" (exceto uma rasa indicação de que deus não passeou pelas florestas da África e como tal não teve chance de espantá-los de seus galhos). Na brochura que esmiuça Darwin e pós-darwnistas encontro prontamente total explicação para a evolução das espécies.

Em particular apreciaria outro prisma para a evolução, um prisma em que pequenos corpúsculos de funções independentes foram se associando para formar um corpúsculo mais organizado. Seria algo como todas as partes de um cupinzeiro se reunissem num *ser* único ... e ás favas o Shakespeare com o seu, ser ou não ser ... eis a questão.

É isso ai Dani, organização......

[]'
Léo
PS: Léo --- Escorpião, de novembro, última casa, a mais ranheta.
===============

-----Mensagem Original-----
De: "Morais" <ardm@unisys.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 19 de fevereiro de 2002 11:57
Assunto: Re: [ciencialist] porquê do antidarwinismo


será que nos seus dois livrinhos tem a pergunta que fiz? (de novo: a teoria que ligava deus ao fato de os macacos terem descido das árvores). Se tiver, quem foi o genio que conseguiu condensar todo o conhecimento em apeas dois livros? (sério, estou muito curiosa em saber)

Daniela.

----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, February 15, 2002 9:10 AM
Subject: Re: [ciencialist] porquê do antidarwinismo


Morais escreve:

> ...tentei procurar um tempo atras esse livro, as nao consegui, sao taaantos aqui em casa que desisti por falta de tempo. ...<

Esse é o mal de se ter tantos livros. Eu tenho aqui na minha minúscula prateleirinha só dois ... e que resolvem praticamente todas minhas necessidades de consultas.

[]'
Léo
=========





SUBJECT: Re: [ciencialist] porquê do antidarwinismo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/02/2002 15:29

----- Original Message -----
From: "TARCISIO BORGES"
Sent: Tuesday, February 19, 2002 2:55 PM
Subject: Re: [ciencialist] porquê do antidarwinismo


> Estou curioso. Serão estes livros de domínio público ou segredo de
> estado??? [é apenas um eufemismo para perguntar "quais livros são estes?"]

Pô!!! Agora você está querendo demais. O Léo é o Léo e ponto final. Segundo
Ele, o segredo do Imperdível reside nos três neurônios que Ele diz possuir e
nessas duas brochuras, que ele esconde de todos nós. Ele diz que estão por
aí, tal e qual a felicidade: "Está onde a colocamos, mas sempre a colocamos
fora de nosso alcance."

Diria que o Léo é mais ou menos como o Tao: "No princípio era o Tao; e o Tao
produziu o Um; e o Um deu origem ao Dois; e o Dois produziram o Três e tudo
o mais". Há quem diga que o Livro do Tao "é um dos mais profundos livros do
mundo filosófico" e eu diria que as duas brochuras do Léo estão nesse mesmo
nível.

[ ]'s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] porquê do antidarwinismo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/02/2002 15:33

Não Tarcisio, não são de domínio público e, para ser bastante honesto, nem mesmo esposa e filhos (e muito menos parentes ou amigos) põem a mão neles!
Incrível como ainda não 'descobriram' que duas brochuras são essas que por várias vezes já foram citadas!?
Mas, reafirmo, ali tem praticamente tudo de que necessito.... e acredito 'piamente' que não sou o únicos a dispor delas.

[]'
Léo
============
-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES" <tbs97@fisica.ufpr.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 19 de fevereiro de 2002 14:55
Assunto: Re: [ciencialist] porquê do antidarwinismo


Estou curioso. Serão estes livros de domínio público ou segredo de
estado??? [é apenas um eufemismo para perguntar "quais livros são estes?"]

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
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On Tue, 19 Feb 2002, Luiz Ferraz Netto wrote:
> Não sou nenhum gênio, mas consegui colocar tudo nessas duas brochuras
> até com certa facilidade (sei de muita gente capaz de fazer algo bem
> melhor!) e em nenhuma de suas páginas consegui encontrar algo que
> "ligue deus com a descida dos macacos das árvores" (exceto uma rasa
> indicação de que deus não passeou pelas florestas da África e como tal
> não teve chance de espantá-los de seus galhos). Na brochura que
> esmiuça Darwin e pós-darwnistas encontro prontamente total explicação
> para a evolução das espécies.


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SUBJECT: Fwd: Data pal�ndroma
FROM: Nicolau Werneck <nwerneck@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/02/2002 16:00

--- Lourival Muniz Werneck <lwerneck@cemig.com.br>
escreveu: > De: Lourival Muniz Werneck
<lwerneck@cemig.com.br>
> Para: Cláudia_Lúcia_Leal_Werneck_-_CLLW
> <cwerneck@alol.com.br>, Daniel Leal Werneck -
> Perna <poeira@mail.com>,
> Nicolau Leal Werneck - Niki <nwerneck@yahoo.com.br>
> Assunto: ENC:_Data_palíndroma
> Data: Tue, 19 Feb 2002 14:53:28 -0300
>
>
>
> Na noite da próxima quarta-feira, dia 20, vai
> ocorrer, durante um minuto, um
> evento que só aconteceu uma vez há mais de mil anos
> e que nunca mais
> ocorrerá !
> Logo depois das vinte horas, essa data teremos a
> data:
> 20 horas e 02 minutos do dia 20 de fevereiro
> do ano 2002
> ou, em marcação digital:
> 20:02 20/02 2002
> ou em qualquer outra ordem, como ano, dia, mes,
> hora:
> 2002 20/02 20:02
> É um registro com perfeita simetria numérica (
> chamado palíndromo ou
> capicua).
> A última ocasião em que ocorreu tal padrão simétrico
> foi às 10:01 no dia 10
> de janeiro de 1001, há mais de mil anos atrás, mas
> não havia relógio digital
> então. Será que foi notado e comemorado ?
> Isso nunca acontecerá novamente pois a máxima
> marcação de um dia é 23:59,
> assim em 30 de março de 3003 não ocorrerá essa
> coincidência matemática ( não
> existe a hora 30).
> Quem tiver espírito matemático junte-se anós para
> essa comemoração, pelo
> privilégio em nossa vida de viver esse minuto
> histórico.
>
> Abraços matemáticos...
>

> ATTACHMENT part 2 application/ms-tnef


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Viagem ao Espaço II
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/02/2002 16:10

>Não há tecnologia de hibernação disponível e confiável.

Não é precisa.Por isso se fala em gerações. Se todos tiverem dormindo não
vão ter filhos, né ?

>Não há propulsores construídos ou em contrução, testados
>e confiáveis para encurtar a viagem em, digamos, 20 anos.

Aqui ok, mas tb não é preciso. A ideia é construir "mundos voadores" que
possam auto-sobreviver durante o tempo necessário para chegar lá. Seja que
tempo for.

>Se a tripulação não hibernar terá de enfrentar a endogenia e
>doenças decorrentes da gravidade zero.

Que eu saiba, dormir não aumenta a gravidade nem diminui o efeito da
gravidade nula.
Por outro lado a gravidade é uma mera aceleração. A qual pode ser produzida
artificialmente.

>Embriões gerados em gravidade zero não têm desenvolvimento
>aceitável e quase sempre apresenta deformidades.

Quase sempre ? Conhece algum ser que tenha nascido no espaço ?

>Um geração nascida no espaço não terá saúde adequada para
>pisar num planeta com gravidade semelhante à da Terra, pois
>o coração não resistiria ao esforço.

Isso se a viagem for em gravidade zero, o que não tem de ser necessáriamente
assim.

>Além disso há o problema da reciclagem de materiais, produção
>de alimentos, reservas energéticas, manutenções, etc.

Se bem me lembro os projectos Biosfera (se não engano era assim que se
chamava ) I e II mostraram que não impossivel. claro que tb houve criticas
ao resultados dos projectos

>Ainda tem muito chão pela frente...

Não é preciso tanto chão assim :-))

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda

"Às vezes a leitura é um modo engenhoso de evitar o pensamento"
A.Help- Historiador

P.S.

O problema não está na ciencia exacta, mas na ciencia social.
Não me parece possivel que as pessaos convivam durante, digamos 400 anos,
sem que não se tentem dispersar, destruir, etc...
Claro que o constragimento material e de sobrevivencia limitaria isso. Em
principio. Pq nada nos diz que que fosse assim.



SUBJECT: RE: [ciencialist] Fwd: Data palíndroma
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/02/2002 16:13

Nicolau Werneck escreveu:
> Na noite da próxima quarta-feira, dia 20, vai
> ocorrer, durante um minuto, um
> evento que só aconteceu uma vez há mais de mil anos
> e que nunca mais

> ou, em marcação digital:
> 20:02 20/02 2002
> Quem tiver espírito matemático junte-se anós para
> essa comemoração, pelo
> privilégio em nossa vida de viver esse minuto
> histórico.

Nicolau,

Infelizmente não poderei viver esse minuto histórico com vocês. É que
moro nos EUA, e a data aqui será, três horas depois do Brasil:

8:02PM 02-20-2002

Colucci



SUBJECT: Re: Viagem ao Espaço II
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/02/2002 16:56

--- In ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@n...> wrote:
> Quase sempre ? Conhece algum ser que tenha nascido no espaço ?

nascido nao. mas fizeram alguns experimentos
com embrioes de ras (e nao sei se com embrioes
de galinaceos tbm). nao sei qual o resultado.
nao era em situacao de ausencia de gravidade, mas
de imponderabilidade por causa da alta velocidade
orbital.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: RES: [ciencialist] Viagem ao Espaço II
FROM: Luciano Seidel <luciano.seidel@globaltelecom.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/02/2002 17:13

> P.S.
>
> O problema não está na ciencia exacta, mas na ciencia social.
> Não me parece possivel que as pessaos convivam durante,
> digamos 400 anos,
> sem que não se tentem dispersar, destruir, etc...
> Claro que o constragimento material e de sobrevivencia
> limitaria isso. Em
> principio. Pq nada nos diz que que fosse assim.
>

Essa realmente parece ser uma questão importante: a convivência entre as
pessoas. Teria que se criar uma verdadeira comunidade no espaço, com espaço
para recreação, atividades comunitárias, divisão de tarefas, etc.; sem falar
que as pessoas teriam que ter uma certa afinidade. Qual a experiência que
temos de comunidades fechadas e alto-suficientes? Ocorre-me somente as
comunidades religiosas.

E a questão da energia? Não só a energia para os propulsores, mas também a
energia para manter o ambiente em questão. Seria coletada no caminho de
alguma forma ou seria carregada junto?


Luciano


SUBJECT: RES: [ciencialist] Fwd: Data palíndroma
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/02/2002 18:12

Comemorar o que 2.

he he he he he

Lembrem o Papa de criar o santo da "Palindromia"



Gilberto


SUBJECT: Re: [ciencialist] Viagem ao Espaço II
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/02/2002 19:39


>Essa realmente parece ser uma questão importante: a convivência entre as
>pessoas. Teria que se criar uma verdadeira comunidade no espaço, com espaço
>para recreação, atividades comunitárias, divisão de tarefas, etc.; sem
falar
>que as pessoas teriam que ter uma certa afinidade. Qual a experiência que
>temos de comunidades fechadas e alto-suficientes? Ocorre-me somente as
>comunidades religiosas.

Sim, concordo com isto.
Talvez sozinhos no espaço precisando um dos outros se criasse uma unidade
diferente que a do planeta.

>E a questão da energia? Não só a energia para os propulsores, mas também a
>energia para manter o ambiente em questão. Seria coletada no caminho de
>alguma forma ou seria carregada junto?

Para isto eu diria : Energia Nuclear. É relativamente barata, e dura muito.
Seria possivel calcular a quantidade de isotopo necessário para a viagem e
os métodos de segurança são vários.
As naves actuais (sondas) usam esta energia. Se bem que em escala menor, ela
provou já a sua utilidade.

[]
Sérgio Taborda





SUBJECT: palindromo
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/02/2002 20:14

Fenômeno matemático ocorrerá na noite de amanhã



Terça, 19 de fevereiro de 2002, 16h05
Às vinte horas e dois minutos de amanhã, uma curiosidade matemática milenar
irá ocorrer. O horário, juntamente com a data, formará um raro palíndromo
triplo: 20:02, 20/02 de 2002. Palíndromos são palavras, frases ou números
que têm o mesmo sentido se lidas da esquerda para a direita ou da direita
para a esquerda.

John Cremona, professor de matemática pura da Nottingham University, disse
que a última vez que data e hora ficaram alinhadas desta forma foi na manhã
de 11 de novembro de 1111.

O professor disse que hora, dia e ano formariam um palíndromo novamente
daqui a 110 anos, às 21h12 de 21 de dezembro de 2112, ou 21:12, 21/12 de
2112.

Segundo o professor Bernhard von Stengel da London School of Economics,
haverá vários palíndromos com dia e ano no século 21, mas apenas no mês de
fevereiro, já que seu símbolo, 02, ao ser invertido vira o prefixo 20.

Von Stengel disse que o palíndromo triplo da quarta-feira era uma mostra de
como a matemática pode ser estimulante. "Acho que é muito divertido. É
ótimo, porque encoraja as pessoas a brincarem com números", explicou.

O místico israelense Uri Geller planeja conduzir um dia de meditação
espiritual na quarta para marcar a data. "A data 20/02/2002 é muito, muito
rara. Datas palindrômicas sempre tiveram uma aura supernatural", disse.

Ele conclamou seus seguidores a terem pensamentos positivos em quatro
horários da quarta-feira - às 11h11, às 13h11, às 20h02 e às 23h11 - para
fomentar a construção da paz e o crescimento pessoal.



SUBJECT: Re: Viagem ao Espaço
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/02/2002 20:49

--- In ciencialist@y..., "gp" <sunriseg@t...> wrote:
> Nos filmes de ficção científica, voar mais rápido que a luz é bico,
> tecnologia banal dominada pelo engenho humano num passado remoto.


Me parece que a conquista do espaço vai ser feita por robôs, que não
envelhecem e não precisam carregar a biosfera junto. O que vocês
acham?

André



SUBJECT: palindromo versus Hawking
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/02/2002 22:13

Amanhã, uma hora antes do "minuto matemático", será mais interessante "Ver Ciência", na Cultura, que destaca o documentário chileno "Stephen Hawking, O Universo Sem Limites".



| Fenômeno matemático ocorrerá na noite de amanhã

[]'
Léo
PS: O Uri Geller tinha que aparecer nas auras do palíndromo ... porque não ectoplasma do palíndromo?
=====================




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Viagem ao Espaço
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/02/2002 22:16


> Me parece que a conquista do espaço vai ser feita por robôs, que não
envelhecem e não precisam carregar a biosfera junto. O que vocês
acham? André<

Acho que será uma bela conquista ... para os robôs!
A próxima grande aventura será quando os terráqueos forem visitar os robôs. Ai começa tudo de novo ............

[]'
Léo
============





SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] ciência e religião : Clonagem humana
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/02/2002 01:04



| Onde eu vejo o "imperdível"?
|
| silvio

Agora eu acredito em extraterrestres. Não tem outra explicação!
Como poderia algum terrestre não conhecer o "Imperdível"?!

Vá lá ... em prol da amizade galáctica .......

http://www.feiradeciencias.com.br

[]'
Léo
=============



SUBJECT: mais caos
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/02/2002 07:23

Mandei a msg abaixo a alguns dias mas o yahoo não conseguiu entregar.
O assunto parece parece parado mas mesmo asssim vamos ver se dessa vez
funciona...

On Sat, 16 Feb 2002, gp wrote:

> Não é provocação
> é apenas suposição.
>
> Se a borboleta que bate asa na Malásia
> provoca furacões no outro lado do globo,
> porque a pulsação das estrelas não pode
> induzir grilos a saltarem,
> que por sua vez induzirão a terra a tremer
> que por sua vez vão derrubar prédios
> que por sua vez cairão sobre alguém.
>

Poxa... já disse, mas devo repetir:

a sensibilidade existe, logo a influência também existe, o lance é que a
sensibilidade implica em imprevisibilidade a longo prazo (ver previsão do
tempo) então, embora haja com certeza uma influência, não há como saber
"como a influência influenciará".

> Alias, nunca foi cogitado exterminar os lepidópteros malasianos para ver se
> os furacões desaparecem.
>

A sensibilidade às condições iniciais faz com que qualquer perturbação da
atmosfera seja importante: borboletas (em qquer país) são apenas uma
minúscula parte de tudo que pode influenciar o clima.

Aliás, é bom dizer que o que, a priori, uma mosca poderia influenciar são
eventos menores do clima, uma chuva ou um tufão. O clima global é
influenciado primordialmente por coisas mais... "macro": como a composição
da atmosfera e a posição da Terra em relação ao Sol (embora o sistema
solar também deva ser caótico (já que é um sistema de muitos corpos, e,
portanto, altamente não linear): ou seja, a posição de um asteróide
*pode* fazer diferença na evolução do sistema).

Bye,
Stafusa





SUBJECT: Re: [ciencialist] comportamento
FROM: Alisson Antonio Martins <aam00@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/02/2002 08:28

Concordo plenamente, estes pacotes da programação da grande mídia é o
cúmulo. Não se salva nada. O pior: gera milhões de espectadores bitolados,
alienados, sem ver que estão sendo usados. O Brasil tem uma experiência de
"Big Brother" muito mais realistica, ou melhor, realistica mesmo: o que
dizer das pessoas que se sufocam em um pequeno barraco, em qualquer favela
do país? Quem consome esse tipo de programa são exatamente as pessoas com
menos acesso a cultura. A boa cultura, e não ao lixo cultural que estamos
acostumados a ver nas "nossas TV's". E agora, era só o que faltava, as
duas Poderosas, Globo e SBT, competem para saber quem plagiou quem...ora
essa deviam é se envergonharem por apresentarem o programa. Mas, na
verdade, vergonha de alienar o povo, ah isso eles não têm mesmo.

Alisson

On Mon, 18 Feb 2002, gp wrote:

> realist Show,
>
> estes programas parecem uma espécie de laboratório,
>
> um experimento com Seleção Natural Humana,
>
> quem deve permanecer no habitat (convívio),
>
> ou é mais uma forma de induzir as pessoas a acreditar
>
> que tem poder de decidir tudo sozinhas,
>
> esqueçam o altruísmo,
>
> do meu lado só fica quem eu quero e me convier.
>
> Onde isto vai parar 2.
>
>
> Gilberto
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Viagem ao Espaço
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/02/2002 08:44

Pouco provável, a intenção do homem é conquistar o espaço
e achar uma alternativa para a possível destruição da Terra,
Teríamos que habitar outro sistema.

Mandar robôs, seria o mesmo que mandar sondas espaciais.

O objetivo em vista não é só estudo e sim sobrevivência da espécie, visto
que o Sol um dia morrerá.


Gilberto


--- In ciencialist@y..., "gp" <sunriseg@t...> wrote:
> Nos filmes de ficção científica, voar mais rápido que a luz é bico,
> tecnologia banal dominada pelo engenho humano num passado remoto.


Me parece que a conquista do espaço vai ser feita por robôs, que não
envelhecem e não precisam carregar a biosfera junto. O que vocês
acham?

André



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Viagem ao Espaço
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/02/2002 09:34

--- In ciencialist@y..., "gp" <sunriseg@t...> wrote:
> O objetivo em vista não é só estudo e sim sobrevivência da espécie,
> visto que o Sol um dia morrerá.

Os astronomos fazem alerde com um evento q.
deve ocorrer daqui a 5 bilhoes de anos.
Caramba, essa e' a idade atual do sistema solar.
Ate' parece q. havera' humanidade ate' la'...

Seremos substituidos muito antes disso
por criaturas completamente diferentes.
(Pra se ter uma ideia, e' so' comparar os
mamiferos atuais com seus ancestrais pelicossauros
em meros 250 milhoes de anos... Quem diria q.
a Gisele Bundchen tem algo a ver com um
dimetrodonte? Quem diria q. um pavao tem
algo a ver com um estauricossauro? Seria
mais facil aceitar q. a Gisele Bundchen veio
do pavao e q. o estauricossauro do dimetrodonte.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: comportamento
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/02/2002 09:38

--- In ciencialist@y..., Alisson Antonio Martins <aam00@f...> wrote:
> Concordo plenamente, estes pacotes da programação da grande mídia é
> o cúmulo. Não se salva nada.

Ei, eu *adoro* Big Brother, Gugu, Faustao, Hebe, Xuxa
e cia. Eles me dao uma otima oportunidade para atualizar
a minha leitura, passear com os amigos, paquerar nos xopis,
fazer minha higiene pessoal, limpar minha casa, fazer
trabalhos comunitarios, ler as mensagens do ciencialist,
escrever as minhas bobagens (bem, talvez esse seja um
bom motivo para os demais odiarem esse programas)...

(Se as pessoas indignadas simplesmente mudassem de
canal ja' seriam pontos a menos no ibope -- todo mundo
reclama, mas todo mundo sabe q. fulana ficou com sicrano
no episodio de ontem... A TV Cultura, q. todo mundo elogia,
mingua nos dois pontos em seus campeoes de audiencia...)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RES: [ciencialist] comportamento
FROM: Luciano Seidel <luciano.seidel@globaltelecom.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/02/2002 09:56

Quem procura cultura *somente* na TV é muito limitado. Quem disse que a TV é
obrigada a ter uma programação exclusivamente cultural? Penso que a TV tem
sua utilidade mais como entretenimento do que como fonte de cultura e
informação. Quero deixar claro que certos programas são apelativos e que
poderia se produzir programas de melhor qualidade tendo como fim o
entretenimento.

Mais: como definir cultura? Quem lê os clássicos da literatura brasileira é
considerado culto? Pois muitos foram publicados na forma de folhetim, para
entreter, eram as 'novelas' do século passado e considerados o 'lixo
cultural' da época.

Luciano


> -----Mensagem original-----
> De: Alisson Antonio Martins [mailto:aam00@fisica.ufpr.br]
> Enviada em: quarta-feira, 20 de fevereiro de 2002 8:29
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Assunto: Re: [ciencialist] comportamento
>
>
> Concordo plenamente, estes pacotes da programação da grande mídia é o
> cúmulo. Não se salva nada. O pior: gera milhões de
> espectadores bitolados,
> alienados, sem ver que estão sendo usados. O Brasil tem uma
> experiência de
> "Big Brother" muito mais realistica, ou melhor, realistica
> mesmo: o que
> dizer das pessoas que se sufocam em um pequeno barraco, em
> qualquer favela
> do país? Quem consome esse tipo de programa são exatamente as
> pessoas com
> menos acesso a cultura. A boa cultura, e não ao lixo cultural
> que estamos
> acostumados a ver nas "nossas TV's". E agora, era só o que faltava, as
> duas Poderosas, Globo e SBT, competem para saber quem plagiou
> quem...ora
> essa deviam é se envergonharem por apresentarem o programa. Mas, na
> verdade, vergonha de alienar o povo, ah isso eles não têm mesmo.
>
> Alisson
>
> On Mon, 18 Feb 2002, gp wrote:
>
> > realist Show,
> >
> > estes programas parecem uma espécie de laboratório,
> >
> > um experimento com Seleção Natural Humana,
> >
> > quem deve permanecer no habitat (convívio),
> >
> > ou é mais uma forma de induzir as pessoas a acreditar
> >
> > que tem poder de decidir tudo sozinhas,
> >
> > esqueçam o altruísmo,
> >
> > do meu lado só fica quem eu quero e me convier.
> >
> > Onde isto vai parar 2.
> >
> >
> > Gilberto


SUBJECT: Re: [ciencialist] comportamento
FROM: "Zaratustra" <zaratustra@gaz.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/02/2002 10:33

>Concordo plenamente, estes pacotes da programação da grande mídia é o
>cúmulo. Não se salva nada. O pior: gera milhões de espectadores bitolados,
>alienados, sem ver que estão sendo usados.

Caro Alisson:


Realmente a programação da grande mídia está muito ruim. A televisão é um ótimo meio para levar a "boa cultura" a população mas, será que a população quer essa "boa cultura" ??? Temos a liberdade de assistir o que nos interessa, se uma pessoa prefere assistir novela ao invés de um determinado documentário, ela pode. Não quero dizer que deveríamos tirar as novelas da programação (ficaria feliz se isso acontecesse) mas, acho que as emissoras (ex: globo e sbt) deveriam ser "obrigadas" a passar programas de qualidade. Uma emissora como a Globo, com todo seu alcance, poderia vir a se tornar um ótimo meio para divulgar a ciência. Ciência que, influencia diretamente a vida das pessoas, quer as pessoas queiram ou não.

Será que a "liberdade" que o telespectador tem para escolher o que assistir pode vir a prejudicar o próprio espectador ???

Abraço,
Thiago.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] comportamento
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/02/2002 11:51

Luciano escreve:

>Quem procura cultura *somente* na TV é muito limitado. Quem disse que a TV é
obrigada a ter uma programação exclusivamente cultural? <

É obrigada sim. Tem certas normas e obrigações. Há um certo número de horas obrigatório para o Cultural. Até a TV-Globo faz isso ... mas, no horário das 5:00 h da matina!
Todas as 'estações de TV e rádios broadcasting' têm essa obrigatoriedade. Pena que os horários ficam por conta delas.

[]'
Léo
============



SUBJECT: Mutação simples pode gerar nova espécie
FROM: "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/02/2002 11:57

20/02/2002 - 07h11
Mutação simples pode gerar nova espécie

SALVADOR NOGUEIRA
da Folha de S.Paulo

Cientistas da Universidade da Califórnia em San Diego (EUA) mostraram
que a evolução das espécies pode muito bem seguir o mote da teoria do
caos: eventos discretos, grandes efeitos. Mudanças mínimas em um
certo gene de um organismo podem levar a outro bicho, cuja estrutura
corporal é totalmente diferente.

O estudo derruba o principal argumento dos defensores do
criacionismo, que pregam que todas as espécies foram projetadas
individualmente por uma instituição divina, como diz a Bíblia. Eles
se opõem à teoria da evolução pela seleção natural, do britânico
Charles Darwin (1809-1882).

Embora os biólogos tomem por verdade as idéias darwinistas, o
criacionismo se mantém, graças ao conservadorismo e à dificuldade de
demonstrar em laboratório as idéias sugeridas pela teoria da
evolução. O estudo, liderado por William McGinnis, desfere golpe
fatal no argumento criacionista.

O segredo está em um gene chamado Ubx. Ele faz parte do grupo de
genes do tipo Hox, já famosos por serem os responsáveis pela
determinação de onde e que tipo de membro deve ser formado em cada
parte do corpo. "Isso vale para crustáceos, insetos e humanos", disse
à Folha Matthew Ronshaugen, autor principal do estudo, que saiu no
começo do mês na revista científica britânica "Nature"
(www.nature.com).

O que McGinnis e seus colegas demonstraram foi que mudanças
relativamente simples (e que, por consequência, poderiam ter surgido
aleatoriamente via mutações) no tal gene Ubx podem dar origem a um
projeto original e funcional de membros para uma nova espécie.
Trocando em miúdos, o conjunto de patas de camarão vira o conjunto de
patas da formiga. "A questão é mais a quantidade de pernas do que o
seu tipo", explica Ronshaugen.

Os pesquisadores pegaram a versão do Ubx de um crustáceo (Artemia
franciscana) e o inseriram em uma mosca. Observaram então que as
pequenas diferenças que separam a versão do crustáceo da equivalente
no inseto induziam a formação de pernas em outras regiões do corpo.

Mutações pequenas e capazes de empurrar a evolução para a barreira
entre espécies eram tudo o que os criacionistas não queriam. Sua
argumentação se baseia no princípio de que a natureza aleatória da
evolução não poderia oferecer mutações simples e ao mesmo tempo
eficientes.

Aviso aos estudantes

Em 1999, o Estado americano de Oklahoma obrigou os livros de biologia
usados pela rede estadual de ensino a conterem o seguinte aviso: "A
palavra evolução pode se referir a muitos tipos de mudança. Evolução
descreve mudanças que ocorrem dentro de uma espécie (mariposas
brancas, por exemplo, podem evoluir em mariposas cinzas). Esse
processo é a microevolução, que pode ser observada e descrita como
fato. Evolução também pode se referir à mudança de uma coisa viva em
outra, como em répteis e pássaros. Esse processo, a macroevolução,
nunca foi observado e deveria ser considerado uma teoria."

Foi o efeito da última onda do criacionismo nos EUA, ocorrida há
cerca de três anos. "De cinco a dez Estados americanos atualmente
adotam políticas semelhantes", diz Ronshaugen.

"Isso não prova definitivamente que a evolução foi assim, mas mostra
que poderia ter sido deste modo. O argumento criacionista contra a
macroevolução ficou muito menos válido agora."

O próximo passo do estudo é analisar o DNA de outros seres. "Queremos
verificar se essa mudança é algo geral, e não apenas uma estranha
ocorrência."

fonte:
http://www.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u6089.shtml


Ateh
Luis Roberto Brudna




SUBJECT: comportamento
FROM: Alisson Antonio Martins <aam00@fisica.ufpr.br>
TO: "[ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/02/2002 12:42

Quem procura cultura *somente* na TV é muito limitado.

A questão não está na minha ou na limitação do público em geral, e sim no
acesso que nós temos a dita boa cultura.
Vejo o problema da falta de cultura nos grandes veículos de comunicação
por serem exatamente eles que entram na maioria das casas dos
brasileiros. E por quê? Forte apelo de propaganda. É muito simples para
uma pessoa dotada de um certo conhecimento ter capacidade de
discernir entre o Cultural e o Lixo Cultural. Agora, o que esperar das
pessoas que são meros produtos de um sistema que as quer como pessoas
marginalizadas, sem voz, acríticas à realidade?...Não é que seja limitado,
mas para quem tem acesso à boa literatura, à boa música, enfim à boa
Cultura, não há saída. E é exatamente disso que falo, da
"limitação" imposta pelos meios de comunicação de massas.
E não adianta pensar que por se ter acesso a dita boa cultura,
a pessoa possa estar livre da alienação.Não está porqu faz parte de
uma sociedade que tem isso como sua viga mestre.E ponto.
Basta de alienação.

Alissson



SUBJECT: Re: Viagem ao Espaço
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/02/2002 13:05

> > Nos filmes de ficção científica, voar mais rápido que a luz é
bico,
> > tecnologia banal dominada pelo engenho humano num passado remoto.
>
>
> Me parece que a conquista do espaço vai ser feita por robôs, que
não
> envelhecem e não precisam carregar a biosfera junto. O que vocês
> acham?

Que não :-)
Acaso os robots têm energia infinita ? Claro que não.
Eles não têm biosfera, mas tem "robot-esfera" :-))



SUBJECT: Re: mais caos
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/02/2002 13:11


> Aliás, é bom dizer que o que, a priori, uma mosca poderia
influenciar são
> eventos menores do clima, uma chuva ou um tufão. O clima global é
> influenciado primordialmente por coisas mais... "macro": como a
composição
> da atmosfera e a posição da Terra em relação ao Sol (embora o
sistema
> solar também deva ser caótico (já que é um sistema de muitos
corpos, e,
> portanto, altamente não linear): ou seja, a posição de um asteróide
> *pode* fazer diferença na evolução do sistema).

Bom, entrando nas modernas teorias de previsão (todas aquelas que
lidam com probabilidades e não com dados binários) de facto pode.
Mas o facto de proporcionalidade for 1e-20 , diriamos que influencia ?

É que por essa lógica, um corpo no universo para lá do limite
observável tb pode influenciar...
Assim é dficil chegar a alguma conclusão. :-)

[]

Sérgio Taborda




SUBJECT: RES: [ciencialist] comportamento
FROM: Luciano Seidel <luciano.seidel@globaltelecom.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/02/2002 13:51



> Luciano escreve:
>
> >Quem procura cultura *somente* na TV é muito limitado. Quem
> disse que a TV é
> obrigada a ter uma programação exclusivamente cultural? <
>

Léo escreve:
> É obrigada sim. Tem certas normas e obrigações. Há um certo
> número de horas obrigatório para o Cultural. Até a TV-Globo
> faz isso ... mas, no horário das 5:00 h da matina!
> Todas as 'estações de TV e rádios broadcasting' têm essa
> obrigatoriedade. Pena que os horários ficam por conta delas.

Não quis dizer que TV não é obrigada ou não deve transmitir programação
Cultural, mas não deve apresentar *unicamente* esse tipo de programação.
Quis mostrar que a TV tem também uma função de lazer. A princípio todas as
estações de rádio e TV deveriam acima de tudo "atender a sua função social".
O problema é que essa norma é ignorada. Creio que nem as 5:00 da manhã se
apresenta programas de qualidade na TV aberta brasileira, infelizmente.

[]'s

Luciano


SUBJECT: Re: comportamento
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/02/2002 13:51

--- In ciencialist@y..., Alisson Antonio Martins <aam00@f...> wrote:
> Concordo plenamente, estes pacotes da programação da grande mídia é
o
> cúmulo. Não se salva nada. O pior: gera milhões de espectadores
bitolados,
> alienados, sem ver que estão sendo usados. O Brasil tem uma
experiência de
> "Big Brother" muito mais realistica, ou melhor, realistica mesmo: o
que
> dizer das pessoas que se sufocam em um pequeno barraco, em qualquer
favela
> do país? Quem consome esse tipo de programa são exatamente as
pessoas com
> menos acesso a cultura.


Bom... o fenómeno Big Brother tb passou aqui por portugual.. em 3
programas.
Embora o BB daqui tenha tido umas regras bem diferentes e bem mais
resctrictas que ai o tipo de opiniões q apareceram no inicio, foram
exactamente deste tipo. Ou se ama, ou se oudeia.
E os que se acham "cultos" tendem a odiar.
Tlv tb odeiem o livro que deu origem à ideia. ("Mil novecentos e
oitenta e oito" se não me engano)

>A boa cultura, e não ao lixo cultural que estamos
> acostumados a ver nas "nossas TV's". E agora, era só o que faltava,
as
> duas Poderosas, Globo e SBT, competem para saber quem plagiou
quem...ora
> essa deviam é se envergonharem por apresentarem o programa. Mas, na
> verdade, vergonha de alienar o povo, ah isso eles não têm mesmo.

É assim: não se pode culpar as TV's por querem ter audiencia e fazer
$$. Portanto apenas se pode culpar o povo por ver os seus programas.
Mas quando as pessoas querem ver alguma coisa para se destrairem
tanto faz o que passa na TV, vejam os exemplos da TV americana por
exemplo.

Aqui em PT as novelas ai do BR tiveram o mesmo tipo de criticas que
estás a levantar ao BB. E por aqui o BB era apelidado de "a novela da
vida real" pq foi usado pela cadeia de tv para ganhar audiencia às
novelas BR que passavam aqui no canal, nessa altura, mais visto a
todas as horas do dia: era mesmo de mais.

Claro que poderiamos dizer que a culpa é do governo que não educa as
pessoas a evitarem esse "lixo"... essa é a desculpa facil.

O problema é que nada pode interferir com os sentimentos das pessoas,
pois se o fizerem existem duas hipoteses: ou amam ou odeiam.

Mas tb se aprende a amar e a odiar. É verdade.

No caso do BB 'original' digamos assim, pq o que passa ai é
muito "relaxado nas regras" [suponho que um erro fatal da globo para
querer emitar o Casa dos Artistas, a qual apelidam de plágio. Um
plagio nao se plágia de novo] os residentes tinham uma vida dura.
A diferença entre isso e a favela são as condições minimas e o jogo
que está por detrás. Reparem que o BB é um concurso na TV e morar na
favela não.Isso faz MUITA diferença.
O BB está desenhado para obter audiencia e foi usado pelo mundo fora
para esse fim. Não se pode censurar se o consegue, mas aplaudir quem
o criou.[quem, por acaso não esperava tamanho sucesso]

O que isto tem a ver com ciencia ?
Bom, ai não sei muito bem quais foram os critérios de escolha dos
residentes, mas por aqui, com 3 programas , deu para entender que
havia muito trabalho de psicanálise/psicologia naquilo.
Parecendo aleatórios, os residentes correspondiam a padrões da
sociedade.
E é por isso que as pessoas ficam ligadas no programa. Pq de alguma
forma se identificam com os residentes.

Se podemos chamar as pessoas de incultas pq fazem isso...acho que não.
Que elas são manipuladas... sem duvida. Já o eram com as telenovelas,
o são com os telejornais e quero quer que nenhum programa de TV que
queira ter sucesso pode sem algum tipo de manipulação.
Os concursos são os manipuladores por excelencia. Porque normalmente
são bom intertenimento e ainda 'pagam' a quem utilizam: os
concorrentes.

O "Quem quer ser milionário?" que o Silvio tb adpatou/plagiou para "O
Show do Milhão" é outro fenómeno de popularidade. E nunca vi ninguem
dizer que aqui era apenas visto por pessoas de fraca cultura.

[]

Sérgio Taborda





SUBJECT: Re: comportamento
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/02/2002 14:09

--- In ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> wrote:
> Tlv tb odeiem o livro que deu origem à ideia. ("Mil novecentos e
> oitenta e oito" se não me engano)

O livro de George Orwell e' 1984.
http://www.mondopolitico.com/library/1984/1984.htm

O programa nada tem a ver com o livro.
Aparentemente a ideia se inspirou mais
no projeto Biosfera 2.

> O que isto tem a ver com ciencia ?
> Bom, ai não sei muito bem quais foram os critérios de escolha dos
> residentes, mas por aqui, com 3 programas , deu para entender que
> havia muito trabalho de psicanálise/psicologia naquilo.

Aqui a Globo utilizou-se de suas extensoes:
anunciou as inscricoes a serem feitas por
cupom (impresso em um jornal recem-adquirido
pelo grupo -- Diario de S. Paulo - ex-Diario
Popular do Quercia) ou via internet - pelo
portal Globo.com. Aproveitou-se para promover
seus outros produtos: aumentou a vendagem de
seu jornal e aumentou o numero de emails em seu
portal (o valor de um sitio vale pelo tamanho
da carteira de clientes).

Apesar disso os participantes foram escolhidos
de fato pelos olheiros -- o q. pode caracterizar
propaganda enganosa qto 'a inscricao. Procuraram
pegar pessoas com boa aparencia fisica.

http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos/iq200220021.htm
(Ha' quem diga q. Alberto Dines seja uma pessoa
muito mal-humorada...)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RES: [ciencialist] comportamento
FROM: Luciano Seidel <luciano.seidel@globaltelecom.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/02/2002 14:09

Alisson escreveu:

> A questão não está na minha ou na limitação do público em
> geral, e sim no
> acesso que nós temos a dita boa cultura.
> Vejo o problema da falta de cultura nos grandes veículos de
> comunicação
> por serem exatamente eles que entram na maioria das casas dos
> brasileiros. E por quê? Forte apelo de propaganda. É muito
> simples para
> uma pessoa dotada de um certo conhecimento ter capacidade de
> discernir entre o Cultural e o Lixo Cultural. Agora, o que esperar das
> pessoas que são meros produtos de um sistema que as quer como pessoas
> marginalizadas, sem voz, acríticas à realidade?...Não é que
> seja limitado,
> mas para quem tem acesso à boa literatura, à boa música, enfim à boa
> Cultura, não há saída. E é exatamente disso que falo, da
> "limitação" imposta pelos meios de comunicação de massas.
> E não adianta pensar que por se ter acesso a dita boa cultura,
> a pessoa possa estar livre da alienação.Não está porqu faz parte de
> uma sociedade que tem isso como sua viga mestre.E ponto.
> Basta de alienação.

O ponto é que não adianta tentar mudar a programação da TV, primeiro é
necessário operar uma mudança na sociedade. Muitas pessoas realmente tem
mais dificuldade de acesso a 'boa cultura', mas muitas outras simplesmente
não querem levantar a bunda do sofá para ir a uma biblioteca ou a um museu
ou ao teatro, etc. E quem tem opção, mas fica ai assistindo TV e reclamando
que a TV não tem cultura em vez de procurar alternativas é limitado sim!
Essa pessoa é uma alienada por opção própria.

[]'s

Luciano


SUBJECT: Problemas na pagina do ciencialist
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/02/2002 14:12

Nao sei o q. anda acontecendo,
mas nas linhas iniciais das mensagens
q. aparecem na pagina inicial, debaixo
do titulo da mensagem, aparecem
duas q. nada tEm a ver com o q. e' dito:

*ESCÂNDALO Aula de educação sexual em universidade dos EUA termina em

*Eu acho incrível, como alguns Acadêmicos, sejam eles médicos ou c

Ja' tem alguns dias q. esta' assim.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] comportamento
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/02/2002 14:24

> Quem procura cultura *somente* na TV é muito limitado. Quem disse
que a TV é
> obrigada a ter uma programação exclusivamente cultural?

Bom isso se aplica a qq coisa. Quem procura somente em um lugar nunca
encontra.

Mas por outro lado a TV é um espelho (distocido, mas um espelho) da
sociedade que serve.
Isto pq todas as pessoas veêm TV e elas só podem ver o que a TV
transmite.
O comentário do dia seguinte é baseado nos programas do dia anterior.

> Penso que a TV tem
> sua utilidade mais como entretenimento do que como fonte de cultura
e
> informação. Quero deixar claro que certos programas são apelativos
e que
> poderia se produzir programas de melhor qualidade tendo como fim o
> entretenimento.

O banimento da cultura não nasce do problema do entertenimento. É
possivel fornecer ambos.
Por exemplo na novela d'"O clone" poderseia usa-la para desvendar
alguns mist´rios pouco esclarecidos do fenómeno. Como em tempos se
fez com "Barriga de Aluguer".

Claro que mostrar e ensinar a ver são coisas diferentes. E o q hoje
precisamos é do segundo e não do primeiro.

> Mais: como definir cultura? Quem lê os clássicos da literatura
brasileira é
> considerado culto? Pois muitos foram publicados na forma de
folhetim, para
> entreter, eram as 'novelas' do século passado e considerados o 'lixo
> cultural' da época.

Ora nem mais.
Culto não é aquele que sabe. É aquele que entende.
Se eu souber 'Hamlet' de cor isso faz de mim culto ou estupido por
ter perdido tempo em decorá-lo ?
Depende. Se eu entender o que significam todos as frases, saber de
cor é um +. Se não entender, é lixo. São meras palavras alinhadas.
Isso se aplica a qq coisa. Jornais, revistas, livros, letras de
canções, cinema e televisão.

[]
Sérgio Taborda




SUBJECT: Re: [ciencialist] porquê do antidarwinismo
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/02/2002 14:27

On Tue, 19 Feb 2002, Alberto Mesquita Filho wrote:
> Diria que o Léo é mais ou menos como o Tao: "No princípio era o Tao; e o Tao
> produziu o Um; e o Um deu origem ao Dois; e o Dois produziram o Três e tudo
> o mais". Há quem diga que o Livro do Tao "é um dos mais profundos livros do
> mundo filosófico" e eu diria que as duas brochuras do Léo estão nesse mesmo
> nível.

E eu que estava em dúvida se comprava ou não o livro de Sua Santidade o
Dalai Lama... Agora estou muito mais esclarecido!

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
One Ring to rule them all



SUBJECT: Re: comportamento
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/02/2002 14:33


> Não quero dizer que deveríamos tirar as novelas da programação
(ficaria feliz se isso acontecesse) mas, acho que as emissoras (ex:
globo e sbt) deveriam ser "obrigadas" a passar programas de
qualidade.

Censura inversa ?

>Uma emissora como a Globo, com todo seu alcance, poderia vir a se
>tornar um ótimo meio para divulgar a ciência. Ciência que,
>influencia diretamente a vida das pessoas, quer as pessoas queiram
>ou não.

Se queres canais de ciencia temos o Discovery, por exemplo.
Se queres historia , o Canal de Historia.
Se queres arte , canais de arte, como o Arts & People
Se queres informação , CNN, Sky News, etc

Se queres Intertenimento, qq canal serve.
Pq aquilo que é intertenimento para uns é uma grande seca para outros.

> Será que a "liberdade" que o telespectador tem para escolher o
que assistir pode vir a prejudicar o próprio espectador ???

A liberdade , como sempre, está aliada ao dinheiro.
Se podures ter uma rede com todos os canais do mundo rápidamente
escolhes 4 ou 5 da tua perferencia.
quando as TV's a cabo dizem: oferecemos 50 canais, é preciso
perguntar quando desses me interressam e quantos são necessários
pagar.

Quando ao "ele pode mudar de canal se quiser" ou "ele tem liberdade
de mudar de canal" , isso tb não é linear.

Se eu quiser falar sobre a novela com as minhas colegas no dia
seguinte terei de ver aquele capitulo ou não estarei dentro do
assunto.
Se eu quiser falar dos golos do jogo de ontem, terei de ver o jogo.
Se eu quiser falar sobre a actualidade terei de ver o telejornal.
etc...

É sobre aquilo de que queres falar que a coisa vai, e não sobre
aquilo que tu queres saber.
A menos que tenhas a sorte de não precisar de falar con ninguem.


A TV é a maior ferramenta de analise social que existe.

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: RES: RES: [ciencialist] comportamento
FROM: Luciano Seidel <luciano.seidel@globaltelecom.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/02/2002 14:44

Sérgio Taborda escreveu:
> Ora nem mais.
> Culto não é aquele que sabe. É aquele que entende.
> Se eu souber 'Hamlet' de cor isso faz de mim culto ou estupido por
> ter perdido tempo em decorá-lo ?
> Depende. Se eu entender o que significam todos as frases, saber de
> cor é um +. Se não entender, é lixo. São meras palavras alinhadas.
> Isso se aplica a qq coisa. Jornais, revistas, livros, letras de
> canções, cinema e televisão.

Qual a definição de cultura afinal? Para mim são certos padrões artísticos
de determinada sociedade em determinada época. Você pode até "entender" a
casa dos artistas ou "entender" uma novela, mas isso não significa que sejão
exemplos de boa cultura.

[]'s

Luciano


SUBJECT: Re: [ciencialist] porquê do antidarwinismo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/02/2002 15:21


----- Original Message -----
From: "TARCISIO BORGES"
Sent: Wednesday, February 20, 2002 2:27 PM
Subject: Re: [ciencialist] porquê do antidarwinismo


> On Tue, 19 Feb 2002, Alberto Mesquita Filho wrote:
> > Há quem diga que o Livro do Tao "é um dos mais profundos livros do
> > mundo filosófico" e eu diria que as duas brochuras do Léo estão nesse
> > mesmo nível.

> E eu que estava em dúvida se comprava ou não o livro de Sua Santidade o
> Dalai Lama... Agora estou muito mais esclarecido!

Sinceramente, não posso opinar pois conheço Sua Santidade o Léo e mantenho o
que afirmei acima, mas esse tal de Dalai Lama já não sei quem é (pelo menos
ele ainda não deu as caras aqui na Ciencialist). De qualquer forma, o Léo
ainda não se prostituiu e suas brochuras ainda não estão a venda --pelo
contrário, estão muito bem protegidas em seu santuário.

[ ]'s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: comportamento
FROM: "Zaratustra" <zaratustra@gaz.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/02/2002 15:54



>Se queres canais de ciencia temos o Discovery, por exemplo.
>Se queres historia , o Canal de Historia.
>Se queres arte , canais de arte, como o Arts & People
>Se queres informação , CNN, Sky News, etc

>quando ao "ele pode mudar de canal se quiser" ou "ele tem liberdade
>de mudar de canal" , isso tb não é linear.


Se todos os brasileiros tivessem acesso a esses canais eu ficaria feliz. A Globo é um canal que "pega" em quase todo o Brasil, é a melhor forma de levar um pouco mais de cultura ao povo. Muitos não têm como mudar para outro canal pois não tem outro canal. Sou um exemplo disso, estou morando em uma casa aonde não tenho acesso a TV a cabo, antes eu tinha outros canais mas, agora não, só a Globo e o SBT.

Acho que muitas pessoas não têm como julgar o que é melhor entre duas coisas por não terem conhecimento sobre essas duas coisas. Se canais como globo e SBT, tivessem uma postura mais critica e mais voltada para a "boa cultura" teríamos como melhorar muito a cultura do Brasil.

Não devemos simplesmente dizer a uma pessoa que certa coisa não presta e sim deixar que ela conclua isso mas, para que isso venha a ocorrer precisamos dar condições a essa pessoa, o que não ocorre no Brasil. Pois como todos sabem, um povo ignorante é facilmente manipulável.



Abraço,

Thiago.





[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: As Brochuras do Leo
FROM: "aespeschit" <toni@iconet.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/02/2002 17:06

Leo,

Estou curioso...
Que duas brochuras são estas?
Como é que dois livrinhos de 50 páginas podem conter tanta
informação?
Não vá dizer que você imprimiu e encadernou o "imperdível"...
Deixe de charme e diz aí o ISBN das obras.
Aproveite o embalo e conte sobre aquele carro (um SP2?)
que você tinha em 1984 e no qual você instalou um led que
acendia caso houvesse fuga no "condensador".

Abraços,

Toni




SUBJECT: Está quase na hora (agora sao 18:58)
FROM: "Douglas Drummond" <dfabiano@uai.com.br>
TO: "OlimpiaCTCF" <olimpiactcf@yahoogroups.com>, "RCeSse" <rcesse@yahoogroups.com>, "OBM" <obm-l@mat.puc-rio.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/02/2002 19:00

Está quase na hora (veja abaixo)


Quarta-feira reserva aos numerólogos, matemáticos e curiosos em geral um
evento histórico. Durante um minuto, haverá uma conjunção de números que
somente ocorre duas vezes por milênio.

Logo depois das oito da noite, teremos a data 20 horas e 02 minutos de 20 de
fevereiro do ano 2002. Em marcação digital, o momento será 20:02 20/02 2002.

Trata-se de uma perfeita simetria numérica, chamada na matemática capicua
(grupo de algarismos que, lidos da esquerda para a direita, ou vice-versa,
dão o mesmo número).

A última ocasião em que ocorreu tal padrão foi às 11h11 de 11 de novembro do
ano 1111, formando a data 11h11 11/11/1111. A próxima vez será somente às
21h12 de 21 de dezembro de 2112 (21h12 21/12/2112) -ou seja, é bem
improvável que estejamos aqui para comemorar. Depois dessa, nunca mais
haverá outra capicua -em 30 de março de 3003 não ocorrerá essa coincidência
matemática, já que não existe a hora 30.

Se você não quer perder o minuto exato, fique de olho no relógio abaixo e
não se esqueça de erguer um brinde!





SUBJECT: Re: [ciencialist] Está quase na hora (agora sao 18:58)
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/02/2002 19:36



Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> Puxa! O que será que vai acontecer?

Nada. Pelo menos deste lado do Atlântico não aconteceu nada digno
de nota.


Joao


SUBJECT: Re: [ciencialist] As Brochuras do Leo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/02/2002 20:01

O que vc acha Alberto? Divulgo ou não?
Ai todo mundo vai conhecer a fonte do conhecimento supremo do qual o Imperdível não chega nem a 1% de sua totalidade!

Quanto ao SP2, OK. Esse e outros carros (karman ghia, sp2, maverick, variant, miura) que tive durante os 40 anos de S.Paulo nunca me deram qualquer gasto público (emplacamento, registro, IPVA, multas diárias etc.). O SP2, depois de 10 anos de uso sem qualquer despesa com a prefeitura, entrou num comando no Paraíso, simplesmente peguei meu avental e microfone e deixei o carro com o comando pois não tinha carta de habilitação, documento do carro ou qualquer outro papel. Com o Karman Ghia foi a mesma coisa. Os outros foram vendidos simplesmente assinando o documento de compra.... nunca mais vi ninguém!

Sobre o LED no capacitor do distribuidor, tb OK. Esse capacitor é crítico para o bom funcionamento da bobina de ignição. No fundo o platinado da distribuição, o capacitor e a bobina formam uma bobina de Rumkorff. Nos sistemas de ignição tradicionais (hoje é tudo ignição eletrônica e injeção) tais capacitores são trocados junto com o platinado e são umas porcarias de capacitores a óleo (numa ridícula capa de tubo de alumínio) de 1 ou 2 µF. Eu substituía por um de cerâmica e colocava o LED no painel para acusar perda no dielétrico.

Saudades .......

[]'
Léo
PS - mais uma insistência e entrego a galinha dos ovos de ouro.
==================
-----Mensagem Original-----
De: "aespeschit" <toni@iconet.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 20 de fevereiro de 2002 17:06
Assunto: [ciencialist] As Brochuras do Leo


Leo,

Estou curioso...
Que duas brochuras são estas?
Como é que dois livrinhos de 50 páginas podem conter tanta
informação?
Não vá dizer que você imprimiu e encadernou o "imperdível"...
Deixe de charme e diz aí o ISBN das obras.
Aproveite o embalo e conte sobre aquele carro (um SP2?)
que você tinha em 1984 e no qual você instalou um led que
acendia caso houvesse fuga no "condensador".

Abraços,

Toni



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Está quase na hora (agora sao 18:58)
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/02/2002 20:02

Puxa! O que será que vai acontecer?

[]'
Léo
=============
| Está quase na hora (veja abaixo)
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| Quarta-feira reserva aos numerólogos, matemáticos e curiosos em geral um
| evento histórico. Durante um minuto, haverá uma conjunção de números que
| somente ocorre duas vezes por milênio.
|
| Logo depois das oito da noite, teremos a data 20 horas e 02 minutos de 20 de
| fevereiro do ano 2002. Em marcação digital, o momento será 20:02 20/02 2002.
|
| Trata-se de uma perfeita simetria numérica, chamada na matemática capicua
| (grupo de algarismos que, lidos da esquerda para a direita, ou vice-versa,
| dão o mesmo número).
|
| A última ocasião em que ocorreu tal padrão foi às 11h11 de 11 de novembro do
| ano 1111, formando a data 11h11 11/11/1111. A próxima vez será somente às
| 21h12 de 21 de dezembro de 2112 (21h12 21/12/2112) -ou seja, é bem
| improvável que estejamos aqui para comemorar. Depois dessa, nunca mais
| haverá outra capicua -em 30 de março de 3003 não ocorrerá essa coincidência
| matemática, já que não existe a hora 30.
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Viagem ao Espaço II
FROM: Rodrigo Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/02/2002 20:27

Takata, o que você comeu hoje? :-)

Imponderabilidade é ausência de acelaração gravitica.

O que é que a velocidade num referencial inércia tem a ver com o caso?

rmtakata wrote:
> nascido nao. mas fizeram alguns experimentos
> com embrioes de ras (e nao sei se com embrioes
> de galinaceos tbm). nao sei qual o resultado.
> nao era em situacao de ausencia de gravidade, mas
> de imponderabilidade por causa da alta velocidade
> orbital.



--
email (same address): rnbc@rnbc.pt.eu.org or rnbc@rnl.ist.utl.pt
homepage: http://rnbc.pt.eu.org/~rnbc
IRC: r0 (PT-Net and IRC-Net and sometimes UnderNet)



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Viagem ao Espaço II
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/02/2002 20:35



Rodrigo Cunha wrote:
>
> Takata, o que você comeu hoje? :-)
>
> Imponderabilidade é ausência de acelaração gravitica.
>
> O que é que a velocidade num referencial inércia tem a ver com o caso?


Diz-se que algo é imponderável quando não pode ser pesado. Em órbita,
não é possível sentir o peso dos objectos, embora a aceleração
gravitica seja significativa. Por isso diz-se que os objectos em
órbita estão numa situação de imponderabilidade, e não em situação de
ausência de peso. O peso existe, não pode é ser medido ou sentido pelos
métodos mais comuns.

joao
http://www.nonio.com

> rmtakata wrote:
> > nascido nao. mas fizeram alguns experimentos
> > com embrioes de ras (e nao sei se com embrioes
> > de galinaceos tbm). nao sei qual o resultado.
> > nao era em situacao de ausencia de gravidade, mas
> > de imponderabilidade por causa da alta velocidade
> > orbital.
>
> --
> email (same address): rnbc@rnbc.pt.eu.org or rnbc@rnl.ist.utl.pt
> homepage: http://rnbc.pt.eu.org/~rnbc
> IRC: r0 (PT-Net and IRC-Net and sometimes UnderNet)
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> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Viagem ao Espaço II
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/02/2002 20:53

Matei a charada para a existência de Deus.
Ele oculta-se no espaço.

João wrote:
O peso existe,
não pode é ser medido ou sentido pelos
métodos mais comuns.





Deus existe,
não pode ser encontrado pelo métodos comuns.


hehehehe


Gilberto.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Viagem ao Espaço II
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/02/2002 23:21



| Matei a charada para a existência de Deus.
| Ele oculta-se no espaço.
|
| João wrote:
| O peso existe,
| não pode é ser medido ou sentido pelos
| métodos mais comuns.
|

Ocultar-se é eclipsar-se para um dado observador numa dada posição para uma dada fonte de luz. Um espaço vazio não parece ser o melhor lugar para alguém ocultar-se de outro alguém.

As observações feitas pelo João do Vernier sobre as más interpretações das declarações do Takata procedem. Dentro de uma nave em órbita órbita os objetos têm peso (é a ação gravitacional do planeta em torno do qual a nave órbita). Para referencial na nave existe a força centrífuga que, no centro de massa da nave equilibra a força de atração gravitacional. Nesse centro de massa a imponderabilidade é plena e completa. Para pontos distintos do centro de massa haverá uma ligeira aceleração resultante que é justamente a 'microgravidade' nos diversos pontos da nave.
Nesses locais de microgravidade os corpos têm 'micropesos', perfeitamente detetáveis, principalmente pelo efeito de 'marés'.

Isso é tão elementar que está na lapela interna de uma de minhas divinas brochuras.

[]'
Léo
==================



SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Re: Viagem ao Espaço II
FROM: Rodrigo Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/02/2002 23:46

Ok, sendo pedante Q.B. direi que o referencial da nave é inércial
localmente. Não localmente há tensões que se desenvolvem em objectos
macroscópicos em órbita devido ao facto do espaço-tempo ser curvo na
região em causa (devido à terra), e a acelaração ser apenas em média
compensatória disto (porque a nave move-se como um todo rigido, e
portanto você está tentando anular uma função aproximadamente linear
somando-a com uma recta, ou hiperplano neste caso...).

Continuo a não perceber qual é a diferença para as rãs entre isso a
ausência total de curvatura do espaço-tempo... elas não sentem a
gravidade na mesma, e para elas a dita está de facto ausente para todos
os efeitos práticos.

(Espero que tenham gostado da prosa hehehe)

> Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> | Matei a charada para a existência de Deus.
> | Ele oculta-se no espaço.
> |
> | João wrote:
> | O peso existe,
> | não pode é ser medido ou sentido pelos
> | métodos mais comuns.
> |
>
> Ocultar-se é eclipsar-se para um dado observador numa dada posição para uma dada fonte de luz. Um espaço vazio não parece ser o melhor lugar para alguém ocultar-se de outro alguém.
>
> As observações feitas pelo João do Vernier sobre as más interpretações das declarações do Takata procedem. Dentro de uma nave em órbita órbita os objetos têm peso (é a ação gravitacional do planeta em torno do qual a nave órbita). Para referencial na nave existe a força centrífuga que, no centro de massa da nave equilibra a força de atração gravitacional. Nesse centro de massa a imponderabilidade é plena e completa. Para pontos distintos do centro de massa haverá uma ligeira aceleração resultante que é justamente a 'microgravidade' nos diversos pontos da nave.
> Nesses locais de microgravidade os corpos têm 'micropesos', perfeitamente detetáveis, principalmente pelo efeito de 'marés'.
>
> Isso é tão elementar que está na lapela interna de uma de minhas divinas brochuras.
>
> []'
> Léo
> ==================
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SUBJECT: [ciencialist] Descobri onde o Léo arranjou as brochuras ...
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/02/2002 00:19

...na foto anexa. Colucci


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RE: [ciencialist] Descobri onde o Léo arranjou as brochuras ...
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/02/2002 00:24

...epa. Não saiu. O Ciencialist não aceita attachments. Envio
pessoalmente para quem pedir. Colucci.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Descobri onde o Léo arranjou as brochuras ...
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/02/2002 00:57

Esse é o 'pecado capital' do Ciencialist. Já votei a favor do HTML a ser usado com moderação e bom senso. Perdemos a votação. É como vc ter um automóvel último tipo e estar proibido de engatar a 4a e 5a marcha ... mesmo sendo hidramático (?).

[]'
Léo
===============
-----Mensagem Original-----
De: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 21 de fevereiro de 2002 00:24
Assunto: RE: [ciencialist] Descobri onde o Léo arranjou as brochuras ...


...epa. Não saiu. O Ciencialist não aceita attachments. Envio
pessoalmente para quem pedir. Colucci.



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ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Descobri onde o Léo arranjou as brochuras ...
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/02/2002 00:59

Ora bolas, não precisa fazer a entrega pessoalmente ... reconheço o trabalhão que isso vai dar :-))). --- mas seria agradavelmente bem vindo!

Manda ai pro leo@barretos.com.br
[]'
Léo
============

-----Mensagem Original-----
De: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 21 de fevereiro de 2002 00:24
Assunto: RE: [ciencialist] Descobri onde o Léo arranjou as brochuras ...


...epa. Não saiu. O Ciencialist não aceita attachments. Envio
pessoalmente para quem pedir. Colucci.



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ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Descobri onde o Léo arranjou as brochuras ...
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/02/2002 01:32

He he he ...... todos deveriam ver essa foto. Acredito que deva ser colocada no index principal do Imperdível no lugar daquele retrato 3X4.

[]'
Léo
=================
-----Mensagem Original-----
De: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 21 de fevereiro de 2002 00:24
Assunto: RE: [ciencialist] Descobri onde o Léo arranjou as brochuras ...


...epa. Não saiu. O Ciencialist não aceita attachments. Envio
pessoalmente para quem pedir. Colucci.



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Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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SUBJECT: Re: [ciencialist] As Brochuras do Leo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/02/2002 04:17

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Wednesday, February 20, 2002 8:01 PM
Subject: Re: [ciencialist] As Brochuras do Leo


> O que vc acha Alberto? Divulgo ou não?
> Ai todo mundo vai conhecer a fonte do conhecimento supremo do qual o
Imperdível não chega nem a 1% de sua totalidade!

Sinceramente, acho que você deveria manter o suspense.

[ ]'s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm




SUBJECT: O modelo mecanico classico
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/02/2002 06:01

Aos amigos da Ciencialist

Estou com um novo artigo na Internet intitulado "O modelo mecânico
newtoniano ou clássico" e a ser oportunamente linkado no Espaço Científico
Cultural (ECC). Embora não esteja ainda linkado, os amigos da Ciencialist
poderão acessar o mesmo a partir de
http://ecientificocultural.com/ECC2/artigos/newton01.htm (são três páginas
htm linkadas entre si).

Aguardo sugestões. Críticas são sempre bem-vindas, mesmo após a linkagem ao
ECC. Só espero que não venham apenas com a argumentação de que sou
desonesto, enganador, desencaminhador de jovens estudantes de física
moderna, pregador da "religião" newtoniana e/ou ofensas outras do tipo das
que recebi recentemente no news uol.carreiras.fisica e que só vêm a denegrir
a Internet. Mas se vierem com tais "críticas"-ofensas, também não tem
problema, pois os amigos antigos da Ciencialist já me conhecem: é "toma lá,
dá cá" ou então "escreveu, não leu,... é analfabeto". ;-))

O Léo já deu excelentes sugestões e procedeu a algumas correções, e creio
que aceitei quase todas. Apenas fiquei em dúvida com relação a uma e então
pedi para que ele consultasse novamente as suas duas brochuras ;-)) e/ou que
botasse para funcionar os seus dois fantásticos neurônios.

[ ]'s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm




SUBJECT: Re: Descobri onde o Léo arranjou as brochuras ...
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/02/2002 06:07


> Esse é o 'pecado capital' do Ciencialist. Já votei a favor do HTML
a ser usado com moderação e bom senso. Perdemos a votação. É como vc
ter um automóvel último tipo e estar proibido de engatar a 4a e 5a
marcha ... mesmo sendo hidramático (?).

Navalha de Occam :> , o mais simples é o mais belo:

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/files

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: RES: RES: [ciencialist] comportamento
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/02/2002 06:19


> > Ora nem mais.
> > Culto não é aquele que sabe. É aquele que entende.
> > Se eu souber 'Hamlet' de cor isso faz de mim culto ou estupido
por
> > ter perdido tempo em decorá-lo ?
> > Depende. Se eu entender o que significam todos as frases, saber
de
> > cor é um +. Se não entender, é lixo. São meras palavras alinhadas.
> > Isso se aplica a qq coisa. Jornais, revistas, livros, letras de
> > canções, cinema e televisão.
>
> Qual a definição de cultura afinal?


Em qq lingua existem as palavras que foram usadas desde o principio
da lingua, aquelas que se usam em determinada epoca e local e aquelas
que determinada pessoa usa. Tesaurus, Lexico e Vocabulário.
E "cultura" não faz parte do meu vocabulário exactamente pq não é
defenivel.

Cultura pode ser aquilo que alimenta o ego humano.
E desta forma , pode ser qq coisa.
Ter cultura não é o mesmo que ser erudito.
E não sei se ter cultura é o mesmo que ter cultura geral.
E tb existem várias Culturas , leia-se : costumes dos vários povos.

Cultura é portanto um padrão de conhecimento social e partilhado que
alimenta o ego humano, individualmente, ou do grupo.

As obras de arte são naturalmente cultura, pois se encaixam neste
definição. As obras cientificas idem. As obras religiosas , idem
aspas. E tenho dificultade em ver, algo que não se encaixe nesta
categoria.

Cultura é portanto, tudo!

>Para mim são certos padrões artísticos
> de determinada sociedade em determinada época.

Eu tiraria o "artisiticos" pq isso é limitar. A ciencia tb é cultura.

> Você pode até "entender" a
> casa dos artistas ou "entender" uma novela, mas isso não significa
que sejão
> exemplos de boa cultura.

Pensar que se sabe o que é boa cultura é quase o mesmo que se achar
Napoleão, ou Deus...
...o senso critico que eu tenho de uma obra de arte escapa ao senso
ciritico dos artistas e dos criticos creditados de arte.
Algumas peças não seriam cultura para mim, pois não me dizem nada.
Não alimentam o meu ego.
Mas o quadro que apenas são uns salpicos de tinta e vale 5 milhões de
dolares na minha parede, alimenta o meu ego sim. [não , não tenho
nenhum quadro de 5 milhões de dolares]
"boa cultura" é portanto uma falácia , e aquele que acha que sabe
destinguir entre a boa e a má, um censurador.

É por isto que eu evito o termo "cultura"... pq tem sabor a nada.
excepto nas frases do tipo "A Cultura Inca" , "A Cultura Brasileira"
Ai estamos falando de outras coisas...
Essa Cultura, não se adquire, não se apreende, não se ensina. Faz-se
e tem-se.

[]

Sérgio Taborda




SUBJECT: Re: RES: RES: [ciencialist] comportamento
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/02/2002 06:30

----- Original Message -----
From: "sergiotaborda"
Sent: Thursday, February 21, 2002 6:19 AM
Subject: Re: RES: RES: [ciencialist] comportamento


> Cultura é portanto, tudo!

Ora nem mais. ;-)

Então, se você quiser ficar ciente de tudo "o que rola por aí", não deixe de
se linkar ao Espaço Científico "Cultural". :-))

Olá, Brudna. Desculpe mas não resisti a "aproveitar o gancho" e fazer o meu
comercial.

[ ]'s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm




SUBJECT: Re: comportamento
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/02/2002 06:35


> >Se queres canais de ciencia temos o Discovery, por exemplo.
> >Se queres historia , o Canal de Historia.
> >Se queres arte , canais de arte, como o Arts & People
> >Se queres informação , CNN, Sky News, etc
>
> >quando ao "ele pode mudar de canal se quiser" ou "ele tem
liberdade
> >de mudar de canal" , isso tb não é linear.
>
>
> Se todos os brasileiros tivessem acesso a esses canais eu
ficaria feliz.

Eu não estou dizendo que todos deveriam ter, muito menos que todos
têm.
Eu estou dizendo que existem canais temáticos. E a Globo e a SBT não
o são.
Por isso não se pode esperar que eles deiam importancia a um tema
sobre o outro. São canais de Intertenimento Geral. Passam qq coisa
que intretenha as pessoa.

> A Globo é um canal que "pega" em quase todo o Brasil, é a melhor
>forma de levar um pouco mais de cultura ao povo. Muitos não têm como
>mudar para outro canal pois não tem outro canal. Sou um exemplo
>disso, estou morando em uma casa aonde não tenho acesso a TV a cabo,
>antes eu tinha outros canais mas, agora não, só a Globo e o SBT.

Quando em PT só existiam dois canais de TV , ambos publicos e de
caracter geral [para os quais se pagava um taxa] as pessoas
reclamavam que queriam mais cultura.
Elas não queriam mais cultura, elas queriam mais escolha.
Quando as TV privadas apareceram [mais dois canais em difusão pelo
pais todo] o canal que mais audiencia conseguio foi aquele que:
1) passava programas e filmes apelativos ao sexo: p. ex: a playboy.
2) tinha um programa de musica do tipo de um Faustão, mas muito mais
digamos... pimba. Espero que ai tb se use este termo chamado : Big
Show Sic. [Sic é o nome do canal de TV ]

E os "eruditos" / "pseudo-intectuais" [sem ofensa] quiseram revogar
esse programa e disseram que o canal usou golpes baixos.
Não interessa. O canal conseguio o queria: roubar a audiencia.

O segundo canal privado começou a cair e esteve quase a fechar. Mas
uma mudança na direcção fê-lo subir.
A Sic ,mais uma vez tentou usar os mesmos argumentos começando de
novo a apelar ao sexo. Foi um fracasso e o 2ª canal privado subiu
ainda mais.

As TV são impressas e o seu objectivo é lucrar. Para isso precisam de
audiencia para poderem se fazerem pagar melhor pelos comerciais.
Ninguem está preocupado com o nivel de educação da TV . Isso é uma
utopia.

E dizem: "à mas o estado deve ter canais ou leis que façam com que as
tv's divulgem 'cultura'"
Isso é um erro. Pq ou se sabe divulgar cultura, ou é melhor estar
calado.
A BBC na inglaterra é um bom exemplo de como é possivel ter programas
de classe. Mas dai a dizer que sejam culturalmente bons vai uma passo
que eu não vou dar.

Querer as TV a trabalhar para nós é um acto egoista e de alguma forma
simplista e preguiçoso.
Ninguem pode mandar naquilo que as pessoas veem. E elas podem ver ou
não.
O truque da TV é passar programas que a maioria das pessoas vê.
Por exemplo aqui, o truque é passar novelas e futebol.
digamos que 50% da população são mulheres. As novelas tem logo um
grande publico, e o futebol tem o resto. Assim, em traços largos é
isto.

Como eu disse no outro mail. Escolher TV é sinonimo de ter muitos
canais que é sinonimo de ter dinheiro. E não ha como dar a volta a
isto. Por enquanto.

> Acho que muitas pessoas não têm como julgar o que é melhor
entre duas coisas por não terem conhecimento sobre essas duas coisas.
Se canais como globo e SBT, tivessem uma postura mais critica e mais
voltada para a "boa cultura" teríamos como melhorar muito a cultura
do Brasil.

Bom, se as pessoas quisessem ver cultura, como já foi dito, viam a TV
Cultura. Né ?

> Não devemos simplesmente dizer a uma pessoa que certa coisa não
presta e sim deixar que ela conclua isso mas, para que isso venha a
ocorrer precisamos dar condições a essa pessoa, o que não ocorre no
Brasil.

Ocorre em todo o mundo, onde haja uma TV.

> Pois como todos sabem, um povo ignorante é facilmente manipulável.

Todos são manipuláveis. Cada um do seu jeito.
Invocar a ignorancia é não querer ver a verdade.
AS pessoas são manipuláveis pq são pessoas. Não pq sejam ignorantes.


[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: O Deslocamento Azul
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/02/2002 07:54


Bom, como todos acho que sabem o red shift encontrado na luz que vem
das estrelas/galáxias do espaço, é intrepretado como o universo se
expandindo.

Ora, se o universo se está empandindo TODOS os corpos nele deveriam
apresentar o mesmo red shift

Ora isso não é verdade.
Existem corpos com Blue Shift. Que significa que esses corpos se
estão a aproximar de nós (ou nós deles)

http://www.seds.org/messier/m/m098.html
http://www.physlink.com/Education/AskExperts/ae384.cfm

Esta ideia parece contrariar a ideia do universo em expanção.

Mas segundo http://www.physlink.com/Education/AskExperts/ae384.cfm
parece que não contraria.
Basta pensar que o universo está em expanção , mas as
galáxias/estrelas se movem com velocidade maior na nossa direcção.
Uma especie de barco que move contra corrente.

A questão é simples e é: Que força é esta que as faz moverem-
se "contra-natura" ? Ou não seria mais simples aceitar logo que o
universo NÃO se expande ?

[]

Sérgio Taborda




SUBJECT: Imagens Galáticas
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/02/2002 07:58


Vejam esta imagem da nossa galáxia

http://www.physlink.com/Education/AskExperts/ae422.cfm

a pergunta que sempre me intriga é:
Como eles 'tiram estas fotos de fora da galáxia' se nós não
conseguimos sair dela ? Que metodo de projecção é este ?

.oO(É como tirar a foto do nosso corpo exterior apartir do nosso
estomago!)


[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: Descobri onde o Léo arranjou as brochuras ...
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/02/2002 08:37

O egroups tem secoes q. permitem a armazenagem de
arquivos. Para fotos ha' o espaco chamado: photos
no ciencialist.

http://photos.groups.yahoo.com/group/ciencialist/lst

Nao sei se o Brudna habilitou para q qq membro possa
fazer o upload.

[]s,

Roberto Takata

--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> He he he ...... todos deveriam ver essa foto. Acredito que deva ser
colocada no index principal do Imperdível no lugar daquele retrato
3X4.
>
> []'
> Léo




SUBJECT: Re: O Deslocamento Azul
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/02/2002 08:46

--- In ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> wrote:
> Bom, como todos acho que sabem o red shift encontrado na luz que
> vem das estrelas/galáxias do espaço, é intrepretado como o universo
> se expandindo.
>
> Ora, se o universo se está empandindo TODOS os corpos nele deveriam
> apresentar o mesmo red shift

Nao todos. Q. Andromeda se aproxima da Via Lactea e'
de amplo conhecimento, por exemplo. A questao e' q.
a *maioria* das galaxias se afastam uma das outras
e isso resulta em uma expansao geral do universo --
ou resulta disso, depende da interpretacao.

Em uma detonacao, algumas particulas se aproximam de
outra -- por exemplo as particulas proximas ao centro
da explosao das mais perifericas --, mas dado q. a
maioria se afasta umas das outras ha' a expansao da
explosao.

Claro q. a expansao do universo e' diferente -- nao
se considera um centro de expansao -- mas o principio
continua valendo: o fato de algumas partes se aproximarem
nao e' contraditorio ao fato do todo estar se expandindo.

Ha' diversos motivos q. podem levar a haver uma
atracao local, uma delas e' a atracao gravitacional
mutua. Afinal, existem aglomerados menores -- como as
proprias galaxias.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: EMBRAER 170 e a cobertura da imprensa
FROM: "aespeschit" <toni@iconet.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/02/2002 09:17

Prezados,

No dia 19/FEV/2002 ocorreu o primeiro vôo do EMBRAER 170.
O avião foi desenvolvido em 32 meses, o que representa um
recorde mundial em tempos de paz.
A tecnologia empregada nos mecanismos de comando (fly by wire)
só é usada pelo AIRBUS e pelo B-777. Todos os outros aviões
são hidráulico-mecânicos.
O evento suscita diversas discussões científicas tais como
"por que o avião voa", etc e a meu ver é muito mais interessante
que capicuas, casa dos artistas e que tais.
Entretanto, a imprensa pouco divulgou. E o fez de forma
incompleta, errada e tendenciosa. Por exemplo, preferiu dizer
que houve um atraso de 4 meses em relação ao prazo original ao
invés de destacar o recorde no tempo de desenvolvimento.
Por que será? ;)

[]'s
Toni

http://www.embraer.com.br/portugues/content/aeronaves/aviacao_comercia
l/erj170/default.asp
http://www.valeparaibano.com.br/sjc/voo.html
http://www.e-cliponline.com.br/base/Aviacao/F19869.htm
http://www.e-cliponline.com.br/base/Aviacao/F19877.htm
http://www.e-cliponline.com.br/base/Aviacao/F19872.htm
http://www.e-cliponline.com.br/base/Aviacao/F19873.htm




SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: Descobri onde o Léo arranjou as brochuras ...
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/02/2002 10:14

A foto das brochuras do Léo já está em:

http://photos.groups.yahoo.com/group/ciencialist/lst


Obrigado, Takata.

Colucci




SUBJECT: Re: Descobri onde o Léo arranjou as brochuras ...
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/02/2002 10:25

--- In ciencialist@y..., "Jose Colucci Jr." <j.colucci@r...> wrote:
> A foto das brochuras do Léo já está em:
>
> http://photos.groups.yahoo.com/group/ciencialist/lst

Mas perai'? Ele e' Deus ou e' Moises?

Ou sera' q. ele e' os tres? A nova
trindade: Leo, Deus e Moises... So'
nao sei quem e' o pai, o filho e
quem e' o espirito santo...

Tera' sido Moises a primeira encarnacao
terrena de Deus? O proto-avatar?

Duvidas, duvidas, duvidas...

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: EMBRAER 170 e a cobertura da imprensa
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/02/2002 10:28

--- In ciencialist@y..., "aespeschit" <toni@i...> wrote:
> Entretanto, a imprensa pouco divulgou. E o fez de forma
> incompleta, errada e tendenciosa. Por exemplo, preferiu dizer
> que houve um atraso de 4 meses em relação ao prazo original ao
> invés de destacar o recorde no tempo de desenvolvimento.
> Por que será? ;)

Porq. isso nao vende tto qto capicuas e palindromos...?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Deslocamento Azul
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/02/2002 11:08



sergiotaborda wrote:

>
> A questão é simples e é: Que força é esta que as faz moverem-
> se "contra-natura" ? Ou não seria mais simples aceitar logo que o
> universo NÃO se expande ?

Há duas respostas para essa pergunta:

1 - são galáxias que se movem em direcção à nossa galáxia, mas não
estão em contra-corrente, porque isso é apenas uma coincidência.
Trata-se de galáxias com movimentos próprios temporários causados
por interacões locais com outras galáxias.


2 - é um efeito local: as galáxias estão de facto a ir contra a
corrente porque a densidade de massa num determinado local faz com
que o universo contraia localmente. Mas o universo como um todo
continua a expandir.

--
joão
http://www.nonio.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] Imagens Galáticas
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/02/2002 11:10



sergiotaborda wrote:
>
> Vejam esta imagem da nossa galáxia
>
> http://www.physlink.com/Education/AskExperts/ae422.cfm
>
> a pergunta que sempre me intriga é:
> Como eles 'tiram estas fotos de fora da galáxia' se nós não
> conseguimos sair dela ? Que metodo de projecção é este ?
>
> .oO(É como tirar a foto do nosso corpo exterior apartir do nosso
> estomago!)
>

Não vi a foto, porque estou offline, mas se tu souberes a posição de
cada estrela em relação a um determinado referencial, podes
reconstruir a galaxia em computador.

--
joão
http://www.nonio.com




SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Descobri onde o Léo arranjou as brochuras ...
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/02/2002 11:12

Pai = Leo (mas era Teo, tenho quase certeza)
Filho = A Santa Brochura
Espírito Santo = Ectoplasma

> -----Mensagem original-----
> De: rmtakata [mailto:rmtakata@altavista.net]
> Enviada em: Quinta-feira, 21 de Fevereiro de 2002 10:26
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Assunto: [ciencialist] Re: Descobri onde o Léo arranjou as
> brochuras ...
>
>
> --- In ciencialist@y..., "Jose Colucci Jr." <j.colucci@r...> wrote:
> > A foto das brochuras do Léo já está em:
> >
> > http://photos.groups.yahoo.com/group/ciencialist/lst
>
> Mas perai'? Ele e' Deus ou e' Moises?
>
> Ou sera' q. ele e' os tres? A nova
> trindade: Leo, Deus e Moises... So'
> nao sei quem e' o pai, o filho e
> quem e' o espirito santo...
>
> Tera' sido Moises a primeira encarnacao
> terrena de Deus? O proto-avatar?
>
> Duvidas, duvidas, duvidas...
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
> http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O Deslocamento Azul
FROM: "Paulo Sergio Dias" <psdias@globo.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/02/2002 11:39

>Claro q. a expansao do universo e' diferente -- nao
>se considera um centro de expansao -- mas o principio
>continua valendo: o fato de algumas partes se aproximarem
>nao e' contraditorio ao fato do todo estar se expandindo


- O que significa "nao se considera um centro de expansao" ?
O desvio para o vermelho nao e' um (ou seria "O") dos argumentos
para a Teoria do Big-Bang ?

- Se o Big-Bang comecou na tal "cabeca de alfinete", que em uma
infinitesimal fracao de segundo comecou a se expandir, essa
"cabeca de alfinete nao e' o "centro" da expansao ?
(embora, acho eu, ninguem saiba onde esta' esse tal ponto
inicial da "explosao")

- Perdoem se minhas perguntas sao muito "ingenuas"
(ignorantes ?)... O que sei sobre Cosmologia foi tirado
apenas da Galileu e SuperInteressante :)


[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com



SUBJECT: Re: O Deslocamento Azul
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/02/2002 11:43


> > Ora, se o universo se está empandindo TODOS os corpos nele
deveriam
> > apresentar o mesmo red shift
>
> Nao todos. Q. Andromeda se aproxima da Via Lactea e'
> de amplo conhecimento, por exemplo. A questao e' q.
> a *maioria* das galaxias se afastam uma das outras
> e isso resulta em uma expansao geral do universo --
> ou resulta disso, depende da interpretacao.

Porquê ?
Vejamos o exemplo dos barcos na corrente.
Um barco pode aproximar-se do meu, mas não tem que o fazer.
Ele é livre de se mover em qq direcção na água.
Como eu sei que a água de move ?

A ideia do big bang é :
A maioria das estrelas se afasta de nós. Então isso significa que
existe algo que as faz afastar. A Expanção.
No mar: eu vejo os barcos a afastarem-se todos com a mesma
velocidade. O que eu concluo ?
1)Que a corrente os está a afastar de mim pq eles não se movem
2)Que eles se afastam de mim a corrente não se move.
3)que eles e a corrente se movem , sendo o resultado final o
afastamento.

Ora, no espaço não existem correntes, donde 2) é a hipotese mais
aceitável. Mas não, prefere-se pensar que 1) ou 3)

Mas se a corrente os afasta de mim como é que eu vejo algo vindo na
minha direcção?
E a hipotese é: esse corpo vem para mim pq tem velocidade maior na
minha direcção que anula o efeito da corrente.
Ok.
E onde ele foi buscar essa "aceleração superior" ?
E se ele se move, assim, pq não pensar logo de inicio que os outros
tb se movem da mesma forma, e que a correlação da maioria não
significa mais que um simples coincidencia ?

O problema é que dizes que os barcos viajam paa longe pq a corrente
os leva, e quando vês um barco se mover para ti dizes: ele anda mais
depressa que a corrente.
Mas qual é a diferena observacional entre isto e : "os barcos se
afastam e aproximam como 'eles querem' num mar calmo" ?

Nenhuma.

Portanto pq se escolhe hipotese mais complexa,quando pela famosa
navalha de Occam se deveria usar a mais simples?

Bom, só se houver uma observação que torne evidente que a água de
está a mover.
E qual é essa observação em relação à expansão do universo???

> Em uma detonacao, algumas particulas se aproximam de
> outra -- por exemplo as particulas proximas ao centro
> da explosao das mais perifericas --, mas dado q. a
> maioria se afasta umas das outras ha' a expansao da
> explosao.
>
> Claro q. a expansao do universo e' diferente -- nao
> se considera um centro de expansao -- mas o principio
> continua valendo:

Como é que continua valendo se não ha centro nem explosão ?
[a explosão teorica é 4D não é em 3D. E o que obsevamos, SE
observamos, seria em 3D]

Mas mesmo ai , tudo bem.
digamos que tá valendo.
Mas que eu saiba quando uma granada ou qq coisa explode, e as suas
partes de sepram, nem o espaço, nem o tempo se alteram.
O universo 'da granada' não se expande.

>o fato de algumas partes se aproximarem
> nao e' contraditorio ao fato do todo estar se expandindo.

Mas se diz que o todo se está espandindo quando algumas se afastam ?
Quando a maioria se afasta?

> Ha' diversos motivos q. podem levar a haver uma
> atracao local, uma delas e' a atracao gravitacional
> mutua.

"local" ?
quer dizer que todos aqueles 834 objectos (listados no link que se
pode seguir a partir do 2º link que deixei) estão todos "perto" do
Sol ?

"local" é até quantos anos-luz ?

> Afinal, existem aglomerados menores -- como as
> proprias galaxias.

Se eu saiba, dentro de uma galaxia os sistemas estelares não andam
uns contra os outros, embora sim, estejam todos acelerados de
velocidade centripeta.
E que eu saiba não ha nenhuma hipotese explosiva na criação das
galáxinas nem dos sistemas planetários: q obdecem ao mesmo padrão de
correlação entre os seus objectos constituintes.

E então, qual é a prova que se usa para escolher a expanção, à não
expanção?

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] EMBRAER 170 e a cobertura da imprensa
FROM: "Pauli" <pauli@nitnet.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/02/2002 11:45

Caro colega,

Não se esqueça que a mídia é sensacionalista e que infelizmente as pessoas compram os problemas e não as vitórias.

Bom, quanto a questão do tempo de construção, diferentes técnicas vêm sendo desenvolvidas para aumentar a eficiência dos processos de construção. Não somente em meios aeroviários como também petrolíferos etc.....
Infelizmente as divulgações, principalmente quando as organizações são nacionais, não são sempre positivas.

Como nesta lista de discussão o objetivo é exaltar a ciência, façamos.

As principais técnicas de melhoria de desempenho foram desenvolvidas em tempos de guerra (2ª Guerra Mundial)
onde as pressões eram grandes e o contingente empresário reduzia-se a cada dia. Diante deste problema as empresas foram tornando-se cada vez mais mecanizadas e os processos cada vez mais dependentes das máquinas.
Como conseqüência disto, os problemas acarretavam em paradas extremamente custosas e, extremamente desagradáveis para os consumidores(Que na época eram os militares) por causa dos atrasos.
Sendo assim, percebeu-se que os problemas podiam e deviam ser previstos e que técnicas de manutenção deveriam ser desenvolvidas para minimizar ou eliminar as paradas.
Com o passar do tempo, as industrias aeroviárias também perceberam a necessidade de possuir aeronaves disponíveis e confiáveis, visto que um problema a 3000 pés pode acarretar em mais de 200 mortes.
Tendo em vista esta necessidade, em 1978 a United Airlines juntamente com o departamento de defesa americano desenvolveram o famoso processo de manutenção centrada em confiabilidade (RCM - Reliability Centered Maintenance).
Este processo tem por objetivo prever falhas e orientar os envolvidos sobre que tipo de técnica de manutenção é mais adequada para cada caso. Percebe-se uma fundamentação extremamente técnica neste caso.

Ao mesmo tempo, ainda em 1978, no Japão era desenvolvida uma filosofia denominada Manutenção Produtiva Total (TPM -Total Productive Maintenance). Esta filosofia foi desenvolvida com bases no gerenciamento pela qualidade total (TQM - Total Quality Management), e visa-se a maximização do rendimento operacional global e a participação de todos os departamentos envolvidos. Percebe-se neste caso uma visão mais macro do problema, onde há preocupação com a integração pessoal.

A partir de 1996 um método para redução dos tempos de perfuração de poços de petróleo vem sendo desenvolvido junto as principais organizações do ramo. Neste método percebe-se claramente a necessidade de integração das duas técnicas supracitadas.

Voltando a noticia que vc nos trouxe com respeito a EMBRAER, eu como pesquisador do ramo declaro que não há nada que me deixe mais feliz do que saber que uma empresa brasileira tenha conseguido superar as expectativas mundiais.

Nós sim podemos dizer: "faça o que eu faço" ao invés de "faça o que eu falo mas não faça o que eu faço"

Meus parabém EMBRAER!!!!!!!!!!!!
----- Original Message -----
From: aespeschit
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, February 21, 2002 9:17 AM
Subject: [ciencialist] EMBRAER 170 e a cobertura da imprensa


Prezados,

No dia 19/FEV/2002 ocorreu o primeiro vôo do EMBRAER 170.
O avião foi desenvolvido em 32 meses, o que representa um
recorde mundial em tempos de paz.
A tecnologia empregada nos mecanismos de comando (fly by wire)
só é usada pelo AIRBUS e pelo B-777. Todos os outros aviões
são hidráulico-mecânicos.
O evento suscita diversas discussões científicas tais como
"por que o avião voa", etc e a meu ver é muito mais interessante
que capicuas, casa dos artistas e que tais.
Entretanto, a imprensa pouco divulgou. E o fez de forma
incompleta, errada e tendenciosa. Por exemplo, preferiu dizer
que houve um atraso de 4 meses em relação ao prazo original ao
invés de destacar o recorde no tempo de desenvolvimento.
Por que será? ;)

[]'s
Toni

http://www.embraer.com.br/portugues/content/aeronaves/aviacao_comercia
l/erj170/default.asp
http://www.valeparaibano.com.br/sjc/voo.html
http://www.e-cliponline.com.br/base/Aviacao/F19869.htm
http://www.e-cliponline.com.br/base/Aviacao/F19877.htm
http://www.e-cliponline.com.br/base/Aviacao/F19872.htm
http://www.e-cliponline.com.br/base/Aviacao/F19873.htm



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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RE: [ciencialist] Descobri onde o Léo arranjou as brochuras ...
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/02/2002 11:45

>TAKATA: Mas perai'? Ele e' Deus ou e' Moises? Ou sera' q. ele e' os
tres? A nova trindade: Leo, Deus e Moises... So' nao sei quem e' o pai,
o filho e quem e' o espirito santo...<

>ALEXANDRE: Pai = Leo (mas era Teo, tenho quase certeza), Filho = A
Santa Brochura, Espírito Santo = Ectoplasma<

Não vou me demorar na discussão levantada pelos colegas, até porque
esses mistérios teológicos são incognoscíveis. Mas devo relatar o que
descobri através de exaustiva pesquisa histórica:

Em cerca de 3202 AF (Antes de Fernando), depois de peregrinar por 40
anos no deserto das idéias, Léo I recebeu as três Brochuras da Lei
diretamente d'Ele. Sim, eram três brochuras. A terceira se quebrou
devido à péssima qualidade da argila empregada em sua fabricação.
Infelizmente, era justamente a que continha a Grande Teoria Unificada, o
segredo da cura do câncer e o telefone da Luana Piovani.

O nosso Luiz Ferraz Netto (na verdade Léo XXXVII) é o atual guardião das
brochuras. Junto com a honra de zelar por elas vem a responsabilidade de
não divulgar seu conteúdo aos não-iniciados.

Como os colegas já perceberam, temos aqui uma religião incipiente. É só
melhorar um pouquinho a história e não duvido que arrebanharemos muitos
seguidores.

Colucci



SUBJECT: Re: [ciencialist] Imagens Galáticas
FROM: "Paulo Sergio Dias" <psdias@globo.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/02/2002 11:46

>a pergunta que sempre me intriga é:
>Como eles 'tiram estas fotos de fora da galáxia' se nós não
>conseguimos sair dela ? Que metodo de projecção é este ?

- Nao sei se a tal foto na verdade nao passaria
de uma ilustracao artistica (alguem poderia ter "pintado"
a representacao da Galaxia, a partir de dados estatisticos
sobre a distribuicao de estrelas).

- No entanto, caso as fotos sejam "reais", sera' que nao
e' porque nos estamos bastante longe do centro da Galaxia ?
Assim, como estamos em um dos bracos da Via-Lactea, ao mirar
os telescopios em direcao ao centro, veriamos quase toda a
galaxia...


Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Imagens Galáticas
FROM: "IVAN MAMEDE CARLOS" <mamede@redealuno.usp.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/02/2002 12:06



No site indicado abaixo diz que a velocidade do Sol em torno da Galáxia é de
cerca de 220 Km/s, mas atualmente sabe-se que isso não é verdade. O valor mais
próximo do correto (conhecido), é de cerca de 190 Km/s.
Quanto a foto da Galáxia, isso é bastante interessante. Existem vários objetos
chamados traçadores da estrutura da Galáxia. Fazendo um "mapeamento" da Galáxia
usando um desses traçadores, consegue-se fazer uma boa estimativa dessa
estrutura. Assim são feitos modelos dessa estrutura.

Ivan Mamede Carlos

On ( Thu, 21 Feb 2002 14:10:05 +0000), ciencialist@yahoogrupos.com.br wrote:

>
>
>
>sergiotaborda wrote:
>>
>> Vejam esta imagem da nossa galáxia
>>
>> http://www.physlink.com/Education/AskExperts/ae422.cfm
>>
>> a pergunta que sempre me intriga é:
>> Como eles 'tiram estas fotos de fora da galáxia' se nós não
>> conseguimos sair dela ? Que metodo de projecção é este ?
>>
>> .oO(É como tirar a foto do nosso corpo exterior apartir do nosso
>> estomago!)
>>
>
>Não vi a foto, porque estou offline, mas se tu souberes a posição de
>cada estrela em relação a um determinado referencial, podes
>reconstruir a galaxia em computador.
>
>--
>joão
>http://www.nonio.com
>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Imagens Galáticas
FROM: "IVAN MAMEDE CARLOS" <mamede@redealuno.usp.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/02/2002 12:15


On ( Thu, 21 Feb 2002 11:46:28 -0300), ciencialist@yahoogrupos.com.br wrote:

>
>>a pergunta que sempre me intriga é:
>>Como eles 'tiram estas fotos de fora da galáxia' se nós não
>>conseguimos sair dela ? Que metodo de projecção é este ?
>
>- Nao sei se a tal foto na verdade nao passaria
>de uma ilustracao artistica (alguem poderia ter "pintado"
>a representacao da Galaxia, a partir de dados estatisticos
>sobre a distribuicao de estrelas).
>

Essas fotos realmente são concepções artística da Via Láctea.

>- No entanto, caso as fotos sejam "reais", sera' que nao
>e' porque nos estamos bastante longe do centro da Galaxia ?
>Assim, como estamos em um dos bracos da Via-Lactea, ao mirar
>os telescopios em direcao ao centro, veriamos quase toda a
>galaxia...
>

Na verdade não é tão simples assim. Existem vários fatores que interferem
nesse tipo de observação.

Ivan Mamede Carlos


>
>Paulo Sérgio Dias
>psdias@globo.com
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SUBJECT: Re: O Deslocamento Azul
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/02/2002 12:56

--- In ciencialist@y..., "Paulo Sergio Dias" <psdias@g...> wrote:
> - O que significa "nao se considera um centro de expansao" ?
> O desvio para o vermelho nao e' um (ou seria "O") dos argumentos
> para a Teoria do Big-Bang ?

Sim o desvio para o vermelho foi a
base inicial para a concepcao da
teoria do universo inflacionario --
apesar de alguns acharem q. foram
a emissao de moeda e as dividas
contraidas no governo militar.

> - Se o Big-Bang comecou na tal "cabeca de alfinete", que em uma
> infinitesimal fracao de segundo comecou a se expandir, essa
> "cabeca de alfinete nao e' o "centro" da expansao ?
> (embora, acho eu, ninguem saiba onde esta' esse tal ponto
> inicial da "explosao")

Nao. Pense assim: essa cabeca de alfinete toda
esta' se expandindo. Se o centro era essa cabeca
de alfinete, entao agora o centro original
esta' espalhado por toda a cabeca expandida.
O problema e' q. sempre pensamos em algo
se expandindo em relacao a um espaco
externo no qual esse objeto esta' mergulhado.
So' q. atualmente se considera q. todo o
espaco esta' contido dentro do universo.
(Ha' explicacoes alternativas, certamente.)

A analogia com um balao e' falha nesse
aspecto, ja' q. acabamos imaginando
o centro do volume do balao como o
centro do universo.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: EMBRAER 170 e a cobertura da imprensa
FROM: "Terezinha Costa" <terezinhac@bridge.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/02/2002 13:02



"Porq. isso nao vende tto qto capicuas e palindromos...?"
Roberto Takata

Talvez não seja pq. vende mais, e sim pq. é mais barato. Pensar leva tempo
e, portanto, custa mais caro. Produzir um texto sobre gracinhas e
"curiosidades" tipo capicuas e palíndromos custa pouco em tempo e $$.
Terezinha Costa

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SUBJECT: Re: O Deslocamento Azul
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/02/2002 13:31

--- In ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> wrote:
> > Claro q. a expansao do universo e' diferente -- nao
> > se considera um centro de expansao -- mas o principio
> > continua valendo:
>
> Como é que continua valendo se não ha centro nem explosão ?
> [a explosão teorica é 4D não é em 3D. E o que obsevamos, SE
> observamos, seria em 3D]

Continua valendo q. o fato de algumas
partes de aproximarem entre si, nao
e' contrario ao fato do todo estar
em expansao.

> Mas que eu saiba quando uma granada ou qq coisa explode, e as suas
> partes de sepram, nem o espaço, nem o tempo se alteram.
> O universo 'da granada' não se expande.

Sim, porq. a granada esta' imersa em nosso
universo. A questao muda de figura qdo e'
todo o universo quem parece estar em expansao.

> Mas se diz que o todo se está espandindo quando algumas se afastam ?
> Quando a maioria se afasta?

Qdo a maioria se afasta uma das outras.
Na verdade ha' uma suposicao nisso: a de q.
o Universo e' mais ou menos isotropico --
nao haveria razao para q. a Terra fosse um
local privilegiado de observacao do Universo.
O q. Hubble descobriu era q. a maioria das
galaxias apresentavam o desvio para o vermelho,
mas ele detetara galaxias com desvio para o
azul -- desde antes da hipotese do universo
em expansao, portanto, ja' se sabia q.
algumas galaxias estavam se aproximando de nos.
Aplicando-se o principio de q. essa observacao
deveria ser verdadeira para qq outro ponto
de observacao no universo so' haveria um modo
de se explicar (na verdade ha' outros, sim, mas
mais complicados) o fato: o universo esta' se
expandindo -- ja' q. do contrario deveria
haver galaxias se aproximando e se afastando
em quantidades mais ou menos iguais. Deve-se
notar tbm q. as galaxias mais distantes tendem
a se afastar com uma velocidade ainda maior do q.
as mais proximas -- o q. de novo esta' de acordo
com o modelo de um universo em expansao.

Usando a analogia nao muito boa do balao
q. se expande. Se pegar um balar e desenharmos
alguns pontos em sua superficie e o inflarmos
veremos q. todos os pontos irao se afastar
um dos outros. (A analogia nao e' boa
porq. entre outras coisas seremos tentados a
imaginar um espaco vazio em um centro deixado
pela expansao do universo.) Se o balao se
mantivesse do mesmo tamanho e os pontos
se deslocassem, ao se afastarem de um, invariavelmente
estariam se aproximando de outro e na media
haveria ttos pontos se aproximando qto se afastando
em relacao a um dado ponto qualquer
(supondo uma distribuicao mais ou menos
homogenea dos pontos na superficie). Os pontos mais
afastados um dos outros tendem a se afastar ainda mais.
Digamos q. analisando linearmente: se um
ponto B esta' entre A e C, e o ponto B se
afasta de A em uma unidade de distancia, o
ponto B tbm se afastara' de C em uma unidade de
distancia. A e C irao se afastar um do outro
em duas unidades de distancia.

> > Ha' diversos motivos q. podem levar a haver uma
> > atracao local, uma delas e' a atracao gravitacional
> > mutua.
>
> "local" ?
> quer dizer que todos aqueles 834 objectos (listados no link que se
> pode seguir a partir do 2º link que deixei) estão todos "perto" do
> Sol ?
>
> "local" é até quantos anos-luz ?

Um grupo local agrupa centenas de galaxias
(chega ao milhar). Cada galaxia deve ter algo em torno de
4 anos-luz. Cada uma afastada de outra algumas
centenas de milhares de anos luz.

http://www.iagusp.usp.br/~jatenco/aga215/cap17/cap17.htm
http://www.iagusp.usp.br/~jatenco/aga215/index.html

http://astro.if.ufrgs.br/index.htm

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RE: [ciencialist] EMBRAER 170 e a cobertura da imprensa
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/02/2002 13:58

>TONI: No dia 19/FEV/2002 ocorreu o primeiro vôo do EMBRAER 170. [...]
>Entretanto, a imprensa pouco divulgou. E o fez de forma incompleta,
>errada e tendenciosa. Por exemplo, preferiu dizer que houve um atraso
>de 4 meses em relação ao prazo original ao invés de destacar o recorde
>no tempo de desenvolvimento. Por que será?<

Toni,

Na minha opinião isso não se deve a interesses comerciais, ou pressão da
concorrência, ou qualquer fator desse tipo. A causa do descaso da
imprensa, e também da população, com relação a conquistas científicas ou
tecnológicas brasileiras é sintoma da atitude negativista que nos
caracteriza. Há poucos traços no caráter nacional que me irritam tanto
quanto este.

Ele é exercido não só contra idéias, projetos e tecnologia, mas também
contra pessoas. Dizia o Tom Jobim que, no Brasil, fazer sucesso é
considerado ofensa pessoal. Atitude diretamente oposta à
norte-americana. Nos EUA, se você é bom em alguma coisa, você desperta
admiração. Todo o mundo quer ser amigo daquele cara que é bom em
esportes, ou é inteligente, ou bom músico, etc. No Brasil, você desperta
inveja e negatividade. Uns poucos brasileiros bem sucedidos que conheci
aqui nos EUA dizem que a torcida contra eles é muito grande. O pessoal
lá de casa tem um prazer genuíno em saber que alguém se deu mal no
exterior.

A imprensa brasileira -- ou alguns setores dela dominados pelo
pensamento esquerdofrênico-ignorante -- está sempre procurando alguma
agenda secreta em todas as realizações. Ganhou um prêmio?, deve ter sido
mutreta; está fazendo algum bem público?, deve ter algum interesse
oculto por aí; realizou algum projeto?, deve ter mamado nas tetas do
governo.

O noticiário sobre o EMBRAER 170 não é diferente de outros, sobre outras
conquistas brasileiras. Quando explode um foguete o tom geral é mais ou
menos "é brasileiro, só podia dar nisso".

Ceticismo sim, cinismo não.

Colucci



SUBJECT: Re: EMBRAER 170 e a cobertura da imprensa
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/02/2002 14:05

--- In ciencialist@y..., "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@r...>
> No Brasil, você desperta inveja e negatividade.

Talvez. Mas a explicacao nao deve ser completa
de todo modo.

A imprensa brasileira e' meio esquizoide.
O episodio da queda de braco com o Canada',
as visitas do FH no exterior (com seu discurso
mais social-democrata), a guerra entre a Embraer
e a Bombardier foram cobertos com nitidos
tracos verde-amarelos.

Pode ser verdade q. gostamos de falar mal
dos outros brazucas. Mas ao mesmo tempo nao
concedemos esse privilegio pra ninguem de
fora.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: O Deslocamento Azul
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/02/2002 14:27


> > Mas que eu saiba quando uma granada ou qq coisa explode, e as
suas
> > partes de sepram, nem o espaço, nem o tempo se alteram.
> > O universo 'da granada' não se expande.
>
> Sim, porq. a granada esta' imersa em nosso
> universo. A questao muda de figura qdo e'
> todo o universo quem parece estar em expansao.

A questão é: pq não temos granadas em vez de espaço de expandindo?
SE tivesse havido uma explosão real de um objecto fisico real, então
as suas partes se espandiriam realmente como se descreve.
E não é preciso nenhuma expansão do "espaço-tempo"

Acaso quando um super nova explode fá-lo isotropicamente ?

> > Mas se diz que o todo se está espandindo quando algumas se
afastam ?
> > Quando a maioria se afasta?
>
> Qdo a maioria se afasta uma das outras.
> Na verdade ha' uma suposicao nisso: a de q.
> o Universo e' mais ou menos isotropico --
> nao haveria razao para q. a Terra fosse um
> local privilegiado de observacao do Universo.

Então vamos pensar num tabuleiro de xadres muito grande.
Dentro de cada quadrado a cor é isotropica. Mas lá muito longe existe
um quadrado que é de outra cor, e lá se vai a isotropia.
Isto para dizer que pensar que a região que observamos, que é a que
está perto da terra, limitada não por um quadrado, mas por umas
esfera imensa, é representativa da isotropia do universo é no minimo
ingenuo. Não?

E se o espaço é isotropico pq a observação se faz em todas as
direcções a partir DA TERRA ?... afinal ela é previligiada como o
centro da observação. Não ?

Suponhamos que isto é um fenomeno que se prende com a atracção
gravitica do sol, dessa luz que observamos.
À distancia da orbita da terra, e tento em conta a massa do sol, não
veriamos muitas alterações...
Por isso quem garante q seja isotropico mesmo, e não devido a um
fenomeno local ?

> Aplicando-se o principio de q. essa observacao
> deveria ser verdadeira para qq outro ponto
> de observacao no universo

Mas pq isso ?
Ele observou de outro ponto, alguem observou de outro ponto ?

so' haveria um modo
> de se explicar (na verdade ha' outros, sim, mas
> mais complicados) o fato: o universo esta' se
> expandindo -- ja' q. do contrario deveria
> haver galaxias se aproximando e se afastando
> em quantidades mais ou menos iguais.

Isso apenas se o deslocamento fosse aleatório como num gás.
Não tem que ser assim.
Pelo que ouvi parece que as galaxias se estão a mover no sentido de
se alinharem num "fluxo" particular. Uma especie de Caminho de São
Tiago (é assim que se chama, não é ?) da via lactea ,mas À escala das
galáxias.

Isso já violaria a hipotese da expansão ?

Existe uma ordem, mas não tem que ser a que se pensa pela hipotese do
BB (big bang, não é big brother)

> Deve-se
> notar tbm q. as galaxias mais distantes tendem
> a se afastar com uma velocidade ainda maior do q.
> as mais proximas -- o q. de novo esta' de acordo
> com o modelo de um universo em expansao.

Explica-me,sff, isso em termos de granadas a ver se eu entendo.
Pq o projectil que sai na frente anda mais depressa ?

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: O Deslocamento Azul
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/02/2002 15:17

--- In ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> wrote:
> A questão é: pq não temos granadas em vez de espaço de expandindo?

Se vc quiser clamar por um hiper-universo no qual
o Universo esteja mergulhado... Outra suposicao q.
se faz e' q. o Universo seja auto-contido.

> SE tivesse havido uma explosão real de um objecto fisico real,
> então as suas partes se espandiriam realmente como se descreve.
> E não é preciso nenhuma expansão do "espaço-tempo"

O problema e' q. o "espaco-tempo" e' dado
pela relacao entre esses objetos. A menos q.
imaginemos um hiper-universo dentro do qual
o Universo esteja mergulhado.

> Acaso quando um super nova explode fá-lo isotropicamente ?

A super-nova esta' dentro do Universo.

> Então vamos pensar num tabuleiro de xadres muito grande.
> Dentro de cada quadrado a cor é isotropica. Mas lá muito longe
> existe um quadrado que é de outra cor, e lá se vai a isotropia.

Como nao temos qq tipo de informacao dessa natureza
nao seria muito justo incluir isso em um modelo.
Se ha' outros cantos do Universo alem do espaco
visivel q. se comporte de outro modo nao ha' como saber.

> Isto para dizer que pensar que a região que observamos, que é a que
> está perto da terra, limitada não por um quadrado, mas por umas
> esfera imensa, é representativa da isotropia do universo é no
> minimo ingenuo. Não?

E' tudo o q. temos. Se so' podemos pegar uma colherada
da sopa para lhe provar o sal nao da' para ficar elucubrando
muito imaginando se na outra parte do caldeirao havera'
uma maior concentracao de cloreto de sodio.

> E se o espaço é isotropico pq a observação se faz em todas as
> direcções a partir DA TERRA ?... afinal ela é previligiada como o
> centro da observação. Não ?

Se vc conseguir imaginar um jeito de
transportar os equipamentos para digamos
M 164... O artefato humano mais longe nem
saiu do sistema solar.

A suposicao e' a de q. a Terra nao e'
um centro privilegiado.

De todo modo tao longe qto podemos
observar, nao parece q. as galaxias
q. se afastam se aproximam uma das outras
(eventualmente uma ou outra em aglomerados
locais).

> Suponhamos que isto é um fenomeno que se prende com a atracção
> gravitica do sol, dessa luz que observamos.
> À distancia da orbita da terra, e tento em conta a massa do sol,
> não veriamos muitas alterações...
> Por isso quem garante q seja isotropico mesmo, e não devido a um
> fenomeno local ?

Nao entendi. Como e' q. a atracao gravitacional
do sol entra nessa historia? Vc esta' falando da
influencia gravitacional do sol alterar as
propriedades da luz, de distorce-las para o
vermelho?

Bem, nesse caso deveria haver uma diferenca para
quando olhamos em direcao ao Sol e contra ele.
Nao me parece q. a massa do Sol tenha influencia
o suficiente para causar um desvio como o observado --
ate' porq. por q. as galaxias mais distantes
deveriam apresentar um desvio mais acentuado para o
vermelho do q. as mais proximas? E as diferencas
nas velocidades de afastamento?

> > Aplicando-se o principio de q. essa observacao
> > deveria ser verdadeira para qq outro ponto
> > de observacao no universo
>
> Mas pq isso ?
> Ele observou de outro ponto, alguem observou de outro ponto ?

Nao ninguem observou de outro ponto --
nao ha' ainda viagens interestelares,
qto menos intergalaticas e interaglomeraticas.

O porq. de se supor a isotropia e'
pelo fato de tentar ser o mais simples
possivel. Imagina-se q. as leis da
gravitacao sejam iguais aqui ou na
Nuvem de Magalhaes. Pensar diferente
e' possivel, mas nao traz muitas
vantagens. Alem do mais, as observacoes
feitas para o Universo visivel parecem
compativeis com essas ideias.

> Isso apenas se o deslocamento fosse aleatório como num gás.
> Não tem que ser assim.
> Pelo que ouvi parece que as galaxias se estão a mover no sentido de
> se alinharem num "fluxo" particular. Uma especie de Caminho de São
> Tiago (é assim que se chama, não é ?) da via lactea ,mas À escala
> das galáxias.

Mesmo q. fosse ordenado. Se fosse ordenado nao
deveria haver nem afastamento nem aproximacao.
Ou nao haveria de haver mais afastamentos do q.
aproximacao.

Algumas galaxias de fato se movem de modo
ordenado -- sao as q. fazem parte de um
aglomerado e elas orbitam em torno de um
centro de massa em comum.

> > Deve-se
> > notar tbm q. as galaxias mais distantes tendem
> > a se afastar com uma velocidade ainda maior do q.
> > as mais proximas -- o q. de novo esta' de acordo
> > com o modelo de um universo em expansao.
>
> Explica-me,sff, isso em termos de granadas a ver se eu entendo.
> Pq o projectil que sai na frente anda mais depressa ?

As granadas foram apenas para falar q.
alguns elementos podem se aproximar de
outros sem comprometer a expansao geral
do conjunto.

No caso do universo nao ha' projeteis q.
saem na frente. Mas por q. as mais distantes
se afastam mais rapidamente? Novamente se
consideramos o modelo do universo inflacionario
isso pode ser explicado como dito anteriormente:
em um trecho linear com tres elementos A B C.
Sendo q. B se afasta de uma unidade de A, e
afastando-se tbm de uma unidade de C, C e
A irao afastar-se entre si de duas unidades.
Podemos aumentar essa serie e veremos q. as
mais distantes entre si irao se afastar cada
vez mais.

Uma influencia gravitacional do sol sobre a
luz nao me parece explicar isso. Nem os eventuais
desvios discrepantes para algumas galaxias
proximas.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: EMBRAER 170 e a cobertura da imprensa
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/02/2002 15:51

--- In ciencialist@y..., "Pauli" <pauli@n...> wrote:
> filosofia denominada Manutenção Produtiva Total (TPM -Total
> Productive Maintenance).

Sendo super *original*: e' a filosofia implantada
em muitas empresas, os chefes vivem de TPM.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Acerca dos privilegios fisicos. Era: O Deslocamento Azul
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/02/2002 16:43

----- Original Message -----
From: "rmtakata"
Sent: Thursday, February 21, 2002 3:17 PM
Subject: [ciencialist] Re: O Deslocamento Azul

> A suposicao e' a de q. a Terra nao e' um centro privilegiado.

Olá Takata e demais ciencialisteiros

Acerca dos denominados privilégios físicos

Parece-me que esta é a segunda vez que ouço aqui na Ciencialist, e dentre as
mensagens recentes, alguém referir-se a esse "privilégio". O termo
privilégio, com grande freqüência, chega a ser utilizado por alguns físicos
modernos no sentido pejorativo. Por exemplo, fala-se muito em referenciais
privilegiados da física clássica, quando se quer denegrir a relatividade
galileana. E também lembra-se sempre deste privilégio Ptolomaico (a Terra
como centro do Universo) quando se pensa em comparar a física clássica,
supostamente rica em privilégios, com a física moderna, supostamente a não
adotar privilégio algum. Sei que esta não foi a intenção do Takata, mas
estou apenas tecendo comentários gerais a respeito deste "privilegialismo"
amplamente utilizado nas academias e, em particular, nos Institutos de
Física.

Já me referi inúmeras vezes ao privilégio einsteiniano: "Sua Majestade a
Luz, rainha do espaço e do tempo e rainha da física moderna". Não há nada em
termos de física que seja mais privilegiada do que a velocidade da luz c,
*supostamente* constante universal. E parece-me também haver muito pouco
para discutirmos a respeito, além do que já foi aqui discutido, restando-nos
apenas esperarmos pelo que há de vir e/ou pela inexorável evolução da
física.

Na minha escalada, no sentido de "perverter e/ou desencaminhar os jovens
estudantes de física moderna" ;-))) surgiu-me uma outra idéia relacionada
aos privilégios da física moderna. Cheguei mesmo a escrever, no news
uol.carreiras.fisica (17/02/02, thread: "BIG-BANG, uma ilusão?") ao lado de
outros pensamentos não menos heréticos do que este, o seguinte:

"No passado o homem foi considerado egocêntrico por acreditar no
geocentrismo (a Terra, o habitat do "homo sapiens", como centro do
Universo). Parece-me que os relativistas estão caindo num erro do mesmo
tipo. Estão acreditando que somente existe universo até onde a luz
poderia chegar a partir de um ponto que deu origem ao Universo onde
"Ele", o "homo sapiens", vive. Parece-me estar faltando um Copérnico
para derrubar esse universo-centrismo disfarçado e a esconder-se sobre a
matemática relativística. E quem sabe possamos, a partir desse
Copérnico, retornar às encucações newtonianas com seu universo eterno e
infinito e seu espaço e tempo absolutos."

O que vocês acham dessa idéia? Não exatamente do retorno às encucações
newtonianas, mas a respeito do privilégio apontado? Quem sabe fosse o caso
de desenvolvermos uma teoria sobre "a relatividade dos privilégios".

Obs.: Já estou de guarda-chuva aberto, aguardando o temporal. :-))))))))

[ ]'s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] O Deslocamento Azul
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/02/2002 17:01

Oi Sérgio,

Se não houver expansão teremos novamente o 'paradóxo de Olbers' a ser discutido.

Arriscaria uma resposta 'geométrica' para isso.

Considere, na ordem, os pontos A, B, C e D da reta r.
Digamos que A representa o centro do universo e a expansão absoluta signifique "afastar-se de A".
B é uma galáxia que se afasta de A com velocidade Vb.
C é a Terra (da qual se fazem as observações) e se afasta de A com velocidade Vc.
D é uma estrela qualquer além da Terra, em relação a A e se afasta de A com velocidade Vd.

Visto de C é perfeitamente plausível admitir que se observe 'coisas' com velocidade V > Vc (e se tem o red shift) e 'coisas' com V < Vc (e se tem o blue shift).

Não parece razoável?

[]'
Léo
=============

-----Mensagem Original-----
De: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 21 de fevereiro de 2002 07:54
Assunto: [ciencialist] O Deslocamento Azul



Bom, como todos acho que sabem o red shift encontrado na luz que vem
das estrelas/galáxias do espaço, é intrepretado como o universo se
expandindo.

Ora, se o universo se está empandindo TODOS os corpos nele deveriam
apresentar o mesmo red shift

Ora isso não é verdade.
Existem corpos com Blue Shift. Que significa que esses corpos se
estão a aproximar de nós (ou nós deles)

http://www.seds.org/messier/m/m098.html
http://www.physlink.com/Education/AskExperts/ae384.cfm

Esta ideia parece contrariar a ideia do universo em expanção.

Mas segundo http://www.physlink.com/Education/AskExperts/ae384.cfm
parece que não contraria.
Basta pensar que o universo está em expanção , mas as
galáxias/estrelas se movem com velocidade maior na nossa direcção.
Uma especie de barco que move contra corrente.

A questão é simples e é: Que força é esta que as faz moverem-
se "contra-natura" ? Ou não seria mais simples aceitar logo que o
universo NÃO se expande ?

[]

Sérgio Taborda



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SUBJECT: Re: Acerca dos privilegios fisicos. Era: O Deslocamento Azul
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/02/2002 17:46

--- In ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
> O que vocês acham dessa idéia? Não exatamente do retorno às
> encucações newtonianas, mas a respeito do privilégio apontado? Quem
> sabe fosse o caso de desenvolvermos uma teoria sobre "a
> relatividade dos privilégios".

Nao entendo porcaria nenhuma disso
(nem deveria assim defender algumas
nocoes de cosmologia, mas enfim
sou enxerido)...

Mas parece q. ha' algumas versoes de
uma especie de multiverso -- em termos
quanticos. E de uma serie de universos
nao exatamente paralelos (ou exatamente
paralelos).

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Acerca dos privilegios fisicos. Era: O Deslocamento Azul
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/02/2002 19:42

----- Original Message -----
From: "rmtakata"
Sent: Thursday, February 21, 2002 5:46 PM
Subject: [ciencialist] Re: Acerca dos privilegios fisicos. Era: O
Deslocamento Azul

> Nao entendo porcaria nenhuma disso
> (nem deveria assim defender algumas
> nocoes de cosmologia, mas enfim
> sou enxerido)...

:-)))))))))

No que, popperianamente falando, eu acho que faz muito bem. Eu também não
entendo nada disso mas gosto apenas de testar o bom (ou o mau) humor dos
meus amigos físicos modernos ;-). Às vezes eles entram na minha e quem sai
lucrando com isso sou eu (e também o meu vendedor de guarda-chuvas), pois
aprendo bastante a respeito dos dogmas... digo, paradigmas que eles
transportam dentro de si.

Acho que já citei várias vezes aqui o pensamento de Popper a justificar o
"ser enxerido".

> Mas parece q. ha' algumas versoes de
> uma especie de multiverso -- em termos
> quanticos. E de uma serie de universos
> nao exatamente paralelos (ou exatamente
> paralelos).

Bem, essa é uma outra história a fazer parte da gnomologia quântica. Eu
estava me referindo ao "privilegialismo" relativístico. ;-)

[ ]'s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm




SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: Acerca dos privilegios fisicos. Era: O Deslocamento Azul
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/02/2002 20:18

Alberto Mesquita Filho escreveu:

"No passado o homem foi considerado egocêntrico por acreditar no
geocentrismo (a Terra, o habitat do "homo sapiens", como centro do
Universo). Parece-me que os relativistas estão caindo num erro do
mesmo
tipo. Estão acreditando que somente existe universo até onde a luz
poderia chegar a partir de um ponto que deu origem ao Universo onde
"Ele", o "homo sapiens", vive. Parece-me estar faltando um Copérnico
para derrubar esse universo-centrismo disfarçado e a esconder-se
sobre a
matemática relativística. E quem sabe possamos, a partir desse
Copérnico, retornar às encucações newtonianas com seu universo
eterno e
infinito e seu espaço e tempo absolutos."

Alberto,

Confesso que achei a sua proposição bastante intrigante, leigo que sou
no assunto, pois ela levanta interessantes problemas filosóficos. Por
outro lado, me pergunto se ela é uma hipótese científica, isto é,
testável, ainda que por meios não disponíveis hoje. Ao que me parece,
não é. Ou ao menos, não é testável por nós humanos, daqui do terceiro
planeta a partir do Sol, na Via Láctea.

Com algum esforço conseguiremos imaginar universos diferentes da
concepção geralmente aceita, mas todos eles padecerão desse mesmo e
intratável problema. Nesse sentido, não são muito diferentes de
especulações metafísicas ou das fantasias da ficção científica.

Por que você acha que a sua conjectura é superior à concepção usual,
relativistica de universo? Se já respondeu anteriormente, diga-me onde
acho a resposta.

Colucci



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: EMBRAER 170 e a cobertura da imprensa
FROM: "Pauli" <pauli@nitnet.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/02/2002 20:56



Não discuto a originalidade mas a divulgação indireta do sucesso da implantação da filosofia.

É bem verdade que muitos tentam mas poucos conseguem o sucesso, aqui no brasil.
Os gerentes ouvem o galo cantar mas não buscam compreender a filosofia....(Deve ser por isso que ainda contrata-se americanos para as palestras de blablabla....).

Mesmo sendo uma filosofia da década de 70 é preciso lembrar que ela é japonesa e muito usada nos EUA, que possuem cultura muito diferente da nossa. O sucesso é o de adaptar-se, com sucesso, os procedimentos.

Quanto a originalidade, é valido lembrar que até hoje este vem sendo o tema de teses de mestrado e doutorado nas melhores instituições do país.....

Atenciosamente,

Pauli

----- Original Message -----
From: rmtakata
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, February 21, 2002 3:51 PM
Subject: [ciencialist] Re: EMBRAER 170 e a cobertura da imprensa


--- In ciencialist@y..., "Pauli" <pauli@n...> wrote:
> filosofia denominada Manutenção Produtiva Total (TPM -Total
> Productive Maintenance).

Sendo super *original*: e' a filosofia implantada
em muitas empresas, os chefes vivem de TPM.

[]s,

Roberto Takata


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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: games racistas
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/02/2002 21:39

Os grupos extremistas estão cada vez mais usando games racistas e
anti-semitas para recrutar jovens seguidores, afirma a ONG Anti-Defamation
League (ADL) em um relatório publicado essa semana. Títulos como Ethnic
Cleansing (Limpeza Étnica), Shoot the Blacks (Atire nos Negros) e
Concentration Camp Rat Hunt (Caçada aos Ratos no Campo de Concentração)
foram alguns dos estudados pela entidade.

O objetivo de todos estes shooters em primeira pessoa é basicamente o mesmo:
matar o maior número de personagens negros, mestiços, judeus ou de outras
etnias não brancas possível. A proliferação dos chamados "games de
supremacia branca", que podem ser comprados ou copiados da Internet, faz
parte da estratégia dos grupos extremistas para recrutar seguidores jovens,
diz Abraham Foxman, diretor da ADL.

"Estes games usam a tecnologia moderna para seduzir os jovens, que são
atraídos pelos games e acabam se entregando à intolerância, ao preconceito e
ao anti-semitismo", conta Foxman. "Eles exploram a popularidade dos games e
constituem uma perversão de um veículo legítimo de entretenimento".

O mais sofisticado desses novos jogos é Ethnic Cleansing, produzido pela
organização National Alliance e vendido como um CD-ROM por US$ 14,88. O jogo
é anunciado pelo grupo como "o game mais politicamente incorreto que já
existiu".

O jogo - baseado no software aberto Genesis 3D, se passa em um cenário
urbano, em cujas ruas o protagonista deve matar negros e latinos antes de
descer para as linhas subterrâneas de metrô para matar judeus - e até o
Primeiro-Ministro de Israel, Ariel Sharon. Sempre que um personagem com pele
escura é morto, ouve-se um som imitando o grito de um macaco, e personagens
judeus gritam "oy vey!" quando levam um tiro.

Músicas de rock racista com letras cheias de ódio integram a trilha sonora,
e posters com o endereço da National Alliance na Web são vistos nas paredes
do cenário. O jogo foi lançado dia 21 de janeiro último, dia em que se
homenageia o líder negro Martin Luther King.

"Este é o primeiro jogo que conheço a usar uma tecnologia tão sofisticada
especificamente para propagar uma mensagem de ódio", diz Brian Marcus,
pesquisador da Internet na ADL.

O presidente da National Alliance, William Pierce, diz que os jogos de
computador são apenas mais um veículo de propaganda para seu grupo, que
começou a publicar tablóides racistas em Washington D.C. em 1974. "Sempre
fomos uma organização multimídia, interessada em usar a comunicação, em usar
todos os meios disponíveis para alcançar o público", disse Pierce, que
aparece em um clipe no game, falando sobre a "revolução branca".

A National Alliance possui vários componentes, entre eles a Resistance
Records, um selo especializado em bandas de skinheads, a publicação racista
Resistance e a Resistance Radio, que transmite rock e filosofia racistas
pela Internet.

Segundo Pierce, já foram vendidas cerca de duas mil cópias do game desde seu
lançamento no mês passado, 90% dos compradores são adolescentes brancos.

"Quanto mais jovem, melhor", diz Matt Hale, líder da seita racista World
Church of the Creator (ou Igreja Mundial do Criador), que oferece vários
games em seu website. "Queremos usar todos os meios possíveis para atingir
nossos objetivos e trazer o máximo de caras novas para a nossa igreja".

Um dos games oferecidos por Hale é uma versão modificada de Escape from
Castle Wolfenstein, na qual o jogador deve atirar contra personagens negros.
Mensagens racistas são exibidas toda vez em que um personagem é morto. O
site da seita traz também patches que acrescentam uniformes da SS aos
personagens de Doom e outros itens extremistas.

Hale, que se refere aos não-brancos com a expressão "pessoas de lama", disse
que os games constituem um ótimo veículo de propaganda porque ajudam seu
grupo a ser aceito pelo público. "Queremos que as pessoas reconheçam que
somos normais", ele disse. "Se pudermos influenciar os games e o
entretenimento, faremos com que as pessoas compreendam que somos seus amigos
e semelhantes... E desde que um game não desmereça os brancos ou contenha
pornografia, tudo bem".

O conhecido neonazista Gerhard Lauck oferece cinco games grátis em seu site,
inclusive SA Mann, um game ao estilo Pac Man, e Concentration Camp Rat Hunt,
no qual o jogador deve atirar em "ratos" judeus no campo de concentração de
Auschwitz. Segundo Lauck, os games foram baixados 12 mil vezes só em
janeiro. "Esses jogos são propaganda gratuita para nós", conta. "Os jovens
gostam deles porque são divertidos e proibidos. Eles copiam os games e os
espalham por toda a parte".



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: comportamento
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/02/2002 21:42



rmtakata wrote:
>
> --- In ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> wrote:
> > Tlv tb odeiem o livro que deu origem à ideia. ("Mil novecentos e
> > oitenta e oito" se não me engano)
>
> O livro de George Orwell e' 1984.
> http://www.mondopolitico.com/library/1984/1984.htm

É um dos poucos livros online que ainda não caiu no domínio público.
O autor morreu em 1950 e o livro só cairá no domínio público em 2021.

--
joão
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Acerca dos privilegios fisicos. Era: O Deslocamento Azul
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/02/2002 21:43

----- Original Message -----
From: "Jose Colucci Jr. (Home)"
Sent: Thursday, February 21, 2002 8:18 PM
Subject: RE: [ciencialist] Re: Acerca dos privilegios fisicos. Era: O
Deslocamento Azul

Olá Colucci

> Confesso que achei a sua proposição bastante intrigante, leigo que sou
> no assunto, pois ela levanta interessantes problemas filosóficos. Por
> outro lado, me pergunto se ela é uma hipótese científica, isto é,
> testável, ainda que por meios não disponíveis hoje. Ao que me parece,
> não é. Ou ao menos, não é testável por nós humanos, daqui do terceiro
> planeta a partir do Sol, na Via Láctea.

Uma hipótese como essa não é testável apenas por uma única experiência mas
por um conjunto de evidências e/ou situações a lhe darem suporte e/ou
consistência. A própria teoria do Big-Bang é desse tipo e entre essa teoria
e outras alternativas apela-se para um consenso a la Thomas Kuhn. Perceba
que há cerca de 100 anos a idéia de um universo estacionário (mas não
estático, como se pensava na época) seria muito mais compatível com o
pensamento da época do que a teoria do Big Bang, como a conhecemos hoje. E o
que mudou a respeito desde então? Simplesmente evidências indiretas e não
conclusivas.

Você poderia me contestar afirmando que o desvio do espectro favorece a
teoria do Big Bang e eu rebateria dizendo que o desvio do espectro favorece
tão somente a idéia de que as galáxias estão se afastando. Isso não é o
mesmo de se afirmar que o Universo está em expansão. Não obstante, ao negar
a idéia do Big Bang, em pouco tempo você perceberá que de alguma maneira
estará também negando a teoria da relatividade generalizada, e isso ninguém
quer, pois como afirmam "ela já foi suficientemente testada". Concordo que
já foi bastante testada, mas o que significa ser "suficientemente testada"?
Por outro lado, o que colocar no lugar da teoria da relatividade? Alguma
teoria que obviamente possa ser testada ou falseada! Suponhamos então que
essa teoria exista e adapte-se perfeitamente a uma teoria cosmológica
diversa da teoria do Big Bang. Perceba então a complexidade a envolver a
teorização.

Por outro lado, peça a qualquer físico moderno para que lhe forneça dados
absolutamente consistentes e a apoiarem essas teorias em que acreditam e
eles ficarão lhe enrolando e enrolando e enrolando... Quando muito apontarão
coisas óbvias e a não justificarem nada, como por exemplo a experiência de
Michelson-Morley, o "suposto" ganho de massa por um elétron acelerado, e uma
infinidade de outros efeitos que poderão ser perfeitamente explicados por
teorias outras não tão nebulosas como aquelas da "física" moderna.

Um dos hobies que "me forçaram" a assumir nos últimos vinte anos foi
explicar estes efeitos pelas minhas teorias. Ninguém quer testar as
previsões das minhas teorias, mas querem que eu explique aquilo que eles
acham que somente tem uma explicação. E quando chego ao objetivo eles
viram-me as costas e deixam-me falando sozinho. E jamais conseguiram
contestar devidamente nada que pudesse relacionar-se a essas explicações.

> Com algum esforço conseguiremos imaginar universos diferentes da
> concepção geralmente aceita, mas todos eles padecerão desse mesmo e
> intratável problema. Nesse sentido, não são muito diferentes de
> especulações metafísicas ou das fantasias da ficção científica.

Eu não questiono mas também não defendo a idéia de universos diferentes.
Aliás, essa idéia de universo paralelos faz parte da gnomologia quântica,
alheia tanto às idéias clássicas quanto às idéias defendidas pelos
relativistas modernos. O que procuro dizer é que o Universo em que vivemos
provavelmente é único e não está restrito às equações relativísticas.
Existia um espaço além do ponto que supostamente deu origem ao Big-Bang
(aliás, não acredito nessa origem) assim como existe hoje um espaço além do
Universo proposto pela teoria do Big-Bang. Não me pergunte onde está a
fronteira do Universo ou desse "espaço" pois serei obrigado ou a ignorar ou
a responder que ele é infinito. Essa idéia me incomoda mas não mais do que
assumir que toda a infinitude do Universo pudesse caber num ponto inicial,
como propõe a teoria do Big Bang. E afinal, o que seria esse ponto? Pois um
ponto é uma idealidade a representar o nada. Idealidade é coisa própria de
matemáticos, não de físicos. Utilizamo-nos de situações ideais no sentido de
limite físico, mas não matemático.

> Por que você acha que a sua conjectura é superior à concepção usual,
> relativistica de universo?

Nenhuma conjectura é superior a outra, a menos que consigamos falsear uma em
detrimento da outra, e ainda assim isso serve para fortalecer um argumento,
nunca para negar uma teoria dotada de consistência lógica.

> Se já respondeu anteriormente, diga-me onde acho a resposta.

Em meu web site você poderá encontrar muita coisa a respeito, em especial
nas seções "Física" e/ou "Novas Teorias". Em particular, e com respeito a
como vejo o "Universo Estacionário" vide a mensagem 6037 da ciencialist
(existe uma cópia em txt no meu web site em
http://ecientificocultural.com/ECC2/Dialogos/varios/ci6037.txt ). Ou então,
e sob outro ponto de vista, uma mensagem que enviei à Lista Acrópolis e que
pode ser encontrada em
http://ecientificocultural.com/ECC2/Dialogos/varios/ac_3612.htm

Estou a disposição para comentários sobre quaisquer desses textos.

[ ]'s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: comportamento
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/02/2002 21:45



sergiotaborda wrote:

>
> Bom... o fenómeno Big Brother tb passou aqui por portugual.. em 3
> programas.
> Embora o BB daqui tenha tido umas regras bem diferentes e bem mais
> resctrictas que ai o tipo de opiniões q apareceram no inicio, foram
> exactamente deste tipo. Ou se ama, ou se oudeia.
> E os que se acham "cultos" tendem a odiar.
> Tlv tb odeiem o livro que deu origem à ideia. ("Mil novecentos e
> oitenta e oito" se não me engano)

Acho que não. Não é de bom tom odiar o "1984" Já experimentaram
procurar por "Mil novecentos e oitenta e oito" no Google?

http://www.google.com/search?hl=en&q=%22mil+novecentos+e+oitenta+e+quatro%22

--
joão
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: comportamento
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/02/2002 21:45



sergiotaborda wrote:

>
> Bom... o fenómeno Big Brother tb passou aqui por portugual.. em 3
> programas.
> Embora o BB daqui tenha tido umas regras bem diferentes e bem mais
> resctrictas que ai o tipo de opiniões q apareceram no inicio, foram
> exactamente deste tipo. Ou se ama, ou se oudeia.
> E os que se acham "cultos" tendem a odiar.
> Tlv tb odeiem o livro que deu origem à ideia. ("Mil novecentos e
> oitenta e oito" se não me engano)

Acho que não. Não é de bom tom odiar o "1984" Já experimentaram
procurar por "Mil novecentos e oitenta e quatro" no Google?

http://www.google.com/search?hl=en&q=%22mil+novecentos+e+oitenta+e+quatro%22

--
joão
http://www.nonio.com


SUBJECT: Quais sao os Pre-requisitos para entender a Teoria da Relatividade ou Mecanica Quantica
FROM: "Paulo Sergio Dias" <psdias@globo.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/02/2002 07:10

Amigos:

- Tenho de desenvolver um trabalho
de conclusao de curso (faco Licenciatura
e Bacharelado em Matematica), ate'
o mes de novembro deste ano (em
novembro, preciso estar na fase da
mera "digitacao")

- Dentre os professores-orientadores (terei de
escolher um orientador), dois deles sao fisicos,
e propuseram alguns temas da Fisica. No entanto,
teremos de nos concentrar mais no aspecto da matematica
do assunto, e menos no aspecto da Fisica em si
(espero que isso realmente seja possivel)

- Um dos temas oferecidos e': "Teoria da Relatividade",
e outro e' "Mecanica Quantica" (ha' outros temas, tambem)

- Uma vez que meus conhecimentos sobre esses assuntos
se limitam aos artigos da Galileu, Superinteressante,
e a alguns livros populares de "divulgacao cientifica",
pergunto:


a) Quais os conhecimentos na AREA
da FISICA, que sao pre-requisitos
para se iniciar um estudo "mediano"
(nem muito superficial, nem muito aprofundado)
dos temas acima ? Por exemplo, suponho
que se deva conhecer Cinematica, mas que
Termologia possa ser dispensavel. Alem disso,
e' necessario conhecer beeeeeeem esses pre-requisitos,
ou basta um conhecimento "introdutorio" ?


b) Em relacao ao aspecto matematico: Se eu escolher
Teoria da Relatividade, sei que terei
de estudar Tensores e Geometria Diferencial
(o enfoque do meu trabalho, inclusive, tem de ser
nesses aspectos matematicos). Antes de comecar
a estudar esses assuntos (Tensores e Geometria
Diferencial), quais sao os pre-requisitos "matematicos"
(e o nivel de conhecimento exigido sobre esses
pre-requisitos) ?

- Gostaria de saber o mesmo, em relacao `a Mecanica
Quantica.


- Grato pela atencao de todos.

[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com



SUBJECT: Duvida - Exame do Pezinho
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'Ciencialist (br)'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/02/2002 08:06

Aos ciencialisteiros esculápios plantonistas (essa foi legal, hein!),

A Maternidade São Paulo até agora não concluiu o famigerado exame do
pezinho de minha filha que já tem mais de 3 meses. À época de seu
nascimento, perguntei ao médico do berçário se essa demora era normal
e ele disse que sim. Interessante, que em algum lugar eu li que o
exame do pezinho deve ser feito (concluido?) logo após o nascimento
para detectar o mais rápido possível a fenilcetonúria.

Esse atraso é normal? Tô achando muito esquisito.

Abraços,

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Duvida - Exame do Pezinho
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/02/2002 08:23

--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> A Maternidade São Paulo até agora não concluiu o famigerado exame do
> pezinho de minha filha que já tem mais de 3 meses.

Normal numas. E' normal pelo padrao
burocratico das coisas por aqui. Mas
um exame clinico nao demora tto tempo assim.
E' coisa pra no maximo cinco dias.

(Provavelmente virao com a desculpa de
q. ha' muitos exames para fazer.)

http://www.amapa.gov.br/noticias-gov/2001/out/not-15-10-002.htm

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: O Deslocamento Azul
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/02/2002 08:46


> > A questão é: pq não temos granadas em vez de espaço de expandindo?
>
> Se vc quiser clamar por um hiper-universo no qual
> o Universo esteja mergulhado...

Mas para quê acrescentar hipoteses ?
Quandos os misticos aplicam esse raciocinio juntado hipoteses, os
cepticos dizem que eles são "idiotas" e que a navalha de occam corta
com isso tudo. Mas depois, aceitam que se usem os mesmos argumentos
quando se fala de teorias fisicas.

> Outra suposicao q.
> se faz e' q. o Universo seja auto-contido.

Concerteza.
Se bem que isso não é matemáticamente trivial, pelo que sei.

> > SE tivesse havido uma explosão real de um objecto fisico real,
> > então as suas partes se espandiriam realmente como se descreve.
> > E não é preciso nenhuma expansão do "espaço-tempo"
>
> O problema e' q. o "espaco-tempo" e' dado
> pela relacao entre esses objetos. A menos q.
> imaginemos um hiper-universo dentro do qual
> o Universo esteja mergulhado.

O universo, é onde todos os astros estão mergulhados.
EStrelas, planetas, buracos negros, etc...

> > Acaso quando um super nova explode fá-lo isotropicamente ?
>
> A super-nova esta' dentro do Universo.

Se a super novo não explode isotropicamente, pq o universo teve de
explodir ?
Só para facilitar os calculos ?

> > Então vamos pensar num tabuleiro de xadres muito grande.
> > Dentro de cada quadrado a cor é isotropica. Mas lá muito longe
> > existe um quadrado que é de outra cor, e lá se vai a isotropia.
>
> Como nao temos qq tipo de informacao dessa natureza
> nao seria muito justo incluir isso em um modelo.
> Se ha' outros cantos do Universo alem do espaco
> visivel q. se comporte de outro modo nao ha' como saber.

O que não é justo é concluir sobre o universo quando só se pode
aceder a uma parte dele.


> > E se o espaço é isotropico pq a observação se faz em todas as
> > direcções a partir DA TERRA ?... afinal ela é previligiada como o
> > centro da observação. Não ?
>
> Se vc conseguir imaginar um jeito de
> transportar os equipamentos para digamos
> M 164... O artefato humano mais longe nem
> saiu do sistema solar.
>
> A suposicao e' a de q. a Terra nao e'
> um centro privilegiado.

Mas isso não está de acordo com a observação.
Se todas as observações são feitas apartir daqui, isso a torna um
centro previligiádo.
Repara que as medidas de desvio são feitas em relação à terra, SÓ!
Isso torna-a o centro previligiado.

E poderiamos argumentar que a terra viaja pelo espaço. Concerteza.
Mas aquilo que ela viaja é despresável em relação Às distancias.
É o mesmo que eu achar que vejo a lua de tamnaho diferente se eu me
mover um metro para o lado.

> > Suponhamos que isto é um fenomeno que se prende com a atracção
> > gravitica do sol, dessa luz que observamos.
> > À distancia da orbita da terra, e tento em conta a massa do sol,
> > não veriamos muitas alterações...
> > Por isso quem garante q seja isotropico mesmo, e não devido a um
> > fenomeno local ?
>
> Nao entendi. Como e' q. a atracao gravitacional
> do sol entra nessa historia?

Não entra. Eu escrevi: "supunhamos".
A frase importante era "Por isso quem garante q seja isotropico
mesmo, e não devido a um fenomeno local ?"

Olhando do centro de uma granada em explosão o que reviamos ?
Exactamente o mesmo que vemos. OS pedaços se afastando.
E aqui não ha necessidade de espaço -tempo nenhum.
Apenas o indepenendentes espaço e tempo do costume.

>Vc esta' falando da
> influencia gravitacional do sol alterar as
> propriedades da luz, de distorce-las para o
> vermelho?

Concerteza que o fará. não sei é se a magnitude com que o faz
corresponde com os valores medidos.

> Bem, nesse caso deveria haver uma diferenca para
> quando olhamos em direcao ao Sol e contra ele.

Não.
imagina um funil por onde está a cair a água.
Tu não está no centro do funil, ai é o sol, está afastado para a
periferia.
A água (luz) escorre para o centro vindo de fora.
Quando está virado para o sol, a luz está a bater nas tuas "costas"
pelo que não vÊs essa luz. vÊs a luz que vem do outro lado do sol.
Ou seja, vês a agua que cai do outro lado do funil e não a agua q cai
do teu lado.

> Nao me parece q. a massa do Sol tenha influencia
> o suficiente para causar um desvio como o observado

Eu não disse que tinha. Eu disse que é preciso considera que possa
haver um efeito local que explique o fenomeno.


> ate' porq. por q. as galaxias mais distantes
> deveriam apresentar um desvio mais acentuado para o
> vermelho do q. as mais proximas?

Essa era a minha pergunta.

>E as diferencas nas velocidades de afastamento?

Quando falas em velcodiades de afastamento estás a referir-te a
projecções na aboboda celeste (diferença angular vista da terra)ou em
vectores 3D ?

> > > Aplicando-se o principio de q. essa observacao
> > > deveria ser verdadeira para qq outro ponto
> > > de observacao no universo
> >
> > Mas pq isso ?
> > Ele observou de outro ponto, alguem observou de outro ponto ?
>
> Nao ninguem observou de outro ponto --
> nao ha' ainda viagens interestelares,
> qto menos intergalaticas e interaglomeraticas.

Vejamos.
Eu estou no meio de uma planicie e vejos três ambulancias q se
afastarem lá para longe.
Ai eu vou medir o som das sirenes, e por efeito doppler concluo que
elas se afastam de mim com a mesma velocidade. Pelo desvio angular,
concluo que se afastam umas das outras tb com a mesma velocidade.

Conclusão ?

A conclusão dos fisicos modernos é : dado isto, temos que concluir
que no inicio elas estavam no mesmo ponto, pois o seu movimento é
radial.

Ok, tudo bem. E que ponto é esse?

E o ponto onde as suas trajectorias se intersectam.

E qual é ?

O ponto de observação, claro está.

PQ ?

Porque disse que elas se afastavam todas por igual DE MIM!

E nesse ponto, quando elas lá estavam, como estavam lá?

Estavam estacionadas obviamente.

Mas os fisicos dizem: elas não estavam lá, elas foram nascendo no
caminho. O que estava nesse ponto era só energia.

Sou só eu ou isto soa a misticismo ?

Agora, adicionamos a hipotese da isotropia.
Então as 3 ambulancias estão a afastar-se de mim com a mesma
velocidade, mas tb estão a afastar-se coma mesma velocidade de um
ponto que dista de mim 100 km ?

Claro que não. Faça um desenho no papel e vai ver que a velocidade é
um vector, e se ele é radial apartir de um ponto, não é radial a
partir de mais ponto nenhum.

Então, esse ponto, esse "centro do universo" onde fica ?

Ninguem sabe. Dizem, que nao é possivel calcular esse ponto.

Parece-te logico isto?
Se a velocidade das ambulancias não é isotropica, pq a das galáxias
tem que ser ?

> O porq. de se supor a isotropia e'
> pelo fato de tentar ser o mais simples
> possivel.

Depois disto, ainda achas que é mais simples?

Essa hipotese não pode ser feita para um fenomeno radial!

>Imagina-se q. as leis da
> gravitacao sejam iguais aqui ou na
> Nuvem de Magalhaes. Pensar diferente
> e' possivel, mas nao traz muitas
> vantagens. Alem do mais, as observacoes
> feitas para o Universo visivel parecem
> compativeis com essas ideias.

É claro que a gravidade é igual.
Mas desde quando o big bang é provocado pela gravidade ?
ele nem existia quando ele se deu.

Se olhares para andromeda, é claro que vais ver o mesmo tipo de leis
que aqui, mas isso nada ver a ver com as velocidade dela em relaçãoa
ti.
As leis fisicas são iguais num barco e em terra, mas isso de nada me
serve par prever onde o barco vais estar, ou de onde ele veio.

> > Isso apenas se o deslocamento fosse aleatório como num gás.
> > Não tem que ser assim.
> > Pelo que ouvi parece que as galaxias se estão a mover no sentido
de
> > se alinharem num "fluxo" particular. Uma especie de Caminho de
São
> > Tiago (é assim que se chama, não é ?) da via lactea ,mas À escala
> > das galáxias.
>
> Mesmo q. fosse ordenado. Se fosse ordenado nao
> deveria haver nem afastamento nem aproximacao.
> Ou nao haveria de haver mais afastamentos do q.
> aproximacao.

Pelo contrário.
Para formar um "cinto" a ordenação existe, e não corresponde com
isotropias.

O espaço À volta do sol tb é isotropico, mas os planetas não são
esferas centradas no sol. Têm os seus proprios centros.
E a destribuição não é isotropica.


> Mas por q. as mais distantes
> se afastam mais rapidamente? Novamente se
> consideramos o modelo do universo inflacionario
> isso pode ser explicado como dito anteriormente:
> em um trecho linear com tres elementos A B C.
> Sendo q. B se afasta de uma unidade de A, e
> afastando-se tbm de uma unidade de C, C e
> A irao afastar-se entre si de duas unidades.

Mas isso faz de A o centro e estás a pensar num esquema do tipo

<-B -- A -- C->

Eu estou a falar do esquema

A -- B -- C ->

Com B e C a moverem-se na mesma direcção.

Tu dizes que C vais mais depressa que B. Pq ?
SE B se afasta 1 de A, e C tb, então B não se afasta de C.
E portanto as velocidades deles são as mesmas.
Para que C viage mais depressa , quando B se afasta de 1, C tem de se
afastar de x, com x>1.

A pergunta: Pq as mais "exteriores" viajam mais depressa?





SUBJECT: Re: comportamento
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/02/2002 08:57

--- In ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> wrote:
> --- In ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> wrote:
> > Tlv tb odeiem o livro que deu origem à ideia. ("Mil novecentos e
> > oitenta e oito" se não me engano)
>
> O livro de George Orwell e' 1984.
> http://www.mondopolitico.com/library/1984/1984.htm

Isso.

> O programa nada tem a ver com o livro.
> Aparentemente a ideia se inspirou mais
> no projeto Biosfera 2.

bom, que eu saiba, Biosfera 2, não se baseava na ideia da observação
24 horas dos residentes com cameras, nem ao controlo dos residentes
por nenhuma forma. Eles estavam isolados do mundo, mas estava por sua
conta.
Que eu saiba quem fabricou a Biosfera 2 nao se chamada Big Brother.
"The Big Brother is wacthing you" é uma referencia directa ao livro.
Eu não li o livro, mas quem leu,me contou que a ideia se baseia numa
sociedade onde _todo o mundo é visto 24 horas sem qq privacidade._
Até que alguem descobre um lugar onde as cameras não o veêm.
Nas ruas existiam cartazes com aquela frase.

Achas que é preciso mais para justificar a inspiração ?

OS simbolos do programa são um Olho e um Águia (que tem visão super-
boa e tudo vê)

> > O que isto tem a ver com ciencia ?
> > Bom, ai não sei muito bem quais foram os critérios de escolha dos
> > residentes, mas por aqui, com 3 programas , deu para entender que
> > havia muito trabalho de psicanálise/psicologia naquilo.
>
> Aqui a Globo utilizou-se de suas extensoes:
> anunciou as inscricoes a serem feitas por
> cupom (impresso em um jornal recem-adquirido
> pelo grupo -- Diario de S. Paulo - ex-Diario
> Popular do Quercia) ou via internet - pelo
> portal Globo.com. Aproveitou-se para promover
> seus outros produtos: aumentou a vendagem de
> seu jornal e aumentou o numero de emails em seu
> portal (o valor de um sitio vale pelo tamanho
> da carteira de clientes).

Bom, quanto aos cupons não sei se teve por aqui, mas a IOL , portal
que pertence À mesma empresa que o canal de TV que transmitiu o BB,
tb aceitava essas incrições via net.

> Apesar disso os participantes foram escolhidos
> de fato pelos olheiros -- o q. pode caracterizar
> propaganda enganosa qto 'a inscricao. Procuraram
> pegar pessoas com boa aparencia fisica.

Ninguem quer ver gente feia na TV.
O problema é se eles só foram escolhidos por isso.

[]

Sérgio Taborda




SUBJECT: Re: O Deslocamento Azul
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/02/2002 09:12

--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> Oi Sérgio,
>
> Se não houver expansão teremos novamente o 'paradóxo de Olbers' a
ser discutido.
>
> Arriscaria uma resposta 'geométrica' para isso.
>
> Considere, na ordem, os pontos A, B, C e D da reta r.
> Digamos que A representa o centro do universo e a expansão absoluta
signifique "afastar-se de A".
> B é uma galáxia que se afasta de A com velocidade Vb.
> C é a Terra (da qual se fazem as observações) e se afasta de A com
velocidade Vc.
> D é uma estrela qualquer além da Terra, em relação a A e se afasta
de A com velocidade Vd.
>
> Visto de C é perfeitamente plausível admitir que se
observe 'coisas' com velocidade V > Vc (e se tem o red shift)
e 'coisas' com V < Vc (e se tem o blue shift).

Para isso Vb > Vc
A pergunta é : Como é que se explica por uma explosão que a
diferentes distancias existam diferentes velocidades ?
Sendo que as "de dentro" andam mais depressa q "as de fora" [ C é
exterior a B]

> Não parece razoável?

Não. :-)

Se o Blue-shift de Andromeda III é devido ao big bang não me parece
nada razoável.
Se é devido a aproximações gravitacionais, ai já me parece melhor.

Mas que grande gravidade essa que tem mais força" que o big bang [a
expanção natural entre todos os pontos do universo] , hein? :-)

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: Quais sao os Pre-requisitos para entender a Teoria da Relatividade ou Mecanica Quantica
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/02/2002 09:33


> a) Quais os conhecimentos na AREA
> da FISICA, que sao pre-requisitos
> para se iniciar um estudo "mediano"
> (nem muito superficial, nem muito aprofundado)
> dos temas acima ? Por exemplo, suponho
> que se deva conhecer Cinematica, mas que
> Termologia possa ser dispensavel. Alem disso,
> e' necessario conhecer beeeeeeem esses pre-requisitos,
> ou basta um conhecimento "introdutorio" ?

Pra conhecer a matemática do assunto bastaria que fosses matemático.
O que és. Logo, tás bem.
De fisica a unica coisa que precisas são as justificações e
simplificações usadas.
Por exemplo, numa serie de taylor usar so o primeiro termo.
Esse tipo de coisas fazem-se na fisica em qq área. E não precisas de
Relatividade ou MQ para trabalhar com Geometria Diferencial, nem
Tensores. Mecânica dos meios continuos (MMC), tb serve. (area de
materiais)

Em MQ terias de trabalhar com um espaço de Hilbert e probabilidades,
em Relativdade ou MMC é um espaço 4D e 3D respecivamente.
Se bem que agora, a relatividade se volte para os Quarteniões.

A fisica teorica é matemática com hipoteses.
Portanto, a matemática já sabes, as hipoteses normalmente são poucas
e sempre as mesmas.

No caso da MQ acho que é mais facil, aquilo é +- mecanico (passo o
termo). Mas para usares tensores, terias de usar a descrição de
Heisenberg-Dirac, e eu não sei se são realmente tensores, ou apenas
matrizes.
Para isso MMC ou Relatividade seriam mais adquados. É tensores por
todos os lados.

Quando À dificuldade e aos prérequistos, isso é dificl de dizer.
para MMC-não relativista- precisas de fisica classica tão somente.
Mas precisas tb um pouco de ciencia dos materiais. Ter uma ideia do
que são aquelas variáveis e parametros todos que aparecem.Modulo de
Younf , coeficiente de Poisson; por exemplo.
Mas é o mais perto de Galileu (da teoria dele)

Relatividade tem a geral e restricta.
Ai as transformadas de lorentz desempenham o papel principal e
resumem-se a uma expressão com 1 tensor. Temos tb a métrica de
Minkowski (espero que se escreva assim).
E as hipoteses do Eisntein.
Na MQ temos funções de onda, são tensores de funções , ao contrario
de RG e MMC onde são tensores com numeros em cada elemento.
Como eu não sei o que sabes, não sei se isso será mais dificil.

Em termos de entendimento e sem ser MMC, acho que MQ seria mais
facil, pois é bem mais logico que RG... se bem que matemáticamente dá
no mesmo. Matemáticamente , acho que seria mais complicado MQ, mas
mais...digamos divertido. Isto é um fisico a falar, portanto
desconfia. :-)
Em MQ é preciso teoria das probabilidades a nivel basico e com
variáveis continuas, noção de operador [que é uma matriz, mas são sei
se é um tensor], dentre os quais a noção de Hamiltoneano (que se dá
em fisica classica tb) e de operador Hermitico. E claro conheceres os
postulados da MQ.

Eu não sei exactamente o que terás de fazer, a dedução das equações
base acho que não é, mas elas serão necessárias paras as contas.

Mas ha uma questão: não confies nas revistas de divulgação para
avaliar a dificuldade inerente às teorias. A MQ é mais logica do que
parece (afinal é todo probabilidades) e quanto a RG são só
encademantos de contas.

espero que seja util

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: estudo sugere senso de equidade natural
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/02/2002 10:07

Revista Carta Capital, 20/02/02
http://www.terra.com.br/cartacapital/177/especial.htm

"A CIÊNCIA TAMBÉM SABE JOGAR LIMPO
Economia experimental demonstra a existência de um senso inato de
justiça e eqüidade e desmente a tese do egoísmo racional


O Homo economicus é racionalmente egoísta por natureza, como
pressupõe a teoria econômica neoclássica? Por muito tempo essa
questão foi discutida apenas com argumentos teóricos e filosóficos,
mas alguns cientistas dispostos a decidir essa questão
experimentalmente acreditam que já têm a resposta - e ela é negativa.
O suíço Ernst Fehr (economista) e os austríacos Karl Sigmund
(matemático) e Martin Nowak (biólogo) publicaram um artigo na edição
de janeiro da revista Scientific American intitulado "The economics
of fair play" (A economia do jogo limpo), descrevendo as experiências
e seus resultados.
O teste mais simples coloca dois sujeitos em quartos separados que
não podem se comunicar entre si e sabem que a experiência não será
repetida com as mesmas pessoas. Um deles, definido por cara ou coroa,
recebe US$ 100 e deve propor ao outro uma divisão do dinheiro. O
outro só pode aceitar ou rejeitar: não tem como negociar. Se aceita,
o dinheiro, que é de verdade, é de fato dividido entre os dois
conforme o proposto. Se rejeita, nenhum dos dois recebe nada.

A única opção racional para um indivíduo egoísta que recebe uma
proposta é aceitá-la, seja qual for. Um dólar é melhor que nada.
Portanto, a única opção racional para o proponente seria fazer a
menor oferta possível e ficar com o resto.
Mas não é isso o que acontece. Mesmo com todo esse individualismo
metodológico, dois terços dos proponentes oferecem US$ 40 a US$ 50.
Apenas 4% ousam propor menos de US$ 20 - e suas ofertas são
rejeitadas por mais da metade dos respondentes. O padrão não depende
de gênero, idade, escolaridade ou renda dos sujeitos e pouco varia
entre países industrializados.
Já experiências com culturas tribais mostram resultados algo
diferentes. A média das ofertas gira em torno de US$ 45 em
civilizações ocidentais ou ocidentalizadas, mas entre os machiguengas
da Amazônia peruana é US$ 26 e entre os aus de Papua-Nova Guiné é
superior a US$ 50. Em parte alguma, porém, pôde-se encontrar uma
tribo do Homo economicus, tão imaginária quanto os duendes da Xuxa.
O Homo sapiens não se interessa apenas por seu próprio lucro, mas
também pela eqüidade dos ganhos. Está disposto a pagar um preço e a
abrir mão de um ganho material se for para proteger a própria auto-
estima e salvar a punir a cobiça excessiva de um semelhante - embora
definir "excessivo" dependa, até certo ponto, da cultura.
Para um ocidental, atribuir-se um ganho quatro vezes maior que o do
parceiro sem uma boa razão passa definitivamente do limite. Já se o
proponente for escolhido não por sorte, mas por desempenho (ao
responder um questionário, por exemplo), então as ofertas tendem a
ser um pouco mais baixas e, apesar disso, aceitas mais facilmente: a
desigualdade parece mais justificável.
Se um computador determinar o valor oferecido, os respondentes
aceitam ofertas muito menores: na ausência de responsabilidade
humana, comportam-se quase como o esperado pela teoria neoclássica.
Num jogo ainda mais interessante, quatro pessoas formam um grupo. O
experimentador dá US$ 20 a cada uma e elas têm de decidir
independentemente quanto investir num fundo comum. O experimentador
duplica esse fundo e o divide igualmente entre as quatro, seja qual
for a quantia que cada uma investiu. Se todas investirem tudo o que
têm, todas duplicam seu capital.

Coloque-se, porém, na posição de jogador: se os outros puserem US$ 20
cada um e você nada, ficará com US$ 50 sem arriscar seu capital. Se
os outros também não colocarem nada, pelo menos você não saiu
perdendo. Mas, se você colocar os US$ 20, e os outros não puserem
nada, perde metade do investimento. A decisão egoísta racional é não
investir nada no fundo comum.
Mas, não é o que as pessoas fazem, ao menos no início: em média,
tendem a investir cerca da metade do capital de que dispõem. É
verdade, porém, que se o jogo prossegue por várias rodadas a maioria
dos jogadores acaba deixando de contribuir.
Bem-vindos ao mundo real - diria, aliviado, o economista neoclássico -
eles se decepcionaram com o comportamento dos demais e descobriram a
estratégia correta para lidar com a egoísta natureza humana!
Mas não é isso o que acontece. A maioria dos jogadores, depois de ter
praticado a estratégia "correta", volta a contribuir quando colocados
num novo grupo. O processo se reinicia como se tivessem recuperado a
fé na solidariedade humana sem "aprender" nada.
Os experimentadores então resolveram sofisticar um pouco mais:
deixaram os jogadores pagar um preço para castigar os colegas. Para
multar qualquer outro em US$ 1 ao final de cada rodada, era preciso
pagar US$ 0,30 - e o US$ 1,30 retornava ao experimentador.
Do ponto de vista do egoísmo racional, parece não valer a pena
aplicar punições nessas condições: perde-se capital sem ganhar nada
em troca. Na prática, porém, a maioria dos jogadores mostrou-se
disposta a impor multas aos colegas sovinas. E, nessas condições, a
disposição de contribuir para o fundo comum não diminui de forma
alguma: ao contrário, nas últimas rodadas, 80% dos jogadores estavam
investindo todo o seu capital.
Seria o caso de interpretar a punição como um investimento lucrativo
na educação do colega? Não: mesmo se os grupos forem numerosos e os
jogadores forem redistribuídos a cada rodada, de forma que duas
pessoas nunca se encontrem duas vezes, o padrão não muda.
O paradoxo, do ponto de vista da lógica do egoísmo, é que, nesse
caso, "educar" o colega não traz nenhum retorno pessoal ao jogador
que paga para impor a multa - beneficia apenas um conjunto anônimo de
jogadores. Os participantes pagam simplesmente para ter justiça - ou
vingança, se quiserem - mas não por lucro material.
Para explicar, os autores supõem que a espécie humana, graças a
milhões de anos de evolução biológica num contexto social,
desenvolveu um aparato emocional instintivo para cooperar e punir o
egoísmo.

Um pequeno grupo com esses traços seria mais capaz de sobreviver a
fomes, doenças e guerras, enquanto um agregado de criaturas
racionalmente egoístas se dispersaria à primeira dificuldade,
condenando cada uma delas a uma morte solitária .
A partir dessa capacidade inata surgiram muitos códigos morais, assim
como milhares de línguas e dialetos puderam se basear no mesmo
instinto universal da linguagem postulado por Noam Chomsky.
Mesmo que não se queira aceitar a explicação evolucionista, não há
como negar que seres humanos não buscam apenas a vantagem material,
mas também satisfazer seu senso de eqüidade. Para que aprendam a
reprimi-lo, são necessárias condições artificiais que impossibilitem
castigar o comportamento egoísta - situações de impunidade que levam,
gradualmente, à desintegração da cooperação.
Basta isso para colocar em questão a tese liberal segundo a qual o
crescimento econômico é positivo mesmo quando não beneficia a
maioria - ou não importa o aumento da desigualdade social se o número
de pobres não aumenta. O valor econômico da justiça eqüitativa é uma
realidade empírica que uma sociedade não pode ignorar impunemente."




SUBJECT: Re: [ciencialist] O Deslocamento Azul
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/02/2002 10:17

A aproximação de um objeto massivo com outro objeto massivo faz com que os
dois objetos tenham suas trajetórias alteradas. O blueshift se dá com
objetos muito próximos, com objetos distantes, mesmo que estejam se
aproximando, a expansão do universo é maior que a velocidade de
aproximação e na soma de velocidades eles acabam se afastando.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
One Ring to rule them all

On Thu, 21 Feb 2002, sergiotaborda wrote:
> Bom, como todos acho que sabem o red shift encontrado na luz que vem
> das estrelas/galáxias do espaço, é intrepretado como o universo se
> expandindo.
> Ora, se o universo se está empandindo TODOS os corpos nele deveriam
> apresentar o mesmo red shift
> Ora isso não é verdade.
> Existem corpos com Blue Shift. Que significa que esses corpos se
> estão a aproximar de nós (ou nós deles)
> Esta ideia parece contrariar a ideia do universo em expanção.
> Mas segundo http://www.physlink.com/Education/AskExperts/ae384.cfm
> parece que não contraria.
> Basta pensar que o universo está em expanção , mas as
> galáxias/estrelas se movem com velocidade maior na nossa direcção.
> Uma especie de barco que move contra corrente.
> A questão é simples e é: Que força é esta que as faz moverem-
> se "contra-natura" ? Ou não seria mais simples aceitar logo que o
> universo NÃO se expande ?



SUBJECT: Re: O Deslocamento Azul
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/02/2002 10:19

--- In ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> wrote:
> > Se vc quiser clamar por um hiper-universo no qual
> > o Universo esteja mergulhado...
>
> Mas para quê acrescentar hipoteses ?

Exatamente. Como nao queremos acrescentar
hipoteses nao consideramos um hiper-universo.
E dai' imaginamos um universo auto-contido.
E dai' tbm imaginamos q. as leis fisicas sao
equivalentes em qq ponto do universo.

Em sendo auto-contido nao podemos estender
muito mais a analogia com a granada q. serve
apenas para aquele caso especifico: o todo
pode se expandir mesmo q. algumas partes
nao o faca.

> > A super-nova esta' dentro do Universo.
>
> Se a super novo não explode isotropicamente, pq o universo teve de
> explodir ?
> Só para facilitar os calculos ?

Em parte sim. Mas no caso da super-nova sabemos q.
existem condicoes externar a ela -- e internas
tbm -- q. irao definir o modo como ela explode.
E a bem da verdade, a super-nova explode propriamente,
o universo nao -- ele se expande: e tbm nao se
expande dentro de uma coisa.

Em desconsiderando um hiper-universo ao redor
deste universo nao temos q. pensar em forcas
exteriores moldando a expansao. Dado q. nao
ha' esse tipo de interacao e aliado ao fato de
q. o Universo observavel e' mais ou menos
isotropico podemos supor q. a expansao foi
mais ou menos homogenea -- nao totalmente,
do contrario nao teriamos estrelas ou
galaxias. Pode ser diferente? Pode. Mas nao
temos muito, por ora, como saber. Por
eqto a hipotese de um universo relativamente
isotropico da' conta do recado.

> O que não é justo é concluir sobre o universo quando só se pode
> aceder a uma parte dele.

Vc acha q. nao e' justo concluir sobre a sopa
com uma ou duas colheradas? Teremos q. tomar o
caldo todo?

Se vamos supor: oquei, as leis sao diferentes em
outros cantos. A q. isso nos leva? Nao mais longe
do q. se supormos q. as leis sao equivalentes.

> > A suposicao e' a de q. a Terra nao e'
> > um centro privilegiado.
>
> Mas isso não está de acordo com a observação.
> Se todas as observações são feitas apartir daqui, isso a torna um
> centro previligiádo.
> Repara que as medidas de desvio são feitas em relação à terra, SÓ!
> Isso torna-a o centro previligiado.

Nao. Apenas torna o unico local a partir do
qual podemos observar.

Mas podemos pensar assim: se as leis fossem
diferentes de local para local -- dentro do
universo visivel -- de cada lado viria um sinal
totalmente diferente. As leis aqui ao redor da
Terra teria q. ser de tal forma q. homogeneizasse
os sinais diferentes...

> E poderiamos argumentar que a terra viaja pelo espaço. Concerteza.
> Mas aquilo que ela viaja é despresável em relação Às distancias.
> É o mesmo que eu achar que vejo a lua de tamnaho diferente se eu me
> mover um metro para o lado.

Mas os sinais eletromagneticos q. podemos
captar vem de lugares bastante distantes.

> Olhando do centro de uma granada em explosão o que reviamos ?
> Exactamente o mesmo que vemos. OS pedaços se afastando.
> E aqui não ha necessidade de espaço -tempo nenhum.
> Apenas o indepenendentes espaço e tempo do costume.

So' q. a granada esta' dentro do universo...

> >Vc esta' falando da
> > influencia gravitacional do sol alterar as
> > propriedades da luz, de distorce-las para o
> > vermelho?
>
> Concerteza que o fará. não sei é se a magnitude com que o faz
> corresponde com os valores medidos.

Bem, deveria haver uma alteracao sensivel na
propria luz emitida pelo sol...

> Não.
> imagina um funil por onde está a cair a água.
> Tu não está no centro do funil, ai é o sol, está afastado para a
> periferia.
> A água (luz) escorre para o centro vindo de fora.
> Quando está virado para o sol, a luz está a bater nas tuas "costas"
> pelo que não vÊs essa luz. vÊs a luz que vem do outro lado do sol.
> Ou seja, vês a agua que cai do outro lado do funil e não a agua q
> cai do teu lado.

So' q. esse funil exala agua tbm... Ele nao
e' um buraco negro. O sol faz agua - i.e. luz -
e essa luz deveria ser influenciada do mesmo modo
como as outras luzes.

E veja o seguinte:

A
|\
| \
| \
| T2
| \
| \
T1 Sol

Sendo A um astro qq. T1 e T2 a Terra em diferentes
epocas do ano. A luz vinda de A - linhas tracejadas -
estaria sob diferentes regimes de interacao com a
forca gravitacional do Sol - q. e' centripeta. Se
a forca gravitacional do Sol fosse tal q. fosse a
responsavel pelo desvio para o vermelho, essa diferenca
no angulo de interacao deveria ser o suficiente para
causar uma mudanca observavel nesse desvio.

> Eu não disse que tinha. Eu disse que é preciso considera que possa
> haver um efeito local que explique o fenomeno.

Q. tipo de efeito local?

> > ate' porq. por q. as galaxias mais distantes
> > deveriam apresentar um desvio mais acentuado para o
> > vermelho do q. as mais proximas?
>
> Essa era a minha pergunta.
>
> >E as diferencas nas velocidades de afastamento?
>
> Quando falas em velcodiades de afastamento estás a referir-te a
> projecções na aboboda celeste (diferença angular vista da terra)ou
em
> vectores 3D ?

Vetores 3D e tbm a diferencas angulares --
elas sao complementares. Mas a natureza
do fenomeno e' tido como o afastamento
em 3D.

> Vejamos.
> Eu estou no meio de uma planicie e vejos três ambulancias q se
> afastarem lá para longe.
> Ai eu vou medir o som das sirenes, e por efeito doppler concluo que
> elas se afastam de mim com a mesma velocidade. Pelo desvio
angular,
> concluo que se afastam umas das outras tb com a mesma velocidade.
>
> Conclusão ?
>
> A conclusão dos fisicos modernos é : dado isto, temos que concluir
> que no inicio elas estavam no mesmo ponto, pois o seu movimento é
> radial.
>
> Ok, tudo bem. E que ponto é esse?
>
> E o ponto onde as suas trajectorias se intersectam.
>
> E qual é ?
>
> O ponto de observação, claro está.
>
> PQ ?
>
> Porque disse que elas se afastavam todas por igual DE MIM!
>
> E nesse ponto, quando elas lá estavam, como estavam lá?
>
> Estavam estacionadas obviamente.
>
> Mas os fisicos dizem: elas não estavam lá, elas foram nascendo no
> caminho. O que estava nesse ponto era só energia.
>
> Sou só eu ou isto soa a misticismo ?
>
> Agora, adicionamos a hipotese da isotropia.
> Então as 3 ambulancias estão a afastar-se de mim com a mesma
> velocidade, mas tb estão a afastar-se coma mesma velocidade de um
> ponto que dista de mim 100 km ?
>
> Claro que não. Faça um desenho no papel e vai ver que a velocidade
é
> um vector, e se ele é radial apartir de um ponto, não é radial a
> partir de mais ponto nenhum.
>
> Então, esse ponto, esse "centro do universo" onde fica ?
>
> Ninguem sabe. Dizem, que nao é possivel calcular esse ponto.
>
> Parece-te logico isto?
> Se a velocidade das ambulancias não é isotropica, pq a das galáxias
> tem que ser ?

Pense assim: vc tbm esta' a se mover. O centro do universo
se dispersou. Se achatarmos as dimensoes do universo em uma
superficie bidimensional talvez fique mais claro. Na *superficie*
da bola, onde e' o centro? Nao tem. Podera' dizer: nas dentro
da bola tem o centro. Mas dentro da bola esta' fora
da superficie -- o universo foi achatado para estar na superficie --
o q. nao estiver na superficie nao faz parte do universo.
O centro da bola se refere ao volume da bola e nao 'a superficie.

>
> > O porq. de se supor a isotropia e'
> > pelo fato de tentar ser o mais simples
> > possivel.
>
> Depois disto, ainda achas que é mais simples?
>
> Essa hipotese não pode ser feita para um fenomeno radial!

Pode. Simplesmente transfira agora o centro de observacao
para a outra ambulancia.

> É claro que a gravidade é igual.
> Mas desde quando o big bang é provocado pela gravidade ?
> ele nem existia quando ele se deu.

A gravitacao e' um exemplo. Fenomenos eletromagneticos outro.
Interacoes nucleares fracas e fortes, outro. E temos as
quatro interacoes sendo iguais em qq ponto do universo (supostamente,
claro). Nao me parece tao ilogico imaginar q. uma lei
geral -- em existindo -- deva ser igual em qq ponto do
universo.

> > Mesmo q. fosse ordenado. Se fosse ordenado nao
> > deveria haver nem afastamento nem aproximacao.
> > Ou nao haveria de haver mais afastamentos do q.
> > aproximacao.
>
> Pelo contrário.
> Para formar um "cinto" a ordenação existe, e não corresponde com
> isotropias.
>
> O espaço À volta do sol tb é isotropico, mas os planetas não são
> esferas centradas no sol. Têm os seus proprios centros.
> E a destribuição não é isotropica.

Se olharmos o universo como um todo e analisarmos a
distribuicao dos aglomerados de galaxias veremos q.
a distribuicao e' mais ou menos homogenea.

Um fluxo homogeneo nao deveria proporcionar tal
distribuicao de galaxias.


> > Mas por q. as mais distantes
> > se afastam mais rapidamente? Novamente se
> > consideramos o modelo do universo inflacionario
> > isso pode ser explicado como dito anteriormente:
> > em um trecho linear com tres elementos A B C.
> > Sendo q. B se afasta de uma unidade de A, e
> > afastando-se tbm de uma unidade de C, C e
> > A irao afastar-se entre si de duas unidades.
>
> Mas isso faz de A o centro e estás a pensar num esquema do tipo
>
> <-B -- A -- C->
>
> Eu estou a falar do esquema
>
> A -- B -- C ->
>
> Com B e C a moverem-se na mesma direcção.
>
> Tu dizes que C vais mais depressa que B. Pq ?
> SE B se afasta 1 de A, e C tb, então B não se afasta de C.
> E portanto as velocidades deles são as mesmas.
> Para que C viage mais depressa , quando B se afasta de 1, C tem de
se
> afastar de x, com x>1.
>
> A pergunta: Pq as mais "exteriores" viajam mais depressa?

As exteriores viajam mais depressa qdo observado de um
ponto dado.

Nao ha' centro. Peguemos essa distribuicao linear e
fechemos -- o espaco e' auto-contido - em um circulo.
Representarei por um quadrangulo.


F--A--B
| |
| |
E--D--C

Em um momento seguinte:

F---A---B
| |
| |
| |
E---D---C

Considere apenas sobre a linha -- eu achatei
o Universo com a permissao do Leo, o dono dele --
em uma unica dimensao.

Eu inicialmente fiz a analise em cima de A:
B distanciou-se em uma unidade, C distanciou-se
em duas unidades. F tbm em um, E em duas e D em tres.
Se pegarmos B, A se afasta em uma, C em uma, D e F em
duas e E em tres. Se pegarmos C, B e D em uma, A e E
em duas e F em tres. E assim por diante.

Se fosse algo como se A realmente fosse o centro,
sem a expansao do Universo, teriamos:

D--E--F--A--B--C--D

E no momento seguinte:

D--E--F---A---B--C--D

B, C, D, E e F iriam se afastar em apenas uma unidade.
No caso de ambulancias, todos correndo a 1 km por hora.
Sendo a distancia inicial de 2km, 4km e 6km respectivamente,
depois de uma hora, as distancias seria de 3km, 5km e 7km.
A menos q. as ambulancias mais distantes tivessem
velocidades distintas. Mas por q. seria isso?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Imagens Galáticas
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/02/2002 10:20

Esta foto não é de fora e sim de dentro.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
One Ring to rule them all

On Thu, 21 Feb 2002, sergiotaborda wrote:
> Vejam esta imagem da nossa galáxia
> http://www.physlink.com/Education/AskExperts/ae422.cfm
> a pergunta que sempre me intriga é:
> Como eles 'tiram estas fotos de fora da galáxia' se nós não
> conseguimos sair dela ? Que metodo de projecção é este ?



SUBJECT: Re: [ciencialist] Quais sao os Pre-requisitos para entender a Teoria da Relatividade ou Mecanica Quantica
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/02/2002 10:22

| Dentre os professores-orientadores (terei de
| escolher um orientador), dois deles sao fisicos,
| e propuseram alguns temas da Fisica. No entanto,
| teremos de nos concentrar mais no aspecto da matematica
| do assunto, e menos no aspecto da Fisica em si
| (espero que isso realmente seja possivel)

Dentro dessa perspectiva, uma sugestão:

"Teorema TT - Buckingham"

É um assunto de perfeita interligação entre Física e Matemática o qual parece-me perfeito para seu trabalho.

Apenas apresentando-o: cada classe de grandezas físicas caracteriza-se por sua fórmula dimensional. Equação física tem que satisfazer a "prova dimensional", comprovação de sua homogeneidade. Fórmula dimensional, como sabemos, exprime a estrutura de qualquer unidade derivada em função das unidades-de-base; por isso ela é guia seguro na conversão de unidades coerentes da mesma classe.
Além disso, formulas dimensionais viabilizam a pesquisa experimental de leis físicas que interligam variáveis numerosas, por indicarem como agrupá-las de modo a reduzir drasticamente o número de variáveis a serem manipuladas. Fecunda conseqüência é a Teoria da Semelhança Física e sua aplicação na concepção e exploração de Modelos Físicos.

Eis a sugestão, daí prá frente é bunda na cadeira, livro, papel e lápis ... não há outro jeito!

[]'
Léo
===============
-----Mensagem Original-----
De: "Paulo Sergio Dias" <psdias@globo.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: sexta-feira, 22 de fevereiro de 2002 07:10
Assunto: [ciencialist] Quais sao os Pre-requisitos para entender a Teoria da Relatividade ou Mecanica Quantica


| Amigos:
|
| - Tenho de desenvolver um trabalho
| de conclusao de curso (faco Licenciatura
| e Bacharelado em Matematica), ate'
| o mes de novembro deste ano (em
| novembro, preciso estar na fase da
| mera "digitacao")
|
| - Dentre os professores-orientadores (terei de
| escolher um orientador), dois deles sao fisicos,
| e propuseram alguns temas da Fisica. No entanto,
| teremos de nos concentrar mais no aspecto da matematica
| do assunto, e menos no aspecto da Fisica em si
| (espero que isso realmente seja possivel)
|
| - Um dos temas oferecidos e': "Teoria da Relatividade",
| e outro e' "Mecanica Quantica" (ha' outros temas, tambem)
|
| - Uma vez que meus conhecimentos sobre esses assuntos
| se limitam aos artigos da Galileu, Superinteressante,
| e a alguns livros populares de "divulgacao cientifica",
| pergunto:
|
|
| a) Quais os conhecimentos na AREA
| da FISICA, que sao pre-requisitos
| para se iniciar um estudo "mediano"
| (nem muito superficial, nem muito aprofundado)
| dos temas acima ? Por exemplo, suponho
| que se deva conhecer Cinematica, mas que
| Termologia possa ser dispensavel. Alem disso,
| e' necessario conhecer beeeeeeem esses pre-requisitos,
| ou basta um conhecimento "introdutorio" ?
|
|
| b) Em relacao ao aspecto matematico: Se eu escolher
| Teoria da Relatividade, sei que terei
| de estudar Tensores e Geometria Diferencial
| (o enfoque do meu trabalho, inclusive, tem de ser
| nesses aspectos matematicos). Antes de comecar
| a estudar esses assuntos (Tensores e Geometria
| Diferencial), quais sao os pre-requisitos "matematicos"
| (e o nivel de conhecimento exigido sobre esses
| pre-requisitos) ?
|
| - Gostaria de saber o mesmo, em relacao `a Mecanica
| Quantica.
|
|
| - Grato pela atencao de todos.
|
| []'s
| Paulo Sérgio Dias
| psdias@globo.com
|
|
| &&& --- &&&
| VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
| http://www.ciencialist.hpg.com.br
| Para sair da lista envie um mail para
| ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
| &&& --- &&&
|
| Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
|
|



SUBJECT: RES: [ciencialist] games racistas
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/02/2002 10:39

> De: gp [mailto:sunriseg@terra.com.br]
>
> Os grupos extremistas estão cada vez mais usando games racistas e
> anti-semitas para recrutar jovens seguidores, afirma a ONG
> Anti-Defamation [...]

Gilberto,

Você esqueceu de citar a fonte do artigo.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: comportamento
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/02/2002 10:49



sergiotaborda wrote:
>
> --- In ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> wrote:
> > --- In ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> wrote:
> > > Tlv tb odeiem o livro que deu origem à ideia. ("Mil novecentos e
> > > oitenta e oito" se não me engano)
> >
> > O livro de George Orwell e' 1984.
> > http://www.mondopolitico.com/library/1984/1984.htm
>
> Isso.
>
> > O programa nada tem a ver com o livro.
> > Aparentemente a ideia se inspirou mais
> > no projeto Biosfera 2.
>
> bom, que eu saiba, Biosfera 2, não se baseava na ideia da observação
> 24 horas dos residentes com cameras, nem ao controlo dos residentes
> por nenhuma forma. Eles estavam isolados do mundo, mas estava por sua
> conta.
> Que eu saiba quem fabricou a Biosfera 2 nao se chamada Big Brother.
> "The Big Brother is wacthing you" é uma referencia directa ao livro.
> Eu não li o livro, mas quem leu,me contou que a ideia se baseia numa
> sociedade onde _todo o mundo é visto 24 horas sem qq privacidade._
> Até que alguem descobre um lugar onde as cameras não o veêm.
> Nas ruas existiam cartazes com aquela frase.


A informação: "a Biosfera 2 inspirou o BigBrother TV" vem do próprio
inventor do programa. O programa de TV não é uma transposição correcta
do livro porque no livro é o estado que vigia toda a gente, na TV
é toda a gente que vigia uns poucos.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: RES: 1984 (era: comportamento)
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/02/2002 11:02

> -----Mensagem original-----
> De: sergiotaborda [mailto:sergiotaborda@netcabo.pt]
>
> --- In ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> wrote:
> > --- In ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> wrote:
> > > Tlv tb odeiem o livro que deu origem à ideia. ("Mil novecentos e
> > > oitenta e oito" se não me engano)
> >
> > O livro de George Orwell e' 1984.
> > http://www.mondopolitico.com/library/1984/1984.htm
>
> Isso.
>
> > O programa nada tem a ver com o livro.
> > Aparentemente a ideia se inspirou mais
> > no projeto Biosfera 2.
>
> bom, que eu saiba, Biosfera 2, não se baseava na ideia da observação
> 24 horas dos residentes com cameras, nem ao controlo dos residentes
> por nenhuma forma. Eles estavam isolados do mundo, mas estava por sua
> conta.
> Que eu saiba quem fabricou a Biosfera 2 nao se chamada Big Brother.
> "The Big Brother is wacthing you" é uma referencia directa ao livro.
> Eu não li o livro, mas quem leu,me contou que a ideia se baseia numa
> sociedade onde _todo o mundo é visto 24 horas sem qq privacidade._
> Até que alguem descobre um lugar onde as cameras não o veêm.
> Nas ruas existiam cartazes com aquela frase.

O BB do Orwell é um perscrutador ideológico o que afasta o objetivo
do BB da TV que é mero entretenimento (ainda que de gosto duvidoso).

No BB da TV vigia-se o comportamento humano (embora saibam que estão
sendo vigiado) e de forma voluntária. No BB de 1984 a vigilância
era a polícia do pensamento. Quanto mais discreto e escondido,
mais suspeito era.

Para quem tá com preguiça de ler "1984" pode assistir o filme
homônimo (ano de produção: 1984) com a soberba atuação de John Hurt.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: comportamento
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/02/2002 11:19

--- In ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> wrote:
> > O programa nada tem a ver com o livro.
> > Aparentemente a ideia se inspirou mais
> > no projeto Biosfera 2.

Reformo o q. eu disse: nao q. nao tenha
nada a ver com o livro -- o nome obviamente
e' um referencia direta.

Mas o mote do programa -- um monte de gente
vivendo confinado veio da Biosfera 2. O
nome deve ter vindo depois.

> sociedade onde _todo o mundo é visto 24 horas sem qq privacidade._

E' muito mais do q. isso. A ideia de 1984 e' de um
estado totalitario. O Big Brother e' uma forca q.
controla as pessoas -- a vigilancia sobre as pessoas
e' justamente para manter o controle sobre elas.

Isso frequentemente vem 'a baila qdo 'descobrem' q.
nossos passos podem ser vigiados pelo rastro q.
deixamos em nossas transacoes financeiras (infelizmente
nao se aplica ao dinheiro sujo), aos varios dados
de nossas vidas q. ficam em incontaveis cadastros:
para credito, de assinaturas de revistas, de
visitas a museus, etc, etc. E novamente veio 'a baila
com a vigilancia pela internet.

Atualmente essa simbologia se degenerou para
simples vigilancia.

> > Apesar disso os participantes foram escolhidos
> > de fato pelos olheiros -- o q. pode caracterizar
> > propaganda enganosa qto 'a inscricao. Procuraram
> > pegar pessoas com boa aparencia fisica.
>
> Ninguem quer ver gente feia na TV.
> O problema é se eles só foram escolhidos por isso.

Se elas tivessem sido selecionadas
entre os q. se cadastraram menos mal.
Mas o cadastro foi inutil.

(O No Limite -- copia do Survivor --
no primeiro programa tinha pessoas
mais variadas, quem ganhou foi uma
pessoa q. normalmente nao seria admirada
pelas formas esbeltas.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Resistencia e Repressao
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/02/2002 11:34

--- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:
> Manuel: É que a causa do trauma não é o fato em si cuja lembrança a
> criança reprime, mas a "interpretação" que a criança dá ao fato.

Continua sendo um mecanismo inutil e
perigoso. A repressao permite a criacao
de neuroses. Uma interpretacao q. nao seja
traumatica -- realista, nao.

> minha mãe dizia: "papai foi para o trabalho voando"; eu imaginava

Sera' q. eu perdi a minha infancia?

> Manuel: Não, não é inútil, ao menos do ponto de vista do grupo.

Nao existe selecao de grupo. (Ou melhor, existe, mas
em condicoes muito, muito especificas.)

> Exemplo: soldados na frente de batalha têm que avançar sobre o
> inimigo, e atacarão com muito mais ímpeto quanto menos medo
> sentirem.

Isso nao tem necessariamente a ver com mecanismos
de repressao. Alem de q. por mais jovens q. recrutem
para a guerra, ainda nao colocaram bebes na frente
de batalha como forca de acao -- nao por escrupulos,
mas por impossibilidade tecnica.

> Não seriam os pesadelos noturnos um meio de se vivenciar a
> ansiedade recalcada e, deste modo, restabelecer o equilíbrio
> orgânico?

Modo estranho de se restabelecer algum equilibrio...

> selecionado. Pelo "bem" do conjunto, algumas partes são
> sacrificadas.

Nao vejo q. bem neuroses trazem...

> Ademais, o indivíduo é apenas um meio que o grupo se vale (grupo ou
> espécie ou genes ou Gaia, como queira) para perpetuar-se e se
> disseminar.

Matematicamente nao faz muito sentido uma selecao
de grupo nas condicoes dominantes no ambiente.
Pelo menos pelo processo de selecao natural fica
muito, muito complicado.

> melhor para a sociedade

O fato de ser melhor para a sociedade nao
garantira' a selecao de uma caracteristica
se ela faz mal para o individuo.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: estudo sugere senso de equidade natural
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/02/2002 11:57

Revista Carta Capital, 20/02/02
http://www.terra.com.br/cartacapital/177/especial.htm

"A CIÊNCIA TAMBÉM SABE JOGAR LIMPO
Economia experimental demonstra a existência de um senso inato de
justiça e eqüidade e desmente a tese do egoísmo racional


O Homo economicus é racionalmente egoísta por natureza, como
pressupõe a teoria econômica neoclássica? Por muito tempo essa
questão foi discutida apenas com argumentos teóricos e filosóficos,
mas alguns cientistas dispostos a decidir essa questão
experimentalmente acreditam que já têm a resposta - e ela é negativa.
O suíço Ernst Fehr (economista) e os austríacos Karl Sigmund
(matemático) e Martin Nowak (biólogo) publicaram um artigo na edição
de janeiro da revista Scientific American intitulado "The economics
of fair play" (A economia do jogo limpo), descrevendo as experiências
e seus resultados.
O teste mais simples coloca dois sujeitos em quartos separados que
não podem se comunicar entre si e sabem que a experiência não será
repetida com as mesmas pessoas. Um deles, definido por cara ou coroa,
recebe US$ 100 e deve propor ao outro uma divisão do dinheiro. O
outro só pode aceitar ou rejeitar: não tem como negociar. Se aceita,
o dinheiro, que é de verdade, é de fato dividido entre os dois
conforme o proposto. Se rejeita, nenhum dos dois recebe nada.

A única opção racional para um indivíduo egoísta que recebe uma
proposta é aceitá-la, seja qual for. Um dólar é melhor que nada.
Portanto, a única opção racional para o proponente seria fazer a
menor oferta possível e ficar com o resto.
Mas não é isso o que acontece. Mesmo com todo esse individualismo
metodológico, dois terços dos proponentes oferecem US$ 40 a US$ 50.
Apenas 4% ousam propor menos de US$ 20 - e suas ofertas são
rejeitadas por mais da metade dos respondentes. O padrão não depende
de gênero, idade, escolaridade ou renda dos sujeitos e pouco varia
entre países industrializados.
Já experiências com culturas tribais mostram resultados algo
diferentes. A média das ofertas gira em torno de US$ 45 em
civilizações ocidentais ou ocidentalizadas, mas entre os machiguengas
da Amazônia peruana é US$ 26 e entre os aus de Papua-Nova Guiné é
superior a US$ 50. Em parte alguma, porém, pôde-se encontrar uma
tribo do Homo economicus, tão imaginária quanto os duendes da Xuxa.
O Homo sapiens não se interessa apenas por seu próprio lucro, mas
também pela eqüidade dos ganhos. Está disposto a pagar um preço e a
abrir mão de um ganho material se for para proteger a própria auto-
estima e salvar a punir a cobiça excessiva de um semelhante - embora
definir "excessivo" dependa, até certo ponto, da cultura.
Para um ocidental, atribuir-se um ganho quatro vezes maior que o do
parceiro sem uma boa razão passa definitivamente do limite. Já se o
proponente for escolhido não por sorte, mas por desempenho (ao
responder um questionário, por exemplo), então as ofertas tendem a
ser um pouco mais baixas e, apesar disso, aceitas mais facilmente: a
desigualdade parece mais justificável.
Se um computador determinar o valor oferecido, os respondentes
aceitam ofertas muito menores: na ausência de responsabilidade
humana, comportam-se quase como o esperado pela teoria neoclássica.
Num jogo ainda mais interessante, quatro pessoas formam um grupo. O
experimentador dá US$ 20 a cada uma e elas têm de decidir
independentemente quanto investir num fundo comum. O experimentador
duplica esse fundo e o divide igualmente entre as quatro, seja qual
for a quantia que cada uma investiu. Se todas investirem tudo o que
têm, todas duplicam seu capital.

Coloque-se, porém, na posição de jogador: se os outros puserem US$ 20
cada um e você nada, ficará com US$ 50 sem arriscar seu capital. Se
os outros também não colocarem nada, pelo menos você não saiu
perdendo. Mas, se você colocar os US$ 20, e os outros não puserem
nada, perde metade do investimento. A decisão egoísta racional é não
investir nada no fundo comum.
Mas, não é o que as pessoas fazem, ao menos no início: em média,
tendem a investir cerca da metade do capital de que dispõem. É
verdade, porém, que se o jogo prossegue por várias rodadas a maioria
dos jogadores acaba deixando de contribuir.
Bem-vindos ao mundo real - diria, aliviado, o economista neoclássico -
eles se decepcionaram com o comportamento dos demais e descobriram a
estratégia correta para lidar com a egoísta natureza humana!
Mas não é isso o que acontece. A maioria dos jogadores, depois de ter
praticado a estratégia "correta", volta a contribuir quando colocados
num novo grupo. O processo se reinicia como se tivessem recuperado a
fé na solidariedade humana sem "aprender" nada.
Os experimentadores então resolveram sofisticar um pouco mais:
deixaram os jogadores pagar um preço para castigar os colegas. Para
multar qualquer outro em US$ 1 ao final de cada rodada, era preciso
pagar US$ 0,30 - e o US$ 1,30 retornava ao experimentador.
Do ponto de vista do egoísmo racional, parece não valer a pena
aplicar punições nessas condições: perde-se capital sem ganhar nada
em troca. Na prática, porém, a maioria dos jogadores mostrou-se
disposta a impor multas aos colegas sovinas. E, nessas condições, a
disposição de contribuir para o fundo comum não diminui de forma
alguma: ao contrário, nas últimas rodadas, 80% dos jogadores estavam
investindo todo o seu capital.
Seria o caso de interpretar a punição como um investimento lucrativo
na educação do colega? Não: mesmo se os grupos forem numerosos e os
jogadores forem redistribuídos a cada rodada, de forma que duas
pessoas nunca se encontrem duas vezes, o padrão não muda.
O paradoxo, do ponto de vista da lógica do egoísmo, é que, nesse
caso, "educar" o colega não traz nenhum retorno pessoal ao jogador
que paga para impor a multa - beneficia apenas um conjunto anônimo de
jogadores. Os participantes pagam simplesmente para ter justiça - ou
vingança, se quiserem - mas não por lucro material.
Para explicar, os autores supõem que a espécie humana, graças a
milhões de anos de evolução biológica num contexto social,
desenvolveu um aparato emocional instintivo para cooperar e punir o
egoísmo.

Um pequeno grupo com esses traços seria mais capaz de sobreviver a
fomes, doenças e guerras, enquanto um agregado de criaturas
racionalmente egoístas se dispersaria à primeira dificuldade,
condenando cada uma delas a uma morte solitária .
A partir dessa capacidade inata surgiram muitos códigos morais, assim
como milhares de línguas e dialetos puderam se basear no mesmo
instinto universal da linguagem postulado por Noam Chomsky.
Mesmo que não se queira aceitar a explicação evolucionista, não há
como negar que seres humanos não buscam apenas a vantagem material,
mas também satisfazer seu senso de eqüidade. Para que aprendam a
reprimi-lo, são necessárias condições artificiais que impossibilitem
castigar o comportamento egoísta - situações de impunidade que levam,
gradualmente, à desintegração da cooperação.
Basta isso para colocar em questão a tese liberal segundo a qual o
crescimento econômico é positivo mesmo quando não beneficia a
maioria - ou não importa o aumento da desigualdade social se o número
de pobres não aumenta. O valor econômico da justiça eqüitativa é uma
realidade empírica que uma sociedade não pode ignorar impunemente."




SUBJECT: Re: Resistencia e Repressao
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/02/2002 12:24

--- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:

Takata:
Mas como a resistencia e repressao muitas vezes gera adultos
> neuroticos esse mecanismos nao seria apenas inutil, mas deleterio. A
> aceitar-se a teoria da selecao natural, nao creio q. seria um
mecanismo
> muito provavel de estar presente em nossa psicologia.
>

Manuel:
Não, não é inútil, ao menos do ponto de vista do grupo. Exemplo:
soldados na frente de batalha têm que avançar sobre o inimigo, e
atacarão com muito mais ímpeto quanto menos medo sentirem. Só que,
entre os seres humanos, há uma disposição inata para fugir quando em
situação de grave ameaça. Até porque temos a capacidade de antever os
prováveis resultados futuros da nossa ação, como a dor e a morte. Por
isso que reprimir a sensação de medo é útil em certas situações. Mas
o medo não desaparece: ele subjaz inconsciente. Somente as suas
manifestações somáticas (fortes tremores, sudoração excessiva,
taquicardia, insônia, distúrbios gastro-intestinais, etc.) o soldado
experimenta não tanto durante, mas após o combate e com mais
intensidade quando o fim do combate não é o fim da guerra, mas um
breve intervalo entre uma batalha e outra. Isso pode gerar a
> denominada neurose de guerra em que o indivíduo perde a coordenação
motora e seu corpo é acometido por fortes espasmos. Aliás, Freud
curou, por meio do método catártico, muitos neuróticos de guerra,
soldados alemães da 1a.

André:
Acho discutíveis essas conclusões, pelo menos de forma generalizada.
O mal que uma guerra faz é bem visível e palpável. Não é preciso
reprimir nada, interpretar, neurotizar, basta deixar a guerra correr
que os danos ao sistema nervoso virão normalmente depois da fome,
frio, tortura, barulho, privação de sono, morfina, etc. Pegue o
cérebro desses sujeitos e faça uma tomografia "antes" e "depois".
Pobre soldado, além de voltar maluco da guerra, ainda tem que aceitar
que a culpa é dele mesmo, que não soube interpretar o que via e
sentia. Reprimiu seu medo e gerou uma neurose. Se não fosse a
repressão do medo, talvez tivesse ficado louco em poucos dias. Eu não
me atreveria em cutucar feridas de guerra. Melhor deixá-las
reprimidas e esquecidas. Onde estão os freudianos que não conseguem
tratar os milhares de veteranos pirados do vietnan?


> Guerra Mundial. Como? Fazendo-os relembrar os acontecimentos e,
deste modo, vivenciar o medo. Após a sessão cessavam os tremores, a
diarréia, a insônia,
> etc.


Aonde podemos encontrar a descrição detalhada? Qual a taxa de
sucesso? Foi feito depois independentemente por outros terapeutas em
outras guerras?


>
> Ademais, o indivíduo é apenas um meio que o grupo se vale (grupo ou
espécie ou genes ou Gaia, como queira) para perpetuar-se e se
disseminar.

Não existe uma unidade chamada "espécie" na natureza. É só um
critério de classificação, que tem de estabelecer limites arbitrários
entre o espectro contínuo de seres vivos. Entre dois seres vivos
quaisquer é possível estabelecer uma cadeia contínua de indivíduos,
onde cada elo pertence a mesma espécie do elo adjacente.


Manuel:
Como disse Weismann, o somatoplasma (o organismo individual) é
apenas o veículo e mensageiro do germoplasma ou plasma germinativo. O
bem-estar ou a felicidade do indivíduo não conta ou pelo menos é algo
secundário. O que interessa mesmo é a reprodução da vida, a
reprodução pela reprodução, muitas vezes à expensas do indivíduo.

André:
O que interessa para quem? Genes são titulares de interesses? Tudo se
passa "como se" os genes tivessem um interesse egoista em se
reproduzir. "Como se" tivessem consciencia. Do nosso ponto de vista.



[]´s

André



SUBJECT: Resistencia e Repressao
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/02/2002 12:25

Olá Takata (você vai ter que me agüentarrrr!)

Takata: Sobre a teoria da resistencia e repressao, acho q. os proprios
experimentos de Freud com as criancas pode lancar algum ponto de duvida. Ele
diz q. ao psicanalisar as criancas elas se desenvolveram sem empecilhos em
adultos normais.

Bem, isso pode mostrar q. as criancas aguentam relativamente bem as 'duras
verdades' contra o q. supostamente
os mecanismos de resistencia e repressao deveria proteger.

Manuel: É que a causa do trauma não é o fato em si cuja lembrança a criança
reprime, mas a "interpretação" que a criança dá ao fato. Lembro-me quando a
minha mãe dizia: "papai foi para o trabalho voando"; eu imaginava ele de
paletó e pasta na mão literalmente voando, pairando sobre os edifícios.
Muitas vezes o fato que deu origem ao trauma é uma bobagem, mas a criança,
com seu pensamento mágico que confunde significante com significado, faz da
bobagem um drama. Não é difícil, após ter conhecimento do fato, fazer com
que a criança o interprete de um outro modo, digamos assim, mais realista.

Takata: Mas como a resistencia e repressao muitas vezes gera adultos
neuroticos esse mecanismos nao seria apenas inutil, mas deleterio. A
aceitar-se a teoria da selecao natural, nao creio q. seria um mecanismo
muito provavel de estar presente em nossa psicologia.

Manuel: Não, não é inútil, ao menos do ponto de vista do grupo. Exemplo:
soldados na frente de batalha têm que avançar sobre o inimigo, e atacarão
com muito mais ímpeto quanto menos medo sentirem. Só que, entre os seres
humanos, há uma disposição inata para fugir quando em situação de grave
ameaça. Até porque temos a capacidade de antever os prováveis resultados
futuros da nossa ação, como a dor e a morte. Por isso que reprimir a
sensação de medo é útil em certas situações. Mas o medo não
desaparece: ele subjaz inconsciente. Somente as suas manifestações somáticas
(fortes tremores, sudoração excessiva, taquicardia, insônia, distúrbios
gastro-intestinais, etc.) o soldado experimenta não tanto durante, mas após
o combate e com mais intensidade quando o fim do combate não é o fim da
guerra, mas um breve intervalo entre uma batalha e outra. Isso pode gerar a
denominada neurose de guerra em que o indivíduo perde a coordenação motora e
seu corpo é acometido por fortes espasmos. Aliás, Freud curou, por meio do
método catártico, muitos neuróticos de guerra, soldados alemães da 1a.
Guerra Mundial. Como? Fazendo-os relembrar os acontecimentos e, deste modo,
vivenciar o medo. Após a sessão cessavam os tremores, a diarréia, a insônia,
etc.

Acresce dizer que, nesta nossa guerrinha cotidiana pelo pão, em nome de
certos valores e para preservar nossa auto-estima, também temos muitas vezes
que reprimir
o medo (não fugir, mas avançar). Não seriam os pesadelos noturnos um meio de
se vivenciar a ansiedade recalcada e, deste modo, restabelecer o equilíbrio
orgânico?

Se os mecanismos da resistência e repressão podem gerar neuróticos (não por
si mesmos, mas combinados com outros fatores), do mesmo modo o gene que
protege certas populações da malária pode também gerar indivíduos doentes,
portadores de anemia falsiforme. Nem por isso esse gene deixou de ser
selecionado. Pelo "bem" do conjunto, algumas partes são sacrificadas.

Ademais, o indivíduo é apenas um meio que o grupo se vale (grupo ou espécie
ou genes ou Gaia, como queira) para perpetuar-se e se disseminar. Como disse
Weismann, o somatoplasma (o organismo individual) é apenas o veículo e
mensageiro do germoplasma ou plasma germinativo. O bem-estar ou a felicidade
do indivíduo não conta ou pelo menos é algo secundário. O que interessa
mesmo é a reprodução da vida, a reprodução pela reprodução, muitas vezes à
expensas do indivíduo.

As normas (leis do dever-ser) que regulam a sociedade humana são exteriores
aos indivíduos. Essas normas dizem "NÃO faça isso". Se é preciso dizer "NÃO
faça" é porque, muitas vezes, há uma forte disposição ou tendência para
fazer. A sociedade mantem-se por meio de uma negativa, através da REPRESSÃO
das tendências individuais que podem por em risco a ordem social. Se essa
repressão pode ser interiorizada pelo indivíduo, transformada em mecanismo
psíquico e, desta forma, operar de uma maneira automática, melhor para a
sociedade, até porque os policiais e juízes, isto é, os que velam pelo
cumprimento da lei, são também indivíduos pertencentes à sociedade. Eis uma
boa razão para que esses mecanismos psíquicos (da repressão e resistência)
sejam selecionados e mesmo reforçados.

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: Resistencia e Repressao
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/02/2002 13:06

--- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:
> Manuel: É que a causa do trauma não é o fato em si cuja lembrança a
> criança reprime, mas a "interpretação" que a criança dá ao fato.

Bem, mas como a crianca aguenta bem o fato,
deveria haver repressao da interpretacao e nao
do fato.

E como a repressao da interpretacao causa neuroses,
ao passo q. um mecanismo mais eficiente seria
sua simples substituicao por interpretacoes
q. nao causassem traumas, continua estranha a
existencia da repressao. E se ela depender de uma
selecao de grupo para a existencia, tto mais estranha.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: O Deslocamento Azul
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/02/2002 13:29

--- In ciencialist@y..., TARCISIO BORGES <tbs97@f...> wrote:
> A aproximação de um objeto massivo com outro objeto massivo faz com
que os
> dois objetos tenham suas trajetórias alteradas. O blueshift se dá
com
> objetos muito próximos, com objetos distantes, mesmo que estejam se
> aproximando, a expansão do universo é maior que a velocidade de
> aproximação e na soma de velocidades eles acabam se afastando.

Isso não pode ser. Quando se fala em blue e red shift , ele é
provocado pela velocidade final. Pq na realidade é essa a velocidade
relativa, e é essa unica que se pode medir daqui.

A velocidade de expanção do universo não pode ser maior quando ha um
blue-shift.

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: Imagens Galáticas
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/02/2002 13:31


> Esta foto não é de fora e sim de dentro.

Se é de dentro como é que se vê o centro e o exterior? E como é que
se pode dizer com uma setinha a apontar: "o Sol está aqui"

Se o sol está no ponto de observação de onde se tira a foto, então
não se pode por uma setinha a apontar.

Seria o mesmo que eu tirar um foto de uma paisagens e depois por uma
seta dizer onde eu me encontro. Eu não me encontro na paisagem.


[]

Sérgio Taborda





SUBJECT: Re: Imagens Galáticas
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/02/2002 13:39

--- In ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> wrote:
> Se é de dentro como é que se vê o centro e o exterior? E como é que
> se pode dizer com uma setinha a apontar: "o Sol está aqui"

Q. setinha?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: O Deslocamento Azul
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/02/2002 14:06


> > Mas para quê acrescentar hipoteses ?
>
> Exatamente. Como nao queremos acrescentar
> hipoteses nao consideramos um hiper-universo.
> E dai' imaginamos um universo auto-contido.
> E dai' tbm imaginamos q. as leis fisicas sao
> equivalentes em qq ponto do universo.

S leis fisicas de facto são equivalente em todos os pontos, mas isso
é BEM diferente das observações serem iguais em todos os pontos.

> Em sendo auto-contido nao podemos estender
> muito mais a analogia com a granada q. serve
> apenas para aquele caso especifico: o todo
> pode se expandir mesmo q. algumas partes
> nao o faca.

Não. Qq sistem é auto contidoem si mesmo.
Quando eu digo "granada" e ela já está dispersa, tu ainda sabes o que
é a granada: são o conjunto dos pedaços. A energia contida na granada
não é a mesma, mas não vamos analizar isso agora.

A questão é que o sistema "granada" expande, após a explosão.
(lembra-te q o tamanho é a distancia entre dois pontos opostos da
granada.)

> > > A super-nova esta' dentro do Universo.
> >
> > Se a super novo não explode isotropicamente, pq o universo teve
de
> > explodir ?
> > Só para facilitar os calculos ?
>
> Em parte sim.

Bem me parecia.


> > O que não é justo é concluir sobre o universo quando só se pode
> > aceder a uma parte dele.
>
> Vc acha q. nao e' justo concluir sobre a sopa
> com uma ou duas colheradas? Teremos q. tomar o
> caldo todo?

A sopa é menor que eu. O universo é maior que eu.
Estás a supor que existe "tempo" para que o caldo se homogeniese.
Se colocares sal na sopa, sem lhe dar esse tempo, por certo estás a
cometer um erro quando disses que está boa de sal.
É POR ISSO Q SE MEXE A SOPA.

Ora, será q o universo teve tempo para essa homogeniezação?
Ou aliás, será que ele "quer" ser homogenio?

As regras de escala são muito importantes e sempre esquecidas.
São elas que diferenciam a MQ da MC da MR. Nada mais.

Em resumo, um caldeirão não tem biliões de anos -luz, e por isso eu
posso assumir uma serta isotropia em certas ocasiões. Mas não em
todas, mesmo assim.

> Se vamos supor: oquei, as leis sao diferentes em
> outros cantos. A q. isso nos leva? Nao mais longe
> do q. se supormos q. as leis sao equivalentes.

Não são as leis que estão em causa, mas as observações.

> > > A suposicao e' a de q. a Terra nao e'
> > > um centro privilegiado.
> >
> > Mas isso não está de acordo com a observação.
> > Se todas as observações são feitas apartir daqui, isso a torna um
> > centro previligiádo.
> > Repara que as medidas de desvio são feitas em relação à terra, SÓ!
> > Isso torna-a o centro previligiado.
>
> Nao. Apenas torna o unico local a partir do
> qual podemos observar.

Ok, chama-lhe previlégio ao contrario. É desprevilégio.

> Mas podemos pensar assim: se as leis fossem
> diferentes de local para local -- dentro do
> universo visivel -- de cada lado viria um sinal
> totalmente diferente.

Essa é boa !
Então 2 + 3 não é a mesma coisa que 4 + 1 ?
O que tu vÊs são resultados finais.
Tu não tens forma de saber que numeros foram usados. Tu só sabes que
deu 5


> > Olhando do centro de uma granada em explosão o que reviamos ?
> > Exactamente o mesmo que vemos. OS pedaços se afastando.
> > E aqui não ha necessidade de espaço -tempo nenhum.
> > Apenas o indepenendentes espaço e tempo do costume.
>
> So' q. a granada esta' dentro do universo...

As estrelas tb.
Portanto pq pensar que é o universo que se expande quando o que vemos
são só as estrelas a moverem-se ?

Quando um granda explode eu não digo que a granada expande, mas que
os seus pedaços se afastam.
E é isto que está em causa. Um truque de linguagem.
Diz-se que é o universo que espande quando apenas os seus "pedaços" o
fazem.


> E veja o seguinte:
>
> A
> |\
> | \
> | \
> | T2
> | \
> | \
> T1 Sol
>
> Sendo A um astro qq. T1 e T2 a Terra em diferentes
> epocas do ano. A luz vinda de A - linhas tracejadas -
> estaria sob diferentes regimes de interacao com a
> forca gravitacional do Sol - q. e' centripeta. Se
> a forca gravitacional do Sol fosse tal q. fosse a
> responsavel pelo desvio para o vermelho, essa diferenca
> no angulo de interacao deveria ser o suficiente para
> causar uma mudanca observavel nesse desvio.

Pois, acontece que a distancia sol-terra é muito menor que A-sol.
Foi o que eu tinah dito. E por isso o deslocamento da terra não
produziria resultados.
Ou seja, se o blue/red-shit fosse diferente de ponto para ponto, pq A
não tem qq movimento preveligiado, então daqui nada poderiamos medir
pois as variações desse valor seria nulas, devido À nossa ,
comparativamente, infima descolacação.

> > Eu não disse que tinha. Eu disse que é preciso considera que
possa
> > haver um efeito local que explique o fenomeno.
>
> Q. tipo de efeito local?

Não sei. Escolha.
Eú só queria saber pq se afirma q ha fenomenoquando nem todas as
hipoteses foram falseadas.
A do shift por causa do sol, foi um exemplo, facilmente falseável,
mas o da deslocação da terra não.

Outro dado é que à medida que um corpo de afasta da terra, a
distancia começa a ser maior que o deslocamento da terra.
Sondas comoa Pionner, tem sistema para redirecionar as antenas de
transmissão na direcção da terrra.
Mas a grandes distancias isso deixa de ser necessário pois a terra
passa a ser um ponto.

É mais uma vez um problema de escala.

> > Claro que não. Faça um desenho no papel e vai ver que a
velocidade
> é
> > um vector, e se ele é radial apartir de um ponto, não é radial a
> > partir de mais ponto nenhum.
> >
> > Então, esse ponto, esse "centro do universo" onde fica ?
> >
> > Ninguem sabe. Dizem, que nao é possivel calcular esse ponto.
> >
> > Parece-te logico isto?
> > Se a velocidade das ambulancias não é isotropica, pq a das
galáxias
> > tem que ser ?
>
> Pense assim: vc tbm esta' a se mover.

Isso é irrelevante pois o que eu meço é sempre a velocidade relativa.
Se eu vou pensar que estou a me mover, eu ainda tenho mais argumentos
para o red-shift.
Ou seja, não são elas que se estão a afastar, sou eu que me estou a
afastar delas.

> O centro do universo
> se dispersou. Se achatarmos as dimensoes do universo em uma
> superficie bidimensional talvez fique mais claro. Na *superficie*
> da bola, onde e' o centro? Nao tem. Podera' dizer: nas dentro
> da bola tem o centro. Mas dentro da bola esta' fora
> da superficie -- o universo foi achatado para estar na superficie --

Mas dizer que as galaxias se afastam eu não preciso de uma bola sem
centro. Eu só preciso de um espaço 3D com corpos a afastarem-se
(granada)


> > > O porq. de se supor a isotropia e'
> > > pelo fato de tentar ser o mais simples
> > > possivel.
> >
> > Depois disto, ainda achas que é mais simples?
> >
> > Essa hipotese não pode ser feita para um fenomeno radial!
>
> Pode. Simplesmente transfira agora o centro de observacao
> para a outra ambulancia.

Ai nºao vale.
Segundo a propria RG qq observação, q corresponde ao mesmo fenomeno
fisico, deve ter os mesmos resultados em qq referencial.
Portanto eu não deveria precisar me colocar em outra ambulancia.
Eu bastaria estar noutro ponto do universo.

> > É claro que a gravidade é igual.
> > Mas desde quando o big bang é provocado pela gravidade ?
> > ele nem existia quando ele se deu.
>
> A gravitacao e' um exemplo. Fenomenos eletromagneticos outro.
> Interacoes nucleares fracas e fortes, outro. E temos as
> quatro interacoes sendo iguais em qq ponto do universo
(supostamente,
> claro). Nao me parece tao ilogico imaginar q. uma lei
> geral -- em existindo -- deva ser igual em qq ponto do
> universo.

As leis são iguais, mas isso não adianta nada.

A luz se propaga da mesma forma em qq meio, mas isso não me diz se a
luz é azul, verde ou vermelha ...

F = GMm/r² , mas isso não me diz que À mesma distancia da terra a
força é igual a à mesma distancia de marte.

> As exteriores viajam mais depressa qdo observado de um
> ponto dado.
>
> Nao ha' centro. Peguemos essa distribuicao linear e
> fechemos -- o espaco e' auto-contido - em um circulo.
> Representarei por um quadrangulo.
>
>
> F--A--B
> | |
> | |
> E--D--C
>
> Em um momento seguinte:
>
> F---A---B
> | |
> | |
> | |
> E---D---C
>
> Considere apenas sobre a linha -- eu achatei
> o Universo com a permissao do Leo, o dono dele --
> em uma unica dimensao.
>
> Eu inicialmente fiz a analise em cima de A:
> B distanciou-se em uma unidade, C distanciou-se
> em duas unidades. F tbm em um, E em duas e D em tres.
> Se pegarmos B, A se afasta em uma, C em uma, D e F em
> duas e E em tres. Se pegarmos C, B e D em uma, A e E
> em duas e F em tres. E assim por diante.

Tudo bem. Mas esses pontos A-F correspondem a o q?
A estrelas/galaxias. Não correspondem a pontos do espaço.
Se o espaço fosse um tecido que estica eu podia afastar as coisas sem
que eles se movessem. [ponto no balão] Mas eu não preciso dessa
hipotese.
A hipote mais simples é supor que ha uma força a actual sobre todas
as galaxias que as afasta de um ponto.
E a simplificação nasce.
Sendo que o Universo não estica nem encolhe o BB não é preciso ter as
caracterisicas misticas que tem.

Para q complicar?

Se me disser: mas a experiencia X mostra que o espaço realmente
estica, então eu vou rever minah posição.
Caso contrario isto é tudo uma grande treta.


[]

Sérgio Taborda


P.S. Quanto ao exemplo do circulo A-F, imagine que A se afasta de D À
velocidade c. Concideremos os estremos do universo.
Qual é a velocidade relativa entre D e A ?
Classicamente é 2c, o que relativistacmente não pode ser.
Relativisticamente é ... ?




SUBJECT: Re: comportamento
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/02/2002 14:09


> A informação: "a Biosfera 2 inspirou o BigBrother TV" vem do
próprio
> inventor do programa. O programa de TV não é uma transposição
correcta
> do livro porque no livro é o estado que vigia toda a gente, na TV
> é toda a gente que vigia uns poucos.

Ok. tudo bem.
Então pq se chama "Big Brother" ?

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: estudo sugere senso de equidade natural
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/02/2002 14:12


> A única opção racional para um indivíduo egoísta que recebe uma
> proposta é aceitá-la, seja qual for. Um dólar é melhor que nada.
> Portanto, a única opção racional para o proponente seria fazer a
> menor oferta possível e ficar com o resto.
> Mas não é isso o que acontece. Mesmo com todo esse individualismo
> metodológico, dois terços dos proponentes oferecem US$ 40 a US$ 50.

2/3 dão $40 e conclui-se que a maioria não é egoista ?

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: Imagens Galáticas
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/02/2002 14:15

--- In ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> wrote:
> --- In ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> wrote:
> > Se é de dentro como é que se vê o centro e o exterior? E como é
que
> > se pode dizer com uma setinha a apontar: "o Sol está aqui"
>
> Q. setinha?

Pois, é da pressa. Esqueci de escrever: "Em outras imagens do mesmo
tipo já vi uma setinha a apontar e dizendo ' o sol está aqui'"

Desculpem

[]

Sérgio Taborda




SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: estudo sugere senso de equidade natural
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/02/2002 14:23

> -----Mensagem original-----
> De: sergiotaborda [mailto:sergiotaborda@netcabo.pt]
>
> > A única opção racional para um indivíduo egoísta que recebe uma
> > proposta é aceitá-la, seja qual for. Um dólar é melhor que nada.
> > Portanto, a única opção racional para o proponente seria fazer a
> > menor oferta possível e ficar com o resto.
> > Mas não é isso o que acontece. Mesmo com todo esse individualismo
> > metodológico, dois terços dos proponentes oferecem US$ 40 a US$ 50.
>
> 2/3 dão $40 e conclui-se que a maioria não é egoista ?

Pero no mucho!

:-)

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Duvida - Exame do Pezinho
FROM: "Raul Sturari Jr." <sturari@brturbo.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/02/2002 14:35

Alexandre,

O Takata tem razão. Essa demora não é inerente ao método diagnóstico, visto que a análise pode ser feita no mesmo dia. A demora se deve certamente a fatores burocráticos e sobrecarga no sistema de saúde.

O exame visa detectar algumas doenças genéticas, como a Galactosemia, tireodopatias, hiperplasia adrenal e Fibrose cística. Além é claro das aminoacidopatias. Dentro deste último grupo que se encontra a Fenilcetonúria (PKU). Esta é uma doença genética autossômica recessiva que altera a enzima fenilalanina hidroxilase, responsável pela transformação da fenilalanina em outros compostos. Esse excesso de fenilalanina é o que provoca os sinais e sintomas característicos da doença.

Por enquanto pode ficar tranquilo. Seu bebê provavelmente está se alimentando apenas de leite materno (que deve ser a única fonte de nutrientes da criança até os 6 meses) e portanto não corre risco de ser afetado devido a baixa concentração de fenilalanina presente nele, caso seja portador da PKU.

Mas não deixe de cobrar do hospital e do médico pediatra responsável (que atendeu a criança após o parto).

[]s
Raul


----- Original Message -----
From: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, February 22, 2002 8:23 AM
Subject: [ciencialist] Re: Duvida - Exame do Pezinho


--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> A Maternidade São Paulo até agora não concluiu o famigerado exame do
> pezinho de minha filha que já tem mais de 3 meses.

Normal numas. E' normal pelo padrao
burocratico das coisas por aqui. Mas
um exame clinico nao demora tto tempo assim.
E' coisa pra no maximo cinco dias.

(Provavelmente virao com a desculpa de
q. ha' muitos exames para fazer.)

http://www.amapa.gov.br/noticias-gov/2001/out/not-15-10-002.htm

[]s,

Roberto Takata


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: O Deslocamento Azul
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/02/2002 14:48

--- In ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> wrote:
> S leis fisicas de facto são equivalente em todos os pontos, mas
> isso é BEM diferente das observações serem iguais em todos os
> pontos.

Se eu largo uma pedra a uma aceleracao g
na Terra ou em Sigma 4 eu espero q. ela
se comporte mais ou menos do mesmo modo.

A menos q. eu tenha razoes fortes para
suspeitar de condicoes iniciais muito
diferentes nao tenho porq. pensar em
uma evolucao muito diferente.

> Não. Qq sistem é auto contidoem si mesmo.

De forma alguma. Uma granada esta' contida
no universo. Ela nao e' o todo. Supomos q.
o Universo assim o seja. Se nao for, podemos
definir o Universo como um sistema auto-contido
e incluimos o q. em principio estaria de fora.

> A questão é que o sistema "granada" expande, após a explosão.
> (lembra-te q o tamanho é a distancia entre dois pontos opostos da
> granada.)

A granada nao expande propriamente, seus pedacos
se dispersam. Nao podemos dizer isso do universo,
ja' q. seus pedacos iriam se dispersar em q? Se
seus pedacos se dispersam e' o proprio universo q.
se dispersa e expande.

> > Em parte sim.
>
> Bem me parecia.

Agora considere o resto do q. vc apagou.

> A sopa é menor que eu. O universo é maior que eu.
> Estás a supor que existe "tempo" para que o caldo se homogeniese.
> Se colocares sal na sopa, sem lhe dar esse tempo, por certo estás a
> cometer um erro quando disses que está boa de sal.
> É POR ISSO Q SE MEXE A SOPA.

Entre na cozinha. Vc nao fez a sopa. Nao sabe o q.
a empregada andou fazendo. Vc vai tomar toda a sopa?
Nao. Talvez vc faca uma amostragem aqui e ali.
Isso e' possivel com os sinais q. chegam aqui vindo
de diferentes lugares.

> Ora, será q o universo teve tempo para essa homogeniezação?
> Ou aliás, será que ele "quer" ser homogenio?

Supoem se q. ele seja. Ao menos na
parte visivel ele e'. Nao haveria
muita razao dele ser assim, uma
das possibilidades e' q. porq. o
todo e' assim. Se ficarmos elocubrando q.
nao e', nao iremos pra muito longe.

> Em resumo, um caldeirão não tem biliões de anos -luz, e por isso eu
> posso assumir uma serta isotropia em certas ocasiões. Mas não em
> todas, mesmo assim.

Podemos assumir. So' nao temos certeza.

> > Se vamos supor: oquei, as leis sao diferentes em
> > outros cantos. A q. isso nos leva? Nao mais longe
> > do q. se supormos q. as leis sao equivalentes.
>
> Não são as leis que estão em causa, mas as observações.

As observacoes indicam q. no universo observavel
as coisas sao grosso modo equivalentes.

> > Nao. Apenas torna o unico local a partir do
> > qual podemos observar.
>
> Ok, chama-lhe previlégio ao contrario. É desprevilégio.

Tbm nao e' desprivilegio.

> > Mas podemos pensar assim: se as leis fossem
> > diferentes de local para local -- dentro do
> > universo visivel -- de cada lado viria um sinal
> > totalmente diferente.
>
> Essa é boa !
> Então 2 + 3 não é a mesma coisa que 4 + 1 ?
> O que tu vÊs são resultados finais.
> Tu não tens forma de saber que numeros foram usados. Tu só sabes
> que deu 5

E' o q. estou falando. Eu teria q. assumir
q. pra um sinal (2) a lei tem q. ser tal q.
a regra seja (some 3) e pra outro (4) seja
(some 1). Nao faz muito sentido imaginar
q. as leis se comportem desse modo.

Como eu tenho nos experimentos q. a lei por aqui e'
(some 1). E eu tenho sempre (5). Suponho q.
a entrada seja sempre (4).

Por isso q. falei: "As leis aqui ao redor da
Terra teria q. ser de tal forma q. homogeneizasse
os sinais diferentes..." Poderia ser? Poderia,
mas nao ha' nada q. indique q, seja o caso. Mas
ha' o q. indique q. *nao* seja o caso.

> As estrelas tb.
> Portanto pq pensar que é o universo que se expande quando o que
> vemos são só as estrelas a moverem-se ?

Nao sao apenas as estrelas. Sao galaxias inteiras.
O todo q. compoem o universo. Afinal seriam estrelas
movendo-se em q? E como compatibilizar esses movimentos
com as observacoes de q. as galaxias mais distantes
apresentam um maior deslocamento para o vermelho em
seu espectro?

> Diz-se que é o universo que espande quando apenas os seus "pedaços"
> o fazem.

Essa interpretacao nao explica as observacoes.

> Pois, acontece que a distancia sol-terra é muito menor que A-sol.
> Foi o que eu tinah dito. E por isso o deslocamento da terra não
> produziria resultados.

Nao. Se o astro for digamos: Jupiter. Se fosse por
causa do Sol nao haveria porq. Jupiter nao sofrer um
desvio para o vermelho. E o q. se trata e' do angulo e
nao da distancia -- dependendo da epoca o angulo
entre a Terra e o astro A com o Sol no vertice pode
ser zero ou 90 graus -- ai' o desvio teria q. ser
bem diferente. E afinal objetos mais proximos
deveria apresentar variacoes maiores no desvio para o
vermelho de acordo com a posicao da Terra.

> > Q. tipo de efeito local?
>
> Não sei. Escolha.
> Eú só queria saber pq se afirma q ha fenomenoquando nem todas as
> hipoteses foram falseadas.

Isso seria uma tentativa idiota. As possibilidades
sao praticamente infinitas. Dai' q. muitos cientistas
se entusiasmam com Popper.

Mas o mais importante e' q. a hipotese do Big-Bang
tbm nao foi demonstrada falsa. E ela passou por mais
testes do q. outras q. nao foram nem mesmo propostas.

Se fossemos considerar uma teoria apenas qdo qq outra
possibilidade fosse eliminada, jamais sairiamos do lugar.
(Isso nos levaria ao ceticismo de Pirro.)

> mas o da deslocação da terra não.

A Terra se desloca em circulos. Sua velocidade
em relacao a reta q. une a Terra aos astro observados
ira assumir todos os angulos possiveis e ainda
assim o desvio permanece. E em um dado momento
astros de uma lado estarao se aproximando da Terra
e em outro se afastando -- ainda assim ocorre um
desvio para o vermelho.

> Ou seja, não são elas que se estão a afastar, sou eu que me estou a
> afastar delas.

E como nao me aproximo de nenhuma outra, uma
boa explicacao e' q. o Universo esta' em expansao.

Pense de novo no balao -- apenas na superficie.
Q. tipo de movimento os pontos podem executar
de tal sorte q. todos estejam se afastando
uns dos outros? Ou mesmo de um ponto em particular --
digamos a Terra. Alias porq. a Terra haveria de
ser o centro do Universo? Porq. razao justo aqui
todas as galaxias pareceriam se afastar deste ponto?

> Mas dizer que as galaxias se afastam eu não preciso de uma bola sem
> centro. Eu só preciso de um espaço 3D com corpos a afastarem-se
> (granada)

E o centro bem na Terra? Sim, pois se todos estao se afastando
e nao ha' expansao, isso significa q. o centro do
afastamento e' a Terra... Ou pelo menos o nosso Grupo Local.
E seria estranho imaginar q. restaria algo no centro de uma
explosao verdadeira...

> Segundo a propria RG qq observação, q corresponde ao mesmo fenomeno
> fisico, deve ter os mesmos resultados em qq referencial.
> Portanto eu não deveria precisar me colocar em outra ambulancia.
> Eu bastaria estar noutro ponto do universo.

Q. equivale a se colocar em outra ambulancia.
E provavelmente vera' o mesmo efeito. E' uma
suposicao.

> F = GMm/r² , mas isso não me diz que À mesma distancia da terra a
> força é igual a à mesma distancia de marte.

Mas diz q. se M e m e r forem os mesmos F sera' o mesmo.

> Tudo bem. Mas esses pontos A-F correspondem a o q?
> A estrelas/galaxias. Não correspondem a pontos do espaço.

O espaco e' medido em relacao a um ponto.
O espaco, assim como o tempo, e' relativo.

> Relativisticamente é ... ?

Nao importa as medidas reais. O q. importa e'
o comportamento geral. Se A se afasta de B
em uma unidade e A e se afasta de C em uma
unidade conforme medido de A. Se medido de
C, B se afasta em 0,9 unidade e A se afasta
em 1,8 unidade.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: meningite outra vez
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/02/2002 15:07

Sobre a vacinação da meningite.

Segundo as autoridades portuguesas, existem vários tipos de
meningite. Vacinar toda a população contra um dos tipos,
no caso o tipo C, é uma má ideia porque alterará a ecologia
nas meninges (ou lá o que é). Ao destruir os agentes de tipo
C, os outros agentes, de tipo A e B (suponho) ficam em vantagem
e podem causar outros tipos de meningite. Interessant, não é?

--
joão
http://www.nonio.com


SUBJECT: Fw: [EFR] The Universe
FROM: "Luis Roberto Brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/02/2002 15:17


> The Universe
>
> ---------------------------------------------------------------------
>
> Astronomers say the universe is finite, which is a
>
> comforting thought for those people who can't remember where they
>
> leave things.
>
> -------------------------------
> --------------------------------------
>
> Vocabulary Help
>
> comforting thought - pensamento comfortante
>
> remember - lembrar
>
> leave (leave, left, left) - deixar
>
> ---------------------------------------------------------------
> Esta mensagem é enviada apenas para aqueles que o solicitaram
> através de inscrição na lista EFR (English For Reading).
>
> Para sair da lista EFR, envie um e-mail da seguinte forma:
> to:efr2-unsubscribe@yahoogroups.com
>
> Não é necessário digitar nada, basta enviar a mensagem
> para o endereço citado.
>
> Para se cadastrar na lista EFR, envie um email para o
> endereço efr2-subscribe@yahoogroups.com
>
> Para modificar o seu endereço, faça um descadastramento do
> endereço antigo e cadastre o novo.
>
> A redistribuição desta e outras mensagens da lista EFR pode
> ser feita livremente, deste que o conteúdo, inclusive esta
> nota, não sejam modificados.




SUBJECT: RES: Duvida - Exame do Pezinho
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/02/2002 15:23

> -----Mensagem original-----
> De: rmtakata [mailto:rmtakata@altavista.net]
>
> --- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> > A Maternidade São Paulo até agora não concluiu o famigerado exame do
> > pezinho de minha filha que já tem mais de 3 meses.
>
> Normal numas. E' normal pelo padrao
> burocratico das coisas por aqui. Mas
> um exame clinico nao demora tto tempo assim.
> E' coisa pra no maximo cinco dias.
>
> (Provavelmente virao com a desculpa de
> q. ha' muitos exames para fazer.)

Valeu, Takata, obrigado!

Liguei lá e rodei a bainana até me transferirem para
o ramal do laboratório. Me informaram que os exames de
fenilcetonúria e TSH foram feitos logo após o parto.
Falta só o T4 que não é urgente. Só mesmo soltando os
cachorros, né? Não custava os manés terem explicado desde
o início. Eu sou leigo, não estúpido.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: meningite outra vez
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/02/2002 15:27

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> Sobre a vacinação da meningite.
>
> Segundo as autoridades portuguesas, existem vários tipos de
> meningite. Vacinar toda a população contra um dos tipos,
> no caso o tipo C, é uma má ideia porque alterará a ecologia
> nas meninges (ou lá o que é). Ao destruir os agentes de tipo
> C, os outros agentes, de tipo A e B (suponho) ficam em vantagem
> e podem causar outros tipos de meningite. Interessant, não é?

Eu iria comentar e me esqueci.

Existe algo semelhante no caso da dengue.
Estamos sob mais um episodio de epidemia
aqui no Brasil.
So' existe vacina contra um dos quatro
tipos de dengue. Mas como temos os
quatro tipos de virus aqui e ha' uma
alta probabilidade de ocorrencia da
dengue hemorragica em uma segunda infecao
com um virus de tipo diferente, nao
e' muito util fazer a vacinacao por aqui --
o q. so' faria aumentar os casos da forma
mais grave da doenca.

[]s,

Roberto Takata





SUBJECT: Re: RES: Duvida - Exame do Pezinho
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/02/2002 15:29

--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> > um exame clinico nao demora tto tempo assim.

Digo, exame laboratorial.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O Deslocamento Azul
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/02/2002 15:45

On Fri, 22 Feb 2002, sergiotaborda wrote:
> Isso não pode ser. Quando se fala em blue e red shift , ele é
> provocado pela velocidade final. Pq na realidade é essa a velocidade
> relativa, e é essa unica que se pode medir daqui.
> A velocidade de expanção do universo não pode ser maior quando ha um
> blue-shift.

O que eu quiz dizer é que se o Universo não se expandisse os objetos
estariam se aproximando, mas como a velocidade de expansão é maior que a
de aproximação o resultado é um afastamento o que causa um redshift.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
One Ring to rule them all



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Imagens Galáticas
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/02/2002 15:50

On Fri, 22 Feb 2002, sergiotaborda wrote:
> Se é de dentro como é que se vê o centro e o exterior? E como é que
> se pode dizer com uma setinha a apontar: "o Sol está aqui"

Se estou dentro de uma sala com uma janela eu posso tanto ver o interior
da sala como o jardim lá fora.

> Se o sol está no ponto de observação de onde se tira a foto, então
> não se pode por uma setinha a apontar.

Na verdade não pode, tanto que a imagem não possui setinha. Na verdade não
se sabe se a Via Lactea é uma espiral simples ou barrada ou de X
braços. Dizer que é uma expiral simples e apontar o Sol em um determinado
ponto é fazer uma estimativa, baseado nos poucos dados que se têm.

> Seria o mesmo que eu tirar um foto de uma paisagens e depois por uma
> seta dizer onde eu me encontro. Eu não me encontro na paisagem.

Use the force, Luke.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
One Ring to rule them all



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O Deslocamento Azul
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/02/2002 15:55

On Fri, 22 Feb 2002, rmtakata wrote:
> Se eu largo uma pedra a uma aceleracao g
> na Terra ou em Sigma 4 eu espero q. ela
> se comporte mais ou menos do mesmo modo.

Sigma 4??? Acabou de dar a maior bola de que sua física se baseia em
Jornada nas Estrelas :-))))

Agora sabemos o que o Takata assiste quando passa o Gugu...

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
One Ring to rule them all




SUBJECT: Re: O Deslocamento Azul
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/02/2002 16:24

--- In ciencialist@y..., TARCISIO BORGES <tbs97@f...> wrote:
> Sigma 4??? Acabou de dar a maior bola de que sua física se baseia em
> Jornada nas Estrelas :-))))
>
> Agora sabemos o que o Takata assiste quando passa o Gugu...

E eu me controlando pra nao falar em Nebula M78...

(Jornadas passa na hora do Gugu?)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Resistencia e Repressao
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/02/2002 17:35

--- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:
> Takata: Continua sendo um mecanismo inutil e perigoso. A repressao
> permite a criacao de neuroses. Uma interpretacao q. nao seja
> traumatica -- realista, nao.
>
> Manuel: O gene que torna os indivíduos resistentes à malária pode
> gerar alguns indivíduos doentes, portadores da anemia falsiforme.
> Gene inútil e perigoso.

Nao, porq. foi demonstrado q. copias desse alelo em dose simples
torna o individuo resistente 'a malaria. Pode ser perigoso, mas nao
e' inutil. Onde e' inutil ele tende a ser selecionado contra.
A repressao e' inutil porq. sem repressao a crianca se desenvolve
de modo saudavel do mesmo modo -- bastaria mudar as interpretacoes:
processo q. nao envolve o risco da neurose posteriormente.

O experimento de Freud com as criancas parece demonstrar claramente
q. a repressao e' inutil. Qual o processo q. supostamente curaria
os individuos da neurose qdo adultos? O processo de livre-associacao
ate' se chegar ao q. estava reprimido -- o q. estava reprimido agora
consciente e agora adulto torna-se inocuo. Teria sido reprimido na
crianca porq. nela nao seria inocuo. Oras, se ela ao serem
psicanalisadas pelo mesmo metodo nao apresentam problemas
posteriores, como poderia ter sido perigoso na infancia? Pra mim e'
um tto misterioso. Eu diria q. e' porq. a coisa nao se processa
exatamente do modo como se esta' falando.

> Takata: Sera' q. eu perdi a minha infancia?
>
> Manuel: Talvez sim, talvez você não se lembre. Ou talvez você nunca
> teve uma infância, caso seja uma máquina de Turing fabricada no
> Japão pela Mitsubisht, re re! (brincadeirinha!)

Meu Deus. Agora estou numa crise existencial.

> Manuel: O organismo se adapta ao meio através dos mecanismos da
> mutação genética e da seleção natural. Ora, entre os animais
> gregários (em que as relações sociais compreendem, além das
> relações sexuais, relações de aprendizado, relações de proteção às
> crias, relações de troca, relações de cooperação para a caça, a
> colheita e a defesa do território, etc.) a sociedade constitui um
> segundo meio.

Mas se essa pressao se da' 'as expensas do individuo nao
adianta. A populacao ira' minguar ate' a extincao. O q.
pode haver e' q. a protecao do grupo aumente as chances
de perpetuacao do individuo -- entao ele ajudando o grupo
estara' ajudando a si e ai' sim o mecanismo pode prosperar.

> Sobre a seleção de grupo, o tema é controverso. Segundo Gould, as
> espécies não são abstrações, mas entes autônomos que, como os
> indivíduos, também são selecionados. Gould fala de uma micro-
> evolução (em que os indivíduos são selecionados) e de uma macro-
> evolução, em que a seleção natural estabelece a triagem não
> diretamente dos indivíduos, mas de grupos inteiros, das
> espécies.

A nomenclatura esta' estranha. Microevolucao normalmente
e' aplicada para a evolucao em nivel populacional e
macroevolucao em termos de evolucao em nivel de especies --
mas nao tem uma relacao direta com regimes de selecao.

Ainda nao descobriram um mecanismo de macroevolucao q.
nao seja reflexo da microevolucao.

> Cada espécie tem uma estratégia reprodutiva. Aquelas cuja
> estratégia reprodutiva é mais eficiente num determinado ambiente,
> estas são selecionadas.

Nao como um grupo. Normalmente sao os individuos.

> Manuel: Sim, tem necessariamente a ver com repressão, visto que o
> soldado não sente a sensação de medo

Isso nao e' necessariamente repressao.
Uma pessoa alcoolizada pode apresentar comportamentos
destemidos. Pode ser uma alteracao generalizada nos
padroes -- alias e' o q. parece acontecer normalmente
em situacoes de estresse extremado como a guerra. E
nao uma repressao especifica de um fato especifico.

> Manuel: Estranhos seriam os pesadelos se não fosse a função
> orgânica que eles desempenham. Têm-se pesadelos por quê?

Doencas nao desempenham funcoes de
reequilibrio... Nao q. pesadelos sejam
doencas, claro.

> Manuel: "Bem" são os mecanismos psíquicos da repressão e da
> resistência, que pode gerar neurose, mas não gera necessariamente.
> quanto à neurose, se a neurose não impede que o neurótico se case e
> gere uma prole (e, de fato, não impede), então, do ponto de vista
> da perpetuação dos genes ou da espécie, a
> neurose não é um mal. Mas também não é um bem. É apenas um custo.

So' q. os custos tendem a ser eliminados.
Ele nao impede totalmente, mas na media
individuos sem mecanismos de repressao q.
nao tem o onus da neurose (q. sim pode comprometer
a sociabilidade ou pelo menos diminuir as
chances de sucesso reprodutivo) e tbm
nao apresentam traumas se darao melhor.

> Manuel: Se o mal não é tão mal ao ponto de impedir que o indivíduo
> se reproduza, então essa característica "melhor para a sociedade"
> tenderá a ser selecionada.

De forma alguma. Se nao tem uma contrapartida
para o individuo -- sua descendencia -- nao
adianta esse altruismo.

Se quiser ponho isso matematicamente.

> Produz-se milhões para que dois ou três sobrevivam.

Se nao se produzissem milhoes menos ainda
sobreviveriam. E essa sobrevivencia e' a vantagem
reprodutiva do individuo.

> Há ainda o caso do "louva-a-deus": enquanto o macho copula com a
> fêmea, esta, impiedosamente, devora a sua cabeça, nutriente
> imprescindível para uma boa gestação.

Mais uma vez a selecao e' em cima do individuo.
O individuo q. nao faz isso tera' menos prole.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Resistencia e Repressao
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/02/2002 17:41

Oi Takata,

Manuel: É que a causa do trauma não é o fato em si cuja lembrança a criança
reprime, mas a "interpretação" que a criança dá ao fato.

Takata: Continua sendo um mecanismo inutil e perigoso. A repressao permite a
criacao de neuroses. Uma interpretacao q. nao seja traumatica -- realista,
nao.

Manuel: O gene que torna os indivíduos resistentes à malária pode gerar
alguns indivíduos doentes, portadores da anemia falsiforme. Gene inútil e
perigoso. A faculdade humana da presciência (antevisão das possibilidades
futuras) nos faz conviver com a "dolorosa" consciência da nossa própria
morte e a dos nossos entes queridos. Faculdade inútil e perigosa. O suco
gástrico pode gerar úlceras estomacais. Suco inútil e perigoso.

Manuel: minha mãe dizia: "papai foi para o trabalho voando"; eu imaginava

Takata: Sera' q. eu perdi a minha infancia?

Manuel: Talvez sim, talvez você não se lembre. Ou talvez você nunca teve uma
infância, caso seja uma máquina de Turing fabricada no Japão pela
Mitsubisht, re re! (brincadeirinha!)

Manuel: Não, não é inútil, ao menos do ponto de vista do grupo.

Takata: Nao existe selecao de grupo. (Ou melhor, existe, mas em condicoes
muito, muito especificas.)

Manuel: O organismo se adapta ao meio através dos mecanismos da mutação
genética e da seleção natural. Ora, entre os animais gregários (em que as
relações sociais compreendem, além das relações sexuais, relações de
aprendizado, relações de proteção às crias, relações de troca, relações de
cooperação para a caça, a colheita e a defesa do território, etc.) a
sociedade constitui um segundo meio. Neste meio social cada vez mais
complexo, verifica-se também, por parte dos indivíduos que os compõe, um
processo adaptativo -- de adaptação ao meio social -- também regulado pela
mutação genética e pela seleção natural. O psiquismo humano não é o
psiquismo de um animal solitário, como o da onça, mas o psiquismo de um
animal altamente social. E, pela continuação da sociedade (a margem da qual
ele não existiria) o indivíduo tem que estar geneticamente programado para
suportar sofrimento, para o sacrifício de algumas das suas demandas e até
para morrer. Até a sociedade mais democrática e individualista da Terra, os
EUA, mandam os seus cidadãos à guerra.

Sobre a seleção de grupo, o tema é controverso. Segundo Gould, as espécies
não são abstrações, mas entes autônomos que, como os indivíduos, também são
selecionados. Gould fala de uma micro-evolução (em que os indivíduos são
selecionados) e de uma macro-evolução, em que a seleção natural estabelece a
triagem não diretamente dos indivíduos, mas de grupos inteiros, das
espécies. Cada espécie tem uma estratégia reprodutiva. Aquelas cuja
estratégia reprodutiva é mais eficiente num determinado ambiente, estas são
selecionadas.

Manuel: Exemplo: soldados na frente de batalha têm que avançar sobre o
inimigo, e atacarão com muito mais ímpeto quanto menos medo sentirem.

Takata: Isso nao tem necessariamente a ver com mecanismos de repressao. Alem
de q. por mais jovens q. recrutem para a guerra, ainda nao colocaram bebes
na frente de batalha como forca de acao -- nao por escrupulos, mas por
impossibilidade tecnica.

Manuel: Sim, tem necessariamente a ver com repressão, visto que o soldado
não sente a sensação de medo, apenas experimenta suas manifestações
somáticas. Sem medo ele é um soldado mais eficiente. Importa lembrar que a
repressão e resistência só são funcionais quando se vive num ambiente do
qual não se pode fugir (como as crianças em seu meio familiar, totalmente
dependentes dos pais que não são necessariamente bons para elas, ou são
ambíguos) e em que as lembranças e os sentimentos muito desagráveis estão
sendo constantemente suscitados. Não se pode esquecer, mas, para viver
melhor, não se deve lembrar. Por isso que se reprime e resiste. Quando mudam
de ambiente, a maioria das pessoas simplesmente esquecem. Mas há os que, por
alguma razão, mesmo que mude o ambiente permanecem com aqueles sentimentos e
lembranças no porão do inconsciente, continuam sendo assombrados pelos
antigos fantasmas e deles fugindo, gastanto parte considerável de suas
energias para reprimir e resistir. Esses são os neuróticos.

Manuel: Não seriam os pesadelos noturnos um meio de se vivenciar a ansiedade
recalcada e, deste modo, restabelecer o equilíbrio orgânico?

Takata: Modo estranho de se restabelecer algum equilibrio...

Manuel: Estranhos seriam os pesadelos se não fosse a função orgânica que
eles desempenham. Têm-se pesadelos por quê?

Manuel: Pelo "bem" do conjunto, algumas partes são sacrificadas.

Takata Nao vejo q. bem neuroses trazem...

Manuel: "Bem" são os mecanismos psíquicos da repressão e da resistência, que
pode gerar neurose, mas não gera necessariamente. quanto à neurose, se a
neurose não impede que o neurótico se case e gere uma prole (e, de fato, não
impede), então, do ponto de vista da perpetuação dos genes ou da espécie, a
neurose não é um mal. Mas também não é um bem. É apenas um custo.

Manuel: melhor para a sociedade

Takata: O fato de ser melhor para a sociedade nao garantira' a selecao de
uma caracteristica se ela faz mal para o individuo.

Manuel: Se o mal não é tão mal ao ponto de impedir que o indivíduo se
reproduza, então essa característica "melhor para a sociedade" tenderá a ser
selecionada.

Uma prova de que o que é bom para a espécie nem sempre é bom para o
indivíduo (que o que interessa mesmo é a perpetuação e a disseminação dos
genes) é o fato de que a estratégia reprodutiva de algumas espécies (peixes
teleósteos, por exemplo) não ser nem um pouco econômica em termos de
sofrimento e morte prematura para os seus próprios indivíduos. Produz-se
milhões para que dois ou três sobrevivam.

Outro exemplo é o do salmão, que, no período da desova, consomem todas as
suas energias escalando quilômetros e mais quilômetros de corredeiras, até
que, em algum trecho do rio (nos leitos pedregosos onde eles próprios um dia
nasceram), põem os seus milhares de ovos para em seguida morrerem (isto
para que seus corpos apodrecidos fertilizem a água do rio, proporcionando
deste modo alimentos aos alevinos).

Há ainda o caso do "louva-a-deus": enquanto o macho copula com a fêmea,
esta, impiedosamente, devora a sua cabeça, nutriente imprescindível para uma
boa gestação.

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: Resistencia e Repressao
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/02/2002 17:46

Oi Takata,

Manuel: É que a causa do trauma não é o fato em si cuja lembrança a criança
reprime, mas a "interpretação" que a criança dá ao fato.

Takata: Continua sendo um mecanismo inutil e perigoso. A repressao permite a
criacao de neuroses. Uma interpretacao q. nao seja traumatica -- realista,
nao.

Manuel: O gene que torna os indivíduos resistentes à malária pode gerar
alguns indivíduos doentes, portadores da anemia falsiforme. Gene inútil e
perigoso. A faculdade humana da presciência (antevisão das possibilidades
futuras) nos faz conviver com a "dolorosa" consciência da nossa própria
morte e a dos nossos entes queridos. Faculdade inútil e perigosa. O suco
gástrico pode gerar úlceras estomacais. Suco inútil e perigoso.

Manuel: minha mãe dizia: "papai foi para o trabalho voando"; eu imaginava

Takata: Sera' q. eu perdi a minha infancia?

Manuel: Talvez sim, talvez você não se lembre. Ou talvez você nunca teve uma
infância, caso seja uma máquina de Turing fabricada no Japão pela
Mitsubisht, re re! (brincadeirinha!)

Manuel: Não, não é inútil, ao menos do ponto de vista do grupo.

Takata: Nao existe selecao de grupo. (Ou melhor, existe, mas em condicoes
muito, muito especificas.)

Manuel: O organismo se adapta ao meio através dos mecanismos da mutação
genética e da seleção natural. Ora, entre os animais gregários (em que as
relações sociais compreendem, além das relações sexuais, relações de
aprendizado, relações de proteção às crias, relações de troca, relações de
cooperação para a caça, a colheita e a defesa do território, etc.) a
sociedade constitui um segundo meio. Neste meio social cada vez mais
complexo, verifica-se também, por parte dos indivíduos que os compõe, um
processo adaptativo -- de adaptação ao meio social -- também regulado pela
mutação genética e pela seleção natural. O psiquismo humano não é o
psiquismo de um animal solitário, como o da onça, mas o psiquismo de um
animal altamente social. E, pela continuação da sociedade (a margem da qual
ele não existiria) o indivíduo tem que estar geneticamente programado para
suportar sofrimento, para o sacrifício de algumas das suas demandas e até
para morrer. Até a sociedade mais democrática e individualista da Terra, os
EUA, mandam os seus cidadãos à guerra.

Sobre a seleção de grupo, o tema é controverso. Segundo Gould, as espécies
não são abstrações, mas entes autônomos que, como os indivíduos, também são
selecionados. Gould fala de uma micro-evolução (em que os indivíduos são
selecionados) e de uma macro-evolução, em que a seleção natural estabelece a
triagem não diretamente dos indivíduos, mas de grupos inteiros, das
espécies. Cada espécie tem uma estratégia reprodutiva. Aquelas cuja
estratégia reprodutiva é mais eficiente num determinado ambiente, estas são
selecionadas.

Manuel: Exemplo: soldados na frente de batalha têm que avançar sobre o
inimigo, e atacarão com muito mais ímpeto quanto menos medo sentirem.

Takata: Isso nao tem necessariamente a ver com mecanismos de repressao. Alem
de q. por mais jovens q. recrutem para a guerra, ainda nao colocaram bebes
na frente de batalha como forca de acao -- nao por escrupulos, mas por
impossibilidade tecnica.

Manuel: Sim, tem necessariamente a ver com repressão, visto que o soldado
não sente a sensação de medo, apenas experimenta suas manifestações
somáticas. Sem medo ele é um soldado mais eficiente. Importa lembrar que a
repressão e resistência só são funcionais quando se vive num ambiente do
qual não se pode fugir (como as crianças em seu meio familiar, totalmente
dependentes dos pais que não são necessariamente bons para elas, ou são
ambíguos) e em que as lembranças e os sentimentos muito desagráveis estão
sendo constantemente suscitados. Não se pode esquecer, mas, para viver
melhor, não se deve lembrar. Por isso que se reprime e resiste. Quando mudam
de ambiente, a maioria das pessoas simplesmente esquecem. Mas há os que, por
alguma razão, mesmo que mude o ambiente permanecem com aqueles sentimentos e
lembranças no porão do inconsciente, continuam sendo assombrados pelos
antigos fantasmas e deles fugindo, gastanto parte considerável de suas
energias para reprimir e resistir. Esses são os neuróticos.

Manuel: Não seriam os pesadelos noturnos um meio de se vivenciar a ansiedade
recalcada e, deste modo, restabelecer o equilíbrio orgânico?

Takata: Modo estranho de se restabelecer algum equilibrio...

Manuel: Estranhos seriam os pesadelos se não fosse a função orgânica que
eles desempenham. Têm-se pesadelos por quê?

Manuel: Pelo "bem" do conjunto, algumas partes são sacrificadas.

Takata Nao vejo q. bem neuroses trazem...

Manuel: "Bem" são os mecanismos psíquicos da repressão e da resistência, que
pode gerar neurose, mas não gera necessariamente. quanto à neurose, se a
neurose não impede que o neurótico se case e gere uma prole (e, de fato, não
impede), então, do ponto de vista da perpetuação dos genes ou da espécie, a
neurose não é um mal. Mas também não é um bem. É apenas um custo.

Manuel: melhor para a sociedade

Takata: O fato de ser melhor para a sociedade nao garantira' a selecao de
uma caracteristica se ela faz mal para o individuo.

Manuel: Se o mal não é tão mal ao ponto de impedir que o indivíduo se
reproduza, então essa característica "melhor para a sociedade" tenderá a ser
selecionada.

Uma prova de que o que é bom para a espécie nem sempre é bom para o
indivíduo (que o que interessa mesmo é a perpetuação e a disseminação dos
genes) é o fato de que a estratégia reprodutiva de algumas espécies (peixes
teleósteos, por exemplo) não ser nem um pouco econômica em termos de
sofrimento e morte prematura para os seus próprios indivíduos. Produz-se
milhões para que dois ou três sobrevivam.

Outro exemplo é o do salmão, que, no período da desova, consomem todas as
suas energias escalando quilômetros e mais quilômetros de corredeiras, até
que, em algum trecho do rio (nos leitos pedregosos onde eles próprios um dia
nasceram), põem os seus milhares de ovos para em seguida morrerem (isto
para que seus corpos apodrecidos fertilizem a água do rio, proporcionando
deste modo alimentos aos alevinos).

Há ainda o caso do "louva-a-deus": enquanto o macho copula com a fêmea,
esta, impiedosamente, devora a sua cabeça, nutriente imprescindível para uma
boa gestação.

Abraços,
Manuel Bulcão



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Barulho no Tetrapak
FROM: "saudeinfo" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/02/2002 19:40

Depois de longa e tenebrosa ausência, vou tentar acompanhar ao menos
este thread, esperando que ninguém ainda tenha feito a pergunta.

Quando se sacode uma embalagem do tipo longa vida, o barulho que se
escuta é mínimo. Tomando como exemplo algumas marcas de suco que
possuem uma espécie de tampa abre-fecha, depois de aberto um pequeno
orifício no lacre, entra ar e a intensidade do barulho aumenta
drasticamente. Eu entendo que, antes de selar a embalagem, a pressão
ambiente ou uma deformação na caixa possam diminuir o volume e a
pressão do ar dentro da embalagem -- ou até eliminá-lo completamente.
Mas por que a mudança tão drástica? Afinal, ainda que não haja ar
nenhum dentro da embalagem, há pelo menos vapor. O efeito se deveria
então à diferença entre ar e vapor nos fenômenos envolvidos? E que
fenômenos seriam esses? Somente uma questao de transmissão? De
qualquer maneira, o choque do líquido com a parede é o mesmo (havendo
*algum* espaço além do líquido). Será que somente a diferença de
volume não líquido dentro da embalagem (e portanto maior percurso do
líquido até se chocar com a parede, que leva a maior velocidade de
choque) explica tudo?


[]s

Daniel Sottomaior



SUBJECT: Re: RES: 1984 (era: comportamento)
FROM: "airsmither" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/02/2002 00:25

--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> wrote:
> > Que eu saiba quem fabricou a Biosfera 2 nao se chamada Big
Brother.
> > "The Big Brother is wacthing you" é uma referencia directa ao
livro.
> > Eu não li o livro, mas quem leu,me contou que a ideia se baseia
numa
> > sociedade onde _todo o mundo é visto 24 horas sem qq privacidade._
> > Até que alguem descobre um lugar onde as cameras não o veêm.
> > Nas ruas existiam cartazes com aquela frase.
>
> O BB do Orwell é um perscrutador ideológico o que afasta o objetivo
> do BB da TV que é mero entretenimento (ainda que de gosto duvidoso).

Na verdade o nome Big Brother do reality show nem paga nada de
tributo a Orwell. Há um processo sobre o óbvio uso indevido do nome:
http://www.asja.org/new/courts/courts.php

O SBT citou isto ao responder às críticas da Globo sobre a 'casa dos
artistas' ser um plágio. Falando a verdade, o buraco de fechadura
símbolo da 'Casa' é bem mais apropriado ao reality show. Se for mesmo
uma criação nacional, então neste caso o SBT inventou algo
interessante.

A câmera, símbolo do BB, é mais uma referência indevida a Orwell e
suas teletelas. O filme '1984' com John Hurt é bem fiel ao livro, mas
como sempre nada se compara ao livro.

[]'s

MK
http://ceticismoaberto.cjb.net



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Resistencia e Repressao
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/02/2002 10:12

Olá André Baptista,

André (sobre neurose de guerra): Pobre soldado, além de voltar maluco da
guerra, ainda tem que aceitar que a culpa é dele mesmo, que não soube
interpretar o que via e sentia. Reprimiu seu medo e gerou uma neurose. Se
não fosse a repressão do medo, talvez tivesse ficado louco em poucos dias.
Eu não me atreveria em cutucar feridas de guerra. Melhor deixá-las
reprimidas e esquecidas.

Manuel: Os sintomas da neurose de guerra traumática são graves perturbações
motoras: tremores e paralisias. Se não se atreve a cutucar as feridas, a
deixá-las reprimidas, o neurótico em questão permanecerá inválido por um
longo tempo. Mas o interessante é que, terminada a guerra, os sintomas somem
no mais das vezes. É que o ambiente mudou, não há mais necessidade de
reprimir o medo e o impulso de fugir. Claro que cicratizes permanecem. Um
amigo do meu avô, que esteve na Segunda Guerra Mundial e que sequer
manifestou sintomas de neurose de guerra, depois de 10 anos do término da
guerra subiu num coqueiro alto para tirar côcos, no quintal da sua casa.
Quando estava lá em cima, um avião teco-teco passou. Ele pulou e quebrou as
duas pernas. Disse depois que, com o barulho do teco-teco, ele se viu
novamente na Itália, em pleno combate e sob bombardeio aéreo. Ao pular do
coqueiro ele agiu como um soldado em fuga.

André: Onde estão os freudianos que não conseguem tratar os milhares de
veteranos pirados do vietnan?

Manuel: Onde estão os freudianos? Talvez mantidos em ostracismo pelos
preconceitos contra a psicanálise alimentados pelos céticos, que difamam
Freud do mesmo modo (e talvez pelas mesmas razões) que os criacionistas
bíblicos difamam Darwin.

Manuel: ...Por meio do método catártico, curou muitos neuróticos de guerra.
Como? Fazendo-os relembrar os acontecimentos e, deste modo, vivenciar o
medo. Após a sessão cessavam os tremores, a diarréia, a insônia, etc.

André: Aonde podemos encontrar a descrição detalhada? Qual a taxa de
sucesso? Foi feito depois independentemente por outros terapeutas em outras
guerras?

Manuel: Descrições detalhadas você encontra no livro "Kriegsneurosen und
Psychiches Trauma" (Neuroses de guerra e Trauma Psíquico, 1918), de Ernst
Simmel. O Dr. Ernst Simmel foi diretor de um hospital de neuróticos de
guerra em Posen. Neste opúsculo ele relata os tratamentos que fez com esses
neuróticos valendo-se do método psicoterapêutico de Freud, cujos resultados
foram extraordinariamente favoráveis. Tanto que, no congresso psicanalítico
realizado em Budapeste em 1918, compareceram delegados oficiais do comando
militar alemão, austríaco e húngaro, os quais prometeram que seriam
estabelecidos centros para tratamento "psicológico" (em que a técnica
utilizada seria a psicanálise e o método da catarse) das neuroses de guerra.

Esses tratamentos realizados pelo Dr. Ernst Simmel, psicanalista, foi
inclusive filmado. Num desses canais a cabo da Globosat (não me lembro agora
qual deles) passou um documentário sobre Freud e a Psicanálise, que assisti.
Mostra os neuróticos de guerra antes e depois do tratamento. Impressionante.

Manuel: Ademais, o indivíduo é apenas um meio que o grupo se vale (grupo ou
espécie ou genes ou Gaia, como queira) para perpetuar-se e se disseminar.

André: Não existe uma unidade chamada "espécie" na natureza. É só um
critério de classificação, que tem de estabelecer limites arbitrários...

Manuel: Se fosse mera abstração, eu poderia fazer sexo com uma jumenta,
engravidá-la e ser pai de alguma criatura muito estranha. Claro, existem
aquelas espécies contíguas cujos indivíduos podem cruzar e gerar
descendentes "híbridos", como o tigre e o leão.

Os indivíduos de uma mesma espécie estabelecem entre si relações sexuais, de
cuidado das crias, de aprendizado e até de cooperação para a colheita, a
caça e a defesa do território. As unidades que compõem as espécies não são
os indivíduos isolados, mas os "grupos" em que se verificam essas relações
"sociais" entre os indivíduos.

Mas observe que eu falei em "grupo ou espécie ou genes ou Gaia, como
queira". Os mais holistas escolhem Gaia; os mais atomistas escolhem os
"genes egoístas".

Manuel: Como disse Weismann, o somatoplasma (o organismo individual) é
apenas o veículo e mensageiro do germoplasma ou plasma germinativo. O
bem-estar ou a felicidade do indivíduo não conta ou pelo menos é algo
secundário. O que interessa mesmo é a reprodução da vida, a reprodução pela
reprodução, muitas vezes à expensas do indivíduo.

André: O que interessa para quem? Genes são titulares de interesses? Tudo se
passa "como se" os genes tivessem um interesse egoista em se reproduzir.
"Como se" tivessem consciencia. Do nosso ponto de vista.

Manuel: Permiti-me o uso de metáforas antropomórficas. Se o Dawkins pode,
por que não posso?

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Palmeirenses colonizando a galáxia
FROM: "Luis Marcelo de Mattos Zeri" <luismarcelozeri@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/02/2002 17:03

Epa! Mexeram com o timão... pro mundo estar a mer.. que
está hoje, a bandeira deve ter sido a do Palmeiras, time
cujo mascote é o porco. É mais lógico, não? Numa lista de
ciência a lógica deve estar em primeiro lugar, hahaha.

Lµi§ Ma®¢elo

>
> ---------- Início da mensagem original -----------
> De: "Antonio" <a_ferrao@terra.com.br>
> Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Cc:
> Data: Sat, 23 Feb 2002 17:06:13 -0300
> Assunto: RES: [ciencialist] Viagem ao Espaço II
> Silvio,
>
> Será que não foi assim que a humanidade apareceu no
planeta terra? Mas acho
> que a bandeira foi a do Corinthians ...
>
> []'s
> Antonio


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SUBJECT: RES: [ciencialist] Viagem ao Espaço
FROM: "Antonio" <a_ferrao@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/02/2002 17:06

Caros Colegas,

Apenas um detalhe: Para a tripulação desta suposta nave, o tempo gasto não
seria de 80 mil anos, seria menor. Entretanto, para recebermos notícias,
aqui na Terra, o tempo seria de 80 mil anos gastos com a viagem mais 4,3
anos para um sinal de comunicação retornar para a Terra, na velocidade da
luz. Os habitantes da Terra estão aprisionados no tempo, mas não os
tripulantes da nave.

Seria muito interessante se a humanidade pudesse mandar uma grande legião de
sondas espaciais, não tripuladas, para explorarem as mais remotas regiões de
nosso Universo. Aguém poderia perguntar: - Mas para quê, se estas viajens
levariam bilhões de anos para retornarem as suas informações para a Terra?
Daqui a bilhões de anos a humanidade não existirá mais, pelo menos no
planeta Terra, que deverá ser destruído no momento da "morte" de nosso Sol.
Mas vejam bem, a missão básica de todas estas sondas seria procurar por
"buracos de minhoca" que as pudessem remetê-las a bilhões e bilhões de anos
atrás, se é que estes buracos de minhoca realmente existem.
Assim, algumas sondas bem sucedidas poderiam retornar ao nosso espaço-tempo
simplesmente navegando para o nosso querido sistema solar e esperando até
chegar no nosso tempo atual. Enquanto isso, os registros arqueológicos
captados por esta sonda em órbita da Terra, seriam incríveis, além de todo o
histórico armazenado pela sonda nesta sua gigantesca viagem pelo Universo.

Aproveitando este assunto, eu gostaria de iniciar uma discussão sobre
"Tethers", como um possível veículo de lançamento de satélites para a órbita
terrestre, talvez uma opção para o Brasil.

[]'s
Antonio


-----Mensagem original-----
De: gp [mailto:sunriseg@terra.com.br]
Enviada em: segunda-feira, 18 de fevereiro de 2002 14:45
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Viagem ao Espaço


Nos filmes de ficção científica, voar mais rápido que a luz é bico,
tecnologia banal dominada pelo engenho humano num passado remoto. Jornada
nas Estrelas não existiria sem os propulsores da nave Enterprise, capazes de
acelerar milhares de vezes mais rápido que os 300 mil km/s da luz,
encurtando para dias a viagem às estrelas. Mas a verdade é que isso é
impossível, pelo menos segundo Einstein. A velocidade da luz é um limite
universal, afirmam as equações do maior físico do século. Nada vai mais
rápido. Só para se ter uma idéia da barreira tecnológica que precisa ser
vencida basta saber que a nave Voyager 1, lançada em 1977, está hoje saindo
do sistema solar à 62.160 km/h (ou 17,2 km/s). Com esta velocidade, em 24
anos percorreu 11 horas-luz. Para atingir Proxima Centauri, a estrela mais
vizinha do sol e 4,3 anos-luz de distância, levaria 80 mil anos. Vale dizer
que - até que ocorra uma revolução tecnológica - estamos aprisionados ao
sistema solar. Mas isso não nos impede de sonhar. Nem de ousar encontrar
brechas nos castelo relativista do velho Albert. Perseguir essas brechas
significa um dia talvez poder visitar alguns dos mais de 50 planetas
orbitando planetas nas vizinhanças do sol e que foram detectados desde 1995.

Foi justamente perseguindo esse sonho que a Nasa criou dois grupos para
pesquisar novas formas de propulsão que sejam mais baratas e eficientes, e
principalmente muito, mas muito mais rápidas. A agência espacial americana
quer disparar uma missão interestelar no máximo em 25 anos. Para tanto, uma
equipe do Centro de Vôo Espacial Marshall, em Huntsville no Alabama, estuda
motores baseados no uso das energias solar, iônica, e da fusão e fissão
nuclear, cujos modelos - que em tese voariam a frações da velocidade da
luz - estão expostos nestas páginas. Já no Centro de Pesquisas Glenn, em
Cleveland, Ohio, o físico Marc Millis sonha mais alto. Quer tornar realidade
a hipotética aniquilação de matéria com anti-matéria, sistema que "acelera"
a nave do capitão James T. (de Tiberius) Kirk a velocidades centenas de
vezes maiores que a da luz.Existe muita gente entra a comunidade científica
americana que acha uma bobagem gastar recursos com tecnologias tão inúteis.
Se em 1961 John Kennedy pensasse assim, Neal Armstrong jamais teria pisado
na Lua oito anos depois. Abaixo você verá uma galeria com algumas das
propostas imaginosas, factíveis ou alucinadas, que podem um dia levar-nos a
outras estrelas.

CATAPULTA MAGNÉTICA: Foi inaugurada em 1999 no Centro Marshall uma rampa
especial. Foi feita para testar a tecnologia de lançamento de naves
aceleradas pela levitação magnética. O protótipo de 1,5 m e 13,5 kg foi
acelerado por imãs dispostos ao longo de 15 m de trilho, indo de zero a 100
km/h em meio segundo. Em 2001, os trilhos serão estendidos para 120 metros e
os testes prosseguirão. Mas para um dia essa tecnologia colocar satélites em
órbita, a agência espacial americana terá de fazer uma rampa de 1,5
quilômetro. Com esse comprimento, poderá acelerar naves de 18 ton até 1.000
km/h. Uma vez no ar, acionarão seus propulsores para atingir a órbita
terrestre.

VELA SOLAR: O conceito de velas solares não é novo. Foi imaginado em 1924
pelo pioneiro no estudo de foguetes, o soviético Fridrikh Tsander. Sua idéia
era colocar em órbita velas enormes feitas com material levíssimo e
resistente, que seriam "infladas" pela pressão da luz solar refletindo em
sua superfície. Em teoria, uma vela solar com 3,2 km de diâmetro poderia
sair do repouso no vácuo espacial para atingir Beta Centauri em apenas 40
anos. Ao passar por seu destino, a vela estaria viajando a 36 mil km/s, 12%
da velocidade da luz. A Sociedade Planetária, a maior ONG americana voltada
para o incentivo à exploração do espaço, está gastando US$ 4 milhões para
construir e lançar a Cosmos 1, a primeira vela espacial da história, a ser
lançada em 2002. Já o engenheiro Les Johnson, do Centro Marshall, tem como
missão disparar em 2010 uma vela interestelar para viajar 37 bilhões de
quilômetros ou 250 unidades astronômicas (ou 250 UA - uma UA equivale à
distância entre a Terra e o Sol). A vela será a maior nave espacial jamais
construída, com 440 m de envergadura. Segundo Johnson, voando a 98 km/s sua
sonda levará 10 anos para cobrir as 250 UA.

MOVIDO A LUZ: Assim como a vela solar, a capacidade da luz impulsionar
objetos também está por trás do Lightcraft. Funciona assim: usando um raio
laser, aquece-se o ar na parte de trás de uma sonda a temperaturas entre 10
mil e 30 mil graus, fazendo o ar explodir e criando empuxo. Em 1999,
cientistas da Força Aérea americana testaram essa hipótese e conseguiram
lançar um protótipo de 56 g a 12,5 m de altura. Num segundo teste, o
projétil subiu verticalmente até 27,4 m. A próxima meta será colocar em
órbita um projétil de 1 kg daqui 5 anos. Para despregar da gravidade
terrestre, o projétil terá que voar a 6 mach, seis vezes a velocidade do
som.

MOTOR DE DETONAÇÃO EM PULSOS E DE ANTI-MATÉRIA: Funciona com o mesmo
princípio dos motores a explosão que injetam combustível e oxigênio numa
câmara fechada e a descarga de uma vela provoca a explosão. A idéia é
construir um foguete impulsionado por uma seqüência contínua de explosões
detonadas na sua traseira. A hipótese está sendo investigada no Centro
Marshall. Já a aniquilação de matéria com anti-matéria é em tese o motor
mais rápido permitido pela física. Uma nave assim viajaria a mais de 30% da
velocidade da luz. O problema é que não se sabe ainda como produzir
anti-matéria em quantidades e a um custo aceitável. Hoje, ela é produzida em
quantidades diminutas (alguns poucos átomos) no interior dos aceleradores de
partículas. Instável, desaparece em bilionésimos de segundo.


&&& --- &&&
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http://www.ciencialist.hpg.com.br
Para sair da lista envie um mail para
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SUBJECT: RES: [ciencialist] Viagem ao Espaço II
FROM: "Antonio" <a_ferrao@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/02/2002 17:06

Silvio,

Será que não foi assim que a humanidade apareceu no planeta terra? Mas acho
que a bandeira foi a do Corinthians ...

[]'s
Antonio

-----Mensagem original-----
Alex:

basta mandar um robô com óvulos e espermatozóides congelados e, faltando 20
anos pra
chegar. ele ativa o equipamento, faz a fecundação, cuida, educa e prepara a
turma o,
findos os 20 anos (ou o tempo que o Barão de Itararé achar suficiente), em

chegando, descem, colocam a bandeira do Botafogo e colonizam mais um
planeta.
É a panespermia...

silvio.





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O Deslocamento Azul
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/02/2002 08:07



>O que eu quiz dizer é que se o Universo não se expandisse os objetos
>estariam se aproximando

Não é liquido concluir que se não se estivesse expandindo, se estaria
aproximando.

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda

"Às vezes a leitura é um modo engenhoso de evitar o pensamento"
A.Help- Historiador



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: mais caos
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/02/2002 10:45

On Wed, 20 Feb 2002, sergiotaborda wrote:

> > Aliás, é bom dizer que o que, a priori, uma mosca poderia
> influenciar são
> > eventos menores do clima, uma chuva ou um tufão. O clima global é
> > influenciado primordialmente por coisas mais... "macro": como a
> composição
> > da atmosfera e a posição da Terra em relação ao Sol (embora o
> sistema
> > solar também deva ser caótico (já que é um sistema de muitos
> corpos, e,
> > portanto, altamente não linear): ou seja, a posição de um asteróide
> > *pode* fazer diferença na evolução do sistema).
>
> Bom, entrando nas modernas teorias de previsão (todas aquelas que
> lidam com probabilidades e não com dados binários) de facto pode.
> Mas o facto de proporcionalidade for 1e-20 , diriamos que influencia ?
>
> É que por essa lógica, um corpo no universo para lá do limite
> observável tb pode influenciar...
> Assim é dficil chegar a alguma conclusão. :-)
>

Em um sistema caótico existe, quase que por definição, sensibilidade às
condições iniciais, portanto, se o sistema solar for realmente caótico, o
tal asteróide *vai* exercer sua influência, no sentido de que a evolução
do sistema seria muito diferente a longo prazo (nesse caso, astronômico, a
longíssimo prazo) se ele não estivesse lá.

Um exemplo nada físico que me ajudará a tentar explicar o que significa a
tal "sensibilidade às condições iniciais" é um mapa unidimensional.
Temos uma função f(x), dou um valor inicial para sua variável: x0, e então
aplico f(x) sobre este valor e obtenho x1: x1 = f(x0) e obtenho x2 de
maneira análoga: x2 = f(x1) = f(f(x0)) e assim por diante (a cada
aplicação se dá o nome de iterada) chamamos de trajetória do mapa a
seqüência (x0,x1,x2,...).
O exemplo que quero dar é o
f(xI) = (10*xI-1)mod 1

onde "xI" é o i-ésimo valor da variável "x" e "xI-1" o valor anterior e
onde "a mod b" é a função que me dá o resto da divisão de "a" por
"b" (ex.: 5 mod 2 =1, 7.123 mod 1 = 0.123 , 8 mod 2 = 0 , 2.45 mod 3 =
2.45 , etc.).
Assim vê-se que o efeito desse mapa é o de "puxar para a esquerda" o
número, pela multiplicação por 10, e então "cortar" a parte inteira do
número resultante, pela aplicação de mod 1.

Sejam então duas condições iniciais muito próximas (coincidem até a sexta
casa):
x0 = 0.123456111111111... e
x0' = 0.123456789123456...

Vejamos então que trajetórias teremos:

x0 = 0.123456111111111... | x0' = 0.123456789123456...
x1 = 0.234561111111111... | x0' = 0.234567891234567...
x2 = 0.345611111111111... | x0' = 0.345678912345678...
x3 = 0.456111111111111... | x0' = 0.456789123456789...
x4 = 0.561111111111111... | x0' = 0.567891234567891...
x5 = 0.611111111111111... | x0' = 0.678912345678912...
x6 = 0.111111111111111... | x0' = 0.789123456789123...
x7 = 0.111111111111111... | x0' = 0.891234567891234...
x8 = 0.111111111111111... | x0' = 0.912345678912345...

Nosso mapa tem imagens contidas no intervalo [0,1], e esse exemplo mostra
como que duas condições iniciais que diferiam apenas por um milhonésimo
levaram a trajetórias que depois de apenas 8 iterações diferem por um
valor da ordem do tamanho do intervalo no qual o mapa é definido.

Obs.: Um mapa que divirja sempre (ex: com f(x) = 10*x somente) também
apresentará trajetórias com diferenças crescentes, mas nem por isso será
caótico, afinal nem existe aí a "sensi... " pois todas as condições
iniciais tendem para infinito. Uma trajetória caótica deve ser limitada,
então a divergência de trajetórias não acontece o tempo todo, existem
(infinitos) momentos em que as trajetórias se aproximam (arbitrariamente)
mas sem nunca se repetir exatamente: o que leva a nova divergência. E é
por isso não é de se extranhar que a nona iterada do mapa leve a valores
próximos : x9=0.111... e x9'=0.123..., o que importa é que eles divergirão
novamente.

É assim que nosso asteróide vai influenciar todo o sistema solar, se este
for caótico, sua influência talvez esteja na centésima casa após a
virgula, mas após um tempo suficientemente longo isso fará toda a
diferença (mas é claro: há milhares de asteróides).

Não sei se consegui ser claro.

Demorei a responder, e isso será freqüênte, pois não tenho podido ler meus
mails (e respondê-los) por falta de tempo.

Abraços,
Stafusa



SUBJECT: Re: [ciencialist] Barulho no Tetrapak
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/02/2002 12:12

Olá Daniel (e todos),

comecemos pelo "martelo d'água", um tubo de vidro de paredes espessas com cerca de 3/4 de sua capacidade preenchido com água e selado a fogo após a retirada expressiva do ar interno.
Virando-se bruscamente esse dispositivo sente-se a seca pancada da água contra o fundo do frasco ... um verdadeiro martelo de água!
A causa disso é dupla: uma é a inércia do líquido, outra é a ausência da "mola" de ar que existiria caso esse não fosse retirado. No martelo de água, a água ao ser 'sacudida' reage como "um todo", como se fosse um sólido; coisa que não acontece se houver ar dissolvido na água e a banhar a superfície livre. O som do martelo de água é seco e muito diferente do golpe corriqueiro da água.
Vamos ao tetrapak: ao se fechar a embalagem retira-se o ar de seu interior. Esse ar estava não só no espaço acima da superfície como também no interior do leite. [Se a embalagem fosse transparente vc veria que o leite ao ser sacudido não faz espuma.]
Ao se sacudir a embalagem com esse leite, todo o leite comporta-se com uma massa única produzindo golpes razoavelmente seco (não tanto, uma vez que a embalagem não é corpo rígido como o é o tubo de vidro do martelo de água). O som produzido é proveniente da 'expansão' da embalagem contra o ar ambiente e não de som produzido internamente pelo bater dar 'águas' entre si e contra a embalagem.
O leite foi embalado (e extraído o ar) quando bastante quente (ao sair da pasteurização), de modo que a pressão de vapor interna corresponde á aquela temperatura alta. Ao entrar em equilíbrio com o meio ambiente (ou mesmo resfriado em geladeira) a pressão de vapor diminui acentuadamente (o que faz com que a embalagem se deforme mais ainda sob ação externa da pressão atmosférica); boa parte desse vapor retorna á fase líquida. Reina apenas a pressão de vapor saturante na temperatura ambiente ... que é muito pequena, pode ser negligenciada.

Eis minha sugestão para a questão.

[]'
Léo
===================
-----Mensagem Original-----
De: "saudeinfo" <cetico@hotmail.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: sexta-feira, 22 de fevereiro de 2002 19:40
Assunto: [ciencialist] Barulho no Tetrapak


Depois de longa e tenebrosa ausência, vou tentar acompanhar ao menos
este thread, esperando que ninguém ainda tenha feito a pergunta.

Quando se sacode uma embalagem do tipo longa vida, o barulho que se
escuta é mínimo. Tomando como exemplo algumas marcas de suco que
possuem uma espécie de tampa abre-fecha, depois de aberto um pequeno
orifício no lacre, entra ar e a intensidade do barulho aumenta
drasticamente. Eu entendo que, antes de selar a embalagem, a pressão
ambiente ou uma deformação na caixa possam diminuir o volume e a
pressão do ar dentro da embalagem -- ou até eliminá-lo completamente.
Mas por que a mudança tão drástica? Afinal, ainda que não haja ar
nenhum dentro da embalagem, há pelo menos vapor. O efeito se deveria
então à diferença entre ar e vapor nos fenômenos envolvidos? E que
fenômenos seriam esses? Somente uma questao de transmissão? De
qualquer maneira, o choque do líquido com a parede é o mesmo (havendo
*algum* espaço além do líquido). Será que somente a diferença de
volume não líquido dentro da embalagem (e portanto maior percurso do
líquido até se chocar com a parede, que leva a maior velocidade de
choque) explica tudo?


[]s

Daniel Sottomaior


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Palmeirenses colonizando a galáxia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/02/2002 12:24

Há tanta lógica nessa premissa como há na assinatura "Lµi§ Ma®¢elo". :-)))
Se é para guiar a nave por mares nunca dantes navegados só pode ser o curintias pois, é o único que tem "timão" (equipamento próprio para a navegação). O mal da história é o "fiel", uma vez que não há balança alguma envolvida na questão. Por via da dúvidas é melhor apontar o S.P.F.C. como colonizador galáctico, principalmente dado seu participantes: Poy, Rui, Bauer, Noronha e Teixeirinha ... os demais são meros apoiadores.

[]
'Léo
============
-----Mensagem Original-----
De: "Luis Marcelo de Mattos Zeri" <luismarcelozeri@bol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: sábado, 23 de fevereiro de 2002 17:03
Assunto: [ciencialist] Palmeirenses colonizando a galáxia


Epa! Mexeram com o timão... pro mundo estar a mer.. que
está hoje, a bandeira deve ter sido a do Palmeiras, time
cujo mascote é o porco. É mais lógico, não? Numa lista de
ciência a lógica deve estar em primeiro lugar, hahaha.

Lµi§ Ma®¢elo

>
> ---------- Início da mensagem original -----------
> De: "Antonio" <a_ferrao@terra.com.br>
> Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Cc:
> Data: Sat, 23 Feb 2002 17:06:13 -0300
> Assunto: RES: [ciencialist] Viagem ao Espaço II
> Silvio,
>
> Será que não foi assim que a humanidade apareceu no
planeta terra? Mas acho
> que a bandeira foi a do Corinthians ...
>
> []'s
> Antonio


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O Deslocamento Azul
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/02/2002 14:19

Essa história da "expansão" do universo pode assumir outra interpretação.

Adotemos como 'expansão' apenas o aumento das distâncias relativas entre as 'partículas'. Cada partícula está em seu repouso relativo e todas as outras afastam-se dela. Qualquer partícula pode ser assumida como "centro de expansão". Para cada partícula, todas as outras têm velocidades distintas de afastamento, função de suas distâncias até ela; quanto mais afastadas mais rapidamente se afastam (e isso nada mais é do que a soma vetorial dos afastamentos relativos).
Desse modo, todo o universo apresentará aumento superficial em sua fronteira ... e a fronteira não poderá conter partícula alguma!
Nessa expansão só poderá ocorrer um tipo de inter-ação, a gravitacional. Isso nos leva a concluir que, para cada partícula, todas as outras, no início, tinham velocidade inicial "para fora". Assim, houve infinitos Big-Bangs! ... não necessariamente simultâneos.

[]'
Léo/deus/introdutor dos múltiplos big bangs.
============
-----Mensagem Original-----
De: "Sérgio Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: domingo, 24 de fevereiro de 2002 08:07
Assunto: Re: [ciencialist] Re: O Deslocamento Azul


|
|
| >O que eu quiz dizer é que se o Universo não se expandisse os objetos
| >estariam se aproximando
|
| Não é liquido concluir que se não se estivesse expandindo, se estaria
| aproximando.
|
| Cumprimentos,
|
| Sérgio M. M. Taborda
|
| "Às vezes a leitura é um modo engenhoso de evitar o pensamento"
| A.Help- Historiador
|
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SUBJECT: Re: Resistencia e Repressao
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/02/2002 14:35

Olá Takata,

Takata: A repressao e' inutil porq. sem repressao a crianca se desenvolve de
modo saudavel do mesmo modo -- bastaria mudar as interpretacoes: processo q.
nao envolve o risco da neurose posteriormente.

Manuel: A repressão ou recalque é um mecanismo (o mais econômico) para se
resolver conflitos psíquicos, conflitos estes que envolvem desejos, valores,
sentimentos e idéias. Afinal, vivemos em sociedade e com freqüência nossos
interesses conflituam com os dos outros a quem amamos ou dependemos ou mesmo
com o interesse geral. Temos também que renunciar a certos prazeres
presentes em prol de prazeres maiores no futuro ou para evitar conseqüências
muito desprazerosas. Sendo assim, a repressão ou recalque não tem em si um
caráter patológico; "em grau moderado, auxilia o ajuste diário da
personalidade." Sem falar que há mecanismos saudáveis para se lidar com as
pulsões reprimidas, como, por exemplo, a "sublimação".

Mas quando o conflito é demasiado intenso (não importa se as causas do
conflito são reais ou imaginárias), quando a escolha, qualquer que seja ela,
implica em renúncias muito grandes, neste caso o mecanismo da repressão não
funciona a contento. Deixa mesmo de ser econômico, ou seja, o custo passa a
ser muito alto quando não maior que o benefício, já que o indivíduo dispende
muita energia na "resistência" ao reprimido. São nestes casos que podem
surgir os sintomas neuróticos, que geram tanto sofrimento quanto o conflito
em si. São nestes casos que a repressão pode tornar-se patogênica. Como o
suco gástrico, que desempenha uma função orgânica importante mas que, em
situação de stress do organismo, é secretado em excesso e pode gerar úlceras
no estômago. De funcional torna-se patogênico.

Takata: O experimento de Freud com as criancas parece demonstrar claramente
q. a repressao e' inutil. Qual o processo q. supostamente curaria os
individuos da neurose qdo adultos? O processo de livre-associacao ate' se
chegar ao q. estava reprimido -- o q. estava reprimido agora consciente e
agora adulto torna-se inocuo. Teria sido reprimido na crianca porq. nela nao
seria inocuo.

Manuel: Se os sintomas neuróticos, conseqüências da repressão, causam tanto
sofrimento quanto o conflito que os gerou, então, se se chega ao reprimido,
se se toma consciência do conflito, podemos lançar mãos de outros meios mais
eficientes que a repressão para a sua resolução. No caso da criança, quando
se conclui que o fato gerador do conflito é real e não uma fantasia, a
resolução demandaria uma reestruturação do ambiente familiar, de modo a
torná-lo menos "insalubre", mais favorável ao desenvolvimento da criança.

Sim, a repressão, que não era inócua na criança, tornar-se inócua no adulto,
haja vista que o ambiente mudou. Caso o conflito edipiano, em decorrência de
alguns fatores do ambiente familiar, não foi superado pela criança mas
apenas recalcado, ao tornar-se adulto o indivíduo irá reproduzir esse
conflito infantil e as defesas contra ele em seu novo ambiente. (como
aqueles neuróticos de guerra do Vietnam que reproduzem o ambiente de guerra
em sua pacífica cidadezinha natal no interior do Alabama, chegando mesmo a
assassinar dezenas de pessoas nos shoppings e Mac'Donalds.) Será aquele
adulto que tem por qualquer autoridade um medo ou ódio irracional; que
diante de um indivíduo do sexo oposto é acometido por uma enorme timidez;
que reproduz com a esposa os mesmos vínculos simbióticos (relação de
dependência) que antes tinha com a mãe; que se sente culpado por toda
desgraça que acontece ao seu redor e que, por isso, vive a se castigar, etc.

Um dado interessante: aquelas crianças que manifestaram ansiedade neurótica
na fase da crise edipiana, após os seis anos deixam de apresentar essa
ansiedade. Parece até que se curou. A ansiedade, porém, retorna na puberdade
e o adulto neurótico começa a se formar. A coincidência entre os altos e
baixos da ansiedade neurótica e a curva da testosterona (o hormônio da
libido) é uma regra: estágio fálico da libido > período de latência >
estágio genital da libido. Na primeira infância, a quantidade de
testosterona no organismo é relativamente alta; entre os 7 e 12 anos de
idade, a quantidade é baixíssima (cerca de 1% do adulto); após os 12 anos, a
quantidade de testosterona volta a crescer.

Significa dizer que o que estabelece a continuidade entre a neurose infantil
e a neurose no adulto não é tanto o ambiente, mas o desejo, a libido. Talvez
seja por isso que o Prozac acaba com a depressão e a ansiedade neuróticas,
haja vista que um de seus "efeitos colaterais" é a diminuição da libido, re
re! Será que a cura da neurose se dá porque o remédio deixa o indivíduo
sexualmente inapetente?

Takata: Mas se essa pressao se da' 'as expensas do individuo nao adianta. A
populacao ira' minguar ate' a extincao. O q. pode haver e' q. a protecao do
grupo aumente as chances de perpetuacao do individuo -- entao ele ajudando o
grupo estara' ajudando a si e ai' sim o mecanismo pode prosperar.

Manuel: Haja ou não seleção de grupo (você disse que há, em casos muito
específicos, quais são esses casos?), o certo é que, como apontou G. C.
Williams, existem nos animais adaptações não para a sobrevivência do
indivíduo, mas para a sobrevivência do grupo ou da espécie. Já citei os
casos dos peixes teleósteos, do salmão e do louva-a-deus. Vou citar agora o
caso das moscas cecidomídeas da espécie "Mycophila speyeri". Essas moscas,
dependendo das condições ambientais, reproduzem-se ora pela via comum do
sexo, ora por partenogênese. Quando a reprodução se dá assexuadamente, as
larvas se alimentam do próprio corpo da fêmea partenogênica. "Para crescer,
a descendência devora a mãe, de dentro para fora." As filhas, por sua vez,
serão igualmente devoradas por suas filhas, e isso se segue por várias
gerações. Creio que esse processo deve implicar em dor, muita dor (a
propósito, as moscas sentem dor?) e a dor é, para o indivíduo, um mal. Mas
como diz o velho deitado, "têm males que vêm para o bem." -- No caso, para o
bem da espécie.

Posso até citar, a título de ilustração, o caso da espécie humana. Enquanto
éramos comunidades de irmãos, no distante paleolítico superior, éramos
também um animal raro. A população humana veio a aumentar significativamente
com o surgimento das relações de exploração do homem pelo homem (para usar
um jargão marxista), um fenômeno raro entre os "selvagens". Quando o homem,
após domesticar e explorar animais, aprendeu também a domesticar e explorar
outros homens, quando a sociedade cindiu-se em senhores e escravos, o
trabalho escravo aumentou significativamente a produção de víveres (já que
um escravo, sob o chicote, pode trabalhar até 16 horas por dia ou mais), o
que tornou possível um crescimento sensível da população humana (tanto
senhores quanto escravos). Foi quando saímos da barbárie neolítica e
ingressamos na Civilização. A revolução industrial na Inglaterra incrementou
ainda mais a produção de "meios de existência", possibilitando deste modo um
crescimento exponencial da população européia, sobretudo do seu estrato
miserável, o que se deu à custa de uma super-exploração da classe
trabalhadora, isto é, deste estrato miserável: jornadas de trabalho
extenuantes de até 16 horas, salários baixíssimos, trabalho infantil
(crianças de sete anos de idade trabalhavam em oficinas úmidas e insalubres,
cumprindo jornadas de até 12 horas e sob o grito dos capatazes), tudo isso
num contexto de pobreza crônica, doenças, mortes prematuras e muita, muita
violência. O aumento da riqueza geral não tornou os indivíduos menos pobres:
apenas fez aumentar o número de miseráveis. É, a espécie humana se
disseminou pelo planeta à custa da exploração, da bestificação da maioria
das pessoas e de muito sofrimento individual. Pelo "bem" da espécie...

Manuel: Sim, tem necessariamente a ver com repressão, visto que o soldado
não sente a sensação de medo...

Takata: Isso nao e' necessariamente repressao. Uma pessoa alcoolizada pode
apresentar comportamentos destemidos. Pode ser uma alteracao generalizada
nos padroes -- alias e' o q. parece acontecer normalmente em situacoes de
estresse extremado como a guerra. E nao uma repressao especifica de um fato
especifico.

Manuel: Explique-me então as manifestações somáticas (apenas as somáticas)
do medo que ocorreram 'a posteriori' nos soldados: tremores, diarréia,
sudoração excessiva, taquicardia, etc. Explique-me também o sucesso
extraordinário do Dr. Ernst Simmel ao submeter os neuróticos de guerra
alemães, em 1917, a um tratamento baseado no método catártico de Breuer e
Freud, o qual consiste em fazer o indivíduo vivenciar a sensação do medo:
depois de "sentirem" o medo antes recalcado, os neuróticos recuperaram
plenamente e de forma permanente o controle psico-motor.

Manuel: Estranhos seriam os pesadelos se não fosse a função orgânica que
eles desempenham. Têm-se pesadelos por quê?

Takata: Doencas nao desempenham funcoes de reequilibrio... Nao q. pesadelos
sejam doencas, claro.

Manuel: Sim, disseste bem, pesadelo não é doença. Assim como a febre não é
doença, mas manifestação de um desequilíbrio orgânico e sinal de que o
organismo está a resistir ao germe patogênico. Sei de pessoas muito doentes
que morreram poucas horas depois de cessar o estado febril, e quando todos
julgavam que o enfermo estava a melhorar. A febre cessou porque o organismo
deixou de resistir, exauriu-se toda a capacidade de resistência, perdeu a
guerra.

O pesadelo é tão desconfortável quanto um estado febril. Mas, como a febre,
é um sinal de que o indivíduo, por meio de mecanismos inconscientes, está
tentanto eliminar algum fator patogênico. Li em algum livro, não me lembro
qual, que alguns psicóticos não conseguem sonhar. Será que são psicóticos
devido a essa incapacidade?

Manuel: "Bem" são os mecanismos psíquicos da repressão e da resistência, que
pode gerar neurose, mas não gera necessariamente. quanto à neurose (...) não
é um mal. Mas também não é um bem. É apenas um custo.

Takata: So' q. os custos tendem a ser eliminados...

Manuel: Nossa espécie é muito jovem, tem cerca de 100 mil anos de vida,
quando a média de vida de uma espécie de vertebrado é de 3,5 milhões de
anos. Acho que 100 mil anos não é tempo suficiente para que os mecanismos da
mutação genética e da seleção natural eliminem alguns "custos". Só sei que,
malgrado sejamos uma espécie jovem, nós hoje dispomos de meios que podem nos
levar ao extermínio: milhares de bombas atômicas. Stephen Hawking não crê
que a humanidade dure mais mil anos. É possível que venhamos a morrer muito
jovens em decorrência de algum custo evolutivo muito alto. Seria bom que
tentássemos eliminar ou ao menos mitigar este custo por meio do
auto-conhecimento e da razão, já que não podemos contar com o instinto. "O
que era Id, que se torne doravante Ego", disse certa vez o racionalista
Sigmund Freud.

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Fw: Ingles ou Espanhol
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/02/2002 15:29

Na minha divina ignorância só sei escrever em português. Assim, apreciaria que os amigos enviassem links sobre o tema (ou texto próprio) para nosso consulente chileno. Agradeço.
[]'
Léo
============
-----Mensagem Original-----
De: <rbittner@starmedia.com>
Para: <LEO@BARRETOS.COM.BR>
Enviada em: sexta-feira, 22 de fevereiro de 2002 18:34


| Hola profesor Luiz Ferraz Netto
| Soy Rodrigo Bittner vivo en Concepcion-Chile,estudio ingenieria civil en la Universidad del Bio-Bio.
| Estoy en mi ultimo año de estudio,presentando la memoria, y a travez de internet me di cuenta sobre el concepto de golpe de ariete que Ud. maneja,lo cual es muy importante para mi memoria hondar mas en el tema,por lo que me gustaria saber como (numericamente)se puede calcular en una tuberia (de longitud L)la cantidad de ventosas u otro dispositivo mejor a colocar a lo largo de esta tuberia, tanto en tuberias de aduccion como de impulsion,utilizando formulas como la de allevi y micheaud.
| La cual le solicito por favor,si no fuera mucho la molestia, alguna respuesta la cual para mi seria muy util.
| De ante mano muchisimas gracias.
| P.D.:Si existiera alguna respuesta,le pido que sea en ingles o español.Gracias
|
| se despide Rodrigo Bittner.
| ------------------------------------------------------------------------------
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|
| ------------------------------------------------------------------------------




SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: ¿Golpe de ariete? Era: Ingles ou Espanhol
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/02/2002 17:23

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Sunday, February 24, 2002 3:29 PM
Subject: [ciencialist] Fw: Ingles ou Espanhol

> ... apreciaria que os amigos enviassem links sobre o tema (ou texto
> próprio) para nosso consulente chileno. Agradeço.

> | ... a travez de internet me di cuenta sobre el concepto de golpe de
> | ariete que Ud. maneja...

Pero, si es Ud quien maneja el golpe de ariete, ¿Como haremos nosotros, los
puebres mortales, para atender al consulente? :-)))))

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm

PS (Aliás, este PS é mais importante do que a mensagem em si):

1) Instalei o ruindows XP sexta-feira última e entre uma formatação e outra
do disco rígido perdi algumas mensagens enviadas à tarde (22/fev/02). Se
alguém da Ciencialist enviou-me alguma msg em pvt, e não respondi, solicito
o reenvio. As msgs da Ciencialist eu peguei em páginas Web.

2) ¿Alguém conhece o "macete" para o teclado funcionar normalmente no
ruindows XP? Estou tendo dificuldade com a acentuação, o c cedilha (ç), a
interrogação, estão todos em teclas diversas do padrão universal, embora eu
esteja utilizando o estilo "Português Br". O mais difícil está sendo a
interrogação: ela só aparece com o recurso Ctrl+Alt+w ou então com o recurso
Alt associado às teclas do NumLock. Em parte isso tem seu lado pitoresco:
estou aprendendo, por exemplo, a utilizar símbolos como o a interrogação
invertida do espanhol ---> ¿ :-))). Obs.: Meu teclado é
Microsoft!!!!!!!!!!!!!!!






SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: ¿Golpe de ariete? Era: Ingles ou Espanhol
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/02/2002 20:35

Imagino a trabalheira do espanhol: ao escrever a interrogação invertida ter que girar o caderno de 180 graus ... é um vira-desvira a todo instante. No computador tem que virar o teclado?

Então ... o nosso amigo consulente vai ficar sem resposta pois não vou escrever um texto em português e pedir para alguém passar para o inglês ou espanhol. Quem manda ele não saber a linguagem do terceiro mundo!?

[]'
Léo
===============
-----Mensagem Original-----
De: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: domingo, 24 de fevereiro de 2002 17:23
Assunto: Re: [ciencialist] Fw: ¿Golpe de ariete? Era: Ingles ou Espanhol


| ----- Original Message -----
| From: "Luiz Ferraz Netto"
| Sent: Sunday, February 24, 2002 3:29 PM
| Subject: [ciencialist] Fw: Ingles ou Espanhol
|
| > ... apreciaria que os amigos enviassem links sobre o tema (ou texto
| > próprio) para nosso consulente chileno. Agradeço.
|
| > | ... a travez de internet me di cuenta sobre el concepto de golpe de
| > | ariete que Ud. maneja...
|
| Pero, si es Ud quien maneja el golpe de ariete, ¿Como haremos nosotros, los
| puebres mortales, para atender al consulente? :-)))))
|
| [ ]´s
| Alberto
| http://ecientificocultural.com/indice.htm
|
| PS (Aliás, este PS é mais importante do que a mensagem em si):
|
| 1) Instalei o ruindows XP sexta-feira última e entre uma formatação e outra
| do disco rígido perdi algumas mensagens enviadas à tarde (22/fev/02). Se
| alguém da Ciencialist enviou-me alguma msg em pvt, e não respondi, solicito
| o reenvio. As msgs da Ciencialist eu peguei em páginas Web.
|
| 2) ¿Alguém conhece o "macete" para o teclado funcionar normalmente no
| ruindows XP? Estou tendo dificuldade com a acentuação, o c cedilha (ç), a
| interrogação, estão todos em teclas diversas do padrão universal, embora eu
| esteja utilizando o estilo "Português Br". O mais difícil está sendo a
| interrogação: ela só aparece com o recurso Ctrl+Alt+w ou então com o recurso
| Alt associado às teclas do NumLock. Em parte isso tem seu lado pitoresco:
| estou aprendendo, por exemplo, a utilizar símbolos como o a interrogação
| invertida do espanhol ---> ¿ :-))). Obs.: Meu teclado é
| Microsoft!!!!!!!!!!!!!!!
|
|
|
|
|
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|
|



SUBJECT: Ingles ou Espanhol
FROM: "Luis Marcelo de Mattos Zeri" <luismarcelozeri@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/02/2002 23:58

Mas eu achei ele meio folgado. Te escreve na língua dele
e pede que você não responda em português? Diga que você
não entendeu nada do que ele escreveu, peça pra ele
escrever em português, afinal o interessado é ele.

Lµi§ Ma®¢elo

>
> ---------- Início da mensagem original -----------
> De: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
> Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Cc:
> Data: Sun, 24 Feb 2002 20:35:38 -0300
> Assunto: Re: [ciencialist] Fw: ¿Golpe de ariete? Era:
Ingles ou Espanhol
> Imagino a trabalheira do espanhol: ao escrever a
interrogação invertida ter que girar o caderno de 180
graus ... é um vira-desvira a todo instante. No
computador tem que virar o teclado?
>
> Então ... o nosso amigo consulente vai ficar sem
resposta pois não vou escrever um texto em português e
pedir para alguém passar para o inglês ou espanhol. Quem
manda ele não saber a linguagem do terceiro mundo!?
>
> []'
> Léo
> ===============


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SUBJECT: Re: Barulho no Tetrapak
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/02/2002 08:54

--- In ciencialist@y..., "saudeinfo" <cetico@h...> wrote:
> Mas por que a mudança tão drástica

Vc esta' falando de simplesmente
abrir a caixa e depois fechar. Ou
depois de tomar um copo do produto?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Resistencia e Repressao
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/02/2002 09:20

--- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:
> Manuel: A repressão ou recalque é um mecanismo (o mais econômico)
> para se resolver conflitos psíquicos, conflitos estes que envolvem
> desejos, valores, sentimentos e idéias.

Nao me parece o mais economico. Se
a crianca psicanalisada pode lidar com
tais conflitos...

> Manuel: Haja ou não seleção de grupo (você disse que há, em casos
> muito específicos, quais são esses casos?)

Depende dos valores de alguns parametros de
selecao. Nao tenho de cabeca.

> Williams, existem nos animais adaptações não para a sobrevivência do
> indivíduo, mas para a sobrevivência do grupo ou da espécie.

Nao e' pra sobrevivencia do grupo ou da especie.
Na verdade nao e' *para* nada. Eles apresentam certas
caracteristicas q. lhes conferem vantagens reprodutivas.
A consequencia disso e' q. seus genes se perpetuam.
E isso pode ser feito 'as expensas de outros individuos
da mesma especie -- a femea louva-deus, por exemplo,
canibaliza o macho, existem outros casos de canibalismos
de filhotes. O unico motor da evolucao neste aspecto
e' q. aumenta-se o numero de descendentes q. chegam 'a
idade reprodutiva.

Digamos q. haja uma populacao com 100% de alelos A.
Digamos q. uma mutacao cause o surgimento de um
alelo a -- q. tem vantagens sobre o alelo A. Esse
alelo ira' substituir o alelo A, nao para o beneficio
da populacao, mas como simples consequencia.
Digamos q. o alelo A garanta uma populacao de 500
individuos naquela regiao -- ele gera um menor
metabolismo, os individuos crescem mais devagar,
mas utilizam menos o recurso do ambiente. O alelo
a leva a um metabolismo acelerado, faz com q. os
individuos se desenvolvam mais depressa, mas utilizem
mais recursos do ambiente. O alelo a ira' fazer com
q. a populacao se estabilize em apenas 50 individuos
naquela regiao. E' para o bem da especie? Nao. E'
para o bem do individuo? Nao. A especie teve vantagem?
Nao. O individuo teve vantagem (reprodutiva)? Sim.

Praticamente qq caso q. vc citar ira' redundar nisso.
O caso de altruismo, o proprio Darwin dizia q. se
encontrasse um caso de altruismo verdadeiro sua
teoria iria por agua abaixo. No q. ele estava
certo. Alem disso, foi o proprio Darwin q. vislumbrou
a resposta. Q. so' seria formulada mais rigorosamente
por Hamilton. O altruismo so' pode ser naturalmente
selecionado, se confere beneficio (reprodutivo) ao
agente, mesmo q. outros possam aproveitar-se disso.
E normalmente esta' ligado ao grau de parentesco
(ou probabilidade de partilharem uma copia do mesmo
tipo de um gene por descendencia em comum).

> Manuel: Explique-me então as manifestações somáticas (apenas as
> somáticas) do medo que ocorreram 'a posteriori' nos soldados:
> tremores, diarréia, sudoração excessiva, taquicardia, etc.

Estresse. Isso sao sintomas classicos de um estresse.
Eles sao tambem facilmente irritados. Soldados q. se engajam
em campanhas muito longas acabam mostrando essas manifestacoes
somaticas q. se diz 'a posteriori' -- apenas porq. recebem
baixa antes de se atingir um ponto critico.

> extraordinário do Dr. Ernst Simmel ao submeter os neuróticos de
> guerra alemães

O lance e' saber se qq outro tratamento nao teria
dado resultados satisfatorios.

Nao duvido q. uma sessao de psicanalise faca bem ao
paciente. Mas nao estou tao certo se faria tao
bem qto qq outra conversa.

> A febre cessou porque o organismo deixou de resistir, exauriu-se
> toda a capacidade de resistência, perdeu a guerra.

Tem gente q. fica mal com pesadelos. Tem q.
procurar um medico. Em todo caso o fato da febre
ser um mecanismo normal do organismo em relacao
'as infeccoes nao mostra q. o pesadelo o seja
contra "infeccoes psiquicas".

Uma das coisas q. causam estranheza em relacao
'a psicanalise e' q. quase invariavelmente
requer explicacoes metaforicas.

> Acho que 100 mil anos não é tempo suficiente para que os mecanismos
> da mutação genética e da seleção natural eliminem alguns "custos".

100.000 anos sao, nada, nada, 4.000 geracoes. Uma desvantagem
de irrisorio 1% e' varrida em coisas de algumas poucas
centenas de geracoes.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Barulho no Tetrapak
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/02/2002 09:49

Oi Takata,

ele se refere a duas situações, comparando os sons produzidos em cada uma delas: ao comprar o produto e após abri-lo.
No fundo tudo se resume em: por que a água cai em gotas? por que uma nuvem não se descarrega simplesmente como um único e compacto pacote d'água e sim em gotas? o que ocorre com o martelo d'água que muda essa situação e no qual a água move-se como corpo único (tal qual um sólido)?

[]'
Léo
===============
-----Mensagem Original-----
De: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 25 de fevereiro de 2002 08:54
Assunto: [ciencialist] Re: Barulho no Tetrapak


--- In ciencialist@y..., "saudeinfo" <cetico@h...> wrote:
> Mas por que a mudança tão drástica

Vc esta' falando de simplesmente
abrir a caixa e depois fechar. Ou
depois de tomar um copo do produto?

[]s,

Roberto Takata


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SUBJECT: Re: Resistencia e Repressao
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/02/2002 10:11

--- In ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> wrote:
> > Manuel: Explique-me então as manifestações somáticas (apenas as
> > somáticas) do medo que ocorreram 'a posteriori' nos soldados:
> > tremores, diarréia, sudoração excessiva, taquicardia, etc.
>
> Estresse. Isso sao sintomas classicos de um estresse.
> Eles sao tambem facilmente irritados. Soldados q. se engajam
> em campanhas muito longas acabam mostrando essas manifestacoes
> somaticas q. se diz 'a posteriori' -- apenas porq. recebem
> baixa antes de se atingir um ponto critico.

Legal q. esses sintomas tbm estao presentes
na velha e conhecida enxaqueca -- nao em todos
os casos, mas tbm nao em tao poucos.

Essa inespecificidade pode ser mais um ponto
para uma interpretacao de uma disfuncao generalizada
do q. para o resultado de uma repressao especifica.

A vantagem e' q. clinicamente podemos acompanhar
essas disfuncoes causadas pelo estresse e enxaqueca.
Ja' para o caso de repressao temos q. supor q.
ela causa tais efeitos. Primeiro *supor* q. ha' a
repressao e depois *supor* q. ela cause isso --
e ai' *supomos* q. a ocorrencia da disfuncao indique
q. ocorreu a repressao.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: O Deslocamento Azul
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/02/2002 11:26

--- In ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@n...> wrote:
> Não é liquido concluir que se não se estivesse expandindo, se
> estaria aproximando.

Em algum ponto estariam...

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: santa cedilha
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/02/2002 13:26

Se o seu teclado possui a tecla [Ç] então ele é um ABNT-2, senão tente
US-acentuado ou algo assim.

Estou num Linux, não tenho como tirar uma colinha.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
One Ring to rule them all

On Sun, 24 Feb 2002, Alberto Mesquita Filho wrote:
> 2) ¿Alguém conhece o "macete" para o teclado funcionar normalmente no
> ruindows XP? Estou tendo dificuldade com a acentuação, o c cedilha (ç), a
> interrogação, estão todos em teclas diversas do padrão universal, embora eu
> esteja utilizando o estilo "Português Br". O mais difícil está sendo a
> interrogação: ela só aparece com o recurso Ctrl+Alt+w ou então com o recurso
> Alt associado às teclas do NumLock. Em parte isso tem seu lado pitoresco:
> estou aprendendo, por exemplo, a utilizar símbolos como o a interrogação
> invertida do espanhol ---> ¿ :-))). Obs.: Meu teclado é
> Microsoft!!!!!!!!!!!!!!!



SUBJECT: Re:[ciencialist] santa cedilha
FROM: "Luis Marcelo de Mattos Zeri" <luismarcelozeri@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/02/2002 14:41

Não pude deixar de reparar nas frases abaixo do seu nome.
Essa, em especial, me incomodou: Seja responsável, vote
nulo. Não seria melhor trocá-la por outra assim: Seja
burro, vote nulo. ?

E dê uma lida neste texto abaixo:

O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve,
não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele
não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do
peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio
dependem das decisões políticas. O analfabeto político é
tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que
odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua
ignorância política nasce a prostituta, o menor
abandonado, o assaltante e o pior de todos os bandidos,
que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio
das empresas nacionais e multinacionais.
- Bertold Brecht -

Lµi§ Ma®¢elo

>
> ---------- Início da mensagem original -----------
> De: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Cc:
> Data: Mon, 25 Feb 2002 13:26:47 -0300 (BRT)
> Assunto: [ciencialist] santa cedilha
> Se o seu teclado possui a tecla [Ç] então ele é um ABNT-
2, senão tente
> US-acentuado ou algo assim.
>
> Estou num Linux, não tenho como tirar uma colinha.
>
> []s
> TARCISIO BORGES
> tbs97@fisica.ufpr.br
> Seja responsável, vote nulo.
> One Ring to rule them all
>


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SUBJECT: Re:[ciencialist] santa cedilha
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/02/2002 14:45

--- In ciencialist@y..., "Luis Marcelo de Mattos Zeri"
> Não seria melhor trocá-la por outra assim: Seja
> burro, vote nulo. ?

Nao necessariamente. Se nao se tem um
candidato q. acha bom o bastante e'
possivel votar nulo.

Nulo e' uma opcao de voto. E pode
marcar um protesto para demonstrar
q. se esta' insatisfeito com os
candidatos.

(O analfabetismo politico faz com
q. se vote em qq um ou achar q. tto
faz votar ou nao.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RES: [ciencialist] santa cedilha
FROM: Luciano Seidel <luciano.seidel@globaltelecom.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/02/2002 15:03

> --- In ciencialist@y..., "Luis Marcelo de Mattos Zeri"
> > Não seria melhor trocá-la por outra assim: Seja
> > burro, vote nulo. ?
>
> Nao necessariamente. Se nao se tem um
> candidato q. acha bom o bastante e'
> possivel votar nulo.
>
> Nulo e' uma opcao de voto. E pode
> marcar um protesto para demonstrar
> q. se esta' insatisfeito com os
> candidatos.
>
> (O analfabetismo politico faz com
> q. se vote em qq um ou achar q. tto
> faz votar ou nao.)
>
> []s,
>
> Roberto Takata

Mas votando nulo você está votando em qq um. Pois se o candidato "A" ganha,
você contribuiu indiretamente para a sua vitória não votando no candidato
"B" e vice-versa. Se, para você, nenhum dos candidatos/partidos é bom o
suficiente, você teria que se envolver sendo candidato e/ou fundando um novo
partido que tenha como base os seus ideais políticos. Esse afinal é o
princípio da democracia e essa é uma forma inteligente de mudar a situação.
Seu voto nulo não vai mudar em nada os políticos, se são ruins, você acha
mesmo que vai importar quantos votos nulos houveram na eleição?


Luciano Seidel


SUBJECT: Re:[ciencialist] santa cedilha
FROM: "Luis Marcelo de Mattos Zeri" <luismarcelozeri@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/02/2002 15:06

Concordo que anular é uma opção válida. Imagino uma
situação onde tivesse que escolher entre Maluf, Roseana
Sarney, Quércia e Garotinho... nessa situação o voto nulo
seria a única saída responsável mesmo. Mas nem sempre
isso ocorre, não é possível que em TODA eleição nenhum
candidato preste, aí caímos naquele discurso vazio de que
todos os políticos são ladrões e que o melhor é votar
nulo mesmo. E isso pra mim é ignorância política.

>
> ---------- Início da mensagem original -----------
> De: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Cc:
> Data: Mon, 25 Feb 2002 17:45:35 -0000
> Assunto: Re:[ciencialist] santa cedilha
> --- In ciencialist@y..., "Luis Marcelo de Mattos Zeri"
> > Não seria melhor trocá-la por outra assim: Seja
> > burro, vote nulo. ?
>
> Nao necessariamente. Se nao se tem um
> candidato q. acha bom o bastante e'
> possivel votar nulo.
>
> Nulo e' uma opcao de voto. E pode
> marcar um protesto para demonstrar
> q. se esta' insatisfeito com os
> candidatos.
>
> (O analfabetismo politico faz com
> q. se vote em qq um ou achar q. tto
> faz votar ou nao.)
>
> []s,
>
> Roberto Takata


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SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] santa cedilha
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/02/2002 15:11

--- In ciencialist@y..., Luciano Seidel <luciano.seidel@g...> wrote:
> Mas votando nulo você está votando em qq um.

Na verdade nao. Se mais de 50% dos votos
forem nulos, a eleicao fica sem efeito e
uma nova deve ser realizada.

> Se, para você, nenhum dos candidatos/partidos é bom o
> suficiente, você teria que se envolver sendo candidato e/ou
> fundando um novo partido que tenha como base os seus ideais
> políticos.

Nao necessariamente. Nao e' todo mundo q.
tem habilidade para uma vida politica. E
fundar partidos nao e' algo trivial: exige
uma certa porcentagem de assinaturas de
eleitores em diversos colegios eleitorais --
se nao me engano hj gira em torno de
um milhao de abixo-assinantes. E exige
tbm uma composicao minima. (Incrivel q.
apesar de toda essa dificuldade tenhamos
ttos partidos politicos...)

(Seria como se ninguem pudesse reclamar
dos servicos das cias aereas e todos q.
nao estivessem satisfeitos com isso tivessem
q. fundar sua propria empresa.)

> você acha mesmo que vai importar quantos votos nulos houveram na
> eleição?

Importa.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re:[ciencialist] santa cedilha
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/02/2002 15:14

--- In ciencialist@y..., "Luis Marcelo de Mattos Zeri"
> Mas nem sempre isso ocorre, não é possível que em TODA eleição
> nenhum candidato preste, aí caímos naquele discurso vazio de que
> todos os políticos são ladrões e que o melhor é votar
> nulo mesmo. E isso pra mim é ignorância política.

Eu nao estou a defender q. se vote
nulo sempre.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RES: RES: [ciencialist] santa cedilha
FROM: Luciano Seidel <luciano.seidel@globaltelecom.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/02/2002 15:28

> > Mas votando nulo você está votando em qq um.
>
> Na verdade nao. Se mais de 50% dos votos
> forem nulos, a eleicao fica sem efeito e
> uma nova deve ser realizada.

OK. Então o voto nulo tem uma utilidade, mas na minha humilde opinião
continua não sendo uma boa opção.

>
> > Se, para você, nenhum dos candidatos/partidos é bom o
> > suficiente, você teria que se envolver sendo candidato e/ou
> > fundando um novo partido que tenha como base os seus ideais
> > políticos.
>
> Nao necessariamente. Nao e' todo mundo q.
> tem habilidade para uma vida politica. E
> fundar partidos nao e' algo trivial: exige
> uma certa porcentagem de assinaturas de
> eleitores em diversos colegios eleitorais --
> se nao me engano hj gira em torno de
> um milhao de abixo-assinantes. E exige
> tbm uma composicao minima. (Incrivel q.
> apesar de toda essa dificuldade tenhamos
> ttos partidos politicos...)
>
> (Seria como se ninguem pudesse reclamar
> dos servicos das cias aereas e todos q.
> nao estivessem satisfeitos com isso tivessem
> q. fundar sua propria empresa.)

A fundação de um partido ou lançar-se candidato são opções. Outra seria
organizar um protesto público, enfim há outras opções melhores que o voto
nulo.

Além disso, se todas as companhias aereas são ruins e você fundar uma que
preste, com certeza vai ser bem sucedido e dominar o mercado. Algo similar
acontece com a política: se todos os partidos são ruins, você consiguirá o
apoio das massas para as suas idéias políticas. Entretanto, concordo que nem
todas as pessoas tem vocação para serem políticos. Nesse caso há outras
formas de protesto.


Luciano Seidel


SUBJECT: Re: RES: RES: [ciencialist] santa cedilha
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/02/2002 15:33

--- In ciencialist@y..., Luciano Seidel <luciano.seidel@g...> wrote:
> OK. Então o voto nulo tem uma utilidade, mas na minha humilde
> opinião continua não sendo uma boa opção.

Certo, cada um tem o seu modo de pensar.
E nao sendo incompativel com a vida em
sociedade devemos respeita'-lo.

> seria organizar um protesto público, enfim há outras opções
> melhores que o voto nulo.

Nem todos tem disposicao para organizar
um movimento assim. Alem e' claro de
envolver uma boa dose de dinheiro -- coisa
q nem todos tEm.

Alguem pode pensar q. isso nao traz um
retorno tao gde. (E uma campanha pelo
voto nulo pode ser uma forma de protesto
publico -- eqto q. o simples voto nulo
pode ser um protesto pessoal, tao valido
qto votar em um candidato de oposicao q.
nao ira' ganhar de modo algum...)

> Além disso, se todas as companhias aereas são ruins e você fundar
> uma que preste, com certeza vai ser bem sucedido e dominar o
> mercado.

Se fosse tao facil abrir uma empresa -- tto mais
uma cia aerea -- ninguem seria empregado (bem, uns
e outros provavelmente). O pessoal da Transbrasil
pode falar das dificuldades.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Re:[ciencialist] santa cedilha
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/02/2002 18:43

Luis Marcelo escreve:


>>Não pude deixar de reparar nas frases abaixo do seu nome.
Essa, em especial, me incomodou: Seja responsável, vote
nulo. Não seria melhor trocá-la por outra assim: Seja
burro, vote nulo. ? <<

E contra-argumenta não com texto próprio e sim uma citação (palavra de autoridade?):

>>E dê uma lida neste texto abaixo:

O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve,
não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele
não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do
peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio
dependem das decisões políticas. O analfabeto político é
tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que
odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua
ignorância política nasce a prostituta, o menor
abandonado, o assaltante e o pior de todos os bandidos,
que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio
das empresas nacionais e multinacionais.
- Bertold Brecht -<<

Luis, palavra de autoridade não cabe, Brecht que se dane.
O único ponto que destoa numa eleição é o "político", uma degradação que se torna profissão.
Eu, como todos o sabem, tenho minha bandeira política:

"Jamais re-eleja político! Acabemos com essa degenerada profissão".

Acrescento: "Se votar for obrigado por lei, vote em alguém que 'prometa' única e exclusivamente acabar com o voto obrigatório".

Quando a profissão 'político' se extinguir e todo e qualquer brasileiro honesto puder *realmente* ser um candidato, ai sim teremos opções abrangentes e, só assim, vejo algum futuro para a educação.

Atualmente não há candidatos, há lixo político!

[]'
Léo
===============



SUBJECT: Aviões
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/02/2002 19:46

Quem inventou o avião ?

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: RE: [ciencialist] Aviões
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/02/2002 20:01

>Sérgio Taborda: Quem inventou o avião ?<

Sérgio,

Essa já foi discutida aqui. Minha resposta:

"A melhor biografia de Santos Dumont (vergonha para nós) foi escrita por
um inglês -- "Santos-Dumont: A Study in Obsession", por Peter Wykeham,
um major da Royal Air Force. Segundo Wykeham, Santos Dumont acreditou
ter sido o primeiro homem a voar o mais pesado do que o ar, mas a
evidência documental mostra que os irmãos Wright foram realmente os
primeiros.

Embora não haja provas do vôo de 1903, pois os dois irmãos -- bem
americanamente -- pretendiam manter a invenção secreta e ganhar dinheiro
com ela, há farta documentação sobre um vôo de 24 milhas realizado em
1905. Em comparação, o vôo de 200 metros no campo de Bagatelle em 1906
foi um pulinho.

O argumento tão caro aos brasileiros de que os irmãos Wright usaram uma
catapulta não se sustenta. A catapulta foi usada nos primeiros vôos,
devido, principalmente, às dunas de areia em Kitty Hawk. Mais tarde, mas
ainda antes de 1906, os irmãos Wright fizeram vôos usando roletes que
eram deixados para trás durante a decolagem. O avião deles tinha
potência mais do que suficiente para carregar um par de rodas, não
usá-las foi uma opção técnica.

Dizer isso no Brasil é ser considerado traidor da pátria, mas digo de
qualquer jeito, por amor à verdade. Concordo com Peter Wykeham quando
ele diz que os brasileiros fariam melhor em admitir que Santos Dumont
não foi o primeiro a voar o mais pesado do que o ar, pois isso
facilitaria a divulgação de seu nome fora do Brasil. Santos Dumont foi
um gênio criativo que se manifestou em muitas outras áreas além da
aeronáutica. Suas grandes contribuições para a humanidade, incluindo o
grande avanço no desenho de aeronaves (a Deimoiselle introduziu
avançados conceitos de aerodinâmica), ficam empanadas pela insistência
ridícula dos brasileiros de achar que ele foi o primeiro."



SUBJECT: Re: Re:[ciencialist] santa cedilha
FROM: "Luis Marcelo de Mattos Zeri" <luismarcelozeri@bol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/02/2002 21:01

Puxa Luiz, não imaginava que você tivesse essa opinião. Mas vamos lá...

A minha crítica, e a razão principal da citação, foi justamente essa
generalização do político, como se fosse um ET, completamente desvinculado
da sua realidade. As pessoas, com opinião igual a sua, falam que TODOS os
políticos da face da Terra são ladrões, que nenhum deles presta. E
generalização é tudo o que uma pessoa que trabalha com, ou pensa em, ciência
não pode ter. Se você tivesse me dado um dado estatístico do tipo, X % dos
políticos atuais tiveram algum problema com a justiça (e com referências
sobre essa pesquisa), aí tudo bem. Concordo com você que tem muitos
pilantras na política mas também tem muito pilantra em qualquer outra área
da atividade humana! Ninguém sai por aí dizendo que tudo quanto juiz de
futebol é ladrão, apesar de muitos serem acusados disso. Será que todo
padeiro, pedreiro, engenheiro, cientista são também todos ladrões?

A idéia de não-obrigatoriedade do voto é outra discussão. Vou localizar mais
a discussão. Hoje recebi o boleto do condomínio de onde moro. Ele veio mais
caro e eu fui ver por que. E tinha lá uma despesa com uma reforma. Como eu
não fui na última reunião, não posso reclamar, não sei se a reforma é
necessária mesmo. Vou ter que pagar e ficar quieto. Numa eleição sem
obrigatoriedade de voto deveria ser assim também. Se caso a pessoa não
votasse, ela não poderia reclamar de algum serviço público na justiça,
afinal ela se absteve na decisão sobre os rumos da cidade, do estado ou do
país. É o velho ditado, quem cala, consente. Enfim, eu não sou contra, mas
acho que a pessoa deve ser responsabilizada pela decisão que tomou, ou
melhor, não tomou.


----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, February 25, 2002 6:43 PM
Subject: Re: Re:[ciencialist] santa cedilha

Luis Marcelo escreve:

>>Não pude deixar de reparar nas frases abaixo do seu nome.
Essa, em especial, me incomodou: Seja responsável, vote
nulo. Não seria melhor trocá-la por outra assim: Seja
burro, vote nulo. ? <<

E contra-argumenta não com texto próprio e sim uma citação (palavra de
autoridade?):

>>E dê uma lida neste texto abaixo:

O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve,
não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele
não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do
peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio
dependem das decisões políticas. O analfabeto político é
tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que
odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua
ignorância política nasce a prostituta, o menor
abandonado, o assaltante e o pior de todos os bandidos,
que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio
das empresas nacionais e multinacionais.
- Bertold Brecht -<<

Luis, palavra de autoridade não cabe, Brecht que se dane.
O único ponto que destoa numa eleição é o "político", uma degradação que se
torna profissão.
Eu, como todos o sabem, tenho minha bandeira política:

"Jamais re-eleja político! Acabemos com essa degenerada profissão".

Acrescento: "Se votar for obrigado por lei, vote em alguém que 'prometa'
única e exclusivamente acabar com o voto obrigatório".

Quando a profissão 'político' se extinguir e todo e qualquer brasileiro
honesto puder *realmente* ser um candidato, ai sim teremos opções
abrangentes e, só assim, vejo algum futuro para a educação.

Atualmente não há candidatos, há lixo político!

[]'
Léo
===============



SUBJECT: Re: [ciencialist] Aviões
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/02/2002 23:02



| Quem inventou o avião ?
|

Na dúvida, fui eu.

[]'
deus



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] santa cedilha
FROM: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2002 01:27

Olás !


Numa outra lista, uma jovem de origem européia, que recentemente se
naturalizara brasileira, dizia que ia anular o voto. O pessoal a pressionava
dizendo que ela deveria cumprir seu dever cívico no país que a havia aceito,
etc.,etc.

Veio uma resposta crua: "Não me sinto obrigada a escolher quem vai me roubar"


Tem lógica ! O voto em branco é a aceitação da escolha da maioria e é
computado no cálculo dos percentuais; o voto nulo é um protesto e é
descartado do total.

Ambos são opções do sistema e não vejo por que não exerce-las.

Abraços
Neville




SUBJECT: EINSTEIN E TR
FROM: "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2002 01:35

Prezados amigos,

Alguém poderia me citar referências bibliográficas (quanto mais melhor)
que falem sobre o fato de Einstein não ter sido originalmente o descobridor
da Teoria da Relatividade, e fatos correlatos?

Inclusive isso já foi citado aqui na lista antes, mas perdi as mensagens
antigas.

Aguardo o quanto antes.

Abraços,

Peterson Leal.



SUBJECT: Re: Re:[ciencialist] santa cedilha
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2002 01:58

O amigo Luis escreve:


| Puxa Luiz, não imaginava que você tivesse essa opinião. Mas vamos lá...

Vamos sim ... na próxima eleição escolha apenas candidatos que nunca tiveram um cargo político. Se não houver um exemplar procure aquele cuja plataforma tenha um só item: acabar com o voto obrigatório.
|
| A minha crítica, e a razão principal da citação, foi justamente essa
| generalização do político, como se fosse um ET, completamente desvinculado
| da sua realidade. As pessoas, com opinião igual a sua, falam que TODOS os
| políticos da face da Terra são ladrões, que nenhum deles presta.

Não sei a respeito de *todos os políticos do mundo*, interessa os do Brasil e desses nenhum, absolutamente nenhum político de carreira presta .... na dúvida, cite-me 10 exemplos. Exemplos dos quais vc tenha vida anterior e posterior devidamente documentada (conta corrente própria e da família á disposição, propriedades antes e depois e todos aqueles etc. que conhecemos).


| E generalização é tudo o que uma pessoa que trabalha com, ou pensa em, ciência
| não pode ter.

Generalização é o máximo que se pretende em Ciência. A termodinâmica é um exemplo dos mais abrangentes. A própria Física é um conjunto de poucas generalizações. E se alguém conseguir juntar gravidade e eletricidade num saco só, melhor ainda!

|Se você tivesse me dado um dado estatístico do tipo, X % dos
| políticos atuais tiveram algum problema com a justiça (e com referências
| sobre essa pesquisa), aí tudo bem.

Estatisticamente, todos os políticos atuais tiveram problemas com a justiça. Infelizmente a maioria escapou ... e o restante ainda vai escapar.

Concordo com você que tem muitos
| pilantras na política mas também tem muito pilantra em qualquer outra área
| da atividade humana!

Os pilantras de outras atividades não fazem leis, eles as obedecem ou desobedecem. Geralmente vão presos quando desobedecem, infelizmente por tempo bem menor que o da sentença. Isso não aconteceria se tivessemos políticos capazes e honestos. A sentença seria integral.

Ninguém sai por aí dizendo que tudo quanto juiz de
| futebol é ladrão, apesar de muitos serem acusados disso. Será que todo
| padeiro, pedreiro, engenheiro, cientista são também todos ladrões?

Juiz de futebol foi feito para roubar ... caso contrário o corintias nunca ganharia um campeonato. A importância de um juiz de futebol é mínima ou nula no estabelecimento de leis que regem uma nação. Futebol deveria ser um esporte de puro amadorismo; jogador de futebol não deveria ser profissão. Assim como jogador de sardinhas na sua brasa, ou seja, político, não deveria ser profissão.
Favor não misturar no mesmo saco profissões honestas como a do padeiro, pedreiro etc. com a de político.

|
| A idéia de não-obrigatoriedade do voto é outra discussão.

Não é não. É uma maneira de acabar com os currais ACM, Sarneys, Collllors e mil outros.

Vou localizar mais
| a discussão. Hoje recebi o boleto do condomínio de onde moro. Ele veio mais
| caro e eu fui ver por que. E tinha lá uma despesa com uma reforma. Como eu
| não fui na última reunião, não posso reclamar, não sei se a reforma é
| necessária mesmo. Vou ter que pagar e ficar quieto.

Muito justo. Mas, por favor, não vá a seguir comparar uma reunião de condominos e a votação para o conserto de uma calçada com as eleições e votação para um cargo de dirigente de uma nação!

Numa eleição sem
| obrigatoriedade de voto deveria ser assim também. Se caso a pessoa não
| votasse, ela não poderia reclamar de algum serviço público na justiça,
| afinal ela se absteve na decisão sobre os rumos da cidade, do estado ou do
| país.

Pronto. Comparou!

É o velho ditado, quem cala, consente. Enfim, eu não sou contra, mas
| acho que a pessoa deve ser responsabilizada pela decisão que tomou, ou
| melhor, não tomou.

Hoje tomei a decisão de não abrir o pirulito envolto num miserável dum plástico duro prá meu filho, pois estava quase na hora do almoço. Na última eleição para presidente tomei a decisão de não votar no FHC pois não acreditava na sua capacidade.
Hoje pela tarde abri o pirulito* .... e o que faço com o FHC?

Numa boa,

[]'
Léo
(*) Precisei usar de uma lâmina 'Olfa' para abrir o maldito envólucro!
============================






SUBJECT: Re: Re:[ciencialist] santa cedilha
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2002 06:12

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Tuesday, February 26, 2002 1:58 AM
Subject: Re: Re:[ciencialist] santa cedilha

> Não sei a respeito de *todos os políticos do mundo*, interessa os do
> Brasil e desses nenhum, absolutamente nenhum político de carreira presta
> .... na dúvida, cite-me 10 exemplos.

Estácio de Sá
Rui Barbosa
Floriano Peixoto
Frei Caneca
Tiradentes
Martim Afonso de Souza
Luiz Ferraz Netto
Saci Pererê
Ratinho
Hebe Camargo

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] EINSTEIN E TR
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2002 07:58

----- Original Message -----
From: "Peterson Leal"
Sent: Tuesday, February 26, 2002 1:35 AM
Subject: [ciencialist] EINSTEIN E TR

> Prezados amigos,

> Alguém poderia me citar referências bibliográficas (quanto mais melhor)
> que falem sobre o fato de Einstein não ter sido originalmente o
> descobridor da Teoria da Relatividade, e fatos correlatos?

Existe muita coisa a respeito, e não é só Poincaré, existiam mais dois
(Lorentz e Ritz), mas não acho que isso diminua o valor de Einstein. Mesmo
porque não há como dizer que Einstein tenha "roubado" as idéias de
ninguém, apenas captou, com sua mente excepcionalmente intuitiva, o que
estava "no ar".

Na Internet existe muita coisa a respeito (notar que alguns links estão
cortados pelo Outlook, e devem ser emendados para que funcionem):

1)Recentemente li um artigo de J. Valadares
( http://nautilus.fis.uc.pt/spf/gazeta/93/GF-16_1.93/09.html ) que diz o
seguinte:

"Foi Poincaré, numa comunicação de 1900 intitulada 'A teoria de Lorentz
e o princípio da reacção', quem pela primeira vez caracterizou a energia
como 'um fluido impregnado de inércia' (Jammer, 1961, p. 175). Tendo em
conta a relação maxwelliana entre a quantidade de movimento e a energia
de uma pequena porção de luz
p = E/c
e definindo newtonianamente a quantidade de movimento dessa porção por
p=mc,
Poincaré concluiu que a referida porção de luz deveria possuir a massa
inercial
m = E/c2 (Okun, 1989, p. 3)."


2) romisri@ e cristia@, da Unicamp, em Teoria da Relatividade,
http://www.decom.fee.unicamp.br/~romisri/EE500/relatividade_completo.pdf
escrevem o seguinte a respeito:

"Para finalizar a seção, vale mencionar um trecho do livro "O Valor da
Ciência", de Henri Poincaré, que belamente antecipou concepções
relativísticas sobre o tempo: 'Não temos intuição direta da
simultaneidade, nem a da igualdade entre duas durações. Se cremos ter
esta intuição, é uma ilusão.'"

3) Jules-Henry Poincaré (1854-1912)
http://www.mclink.it/personal/MC5834/trpag265.htm

"Uno dei più grandi teorici del suo tempo, Poincarè diede fondamentali
contributi in matematica, fisica e meccanica celeste. Studiò alla Ecole
Polytechnique e insegnò principalmente all'università della Sorbona. Fu
pioniere nelle ricerche di topologia algebrica e teoria delle funzioni
analitiche di variabili complesse. Lavorò alla teoria dei numeri, in
particolare alla teoria delle equazioni diofantee, alla teoria delle
funzioni abeliane e alla geometria algebrica. Studiò i problemi della
meccanica celeste, il problema dei tre corpi, la teoria della luce e
delle onde elettromagnetiche. Studiò i problemi che alla fine del XIX
secolo portarono alla crisi della fisica classica dando contributi
importanti allo sviluppo della teoria della relatività. Tra i suoi
numerosi scritti ricordiamo le sue 'Lecons de mecanique celeste' [§] e
il trattato 'New methods of Celestial Mechanics' [§], oltre a numerosi
altri a carattere divulgativo."

4) No livro "A brief history of time", de Stephen Haking (
http://fisicanet.terra.com.br/relatividade/stephen-hawking-a-brief-history-o
f-time.pdf ) lê-se o seguinte:

"Between 1887 and 1905 there were several attempts, most notably by the
Dutch physicist Hendrik Lorentz, to explain the result of the
Michelson-Morley experiment in terms of objects contracting and clocks
slowing down when they moved through the ether. However, in a famous
paper in 1905, a hitherto unknown clerk in the Swiss patent office,
Albert Einstein, pointed out that the whole idea of an ether was
unnecessary, providing one was willing to abandon the idea of absolute
time. A similar point was made a few weeks later by a leading French
mathematician, Henri Poincare. Einstein's arguments were closer to
physics than those of Poincare, who regarded this problem as
mathematical. Einstein is usually given the credit for the new theory,
but Poincare is remembered by having his name attached to an important
part of it."

5) Non-Einsteinian Relativity: http://russamos.narod.ru/dingle/8.htm

6) The phenomenon of retarded potentials: http://www.n-t.org/tpe/ng/yzp.htm

7) Extended Space-time transformations derived from Galilei's:
http://osiris.sunderland.ac.uk/webedit/CET/news/Philosophy%20_of_Science/tra
nsformations.doc

8) Inventaire chronologique de la correspondance scientifique de Henri
Poincaré: http://www.univ-nancy2.fr/ACERHP/chp/invht005.html

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm




SUBJECT: O Politico Perfeito (era: santa cedilha)
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2002 08:52

> -----Mensagem original-----
> De: Luiz Ferraz Netto [mailto:leo@barretos.com.br]
>
> Quando a profissão 'político' se extinguir e todo e qualquer
> brasileiro honesto puder *realmente* ser um candidato, ai sim
> teremos opções abrangentes e, só assim, vejo algum futuro
> para a educação.

Eu tenho uma teoria sobre isso (mais uma das minhas infindáveis
teorias sobre tudo).

Já notaram que todo político é um sujeito expansivo, falante,
pegajoso, daqueles que abraçam e beijam velhinhas, pegam criança
no colo, lembra o nome de todo mundo...

Pois é, todos (ou a maioria esmagadora) têm um perfil muito
semelhante.

Convivemos com o sujeito "político" todos os dias e às vezes nem
notamos. É o puxa saco do escritório. Quando é promovido, forma
a panelinha de incompetentes dedo-duros.

Ou aquele cara da faculdade que nunca estuda, só cola, mas como
é bem enturmado com os professores, passa de ano apesar do
desempenho sofrível.

Anda sempre bem vestido e gosta de levar uma vida futil, em companhia
de gente fútil, com gosto estético fútil e, por que não, um senso
ético fútil.

É o cara que consegue tudo só na conversa fiada, só na lábia.
É o cara que se dá bem sem mérito próprio. Apenas conheceu
as pessoas certas na hora certa. O famoso 'bagre'. Ninguém pega
o peixão escorregadio.

Gosta de se envolver na aura mística da superioridade, consulta
o pai-de-santo, a cartomante e os astros; freqüente a missa
católica todo domingo, se batiza na evangélica, pede passe no
centro espírita e batuca no terreiro de umbanda.

E digo mais: é quase o mesmo perfil do vigarista, do vendedor
de creme anti-celulite, do estelionatário.

É aquele cara que você empresta dez paus, não paga, esquece,
e tem a cara de pau de pedir de novo sem o menor indício de
remorso.

Posso forçar um pouco mais a barra e dizer ainda: alguns beiram
à sociopatia, cuja única missão na Terra é prejudicar o semelhante
e vangloriase por nunca ser pego. Malufa (malufar: v.intransitivo),
trafica, assassina, corrompe... sai na TV e diz que faz tudo pelo
povo, diz que é intriga desses esquerdinhas de merda.

Não tem como escapar. Quase (?) todo político tem esse mesmo traço
de personalidade. Só respeitam o poder e quem o detém, até o instante
em que abocanha sua parte do bolo, então começa a fazer alianças
escusas e oposição a quem quer ameace seu staff.

E todo mundo reclama do político, mas ninguém consegue se livrar
dele. Sabe aquele gosmento do escritório? Pois é, você ri das piadas
dele. Sabe o malandro da faculdade? Você vai nas festas de arromba
que ele organiza com o dinheiro do DA.

Você, eleitor, é mesmo um otário.

Quer acabar com isso? Vote em mim...

Abraços demagógicos,

Alexandre Medeiros
Candidato a candidato a excelência ;-)

PS: E tem muito mais... se eu lembrar de alguma coisa depois acrescento.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RES: [ciencialist] Viagem ao Espaço II
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2002 09:41

> -----Mensagem original-----
> De: Sérgio Taborda [mailto:sergiotaborda@netcabo.pt]

Sei que é uma resposta atemporal...
Tarda-mais-num-faia...

AM:
> >Não há tecnologia de hibernação disponível e confiável.

ST:
> Não é precisa.Por isso se fala em gerações. Se todos tiverem
> dormindo não vão ter filhos, né ?

AM:
Tá meio confuso e não sei exatamente o que vc quiz dizer. Se
entendi direito vc diz que hibernação não é necessária. Mas
e o problema da endogenia? E os atritos inevitáveis decorrentes
da convivência claustrofóbica? E os problemas da gravidade zero
sobre a saúde?

AM:
> >Não há propulsores construídos ou em contrução, testados
> >e confiáveis para encurtar a viagem em, digamos, 20 anos.

ST:
> Aqui ok, mas tb não é preciso. A ideia é construir "mundos
> voadores" que possam auto-sobreviver durante o tempo necessário
> para chegar lá. Seja que tempo for.

AM:
Se construirmos mundos voadores totalmente autosuficientes,
qual a necessidade de se colonizar planetas?

AM:
> >Se a tripulação não hibernar terá de enfrentar a endogenia e
> >doenças decorrentes da gravidade zero.

ST:
> Que eu saiba, dormir não aumenta a gravidade nem diminui o efeito da
> gravidade nula.

AM:
Hibernar não é dormir. O metabolismo é diferente. Pergunte ao urso. ;-)
O efeito da gravidade zero sobre o corpo pode ser considerado desprezível
em condições de suspensão metabólica.

ST:
> Por outro lado a gravidade é uma mera aceleração. A qual pode
> ser produzida artificialmente.

AM:
O problema da gravidade zero poderia ser resolvido com a força
centrífuga da rotação. Mas um sistema mecânico como esse é
confiável numa viagem que dure séculos? Quanto menos partes
móveis, menos desgaste, menos implicações técnicas e menos
manutenção.

AM:
> >Embriões gerados em gravidade zero não têm desenvolvimento
> >aceitável e quase sempre apresenta deformidades.

ST:
> Quase sempre? Conhece algum ser que tenha nascido no espaço?
Acho que o Takata já respondeu essa. Embriões gerados em
ambiente de microgravidade não apresentaram desenvolvimento
regular.

AM:
> >Um geração nascida no espaço não terá saúde adequada para
> >pisar num planeta com gravidade semelhante à da Terra, pois
> >o coração não resistiria ao esforço.

ST:
> Isso se a viagem for em gravidade zero, o que não tem de ser
> necessáriamente assim.

AM:
Já falei das implicações técnicas. Alguém sugeriu que os
humanos fizessem a viagem como embriões congelados. Alguns anos antes
de chegar ao destino, seriam descongelados e criados por autômatos.
Parece uma boa alternativa, mas a tecnologia para construção de
autômatos capazes de tal feito ainda está muitas décadas, quem sabe
séculos, à frente.

AM:
> >Além disso há o problema da reciclagem de materiais, produção
> >de alimentos, reservas energéticas, manutenções, etc.

ST:
> Se bem me lembro os projectos Biosfera (se não engano era assim que se
> chamava ) I e II mostraram que não impossivel. claro que tb
> houve criticas ao resultados dos projectos

Os projetos Biosfera I e II foram um fisco. Houve contaminação do
meio, violência sexual e até contrabando.

Serjão, não subestime o velho Murphy. ;-)

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Viagem ao Espaço II
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/02/2002 09:52

--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> Os projetos Biosfera I e II foram um fisco. Houve contaminação do
> meio, violência sexual e até contrabando.

Q. eu saiba nao teve um projeto Biosfera I.
O Biosfera II se considerava a segunda porq.
a primeira era a propria biosfera da Terra.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RES: Viagem ao Espaço II
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2002 10:04

> -----Mensagem original-----
> De: rmtakata [mailto:rmtakata@altavista.net]
>
> --- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> > Os projetos Biosfera I e II foram um fisco. Houve contaminação do
> > meio, violência sexual e até contrabando.
>
> Q. eu saiba nao teve um projeto Biosfera I.
> O Biosfera II se considerava a segunda porq.
> a primeira era a propria biosfera da Terra.

Isso eu não sabia. Foi presunção minha.

Hmmm...

Presunção minha, o catso! Foi presunção dos gringos
achar que podiam fazer um Planeta América.

O que importa é que houve mesmo contaminação do
meio, violência sexual e até contrabando sim.

:-)

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RES: RES: [ciencialist] Viagem ao Espaço II
FROM: Luciano Seidel <luciano.seidel@globaltelecom.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2002 10:06



> > Os projetos Biosfera I e II foram um fisco. Houve contaminação do
> > meio, violência sexual e até contrabando.
>
> Q. eu saiba nao teve um projeto Biosfera I.
> O Biosfera II se considerava a segunda porq.
> a primeira era a propria biosfera da Terra.
>

Aonde posso encontrar mais informações sobre o projeto Biosfera II? Ou se
alguém quiser postar aqui na lista os resultados do projeto, ficarei
agradecido.


Luciano Seidel


SUBJECT: RES: RES: [ciencialist] Viagem ao Espaço II
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2002 10:20

> -----Mensagem original-----
> De: Luciano Seidel [mailto:luciano.seidel@globaltelecom.com.br]
>
> Aonde posso encontrar mais informações sobre o projeto
> Biosfera II? Ou se
> alguém quiser postar aqui na lista os resultados do projeto, ficarei
> agradecido.

O Discovery Channel exibiu um documentário meia-boca
sobre o tema. Outras informações eu colhi das seções
de ciência de jornais por meio eletrônico, mas não
arquivei, pois meu interesse sobre o tema acabou
se dissipando, uma vez que o projeto não parecia ter mais
propósito científico que político. Joguei tudo fora.

Sorry.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Biosfera 2
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/02/2002 10:28

--- In ciencialist@y..., Luciano Seidel <luciano.seidel@g...> wrote:
> Aonde posso encontrar mais informações sobre o projeto Biosfera II?
> Ou se alguém quiser postar aqui na lista os resultados do projeto,
> ficarei agradecido.

http://www.editorasaraiva.com.br/eddid/ciencias/biosfera2.html

http://s1.amazon.com/exec/varzea/ts/exchange-
glance/Y04Y4945464Y0115391/qid=1014729846/sr=1-3/102-3692228-2603339

John Allena, Mark Nelsonb 1999 -- Overview and
Design Biospherics and Biosphere 2, mission
one (1991-1993). Ecological Engineering,
Volume 13, Issues 1-4, Pages 15-29.

Bruno D. V. Marino, Tilak Ram Mahatob, John W.
Druittb, Linda Leigh, Guanghui Linb,
Robert M. Russellc and Francesco N. Tubiello,
et al. 1999 -- The agricultural biome of
Biosphere 2:; Structure, composition and
function Ecological Engineering, Volume 13,
Issues 1-4, Pages 199-234.

E muitos outros trabalhos publicados.
Infelizmente nao tenho acesso a eles.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Voto nulo e Democracia
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2002 10:48

Oi,

Penso que a defesa sistemática do voto nulo é uma manifestação de
indiferença aos regimes políticos ou formas de governo. Com efeito, se
nenhuma importância dou ao voto, se me esquivo a participar do processo de
escolha dos legisladores e governantes, é porque, para mim, a democracia
política é descartável. Para essas pessoas, tanto faz ditadura ou
democracia. Ou melhor, a ditadura é preferível: ditadura dos sábios, dos
bons, dos honestos, dos íntegros, dos justos. Por isso que a maioria dos
militantes do Partido Fascista da Itália eram ex-anarquistas, homens que se
julgavam sábios, bons, honestos, íntegros e justos. O problema é que não há
nada mais próximo de um demônio que um anjo e infernos são criados "com as
melhores das intenções". Na mitologia judaico-cristã, Lúcifer não é um anjo
caído? Robespierre, o "incorruptível", gilhotinou os melhores
revolucionários para defender a revolução e fez do terror e da tirania os
instrumentos de proteção dos princípios democráticos. Em sua luta contra o
obscurantismo religioso, o "racionalista" Robespierre transformou a catedral
de Notre Dame de Paris no templo da Deusa Razão.

Quanto a mim, perdi a esperança em sociedades ideais e em homens ideais. Não
quer dizer que perdi a fé nos homens, apenas passei a aceitá-los como eles
são: criaturas contraditórias que alternam momentos de grandeza e
desprendimento com momentos de mesquinharia e perfídia. Como eu, como você.

Criaturas "imperfeitas" não podem criar e gerir sociedades perfeitas. Para
nós, o melhor é o menos ruim dos regimes imperfeitos, a democracia, já que,
em tal regime, as elites governantes (compostas de homens imperfeitos) se
propõem e não se impõem, além do que somente na democracia é possível a
alternância do poder de forma pacífica, por meio do voto, um instrumento de
auto-regulação muito eficiente. Mas não perfeito, é claro.

Na democracia, em vez da violência e do direito da força, temos o diálogo e
a força do direito, e, por intermédio do diálogo e do direito, nossos vícios
se anulam, ao passo que nossas virtudes se somam. Se não necessariamente, ao
menos abre essa possibilidade

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Politico Perfeito (era: santa cedilha)
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2002 11:11

Oi,

> Já notaram que todo político é um sujeito expansivo, falante,
> pegajoso, daqueles que abraçam e beijam velhinhas, pegam criança
> no colo, lembra o nome de todo mundo...

Manuel: Isso na democracia. Em regimes autoritários, os políticos são em
geral arrogantes, prepotentes, soberbos, indiferentes às pessoas comuns e
não lembram o nome de ninguém, já que, para eles, os indivíduos só são
interessantes como dados estatísticos ou números a serem contabilizados e
computados.

Na democracia, os políticos são expansivos, pegajosos, sorridentes e lembram
o nome de todo mundo porque sabem que nós, o populacho, temos algum poder
sobre eles.

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: RES: O Politico Perfeito
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2002 11:38

> -----Mensagem original-----
> De: Manuel Bulcão [mailto:manuelbulcao@uol.com.br]
>
> Na democracia, os políticos são expansivos, pegajosos,
> sorridentes e lembram o nome de todo mundo porque sabem
> que nós, o populacho, temos algum poder sobre eles.

:-/ Hmmm...

Só até serem eleitos, você quer dizer, né?

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: [sbcr] Re: Você é capaz de adotar idéias radicais?
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2002 11:42

>ANDRÉ DIAS BATISTA: Não entendi Colucci. Para preencher o item "A" eu
>tenho que me definir antecipadamente como conservador/ moderado/
>radical? Mas o teste não é para descobrir isso?

Me desculpe pela resposta atrasada, André. A linha base de probabilidade
da Tabela A relaciona-se à posição política. Sulloway acredita que a
posição política fornece o ponto de partida (possivelmente o fator
ambiental) no cálculo da probabilidade do indivíduo adotar idéias
radicais. É possível encontrar situações em que o sujeito seja um
radical político mas conservador no campo das idéias científicas e
filosóficas, e também o contrário.

Para calcular a probabilidade que você tem de ser um inovador radical,
comece com a tabela e ajuste a probabilidade segundo os outros campos.

De qualquer forma, não recebi nenhuma resposta para a pergunta: O
ceticismo é uma manifestação de conservadorismo ou de radicalismo
intelectual?

Colucci



PROBABILIDADE DE VOCÊ SER UM INOVADOR RADICAL

> A. Tabela - Linha Base de Probabilidade (posição política)
>
> Idade 1ºFilho Meio Caçula
> ---------------------------------------------
> MENOS DE 30 ANOS
> Conservador 14 40 49
> Moderado 48 77 84
> Radical 75 92 96
>
> DE 30 A 59 ANOS
> Conservador 6 22 26
> Moderado 25 58 66
> Radical 52 82 86
>
> 60 ANOS OU MAIS
> Conservador 3 12 15
> Moderado 15 44 50
> Radical 36 72 76
> ---------------------------------------------
>
> Nota: Filho único - o mesmo que 1º filho
>
>
> A __________
>
>
> B. Ajustes na linha base de probabilidade
>
> 1. Conflito intenso com os pais
> (Some 30% para primeiro filho, 10% para caçula ou filho do meio)
>
> + __________
>
>
> 2. Timidez pronunciada
> (Some 20% para primeiro filho; subtraia 15% para caçula)
>
> +/-__________
>
>
> 3. Intervalo de idade
> (Primeiro filho, com pequeno [0 a 2 anos] ou longo
> [mais de 5 anos] intervalo de idade, some 5%; os outros,
> com pequeno ou longo intervalo, subtraia 5%)
>
> +/-__________
>
>
> 4. Perda prematura dos pais ou criação por outros
> (Primeiro filho, subtraia 15%; outros, some 10%)
>
> +/-__________
>
>
> 5. Sexo
> (Mulheres nascidas antes de 1900, some 10%; mulheres
> nascidas depois de 1900, some 5%) Nota: útil para
> cálculos históricos.
>
> +/-__________
>
>
> 6. Raça e etnia
> (some 10% se minoria étnica) Nota: No Brasil, só
> negros ou outras minorias discriminadas.
>
> + __________
>
>
> 7. Amizade
> (Some 10% se for amigo íntimo de um inovador radical)
>
> + __________
>
>
> Total dos ajustes da Seção B (total das somas/subtrações
> de 1 a 7). Só escreva o total. Não faça o ajuste ainda.
>
> B __________
>
> C. Calcule a diferença absoluta entre 50% e a porcentagem
> base da seção A.
>
> C __________
>
>
> D. Subtraia a linha C de 50 (isto é, 50-C) e divida o resultado por 50
>
> D __________
>
>
> E. Multiplique o total da linha B pela fração da linha D
>
> E __________
>
>
> F. Se a linha E for positiva, some a linha E à linha A
> Se a linha E for negativa, subtraia a linha E da linha A
>
> F __________
>
>
> O número acima é a probabilidade prevista segundo Sulloway



SUBJECT: Re: Voto nulo e Democracia
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/02/2002 11:46

Olá Manuel

Análise lúcida e madura. Assino embaixo. Defender o voto nulo só pode
ser entendido de duas formas:
1. Como uma irresponsabilidade infantil.
2. Como um desejo de desestabilizar a democracia para favorecer
alguma solução violenta.

[]´s

André




--- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:
> Oi,
>
> Penso que a defesa sistemática do voto nulo é uma manifestação de
> indiferença aos regimes políticos ou formas de governo. Com efeito,
se
> nenhuma importância dou ao voto, se me esquivo a participar do
processo de
> escolha dos legisladores e governantes, é porque, para mim, a
democracia
> política é descartável. Para essas pessoas, tanto faz ditadura ou
> democracia. Ou melhor, a ditadura é preferível: ditadura dos
sábios, dos
> bons, dos honestos, dos íntegros, dos justos. Por isso que a
maioria dos
> militantes do Partido Fascista da Itália eram ex-anarquistas,
homens que se
> julgavam sábios, bons, honestos, íntegros e justos. O problema é
que não há
> nada mais próximo de um demônio que um anjo e infernos são
criados "com as
> melhores das intenções". Na mitologia judaico-cristã, Lúcifer não é
um anjo
> caído? Robespierre, o "incorruptível", gilhotinou os melhores
> revolucionários para defender a revolução e fez do terror e da
tirania os
> instrumentos de proteção dos princípios democráticos. Em sua luta
contra o
> obscurantismo religioso, o "racionalista" Robespierre transformou a
catedral
> de Notre Dame de Paris no templo da Deusa Razão.
>
> Quanto a mim, perdi a esperança em sociedades ideais e em homens
ideais. Não
> quer dizer que perdi a fé nos homens, apenas passei a aceitá-los
como eles
> são: criaturas contraditórias que alternam momentos de grandeza e
> desprendimento com momentos de mesquinharia e perfídia. Como eu,
como você.
>
> Criaturas "imperfeitas" não podem criar e gerir sociedades
perfeitas. Para
> nós, o melhor é o menos ruim dos regimes imperfeitos, a democracia,
já que,
> em tal regime, as elites governantes (compostas de homens
imperfeitos) se
> propõem e não se impõem, além do que somente na democracia é
possível a
> alternância do poder de forma pacífica, por meio do voto, um
instrumento de
> auto-regulação muito eficiente. Mas não perfeito, é claro.
>
> Na democracia, em vez da violência e do direito da força, temos o
diálogo e
> a força do direito, e, por intermédio do diálogo e do direito,
nossos vícios
> se anulam, ao passo que nossas virtudes se somam. Se não
necessariamente, ao
> menos abre essa possibilidade
>
> Abraços,
> Manuel Bulcão



SUBJECT: RN: O trabalho infantil nos EUA e no Brasil
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/02/2002 11:48

http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2002/02/26/eco038.html

PESQUISAS MOSTRAM QUE É POSSÍVEL CONCILIAR EMPREGO E ESTUDOS
JOSÉ PASTORE

Uma nova e sofisticada pesquisa, que acompanhou a vida de menores que
tinham de 12 a 16 anos em 1996, mostrou dados impressionantes sobre o
trabalho infantil nos Estados Unidos.

A metade dos que tinham 13 anos trabalhava aos 12 anos. Entre os que
tinham 14 anos, 52% trabalhavam aos 13. Entre os de 15 anos, 57%
trabalhavam aos 14 anos e, entre os de 16 anos, 64% trabalhavam aos
15. Cerca de 80% do grupo de 16 e 17 anos estava trabalhando ou havia
trabalhado (Report on the Youth Labor Force, Washington, Department
of Labor, 2000; Youth employment, Washington, Monthly Labor Review,
2001).

Em média, as crianças americanas de 12 e 13 anos trabalham sete horas
por semana; os adolescentes de 14 e 15 anos trabalham 15 horas; os de
16 e 17 anos, 20 horas. A maioria dos menores trabalha durante o ano
letivo e nas férias; a minoria, só nas férias.

Pela ordem, os trabalhos mais freqüentes são feitos em lanchonetes,
áreas de lazer, construção civil, entrega de jornais, supermercados,
agricultura e serviços domésticos.

Nessa lista, há trabalhos leves e pesados. Interessante é saber que,
pela lei, os adolescentes de 17 anos podem se alistar voluntariamente
para ações militares. Nesse campo, a preparação começa cedo - a
partir dos 11 anos. Há cerca de 500 mil crianças matriculadas nos
programas de educação militar existentes em 3 mil escolas públicas
americanas. Mais de 40% desses alunos se tornam soldados, aos 17
anos, no final do segundo grau (David Goodman, Recruiting the class
of 2005, in Mother Jones, fevereiro de 2002).

Nos Estados Unidos, as famílias gostam de dar aos jovens que estudam
uma experiência de trabalho. Os pais acreditam que, com isso, os
filhos adquirem responsabilidade e aprendem pontualidade. Essa
prática parece fazer parte da cultura anglo-saxônica. Na Inglaterra,
40% das crianças entre 10 e 15 anos trabalham (Louis J. Salome,
Quarenta por cento das crianças britânicas trabalham, Estado,
26/4/1998).

Embora o tema continue polêmico, a pesquisa citada indica que o
trabalho não atrapalha o estudo. Os americanos que têm as melhores
notas na escola são os que mais trabalham. Entre os que estão na
universidade, 53% trabalharam 20 horas por semana durante o curso
secundário.

O Brasil tem sido criticado pelo excesso de trabalho infantil. Entre
os 78 milhões de pessoas que compõem a nossa força de trabalho, há
cerca de 4,5 milhões menores trabalhando: 47% têm entre 14 e 15 anos;
44%, entre 10 e 13 anos; e 9%, entre 5 e 9 anos (Simon Schwartzman,
Trabalho Infantil no Brasil, Brasília: OIT, 2001).

Quantas dessas crianças deixam de ir à escola por causa do trabalho?
Dados de 1998 mostram que essa parcela é pequena. No grupo de 10 a 15
anos, há cerca de 4 milhões que trabalham. Destes, 3,6 milhões (90%)
vão à escola.

Cerca de 400 mil estão fora da escola (10%) e, mesmo assim, não se
sabe se é por causa do trabalho, da distância da casa à escola ou de
terem completado o primeiro grau. O trabalho já não é obstáculo para
a maioria das crianças brasileiras estudar.

Os dados citados são de 1998. De lá para cá, houve um aumento
expressivo das crianças em idade escolar que se matricularam na
escola. Hoje são 96%, o que deve ter produzido um impacto positivo
entre os que trabalham.

O Brasil não é a selva de trabalho infantil que se apregoa em muitos
círculos do exterior. Além de irem à escola, os menores, em sua
maioria, fazem serviços domésticos ou ajudam na agricultura. Nos dois
casos, eles estão perto dos pais, o que é bem diferente da situação
dos Estados Unidos, onde os trabalhos são executados longe de casa e
da família.

É claro que o combate ao trabalho infantil precisa continuar, em
especial, entre os menores de 10 anos. Na faixa seguinte, de 11 a 14
anos, a ampliação da bolsa-escola pode trazer para zero os que ficam
fora da escola. Mas nosso maior problema é o de reexaminar se o
Brasil deseja mesmo manter em 16 anos a idade mínima para o trabalho,
quando a maioria dos países a fixa em 14 anos.

José Pastore é professor da FEA-USP (Home page:
http://www.josepastore.com.br)



SUBJECT: RES: [ciencialist] Voto nulo e Democracia
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2002 11:50

> -----Mensagem original-----
> De: Manuel Bulcão [mailto:manuelbulcao@uol.com.br]
>
> Penso que a defesa sistemática do voto nulo é uma manifestação de
> indiferença aos regimes políticos ou formas de governo. Com efeito, se
> nenhuma importância dou ao voto, se me esquivo a participar
> do processo de escolha dos legisladores e governantes, é porque,
> para mim, a democracia política é descartável. Para essas pessoas,
> tanto faz ditadura ou democracia. Ou melhor, a ditadura é
> preferível: ditadura dos sábios, dos bons, dos honestos, dos
> íntegros, dos justos. Por isso que a maioria dos militantes do
> Partido Fascista da Itália eram ex-anarquistas, homens que se
> julgavam sábios, bons, honestos, íntegros e justos. O
> problema é que não há nada mais próximo de um demônio que um
> anjo e infernos são criados "com as melhores das intenções" [...].

Verdadeiro. Bem como a máxima "poder absoluto, corrompe absolutamente".

> Quanto a mim, perdi a esperança em sociedades ideais e em
> homens ideais. Não quer dizer que perdi a fé nos homens, apenas
> passei a aceitá-los como eles são: criaturas contraditórias que
> alternam momentos de grandeza e desprendimento com momentos de
> mesquinharia e perfídia. Como eu, como você.

E dá-lhe Machado de Assis. E dá-lhe Shakespeare.

> Criaturas "imperfeitas" não podem criar e gerir sociedades
> perfeitas. [...]

Por isso sou o fervoroso defensor da subversão, como mecanismo
de estropiar pretensões à sociedade perfeita... perfeitamente
ilusória e hipócrita.

> Para nós, o melhor é o menos ruim dos regimes imperfeitos, a
> democracia, já que,
> em tal regime, as elites governantes (compostas de homens
> imperfeitos) se
> propõem e não se impõem, além do que somente na democracia é
> possível a
> alternância do poder de forma pacífica, por meio do voto, um
> instrumento de
> auto-regulação muito eficiente. Mas não perfeito, é claro.

A democracia é o melhor regime (não o perfeito, pois como exposto
não há perfeição nos negócios humanos) porque DILUI o poder
entre várias mãos. Só por isso. Dê poder absoluto ao mais
santo dos homens e transforme-o no mais demoníaco.

> Na democracia, em vez da violência e do direito da força,
> temos o diálogo [...]

O Parlamento...

> e a força do direito [...],

A submissão inexorável à lei, na qual até o Rei deve pagar tributos
e punido em caso de desobediência. Isso é ESTADO DE DIREITO.

> e, por intermédio do diálogo e do direito, nossos vícios
> se anulam, ao passo que nossas virtudes se somam. Se não
> necessariamente, ao menos abre essa possibilidade

Perfeito demais! Dá pra desconfiar... ;-)


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Voto nulo e Democracia
FROM: "Terezinha Costa" <terezinhac@bridge.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2002 11:51

Oi Manuel,
a sua foi a melhor defesa do voto não-nulo que já vi. Quem ainda se lembra
de como foi crescer e viver boa parte da vida sob uma ditadura compreende
seu ponto de vista.
A sociedade não é apenas o ambiente onde os indivíduos interagem uns com os
outros. Ela é o resultado da ação ou omissão de todos os indivíduos somados.
Está na moda falar em responsabilidade social, em geral aplicada a empresas.
Creio que deveríamos refletir também sobre responsabilidade social
individual.
Terezinha Costa

----- Original Message -----
From: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, February 26, 2002 10:48 AM
Subject: [ciencialist] Voto nulo e Democracia


> Oi,
>
> Penso que a defesa sistemática do voto nulo é uma manifestação de
> indiferença aos regimes políticos ou formas de governo. Com efeito, se
> nenhuma importância dou ao voto, se me esquivo a participar do processo de
> escolha dos legisladores e governantes, é porque, para mim, a democracia
> política é descartável. Para essas pessoas, tanto faz ditadura ou
> democracia. Ou melhor, a ditadura é preferível: ditadura dos sábios, dos
> bons, dos honestos, dos íntegros, dos justos. Por isso que a maioria dos
> militantes do Partido Fascista da Itália eram ex-anarquistas, homens que
se
> julgavam sábios, bons, honestos, íntegros e justos. O problema é que não

> nada mais próximo de um demônio que um anjo e infernos são criados "com as
> melhores das intenções". Na mitologia judaico-cristã, Lúcifer não é um
anjo
> caído? Robespierre, o "incorruptível", gilhotinou os melhores
> revolucionários para defender a revolução e fez do terror e da tirania os
> instrumentos de proteção dos princípios democráticos. Em sua luta contra o
> obscurantismo religioso, o "racionalista" Robespierre transformou a
catedral
> de Notre Dame de Paris no templo da Deusa Razão.
>
> Quanto a mim, perdi a esperança em sociedades ideais e em homens ideais.
Não
> quer dizer que perdi a fé nos homens, apenas passei a aceitá-los como eles
> são: criaturas contraditórias que alternam momentos de grandeza e
> desprendimento com momentos de mesquinharia e perfídia. Como eu, como
você.
>
> Criaturas "imperfeitas" não podem criar e gerir sociedades perfeitas. Para
> nós, o melhor é o menos ruim dos regimes imperfeitos, a democracia, já
que,
> em tal regime, as elites governantes (compostas de homens imperfeitos) se
> propõem e não se impõem, além do que somente na democracia é possível a
> alternância do poder de forma pacífica, por meio do voto, um instrumento
de
> auto-regulação muito eficiente. Mas não perfeito, é claro.
>
> Na democracia, em vez da violência e do direito da força, temos o diálogo
e
> a força do direito, e, por intermédio do diálogo e do direito, nossos
vícios
> se anulam, ao passo que nossas virtudes se somam. Se não necessariamente,
ao
> menos abre essa possibilidade
>
> Abraços,
> Manuel Bulcão
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>



SUBJECT: Re: Re:[ciencialist] santa cedilha
FROM: "Luis Marcelo de Mattos Zeri" <luismarcelozeri@bol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2002 11:51

Não vou mais discutir isso com você, percebi que não dá mesmo, não consigo
estabelecer um diálogo com respostas coerentes que não sejam fugas
engraçadinhas das perguntas originais.

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, February 26, 2002 1:58 AM
Subject: Re: Re:[ciencialist] santa cedilha



O amigo Luis escreve:


| Puxa Luiz, não imaginava que você tivesse essa opinião. Mas vamos lá...

Vamos sim ... na próxima eleição escolha apenas candidatos que nunca tiveram
um cargo político. Se não houver um exemplar procure aquele cuja plataforma
tenha um só item: acabar com o voto obrigatório.
|
| A minha crítica, e a razão principal da citação, foi justamente essa
| generalização do político, como se fosse um ET, completamente desvinculado
| da sua realidade. As pessoas, com opinião igual a sua, falam que TODOS os
| políticos da face da Terra são ladrões, que nenhum deles presta.

Não sei a respeito de *todos os políticos do mundo*, interessa os do Brasil
e desses nenhum, absolutamente nenhum político de carreira presta .... na
dúvida, cite-me 10 exemplos. Exemplos dos quais vc tenha vida anterior e
posterior devidamente documentada (conta corrente própria e da família á
disposição, propriedades antes e depois e todos aqueles etc. que
conhecemos).


| E generalização é tudo o que uma pessoa que trabalha com, ou pensa em,
ciência
| não pode ter.

Generalização é o máximo que se pretende em Ciência. A termodinâmica é um
exemplo dos mais abrangentes. A própria Física é um conjunto de poucas
generalizações. E se alguém conseguir juntar gravidade e eletricidade num
saco só, melhor ainda!

|Se você tivesse me dado um dado estatístico do tipo, X % dos
| políticos atuais tiveram algum problema com a justiça (e com referências
| sobre essa pesquisa), aí tudo bem.

Estatisticamente, todos os políticos atuais tiveram problemas com a justiça.
Infelizmente a maioria escapou ... e o restante ainda vai escapar.

Concordo com você que tem muitos
| pilantras na política mas também tem muito pilantra em qualquer outra área
| da atividade humana!

Os pilantras de outras atividades não fazem leis, eles as obedecem ou
desobedecem. Geralmente vão presos quando desobedecem, infelizmente por
tempo bem menor que o da sentença. Isso não aconteceria se tivessemos
políticos capazes e honestos. A sentença seria integral.

Ninguém sai por aí dizendo que tudo quanto juiz de
| futebol é ladrão, apesar de muitos serem acusados disso. Será que todo
| padeiro, pedreiro, engenheiro, cientista são também todos ladrões?

Juiz de futebol foi feito para roubar ... caso contrário o corintias nunca
ganharia um campeonato. A importância de um juiz de futebol é mínima ou nula
no estabelecimento de leis que regem uma nação. Futebol deveria ser um
esporte de puro amadorismo; jogador de futebol não deveria ser profissão.
Assim como jogador de sardinhas na sua brasa, ou seja, político, não deveria
ser profissão.
Favor não misturar no mesmo saco profissões honestas como a do padeiro,
pedreiro etc. com a de político.

|
| A idéia de não-obrigatoriedade do voto é outra discussão.

Não é não. É uma maneira de acabar com os currais ACM, Sarneys, Collllors e
mil outros.

Vou localizar mais
| a discussão. Hoje recebi o boleto do condomínio de onde moro. Ele veio
mais
| caro e eu fui ver por que. E tinha lá uma despesa com uma reforma. Como eu
| não fui na última reunião, não posso reclamar, não sei se a reforma é
| necessária mesmo. Vou ter que pagar e ficar quieto.

Muito justo. Mas, por favor, não vá a seguir comparar uma reunião de
condominos e a votação para o conserto de uma calçada com as eleições e
votação para um cargo de dirigente de uma nação!

Numa eleição sem
| obrigatoriedade de voto deveria ser assim também. Se caso a pessoa não
| votasse, ela não poderia reclamar de algum serviço público na justiça,
| afinal ela se absteve na decisão sobre os rumos da cidade, do estado ou do
| país.

Pronto. Comparou!

É o velho ditado, quem cala, consente. Enfim, eu não sou contra, mas
| acho que a pessoa deve ser responsabilizada pela decisão que tomou, ou
| melhor, não tomou.

Hoje tomei a decisão de não abrir o pirulito envolto num miserável dum
plástico duro prá meu filho, pois estava quase na hora do almoço. Na última
eleição para presidente tomei a decisão de não votar no FHC pois não
acreditava na sua capacidade.
Hoje pela tarde abri o pirulito* .... e o que faço com o FHC?

Numa boa,

[]'
Léo
(*) Precisei usar de uma lâmina 'Olfa' para abrir o maldito envólucro!
============================



SUBJECT: RES: [ciencialist] [sbcr] Re: Você é capaz de adotar idéias radicais?
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2002 11:54

> -----Mensagem original-----
> De: Jose Colucci Jr. (Home) [mailto:j.colucci@rcn.com]
>
> De qualquer forma, não recebi nenhuma resposta para a pergunta: O
> ceticismo é uma manifestação de conservadorismo ou de radicalismo
> intelectual?

Devemos buscar o meio-termo, o equilíbrio:
1. Conservar a verdade científica, a lógica e a razão.
2. Radicalizar com a ilusão, as pseudo-ciências e a ignorância.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: [sbcr] Re: Você é capaz de adotar idéias radicais?
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/02/2002 12:16

Jose Colucci Jr. :
> De qualquer forma, não recebi nenhuma resposta para a pergunta: O
> ceticismo é uma manifestação de conservadorismo ou de radicalismo
> intelectual?
>

Vou começar com outra pergunta: Não seriam os conceitos de
conservadorismo e radicalismo relativos? Por exemplo, um socialista
nuam sociedade socialista não seria um conservador?

Para mim o ceticismo não é compatível nem com um conservadorismo
retrógrado nem com o radicalismo. O conservadorismo não admite
questionamento das verdades estabelecidas, portanto está
imediatamente descartado. O radicalismo, por outro lado, é apenas o
conservadorismo visto no espelho: não admite o questionamento de
verdades *não* estabelecidas. Um cético não admite a existência de
verdades absolutas, ou de soluções perfeitas e definitivas, que são a
matéria-prima do radicalismo.

Um cético rejeita rótulos como "conservador" e "radical". Elabora
suas posições de maneira livre. Pode muito bem apoiar a idéia "X" do
deputado conservador e a idéia "Y" do deputado radical.

O cético tem que ter ao mesmo tempo o juízo ponderado do conservador
e a liberdade iconoclasta do radical. Não pode ser passivo como o
conservador nem fanático como o radical.

Bom, é isso. Talvez tenha me equivocado em alguma coisa a respeito
das definições de "conservador" e "radical" que podem ser algo
diferentes da minha.

[]´s

André



SUBJECT: Re: EINSTEIN E TR
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/02/2002 12:26

> Alguém poderia me citar referências bibliográficas (quanto mais
melhor)
> que falem sobre o fato de Einstein não ter sido originalmente o
descobridor
> da Teoria da Relatividade, e fatos correlatos?

Só duas palavras em relação a isto.
A primeira é que uma teoria não se descobre, inventa-se.
A segunda é aquilo que hoje se chama TR é aquilo que Einstein propôs
A relação E=mc² não é em si relativistica pois não deriva
necessáriamente dos postulados da relatividade. Ela foi dada a
conhecer pelo proprio Einstein usando aquilo que Poincaré e Maxwell
tb usaram: isto é, as eq do Campo EM, agora chamadas, eq de Maxwell.
[o que mostra que a conquistada e famosa formulas é tão curriqueira
quanto f=ma. A questão é que ninguem se tinha 'lembrado' antes de a
usar]

A invariancia da velocidade da luz é um dos axiomas da TR que
Eisntein introduziu e que marcam a diferença entre a TR dele, a que
se usa por ai, e as outras. Que graças ao fenómeno de popularidade
que foi Eisntein, ficaram esquecidas.

Portanto dizer que a TR q se usa por ai não foi inventada por
Eisntein é mais bem um erro. O que aconteceu é que vários outros
chegaram às mesmas formulas por considerações outras.

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Viagem ao Espaço II
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/02/2002 12:59

> ST:
> > Aqui ok, mas tb não é preciso. A ideia é construir "mundos
> > voadores" que possam auto-sobreviver durante o tempo necessário
> > para chegar lá. Seja que tempo for.
>
> AM:
> Se construirmos mundos voadores totalmente autosuficientes,
> qual a necessidade de se colonizar planetas?

Pq esses mundos-vadores não são autosuficientes eternamente.
A fonte de energia provavelemente se irá gastar.
E por isso é preciso colonizar planetas com recursos naturais mais
vastos.


> ST:
> > Por outro lado a gravidade é uma mera aceleração. A qual pode
> > ser produzida artificialmente.
>
> AM:
> O problema da gravidade zero poderia ser resolvido com a força
> centrífuga da rotação. Mas um sistema mecânico como esse é
> confiável numa viagem que dure séculos? Quanto menos partes
> móveis, menos desgaste, menos implicações técnicas e menos
> manutenção.

Não é preciso qq sistema mecânico. No espaço não ha atrito e portanto
o movimento iniciado não é parado "sozinho"
Os vai-vem e os veiculos espaciais em geral acertam a sua rota com
expulsão de gás.
Promover um movimento rotacional não é dificil.


[]
Sérgio Taborda




SUBJECT: Re: Voto nulo e Democracia
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/02/2002 13:01

--- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:
> Penso que a defesa sistemática do voto nulo é uma manifestação de
> indiferença aos regimes políticos ou formas de governo.

1) Sistematica de q. maneira?

2) Nao necessariamente e' uma indiferenca.
Pode ser exatamente uma manifestacao de desagrado
da forma como as politicas sao conduzidas.
Votar por votar tbm pode ser uma forma de
indiferenca.

> Com efeito, se nenhuma importância dou ao voto,

Alguem q. vota nulo nao obrigatoriamente
esta' a dar pouca importancia ao seu voto.

> se me esquivo a participar do processo de escolha dos legisladores
> e governantes, é porque, para mim, a democracia política é
> descartável.

Tbm nao e' uma conclusao necessaria.
42% dos americanos nao votam -- la'
o voto e' facultativo -- mas todos
(ou boa parte deles) iriam se
levantar contra qq movimento de
instalacao de ditadura em seu pais.

O voto valido e' uma opcao da pessoa
se ela julga q. e' possivel uma
escolha dentre os candidatos q. se
lhe apresentam. Um voto valido
impensado em lugar de um voto nulo
consciente gerou Eneas e o proprio
Collor. Provavelmente gerara' Roseana
(aquela q. tenta se desvencilhar de
seu sobrenome).

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Barulho no Tetrapak
FROM: "saudeinfo" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/02/2002 13:09

DS
> > Mas por que a mudança tão drástica
RT
> Vc esta' falando de simplesmente
> abrir a caixa e depois fechar. Ou
> depois de tomar um copo do produto?

Simplesmente abrir e fechar. Não me parece que entre tanto ar assim,
mesmo em relação ao que já havia.

[]s

Daniel



SUBJECT: Re: Voto nulo e Democracia
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/02/2002 13:14

> Oi,

Oi, ao contrário dos colegas eu não acho que vc tenha feito uma boa
defesa.

> Penso que a defesa sistemática do voto nulo é uma manifestação de
> indiferença aos regimes políticos ou formas de governo.

A palavra chave é "sistemática".
Ninguem está fazendo um defesa sistemática. O que se pretende é dar
importancia a essa figura que é o voto nulo.

>Com efeito, se nenhuma importância dou ao voto, se me esquivo a
participar do processo de
> escolha dos legisladores e governantes, é porque, para mim, a
democracia
> política é descartável.

Se me esquivo é pq me abstenho. Se eu vou colocar o meu voto na urna
é pq estou preocupado sim.
Se eu não concordo com nenhum das plataformas partidárias/politicas q
se apresentam à canditatura, eu voto como ?
Bom, tecnicamente votaria em branco. E deveria aparecer o resultado
de votos brancos.
Mas como sabemos, a mente humana leva a que os votos brancos
rápidamente deixem de o ser durante o processo de contagem.

Portanto, o que resta ?
Votar nulo.
E nesta medida, é um voto responsável.

Se me perguntas se não haveria melhores hipoteses, haveria. Mas não
as ha agora. E temos de trabalhar com o que ha.

Eu tb não concordo que se vote nulo, mas tb não concordo que se tenha
de forçosamente eleger alguem. Seria um acto contra a liberdade de
escolha.

[]

Sérgio Taborda

Em todos os boletins de voto deveria haver 2 quadradinhos extra:
"Não escolho nenhum" e "abtenho-me"
Assim, não haveria desculpas para não ir votar [embora me parece ,
tanto quanto sei que ai o voto é obrigatório, aqui não é] e ter
abstenções que quase são maiores que as pessoas que foram votar.
Do tipo metade da população que pode votar, vota. E dessa metade,
metade+1 escolhe A e metade-1 escolhe B.
E o pais é governado por A que foi eleito por um quarto da população.

É a isto que chamais democracia ?

Quando o faminto escolhe entre comer e não comer isso não é liberdade.






SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Voto nulo e Democracia
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2002 13:15

> -----Mensagem original-----
> De: andrediasbaptista [mailto:andrebaptista@uol.com.br]
>
> Análise lúcida e madura. Assino embaixo. Defender o voto nulo só pode
> ser entendido de duas formas:
> 1. Como uma irresponsabilidade infantil.

André, o Manuel não disse isso. O voto nulo é perfeitamente aceitável
dentro de determinado contexto.

> 2. Como um desejo de desestabilizar a democracia para favorecer
> alguma solução violenta.

Não precisa chutar o balde. Golpe de Estado provoca isso e não voto nulo.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] [sbcr] Re: Você é capaz de adotar idéias radicais?
FROM: "Alexandre M." <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2002 13:20

>De qualquer forma, não recebi nenhuma resposta para a >pergunta: O
>ceticismo é uma manifestação de conservadorismo ou de >radicalismo
intelectual?
>Colucci

Chutaria que nenhum nem outro. E alegaria que essa é uma dicotomia sem
sentido em relação ao ceticismo.

Podemos ser conservadores intelecualmente, radicais intelectualmente, mas
sendo em ambos os casos "honestos intelectualmente".

SDS,

ASM



SUBJECT: Re: Re:[ciencialist] santa cedilha
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2002 13:33



| Não vou mais discutir isso com você, percebi que não dá mesmo, não consigo
| estabelecer um diálogo com respostas coerentes que não sejam fugas
| engraçadinhas das perguntas originais.
|

Esse é o cerne da coisa: Político é uma piada! Pena que não deixaram o SirvoSantos se eleger, ou talvez a Hebe.

[]'
Léo
PS: Concordo com o encerramento de minha participação na thread. Sou *radical* !!!!
=============



SUBJECT: Re:[ciencialist] Re: Voto nulo e Democracia
FROM: "Luis Marcelo de Mattos Zeri" <luismarcelozeri@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/02/2002 14:51

Sergio, toda a discussão começou com uma frase que
pregava sim a defesa sistemática do voto nulo, lembra-
se? "Seja responsável, vote nulo."
Eu começei por criticar isso, percebi que o voto nulo é
uma opção válida mas não quero ser chamado de
irresponsável por dar o meu voto a algum candidato.
Também acho que a melhor definição para esse tipo de
protesto é irresponsabilidade infantil.

>
> ---------- Início da mensagem original -----------
> De: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Cc:
> Data: Tue, 26 Feb 2002 16:14:56 -0000
> Assunto: [ciencialist] Re: Voto nulo e Democracia
> > Oi,
>
> Oi, ao contrário dos colegas eu não acho que vc tenha
feito uma boa
> defesa.
>
> > Penso que a defesa sistemática do voto nulo é uma
manifestação de
> > indiferença aos regimes políticos ou formas de
governo.
>
> A palavra chave é "sistemática".
> Ninguem está fazendo um defesa sistemática. O que se
pretende é dar
> importancia a essa figura que é o voto nulo.
>
> >Com efeito, se nenhuma importância dou ao voto, se me
esquivo a
> participar do processo de
> > escolha dos legisladores e governantes, é porque,
para mim, a
> democracia
> > política é descartável.
>
> Se me esquivo é pq me abstenho. Se eu vou colocar o
meu voto na urna
> é pq estou preocupado sim.
> Se eu não concordo com nenhum das plataformas
partidárias/politicas q
> se apresentam à canditatura, eu voto como ?
> Bom, tecnicamente votaria em branco. E deveria
aparecer o resultado
> de votos brancos.
> Mas como sabemos, a mente humana leva a que os votos
brancos
> rápidamente deixem de o ser durante o processo de
contagem.
>
> Portanto, o que resta ?
> Votar nulo.
> E nesta medida, é um voto responsável.
>
> Se me perguntas se não haveria melhores hipoteses,
haveria. Mas não
> as ha agora. E temos de trabalhar com o que ha.
>
> Eu tb não concordo que se vote nulo, mas tb não
concordo que se tenha
> de forçosamente eleger alguem. Seria um acto contra a
liberdade de
> escolha.
>
> []
>
> Sérgio Taborda


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SUBJECT: voto tatico
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2002 15:27

Texto do projecto wikipedia

O Voto Táctico (ou Voto Estratégico) é o comportamento dos
eleitores que fornecem uma informação enganadora a um sistema de
votação com o objectivo de maximizar a utilidade do seu voto. Por
exemplo, um eleitor que pensa que o seu candidato não tem nenhuma
hipótese de ganhar, poderá votar num candidato de que não gosta
com o objectivo de imperdir a vitória de um que detesta. A
análise do voto táctico baseia-se na teoria dos jogos.

Incentivos

Em muitos sistemas eleitorais que encorajam o voto táctico, como
o sistema de voto plural, os votantes têm um incentivo para não
votar em candidatos que eles acreditam que não podem ganhar,
independentemente de gostarem ou não desse candidato. Se votarem
em candidatos que têm hipóteses de ganhar, o voto tem mais
probabilidades de afectar o resultado final. Normalmente, este
fenómeno causa a concentração dos apoios em poucos candidatos,
muitas vezes apenas dois.

Em outros sistemas, como a contagem de Borda, os eleitores têm um
incentivo para não votar em candidatos que acreditem ser
competidores do seu candidato preferido, independentemente da
opinião que tenham desse candidato.


Sistema eleitoral e Informação

Em geral, quanto mais informação o eleitor tiver que fornecer ao
sistema eleitoral, menores as vantagens do voto táctico. Em
partícular, o voto plural encoraja o voto táctico porque a
informação que cada votante fornece ao sistema de votação é muito
reduzida. Noutros sistemas de votação, como no Instant Runoff
Voting, o voto táctico é mais dificil poque os eleitores fornecem
muita informação ao sistema. Mas há excepções a esta regra: a
contagem de borda regista uma grande quantidade de informação,
mas encoraja à mesma o voto táctico.

Informação sobre as intenções dos outros eleitores

Todas as formas de voto táctico exigem o conhecimento da intenção
dos outros eleitores. Quando o voto é secreto, a informação
disponível é escassa. O controlo do fluxo de informação é por
isso de vital importância.

Em eleições em que a maior parte dos eleitores informa-se pelos
mass media, os candidatos tendem a utilizar sofisticas
estratégias mediática com o objectivo de fazer balançar o voto
táctico a seu favor. Normalmente, os candidatos tenderão a
exagerar a sua popularidade para atrair o voto táctico. É mesmo
possível que os candidatos encomendem sondagens que os favoreçam.
Em eleições com várias rondas, os candidatos tenderão a apostar
nas primeiras rondas para que o público fique com a impressão que
eles são mais viáveis que candidatos que o público prefere, mas
que não têm tanto apoio.


Eleições Primárias

No sistema plural e sistemas semelhantes, as eleições primárias
entre os candidatos de um mesmo partido são frequentemente
utilizados para evitar alguns dos efeitos do voto táctico. Os
membros de um mesmo partido realizam eleições entre os seus
potenciais candidatos. Este processo é semelhante ao que acontece
naturalmente numa eleição geral, mas tem a vantagem de ser mais
formal e de evitar a divisão dos eleitores nas eleições gerais
porque todos concordam que só o vencedor das primárias é que deve
ser apoiado.

Quando um partido não tem muitas possibilidades de ganhar as
eleições gerais com os votos dos membros do partido, alguns
membros poderão ser tentados a votar nas primárias em candidatos
com maior probabilidade de conseguir apoios fora do partido.


Exemplos

O voto táctico é muito frequente nas eleições britânicas. Em
Inglaterra, há três partidos representados no parlamento: O
Partido Trabalhista, o Partido Conservador e o Partido Liberal
Democrata. O Partido Trabalhista é próximo do Partido Liberal
Democrata. Muitos eleitores que preferem o Partido Liberal
Democrata votam nos candidatos do Partido trabalhista onde estes
são mais fortes e vice-versa onde os candidatos do Partido
Liberal Democrata são mais fortes, com o objectivo de evitar a
eleição dos candidatos conservadores.

Texto do projecto wikipedia:
http://pt.wikipedia.com
Versão em português:http://pt.wikipedia.com/wiki.cgi?Voto_Táctico
Licença de utilização:
http://www.wikipedia.com/wiki/GNU_Free_Documentation_License> GNU FDL
Versão em inglês:
http://www.wikipedia.com/wiki/Tactical+voting
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: votar é racional?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2002 15:27

Já que vocês estão tão empenhados a discutir o voto nulo, vou colocar
uma pergunta, que não faz muito sentido no Brasil, onde o voto é
obrigatório, mas faz sentido em muitos outros sítios:

votar é racional?

Para responder a esta pergunta temos que primeiro responder a outra:
racional para quem?

Para quem vota, naturalmente. O que se pretende saber é se, no dia das
eleições é mais racional ir votar ou fazer outra coisa qualquer? Para
isso é preciso analisar os ganhos e as perdas de ir votar:

Perdas: quem vota perde a oportunidade de fazer outra coisa qualquer,
como ir à praia, estudar, estar com os amigos, ir ao cinema etc

Ganhos: quem vota tem uma determinada probabilidade de decidir as
eleições de acordo com os seus interesses. Os ganhos podem ser
enormes, se o nosso candidato for mesmo bom, mas a probabilidade
de o nosso voto ser decisivo é baixa. Não sei como é que essa
probabilidade se calcula, mas é sempre baixa. E é ainda mais baixa
quando as eleições estão decididas à partida.

Sendo assim, a pergunta faz sentido: é racional votar quando o
nosso voto conta tão pouco e há tantas outras coisas para fazer?

E já agora outra uma pergunta extra: como se justifica o voto
obrigatório? Não é certamente com os interesses próprios do
votante, porque o eleitor é o maior arbitro dos seus interesses
próprios. É com os interesses de quem?

--
joão
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Voto nulo e Democracia
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/02/2002 15:31

--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" >

> Por isso sou o fervoroso defensor da subversão, como mecanismo
> de estropiar pretensões à sociedade perfeita... perfeitamente
> ilusória e hipócrita.
>

Você estaria defendendo o terrorismo? A pretensão à sociedade
perfeita é legítima, mesmo que inatingível. Serve de parâmetro para
não nos acomodarmos. Não vejo porque estropia-la. A não ser que você
se apoie na conclusão duvidosa de que não existem estados
intermediários e o caos total e a sociedade perfeita.

[]´s

André



SUBJECT: Re:[ciencialist] Re: Voto nulo e Democracia
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/02/2002 15:33

--- In ciencialist@y..., "Luis Marcelo de Mattos Zeri"
> Eu começei por criticar isso, percebi que o voto nulo é
> uma opção válida mas não quero ser chamado de
> irresponsável por dar o meu voto a algum candidato.
> Também acho que a melhor definição para esse tipo de
> protesto é irresponsabilidade infantil.

E assim progride a discussao...

Acho q nao e' coisa de se sentir atingido
por uma frase de adesivo, mas enfim vc tem
todo o direito do mundo de protestar.

Ninguem e' irresponsavel por utilizar de
um voto valido -- seja por identificacao
com as propostas de um partido/candidato,
seja em resposta a outro candidato. As
pessoas tEm direito ate' mesmo de votar
aleatoriamente ou de votar em quem esta'
na frente nas pesquisas.

E tem direito tbm quem quer anular seu voto ou
votar em branco.

Apenas devem estar cientes de q. cada escolha
tem uma consequencia. E ai' escolhem entre
as opcoes qual devera' trazer a consequencia
mais desejavel.

Felizmente o voto universal (universal numas,
mas melhor do q. nada) se baseia no principio
de q. cada um vota de acordo com seus proprios
interesses. A maioria vence e pronto (nao e' bem
assim, mas nao entremos nas minucias).

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: O Livro dos Codigos em portugues
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/02/2002 15:40

Saiu a tradução em português do "Livro dos Códigos" de Simon Singh:
http://www.livcultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp?
nitem=607068&sid=114820940422655274647032&k5=2397AF37&uid=

Para quem achar o preço salgado, confira o original:
http://www.amazon.com/exec/obidos/ASIN/0385495323/qid=1014748548/sr=8-
1/ref=sr_8_3_1/102-4178711-6321753

O livro anterior desse autor, "O Último Teorema de Fermat", foi um
dos melhores livros de divulgação que já li.

[]´s

André






SUBJECT: RES: [ciencialist] votar é racional?
FROM: Luciano Seidel <luciano.seidel@globaltelecom.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2002 15:45

João escreveu:
> E já agora outra uma pergunta extra: como se justifica o voto
> obrigatório? Não é certamente com os interesses próprios do
> votante, porque o eleitor é o maior arbitro dos seus interesses
> próprios. É com os interesses de quem?

No caso do voto obrigatório, esse tem que ser encarado como um dever cívico,
e não apenas como um direito. O interesse maior nesse caso é da sociedade
como um todo. Parte-se do pressuposto que todos tem não só o direito de
escolher seus governantes, mas também o dever de fazê-lo. Pessoalmente não
concordo com essa idéia e acredito que o voto obrigatório no Brasil é
mantido devido ao receio de alguns políticos de que as massas mais
facilmente manipuláveis deixariam de votar, aumentando assim os votos das
pessoas com maior consciência e responsabilidade.

Luciano Seidel


SUBJECT: Re: [ciencialist] Voto nulo e Democracia
FROM: Alisson Antonio Martins <aam00@fisica.ufpr.br>
TO: "[ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2002 15:45

oi...
Eu acho que votar não muda nada, só a luta muda a vida.
A disputa no âmbito institucional é para quem possui um imenso
"aparato" tanto ideológico idealista, quanto monetário. Sei que é bastante
difícil competir nesta selva de pedra que é o nosso mundo, entretanto
devemos ter consciência de nosso papel como agentes transformadores da
história, e não como meros espectadores. O voto nulo é uma saída quando as
opções a serem votadas não têm nada de diferente.
Democracia é um conceito complicado. Por exemplo, muita gente vê
democracia na ditadura que os Estados Unidos, ou o Brasil, implantam ao
seu povo.Há democracia quando os interesses de uma classe estão acima de
qualquer interesse? Não. O que vemos é a dominação de uma classe sobre a
outra, e a isso chamamos ditadura. Pois bem, se há classe, então não há
como ter democracia, mas sim a ditadura de uma classe sobre a outra. Desta
forma, é preciso se acabar com as classes. Enquanto isso não acontece, "a
velha história se repetirá como farsa"...


alisson



SUBJECT: Fw: [ciencialist] Barulho no Tetrapak
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2002 15:45


-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: domingo, 24 de fevereiro de 2002 12:12
Assunto: Re: [ciencialist] Barulho no Tetrapak


Olá Daniel (e todos),

comecemos pelo "martelo d'água", um tubo de vidro de paredes espessas com cerca de 3/4 de sua capacidade preenchido com água e selado a fogo após a retirada expressiva do ar interno.
Virando-se bruscamente esse dispositivo sente-se a seca pancada da água contra o fundo do frasco ... um verdadeiro martelo de água!
A causa disso é dupla: uma é a inércia do líquido, outra é a ausência da "mola" de ar que existiria caso esse não fosse retirado. No martelo de água, a água ao ser 'sacudida' reage como "um todo", como se fosse um sólido; coisa que não acontece se houver ar dissolvido na água e a banhar a superfície livre. O som do martelo de água é seco e muito diferente do golpe corriqueiro da água.
Vamos ao tetrapak: ao se fechar a embalagem retira-se o ar de seu interior. Esse ar estava não só no espaço acima da superfície como também no interior do leite. [Se a embalagem fosse transparente vc veria que o leite ao ser sacudido não faz espuma.]
Ao se sacudir a embalagem com esse leite, todo o leite comporta-se com uma massa única produzindo golpes razoavelmente seco (não tanto, uma vez que a embalagem não é corpo rígido como o é o tubo de vidro do martelo de água). O som produzido é proveniente da 'expansão' da embalagem contra o ar ambiente e não de som produzido internamente pelo bater dar 'águas' entre si e contra a embalagem.
O leite foi embalado (e extraído o ar) quando bastante quente (ao sair da pasteurização), de modo que a pressão de vapor interna corresponde á aquela temperatura alta. Ao entrar em equilíbrio com o meio ambiente (ou mesmo resfriado em geladeira) a pressão de vapor diminui acentuadamente (o que faz com que a embalagem se deforme mais ainda sob ação externa da pressão atmosférica); boa parte desse vapor retorna á fase líquida. Reina apenas a pressão de vapor saturante na temperatura ambiente ... que é muito pequena, pode ser negligenciada.

Eis minha sugestão para a questão.

[]'
Léo
===================
-----Mensagem Original-----
De: "saudeinfo" <cetico@hotmail.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: sexta-feira, 22 de fevereiro de 2002 19:40
Assunto: [ciencialist] Barulho no Tetrapak


Depois de longa e tenebrosa ausência, vou tentar acompanhar ao menos
este thread, esperando que ninguém ainda tenha feito a pergunta.

Quando se sacode uma embalagem do tipo longa vida, o barulho que se
escuta é mínimo. Tomando como exemplo algumas marcas de suco que
possuem uma espécie de tampa abre-fecha, depois de aberto um pequeno
orifício no lacre, entra ar e a intensidade do barulho aumenta
drasticamente. Eu entendo que, antes de selar a embalagem, a pressão
ambiente ou uma deformação na caixa possam diminuir o volume e a
pressão do ar dentro da embalagem -- ou até eliminá-lo completamente.
Mas por que a mudança tão drástica? Afinal, ainda que não haja ar
nenhum dentro da embalagem, há pelo menos vapor. O efeito se deveria
então à diferença entre ar e vapor nos fenômenos envolvidos? E que
fenômenos seriam esses? Somente uma questao de transmissão? De
qualquer maneira, o choque do líquido com a parede é o mesmo (havendo
*algum* espaço além do líquido). Será que somente a diferença de
volume não líquido dentro da embalagem (e portanto maior percurso do
líquido até se chocar com a parede, que leva a maior velocidade de
choque) explica tudo?


[]s

Daniel Sottomaior


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SUBJECT: Re:[ciencialist] santa cedilha
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/02/2002 15:57

On Mon, 25 Feb 2002, Luis Marcelo de Mattos Zeri wrote:
> Não pude deixar de reparar nas frases abaixo do seu nome.
> Essa, em especial, me incomodou: Seja responsável, vote
> nulo. Não seria melhor trocá-la por outra assim: Seja
> burro, vote nulo. ?

Não levando para o lado ofensivo eu diria que minha frase tem a ver com
meus princípios anarquistas. Nada contra fulano ou beltrano, se um é
corrupto e o outro não isto para mim não tem a menor importância.

Comecei a pensar de forma anarquista quando li "A propriedade é um
roubo"[Proudon], o livro é um lixo mas o título é extremamente intrigante.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
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SUBJECT: RES: RES: [ciencialist] Voto nulo e Democracia
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2002 16:00

> -----Mensagem original-----
> De: andrediasbaptista [mailto:andrebaptista@uol.com.br]
>
> > Por isso sou o fervoroso defensor da subversão, como mecanismo
> > de estropiar pretensões à sociedade perfeita... perfeitamente
> > ilusória e hipócrita.
>
> Você estaria defendendo o terrorismo? A pretensão à sociedade
> perfeita é legítima, mesmo que inatingível. Serve de parâmetro para
> não nos acomodarmos. Não vejo porque estropia-la. A não ser que você
> se apoie na conclusão duvidosa de que não existem estados
> intermediários e o caos total e a sociedade perfeita.

Ô LÔCO! Se deixei essa impressão é meu dever esclarecer a pendência.
Antes de mais nada, não discordo de seu argumento.

Quando digo que defendo a subversão, estou defendendo aquelas pessoas
que contrabandeavam Freud e Marx debaixo do nariz das polícias políticas
dos regimes totalitários.

Ou, sujar com bosta a maçaneta da porta do fusquinha daquele mané que
ostentava o adesivo "Sou Fiscal do Sarney".

Ou, mandar os caras-pintadas da era "Fora Collor" à puta que pariu
por que eu me recuso a participar de um protesto com apoio da Febraban.

Ou seja, defendo a prática da desobediência civil moderada como puxões
de orelha na turma que defende A ou B incondicionamente, apenas porque
"todo mundo acha certo, então deve ser certo mesmo!".

Mesmo em regimes democráticos, somos expectadores de decisões
burras que, se analisadas em profundidade, são um atentado à liberdade
e à democracia.

Enfim, não podemos deixar de criticar um sistema mesmo que esteja
dando certo. Afinal, somos ou não céticos racionalistas?

[]s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Voto nulo e Democracia
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/02/2002 16:01

--- In ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> wrote:
> 1) Sistematica de q. maneira?
>
> 2) Nao necessariamente e' uma indiferenca.
> Pode ser exatamente uma manifestacao de desagrado
> da forma como as politicas sao conduzidas.
> Votar por votar tbm pode ser uma forma de
> indiferenca.
>

Está na moda dizer qualquer coisa, uma tatuagem, um piercing, um
peido, são manifestações políticas. Até posso concordar, mas são
manifestações frágeis e inúteis, em suma, infantis. Porém o voto nulo
não é somente infantil, mas também irresponsável. Se você não está
plenamente satisfeito com qualquer candidato, deve no mínimo ser
capaz de escolher aquele "menos pior" de acordo com suas convicções.
Porque o voto nulo poderá fazer com que o pior de todos seja eleito.


> > Com efeito, se nenhuma importância dou ao voto,
>
> Alguem q. vota nulo nao obrigatoriamente
> esta' a dar pouca importancia ao seu voto.

"está a dar" é influência de nosso amigo João? :))
Você precisa provar que existe alguma efetividade em se votar nulo.
Existe algum indício, algum antecedente histórico?
Protestar por protestar podemos escrever um palavrão na cédula. Já
que não existem mais cédulas, podemos arrebentar a urna eletrônica a
pauladas, que tal?


>
> > se me esquivo a participar do processo de escolha dos
legisladores
> > e governantes, é porque, para mim, a democracia política é
> > descartável.
>
> Tbm nao e' uma conclusao necessaria.
> 42% dos americanos nao votam -- la'
> o voto e' facultativo -- mas todos
> (ou boa parte deles) iriam se
> levantar contra qq movimento de
> instalacao de ditadura em seu pais.


Acredito que eles estejam satisfeitos com seu país. Nós estamos com o
nosso? Se você estiver plenamente satisfeito, vote em branco com a
consciência limpa.


>
> O voto valido e' uma opcao da pessoa
> se ela julga q. e' possivel uma
> escolha dentre os candidatos q. se
> lhe apresentam. Um voto valido
> impensado em lugar de um voto nulo
> consciente gerou Eneas e o proprio
> Collor. Provavelmente gerara' Roseana
> (aquela q. tenta se desvencilhar de
> seu sobrenome).


O raciocínio é falho, por que as pessoas que têm discernimento e
politização para pensar como você e optar pelo voto nulo,
jamais "votariam por votar" em Collor Ou Roseana. É claro que é
melhor votar nulo do que votar no Collor, mas é melhor ainda votar
contra o Collor. Ou será possível fazermos uma "campanha para o voto
nulo" que atinga somente os eleitores do Collor? Tipo "Se for votar
no Collor, vote nulo", "mas se mudar de idéia e for votar contra, por
favor não anule!" :)

[]´s

André





SUBJECT: Re: [ciencialist] O Politico Perfeito (era: santa cedilha)
FROM: Alisson Antonio Martins <aam00@fisica.ufpr.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2002 16:01

Alguém mandou o texto do Brecht pra lista, o Analfabeto Político. Aquele
texto sintetiza bem o que vc disse Alexandre. Concordo plenamente. Acho
que não devia haver a profissão "político", dessa forma que vemos
(Coronealismo, paternalismo, filhadaputismo...) Entendo que devemos
saber de política e não nos alienarmos à realidade ( a nossa vida é
política). E uma coisa que sempre digo, devemos acabar com essa falsa
esperança de que um dia vai aparecer o "político perfeito" e que vai mudar
toda a forma de pensar, agir, falar, andar...não vai. Não podemos deixar
que os nossos idealismos nos façam pensar de que "o salvador" virá. Bobagem.
Devemos construir a nossa história, devemos lutar incessantemente contra
os males que fazem com que existam "maus políticos". Um dos males? A
ALIENAÇÃO. Sem este mal muita coisa iria mudar....
E viva a sociedade sem classes....

alisson



SUBJECT: Re: votar é racional?
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/02/2002 16:07

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> Perdas: quem vota perde a oportunidade de fazer outra coisa
> qualquer, como ir à praia, estudar, estar com os amigos, ir ao
> cinema etc

Eu nunca levei mais do q. 15 minutos para
votar: entre sair de casa e voltar.

> Sendo assim, a pergunta faz sentido: é racional votar quando o
> nosso voto conta tão pouco e há tantas outras coisas para fazer?

Considerando-se q. todos irao pensar do mesmo
modo (estritamente no q. se refere 'a probabilidade
ou nao de votar -- e nao de em quem ira' votar),
havera' uma proporcao de equilibrio entre
qdo um unico voto fara' diferenca e qdo ela
sera' redundante. Se formos complicarmos mais
ainda teremos q. levar em conta q. o numero de
votos a mais, embora nao altere o resultado
final da eleicao -- o candidato e' ou nao eleito --,
altera de algum modo a sua capacidade de negociacao:
se um candidato tem uma ampla margem de vantagem
sobre o seu oponente, ele tende a ter uma maior
capacidade de barganha -- posto q. ele teria uma
maior representatividade.

Ai' seria o caso nao de simplesmente se seria
ou nao racional votar, mas estabelecer a probabilidade
do voto ser ou nao decisivo.

Em tese nao sabemos a priori se o voto sera'
ou nao devisivo. Mesmo acompanhando as previas
eleitorais (ou eleitoreiras), costuma ocorrer
algumas surpresas. (A decisao da vaga para
o segundo turno nas ultimas eleicoes para o
governo de S. Paulo foi bem apertada.)

Mas se houvesse um metodo seguro de saber nao
seria preciso haver eleicoes.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Voto nulo e Democracia
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2002 16:08

> -----Mensagem original-----
> De: andrediasbaptista [mailto:andrebaptista@uol.com.br]
>
> Acredito que eles estejam satisfeitos com seu país. Nós estamos com o
> nosso? Se você estiver plenamente satisfeito, vote em branco com a
> consciência limpa.

Ops! Peraí! Se não estou enganado voto em branco é voto válido,
portanto favorece o candidato que está ganhando. Já o voto nulo
não é considerado voto válido. Isso implica que se o total de
votos nulos for maior que o de votos válidos, convoca-se novas
eleições.

Alguém pode confirmar isso?

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RES: [ciencialist] santa cedilha
FROM: Luciano Seidel <luciano.seidel@globaltelecom.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2002 16:14

Tarcisio escreveu:
>
> Comecei a pensar de forma anarquista quando li "A propriedade é um
> roubo"[Proudon], o livro é um lixo mas o título é
> extremamente intrigante.
>

Proudhon não é lixo, contribuiu para o pensamento econômico. Foi um dos
críticos do liberalismo econômico, da escola clássica fundada por A. Smith.
Era anarquista e defensor da liberdade. Tanto defendia a liberdade, que
apesar da frase de efeito "A propriedade é um roubo", defendia o direito à
propriedade. O que ele considerava um roubo é a apropriação indevida que os
proprietários dos meios de produção faziam dos rendimentos gerados pelo
trabalho. Assim como outros solicialistas, suas idéias contribuiram para a
doutrina de K. Marx.

Luciano Seidel


SUBJECT: Re: [ciencialist] Voto nulo e Democracia
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/02/2002 16:14

On Tue, 26 Feb 2002, [Windows-1252] Manuel Bulcão wrote:
> Penso que a defesa sistemática do voto nulo é uma manifestação de
> indiferença aos regimes políticos ou formas de governo. Com efeito, se
> nenhuma importância dou ao voto, se me esquivo a participar do processo de
> escolha dos legisladores e governantes, é porque, para mim, a democracia
> política é descartável. Para essas pessoas, tanto faz ditadura ou
> democracia.

Tanto faz não. Calma lá. Defendo profundamente a anarquia total e
irrestrita. Nada de tomar o poder em nome da anarquia e fod** com todo
mundo. Se o poder for inevitável que seja a democracia. Ou outra coisa se
inventarem algo melhor. Mas enquanto for livre para me manifestar a
respeito defenderei a anarquia.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Voto nulo e Democracia
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/02/2002 16:20

tsc tsc tsc...

mais bitolação nacionalista...

Nesta hora todos têm idéias maduras. Minha idéia não é nem um pouco
madura, é fruto do meu momento atual de vida, da libertação de grilhões
místicos que me incomodavam há muitos anos.

1.Não considero uma proposta irresponsável.
2.JAMAIS defenderia a violência.

[]s
TARCISIO BORGES
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On Tue, 26 Feb 2002, andrediasbaptista wrote:
> Análise lúcida e madura. Assino embaixo. Defender o voto nulo só pode
> ser entendido de duas formas:
> 1. Como uma irresponsabilidade infantil.
> 2. Como um desejo de desestabilizar a democracia para favorecer
> alguma solução violenta.



SUBJECT: Re: Voto nulo e Democracia
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/02/2002 16:26

--- In ciencialist@y..., "andrediasbaptista" <andrebaptista@u...>
> Porém o voto nulo não é somente infantil, mas também irresponsável.

Nao mais do q. votar em um candidato dado,
conscientemente q. seja.

> Se você não está plenamente satisfeito com qualquer candidato, deve
> no mínimo ser capaz de escolher aquele "menos pior" de acordo com
> suas convicções.

O "meno male" ja' causou muitos males. Collor foi um
dos meno males... E se tornou um "piu male". Se existe
a possibilidade de escolha, tudo bem, essa pessoa ira'
escolher. Mas se nao ha', se todos os candidatos representam
ideias diferentes das q. se defende, nao ha' q. se
por a fazer uma escolha de Sofia.

> Porque o voto nulo poderá fazer com que o pior de todos seja eleito.

Ou fazer com q. a eleicao seja invalidada e
se convoque uma outra. Votar em um candidato
tbm pode fazer com q. o pior de todos seja
eleito.

Claro q. entre Covas e Maluf eu votei no Covas.
Mas eu nao vou criticar em quem votou na
Martha e dividiu as forcas.

> Você precisa provar que existe alguma efetividade em se votar nulo.
> Existe algum indício, algum antecedente histórico?
> Protestar por protestar podemos escrever um palavrão na cédula. Já
> que não existem mais cédulas, podemos arrebentar a urna eletrônica
> a pauladas, que tal?

Vejamos. Qtos presidentes eleitos tivemos do PT?
Sera' q. com esse antecedente historico eu devo
ser proibido de votar em Lula?

Qual o antecedente historico de q. o meu voto
foi decisivo? Eu nao posso votar?

Alguem pode ate' arrebentar a urna eletronica.
Se estiver a fim de ser preso...

> > Tbm nao e' uma conclusao necessaria.
> > 42% dos americanos nao votam -- la'
> > o voto e' facultativo -- mas todos
> > (ou boa parte deles) iriam se
> > levantar contra qq movimento de
> > instalacao de ditadura em seu pais.
>
> Acredito que eles estejam satisfeitos com seu país. Nós estamos com
> o nosso? Se você estiver plenamente satisfeito, vote em branco com
> a consciência limpa.

Aqui estamos estendendo indevidamente uma
comparacao. A comparacao e' entre a atitude
de votar nulo ou nao comparacer 'as eleicoes
e o apoio 'a ditaduras.

Qto a estar satisfeito. Alguem pode votar
nulo justamente para demonstrar essa insatisfacao.

> O raciocínio é falho, por que as pessoas que têm discernimento e
> politização para pensar como você e optar pelo voto nulo,
> jamais "votariam por votar" em Collor Ou Roseana.

Quem me garante? Sera' q. todos os q. votaram
no Collor eram idiotas? E os q. apoiam a Roseana
serao pacovios?

Pense assim: digamos q. esteja no segundo turno --
Lula ou Roseana. A pessoa nao gosta da Roseana
tto qto nao gosta de Lula. O q. ela faz? Qual a
decisao consciente dela?

(So' pra esclarecer -- nao estou defendendo o
meu voto nulo, eu tenho candidatos para o proximo
pleito. Estou defendendo o direito de quem nao
se identificar com nenhum em manifestar isso pelo
voto nulo.)

> mas é melhor ainda votar contra o Collor.

E por q. seria? E se for um segundo turno
entre Collor e Maluf? E se for um segundo
turno entre Maluf e Quercia (o q. periga
de ocorrer aqui em S. Paulo -- cada povo
tem o ACM q. merece...)?

> Ou será possível fazermos uma "campanha para o voto
> nulo" que atinga somente os eleitores do Collor? Tipo "Se for votar
> no Collor, vote nulo", "mas se mudar de idéia e for votar contra,
> por favor não anule!" :)

Por q. seria democratico fazer campanha contra
um dos candidatos, mas nao o seria se fosse contra
todos os candidatos?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RES: [ciencialist] O Politico Perfeito (era: santa cedilha)
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2002 16:26

> -----Mensagem original-----
> De: Alisson Antonio Martins [mailto:aam00@fisica.ufpr.br]
>
> Alguém mandou o texto do Brecht pra lista, o Analfabeto
> Político. Aquele
> texto sintetiza bem o que vc disse Alexandre. Concordo
> plenamente. Acho
> que não devia haver a profissão "político", dessa forma que vemos
> (Coronealismo, paternalismo, filhadaputismo...) Entendo que devemos
> saber de política e não nos alienarmos à realidade ( a nossa vida é
> política). E uma coisa que sempre digo, devemos acabar com essa falsa
> esperança de que um dia vai aparecer o "político perfeito" e
> que vai mudar
> toda a forma de pensar, agir, falar, andar...não vai. Não
> podemos deixar
> que os nossos idealismos nos façam pensar de que "o salvador"
> virá. Bobagem.
> Devemos construir a nossa história, devemos lutar
> incessantemente contra
> os males que fazem com que existam "maus políticos". Um dos males? A
> ALIENAÇÃO. Sem este mal muita coisa iria mudar....
> E viva a sociedade sem classes....

Hmmm... Só para não deixar dúvida...

Minha intenção foi dizer que se numa
democracia representativa, dependemos de políticos profissionais, é
nosso dever vigiá-los. Sendo assim, outorgamos uma procuração à
alguém que confiamos que vai cumprir com os objetivos propostos em
consonância com nossa ideologia. Todavia, esta confiança não deve
ser cega, incondicional, mas vigiada, assistida, auditada. Devemos votar no
político que confiamos, mas nem por isso devemos nos esquecer dele,
devemos ficar no pé, espiar por cima do ombro pra ver o que ele está
assinando.

Quando me refiro ao "homo politicus" me refiro à uma fraqueza a
que todos nós estamos sujeitos: a corrupção. E o meio político
é o mais propício para a ocorrência desse maldito vício. Se ninguém
tá olhando, o sujeito sem muita força de vontade sucumbe a certos
favores, ainda que indiretamente. Se o cidadão é honesto na vida
privada com mínimo esforço, deverá fazer um esforço descomunal
para não ceder à tentação, pois o político é absurdamente assediado.
Vive rodeado de gente que oferece certos "mimos" comprometedores.

Não devemos nos esquecer que se há corrupção, além do corrupto,
também há um corruptor. Mas ninguém se lembra dele, pois acha
que o político corrupto típico é só aquele extorque, exige a
propina, quando na verdade, muitas vezes é algum lobista que vai
ao seu gabinete com propostas indecorosas. Ambos devem ser duramente
castigados.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Voto nulo e Democracia
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2002 16:26

On Tue, 26 Feb 2002, Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de wrote:
> > Penso que a defesa sistemática do voto nulo é uma manifestação de
> > indiferença aos regimes políticos ou formas de governo. Com efeito, se
> > nenhuma importância dou ao voto, se me esquivo a participar
> > do processo de escolha dos legisladores e governantes, é porque,
> > para mim, a democracia política é descartável. Para essas pessoas,
> > tanto faz ditadura ou democracia. Ou melhor, a ditadura é
> > preferível: ditadura dos sábios, dos bons, dos honestos, dos
> > íntegros, dos justos. Por isso que a maioria dos militantes do
> > Partido Fascista da Itália eram ex-anarquistas, homens que se
> > julgavam sábios, bons, honestos, íntegros e justos. O
> > problema é que não há nada mais próximo de um demônio que um
> > anjo e infernos são criados "com as melhores das intenções" [...].
>
> Verdadeiro. Bem como a máxima "poder absoluto, corrompe absolutamente".

É na verdade algo mais profundo: "O poder atrai os corruptíveis" [Frank
Herbert]. O problema principal das democracia é que a incompetência se
esconde atrás da burocracia [Frank Herbert].

Já que estamos citando... Estas frases são como o título do outro livro
que citei, parecem tolas mas são geniais.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Voto nulo e Democracia
FROM: "Luis Roberto Brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2002 16:36


>Alexandre Medeiros:
>Mesmo em regimes democráticos, somos expectadores de decisões
>burras que, se analisadas em profundidade, são um atentado à liberdade
>e à democracia.

Quando se fala em democracia sempre lembro de uma frase
"a democracia eh a ditadura das maiorias"... procurando pela internet nao
achei exatamente a frase... acho que li uma adaptacao. Mas verifiquei que
sao ideias de Charles Tocqueville (
http://www.geocities.com/Athens/Forum/4613/ficham02.html )

Nao sei se defendo ou ataco essa 'frase'. :) Sou um ignorante em sistemas
politicos... mas tah ai, se alguem quiser comentar.

Ateh
Luis Brudna




SUBJECT: Sistema Politico Perfeito
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/02/2002 16:42

Não adianta muito discutir o político perfeito. O que interessa é
encontrar o sistema político que seja à prova de políticos e eleitores
imperfeitos. Alguns factores a considerar:

- sistema eleitoral: círculos uninominais ou circulos regionais ou
sistema misto?

- sistema de voto: o eleitor vota num candidato ou ordena os candidatos
por ordem de preferência

- organização do estado: estado centralista ou um estado que respeita o
principio da subsidariedade

- limitação de mandatos: sim ou não. Devem os deputados estar limitados
a dois mandatos consecutivos?

- equilibrio e separação de poderes: como é que se pode modificar a
relação entre os três poderes para minimizar a currupção?

- Transparência: os negócios do estado e os documentos da administração
pública devem ser secretos ou deve ser tudo publicado?

- Limites aos gastos publicos: deve a constituição limitar os gastos
publicos e o deficit?

Joao
http://www.nonio.com

"Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:
>
> > -----Mensagem original-----
> > De: Alisson Antonio Martins [mailto:aam00@fisica.ufpr.br]
> >
> > Alguém mandou o texto do Brecht pra lista, o Analfabeto
> > Político. Aquele
> > texto sintetiza bem o que vc disse Alexandre. Concordo
> > plenamente. Acho
> > que não devia haver a profissão "político", dessa forma que vemos
> > (Coronealismo, paternalismo, filhadaputismo...) Entendo que devemos
> > saber de política e não nos alienarmos à realidade ( a nossa vida é
> > política). E uma coisa que sempre digo, devemos acabar com essa falsa
> > esperança de que um dia vai aparecer o "político perfeito" e
> > que vai mudar
> > toda a forma de pensar, agir, falar, andar...não vai. Não
> > podemos deixar
> > que os nossos idealismos nos façam pensar de que "o salvador"
> > virá. Bobagem.
> > Devemos construir a nossa história, devemos lutar
> > incessantemente contra
> > os males que fazem com que existam "maus políticos". Um dos males? A
> > ALIENAÇÃO. Sem este mal muita coisa iria mudar....
> > E viva a sociedade sem classes....
>
> Hmmm... Só para não deixar dúvida...
>
> Minha intenção foi dizer que se numa
> democracia representativa, dependemos de políticos profissionais, é
> nosso dever vigiá-los. Sendo assim, outorgamos uma procuração à
> alguém que confiamos que vai cumprir com os objetivos propostos em
> consonância com nossa ideologia. Todavia, esta confiança não deve
> ser cega, incondicional, mas vigiada, assistida, auditada. Devemos votar no
> político que confiamos, mas nem por isso devemos nos esquecer dele,
> devemos ficar no pé, espiar por cima do ombro pra ver o que ele está
> assinando.
>
> Quando me refiro ao "homo politicus" me refiro à uma fraqueza a
> que todos nós estamos sujeitos: a corrupção. E o meio político
> é o mais propício para a ocorrência desse maldito vício. Se ninguém
> tá olhando, o sujeito sem muita força de vontade sucumbe a certos
> favores, ainda que indiretamente. Se o cidadão é honesto na vida
> privada com mínimo esforço, deverá fazer um esforço descomunal
> para não ceder à tentação, pois o político é absurdamente assediado.
> Vive rodeado de gente que oferece certos "mimos" comprometedores.
>
> Não devemos nos esquecer que se há corrupção, além do corrupto,
> também há um corruptor. Mas ninguém se lembra dele, pois acha
> que o político corrupto típico é só aquele extorque, exige a
> propina, quando na verdade, muitas vezes é algum lobista que vai
> ao seu gabinete com propostas indecorosas. Ambos devem ser duramente
> castigados.
>
> []'s
>
> Alexandre Medeiros
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
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> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html

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SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Voto nulo e Democracia
FROM: Alisson Antonio Martins <aam00@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/02/2002 16:43

É isso que acontece em uma sociedade dividida em classes. Haverá sempre
a ditadura de uma classe sobre a outra. Hoje vivemos a ditadura dos
capitalistas frente a classe trabalhadora. Lutamos por uma revolução que
faça com que a classe trabalhadora chegue a ditadura do proletário. Com o
passar do tempo, com a superação das contradições internas dessa nova
sociedade (p.e.: o pequeno burguês, que continua sendo burgues) chega-se
ao socialismo.
É impossível haver democracia em uma sociedade de classes. Se há, então
precisa de outro nome, porque o que vemos é realmente a ditadura de uma
classe sobre a outra.
Só.
Alisson

On Tue, 26 Feb 2002, Luis Roberto Brudna wrote:

>
> >Alexandre Medeiros:
> >Mesmo em regimes democráticos, somos expectadores de decisões
> >burras que, se analisadas em profundidade, são um atentado à liberdade
> >e à democracia.
>
> Quando se fala em democracia sempre lembro de uma frase
> "a democracia eh a ditadura das maiorias"... procurando pela internet nao
> achei exatamente a frase... acho que li uma adaptacao. Mas verifiquei que
> sao ideias de Charles Tocqueville (
> http://www.geocities.com/Athens/Forum/4613/ficham02.html )
>
> Nao sei se defendo ou ataco essa 'frase'. :) Sou um ignorante em sistemas
> politicos... mas tah ai, se alguem quiser comentar.
>
> Ateh
> Luis Brudna
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Voto nulo e Democracia
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/02/2002 16:49



Luis Roberto Brudna wrote:
>
> >Alexandre Medeiros:
> >Mesmo em regimes democráticos, somos expectadores de decisões
> >burras que, se analisadas em profundidade, são um atentado à liberdade
> >e à democracia.
>
> Quando se fala em democracia sempre lembro de uma frase
> "a democracia eh a ditadura das maiorias"... procurando pela internet nao
> achei exatamente a frase... acho que li uma adaptacao. Mas verifiquei que
> sao ideias de Charles Tocqueville (
> http://www.geocities.com/Athens/Forum/4613/ficham02.html )
>
> Nao sei se defendo ou ataco essa 'frase'. :) Sou um ignorante em sistemas
> politicos... mas tah ai, se alguem quiser comentar.

A democracia é a ditadura da maioria, mas a maior parte das
constituições tentaminimizar isso. O poder da maioria não é
total em quase todas as democracias. Normalmente há uma esfera
individual impenetravel em que a maioria não pode mexer.

Acho que é Alexis de Tocqueville e não Charles Tocqueville.

--
joão
http://www.nonio.com


SUBJECT: RES: RES: [ciencialist] Voto nulo e Democracia
FROM: Luciano Seidel <luciano.seidel@globaltelecom.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2002 16:54

Essa suposta liberdade e democracia de uma minoria instituída pela Revolução
Francesa (uma Revolução Burguesa sem dúvida), deve em algum momento ceder
lugar ao governo da maioria.

Contudo, há outras formas de se atingir o socialismo que não seja a luta de
classes e a ditadura do proletariado. Por exemplo a restrição cada vez maior
da propriedade privada e da propriedade dos meios de produção, a tributação
das grandes fortunas, restrições com relação ao direito de herança, etc. A
social-democracia é uma boa opção em relação à ditadura do proletariado. Não
é preciso exterminar a democracia para que a maioria (trabalhadora) tenha
vez e voz.

Luciano Seidel

> -----Mensagem original-----
> De: Alisson Antonio Martins [mailto:aam00@fisica.ufpr.br]
> Enviada em: terça-feira, 26 de fevereiro de 2002 16:43
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Assunto: Re: RES: [ciencialist] Voto nulo e Democracia
>
>
> É isso que acontece em uma sociedade dividida em classes.
> Haverá sempre
> a ditadura de uma classe sobre a outra. Hoje vivemos a ditadura dos
> capitalistas frente a classe trabalhadora. Lutamos por uma
> revolução que
> faça com que a classe trabalhadora chegue a ditadura do
> proletário. Com o
> passar do tempo, com a superação das contradições internas dessa nova
> sociedade (p.e.: o pequeno burguês, que continua sendo
> burgues) chega-se
> ao socialismo.
> É impossível haver democracia em uma sociedade de classes. Se
> há, então
> precisa de outro nome, porque o que vemos é realmente a
> ditadura de uma
> classe sobre a outra.
> Só.
> Alisson
>
> On Tue, 26 Feb 2002, Luis Roberto Brudna wrote:
>
> >
> > >Alexandre Medeiros:
> > >Mesmo em regimes democráticos, somos expectadores de decisões
> > >burras que, se analisadas em profundidade, são um atentado
> à liberdade
> > >e à democracia.
> >
> > Quando se fala em democracia sempre lembro de uma frase
> > "a democracia eh a ditadura das maiorias"... procurando
> pela internet nao
> > achei exatamente a frase... acho que li uma adaptacao. Mas
> verifiquei que
> > sao ideias de Charles Tocqueville (
> > http://www.geocities.com/Athens/Forum/4613/ficham02.html )
> >
> > Nao sei se defendo ou ataco essa 'frase'. :) Sou um
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> >
> > Ateh
> > Luis Brudna
> >
> >
> >
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SUBJECT: Re: Re:[ciencialist] santa cedilha
FROM: "Terezinha Costa" <terezinhac@bridge.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2002 17:00

Quando um debate esquenta, geralmente esquecemos como começou. Interessante
perceber que o detonador é a frase no pé do e-mail do Tarcisio, que
provavelmente se divertiu a manhã toda vendo o circo pegar fogo. E mais
interessante ainda descobrir que a motivação do Tarcisio não é niilismo,
depressão, tédio, esnobismo ou similares. É uma posição política:
anarquismo. Legal, Tarcisio.
Agora, uma curiosidade: não tem mais mulheres nessa lista não? é clube do
bolinha?
Terezinha Costa

----- Original Message -----
From: "TARCISIO BORGES" <tbs97@fisica.ufpr.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, February 26, 2002 3:57 PM
Subject: Re:[ciencialist] santa cedilha


On Mon, 25 Feb 2002, Luis Marcelo de Mattos Zeri wrote:
> Não pude deixar de reparar nas frases abaixo do seu nome.
> Essa, em especial, me incomodou: Seja responsável, vote
> nulo. Não seria melhor trocá-la por outra assim: Seja
> burro, vote nulo. ?

Não levando para o lado ofensivo eu diria que minha frase tem a ver com
meus princípios anarquistas. Nada contra fulano ou beltrano, se um é
corrupto e o outro não isto para mim não tem a menor importância.

Comecei a pensar de forma anarquista quando li "A propriedade é um
roubo"[Proudon], o livro é um lixo mas o título é extremamente intrigante.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
One Ring to rule them all



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SUBJECT: RES: [ciencialist] votar é racional?
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2002 17:04

> -----Mensagem original-----
> De: João Mário Miranda [mailto:jmiranda@explicacoes.com]
>
> votar é racional?

Perguntinha capciosa, hein, João!

Depende de quem vota.

Vou contar uma história:
Boa parte de minha parentada vota e é devota de Sua Excelência o
Sr. Dr. Paulo Salim Maluf cujo currículo é dos mais arrepiantes.

Um dos meus tios, a quem não dirijo a palavra há anos, era um padeiro
que batia no peito todo orgulhoso acerca de uma façanha: o pãozinho
que ele vendia tinha exatos 45g qdo a lei manda que tenha 50g, bem como
ele adulterava o conteúdo da "química", um jargão de padeiro para
se referir ao complemento alimentar que, por lei, deve ser acrescentado
à massa do pão. Eu tinha uns treze anos qdo enfiei o dedo no nariz
dele e o xinguei de canalha. Foi um escândalo. Quase apanhei.

Isso é só para vocês terem uma vaga noção desse lado podre da família.
Todos malufistas. Também são racistas, criacionistas, egoístas,
trambiqueiros, fofoqueiros, coronelistas, escravocratas...
É triste saber que herdei pelo menos 50% desse pool genético :-(

Porém, uma outra parte da família, minoria, são pessoas de excelente
caráter, reservados e cultos. Sabem o currículo dos candidatos
em que votam e, certamente, não são malufs, quércias ou sarneys.

Como minha parentada é muito numerosa, tenho uma amostra em pequena
escala das classes média, média-baixa e baixa. Com base nesse universo
ouso dizer que o voto do brasileiro médio não é racional, embora
represente emocionalmente seus interesses. Daí sou obrigado a
admitir que cada um tem o governo que merece. Lamentável.

[]s

Alexandre Medeiros

PS: Uma de minhas primas deixou de votar no Maluf. Contente,
perguntei o que a tinha levado a tomar tal decisão. Eis que
ela me responde que sua decisão foi motivada pela promessa
não cumprida de um cargo numa escola municipal.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Re:[ciencialist] santa cedilha
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/02/2002 17:05

On Tue, 26 Feb 2002, Terezinha Costa wrote:
> Quando um debate esquenta, geralmente esquecemos como começou. Interessante
> perceber que o detonador é a frase no pé do e-mail do Tarcisio, que
> provavelmente se divertiu a manhã toda vendo o circo pegar fogo. E mais
> interessante ainda descobrir que a motivação do Tarcisio não é niilismo,
> depressão, tédio, esnobismo ou similares. É uma posição política:
> anarquismo. Legal, Tarcisio.
> Agora, uma curiosidade: não tem mais mulheres nessa lista não? é clube do
> bolinha?
> Terezinha Costa

Realmente faltam mais mulheres com a sua sensibilidade :-)

Mesmo que eu mudasse meu nome para Tatiana não resolveria a questão.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
One Ring to rule them all



SUBJECT: Re: RES: RES: [ciencialist] Voto nulo e Democracia
FROM: Alisson Antonio Martins <aam00@fisica.ufpr.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2002 17:08

A ditadura do proletáriado se refere à classe capitalistas. Quem não terá
vez e voz serão os que o tempo todo exploraram, mataram, tudo em nome da
democracia burguesa. A democracia proletária se refere a questões
pertinentes à classe: melhores condições de trabalho, sindicato ativo,...,
decisão a respeito dos patrões. A social-democracia nada tem de
revolucionário. É apenas um gestor do mesmo,e falido, sistema capitalista.
Na Inglaterra por exemplo, o Toni Blair, social-democrata, não vê problema
nenhum em apoiar os massacres terroristas dos capitalistas norte-americanos
sobre os civis afegãos.
Qual é a diferença entre o Blair e o Bush(BinLaden)?Nenhuminha...
Todos se destacam em suas habilidades:
Blair>>> o burro-intelectual
Bush>>> o idota-presidente-criador
BinLaden>>> a criatura

Alisson
FÍSICA-"SÓ AS PESSOAS QUE CORREM RISCOS SÃO LIVRES"(SÊNECA)

On Tue, 26 Feb 2002, Luciano Seidel wrote:

> Essa suposta liberdade e democracia de uma minoria instituída pela Revolução
> Francesa (uma Revolução Burguesa sem dúvida), deve em algum momento ceder
> lugar ao governo da maioria.
>
> Contudo, há outras formas de se atingir o socialismo que não seja a luta de
> classes e a ditadura do proletariado. Por exemplo a restrição cada vez maior
> da propriedade privada e da propriedade dos meios de produção, a tributação
> das grandes fortunas, restrições com relação ao direito de herança, etc. A
> social-democracia é uma boa opção em relação à ditadura do proletariado. Não
> é preciso exterminar a democracia para que a maioria (trabalhadora) tenha
> vez e voz.
>
> Luciano Seidel
>
> > -----Mensagem original-----
> > De: Alisson Antonio Martins [mailto:aam00@fisica.ufpr.br]
> > Enviada em: terça-feira, 26 de fevereiro de 2002 16:43
> > Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > Assunto: Re: RES: [ciencialist] Voto nulo e Democracia
> >
> >
> > É isso que acontece em uma sociedade dividida em classes.
> > Haverá sempre
> > a ditadura de uma classe sobre a outra. Hoje vivemos a ditadura dos
> > capitalistas frente a classe trabalhadora. Lutamos por uma
> > revolução que
> > faça com que a classe trabalhadora chegue a ditadura do
> > proletário. Com o
> > passar do tempo, com a superação das contradições internas dessa nova
> > sociedade (p.e.: o pequeno burguês, que continua sendo
> > burgues) chega-se
> > ao socialismo.
> > É impossível haver democracia em uma sociedade de classes. Se
> > há, então
> > precisa de outro nome, porque o que vemos é realmente a
> > ditadura de uma
> > classe sobre a outra.
> > Só.
> > Alisson
> >
> > On Tue, 26 Feb 2002, Luis Roberto Brudna wrote:
> >
> > >
> > > >Alexandre Medeiros:
> > > >Mesmo em regimes democráticos, somos expectadores de decisões
> > > >burras que, se analisadas em profundidade, são um atentado
> > à liberdade
> > > >e à democracia.
> > >
> > > Quando se fala em democracia sempre lembro de uma frase
> > > "a democracia eh a ditadura das maiorias"... procurando
> > pela internet nao
> > > achei exatamente a frase... acho que li uma adaptacao. Mas
> > verifiquei que
> > > sao ideias de Charles Tocqueville (
> > > http://www.geocities.com/Athens/Forum/4613/ficham02.html )
> > >
> > > Nao sei se defendo ou ataco essa 'frase'. :) Sou um
> > ignorante em sistemas
> > > politicos... mas tah ai, se alguem quiser comentar.
> > >
> > > Ateh
> > > Luis Brudna
> > >
> > >
> > >
> > > &&& --- &&&
> > > VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> > > http://www.ciencialist.hpg.com.br
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> > > ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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>



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Voto nulo e Democracia
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/02/2002 17:10



Alisson Antonio Martins wrote:
>
> É isso que acontece em uma sociedade dividida em classes. Haverá sempre
> a ditadura de uma classe sobre a outra. Hoje vivemos a ditadura dos
> capitalistas frente a classe trabalhadora. Lutamos por uma revolução que
> faça com que a classe trabalhadora chegue a ditadura do proletário. Com o
> passar do tempo, com a superação das contradições internas dessa nova
> sociedade (p.e.: o pequeno burguês, que continua sendo burgues) chega-se
> ao socialismo.
> É impossível haver democracia em uma sociedade de classes. Se há, então
> precisa de outro nome, porque o que vemos é realmente a ditadura de uma
> classe sobre a outra.
> Só.

Acho que essa tese pode ser rebatida facilmente:

1 - A observação mostra que os individuos põem os seus interesses
acima dos interesses dos seus semelhantes;

2 - Como os individuos colocam os interesses próprios acima dos
interesses dos outros, poucos individuos abdicarão voluntariamente
da oportunidade de suplantarem os seus semelhantes;

3 - Como os individuos não abdicam voluntariamente da oportunidade
de suplantar os seus semelhantes, terá que existir uma autoridade
central para reprimir quem quer ficar em vantagem;

4 - Toda a autoridade central terá que ser poderosa, e os seus
membros não abdicarão de tirar vantagem da sua posição, logo os
membros da autoridade central formam uma classe de previligiados;

Conclusão: para criar uma sociedade sem classes é preciso criar
uma classe de previligiados, logo não é possível criar sociedades
sem classes.

Ontem deu na televisão portuguesa uma reportagem sobre uma comuna
hippie. No inicio o objectivo era criar uma comuna onde as relações
sexuais eram livres. A comuna evoluiu de uma comunidade igualitária
no inicio dos anos 70 para uma sociedade hierarquica em que o homem
dominante tinha cerca de 10 mulheres. A comuna dissolveu-se nos anos
90 quando o líder foi preso acusado de pedofilia. No fim ele tinha
direito à primeira noite com as adolescentes da comunidade, algumas
delas com grande probabilidade de serem suas filhas.

--
joão
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Voto nulo e Democracia
FROM: "Luis Roberto Brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2002 17:11

>João M.
>Acho que é Alexis de Tocqueville e não Charles Tocqueville.

Antes jah tinha percebido essas diferencas e fui procurar... o nome do
cara eh 'Charles Alexis Henri Clérel de Tocqueville'
( http://fr.encyclopedia.yahoo.com/articles/ni/ni_995_p0.html (em frances))

Ateh
Luis Brudna



SUBJECT: Mulheres na lista
FROM: "Luis Roberto Brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2002 17:15


> Agora, uma curiosidade: não tem mais mulheres nessa lista não? é clube do
> bolinha?
> Terezinha Costa

Se o pessoal aguentar responder um questionario... faco uma pesquisa
dentro da Ciencialist. Essa promessa eu jah viz a alguns anos, o pessoal nao
acredita mais... estao me considerando um politico, quase um ditador. :)

Ateh
Luis Brudna - administrador da Ciencialist



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Voto nulo e Democracia
FROM: Alisson Antonio Martins <aam00@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/02/2002 17:20

Que observação mostrou que as pessoas põem seus interesses acima dos
interesses dos seus semelhantes?
Será que o "próximo"(é assim que chamamos na Igreja o nosso
semelhante) deve ser visto como meu inimigo?
Somos meros semelhantes ou somos participantes críticos de uma mesma
realidade?
Tudo isso visa refutar a possibilidade da construção de uma sociedade sem
classes?
Se sim, então: utopia!

Alisson Antonio Martins
FÍSICA-UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
"SÓ AS PESSOAS QUE CORREM RISCOS SÃO LIVRES"(SÊNECA)

On Tue, 26 Feb 2002, João Mário Miranda wrote:

>
>
> Alisson Antonio Martins wrote:
> >
> > É isso que acontece em uma sociedade dividida em classes. Haverá sempre
> > a ditadura de uma classe sobre a outra. Hoje vivemos a ditadura dos
> > capitalistas frente a classe trabalhadora. Lutamos por uma revolução que
> > faça com que a classe trabalhadora chegue a ditadura do proletário. Com o
> > passar do tempo, com a superação das contradições internas dessa nova
> > sociedade (p.e.: o pequeno burguês, que continua sendo burgues) chega-se
> > ao socialismo.
> > É impossível haver democracia em uma sociedade de classes. Se há, então
> > precisa de outro nome, porque o que vemos é realmente a ditadura de uma
> > classe sobre a outra.
> > Só.
>
> Acho que essa tese pode ser rebatida facilmente:
>
> 1 - A observação mostra que os individuos põem os seus interesses
> acima dos interesses dos seus semelhantes;
>
> 2 - Como os individuos colocam os interesses próprios acima dos
> interesses dos outros, poucos individuos abdicarão voluntariamente
> da oportunidade de suplantarem os seus semelhantes;
>
> 3 - Como os individuos não abdicam voluntariamente da oportunidade
> de suplantar os seus semelhantes, terá que existir uma autoridade
> central para reprimir quem quer ficar em vantagem;
>
> 4 - Toda a autoridade central terá que ser poderosa, e os seus
> membros não abdicarão de tirar vantagem da sua posição, logo os
> membros da autoridade central formam uma classe de previligiados;
>
> Conclusão: para criar uma sociedade sem classes é preciso criar
> uma classe de previligiados, logo não é possível criar sociedades
> sem classes.
>
> Ontem deu na televisão portuguesa uma reportagem sobre uma comuna
> hippie. No inicio o objectivo era criar uma comuna onde as relações
> sexuais eram livres. A comuna evoluiu de uma comunidade igualitária
> no inicio dos anos 70 para uma sociedade hierarquica em que o homem
> dominante tinha cerca de 10 mulheres. A comuna dissolveu-se nos anos
> 90 quando o líder foi preso acusado de pedofilia. No fim ele tinha
> direito à primeira noite com as adolescentes da comunidade, algumas
> delas com grande probabilidade de serem suas filhas.
>
> --
> joão
> http://www.nonio.com
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Voto nulo e Democracia
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/02/2002 17:29



Alisson Antonio Martins wrote:
>
> Que observação mostrou que as pessoas põem seus interesses acima dos
> interesses dos seus semelhantes?
> Será que o "próximo"(é assim que chamamos na Igreja o nosso
> semelhante) deve ser visto como meu inimigo?
> Somos meros semelhantes ou somos participantes críticos de uma mesma
> realidade?
> Tudo isso visa refutar a possibilidade da construção de uma sociedade sem
> classes?
> Se sim, então: utopia!

A resposta a essas perguntas é muito simples. Coloque o seus
dinheiro no lugar das suas palavras e ofereça 1000 Reais a uma
organização de caridade à sua escolha.

--
joão
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Voto nulo e Democracia
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/02/2002 17:35

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> A resposta a essas perguntas é muito simples. Coloque o seus
> dinheiro no lugar das suas palavras e ofereça 1000 Reais a uma
> organização de caridade à sua escolha.

Pode ser na forma de trabalho voluntario?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Voto nulo e Democracia
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/02/2002 17:51

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> 1 - A observação mostra que os individuos põem os seus interesses
> acima dos interesses dos seus semelhantes;

Nem tto, sendo valida a formula:

B.r - C > 0

Em q. B e' a cota de beneficios q. o
individuo Y recebe pelo trabalho do
individuo X, r o grau de parentesco
ou similaridade genetica entre X e Y e
C o custo de X pelo trabalho, o
individuo X pode realizar um trabalho
altruista para o individuo Y dependendo
de se ele for um parente proximo e/ou
se nao custar muito para X. (Claro,
continua sendo os interesses de X, mas
em outra optica.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: ¿Golpe de ariete? Era: Ingles ou Espanhol
FROM: "Silvio Cordeiro" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2002 18:04

Ô Leo!!

ocê teve a coragem de escrever o que eu pensei...

acredito que o consulente é argentino.,..

silvio.

OBS.: nao se vira o teclado: basta ficar de cabeça-prá-baixo.

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, February 24, 2002 8:35 PM
Subject: Re: [ciencialist] Fw: ¿Golpe de ariete? Era: Ingles ou Espanhol


Imagino a trabalheira do espanhol: ao escrever a interrogação invertida ter que girar
o caderno de 180 graus ... é um vira-desvira a todo instante. No computador tem que
virar o teclado?

Então ... o nosso amigo consulente vai ficar sem resposta pois não vou escrever um
texto em português e pedir para alguém passar para o inglês ou espanhol. Quem manda
ele não saber a linguagem do terceiro mundo!?

[]'
Léo




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Voto nulo e Democracia
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/02/2002 18:37



rmtakata wrote:
>
> --- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> > A resposta a essas perguntas é muito simples. Coloque o seus
> > dinheiro no lugar das suas palavras e ofereça 1000 Reais a uma
> > organização de caridade à sua escolha.
>
> Pode ser na forma de trabalho voluntario?

Pode. Digamos, 50% do seu tempo de trabalho ou 50% do seu salário para
a comunidade. Isto para quem quizer provar a tese de que colocamos em
pé de igualdade os nossos interesses e os do resto do mundo. Se você
for apenas um comum mortal recomendo 1% do salário a favor da
comunidade.

--
joão
http://www.nonio.com


SUBJECT: Aviso (administrador)
FROM: "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/02/2002 19:18

Enviei uma pesquisa 'por fora' da lista.

NAO envie as respostas para a lista, envie diretamente para
lrb@iq.ufrgs.br

Tomara que nao cometi nenhum erro. :)

Ateh
Luis Brudna - administrador da Ciencialist.




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Voto nulo e Democracia
FROM: Alisson Antonio Martins <aam00@fisica.ufpr.br>
TO: "[ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2002 19:32



É...., há algo menos CIENTÍFICO nesta lista para nos distrairmos? Há
sim! Abaixo vão algumas piadas.Divirtam-se!

João Mário Miranda wrote:
rmtakata wrote:

- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> > > A resposta a essas perguntas é muito simples. Coloque o seus
> > > dinheiro no lugar das suas palavras e ofereça 1000 Reais a uma
> > > organização de caridade à sua escolha.
> >
Pode ser na forma de trabalho voluntario?

> Pode. Digamos, 50% do seu tempo de trabalho ou 50% do seu salário para
> a comunidade. Isto para quem quizer provar a tese de que colocamos em
> pé de igualdade os nossos interesses e os do resto do mundo. Se você
> for apenas um comum mortal recomendo 1% do salário a favor da
> comunidade.
>
> --
> joão
> http://www.nonio.com
>
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> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
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> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mulheres na lista
FROM: "Danni Morais" <ardm@unisys.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2002 19:42

tem muulher, terezinha... eu nao escrevo muito por extrema falta de tempo...
abraços,
daniela.
----- Original Message -----
From: Luis Roberto Brudna
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, February 26, 2002 5:15 PM
Subject: [ciencialist] Mulheres na lista



> Agora, uma curiosidade: não tem mais mulheres nessa lista não? é clube do
> bolinha?
> Terezinha Costa

Se o pessoal aguentar responder um questionario... faco uma pesquisa
dentro da Ciencialist. Essa promessa eu jah viz a alguns anos, o pessoal nao
acredita mais... estao me considerando um politico, quase um ditador. :)

Ateh
Luis Brudna - administrador da Ciencialist


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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Enéas
FROM: "Alexandre M." <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2002 19:51

Alguém conhece por aqui esse tal de Enéas?

Alguma opinião formada a respeito? Mesmo como um tipo de voto de protesto?

SDS,

ASM



SUBJECT: Re: [ciencialist] Enéas
FROM: "Luis Marcelo de Mattos Zeri" <luismarcelozeri@bol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2002 20:45

Eu acho que é um louco, que tem soluções para todos os problemas do país. Em
30 segundos de propaganda eleitoral ele diz que vai resolver tudo e ainda
por cima construir a bomba atômica.

----- Original Message -----
From: "Alexandre M." <alex@energias.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, February 26, 2002 7:51 PM
Subject: [ciencialist] Enéas


> Quer ter seu próprio endereço na Internet?
> Garanta já o seu e ainda ganhe cinco e-mails personalizados.
> DomíniosBOL - http://dominios.bol.com.br
>
>
>
>
>
> Alguém conhece por aqui esse tal de Enéas?
>
> Alguma opinião formada a respeito? Mesmo como um tipo de voto de protesto?
>
> SDS,
>
> ASM
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http://br.yahoo.com/info/utos.html
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>



SUBJECT: Nossa Senhora Nua
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2002 21:54

Olá Tarcísio Borges,

> Nesta hora todos têm idéias maduras. Minha idéia não é nem um pouco
> madura, é fruto do meu momento atual de vida, da libertação de grilhões
> místicos que me incomodavam há muitos anos.

Manuel: É isso aí Tarcício, cê tem mais é que viver esse momento da vida.
Também tive, na infância, uma educação místico-católica por parte da beata
da minha mãe, uma papa-hóstias, uma ratazana de igreja (atualmente ela é
espírita kardecista). Até que, de repente, na puberdade, comecei a ter
idéias fixas terríveis: eu não conseguia parar de imaginar a Nossa Senhora
nua, com aqueles olhos azuis, faces rosadas, pernas longilíneas de gazela,
alva como a aurora (era desta forma que eu a imaginava). Lutava feito um
louco encurralado contra essa imagem, mas ela sempre emergia em minha
consciência, independentemente da minha vontade, feito um meme dawkiano,
principalmente na hora de dormir, depois de rezar o padre nosso, a ave
maria, o salve-rainha e de pedir a benção aos meus pais. Vivi esse tormento
em segredo, em segredo ruminei por anos sentimentos de culpa indescritíveis.
Só me livrei dessa obsessão-compulsão após ler, aos dezesseis anos, o
opúsculo do camarada Stalin, "Materialismo Histórico e Materialismo
Dialético". Aquele livrinho foi a minha redenção. Depois de lê-lo, toquei
uma maravilhosa punheta pensando numa mulher nua, de olhos azuis, faces
rosadas, pernas longilíneas de gazela, alva como a aurora (em suma, a Nossa
Senhora dessacralizada), e me transformei num ateu materialista obsessivo,
num pregador anti-clerical compulsivo, num empedernido revolucionário
marxista-leninista, estalinista num primeiro momento e trotsquista depois,
após romper com o "partidão".

E continuei assim até a queda do Muro de Berlim, quando não restou dúvida de
que o eterno "capitalismo em crise" venceu a guerra fria de uma forma
acachapante. (Como trotsquista, eu esperava uma revolução política no Leste
Europeu, que removeria a crosta burocrática do Estado operário, o que
renovaria o ideal socialista. Jamais imaginei que, em vez disso, ocorreria
uma "contra-revolução burguesa".) Se bem que o processo de questionamento e
de perda da convicção havia começado alguns anos antes.

Esse momento de negação que você está a vivenciar é natural, normal e
saudável. O próprio Lênin certa vez escreveu que, para desentortar (deixar
reta) uma barra de aço é preciso entortá-la no sentido inverso. Quanto a
mim, a minha barra "moral" ainda não está suficientemente reta. Até hoje,
quando conquisto uma mulher (acontecimento raro, raríssimo!) e a levo para a
cama, sinto-me como se estivesse pilhando um templo. Se Marx não me salvou,
espero que Freud me redima. Se bem que, para os céticos, tanto Marx quanto
Freud foram pseudocientistas, né? Continuo no caminho da perdição.

Abraços imaturos,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] votar é racional?
FROM: "Alexandre M." <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2002 22:35


>Todos malufistas. Também são racistas, criacionistas, egoístas,
>trambiqueiros, fofoqueiros, coronelistas, escravocratas...
>É triste saber que herdei pelo menos 50% desse pool genético :-(


Cara!!! Será que somos primos???Além de tudo isso a sua familia é de
descendência árabe, e gosta do maluf pelo sobrenome??

He,he..enfrento essas discussões e sempre ouço o "Rouba mas Faz".

E vai falar para um tio que um governo que tem pontes, rodovias , etc pode
não ser um bom governo devido a gastos excessivos e que comprometem o
orçamento de anos vindouros....Vai ouvir um apelo de autoridade bem na
cara..he,he..

É....política, religião e futebol são assuntos adorados por muitos...É fácil
de opinar.....Não requer nenhum tipo de avaliação criteriosa....As infos
nunca são muito confiáveis....

SDS,

ASM





SUBJECT: Re: [ciencialist] Aviões
FROM: "Silvio Cordeiro" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2002 22:54

Ô Sérgio!!

Seria o Ícaro que fez o primeiro projeto de viabilidade, mais tarde detalhado pelo
da Vince?
sds.,
silvio.
In Darwin I trust.


----- Original Message -----
From: "Sérgio Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, February 25, 2002 7:46 PM
Subject: [ciencialist] Aviões


Quem inventou o avião ?

[]

Sérgio Taborda




SUBJECT: Re: [ciencialist] Enéas
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/02/2002 00:32

Oi,

> Eu acho que [o Enéas] é um louco, que tem soluções para todos os problemas
do país. Em
> 30 segundos de propaganda eleitoral ele diz que vai resolver tudo e ainda
> por cima construir a bomba atômica.

Manuel: O carisma do Enéas deve-se muito ao seu discurso raivoso contra os
"políticos profissionais". O Dr. Enéas sempre se jactou pelo fato de não ser
um político profissional, muito pelo contrário. Ele tem absoluta ojeriza
pelos mecanismos que fazem funcionar a democracia, como o diálogo, a
mediação das diferenças, a busca do ponto de equilíbrio, etc. Certa vez, em
um de seus espasmos retóricos, ele disse que já havia estudado profundamente
matemática, física, astronomia, biologia, economia, sociologia, psicologia,
antropologia, paleontologia, paleantropologia, arqueologia, semiologia,
historiografia, "etc, etc, etc." (Lembro-me muito bem da sua ênfase gutural
no "etc, etc, etc!") Percebe-se claramente que se trata de um "self-made
man" intoxicado pelo orgulho e cuja autoconfiança (excessiva, absoluta) tem
tudo a ver com um sintoma psicótico. Uma versão "gibi" de tecnocrata para o
qual a solução de todos os problemas sociais não é política, mas
tecno-científica, razão pela qual os políticos devem ser substituídos pelos
técnicos e a democracia por uma ditadura do conhecimento, como se o
conhecimento científico consistisse em certezas. Eis uma boa causa para os
céticos: combater as pretensões da tecnocracia.

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Virgem Maria Nua
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/02/2002 00:48

Olá Tarcísio Borges,

> Nesta hora todos têm idéias maduras. Minha idéia não é nem um pouco
> madura, é fruto do meu momento atual de vida, da libertação de grilhões
> místicos que me incomodavam há muitos anos.

Manuel: É isso aí Tarcício, cê tem mais é que viver esse momento da vida.
Também tive, na infância, uma educação místico-católica por parte da beata
da minha mãe, uma papa-hóstias, uma ratazana de igreja (atualmente ela é
espírita kardecista). Até que, de repente, na puberdade, comecei a ter
idéias fixas terríveis: eu não conseguia parar de imaginar a Nossa Senhora
nua, com aqueles olhos azuis, faces rosadas, pernas longilíneas de gazela,
alva como a aurora (era desta forma que eu a imaginava). Lutava feito um
louco encurralado contra essa imagem, mas ela sempre emergia em minha
consciência, independentemente da minha vontade, feito um meme dawkiano,
principalmente na hora de dormir, depois de rezar o padre nosso, a ave
maria, o salve-rainha e de pedir a benção aos meus pais. Vivi esse tormento
em segredo, em segredo ruminei por anos sentimentos de culpa indescritíveis.
Só me livrei dessa obsessão-compulsão após ler, aos dezesseis anos, o
opúsculo do camarada Stalin, "Materialismo Histórico e Materialismo
Dialético". Aquele livrinho foi a minha redenção. Depois de lê-lo, toquei
uma maravilhosa punheta pensando numa mulher nua, de olhos azuis, faces
rosadas, pernas longilíneas de gazela, alva como a aurora (em suma, a Nossa
Senhora dessacralizada), e me transformei num ateu materialista obsessivo,
num pregador anti-clerical compulsivo, num empedernido revolucionário
marxista-leninista, estalinista num primeiro momento e trotsquista depois,
após romper com o "partidão".

E continuei assim até a queda do Muro de Berlim, quando não restou dúvida de
que o eterno "capitalismo em crise" venceu a guerra fria de uma forma
acachapante. (Como trotsquista, eu esperava uma revolução política no Leste
Europeu, que removeria a crosta burocrática do Estado operário, o que
renovaria o ideal socialista. Jamais imaginei que, em vez disso, ocorreria
uma "contra-revolução burguesa".) Se bem que o processo de questionamento e
de perda da convicção havia começado alguns anos antes.

Esse momento de negação que você está a vivenciar é natural, normal e
saudável. O próprio Lênin certa vez escreveu que, para desentortar (deixar
reta) uma barra de aço é preciso entortá-la no sentido inverso. Quanto a
mim, a minha barra "moral" ainda não está suficientemente reta. Até hoje,
quando conquisto uma mulher (acontecimento raro, raríssimo!) e a levo para a
cama, sinto-me como se estivesse pilhando um templo. Se Marx não me salvou,
espero que Freud me redima. Se bem que, para os céticos, tanto Marx quanto
Freud foram pseudocientistas, né? Continuo no caminho da perdição.

Abraços imaturos,
Manuel Bulcão





[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Nossa Senhora Nua
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/02/2002 00:54

----- Original Message -----
From: "Manuel Bulcão"


> Se Marx não me salvou, espero que Freud me redima.

Tás mal, compadre!!!! Saravá. Pé de pato, mangalô treis veis. Toc-toc-toc
:-))))))). Isso está me cheirando a cientificismo :-)))

> Se bem que, para os céticos, tanto Marx quanto Freud foram
pseudocientistas, né?

Pois é, tem gente pior que você. :-))))))

Viva Marx, viva Freud e viva a autêntica ciência. Aos céticos fanáticos, o
cepticismo e muito cuidado com os antissépticos.

> Continuo no caminho da perdição.

Tá precisando se benzê, mermão. :-)))))

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mulheres na lista
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/02/2002 01:01

Oi mulheres :-)

Terezinha: Agora, uma curiosidade: não tem mais mulheres nessa lista não? é
clube do
bolinha?

Daniela: tem mulher, terezinha... eu nao escrevo muito por extrema falta de
tempo...

Manuel: Responda-me, mulheril: o que vocês acham daquela asserção
rigorosamente científica do Freud segundo a qual as mulheres teriam inveja
do pênis?

Eu particularmente acho que não só as mulheres têm inveja do pênis. Alguns
homens também têm.

Abraços e beijos,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Voto nulo e Democracia
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/02/2002 04:00

Olá Takata,

Manuel: Penso que a defesa sistemática do voto nulo é uma manifestação de
indiferença aos regimes políticos ou formas de governo.

Takata: Sistematica de q. maneira?

Manuel: Da maneira como o Dicionário Aurélio define este termo em seu item
4: "coerente com determinada linha de pensamento e/ou ação".

Ou seja, é a recusa "por princípio" de participar do processo democrático de
escolha dos legisladores e governantes, a negação política da democracia
representativa, pejorativamente alcunhada de "democracia burguesa".

No extremo esquerdo do espectro político, há os anarquistas, que defendem a
"democracia direta". Imagine: todos os problemas devem ser solucionados numa
assembléia de todos os cidadãos. Considere um país como o Brasil, que tem
quase 200 milhões de habitantes. Em tal sistema, seria impossível aos
indivíduos terem uma vida privada. Todos seriam cidadãos em tempo integral,
inteiramente dedicados à política. Não haveria distinção entre vida privada
e vida pública. Tudo seria público. Isso tem um nome: totalitarismo
democrático.

Há também os que defendem que os governantes, isto é, os guardiões da ordem,
devem ser os que conhecem as leis naturais que presidem a sociedade, quer
sejam as leis da História (que conduzem a humanidade do reino da necessidade
para o reino da liberdade, segundo Marx), quer sejam as leis do mercado. Ao
invés de democracia, o que se tem é nomocracia.

Takata: Nao necessariamente e' uma indiferenca. Pode ser exatamente uma
manifestacao de desagrado da forma como as politicas sao conduzidas.Votar
por votar tbm pode ser uma forma de indiferenca.

Manuel: Em certas situações, como a que foi criada pelo golpe militar de
1964, em que só eram permitidos dois partidos políticos, ARENA e MDB, ambos
policiados o tempo todo, não tenho dúvida de que, em uma "democracia" de
fachada como esta, votar nulo seria uma atitude legítima e positiva. Mas
observe que eu me referi aos que defendem o voto nulo em princípio, o voto
nulo como negação do voto (o anti-voto) e, por conseguinte, negação da
democracia representativa.

Manuel: Com efeito, se nenhuma importância dou ao voto,

Takata: Alguem q. vota nulo nao obrigatoriamente esta' a dar pouca
importancia ao seu voto.

Manuel: Ok, concordo. Mas atenha-se ao que eu disse na primeira linha da
minha mensagem: "defesa sistemática do voto nulo" (Voto nulo em qualquer
circunstância"). Ou melhor, não se atenha. Suas objeções foram muito
oportunas, seviram para um esmiuçamento mais profundo e melhor
esclarecimento da questão.

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Voto nulo e Democracia
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/02/2002 04:40

Olá Sérgio,

Sérgio: Oi, ao contrário dos colegas eu não acho que vc tenha feito uma boa
defesa.

Manuel: ...

Manuel escrevera: Penso que a defesa sistemática do voto nulo é uma
manifestação de indiferença aos regimes políticos ou formas de governo.

Sérgio: A palavra chave é "sistemática". Ninguem está fazendo um defesa
sistemática. O que se pretende é dar importancia a essa figura que é o voto
nulo.

Manuel: Se você acha que a frase "seja responsável, vote nulo", não é uma
defesa sistemática (por princípio) da anulação do voto, da anulação do
mecanismo democrático que permite a alternância pacífica do poder,
sinceramente não sei o que dizer.

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: [ciencialist] En�as
FROM: rodrigotoledo@canbras.net
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/02/2002 05:01

N�o discuto a capacidade cient�fica do Dr. En�ias mas, considerando sua
intelig�ncia e manifesto rep�dio aos mecanismos pol�ticos do pais, o que
provavelmente lhe causaria problemas de relacionamento com a oposi��o durante
sua gest�o, n�o entendo pq ele n�o tenta come�ar como Deputado, vereador, at�
prefeito...mas n�o, quer ser lgo presidente..acho que nunca vai conseguir se
eleger.

sds

RT








SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Voto nulo e Democracia
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/02/2002 05:23

Oi,

Alisson: Que observação mostrou que as pessoas põem seus interesses acima
dos interesses dos seus semelhantes? Será que o "próximo"(é assim que
chamamos na Igreja o nosso semelhante) deve ser visto como meu inimigo?
Somos meros semelhantes ou somos participantes críticos de uma mesma
realidade? Tudo isso visa refutar a possibilidade da construção de uma
sociedade sem classes? Se sim, então: utopia!

João Miranda: A resposta a essas perguntas é muito simples. Coloque o seus
dinheiro no lugar das suas palavras e ofereça 1000 Reais a uma organização
de caridade à sua escolha.

Manuel: Não sou nenhum anjo, muito pelo contrário, mas sempre contribuí
financeiramente com a APAE, sociedade civil que cuida de portadores da
síndrome de down. Não tenho filhos com essa síndrome, e sei que se evita que
esses indivíduos venham a ter filhos. Vivem como que em um gueto evolutivo,
num beco sem saída. Mesmo assim contribuo para que essas pessoas
experimentem algum prazer nesta vida, e não apenas dor. Subtraio do meu
orçamento uma quantia que me permitiria três jantares maravilhosos nos
fins-de-semana, nos melhores restaurantes aqui de Fortaleza. Considerando
que sou um assalariado médio.

Ademais, tenho um filho autista. Malgrado saiba que ele não dará
continuidade à propagação dos meus genes e que sequer manifesta carinho por
mim, mesmo assim gasto um terço do meu orçamento mensal (três vezes o que
gasto com a educação e a alimentação do meu outro filho perfeitamente
saudável) com terapêuta ocupacional, psicólogo, fonoaudiólogo, escola
especial e natação. Não porque tenha receio de ser preso caso não cuide
dele. Mas porque sou morto de apaixonado pelo meu bichinho doentinho, acho-o
lindo, passo o tempo todo cheirando ele.

Se a natureza diz: "os fortes sobrevivem", eu digo: "Fôda-se a natureza!"

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: [ciencialist] Mulheres na lista
FROM: "Terezinha Costa" <terezinhac@bridge.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/02/2002 07:14

Oi Daniela,
bom saber que não estou sozinha. Mas pelo visto somos poucas... e muito
caladinhas... esta lista deve ser o único lugar do mundo em que mulher fala
pouco...
Abração
Terezinha
----- Original Message -----
From: "Danni Morais" <ardm@unisys.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, February 26, 2002 7:42 PM
Subject: Re: [ciencialist] Mulheres na lista


tem muulher, terezinha... eu nao escrevo muito por extrema falta de tempo...
abraços,
daniela.
----- Original Message -----
From: Luis Roberto Brudna
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, February 26, 2002 5:15 PM
Subject: [ciencialist] Mulheres na lista



> Agora, uma curiosidade: não tem mais mulheres nessa lista não? é clube
do
> bolinha?
> Terezinha Costa

Se o pessoal aguentar responder um questionario... faco uma pesquisa
dentro da Ciencialist. Essa promessa eu jah viz a alguns anos, o pessoal
nao
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Mulheres na lista
FROM: "Terezinha Costa" <terezinhac@bridge.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/02/2002 07:17


----- Original Message -----
From: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, February 27, 2002 1:01 AM
Subject: Re: [ciencialist] Mulheres na lista


> > Manuel: Responda-me, mulheril: o que vocês acham daquela asserção
> rigorosamente científica do Freud segundo a qual as mulheres teriam inveja
> do pênis?

Oi Manuel,
gosto muito, mas não invejo não.
Nunca entendi direito essa afirmação do Freud. Se as mulheres têm inveja do
pênis, pq. os homens não teriam inveja do útero (da maternidade?). Ou será
que têm?
Abs.
Terezinha



SUBJECT: RES: [ciencialist] votar é racional?
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/02/2002 08:37

> -----Mensagem original-----
> De: Alexandre M. [mailto:alex@energias.com.br]
>
> Cara!!! Será que somos primos???Além de tudo isso a sua familia é de
> descendência árabe, e gosta do maluf pelo sobrenome??

Sei lá, véio. Essa parte da família é toda descendente de portugueses.
Muito provavelmente deve ter sangue mouro.

> He,he..enfrento essas discussões e sempre ouço o "Rouba mas Faz".

Quase faz Paulipetro, quase faz a Eucatex falir. Aliás, o Pita era
considerado pelos especialistas um ótimo administrador privado.
Mas na vida pública, foi um fantoche do Sr. Salim.

O "rouba mas faz" é o grito de guerra do Maluf e seus seguidores.
Eles não vêm nada de imoral nisso, afinal todos roubam, né?

> E vai falar para um tio que um governo que tem pontes,
> rodovias , etc pode
> não ser um bom governo devido a gastos excessivos e que comprometem o
> orçamento de anos vindouros....Vai ouvir um apelo de
> autoridade bem na cara..he,he..

A maioria dos meus parentes não apelam para autoridade
para cima de mim. Nem a autoridade deles, nem a dos outros,
funcionam comigo.

> É....política, religião e futebol são assuntos adorados por
> muitos...É fácil
> de opinar.....Não requer nenhum tipo de avaliação
> criteriosa....As infos
> nunca são muito confiáveis....

Política e religião eu discuto com eles e sempre meus argumentos
são melhores. Quando começo a falar em política e religião
eles somem de perto de mim.

Já futebol eu simplesmente digo: "não acredito em futebol".
Na última copa do mundo eu tava fazendo um churrasquinho
solitário enquanto tava todo mundo lá de casa morrendo
de ansiedade na frente da telinha.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mulheres na lista
FROM: "MARIA CLARA" <mclarapc@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/02/2002 11:24


Oi Daniela!

Me desulpe não vi que eu e Terezinha tinhamos outra companheira!

Abraços,

M. Clara.



----- Original Message -----
From: Danni Morais
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, February 26, 2002 7:42 PM
Subject: Re: [ciencialist] Mulheres na lista


tem muulher, terezinha... eu nao escrevo muito por extrema falta de tempo...
abraços,
daniela.
----- Original Message -----
From: Luis Roberto Brudna
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, February 26, 2002 5:15 PM
Subject: [ciencialist] Mulheres na lista



> Agora, uma curiosidade: não tem mais mulheres nessa lista não? é clube
do
> bolinha?
> Terezinha Costa

Se o pessoal aguentar responder um questionario... faco uma pesquisa
dentro da Ciencialist. Essa promessa eu jah viz a alguns anos, o pessoal
nao
acredita mais... estao me considerando um politico, quase um ditador. :)

Ateh
Luis Brudna - administrador da Ciencialist


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SUBJECT: Re: Voto nulo e Democracia
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/02/2002 11:25


> Manuel escrevera: Penso que a defesa sistemática do voto nulo é uma
> manifestação de indiferença aos regimes políticos ou formas de
governo.
>
> Sérgio: A palavra chave é "sistemática". Ninguem está fazendo um
defesa
> sistemática. O que se pretende é dar importancia a essa figura que
é o voto
> nulo.
>
> Manuel: Se você acha que a frase "seja responsável, vote nulo", não
é uma
> defesa sistemática (por princípio) da anulação do voto, da anulação
do
> mecanismo democrático que permite a alternância pacífica do poder,
> sinceramente não sei o que dizer.

Supostamente numa democracia, quem rege o destino da nação é a
população dela. Mas a população , numa votaçao, está limitada aos
candidatos existentes. Essa limitação é uma limitação à própria
liberdade de escolha e de voto dos cidadãos.
Não é contudo grave até, quando cada individuo deixa de saber em quem
votar.
Não sabe, não pq seja inculto, estupido, desatento, despreocupado,
etc...mas sim, pq analizando tudo ele conclui que "são todos iguais"
Este "são todos iguais" se traduz num "são todos diferentes daquilo
que eu acho que deveria ser o cadidato a este cargo"

Nesta situação a unica coisa que em democracia se pode fazer é
dizer "Não queremos estes candidatos, arrajem outros para podermos
escolher" e a unica forma de fazer isto é votar nulo. Anulando a
votação, ela terá de ser repetida. E por ai vai.

Não é uma defesa sistemática pq está escrito "seja responsável" o que
inclui automáticamente a necessidade e capacidade de analise do que
se está a passar. Se fosse "boicote o sistema,vote nulo" ai é outra
conversa.

--

Os sistemas politicos do mundo são basicamente sistemas estatisticos,
e ganha aquele que souber manipular essa estatistica.
Poderiamos dizer que existem pessoa que sempre votam no mesmo partido
e aqueles que votam em candidatos diferentes cada vez
Aqueles que não estão filiados nem fixos num partido, são aqueles que
realmente marcam a diferença no final.
Aqueles que sempre votam nos mesmos não provocam qq alteração do
estados das coisas.
Os votantes "moveis" são depois mais ou menos influenciados pelas
campanhas e a situação das coisas no tempo da votação.

Esta visão é um ruducionismo puro da politica, transformando-a numa
especie de religião onde cada fiel deposita o seu voto no seu pastor
sem saber pq. "Eu voto em A pq sempre votei em A" é o argumento mais
usado por estas pessoas acefalas.

O problema é que as pessoas que estão atentas não têm ferramentas
para mudar o que está errado. E o que está errado não é escolher
entre A, B, C, e D é quando nenhum deles representa uma solução aos
problemas da nação.Quanto tudo não passa de um teatro, de uma falsa,
em que os maiores interessados são manipulados como gado para o
desfecho que todos já conhecem / ou pensam ante-ver.

Neste cenário, votar nulo é deixar os fies dos vários partidos terem
mais importancia no resultado final, sendo portanto uma medida inutil.

Mas no futuro utopico, quando todos os individuos são responsáveis os
suficiente para entender os jogos da politica, ai sim, o voto nulo
deixará de ser avassalado pelo voto dos fieis, já que estes não
existirão.

--

Quanto aos pensamentos paralelos de que SEMPRE se deve votar em um
dos canditados, tb é errado. A obrigação de votar em um, faz-nos usar
de argumentos apoliticos na escolha. Essa perigosidade existe e
apenas colocou democráticamente, Hitler, no poder(vingança etnica).

Aqui em PT é possivel o não-votar. E as pessoas pensam assim: "Se
dizem que A vai ganhar pq eu heide ir votar em B?" -- "Não. Dá menos
trabalho ficar em casa e esperar"
Mas depois ficam muito ofendidas quando A lhes lixou a vida.

O problema, além de estar no sistema completamente idiota que os
paises em geral usam para escolher os seus lideres, está sobretudo na
educação politica dos cidadãos.
Educação politica não é nada de mais.

Quando se vê alguem numa novela, filme,ou seriado, sabe-se que estão
a representar. Educação politica é apenas saber quando as pessoas
estão a representar. A prometer o que quer que seja apenas com
intensão de mover a média movel para si. SE sabemos quando as pessoas
no dia-a-dia mentem, pq não ha um esforço para detectar isso naqueles
que querem governar as nossas vidas? AS pessoas devem achar, se
calhar, que é pouco importante...

Educação politica não é saber como o estado se organiza,nem dar o
direito/dever de voto. Educação politica é preparar as pessoas para
usar esse direito; tal como a educação de uma lingua é saber usar as
palavras e a educação da matemática é saber usar operações e numeros.

--

É um questão de cenário e neste cenário o voto nulo, pode ser isso
mesmo: nulo, para garantir um futuro melhor. Mas o voto nulo não é ,
e nunca foi, um acto anti-democrático como queres fazer parecer.


[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: Enéas
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/02/2002 11:43

--- In ciencialist@y..., rodrigotoledo@c... wrote:
> sua gestão, não entendo pq ele não tenta começar como Deputado,
> vereador, até prefeito...mas não, quer ser lgo presidente..acho que
> nunca vai conseguir se eleger.

Ele se candidatou 'a prefeitura de sampa
na ultima eleicao. Aquela em q. teve o Collor.

Eneas e' um politico de quase extrema
direita. Medico, dizem, competente,
pessoa inteligente e bem articulada --
mesmo q. lhe deem mais de 30 segundos.
Pode ter um certo carisma 'a Maluf,
mas mais letrado.

Nao seria nem a minha ultima escolha.
(Talvez pra algum exame no coracao.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Mulheres na lista
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/02/2002 11:45

--- In ciencialist@y..., "Terezinha Costa" <terezinhac@b...> wrote:
> Nunca entendi direito essa afirmação do Freud.

Tbm nunca entendi bem. Acho q. fazia algum
sentido na epoca vitoriana. Hj provavelmente
faca pouco em sociedades mais igualitarias.

> pq. os homens não teriam inveja do útero (da maternidade?). Ou será
> que têm?

Ziraldo diz q. tem. (Eu particularmente
estou satisfeito com a divisao...)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Enéas
FROM: Alisson Antonio Martins <aam00@fisica.ufpr.br>
TO: "[ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/02/2002 12:50

Acho quem pra exame no coração...
O senhor Enéas não passa de um fascista. Quase extrema direita, não. Ele
é a extrema direita.
Saudações.....
Alisson
"SÓ AS PESSOAS QUE CORREM RISCOS SÃO LIVRES"(SÊNECA)

On Wed, 27 Feb 2002, rmtakata wrote:

> --- In ciencialist@y..., rodrigotoledo@c... wrote:
> > sua gestão, não entendo pq ele não tenta começar como Deputado,
> > vereador, até prefeito...mas não, quer ser lgo presidente..acho que
> > nunca vai conseguir se eleger.
>
> Ele se candidatou 'a prefeitura de sampa
> na ultima eleicao. Aquela em q. teve o Collor.
>
> Eneas e' um politico de quase extrema
> direita. Medico, dizem, competente,
> pessoa inteligente e bem articulada --
> mesmo q. lhe deem mais de 30 segundos.
> Pode ter um certo carisma 'a Maluf,
> mas mais letrado.
>
> Nao seria nem a minha ultima escolha.
> (Talvez pra algum exame no coracao.)
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Enéas
FROM: Alisson Antonio Martins <aam00@fisica.ufpr.br>
TO: "[ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/02/2002 12:52

errata:Acho que nem pra exame do coração...

Alisson Antonio Martins
FÍSICA-UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
"SÓ AS PESSOAS QUE CORREM RISCOS SÃO LIVRES"(SÊNECA)

On Wed, 27 Feb 2002, Alisson Antonio Martins wrote:

> Acho quem pra exame no coração...
> O senhor Enéas não passa de um fascista. Quase extrema direita, não. Ele
> é a extrema direita.
> Saudações.....
> Alisson
> "SÓ AS PESSOAS QUE CORREM RISCOS SÃO LIVRES"(SÊNECA)
>
> On Wed, 27 Feb 2002, rmtakata wrote:
>
> > --- In ciencialist@y..., rodrigotoledo@c... wrote:
> > > sua gestão, não entendo pq ele não tenta começar como Deputado,
> > > vereador, até prefeito...mas não, quer ser lgo presidente..acho que
> > > nunca vai conseguir se eleger.
> >
> > Ele se candidatou 'a prefeitura de sampa
> > na ultima eleicao. Aquela em q. teve o Collor.
> >
> > Eneas e' um politico de quase extrema
> > direita. Medico, dizem, competente,
> > pessoa inteligente e bem articulada --
> > mesmo q. lhe deem mais de 30 segundos.
> > Pode ter um certo carisma 'a Maluf,
> > mas mais letrado.
> >
> > Nao seria nem a minha ultima escolha.
> > (Talvez pra algum exame no coracao.)
> >
> > []s,
> >
> > Roberto Takata
> >
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>
>



SUBJECT: Re: Enéas
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/02/2002 13:00

--- In ciencialist@y..., Alisson Antonio Martins <aam00@f...> wrote:
> Acho quem pra exame no coração...
> O senhor Enéas não passa de um fascista. Quase extrema direita,
> não. Ele é a extrema direita.

Nao sei. Um ultra-nacionalista certamente.
Mas fascista...?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Resistencia e Repressao
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/02/2002 13:03

--- In ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> wrote:
> procurar um medico. Em todo caso o fato da febre
> ser um mecanismo normal do organismo em relacao

Alias, embora demonstrado q. a febre comportamental
em lagartos (como os iguanas do deserto) tenha
uma funcao contra infeccoes, experimentos sobre
febre fisiologica em humanos sao bem menos conclusivos.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Voto nulo e Democracia
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/02/2002 13:05

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> Pode. Digamos, 50% do seu tempo de trabalho

Mas se eu doo 50% de meu tempo de trabalho
eu deixo de ser util em meu servico "normal".
Nao posso ser, digamos, um medico eficiente
trabalhando apenas 50% do tempo -- deixarei
de atender a outros pacientes, p.e.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Enéas
FROM: Alisson Antonio Martins <aam00@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/02/2002 13:10

Tá, então um ultra-nacionalista:um nazista.
Pode ser ná? Vai saber...

___________________________________________
___________________________________________

"Crer em tudo ou duvidar de tudo
são duas situações igualmente cômodas,
âmbas nos impedem de refletir."
Henri Poincaré
___________________________________________
___________________________________________

On Wed, 27 Feb 2002, rmtakata wrote:

> --- In ciencialist@y..., Alisson Antonio Martins <aam00@f...> wrote:
> > Acho quem pra exame no coração...
> > O senhor Enéas não passa de um fascista. Quase extrema direita,
> > não. Ele é a extrema direita.
>
> Nao sei. Um ultra-nacionalista certamente.
> Mas fascista...?
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
>
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> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>



SUBJECT: Enéas
FROM: Alisson Antonio Martins <aam00@fisica.ufpr.br>
TO: "[ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/02/2002 13:23

Já que está em discussão o Enéas, segue atachado uma foto sua...
Comparem!


___________________________________________
___________________________________________

"Crer em tudo ou duvidar de tudo
são duas situações igualmente cômodas,
âmbas nos impedem de refletir."
Henri Poincaré
___________________________________________
___________________________________________


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/02/2002 14:22

Alguém quer participar dessas respostas?

[]'
Léo

-----Mensagem Original-----
De: lglzapata@ig.com.br
Para: leo@barretos.com.br
Enviada em: quarta-feira, 27 de fevereiro de 2002 11:00
Assunto: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.





E-mail: lglzapata@ig.com.br
Nome: Luiz Guimarães Lopes
Endereço: Rua Manoel Dantas, 49
Complemento: Antigo 39
Bairro: Penha de França
CEP: 03634100
Cidade: São Paulo
UF: SP
Pessoa: F
DDD: 011
Telefone: 66467084
Data de Nascimento: 18/12/1954
Sexo: M
Nível de Escolaridade: 3
Profissão: 8
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: Para um trabalho escolar estou precisando resolver as questões abaixo, e não estou encontrando as respostas. 1.Porque a agua é liquida? 2.Porque a agua é molhada? 3.Porque a agua mata a sede? 4.Porque a agua do mar é salgada? 5.Porque no mar não chove salgado? 6.Porque voce pode enxergar o mar ora azul ora verde? 7.Quais os outros dois tipos de estados da agua sem ser solido, liquido e gasoso que a ciencia conhece? 8.Porque existe uma ponte em uma molecula de agua? 9.Porque a agua no congelador forma gelo? 10.Porque a agua não ferve? Obrigado, 27/02/2002



SUBJECT: informativo Ci
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/02/2002 14:58

. INFORMATIVO Ciencialist n°. 1
. Fevereiro/2002
.
1) O que rola pela Ciencialist
.
.
__ ««»» __ ,,,,, ,,,,,, ~¬~
º( ·_·)º §·_·§ ( º_º ) {° ¿ °} ( ¬ ¬) [ ° ð ° ]
. ¯ ¯ ¨¯¨
Manuel Terezinha Alberto Léo Takata Brudna
.
.
. __
º( ·_·)º Responda-me, mulheril: o que vocês acham daquela asserção
. rigorosamente científica do Freud segundo a qual as mulheres
. teriam inveja do pênis?
.
.««»»
§·_·§ Oi Manuel, gosto muito, mas não invejo não.
.
. __
º( ·_·)º Continuo no caminho da perdição.
.
. __
( º_º ) Tá precisando se benzê, mermão. :-)))))
.
. ,,,,,,
( ¬ ¬) Em algum ponto estaria...
. ¯
. ,,,,,
{° ¿ °} ... apreciaria que os amigos enviassem links sobre o tema (ou
. ¯ texto próprio)
.
. ~¬~
[ ° ð ° ] (muito sutilmente e em pvt): Com que proposito voce
. ¨¯¨ entrou para a lista? Ele continua o mesmo?
.
.
2) Símbolos úteis:

. å î æ ø Ø £ × ª º ¿ ® ½ ¼ « » ¢ ð Ð ß µ þ ¶ § ÷ ¹ ² ³
.
.
[ ]´s
. __
( º_º )
http://ecientificocultural.com/indice.htm

[Obs: Não fiz © das caricaturas, portanto podem usá-las à vontade. Qualquer
semelhança é mera coincidëncia, pois não conheço pessoalmente os
personagens.]



SUBJECT: Re: Enéas
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/02/2002 15:29

--- In ciencialist@y..., Alisson Antonio Martins <aam00@f...> wrote:
> Tá, então um ultra-nacionalista:um nazista.
> Pode ser ná? Vai saber...

Um nazi certamente e' um ultra-nacionalista,
entre outras baboseiras.

Mas tem ultra-nacionalista q nao e' nazi --
Ariel Sharon e' um ultra-nacionalista, obviamente
nao e' um nazista. Claro, Enéas Carneiro nao
e' judeu...

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mulheres na lista
FROM: "MARIA CLARA" <mclarapc@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/02/2002 15:47

Olá Manuel!

Se eu disser que não tenho inveja do pênis estou mentido, tenho sim, mas só
nas horas de fazer xixi em banheiro público :0) . No mais, não tenho inveja,
amo ser mulher!

Abraços,

M.Clara.


Original Message -----
From: Manuel Bulcão
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, February 27, 2002 1:01 AM
Subject: Re: [ciencialist] Mulheres na lista


Oi mulheres :-)

Terezinha: Agora, uma curiosidade: não tem mais mulheres nessa lista não? é
clube do
bolinha?

Daniela: tem mulher, terezinha... eu nao escrevo muito por extrema falta de
tempo...

Manuel: Responda-me, mulheril: o que vocês acham daquela asserção
rigorosamente científica do Freud segundo a qual as mulheres teriam inveja
do pênis?

Eu particularmente acho que não só as mulheres têm inveja do pênis. Alguns
homens também têm.

Abraços e beijos,
Manuel Bulcão



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Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
&&& --- &&&

Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito aos Termos do Serviço Yahoo!.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/02/2002 15:56


Dúvida/Sugestão: Para um trabalho escolar estou precisando resolver as
questões abaixo, e não estou encontrando as respostas. 1.Porque a agua é
liquida?

Porque o ponto de fusão da água (0º) é inferior à temperatura ambiente
(25º).

2.Porque a agua é molhada?

Esta não percebi muito bem. Mas suponho que tenha a ver com a capilaridade.

3.Porque a agua mata a sede?

A água pura não mata a sede. O que mata a sede são os sais minerais que
normalmente estão disolvidos nela. Isto pq a água é um muito bom solvente
.
4.Porque a agua do mar é salgada?

Esta não sei.

5.Porque no mar não chove salgado?

Esta é dificil. Pela mesma razão que não chove salgado em lado nenhum

6.Porque voce pode enxergar o mar ora azul ora verde?

O mar é azul pq reflete a cor do ceu.
O verde aparece por um efeito optico do mesmo tipo, ou devido a algas
marinhas.

7.Quais os outros dois tipos de estados da agua sem ser solido, liquido e
gasoso que a ciencia conhece?

Hum...o unico que me lembro é o que existe no ponto triplo. Mas acho que
isso não é um estado fisico.

8.Porque existe uma ponte em uma molecula de agua?

Uma ponte ?

9.Porque a agua no congelador forma gelo?

Porque a temperatura dentro do congelador é menor que a temperatura de fusão
da água.

10.Porque a agua não ferve?

A água não ferve ?


Agora, esqueçam.... perguntas dificeis..bolas!

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda

"Às vezes a leitura é um modo engenhoso de evitar o pensamento"
A.Help- Historiador



SUBJECT: Re: Re:[ciencialist] santa cedilha
FROM: "Terezinha Costa" <terezinhac@bridge.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/02/2002 16:26



>Realmente faltam mais mulheres com a sua sensibilidade :-)

Mesmo que eu mudasse meu nome para Tatiana não resolveria a questão.>

Oi Tarcisio,
vou te contar um segredo: no começo eu achei que estava sendo ignorada na
lista por ser mulher (foi quando me dei conta de que só havia mensagens de
homens). Entao, pensei em mudar meu nome para João Alfredo. Mas não foi
preciso, no fim das contas vi que eu não estava sendo ignorada... Já
recuperei a auto-estima.
Abração
Terezinha




SUBJECT: RES: [ciencialist] Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: Luciano Seidel <luciano.seidel@globaltelecom.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/02/2002 16:35



>
>
> Dúvida/Sugestão: Para um trabalho escolar estou precisando resolver as
> questões abaixo, e não estou encontrando as respostas.
> 1.Porque a agua é
> liquida?
>
> Porque o ponto de fusão da água (0º) é inferior à temperatura ambiente
> (25º).

Não é porque as moléculas de águas estão mais dispersas (menos unidas) em
temperatura ambiente? Em estado gasoso estão mais dispersas ainda, e
finalmente em estado sólido estão completamente unidas, não havendo nenhum
espaço entre elas.

>
> 2.Porque a agua é molhada?
>
> Esta não percebi muito bem. Mas suponho que tenha a ver com a
> capilaridade.
>
> 3.Porque a agua mata a sede?
>
> A água pura não mata a sede. O que mata a sede são os sais
> minerais que
> normalmente estão disolvidos nela. Isto pq a água é um muito
> bom solvente
> .
> 4.Porque a agua do mar é salgada?
>
> Esta não sei.

Porque tem minerais que a tornam salgada (cloreto de sódio)?

>
> 5.Porque no mar não chove salgado?
>
> Esta é dificil. Pela mesma razão que não chove salgado em lado nenhum

Partindo do pressuposto que a resposta acima está correta, quando a água
evapora, os minerais não evaporam junto, por isso quando a água condensa e
chove há somente água.

>
> 6.Porque voce pode enxergar o mar ora azul ora verde?
>
> O mar é azul pq reflete a cor do ceu.
> O verde aparece por um efeito optico do mesmo tipo, ou devido a algas
> marinhas.

Acho que tem haver com a reflexão da luz.

>
> 7.Quais os outros dois tipos de estados da agua sem ser
> solido, liquido e
> gasoso que a ciencia conhece?
>
> Hum...o unico que me lembro é o que existe no ponto triplo.
> Mas acho que
> isso não é um estado fisico.

Nem sabia que existia outros estados além de sólido, líquido e gasoso.

>
> 8.Porque existe uma ponte em uma molecula de agua?
>
> Uma ponte ?
>
> 9.Porque a agua no congelador forma gelo?
>
> Porque a temperatura dentro do congelador é menor que a
> temperatura de fusão
> da água.
>
> 10.Porque a agua não ferve?
>
> A água não ferve ?

Acho que aqui há uma comparação, por exemplo, com o leite, que ferve, ao
passo que a água evapora.


Espero não ter falado muita asneira.

Luciano Seidel


SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/02/2002 16:44

>> Dúvida/Sugestão: Para um trabalho escolar estou precisando resolver as
>> questões abaixo, e não estou encontrando as respostas.
>> 1.Porque a agua é liquida?
>>
>> Porque o ponto de fusão da água (0º) é inferior à temperatura ambiente
>> (25º).

>Não é porque as moléculas de águas estão mais dispersas (menos unidas) em
>temperatura ambiente? Em estado gasoso estão mais dispersas ainda, e
>finalmente em estado sólido estão completamente unidas, não havendo nenhum
>espaço entre elas.

Sim. Mas essa é a diferença entre os váriso estados.
A questão é pq a água é liquida, quando o oxigenio é gasoso e ferro sólido.

Tudo está na temperatura ambiente.
Se vivessemos num mundo a 3º C dificilmente a água seria liquida,
dificilmente choveria, etc..tudo estaria maioritáriamente solido
Se vivessemos num mundo a 300º C dificilmente a água seria liquida , seria
gasosa.

As substancias não tem um estado defenido. O seu estado mais comum, é ditado
pela temperatura ambiente (que é a mais comum)

>> 4.Porque a agua do mar é salgada?
>>
>> Esta não sei.

>Porque tem minerais que a tornam salgada (cloreto de sódio)?

Sim. claro. A questão é pq a água do mar tem cloreto de sódio quando por
exemplo a dos rios não têm.

>> 5.Porque no mar não chove salgado?
>>
>> Esta é dificil. Pela mesma razão que não chove salgado em lado nenhum

>Partindo do pressuposto que a resposta acima está correta, quando a água
>evapora, os minerais não evaporam junto, por isso quando a água condensa e
>chove há somente água.

Sim. Boa explicação.


>> 10.Porque a agua não ferve?
>>
>> A água não ferve ?

>Acho que aqui há uma comparação, por exemplo, com o leite, que ferve, ao
>passo que a água evapora.

???
O que é "ferver" afinal ?

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda

"Às vezes a leitura é um modo engenhoso de evitar o pensamento"
A.Help- Historiador



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/02/2002 16:51



Sérgio Taborda wrote:
>
> Dúvida/Sugestão: Para um trabalho escolar estou precisando resolver as
> questões abaixo, e não estou encontrando as respostas. 1.Porque a agua é
> liquida?
>
> Porque o ponto de fusão da água (0º) é inferior à temperatura ambiente
> (25º).

O ponto de fusão e de ebulição da água depende da força entre as
ligações entre moléculas e do tamanho da molécula.


> 2.Porque a agua é molhada?
>
> Esta não percebi muito bem. Mas suponho que tenha a ver com a capilaridade.

Tem a ver com a tensão superficial. O mercúrio, por exemplo, não
molha porque não adere às mãos.

> 3.Porque a agua mata a sede?
>
> A água pura não mata a sede. O que mata a sede são os sais minerais que
> normalmente estão disolvidos nela. Isto pq a água é um muito bom solvente
> .

Não bate muito certo. A água mata a sede, porque a sede funciona
como um alarme quando o corpor tem fata de água. A água mata a
sede pela mesma razão que tirar a mão do fogo tira a dor.

> 4.Porque a agua do mar é salgada?
>
> Esta não sei.

Porque se passares a crusta de um planeta por água, os sais
dissolvem-se.

É claro que o salgado é também ele um alarme. Beber água salgada
mata, logo a evolução favoreceu a sensibilidade ao sal.


>
> 5.Porque no mar não chove salgado?
>
> Esta é dificil. Pela mesma razão que não chove salgado em lado nenhum

exacto

> 6.Porque voce pode enxergar o mar ora azul ora verde?
>
> O mar é azul pq reflete a cor do ceu.
> O verde aparece por um efeito optico do mesmo tipo, ou devido a algas
> marinhas.

Essa não sei.

> 7.Quais os outros dois tipos de estados da agua sem ser solido, liquido e
> gasoso que a ciencia conhece?
>
> Hum...o unico que me lembro é o que existe no ponto triplo. Mas acho que
> isso não é um estado fisico.

Se não me engano há duas formas de gelo diferentes.

> 8.Porque existe uma ponte em uma molecula de agua?
>
> Uma ponte ?

É a ponte de hidrogénio. É uma ligação forte entre um átomo de
hidrogénio e um átomo de oxigénio (acho eu) de outra. Porque é
que existe? Essa é dificil.

> 9.Porque a agua no congelador forma gelo?
>
> Porque a temperatura dentro do congelador é menor que a temperatura de fusão
> da água.

> 10.Porque a agua não ferve?
>
> A água não ferve ?

Ás vezes a água não ferve. Não ferve quando a pressão de vapor da
água é menor que a pressão atmosférica.


--
joão
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/02/2002 17:19

Deixe-me tentar.

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> > Dúvida/Sugestão: Para um trabalho escolar estou precisando
> > resolver as questões abaixo, e não estou encontrando as
> > respostas. 1.Porque a agua é liquida?
> >
> > Porque o ponto de fusão da água (0º) é inferior à temperatura
ambiente
> > (25º).
>
> O ponto de fusão e de ebulição da água depende da força entre as
> ligações entre moléculas e do tamanho da molécula.

A energia do ambiente -- qto mais quente, mais
energia termica -- acaba quebrando as ligacoes
q. existem entre as moleculas de agua. Nao chega
a quebrar todas, de modo q. a agua nao vira um
gas, mas tbm nao tem ttas ligacoes entre as moleculas
qto a agua congelada -- ai' fica em um estagio
intermediario entre o solido e o gasoso -- q. e'
o liquido.

> > 2.Porque a agua é molhada?
> >
> > Esta não percebi muito bem. Mas suponho que tenha a ver com a
capilaridade.
>
> Tem a ver com a tensão superficial. O mercúrio, por exemplo, não
> molha porque não adere às mãos.

Isso. Se colocarmos detergente na agua, de certa forma
ela se torna mais molhada.

> > 3.Porque a agua mata a sede?
> >
> > A água pura não mata a sede. O que mata a sede são os sais
> > minerais que normalmente estão disolvidos nela. Isto pq a água é
> > um muito bom solvente
> > .
>
> Não bate muito certo. A água mata a sede, porque a sede funciona
> como um alarme quando o corpor tem fata de água. A água mata a
> sede pela mesma razão que tirar a mão do fogo tira a dor.

Existem celulas em nosso sistema nervoso q. percebem
a concentracao de sais em nosso sangue: se o sangue
esta' muito concentrado, essas celulas perdem água
para o sangue, se o sangue esta' diluido, essas
celulas ganham água. Com isso elas enviam sinais
eletricos para certos locais de nosso cerebro q.
interpreta isso como sede.

So' q. qdo a gente bebe demora um certo tempo
ate' a agua entrar em nosso organismo. A
sensacao de saciedade de agua se da' por
receptores na nossa boca e do volume de nosso
estomago.

> > 4.Porque a agua do mar é salgada?
> >
> > Esta não sei.
>
> Porque se passares a crusta de um planeta por água, os sais
> dissolvem-se.

O sal do mar vem principalmente da dissolucao
dos sais trazidos pelo magma na regiao em
q. os oceanos se abrem. (A composicao dos
sais da crosta continental e' diferente da
do mar.)

Aguas dos rios e lagoar tem sais, mas em menor qtdade.

> > 6.Porque voce pode enxergar o mar ora azul ora verde?
> >
> > O mar é azul pq reflete a cor do ceu.
> > O verde aparece por um efeito optico do mesmo tipo, ou devido a
> > algas
> > marinhas.
>
> Essa não sei.

O mar nao e' azul por refletir a cor do
ceu -- ele reflete, mas o efeito azul se
da' porq. a agua absorve principalmente
ondas de frequencia mais baixas. Ondas
de frequencia mais altas passam pelas
camadas de agua: por isso em baixo da
agua em uma certa profundidade tudo tem
um tom azulado. Uma fracao e' refletida --
e de novo, da luz refletida, mais
luz de comprimento mais curto e'
refletido do q. de comprimentos maiores.

> > 7.Quais os outros dois tipos de estados da agua sem ser solido,
liquido e
> > gasoso que a ciencia conhece?
> >
> > Hum...o unico que me lembro é o que existe no ponto triplo. Mas
acho que
> > isso não é um estado fisico.
>
> Se não me engano há duas formas de gelo diferentes.

Tem o plasma e o condensado Bose-Einstein.

> > 8.Porque existe uma ponte em uma molecula de agua?
> >
> > Uma ponte ?
>
> É a ponte de hidrogénio. É uma ligação forte entre um átomo de
> hidrogénio e um átomo de oxigénio (acho eu) de outra. Porque é
> que existe? Essa é dificil.

Por causa da assimetria de distribuicao
dos eletrons nas camadas mais externas.
O oxigenio e' bastante eletronegativo
de forma q. atrai os eletrons compartilhados
com os atomos de hidrogenio para mais
proximo de seu nucleo. Isso faz com q.
o oxigenio fique ligeiramente mais
eletronegativo do q. o hidrogenio. E
como a geometria da molecula de agua e'
angular, a menor eletronegatividade
dos hidrogenios nao se anulam.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Bebê geneticamente selecionado nasce livre de Alzheimer
FROM: lamesmo@iname.com
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
CC: digolah@bol.com.br
DATE: 27/02/2002 17:23

Bebê geneticamente selecionado nasce livre de Alzheimer

CHICAGO (Reuters) - Em um caso que levanta questões éticas, uma
mulher que pode estar condenada a desenvolver a doença de Alzheimer
em dez anos deu à luz um bebê que foi geneticamente selecionado
para não apresentar a doença, disseram pesquisadores na terça-
feira.

A mulher, que tinha 30 anos quando deu à luz, provavelmente não
será capaz de cuidar ou até mesmo reconhecer sua filha dentro de
alguns anos, pois carrega um gene que causa a doença de Alzheimer
de início precoce. A família da mulher carrega uma mutação que faz
com que o distúrbio se manifeste antes dos 40 anos.

A menina nasceu de um embrião selecionado para não apresentar a
mutação. Ela, que hoje tem cerca de 18 meses, não herdou a
tendência de Alzheimer de início precoce.

O mal de Alzheimer de início precoce é definido como a doença de
Alzheimer -- uma forma de senilidade que destrói as capacidades
intelectuais e sociais -- que afeta antes dos 65 anos. O problema é
muito raro.

Os pesquisadores do Instituto de Genética Reprodutiva de Chicago
disseram que o nascimento do bebê marcou a primeira vez que o
diagnóstico genético pré-implantação, como a técnica é chamada, foi
usado para eliminar embriões carregando o defeito que causa o
problema.

A mulher, que não foi identificada, não desenvolveu Alzheimer e seu
marido é saudável. Sua filha está bem, disse Yury Verlinsky, autor
do estudo publicado na edição desta semana do Journal of the
American Medical Association.

Verlinsky afirmou à Reuters que a avaliação genética foi usada mais
de 3 mil vezes e normalmente é empregada para evitar distúrbios
hereditários como a anemia falciforme.

Sua clínica estampou as manchetes dos jornais no ano passado em um
caso em que um embrião foi selecionado para fornecer células-tronco
com o objetivo de ajudar um irmão do bebê que ainda não nasceu.

A mulher do estudo está saudável, mas sua irmã desenvolveu a doença
de Alzheimer de início precoce aos 38 anos e não consegue cuidar de
seus dois filhos.

Além disso, seu pai morreu aos 42 anos após sofrer de problemas
psicológicos e de memória. Um dos irmãos, que também carrega o
gene, começou a apresentar problemas de memória aos 35 anos.

DECISÃO DE FAMÍLIA

Verlinsky disse que as dificuldades que a família deve enfrentar
com uma mãe incapacitada e uma criança pequena serão compensadas,
em sua opinião, pelo fato de que a próxima geração da família
estará livre da doença.

"Posso falar pelo público, mas esta é uma decisão da família e não
pública", disse ele.

Em um comentário publicado no mesmo jornal, Dena Towner e Roberta
Springer Loewy, da Universidade da Califórnia, disseram que o
estudo levanta questões éticas.

"Como sua irmã, a mulher do estudo provavelmente será incapaz de
cuidar ou até mesmo reconhecer sua filha dentro de alguns anos",
afirmaram elas.

As duas médicas disseram que a mãe agiu com responsabilidade ao
garantir que sua filha não tenha de viver com a ameaça de
desenvolver a doença de Alzheimer de início precoce, mas avaliou a
questão ao definir sua responsabilidade ética "somente em termos de
prevenção de doença", sem considerar que ela pode não ser capaz de
cuidar de sua filha.

"As diferenças entre essas duas interpretações de responsabilidade
ética são absolutas, mas ambas se baseiam em hipóteses feitas sobre
reprodução -- esse é um privilégio ou um direito inquestionável e
inalienável?", questionaram elas.

26/02/02 19:00



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: "Luis Roberto Brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/02/2002 18:12

1.Porque a agua é liquida?

Jah responderam

2.Porque a agua é molhada?

Tensao superficial... mas tem a questao de hidrofobico e hidrofilico... ai
complica. Teria que ver molhada pra que (ou quem).

3.Porque a agua mata a sede?
4.Porque a agua do mar é salgada?

Como o Takata respondeu... nao eh soh o arraste de sais pelos rios.

5.Porque no mar não chove salgado?

Jah responderam mas...

Ateh deve chover um pouco mais salgado do que nos outros lugares nos
primeiros minutos de chuva devido a dispersao mecanica de goticulas de agua
do mar 'na superficie'. Mas eh preciosismo.

6.Porque voce pode enxergar o mar ora azul ora verde?
7.Quais os outros dois tipos de estados da agua sem ser solido, liquido e
gasoso que a ciencia conhece?

Tem varias 'formas de gelo'. Na pagina
http://www.sbu.ac.uk/water/phase.html tem um belo diagrama, nao sei a
validade das informacoes.


8.Porque existe uma ponte em uma molecula de agua?

Talvez estah falando das pontes de hidrogenio. Existe a interacao
(ligacao) por pontes de hidrogenio quando o hidrogenio estah ligado
*diretamente* com fluor, oxigenio ou nitrogenio (alguns consideram outros
casos).

A pagina (nao li toda) http://www.sbu.ac.uk/water/hbond.html complica um
pouco mais a historia. Pontes de H eh algo polemico. Mas acho que ainda vale
a minha 'explicacao' resumida.

9.Porque a agua no congelador forma gelo?

Pq congela. (brincadeira)

10.Porque a agua não ferve?

Han?! A agua 'ferve' quando a pressao de vapor fica igual a pressao do
meio (atmosferica).

De resto indico para quem quiser... a leitura da pagina
http://www.sbu.ac.uk/water/index.html .

Ateh
Luis Brudna

PS: pesquisa da Ciencialist. Ateh agora 31 pessoas responderam e retornaram
14 mensagens de erro (devido a contas inexistentes, caixas de mails
cheias...). Ainda nao sei quando vou divulgar o resultado final.







SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: "Luis Marcelo de Mattos Zeri" <luismarcelozeri@bol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/02/2002 18:13


----- Original Message -----
From: "João Mário Miranda" <jmiranda@explicacoes.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, February 27, 2002 4:51 PM
Subject: Re: [ciencialist] Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e
sugestões.


Sérgio Taborda wrote:
>
> Dúvida/Sugestão: Para um trabalho escolar estou precisando resolver as
> questões abaixo, e não estou encontrando as respostas. 1.Porque a agua é
> liquida?
>
> Porque o ponto de fusão da água (0º) é inferior à temperatura ambiente
> (25º).

> O ponto de fusão e de ebulição da água depende da força entre as
> ligações entre moléculas e do tamanho da molécula.

Acho que temos um problema de definição aqui. Seria melhor perguntar por que
a água está líquida? Aí responderíamos falando do ponto de fusão e ebulição.
A água é um dos estados de uma subtância que pode se apresentar em 3 estados
físicos. O que chamamos de água é a fase líquida dessa substância, assim
como vapor é a fase gasosa e o gelo a fase sólida.


> 2.Porque a agua é molhada?
>
> Esta não percebi muito bem. Mas suponho que tenha a ver com a
capilaridade.

> Tem a ver com a tensão superficial. O mercúrio, por exemplo, não
> molha porque não adere às mãos.

Também acho que é pela tensão superficial.

> 3.Porque a agua mata a sede?
>
> A água pura não mata a sede. O que mata a sede são os sais minerais que
> normalmente estão disolvidos nela. Isto pq a água é um muito bom solvente
> .

> Não bate muito certo. A água mata a sede, porque a sede funciona
> como um alarme quando o corpor tem fata de água. A água mata a
> sede pela mesma razão que tirar a mão do fogo tira a dor.

Concordo.

> 4.Porque a agua do mar é salgada?
>
> Esta não sei.

> Porque se passares a crusta de um planeta por água, os sais
> dissolvem-se.

> É claro que o salgado é também ele um alarme. Beber água salgada
> mata, logo a evolução favoreceu a sensibilidade ao sal.

Eu penso que seria pelo transporte de sais do contimente para o mar, feito
pelos rios. O desgaste das rochas pela água da chuva e dos próprios rios
arrancaria o sal e levaria para o mar. Mas aí pode-se perguntar por que os
rios então não são salgados também? Talvez no início da formação geológica
da Terra eles fossem e com o tempo a salinidade caiu a ponto de não ser
percebida tanto quanto a água do mar. Acredito que os rios tenham alguma
quantidade de sal na sua água, ainda que pequena, nos dias de hoje.

>
> 5.Porque no mar não chove salgado?
>
> Esta é dificil. Pela mesma razão que não chove salgado em lado nenhum

> exacto

Se não me engano o ponto de fusão do sal é da ordem de 600 º C, então quando
a água evapora o sal fica no mar.

> 6.Porque voce pode enxergar o mar ora azul ora verde?
>
> O mar é azul pq reflete a cor do ceu.
> O verde aparece por um efeito optico do mesmo tipo, ou devido a algas
> marinhas.

> Essa não sei.

Vai depender da composição química da água na região. De repente existe ali
alguma alga ou mineral que absorve alguma comprimento de onda da luz do Sol,
refletindo os outros e dando a coloração. Na ausência de alguma substância
absorvedora assim teremos água bem transparente.

> 7.Quais os outros dois tipos de estados da agua sem ser solido, liquido e
> gasoso que a ciencia conhece?
>
> Hum...o unico que me lembro é o que existe no ponto triplo. Mas acho que
> isso não é um estado fisico.

> Se não me engano há duas formas de gelo diferentes.

Especificamente da água nunca ouvi falar, mas existem outros estados da
matéria como o plasma (um gás altamente ionizado a alta temperatura) e o
condensado de Bose-Einstein, que ocorre à baixíssimas temperaturas, quando
um grupo de átomos comportam-se como um único átomo, uma coisa assim, uma
viagem.

> 8.Porque existe uma ponte em uma molecula de agua?
>
> Uma ponte ?

> É a ponte de hidrogénio. É uma ligação forte entre um átomo de
> hidrogénio e um átomo de oxigénio (acho eu) de outra. Porque é
> que existe? Essa é dificil.

Essa não sei...

> 9.Porque a agua no congelador forma gelo?
>
> Porque a temperatura dentro do congelador é menor que a temperatura de
fusão
> da água.

Concordo..

> 10.Porque a agua não ferve?
>
> A água não ferve ?

> Ás vezes a água não ferve. Não ferve quando a pressão de vapor da
> água é menor que a pressão atmosférica.

Pelo que eu entendi da pergunta seria uma comparação com o leite, por
exemplo, que fica borbulhando após a a fervura. É que a água muda de estado,
vira vapor na temperatura de 100 º C (sib condições normais de temperatura e
pressão, obviamente)



SUBJECT: RE: [ciencialist] Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/02/2002 18:15

Léo,

Estou assumindo que o nível 3 é universitário, certo? Se não for assim,
você precisa simplificar as respostas:

1.Porque a agua é liquida?

- Qualquer substância pode ser sólida, líquida ou gasosa dependendo das
condições de temperatura e pressão. Encontramos esses três estados em
condições normais de temperatura e pressão, por exemplo: ferro (sólido),
água (líquido) e oxigênio (gás). Qualquer um destes pode mudar de fase,
isto é, passar de um estado a outro, alterando-se a pressão e a
temperatura.

O comportamento das substâncias quanto à mudança de fase é determinada
pelas forças intermoleculares. Substâncias com pressão de vapor baixa
(difíceis de evaporar) e alto ponto de fusão (difíceis de derreter) tem
forças intermoleculares altas e vice-versa.

A água é uma das substâncias que é líquida nas condições normais de
temperatura e pressão. Para quem mora no Canadá a água não é liquida
durante o ano todo.


2.Porque a agua é molhada?

A sensação de "molhado" não é uma propriedade física quantificável. A
água certamente não é tão molhada para as penas de um pato quanto para a
pele humana. O que entendemos por "molhar", isto é, deixar um filme
uniforme da substância sobre outro corpo, depende da natureza química e
do acabamento dos materiais em contato.

A propriedade que um líquido tem de aderir a outros corpos é determinada
pela polaridade das moléculas e da tensão superficial. A molécula da
água é quimicamente neutra mas altamente polarizada, isto é, tem um lado
positivo e um negativo devido ao ângulo dos átomos de hidrogênio.
Moléculas polares tendem a "grudar" umas nas outras e deixar um filme
uniforme. O problema é que as moléculas da água tendem a grudar mais
umas nas outras do que em outras substâncias, formando gotículas (como
nas penas do pato). A adição de certas substâncias que interferiram com
a interação entre as moléculas (por exemplo, detergentes) muda esse
comportamento.


3.Porque a agua mata a sede?

A sensação de sede é disparada pela área lateral do hipotálamo (glândula
do cérebro) quando a concentração de eletrólitos no sangue aumenta
devido ao decréscimo de água no organismo. Beber água faz a concentração
de eletrólitos voltar ao nível normal.

Ao contrário do que às vezes se diz, água destilada (que não tem sais
minerais) também mata a sede. É um pouco estranha na garganta,
totalmente sem sabor, mas hidrata tanto quanto qualquer outra. Obtemos a
maioria dos eletrólitos pelos alimentos, não pela água.


4.Porque a agua do mar é salgada?

Porque os sais minerais são dissolvidos da crosta terrestre por rios e
pela chuva e são levados ao mar. O calor faz evaporar a água do mar, mas
não os sais minerais. Assim, o mar fica cada vez mais concentrado
(fato).


5.Porque no mar não chove salgado?

Pela razão anterior. O calor faz evaporar apenas parte da água. Os sais
ficam dissolvidos na água restante. É por isso que a destilação é usada
para purificar água.


6.Porque voce pode enxergar o mar ora azul ora verde?

Dois fenômenos estão envolvidos nisso: reflexão e refração.

Reflexão: o mar reflete a cor do céu. Num dia coberto o mar é mais
cinzento.
Refração: O comprimento de onda da luz azul-esverdeada é refratado
diferentemente dos outros comprimentos de onda. O mesmo fenômeno explica
porque o céu é azul.


7.Quais os outros dois tipos de estados da agua sem ser solido, liquido
e gasoso que a ciencia conhece?

Nenhum. Não tem sentido falar em composto químico para outros estados da
matéria, como o condensado Bose-Einstein, plasma e "bola de fogo".


8.Porque existe uma ponte em uma molecula de agua?

Difícil explicar sem figuras.

Na água, cada átomo de hidrogênio (2 por molécula de H2O) tem uma
ligação covalente (eletron compartilhado) com um par de eletrons do
átomo de oxigênio. Como existem 4 pares de elétrons cercando o átomo de
oxigênio -- dois fazem parte da ligação covalente com os dois
hidrogênios e dois ficam do lado oposto do átomo. Essa assimetria causa
a polaridade da molécula, isto é, um lado é positivo e o outro negativo.
Essa assimetria atrai outras moléculas de água, formando a chamada ponte
de hidrogênio.


9.Porque a agua no congelador forma gelo?

Veja resposta 1.


10.Porque a agua não ferve?

Ela ferve, isto é, entra em ebulição se aquecida acima de 100 graus
centígrados.


Colucci



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/02/2002 18:20



Luis Marcelo de Mattos Zeri wrote:
>
> > 4.Porque a agua do mar é salgada?
> >
> > Esta não sei.
>
> > Porque se passares a crusta de um planeta por água, os sais
> > dissolvem-se.
>
> > É claro que o salgado é também ele um alarme. Beber água salgada
> > mata, logo a evolução favoreceu a sensibilidade ao sal.
>
> Eu penso que seria pelo transporte de sais do contimente para o mar, feito
> pelos rios. O desgaste das rochas pela água da chuva e dos próprios rios
> arrancaria o sal e levaria para o mar. Mas aí pode-se perguntar por que os
> rios então não são salgados também? Talvez no início da formação geológica
> da Terra eles fossem e com o tempo a salinidade caiu a ponto de não ser
> percebida tanto quanto a água do mar. Acredito que os rios tenham alguma
> quantidade de sal na sua água, ainda que pequena, nos dias de hoje.

Os rios não são salgados porque têm pouco sal dissolvido. Mas o que
interessa é que esse sal tem sido transportado para o mar ao longo
de 4 biliões de anos. Mas o sal do mar nunca é transportado de volta
para Terra, porque o sal não evapora com a água. A minha teoria é que
o mar foi ficando cada vez mais salgado à medida que os continentes
foram sendo lavados.

--
joão
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/02/2002 20:04

(..)
>>> Se não me engano há duas formas de gelo diferentes.

>Tem o plasma e o condensado Bose-Einstein.

o plasma e o condensad B-E não são estados de moleculas. Portanto não podem
ser estados da água.

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda

"Às vezes a leitura é um modo engenhoso de evitar o pensamento"
A.Help- Historiador



SUBJECT: Eta mundo veio!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/02/2002 20:48

Achei que vcs gostariam de ler isso.
[]'
Léo
---------------------------------------------------------

POR QUE É QUE A GENTE É ASSIM?
Eng. Ênio Padilha

É batata ! Toda vez que, numa conversa qualquer, o assunto
"comportamento no mercado" vem à tona acabamos caindo nas inevitáveis
comparações de Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos com Médicos, Dentistas e
Advogados.
Quando me perguntam o que eu acho disso (dessa comparação de
profissionais tão diferentes) respondo sempre a mesma coisa: acho que essa
comparação é JUSTÍSSIMA.
Se eu, engenheiro, por qualquer motivo, tiver de ser comparado com
outros profissionais, acho muito justo que seja com médicos, com dentistas
ou com advogados. Afinal temos muito mais coisas em comum do que
diferenças. Somos todos prestadores de serviços. Nosso produto (nosso
serviço) é altamente especializado e todas essas atividades demandam
profissionais com capacidade intelectual superior. Não se chega a ser
médico, advogado, dentista, agrônomo, arquiteto ou engenheiro apenas por ter
um belo par de olhos, uma voz doce ou algum dinheiro no banco...
O exercício das profissões e o comportamento empresarial de cada
grupo, no entanto, é o que têm construído enormes diferenças operacionais,
comportamentais e, conseqüentemente, patrimoniais, entre engenheiros,
médicos, arquitetos, dentistas, advogados e agrônomos. Mas isso não elimina
as semelhanças imensas que sempre tiveram e que ainda têm.
Neste texto concentramos nossas reflexões sobre a formação dos
profissionais de engenharia. No entanto, nossa experiência e a convivência
com milhares de arquitetos e agrônomos dos mais distantes lugares do Brasil
nos permitem acreditar que os conceitos podem se estender sem problemas
também para esses profissionais.
Voltemos no tempo. Voltemos ao tempo em que essa pessoa (que hoje é
um engenheiro) tinha seus quinze, dezesseis anos, um ou dois anos antes do
vestibular. Esse moço ou essa moça é, muito provavelmente, um dos melhores
alunos da sua sala (talvez da escola). É um expoente estudantil, requisitado
pelos colegas, elogiado pelos professores, respeitado pelos pais, de quem é
motivo de muito orgulho, valorizado pelos parentes, pelos vizinhos, admirado
pelas garotas (ou garotos). Comparemos nosso amiguinho com o estudante de
quinze ou dezesseis anos que virá a ser médico, dentista ou advogado.
Veremos quase nenhuma diferença. É isso mesmo. Na origem, são todos iguais.
Têm o mesmo perfil, a mesma história, o mesmo rendimento. Todos são
brilhantes e bem sucedidos. Vem o vestibular. Ingressa, cada qual na
faculdade que escolheu... E é aí que as diferenças começam a aparecer. Os
estudantes de medicina e de odontologia são enquadrados em um ambiente novo,
com pessoas que se vestem de uma maneira diferente, se comportam de uma
maneira diferente e que estabelecem uma identidade visual (e, por
decorrência, uma identidade psicológica) com a atividade profissional que
irão exercer alguns anos depois. Os estudantes de direito, já nos primeiros
meses de escola convivem com professores que vêm para as aulas de terno,
gravata, sapato social, barba feita ou bem cuidada. E o mais interessante:
aqueles senhores e senhoras
respeitáveis, bem vestidos e de fina educação (os professores), tratam os
seus alunos por "senhor" ou "senhora", com toda a fineza e educação que a
prática profissional recomenda. E estimulam seus alunos a acreditar e se
convencerem de que são superiores. Que estão se preparando para "falar com o
Estado" (privilégio que não é concedido a nenhum outro profissional...).
Enfim, aprendem que precisam respeitar os outros, mas aprendem, antes de
tudo, que precisam exigir respeito para si. Nos últimos anos de faculdade,
estudantes de odontologia e medicina já se vestem como se médicos ou
dentistas fossem. Freqüentam clínicas e atuam como profissionais na área da
saúde. Assumem, enfim, um ou dois anos antes de terminada a faculdade, todo
um comportamento típico de médico. De dentista. Os estudantes de Direito,
por sua vez, a partir da Segunda metade do curso, já se vestem como
advogados (roupa social, sapato, eventualmente gravata e um
terno ou blazer...). Mantém com os seus professores e com os seus colegas um
comportamento e um vocabulário apropriado para as lides jurídicas. E, o
mais importante: são tratados, pelos seus > professores, como Doutor.(Dr.
Fulano, termine seu relatório até a próxima aula. Dr. Sicrano, esteja
preparado para a prova final, na sexta-feira.). Apesar de ainda não terem
concluído o curso. Os estudantes de engenharia, ao contrário, desde o início
do curso, a única diferença que eles conseguem perceber na faculdade, em
relação ao ensino médio é o grau de dificuldade (que simplesmente
quintuplica!)
Não existe nenhum estímulo a um comportamento novo, nenhuma referência, um
exemplo positivo de comportamento. Nenhuma motivação para um desenvolvimento
psicológico alternativo. Nenhum elemento que interfira na formação do
profissional do ponto de vista da sua imagem física composta de aspectos
visuais e comportamentais. A vida social, no
ambiente da faculdade, é muito restrita, quando não inexistente.
Além do mais, a faculdade entra na vida desses jovens como um
elemento de ruptura. Os alunos são colocados em uma condição a que eles não
estavam acostumados. Estavam acostumados a tirar notas máximas com a maior
facilidade e, de repente, passam a sofrer e ter grandes dificuldades para
obter notas mínimas ou médias. Deixam de ser respeitados pelos seus
professores que se tornam distantes e autoritários e perdem a admiração dos
colegas que estão todos desesperados tentando se salvar de uma coisa que
ainda não estão entendendo direito. Não que as faculdades de medicina,
direito ou
odontologia sejam fáceis. Ocorre que lá os estudantes têm compensações
psicológicas que os estudantes de engenharia não têm. Essas faculdades, por
diversos mecanismos, inexistentes nas escolas de engenharia, dão
continuidade ao amadurecimento psicológico e social do futuro profissional.
E, com isto, mantêm em alta a motivação e auto-estima dos seus estudantes.
Na engenharia não existe nenhum processo de acompanhamento psicológico para
aquele estudante desesperado que teve a sua carreira de sucesso estudantil
subitamente interrompida (mesmo os alunos que continuam conquistando notas
altas, acabam sentindo a falta do aplauso dos colegas, do respeito dos
professores e da admiração coletiva). E não existe
ninguém para explicar o que está acontecendo. Ninguém para dizer a este
estudante que ele não é tão inepto ou incapaz como, algumas vezes os
professores parecem querer provar. É quase geral, por parte dos
professores, nas escolas de engenharia, o exercício gratuito de poder e o
terrorismo psicológico.
E o aluno, que entrou na faculdade no auge positivo da auto-estima,
vai recebendo, ao longo de cinco anos, das mais variadas formas, uma única
mensagem: "Você não é tão bom quanto você pensava que fosse !". Ao contrário
dos estudantes de direito, medicina ou odontologia, que têm como
professores, profissionais que atuam no dia-a-dia de suas atividades, os
estudantes de engenharia passam cinco anos submetidos aos rigores (e, em
alguns casos, caprichos) de engenheiros que não atuam, profissionalmente,
como engenheiros e sim como professores, e que, portanto, não têm a vivência
da atividade profissional e não têm a ciência ou a consciência das relações
comerciais que vão definir o sucesso ou o fracasso dos profissionais que
eles estão formando.
Como resultado disso, ao final de cinco anos, o estudante de
engenharia se transforma em um engenheiro. E este engenheiro é completamente
desprovido de auto-estima, de respeito próprio, de prazer profissional ou de
consciência de mercado. Na metade do último semestre da faculdade, dois
meses antes de receber o diploma e ser entregue aos leões
do mercado, o estudante de engenharia ainda é tratado como mero
es-tu-dan-te. Em momento algum, durante a faculdade, o estudante de
engenharia é tratado como engenheiro, em momento algum, durante esses cinco
anos, a escola propicia a
percepção da mudança de condição de estudante para a condição de
profissional.
Estudantes de direito, medicina e odontologia, ao contrário, muito
antes do fim da faculdade já têm uma noção razoavelmente clara das
dificuldades do exercício profissional que eles irão enfrentar. Com isso
vão desenvolvendo mecanismos psicológicos de defesa e saem da faculdade com
maior grau de segurança. Entram no mercado profissional de cabeça erguida,
com uma consciência de valor. E com todo o processo de construção da imagem
profissional em andamento.
Estudantes de engenharia não são estimulados a se vestir bem, nem a
ter preocupações com técnicas de comunicação ou relacionamento social ou de
exercício intelectual não linear. Com isso acabam não desenvolvendo
habilidades gerenciais ou de relacionamento com o mercado. Esta é uma das
razões pelas quais as organizações de engenharia são quase sempre
extremamente burocráticas e conservadoras.
Os engenheiros, via de regra, só vão perceber os resultados da
negligência com a imagem física e o comportamento no mercado, depois de já
terem acumulado algumas perdas desnecessárias (algumas das quais,
infelizmente, irreversíveis).
E qual é a utilidade desse discurso? Qual a importância de se
colocar este tema no papel? Porque tornar pública esta opinião, que, com
certeza aborrecerá alguns segmentos? Ninguém é ingênuo a ponto de acreditar
que a simples leitura deste ensaio leve um diretor de escola de engenharia,
um professor, um estudante ou um profissional de engenharia a alterar o seu
comportamento.
O que se espera é que essas pessoas, a quem o texto é dedicado,
tenham um momento de reflexão. E que a esse momento de reflexão se siga uma
atitude. E que essa atitude tenha como objetivo dar um futuro melhor para a
engenharia no Brasil.
A engenharia depende dos engenheiros. E os engenheiros começam a ser
formados aos quinze ou dezesseis anos, ainda no ensino médio. Eu ainda acho,
como sempre achei, que o conhecimento científico que é transmitido aos
estudantes durante a faculdade de engenharia é fundamental. E que o valor da
engenharia está sustentado na capacidade intelectual e técnica dos seus
profissionais.
No entanto, vejo como importantíssima uma nova visão, nesse processo
de formação do engenheiro, que leve em consideração todo o relacionamento
social dos estudantes entre si e com os seus professores. É importante que,
aos estudantes, seja transmitida uma visão mais clara das relações
comerciais que eles enfrentarão na vida profissional, seja na condição de
profissionais autônomos, empresários ou empregados em alguma empresa.
Em qualquer um desses casos as relações sociais são elementos
definitivos para o sucesso. É um "detalhe" que faz toda a diferença.
Na Escola de Engenharia o engenheiro precisa ser "construído" para
ser um vencedor. Precisa ser estimulado a acreditar no seu potencial.
Confiar na sua inteligência. E, acima de tudo, precisa aprender a
importância de manter a cabeça erguida.

Eng. Ênio Padilha caixa Postal 392 - CEP
88330-000 - Balneário Camboriú - SC (47) 361-7555 -
www.eniopadilha.com.br


==================================

E os Físicos, Matemáticos, Biólogos, Homeopatas, Acupunturista, Astrólogos etc., profissões do segundo escalão, como ficam?


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Eta mundo veio = Fisicos
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/02/2002 21:11

Mais para os Físicos.......
[]'
Léo
============
> Retirado de
>
http://redeglobo.globo.com/cgi-bin/jornalhoje/montar_texto.pl?controle=3180
>
> Nós vamos retomar, hoje, uma série de reportagens sobre o mercado de
> trabalho para os jovens. Vamos mostrar as profissões do futuro e também
> as antigas que estão ganhando força em novas funções.
> O exemplo de hoje é o físico. Quem pensa que o físico moderno está
> restrito à sala de aula e aos laboratórios se engana. Atualmente o
> trabalho dos físicos está presente nos equipamentos para consultórios,
> hospitais e até no mercado financeiro.
> O curso de física da Universidade Federal de Pernambuco é um dos
> melhores do país. Tirou a nota máxima na avaliação do Ministério da
> Educação. São 4 anos de teoria e horas a fio nos laboratórios. entrar na
> universidade não é o maior problema. O difícil é terminar o curso. Não
> tem moleza!
> Entre os estudantes, as mulheres ainda são minoria. A profissão oferece
> dois caminhos: quem faz licenciatura vira professor. A absorção deste
> profissional pelo mercado de trabalho é imediata.
> Quem faz bacharelado, continua a trajetória acadêmica para se tornar
> pesquisador. O inglês é pré-requisito. Congressos, seminários e
> especializações têm que constar na agenda.
> O mundo da pesquisa é promissor. O setor de telecomunicações está
> investindo pesado no estudo de novas aplicações para a fibra ótica. Cabe
> aos físicos o desafio de desenvolver componentes que possam revolucionar
> o sistema de transmissão de dados, voz e imagem.
> Novas portas do mercado estão sendo abertas pelos profissionais, por
> exemplo, os consultórios de dentistas. São os físicos que desenvolvem os
> equipamentos à laser usados no diagnóstico e no tratamento dos dentes.
> Eles dosam a potência do equipamento.
> Na medicina, aperfeiçoam tomógrafos e métodos de diagnóstico e
> tratamento de câncer que envolvem radiação. Até no mercado financeiro há
> espaço para os profissionais que têm muita capacidade de raciocínio e
> facilidade para resolver problemas. eles começam a ser procurados por
> bancos e instituições financeiras.
> Para quem já foi limitado às salas de aula, o físico conta com um futuro
> cheio de novas possibilidades.
> Acesse o site do Centro de Integração Empresa Escola (CIEE), para obter
> mais informações sobre estágios e cursos na área de Física. É só clicar
> aqui (http://www.ciee.org.br/profi/profi.asp)
> ___________________________________
> No site do Jornal Hoje, após as reportagens da série Profissões,
> mostramos uma entrevista com um profissional de cada área. O objetivo é
> que você entenda mais a profissão mostrada.
> José Roberto Leite é físico e professor titular da USP (Universidade de
> São Paulo). Ele atua na área acadêmica, que é o maior mercado para os
> físicos no Brasil. Ele se formou pela USP. Fez doutorado e pós-doutorado
> no exterior (na IBM, nos Estados Unidos).
> Jornal Hoje: Professor, quais são as áreas em que o físico pode atuar?
> José Roberto Leite: Existem quatro possibilidades para o físico no
> mercado de trabalho. A principal é o ramo da indústria de ponta, que são
> as empresas de alta tecnologia. Nos Estados Unidos, Alemanha, França, os
> profissionais da área trabalham mais na indústria, tanto em
> experiências, quanto em teoria. No Brasil, essa área quase não existe.
> Falta investimento do governo nas indústrias de ponta. A segunda
> possibilidade é a acadêmica. É onde eu me enquadro. Nessa área, o
> profissional pode atuar na área de pesquisa e dar aulas. A terceira
> opção é a licenciatura. No Brasil, a maioria dos físicos está nessa
> situação. O profissional não precisa de ter doutorado. Com isso, os
> salários também são mais baixos. E, por último, a quarta possibilidade é
> trabalhar em áreas que não são diretamente ligadas à física, como
> empresas de consultoria. Muitas delas empregam físicos, matemáticos para
> resolver os problemas. Esses profissionais têm uma formação eclética.
> Jornal Hoje:Então, no Brasil o maior mercado na área de física é o
> acadêmico?
> José Roberto Leite: Sim. Existem 2.300 físicos com doutorado no Brasil.
> Jornal Hoje:Qual é a tendência atual para a profissão?
> José Roberto Leite: No início da década de 60, o Brasil colocou no
> mercado muitos doutores em física, que acabaram ficando na pesquisa.
> Mas, a tendência é que a área da indústria cresça no país.
>




SUBJECT: Eta mundo veio!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/02/2002 21:45



Achei que vcs gostariam de ler isso.
[]'
Léo
---------------------------------------------------------

POR QUE É QUE A GENTE É ASSIM?
Eng. Ênio Padilha

É batata ! Toda vez que, numa conversa qualquer, o assunto
"comportamento no mercado" vem à tona acabamos caindo nas inevitáveis
comparações de Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos com Médicos, Dentistas e
Advogados.
Quando me perguntam o que eu acho disso (dessa comparação de
profissionais tão diferentes) respondo sempre a mesma coisa: acho que essa
comparação é JUSTÍSSIMA.
Se eu, engenheiro, por qualquer motivo, tiver de ser comparado com
outros profissionais, acho muito justo que seja com médicos, com dentistas
ou com advogados. Afinal temos muito mais coisas em comum do que
diferenças. Somos todos prestadores de serviços. Nosso produto (nosso
serviço) é altamente especializado e todas essas atividades demandam
profissionais com capacidade intelectual superior. Não se chega a ser
médico, advogado, dentista, agrônomo, arquiteto ou engenheiro apenas por ter
um belo par de olhos, uma voz doce ou algum dinheiro no banco...
O exercício das profissões e o comportamento empresarial de cada
grupo, no entanto, é o que têm construído enormes diferenças operacionais,
comportamentais e, conseqüentemente, patrimoniais, entre engenheiros,
médicos, arquitetos, dentistas, advogados e agrônomos. Mas isso não elimina
as semelhanças imensas que sempre tiveram e que ainda têm.
Neste texto concentramos nossas reflexões sobre a formação dos
profissionais de engenharia. No entanto, nossa experiência e a convivência
com milhares de arquitetos e agrônomos dos mais distantes lugares do Brasil
nos permitem acreditar que os conceitos podem se estender sem problemas
também para esses profissionais.
Voltemos no tempo. Voltemos ao tempo em que essa pessoa (que hoje é
um engenheiro) tinha seus quinze, dezesseis anos, um ou dois anos antes do
vestibular. Esse moço ou essa moça é, muito provavelmente, um dos melhores
alunos da sua sala (talvez da escola). É um expoente estudantil, requisitado
pelos colegas, elogiado pelos professores, respeitado pelos pais, de quem é
motivo de muito orgulho, valorizado pelos parentes, pelos vizinhos, admirado
pelas garotas (ou garotos). Comparemos nosso amiguinho com o estudante de
quinze ou dezesseis anos que virá a ser médico, dentista ou advogado.
Veremos quase nenhuma diferença. É isso mesmo. Na origem, são todos iguais.
Têm o mesmo perfil, a mesma história, o mesmo rendimento. Todos são
brilhantes e bem sucedidos. Vem o vestibular. Ingressa, cada qual na
faculdade que escolheu... E é aí que as diferenças começam a aparecer. Os
estudantes de medicina e de odontologia são enquadrados em um ambiente novo,
com pessoas que se vestem de uma maneira diferente, se comportam de uma
maneira diferente e que estabelecem uma identidade visual (e, por
decorrência, uma identidade psicológica) com a atividade profissional que
irão exercer alguns anos depois. Os estudantes de direito, já nos primeiros
meses de escola convivem com professores que vêm para as aulas de terno,
gravata, sapato social, barba feita ou bem cuidada. E o mais interessante:
aqueles senhores e senhoras
respeitáveis, bem vestidos e de fina educação (os professores), tratam os
seus alunos por "senhor" ou "senhora", com toda a fineza e educação que a
prática profissional recomenda. E estimulam seus alunos a acreditar e se
convencerem de que são superiores. Que estão se preparando para "falar com o
Estado" (privilégio que não é concedido a nenhum outro profissional...).
Enfim, aprendem que precisam respeitar os outros, mas aprendem, antes de
tudo, que precisam exigir respeito para si. Nos últimos anos de faculdade,
estudantes de odontologia e medicina já se vestem como se médicos ou
dentistas fossem. Freqüentam clínicas e atuam como profissionais na área da
saúde. Assumem, enfim, um ou dois anos antes de terminada a faculdade, todo
um comportamento típico de médico. De dentista. Os estudantes de Direito,
por sua vez, a partir da Segunda metade do curso, já se vestem como
advogados (roupa social, sapato, eventualmente gravata e um
terno ou blazer...). Mantém com os seus professores e com os seus colegas um
comportamento e um vocabulário apropriado para as lides jurídicas. E, o
mais importante: são tratados, pelos seus > professores, como Doutor.(Dr.
Fulano, termine seu relatório até a próxima aula. Dr. Sicrano, esteja
preparado para a prova final, na sexta-feira.). Apesar de ainda não terem
concluído o curso. Os estudantes de engenharia, ao contrário, desde o início
do curso, a única diferença que eles conseguem perceber na faculdade, em
relação ao ensino médio é o grau de dificuldade (que simplesmente
quintuplica!)
Não existe nenhum estímulo a um comportamento novo, nenhuma referência, um
exemplo positivo de comportamento. Nenhuma motivação para um desenvolvimento
psicológico alternativo. Nenhum elemento que interfira na formação do
profissional do ponto de vista da sua imagem física composta de aspectos
visuais e comportamentais. A vida social, no
ambiente da faculdade, é muito restrita, quando não inexistente.
Além do mais, a faculdade entra na vida desses jovens como um
elemento de ruptura. Os alunos são colocados em uma condição a que eles não
estavam acostumados. Estavam acostumados a tirar notas máximas com a maior
facilidade e, de repente, passam a sofrer e ter grandes dificuldades para
obter notas mínimas ou médias. Deixam de ser respeitados pelos seus
professores que se tornam distantes e autoritários e perdem a admiração dos
colegas que estão todos desesperados tentando se salvar de uma coisa que
ainda não estão entendendo direito. Não que as faculdades de medicina,
direito ou
odontologia sejam fáceis. Ocorre que lá os estudantes têm compensações
psicológicas que os estudantes de engenharia não têm. Essas faculdades, por
diversos mecanismos, inexistentes nas escolas de engenharia, dão
continuidade ao amadurecimento psicológico e social do futuro profissional.
E, com isto, mantêm em alta a motivação e auto-estima dos seus estudantes.
Na engenharia não existe nenhum processo de acompanhamento psicológico para
aquele estudante desesperado que teve a sua carreira de sucesso estudantil
subitamente interrompida (mesmo os alunos que continuam conquistando notas
altas, acabam sentindo a falta do aplauso dos colegas, do respeito dos
professores e da admiração coletiva). E não existe
ninguém para explicar o que está acontecendo. Ninguém para dizer a este
estudante que ele não é tão inepto ou incapaz como, algumas vezes os
professores parecem querer provar. É quase geral, por parte dos
professores, nas escolas de engenharia, o exercício gratuito de poder e o
terrorismo psicológico.
E o aluno, que entrou na faculdade no auge positivo da auto-estima,
vai recebendo, ao longo de cinco anos, das mais variadas formas, uma única
mensagem: "Você não é tão bom quanto você pensava que fosse !". Ao contrário
dos estudantes de direito, medicina ou odontologia, que têm como
professores, profissionais que atuam no dia-a-dia de suas atividades, os
estudantes de engenharia passam cinco anos submetidos aos rigores (e, em
alguns casos, caprichos) de engenheiros que não atuam, profissionalmente,
como engenheiros e sim como professores, e que, portanto, não têm a vivência
da atividade profissional e não têm a ciência ou a consciência das relações
comerciais que vão definir o sucesso ou o fracasso dos profissionais que
eles estão formando.
Como resultado disso, ao final de cinco anos, o estudante de
engenharia se transforma em um engenheiro. E este engenheiro é completamente
desprovido de auto-estima, de respeito próprio, de prazer profissional ou de
consciência de mercado. Na metade do último semestre da faculdade, dois
meses antes de receber o diploma e ser entregue aos leões
do mercado, o estudante de engenharia ainda é tratado como mero
es-tu-dan-te. Em momento algum, durante a faculdade, o estudante de
engenharia é tratado como engenheiro, em momento algum, durante esses cinco
anos, a escola propicia a
percepção da mudança de condição de estudante para a condição de
profissional.
Estudantes de direito, medicina e odontologia, ao contrário, muito
antes do fim da faculdade já têm uma noção razoavelmente clara das
dificuldades do exercício profissional que eles irão enfrentar. Com isso
vão desenvolvendo mecanismos psicológicos de defesa e saem da faculdade com
maior grau de segurança. Entram no mercado profissional de cabeça erguida,
com uma consciência de valor. E com todo o processo de construção da imagem
profissional em andamento.
Estudantes de engenharia não são estimulados a se vestir bem, nem a
ter preocupações com técnicas de comunicação ou relacionamento social ou de
exercício intelectual não linear. Com isso acabam não desenvolvendo
habilidades gerenciais ou de relacionamento com o mercado. Esta é uma das
razões pelas quais as organizações de engenharia são quase sempre
extremamente burocráticas e conservadoras.
Os engenheiros, via de regra, só vão perceber os resultados da
negligência com a imagem física e o comportamento no mercado, depois de já
terem acumulado algumas perdas desnecessárias (algumas das quais,
infelizmente, irreversíveis).
E qual é a utilidade desse discurso? Qual a importância de se
colocar este tema no papel? Porque tornar pública esta opinião, que, com
certeza aborrecerá alguns segmentos? Ninguém é ingênuo a ponto de acreditar
que a simples leitura deste ensaio leve um diretor de escola de engenharia,
um professor, um estudante ou um profissional de engenharia a alterar o seu
comportamento.
O que se espera é que essas pessoas, a quem o texto é dedicado,
tenham um momento de reflexão. E que a esse momento de reflexão se siga uma
atitude. E que essa atitude tenha como objetivo dar um futuro melhor para a
engenharia no Brasil.
A engenharia depende dos engenheiros. E os engenheiros começam a ser
formados aos quinze ou dezesseis anos, ainda no ensino médio. Eu ainda acho,
como sempre achei, que o conhecimento científico que é transmitido aos
estudantes durante a faculdade de engenharia é fundamental. E que o valor da
engenharia está sustentado na capacidade intelectual e técnica dos seus
profissionais.
No entanto, vejo como importantíssima uma nova visão, nesse processo
de formação do engenheiro, que leve em consideração todo o relacionamento
social dos estudantes entre si e com os seus professores. É importante que,
aos estudantes, seja transmitida uma visão mais clara das relações
comerciais que eles enfrentarão na vida profissional, seja na condição de
profissionais autônomos, empresários ou empregados em alguma empresa.
Em qualquer um desses casos as relações sociais são elementos
definitivos para o sucesso. É um "detalhe" que faz toda a diferença.
Na Escola de Engenharia o engenheiro precisa ser "construído" para
ser um vencedor. Precisa ser estimulado a acreditar no seu potencial.
Confiar na sua inteligência. E, acima de tudo, precisa aprender a
importância de manter a cabeça erguida.

Eng. Ênio Padilha caixa Postal 392 - CEP
88330-000 - Balneário Camboriú - SC (47) 361-7555 -
www.eniopadilha.com.br


==================================

E os Físicos, Matemáticos, Biólogos, Homeopatas, Acupunturista, Astrólogos etc., profissões do segundo escalão, como ficam?


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RE: [ciencialist] Eta mundo veio!
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/02/2002 22:29

>LÉO: Achei que vcs gostariam de ler isso.<

"POR QUE É QUE A GENTE É ASSIM?
Eng. Ênio Padilha

Na Escola de Engenharia o engenheiro precisa ser "construído" para
ser um vencedor. Precisa ser estimulado a acreditar no seu potencial.
Confiar na sua inteligência. E, acima de tudo, precisa aprender a
importância de manter a cabeça erguida."

Léo,

Concordo com tudo o que o colega engenheiro disse. Somos mesmos uns
babacas. Para você ter uma idéia, nem fotos decentes da minha formatura
eu tenho. Na época, achava que aderir ao ritual de fotos, ternos,
cerimônia da formatura era, de certa forma, endossar o "sistema"
(vivíamos numa ditadura militar). Me arrependo.

Mais tarde, quando fiz pós-graduação em engenharia nos EUA, levei um
susto. No dia da avaliação final de uma disciplina de computação
gráfica, onde os trabalhos seriam exibidos num telão para o público
enquanto os estudantes os explicavam do pódio, o único mal vestido era
eu. Isso mesmo. O brasileiro "descolado" estava de camiseta e tênis
enquanto o resto da classe estava de terno, os homens, e de roupa
executiva, as mulheres. Durante um bom tempo achei que isso era
babaquice de americano. Custei para entender a importância dos rituais e
da imagem para o prestígio da profissão.

Mais recentemente, participei de uma banca de avaliação aqui no MIT.
Mesma coisa. Os estudantes todos de roupa de domingo. Os que estavam mal
vestidos eram estrangeiros ou hispânicos. Os negros são geralmente os
mais bem vestidos, pois aprenderam a duras penas a evitar qualquer coisa
que os faça ainda mais discriminados. É triste, mas verdadeiro.

No Canadá, país onde vivi e que admiro, os engenheiros gozam de
excelente imagem. Para ser registrado como "Professional Engineer" eu
tive que fazer um exame técnico que incluia direito contratual e ética.
A associação (equivalente ao nosso CREA, que não faz p. nenhuma) zela
pela imagem dos engenheiros, chegando a publicar anúncios e manter a
imagem positiva da categoria na imprensa. Uma pesquisa recente da
associação mostra que os engenheiros perdem apenas para os médicos em
prestígio junto à população. No Canadá, os advogados estão abaixo dos
professores, outra categoria que também tem muitos problemas no Brasil.

Se algum futuro engenheiro ler esta mensagem e parar cingo segundos para
pensar na importância de projetar uma imagem profissional, já terá
valido o tempo que gastei para digitá-la. Quanto às escolas de
engenharia e seus professores, não tenho esperança de irão mudar.

Um abraço,
Colucci




SUBJECT: Re: [ciencialist] Mulheres na lista
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/02/2002 22:31

OFF - TOPIC: Só para mulheres - Curso que estou desenvolvendo no Rotary de Barretos.
=====================================================================
"Curso Feminino Integrado de Reabilitação Cerebral"

Gratuito ... para o bem da humanidade.

Pré Requisito: Existência de tutor do sexo masculino para acompanhamento em regime domiciliar, sem o qual o curso perde sua eficácia.

Objetivos: Iniciar as mulheres nessa experiência tão excitante que é o uso do cérebro.
Carga Horária Variável:
---Morenas : 30 dias por módulo
---Ruivas : 60 dias por módulo
---Loiras : Vitalício

MODULO 1 - USANDO O CÉREBRO - ESSE DESCONHECIDO

a.. O neurônio e a depressão da existência solitária
b.. Você pode fazer compras em menos de 4 horas : noções básicas
c.. Já está pronta? - definição da palavra "sim"
d.. Estabelecendo limites - o uso da maquiagem
e.. Programação Básica - você e o forno de microondas
f.. Programação Avançada - você e o videocassete (só para morenas e ruivas)

MODULO 2 - DIRIGINDO

a.. Mudança de marcha - o guia completo e definitivo
b.. Tudo o que você queria saber sobre esquerda/direita e tinha medo de perguntar
c.. Freio e Acelerador - um desafio a ser vencido
d.. Uso da seta antes de virar - aprendendo através de exemplos
e.. Jogo das cores - conhecendo o sinal.
f.. Geometria Descritiva Avançada - colocando um Uno na garagem
g.. O pedal da embreagem não é descanso de pé - em duas lições
h.. O espelho e suas outras utilidades além da maquiagem
i.. Você e o poste - como evitá-lo

MODULO 3 - VIDA A DOIS

a.. TPM (Tensão Pré-Menstrual) - o problema é seu e não meu
b.. Campeonato Brasileiro de Futebol - não é um jogo. É algo Sagrado
c.. Como ganhar seu próprio dinheiro - uma visão geral
d.. Porque sua mãe não é bem vinda - 100 exemplos comentados
e.. Aqui se faz, aqui se paga - o uso correto do Cartão de Crédito
f.. Tudo na vida tem limites, até o cheque especial - como não passar dele.
g.. Você não deve dizer "sim" a tudo que ele pede: Diga "sim senhor".

MODULO 4 - TÓPICOS AVANÇADOS

a.. O fenômeno do tempo - o jantar na hora do jantar
b.. Uso do telefone - alternativas inovadoras para solucionar o problema
c.. Retocando a maquiagem enquanto dirige - uma questão de "timing"
d.. Largando o vício das novelas - o processo de desintoxicação cerebral
e.. Não faça como as outras pessoas: Acredite que você é capaz.
f.. Interface paralela: o desafio das atividades simultâneas - respirar e raciocinar simultaneamente.

MODULO 5 - MUNDO DA INFORMATICA

a.. Computador X Geladeira - assinalando as diferenças
b.. Teclado - usando corretamente as letrinhas
c.. Mouse - como dominar esse pedalzinho
d.. CPU X Monitor - descobrindo quem é quem
e.. A diferença entre "on" e "off".
f.. A mensagem "O himem está testando a memória estendida..." não se refere a você.

========================

Sem risos, ou seja, sem minúsculas ondinhas na superfície das águas.

[]'
Léo




SUBJECT: Re: Quebra de rea��o em cadeia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/02/2002 22:57

Vou enviar essa resposta á pergunta (abaixo) do Edson. Alguma crítica/sugestão.
[]'
Léo
=====================

Olá Edson,

Reação em cadeia, num sistema, significa que a energia despendida por uma porção do sistema serve para ativar outra porção dele e assim sucessivamente.
A queima do papel, por exemplo, é uma reação de oxidação em cadeia. O papel normalmente se oxida em presença do ar, porém de modo lento (vai amarelando --- por isso as partes expostas de cadernos e livros, com o tempo, vão ficando amareladas). Para que a reação se dê com maior prontidão vc precisa dar uma energia de ativação para uma das partes do papel (com o fósforo aceso vc ateia fogo numa extremidade do jornal); essa combustão da extremidade ativada gera calor suficiente para acelerar a combustão (reação do comburente papel com o combustível oxigênio do ar) da parte seguinte e assim sucessivamente até queimar o jornal todo. A reação cessa com a extinção do comburente.

Para cessar (quebrar) uma reação em cadeia do tipo oxidação (caso do fogo nos incêndios) é preciso baixar a temperatura da oxidação numa dada região de modo que o calor dissipado não seja suficiente para iniciar uma nova combustão numa outra região próxima. A presença do material usado nos extintores (cada um para sua finalidade, inclusive a água) lançado sobre a região em combustão aglutina-se sobre o comburente impedindo-o de receber o combustível (em geral oxigênio proveniente do ar) e com isso reduzindo drasticamente o calor produzido e, em decorrência, a reação em cadeia. Alguns materiais usados para combater incêndio de alguns produtos são tais que reagem (reação química comum) com o comburente alterando sua propriedade química (torna-os inativos ao combustível).

============================
-----Mensagem Original-----
De: E Martins
Para: leo@barretos.com.br
Enviada em: quarta-feira, 27 de fevereiro de 2002 21:39
Assunto: Quebra de reação em cadeia


Professor, boa noite, existem materiais que possuem comburente em sua constituição molecular e sendo assim dispensa o comburente existente na atmosfera ( oxigênio) para ter o triângulo do fogo formado e entrar em combustão. Para extinguir incêndios nestes materiais, usa-se o gás hallom, hoje entrando em desuso por ser prejudicial a atmosfera, e usa-se também extintor a base de bicarbonato de potássio, pois estes extintores extinguem o incêndio por quebra de reação em cadeia a nível molecular. O senhor poderia me explicar como funciona esta quebra de reação em cadeia?
Obrigado
Edson Martins
Niterói
52 anos


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Eta mundo veio!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/02/2002 23:17

Uéé .... pq a repetição dessa mensagem que enviei? Tio Gates?

OK. Colucci, tá cheio de razão. Do mesmo modo minha "formatura", nada de baile, festinha etc. tudo na maior secura!
Para minha esposa tenho duas situações: formou-se em Química pela USP ... as festividades lembraram mais uma festinha de aniversário de criança que uma formatura (parece que ela tem duas ou três fotos da "formatura"); aqui em Barretos ela formou-se em Direito ... putz grila, só o álbum das fotos foi 600,00 mangos!, festas de 3 dias, baile no melhor clube da cidade (com orquestra e presença de um tal de Palmeiras, astro Global ... todas as formandas têm foto com ele!), o dinheiro para a formatura começou a ser coletado desde o terceiro ano de curso. Sobrou tanta coisa que teve festa extra ... e ainda sobrou bebida (várias caixas de uísque) e estão marcando festa para março para ver se consomem tudo. Isso sim foi uma formatura!
Ela já está com escritório aberto, trocou todo seu guarda-roupa e agora anda dentro de casa como uma 'Divogada'. Logo mais ela vai requerer uma petição para dar uma trep.....nha!
Ninguém sabe que ela é formada em Química! Ou, se sabe, não dá a mínima.

Outro assunto (sobre as respostas da água): estou preparando o texto final para enviar ao consulente agrupando o que sei e as sugestões do ciencialist. Coloco aqui no ciencialist antes de enviar.

[]'
Léo
===============


-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
Para: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 27 de fevereiro de 2002 20:48
Assunto: [ciencialist] Eta mundo veio!


Achei que vcs gostariam de ler isso.
[]'
Léo
---------------------------------------------------------

POR QUE É QUE A GENTE É ASSIM?
Eng. Ênio Padilha





SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: Henry Mazer <dustcrown@ieg.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/02/2002 23:18

Enviei a pesquisa mas recebi uma mensagem de erro.

Henry

> PS: pesquisa da Ciencialist. Ateh agora 31 pessoas responderam e
> retornaram
> 14 mensagens de erro (devido a contas inexistentes, caixas de mails
> cheias...). Ainda nao sei quando vou divulgar o resultado final.
>
>
>
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
> http://br.yahoo.com/info/utos.html





SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: "Douglas Drummond" <dfabiano@uai.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/02/2002 00:43

>
> > 7.Quais os outros dois tipos de estados da agua sem ser
> > solido, liquido e
> > gasoso que a ciencia conhece?
> >
> > Hum...o unico que me lembro é o que existe no ponto triplo.
> > Mas acho que
> > isso não é um estado fisico.
>
> Nem sabia que existia outros estados além de sólido, líquido e gasoso.


Há o plasma, que é o quarto estado da matéria, mas que não sei
exatamente como é. E há o condensado de Bose-Einstein, o quinto
estado, no qual a matéria está bem próxima do zero absoluto e passa
a se comportar como onda.

Se eu estiver enganado, por favor corrijam-me. De qualquer forma,
quem souber mais a respeito, por favor, colabore conosco.


Amplexos,

Douglas Drummond



SUBJECT: [ciencialist] Mulheres na lista
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/02/2002 05:21

Cuidado que se alguma feminista ver isto vai cair de pau sobre você,
isto é preconceito puro, ainda mais que vários dos módulos apresentam
propostas não cientificas,
e bom consultar estatísticas e pesquisas e ver que hoje o homem esta
reduzido a nada.

Estou enviando um cópia prá uma amiga que trabalha na delegacia de Mulheres,
quero ver o que ela acha do curso, ela é loira.


abraços,

Gilberto



-----Mensagem original-----
De: Luiz Ferraz Netto [mailto:leo@barretos.com.br]
Enviada em: quarta-feira, 27 de fevereiro de 2002 22:32
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Mulheres na lista


OFF - TOPIC: Só para mulheres - Curso que estou desenvolvendo no Rotary de
Barretos.
=====================================================================
"Curso Feminino Integrado de Reabilitação Cerebral"

Gratuito ... para o bem da humanidade.

Pré Requisito: Existência de tutor do sexo masculino para acompanhamento em
regime domiciliar, sem o qual o curso perde sua eficácia.

Objetivos: Iniciar as mulheres nessa experiência tão excitante que é o uso
do cérebro.
Carga Horária Variável:
---Morenas : 30 dias por módulo
---Ruivas : 60 dias por módulo
---Loiras : Vitalício

MODULO 1 - USANDO O CÉREBRO - ESSE DESCONHECIDO

a.. O neurônio e a depressão da existência solitária
b.. Você pode fazer compras em menos de 4 horas : noções básicas
c.. Já está pronta? - definição da palavra "sim"
d.. Estabelecendo limites - o uso da maquiagem
e.. Programação Básica - você e o forno de microondas
f.. Programação Avançada - você e o videocassete (só para morenas e ruivas)

MODULO 2 - DIRIGINDO

a.. Mudança de marcha - o guia completo e definitivo
b.. Tudo o que você queria saber sobre esquerda/direita e tinha medo de
perguntar
c.. Freio e Acelerador - um desafio a ser vencido
d.. Uso da seta antes de virar - aprendendo através de exemplos
e.. Jogo das cores - conhecendo o sinal.
f.. Geometria Descritiva Avançada - colocando um Uno na garagem
g.. O pedal da embreagem não é descanso de pé - em duas lições
h.. O espelho e suas outras utilidades além da maquiagem
i.. Você e o poste - como evitá-lo

MODULO 3 - VIDA A DOIS

a.. TPM (Tensão Pré-Menstrual) - o problema é seu e não meu
b.. Campeonato Brasileiro de Futebol - não é um jogo. É algo Sagrado
c.. Como ganhar seu próprio dinheiro - uma visão geral
d.. Porque sua mãe não é bem vinda - 100 exemplos comentados
e.. Aqui se faz, aqui se paga - o uso correto do Cartão de Crédito
f.. Tudo na vida tem limites, até o cheque especial - como não passar dele.
g.. Você não deve dizer "sim" a tudo que ele pede: Diga "sim senhor".

MODULO 4 - TÓPICOS AVANÇADOS

a.. O fenômeno do tempo - o jantar na hora do jantar
b.. Uso do telefone - alternativas inovadoras para solucionar o problema
c.. Retocando a maquiagem enquanto dirige - uma questão de "timing"
d.. Largando o vício das novelas - o processo de desintoxicação cerebral
e.. Não faça como as outras pessoas: Acredite que você é capaz.
f.. Interface paralela: o desafio das atividades simultâneas - respirar e
raciocinar simultaneamente.

MODULO 5 - MUNDO DA INFORMATICA

a.. Computador X Geladeira - assinalando as diferenças
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[]'
Léo



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Mulheres na lista
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/02/2002 05:38

----- Original Message -----
From: "gp"
Sent: Thursday, February 28, 2002 5:21 AM
Subject: [ciencialist] Mulheres na lista


> Estou enviando um cópia prá uma amiga que trabalha na delegacia de
> Mulheres, quero ver o que ela acha do curso, ela é loira.

,,,,,
{° ¿ °} Será que ela vai entender? :-)))
¯

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/02/2002 08:24

--- In ciencialist@y..., "Douglas Drummond" <dfabiano@u...> wrote:
> Há o plasma, que é o quarto estado da matéria, mas que não sei
> exatamente como é.

O plasma se forma em uma situacao em q.
os eletrons se separam totalmente dos
nucleos (por isso me corrigiram falando
q. nao pode ser um estado da agua ou
qq outra molecula -- com nucleos e eletrons
dissociados nao teremos moleculas -- formadas
pela associacao de atomos por compartilhamento
de eletrons).

O fogo e' um plasma e tbm dentro dos
tubos de lampadas fluorescentes tbm
se formam plasmas.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Quebra de reação em cadeia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/02/2002 09:53

Ooops.... inverti as bolas para comburente e combustível ... já corrigido.
[]'
Léo
========
-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
Para: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 27 de fevereiro de 2002 22:57
Assunto: [ciencialist] Re: Quebra de reação em cadeia


Vou enviar essa resposta á pergunta (abaixo) do Edson. Alguma crítica/sugestão.
[]'
Léo
=====================

Olá Edson,

Reação em cadeia, num sistema, significa que a energia despendida por uma porção do sistema serve para ativar outra porção dele e assim sucessivamente.
A queima do papel, por exemplo, é uma reação de oxidação em cadeia. O papel normalmente se oxida em presença do ar, porém de modo lento (vai amarelando --- por isso as partes expostas de cadernos e livros, com o tempo, vão ficando amareladas). Para que a reação se dê com maior prontidão vc precisa dar uma energia de ativação para uma das partes do papel (com o fósforo aceso vc ateia fogo numa extremidade do jornal); essa combustão da extremidade ativada gera calor suficiente para acelerar a combustão (reação do comburente papel com o combustível oxigênio do ar) da parte seguinte e assim sucessivamente até queimar o jornal todo. A reação cessa com a extinção do comburente.

Para cessar (quebrar) uma reação em cadeia do tipo oxidação (caso do fogo nos incêndios) é preciso baixar a temperatura da oxidação numa dada região de modo que o calor dissipado não seja suficiente para iniciar uma nova combustão numa outra região próxima. A presença do material usado nos extintores (cada um para sua finalidade, inclusive a água) lançado sobre a região em combustão aglutina-se sobre o comburente impedindo-o de receber o combustível (em geral oxigênio proveniente do ar) e com isso reduzindo drasticamente o calor produzido e, em decorrência, a reação em cadeia. Alguns materiais usados para combater incêndio de alguns produtos são tais que reagem (reação química comum) com o comburente alterando sua propriedade química (torna-os inativos ao combustível).

============================
-----Mensagem Original-----
De: E Martins
Para: leo@barretos.com.br
Enviada em: quarta-feira, 27 de fevereiro de 2002 21:39
Assunto: Quebra de reação em cadeia


Professor, boa noite, existem materiais que possuem comburente em sua constituição molecular e sendo assim dispensa o comburente existente na atmosfera ( oxigênio) para ter o triângulo do fogo formado e entrar em combustão. Para extinguir incêndios nestes materiais, usa-se o gás hallom, hoje entrando em desuso por ser prejudicial a atmosfera, e usa-se também extintor a base de bicarbonato de potássio, pois estes extintores extinguem o incêndio por quebra de reação em cadeia a nível molecular. O senhor poderia me explicar como funciona esta quebra de reação em cadeia?
Obrigado
Edson Martins
Niterói
52 anos


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Mulheres na lista
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/02/2002 09:59

|
| Estou enviando um cópia prá uma amiga que trabalha na delegacia de Mulheres,
| quero ver o que ela acha do curso, ela é loira.
|

Se ela se apressar bastante ainda dá tempo para reservar vaga para o Curso. Ainda ontem tivemos que rejeitar a matrícula de uma loira que apresentou-se com 6 anéis na mão direita e insistindo que o anel do dedo anular era um 'solitário'. Há portanto uma vaga a ser 'delegada' a quem chegar primeiro.

[]'
Léo
===========



SUBJECT: RES: [ciencialist] Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/02/2002 10:15

> -----Mensagem original-----
> De: Luiz Ferraz Netto [mailto:leo@barretos.com.br]
>

Uma resposta mais precisa para a questão:

> 6.Porque voce pode enxergar o mar ora azul ora verde?

O mar é verde quando predominam as algas clorofíceas e azul
quando predominam as cianofíceas.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RES: [ciencialist] Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/02/2002 10:27

Desculpe. Faltou uma coisinha:

O fenômeno de refração e reflexão da luz acentua o mar com predominância de
algas azuis (cianofíceas), mas não é capaz de "azular" quando predominam as
algas verdes (clorofíceas). Em boa parte do Norte e Nordeste brasileiros o
mar é verde escuro e quase sem transparência devido à altíssima concentração
de algas verdes. Interessante saber que as algas verdes são muito comuns em
águas frias. Então pq o mar no N e NE é verde se as águas são tão quentes?
Por influência do poderoso Rio Amazonas riquíssimo em matéria orgânica que
estimula as algas verdes.

> -----Mensagem original-----
> De: Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de [mailto:alxmpub@uol.com.br]
> Enviada em: Quinta-feira, 28 de Fevereiro de 2002 10:15
> Para: 'ciencialist@yahoogrupos.com.br'
> Assunto: RES: [ciencialist] Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e
> sugestões.
>
>
> > -----Mensagem original-----
> > De: Luiz Ferraz Netto [mailto:leo@barretos.com.br]
> >
>
> Uma resposta mais precisa para a questão:
>
> > 6.Porque voce pode enxergar o mar ora azul ora verde?
>
> O mar é verde quando predominam as algas clorofíceas e azul
> quando predominam as cianofíceas.
>
> []'s
>
> Alexandre Medeiros
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
> http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/02/2002 10:56


> > > 7.Quais os outros dois tipos de estados da agua sem ser
> > > solido, liquido e
> > > gasoso que a ciencia conhece?
> > >
> > > Hum...o unico que me lembro é o que existe no ponto triplo.
> > > Mas acho que
> > > isso não é um estado fisico.
> >
> > Nem sabia que existia outros estados além de sólido, líquido e
gasoso.
>
> Há o plasma, que é o quarto estado da matéria, mas que não sei
> exatamente como é.

Aqui o Takata já respondeu.
Acresce dizer que o Sol tb é um plasma.

>E há o condensado de Bose-Einstein, o quinto
> estado, no qual a matéria está bem próxima do zero absoluto e passa
> a se comportar como onda.


O condensado Bose-Eisntein (CBE) não é um estado comum. Ou seja, ele
não aparece pela descrição de separação dos atomos.
O CBE é um tipo de organização.

Um exemplo que ilusta isto é o seguinte:
Um electrão não é nem solido, nem liquido , nem gasoso, mas ele pode
estar no estado de CBE. Se estiver, temos supercondutividade.
Se bem que já ouvi versões que diferem disto que me ensinaram.
As quais dizem que o CBE é um "vibração conjunta" dos atomos de um
material.
Mas se o CBE não for a super-organização, então esse será outro
estado de organização, não necessáriamente da matéria.
A luz , que não é materia, obece a um principio de super-organização
(superfluidez e supercondutividade são dois fenomenos que derivam
desta super-organização) pois é constituida por bosões.
Os bosões tentem a ter superfluidez.
Dois fermiões podem formar um bosão. E é isso que acontece na
supercondutividade quando dois electrões se emparelham (par de
Copper) formando uma 'nova particula' que é um bosão. O conjuntos
destas particulas se organiza então num estado superfluido, que à
nossa escala corresponde com a supercondutividade.
O helio tb sobre o mesmo (mas apenas um dos isotopos do helio). E ai
temos a superfluidez do helio...ele sobe pelas paredes dos
recipientes.

E elas não se começam a comportar como ondas.
O que acontece, é que o seu estado pode ser descrito por funções de
onda da MQ.
Funções de Onda, e Ondas, são coisas diferentes como já vimos por
aqui antes [espero].

Um outro estado da matéria declarado à pouco tempo, é o quagma (quark
+ magma ??).
Este estado é aquele em que se dá mais energia ao plasma de forma que
os quarks do nucleo se misturam numa sopa com os electrões já soltos.

Dizer que este é um estado da matéria é tlv um abuso pois já não ha
organização que possamos chamar de nada. Um quagma de ferro é igual a
um quagma de helio. Portanto não é muito util como classificação, mas
está ai.

[]

Sérgio Taborda

[]

Sérgio Taborda




SUBJECT: Re: Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/02/2002 11:28

Ha' quem jure de pes juntos q.
o chuchu e' o quarto estado da
agua...

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Soros e Ciência
FROM: "Alexandre M." <alex@energias.com.br>
TO: <sbcr@yahoogrupos.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, <CienciaCidadania@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/02/2002 13:18

Olha uma iniciativa com $$$ do Soros em prol da Ciência, muito interessante.

http://www.soros.org/openaccess/



SUBJECT: Discutindo a agua
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/02/2002 14:48

LONGO (mas útil!) --- Alguns comentários ás sugestões já propostas:


Colucci:

>Léo,

Estou assumindo que o nível 3 é universitário, certo? Se não for assim,
você precisa simplificar as respostas:<
===========
Pelo teor das perguntas não afirmaria que é de universitário. Entretanto coloquei essas perguntas aqui no Ciencialist para despertar um aspecto interessante: as perguntas mais difíceis são aquelas para as quais achamos que se trata de um truísmo.
Geralmente os adolescentes (e crianças) fazem-nos perguntas realmente sutís; já enfrentei várias delas nos artigos que escrevia para o Estadinho "Aprenda com o Objetivo Jr."; coisas assim: por que lá no céu o avião é pequeno e aqui no chão é enorme? Existe várias Luas ou é uma só? cada dia vejo uma em lugar diferente? E assim vai. Lembro que enfrentei a seguinte: na bandeira da França as faixas parecem ter todas mesma largura (realmente essa é a impressão visual), mas na realidade não têm (fato).
===========
1.Porque a agua é liquida?

>- Qualquer substância pode ser sólida, líquida ou gasosa dependendo das
condições de temperatura e pressão. Encontramos esses três estados em
condições normais de temperatura e pressão, por exemplo: ferro (sólido),
água (líquido) e oxigênio (gás). Qualquer um destes pode mudar de fase,
isto é, passar de um estado a outro, alterando-se a pressão e a
temperatura.

O comportamento das substâncias quanto à mudança de fase é determinada
pelas forças intermoleculares. Substâncias com pressão de vapor baixa
(difíceis de evaporar) e alto ponto de fusão (difíceis de derreter) tem
forças intermoleculares altas e vice-versa.

A água é uma das substâncias que é líquida nas condições normais de
temperatura e pressão. Para quem mora no Canadá a água não é liquida
durante o ano todo.<
====================
Essa resposta não ainge o âmago da coisa. A pergunta refere-se á 'fluidez'. Esse 'liquida' da pergunta está mais para 'escorregar', 'fluir', 'correr', 'passar entre os dedos' que pelo estado física da substância. O comportamento desse estado físico da água (líquido) é um jogo de forças entre os pesos dos pacotes de moléculas que formam a água no estado líquido (cerca de 10 moléculas por pacote) e forças eletrostáticas entre pacotes. É, no geral, uma situação de equilíbrio instável no qual os pacotes procuram a situação de energia potencial mínima (todos os pacotes achatados na horizontal local), exceto nas periferias onde as forças eletrostáticas vencem e determinam a 'tensão superficial'. Dai nasce a facilidade de pacotes 'deslizarem' uns sobre outros. É a fluidez da água.
A justificação de 'líquida', referente a estado líquido, ok., é jogo duro entre temperatura (estado de agitação térmica) e pressão reinante (forças que atrapalham o desmanche de pacotes grandes --- líquido -- em pacotes pequenos --- vapor --- ou até mesmo liberação total das moléculas -- gás --).
====================
2.Porque a agua é molhada?

>A sensação de "molhado" não é uma propriedade física quantificável. A
água certamente não é tão molhada para as penas de um pato quanto para a
pele humana. O que entendemos por "molhar", isto é, deixar um filme
uniforme da substância sobre outro corpo, depende da natureza química e
do acabamento dos materiais em contato.

A propriedade que um líquido tem de aderir a outros corpos é determinada
pela polaridade das moléculas e da tensão superficial. A molécula da
água é quimicamente neutra mas altamente polarizada, isto é, tem um lado
positivo e um negativo devido ao ângulo dos átomos de hidrogênio.
Moléculas polares tendem a "grudar" umas nas outras e deixar um filme
uniforme. O problema é que as moléculas da água tendem a grudar mais
umas nas outras do que em outras substâncias, formando gotículas (como
nas penas do pato). A adição de certas substâncias que interferiram com
a interação entre as moléculas (por exemplo, detergentes) muda esse
comportamento.<
====================
Resposta bem pertinente. Ligeiras correções (he he...):
a) A sensação de "molhado" é quantificável através do 'menisco' em tubos ou superfícies sob ensaio --- Lei de Tates. O menisco contra a pele seca é diferente daquele com a pele oleosa ou contra as penas (cerosas) dos patos. Quanto menor o ângulo do menisco mais o líquido 'molha'. O campeão dos 'grandes ângulos' do menisco água/substância é a gordura ... e é por isso que podemos transportar água numa peneira untada de gordura. O campeão dos "molhadores de superfícies" não é a água e sim o querosene. Pode limpar á vontade a superfície externa de seu lampião de querosene, uma hora depois estará novamente embebido da substância. Essa propriedade de 'se infiltrar' do querosene ou óleo em navios movidos a tal é especialmente desagradável ... se não tomar as devidas precauções em breve todo o navio, inclusive passageiros, estarão impregnados, cheirando querosene.
O menisco é quem me permite reconhecer as 'qualidades' dos bons vinhos ... pingue gotas de vinhos distintos sobre a lâmina de um faca limpa e compare as 'alturas' das gotas.
b) "A molécula da água é *eletricamente* neutra mas ...
c) " Moléculas polares tendem a 'grudar' uma nas outras *formando pacotes* e *esses pacotes* é que deixam um filmes em superfícies adequadas ou gotículas em superfícies oleosas.
====================

3.Por que a agua mata a sede?

>A sensação de sede é disparada pela área lateral do hipotálamo (glândula
do cérebro) quando a concentração de eletrólitos no sangue aumenta
devido ao decréscimo de água no organismo. Beber água faz a concentração
de eletrólitos voltar ao nível normal.

Ao contrário do que às vezes se diz, água destilada (que não tem sais
minerais) também mata a sede. É um pouco estranha na garganta,
totalmente sem sabor, mas hidrata tanto quanto qualquer outra. Obtemos a
maioria dos eletrólitos pelos alimentos, não pela água.<
================
Essa resposta eu não sei comentar uma vez que envolve processos bioquímicos que fogem á minha alçada. Fui procurar nas Brochuras o título "Sede" e não encontrei nada além de uma nota: "Água é apenas um corpo de transporte e armazenamento no organismo humano, pode perfeitamente ser substituído por vinho e cerveja (Vide Vegetariano)". Procurei Vegetariano na Brochura 2 e encontrei: "O homem, assim como os outros animais, pode ser forçado pelas circunstâncias a cortar caminho na cadeira de alimentos. Tornar-se vegetariano é uma necessidade à sobrevivência e não uma escolha sadia e muito menos espiritual.". (?, nada a ver, devo ter escrito isso nos primeiros dias da evolução dos primatas).
Vou aguardar um bom texto seu, do Takata e demais que levem a um consenso. Apreciaria que o Takata juntasse as informações pertinentes num só texto para posteriores comentários. Uma coisa me pinta na cuca, nosso organismo não quebra a molécula de água para posteriores reações; isso é trabalho das plantas na fotólise.
================

4.Porque a agua do mar é salgada?

>Porque os sais minerais são dissolvidos da crosta terrestre por rios e
pela chuva e são levados ao mar. O calor faz evaporar a água do mar, mas
não os sais minerais. Assim, o mar fica cada vez mais concentrado
(fato).
==============
De modo geral OK.; ligeira correção(?): "... rios e pela chuva e * foram* levados...". Isso deu-se nos vários milênios anteriores, hoje já não ocorre tanto assim. As demais sugestões dos colegas tb são pertinentes.
==============

5.Porque no mar não chove salgado?

>Pela razão anterior. O calor faz evaporar apenas parte da água. Os sais
ficam dissolvidos na água restante. É por isso que a destilação é usada
para purificar água.<
==============
OK., no geral. Partículas de sais sempre acompanham a destilação no processo de 'purificar' (dessalgar) a água. A chuva não é exatamente isenta de sais mesmo porque para que chova é necessário a presença de 'núcleos de condensação' que podem ser sais ou poeira (a poeira fina proveniente das 'tempestades de areia' nos desertos é indispensável para as chuvas no planeta). A água do mar contém 35 000 partes de sais por milhão. Boas usinas de destilação produzem água na faixa das 10 partes por milhão. A destilação direta via Sol não consegue tal grau de pureza nem de longe! A eletrodiálise (usando filmes plásticos) é outro processo de dessalga. O congelamento da água salgada é outro processo bastante eficiente. Há ainda processo de fortes bombas empurrando a água salgada contra 'peneiras' (membranas).
==============

6.Porque voce pode enxergar o mar ora azul ora verde?

>Dois fenômenos estão envolvidos nisso: reflexão e refração.

Reflexão: o mar reflete a cor do céu. Num dia coberto o mar é mais
cinzento.
Refração: O comprimento de onda da luz azul-esverdeada é refratado
diferentemente dos outros comprimentos de onda. O mesmo fenômeno explica
porque o céu é azul.<
===============
Esse 'ora azul ora verde' requer mais ponderação. Não é ficar olhando para o mar e a mesma região, de um momento para outro, muda de cor. Creio que há ângulos de visada a serem considerados assim como tipos de mares (com ou sem algas) etc. Vou dar uma pensada.
===============

7.Quais os outros dois tipos de estados da agua sem ser solido, liquido
e gasoso que a ciencia conhece?

>Nenhum. Não tem sentido falar em composto químico para outros estados da
matéria, como o condensado Bose-Einstein, plasma e "bola de fogo".<
===================
Acredito que a questão da pergunta está no "gasoso" que pode ser diferenciado como 'vapor' e 'gás'. assunto já comentado por aqui. Na pressão normal, de 100 a cerca de 3000 graus célsius é vapor (pacotes de H2O com 2 a 3 moléculas); de 3000 a 3500°C é gás (moléculas de H2O individuais)(chamado 'gás d'água');de 3500 a 4000 ocorre produção de moléculas de H2 e O2 (não é mais água); acima de 4000 temos H+ e O= atômicos. Plasma e condensado não entram na classificação de 'estados físicos de uma substância'; sapos e lagartixas também não!
===================

8.Porque existe uma ponte em uma molecula de agua?

>Difícil explicar sem figuras.

Na água, cada átomo de hidrogênio (2 por molécula de H2O) tem uma
ligação covalente (eletron compartilhado) com um par de eletrons do
átomo de oxigênio. Como existem 4 pares de elétrons cercando o átomo de
oxigênio -- dois fazem parte da ligação covalente com os dois
hidrogênios e dois ficam do lado oposto do átomo. Essa assimetria causa
a polaridade da molécula, isto é, um lado é positivo e o outro negativo.
Essa assimetria atrai outras moléculas de água, formando a chamada ponte
de hidrogênio.<
===================
A primeira resposta é que a natureza 'criou' essas pontes para que certos insetos possam andar sobre as águas, através dessas pontes, como fez cristo. Como o consulente não vai aceitar essa .........
O oxigênio tem 8 elétrons na coroa; 2 na camada K e 6 na camada L, por isso é bivalente negativo (faltam duas cargas negativas para completar o octeto da 'estabilidade dos nobres'. Ocorrem duas ligações dativas com os hidrogênios. Os hidrogênio fazem ângulo obtuso com o oxigênio do vértice e disso decorre uma assimetria de cargas que tornam a molécula um dipolo elétrico. As ligações eletrostáticas entre moléculas de água, ás custas desses dipolos são as denominadas pontes de hidrogênio. São a causa do empacotamento de moléculas na água e no vapor.
===================

9.Porque a agua no congelador forma gelo?

>Veja resposta 1.<
===================
Gelo ou gelos (há várias classes) são estruturas cristalinas, molécula à molécula, resultante do enfraquecimento das forças de agitação térmica frente ás forças intermoleculares, durante o resfriamento adequado. Em outras palavras, com o resfriamento as forças oriundas da agitação térmica diminuem e passam a prevalecer as forças intermoleculares, as quais agrupam as moléculas de maneira rígida e ordenada (cristais). Sob pressão normal a organização se dá a partir do 0°C para temperatura abaixo desse zero relativo.
O gelo da geladeira comum é (se não falha a cuca) gelo 5. O gelo das pistas de patinação é gelo 3. O gelo das geleiras do Ártico é gelo 2. O gelo das câmaras frigoríficas é gelo 4. Essas classes de cristalizações prendem-se á pureza da água, da rapidez da queda de temperatura, do estado de vibração do sistema congelador etc.
===================

10.Porque a agua não ferve?

>Ela ferve, isto é, entra em ebulição se aquecida acima de 100 graus
centígrados.<
===================
Esse "não ferve" não deve estar referenciado á ebulição e sim ao confronto com o leite, com a polenta, com a feijoda, com o mingau de maizena etc. Em outras palavras ele está perguntando: Por que o leite "supita" (gostou? essa é do interior) e a água não? Aqui cabe toda a história das correntes de convecção, das coiseiras que tem dentro do leite, da diferenciação entre substância pura e composta, da densidade relativa etc.
Putz grila, deveriam 'inventar' o dia do "etc." .... como quebra o galho quando a gente não sabe dar mais exemplos ou argumentações!?
===================

[]'
Léo
PS: Agradeço a todos as atenções dadas. Finalmente o Ciencialist voltou ao seu propósito básico. Água sim ... Roseane não!

>Colucci<





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Quebra de reação em cadeia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/02/2002 15:40

Outro Ooops ... mensagem precipitada em início de horário noturno é isso que dá ... faltou colocar um grande motivo para o uso da água em combate aos incêndios. Inserido lá no texto abaixo as emendas.

Ooops.... inverti as bolas para comburente e combustível ... já corrigido.
[]'
Léo
========
-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
Para: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 27 de fevereiro de 2002 22:57
Assunto: [ciencialist] Re: Quebra de reação em cadeia


Vou enviar essa resposta á pergunta (abaixo) do Edson. Alguma crítica/sugestão.
[]'
Léo
=====================

Olá Edson,

Reação em cadeia, num sistema, significa que a energia despendida por uma porção do sistema serve para ativar outra porção dele e assim sucessivamente.
A queima do papel, por exemplo, é uma reação de oxidação (combustão) em cadeia. O papel normalmente se oxida em presença do ar, porém de modo lento (vai amarelando --- por isso as partes expostas de cadernos e livros, com o tempo, vão ficando amareladas). Para que a reação se dê com maior prontidão vc precisa dar uma energia de ativação para uma das partes do papel (com o fósforo aceso vc ateia fogo numa extremidade do jornal); essa combustão da extremidade ativada gera calor suficiente para acelerar a combustão (reação do *combustível* papel com o *comburente* oxigênio do ar) da parte seguinte e assim sucessivamente até queimar o jornal todo. A reação cessa com a extinção do *combustível*.

Para cessar (quebrar) uma reação em cadeia do tipo oxidação (caso do fogo nos incêndios) é preciso baixar a temperatura da oxidação numa dada região de modo que o calor dissipado não seja suficiente para iniciar uma nova combustão numa outra região próxima ou evitar a presença do comburente. A presença do material usado nos extintores (cada um para sua finalidade, inclusive a água) lançado sobre a região em combustão aglutina-se sobre o combustível impedindo-o de receber o comburente (em geral oxigênio proveniente do ar) e com isso reduzindo drasticamente o calor produzido e, em decorrência, a reação em cadeia.

Por que a água apaga o fogo? Em primeiro lugar, logo que entra em contato com o objeto em chamas, a água 'rouba' calor e se converte em vapor (isso priva o objeto de parte de sua energia térmica). Em segundo lugar, o vapor assim produzido ocupa um volume centenas de vezes maior que a água que o produziu. O vapor envolve o objeto aceso e impede a renovação do ar. Sem ar a combustão é impossível. Para fazer a água atuar como um extintor de incêndio ainda melhor, acrescenta-se, às vezes, pólvora. Há lógica nesse paradoxo. A pólvora queima rapidamente, eliminando durante o processo uma grande quantidade de gás não combustível, que envolve o objeto e impede a combustão.
Alguns materiais usados para combater incêndio de alguns produtos especiais são tais que reagem (reação química comum) com o combustível alterando sua propriedade química (torna-os inativos ao comburente).

Agora acredito que está melhor. Que acham?
[]'
Léo
====================

-----Mensagem Original-----
De: E Martins
Para: leo@barretos.com.br
Enviada em: quarta-feira, 27 de fevereiro de 2002 21:39
Assunto: Quebra de reação em cadeia


Professor, boa noite, existem materiais que possuem comburente em sua constituição molecular e sendo assim dispensa o comburente existente na atmosfera ( oxigênio) para ter o triângulo do fogo formado e entrar em combustão. Para extinguir incêndios nestes materiais, usa-se o gás hallom, hoje entrando em desuso por ser prejudicial a atmosfera, e usa-se também extintor a base de bicarbonato de potássio, pois estes extintores extinguem o incêndio por quebra de reação em cadeia a nível molecular. O senhor poderia me explicar como funciona esta quebra de reação em cadeia?
Obrigado
Edson Martins
Niterói
52 anos






SUBJECT: RE: [ciencialist] Discutindo a agua
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/02/2002 15:41

SUGESTÃO PARA O IMPERDÍVEL:

Faça uma página chamada Enciclopédia da Água, com todas as informações
relevantes sobre este segundo mais precioso líquido do planeta. Poderia
incluir, além dos tópicos físico-químicos discutidos aqui, coisas como a
água nos seres vivos, os mares, etc.


PERGUNTE AO FÍSICO I:

>LÉO: O menisco é quem me permite reconhecer as 'qualidades' dos bons
vinhos ... pingue gotas de vinhos distintos sobre a lâmina de um faca
limpa e compare as 'alturas' das gotas.<

Você contou o truque pela metade. Qual é o vinho bom?, o que se espalha
ou o que deixa a gota alta? Como distingo (será que é assim?) um Chateu
Lafitte Pouilac 1979 de um vinho de São Roque se eu só tiver uma gota de
cada? (Não vale dizer que o São Roque faz um furo na língua).


PERGUNTE AO FÍSICO II:

Você conhece alguma experiência simples para mostrar que enxergamos a
Lua do mesmo tamanho no alto do céu e perto do horizonte? Discuti esse
assunto com um pessoal que se recusou a acreditar nisso, pois contraria
a experiência sensorial. Na Internet há dezenas de explicações, umas
melhores do que outras, mas nenhum experimento. Sugeri que improvisassem
um medidor de ângulo com um tubo de papelão e um papel alumínio na
"objetiva", mas não sei se a precisão é satisfatória.

Preciso da resposta para daqui a 30 minutos, em formato PDF, para eu
imprimir e mandar para meu professor. Favor deixar espaço para eu botar
o meu nome. Obrigado. Ah, não coloque a resposta no website para meus
colegas não copiarem.

Colucci




SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: Quebra de reação em cadeia
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/02/2002 16:02

Léo,

Acho que o mecanismo principal de ação da água sobre incêndios é o
esfriamento. Se me lembro do que os bombeiros me ensinaram há três meses
(tivemos um treinamento aqui na cia), a água só deve ser usada em fogos
de Classe A (substâncias sólidas, madeira, papel, e outras que queimam
formando cinzas) e, dependendo do caso, Classe C (gases inflamáveis).

Para fogos de Classe B (líquidos inflamáveis que queimam produzindo
chamas intensas) e Classe D (metais reativos como potássio, sódio e
magnésio) devem ser usados outros métodos (espuma, CO2, pó, etc).

Você tem certeza sobre essa teoria do vapor de água isolar o fogo do
oxigênio? Nunca ouvi falar disso, o que não quer dizer nada. Também
nunca ouvi falar dos anões cantores de Jacupiranga.

Abraço,
Colucci



-----Original Message-----
From: Luiz Ferraz Netto [mailto:leo@barretos.com.br]
Sent: Thursday, February 28, 2002 1:40 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Re: Quebra de reação em cadeia

Por que a água apaga o fogo? Em primeiro lugar, logo que entra em
contato com o objeto em chamas, a água 'rouba' calor e se converte em
vapor (isso priva o objeto de parte de sua energia térmica). Em segundo
lugar, o vapor assim produzido ocupa um volume centenas de vezes maior
que a água que o produziu. O vapor envolve o objeto aceso e impede a
renovação do ar. Sem ar a combustão é impossível. Para fazer a água
atuar como um extintor de incêndio ainda melhor, acrescenta-se, às
vezes, pólvora. Há lógica nesse paradoxo. A pólvora queima rapidamente,
eliminando durante o processo uma grande quantidade de gás não
combustível, que envolve o objeto e impede a combustão. Alguns materiais
usados para combater incêndio de alguns produtos especiais são tais que
reagem (reação química comum) com o combustível alterando sua
propriedade química (torna-os inativos ao comburente).




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Enéas
FROM: Alisson Antonio Martins <aam00@fisica.ufpr.br>
TO: "[ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/02/2002 18:09

Se ele é uma das maiores autoridades em eletrocardiograma é pior ainda.
O Nacinalista sempre vai usar a Falsa Ciência (e não a que ele
aprendeu) na defesa de sua ideologia. Vai mexer com a ilusão do povo.
É muito pior um Nacionalista "letrado" do que um que é "analfabeto". O
"analfabeto", desconhece a sua força política, ignora seu poder
revolucionário, devido aos mais diversos processos de alienação, os quais
não vou ficar repetindo. Já o "letrado" usa de má fé e deturpa toda uma
realidade em seu favor. Este é o caso do aclamado Dr. Enéas. Dá pra
perceber nas propagandas (curtas, é verdade) políticas do PRONA(seu
partido) o teor Nacionalista ligado ao fato dele ser o "Dr. Enéas", como
se um "dr" na frente do nome dissesse muita coisa acerca do caráter da
pessoa. Não entrar no mérito da política é dar um atestado de sanidade ao
"Dr. Enéas".

Alisson
(Na natureza nada se copia, só control+C)
acho que é...não creio.
___________________________________________
___________________________________________

"Crer em tudo ou duvidar de tudo
são duas situações igualmente cômodas,
âmbas nos impedem de refletir."
Henri Poincaré
___________________________________________
___________________________________________

On Fri, 1 Mar 2002, Silvio Cordeiro wrote:

> Alisson:
> Sem entrar no mérito da política, o Enéas é uma das maiores autoridades do Brasil em
> eletrocardiograma, seus livros sempre foram de referência
>
> A competência profissional dele nada tem a ver com suas convicções políticas
> realmente "diferentes" mas que merecem acolhida, como qualquer outra, numa sociedade
> pluripartidária. Afinal nao foi ele que fez o código eleitoral.
> Ele age dentro dos princípios legais como qualquer outro candidato. Basta nao votar
> nele.
> sds,
> silvio
> só control+S salva.
>
>
> ----- Original Message -----
> From: "Alisson Antonio Martins" <aam00@fisica.ufpr.br>
> To: "[ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Wednesday, February 27, 2002 12:52 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Re: Enéas
>
>
> errata:Acho que nem pra exame do coração...
>
> Alisson Antonio Martins
> FÍSICA-UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
> "SÓ AS PESSOAS QUE CORREM RISCOS SÃO LIVRES"(SÊNECA)
>
> On Wed, 27 Feb 2002, Alisson Antonio Martins wrote:
>
> > Acho quem pra exame no coração...
> > O senhor Enéas não passa de um fascista. Quase extrema direita, não. Ele
> > é a extrema direita.
> > Saudações.....
> > Alisson
> > "SÓ AS PESSOAS QUE CORREM RISCOS SÃO LIVRES"(SÊNECA)
> >
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Perfil Feira de Ci�ncias, d�vidas e sugest�es.
FROM: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/02/2002 18:17

Olá !

As questões já foram todas bem respondidas pelo pessoal da lista, mas pode
ser que a pergunta 7- Quais os outros dois tipos de estados da água sem ser
solido, liquido e gasoso que a ciência conhece? - esteja se referindo a
algumas situações não muito comuns, nas quais a água pura apresenta
características especiais :

a) estado de super-fusão, onde a água continua (instavelmente) liquida à
temperaturas acima de 100 C.

b) estado de super-resfriamento, onde a água continua (instavelmente) liquida
abaixo de 0 C.

c) estado "pseudo-cristalino" entre 0 e 4 C onde as moléculas se dispõe em
posições ordenadas no espaço. Essa reorganização molecular produz um aumento
no volume específico. (Talvez fosse mais acertado dizer 'cristal-líquido',
mas este termo já é empregado em outro sentido)

Há outras situações em que a água apresenta comportamentos especiais mas que
a rigor não são estados físicos [vai saber o que passa pela cabeça do
perguntador !]; seriam os casos da "água pesada" e 'água deionisada'


Aproveitando, para questão 1- Porque a água é liquida? - caberia uma
discussão mais extensa; mas, eu incluiria entre outras respostas o fato da
água apresentar baixa viscosidade nas temperaturas consideradas, pois este é
o fator preponderante na conceituação comum de estado líquido. ( p.e., o
vidro e o asfalto tem a estrutura de 'líquido' apesar de serem 'duros').

[s]
Neville



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Quebra de reação em cadeia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/02/2002 18:34


Colucci escreve:

>Você tem certeza sobre essa teoria do vapor de água isolar o fogo do
oxigênio? Nunca ouvi falar disso, o que não quer dizer nada. Também
nunca ouvi falar dos anões cantores de Jacupiranga.<

Certeza absoluta só mesmo minhas Brochuras têm. E isso consta lá do jeitinho como as escrevi, logo, é um fato.
As Brochuras não citam anões cantores de Jacupranga, então não existe ou se existe as Brochuras dirão: --- "Ah não!?, se existem, não são reais e sim da forma a +b.i".

A parte referente ao experimento para comprovação dos tamanhos aparentes seguiu em PVT e não é uma equação de estado gasoso.

[]'
Léo
=================



SUBJECT: Re: [ciencialist] Discutindo a agua
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/02/2002 19:17


De: "Jose Colucci Jr. (Home)"

>SUGESTÃO PARA O IMPERDÍVEL:

Faça uma página chamada Enciclopédia da Água, com todas as informações
relevantes sobre este segundo mais precioso líquido do planeta. Poderia
incluir, além dos tópicos físico-químicos discutidos aqui, coisas como a
água nos seres vivos, os mares, etc.<

É 51.
Começarei a coisa, coloco sob apreciação, vcs complementam e só ai colocarei on-line. Irá para a Sala 07 - Fluidomecânica.


>PERGUNTE AO FÍSICO I:

>LÉO: O menisco é quem me permite reconhecer as 'qualidades' dos bons
vinhos ... pingue gotas de vinhos distintos sobre a lâmina de um faca
limpa e compare as 'alturas' das gotas.<

Você contou o truque pela metade. Qual é o vinho bom?, o que se espalha
ou o que deixa a gota alta? Como distingo (será que é assim?) um Chateu
Lafitte Pouilac 1979 de um vinho de São Roque se eu só tiver uma gota de
cada? (Não vale dizer que o São Roque faz um furo na língua).<

Acho que nunca tomou um vinho 'encorpado', denso, saudável, velho e italiano. Tá nessa de coisinhas leves, esses chatozinhos à francesas (ou vinhos da California)? Tome vinho homem! Tome um Lambrusco! Ou um Prokupac grego! Menisco alto! Quanto mais álcool secundário tem o vinho mais achatada é a gota.
São Roque não é vinho, é um caldo de uva; comparar São Roque com vinho é como comparar um conhaque ***** com um caldo de cana! "Vinho" São Roque não serve nem prá fazer sagú!


>PERGUNTE AO FÍSICO II:

Você conhece alguma experiência simples para mostrar que enxergamos a
Lua do mesmo tamanho no alto do céu e perto do horizonte? Discuti esse
assunto com um pessoal que se recusou a acreditar nisso, pois contraria
a experiência sensorial. Na Internet há dezenas de explicações, umas
melhores do que outras, mas nenhum experimento. Sugeri que improvisassem
um medidor de ângulo com um tubo de papelão e um papel alumínio na
"objetiva", mas não sei se a precisão é satisfatória.

Preciso da resposta para daqui a 30 minutos, em formato PDF, para eu
imprimir e mandar para meu professor. Favor deixar espaço para eu botar
o meu nome. Obrigado. Ah, não coloque a resposta no website para meus
colegas não copiarem.<

Já seguiu em pvt. Não tenho software para passar para .pdf (bem que gostaria de ter esse software ... grátis, claro!). Há um modelito que usa a impressora virtual ... fraco, não confiável para preparar textos pdf para o Imperdível.

[]'
Léo
=================




SUBJECT: OFF TOPIC: Vinhos ao Léo
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/02/2002 19:51

>LÉO: Acho que nunca tomou um vinho 'encorpado', denso, saudável, velho
e italiano. Tá nessa de coisinhas leves, esses chatozinhos à francesas
(ou vinhos da California)? Tome vinho homem! Tome um Lambrusco! Ou um
Prokupac grego! Menisco alto! Quanto mais álcool secundário tem o vinho
mais achatada é a gota. São Roque não é vinho, é um caldo de uva;
comparar São Roque com vinho é como comparar um conhaque ***** com um
caldo de cana! "Vinho" São Roque não serve nem prá fazer sagú!<


Caro físico e enólogo,

Desde os nove anos de idade bebo vinho. Meu pai misturava vinho com soda
e me dava para beber. Não fiquei alcoólatra, o que desmente a teoria dos
americanos, de que criança não pode tocar álcool. Como bebo pouco, tento
beber bem.

A província de Ontario, no Canadá, tem uma coisa chamada LCBO - Liquor
Control Board of Ontario -- que eu chamava de Canadalcool. Só o governo
pode vender álcool, para controlar a venda. Na prática, era quase um
subsídio da birita, pois os preços eram baixíssimos. Assim, pude
experimentar uma seleção variada de vinhos finos a preço de Sangue de
Boi, o de São Roque, não o espanhol Sangre de Toro, também ruim, mas nem
tanto. Um vinho médio italiano ou chileno saia por cerca de 6 a 7
dólares americanos a garrafa.

Minha opinião é que os vinhos italianos não são confiáveis. O país
exporta mais vinho do que produz uvas, o que nos leva a crêr que ou
violaram Lavoisier ou estão adicionando alguma coisa na mistura. Não
tomei muitos vinhos franceses. São muito caros. Os abaixo de 25 dólares
a garrafa não prestam. Assim, preferi sempre os portugueses e os
argentinos, quase sempre honestos. Em umas poucas ocasiões, geralmente
em jantares pagos com o dinheiro alheio, provei alguns vinhos franceses
de classe e te digo: tomar um bom Bordeaux, velho, encorpado, é uma
experiência transcendental. Quase como ser visitado pela alma do Padim
Ciço, para quem é de Juazeiro.

Para justificar essa mensagem aqui tenho de enfiar ciência em algum
lugar. Vamos ver se dá. Vou contar um causo.

Fui uma vez visitar uma vinicultor em Viamão, perto de Porto Alegre. O
homem era um ex-engenheiro químico que se dedicou a estudar vinhos. O
filho dele, que o ajudava tocar o negócio, estudou enologia na França.
Segundo ele, o único vinho razoavelmente decente que se pode fazer no
Brasil é o Beaujolais Noveau, um vinho novo, fresco, leve, para ser
servido gelado. Não existem no Brasil regiões com o clima apropriado
para vinhos mais nobres, como, por exemplo, o Bordeaux. Para envelhecer
com dignidade esses vinhos requerem uva com alto teor de sólidos, o que
só ocorre com culturas de regiões altas, frias e secas. No Brasil chove
muito.

Vale como ciência?

Um abraço,
Colucci



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/02/2002 20:26

Ai está! Um ótimo adendo para a Enciclopédia da Água no Ciencialist. Perhaps para o o Imperdível.
Boa Neville!
[]'
Léo
PS: ver acréscimo de informações entre as sugestões nevilianas.
===============
-----Mensagem Original-----
De: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 28 de fevereiro de 2002 18:17
Assunto: Re: [ciencialist] Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.


| Olá !
|
| As questões já foram todas bem respondidas pelo pessoal da lista, mas pode
| ser que a pergunta 7- Quais os outros dois tipos de estados da água sem ser
| solido, liquido e gasoso que a ciência conhece? - esteja se referindo a
| algumas situações não muito comuns, nas quais a água pura apresenta
| características especiais :
|
| a) estado de super-fusão, onde a água continua (instavelmente) liquida à
| temperaturas acima de 100 C.
|
| b) estado de super-resfriamento, onde a água continua (instavelmente) liquida
| abaixo de 0 C.
|
| c) estado "pseudo-cristalino" entre 0 e 4 C onde as moléculas se dispõe em
| posições ordenadas no espaço. Essa reorganização molecular produz um aumento
| no volume específico. (Talvez fosse mais acertado dizer 'cristal-líquido',
| mas este termo já é empregado em outro sentido)
|
| Há outras situações em que a água apresenta comportamentos especiais mas que
| a rigor não são estados físicos [vai saber o que passa pela cabeça do
| perguntador !]; seriam os casos da "água pesada" e 'água deionisada'
======================================
Propriedades da água comum e Pesada
Água:
temp.fusão= 0°C; temp.max.dens.= 3,98°C; temp.ebul. = 100°C; temp.crit. = 374,15°C; press.crit. = 22,11 MPa; dens.est.crit. = 0,315 Mg/m^3; dens.máx. = 1 Mg/m^3.
Água pesada:
temp.fusão= 3,82°C; temp.max.dens.= 11,23°C; temp.ebul. = 101,43°C; temp.crit. = 371,5°C; press.crit. = 21,8 MPa; dens.est.crit. = 0,338 Mg/m^3; dens.máx. = 1,106 Mg/m^3.
========================================

| Aproveitando, para questão 1- Porque a água é liquida? - caberia uma
| discussão mais extensa; mas, eu incluiria entre outras respostas o fato da
| água apresentar baixa viscosidade nas temperaturas consideradas, pois este é
| o fator preponderante na conceituação comum de estado líquido. ( p.e., o
| vidro e o asfalto tem a estrutura de 'líquido' apesar de serem 'duros').
=========================================
Viscosidade da água (n) em função da temperatura (t)
Os pares (t,n), t em °C e n em µPa.s são:

(0, 1797); (5, 1518); (10, 1307); (15, 1140); (20, 1004); (25, 895); (30, 803); (40, 655); (50, 551); (60, 470); (70, 407); (80, 357); (90, 317); (100, 284); (110, 356); (120, 232); (130, 212); (140, 196); (150, 184) e (160, 174).

Notaram algo estranho na temperatura de 110°C? (claro que, acima de 100, as pressões não são normais). De modo geral, como salientou Neville e como se vê na tabela, a viscosidade dos líquidos (isso é geral e arquibancada) depende consideravelmente da temperatura. A unidade de viscosidade (ou coeficiente de atrito interno) é o pascal-segundo (Pa.s); é comum tabelar em µPa.s e em (10^-2)Pa.s.
==========================================

[]'
Léo
PS: O Neville, na próxima vez que for escrever °C, não colocará mais apenas C e sim apertará: Ctrl+Alt+ : , ou seja, Crtl+Alt+Shift+ponto-e-vírgula. Aposto!



SUBJECT: modelização e analogias imperfeitas
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: "argumentos-critica@yahoogroups.com" <argumentos-critica@yahoogroups.com>
DATE: 28/02/2002 21:39

Olá,

Estou à procura de bibliografia para resolver um problema que passo a
explicar com um exemplo.

Vamos supor que eu invento uma transformação T que transforma objectos
em rectangulos. Por exemplo, T transforma um livro num rectangulo
com as dimensões da capa do livro e um carro num rectangulo onde cabe
à justa a silhueta de um carro.

Vamos supor também que eu quero saber se o carro X é maior que o
livro Y. Para isso calculo as respectivas transformadas:


T(carro X)=rectangulo_carro_X
T(livro Y)=rectangulo_livro_Y

calculo as áreas dos respectivos rectangulos:

A(rectangulo_carro_X)=area_rectangulo_carro_X
A(rectangulo_livro_Y)=area_rectangulo_livro_Y

comparo as áreas e concluo que:

area_rectangulo_carro_X > area_rectangulo_livro_Y

daqui concluo que o carro_X é maior que o livro_Y

Esta conclusão final é arriscada porque a transformada T não preserva
todas as caracteristicas das dimensões dos objectos. T transforma
apenas a silhueta dos objectos, mas não a sua profundidade. Mas
funcionará em muitos casos. O que me interessa saber é:
- que características é que T deve ter para que eu possa comparar
rectangulos em vez de objectos;
- como é que eu determino as propriedades preservadas por T? O
tamanho é uma caracteristica preservada por T, mas o número de
rodas ou o número de páginas não. Por exemplo:

Se eu quizer saber o que é que tem mais rodas, se o livro Y ou o
carro X eu posso tentar calcular as respectivas transformadas:

T(carro X)=rectangulo_carro_X
T(livro Y)=rectangulo_livro_Y

calcular os respectivas rodas e daí concluir que o carro X e o livro Y
têm o mesmo número de rodas. O problema é que a informação sobre o
número
de rodas não passa para os rectângulos.

Os raciocínios expostos acima são raciocínios por analogia:

Se o análogo de um livro é um rectangulo do tamanho da capa do livro
então o anélogo do carro é um rectangulo do tamanho da silhueta do
carro. Como o rectangulo do tamanho da capa do livro é análogo do
rectangulo do tamanho da silhueta do carro e o rectangulo do tamanho
da silhueta do carro é maior que o ectangulo do tamanho da capa do
livro então o carro é maior que o livro.

e eu estive a usar modelos:

rectangulo_carro_X é um modelo do carro X
rectangulo_livro_Y é um modelo do livro Y
área é um modelo do volume

O raciocínio pode ainda ser visto de outra maneira. Eu comparo modelos
de objectos reais e tiro conclusões acerca das relações entre os
objectos reais a partir das relações entre os modelos. O que me
permite ter confiança nas conclusões é o facto de os modelos serem
obtidos pela mesma analogia.

O problema é que as analogias são imperfeitas e há perda de informação
e nem sempre as conclusões válidas para os modelos são válidas para
os objectos reais.

O que eu preciso é de livros ou artigos que me ajudem a perceber
isto.

--
joão
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Mulheres na lista
FROM: "Danni Morais" <ardm@unisys.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/02/2002 23:24

olha ele aí de novo, tsc, tsc... é, precisa se afirmar... porque se forem ver...

----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, February 27, 2002 10:31 PM
Subject: Re: [ciencialist] Mulheres na lista


OFF - TOPIC: Só para mulheres - Curso que estou desenvolvendo no Rotary de Barretos.
=====================================================================
"Curso Feminino Integrado de Reabilitação Cerebral"

Gratuito ... para o bem da humanidade.

Pré Requisito: Existência de tutor do sexo masculino para acompanhamento em regime domiciliar, sem o qual o curso perde sua eficácia.

Objetivos: Iniciar as mulheres nessa experiência tão excitante que é o uso do cérebro.
Carga Horária Variável:
---Morenas : 30 dias por módulo
---Ruivas : 60 dias por módulo
---Loiras : Vitalício

MODULO 1 - USANDO O CÉREBRO - ESSE DESCONHECIDO

a.. O neurônio e a depressão da existência solitária
b.. Você pode fazer compras em menos de 4 horas : noções básicas
c.. Já está pronta? - definição da palavra "sim"
d.. Estabelecendo limites - o uso da maquiagem
e.. Programação Básica - você e o forno de microondas
f.. Programação Avançada - você e o videocassete (só para morenas e ruivas)

MODULO 2 - DIRIGINDO

a.. Mudança de marcha - o guia completo e definitivo
b.. Tudo o que você queria saber sobre esquerda/direita e tinha medo de perguntar
c.. Freio e Acelerador - um desafio a ser vencido
d.. Uso da seta antes de virar - aprendendo através de exemplos
e.. Jogo das cores - conhecendo o sinal.
f.. Geometria Descritiva Avançada - colocando um Uno na garagem
g.. O pedal da embreagem não é descanso de pé - em duas lições
h.. O espelho e suas outras utilidades além da maquiagem
i.. Você e o poste - como evitá-lo

MODULO 3 - VIDA A DOIS

a.. TPM (Tensão Pré-Menstrual) - o problema é seu e não meu
b.. Campeonato Brasileiro de Futebol - não é um jogo. É algo Sagrado
c.. Como ganhar seu próprio dinheiro - uma visão geral
d.. Porque sua mãe não é bem vinda - 100 exemplos comentados
e.. Aqui se faz, aqui se paga - o uso correto do Cartão de Crédito
f.. Tudo na vida tem limites, até o cheque especial - como não passar dele.
g.. Você não deve dizer "sim" a tudo que ele pede: Diga "sim senhor".

MODULO 4 - TÓPICOS AVANÇADOS

a.. O fenômeno do tempo - o jantar na hora do jantar
b.. Uso do telefone - alternativas inovadoras para solucionar o problema
c.. Retocando a maquiagem enquanto dirige - uma questão de "timing"
d.. Largando o vício das novelas - o processo de desintoxicação cerebral
e.. Não faça como as outras pessoas: Acredite que você é capaz.
f.. Interface paralela: o desafio das atividades simultâneas - respirar e raciocinar simultaneamente.

MODULO 5 - MUNDO DA INFORMATICA

a.. Computador X Geladeira - assinalando as diferenças
b.. Teclado - usando corretamente as letrinhas
c.. Mouse - como dominar esse pedalzinho
d.. CPU X Monitor - descobrindo quem é quem
e.. A diferença entre "on" e "off".
f.. A mensagem "O himem está testando a memória estendida..." não se refere a você.

========================

Sem risos, ou seja, sem minúsculas ondinhas na superfície das águas.

[]'
Léo



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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mulheres na lista
FROM: "Danni Morais" <ardm@unisys.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/02/2002 23:28

gilberto, nao é feminismo se defender de pensamentoas primatas (peço desculpa aos macacos). feminismo é falar que as mulheres sao melhores, assim como esse, ah deixa para lá.

sobre loira... nao esqueça que neuronios nada tem a ver com melanina...


----- Original Message -----
From: gp
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, February 28, 2002 5:21 AM
Subject: [ciencialist] Mulheres na lista


Cuidado que se alguma feminista ver isto vai cair de pau sobre você,
isto é preconceito puro, ainda mais que vários dos módulos apresentam
propostas não cientificas,
e bom consultar estatísticas e pesquisas e ver que hoje o homem esta
reduzido a nada.

Estou enviando um cópia prá uma amiga que trabalha na delegacia de Mulheres,
quero ver o que ela acha do curso, ela é loira.


abraços,

Gilberto



-----Mensagem original-----
De: Luiz Ferraz Netto [mailto:leo@barretos.com.br]
Enviada em: quarta-feira, 27 de fevereiro de 2002 22:32
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Mulheres na lista


OFF - TOPIC: Só para mulheres - Curso que estou desenvolvendo no Rotary de
Barretos.
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Perfil Feira de Ci�ncias, d�vidas e sugest�es.
FROM: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/02/2002 23:56

Vixe !

Crtl+Alt+Shift+ponto-e-vírgula ???

Tá pior que o teclado do Mesquita ... mas até que funciona: °C

Grato, Léo

(°_°)

Neville



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/03/2002 01:45

----- Original Message -----
From: "Neville"
Sent: Thursday, February 28, 2002 11:56 PM
Subject: Re: [ciencialist] Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e
sugestões.

(°_°)
> Vixe !
> Crtl+Alt+Shift+ponto-e-vírgula ???
> Tá pior que o teclado do Mesquita ... mas até que funciona: °C

º( ·_·)º Olá, Neville
Pois é, apesar das tentativas dos amigos da Ciencialist em me ajudar (alguns
em pvt), continuo com o problema. Mas já estou me acostumando com a nova
posição das teclas, só não achei ainda a interrogação "normal" do Windows
XP, nem na versão ABNT, nem na versão ABNT2. Mas não custa nada, nestes
casos, digitar Ctrl+Alt+w = ?, não é mesmo? Afinal, não é a toda hora que
necessitamos de ?, não é mesmo???? Acho que a Microsoft deve ter lançado
algum novo teclado e está querendo promover sua venda entre nosotros, los
cucarachas.

Como vantagem citaria a facilidade do windows XP na digitação de símbolos.
É suficiente digitar Alt+n, em que n é um número entre 1 e 255, e soltar a
tecla Alt (apenas funciona com a da esquerda) enquanto o último algarismo de
n (digitado em teclas NumLock) está ainda sendo pressionado. Pena que a
maioria desses símbolos apareçam apenas quando estamos escrevendo a
mensagem, pois desaparecem quando a mesma não é salva em "rich text format".
Curiosamente, a grande maioria dos símbolos, quando a mensagem é convertida
para txt, transformam-se em interrogações :-)))

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
__ ««»» __ ,,,,, ,,,,,, ~¬~
º( ·_·)º §·_·§ ( º_º ) {° ¿ °} ( ¬ ¬) [ ° ð ° ]
¯ ¯ ¨¯¨



SUBJECT: Re: Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/03/2002 07:35


> Pois é, apesar das tentativas dos amigos da Ciencialist em me
ajudar (alguns
> em pvt), continuo com o problema.

Já tentaste no painel de configuração o icon do teclado ?

> Como vantagem citaria a facilidade do windows XP na digitação de
símbolos.
> É suficiente digitar Alt+n, em que n é um número entre 1 e 255, e
soltar a
> tecla Alt (apenas funciona com a da esquerda) enquanto o último
algarismo de
> n (digitado em teclas NumLock) está ainda sendo pressionado.

Isto que relatas é possivel em qq windows. E até mesmo no DOS.
o Alt é o da esqueda pq o da direita não é alt. É Alt Gr :-)

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: modelização e analogias imperfeitas
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/03/2002 07:44


> Estou à procura de bibliografia para resolver um problema que passo
a
> explicar com um exemplo.
>
> Vamos supor que eu invento uma transformação T que transforma
objectos
> em rectangulos. Por exemplo, T transforma um livro num rectangulo
> com as dimensões da capa do livro e um carro num rectangulo onde
cabe
> à justa a silhueta de um carro.
>
> Vamos supor também que eu quero saber se o carro X é maior que o
> livro Y. Para isso calculo as respectivas transformadas:

Não percebi muito bem o que tu queres. Tu queres fazer algo tipo foto
em que o objecto fica enquadrado numa rectangulo ? ou queres
distorcer a silueta do objecto de modo que se trnsforme num
rectangulo ?

Se é o primeiro caso precisas de um referencia metrica, se é o
segundo acho que funções do tipo abaixo:


> A(rectangulo_carro_X)=area_rectangulo_carro_X
> A(rectangulo_livro_Y)=area_rectangulo_livro_Y

não funcionam


> Esta conclusão final é arriscada porque a transformada T não
preserva
> todas as caracteristicas das dimensões dos objectos. T transforma
> apenas a silhueta dos objectos, mas não a sua profundidade. Mas
> funcionará em muitos casos. O que me interessa saber é:
> - que características é que T deve ter para que eu possa comparar
> rectangulos em vez de objectos;
> - como é que eu determino as propriedades preservadas por T? O
> tamanho é uma caracteristica preservada por T, mas o número de
> rodas ou o número de páginas não. Por exemplo:

??
Esta não entendi. A menos que distorças o objecto ele presevará a
forma. Uma foto de um carro tem as mesmas rodas que o carro visto
desse angulo.
Para que nao haja distorção a matrix jacobiana tem que ser bem
comportada. Para a transformaçao ser invertivel o jacobiano tem que
ser diferente de zero. O que equivale a dizer que as areas só se
conservam se ele for diferente de zero.

Bom, é só isto que sei.
Eu não entendi muito bem foi a dita transformada. Se preserva a
forma, ou não.

[]

Sérgio Taborda
> Se eu quizer saber o que é que tem mais rodas, se o livro Y ou o
> carro X eu posso tentar calcular as respectivas transformadas:
>
> T(carro X)=rectangulo_carro_X
> T(livro Y)=rectangulo_livro_Y
>
> calcular os respectivas rodas e daí concluir que o carro X e o
livro Y
> têm o mesmo número de rodas. O problema é que a informação sobre o
> número
> de rodas não passa para os rectângulos.
>
> Os raciocínios expostos acima são raciocínios por analogia:
>
> Se o análogo de um livro é um rectangulo do tamanho da capa do livro
> então o anélogo do carro é um rectangulo do tamanho da silhueta do
> carro. Como o rectangulo do tamanho da capa do livro é análogo do
> rectangulo do tamanho da silhueta do carro e o rectangulo do
tamanho
> da silhueta do carro é maior que o ectangulo do tamanho da capa do
> livro então o carro é maior que o livro.
>
> e eu estive a usar modelos:
>
> rectangulo_carro_X é um modelo do carro X
> rectangulo_livro_Y é um modelo do livro Y
> área é um modelo do volume
>
> O raciocínio pode ainda ser visto de outra maneira. Eu comparo
modelos
> de objectos reais e tiro conclusões acerca das relações entre os
> objectos reais a partir das relações entre os modelos. O que me
> permite ter confiança nas conclusões é o facto de os modelos serem
> obtidos pela mesma analogia.
>
> O problema é que as analogias são imperfeitas e há perda de
informação
> e nem sempre as conclusões válidas para os modelos são válidas para
> os objectos reais.
>
> O que eu preciso é de livros ou artigos que me ajudem a perceber
> isto.
>
> --
> joão
> http://www.nonio.com



SUBJECT: RES: [ciencialist] Mulheres na lista
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/03/2002 09:28

Cara Danni,

È preciso se informar melhor,
pesquisas comprovam que o cérebro das mulheres consegue
executar mais atividades simultâneas que o do homem,
talvez elas não saibam usar este recurso importante,
mas que o cérebro e capaz disto ele é.


Gilberto


PS.: Sou totalmente contra o machismo arraigado em nossa sociedade. Seja ele
de origem Cientifica ou Religiosa. A ciência quer uma sociedade perfeita,
daqui a pouco algum maluco vai falar que o cérebro masculino é perfeito e
que não deveriam haver mulheres, todo mundo vai ser transformado em boiola e
a reprodução predominante será a clonagem.


Onde vamos parar ???



SUBJECT: Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/03/2002 09:34

Tem algum especialista nessa área odontológica por aqui?
Se tiver, eis a consulta do técnico.
Seria bom adotarmos um slogan para o ciencialist: "We serve" :-)

[]'
Léo
=============
E-mail: persivalm@aol.com.br
Nome: persival menezes
Endereço: estrada bom pastor
Bairro: aeroporto
CEP: 19015.97
Cidade: pres,. prudente
UF: sp

Dúvida/Sugestão: Sou tecnico em laboratório dentario e gostaria de saber qual o acido que reage com silicio, pois tenho fundições de peças em cromo cobalto que uso revestimento a base de ethyl silicate, para limpar a peço geralmente uso o jato de areia para remover o revestimento e a oxidação da peça, fiquei sabendo que existe um acido proprio, tentei com o cloridrico, mas não corroeu o revest. nem tirou a oxidação do aço, sera que é o fluoridrico, ?



SUBJECT: CLONAGEM AUTORIZADA
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: "STR" <strbrasil@yahoogrupos.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/03/2002 09:36

FONTE: TERRA/MUNDO


Câmara dos Lordes autoriza clonagem de células-mãe



Quarta, 27 de fevereiro de 2002, 13h30
O Comitê de Pesquisa de Células-mães da Câmara dos Lordes, no Reino Unido,
autorizou hoje a clonagem de células-mãe com fins terapêuticos sob um
sistema restrito de concessão de licenças. O Governo britânico aprovou, no
ano passado, uma lei que permite aos cientistas clonar embriões humanos para
desenvolver tecidos úteis para o transplante de órgãos, mas a lei ainda não
foi aplicada, já que dependia da ordem dos Lordes.

A legislação britânica proíbe taxativamente qualquer clonagem para
reprodução "em série" de seres humanos. O chamado Comitê de Pesquisa de
Células-mães, dos Lords, permitiu que a Autoridade de Fertilização Humana e
Embriologia (Hfea), o organismo regulador desse tipo de pesquisa neste país,
conceda as licenças oportunas.

O grande valor das células-mãe, que se desenvolvem nos primeiros dias de
vida do embrião, está no fato de que podem ser cultivadas e transformadas em
qualquer tipo de tecido, o que supõe um grande avanço para os transplantes e
a cura de doenças como o mal de Parkinson e de Alzheimer. No entanto, os
grupos antiaborto sustentam que os mesmos resultados podem ser alcançados
com o mesmo tipo de células, porém extraídas de adultos, e insistem em que
os óvulos só devem ser usados para gerar vida e não para a experimentação.

O presidente do comitê, o reverendo Richard Harries (bispo de Oxford),
reconheceu que "a investigação de embriões humanos prematuros provoca
difíceis questões morais e científicas". No entanto, precisou Harries, o
comitê "não está convencido de que o certo seria proibir todas as pesquisas
de embriões prematuros, após considerar cuidadosamente todos os pontos de
vista".

"As experiências científicas com células adultas realizadas até o momento
não provam, como dizem, que a clonagem de células-mãe seja desnecessária",
acentuou o reverendo.
A resolução dos Lordes foi informada apenas três dias após o ator americano
Christopher Reeve, famoso por representar "Superman" e tetraplégico por
causa de um acidente, pedir ao Comitê que autorizem a clonagem de
células-mãe.

A Câmara de Representantes dos Estados Unidos aprovou no ano passado um
projeto de lei que proíbe a clonagem de seres humanos e a criação de
embriões destinados à pesquisa científica. Por isso, Reeve confia que a
atitude mais progressista do Reino Unido possa chegar a descobrir um remédio
para sua coluna vertebral, danificada ao cair de um cavalo em 1995, para que
possa abandonar a cadeira de rodas com a qual se locomove há sete anos.



SUBJECT: ESTRESSE MASCULINO
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: "STR" <strbrasil@yahoogrupos.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/03/2002 09:37

Falta de testosterona pode deixar homem deprimido

FONTE: TERRA MUNDO

Quinta, 28 de fevereiro de 2002, 10h11
Os animais apresentam variações de humor e comportamento devido à diminuição
periódica do hormônio masculino testosterona. Esse fenômeno também poderia
afetar o homem, com o estresse, indicam especialistas britânicos na revista
New Scientist.

"Se aconteceu com você de ficar repentinamente mal-humorado ou sensível até
as lágrimas, talvez sofra da síndrome do macho irritável", diz a publicação,
citando trabalhos científicos que serão publicados na revista especializada
Reproduction, Fertility and Development. Essa síndrome foi identificada
recentemente em animais machos.

Existem argumentos indicando que, devido à diminuição de testosterona, ela
também afeta o homem, diz Gerald Lincoln, da Medical Research Council's
Human Reproductive Sciences Unit, em Edimburgo. O cientista reconhece que
não há provas, apesar de se saber que a testosterona tem um peso importante
no comportamento humano. Segundo Lincoln, a síndrome pode afetar homens de
qualquer idade, quando o estresse provocar uma queda da taxa de
testosterona.

O especialista identificou a síndrome nos ovinos Soay. As taxas do hormônio
masculino são altas no outono, época do acasalamento, e caem no inverno,
quando os carneiros perdem o interesse pelo sexo e passam a ficar nervosos.
Os homens que apresentam escassez de testosterona são irritáveis e ficam
deprimidos quando interrompem o tratamento de reposição. O humor melhora
quando o retomam, observou o cientista Richard Anderson.

As situações de estresse, como uma briga, um divórcio ou uma doença grave,
podem produzir uma queda importante da taxa do hormônio, estima Lincoln,
lamentando que haja poucas pesquisas sobre o assunto. "Quando um tipo se
torna mal-humorado e irritável, busca-se apenas uma explicação, baseada na
taxa de cortisol (hormônio do estresse) ou em uma depressão, desprezando a
provável queda de testosterona", comenta David Abbott, especialista do
Wisconsin Regional Primate Research Center, em Madison, Estados Unidos.

Mais prudente, David Handelsman, especialista da Universidade de Sydney,
assinala que as variações de testosterona no homem adulto são muito menos
importantes do que as observadas no carneiro. A exceção fica por conta de
casos excepcionais de cirurgia radical (castração), praticada em casos de
câncer de próstata muito avançados, que provoca uma redução de 90% da taxa
do hormônio.

Abbot conclui que a síndrome poderia ser extremamente útil: "Em vez de
tratar com Prozac os homens com estresse, um pouco de testoterona poderia
resolver o problema".



SUBJECT: CEREBRO EH UM FILTRO LINGUISTICO
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, "STR" <strbrasil@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/03/2002 09:38

TERRA MUNDO



Cientistas dizem que cérebro funciona como filtro lingüístico



Quarta, 27 de fevereiro de 2002, 16h42
As pessoas bilingües são capazes de selecionar uma das duas línguas que
dominam segundo suas necessidades, ativando uma área do cérebro
aparentemente inativa naqueles que não falam mais do que uma língua. Esta é
a conclusão de um trabalho publicado esta semana na revista Nature por uma
equipe de cientistas de uma universidade alemã.

O estudo, publicado em uma carta dirigida à revista científica britânica e
realizado pela equipe de neuropsicologia de Antonio Rodríguez Fornells e
Thomas Münte, da Universidade Otto van Guericke de Magdeburgo (centro-leste
da Alemanha), foi realizado em pessoas que falavam apenas espanhol e em
pessoas que falavam espanhol e catalão.

Os voluntários deviam reagir ante palavras que apareciam em uma tela e
distinguir os vocábulos espanhóis dos catalães, identificando palavras
"armadilha", tiradas de uma falsa linguagem inventada pelos pesquisadores.

Os indivíduos tinham que apertar um botão para assinalar uma palavra
espanhola. Durante as experiências, os cientistas observaram a atividade
cerebral com a ajuda das técnicas de imagem da ressonância mágnética
funcional, que permitem visualizar as zonas do cérebro que entram na
atividade perante cada estímulo.

Ao mesmo tempo, foram realizados exames eletrofisiológicos (medição de
potenciais elétricos) para medir a rapidez das respostas das zonas cerebrais
excitadas. As palavras também foram pronunciadas para verificar o papel
representado pelo som que, segundo o estudo, é menos importante do que o
reconhecimento das palavras escritas.

Os resultados mostraram que os bilingües, embora demorassem um pouco mais a
responder aos estímulos (palavras) - 738 milésimos de segundo frente aos 699
para os unicamente hispano-falantes - não tiveram nenhum problema para
distinguir cada língua, apesar de as zonas que correspondem a cada uma das
línguas se superporem no cérebro.

Os cientistas queriam saber como fazem as pessoas bilingües para reconhecer
uma língua sem que ocorram interferências com a outra. A eletrofisiologia
sugere que o sistema de análise dos bilingües se realiza mediante uma
associação visual e sonora (ortografia-som), específica da língua espanhola.

O reconhecimento desta língua implica aparentemente uma zona da região
frontal do cérebro, identificada graças a imagens de ressonância magnética,
e que se ativa sozinha entre os bilingües. As pessoas bilingües contam com
um sistema de seleção das palavras localizado na região frontal de seu
cérebro, uma zona que ao que parece fica inativa entre os individuos que só
falam uma língua.

O fato de que a informação deve percorrer um caminho mais longo antes de
provocar uma reação explica aparentemente a ligeira demora de resposta dos
bilingües em comparação com os outros.



SUBJECT: Lua Cheia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/03/2002 09:50

Como o Colucci falou em Lua, eis alguma novidade sobre a bichinha.
Crtl + C on Excalibur:
================================
| Nem todas as luas cheias são iguais. A desta semana será a mais
| brilhante
| de 2002...mas será que alguém perceberá?
|
| Tony Phillips
| Nasa Science News
|
| Um pálido raio de luz atravessa a janela do quarto. Ao longe, algo
| uiva. Os olhos abrem. O
| relógio marca 2 horas da madrugada. Você está desperto... acordado
| pelo brilho da Lua cheia.
|
| Não se surpreenda se isto em breve acontecer
| com você. A lua
| cheia entra no dia 27 de fevereiro. Isto
| acontece a cada 29,5
| dias, só que esta Lua cheia é especial: será a
| maior e mais
| brilhante do ano.
|
| "Nem todas as luas cheias são iguais", diz o
| professor de
| Astronomia George Lebo. "Às vezes a poluição
| ou as cinzas
| vulcânicas lhes dão cores interessantes. Às
| vezes halos se
| formam ao redor delas, devido aos cristais de
| gelo no ar".
|
| "Mas esta Lua cheia é única de outra forma",
| disse ele. "Ela
| estará mais próxima da Terra do que o
| habitual".
|
| "A órbita da Lua ao redor do nosso planeta não
| é um círculo
| perfeito", explica Lebo. "É uma elipse". Em
| uma ponta da
| elipse (chamada apogeu), a Lua fica a 406.700
| quilômetros da
| Terra. Na outra ponta (chamada perigeu) a Lua
| fica a apenas
| 356.400 quilômetros de distância -uma
| diferença de 50 mil
| quilômetros.
|
| Quando entrar a Lua cheia nesta quarta (27),
| ela estará
| próxima do perigeu -mais próxima da Terra.
| Como resultado o
| satélite natural parecerá 9% maior do que o
| normal e brilhará
| 20% mais.
|
| O luar extra é causado, em parte, pela proximidade da Lua com a
| Terra. Mas isto não é tudo. O
| Sol também está mais próximo da Terra. Lebo explica: "A cada ano
| durante o inverno no
| Hemisfério Norte, a Terra fica cerca de 1,6% mais próxima do Sol do
| que o normal. (Assim
| como a órbita da Lua ao redor da Terra, a órbita da Terra ao redor
| do Sol é elíptica. Nosso
| ponto mais próximo do Sol se chama periélio.) A Lua reflete a luz
| solar, de forma que a Lua
| estará mais brilhante durante este período".
|
| Este efeito não deve ser confundido com a famosa "Ilusão da Lua"
| -uma ilusão óptica que faz
| a Lua que está nascendo próxima do horizonte parecer inchada. A Lua
| cheia desta semana
| realmente estará maior e mais brilhante. As três primeiras Luas
| cheias de 2002 estarão mais
| brilhantes do que o habitual. Todas as três ocorrerão enquanto a Lua
| estiver próxima do
| perigeu, e quando a Terra estiver relativamente próxima do Sol. As
| Luas cheias posteriores
| deste ano serão menores e menos brilhantes em comparação. Por
| exemplo, a Lua cheia de
| agosto -uma "Lua do apogeu"- será cerca de um terço menos brilhante
| do que a de fevereiro.
| Nasa
|
|
|
|
| Mas alguém notará a diferença?
|
| "O olho humano pode facilmente discernir uma diferença de 20% ou 30%
| no brilho de duas
| fontes de luz semelhantes", disse o oftalmologista Stuart Hiroyasu.
| Assim, um observador do
| céu poderia dizer a diferença entre uma Lua mais brilhante do
| perigeu e outra menos do
| apogeu. Mas as duas Luas teriam que estar lado a lado para efeito de
| comparação -o que é
| improvável, exceto em um filme de ficção científica.
|
|
|
| Até mesmo a Lua cheia menos brilhante é bastante brilhante,
| nota Lebo. Elas superam o brilho de Sirius, a estrela mais
| brilhante no céu, em 25 mil vezes. Elas criam sombras e
| fornecem luz suficiente para ler. "Não existe algo como uma Lua
| cheia pálida. É tudo relativo".
|
| Todavia, alguns observadores do céu sentirão que esta Lua tem
| algo "extra" -particularmente as pessoas no Hemisfério Norte.
| Muitas paisagens no Norte em fevereiro permanecem cobertas
| por neve. A neve reflete cerca de dois terços da luz que a atinge,
| enquanto o solo descoberto reflete apenas cerca de 15%. Uma
| paisagem com neve e luar sempre parece impressionantemente
| brilhante.
|
| Perigeu, periélio, neve -todos se somarão para aumentar a dose de
| luar. Você conseguirá
| perceber a diferença? Só há uma forma de descobrir: vá lá fora
| olhar!
|
===================
[]'
Léo




SUBJECT: RES: [ciencialist] Lua Cheia
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/03/2002 10:26

ha ha ha

agora são 10:25 hs

se eu for lá fora com a intensidade do sol neste momento
não perceberei o brilho da lua.


Gilberto
|

| Perigeu, periélio, neve -todos se somarão para aumentar a dose de
| luar. Você conseguirá
| perceber a diferença? Só há uma forma de descobrir: vá lá fora
| olhar!
|
===================
[]'
Léo



SUBJECT: Re: Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/03/2002 10:44

>sera que é o fluoridrico, ?

Sim. É o fluoridrico.

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: "Silvio Cordeiro" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/03/2002 11:03

o que é água?
sds,
silvio
Só Control+S salva.
=o=

> Dúvida/Sugestão: Para um trabalho escolar estou precisando resolver as
> questões abaixo, e não estou encontrando as respostas.
> 1.Porque a agua é
> liquida?
>
> Porque o ponto de fusão da água (0º) é inferior à temperatura ambiente
> (25º).

Não é porque as moléculas de águas estão mais dispersas (menos unidas) em
temperatura ambiente? Em estado gasoso estão mais dispersas ainda, e
finalmente em estado sólido estão completamente unidas, não havendo nenhum
espaço entre elas.

>
> 2.Porque a agua é molhada?
>
> Esta não percebi muito bem. Mas suponho que tenha a ver com a
> capilaridade.
>
> 3.Porque a agua mata a sede?
>
> A água pura não mata a sede. O que mata a sede são os sais
> minerais que
> normalmente estão disolvidos nela. Isto pq a água é um muito
> bom solvente
> .
> 4.Porque a agua do mar é salgada?
>
> Esta não sei.

Porque tem minerais que a tornam salgada (cloreto de sódio)?

>
> 5.Porque no mar não chove salgado?
>
> Esta é dificil. Pela mesma razão que não chove salgado em lado nenhum

Partindo do pressuposto que a resposta acima está correta, quando a água
evapora, os minerais não evaporam junto, por isso quando a água condensa e
chove há somente água.

>
> 6.Porque voce pode enxergar o mar ora azul ora verde?
>
> O mar é azul pq reflete a cor do ceu.
> O verde aparece por um efeito optico do mesmo tipo, ou devido a algas
> marinhas.

Acho que tem haver com a reflexão da luz.

>
> 7.Quais os outros dois tipos de estados da agua sem ser
> solido, liquido e
> gasoso que a ciencia conhece?
>
> Hum...o unico que me lembro é o que existe no ponto triplo.
> Mas acho que
> isso não é um estado fisico.

Nem sabia que existia outros estados além de sólido, líquido e gasoso.

>
> 8.Porque existe uma ponte em uma molecula de agua?
>
> Uma ponte ?
>
> 9.Porque a agua no congelador forma gelo?
>
> Porque a temperatura dentro do congelador é menor que a
> temperatura de fusão
> da água.
>
> 10.Porque a agua não ferve?
>
> A água não ferve ?

Acho que aqui há uma comparação, por exemplo, com o leite, que ferve, ao
passo que a água evapora.


Espero não ter falado muita asneira.

Luciano Seidel

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Resistencia e Repressao
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/03/2002 12:33

Olá Takata,

Manuel: A repressão ou recalque é um mecanismo (o mais econômico) para se
resolver conflitos psíquicos, conflitos estes que envolvem desejos, valores,
sentimentos e idéias.

Takata: Nao me parece o mais economico. Se a crianca psicanalisada pode
lidar com tais conflitos...

Manuel: A repressão não seria um mecanismo econômico para se lidar com os
conflitos e as ambivalências emocionais caso as crianças por si mesmas, não
psicanalisadas e não acompanhadas pelos pais, pudessem lidar com tais
conflitos de outra forma. No mais das vezes, não pode.

Manuel: Haja ou não seleção de grupo (você disse que há, em casos muito
específicos, quais são esses casos?)

Takata: Depende dos valores de alguns parametros de selecao. Nao tenho de
cabeca.

Manuel: Vamos supor várias espécies de um mesmo gênero compartilhando o
mesmo habitat e que se valem dos mesmos recursos. Esses grupos "específicos"
distinguem-se pelo tipo de pressão seletiva que exercem sobre os indivíduos.
Entre as características que se fortalecem em virtude dessas pressões
seletivas, algumas são mais operacionais no ambiente em questão do que as
outras. O grupo que pressiona no sentido dessa característica mais
funcional, esses serão "naturalmente selecionados". O poder de catalisar
mudanças num determinado sentido, que varia de grupo para grupo, é uma
característica do grupo inteiro (da sua estrutura). São essas
características que são selecionadas.

Manuel: Explique-me então as manifestações somáticas (apenas as somáticas)
do medo que ocorreram 'a posteriori' nos soldados: tremores, diarréia,
sudoração excessiva, taquicardia, etc.

Takata: Estresse. Isso sao sintomas classicos de um estresse. Eles sao
tambem facilmente irritados. Soldados q. se engajam em campanhas muito
longas acabam mostrando essas manifestacoes somaticas q. se diz 'a
posteriori' -- apenas porq. recebem baixa antes de se atingir um ponto
critico.

Manuel: Segundo o Dr. Geraldo J. Ballone, psiquiatra, "cientificamente a
Ansiedade é a mesma coisa que Estresse" e "aparece (...) do ponto de vista
psico-emocional, quando há uma situação percebida como de ameaça. (Veja o
linsk abaixo.) A ansiedade e, por conseguinte, o estresse, é medo, medo
difuso. E o que um animal faz quando sente medo? Ele foge. Há uma situação
em que o animal amedrontado não foge, mas ataca: quando se encontra
encurralado, quando não há como escapar.

Em muitas ocasiões, nós, seres humanos, frente a um perigo ou ameaça que nos
inspira medo, mesmo que não haja obstáculos exteriores à fuga, mesmo assim
não fugimos, haja vista que a fuga contraria nossos valores. Fugir e não
fugir são alternativas de escolha, cada uma com o seu custo: sofrer ou mesmo
morrer ou então transformar-se num covarde. Trata-se de um conflito psíquico
que deve ser resolvido psiquicamente. Além do que o medo em si (medo do
outro) pode ser causa de vergonha. "Onde já se viu um alemão ter medo de um
francês? Ha, ha, ha!" Foram esses destemidos valentões e não os covardes ou
os que admitiam sentir medo que sucumbiram à neurose de guerra.

http://www.epub.org.br/cm/n11/doencas/estresse.htm#ansiedade

Manuel: ...sucessos extraordinário do Dr. Ernst Simmel ao submeter os
neuróticos de guerra alemães ao método da catarse de Breuer e Freud...

Takata: O lance e' saber se qq outro tratamento nao teria dado resultados
satisfatorios.

Manuel: Nas clínicas de Viena, por iniciativa do prof. Wagner-Jauregg (para
o qual os neuróticos eram medrosos conscientes do seu medo ou fingidores),
foi utilizada a técnica do eletrochoque no tratamento dos neuróticos de
guerra. O Dr. Wagner afirmava que o que mantinha o soldado doente era o que
ele ganhava com a doença: o afastamento do serviço militar. Submetê-los a
fortes descargas elétricas tão logo manifestasse os sintomas da doença
(tremores e paralisias) faria com eles temessem mais as descargas elétricas
do que o serviço militar. Sem considerar algumas mortes em decorrência da
intensidade da corrente elétrica (e alguns suicídios), o tratamento obteve
algum sucesso, porém não duradouros. Pois, "se se encontrava uma vez mais
sob fogo, seu medo da corrente elétrica regredia, tal como, durante o
tratamento, o medo do serviço ativo desaparecera." As deficiências da
técnica do eletrochoque fizeram com que o alto comando militar alemão,
austríaco e húngaro procurassem os serviços do Dr. Ernst Simmel, cujo
tratamento consistia em fazer com que o enfermo "desrecalcasse" o sentimento
de medo.

Uma observação interessante. Os médicos que usavam a técnica do choque
elétrico não queriam restabelecer a saúde dos soldados, mas apenas torná-los
aptos ao serviço militar. Queriam eles obter, com esse doloroso estímulo,
uma resposta compatível com a guerra. Estímulo > Resposta. Isso lhe lembra
alguma coisa?

Takata: Nao duvido q. uma sessao de psicanalise faca bem ao paciente. Mas
nao estou tao certo se faria tao bem qto qq outra conversa.

Manuel: Não, com conversas não se cura neuroses traumáticas ou de caráter,
pois o conflito não é consciente, sequer se dá ao nível do pré-consciente,
que é uma instância mental cujo conteúdo pode ser recuperado por um ato de
vontade. Nestes casos, o conflito é "inconsciente" e somente por meio de uma
técnica podemos elucidá-los e
resolvê-los.

Takata: ... Em todo caso o fato da febre ser um mecanismo normal do
organismo em relacao 'as infeccoes nao mostra q. o pesadelo o seja contra
"infeccoes psiquicas".

Uma das coisas q. causam estranheza em relacao 'a psicanalise e' q. quase
invariavelmente requer explicacoes metaforicas.

Manuel: Explicações metafóricas como "o gene egoísta"? Na verdade, não me
vali de uma metáfora, mas de uma analogia, e acho que essa forma de
raciocínio, que Peirce denominou de "raciocínio por abdução", é tão fecunda
quanto a indução e a dedução.

Umberto Eco, em seu ensaio A Abdução em Uqbar, explica essa modalidade de
operação mental do seguinte modo: "Se tenho um resultado curioso num campo
de fenômenos ainda não estudado, não posso procurar uma Lei daquele campo
(.). Preciso 'raptar' ou 'tomar emprestada' uma lei noutro lugar. Como vêem,
devo raciocinar por analogia." O raciocínio por abdução é muito utilizado
nas ciências novas.

Darwin também valeu-se do raciocínio por abdução, isto é, de analogias. Como
ele mesmo disse, sua teoria da seleção natural surgiu-lhe como um "insight"
após a leitura do livro do economista Malthus sobre a população. Com efeito,
ele transferiu (e adaptou ) algumas leis do capitalismo da sua época para o
mundo que ele investigava. A abdução de Darwin consistiu, pois, em atribuir
à vida em geral o modo de vida dos seus compatriotas; ele entreviu no mundo
das criaturas vivas a mesma luta pela existência e a "sobrevivência dos mais
aptos" que então imperava em sua Inglaterra vitoriana. Aquela ilação de Adam
Smith que, em resumo, traduz-se na máxima "cada um por si e o mercado por
todos" foi reelaborada muito criativamente por Darwin, que passou a
enunciá-la mais ou menos nos seguintes termos: na natureza, cada organismo
vivo age "egoisticamente", isto é, unicamente em benefício próprio e tendo
por meta maximizar a sua prole -- tal como o homo oeconomicus que subordina
a sua vida à consecução de um único objetivo: a maximização do lucro da sua
atividade empresarial --. Quanto à harmonia do Todo, a ordem que jaz sob a
desordem aparente da biosfera, o que a garante é um mecanismo denominado
"seleção natural" -- o equivalente biológico das leis do mercado ou "a mão
invisível" do mercado --, que, como a própria expressão sugere, consiste em
que, nesse conflito que envolve todos os viventes, somente os mais aptos
sobrevivem, ao passo que os inaptos ou são mortos e comidos ou então são
transformados em objeto de exploração (uma analogia aos resultados da
concorrência intercapitalista, a saber: a quebra e subseqüente
proletarização dos ineficientes, a distribuição desigual da riqueza, etc.).

Seria o darwinismo um economismo-biológico? Digo economismo e não
capitalismo porque, muitas vezes, a cooperação traz resultados econômicos
melhores que a competição, e na natureza há também cooperação, não só
conflito. Darwin superestimou os aspectos competitivos da natureza viva (a
luta pela vida) porque foi contemporâneo do capitalismo "selvagem".

Manuel: Acho que 100 mil anos não é tempo suficiente para que os mecanismos
da mutação genética e da seleção natural eliminem alguns "custos".

Takata: 100.000 anos sao, nada, nada, 4.000 geracoes. Uma desvantagem de
irrisorio 1% e' varrida em coisas de algumas poucas centenas de geracoes.

Manuel: Entretanto, já se passaram 100.000 anos e o custo da faculdade da
presciência ou antevisão dos acontecimentos futuros (uma poderosa ferramenta
de sobrevivência) ainda não foi eliminado. Esse custo é a dolorosa
consciência da morte, a certeza de que nós mesmos e nossos entes queridos
iremos morrer um dia. Para mitigar essa dor, valemo-nos da fantasia, da
crença em uma vida após a morte, e gastamos uma parte significativa do nosso
tempo e energia orando e nos preparando para essa outra vida. Civilizações
inteiras, como a do Egito Antigo, empregavam uma fatia considerável da
riqueza social e da força de trabalho para erigir imensos monumentos à vida
pós-morte.

E se o custo de uma vantagem não for distribuído democraticamente,
concentrando-se numa parcela pequena da população? Bem, na natureza viva
tudo se passa "como se" só lhe interessasse os grandes números. Se uma
determinada característica é funcional em 95% da população e deletéria para
apenas 5% dos indivíduos, ela não vai alterar essa característica para ser
"boazinha" com esses poucos indivíduos (estou antropologizando a coisa). É
mais "econômico" deixar que essa minoria de indivíduos doentes (os que pagam
o preço pela vantagem seletiva) pereça em decorrência de sua própria
enfermidade.

Naquelas espécies em que o grosso do comportamento é aprendido e não inato
(como entre nós, seres humanos), o que faz com que uma determinada
característica, em geral útil, seja patogênica para alguns indivíduos é a
forma particular de interação entre esses indivíduos e o meio social ou
natural.

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Lua Cheia
FROM: Nicolau Werneck <nwerneck@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/03/2002 12:51

> Este efeito não deve ser confundido com a
> famosa "Ilusão da Lua" -uma ilusão óptica que faz
> a Lua que está nascendo próxima do horizonte
> parecer inchada. A Lua cheia desta semana
> realmente estará maior e mais brilhante.
^^^^^^^^^^
porque diabos a ilusão da lua estar maior devido à
proximidade é "real", enquanto a devido à atmosfera é
falsa??? em nenhum dos casos a lua aumenta de tamanho,
meu deus!!!! :PP

> por neve. A neve reflete cerca de dois terços
> da luz que a atinge, enquanto o solo descoberto
> reflete apenas cerca de 15%. Uma paisagem com neve e

> luar sempre parece impressionantemente brilhante.
Mas se vc olhar pra mesma lua de um lugar escuro e de
um lugar claro (cheio de neve), a lua vista do lugar
escuro deverá parecer mais brilhante, já que as suas
pupilas vão se dilatar mais, devido à escuridão na
paisagem completa!... E vai ter mais contraste tb.

++nicolau





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SUBJECT: Re: [ciencialist] Lua Cheia
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/03/2002 13:15

On Fri, 1 Mar 2002, Nicolau Werneck wrote:
> > Este efeito não deve ser confundido com a
> > famosa "Ilusão da Lua" -uma ilusão óptica que faz
> > a Lua que está nascendo próxima do horizonte
> > parecer inchada. A Lua cheia desta semana
> > realmente estará maior e mais brilhante.
> ^^^^^^^^^^
> porque diabos a ilusão da lua estar maior devido à
> proximidade é "real", enquanto a devido à atmosfera é
> falsa??? em nenhum dos casos a lua aumenta de tamanho,
> meu deus!!!! :PP

Faltou citar que o aumento de tamanho é o aumento APARENTE de tamanho da
Lua.

A Lua no perigeu realmente aumenta de tamanho aparente (entre 9 e 10%).
Todos os meses a Lua entra e sai do perigeu, mas isso nem sempre ocorre
quando é Lua cheia e é mais raro ainda acontecer quando a Terra está em
periélio, o brilho da Lua chega a aumentar 20%, o que é na verdade muito
pouco para ser percebido pelos desavisados.

Existem imagens da rede que mostram a dança da Lua, mas perdi o link já
faz um bom tempo.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
One Ring to rule them all




SUBJECT: Re: [ciencialist] Lua Cheia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/03/2002 13:53

Ora, livre-se desse ligeiro empecilho! Use um guarda-sol!
[]'
Léo
=============
-----Mensagem Original-----
De: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: sexta-feira, 1 de março de 2002 10:26
Assunto: RES: [ciencialist] Lua Cheia


| ha ha ha
|
| agora são 10:25 hs
|
| se eu for lá fora com a intensidade do sol neste momento
| não perceberei o brilho da lua.
|
|
| Gilberto
| |
|
| | Perigeu, periélio, neve -todos se somarão para aumentar a dose de
| | luar. Você conseguirá
| | perceber a diferença? Só há uma forma de descobrir: vá lá fora
| | olhar!
| |
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| Léo
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Lua Cheia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/03/2002 14:04

Oi Nicolau ++,

He he he ... todos os "tamanhos" de todos os corpos celestes observados da Terra são "aparentes"; até o dessa prostituta, chamada pela clientela, de Lua.

A 'claridade' que essa fajuta nos apresenta é o "albedo da Lua"; poder refletivo dos corpos redondos. Esse albedo deve ser observado com anteparos próprios para que a luz refletida ambiente não interfira em suas observações (a abertura da íris será função apenas desse albedo).

[]'
Léo
===============


| > Este efeito não deve ser confundido com a
| > famosa "Ilusão da Lua" -uma ilusão óptica que faz
| > a Lua que está nascendo próxima do horizonte
| > parecer inchada. A Lua cheia desta semana
| > realmente estará maior e mais brilhante.
| ^^^^^^^^^^
| porque diabos a ilusão da lua estar maior devido à
| proximidade é "real", enquanto a devido à atmosfera é
| falsa??? em nenhum dos casos a lua aumenta de tamanho,
| meu deus!!!! :PP
|
| > por neve. A neve reflete cerca de dois terços
| > da luz que a atinge, enquanto o solo descoberto
| > reflete apenas cerca de 15%. Uma paisagem com neve e
|
| > luar sempre parece impressionantemente brilhante.
| Mas se vc olhar pra mesma lua de um lugar escuro e de
| um lugar claro (cheio de neve), a lua vista do lugar
| escuro deverá parecer mais brilhante, já que as suas
| pupilas vão se dilatar mais, devido à escuridão na
| paisagem completa!... E vai ter mais contraste tb.
|
| ++nicolau




SUBJECT: A CIÊNCIA TAMBÉM SABE JOGAR LIMPO
FROM: "Sandro Silva" <anhangah@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br, maulokko@hotmail.com, merigoml@hotmail.com, friendlydove@hotmail.com, dry_ant@hotmail.com, claudio_juris@zipmail.com.br, claudio@gci.com.br, cleversabbath@hotmail.com, sandro@cenetel.com.br, mmoro@formatto.com.br, lferrari@cci.fmrp.usp.br, josericardo.ferreira@otis.com, divisao_esgoto@samaesbs.com.br, krauczuc@zipmail.com.br, montagnin@yahoo.com.br, nelson_bahr@zipmail.com.br, adriana_bahr@zipmail.com.br
CC: adriana_bahr@ig.com.br
DATE: 01/03/2002 14:33



> Data: Fri, 22 Feb 2002 13:07:01 -0000
> De: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
> Assunto: estudo sugere senso de equidade natural
>
>Revista Carta Capital, 20/02/02
>http://www.terra.com.br/cartacapital/177/especial.htm
>
>"A CIÊNCIA TAMBÉM SABE JOGAR LIMPO
>Economia experimental demonstra a existência de um senso inato de
>justiça e eqüidade e desmente a tese do egoísmo racional
>
>
>O Homo economicus é racionalmente egoísta por natureza, como
>pressupõe a teoria econômica neoclássica? Por muito tempo essa
>questão foi discutida apenas com argumentos teóricos e filosóficos,
>mas alguns cientistas dispostos a decidir essa questão
>experimentalmente acreditam que já têm a resposta - e ela é negativa.
>O suíço Ernst Fehr (economista) e os austríacos Karl Sigmund
>(matemático) e Martin Nowak (biólogo) publicaram um artigo na edição
>de janeiro da revista Scientific American intitulado "The economics
>of fair play" (A economia do jogo limpo), descrevendo as experiências
>e seus resultados.
>O teste mais simples coloca dois sujeitos em quartos separados que
>não podem se comunicar entre si e sabem que a experiência não será
>repetida com as mesmas pessoas. Um deles, definido por cara ou coroa,
>recebe US$ 100 e deve propor ao outro uma divisão do dinheiro. O
>outro só pode aceitar ou rejeitar: não tem como negociar. Se aceita,
>o dinheiro, que é de verdade, é de fato dividido entre os dois
>conforme o proposto. Se rejeita, nenhum dos dois recebe nada.
>
>A única opção racional para um indivíduo egoísta que recebe uma
>proposta é aceitá-la, seja qual for. Um dólar é melhor que nada.
>Portanto, a única opção racional para o proponente seria fazer a
>menor oferta possível e ficar com o resto.
>Mas não é isso o que acontece. Mesmo com todo esse individualismo
>metodológico, dois terços dos proponentes oferecem US$ 40 a US$ 50.
>Apenas 4% ousam propor menos de US$ 20 - e suas ofertas são
>rejeitadas por mais da metade dos respondentes. O padrão não depende
>de gênero, idade, escolaridade ou renda dos sujeitos e pouco varia
>entre países industrializados.
>Já experiências com culturas tribais mostram resultados algo
>diferentes. A média das ofertas gira em torno de US$ 45 em
>civilizações ocidentais ou ocidentalizadas, mas entre os machiguengas
>da Amazônia peruana é US$ 26 e entre os aus de Papua-Nova Guiné é
>superior a US$ 50. Em parte alguma, porém, pôde-se encontrar uma
>tribo do Homo economicus, tão imaginária quanto os duendes da Xuxa.
>O Homo sapiens não se interessa apenas por seu próprio lucro, mas
>também pela eqüidade dos ganhos. Está disposto a pagar um preço e a
>abrir mão de um ganho material se for para proteger a própria auto-
>estima e salvar a punir a cobiça excessiva de um semelhante - embora
>definir "excessivo" dependa, até certo ponto, da cultura.
>Para um ocidental, atribuir-se um ganho quatro vezes maior que o do
>parceiro sem uma boa razão passa definitivamente do limite. Já se o
>proponente for escolhido não por sorte, mas por desempenho (ao
>responder um questionário, por exemplo), então as ofertas tendem a
>ser um pouco mais baixas e, apesar disso, aceitas mais facilmente: a
>desigualdade parece mais justificável.
>Se um computador determinar o valor oferecido, os respondentes
>aceitam ofertas muito menores: na ausência de responsabilidade
>humana, comportam-se quase como o esperado pela teoria neoclássica.
>Num jogo ainda mais interessante, quatro pessoas formam um grupo. O
>experimentador dá US$ 20 a cada uma e elas têm de decidir
>independentemente quanto investir num fundo comum. O experimentador
>duplica esse fundo e o divide igualmente entre as quatro, seja qual
>for a quantia que cada uma investiu. Se todas investirem tudo o que
>têm, todas duplicam seu capital.
>
>Coloque-se, porém, na posição de jogador: se os outros puserem US$ 20
>cada um e você nada, ficará com US$ 50 sem arriscar seu capital. Se
>os outros também não colocarem nada, pelo menos você não saiu
>perdendo. Mas, se você colocar os US$ 20, e os outros não puserem
>nada, perde metade do investimento. A decisão egoísta racional é não
>investir nada no fundo comum.
>Mas, não é o que as pessoas fazem, ao menos no início: em média,
>tendem a investir cerca da metade do capital de que dispõem. É
>verdade, porém, que se o jogo prossegue por várias rodadas a maioria
>dos jogadores acaba deixando de contribuir.
>Bem-vindos ao mundo real - diria, aliviado, o economista neoclássico -
>eles se decepcionaram com o comportamento dos demais e descobriram a
>estratégia correta para lidar com a egoísta natureza humana!
>Mas não é isso o que acontece. A maioria dos jogadores, depois de ter
>praticado a estratégia "correta", volta a contribuir quando colocados
>num novo grupo. O processo se reinicia como se tivessem recuperado a
>fé na solidariedade humana sem "aprender" nada.
>Os experimentadores então resolveram sofisticar um pouco mais:
>deixaram os jogadores pagar um preço para castigar os colegas. Para
>multar qualquer outro em US$ 1 ao final de cada rodada, era preciso
>pagar US$ 0,30 - e o US$ 1,30 retornava ao experimentador.
>Do ponto de vista do egoísmo racional, parece não valer a pena
>aplicar punições nessas condições: perde-se capital sem ganhar nada
>em troca. Na prática, porém, a maioria dos jogadores mostrou-se
>disposta a impor multas aos colegas sovinas. E, nessas condições, a
>disposição de contribuir para o fundo comum não diminui de forma
>alguma: ao contrário, nas últimas rodadas, 80% dos jogadores estavam
>investindo todo o seu capital.
>Seria o caso de interpretar a punição como um investimento lucrativo
>na educação do colega? Não: mesmo se os grupos forem numerosos e os
>jogadores forem redistribuídos a cada rodada, de forma que duas
>pessoas nunca se encontrem duas vezes, o padrão não muda.
>O paradoxo, do ponto de vista da lógica do egoísmo, é que, nesse
>caso, "educar" o colega não traz nenhum retorno pessoal ao jogador
>que paga para impor a multa - beneficia apenas um conjunto anônimo de
>jogadores. Os participantes pagam simplesmente para ter justiça - ou
>vingança, se quiserem - mas não por lucro material.
>Para explicar, os autores supõem que a espécie humana, graças a
>milhões de anos de evolução biológica num contexto social,
>desenvolveu um aparato emocional instintivo para cooperar e punir o
>egoísmo.
>
>Um pequeno grupo com esses traços seria mais capaz de sobreviver a
>fomes, doenças e guerras, enquanto um agregado de criaturas
>racionalmente egoístas se dispersaria à primeira dificuldade,
>condenando cada uma delas a uma morte solitária .
>A partir dessa capacidade inata surgiram muitos códigos morais, assim
>como milhares de línguas e dialetos puderam se basear no mesmo
>instinto universal da linguagem postulado por Noam Chomsky.
>Mesmo que não se queira aceitar a explicação evolucionista, não há
>como negar que seres humanos não buscam apenas a vantagem material,
>mas também satisfazer seu senso de eqüidade. Para que aprendam a
>reprimi-lo, são necessárias condições artificiais que impossibilitem
>castigar o comportamento egoísta - situações de impunidade que levam,
>gradualmente, à desintegração da cooperação.
>Basta isso para colocar em questão a tese liberal segundo a qual o
>crescimento econômico é positivo mesmo quando não beneficia a
>maioria - ou não importa o aumento da desigualdade social se o número
>de pobres não aumenta. O valor econômico da justiça eqüitativa é uma
>realidade empírica que uma sociedade não pode ignorar impunemente."



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SUBJECT: Re: Resistencia e Repressao
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/03/2002 14:49

--- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:
> Takata: Nao me parece o mais economico. Se a crianca psicanalisada
> pode lidar com tais conflitos...
>
> conflitos de outra forma. No mais das vezes, não pode.

Sera'? O psicanalista nao faz muito mais do q.
ficar ouvindo. A menos q. ele induza certas ideias --
e eu nao duvido q. isso ocorra com certa frequencia.

O q. q. o psicanalista faz de tao especial ao
ouvir as historias das criancas?

> outras. O grupo que pressiona no sentido dessa característica mais
> funcional, esses serão "naturalmente selecionados".

Nao funciona assim. Como aqueles grupos teriam chegado
'aquela distribuicao de caracteristicas? Mutacoes nao
surgem "pum, agora todos esses individuos tEm essa
caracteristica".

Veja assim: varios individuos de um grupo pressionarao
de modo q. alguns individuos ajam em favor do grupo.
Ok. Mas se isso prejudica o individuo (em termos reprodutivos),
inevitavelmente a proporcao de individuos q. colaboram
para o bem do grupo em seu proprio detrimento irao
desaparecer.

Considere assim: A' e A" pertencem ao grupo A;
B' e B" pertencem ao grupo B.
A' colabora com os individuos de A e se prejudica,
A" nao colabora com ninguem.
B' e B" nao colaboram.

Transformemos isso numericamente -- se alguem
se lembrar do dilema do prisioneiro nao sera'
por acaso.

Quem colabora tem um custo, digamos, de -2 pontos.
Quem recebe a colaboracao tem um ganho de 3 pontos.
Quem nao colabora nao tem custo. Quem nao recebe
nao tem ganho.

No grupo B nao ha' ganho, mas tbm nao ha' custo.
A' se colaborar com outro A' tera' um custo de
-2, mas um ganho de 3. Se A' colaborar com A"
tera' um custo de -2 e nenhum ganho. A"
interagindo com A" nao perde, mas tbm nao ganha.
A" interagindo com A' ganha 3 pontos sem custo.

Imaginemos q. inicialmente haja 99% de A' na
populacao. Assim as chances de A' interagir
com outro A' sera' de 99%^2 ou 98,01%. A
de A' interagir com A" e' de 1,98%. A chance
de A" interagir com A" e' de 0,01%. (Probabilidade
aleatoria de interacao.)

A reproducao sera' definida pela quantidade
de pontos acumulados. Quem tem 0 ponto na
rodada nao se reproduz. Quem ganha 1 ponto gera
outro individuo -- e morre. Quem ganha 3 -
gera outros 3 e morre.

B morre e nao se reproduz.

Imaginemos uma populacao de 20.000
individuos. 19.800 A' e 200 A". 19.602
A' interagem entre si e geram outros
19.602 A'. 198 A' interagem com 198 A" -
A' se perde, A" gera outros 3. 2 A"
interagem entre si e nao se reproduzem.

Na geracao seguinte teremos: 19.800 A',
594 A". Num total de 20.394 individuos.
Na geracao seguinte serao: 19.025,471 A'
contra 1.729,588 A". 17.440,015 A' e
4.756,368 A" na quarta geracao. A"
ira' atingir seu pico na sexta
geracao: 18.498,873 contra 7.536,578
de A' (e' o auge da populacao A com
26.035,451 individuos -- claro q. a
rigor nao haveria individuos fracionarios).
A seguir a populacao A caminha inevitavelmente
para a extincao. A extincao ocorre
porq. estamos lidando com um ambiente
hostil 'a falta de colaboracao -- mas
ainda assim inevitavelmente individuos
egoistas farao esse estrago todo (claro,
nas condicoes especificadas aqui).

Podemos alterar as condicoes de
forma q. os q. nao colaboram entre
si ganham menos do q. os q. colaboram,
mas nao sao inexoravelmente eliminados.
Nesse caso a populacao nao se extingue:
A ganha de B, mas A" continua ganhando
de A'. Nao estamos de modo algum falando
de selecao de grupos -- mas claro q.
o q. ocorre aos individuos ira' se
refletir no grupo.

Podemos falar em relatiacoes,
obrigacoes do grupo para q.
todos colaborem, etc. Mas isso
e' uma caracteristica de cada
individuo e sera' assim selecionada.
(Deverao surgir individuos q.
forcem os outros a colaborarem
com ele -- ou pelo menos nao
se aproveitarem dele -- e
isso se da' em nivel individual --
ou de trechos de ADN -- e nao
de grupos.)

> http://www.epub.org.br/cm/n11/doencas/estresse.htm#ansiedade

Não encontrei as palavras "recalque" ou "repressão" nem "neurose".
(Utilizei a funcao de procura de meu navegador.)

> Takata: O lance e' saber se qq outro tratamento nao teria dado
> resultados satisfatorios.
>
> Manuel: Nas clínicas de Viena, por iniciativa do prof. Wagner-

Qq outro, realmente deu a impressao de um tratamento
aleatorio. Mas eu quis dizer: um outro dado tratamento.

> Manuel: Não, com conversas não se cura neuroses traumáticas ou de
> caráter, pois o conflito não é consciente, sequer se dá ao nível do
> pré-consciente,

E o q. q. tem a ver se e' consciente ou nao?
Nao estou falando da pessoa falar diretamente
de seus problemas. A pessoa poderia conversar
sobre cinema e se sentir bem com isso a ponto
de superar seus problemas. Em vez de recalque,
ou obsessao, distracao, por exemplo. Mas uma
conversa pode ir por outros caminhos alem
da distracao.

> Uma das coisas q. causam estranheza em relacao 'a psicanalise e' q.
quase
> invariavelmente requer explicacoes metaforicas.
>
> Manuel: Explicações metafóricas como "o gene egoísta"?

Eu nao tenho compromissos com o gene egoista.
Aproposito: como mostrei acima, a dificuldade
de uma selecao em grupo nao requer metaforas.

> vali de uma metáfora, mas de uma analogia, e acho que essa forma de
> raciocínio, que Peirce denominou de "raciocínio por abdução", é tão
> fecunda quanto a indução e a dedução.

Metaforas e analogias sao conceitos
ligados, nao ira' afetar a consideracao anterior.
(Apenas q. na analogia e' uma comparacao explicita.)

De todo modo ha' q. se tomar cuidado com
as analogias. Nao sei se ela e' tao distinta
de uma inducao. Opero assim: X tem as
propriedades x1, x2, x3, x4... Y tem as
propriedades y1, y2, y3, y4... x1 e' correspondente
a y1, x2 a y2, x3 a y3, x4 a y4 e tentamos
extender isso imaginando q. x5 seja correspondente
a y5.

E' util, mas e' preciso cuidado.

Por exemplo, a febre (comportamental) foi
mostrada eficaz contra infeccoes em
lagartos. Mas a febre fisiologica foi
mostrada no minimo ambigua em humanos
contra infeccoes. Vc nao aceitaria q.
com isso concluamos q. o 'pesadelo' no
minimo e' ambiguo... E, por outra extensao,
q. a 'repressao' e' no minimo ambigua.

> Manuel: Entretanto, já se passaram 100.000 anos e o custo da
> faculdade da presciência ou antevisão dos acontecimentos futuros
>(uma poderosa ferramenta de sobrevivência) ainda não foi eliminado.

Como eu disse: se houver uma vantagem ela pode ser mantida.
Depende do balanco. O ponto e' q. a repressao nao parece
ter uma vantagem em relacao a outros mecanismos possiveis --
possiveis de modo q. existem ja' em nosso organismo e nao
apenas como uma solucao q. potencialmente poderia ter
surgido de modo alternativo em nossa historia evolutiva.

> E se o custo de uma vantagem não for distribuído democraticamente,
> concentrando-se numa parcela pequena da população?

O problema e' q. nao me parece q. haja uma
vantagem no caso.

P: Por q. haveria necessidade de repressao?
R: Porq. a crianca pode ficar traumatizada com
a consciencia desse episodio.

P: Mas a crianca psicanalisada nao toma
consciencia do episodio?
R: Sim.

P: Ela nao deveria entao desenvolver o trauma?
R: Nao.

P: Por q. nao?
R: Porq. na psicanalise a crianca e' guiada
a resolver os conflitos entre as interpretacoes.

P: Mas e' o psicanalista q. faz as interpretacoes
para ela?
R1: Nao.
P: Entao e' a propria crianca q. esta' gerando
as novas interpretacoes. Ela tem essa capacidade.
Por q. nao a usaria normalmente?
R:...
R2: Sim.
P: A psicanalise nao pode ser entao apenas
uma inducao de resposta? Em vez de realmente
resolver um problema, apenas criar uma
racionalizacao em cima. Racionalizacao q.
normalmente todos nos fazemos para diversas
coisas. E q. apenas ganha um poder maior de
persuasao porq. e' uma explicacao partilhada?
R:...

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Re: Resistencia e Repressao
FROM: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/03/2002 15:37

Olas !

Manuel: Nas clínicas de Viena, por iniciativa do prof. Wagner-Jauregg (para
o qual os neuróticos eram medrosos conscientes do seu medo ou fingidores),
foi utilizada a técnica do eletrochoque no tratamento dos neuróticos de
guerra. O Dr. Wagner afirmava que o que mantinha o soldado doente era o que
ele ganhava com a doença: o afastamento do serviço militar. Submetê-los a
fortes descargas elétricas tão logo manifestasse os sintomas da doença

NM: Credo ! Que selvageria. É o mesmo que curar dor de dentes dando uma
martelada no dedão do pé.

Mas minha questão é outra: por que, em geral, os psicanalistas não gostam de
associar quimioterapia na psicoterapia enquanto os
psiquiatras preferem apenas o uso desses produtos ? Não haveria vantagem em
associar ambos os métodos ?

[s]
Neville




SUBJECT: Re: [ciencialist] Lua Cheia
FROM: Nicolau Werneck <nwerneck@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/03/2002 15:52

> Existem imagens da rede que mostram a dança da Lua,
> mas perdi o link já
> faz um bom tempo.

..aliás, como se desceve a órbita da lua? é mais
comlicada do que simplemente "uma órbita elíptica em
volta da terra", não?... o eixo da translação dela,
por exemplo, é o mesmo da terra?? nunca achei isso em
enciclopédia nenhuma!...
Aliás, já foi o maior custo eu achar uma vez qual era
a data do perihélio da terra, já que na maioria dos
lugares em que eu esperaria encontrar isso, apenas
vejo explicações de como que as estações da terra NÃO
se devem ao afélio e perihélio, mas sim à inclinação
do eixo de rotação da Terra... mas dizer a data do
perihélio mesmo que é bom, nada! :)

++nicolau


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Mulheres na lista
FROM: "Danni Morais" <ardm@unisys.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/03/2002 16:30

desculpe, mas nao entendi em que contexto vc inseriu o seu comentario (a parte "e preciso se informar melhor"). nao vi um contexto para ele em relacao ao que disse em minhas mensagens. se foi devido a mensagem inicial, esta nao tinha nada a ver com pesquisas novas e sim mais uma tipica piada a moda brasileira de resumir mulheres a apenas beleza e nao conteudo (que para mim esta ligado a um medo masculino, mas isso já é outro assunto).

nao gosto de entrar em discussoes desse genero porque quase sempre nao chegam a nenhum lugar. as pessoas quase nunca se poem na pele das outras, se isso acontecesse, metade do mal do mundo poderia ser evitado. para mim nao a diferença entre preconceito ao negro, mulher, deficiente fisico, etc. acho que tudo devia dar em processo e se vivessemos em um pais como os eua, grande parte daria. é só comparar, por exemplo um quadro humoristico do casseta e planeta e um do saturday night live. o humor é extremamente diferente.

como disse, nao gosto de entrar nessas discussoes, entre outros porque pareco uma pessoa seria demais, o que nao é verdade. mas é decepcionate ver que em uma lista cientifica onde as pessoas deveriam ter uma mente mais aberta e um grau de estudo mais elevado, piadinhas desse genero tipico de ignorantes aparecem. se nem essa camada da sociedade consegue se livrar, acho que o homem das cavernas vem a frente do homem intelectual. o que é uma pena. talvez seja um espelho de querer se sentir superior a pelo menos uma coisa que o deixe melhor na vidinha ordinaria. qualquer coisa que possa mentir a si mesmo.

acho que nao devia ter escrito isso... hm, nao deve adiantar nada de qualquer jeito.
abraços,
daniela.



Cara Danni,

È preciso se informar melhor,
pesquisas comprovam que o cérebro das mulheres consegue
executar mais atividades simultâneas que o do homem,
talvez elas não saibam usar este recurso importante,
mas que o cérebro e capaz disto ele é.


Gilberto


PS.: Sou totalmente contra o machismo arraigado em nossa sociedade. Seja ele
de origem Cientifica ou Religiosa. A ciência quer uma sociedade perfeita,
daqui a pouco algum maluco vai falar que o cérebro masculino é perfeito e
que não deveriam haver mulheres, todo mundo vai ser transformado em boiola e
a reprodução predominante será a clonagem.


Onde vamos parar ???


&&& --- &&&
VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
http://www.ciencialist.hpg.com.br
Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
&&& --- &&&

Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito aos Termos do Serviço Yahoo!.



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mulheres na lista
FROM: Alisson Antonio Martins <aam00@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/03/2002 16:44

"acho que o homem das cavernas vem a frente do homem intelectual"
Tb acho Danni....
É, lá não haviam classes sociais, uma coisa em que insisto bastante, eu
sei, mas é assim. Hoje em dia há preconceito para todos os gostos(ou
desgostos) e isto é realmente lamentável.
saudações revolucionárias...
l ss n
___________________________________________
___________________________________________

"Crer em tudo ou duvidar de tudo
são duas situações igualmente cômodas,
âmbas nos impedem de refletir."
Henri Poincaré
___________________________________________
___________________________________________




SUBJECT: Re: Lua Cheia
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/03/2002 17:03

--- In ciencialist@y..., Nicolau Werneck <nwerneck@y...> wrote:
> volta da terra", não?... o eixo da translação dela,
> por exemplo, é o mesmo da terra?? nunca achei isso em

Na verdade tto a Lua como a Terra orbitam
em torno do centro de massa do sistema
Terra - Lua. Porem como a massa da Terra
e' cerca de oitenta vezes maior (eu acho
q. era esse o valor) do q. a da Lua, o
centro do sistema acaba ficando
bem mais perto da Terra.

380.000 km/81 = ~4.700 km.

Como o raio da Terra e' de cerca de
6.000 km, concluimos q. o centro de
massa do sistema Terra - Lua fica
dentro da Terra. Cerca de 1.300 km
abaixo da superficie.

http://astro.if.ufrgs.br/bin/binarias.htm
E' sobre estrelas binarias, mas
as consideracoes podem ser feitas
para um planeta e seu satelite
(se falo bobagem os fisicos da
lista podem se pronunciar)

http://astro.if.ufrgs.br/index.htm

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Enéas
FROM: "Silvio Cordeiro" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/03/2002 17:26

Alisson:
Sem entrar no mérito da política, o Enéas é uma das maiores autoridades do Brasil em
eletrocardiograma, seus livros sempre foram de referência

A competência profissional dele nada tem a ver com suas convicções políticas
realmente "diferentes" mas que merecem acolhida, como qualquer outra, numa sociedade
pluripartidária. Afinal nao foi ele que fez o código eleitoral.
Ele age dentro dos princípios legais como qualquer outro candidato. Basta nao votar
nele.
sds,
silvio
só control+S salva.


----- Original Message -----
From: "Alisson Antonio Martins" <aam00@fisica.ufpr.br>
To: "[ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, February 27, 2002 12:52 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Enéas


errata:Acho que nem pra exame do coração...

Alisson Antonio Martins
FÍSICA-UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
"SÓ AS PESSOAS QUE CORREM RISCOS SÃO LIVRES"(SÊNECA)

On Wed, 27 Feb 2002, Alisson Antonio Martins wrote:

> Acho quem pra exame no coração...
> O senhor Enéas não passa de um fascista. Quase extrema direita, não. Ele
> é a extrema direita.
> Saudações.....
> Alisson
> "SÓ AS PESSOAS QUE CORREM RISCOS SÃO LIVRES"(SÊNECA)
>




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/03/2002 17:57

----- Original Message -----
From: "sergiotaborda"
Sent: Friday, March 01, 2002 7:35 AM
Subject: [ciencialist] Re: Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e
sugestões.

> Já tentaste no painel de configuração o icon do teclado ?

Sim, mas não consegui solucionar o problema através das janelas que se
abrem. Estou aguardando a visita de meu acessor para assuntos aleatórios
e/ou computacionais, mas no momento ele está viajando.

Talvez relacione-se ao USB [sei lá o que é isso!!! :-))]. O "chato" é que
quando ele retornar de viagem é possível que eu não queira mais modificação
alguma, pois estou me habituando com a nova convenção de teclas, tanto para
acentuação quanto para o ç ou Ç e/ou ? ou ¿ :-)

É possível também que eu possua o disquete do teclado em meu almoxarifado de
"obsolescências computacionais". Infelizmente eu não tenho as brochuras do
Léo, que certamente iriam me ajudar bastante. :-))

> > Como vantagem citaria a facilidade do windows XP na digitação de
> > símbolos. É suficiente digitar Alt+n, em que n é um número entre 1 e
> > 255, e soltar a tecla Alt (apenas funciona com a da esquerda) enquanto o
> > último algarismo de n (digitado em teclas NumLock) está ainda sendo
> > pressionado.

> Isto que relatas é possivel em qq windows. E até mesmo no DOS.
> o Alt é o da esqueda pq o da direita não é alt. É Alt Gr :-)

Talvez, mas não da forma como estou relatando (o "soltar" da tecla Alt),
pelo menos em meus outros dois computadores, um na Universidade e outro que
deixo para os netos brincarem, ambos com o Windows 98. No notebook funciona,
mas ele está com o Windows 2000 profissional.

Sim, concordo, esses símbolos são clássicos e no tempo do DOS qualquer um
sabia como chamá-los, mas hoje são poucos os usuários que sabem como
obtê-los rapidamente.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/03/2002 19:09


>> Já tentaste no painel de configuração o icon do teclado ?

>Sim, mas não consegui solucionar o problema através das janelas que se
>abrem. Estou aguardando a visita de meu acessor para assuntos aleatórios
>e/ou computacionais, mas no momento ele está viajando.

Outra coisa que me lembrei depois é o "Regional Settings" não sei qual será
a tradução no software dai.(tb no painel de controlo)
Lá tem um painel onde se pode escolher directamente a linguagem do teclado.
(espero que tenha no XP tb)
Pode ter várias. Por isso pode continuar fazendo desenhos ASCII :-) lol

>Talvez relacione-se ao USB [sei lá o que é isso!!! :-))].

Universal Serial Bus
É porta série mais moderna e rápida.

[]

Sérgio Taborda

P.S.
Os unicos codigos ASCII que uso são o ² (alt 253) e o ³ (alt 252)



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: Feira de Ciências
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/03/2002 20:38

Putz! Tem um Ônibus Serial e Internacional (e com portas em série!!) dentro do computador? Quem diria!? Bem que escuto o ronco dos motores ocasionalmente.
Vivendo e aprendendo .......

[]'
Léo
===========
-----Mensagem Original-----
De: "Sérgio Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: sexta-feira, 1 de março de 2002 19:09
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.


|
| >> Já tentaste no painel de configuração o icon do teclado ?
|
| >Sim, mas não consegui solucionar o problema através das janelas que se
| >abrem. Estou aguardando a visita de meu acessor para assuntos aleatórios
| >e/ou computacionais, mas no momento ele está viajando.
|
| Outra coisa que me lembrei depois é o "Regional Settings" não sei qual será
| a tradução no software dai.(tb no painel de controlo)
| Lá tem um painel onde se pode escolher directamente a linguagem do teclado.
| (espero que tenha no XP tb)
| Pode ter várias. Por isso pode continuar fazendo desenhos ASCII :-) lol
|
| >Talvez relacione-se ao USB [sei lá o que é isso!!! :-))].
|
| Universal Serial Bus
| É porta série mais moderna e rápida.
|
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| Sérgio Taborda
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Re: Resistencia e Repressao
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/03/2002 02:56

Olá Neville,

> Mas minha questão é outra: por que, em geral, os psicanalistas não gostam
de
> associar quimioterapia na psicoterapia enquanto os
> psiquiatras preferem apenas o uso desses produtos ? Não haveria vantagem
em
> associar ambos os métodos ?

Manuel: Mas quem disse que os psicanalistas não gostam de associar
quimioterapia na psicoterapia? O nosso colega de lista, o Marco Aurélio
Andrade, que é psicanalista, receita antidepressivos aos seus pacientes.

Freud, em seu opúsculo "Esboços de Psicanálise", escreveu que: "O futuro
talvez nos ensine a agir diretamente, com a ajuda de algumas substâncias
químicas, sobre as quantidades de energia e sua distribuição no aparelho
psíquico..." (em sua época, ainda não existiam antidepressivos e
ansiolíticos.) Não, não há incompatibilidade entre quimioterapia e
psicoterapia.

Claro que há os que defendem essa incompatibilidade. Estupidez a gente
encontra em todo canto.

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Ate que eh boa noticia!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/03/2002 08:37

Recebi hoje.
"Uma cientista paulista, a bióloga Alessandra Laranja, do
Instituto de Biociências da UNESP (campus de São José do Rio Preto),
durante a pesquisa da sua dissertação de mestrado, descobriu que a
borra de café produz um efeito que bloqueia a postura e o
desenvolvimento dos ovos do Aedes Aegypti.
O mosquito pode ser combatido colocando-se borra de café nos
pratinhos de coleta de água dos vasos, no prato dos xaxins, dentro das
folhas das bromélias, etc.
Com duas colheres de sopa de borra de café para cada meio
copo de água, pode ser aplicada em pratos que ficam sob vasos com
plantas, dentro de bromélias e sobre a terra dos vasos, jardins e hortas. "A
borra nem precisa ser diluída em água para ser usada", destaca a
bióloga. Pode ser colocada diretamente nos locais citados acima."

[]'
Léo



SUBJECT: Re: [ciencialist] OFF TOPIC: Vinhos ao Léo
FROM: "Silvio Cordeiro" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/03/2002 09:39

Ô Colucci:

Perfeita a aula com apenas uma ressalva: argentino honesto?
sds,
silvio
In vino veritas.
.
Messer Colucci rôte:

Assim, preferi sempre os portugueses e os agentinos, quase sempre honestos.
























SUBJECT: Curso de Telecinese
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/03/2002 09:56

Gostaria de saber a validade do que apresento abaixo.
Fonte: www.sobrenatural.com.br

Gilberto



Telecinesia - Mover um Objeto Pequeno

Escolha um objeto leve, pequeno, preferencialmente feito de um metal leve,
como um anel "barato".

Limpe completamente sua mente, não se distraia com nada em volta e tente não
deixar a sua mente "pensando", limpe a mente. Caso não consiga realizar os
passos anteriores, não precisa nem tentar realizar a telecinesia.
Concentração é vital.

Construa um "tunel" entre você e o objeto. Agora, visualize este túnel no
meio de você e do objeto. Veja somente o objeto.

Tudo esta fora do "tunel", no túnel se encontra somente o objeto a mover.
Desta forma, mantenha todos os objetos fora de sua visão. Tenha como
objetivo visualizar somente o objeto.

Agora é a hora de utilizar a mente. Imagine mãos saindo de você e puxando o
objeto. Logo você sentira a sensação de estar puxando o objeto. Talvez
comece a surgir sons em sua cabeça, resultante de um forte campo magnético.
Isto pode parecer bobeira, mas é sinal que esta dando tudo certo.

Na primeira vez que realizar a experiência, não espere muita coisa, o
importante e realizar a experiência sempre com dedicação, até que os
resultados desejados sejam alcançados.

OBS: Os primeiros passos são difíceis de serem conseguidos, mas não
desanime, os grande dotados, como Eusápia e D.D.Home, as vezes precisavam de
horas de concentração para realizarem seus fenômenos



SUBJECT: Re: [ciencialist] Curso de Telecinese
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/03/2002 10:30



>Gostaria de saber a validade do que apresento abaixo.

Não tem muito que saber. Faça. Quando der certo deu.
A telecinese como mudança de localização de objectos é facilmente
verificável. Ou o objecto muda de posição ou não muda.

Mas como se diz, limpar a mene não é nada facil. Portanto não esperes
conseguir com 1 dia de tentativas.

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Re: Resistencia e Repressao
FROM: "Terezinha Costa" <terezinhac@bridge.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/03/2002 12:01



> > Mas minha questão é outra: por que, em geral, os psicanalistas não
gostam
> de
> > associar quimioterapia na psicoterapia... ?

Muitos psicanalistas não são médicos e, portanto, não podem receitar
medicamentos.
Terezinha



SUBJECT: RES: [ciencialist] Curso de Telecinese
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/03/2002 13:02

Caro Sérgio, agradeço a resposta óbvia, talvez eu não tenha me expressado de
forma correta.
O que pretendo saber é: caso o objeto se mova, isto seria ilusão mental ou a
realidade.

Tempos atrás fui adepto de uma Ordem, que através de exercícios fazia a
chama de uma vela mudar de cor.
Na verdade o exercício induzia a mente acreditar na mudança, o processo era
mental e não físico.
Quando acordei para a realidade, quase via tudo ao meu redor mudar de cor.

Só quero saber se isto é real ou é indução ilusória.


Outra coisa, você escreveu "limpar a mene", seria limpar a mente ou limpar
ou memes ?

Gilberto



De: Sérgio Taborda [mailto:sergiotaborda@netcabo.pt]
Enviada em: sábado, 2 de março de 2002 10:30
Assunto: Re: [ciencialist] Curso de Telecinese

Gilberto wrote: Gostaria de saber a validade do que apresento abaixo.

Não tem muito que saber. Faça. Quando der certo deu.
A telecinese como mudança de localização de objectos é facilmente
verificável. Ou o objecto muda de posição ou não muda.

Mas como se diz, limpar a mene não é nada facil. Portanto não esperes
conseguir com 1 dia de tentativas.

Sérgio Taborda



SUBJECT: RE: [ciencialist] Curso de Telecinese
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/03/2002 13:31

>GILBERTO: Agora é a hora de utilizar a mente. Imagine mãos saindo de
você e puxando o objeto. Logo você sentira a sensação de estar puxando o
objeto. Talvez comece a surgir sons em sua cabeça, resultante de um
forte campo magnético. Isto pode parecer bobeira, mas é sinal que esta
dando tudo certo.<


Gilberto,

Há muitas maneiras de induzir efeitos estranhos no aparelho perceptivo
humano. No Museu de Ciência, aqui em Boston, há uma demonstração de meia
hora com experimentos interessantíssimos de como o cérebro pode ser
enganado.

Num deles, o apresentador convida duas crianças da audiência a ficar em
pé no palco. A sala é escurecida e é projetada a imagem de uma espiral
que gira fazendo parecer que estamos mergulhando em alta velocidade num
túnel infinito. O apresentador pede que nos concentremos num ponto no
centro do "túnel" e evitemos mover os olhos. Depois de um minuto de
concentração no "túnel", as luzes são dirigidas para as duas crianças no
palco e o apresentador pede que olhemos para elas. O resultado é um
"uau" bem alto, vindo de todos os cantos da platéia. As crianças
"diminuem" diante de nossos olhos. Aliás, tudo o que olhamos diminui.
Não é apenas uma "ilusão", em que alguém nos faz acreditar que as coisas
diminuem, é um fenômeno claramente observável.

A experiência é repetida com o túnel girando de maneira inversa, de
maneira a parecer que nos afastamos dele. Quando olhamos para as
crianças, elas parecem "aumentar". Novamente, a impressão é nítida e
óbvia. O apresentador nos diz que um fenômeno parecido é às vezes
observado por pessoas que passaram muitas horas dirigindo numa estrada
reta, geralmente com sono, olhando apenas para a frente. Quando saem do
carro, a paisagem parece diminuir. O cérebro se acomoda à idéia de que
tudo aumenta, pois estamos nos aproximando em alta velocidade dos
objetos. Quando paramos, o cérebro compensa a imagem de objetos
estáticos fazendo-os diminuir.

Duvido que alguém que passe por uma sessão de experimentos desse tipo
consiga acreditar que essas experiências de levitação possam ter algum
fundamento. O que elas produzem é uma modificação temporária no aparato
perceptivo do observador, fazendo-o acreditar ter visto (e viu
realmente!) um fenômeno que nunca aconteceu. Concentrar-se por longo
tempo em um único objeto é uma das maneiras de confundir a nossa
percepção.

Minha filha foi voluntária para ficar no palco no dia do experimento do
Museu de Ciência. Medi-a quando cheguei em casa. Ela estava do mesmo
tamanho. Deve ter crescido a caminho de casa.


Um abraço,
Colucci




SUBJECT: Re: [ciencialist] Curso de Telecinese
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/03/2002 13:34

>Caro Sérgio, agradeço a resposta óbvia, talvez eu não tenha me expressado
de
>forma correta.
>O que pretendo saber é: caso o objeto se mova, isto seria ilusão mental ou
a
>realidade.

Eu respondi a isso.
"A telecinese como mudança de localização de objectos é facilmente
verificável. Ou o objecto muda de posição ou não muda."

Ou seja, pega-se numafita métrica e medese a distancia até um ponto de
referecia antes e depois da experiencia.
Não tens de ser tu a fazê-lo. Pode ser qq pessoa.
Outro método é um detector de movimento.
As coisas fisicas são fáceis de medir.

>Tempos atrás fui adepto de uma Ordem, que através de exercícios fazia a
>chama de uma vela mudar de cor.

A cor da vela tb é um arteficio fisico. É caracteristica da temperatura com
que o pavio da vela arde e dos constituintes quimicos do pavio.
Ai os métodos seriam algo mais sofisiticados. Mas um metodo mais simples é a
gravação, imparcial, em video. E com imparcial quero dizer que a imagem não
é tratada de nenhuma forma.
Ai poderás ver a chama a mudar de cor, ou não.

Mas eu não sei o quanto os fenomenos interfeririam com processo electronicos
de medida.

>Só quero saber se isto é real ou é indução ilusória.

A unica forma é estabalecer uma experiencia controlada.Ajudado por máquinas
, aparelhos de medida e pessoas imparciais.
Coisas fisicas é facil de medir e controlar desta forma, por processo vários
q dependem apenas das capacidade$ de engenharia dos que vão proceder às
medições.

>Outra coisa, você escreveu "limpar a mene", seria limpar a mente ou limpar
ou memes ?

"limpa _A_ men" indica que a palavra seguinte seria femenina. ao que sei,
"memes" é uma palavra masculinha.Era "limpar a mente".

Mas já que falas em memes, desse tb convém limpares-te.

[]

Sérgio Taborda

P.S
Deixaste escrito na mensagem :

>De: Sérgio Taborda [mailto:sergiotaborda@netcabo.p.t]

Agradeceria que não mensionasses o email. Isso faz com que os spiders de
spam o encontrem.
é por isso que todos os mails são truncados pelo yahoo.
Mas pronto, agora já está...não vale a pena chorar pelo leite derramado.
Mas fica o ensinamento, para próximas ocasiões.

(spider é um programa que anda pela net em busca de qq coisa. spider de
spam é aquele que procura emails nas paginas para poderem ser dados ou
vendidos a 3º ou usadoe pelos proprios para enviar spam.
spam = email enviado sem ser pedido, sem contuedo relevante ou
publicitário.)





SUBJECT: RES: [ciencialist] Curso de Telecinese
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/03/2002 13:52

Agradeço a exlicação.

Gilberto.

-----Mensagem original-----
De: Jose Colucci Jr. [mailto:j.colucci@rcn.com]
Enviada em: sábado, 2 de março de 2002 13:32
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: RE: [ciencialist] Curso de Telecinese


>GILBERTO: Agora é a hora de utilizar a mente. Imagine mãos saindo de
você e puxando o objeto. Logo você sentira a sensação de estar puxando o
objeto. Talvez comece a surgir sons em sua cabeça, resultante de um
forte campo magnético. Isto pode parecer bobeira, mas é sinal que esta
dando tudo certo.<


Gilberto,

Há muitas maneiras de induzir efeitos estranhos no aparelho perceptivo
humano. No Museu de Ciência, aqui em Boston, há uma demonstração de meia
hora com experimentos interessantíssimos de como o cérebro pode ser
enganado.

Num deles, o apresentador convida duas crianças da audiência a ficar em
pé no palco. A sala é escurecida e é projetada a imagem de uma espiral
que gira fazendo parecer que estamos mergulhando em alta velocidade num
túnel infinito. O apresentador pede que nos concentremos num ponto no
centro do "túnel" e evitemos mover os olhos. Depois de um minuto de
concentração no "túnel", as luzes são dirigidas para as duas crianças no
palco e o apresentador pede que olhemos para elas. O resultado é um
"uau" bem alto, vindo de todos os cantos da platéia. As crianças
"diminuem" diante de nossos olhos. Aliás, tudo o que olhamos diminui.
Não é apenas uma "ilusão", em que alguém nos faz acreditar que as coisas
diminuem, é um fenômeno claramente observável.

A experiência é repetida com o túnel girando de maneira inversa, de
maneira a parecer que nos afastamos dele. Quando olhamos para as
crianças, elas parecem "aumentar". Novamente, a impressão é nítida e
óbvia. O apresentador nos diz que um fenômeno parecido é às vezes
observado por pessoas que passaram muitas horas dirigindo numa estrada
reta, geralmente com sono, olhando apenas para a frente. Quando saem do
carro, a paisagem parece diminuir. O cérebro se acomoda à idéia de que
tudo aumenta, pois estamos nos aproximando em alta velocidade dos
objetos. Quando paramos, o cérebro compensa a imagem de objetos
estáticos fazendo-os diminuir.

Duvido que alguém que passe por uma sessão de experimentos desse tipo
consiga acreditar que essas experiências de levitação possam ter algum
fundamento. O que elas produzem é uma modificação temporária no aparato
perceptivo do observador, fazendo-o acreditar ter visto (e viu
realmente!) um fenômeno que nunca aconteceu. Concentrar-se por longo
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percepção.

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Um abraço,
Colucci



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SUBJECT: FQ fazendo sucesso
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/03/2002 20:30

Os textos de "Física Quanticas ... para os místicos e esotéricos" tá se alastrando pela Net. agora já faz parte da página de abertura da FisicaNet:

FÍSICA MODERNA
Mecânica Quântica
Relatividade
Temas diversos
Física Avançada
Física Nuclear
Física Quântica para os místicos e esotéricos <====

Além disso tem e.mails do tipo:
"Amigo Luiz,
Gostei muito do artigo
http://www.feiradeciencias.com.br/sala23/23_MA11.asp "

Só faltam os místicos começarem a bronquear!

[]'
Léo
================



SUBJECT: Tema livre
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/03/2002 20:34

"Caro Luiz Ferraz Netto,
Me chamo Nathalie Onofre e estou cursando o 1º ano do ensino medio.
Primeiramente, quero elogiar o seu site, conteúdo é muito satisfatório, por
isso quero lhe pedir ajuda quanto ao tema que eu devo escolher...
Adoro física, química e biologia por isso tenho tamanha dificuldade, não sei
qual matéria mais me agrada.
Na verdade estou em duvida em alguns temas: Albert Einstein, Stephen
Hawking, aviões, os grandes nomes da física... São tantos...
Queria, por gentileza q o senhor me indicasse um tema interessante.
Atenciosamente,

Nathalie Onofre"

Aceitos sugestões e links. (veja ... 1°ano ensino médio!)

[]'
Léo
============




SUBJECT: RES: [ciencialist] Seres vivos
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/03/2002 12:40

Eu aprendi que seres vivos são todos os seres animados, se tratando da
natureza,
sem a interferência do homem, a arvore é um ser vivo,
enquanto pedras e derivados minerais seriam seres não vivos ou inanimados.


A mesa é produto do homem, a arvore é um ser vivo natural.

Não devemos confundir natureza, e tudo por ela produzido, com o mundo
artificial, onde há manipulação humana.


Gilberto.





-----Mensagem original-----
De: Luiz Ferraz Netto [mailto:leo@barretos.com.br]
Enviada em: domingo, 3 de março de 2002 12:54
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Seres vivos


Essa, parece-me, uma denominação um tanto ambígua. Seres vivos. Entretanto é
comum nos textos do ensino básico.
À parte a dificuldade do conceito de "vida" (há livros inteiros só para
discutir isso), que será que a criança entende por 'seres vivos e não
vivos'?

A pergunta que chegou agora pegou-me de calças curtas: "Dúvida/Sugestão:
quais sao os seres nao vivos do meio ambiente ".

A árvore é um 'ser vivo', depois é cortada (morre) e dela faz-se a mesa da
casa da guria; é um 'ser não vivo'? Fará ela a distinção entre 'ser
racional' (não, não é preciso pensar apenas nos céticos :-)) e 'ser
irracional' (não, não pense apenas nos crentes :-))? Fará a distinção entre
'ser animado' e 'ser inanimado'?
Numa floresta os 'seres não vivos' podem ser o ar, o solo, os sais, a
madeira seca etc. ???

Em suma, que digo para ela? "Ser ou não ser ... eis a questão"?

[]'
Léo
================


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SUBJECT: Seres vivos
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/03/2002 12:53

Essa, parece-me, uma denominação um tanto ambígua. Seres vivos. Entretanto é comum nos textos do ensino básico.
À parte a dificuldade do conceito de "vida" (há livros inteiros só para discutir isso), que será que a criança entende por 'seres vivos e não vivos'?

A pergunta que chegou agora pegou-me de calças curtas: "Dúvida/Sugestão: quais sao os seres nao vivos do meio ambiente ".

A árvore é um 'ser vivo', depois é cortada (morre) e dela faz-se a mesa da casa da guria; é um 'ser não vivo'? Fará ela a distinção entre 'ser racional' (não, não é preciso pensar apenas nos céticos :-)) e 'ser irracional' (não, não pense apenas nos crentes :-))? Fará a distinção entre 'ser animado' e 'ser inanimado'?
Numa floresta os 'seres não vivos' podem ser o ar, o solo, os sais, a madeira seca etc. ???

Em suma, que digo para ela? "Ser ou não ser ... eis a questão"?

[]'
Léo
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SUBJECT: RES: [ciencialist] Seres vivos
FROM: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/03/2002 13:17

Deixa eu tentar ser mais claro, daqui a pouco ficarei transparente.

Quando mencionei manipulação humana. Me referi a desordem Natural.
A árvore não existe para se transformar em cadeira, mesa ou qualquer outro
móvel, o homem lhe dá esta utilidade.

Natural é o processo explicado por leis da Natureza.

Você plantou a árvore no teu jardim, ma você não fica analisando a
quantidade de clorofila produzida, gás carbônico eliminado, deixa que a
natureza tome conta. Nós somos produtos naturais, a reprodução sexual é
natural. A clonagem não.

A clonagem é uma técnica inventada pelos homens, não existiria por si só.
Pelo menos não conheço nenhum ser vivo que assim se reproduza, ou a meiose é
uma espécie de clonagem ?

Caro Léo, até para que este assunto não fique por demais longo.

Infelizmente não sou biólogo, sou um leigo e dei minha opinião.

Não estou colocando meu conhecimento como base verdadeira e final. É apenas
o que eu aprendi.


Gilberto



-----Mensagem original-----
De: Luiz Ferraz Netto [mailto:leo@barretos.com.br]
Enviada em: domingo, 3 de março de 2002 13:33
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Seres vivos




| Eu aprendi que seres vivos são todos os seres animados, se tratando da
| natureza,
| sem a interferência do homem, a arvore é um ser vivo,
| enquanto pedras e derivados minerais seriam seres não vivos ou inanimados.
|
|
| A mesa é produto do homem, a arvore é um ser vivo natural.
|
| Não devemos confundir natureza, e tudo por ela produzido, com o mundo
| artificial, onde há manipulação humana.
|

Oi gp,

não entendi essa manipulação humana para produzir coisas da natureza. Meu
filho é produto da 'manipulação' (deliciosa) de dois seres e não é produto
exclusivo da natureza. A árvore de meu quintal fui eu quem a plantei ... a
natureza não participou dessa manipulação. Se dependesse da natureza ela não
estaria lá!
Que entende por produto do homem? Liquidificador tocado a ectoplasma? Laser?
Clone humano?

dúvidas! ... dúvidas! .....

[]'
Léo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Seres vivos
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/03/2002 13:33



| Eu aprendi que seres vivos são todos os seres animados, se tratando da
| natureza,
| sem a interferência do homem, a arvore é um ser vivo,
| enquanto pedras e derivados minerais seriam seres não vivos ou inanimados.
|
|
| A mesa é produto do homem, a arvore é um ser vivo natural.
|
| Não devemos confundir natureza, e tudo por ela produzido, com o mundo
| artificial, onde há manipulação humana.
|

Oi gp,

não entendi essa manipulação humana para produzir coisas da natureza. Meu filho é produto da 'manipulação' (deliciosa) de dois seres e não é produto exclusivo da natureza. A árvore de meu quintal fui eu quem a plantei ... a natureza não participou dessa manipulação. Se dependesse da natureza ela não estaria lá!
Que entende por produto do homem? Liquidificador tocado a ectoplasma? Laser? Clone humano?

dúvidas! ... dúvidas! .....

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Léo
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SUBJECT: Para participar basta teclar.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/03/2002 16:38

"Dúvida/Sugestão: Gostaria de saber como acontece o funcionamento do mar, pois sou professora da 3ª série do Ensino Fundamental e no livro adotado veio esta pergunta e não sei a resposta e se possível gostaria de uma sugestão de como trabalhar o tema. Obrigado!!! "

Não exagerem.....

[]'
Léo
==========





SUBJECT: Re: [ciencialist] Mulheres na lista
FROM: "Danni Morais" <ardm@unisys.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/03/2002 16:55

valeu alisson, talvez nós dois já estamos fundando uma nova geraçao, revolucionaria, quem sabe? aposto que tem mais alguns por ai, mas as coisas boas começam aos poucos.

os grandes revolucinarios tb eram incompreendidos no tempo deles... e aguentaram muitas e boas tb.

abraços,
danni.
----- Original Message -----
From: Alisson Antonio Martins
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, March 01, 2002 4:44 PM
Subject: Re: [ciencialist] Mulheres na lista


"acho que o homem das cavernas vem a frente do homem intelectual"
Tb acho Danni....
É, lá não haviam classes sociais, uma coisa em que insisto bastante, eu
sei, mas é assim. Hoje em dia há preconceito para todos os gostos(ou
desgostos) e isto é realmente lamentável.
saudações revolucionárias...
l ss n
___________________________________________
___________________________________________

"Crer em tudo ou duvidar de tudo
são duas situações igualmente cômodas,
âmbas nos impedem de refletir."
Henri Poincaré
___________________________________________
___________________________________________



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mulheres na lista
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/03/2002 18:45

----- Original Message -----
From: "Danni Morais"
Sent: Sunday, March 03, 2002 4:55 PM
Subject: Re: [ciencialist] Mulheres na lista

> valeu alisson, talvez nós dois já estamos fundando uma nova geraçao,
> revolucionaria, quem sabe? aposto que tem mais alguns por ai, mas as
> coisas boas começam aos poucos.
> os grandes revolucinarios tb eram incompreendidos no tempo deles... e
> aguentaram muitas e boas tb.

Mário Schenberg (1984): "É sempre na violação do que é considerado certo,
que nasce o novo e há a criação. E este espírito deve ser redescoberto pela
juventude brasileira."

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Metanogenicos
FROM: "Fabiano Reis" <fab.reis@terra.com.br>
TO: Ciência List <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, Acrópolis <acropolis@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/03/2002 23:16

Essa é furiosa.
________________

Cientistas americanos descobrem um novo tipo de vida

Terra Notícias, 16 de janeiro de 2002

Cientistas norte-americanos descobriram uma colônia de microorganismos de um
tipo desconhecido, cujo funcionamento poderia dar indicações sobre eventuais
ecossistemas extraterrestres similares, informa a revista científica
britânica Nature em sua edição de amanhã. Os micróbios foram descobertos no
Estado de Idaho, em fontes d'água subterrâneas a 200 metros de profundidade.
Sua energia vital não depende do Sol, e sim provém do hidrogênio contido nas
rochas ígneas. Esses microorganismos são metanogênicos, ou seja, produzem
metano.

O fato de que eram desconhecidos na Terra até agora e que mostram que pode
haver vida a partir de outras substâncias que não o carbono faz com que os
cientistas suspeitem que meios de vida de condições similares, nas quais a
metanogênese seria a base do ecossistema, poderiam existir sob a superfície
de Marte ou Europa, uma da luas de Júpiter. A equipe de cientistas, dirigida
por Francis Chapelle, do instituto US Geological Survey, da Carolina do Sul,
escolheu como base de pesquisa o sítio de Lidy Hot Springs, em Idaho, por
considerar este o que tinha as maiores chances de apresentar condições
comparáveis àquelas que supõem existir em Marte e Europa, ou seja, um
terreno carente de compostos orgânicos, mas cujo subsolo rochoso produzisse
hidrogênio.

Os cientistas conseguiram identificar os micróbios em questão através de seu
seqüenciamento genético. Esta é a primeira vez que um meio de vida dominado
por metanogênicos é isolado e analisado, ressaltam os estudiosos. Esses
microorganismos pertencem a um grupo da família das bactérias, as
archaebactérias, seres unicelulares que vivem e se reproduzem em condições
ambientais extremas, como temperatura elevada, alta salinidade e anaerobiose
estrita.






SUBJECT: Re: [ciencialist] Para participar basta teclar.
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/03/2002 00:31



Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> "Dúvida/Sugestão: Gostaria de saber como acontece o funcionamento do mar, pois sou professora da 3ª série do Ensino Fundamental e no livro adotado veio esta pergunta e não sei a resposta e se possível gostaria de uma sugestão de como trabalhar o tema. Obrigado!!! "
>
> Não exagerem.....

Ok, esta é fácil. O mar raramente funciona. Os funcionários públicos
encarregues de o pôr a funcionar estão quase sempre em greve e raramente
fazem o que têm a fazer. Quando trabalham, é das nove às cinco, e quase
não saem da praia. Foram propostas várias soluções para este problema:

1 - automatização do mar, que envolve a troca deste mar antiquado por
outro mais moderno.

2 - privatização do mar, que envolve a venda do mar aos interesses
capitalistas americanos e aos Barões de droga da Colombia

3 - esvaziamento do mar e venda da água em leilão público.

4 - congelamento do mar e revenda dos cubos de gelo nos supermercados

5 - encerramento e vedação do mar

Estas medidas sofreram a oposição dos funcionários públicos e é por
isso que eles estão em greve. As companhias de navegação maritima
pressionam o governo para resolver o problema, mas até hoje nenhum
governo conseguiu impor uma solução satisfatória.

--
joão
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: Mulheres na lista
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/03/2002 08:21

--- In ciencialist@y..., Alisson Antonio Martins <aam00@f...> wrote:
> É, lá não haviam classes sociais

O pior e' q. provavelmente havia.

Bem, nao exatamente classes sociais como
as de hj, mas provavelmente havia uma
hierarquia entre nossos ancestrais.

Possivelmente algo similar ao q. encontramos
em outros grupos de macacos proximos, como
chimpanzes e gorilas.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Resistencia e Repressao
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/03/2002 08:23

--- In ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> wrote:
> Manuel: Mas quem disse que os psicanalistas não gostam de associar
> quimioterapia na psicoterapia? O nosso colega de lista, o Marco
> Aurélio Andrade, que é psicanalista, receita antidepressivos aos
> seus pacientes.

Provavelmente o Marco Aurelio e' tbm medico.
Apenas medicos podem receitar medicamentos.
Quem e' psicanalista sem formacao medica nao
pode receitar nada disso.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Ate que eh boa noticia!
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/03/2002 08:26

--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> Recebi hoje.
> "Uma cientista paulista, a bióloga Alessandra Laranja, do
> Instituto de Biociências da UNESP (campus de São José do Rio
> Preto), durante a pesquisa da sua dissertação de mestrado,
> descobriu que a borra de café

Qual a procedencia dessa mensagem?

Mas ainda q. seja verdade, o bom mesmo e' tirar toda
a agua dos recipientes.

(Vamos ver se a imprensa consegue mobilizar a populacao
como fez com o racionamento de energia.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Curso de Telecinese
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/03/2002 08:32

Provavelmente o curso e' uma furada.
Tto qto se sabe nao existe telecinese.
Ao menos nao se obteve nenhuma prova
crivel ate' hj. (Mesmo com o entusiamo
da turma da parapsicologia.)

Um metodo bastante facil de se verificar
o resultado e' empolvilhar uma superficie
plana (uma mesa). O rastro do objeto
devera' ser registrado na farinha caso
ele se mova. (Ninguem deve estar perto
da mesa para diminuir a possibilidade
de burla.)

(Talvez eu de um curso de telecinese
por telepatia.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Seres vivos
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/03/2002 08:46

--- In ciencialist@y..., "gp" <sunriseg@t...> wrote:
> Natural é o processo explicado por leis da Natureza.

Ha' diversas acepcoes de "Natureza" e "Natural".
A definicao acima e' possivel e uma das mais
amplas.

No entanto ela e' incompativel com a concepcao
de natural q. vc parece querer dar. Ja' q.
as manipulacoes humanas sobre o ambiente tbm
e' explicada por leis da Natureza. Nesse sentido
o ser humano e' um agente da natureza.

Uma outra concepcao de natural q. talvez
se encaixe mais nas suas ideias e' do
confronto entre o artificial e o natural.
Artificial como produto de uma acao
*intencional* e natural como um produto
de uma acao *sem intencao*.

Mas aplicando-se isso 'a questao de
seres vivos, fica estranho nao considerar
um clone como um ser vivo. Ele desempenha
todas as funcoes vitais q. caracterizam
um ser vivo: tem metabolismo (o conjunto
das reacoes quimicas q. permitem o
organismo extrair e utilizar energia e
materia prima do ambiente de modo a
manter sua organizacao interna).

Um organismo artificial -- fruto da
engenharia genetica, por exemplo --
nao deve deixar de ser considerado
um ser vivo.

Porem, a mesa, o casaco de pele,
o tecido de algodao, a escultura de
osso, etc... nao sao seres vivos:
eles nao apresentam metabolismo.
Eles sao objetos cuja materias-primas
sao produtos de origem organica.

Falando de um modo mais simples
possivel (embora bastante impreciso):
cachorro, gato, peixe, samambaia,
bacteria, etc. respiram, crescem e se reproduzem;
cadeira, sapato, pedra, agua, etc. nao
respiram, nem crescem e nao se reproduzem.
Claro q. existem coisas um tto intermediarias:
cristais e virus, por exemplo. Mas
isso mostra q. provavelmente nao
existe um hiato real entre o grupo dos
seres vivos e o dos nao-vivos -- afinal
la' nas origens -- varios bilhoes de
anos atras -- os seres vivos surgiram
a partir da materia bruta.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Para participar basta teclar.
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/03/2002 09:19

--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> "Dúvida/Sugestão: Gostaria de saber como acontece o funcionamento
> do mar, pois sou professora da 3ª série do Ensino Fundamental e no
> livro adotado veio esta pergunta e não sei a resposta e se possível
> gostaria de uma sugestão de como trabalhar o tema. Obrigado!!! "

Funciona em q. sentido?

- Ondas: geralmente o vento q. sopra na superficie
provoca pequenas ondulacoes nas aguas q. se propagam.
Ao se aproximarem das praias, onde a profundidade e'
menor, a onda fica mais alta. O atrito com o fundo,
faz com q. a parte inferior da onda perca velocidade.
A parte superior continua seu movimento. Isso faz com
q. a onda se enrole sobre si mesma e se quebre.

- Mares: a Lua exerce atracao gravitacional. Como as
massas das aguas do mar e da Lua sao bastante grandes
essa acao gravitacional (q. e' proporcional ao produto
das massas envolvidas) se faz sentir de modo mais intenso.
A gravidade da Lua (corrija os termos, Leo) puxa as
massas de agua em sua direcao. Entao a regiao sobre
a qual a Lua esta' sofre um puxao para cima dela.
O mar sendo bastante massivo e fluido responde a
esse puxao e sobe -- a mare' fica alta nessa
regiao. Como mais agua corre para essa regiao,
as regiao q. ficam perpendiculares 'a linha q.
liga a Lua ao centro da Terra ficam com menos
agua e a mare' fica baixa. No outro lado a
mare' tbm fica alta. Uma das explicacoes para
isso q. eu ouvi e' porq. o centro da Terra se
desloca ligeiramente no sentido da Lua. A massa
de agua do outro lado fica entao sob uma menor
atracao gravitacional da Terra. E como a Terra gira
a tendencia dos corpos sobre a sua perficie e'
sair 'voando' pela tangente. Como a forca e' menor
a nova situacao de equilibrio e' atingida qdo
uma maior massa de agua se ergue naquela regiao --
o q. rouba mais agua ainda das regioes perpendiculares.
Como a Terra gira a uma volta por dia, uma regiao fica
duas vezes em mare' alta e duas vezes em mare'
baixa de modo intercalado. E como a Lua tbm se move
a uma velocidade de cerca de uma volta a cada
28 dias -- o horario das mares se alteram ligeiramente
de um dia para o outro (ela se atrasa cerca de uma
hora por dia). Alem da Lua, o Sol tbm exerce
uma atracao gravitacional q. provoca as mares -- mas
embora de massa muito maior, esta' tbm muito mais
distante (a forca depende tbm da distancia --
quanto mais distante mais fraca a forca, na verdade
a relacao e' ao quadrado da distancia; se a distancia
dobra, a forca fica em apenas um quarto da original).
Dessa maneira a influencia do Sol e' muito menor do
q. a da Lua. Porem qdo a Lua e o Sol estao alinhados
isso soma os efeitos e tEm-se as mares altas mais
altas e as mares baixas mais baixas (mare' de
sizigia, água-viva). As águas-mortas surgem qdo
a Lua e o Sol ficam em angulo reto considerando-se
a Terra como o vertice (quadratura).

- Correntes maritimas: essa e' a mais complicada --
depende das diferencas de temperaturas, o efeito
Coriolis, do relevo do fundo dos oceanos e das
diferencas de salinidade -- e talvez de alguns
outros fatores.

- Os oceanos sao as principais fontes de oxigenio
molecular do planeta. O "pulmao do mundo" sao portanto
as aguas oceanicas, gracas 'a fotossintese de seu
fitoplancton (o conjunto de algas e outros
seres fotossintetizantes q. flutuam perto da superficie).

- Funcionam como um grande tampao de temperatura --
devido 'a grande capacidade termica da agua: demora
para se aquecer e se resfriar e armazena uma gde
quantidade de energia termica por unidade de massa.

- Influenciam o clima global. Sao o principal componente
do ciclo das aguas: neles estao 97,3% da agua do planeta.

- Sao importantes fontes de materia-prima: pescados e
minerais (em especial o sal de cozinha).

- E mais etc.

Muitas dessas coisas acima podem ser trabalhadas com
pequenos experimentos. Fazer ondas soprando uma bacia
de agua. Ver como a agua se movimenta: coloca-se anilina
na agua mais quente, na mais salgada e assim por diante.
Faz-se a curva de aquecimento da agua. Calcula-se a
capacidade de dissolucao da agua -- verifica-se a concentracao
de saturacao -- a diferentes temperaturas.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Metanogenicos
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/03/2002 09:23

Infelizmente o reporter se confundiu.

Microorganismos metanogenicos sao
conhecidos ha' um bom tempo. Nao
e' essa realmente a novidade.

O q. e' novidade e' um ecossitema
baseado em tais microorganismos.
(Embora ja' se conhecem outros
ecossistemas q. nao dependam da
luz solar e nem da energia contida
em moleculas organicas como
fonte primaria de energia: em
ventarolas submarinas ha' comunidades
inteiras q. dependem de baterias q.
retiram energia a partir de compostos
de enxofre.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mulheres na lista
FROM: Alisson Antonio Martins <aam00@fisica.ufpr.br>
TO: "[ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/03/2002 09:46

Pois é Danni,
Andei lendo uns e-mails anteriores e percebi um em que vc fala do
feminismo. Eu entendo esse mundo como um mundo opressor: a educação é
opressora, a economia é opressora, a religião é opressora, enfim, a
sociedade e seu sistema falido são opressores. Sendo assim, resta aos
setores oprimidos se organizar e lutar contra a opressão. O feminismo não
afirma que as mulheres são melhores que os homens, mesmo porque estaria
agindo tal qual o machismo. O feminismo levanta a luta por uma sociedade
mais justa, onde a mulher tem os mesmos direitos que o homem.
Porém, há mulheres nas mais diversas CLASSES SOCIAIS, umas oprimem e
outras...O foco deixa de ser o Gênero e passa a ser o de Classe.
Aí virão os defensores das classes...e sabe duma coisa? Viva a luta das
mulheres!!!( Abaixo o machismo, e toda forma de opressão.)
Toda forma de poder é uma forma de poder por nada...
l ss n

___________________________________________
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"Crer em tudo ou duvidar de tudo
são duas situações igualmente cômodas,
âmbas nos impedem de refletir."
Henri Poincaré
___________________________________________
___________________________________________

On Sun, 3 Mar 2002, Alberto Mesquita Filho wrote:

> ----- Original Message -----
> From: "Danni Morais"
> Sent: Sunday, March 03, 2002 4:55 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Mulheres na lista
>
> > valeu alisson, talvez nós dois já estamos fundando uma nova geraçao,
> > revolucionaria, quem sabe? aposto que tem mais alguns por ai, mas as
> > coisas boas começam aos poucos.
> > os grandes revolucinarios tb eram incompreendidos no tempo deles... e
> > aguentaram muitas e boas tb.
>
> Mário Schenberg (1984): "É sempre na violação do que é considerado certo,
> que nasce o novo e há a criação. E este espírito deve ser redescoberto pela
> juventude brasileira."
>
> [ ]´s
> Alberto
> http://ecientificocultural.com/indice.htm
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Seres vivos
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/03/2002 09:48

On Sun, 3 Mar 2002, gp wrote:
> Eu aprendi que seres vivos são todos os seres animados, se tratando da
> natureza,
> sem a interferência do homem, a arvore é um ser vivo,
> enquanto pedras e derivados minerais seriam seres não vivos ou inanimados.

Neste caso um cristal é um ser vivo???? Eles crescem sem a interferência
humana.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
One Ring to rule them all



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Seres vivos
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/03/2002 09:57

On Sun, 3 Mar 2002, gp wrote:
> A clonagem é uma técnica inventada pelos homens, não existiria por si só.
> Pelo menos não conheço nenhum ser vivo que assim se reproduza, ou a meiose é
> uma espécie de clonagem ?

Se eu não me engano, todos os tatuzinhos de uma mesma ninhada são
geneticamente idênticos entre si.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
One Ring to rule them all



SUBJECT: RES: Seres vivos
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/03/2002 10:12

Já li algures várias definições de vida e o único
consenso entre os autores é que não há consenso, pois
todas as definições são imprecisas qdo analisadas sob
diferentes pontos de vista.

Uma definição, porém, agrada-me particularmente:
Vida é tudo o que tem potencial para evoluir e se
reproduzir.

Parece-me que a palavra "potencial" amplia bastante
o leque. Considera, p.ex., vírus como formas de
vida, pois, mesmo em estado de suspensão, qdo
encontra o meio adequado, pode se reprodudir e evoluir.
Por outro lado, afasta cristais da definição, pois
embora têm potencial para se reproduzir no ambiente
adequado, não têm potencial evolutivo, pois suas
configurações e rearranjos são limitados.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Para participar basta teclar.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/03/2002 10:17

Oi Roberto,

ok. agradeço participação.
sobre as marés tenho o trabalho "Estudando as marés" que está em :
http://www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto39.asp

Lá está tb o problema da 'microgravidade' nas naves em órbita. Dê uma vistoriada lá.

[]'
Léo
===========
-----Mensagem Original-----
De: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 4 de março de 2002 09:19
Assunto: [ciencialist] Re: Para participar basta teclar.


--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> "Dúvida/Sugestão: Gostaria de saber como acontece o funcionamento
> do mar, pois sou professora da 3ª série do Ensino Fundamental e no
> livro adotado veio esta pergunta e não sei a resposta e se possível
> gostaria de uma sugestão de como trabalhar o tema. Obrigado!!! "
...................................................
Roberto Takata


&&& --- &&&
VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
http://www.ciencialist.hpg.com.br
Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
&&& --- &&&

Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html





SUBJECT: Re: RES: Seres vivos
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/03/2002 10:35

--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> Uma definição, porém, agrada-me particularmente:
> Vida é tudo o que tem potencial para evoluir e se
> reproduzir.

Essa definicao e' boa para grupos, mas
fica dificil de se aplicar em individuos.

Uma mula nao se reproduz... Um eunuco
tbm nao.

(Alem de q. entram coisas q. geram contendas
como virus de computadores, memes e similares.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Seres vivos
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/03/2002 10:42

> > Pelo menos não conheço nenhum ser vivo que assim se reproduza, ou
> > a meiose é uma espécie de clonagem ?

Esqueci-me de comentar essa parte.

A meiose e' um tipo de divisao celular em q.
ha' uma *reducao* do conteudo genetico --
uma das copias nao passa para a metade das
celulas, porq. ha' a segregacao dos cromossomos
homologos na primeira metade do processo.

Seria a mitose - processo de divisao em q.
ha' conservacao do tamanho do material
genetico - uma especie de clonagem.

Praticamente toda forma de reproducao assexuada
(sem variacao do numero de cromossomos ou
troca de material genetico) gera clones
-- q. sao simplesmente individuos
geneticamente identicos.

Gemeos univitelinos sao clones 'naturais'.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RES: [ciencialist] RES: Seres vivos
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/03/2002 10:46

Eu escrevi:
>
> Parece-me que a palavra "potencial" amplia bastante
> o leque. Considera, p.ex., vírus como formas de
> vida, pois, mesmo em estado de suspensão, qdo
> encontra o meio adequado, pode se reprodudir e evoluir.
> Por outro lado, afasta cristais da definição, pois
> embora têm potencial para se reproduzir no ambiente
> adequado, não têm potencial evolutivo, pois suas
> configurações e rearranjos são limitados.

Virus de computador pode ser uma forma de vida?
Tema interessante...

Os virus de computador são notórios auto-replicadores,
ou seja, têm potencial para reprodução em seu meio
ambiente.

Mas e a questão da evolução?

Virus de computador não evoluem, pois são incapazes de
sofrer mutação, não é? Errado!
A chance de ocorrer uma cópia defeituosa no processo de
auto-replicação é muito pequena, mas não impossível.
Mesmo assim quando ocorre uma mutação quase sempre é fatal.
O vírus deixará de funcionar e não mais se reproduzirá.
Certo? Errado! Pode ser que deixe de funcionar, mas
existe uma chance muito pequena do virus continuar a se
reproduzir.

Deu para ter uma idéia do tempo necessário para que ocorra
uma mutação viável num vírus de computador?

Pois considero uma ótima analogia para entender o fator
tempo no mundo biológico.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] RES: Seres vivos
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/03/2002 10:52

--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> existe uma chance muito pequena do virus continuar a se
> reproduzir.

Acho q. nem tao pequena assim.
A porcao q. garante a reproducao
ocupa um trecho muito pequeno no
codigo. Ha' uma modularidade
muito maior em um programa do q.
nos seres vivos.

Mas ha' coisas interessantes a
se aprender com eles.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: RES: Seres vivos
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/03/2002 11:02

> -----Mensagem original-----
> De: rmtakata [mailto:rmtakata@altavista.net]
>
> Essa definicao e' boa para grupos, mas
> fica dificil de se aplicar em individuos.
>
> Uma mula nao se reproduz... Um eunuco
> tbm nao.

Se não eliminamos a questão funcional, a grosso
modo, mulas e eunucos não são formas de vida...
Isso não é nada ético, mas rigorosamente não invalida
a definição (exceto se afastramos a questão funcional).

PS: Vcs tão vendo como a definição de vida e f*! :-)

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Para participar basta teclar.
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/03/2002 11:44



rmtakata wrote:

>
> - Ondas: geralmente o vento q. sopra na superficie
> provoca pequenas ondulacoes nas aguas q. se propagam.
> Ao se aproximarem das praias, onde a profundidade e'
> menor, a onda fica mais alta. O atrito com o fundo,
> faz com q. a parte inferior da onda perca velocidade.
> A parte superior continua seu movimento. Isso faz com
> q. a onda se enrole sobre si mesma e se quebre.

Uma onda não é uma massa de água que se desloca, mas energia que se
desloca através da água (se é que se pode dizer assim). Mas
certamente alguém por aí percebe melhor isto do que eu.

Marés, prefiro nem falar.

>

--
joão
http://www.nonio.com



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Seres vivos
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/03/2002 12:13

--- In ciencialist@y..., TARCISIO BORGES <tbs97@f...> wrote:
> On Sun, 3 Mar 2002, gp wrote:
> > Eu aprendi que seres vivos são todos os seres animados, se
tratando da
> > natureza,
> > sem a interferência do homem, a arvore é um ser vivo,
> > enquanto pedras e derivados minerais seriam seres não vivos ou
inanimados.
>
> Neste caso um cristal é um ser vivo???? Eles crescem sem a
interferência
> humana.

Se vivo for tudo aquilo que se repoduz, e "crecimento de cristal" for
um forma de repodução, então o cristal estará vivo.
Falta dizer que para estar vivo é preciso estar morto. Portanto, para
estar vivo é preciso se repoduzir e morrer.
Se morre, obvimanete nasce, donde vivo é aquilo que nasce, se
reproduz e morre.

Uma versão simplificada é: Ser Vivo é aquilo que tiver DNA (RNA?).

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] RES: Seres vivos
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/03/2002 12:19

> Mas e a questão da evolução?
>
> Virus de computador não evoluem, pois são incapazes de
> sofrer mutação, não é? Errado!
> A chance de ocorrer uma cópia defeituosa no processo de
> auto-replicação é muito pequena, mas não impossível.
> Mesmo assim quando ocorre uma mutação quase sempre é fatal.
> O vírus deixará de funcionar e não mais se reproduzirá.
> Certo? Errado! Pode ser que deixe de funcionar, mas
> existe uma chance muito pequena do virus continuar a se
> reproduzir.

Bom, tb ha uma muito pequena hipotese de o teu pc explodir quando
carregares na tecla Scroll Lock. Queres experimentar ? :-))

Gostaria que fizesses o seguinte: pegas num programa e alteras um bit
do seu executável. Depois tentar executá-lo.
Eu gostaria de saber se funciona mesmo assim.

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] RES: Seres vivos
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/03/2002 12:25



"Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:

suas
> > configurações e rearranjos são limitados.
>
> Virus de computador pode ser uma forma de vida?
> Tema interessante...
>
> Os virus de computador são notórios auto-replicadores,
> ou seja, têm potencial para reprodução em seu meio
> ambiente.
>
> Mas e a questão da evolução?
>
> Virus de computador não evoluem, pois são incapazes de
> sofrer mutação, não é? Errado!
> A chance de ocorrer uma cópia defeituosa no processo de
> auto-replicação é muito pequena, mas não impossível.
> Mesmo assim quando ocorre uma mutação quase sempre é fatal.
> O vírus deixará de funcionar e não mais se reproduzirá.
> Certo? Errado! Pode ser que deixe de funcionar, mas
> existe uma chance muito pequena do virus continuar a se
> reproduzir.
>
> Deu para ter uma idéia do tempo necessário para que ocorra
> uma mutação viável num vírus de computador?

A probabilidade de um vírus de computador mutar numa versão viável
é baixa porque o número de versões inviáveis é muito maior. Se se
mudar um 0 para um 1 num programa de computador, o mai provável é
que o programa deixe de correr. Isso tem a ver com as características
do sistema operativo. Mas isso não acontece em ambientes criados
especificamente para fazer evoluir seres vivos. Ambientes como o
Tierra foram concebidos para que os programas mutados permanecessem
sempre vivos. Nesses programas já foram observados casos notáveis de
evolução, como a evolução de parazitas, da cooperação, da compressão
de dados e da redução de tamanho por eliminação de partes redundantes.

--
joão
http://www.nonio.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: RES: Seres vivos
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/03/2002 12:32



rmtakata wrote:
>
> --- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> > Uma definição, porém, agrada-me particularmente:
> > Vida é tudo o que tem potencial para evoluir e se
> > reproduzir.
>
> Essa definicao e' boa para grupos, mas
> fica dificil de se aplicar em individuos.
>
> Uma mula nao se reproduz... Um eunuco
> tbm nao.

A vida tem que ser vista como uma árvore, onde existem coisas mais
vivas que outras. A mula encontra-se na parte degenerada da rede.
Um ramo morto.

Vida é tudo o que tem potencial para evoluir ou é uma consequência
secundária desse processo ou faz parte de uma entidade, mesmo que
uma entidade descentralizada, cuja entropia diminui com o tempo.


> (Alem de q. entram coisas q. geram contendas
> como virus de computadores, memes e similares.)

Essa é uma vantagem da definição e não uma desvantagem. Mostra que
a definição não depende da nossa circunstância e que pode ser
aplicada a coisas que nós não conseguimos conceber mas que
reconheceriamos como indubitavelmente vivas.

--
joão
http://www.nonio.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Para participar basta teclar + BRONCA.
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/03/2002 12:47

Leo,

essa notícia tem um link para a página da Ciencialist. Os créditos
são devidamente atribuidos. E eu não procurei dar explicações, só
sugerir um site que eu achei interessante. Por outro lado, o nonio
é aberto à participação de todos, não é editado nem censurado.
Qualquer pessoa pode, se o desejar, participar e corrigir o que
quer que seja.

Joao
http://www.nonio.com

Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> Tenho uma 'bronca' relativa ao amigo do nônio (que insisto em chamar de vernier pois ele não usa apenas 10 divisões para cada 9 da régua principal):
>
> Ele cita em suas páginas a thread relativa ás águas que discutimos por aqui (todas as perguntas lá estão); tudo bem, isso até nos enaltece pois coloca temas do ciencialist em sua creditadas páginas ....... MAS, na hora das explicações, nada cita do que dissemos a respeito do assunto e apenas se restringe em apresentar dois links de site norte-americanos.
> Ora direis ouvir estrelas ... se o assunto veio daqui, as opiniões daqui tb devem aparecer e nada impede que, a posteriori, linke-se (putz essa é boa!) temas relacionados de sites de Portugal e finalmente outros sites!
> Colocando as perguntas que postei aqui (ciencialist-Br) e indicando links norte-americanos (como único modo de se saber as respostas) deixou um 'vazio' imenso no meio do caminho, o qual pode ser facilmente preenchido com conclusões maldosas (essa 'porra' de gentalha do 3° mundo só sabe perguntar, nunca responder ... será que nunca aprendem nada!).
>
> João ainda comenta: "Marés, prefiro nem falar."
> Léo comenta: Não veja nada a respeito disso em 'Estudando as marés", na sala 19 do Imperdível ... consulte sites norte-americanos. Afinal o que nós, pobres indigentes, sabemos de marés!???
>
> Dada a bronca. Ufa!
>
> []'
> Léo
> ================
> -----Mensagem Original-----
> De: "João Mário Miranda" <jmiranda@explicacoes.com>
> Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Enviada em: segunda-feira, 4 de março de 2002 11:44
> Assunto: Re: [ciencialist] Re: Para participar basta teclar.
>
> rmtakata wrote:
>
> >
> > - Ondas: geralmente o vento q. sopra na superficie
> > provoca pequenas ondulacoes nas aguas q. se propagam.
> > Ao se aproximarem das praias, onde a profundidade e'
> > menor, a onda fica mais alta. O atrito com o fundo,
> > faz com q. a parte inferior da onda perca velocidade.
> > A parte superior continua seu movimento. Isso faz com
> > q. a onda se enrole sobre si mesma e se quebre.
>
> Uma onda não é uma massa de água que se desloca, mas energia que se
> desloca através da água (se é que se pode dizer assim). Mas
> certamente alguém por aí percebe melhor isto do que eu.
>
> Marés, prefiro nem falar.
>
> >
>
> --
> joão
> http://www.nonio.com
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html

--
joão
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http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Para participar basta teclar + BRONCA.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/03/2002 12:58

Tenho uma 'bronca' relativa ao amigo do nônio (que insisto em chamar de vernier pois ele não usa apenas 10 divisões para cada 9 da régua principal):

Ele cita em suas páginas a thread relativa ás águas que discutimos por aqui (todas as perguntas lá estão); tudo bem, isso até nos enaltece pois coloca temas do ciencialist em sua creditadas páginas ....... MAS, na hora das explicações, nada cita do que dissemos a respeito do assunto e apenas se restringe em apresentar dois links de site norte-americanos.
Ora direis ouvir estrelas ... se o assunto veio daqui, as opiniões daqui tb devem aparecer e nada impede que, a posteriori, linke-se (putz essa é boa!) temas relacionados de sites de Portugal e finalmente outros sites!
Colocando as perguntas que postei aqui (ciencialist-Br) e indicando links norte-americanos (como único modo de se saber as respostas) deixou um 'vazio' imenso no meio do caminho, o qual pode ser facilmente preenchido com conclusões maldosas (essa 'porra' de gentalha do 3° mundo só sabe perguntar, nunca responder ... será que nunca aprendem nada!).

João ainda comenta: "Marés, prefiro nem falar."
Léo comenta: Não veja nada a respeito disso em 'Estudando as marés", na sala 19 do Imperdível ... consulte sites norte-americanos. Afinal o que nós, pobres indigentes, sabemos de marés!???

Dada a bronca. Ufa!


[]'
Léo
================
-----Mensagem Original-----
De: "João Mário Miranda" <jmiranda@explicacoes.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 4 de março de 2002 11:44
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Para participar basta teclar.




rmtakata wrote:

>
> - Ondas: geralmente o vento q. sopra na superficie
> provoca pequenas ondulacoes nas aguas q. se propagam.
> Ao se aproximarem das praias, onde a profundidade e'
> menor, a onda fica mais alta. O atrito com o fundo,
> faz com q. a parte inferior da onda perca velocidade.
> A parte superior continua seu movimento. Isso faz com
> q. a onda se enrole sobre si mesma e se quebre.

Uma onda não é uma massa de água que se desloca, mas energia que se
desloca através da água (se é que se pode dizer assim). Mas
certamente alguém por aí percebe melhor isto do que eu.

Marés, prefiro nem falar.

>

--
joão
http://www.nonio.com


&&& --- &&&
VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
http://www.ciencialist.hpg.com.br
Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
&&& --- &&&

Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html





SUBJECT: Tierra
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/03/2002 13:27


Quem estver interessado em vida artificial e evolução in silico
vai gostar muito desta página:

http://www.isd.atr.co.jp/~ray/pubs/images/index.html

que descreve os resultados das experiências com o Tierra.
O programa está disponível para download.


--
joão
http://www.nonio.com


SUBJECT: RES: RES: [ciencialist] RES: Seres vivos
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/03/2002 13:38

> -----Mensagem original-----
> De: sergiotaborda [mailto:sergiotaborda@netcabo.pt]
>
> Bom, tb ha uma muito pequena hipotese de o teu pc explodir quando
> carregares na tecla Scroll Lock. Queres experimentar ? :-))

Apertei e... se vc recebeu esta msg é pq... não explodiu... Ufa! :-))

> Gostaria que fizesses o seguinte: pegas num programa e alteras um bit
> do seu executável. Depois tentar executá-lo.
> Eu gostaria de saber se funciona mesmo assim.

Depende. Se vc tiver um editor binário aí dá pra fazer vários testes.

Altere o primeiro byte do executável (quer alterar um bit, tudo bem,
necessariamente altera-se o byte todo...) e tente executar o programa.
Na maioria das vezes não funciona. Arriscaria a dizer que jamais
funcionará sempre que vc alterar o primeiro byte.

Mas... com sorte vc pode alterar bytes (sim! mais de um) do executável
de áreas que o programa dificilmente acessa (uma matriz de constantes p.ex.)
e o miserável continua funcionando.

[]'s

Alexandre Medeiros

PS: com o editor binário escreva a sequencia abaixo. Os numerais são códigos
da tabela ASC em notação decimal. São só vinte bytes. Salve-os num arquivo
SURPRESA.COM e execute.

PS2: Só por precaução salve todas as aplicações abertas.

180+007+205+033+060+013+117+248+049+192+142+216+163+114+004+154+000+000+255+
255


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Passivo ambiental -- Conceito moderno, velhas práticas
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <Direitos_Humanos@yahoogrupos.com.br>, <Direito_Trabalhista@yahoogrupos.com.br>, <Direito_Saude@yahoogrupos.com.br>, <Constitucional_Brasil@yahoogrupos.com.br>, <Artigos_Juridicos@yahoogrupos.com.br>
CC: <politica-br@yahoogrupos.com.br>, <civil@grupos.com.br>, <bolivia-politica@gruposyahoo.com.ar>, <amazonas@yahoogrupos.com.br>, <advogado@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/03/2002 13:41

Direito_Saúde e Bioética -- 04.03.2002
______________________________



Passivo ambiental: conceito moderno,
velhas práticas






Por Márcia A. Jacometo, advogada, professora de Direito do Trabalho e Mestranda em Ciências Ambientais, pela UNIDERP, a Universidade Para Desenvolvimento da Região do Pantanal.






Tornou-se comum no último ano o uso da expressão "passivo ambiental".







Tendo o meio ambiente sido alçado constitucionalmente à condição fundamental e indissociável da vida, a expressão mencionada precisa ser compreendida.







Quem concluir que "passivo ambiental" além de ambiente também está intrinsecamente ligado à contabilidade, o velho e sempre usado método das partidas dobradas: ativo e passivo, terá concluído corretamente.







O passivo ambiental hoje é elemento vital a ser considerado quando se faz uma auditoria, seja de natureza econômica ou não.







Define-se como o conjunto de dívidas reais ou potenciais que o homem, a empresa ou a propriedade possui com relação à natureza por estar em desconformidade com a legislação ou procedimentos ambientais propostos.







Como pessoa comum cada ser humano pode fazer uma análise ou um balanço para saber se contribuiu para o passivo ambiental mundial. Basta que se pergunte se jogou um único vasilhame de plástico ou um vidro em local inadequado.







Diante de uma resposta afirmativa seu débito para com a natureza ultrapassará 100 anos, pois é o tempo que ela demorará para decompor tais elementos.







Os empreendimentos ou atividades poluidoras que não se adequarem às novas normas ambientais que hodiernamente estão sendo propostas, dia-a-dia aumentam sua dívida para com a natureza.







A certificação da ISO 14000, que já se impõe como vantagem, será, em breve espaço de tempo, indispensável condição para exportação dos produtos brasileiros para a comunidade européia e norte-americana, é uma forma de avaliação se o uso que se faz dos recursos naturais está dentro dos padrões mundiais permitidos.







Mesmo a discutida fase da ISO 14040, cuja implantação era vista com descrença por não interessar aos países de primeiro mundo dos quais somos consumidores, já está em estágio embrionário no Brasil e tende a um crescimento rápido por exigência da própria sobrevivência do homem no planeta.







A ISO 14040 prevê o acompanhamento do produto, do ponto de vista ambiental, no seu nascedouro, vida, morte e disposição final.







As empresas fabricantes de baterias para telefones celulares que exportavam para o Brasil, por exemplo, até meados de 1999, não sofriam a pressão que sofrem neste momento com relação à destinação final de seu produto quando esgotada a sua potência.







A disposição de baterias, pilhas e outros produtos com teor "radioativo" não pode ocorrer de forma simplista em aterros sanitários comuns.







As empresas que pretenderem sobreviver ao ano 2000 terão absoluta necessidade de pautar a questão ambiental como uma prioridade. A inadequação das mesmas às "políticas" ambientalmente corretas não lhes permitirá a competitividade necessária e, conseqüentemente, a não sobrevivência financeira nesse futuro próximo.







Todas inadequações ambientais são consideradas como passivos pois desvalorizam a empresa, o produto, a propriedade.







Há muitas empresas cujo passivo ambiental já supera o seu ativo (contábil), por efeitos de poluição no ar, contaminação do solo, lençol freático, cujos atos de recuperação as levariam à insolvência.







Um velho posto de gasolina cujo tanque enterrado por longos anos esteja com vazamento poderá ter contaminado o solo e o lençol freático e a recuperação de tais danos será certamente dispendiosa.







Ao se vender essa propriedade, o desavisado comprador estará adquirindo um ativo contábil com valor determinado e um passivo que poderá levá-lo a um déficit irreversível.







Uma propriedade agrícola com uso incorreto de agrotóxico num dos pontos de recarga do Aqüífero Botucatu gerará um passivo ambiental incalculável, vez que se trata de uma das últimas reservas de água doce do planeta.







O cuidado que se há de ter com o passivo ambiental não está restrito ao empresário ou industrial, mas atinge o cidadão comum no seu cotidiano.







Um incauto que compre um terreno, que sempre foi "brejoso", onde havia alguns olhos-d'água que foram "devidamente" secados por uma obra de engenharia de drenagem profunda, onde havia, de quebra, parcos buritis e vegetação rasteira, que também foram "devidamente cortados ou limpos", poderá pensar que está fazendo um bom negócio.







No entanto, acaba de adquirir por "ótimo preço", num bairro valorizado, um impagável passivo ambiental.







Se, por outro lado, comprou essa área e pretendia edificar sua casa, a lei não lhe permitirá o sonho.







A natureza falará mais alto e estará protegida porque a área descrita é uma vereda, assim definida desde 1979, pela Lei 6.766 e confirmada pela Resolução Conama 4/85.







Ao desavisado, se flagrado pela fiscalização ou denunciado por qualquer do povo, incumbirá a tarefa de recuperar a área.







Se desejar, e ainda dispuser de algum recurso financeiro, poderá acionar regressivamente aquele que lhe vendeu o imóvel degradado que era objeto de proteção ambiental.







A grande dificuldade que a ciência encontra é como mensurar um passivo ambiental. As clássicas perguntas que se fazem para chegar a uma resposta eficiente são: "Quanto o ser humano estaria disposto a pagar para ter a natureza preservada? Quanto vale a natureza?"







Não foram desenvolvidas matrizes, ou "agrupamentos ordenados de elementos estatísticos", capazes de valorar efetivamente um passivo ambiental, o que deixará o devedor à mercê do arbítrio dos poderes instituídos que mais do que nunca estão voltados para o apelo das causas ambientais.







A Lei de Crimes Ambientais brasileira (9.605/98) e o seu decreto regulamentador certamente contribuirão para evitar novos crimes, mas dispõem de severas multas para as dívidas que já foram constituídas para com a natureza.







Incumbe a todos, mesmo nos mais elementares negócios, a atenção para com o passivo ambiental, um novo tema, de fato, mas resultante de velhas atitudes.



============
ENDERECOS
============
Nao se deixe enganar
pela propaganda transplantista.
===
INFORME-SE:
apenas a *Medicina Preventiva* de baixo custo
ja seria suficiente para evitar a necessidade de
80% de transplantes previsiveis, com origem em declaracoes
de mortes encefalicas *antecipadas*
para fins de retirada de orgaos vitais.
===
ARTIGO:
"Falhas no Diagnostico da Morte Cerebral",
publicado na Revista CIENCIA HOJE,
número 161, junho de 2000:
http://www.uol.com.br/cienciahoje/chmais/pass/ch161/morte.pdf
===
ARTIGOS
cientificos no site da UNIFESP:
http://www.unifesp.br/dneuro/textos.htm
===
ARTIGO:
"Morte Encefalica"
http://www.unifesp.br/dneuro/mortencefalica.htm
===
DEMONSTRACAO
cientifica dos efeitos mortais do teste
da APNEIA, imposto pelo CFM para
declaracao da morte encefalica que
pretende diagnosticar:
http://www.unifesp.br/dneuro/apnea.htm
===
ARTIGO:
em ingles sobre a importancia da
*Penumbra Isquemica* para a declaracao
da morte encefalica:
http://www.unifesp.br/dneuro/brdeath.html
===
MANIFESTACOES PUBLICAS
da comunidade neurocientifica internacional
contraria aos criterios declaratorios
da morte encefalica.
NAO EH VERDADE QUE HA CONSENSO
internacional na declaracao de morte encefalica,
confirme o que dizem os neurocientistas em:
http://www.unifesp.br/dneuro/opinioes.htm
===
DEBATE
internacional da comunidade neurocientifica
sobre os erros declaratorios da morte encefalica
na Revista Cientifica BMJ:
http://www.bmj.com/cgi/eletters/320/7244/1266
===
PARA ler os artigos sobre
morte encefalica em Direito_Saude:
http://www.yahoogroups.com/files/direito_saude/
===
INSCRICAO, enviar mensagem em branco para:
direito_saude-subscribe@yahoogroups.com
===
PARA outras finalidades acessar
a pagina principal deste Grupo:
http://www.yahoogroups.com/group/direito_saude
===







---
Outgoing mail is certified Virus Free.
Checked by AVG anti-virus system (http://www.grisoft.com).
Version: 6.0.330 / Virus Database: 184 - Release Date: 28/2/2002


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RES: RES: [ciencialist] RES: Seres vivos
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/03/2002 13:43

> -----Mensagem original-----
> De: João Mário Miranda [mailto:jmiranda@explicacoes.com]
>
> especificamente para fazer evoluir seres vivos. Ambientes como o
> Tierra foram concebidos para que os programas mutados permanecessem
> sempre vivos. Nesses programas já foram observados casos notáveis de
> evolução, como a evolução de parazitas, da cooperação, da compressão
> de dados e da redução de tamanho por eliminação de partes redundantes.

Já ouvi falar desses programas. Você tem ou sabe quem tem o código fonte
desses prodígios.

PS: Só nunca ouvi falar do ambiente Tierra? Era para ser uma metáfora? :-)

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RES: RES: [ciencialist] RES: Seres vivos
FROM: Luciano Seidel <luciano.seidel@globaltelecom.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/03/2002 13:53

joão escreveu:

> A probabilidade de um vírus de computador mutar numa versão viável
> é baixa porque o número de versões inviáveis é muito maior. Se se
> mudar um 0 para um 1 num programa de computador, o mai provável é
> que o programa deixe de correr. Isso tem a ver com as características
> do sistema operativo. Mas isso não acontece em ambientes criados
> especificamente para fazer evoluir seres vivos. Ambientes como o
> Tierra foram concebidos para que os programas mutados permanecessem
> sempre vivos. Nesses programas já foram observados casos notáveis de
> evolução, como a evolução de parazitas, da cooperação, da compressão
> de dados e da redução de tamanho por eliminação de partes redundantes.


Gostaria de acrescenter que o vírus pode ser programado para ser mutante,
criando variações de si mesmo. Para quem cria esses vírus de computador isso
é até desejável uma vez que "enganaria" o antivirus, o que ajudaria na
propagação do vírus.

Luciano Seidel


SUBJECT: Gato com DNA ta vivo
FROM: Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo@alternex.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/03/2002 15:15

At 15:13 04/03/02 +0000, you wrote:
>Uma versão simplificada é: Ser Vivo é aquilo que tiver DNA (RNA?).


Tem um gato atropelado ali na esquina.
Pensei que havia morrido.
Mas como continua cheio de DNA...
agora estou em dúvida.

L.E.


SUBJECT: Vida artificial
FROM: "Luis Roberto Brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/03/2002 16:38

joão
http://www.nonio.com
A probabilidade de um vírus de computador mutar numa versão viável
é baixa porque o número de versões inviáveis é muito maior. Se se
mudar um 0 para um 1 num programa de computador, o mai provável é
que o programa deixe de correr. Isso tem a ver com as características
do sistema operativo. Mas isso não acontece em ambientes criados
especificamente para fazer evoluir seres vivos. Ambientes como o
Tierra foram concebidos para que os programas mutados permanecessem
sempre vivos. Nesses programas já foram observados casos notáveis de
evolução, como a evolução de parazitas, da cooperação, da compressão
de dados e da redução de tamanho por eliminação de partes redundantes.
- - - - -

Falando em 'vida artificial'... alguem indica um programa nesse estilo? Eu
jah naveguei pelos sites... mas eh dificil encontrar algo realmente
interessante, fora que eh chato instalar um por um e testar (sem
conhecimentos de biologia).

Uma epoca participei do projeto Golem@Home ,
(http://golem03.cs-i.brandeis.edu/) mas jah foi concluido.

Em tempo, virus de computador podem 'sofrer mutacoes' , mas os casos sao
de virus previamente programados para tal acao. Seria isso uma mutacao?

Ateh
Luis Brudna





SUBJECT: Perolas do Enem
FROM: "Luis Roberto Brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/03/2002 18:19

O nível dos alunos em lista de 'pérolas do Enem'

Erros e bobagens flagrados nas redações do Exame Nacional do Ensino Médio

Luiz Roberto de Souza Queiroz escreve para 'O Estado de SP':

Uma relação dos absurdos produzidos por alunos que participaram do Exame
Nacional do Ensino Médio, com o título Pérolas do Enem, está sendo
distribuída por um dos professores que corrigiram as provas, mas que não
quer se identificar.

Isto porque houve recomendação especial da Cesgranrio, que elaborou o teste,
no sentido de que não fossem copiados os textos nem identificados seus
autores.

A professora paulista que participou da correção, Marta Leite, e que viu a
relação das bobagens escritas pelos alunos, não considera tão negativo o
resultado.

Para ela, o importante é que as barbaridades dos textos não escondem que
houve uma sensibilidade efetiva para os problemas ambientais.

'Como a prova foi de âmbito nacional, houve 400 mil avaliados, e é normal
que entre eles haja semi-analfabetos que nada perdem ao tentar conseguir os
créditos.'

A professora lembra que todas as provas estão escaneadas na Internet e, se
forem analisadas por pesquisadores, desde que autorizados, permitem
verificar em que Estados e regiões o ensino tem sido melhor e onde há
necessidade de reforço.

Apesar do otimismo de Marta, a lista de bobagens na redação do Enem
impressiona: 'o problema ainda é maior se tratando da camada Diozoni'; 'na
época de Cristo não haviam hindústrias para poluir e assim mesmo háviam
problemas sociais entre os povos' ; 'no paiz enque vivemos, os problemas
cerrevelam'; 'o que é de interesse de todos nem sempre interessa a ninguém';
'a natureza foi discuberta pelos homens a 500 anos atrás'; 'não preserve
apenas o meio ambiente, mas sim todo ele' e 'o maior problema da floresta
Amazonas é o desmatamento dos peixes'.

Ainda na redação do Enem sobre Ecologia: 'os desmatamentos de animais
precisam acabar', enquanto outro afirma que 'precizamos de menos
desmatamentos e mais florestas arborizadas' o que, para um terceiro 'é um
problema de muita gravidez', possivelmente 'devido aos raios ultra-violentos
'.

Outro aluno critica os países desenvolvidos, pois 'eles querem que nós se
matem por eles e a única solução é alugar o Brasil para os outros', e isso
enquanto 'na televisão o governo vem com aquela prosopopéia flácida', mas um
outro candidato à aprovação acha que os problemas ambientais ocorrem porque
'todos os fiscais são subordinados; é a propina' ou ainda 'os lagos são
formados pelas bacias esferográficas'.

Outra pérolas: 'nos dias de hoje a educação está muito precoce'; 'hoje endia
a natureza não é mais aquela'; 'vamos mostrar que somos semelhantemente
iguais'; 'precisamos agir de maneira inesperável'; 'na Amazonas está cendo a
maior derrubagem e extração de madeira do Brasil'; 'vamos deixar de sermos
egoístas e pensarmos um pouco mais em nós'; 'por isso eu luto para atingir
os meus obstáculos'; 'o fenômeno Euninho' e 'a concentização é um fato
esperançoso para o território mundial'.

Paulo Renato lamenta, mas vê melhora: Para ministro, o fato de haver mais
jovens carentes nas escolas explica parte dos erros

Rosa Costa escreve para 'O Estado de SP':

O ministro da Educação, Paulo Renato, lamentou o nível das redações de
alguns dos estudantes do ensino médio nas últimas provas do Exame Nacional
do Ensino Médio (Enem). Mas acredita que é esse o tipo de avaliação que
ajudará a mudar o quadro no futuro, por meio dos programas de qualificação
dos alunos.

'É lamentável que tenhamos jovens no ensino médio ou que estiveram no ensino
médio, cometendo erros desse calibre', afirmou, após tomar conhecimento das
'derrapadas' como a frase 'desmatamento de animais' que apareceu em um dos
textos.

'Mas o ensino médio no nosso país vem melhorando, como observamos nos
resultados do sistema de avaliação do ensino básico.'

Paulo Renato defende que a expansão do número de matrículas, em mais de 70%,
também concorre para a chegada de estudantes menos preparados no ensino
médio.

'É uma população jovem, uma população carente que chega, que vem de famílias
de escolaridade baixa.' Segundo ele, tudo isso influi negativamente.

O ministro convocou as escolas a adotarem medidas para preparar melhor seus
alunos. Da parte do governo, ele considera que o trabalho está sendo feito
da melhor forma possível, com o reforço no programa de reforma do ensino,
adotado no país.

(O Estado de SP, 2/3)

- - - -

Ateh
Luis Brudna



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ate que eh boa noticia!
FROM: "Danni Morais" <ardm@unisys.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/03/2002 22:26

saiu na veja dessa semana como dica para conter as larvas tb. (apesar de ao estar escrito que foi uma pesquisa de mestrado. pelo menos tem o nome da cientista).

----- Original Message -----
From: rmtakata
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, March 04, 2002 8:26 AM
Subject: [ciencialist] Re: Ate que eh boa noticia!


--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> Recebi hoje.
> "Uma cientista paulista, a bióloga Alessandra Laranja, do
> Instituto de Biociências da UNESP (campus de São José do Rio
> Preto), durante a pesquisa da sua dissertação de mestrado,
> descobriu que a borra de café

Qual a procedencia dessa mensagem?

Mas ainda q. seja verdade, o bom mesmo e' tirar toda
a agua dos recipientes.

(Vamos ver se a imprensa consegue mobilizar a populacao
como fez com o racionamento de energia.)

[]s,

Roberto Takata


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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mulheres na lista
FROM: "Danni Morais" <ardm@unisys.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/03/2002 22:33

é mesmo, alisson, sempre tive a impressao que o feminismo foi mal nominado. dá mesmo impressao que esta do outro lado do machismo, quando na verdade o movimento só quer a igualdade humana.

mais ou menos como naquele livro infantil "marcelo, marmelo, martelo" (lembra?) quando ele começa a dar nomes diferentes a coisas, mas de acordo com a tarefa que realmente executam. na cabeça agora só vem o jeito que ele nominou o nariz: "cheirador"...

beijos,
danni.

----- Original Message -----
From: Alisson Antonio Martins
To: [ciencialist]
Sent: Monday, March 04, 2002 9:46 AM
Subject: Re: [ciencialist] Mulheres na lista


Pois é Danni,
Andei lendo uns e-mails anteriores e percebi um em que vc fala do
feminismo. Eu entendo esse mundo como um mundo opressor: a educação é
opressora, a economia é opressora, a religião é opressora, enfim, a
sociedade e seu sistema falido são opressores. Sendo assim, resta aos
setores oprimidos se organizar e lutar contra a opressão. O feminismo não
afirma que as mulheres são melhores que os homens, mesmo porque estaria
agindo tal qual o machismo. O feminismo levanta a luta por uma sociedade
mais justa, onde a mulher tem os mesmos direitos que o homem.
Porém, há mulheres nas mais diversas CLASSES SOCIAIS, umas oprimem e
outras...O foco deixa de ser o Gênero e passa a ser o de Classe.
Aí virão os defensores das classes...e sabe duma coisa? Viva a luta das
mulheres!!!( Abaixo o machismo, e toda forma de opressão.)
Toda forma de poder é uma forma de poder por nada...
l ss n

___________________________________________
___________________________________________

"Crer em tudo ou duvidar de tudo
são duas situações igualmente cômodas,
âmbas nos impedem de refletir."
Henri Poincaré
___________________________________________
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On Sun, 3 Mar 2002, Alberto Mesquita Filho wrote:

> ----- Original Message -----
> From: "Danni Morais"
> Sent: Sunday, March 03, 2002 4:55 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Mulheres na lista
>
> > valeu alisson, talvez nós dois já estamos fundando uma nova geraçao,
> > revolucionaria, quem sabe? aposto que tem mais alguns por ai, mas as
> > coisas boas começam aos poucos.
> > os grandes revolucinarios tb eram incompreendidos no tempo deles... e
> > aguentaram muitas e boas tb.
>
> Mário Schenberg (1984): "É sempre na violação do que é considerado certo,
> que nasce o novo e há a criação. E este espírito deve ser redescoberto pela
> juventude brasileira."
>
> [ ]´s
> Alberto
> http://ecientificocultural.com/indice.htm
>
>
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Curso de Telecinese
FROM: "Silvio Cordeiro" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/03/2002 10:22

Ô Gilberto:

Vendo por US$10.000 as palavras mágicas que permitem diversos efeitos telecinésicos..
É um antigo ritual que um avoengo, bispo em Roma, descobriu num processo canônico
contra uma senhora de Ruão que foi queimada como bruxa.
Peço sigilo.
sds,
silvio
In Darwin I trust

----- Original Message -----
From: "gp" <sunriseg@terra.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, March 02, 2002 9:56 AM
Subject: [ciencialist] Curso de Telecinese


Gostaria de saber a validade do que apresento abaixo.
Fonte: www.sobrenatural.com.br

Gilberto



Telecinesia - Mover um Objeto Pequeno

Escolha um objeto leve, pequeno, preferencialmente feito de um metal leve,
como um anel "barato".

Limpe completamente sua mente, não se distraia com nada em volta e tente não
deixar a sua mente "pensando", limpe a mente. Caso não consiga realizar os
passos anteriores, não precisa nem tentar realizar a telecinesia.
Concentração é vital.

Construa um "tunel" entre você e o objeto. Agora, visualize este túnel no
meio de você e do objeto. Veja somente o objeto.

Tudo esta fora do "tunel", no túnel se encontra somente o objeto a mover.
Desta forma, mantenha todos os objetos fora de sua visão. Tenha como
objetivo visualizar somente o objeto.

Agora é a hora de utilizar a mente. Imagine mãos saindo de você e puxando o
objeto. Logo você sentira a sensação de estar puxando o objeto. Talvez
comece a surgir sons em sua cabeça, resultante de um forte campo magnético.
Isto pode parecer bobeira, mas é sinal que esta dando tudo certo.

Na primeira vez que realizar a experiência, não espere muita coisa, o
importante e realizar a experiência sempre com dedicação, até que os
resultados desejados sejam alcançados.

OBS: Os primeiros passos são difíceis de serem conseguidos, mas não
desanime, os grande dotados, como Eusápia e D.D.Home, as vezes precisavam de
horas de concentração para realizarem seus fenômenos


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Mulheres na lista
FROM: Carlos Maçaranduba <soh_lamento@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/03/2002 10:58

E assim Roseana vai ganhando voto.....

--- Alisson Antonio Martins <aam00@fisica.ufpr.br>
escreveu: > Pois é Danni,
> Andei lendo uns e-mails anteriores e percebi um em
> que vc fala do
> feminismo. Eu entendo esse mundo como um mundo
> opressor: a educação é
> opressora, a economia é opressora, a religião é
> opressora, enfim, a
> sociedade e seu sistema falido são opressores. Sendo
> assim, resta aos
> setores oprimidos se organizar e lutar contra a
> opressão. O feminismo não
> afirma que as mulheres são melhores que os homens,
> mesmo porque estaria
> agindo tal qual o machismo. O feminismo levanta a
> luta por uma sociedade
> mais justa, onde a mulher tem os mesmos direitos que
> o homem.
> Porém, há mulheres nas mais diversas CLASSES
> SOCIAIS, umas oprimem e
> outras...O foco deixa de ser o Gênero e passa a ser
> o de Classe.
> Aí virão os defensores das classes...e sabe duma
> coisa? Viva a luta das
> mulheres!!!( Abaixo o machismo, e toda forma de
> opressão.)
> Toda forma de poder é uma forma de poder por nada...
> l ss n
>
> ___________________________________________
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> "Crer em tudo ou duvidar de tudo
> são duas situações igualmente cômodas,
> âmbas nos impedem de refletir."
> Henri Poincaré
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>
> On Sun, 3 Mar 2002, Alberto Mesquita Filho wrote:
>
> > ----- Original Message -----
> > From: "Danni Morais"
> > Sent: Sunday, March 03, 2002 4:55 PM
> > Subject: Re: [ciencialist] Mulheres na lista
> >
> > > valeu alisson, talvez nós dois já estamos
> fundando uma nova geraçao,
> > > revolucionaria, quem sabe? aposto que tem mais
> alguns por ai, mas as
> > > coisas boas começam aos poucos.
> > > os grandes revolucinarios tb eram
> incompreendidos no tempo deles... e
> > > aguentaram muitas e boas tb.
> >
> > Mário Schenberg (1984): "É sempre na violação do
> que é considerado certo,
> > que nasce o novo e há a criação. E este espírito
> deve ser redescoberto pela
> > juventude brasileira."
> >
> > [ ]´s
> > Alberto
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SUBJECT: Re: RES: Seres vivos
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/03/2002 11:49

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> A vida tem que ser vista como uma árvore, onde existem coisas mais
> vivas que outras. A mula encontra-se na parte degenerada da rede.
> Um ramo morto.

Na verdade a árvore tem mais coisa morta -- a madeira --
do q. viva. De todo modo embora essa visão proposta seja
possível, ainda assim não resolve todo o problema: um
indivíduo morto é vivo? Não por definição, mas faz parte
da árvore. Aliás na raiz da árvore encontramos provavelmente
moléculas inorgânicas, formando moléculas orgânicas e
se complexando em cadeias de biopolímeros autoreplicantes.

> Vida é tudo o que tem potencial para evoluir ou é uma consequência
> secundária desse processo ou faz parte de uma entidade, mesmo que
> uma entidade descentralizada, cuja entropia diminui com o tempo.

Um indivíduo em senescência tem sua entropia aumentada
com o tempo. Mas ainda está vivo. E por essa conceituação
uma geladeira é um ser vivo.

> Essa é uma vantagem da definição e não uma desvantagem. Mostra que
> a definição não depende da nossa circunstância e que pode ser
> aplicada a coisas que nós não conseguimos conceber mas que
> reconheceriamos como indubitavelmente vivas.

Eu considero uma desvantagem. Se definíssemos vida
como existência englobaríamos qq coisa no universo...
Uma definição tem q. ser consistente e operacional.
As definições de vida ainda apresentam alguns
problemas de operacionalidade qdo vamos a um certo limite.

Podemos considerar vírus de computador e memes
como coisas vivas. Mas e uma cadeira de rodas?
E um aspirador de pó?

O problema é q. qq outra definição aventada
encontra dificuldades de aplicação.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: RES: RES: [ciencialist] RES: Seres vivos
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/03/2002 11:49



"Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:
>
> > -----Mensagem original-----
> > De: João Mário Miranda [mailto:jmiranda@explicacoes.com]
> >
> > especificamente para fazer evoluir seres vivos. Ambientes como o
> > Tierra foram concebidos para que os programas mutados permanecessem
> > sempre vivos. Nesses programas já foram observados casos notáveis de
> > evolução, como a evolução de parazitas, da cooperação, da compressão
> > de dados e da redução de tamanho por eliminação de partes redundantes.
>
> Já ouvi falar desses programas. Você tem ou sabe quem tem o código fonte
> desses prodígios.
>
> PS: Só nunca ouvi falar do ambiente Tierra? Era para ser uma metáfora? :-)
>

O Tierra existe mesmo:

http://www.isd.atr.co.jp/~ray/tierra/

Esta página ilustra o que eu disse acima:

http://www.isd.atr.co.jp/~ray/pubs/images/index.html

--
joão
http://www.nonio.com


SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: RES: Seres vivos
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/03/2002 11:52

--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> Isso não é nada ético, mas rigorosamente não invalida
> a definição (exceto se afastramos a questão funcional).

Definições não são válidas ou inválidas. Elas
podem ser úteis (operacionais) ou não.

Cada definição de vida, assim como de espécie,
parece ter um limite de operacionalidade. E
assim cabe usar a definição mais útil em uma
dada situação.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Para participar basta teclar.
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/03/2002 11:53

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> > - Ondas: geralmente o vento q. sopra na superficie
> > provoca pequenas ondulacoes nas aguas q. se propagam.
> > Ao se aproximarem das praias, onde a profundidade e'
> > menor, a onda fica mais alta. O atrito com o fundo,
> > faz com q. a parte inferior da onda perca velocidade.
> > A parte superior continua seu movimento. Isso faz com
> > q. a onda se enrole sobre si mesma e se quebre.
>
> Uma onda não é uma massa de água que se desloca, mas energia que se
> desloca através da água (se é que se pode dizer assim). Mas
> certamente alguém por aí percebe melhor isto do que eu.

Mas onde é q. eu falo q. as ondas são massas q.
se deslocam?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Seres vivos
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/03/2002 11:55

--- In ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> wrote:
> Uma versão simplificada é: Ser Vivo é aquilo que tiver DNA (RNA?).

Um tubo de ensaio com ADN pelado é um ser vivo?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: OFF-OFF-OFF-TOPICCCCCC
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/03/2002 13:25

Já tentei em Google e quetais.
Minha mulher precisa, para levar adiante uma causa (coisa de Divogado), o seguinte: a tabela de preços de caminhões da VW de 1996 (preço da concessionária à época, do caminhão 0 km).
Como arrumo essa jabiraca???

[]'
Léo
==============



SUBJECT: Problemas (administrador)
FROM: "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/03/2002 13:42

Ontem o sistema YahooGrupos ficou fora do ar por varias horas, a
pagina principal explicava que era para manutencao.

Enviei 2 mensagens para a lista, soh uma chegou. Nao sei se a outra
algum dia vai aparecer :). Mas... paciencia.

Ateh
Luis Brudna - administrador da Ciencialist
ps: estou reunindo os dados da pesquisa, quem ainda nao respondeu,
faca o mais rapido possivel.



SUBJECT: Re: RES: RES: [ciencialist] RES: Seres vivos
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/03/2002 14:02

--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> Já ouvi falar desses programas. Você tem ou sabe quem tem o código
> fonte desses prodígios.

http://www.talkorigins.org/faqs/tierra.html

> PS: Só nunca ouvi falar do ambiente Tierra? Era para ser uma
> metáfora? :-)

Pô, é uma das experiências mais bem sucedidas em vida
artificial (depois da Coca-Cola, McDonald's e da Hebe).
Onde vc esteve, em Miercurio?

Outros links para vidas artificiais:

http://www.world-of-dawkins.com/Catalano/rl_alife.htm
(muitos links estao quebrados)

http://inforum.insite.com.br/alife/
(congelado)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Seres vivos
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/03/2002 14:26

--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> Essa, parece-me, uma denominação um tanto ambígua.

Robert Holmes 1998 -- Life is... New Scientist 158: p. 38.
http://archive.newscientist.com/archive.jsp?id=21385500

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: comportamento
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/03/2002 14:32

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> > O livro de George Orwell e' 1984.
>
> É um dos poucos livros online que ainda não caiu no domínio público.
> O autor morreu em 1950 e o livro só cairá no domínio público em
> 2021.

Ips! Falha nossa. Nao prestei atencao.
Desconsiderem o link.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: AINDA OFF-TOPIC
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/03/2002 14:36

Tem alguma generosa alma aqui da lista que mora ai pelas redondezas do Brooklin Paulista - SP.
O 'enrosco' é o seguinte: O Prof. T. N. O, Folmer-Johnson telefonou e me ofereceu de presente uma cadeirinha giratória para estudos da conservação do momento angular. Minha necessidade é que essa generosa alma vá até a casa dele (R. José dos Santos Jr.) pegue a caderinha e coloque-a no correio. Pago as despezas de correio aqui na retirada e envio via Banco as demais despezas dessa generosa alma.
Pedi muito? :-)

aquele amplexo,

Léo
=================



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Para participar basta teclar.
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/03/2002 16:22



rmtakata wrote:
>
> --- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> > > - Ondas: geralmente o vento q. sopra na superficie
> > > provoca pequenas ondulacoes nas aguas q. se propagam.
> > > Ao se aproximarem das praias, onde a profundidade e'
> > > menor, a onda fica mais alta. O atrito com o fundo,
> > > faz com q. a parte inferior da onda perca velocidade.
> > > A parte superior continua seu movimento. Isso faz com
> > > q. a onda se enrole sobre si mesma e se quebre.
> >
> > Uma onda não é uma massa de água que se desloca, mas energia que se
> > desloca através da água (se é que se pode dizer assim). Mas
> > certamente alguém por aí percebe melhor isto do que eu.
>
> Mas onde é q. eu falo q. as ondas são massas q.
> se deslocam?

Não é isso que interessa. O que interessa é:

Como é que o atrito com o fundo faz com que a parte inferior perca
velocidade? Como é que se dissipa uma onda e porquê?

--
joão
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Seres vivos
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/03/2002 17:04

On Mon, 4 Mar 2002, sergiotaborda wrote:
> Se vivo for tudo aquilo que se repoduz, e "crecimento de cristal" for
> um forma de repodução, então o cristal estará vivo.
> Falta dizer que para estar vivo é preciso estar morto. Portanto, para
> estar vivo é preciso se repoduzir e morrer.
> Se morre, obvimanete nasce, donde vivo é aquilo que nasce, se
> reproduz e morre.
> Uma versão simplificada é: Ser Vivo é aquilo que tiver DNA (RNA?).

Vc chegou na questão mas escorregou na conclusão:

Ser vivo é tudo aquilo que pode morrer.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
One Ring to rule them all



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Seres vivos
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/03/2002 17:05


>> Uma versão simplificada é: Ser Vivo é aquilo que tiver DNA (RNA?).

>Um tubo de ensaio com ADN pelado é um ser vivo?

Isso é ser preciosista. Mas pronto. Mudamos para : Aquilo que for gerado a
partir de DNA e que contenha DNA em si mesmo. (isto deve incluir a parte da
reprodução, do nascimento, os enucos e os burros, os virus... e exclui os
cristais, e pedras em geral. Tá bom assim ? :-) )

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Algo errado!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/03/2002 17:51

Duas mensagens minhas emitidas pela manhã não chegaram ao ciencialist!

[]'
Léo
=============



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Seres vivos
FROM: "mirellaboliveira" <mirellaboliveira@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/03/2002 18:04


> Um tubo de ensaio com ADN pelado é um ser vivo?
> Isso vai depender do seu ponto de vista...
>
[]s,
>
> Mirella B.
>
> &&& --- &&&
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> Para sair da lista envie um mail para
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>
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SUBJECT: Re: Ate que eh boa noticia!
FROM: "pczinho" <pazevedo@iname.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/03/2002 18:20


http://www.ifi.unicamp.br/jornal-da-ciencia/msg00867.html

11. "Ciencia Hoje": Nova arma contra a dengue

Com essa o Aedes Aegypti nao contava. Um estudo realizado na Unesp
comprovou que a cafeina e a borra do cafe' bloqueiam o desenvolvimento da
larva do mosquito transmissor da dengue, podendo ser a mais nova arma
contra a doenca.

Na "Ciencia Hoje" 178, voce vai entender como ocorre esse processo,
aprender a preparar a solucao com borra de cafe' e conhecer um pouco mais
sobre a dengue, doenca que atingiu, so' no ano passado, mais de 200 mil
pessoas no Brasil.

>
> ----- Original Message -----
> From: rmtakata
> To: ciencialist@y...
> Sent: Monday, March 04, 2002 8:26 AM
> Subject: [ciencialist] Re: Ate que eh boa noticia!
>
> Qual a procedencia dessa mensagem?
>
> Mas ainda q. seja verdade, o bom mesmo e' tirar toda
> a agua dos recipientes.
>
> (Vamos ver se a imprensa consegue mobilizar a populacao
> como fez com o racionamento de energia.)
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@y...
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito aos Termos do Serviço Yahoo!.
>
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] AINDA OFF-TOPIC
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/03/2002 20:57

Minha outra mensagem com assunto OFF-OFF-TOPIC ainda não chegou por aqui. Será o problema que o Brudna acusou?

[]'
Léo
========
cópia da mensagem:
"Já tentei em Google e quetais.
Minha mulher precisa, para levar adiante uma causa (coisa de Divogado), o seguinte: a tabela de preços de caminhões da VW de 1996 (preço da concessionária à época, do caminhão 0 km).
Como arrumo essa jabiraca???

[]'
Léo
=============="




SUBJECT: Re: [ciencialist] Gato com DNA ta vivo
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/03/2002 22:26



Luiz Eduardo Carvalho wrote:
>
> At 15:13 04/03/02 +0000, you wrote:
> >Uma versão simplificada é: Ser Vivo é aquilo que tiver DNA (RNA?).
>
> Tem um gato atropelado ali na esquina.
> Pensei que havia morrido.
> Mas como continua cheio de DNA...
> agora estou em dúvida.

O gato está morto, mas o DNA está vivo.

--
joão
http://www.nonio.com




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Seres vivos
FROM: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/03/2002 01:33

>>>Ser vivo é tudo aquilo que pode morrer. [TARCISIO BORGES]

Pessoal : Acho bom parar com isso antes de chegar na discussão de morte
encefálica !


Fui [correndo]

Neville



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mulheres na lista
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/03/2002 04:39

"Danni Morais":

> é mesmo, alisson, sempre tive a impressao que o feminismo foi mal
> nominado. dá mesmo impressao que esta do outro lado do machismo...

Alberto, intrometendo-se no bate-papo:

Pois é, e isso parece que foi percebido por "algumas" dentre as primeiras
feministas [apenas para contestar aqueles que afirmam que as mulheres não
pensam :-). Oi, Léo, tudo bem por aí :-)) ]. Tanto é que a primitiva
"Delegacia da Mulher" foi renomeada transformando-se em "Delegacia da
Família". Lembro também que na época falou-se muito na criação do
"Ministério da Mulher"!!!!!!!. Como se os demais Ministérios fossem dos
homens!!!! Dá para perceber os perigos desse extremismo?

Alisson:

> > Viva a luta das mulheres!!!( Abaixo o machismo, e toda forma de
> > opressão.) Toda forma de poder é uma forma de poder por nada...

Alberto, em nova intromissão:

Viva qualquer coisa que venha do lado de lá! Adoro as mulheres.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Para participar basta teclar.
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/03/2002 07:38

----- Original Message -----
From: "João Mário Miranda"
Sent: Tuesday, March 05, 2002 4:22 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Para participar basta teclar.

> > > > - Ondas: geralmente o vento q. sopra na superficie
> > > > provoca pequenas ondulacoes nas aguas q. se propagam.
> > > > Ao se aproximarem das praias, onde a profundidade e'
> > > > menor, a onda fica mais alta. O atrito com o fundo,
> > > > faz com q. a parte inferior da onda perca velocidade.
> > > > A parte superior continua seu movimento. Isso faz com
> > > > q. a onda se enrole sobre si mesma e se quebre.

> > > Uma onda não é uma massa de água que se desloca, mas energia que se
> > > desloca através da água (se é que se pode dizer assim).

> > Mas onde é q. eu falo q. as ondas são massas q.
> > se deslocam?

> Não é isso que interessa. O que interessa é:
> Como é que o atrito com o fundo faz com que a parte inferior perca
> velocidade? Como é que se dissipa uma onda e porquê?

Olá, João

Quem responder a essa pergunta, sem deixar margem a dúvidas, responderá
também a um número infindável de mistérios da física que parecem residir num
pote encantado na extremidade de um arco-iris.

Pois esse atrito, ou essa viscosidade, ou esse "o que quer que seja",
retrata o diálogo interminável que se processa entre os seres do microcosmo.
O que é o atrito se, de fato, as partículas do microcosmo não se tocam, no
sentido macroscópico do termo? O que é que passa de um objeto para o outro
quando eles se atraem gravitacionalmente? O que é que passa de uma carga
para outra quando elas se atraem eletricamente? O que é que passa de uma
molécula para outra do ar quando este ar transmite uma onda sonora, ou seja,
quando uma molécula vibra e faz com que outra, situada na sua vizinhança,
porém não em contato imediato, passe também a vibrar? O que é que passa de
um imã para outro quando eles se atraem ou se repelem sem se tocarem? O que
é que passa do balde para a água quando, na famosa experiëncia de Newton,
giramos o balde e a superfície da água se deforma? O que é que passa de um
fóton (ou elétron) para ele mesmo quando atravessa um anteparo dotado de
dupla fenda, ou seja, fazendo com que receba, do outro lado do anteparo,
aquilo que ele próprio emitiu antes de passar por um dos orifícios, e que
teria sido refletido no outro orifício?

Seriam partículas virtuais????? Seriam fótons virtuais, ou gravitons, ou
bósons de Higgs, ...? Não, partículas virtuais são coisas que existem apenas
na cabeça dos físicos "modernos"! E essas perguntas são simples demais para
serem respondidas por selenitas, ou homens que vivem no mundo da Lua.

Mas, assim como as perguntas, a resposta é muito simples: Na natureza
existe espaço, tempo, matéria, movimento da matéria e informação do
movimento da matéria. Nada mais, nada menos. Espaço não é tempo e matéria
não é movimento (ou energia, se quiserem). E informação do movimento da
matéria é única e exclusivamente informação do movimento da matéria, algo de
natureza IMATERIAL e, portanto não tem massa nem é energia (pois energia é
um construto clássico utilizado para caracterizar atributos possuídos pela
matéria e relacionados ao movimento da matéria).

Este algo de natureza imaterial, a que chamei por "informação do movimento
da matéria", é referido por Newton, no século XVII, por vezes como "espírito
da matéria", por outras como "vibrações emanadas pela matéria" e, por outras
como "alguma coisa de natureza imaterial, emitida pelos corpos dotados de
massa e responsável pela gravitação.

Este "algo de natureza imaterial" não é o ether, pois o ether não existe.
Ou, se quiserem, é um ether (no sentido da quintessência dos antigos gregos)
que se propaga, mas não é o meio onde se propagam os gnomos
quantum-relativistas.

Poderão dizer que essa quintessência não existe mas a verdade é que ela está
aí e se manifesta. E para um ser que pensa, logo existe, a quintessência se
manifesta, logo também existe. Não há como contestar essa quintessência sem
que se sinta a necessitade da criação de outra(s) tão ou mais assustadora(s)
do que essa. Os físicos clássicos, após Newton, criaram o ether, para
justificar suas inexistentes ondas huyghenianas [existe esse termo??? ;-)].
Einstein entortou o espaço e despersonalizou o tempo, mas em alguns
trabalhos confessa não ter conseguido eliminar totalmente o ether. Os
físicos quânticos criaram milhares de gnomos e algumas incertezas, mas
também não conseguiram se desvencilhar desse maldito ether que, com grande
freqüência, surge mascarado sob a expressão vácuo-quântico.

É isso aí.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: Para participar basta teclar.
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/03/2002 09:00

--- In ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> Como é que o atrito com o fundo faz com que a parte inferior perca
> velocidade? Como é que se dissipa uma onda e porquê?

A onda na agua nao e' o deslocamento das massas
d'agua. Mas ela implica em movimentacao local
de moleculas de agua. Cada ponto porq. passa a onda
apresenta um movimento circular: vai para cima e para
a frente e depois para cima e para tras, para baixo
para tras, para baixo para frente e assim fecha o ciclo.

Qdo vai para a frente, ela empurra o q. esta' na frente e
puxa o q. esta' atras, assim ela transmite e recebe o
movimento das massas d'agua adjacentes.

O atrito da agua com a areia e' maior do q. da agua
com o ar ou com a propria agua. Assim a agua da parte do
fundo tera' maior dificuldade de se movimentar. Imagine o
circulo girando e de repente uma das metades ficando mais
lenta: o circulo se deforma. (Exatamente por causa do
movimento circular q. certas ondas formam tubos ao quebrarem.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Seres vivos
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/03/2002 09:03

--- In ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@n...> wrote:
> Isso é ser preciosista. Mas pronto. Mudamos para : Aquilo que for
> gerado a partir de DNA e que contenha DNA em si mesmo. (isto deve
> incluir a parte da reprodução, do nascimento, os enucos e os
> burros, os virus... e exclui os cristais, e pedras em geral. Tá bom
> assim ? :-) )

Mas ADN pelados se reproduzem -- claro dentro de
certas condicoes especiais, mas qq organismo so'
se reproduz dentro de certas condicoes especiais...

Nao q. a sua definicao seja ma'. Apenas como as
demais tEm limites.

(E se houver outros sistemas com outras moleculas
replicadoras como material de armazenamento de
informacao genetica?)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mulheres na lista
FROM: Alisson Antonio Martins <aam00@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/03/2002 09:29

Aproveitando a deixa, gostaria de convidar o pessoal que é de Curitiba(ou
não) e que goste de rock para participar da festa de despedida da gestão
do DCE da UFPR.Nessa festa irão tocar bandas curitibanas(Blindagem,
Relespública,..). Ocorrerá dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher.
Será uma festa de fim de gestão e uma homenagem às mulheres. O nome da
festa é "Mulheres...Sempre en_frente", que dá a cara da combatividade das
mulheres aqui da federal do Paraná, e de todo o mundo.]
Obrigado.
l ss n


___________________________________________
___________________________________________

"Crer em tudo ou duvidar de tudo
são duas situações igualmente cômodas,
âmbas nos impedem de refletir."
Henri Poincaré
___________________________________________
___________________________________________




SUBJECT: RES: RES: [ciencialist] Seres vivos
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/03/2002 10:15

> -----Mensagem original-----
> De: Sérgio Taborda [mailto:sergiotaborda@netcabo.pt]
>
> >Um tubo de ensaio com ADN pelado é um ser vivo?
>
> Isso é ser preciosista. Mas pronto. Mudamos para : Aquilo que
> for gerado a
> partir de DNA e que contenha DNA em si mesmo. (isto deve
> incluir a parte da
> reprodução, do nascimento, os enucos e os burros, os virus...
> e exclui os
> cristais, e pedras em geral. Tá bom assim ? :-) )

Hmm... Quem garante que nalgum lugar do
Cosmos não exista formas de vida não baseadas em DNA.
O silício, p.ex., poderia ser um substituto do carbono.

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: RES: RES: [ciencialist] Seres vivos
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/03/2002 10:38

--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> Hmm... Quem garante que nalgum lugar do
> Cosmos não exista formas de vida não baseadas em DNA.

poder em princípio poderia.

> O silício, p.ex., poderia ser um substituto do carbono.

poderia. mas tem alguns inconvenientes: o oxido de carbono
e' um gas em condicoes terrestres e se dissolve na agua com
alguma facilidade; ja' o oxido de silicio e' um solido e
pouco soluvel em agua.

o silicio forma em geral compostos pouco diversificados e
bastante estaveis.

talvez seja uma possibilidade em condicoes mais quentes do
q. a faixa de operacao da agua liquida, de forma q. haveria
de ter um outro solvente e/ou a pressao atmosferica ser
bastante alta.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Seres vivos
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/03/2002 10:41

--- In ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> wrote:
> --- In ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@n...> wrote:
> > Isso é ser preciosista. Mas pronto. Mudamos para : Aquilo que for
> > gerado a partir de DNA e que contenha DNA em si mesmo. (isto deve
> > incluir a parte da reprodução, do nascimento, os enucos e os
> > burros, os virus... e exclui os cristais, e pedras em geral. Tá
bom
> > assim ? :-) )
>
> Mas ADN pelados se reproduzem

Sozinhos ?

> -- claro dentro de
> certas condicoes especiais, mas qq organismo so'
> se reproduz dentro de certas condicoes especiais...

Essas condições especiais não fazem parte da def de vida, pois não ?
A defenição de peninsula não inclui o como ela é formada. Nem a def
de ilha. Por exemplo.

(ADN pelado não é um organismo)

> (E se houver outros sistemas com outras moleculas
> replicadoras como material de armazenamento de
> informacao genetica?)

ok. subtitui DNA por "material que contém informação genética"
Se bem me lembro "gene" tem qq coisa a haver com "genesis" que por
sua vez tem a ver com "origem". E portanto tlv seja uma tautulogia ou
uma defenição redudante, mas...

"Ser Vivo: Aquilo que for gerado a partir de material que contém
informaçao genética e que o contenha em si mesmo."

Não parece mau.Todo o processo de nascimento, reproduçao e morte está
incluido no material genético e este pode ser qq coisa. Actualmente é
DNA, mas ninguem garante.(aquelas bacterias q se alimentavam de
enxofre tem DNA com carbono?)

Mas por esta definição uma mitocondria é um ser vivo. :-) Isso é mau?

Lembro-me sempre de uma def boa que mostra pq as defenições são mais
importantes que a sua abrangencia.
As defenições de conjunto aberto e conjunto fechado deixam de fora
muitos conjuntos que nem são uma coisa, nem outra.

Outra hipotese é dizer que vivo é aquilo que tem a capacidade de
retirar energia de outros compostos qe não ele mesmo.
Neste caso um virus não é vivo.

[]
Sérgio Taborda

P.S. Estou a supor que estamos a falar de biologia, e não de ficção
cientifica. A biologia que eu saiba ainda não estuda computadores
(assim como a informática não estuda seres vivos) embora haja umas
inclusões. E os seres vivos , até agora têm uma coisa em comum: o
DNA. Todos baseado no carbono.






SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Seres vivos
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/03/2002 11:14

--- In ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> wrote:
> > Mas ADN pelados se reproduzem
>
> Sozinhos ?

Se tiver os ingredientes necessarios. Supoem-se q.
tenha sido assim nos primordios. Se bem q. mais
possivelmente tenha sido o ARN e nao o ADN a molecula
precursora.

Existem ARN parasitas. Eles se comportam como
virus. Apenas dispensam a capa proteica q. os
caracteriza.

> > -- claro dentro de
> > certas condicoes especiais, mas qq organismo so'
> > se reproduz dentro de certas condicoes especiais...
>
> Essas condições especiais não fazem parte da def de vida, pois não ?
> A defenição de peninsula não inclui o como ela é formada. Nem a def
> de ilha. Por exemplo.
>
> (ADN pelado não é um organismo)

Nesse caso o ADN pelado deveria ser encarado como um
ser vivo -- ja' q. ele se reproduz e tem material
genetico (alias ele e' o proprio).

> ok. subtitui DNA por "material que contém informação genética"
> Se bem me lembro "gene" tem qq coisa a haver com "genesis" que por
> sua vez tem a ver com "origem". E portanto tlv seja uma tautulogia
> ou uma defenição redudante, mas...

Nao precisamos nos prender à etimologia desse modo.
O significado de uma expressao muda com o tempo.
Batismo tinha originalmente a ver com mergulho --
muitos ainda o encaram assim -- mas uma aspersão
atualmente substitui a calda no ritual catolico e
não deixa de ser um batismo. Ou podemos batizar
apenas dando um nome. Coragem (=valentia) em sua
etimilogia tem a ver com coração, não quer dizer
q. se transplantarmos o órgão de um destemido em
um covarde mudaremos a sua condição quanto à
impavidez. Hipopótamo com certeza não é um cavalo.
Nem um cavalheiro anda em um atualmente para mostrar
sua gentileza. Aliás, gentil tbm tem ligações
etimológicas com genética. E embora alguns pesquisadores
possam achar q. a gentileza possa ser hereditária,
ela não é restrita a uma nação.

('Origem', dizem alguns, tem a ver com 'oriente' --
q. se liga a uma raiz indo-européia q. significa
movimento. Daí do local onde o Sol nasce se chamar
'oriente' e de 'origem' se ligar a um movimento de
ascenção.)

> "Ser Vivo: Aquilo que for gerado a partir de material que contém
> informaçao genética e que o contenha em si mesmo."
>
> Não parece mau.Todo o processo de nascimento, reproduçao e morte
> está incluido no material genético e este pode ser qq coisa.
> Actualmente é DNA, mas ninguem garante.

E se o material genético forem configurações
específicas de chaveamentos de capacitores
em uma memória de computador e esses chaveamentos
levassem hardwares acoplados a reproduzirem
esses mesmos chaveamentos em outras placas de memoria?

> (aquelas bacterias q se
> alimentavam de enxofre tem DNA com carbono?)

Sim, as bacterias quimiossintetizantes têm carbono. O
enxofre e' a fonte primária de energia, normalmente
na forma de H2S. Veja q. quimicamente e' um tto
similar ao H2O -- q. sendo mais estável exige uma
fonte externa de energia (a luz) para quebrar
suas moléculas. Mas tto os produtores quimio
como os fotossintetizantes fixam carbono
inorganico (CO2 principalmente) presente no meio.

> Mas por esta definição uma mitocondria é um ser vivo. :-) Isso é
> mau?

O problema de falar em ser vivo e' q. passa pela
questao de individualidade. Uma celula de ameba
e' seguramente um ser vivo e esta' viva. Uma celula
nossa esta' viva, mas e' um ser vivo por si so'?

> Outra hipotese é dizer que vivo é aquilo que tem a capacidade de
> retirar energia de outros compostos qe não ele mesmo.
> Neste caso um virus não é vivo.

Mas a chama de uma vela seria... Um geladeira ou
outro eletrodomestico tbm.

> E os seres vivos , até agora têm uma coisa em comum: o
> DNA. Todos baseado no carbono.

É uma visão possível (substituindo-se 'ADN' por 'ADN ou
ARN'). Mas tbm tem os seus inconvenientes: potencialmente
deixariamos de fora sistemas analogos com funcionamento
exatamente igual, mas com outros componentes.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Seres vivos
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/03/2002 13:00

On Wed, 6 Mar 2002, sergiotaborda wrote:
> Outra hipotese é dizer que vivo é aquilo que tem a capacidade de
> retirar energia de outros compostos qe não ele mesmo.
> Neste caso um virus não é vivo.

Neste caso uma usina elétrica é um ser vivo.

> P.S. Estou a supor que estamos a falar de biologia, e não de ficção
> cientifica. A biologia que eu saiba ainda não estuda computadores
> (assim como a informática não estuda seres vivos) embora haja umas
> inclusões. E os seres vivos , até agora têm uma coisa em comum: o
> DNA. Todos baseado no carbono.

Você está limitando a sua definição. Tente ser mais abrangente. É como
dizer que todos os computadores são caixas cinzas.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
One Ring to rule them all



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mulheres na lista
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/03/2002 14:10

Para tirar a má impressão que paira sobre o mim no assunto tocante ás mulheres, transcrevo a mensagem abaixo (com ligeiro comentário no final):
========================
"Dia Internacional da Mulher
Em todos os lugares e funções...
Prezada amiga,
Tu és realmente maravilhosa. Maravilhosa e imprescindível como a maioria das mulheres deste mundo, pois se não fossem as mulheres provavelmente ainda viveríamos numa sociedade selvagem e mais estúpida do que esta em que vivemos hoje.
Neste "Dia Internacional da Mulher", não poderia dizer outra coisa que não fosse isto que acabei de dizer: as mulheres são maravilhosas e imprescindíveis, pois são responsáveis pelas mudanças históricas mais importantes, pelos movimentos mais belos e pelas evoluções mais marcantes.
Não seria possível conceber o mundo sem a presença e a influência feminina. As mulheres estão em todos os lugares, a assumir os postos mais importantes no mundo Público e nas empresas, a desempenhar com competência, determinação e bom senso, as funções mais problemáticas e árduas, e esta presença e influência faz, com certeza, as instituições funcionarem melhor e traz mais qualidade de vida para todos.
Realmente, é uma injustiça ouvir as pessoas dizerem que "as mulheres estão a invadir o mercado de trabalho". Não, não estão! Estão apenas a assumir as funções e responsabilidades que sempre tiveram o direito de assumir e o dever de dividir, embora tenha demorado um algum tampo (talvez demasiado) para que isso ocorresse, devido a preconceitos e inseguranças masculinas (ou como diriam os mais radicais: machistas!).
Por tudo isso, no "Dia Internacional da Mulher", aceita os meus sinceros parabéns, e o meu sincero desejo de que esta participação feminina se amplie, pois a actuação das mulheres em todos os campos, especialmente de mulheres como tu, é que vai tornar o mundo cada vez melhor.

Um abraço do
site M.S.N."
=========================
Mas que as mulheres necessitam de alguns arranjos (combinações e permutações) sináptico-cerebrais isso é patente! Não sei se os cientistas deverão deixar isso apenas a cargo da evolução da espécie.
Sobre a afirmação do final do texto: "...é que vai tornar o mundo cada vez melhor." eu acrescentaria "........ melhor, mais gostoso e prazeiroso.".
Atualmente a mulher ainda precisa exibir seus dotes "coxas, seios, bunda" (e bem exibidos) para conseguir algo. O dia em que uma Carla Peres, Feiticeira e quetais (e põe quetais nisso!) vencerem vestidas 'decentemente' (tais quais os homens em sua eterna simplicidade da 'calça/camisa') ai acreditarei que ocorreu um ligeiro passo na evolução feminina.

[]'
Léo





SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Seres vivos
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/03/2002 14:22

Peço, encarecidamente, que deletem no Yahoo-ciencialist essa mensagem do Neville:

|
| Pessoal : Acho bom parar com isso antes de chegar na discussão de morte
| encefálica !
|
|
| Fui [correndo]
|
| Neville

Deletem tb essa minha mensagem!

[]'
Léo
=============



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Seres vivos
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/03/2002 14:33

"A defenição de peninsula não inclui o como ela é formada. Nem a def
de ilha."

Segundo minha fessora do grupo, "ilha é uma porção de terra cercada de água por todos os lados". Por isso no céu tem água e debaixo da terra tem os lençois d'água.

[]'
Léo
=============





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Para participar basta teclar.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/03/2002 15:03

O texto do Takata 'sobre as ondas' não contém falhas conceituais gritantes (mesmo com o marulhar das ondas); vejamos:

| > > > > - Ondas: geralmente o vento q. sopra na superficie
| > > > > provoca pequenas ondulacoes nas aguas q. se propagam.
| > > > > Ao se aproximarem das praias, onde a profundidade e'
| > > > > menor, a onda fica mais alta. O atrito com o fundo,
| > > > > faz com q. a parte inferior da onda perca velocidade.
| > > > > A parte superior continua seu movimento. Isso faz com
| > > > > q. a onda se enrole sobre si mesma e se quebre.

Esse monte de >>> que acompanha o texto indica claramente que se trata de uma propagação de onda e não da água em si.
Há apenas um deslize relativo na proposição:"Ao se aproximarem das praias, onde a profundidade e' menor, a onda fica mais alta". A 'altura' da onda, sua amplitude, é a mesma ao se aproximar da praia. É o fundo (região continental) que vai 'chegando mais prá cima'. Na propagação da onda, as partículas do meio (água) descrevem circunferência ao redor de sua posição de equilíbrio. Na região de rebentação a profundidade é menor que o raio dessa circunferência; as partículas da parte inferior roçam o fundo (e diminuem de velocidade) e as superiores continuam. Essa diferença de velocidades é a causa da rebentação.

Como o Alberto destacou (com o já tradicional e conhecido espírito anti-física-moderna :-)) não é simples explicar o motivo mais íntimo das coisas (ainda não há o modelo 'perfeito' disso), contentemo-nos, por enquanto, com o atrito interno (ou viscosidade) e as forças eletrostáticas para justificarem as dissipações energéticas das ondas.

Afinal de contas as ondinhas acabam chegando na praia, avançam e retrocedem (e deixam na areia aquelas marcas onduladas com cristas e vales bem próximas uma das outras (são os chamados 'risos'). Que tal vcs pensarem no modelo explicativo para tais risos?

desafio:
Ainda a pouco meu filhote quebrou as cordas metálicas de seu violãozinho de brinquedo. O avô que estava aqui ao lado disse: "Deixa que eu conserto Guto, vou colocar esses elásticos de dinheiro no lugar das cordas".
Daqui sentado e trabalhando eu disse de chofre: "Não vai funcionar vô. Você não vai conseguir sons mais agudos esticando os elásticos. Todas as 4 'cordas' darão quase o mesmo som ou ficarão mais grave conforme você mais estica."

Vcs querem justificar essa minha afirmação?

[]'
Léo
=================



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mulheres na lista
FROM: Alisson Antonio Martins <aam00@fisica.ufpr.br>
TO: "[ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/03/2002 15:30

Não sei como é possível tal comentário invadir nossas contas de e-mail.
Sinceramente, estamos em uma sociedade que se diz às portas de uma nova
era, cheia de transformações e me vem um estupido/machista/ignorante
defender tais opiniões...
Quando entrei nesta lista, achei se tratar de uma lista séria, onde os
preconceitos estivessem além de qualquer discussão. Mas, nota-se que estes
que dizem entender de ciência, estes que se dizem cultos, não passam de um
bando de preconceituosos. E ainda por cima isso, podiam ser tudo, até
metido a "entededores",mas o preconceito? O preconceito é o que mais
nega a ciência.


" Atualmente a mulher ainda precisa exibir seus dotes "coxas, seios,
bunda" (e bem exibidos) para conseguir algo."

E parece que vai precisar por muito tempo mesmo, pois nossa sociedade
está repleta de machista/idiotas feito vc!!!!!!!!
Incrível...desculpa às demais pessoas da lista mas isso é o cúmulo.
Não sou de chingar ninguém, mas é bom de vez em qdo cuspir na escória da
sociedade!
É, a gente pensa que está livre da opressão, entretanto é ela quem nos
bate à porta...

l ss n

___________________________________________
___________________________________________

"Crer em tudo ou duvidar de tudo
são duas situações igualmente cômodas,
âmbas nos impedem de refletir."
Henri Poincaré
___________________________________________
___________________________________________

On Wed, 6 Mar 2002, Luiz Ferraz Netto wrote:

> Para tirar a má impressão que paira sobre o mim no assunto tocante ás mulheres, transcrevo a mensagem abaixo (com ligeiro comentário no final):
> ========================
> "Dia Internacional da Mulher
> Em todos os lugares e funções...
> Prezada amiga,
> Tu és realmente maravilhosa. Maravilhosa e imprescindível como a maioria das mulheres deste mundo, pois se não fossem as mulheres provavelmente ainda viveríamos numa sociedade selvagem e mais estúpida do que esta em que vivemos hoje.
> Neste "Dia Internacional da Mulher", não poderia dizer outra coisa que não fosse isto que acabei de dizer: as mulheres são maravilhosas e imprescindíveis, pois são responsáveis pelas mudanças históricas mais importantes, pelos movimentos mais belos e pelas evoluções mais marcantes.
> Não seria possível conceber o mundo sem a presença e a influência feminina. As mulheres estão em todos os lugares, a assumir os postos mais importantes no mundo Público e nas empresas, a desempenhar com competência, determinação e bom senso, as funções mais problemáticas e árduas, e esta presença e influência faz, com certeza, as instituições funcionarem melhor e traz mais qualidade de vida para todos.
> Realmente, é uma injustiça ouvir as pessoas dizerem que "as mulheres estão a invadir o mercado de trabalho". Não, não estão! Estão apenas a assumir as funções e responsabilidades que sempre tiveram o direito de assumir e o dever de dividir, embora tenha demorado um algum tampo (talvez demasiado) para que isso ocorresse, devido a preconceitos e inseguranças masculinas (ou como diriam os mais radicais: machistas!).
> Por tudo isso, no "Dia Internacional da Mulher", aceita os meus sinceros parabéns, e o meu sincero desejo de que esta participação feminina se amplie, pois a actuação das mulheres em todos os campos, especialmente de mulheres como tu, é que vai tornar o mundo cada vez melhor.
>
> Um abraço do
> site M.S.N."
> =========================
> Mas que as mulheres necessitam de alguns arranjos (combinações e permutações) sináptico-cerebrais isso é patente! Não sei se os cientistas deverão deixar isso apenas a cargo da evolução da espécie.
> Sobre a afirmação do final do texto: "...é que vai tornar o mundo cada vez melhor." eu acrescentaria "........ melhor, mais gostoso e prazeiroso.".
> Atualmente a mulher ainda precisa exibir seus dotes "coxas, seios, bunda" (e bem exibidos) para conseguir algo. O dia em que uma Carla Peres, Feiticeira e quetais (e põe quetais nisso!) vencerem vestidas 'decentemente' (tais quais os homens em sua eterna simplicidade da 'calça/camisa') ai acreditarei que ocorreu um ligeiro passo na evolução feminina.
>
> []'
> Léo
>
>
>
>
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> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>



SUBJECT: Re: Ate que eh boa noticia!
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/03/2002 16:25

--- In ciencialist@y..., "Danni Morais" <ardm@u...> wrote:
> saiu na veja dessa semana como dica para conter as larvas tb.
(apesar de ao estar escrito que foi uma pesquisa de mestrado. pelo
menos tem o nome da cientista).

--- In ciencialist@y..., "pczinho" <pazevedo@i...> wrote:
>
> http://www.ifi.unicamp.br/jornal-da-ciencia/msg00867.html
>
> 11. "Ciencia Hoje": Nova arma contra a dengue

E', tbm encontrei isto:

http://www.unesp.br/jornal/setembro2001/saudpublmedvetlet.htm
http://www.uol.com.br/cienciahoje/chdia/n477.htm

De todo modo, parece q. o melhor modo e'
seguir as recomendacoes de se livrar de vez
dos criadouros:

http://www.fiocruz.br/Dengue2.jpg

Alerto tbm q. e' preciso tomar cuidado com
resultados em laboratorio e de pequena escala
na hora de considerar uma aplicacao em larga
escala ou efetiva em campo.

Um inseticida alternativo q. testei contra
moscas-das-frutas funcionava q. era uma beleza
em laboratorio. No pomar foi um fiasco.

Se quiser colocar o cafe' tudo bem, mas o
principal e' encher o pratinho com areia,
esvaziar garrafas, cobrir caixas-d'agua,
etc, etc.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RES: RES: RES: [ciencialist] Seres vivos
FROM: André Roncolato Siano <roncolato.s@tutopia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/03/2002 18:17

Poderíamos ser mais absurdos(!) Diríamos que a vida pode ter um significado
com teor mais físico e talvez "computacional" como um brilhante método do
universo físico em "guardar" informações. Bom, seria bem mais fácil
determinar o rumo do universo por.ex. daqui a alguns bilhões de anos sem a
presença da vida do q com sua presença. Isso pelo fato de que a vida tem a
peculiaridade de "mudar as coisas" (como nosso próprio planeta, q só é o q é
devido 'a vida q ele contém). Um organismo adaptado pode ser traduzido em um
organismo contendo informações para atuar em determinado ambiente, e muitas
vezes o altera para seu próprio benefício. O homem faz isso. Embora a
atuação da vida seja - por enquanto - insignificante em termos cosmológicos,
seu impácto físico com as informações colhidas pelos organismo (em
particular a inteligência humana)através do tempo pode ter um impácto físico
relevante.

Roncolato.

-----Mensagem original-----
De: rmtakata [mailto:rmtakata@altavista.net]
Enviada em: Quarta-feira, 6 de Março de 2002 10:38
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: RES: RES: [ciencialist] Seres vivos


--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> Hmm... Quem garante que nalgum lugar do
> Cosmos não exista formas de vida não baseadas em DNA.

poder em princípio poderia.

> O silício, p.ex., poderia ser um substituto do carbono.

poderia. mas tem alguns inconvenientes: o oxido de carbono
e' um gas em condicoes terrestres e se dissolve na agua com
alguma facilidade; ja' o oxido de silicio e' um solido e
pouco soluvel em agua.

o silicio forma em geral compostos pouco diversificados e
bastante estaveis.

talvez seja uma possibilidade em condicoes mais quentes do
q. a faixa de operacao da agua liquida, de forma q. haveria
de ter um outro solvente e/ou a pressao atmosferica ser
bastante alta.

[]s,

roberto takata


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Gato com DNA ta vivo
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/03/2002 18:37


>>Uma versão simplificada é: Ser Vivo é aquilo que tiver DNA (RNA?).

>Tem um gato atropelado ali na esquina.
>Pensei que havia morrido.
>Mas como continua cheio de DNA...
>agora estou em dúvida.

Já estava à espera desta. Só tenho a dizer que o contrário de ser vivo não é
ser morto. É ser não-vivo.

Apenas os seres vivos morrem.

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mulheres na lista
FROM: "Danni Morais" <ardm@unisys.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/03/2002 23:14

para começar, patetico o texto. tem muita mulher besta (assim como homem) por ai. nao acho que toda mulher torna o mundo especial, assim como nem todo homem. o mundo é o mundo, e sera sempre mundo independente do ser humano. a propria biologia divide os seres vivos em especies, dividir em macho ou femea é apenas uma questao de copulaçao.

e segundo, mais um comentariozinho daqueles, hein... acho que vc esta vendo muita tv. muita tv brasileira. ja vivi por periodos em dois paises considerados de primeiro mundo, e posso te garantir que mulher é muito mais que "coxa, seios e bunda" fora de terras tupiniquim (onde o mundo "realmente anda") e em tais sociedades o mercado de trabalho (e o homens) sabem disso. se vc precisa do brasil para acreditar em alguma coisa, coitado, vai ficar esperando a sua vida toda.

e carla perez e feiticeira sao coisas da tv. sao tao surreais que quando vc as encontra pensa "é isso ai mesmo?". elas sao "artistas" (sic) e trabalham com a imagem. o mal das pessoas de hoje em dia é que veem muita tv e, pior, se espelham na tv. como se a "grobo" e o gugu fossem algo de util para se espelhar... nao tem nada de mal querer se sentir bem visualmente, mas ai a querer ser perfeita como se ve na tv (que os mais espertos sabem que é tudo um jogo de luzes, maquiagem e no caso de revistas, os computadores) é burrice ou ignorancia. o mesmo para os homens que querem uma carla perez clone ou feiticeira clone do lado.

realmente é horrivel para a luta das mulheres essa exibiçao de bunda e silicone na tv de uma forma que dá a imagem da mulher facil. mas lembre-se que há muitas mulheres que nao sao assim (o que nao impedem que tenham beleza, as vezes ate mais que as famosas) e que sofrem com comentarios de homens ignorantes que por ver na tv, acham que fora tb tem que ser assim. esses eu passo longe. mas é sempre bom lembrar que quem esta por tras mostrando uma mulher facil é sempre um homem... aí eles de novo. tb estao aparecendo aqueles que tem que mostrar as coxas, musculos e bunda tb, embora em menor escala (mas esta crescendo)... mas as mulheres dao mais ibopes, talvez porque tem muito homem sem mulher em casa. se eles desligassem a tv um pouquinho, talvez nao estariam sozinhos....

"atualmente a mulher ainda precisa exibir seus dotes coxas, seios, bunda" -- eu nao sei onde voce trabalha ou estuda, mas eu nao preciso. o que nao impede que os homens queiram, mas isso já é falta de carater mesmo.

para terminar, aqueles que sonham com uma feiticeira ou uma carla perez, lembrem-se que nao sao nenhum brad pitt tb... infelizmente. e adorei saber que existe homens nessa lista que amam verdadeiramente as mulheres, tanto, que querem ve-las lado a lado com eles na vida. é muito nobre. pena que ainda há certos individuos que precisam de uns "arranjos sinapticos-cerebrais" sem saber (por razoes obvias) e ainda empurram a responsabilidade para o sexo feminino. ô mentalidade atrasada!

p.s.: lembrei de uma frase da gisele bundchen que saiu na "veja" um tempo atras... ela falou que assim que entra no brasil, todo mundo quer passar a mao na bunda dela. ha, acho melhor ela ficar com o di caprio por terras gringas mesmo...



Mas que as mulheres necessitam de alguns arranjos (combinações e permutações) sináptico-cerebrais isso é patente! Não sei se os cientistas deverão deixar isso apenas a cargo da evolução da espécie.
Sobre a afirmação do final do texto: "...é que vai tornar o mundo cada vez melhor." eu acrescentaria "........ melhor, mais gostoso e prazeiroso.".
Atualmente a mulher ainda precisa exibir seus dotes "coxas, seios, bunda" (e bem exibidos) para conseguir algo. O dia em que uma Carla Peres, Feiticeira e quetais (e põe quetais nisso!) vencerem vestidas 'decentemente' (tais quais os homens em sua eterna simplicidade da 'calça/camisa') ai acreditarei que ocorreu um ligeiro passo na evolução feminina.

[]'
Léo




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Nosso Mundo
FROM: "Fabiano Reis" <fab.reis@terra.com.br>
TO: Ciência List <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, Acrópolis <acropolis@yahoogrupos.com.br>, "Comunidade Virtual de Filosofia" <virtual-filosofia@egroups.com>
DATE: 07/03/2002 02:08

Nosso Mundo

Ultimamente sem tempo, deixei acumular nos últimos três meses uma série de newsletter e boletins de notícias.
Lendo-as agora, todas de um só golpe, deu-me uma impressão diferente. Todas as notícias juntas formaram, sem querer, um pequeno panorama do nosso mundo hoje e suas perspectivas para o amanhã.
Abaixo, as machetes e seus links (não em ordem cronológica).

O triunfo da indisciplina na evolução da linguagem Web
[novas linguagens, novos mundos]
www.terra.com.br/cgi-bin/index_frame/informatica/2002/01/04/005.htm

Em Paris, série de colóquios disseca a Web
[o que não é uma surpresa; muito provavelmente com subsídio estatal]
www.terra.com.br/cgi-bin/index_frame/informatica/2002/01/14/000.htm

Bush desmaia ao se engasgar com bolacha
[quem tem medo do Tio Sam pode ver que ele não é tão poderoso assim]
www.terra.com.br/cgi-bin/index_frame/noticias/mundo/2002/01/14/002.htm

Jacaré sai de bueiro na zona leste de São Paulo
[nosso passado réptil]
www.terra.com.br/cgi-bin/index_frame/noticias/brasil/2002/01/09/014.htm

Brasil e Alemanha lutarão por Conselho de Segurança da ONU
[o Direito Internacional não é um milagre pronto, mas algo a ser construído]
www.terra.com.br/cgi-bin/index_frame/noticias/brasil/2002/02/14/051.htm

Fidel Castro bloqueia site da oposição em Cuba
[pior é o que ele pretende fazer depois disso]
www.terra.com.br/cgi-bin/index_frame/informatica/2001/12/17/005.htm

Alucinações de proveta - Conhecido como "pai do êxtase", Alexander Shulgin já criou mais de cem drogas no seu laboratório. Em entrevista a no., ele defende o uso terapêutico da droga.
[prefiro a "droga" da filosofia, cujo torpor não é menos excitante]
www.no.com.br/revista/noticia/58634/atual

Em menos de duas semanas, euro assume o poder
[depois reclamam que na América Latina as coisas não funcionam]
http://br.invertia.com/noticias/noticia.asp?idNoticia=471322

Gato é clonado nos EUA
[preferia que clonassem a Sharon Stone, e me enviassem uma cópia]
www.terra.com.br/noticias/ciencia

EUA e China não chegam a acordo sobre proliferação de armas
[só os espertos enxergam que a ameça do caos não está nos EUA, mas na China totalitária]
www.terra.com.br/cgi-bin/index_frame/noticias/mundo/2002/02/21/023.htm

Cientistas dos EUA descobrem novo tipo de vida
[ser vivo sem carbono: leiam essa]
www.terra.com.br/cgi-bin/index_frame/noticias/mundo/2002/01/16/082.htm

Países arrecadam US$ 3 bi para Afeganistão
[é o que chamamos de "fazer uma vaquinha"]
www.terra.com.br/cgi-bin/index_frame/noticias/mundo/2002/01/21/017.htm

Asteróide de 300 metros passou perto da Terra
[para quem é contra o progresso tecnológico: o ser humano é a única espécie capaz de salvar o planeta na possibilidade de um asteróide em rota de colisão]
www.terra.com.br/cgi-bin/index_frame/noticias/mundo/2002/01/08/041.htm

Descoberta na Índia civilização de 7.500 anos a.C.
[bem antes do paraíso hebraico]
www.terra.com.br/cgi-bin/index_frame/noticias/mundo/2002/01/16/026.htm

China aumenta censura na Internet - De acordo com as novas regras definidas pelo governo chinês, os provedores chineses precisam examinar os e-mails pessoais de seus usuários em busca de conteúdo subversivo
[como diz Rorty, devemos cuidar da liberdade e deixar que a verdade cuide de si mesma]
www.terra.com.br/informatica

Para o papa, Internet é ótima mas precisa ter regulamento
[graças a Deus ninguém mais dá ouvidos a esse velhinho polonês]
www.terra.com.br/cgi-bin/index_frame/informatica/2002/01/22/008.htm

Fundação Gates destina US$ 24 bi aos países pobres
[novos valores de verdade em desenvolvimento]
www.terra.com.br/cgi-bin/index_frame/informatica/2002/02/18/018.htm

Maioria dos norte-americanos aprova uso de armas nucleares
[os americanos não são um gênero à parte: qualquer pesquisa em outros países revelará a mesma coisa]
www.terra.com.br/cgi-bin/index_frame/noticias/brasil/2001/11/08/036.htm

Detentos jamaicanos têm acesso à Internet
[uma sociedade que respeita os direitos é uma sociedade promissora]
www.terra.com.br/cgi-bin/index_frame/informatica/2002/02/25/008.htm

Buracos negros não existem
[coitado dos que acham que sabem tudo]
www.terra.com.br/cgi-bin/index_frame/informatica/2002/01/29/002.htm

Crueldade com robôs mobiliza a sociedade
[os proletários do futuro]
www.terra.com.br/cgi-bin/index_frame/informatica/2002/01/25/006.htm

Morre engenheiro inventor do primeiro computador pessoal
[thank you, my brother]
www.terra.com.br/cgi-bin/index_frame/informatica/2002/01/23/016.htm

A nanotecnologia tem o desafio de desconstruir o mundo
[utopia: estamos indo em direção a um mundo jamais imaginado]
www.terra.com.br/cgi-bin/index_frame/informatica/2002/01/04/007.htm

Um dos coordenadores do Fórum Social Mundial, Cândido Grzybowski, defende em artigo que o encontro serviu para mostrar ao mundo que existem, sim, alternativas à globalização e "a tudo isso que está aí". O próximo passo, reconhece, é trabalhar para apresentar propostas
[pensei que os R$ 26.000.000,00 retirados do contribuinte tinham, já, servido para apresentar as tais "novas propostas"]
www.no.com.br/revista/noticia/58739/atual

Candidata pede voto sem roupas na Internet
[viva a democracia!]
www.terra.com.br/cgi-bin/index_frame/informatica/2001/11/06/003.htm

[]'s
Fabiano





[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mulheres na lista
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/03/2002 08:48

Olá Dani e Alisson,

sou apenas especialista em ectoplasma, coxa, seios e bunda. Poderemos discutir como uma dessas coisas implica nas outras três. Vcs são loiras?
[]'
Léo
PS para os demais::::---)))
===========
-----Mensagem Original-----
De: "Alisson Antonio Martins" <aam00@fisica.ufpr.br>
Para: "[ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 6 de março de 2002 15:30
Assunto: Re: [ciencialist] Mulheres na lista


Não sei como é possível tal comentário invadir nossas contas de e-mail.
Sinceramente, estamos em uma sociedade que se diz às portas de uma nova
era, cheia de transformações e me vem um estupido/machista/ignorante
defender tais opiniões...




SUBJECT: Para que(m) a Ciencia eh util
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/03/2002 08:51

Vamos colaborar com o Evandro?
[]'
Léo
=============

E-mail: evandro.xaparral@uol.com.br
Nome: Evandro Souza
Cidade: Jundiaí
UF: SP
Nível de Escolaridade: Universitário
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 05
Dúvida/Sugestão: "Para que(m) a Ciência é útil" Este é um dos assuntos a ser discutidos em um seminário que será apresentado por meu grupo. Sinceramente, estamos precisando de algumas dicas de como poderíamos nos proceder nesta apresentação, quais dinâmicas de grupo usar, interação, entre outros...poderia me ajudar? Agradeço a atenção.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mulheres na lista
FROM: Alisson Antonio Martins <aam00@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/03/2002 09:55

Eu não sou loira e nem morena...
Não sou mulher. Sou um homem que entende que seus comentários são, não de
um especialista em ectoplasma, mas sim de um especialista em preconceito.
Sou contra toda forma de opressão. Não preciso ser mulher para tomar
partido de um discussão tão séria. A questão é saber quem é opressor e
quem é oprimido. Se é oprimido então tem meu apoio. Sou contra todas as
injustiças cometidas no mundo.

Luiz Ferraz Netto wrote:
"Vcs são loiras?"

Essa sua pergunta já evidencia o seu caráter racista. O que interfere o
fato de um pessoa ser loira, morena, negra, amarela,...? Não é a nossa
falta ou excesso de melanina que diz que somos mais ou melhores que os
outros(nada diz). Sinceramente, não sei como me rebaixo a tal
nível...ou melhor, sei: para por um fim ao preconceito, ao
racismo, à opressão. Pessoas como vc é que fazem com que a humanidade
fique parada, atrasada.
Saudações à sua mãe que criou mais um de seus opressores!

l ss n

P.S.:Danni e todas as mulheres,ou quem mais que esteja sendo oprimido por
atitudes NEFASTAS como as desse sábio (sic) senhor, contem comigo!
Alisson.
___________________________________________
___________________________________________

"Crer em tudo ou duvidar de tudo
são duas situações igualmente cômodas,
âmbas nos impedem de refletir."
Henri Poincaré
___________________________________________
___________________________________________

On Thu, 7 Mar 2002, Luiz Ferraz Netto wrote:

> Olá Dani e Alisson,
>
> sou apenas especialista em ectoplasma, coxa, seios e bunda. Poderemos discutir como uma dessas coisas implica nas outras três. Vcs são loiras?
> []'
> Léo
> PS para os demais::::---)))
> ===========
> -----Mensagem Original-----
> De: "Alisson Antonio Martins" <aam00@fisica.ufpr.br>
> Para: "[ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Enviada em: quarta-feira, 6 de março de 2002 15:30
> Assunto: Re: [ciencialist] Mulheres na lista
>
>
> Não sei como é possível tal comentário invadir nossas contas de e-mail.
> Sinceramente, estamos em uma sociedade que se diz às portas de uma nova
> era, cheia de transformações e me vem um estupido/machista/ignorante
> defender tais opiniões...
>
>
>
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>



SUBJECT: Re: Mulheres na lista
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/03/2002 10:04

Alisson,

O Prof. Léo é um notório tirador de sarro
(com certificado de conclusão de curso
superior assinado por ninguém menos q.
Aparício Torelli e Sérgio Porto).

Não precisa levar os comentários do tio
Léo tão ao fígado.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mulheres na lista
FROM: Alisson Antonio Martins <aam00@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/03/2002 10:13

Dane-se! É nas tirações de sarro que nasce os piores preconceitos.
E quem se importa com quem assinou seu atestado de sanidade, se o fizeram
cientes das capacidades do discípulo, então são cúmplices, se não, criaram
sem saber um perfeito "tirador de sarro".

saudações...
l ss n
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"Crer em tudo ou duvidar de tudo
são duas situações igualmente cômodas,
âmbas nos impedem de refletir."
Henri Poincaré
___________________________________________
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On Thu, 7 Mar 2002, rmtakata wrote:

> Alisson,
>
> O Prof. Léo é um notório tirador de sarro
> (com certificado de conclusão de curso
> superior assinado por ninguém menos q.
> Aparício Torelli e Sérgio Porto).
>
> Não precisa levar os comentários do tio
> Léo tão ao fígado.
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
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>
>



SUBJECT: RES: Mulheres na lista
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/03/2002 11:03

> -----Mensagem original-----
> De: Alisson Antonio Martins [mailto:aam00@fisica.ufpr.br]
>
> Dane-se! É nas tirações de sarro que nasce os piores preconceitos.
> E quem se importa com quem assinou seu atestado de sanidade,
> se o fizeram
> cientes das capacidades do discípulo, então são cúmplices, se
> não, criaram
> sem saber um perfeito "tirador de sarro".
>
> "Crer em tudo ou duvidar de tudo
> são duas situações igualmente cômodas,
> âmbas nos impedem de refletir."
> Henri Poincaré

Alisson,

O que Poincaré está criticando com a afirmação acima?
O radicalismo, talvez? Vamos supor que sim.

O Léo às vezes se empolga. Hoje foi o sarro com as loiras,
outro dia foi com os advogados. Ele pegou pesado até que alguém, dentro da
razão, lhe deu uns puxões de orelha lembrando-o que a esposa é "Divogada"
como ele mesmo gosta de dizer. Mas é só sarro. Nada maldoso.

Um puxãozinho de orelha é recomendável qdo ele se excede.
Mas meter as duas patas no peito já é demais. O que isso?
Tolerância zero?

Outro dia aconteceu a mesma coisa entre dois colegas, dos
bons, ativos participantes. Um tirou um sarro e o outro
chegou com um monte de pedras nas mãos.

Recomendei para esse caso que o direito de defesa limita-se
à mesma proporção da ofensa. Mais do que isso não é justiça,
é vingança.

Beleza? Vamos conter os ânimos?

Abraço a todos,

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mulheres na lista
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/03/2002 11:06

Tá bom Alisson. Eu paro com a brincadeira (que afinal das contas é Off Topic por aqui). E sorry pela confusão das identidades.
[]'
Léo
=============

-----Mensagem Original-----
De: "Alisson Antonio Martins" <aam00@fisica.ufpr.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 7 de março de 2002 10:13
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Mulheres na lista


Dane-se! É nas tirações de sarro que nasce os piores preconceitos.
E quem se importa com quem assinou seu atestado de sanidade, se o fizeram
cientes das capacidades do discípulo, então são cúmplices, se não, criaram
sem saber um perfeito "tirador de sarro".

saudações...
l ss n
___________________________________________
___________________________________________

"Crer em tudo ou duvidar de tudo
são duas situações igualmente cômodas,
âmbas nos impedem de refletir."
Henri Poincaré
___________________________________________
___________________________________________

On Thu, 7 Mar 2002, rmtakata wrote:

> Alisson,
>
> O Prof. Léo é um notório tirador de sarro
> (com certificado de conclusão de curso
> superior assinado por ninguém menos q.
> Aparício Torelli e Sérgio Porto).
>
> Não precisa levar os comentários do tio
> Léo tão ao fígado.
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>


&&& --- &&&
VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
http://www.ciencialist.hpg.com.br
Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
&&& --- &&&

Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html





SUBJECT: Era Glacial
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'Ciencialist (br)'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/03/2002 11:11

Amigos, amigas e assemelhados,

Gostaria de obter dados sobre geologia,
botânica e zoologia na última era glacial.

PS: Tô sem Internet aqui no trabalho para
fazer as pesquisas. Se vcs me indicarem
links, faço a pesquisa em casa.

[]'s

Alexandre P.Cabral de Medeiros
Analista Consultor * mailto:alexandre.medeiros@consultmail.net
AC Nielsen do Brasil - Grupo VNU * http://www.acnielsen.com
Tel. *(0xx11) 4613-7469 - Fax (0xx11) 4613-7077


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Mulheres na lista
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/03/2002 11:18

É, assim seu fígado vai pro espaço em três tempos...

Talvez vc entenda melhor assim:

Aparício Torelli, mais conhecido como o
Barão de Itararé;

Sérgio Porto, vulgo, Stanislaw Ponte Preta.

Agredindo menos o nosso destoxificador-mór:
ambos são humoristas e jamais assinaram
documento algum do Prof. Léo (ao menos não
é de conhecimento público).

Qdo digo q. o Prof. Léo é um gde tirador
de sarro é porq. ele não acredita naqueles
textos (desculpe-me se estrago a piada).
É apenas um espicaçador de mau-humor.

Levar isso à sério é, digamos, uma imprudência.

Como vc é novo por esta lista, explica-se
o mal entendido: vc não o conhece, então
comprou o q. achou q. viu. O Prof. Léo
é um romântico.

Os piores preconceitos nascem, ao q. parece,
da intolerância. Da incapacidade crítica
de se discernir objetivamente a realidade,
da certeza interna da verdade. Uma pessoa
q. não se leva à sério tem menos chances
de desenvolver isso.

A simples rotulação, o fechar dos olhos
para as nuanças, a indisposição para a
compreensão não é uma arma digna de quem
se quer pôr ao lado da integridade moral.
(Aliás, já é meio caminho para a suspeição
o arvorar-se à alguma autoridade moral.)

Discursos panfletários tbm não é certamente
o melhor meio de se renovar o mundo.

O levar tudo à sério não deve ser levado
à sério.

[]s,

Roberto Takata

--- In ciencialist@y..., Alisson Antonio Martins <aam00@f...> wrote:
> Dane-se! É nas tirações de sarro que nasce os piores preconceitos.
> E quem se importa com quem assinou seu atestado de sanidade, se o
fizeram
> cientes das capacidades do discípulo, então são cúmplices, se não,
criaram
> sem saber um perfeito "tirador de sarro".
>
> saudações...
> l ss n




SUBJECT: Re: Era Glacial
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/03/2002 11:39

--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> PS: Tô sem Internet aqui no trabalho para
> fazer as pesquisas.

Se tem email, tem internet...

Colorado Cave Yields Trove of Ice Age Mammal Fossils
http://news.nationalgeographic.com/news/2001/08/0814_wiremammalcave.ht
ml

Climate Change Caused Extinction of Big Ice Age Mammals, Scientist
Says
http://news.nationalgeographic.com/news/2001/11/1112_overkill.html

The Ice Age
http://www.amnh.org/science/biodiversity/extinction/Intro/Iceage.html

Ice Age Explanation
http://culter.colorado.edu/~saelias/glacier.html

Ice Age Mammals
http://www.si.edu/harcourt/nmnh/mammal/Default.htm

EXPERIMENTING WITH ICE-AGE CYCLES IN A SPREADSHEET
http://wolfberger.ucsd.edu//JGE.html

Climate of the last Ice Age
http://weather.uwyo.edu/~geerts/cwx/notes/chap15/lgm.html

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: CRIME NOS TRANSPLANTES E DESVIO DE VERBAS PUBLICAS
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <idioma@pipeline.iron.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/03/2002 11:55

DEPOIMENTO DE UM PAI:
CRIME NOS TRANSPLANTES
E DESVIO DE VERBAS PUBLICAS


Direito_Saúde e Bioética -- 07.03.2002
______________________________

Observação de Celso Galli Coimbra
sobre o texto abaixo:
--

Segue-se o relato de um pai que mostra facetas gravíssimas
da _"Mafia Transplantadora"_ no Brasil, que vitimou seu filho
de 10 anos, enganando-o a respeito da morte dele para fins
de retirada de órgãos, INCLUINDO o desvio de verbas
Públicas da União, "aparentemente" destinadas para
transplantes.



O assunto morte encefálica e seu procedimento declaratório
HOMICIDA vem sendo denunciado perante as autoridades
brasileiras por brasileiros de todo o país, que me conferiram
procuração para esclarecer o MOMENTO REAL
DA IRREVERSIBILADADE DA MORTE ENCEFÁLICA,
que NÃO é aquele usado para fins de transplantes de
órgãos vitais únicos, porque para esse procedimento
criminoso é preciso a retirada de órgãos
de um ser ainda vivo, e com possibilidades
de retorno a uma vida normal em 80% dos
casos de retirada de órgãos.



Toda essa criminosa farsa transplantadora repousa sobre
um procedimento "médico" homicida, previsto na Resolução
1.480/97 do CFM, e sobre o qual esse órgão vem fugindo
de esclarecer à sociedade todo o questionamento médico científico
que lhe foi oposto pela via judicial, em demonstração
de seus ERROS de procedimento, EM ESPECIAL
pelo uso do TESTE DA APNÉIA, cuja única razão
de ser real é a retirada dos órgãos
da vítima, e não o diagnóstico de morte.



Esse teste pode SER PROÍBIDO por quem
quiser proteger-se de eventual situação sua
ou de familiares dentro de hospitais onde
impera a vontade transplantadora apenas.



Quem quiser receber cópia da última ação interpelatóra
ajuizada pode solicitar para o meu endereço eletrônico
c.galli@terra.com.br


Quem quiser integrar o grupo de Interpelantes sem gasto
algum pode solicitar envio de procuração para o mesmo
endereço.


Já é o momento de começarmos a organizar uma
Associação Civil ampla para defender interesses de saúde
no Brasil que estão desprotegidos, e pelos quais o Poder
Público nada irá fazer.

==================================


" Meu nome é Paulo Airton Pavesi, sou analista de sistemas em uma empresa de seguros. Tenho 34 anos, sou casado e tive um casal de filhos, hoje configurado apenas pela minha filha de 7 anos, a Adriana.




Meu filho, Paulo Veronesi Pavesi, não está mais conosco, após ter um traumatismo craniano, e ter sido em seguida, submetido ao teste de apnéia, que o levou à morte encefálica.




Tudo aconteceu em Poços de Caldas. Paulinho brincava na área de lazer do prédio onde morávamos nesta cidade. Ao se debruçar em uma grade de proteção, cuja altura era de 1,05m, e tendo colocado o peso do corpo para frente, teve sua sustentação comprometida e caiu por 10 metros até atingir o solo.




Ao cair, bateu com a cabeça diretamente no chão, após ter amortecido sua queda, raspando seu corpo pela parede numa tentativa talvez de agarrar-se em algo que pudesse ajudá-lo a não chegar até o chão. Logo depois da queda, Paulinho se levantou e já possuia naquele momento um grnade inchaço ao redor dos olhos. Chorava e chamava pela mãe. As pessoas que viram o acidente, correram para a grade onde ele escorregou, e gritaram para que ele se sentasse, já que estava sobre uma laje, e ainda havia a possibilidade de cair mais alguns metros.




Um vizinho imediatamente colocou uma escada que pudesse alcançar a laje e retirou Paulinho o mais rápido que pôde.




Ao lado deste prédio onde aconteceu o acidente, funciona o Hospital Pedro Sanches, que é adminsitrado por um grupo de médicos e pela maçonaria. Este grupo, médicos e maçonaria, possuem um convênio particular de saúde, e ao mesmo tempo estavam credenciados pelo SUS para atender a população. No entanto, ao dar entrada no hospital, fomos colocados como "internação particular", porque minha esposa disse na emergência que não possuíamos um convênio médico. A internação de emergência se deu no dia 19/04/2000 às 14h00. Paulinho foi internado totalmente consciente e gritava para que a mãe lhe tirasse ós óculos. Com o inchaço ao redor dos olhos, Paulinho pensou que estivesse usando óculos.




No registro do hospital, Paulinho entrou para internação inconsciente e com parada respiratória. Estranhamente, já que foi internado nestas condições, ele foi levado para uma sala de suturas, onde teve seu rosto costurado em várias partes. Depois deste procedimento, os registros apontam que Paulinho foi submetido a uma série de chapas de Raio X para detectar a extensão dos danos em sua estrutura óssea. Por volta das 15h30 do mesmo dia, ele foi tranferido às pressas para uma clínica no centro da cidade para a realização de uma tomografia, já que o hospital não apresentava condições básicas de atendimento de emergência. Às 16h15, Paulinho foi trazido de volta para o Hospital Pedro Sanches, sem o resultado do exame. Estranhamos mais uma vez a demora no atendimento de emergência e descobrimos que o exame não veio com o meu filho, porque era necessário que se efetuasse um pagamento no valor de R$ 360,00. Minha esposa imediatamente conseguiu um carro emprestado e se dirigiu a clínica para apanhar tal exame e retornou o mais rápido que pode para'o hospital.




Todo este pesadelo que aconteceu eu não pude assistir. Eu trabalho em São Paulo e quando ocorreu o acidente, eu não estava em Poços. Ao ser comunicado, por volta das 14h40, me desloquei imediatamente pela estrada até chegar ao hospital.




Às 18h20, eu ainda não havia chegado, e os médicos resolveram operar o Paulinho, porque estavam preocupados com o inchaço e a pressão interna no crânio. A cirurgia teve início às 18h40, quando cheguei no hospital. Da hora do acidente, até o momento da cirurgia, foram 4h40. Paulinho saiu da cirurgia às 21h00 e estava agitado. Tentou por várias vezes desconectar-se dos tubos colocados em sua boca. Teve de ser contido pelos médicos e suas mãos foram seguradas por algum tempo. Ele então foi medicado com calmantes e entrou em coma induzido.




Foram os últimos movimentos que ví do meu filho. Fui pra casa e voltei ao hospital por volta das 02h00 da madrugada de 19/20 de abril. O médico intensivista, Dr. José Luis Bonfito, nos comunicou que estava tudo correndo como o esperado, embora não pudesse ainda dizer nada sobre sua possível recuperação. Fui informado então naquele momento que Paulinho corria risco de morte. No entanto, o médico nos deu uma informação de esperança. Ele respondia a estímulos verbais, dolorosos e sua pupila não estava dilatada. Respondia aos reflexos de luz.




Dia 20/04/2000, às 08h00, nos dirigimos ao hospital para obter informações sobre o estado de saúde dele. Logo no início da conversa, o médico intensivista nos disse que durante a madrugada houve uma inversão das condições clínicas. Paulinho estava entrando em uma vida vegetativa e sem chances de recuperação.




O Médico neurologista nos procurou por volta das 09h00 e disse que Paulinho não estava respondendo a nenhum estímulo e suas condições neurológicas não permitiam mais que seu coração e sua respiração funcionassem sem aparelhos. Nos preparou para o pior. Neste momento, movido pela intenção única e simples de ajudar alguém que estaria precisando de uma vida nova, disse ao médico que pretendíamos doar os órgãos, caso houvesse a morte. O médico então me disse que já estava "diagnosticada" a suspeita da morte encefálica. Pedi para que ele não comentasse meu desejo com ninguém e que cuidasse do meu filho com todos os esforços que pudesse. Às 10h00, fomos comunicados de sua morte encefálica.




Porém, não havia sido ainda diagnosticada através de qualquer exame, tal morte encefálica, pois segundo o médico, havia realizado um exame clínico que permitia definir este estágio.




Pediu permissão para acionar a central de transplantes e como eu desconhecia a lei até então, aceitei.




Uma equipe chamada MG SUL TRANSPLANTE veio ao hospital por volta das 13h00 do mesmo dia. Álvaro Ianhez, o coordenador desta central, iniciou a preparação para a realização do exame de constatação de morte encefálica e assim o fez. Segundo as anotações de enfermagem, Álvaro ministrou ATROPINA e REVIVAN, minutos antes de iniciar o exame. Paulinho foi submetido a uma arteriografia cerebral. O Resultado confirmou: "Paulinho estava vivo !". Ainda havia fluxo sanguineo em seu cérebro e segundo o médico Álvaro, ele estava morto, mas, a lei não permitia que iniciassem a remoção dos órgãos, enquanto não houvesse a parada completa e definitiva deste fluxo. Todos estes fatos estão documentados através de depoimentos que Álvaro deu a imprensa na época.




Álvaro passou a medicar o meu filho por telefone, receitando ainda ATROPINA e REVIVAN. Aplicaram também alumas soluçãos para "hidratar"o corpo dele.




No dia 21/04/2000, às 08h00, Álvaro Ianhez foi ao hospital e resolveu transferí-lo para a Santa Casa de Poços de Caldas. Este hospital para onde Paulinho seria transferido, possuia credencial para a realização de transplantes e segundo o médico, os exames de arteriografia seriam realizados com mais segurança. Paulinho foi transferido para o Hospital da Santa Casa de Poços de Caldas, às 13:00. Isso se deu pelo fato de que a diária da UTI, iniciava-se às 11h00 e o hospital Pedro Sanches, pediu para que o médico esperasse até depois deste horário para poderem cobrar a mesma. Álvaro aceitou. Neste período antes da transferência, entre 08h00 e 13h00, Paulinho foi submetido a exames clínicos e também foi submetido ao exame de APNÉIA.




Às 13h00, deu-se início a transferência. O respirador falhou no caminho até o hospital, e o médico neurologista, ao abrirem a porta da UTI MÓVEL, bombeava um respirador manual. Paulinho deu entrada na Santa Casa e foi direto para a sala onde seria realizado o exame de Arteriografia. Álvaro realizou o exame e diagnosticou definitivamente a morte encefálica. Em seguida, procedeu com a retirada dos órgãos. Por volta das 19:00, entregou o corpo para nós, sem permitir que fizessem a necrópsia, que nós também desconhecíamos a necessidade.




Dia 22/04/2000, às 08h00, Paulinho foi sepultado.




Motivados pela atuação dos médicos de transplantes, que se mostraram honestos, úteis e acolhedores, juntamente com uma total sensação de perda, decidimos entregar aos médicos intensivista, neurologista e ao coordenador de transplantes, placas de prata em agradecimento aos serviços prestados, numa mensagem carinhosa e que naquele momento, julgamos justa.




No dia 25 fui ao hospital pagar a conta e começou um novo pesadelo. O hospital estava cobrando por 3 diárias de UTI, e materias com preços exorbitantes, muitas vezes ultrapassando o ágio de 1.430%. Além disso, a quantidade de material utilizada, não correspondia com a quantidade de material que vimos utilizarem.




Procurei pela lei de transplantes 9.434/97 e decreto 2.268/97 que hoje conheço perfeitamente. Nesta lei encontrei o seguinte:




CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS



Art. 1o. A disposição gratuita de tecidos, órgãos e partes do corpo humano, em vida ou post mortem, para fins de transplante e tratamento, é permitida na forma desta Lei.





No decreto:



Art. 33. Caberá aos estabelecimentos de saúde e às equipes especializadas autorizados a execução de todos os procedimentos médicos previstos neste Decreto, que serão remunerados segundo os respectivos valores fixados em tabela aprovada pelo Ministério da Saúde.



Parágrafo único. Os procedimentos de diagnóstico de morte encefálica, de manutenção homeostática do doador e da retirada de tecidos, órgãos ou partes, realizados por estabelecimento hospitalar privado, poderão, conjunta ou separadamente, ser custeados na forma do caput, independentemente de contrato ou convênio, mediante declaração do receptor, ou, no caso de óbito, por sua família, na presença de funcionários da CNCDO, de que tais serviços não lhe foram cobrados.





O Hospital Pedro Sanches, se negou a acatar a lei. Tentei fazer com que eles entendessem a lei e o decreto de transplantes e eles simplesmente se negaram a aceitar. Descobrimos então que no ato da internação, chamaram uma vizinha nossa, Daniele Ramos, e exigiram dela um cheque caução no valor de R$ 5.000,00. A empresa que eu trabalhava na época, ao saber das dificuldades em arcar com as despesas, juntamente com um grupo de colegas de trabalho, juntaram o montante da conta, R$ 11.686,00 e depositaram na conta da minha micro-empresa. O Hospital começou a ameaçar colocar o cheque da vizinha e imediatamente por uma questão moral, troquei o cheque dela por um cheque da empresa. Ao trocar o cheque, o hospital exigiu que ele fosse preenchido com o valor total da conta, o que passou a ter um efeito legal lamentável. Não se tratava mais de um cheque caução e o hospital começou a entender como "VALOR DA CONTA ACEITA PELA FAMÍLIA", uma vez que pagamos com um cheque, como foi descrito acima. Mandei que sustassem o cheque, mesmo tendo o valor em dinheiro na conta corrente, por me sentir coagido diante tais absurdos.





Alguns meses se passaram, e o hospital começou a nos ameaçar, telefonando muitas vezes no meu local de trabalho, dizendo que iriam pedir a falência da minha empresa. Também diziam que depois de falirem a empresa, iriam cobrar de nós, pessoas físicas, o valor devido. Segundo eles, eu não teria chance de escapar desta cobrança. Percebendo que a minha posição era irredutível, o hospital entrou então com o pedido de falência, como havia ameçado. Esta micro-empresa era a única fonte de renda que tínhamos e eu precisava dela funcionando para sobreviver.





Então, no dia 05/11/2000 enviei um e-mail para a ABTO, Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, pedindo ajuda para que esclarecessem ao hospital sobre o decreto 2.248/97. Imediatamente o Dr. Henry Holanda e o Dr. Osmar Medina me telefonaram dizendo que já haviam levado o caso ao Ministério da Saúde, que Álvaro Ianhez já havia sido comunicado e que estaria revendo a conta do hospital para detectar tais cobranças. Conversei também com Álvaro pelo telefone, que confirmou ter visto os itens e que realmente haviam sido cobrados indevidamente. Pedi para que ele me enviasse os ítens cobrados para que eu levasse até o hospital. Com o pedido de falência da empresa, tive que contratar um advogado. Este advogado, que não me lembro o nome agora, disse que era amigo de Álvaro Ianhez e que iria pegar a lista com ele. Passaram-se alguns dias e nenhuma lista foi entregue, até que resolvi levar o caso a impresa, uma vez que estava percebendo a má vontade em resolverem a questão. Até este momento, eu não tinha a menor noção do que estava se passando. Acreditava apenas em um conflito de informações divergentes e queria apenas resolvê-la. Enviei um e-mail para a Rede Globo, programa Fantástico, no dia 13/11/2000. No dia 14/11, o advogado ora contratado, sabendo da minha denúncia a imprensa, vai até minha casa e me faz uma proposta: "Álvaro juntamente com a ABTO, está lhe oferecendo um desconto de R$ 2.000,00. Acho melhor você aceitar." Mais uma vez me senti coagido a aceitar uma situação completamente ilegal. Liguei para a ABTO na frente do meu "advogado", e disse a eles que iria à imprensa. Liguei para a Rede Globo e marquei a realização da reportagem para o dia seguinte. O "advogado" me orientou para que eu não citasse nomes, nem dos hospitais, nem dos médicos. Pediu ainda que eu levasse a equipe para o escritório dele, que ele conduziria a reportagem. Dispensei o advogado naquele momento. Não precisa dele.





Alguns minutos depois, ligam de Brasília para a minha casa. Era a Dra. Rosana Nothen, na época, Coordenadora Nacional dos Transplantes do Ministério da Saúde. Foi agressiva dizendo que eu estava promovendo sensacionalismo. Me disse também que eu deveria ter procurado as autoridades antes de chamar a Rede Globo. Eu disse a ela que comuniquei a ABTO e que a ABTO teria informado o Ministério. Descobri então que JAMAIS A ABTO AVISOU O MINISTÉRIO DA SAÚDE. Rosana Nothen disse que nunca foi informada do que estava acontecendo ali.





Na reportagem, Álvaro Ianhez confirma ter sido cobrado da família porque ele não se interessou em pagar a conta, e disse com todas as letras. "EU DEVERIA TER IDO ATRÁS DA CONTA, MAS NÃO FUI. ERREI...". Quanto a transferência tardia de Paulinho para a Santa Casa, ele diz: "ERREI EM NÃO LEVÁ-LO ANTES. FOI UM LAPSO DA CENTRAL."





Durante a gravação, o Dr. Omero Junqueira, administrador do hospital Pedro Sanches, disse a repórter Helena de Grammont, que eu não conseguiria nada com esta reportagem e citou o nome do Deputado Federal Carlos Eduardo Venturelli Mosconi, como o guardião dos transplantes. Além disso, alertou que o município possuia a gestão plena da saúde, onde o dinheiro, a auditoria e tudo mais, era controlado por eles mesmos.





No dia seguinte, Álvaro e os médicos do Hospital Pedro Sanches, convocam a imprensa e começam a denegrir a minha imagem, publicando frases nos jornais do tipo "Ele estava mal intencionada desde o início. Sabíamos que ele queria dar o calote !", se referindo a mim. Uma chuva de acusações caíram sobre nossas cabeças e não tínhamos na imprensa, qualquer chance de defesa, como ainda não temos até hoje. Álvaro em um programa de rádio, chegou a dizer que eu deveria ser processado pelo ministério público. Alguns meses depois, até a cadeia disseram que eu merecia.





A Polícia Civil abre um inquérito local para apurar a denúncia e chega a seguinte conclusão: "O PAI, PAULO AIRTON PAVESI, CONFESSA TER CHAMADO A REDE GLOBO PARA DAR ENTREVISTA". Diz ainda "O HOSPITAL FEZ DE TUDO PARA SALVAR O MENINO E NADA O DESABONA EM CONDUTA OU QUALQUER OUTRA SITUAÇÃO"





O Ministério da Saúde realizou então uma auditoria e descobrimos o que jamais poderiamos imaginar.




- Álvaro Ianhez trabalhava de forma ilegal numa central que existia clandestinamente.




- Os hospitais estavam forrados de irregularidades.




- O Prontuário do Paulinho estava revirado e sumiram laudos e exames de tomografia, arteriografia, chapas de raio x, exames laboratoriais. Além disso, o prontuário estava todo rasurado e nenhuma informação sobre alta médica, transferência, morte encefálica, ou qualquer outra que existisse, estavam ali.




- A Santa Casa, é administrada por um médico já condenado por desviar dinheiro do INSS.




- O Deputado Carlos Mosconi, além de ser membro do corpo clínico dos dois hospitais, era transplantador e foi o pioneiro na cidade. Além disso, era membro da ABTO e relator da lei presumida de doadores de órgãos.




- A ABTO ainda possuía em seu quadro de diretores, o irmão de Álvaro Ianhez, como conselheiro consultivo. Luiz Estevam Ianhez, tranplantador renal.




- Os órgãos doados, foram desviados da fila de espera.




- As córneas foram implantadas em pessoas de CUIABÁ, através do instituto Penido Burnier, de Campinas.




- A Auditora de Saúde era irmã do Secretário de Saúde, que administrava a verba de saúde da cidade (Gestão Plena), e casada com um membro da equipe de Álvaro Ianhez.




A Polícia federal, entrou no caso e aprendeu partes do prontuário e de outros casos, na residência de Álvaro Ianhez e em sua Instituição de Doentes Crônicos Renais - PRÓRIM.




Os documentos referentes à morte encefálica não possuíam assinaturas e estavam rasurados. O Documento que eu assinei autorizando a doação, estava com a data rasurada. Apareceram exames de Paulinho datados de 22/04/2000, data esta em que ele já estava sepultado. Outro documento demonstra que Paulinho estava "sem M.E." no início da cirurgia para a retirada de órgãos. Ainda descreve que Paulinho foi ANESTESIADO, numa cirurgia que começou às 17h30 e terminou às 19h30. O Horário do óbito no atestado é 19h00. O laudo da última arteriografia, apareceu meses depois com o Deputado Mosconi, que o exibia às câmeras de um programa de televisão, faltando uma assinatura e com o horário de 13h35 do dia 21/04/2000. Neste dia e horário, Paulinho estava começando a ser transferido para a Santa Casa, que no documento de internação, registrou a entrada dele na Santa Casa, às 18h30. As córneas foram retiradas por um médico que não possuia credenciamento no Ministério da Saúde para realizar este procedimento como determina a lei. Odilon Trefiglio Neto, foi indiciado nos artigos 14 e 16 da lei 9.434/97, que trata de retirada e implante de órgãos em desconformidade com a lei. Álvaro Ianhez, Cláudio Rogério Fernandes e Celso Scafi (cunhado do secretário de saúde), também foram indiciados.




Começou então a batalha. O Deputado Mosconi, que em seguida foi denunciado por compra de veículos de luxo com notas frias e lobby no Ministério da Saúde, vai a plenário e ameaça: "Se o Ministro da Saúde, José Serra, não aliviar a situação dos médicos, vou voltar a favor da CPI DA CORRUPÇÃO para banir estes ladrões corruptos do Brasil, contrariando o que o presidente FHC recomendou.




O Ministério da Saúde enviou uma nota ao deputado, dizendo que toda a reportagem foi montada e editada. Que tinha muito apreço pelos préstimos que a equipe deu ao país e que ninguém seria injustiçado neste caso.




Para se ter uma idéia do nível em que chegamos, o hospital algum tempo depois estava atuando sem alvará da vigilância sanitária e com as credencias para a realização de transplantes vencidas. Aberto Beltrame em depoimento na polícia federal, acusa Mosconi de pressionar várias vezes o Ministério para que o caso fosse abafado.




Exumaram meu filho 1 ano depois do sepultamento, para identificar se foram retirados mais órgãos do que os que foram informados. Já sabíamos que o corpo estava totalmente decomposto e a análise seria apenas da ossada. Ao abrirem o caixão, havia uma enorme quantidade de serragem. Os peritos disseram que era um procedimento normal preencher um cadáver com serragem. Mas esqueceram-se de que a necrópsia, momento em que geralmente fazem tal procedimento, não foi realizada. O Laudo foi entregue ao médico Álvaro Ianhez, antes de chegar às mãos da polícia federal. Mesmo sabendo disso, a polícia federal não tomou qualquer providência para apurar os motivos.




Fiz uma investigação e descobri o que faltava para juntar o quebra-cabeça:




Descobri que Poços de Caldas, havia recebido em 2000, R$ 1.310.000,00 para campanhas de transplantes.





Denunciei à Polícia Federal, e esta descobriu que nunca foi utilizado 1 centavo em propaganda. Então o Ministério mudou as informações que colhi no site deles, de "CAMPANHA DE TRANSPLANTES" para "TRANSPLANTES REALIZADOS".




E então ficou pior, porque:



em 2000, o Ministério da Saúde pagava R$ 11.023,00 para cada transplante renal realizado em Poços de Caldas.




Neste ano foram realizados 40 transplantes. 40 x R$ 11.023,00 = R$ 440.920,00




Considerando que foram pagos R$ 1.310.000,00, estariam sobrando R$ 869.080,00.




Após a denúncia e constatação do carnaval dos transplantes, piorou !




Em 2001, o Ministério da Saúde pagava R$ 19.272,00 para cada transplante renal realizado em Poços de Caldas.



Neste ano foram realizados 12 transplantes. 12 x R$ 19.272,00 = R$ 231.264,00.



Considerando que foram pagos R$ 1.210.000,00, estariam sobrando R$ 978.736,00.




A minha situação hoje é a seguinte:




A Polícia Civil tem agido sob os mandos do hospital. Emitiram um documento liberando os médicos de realizarem os exames de necrópsia. Certo dia, a Polícia Civil, cujo delegado Lacy de Moraes (que assinou a liberação da necrópsia) e é amigo de infância de uma tia da minha esposa, convidou-a para ir até a delegacia para falar sobre o passado, a infância e coisas assim. Ao chegar lá, ela foi interrogada pelo Álvaro Ianhez, que a ameaçava dizendo que iria acabar com a minha vida, com a presença do delegado. O delegado ainda disse a ela, que eu era um vagabundo e que merecia cadeia.




Tive que mudar de madrugada para São Paulo. denunciei tal fato a polícia federal e ainda assim, nada fizeram.




A última atualização do caso é esta: O procurador José Jairo Gomes, que vem recebendo os médicos com frequência em seu gabinete em Belo Horizonte, e que diz estar com pena de vê-los chorando como crianças, entrou com um pedido na justiça, para que eu seja obrigado a realizar um exame de SANIDADE MENTAL. Ele alega que é para a minha proteção. Mais absurdo ainda, é que nunca pude sequer exibir um documento pois estão sob sigilo de justiça. No entanto, o promotor de Poços de Caldas, DR. Renato Maia (promotor que conduziu o inquérito da polícia civil que me acusa de confessar ter chamado a Rede Globo), divulgou o pedido do exame a imprensa.




Muitas coisas aconteceram, mas que para divulgar ficaríamos com um livro para ler.



Com o tempo e o debate, irei revelando os fatos para ilustrar melhor a atividade deste grupo, que continua atuando em Minas gerais.




Preciso de Ajuda.




Precisamos combater a Máfia dos transplantes, que vem vitimando milhares de crianças como meu filho, apenas com uma "SUSPEITA" de MORTE ENCEFÁLICA, comprovada após o exame de APNÉIA.




Obrigado pela atenção"

Paulo Pavesi


======================================
ENDERECOS SOBRE MORTE ENCEFALICA
E TRANSPLANTES
======================================
Nao se deixe enganar
pela propaganda transplantista.
===
INFORME-SE:
apenas a *Medicina Preventiva* de baixo custo
ja seria suficiente para evitar a necessidade de
80% de transplantes previsiveis, com origem em declaracoes
de mortes encefalicas *antecipadas*
para fins de retirada de orgaos vitais.
===
ARTIGO:
"Falhas no Diagnostico da Morte Cerebral",
publicado na Revista CIENCIA HOJE,
número 161, junho de 2000:
http://www.uol.com.br/cienciahoje/chmais/pass/ch161/morte.pdf
===
ARTIGOS
cientificos no site da UNIFESP:
http://www.unifesp.br/dneuro/textos.htm
===
ARTIGO:
"Morte Encefalica"
http://www.unifesp.br/dneuro/mortencefalica.htm
===
DEMONSTRACAO
cientifica dos efeitos mortais do teste
da APNEIA, imposto pelo CFM para
declaracao da morte encefalica que
pretende diagnosticar:
http://www.unifesp.br/dneuro/apnea.htm
===
ARTIGO:
em ingles sobre a importancia da
*Penumbra Isquemica* para a declaracao
da morte encefalica:
http://www.unifesp.br/dneuro/brdeath.html
===
MANIFESTACOES PUBLICAS
da comunidade neurocientifica internacional
contraria aos criterios declaratorios
da morte encefalica.
NAO EH VERDADE QUE HA CONSENSO
internacional na declaracao de morte encefalica,
confirme o que dizem os neurocientistas em:
http://www.unifesp.br/dneuro/opinioes.htm
===
DEBATE
internacional da comunidade neurocientifica
sobre os erros declaratorios da morte encefalica
na Revista Cientifica BMJ:
http://www.bmj.com/cgi/eletters/320/7244/1266
===
PARA ler os artigos sobre
morte encefalica em Direito_Saude:
http://www.yahoogroups.com/files/direito_saude/
===
INSCRICAO, enviar mensagem em branco para:
direito_saude-subscribe@yahoogroups.com
===
PARA outras finalidades acessar
a pagina principal deste Grupo:
http://www.yahoogroups.com/group/direito_saude
===




---
Outgoing mail is certified Virus Free.
Checked by AVG anti-virus system (http://www.grisoft.com).
Version: 6.0.330 / Virus Database: 184 - Release Date: 28/2/2002


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Era Glacial
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/03/2002 13:17

> -----Mensagem original-----
> De: rmtakata [mailto:rmtakata@altavista.net]
> > PS: Tô sem Internet aqui no trabalho para
> > fazer as pesquisas.
>
> Se tem email, tem internet...

Meu email é provido pelo Exchange via LAN. Eu nem
tenho modem em minha máquina. O servidor Exchange, sim,
tá conectado à Internet.

Sem modem também dá pra acessar Internet através da
rede. Mas aqui na empresa só a raça superior tem
acesso livre.

Tsc... tsc... tsc... Não sabe nadica.

Brincadeirinha... Obrigado pelos links.

PS: Mas se vc conhece um jeito de "craquear"
o bloqueio da rede, diz aí como é que é. :-)

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Seres vivos
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/03/2002 13:42


> > > -- claro dentro de
> > > certas condicoes especiais, mas qq organismo so'
> > > se reproduz dentro de certas condicoes especiais...
> >
> > Essas condições especiais não fazem parte da def de vida, pois
não ?
> > A defenição de peninsula não inclui o como ela é formada. Nem a
def
> > de ilha. Por exemplo.
> >
> > (ADN pelado não é um organismo)
>
> Nesse caso o ADN pelado deveria ser encarado como um
> ser vivo -- ja' q. ele se reproduz e tem material
> genetico (alias ele e' o proprio).

Segundo me lembro organismo é um conjunto de celulas. O ADN não é uma
conjunto de celulas, logo não é um organismo. Era neste sentido que
me referia. Que ele seja um ser vivo [pela def dada], tudo bem. Ele
deriva de ADN e contem ADN em si mesmo.

> > ok. subtitui DNA por "material que contém informação genética"
> > Se bem me lembro "gene" tem qq coisa a haver com "genesis" que
por
> > sua vez tem a ver com "origem". E portanto tlv seja uma
tautulogia
> > ou uma defenição redudante, mas...
>
> Nao precisamos nos prender à etimologia desse modo.

Foi só para me antecipar antes que alguem pegasse nisso para decifrar
defeitos.
:-)


> > "Ser Vivo: Aquilo que for gerado a partir de material que contém
> > informaçao genética e que o contenha em si mesmo."
> >
> > Não parece mau.Todo o processo de nascimento, reproduçao e morte
> > está incluido no material genético e este pode ser qq coisa.
> > Actualmente é DNA, mas ninguem garante.
>
> E se o material genético forem configurações
> específicas de chaveamentos de capacitores
> em uma memória de computador e esses chaveamentos
> levassem hardwares acoplados a reproduzirem
> esses mesmos chaveamentos em outras placas de memoria?

Tudo bem.
Isso seria o material genético (que sustenta a genese).

Mas isto leva a um outro problema. O ser vivo deve ser individual.
Ou seja, essas máquinas teriam de fazer isso por "vontade propria".

Na serie StarGate, isso é explorado. Uma especie de aranhas formadas
por blocos que são microcomputadores se auto constroem. Tipo Lego.
Elas fabricas as peças, e as peças se auto-acoplam para forma seres.


> > Mas por esta definição uma mitocondria é um ser vivo. :-) Isso é
> > mau?
>
> O problema de falar em ser vivo e' q. passa pela
> questao de individualidade. Uma celula de ameba
> e' seguramente um ser vivo e esta' viva. Uma celula
> nossa esta' viva, mas e' um ser vivo por si so'?

Pois.Exactamente.
Mas pq o nosso organismo não se pode encarar como uma simbiose [ou
outra coisa do estilo] entre várias celulas ?
OS corais são colonias de animais.
O ser vivo é o coral, esse animais, ou os dois ?

> > Outra hipotese é dizer que vivo é aquilo que tem a capacidade de
> > retirar energia de outros compostos qe não ele mesmo.
> > Neste caso um virus não é vivo.
>
> Mas a chama de uma vela seria... Um geladeira ou
> outro eletrodomestico tbm.

Uma vela não. Ela se autocossumiria violando a parte "outros
compostos que não ele"
Mas ok, este def não serve.

> > E os seres vivos , até agora têm uma coisa em comum: o
> > DNA. Todos baseado no carbono.
>
> É uma visão possível (substituindo-se 'ADN' por 'ADN ou
> ARN'). Mas tbm tem os seus inconvenientes: potencialmente
> deixariamos de fora sistemas analogos com funcionamento
> exatamente igual, mas com outros componentes.

Por isso se substituiu ADN por "material genetico" no sentido de
poder ser qq material, ou associassão de materias, desde que cumpram
as funções de material genetico. Ou seja, que estejam na genese da
vida.

Um virus informatico baseado num programa de software teria o seu
material genetico nesse software.
Algo que é puramente virtual.
A relação entre o software e os condensadores e resitencias é a mesma
que entre o funcionamento do organismo e as bases quimicas do ADN.

O problema é considerar um virus informático como algo vivo[mesmo que
se reproduza e tudo isso]. Responderei a isso noutro mail ao Tarcisio.

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Seres vivos
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/03/2002 14:09


> > Outra hipotese é dizer que vivo é aquilo que tem a capacidade de
> > retirar energia de outros compostos qe não ele mesmo.
> > Neste caso um virus não é vivo.
>
> Neste caso uma usina elétrica é um ser vivo.

Pois..haveria de ser mais especifico, mas ai mais limitativo.
Tudo bem, esta def não é funcional.

> > P.S. Estou a supor que estamos a falar de biologia, e não de
ficção
> > cientifica. A biologia que eu saiba ainda não estuda computadores
> > (assim como a informática não estuda seres vivos) embora haja
umas
> > inclusões. E os seres vivos , até agora têm uma coisa em comum: o
> > DNA. Todos baseado no carbono.
>
> Você está limitando a sua definição. Tente ser mais abrangente.

Mas eu não quero ser mais abrangente.

Se me dizes que um virus informático é um ser vivo, então a
inteligencia artificial nunca será artificial.
Então a vida artificial não existe. Toda a vida seria então natural.
Pois então o que é um "ser vivo artificial" ?
Considerava-se que era um ser vivo feito por máquinas. Sintético. Uma
obra de engenharia.
Mas se ele obece a todas as regras da vida, nascimento, morte,
reprodução e o que mais quiserem por, então onde fica a fronteira
entre a obra de engenharia e a obra natural ?

A vida de um ser criado por nós seria tão boa quanto a nossa, que não
fomos nós a criar, no sentido de se encaixar bem na def de "ser vivo"
tanto quando a outra.

Por isso eu limitei-me a falar dos seres que normalmente consideramos
vivos. E dentro desses os biologicos. Pois eu sei que estão vivos.
Quanto às máquinas pode ser apenas uma simulação. Simulações evoluem
simuladamente e não na realidade. Aparentam estar vivas. Mas não estão
(?).

É como jogar xadrez com os movimentos limitados pq não conhecemos bem
todas as regras. Isso não é jogar xadrez, é simular que se está a
jogar. E combinações de movimentos que as regras reais permitem nunca
poderão ser feitas pq não as sabemos.

Isto nos seres vivos criados por nós implica q eles podem simular uma
aparente evolução, mas será isso tudo o que é possivel evoluir se
eles fossem seres vivos naturais,não criados por nós ?

Como já disseram aqui os virus mutantes, mutam pq assim foram
programados. O virus da SIDA /AIDS não foi programado. Ele "aprendeu"
a se camuflar. Sendo que esse aprender é apenas uma selecção natural.
Camuflar o virus informático , é simular isso, mas não é lhe dar a
capacidade de "aprender" a se camuflar. Ele simula uma adtapação que
ele não "sabe" fazer.

Por tudo isto, eu limitei minha intervenção a seres biologicos
naturais.

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Seres vivos
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/03/2002 14:19

--- In ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> wrote:
> Segundo me lembro organismo é um conjunto de celulas. O ADN não é
> uma conjunto de celulas, logo não é um organismo. Era neste sentido
> que me referia. Que ele seja um ser vivo [pela def dada], tudo bem.
> Ele deriva de ADN e contem ADN em si mesmo.

Pode-se definir um organismo assim. Mas
tbm cria problemas se se quiser, por
exemplo, incluir virus entre os seres vivos.

> Mas isto leva a um outro problema. O ser vivo deve ser individual.
> Ou seja, essas máquinas teriam de fazer isso por "vontade propria".

Como assim, 'vontade propria'?

> Mas pq o nosso organismo não se pode encarar como uma simbiose [ou
> outra coisa do estilo] entre várias celulas ?
> OS corais são colonias de animais.
> O ser vivo é o coral, esse animais, ou os dois ?

Pode. Em um certo sentido podemos pensar q.
somos uma colonia de bacterias modificadas.

Mas nao devemos levar isso *muito* a serio.
Nossas celulas estao mais integradas entre
si do q. os polipos de um coral.

Um agregado de celulas -- formalmente --
deixa de ser considerado uma colonia para
ser considerado um organismo qdo se
caracteriza uma divisao do trabalho reprodutivo:
ha' uma perda da independencia reprodutiva,
i.e., somente algumas celulas irao se especializar
em garantir a reproducao de toda a estrutura,
ao inves de cada celula poder gerar uma
nova colonia.

Nessas condicoes, as celulas do agregado passam
a partilhar estruturas conhecidas como
desmossomos, alem de apresentarem
interdigitacoes de membranas, q. permitem
uma uniao maior e troca de compostos.

Mas, e' mais uma coisa q. nao e' facil
de se delimitar.

Uma colonia de abelhas, por exemplo, e
em outros organismos eusociais. Ha' uma
divisao de trabalho reprodutivo entre
'indivíduos' multi-celulares e nao entre celulas.

Em termos praticos uma rainha fecundada q.
deixa o ninho funciona como uma celula-ovo
de um organismo.

> Uma vela não. Ela se autocossumiria violando a parte "outros
> compostos que não ele"

Eu falei da *chama* e nao da vela.

De todo modo, uma geladeira satisfaria a
condicao de inclusao como ser vivo, considerando-se
a definicao com base no uso de uma fonte externa
de energia para a manutencao de sua organizacao
interna.

> Um virus informatico baseado num programa de software teria o seu
> material genetico nesse software.
> Algo que é puramente virtual.

(na verdade nao e' *puramente* virtual. as informacoes
sempre precisam ser armazenadas em algum suporte
fisico.)

E agora avancemos sobre a linha divisoria: e
qual a diferenca exata entre uma programa virus
e um software aplicativo normal?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Seres vivos
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/03/2002 14:57

--- In ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> wrote:
> --- In ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> wrote:
> > Segundo me lembro organismo é um conjunto de celulas. O ADN não é
> > uma conjunto de celulas, logo não é um organismo. Era neste
sentido
> > que me referia. Que ele seja um ser vivo [pela def dada], tudo
bem.
> > Ele deriva de ADN e contem ADN em si mesmo.
>
> Pode-se definir um organismo assim. Mas
> tbm cria problemas se se quiser, por
> exemplo, incluir virus entre os seres vivos.

Os seres vivos não precisam ser organismos. Um virus , uma bactéria e
um cão são seres vivos pq obdecem a um def de ser vivo , qual seja
ela.
A diferença de organização do ser vivo não deve influenciar isso.

Uma casa é uma casa idependentemente do seu tamanho.

> > Mas isto leva a um outro problema. O ser vivo deve ser individual.
> > Ou seja, essas máquinas teriam de fazer isso por "vontade
propria".
>
> Como assim, 'vontade propria'?

Aquilo que tu referisto como a especialização das células.
Até q ponto elas são individuais prende-se com o que elas fazem.
"vontade propria" referia-se ao ser fazer coisas sem que
essas 'ordens' venham de outro lugar.
Se uma braço robotizado recebe ordens de um computador, que recebe
ordens de um humano, o braço não é individualizado.
Não sei se me faço entender.

> > Um virus informatico baseado num programa de software teria o seu
> > material genetico nesse software.
> > Algo que é puramente virtual.
>
> (na verdade nao e' *puramente* virtual. as informacoes
> sempre precisam ser armazenadas em algum suporte
> fisico.)

É virutal no sentido de não depender das diferenças.
Se eu mudo um arquivo de uma HD para outra, os condensadores serão
outros. Contudo o software será o mesmo.
Não depende de que condensadores uso, mas que sejam condensadores.
é neste sentido que é virtual. não se pode agarrar.

> E agora avancemos sobre a linha divisoria: e
> qual a diferenca exata entre uma programa virus
> e um software aplicativo normal?

um virus tem capacidade de permanecer inocuo e ser activado de alguam
forma (como os virus biologicos)
o virus visa a sua multiplicação em numero (como os virus biologicos)
Não sei se poderiamos chamar a isto reprodução. Pois os virus não se
produzem a si mesmos. eles usam outros seres para se multiplicarem.
Neste caso, outros programas.
Os virus informáticos precisam dos programas comuns para serem
carregados em memoria e executados. Os virus biologicos precisam das
celulas normais para fabricarem mais virus (que o seu codigo arn seja
executado)
Um virus permanece escondido. Um programa normal não.
Um virus normalmente destroi o que um programa normal fez.
O virus é "suicida", ele destroi o sistema em que habita (apaga a HD
e até pode apagar a bios, e qq coisa que seja "apagável" )
Um programa normal usa o sistema para funcionar.

Os programas normais são simbiontes com o Sistema Operativo, os virus
apenas querem se multiplicar e na hora certa, destruir tudo.

Se bem que existem virus que não visam destruir, como os worms ou os
cavalos de troia. Ai a ideia é abrir caminho a outras coisas.
Possivelmente a outros virus. Ou a outros programas usados por
operadores humanos. São virus no sentido que se propagam da mesma
forma, pois é isso que define o virus informático.

Acho eu...

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Seres vivos
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/03/2002 15:07

On Thu, 7 Mar 2002, sergiotaborda wrote:
> Como já disseram aqui os virus mutantes, mutam pq assim foram
> programados. O virus da SIDA /AIDS não foi programado. Ele "aprendeu"
> a se camuflar. Sendo que esse aprender é apenas uma selecção natural.
> Camuflar o virus informático , é simular isso, mas não é lhe dar a
> capacidade de "aprender" a se camuflar. Ele simula uma adtapação que
> ele não "sabe" fazer.

Há de se considerar que quando um virus de computador se multiplica ele
normalmente não sofre alteração de código de forma aleatória, se o DNA se
reproduzisse da mesma forma jamais ocorreria evolução e possivelmente a
Terra ainda seria um caldo de proteínas.

Se os virus de computador sofressem o mesmo erro de cópia que o DNA sofre
com certeza passaríamos a considerar o tal virus como ser vivo. Creio que
seja possível criar um virus que seja semelhante a um virus normal, mas
creio que seu código seria um pouco grande para ser considerado virus de
computador.

Um virus comum não aprende nada, sua mutação é casual e não causal.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
One Ring to rule them all




SUBJECT: Só para os hereges da biologia
FROM: André Roncolato Siano <roncolato.s@tutopia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/03/2002 15:36

Fórmula genial: associe o principio de Turing 'a vida (ou a evolução) e
veja que uma "realidade virtual" é testada antes de tudo pela própria
natureza em que a adaptação é o conhecimento incorporado do ambiente mantido
pelos genes (formas moleculares regidas por princípios físicos iguais aos
objetos inanimados)na forma de existência(!)

Roncolato.
_________________________________



Poderíamos ser mais absurdos(!) Diríamos que a vida pode ter um significado
com teor mais físico e talvez "computacional" como um brilhante método do
universo físico em "guardar" informações. Bom, seria bem mais fácil
determinar o rumo do universo por.ex. daqui a alguns bilhões de anos sem a
presença da vida do q com sua presença. Isso pelo fato de que a vida tem a
peculiaridade de "mudar as coisas" (como nosso próprio planeta, q só é o q é
devido 'a vida q ele contém). Um organismo adaptado pode ser traduzido em um
organismo contendo informações para atuar em determinado ambiente, e muitas
vezes o altera para seu próprio benefício. O homem faz isso. Embora a
atuação da vida seja - por enquanto - insignificante em termos cosmológicos,
seu impácto físico com as informações colhidas pelos organismo (em
particular a inteligência humana)através do tempo pode ter um impácto físico
relevante.

Roncolato.



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Seres vivos
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/03/2002 15:45

--- In ciencialist@y..., TARCISIO BORGES <tbs97@f...> wrote:
> Se os virus de computador sofressem o mesmo erro de cópia que o DNA
> sofre com certeza passaríamos a considerar o tal virus como ser
> vivo.

Com certeza? Nao sei, nao.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Seres vivos
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/03/2002 16:09

--- In ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> wrote:
> Se me dizes que um virus informático é um ser vivo, então a
> inteligencia artificial nunca será artificial.

Nao vejo por q.

Ser vivo nao significa q. tenha q ser necessarimente
'natural'.

> Pois então o que é um "ser vivo artificial" ?
> Considerava-se que era um ser vivo feito por máquinas.

Nao necessariamente feito por maquinas. Se
recriassemos em laboratorio uma celula a partir
de substancias basicas, ela seria artificial no
sentido de q. seria produzida com um proposito.

Sob um certo aspecto organismos transgenicos
e outros produtos da engenharia genetica sao
artificiais.

Mas aqui e' primeiro fixar o significado de
natural e artificial primeiro para minimizar
a confusao.

> Mas se ele obece a todas as regras da vida, nascimento, morte,
> reprodução e o que mais quiserem por, então onde fica a fronteira
> entre a obra de engenharia e a obra natural ?

Eu defendo q. nao haja uma fronteira. O q.
existem sao dois extremos: vida e nao-vida.
E q. existem algumas coisas no meio-termo
eventualmente: q. ora consideraremos vivas
ora como nao-vivas, dependendo do criterio
e do contexto.

Cada um de nos -- salvo alguem aqui q. seja
um programa de simulacao de inteligencia --
certamente estamos vivos. Um pedra nao. (Alguns
misticos discordarao de uma ou outra
proposicao.)

> Sendo que esse aprender é apenas uma selecção natural.

Eventualmente alguns virus de computador sofrem
alteracoes em suas linhas sem q. seja um artificio
pre-programado: algum erro de processamento do
computador q. esta' a infetar.

Imagine a web muito mais expandida. Dados correndo
para la' e para ca' 24 horas por dia em um volume
muito maior do q. o atual: trilhoes de Yotabytes
por nanossegundo. E virus transferidos nessa torrente.
Alguns adquirindo funcionalidade por si so' --
uma funcionalidade q. nao e' util para nos, mas
q. aumente a potencialidade desse virus permanecer
no ciberespaco. Virus q. nao foram projetados, mas
criados por alteracoes aleatorias de pedacos de
codigos e selecionados de acordo com sua capacidade
de permanencia sem a intervencao de uma vontade,
de um proposito.

Podemos chama'-los de vida? Pelos criterios
considerados: armazenamento de informacoes
q. garantam a sua sobrevivencia, utilizacao
de fontes externas de energia para a manutencao
de sua estruturacao interna, capacidade replicativa,
capacidade evolutiva -- parece se encaixar.

E' estranho? Para muitos, e'. Para mim tbm.

Por isso eu defendo o ponto de vista de q.
dificilmente conseguiremos uma definicao de
vida q. nao traga alguma dificuldade. (Alguem
poderia objetar -- 'dificuldade para quem
nao quer pensar em virus de computador como
vida, eu nao vejo dramas nisso'. Ok, mas ao
mesmo tempo tal definicao e' complicada de
se aplicar a individuos: individuos nao
evoluem. 'Ok, por criterio de inclusao.
Vida se refere a grupos. E seres vivos serao
membros desses grupos.' Continua a nao
nos ajudar muito a diferenciar, como foi
proposto, um gato vivo de um morto. Gato
morto faz parte do grupo dos gatos, q.
e' uma forma de vida... E assim por diante.)
Acho q. teremos q. conviver com a ideia
de q. nao havera' um criterio q. nao
gere uma zona de sombra (q. pode ser mais
ou menos ampla dependendo da formulacao --
sua forma tbm devera' variar assim).

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Seres vivos
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/03/2002 16:43

--- In ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> wrote:
> A diferença de organização do ser vivo não deve influenciar isso.

Mas pode sim. Um amontoado de atomos dos mesmos tipos e
nas mesmas proporcoes do de um cachorro nao e' um cachorro.

> Uma casa é uma casa idependentemente do seu tamanho.

Tamanho sim (ou mais ou menos -- pode virar uma mansao
ou um palacete). Mas nao da organizacao. Tijolos empilhados
nao sao uma casa -- salvo de baratas, escorpioes e quetais.

> "vontade propria" referia-se ao ser fazer coisas sem que
> essas 'ordens' venham de outro lugar.

Mas os organismos estao imersos em seu ambiente e com
ele interagem.

Existe uma especie neotenica de salamandra. Normalmente
ela tem uma forma q. se assemelha 'a forma larval de uma
especie aparentada: apresenta branquias entre outras coisas.
Ela se desenvolve normalmente assim. E se reproduz naturalmente
nessa forma.

Porem, se se coloca iodo na agua em q. vive, ela sofre
metamorfose. O sinal e' externo.

Assim como diversas especies sincronizam sua reproducao
de acordo com a temperatura, a umidade do ar, a fase da
Lua, a pluviosidade, etc. Aparentemente a idade da menarca
depende do fotoperiodo (ao menos em parte) e outros
estimulos ambientais.


> Se uma braço robotizado recebe ordens de um computador, que recebe
> ordens de um humano, o braço não é individualizado.
> Não sei se me faço entender.

Mas e o sistema braco-computador?

> É virutal no sentido de não depender das diferenças.
> Se eu mudo um arquivo de uma HD para outra, os condensadores serão
> outros. Contudo o software será o mesmo.

Se vc usar um soft para Mac em um Windows provavelmente
nao funcionara'.

Se vc colocar genes de bacterias em humanos, e'
possivel q. funcione.

Na verdade depende das diferencas. Apenas q.
os computadores de uma mesma linha ou os compativeis
so' permitem rodar um mesmo programa porq. as
diferencas da arquitetura do chip e do chaveamento
nao sao substanciais.

> Não sei se poderiamos chamar a isto reprodução. Pois os virus não
> se produzem a si mesmos.

Isso faz parte de uma serie mais fina de situacoes
parasiticas.

Uma tenia nao pode viver sem passar por um humano
e por um boi (ou porco, depende da especie). Um
adulto parasitando um humano, depende do hospedeiro
lhe arranjar alimento.

Uma erva-de-passarinho e' normalmente chamada de
semi-parasita, ja' q. ela rouba apenas a seiva
bruta de uma planta sobre a qual ela cresce.
Ja' o cipo-chumbo depende da seiva elaborada
da planta hospedeira - ela e' aclorofilada.

Ha' uma boa variacao no grau de dependencia do
parasita em relacao aos recursos do hospedeiro.

Ha' ate' mesmo virus q. sao parasitas de outros
virus -- virus q. sozinhos nao conseguem
se propagar infetando celulas hospedeiras:
seu material genetico nao codifica proteinas
da capsula. Agora se eles infetam celulas ja'
infetadas por outros virus q. produzem
essas proteinas, eles conseguem utilizar
essas proteinas e produzirem capsulas q.
protegem seu proprio material genetico.

Mas eu dizia das diferencas entre virus
de computador e aplicativos normais q.
facam com q. um possa ser classificado como
vivo -- ou analogo -- e outro nao.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Era Glacial
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/03/2002 17:05

--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> PS: Mas se vc conhece um jeito de "craquear"
> o bloqueio da rede, diz aí como é que é. :-)

Dizem os hackers q. a principal via de acesso
a um sistema protegido e' pelo periferico mais
vulneravel -- por isso eles insistem na
engenharia social.

Joga um caô na secretária q. ela libera a
senha. Ou no analista de sistema. Vê aí
qual a sua preferência.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mulheres na lista
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/03/2002 17:05

----- Original Message -----
From: "rmtakata"
Sent: Thursday, March 07, 2002 11:18 AM
Subject: [ciencialist] Re: Mulheres na lista


> O Prof. Léo é um romântico.

Concordo plenamente. E quero crer que todos aqueles que militam na
Ciencialist a longo tempo já testemunharam essa "fraqueza" do Léo. O mais é
charme, e Freud explica :-)).

E já que a thread é sobre mulheres, não deixem de ler o artigo do JC e-mail
de hoje: "A luta das mulheres para serem físicas, inclusive no Brasil", que
está no URL
http://200.177.98.79/jcemail/Detalhe.jsp?id=1058&JCemail=1987&JCdata=2002-03
-07 (muito provavelmente este link vai sair cortado na msg em txt; e saiu
mesmo: no teste em meu computador o "-07" foi cortado, não sei como sairá no
computador de vocês)

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Seres vivos
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/03/2002 19:55


>> A diferença de organização do ser vivo não deve influenciar isso.

>Mas pode sim. Um amontoado de atomos dos mesmos tipos e
>nas mesmas proporcoes do de um cachorro nao e' um cachorro.

Só um ponto em relação a isto.
Eu disse "organização do ser vivo" o que implica que já está vivo.
Um amontoado de atomo pode ser vivo ou não.
Suponhamos que sim.
Então qq quantidade serve.
Suponho que um virus tenha menos atomos que eu.
Ou mesmo uma bactéria.

volto a dizer que a organização do ser vivo não deve influenciar a
defenição se ele é vivo ou não.

>> Uma casa é uma casa idependentemente do seu tamanho.

>Tamanho sim (ou mais ou menos -- pode virar uma mansao
>ou um palacete). Mas nao da organizacao. Tijolos empilhados
>nao sao uma casa -- salvo de baratas, escorpioes e quetais.

Fala de casa de pessoas. E de que precisa primeiro ser uma casa.
Um impilhado não é uam casa, por isso não serve de comparação.
Acaso um palacete, uma mansão não são aumentativos de casas (casas grandes)
Acaso não são casas ?
E ai entra a definição de casa.

Para os seres vivos , independentemente das vias formas de vida, aquilo que
os destingue como "seres vivos" deverá ser o mesmo e independnete de como
eles vivem. Ou seja, não dependente do seu tamanho, da sua estrutura, da sua
composição, do seu alimento, dos seus habitos, do seua habitat,etc..

>> "vontade propria" referia-se ao ser fazer coisas sem que
>> essas 'ordens' venham de outro lugar.

>Mas os organismos estao imersos em seu ambiente e com
>ele interagem.

O ambiente não os define vivos.
Pode matá-los, dificultar-lhes a vida, mas não os define vivos.
Ou seja, eu seou u mser vivo se estou aqui no planeta terra, mas se mudar de
habitat para marte deixo de ser vivo ?
Não.
Então a condição de "ser vivo" não deve depender disso.

Quando eles se reproduzem fazem-no pq precisam/querem. Não pq o ambiente os
obrigue.
Escolher um ambiente propicio à procriação é apenas uam defesa natural com o
objectivo de aumentar o sucesso do processo, e no caso humano o prazer do
mesmo.
Não não é o ambiente que "pica" os seres vivos para eles se reproduzirem.


>Porem, se se coloca iodo na agua em q. vive, ela sofre
>metamorfose. O sinal e' externo.

O processo cumpre-se de forma diferente, mas cumpresse.
É no facto de se cumprir que pode dizer que a salamandra é um ser vivo, e
não no como se cumpre.

[ se formos por ai, pessoas que têm filhos por enseminação artificial não
estarão se reproduzindo]

>> Se uma braço robotizado recebe ordens de um computador, que recebe
>> ordens de um humano, o braço não é individualizado.
>> Não sei se me faço entender.

>Mas e o sistema braco-computador?

O ser individual tem de agir tomando decisões sozinho. quando digo "tomar
decisões" sõ coisa simples do tipo , aumentar a velocidade , ir para a
direita, ir para a esquerda, etc.
O sistema braço-computador até que faz isso mais ou menos sozinho.
Mas para ser um "individuo" não poderia ter o input do perador que programa
o computador.
O exemplo é um pouco ruducionista para o que queria transmitir. Não sei se
se entende.

>> É virutal no sentido de não depender das diferenças.
>> Se eu mudo um arquivo de uma HD para outra, os condensadores serão
>> outros. Contudo o software será o mesmo.

>Se vc usar um soft para Mac em um Windows provavelmente
>nao funcionara'.

Não estavamso a flar de software vs software. Sistema operativo vs Sistema
operativo.
O sistema operativo é um software.
E ele obedece ao que eu disse.
Podes instalar o windows em qq HD que vai dar. O mesmo com o Mac.
Era disso (software vs harware) que estavamos a falar.

>Se vc colocar genes de bacterias em humanos, e'
>possivel q. funcione.

Os seres vivos têm todos o mesmo Sistema Operativo (ADN e etc..) e por isso
são compativeis
:-)))

> Não sei se poderiamos chamar a isto reprodução. Pois os virus não
> se produzem a si mesmos.

Isso faz parte de uma serie mais fina de situacoes
parasiticas.

>Uma tenia nao pode viver sem passar por um humano
>e por um boi (ou porco, depende da especie). Um
>adulto parasitando um humano, depende do hospedeiro
>lhe arranjar alimento.

Eu não falei nisso.
Não é o ser humano que faz a tenia se reproduzir. Ela é que se reproduz
quando "achar oportuno"
Estás a falar de alimentação o topico era reprodução (ok que ele precisa se
alimentar para se reproduzir, mas o processo de reprodução em si, não
depende do hospedeiro)

Ha' uma boa variacao no grau de dependencia do
parasita em relacao aos recursos do hospedeiro.

>Ha' ate' mesmo virus q. sao parasitas de outros
>virus -- virus q. sozinhos nao conseguem
>se propagar infetando celulas hospedeiras:
>seu material genetico nao codifica proteinas
>da capsula.

Ah, agora sim. Isso já é mais do que se falava.
(virus de virus... as coisas que a mae natureza se entretem a fazer... lol)

>Mas eu dizia das diferencas entre virus
>de computador e aplicativos normais q.
>facam com q. um possa ser classificado como
>vivo -- ou analogo -- e outro nao.

Eu não classificaria nenhum como vivo. :-)) .oO( bom, eu tb não sou
biologo, lol)

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda

"Às vezes a leitura é um modo engenhoso de evitar o pensamento"
A.Help- Historiador



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Seres vivos
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/03/2002 22:34

Coletei essa mensagem veiculada no Excalibur para apreciação dos entendidos sobre "vida".
[]'
Léo
==============

A luz da discussão, creio ser interessante trazer alguns conceitos a respeito do que
é vida, para que se possa perceber que a mesma pode estar amparada no Carbono, no
Silício, ou qualquer outro elemento, desde que apresente alguns pressupostos básicos, muito
bem referenciados por Claus Emmeche e Charbel Niño El-Hani, em sua contribuição (Definindo
a Vida), no Livro "O Que é Vida?", organizado pelo último autor em parceria com Antonio
Augusto Passos Videira e publicado pela RELUME DUMARÁ com apoio da FAPERJ.

Requisitos para uma definição de vida:

Os seguintes requisitos podem ser propostos para uma definição de vida: (a) universalidade;
(b) coerência com o conhecimento científico; (c) elegância conceitual e capacidade de
organização cognitiva; e (d) especificidade.
(Não vou comentar cada item para evitar uma grande extensão do texto!)

Vida como a Seleção Natural de Replicadores

A vida é uma propriedade de populações de entidades que (1) são capazes de auto-
reprodução; (2) herdam características de seus predecessores por um processo de
transferência de informação genética e, assim, de características hereditárias
(implicando uma distinção entre genótipo e fenótipo); (3) apresentam variação em
virtude de mutações aleatórias (no genótipo); e (4) têm as chances de deixar
descendentes determinadas pelo sucesso de sua combinação de propriedades
(herdadas no genótipo e manifestas como fenótipo) nas circunstâncias
ambientais nas quais vivem (seleção natural). Para que esta definição satisfaça ao
requisito da universalidade, é preciso enfatizar que a referência a "genótipo" e
"fenótipo" não implica necessariamente genes feitos de DNA e organismos feitos
de células.

Vida como Autopoiese

"uma máquina que é organizada (definida como uma unidade) como uma rede
de processos de produção, transformação e destruição de componentes que
produz os componentes que: (i) através de suas interações e transformações
regeneram e realizam a própria rede de processos que os produziu; e (ii) a
constituem (a máquina) como uma unidade concreta no espaço na qual eles
(os componentes) existem mediante a especificação do domínio topológico
de sua realização como tal rede" (Maturana & Varela, 1980, p. 135).

Vida como um Fenômeno Semiótico

Na Biossemiótica, o foco de atenção não está na seleção natural de replicadores
ou no fechamento operacional do sistema autopoiético, mas nas relações
mediadas por signos e nos significados de vários agentes semióticos em todos
os níveis biológicos, do reconhecimento molecular à distinção de células
pertencentes ou não a um organismo (distinção self/non-self), da expressão e
regulação gênicas à comunicação entre os organismos, da cognição individual
à inteligência coletiva de formigas e humanos. Tem-se que organismos,
metabolismo, replicação e evolução são secundários em relação aos processos
semióticos.

Creio, com estas definições, ter lançado alguma luz a respeito da
possibilidade de formas vitais diferentes daquelas às quais estamos
habituados, ou que esperamos possuam determinadas características.





SUBJECT: Breve historico do enigmatico ceu
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/03/2002 00:01

Acabei de colocar on-line o trabalho "Breve histórico do enigmático céu", em
http://www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto47.asp

Como trata-se de tema estremamente ligado ao Ciencialist/SBCR apreciaria uma leitura por parte dos amigos. Lembrar que é um ensaio histórico dirigido aos alunos e professores do ensino médio.
As contendas com a Inquisição por falta de espaço para o Paraíso lá estão.
Como é trabalho recente os erros (e devem existir vários deles) ainda podem ser sanados.
Continuo contando com vcs! Em particular, com A. Mesquita, especialista na história da ciência.

[]'
Léo
PS: Colucci/Mesquita, receberam minha monografia sobre 'Mudanças de Referenciais - Forças de Coriolis'? Recebi comunicação de meu provedor que essa semana houve problemas por lá e vários e.mails foram perdidos. Isso explica (mas não justifica) porque várias mensagens minhas não apareceram por aqui, no SBCR, news etc.
================



SUBJECT: RE: [ciencialist] Breve historico do enigmatico ceu
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/03/2002 01:05

>LÉO: Acabei de colocar on-line o trabalho "Breve histórico do
enigmático céu", em http://www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto47.asp
Como trata-se de tema estremamente ligado ao Ciencialist/SBCR apreciaria
uma leitura por parte dos amigos. Lembrar que é um ensaio histórico
dirigido aos alunos e professores do ensino médio.<

Léo,

O texto é uma boa introdução à astronomia moderna e, como não poderia
deixar de ser, considerando o público alvo, conta a história "oficial".
Há uma porção de detalhes interessantes e acidentes de percurso na
descoberta da órbita dos planetas. Vou me referir principalmente a
Arthur Koestler e seu livro "The Sleepwalkers" (Os sonâmbulos).

Copérnico, que era padre, se borrava de medo de seus superiores
hierárquicos. Arranjou um jeito de publicar as suas idéias com o nome de
outro, o seu discípulo Rethicus. Ainda assim, não permitiu que Rethicus
citasse o seu nome real. A obra foi dedicada a um certo Nicolau de
Torum, por seu aluno Rethicus.

Vendo que a repercussão da obra assinada por Rethicus não tinha sido tão
grande assim, Copérnico se animou a publicá-la sob o próprio nome. Só
que inventou tantas desculpas e demorou tanto que quando ela acabou
saindo ele já estava à morte. E pior, saiu com um prefácio de Oziander,
que dizia algo assim como "não levem esta obra muito a sério. É uma
diversão para matemáticos, e altamente improvável."

Mais corajoso foi o astrólogo Kepler. Ainda influenciado pelos gregos,
Kepler passou boa parte da vida tentando associar a órbita dos planetas
aos sólidos platônicos, que têm todas as faces idênticas. Esses sólidos
perfeitos eram o (a) tetraedro (pirâmide), (b) cubo, (c) octaedro (8
triângulos equilateros), (d) dodecaedro (12 pentágonos) e (e) icosaedro
(20 triângulos equiláteros). A insistência nessa idéia mística atrasou
Kepler por longos anos. Mesmo diante das mesmas evidências que mais
tarde o levaram à descoberta das orbitas elípticas, ele teimava em
perseguir a sua idéia fixa. A história de Kepler é repleta de desgraças
do começo ao fim. Sua mãe era perseguida como bruxa e ele atribuia suas
vicissitudes à má confluência dos astros na hora de seu nascimento.

Koestler chamou Copérnico, Tycho Brahe, Kepler e Galileu de "os
sonâmbulos" -- homens que intuíram a ciência moderna num mundo ainda
assombrado pelos demônios e governado pela superstição.

Um abraço,
Colucci





SUBJECT: Venda de orgaos humanos na Web preocupa Romenia
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <advogados@grupos.com.br>, <Artigos_Juridicos@yahoogrupos.com.br>, <Constitucional_Brasil@yahoogrupos.com.br>, <Direito_Trabalhista@yahoogrupos.com.br>, <Direitos_Humanos@yahoogrupos.com.br>, <direito_saude@yahoogroups.com>, <amazonas@yahoogrupos.com.br>, <direito_rs@yahoogroups.com>
CC: <policiacivilrs@grupos.com.br>, <amazonas@yahoogrupos.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, <DeputadosBR@yahoogroups.com>, <faroljuridico@yahoogroups.com>, <politica-br@yahoogrupos.com.br>, <RedePraxis@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/03/2002 01:29

Direito_Saúde e Bioética -- 08.03.2002
______________________________

( Acrescentem o Brasil no rol dos envolvidos.


Entretanto, _*comissões de transplantes*_, no que
refere-se a órgãos vitais únicos, devem atentar
para o fato de que o _tráfico de órgãos_ está mesmo
é dentro da medicina transplantadora,
dentro das UTI's hospitalares. )

______________



Venda de órgãos humanos na Web preocupa Romênia


Quinta, 07 de março de 2002, 11h53








A Comissão de Transplante do Ministério romeno de Saúde expressou hoje sua preocupação pela possibilidade de que cidadãos da Romênia estejam envolvidos no tráfico de órgãos humanos pela Internet. O crime foi destacado pela imprensa italiana na última semana.



O presidente da Comissão, Serban Badisteanu, disse que há dados sobre todas as extrações e transplantes feitos em entidades credenciadas pelo Ministério de Saúde. Os nomes dos médicos que fizeram as operações também estão listados.



Ele acrescentou que os dados oficiais estão à disposição dos órgãos de pesquisa competentes, e assegurou que a Comissão que dirige está muito interessada no esclarecimento dos aspectos assinalados pela imprensa italiana e romena sobre um possível tráfico de órgãos humanos desenvolvido através do seu país. A polícia italiana iniciou uma investigação sobre a venda internacional de órgãos humanos pela Internet camuflada numa oferta de vídeos de transplantes.





A revista mensal italiana HappyWeb publicou em seu último número uma reportagem sobre a ampla gama de propostas de venda de órgãos e tecidos pela Internet e que são obtidos, afirma, inclusive por meio de assassinatos. O jornal italiano Il Tempo traçou ontem o mapa dos países nos quais atuam as organizações criminosas internacionais envolvidas neste negócio ilícito, que reúne vários países da América do Sul, China, Filipinas, Paquistão, Índia, África do Sul, Turquia e muitos outros do ex-bloco comunista, como Rússia, Ucrânia, Moldávia e Romênia.

EFE

============
ENDERECOS :
============
Nao se deixe enganar
pela propaganda transplantista.
===
INFORME-SE:
apenas a *Medicina Preventiva* de baixo custo
ja seria suficiente para evitar a necessidade de
transplantes previsiveis, com origem em declaracoes
de mortes encefalicas *antecipadas*
para fins de retirada de orgaos vitais.
===
ARTIGO:
"Falhas no Diagnostico da Morte Cerebral",
publicado na Revista CIENCIA HOJE,
número 161, junho de 2000:
http://www.uol.com.br/cienciahoje/chmais/pass/ch161/morte.pdf
===
ARTIGOS
cientificos no site da UNIFESP:
http://www.unifesp.br/dneuro/textos.htm
===
ARTIGO:
"Morte Encefalica"
http://www.unifesp.br/dneuro/mortencefalica.htm
===
DEMONSTRACAO
cientifica dos efeitos mortais do teste
da APNEIA, imposto pelo CFM para
declaracao da morte encefalica que
pretende diagnosticar:
http://www.unifesp.br/dneuro/apnea.htm
===
ARTIGO:
em ingles sobre a importancia da
*Penumbra Isquemica* para a declaracao
da morte encefalica:
http://www.unifesp.br/dneuro/brdeath.html
===
MANIFESTACOES PUBLICAS
da comunidade neurocientifica internacional
contraria aos criterios declaratorios
da morte encefalica.
NAO EH VERDADE QUE HA CONSENSO
internacional na declaracao de morte encefalica,
confirme o que dizem os neurocientistas em:
http://www.unifesp.br/dneuro/opinioes.htm
===
DEBATE
internacional da comunidade neurocientifica
sobre os erros declaratorios da morte encefalica
na Revista Cientifica BMJ:
http://www.bmj.com/cgi/eletters/320/7244/1266
===
PARA ler os artigos sobre
morte encefalica em Direito_Saude:
http://www.yahoogroups.com/files/direito_saude/

===
INSCRICAO, enviar mensagem em branco para:
direito_saude-subscribe@yahoogroups.com
===
PARA outras finalidades acessar
a pagina principal deste Grupo:
http://www.yahoogroups.com/group/direito_saude
===





---
Outgoing mail is certified Virus Free.
Checked by AVG anti-virus system (http://www.grisoft.com).
Version: 6.0.332 / Virus Database: 186 - Release Date: 6/3/2002


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Apresentação
FROM: carlos <profcarlos@hsjonline.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/03/2002 09:14

Caros membros da lista:

Por indicação do André Roncolato, acabo de unir-me a este grupo. Não sou físico, químico, biológo, nem matemático. Minhas áreas de interesse são História, Filosofia e Teologia. A Teoloia provavelmente não tem mito a ver com a lista, que me parece não ser exatamente um local de debate teológico. A Filosofia, porém, assim como a História, parecem-me poder de vez em quando dar-me uma que outra oportunidade de meter o bedelho no papo do pessoal das exatas (ciências exatas e ciências humanas, tbm conhecidas por ciências exatas e ciências inexatas, ciências humanas e ciências desumanas, hard science e fluffy science). :)

Aproveito o ensejo para dar um primeiro pitaco: O Copérnico não estava na situação que o Koestler (que não era exatamente um sujeito isento ao tratar da Igreja...) descreve. Na verdade, é bem o contrário. A Igreja precisava praticamente arrancar a fórceps dele mais trabalhos, e suas descobertas foram usadas mais tarde na elaboração do calendário gregoriano.

A ressalva que ele colocou em seus trabalhos não era que eles não deveriam ser levados a sério, sim que aquele era um trabalho de astronomia e não de teologia (evitando cometer o erro de Galileu, que queria mudar a Bíblia por achar que o sol era o centro do universo). Na verdade ele estava ainda mais à frente de seu tempo que podemos supor, pois, na medida em que realmente não há pontos de referência fixo no espaço, a única razão para considerarmos que os planetas giram em torno do sol (ao invés de ver o sol e os outros planetas como revolvendo de forma muitíssimo mais complicada em torno da terra) é a facilidade maior dos cálculos. Foi justamente esta facilidade para os cálculos que ele apontou em seu trabalho (ou seja, ele não afirmou, coo mais tarde o fez Galileu, como fato cabal e provado que o sol é o centro do universo e a Bíblia está errada).

O prefácio de Oziandro foi publicado na edição protestante, publicada após a morte de Copérnico, e era ainda mais "pesado" que o que Koestler cita, negando siplesmente que a Astronomia possa trazer dados exatos. Um bom resumo da história pode ser encontrado em http://www.newadvent.org/cathen/04352b.htm.

É até interessante perceber que a ciência experimental pode ser considerada uma "filha" da Igreja. Devido à tremenda inovação no pensamento teológico causada pelo Cristianismo, o mundo físico passou a poder ser estudado. Antes do Cristianismo e fora dele, ou bem o mundo físico *é* uma divindade que não pode ser compreendida ou incomodada (à moda do hinduísmo, da deusa Gaia da novaera, etc.) ou uma coisa negra e sórdida, que afastaria de Deus. Ao ver o mundo como algo planejado e ordenado, como um fruto moralmente neutro da Criação, no qual seria possível, pela descoberta das regras que o regem, descobrir um pouco mais de Deus (como podemos saber algo de um pintor ao examinar um quadro seu), foi possível fazer ciência experimental.

Esta visão foi mantida pelo Islã (que surgiu como uma mistura de judaísmo, cristianismo nestoriano - heresia aparentada à das "testemunhas de Jeová" - e paganismo tribal árabe), mas perdeu muito de sua força com o Protestantismo, por sua adesão à letra da Sagrada Escritura e potencial visão dualista de base gnóstica (matéria ruim contra um Deus bom, etc.). É por isso que a ciência experimental, que surgira brevemente entre os gregos do século de ouro, só foi realmente crescer na Cristandade e no Islã.

Ao contrário dos preconceitos positivistas que ainda dominam alguns cientistas, portato, foi o cristianismo que libertou o homem dos "demônios" que ele via agindo na natureza e permitiu a busca de uma ordem e de leis físicas que explicassem o movimento e a mudança.

Bom, chega. Já devo ter jogado um bom balde de gasolina no fogo, não? :)

[]s filosófico-teológicos,

Carlos







Non virtus, non arma, non duces, sed Maria Rosarii Victores nos fecit.
------------------------------
Prof. Carlos Ramalhete
Tradutor - Translator - Traducteur
- mailto:profcarlos@hsjonline.com
http://www.hsjonline.com - A Hora de São Jerônimo - Apologética Católica / Catholic Apologetics
- A Hora de São Jerônimo - Professor Carlos Ramalhete - Caixa Postal 91.102 - Petrópolis - CEP 25.621-970 - Brazil
-----------------------------



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Seres vivos
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/03/2002 09:40

--- In ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@n...> wrote:
> Eu disse "organização do ser vivo" o que implica que já está vivo.

Se ja' esta' vivo entao nao tenho q. me
preocupar em saber se esta' ou nao vivo...

A pergunta e': o q. o faz vivo?

Uma das coisas e' a organizacao certamente.

> Fala de casa de pessoas. E de que precisa primeiro ser uma casa.

So' q. para ser uma casa precisa obedecer aos criterios
para ser incluido na categoria de casa: e isso passa
por criterios de organizacao -- tem teto, tem parede,
tem quarto, pessoas moram la'...

> Acaso não são casas ?
> E ai entra a definição de casa.

E ai' deve entrar a questao da organizacao.

Miranda falou de um programa de reconhecimento
de objetos: distinguir um livro de um carro,
por exemplo. Entre a questao da forma, mas
tbm de organizacao. (Existem livros em forma
de carro e carros em forma de livro.)

> Para os seres vivos , independentemente das vias formas de vida,
> aquilo que os destingue como "seres vivos" deverá ser o mesmo e
> independnete de como eles vivem. Ou seja, não dependente do seu
> tamanho, da sua estrutura, da sua composição, do seu alimento, dos
> seus habitos, do seua habitat,etc..

So' se partimos entao para a teoria vitalista...
Reproducao e' um habito, p.e.

> >Mas os organismos estao imersos em seu ambiente e com
> >ele interagem.
>
> O ambiente não os define vivos.
> Pode matá-los, dificultar-lhes a vida, mas não os define vivos.
> Ou seja, eu seou u mser vivo se estou aqui no planeta terra, mas se
> mudar de habitat para marte deixo de ser vivo ?
> Não. Então a condição de "ser vivo" não deve depender disso.

Tardigrados entram em criptobiose qdo dessecados sob
certas circunstancias. Esporos de bacterias, esporos
de fungos, insetos, batraquios etc entram em um estado
de inatividade total se congelados, dessecados ou
expostos a determinadas condicoes adversas ao seu modo
de vida.

(Se vc for para Marte, vc morre e assim deixa de
estar vivo.)

Ser vivo e' uma condicao q. ocorre em um certo limite
de condicoes ambientais. Nao e' tao desastroso assim:
a organizacao atomica da materia tbm so' ocorre dentro de certas
condicoes de temperatura (entre outras coisas).

> Quando eles se reproduzem fazem-no pq precisam/querem. Não pq o
> ambiente os obrigue.

Aqui ja' nao e' verdade. Como eu disse, um organismo
nao existe de modo independente de seu ambiente.

Uma fita pelada de ADN nao se reproduz se nao houver
recursos em seu ambiente: nucleotideos ativados,
ATPs, sintetases de ADN...

Uma bateria nao tem vontade e nao tem nocao de necessidade.
Ela responde a estimulos ambientais -- internos e externos.
Cultivada em um meio pobre em nutrientes ela nao se desenvolve,
seu processo de divisao celular e' suspenso, ja' q. toda a
castata de reacoes e' suspensa -- proteinas sao ativadas
e inativadas segundo a presenca de substratos importados do
ambiente. Algumas dessas proteinas irao ativar ou inativas
outras proteinas. Algumas dessas proteinas irao se
grudar 'as fitas de ADN de modo a impedir sua replicacao.

Nao e' uma obrigacao do ambiente. Mas uma interacao.

> Não não é o ambiente que "pica" os seres vivos para eles se
> reproduzirem.

Pode apostar q. sim. (Alguns organismos podem
escolher o ambiente em q. se desenvolvem, muitos
outros nao.)

> O processo cumpre-se de forma diferente, mas cumpresse.
> É no facto de se cumprir que pode dizer que a salamandra é um ser
> vivo, e não no como se cumpre.

So' q. essa dependencia de sinais ambientais e'
muito mais intrincada. As anabioses e criptobioses
citadas acima, p.e.

> [ se formos por ai, pessoas que têm filhos por enseminação
> artificial não estarão se reproduzindo]

Por q?

> O sistema braço-computador até que faz isso mais ou menos sozinho.
> Mas para ser um "individuo" não poderia ter o input do perador que
> programa o computador.

Por q. nao? Nos sofremos 'inputs' de nossos pais em nossa educacao.

> Não estavamso a flar de software vs software. Sistema operativo vs
> Sistema operativo.

Eu estava.

A questao e': um virus de computador e' um ser vivo?
Se sim, e os demais programas sao seres vivos?

Se nao: e os demais organismos reconhecidamente vivos,
o q. os distingue de um virus de computador em sua
essencia?

> Podes instalar o windows em qq HD que vai dar. O mesmo com o Mac.
> Era disso (software vs harware) que estavamos a falar.

Mas ai' e' q. esta' -- nao vai funcionar em qq HD.
Se um Windows XP for instalado em um 386 nao ira' rodar.
Se o chaveamento for tal q. lê o comando 'run' como
'stop' a coisa nao ira' funcionar.

> >Se vc colocar genes de bacterias em humanos, e'
> >possivel q. funcione.
>
> Os seres vivos têm todos o mesmo Sistema Operativo (ADN e etc..) e
> por isso são compativeis :-)))

E' menos o sistema operacional do q. a arquitetura do
sistema. (Na verdade nao sao todos, todos os organismos
q. possuem o mesmissimo codigo genetico -- existem
variacoes, mas de fato a gde maoria segue o codigo dito
universal.)

> Eu não falei nisso.
> Não é o ser humano que faz a tenia se reproduzir. Ela é que se
> reproduz quando "achar oportuno"

O 'achar oportuno' (o q. quer q. isso queira dizer) depende
do ambiente entre outras coisas.

Se a tenia vai q. acaba parasitando um somali ou um
etiope q. quase nao come, ela ira' conseguir se reproduzir
muito pouco ou nada.

> Estás a falar de alimentação o topico era reprodução (ok que ele
> precisa se alimentar para se reproduzir, mas o processo de
> reprodução em si, não depende do hospedeiro)

Depende. O tripanossomo causador da malaria se reproduz sexuadamente
no mosquito hospedeiro e assexuadamente no ser humano.

Fora do hospedeiro nao se reproduz.

Diversas especies de plantas tEm suas gementes ingeridas
por mamiferos herbivoros. Suas sementes so' germinam
depois de passar pelo trato intestinal desses animais.

O bicho-da-seda nao existe mais na natureza. Apenas
linhagens domesticadas subsistem. Elas nao sao capazes
de se reproduzir em ambiente natural. Elas dependem
totalmente dos humanos para se reproduzirem. Algumas
linhagens de plantas domesticadas tbm so' se reproduzem
por meio de polinizacao artificial feita por humanos.

(Os fisicos se regozijam ao pensar q. toda essa
diversidade e' fruto das interacoes entre as particulas
q. eles estudam... Mas 'as vezes parece q. eles estao
perdendo o melhor da festa.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Breve historico do enigmatico ceu
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/03/2002 18:06

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Friday, March 08, 2002 12:01 AM
Subject: [ciencialist] Breve historico do enigmatico ceu

> Acabei de colocar on-line o trabalho "Breve histórico do enigmático céu",
> em http://www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto47.asp
> ...apreciaria uma leitura por parte dos amigos.
> Continuo contando com vcs! Em particular, com A. Mesquita, especialista na
> história da ciência.

Olá Léo. Grato pelo título de especialista mas na realidade eu sou apenas um
curioso sobre determinados tópicos e muito do que escrevo aqui na
Ciencialist retrata uma opinião nem sempre condizente com a realidade
histórica. A esse respeito, coloco-me muito mais na posição de questionador,
de levantador de problemas, de crítico e procuro embasar esta crítica no bom
senso e na razão. Mas isso não é suficiente pois não disponho de todo o
arsenal literário que deveria possuir para que pudesse dar a "última
palavra". E quando digo "última" não estou pensando em ser o dono da
verdade. Quando dou a última palavra sobre algum assunto, meramente estou
assumindo que procurei fazer o máximo que estava ao meu alcance para que
chegasse a essa conclusão. Nada que não possa ser criticado e nada que não
possa ser modificado numa etapa posterior.

Aliás, poucas pessoas chegam a entender que a ciência somente evolui graças
ao diálogo, graças à aceitação ou rejeição de idéias novas, graças a mentes
"subversivas" como muitas dentre as que você aponta em seu trabalho. E a
importância do diálogo, como o agente principal a promover o avanço da
ciência, foi muito bem comentada por Popper, um filósofo que também sofreu,
se bem que em grau bastante discreto, os efeitos da "Inquisição dos Tempos
Modernos", tão ou mais deletéria para nós quanto a Inquisição exposta em seu
trabalho, em especial pelo fato de fazer parte do nosso dia-a-dia.

Creio que posso contribuir muito pouco, a não ser elogiar a excelência do
artigo. Mas já que você clama por algum comentário a mais, diria que o
século XVII parece retratar o que sinto irá se repetir no século XXI. Não
sou astrólogo mas em ciência prevejo imensas revoluções e, em particular, na
física. E pensando em termos de física, não há nada de mais revolucionário
do que o retorno que faremos à física do século XIX, obviamente somado às
experiências feitas no século XX. E prevejo também que das teorizações
efetuadas no século XX restarão apenas os "caminhos" ou os "métodos".
Einstein e Bohr, a meu ver, passarão para a história como homens que
ensinaram os cientistas do século XXI a teorizar; e, não obstante, suas
teorias, tanto a relatividade quanto a quântica, irão somar-se às teorias do
flogisto e do calórico e, como tais, ficarão à disposição dos historiadores.

Você inicia seus comentários relevando a importância da imprensa e com muita
razão. Pois a imprensa aproxima os homens e, de certa forma, de uma maneira
ou de outra acaba promovendo o diálogo, senão diretamente, pelo menos em
forma indireta. Veja então que a revolução que está a termo, a revolução do
século XXI, tem canais muito mais apropriados e, sem dúvida alguma, dar-se-á
graças a --ou facilitada pela-- Internet. O que a imprensa representou para
a revolução científica do século XVII, a Internet representará para a
revolução científica do século XXI. E as Academias de hoje, verdadeiros
templários a congregar os sacerdotes do cientificismo e que, tal e qual
aconteceu no passado, irmanaram-se aos donos do poder, como que a esmolar
verbas para suas pesquisas obsoletas, também tal e qual como ocorreu no
passado serão as últimas a se darem conta de que o tempo passou e que suas
idéias foram superadas por jovens que não precisaram lustrar os sapatos de
"papagaios cultos" afim de que tivessem seus trabalhos publicados em local
digno de ser lido por seus colegas e até mesmo pelo grande público.

A revolução mal começou mas ainda assim eu poderia citar, em meio a muito
lixo, é verdade, centenas de trabalhos de altíssimo nível e que foram, por
motivos via de regra não muito bem esclarecidos, negados por avaliadores das
chamadas revistas de "excelência". E o processo continua e continuará, tal e
qual o crescimento de uma bola de neve. Pois o que se nota é que os
teorizadores estão perdendo o medo de serem confundidos com crackpots e dia
a dia estão desafiando seus mestres.

Existem reações, é verdade, mas estão aí apenas para confirmar um fato
consumado, para configurar a ação que existe de fato e que aumenta lenta e
progressivamente. Soube recentemente, se bem que ainda não tenha obtido
confirmação da notícia, que alguns sites de cientistas alternativos foram
"censurados" por computadores de determinadas universidades brasileiras. Mas
isso não deve preocupar ninguém. O meu site já chegou a ser "censurado" por
uma famosa universidade americana e durante esse período de "censura" notei
que o número de visitantes americanos aumentou de maneira significativa.
Essa reação apenas retrata uma fraqueza. Pois que uma teoria combate-se com
idéias, jamais com "censuras". O problema é que ninguém está disposto a
confrontar os "dogmas" que defende com idéias novas, de caráter não
dogmático. Tanto pior, pois os dogmas cairão e os Templos do Saber serão
paulatinamente despersonalizados, e a história se repetirá.

Voltando a seu trabalho, em certo trecho, quando você fala em "Astrologia e
ciência", ficou-me a impressão de que teólogos e astrólogos, num determinado
momento, tenham se irmanado. Eu nunca estudei este assunto em profundidade,
mas fica-me a impressão de que ocorreu exatamente o contrário, que os
teólogos e os astrólogos tenham sempre se degladiado, pelo menos no período
histórico descrito. A menos que você esteja se referindo às religiões que
cultuavam os astros, mas isso creio que é coisa de outra era, do tempo dos
gregos. Os teólogos dessa época poderiam, quando muito, assumir que seus
deuses comandavam o movimento dos astros, mas isso não me parece ser
fundamental para a astrologia.

Num outro trecho, notei um problema de construção de frases a dar duplo
sentido. É quando você afirma:

"Copérnico havia rejeitado o sistema ptolemaico devido à sua complexidade.
Ele colocava a Terra no centro do universo, com o Sol deslocando-se em torno
dela, em uma órbita circular."

Para o leitor distraído fica a impressão que "Copérnico colocava a
Terra...", e acredito que você tenha pretendido dizer o contrário: "Ptolomeu
colocava...

No mais, posso ajudar muito pouco. Sei que as minhas "subversões" fogem das
finalidades do artigo, mas ficam aqui para possíveis discussões. E para não
fugir á regra diria que "estou de guarda-chuva aberto" aguardando o temporal
que possa ou não vir desabar aqui na Ciencialist em resposta às minhas
sutilezas.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm

> PS: Colucci/Mesquita, receberam minha monografia sobre 'Mudanças de
> Referenciais - Forças de Coriolis'?

Recebi hoje e procurarei dar um retorno assim que possível. No momento estou
em pleno diálogo em pvt com um teorizador em física, mas o Léo é o Léo e
tentarei encontrar um tempinho neste fim de semana.




SUBJECT: RES: [ciencialist] Apresentação
FROM: André Roncolato Siano <roncolato.s@tutopia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/03/2002 18:19

Não sou cosmólogo ou astrônomo mas vou arriscar...

Acho que até hoje não é bem definida a questão de espaço e tempo
absolutos. Portanto, Leibniz e o bispo inglês Berkley assim como Mach
resalvam que tanto o sistemas pitolomaico quanto o copernicano são
igualmente válidos embora o copernicano pareça mais econômico.

Com efeito, essa questão de a Terra ser ou não o "centro" do universo o
que ainda hoje é acirradamente discutível, me parece razoável essa discução
no melhor sistema medieval como aborda meu amigo Carlos.


Roncolato.


Caros membros da lista:

Por indicação do André Roncolato, acabo de unir-me a este grupo. Não sou
físico, químico, biológo, nem matemático. Minhas áreas de interesse são
História, Filosofia e Teologia. A Teoloia provavelmente não tem mito a ver
com a lista, que me parece não ser exatamente um local de debate teológico.
A Filosofia, porém, assim como a História, parecem-me poder de vez em quando
dar-me uma que outra oportunidade de meter o bedelho no papo do pessoal das
exatas (ciências exatas e ciências humanas, tbm conhecidas por ciências
exatas e ciências inexatas, ciências humanas e ciências desumanas, hard
science e fluffy science). :)

Aproveito o ensejo para dar um primeiro pitaco: O Copérnico não estava na
situação que o Koestler (que não era exatamente um sujeito isento ao tratar
da Igreja...) descreve. Na verdade, é bem o contrário. A Igreja precisava
praticamente arrancar a fórceps dele mais trabalhos, e suas descobertas
foram usadas mais tarde na elaboração do calendário gregoriano.

A ressalva que ele colocou em seus trabalhos não era que eles não deveriam
ser levados a sério, sim que aquele era um trabalho de astronomia e não de
teologia (evitando cometer o erro de Galileu, que queria mudar a Bíblia por
achar que o sol era o centro do universo). Na verdade ele estava ainda mais
à frente de seu tempo que podemos supor, pois, na medida em que realmente
não há pontos de referência fixo no espaço, a única razão para considerarmos
que os planetas giram em torno do sol (ao invés de ver o sol e os outros
planetas como revolvendo de forma muitíssimo mais complicada em torno da
terra) é a facilidade maior dos cálculos. Foi justamente esta facilidade
para os cálculos que ele apontou em seu trabalho (ou seja, ele não afirmou,
coo mais tarde o fez Galileu, como fato cabal e provado que o sol é o centro
do universo e a Bíblia está errada).

O prefácio de Oziandro foi publicado na edição protestante, publicada após a
morte de Copérnico, e era ainda mais "pesado" que o que Koestler cita,
negando siplesmente que a Astronomia possa trazer dados exatos. Um bom
resumo da história pode ser encontrado em
http://www.newadvent.org/cathen/04352b.htm.

É até interessante perceber que a ciência experimental pode ser considerada
uma "filha" da Igreja. Devido à tremenda inovação no pensamento teológico
causada pelo Cristianismo, o mundo físico passou a poder ser estudado. Antes
do Cristianismo e fora dele, ou bem o mundo físico *é* uma divindade que
não pode ser compreendida ou incomodada (à moda do hinduísmo, da deusa Gaia
da novaera, etc.) ou uma coisa negra e sórdida, que afastaria de Deus. Ao
ver o mundo como algo planejado e ordenado, como um fruto moralmente neutro
da Criação, no qual seria possível, pela descoberta das regras que o regem,
descobrir um pouco mais de Deus (como podemos saber algo de um pintor ao
examinar um quadro seu), foi possível fazer ciência experimental.

Esta visão foi mantida pelo Islã (que surgiu como uma mistura de judaísmo,
cristianismo nestoriano - heresia aparentada à das "testemunhas de Jeová" -
e paganismo tribal árabe), mas perdeu muito de sua força com o
Protestantismo, por sua adesão à letra da Sagrada Escritura e potencial
visão dualista de base gnóstica (matéria ruim contra um Deus bom, etc.). É
por isso que a ciência experimental, que surgira brevemente entre os gregos
do século de ouro, só foi realmente crescer na Cristandade e no Islã.

Ao contrário dos preconceitos positivistas que ainda dominam alguns
cientistas, portato, foi o cristianismo que libertou o homem dos "demônios"
que ele via agindo na natureza e permitiu a busca de uma ordem e de leis
físicas que explicassem o movimento e a mudança.

Bom, chega. Já devo ter jogado um bom balde de gasolina no fogo, não? :)

[]s filosófico-teológicos,

Carlos







Non virtus, non arma, non duces, sed Maria Rosarii Victores nos fecit.
------------------------------
Prof. Carlos Ramalhete
Tradutor - Translator - Traducteur
- mailto:profcarlos@hsjonline.com
http://www.hsjonline.com - A Hora de São Jerônimo - Apologética Católica /
Catholic Apologetics
- A Hora de São Jerônimo - Professor Carlos Ramalhete - Caixa Postal
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SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Seres vivos
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/03/2002 18:22


PAra começar quero dizer q concordo ctg em relação ao outro mail sobre os
virus.

>> Eu disse "organização do ser vivo" o que implica que já está vivo.
>
>Se ja' esta' vivo entao nao tenho q. me
>preocupar em saber se esta' ou nao vivo...
>
>A pergunta e': o q. o faz vivo?
>
>Uma das coisas e' a organizacao certamente.

Nossa... eu so referi uma questão de nomenclatura... organismo = conjunto de
orgãos = conjunto de celuas , que contêm ADN.
Portanto, ADN não é um organismo. Era só isso.

>> Fala de casa de pessoas. E de que precisa primeiro ser uma casa.

>So' q. para ser uma casa precisa obedecer aos criterios
>para ser incluido na categoria de casa: e isso passa
>por criterios de organizacao -- tem teto, tem parede,
>tem quarto, pessoas moram la'...

Isso náo é organização. Isso é estrutura.
Organização seria quantos quartos tem, quantas salas têm, quantas cozinhas,
banheiros, etc...
Isso é que é a organização.
E a organização é interna à coisa.

Uma casa sem paredes internas é uma casa , tanto como uma mansão com 200
quartos.
(um telhado, paredes exteriores, portas e janelas)

> O ambiente não os define vivos.
> Pode matá-los, dificultar-lhes a vida, mas não os define vivos.
> Ou seja, eu seou u mser vivo se estou aqui no planeta terra, mas se
> mudar de habitat para marte deixo de ser vivo ?
> Não. Então a condição de "ser vivo" não deve depender disso.

>Tardigrados entram em criptobiose qdo dessecados sob

O que é uma criptobiose ?


>> Quando eles se reproduzem fazem-no pq precisam/querem. Não pq o
>> ambiente os obrigue.

>Aqui ja' nao e' verdade. Como eu disse, um organismo
>nao existe de modo independente de seu ambiente.

Ok. entendi isso.
Mas então os misticos têm razão quando dizem que tudo se junta num enorme
ser vivo que poderia ser a Terra , ou até o Universo ?
Se o ambiemnte tb faz parte do ser, onde se separa o ser do seu ambiente ?

>So' q. essa dependencia de sinais ambientais e'
>muito mais intrincada. As anabioses e criptobioses
>citadas acima, p.e.

O que é Anabiose ?

>> [ se formos por ai, pessoas que têm filhos por enseminação
>> artificial não estarão se reproduzindo]

>Por q?

alguem tomou conta do processo que deveria ocurrer em ambientes proprios.

>> O sistema braço-computador até que faz isso mais ou menos sozinho.
>> Mas para ser um "individuo" não poderia ter o input do perador que
>> programa o computador.

>Por q. nao? Nos sofremos 'inputs' de nossos pais em nossa educacao.

Estás a dizer que és controlado pelo que os seus pais te ensinaram ?


> Podes instalar o windows em qq HD que vai dar. O mesmo com o Mac.
> Era disso (software vs harware) que estavamos a falar.

>Mas ai' e' q. esta' -- nao vai funcionar em qq HD.

O software não funciona em HD :-)
Funciona na memoria RAM

>Se um Windows XP for instalado em um 386 nao ira' rodar.

Não irá rodar por problemas do proprio software que não foi feito para viver
num 386 como eu não fui feito para viver em marte.
(386 é um processador que executa instruções)

O que se falava era so suporte do software : condensadores.
E do facto do mesmo software poder estar em diferentes condensadores sem "se
perder"

>(Os fisicos se regozijam ao pensar q. toda essa
>diversidade e' fruto das interacoes entre as particulas
>q. eles estudam... Mas 'as vezes parece q. eles estao
>perdendo o melhor da festa.)

Não sou tão maluco de pensar isso...
:-))

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] Breve historico do enigmatico ceu
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/03/2002 18:35


>A história de Kepler é repleta de desgraças
>do começo ao fim. Sua mãe era perseguida como bruxa e ele atribuia suas
>vicissitudes à má confluência dos astros na hora de seu nascimento.

Tycho Brahe e Kepler eram astrologos. Foi isso que os fez fazerem oque
fizeram.
Além de que Kepler tinha especial interesse em testar as hipoteses de
Copernico com dados reais.
E os de Tycho eram os melhores da epoca.

Quanto à historia dos sólidos platonicos , li recentemente que isso tem uma
origem nos textos de Platão que se refere à relação entre quadrados e cubos.

[
Existem duas leituras para isto. Uma é que Kepler fez [supondo a versão
oficial]. A leitura literal que leva a procurar aquelas formas geometricas.
Outra é um pouco mais simples, mas mais dificil de entender no nosso tempo
pq pensamos que Platão não sabia que tipo de orbitas os planetas tinham.
Esta segunda leitura é :
"relação entre quadrados e cubos" = relação entre algo ao quadrado (²) e
algo ao cubo (³).
Ou seja "relação entre quadrados e cubos" como seria lido actualmente.
Supreendentemente a lei dos tempos que kepler encontrou é essa relação entre
o quadrado do tempo e o cubo da distância. Coincidencia?
Os céticos dizem que sim pq se recusam a pensar que Platão soubesse que tipo
de orbitas os planetas tinham.
]

Deiam uma vista de olhos em http://www.spirasolaris.ca para mais algusn
promenores interessantes.
(a relação entre as orbitas dos planetas)

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda

"Às vezes a leitura é um modo engenhoso de evitar o pensamento"
A.Help- Historiador



SUBJECT: Re: [ciencialist] Breve historico do enigmatico ceu
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/03/2002 22:17

Esclarecimento: Minha resposta ao Carlos saiu hoje à tarde em outra
lista. Troquei as bolas, ou melhor, os endereços, agora devo uma
desculpa ao pessoal do SBCR. Colucci


>CARLOS: Aproveito o ensejo para dar um primeiro pitaco: O Copérnico não
>estava na situação que o Koestler (que não era exatamente um sujeito
>isento ao tratar da Igreja...) descreve. Na verdade, é bem o contrário.
>A Igreja precisava praticamente arrancar a fórceps dele mais trabalhos,
>e suas descobertas foram usadas mais tarde na elaboração do calendário
>gregoriano.<


Caro Carlos,


Concordo com você que Koestler não é isento. Eu diria até mais: ele não
é 100% confiável e deve sempre ser lido com cautela, principalmente o
Koestler tardio, que flertou com o misticismo. Mas me parece que neste
caso ele está certo.

Os primeiros a se levantar contra o sistema de Copérnico foram os
teólogos protestantes, por razões bíblicas. Lutero chegou a dizer que
Copérnico era um "tolo, por colocar a Terra em movimento". Segundo a
Enciclopédia Católica, que também está longe de ser isenta, essa
oposição protestante ressurge, aqui e ali, até mesmo em nossos dias.

Os católicos gostam de dizer que a oposição católica só começou com
Galileu, setenta e três anos mais tarde, ou que começou por causa de
Giordano Bruno, queimado vivo pela igreja para "evitar o derramamento de
sangue". O delirante Olavo de Carvalho tem até uma tese interessante, de
que a punição a Galileu foi mais uma "bronca" do que uma punição a
sério. Uma característica do nosso filósofo católico é que ele não deixa
os fatos se meterem entre ele e suas idéias. Galileu foi mantido em
cárcere privado até morrer. A verdade é que Rheticus (também Rhäticus e
Rético) perdeu a cadeira de professor em Wittenberg por causa de sua
visão copernicana do universo. Apesar da obra de Copérnico ter sido
aceita e ampliada posteriormente por muitos outros astrônomos, a igreja
católica só o tirou da lista negra em 1835, com a retirada de sua obra
do "Index Librorum Prohibitorum". Os grandes popularizadores do sistema
heliocêntrico foram os navegadores, que, a despeito do que dizia a
igreja, sabiam que ele era mais preciso para determinar a posição dos
astros.

Com o tempo a igreja católica acabou perdoando Galileu. Com um pouco de
atraso, é verdade. Mais exatamente, em 1992, com trezentos e cinquenta
anos de atraso.


>CARLOS: A ressalva que ele colocou em seus trabalhos não era que eles
>não deveriam ser levados a sério, sim que aquele era um trabalho de
>astronomia e não de teologia (evitando cometer o erro de Galileu, que
>queria mudar a Bíblia por achar que o sol era o centro do universo).<

A ressalva que Copérnico colocou no De Revolutionibus, ou numa carta
separada, não me lembro, era de que aquela era mais uma hipótese dentre
muitas possíveis para explicar o movimento dos planetas. A dúvida é se
Copérnico chegou a ler o prefácio de Oziandro antes de morrer. Koestler
acha que sim.


>CARLOS: É até interessante perceber que a ciência experimental pode ser
>considerada uma "filha" da Igreja. Devido à tremenda inovação no
>pensamento teológico causada pelo Cristianismo, o mundo físico passou a

>poder ser estudado. [...] É por isso que a ciência experimental, que
>surgira brevemente entre os gregos do século de ouro, só foi realmente
>crescer na Cristandade e no Islã. [...] É por isso que a ciência
>experimental, que surgira brevemente entre os gregos do século de ouro,
>só foi realmente crescer na Cristandade e no Islã.<

A tese é de R. Hooykaas, 1972. Em "Religion and the Rise of Modern
Science" Hooykaas afirma que o conceito cristão de criação na alta Idade
Média motivou a pesquisa científica. Ao citar o Islã você toca num ponto
essencial, que, aliás, desmente Hooykaas. Quando a Europa ainda vivia
nas trevas, com os teólogos cristalizados nas idéias de Aristóteles, e
avessos à experimentação e observação da natureza, o mundo islâmico
fazia ciência. A cartografia, a matemática, a química e a medicina
tiveram um desenvolvimento extraordinário entre os islâmicos. A
afirmação de que o conhecimento humano não progrediu durante a idade
média é típica do etnocentrismo ocidental. Vários historiadores da
ciência (George Sarton, William Draper) concordam que sem os árabes é
provável que a moderna civilização européia nunca tivesse surgido.


>CARLOS: Ao contrário dos preconceitos positivistas que ainda dominam
>alguns cientistas, portato, foi o cristianismo que libertou o homem dos

>"demônios" que ele via agindo na natureza e permitiu a busca de uma
>ordem e de leis físicas que explicassem o movimento e a mudança.

Você não pode estar falando sério. Não! Você está brincando! Ah, ah.
Essa é boa. O cristianismo libertar o homem dos demônios! Boa, Carlos.

Mas, ... na remota possibilidade de você estar falando sério, uma
olhadinha no "Malleus Maleficarum", escritos por Heinrich Kramer e James
Sprenger, inquisidores nomeados pelo Papa Inocêncio VII, o desmentirá. O
cristianismo, e em especial a igreja católica, ajudou a povoar o mundo
de demônios. O "Malleus Maleficarum" afirma, sem os rodeios que
caracterizam os teólogos de hoje, que a crença em bruxas e outros seres
demoníacos é parte essencial da fé católica. Recentemente o Papa João
Paulo II reconheceu que já realizou exorcismos. A igreja libertar o
homem dos demônios, só se for nesse sentido.

Um abraço científico-racional,

Colucci




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mulheres na lista
FROM: "Silvio Cordeiro" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/03/2002 00:35

Alisson:
Minha solidariedade.
Estou com você.
Também nao superticioso pois superstição dá um azar danado.
silvio

----- Original Message -----
From: "Alisson Antonio Martins" <aam00@fisica.ufpr.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, March 07, 2002 10:13 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Mulheres na lista


Dane-se! É nas tirações de sarro que nasce os piores preconceitos.
E quem se importa com quem assinou seu atestado de sanidade, se o fizeram
cientes das capacidades do discípulo, então são cúmplices, se não, criaram
sem saber um perfeito "tirador de sarro".

saudações...
l ss n
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"Crer em tudo ou duvidar de tudo
são duas situações igualmente cômodas,
âmbas nos impedem de refletir."
Henri Poincaré
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On Thu, 7 Mar 2002, rmtakata wrote:

> Alisson,
>
> O Prof. Léo é um notório tirador de sarro
> (com certificado de conclusão de curso
> superior assinado por ninguém menos q.
> Aparício Torelli e Sérgio Porto).
>
> Não precisa levar os comentários do tio
> Léo tão ao fígado.
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>




SUBJECT: A energia da fisica moderna
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/03/2002 15:55

A ENERGIA DA FÍSICA MODERNA

"O texto abaixo é parte de um diálogo, ligeiramente modificado, que
venho mantendo com o teorizador compatriota Geraldo Antunes Cacique.
Muitos de seus trabalhos podem ser encontrados no URL
http://www.deducoeslogicas.com.br/ " Aos interessados
em teorias alternativas chamo a atenção, em particular, para a
"curvatura dos raios de luz", algo bastante interessante. Creio que o
Cacique seja pioneiro nessa maneira clássica de interpretar um raio de
luz visto por dois referenciais distintos. Quanto ao restante de suas
idéias ainda não me encontro na posição de emitir um juizo, mas apenas
de estimulá-lo para que prossiga por este caminho. Aos que aceitarem a
minha recomendação, apelo para que o façam dentro do espírito proposto
por Einstein (pois trata-se de uma teoria com pouco mais de três anos de
idade, logo, como diria Faraday, ainda é uma criança):
"Se o senhor quer estudar em qualquer dos físicos teóricos os
métodos que emprega, sugiro-lhe firmar-se neste princípio básico:
não dê crédito algum ao que ele diz, mas julgue aquilo que produziu.
Porque o criador tem esta característica: as produções de sua
imaginação se impõem a ele, tão indispensáveis, tão naturais, que
não pode considerá-las como imagem de espírito, mas as conhece como
realidades evidentes. (Einstein em 'Como Vejo o Mundo').


O século XX primou pela descaracterização do conceito energia desenvolvido
pelos físicos dos três séculos anteriores. Energia, para um físico moderno,
representa muito e não representa nada. Eles mexem aqui, mexem ali, e
conseguem contabilizar valores energéticos a seu bel prazer. Sim, disse
contabilizar. E contabilizam no sentido mais pejorativo que se possa dar a
essa expressão. Recentemente ouvi uma piada a respeito de contadores (e
respeito a classe, mas gosto de piadas) em que alguém pergunta a um
contador: "Quanto é dois mais dois." Ao que ele responde: "Quanto você
quer que dê o resultado?" Pois os físicos modernos trabalham dessa maneira
quando "manipulam" a energia. Energia para eles é aquilo que se conserva
depois que jogam no lixo tudo o que possa não lhes interessar. A expressão E
= mc² tem muito dessa deturpação e até hoje não consegui nenhuma explicação
lógica e convincente a identificar energia com massa e/ou com matéria.
Aliás, o físico moderno coloca massa e matéria no mesmo saco e a seguir
identifica-as, em circunstâncias que lhes interessam, com a energia. Não sou
contra a fórmula, pois ela é muito interessante. Digo apenas que a fórmula
traduz uma propocionalidade a ser pesquisada, jamais uma identidade física,
pois não creio que matéria e energia sejam a mesma coisa, nem que uma
transforme-se em outra.

Vou aqui comentar ligeiramente alguns aspectos dessa "energia" dos físicos
"modernos", em especial aqueles aspectos que relacionam-se com a luz.
É bem possível que, em outras mensagens, caso o assunto desperte interesse
entre os demais ciencialisteiros, eu venha a expor o que penso sobre o
conceito clássico de energia.

Segundo a teoria de Maxwell, parcialmente modificada por Lorentz e outros,
uma carga elétrica acelerada *deve* emitir energia eletromagnética e o faz
sob forma de luz e/ou onda eletromagnética. Coloquei um "e/ou" pois a teoria
genuína de Maxwell não nos garante que a luz seja uma onda, se bem que
admita que a luz possua características eletromagnéticas. Ou seja, a teoria
de Maxwell "sugere" que tanto a luz quanto "aquilo que é emitido por uma
carga elétrica em movimento acelerado" possam ser mesma coisa, haja vista
que propagam-se à mesma velocidade c, o que pareceu na época ser uma
coincidência fantástica.

A "obrigatoriedade" da emissão de energia eletromagnética por uma carga
*acelerada* começou a incomodar os precursores da física moderna no início
do século XX. Em primeiro lugar porque eles postularam --a meu ver sob um
aspecto totalmente errôneo e a retratar uma ingenuidade sem comparações na
história da física-- que uma partícula elementar, tal como o elétron (ou o
próton) possui uma *estrutura* exatamente idêntica à de uma carga elétrica
maxwelliana. E a "lógica" utilizada foi a seguinte: Simplesmente assumiram
que "o elétron é uma carga elétrica, posto que uma carga elétrica é formada
por elétrons". Isso é o mesmo que assumir que o átomo é um computador,
"posto que um computador é formado por átomos". Ou então que a molécula de
água é amorfa, "posto que a água é amorfa e é formada por moléculas de
água". Dá para perceber a falácia lógica do argumento?

Ao mesmo tempo estava-se descobrindo a estrutura atômica (Rutherford et al.)
segundo a qual o elétron orbitava o núcleo. Ora, se ele gira em torno do
núcleo ele está sob uma aceleração centrípeta, e se ele está sendo
acelerado, e "é" idêntico a uma carga elétrica macroscópica, ele "deve"
emitir energia eletromagnética. Mas se ele emitir energia eletromagnética
ele perde energia e fatalmente cairá sobre o núcleo, e isso não acontece com
átomos estáveis. O elétron atômico somente emite energia quando estimulado a
saltar de uma órbita para outra, ou seja, quando sob o efeito de outras
acelerações que não a centrípeta.

Este problema foi "resolvido" por Bohr que "contabilizou" o processo da
seguinte maneira: O elétron foi considerado como trafegando por uma "órbita
permitida", qual seja, aquela onde ele estaria "autorizado" a "desobedecer"
a teoria de Maxwell, que "continuaria válida" para todos os demais efeitos.
Esta é a origem da física quântica (1913) que veio após os quanta de Planck
(1901) e o efeito foto-elétrico de Einstein (1905). Uma teoria que foi
criada não para salvar a teoria de Maxwell em si, mas a concepção que os
físicos da época --em especial Lorentz-- faziam sobre o elétron. Ou seja,
Bohr criou uma "medida provisória" a salvar o "decreto" de Lorentz relativo
á natureza dos elétrons (o elétron pensado como sendo idêntico a uma carga
elétrica). Assim como os políticos recorrem com freqüência a uma
contabilidade "fajuta", os físicos aprenderam com Bohr a contabilizar o
princípio da conservação da energia de forma a que ele nunca pudesse ir
contra as idéias que lhes convém. E isso, a partir de então, é feito
descaradamente e quase que diariamente, e a física moderna vem resistindo a
falseamentos, por quase cem anos, graças a essa providencial
"contabilidade".

Com respeito ao tema em discussão, a coisa complicou-se muito. As manobras
primitivas foram todas esquecidas e/ou "colocadas na gaveta" ou mesmo
"debaixo do tapete". A preocupação de hoje não é mais salvar a teoria de
Maxwell nem a idéia de Lorentz sobre a natureza do elétron, mas a de salvar
milhares de absurdos que surgiram em série durante todo o transcorrer do
século XX. E isso tem implicação até mesmo política e/ou econômica, pois a
fábula que foi gasta pelos físicos modernos em defesa de seus argumentos
seria suficiente para que se derrubassem muitos governos de países do
primeiro mundo, tão logo a população ficasse ciente da má aplicação de seus
impostos de renda. Mas esse é um outro assunto que não gosto nem de comentar
e que relaciona-se ao que tenho chamado por "Inquisição dos Tempos
Modernos". O Brasil gasta muito pouco em ciência mas não tenha dúvidas de
que muito da verba da Capes ou do CNPq destinam-se única e exclusivamente à
manutenção do "status quo".

Voltemos ao nosso estudo. Que dizer da luz? A luz transporta energia? A luz
é energia? Todas as anteriores? Nenhuma das anteriores? :-)

Bem, eu não disse ainda o que penso sobre energia, não é verdade? Mas ainda
assim vamos explorar um pouquinho mais o tema. Existe algo chamado "reação
de radiação" e a mostrar que em muitas condições a luz transporta energia
até mesmo no sentido clássico do termo. Rigorosamente falando, reação de
radiação seria equivalente ao golpe sentido por quem dá um disparo com arma
de fogo. E, com efeito, tem-se demonstrado que em muitas circunstâncias as
partículas que emitem luz (partículas da fonte) sofrem como que um golpe
semelhante. Com grande freqüência, e por vício de linguagem, chama-se também
"reação de radiação" ao efeito oposto, qual seja, o impacto transferido pela
luz ao chocar-se com um objeto e mais apropriadamente relacionado à
chamada "pressão da luz". Se bem que este impacto não seja exatamente
uma "reação de radiação", costuma-se justificar a utilização do termo pois
retrata um fenômeno do mesmo tipo e a ser descrito por equações semelhantes,
apenas trocadas de sinal. Num caso, os objetos em estudo (arma e projétil,
no caso do tiro com arma de fogo) se dividem e no outro podem se agrupar
(projétil e alvo) ou não, conforme haja absorção ou reflexão. A expressão
"pressão da luz" é mais freqüentemente utilizada para os casos em que ocorre
reflexão da luz incidente.

Se colocarmos uma carga elétrica numa plataforma giratória e afastada do
centro, essa carga emitirá luz e/ou radiação eletromagnética assim que a
plataforma começar a girar. Essa emissão acompanha-se de reação de radiação,
o que pode ser constatado pelo freamento sofrido pela plataforma. Ou seja,
se quisermos manter a plataforma girando a uma velocidade angular constante,
devemos fornecer uma energia superior ao atrito e a corresponder a essa
"reação de radiação". Isso já foi bem estudado. Se nessa mesma plataforma
colocarmos não uma carga, mas duas, e de mesma intensidade porém de sinais
contrários, seria de se esperar que as duas cargas emitissem radiação, ou
seja, seria de se esperar que a perda de energia dobrasse. O que se observa
na prática? Se as duas cargas forem exatamente iguais, a reação de radiação
simplesmente desaparece totalmente, ou seja, transforma-se em zero. O
sistema não perde energia alguma. Isso também já foi muito bem estudado, se
bem que pouquíssimo comentado na literatura. Se quiséssemos retornar á
física clássica esse dado seria interessantíssimo, pois o par elétron-próton
do átomo, suposto como um sistema de estrelas duplas, também gira e não
emite radiação. Mas isso explicaria o problema atômico de uma forma
totalmente diferente daquela apresentada por Bohr (órbitas permitidas) e,
com isso, mais cedo ou mais tarde, toda a física quântica "iria para o
espaço" pois a explicação para o fenômeno seria 100% clássica. E isso
"ninguém" quer!

Mas a coisa é mais complicada. Vamos pensar agora no caso de uma única
carga acelerada e, em particular, o "elétron dos físicos modernos". E vamos
supor que esse elétron esteja sujeito a uma aceleração constante, como
aquela que sofre entre as placas de um condensador ou então de um acelerador
de partículas que utilize desse princípio (campo elétrico constante). Esse
elétron emite radiação. Não obstante, ele não perde energia graças a essa
emissão, nem aquela quantidade "supostamente" contida na radiação, nem
aquela devida à suposta reação de radiação. A única variação de energia
percebida é o *ganho* relacionado à aceleração sofrida no processo, energia
essa extraída do sistema (condensador - alguns dizem que seria a energia
extraída do campo, mas vejo algumas impropriedades nessa afirmação). Isso
não só já foi verificado experimentalmente como também deduz-se a partir de
estudos efetuados por Lorentz entre 1892 e 1903. Mas se o elétron emitiu
radiação e não perdeu energia, pergunto: Quanto de energia está contida
nessa radiação emitida? Se a resposta for diferente de zero teremos que
refazer a contabilidade, ou não? A energia teria sido criada pelo processo?
Mas como, se a energia se conserva? Quem perdeu energia? Até hoje ninguém
respondeu a essa pergunta. E até então eu sou obrigado a supor que existem
radiações com conteúdo nulo de energia. Que fazer então com aquela fórmula
que me diz que E = hf onde h é uma constante e esse f, até prova em
contrário, não pode ser igual a zero? Ou será que pode?

Deixo então no ar as seguintes perguntas:

1) A radiação eletromagnética contém sempre energia?
2) A luz transporta energia sempre?
3) Luz e radiação eletromagnética são a mesma coisa?

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Oh, mulheres, esqueci!
FROM: "manuelbulcao" <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/03/2002 01:12

esqueci de comentar sobre o dia internacional da mulher.

Nós, homens, achando que seria muito injusto que todos os 365 dias do
ano fossem "dias do homem", nos reunimos e deliberamos em conceder um
dia (oito de março) para vocês. Afinal, vocês são frutos da nossa
costela.

Espero que vocês, mulheres, não retribuam esse nosso ato de
generosidade com ingratidão.

Abraços e beijos,
Manuel Bulcão






SUBJECT: "o poder preciente da matemática"
FROM: "zaratustra" <zaratustra@gaz.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/03/2002 12:20

Caros membros da lista, li o texto "o poder preciente da matemática" na pagina http://www.ceticismoaberto.kit.net/ e achei interessante, gostaria de saber se vc´s possuem mais algum material a respeito desse assunto.

Abraço,

Thiago.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] "o poder preciente da matemática"
FROM: "zaratustra" <zaratustra@gaz.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/03/2002 12:29

Correção:

preciente = presciente

Abraço,

Thiago.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Breve historico do enigmatico ceu
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/03/2002 12:40

Só mais um apontamento:

http://www.parana-online.com.br/astrologia/astrologia1.htm

onde se pdoe ler :
"Sagan mostra nesse livro[Intelligent Life in the Universe] a foto de um
cilindro de cerâmica, de origem sumeriana, onde se vê um sol central rodeado
por 9 planetas, e mais dois menores de um lado. Os caldeus conheciam, além
do Sol e da Lua, os cinco planetas visíveis a olho nu: Mercúrio, Vênus,
Marte, Júpiter e Saturno. Os transaturnianos, Urano, Netuno e Plutão, são
descobertas modernas. Como explicar? Sagan avança, então, a hipótese de que
Oannes teria sido um extraterrestre orientando uma cultura humana imatura.
Jacques Sadoul, em seu O Enigma do Zodíaco, a partir dos mesmos dados se
pergunta se o animal dotado de razão não seria um terrestre remanescente de
uma grande civilização em colapso. E acrescenta: "(...) a impossibilidade de
explicar os conhecimentos astronômicos dos antigos sumerianos, o brusco
desenvolvimento tecnológico e científico de sua civilização, que coisa
alguma na história justifica, não me parecem logicamente explicáveis a não
ser pela hipótese de um encontro com uma civilização já chegada a alto grau
de saber e tecnologia."

Astrologia e extraterrestres à parte como explicar o dito cilindro de
cerâmica ?

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda

"Às vezes a leitura é um modo engenhoso de evitar o pensamento"
A.Help- Historiador



SUBJECT: Re: [ciencialist] Breve historico do enigmatico ceu
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/03/2002 14:57

----- Original Message -----
From: "Sérgio Taborda"
Sent: Sunday, March 10, 2002 12:40 PM
Subject: Re: [ciencialist] Breve historico do enigmatico ceu

> "Sagan mostra nesse livro[Intelligent Life in the Universe] a foto de um
> cilindro de cerâmica, de origem sumeriana, onde se vê um sol central
> rodeado por 9 planetas, e mais dois menores de um lado. ... Como explicar?
> Sagan avança, então, a hipótese de que Oannes teria sido um extraterrestre
> orientando uma cultura humana imatura.

> Astrologia e extraterrestres à parte como explicar o dito cilindro de
> cerâmica?

Olá Sergio

Dou-lhe total razão em questionar o assunto sem paixões. Vejo também com
muito espanto o conhecimento que os orientais antigos tinham da iniologia (o
estudo do complexo yin-yang); e tanto mais quanto mais procuro verificar
analogias entre a iniologia que chegou ao nosso tempo (certamente depurada
de conhecimentos perdidos no decorrer da história) e o eletromagnetismo
descoberto cerca de 5000 anos mais tarde. Parece-me não ter sido por puro
acaso que a bússola foi descoberta no Oriente. Comento alguma coisa sobre
essa iniologia sadia em
http://ecientificocultural.com/ECC2/FilCien/ci_or00.htm

O que os céticos de carteirinha teriam a dizer a respeito? Parece-me que
Sagan costuma ser bastante "venerado" por eles. Eu não digo nada além do que
já disse e sequer saberia dizer se o meu comportamento se encaixaria em
algum tipo de ceticismo. Mesmo porque ceticismo é uma doutrina filosófica e
eu não sou filósofo e nem estudioso do comportamento dos cientistas.
Simplesmente procuro estudar e utilizar-me da filosofia da melhor maneira
possível, mas dentro da vocação inerente ao cientista, qual seja, aquela de
produzir *novos* conhecimentos, e não meramente a de questionar a produção
de seus colegas sem finalidade alguma e sem que se acrescente nada de *novo*
ou de *útil* à discussão. A esse respeito, digo que o cientista é aquele que
"duvida para acreditar". E como cientista, deixo o ceticismo aos céticos e
às bacterias os antissépticos.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mulheres na lista
FROM: "Danni Morais" <ardm@unisys.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/03/2002 16:28

nao vou mais responder os seus emails, pq é perda de tempo. infelizmente quando a personalidade está formada é dificil mudar, especialmente uma personalidade estereotipada como a sua. voce é um preconceito atras de preconceito e deve fazer muito menos do que fala.

e se informe melhor: neuronios na da tem a ver com melanina.

e se o unico argumento que vc encontrou para fechar essa discussao foi esse do seu ultimo email, dá para constatar claramente que na verdade lhe faltam idéias. E inteligencia.

----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, March 07, 2002 8:48 AM
Subject: Re: [ciencialist] Mulheres na lista


Olá Dani e Alisson,

sou apenas especialista em ectoplasma, coxa, seios e bunda. Poderemos discutir como uma dessas coisas implica nas outras três. Vcs são loiras?
[]'
Léo
PS para os demais::::---)))
===========
-----Mensagem Original-----
De: "Alisson Antonio Martins" <aam00@fisica.ufpr.br>
Para: "[ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 6 de março de 2002 15:30
Assunto: Re: [ciencialist] Mulheres na lista


Não sei como é possível tal comentário invadir nossas contas de e-mail.
Sinceramente, estamos em uma sociedade que se diz às portas de uma nova
era, cheia de transformações e me vem um estupido/machista/ignorante
defender tais opiniões...



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mulheres na lista
FROM: "Danni Morais" <ardm@unisys.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/03/2002 16:35

oi roberto,
pode até ser, mas quando uma pessoa (ou um grupo da sociedade) é oprimida o bastante, o que menos se precisa é de outro opressor. até mesmo na brincadeira.

nao sei se voce já foi vitima de preconceito, mas nao é legal se fazer brincadeiras sobre isso. me desculpe, mas só mostra falta de carater e falta de sensibilidade.

----- Original Message -----
From: rmtakata
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, March 07, 2002 10:04 AM
Subject: [ciencialist] Re: Mulheres na lista


Alisson,

O Prof. Léo é um notório tirador de sarro
(com certificado de conclusão de curso
superior assinado por ninguém menos q.
Aparício Torelli e Sérgio Porto).

Não precisa levar os comentários do tio
Léo tão ao fígado.

[]s,

Roberto Takata


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mulheres na lista
FROM: "Danni Morais" <ardm@unisys.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/03/2002 17:10

tudo tem limite. até as brincadeiras. assim só mostra como, até na brincadeira, o homem brasileiro (com raras exceçoes) é primitivo. nao adianta se achar desenvolvido intelectualmente por gostar, estudar e vomitar ciencia, se as outras areas do intelectio e da personalidade nao sao desenvolvidas.

nao vejo voces fazendo preconceito com negros na lista. talvez porque isso dê processo. acho que com mulher tambem deveria dar (teoricamente deve até dar, mas...). afinal, nao importa se a pessoa atacada é negra, branca, mulher ou homem. o importante é que foi atacada.

queria ver se as mulheres começassem a fazer piadinhas sobre os seus respectivos penis... nao uma aqui e outra acola, mas uma massiva sucessao de piadinhas... aquelas que chegam até na televisao, rotineiramente retratada até em novelas e programas humoristicos... lançando uma campanha dizendo que a inteligencia e potencial masculino está ligado ao tamanho do orgao sexual masculino... como o povo brasileiro acredita em tudo que a midia diz, até que ia pegar...

em tempo: o preconceito com a mulher loira vem do "bonita e burra" (sendo a mulher loira considerada bonita porque chama mais atençao). outro preconceito, já que beleza é totalmente relativo ( ser loira tb....).

----- Original Message -----
From: rmtakata
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, March 07, 2002 11:18 AM
Subject: [ciencialist] Re: Mulheres na lista


É, assim seu fígado vai pro espaço em três tempos...

Talvez vc entenda melhor assim:

Aparício Torelli, mais conhecido como o
Barão de Itararé;

Sérgio Porto, vulgo, Stanislaw Ponte Preta.

Agredindo menos o nosso destoxificador-mór:
ambos são humoristas e jamais assinaram
documento algum do Prof. Léo (ao menos não
é de conhecimento público).

Qdo digo q. o Prof. Léo é um gde tirador
de sarro é porq. ele não acredita naqueles
textos (desculpe-me se estrago a piada).
É apenas um espicaçador de mau-humor.

Levar isso à sério é, digamos, uma imprudência.

Como vc é novo por esta lista, explica-se
o mal entendido: vc não o conhece, então
comprou o q. achou q. viu. O Prof. Léo
é um romântico.

Os piores preconceitos nascem, ao q. parece,
da intolerância. Da incapacidade crítica
de se discernir objetivamente a realidade,
da certeza interna da verdade. Uma pessoa
q. não se leva à sério tem menos chances
de desenvolver isso.

A simples rotulação, o fechar dos olhos
para as nuanças, a indisposição para a
compreensão não é uma arma digna de quem
se quer pôr ao lado da integridade moral.
(Aliás, já é meio caminho para a suspeição
o arvorar-se à alguma autoridade moral.)

Discursos panfletários tbm não é certamente
o melhor meio de se renovar o mundo.

O levar tudo à sério não deve ser levado
à sério.

[]s,

Roberto Takata

--- In ciencialist@y..., Alisson Antonio Martins <aam00@f...> wrote:
> Dane-se! É nas tirações de sarro que nasce os piores preconceitos.
> E quem se importa com quem assinou seu atestado de sanidade, se o
fizeram
> cientes das capacidades do discípulo, então são cúmplices, se não,
criaram
> sem saber um perfeito "tirador de sarro".
>
> saudações...
> l ss n



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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Apresentação
FROM: "Danni Morais" <ardm@unisys.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/03/2002 17:26

a ciencia pode ate ter surgido de religiosos que tinham um interesse em desvendar a natureza (como eram muitos cientistas do passado), mas vale notar que isso aconteceu apenas porque esses cientistas nao tinham nenhuma escolha a nao ser acreditarem em deus (ou já se esqueceu de galileu galilei?). deus ou gogueira. deus ou ser colocado de lado da sociedade. e discordo quando diz que o cristianismo libertou o homem dos demonios. a ciencia foi muito discriminada pela igreja por varios seculos e ate hoje a igreja possui umas visoes antigas. ao conrtrario, acho que a religiao ainda continua a colocar os "demonios" nas pessoas e é um atraso no caminho da ciencia.

acho uma certa ingenuidade acreditar que a ciencia e a religiao possam caminhar juntos. religiao para mim é uma filosofia. acho dificil alguem acreditar 100% em sua religiao hoje em dia com a quantidade de explicacoes que a ciencia deu a fatos dados ao "poder de deus" que as religioes apresentam. no entanto, muitas pessoas ainda acreditam. isso é fruto de uma falha da divulgaçao cientifica, da educaçao que nao dá enfase a ciencia ou nao sabe ensina-la e da falta de coragem humana. Este ultimo, por incrivel que pareça, é o mais dificil de ser mudado.



Ao contrário dos preconceitos positivistas que ainda dominam alguns cientistas, portato, foi o cristianismo que libertou o homem dos "demônios" que ele via agindo na natureza e permitiu a busca de uma ordem e de leis físicas que explicassem o movimento e a mudança.



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Idiotas na lista
FROM: Carlos Maçaranduba <soh_lamento@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/03/2002 17:33

Seu tanaka e MaDanni Morails comportem-se.....
Vcs são duas faces da mesma moeda.....(Feita de
ectoplasma daquele maluco)
Não vale a pena ficar discutindo esse tipo de coisa
aqui....

--- Danni Morais <ardm@unisys.com.br> escreveu: > tudo
tem limite. até as brincadeiras. assim só
> mostra como, até na brincadeira, o homem brasileiro
> (com raras exceçoes) é primitivo. nao adianta se
> achar desenvolvido intelectualmente por gostar,
> estudar e vomitar ciencia, se as outras areas do
> intelectio e da personalidade nao sao desenvolvidas.
>
> nao vejo voces fazendo preconceito com negros na
> lista. talvez porque isso dê processo. acho que com
> mulher tambem deveria dar (teoricamente deve até
> dar, mas...). afinal, nao importa se a pessoa
> atacada é negra, branca, mulher ou homem. o
> importante é que foi atacada.
>
> queria ver se as mulheres começassem a fazer
> piadinhas sobre os seus respectivos penis... nao uma
> aqui e outra acola, mas uma massiva sucessao de
> piadinhas... aquelas que chegam até na televisao,
> rotineiramente retratada até em novelas e programas
> humoristicos... lançando uma campanha dizendo que a
> inteligencia e potencial masculino está ligado ao
> tamanho do orgao sexual masculino... como o povo
> brasileiro acredita em tudo que a midia diz, até que
> ia pegar...
>
> em tempo: o preconceito com a mulher loira vem do
> "bonita e burra" (sendo a mulher loira considerada
> bonita porque chama mais atençao). outro
> preconceito, já que beleza é totalmente relativo (
> ser loira tb....).
>
> ----- Original Message -----
> From: rmtakata
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Thursday, March 07, 2002 11:18 AM
> Subject: [ciencialist] Re: Mulheres na lista
>
>
> É, assim seu fígado vai pro espaço em três
> tempos...
>
> Talvez vc entenda melhor assim:
>
> Aparício Torelli, mais conhecido como o
> Barão de Itararé;
>
> Sérgio Porto, vulgo, Stanislaw Ponte Preta.
>
> Agredindo menos o nosso destoxificador-mór:
> ambos são humoristas e jamais assinaram
> documento algum do Prof. Léo (ao menos não
> é de conhecimento público).
>
> Qdo digo q. o Prof. Léo é um gde tirador
> de sarro é porq. ele não acredita naqueles
> textos (desculpe-me se estrago a piada).
> É apenas um espicaçador de mau-humor.
>
> Levar isso à sério é, digamos, uma imprudência.
>
> Como vc é novo por esta lista, explica-se
> o mal entendido: vc não o conhece, então
> comprou o q. achou q. viu. O Prof. Léo
> é um romântico.
>
> Os piores preconceitos nascem, ao q. parece,
> da intolerância. Da incapacidade crítica
> de se discernir objetivamente a realidade,
> da certeza interna da verdade. Uma pessoa
> q. não se leva à sério tem menos chances
> de desenvolver isso.
>
> A simples rotulação, o fechar dos olhos
> para as nuanças, a indisposição para a
> compreensão não é uma arma digna de quem
> se quer pôr ao lado da integridade moral.
> (Aliás, já é meio caminho para a suspeição
> o arvorar-se à alguma autoridade moral.)
>
> Discursos panfletários tbm não é certamente
> o melhor meio de se renovar o mundo.
>
> O levar tudo à sério não deve ser levado
> à sério.
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
> --- In ciencialist@y..., Alisson Antonio Martins
> <aam00@f...> wrote:
> > Dane-se! É nas tirações de sarro que nasce os
> piores preconceitos.
> > E quem se importa com quem assinou seu atestado
> de sanidade, se o
> fizeram
> > cientes das capacidades do discípulo, então são
> cúmplices, se não,
> criaram
> > sem saber um perfeito "tirador de sarro".
> >
> > saudações...
> > l ss n
>
>
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SUBJECT: Re:_[ciencialist]_Apresenta��o
FROM: Carlos Maçaranduba <soh_lamento@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/03/2002 17:51

MaDanni talvez nem pela divulgação isso muda...

comentei, certa vez , ao sábio de Bradaxó , sobre o
número de igrejas que só faz crescer na minha
cidade.Ele ,velho pacato( falsa humildade) , disse:

--Certa vez Montaigne falou:
"o campo decisivo entre a certeza e a incerteza é o
próprio eu"
--Muitas vezes até quem possui alguma instrução
científica ,recorre do místico, existem empresas hoje
,que se valem de consultas astrológicas.
--Muitas vezes até quem possui alguma instrução
religiosa , recorre do científico ,isso vc vê
diariamente...
---AONDE está o PARADOXO, se é que ele existe...

Fez-me pensar e até hoje eu não descobri.....



--- Danni Morais <ardm@unisys.com.br> escreveu: > a
ciencia pode ate ter surgido de religiosos que
> tinham um interesse em desvendar a natureza (como
> eram muitos cientistas do passado), mas vale notar
> que isso aconteceu apenas porque esses cientistas
> nao tinham nenhuma escolha a nao ser acreditarem em
> deus (ou já se esqueceu de galileu galilei?). deus
> ou gogueira. deus ou ser colocado de lado da
> sociedade. e discordo quando diz que o cristianismo
> libertou o homem dos demonios. a ciencia foi muito
> discriminada pela igreja por varios seculos e ate
> hoje a igreja possui umas visoes antigas. ao
> conrtrario, acho que a religiao ainda continua a
> colocar os "demonios" nas pessoas e é um atraso no
> caminho da ciencia.
>
> acho uma certa ingenuidade acreditar que a ciencia e
> a religiao possam caminhar juntos. religiao para mim
> é uma filosofia. acho dificil alguem acreditar 100%
> em sua religiao hoje em dia com a quantidade de
> explicacoes que a ciencia deu a fatos dados ao
> "poder de deus" que as religioes apresentam. no
> entanto, muitas pessoas ainda acreditam. isso é
> fruto de uma falha da divulgaçao cientifica, da
> educaçao que nao dá enfase a ciencia ou nao sabe
> ensina-la e da falta de coragem humana. Este ultimo,
> por incrivel que pareça, é o mais dificil de ser
> mudado.
>
>
>
> Ao contrário dos preconceitos positivistas que
> ainda dominam alguns cientistas, portato, foi o
> cristianismo que libertou o homem dos "demônios" que
> ele via agindo na natureza e permitiu a busca de uma
> ordem e de leis físicas que explicassem o movimento
> e a mudança.
>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Idiotas na lista
FROM: "Danni Morais" <ardm@unisys.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/03/2002 18:34

idiota?

nossa... os valores estao bem trocados mesmo. se defender quer dizer ser idiota... parece que alguem nao sabe usar os adjetivos.

nao fui eu que comecei. e se nao quiser ler, delete as mensagens. o "assunto" já é bem claro.

mas como sei que nao vou conseguir abrir a mentalidade de certos cidadaos, paro por aqui. tem coisa melhor para se fazer.

----- Original Message -----
From: Carlos Maçaranduba
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, March 10, 2002 5:33 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Idiotas na lista


Seu tanaka e MaDanni Morails comportem-se.....
Vcs são duas faces da mesma moeda.....(Feita de
ectoplasma daquele maluco)
Não vale a pena ficar discutindo esse tipo de coisa
aqui....




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Oh, mulheres, esqueci!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/03/2002 19:08

Bulcão 'espiritualiza':


>esqueci de comentar sobre o dia internacional da mulher.

Nós, homens, achando que seria muito injusto que todos os 365 dias do
ano fossem "dias do homem", nos reunimos e deliberamos em conceder um
dia (oito de março) para vocês. Afinal, vocês são frutos da nossa
costela.

Espero que vocês, mulheres, não retribuam esse nosso ato de
generosidade com ingratidão.<

É isso que desaprovo. É difícil colocar a idéia em texto dada a delicadeza da coisa.
Poderia dar minhas 'tradicionais cutucadas', usando do texto do amigo Bulcão dizendo que, "as mulheres querem tanto se equiparar aos homens que um de seus maiores desejos é tb ter uma 'costela a menos'".
Meus comentários a respeito das mulheres, mal interpretados como o foram até agora, querem dizer, no fundo, que não sou a favor 'de regalias especiais'. Não concordo com a 'concessão' dos homens em dedicar um dia especial ás mulheres, também não concordo com a 'lei' de que 'tantos por centos dos deputados etc' devem ser mulheres. Elas que conquistem seu lugar ao sol sem essa de dizer 'coitadinhas, como são relegadas'. Elas que lutem e façam por merecer, como os outros e muitas outras o fizeram.
Só dois personagens foram agraciados duas vezes com o Nobel e um deles é a mulher Madame Curie. Isso é conseguir seu lugar ao sol. Ninguém disse "coitadinha da madame, vamos lhe dar os prêmios porque é mulher".
A mulher está realizando uma árdua luta para a merecida conquista 'das igualdades'. Meus aplausos. Recentemente fizeram um Congresso de Físicas, novo aplauso. Isso é luta, isso é conquista.
Vejam se me entendem. Não tenho nada contra as mulheres, não tenha nada contra ninguém que queira vencer. Sou contra essas 'teorias feministas' de vencer 'por decreto', porque a lei quer assim, porque devemos temos um dia dedicado a nós, porque nós somos marginalizadas, em suma, porque somos as coitadinhas.
Meus respeitos a todas as mulheres que lutam, seja no lar ou nos trabalhos externos. Mas, não contem comigo para enaltece-las a partir de 'coitadinhas, são mulheres' ou 'ora, vamos dar uma colher de chá pois são do sexo frágil ou 'vamos votar nela para que lá tenhamos mais mulheres' ou quaisquer outros chavões do gênero. Prá mim todos da espécie humana já são iguais; por que alguns (algumas) querem ser 'mais iguais'? Voltamos ao 'revolução dos bichos'?
A sociedade discrimina a mulher?
Sim. Isso é um fato. E muito contra meu gosto!
E, por isso, vamos acabar com a discriminação na base do 'coitadinhas' ou por 'lei'?
Não.
Continuem lutando ... e contem com meu apoio.

Não sei se me fiz entender, de qualquer modo toda pedrada é bem vinda.

[]'
Léo
PS: acabei de retornar do rancho, comecei por comentar essa mensagem por ser a mais difícil. Agora vamos ao Coloca, Mesquita, Taborda ... , agora é moleza ... é apenas ciência.



SUBJECT: mulheres x homens
FROM: "valderesr" <valderesr@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/03/2002 19:43

ou deveria entitular esta mensagem como: homens x
mulheres

Estaria eu, ao escrever mulheres antes de homens, sendo
feminista?
Caso escrevesse homens x mulheres seria menos mulher e
pensaria mais ou menos em ciência?
A menos que exista analistas de discurso nesta lista que
possam esclarecer tal fato, ou então filósofos ou
psicólogos de plantão, como mulher, leitora e aprendiz,
no momento só me entristeço ao checar mensagens com
teores ofensivos.

Portanto,
leaiamos a frase abaixo e voltemos a ciência, para o bem
da ciência.

Constant kindness can accomplish much. As the sun makes
ice melt, kindness
causes misunderstanding, mistrust, and hostility to
evaporate. -Albert
Schweitzer, philosopher, physician, and musician (1875-
1965)

Abraços a todos,
(homens e mulheres)
Valderes


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mulheres na lista
FROM: "Raul Sturari Jr." <sturari@brturbo.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/03/2002 19:52

----- Original Message -----
From: "Danni Morais" <ardm@unisys.com.br>


tudo tem limite. até as brincadeiras. assim só mostra como, até na brincadeira, o homem brasileiro (com raras exceçoes) é primitivo. nao adianta se achar desenvolvido intelectualmente por gostar, estudar e vomitar ciencia, se as outras areas do intelectio e da personalidade nao sao desenvolvidas.

Engraçado você, que tanto repudia o preconceito, chamar o homem brasileiro de primitivo. Caso não tenha percebido, isso também é um preconceito. E além do mais, você consegue imaginar uma sociedade na qual os homens sejam primitivos, ignorantes e estúpidos e as mulheres, por sua vez, educadas, cultas e modernas? Me parece bastante contraditório.

nao vejo voces fazendo preconceito com negros na lista. talvez porque isso dê processo. acho que com mulher tambem deveria dar (teoricamente deve até dar, mas...).

Eu tenho certeza que dão.

queria ver se as mulheres começassem a fazer piadinhas sobre os seus respectivos penis... nao uma aqui e outra acola, mas uma massiva sucessao de piadinhas... aquelas que chegam até na televisao, rotineiramente retratada até em novelas e programas humoristicos... lançando uma campanha dizendo que a inteligencia e potencial masculino está ligado ao tamanho do orgao sexual masculino... como o povo brasileiro acredita em tudo que a midia diz, até que ia pegar...

Acho que você está um pouco atrasada. Essa preocupação do homem com o tamanho do pênis é uma grande sacanagem feminina. Se as mulheres do pleistosceno não dessem bola para o tamanho do pênis, nós não teríamos essa preocupação.

em tempo: o preconceito com a mulher loira vem do "bonita e burra" (sendo a mulher loira considerada bonita porque chama mais atençao). outro preconceito, já que beleza é totalmente relativo ( ser loira tb....).


Na verdade não é bem assim. A mulher loira atrai os homens, em média, porque esse é um indicativo de juventude, segundo alguns psicólogos evolutivos. Crianças geralmente possuem os cabelos mais claros, que escurecem com o passar do tempo. Isso explicaria também a tendência das mulheres em pintar o cabelo de loiro quando estão envelhecendo.

Sou obrigado a discordar novamente de você. Pesquisas envolvendo indivíduos de diversas regiões do mundo, demonstram que há uma preferência universal pela simetria nas feições corporais. Isso porque ela é um indicador razoável de aptidão genética. Até mesmo insetos buscam "simetria" no parceiro sexual. "Beleza" na verdade, é a maneira através da qual o corpo humano revela sua saúde genética. Indivíduos com cromossomopatias, por exemplo, são em geral assimetricos. Beleza humana envolve ainda indicadores de fertilidade (ex: relação quadril/cintura) e inteligência (ex: habilidades linguísticas).

[]$
R@u2 $7uR@R1
"Nada falha como a prece."
Laurie Gaylor


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] A energia da fisica moderna
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/03/2002 20:42

Alberto disserta com propriedade:

Li atenciosamente todo o texto. Prefiro comentar a partir daqui.

| Voltemos ao nosso estudo. Que dizer da luz? A luz transporta energia? A luz
| é energia? Todas as anteriores? Nenhuma das anteriores? :-)
|
| Bem, eu não disse ainda o que penso sobre energia, não é verdade? Mas ainda
| assim vamos explorar um pouquinho mais o tema. .............

| Se colocarmos uma carga elétrica numa plataforma giratória e afastada do
| centro, essa carga emitirá luz e/ou radiação eletromagnética assim que a
| plataforma começar a girar. Essa emissão acompanha-se de reação de radiação,
| o que pode ser constatado pelo freamento sofrido pela plataforma. Ou seja,
| se quisermos manter a plataforma girando a uma velocidade angular constante,
| devemos fornecer uma energia superior ao atrito e a corresponder a essa
| "reação de radiação". Isso já foi bem estudado. Se nessa mesma plataforma
| colocarmos não uma carga, mas duas, e de mesma intensidade porém de sinais
| contrários, seria de se esperar que as duas cargas emitissem radiação, ou
| seja, seria de se esperar que a perda de energia dobrasse. O que se observa
| na prática? Se as duas cargas forem exatamente iguais, a reação de radiação
| simplesmente desaparece totalmente, ou seja, transforma-se em zero. O
| sistema não perde energia alguma. Isso também já foi muito bem estudado, se
| bem que pouquíssimo comentado na literatura. Se quiséssemos retornar á
| física clássica esse dado seria interessantíssimo, pois o par elétron-próton
| do átomo, suposto como um sistema de estrelas duplas, também gira e não
| emite radiação. Mas isso explicaria o problema atômico de uma forma
| totalmente diferente daquela apresentada por Bohr (órbitas permitidas) e,
| com isso, mais cedo ou mais tarde, toda a física quântica "iria para o
| espaço" pois a explicação para o fenômeno seria 100% clássica. E isso
| "ninguém" quer!

Isso deve ser mesmo pouco comentado na literatura.
Mais isso não justifica o fato de eu não saber desse experimento; não conheço muitos outros. Mas, pelo que sei há um experimento de Rowland, que segue sua descrição acima, cujo propósito é mostrar que uma carga elétrica (corpo eletrizado) posta em movimento circular comporta-se como uma corrente elétrica. Realmente, se a carga girante vale q e a frequencia da rotação constante é f, a intensidade da corrente produzida será i = q.f . Essa corrente elétrica irá gerar um campo magnético ao seu redor. A manutenção desse campo não implica em perda de energia (se em lugar do experimento proposto tivéssemos um anel supercondutor a corrente seria mantida 'eternamente', assim como seu campo magnético.)
Essa carga 'girando' dentro do anel obviamente está acelerada e, sob supercondutividade, continuará a girar sem perda de energia alguma. Esse campo magnético é 'estacionário'. Não enxergo daí como pode ser emitida luz ou onda eletromagnética.
Entretanto, vejo a produção de tais ondas, se houver variação na velocidade tangencial, ou seja, se sobre a carga aparecer força fora da direção radial (para que exista uma componente da aceleração na direção da tangente). Me parece, num rápido relance, que não haverá emissão de luz ou de onda eletromagnética apenas havendo aceleração centrípeta.
Uma experiência simples para constatar o que digo é colocar uma carga elétrica não na periferia de um disco girante e sim na extremidade livre de uma curta lâmina vibrante. Ao realizar um rápido mhs essa carga irá gerar uma onda eletromagnética facilmente detetável até por um rádio de ondas médias. Observe que nessa situação a carga tem aceleração resultante não radial (há uma parcela radial que garante o arco de circunferência da carga e outra tangencial de variação senoidal --- pequenas amplitudes ---); a onda eletromagnética emitida é senoidal; o rádio acusa um 'sopro' quando sintonizado naquela frequencia.
Acredito (com minha divina intuição) que o elétron (como portador de carga elétrica) em trajetória rigorosamente circular ao redor do próton e com frequencia de rotaçào constante, da mesma maneira, não emita luz ou onda eletromagnética. Quando excitado externamente, a força resultante sai da direção radial, aparece aceleração tangencial, a trajetória se deforma, e o elétron tem que tomar algumas ' decisões' que Bohr e Pauling resolveram quais são.
|
| Mas a coisa é mais complicada. Vamos pensar agora no caso de uma única
| carga acelerada e, em particular, o "elétron dos físicos modernos". E vamos
| supor que esse elétron esteja sujeito a uma aceleração constante, como
| aquela que sofre entre as placas de um condensador ou então de um acelerador
| de partículas que utilize desse princípio (campo elétrico constante). Esse
| elétron emite radiação.

De novo batemos aqui com a aceleração constante *numa única direção*. Não vejo a causa dessa emissão.
Capacitor com placas verticais, campo elétrico uniforme horizontal, carga negativa abandonada junto a placa negativa, carga é acelerada na direção do campo. Capacitor aplica força de campo na carga e a acelera; carga aplica força (reação de inter-ação) no capacitor ('recúo'). Massa do portador de carga negligenciável frente á massa do capacitor; récuo não detetável. Energia cinética do portador aumenta, ás custas do trabalho da força de campo. Não vejo possibilidade de emissão alguma de onda eletromagnética.
Mudemos a situação aplicando ao capacitor uma d.d.p. variável de frequencia f. Após a descrição das novidades que agora ocorrem com a carga (vcs devem estar enxergando isso, com certeza), justifica-se a emissão de ondas eletromagnéticas.


Continuarei a ler com cuidado o restante ... tá de bom tamanho por aqui. Falei muita bobagem?

[]'
Léo
=============



SUBJECT: Re: [ciencialist] A energia da fisica moderna
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/03/2002 00:10

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Sunday, March 10, 2002 8:42 PM
Subject: Re: [ciencialist] A energia da fisica moderna

> | Se colocarmos uma carga elétrica numa plataforma giratória e afastada do
> | centro, essa carga emitirá luz e/ou radiação eletromagnética assim que a
> | plataforma começar a girar. Essa emissão acompanha-se de reação de
> | radiação, o que pode ser constatado pelo freamento sofrido pela
> | plataforma.

> Isso deve ser mesmo pouco comentado na literatura.

E realmente é. Encontrei-o por acaso num dos tropeções que dei num daqueles
tapetes suntuosos ;-)) que existem no templo ;-) dos físicos modernos.

> ... pelo que sei há um experimento de Rowland, que
> segue sua descrição acima, cujo propósito é mostrar que uma carga elétrica
> (corpo eletrizado) posta em movimento circular comporta-se como uma
> corrente elétrica. Realmente, se a carga girante vale q e a frequencia da
> rotação constante é f, a intensidade da corrente produzida será i = q.f .
> Essa corrente elétrica irá gerar um campo magnético ao seu redor. A
> manutenção desse campo não implica em perda de energia (se em lugar do
> experimento proposto tivéssemos um anel supercondutor a corrente seria
> mantida 'eternamente', assim como seu campo magnético.)

Pois é, um anel supercondutor também chegou a representar um efeito bastante
incomodativo para os físicos modernos e exatamente devido ao motivo
apontado. Lembro que o fenômeno supercondução foi descoberto em 1911, dois
anos antes do trabalho de Bohr (1913). Em minha teoria sobre os elétrons
(item 3.4.1) relato esse fato com as seguintes palavras: "Portanto, num
supercondutor o elétron também percorre trajetórias onde lhe é permitido
desrespeitar a teoria eletromagnética clássica. Até 1957 este fenômeno
permaneceu quase sem explicação alguma. A coletividade científica assimilou
bem a permissividade absurda, porém o maior empecilho para a teorização era
a incompatibilidade entre o fenômeno e a teoria da condução elétrica de
Drude e Lorentz, já comentada. Em 1957 Bardeen, Cooper e Schrieffer (BCS)
decidiram ignorar a teoria dos elétrons livres, propondo um modelo
concordante com os resultados experimentais. A teoria BCS ganhou grande
repercussão e, devido a seu sucesso, passou-se a admitir concomitantemente:
o P3B é verdadeiro, a teoria BCS é verdadeira, as equações de Maxwell são
verdadeiras e a teoria dos elétrons livres é verdadeira. Em meio a tantas
verdades incompatíveis, quem sofreu foi a metodologia científica. Enfim,
algo é falso: a lógica de Popper."
[Obs.: P3B = Postulado 3 de Bohr: "Apesar de estar constantemente acelerado,
um elétron que se move em uma dessas órbitas possíveis não emite radiação
eletromagnética. Portanto, sua energia total E permanece constante."]

Com respeito à experiência de Rowland, diria que existem algumas diferenças.
Por um lado, a carga de Rowland gira sobre seu centro, enquanto na
experiência com plataforma o centro da carga também está girando. Isso
poderá não se traduzir em diferenças *se, mas somente se*, supusermos que
elétrons e prótons são idênticos a uma carga elétrica. Em outras palavras,
se pudermos afirmar que um "elemento de volume" de uma carga elétrica
confunde-se estruturalmente com a própria carga. Neste caso, supondo-se que
as duas experiências tenham sido realmente feitas, e supondo-se que o
resultado tenha sido discordante, a conclusão que emerge é: em determinadas
situações um elemento de volume de uma carga elétrica comporta-se
diferentemente da carga como um todo. Nestas condições, e "conforme
queríamos demonstrar", estamos a um passo de concluir que um elétron pode
não ser idêntico a uma carga elétrica.

> Essa carga 'girando' dentro do anel obviamente está acelerada e, sob
> supercondutividade, continuará a girar sem perda de energia alguma. Esse
> campo magnético é 'estacionário'. Não enxergo daí como pode ser emitida
> luz ou onda eletromagnética.

Neste caso (anel) sim, o campo magnético é estacionário. Não obstante, no
caso da carga não anular e situada fora do centro da plataforma, não vejo
como o campo seria constante no decorrer do tempo. Enfim, estamos discutindo
duas coisas: luz emitida e onda eletromagnética. Será que representam a
mesma coisa? Será que ambas existem? Luz é energia? Luz transporta energia?
Onda eletromagnética é energia? Onda eletromagnética transporta energia?
Abaixo comento algo mais a respeito.

> Entretanto, vejo a produção de tais ondas, se houver variação na
> velocidade tangencial, ou seja, se sobre a carga aparecer força fora da
> direção radial (para que exista uma componente da aceleração na direção da
> tangente). Me parece, num rápido relance, que não haverá emissão de luz ou
> de onda eletromagnética apenas havendo aceleração centrípeta.

Mas nesse caso, por que será que os físicos de há 100 anos estranharam tanto
o fato de o elétron não cair no núcleo pois, como afirmam, ele "deveria"
emitir radiação? (Vide o P3B) Existem trabalhos interessantíssimos de
Lorentz a estimar efeitos tanto dessa aceleração centrípeta quanto de
acelerações tangenciais constantes. E em cima dessas trabalhos muitos outros
autores deram opiniões concordantes, como Feynmann, dentre inúmeros outros.

> Uma experiência simples para constatar o que digo é colocar uma carga
> elétrica não na periferia de um disco girante e sim na extremidade livre
> de uma curta lâmina vibrante. Ao realizar um rápido mhs essa carga irá
> gerar uma onda eletromagnética facilmente detetável até por um rádio de
> ondas médias.

Sim, aí temos algo, do ponto de vista eletromagnético, muito semelhante ao
famoso dipolo elétrico oscilante utilizado por Hertz. Isso também
assemelha-se muito à idéia de Planck (1900) que, em sua teoria de emissão de
radiação térmica, afirma: "a superfície emissora contém elétrons ligados a
pontos fixos através de forças que obedecem à lei de Hooke".

> Acredito (com minha divina intuição) que o elétron (como portador de carga
> elétrica) em trajetória rigorosamente circular ao redor do próton e com
> frequencia de rotaçào constante, da mesma maneira, não emita luz ou onda
> eletromagnética.

Que ele não emite é fato mais do que comprovado. A dúvida é se ele "deveria"
ou não emitir. Os físicos do século passado diziam que ele deveria emitir e,
graças à não emissão "sentiram-se autorizados" a criar a física quântica.
Mas se os sacerdotes da física "moderna" "permitirem" uma revisão dos fatos,
quero crer que acabaremos por concluir que a mecânica quântica é totalmente
desnecessária, para não dizer deletéria ou inconveniente.

> | Mas a coisa é mais complicada. Vamos pensar agora no caso de uma única
> | carga acelerada e, em particular, o "elétron dos físicos modernos". E
> | vamos supor que esse elétron esteja sujeito a uma aceleração constante,
> | como aquela que sofre entre as placas de um condensador ou então de um
> | acelerador de partículas que utilize desse princípio (campo elétrico
> | constante). Esse elétron emite radiação.

> De novo batemos aqui com a aceleração constante *numa única direção*. Não
> vejo a causa dessa emissão.

Pense no campo de uma carga elétrica acelerada e com aceleração constante.
Qual seria o efeito desse campo para uma carga elétrica de prova em repouso
no laboratório? O campo seria constante? Seria pulsátil? Seria variável no
decorrer do tempo? Supondo que seja variável no decorrer do tempo, que nome
dar a essa alguma coisa de natureza eletromagnética variável e que passa por
um ponto fixo do laboratório? Seria luz? Creio que não, mas precisaria aqui
definir luz. Seria onda eletromagnética? Creio que não, pois não acredito na
existência de tais ondas, assim como não acredito na existência do ether.
Diria então que é tão somente um campo transmutante a trafegar pelo espaço.
Mas isso, para um físico moderno, parece-me enquadrar-se no que eles chamam
onda eletromagnética. Ou não? E se não, o que será? Mistééééééériiioo.

Percebe agora onde pretendo chegar quando digo que luz e radiação
eletromagnética não representam necessariamente a mesma coisa, conquanto via
de regra viagem acopladas. A luz é corpuscular, transporta matéria em
movimento e, conseqüentemente, contém energia; radiação eletromagnética nada
mais é senão um campo eletromagnético propagando-se pelo espaço e
mostrando-se variável no decorrer do tempo para os objetos que estão em
repouso nesse espaço. E como firmo-me rigorosamente nos postulados de uma
física clássica genuinamente newtoniana, não vejo como essa radiação possa
conter energia, pois que ela não é constituída por matéria. E energia é um
atributo da matéria. Luz + radiação = dualidade dos físicos "modernos" ;-)

> Capacitor com placas verticais, campo elétrico uniforme horizontal, carga
> negativa abandonada junto a placa negativa, carga é acelerada na direção
> do campo. Capacitor aplica força de campo na carga e a acelera; carga
aplica
> força (reação de inter-ação) no capacitor ('recúo'). Massa do portador de
> carga negligenciável frente á massa do capacitor; récuo não detetável.
> Energia cinética do portador aumenta, ás custas do trabalho da força de
> campo. Não vejo possibilidade de emissão alguma de onda eletromagnética.

Pelo que entendi, você não vê possibilidade de emissão de "energia"
radiante. E sob esse aspecto concordo contigo, pois como disse acima a
radiação eletromagnética, *por si só*, não contém energia.

> Mudemos a situação aplicando ao capacitor uma d.d.p. variável de
> frequencia f. Após a descrição das novidades que agora ocorrem com a carga
> (vcs devem estar enxergando isso, com certeza), justifica-se a emissão de
> ondas eletromagnéticas.

Sim, mas agora você também "botou" o elétron (ou a carga) "pra requebrar".
Os elétrons agora estão dançando de acordo com a música e, nessa dança,
emitem não só radiação eletromagnética mas também corpúsculos de luz. Da
mesma forma que o fazem quando saltam de uma órbita "permitida" para outra.

> Continuarei a ler com cuidado o restante ... tá de bom tamanho por aqui.

Gostei muito de seus comentários, pra variar sempre pertinentes.

Falei muita bobagem?

E desde quando o Léo fala bobagem? O que o Léo fala transforma-se em Lei.
Somente os Seus súditos fiéis, como este que humildemente Vos dirige a
palavra, é que estão autorizados a falar bobagem. :-))

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Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] A energia da fisica moderna
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/03/2002 08:26

----- Original Message -----
From: "Alberto Mesquita Filho"
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, March 09, 2002 3:55 PM
Subject: [ciencialist] A energia da fisica moderna

> É bem possível que, em outras mensagens, caso o assunto desperte interesse
> entre os demais ciencialisteiros, eu venha a expor o que penso sobre o
> conceito clássico de energia.

Devido aos insistentes apelos que tenho recebido desde então, e para não
passar por quem não cumpre o que promete, optei por bem aborrecê-los com
mais alguns Kbs da "física que não está nos livros". Espero que me perdõem.

****************************

Diálogo com um teorizador

Em mensagem anterior comentei sobre a existência de alguns essenciais da
natureza e que, como tais, não se prestam a definições: matéria, espaço e
tempo. Nada mais são senão atributos metafísicos do Universo a partir dos
quais o físico pode iniciar o estudo da natureza. Representam, para a
física, um ponto de partida, assim como ponto, reta e plano para a geometria
de Euclides.

Nos primórdios da física clássica sentiu-se a necessidade da elaboraração de
alguns conceitos a partir desses pré-existentes. Surgiram então,
progressivamente, os chamados constructos de alto nível, tais como a massa,
a força, a quantidade de movimento, a energia etc. Foi um passo ousado dado
pelos gigantes do passado, não sem antes terem se dado conta da existência
de atributos elementares que já podiam ser encarados como propriedades
físicas, passíveis não só de conceituação mas também de mensuração:
distância, intervalo de tempo e quantidade de matéria. A partir de então, os
físicos começaram a entender muitos aspectos relacionados ao movimento da
matéria.

Tão logo a idéia do estudo do movimento se firmou, percebeu-se a importância
das interações entre os objetos: interações por contato e interações a
distância. Conhecido o caminho, perceberam os estudiosos do assunto que os
fenômenos naturais podiam ser descritos de maneira muito mais simples se
fosse adotada uma visão conservativa. Por trás dessa aparente necessidade
metodológica residiam alguns dentre os segredos do Universo, a espera de
serem descobertos. Fica-nos então a impressão de que os princípios, pelo
menos da maneira como os enunciamos, não foram descobertos mas sim
convenientemente fabricados e a relacionarem-se de alguma maneira a esses
segredos universais.

Do estudo de choques (interação por contato), por exemplo, chegou-se à
conservação de algumas características vetoriais do movimento, através de
uma definição conveniente do que seria a massa inercial. Um passo adiante e
foi possível caracterizar a energia cinética como um escalar a se conservar
em choques ideais.

A energia ganhou em importância, haja vista ter se mostrado tanto mais
conservativa quanto mais generalizante e a congregar áreas da física à
primeira vista distintas. O estudo de objetos em movimento em campos de
força, por exemplo, foi amplamente facilitado pela construção de um outro
atributo, a energia potencial: a partir do conceito de força, conseguiu-se
caracterizar a energia potencial de um corpo colocado numa dessas regiões do
espaço de tal forma que, deixando-se o sistema evoluir espontaneamente, a
soma energia cinética + energia potencial permanecesse constante. E a esta
soma deu-se o nome de energia mecânica.

A conservação ocorre por conta de uma opção, mas não foi apenas uma opção
contábil destinada a zerar determinados caprichos dos físicos, mas algo
intimamente relacionado a alguns dentre os segredos do Universo. Tanto é que
a mecânica pode ser descrita por leis diferentes e consegue-se, de maneira
nem sempre simples, deduzir as primeiras a partir destas últimas. Por um
vício de linguagem, costuma-se chamar as leis, construídas dessa maneira,
como princípios; mas isso não chega a ser errado pois percebemos que
efetivamente existem princípios de ordem superior a justificarem estas leis.

No século XIX, o médico Mayer, e posteriormente Joule, perceberam a
existência de uma equivalência entre o calor e o trabalho, este último a
retratar o transporte visível de energia mecânica entre um sistema e outro.
Não demorou muito para que se constatasse que o segredo universal
relacionado à energia ia além do que era conhecido pela mecânica da época.
Em cima desta idéia, e também de trabalhos outros devidos ao engenheiro
Carnot, desenvolveu-se a termodinâmica e não foi difícil a partir de então
expandir o princípio da conservação para as demais áreas, tais como óptica e
eletromagnetismo.

A massa inercial foi construída, no século XVII, para caracterizar a
resistência de um corpo à modificação de seu estado de movimento. De certa
forma, relaciona-se ao que poderíamos chamar quantidade de matéria. Não
obstante, massa é um constructo e matéria é a essência a permitir a
construção do conceito massa. Nos primórdios do século XX, Poincaré,
Einstein e outros, perceberam a existência de uma relação íntima entre massa
inercial (constructo) e energia (também constructo).

Alguns físicos julgam poder misturar constructo com essência ao assumirem
que energia e matéria representam a mesma coisa. Se pretendermos dar crédito
a esses físicos, concluiremos estarmos indo além da física e decifrando,
desta maneira, a essencialidade da matéria. Sem dúvida existe um parentesco
muito grande entre os conceitos, mesmo porque utilizamo-nos da matéria em
movimento para definir a energia. Não obstante, parece-me que eles estão
andando em círculo. Raciocinando sob um ponto de vista epistemológico, não
me parece que poderíamos chegar a lugar algum por esta via.

E a famosa equação E = mc²? Bem, essa é uma expressão que tem se mostrado
verdadeira em alguns casos. Mas pergunto: O que significam "m" e "E"?

Digamos que estamos estudando um elétron acelerado num campo elétrico
uniforme. Se ele partiu do repouso, sua energia cinética inicial E(i) será
igual a zero. Se a massa do elétron for m, após percorrer uma distância "d"
a sua energia cinética final será E(f) = mv². Esta velocidade final v poderá
ser estimada a partir da física clássica desde que se conheça as
propriedades do campo; e também poderá ser medida experimentalmente. Por
incrível que pareça, os valores não são compatíveis e a incompatibilidade
será tanto maior quanto mais a velocidade real do elétron estiver próxima da
velocidade da luz c. E a velocidade medida será sempre inferior à velocidade
calculada através de raciocínios clássicos.

À primeira vista, tudo se passa como se o elétron não conseguisse extrair
toda a energia do equipamento; ou então que estivesse perdendo essa energia
sob alguma forma desconhecida. Mas isso pode ser testado: Fazendo-se esse
elétron incidir sobre um calorímetro, percebe-se que ele contém essa
energia! Simplesmente não a manifesta sob a forma de ganho em velocidade.

Poderíamos concluir apressadamente que parte da energia não se manifesta
como ganho em velocidade mas transforma-se em massa. Aceitando-se este
argumento não será difícil, utilizando as convenções relativistas de
Einstein, concluir que realmente E = mc², onde m é a massa, agora variável,
e E representa a energia relativística total do elétron.

Por que eu disse que a conclusão foi apressada? Porque está se admitindo,
sem respaldo experimental nenhum a garantir esta suposição, que um elétron é
idêntico a uma carga elétrica em miniatura. Suponhamos, por hipótese, que o
elétron fosse uma partícula diferente de uma carga elétrica. Digamos que,
dentre outras diferenças, ele apresentasse um giro real, e não apenas aquele
artefato virtual que os físicos quânticos denominam por "spin".

Ora, se o elétron gira de fato, o que uma carga elétrica em repouso via de
regra não faz, é possível que num campo elétrico ele se comporte de maneira
um pouquinho diferente daquela prevista para uma carga elétrica. Digamos
então que ao ser acelerado, e graças a propriedades inerentes a sua
estrutura interna, parte da energia recebida seja acrescentada ao seu giro.
Ora, esse acréscimo na energia cinética de rotação jamais será constatado
por um aparelho cego ao giro e a medir tão somente a velocidade v de
translação. Não obstante o elétron incorpora essa energia e, ao chocar-se
com o calorímetro, devolve ao meio exterior essa energia. Mas se isso for
verdade o aumento de massa não passa de ficção. E, conseqüentemente, não
existe nenhuma transformação de massa em energia! Logo, e a ser verdadeiro
este argumento, mesmo se aceitarmos que a massa relaciona-se com a
quantidade de matéria, de maneira alguma poderemos dizer que matéria
transforma-se em energia ou que matéria e energia são coisas comuns.

O importante é perceber que ou o fenômeno é relativístico, e teremos de
arcar com todos os ônus inerentes a essa relatividade moderna, ou o fenômeno
é clássico, e teremos de retomar os ensinamentos dos grandes físicos
clássicos. Mas para retornarmos à física clássica não basta redefinir o
elétron e dotá-lo de giro. Pois à medida em que a relatividade torna-se
redundante para o efeito comentado acima, fica-nos a tarefa de ter de
justificar outros de seus aparentes sucessos. Por exemplo, o efeito
Michelson-Morley. Este somente será explicável pela física clássica se
abandonarmos a concepção ondulatória para a natureza da luz. A luz deverá
ser explicada única e exclusivamente por "teorias de emissão". Se o que é
emitido é matéria ou não, este é um outro problema.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Seres vivos
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/03/2002 09:04

--- In ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@n...> wrote:
> Nossa... eu so referi uma questão de nomenclatura... organismo =
> conjunto de orgãos = conjunto de celuas , que contêm ADN.

No sentido mais usual, embora organismo
se refira a uma entidade com disposicao em
orgaos, nao devemos entender orgaos aqui
como os orgaos tais como o coracao, figado,
rins, olhos, etc (conjunto de tecidos).

Uma unica celula como uma ameba e' um
organismo -- por definicao nao tem
orgaos no sentido de conjunto de
tecidos.

Os orgaos de organismos sao modulos
de funcionamento concatenado, mas mais
ou menos independentes. Organelas de
celulas podem desempenhar tal papel.

Sobre os virus, talvez nao possamos
reconhecer orgaos propriamente, embora
possuam estruturas de funcoes diferenciadas:
regioes da capa proteica especializada na
invasao da membrana celular do hospedeiro,
regioes de organizacao do material genetico,
o proprio material genetico e assim por
diante.

De todo modo, embora fique de fora da festa
se restringirmos a definicao de seres vivos
como organismos, muitos se sentirao no
direito de incluir virus entre os seres vivos.
Ai' o criterio de vida com base na nocao de
organismo nao sera' muito util. Embora haja
um atalho: virus sao parasitas intracelulares
obrigatorios -- so' funcionam dentro de celulas.
Mas neste caso ADN e ARN tbm de certo modo
so' funcionam dentro de celulas -- ao menos
as particulas de ARN q. se propagam como virus
pelados.

> >So' q. para ser uma casa precisa obedecer aos criterios
> >para ser incluido na categoria de casa: e isso passa
> >por criterios de organizacao -- tem teto, tem parede,
> >tem quarto, pessoas moram la'...
>
> Isso náo é organização. Isso é estrutura.

Estruturas estao organizadas. Tijolos tbm sao
estruturas, mas dispostos aleatoriamente nao
constituem uma casa.

> Uma casa sem paredes internas é uma casa , tanto como uma mansão
> com 200 quartos.

Se a construcao sem paredes internas vende bebidas
alcoolicas se torna um bar e nao uma casa. Se
uma mansao aluga os espacoes para diversos hospedes
se torna um hotel -- ou motel dependendo da atividade.

(Eu moro num predio inicialmente projetado para ser
um conjunto de escritorios e trabalho em um local inicialmente
construida para ser uma casa... Aqui o q. faz a diferenca
e' menos a organizacao do q. o funcionamento de fato. Mas
a organizacao e' importante -- se nao houvesse espaco para
um quarto nao poderia morar em um ex-escritorio.)

> O que é uma criptobiose ?

E' uma condicao especial exibida por certos
seres vivos -- eles cessam qq atividade metabolica
mensuravel, embora mantenham intata sua estruturacao
e organizacao interna, qdo as condicoes ambientais
sao desfavoraveis.

> Mas então os misticos têm razão quando dizem que tudo se junta num
> enorme ser vivo que poderia ser a Terra , ou até o Universo ?
> Se o ambiemnte tb faz parte do ser, onde se separa o ser do seu
> ambiente ?

No limite essas perguntas tEm algum sentido.
Devemos entender q. seres vivos sao sistemas abertos.

Nao tem solucao trivial, mas uma das respostas
possiveis e' a delimitacao fisica entre o
sistema vivo e seu ambiente -- celulas possuem
membranas celulares, no's alem das membranas
celulares temos a pele composta por celulas
e estruturas secretadas por celulas.

Outra resposta possivel, mas tbm incompleta e'
o nivel de estrutura q. efetivamente e' reconstituida
com o processo de reproducao. Amebas se reproduzem e
geram outras amebas, os gametas humanos se fundem e
o embriao gera outro humano (conjunto de celulas),
rainhas fertilizadas geram outras colmeias.

> O que é Anabiose ?

No q. nos interessa aqui e' basicamente o mesmo
q. criptobiose.

> >Por q?
>
> alguem tomou conta do processo que deveria ocurrer em ambientes
proprios.

*Deveria*? Qual o problema de ser artificial?

> Estás a dizer que és controlado pelo que os seus pais te ensinaram ?

Em parte todos nos somos. Em outra parte, pelo q.
outros elementos do ambiente nos trouxeram. E
em parte pelo q. trazemos inatamente. A interacao nao
e' simples e ainda se esta' no comeco do processo de
entendimento disso.

> > Podes instalar o windows em qq HD que vai dar. O mesmo com o Mac.
> > Era disso (software vs harware) que estavamos a falar.
>
> >Mas ai' e' q. esta' -- nao vai funcionar em qq HD.
>
> O software não funciona em HD :-)
> Funciona na memoria RAM

Continua a nao funcionar se se instalar em qq HD.
(Softwares q. nao sao programaveis como o de
minha panela eletrica nao funcionam em RAM tampouco.)

> >Se um Windows XP for instalado em um 386 nao ira' rodar.
>
> Não irá rodar por problemas do proprio software que não foi feito
para viver
> num 386 como eu não fui feito para viver em marte.
> (386 é um processador que executa instruções)

Ou alternativamente -- depende do ambiente.
Existem diversos softwares q. sao incompativeis.

> O que se falava era so suporte do software : condensadores.
> E do facto do mesmo software poder estar em diferentes
condensadores sem "se perder"

Nossa informacao genetica tbm pode ser
transferida para diferentes suportes.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Mulheres na lista
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/03/2002 09:08

Danni,

nao ligue pra isso.

O q. os motiva e' menos um sentimento misogino
do q. o prazer de espicaçar.

Ver alguem fulo da vida e' um tipo de
diversao q. tendemos a nao achar tao
divertida qdo o alvo somos nos.

Mas enfim, um dos combustiveis e' a
reacao do provocado.

Claro, talvez seja demais pedir pra
se levar na esportiva.

[]s,

Roberto Takata

--- In ciencialist@y..., "Danni Morais" <ardm@u...> wrote:
> nao vou mais responder os seus emails, pq é perda de tempo.
infelizmente quando a personalidade está formada é dificil mudar,
especialmente uma personalidade estereotipada como a sua. voce é um
preconceito atras de preconceito e deve fazer muito menos do que fala.
>
> e se informe melhor: neuronios na da tem a ver com melanina.
>
> e se o unico argumento que vc encontrou para fechar essa discussao
foi esse do seu ultimo email, dá para constatar claramente que na
verdade lhe faltam idéias. E inteligencia.




SUBJECT: Re: Mulheres na lista
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/03/2002 09:15

Eu sou,

ser 'oriental' (ou de algum modo diferente) nao e'
o melhor modo de se livrar de piadas
desonrosas.

Eu pessoalmente rio de mim antes q. riam de mim.
E aproveito e rio dos outros tbm.

Nao levo a serio e isso me protege o
figado.

Obviamente mulheres nao sao inferiores aos
homens, sao diferentes -- e q. diferenca e
viva a diferenca. Se alguem diz q. elas sao
inferiores certamente esta' cometendo um
equivoco.

Comete-se um equivoco ou por ser uma piada
e portanto nao ha' razoes de se interpretar
isso como agressao. Ou por agressao, nesse
caso e' algo idiota e nao deve me atingir.
Ou por estupidez -- nesse caso devo tentar
corrigi-lo.

Mas enfim, isso e' interpretacao minha e
cada um vê isso do modo como mais lhe
convém.

[]s,

Roberto Takata

--- In ciencialist@y..., "Danni Morais" <ardm@u...> wrote:
> oi roberto,
> pode até ser, mas quando uma pessoa (ou um grupo da sociedade) é
oprimida o bastante, o que menos se precisa é de outro opressor. até
mesmo na brincadeira.
>
> nao sei se voce já foi vitima de preconceito, mas nao é legal se
fazer brincadeiras sobre isso. me desculpe, mas só mostra falta de
carater e falta de sensibilidade.




SUBJECT: Re: Oh, mulheres, esqueci!
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/03/2002 09:25

--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> dedicar um dia especial ás mulheres, também não concordo com
> a 'lei' de que 'tantos por centos dos deputados etc' devem ser
> mulheres.

Eu acho q. sao 'concessoes' justas.
As mulheres nao partem condicoes de
igualdade com os homens. Medidas para
diminuir o handicap me parecem validas.

Idem para medidas de promocao de negros,
pobres, deficientes fisicos e outros
socialmente desfavorecidos.

Nao e' trata'-los como 'coitados' e
incapazes. Penso eu q. seja muito pelo
contrario: como eles tEm capacidade para
isso, nao seria justo alija'-los da
oportunidade de melhoria de suas condicoes
socio-economicas.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Mulheres na lista
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/03/2002 11:28

> -----Mensagem original-----
> De: Danni Morais [mailto:ardm@unisys.com.br]
>
> em tempo: o preconceito com a mulher loira vem do "bonita e
> burra" (sendo a mulher loira considerada bonita porque chama
> mais atençao). outro preconceito, já que beleza é totalmente
> relativo ( ser loira tb....).

Vc está parcialmente correta. O preconceito com a mulher loira
vem do... hmmm...

Em primeiro lugar, a esmagadora maioria das mulheres de cabelo amarelo
não são loiras... Clareiam o cabelo, fazem tratamento para ficar
mais "blondies", etc...

São aquelas que aparecem na mídia e contribuiram para o merecido
estereótipo "loira burra". Elas não são nem nunca serão loiras. São macacas
que querem se parecer com a "raça superior" (sic!). Faltam com respeito
ao povo brasileiro especialmente miscigenado.

Guardadas as proporções, pintar o cabelo de loira pode também
significar baixa auto-estima, além de negação e repúdio com relação à origem
negra e/ou indígena.

Loira é a Sharon Stone, que aliás tem uma inteligência primorosa!

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RES: [ciencialist] Apresentação
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/03/2002 11:53

> -----Mensagem original-----
> De: Danni Morais [mailto:ardm@unisys.com.br]
>
> acho uma certa ingenuidade acreditar que a ciencia e a
> religiao possam caminhar juntos. religiao para mim é uma
> filosofia.

Certíssimo. Podem até coexistir, mas cada uma dentro de
sua especialidade. Explicar almas, deuses, paraísos e infernos
através da ciência é dar com os burros n'água.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Oh, mulheres, esqueci
FROM: Alisson Antonio Martins <aam00@fisica.ufpr.br>
TO: "[ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/03/2002 12:43

Nós, homens, achando que seria muito injusto que todos os 365 dias do
> ano fossem "dias do homem", nos reunimos e deliberamos em conceder um
> dia (oito de março) para vocês. Afinal, vocês são frutos da nossa
> costela.

Eis que afloram o preconceito e a arrogância, velhos companheiros de longa
data....
Parece desconhecer a história, mas duvido muito que desconheça...é pura
arrogância E preconceito!
Sabemos que foi em 8 de março de 1857 que cerca de 500 trabalhadoras
de Nova Yorque foram vítimas de um incêndio na fábrica têxtil em que
trabalhavam. Das 500,aproximadamente 147 morreram ou carbonizadas ou
estateladas contra a calçada, para onde se jogavam no desespero. Elas
fizeram diversas greves no período denunciando a exploração da carga de
trabalho de 12h, as péssimas condições de vida e trabalho, além da luta
pelo direito de voto.
O dia 8 de Março é, desde 1975, comemorado pelas Nações Unidas como Dia
Internacional da Mulher.
Assim, é preciso se informar se quiser tecer um comentário que tenha um
quê de polêmico.(É preciso cultura pra cuspir na escultura.)
E outra, costela? Que papo é esse de costela dar frutos? Acho que serve
para mostrar como até a
"pura-e-indefesa-religião-que-só-quer-a-igualdade-entre-os-seres-semelhantes-à-deus" pode
ser,(e é) opressora!


Parabéns mulheres pela luta!
E parabéns às mulheres que realmente lutam!

L SS N
___________________________________________
___________________________________________

"Crer em tudo ou duvidar de tudo
são duas situações igualmente cômodas,
âmbas nos impedem de refletir."
Henri Poincaré
___________________________________________
___________________________________________

On Sun, 10 Mar 2002, manuelbulcao wrote:

> esqueci de comentar sobre o dia internacional da mulher.
>
> Nós, homens, achando que seria muito injusto que todos os 365 dias do
> ano fossem "dias do homem", nos reunimos e deliberamos em conceder um
> dia (oito de março) para vocês. Afinal, vocês são frutos da nossa
> costela.
>
> Espero que vocês, mulheres, não retribuam esse nosso ato de
> generosidade com ingratidão.
>
> Abraços e beijos,
> Manuel Bulcão
>
>
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>



SUBJECT: Re: Oh, mulheres, esqueci
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/03/2002 12:55

Alisson,

inicialmente pensei q. vc estivesse falando
serio.

Demorei pra sacar. Meu sistema central de
processamento sofre com o calor, ai' fico
bem lento.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Formando idiotas!
FROM: Alisson Antonio Martins <aam00@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/03/2002 12:57

É verdade sinto-me um idiota!
Entrei nesta lista pensando estar em uma lista séria, que discutisse
problemas de nossa sociedade, problemas de nossa ciência(ou falta dela),
enfim que se voltasse à atacar o fígado de forma que realmente valesse a
pena. Entretanto, existem uns engraçadinhos que não entendem e cismam em
alimentar a ignorância. A discussão sobre o preconceito contra a mulher
mostrou bem o caráter desta lista: formadora de idiotas! Por quê? Oras, eu
e algumas pessoas defendiamos, e defendemos(desculpe se falo pelos demais)
uma posição bem clara: abaixo o preconceito! Mas alguns outros levantavam
a bandeira contrária, só por levantar. Não havia discussão séria.Era um
bando de, talvez idiotas, ou talvez daquelas pessoas que não conhecem
muito de internet e que qdo encontram uma lista de discussão acham que
podem falar tudo que dá na cabeça.
Pois bem...ah chega, vou almoçar...ganho mais!
Chega de ser idiota!

L SS N



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"Crer em tudo ou duvidar de tudo
são duas situações igualmente cômodas,
âmbas nos impedem de refletir."
Henri Poincaré
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On Sun, 10 Mar 2002, Danni Morais wrote:

> idiota?
>
> nossa... os valores estao bem trocados mesmo. se defender quer dizer ser idiota... parece que alguem nao sabe usar os adjetivos.
>
> nao fui eu que comecei. e se nao quiser ler, delete as mensagens. o "assunto" já é bem claro.
>
> mas como sei que nao vou conseguir abrir a mentalidade de certos cidadaos, paro por aqui. tem coisa melhor para se fazer.
>
> ----- Original Message -----
> From: Carlos Maçaranduba
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Sunday, March 10, 2002 5:33 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Re: Idiotas na lista
>
>
> Seu tanaka e MaDanni Morails comportem-se.....
> Vcs são duas faces da mesma moeda.....(Feita de
> ectoplasma daquele maluco)
> Não vale a pena ficar discutindo esse tipo de coisa
> aqui....
>
>
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>



SUBJECT: RE: [ciencialist] A energia da fisica moderna
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/03/2002 13:24

Alberto,

Algumas observações, mais para provocar o questionamento, de um
não-físico:

>Alberto Mesquita Filho: Em mensagem anterior comentei sobre a
existência de alguns essenciais da natureza e que, como tais, não se
prestam a definições: matéria, espaço e tempo. Nada mais são senão
atributos metafísicos do Universo a partir dos quais o físico pode
iniciar o estudo da natureza. Representam, para a física, um ponto de
partida, assim como ponto, reta e plano para a geometria de Euclides.<

Me parece que uma das vantagens da relatividade é reduzir esses
conceitos essenciais a apenas dois -- matéria e espaço --, já que o
tempo não é um eixo separado, como leva a crer a percepção humana. É
ponto essencial da relatividade o fato de tempo e espaço estarem
intimamente relacionados através continuum quadridimensional
espaço-tempo. E mais, o tempo não é um eixo privilegiado e pode ser
intercambiado com qualquer dos outros eixos.


>Alberto Mesquita Filho:Digamos que estamos estudando um elétron
acelerado num campo elétrico uniforme. Se ele partiu do repouso, sua
energia cinética inicial E(i) será igual a zero. Se a massa do elétron
for m, após percorrer uma distância "d" a sua energia cinética final
será E(f) = mv². Esta velocidade final v poderá ser estimada a partir da
física clássica desde que se conheça as propriedades do campo; e também
poderá ser medida experimentalmente. [...] Poderíamos concluir
apressadamente que parte da energia não se manifesta como ganho em
velocidade mas transforma-se em massa. Aceitando-se este argumento não
será difícil, utilizando as convenções relativistas de Einstein,
concluir que realmente E = mc², onde m é a massa, agora variável, e E
representa a energia relativística total do elétron. [...] Por que eu
disse que a conclusão foi apressada? Porque está se admitindo, sem
respaldo experimental nenhum a garantir esta suposição, que um elétron é
idêntico a uma carga elétrica em miniatura.<

Lembremos que, para velocidades relativísticas, o momento é dado por

p = gama(mv)

onde

gama = 1/((1-(v^2/c^2))^1/2)

Essa equação descreve com bastante precisão o fenômeno de ganho de massa
do elétron no experimento que você descreve, mas, como toda a teoria, é
apenas um ícone, ou seja, um construto que descreve suficientemente bem
alguns aspectos da realidade. É válido propor uma interpretação
diferente, desde que ela descreva matematicamente o fenômeno e dê conta
de outros ainda mal resolvidos pela interpretação anterior. Eu não
consigo ver como uma meia-sola na física clássica iria garantir isso.

Um abraço,
Colucci



SUBJECT: Teoria da Ignorancia
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'Ciencialist (br)'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/03/2002 13:54

Monte Everest na Grã-Bretanha? Alguns britânicos
acham que sim.
Uma pesquisa realizada para a campanha de lançamento
da edição 2002 da famosa Enciclopédia Britânica deixou
os organizadores surpresos com os "conhecimentos" dos
entrevistados sobre história e geografia da Grã-Bretanha.

Fonte: www.cnn.com.br

****

Para contrapor (ou parodiar?) a Teoria do Conhecimento
lanço a Teoria da Ignorância pela qual o ser humano tende
a resistir às culturas que estão além das fronteiras
de sua tribo.

A tribo do ser humano comum é formada por algumas centenas
de pessoas, entre parentes, amigos, conhecidos e
conterrâneos afins. Assim foi por milhares de anos
e assim continua sendo. A mentalidade cosmopolita é
excessão à provinciana mesmo para a maioria dos
habitantes de Nova Iorque, Londres, Paris, Milão ou São
Paulo.

Defendo a tese de que a mente humana não foi concebida
para tratar de assuntos além do cotidiano de caça-e-coleta
da tribo em que vive.

Comentários?

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: [ciencialist] A energia da fisica moderna (um tanto off-topic)
FROM: "San Martin" <c.f.a@uol.com.br>
TO: "Ciencialist@Yahoogrupos.Com.Br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/03/2002 14:03

Veja este nosso maravilhoso Brasil que desconhecemos através do INPE.
Vejam o link que selecionei para vocêm poderem manipular as lentes do satélite. Notem que a vista mostra a iluminação da Terra pelo Sol em tempo real. Esta foi ontem à noite.
ATENÇÃO! Cliquem em "update" e a imagem será atualizada! Às 6 HORAS DA TARDE (18 HORAS) VOCÊS PODERÃO ACOMPANHAR AS LUZES DO ESTADO DE SÃO PAULO SE ACENDENDO! Esta imagem é um verdadeiro relógio de sol. Sejam bem-vindos ao futuro e acesse:

http://www.fourmilab.ch/cgi-bin/uncgi/Earth?imgsize=1024&opt=-l&lat=-52.0833&ns=
North&lon=64.25&ew=West&alt=35773&img=learth.evif

Mas vocês podes também escolher imagens de QUALQUER SATÉLITE - em tempo real. Vistas de QUALQUER ALTURA, com ou sem nuvens, de dia ou de noite, etc. Acessem:

http://www.fourmilab.ch/earthview/ --- (É INACREDITÁVEL !)

Vejam também http://livingearth.com/ - Copie e cole estes códigos num e-mail para você.

Saudações a todos,

Marcos.





























[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Teoria da Ignorancia
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/03/2002 14:03

--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> Defendo a tese de que a mente humana não foi concebida
> para tratar de assuntos além do cotidiano de caça-e-coleta
> da tribo em que vive.

Defendo a tese de q. a mente humana
nao foi concebida para porcaria nenhuma.

Nem *concebida* e nem *para*.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Teoria da Ignorancia
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/03/2002 14:27

> -----Mensagem original-----
> De: rmtakata [mailto:rmtakata@altavista.net]
>
> --- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> > Defendo a tese de que a mente humana não foi concebida
> > para tratar de assuntos além do cotidiano de caça-e-coleta
> > da tribo em que vive.
>
> Defendo a tese de q. a mente humana
> nao foi concebida para porcaria nenhuma.
>
> Nem *concebida* e nem *para*.

Vc tem razão. "Concebido" é um eufemismo para
"design inteligente" e "para" remete à idéia de
"finalidade". Isso tudo dá impressão que a mente
foi "projetada" com um "propósito". Que arrogância
a minha! Desculpem!

Existimos por mero acidente da evolução e a consciência
não tem qualquer propósito. O negócio e a gente passar
o resto da vida catando coquinho no mato. :-)))

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: [RN] Escravidao infantil e ligacoes mentais
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/03/2002 14:43

SCIENTIF AMERICAN, 11-03-2002

MENTAL BONDS
David Labrador

When it comes to slavery, mental bonds are at least as strong as
physical force, argues Kevin Bales, a sociologist at the University
of Surrey Roehampton in London, in Scientific American [see "The
Social Psychology of Modern Slavery," April 2002]. The relatively
recent rise and much-anticipated fall of child slavery in Gabon
provides a chilling case study in how difficult it can be to
extricate a culture from those bonds. [e]

http://sciam.com/explorations/2002/031102gabon/

The Social Psychology of Modern Slavery
http://sciam.com/2002/0402issue/0402bales.html



SUBJECT: Re: [ciencialist] A energia da fisica moderna
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/03/2002 14:56

----- Original Message -----
From: "Jose Colucci Jr. (Home)"
Sent: Monday, March 11, 2002 1:24 PM
Subject: RE: [ciencialist] A energia da fisica moderna


> Me parece que uma das vantagens da relatividade é reduzir esses
> conceitos essenciais a apenas dois -- matéria e espaço --, já que o
> tempo não é um eixo separado, como leva a crer a percepção humana.

Digamos que a relatividade cria outros essenciais, tais como "Sua Majestade
a Luz", dotada de propriedades fantasmagóricas e também indefiníveis. Aliás,
existem alguns artigos escritos pelo próprio Einstein onde ele retrata
alguns desses essenciais eclipsados pela elegância matemática da
relatividade como, por exemplo, o "ether relativístico".

Lembro ainda que a relatividade não conseguiu substituir toda a física
clássica, pois necessita irmanar-se com a física quântica. Curiosamente,
relatividade e teoria quântica são duas físicas incompatíveis e que se
sustentam. Durma-se com um barulho desses! Aliás, o grande mérito de Bohr,
no diálogo que travou com Einstein (década de 30), foi demonstrar que se
Einstein tivesse razão quanto aos "furos" que apontava na física quântica,
toda a relatividade "iria para o espaço", pois estava dotada das mesmas
"fraquezas", certamente relacionada a essenciais comuns e/ou aparentados. E
foi graças a argumentos como este que Einstein calou-se para todo o sempre.

Por outro lado, "vantagem" é um dado subjetivo e relativo. Um carro sem
motor é bem mais barato que o mesmo carro com motor, porém não anda. Para um
produtor de filmes, poderá ser o carro ideal, supondo-se que ele apenas o
necessite para a obtenção de imagens do carro em repouso.

> É ponto essencial da relatividade o fato de tempo e espaço estarem
> intimamente relacionados através continuum quadridimensional
> espaço-tempo. E mais, o tempo não é um eixo privilegiado e pode ser
> intercambiado com qualquer dos outros eixos.

A matemática realmente faz milagres, mas isso até mesmo em física clássica.
E quero crer que a matemágica clássica é bem mais elegante e bem menos
despersonalizante para o Universo do que os "aparentes" sucessos matemágicos
da relatividade.

Com respeito à ultima frase, diria que em relatividade os privilegiados são
outros. Para não parecer redundante, vou recorrer a um pensamento de
Garbedian: "Sua Majestade a Luz é, por ela mesma, uma lei, uma constante
universal que sem cessar singra o espaço a uma velocidade de 300 mil
quilômetros por segundo, velocidade a qual nenhuma força conhecida pelo
homem pode fazer a mínima oposição." [Garbedian, H.G.: "Einstein, o Criador
de Universo", Liv. José Olympio Ed., R.J., 1942, p.77]

> É válido propor uma interpretação
> diferente, desde que ela descreva matematicamente o fenômeno e dê conta
> de outros ainda mal resolvidos pela interpretação anterior. Eu não
> consigo ver como uma meia-sola na física clássica iria garantir isso.

Exato. E foi por isso que conclui a mensagem nos seguintes termos: "Mas para
retornarmos à física clássica não basta redefinir o elétron e dotá-lo de
giro. Pois à medida em que a relatividade torna-se redundante para o efeito
comentado acima, fica-nos a tarefa de ter de justificar outros de seus
aparentes sucessos."

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm





SUBJECT: RES: [ciencialist] Apresentação
FROM: André Roncolato Siano <roncolato.s@tutopia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/03/2002 16:40



On Sun, 10 Mar 2002 17:26:10 -0300
"Danni Morais" <ardm@unisys.com.br> wrote:
>a ciencia pode ate ter surgido de religiosos que tinham
>um interesse em desvendar a natureza (como eram muitos
>cientistas do passado), mas vale notar que isso aconteceu
>apenas porque esses cientistas nao tinham nenhuma escolha
>a nao ser acreditarem em deus (ou já se esqueceu de
>galileu galilei?). deus ou gogueira. deus ou ser colocado
>de lado da sociedade.

Não sei,... as vezes tenho impressão que a "ciência" traz um "trauma
genético" da idade média e da Igreja...
Vou valer-me de Kuhn que diz que se a história fosse mais que um repositório
para anedotas e cronologias ela poderia trazer uma transformação decisiva na
ciência....
Historiólogos recentes já estão acordando e percebendo que a IM nunca foi
essa "Idade das Trevas"....



e discordo quando diz que o
>cristianismo libertou o homem dos demonios. a ciencia foi
>muito discriminada pela igreja por varios seculos e ate
>hoje a igreja possui umas visoes antigas. ao conrtrario,
>acho que a religiao ainda continua a colocar os
>"demonios" nas pessoas e é um atraso no caminho da
>ciencia.

Acho que os únicos "demônios" da Ciência são as sombras daqueles
traumas....:)
A própria ciência era tão discriminativa e mais ainda que a estrutura
contextual da época, que o cientista era considerado - como os filósofos -
"entidades" superiores aos demais.....rs a exemplo o médico dizia onde tinha
que cortar, mas não punha a mão pois não podia se sujeitar a tal coisa, e o
açougueiro, ops, o cirurgião, cortava...

Claro q tudo isso veio mudando com a aproximação da epistéme e a téchne
convergindo em uma união q quase fica inperceptível distinguir suas
componentes.


Além do mais, vc tem que pensar em na ciência de outras épocas usando a
cabeça das pessoas que lá viviam e o seu contexto, não usar a nossa ciência
e o nosso sistema de sociedade para julgar como se fazia ciência na época. É
mais q óbvio q não seria tão fácil derrubar um universo Aristotélico e Um
sitema Pitolomaico de duraram uns 2000 anos com algumas novas
descobertas....Haja visto como é difícil quebrar ainda hoje os padrões.


>
>acho uma certa ingenuidade acreditar que a ciencia e a
>religiao possam caminhar juntos. religiao para mim é uma
>filosofia. acho dificil alguem acreditar 100% em sua
>religiao hoje em dia com a quantidade de explicacoes que
>a ciencia deu a fatos dados ao "poder de deus" que as
>religioes apresentam. no entanto, muitas pessoas ainda
>acreditam.

Acreditar num DÓGMA ou numa doutrina é uma opção que de maneira nehuma
influencia em fazer ciência (!)

isso é fruto de uma falha da divulgaçao
>cientifica, da educaçao que nao dá enfase a ciencia ou
>nao sabe ensina-la e da falta de coragem humana. Este
>ultimo, por incrivel que pareça, é o mais dificil de ser
>mudado.

Realmente esse seu pensamento precisa de exorcismo!.....rs

Hoje vê-se a competência de muitos cientistas que tem lutado contra uma
Inquisição muito pior dos meio comerciais de comunicação onde o ridículo se
tornou a palavra de ordem e a coerência e a crítica são tratadas como
características daqueles que se julgam melhores ou são arrogantes... mesmo
assim os bom cientistas não se deixam levar pelos padrões e pelo sabor do
vento....

E ainda pior, a dissimulação dos carteis do próprio meio científico em que
muitas nova teorias e pensamentos realmente válidos nem tem a chance de
serem publicados ou divulgados...

Dani, um abração e se livre dos "demônios" que a assombram....

RONCOLATO
____________________________________________
www.andreroncolatosiano.hpg.com.br
<http://www.andreroncolatosiano.hpg.com.br>
Turussú reikô, ara rupí, teen, Ndê poranga, i santáua, ticikyié Ndê cury quá
mbaé-ussú omeen.

mailto:roncolato.s@ig.com.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] A energia da fisica moderna
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/03/2002 16:57

Isso da "reacção da radiação" se bem me parece é algo a ver com o efeito de
Mossböer (não tenho a certeza se é assim q se escreve)
Este efeito acontece quando uma particula liberta radiação numa determinada
direcção.
Ou se preferirem, quando a distribuição da emissão não é isotropica.
Ai a particula de onde a radiação foi emitida move-se (recua)
Este efeito é similar ao recuo de uma arma quando dispara.

É isso ?

Por outro lado temos o efeito de "travagem" (bremstralum, se não me engano)
que acontece quando uma particula carregada trava ou acelera, emitindo
radiação.
Isto acontece, por exemplo nos electrões que saem dos reactores nucleares. O
electrão trava na água do tanque circundante e emite uma (linda) cor azul
(radiação azul).

Suponho que não será isso. Pois não ?

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda

"Às vezes a leitura é um modo engenhoso de evitar o pensamento"
A.Help- Historiador



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Teoria da Ignorancia
FROM: "Alexandre" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/03/2002 17:01

Negativo,

Isso é só mais um triste fim para uma questão interessante como mais um
problema lingüístico sem utilidade.

Muito freqüente, por sinal.

SDS,

ASM








> -----Mensagem original-----
> De: rmtakata [mailto:rmtakata@altavista.net]
>
> --- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> > Defendo a tese de que a mente humana não foi concebida
> > para tratar de assuntos além do cotidiano de caça-e-coleta
> > da tribo em que vive.
>
> Defendo a tese de q. a mente humana
> nao foi concebida para porcaria nenhuma.
>
> Nem *concebida* e nem *para*.

Vc tem razão. "Concebido" é um eufemismo para
"design inteligente" e "para" remete à idéia de
"finalidade". Isso tudo dá impressão que a mente
foi "projetada" com um "propósito". Que arrogância
a minha! Desculpem!





SUBJECT: Re: halos de polonio
FROM: "Sandro Silva" <anhangah@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br, sbcr@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/03/2002 17:03

Olá amigos,

Recebi a mensagem abaixo:

>Ola!
>Gostaria de saber mais sobre uma pesquisa realizada
>nos estados unidos sobre halos de polonio.
>Aqui na Universidade Federal de Viçosa houve um
>encontro sobre evolucionismo, e um criacionista citou
>esse argumento, mostrando publicacoes desse trabalho
>em revistas de renome. E tambem na STR, no primeiro
>debate sobre evolucao e criacao o debatedor que
>defendia o criacionismo tambem usou esse argumento,
>onde um trabalho cientifico contesta a idade da terra
>comumente aceita e tambem o evolucionismo.Bem,
>gostaria de saber em que pé andam essas pesquisas?
>Como fica a idade da terra e a teoria evolucionista? O
>que dizem os ceticos?
>confesso que como ateu e cetico fiquei surpreso ao ver
>que revistas de renome como a NATURE e a SCIENCE
>tambem publicaram o trabalho que parecia ser pseudo.
>aguardo respostas.
>
>Cordialmente,
> Murilo alves Nunes.
>

Confesso que não sou capaz de responder às indagações de maneira
apropriada, visto que meus conhecimentos são quase nulos em tal assunto.
Acredito que a referência à STR relacione-se ao link

[CRIACIONISMO VS. EVOLUÇÃO: CONCLUSÃO DO DEBATEDOR B]
http://www.strbrasil.com.br/Debate/debate0108.htm

Tentei ler o artigo... mas foi complicado entender a relação
Polônio-Criação, conforme a argumentação proposta:

"(...)Horas depois da criação o Polônio 218 decaiu por completo deixando
apenas as suas marcas no granito."

Desconheço qualquer publicação na Science ou na Nature sobre este
assunto, portanto, pensei em solicitar ao Murilo tais referências destas
publicações, mas antes de entrar em contato com ele, pensei que talvez vocês
pudessem me ajudar... alguém pode me ajudar? ;-)

ex corde,

Sandro Silva

_________________________________________________________________
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Oh, mulheres, esqueci!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/03/2002 18:46

Oi Takata (e todos),

acredito estar havendo uma 'confa'. Quando me refiro a 'concessões' ás mulheres (que não partem em condições de igualdade com os homens), não me refiro aos 'suportes físicos' dados a todos os deficientes físicos. Cadeiras de rodas, inclinações suaves que substituem as escadas, estruturas para subir em veículos, livros em Braile etc. são tais suportes indispensáveis a todos os deficientes e que, sem dúvida, devem ser implantados. Isso é o mínimo que a comunidade pode fazer por eles. E isso se estende a *todos* socialmente desfavorecidos.

Sou contra, como já citei, aos 'favores de coitadinhas' impostos por lei; assim como serei contra a colocação de cadeiras especiais para mulheres nos cinemas e demais locais, por causa de seus bum-bums serem mais delicados que os meus (pura pele e osso).

[]'

Léo
================

--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> dedicar um dia especial ás mulheres, também não concordo com
> a 'lei' de que 'tantos por centos dos deputados etc' devem ser
> mulheres.

Eu acho q. sao 'concessoes' justas.
As mulheres nao partem condicoes de
igualdade com os homens. Medidas para
diminuir o handicap me parecem validas.

Idem para medidas de promocao de negros,
pobres, deficientes fisicos e outros
socialmente desfavorecidos.

Nao e' trata'-los como 'coitados' e
incapazes. Penso eu q. seja muito pelo
contrario: como eles tEm capacidade para
isso, nao seria justo alija'-los da
oportunidade de melhoria de suas condicoes
socio-economicas.

[]s,

Roberto Takata


&&& --- &&&
VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
http://www.ciencialist.hpg.com.br
Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
&&& --- &&&

Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html





SUBJECT: Dipolo ohmico?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/03/2002 18:51

O consulente é universitário. Eis a pergunta:

"E-mail: gabrielsam@ig.com.br
Nome: gabriel
Cidade: santo andre
UF: sp
Nível de Escolaridade: Universitário
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 15
Dúvida/Sugestão: eu queria saber o que é um bipolo ohmico e como este funciona?"

alguém já ouviu falar em bipolo ôhmico?

[]'
Léo
===========



SUBJECT: Re: [ciencialist] A energia da fisica moderna
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/03/2002 18:53

Esta mensagem está sendo reenviada à Ciencialist após 4 horas de um "envio
em vão".
Pelo visto o buraco-negro da Ciencialist voltou a funcionar. E se o
buraco-branco também estiver em ação, não é impossível que a mensagem venha
a aparecer em duplicata nos próximos (3² ± 4) dias [lembro que essa é uma
incerteza clássica, se bem que o buraco seja quantum-relativista].

----- Original Message -----
From: "Jose Colucci Jr. (Home)"
Sent: Monday, March 11, 2002 1:24 PM
Subject: RE: [ciencialist] A energia da fisica moderna


> Me parece que uma das vantagens da relatividade é reduzir esses
> conceitos essenciais a apenas dois -- matéria e espaço --, já que o
> tempo não é um eixo separado, como leva a crer a percepção humana.

Digamos que a relatividade cria outros essenciais, tais como "Sua Majestade
a Luz", dotada de propriedades fantasmagóricas e também indefiníveis. Aliás,
existem alguns artigos escritos pelo próprio Einstein onde ele retrata
alguns desses essenciais eclipsados pela elegância matemática da
relatividade como, por exemplo, o "ether relativístico".

Lembro ainda que a relatividade não conseguiu substituir toda a física
clássica, pois necessita irmanar-se com a física quântica. Curiosamente,
relatividade e teoria quântica são duas físicas incompatíveis e que se
sustentam. Durma-se com um barulho desses! Aliás, o grande mérito de Bohr,
no diálogo que travou com Einstein (década de 30), foi demonstrar que se
Einstein tivesse razão quanto aos "furos" que apontava na física quântica,
toda a relatividade "iria para o espaço", pois estava dotada das mesmas
"fraquezas", certamente relacionada a essenciais comuns e/ou aparentados. E
foi graças a argumentos como este que Einstein calou-se para todo o sempre.

Por outro lado, "vantagem" é um dado subjetivo e relativo. Um carro sem
motor é bem mais barato que o mesmo carro com motor, porém não anda. Para um
produtor de filmes, poderá ser o carro ideal, supondo-se que ele apenas o
necessite para a obtenção de imagens do carro em repouso.

> É ponto essencial da relatividade o fato de tempo e espaço estarem
> intimamente relacionados através continuum quadridimensional
> espaço-tempo. E mais, o tempo não é um eixo privilegiado e pode ser
> intercambiado com qualquer dos outros eixos.

A matemática realmente faz milagres, mas isso até mesmo em física clássica.
E quero crer que a matemágica clássica é bem mais elegante e bem menos
despersonalizante para o Universo do que os "aparentes" sucessos matemágicos
da relatividade.

Com respeito à ultima frase, diria que em relatividade os privilegiados são
outros. Para não parecer redundante, vou recorrer a um pensamento de
Garbedian: "Sua Majestade a Luz é, por ela mesma, uma lei, uma constante
universal que sem cessar singra o espaço a uma velocidade de 300 mil
quilômetros por segundo, velocidade a qual nenhuma força conhecida pelo
homem pode fazer a mínima oposição." [Garbedian, H.G.: "Einstein, o Criador
de Universo", Liv. José Olympio Ed., R.J., 1942, p.77]

> É válido propor uma interpretação
> diferente, desde que ela descreva matematicamente o fenômeno e dê conta
> de outros ainda mal resolvidos pela interpretação anterior. Eu não
> consigo ver como uma meia-sola na física clássica iria garantir isso.

Exato. E foi por isso que conclui a mensagem nos seguintes termos: "Mas para
retornarmos à física clássica não basta redefinir o elétron e dotá-lo de
giro. Pois à medida em que a relatividade torna-se redundante para o efeito
comentado acima, fica-nos a tarefa de ter de justificar outros de seus
aparentes sucessos."

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] A energia da fisica moderna
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/03/2002 19:02

----- Original Message -----
From: "Sérgio Taborda"
Sent: Monday, March 11, 2002 4:57 PM
Subject: Re: [ciencialist] A energia da fisica moderna

> Isso da "reacção da radiação" se bem me parece é algo a ver com o efeito
> de Mossböer (não tenho a certeza se é assim q se escreve)

Mössbauer, de Rudolf Ludwig Mössbauer, Nobel de física em 1961. Sem dúvida o
"efeito Mössbauer" relaciona-se à "reação de radiação" mas quero crer que
reação de radiação seja um assunto bem mais geral do que o efeito. Conquanto
o efeito Mössbauer tenha uma infinidade de aplicações em vários campos do
conhecimento, parece-me que, salvo maior juizo, não está diretamente
relacionado à essência do tema em discussão.

> Este efeito acontece quando uma particula liberta radiação numa
> determinada direcção. Ou se preferirem, quando a distribuição da emissão
> não é isotropica. Ai a particula de onde a radiação foi emitida move-se
> (recua) Este efeito é similar ao recuo de uma arma quando dispara.
> É isso?

Creio que seria mais do que isso, mas não sou especialista no assunto.
Sugiro uma consulta a um dos originais, "Recoilless nuclear resonance
absorption of gamma radiation", que pode ser encontrado no formato pdf em
http://www.nobel.se/physics/laureates/1961/mossbauer-lecture.html

> Por outro lado temos o efeito de "travagem" (bremstralum, se não me
> engano)

"Bremsstrahlung" = "braking radiation", e que acredito poder ser traduzida
por "radiação de travagem" ou "de freamento", e a observar-se quando um
elétron interage com outra partícula e, desta interação, tem a sua
trajetória infletida (reflexão, por exemplo).

> que acontece quando uma particula carregada trava ou acelera, emitindo
> radiação. Isto acontece, por exemplo nos electrões que saem dos reactores
> nucleares. O electrão trava na água do tanque circundante e emite uma
> (linda) cor azul (radiação azul).

Sim, muito bonito. Perceba no entanto que falei em freamento (da plataforma)
devido à radiação, e você está falando em radiação devida a um freamento.
Sim, na gênese os processos são semelhantes.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: Teoria da Ignorancia
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/03/2002 19:20

>Alexandre Pimentel Cabral de Medeiros: Defendo a tese de que a mente
humana não foi concebida para tratar de assuntos além do cotidiano de
caça-e-coleta da tribo em que vive.<

>Takata: Defendo a tese de q. a mente humana nao foi concebida para
porcaria nenhuma. Nem *concebida* e nem *para*.<

>Alexandre S.M.: Isso é só mais um triste fim para uma questão
interessante como mais um problema lingüístico sem utilidade. Muito
freqüente, por sinal.<


Às vezes é preciso fazer um esforço honesto para entender o que o autor
da mensagem quis dizer e não criticá-lo pela forma como o disse. Por
isso concordo com o Alexandre S. M.. Isso tem acontecido mais do que o
desejável para o benefício do diálogo nesta lista. O próprio Alexandre
Medeiros desistiu muito rápido de uma idéia, que, na minha opinião,
mereceria mas comentários.

É claro que a mente do homem não evoluiu para tratar de problemas
globais. Provavelmente não evoluiu para tratar de nada que esteja fora
do alcance do campo sensório e perceptual do indivíduo. Comportamentos
evolutivos que funcionavam muito bem quando vivíamos em bandos, numa
economia de caça e coleta, que foi quando se deu o período formativo da
evolução humana, não funcionam ou são contraproducentes na sociedade
moderna. Exemplos:

- O desejo de comer açúcar e gordura, que deveria ser satisfeito sempre
que o indivíduo tivesse a oportunidade, dada a escassez desses alimentos
na natureza, causam hoje a obesidade.

- Aprender a desconfiar de indivíduos que não se parecem conosco, uma
característica que ajudava a sobreviver no tempo de lutas tribais, traz
o racismo e a discriminação num mundo em que as fronteiras geográficas
ficaram mais frágeis e somos obrigados a conviver com indivíduos de
todos os cantos do planeta.

- Terceiro exemplo: (incluir aqui um terceiro exemplo, estou com
preguiça de pensar). A preguiça deve ter algo a ver com a evolução.

Esses exemplos ilustram a falácia de se achar que o que é natural ou
instintivo é bom. Seria interessante elaborar uma lista de
comportamentos selecionados pela evolução que são disfuncionais no mundo
de hoje. É só pensarmos na guerra moderna, na qual um chefe de estado
pode ordenar a aniquilação de milhares de pessoas sem ter que
testemunhar nenhum dos detalhes desagradáveis de tal operação. Dentro do
contexto atual a boa mídia poderia desempenhar o papel de "olhos
globais" do resto do mundo, mas isso é sonhar demais. Não vi uma imagem
chocante sequer do Afeganistão -- como aquelas do Vietnã -- na TV
americana. E nem na brasileira, por falar nisso.

Um abraço,
Colucci








SUBJECT: RE: [ciencialist] A energia da fisica moderna
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/03/2002 20:10

>Alberto Mesquita Filho: Lembro ainda que a relatividade não conseguiu
substituir toda a física clássica, pois necessita irmanar-se com a
física quântica. Curiosamente, relatividade e teoria quântica são duas
físicas incompatíveis e que se sustentam. Durma-se com um barulho
desses!<

Alberto,

Conviver com duas teorias mutuamente incompatíveis é certamente
embaraçoso para os físicos, mas não diminui a validade prática de
nenhuma delas. São ambas altamente descritivas e precisas em seus
respectivos domínios, só que não podem estar ambas corretas, essa é a
parte irônica. Acho que nós engenheiros estamos mais acostumados a
conviver com isso. Frequentemente temos de usar princípios que só valem
para determinadas condições de contorno, sem saber explicar direito por
quê. Se você não souber, me peça para contar a piada sobre a diferença
entre os matemáticos, os físicos e os engenheiros.

Tentando atualizar a minha educação em física, li o "The Elegant
Universe: Superstrings, Hidden Dimensions, and the Quest for the
Ultimate Theory", de Brian Greene. Confesso que não entendi coisa
alguma. Digo entender mesmo, não achar que entendeu. Sou capaz de
recitar uma versão razoável da teoria para quem me perguntar, mas para
mim a tentativa de reduzir todo o universo à geometria me cheira a
Platão.

Um abraço,
Colucci



SUBJECT: Re: [ciencialist] Teoria da Ignorancia
FROM: "San Martin" <c.f.a@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/03/2002 21:02


----- Original Message -----
From: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
To: "'Ciencialist (br)'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, March 11, 2002 1:54 PM
Subject: [ciencialist] Teoria da Ignorancia
>
> Fonte: www.cnn.com.br
>

Caro Alexandre, ao citar a fonte da matéria você bem poderia ter posto o
link inteiro. por exemplo, ao clicar am "Arquivo", e depois "Enviar link por
e-mail" pois como o fez genericamente, ao acessarmos o link mencionado
acessamos apenas a página principal da CNN o que não nos conduz à matéria,
em especial por ser outra edição.

Quanto à teoria da ignorância tenho uma idéia bem diferente, ou seja, a
teoria Darwiniana mas um pouco estendida e fruto apenas da ilação.
Sabemos que Tanto a Índia como o Paquistão tem uma imensa quantidade de
armas nucleares. Suponha que haja uma perda de controle da situação entre
esses dois paises e sejam lançadas todas essa bombas. O resultado é fim da
humanidade. Não do planeta mas certamente de toda a humanidade.
Sabemos igualmente que as baratas são imunes às radiações nucleares. Sabemos
igualmente que as baratas são alheias ao "status quo" atual. Assim sendo, é
lícito supor que as baratas são o sucessor do Homem na Terra.
Usando datações de urânio-238 e rubídio-87, os cientistas acharam tempos da
ordem de 4,6 bilhões de anos. Essa deve ser, portanto, a idade da Terra. Já
a idade do Homem não passa de alguns milhões.
A diferença entre bilhões para milhões, assim como ocorreu com o Homem, é o
tempo necessário para que as baratas evoluam a ponto de tomar consciência
de que são os seres dominantes e igualmente tempo suficiente para aparecer
outras formas de vida no planeta.
Ao evoluírem, portanto tomarem ciência, começarão a fazer perguntas do tipo:
- De onde viemos?
- Para onde vamos?
O narcisismo se estabelecerá e então farão escavações e encontrarão fósseis
dos habitantes anteriores e dirão:
- Não foram os maiores nem os mais fortes que sobreviveram mas sim os que
souberam se adaptar!
Criarão para elas o deus Barato, à sua imagem e semelhança, é lógico. -
Impossível para elas conceber outra forma de vida. Evidentemente com direito
aos dogmas e tudo o mais.
Isso tudo para o regozijo ou a vingança das feministas, pois baratas é
feminino.
Brincadeiras à parte, a questão que fica é: Será que não somos as baratas de
outros povos?
Elucubração noturna é isso.
Saudações,
Marcos





SUBJECT: Re: [ciencialist] A energia da fisica moderna
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/03/2002 05:11

----- Original Message -----
From: "Jose Colucci Jr. (Home)"
Sent: Monday, March 11, 2002 8:10 PM
Subject: RE: [ciencialist] A energia da fisica moderna


> Conviver com duas teorias mutuamente incompatíveis é certamente
> embaraçoso para os físicos, mas não diminui a validade prática de
> nenhuma delas. São ambas altamente descritivas e precisas em seus
> respectivos domínios, só que não podem estar ambas corretas, essa é a
> parte irônica. Acho que nós engenheiros estamos mais acostumados a
> conviver com isso. Frequentemente temos de usar princípios que só valem
> para determinadas condições de contorno, sem saber explicar direito por
> quê. Se você não souber, me peça para contar a piada sobre a diferença
> entre os matemáticos, os físicos e os engenheiros.

Piadas são sempre bem vindas e quando se relacionam às ciências ou às
profissões científicas creio que a Ciencialist seria um dos locais indicados
para divulgação da mesma. Desta forma não apenas eu mas grande parte dos
ciencialisteiros ficariam agradecidos pelo envio da mesma. E quem sabe o
Brudna pudesse aproveitá-la em seu excelente site humorístico.

Quanto a minhas raízes, diria que minha formação de grau superior é de
médico e portanto entendo bastante o problema. Em medicina são raras as
áreas que convivem com menos do que 4 teorias incompatíveis entre si. Quando
surge uma quinta teoria, é comum que tente-se colocá-la em descrédito,
principalmente se for no Brasil. Não é a-toa que nosso símbolo é o
Zé-Carioca. Não obstante, enquanto em meio a cientistas médicos nunca fui
taxado como vendilhão do templo e sempre encontrei um local onde pudesse
conviver com minhas "heresias", ao lado de outros "hereges". E com grande
freqüência era convidado a fazer palestras em simpósios e/ou congressos. Não
digo que tudo corresse às mil maravilhas, mas existia uma certa propensão
para que não se desvalorizasse em excesso a criativiadade inerente aos
jovens; e os jovens "hereges" conseguiam, de alguma maneira, construir o seu
espaço e até mesmo vencer com suas idéias. Isso talvez seja válido também
para engenharia ou para outras ciências aplicadas.

Em física, assim como em outras áreas básicas, a imagem é totalmente
diferente. "Censura" é o que mais existe e isso não é exclusividade do
Brasil e nem do nosso tempo. Isso faz parte da história da física e não por
acaso martirizaram Galileu, no século XVII e Boltzmann no final do século
XIX e início do século XX (apenas para citar dois dentre milhares de físicos
"hereges" de tempos diferentes). Hão de dizer que Galileu foi martirizado
pela igreja e eu digo que a igreja representava o poder de sua época. Quem
mais estava sentindo-se incomodado com as "heresias" de Galileu não era a
igreja propriamente dita, mas os cientistas contemporâneos que, não por
acaso, eram padres. Hoje a religião dominante é o cientificismo, os templos
são acadêmicos e os guardiões dos templos são os "papagaios cultos". Como
tais, defendem não exatamente sua religião, pois que são medíocres demais
até mesmo para levantarem a bandeira do sacerdócio que professam. Defendem
então a manutenção do "status quo" e da "censura" por pares, de maneira a
que jamais possam ser desmascarados pelos jovens e de maneira a que jamais
voltem para o lugar de onde jamais deveriam ter saído. Algumas exceções
estão por aí, todos "hereges" e todos "tolerados" a bem do sistema:
Einstein, Schrödinger, De Broglie, David Bohm etc. Defenda hoje as teorias
desses "hereges" gigantes do século XX e todas as portas estarão abertas.
Procure seguir seus exemplos, e você estará condenado ao ostracismo.

Não brigo por um espaço a ocupar pois aqueles que me conhecem sabem que eu
sou um privilegiado e mal consigo ocupar o espaço que me foi reservado por
circunstâncias que estão além de meus parcos conhecimentos científicos.
Brigo por um espaço que deveria ser reservado para que fosse ocupado por
jovens criativos e que hoje está nas mãos de medíocres.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: Oh, mulheres, esqueci!
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/03/2002 08:37

--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> Sou contra, como já citei, aos 'favores de coitadinhas' impostos
por lei;

Eu tbm serei contra qq 'favor' feito 'as mulheres
sob a alegacao de q. elas sejam coitadinhas. Mas
eu continuo defendendo medidas diminuam a desvantagem
social das mulheres em relacao aos homens.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Teoria da Ignorancia
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/03/2002 08:39

> -----Mensagem original-----
> De: Jose Colucci Jr. (Home) [mailto:j.colucci@rcn.com]
>
> [...]desejável para o benefício do diálogo nesta lista. O próprio
Alexandre
> Medeiros desistiu muito rápido de uma idéia, que, na minha opinião,
> mereceria mas comentários.

Não, não é nada disso! Não desisti da idéia. Eu só estava endossando a
brincadeira. Vocês não viram o emoticon :-) no final da oração???

O que o Takata quiz dizer e eu entendi muito bem é que para discutirmos
essa idéia sempre temos como referencial inexorável o princípio antrópico,
sem o qual a discussão se degenera para um reducionismo ad infinitum.

Devemos discutir essa idéia mas tomar cuidado com conceitos furados de
design inteligente e propósito da existência. Design inteligente é uma
tese bem capciosa, mas bem refutada pelo Dawkins e propósito da existência
é um tema que não tem fim e deve ser abordado com reservas.

Vamos, então, desfazer o mal entendido e discutir o tema proposto por
mim originalmente.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Teoria da Ignorancia
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/03/2002 08:59

--- In ciencialist@y..., "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@r...>
> Às vezes é preciso fazer um esforço honesto para entender o que o
> autor da mensagem quis dizer e não criticá-lo pela forma como o
> disse.

Concordo plenamente. Acabei de ser vitima desse
mal entendido... :-) Ainda bem q. o outro Alexandre --
o autor da mensagem inicial entendeu. E como aparentemente
ele desfez o mal entendido, nao me estenderei muito neste
ponto.

> Seria interessante elaborar uma lista de comportamentos
> selecionados pela evolução que são disfuncionais no mundo
> de hoje.

O problema principal e' q. simplesmente nao sabemos.
A maioria das explicacoes sao especulacoes -- interessantes,
mas nao mais do q. especulacoes -- sem um gde embasamento
fatual. Comportamentos deixam poucos vestigios fosseis --
ao menos de uma interpretacao mais direta.

Podemos pensar em cenarios evolutivos para qq caracteristica,
mesmo caracteristicas imaginarias.

P.e.: nos primordios, os cacadores fugiam a pe' dos predadores
como leoes e tigres das savanas primitivas. E tbm a pe'
corriam atras da caca. Os humanos apresentavam gde desvantagem
anatomica na corrida. Como, porem, ainda apresentavam uma
pequena capacidade de trepar em arvores, comecaram a utiliza'-las
como refugios contra predadores e como locais de emboscada
das presas. Os hominideos pulavam de cima das arvores sobre
suas presas. Com o passar das geracoes, houve uma selecao das
presas q. simplesmente passaram a fugir para alem do alcance
do salto dos nossos ancestrais. Em uma corrida armamentista
evolutiva, houve uma selecao q. ampliou a membrana de pele
ligando nossos membros superiores aos inferiores de modo q.
permitia o planeio para mais longe, alcancando assim as presas
q. fugiam. Isso redundou na nossa presente capacidade de
voo auto-propelido por batida muito similar aos morcegos.

Imaginar cenarios e' um passo, ate' importante, mas
e' preciso substanciar essas ideias com indicios
mais solidos para sustentar tais cenarios.

Mas em defesa da teoria da 'inguinoranssa' humana
advogada por Medeiros:

RPG pode ser proibido no país por causa de assassinato em MG
http://www.terra.com.br/informatica/2001/10/23/000.htm

Primeiro: o q. RPG tem a ver com informatica? - Ok, ok,
ha' varios titulos baseados em RPG para computadores, mas
seria o mesmo q. falar da vitoria de Kasparov na mesma
sessao de informatica porq. ha' jogos de xadrez para
computadores no mercado...

Segundo: Isso me lembra a brilhante ideia do nosso
governador de proibir o uso de celulares pre-pagos
porq. bandidos os utilizam em sua comunicacao.

Terceiro: Se o argumento fosse valido, teriamos q.
proibir muitas coisas no pais.

Quarto: tem gente q. precisa mesmo catar coquinho.

Quinto: fiquem longe de mim, eu sou um rpgamer.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RES: Teoria da Ignorancia
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/03/2002 09:40

> -----Mensagem original-----
> De: Jose Colucci Jr. (Home) [mailto:j.colucci@rcn.com]
>
> - Terceiro exemplo: (incluir aqui um terceiro exemplo, estou com
> preguiça de pensar). A preguiça deve ter algo a ver com a evolução.

A preguiça domina. A preguiça poupa energia (embora, preguiça de
desligar a TV de 29" na hora do sono é um enorme desperdício; 'magina!
Esticar vinte centímetros para pegar o controle remoto sobre a mesinha
de centro! Só de pensar já tô cansado).

Deve ter sido um preguiçoso (que não significa estúpido) que inventou
a roda. Outro deve ter inventado a escravidão. Outro, o cargo de sacerdote.

> Esses exemplos ilustram a falácia de se achar que o que é natural ou
> instintivo é bom. Seria interessante elaborar uma lista de
> comportamentos selecionados pela evolução que são
> disfuncionais no mundo de hoje.

O Stephen Hawkins sugeriu que a genética deveria se ocupar, entre outras
coisas, em aprender a atenuar o comportamento agressivo dos humanos. Será
que isso não altera a percepção do mundo, podendo afetar até a criatividade?

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Mimosa
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/03/2002 10:11

Mesmo que ainda não a tenha recebido (por dificuldades de transporte), deixo registrado de público meus agradecimentos ao Medeiros.

Ele, intermediando o encaminhamento do presente, foi até a casa do Mestre Johnson buscar a cadeira giratória (Mimosa, como a denomina o Johnson) para estudo da conservação da quantidade de movimento angular, que ele me presenteou.

Aquele amistoso amplexo Medeiros,

Léo
PS: Conte-nos como foi seu papo com o Johnson.
===================



SUBJECT: Re: [ciencialist] RES: Teoria da Ignorancia
FROM: Carlos Maçaranduba <soh_lamento@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/03/2002 10:35

UM ADMIRÁVEL MUNDO NOVO????

PREFIRO A AGRESSIVIDADE....

> O Stephen Hawkins sugeriu que a genética deveria se
> ocupar, entre outras
> coisas, em aprender a atenuar o comportamento
> agressivo dos humanos. Será
> que isso não altera a percepção do mundo, podendo
> afetar até a criatividade?
>
> []'s
>
> Alexandre Medeiros
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto
> foram removidas]
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras
> descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Teoria da Ignorancia
FROM: Carlos Maçaranduba <soh_lamento@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/03/2002 10:42

> Defendo a tese de que a mente humana não foi
> concebida
> para tratar de assuntos além do cotidiano de
> caça-e-coleta
> da tribo em que vive.

QUE TIPOS DE ASSUNTOS??

_______________________________________________________________________________________________
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SUBJECT: Re: RES: Teoria da Ignorancia
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/03/2002 10:45

--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> O Stephen Hawkins sugeriu que a genética deveria se ocupar, entre
> outras coisas, em aprender a atenuar o comportamento agressivo dos
> humanos.

O q. Hawkins fala de genetica pode ser tranquilamente
ignorado.

> Será que isso não altera a percepção do mundo, podendo afetar até a
> criatividade?

Pode ser. Ha' algum tempo estavam falando aqui das maravilhosas
contribuicoes dos neuroticos na historia da humanidade.
Claro, neurose nao e' agressividade.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RES: [ciencialist] Mimosa
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/03/2002 10:45

> -----Mensagem original-----
> De: Luiz Ferraz Netto [mailto:leo@barretos.com.br]
>
> PS: Conte-nos como foi seu papo com o Johnson.

O legume que vos fala, atrapalhado do juízo, foi parar em
Pindamonhangaba, digo, em Taboão da Serra, divisa com a
Capital, quase na Rod. Regis Bittencourt.

Por quê? Porque não reparou que existe no Guia duas ruas
com o mesmo nome. Legume...

Após uns 40 minutos de trânsito, buzinas e sol escaldante
descubro que a rua não era a rua. Meu irmão, outro legume,
só reparou que existia outra rua, a rua certa, depois dessa
angustiante aventura.

Enfim, trocamos alguns insultos, depois umas boas gargalhadas
e tomamos o rumo certo.

Lá, na rua certa, fui ter na casa errada. Eis que uma criatura
cheia de dentes quase pega a mãozinha do legume. "Vai deitá, Satã!",
diz uma jovem senhora muito simpática.

"O S-Sr. J-John-Johnson, p-por favor?", perguntei,
recuperando-me do susto.

"O Sr. Johnson mora na casa à frente!"

Cara de bunda... Aquele, definitivamente, não era meu dia.
E para não dar mole pra imprudência, olhei para os dois lados de uma
rua praticamente deserta para ter certeza de que um FÊNÊMÊ não estava
escondido atrás de algum poste esperando para me atropelar.

Ufa! Cheguei em frente a casa do mestre. Perscrutei o quintal.
Nada de dentes afiados nos umbrais. Apertei a campainha e aguardei.
Uma senhora atendeu. "Espere um pouquinho!", pediu.

Um ancião, sem camisa, branco-de-neve, um caminhar prudente, as costas
encurvadas, talvez por causa do peso de uma cabeça magnífica... bermuda,
chinelas e um insólito óculos de sol, veio me atender.

Figuraça! Ele tem voz de locutor do Jornal Esso (?), aquele que
precedeu o Jornal Nacional. Batemos um papinho, mas, preocupado com o
atraso, pois prometi à patroa que estaria em casa cedo, não quiz fazer
cera. O papo foi breve. Primeiro ele achou que eu também era professor
de física quando fiz um comentário incidente sobre momento angular na
qual os patinadores sobre gelo conhecem o efeito na prática.

"Não! Não sou físico!"

Peguei a Mimosa e coloquei no porta malas do carro. Então ele deduziu
que eu era advogado, pois tenho um adesivo da OAB no vidro traseiro.

"Não! Sim! Quer dizer... não estou atuando."

"Mas deveria. Pela justiça."

"Um dia desses, quem sabe... Sou analista de sistemas...
não tenho tempo para advogar".

"O Léo também me fez mexer o traseiro e pôr a cabeça para
trabalhar nuns problemas"

Nos despedimos. Ele ergueu os dois braços para o alto,
polegares estendidos para cima.

"Até mais, Sr. Johnson!"

Peguei a Av. Água Espraiada. A patroa ligou no celular.
Vixi! Quando chegei na Marginal Pinheiros, tudo parado.
Vixi! Depois de mais uns três congestionamentos cheguei
em casa. Meu irmão e eu tomamos uma garrafa de cerveja
cada um num gole só, como se fosse... Lembram do Lawrence
da Arábia? Pois é!

Depois de uma três garrafas cada um o meu irmão cometeu a
besteira de perguntar o que catso era o tal de conservação
da qtde de movimento angular.

"Senta aí, mané. Estique as pernas pra frente e depois
que eu girar você bem forte, você encolhe as pernas!"

Quase vomitou...

PS: Descobrimos que o correio não despacha trambolhos
desse tipo. Eu disse pro Léo que a cadeira vai ter de
ir carona na caçamba de algum caminhão.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: OFF TOPIC: [ciencialist] Mimosa
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/03/2002 11:46

Alexandre Pimentel Cabral de Medeiros:

>para ter certeza de que um FÊNÊMÊ não estava [...]
>escondido atrás de algum poste [...]
>Jornal Esso (?), aquele que precedeu o Jornal Nacional[...]
>Lembram do Lawrence da Arábia?[...]


Alexandre, com essa mensagem você se datou. E me deixou nostálgico.
Caminhão FNM - Fábrica Nacional de Motores? Lembra da Neide Alexandre
fazendo comercial da cera Parketina? E da pombinha do Jornal
Bandeirantes? Do índio da Tupi? E do programa Pim-Pam-Pum: "sete e sete
são quatorze, com mais sete vinte e um, todo o dia da semana um programa
Pim-Pam-Pum. Estrêla, Pim-Pam-Pum, Estrêla, Pim-Pam-Pum..."




SUBJECT: RE: [ciencialist] A energia da fisica moderna
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/03/2002 12:54

>Alberto Mesquita Filho: Piadas são sempre bem vindas e quando se
relacionam às ciências ou às profissões científicas creio que a
Ciencialist seria um dos locais indicados para divulgação da mesma.<

Obrigado, Mesquita. Eu estava com receio que você não me pedisse para
contar a piada. Ela ilustra bem a diferenças na maneira de pensar entre
as várias profissões e se presta a extensões e improvisações. Como esta
é uma lista de ciência, vou dar duas versões, a básica e a aumentada.


Versão básica:
------------------------------------------------------------------
O MATEMÁTICO, O FÍSICO E O ENGENHEIRO

Pediram a um matemático, a um físico e a um engenheiro para provar o
seguinte afirmação: "Todos os números inteiros ímpares são primos".

Matemático: "3 é primo, 5 é primo, 7 é primo, 9 não é primo --
contra-exemplo -- a afirmação é falsa.

Físico: "3 é primo, 5 é primo, 7 é primo, 9 é um erro experimental, 11 é
primo, 13 é primo..."

Engenheiro: "3 é primo, 5 é primo, 7 é primo, 9 é primo, 11 é primo, 13
é primo..."



Versão aumentada (com algumas contribuições minhas):
------------------------------------------------------------------

Pediram a profissionais de diferentes áreas para provar o seguinte
afirmação: "Todos os números inteiros ímpares são primos".

Matemático: "3 é primo, 5 é primo, 7 é primo, logo, por indução, todos
os ímpares são primos."

Físico: "3 é primo, 5 é primo, 7 é primo, 9 é um erro experimental, 11 é
primo, 13 é primo..."

Químico: ""3 é primo, 5 é primo, 7 é primo". Oba, vamos publicar!

Engenheiro 1: "3 é primo, 5 é primo, 7 é primo, 9 é primo, 11 é primo,
13 é primo..."

Engenheiro 2: "3 é primo, 5 é primo, 7 é primo, 9 é ..., 9 é ..., bem,
se você aproximar, 9 é primo, 11 é primo, 13 é primo..."

Engenheiro 3: "3 é primo, 5 é primo, 7 é primo, 9 não está funcionando.
Me dá um alicate."

Programador de computadores: "3 é primo, 5 é primo, 7 é primo, 7 é
primo, 7 é primo, 7 é primo, ..."

Programador de computadores Unix: "3 é primo, 5 é primo, 7 é primo, 9 -
Segmentation fault ..."

Programador de computadores Unix (Versão 2.0B): "3 não é primo, 5 não é
primo, 7 não é primo, 9 não é primo..."

Programador de computadores Unix (Versão 3.0): Chega de versões Beta.
Pode despachar esta: "3 é primo, 5 é primo, 7 é primo, 9 é um recurso
novo, 11 é primo..." Bota na embalagem: "Mais números primos do que os
outros softwares do mercado."

Programador de BASIC: "O que é primo?"

Programador de COBOL: "O que é número ímpar?"

Programador de Mac: "Por que é que alguém precisa saber isso? Não se
preocupe, deixa comigo que eu cuido disso?"

Programador de Windows: "3 é primo. Espere."

Bill Gates: "Ninguém jamais precisará de mais do que 3."

Economista: "3 é primo, 5 é primo, 7 é primo, 9 não é primo. Eu não
disse! A 'prime rate' está caindo.

Estatístico: "Vamos por todos os números primos num saco. Vou tirar um
ao acaso: 43. 43 é ímpar e primo, logo 100% dos números ímpares são
primos."

Advogado: "Conforme o disposto no Parágrafo 3º, Artigo 2º da lei
Nº8.465/93, fica declarado oficialmente primo o número 9. Revogam-se as
disposições em contrário."

Político corrupto: "Por uma pequena doação à minha campanha, 9 pode ser
reclassificado."

Teólogo: "3 é primo e isso é tudo o que eu preciso saber."

Papa: "Nove é primo. Se você discordar irá padecer por toda a eternidade
nas chamas do Inferno."

Cético: "3 parece ser primo, embora não haja provas conclusivas a
respeito."

Takata: "Não sei como a questão pode ser relevante para o tema da
evolução. Ver www.3isprime.com "

Mesquita: "Ao contrário do que afirma a insanidade
quantum-relativística, 3 é primo."

Daniel: "Ao contrário do que dizem os crentes, 3 é primo."

Léo: "Vocês já ouviram aquela da loura e dos números primos?"

Alisson: "Uma não é prima, duas não é prima, três é discriminatório
contra as mulheres."



SUBJECT: Re: Teoria da Ignorancia
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/03/2002 13:08

--- In ciencialist@y..., "San Martin" <c.f.a@u...> wrote:
> Sabemos igualmente que as baratas são imunes às radiações nucleares.

Sabemos?

Menon M 1978 -- Changes in pheromone production, release, mating
behaviour and reproductive ability of the gamma-irradiated cockroach
Nauphoeta cinerea (Olivier). Int J Radiat Biol Relat Stud Phys Chem
Med 1978 Jun 33:541-9

Mature males of Nauphoeta cinerea produce a sex pheromone 'seducin'
which has short-range effects in attracting mature females of the
same species. Exposure of newly-emerged adult males to 3.5, 7, 14 or
21 krad of gamma-radiation decreased their life expectancy and
affected their mating behaviour. Bioassay of dichloromethane extracts
of males showed that radiation doses (14 krad) sufficient to induce
sterility did not affect the ability to produce pheromone but
significantly reduced the release of pheromone by inhibiting wing-
raising. The sterile-male technique using males sterilized by
ionizing radiation in air may not be the method of choice for control
of Nauphoeta cinerea.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RES: OFF TOPIC: [ciencialist] Mimosa
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/03/2002 13:41

> -----Mensagem original-----
> De: Jose Colucci Jr. (Home) [mailto:j.colucci@rcn.com]
>
> >para ter certeza de que um FÊNÊMÊ não estava [...]
> >escondido atrás de algum poste [...]
> >Jornal Esso (?), aquele que precedeu o Jornal Nacional[...]
> >Lembram do Lawrence da Arábia?[...]
>
> Alexandre, com essa mensagem você se datou. E me deixou nostálgico.
> Caminhão FNM - Fábrica Nacional de Motores? Lembra da Neide Alexandre
> fazendo comercial da cera Parketina? E da pombinha do Jornal
> Bandeirantes? Do índio da Tupi? E do programa Pim-Pam-Pum:
> "sete e sete
> são quatorze, com mais sete vinte e um, todo o dia da semana
> um programa
> Pim-Pam-Pum. Estrêla, Pim-Pam-Pum, Estrêla, Pim-Pam-Pum..."

Agora te peguei! Nasci em 1970. Mas sou da geração dos vidiotas
que foram criados em frente a TV desde a mais tenra idade.
Mas nem por isso fiquei louco, pode perguntar pro Kovalski
(é meu amigo invisível).

Lembro da Vila Sézamo, do Xampu Colorama, das Duchas Corona.
Do FNM eu lembro pois quase fui atropelado por um. Da moça da
Parquetina eu não lembro direito, mas da cêra lembro de
muitos escorregões.

[]

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: OFF TOPIC: [ciencialist] Mimosa
FROM: "Alexandre" <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/03/2002 13:49

E do programa "A Patotinha"? Alguém lembra daquela loirinha da TV Tupi?

Eu era apaixonado. :)

SDS,

ASM

----- Original Message -----
From: Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de <alxmpub@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, March 12, 2002 1:41 PM
Subject: RES: OFF TOPIC: [ciencialist] Mimosa


> -----Mensagem original-----
> De: Jose Colucci Jr. (Home) [mailto:j.colucci@rcn.com]
>
> >para ter certeza de que um FÊNÊMÊ não estava [...]
> >escondido atrás de algum poste [...]
> >Jornal Esso (?), aquele que precedeu o Jornal Nacional[...]
> >Lembram do Lawrence da Arábia?[...]
>
> Alexandre, com essa mensagem você se datou. E me deixou nostálgico.
> Caminhão FNM - Fábrica Nacional de Motores? Lembra da Neide Alexandre
> fazendo comercial da cera Parketina? E da pombinha do Jornal
> Bandeirantes? Do índio da Tupi? E do programa Pim-Pam-Pum:
> "sete e sete
> são quatorze, com mais sete vinte e um, todo o dia da semana
> um programa
> Pim-Pam-Pum. Estrêla, Pim-Pam-Pum, Estrêla, Pim-Pam-Pum






SUBJECT: Re: A energia da fisica moderna
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/03/2002 13:51

--- In ciencialist@y..., "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@r...>
> Takata: "Não sei como a questão pode ser relevante para o tema da
> evolução. Ver www.3isprime.com "

Nao existe tal endereco. Numeros primos poderiam ser sinais
de vida inteligente em outro canto do universo.

The Search for Extraterrestrial Intelligence
http://www.sciam.com/explorations/010697sagan/010697sagan2.html

Is the Latest Crop Circle a Message from E.T?
http://www.seti.org/general/ao_message_crop.html

Who's out there?
http://www.seti.org/game/e3.html

(E tbm poderia ser um sinal divino se os encontrassemos em
nosso ADN.

The Prime Numbers and the plan of creation
http://www.plichta.de/english/english.htm?a_1

Intelligent Design : The Bridge Between Science & Theology
http://hallscience.com/evolution/94.shtml)

Mas alguns relevantes ao topico:

O problema do números primos. Todos os números impar são primos?
http://www.humornaciencia.hpg.ig.com.br/miscelanea/primo.htm

The prime pages
http://www.utm.edu/research/primes/

8. Problems of prime numbers
http://aleph0.clarku.edu/~djoyce/hilbert/problems.html#prob8

GIMPS Home Page
http://www.mersenne.org/

Mas continuando as consideracoes sobre os numeros primos:

Sociobiologo: "Obviamente a evolucao nao selecionou
uma mente capaz de dizer de chofre se um numero e' ou nao
primo. Mas quando nossos ancestrais cacadores-coletores
saiam 'a caca, eles tinham uma capacidade de abstracao para
calcular a distancia da presa, sua velocidade e avaliar
o angulo de lancamento da flecha. Essa capacidade se desenvolveu
em um certo senso estetico e mais tarde pode ser utilizada
para o desenvolvimento da matematica propriamente dita, bem
como a capacidade de aprecia'-la esteticamente -- o q. inclui
os numeros primos e suas inumeras aplicacoes".

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RES: OFF TOPIC: [ciencialist] Mimosa
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/03/2002 13:54

> -----Mensagem original-----
> De: Alexandre [mailto:alex@energias.com.br]
> Enviada em: Terça-feira, 12 de Março de 2002 13:49
>
> E do programa "A Patotinha"? Alguém lembra daquela loirinha
> da TV Tupi?

Vixi... nem me fala.

PS: Daqui a pouco o Titio Brudna vai por todo mundo de castigo
se a gente não parar de usar a lista para sessão nostalgia.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RE: OFF TOPIC: [ciencialist] Mimosa
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/03/2002 13:58

>Alexandre Medeiros: Agora te peguei! Nasci em 1970. Mas sou da geração
dos vidiotas que foram criados em frente a TV desde a mais tenra idade.
Mas nem por isso fiquei louco, pode perguntar pro Kovalski (é meu amigo
invisível).<

Eu poderia ser seu pai, isto é, se o primeiro sêmen derramado sobre o
anúncio do Soutien De Millus na Revista Cláudia tivesse sido melhor
aproveitado (Precisávamos apelar. Não havia essa fartura de imagens de
hoje, com a Internet). Não fique se achando muito novo, não. Trinta e
dois já dá direito de ingresso no clube dos Velhinhos Transviados.

(E eu que reclamei com o Brudna sobre os OFF TOPIC? Melhor parar.)



SUBJECT: Re: A energia da fisica moderna
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/03/2002 14:02

--- In ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> wrote:
> --- In ciencialist@y..., "Jose Colucci Jr. \(Home\)"
<j.colucci@r...>
> > Takata: "Não sei como a questão pode ser relevante para o tema da
> > evolução. Ver www.3isprime.com "

Uma aplicacao para os numeros primos
nos estudos da evolucao poderia ser
o acompanhamento dos cruzamentos em
uma populacao -- claro, mais facil em
uma simulacao.

Numeramos os individuos da geracao inicial
P0 com numeros primos.

Na geracao seguinte, numeramos o produto
dos cruzamentos simplesmente com o resultado
da multiplicacao dos numeros atribuidos aos
genitores.

Podemos fazer retrocruzamentos, cruzamentos
consanguineos.

No final poderemos avaliar o grau de consaguinidade
e os padroes de coalecencia analisando -- entre
outras coisas -- os numeros finais correspondentes
aos individuos da geracao Fn -- bem, podera' ser
um numero beeeeeeem gde. Mas fatorando os valores
poderemos avaliar a contribuicao relativa dos
individuos originais na populacao final.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: A energia da fisica moderna
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/03/2002 14:30

>TAKATA: Sociobiologo: "Obviamente a evolucao nao selecionou
uma mente capaz de dizer de chofre se um numero e' ou nao
primo. Mas quando nossos ancestrais cacadores-coletores
saiam 'a caca, eles tinham uma capacidade de abstracao para
calcular a distancia da presa, sua velocidade e avaliar
o angulo de lancamento da flecha. Essa capacidade se desenvolveu
em um certo senso estetico e mais tarde pode ser utilizada
para o desenvolvimento da matematica propriamente dita, bem
como a capacidade de aprecia'-la esteticamente -- o q. inclui
os numeros primos e suas inumeras aplicacoes".<

Mais:


Filósofo: "Por que não chamamos de primos todos os números ímpares, e de
ímpares todos os números primos? Desse modo todos os números ímpares
serão primos."

Contador: "3 é primo, 5 é primo, 7 é primo, 9 é primo depois do imposto
e 10% de comissão."

Psicanalista: ""3 é primo, 5 é primo, 7 é primo, 9 é primo mas está
tentando reprimir, 11 é primo."

Gerente: "3, OK; 5, bom; 7, ótimo; 9, Precisamos adotar uma atitude mais
positiva aqui!"

Petista: "O fato de 9 não ser primo é prova das consequências nefastas
dessa política neo-liberal que esta aí. O problema só pode ser corrigido
pela liberação de verbas pelo estado para os números menos afortunados."

Politicamente correto: "Lá vem você de novo, querendo enquadrar os
números em categorias preconcebidas."

Lógico: "Hipótese: Todos os ímpares são primos. Prova: (1) Se uma prova
existe, então a hipótese deve ser verdadeira; (2) A prova existe, você a
está lendo agora.; (3) de (1) e (2) segue que todos os ímpares são
primos.

Físico quântico: "Todos os números são igualmente primos e não-primos
até que sejam observados."

Professor: "3 é primo, 5 é primo, 7 é primo, o resto fica como exercício
para o estudante."


Colucci, tentando evitar o trabalho produtivo.




SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: A energia da fisica moderna
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/03/2002 14:44

TAKATA:
>Uma aplicacao para os numeros primos
>nos estudos da evolucao poderia ser
>o acompanhamento dos cruzamentos em
>uma populacao -- claro, mais facil em
>uma simulacao.

Sem falar da cigarra (cicadídeo), cujas larvas permanecem vários anos no
solo antes de emergir. O número exato de anos varia segundo a espécie
mas é sempre primo: 7, 13 ou 17 anos.

Uma das explicações relaciona-se ao ciclo periódico dos predadores.
Suponhamos que alguns predadores -- como aves ou vespas -- ataquem as
cigarras, e que estas apareçam a cada 12 anos. Esse ciclo coincidirá com
o aparecimento de predadores que tenham um ciclo de dois, três, quatro
ou seis anos anos. Se as cigarras adotarem um ciclo com um número primo
de anos, a chance desses encontros se repetirem é mínima.


The prime number periodic cicada problem
http://aimsciences.org/DCDS-B/Volume1-3/Webb.pdf

Cicadas In Their Prime
http://www.abc.net.au/science/k2/moments/s421251.htm




SUBJECT: domando o caos
FROM: "Terezinha Costa" <terezinhac@bridge.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/03/2002 15:20

O que vocês acham disso?
Terezinha Costa

Domando o caos: algumas pessoas podem prever o futuro com base em dados desordenados


Há pessoas que têm o talento para prever mudanças em uma seqüência de dados caótica e sem padrão, tais como a temperatura dos próximos dias e, talvez, flutuações nos mercados financeiros. Essa é a conclusão de um estudo coordenado por Richard Heath na Universidade de Newcastle (Austrália), publicado na edição mais recente da revista Nonlinear Dynamics, Psychology, and Life Sciences (volume 6, página 37) e divulgado pela revista New Scientist.

O estudo mostrou a voluntários uma seqüência de oito números pedindo que eles prevejam quais seriam os próximos quatro. Foi dito aos voluntários que se tratava da temperatura máxima registrada nos últimos oito dias. Na verdade eram números gerados por computador com base em duas seqüências de números: uma série caótica, muito difícil de prever devido ao chamado "efeito borboleta" (um pequeno detalhe pode alterar toda a seqüência) e outra série colhida de forma aleatória e, por isso mesmo, naturalmente imprevisível. Essa mistura numérica foi feita de modo a garantir a ausência total de qualquer padrão óbvio e para que os voluntários não pudessem "trapacear" prevendo, por exemplo, uma temperatura máxima para o próximo dia igual à do dia anterior. Concluiu-se que um quarto dos voluntários foram capazes de prever pelo menos a temperatura dos próximos dois dias. Devido à grande dificuldade em se obter esses resultados com alguma base lógica, o estudo conclui que de fato houve uma previsão de seqüência caótica.

Para Jeff Pressing, especialista em inteligência artificial da Universidade de Melbourne ouvido pela New Scientist, pode de fato haver pessoas que tenham algum tipo de intuição que as torne sensíveis a a estruturas não-lineares como a do caos. Para Richard Heath, coordenador do estudo que agora trabalha na Universidade de Sunderland (Reino Unido), são necessárias mais pesquisas para se verificar o que ocorre com o cérebro dessas pessoas durante as previsões e se há algum padrão comportamental entre as que conseguiram acertar as seqüências.


Veja também:

Revista que publicou o estudo
Divulgação do estudo na New Scientist


Palavras-chave:
Teoria do caos, matemática, previsão



Terezinha Costa
Jornalista
Tel. e fax: (21) 2242-0478
e-mail: terezinhac@bridge.com.br


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: A energia da fisica moderna
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/03/2002 15:29

--- In ciencialist@y..., "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@r...>
> Sem falar da cigarra (cicadídeo), cujas larvas permanecem vários
> anos no solo antes de emergir. O número exato de anos varia segundo
> a espécie mas é sempre primo: 7, 13 ou 17 anos.
>
> Uma das explicações relaciona-se ao ciclo periódico dos predadores.

Tem aqui tbm:

Cicadas appear in their prime
http://www.nature.com/nsu/010726/010726-3.html

Mas a explicacao e' estranha. Ela parece assumir q.
uma especie tem uma populacao q. aparece de ttos em
ttos anos. Nao sou um cicadologo, mas das observacoes
esporadicas q. faco -- especialmente dos banhos q. tomo
ao passar debaixo de uma arvore na epoca de cantoria --
embora uma geracao deva demorar esse tto para emergir,
ha' outras ttas geracoes intercaladas q. garantem a
cantoria a cada ano -- a menos q. haja ttas especies
assim de cigarras...

E devemos lembrar tbm q. muitas especies de
insetos (a maioria?) tEm uma geracao anual ou
ate' menor -- incluindo os predadores. Primos
sao numeros q. podem ser divididos somente
por eles mesmos e... por *um*.

Nota: o ciclo de maxima atividade solar tem
cerca de 11 anos -- um numero primo. Podemos
chamar a irma do Gugu para explicar
numerologicamente tais coincidencias.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Teoria da Ignorancia
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/03/2002 15:53

--- In ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> wrote:
>
> Podemos pensar em cenarios evolutivos para qq caracteristica,
> mesmo caracteristicas imaginarias.
>

Imaginárias e também contraditórias ou opostas: podemos criar
cenários evolutivos explicando porque os homens preferem mulheres
gordas, ou porque os homens preferem mulheres atléticas; porque os
homens são egoístas ou porque são altruístas; porque são promíscuos
ou porque são fiéis; porque são bons em matemática ou porque não são
bons em matemática. Se olharmos com atenção, veremos que a humanidade
é tudo isso ao mesmo tempo :)

[]´s

André



SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: A energia da fisica moderna
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/03/2002 15:54

TAKATA:
>Mas a explicacao e' estranha. Ela parece assumir q.
>uma especie tem uma populacao q. aparece de ttos em
>ttos anos. Nao sou um cicadologo, mas das observacoes
>esporadicas q. faco -- especialmente dos banhos q. tomo
>ao passar debaixo de uma arvore na epoca de cantoria --
>embora uma geracao deva demorar esse tto para emergir,
>ha' outras ttas geracoes intercaladas q. garantem a
>cantoria a cada ano -- a menos q. haja ttas especies
>assim de cigarras...

Algumas observações / correções:

-- As seis espécies de cigarras de periodicidade prima são
norte-americanas -- Magicicada sp. Não sei se as espécies brasileiras
têm o mesmo hábito, mas provavelmente não. Há no mundo cerca de 1000
espécies de cigarra e só algumas têm o período com número primo de anos.


-- As cigarras passam a maior parte do tempo enterradas na forma de
ninfa, não de larva, como eu disse em minha mensagem. O ciclo é assim:
as cigarras adultas emergem na primavera. Copulam dentro de uma semana
e, alguns dias mais tarde, a fêmea põe de 400 a 600 ovos num buraco que
ela cava no tronco de uma árvore. As larvas nascem, caem no solo e cavam
até encontrar a raiz da árvore, onde fixam-se com auxílio das unhas.
Começa a fase de ninfa, que dura muitos anos.

-- Dormir 17 anos parece justificar a fama de preguiçosas, amplamente
propagada pelas formigas, que as cigarras têm.

Colucci



SUBJECT: Re: RES: Teoria da Ignorancia
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/03/2002 16:18

--- In ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> wrote:
> --- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> > O Stephen Hawkins sugeriu que a genética deveria se ocupar, entre
> > outras coisas, em aprender a atenuar o comportamento agressivo
dos humanos.

Existe um método fácil e seguro de diminuir a agressividade geral:
basta que as mulheres passem a selecionar homens mais dóceis e menos
agressivos. (sobrou a culpa para as mulheres mais uma vez!!).

Mas vejam que isso já parece estar ocorrendo, pelo menos nos países
ditos "civilizados" onde as mulheres são donas do próprio nariz. Um
brucutu agressivo dificilmente tem chances com uma mulher "muderna".
O problema não é exatamente a agressividade, mas a agressividade
descontrolada. Em sociedades atrasadas é fácil perceber que o poder
ainda anda lado a lado com a violência e a agressividade, enquanto
nas sociedades mais avançadas a agressividade descontrolada não tem
vez. Vá berrar com um guarda de trânsito americano dizendo que você
é "sobrinho de sinhôzinho Malta" para ver o que acontece :)


>
> O q. Hawkins fala de genetica pode ser tranquilamente
> ignorado.
>


Pô, Takata. Você implica com o Hawking. Ele só está dando uma
opinião, não formulando uma teoria genética. E se preocupar com a
agressividade humana me parece legítimo. Mas, como já escrevi, as
mulheres podem fazer esse trabalho, fazendo uma "greve de sexo" com
homens violentos. Infelizmente aida existem muitas infelizes que
confundem uma bofetada com amor, e respeito e delicadeza com
efeminação e homossexualismo. Gostaria de achar que estou falando de
pobres coitadas moradoras da favela, mas nesse Brasilzão ainda tem
muita mulher "da sociedade" que acha normal levar bofetadas.


> > Será que isso não altera a percepção do mundo, podendo afetar até
a
> > criatividade?
>
> Pode ser. Ha' algum tempo estavam falando aqui das maravilhosas
> contribuicoes dos neuroticos na historia da humanidade.
> Claro, neurose nao e' agressividade.
>

O problema não é exatamete a agressividade, mas a agressividade
descontrolada. Uma dose de agressividade é necessária: as mulheres e
os "headhunters" - caçadores de executivos - sabem disso. Mas quando
se fala que "um homem de negócios precisa ser agressivo" não é
evidentemente sair esbofeteando os clientes. Também as mulheres que
não suportam um pingo de agressividade num homem terminam solteironas
e cercadas de amigos gays. :)

[]´s

André Baptista




SUBJECT: Re: A energia da fisica moderna
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/03/2002 16:27

--- In ciencialist@y..., "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@r...>
> Petista: "O fato de 9 não ser primo é prova das consequências
> nefastas dessa política neo-liberal que esta aí. O problema só pode
> ser corrigido pela liberação de verbas pelo estado para os números
> menos afortunados."

Dizem as más línguas q. um prefeito petista diria:

"Primo não é parente".

(O PT diz q. é intriga da oposição, p.e.:
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/caixa/cp070220011.htm)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: cigarras (era:Re: A energia da fisica moderna)
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/03/2002 16:34

--- In ciencialist@y..., "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@r...>
>
> -- As seis espécies de cigarras de periodicidade prima são
> norte-americanas -- Magicicada sp. Não sei se as espécies
brasileiras
> têm o mesmo hábito, mas provavelmente não. Há no mundo cerca de 1000
> espécies de cigarra e só algumas têm o período com número primo de
anos.
> > -- As cigarras passam a maior parte do tempo enterradas na forma
de
> ninfa, não de larva, como eu disse em minha mensagem. O ciclo é
assim:
> as cigarras adultas emergem na primavera. Copulam dentro de uma
semana
> e, alguns dias mais tarde, a fêmea põe de 400 a 600 ovos num buraco
que
> ela cava no tronco de uma árvore. As larvas nascem, caem no solo e
cavam
> até encontrar a raiz da árvore, onde fixam-se com auxílio das unhas.
> Começa a fase de ninfa, que dura muitos anos.
>

Faltou lembrar que, cumprida a gloriosa missão, elas caem mortas. A
sincronicidade, se não me engano, é regional, o que não deixa de ser
espantoso. Acho que larvas de cigarra poderiam ser usadas como um bom
relógio. Imagine, emergirem ao mesmo tempo (mesmo dia ou semana?)
depois de tantos anos. Será devido a um relógio biológico muito
preciso, ou a emersão seria catalisada por algum fator externo?

abraços,

André







SUBJECT: YahooGrupos fora do ar (administrador)
FROM: "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/03/2002 16:40

Encontrei por acaso essa informacao no site www.snopes.com ...

"Dear Yahoo! Groups Members,
The Yahoo! Groups service will be down Friday March 15 9:00 PM PST
(GMT-8) as we move our servers to a new facility. We expect the
service to be back up the morning of Sunday March 17.

During this time the web site will be unavailable and email will not
be delivered. (Some users may experience email non-delivery notices,
but all email should be delivered once service has resumed.) Please
note: once the service is back up, there will be email delays due to
backlog. We expect these delays to last no longer than 1 day. Please
do not re-send email to your group as it will only add to delays.

We apologize for any inconvenience this may cause.

The Yahoo! Groups Team "

Por enquanto tomo como verdadeira. Se descobrir que eh falsa,
retorno pra vcs.

Tambem nao sei em qual servidor deles a Ciencialist estah
arquivada... se eh nos EUA ou Brasil.

Mudancas drasticas no sistema sempre me deixam apreensivo, tomara
que nao aconteca nada com as mensagens gravadas.

Ateh
Luis Brudna - administrador da Ciencialist







SUBJECT: Re: RES: Teoria da Ignorancia
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/03/2002 16:44

--- In ciencialist@y..., "andrediasbaptista" <andrebaptista@u...>
> Mas vejam que isso já parece estar ocorrendo, pelo menos nos países
> ditos "civilizados" onde as mulheres são donas do próprio nariz. Um
> brucutu agressivo dificilmente tem chances com uma
> mulher "muderna".

No creo. (Sei la' se isso e' espanhol.)

Ao menos na aparencia, um Schwarzie ainda tem
bastante publico entre o mulherio -- claro, eu
ainda compro a ideia do padrao duplo de beleza
entre as mulheres.

> Pô, Takata. Você implica com o Hawking. Ele só está dando uma
> opinião, não formulando uma teoria genética.

Tbm tenho opinioes sobre fisica quantica q. podem (e
devem) ser tranquilamente ignoradas.

A culpa nao e' tto de Hawkins, mas mais dos q. ficam
dando atencao ao q. ele fala sobre isso...

> E se preocupar com a agressividade humana me parece legítimo.

Nao disse o contrario.

> pobres coitadas moradoras da favela, mas nesse Brasilzão ainda tem
> muita mulher "da sociedade" que acha normal levar bofetadas.

Piada (policiais morais, podem me prender):

"Congresso Mundial da Consciência Feminina e
Política de Pró-ação da Mulher. Discursam na
ordem uma representante do Grupo dos Direitos
da Mulher de Berlim, de Nova Iorque e de São
Paulo.
- Pois eu falar lá em casa, diz a alemã, não
lavo mais a louça. Passou um dia e não vi nada,
passaram dois dias e ainda não tinha visto nada,
no terceiro dia meu filha e meu marida começaram
a lavar a louça.
Ovação.
- E em casa eu dizer q. não lava mais a roupa.
Passou um dia e não vi nada, passou outro dia e
tbm não vi nada. No terceiro, meus irmão e meu
pai começaram a lavar a roupa.
Mais ovação após o discurso da americana.
- E lá em casa eu disse q. não passava, não
cozinhava e não fazia mais nada, disse a
brasileira. No primeiro dia não vi nada,
no segundo tbm não vi nada. No terceiro
meu olho começou a desinchar e passei a
ver um pouquinho."

(Como tem gente q. não entende. Não prego
a violência contra a mulher -- ou contra
qq pessoa.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Teoria da Ignorancia
FROM: "Silvio Cordeiro" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/03/2002 17:01

Alexandre:

Uma das maiores evidências de sua teoria da ignorância é o estudo de teologia: como
pode milhares de pessoas estudar, até em facultades públicas o conhecimento de deus
se a existância desse deus é simples matéria de fé? E o mais curioso é que os
teólogos até hoje andam se matando uns em nome de um cristo, outros de um mafamede...
sds,
silvio
In Darwin I Trust

From: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
Sent: Monday, March 11, 2002 1:54 PM
Subject: [ciencialist] Teoria da Ignorancia


Monte Everest na Grã-Bretanha? Alguns britânicos acham que sim.
****

Para contrapor (ou parodiar?) a Teoria do Conhecimento lanço a Teoria da Ignorância
pela qual o ser humano tende
a resistir às culturas que estão além das fronteiras de sua tribo.

Defendo a tese de que a mente humana não foi concebida para tratar de assuntos além
do cotidiano de caça-e-coleta
da tribo em que vive.

Comentários?

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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SUBJECT: Re: RES: Teoria da Ignorancia
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/03/2002 17:10

André:
> > Mas vejam que isso já parece estar ocorrendo, pelo menos nos
países
> > ditos "civilizados" onde as mulheres são donas do próprio nariz.
Um
> > brucutu agressivo dificilmente tem chances com uma
> > mulher "muderna".
>

Roberto:
> No creo. (Sei la' se isso e' espanhol.)
>
> Ao menos na aparencia, um Schwarzie ainda tem
> bastante publico entre o mulherio -- claro, eu
> ainda compro a ideia do padrao duplo de beleza
> entre as mulheres.
>


André:
Schwarzeneger não é um brucutu, mas sim um ator de cinema podre de
rico e aparentemente muito educado. Mas mesmo assim duvido que seja
um padrão de beleza para a maioria esmagadora das mulheres. Mas essa
comparação está fugindo um pouco do assunto: continuo mantendo que
uma mulher culta e esclarecida não se sente atraída por um homem
violento, do tipo que passa a mão na bunda, coça o saco e arrota na
cara dela.

Onde as mulheres podem escolher, e esse "poder" implica muitas
coisas, os homens violentos são descartados. Tente abordar uma sueca
com as táticas "agressivas" que fazem algum sucesso por aqui entre as
mulheres (sem auto-estima).

[]´s

André



SUBJECT: Mimosa ... nao eh OFF TOPIC
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/03/2002 17:23

Pegando o bonde andando: " Ilustre passageiro ..... que está a seu lado ..... quase morreu de bronquite .... salvou-o o Run Kreosotádo".

Para despistar o Brudna: Matematicamente, a quantidade de movimento angular (L) pode ser determinada pela expressão L = I.w ( I = momento de inércia e w = velocidade angular), tudo vetorial. Tal grandeza é indispensável na furadeira elétrica, no helicóptero, na criança que gira uma pedra presa ao barbante, no torque, nos piões etc.
A propósito, quem quiser saber o que é (essa parte vcs já sabem) e como funciona o LEVITRON (R), basta ver: www.feiradeciencias.com.br/sala13/13_36.asp .
Pronto, o Brudna já deve estar 'sastifeito'.

Depois que o Medeiros e irmão (como legumes que são) fizeram aquela 'salada' para chegar até o Johnson fico até comovido e alegre por propiciar a eles tão emocionante aventura ao rodar por Saint Paul City. Já têm mais experiência da vida. Claro, tudo relativo, lembro que certa pessoa chegou ao Medeiros e disse: --- Nossa Medeiros, como vc cresceu!. E ele respondeu cresci e encolhi. Antes eu batia no nariz de meu irmão ... agora bato no queixo! Esse é o Medeiros que agradeço pelos 'mimosos' esforços.

Bela sessão nostalgia essa que me apresentaram ... prá mim são apenas passagens bem recentes e moderníssimas. Gostaria de lhes falar, isso sim, de meu mamute de estimação. Que belo animal, que presas!

[]'
Léo
PS: meu primeiro sêmem foi perdido olhando uma linda chipanzé que se vestia com uma tanga de pele de LEOpardo.
=======================
=================


>Alexandre Medeiros: Agora te peguei! Nasci em 1970. Mas sou da geração
dos vidiotas que foram criados em frente a TV desde a mais tenra idade.
Mas nem por isso fiquei louco, pode perguntar pro Kovalski (é meu amigo
invisível).<

Eu poderia ser seu pai, isto é, se o primeiro sêmen derramado sobre o
anúncio do Soutien De Millus na Revista Cláudia tivesse sido melhor
aproveitado (Precisávamos apelar. Não havia essa fartura de imagens de
hoje, com a Internet). Não fique se achando muito novo, não. Trinta e
dois já dá direito de ingresso no clube dos Velhinhos Transviados.

(E eu que reclamei com o Brudna sobre os OFF TOPIC? Melhor parar.)


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SUBJECT: RE: [ciencialist] Teoria da Ignorancia
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/03/2002 18:58

TAKATA:
>"Congresso Mundial da Consciência Feminina e
Política de Pró-ação da Mulher. [...] [Discurso
da representante do Grupo dos Direitos
da Mulher de São Paulo]:

- E lá em casa eu disse q. não passava, não
cozinhava e não fazia mais nada, disse a
brasileira. No primeiro dia não vi nada,
no segundo tbm não vi nada. No terceiro
meu olho começou a desinchar e passei a
ver um pouquinho."<

Takata, se é uma representante brasileira num congresso internacional é
porque ela tem curso universitário, e, portanto, é de classe média.
Sendo assim, raras vezes têm a oportunidade de limpar a casa, passar
roupa e lavar a louça (cozinhar talvez), porque a empregada faz isso. Eu
tinha uma amiga que escrevia artigos feministas no jornal que ficava p.
da vida quando eu dizia que ela não sabia o que era enfiar a mão no ralo
da pia para tirar aquela gosma que fica depois de lavar a louça. Era
verdade.

Mesmo sob o risco de ser apedrejado, eu digo: a mulher de classe média
no Brasil é uma madame comparada com suas colegas dos países de primeiro
mundo. As americanas, canadenses, alemãs, holandesas, francesas têm
jornada dupla, felizmente com a ajuda -- nem sempre 50/50 -- do marido.
Uma faxineira nos EUA custa 70 dólares por meio período. O salário
mínimo é $5.15/hora, mas ninguém trabalha por menos de $9.00/hora, o que
dá uns 1400 dólares por mês. Só os muito ricos têm empregada.

A história da representante do Brasil da piada só é verossímil se for
contada pela empregada.

Colucci



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mulheres na lista
FROM: "Danni Morais" <ardm@unisys.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/03/2002 19:32

o fato de eu ter chamado o homem brasileiro de primitivo (observe que sempre disse que havia exceçoes) nao foi um preconceito. o prefixo "pre" dá um sentido de dizer antes de saber. eu disse já sabendo pela atitude de alguns homens tomada aqui na lista. nunca disse que alguem era primitivo para atacar, e sim para defender a imagem da mulher que foi retratada de maneira menos inteligente da do homem aqui na lista em certas mensagens. isso nao é preconceito.

como a maioria das pessoas, voce expoe sua menasagem no geral. eu nunca disse que todos os homens sao preconceituosos ou machistas ou primitivos, ate porque conheço uns que nao sao. tive muito cuidado para nao generalizar tudo na minhas mensagens (exatamente levando em consideraçao os que nao sao), entao, por favor, cuidado para nao generalizar em suas.

nao sou feminista, sou humanista, disse em minhas mensagens que pensava nas pessoas como seres humanos e depois em seus sexos. nao acho que as mulheres sao melhores ou os homens. acho que existem mulheres inteligentes e homens inteligentes e mulheres burras e homens burras. adoro os homens, precisamos muito deles, e vice-versa. o seu humano precisa um do outro.

quanto ao penis masculino, nao estou atrasada. conheco muitos homens que ainda encanam com isso. encanam ate em dizer que um homem é bonito, coisa que as mulheres fazem sem nenhum problema (em relacao a outras mulheres). isso acontece porque o homem na sociedade de hoje tem que impor um certo estereotipo, mas isso já é outro assunto.

sobre sua explicacao de mulheres loiras, bem, cada um tem sua opiniao, ate mesmos os bioologos evolutivos. uma morena, por exmplo, em um pais onde as loiras sao comuns, fazem muito sucesso, já conheci ate uma sueca que pintou o cavbelo de preto. entao a teoria dos seus biologos evolutivos vem por agua a baixo. que eu saiba essa historia de loira comecou com a marilyn monroe, mas posso estar enganada.

já ouviu falar no ditado "quem ama o feio bonito lhe parece"? pois é, por isso disse que beleza é relativo, principalmente para as pessoas que sao mais atraidas pela beleza interior mais do que a exterior (sim rapazes frotianos, isso existe).

dou muita validade 'a pesquisas, mas lembre-se que sao feitas usando estatisticas pois é muito dificil (para nao dizer impossivel) fazer uma experiencia com todos os individuos do mundo. e estatistica, bem, é probablidade (nao dizendo mal dessa parate da matematica, é claro). é por isso que temos pesquisas atras de pesquisas, uma desmentindo a outra. mas, é claro, sao sempre validas.

é claro que já sabia dessa pesquisa que liga a beleza com simetria (ja passou ate no "fantastico" se nao me engano), mas muitas amigas minhas tem namorados que acham lindos e que nao sao bonitos para mim. caras musculosos para mim, por exemplo, sao horriveis. prefiro muito mais um magrinho nao malhado, o que é o cumulo para uma mulher que fica malhando todo dia na academia. acho que nessa questao de beleza, a ciencia ainda nao descobriu toda a verdade. por isso eu disse (e é minha opiniao somente) que gosto é relativo, até em beleza. nao acredite em pesquisas 100%, para tudo existe uma exceçao.

"Beleza humana envolve ainda indicadores de fertilidade (ex: relação quadril/cintura) e inteligência (ex: habilidades linguísticas)." -- entao sera que voce pode me explicar por que a mulher considerada bonita tem fama de burra?

----- Original Message -----
From: Raul Sturari Jr.
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, March 10, 2002 7:52 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Mulheres na lista


Engraçado você, que tanto repudia o preconceito, chamar o homem brasileiro de primitivo. Caso não tenha percebido, isso também é um preconceito. E além do mais, você consegue imaginar uma sociedade na qual os homens sejam primitivos, ignorantes e estúpidos e as mulheres, por sua vez, educadas, cultas e modernas? Me parece bastante contraditório.

Acho que você está um pouco atrasada. Essa preocupação do homem com o tamanho do pênis é uma grande sacanagem feminina. Se as mulheres do pleistosceno não dessem bola para o tamanho do pênis, nós não teríamos essa preocupação.


Na verdade não é bem assim. A mulher loira atrai os homens, em média, porque esse é um indicativo de juventude, segundo alguns psicólogos evolutivos. Crianças geralmente possuem os cabelos mais claros, que escurecem com o passar do tempo. Isso explicaria também a tendência das mulheres em pintar o cabelo de loiro quando estão envelhecendo.

Sou obrigado a discordar novamente de você. Pesquisas envolvendo indivíduos de diversas regiões do mundo, demonstram que há uma preferência universal pela simetria nas feições corporais. Isso porque ela é um indicador razoável de aptidão genética. Até mesmo insetos buscam "simetria" no parceiro sexual. "Beleza" na verdade, é a maneira através da qual o corpo humano revela sua saúde genética. Indivíduos com cromossomopatias, por exemplo, são em geral assimetricos. Beleza humana envolve ainda indicadores de fertilidade (ex: relação quadril/cintura) e inteligência (ex: habilidades linguísticas).





[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Teoria da Ignorancia
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/03/2002 19:45

--- In ciencialist@y..., "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@r...>
wrote:

> Mesmo sob o risco de ser apedrejado, eu digo: a mulher de classe
média
> no Brasil é uma madame comparada com suas colegas dos países de
primeiro
> mundo.

Eu digo isso para minha esposa e ela acha ótimo. Não há porque haver
apedrejamento. Agora quem vai entrar na linha de tiro sou eu: Afirmo
que não é ético uma mulher de classe média brasileira meter a mão no
tanque e lavar louça se ela tiver condições de contratar uma
empregada. Com tantas pessoas desempregadas ou subempregadas, não é
certo "roubar" o trabalho, e por conseguinte a renda de uma pessoa
necessitada. Na suiça existe uma lei que tem um espírito parecido, lá
você não pode reformar ou pintar sua casa por conta própria, por que
está tirando o emprego de um especialista e deixando de pagar os
impostos correspondentes. Claro que a existência de pessoas que se
submetem a trabalhar por tão pouco não é uma coisa boa em si, melhor
seria se houvessem empregos melhores para essas pessoas. Mas já que
não existem, uma das melhores coisas que podemos fazer no curto prazo
é dar emprego a essas pessoas.

que venham as pedradas.

[]'s

André Baptista




SUBJECT: Re: [ciencialist] Oh, mulheres, esqueci!
FROM: "Danni Morais" <ardm@unisys.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/03/2002 20:09

Leo, tb nao concordo com dia especial ou qualquer lei especial, para falar a verdarde nao concordo com nada imposto. acho que as coisas tem que fluir naturalmente e pelo desempenho de cada um. mas voce tem que concordar que nao sao todos que pensam assim e, como voce mesmo disse, a sociedade ainda discrimina a mulher, e em grande escala. e, se nao houverem leis ou movimentos feministas isso nunca iria mudar. as leis sao feitas de acordo com a necessidade do momento. no futuro, quando o pensamento retrogado em relaçao as mulheres tiver passado, provavelmente as leis serao diferentes e nao havera regalias. nao é questao de ser sexo fragil, isso nao existe, é mais uma coisa do passado quando as coisas tinham que ser feitas a base da força. é questao de defender o que ainda é muito discriminado.

uma sociedade perfeita, em minha opiniao, seria anarquica. nada imposto. mas é muito dificil quando o ser humano ainda nao tem noçao que que é certo ou errado e sempre machucam uns aos outros. uma sociedade onde só o potencial de cada pessoa fosse o medidor de conseguir bons trabalhos e lugares na vida seria ideal, mas sabemos que nao é assim. minha irma, por exemplo, perdeu há dois anos um trabalho dentro de uma empresa bem conhecida exatamente porque era mulher e, pasme, se veste bem (nao estou de sacanagem: uma pessoa dentro da empresa confirmou isso a ela depois) e essas duas "caracteristicas" foram o diferencial para nao a a contratarem (eles contrataram um homem). ela foi para outra empresa e ano passado a mesma empresa quis contrata-la pelo "seu bom desempenho" na empresa concorrente. isso mostra que o estereotipo da mulher bonita e burra ainda reina. e, infelizmente, isso esta associado ao potencial de uma mulher.

entenda que nao estou aqui para dizer que a mulher é melhor ou que tem que ter regalias. madame curie foi uma em milhao. se o movimento feminista nao tivesse ocorrido, provavelmente muitas mulheres nao teriam chegado no podio. o que quero dizer é, assim como existe o estatuto da criança que as protegem, certas leis tem que ser impostas para diminuir o preconceito. é claro que é polemico, ,mas temos que partir de algum ponto. infelizemnte nao sao todos que veem o ser humano em primeiro lugar (só como ser humano). e acho que a sua imagem de teorias feministas esta mesio deturbada: feminista que é feminista nunca se acha coitadinha ou do sexo fragil.... isso é uma interpretaçao erronea.


quanto aos seus comentarios que foram "mal interpretados", eu nao te conheco pessoalmente entao so posso te conhecer atraves do que voce escreve. se voce escreve um texto ofendendo a inteligencia feminina, mesmo que de brincadeira, eu, ou qualquer outra mulher, nao posso adivinhar que se trata de uma brincadeira. vou pensar que se trata apenas de mais um homem entre muitas nessa nossa sociedade em que o homem ainda se sente o rei da selva.

queria muito que fosse como voce disse, pelo potencial da pessoa, mas sabemos muito bem (pelo menos as mulheres que sofrem na pele) que nao é bem assim. nao estou me fazendo de coitadinha, só quero que parem com essa conversa de que mulher é menos capacitada, que mulher bonita é burra e que mulher loira é burra. o minimo que podemos esperar, pelo menos, é que pessoas que tiveram uma educaçao mais avantajada como,k teoricamente, as pessoas dessa lista, é que tivessem uma mente mais aberta e pudessem ver a vida com mais clareza e pudessem passar por cima de estereotipos que sao frutos de ignorancia.






----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, March 10, 2002 7:08 PM
Subject: Re: [ciencialist] Oh, mulheres, esqueci!


Bulcão 'espiritualiza':


>esqueci de comentar sobre o dia internacional da mulher.

Nós, homens, achando que seria muito injusto que todos os 365 dias do
ano fossem "dias do homem", nos reunimos e deliberamos em conceder um
dia (oito de março) para vocês. Afinal, vocês são frutos da nossa
costela.

Espero que vocês, mulheres, não retribuam esse nosso ato de
generosidade com ingratidão.<

É isso que desaprovo. É difícil colocar a idéia em texto dada a delicadeza da coisa.
Poderia dar minhas 'tradicionais cutucadas', usando do texto do amigo Bulcão dizendo que, "as mulheres querem tanto se equiparar aos homens que um de seus maiores desejos é tb ter uma 'costela a menos'".
Meus comentários a respeito das mulheres, mal interpretados como o foram até agora, querem dizer, no fundo, que não sou a favor 'de regalias especiais'. Não concordo com a 'concessão' dos homens em dedicar um dia especial ás mulheres, também não concordo com a 'lei' de que 'tantos por centos dos deputados etc' devem ser mulheres. Elas que conquistem seu lugar ao sol sem essa de dizer 'coitadinhas, como são relegadas'. Elas que lutem e façam por merecer, como os outros e muitas outras o fizeram.
Só dois personagens foram agraciados duas vezes com o Nobel e um deles é a mulher Madame Curie. Isso é conseguir seu lugar ao sol. Ninguém disse "coitadinha da madame, vamos lhe dar os prêmios porque é mulher".
A mulher está realizando uma árdua luta para a merecida conquista 'das igualdades'. Meus aplausos. Recentemente fizeram um Congresso de Físicas, novo aplauso. Isso é luta, isso é conquista.
Vejam se me entendem. Não tenho nada contra as mulheres, não tenha nada contra ninguém que queira vencer. Sou contra essas 'teorias feministas' de vencer 'por decreto', porque a lei quer assim, porque devemos temos um dia dedicado a nós, porque nós somos marginalizadas, em suma, porque somos as coitadinhas.
Meus respeitos a todas as mulheres que lutam, seja no lar ou nos trabalhos externos. Mas, não contem comigo para enaltece-las a partir de 'coitadinhas, são mulheres' ou 'ora, vamos dar uma colher de chá pois são do sexo frágil ou 'vamos votar nela para que lá tenhamos mais mulheres' ou quaisquer outros chavões do gênero. Prá mim todos da espécie humana já são iguais; por que alguns (algumas) querem ser 'mais iguais'? Voltamos ao 'revolução dos bichos'?
A sociedade discrimina a mulher?
Sim. Isso é um fato. E muito contra meu gosto!
E, por isso, vamos acabar com a discriminação na base do 'coitadinhas' ou por 'lei'?
Não.
Continuem lutando ... e contem com meu apoio.

Não sei se me fiz entender, de qualquer modo toda pedrada é bem vinda.

[]'
Léo
PS: acabei de retornar do rancho, comecei por comentar essa mensagem por ser a mais difícil. Agora vamos ao Coloca, Mesquita, Taborda ... , agora é moleza ... é apenas ciência.




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mulheres na lista
FROM: "Danni Morais" <ardm@unisys.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/03/2002 20:14

concordo e nao quero mais me extender juito nesse assunto (tenho certeza que muitos ja devem estar de saco cheio), mas aposto que voce nunca perdeu uma chance de emprego por ser oriental ou foi prejudicado em alguma outra maneira por sua descedencia. isso acontece com as mulheres. nao é apenas dizer, e aí é onde mora a diferença.

daniela.


Comete-se um equivoco ou por ser uma piada
e portanto nao ha' razoes de se interpretar
isso como agressao. Ou por agressao, nesse
caso e' algo idiota e nao deve me atingir.
Ou por estupidez -- nesse caso devo tentar
corrigi-lo.

Mas enfim, isso e' interpretacao minha e
cada um vê isso do modo como mais lhe
convém.




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mulheres na lista
FROM: "Danni Morais" <ardm@unisys.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/03/2002 20:26

madonna tb clareia o cabelo (e fica loirissimo, diga-se de passagem) e no entanto tem QI muitissimo elevado (se bem que o QE é que esta na moda agora...).

acho que mesmo as loiras artificiais, ate mesmo na tv, tem seu conteudo. é claro que umas tem mais, outras menos, e outrissimas querem mesmo é ser mais uma macaca como voce situou porque esse é o padrao da tv (novamente o chatinho do estereotipo). mas nao generalize dizendo que todas as mulheres com cabelos pintados sao burras. mulher adora pintar o cabelo (eu ja fui ate ruiva), nao tem nada demais cuidar da beleza a nao ser que isso vire uma obsessao e te prenda em relacao a fazer coisas mais importantes. mas é fato que muitas pessoas se prendem a beleza (nao so as mulheres).

e nao acredite que sharon stone tem o cabelo natural. muitas "loiras" colorem os cabelos para acentuar o brilho ou a cor. ainda mais ela que é atriz e tem que mudar o tom do cabelo para certos papeis. depois que voce colore o cabelo, é dificil voltar ao tom natural, a nao ser que cresça todo o cabelo de novo e voce corte o que foi pintado, mas ninguem vai ficar com o cabelo de duas cores esperando-o crecer ate o tamanho ideal. bem, tem umas ate que ficam.



> -----Mensagem original-----
> De: Danni Morais [mailto:ardm@unisys.com.br]
>
> em tempo: o preconceito com a mulher loira vem do "bonita e
> burra" (sendo a mulher loira considerada bonita porque chama
> mais atençao). outro preconceito, já que beleza é totalmente
> relativo ( ser loira tb....).

Vc está parcialmente correta. O preconceito com a mulher loira
vem do... hmmm...

Em primeiro lugar, a esmagadora maioria das mulheres de cabelo amarelo
não são loiras... Clareiam o cabelo, fazem tratamento para ficar
mais "blondies", etc...

São aquelas que aparecem na mídia e contribuiram para o merecido
estereótipo "loira burra". Elas não são nem nunca serão loiras. São macacas
que querem se parecer com a "raça superior" (sic!). Faltam com respeito
ao povo brasileiro especialmente miscigenado.

Guardadas as proporções, pintar o cabelo de loira pode também
significar baixa auto-estima, além de negação e repúdio com relação à origem
negra e/ou indígena.

Loira é a Sharon Stone, que aliás tem uma inteligência primorosa!

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mulheres na lista
FROM: "Danni Morais" <ardm@unisys.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/03/2002 20:36

roberto, é exatamente por isso que nao me sinto bem quando escrevo cada mensagem nesse topico. sinto que estou apenas colocando mais combustivel na discussao, mas é muito dificil nao me expressar sobre isso. levo muitas coisas na esportiva, mas a questao de "inferioridade das mulheres" nao dá para engulir. nao acho que um homem consegue entender a posicao da mulher nessa discussao porque nunca sobreu esse tipo de preconceito na pele (nao coloco a palavra "exceçao" aqui porque acho que um homem pode se identificar com a "causa" por nao gostar de preconceito, mas nao entende-la), por isso comopreendo sua posiçao.
mas obrigado por suas palavras, e prometo que vou tentar me conter em escrever mensagens sobre isso porque já deve estar chateando alguns de voces. se fosse uma discussao que chegariamos em algum lugar continuaria, mas nao é o caso aqui.

abraços,
daniela.
----- Original Message -----
From: rmtakata
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, March 11, 2002 9:08 AM
Subject: [ciencialist] Re: Mulheres na lista


Danni,

nao ligue pra isso.

O q. os motiva e' menos um sentimento misogino
do q. o prazer de espicaçar.

Ver alguem fulo da vida e' um tipo de
diversao q. tendemos a nao achar tao
divertida qdo o alvo somos nos.

Mas enfim, um dos combustiveis e' a
reacao do provocado.

Claro, talvez seja demais pedir pra
se levar na esportiva.

[]s,

Roberto Takata

--- In ciencialist@y..., "Danni Morais" <ardm@u...> wrote:
> nao vou mais responder os seus emails, pq é perda de tempo.
infelizmente quando a personalidade está formada é dificil mudar,
especialmente uma personalidade estereotipada como a sua. voce é um
preconceito atras de preconceito e deve fazer muito menos do que fala.
>
> e se informe melhor: neuronios na da tem a ver com melanina.
>
> e se o unico argumento que vc encontrou para fechar essa discussao
foi esse do seu ultimo email, dá para constatar claramente que na
verdade lhe faltam idéias. E inteligencia.



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Teoria da Ignorancia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/03/2002 20:40

Colucci:
> Mesmo sob o risco de ser apedrejado, eu digo: a mulher de classe
média
> no Brasil é uma madame comparada com suas colegas dos países de
primeiro
> mundo.

André:
Eu digo isso para minha esposa e ela acha ótimo. Não há porque haver
apedrejamento. Agora quem vai entrar na linha de tiro sou eu: Afirmo
que não é ético uma mulher de classe média brasileira meter a mão no
tanque e lavar louça se ela tiver condições de contratar uma
empregada. Com tantas pessoas desempregadas ou subempregadas, não é
certo "roubar" o trabalho, e por conseguinte a renda de uma pessoa
necessitada. Na suiça existe uma lei que tem um espírito parecido, lá
você não pode reformar ou pintar sua casa por conta própria, por que
está tirando o emprego de um especialista e deixando de pagar os
impostos correspondentes. Claro que a existência de pessoas que se
submetem a trabalhar por tão pouco não é uma coisa boa em si, melhor
seria se houvessem empregos melhores para essas pessoas. Mas já que
não existem, uma das melhores coisas que podemos fazer no curto prazo
é dar emprego a essas pessoas.

que venham as pedradas.

[]'s


Léo:

Estou sumariamente perdido.
Aqui em casa sou eu quem limpa a piscina, conserta o motor se pifar, conserta a geladeira, fogão, TV, vídeo, micro, impressora, scanner, webcam, zip-driver, coloca quadros, troca torneiras, passa o cortador de grama elétrico no gramado, planta, colhe, conserta os brinquedos dos filhos, faz as mesas de trabalho e bancadas, faz o caldo de cana, colhe as acerolas, as bananas, as laranjas, as uvaias, as carambolas, as pinhas, os jambos, as cajamangas, as mangas, as uvas, faz sucos, leva as crianças para o Inglês, a Bia pro balé, o Guto pro judô, instala antena, ajusta ... e depois vou pro rancho ... e lá começa tudo de novo, e até pesco! Nos intervalos faço o Imperdível.
E agora estou indo pro Rotary ...... tiau.

[]'
Léo
============



SUBJECT: Re: [ciencialist] Apresentação
FROM: "Danni Morais" <ardm@unisys.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/03/2002 21:00

>----- Original Message -----
>From: André Roncolato Siano
>To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>Sent: Monday, March 11, 2002 4:40 PM
>Subject: RES: [ciencialist] Apresentação
>
>Acho que os únicos "demônios" da Ciência são as sombras daqueles
>traumas....:)
>A própria ciência era tão discriminativa e mais ainda que a estrutura
>contextual da época, que o cientista era considerado - como os filósofos -
>"entidades" superiores aos demais.....rs a exemplo o médico dizia onde tinha
>que cortar, mas não punha a mão pois não podia se sujeitar a tal coisa, e o
>açougueiro, ops, o cirurgião, cortava...

acho que depende em que demonios voce se refere. ao dizer que "o cristianismo libertou os demonios" interepretei os demonios como as coisas que agustiam os homens e o funcionamento do universo em sua volta. nisso, o cristianinsmo nao libertou em nada, pelo contrario, foi a ciencia que libertou desmentindo inferno, pecado original e todos as "metaforas" (ou para alguns os lugares) que há muito tempo assombravam a mente humana atraves da religiao.


>Acreditar num DÓGMA ou numa doutrina é uma opção que de maneira nehuma
>influencia em fazer ciência (!)

no meu ponto de vista influencia, porque muitos religiosos que acreditam nesses dogmas poderiam se libertar (como eu me libertei) e se dedicarem a ciencia, ou seja, a fazerem ciencia. os religiosos normalmente tem um pe atras com a ciencia (geralmente alimentado pela propria religiao) e por isso vao repudia-la sem mesmo se preocuparem em conhe-la antes para depois tirarem suas conclusoes, mas é claro adoram se benefiar dela.

>>isso é fruto de uma falha da divulgaçao
>>cientifica, da educaçao que nao dá enfase a ciencia ou
>>nao sabe ensina-la e da falta de coragem humana. Este
>>ultimo, por incrivel que pareça, é o mais dificil de ser
>>mudado.

>Realmente esse seu pensamento precisa de exorcismo!.....rs

aposto que o mesmo exorcismo que aparece na biblia em relaçao aos loucos, he he...

>Dani, um abração e se livre dos "demônios" que a assombram....
>
>RONCOLATO

igualmente,
daniela.




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: Teoria da Ignorancia
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/03/2002 22:56

>André Baptista: Afirmo que não é ético uma mulher de classe média
brasileira meter a mão no tanque e lavar louça se ela tiver condições de
contratar uma empregada. Com tantas pessoas desempregadas ou
subempregadas, não é certo "roubar" o trabalho, e por conseguinte a
renda de uma pessoa necessitada.<

André,

O que eu disse sobre as mulheres de classe média brasileira -- que são
madames -- foi só uma constatação, não um juízo de valor. Acho que a
questão é complicada, e eu não tenho nenhuma sugestão de como
resolvê-la. Em algum ponto temos de traçar a linha divisória entre a
oportunidade de trabalho e a exploração, que cria uma situação bastante
conveniente para quem emprega.

Tomemos como exemplo três situações, só para ilustrar o argumento.
Situação 1: No Canadá tínhamos uma faxineira a 70 dólares por dia. Ela
vinha dirigindo o próprio carro, que era mais novo do que o meu, trazia
o próprio almoço e ficava pouco mais de meio período. Era uma relação
justa de troca. Situação 2: No Brasil tínhamos empregada, e embora já
tenhamos saído do país há muito tempo, ainda temos. É que ela já está
com alguma idade, tem problemas de coluna e não consegue arranjar outro
emprego. Continuamos a pagar o seu salário mesmo morando aqui, pois ela
trabalhou para nós por 16 anos e se a despedirmos ela fica sem fonte de
renda, pois não tem tempo de aposentadoria. É uma empregada com
previdência privada. Situação 3: Na África e em certos países do oriente
médio crianças são vendidas como escravas. A lógica de quem as compra é
que sem um dono elas morreriam de fome, o que em muitos casos é verdade.

Eu acho que, do jeito que está, o trabalho doméstico no Brasil contribui
para o aviltamento do trabalho em geral. São poucas as empregadas com
registro em carteira, férias e décimo terceiro. São menos ainda as que
ganham um salário decente. A relação com a empregada, quando boa, é
paternalista. Quando não é paternalista, é tensa.

Colucci




SUBJECT: Re: Teoria da Ignorancia
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/03/2002 08:21

--- In ciencialist@y..., "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@r...
>
> A história da representante do Brasil da piada só é verossímil se
> for contada pela empregada.

Nao acho q. uma piada do tipo:
"E no elevador tinha um papagaio, um anao
de circo, papai noel e um gaucho macho..."
tenha qq intensao de verossimilitude.

(Todos sabemos q. nao existem gauchos
machos.)

(Adema, Lula nao tem curso superior, mas
faz conferências mundo afora. Ok, Lula nao
e' mulher, e' so' um sapo barbudo.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Mulheres na lista
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/03/2002 08:30

> -----Mensagem original-----
> De: Danni Morais [mailto:ardm@unisys.com.br]
>
> roberto, é exatamente por isso que nao me sinto bem quando
> escrevo cada mensagem nesse topico. sinto que estou apenas
> colocando mais combustivel na discussao, mas é muito dificil
> nao me expressar sobre isso. levo muitas coisas na esportiva,
> mas a questao de "inferioridade das mulheres" nao dá para
> engulir. nao acho que um homem consegue entender a posicao da
> mulher nessa discussao porque nunca sobreu esse tipo de
> preconceito na pele (nao coloco a palavra "exceçao" aqui
> porque acho que um homem pode se identificar com a "causa"
> por nao gostar de preconceito, mas nao entende-la), por isso
> comopreendo sua posiçao.

O homem não sofre discriminação por ser homem? Vc tem certeza
disso? Absoluta certeza disso?

Ainda hoje o homem tem de ser visto como o provedor do lar, coisa
que não corresponde à realidade, pois as mulheres respondem pela
chefia em pelo menos 50% das famílias brasileiras (esse número é
antigo, hoje talvez seja maior). O homem que ganha menos que a esposa
é discriminado, principalmente pela família dela.

Isso aconteceu comigo numa época de vacas magras, e eu tive
de engolir insultos bastante cínicos de um monte de gente que
eu considerava culta e evoluída.

O homem também não pode se dar ao luxo de ter crise de
nervos, senão é frouxo.

A pressão por alcançar posições sociais é muito maior sobre o
homem que sobre a mulher.

Definitivamente -- à parte os discursos feministas -- a sociedade
está longe de tratar homens e mulheres em pé de igualdade.
Ambos os lados sofrem discriminação, pois a sociedade, de uma
forma subconsciente não tolera que homens façam o trabalho que
ela considera típico da mulher e vice-versa.

A verdade é que a pressão e a cobrança sobre os homens é
muitíssimo maior que sobre as mulheres.

Fazer faculdade e ser gerente da firma é obrigação para os homens;
para as mulheres é lucro.

Quero deixar bem claro que não concordo com esse quadro, estou
apenas descrevendo fatos.

Então? O homem é ou não discriminado?

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Mulheres na lista
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/03/2002 08:33

--- In ciencialist@y..., "Danni Morais" <ardm@u...> wrote:
> nunca perdeu uma chance de emprego por ser oriental ou foi
> prejudicado em alguma outra maneira por sua descedencia.

Bem, ate' ai' vc ja' perdeu algum emprego?

Depende do q. se entende por ser prejudicado --
se for do tipo: 'e' sofrer o q. eu sofri',
por definicao nunca terei sido prejudicado
por nenhuma outra optica alem da minha.

Talvez considerem um preconceito positivo
idiotices como: japones garantido, no?
mate um japa e garanta a sua vaga... eu
duvido da existencia de preconceitos positivos.

De todo modo ja' fui socialmente excluido por
nao pertencer ao grupo dominante. So' nao
acho q. seja esse o criterio para se ganhar
o direito de entender os problemas gerados
pelo preconceito e discriminacao de qq especie.
(O senador Suplicy, por mim, esta' plenamente
gabaritado para discutir sobre isso -- so' nao
teria muita paciencia de ouvi-lo, mas isso
e' outra historia.)

(Embalar tudo no saco de 'oriental' tbm
e' uma forma de discriminacao -- destroi-se
a identidade do grupo de origem ao mesmo
tempo q. segrega do grupo local. Ha' mais
diferencas entre a cultura japonesa e a
indiana do q. entre a italiana e a americana.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Mulheres na lista
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/03/2002 08:47

--- In ciencialist@y..., "Danni Morais" <ardm@u...> wrote:
> o fato de eu ter chamado o homem brasileiro de primitivo (observe
> que sempre disse que havia exceçoes) nao foi um preconceito. o
> prefixo "pre" dá um sentido de dizer antes de saber.

nao necessariamente. originalmente apenas, e de fato ainda e'
uma das acepcoes validas para o termo, o 'pre' tinha
algo a ver com 'anterioridade'.

Mas a acepcao aqui empregada tem mais a ver com o significado
em sociologia: um conceito de valor, baseado em crenca pessoal
ou de grupo, generalizante, indicando apreço ou desapreço em
relacao a uma dada pessoa ou grupo de pessoas. Isso independe
de ser pre ou pos.

De todo modo, nao vejo preconceito de sua parte em
generalizar - 'homens brasileiros sao primitivos'.

Do mesmo modo como a acepcao mais usual de "prejuizo" nao
indica um juizo antecipado. Embora tbm seja uma das
acepcoes ainda consideradas validas.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Teoria da Ignorancia
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/03/2002 12:03

Olá Colucci

--- In ciencialist@y..., "Jose Colucci Jr." <j.colucci@r...> wrote:
> Eu acho que, do jeito que está, o trabalho doméstico no Brasil
contribui
> para o aviltamento do trabalho em geral. São poucas as empregadas
com
> registro em carteira, férias e décimo terceiro. São menos ainda as
que
> ganham um salário decente. A relação com a empregada, quando boa, é
> paternalista. Quando não é paternalista, é tensa.
>


Entendi que você não quis fazer nenhum juízo de valor. Mas com a
comparação é inevitável que nos sintamos culpados por contar com a
ajuda de pessoas que nos ajudam tanto por tão pouco. A questão
do "salário decente" é complicada. Eu, por exemplo, posso pagar
R$500,00 para uma empregada ou R$250,00 para duas. Se tiver que pagar
R1.000,00, por exemplo, que seria um salário decente, seria forçado
a "meter a mao na massa" e me virar sozinho. Em São Paulo tinha uma
empregada, aqui em Maceió tenho duas. Podia pagar o dobro para uma e
despedir a outra. Uma empregada que ganhe 300,00 ou 400,00, por
exemplo, pode contratar outra por 100,00 para cuidar da casa e das
crianças enquanto ela está trabalhando. Cada dona de casa paga o
quanto pode. Claro, se o sujeito vai esquiar em Aspen todas as férias
e paga um salário de fome pros empregados, aí podemos dizer que há
exploração.

Só fazendo uma analogia: os americanos fazem seu trabalho doméstico,
é certo, mas não fabricam seus tênis e suas maquinas fotográficas,
não costuram suas roupas - preferem fabricá-las na Ásia, pagando
salários "aviltantes" também. (Não que isso seja ruim para a Ásia,
pelo contrário - pior que ser explorado pelo capitalismo é não ser
explorado pelo capitalismo). Só não inventaram um jeito de exportar o
trabalho doméstico.

Mas sabe o que realmente me incomoda? É o esporte nacional das donas
de casa brasileiras - reclamar das empregadas e chamá-las de "mal
necessário" - isso sim é aviltante.


[]´s

André



SUBJECT: Re: Teoria da Ignorancia
FROM: "manuelbulcao" <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/03/2002 12:08

--- Em ciencialist@y..., "San Martin" <c.f.a@u...> escreveu
> A diferença entre bilhões para milhões, assim como ocorreu com o
Homem, é o
> tempo necessário para que as baratas evoluam a ponto de tomar
consciência
> de que são os seres dominantes e igualmente tempo suficiente para
aparecer
> outras formas de vida no planeta.
> Ao evoluírem, portanto tomarem ciência, começarão a fazer perguntas
do tipo:
> - De onde viemos?
> - Para onde vamos?

Manuel: O problema com os insetos é que a sua forma de respiração
(por meio da invaginação de sua superfície externa) constitui um
limite para o seu crescimento. Num inseto do tamanho de um gato, o
número de invaginações seria tão grande que não haveria espaço para
órgãos internos.

Esse limite intransponível ao seu aumento de tamanho é, também, um
limite ao desenvolvimento do seu cérebro. Claro, é o
tamanho "relativo" do cérebro que conta, mas creio que, aquém de um
volume X do cérebro, e independentemente de tudo mais, é muito pouco
provável que venha a surgir faculdades mentais como a presciência, a
consciência, etc.

[]s
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: Teoria da Ignorancia
FROM: "manuelbulcao" <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/03/2002 12:32

--- Em ciencialist@y..., "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@r...>
escreveu
> Takata, se é uma representante brasileira num congresso
internacional é
> porque ela tem curso universitário, e, portanto, é de classe média.
> Sendo assim, raras vezes têm a oportunidade de limpar a casa, passar
> roupa e lavar a louça (cozinhar talvez), porque a empregada faz
isso.

Manuel: A empregada estava varrendo a sala de estar quando viu na TV
o anúncio: "E agora, no ar, TV Mulher". A empregada então
gritou: "Patroa, o seu programa vai começar!"

[]s
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: Teoria da Ignorancia
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/03/2002 12:45

--- In ciencialist@y..., "manuelbulcao" <manuelbulcao@u...> wrote:
> Manuel: O problema com os insetos é que a sua forma de respiração
> (por meio da invaginação de sua superfície externa) constitui um
> limite para o seu crescimento.

Nos, os vertebrados, tbm temos um sistema de invaginacao da
superficie externa para a respiracao...

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Teoria da Ignorancia
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/03/2002 14:00

--- In ciencialist@y..., "manuelbulcao" <manuelbulcao@u...> wrote:
> Manuel: O problema com os insetos é que a sua forma de respiração
> (por meio da invaginação de sua superfície externa) constitui um
> limite para o seu crescimento. Num inseto do tamanho de um gato, o
> número de invaginações seria tão grande que não haveria espaço para
> órgãos internos.
>
> Esse limite intransponível ao seu aumento de tamanho é, também, um
> limite ao desenvolvimento do seu cérebro. Claro, é o
> tamanho "relativo" do cérebro que conta, mas creio que, aquém de um
> volume X do cérebro, e independentemente de tudo mais, é muito
pouco
> provável que venha a surgir faculdades mentais como a presciência,
a
> consciência, etc.
>

Segundo um paleontologista americano, um indíviduo que visitasse a
terra no período cambriano provavelmente concluíria que os
artrópodos - filo de animais que inclui os insetos - estavam
destinados a se tornar o grupo dominante, enquanto os cordados
formavam um pequeno grupo periclitante e a beira da extinção. Um
pequeno acaso evolutivo porém teria dado uma vantagem decisiva aos
últimos. Enquanto nos vertebrados o sistema nervoso está centralizado
numa das extremidades, podendo crescer sem afetar outros órgãos, o
sistema nervoso dos artrópodos envolve seu tubo digestivo, de modo
que qualquer aumento do cérebro provocaria um estrangulamento do tubo
digestivo. Bem, essa talvez seja uam daquelas conclusões a posteriori
sobre "porque as coisas são como são e não de outra maneira". Talvez
a evolução pudesse ter encontrado uma solução não imaginada e agora
baratas enormes estariam discutindo as causas da extinção dos
cordados :-)


[]´s

André




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Teoria da Ignorancia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/03/2002 14:17

A pergunta que faço nessa mensagem é realmente um atestado de que a ignorância é genética e fortemente entrópica mas, vamos lá:

Os animais 'recordam-se' do que se passou no dia anterior? Uma vaca se recorda que no dia anterior, próximo da árvore X, um cobra quase a mordeu?

[]'
Léo
============



SUBJECT: Re: Teoria da Ignorancia
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/03/2002 14:47

--- In ciencialist@y..., "andrediasbaptista" <andrebaptista@u...>
> Segundo um paleontologista americano

Chuto Stephen Jay Gould?

> que qualquer aumento do cérebro provocaria um estrangulamento do
> tubo digestivo.

O tubo digestivo e' mais ou menos central. O cordao
nervoso e' mais ventral. De todo modo nao haveria muita
coisa q. impedisse o tubo digestivo de migrar ao longo
da evolucao para uma regiao mais dorsal.

De todo modo essas consideracoes sobre crescimento
parecem considerar q. os grupos necessariamente
terao q. manter a proporcao de todas as partes --
exceto o sistema nervoso ou respiratorio ou
o sistema considerado. Alguem olhando para um
chiuaua talvez chegasse 'a conclusao q. caes maiores
do q. 10 kg fossem inviaveis...

Alem disso em prazos bem mais longos nao precisariamos
ficar cheio de dedos nem qto 'a organizacao geral
do plano corporal -- caracteristica de filos. Claro,
neste caso nao falariamos exatamente de baratas
superdesenvolvidas, por mais q. elas sejam os ancestrais.
(Nao em um sentido mais estrito do q. qdo falamos
q. somos bacterias modificadas.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Teoria da Ignorancia
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/03/2002 14:51

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Wednesday, March 13, 2002 2:17 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Teoria da Ignorancia


> Os animais 'recordam-se' do que se passou no dia anterior? Uma vaca se
> recorda que no dia anterior, próximo da árvore X, um cobra quase a mordeu?

Há quem diga: "Gato escaldado tem medo de água fria." Não sei até que ponto
isto seria uma verdade popular (Vixe!), uma verdade científica (Que
maldade!) ou uma verdade dysney-hollywoodiana.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm




SUBJECT: Re: Teoria da Ignorancia
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/03/2002 15:13

--- In ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> wrote:
>
> Chuto Stephen Jay Gould?

Li em um ensaio no livro "The Book of Life", organizado por Gould,
com capítulos de vários autores. Preciso reencontrar o trecho para
determinar a autoria. Mas essa idéia é bem típica do Gould: ressaltar
o papel de pequenas contingências com grandes consequências na
história natural.

[]´s

André Baptista



SUBJECT: Re: Teoria da Ignorancia
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/03/2002 15:53

--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> Os animais 'recordam-se' do que se passou no dia anterior? Uma vaca
> se recorda que no dia anterior, próximo da árvore X, um cobra quase
> a mordeu?

Nao sei se uma vaca ira' se lembrar da quase mordida
de uma cobra.

Mas os animais têm memória de longo prazo sim.
Muitos exibem sinais de aprendizado. Até mesmo
organismos unicelulares tem um tipo de 'memória'
(os homeopatas conhecem até mesmo memória de
moléculas de água -- infelizmente somente eles
conhecem esse segredo).

(Estou sem acesso 'as fontes para passar
detalhes bibliográficos.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: desculpas
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/03/2002 21:10

Peço desculpas a todos. Enviei essa mensagem para a lista por engano.
Estou eliminando-a do arquivo.

André

--- In ciencialist@y..., "Andre Roviralta Dias Baptista"
<andrebaptista@u...> wrote:
>
> > Assunto: Fw: Deputados - projeto de imunidade
> > >
> > >
> > > Foi aprovado o projeto que retira a imunidade parlamentar sobre
> > > crimes comuns. A imunidade tem sido usada para proteção de
atitudes
> > escusas
> > > e criminosas dos parlamentares, que se acham estar acima da lei.
> > >
> > > Votos a favor 412 , 9 contra e 4 se abstiveram.. Temos que tirar
> > > esses sujeitos que votaram contra, na próxima eleição (os
treze),
> > > inclusive os que ficaram em cima do muro, pois, nesse caso,
quem se
> omite
> > > está concordando com a impunidade. São eles:
> > >
> > > Almir Sa (PPR-RR)
> > > Jurandir Juarez (PMDB-AP)
> > > Alberico Filho (PMDB-MA)
> > > Reginaldo Germano (PFL-BA)
> > > Bonifácio de Andrada (PSDB-MG)
> > > Jose Militão (PTB-MG)
> > > Eurico Miranda (PPB-RJ)
> > > DeVelasco (PSL-SP)
> > > Jose Gomes da Rocha (PMDB-GO)
> > > Olavo Calheiros (PMDB-AL)
> > > João Magalhães (PMDB-MG)
> > > Mauro Lopes (PMDB-MG)
> > > Wigberto Tartuce (PTB-DF)
> > >
> > > Esperamos que este e-mail passe por todos os Estados, e que as
> > > pessoas
> > > guardem o nome destes indivíduos, para que NÃO sejam mais
eleitos
> > > e nem
> > > votados . O futuro do país depende do nosso voto e das pessoas
que vão
> nos
> > > representar.
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mimosa ... nao eh OFF TOPIC
FROM: "Silvio Cordeiro" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/03/2002 22:28

Luiz:

Veja ilustre passageiro,
que belo tipo faceiro
o senhor tem a seu lado.
E no entanto, acredite,
quase morreu de bronquite,
salvou-a, o Rum Creosotado.

Dizem que Olavo Bilac ganhou dez mil reis pelos versos.

sds,

silvio.

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, March 12, 2002 5:23 PM
Subject: [ciencialist] Mimosa ... nao eh OFF TOPIC


Pegando o bonde andando: " Ilustre passageiro ..... que está a seu lado ..... quase
morreu de bronquite .... salvou-o o Run Kreosotádo".




SUBJECT: cerebro nos vertebrados e artropodos (era:Re: Teoria da Ignorancia)
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/03/2002 22:45

Oi Takata, aí vai o texto a que me referi: (não parece ser muito
educado postar textos em ingles numa lista em portugues, então se for
requerido providencio uma tradução - embora não juramentada!)

"The Book of Life" - general editor S. J. Gould.
Chapter two, "The Rise of the Fishes" - Michael Benton.

"In the story of life there are no victors, only provisional
survivors. Of this survivors, only one species is able to write the
story, and is partly because the vertebrate design lends itself to
the development and protection of a brain. This organ is presented in
other animals, but there are limits to its growth - ane of then
imposed very early in the history of life, when animals were first
developing basic equipment like a front and a back, sense organs, and
the ability to use information from the sense organs to issue simple
instructions like stop, start, forward and backward.
The cluster of nervous tissue where the data arrive and the orders
depart may be only one of the several such clusters in an animal's
body, but it is the most important, and it occupies the most useful
site, wich is somewhere near the front. In the vertebrates, this
cluster (ganglion) and the main nervous system are housed in the
skull and backbone, separeted from the rest of the body. In the
arthropods and mollusks, the central ganglion is built as ring of
tissue that surrounds the gut. Any tendency for this tissue to grow
is likely to squeeze the tube of the gut and constrict the suply of
food. This is a contradiction that the arthropod design never
resolved..."

[]'s

André

--- In ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> wrote:
> --- In ciencialist@y..., "andrediasbaptista" <andrebaptista@u...>
> > Segundo um paleontologista americano
>
> Chuto Stephen Jay Gould?
>
> > que qualquer aumento do cérebro provocaria um estrangulamento do
> > tubo digestivo.
>
> O tubo digestivo e' mais ou menos central. O cordao
> nervoso e' mais ventral. De todo modo nao haveria muita
> coisa q. impedisse o tubo digestivo de migrar ao longo
> da evolucao para uma regiao mais dorsal.
>
> De todo modo essas consideracoes sobre crescimento
> parecem considerar q. os grupos necessariamente
> terao q. manter a proporcao de todas as partes --
> exceto o sistema nervoso ou respiratorio ou
> o sistema considerado. Alguem olhando para um
> chiuaua talvez chegasse 'a conclusao q. caes maiores
> do q. 10 kg fossem inviaveis...
>
> Alem disso em prazos bem mais longos nao precisariamos
> ficar cheio de dedos nem qto 'a organizacao geral
> do plano corporal -- caracteristica de filos. Claro,
> neste caso nao falariamos exatamente de baratas
> superdesenvolvidas, por mais q. elas sejam os ancestrais.
> (Nao em um sentido mais estrito do q. qdo falamos
> q. somos bacterias modificadas.)
>
> []s,
>
> Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] cerebro nos vertebrados e artropodos (era:Re: Teoria da Ignorancia)
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/03/2002 01:12



>>>Oi Takata, aí vai o texto a que me referi: (não parece ser muito
educado postar textos em ingles numa lista em portugues, então se for
requerido providencio uma tradução - embora não juramentada!)<<<

Muito bem colocado. Os textos deveriam ser todos na língua pátria ou então em alemão ou russo.
Gostaria que alguém providenciasse uma tradução do texto em questão para alemão ou russo pois não entendo o norte-americano.

[]'
Léo
============




SUBJECT: Re: [ciencialist] cerebro nos vertebrados e artropodos (era:Re: Teoria da Ignorancia)
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/03/2002 01:20

É isso:

....." O Livro de Vida " - editado pelo General J. Gould.
Capítulo dois, " A Subida do Pesca " - Michael Benton.

" Na história de vida é nenhum vencedor, só provisional,
sobreviventes. Disto os sobreviventes, só uma espécie pode escrever o
história, e é em parte porque o vertebrado projeta se empresta para
o desenvolvimento e proteção de um cérebro. Este órgão é apresentado em
outros animais, mas é limites para seu crescimento - ane de então
imposto muito início na história de vida, quando animais é primeiro
equipamento básico desenvolvendo como uma frente e uma parte de trás, organs de sensação, e
a habilidade para usar informação do organs de sensação emitir simples
instruções como parada, comece, adiante e para trás.
O agrupamento de tecido nervoso onde os dados chegam e as ordens
parta pode ser único dos vários tais agrupamentos em um animal
corpo, mas é o mais importante, e ocupa o mais útil
local, wich é em algum lugar próximo a frente. Nos vertebrados, isto
agrupamento (gânglio) e o sistema nervoso principal é alojado no
crânio e coluna vertebral, separeted do resto do corpo. No
artrópodes e mollusks, o gânglio central é construído como anel de
tecido que cerca o intestino. Qualquer tendência para este tecido para crescer
é provável apertar o tubo do intestino e constringir o suply de
comida. Isto é uma contradição que o artrópode nunca projeta
solucionado..."

Paguei R$ 25,00 para a menina da vizinha fazer a tradução ,,,, e continuo sem entender nada!

[]'
Léo
==============



SUBJECT: cerebro nos vertebrados e artropodos (era:Re: Teoria da Ignorancia)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/03/2002 08:43

--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> Muito bem colocado. Os textos deveriam ser todos na língua pátria
> ou então em alemão ou russo.
> Gostaria que alguém providenciasse uma tradução do texto em questão
> para alemão ou russo pois não entendo o norte-americano.

Segundo o servico da FreeTranslation.com em
alemão ficaria mais ou menos o seguinte:

"In der Geschichte gibt es des Lebens keine Sieger, nur vorläufige
Überlebende. Von diesen Überlebenden, kann nur eine Spezies die
Geschichte, schreiben und ist teilweise, weil der vertebrate Entwurf
der Entwicklung und dem Schutz eines Gehirns sich leiht. Dieses Organ
wird in anderen Tieren überreicht, aber es gibt Grenzen zu seinem
Wachstum - ane von dann auferlegt sehr früh in der Geschichte des
Lebens, wenn Tiere zuerst Entwickeln von Grundausstattung wie eine
Front und eine Rückseite, Sinn Organe, und die Fähigkeit waren,
Informationen vom Sinn Organe zu benutzen, einfache Anweisungen wie
Halt, Anfang auszugeben, leitet und umgekehrt weiter. Der Haufen
nervösen Gewebes kommen wo die Daten an und die Reihenfolgen fahren
nur einer der mehrerer solcher Haufen im Körper eines Tiers kann sein
ab, aber es ist das wichtigste, und es besetzt die nützlichste
Stelle, wich irgendwo nahe die Front ist. Im vertebrates, diesem
Haufen (ganglion) und das haupt nervöse System wird im skull und dem
Rückgrat, separeted vom restlichen Körper unterbracht. Im arthropods
und dem mollusks wird der zentral ganglion als Ring des Gewebes
gebaut, das den gut umgibt. Irgendeine Tendenz für dieses Gewebe, zu
wachsen, ist wahrscheinlich, das Rohr des gut zu drücken, und zieht
den suply der Speise zusammen. Dies ist ein Widerspruch, den der
arthropod Entwurf nie aufgelöst hat. .."

http://www.freetranslation.com/

Segundo o da WorldLingo:

"in der Geschichte des Lebens gibt es keine Victors, nur
provisorische Überlebende. Von diesemIST Überlebende, nur eine
Sorte in der Lage, die Geschichte zu schreiben und ist teils, weil
das vertebrate Design zur Entwicklung und zum Schutz eines Gehirns
sich verleiht. Dieses Organ wird in anderen Tieren dargestellt,
aber es gibt Begrenzungen zu seinem Wachstum - ane von dann auferlegt
sehr früh in der Geschichte des Lebens, als Tiere erste sich
entwickelnde Grundausstattung wie eine Frontseite und eine Rückseite
waren, fragen Organe und die Fähigkeit ab, Informationen von den
Richtungsorganen zu verwenden, um einfache Anweisungen wie Anschlag,
Anfang herauszugeben, vorwärts und rückwärts.
Der Block des nervösen Gewebes, in dem die Daten ankommen und die
Aufträge können nur einer der einiger solchen Blöcke im Körper eines
Tieres sein abreisen, aber es ist das wichtigste, und es besetzt den
nützlichsten Aufstellungsort, wich ist irgendwo nahe der
Frontseite. In den Wirbeltieren werden dieser Block (Ganglion) und
das nervöse hauptsächlichsystem im Skull untergebracht und Rückgrat,
separeted vom Rest des Körpers. In den Gliederfüßern und in den
Mollusken wird der zentrale Ganglion als Ring des Gewebes errichtet,
das den Darm umgibt. Jede mögliche Tendenz, damit dieses Gewebe ist
wahrscheinlich, den Schlauch des Darms und des constrict suply wächst
zusammenzudrücken, die von der Nahrung sind. Dieses ist ein
Widerspruch, den das Gliederfüßerdesign nie behob. .."

http://www.worldlingo.com/products_services/worldlingo_translator.html

Segundo a Promt em Russo seria:

"" &#1042; &#1080;&#1089;&#1090;&#1086;&#1088;&#1080;&#1080; &#1078;&#1080;=
&#1079;&#1085;&#1080; &#1085;&#1077;&#1090; &#1085;&#1080;&#1082;&#1072;&#10=
82;&#1080;&#1093; &#1087;&#1086;&#1073;&#1077;&#1076;&#1080;&#1090;&#1077;&#=
1083;&#1077;&#1081;, &#1090;&#1086;&#1083;&#1100;&#1082;&#1086; &#1074;&#108=
8;&#1077;&#1084;&#1077;&#1085;&#1085;&#1099;&#1077;
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74; &#1078;&#1080;&#1074;&#1099;&#1093;. &#1048;&#1079; &#1101;&#1090;&#1080=
;&#1093; &#1086;&#1089;&#1090;&#1072;&#1074;&#1096;&#1080;&#1093;&#1089;&#11=
03; &#1074; &#1078;&#1080;&#1074;&#1099;&#1093;, &#1090;&#1086;&#1083;&#1100=
;&#1082;&#1086; &#1086;&#1076;&#1085;&#1072;
&#1088;&#1072;&#1079;&#1085;&#1086;&#1074;&#1080;&#1076;&#1085;&#1086;&#108=
9;&#1090;&#1100; &#1089;&#1087;&#1086;&#1089;&#1086;&#1073;&#1085;&#1072; &#=
1087;&#1080;&#1089;&#1072;&#1090;&#1100; &#1080;&#1089;&#1090;&#1086;&#1088;=
&#1080;&#1102;, &#1080; - &#1095;&#1072;&#1089;&#1090;&#1080;&#1095;&#1085;&=
#1086;, &#1087;&#1086;&#1090;&#1086;&#1084;&#1091; &#1095;&#1090;&#1086;
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1088;&#1075;&#1072;&#1085; &#1087;&#1088;&#1077;&#1076;&#1089;&#1090;&#1072;=
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&#1078;&#1080;&#1079;&#1085;&#1080;, &#1082;&#1086;&#1075;&#1076;&#1072; &#=
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#1077; &#1087;&#1086;&#1076;&#1086;&#1073;&#1085;&#1086;
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085;&#1077;&#1081; &#1095;&#1072;&#1089;&#1090;&#1080;, &#1086;&#1088;&#1075=
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(&#1088;&#1072;&#1089;&#1087;&#1086;&#1088;&#1103;&#1078;&#1077;&#1085;&#10=
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1076;&#1100; &#1086;&#1082;&#1086;&#1083;&#1086; &#1092;&#1088;&#1086;&#1085=
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&#1074;&#1077;&#1088;&#1090;&#1077;&#1073;&#1088;&#1072;&#1090;&#1077;&#108=
9;, &#1101;&#1090;&#1072; &#1075;&#1088;&#1091;&#1087;&#1087;&#1072; (&#1085=
;&#1077;&#1088;&#1074;&#1085;&#1099;&#1081; &#1091;&#1079;&#1077;&#1083;) &#=
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72; -
&#1088;&#1072;&#1079;&#1084;&#1077;&#1089;&#1090;&#1080;&#1083; &#1074; &#1=
095;&#1077;&#1088;&#1077;&#1087;&#1077; &#1080; &#1086;&#1089;&#1085;&#1086;=
&#1074;&#1077;, &#1089;&#1077;&#1087;&#1072;&#1088;&#1077;&#1090;&#1077;&#10=
76; &#1086;&#1090; &#1086;&#1089;&#1090;&#1072;&#1083;&#1100;&#1085;&#1086;&=
#1081; &#1095;&#1072;&#1089;&#1090;&#1080; &#1086;&#1088;&#1075;&#1072;&#108=
5;&#1072;. &#1042;
&#1072;&#1088;&#1090;&#1088;&#1086;&#1087;&#1086;&#1076;&#1089; &#1080; &#1=
084;&#1086;&#1083;&#1083;&#1102;&#1089;&#1082;&#1072;&#1093;, &#1094;&#1077;=
&#1085;&#1090;&#1088;&#1072;&#1083;&#1100;&#1085;&#1099;&#1081; &#1085;&#107=
7;&#1088;&#1074;&#1085;&#1099;&#1081; &#1091;&#1079;&#1077;&#1083; &#1087;&#=
1086;&#1089;&#1090;&#1088;&#1086;&#1080;&#1090;(&#1087;&#1086;&#1089;&#1090;=
&#1088;&#1086;&#1080;&#1074;&#1096;&#1080;&#1081;)
&#1082;&#1072;&#1082; &#1086;&#1082;&#1088;&#1091;&#1078;&#1077;&#1085;&#10=
80;&#1077; &#1090;&#1082;&#1072;&#1085;&#1080;, &#1082;&#1086;&#1090;&#1086;=
&#1088;&#1072;&#1103; &#1086;&#1082;&#1088;&#1091;&#1078;&#1072;&#1077;&#109=
0; &#1082;&#1080;&#1096;&#1082;&#1091;. &#1051;&#1102;&#1073;&#1072;&#1103; =
&#1090;&#1077;&#1085;&#1076;&#1077;&#1085;&#1094;&#1080;&#1103; &#1076;&#108=
3;&#1103; &#1101;&#1090;&#1086;&#1081;
&#1090;&#1082;&#1072;&#1085;&#1080;, &#1095;&#1090;&#1086;&#1073;&#1099; &#=
1088;&#1072;&#1089;&#1090;&#1080;, &#1074;&#1077;&#1088;&#1086;&#1103;&#1090=
;&#1085;&#1086;, &#1089;&#1086;&#1078;&#1084;&#1077;&#1090; &#1090;&#1088;&#=
1091;&#1073;&#1091; &#1082;&#1080;&#1096;&#1082;&#1080; &#1080; &#1089;&#107=
8;&#1080;&#1084;&#1072;&#1090;&#1100; &#1089;&#1091;&#1087;&#1083;&#1080;
&#1087;&#1088;&#1086;&#1076;&#1086;&#1074;&#1086;&#1083;&#1100;&#1089;&#109=
0;&#1074;&#1080;&#1103;. &#1069;&#1090;&#1086; - &#1087;&#1088;&#1086;&#1090=
;&#1080;&#1074;&#1086;&#1088;&#1077;&#1095;&#1080;&#1077;, &#1082;&#1086;&#1=
090;&#1086;&#1088;&#1086;&#1077; &#1072;&#1088;&#1090;&#1088;&#1086;&#1087;&=
#1086;&#1076; &#1085;&#1077; &#1087;&#1088;&#1086;&#1077;&#1082;&#1090;&#108=
0;&#1088;&#1091;&#1077;&#1090;
&#1085;&#1080;&#1082;&#1086;&#1075;&#1076;&#1072; &#1088;&#1077;&#1096;&#10=
77;&#1085;&#1085;&#1099;&#1081;... "

http://translation2.paralink.com/

Espero q. tudo tenha ficado mais claro.
(Infelizmente várias palavras, como se vê,
foram trocadas, ja' q. os programas ainda
necessitam de ajustes.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: cerebro nos vertebrados e artropodos (era:Re: Teoria da Ignorancia)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/03/2002 08:59

--- In ciencialist@y..., "andrediasbaptista" <andrebaptista@u...>
wrote:
> Oi Takata, aí vai o texto a que me referi: (não parece ser muito
> educado postar textos em ingles numa lista em portugues, então se
> Chapter two, "The Rise of the Fishes" - Michael Benton.
> In the arthropods and mollusks, the central ganglion is built as
> ring of tissue that surrounds the gut. Any tendency for this tissue
> to grow is likely to squeeze the tube of the gut and constrict the
> suply of food. This is a contradiction that the arthropod design
> never resolved..."

O design de artropode jamais resolveu. Mas isso
por impossibilidade ou por falta de oportunidade?

O ganglio central (nos insetos os ganglios cefalicos
se desenvolveram muito bem) poderia muito bem abrir-se
na porcao dorsal liberando o tubo digestivo.

Ou poderia formar um anel de maior raio -- se
esquentamos um anel metalico, ele se expande
apresenta uma maior espessura, mas tbm um
raio maior, por isso dedos podem ser soltos
com o aquecimento do anel e tampas de vidro
de conservas podem ser desatarrachadas pelo
mesmo metodo (ao menos na teoria, na pratica
nunca consegui obter tais resultados).
Nao estou propondo atear fogo no sistema
nervoso dos insetos, mas nao vejo porq. haveria
de ocorrer estrangulamento do tubo digestivo.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RES: [ciencialist] cerebro nos vertebrados e artropodos (era:Re: Teoria da Ignorancia)
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/03/2002 09:23

> De: Luiz Ferraz Netto [mailto:leo@barretos.com.br]
>
> É isso:
>
> ....." O Livro de Vida " - editado pelo General J. Gould.
> Capítulo dois, " A Subida do Pesca " - Michael Benton.
>
> " Na história de vida é nenhum vencedor, só provisional,
> sobreviventes. Disto os sobreviventes, só uma espécie pode
> escrever o
> história, e é em parte porque o vertebrado projeta se empresta para...

Sua vizinha tem parentesco com o Mestre Yoda?

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] cerebro nos vertebrados e artropodos (era:Re: Teoria da Ignorancia)
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/03/2002 09:27

OK. Agora tudo ficou bem mais claro. Em russo nossas mensagens ficariam mais mais compacta.
[]'
Léo
========
-----Mensagem Original-----
De: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 14 de março de 2002 08:43
Assunto: [ciencialist] cerebro nos vertebrados e artropodos (era:Re: Teoria da Ignorancia)


--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> Muito bem colocado. Os textos deveriam ser todos na língua pátria
> ou então em alemão ou russo.
> Gostaria que alguém providenciasse uma tradução do texto em questão
> para alemão ou russo pois não entendo o norte-americano.

Segundo o servico da FreeTranslation.com em
alemão ficaria mais ou menos o seguinte:

"In der Geschichte gibt es des Lebens keine Sieger, nur vorläufige
Überlebende. Von diesen Überlebenden, kann nur eine Spezies die
Geschichte, schreiben und ist teilweise, weil der vertebrate Entwurf
der Entwicklung und dem Schutz eines Gehirns sich leiht. Dieses Organ
wird in anderen Tieren überreicht, aber es gibt Grenzen zu seinem
Wachstum - ane von dann auferlegt sehr früh in der Geschichte des
Lebens, wenn Tiere zuerst Entwickeln von Grundausstattung wie eine
Front und eine Rückseite, Sinn Organe, und die Fähigkeit waren,
Informationen vom Sinn Organe zu benutzen, einfache Anweisungen wie
Halt, Anfang auszugeben, leitet und umgekehrt weiter. Der Haufen
nervösen Gewebes kommen wo die Daten an und die Reihenfolgen fahren
nur einer der mehrerer solcher Haufen im Körper eines Tiers kann sein
ab, aber es ist das wichtigste, und es besetzt die nützlichste
Stelle, wich irgendwo nahe die Front ist. Im vertebrates, diesem
Haufen (ganglion) und das haupt nervöse System wird im skull und dem
Rückgrat, separeted vom restlichen Körper unterbracht. Im arthropods
und dem mollusks wird der zentral ganglion als Ring des Gewebes
gebaut, das den gut umgibt. Irgendeine Tendenz für dieses Gewebe, zu
wachsen, ist wahrscheinlich, das Rohr des gut zu drücken, und zieht
den suply der Speise zusammen. Dies ist ein Widerspruch, den der
arthropod Entwurf nie aufgelöst hat. .."

http://www.freetranslation.com/

Segundo o da WorldLingo:

"in der Geschichte des Lebens gibt es keine Victors, nur
provisorische Überlebende. Von diesemIST Überlebende, nur eine
Sorte in der Lage, die Geschichte zu schreiben und ist teils, weil
das vertebrate Design zur Entwicklung und zum Schutz eines Gehirns
sich verleiht. Dieses Organ wird in anderen Tieren dargestellt,
aber es gibt Begrenzungen zu seinem Wachstum - ane von dann auferlegt
sehr früh in der Geschichte des Lebens, als Tiere erste sich
entwickelnde Grundausstattung wie eine Frontseite und eine Rückseite
waren, fragen Organe und die Fähigkeit ab, Informationen von den
Richtungsorganen zu verwenden, um einfache Anweisungen wie Anschlag,
Anfang herauszugeben, vorwärts und rückwärts.
Der Block des nervösen Gewebes, in dem die Daten ankommen und die
Aufträge können nur einer der einiger solchen Blöcke im Körper eines
Tieres sein abreisen, aber es ist das wichtigste, und es besetzt den
nützlichsten Aufstellungsort, wich ist irgendwo nahe der
Frontseite. In den Wirbeltieren werden dieser Block (Ganglion) und
das nervöse hauptsächlichsystem im Skull untergebracht und Rückgrat,
separeted vom Rest des Körpers. In den Gliederfüßern und in den
Mollusken wird der zentrale Ganglion als Ring des Gewebes errichtet,
das den Darm umgibt. Jede mögliche Tendenz, damit dieses Gewebe ist
wahrscheinlich, den Schlauch des Darms und des constrict suply wächst
zusammenzudrücken, die von der Nahrung sind. Dieses ist ein
Widerspruch, den das Gliederfüßerdesign nie behob. .."

http://www.worldlingo.com/products_services/worldlingo_translator.html

Segundo a Promt em Russo seria:

"" &#1042; &#1080;&#1089;&#1090;&#1086;&#1088;&#1080;&#1080; &#1078;&#1080;=
&#1079;&#1085;&#1080; &#1085;&#1077;&#1090; &#1085;&#1080;&#1082;&#1072;&#10=
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74; &#1078;&#1080;&#1074;&#1099;&#1093;. &#1048;&#1079; &#1101;&#1090;&#1080=
;&#1093; &#1086;&#1089;&#1090;&#1072;&#1074;&#1096;&#1080;&#1093;&#1089;&#11=
03; &#1074; &#1078;&#1080;&#1074;&#1099;&#1093;, &#1090;&#1086;&#1083;&#1100=
;&#1082;&#1086; &#1086;&#1076;&#1085;&#1072;
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5;&#1072;. &#1042;
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7;&#1088;&#1074;&#1085;&#1099;&#1081; &#1091;&#1079;&#1077;&#1083; &#1087;&#=
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&#1088;&#1086;&#1080;&#1074;&#1096;&#1080;&#1081;)
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80;&#1077; &#1090;&#1082;&#1072;&#1085;&#1080;, &#1082;&#1086;&#1090;&#1086;=
&#1088;&#1072;&#1103; &#1086;&#1082;&#1088;&#1091;&#1078;&#1072;&#1077;&#109=
0; &#1082;&#1080;&#1096;&#1082;&#1091;. &#1051;&#1102;&#1073;&#1072;&#1103; =
&#1090;&#1077;&#1085;&#1076;&#1077;&#1085;&#1094;&#1080;&#1103; &#1076;&#108=
3;&#1103; &#1101;&#1090;&#1086;&#1081;
&#1090;&#1082;&#1072;&#1085;&#1080;, &#1095;&#1090;&#1086;&#1073;&#1099; &#=
1088;&#1072;&#1089;&#1090;&#1080;, &#1074;&#1077;&#1088;&#1086;&#1103;&#1090=
;&#1085;&#1086;, &#1089;&#1086;&#1078;&#1084;&#1077;&#1090; &#1090;&#1088;&#=
1091;&#1073;&#1091; &#1082;&#1080;&#1096;&#1082;&#1080; &#1080; &#1089;&#107=
8;&#1080;&#1084;&#1072;&#1090;&#1100; &#1089;&#1091;&#1087;&#1083;&#1080;
&#1087;&#1088;&#1086;&#1076;&#1086;&#1074;&#1086;&#1083;&#1100;&#1089;&#109=
0;&#1074;&#1080;&#1103;. &#1069;&#1090;&#1086; - &#1087;&#1088;&#1086;&#1090=
;&#1080;&#1074;&#1086;&#1088;&#1077;&#1095;&#1080;&#1077;, &#1082;&#1086;&#1=
090;&#1086;&#1088;&#1086;&#1077; &#1072;&#1088;&#1090;&#1088;&#1086;&#1087;&=
#1086;&#1076; &#1085;&#1077; &#1087;&#1088;&#1086;&#1077;&#1082;&#1090;&#108=
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&#1085;&#1080;&#1082;&#1086;&#1075;&#1076;&#1072; &#1088;&#1077;&#1096;&#10=
77;&#1085;&#1085;&#1099;&#1081;... "

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SUBJECT: Bacterias ET´s de 4 bi de anos ressuscitadas
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/03/2002 10:02

Believe it... or not

http://istoedigital.terra.com.br/noticia1.asp?CodigoNoticia=429

"Sente-se numa cadeira e preste muita atenção. Pode ser verdade, pode
ser loucura, mas o fato é que cientistas italianos da Universidade
Federico II em Nápoles anunciaram ao jornal Corriere della Sera haver
ressuscitado bactérias extraterrestres que estavam dormentes há 4,5
bilhões de anos. Seu berço era um meteorito encontrado em 1882 na
Transilvânia, atual Romênia, e conservado no Museu Mineralógico de
Nápoles. "Ao analisá-lo, nós o colocamos em contato com uma solução
fisiológica. E nos demos conta que microorganismos tornaram-se
visíveis e começaram a se mover", revela o professor de geologia
Bruno Dargenio, de 65 anos. "São bactérias que caíram do espaço",
acredita o cientista."


Reparem que as bactérias seriam mais antigas do que o planeta terra.
E foram encontradas na transilvânia. Será mais um "boimate"?

[]´s

André




SUBJECT: Respostas acumuladas - Help!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/03/2002 10:04

Tá embolando o meio de campo: (favor responder abaixo da pergunta, de modo direto, dirigindo-se ao consulente --- ver escolaridade --- e não a mim, para diminuir minha carga de respostas --- crtl C + crtl V --- agora são 9:54h e já chegaram 27 perguntas!).



1) Nível de Escolaridade: Universitário
Profissão: Autodidata
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: Gostaria de saber como faço para calcular o centro geométrico de uma TV, para que esta não tenha perigo de cair do móvel. Obrigada

2) Nível de Escolaridade: Universitário
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 05
Dúvida/Sugestão: Eu gostaria de uma ajuda em buscar instrumentos de validação de pisos esportivos, ou seja, instrumentos que meçam o coeficiente de restituição!! Não estou encontrando muita coisa, se o Sr. poder me ajudar, ficarei grato, um abraço, Rogerio

3) Nível de Escolaridade: Médio
Profissão: Hobbista
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 06
Dúvida/Sugestão: Gostaria de saber na fórmula abaixo quais as unidades que devo considerar: Fórmula para cálculo de resistência ao rolamento: F = f/r * g ;onde : F = força de deslocamento f = braço de alavanca da resistência ao rolamento r = raio do rolete ou esfera g = peso aplicado sobre a esfera ou rolete onde posso encontrar valores referenciais para f grato, marco

4) Nível de Escolaridade: Universitário
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: Gostaria de saber onde encontrar uma lanterna que tenha uma lâmpada UV (ultra violeta). Pode me indicar???

5) Nível de Escolaridade: Médio
Profissão: Monitor
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: QUERO SABER O QUE É ÓPTICA?

6) Nível de Escolaridade: Básico/Fundamental
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: explique sobre tração de fio e suas aplicações?

7) Nível de Escolaridade: Médio
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: Prof. Luiz Ferraz Netto Oi, bom dia, Trabalho em uma empresa de Análises de água no Espírito Santo e estou tendo problemas com a solução de KCL 3 molar. Alguns dias (05 dias) após estar pronta, a solução mesmo armazenada em recepiente plástico apropriado apresenta coloração esverdeada, a princípio penso ser formação de algas, mas não tenho certeza de que esta solução forme algas. Esta solução é feita dentro da Metodologia existente. Pergunta? O que pode estar ocorrendo para esta formação de algas? Atenciosamente Kalmerson Rocha

8) Nível de Escolaridade: Universitário
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: Gostaria de esclarecimentos sobre fractais,caos e universo auto consciente.

9) Nível de Escolaridade: Básico/Fundamental
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 20
Dúvida/Sugestão: Gostaria que se fosse possivel me informasse qual(is) a(s)diferença(s) entre um Principio e uma Lei Cpts

10) Nível de Escolaridade: Universitário
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 11
Dúvida/Sugestão: professor gostaria de saber porque o experimento de eletrização por indução e contato é recomendado ser realizados em dias secos. Eu sei que tem alguma coisa a ver com a umidade, mas fisicamente o que acontece. Gostaria de receber sua resposta o mais rapido possivel, pois tenho trabalho para entregar.

11) Nível de Escolaridade: Médio
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala dos links
Dúvida/Sugestão: Gostaria se possivel ser informada de: Por que ha queima quando restos de espaçonaves, satelites reentram na atmosfera? O que acontece quando nao temos gravidade? Quais sao os perigos da alta exposicao a radiaçao? Obrigado

12) Nível de Escolaridade: Médio
Profissão: Hobbista
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 09
Dúvida/Sugestão: Tenho uma luneta antiga de 1915 Marca ROSS,London 1915 esta inprimido o seguinte! Tel S10(M k III) also G.S Numero 7010 gostaria de saber mais sobre ela , pois gosto de instrumentos de observação. Obrigado!!!!!!

13) Nível de Escolaridade: Universitário
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 07
Dúvida/Sugestão: Sou acadêmico de Engenharia Civil da Unioeste - Universidade Estadual do Oeste do Paraná, e visitando seu site encontrei informações sobre golpe de aríete e carneiro hidraulico, ficaria grato se pudesse me enviar algum material que contenha mais informações, teoricas e praticas sobre o funcionamento destes principios, visto que são pouco citados na literatura (pelo menos pelos autores aos quais eu tenho acesso). Desde já muito obrigado pela atenção e parabens pelo site.

14) Nível de Escolaridade: Médio
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 07
Dúvida/Sugestão: Olá, estou fazendo uma pesquisa escolar onde tenho que saber a massa específica (densidade) do ''iogurte'' , pois não acho essa informação em lugar algum. Espero sua resposta. Um abraço Frederico kikos@educacional.com.br

15) Caro Professor Luiz:

Parabenizo-o pela iniciativa e qualidade da sua página eletrônica, que tanto auxilia-nos com suas abordagens centradas numa fácil compreensão.
Leciono atualmente um disciplina introdutória para o curso de Fonoaudiologia de uma universidade de Lauro de Freitas-BA.
Tal disciplina aborda os Fundamentos de Física Acústica, que serve de pré-requisito para a disciplina Psicofísica.
Minha formação acadêmica é em Medicina Veterinária e Odontologia.
Como o curso é novo, e o desafio também é de ensinar os "Fundamentos da Física Acústica", gostaria que me auxiliasse quanto aos possíveis materiais que possivelmente poderão ser utilizado nas práticas da aludida disciplina, em especial, onde poderia encontrar, a preço acessível, geradores de audio que trabalhasse na faixa da audição humana (20 Hz a 20 KHz), bem como osciloscópios, também a preço acessível.
Sua ajuda será de inestimável valor!!!!!

Um grande Abraço!!!

Prof. Marcos Viana
Professor de Biofísica e Fundamentos de Física Acústica

16) Senhor Luiz Ferraz Netto:

A Secretaria de Educação do município de Rodelas, no Estado da Bahia, desejando implantar laboratório de Ciências nas escolas de sua rede, precisa de sugestões dos materiais essenciais a um laboratório destinado à clientela do Ensino Fundamental de 1ª a 8ª séries.
Há pouco, ao consultar a internet em busca de informações para a formação desse laboratório, encontramos o site http://www.feiradeciencias.com.br. e observamos os trabalhos de V.Sª., constatando, assim, sua vasta experiência na área. Como este município pretende implantar um laboratório, pedimos a contribuição de V.Sa., no que se refere à sugestão dos recursos básicos para a implantação do referido laboratório.
Esclarecemos que estamos pedindo-lhe este favor porque, neste município, nenhuma Unidade Escolar dispõe de laboratório para servir de referência nesse trabalho.
Contamos com a sua valiosa contribuição.


Antônia Freire
Secretária Municipal de Educação de Rodelas

==> NOTA: Já solicitei ao Takata ajuda na parte de Química e Biologia. Estou preparando a parte de Física.
=================

[]'

Léo
=================



SUBJECT: Re: Bacterias ET´s de 4 bi de anos ressuscitadas
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/03/2002 10:08

Essa notícia é velha de uma ano pessoal. Desculpem o lapso (o 2o em
24 horas). Deve ser a idade.

[]´s

André

--- In ciencialist@y..., "andrediasbaptista" <andrebaptista@u...>
wrote:
> Believe it... or not
>
> http://istoedigital.terra.com.br/noticia1.asp?CodigoNoticia=429
>
> "Sente-se numa cadeira e preste muita atenção. Pode ser verdade,
pode
> ser loucura, mas o fato é que cientistas italianos da Universidade
> Federico II em Nápoles anunciaram ao jornal Corriere della Sera
haver
> ressuscitado bactérias extraterrestres que estavam dormentes há 4,5
> bilhões de anos. Seu berço era um meteorito encontrado em 1882 na
> Transilvânia, atual Romênia, e conservado no Museu Mineralógico de
> Nápoles. "Ao analisá-lo, nós o colocamos em contato com uma solução
> fisiológica. E nos demos conta que microorganismos tornaram-se
> visíveis e começaram a se mover", revela o professor de geologia
> Bruno Dargenio, de 65 anos. "São bactérias que caíram do espaço",
> acredita o cientista."
>
>
> Reparem que as bactérias seriam mais antigas do que o planeta
terra.
> E foram encontradas na transilvânia. Será mais um "boimate"?
>
> []´s
>
> André



SUBJECT: Re: Teoria da Ignorancia
FROM: "manuelbulcao" <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/03/2002 11:44

Oi,

Sobre a capacidade cognitiva do homem, há algum tempo postei nesta
lista um artigozinho a respeito. O André Baptista até teceu uns
comentários interessantes, elucidou algumas questões acerca dos
infinitésimos.

Vou postar novamente o meu artigozinho, "A Mente Humana e o Mistério":

O cérebro humano é um órgão e, como qualquer outro órgão da
nossa anatomia, evoluiu segundo os critérios da mutação genética e da
seleção natural. Até mesmo a mente, isto é, o software (o pensamento
e suas
formas lógicas, que muitos neurocientistas julgam serem inatas) também
evoluiu por esses critérios.

"Os mais aptos sobrevivem". A mente humana é como é porque nos confere
aptidão para sobreviver. Se não fosse possível haver, entre nossos
juízos
acerca dos fatos e os fatos mesmos, uma relação de correspondência,
isto é,
uma "verdade" ( mas não é necessário que tal correspondência seja
plena,
absoluta, uma aproximação é o suficiente), há muito teríamos
desaparecido da
face da Terra.

Mas observe que, se o cérebro humano garante a nossa sobrevivência em
nosso
mundo, o mundo em que vivemos não é "todo o mundo". Vivemos num mundo
em que
os objetos com os quais lidamos diretamente se movimentam numa
velocidade
muito aquém da velocidade da luz, objetos estes que são muito maiores
que o
espaço de Planck (em centímetros, isso equivale a aproximadamente 10
elevado
a trigésima quinta potência negativa) , aquém do qual nada é
observável,
tudo está mergulhado na mais absoluta incerteza quântica.

Dito em outros termos, as verdades que julgamos evidentes (que
pretendemos
serem evidentes) são verdades atinentes aos fatos de um determinado
nível da
realidade, nível este intermediário entre o nível das partículas
subatômicas
e o dos superaglomerados de galáxias.

A indústria e a tecnologia nos fornecem hoje meios para observar o
muito
pequeno e o demasiadamente grande (microscópios eletrônicos,
telescópios,
radioscópios, aceleradores de partículas, etc.); mas, o que se observa
nesses dois outros níveis da realidade são fenômenos aparentemente
absurdos,
que não cabem dentro das formas lógicas do pensamento humano: objetos
que
estão em todos os lugares e ao mesmo tempo em lugar nenhum; objetos
que
desaparecem inopinadamente e reaparecem noutro lugar sem passar por
nenhum
espaço intermediário; objetos cuja densidade é de bilhões de
toneladas por
centímetro cúbico (as estrelas de neutron); regiões do universo em
que o
espaço-tempo desaparece (os buracos negros); tipos de comportamento
que só
são explicáveis caso o espaço tenha mais de três dimensões, etc.

Para explicar tais fenômenos insólitos, a física quântica e a
cosmologia
valem-se de uma matemática exótica cheia de entes igualmente bizarros:
números imaginários (raiz quadrada de - 2, por exemplo), espaços
n-dimensionais (esse "n" pode ser qualquer número), infinitésimos de
segunda
ordem (infinitésimos de infinitésimos, ou seja, quantidades
infinitamente
menores que quantidades que já são infinitamente pequenas), etc.

(Quanto aos infinitésimos, Newton tentou várias vezes defini-lo, mas
nenhuma
de suas definições foi precisa. Tal imprecisão torna pertinente a
afirmação
de G. Berkeley segundo a qual o cálculo repousa em fundamentos
ilógicos. Mas
como o cálculo diferencial mostrou-se plenamente operacional -- por
meio
dele podemos fazer previsões que empiricamente se confirmam --,
talvez isso
indique que a natureza não precisa ser lógica ou inteiramente lógica
para
existir, que a estrutura do pensamento não reproduz com fidedignidade
a
estrutura do mundo objetivo, que nossos enunciados acerca dos fatos
são
apenas aproximações cada vez mais próximas.)

Os modelos matemáticos com os quais os físicos teóricos explicam o
mundo dos
quanta e a macroestrutura do espaço-tempo são apenas
isso: "explicações".
Mas nem tudo que é explicável é compreensível, isto é, condiz com a
nossa
intuição (como diz o "velho deitado", explicar não é justificar). Se
essas
realidades extremas e inóspitas deixam-se revelar por meio da
matemática,
segundo o matemático Johann Von Neumann "em matemática você não
compreende
as coisas. Simplesmente se acostuma a elas."

Note-se que, de acordo com o teorema da incompletude de Gödel, "nenhum
sistema (o lógico, o matemático) pode mostrar a sua própria
consistência. A
"lógica é verdadeira": esta afirmação não é suscetível de uma
explicação
lógica. Quer ver? O princípio fundamental da lógica é o princípio da
identidade: "o Ser é". Por quê? Porque, se não fosse, não seria, o
Ser é
porque é. Ora, isso não é um argumento lógico, mas uma petição de
princípio
(a premissa pressupõe a verdade da conclusão), uma falácia. Não digo
que tal
argumento não é verdadeiro por ser falacioso, pois estaria incorrendo
em
outra falácia: "argumentum ad logican".

Se aceitamos como verdadeiros os axiomas da lógica ou da matemática é
porque
assim manda a nossa intuição, que Descartes definiu como um
conhecimento
claro e imediato, "a visão da evidência". Mas a evidência é um estado
d'alma
(uma sensação de certeza e de completude) e nada garante que tal
estado seja
inalterável. A evidência é um hábito mental e, como todo hábito, pode
ser
rompido.

Um exemplo: estamos habituados a achar que existe uma realidade
objetiva
independente de nós mesmos, de modo que, se eu vir a falecer, o mundo
continuará existindo. Para mim é "evidente" que existem outros "egos"
além
do meu. O problema é que não há como demonstrar, seja pela
argumentação ou
pela experiência, que o enunciado "existe uma realidade objetiva" é
verdadeiro. O fato de pensar dar ao Joaquim a certeza de que ele
existe
(cogito ergo sum), mas em que ele se fundamenta para afirmar que eu,
Manuel
Bulcão, existo independentemente dele, que existo como um ser
autônomo? Não
serei eu apenas um pensamento do Joaquim ou de qualquer um que esteja
a ler
este meu e-mail? Como ter certeza de que eu não sou um ser noológico
(como
diria Dawkins, um "meme") parasitando a sua mente?

A propósito do subjetivismo radical, Popper escreveu: "Em sua mais
simples
forma, o idealismo diz: o mundo (que inclui minha audiência presente)
é
apenas um sonho. Ora, é claro que esta teoria (embora saibais que é
falsa)
não é refutável: tudo quanto vós, da minha audiência, puderdes fazer
para co
nvencer-me de vossa existência -- falando-me, escrevendo uma carta ou
dando-me um pontapé -- não tem possibilidade de assumir a força de
uma
refutação; pois eu continuaria dizendo estar sonhando que me falais,
ou que
recebi uma carta, ou levei um pontapé. Poder-se-ia dizer que todas
essas
respostas são, de vários modos, estratagemas imunizadores. Assim é, e
isto é
um forte argumento contra o idealismo. Mas, também, o fato de uma
teoria ser
auto-imunizante não a refuta." (K. Popper, Conhecimento Objetivo, Ed.
Itatiaia, p. 47.)

Ademais, sabemos que há pessoas psicologicamente alteradas para os
quais não
é evidente que exista uma realidade objetiva. Para essas pessoas é
"evidente" que o mundo é um sonho. E se eles não têm controle sobre o
seu
próprio sonho, isso não é problema; pois nós, lúcidos objetivistas,
quando
dormimos sonhamos e sobre nossos sonhos é raro termos algum controle.

(Tenho um filho autista que, sempre que se aborrece comigo, fecha os
olhinhos e tapa os ouvidos para que eu desapareça. Tudo indica que a
"evidência" de que existe uma realidade objetiva independente do
sujeito
somente surge numa determinada fase do desenvolvimento ontogenético --

ouviram falar em narcisismo primário? -- Em alguns casos de autismo, o
desenvolvimento mental interrompe-se antes dessa fase.)

Se convicção é certeza adquirida por demonstração, não se pode estar
convicto de que existe uma realidade exterior ao "eu" (esse "eu" pode
ser
qualquer um de nós). E se nem disso podemos ter certeza, vamos ter
certeza
de quê?

Abraços,
Manuel Bulcão





SUBJECT: Re: Teoria da Ignorancia
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/03/2002 13:04

--- In ciencialist@y..., "manuelbulcao" <manuelbulcao@u...> wrote:
> Um exemplo: estamos habituados a achar que existe uma realidade
> objetiva independente de nós mesmos, de modo que, se eu vir a
> falecer, o mundo continuará existindo. Para mim é "evidente" que
> existem outros "egos" além do meu. O problema é que não há como
> demonstrar, seja pela argumentação ou pela experiência, que o
> enunciado "existe uma realidade objetiva" é verdadeiro. O fato de
> pensar dar ao Joaquim a certeza de que ele existe (cogito ergo
> sum), mas em que ele se fundamenta para afirmar que eu, Manuel
> Bulcão, existo independentemente dele, que existo como um ser
> autônomo? Não serei eu apenas um pensamento do Joaquim ou de
> qualquer um que esteja a ler este meu e-mail? Como ter certeza de
> que eu não sou um ser noológico (como diria Dawkins, um "meme")
> parasitando a sua mente?

Nao e' uma prova. Mas, como escrevi alhures, e aqui
mesmo nesta lista.

Partindo da aceitacao da argumentacao cartesiana do
'cogito ergo sum'. Pra mim e' obvio q. a minha consciencia
tampouco pode ser todo o mundo observavel -- eu nao
consigo interferir na realidade sem algum tipo de
limitacao, nao sou capaz de realizar todas as minhas
vontades apenas com meu pensamento. Nao vejo arvores
apenas pensando: vejo arvores. Nem tenho Camila Pitanga
ao meu lado dizendo: Camila Pitanga esta' ao meu lado.
Se sou porq. sou capaz de pensar; como minha capacidade
de pensar nao e' tudo, eu tbm nao sou tudo. O demonio
de Descartes existe. Embora nao saiba exatamente o q.
ele e': o meu inconsciente, outra subjetividade, um
mundo real, deuses ou outra coisa (ou uma combinacao
dessas coisas). Mas ainda q. seja o meu inconsciente,
ele tera' entao uma existencia objetiva em relacao
ao meu consciente.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Gato de Schrodinger
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/03/2002 16:54

Ois,

dada a impossibilidade de aqui postarmos htm, html, anexos, figuras etc. pedi licensa ao SBCR e lá postei esse texto do bichano. Aprecio que critiquem.

[]'
Léo
============



SUBJECT: Anedota matemática
FROM: "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/03/2002 22:44

Uma mãe é 21 anos mais velha que o filho.
Daqui a seis anos o filho terá uma idade 5 vezes menor que a da mãe.
Pergunta: Onde está o pai?



Atenção à pergunta: Onde está o pai?





Atenção à pergunta: Onde está o pai?




Solução:
O menino tem hoje X anos
A mãe tem hoje Y anos


== X+21=Y
Daqui a 6 anos:
5(X+6)=Y+6
5X+30 = X+21+6
4X = -3
X = -3/4
O menino tem hoje -3/4 anos, ou seja, -9 meses.
Donde, o pai está em cima da mãe.

Ateh
Luis Brudna






SUBJECT: Encontro Regionai da STR em SP - 28/03/2002
FROM: "Sociedade da Terra Redonda" <strbrasil@hotmail.com>
TO: Lista@strbrasil.com.br
CC: Lasir@yahoogroups.com, ateus-br@yahoogroups.com, CienciaCidadania@yahoogroups.com, ciencialist@yahoogrupos.com.br, despertar@yahoogroups.com, lidearc@yahoogroups.com, pensamento@yahoogroups.com, sbcr@yahoogroups.com
DATE: 15/03/2002 05:54

Prezado(a),

Vamos realizar o primeiro encontro regional da STR em 2002 no estado de
São Paulo. Ele ocorrerá numa quinta-feira, dia 28/03/2002, no Morumbi's
Place Buffet. A novidade dos novos encontros será as apresentações de
celebridades versando sobre temas específicos. Neste encontro em SP teremos
a presença do hipnólogo Fábio Puentes. Fábio é Membro da STR e falará sobre
seu novo livro "Hipnose, marketing das religiões". Ele também fará
apresentações de hipnose ao vivo.

O endereço do Buffet é Rua Dr. Clóvis de Oliveira, 224 - Morumbi - São
Paulo - SP, TeleFax: (11) 3721-3584. Em
http://www.morumbisplacebuffet.com.br/localizacao.htm há um mapa de como
chegar ao local. O início do encontro será às 19h e a apresentação será
iniciada às 20h30min. A *entrada é franca* e os participantes só pagam pelo
que consumirem no local. As fotos de encontros já realizados estão
disponíveis na Área Eventos, em
http://www.strbrasil.com.br/Eventos/encontros.htm .

Avise seus amigos sobre o encontro em SP para que o número de
participantes seja maior. Há na STR uma lista de pessoas que confirmaram
interesse em participar dos encontros, publicada em
http://www.strbrasil.com.br/principal.htm#Encontro . Assim, você pode ter
uma noção de quantas pessoas esperar nos encontros, afastando o medo de
chegar no local e não encontrar ninguém. Se você tem interesse de participar
de algum encontro, envie-nos um e-mail para figurar nesta lista.

Outros estados (RS, RJ, PR, MG, DF e CE) também terão encontros
regionais, mas nem todos os detalhes estão definidos. Sabemos apenas que
serão realizados em restaurantes ou bifês, seguindo o padrão dos encontros
já realizados. Pretendemos realizar encontros também no aniversário da STR
(04/05/2002) e no dia da ciência (08/07/2002). Sua presença é muito
importante para o sucesso de nossos encontros!

Participe da pesquisa on line de opinião em
http://vote.sparklit.com/survey?ID=519958 e faça com que nossos encontros
sejam cada vez melhores. Os dados da pesquisa nos ajudarão a planejar os
encontros nos outros estados.

Aguardamos ansiosamente seus comentários, críticas e sugestões.

Atenciosamente,
Leo Vines, Presidente
Vines@strbrasil.com.br
Sociedade da Terra Redonda
http://www.strbrasil.com.br
"Porque concluir é melhor que acreditar."

---

Este e-mail foi-lhe enviado pois você se registrou como Membro (
http://www.strbrasil.com.br/Membros ) da Sociedade da Terra Redonda ou faz
parte das principais listas de ateísmo, ceticismo e ciência na língua
portuguesa. Caso não queira mais receber nossas notificações diretamente por
e-mail, envie mensagem para Str@strbrasil.com.br com o título "Remover da
Lista de Mensagens". Pedimos desculpas aos cadastrados em mais de uma lista
pelas mensagens duplicadas.

_________________________________________________________________
Chegou o novo MSN Explorer. Instale já. É gratuito:
http://explorer.msn.com.br



SUBJECT: Re: Respostas acumuladas - Help!
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/03/2002 09:19


LOL isto dava outra ML ... :)

> 1) Nível de Escolaridade: Universitário
> Profissão: Autodidata
> Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
> Dúvida/Sugestão: Gostaria de saber como faço para calcular o centro
geométrico de uma TV, para

que esta não tenha perigo de cair do móvel. Obrigada

O que precisa de calcular é o centro de masssa e não o centro
geometrico.
Para que a Tv não caia do movel é preciso que o eixo vertical
imaginário que passa pelo centro de

massa passe "dentro" do movel. Ou seja, que esse eixo esteja antes da
extremidade do movel.

Quando mais afastado, mais estável e menos chance de cair.

O centro de massa de uma TV normalmente passa pela base da TV (não
necessáriamente pelo centro

geometrico da base) Portanto se o objectivo é que a Tv não caia,
basta que a base esteja bem

colocada no movel o mais longe possivel das extremidades do movel.

> 2) Não sei

> 3) Nível de Escolaridade: Médio
> Profissão: Hobbista
> Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 06
> Dúvida/Sugestão: Gostaria de saber na fórmula abaixo quais as
unidades que devo considerar:

Fórmula para cálculo de resistência ao rolamento: F = f/r * g ;onde :
F = força de deslocamento f

= braço de alavanca da resistência ao rolamento r = raio do rolete ou
esfera g = peso aplicado

sobre a esfera ou rolete onde posso encontrar valores referenciais
para f grato, marco

No Sistema Internacional de Pesos e Medidas (SI) as unidades são:
Força : newtow, simbolo N
Braço da Força : metro , simbolo m
raio : metro , simbolo m
Peso : newton, simbolo N

Para converter a massa (em quilograma) para peso (em newton) ,
multiplique por 9,8.

Se o rolamento pesar 0,5 kg , o seu peso será 0,5 x 9,8 = 4,9 N

Os valores de f não sei.

> 4) Nível de Escolaridade: Universitário
> Profissão: Estudante
> Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
> Dúvida/Sugestão: Gostaria de saber onde encontrar uma lanterna que
tenha uma lâmpada UV (ultra

violeta). Pode me indicar???

Esta não sei, mas tlv em lojas de numismática. (por causa de ver se
as notas são falsas)

> 5) Nível de Escolaridade: Médio
> Profissão: Monitor
> Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
> Dúvida/Sugestão: QUERO SABER O QUE É ÓPTICA?

Optica é o ramo da fisica que estudo os fenomenos que têm como base a
luz.
A optica é importante em tudo o que tiver a ver com lentes (oculos,
microscopios,

telescopios,etc..)
Actualmente ela tem tb a ver com os laser

> 6) Não sei.

> 7) Não sei.
>
> 8) Nível de Escolaridade: Universitário
> Profissão: Estudante
> Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
> Dúvida/Sugestão: Gostaria de esclarecimentos sobre fractais,caos e
universo auto consciente.
>

Fractais são padrões que quando se repetem formam um padrão igual a
si mesmo.
Os fractais tem a propriedade se derem iguais vistos a qq escala. Ou
seja, se olharmos para o

global ou para um pequeno canto do fractal a figura que vemos é a
mesma.

Caos é a designação tecnica para um sistema fisico do qual não é
possivel conhecer todas as

variávies ou medir as suas grandezas. Para sistemas assim não é
possivel nenhuma lei impirica, e o

que se faz é usar da estatistica para saber como o sistema se
comporta em determinadas condiçoes.


> 9) Nível de Escolaridade: Básico/Fundamental
> Profissão: Estudante
> Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 20
> Dúvida/Sugestão: Gostaria que se fosse possivel me informasse qual
(is) a(s)diferença(s) entre

um Principio e uma Lei Cpts

Principio é uma ideia que ainda não se conseguiu provar sempre
verdadeira, mas que sempre que o aplicamos a qq

coisa ele parece ser válido. De forma que se aceita como sendo válido
em geral, sem nunca ter

sido provado. É algo impirico e usado para começar uma teoria (está
no principio da teoria. É um

Principio da teoria ) e apartir do qual se estabelecem outras
conclusões.

Um exemplo é o principio da causalidade, que diz que todos os efeitos
têm pelo menos uma causa, e

todas as causas provocam pelo menos um efeito.
Até hoje não foi descoberto nada que viole este principio. Mas por
outro lado não se consegui

provar que fosse verdadeiro para todos os casos reais que possam
existir.

Lei é uma ideia que já se conseguiu provar para todos os casos.
Quando se prova para todos os

casos diz-se ser uma Lei Universal.
Esta classificação de "Lei Universal" serve para destinguir daquilo
que na giria cientifica se chama lei. Isto pq na realidade coisas que
se provam para todos os casos não existem em ciencia.
O que existem são principios que se provaram sempre verdadeiros em
certas e determinadas

condições. E para todos os casos nessas condições esse principio
assume caracteristicas de lei.
Mas continua a não ser válido em geral.

Lei, pode ter ainda outro significado. Designa a fomula matemática de
traduz um principio.



> 10) Não sei
>
> 11) Nível de Escolaridade: Médio
> Profissão: Estudante
> Sala de Dúvida/Sugestão: Sala dos links
> Dúvida/Sugestão: Gostaria se possivel ser informada de: Por que ha
queima quando restos de

espaçonaves, satelites reentram na atmosfera? O que acontece quando
nao temos gravidade? Quais

sao os perigos da alta exposicao a radiaçao? Obrigado

Quando o corpo (seja nave,satelite, meteorito, qq coisa) entre na
atmosfera duas coisas estão acontecendo.
1) A gravidade da terra está a puxar o corpo e fazendo-o acelerar.
2) A atmosfera tem ar que está a causa atrito com o corpo.

O atrito é tanto maior quanto a velocidade do corpo. E o atrito
liberta calor, aumentado a temperatura do corpo.

O resultado é que o corpo vai aquecendo até ao ponto que arde e se
destroi.

Quando não ha gravidade o corpo não é puxado. E portanto não acelera
e não arde.
Contudo se o corpo tiver motores (como uma nave) ele pode proceder à
reentrada. E nesse caso a reentrada tem que ser muito bem controlada
para que o atrito não aqueça a nave demasiado.
(os vai-vens espaciais estão protegidos por materiais especiais que
aguentam altas temperaturas. Mas não todas as temperaturas, e é
preciso cuidado)

O perigo de exposição é medido pela radiação recebida por quilograma
de massa.
A unidade que se usa para medir isto é o Syvert (Sv) e corresponde à
dose equivalente da radiação de 1 joule de energia da radiação por
quilograma.

Quando uma pessoa é submetida a um tratamento por radiação
(radioterapia) a dose é calculada de forma que não seja perigosa.
Contudo como o tratamento se prolonga demasiado, ela acaba por ter
efeitos, queda do cabelo e palidez são exemplos.
No caso de um simples Raio X, a radiação que se recebe é muita, mas
por pouco tempo. De modo que não é perigosa se o equipamento estiver
bem calibrado.

Os perigos aparecem para doses além das que o corpo pode aguentar e
os seus efeitos são principalmente o cancer e a leucemia.
Outras coisas podem acontecer quando a dose de radiação é massiva;
como na bomba atomica.
No japão, e chernobil as pessoas (e animais) tiveram filhos
degenerados com imensos defeitos fisicos e por consequencia
psicologicos.

> 12) Não sei.

> 13) Não sei
>
> 14) Nível de Escolaridade: Médio
> Profissão: Estudante
> Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 07
> Dúvida/Sugestão: Olá, estou fazendo uma pesquisa escolar onde tenho
que saber a massa

específica (densidade) do ''iogurte'' , pois não acho essa informação
em lugar algum. Espero sua

resposta. Um abraço Frederico kikos@e...

Arrange um reciopiente do qual vc saiba ou possa saber o volume (por
exemplo um daqueles copos de cozinha que se usa par medir liquidos).
Pese o recipiente vazio.
Encha com iogurte até um volume conhecido (por exemplo 1 decilitro)
Pese o recipiente com o iogurte.

Agora subtraia do peso medido com o recipiente cheio, o peso do
recipiente vazio.
Isso vai dar o peso do iogurte dentro do recipiente.
(para estas operações provavelmente precisa de uma balança com mais
precisão que a da cozinha)

A densidade é a razão entre a massa e o volume.
Divida a massa do iogurte pelo volume que mediu e tem a densidade do
iogurte.

O resultado será em gramas por litro (simbolo g/L) que é o mesmo que
quilograma por metro cubico***agradecia confirmação disto antes de
enviar a resposta***.

[ g=0.001 kg, L = 0.001 m cubico ]

> 15) Não sei.


> 16) Senhor Luiz Ferraz Netto:
>

Esta acho que tu mesmo deverias responder.


[]

Sérgio Taborda

P.S.
Pensavas que deixar o teu contacto na página não dava trabalho, não
era ? :-))



SUBJECT: Re: Gato de Schrodinger
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/03/2002 09:20


> dada a impossibilidade de aqui postarmos htm, html, anexos, figuras
etc. pedi licensa ao SBCR e lá postei esse texto do bichano. Aprecio
que critiquem.

Eu não esotu nessa lista.
Não era mais facil pores isso no teu site e dar o link de acesso até
ele ?

Se não der, manda-me por email

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/03/2002 12:37

Certo Sérgio,

ainda não havia colocado no Imperdível justamente por falta de comentário mas, lá está agora, na Sala 23:

http://www.feiradeciencias.com.br/sala23/23_MA14.asp

Paulera nele!

[]'
Léo
PS: O Alberto tá proibido de ler tais obscenidades.
============
-----Mensagem Original-----
De: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: sexta-feira, 15 de março de 2002 09:20
Assunto: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger



> dada a impossibilidade de aqui postarmos htm, html, anexos, figuras
etc. pedi licensa ao SBCR e lá postei esse texto do bichano. Aprecio
que critiquem.

Eu não esotu nessa lista.
Não era mais facil pores isso no teu site e dar o link de acesso até
ele ?

Se não der, manda-me por email

[]

Sérgio Taborda


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DATE: 15/03/2002 14:02

Direito_Saúde e Bioética -- 15.03.2002
______________________________

http://groups.yahoo.com/group/Direito_Saude/message/10192
-----

Muitas vezes foi dito que *nunca* houve
notícia de um caso de TRÁFICO de órgãos.


Aí está.


Agora TODO o sistema transplantador e declaratório
de morte encefálica no Brasil DEVE ser investigado.


Esses casos noticiados não são casos
isolados.



Está sendo comprovado também que a liberação
de verbas do MINISTÉRIO DA SAÚDE para transplantes
não tem a ver necessariamente com transplantes,
MAS com interesses *eleitoreiros* e outros
por igual criminosos.



É fundamental esclarecer que esse procedimento
criminoso APENAS pode ser feito dentro
de uma UTI hospitalar.



As principais vítimas são jovens.



Se seu filho entrar em uma UTI com traumatismo
encefálico, esteja atento à presença de TRANSPLANTADORES
dentro dela que fazem APELOS mentirosos de filantropia e
"doações". EXIJA que ele seja socorrido
com hipotermia moderada e coma barbitúrico
e PROÍBA a realização do mortal TESTE DA APNÉIA
( nenhum exame pode ser feito sem o consentimento
do paciente ou seus responsáveis ).


Feito isso, toda a *farsa transplantadora*,
calcada na FRAUDULENTA declaração de morte encefálica,
será desfeita, e muitos jovens voltarão
a uma VIDA NORMAL.


Como outorgado para esclarecer o momento VERDADEIRO
da *irreversibilidade da morte encefálica* por centenas de brasileiros e
pelo pai dessa criança, estarei ACOMPANHANDO esses
acontecimentos para que se esclareçam.


Quem quiser receber o material judicial que demonstra
ONDE está o erro declaratório da morte encefálica
pode solicitá-lo para meu endereço eletrônico
( c.galli@terra.com.br ).


Ao final da reportagem que segue estão
endereços com material que permite aprofundar
o conhecimento da questão neurocientífica e
médica.


[]'s

Celso Galli Coimbra
OAB_RS 11.352
Porto Alegre

__________________________________

From: "paulo_pavesi"
To: Direito_Saude@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, March 15, 2002 11:30 AM
Subject: Direito_Saude e Bioética
PF investiga suspeita de tráfico de órgãos no Sul de Minas

__________________________________

O ESTADO DE MINAS - 15/03/2001

POÇOS DE CALDAS

PF investiga suspeita de tráfico de
órgãos no Sul

(Plínio Teodoro)


O delegado da Polícia Federal de Varginha,
Célio Jacinto dos Santos, o procurador de Justiça
Adailton Ramos do Nascimento e dois médicos
auditores do Ministério da Saúde fizeram operação
de busca e apreensão na Santa Casa e no Hospital
Pedro Sanches, em Poços de Caldas, no Sul do Estado,
para recolher subsídios que comprovem diversas
irregularidades no sistema de notificação, captação e
distribuição de órgãos da Central de Transplantes do
município, chefiada pelo médico Álvaro Ianhez.



Ele e outros três médicos, Cláudio Rogério Carneiro
Fernandes, Celso Scaffi e Odilon Trifligio, que fazem parte
da equipe, foram indiciados por suspeitas de favorecimento
e recebimento de contribuições de receptores dos
órgãos transplantados na Santa Casa,
entre outras ilegalidades.



O delegado Célio Jacinto informou que o primeiro
inquérito foi aberto há cerca de um ano, para investigar
a morte e o transplante dos órgãos de Paulo Veronese Pavesi,
de 10 anos, depois que o pai do menino, o analista de sistemas
Paulo Airton Pavesi, desconfiou dos procedimentos médicos
e das despesas cobradas pela Santa Casa.



Desse caso surgiram SETE novos inquéritos que estão sendo
analisados pela Procuradoria-Geral de Justiça, e o caso do Paulo
deve ser concluído em pouco tempo .



Segundo o delegado, a equipe da Central de Transplantes
de Poços de Caldas participava de TODO o processo
de transplante do órgão, desde a CONSTATAÇÃO
DA MORTE CEREBRAL à retirada e implantação do órgão no
receptor.



Quem participa do diagnóstico da morte encefálica
não pode legalmente estar ligado às pessoas que participarão
da retirada e implante do órgão.



O doutor Álvaro e sua equipe participavam desde o
início até o fim do processo, contrariando a legislação .



Célio afirma que a central tem a função de gerir a lista de
espera dos receptores, por isso não deve haver vínculos,
e o médico CHEFIAVA tanto a Central quanto a equipe
de transplantes.



Ele teria condições de escolher quem estaria na lista
de espera, beneficiando determinadas pessoas e podendo
GANHAR DINHEIRO com isso .


Ele revela que foram constatadas contribuições de alto
valor feita pelos RECEPTADORES de órgãos à Central
de Transplantes.


Um dos casos constatados é o de um cidadão que,
após receber o órgão, efetuou a doação de R$ 5 mil
a equipe de transplantes .


Em outro inquérito, o delegado afirma existir a possibilidade de
dupla cobrança, onde seriam recebidas verbas provenientes do
Sistema Único de Saúde (SUS) e de empresas
de planos de saúde.


Dessa maneira, a Santa Casa também se beneficiaria,
além dos médicos.


Se comprovarmos isso, ela (a Santa Casa) também será
responsabilizada ,
afirma Célio.



====================================
ENDERECOS SOBRE MORTE ENCEFALICA
E TRANSPLANTES
====================================
Nao se deixe enganar
pela PROPAGANDA transplantista.
===
INFORME-SE:
apenas a *Medicina Preventiva* de baixo custo
ja seria suficiente para evitar a necessidade de
80% de transplantes previsiveis, com origem em declaracoes
de mortes encefalicas *ANTECIPADAS*
para fins de retirada de orgaos vitais.
===
ARTIGO:
"Falhas no Diagnostico da Morte Cerebral",
publicado na Revista CIENCIA HOJE,
número 161, junho de 2000:
http://www.uol.com.br/cienciahoje/chmais/pass/ch161/morte.pdf
===
ARTIGOS
cientificos no site da UNIFESP:
http://www.unifesp.br/dneuro/textos.htm
===
ARTIGO:
"Morte Encefalica"
http://www.unifesp.br/dneuro/mortencefalica.htm
===
DEMONSTRACAO
cientifica dos efeitos mortais do teste
da APNEIA, imposto pelo CFM para
declaracao da morte encefalica que
pretende diagnosticar:
http://www.unifesp.br/dneuro/apnea.htm
===
ARTIGO:
em ingles sobre a importancia da
*Penumbra Isquemica* para a declaracao
da morte encefalica:
http://www.unifesp.br/dneuro/brdeath.html
===
MANIFESTACOES PUBLICAS
da comunidade neurocientifica internacional
contraria aos criterios declaratorios
da morte encefalica.
NAO EH VERDADE QUE HA CONSENSO
internacional na declaracao de morte encefalica,
confirme o que dizem os neurocientistas em:
http://www.unifesp.br/dneuro/opinioes.htm
===
DEBATE
internacional da comunidade neurocientifica
sobre os erros declaratorios da morte encefalica
na Revista Cientifica BMJ:
http://www.bmj.com/cgi/eletters/320/7244/1266
===
PARA ler os artigos sobre
morte encefalica em Direito_Saude:
http://www.yahoogroups.com/files/direito_saude/
===
INSCRICAO, enviar mensagem em branco para:
direito_saude-subscribe@yahoogroups.com
===
PARA outras finalidades acessar
a pagina principal deste Grupo:
http://www.yahoogroups.com/group/direito_saude
===


---
Outgoing mail is certified Virus Free.
Checked by AVG anti-virus system (http://www.grisoft.com).
Version: 6.0.332 / Virus Database: 186 - Release Date: 6/3/2002


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: PF investiga suspeita de trafico de orgaos no Sul de Minas
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/03/2002 14:24

--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> Muitas vezes foi dito que *nunca* houve
> notícia de um caso de TRÁFICO de órgãos.

O q. foi dito e' q. nunca houve *provas*
de trafico de orgaos.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: uaRe: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/03/2002 15:10

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Friday, March 15, 2002 12:37 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger

> ainda não havia colocado no Imperdível justamente por falta de comentário
> mas, lá está agora, na Sala 23:
> http://www.feiradeciencias.com.br/sala23/23_MA14.asp
> PS: O Alberto tá proibido de ler tais obscenidades.

Quem???!!! Eu???!!! Como??? Quando??? Porque???

De maneira alguma, o artigo está muito bom. Lembrou-me a piada do Brudna,
aquela do sujeito que é pai mas ainda não concebeu o filho, ou do filho que
ainda não existe mas já tem -9 meses. Por sinal gosto muito do gato do
Schrödinger, tanto que apelidei-o de Higgs, aquela partícula que 50% dos
físicos quântico acreditam que existe e 50% simplesmente assumem uma
existência dialética, pois sabe-se que a chance de encontrá-la é 50%
impossível e 50% improvável. Aliás, houve quem disse que ela seria
encontrada em 2001 mas, pelo visto, o Bin Laden escondeu-a muito bem numa
das cavernas do Afeganistão.

Acho também muito interessante o comentário do Feynmann: "quem não ficar
pasmado com a física quântica é porque não a compreendeu". E. de fato,
parece-me que este pensamento é de Bohr, mas vive sendo repetido pelos
quânticos. Aliás, 49,5% dos quânticos ficam pasmos, dando assim a impressão
que entenderam, e 49,5% repetem a frase sem entendê-la (nem a frase e muito
menos a quântica).

Como vê, não tenho nada contra a quântica, acho-a fantástica e além da
imaginação.

> Paulera nele!

Não tem porquê. Parabéns pelo artigo a esclarecer o que há de melhor na
física quântica, a sua ininteligibilidade e o elevado grau de maturidade
daqueles que procuram acreditar naquilo que sabem não existir, mesmo não
sendo filósofos (aliás, alguns tentam ser, como o Heisenberg).

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: Gato de Schrodinger
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/03/2002 15:15


> ainda não havia colocado no Imperdível justamente por falta de
comentário mas, lá está agora, na Sala 23:
>
> http://www.feiradeciencias.com.br/sala23/23_MA14.asp
>
> Paulera nele!

Lamento, mas parece que vou ter que te castigar (lol).
Quando eu te deixei ser deus deste mundo eu não te disse para não te
deixares corromper pelos misticos ? (lol)

Agora a sério. O texto cai na conversa do costume.... :-((

Está tudo muito bem até este parágrafo:

"Se tentarmos descrever o que ocorreu no interior da caixa, servindo-
nos das leis da mecânica quântica, chegaremos a uma conclusão muito
estranha. O gato viria descrito por uma função de onda extremamente
complexa resultado da superposição de dois estados, combinando 50%
de "gato vivo" e 50% de "gato morto". Ou seja, aplicando-se o
formalismo quântico, o gato estaria por sua vez 'vivo' e 'morto';
correspondente a dois estados indistinguíveis!"

A função de onda não é complexa. É 'sim', ou 'não'.
Os estados são realmente "gato morto" , "gato vivo" , mas não é
correcto escreveres "combinando 50% de "gato vivo" e 50% de "gato
morto". Ou seja, aplicando-se o formalismo quântico, o gato estaria
por sua vez 'vivo' e 'morto'; correspondente a dois estados
indistinguíveis!""

Porque dá a entender que ele está vivo e morto ao mesmo tempo. Não é
nada disso. O que é ao mesmo tempo é a probabiidade de 50% para cada
estado.

texto alternativo:
"um estado combinando; 50% de "estado gato vivo" e 50% de "estado
gato morto". Ou seja, aplicando-se o formalismo quântico, o gato
teria por sua vez 50% de chance de estar 'vivo' e 50% de chance de
estar 'morto'; correspondente a dois estados indistinguíveis, até que
se abra a caixa!"

Depois 2 paragrafos a seguir:

"Ao realizar a medida, o observador interage com o sistema e o
altera, rompendo a superposição dos dois estados, com o que o sistema
decanta em um dos dois estados possíveis."

O sistema nunca é alterado. É um gato e uma caixa , sempre.
O que se altera é o Estado do sistema. É importante não poupar
palavras.
texto alternativo:

"Ao realizar a medida, o observador vai encontrar um estado unico
para o sistema. A superposição que existia dos dois estados, não
existe mais, pq observando não ha duvidas se o gato está morto ou
vivo. O Estado do sistema, é, quando observado, um, e apenas um dos
dois estados possiveis."

Depois:

"O senso comum nos predispõe que o gato não pode estar vivo e morto."

Acho que "O senso comum nos predizpõe a afirmar que o gato não pode
estar simultanemente vivo e morto. E de facto não está, pq quando o
observamos ele só pode ter um dos dois estados possiveis. Ou está
vivo, ou está morto"

"Mas a mecânica quântica afirma que, se ninguém olhar o interior da
caixa, o gato se encontrará numa superposição dos dois estados
possíveis: vivo e morto."

sobreposição, em vez de superposição... não ?

Não está incorrecto ,mas o que a MQ afirma é que:
"Quando o estado do sistema não está a ser medido não se conhece o
estado actual do sistema. E portanto a função que descreve o estado
do sistema é uma sobreposição dos dois estados possiveis: vivo e
morto."

Seguindo , e agora é mais delicado.

"Essa superposição de estados é uma conseqüência da natureza
ondulatória da matéria"

Não. Não é.
1) Não ha natureza ondulatória nenhuma de nada.
A função de onda é do sistema, e não do gato nem da caixa.
2) A função de onda descreve o ESTADO mecânico do sistema.
Em particular os ESTADOS ESTÁVEIS do sistema.

", e sua aplicação à descrição mecânico-quântica dos sistemas físicos
é que permite explicar o comportamento das partículas elementares e
dos átomos."

Sim. Mas o que se descreve é o ESTADO do atomo e das particulas. Não
as particulas e os atomos em si.

As orbitais não descrevem os electrões. Elas descrevem as POSIÇÔES
prováveis dos electrões para uma certa energia DO SISTEMA que é o
atomo.

" A aplicação disso aos sistemas macroscópicos como o gato ou,
inclusive, se assim o preferir, a qualquer professor de física
quântica, nos levaria ao paradoxo proposto por Schrödinger."

Não ha nenhum paradoxo. E tu não descreves nenhum paradoxo no texto.
Como acabas dizendo que ha um paradoxo ?

Agora, promenores afisicos:

"Curiosamente, alguns livros de física, para colaborar com a 'lei dos
direitos dos animais', substitui nesse dispositivo experimental
(hipotético) a ampola com veneno por uma garrafa de leite que ao
romper-se, permite ao gato alimentar-se. Os dois estados possíveis
agora são: "gato bem alimentado" ou "gato esfomeado". O que, também,
tem sua parcela de crueldade."

Cada um é maluco como quiser :-))
Não vejo que interesse cientifico / divulgação tem esta parte.

"Comentário: Quando se recorre á imagem do "gato de Schrödinger" já
sabemos que estamos nos referindo a um dos aspectos mais singulares e
misteriosos da mecânica quântica, a saber, que tais fenômenos
quânticos necessitam, para ocorrer, da consciência de um observador."

"miteriosos" ? isso é para angariar fãns misticos ?
O que está em causa quando nos referirmos ao gato é a diferença entre
interacção e medição, como dizes , e bem, no principio.
E são duas coisas distintas.
A interação é entre a particula alfa e o gato. É ela que mata o gato.
Não é a medição que mata o gato. Não é ao abrir a caixa que se mata o
gato.
O gato já está morto (ou não) antes de abrirmos a caixa, o problema é
que nós não sabemos. E como a probabilidade é de 50% a primeira hora,
ele tem a mesma probabilidade de estar vivo que de estar morto.
Mas em caso algum é o observador que mata o gato.

Isto foi usado indevidamente para afirmar que o observador perturba o
sistema de forma a mudar o estado.
Isso pode ser verdade pq os metodos de medida nunca são tão directos
como "olhar".Usando por exemplo uma corrente para medir a temperatura
do gás qq, para temperaturas muito baixas, o calor de Joule libertado
é importante e pode falsear os dados. E ai "medir" perturba o sistema
sim. Cria outro sistema que não aquele q estamos a estudar. E é ai
que está a diferença. Mas essa diferença não está patente no problema
do gato.

Uma medida NÂO É uma interacção e é isso que o paradoxo do gato tem
a ensinar.

E portanto a "consciencia" não tem nada a ver com isto.

"Explico melhor: quando se produz o colapso da função de onda de uma
partícula"

Função de onda de um Sistema!
Falta tb dizer p que é o colapso da função de onda.
Colapso da função de onda = quando se observa o estado do sistema.

" --- que, segundo os 'entendidos' possui consistência ondulatória e
corpuscular indistintamente --- esta pode resultar com um dado sinal
(para seu 'spin') (+) ou outro (-), porém, enquanto alguém, um
observador, não constatar, esse resultado não existe."

É bom acrescentar que antes de medir qq coisa nunca se sabe o
resultado. E é nesse sentido que ele não existe.
O predio onde vivo existe, e tem uma altura. Mas a minha medição
dessa altura não existe, pq eu nunca a fiz. E só existirá no momento
em que eu a fizer, e durante o tempo o que eu a fizer. Porque depois
ela pode se alterar (as torres em NY não tem a mesma altura que antes)

Em fisica classica fazemos aproximações, como por exemplo assumir que
o tamanho de uma barra metálica não muda quando a medimos.
Mas esperimenta medi-la com uma régua a 200ºC a ver se achas o mesmo
Ela irá expandir ao mesmo tempo que medes. E a tua medição será um
fiasco.

O que está protanto em causa não é nenhum mistério, mas as regras
necessárias para não perturbar o estado do sistema quando o estamos a
medir.

"Não é que o resultado seja positivo ou negativo (todavia,
desconhecido), não, é mais estranho ainda:"

O objectivo é alimentar a fantasia dos misticos ? Ou dar a conhecer
simplesmente as ideias da fisica , e da MQ em particular ?
Parece que é o primeiro. :-(

"o novo estado da partícula em questão (e suas possíveis
conseqüências) não existe de nenhuma maneira até que seja verificado
pela observação. Ainda não entenderam? Certo, junte-me a essa lista. "

Esta uma daquelas frases chaves que não deveriam estar num texto de
divulgação.
Parece que é normal não se entender.
O normal é entender! E para entender, tem que ser bem explicado! E
não usar as ideas "misteriosas" que apontas no texto como se fosse
algo super normal.
A intrepretação séria das coisas é que é importante.

"Richard Feymann, premio Nobel de Física, já dizia: "quem não ficar
pasmado com a física quântica é porque não a compreendeu". Pasmem!"

Pois, esta ainda é pior que a primeira. Porque dá a entender que um
sr que ganhou o premio nobel (no seculo passado) e afirmou essa frase
num altura em que se cozinhava a MQ tem de ter razão.
A MQ não tem nada de misterioso ou inexplicável.
Ela pode ser supreendente pela suas capacidades de descrição dos
[estados dos] sistemas microscopicos. Só! NADA MAIS QUE ISSO!

"Como ninguém entendeu nada, vale salientar que esse experimento
mental tem outra versão: no exterior da caixa há uma partícula cuja
função de onda entra em colapso; se o resultado do colapso resultar
uma partícula com spin positivo o sensor acusa e o gato morre, se
resultar com spin negativo o sensor nada acusa e o gato vive. Até que
se observe o interior da caixa, o gato estará vivo e morto."

O gato não está vivo e morto ! Tira isso da tua ideia e do texto!
O ESTADO DO gato é que pode ser vivo OU , repito OU , morto

O resultado do dado não é 1,2,3,4,5,6 , as posibilidade do resultado
dado é que são 1,2,3,4,5,6.

"A imagem desse "gato", na física quântica, pelo menos tem uma
vantagem, a de evitar repetir tediosas explicações como o princípio
da incerteza, a simultaneidade do caráter ondulatório e corpuscular
das partículas e outros detalhes técnicos desse peculiar campo da
física."

estou triste, depois do tempo que passo a [tentar] explicar que não é
nada disso, colocas um texto destes num site visto por milhares.
É expandir a incompreensão e a lavagem cerebral das pessoas com
coisas erradas.
Estou muito triste :-((( , a sério.


Usar a conversa que os cientistas usavam à 100 anos para justificar a
MQ de hoje não é muito correcto, quando ele já se encontra filtrada
dessas coisas.

Só um exemplo:
Qual é a função de onda para uma particula livre ?
A MQ diz que é um seno.

Qual é a função necessária para se modular uma particula livre ?
A MQ (e qq pessoa mortal) diz que é uma sobreposição de funções
gaussianas em 3 dimensões (porque acham que são 'bolinhas').

Como vez, são coisas diferentes.

[]

Sérgio Taborda
"Ás vezes ler, é uma boa desculpa para não pensar"





SUBJECT: Re: PF investiga suspeita de trafico de orgaos no Sul de Minas
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, <policia-livre@grupos.com.br>
DATE: 15/03/2002 15:29

Que seja,
não estou me referindo
apenas ao que tenha sido dito
nesse grupo em particular.



As *provas* estão sendo obtidas
por meios judiciais que ainda me vinculam
ao sigilo profissional.



Vários casos estão sendo documentados
de retiradas de órgãos de pessoas
que sequer preenchiam os requisitos
da Resolução 1480/97,
e sem declaração de morte proferida.


Essas declarações, sem preencher os requisitos mencionados,
apenas ocorreram depois que
a família concordou com a "doação".


Há "declaração de morte" que tem a seguinte
observação escrita manualmente: *sem morte encefálica*.



Hospitais que tiveram sua licença para realizar
transplantes revogadas continuam recebendo verbas expressivas
do Ministério da Saúde para realizar transplantes.


Há verbas que se destinam, inclusive, ao pós-operatório.


Há laboratórios que verificam a compatibilidade para
transplantes, que são controlados pelos próprios transplantadores
e *sempre* apresentavam resultado de compatibilidade.


Ou os transplantes eram feitos primeiro, entre incompatíveis
e depois juntado o resultado "conveniente".


[]'s

Celso Galli Coimbra


----- Original Message -----
From: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, March 15, 2002 2:24 PM
Subject: [ciencialist] Re: PF investiga suspeita de trafico de orgaos no Sul de Minas


--- In ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> wrote:
> Muitas vezes foi dito que *nunca* houve
> notícia de um caso de TRÁFICO de órgãos.

O q. foi dito e' q. nunca houve *provas*
de trafico de orgaos.

[]s,

Roberto Takata





---
Outgoing mail is certified Virus Free.
Checked by AVG anti-virus system (http://www.grisoft.com).
Version: 6.0.332 / Virus Database: 186 - Release Date: 6/3/2002


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/03/2002 15:32

Acho que o que é importante que fique claro é que a "observação"
é feita pelo aparelho que detecta a partícula alfa. Não é
necessário incluir o gato no sistema para aplicar a mecânica
quantica. A sobreposição só é necessária a nível microscópico.
A partir do momento em que a partícula alfa é detectada, tudo
o resto pode ser explicado pela física clássica.

É também importante salientar que a física quântica não explica
porque é que as coisas são como são. Não há mecanismo causal
que explique porque é que a matéria se condensa desta ou de outra
maneira qualquer a partir da interacção de estados quanticos.

Não devemos confundir o mecanismo

"sobreposição de estados" ==> condensação num estado particular

como um mecanismo causal real. Pode não ser. É apenas um artificio
para fazer previsões.


Joao
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: Gato de Schrodinger
FROM: "aespeschit" <toni@iconet.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/03/2002 16:11

Deixe-me ver se entendi:
Quando jogo uma moeda para cima, ela não é nem cara e nem coroa.
Posso dizer que é 50% cara e 50% coroa, mas não posso dizer em
que estado ela se encontra porque ainda não realizei a medida.
Quando a moeda cai no chão ela se torna, por exemplo, 100% cara
e 0% coroa.
É isso?

[]'s
Toni

> A função de onda não é complexa. É 'sim', ou 'não'.
> Os estados são realmente "gato morto" , "gato vivo" , mas não é
> correcto escreveres "combinando 50% de "gato vivo" e 50% de "gato
> morto". Ou seja, aplicando-se o formalismo quântico, o gato estaria
> por sua vez 'vivo' e 'morto'; correspondente a dois estados
> indistinguíveis!""
>
> Porque dá a entender que ele está vivo e morto ao mesmo tempo. Não
é
> nada disso. O que é ao mesmo tempo é a probabiidade de 50% para
cada
> estado.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/03/2002 16:58

>Deixe-me ver se entendi:
>Quando jogo uma moeda para cima, ela não é nem cara e nem coroa.
>Posso dizer que é 50% cara e 50% coroa, mas não posso dizer em
>que estado ela se encontra porque ainda não realizei a medida.
>Quando a moeda cai no chão ela se torna, por exemplo, 100% cara
>e 0% coroa.
>É isso?

Sim. É isso.

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/03/2002 17:23

Oi Sérgio,

antes de meus comentários, deixemos claro, esse texto não está on-line. A seu pedido ele foi arquivado na Sala 23, mas se vc observar a página Index dessa sala verá que não há esse título (e obviamente link) na listagem. Somente a 'gang' do ciencialist teve acesso a esse endereço. No SBCR o texto foi como 'attachado'. Se *todos* deram um lida acredito que uns 100 infelizes já foram 'contaminados' com 100% dos gases fétidos exalados pelo 50% de gato-morto.

Eu não havia colocado no Imperdível justamente por falta dessa "crítica", aliás muito bem vinda.

Após seus comentários ficou patente, e isso eu agradeço, o maior cuidado que deve ser tomado no aspecto da divulgação (a intenção do texto). Como me denuncio, no texto, sou míope na visão da mecânica quântica; daí a necessidade de uma 'lente corretora' (a opinião de um amétrope) antes da irradiação ao público.

Vou pegar meu texto, seus comentários e outros que me brindem durante esse fim de semana (amanhã cedo vou pro rancho --- hoje lá pelas 24h tem mais festa dos Divogados que passaram nos exames a OAB e a esposa está nessa) e na segunda feira farei as 'correções'. O aspecto, aparente ou não, do "incentivo místico", sem dúvida, deve desaparecer do cenário. Feito isso, aguardo nova leitura no texto.

Aquele amplexo,

Léo
==================
-----Mensagem Original-----
De: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: sexta-feira, 15 de março de 2002 15:15
Assunto: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger



> ainda não havia colocado no Imperdível justamente por falta de
comentário mas, lá está agora, na Sala 23:
>
> http://www.feiradeciencias.com.br/sala23/23_MA14.asp
>
> Paulera nele!

Lamento, mas parece que vou ter que te castigar (lol).
Quando eu te deixei ser deus deste mundo eu não te disse para não te
deixares corromper pelos misticos ? (lol)

Agora a sério. O texto cai na conversa do costume.... :-((

Está tudo muito bem até este parágrafo:

"Se tentarmos descrever o que ocorreu no interior da caixa, servindo-
nos das leis da mecânica quântica, chegaremos a uma conclusão muito
estranha. O gato viria descrito por uma função de onda extremamente
complexa resultado da superposição de dois estados, combinando 50%
de "gato vivo" e 50% de "gato morto". Ou seja, aplicando-se o
formalismo quântico, o gato estaria por sua vez 'vivo' e 'morto';
correspondente a dois estados indistinguíveis!"

A função de onda não é complexa. É 'sim', ou 'não'.
Os estados são realmente "gato morto" , "gato vivo" , mas não é
correcto escreveres "combinando 50% de "gato vivo" e 50% de "gato
morto". Ou seja, aplicando-se o formalismo quântico, o gato estaria
por sua vez 'vivo' e 'morto'; correspondente a dois estados
indistinguíveis!""

Porque dá a entender que ele está vivo e morto ao mesmo tempo. Não é
nada disso. O que é ao mesmo tempo é a probabiidade de 50% para cada
estado.

texto alternativo:
"um estado combinando; 50% de "estado gato vivo" e 50% de "estado
gato morto". Ou seja, aplicando-se o formalismo quântico, o gato
teria por sua vez 50% de chance de estar 'vivo' e 50% de chance de
estar 'morto'; correspondente a dois estados indistinguíveis, até que
se abra a caixa!"

Depois 2 paragrafos a seguir:

"Ao realizar a medida, o observador interage com o sistema e o
altera, rompendo a superposição dos dois estados, com o que o sistema
decanta em um dos dois estados possíveis."

O sistema nunca é alterado. É um gato e uma caixa , sempre.
O que se altera é o Estado do sistema. É importante não poupar
palavras.
texto alternativo:

"Ao realizar a medida, o observador vai encontrar um estado unico
para o sistema. A superposição que existia dos dois estados, não
existe mais, pq observando não ha duvidas se o gato está morto ou
vivo. O Estado do sistema, é, quando observado, um, e apenas um dos
dois estados possiveis."

Depois:

"O senso comum nos predispõe que o gato não pode estar vivo e morto."

Acho que "O senso comum nos predizpõe a afirmar que o gato não pode
estar simultanemente vivo e morto. E de facto não está, pq quando o
observamos ele só pode ter um dos dois estados possiveis. Ou está
vivo, ou está morto"

"Mas a mecânica quântica afirma que, se ninguém olhar o interior da
caixa, o gato se encontrará numa superposição dos dois estados
possíveis: vivo e morto."

sobreposição, em vez de superposição... não ?

Não está incorrecto ,mas o que a MQ afirma é que:
"Quando o estado do sistema não está a ser medido não se conhece o
estado actual do sistema. E portanto a função que descreve o estado
do sistema é uma sobreposição dos dois estados possiveis: vivo e
morto."

Seguindo , e agora é mais delicado.

"Essa superposição de estados é uma conseqüência da natureza
ondulatória da matéria"

Não. Não é.
1) Não ha natureza ondulatória nenhuma de nada.
A função de onda é do sistema, e não do gato nem da caixa.
2) A função de onda descreve o ESTADO mecânico do sistema.
Em particular os ESTADOS ESTÁVEIS do sistema.

", e sua aplicação à descrição mecânico-quântica dos sistemas físicos
é que permite explicar o comportamento das partículas elementares e
dos átomos."

Sim. Mas o que se descreve é o ESTADO do atomo e das particulas. Não
as particulas e os atomos em si.

As orbitais não descrevem os electrões. Elas descrevem as POSIÇÔES
prováveis dos electrões para uma certa energia DO SISTEMA que é o
atomo.

" A aplicação disso aos sistemas macroscópicos como o gato ou,
inclusive, se assim o preferir, a qualquer professor de física
quântica, nos levaria ao paradoxo proposto por Schrödinger."

Não ha nenhum paradoxo. E tu não descreves nenhum paradoxo no texto.
Como acabas dizendo que ha um paradoxo ?

Agora, promenores afisicos:

"Curiosamente, alguns livros de física, para colaborar com a 'lei dos
direitos dos animais', substitui nesse dispositivo experimental
(hipotético) a ampola com veneno por uma garrafa de leite que ao
romper-se, permite ao gato alimentar-se. Os dois estados possíveis
agora são: "gato bem alimentado" ou "gato esfomeado". O que, também,
tem sua parcela de crueldade."

Cada um é maluco como quiser :-))
Não vejo que interesse cientifico / divulgação tem esta parte.

"Comentário: Quando se recorre á imagem do "gato de Schrödinger" já
sabemos que estamos nos referindo a um dos aspectos mais singulares e
misteriosos da mecânica quântica, a saber, que tais fenômenos
quânticos necessitam, para ocorrer, da consciência de um observador."

"miteriosos" ? isso é para angariar fãns misticos ?
O que está em causa quando nos referirmos ao gato é a diferença entre
interacção e medição, como dizes , e bem, no principio.
E são duas coisas distintas.
A interação é entre a particula alfa e o gato. É ela que mata o gato.
Não é a medição que mata o gato. Não é ao abrir a caixa que se mata o
gato.
O gato já está morto (ou não) antes de abrirmos a caixa, o problema é
que nós não sabemos. E como a probabilidade é de 50% a primeira hora,
ele tem a mesma probabilidade de estar vivo que de estar morto.
Mas em caso algum é o observador que mata o gato.

Isto foi usado indevidamente para afirmar que o observador perturba o
sistema de forma a mudar o estado.
Isso pode ser verdade pq os metodos de medida nunca são tão directos
como "olhar".Usando por exemplo uma corrente para medir a temperatura
do gás qq, para temperaturas muito baixas, o calor de Joule libertado
é importante e pode falsear os dados. E ai "medir" perturba o sistema
sim. Cria outro sistema que não aquele q estamos a estudar. E é ai
que está a diferença. Mas essa diferença não está patente no problema
do gato.

Uma medida NÂO É uma interacção e é isso que o paradoxo do gato tem
a ensinar.

E portanto a "consciencia" não tem nada a ver com isto.

"Explico melhor: quando se produz o colapso da função de onda de uma
partícula"

Função de onda de um Sistema!
Falta tb dizer p que é o colapso da função de onda.
Colapso da função de onda = quando se observa o estado do sistema.

" --- que, segundo os 'entendidos' possui consistência ondulatória e
corpuscular indistintamente --- esta pode resultar com um dado sinal
(para seu 'spin') (+) ou outro (-), porém, enquanto alguém, um
observador, não constatar, esse resultado não existe."

É bom acrescentar que antes de medir qq coisa nunca se sabe o
resultado. E é nesse sentido que ele não existe.
O predio onde vivo existe, e tem uma altura. Mas a minha medição
dessa altura não existe, pq eu nunca a fiz. E só existirá no momento
em que eu a fizer, e durante o tempo o que eu a fizer. Porque depois
ela pode se alterar (as torres em NY não tem a mesma altura que antes)

Em fisica classica fazemos aproximações, como por exemplo assumir que
o tamanho de uma barra metálica não muda quando a medimos.
Mas esperimenta medi-la com uma régua a 200ºC a ver se achas o mesmo
Ela irá expandir ao mesmo tempo que medes. E a tua medição será um
fiasco.

O que está protanto em causa não é nenhum mistério, mas as regras
necessárias para não perturbar o estado do sistema quando o estamos a
medir.

"Não é que o resultado seja positivo ou negativo (todavia,
desconhecido), não, é mais estranho ainda:"

O objectivo é alimentar a fantasia dos misticos ? Ou dar a conhecer
simplesmente as ideias da fisica , e da MQ em particular ?
Parece que é o primeiro. :-(

"o novo estado da partícula em questão (e suas possíveis
conseqüências) não existe de nenhuma maneira até que seja verificado
pela observação. Ainda não entenderam? Certo, junte-me a essa lista. "

Esta uma daquelas frases chaves que não deveriam estar num texto de
divulgação.
Parece que é normal não se entender.
O normal é entender! E para entender, tem que ser bem explicado! E
não usar as ideas "misteriosas" que apontas no texto como se fosse
algo super normal.
A intrepretação séria das coisas é que é importante.

"Richard Feymann, premio Nobel de Física, já dizia: "quem não ficar
pasmado com a física quântica é porque não a compreendeu". Pasmem!"

Pois, esta ainda é pior que a primeira. Porque dá a entender que um
sr que ganhou o premio nobel (no seculo passado) e afirmou essa frase
num altura em que se cozinhava a MQ tem de ter razão.
A MQ não tem nada de misterioso ou inexplicável.
Ela pode ser supreendente pela suas capacidades de descrição dos
[estados dos] sistemas microscopicos. Só! NADA MAIS QUE ISSO!

"Como ninguém entendeu nada, vale salientar que esse experimento
mental tem outra versão: no exterior da caixa há uma partícula cuja
função de onda entra em colapso; se o resultado do colapso resultar
uma partícula com spin positivo o sensor acusa e o gato morre, se
resultar com spin negativo o sensor nada acusa e o gato vive. Até que
se observe o interior da caixa, o gato estará vivo e morto."

O gato não está vivo e morto ! Tira isso da tua ideia e do texto!
O ESTADO DO gato é que pode ser vivo OU , repito OU , morto

O resultado do dado não é 1,2,3,4,5,6 , as posibilidade do resultado
dado é que são 1,2,3,4,5,6.

"A imagem desse "gato", na física quântica, pelo menos tem uma
vantagem, a de evitar repetir tediosas explicações como o princípio
da incerteza, a simultaneidade do caráter ondulatório e corpuscular
das partículas e outros detalhes técnicos desse peculiar campo da
física."

estou triste, depois do tempo que passo a [tentar] explicar que não é
nada disso, colocas um texto destes num site visto por milhares.
É expandir a incompreensão e a lavagem cerebral das pessoas com
coisas erradas.
Estou muito triste :-((( , a sério.


Usar a conversa que os cientistas usavam à 100 anos para justificar a
MQ de hoje não é muito correcto, quando ele já se encontra filtrada
dessas coisas.

Só um exemplo:
Qual é a função de onda para uma particula livre ?
A MQ diz que é um seno.

Qual é a função necessária para se modular uma particula livre ?
A MQ (e qq pessoa mortal) diz que é uma sobreposição de funções
gaussianas em 3 dimensões (porque acham que são 'bolinhas').

Como vez, são coisas diferentes.

[]

Sérgio Taborda
"Ás vezes ler, é uma boa desculpa para não pensar"




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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/03/2002 17:45

----- Original Message -----
From: "aespeschit"
Sent: Friday, March 15, 2002 4:11 PM
Subject: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger


> Deixe-me ver se entendi:
> Quando jogo uma moeda para cima, ela não é nem cara e nem coroa.
> Posso dizer que é 50% cara e 50% coroa, mas não posso dizer em
> que estado ela se encontra porque ainda não realizei a medida.

Eu diria, parafraseando Einstein, que "o Léo não joga moedas". E ainda bem,
pois somente Ele poderia conhecer os atributos de estado de sistemas
fechados desse tipo e em evolução para um determinado desfecho.

É importante, no entanto, perceber que a moeda não se modifica pelo fato de,
ao final do processo, nos mostrar a cara ou a coroa, pois se virarmos a
moeda, a cara vira coroa ou vice-versa. Já o gato Higgs, ou ele está morto
ou ele está vivo, e físico quântico algum conseguirá reverter a morte do
gato, supondo-se que o sistema tenha evoluído para essa condição.

Em outras palavras, vida e morte do gato de Schrödinger não representa a
mesma coisa do que cara ou coroa do lançamento de uma moeda. Num dos casos o
objeto de estudo não sofre modificação alguma. Se duvida, faça a experiência
milhares de vezes com "o mesmo" gato e perceba que o resultado não será de
50% e 50%, como seria de se esperar com a estatística "clássica" das moedas.
Muito provavelmente você obterá algo do tipo 99,99...% de gatos mortos e
0,00...1% de gatos vivos. E este último valor tenderá a zero á medida em que
o número de experiências tender a infinito.

> Quando a moeda cai no chão ela se torna, por exemplo, 100% cara
> e 0% coroa.

Não, ela continua sendo uma moeda, dotada de cara e coroa e a nos mostrar
apenas um de seus lados.

Obs.: Mandei uma outra msg para esta thread e ainda não a recebi. Mas como
a mensagem está nas páginas Web do grupo, não vou repeti-la. Para os que não
receberam ela está em
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/13623

Pelo visto, meu computador deve ser quântico e, no mundo paralelo em que me
encontro, a mensagem deve ter morrido no lugar do gato Higgs (este é o
apelido que dou para o gato de Schrödinger, pois ele é tão misterioso quanto
o bóson de Higgs).

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] interpretacoes da psicanalise
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/03/2002 23:27

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
wrote:

> Segundo Freud, são pedras angulares da teoria psicanalítica: a )A
>pressuposição de existirem processos mentais inconscientes; b) O
>reconhecimento da teoria da resistência e repressão; c) A apreciação da
>importância da sexualidade e do complexo de Édipo....

Oi Manuel e demais listeiros

Eis-me de volta das ferias. Estive revisando o correio e tinha mais de 800
mensagens. Vejo que estiveram mantendo quentinhas as considerações sobre a
psicanálise. Não resisti à tentação de meter-me.

Em realidade esta não é a mais feliz das considerações de Freud sobre os
pilares fundamentais da psicanálise. Creio que não foi bem escolhida a
citação.

Ele apresenta em muitas de suas obras os referidos pilares. Num trabalho
cujo título é "Historia do Movimento Psicanalítico" e em todas as famosas
conferencias de introdução do ano de 1917, ele estabelece como pilares
fundamentais da psicanálise (e não poderia ser de outro modo) a
transferencia e a resistência. Diz, no primeiro trabalho que cito, algo
assim como "os pilares da psicanalise são a resistência e a transferencia e
todos os que trabalharem seguindo estes principios estarão fazendo
psicanálise, ainda que não sigam outras recomendações minhas".

A definição de resistência é percepção clínica da repressão. Quando um
analista percebe sinais de que, no discurso do paciente (verbal e
extra-verbal) existe uma serie de indicios que conformam a caracterização de
uma resistencia, significa que percebe efeitos da repressão.

Seria meio complicado dizer que entre os conceitos básicos da psicanálise se
encontram a repressão e a evidencia clínica de sua presença. Seria algo como
repressão e repressão (redundancia).

Resistencia é a persistencia de um mesmo conteúdo de discurso através de
diferentes modalidades temáticas. O analista percebe que o paciente não muda
nada no sintoma. Mantém-se arraigado a ele, usando diferentes mecanismos de
defeza, pensando que está mudando. Crê que está no bom caminho da cura e
não é verdade. O analista deve, através de diferentes intevenções, mostrar a
resistência.

Em muitos trabalhos Freud resume a teoria da técnica analítica dizendo que a
psicanálise não é outra coisa que análise das resistencias, nada mais.

Resistência pode ser observada (e medida), repressão é um conceito teórico.
É algo assim como energia e trabalho. A categoria teórica da repressão é
análoga à do conceito de "stress". Quando existem determinadas evidencias
clínicas (fenomênicas), inferimos o "stress". Este não tem existência
material. É inferido por seus supostos efeitos.

Espero que estas considerações sirvam para algo, nesta discussão.

[]s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] Interpretacoes da Psicanalise - 2
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/03/2002 00:08

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
wrote:

> Na livre-associação o inconsciente fala mais alto ...

Seguimos, Manuel

A regra fundamental da técnica psicanalítica (livre-associação) é para
detectar o retorno do que foi reprimido. A palavra repressão é o fundamento
da teoria do inconsciente. Existem conteúdos inconscientes porque existe um
mecanismo psíquico chamado repressão. Se não existisse essa repressão não
existiria nada inconsciente. O inconsciente psicanalitico é sinônimo de
reprimido. O conceito primario é, em realidade, repressão. Inconsciente é o
que surge como conseqüência da repressão.

A livre-associação serve para detectar interrupções e alterações do
discurso. Supõe-se que as alterações são provocadas por uma resistência a
manter uma linearidade do discurso (aparecem atos falhos, esquecimentos,
lembranças de sonhos, etc.).

Outra aclaração. Constato que as pessoas gostam muito de insistir na
sexualidade ligada aos órgãos sexuais (na verdade, é muito mais divertida) e
não posso criticá-las. Os psicanalistas e estudiosos da psicanálise (e o
proprio Freud cansou-se de répetir) vivem afirmando e reafirmando que a
sexualidade utilizada pela psicanálise é em realidade a psico-sexualidade.
Não é somente um conjunto de práticas genitais reprimidas. A verdadeira
significação é economia do prazer (entenda-se economia como distribuição).

Assim, sexualidade é uma determinada distribuição do prazer na vida do
sujeito, um modo de administrar este prazer, que pode atrapalhar a
existência se estiver relacionado com repressões (que geram sintomas
positivos e negativos).

Eu até acho muito interessante as considerações etológicas sobre a
sexualidade ligada a órgãos genitais. Efetivamente, o prazer físico das
relações sexuais é coisa muito forte e ninguém pode esquecer.

Nos sintomas que geram patologias, é muito freqüente a perturbação de uma
vida que poderia ser cheia de prazeres por conteúdos relacionados com as
manifestações sexuais relacionadas com os órgãos genitais. São elementos da
sexualidade infantil muito grosseiros e primitivos que o paciente mantém
porque estão reprimidos. Se pudesse ter consciencia não existiriam porque o
ego coerente, com o senso comum, não permitiriam que existissem.

A psicanálise busca conduzir o paciente até a contemplação desses conteúdos
para poder julgar e dar-se conta de sua irracionalidade.

[]s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Resistencia e Repressao
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/03/2002 00:24

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
wrote:

> ... É que a causa do trauma não é o fato em si cuja lembrança a criança
> reprime, mas a "interpretação" que a criança dá ao fato.

Oi Manuel.

Eu só queria acrescentar que existe um capítulo da psicanálise que é a
psicanálise de crianças, com especialistas.

Outra coisa: O Freud exagerou dizendo que as crianças psicanalizadas crescem
sempre bem. O que se comprova é que as patologias tratáveis pela psicanálise
desaparecem e a criança retoma seu desenvolvimento, mas ninguém pode afirmar
que, sob novas condições, possa haver novos retornos do reprimido que exijam
novo tratamento.

[]s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] Anedota matemática
FROM: Prof. José Carlos <j.c@iname.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/03/2002 02:24

Há controvérsias!

Seja:
P = pai
R = Ricardão
B = buteco
C = Cornão
M = mãe
F = Filho
S = solução

Se P = C e P => B, então F(M) = F(R) e S =R/M

Abraços,

____________________
Prof. José Carlos (JC)
j.c@iname.com
ICQ 11734153
____________________


----- Original Message -----
From: "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, March 14, 2002 10:44 PM
Subject: [ciencialist] Anedota matemática


Uma mãe é 21 anos mais velha que o filho.
Daqui a seis anos o filho terá uma idade 5 vezes menor que a da mãe.
Pergunta: Onde está o pai?



Atenção à pergunta: Onde está o pai?





Atenção à pergunta: Onde está o pai?




Solução:
O menino tem hoje X anos
A mãe tem hoje Y anos


== X+21=Y
Daqui a 6 anos:
5(X+6)=Y+6
5X+30 = X+21+6
4X = -3
X = -3/4
O menino tem hoje -3/4 anos, ou seja, -9 meses.
Donde, o pai está em cima da mãe.

Ateh
Luis Brudna





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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Resistencia e Repressao
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/03/2002 15:04

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
wrote:

>Nao me parece o mais economico. Se
>a crianca psicanalisada pode lidar com
>tais conflitos...

Oi Takata

Creio que há uma certa ingenuidade na argumentação. Repressão (recalque) é
inevitável. A cultura requer renuncias a comportamentos "animais" (controle
de esfínteres, vestir-se, etc.). Em realidade existem elementos culturais em
que certas coisas se proibem e outra são obrigatórias. As crianças não
entendem muitas delas. Simplesmente renunciam a elas (submetem-se às
proibições e obrigações). Ante as contrariedades da rebelião surge
inevitavelmente a ideia de castigo. Então começou a repressão.

A repressão se torna econômica quando se trata de uma histeria. O sintoma
encerra uma repressão do significado e um deslocamento do afeto ao corpo.
Com outra neuroses, a coisa é mais complicada. Existem mecanismo de
isolamento, anulação, evitação, deslocamentos, projeções, etc, além da
repressão. Diz-se mais econômica quando é unica.

A palavra econômico em psicanálise se refere a investidura (ocupação de
representações que não são mobilizadas e ficam inertes, impedindo a livre
circulação da ativação das referidas representações). Ocorre algo assim como
um roubo de energia (não gosto dessa palavra). São espaços mentais que
permanecem isolados e empobrecem a dinâmica dos pensamentos e afetos.

Outra coisa é a noção de conflito. O conflito existe quando é para uma
pessoa. O que é conflitivo para uma não é para outra. O conflito psíquico é
sempre entre o impulso a realizar determinado ato e a proibição do mesmo.
Quando é muito forte o impulso, pode vencer a censura cultural e se
manifesta como sintoma, porque a mente se defende usando mecanismos que não
são adecuados para uma vida com prazer (vida com prazer significa plena
realização da psico-sexualidade). Assim o que mencionam não é em si
conflitivo.

Sexualidade infantil, em psicanálise é sinônimo de polimorfismo sexual. A
criança goza de uma total libertade e múltiples manifestações da
sexualidade. Qualquer zona erógena pode ser fonte de prazer. Assim como
comer, engolir, defecar, reter fezes, a masturbação é nada mais que uma das
manifestações de estimulação de lugares que provocam prazer (zonas
erógenas). Isto é sexualidade infantil. A criança é "voyeurisa", ao mesmo
tempo exibicionista, fetichista, etc. e está tudo muito bem. Quem não é
assim de pequeno é anormal. Forçando poderíamos dizer que uma criança de 2
anos é homo e heterosexual sem problemas. A cultura e a aducação começam a
restringir e proibir.

Outra coisa. Você escreveu:
>Estresse. Isso sao sintomas classicos de um estresse.

Creio que, embora o conceito de "estresse" ( Stress, segundo Selye) seja
usado pelos médicos, não deixa de ser um conceito teórico. Não existe uma
entidade concreta que seja detectada como estresse. A facilidade da
aceitação desse conceito reside em sua capacidade explicativa. Tem tanta
corporeidade como o conceito de energia.

O que se conhece como estresse é um conjunto de manifestações de uma grande
falta de especificidade. Quando não se consegue "especificar" um conjundo de
respostas do organismo se diz que são causadas ou conseqüencias de uma
entidade inferida que foi denominada estresse.

O correlato mental do estresse é a angustia. Assim, dizer que algo é
estresse pode até ser um refugio. Quando temos dificuldades para especificar
um sindrome é muito fácil dizer estresse. É nada mais que um termo moderno
para o que já se conhecia.

As reações a uma superestimulação sempre foram conhecidas e atualmente se
denominam traumas. Os traumas são estímulos que não podem ser manejados pelo
organismo (nem mental, nem fisicamente, se é que existe tal divisão) e
ocorre uma quebra dos mecanismos de equilibrio (a grosso modo,
homeostáticos). As neuroses de guerra são neuroses tramáticas.

Você também escreveu:
>Nao duvido q. uma sessao de psicanalise faca bem ao
>paciente. Mas nao estou tao certo se faria tao
>bem qto qq outra conversa.

Eu respondo: uma só sessão de psicanálise pode ser milagrosamente eficaz ou
pode ser algo totalmente inocuo. Eu até poderia dizer que, em materia de uma
conversa única, uma única sessão de psicanálise poderia até ser
prejudicial. Assim que uma conversa simples pode até ser mais eficaz que uma
sessão de psicanálise. Existem conversas não psicanalíticas que se mostram
literalmente "milagrosas". A psicanálise não está para conversas e nada
mais.

Existe uma noção que se conhece como processo analítico que encerra
continuidade e fundamentalmente a tranferencia (um dos dois pilares
fundamentais da teoria psicanalítica - o outro é a resistência).

[]s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: Re: interpretacoes da psicanalise
FROM: "manuelbulcao" <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/03/2002 21:53

--- Em ciencialist@y..., "Marco Aurelio" <clave@s...> escreveu
> In ciencialist@y..., "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@u...>
> wrote:

> Em realidade esta não é a mais feliz das considerações de Freud
sobre os
> pilares fundamentais da psicanálise. Creio que não foi bem
escolhida a
> citação.

Manuel: Não sei se foi bem ou mal escolhida esta ou aquela citação.
Apenas citei umas considerações básicas do Freud sobre a psicnálise,
o inconsciente e outras cositas mais.

[]s
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [sbcr] Sobre o Gato de Schrodinger
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <sbcr@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/03/2002 22:59

Douglas e todos,

Já diziam que gato 'escaldado' não pisa em chapa quente. Tudo bem para os gatos, não pisam mais em chapas quentes ... mas também não pisam em chapas frias! Numa experiência mal sucedida deve-se excluir o fator de insucesso ... e continuar tentando com as demais variáveis envolvidas.

Eu cometi uma 'rata' violenta ao querer fazer uma divulgação do 'gato' sem ter a firmeza necessária na mecânica quântica. Minhas interpretações pecam pelos conceitos. Assim como pecaram seus argumentos (pois basearam-se nos meus).

Felizmente sou um 'gato escaldado' que sabe diferenciar chapa quente de chapa fria e, antes de colocar o texto do gato on-line (pois conheço minha fraqueza no assunto), postei o 'modelito' aqui e no ciencialist.
Resultado: o amigo Sergio Taborda 'me comeu o rabo' apontando as diversas falhas conceituais e mais ainda (dessa vez foi sem vaselina!), pediu para tomar o mais acentuado cuidado ao fazer uma divulgação científica para não cair nas armadilhas espalhadas e incutir 'más idéias' que podem distorcer alguns e ainda serem aproveitadas pelos místicos. Foi uma 'deliciosa' lição. Pois eu já estava tornando-me um leve 'senhor de si'. Acredite ... voltei aos eixos.

Mas, voltando aos gatos e chapas, acredito que aproveitarei o texto primitivo que escrevi, com o novo título "Gato de Schrödinger ... e os erros nas divulgações científicas". Colocarei de início meu texto original e a seguir toda a 'espinafração' que recebi, consertando os conceitos, o impróprio gato-morto/gato-vivo e destacando os cuidados numa divulgação.

Saí ganhando nessa ... aprendi mais.

[]'
Léo
PS: enviarei cópia dessa mensagem ao ciencialist. Acredito que o Douglas não se importará se eu usar 'seu papel de carta'.

=================
-----Mensagem Original-----
De: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
Para: "sbcr" <sbcr@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: sábado, 16 de março de 2002 17:45
Assunto: [sbcr] Sobre o Gato de Schrodinger


Caro Léo e todos,

não sou físico, muito menos estudante de física quântica, mas, no meu entender, esse exercício mental proposto por Schrodinger, tem maior validade como uma brincadeira interessante do que como uma explicação de um fenômeno da mecânica quântica.

Podemos imaginar mecanismos muito mais simples que conduzem ao mesmo resultado. Nem é preciso exemplificar, basta citar a famosa frase de Einstein: "Deus não joga dados".

Einstein disse essa frase referindo-se aos fenômenos da mecânica quântica que não prevêem um único resultado definido, mas um número de diferentes resultados possíveis e concomitantes, baseados no princípio da incerteza.

A frase: "Deus não joga dados" tem significado restrito para o "princípio da incerteza", o qual ele não aceitava. Importante frisar isso porque os crentinhos e mesmo certos céticos utilizam a frase num sentido geral ou noutro contexto, o que está incorreto.

Com: "Deus não joga dados", Einstein quis talvez mostrar que numa jogada, enquanto os dados estão rolando, pode se dizer que vai sair o número 1 ou o 2 ou o 3 ou...; ou, segundo o princípio da incerteza, vai sair o número 1 e o 2 e o 3 e...

Para tornar a "brincadeira" mais simples (e mais parecida com a do gato) vamos considerar apenas duas possibilidades de resultado com o dado: número ímpar (1,3,5) ou número par (2,4,6) e imaginar ainda que se sair número ímpar o gato morrerá e se sair par o gato viverá. Enquanto o dado estiver rolando o gato viverá ou morrerá; ou, segundo a mecânica quântica, viverá e morrerá ao mesmo tempo.

Dependendo do tempo em que gato ficar na caixa e do intervalo entre as emissões das partículas fatais, ao abrir a caixa, o gato de Schrodinger estará morto: se a partícula (ou radiação) mortal é liberada a cada hora, a cada hora o felino terá 50% de estar vivo e 50% de estar morto. Mas por que as partículas quânticas são emitidas a cada hora? Por que não a cada minuto ou mesmo a cada segundo? Se probabilidade não tem história a chance do animalzinho sobreviver seria sempre a mesma (os 50%). Será mesmo?

Penso que os físicos que ficam propondo essas elucubrações mentais, para tentar provar ou explicar algum fenômeno, deveriam seguir o exemplo de Newton e dizer simplesmente: "Na mecânica quântica tudo se passa como...".

Teriam muito mais credibilidade!

Abraços,

Douglas.



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: interpretacoes da psicanalise
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/03/2002 00:33

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "manuelbulcao" <manuelbulcao@uol.com.br>
wrote:

>Manuel: Não sei se foi bem ou mal escolhida esta ou aquela citação.
>Apenas citei umas considerações básicas do Freud sobre a psicnálise,
>o inconsciente e outras cositas mais.

Manuel

O fato de não ser a melhor cita, não quer dizer que esteja mal. Longe disso.
Eu só quiz acrescentar algo para ficar completo. Creio que se deve mencionar
a transferencia. Sem trabalhar com ela, não existe psicanálise, só teorias e
não uma processo analítico. Está muito bom o que vc. citou.
[]s






SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Respostas acumuladas - Help!
FROM: "Rui Gomes T. de Almeida" <rui.almeida@poli.usp.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/03/2002 07:05


----- Original Message -----
From: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, March 15, 2002 9:19 AM
Subject: [ciencialist] Re: Respostas acumuladas - Help!



> 11) Nível de Escolaridade: Médio
> Profissão: Estudante
> Sala de Dúvida/Sugestão: Sala dos links
> Dúvida/Sugestão: Gostaria se possivel ser informada de: Por que ha
queima quando restos de

espaçonaves, satelites reentram na atmosfera? O que acontece quando
nao temos gravidade? Quais

sao os perigos da alta exposicao a radiaçao? Obrigado

Quando o corpo (seja nave,satelite, meteorito, qq coisa) entre na
atmosfera duas coisas estão acontecendo.
1) A gravidade da terra está a puxar o corpo e fazendo-o acelerar.
2) A atmosfera tem ar que está a causa atrito com o corpo.

O atrito é tanto maior quanto a velocidade do corpo. E o atrito
liberta calor, aumentado a temperatura do corpo.

O resultado é que o corpo vai aquecendo até ao ponto que arde e se
destroi.

Quando não ha gravidade o corpo não é puxado. E portanto não acelera
e não arde.
Contudo se o corpo tiver motores (como uma nave) ele pode proceder à
reentrada. E nesse caso a reentrada tem que ser muito bem controlada
para que o atrito não aqueça a nave demasiado.
(os vai-vens espaciais estão protegidos por materiais especiais que
aguentam altas temperaturas. Mas não todas as temperaturas, e é
preciso cuidado)


----- Original Message -----
From: "Rui Gomes" rui.almeida@poli.usp.br
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Subject: [ciencialist] Re: Respostas acumuladas - Help

Rui Gomes

Gostei das suas respostas Sérgio mas gostaria de lembrar que não é só o
atrito que causa o
aquecimento na reentrada das naves espaciais. Se considerarmos a nave
parada, o ar tem velocidade em
relação à nave , ao se chocar contra as bordas de ataque da nave , o ar
comprime e , como o sistema
não tem tempo de trocar calor, esquenta . Um efeito semelhante ao aumento
de temperatura sentido
quando usamos uma bomba de encher pneu de bicicleta .

Até mais

PS- Para quem se interessar mais sobre este assunto, a formulação mais
completa deste problema envolve uma área
conhecida como " a termodinâmica do escoamento compressível " e posso
indicar alguma literatura a respeito.




SUBJECT: Mecanica Quantica (ex-Gato de Schrodinger)
FROM: "Eduardo Torres" <eftf@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/03/2002 08:41

> não sei se você é físico quâtico ou nem mesmo se é físico, mas de qualquer
> forma você mostra que estudou o assunto e parece enquadrar-se nesses
> hipotéticos 1%.

Nao, nao sou fisico. Sou engenheiro quimico, mas me interesso um pouco pelo
assunto. Alias, talvez todo mundo tenha q entender um pouco tb, pois se a
Computacao Quantica e a Criptografia Quantica deslancharem, vai mudar muita
coisa em nossa sociedade.


>
> Por acaso você não é o Eduardo que gostava de pegar no meu pé aqui na
> Ciencialist ou um outro Eduardo, com quem cheguei a travar umas briguinhas
> amistosas, creio que no news uol, não é mesmo? Ou será que é? ;-))
>
> [ ]´s
> Alberto

Nenhum dos dois. Inocente. Sou um recem-chegado. Mas participo de varias
listas de ficcao cientifica. Talvez tenhamos nos esbarrado em algumas.

Abs,
Eduardo Torres



SUBJECT: Re: Resistencia e Repressao
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/03/2002 08:50

--- In ciencialist@y..., "Marco Aurelio" <clave@s...> wrote:
> Então começou a repressão.

Como mecanismo externo...

> Diz-se mais econômica quando é unica.

O sentido q. apliquei foi a de explicacao mais
parcimoniosa.

> sexualidade. Qualquer zona erógena pode ser fonte de prazer. Assim
> como comer, engolir, defecar, reter fezes, a masturbação é nada
> mais que uma das manifestações de estimulação de lugares que
> provocam prazer (zonas erógenas). Isto é sexualidade infantil.

Bem, definida de modo tao amplo... Qq prazer e' sexo...?

> Creio que, embora o conceito de "estresse" ( Stress, segundo Selye)
> seja usado pelos médicos, não deixa de ser um conceito teórico.

Qq conceito e' teorico...

> A facilidade da aceitação desse conceito reside em sua capacidade
> explicativa.

Exatamente.

> O correlato mental do estresse é a angustia.

Daqui ja' nao estou tao certo. Estresse em bom portugues
deveria ser chamada de estafa (ou fadiga). Esgotamento
da capacidade fisica de modo geral ou da capacidade
fisica do sistema nervoso no sentido mais estrito --
deplecao de neurotransmissores, por exemplo. Mas, claro,
em termos de definicao poderiamos chamar estresse
de qq coisa.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Teoria da Ignorancia
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/03/2002 09:11

--- In ciencialist@y..., "manuelbulcao" <manuelbulcao@u...> wrote:
> Não digo que tal argumento não é verdadeiro por ser falacioso, pois
> estaria incorrendo em outra falácia: "argumentum ad logican".

Argumentos nao sao verdadeiros ou falsos. Verdadeiros
ou falsos sao proposicoes: as premissas e as conclusoes.
Argumentos sao adequados ou nao, falaciosos ou nao,
logicamente consistentes ou inconsistentes.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/03/2002 09:14

On Fri, 15 Mar 2002, aespeschit wrote:
> Quando jogo uma moeda para cima, ela não é nem cara e nem coroa.
> Posso dizer que é 50% cara e 50% coroa, mas não posso dizer em
> que estado ela se encontra porque ainda não realizei a medida.
> Quando a moeda cai no chão ela se torna, por exemplo, 100% cara
> e 0% coroa.
> Toni

Foi a melhor alegoria que já vi a respeito disso. Mente brilhante com
idéias brilhantes, assim como Brian Greene.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
One Ring to rule them all



SUBJECT: Roubo de orgaos na Tailandia?
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/03/2002 13:33

Organ theft murder case grips Thailand
http://www.cnn.com/2002/WORLD/asiapcf/southeast/03/18/thai.organs.ap/i
ndex.html

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Gato de Schrodinger
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/03/2002 13:55

--- In ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> wrote:
> O gato já está morto (ou não) antes de abrirmos a caixa, o problema
> é que nós não sabemos. E como a probabilidade é de 50% a primeira
> hora, ele tem a mesma probabilidade de estar vivo que de estar
> morto.

Aqui parece a interpretacao da MQ em termos de
variaveis ocultas... Mas os quanticos parecem
nao aceitar essa interpretacao -- ao menos de
variaveis ocultas locais.

Bell's Theorem
http://www.upscale.utoronto.ca/GeneralInterest/Harrison/BellsTheorem/B
ellsTheorem.html

The Kochen-Specker Theorem
http://plato.stanford.edu/entries/kochen-specker/

(Ja' avisei de ante-mao q. nao entendo
bolhufas de fisicas, qto mais de fisica
quantica.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Gato de Schrodinger
FROM: "aespeschit" <toni@iconet.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/03/2002 18:05

--- Em ciencialist@y..., TARCISIO BORGES <tbs97@f...> escreveu
> On Fri, 15 Mar 2002, aespeschit wrote:
> > Quando jogo uma moeda para cima, ela não é nem cara e nem coroa.
> > Posso dizer que é 50% cara e 50% coroa, mas não posso dizer em
> > que estado ela se encontra porque ainda não realizei a medida.
> > Quando a moeda cai no chão ela se torna, por exemplo, 100% cara
> > e 0% coroa.
> > Toni
>
> Foi a melhor alegoria que já vi a respeito disso. Mente brilhante
com
> idéias brilhantes, assim como Brian Greene.
>

Tarcisio,

Como não vi nenhum emoticom, entendi que vc está sincero e
não irônico, portanto me senti comparado com o Brian Greene,
o que é um baita elogio. ;)

[]'s
Toni





SUBJECT: Re: Gato de Schrodinger
FROM: "aespeschit" <toni@iconet.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/03/2002 18:30

--- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
escreveu
> ----- Original Message -----
> From: "aespeschit"
> Sent: Friday, March 15, 2002 4:11 PM
> Subject: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger
>
>
> > Deixe-me ver se entendi:
> > Quando jogo uma moeda para cima, ela não é nem cara e nem coroa.
> > Posso dizer que é 50% cara e 50% coroa, mas não posso dizer em
> > que estado ela se encontra porque ainda não realizei a medida.
>
<...>
> É importante, no entanto, perceber que a moeda não se modifica pelo
fato de,
> ao final do processo, nos mostrar a cara ou a coroa, pois se
virarmos a
> moeda, a cara vira coroa ou vice-versa. Já o gato Higgs, ou ele
está morto
> ou ele está vivo, e físico quântico algum conseguirá reverter a
morte do
> gato, supondo-se que o sistema tenha evoluído para essa condição.
>
> Em outras palavras, vida e morte do gato de Schrödinger não
representa a
> mesma coisa do que cara ou coroa do lançamento de uma moeda. Num
dos casos o
> objeto de estudo não sofre modificação alguma. Se duvida, faça a
experiência
> milhares de vezes com "o mesmo" gato e perceba que o resultado não
será de
> 50% e 50%, como seria de se esperar com a estatística "clássica"
das moedas.
> Muito provavelmente você obterá algo do tipo 99,99...% de gatos
mortos e
> 0,00...1% de gatos vivos. E este último valor tenderá a zero á
medida em que
> o número de experiências tender a infinito.

Alberto,

Você está me deixando confuso...
Eu sei que a moeda não se modificou.
Na verdade, não é a moeda que é cara ou coroa. Eu diria que o
EVENTO "face da moeda apontada para cima num determinado
lançamento" é que vale cara ou coroa.

Mas vamos continuar a brincadeira. Vamos supor que o Higgs
vive se der cara e morre se der coroa.
Se eu faço um único lançamento, eu tenho 50% de chance de
obter cara e 50% de chance de obter coroa. Mas enquanto a
moeda está no ar, o gato está vivo. E depois que ela cai,
o gato tem 50% de chance de estar vivo.

É claro que, seu eu jogar a moeda para cima trocentas
vezes, vai dar coroa pelo menos uma vez e o gato vai morrer,
não podendo ser ressuscitado. Portanto, quando o número de
lançamentos tende a infinito, a probabilidade do gato estar
morto tende a 100%, mas eu acho que não é bem isso que a
MQ quer dizer...

O que eu estou querendo aqui é criar um modelo mais simples
do que este aparto com gato, veneno e partículas alfa. Você
joga a moeda e vê o resultado. Eu não entendo por que o
modelo da moeda não pode substituir o modelo do gato.

[]'s
Toni



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/03/2002 19:04

Eu não li o mail do Alberto, mas teria lido, se soubesse que continha este
material tão inflamável...

> > Deixe-me ver se entendi:
> > Quando jogo uma moeda para cima, ela não é nem cara e nem coroa.
> > Posso dizer que é 50% cara e 50% coroa, mas não posso dizer em
> > que estado ela se encontra porque ainda não realizei a medida.
>
<...>
> É importante, no entanto, perceber que a moeda não se modifica pelo
fato de,
> ao final do processo, nos mostrar a cara ou a coroa, pois se
virarmos a
> moeda, a cara vira coroa ou vice-versa. Já o gato Higgs, ou ele
está morto
> ou ele está vivo, e físico quântico algum conseguirá reverter a
morte do
> gato, supondo-se que o sistema tenha evoluído para essa condição.

Ora... isso é preciosismo.
Se em vez do gato ficar vivo ou morto ficasse vermelho com tinta que fosse
deitada em cima dele, lava-se o gato e repetia-se a experiencia
E se pertences à sociedade protectora dos animais, podes susbtituir o veneno
e o gato por uma lampada. O detector liga a lampada.
E a pergunta será agora se ao abrir a caixa a lampada vai ser encontrada
ligada ou desligada.

> Em outras palavras, vida e morte do gato de Schrödinger não
representa a
> mesma coisa do que cara ou coroa do lançamento de uma moeda.

Ah! isso e´que representa. É a poesia dos fisicos que inventam esses
problemas. LOL
Para o entendimento do problema não interessa o que significa "morto" ou
"vivo"
Aliás, não conseguimos aqui defenir o que é "vivo".
Pelo menos não fisicamente.
Se substituires "o gato vai ser encontrado morto ou vivo" por "o gato vai
ser encontrado A ou B", o entendimento do problema é o mesmo.
Exactamente por se usar o "vivo" e "morto" é que se criou o Paradoxo, que na
realidade NÂO EXISTE!

Toni;

>O que eu estou querendo aqui é criar um modelo mais simples
>do que este aparto com gato, veneno e partículas alfa. Você
>joga a moeda e vê o resultado. Eu não entendo por que o
>modelo da moeda não pode substituir o modelo do gato.

Claro que pode.
Mas para mantermos o suspense da caixa, podes usar o caso da lampada na
caixa.
(por um sensor a lançar moedas é meio estranho.. :-)) )

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: 1 500 000 ! ... é o Imperdível !
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/03/2002 20:37

Domingo ou 2a próxima o Imperdível comemorará mais meio milhão de visitas. Será que desta vez tb será o João do Nônio o felizardo a registrar o 1 500 001 como aconteceu com os 1 000 001?

agradeço a todos que participam desse sucesso.

[]'
Léo
================



SUBJECT: Paquimetro ... eh com o Joao.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/03/2002 20:45

Já estava me preparando para responder á essa consulente ... quando lembrei-me do João do Paquímetro.
Oi João faço questão que vc dê essa resposta.
Aquele abraço,

Léo
============
-----Mensagem Original-----
De: simone.b.araujo@uol.com.br
Para: leo@barretos.com.br
Enviada em: segunda-feira, 18 de março de 2002 18:58
Assunto: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.





E-mail: simone.b.araujo@uol.com.br
Nome: simone
Cidade: campina grande
UF: pb
Nível de Escolaridade: Básico/Fundamental
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 03
Dúvida/Sugestão: Eu queria saber tudo sobre o paquimetro


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Fw: Perfil Feira de Ci�ncias, d�vidas e sugest�es.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/03/2002 20:47

Essa vale para todos.
[]'
Léo
================
-----Mensagem Original-----
De: sanziorenatos@bol.com.br
Para: leo@barretos.com.br
Enviada em: sábado, 16 de março de 2002 11:24
Assunto: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.





E-mail: sanziorenatos@bol.com.br
Nome: Sânzio Renato Teixeira da Silva
Cidade: Piripiri
UF: Pi
Nível de Escolaridade: Universitário
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 07
Dúvida/Sugestão: Por que o som se propaga com maior velocidade no ar quente, se as moléculas do ar quente estão menos coesas? Grato, Sânzio Renato


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/03/2002 21:23


>Dúvida/Sugestão: Por que o som se propaga com maior velocidade no ar
quente, se as moléculas
>do ar quente estão menos coesas? Grato, Sânzio Renato

Será mesmo que se propagam mais depressa no ar quente ?
Impiricamente diria que não, mas não tenho dados sobre isso. (a velcodade é
porporcional à densidade do meio, né ?)

[]
Sérgio Taborda



SUBJECT: Re[2]: [ciencialist] Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: Carlos Cardoso <klingon@pobox.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/03/2002 21:36

essencialmente, proporcional 'a energia de cada molécula. Moléculas
quentes se movimentam mais, por isso tendem a esfriar. Bate um ventinho..
;)

O som se propaga mais rápido no ar quente, justamente pq as moléculas se
movimentam com mais velocidade. Não estamos falando de ondas
eletromagnéticas, mas de vibração física, que precisa de um meio para se
propagar. Se o meio for mais rápido, melhor..


On Tue, 19 Mar 2002 00:23:14 -0000
Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt> wrote:

>
> >Dúvida/Sugestão: Por que o som se propaga com maior velocidade no ar
> quente, se as moléculas
> >do ar quente estão menos coesas? Grato, Sânzio Renato
>
> Será mesmo que se propagam mais depressa no ar quente ?
> Impiricamente diria que não, mas não tenho dados sobre isso. (a velcodade é
> porporcional à densidade do meio, né ?)
>
> []
> Sérgio Taborda
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>

--
Hoc volo, sic jubeo, sit pro ratione voluntas
[]s
Carlos Cardoso <cardoso@pobox.com>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger
FROM: "Eduardo Torres" <eftf@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/03/2002 22:59

Sergio, acho q vc esta' confundindo probabilidade com superposicao de
estados quanticos. Ha' de fato uma superposicao de estados. Uma moeda
rodando no ar e caindo de um lado ou de outro *nao* e' uma analogia valida
nem de longe. Nao tem nada a ver com superposicao de estados quanticos, vc
me desculpe. A questao da medida e' vital ai'. Num sistema microscopico nao
ha' duvida qdo o sistema superposto colapsa numa opcao quantica qdo o
observamos. O paradoxo e' tentar fazer uma 'ligacao' entre o microscopico e
o macroscopico. Aparentemente seria possivel, como na experiencia proposta
por Schrondinger. Mas ai' ficamos diante de um paradoxo, pois num sistema
macroscopico fica dificil determinar qdo o evento quantico ocorre.
Exemplifiquei essa dificuldade citando Cramer com sua ironia sobre o
Phisical Review, mas parece q vc nao entendeu. Deve ser culpa minha.
Talvez eu nao saiba explicar bem as coisas.
Mas foi pela questao da medida q esse 'experimento em pensamento' de
Schrondinger (um dos pais da
MQ) ficou famoso. Ele expos esse paradoxo. Tudo leva a crer de fato q o gato
ja' esta' ou morto ou vivo la' dentro, claro, como vc mesmo reconhece.
Portanto nao ha' superposicao quantica, embora seja um evento originado por
um fenomeno quantico. Dai' o aspecto paradoxal. Esse e' o ponto: Se o gato
ja' esta' vivo ou morto antes de olharmos, por definicao a morte do gato nao
e' um fenomeno quantico. Pra ser um fenomeno quantico teriamos q ter um gato
ao mesmo tempo vivo e morto, em uma superposicao de estados, ate' a
observacao fazer o colapso em um deles. Sim, Sergio, a observacao *causa* o
resultado, sim. Um sistema quantico de dois estados superpostos nao 'opta'
sozinho.
A nossa observacao e' q faz com q opte. E' dificil de entender ou aceitar.
Mas isso e' a Mecanica Quantica. Nao sei se posso explicar melhor.

Abs,
Eduardo Torres

----- Original Message -----
From: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, March 19, 2002 1:10 PM
Subject: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger


>
> > Creio q ha' um paradoxo ai' sim, Sergio. O paradoxo e' tentar
> aplicar
> > a um sistema macroscopico complexo como um gato a superposicao de
> > estados prevista na mecanica quantica para particulas subatomicas.
>
> Não. Se houver algum paradoxo, não é esse.
> Como já frizou o João Miranda, a interacção importante é a do atomo
> com o detector. E ai tudo é subatomico.
>
> >Dois estados seriam possíveis: Gato vivo, no qual
> > não houve a emissão radioativa e o frasco não se quebrou; ou gato
> > morto, onde houve a emissão e o frasco com veneno se quebrou,
> matando o gato.
>
> Seriam possiveis QUANDO ?
> QUANDO observares. QUANDO abrires a caixa.
>
> > A pergunta de Schröndinger foi: Qual o estado do sistema
> > imediatamente antes do observador abrir a caixa?
>
> Se foi isso que ele perguntou, terei de concluir:
> 1) ele não entende nada de estados de sistemas,
> 2) ele não entende nada de fisica,
> 3) ele entende mas queria ver o que os outros diziam.
>
> A resposta é : Não posso saber.
>
> > A simples aplicação
> > rigorosa dos cálculos da Mecânica Quântica, sem se preocupar com
> > interpretações subjetivas do fenômeno observado (a chamada
> > Interpretação de Copenhagen) levaria ao resultado de se ter um gato
> > simultaneamente vivo e morto até a caixa ser aberta
>
> NÂO! Quantas vezes será preciso dizer ?
> o gato não está simultaneamente morto e vivo.
> O sistema é que é um combinação linear de "estado gato-morto"
> e "estado gato-vivo".
>
> >, quando o
> > observador causaria a "opção" quântica de um dos estados
> superpostos
> > pelo próprio ato da observação.
>
> NÂO! A MQ não diz nada disso!
> O sistema já escolheu o estado em que está antes de tu abrires a
> caixa.
>
> Quando lanças a moeda ao ar e deixar cair, a moeda já escolheu o lado
> que fica para cima antes de tu olhares. Tu NÂO pensas que
> emidiatamente antes ela dá uma pirueta e muda de estado só para te
> chatear.
>
> (É preciso explicar muito bem, a logica da medição. Farei isso num
> mail à parte quando tiver oportunidade.)
>
> Em rigor: O sistema está-se nas tintas para se vai ser observado ou
> não, ele comporta-se segundo "acha que deve" e não "segundo o que nós
> queremos observar"
> Isto é uma regra simples da fisica, que está na base de todas as
> considerações: O Sistema é o que é, e não mudará se o observarmos.
>
> > Esse resultado, que pode ser
> > plausível quando aplicado a sistemas microscópicos, parece, no
> > entanto, algo absurdo quando aplicado a um organismo altamente
> > complexo como um gato. Qual a explicação desse paradoxo?
>
> NÂO ha paradoxo nenhum! Existe uma errada intrepretação: ou melhor,
> uam errada informação do que são os conceitos da fisica, de
> observação, de sistema.
> NADA tem a ver com MQ.
> Eu poderia fazer o mesmo com Fisica Classica.
>
>
> O tema é
> > controverso e se relaciona com uma das questões mais polêmicas da
> MQ,
> > que é o Problema da Medida.
>
> NÂO ha problema nenhum com a medida em MQ.
> Já expliquei isso aqui à uns tempos.
>
> De fato, quando realmente um evento
> > quântico pode ser considerado encerrado? Quando realmente ocorre a
> > observação que vai fazer colapsar o estado quântico no caso do Gato
> > de Schröndinger? Quando o raio gama deixa o núcleo atômico? Quando
> > interage com o contador Geiger? Quando o frasco se quebra? Quando o
> > gato morre?
>
> Quando é que isso interessa ?
>
> []
>
> Sérgio Taborda
>
>
> P.S.
> Filma um lançamento de uma moeda e diz-me quando ela fica virada para
> o lado que observas depois.
> Repete várias vezes para teres uma estatistica.
>
>
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>
>




SUBJECT: Re: Gato de Schrodinger
FROM: "dudutorres" <eftf@gbl.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/03/2002 23:52

>
> " A aplicação disso aos sistemas macroscópicos como o gato ou,
> inclusive, se assim o preferir, a qualquer professor de física
> quântica, nos levaria ao paradoxo proposto por Schrödinger."
>
> Não ha nenhum paradoxo. E tu não descreves nenhum paradoxo no
texto.
> Como acabas dizendo que ha um paradoxo ?
> []
>
> Sérgio Taborda

Creio q ha' um paradoxo ai' sim, Sergio. O paradoxo e' tentar aplicar
a um sistema macroscopico complexo como um gato a superposicao de
estados prevista na mecanica quantica para particulas subatomicas.

O chamado "Gato de Schröndinger" (proposto pelo físico Erwin
Schröndinger em 1935) talvez seja o mais famoso
experimento "gedanken" (em pensamento) da Fisica, e demonstra de modo
ludico o paradoxo interpretativo da Mecânica Quântica quando aplicada
a objetos macroscópicos. Vamos recordar: Schröndinger imaginou um
sistema isolado (selado, à prova de som e com um adequado suprimento
de oxigênio), preparado de modo a conter um contador Geiger próximo
de uma fonte radioativa que emitiria raios gama. A fonte de raios
gama seria ajustada para que, no período de uma hora, tivesse a
probabilidade de exatamente 50% de causar a detecção de uma emissão
pelo contador Geiger. O contador estaria conectado com um dispositivo
solenóide de tal modo que, se uma emissão radioativa fosse detectada,
faria quebrar um frasco contendo ácido cianídrico e, portanto,
enchendo a caixa com gás letal. É claro que haveria também uma
probabilidade de 50% de que não houvesse a emissão e o frasco
continuaria intacto. O experimentador colocaria então um gato dentro
da caixa, a selaria e aguardaria uma hora. No final do período o
contador seria desativado, a caixa seria aberta e observar-se-ia o
estado do sistema. Dois estados seriam possíveis: Gato vivo, no qual
não houve a emissão radioativa e o frasco não se quebrou; ou gato
morto, onde houve a emissão e o frasco com veneno se quebrou, matando
o gato. A pergunta de Schröndinger foi: Qual o estado do sistema
imediatamente antes do observador abrir a caixa? A simples aplicação
rigorosa dos cálculos da Mecânica Quântica, sem se preocupar com
interpretações subjetivas do fenômeno observado (a chamada
Interpretação de Copenhagen) levaria ao resultado de se ter um gato
simultaneamente vivo e morto até a caixa ser aberta, quando o
observador causaria a "opção" quântica de um dos estados superpostos
pelo próprio ato da observação. Esse resultado, que pode ser
plausível quando aplicado a sistemas microscópicos, parece, no
entanto, algo absurdo quando aplicado a um organismo altamente
complexo como um gato. Qual a explicação desse paradoxo? O tema é
controverso e se relaciona com uma das questões mais polêmicas da MQ,
que é o Problema da Medida. De fato, quando realmente um evento
quântico pode ser considerado encerrado? Quando realmente ocorre a
observação que vai fazer colapsar o estado quântico no caso do Gato
de Schröndinger? Quando o raio gama deixa o núcleo atômico? Quando
interage com o contador Geiger? Quando o frasco se quebra? Quando o
gato morre? Quando o observador olha dentro da caixa? Ou - como
ironiza o fisico John Cramer da Universidade de Washington num artigo
sobre o tema – quando ele conta a um colega o que observou? Quando
publica as observações no Physical Review?

;-)

Abs,
Eduardo Torres
(Brasil)



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/03/2002 01:21

----- Original Message -----
From: "dudutorres"
Sent: Monday, March 18, 2002 11:52 PM
Subject: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger


Caro Eduardo

Você falou e disse. Melhor dizendo, escreveu e comunicou. Não tenho nada a
acrescentar pois você diz, com palavras próprias, aquilo que os maiores
físicos do século XX sempre nos ensinaram.

Aliás, lembro que recentemente, em mensagem em resposta ao Léo a respeito de
uma citação do Feynmann, cheguei a brincar afirmando: "49,5% dos quânticos
ficam pasmos, dando assim a impressão que entenderam, e 49,5% repetem a
frase sem entendê-la (nem a frase e muito menos a quântica). Ora, números
são números, nada mais que números e, como afirmei, estava brincando com os
quânticos, logo um certo exagero sempre vai bem ;-). Não sei se alguém se
deu ao luxo de perceber que 49,5% + 49,5% = 99%, faltando então 1%. Também
não sei se você é físico quâtico ou nem mesmo se é físico, mas de qualquer
forma você mostra que estudou o assunto e parece enquadrar-se nesses
hipotéticos 1%.

Por acaso você não é o Eduardo que gostava de pegar no meu pé aqui na
Ciencialist ou um outro Eduardo, com quem cheguei a travar umas briguinhas
amistosas, creio que no news uol, não é mesmo? Ou será que é? ;-))

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Resistencia e Repressao
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/03/2002 01:25

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
wrote:

>Bem, definida de modo tao amplo... Qq prazer e' sexo...?

Psicanalíticamente falando, é mais ou menos isso

>Qq conceito e' teorico...

Este foi um típico ato falho. Minha intenção consciente era dizer termo
teórico. Inconscientemente isto revela uma tentativa de perturbar a
discussão (um sintoma neurótico leve).

>Estresse em bom portugues deveria ser chamada de estafa (ou fadiga).

Do ponto de vista idiomático, a palavra está mais para tensão que para
esgotamento. O inventor do termo dizia que é a tensão da vida. Selie diz que
somos capazes de detectar o estresse quando já passou. A fadiga, no caso de
que o organismo não possa responder por gasto da capacidade de reagir, é o
resultado de um estresse que já ocorreu e terminou antes de poder ser útil.
A destruição do organismo pelo alarmógeno, quando sua capacidade foi
superada é também resultado de um estresse insuficiente. Quando a
integridade não consegue ser recuperada e o organismo segue reagindo, temos
as doenças ou sindromes de adaptação, quando reage e aprende, temos um
estresse útil. uando a reação é exagerada e mata, temos um estresse
excessivo (não tem nada que ver fadiga) - o choque anafilático é um exemplo
de estresse excessivo. Não é o alarmógeno que produz a morte. É a reação.

O estresse é o resultado a que um organismo chega, depois de "avaliar" a
gravidade do alarmógeno e juntar "forças" para reagir. Estresse é a
prontidão para reagir. Quando ocorrem as reações de adaptação, o estresse já
passou. Ninguém padece de estresse. É errado dizer que alguem tem estresse.
As pessoas usam o termo sem saber. Tem muito médico que o usa sem entender.

Quando se chaga á conclusão de que alguém padece de algo relacionado com
estresse, quase sempre tem o arsenal diagnóstico esgotado. Qualquer médico
deve cuidar-se de não atribuir ao estresse algo que ele foi incapaz de
entender. Muitas vezes se apela ao estresse para não parecer incompetente,
ignorante ou limitado. É algo que pode servir como pau prá toda obra.

[]s
Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] Paquimetro ... eh com o Joao.
FROM: Nicolau Werneck <nwerneck@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/03/2002 02:05

> Dúvida/Sugestão: Eu queria saber tudo sobre o
> paquimetro

paquimetro é foda! eu queria um paquímetro de algum
metal nobre pra deixar pendurado em cima da laleira da
minha casa!

++nicônio



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: "Rui Gomes T. de Almeida" <rui.almeida@poli.usp.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/03/2002 08:40


----- Original Message -----
From: "Sérgio Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, March 18, 2002 9:23 PM
Subject: Re: [ciencialist] Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e
sugestões.


>
> >Dúvida/Sugestão: Por que o som se propaga com maior velocidade no ar
> quente, se as moléculas
> >do ar quente estão menos coesas? Grato, Sânzio Renato
>
> Será mesmo que se propagam mais depressa no ar quente ?
> Impiricamente diria que não, mas não tenho dados sobre isso. (a velcodade
é
> porporcional à densidade do meio, né ?)
>
> []
> Sérgio Taborda
>
>
> > From: "Rui Gomes" <rui.almeida@poli.usp.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Subject: Re: [ciencialist] Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e
sugestões

A velocidade de propagação do som em um gás não tem muito a ver com as
forças de coesão pois os efeitos devidos a compressibilidade
são muito maiores.
A propagação se dá pela propagação de uma onda de pressão sobre um meio
compressível.
Aplicando as leis da termodinâmica e de mecânica dos fluidos e utilizando
algumas hipóteses simplificadores bastante razoáveis ( como: ar-gás
perfeito,
sem troca de calor e isoentrópico) podemos deduzir que esta velocidade pode
ser calculada pela raiz quadrada da taxa de varição da pressão pela
densidade.

Após alguma manipulação pode-se chegar a:
onde :
a= velocidade do som no gas
k= coeficiente politrópico isoentrópico= 1,4 para o ar
R= cte do gas = 287
T= temperatura absoluta
por exemplo:

para T= 27 graus celsius a=347 m/s

Portanto a velocidade do som em um gás aumenta coma temperatura



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: "Rui Gomes T. de Almeida" <rui.almeida@poli.usp.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/03/2002 08:51

Desculpem , percebi agora que faltou colocar a expressão


----- Original Message -----
From: "Rui Gomes T. de Almeida" <rui.almeida@poli.usp.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, March 19, 2002 8:40 AM
Subject: Re: [ciencialist] Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e
sugestões.



----- Original Message -----
From: "Sérgio Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, March 18, 2002 9:23 PM
Subject: Re: [ciencialist] Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e
sugestões.


>
> >Dúvida/Sugestão: Por que o som se propaga com maior velocidade no ar
> quente, se as moléculas
> >do ar quente estão menos coesas? Grato, Sânzio Renato
>
> Será mesmo que se propagam mais depressa no ar quente ?
> Impiricamente diria que não, mas não tenho dados sobre isso. (a velcodade
é
> porporcional à densidade do meio, né ?)
>
> []
> Sérgio Taborda
>
>
> > From: "Rui Gomes" <rui.almeida@poli.usp.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Subject: Re: [ciencialist] Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e
sugestões

A velocidade de propagação do som em um gás não tem muito a ver com as
forças de coesão pois os efeitos devidos a compressibilidade
são muito maiores.
A propagação se dá pela propagação de uma onda de pressão sobre um meio
compressível.
Aplicando as leis da termodinâmica e de mecânica dos fluidos e utilizando
algumas hipóteses simplificadores bastante razoáveis ( como: ar-gás
perfeito,
sem troca de calor e isoentrópico) podemos deduzir que esta velocidade pode
ser calculada pela raiz quadrada da taxa de varição da pressão pela
densidade.

Após alguma manipulação pode-se chegar a: a= raiz quadrada de(k.R.T)
onde :
a= velocidade do som no gás
k= coeficiente politrópico isoentrópico= 1,4 para o ar
R= cte do gás = 287
T= temperatura absoluta
por exemplo:

para T= 27 graus celsius a=347 m/s

Portanto a velocidade do som em um gás aumenta com a temperatura



[



SUBJECT: Re: Resistencia e Repressao
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/03/2002 09:49

--- In ciencialist@y..., "Marco Aurelio" <clave@s...> wrote:
> >Bem, definida de modo tao amplo... Qq prazer e' sexo...?
>
> Psicanalíticamente falando, é mais ou menos isso

Entao estamos fazendo sexo? Epa! So' com camisinha...

> teórico. Inconscientemente isto revela uma tentativa de perturbar a
> discussão (um sintoma neurótico leve).

Ou pode revelar uma frustracao de infancia.
Talvez vc tenha participado muito cedo de uma
discussao enfadonha entre seu pai e o chefe ou
o cliente dele. Ai' de repente vc viu a gravata
vermelha do interlocutor e instantaneamente
teve uma erecao. Ai' vc ficou sem graca. Depois
descobriu q. o nome do cara era Atanagildo -- q.
em Mongol soa como Athan-aguildow, algo como
o caminho suave da brisa de outono -- e todos
sabemos q. mulher significa mulli aeris: ar mole.
E outono em ingles e' fall: queda. Dar mole para
uma mulher e depois ficar mole. Gravata tem a ver
com croata, q., dizem, enrolavam um pedaco de
pano molhado no pescoco para se refrescar. Pescoco
e molhado... Bem sugestivo de novo. A neurose pode
nao ser tao leve... Re re.

> Do ponto de vista idiomático, a palavra está mais para tensão que
> para esgotamento.

Para tensão já temos a palavra tensão...

> É algo que pode servir como pau prá toda obra.

Parece q. neurose tbm.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: O_NOME_DELA_�_ROSEANA,_MAS_PODE_CHAMAR_DE_SARNEY_(fwd)
FROM: Carlos Maçaranduba <soh_lamento@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/03/2002 09:53


>
> O NOME DELA É ROSEANA, MAS PODE CHAMAR DE SARNEY
>
> por Palmério Dória
>
>
>
> A HISTÓRIA SE REPETE
>
>
>
> 31 de janeiro de 1966. Numa São Luís secular e suja,
> onde mendigos
> perambulam, bairros carecem de saneamento básico,
> esgotos a céu aberto,
> ratos e urubus dividem a paisagem, um jovem e fogoso
> deputado federal toma
> posse no governo do Estado do Maranhão. Ele acabava
> de derrotar a mais
> torpe das oligarquias, especialmente truculenta,
> comandada pelo senador
> Vitorino Freire, um cacique pessedista imortalizado
> por Rubem Fonseca como
> o "senador Vítor Freitas", o homossexual violento do
> romance Agosto.
>
> Num discurso histórico, denunciando a miséria, o
> abandono da população, a
> violência e a corrupção, José Sarney anuncia uma
> "ruptura", uma
> "democracia de oportunidades" e enterra a era
> vitorinista com caixão de
> segunda classe. Mesmo sendo da UDN, ele teve o
> decisivo apoio da esquerda.
>
> O fato de o PSP de Adhemar de Barros e da
> empreiteira Mendes Jr. terem
> irrigado sua campanha não diminui a importância
> histórica de sua
> vitória. Entusiasmado, o já famoso cineasta Glauber
> Rocha filma toda a
> solenidade. O documentário ganharia o nome de
> Maranhão 66 e chocaria pelo
> final: o belo discurso de José Sarney, denunciando
> as mazelas de seu
> Estado e o sofrimento de sua gente era reproduzido
> em off, enquanto cenas
> da miséria explícita dos maranhenses eram mostradas.
> Encerrando,
> grandiloqüente, a fala do novo governador, em que
> ele "jurava" acabar com
> a política vigente, um turberculoso agonizava em
> público.
>
>
>
> 31 de janeiro de 2002. Numa São Luís secular e suja,
> onde mendigos
> perambulam, bairros carecem de saneamento básico,
> esgotos a céu aberto,
> ratos e urubus dividem a paisagem, uma não tão jovem
> governadora aparece
> em rede nacional de televisão, querendo ser
> presidente da República. Tal
> qual um Glauber da direita, as formas roliças de um
> antipático, mas
> competente, Nizan Guanaes conseguiram transformar em
> princesa cobiçada uma
> administradora falida. Ela exerce o seu segundo
> mandato no Palácio
> Henrique de La Rocque. Ela é a herdeira de uma
> oligarquia não menos torpe
> do que a do velho senador Vitorino Freire, mas,
> seguramente, muito mais
> corrupta e bem-sucedida. Ela é filha dileta do homem
> que jurou sepultar o
> atraso e a oligarquia há exatos 36 anos. Ela é a
> continuadora de um
> sistema político-eleitoral que humilha o seu povo
> com índices sociais
> tenebrosos. As maiores taxas de analfabetismo e de
> mortalidade infantil do
> país. As menores taxas de desenvolvimento em todos
> os setores. O menor PIB
> do Brasil per capita, num sistema em que os amigos e
> correligionários não
> pagam o fisco estadual.
>
> Ela entregou a administração do Estado ao marido,
> que já foi preso por
> improbidade. Ela é Roseana. Roseana Sarney. Fruto do
> marketing, do
> desconhecimento e da irresponsabilidade política.
> Ela é um projeto muito
> semelhante ao de Fernando Collor de Mello. Ela é,
> mesmo, o Collor de
> saias.
>
>
>
> O DNA DE ROSEANA
>
>
>
> Quando seu pai foi eleito governador, Roseana tinha
> 12 anos de idade e
> vivia no Rio de Janeiro. Sua chegada à província foi
> o prenúncio do que a
> vida lhe reservava no Maranhão: declaradamente a
> preferida do pai, mimada,
> cercada de atenções e de carinho. Isso talvez sirva
> para explicar melhor
> uma faceta ainda obscura de sua personalidade: ela é
> profundamente
> mandona, irritadiça, temperamental e, não raro,
> protagoniza memoráveis
> escândalos e faniquitos comentados à meia voz nos
> corredores palacianos e
> na alta-roda de sua terra.
>
> Após acompanhar papai em sua campanha para o Senado
> em 1970, foi estudar
> na Suíça. Teria ido fazer pós-graduação de um curso
> de ciências sociais. O
> deputado estadual Aderson Lago, um tucano que se
> especializou em não dar
> trégua à governadora, não consegue esconder o
> sorriso irônico: "Não se
> conhece nenhum colega de turma da Roseana, e, pior
> ainda, apesar dessa
> passagem pela Suíça, ela não fala qualquer outro
> idioma e mal domina o
> português".
>
> Em 1981, Roseana tornou-se funcionária do gabinete
> de seu pai no Senado
> Federal. Nessa época residia no Rio de Janeiro, o
> que nunca a impediu de
> receber integral e pontualmente o salário. Em 1988,
> por obra de uma lei
> muito bem-vinda, ela foi efetivada como funcionária
> do Senado, onde vai se
> aposentar com todos os benefícios. A isso irá somar
> sua aposentadoria de
> governadora. Depois de eleita, ela enviou um projeto
> "moralizador" à
> Assembléia Legislativa. Cortava uma série de
> vantagens do funcionalismo
> público estadual, além de reduzir a polpuda pensão
> dos ex-governadores,
> atingindo até o próprio pai. A primeira parte, a dos
> barnabés e bedéis,
> foi votada sem emendas pelo rolo compressor da
> maioria esmagadora que a
> obedece no Legislativo estadual. Bem, já a segunda
> parte, até hoje não
> mereceu mais que o fundo de uma gaveta qualquer...
>
> Quando seu pai, por obra das bactérias do Hospital
> de Base de Brasília,
> viu-se guindado à presidência da República, Roseana
> ganhou sala ao lado no
> próprio Palácio do Planalto. Sem contar que, junto
> ao marido, Jorge Murad,
> foi morar no Palácio da Alvorada.
>
>
>
> O SENHOR MEU MARIDO
>
>
>
> Tudo parecia um sonho na vida da bela Roseana. Os
> humoristas de O Planeta
> Diário, que hoje formam a Casseta & Planeta, a
> celebrizaram como "a
> estonteante Roseana Sarney". Sua filha adotiva,
> Rafaela, tinha como babá
> não menos que um tenente do glorioso Exército
> brasileiro. E os
> deslocamentos da família eram feitos em jatinhos da
> FAB, ou de 1966, ou
> Aníbal Crosara, da goiana EMSA.
>
Já o maridão, o discreto, sisudo e antipatizado Jorge
Murad, freqüentava
> com certa insistência a crônica política, que dava
conta de atividades
> empresariais no submundo do governo Sarney. Hoje,
Jorge é o homem forte do
> governo Roseana. Gerente de Planejamento, o
equivalente a secretário, é
> quem manda e desmanda. Pagamentos? É com ele. Obras?
Só com
Nomeações? Com Jorge Murad, o.k.? Ele trabalha ao lado
da
> governadora, mas passa boa parte do tempo na avenida
Colares Moreira,
> quadra 121, número 1, Edifício Adriano, no bairro
Renascença. É lá que
> atende amigos empresários e administra seus
negócios. No mesmo endereço
> está o advogado de Roseana, Vinicius de Berredo
Martins. Ele também é o
> defensor de duas empreiteiras cujos nomes se
confundem com a própria
> gestão da governadora: a EIT e a Planor. A EIT é a
responsável por um dos
> maiores escândalos do governo, a "construção" de uma
estrada ligando Arame
> a Paulo Ramos, de 127 quilômetros de extensão, ao
custo de 33 milhões de
> dólares, entre 1995 e 1996. A Planor, que seria de
propriedade de FernandoSarney, embora registrada em
nome de humildes "laranjas", é a sócia da EIT
> na empreitada e com ela dividiu os lucros. O único
problema é que a
> estrada não existe. Vou repetir: a estrada não
existe. Ela jamais foi
> construída. Existe, sim, uma picada de terra batida,
por onde desfilam,
> solenes, jegues e galinhas-d'angola. Os poucos
automóveis que se arriscam
> na aventura terminam em alguma oficina mecânica,
trocando a suspensão, os
> amortecedores ou até, quem sabe, retificando o motor
que fundiu. E, como
> tudo no Maranhão, a oficina ou conces-sionário
deverá ser de propriedade
> de algum membro da família Sarney. (Em tempo: todas
as ações sobre a
> estrada-fantasma foram arquivadas. Em todas as
instâncias. Até o doutorGeraldo Brindeiro, aquele da
gaveta, arquivou também a representação do
> deputado Aderson Lago, o denunciante da milionária
maracutaia.).
>
> Jorge Murad, o marido da candidata a presidente da
República, não desperta
> amores. Dona Marly, a sogra, segundo se comenta, já
gostou mais dele. Os
> cunhados não gostam muito. Mas José Sarney sempre o
defendeu com uma frase
> lapidar: "O Jorginho não é casado com a Roseana. Ele
é casado comigo". Em
> fins do ano passado, quando sua mulher despontava
nas paradas de
> sucesso,Murad contou com a declarada proteção do
sogro. Sarney telefonou
> ao dono de um importante jornal de São Paulo pedindo
que evitasse a história, além da influência do velho
cacique, restou a explicação dada à
> redação: "Isso é pura sacanagem. Só porque ele é
casado com a Roseana,
> isso agora aparece. Além do mais, essa matéria é
puro machismo contra
> ela", sapecou a editora. Mas a história é triste,
reveladora e
> lamentável.
>
> Em meados dos anos 70, a fábrica de óleo de babaçu
do empresário Duailibe
> Murad foi à bancarrota. Um sobrinho, escolhido pela
Justiça, foi nomeado
> fiel depositário de toda a instalação industrial. O
rapaz, entusiasmado e revelando o seu caráter, não se
fez de rogado: encostou dois imensos
> caminhões FNM, embarcou toda a maquinaria e a levou
até a cidade de
> Teresina, no vizinho Piauí, vendendo-a a conhecido
empresário local. Foi
> preso dias depois como depositário infiel. Teve
direito a algemas, nota em
> jornal e cela comum. Um escândalo. O jovem em
questão chama-se Jorge
> Murad.







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SUBJECT: Re: O_NOME_DELA_É_ROSEANA,_MAS_PODE_CHAMAR_DE_SARNEY_(fwd)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/03/2002 12:40

--- In ciencialist@y..., Carlos Maçaranduba <soh_lamento@y...> wrote:
> > O NOME DELA É ROSEANA, MAS PODE CHAMAR DE SARNEY

Mas e em termos cientificos, como isso e'
abordado?

(Chutar cachorro morto agora nao vale. Se
bem q. se o sistema estiver isolado pode
ser q. esteja meio vivo e meio morto.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Gato de Schrodinger
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/03/2002 12:50

Por acaso suas observacoes foram inspiradas
no artigo reproduzido na pagina abaixo?

http://www.npl.washington.edu/npl/int_rep/tiqm/TI_40.html

Reviews of Modern Physics 58, 647-688, July (1986).

[]s,

Roberto Takata

--- In ciencialist@y..., "dudutorres" <eftf@g...> wrote:
> Creio q ha' um paradoxo ai' sim, Sergio. O paradoxo e' tentar
aplicar
> a um sistema macroscopico complexo como um gato a superposicao de
> estados prevista na mecanica quantica para particulas subatomicas.
>
> O chamado "Gato de Schröndinger" (proposto pelo físico Erwin
> Schröndinger em 1935) talvez seja o mais famoso
> experimento "gedanken" (em pensamento) da Fisica, e demonstra de
modo
> ludico o paradoxo interpretativo da Mecânica Quântica quando
aplicada
> a objetos macroscópicos. Vamos recordar: Schröndinger imaginou um
> sistema isolado (selado, à prova de som e com um adequado
suprimento
> de oxigênio), preparado de modo a conter um contador Geiger próximo
> de uma fonte radioativa que emitiria raios gama. A fonte de raios
> gama seria ajustada para que, no período de uma hora, tivesse a
> probabilidade de exatamente 50% de causar a detecção de uma emissão
> pelo contador Geiger. O contador estaria conectado com um
dispositivo
> solenóide de tal modo que, se uma emissão radioativa fosse
detectada,
> faria quebrar um frasco contendo ácido cianídrico e, portanto,
> enchendo a caixa com gás letal. É claro que haveria também uma
> probabilidade de 50% de que não houvesse a emissão e o frasco
> continuaria intacto. O experimentador colocaria então um gato
dentro
> da caixa, a selaria e aguardaria uma hora. No final do período o
> contador seria desativado, a caixa seria aberta e observar-se-ia o
> estado do sistema. Dois estados seriam possíveis: Gato vivo, no
qual
> não houve a emissão radioativa e o frasco não se quebrou; ou gato
> morto, onde houve a emissão e o frasco com veneno se quebrou,
matando
> o gato. A pergunta de Schröndinger foi: Qual o estado do sistema
> imediatamente antes do observador abrir a caixa? A simples
aplicação
> rigorosa dos cálculos da Mecânica Quântica, sem se preocupar com
> interpretações subjetivas do fenômeno observado (a chamada
> Interpretação de Copenhagen) levaria ao resultado de se ter um gato
> simultaneamente vivo e morto até a caixa ser aberta, quando o
> observador causaria a "opção" quântica de um dos estados
superpostos
> pelo próprio ato da observação. Esse resultado, que pode ser
> plausível quando aplicado a sistemas microscópicos, parece, no
> entanto, algo absurdo quando aplicado a um organismo altamente
> complexo como um gato. Qual a explicação desse paradoxo? O tema é
> controverso e se relaciona com uma das questões mais polêmicas da
MQ,
> que é o Problema da Medida. De fato, quando realmente um evento
> quântico pode ser considerado encerrado? Quando realmente ocorre a
> observação que vai fazer colapsar o estado quântico no caso do Gato
> de Schröndinger? Quando o raio gama deixa o núcleo atômico? Quando
> interage com o contador Geiger? Quando o frasco se quebra? Quando o
> gato morre? Quando o observador olha dentro da caixa? Ou - como
> ironiza o fisico John Cramer da Universidade de Washington num
artigo
> sobre o tema – quando ele conta a um colega o que observou? Quando
> publica as observações no Physical Review?
>
> ;-)
>
> Abs,
> Eduardo Torres
> (Brasil)



SUBJECT: Re: Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/03/2002 12:54


> essencialmente, proporcional 'a energia de cada molécula. Moléculas
> quentes se movimentam mais, por isso tendem a esfriar. Bate um
ventinho..
> ;)
>
> O som se propaga mais rápido no ar quente, justamente pq as
moléculas se
> movimentam com mais velocidade. Não estamos falando de ondas
> eletromagnéticas, mas de vibração física, que precisa de um meio
para se
> propagar. Se o meio for mais rápido, melhor..

Então como explicas que o som se propage mais depressa em solidos do
que em liquidos ?




SUBJECT: Re: Gato de Schrodinger
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/03/2002 13:10


> Creio q ha' um paradoxo ai' sim, Sergio. O paradoxo e' tentar
aplicar
> a um sistema macroscopico complexo como um gato a superposicao de
> estados prevista na mecanica quantica para particulas subatomicas.

Não. Se houver algum paradoxo, não é esse.
Como já frizou o João Miranda, a interacção importante é a do atomo
com o detector. E ai tudo é subatomico.

>Dois estados seriam possíveis: Gato vivo, no qual
> não houve a emissão radioativa e o frasco não se quebrou; ou gato
> morto, onde houve a emissão e o frasco com veneno se quebrou,
matando o gato.

Seriam possiveis QUANDO ?
QUANDO observares. QUANDO abrires a caixa.

> A pergunta de Schröndinger foi: Qual o estado do sistema
> imediatamente antes do observador abrir a caixa?

Se foi isso que ele perguntou, terei de concluir:
1) ele não entende nada de estados de sistemas,
2) ele não entende nada de fisica,
3) ele entende mas queria ver o que os outros diziam.

A resposta é : Não posso saber.

> A simples aplicação
> rigorosa dos cálculos da Mecânica Quântica, sem se preocupar com
> interpretações subjetivas do fenômeno observado (a chamada
> Interpretação de Copenhagen) levaria ao resultado de se ter um gato
> simultaneamente vivo e morto até a caixa ser aberta

NÂO! Quantas vezes será preciso dizer ?
o gato não está simultaneamente morto e vivo.
O sistema é que é um combinação linear de "estado gato-morto"
e "estado gato-vivo".

>, quando o
> observador causaria a "opção" quântica de um dos estados
superpostos
> pelo próprio ato da observação.

NÂO! A MQ não diz nada disso!
O sistema já escolheu o estado em que está antes de tu abrires a
caixa.

Quando lanças a moeda ao ar e deixar cair, a moeda já escolheu o lado
que fica para cima antes de tu olhares. Tu NÂO pensas que
emidiatamente antes ela dá uma pirueta e muda de estado só para te
chatear.

(É preciso explicar muito bem, a logica da medição. Farei isso num
mail à parte quando tiver oportunidade.)

Em rigor: O sistema está-se nas tintas para se vai ser observado ou
não, ele comporta-se segundo "acha que deve" e não "segundo o que nós
queremos observar"
Isto é uma regra simples da fisica, que está na base de todas as
considerações: O Sistema é o que é, e não mudará se o observarmos.

> Esse resultado, que pode ser
> plausível quando aplicado a sistemas microscópicos, parece, no
> entanto, algo absurdo quando aplicado a um organismo altamente
> complexo como um gato. Qual a explicação desse paradoxo?

NÂO ha paradoxo nenhum! Existe uma errada intrepretação: ou melhor,
uam errada informação do que são os conceitos da fisica, de
observação, de sistema.
NADA tem a ver com MQ.
Eu poderia fazer o mesmo com Fisica Classica.


O tema é
> controverso e se relaciona com uma das questões mais polêmicas da
MQ,
> que é o Problema da Medida.

NÂO ha problema nenhum com a medida em MQ.
Já expliquei isso aqui à uns tempos.

De fato, quando realmente um evento
> quântico pode ser considerado encerrado? Quando realmente ocorre a
> observação que vai fazer colapsar o estado quântico no caso do Gato
> de Schröndinger? Quando o raio gama deixa o núcleo atômico? Quando
> interage com o contador Geiger? Quando o frasco se quebra? Quando o
> gato morre?

Quando é que isso interessa ?

[]

Sérgio Taborda


P.S.
Filma um lançamento de uma moeda e diz-me quando ela fica virada para
o lado que observas depois.
Repete várias vezes para teres uma estatistica.



SUBJECT: Kit de Sobrevivencia
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'Ciencialist (br)'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/03/2002 13:12

Essa é boa para exercitar a imaginação.
Voce será teletransportado para o passado de 80.000
anos atrás. Você não tem nem a roupa do corpo e só
pode levar consigo três objetos.

Quais objetos você escolheria.

Colher de chá: você pode escolher o lugar para onde
será teletransportado.

Alexandre P.Cabral de Medeiros
Analista Consultor * mailto:alexandre.medeiros@consultmail.net
AC Nielsen do Brasil - Grupo VNU * http://www.acnielsen.com
Tel. *(0xx11) 4613-7469 - Fax (0xx11) 4613-7077


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/03/2002 13:21

Oi pessoal,

de quem o Sérgio recebeu essa 'argumentação'? Não recebi essa mensagem.

[]'
Léo
============
-----Mensagem Original-----
De: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 19 de março de 2002 12:54
Assunto: [ciencialist] Re: Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.



> essencialmente, proporcional 'a energia de cada molécula. Moléculas
> quentes se movimentam mais, por isso tendem a esfriar. Bate um
ventinho..
> ;)
>
> O som se propaga mais rápido no ar quente, justamente pq as
moléculas se
> movimentam com mais velocidade. Não estamos falando de ondas
> eletromagnéticas, mas de vibração física, que precisa de um meio
para se
> propagar. Se o meio for mais rápido, melhor..

Então como explicas que o som se propage mais depressa em solidos do
que em liquidos ?



&&& --- &&&
VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
http://www.ciencialist.hpg.com.br
Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html





SUBJECT: Re: Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/03/2002 13:24


> de quem o Sérgio recebeu essa 'argumentação'? Não recebi essa
mensagem.


Do Carlos Cardoso :-) em
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/13652

[]
Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] Kit de Sobrevivencia
FROM: Carlos Cardoso <klingon@pobox.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/03/2002 13:50

err... o Manual do Escoteiro Mirim, uma arma com MUITA munição e um
ENORME kit médico.

On Tue, 19 Mar 2002 10:12:46 -0600
"Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br> wrote:

> Essa é boa para exercitar a imaginação.
> Voce será teletransportado para o passado de 80.000
> anos atrás. Você não tem nem a roupa do corpo e só
> pode levar consigo três objetos.
>
> Quais objetos você escolheria.
>
> Colher de chá: você pode escolher o lugar para onde
> será teletransportado.
>
> Alexandre P.Cabral de Medeiros
> Analista Consultor * mailto:alexandre.medeiros@consultmail.net
> AC Nielsen do Brasil - Grupo VNU * http://www.acnielsen.com
> Tel. *(0xx11) 4613-7469 - Fax (0xx11) 4613-7077
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
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> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>

--
Hoc volo, sic jubeo, sit pro ratione voluntas
[]s
Carlos Cardoso <cardoso@pobox.com>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: Carlos Cardoso <klingon@pobox.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/03/2002 13:50

Densidade.

O que importa é que as moléculas afetem uma 'as outras. Se vão fazer
isso pq estão juntinhas ou pq estão quicando feito loucas, é irrelevante.

On Tue, 19 Mar 2002 15:54:52 -0000
"sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt> wrote:

>
> > essencialmente, proporcional 'a energia de cada molécula. Moléculas
> > quentes se movimentam mais, por isso tendem a esfriar. Bate um
> ventinho..
> > ;)
> >
> > O som se propaga mais rápido no ar quente, justamente pq as
> moléculas se
> > movimentam com mais velocidade. Não estamos falando de ondas
> > eletromagnéticas, mas de vibração física, que precisa de um meio
> para se
> > propagar. Se o meio for mais rápido, melhor..
>
> Então como explicas que o som se propage mais depressa em solidos do
> que em liquidos ?
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
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Hoc volo, sic jubeo, sit pro ratione voluntas
[]s
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SUBJECT: Re: Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/03/2002 13:52

--- In ciencialist@y..., "Rui Gomes T. de Almeida" <rui.almeida@p...>
wrote:
> Desculpem , percebi agora que faltou colocar a expressão

A expressao q. achei foi:

v = 331 m/s + [0.6 m/(s.C)]*T

Com T em oC e pressao de 1 atm.

http://www.glenbrook.k12.il.us/gbssci/phys/Class/sound/u11l2c.html

A explicacao sem detalhes e' de q. a
temperatura afeta a propriedade elastica
do meio.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Kit de Sobrevivencia
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/03/2002 13:58

--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> wrote:
> Essa é boa para exercitar a imaginação.
> Voce será teletransportado para o passado de 80.000
> anos atrás. Você não tem nem a roupa do corpo e só
> pode levar consigo três objetos.

Camara digital com baterias
Teletransporte funcionando
Teletransporte funcionando sobressalente

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Gato de Schrodinger
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/03/2002 14:02

--- In ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> wrote:
> Eu poderia fazer o mesmo com Fisica Classica.

Dizem as más línguas q. segundo o teorema
de Bell não poderia, não.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Kit de Sobrevivencia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/03/2002 15:13


-----Mensagem Original-----
De: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 19 de março de 2002 13:58
Assunto: [ciencialist] Re: Kit de Sobrevivencia


--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> wrote:
> Essa é boa para exercitar a imaginação.
> Voce será teletransportado para o passado de 80.000
> anos atrás. Você não tem nem a roupa do corpo e só
> pode levar consigo três objetos.

Takata escolhe:

>>Camara digital com baterias
Teletransporte funcionando
Teletransporte funcionando sobressalente<<

Que falta de imaginação. Prá que voltar? Vc chega em Passárgada e desiste?
Pensei que fosse aquela pergunta típica da Hebe ... se vc fosse pruma ilha deserta ......

eis o que levaria:

a) equipamento para produzir fogo
b) uma boa faca
c) uma morena-objeto (por ex. a carla regina)

[]'
Léo
PS: observem que a imposição é para três objetos ... daí o ítem (c).
PS': prá que voltar? Prá ver a Roseane-presidente ou o Maluf-prefeito.
PS": espero que o item (c) não renove a thread feminista.... ou renove :-)))
===================



SUBJECT: Re[2]: [ciencialist] Re: Kit de Sobrevivencia
FROM: Carlos Cardoso <klingon@pobox.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/03/2002 15:18

Apenas o teletransporte não ajudaria. Seria necessário um teletransporte
com capacidade de deslocamento temporal, também.

Claro, como 80 mil anos atrás, se não me engano estávamos no meio de uma
era glacial , seria bom levar um casaco.


On Tue, 19 Mar 2002 15:13:43 -0300
"Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br> wrote:

>
> -----Mensagem Original-----
> De: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
> Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Enviada em: terça-feira, 19 de março de 2002 13:58
> Assunto: [ciencialist] Re: Kit de Sobrevivencia
>
>
> --- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> <alxmpub@u...> wrote:
> > Essa é boa para exercitar a imaginação.
> > Voce será teletransportado para o passado de 80.000
> > anos atrás. Você não tem nem a roupa do corpo e só
> > pode levar consigo três objetos.
>
> Takata escolhe:
>
> >>Camara digital com baterias
> Teletransporte funcionando
> Teletransporte funcionando sobressalente<<
>
> Que falta de imaginação. Prá que voltar? Vc chega em Passárgada e desiste?
> Pensei que fosse aquela pergunta típica da Hebe ... se vc fosse pruma ilha deserta ......
>
> eis o que levaria:
>
> a) equipamento para produzir fogo
> b) uma boa faca
> c) uma morena-objeto (por ex. a carla regina)
>
> []'
> Léo
> PS: observem que a imposição é para três objetos ... daí o ítem (c).
> PS': prá que voltar? Prá ver a Roseane-presidente ou o Maluf-prefeito.
> PS": espero que o item (c) não renove a thread feminista.... ou renove :-)))
> ===================
>
>
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> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>

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Hoc volo, sic jubeo, sit pro ratione voluntas
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Carlos Cardoso <cardoso@pobox.com>



SUBJECT: Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/03/2002 15:28

Se quiserem participar das respostas ............
[]'
Léo
===================
1)
E-mail: serghm@uol.com.br
Nome: SÉRGIO
Cidade: RIO DE JANEIRO
UF: RJ
Nível de Escolaridade: Médio
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 08
Dúvida/Sugestão: se adicionarmos cloreto de sódio a água , iremos alterar o ponto de fusão da mesma ? porque ?
===================
2)
E-mail: cleverw@uol.com.br
Nome: Diogo Pereira Dias
Cidade: São Paulo
UF: SP
Nível de Escolaridade: Básico/Fundamental
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala dos links
Dúvida/Sugestão: Por favor, me ajudem a resolver este problema; Por favor, o mais depressa possível (20/03): " Você fez uma pequena horta em sua casa e acabou de plantar algumas sementes de cenoura. Daqui a algum tempo você irá colher e comer as cenouras. Relacione, no mínimo, 10 fenômenos químicos e físicos desde o plantio das sementes até o instante que você consome as hortaliças. "
=========================
3)
E-mail: cleverw@uol.com.br
Nome: Thiago Pereira Dias
Cidade: São Paulo
UF: SP
Nível de Escolaridade: Médio
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 08
Dúvida/Sugestão: Minha dúvida é simples: o que são as bolhinhas que aparecem no fundo de um bécker quando a água está sendo aquecida? Por que começam a aparecer no fundo? E por que não se encontra para ponto de fusão da água 0º C e para ebulição, 100º C ? Muito obrigado.
=============================
4)
E-mail: nicpufal@terra.com.br
Nome: Nicholas
Cidade: POA
UF: RS
Nível de Escolaridade: Médio
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 11
Dúvida/Sugestão: Olá, por favor, poderia me enviar dados sobre 3 formas de produção de energia: - Eólica - Hidroelétrica - Solar Obrigado pela atenção
=============================
5)
E-mail: edmilsonnunes@terra.com.br
Nome: Cristiano Nunes Pereira
Cidade: São Paulo
UF: SP
Nível de Escolaridade: Médio
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: Como eu posso procurar os experimentos de Francesco Redi, de Milher, de Pasteur, e teoria de Oparim.
=============================
6)
E-mail: souzam@hotmail.com
Nome: Marcílio Souza
Cidade: São Paulo
UF: SP
Nível de Escolaridade: Universitário
Profissão: Professor
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: Por que o orifício da câmara escura produz imagens de cabeça para baixo no lado oposto ao orifício?
===============================
7)
E-mail: Mr.O.Silva @ bol
Nome: Otavio Junior
Cidade: Santa Barbara d`Oeste
UF: SP
Nível de Escolaridade: Básico/Fundamental
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 02
Dúvida/Sugestão: Como surgiu o Universo, e toda materia existente nele. O que foi o big bang.qual a idade e a extensao do universo. o que existe no vaculo entre as estrelas
=================================
8)
E-mail: dany.mont@bol.com.br
Nome: danielle monteiro
Cidade: belém
UF: pa
Nível de Escolaridade: Universitário
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: gostaria de saber qual a fução do óxido de zinco nas pomadas para assaduras,no leite de rosas.
================================
9)
E-mail: carolzinha.pedroso@bol.com.br
Nome: Ana Carolina Schiavo Pedroso
Cidade: São Paulo
UF: SP
Nível de Escolaridade: Médio
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 08
Dúvida/Sugestão: Quais foram as descobertas e datas de Tales de mileto
================================
10)
E-mail: aslfv@ig.com.br
Nome: Arthur
Cidade: Rio de Janeiro
UF: RJ
Nível de Escolaridade: Médio
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala dos links
Dúvida/Sugestão: Gostaria de saber, como é que eu faço a obtenção do ácido nítrico, a partir da reação de Nitrato de Bário com Ácido Clorídrico, incluindo o procedimento e a conclusão.Obrigado.
=================================
11)
E-mail: marciommo@bol.com.br
Nome: Marcio Mota Momesso
Cidade: Taubaté
UF: SP
Nível de Escolaridade: Universitário
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala dos links
Dúvida/Sugestão: Olá..urgente estou atrás de um projeto de um forno de cementação, minha pate do projeto é os tipos de materiais que devo utilizar para sua construção e suas normas. Um abraço e até mais
===============================
12)
E-mail: aloha_surf_ten@hotmail.com
Nome: Laís
Cidade: São Bernardo do Campo
UF: SP
Nível de Escolaridade: Médio
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: Boa Noite, Me chamo Laís, e minha dúvida é: como estamos girando a 1675 km/h juntamente com a Terra e não sentimos o vento em nossos corpos? Gostaria que me ajudasse com essa dúvida. Obrigada
================================
13)
E-mail: capoo@ig.com.br
Nome: Carlos Polacco
Cidade: Fortaleza
UF: CE
Nível de Escolaridade: Médio
Profissão: Hobbista
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 04
Dúvida/Sugestão: Caro Professor, Gostaria de saber como calcular a variação da taxa de aceleração/desaceleração (jerk) que me dá um resultado em m/s³. Grato desde já pela sua atenção, Carlos Polacco.
===========================
14)
E-mail: biscoita@clix.pt
Nome: Teresa
Cidade: Funchal
UF:
Nível de Escolaridade: Universitário
Profissão: Professor
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 24
Dúvida/Sugestão: Porque razão a lua no hemisfério norte é "mentirosa" e não o é no hemisfério sul? (NO HEMISFÉRIO NORTE APRESENMTA A FORMA DE UM D QUANDO ESTÁ EM FASE CRESCENTE E A FORTMA DE UM C QUANDO ESTÁ EM FASE DECRESCENTE)
===============================
15)
E-mail: nexamim@bol.com.br
Nome: VANESSA DUGAYCH CARNEIRO
Cidade: CURITIBA
UF: PR
Nível de Escolaridade: Universitário
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 21
Dúvida/Sugestão: Sou universitária e como projeto para conclusão de curso pensamos em um extrato ou suco de limão PRONTO para temperos, a ser comercializado nos supermercados e utlizados pelos restaurantes, com o objetivo de trazer praticidade e economia ao evitar o desperdício. Sabemos que tal produto existe na Alemanha e sem conservantes. Como fazer tal experimento dar certo???? Se possivél, agurado resposta, Vanessa Dugaych Carneiro. Rua Pastor Antonio Polito, 1886 apto21. Alto Boqueirão Curitiba - PR. 81730-260 Tels: 041 287-7451/9604-8195
=========================

ufa! chega por enquanto.



SUBJECT: Re: Kit de Sobrevivencia
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/03/2002 15:49

--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> Que falta de imaginação. Prá que voltar? Vc chega em Passárgada e
> desiste?

La' eu nao seria amigo do rei nem teria a
mulher q. eu quero na cama q. escolherei...

(E nao teria o Imperdivel e nao teria
a ciencialist.)

[Pra ser honesto a minha lista inicial
era uma composição do q. foi apresentada
aqui:

* Manual do Escoteiro Mirim;
* Playboy com a Luize Altenhofen;
* Canivete suíça.

Mas isso seria absolutamente inutil.]

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Kit de Sobrevivencia
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/03/2002 16:00

--- In ciencialist@y..., Carlos Cardoso <klingon@p...> wrote:
> Já que é pra filosofar.. Passado ou Futuro, senhores?

Prefiro o presente. Mas entre os dois,
prefiro o futuro.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Kit de Sobrevivencia
FROM: Carlos Cardoso <klingon@pobox.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/03/2002 16:01

Já que é pra filosofar.. Passado ou Futuro, senhores?

Qual seria mais interessante? Embarcar rumo ao desconhecido, ou
presenciar a História sendo feita?


On Tue, 19 Mar 2002 18:49:31 -0000
"rmtakata" <rmtakata@altavista.net> wrote:

> --- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> > Que falta de imaginação. Prá que voltar? Vc chega em Passárgada e
> > desiste?
>
> La' eu nao seria amigo do rei nem teria a
> mulher q. eu quero na cama q. escolherei...
>
> (E nao teria o Imperdivel e nao teria
> a ciencialist.)
>
> [Pra ser honesto a minha lista inicial
> era uma composição do q. foi apresentada
> aqui:
>
> * Manual do Escoteiro Mirim;
> * Playboy com a Luize Altenhofen;
> * Canivete suíça.
>
> Mas isso seria absolutamente inutil.]
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
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SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Kit de Sobrevivencia
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/03/2002 16:30

> De: Carlos Cardoso [mailto:klingon@pobox.com]
>
> Qual seria mais interessante? Embarcar rumo ao desconhecido, ou
> presenciar a História sendo feita?

Não há uma resposta correta, pois é uma questão subjetiva.

Ir para o futuro, dependendo de quanto tempo, corremos o risco
de encontrar um planeta às cinzas, por ação do homem ou por
catástrofe natural. Uma catástrofe natural é uma situação bastante
plausível, uma vez que não se pode afirmar hoje com segurança
se um asteróide de uns 15 Km de diâmetro está ou não em rota de
colisão com o Tatuapé, p.ex.

Mesmo que encontremos a civilização humana no futuro distante,
provavelmente será constituída de -- presumindo que tudo corra bem --,
humanos bem diferentes dos atuais. Seremos para eles o que é um
Neandertal para nós.

Voltando no tempo dá uma sensação de poder uma vez que vc
conhece os principais eventos históricos, conhece tecnologia
mais avançada, etc... Mas tudo isso pode ser apenas presunção...

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Kit de Sobrevivencia
FROM: "Helena H.Pieroni" <lena.hp@u-net.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/03/2002 17:12

Preciso ser realista ... :-O
meu tempo de sobrevivência estaria bastante comprometido ...
chances de sobrevivência ... ??? quase zero ... :-((

1 - um robô com a cara do Rambo, incluindo suas aptidões! :-o))
2 - um segundo robô com a cara do Mel Gibson (não sei das aptidões dele,
ah, mas ele é um gato!!) ;-P
3 - bateria com recarregamento solar.

UAUUUU!!

P.S.: espero que os itens escolhidos não renovem a thread feminista ...
ou renovem :-)))

Helena

"Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:

> Essa é boa para exercitar a imaginação.
> Voce será teletransportado para o passado de 80.000
> anos atrás. Você não tem nem a roupa do corpo e só
> pode levar consigo três objetos.
>
> Quais objetos você escolheria.
>
> Colher de chá: você pode escolher o lugar para onde
> será teletransportado.
>
> Alexandre P.Cabral de Medeiros
> Analista Consultor * mailto:alexandre.medeiros@consultmail.net
> AC Nielsen do Brasil - Grupo VNU * http://www.acnielsen.com
> Tel. *(0xx11) 4613-7469 - Fax (0xx11) 4613-7077


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Kit de Sobrevivencia
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/03/2002 18:01

--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> Uma catástrofe natural é uma situação bastante
> plausível, uma vez que não se pode afirmar hoje com segurança
> se um asteróide de uns 15 Km de diâmetro está ou não em rota de
> colisão com o Tatuapé, p.ex.

O q. e' q. um asteroide em rota de colisao com
Tatuape' tem a ver com catastrofe?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Re: Kit de Sobrevivencia
FROM: Carlos Cardoso <klingon@pobox.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/03/2002 18:22

Vai que ele erra ;)

On Tue, 19 Mar 2002 21:01:34 -0000
"rmtakata" <rmtakata@altavista.net> wrote:

> --- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> > Uma catástrofe natural é uma situação bastante
> > plausível, uma vez que não se pode afirmar hoje com segurança
> > se um asteróide de uns 15 Km de diâmetro está ou não em rota de
> > colisão com o Tatuapé, p.ex.
>
> O q. e' q. um asteroide em rota de colisao com
> Tatuape' tem a ver com catastrofe?
>
> []s,
>
> Roberto Takata
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SUBJECT: Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/03/2002 20:32



Se quiserem participar das respostas ............ acrescentando:
[]'
Léo
===================
16)
E-mail: rrp@terra.com.br
Nome: Rúbia Nara Rabello
Cidade: Meleiro
UF: SC
Nível de Escolaridade: Médio
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: Caro professor preciso fazer um trabalho explicando qual a função da tela de amianto e da coluna de fracionamento dentro do laboratório de química. Como até agora não consegui material suficiente e nem que pudesse me explicar, gostaria de lhe solicitar auxílio se for possível; Estou cursando técnico de química no colégio CEDUP em Cricíuma SC. Obrigada pela atenção.
===================
17)
De: gustavo@smo.com.br
Para: leo@barretos.com.br
Enviada em: terça-feira, 19 de março de 2002 20:00
Assunto: Por favor - inércia

Você poderia por favor me enviar algumas fotos à respeito da Inércia?
Obrigado
=====================

[]'
Léo





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/03/2002 21:13


-----Mensagem Original-----
De: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 19 de março de 2002 13:52
Assunto: [ciencialist] Re: Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.


--- In ciencialist@y..., "Rui Gomes T. de Almeida" <rui.almeida@p...>
wrote:
> Desculpem , percebi agora que faltou colocar a expressão

A expressao q. achei foi:

v = 331 m/s + [0.6 m/(s.C)]*T

Com T em oC e pressao de 1 atm.

http://www.glenbrook.k12.il.us/gbssci/phys/Class/sound/u11l2c.html

A explicacao sem detalhes e' de q. a
temperatura afeta a propriedade elastica
do meio.

[]s,

Roberto Takata
==========================

A Brochura 1 acusa:

a) no ar calmo e seco, a 0°C, a velocidade do som é 331 m/s;
b) a velocidade cresce com a temperatura; a t°C é:
v = 331.sqrt(1 + &.t) m/s , com & = coeficiente de dilatação dos gases (1/273); em função da temperatura absoluta a expressão acima torna-se:
v = 20,06sqrt(T) m/s.
c) as expressões acima mostram que, sob temperatura constante, a velocidade do som é independente das forças elásticas do ar.

A Brochura 2 acrescenta:

d) A velocidade de propagação é proporcional ao binômio de dilatação dos gases; se V e V' indicam respectivamente as velocidades do som a 0 e a t°C, tem-se:
V' = V.sqrt(1 + &.t).
e) para gases de mesma atomicidade, as velocidades do som variam na razão inversa da raiz quadrada de sua densidade:
V/V' = sqrt(d'/d)

Assim dizem as contra-capas das Brochuras. Vou consultar o interior delas.

[]'
Léo
=============



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/03/2002 21:26


Takata escreve:A expressao q. achei foi:

>>v = 331 m/s + [0.6 m/(s.C)]*T

Com T em oC e pressao de 1 atm.

http://www.glenbrook.k12.il.us/gbssci/phys/Class/sound/u11l2c.html

A explicacao sem detalhes e' de q. a
temperatura afeta a propriedade elastica
do meio.<<
=================
A explicação parece-me bastante rasoável; é um jogo entre as propriedades elásticas e a propriedade inércial das partículas do meio (caracterizada por sua massa específica --- o ingrêis ai embaixo não é muito rigoroso para diferenciar densidade do meio e massa específica do meio, assim como trata a inércia como 'densidade de massa').
Eis o texto original (obtido do link indicado pelo Takata):


The speed of any wave depends upon the properties of the medium through which the wave is traveling. Typically there are two essential types of properties which effect wave speed - inertial properties and elastic properties. The density of a medium is an example of an inertial property. The greater the inertia (i.e., mass density) of individual particles of the medium, the less responsive they will be to the interactions between neighboring particles and the slower the wave. If all other factors are equal (and seldom is it that simple), a sound wave will travel faster in a less dense material than a more dense material. Thus, a sound wave will travel nearly three times faster in Helium as it will in air; this is mostly due to the lower mass of Helium particles as compared to air particles.

Elastic properties are those properties related to the tendency of a material to either maintain its shape and not deform whenever a force or stress is applied to it. A material such as steel will experience a very small deformation of shape (and dimension) when a stress is applied to it. Steel is a rigid material with a high elasticity. On the other hand, a material such as a rubber band is highly flexible; when a force is applied to stretch the rubber band, it deforms or changes its shape readily. A small stress on the rubber band causes a large deformation. Steel is considered to be a stiff or rigid material, whereas a rubber band is considered a flexible material. At the particle level, a stiff or rigid material is characterized by atoms and/or molecules with strong attractions for each other. When a force is applied in an attempt to stretch or deform the material, its strong particle interactions prevent this deformation and help the material maintain its shape. Rigid materials such as steel are considered to have a high elasticity (elastic modulus is the technical term). The phase of matter has a tremendous impact upon the elastic properties of the medium. In general, solids have the strongest interactions between particles, followed by liquids and then gases. For this reason, longitudinal sound waves travel faster in solids than they do in liquids than they do in gases. Even though the inertial factor may favor gases, the elastic factor has a greater influence on the speed (v) of a wave, thus yielding this general pattern:

vsolids > vliquids > vgases

The speed of a sound wave in air depends upon the properties of the air, namely the temperature and the pressure. The pressure of air (like any gas) will effect the mass density of the air (an inertial property) and the temperature will effect the strength of the particle interactions (an elastic property). At normal atmospheric pressure, the temperature dependence of the speed of a sound wave through air is approximated by the following equation:

aqui vem a equação indicada lá em cima.

[]'
Léo
==============







SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Kit de Sobrevivencia
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/03/2002 22:23

----- Original Message -----
From: "Carlos Cardoso"
Sent: Tuesday, March 19, 2002 4:01 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Kit de Sobrevivencia


> Já que é pra filosofar.. Passado ou Futuro, senhores?

Futuro, de preferência após a "era quântica", ou seja, de 2012 pra frente.
;-)

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger
FROM: "Eduardo Torres" <eftf@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/03/2002 00:03



> Por acaso suas observacoes foram inspiradas
> no artigo reproduzido na pagina abaixo?
>
> http://www.npl.washington.edu/npl/int_rep/tiqm/TI_40.html
>
> Reviews of Modern Physics 58, 647-688, July (1986).
>
> []s,
>
> Roberto Takata


Exatamente. Fiz um resumo da experiencia gedanken do gato de Schrondinger a
partir desse artigo do fisico John Cramer, surpreendentemente didatico para
uma revista especializada em fisica.

Abs,
Eduardo Torres







SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger
FROM: "Eduardo Torres" <eftf@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/03/2002 00:27

Desculpem o estilo da minha resposta anterior.
> Eu não estou a usar de argumentos de autoridade, apenas estou cansado e a
> querer que ao menos demosntrem que sabem do que estão a falar antes de
dizer
> que estou enganado.
> Numa boa.Ok?
> ok.
>
> []
>
> Sérgio M. M. Taborda


Esta' tudo bem. Estamos apenas trocando ideias. E nao podemos eliminar a
hipotese de *eu* estar enganado e ter entendido tudo errado de Mecanica
Quantica. Se ate' fisicos tem discordancias nessa area...

Abs,
Eduardo Torres








SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: "Rui Gomes T. de Almeida" <rui.almeida@poli.usp.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/03/2002 07:00

A expressão correta generica para todos os gases é : V= sqrt(k.R.T)

onde :
V= velocidade do som no gás
k= coeficiente politrópico isoentrópico= 1,4 para o ar
R= cte do gás = 287
T= temperatura absoluta ( em kelvin)
por exemplo:

para T= 27 graus celsius a=347 m/s

Esta expresssão é deduzida da aplicação das equações termodinâmicas e de
mecanica dos fluidos. A dedução pode ser encontrada em qualquer
livro que trate de escoamento compressivel ou aerodinamica para aviões e
turbinas . Seus resultados efetivamente medidos são bastante confiáveis.
Há ouras relações um pouco mais precisas para o ar , mas são empiricas, e
portanto menos significativas para se determinar
a natureza do fenômeno.
Cabe lembrar que a propagação do som em meios compressíveis é um fenomeno
comandado pela compressibilidade do meio e
não são os mesmos processos que comandam a passagem do som pelos meios
incompressíveis.(como os liquidos na maior parte
dos casos , e os meios sólidos)

Rui Gomes

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, March 19, 2002 9:13 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e
sugestões.



-----Mensagem Original-----
De: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 19 de março de 2002 13:52
Assunto: [ciencialist] Re: Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e
sugestões.


--- In ciencialist@y..., "Rui Gomes T. de Almeida" <rui.almeida@p...>
wrote:
> Desculpem , percebi agora que faltou colocar a expressão

A expressao q. achei foi:

v = 331 m/s + [0.6 m/(s.C)]*T

Com T em oC e pressao de 1 atm.

http://www.glenbrook.k12.il.us/gbssci/phys/Class/sound/u11l2c.html

A explicacao sem detalhes e' de q. a
temperatura afeta a propriedade elastica
do meio.

[]s,

Roberto Takata
==========================

A Brochura 1 acusa:

a) no ar calmo e seco, a 0°C, a velocidade do som é 331 m/s;
b) a velocidade cresce com a temperatura; a t°C é:
v = 331.sqrt(1 + &.t) m/s , com & = coeficiente de dilatação dos gases
(1/273); em função da temperatura absoluta a expressão acima torna-se:
v = 20,06sqrt(T) m/s.
c) as expressões acima mostram que, sob temperatura constante, a velocidade
do som é independente das forças elásticas do ar.

A Brochura 2 acrescenta:

d) A velocidade de propagação é proporcional ao binômio de dilatação dos
gases; se V e V' indicam respectivamente as velocidades do som a 0 e a t°C,
tem-se:
V' = V.sqrt(1 + &.t).
e) para gases de mesma atomicidade, as velocidades do som variam na razão
inversa da raiz quadrada de sua densidade:
V/V' = sqrt(d'/d)

Assim dizem as contra-capas das Brochuras. Vou consultar o interior delas.

[]'
Léo
=============



A expressão correta generica para todos os gases é : V= sqrt(k.R.T)

onde :
V= velocidade do som no gás
k= coeficiente politrópico isoentrópico= 1,4 para o ar
R= cte do gás = 287
T= temperatura absoluta ( em kelvin)
por exemplo:

para T= 27 graus celsius a=347 m/s

Esta expresssão é deduzida da aplicação das equações termodinâmicas e de
mecanica dos fluidos. A dedução pode ser encontrada em qualquer
livro que trate de escoamento compressivel ou aerodinamica para aviões e
turbinas . Seus resultados efetivamente medidos são bastante confiáveis.
Há ouras relações um pouco mais precisas para o ar , mas são empiricas, e
portanto menos significativas para se determinar
a natureza do fenômeno.

Rui Gomes




SUBJECT: o homem
FROM: "do_cais" <do_cais@bol.com.br>
TO: "grupo ciência" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/03/2002 11:28

estive pensando... esses novos medicamentos amenizam a virulência" de determinada moléstia, e permitem que o doente continue vivo.. e que passe suas características genéticas adiante... mas e no caso em que essas doenças tem dependência do código genético? será que nós não estaríamos "cultivando" uma sociedade de futuros doentes? porque, vejam bem... antes, quando a medicina não era tão avançada, ( e as condições de higiene, conhecimento...etc, vamos desconsiderar esses fatores)pessoas doentes morriam, e assim não passavam adiante aquelas características, menos adaptativas, adiante... entretanto, com esse avanço da medicina, esses caracteres estão sendo passados adiante... e logo, haverá várias pessoas potencialmente doentes... e poderá até ser o decreto de falência da espécie humana...
vou ficando por aqui,
um abraço,
tchau,
sedru,


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SUBJECT: definições
FROM: "Alexandre M." <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/03/2002 11:39

Dizem que a lógica estabelece aprox 6 regras para difinições. Eu aprendi
assim também, mas sempre que seriam redutíveis a 4.

As 4 são fáceis de se achar, e as outras 2? Alguém tem idéia?

SDS,

ASM



SUBJECT: Re: o homem
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/03/2002 11:43

--- In ciencialist@y..., "do_cais" <do_cais@b...> wrote:
> que essas doenças tem dependência do código genético?

Como assim 'dependencia do codigo genetico'?
O codigo genetico humano e' o mesmo da maioria
dos outros organismos: de bacterias a samambaias.

> será que nós não estaríamos "cultivando" uma sociedade de futuros
> doentes?

Por q. doentes se eles sobrevivem?

Exemplo, classico: a miopia (e outras alteracoes
da capacidade visual). Antes dos oculos um miope
tinha serias dificuldades em sua vida diaria. Hj
com a profusao de oculos, eles (eu digo, nós) podem
viver razoavelmente bem (agora tem ate' cirurgia
a laser). Qual o problema?

O problema e' se essas caracteristicas impedem
uma existencia saudavel. Mas se existem tecnologias:
medicamentos, suplementos, equipamentos, proteses,
orteses, etc -- q. permitem q. essas dificuldades
sejam superadas, como considerar q. nao possam ter
uma vida com saude? (E se nao podem o q. nos impede
de q. busquemos solucoes para q. possam assim viver?)

Se uma caracteristica e' vantajosa ou nao
depende do ambiente. Digamos, uma pessoa q.
tenha um metabolismo baixo, poderia ter
vantagens em sobreviver a longos periodos
sem alimentos. Em uma situacao em q. nao
houvesse muita comida disponivel, essa
caracteristica e' vantajosa. Mas em uma
situacao em q. ha' abundancia de comida,
ela pode levar a problemas como a obesidade.
De modo oposto, um metabolismo relativamente
alto, permite 'a pessoa ser magra em um
ambiente com fartura de alimentos, mas em
um ambiente com pouca comida, ela teria
problemas.

Se alteramos o ambiente de forma q. uma
maior diversidade de pessoas possa
sobreviver qual o problema? (Bem, temos
q. gerenciar a existencia de mais bocas,
claro.)

Uma pessoa tem q. tomar uns compridos
a mais durante toda a sua existencia.
Qual o problema? Com comprimido ela
vive bem, e' produtiva. Isso e' ser
doente?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Kit de Sobrevivencia
FROM: "dudutorres" <eftf@gbl.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/03/2002 11:50


> Essa é boa para exercitar a imaginação.
> Voce será teletransportado para o passado de 80.000
> anos atrás. Você não tem nem a roupa do corpo e só
> pode levar consigo três objetos.
>
> Quais objetos você escolheria.
>
> Colher de chá: você pode escolher o lugar para onde
> será teletransportado.
>
> Alexandre P.Cabral de Medeiros


O Lugar? Bom, onde houvesse pessoas como eu. Ha' 80 mil anos acho q o
Homo sapiens ainda nao tinha chegado aa Europa. Admite-se q nossa
especie se originou no sul da Africa ha' cerca de 200 mil anos.
Talvez ainda estivesse ai' pelo nordeste da Africa indo lentamente
pro norte, de onde se espalharia nos milenios seguintes pela Europa e
Asia, sobrepujando todas as especies hominideas anteriores
existentes. De qq modo faz muito frio da Europa. Creio q ha' 80 mil
anos havia ate' uma Idade do Gelo por la'. Vamos mais ao sul entao,
algo como o atual Kenia. Clima tropical tranquilo. So' tres coisas?
Levaria um carregador manual de bateria com manivela, uma bateria
recarregavel de longa duracao e um joguinho eletronico de tela grande
adaptado pra voltagem e amperagem da bateria (com muitas cores e
sons) . Depois era so' procurar uma tribo local e fazer minha magica
do seculo 21 pra eles. Ia virar um super-page', um semi-deus, o
chefao do pedaco. Passaria o resto da vida no bem-bom, sendo adorado,
alimentado, vestido, abrigado pela tribo. E ainda ganharia um harem
de mulheres aa minha escolha. De vez em qdo ao longo dos anos
reafirmaria meu poder sobrenatural rodando a manivela e ligando o
joguinho - e viveria feliz para sempre.

;-)

Abs,
Eduardo Torres

PS: Claro q seria uma boa ideia inventar tb o sabao, com cinzas de
lenha queimada e gordura de animais, para minimizar o mau cheiro de
meus adoradores...

;-)




SUBJECT: RES: [ciencialist] o homem
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/03/2002 11:50

> -----Mensagem original-----
> De: do_cais [mailto:do_cais@bol.com.br]
>
> estive pensando... esses novos medicamentos amenizam a
> virulência" de determinada moléstia, e permitem que o doente
> continue vivo.. e que passe suas características genéticas
> adiante... mas e no caso em que essas doenças tem dependência
> do código genético? será que nós não estaríamos "cultivando"
> uma sociedade de futuros doentes?

Sim, mas estamos falando de quantidade ou qualidade? Digamos
que a qualidade da saúde genética de algumas pessoas seja
ruim. Mas, po outro lado, há bilhões de pessoas e isso representa
grande variedade genética.

Sem contar que podemos, assim espero, contar com a terapia de
manipulação genética num futuro próximo e eliminar os genes que
causam doenças.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: o homem
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/03/2002 11:54

> De: rmtakata [mailto:rmtakata@altavista.net]
>
> Se uma caracteristica e' vantajosa ou nao
> depende do ambiente. Digamos, uma pessoa q.
> tenha um metabolismo baixo, poderia ter
> vantagens em sobreviver a longos periodos
> sem alimentos. Em uma situacao em q. nao
> houvesse muita comida disponivel, essa
> caracteristica e' vantajosa. Mas em uma
> situacao em q. ha' abundancia de comida,
> ela pode levar a problemas como a obesidade.
> De modo oposto, um metabolismo relativamente
> alto, permite 'a pessoa ser magra em um
> ambiente com fartura de alimentos, mas em
> um ambiente com pouca comida, ela teria
> problemas.

Metabolismo baixo e obesidade?!?!?!?

[Dando uma de Daniel] Fonte?

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Kit de Sobrevivencia
FROM: "Peterson Leal" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/03/2002 12:42

Sinceramente, eu iria para o centro-oeste da África e levaria:

1.) Um fuzil AR-15 ou uma M-16 com muuuita munição;
2.) Uma lanterna potente e multi-luzes com bateria solar;
3.) Um bom kit de ferramentas gerais.

Eu iria para a África porque lá eu poderia encontrar tribos primitivas
que iriam me servir por bem ou por mal. De qualquer forma, é muito mais
provável que me achassem um deus.

O fuzil ia servir para me dar todo apoio psicológico (e proteção)
possível, pois sei atirar bem com um destes e apenas um tiro do mesmo é
capaz de atravessar mais de 20 pessoas enfileiradas como se fossem de
manteiga, além de derrubar qualquer tipo de animal grande.

Eu não precisaria levar nenhum manual porque eu iria praticamente
decorar todas as maneiras de sobrevivência em ambientes hostis bem antes de
viajar para lá, além de técnicas médicas e científicas para ensinar, aos
poucos, ao habitantes do local.

Abraços,

Peterson Leal.




SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: o homem
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/03/2002 12:59

--- In ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> > Se uma caracteristica e' vantajosa ou nao
> > depende do ambiente. Digamos, uma pessoa q.
> > tenha um metabolismo baixo, poderia ter
> > vantagens em sobreviver a longos periodos
> > sem alimentos. Em uma situacao em q. nao
> > houvesse muita comida disponivel, essa
> > caracteristica e' vantajosa. Mas em uma
> > situacao em q. ha' abundancia de comida,
> > ela pode levar a problemas como a obesidade.
> > De modo oposto, um metabolismo relativamente
> > alto, permite 'a pessoa ser magra em um
> > ambiente com fartura de alimentos, mas em
> > um ambiente com pouca comida, ela teria
> > problemas.
>
> Metabolismo baixo e obesidade?!?!?!?
>
> [Dando uma de Daniel] Fonte?

Por q. fonte? Eu coloquei no condicional:
*poderia*.

Alem disso e' um mecanismo trivial --
energia acumulada e' o diferencial
entre a energia ingerida e a energia
utilizada.

Em todo caso, como trivialidade nao e'
criterio de veracidade, seu questionamento
tem procedencia, ei-los entao:

Klesges RC, Shelton ML, Klesges LM 1993
Effects of television on metabolic rate: potential implications for
childhood obesity. Pediatrics Feb 91:281-6

Abstract
The effects of television viewing on resting energy expenditure
(metabolic rate) in obese and normal-weight children were studied in
a laboratory setting. Subjects were 15 obese children and 16 normal-
weight children whose ages ranged from 8 to 12 years. All subjects
had two measured of resting energy expenditure obtained while at rest
and one measurement of energy expenditure taken while viewing
television. Results indicated that metabolic rate during television
viewing was significantly lower (mean decrease of 211 kcal
extrapolated to a day) than during rest. Obese children tended to
have a larger decrease, although this difference was not
statistically significant (262 kcal/d vs 167 kcal/d, respectively).
It was concluded that television viewing has a fairly profound
lowering effect of metabolic rate and may be a mechanism for the
relationship between obesity and amount of television viewing.

Griffiths M, Payne PR, Stunkard AJ, Rivers JP, Cox M
1990 -- Metabolic rate and physical development
in children at risk of obesity. Lancet Jul 336:76-8

Abstract
Children of obese (group O) and normal-weight (group N) parents who
took part in a study of metabolic rates and food intakes when 3-5
years old were restudied 12 years later. There were striking
differences between the sexes. Among the 15 adolescent boys, parental
obesity predicted more rapid growth (but not adiposity) and an
earlier decline in resting metabolic rate (RMR)/kg body weight, and
childhood energy intake/kg body weight was not predictive. Among the
10 girls, the opposite pattern was observed; childhood energy
intake/kg predicted both body size and adiposity, and parental
obesity had less predictive value. The sex differences are consistent
with the earlier maturation of girls, and the growth differences with
the hypothesis that a low RMR/kg body weight is associated with a
precocious pattern of growth and development in children predisposed
to obesity.

E tem uma lista enorme. Se quiser mais.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: o homem
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/03/2002 14:17

> De: rmtakata [mailto:rmtakata@altavista.net]
>
> > AM:
> > Metabolismo baixo e obesidade?!?!?!?
> >
> > [Dando uma de Daniel] Fonte?
>
> Por q. fonte? Eu coloquei no condicional:
> *poderia*.

Ah! Então tá bom, uai!

> Alem disso e' um mecanismo trivial --
> energia acumulada e' o diferencial
> entre a energia ingerida e a energia
> utilizada.
>
> Em todo caso, como trivialidade nao e'
> criterio de veracidade, seu questionamento
> tem procedencia, ei-los entao:
>
> Klesges RC, Shelton ML, Klesges LM 1993
> Effects of television on metabolic rate: potential implications for
> childhood obesity. Pediatrics Feb 91:281-6 [...]

Bem, meu domínio da língua inglesa é a de um caipira
do Alabama, mas deu pra entender...

Não parece claro que a obesidade está associada ao
metabolismo, mas à falta de atividade física.

Digo isso pq, embora eu seja um cara ligado no 220,
tenho tendência a obesidade. Corro, pulo, nado,
subo escada de 3 em 3 degraus, e não sou magro.
... e me alimento igual a um urso ;-)


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Resistencia e Repressao
FROM: "manuelbulcao" <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/03/2002 15:00

Oi,

Eheh! O Takata é chegado mesmo a uma ironia (eu também sou). Como se
chama essa falácia, rebater um argumento com piadinhas e ironias?
Creio que se trata da famosa "evidência anedota" ou "apelo ao
ridículo". Um exemplo clássico e muito conhecido dessa falácia é
aquela que os darwinistas bem conhecem: "você descende do macaco por
parte do pai ou da mãe?" Ahahahah! Muuuito engraçado!

Takata: Bem, definida de modo tão amplo... Qq prazer e' sexo...?

Marco Aurélio: Psicanaliticamente falando, é mais ou menos isso.

Manuel: Gostaria que o Marco esclarecesse o "mais ou menos". Mas vou
dar o meu palpite: Como já mostrei várias vezes, a sexualidade nos
primatas está muito associada ao comportamento agonístico e aos
rituais de hierarquia. Sabe-se também que, entre os bonobos, o sexo
tem uma função de moeda (sim, os bonobos não só estabelecem relações
de dominação e de cooperação, eles também "trocam"). Ademais, entre
os bonobos, o sexo está amplamente dissociado da reprodução: há
relacionamento sexual entre indivíduos do mesmo sexo e as cópulas
entre macho e fêmea se dão mesmo quando a fêmea não está no cio. Sem
falar que a vida sexual, nesses primatas, inicia-se muito antes da
idade reprodutiva, isto é, com e entre jovens não férteis. Parece
que, nesses animais (que compartilham com os homens 98% dos genes)
o "prazer" sexual está relacionado a múltiplas funções, e não apenas
com a função reprodutiva. Nos homens, o prazer sexual não só é
multifuncional como também obtém-se tal prazer não apenas na zona
genital, mas em várias regiões do corpo. Algumas mulheres, ao serem
acariciadas, ficam com os mamilos entumescidos. Experimenta-se
também "prazer" sexual (não necessariamente orgasmo, mas há quem
chegue ao orgasmo) com carícias nas nádegas, no pescoço e contatos
nas mucosas anal e bucal. Como somos animais simbólicos, até as
palavras, muitas vezes, valem como carícias que propiciam prazer "de
origem" sexual.

Mais uma vez entre os bonobos, a homossexualidade representa um fator
importante de coesão entre os machos que, além de competirem entre
si, também estabelecem relações de cooperação. Nos homens, o
componente propriamente sexual via de regra não aparece nas relações
de amizade, mas há sim um componente erótico, deve haver sim uma
relação de continuidade entre as comunidades de machos dos macacos
antropóides e as da espécie humana. Pelos indícios etológicos e
outros, não se trata de mera especulação sem sentido, mas de uma
hipótese que deve ser encarada com seriedade.

Assim como os rituais agonísticos e de hierarquia derivam dos ou tem
sua origem nos rituais de sedução e de cópula, o "prazer" de estarmos
com os amigos pode muito bem ser um prazer derivado do sexo
(homossexualidade sublimada, desejos homossexuais recalcados que
retornam através dos vínculos de amizade) ou ter um componente
erótico como cimento ou reforço.

Por isso que é pertinente a idéia de uma "psico-sexualidade"
(o "prazer" de origem sexual, "eros") desvinculada da sexualidade
stricto sensu, da sexualidade genital, e associada até mesmo -- por
que não? -- à função de alimentação, associação esta que transparece
num jantar a luz de velas como ritual preliminar, no fato de alguns
alimentos serem considerados afrodisíacos (a ostra é considerada um
alimento afrodisíaco porque a temperatura em que ela é servida, bem
como a sua umidade e consistência lembra as de uma vulva), na sucção
do esperma no coito oral, no canibalismo como perversão sexual, etc.

Não digo que "todo" prazer tem uma origem sexual. Isso é
reducionismo. Mas que o prazer sexual (que não se restringe ao gozo
orgástico) transcende a sua função de origem e que se manifesta em
atividades muito distantes do sexo genital, há muitos, muitos
indícios que apontam neste sentido.

É que a vida está constantemente remodelando caracteres pré-
existentes de modo a que venham desempenhar novas funções. Como
escreveu o Gould: "quase todos os componentes de cada ser vivo devem
ter já servido, em condições um pouco modificadas, diferentes
propósitos e terão atuado na maquinaria viva de muitas formas
específicas, antigas e distintas."


Abraços,
Manuel Bulcão


--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> --- In ciencialist@y..., "Marco Aurelio" <clave@s...> wrote:
> > >Bem, definida de modo tao amplo... Qq prazer e' sexo...?
> >
> > Psicanalíticamente falando, é mais ou menos isso
>
> Entao estamos fazendo sexo? Epa! So' com camisinha...
>
> > teórico. Inconscientemente isto revela uma tentativa de perturbar
a
> > discussão (um sintoma neurótico leve).
>
> Ou pode revelar uma frustracao de infancia.
> Talvez vc tenha participado muito cedo de uma
> discussao enfadonha entre seu pai e o chefe ou
> o cliente dele. Ai' de repente vc viu a gravata
> vermelha do interlocutor e instantaneamente
> teve uma erecao. Ai' vc ficou sem graca. Depois
> descobriu q. o nome do cara era Atanagildo -- q.
> em Mongol soa como Athan-aguildow, algo como
> o caminho suave da brisa de outono -- e todos
> sabemos q. mulher significa mulli aeris: ar mole.
> E outono em ingles e' fall: queda. Dar mole para
> uma mulher e depois ficar mole. Gravata tem a ver
> com croata, q., dizem, enrolavam um pedaco de
> pano molhado no pescoco para se refrescar. Pescoco
> e molhado... Bem sugestivo de novo. A neurose pode
> nao ser tao leve... Re re.
>
> > Do ponto de vista idiomático, a palavra está mais para tensão que
> > para esgotamento.
>
> Para tensão já temos a palavra tensão...
>
> > É algo que pode servir como pau prá toda obra.
>
> Parece q. neurose tbm.
>
> []s,
>
> Roberto Takata




SUBJECT: TASER: Arma de "Star Trek" come�a a ser vendida em lojas
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/03/2002 15:52

Científico.
[]'
Léo
===========


----- Original Message -----
From: relatorioalfa@relatorioalfa.com.br
To: relatorioalfa@grupos.com.br
Sent: Wednesday, March 20, 2002 1:08 AM
Subject: [Relatório] TASER: Arma de "Star Trek" começa a ser vendida em lojas - Ed 300 Ano V - [66.579 Assinantes]



RELATÓRIO ALFA

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Edição 300 - Enviada em 20 de Março de 2002 - 66.579 Assinantes

Envie essa edição para seus amigos que gostem do assunto. É permitido despachar para listas e republicar. Aproveite!




Destaque da Edição

Mais poderosa, menos letal
Tasers em "tonteio", senhor Spock
Arma Taser funciona e assusta lobby de armas de fogo nos Estados Unidos

Uma arma de mão que está sendo desenvolvida desde 1993 e que está sendo testada por policiais em mais de 1200 delegacias dos Estados Unidos e Canadá há alguns anos começa a ser vendida em lojas e ganhou uma versão para derrubar qualquer agressor. A versão mais simples custa 120 dólares; a mais completa, 600. Os grupos americanos pró-armas de fogo foram pegos de surpresa pelo sucesso da nova tecnologia e milhões de dólares estão sendo gastos para impedir que a nova arma seja adotada como padrão.

por Aldo Novak
Editor do Relatório Alfa

[ www.relatorioalfa.com.br ] Derrubar sem matar é algo normal em filmes de ficção científica, mas incomum nas batalhas policiais do dia-a-dia. Chamada Taser (pronuncia-se teiser) a arma é inspirada nas armas de mão do seriado Jornada nas Estrelas (na série, chamada phaser), que por sua vez teve o nome inspirado no laser.

A arma não mata, mas emite um choque até uma distância de sete metros (26 watts com pulso de energia de 1.76 j e mira laser) que bloqueia os músculos da pessoa atacada e informa ao sistema nervoso que todos os movimentos devem parar. A pessoa cai, contraindo-se até a posição fetal por 5-15 minutos, tempo mais do que necessário para que seja presa. A arma usa oito pilhas alcalinas pequenas e a pessoa atacada pode estar usando até cinco centímetros de roupas, incluindo couro.

Mas ao contrário das armas usadas pelo capitão Kirk e pelo sr. Spock, o Taser não dispara somente um raio, e sim duas sondas que acionam um pulso elétrico, desabilitando a pessoa atacada e derrubando-a. O nome técnico da arma é "disruptor eletro muscular" -- outro nome inspirado em um seriado de ficção científica, neste caso a série Viagem ao Fundo do Mar. Naquela série a tripulação (em alguns episódios) carregava uma arma que derrubava os inimigos com uma espécie de choque elétrico e chamava-se, também, disruptor.

O uso da nova arma reduziu drasticamente o índice de mortes de policiais e 'delinqüentes' quando em uso (segundo as estatísticas da empresa sobre seu uso em mais de 900 delegacias) e reduziu, também, os processos por uso excessivo de força -- o que nos Estados Unidos e Canadá pode colocar um policial atrás das grades e custar muito caro aos municípios.

Além dos testes de operação em campo feitos pela polícia de Los Angeles, a cidade de Vitoria, no Canadá, também trocou as armas de fogo dos policiais portando armas Taser. Os resultados foram considerados um grande sucesso.

A arma emite um "tiro elétrico" que imita a corrente elétrica usada pelo corpo humano para comunicar os movimentos a partir do cérebro. Assim, mesmo que alguém receba o tiro disruptor no pé, a onda de choque atravessará o corpo, confundindo os sensores biológicos, e derrubando o agressor. Sem mata-lo ou feri-lo. Por ser programada para seres humanos, a arma não tem garantia de funcionamento em animais.

Por ser altamente tecnológica a nova arma mantém um registro exato do momento de todos os seus tiros. Cada vez que um policial a dispara, a arma registra o dia e a hora dos disparos, garantindo documentação e permitindo que a justiça avalie com precisão cada tiro, pois os dados podem ser transferidos para qualquer computador. Além disso a cada disparo a arma ejeta 40 pequenas pastilhas identificadoras semelhantes a confeite de carnaval, chamadas AFIDs. Cada um desses confeites possui um número de série que identifica a arma usada no disparo, para evitar excessos policiais.


RISCOS MÉDICOS E OPOSIÇÃO DA NRA

A arma está em testes para a avaliação dos riscos médicos, já que poderia matar alguém usando marca passo eletrônico ou (sob certas circunstâncias) outras pessoas. Mas até o momento o Taser tem se mostrado muito mais seguro do que uma arma de fogo.

No lançamento do Taser, em 1993, as indústrias de armas de fogo não deram nenhuma importância a ela por parecer coisa de ficção científica. Agora eles mudaram de idéia e começaram pressão para que as armas não sejam usadas -- pois isso derrubaria as vendas para as forças de segurança. Além disso, caso a arma Taser se torne padrão no futuro, pode ser que as pessoas prefiram ter uma arma dessas em casa (que não mata, mas 'desliga' os ladrões) do que armas de fogo, causando prejuízo aos grupos de direita e aos seguidores da Associação Nacional do Rifle -- NRA -- o maior grupo lobista do mundo pró-armas.

Segundo esses grupos de pressão (liderados por associações de direita dos Estados Unidos) o Taser é somente uma arma psicológica e não uma arma real. Em testes com armas de 5 watts algumas pessoas puderam ser treinadas para não cair. Só que os Tasers atuais usam 26 watts e derrubaram 100% das pessoas testadas.

Armas "psicológicas", como afirma o lobby, são aquelas que dependem do impacto na mente de quem está sendo atacado. Os famosos sprays de pimenta, carregados por milhares de americanas nas bolsas, estão nesta categoria pois só derrubam quem não é treinado para agüentar a dor dos ataques. Um policial (ou bandido) altamente treinado para agüentar a dor simplesmente continuará a atacar mesmo atingido pelo spray.

Uma pessoa altamente treinada (geralmente militares preparados para enfrentar dor extrema) e que tenham grande massa corporal (mais de 100 quilos) podem, em teoria, agüentar um ou mais ataques elétricos até 7 watts e, ainda assim, não cair. O mesmo ocorre com pessoas sob efeito de narcóticos (portanto, não sentem tanta dor) ou com distúrbios mentais.

Por outro lado é bom lembrar que essas mesmas exceções existem quando se trata de armas de fogo. Militares treinados são capazes de continuar a lutar mesmo depois de atingidos. Atacantes drogados só caem quando a pressão sanguínea os derruba e pessoas com distúrbios mentais graves podem ser atingidas e, ainda assim, lutarem contra o atirador. Além disso uma pessoa atingida diretamente na cabeça por uma arma de fogo (ou na aorta) ainda pode atirar uma pistola, ou metralhadora, por até 14 segundos, antes de morrer, segundo estudos efetuados pelo FBI em Quântico (o centro educacional dos agentes especiais americanos).

Já com o Taser isso não acontece, pois a arma imobiliza completamente o alvo, sem matar, em menos de meio segundo, protegendo a vida dela e dos policiais.

Embora haja riscos (afinal, trata-se de uma arma) em vinte anos de testes jamais houve uma morte sequer resultante do uso do Taser. Mesmo assim um atacante que receba um tiro de Taser e caia em uma piscina morrerá porque os músculos simplesmente não responderão. Neste caso a pessoa morrerá afogada.

TESTES FEITOS COM MEMBROS DA SWAT

Antes do lançamento da nova geração de armas Taser, 60 voluntários da Swat (a polícia de elite para confrontos, nos Estados Unidos), Forças Especiais Militares (os grupos de combate que invadiram o Afeganistão antes que a invasão oficial tivesse início) e membros selecionados de departamentos policiais aceitaram levar tiros do mais poderoso Taser (o M-26). Nenhum deles conseguiu ficar de pé. Todos foram incapacitados em menos de meio segundo e ficaram no chão por mais de 5 minutos, derrubados.

Todas as armas Taser operam com aproximadamente 50 mil volts e 26 watts.

Nos Estados Unidos a NRA mantém um lobby contrario ao Taser, em Washington, patrocinado pela indústria de armas pessoais. O medo é perder as vendas milionárias para uma arma que parece ter saído do seriado Jornada nas Estrelas.


Para ver as fotos da arma Taser ou visitar o site oficial do fabricante, clique aqui.


Contato com o autor: aldonovak@relatorioalfa.com.br


ATENÇÃO
É permitido despachar para listas e websites, bem como para amigos que tenham interesse neste assunto -- desde que citando a fonte e incluindo o link para http://www.relatorioalfa.com.br

Avisos de Pauta (para jornalistas)
Informes e releases são enviados diretamente para os jornalistas cadastrados. Seja um jornalista que descobre o que ninguém quer que você saiba, clicando aqui.

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EDIÇÃO NÚMERO 300!


Perguntas... perguntas...

Onde está o video do Boeing do Pentágono, apresentado pela CNN?

O vídeo está em
http://www.cnn.com

Não podemos coloca-lo em nosso site por questões de direitos de imagem. Além disso o vídeo é muito ruim.



Por que o Relatório Alfa não fala dos candidatos presidenciais?

Porque a imprensa já está cobrindo isso e o Relatório não tem nada a acrescentar.

Se tivermos, certamente trataremos desse assunto.

Estamos espaçando mais as edições para que você decida quantas edições deseja por mês. Em breve faremos uma pesquisa sobre isso.


















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AGUARDE.






















"O perfeccionismo é o inimigo da criação"

John Updike














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SUBJECT: Fw: descarga - latrina economica
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/03/2002 16:09

Tem algum europeu com 'latrina econômica' pela lista?
[]'
Léo
==================
-----Mensagem Original-----
De: Moreninha Boazuda
Para: leo@barretos.com.br
Cc: dani_marques22@hotmail.com
Enviada em: quarta-feira, 20 de março de 2002 11:56
Assunto: descarga


Sou professora e em uma de minhas conversas com professores fiquei sabendo da existência de um descarga econômica em algum país da Europa. Ela economiza pois possui um nível para a urina(com liberação de menos água) e outro para as fezes.
Gostaria de saber sobre a engenharia dessa descarga, quem a produz.
Se puder me ajudar.
Obrigada.
Aguardo resposta.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Fw: Perfil Feira de Ci�ncias, d�vidas e sugest�es.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/03/2002 16:27

Durante uma época, depois de Franklin, usaram guarda-chuva com fio terra, cravos metálicos interligando pé com o solo etc. alguém sabe algo mais específico? O ionizador de ambiente (jato de íons negativos) é aparelho comum nos escritórios americanos (no Brasil não há escritórios, e sim salinha do chefe).

[]'
Léo
========
-----Mensagem Original-----
De: mmstein@terra.com.br
Para: leo@barretos.com.br
Enviada em: quarta-feira, 20 de março de 2002 14:48
Assunto: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.





E-mail: mmstein@terra.com.br
Nome: Morgana Marcela Stein
Cidade: Novo Hamburgo
UF: RS
Nível de Escolaridade: Universitário
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: Estou no 7 semestre de fisioterapia e gostaria de fazer meu Trabalho de Conclusão sobre um tema relacionado às dores que os pacientes(pós fratura ou pós operatorio)referem quando o tempo está para chuva, gostaria de saber se isso tem alguma coisa a ver com a ionização de gases na atmosfera, cargas elétricas ou com a modificação da pressão... Sabem algo a respeito? Onde eu poderia informar-me? Obrigada.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Fw: descarga - latrina economica
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/03/2002 17:03

Leo, que incrível coincidência. Acabo de terminar meu doutorado em
engenharia de latrinas pela FAPONEAL e o tema da minha dissertação
foi sabe o quê? Latrinas econômicas!!! Avise a Moreninha que estou
dando aulas particulares sobre o assunto, primeira aula grátis!!! Se
não aprender nada devolvo o dinheiro.

[]´s

André


--- In ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
> Tem algum europeu com 'latrina econômica' pela lista?
> []'
> Léo
> ==================
> -----Mensagem Original-----
> De: Moreninha Boazuda
> Para: leo@b...
> Cc: dani_marques22@h...
> Enviada em: quarta-feira, 20 de março de 2002 11:56
> Assunto: descarga
>
>
> Sou professora e em uma de minhas conversas com professores fiquei
sabendo da existência de um descarga econômica em algum país da
Europa. Ela economiza pois possui um nível para a urina(com liberação
de menos água) e outro para as fezes.
> Gostaria de saber sobre a engenharia dessa descarga, quem a produz.
> Se puder me ajudar.
> Obrigada.
> Aguardo resposta.
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Fw: descarga - latrina economica
FROM: "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/03/2002 17:16

Essa eu nao conheco, mas lembrei de um acionador automatico de
descarga.

Ver em...

http://www.humornaciencia.hpg.ig.com.br/invencoes/vaso.htm

Ateh
Luis Brudna
http://www.ciencet.hpg.com.br



--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> escreveu
> Tem algum europeu com 'latrina econômica' pela lista?
> []'
> Léo
> ==================
> -----Mensagem Original-----
> De: Moreninha Boazuda
> Para: leo@b...
> Cc: dani_marques22@h...
> Enviada em: quarta-feira, 20 de março de 2002 11:56
> Assunto: descarga
>
>
> Sou professora e em uma de minhas conversas com professores fiquei
sabendo da existência de um descarga econômica em algum país da
Europa. Ela economiza pois possui um nível para a urina(com liberação
de menos água) e outro para as fezes.
> Gostaria de saber sobre a engenharia dessa descarga, quem a produz.
> Se puder me ajudar.
> Obrigada.
> Aguardo resposta.
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: o homem
FROM: Gunther Furtado <lupe@bsi.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/03/2002 17:21

A obesidade é uma doença complexa que resulta de suscetibilidade genética
associada à maior ingestão de alimentos altamente energéticos e menor
atividade física. A forma primária de estocagem de energia química potencial
em um sistema biológico é a gordura, ou seja, triglicerídeos. Na maioria dos
mamíferos, a massa adiposa tende a se manter relativamente estável por
longos períodos. Tal estabilidade levou à sugestão de que um mecanismo
homeostático regule a relação entre ingestão de comida e gasto energético,
buscando manter a massa adiposa em um determinado nível. Esse mecanismo,
porém, parece atuar mais eficientemente no sentido positivo, de modo que o
volume de massa adiposa é facilmente excedido. Desse modo, o organismo
parece possuir mecanismos fisiológicos eficientes para prevenir a perda de
peso, mas apenas mecanismos fracos para prevenir o seu ganho excessivo. Essa
consideração pode ser relacionada à teoria denominada "thrifty genotype" que
foi proposta a partir de estudos de diabetes. De acordo com essa teoria,
longos períodos no limite da sobrevivência levaram à fixação de um conjunto
de alelos que promovem a estocagem de gordura em tempos de fartura. Para que
fossem conservados no "pool" gênico, esses alelos teriam que aumentar a
sobrevivência em períodos de fome, em maior escala que os possíveis riscos à
saúde e à eficiência reprodutiva que pudessem acarretar. Esse aumento na
sobrevivência teria, até mesmo, que sobrepujar o desenvolvimento de diabetes
do tipo II, considerada originalmente, como diretamente promovida por esses
mesmos alelos responsáveis pelo aumento da capacidade de estocagem de
gordura.
LF
----- Original Message -----
From: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, March 20, 2002 2:17 PM
Subject: RES: [ciencialist] Re: o homem


> > De: rmtakata [mailto:rmtakata@altavista.net]
> >
> > > AM:
> > > Metabolismo baixo e obesidade?!?!?!?
> > >
> > > [Dando uma de Daniel] Fonte?
> >
> > Por q. fonte? Eu coloquei no condicional:
> > *poderia*.
>
> Ah! Então tá bom, uai!
>
> > Alem disso e' um mecanismo trivial --
> > energia acumulada e' o diferencial
> > entre a energia ingerida e a energia
> > utilizada.
> >
> > Em todo caso, como trivialidade nao e'
> > criterio de veracidade, seu questionamento
> > tem procedencia, ei-los entao:
> >
> > Klesges RC, Shelton ML, Klesges LM 1993
> > Effects of television on metabolic rate: potential implications for
> > childhood obesity. Pediatrics Feb 91:281-6 [...]
>
> Bem, meu domínio da língua inglesa é a de um caipira
> do Alabama, mas deu pra entender...
>
> Não parece claro que a obesidade está associada ao
> metabolismo, mas à falta de atividade física.
>
> Digo isso pq, embora eu seja um cara ligado no 220,
> tenho tendência a obesidade. Corro, pulo, nado,
> subo escada de 3 em 3 degraus, e não sou magro.
> ... e me alimento igual a um urso ;-)
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>



SUBJECT: BRASIL, O PAIS DA BANDA PODRE.
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/03/2002 17:57

Direito_Saúde e Bioética -- 20.03.2002
______________________________

A propósito de PROVAS está aqui um
trabalho _profissional_ ONDE antes não
se tinha conseguido
chegar tão longe.


Orientação estratégica e jurídica,
usando conhecimentos de outras áreas
profissionais, cooperação multidisciplinar
e uso (sobretudo) de
persistência e lógica.



Pelo menos, QUATRO médicos estão para
ser indiciados por homicídio
DOLOSO na retirada de órgãos e o universo
de investigações desde já abrange quase 200
transplantes consumados em uma única cidade.
Isso não foi logrado alcançar em lugar
algum no exterior
antes.


Estamos provando ONDE e COMO ocorre
o tráfico de órgãos dentro da medicina,
e JUNTO está a demonstração
mais ampla do erro declaratório do procedimento
da morte encefálica.


[]'s

Celso Galli Coimbra
OAB_RS 11.352
Porto Alegre

http://br.groups.yahoo.com/group/Direito_Saude/message/10231

----

BRASIL, O PAÍS DA BANDA PODRE.


SÃO PAULO, 20 de março de 2002



Desde 18 de março de 2002, o Delegado da Polícia Federal de Varginha, Célio Jacinto dos Santos, está na cidade de Poços de Caldas, interrogando médicos, enfermeiros e outros trabalhadores que de alguma forma possam esclarecer os fatos que ocorreram durante a doação de órgãos do meu filho, e que já se transformou em palhaçada por parte dos Procuradores da União.



O Hospital da Santa Casa de Misericórdia, que recebe uma verba exorbitante do Ministério da Saúde, para apresentar uma qualidade de atendimento medíocre e que sequer segue os procedimentos básicos para o controle de infecção hospitalar, motivo pela qual esteve "PROIBIDA DE REALIZAR CIRURGIAS DE ALTA COMPLEXIDADE", mantém os prontuários dos pacientes de forma irresponsável, completamente rasurados e com seus laudos (desde que ainda não estejam desaparecidos como no caso do meu filho), separados dos seus respectivos prontuários o que fere diretamente as normas do Conselho Federal de Medicina.




Porém, nem todo médico pode ser generalisado e enquadrado em um grupo de profissionais carniceiros que atuam de forma desonesta e criminosa. Alguns médicos deste hospital vem informando alguns passos da administração daquela casa.



Vejam vocês, que a administração chegou a divulgar na imprensa que o hospital estaria classificado entre os 100 melhores do Brasil e que por isso teria recebido 18 máquinas de hemodiálise para garantir a continuidade dos bons serviços prestados a comunidade. Indignado, procurei junto ao Ministério da Saúde, quais os critério adotados para tal premiação e descobri então que tudo era uma grande mentira, apoiado pelos meios de comunicação local, manipulados pela Associação Médica do Município.



Mais indignado ainda fiquei quando percebi a resistência da assessoria de imprensa do Ministério da Saúde, em desmentir o fato (esta conversa com a assessoria eu tive o cuidado de gravar), alegando estar proibida pelo alto escalão do Ministério. - "A ordem para não desmentir, veio lá de cima."- disse Daniela Almeida. Tal fato, somado as verbas exorbitantes destinadas ao transplantes de órgãos e ao ofício do Ministro José Serra enviadas ao Deputado Mosconi, onde o Ministro exalta conhecer "os bons serviços prestados pela comunidade médica a que Vossa Excelência tão bem defende", levam a conclusão evidente de favorecimento ilícito.



Depois de quase 30 dias, quando a mentira já havia se tornado verdade, a imprensa divulgou em um canto da página qualquer de um jornalzinho qualquer, que tudo era mentira e que o hospital de fato foi mendigar as máquinas pessoalmente ao Ministério, mas que não teve nenhuma doação nem tão pouco, a classificação entre os 100 melhores. Tal fato, evitou o constrangimento ao Ministério da Saúde e a Vigilância Sanitária, que tiveram que suspender os serviços temporariamente, pouco tempo depois, por falta de higiene do hospital.



Neste momento, ficou caracterizado a capacidade teatral de uma equipe de profissionais que evidentemente, não está preocupada com a saúde pública, da qual recebem númerosas quantias de dinheiro, para fazerem o básico - tratar pacientes doentes.



Depois deste quadro que apresentei acima, venho denunciar mais uma AÇÃO ESTRATÉGICA TEATRAL, da administração da Santa Casa. Nos Jornais do município de Poços de Caldas, foi divulgado ontem e confirmado por um membro do corpo clínico da Santa Casa, a realização de uma ASSEMBLÉIA ORDINÁRIA, publicado em cores e com destaque para que o Delegado da Polícia Federal possa ver, convocando membros da Associação Médica de Poços de Caldas e do corpo clínico da Santa Casa, para discutirem assuntos relacionados à PRONTUÁRIOS MÉDICOS e TRANSPLANTES dentre outros.



Evidentemente, esta AÇÃO TEATRAL tem como objetivo, estimular o Delegado da Polícia Federal a crer que soluções para o descaso e desleixo com os prontuários, em especial os transplantados e seus doadores, estão sendo tomadas em conjunto com toda a classe médica "preocupadíssima" com tais arbitrariedades criminosas.



Com isso, ao depôr amanhã, Dr. Álvaro Ianhez e seus capangas, devem aproveitar o fato e chorar diante do Delegado, como fizeram com o Procurador da República Dr. José Jairo Gomes, alegando que estão tentando melhorar a qualidade de atendimento, criando normas de controles, pagando os transplantes do próprio bolso e emprestando seus carros particulares (importados obviamente) para levar doentes para fazerem exames e blá blá bla. Em seguida, devem apresentar a ata da assembléia, sacramentada e juramentada, justificando o injustificável.



Não há como justificar o uso de SEDATIVOS como DORMONID injetável, que segundo as anotações de UTI foram utilizadas 9 ampolas, num total de 27mg, embora na conta do hospital, tenham sido cobradas 30 ampolas (90mg), ao mesmo tempo que a bula do medicamento alerta para o uso máximo de 10mg em pacientes pediátricos de 6 a 12 anos de idade.



Não há como justificar o depoimento de José Luis Gomes da Silva, que diz ter participado (DURANTE TODO O PROCEDIMENTO) da arteriografia realizada na Santa Casa no período das 16:00 às 19:00 - fato confirmado pelo depoimento de Dr. Álvaro - , quando neste horário, a Santa Casa e o próprio Dr. Álvaro, demostram em seus documentos, que já estavam retirando os órgãos.



Não há como justificar o depoimento de Cláudio Fernandes que diz ter se dirigido ao centro cirúrgico às 17:00, quando o corpo do meu filho já estava lá para a retirada de órgãos, quando Dr. José Luis Gomes da Silva, afirma em seu depoimento, que neste horário estava acontecendo a arteriografia.



Não há como justificar uma conta de hospital, que apresente um valor de R$ 11.668,00, sendo (R$ 256,00 cobrados por uso de 30 ampolas de sedativos que não foram utilizados) , pois se foram, mataram de overdose o meu filho, e ainda acharem que estão sendo lesados. 30 ampolas, correspondem a 6 caixas do medicamento com 5 ampolas de 3mg cada.



Não há como justificar de que forma a Polícia Civil concluiu que tudo foi feito para salvar meu filho no inquérito policial de No. 025/2001, onde o resultado apurado foi que "O PAI CONFESSA TER CHAMADO A REDE GLOBO...", cuja reportagem me deu a oportunidade de apurar e investigar os acontecimentos reais, e em seguida, a emissão de um documento onde o delegado em conjunto com este grupo de médicos, decidem, arbitrariamente suspender a obrigatoriedade através de um ofício, da realização de NECROPSIAS, exigidas pela lei de transplantes, contrariando assim uma lei federal.



Não há nada que se justifique diante de um crime bárbaro como este, onde as provas foram adulteradas, forjadas e inseridas no inquérito já em andamento pelo assessor do Ministro da Saúde José Serra (conforme documento no inquérito), Dr. Benedito Nicotero e aceitas pelo Procurador José Jairo, que tiveram a infelicidade de não checar o que estava sendo informado ali, produzindo assim, maior barbaridade no âmbito jurídico.



Os prontuários daqui pra frente, deverão ser melhores e com mais qualidade. Deverão trazer dados fiéis e terão todos os laudos e chapas anexados. Será uma maravilha. Mas, devo lembrar que não é o resultado apresentado pela assembléia e sim uma NORMA OBRIGATÓRIA DO CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, o que torna tal reunião uma piada. Aliás, com base no prontuário do meu filho, tantas são as rasuras que posso imaginar tal assembléia sendo patrocinada pela empresa que fabrica o LÍQUID PAPER - vulgo branquinho - parceiro inseparável daqueles que não conseguem escrever 10 palavras sem errar pelo menos 9.



Com o procurador deu certo !



O Choro levou o procurador a amenizar diversos crimes e irregularidades cometidas por este grupo, permitindo até que a administradora fosse a uma rádio local e falasse ao público que todos foram isentados das irregularidades, porque a má fé era do pai do doador, e não dos documentos absurdamente desaparecidos ou diagnóstico de morte encefálica, realizado horas depois da administração de SEDATIVOS, fato este que caracteriza HOMICÍDIO.



O absurdo é tanto na tentativa de deixar impunes aqueles que se utilizam do lema "SALVAR VIDAS" para matar doadores, que fui obrigado a protocolar hoje pela manhã em São Paulo, para garantir que a Polícia Federal tenha conhecimento do crime cometido e não diga depois que não sabia, através de informações obtidas com neurologistas conceituados, os documentos do inquérito que a própria Polícia Federal me forneceu e que evidenciam o crime de HOMICÍDIO, que não temo em dizer, foi praticado ao longo dos anos em que se realizaram transplantes nesta cidade.



Espero que a Polícia Federal, diante de tantas provas documentais graves, alertas protocolados e indiscutíveis sob o aspecto jurídico, tenha postura diferente do Procurador da República José Jairo Emocionado Gomes, e indicie cada um da forma como prevê lei, e fique livre da responsabilidade de assumir a impunidade, que acarretará a morte de outros doadores.




PAULO AIRTON PAVESI
NÃO DOE ÓRGÃOS SOB QUALQUER
PRETEXTO APRESENTADO,
VOCÊ SERÁ ASSASSINADO !

================================
ENDERECOS SOBRE MORTE ENCEFÁLICA
E TRANSPLANTES
================================
Nao se deixe enganar
pela propaganda transplantista.
===
INFORME-SE:
apenas a *Medicina Preventiva* de baixo custo
ja seria suficiente para evitar a necessidade de
80% de transplantes previsiveis, com origem em declaracoes
de mortes encefalicas *antecipadas*
para fins de retirada de orgaos vitais.
===
ARTIGO:
"Falhas no Diagnostico da Morte Cerebral",
publicado na Revista CIENCIA HOJE,
número 161, junho de 2000:
http://www.uol.com.br/cienciahoje/chmais/pass/ch161/morte.pdf
===
ARTIGOS
cientificos no site da UNIFESP:
http://www.unifesp.br/dneuro/textos.htm
===
ARTIGO:
"Morte Encefalica"
http://www.unifesp.br/dneuro/mortencefalica.htm
===
DEMONSTRACAO
cientifica dos efeitos mortais do teste
da APNEIA, imposto pelo CFM para
declaracao da morte encefalica que
pretende diagnosticar:
http://www.unifesp.br/dneuro/apnea.htm
===
ARTIGO:
em ingles sobre a importancia da
*Penumbra Isquemica* para a declaracao
da morte encefalica:
http://www.unifesp.br/dneuro/brdeath.html
===
MANIFESTACOES PUBLICAS
da comunidade neurocientifica internacional
contraria aos criterios declaratorios
da morte encefalica.
NAO EH VERDADE QUE HA CONSENSO
internacional na declaracao de morte encefalica,
confirme o que dizem os neurocientistas em:
http://www.unifesp.br/dneuro/opinioes.htm
===
DEBATE
internacional da comunidade neurocientifica
sobre os erros declaratorios da morte encefalica
na Revista Cientifica BMJ:
http://www.bmj.com/cgi/eletters/320/7244/1266
===
PARA ler os artigos sobre
morte encefalica em Direito_Saude:
http://www.yahoogroups.com/files/direito_saude/
===
INSCRICAO, enviar mensagem em branco para:
direito_saude-subscribe@yahoogroups.com
===
PARA outras finalidades acessar
a pagina principal deste Grupo:
http://www.yahoogroups.com/group/direito_saude
===




---
Outgoing mail is certified Virus Free.
Checked by AVG anti-virus system (http://www.grisoft.com).
Version: 6.0.332 / Virus Database: 186 - Release Date: 6/3/2002


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Resistencia e Repressao
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/03/2002 18:08

--- In ciencialist@y..., "manuelbulcao" <manuelbulcao@u...> wrote:
> chama essa falácia, rebater um argumento com piadinhas e ironias?

Nao rebati argumento. Nao houve argumento.
Apenas chutei o balde por causa de uma
piada q. o proprio Marco Aurelio fez
com a neurose e o ato falho. Nao sei se
se pode chamar isso de falacia, portanto.

Alias, reforco o q. eu disse desde o
comeco: nao estou argumentando contra
a psicanalise, estou mais expondo a minha
ignorancia sobre o tema.

> alimentos serem considerados afrodisíacos (a ostra é considerada um
> alimento afrodisíaco porque a temperatura em que ela é servida, bem
> como a sua umidade e consistência lembra as de uma vulva), na

Aqui ou tem uma superinterpretacao e/ou uma selecao de
indicios. Ok, digamos q. a ostra seja considerada
afrodisica por isso. E o ovo de codorna lembra uma
vulva? Lembra os culhoes? Mas e a propria codorna?
E as diversas ervas e beberagens? E a cantarida?

Mas a ostra lembra a vulva? A temperatura em q.
ela e' servida nao me parece uma vulva receptiva:
ela e' servida (a ostra) sobre gelo. (Uma vulva
frigida?) A ostra tem uma cor acinzentada, a vulva
saudavel e' rosada.

Nao seria *isso* um reducionismo?

E se alguem disser q. a ostra lembra um ET e isso
demonstra q. somos frutos de experimentos geneticos
dos ETs? Daniken tem historias bem interessantes.
Qual a diferenca exata entre uma historia interessante
e algo mais bem fundamentado?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Resistencia e Repressao
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/03/2002 18:17

--- In ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> wrote:
> --- In ciencialist@y..., "manuelbulcao" <manuelbulcao@u...> wrote:
> > chama essa falácia, rebater um argumento com piadinhas e ironias?
>
> Nao rebati argumento. Nao houve argumento.
> Apenas chutei o balde por causa de uma
> piada q. o proprio Marco Aurelio fez
> com a neurose e o ato falho. Nao sei se
> se pode chamar isso de falacia, portanto.

De todo modo se alguém se sentiu atingido
peço desculpas, não foi a minha intenção.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/03/2002 18:40



>Sergio, acho q vc esta' confundindo probabilidade com superposicao de
>estados quanticos.

Por favor diga-me qual é a função de onda do sistema em causa sff.
Depois disso, diga-me qual é a probabilidade para cada estado.
Finalmente diga-me a relação entre essa probabilidade e a função
supra-referida.

> Ha' de fato uma superposicao de estados.

Sim. Pois ha. Mas a sobreposição de estados NÂO significa que o sistema
esteja simultaneamente em todos eles.(por favor ver o que significa uma
combinação linear de vectores)

>Uma moeda rodando no ar e caindo de um lado ou de outro *nao* e' uma
analogia valida
>nem de longe.

Se tu dizes... quem sou eu para te dizer o contrário...afinal não sou
Shrondinger.
Hey!, mas tu tb não és ...

> Nao tem nada a ver com superposicao de estados quanticos, vc
> me desculpe.

Por favor, prove-me que estudou MQ antes de dizer isso.

>A questao da medida e' vital ai'. Num sistema microscopico nao
>ha' duvida qdo o sistema superposto colapsa numa opcao quantica qdo o
>observamos.

"não ha duvida" ?
Vc nem sequer sabe o que essa frase significa... certo?

> O paradoxo e' tentar fazer uma 'ligacao' entre o microscopico e
>o macroscopico.

A fisica do microscopico segue as mesmas regras que a do macroescopio.

>Exemplifiquei essa dificuldade citando Cramer com sua ironia sobre o
>Phisical Review, mas parece q vc nao entendeu. Deve ser culpa minha.
>Talvez eu nao saiba explicar bem as coisas.

Não. A culpa é minha por ter andado num curso de fisica, ter estudado MQ e
não saber comunicar a correcta intrepretação e utilidade do Gato de
Shrondinger, i.e. aquela que vcs querem ouvir.
Contra a ironia dele eu apenas tenhos os postulados da MQ, a matemática de
Fourier e o facto de eu ser fisico.
Eu compreendo-te, afinal, o que é isso comparado com a ironia de um Cramer q
escreve o Phisical Review ?

>Mas foi pela questao da medida q esse 'experimento em pensamento' de
>Schrondinger (um dos pais da MQ) ficou famoso.

Ele ficou famoso pela equação que tem o seu nome. A Equação de Shrondinger.

>Ele expos esse paradoxo.

NÃO HA PARADOXO NENHUM!

>Tudo leva a crer de fato q o gato
>ja' esta' ou morto ou vivo la' dentro, claro, como vc mesmo reconhece.

Mas isso é mais que obvio. OU o gato está vivo OU o gato está morto.
A menos que acredite em zombies mortos-vivos. (ai seria um sistema com 3
estados)
O que tu estás implicitamente a dizer é que o gato está vivo E morto.
E isso NÂO é verdade , nem na prática, nem na teoria.

>Portanto nao ha' superposicao quantica, embora seja um evento originado por
>um fenomeno quantico. Dai' o aspecto paradoxal.

Entende o seguinte:
1) SIM ha sopreposição de estados ,mas isso
2) NÂO significa que o gato está vivo e morto simultaneamente, pelo que :
3) NÃO ha paradoxo nenhum .

Se 2) fosse afirmativo, sim haveria um paradoxo, mas não é.

>Esse e' o ponto: Se o gato
>ja' esta' vivo ou morto antes de olharmos, por definicao a morte do gato
nao
>e' um fenomeno quantico.

Vai ter de me explicar o que é um "fenomeno quantico".

>Sim, Sergio, a observacao *causa* o resultado, sim. Um sistema quantico de
dois estados >superpostos nao 'opta' sozinho.
>A nossa observacao e' q faz com q opte. E' dificil de entender ou aceitar.

Se queres aceitar mitologia em vez de ciencia séria, se queres aceitar magia
e imaginação em vez de realidade, se querer aceitar conversa de café em vez
de conversa com significado fisico, é lá contigo.
Eu ainda perfiro aceitar ciencia, factos e realidade fisica.

E digo "ainda" pq nunca se sabe se não me vou converter à vossa religião de
crenças absurdas.

Se não aconcordas cmg, por favor apresenta-me o estudo do sistema "particula
numa caixa de potencial unidimensional" e começaremos por ai. Não sei se
tenho tempo de escrever algo sobre isso até à tua proxima resposta....

[]

Sérgio Taborda

P.S.
Viu Léo, se não toma cuidado todo o mundo vai acabar assim....Misticos....



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/03/2002 20:19

Desculpem o estilo da minha resposta anterior.
Eu não estou a usar de argumentos de autoridade, apenas estou cansado e a
querer que ao menos demosntrem que sabem do que estão a falar antes de dizer
que estou enganado.
Numa boa.Ok?
ok.

[]

Sérgio M. M. Taborda

"Às vezes a leitura é um modo engenhoso de evitar o pensamento"
A.Help- Historiador



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger
FROM: "Eduardo Torres" <eftf@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/03/2002 23:11

>(...)

A MQ é SÓ probabilidade.
> A função de onda, representa uma densidade de probabilidade (Max Born).
>
> Cumprimentos,
>
> Sérgio M. M. Taborda


Meu caro Sergio,

Se essa sua interpretacao do Gato de Schrondinger e' correta, fica dificil
entender por que um experimento tao trivial proposto em 1935 ainda hoje e'
famoso.

;-)

Agora serio: Creio q deixamos mutuamente claros nossos pontos de vista
diferentes sobre o Gato de Schrondinger em particular e a Mecanica Quantica
em geral.

Nao concordo com vc e aparentemente vc nao concorda comigo.

Sugiro um recesso.

Abs,
Eduardo Torres





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger
FROM: "Eduardo Torres" <eftf@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/03/2002 23:19





> Sobre a argumentação do Eduardo Torres contra o exemplo da moeda:
>
> nesse exemplo (moeda) os estados possíveis são:
>
> "lado que está para cima" ,e não
> "lado que a moeda possui"
>
> Assim, se o exemplo do gato fosse (for) um paradoxo então o da moeda
> também o seria, já que uma moeda usual não pode ter os dois lados para
> cima simultaneamente, embora sempre os possua.
>
> Abraços,
> Stafusa



Definindo dessa maneira, concordo com vc, Stafusa.

Definindo como observacao o ato de ver a moeda apos cair, o Sergio esta'
correto na analogia. A moeda tem dois lados ate' cair, qdo so' se ve^ um
lado.

O q questionei foi a analogia moeda-gato, pois, embora uma moeda possa ter
sempre dois lados simultaneamente, um gato nao pode estar simultaneamente
vivo ou morto.

Abs,
Eduardo Torres



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger
FROM: "Eduardo Torres" <eftf@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/03/2002 23:22





> Please, o que significa "lol"?


Laugh Out Loud = Gargalhando.

Abs,
Eduardo Torres



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Resistencia e Repressao
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/03/2002 00:27

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata" <rmtakata@altavista.net> >
> Psicanalíticamente falando, é mais ou menos isso

>Entao estamos fazendo sexo? Epa! So' com camisinha...

Evidentemente, desde um ponto de vista da psico-sexualidade é uma relação
homossexual coartada em seus fins. Por sorte existe psico-sexualidade mas
não existe psico-aids. Assim, que não precisamos ter medo.

>Para tensão já temos a palavra tensão...

Em inglês a palavra stress é do vocabulario comum. Nunca foi nenhum
neologismo. Talvez o fato de Hans Selye utilizar essa palavra foi, e muitos
o criticaram por isso, fonte de malentendidos. Como é quase um nominalista,
a palavra não lhe importou. Preferiu a definição. Para ele, a definição de
stress vem em primeiro lugar e a palavra está à direita.

>Parece q. neurose tbm.

Vc. tem razão. Só parece, porque para quem entende, só existem três
neuroses: histérica, obsessiva e fóbica. Cada uma se caracteriza por
determinados mecanismos: a primeira por repressão (do conteúdo ideativo) e
deslocamento do componente afetivo; a segunda, por isolamento e anulação
retroativa; a terceira, por proyeção e evitação.

Quando falam de neurose, geralmente se referem ao mecanismo. Assim como uma
tosse qualquer necessariamente não indica doença, um mecanismo de defesa não
significa neurose. Acontece que quem abusa da palavra neurose também provoca
malentendido.

Quando eu disse um mecanismo neurótico, não significou uma neurose. Toda
manifestação de uma formação do inconsciente que surge perturbando o curso
ou o conteúdo de um pensamento é um mecanismo neurótico, mas não significa
que a pessoa seja um neurótico grave. Que tosse por um desvio da saliva para
a árvore respiratoria, nem sempre fica doente. Na maioria das vezes não
passa de um momento incômodo.

Creio que sua forma de "interpretar" meu sintoma é um bom exemplo do que um
psicanalista não faz. Creio que foi muito bom e muito ilustrativo, porque as
pessoas que não experimentam um tratamento analítico imaginam qualquer
coisa. É realmente divertido.

A parte mais divertida é a que vc. menciona "Dar mole para
uma mulher e depois ficar mole." É muito interessante. A gente pensa que
anima quando diz: "vai que é mole", quando mole é que não dá pra ir. Se
realmente fosse assim, a neurose não seria tão leve. Vc. tem razão. Por
sorte tem Viagra, um remedio que realmente ameniza muita neurose. Diga-se de
passagem, a impotencia sexual psigogênica é um sintoma histérico.

[]s,


Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar






SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Resistencia e Repressao
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/03/2002 00:47

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "manuelbulcao" <manuelbulcao@uol.com.br>
wrote:

> Gostaria que o Marco esclarecesse o "mais ou menos".

Em primeiro lugar, sua explicação é bem boa. Creio que está bem toda esta
fisiologia comparada da sexualidade.

Disse mais ou menos porque é um modo de dizer as coisas de maneira
exageradamente ampla. A psico-sexualidade nace da noção de pulsão (um termo
teórico da psicanálise e da etologia de K. Lorenz). (Takata: só pra me
familiarizar com o sintoma: um "conceito" redundantemente "teórico").

A pulsão (cujos componentes são fonte, empuche e meta) tem um meta sexual,
ou seja, trata de buscar o prazer de forma automática. Qualquer elemento que
possa estar estruturado como uma linguagem pode servir para que a pulsão o
use para chegar a seu fim (prazer). Um palavra, frase ou circunstancia,
assim como qualquer manifestação sensorial, pode transformar-se numa
representação para veiculizar a pulsão. Diz-se, psicanalíticamente, que a
pulsão possui, no momento da união com um elemento lingüístico, o que se
chama representante representativo da pulsão (que depois pode sofrer
deslocamentos, substituições, repressão, etc.).

Se a pulsão é tão dinâmica e móvel, pode investir qualquer manifestação
dotada de significado, gerando algum tipo de prazer. Assim, as manifestações
de prazer são sempre manifestações psico-sexuais porque estão investidas
pela pulsão sexual. Não está totalmente errado chamar de sexual qualquer
manifestação de prazer, embora dizer isso não chega a caracterizar
psicanalíticamente a afirmação.

Esta é a razão da expressão "mais ou menos" (confesso que depois que enviei
a resposta, não gostei dela).

[]s,

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: Re: Resistencia e Repressao
FROM: "manuelbulcao" <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/03/2002 06:52

Oi,

O Takata escreveu:

> Aqui ou tem uma superinterpretacao e/ou uma selecao de
> indicios. Ok, digamos q. a ostra seja considerada
> afrodisica por isso. E o ovo de codorna lembra uma
> vulva? Lembra os culhoes? Mas e a propria codorna?
> E as diversas ervas e beberagens? E a cantarida?
>
> Mas a ostra lembra a vulva? A temperatura em q.
> ela e' servida nao me parece uma vulva receptiva:
> ela e' servida (a ostra) sobre gelo. (Uma vulva
> frigida?) A ostra tem uma cor acinzentada, a vulva
> saudavel e' rosada.
>
> Nao seria *isso* um reducionismo?

Manuel:às vezes as pessoas esquecem que o homem vive em meio a coisas
e signos, e que muitas vezes, como nos rituais mágicos, o signo chega
mesmo a substituir a coisa significada.

É comum, entre os homens, que o desejo seja deslocado do objeto
originalmente desejado para o signo que o representa (sinal, ícone,
símbolo).

Entre o objeto e seu ícone há uma semelhança e uma analogia. Mas não
é necessário que tal semelhança seja cabal, que se dê nos mínimos
detalhes. O ícone apenas sugere o objeto, ele lembra o objeto por
algumas e apenas algumas características. Realmente, há aí uma
redução.

Não só o pensamento lógico, que produz conceitos, guia os homens.
Orienta-os também uma "álgebra semântica" cujo produto é a arte.

Sobre as ostras como alimento considerado afrodisíaco, baseei-me nos
seguintes textos:

<<Ciertos elementos son elegidos como afrodisíacos por su forma o
función, es el caso de la banana, las ostras o los testículos de
toros. En este caso, su efecto es más producto de la fantasía que de
la realidad, por una cuestión de asociación visual.>>
http://www.enplenitud.com/nota.asp?articuloID=194

<<Algunos afrodisiacos funcionan por analogía, como las ostras en
forma de vulva o el espárrago como símbolo fálico. Otros por
asociación, quizás porque traen a la memoria algo erótico; y también
por sugestión, ya que algunos creen que al comer el órgano sexual de
otro animal, adquirirá su fuerza. Esto ocurre básicamente porque la
mayoría de las sociedades que son patriarcales le otorgan gran
importancia a la virilidad y a su símbolo por excelencia: el falo.
Los afrodisíacos son el puente que une a la gula con la lujuria.>>
http://www.tnrelaciones.com/anexo/afrodisiacos/

<<São os que atuam diretamente sobre o desejo pela sugestão: As
ostras (...)

<<O famoso amante Casanova consumia ostras antes de devorar mocinhas
inocentes. Seu apelo vem da semelhança com a vagina, no formato e na
textura. O gado Caracu tem ótimos garanhões e virou símbolo de uma
cerveja escura. Para dar mais energia, os botecos a turbinaram com
ovo cru (argh!). Baunilha, que em castelhano é vanilla, derivada do
latim, significa vagina. Os romanos perceberam a semelhança de sua
raiz com o canal vaginal.>>
http://www2.uol.com.br/playboy/sexo/conquista/afrodisiacos.html

[]s
Manuel Bulcão





SUBJECT: Re: Gato de Schrodinger
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/03/2002 07:28


> Esta' tudo bem. Estamos apenas trocando ideias.

Não é isso que parece. Repara bem que estás citando outras pessoas.
Dai se conclui que não estás produzindo ideias por ti mesmo.
Donde "trocar ideias" não seja bem o que estamos a fazer.

O q eu acho curioso é que se escreve um texto contanto a historia
comum, popular, e a intrepretação popular do problema , dos chamados
paradoxo, toda a gente chama a isso uma "boa divulgação cientifica".
Quando alguem tenta explicar que o que está por detrás e em causa no
assunto, como não é a versão popular , toda a gente acha que "estou
enganado". Isso é que é curioso.

Quando tiver tempo eu vou escrever um pequeno texto sobre o estudo de
um sistem simples, para se ver as semelhanças com o Gato de
Shröndinger.

Até lá, uma procura na net pelos fundamentos da MQ seria util, ao
menos para falarmos a mesma giria, a mesma linguagem.

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: Gato de Schrodinger
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/03/2002 08:47

--- In ciencialist@y..., "Eduardo Torres" <eftf@g...> wrote:
> E nao podemos eliminar a hipotese de *eu* estar enganado e ter
> entendido tudo errado de Mecanica Quantica. Se ate' fisicos tem
> discordancias nessa area...

Eu acho q. os dois estao certos. Ao mesmo tempo.
50% Eduardo, 50% Sergio. Aqui em vez de um
contador Geiger talvez precisemos de um cintilometro
ou de um amperimetro. Re re...

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Resistencia e Repressao
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/03/2002 09:15

--- In ciencialist@y..., "manuelbulcao" <manuelbulcao@u...> wrote:
> Manuel:às vezes as pessoas esquecem que o homem vive em meio a
> coisas e signos, e que muitas vezes, como nos rituais mágicos, o
> signo chega mesmo a substituir a coisa significada.

E como saber o q. e' o q.? E qdo?

> Entre o objeto e seu ícone há uma semelhança e uma analogia.

Nem sempre.

> Sobre as ostras como alimento considerado afrodisíaco, baseei-me

A questao e' q. o padrao nao se resume a isso:
tto tem alimentos considerados afrodisiacos q.
nao se baseiam em uma analogia com orgaos ou
funcoes sexuais, como tem alimentos q. podem
ser reminiscentes do sexo e nao sao considerados
afrodisiacos. E tem tbm alimentos e objetos q.
lembram outras coisas e sao utilizados por
lembrarem essas coisas. (O simbolo mais difundido
do amor e' o coracao estilizado -- tudo bem, pode ter
havido puritanismo q. tenha impedido outras
representacoes.)

Nao sei desde qdo pode ter funcionado um
outro mecanismo: o da explicacao a posteriori.
Um espetalhao comeca a vende-lo como remedio
panaceico. Aos q. se sentem sexualmente mais
ativo com o cha' dira': picao lembra pica,
por isso ele e' um simbolo natural da virilidade.
Aos q. se sentem fisicamente renovados dira'
q. o picao ao se grudar nos pelos dos animais
para se espalhar indica a disposicao para a
mudanca. E assim vai.

Continuo reticente se a explicacao psicanalitica
e' a unica viavel e se a terapia psicanalitica
e' a unica q. produz resultados em casos circunscritos.

Se a relacao e' de simbolos e os objetos representativos
podem lembrar apenas vagamente a nocao representada
e se as caracteristicas representativas podem ser
elegidas em meio a uma colecao de outras caracteristicas
com a renuncia tacita das demais e isso e' uma
funcao ativa de convencao entre os usuarios de um
dado simbolo como tal e portador de uma determinada
carga simbolica, parece-me q. existe uma miriade
(pletora?) de matrizes explicativas possiveis para
uma dada configuracao ou mesmo para qq outra configuracao
q. porventura se fixasse. Em sendo isso verdadeiro,
nao seria uma simples eleicao de um ponto de vista
particular adotar a visao pansexualista como o
tema explanativo?

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Resistencia e Repressao
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/03/2002 10:52

--- In ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> wrote:
> Nao sei desde qdo pode ter funcionado um
> outro mecanismo: o da explicacao a posteriori.
> Um espetalhao comeca a vende-lo como remedio
> panaceico. Aos q. se sentem sexualmente mais
> ativo com o cha' dira': picao lembra pica,
> por isso ele e' um simbolo natural da virilidade.
> Aos q. se sentem fisicamente renovados dira'
> q. o picao ao se grudar nos pelos dos animais
> para se espalhar indica a disposicao para a
> mudanca. E assim vai.

Esse trecho saiu truncado. Deveria ser:

"Nao sei desde qdo pode ter funcionado
um outro mecanismo: o da explicacao a
posteriori.
Um espertalha tem um terreno baldio
cheio de picao. Comeca a vende-lo
como remedio..."

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Gato de Schrodinger
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/03/2002 11:12


Bom, cmo não tenho tempo para estar a escrever equações, aqui :

http://scienceworld.wolfram.com/physics/InfiniteSquarePotentialWell.ht
ml

Está a aplicação da eq de Schrödinger ao caso de uma caixa de
potencial infinito.

A eq 21 representa a função de onda deste sistema.

e a eq 22 diz-nos o que representam |a_n|² e |b_n|². Representam as
PROBABILIDADES de cada estado. neste caso a_n=b_n=1/srq(a)

Vê-se por 21 que a_n e b_n são constantes (dependem apenas das
dimensões da caixa) e iguais.

Este sistema tem um numero infinito , no entando numerável, de
estados. Mas seja como for, 22 é sempre válido.

E mostra-se que em geral para um sistema qq, a sua função de onda
nada mais é que a combinação das funções de onda proprias (vectores
proprios) do operador hamiltoneano. por uma formula assim:

psi=sumatório de n a infinito de an|n>

|n> representa a n-ésima função propria (estado)do operador
hamiltoneano.
|an|² representa a probabilidade desse estado ser OBSERVADO.

No caso do sistema proposto no "Gato de Schrodinger", teriamos
dois estado |morto> e |vivo> com 50% de probailidade cada um
donde a probabilidade de |morto> é 50% e o coeficiente de |morto> é
sqr(0.5)=1/sqr(2) = 0.7071 aproximadamente. O mesmo para |vivo>.

A função de onda do sistema é então:

|psi>= 0.7071 |vivo> + 0.7071 |morto>

(lê-se : o estado psi é a combinação linear do estado vivo E do
estado morto, na porporção de 0.7071 para cada estado. Pode
subtituir "estado" por "função de onda" se quiser.)

Quando o sistema for observado apenas um daqueles estados será
observado.

O seguinte :

<psi|H|psi> = 0.5<vivo|vivo> + 0.5 <morto|morto> = 0.5 + 0.5 =1

significa que não ha mais nenhum estado posssivel. E portanto apenas
podem ser observados estes dois.
(H representa um Hipotetico operador de observação)

Qual vai ser observado ninguem sabe até que se observe!!!!
É esta frase que responde à pergunta do Schrodinger.
Por isso é IMPORTANTE observar , por isso é importante MEDIR.

Agora substitua "gato" por "moeda", "vivo" por "cara" e "morto"
por "coroa" e veja que tudo fica exactamente igual.

Experimente fazer para um dado de 6 caras, ou um de 12, ou a roleta
de 33 casas , não viciados. (não viciados significa que todos os
estados são equiprováveis)

Para um dado de 6 caras os estados possiveis são
|1> ,|2>,|3>,|4>,|5>,|6>

a probabilidade de cada um é 1/6, donde o coeficiente = sqrt(1/6) =
0.4082 aproximadamente.

o estado do sistema é:

|psi>= 0.4082 |1> + 0.4082 |2> +0.4082 |3>+0.4082 |4>+0.4082
|5>+0.4082 |6>

etc.

O "Colapso da Função de Onda" significa "o fixar do estado para uma
dada observação"

imagina que atiras o dado e sai 5.

durante, e apenas durante a medição , no proprio instante em medes

|psi> = 1|5> = |5> (o 1 , representa que ha 100% de probabilidade do
estado do sistema, ser, no instante da medição, 5)

pega no dado, volta a lançar

desta vez sai um 3.

diz-se que a função de onda colpasou para o estado |3>
e escreve-se

|psi>= |3>

etc...

"colapsar" não signifca a destruição de nada. Apenas significa que se
observa determinado estado do sistema.

Entre observações o sistema é o que é, e o seu estado é a função de
onda "não colapsada".

É claro agora pq o exemplo da moeda e do dado, ou qq outra coisa do
estilo, é um exemplo válido ?
É clara a diferença entre o colapso da função de onda (fixação do
estado medido) e um "fenómeno quantico" ?

Se não for, me diga ,por favor pq.

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: Gato de Schrodinger
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/03/2002 11:15


> Eu acho q. os dois estao certos. Ao mesmo tempo.
> 50% Eduardo, 50% Sergio. Aqui em vez de um
> contador Geiger talvez precisemos de um cintilometro
> ou de um amperimetro. Re re...

se bem me lembro o amperimentro é necessário juntamente com o
cintilidor. (centilometro seria o conjunto dos dois)
Se bem que na verdade o que usa é um voltimetro, dá mais jeito... :-)


[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: Resistencia e Repressao
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/03/2002 12:40

--- In ciencialist@y..., "Marco Aurelio" <clave@s...> wrote:
> Evidentemente, desde um ponto de vista da psico-sexualidade é uma
> relação homossexual coartada em seus fins.

Xiiii, Pedroncio... Então vira essa barba
ideologica pra la' q. esta' rocando o meu
cangote.

> Por sorte existe psico-sexualidade mas
> não existe psico-aids. Assim, que não precisamos ter medo.

Olha q. pode. Se Dawkins estiver certo
sobre a viroticidade dos memes. Alem
disso o sistema neurologico pode estar ligado
ao imunologico. (Alguns falam em imuno-depressao
ocasionada por depressao psiquica. E alguns
falam em contagio psiquico da depressao.)
Vai saber.

> Creio que sua forma de "interpretar" meu sintoma é um bom exemplo
> do que um psicanalista não faz.

Vc acha mesmo q. aquilo foi um sintoma?
Foi mesmo um ato falho?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Gato de Schrodinger
FROM: "dudutorres" <eftf@gbl.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/03/2002 13:38

--- In ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> wrote:
>
> > Esta' tudo bem. Estamos apenas trocando ideias.
>
> Não é isso que parece. Repara bem que estás citando outras pessoas.
> Dai se conclui que não estás produzindo ideias por ti mesmo.
> Donde "trocar ideias" não seja bem o que estamos a fazer.


Nao ha' nada de errado em citar textos, livros ou artigos de fisica
para conversar sobre fisica. Ainda mais q nao sou fisico. Se vc olhar
meu texto e o texto de Cramer citado, vai ver q sao diferentes. Eu
adaptei, tirei coisas e acrescentei outras coisas. Dei meu
entendimento sobre o assunto. Especificamente como houve a polemica
sobre o q era exatamente a experiencia gedanken do Gato de
Schrondinger resolvi nao confiar na minha memoria e consultar um
texto escrito por um fisico profissional para os detalhes da
experiencia.


>
> O q eu acho curioso é que se escreve um texto contanto a historia
> comum, popular, e a intrepretação popular do problema , dos
chamados
> paradoxo, toda a gente chama a isso uma "boa divulgação cientifica".
> Quando alguem tenta explicar que o que está por detrás e em causa
no
> assunto, como não é a versão popular , toda a gente acha que "estou
> enganado". Isso é que é curioso.
>
> Quando tiver tempo eu vou escrever um pequeno texto sobre o estudo
de
> um sistem simples, para se ver as semelhanças com o Gato de
> Shröndinger.
>
> Até lá, uma procura na net pelos fundamentos da MQ seria util, ao
> menos para falarmos a mesma giria, a mesma linguagem.
>
> []
>
> Sérgio Taborda


Olha, nao sei o q vc quer dizer com isso. Eu so' entrei na discussao
pq vc disse q nao havia nenhum paradoxo envolvido no Gato de
Scrondinger, e eu expus alguns argumentos mostrando onde esta' o
paradoxo. A conclusao de que ha' um paradoxo nao e' so' minha, e' da
Mecanica Quantica, tal como entendida pela fisica mainstream. Por
isso, alias, esse experimento ficou famoso.

No mais, tudo bem, vamos em frente q atras vem gente.

;-)

Abs,
Eduardo Torres



SUBJECT: Re: Gato de Schrodinger
FROM: "dudutorres" <eftf@gbl.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/03/2002 17:01

> (...)

> "colapsar" não signifca a destruição de nada. Apenas significa que
se
> observa determinado estado do sistema.
>
> Entre observações o sistema é o que é, e o seu estado é a função de
> onda "não colapsada".
>
> É claro agora pq o exemplo da moeda e do dado, ou qq outra coisa do
> estilo, é um exemplo válido ?
> É clara a diferença entre o colapso da função de onda (fixação do
> estado medido) e um "fenómeno quantico" ?
>
> Se não for, me diga ,por favor pq.
>
> []
>
> Sérgio Taborda


Pois nao, Sergio.

Antes de mais nada, quero dizer q concordo q colapso nao e'
destruicao (bom, talvez apenas da probabilidade dos estados nao
observados qdo da observacao, q evidentemente passam a ter
probabilidade zero nesse momento).

;-)

De qq modo, eu nao disse q colapsar era destruir.

Mas voltemos aa moeda: Eu questionei o exemplo da moeda como analogia
ao Gato de Schrondinger entre outras coisas pq o resultado nao
depende do observador. A moeda cai de um lado por definicao.
Independente de estar sendo observada. O outro lado continua la' apos
a queda.

Outro motivo e' q nao ha' qq paradoxo envolvido em considerar a moeda
como formada simultaneamente por dois lados o tempo todo, mesmo q
depois de caida esteja um pra cima visivel e outro pra baixo
invisivel.

Agora tenta fazer essa mesma analogia com o Gato de Schrondinger, q
deve estar ao mesmo tempo morto e vivo ate' ser observado. E' um
paradoxo, ne'?

Veja bem q e' diferente de se ter um gato morto *ou* vivo dentro da
caixa antes de abri-la. Isso nao seria um fenomeno quantico. Seria um
fenomeno probabilistico, mas nao quantico. Todo fenomeno de
superposicao de estados quanticos tem um aspecto probabilistico, mas
nem todo fenomeno probabilistico e' quantico.

Pra fazer uma analogia consistente do gato morto *ou* vivo com a
moeda, teriamos q supor q a moeda teria apenas um lado *ou* outro
antes de cair.

Mas uma moeda com um lado so' e' outro paradoxo. Uma moeda tem sempre
dois lados.

Por isso creio q uma moeda nao e' uma boa analogia para fenomenos
quanticos, mesmo sendo superficialmente parecidos, pois ambos
envolvem probabilidade.

Abs,
Eduardo Torres



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/03/2002 19:12


>Antes de mais nada, quero dizer q concordo q colapso nao e'
>destruicao (bom, talvez apenas da probabilidade dos estados nao
>observados qdo da observacao, q evidentemente passam a ter
>probabilidade zero nesse momento).

Optimo. É exactamente por isso que se chama "colapso"

>De qq modo, eu nao disse q colapsar era destruir.

Eu sei, mas convem chamar a atenção a esse promenor.

>Mas voltemos aa moeda: Eu questionei o exemplo da moeda como analogia
>ao Gato de Schrondinger entre outras coisas pq o resultado nao
>depende do observador.

Entende por favor que nunca, nenhum resultado, depende do observador.
Isso é algo que está baralhado na tua cabeça. (e eu até sei pq)
Nenhum fisico aceita isso. Se aceitar, não é fisico coisa nenhuma. É
mistico.

A causa fisica que provoca a morte do gato é a emissão de gama pelo atomo.
Nada mais, nada menos.
Se o gama for emitido e o gato morrer, ele estará morto, mesmo antes de
abrir a caixa.
Portanto, o abrir a caixa NÂO mata o gato.

>A moeda cai de um lado por definicao.
>Independente de estar sendo observada. O outro lado continua la' apos
>a queda.

Continua ? Como sabes ? Estás a vê-lo ? Estás a Observá-lo?
Não estás. Portanto, dentro dos cânones da MQ não podes dizer que está lá.
A MQ é muito piquinhas (se usa esse termo ai?) com o que é Observável e o
que não é.
É a base de toda a matemática da MQ. E é para isso que serve o Gato na
caixa.

O que a MQ diz é que apenas podes saber o estado do sistema quando observas
e durante o tempo que observas.
Tudo o resto tu não podes afirmar.

Quando dizes que o outro lado da moeda continua lá , estás a supor uma
propriedade importante dos sistemas : a de que a sua integridade não é
alterada durante a experiencia.

Ora, exactamente por isso, quando não se está observando o sistema, a
função de onda é não-colpsada. A integridade do sistema permance.

>Outro motivo e' q nao ha' qq paradoxo envolvido em considerar a moeda
>como formada simultaneamente por dois lados o tempo todo, mesmo q
>depois de caida esteja um pra cima visivel e outro pra baixo
>invisivel.

Eu disse , e repito :
A função de onda estabelece os estados POSSIVEIS. E o sistema (obviamente)
não pode estar em todos ao mesmo tempo. O sistema não pode ocupar todos os
estados simultaneamente.

E é ai que está o teu equivoco.
Quando se diz o gato está morto, isso significa que o sistema está no estado
|morto>
Só, nada mais.

E tu dizes : ah! mas o gato já não pode voltar a estar vivo.
AH! mas a MQ tb não se aplica a caixas com gatos !

É só uma comparação.
Se a levas demasiado a sério perdeste no que não interessa.

Susbtitui o gato por uma lamapada.
Tb me vais dizer que ela não se pode desligar depois de ter sido vista
ligada?

>Mas uma moeda com um lado so' e' outro paradoxo. Uma moeda tem sempre
>dois lados.

Atira um fita de Mobius e diz-me que lado caiu. ...
... não não me digas, eu ja´estou adivinhando ... lol

(a fita de mobius só tem um lado)

>Por isso creio q uma moeda nao e' uma boa analogia para fenomenos
>quanticos, mesmo sendo superficialmente parecidos, pois ambos
>envolvem probabilidade.

A MQ é SÓ probabilidade.
A função de onda, representa uma densidade de probabilidade (Max Born).

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda

"Às vezes a leitura é um modo engenhoso de evitar o pensamento"
A.Help- Historiador



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/03/2002 19:50

Sobre a argumentação do Eduardo Torres contra o exemplo da moeda:

nesse exemplo (moeda) os estados possíveis são:

"lado que está para cima" ,e não
"lado que a moeda possui"

Assim, se o exemplo do gato fosse (for) um paradoxo então o da moeda
também o seria, já que uma moeda usual não pode ter os dois lados para
cima simultaneamente, embora sempre os possua.

Abraços,
Stafusa

On Thu, 21 Mar 2002, dudutorres wrote:

> > (...)
>
> > "colapsar" não signifca a destruição de nada. Apenas significa que
> se
> > observa determinado estado do sistema.
> >
> > Entre observações o sistema é o que é, e o seu estado é a função de
> > onda "não colapsada".
> >
> > É claro agora pq o exemplo da moeda e do dado, ou qq outra coisa do
> > estilo, é um exemplo válido ?
> > É clara a diferença entre o colapso da função de onda (fixação do
> > estado medido) e um "fenómeno quantico" ?
> >
> > Se não for, me diga ,por favor pq.
> >
> > []
> >
> > Sérgio Taborda
>
>
> Pois nao, Sergio.
>
> Antes de mais nada, quero dizer q concordo q colapso nao e'
> destruicao (bom, talvez apenas da probabilidade dos estados nao
> observados qdo da observacao, q evidentemente passam a ter
> probabilidade zero nesse momento).
>
> ;-)
>
> De qq modo, eu nao disse q colapsar era destruir.
>
> Mas voltemos aa moeda: Eu questionei o exemplo da moeda como analogia
> ao Gato de Schrondinger entre outras coisas pq o resultado nao
> depende do observador. A moeda cai de um lado por definicao.
> Independente de estar sendo observada. O outro lado continua la' apos
> a queda.
>
> Outro motivo e' q nao ha' qq paradoxo envolvido em considerar a moeda
> como formada simultaneamente por dois lados o tempo todo, mesmo q
> depois de caida esteja um pra cima visivel e outro pra baixo
> invisivel.
>
> Agora tenta fazer essa mesma analogia com o Gato de Schrondinger, q
> deve estar ao mesmo tempo morto e vivo ate' ser observado. E' um
> paradoxo, ne'?
>
> Veja bem q e' diferente de se ter um gato morto *ou* vivo dentro da
> caixa antes de abri-la. Isso nao seria um fenomeno quantico. Seria um
> fenomeno probabilistico, mas nao quantico. Todo fenomeno de
> superposicao de estados quanticos tem um aspecto probabilistico, mas
> nem todo fenomeno probabilistico e' quantico.
>
> Pra fazer uma analogia consistente do gato morto *ou* vivo com a
> moeda, teriamos q supor q a moeda teria apenas um lado *ou* outro
> antes de cair.
>
> Mas uma moeda com um lado so' e' outro paradoxo. Uma moeda tem sempre
> dois lados.
>
> Por isso creio q uma moeda nao e' uma boa analogia para fenomenos
> quanticos, mesmo sendo superficialmente parecidos, pois ambos
> envolvem probabilidade.
>
> Abs,
> Eduardo Torres



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/03/2002 19:51

Please, o que significa "lol"?

> Atira um fita de Mobius e diz-me que lado caiu. ...
> ... não não me digas, eu ja´estou adivinhando ... lol



SUBJECT: Re: [ciencialist] definições
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/03/2002 20:11

A referência que parece existir nesse assunto, pelo que consegui obter
com um amigo matemático (aqui da UFPR) é:

Suppes, P., Introduction to Logic (van Nostrand, Princeton, 1957)

E ele fez o seguinte comentário:

"Em filosofia (especulativa) eh comum o pessoal dizer que ha certas
regras para definicoes. Por exemplo, uma das regras diz que uma
definicao nao pode ser vaga. Mas as definicoes que se usam em matematica
sao comumente definicoes no sentido de Lesniewski. O problema eh que o
pessoal nao conhece a teoria de Lesniewski."

O livro que cito acima trataria (também) dessa tal teoria de
Lesniewski, que seria a única teoria matemática que trata de definições.

Não sei nada sobre o assunto, mas confio na fonte.

Abraços,
Stafusa

>
> Dizem que a lógica estabelece aprox 6 regras para difinições. Eu aprendi
> assim também, mas sempre que seriam redutíveis a 4.
>
> As 4 são fáceis de se achar, e as outras 2? Alguém tem idéia?
>
> SDS,
>
> ASM




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/03/2002 20:30



Please, o que significa "lol"?

lol= é o acronimo que em portugues significa "rindo à gargalhada" ou "rindo
bem alto"
se nao me engano é lol= laugthing out laoud.

é um superlativo absoluto sintético de :-)

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/03/2002 20:56

> lol= é o acronimo que em portugues significa "rindo à gargalhada" ou
> "rindo bem alto"
> se nao me engano é lol= laugthing out laoud.
> é um superlativo absoluto sintético de :-)

Pois eu prefiro o sistema utilizado pelo Léo, o inimigo número um do
anglicanismo e que, além de ser mais "avacalhativo", permite gradações. Por
exemplo, quando quero me referir a algo engraçado escrevo :-) Se for
muito engraçado, escrevo :-))))). Já quando penso em física moderna, escrevo
:-))))))))))))))))))). E quando penso nos físicos quânticos com seus gatos
mortos-vivos (Pô, vê se vocês dão um pouquinho de leite pros coitados dos
gatos) escrevo:
:-))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
e mais lol.

Pobreminha: Coloquei um gato numa câmara de tortura de Schrödinger e ele
morreu. Pregunta: Qual a probabilidade *do mesmo gato* sair vivo numa
segunda experiência?

Moral da história: Gato não é moeda e físico quântico existe apenas para que
eu possa dar uma sonora
:-))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
e mais lol.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus nao joga dados? (ex- Gato de Schrodinger)
FROM: "Eduardo Torres" <eftf@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/03/2002 22:38



>
> Eu NÂO concordei com isso. A Teoria não está errada, ela é apenas um
MODELO.
> Limitado. Como todos os modelos fisicos.

OK. Correcao feita. Modelo limitado. Modelo q nao descreve acuradamente a
realidade.


> Isso é teoria da treta. A fisica classica tb tem o PI, o problema é que
não
> tem quantificação para ele.
>
> Como medes a velocidade e a posição, simultanamente, de uma bala?

Nao tem qq problema. Podemos filmar com camera ultra rapida, podemos usar
laser, podemos emular a trajetoria como uma funcao matematica. Claro q a
velocidade num exato ponto d qq curva e' um limite, igual ao intervalo de
espaco percorrido dividido pelo intervalo de tempo medido qdo esse intervalo
tende a zero. De qq modo nao ha' qq limitacao teorica p/ a medicao,
diferentemente da MQ.


>
>
> >O autor? Stephen Hawking, considerado o maior fisico teorico vivo,
>
> Lamento discordar disso.
>
> >para muitos de seus pares do mesmo nivel de Einstein,
>
> Isso queria ele...
>
> > professor do
> >Depto de Matematica e Fisica Teorica da Universidade de Cambridge e
> >titular da famosa e exclusiva cadeira Lucasiana de Matematica da
> >universidade, q ja' pertenceu a Newton.
>
> A inteligencia não se passa pelas cadeiras... se assim fosse não havia
> pessuas burras.
>
> Cumprimentos,
>
> Sérgio M. M. Taborda


Po^, Sergio, mas vc nao da' o braco a torcer mesmo!

Desisto!

;-)

Abs,
Eduardo Torres



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger
FROM: "Eduardo Torres" <eftf@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/03/2002 22:53

>
> ISSO NUNCA FOI OBSERVADO!

Sim, foi.
>
> Nunca foi observada uma unica particula a criar interferencia.
> Aliás é dito nos livros que se dimuires a frequencia do feixe o padrão
> desaparece.

Nao. Isso acontece mesmo com uma unica particula disparada de cada vez.

>
> O que cria padrões de interferencia é um FEIXE de particulas.
> E para um feixe é normal que assim seja.

Um feixe de particulas nao e' uma onda segundo a mecanica classica. Os
comportamentos seriam completamente diferentes. Um feixe de particulas
classico nao tem como criar interferencia. Seria como uma metralhadora
disparando balas contra uma parede de aco com duas aberturas. Do outro lado,
se tivermos um muro, vao aparecer duas regioes com buracos de bala, bem em
frente aas aberturas com grande concentracao de buracos, e com concentracoes
menores de buracos em volta. Sem qq padrao de interferencia.


>
> >Isso e' uma prova da dualidade onda-particula e e' um fenomeno
> >unicamente explicavel pela Mecanica Quantica!
>
> O problema é que isso nunca foi observado.

Sim, foi, muitas vezes. Do q vc esta' falando? Essa e' uma experiencia
classica da MQ!

>
> >E na mecanica classica nao ha' qq problema em medir-se
> >simultaneamente posicao e momento de uma particula, mas isso e'
> >impossivel na realidade segundo a mecanica quantica.
>
> Isso não é impossivel. Apenas que um dos resultados estará errado.

Nao, nao ha' um resultado errado e outro certo. Se vc sabe o momento so'
pode saber da posicao como uma regiao de probabilidade de onde encontra-la.
>
> >A medicao da posicao afeta o momento e vice-versa.
>
> Não. Isso é errado.

Isso e' um dos pilares da MQ.
>
> >Esse fato, o principio da incerteza de Heisenberg, e' incompreensivel
pela
> mecanica classica
> >newtoniana.
>
> Não, não é.
> O Principio de Incerteza é puramente matemático. (ver o link que deixei
ao
> Alberto)
> Deriva da estatistica CLASSICA!


Nao. Ele tem base na realidade fisica. E' assim q as coisas sao. De novo, is
so e' um dos pilares da MQ.

>
> > Isso quer dizer q se eu sei o momento de uma particula,
> >nao ha' uma posicao fixa para ela no espaco (x,y,z).
>
> Não, isso é errado.
> A particula tem uma posição sim, o problema é que o erro na determinação
> dessa posição é porporcional à certeza do momento.


Nao se trata de erro de determinacao. Nao se trata de erro de medida. Nao se
trata de precisao. A particula nao tem *na realidade* uma posicao fixa no
caso de sabermos seu momento. E' assim q e' a natureza.

Abs,
Eduardo Torres



>
> Ler o que escrevi sobre isso ainda no outro dia:
>
http://groups.google.com/groups?hl=pt&threadm=a7b10v%24frv%241%40venus.telep
> ac.pt&prev=/groups%3Fq%3Dpt.ciencia.geral%26hl%3Dpt%26sa%3DN%26tab%3Dwg

Msg do Google: Foi impossível localizar a thread. Queira confirmar o URL.


>
> >Ha' apenas uma
> >funcao de probabilidade de onde ela esta'. E isso independe do metodo
> >de medicao. E' uma realidade fisica.
>
> NÂO É UMA REALIDADE FISICA. É algo que deriva do MODELO.

De todas as experiencias feitas, parece um modelo q descreve bem a
realidade.
>
> >Como a Mecanica Classica explica
> >isso? Nao parece esoterico (com s) pra vc? Parece para os maiores
> >fisicos dos ultimos 80 anos!
>
> Tens a certeza ? lê o texto que deixei ao Alberto.

Envie de novo.
>
> Cumprimentos,
>
> Sérgio M. M. Taborda

Abs,
Eduardo Torres




SUBJECT: Re: Re:[ciencialist] Re: Gato de Schrodinger
FROM: "Eduardo Torres" <eftf@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/03/2002 23:08

> >ONDE no problema do gato está a dualidade onda-particula ?
> >O gato nem é uma particula, quanto mais uma onda. Ele nem sequer se
> >mexe!

> > >[]
> >Sérgio Taborda


> Não está no gato. Está na partícula radiotiva. Na verdade,
> não vejo no problema do gato nenhum paradoxo. Apenas que a nossa
> capacidade descritiva/preditiva é diferente no mundo micro e
> macroscópico.
> >
> Fernando Santos


O paradoxo surge se supomos q todos os eventos estao interligados, desde a
emissao da particula radioativa ate' a morte do gato, passando pelo contador
Geiger, solenoide e frasco de cianeto. Aparentemente os eventos poderiam ser
interligados, com o dispositivo proposto por Schrondinger. E se sao
interligados, poderiamos aplicar as esquacoes da MQ a todo o sistema. Mas se
fizermos isso teremos o gato como uma superposicao de estados morto e vivo.
Esse foi o paradoxo proposto por Schrondinger. A explicacao desse paradoxo
e' variada e polemica, mas e' consenso na Fisica q a experiencia mental do
Gato de Schrondinger leva a um aparente paradoxo.


>
>
> Vamos esquecer o gato, ok ? Acho que, de interessante, sobrou
> a dualidade. Ninguém está suspeitando de que exista um gato zumbi.
>
>
> Abraço,
> Fernando Santos
>


Por mim tudo bem, ja' ate' sugeri um recesso.

Abs,
Eduardo Torres



SUBJECT: Re: Gato de Schrodinger
FROM: "fcmts" <fcmts@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/03/2002 23:17


Sérgio,



Nas vésperas de me graduar em Física eu me fiz um juramento
solene de
incinerar todos aqueles livros assim que pisasse fora da
universidade - templo
do saber e do tédio.
Trabalho hoje com informática e posso me considerar satisfeito,
inclusive
com a minha formação.
Mas quebrei a promessa. Mantenho na estante alfarrábios surrados
e mal
amados que me olham e me dizem: "Vai, covarde. Você não é dos nossos
mesmo !".
A promessa que atualmente venho honrando é a de não me envolver
com tais
elementos, os livros de Física, tão mal humorados. Não me obrigue a
quebrar
mais essa.
Realmente, física quântica é fascinante por ser anti-intuitiva,
bela e
por funcionar.
O que eu queria dizer é que o problema do gato de Schrödinger (e
da MQ)
tem certas sutilezas que não foram citadas. Do jeito como você
coloca a
questão parece que MQ é apenas a constatação do quantum de energia e
do
indeterminismo. Talvez até dê pra reduzir a isso, mas veja bem: é a
dualidade
partícula-onda que faz do "gato" um problema a se pensar.
Quando dois ou mais estados possíveis de um sistema podem ser
representados
por ondas, e essas ondas *podem interagir entre si*, não podemos
mais analisar
o sistema como uma coleção de estados independentes. Vão surgir aí
os efeitos
estranhos. É claro que isso só aparece no mundo microscópico.
Alguém poderia levantar o braço e dizer: "Ah, mas isso é porque
temos uma
infinidade de partículas semelhantes e o resultado é estatístico,
pois cada
partícula assumiu seu estado independentemente e de acordo com as
taxas
previstas !"
Não é bem assim. Experiências mostram que não se trata de
partículas. Nem
de ondas. Há um comportamento ambíguo mas em conformidade com a MQ.
Bom, por hoje chega. Se você se interessar em responder e não me
humilhar
demais eu continuo o papo.


Abraço,
Fernando Santos
PS. Não estou certo de nada do que eu disse, muito pelo contrário.





SUBJECT: Para matar o gato
FROM: "aespeschit" <toni@iconet.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/03/2002 08:35

Não sou físico. Sou engenheiro.
Na verdade, sou daqueles engenheiros que desvirtuaram
para o lado do software e agora se auto-denominam
"Systems Engineer" (em inglês, para ficar "mais bonito").

Mas o fato de não ser físico não é suficiente para
me manter distante da Física, que eu adorava até
ter meus primeiros contatos com a Mecânica Quântica...
Acho que fiquei traumatizado e até hoje o assunto
me fascina.

Penso que toda esta celeuma em torno dos quânticos e
da MQ advém do fato de estarmos lidando com cenas
que não são do nosso cotidiano. Por isso achamos
tudo meio estranho. Não é possível dar exemplos
"práticos".

Como se os fatos descritos já não fossem
suficientemente esquisitos, as explicações são
ainda mais bizarras! Cheias de fórmulas, paradoxos
e outras anomalias.

Se você for para o canto da sala e esticar bem os
braços, irá tocar as duas paredes ao mesmo tempo.
Hein? Mas como? Então você está em duas paredes
ao mesmo tempo? Não sua besta! São só seus braços...
Você mesmo está no canto da sala. Ué, mas se eu
estou no canto, como é que meus braços podem
estar nas paredes????

Esta discussão só parece tola porque você, seus
braços e os cantos das salas estão por aí a todo
tempo e é extremamente fácil imaginar tais
experimentos.

Vc já pensou se tivesse que explicar o que é uma
ESCADA para alguém que nunca tenha visto uma?
Talvez se perdesse tentanto explicar
o que é um degrau e que parte do degrau se chama
"espelho", mas que este espelho é diferente daquele
outro, que tem o mesmo nome e que dá azar quando
quebra.

E você poderia mostrar gráficos e desenhos, ficando
cada vez mais irritado à medida em que nosso amigo
que não sabia o que era uma escada agora sabe menos
ainda...

Até que finalmente, num lampejo de genialidade,
você passa o filme "E o vento levou..." para mostrar
diversos exemplos de escada (e até a cena de alguém
caindo de uma)!

Nosso amigo finalmente diz que entendeu, se despede
e sai de casa.

Mas para nosso azar, a casa do vizinho está
em chamas e parado em frente há um carro de bombeiro.
Você, feliz, aponta para uma haste que sai do carro
em direção à janela do vizinho e diz:
"Veja! Aquilo ali é uma escada".

E é aí que seu amigo se volta para você com cara
de quem não entendeu nada. E finalmente conclui
que esta história de escadas é realmente muito
complicada e quem gosta deste assunto é mesmo
meio louco!

[]'s
Toni



SUBJECT: Re: Gato de Schrodinger
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/03/2002 08:41


> Realmente, física quântica é fascinante por ser anti-intuitiva,
> bela e por funcionar.

Ela não é anti-intuitiva. As pessoas a que a tornam assim.
Vamos lá por partes.
A MQ é uma teoria fisica. Ela é um MODELO fisico para o estudo de
sistemas fisicos. Sistema fisico é algo geral.

Portanto abandone a ideia que a MQ é algo exotérico.

Não é a verdade que a MQ se aplique apenas ao nivel microscopico. A
supercondutividade se explica pela MQ aplicada ao que poderiamos
chamar um macro sistema (atomos e moleculas).

Portanto abandone a ideia que a MQ é só para os sistemas "pequeninos"
A questão é só que se aumenta muito o tamanho do sistema, as contas
são inpraticáveis. Mas isso já era assim na mecaninca classica de
Newton.

Um sistema é caracterizado em fisica por determinadas grandezas.
Essas grandezas dependendem do tipo de sistema.
Por exemplo a pressão numa máquina a vapor é mais importante que o
diferencial electrico ou o efeito capacitivo do reservatório.
Mas sejam quais forem as grandezas, elas determinam o estado do
sistema. (função de estado)

A Mecânica Quantica , é antes de mais Macânica.
Ora por isso mesmo, as grandezas importantes são o momento linear,
angular e a energia total, cinética e potencial.
São estas grandezas que determinam o estado do sistema mecânico.

Tb não é certo que a MQ se baseia na dualidade particula-onda.
Repara que a função de onda representa o sistema todo e não a
particula sozinha. Pode representar a particula sozinha em casos
particulares em que o sistema é a propria particula.
A função de onda de um atomo é a descrição mecanica dos seus
electrões (e em fisica nuclear do nucleões). E não é a onda que
representa o atomo !

Um sistema tem uma função de estado que depende de x e t.
Classicamente (em mecaninca) todas as funções dependem de x e de t.
Mas tb classicamente se pode fazer uma mudança de coordenadas em que
se relaciona x com p e t com E. (coordenadas generalizadas, espaço de
fases)

Então sabemos que o sistema tem uma função de estado que depende de x
e de t, mas não sabemos qual é.
Então vamos MODELAR essa função através da matemática da transformada
de Fourier (que básicamente nos permite modelar qq coisa).
Esta transformada é baseada em senos e cosenos , ondas, no sentido
classico-matemático do termo.
Então a função de estado é uma função de onda, e a função de onda, é
a função de estado.

Sabido isto, e usando alguns pensamentos/postulados , chegamos a uma
equação para todos os sistemas mecânicos. A eq de Schrodinger.
E com ela resolvemos o problema de saber qual a função de onda para
determinado sistema.

Resolvido o problema, a função de onda nos dá toda a informação sobre
o nosso sistema, os estados, a probabilidade de cada um, a energia de
cada estado, etc...

A se me dizes que a teoria de galileu da relatividade é contra
intuitiva eu terei de te dizer que a estudes melhor. O mesmo para a
MQ ou qq teoria fisica.

> O que eu queria dizer é que o problema do gato de Schrödinger
(e
> da MQ)
> tem certas sutilezas que não foram citadas. Do jeito como você
> coloca a
> questão parece que MQ é apenas a constatação do quantum de energia
e
> do
> indeterminismo.

O quantum de energia vem da Fisica estatistica, estatistica de Bose-
Eisntein, Plank, efeito foto-electrico, etc.
p=Hk (H é a constante de plank sobre 2pi)
MAS ao mesmo tempo p=mv
Daqui são determinados operadores. p= - iHd/dx
A energia cinética é apenas T=p²/2m , tal e qual é classicamente.
(estou a limitar-me à MQ classica por agora)

e portanto o operador é T=-(H²/2m) d²/dx²
Se calhar isto lhe é familiar da equação :

- (H²/2m) d²(psi)/dx² + V psi = E psi (a eq de Schrodinger)

Pois é , é so assim.
muito simples. Tlv demasiado simples, para quem pensa que a MQ tem
algo de sobrenatural, de inantingivel.

>Talvez até dê pra reduzir a isso, mas veja bem: é a
> dualidade
> partícula-onda que faz do "gato" um problema a se pensar.


ONDE no problema do gato está a dualidade onda-particula ?
O gato nem é uma particula, quanto mais uma onda. Ele nem sequer se
mexe!

> Quando dois ou mais estados possíveis de um sistema podem ser
> representados
> por ondas, e essas ondas *podem interagir entre si*, não podemos
> mais analisar
> o sistema como uma coleção de estados independentes. Vão surgir aí
> os efeitos
> estranhos.

Esse "efeitos" de que falas, não existem.
Num atomo o electrão que está na orbita n=1 não interfere com o que
está na orbita n=2
Só existe "correlação" se assim podemos chamar para o mesmo estado.
Mas mesmo ai, não é o mesmo estado. Dois electrões na mesma orbital
não têm o mesmo estado quantico (Principio de Pauli)

> Alguém poderia levantar o braço e dizer: "Ah, mas isso é porque
> temos uma
> infinidade de partículas semelhantes e o resultado é estatístico,
> pois cada
> partícula assumiu seu estado independentemente e de acordo com as
> taxas
> previstas !"
> Não é bem assim. Experiências mostram que não se trata de
> partículas. Nem
> de ondas. Há um comportamento ambíguo mas em conformidade com a MQ.

Quais experiencias ?
Não me lembro de nenhum experiencia que mostre que a dualidade
particula-onda, existe. E não me venha com a especiencia dos
electrões e o microscopio electronico porque isso apenas demonstra
que "um feixe de electrões se comporta com um feixe de luz. criando
figuras de interferencia"
Nada mais.

O problema é que baseiam vossas afirmações nos primordios da MQ
quando ela ainda era bebê, ha quase um seculo atrás. Hoje ela tem uma
estrutura sólida, compreensivel sem qq apelo ao misticismo ou
fenómenos paranormais de dualidade.

A resposta à pergunta do Schrodinger "Qual é estado dos sistema antes
dele ser observado" é simplesmente "Não sei!".
Mas que eu não saiba não significa nem que ele não tenha um estado,
nem que ele tenha todos os estados simultaneamente.

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: Gato de Schrodinger
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/03/2002 08:56

> Meu caro Sergio,
>
> Se essa sua interpretacao do Gato de Schrondinger e' correta, fica
dificil
> entender por que um experimento tao trivial proposto em 1935 ainda
hoje e'
> famoso.
>

Simplesmente pq todos são levados a pensar como tu por quem tb nunca
entendeu o problema e foi levado a pensar assim por outros.

E depois todos convivem com isso, achando normal que exista um
paradoxo e que não entendam a 100% o que nos diz a MQ.

Nos principios da MQ não ha nada que a MC não nos diga tb.
O problema é que as pessoas, e quando digo pessoas refiro-me a todos
os que já trbalharam com isto, desde Bohr a Hawking perferem achar
que não. Encontrar intrepretações obscuras, quando ha outras tão mais
simples e que dão o mesmo resultado.

Eisntein, estava preocupado com Psi ser uma densidade de
probabilidade e por isso ele afirmou que podia até dar jeito modelar
as coisas assim ,mas que não acreditva que o Grande Arquitecto,
jogava aos dados.
Esta ideia dele mostra como ele era um fisico mesmo, e não um idota
qq que brincava com formulas.
Mostra que ele destinguia o que é um MODELO daquilo que é a Realidade.
Nós não podemos saber em que estado está o sistema antes de o
observarmos, não podemos prever o estado observável mas isso não
significa que o sistema não tenha um.
A MQ é indetemrinista no sentido que não prevê o estado que vamos
observar, mas não implica em que o mundo/universo seja uma
brincadeira aleatória de um qq deus.
A MQ é uma teoria fisica, e como tal baseia-se na integridade dos
sistemas fisicos e das leis que os governam.
A Fisica, como ciencia exacta, é baseada na repetibilidade e na
medição. E a MQ como ramo da fisica, segue os mesmos principios.

Eu acho triste que se ensine todas as formulas,mas não se ensine que
elas são MODELOS e não realidades absolutas, incontronáveis e
vinculativas.

[]

Sérgio Taborda




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/03/2002 10:50

----- Original Message -----
From: "sergiotaborda"
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, March 22, 2002 8:56 AM
Subject: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger

Caro Sérgio

Numa das mensagens anteriores, questionado creio que pelo Eduardo...

> > A moeda cai de um lado por definicao.
> > Independente de estar sendo observada. O outro lado continua la' apos
> > a queda.

... respondestes:

> Continua ? Como sabes ? Estás a vê-lo ? Estás a Observá-lo?
> Não estás. Portanto, dentro dos cânones da MQ não podes dizer que está lá.
> A MQ é muito piquinhas (se usa esse termo ai?) com o que é Observável e o
> que não é. É a base de toda a matemática da MQ. E é para isso que serve o
> Gato na caixa.

Agora, após tributares uma certa apologia à MQ, afirmas o seguinte:

> A Fisica, como ciencia exacta, é baseada na repetibilidade e na
> medição. E a MQ como ramo da fisica, segue os mesmos principios.

Ora, quero crer que o Eduardo assumiu a regra da repetibilidade quando
afirmou que "o outro lado da moeda continuava lá". Ou não? Assim como
estamos certos de que o Sol "provavelmente" nascerá amanhã. E a física
realmente apóia-se nessa regra, o método científico apóia-se nesta regra, e
o laboratorista acredita que o aquilo que faz em laboratório está sujeito a
essa regra, pois do contrário poderíamos aposentar todos os cientistas
experimentais. Mas, "se dentro dos cânones da MQ não podemos dizer o que
está lá", e esse estar lá é algo assumido como a apoiar-se na regra da
repetibilidade, não consigo ver consistência no seu argumento acima e a
defender a MQ. Afinal, a regra é válida apenas quando atende a nossas
conveniências?!!! Nem mesmo Bohr, nem mesmo Einstein, nem mesmo Schrödinger,
nem mesmo Planck, nem mesmo Heisenberg e nem mesmo Dirac defenderam a MQ com
tanta paixão. Pois todos eles assumiram as inúmeras inconsistências próprias
à metodologia da teoria quântica e somente não a abandonaram porque não
visualizaram outra saída. E conquanto a MQ tenha evoluído desde então, não
me parece que nada de cunho metodológico tenha sido introduzido com a
finalidade de reduzir tais inconsistências.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] definições
FROM: "Alexandre M." <alex@energias.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/03/2002 11:01

Obrigado Stafusa,

Pelo jeito não é uma informação muito acessível. Fuçando na NET, para minha
surpresa, descobri isso da pior forma.

Vou ver o que acho sobre o livro,

SDS,

ASM



----- Original Message -----
From: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, March 21, 2002 8:11 PM
Subject: Re: [ciencialist] definições


A referência que parece existir nesse assunto, pelo que consegui obter
com um amigo matemático (aqui da UFPR) é:

Suppes, P., Introduction to Logic (van Nostrand, Princeton, 1957)

E ele fez o seguinte comentário:

"Em filosofia (especulativa) eh comum o pessoal dizer que ha certas
regras para definicoes. Por exemplo, uma das regras diz que uma
definicao nao pode ser vaga. Mas as definicoes que se usam em matematica
sao comumente definicoes no sentido de Lesniewski. O problema eh que o
pessoal nao conhece a teoria de Lesniewski."

O livro que cito acima trataria (também) dessa tal teoria de
Lesniewski, que seria a única teoria matemática que trata de definições.

Não sei nada sobre o assunto, mas confio na fonte.

Abraços,
Stafusa





SUBJECT: Re: Gato de Schrodinger
FROM: "dudutorres" <eftf@gbl.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/03/2002 12:17

Nao ia voltar ao tema, mas nao resisto a comentar:

> Não me lembro de nenhum experiencia que mostre que a dualidade
> particula-onda, existe. E não me venha com a especiencia dos
> electrões e o microscopio electronico porque isso apenas demonstra
> que "um feixe de electrões se comporta com um feixe de luz. criando
> figuras de interferencia"
> Nada mais.

Nada mais, Sergio? Uma particula q apresenta propriedades de onda?
Uma particula q atirada uma a uma atraves de duas fendas parece
atravessar as duas simultaneamente e interferir com ela mesma criando
padroes de interferencia na placa detectora como se fosse uma onda?
Isso e' inteiramente inexplicavel pela mecanica classica!

Isso e' uma prova da dualidade onda-particula e e' um fenomeno
unicamente explicavel pela Mecanica Quantica!

E na mecanica classica nao ha' qq problema em medir-se
simultaneamente posicao e momento de uma particula, mas isso e'
impossivel na realidade segundo a mecanica quantica. A medicao da
posicao afeta o momento e vice-versa. Esse fato, o principio da
incerteza de Heisenberg, e' incompreensivel pela mecanica classica
newtoniana. Isso quer dizer q se eu sei o momento de uma particula,
nao ha' uma posicao fixa para ela no espaco (x,y,z). Ha' apenas uma
funcao de probabilidade de onde ela esta'. E isso independe do metodo
de medicao. E' uma realidade fisica. Como a Mecanica Classica explica
isso? Nao parece esoterico (com s) pra vc? Parece para os maiores
fisicos dos ultimos 80 anos!

;-)


>
> O problema é que baseiam vossas afirmações nos primordios da MQ
> quando ela ainda era bebê, ha quase um seculo atrás. Hoje ela tem
uma
> estrutura sólida, compreensivel sem qq apelo ao misticismo ou
> fenómenos paranormais de dualidade.
>
> A resposta à pergunta do Schrodinger "Qual é estado dos sistema
antes
> dele ser observado" é simplesmente "Não sei!".
> Mas que eu não saiba não significa nem que ele não tenha um estado,
> nem que ele tenha todos os estados simultaneamente.
>
> []
>
> Sérgio Taborda

Simultaneamente vivo e morto?

;-)

E' o velho adagio: Se vc nao fica inteiramente chocado pela Mecanica
Quantica, vc de fato nao entendeu nada de Mecanica Quantica!

;-)

Abs,
Eduardo Torres



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger
FROM: Carlos Cardoso <klingon@pobox.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/03/2002 12:27


> Nada mais, Sergio? Uma particula q apresenta propriedades de onda?
> Uma particula q atirada uma a uma atraves de duas fendas parece
> atravessar as duas simultaneamente e interferir com ela mesma criando
> padroes de interferencia na placa detectora como se fosse uma onda?
> Isso e' inteiramente inexplicavel pela mecanica classica!

Se isso é algo que ele acha perfeitamente normal, tenho medo do que
seria preciso para que a mão fosse ao queixo, seguido de um "estranho..."




--
Hoc volo, sic jubeo, sit pro ratione voluntas
[]s
Carlos Cardoso <cardoso@pobox.com>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger
FROM: "Eduardo Torres" <eftf@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/03/2002 13:01



>

> Isso não faz muito sentido. Eu não percebo muito de mecânica quântica
> mas acho que as ideias seguintes são razoáveis:
>
> - existem ondas-particulas que estão num estado de indefinição
> que resulta da sobreposição

Nesse caso o evento quantico e' a emissao radioativa. Ha' um componente
probabilstico nela. Schrondinger propoe uma fonte q, nas condicoes do teste,
tem exatamente 50% de chance de emitir uma particula radioativa em 1 hora.
Qual dos atomos fara' essa emissao? Nao se sabe.

>
> - quando estas ondas-particulas interferem com a matéria, a
> sobreposição desfaz-se e o sistema condensa num estado definido.

O atomo emissor esta' numa superposicao de estados.

>
> - um gato está sempre num estado definido porque as ondas-partículas
> do gato interferem umas com as outras causando aquilo que se chama
> uma observação. Logo o gato, ou está vivo ou está morto. Não há
> paradoxo.


Se o sistema como um todo fosse interligado mesmo, o gato estaria sim numa
superposicao de estados ate' ser observado. Esse e' o paradoxo. Por q um
paradoxo? Porque evidentemente o gato nao pode estar vivo e morto ao mesmo
tempo. A explicacao esta' , como disse no meu primeiro mail sobre isso, no
problema da medida, de qdo *de fato* conclui-se o evento quantico e *qdo*
ha' *de fato* a observacao. Supor q o gato esta' vivo *ou* morto e' trivial.
Nesse caso o evento esta' sendo considerado nao-quantico qdo chega ao gato.
E a observacao real, portanto, *nao* e' a abertura da caixa. O problema no
entanto permanece: Qual e' o momento real de observacao na experiencia do
Gato de Schrondinger?

>
> - supor que um gato possa estar numa sobreposição de estado é tão
> aceitavel como supor que todo o universo está igualmente numa
> sobreposição de estados. Porque é que o gato pode estar e o conjunto
> caixa, gato e observador não está?

O gato nao pode estar. Esse e' o paradoxo. Mas pq o gato nao pode estar? Por
q nao podemos interligar quanticamente todo o sistema? Onde esta' a falha de
raciocinio? Essa a pergunta feita por Schrondinger ao propor a experiencia.

>
> - Acho que a única forma de compatibizar tudo isto é supor que por
> alguma razão os sistemas grandes condensam num estado definido.
>
> --
> joão



A unica forma de compatibilizar tudo e' termos clareza de *qdo e como* se
da' a observacao quantica em sistemas macroscopicos. Nao ha' consenso na
fisica sobre isso. E' chamado de 'problema da medida

Abs,
Eduardo Torres



SUBJECT: Deus nao joga dados? (ex- Gato de Schrodinger)
FROM: "dudutorres" <eftf@gbl.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/03/2002 13:02

(...)

> Eisntein, estava preocupado com Psi ser uma densidade de
> probabilidade e por isso ele afirmou que podia até dar jeito
modelar
> as coisas assim ,mas que não acreditva que o Grande Arquitecto,
> jogava aos dados.
> Esta ideia dele mostra como ele era um fisico mesmo, e não um idota
> qq que brincava com formulas.
> Mostra que ele destinguia o que é um MODELO daquilo que é a
Realidade.>

(...)

Eu acho triste que se ensine todas as formulas,mas não se ensine que
> elas são MODELOS e não realidades absolutas, incontronáveis e
> vinculativas.
>
> []
>
> Sérgio Taborda

Traduzi canhestramente um texto interessante sobre a citada opiniao
de Einstein (e do Sergio) sobre a MQ, qdo ele disse (e Sergio
concordou) q essa teoria devia estar errada no fundo, sendo apenas um
modelo nao realista, pois, evidentemente, 'Deus nao joga dados':

"Einstein estava muito infeliz sobre esta aparente aleatoriedade da
natureza. Sua posicao foi resumida em sua frase famosa: ' Deus nao
joga dados'. Ele parecia sentir que a incerteza era
algo provisório: que deveria haver uma realidade subjacente na qual
partículas teriam posições e velocidades bem definidas, de acordo com
leis deterministicas, no melhor espírito de Laplace. Isto poderia ser
uma realidade conhecida por Deus, mas a natureza quantica da luz nos
impediria de ve-la, como atraves de um vidro escuro. A visão de
Einstein era o que seria chamado agora de uma 'teoria de variável
escondida'. Teorias de variáveis escondidas parecem ser o mais óbvio
modo de incorporar o Princípio da Incerteza na Fisica Classica. Elas
formam a base de um quadro mental do universo acreditado por muitos
cientistas, e por quase todos filósofos de ciência. Mas estas teorias
de variáveis escondidas estão erradas. O físico britânico John Bell,
que morreu recentemente, criou um teste experimental que distinguiria
variáveis escondidas. Quando a experiência foi levada a cabo
cuidadosamente, os resultados eram incompatíveis com variáveis
escondidas. Assim, parece que ate' Deus e' limitado pelo Princípio da
Incerteza, e não pode saber ao mesmo tempo a posição e a velocidade
de uma partícula. Deus joga dados com o universo. Toda a evidência o
aponta inclusive como um jogador inveterado, que lança os dados em
toda possível ocasião."

O autor? Stephen Hawking, considerado o maior fisico teorico vivo,
para muitos de seus pares do mesmo nivel de Einstein, professor do
Depto de Matematica e Fisica Teorica da Universidade de Cambridge e
titular da famosa e exclusiva cadeira Lucasiana de Matematica da
universidade, q ja' pertenceu a Newton.

Nao me parece um 'idiota q brinca com formulas'.

(Quem quiser ler a integra da palestra e' so' ir no site

http://www.hawking.org.uk/lectures/dice.html )

Abs,
Eduardo Torres



SUBJECT: GOVERNO ADMITE O TRAFICO DE ORGAOS
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <faroljuridico@yahoogroups.com>, <estudantes-de-direito@yahoogrupos.com.br>, <direito-penal@yahoogroups.com>, <advogado@yahoogrupos.com.br>
CC: Sociologia Jurídica <sociologia.ucsal@grupos.com.br>, <pucrs-direito@yahoogrupos.com.br>, <politica-br@yahoogrupos.com.br>, <policia-livre@grupos.com.br>, <mestrado_direito_pucrs@yahoogroups.com>, <Justica@yahoogrupos.com.br>, <juristas-l@yahoogrupos.com.br>, <infancia-eca@yahoogroups.com>, <ibap-biodireito@yahoogroups.com>, <forum-social@yahoogroups.com>, <direitobrasil@grupos.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, <biodireitopucrs@yahoogroups.com>, <amazonas@yahoogrupos.com.br>, <RedePraxis@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/03/2002 13:04

Direito_Saúde e Bioética -- 22.03.2002
______________________________


O tráfico se seres humanos e o tráfico de órgãos humanos
apenas perdem para o tráfico de drogas,
movimentando por ano 7 bilhões de dólares.



No que respeita ao tráfico de órgãos humanos VITAIS
ele APENAS pode ocorrer em uma UTI hospitalar, isso
não considerando o FATO de que todo transplante
de órgãos vitais únicos NECESSARIAMENTE repousa
em uma FALSA DECLARAÇÃO DO MOMENTO
DA IRREVERSIBILIDADE DA MORTE
ENCEFÁLICA.


[]'s

Celso Galli Coimbra
OAB_RS 11.352
Porto Alegre

_____________________________________

GOVERNO ADMITE O TRÁFICO DE ÓRGÃOS


http://www.an.com.br/2001/dez/19/0pai.htm

A NOTÍCIA
13/12/2001

Governo lança programa
para combater tráfico de humanos


Este tipo de crime ocorre em seis Estados
e o principal mercado são
os países da Europa


O governo lançou ontem o Programa Nacional
de Prevenção e Combate ao Tráfico de Seres Humanos
para tentar acabar com o aliciamento de
mulheres para a prostituição no exterior.
Atualmente, segundo a Polícia Federal, este tipo
de crime ocorre em seis Estados do Brasil
e o principal mercado é a Europa (Espanha, Holanda,
Alemanha e Itália). Com o programa, o governo
pretende atingir, ainda, O TRÁFICO DE ÓRGÃOS
e o trabalho escravo.


"Hoje, em todo o mundo, este tipo de crime
movimenta em torno de US$ 7 bilhões por ano,
PERDENDO APENAS PARA O TRÁFICO DE DROGAS",
afirma a secretária nacional de Justiça, Elizabeth Sussekind.


"Em pleno século 21 não podemos mais aceitar
o tráfico de seres humanos",
alerta o ministro da Justiça, Aloysio Nunes Ferreira,
ao assinar o convênio feito entre os governos do Brasil,
Portugal - que vai dispor R$ 240 mil - e o Centro das
Nações Unidas para Prevenção
Internacional ao Crime (CICP).



A fase inicial do projeto custará em torno
de R$ 380 mil, uma quantia pequena para a dimensão
do problema no País. O novo programa vai ser
centralizado no Ministério da Justiça, mas pretende
abrigar todos os demais organismos do governo
que trabalham com esta questão. "Anteriormente
as atuações estavam fragmentadas, mas agora
pretendemos centralizar", afirma a secretária. "A primeira
providência será a de criar um banco de dados nacional."



O Brasil ainda não tem estatísticas seguras sobre
o tráfico de seres humanos, mas conseguiu identificar
o problema no Rio de Janeiro, Pará, Pernambuco,
Ceará, Espírito Santo e Goiás, onde há aliciamento
constante de mulheres para o exterior.
Hoje, a PF já tem abertos 1.500 inquéritos.


Até agora, segundo a PF, apenas o tráfico
de mulheres para o exterior
se enquadra no novo programa. "Muitas vezes
as famílias não querem que as meninas sejam
conhecidas como garotas de programa ou
prostitutas e, por isso, não denunciam
o tráfico à polícia", explica
a secretária.

---------------------------------------------------------------
CASO DE ESTUDANTE É ACOMPANHADO



Nenhum caso de retirada de órgãos humanos
foi comprovado pelas autoridades brasileiras,
mas um fato, ocorrido esta semana em Belo
Horizonte, chamou a atenção do Ministério da Justiça.



A estudante Thaís Leviane Braga, MORTA EM UM ACIDENTE
DE MOTO, no início do mês,
estava sem as vísceras e a massa encefálica.
"Com certeza, isso está estranho e estamos
acompanhando", afirmou a secretária Elizabeth
Sussekind.


Uma das alternativas do governo é atingir diretamente
as famílias das vítimas ou outros setores da sociedade,
como os caminhoneiros. A secretária ressalta que
haverá também um trabalho de conscientização
dos motoristas de caminhões que, normalmente,
participam do esquema interno de tráfico, mesmo
de forma indireta.


"Muitas vezes são eles que trazem as meninas
de carona para as cidades," diz Elizabeth Sussekind.
O programa também irá trabalhar
diretamento com a Polícia
Internacional (Interpol).


=================================
ENDERECOS SOBRE TRANSPLANTES
E MORTE ENCEFÁLICA:
=================================
Nao se deixe enganar
pela propaganda transplantista.
===
INFORME-SE:
apenas a *Medicina Preventiva* de baixo custo
ja seria suficiente para evitar a necessidade de
80 % de transplantes previsiveis, com origem em declaracoes
de mortes encefalicas *antecipadas*
para fins de retirada de orgaos vitais.
===
ARTIGO:
"Falhas no Diagnostico da Morte Cerebral",
publicado na Revista CIENCIA HOJE,
número 161, junho de 2000:
http://www.uol.com.br/cienciahoje/chmais/pass/ch161/morte.pdf
===
ARTIGOS
cientificos no site da UNIFESP:
http://www.unifesp.br/dneuro/textos.htm
===
ARTIGO:
"Morte Encefalica"
http://www.unifesp.br/dneuro/mortencefalica.htm
===
DEMONSTRACAO
cientifica dos efeitos mortais do teste
da APNEIA, imposto pelo CFM para
declaracao da morte encefalica que
pretende diagnosticar:
http://www.unifesp.br/dneuro/apnea.htm
===
ARTIGO:
em ingles sobre a importancia da
*Penumbra Isquemica* para a declaracao
da morte encefalica:
http://www.unifesp.br/dneuro/brdeath.html
===
MANIFESTACOES PUBLICAS
da comunidade neurocientifica internacional
contraria aos criterios declaratorios
da morte encefalica.
NAO EH VERDADE QUE HA CONSENSO
internacional na declaracao de morte encefalica,
confirme o que dizem os neurocientistas em:
http://www.unifesp.br/dneuro/opinioes.htm
===
DEBATE
internacional da comunidade neurocientifica
sobre os erros declaratorios da morte encefalica
na Revista Cientifica BMJ:
http://www.bmj.com/cgi/eletters/320/7244/1266
===
PARA ler os artigos sobre
morte encefalica em Direito_Saude:
http://www.yahoogroups.com/files/direito_saude/
===
INSCRICAO, enviar mensagem em branco para:
direito_saude-subscribe@yahoogroups.com
===
PARA outras finalidades acessar
a pagina principal deste Grupo:
http://www.yahoogroups.com/group/direito_saude
===



---
Outgoing mail is certified Virus Free.
Checked by AVG anti-virus system (http://www.grisoft.com).
Version: 6.0.338 / Virus Database: 189 - Release Date: 14/3/2002


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: o homem
FROM: "Eduardo Torres" <eftf@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/03/2002 13:10

> Seria útil que todo aquele que saiba algo contra a obesidade, divulgue.
> Estamos muito longe de conseguir um número significativo de obesos
> compensados.
>
> []s
>
> Marco A. Andrade
> clave@speedy.com.ar


Aparentemente a tendencia a engordar foi selecionada. Quem nao tinha essa
tendencia tinha menos reservas e morria antes dos q tinham nos periodos de
fome. Depois de alguns milhoes de anos de selecao natural essa tendencia a
acumular reservas qdo de periodos de vacas gordas foi selecionada. So' ha'
pouco tempo, talvez pouco mais de 100 anos, q fartura de alimentos para
parcela significativa da populacao causou algum problema devido a essa
caracteristica.

Mas no's sabemos q ser gordo nao e' bom. Podemos perfeitamente tomar uma
decisao consciente de lutar contra nossos gens e sermos magros assim mesmo.

Infelizmente exige forca de vontade. Eu mesmo peso 98 kg e tenho 1,78 m de
altura. 15 kg a menos nao me fariam mal. E nao faco exercicios. Felizmente
nao fumo ou seria um serio candidato a um enfarte.

;-)

Abs,
Eduardo Torres



SUBJECT: Re: Gato de Schrodinger
FROM: "dudutorres" <eftf@gbl.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/03/2002 13:27

E conquanto a MQ tenha evoluído desde então, não
> me parece que nada de cunho metodológico tenha sido introduzido com
a
> finalidade de reduzir tais inconsistências.
>
> [ ]´s
> Alberto


Disse tudo, Alberto. A Mecanica Quantica e' tao desconcertante e nao
intuitiva hoje como era nos anos 20/30. Tentou-se, durante mais de 80
anos, de todos os modos, mostrar q estava errada e q era um modelo
falho e incompativel com a realidade 'real' . Todas as experiencias
comprovaram q nao so' esta' certa, como e' um modelo acurado da
realidade. Quer gostemos disso ou nao. Quer q nosso 'bom senso
interior' se revolte com isso ou nao.

Einstein estava errado. Deus joga dados.

Abs,
Eduardo Torres





SUBJECT: Dualidade Onda-Particula (ex-Gato de Schrodinger)
FROM: "Eduardo Torres" <eftf@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/03/2002 13:41

> Quando ? Onde? Como ? por quem ?
> Qual é a experiencia que mostra isso. Qual ? Onde ? Como ? Por quem ?
> Bom, então não vai ser dificil me dizer que a fez.
>
> Sérgio Taborda
>

Caro Sergio,

Por favor abra a page de busca Google


http://www.google.com.br/search?q=duality+wave-particle+experiments+%2B+quan
tum+mechanics&hl=pt&btnG=Pesquisa+Google&lr=

e divirta-se.

Se nao abrir, faca uma busca em [duality wave-particle experiments + quantum
mechanics].

Tem cerca de 2400 sites descrevendo experiencias q demonstram a dualidade
onda-particula. De 1912 a 2001.

Abs,
Eduardo Torres



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger
FROM: "Eduardo Torres" <eftf@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/03/2002 13:55

> Lê o link.
> http://www.uwm.edu/~norbury/qma/qma.html
>
> []
>
> Sérgio Taborda


Li. Trata-se de um dm draft incompleto sobre MQ feito por um certo professor
John W. Norbury da Universidade de Wisconsin.

Nao me disse muita coisa.

Estou supondo q vc considera o Dr. Norbury uma fonte mais confiavel q
Stephen Hawking, embora nao tenha visto nada no site de Norbury q negue a
dualidade onda-particula.

Tudo bem , posso ter me perdido no texto de fisica teorica.

Por isso prefiro nesse caso as palestras de Hawking feitas p/ um publico
mais amplo. Sao mais claras e didaticas.

Arrange por favor um texto mais claro de um fisico de destaque defendendo
suas ideias heterodoxas sobre a MQ.


Abs,
Eduardo Torres



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger
FROM: "Eduardo Torres" <eftf@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/03/2002 13:58

> Mas se você concorda que a observação se dá a um nível mais baixo que
> o nível do gato, porque raio é que você defende que há paradoxo?
>
> Isso é que é paradoxal...
>
> --
> joão


Onde e' a fronteira? Nao e' o gato. E' onde? No contador Geiger? Por q o
Geiger pode ser fronteira e o Gato nao? ESSE e' o paradoxo. O q constitui a
'observacao'?

Abs,
Eduardo Torres



SUBJECT: Re: [ciencialist] GOVERNO ADMITE O TRAFICO DE ORGAOS
FROM: Jo�o M�rio Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/03/2002 15:28

Come�o a perder a paciencia para estes emails.
Essa not�cia mistura tr�fico de org�os e tr�fico de seres
humanos numa �nica categoria. Claro que tr�fico de seres
humanos � um facto comprovado e o tr�fico de �rg�os n�o.
Isso faz com que a frase:

> O tr�fico se seres humanos e o tr�fico de �rg�os humanos
> apenas perdem para o tr�fico de drogas,
> movimentando por ano 7 bilh�es de d�lares.

seja verdadeira. Para se ser mais explicito devia-se, no
entanto dizer:

O tr�fico se seres humanos apenas perde para o tr�fico de drogas,
movimentando por ano 7 bilh�es de d�lares. O tr�fico de
�rg�os humanos � um mito e n�o movimenta dinheiro nenhum.

Joao
http://www.nonio.com

Celso Galli Coimbra wrote:
>
> Direito_Sa�de e Bio�tica -- 22.03.2002
> ______________________________
>
> O tr�fico se seres humanos e o tr�fico de �rg�os humanos
> apenas perdem para o tr�fico de drogas,
> movimentando por ano 7 bilh�es de d�lares.
>
> No que respeita ao tr�fico de �rg�os humanos VITAIS
> ele APENAS pode ocorrer em uma UTI hospitalar, isso
> n�o considerando o FATO de que todo transplante
> de �rg�os vitais �nicos NECESSARIAMENTE repousa
> em uma FALSA DECLARA��O DO MOMENTO
> DA IRREVERSIBILIDADE DA MORTE
> ENCEF�LICA.
>
> []'s
>
> Celso Galli Coimbra
> OAB_RS 11.352
> Porto Alegre
>
> _____________________________________
>
> GOVERNO ADMITE O TR�FICO DE �RG�OS
>
> http://www.an.com.br/2001/dez/19/0pai.htm
>
> A NOT�CIA
> 13/12/2001
>
> Governo lan�a programa
> para combater tr�fico de humanos
>
> Este tipo de crime ocorre em seis Estados
> e o principal mercado s�o
> os pa�ses da Europa
>
> O governo lan�ou ontem o Programa Nacional
> de Preven��o e Combate ao Tr�fico de Seres Humanos
> para tentar acabar com o aliciamento de
> mulheres para a prostitui��o no exterior.
> Atualmente, segundo a Pol�cia Federal, este tipo
> de crime ocorre em seis Estados do Brasil
> e o principal mercado � a Europa (Espanha, Holanda,
> Alemanha e It�lia). Com o programa, o governo
> pretende atingir, ainda, O TR�FICO DE �RG�OS
> e o trabalho escravo.
>
> "Hoje, em todo o mundo, este tipo de crime
> movimenta em torno de US$ 7 bilh�es por ano,
> PERDENDO APENAS PARA O TR�FICO DE DROGAS",
> afirma a secret�ria nacional de Justi�a, Elizabeth Sussekind.
>
> "Em pleno s�culo 21 n�o podemos mais aceitar
> o tr�fico de seres humanos",
> alerta o ministro da Justi�a, Aloysio Nunes Ferreira,
> ao assinar o conv�nio feito entre os governos do Brasil,
> Portugal - que vai dispor R$ 240 mil - e o Centro das
> Na��es Unidas para Preven��o
> Internacional ao Crime (CICP).
>
> A fase inicial do projeto custar� em torno
> de R$ 380 mil, uma quantia pequena para a dimens�o
> do problema no Pa�s. O novo programa vai ser
> centralizado no Minist�rio da Justi�a, mas pretende
> abrigar todos os demais organismos do governo
> que trabalham com esta quest�o. "Anteriormente
> as atua��es estavam fragmentadas, mas agora
> pretendemos centralizar", afirma a secret�ria. "A primeira
> provid�ncia ser� a de criar um banco de dados nacional."
>
> O Brasil ainda n�o tem estat�sticas seguras sobre
> o tr�fico de seres humanos, mas conseguiu identificar
> o problema no Rio de Janeiro, Par�, Pernambuco,
> Cear�, Esp�rito Santo e Goi�s, onde h� aliciamento
> constante de mulheres para o exterior.
> Hoje, a PF j� tem abertos 1.500 inqu�ritos.
>
> At� agora, segundo a PF, apenas o tr�fico
> de mulheres para o exterior
> se enquadra no novo programa. "Muitas vezes
> as fam�lias n�o querem que as meninas sejam
> conhecidas como garotas de programa ou
> prostitutas e, por isso, n�o denunciam
> o tr�fico � pol�cia", explica
> a secret�ria.
>
> ---------------------------------------------------------------
> CASO DE ESTUDANTE � ACOMPANHADO
>
> Nenhum caso de retirada de �rg�os humanos
> foi comprovado pelas autoridades brasileiras,
> mas um fato, ocorrido esta semana em Belo
> Horizonte, chamou a aten��o do Minist�rio da Justi�a.
>
> A estudante Tha�s Leviane Braga, MORTA EM UM ACIDENTE
> DE MOTO, no in�cio do m�s,
> estava sem as v�sceras e a massa encef�lica.
> "Com certeza, isso est� estranho e estamos
> acompanhando", afirmou a secret�ria Elizabeth
> Sussekind.
>
> Uma das alternativas do governo � atingir diretamente
> as fam�lias das v�timas ou outros setores da sociedade,
> como os caminhoneiros. A secret�ria ressalta que
> haver� tamb�m um trabalho de conscientiza��o
> dos motoristas de caminh�es que, normalmente,
> participam do esquema interno de tr�fico, mesmo
> de forma indireta.
>
> "Muitas vezes s�o eles que trazem as meninas
> de carona para as cidades," diz Elizabeth Sussekind.
> O programa tamb�m ir� trabalhar
> diretamento com a Pol�cia
> Internacional (Interpol).
>
> =================================
> ENDERECOS SOBRE TRANSPLANTES
> E MORTE ENCEF�LICA:
> =================================
> Nao se deixe enganar
> pela propaganda transplantista.
> ===
> INFORME-SE:
> apenas a *Medicina Preventiva* de baixo custo
> ja seria suficiente para evitar a necessidade de
> 80 % de transplantes previsiveis, com origem em declaracoes
> de mortes encefalicas *antecipadas*
> para fins de retirada de orgaos vitais.
> ===
> ARTIGO:
> "Falhas no Diagnostico da Morte Cerebral",
> publicado na Revista CIENCIA HOJE,
> n�mero 161, junho de 2000:
> http://www.uol.com.br/cienciahoje/chmais/pass/ch161/morte.pdf
> ===
> ARTIGOS
> cientificos no site da UNIFESP:
> http://www.unifesp.br/dneuro/textos.htm
> ===
> ARTIGO:
> "Morte Encefalica"
> http://www.unifesp.br/dneuro/mortencefalica.htm
> ===
> DEMONSTRACAO
> cientifica dos efeitos mortais do teste
> da APNEIA, imposto pelo CFM para
> declaracao da morte encefalica que
> pretende diagnosticar:
> http://www.unifesp.br/dneuro/apnea.htm
> ===
> ARTIGO:
> em ingles sobre a importancia da
> *Penumbra Isquemica* para a declaracao
> da morte encefalica:
> http://www.unifesp.br/dneuro/brdeath.html
> ===
> MANIFESTACOES PUBLICAS
> da comunidade neurocientifica internacional
> contraria aos criterios declaratorios
> da morte encefalica.
> NAO EH VERDADE QUE HA CONSENSO
> internacional na declaracao de morte encefalica,
> confirme o que dizem os neurocientistas em:
> http://www.unifesp.br/dneuro/opinioes.htm
> ===
> DEBATE
> internacional da comunidade neurocientifica
> sobre os erros declaratorios da morte encefalica
> na Revista Cientifica BMJ:
> http://www.bmj.com/cgi/eletters/320/7244/1266
> ===
> PARA ler os artigos sobre
> morte encefalica em Direito_Saude:
> http://www.yahoogroups.com/files/direito_saude/
> ===
> INSCRICAO, enviar mensagem em branco para:
> direito_saude-subscribe@yahoogroups.com
> ===
> PARA outras finalidades acessar
> a pagina principal deste Grupo:
> http://www.yahoogroups.com/group/direito_saude
> ===
>
>
> ---
> Outgoing mail is certified Virus Free.
> Checked by AVG anti-virus system (http://www.grisoft.com).
> Version: 6.0.338 / Virus Database: 189 - Release Date: 14/3/2002
>
> [As partes desta mensagem que n�o continham texto foram removidas]
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos � sujeito �s regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html

--
jo�o
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: GOVERNO ADMITE O TRAFICO DE ORGAOS
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/03/2002 16:33

Vais ver ter que revisar essa posi��o em breve,
com ou sem paci�ncia.


Celso Galli Coimbra


----- Original Message -----
From: "Jo�o M�rio Miranda" <jmiranda@explicacoes.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, March 22, 2002 3:28 PM
Subject: Re: [ciencialist] GOVERNO ADMITE O TRAFICO DE ORGAOS


Come�o a perder a paciencia para estes emails.
Essa not�cia mistura tr�fico de org�os e tr�fico de seres
humanos numa �nica categoria. Claro que tr�fico de seres
humanos � um facto comprovado e o tr�fico de �rg�os n�o.
Isso faz com que a frase:

> O tr�fico se seres humanos e o tr�fico de �rg�os humanos
> apenas perdem para o tr�fico de drogas,
> movimentando por ano 7 bilh�es de d�lares.

seja verdadeira. Para se ser mais explicito devia-se, no
entanto dizer:

O tr�fico se seres humanos apenas perde para o tr�fico de drogas,
movimentando por ano 7 bilh�es de d�lares. O tr�fico de
�rg�os humanos � um mito e n�o movimenta dinheiro nenhum.

Joao
http://www.nonio.com

Celso Galli Coimbra wrote:
>
> Direito_Sa�de e Bio�tica -- 22.03.2002
> ______________________________
>
> O tr�fico se seres humanos e o tr�fico de �rg�os humanos
> apenas perdem para o tr�fico de drogas,
> movimentando por ano 7 bilh�es de d�lares.
>
> No que respeita ao tr�fico de �rg�os humanos VITAIS
> ele APENAS pode ocorrer em uma UTI hospitalar, isso
> n�o considerando o FATO de que todo transplante
> de �rg�os vitais �nicos NECESSARIAMENTE repousa
> em uma FALSA DECLARA��O DO MOMENTO
> DA IRREVERSIBILIDADE DA MORTE
> ENCEF�LICA.
>
> []'s
>
> Celso Galli Coimbra
> OAB_RS 11.352
> Porto Alegre
>
> _____________________________________
>
> GOVERNO ADMITE O TR�FICO DE �RG�OS
>
> http://www.an.com.br/2001/dez/19/0pai.htm
>
> A NOT�CIA
> 13/12/2001
>
> Governo lan�a programa
> para combater tr�fico de humanos
>
> Este tipo de crime ocorre em seis Estados
> e o principal mercado s�o
> os pa�ses da Europa
>
> O governo lan�ou ontem o Programa Nacional
> de Preven��o e Combate ao Tr�fico de Seres Humanos
> para tentar acabar com o aliciamento de
> mulheres para a prostitui��o no exterior.
> Atualmente, segundo a Pol�cia Federal, este tipo
> de crime ocorre em seis Estados do Brasil
> e o principal mercado � a Europa (Espanha, Holanda,
> Alemanha e It�lia). Com o programa, o governo
> pretende atingir, ainda, O TR�FICO DE �RG�OS
> e o trabalho escravo.
>
> "Hoje, em todo o mundo, este tipo de crime
> movimenta em torno de US$ 7 bilh�es por ano,
> PERDENDO APENAS PARA O TR�FICO DE DROGAS",
> afirma a secret�ria nacional de Justi�a, Elizabeth Sussekind.
>
> "Em pleno s�culo 21 n�o podemos mais aceitar
> o tr�fico de seres humanos",
> alerta o ministro da Justi�a, Aloysio Nunes Ferreira,
> ao assinar o conv�nio feito entre os governos do Brasil,
> Portugal - que vai dispor R$ 240 mil - e o Centro das
> Na��es Unidas para Preven��o
> Internacional ao Crime (CICP).
>
> A fase inicial do projeto custar� em torno
> de R$ 380 mil, uma quantia pequena para a dimens�o
> do problema no Pa�s. O novo programa vai ser
> centralizado no Minist�rio da Justi�a, mas pretende
> abrigar todos os demais organismos do governo
> que trabalham com esta quest�o. "Anteriormente
> as atua��es estavam fragmentadas, mas agora
> pretendemos centralizar", afirma a secret�ria. "A primeira
> provid�ncia ser� a de criar um banco de dados nacional."
>
> O Brasil ainda n�o tem estat�sticas seguras sobre
> o tr�fico de seres humanos, mas conseguiu identificar
> o problema no Rio de Janeiro, Par�, Pernambuco,
> Cear�, Esp�rito Santo e Goi�s, onde h� aliciamento
> constante de mulheres para o exterior.
> Hoje, a PF j� tem abertos 1.500 inqu�ritos.
>
> At� agora, segundo a PF, apenas o tr�fico
> de mulheres para o exterior
> se enquadra no novo programa. "Muitas vezes
> as fam�lias n�o querem que as meninas sejam
> conhecidas como garotas de programa ou
> prostitutas e, por isso, n�o denunciam
> o tr�fico � pol�cia", explica
> a secret�ria.
>
> ---------------------------------------------------------------
> CASO DE ESTUDANTE � ACOMPANHADO
>
> Nenhum caso de retirada de �rg�os humanos
> foi comprovado pelas autoridades brasileiras,
> mas um fato, ocorrido esta semana em Belo
> Horizonte, chamou a aten��o do Minist�rio da Justi�a.
>
> A estudante Tha�s Leviane Braga, MORTA EM UM ACIDENTE
> DE MOTO, no in�cio do m�s,
> estava sem as v�sceras e a massa encef�lica.
> "Com certeza, isso est� estranho e estamos
> acompanhando", afirmou a secret�ria Elizabeth
> Sussekind.
>
> Uma das alternativas do governo � atingir diretamente
> as fam�lias das v�timas ou outros setores da sociedade,
> como os caminhoneiros. A secret�ria ressalta que
> haver� tamb�m um trabalho de conscientiza��o
> dos motoristas de caminh�es que, normalmente,
> participam do esquema interno de tr�fico, mesmo
> de forma indireta.
>
> "Muitas vezes s�o eles que trazem as meninas
> de carona para as cidades," diz Elizabeth Sussekind.
> O programa tamb�m ir� trabalhar
> diretamento com a Pol�cia
> Internacional (Interpol).
>
> =================================
> ENDERECOS SOBRE TRANSPLANTES
> E MORTE ENCEF�LICA:
> =================================
> Nao se deixe enganar
> pela propaganda transplantista.
> ===
> INFORME-SE:
> apenas a *Medicina Preventiva* de baixo custo
> ja seria suficiente para evitar a necessidade de
> 80 % de transplantes previsiveis, com origem em declaracoes
> de mortes encefalicas *antecipadas*
> para fins de retirada de orgaos vitais.
> ===
> ARTIGO:
> "Falhas no Diagnostico da Morte Cerebral",
> publicado na Revista CIENCIA HOJE,
> n�mero 161, junho de 2000:
> http://www.uol.com.br/cienciahoje/chmais/pass/ch161/morte.pdf
> ===
> ARTIGOS
> cientificos no site da UNIFESP:
> http://www.unifesp.br/dneuro/textos.htm
> ===
> ARTIGO:
> "Morte Encefalica"
> http://www.unifesp.br/dneuro/mortencefalica.htm
> ===
> DEMONSTRACAO
> cientifica dos efeitos mortais do teste
> da APNEIA, imposto pelo CFM para
> declaracao da morte encefalica que
> pretende diagnosticar:
> http://www.unifesp.br/dneuro/apnea.htm
> ===
> ARTIGO:
> em ingles sobre a importancia da
> *Penumbra Isquemica* para a declaracao
> da morte encefalica:
> http://www.unifesp.br/dneuro/brdeath.html
> ===
> MANIFESTACOES PUBLICAS
> da comunidade neurocientifica internacional
> contraria aos criterios declaratorios
> da morte encefalica.
> NAO EH VERDADE QUE HA CONSENSO
> internacional na declaracao de morte encefalica,
> confirme o que dizem os neurocientistas em:
> http://www.unifesp.br/dneuro/opinioes.htm
> ===
> DEBATE
> internacional da comunidade neurocientifica
> sobre os erros declaratorios da morte encefalica
> na Revista Cientifica BMJ:
> http://www.bmj.com/cgi/eletters/320/7244/1266
> ===
> PARA ler os artigos sobre
> morte encefalica em Direito_Saude:
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> ===
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> ===
>
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> ---
> Outgoing mail is certified Virus Free.
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> Version: 6.0.338 / Virus Database: 189 - Release Date: 14/3/2002
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> [As partes desta mensagem que n�o continham texto foram removidas]
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Version: 6.0.342 / Virus Database: 189 - Release Date: 14/3/2002




SUBJECT: Re:[ciencialist] Re: Gato de Schrodinger
FROM: Fernando Santos <fcmts@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/03/2002 17:18



Ol�, S�rgio,


>Ela n�o � anti-intuitiva. As pessoas a que a tornam assim.


Algo s� pode ser anti-intuitivo por causa da intui��o das
pessoas, ou da maioria delas.


>A MQ � uma teoria fisica. Ela � um MODELO fisico para o estudo de
>sistemas fisicos. Sistema fisico � algo geral.


Concordo.


>Portanto abandone a ideia que a MQ � algo exot�rico.


Nunca tive essa id�ia.


>N�o � a verdade que a MQ se aplique apenas ao nivel microscopico. A
>supercondutividade se explica pela MQ aplicada ao que poderiamos
>chamar um macro sistema (atomos e moleculas).


Correto. Certos efeitos da MQ s�o aparentes macroscopicamente.
Melhor dizendo, muitos efeitos macrosc�picos s�o conseq��ncias de
efeitos microsc�picos. Mas duvido que se chegasse � MQ sem se analisar
o �tomo, pois � no mundo microsc�pico que podemos enxergar sua
necessidade mais claramente.


>Portanto abandone a ideia que a MQ � s� para os sistemas "pequeninos"
>A quest�o � s� que se aumenta muito o tamanho do sistema, as contas
>s�o inpratic�veis. Mas isso j� era assim na mecaninca classica de
>Newton.


Acontece que essas contas que s�o impratic�veis com a MQ
s�o reduzidas e pratic�veis com a mec�nica cl�ssica no mundo
macrosc�pico.


>Tb n�o � certo que a MQ se baseia na dualidade particula-onda.
>Repara que a fun��o de onda representa o sistema todo e n�o a
>particula sozinha. Pode representar a particula sozinha em casos
>particulares em que o sistema � a propria particula.
>A fun��o de onda de um atomo � a descri��o mecanica dos seus
>electr�es (e em fisica nuclear do nucle�es). E n�o � a onda que
>representa o atomo !


S�rgio, sinceramente, espero que voc� esteja certo. Essas
id�ias ir�o facilitar enormemente o estudo de F�sica.
N�o lembro de ter visto a manchete
F�SICA QU�NTICA DESMENTE DUALIDADE PART�CULA-ONDA
mas eu posso (devo) estar desatualizado.
Em todo caso, v� em http://www.google.com e pesquise por
"particle-wave duality" (com as aspas). Eu encontrei 1590 p�ginas.


>Ent�o sabemos que o sistema tem uma fun��o de estado que depende de x
>e de t, mas n�o sabemos qual �.
>Ent�o vamos MODELAR essa fun��o atrav�s da matem�tica da transformada
>de Fourier (que b�sicamente nos permite modelar qq coisa).
>Esta transformada � baseada em senos e cosenos , ondas, no sentido
>classico-matem�tico do termo.
>Ent�o a fun��o de estado � uma fun��o de onda, e a fun��o de onda, �
>a fun��o de estado.
>
>Sabido isto, e usando alguns pensamentos/postulados , chegamos a uma
>equa��o para todos os sistemas mec�nicos. A eq de Schrodinger.
>E com ela resolvemos o problema de saber qual a fun��o de onda para
>determinado sistema.
>
>Resolvido o problema, a fun��o de onda nos d� toda a informa��o sobre
>o nosso sistema, os estados, a probabilidade de cada um, a energia de
>cada estado, etc...


Com a breve passagem "e usando alguns pensamentos/postulados"
voc� est� exageradamente simplificando a explica��o, justo no ponto
crucial.


>A se me dizes que a teoria de galileu da relatividade � contra
>intuitiva eu terei de te dizer que a estudes melhor. O mesmo para a
>MQ ou qq teoria fisica.


Voc� n�o pode comparar as limita��es dos outros com seus dotes.
N�o � justo.


>O quantum de energia vem da Fisica estatistica, estatistica de Bose-
>Eisntein, Plank, efeito foto-electrico, etc.
>p=Hk (H � a constante de plank sobre 2pi)
>MAS ao mesmo tempo p=mv
>Daqui s�o determinados operadores. p= - iHd/dx
>A energia cin�tica � apenas T=p�/2m , tal e qual � classicamente.
>(estou a limitar-me � MQ classica por agora)
>
>e portanto o operador � T=-(H�/2m) d�/dx�
>Se calhar isto lhe � familiar da equa��o :
>
>- (H�/2m) d�(psi)/dx� + V psi = E psi (a eq de Schrodinger)
>
>Pois � , � so assim.
>muito simples. Tlv demasiado simples, para quem pensa que a MQ tem
>algo de sobrenatural, de inantingivel.


O fato de se poder aplicar a F�sica estat�stica � MQ de modo
an�logo ao que se faz com a MC n�o significa muito nessa discuss�o.


>ONDE no problema do gato est� a dualidade onda-particula ?
>O gato nem � uma particula, quanto mais uma onda. Ele nem sequer se
>mexe!


N�o est� no gato. Est� na part�cula radiotiva. Na verdade,
n�o vejo no problema do gato nenhum paradoxo. Apenas que a nossa
capacidade descritiva/preditiva � diferente no mundo micro e
macrosc�pico.


>Esse "efeitos" de que falas, n�o existem.
>Num atomo o electr�o que est� na orbita n=1 n�o interfere com o que
>est� na orbita n=2
>S� existe "correla��o" se assim podemos chamar para o mesmo estado.
>Mas mesmo ai, n�o � o mesmo estado. Dois electr�es na mesma orbital
>n�o t�m o mesmo estado quantico (Principio de Pauli)


N�o me lembro muito bem (s�o 10 anos passados), mas voc�
pode ter alguma raz�o aqui. Vou dar uma pesquisada.


>Quais experiencias ?
>N�o me lembro de nenhum experiencia que mostre que a dualidade
>particula-onda, existe. E n�o me venha com a especiencia dos
>electr�es e o microscopio electronico porque isso apenas demonstra
>que "um feixe de electr�es se comporta com um feixe de luz. criando
>figuras de interferencia"
>Nada mais.


Nos links que surgirem no Google supra citado voc� vai
encontrar muito material.


>O problema � que baseiam vossas afirma��es nos primordios da MQ
>quando ela ainda era beb�, ha quase um seculo atr�s. Hoje ela tem uma
>estrutura s�lida, compreensivel sem qq apelo ao misticismo ou
>fen�menos paranormais de dualidade.


A dualidade n�o tem nada de m�stica. Por�m, ela � paranormal
no �mbito da F�sica cl�ssica.


>A resposta � pergunta do Schrodinger "Qual � estado dos sistema antes
>dele ser observado" � simplesmente "N�o sei!".
>Mas que eu n�o saiba n�o significa nem que ele n�o tenha um estado,
>nem que ele tenha todos os estados simultaneamente.
>
>[]
>
>S�rgio Taborda


Vamos esquecer o gato, ok ? Acho que, de interessante, sobrou
a dualidade. Ningu�m est� suspeitando de que exista um gato zumbi.


Abra�o,
Fernando Santos




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/03/2002 18:39


>> Continua ? Como sabes ? Estás a vê-lo ? Estás a Observá-lo?
>> Não estás. Portanto, dentro dos cânones da MQ não podes dizer que está
lá.
>> A MQ é muito piquinhas (se usa esse termo ai?) com o que é Observável e
o
>> que não é. É a base de toda a matemática da MQ. E é para isso que serve o
>> Gato na caixa.

>Agora, após tributares uma certa apologia à MQ, afirmas o seguinte:

>> A Fisica, como ciencia exacta, é baseada na repetibilidade e na
>> medição. E a MQ como ramo da fisica, segue os mesmos principios.

>Ora, quero crer que o Eduardo assumiu a regra da repetibilidade quando
>afirmou que "o outro lado da moeda continuava lá". Ou não?
(..)
>Mas, "se dentro dos cânones da MQ não podemos dizer o que
>está lá", e esse estar lá é algo assumido como a apoiar-se na regra da
>repetibilidade, não consigo ver consistência no seu argumento acima e a
>defender a MQ.

Em outro mail, foi descrita a diferença entre o que se observa e o que "está
lá"
Ele disse que quando a moeda estava virada de um lado, o outro continua lá.
Ora, "moeda virada de um lado" é uma observação. "o outro continua lá" é uma
extrapolação.
Como é que sabes que continua lá ?

>Pois todos eles assumiram as inúmeras inconsistências próprias
>à metodologia da teoria quântica e somente não a abandonaram porque não
>visualizaram outra saída. E conquanto a MQ tenha evoluído desde então, não
>me parece que nada de cunho metodológico tenha sido introduzido com a
>finalidade de reduzir tais inconsistências.

Eu já te convidei muitas vezes a ver como a MQ de hoje não tem nada a ver
com as "inconsistencias" do principio do seculo passado.
Por exemplo http://www.uwm.edu/~norbury/qma/qma.html não é mau.
Procurar pelos principio da MQ ,e ver se está lá alguam dessas
"inconsistencias" de que falas.
Lê tudo, e vê se no fim ainda tens a mesma ideia da MQ.
Lê sobretudo a parte dos postulados, sobretudo o 1.

Para que não digam que stou inventando as coisas...

A mim não me interessa que o Bohr ,o Dirac, etc... ou qq outro não
entendesse o que está em causa, já passaram quase 100 anos depos isso.

Já agora, leiam todos, a ver se eu poupo na escrita.

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda

"Às vezes a leitura é um modo engenhoso de evitar o pensamento"
A.Help- Historiador



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/03/2002 18:48


>> Não me lembro de nenhum experiencia que mostre que a dualidade
>> particula-onda, existe. E não me venha com a especiencia dos
>> electrões e o microscopio electronico porque isso apenas demonstra
>> que "um feixe de electrões se comporta com um feixe de luz. criando
>> figuras de interferencia"
>> Nada mais.

>Nada mais, Sergio? Uma particula q apresenta propriedades de onda?
>Uma particula q atirada uma a uma atraves de duas fendas parece
>atravessar as duas simultaneamente e interferir com ela mesma criando
>padroes de interferencia na placa detectora como se fosse uma onda?
>Isso e' inteiramente inexplicavel pela mecanica classica!

ISSO NUNCA FOI OBSERVADO!

Nunca foi observada uma unica particula a criar interferencia.
Aliás é dito nos livros que se dimuires a frequencia do feixe o padrão
desaparece.

O que cria padrões de interferencia é um FEIXE de particulas.
E para um feixe é normal que assim seja.

>Isso e' uma prova da dualidade onda-particula e e' um fenomeno
>unicamente explicavel pela Mecanica Quantica!

O problema é que isso nunca foi observado.

>E na mecanica classica nao ha' qq problema em medir-se
>simultaneamente posicao e momento de uma particula, mas isso e'
>impossivel na realidade segundo a mecanica quantica.

Isso não é impossivel. Apenas que um dos resultados estará errado.

>A medicao da posicao afeta o momento e vice-versa.

Não. Isso é errado.

>Esse fato, o principio da incerteza de Heisenberg, e' incompreensivel pela
mecanica classica
>newtoniana.

Não, não é.
O Principio de Incerteza é puramente matemático. (ver o link que deixei ao
Alberto)
Deriva da estatistica CLASSICA!

> Isso quer dizer q se eu sei o momento de uma particula,
>nao ha' uma posicao fixa para ela no espaco (x,y,z).

Não, isso é errado.
A particula tem uma posição sim, o problema é que o erro na determinação
dessa posição é porporcional à certeza do momento.

Ler o que escrevi sobre isso ainda no outro dia:
http://groups.google.com/groups?hl=pt&threadm=a7b10v%24frv%241%40venus.telep
ac.pt&prev=/groups%3Fq%3Dpt.ciencia.geral%26hl%3Dpt%26sa%3DN%26tab%3Dwg

>Ha' apenas uma
>funcao de probabilidade de onde ela esta'. E isso independe do metodo
>de medicao. E' uma realidade fisica.

NÂO É UMA REALIDADE FISICA. É algo que deriva do MODELO.

>Como a Mecanica Classica explica
>isso? Nao parece esoterico (com s) pra vc? Parece para os maiores
>fisicos dos ultimos 80 anos!

Tens a certeza ? lê o texto que deixei ao Alberto.

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda

"Às vezes a leitura é um modo engenhoso de evitar o pensamento"
A.Help- Historiador



SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus nao joga dados? (ex- Gato de Schrodinger)
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/03/2002 18:57


>Traduzi canhestramente um texto interessante sobre a citada opiniao
>de Einstein (e do Sergio) sobre a MQ, qdo ele disse (e Sergio
>concordou) q essa teoria devia estar errada no fundo, sendo apenas um
>modelo nao realista, pois, evidentemente, 'Deus nao joga dados':

Eu NÂO concordei com isso. A Teoria não está errada, ela é apenas um MODELO.
Limitado. Como todos os modelos fisicos.

>"Einstein estava muito infeliz sobre esta aparente aleatoriedade da
>natureza. Sua posicao foi resumida em sua frase famosa: ' Deus nao
>joga dados'.

> Ele parecia sentir que a incerteza era
>algo provisório: que deveria haver uma realidade subjacente na qual
>partículas teriam posições e velocidades bem definidas, de acordo com
>leis deterministicas, no melhor espírito de Laplace. Isto poderia ser
>uma realidade conhecida por Deus, mas a natureza quantica da luz nos
>impediria de ve-la, como atraves de um vidro escuro. A visão de
>Einstein era o que seria chamado agora de uma 'teoria de variável
>escondida'. Teorias de variáveis escondidas parecem ser o mais óbvio
>modo de incorporar o Princípio da Incerteza na Fisica Classica.

Isso é teoria da treta. A fisica classica tb tem o PI, o problema é que não
tem quantificação para ele.

Como medes a velocidade e a posição, simultanamente, de uma bala?


>O autor? Stephen Hawking, considerado o maior fisico teorico vivo,

Lamento discordar disso.

>para muitos de seus pares do mesmo nivel de Einstein,

Isso queria ele...

> professor do
>Depto de Matematica e Fisica Teorica da Universidade de Cambridge e
>titular da famosa e exclusiva cadeira Lucasiana de Matematica da
>universidade, q ja' pertenceu a Newton.

A inteligencia não se passa pelas cadeiras... se assim fosse não havia
pessuas burras.

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda

"Às vezes a leitura é um modo engenhoso de evitar o pensamento"
A.Help- Historiador



SUBJECT: Re: Re:[ciencialist] Re: Gato de Schrodinger
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/03/2002 19:20


> >Não é a verdade que a MQ se aplique apenas ao nivel microscopico. A
> >supercondutividade se explica pela MQ aplicada ao que poderiamos
> >chamar um macro sistema (atomos e moleculas).
>
>
> Correto. Certos efeitos da MQ são aparentes macroscopicamente.
> Melhor dizendo, muitos efeitos macroscópicos são conseqüências de
> efeitos microscópicos. Mas duvido que se chegasse à MQ sem se analisar
> o átomo, pois é no mundo microscópico que podemos enxergar sua
> necessidade mais claramente.

Chegou-se à MQ matemáticamente. Atomo foi só a gloria teorica que mostrou
que a MQ estava certa e era exacta nas predicções.
Nunca se estudou directamente um sistema "microscopico" como um electrão
isolado, por exemplo.
Isso veio depois : eq de Dirac.

> >Portanto abandone a ideia que a MQ é só para os sistemas "pequeninos"
> >A questão é só que se aumenta muito o tamanho do sistema, as contas
> >são inpraticáveis. Mas isso já era assim na mecaninca classica de
> >Newton.
>
> Acontece que essas contas que são impraticáveis com a MQ
> são reduzidas e praticáveis com a mecânica clássica no mundo
> macroscópico.

são ?
Um sistema a N corpos é tão dificil em MQ quanto em MC.
Lembresse que as equações são exactamente as mesmas, mas com as grandezas
como vectores.

Como msotrei mais abaixo, a eq de Schrondinger sai diractamente da defenição
de energia mecânica.

> >Tb não é certo que a MQ se baseia na dualidade particula-onda.
> >Repara que a função de onda representa o sistema todo e não a
> >particula sozinha. (..)

> Sérgio, sinceramente, espero que você esteja certo.

Pode crer que estou. lei o link que deixei ao Alberto.

>Essas
> idéias irão facilitar enormemente o estudo de Física.
> Não lembro de ter visto a manchete
> FÍSICA QUÂNTICA DESMENTE DUALIDADE PARTÍCULA-ONDA

Tb nunca vi o contrário.


> >Sabido isto, e usando alguns pensamentos/postulados , chegamos a uma
> >equação para todos os sistemas mecânicos. A eq de Schrodinger.
> >E com ela resolvemos o problema de saber qual a função de onda para
> >determinado sistema.
> >
> >Resolvido o problema, a função de onda nos dá toda a informação sobre
> >o nosso sistema, os estados, a probabilidade de cada um, a energia de
> >cada estado, etc...
>
>
> Com a breve passagem "e usando alguns pensamentos/postulados"
> você está exageradamente simplificando a explicação, justo no ponto
> crucial.

Bom, eu deduzi a eq depois. Mas os postulados são:
1) A energia mecanica é a soma da energia cinetica e potencial de um
sistema, E num sistema mecanico ela é a energia total do sistema.
2) p= Hk e E=Hw
3) Se os operadores p e E são válidos para todoa as funções de onda e todas
as funções de onda são comibnações se exp[i(kx-wt)] então, em particual são
válidos tb para esta função.

Y= exp[i(kx-wt)]

p = Hk

dY/dx = ik Y
iHdY/dx = - Hk Y = - p Y

então p Y = - i H dY/dx

o perador de momento é então : p = - i H d/dx
em 3D será p= -i H nabla

Faça o mesmo para obter w e chegue ao resultado

E = i H d/dt

O resto eu já escrevi e é só matemática.

> >A se me dizes que a teoria de galileu da relatividade é contra
> >intuitiva eu terei de te dizer que a estudes melhor. O mesmo para a
> >MQ ou qq teoria fisica.
>
>
> Você não pode comparar as limitações dos outros com seus dotes.
> Não é justo.

Não. Não é isso.
Se eu disser ao meu professor "Eu não entendi a relatividade de Galileu"
Ele não me responde "Não se preocupe, ninguem entende mesmo"
Ele responde "então estude melhor e pergunte-me se tiver duvidas"

Não se pode partir do principio que não ser intuitivo é correcto. A intuição
fisica é algo que se aprende.


> O fato de se poder aplicar a Física estatística à MQ de modo
> análogo ao que se faz com a MC não significa muito nessa discussão.

Não se aplica F. Estatisca à MQ.
Eu pelo menos não fiz naquela dedução do mail anterior.


> >ONDE no problema do gato está a dualidade onda-particula ?
> >O gato nem é uma particula, quanto mais uma onda. Ele nem sequer se
> >mexe!
>
> Não está no gato. Está na partícula radiotiva.

ONDE? O atomo tb não se está a mover.

Lê com atenção: A função de estado de um sistema é uma função modelada por
ondas.
"Função de Onda" e "Onda " são coisas diferentes.
A função de estado do sistema é descrita por uma função de onda e NÂO por
uma onda.


> >Quais experiencias ?
> >Não me lembro de nenhum experiencia que mostre que a dualidade
> >particula-onda, existe. E não me venha com a especiencia dos
> >electrões e o microscopio electronico porque isso apenas demonstra
> >que "um feixe de electrões se comporta com um feixe de luz. criando
> >figuras de interferencia"
> >Nada mais.
>
> Nos links que surgirem no Google supra citado você vai
> encontrar muito material.

No link que eu dei, vai contrar o contrário :-))


> >O problema é que baseiam vossas afirmações nos primordios da MQ
> >quando ela ainda era bebê, ha quase um seculo atrás. Hoje ela tem uma
> >estrutura sólida, compreensivel sem qq apelo ao misticismo ou
> >fenómenos paranormais de dualidade.
>
>
> A dualidade não tem nada de mística. Porém, ela é paranormal
> no âmbito da Física clássica.

Nâo, não é. E era isso que eu gostaria que entendenssem... ok ok, é pedir de
mais...
Já entendi.

Mas se fazem o favor leiam aquele site, antes de voltarem a responder.


Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda

"Às vezes a leitura é um modo engenhoso de evitar o pensamento"
A.Help- Historiador



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/03/2002 20:06

----- Original Message -----
From: "Sérgio Taborda"
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, March 22, 2002 6:39 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger

> Eu já te convidei muitas vezes a ver como a MQ de hoje não tem nada a ver
> com as "inconsistencias" do principio do seculo passado.
> Por exemplo http://www.uwm.edu/~norbury/qma/qma.html não é mau.
> Procurar pelos principio da MQ, e ver se está lá alguam dessas
> "inconsistencias" de que falas.
> Lê tudo, e vê se no fim ainda tens a mesma ideia da MQ.
> Lê sobretudo a parte dos postulados, sobretudo o 1.

Sinto muito, mas um artigo que começa dizendo "Most physical theories are
based on just a couple of fundamental equations" e logo de início confunde
física newtoniana com F=ma, não me parece ser nada digno de ser levado muito
a sério. Em termos de teoria quântica já li coisas bem melhores. Quanto às
inconsistências quânticas do século passado já disse o que penso em
mensagens anteriores: Estão todas mascaradas nas equações que sustentam o
modelo proposto. Tire a máscara e encontrarás todas as inconsistências aí
presentes. Repito o que afirmei na mensagem anterior: "Conquanto a MQ tenha
evoluído desde então, não me parece que nada de cunho metodológico tenha
sido introduzido com a finalidade de reduzir tais inconsistências." Ocorreu
uma evolução matemática sim, mas lembre-se: física não é matemática e
matemática não é física.

Parece que em mensagens anteriores já concluímos que visualizamos a física
por prismas diferentes e quero crer que não seria prudente avançarmos por
esta linha. Lembro apenas que enxergo a matemática como uma ferramenta útil
aos físicos e teoria alguma apóia-se tão somente em equações. A não ser,
**talvez**, a teoria quântica dos dias atuais (não aquela proposta por
Einstein-DeBroglie-Heisenberg-Bohr). Mas a teoria quântica ainda não
comprovou ser uma teoria genuinamente física, por mais que se diga o
contrário. Em termos de ciência 100 anos é um quase nada. Uma idéia (Boyle,
Bernoulli, Herapath, Waterston, etc) como o atomismo pode ser negada por 200
anos ou mais e ser verdadeira; e um engôdo --como a teoria quântica, a
teoria do flogisto, a teoria do calórico, o geocentrismo, etc-- pode ser
aceito por 100 anos ou mais sem que isso signifique absolutamente nada em
termos de ciência.

> A mim não me interessa que o Bohr, o Dirac, etc... ou qq outro não
> entendesse o que está em causa, já passaram quase 100 anos depos isso.

E não obstante, nada mudou desde então, apenas o formalismo matemático, que
aliás, e até prova em contrário, tem muito, mas muito mesmo, de Dirac.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re:[ciencialist] Re: Gato de Schrodinger
FROM: "fcmts" <fcmts@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/03/2002 00:37

Sérgio,

Visitei o link por você indicado. Até baixei um pdf:

http://www.uwm.edu/~norbury/qm.pdf

Trata-se de um curso de MQ convencional e nada polêmico.
Bem distante de algumas de suas afirmações.

Peço-lhe e comente que leia os links abaixo:

http://www.nature.com/nsu/991014/991014-11.html

http://galileo.phys.virginia.edu/classes/102/lec6/lec6.html

http://www.drury.edu/ess/philsci/PineCh8.html

http://www.sciencedaily.com/releases/2000/01/000120073305.htm

http://plato.stanford.edu/entries/qm/


Abraço,
Fernando Santos





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/03/2002 00:50



Eduardo Torres wrote:

>
> O paradoxo surge se supomos q todos os eventos estao interligados, desde a
> emissao da particula radioativa ate' a morte do gato, passando pelo contador
> Geiger, solenoide e frasco de cianeto. Aparentemente os eventos poderiam ser
> interligados, com o dispositivo proposto por Schrondinger. E se sao
> interligados, poderiamos aplicar as esquacoes da MQ a todo o sistema. Mas se
> fizermos isso teremos o gato como uma superposicao de estados morto e vivo.
> Esse foi o paradoxo proposto por Schrondinger. A explicacao desse paradoxo
> e' variada e polemica, mas e' consenso na Fisica q a experiencia mental do
> Gato de Schrondinger leva a um aparente paradoxo.

Isso não faz muito sentido. Eu não percebo muito de mecânica quântica
mas acho que as ideias seguintes são razoáveis:

- existem ondas-particulas que estão num estado de indefinição
que resulta da sobreposição

- quando estas ondas-particulas interferem com a matéria, a
sobreposição desfaz-se e o sistema condensa num estado definido.

- um gato está sempre num estado definido porque as ondas-partículas
do gato interferem umas com as outras causando aquilo que se chama
uma observação. Logo o gato, ou está vivo ou está morto. Não há
paradoxo.

- supor que um gato possa estar numa sobreposição de estado é tão
aceitavel como supor que todo o universo está igualmente numa
sobreposição de estados. Porque é que o gato pode estar e o conjunto
caixa, gato e observador não está?

- Acho que a única forma de compatibizar tudo isto é supor que por
alguma razão os sistemas grandes condensam num estado definido.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: o homem
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/03/2002 01:28

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
wrote:

>Por q. doentes se eles sobrevivem?


Oi Takata,

Gostaria que Vc. explicasse se nesta afirmação a sobrevivência é algo que se
opõe ao conceito de doença. Creio que não foi essa sua intenção.

Em medicina existe uma noção de doença de adptação. A obesidade é
considerada uma doença de adaptação (e, por sinal, das mais graves). Existe
uma certa controversia acerca das condições deficitarias (como por ex. a
miopia, a falta de um membro, a ausencia de dentes, hipoacusia, etc) que
podem ser compensadas com algum tipo de prótese (óculos, lentes de contacto,
cirurgia, fones auriculares, dentaduras, etc.). Tampouco todos aceitam que
as lesões traumáticas sejam denominadas doenças. Existem certas entidades na
patologia que são classificadas de um modo muito peculiar. Um exemplo é o da
tuberculose; existe a tuberculose doença e a tuberculose infecção (qdo. se
denomina doença, tem-se em conta um processo evolutivo que avança com dano
progressivo; infecção é a presença da bacteria no organismo que, desde certo
ponto de vista pode até ser benéfica).

A obesidade é considerada uma doença de etiologia complexa
(multi-determinada), de evolução variável, de tipo intermitente, crônica,
sujeita a agudizações graduais ou sob a forma de surto, com recuperações
temporarias e recaídas constantes. Sua etiologia complexa (fatores
constitucionais e adaptativos) é muito difícil de tratar. Atualmente 90% dos
tratamentos de obesos terminam em fracassos.

Uma das dificuldades tem que ver com a adaptabilidade do organismo a um
menor peso. Hoje se calcula que, para cada 10 kg, são requeridos 12 meses
para se adaptar. Uma pessoa que baixou 10 kg tem a forte tendência de
recuperá-los se não mantém o tratamento com um mínimo de recaídas e um
esforço muito grande durante um ano. Depois desse ano, os esforços tendem a
diminuir gradualmente. Para 20 kilos são dois anos de intenso sacrificio,
que a maioria dos gordos não resiste.

As complicações da obesidade são conhecidas e graves. Seu caráter adaptativo
envolve aspectos ambientais muito complexos. Um exemplo é seu aumento nas
camadas da população com ingressos mais baixos. A graxa está cada vez mais
barata. A abundância a favorece igualmente (certos derivados de hidratos de
carbono são tentadores).

Os ambientes facilitadores dessa doença tendem a transformar-se em áreas
endêmicas (EEUU). Certas melhoras de condições materiais também a
desencadeiam (melhora das condições de vida no Sul do Brasil, por ex.).

Seriam importantes e de grande ajuda todas as discussões sobre esta
condição, já que não se conseguiu baixar sua incidencia nem com prevenção
primaria, nem secundaria. A terciaria é a que mais funciona, quando a pessoa
já sofreu algum dano por suas consequências (infarto, diabete, hipertensão,
artrose, etc.). Certas complicações que se resolvem com cirurgia não servem
para evitar recaídas na obesidade (cálculos na vesícula, hernia hiatal,
etc).

A pesquisa é profusa e intensa. Cada dia surge algo novo, mas nada permite
combater a obesidade sem preocupação obsessiva com a ingesta. Quando os
fatores ambientais são controlados, as pessoas com forte tendência
constitucional seguem obesas.

Seria útil que todo aquele que saiba algo contra a obesidade, divulgue.
Estamos muito longe de conseguir um número significativo de obesos
compensados.

[]s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar






SUBJECT: A quem possa interessar
FROM: "orlandel" <orlandel@ig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/03/2002 08:06

Leitura Eficiente de Artigos Científicos

http://www.icmsc.sc.usp.br/~renata/Leitura4.PDF

O original em inglês não está disponível

Jamil Orlandelli


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Deus nao joga dados? (ex- Gato de Schrodinger)
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/03/2002 10:13

>> Isso é teoria da treta. A fisica classica tb tem o PI, o problema é que
não
>> tem quantificação para ele.
>>
>> Como medes a velocidade e a posição, simultanamente, de uma bala?

>Nao tem qq problema. Podemos filmar com camera ultra rapida, podemos usar
>laser, podemos emular a trajetoria como uma funcao matematica.

a ultima não é um metodo de medição.
As outras duas tudo bem.
Mas que eu queria que me explicasses era o como e não o "com que"
Por exemplo.Usas uma camera, muito bem. Mas a camaera tem um frame rate.
E nunca poderás medir velocidades maiores que esse frame rate.
Quer dizer, vais poder, mas com um erro cada vez maior.

> De qq modo nao ha' qq limitacao teorica p/ a medicao,
>diferentemente da MQ.

na MQ tb não ha limitação teorica para a medição.
Podes usar esses mesmos métodos (se consseguisses).
A questão é que estás a medir , por exemplo, electrões , com luz.
É a mesma coisa que tentares medir a posição e o momento de balas, com
balas.
Essa é a limitação práica do estudo do mundo microcópico.
Téoricamente nem todas as váriáveis são boas para estabelecer o estado do
sistema.
E como se diz no texto que citei, em vez de x , p e E , usam-se outras
varáveis.
Portanto, o sistema fica conhecido na mesma, mas por outras gradnezas.

Mas, experimentalmente, usas uma camera de bolhas, e traças a trajectória da
particula num campo magnético. E ai usas a ideia matemática de que falavas.
(nota: tu estavas a falar em emular, eu estou a falar em medir
experimentalmente)

E portanto ficas a saber a posição e a velocidade ... simultaneamente.

[]

Sérgio Taborda





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/03/2002 10:24


Tu não leste o link que deixei, pois não ?

>> ISSO NUNCA FOI OBSERVADO!

>Sim, foi.

Quando ? Onde? Como ? por quem ?

>> Nunca foi observada uma unica particula a criar interferencia.
>> Aliás é dito nos livros que se dimuires a frequencia do feixe o padrão
>> desaparece.

>Nao. Isso acontece mesmo com uma unica particula disparada de cada vez.

Qual é a experiencia que mostra isso. Qual ? Onde ? Como ? Por quem ?

>> O que cria padrões de interferencia é um FEIXE de particulas.
>> E para um feixe é normal que assim seja.

>Um feixe de particulas nao e' uma onda segundo a mecanica classica.

Nem segundo a MQ

>Os comportamentos seriam completamente diferentes.

Não. Fisica Estatistica.

>Seria como uma metralhadora
>disparando balas contra uma parede de aco com duas aberturas. Do outro
lado,
>se tivermos um muro, vao aparecer duas regioes com buracos de bala, bem em
>frente aas aberturas com grande concentracao de buracos, e com
concentracoes
>menores de buracos em volta. Sem qq padrao de interferencia.

Já experimentaste ?
Já viste alguem experimentar ?
Já viste algo sobre alguem que tenah experimentado ?
Em que condições ?

>> >Isso e' uma prova da dualidade onda-particula e e' um fenomeno
>> >unicamente explicavel pela Mecanica Quantica!
>>
>> O problema é que isso nunca foi observado.

>Sim, foi, muitas vezes. Do q vc esta' falando? Essa e' uma experiencia
>classica da MQ!

Bom, então não vai ser dificil me dizer que a fez.

>> >A medicao da posicao afeta o momento e vice-versa.
>>
>> Não. Isso é errado.

>Isso e' um dos pilares da MQ.

Ai é ?
1) A medição de algo nunca afecta nada.
2) A relação do PI é entre os desvios padrão da medições e não entre as
grandezas em si.

Portanto, isso que estás a dizer, nunca é correcto.
Por favor leia o texto do link.


>> O Principio de Incerteza é puramente matemático.

>Nao. Ele tem base na realidade fisica. E' assim q as coisas sao. De novo,
is
>so e' um dos pilares da MQ.

Por favor leia o link onde se deduz o principio de incerteza.
E veja o que ele realmente significa e qual a sua área de validade.


>> Não, isso é errado.
>> A particula tem uma posição sim, o problema é que o erro na determinação
>> dessa posição é porporcional à certeza do momento.
>
>Nao se trata de erro de determinacao. Nao se trata de erro de medida. Nao
se
>trata de precisao. A particula nao tem *na realidade* uma posicao fixa no
>caso de sabermos seu momento. E' assim q e' a natureza.

Lê o link.
http://www.uwm.edu/~norbury/qma/qma.html

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: Re:[ciencialist] Re: Gato de Schrodinger
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/03/2002 12:13

> Visitei o link por você indicado. Até baixei um pdf:
> Trata-se de um curso de MQ convencional e nada polêmico.

Esperava o quê ? Manbo-Jambo de bruxaria ? :-)

>Bem distante de algumas de suas afirmações.

Sério ? Onde ?

> Peço-lhe e comente que leia os links abaixo:

http://www.nature.com/nsu/991014/991014-11.html

"they show that a beam of excited C60 molecules behaves as a wave, producing
a diffraction pattern"

"Eles mostraram que um FEIXE de moleculas C60 exitadas se comporta como uma
onda , produzindo padrões de difracção"

Como eu disse : FEIXE e não uma particula singular.

O resto, introdução ao problema e conclusão, que não são baseadas nas
palavras do grupo que fez a experiencia são "pop-ciencie" introduzida pelo
jornalista.
Para começar "Physicists would go further - in the weird world of the
ultra-small, it is possible to be in two places at once, provided that you
don't look too closely."

"Os fisicos vão mais longe - no estranho mundo do ultra-pequeno, é possivel
estar em dois lugares simultaneamente, desde que vc não esteja olhado
demasiado perto"

Confronte com: " Os religiosos vão mais longe - no estranho mundo em que
vivemos é possivel estar em dois lugares simultaneamtne, como S. Antonio
mesmo que vc esteja olhando"

Isto é startreck, não é fisica.


>http://galileo.phys.virginia.edu/classes/102/lec6/lec6.html

"a light beam will start a current in an otherwise open circuit"

"Um FEIXE dará inicio a uma corrente naquilo que seria , de outra forma,
circuito aberto"

"The problem was that the details of the phenomenon were completely
inconsistent with the behaviour of a wave. For instance, the energy carried
by a wave is related to its amplitude (i.e. the intensity of the light). In
the experiments, it was seen that the capability of initiating the
photoelectric effect was not depending upon the light intensity, but on its
colour (blue light would extract electrons, red wouldn't). "

" O problema foi que os detalhes do fenomeno eram completamente
INCONSITENTES com o comportamento de uma onda. Para começar, a energia
transportada por uma onda é relacionada com a sua Amplitude (...) Nas
experiencias, foi visto que a propriedade que dava inicio ao efeito
foto-eletrico não dependendia da intensidade, mas da COR [leia-se
frequencia]".

O comentário é simples e é o seguinte:
Pensava-se que para arrancar um electrão de forma a produzir corrente, era
preciso fazê-lo mover-se como um oscilador harmonico com uma amplitude tão
grande que ele acabava por saltar fora da acção do atomo.
Ora, esta é correcta.

Mas eles pensavam que conseguiam isso aumentando a amplitude da onda.
Tal não e´verdade.

Sabemos muito bem que o que causa interferencia entre sistemas é a sua
frequencia e não a sua amplitude.

O exemplo classico é um pelotão de soldados marchando sobre uma ponte.
Porquê é que eles não batem com os pés no chão com aquele "impulso"
caracteristico q batem em terra, quando estão em pontes ?
A resposta é simples.
O impulso que eles estão a provocar contém todas as frequencias do expectro.
(função "step" , função de "salto" , f(x)=0 se x<0 e f(x)=1 se x>0)
E portanto, contém a frequencia propria da ponte. O que pode causar
ressonancia e o consequente desmorenamento da ponte.

Outro efeito é o do vento, tb em pontes.
O vento (particulas de ar em movimento) se tiver a mesma frequencia q a
ponte, fá-la oscilar e desmoronar-se.
E os engenheiros quando constroem a ponte levam [devem levar] em atenção
este promenor.

Ora, para o electrão saltar temos de solicitar que algo com a mesma
frequencia interaja com ele. No caso, a luz.

O efeito de Ressonância é bem conhecido, e o efeito foto-electrico não tem
mistério nenhum.
A electrónica passa a vida usando o efeito ressonante.
O que Einstein fez, e por isso ganhou o Nobel, foi entender isto antes dos
outros.

E como se mostra, no caso do vento e dos soldados, o caracter de onda não
tem nada a ver com isto.

O que importa é que o movimento seja equivalente a uma certa frequencia.
E isso é a relação de De Broglie, usada em MQ.
Mas em lado nenhum é preciso que existe dualidade onda-particula.

É dito no site
"How can something be at the same time a wave and a particle? this remains
one of the open puzzles of Quantum Mechanics. The recommended approach is
just to accept it as a fact, without trying to visualize it with some
picture derived from our sensory experience. "

O que mostra que estão seguindo uma "pop-cience" de novo.
"A aproximação recomendada é que se aceite este facto, sem tentar visualizar
(...)"

É a mesma proximação que se faz quando se fala de expiritos, fantasmas ,
etc... Isto não é aceitável, até que se mostre que de facto é um facto. E
ainda não foi mostrado.

>http://www.drury.edu/ess/philsci/PineCh8.html

Aqui tenta-se vender a ideia que a luz é uma onda.
Como dito no link anteiror a luz não precisa ser uma onda para ter uma
frequencia, da mesma formaque o vento não rpecisa ser uma onda.

Estas relações [lamdba = h/mv e v=lambda f) derivam do movimento v , e não
das coisas em si.
Um electrão parado sozinho, não é nenhuma onda v= 0 , lambda = inf
quando em movimento ele tem um cdo , mas ele interfere com ele proprio?
Não. Não interfere, e por isso, num miscorpocio electronico é preciso
acelerar um feixe de electrões para ter uma imagem.
Ou seja, o "efeito de onda" ou melhor, o fenomeno de interferencia deriva
completamente do movimento de particulas! e não das particulas em si serem
ou não onda.

[Alás para deduzir o principio de incerteza é preciso supor que elas são
"bolinhas" localizáveis. "bolinhas" que se MODELAM usando uma Função
Gaussiana em 3D. Vc chamaria "função de onda" a uma função gaussiana ?
Bom, em MQ sim se chama.]

Para entender a diferença entre uma particula ser uma onda e o efeito de
muitas ser uma onda pense em água. Os padrões de interferencia da água
acontecem mas experiemente fazer isso apenas com uma molecula de água.
Não dá.

Da mesma forma, esperimenta com um unico electão ou um unico fotão .
Não tem interferencia nenhuma!

Isso se observa bem num micorscopio electronico.
Se se baixar a velcocidade dos electrões a imagem desaparece, o que indica
que o efeito de interferencia nao existe mais.

No link eles falam de experiencias com FEIXES.
Ora, tal como nos outros links isso dará os mesmos resultados. E eu acho que
acabei de explicar pq.

>http://www.sciencedaily.com/releases/2000/01/000120073305.htm

bom, aqui descreve-se uma experiencia que no fundo é um gato na caixa.
O ião de berilio tem um só electrão. E o electrão tem dois estados, spin Up
(U) e spin Down (D)
O spin é o momento angular proprio do electrão.
Eles dizem que separaram os estados .. ou seja , eles dizem que colocaram um
electrão com um spin de um lado e outro do outro lado. (mas só tem um
electrão, lembra?)
Ok. Mas o que eles querem dizer com "do outro lado", a "10 comprimentos
atomicos de distancia" ?

Segundo o principio do texto, a ideia é ter um um sistema de estados
sobrepostos.
Quando o "berlinde" (marble) toca num dos extremos da esfera maior,
observa-se um estado, e quando toda na esfera maior do outro, observa-se
outro estado.

Mas entre observações, não se observada nada, e diz-se que os estados estão
sobrepostos.

Ora, isto é exactamente o mesmo que o problema do gato.
Ele só é observado quando se abre a caixa, quando é possivel a observação.
No caso o ião, a observação só é possivel quando o ambiente (laser, etc) o
permite.
Não sei o que querias mostrar com este texto. Mas ele é apenas uma forma
real de implementar o problema do gato.

E lamento que eles digam que podem separar os estados.O que eels estão a
fazer não é separar o estados, é observar os dois estados, NÂO
SIMULTANEAMENTE conforme o electrão está nuam posição ou noutra.

Nada impede um electrão sozinho numa orbital mudar de spin.

"Separação de estados" significa, no texto "observar os estados
separadamente a uam certa disntacia um do outro" , ok. nada de mal com isso.
E não significa "que o electrão tem os dois estados ao mesmo tempo"
Isso implicaria que o electrão está arodar para a esquerda e para a direita
simultaneamente.
Seria como a Terra girar num sentido e no sentido contrário sobre ela mesma.

>http://plato.stanford.edu/entries/qm/

Este texto é muito bem explicado e explica extamente o que eu estava
falando. Espaço de Hilbert, etc... mas explica na forma matemática. Dá uma
visão do que significa fisicamente aquilo, mas não resolve o problema em
questão. Explica como a Eq de Schrodinger permite saber a evolução do
sistema. Algo que é normalmente negligenciado. É um resumo bem estruturado
da matemática usada em MQ.
Tb não entendi que tipo de argumento isto representa. Está na mesma linha do
texto que eu deixei, mas não apresenta os postulados da MQ, que são,
importantes para entendermos o significado das contas.

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: GOVERNO ADMITE O TRAFICO DE ORGAOS
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <advogado@yahoogrupos.com.br>, <Direito_Trabalhista@yahoogrupos.com.br>, <constitucional_Brasil@yahoogrupos.com.br>, <Artigos_Juridicos@yahoogrupos.com.br>, <Direitos_Humanos@yahoogrupos.com.br>, <direito_saude@yahoogroups.com>
CC: <politica-br@yahoogrupos.com.br>, <faroljuridico@yahoogroups.com>, <estudantes-de-direito@yahoogrupos.com.br>, <direitobrasil@grupos.com.br>, <civil@grupos.com.br>, <biodireitopucrs@yahoogroups.com>, <biodireito@yahoogroups.com>
DATE: 23/03/2002 13:22

GOVERNO ADMITE O TRAFICO DE ORGAOS



Celso:

pelo endereço interneg@cpovo.net pode ser conseguido o livro do Dr. Luiz Vicente de Vargas Pinto (Constituição Federal anotada e comentada. Porto Alegre: L. V.V.P., 2001), a que me referi durante a nossa Oficina no FSM, respondendo à tua intervenção. Nas páginas 473-474, é enfrentado especificamente o tema dos transplantes, com o questionamento da própria base constitucional da Lei 9.434/97, na qual "se legisla a morte do semelhante, embora mantido o estado de vida latente do ser humano, negando-se ao moribundo o direito à sua integridade física e o respeito a uma morte digna, autorizando-se o retalhamento e a extirpação de órgãos em vida, mesmo sem qualquer autorização expressa da vítima" sendo de notar a seguinte passagem d da nota de rodapé da p. 474: "está muito longe de um entendimento pacífico o conceito de morte cerebral, ou na denominação pretensamente científica de morte encefálica; (...) até hoje os autores de medicina legal deixam muito claras as graves divergências científicas reinantes contra o conceito de morte cerebral ou morte encefálica, com abundantes e reiterados exemplos de casos comprovados onde foi testemunhada a recuperação de pessoa a quem se poderia razoavelmente atribuir a morte cerebral ou encefálica".


Ricardo.




---
Outgoing mail is certified Virus Free.
Checked by AVG anti-virus system (http://www.grisoft.com).
Version: 6.0.342 / Virus Database: 189 - Release Date: 14/3/2002


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/03/2002 13:50



Eduardo Torres wrote:

>
> >
> > - quando estas ondas-particulas interferem com a matéria, a
> > sobreposição desfaz-se e o sistema condensa num estado definido.
>
> O atomo emissor esta' numa superposicao de estados.
>
> >
> > - um gato está sempre num estado definido porque as ondas-partículas
> > do gato interferem umas com as outras causando aquilo que se chama
> > uma observação. Logo o gato, ou está vivo ou está morto. Não há
> > paradoxo.
>
> Se o sistema como um todo fosse interligado mesmo, o gato estaria sim numa
> superposicao de estados ate' ser observado.

Mas o sistema não está interligado. Não há paradoxo nenhum.

>Esse e' o paradoxo. Por q um
> paradoxo? Porque evidentemente o gato nao pode estar vivo e morto ao mesmo
> tempo. A explicacao esta' , como disse no meu primeiro mail sobre isso, no
> problema da medida, de qdo *de fato* conclui-se o evento quantico e *qdo*
> ha' *de fato* a observacao. Supor q o gato esta' vivo *ou* morto e' trivial.
> Nesse caso o evento esta' sendo considerado nao-quantico qdo chega ao gato.
> E a observacao real, portanto, *nao* e' a abertura da caixa. O problema no
> entanto permanece: Qual e' o momento real de observacao na experiencia do
> Gato de Schrondinger?

Mas se você concorda que a observação se dá a um nível mais baixo que
o nível do gato, porque raio é que você defende que há paradoxo?

Isso é que é paradoxal...

--
joão
http://www.nonio.com


SUBJECT: SERGIO POLLI, O ANESTESISTA MENTIU PARA A POLICIA FEDERAL
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <direito_saude@yahoogroups.com>, <advogado@yahoogrupos.com.br>, <direito-penal@yahoogroups.com>, <estudantes-de-direito@yahoogrupos.com.br>, <faroljuridico@yahoogroups.com>, <forum-social@yahoogroups.com>, <policia-livre@grupos.com.br>, <politica-br@yahoogrupos.com.br>, <Direitos_Humanos@yahoogrupos.com.br>, <Direito_Trabalhista@yahoogrupos.com.br>, <Artigos_Juridicos@yahoogrupos.com.br>, <constitucional_Brasil@yahoogrupos.com.br>
CC: <amazonas@yahoogrupos.com.br>, <civil@grupos.com.br>, <consumidor_insatisfeito@grupos.com.br>, <cpgd_ufsc@yahoogrupos.com.br>, <DeputadosBR@yahoogroups.com>, <direitobrasil@grupos.com.br>, <ibap-biodireito@yahoogroups.com>, <infancia-eca@yahoogroups.com>, <judiciariofederal@yahoogroups.com>, <Justica@yahoogrupos.com.br>, <polemica@yahoogrupos.com.br>, <pucrs-direito@yahoogrupos.com.br>, <RedePraxis@yahoogrupos.com.br>, Sociologia Jurídica <sociologia.ucsal@grupos.com.br>
DATE: 23/03/2002 16:13

Direito_Saúde e Bioética -- 23.03.2002
_______________________________




Uma questão fundamental, e que já foi objeto
de denúncia em EDITORIAL da Revista dos Anestesistas
Britânicos, em maio de 2000: SE o "doador" está
morto, POR QUE é feita anestesia para a retirada
dos órgãos?


A conclusão do referido Editorial e o apelo para
que se faça ANESTESIA GERAL nos "doadores" é que
NUNCA foi possível confiar na arbitrariedade
da declaração de morte encefálica vigente,
concebida em 1968, apenas para viabilizar transplantes
de órgãos vitais únicos em pessoas
que para tanto precisam necessariamente estar ainda
vivas.


Maiores explicações estão contidas no texto
da Interpelação Judicial que questiona
perante autoridades federais todos os aspectos
técnicos e médicos neurológicos
do erro declaratório da morte encefálica.
Quem tiver interesse nesse texto pode
solicitá-lo pelo endereço c.galli@terra.com.br


[]'s

Celso Galli Coimbra
OAB_RS 11352
Porto Alegre
------

1. SÉRGIO POLLI, O ANESTESISTA QUE FEZ ANESTESIA
PARA RETIRADA DE ÓRGÃOS VITAIS MENTIU
PARA A POLÍCIA FEDERAL


2. MEDICAMENTO É USADO PARA A PENA DE MORTE


3. TROCA DE REMÉDIOS PODE TER CAUSADO A MORTE
DE PACIENTE EM CAMPINAS


4. PEDIDA A PRISÃO DE MÉDICOS POLONESES
ACUSADOS DE MATAR PACIENTES


5. INJEÇÃO LETAL: O MÉTODO PREFERIDO
PELOS ESTADOS UNIDOS

----------------------------------------------
Paulo Pavesi escreve:


"Isto é grave e merece atenção especial.


No Inquérito da Polícia Federal que apura
a morte do meu filho, "DOADOR DE ÓRGÃOS",
foi ouvido o Dr. Sérgio Polli, que ANESTESIOU meu filho
para a cirurgia ( pasmem ) de retirada de órgãos.



Sérgio disse ao delegado que não administrou
qualquer substância anestésica, antes da cirurgia
de retirada de órgãos, contrariando o formulário
assinado por ele mesmo, que cita o uso de
PAVULON (2 AMPOLAS) e CLORETO DE POTÁSSIO
(20 ml).


Estas informações mais uma vez tentam esconder
o assassinato do meu filho e levam a Polícia Federal
a se colocar em dúvida por desconhecer o efeito
destes medicamentos. No entanto, está documentado
e não cabe qualquer outro argumento.



Os documentos que comprovam a anestesia são:


Descrição da cirurgia - fls ( 402-403 )

- Horário da anestesia
- Utilização de 2 ampolas de POVULON
- Utilização de 20ml de CLORETO DE POTÁSSIO


Ficha da anestesia - fls ( 404 )

- Monitorização da Anestesia (com a assinatura do médico)
- Anestesia Indicada: GERAL (PAVULON)



Ao pesquisar e conversar com médicos,
descobri que PAVULON e CLORETO DE POTÁSSIO,
são utilizados largamente por anestesistas.

Nos Estados Unidos é usado na pena de morte
(INJEÇÕES LETAIS)."


Fica a seguinte questão:



1 ) SE É UM PROCEDIMENTO NORMAL,
POR QUE MENTIU ENTÃO DR. SÉRGIO POLLI ?


2 ) POR QUE ANESTESIAR ALGUÉM PARA RETIRADA
DE ÓRGÃOS, SE ESSA PESSOA REALMENTE ESTIVER
MORTA ?


3 ) VOCÊ VAI DOAR ÓRGÃOS DEPOIS
DE CONHECER ESTAS INFORMAÇÕES ?


======================================

http://www.geocities.com/projetoperiferia/20c.htm
http://www.ainfos.ca/00/apr/ainfos00370.html



MEDICAMENTO É USADO
PARA A PENA DE MORTE


Entre os diferentes métodos utilizados para a pena
de morte, a injeção letal consiste na injeção no
condenado a morte de 3 produtos químicos:
o sodium thiopental produzido por ABBOT,
o Pavulon (paneuronium bromide) produzido
por ORGANON e o Potasium Chloride,
produzido por ROXANE.



O sodium thiopental, mais conhecido com o nome
de Penthotal, é freqüentemente utilizado em anestesia,
porque adormece e faz perder as sensações dolorosas.
É esta molécula a que cria a ilusão de humanidade
destas execuções porque as torna "indolores" levando
o condenado "ao sono".



As outras duas ( Pavulon e Potasium Cloride ),
drogas injetadas em seguida são as que provocam
a parada do coração e levam
o condenado à morte.



Estes três laboratórios são cúmplices da pena
de morte e participam na lógica dos Estados americanos
que continuam executando aos encarcerados
condenados a morte.

Todas as empresas, pessoas, instituições
que participam de alguma forma de tudo que se relaciona
aos processos que envolverem a pena de morte devem
ser denunciados, combatidos e boicotados.


A indústria farmacêutica, e especialmente
os laboratórios ABBOT, ROXANE, ORGANON,
não podem refugiar-se detrás de pretextos terapêuticos
e de respeito ao Estado para proporcionar aos Estados
verdugos seus produtos.
Sua participação é tão condenável como a recusa
dos governadores a promulgar as moratórias
contra a pena de morte.

==========================================

http://oglobo.globo.com/rio/18351816.htm


TROCA DE REMÉDIOS PODE TER CAUSADO
A MORTE DE PACIENTE EM CAMPINAS



Dona de casa internada no Hospital Álvaro Ribeiro
teria morrido após receber medicamento errado


CLAYTON LEVY


CAMPINAS - A polícia de Campinas abriu inquérito
ontem para apurar a troca de medicamentos que teria
provocado a morte de uma paciente internada no Hospital
Álvaro Ribeiro. A dona de casa Juraci Maria da Silva
Carvalho, de 37 anos, morreu anteontem de parada
respiratória após receber um produto diferente
do recomendado pelo médico.


O diretor-clínico do hospital, Wilson Gerônimo,
admitiu que houve erro do funcionário responsável
pela farmácia do hospital.


Juraci estava grávida de três meses e havia sido
submetida a uma curetagem no dia 26, após ter sofrido
um aborto. Depois da operação, o marido da paciente,
Edinarti de Carvalho, foi informado que o procedimento
havia transcorrido com sucesso e Juraci deveria receber
alta no mesmo dia. A troca de remédios, porém, teria
alterado o quadro da paciente, que foi conduzida
à Unidade de Terapia Intensiva (UTI)
em estado grave.


O médico que realizou a curetagem, Jyorgy Laslo,
receitou o medicamento Methergin, usado para contrair
a musculatura, mas a paciente acabou recebendo uma
dose de Pavulon, que provocou parada respiratória e falta
de oxigenação no cérebro.


Segundo o diretor-clínico da unidade, Maurício Goldbaun,
no relatório da enfermagem constava que Juraci havia
recebido medicação diferente da indicada pelo médico.
"Houve um erro do nosso serviço de farmácia", admitiu
o diretor-clínico. Segundo ele, a técnica responsável
pelo setor deveria substituir o Methergin por um outro
similar, mas acabou trocando o medicamento
por um de efeito contrário.

===========================================


http://ultimosegundo.ig.com.br/useg/mundo/artigo/0,,662490,00.html

Em LODZ, a procuradoria funciona.

PEDIDA PRISÃO DE MÉDICOS POLONESES ACUSADOS
DE MATAR PACIENTES 11:59 28/01/2002
Agência EFE



A procuradoria de Lodz pediu a prisão de dois médicos
e de outros cinco membros do serviço de emergência
do hospital da cidade, suspeitos de acelerar a morte
de pacientes para obter comissões
das funerárias.


Suspeita-se que os médicos e seus cúmplices,
enfermeiros e motoristas de ambulâncias, conseguiam
que os familiares encarregassem os enterros às funerárias
com as quais eles colaboravam "vendendo" informação
sobre os mortos em troca de comissões que iam
de 300 a 450 dólares por corpo.



As investigações feitas pela procuradoria demonstraram
que pelo menos as equipes de duas ambulâncias usavam
quantidades excessivas do remédio "PAVULON",
um derivado sintético do veneno curare que, aplicado
sem os equipamentos para a respiração assistida, provocam
a flacidez dos músculos, a paralisação dos pulmões
e a morte do paciente por asfixia.



Esse uso desproporcional do "PAVULON" leva
os procuradores a pensar que as equipes matavam
as pessoas que atendiam.


Assim, a procuradoria não descarta a possibilidade
de exumar vários corpos de pessoas que foram atendidas
pelo serviço de urgências de Lodz.



O ministro da Saúde, Mariusz Lapinski, ordenou
o controle do uso de "Pavulon" em todo o país, assim
como sua retirada total da lista de remédios que podem
ser utilizados pelas equipes médicas
de emergência.


===========================================

http://dossiers.publico.pt/caso_mcveigh/html/metodo_tipico.html

INJECÇÃO LETAL: O MÉTODO PREFERIDO PELOS
ESTADOS UNIDOS

Sexta-feira, 8 de Junho de 2001


A injecção letal é, neste momento, o método
de execução mais usado nos Estados Unidos.

No ano passado, 80 das 85 execuções realizaram-se
através deste método. Em igual período, a China
dá apenas conta de oito execuções por injecção letal.
O fuzilamento continua a ser a pena mais comum
usada por Beijing.


Pelo método da injecção letal, o condenado à morte
é amarrado a uma espécie de cama de hospital,
com a particularidade de ter extensões para os braços.
A sala tem um aspecto asséptico, com várias janelas
de vidro para o exterior - inicialmente tapadas com
cortinas -, a partir de onde se poderá testemunhar
a execução. No caso dos Estados Unidos, mantém-se,
durante o processo, uma linha telefônica directamente
ligada ao Departamento norte-americano da Justiça,
caso haja perdões de última hora ou
comutações de pena.



Depois de amarrado o prisioneiro, técnicos treinados
inserem um catéter numa veia de cada um dos braços.
Esta pode ser uma tarefa muito complicada visto que
as veias do prisioneiro têm a tendência para se contrair
devido ao medo. Em casos de ex-toxicodependentes
chega a ser necessário, por vezes, proceder a um corte
na carne até se encontrar uma veia que
não esteja danificada.


Depois de colocados os catéteres, são-lhes acoplados
tubos contendo uma solução salina que servirá para limpar
o sistema intra-venoso. Depois disto, as cortinas são
finalmente abertas para que as testemunhas
vejam a execução da pena.


Antes de morrer, são concedidas ao condenado
as últimas palavras, após as quais o director da cadeia
dá ordens para que se cumpra
o estipulado pela justiça.


Os técnicos começam, então, a injectar manualmente
os três químicos normalmente usados: pentotal de sódio,
brometo de pancurónio e cloreto de potássio.


Há um pequeno intervalo entre cada injecção, durante
o qual é injectada uma dose de solução salina que serve
para limpar a linha intravenosa e prevenir reacções químicas
que possam impedir a injecção. Tipicamente, as injecções
demoram entre três a cinco minutos
a actuarem.


O pentotal de sódio é um barbitúrico de acção rápida
que provoca inconsciência. O brometo de pancurónio
é um relaxante muscular que paralisa o diafragma
provocando a suspensão da respiração e o cloreto
de potássio finaliza o processo, provocando suspensão
cardíaca. Cerca de um minuto após a injecção
do primeiro dos químicos, o prisioneiro fica inconsciente.



A morte cerebral acaba por acontecer, no máximo,
passados oito minutos.


Estados em que se executa através deste método:
Arizona, Arcansas, Califórnia, Colorado, Connecticut,
Delawere, Idaho, Illinois, Indiana, Kansas, Kentucky,
Luisiana, Mariland, Mississippi, Missuri, Montana, Nevada,
New Hampshire, New Jersey, Novo México, Nova Iorque,
Carolina do Norte, Ohio, Oklahoma, Oregon, Pensilvânia,
Carolina do Sul, Dacota do Sul, Tennessee
(começou em Janeiro de 1999), Texas, Utah,
Virgínia, Washington e Wyoming.


PAULO AIRTON PAVESI,
PAI DO PAULINHO,
ASSASSINADO PARA RETIRADA DE ÓRGÃOS.
"A injustiça em qualquer lugar,
é uma ameaça para a Justiça em todas as partes"


====================================
ENDERECOS SOBRE MORTE ENCEFÁLICA
E TRANSPLANTES DE ORGÃOS VITAIS:
====================================
Nao se deixe enganar
pela propaganda transplantista.
===
INFORME-SE:
apenas a *Medicina Preventiva* de baixo custo
ja seria suficiente para evitar a necessidade de
80% DEtransplantes previsiveis, com origem em
declaracoes de mortes encefalicas *antecipadas*
para fins de retirada de orgaos vitais.
===
ARTIGO:
"Falhas no Diagnostico da Morte Cerebral",
publicado na Revista CIENCIA HOJE,
número 161, junho de 2000:
http://www.uol.com.br/cienciahoje/chmais/pass/ch161/morte.pdf
===
ARTIGOS
cientificos no site da UNIFESP:
http://www.unifesp.br/dneuro/textos.htm
===
ARTIGO:
"Morte Encefalica"
http://www.unifesp.br/dneuro/mortencefalica.htm
===
DEMONSTRACAO
cientifica dos efeitos mortais do teste
da APNEIA, imposto pelo CFM para
declaracao da morte encefalica que
pretende diagnosticar:
http://www.unifesp.br/dneuro/apnea.htm
===
ARTIGO:
em ingles sobre a importancia da
*Penumbra Isquemica* para a declaracao
da morte encefalica:
http://www.unifesp.br/dneuro/brdeath.html
===
MANIFESTACOES PUBLICAS
da comunidade neurocientifica internacional
contraria aos criterios declaratorios
da morte encefalica.
NAO EH VERDADE QUE HA CONSENSO
internacional na declaracao de morte encefalica,
confirme o que dizem os neurocientistas em:
http://www.unifesp.br/dneuro/opinioes.htm
===
DEBATE
internacional da comunidade neurocientifica
sobre os erros declaratorios da morte encefalica
na Revista Cientifica BMJ:
http://www.bmj.com/cgi/eletters/320/7244/1266
===
PARA ler os artigos sobre
morte encefalica em Direito_Saude:
http://www.yahoogroups.com/files/direito_saude/
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INSCRICAO, enviar mensagem em branco para:
direito_saude-subscribe@yahoogroups.com
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PARA outras finalidades acessar
a pagina principal deste Grupo:
http://www.yahoogroups.com/group/direito_saude
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Dualidade Onda-Particula (ex-Gato de Schrodinger)
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/03/2002 16:24

>Caro Sergio,

>Tem cerca de 2400 sites descrevendo experiencias q demonstram a dualidade
>onda-particula. De 1912 a 2001.

Davisson-Germer : Feixe de electões ; Lei de Brag.
Mostra que um FEIXE de electrões se comprota como um feixe de luz de
comprimento de onda dado pela formula de De Broglie

Experiencia com o carbono-60 : Feixe de moléculas : padrão de interferencia:
Mostra que um FEIXE de moleculas C60 provoca um padrão de interferencia.

procurando por [ "single particule" vave duality] :

"Remember that an experiment with a single particle does not produce an
interference pattern"
in http://rugth30.phys.rug.nl/quantummechanics/diffint.htm

Eu pedi que me desse uma experiencia onde se mostra que uma única particula
é uma onda.

Essa , não existe.

[]

Sérgio Taborda




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/03/2002 16:39


>Li. Trata-se de um dm draft incompleto sobre MQ feito por um certo
professor
>John W. Norbury da Universidade de Wisconsin.

Sinceramente eu gostava de ter um draf "incompleto" como aquele
Tem lá de tudo. E o que não está la´, tem a referencia a locais onde ler.

>Nao me disse muita coisa.

Leste mesmo tudo ?
Leste sobre os postulados e o principio de incerteza ? (era o mais
imporntate para o assunto em causa)

Porque não te disse "muita coisa" ?
Falta de tempo para ler atentamente ?, não entendeste alguma coisa ?
O que faltou ?

>Estou supondo q vc considera o Dr. Norbury uma fonte mais confiavel q
>Stephen Hawking, embora nao tenha visto nada no site de Norbury q negue a
>dualidade onda-particula.

Eu considero um Norbury um fisico por aquilo que li no seu trabalho.
E eu nem o conheço.
olhe sua ficha de publicações :
http://www.uwm.edu/~norbury/jwn-publications.html
e o seu grupo de trabalho
http://www.uwm.edu/~norbury/research-group.html

Ele não fica falando teoria:
http://www.hawking.org.uk/pdf/pub.pdf

E eu não considero o Hawking um fisico confiável. Ele fala de mais e faz de
menos.

>Por isso prefiro nesse caso as palestras de Hawking feitas p/ um publico
>mais amplo. Sao mais claras e didaticas.

Como queira, depois não se venha queixar.

>Arrange por favor um texto mais claro de um fisico de destaque defendendo
>suas ideias heterodoxas sobre a MQ.

Porquê ? Para quê eu haveria fazer isso ?
Está querendo que eu utilize argumentos de autoridade para depois me dizer
que eles não são válidos por isso mesmo ?
Não estás tu a usar de argumentos de autoridade ?

Me diga de quem vc quer ouvir sobre MQ ?
Porque se não , cada uam que eu apresente vc vais responder "esse não é o
Hawking" , esse não é um fisico de destaque.

(O S.Hawking entende tanto de MQ que até começou a criar uma nova teoria :
Super-Cordas).


Sérgio Taborda


P.S.
Quando eu for um fisico de destaque vai acreditar em mim ?
Porque nessa altura sim, e agora não, se o que estou dizendo é exactamente o
mesmo que sempre direi ?
Ora, francamente... que raio de argumentos cientificos são esses ?





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: o homem
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/03/2002 00:19

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Eduardo Torres" <eftf@gbl.com.br> wrote:

> Eu mesmo peso 98 kg e tenho 1,78 m de altura. 15 kg a menos nao me >fariam
mal. E nao faco exercicios. Felizmente nao fumo ou seria um serio >candidato
a um enfarte.

Oi, Eduardo

Efetivamente Vc. tem um certo grau de obesidade. É certo que se Vc. não fuma
o risco de enfarte é algo menor. Vc. diz que seria um serio candidato. No
entanto Vc. não tem sua candidatura excluida. Talvez não seja um serio
candidato e fique com "simplesmente candidato", embora haja certa condição
familiar predisponente, que se falta, baixa mais ainda sua cotação como
candidato. No entanto ainda sobra a diabete (uma condição horrível, que eu
não desejaria nem para um inimigo, porque sabemos que esta doença acelera
muitíssimo a aterosclerose e passa a aumentar o risco de enfarte muito mais
que a nicotina, é muito dolorosa para suportar e apresenta complicações
progressivas - embora já se possa fazer muito pelos doentes).

Não me admiro de que Vc. não faça exercicios. Sabemos que para os gordos é
tão dificil fazer exercicios como baixar de peso e manter-se.

A obesidade parece ser uma condição altamente inteligente e criativa para
manter o sujeito gordo e impedir que emagreça. Os especialistas em tratar
obesos dizem que um gordo é muito mais forte que um só individuo. Que são
necessarias mais de uma pessoa para vencê-lo. Eles, em realidade dizem que
os grupos de reflexão para gordos são a melhor opção. 90% dos 10% que
conseguem manter-se com peso adecuado depois de emagrecer pertencem a grupos
de reflexão de manutenção do peso para obesos recuperados.

Quando alguém consegue vencer suas tendencias individuais, conta com a
conspiração do ambiente. Comer passa a funcionar como uma adição. Todas a
demais adições são algo mais fáceis de combater porque as pessoas podem
viver sem a droga, no entanto não podem viver sem comer. Esta é outra das
dificuldades.

Um tratamento psicológico não vence a obesidade, um tratamento puramente
farmacológico tende a fracassar. As dietas são complicadas porque ninguém
pode passar a vida inteira restringindo-se de comer o que mais gosta. Só um
programa com impacto múltiplo (psicológico, clínico, com alto índice de
informação, ajuda e contenção, etc.) e grupal pode aumentar as
possibilidades de baixar de peso (nos casos de obesidade diagnosticada).

Embora lhe va custar, espero que Vc. tome providencia para dar um geito
nessa sua obesidade. Eu serei um entusiasta torcedor pelo seu triunfo e
posso lhe garantir que se sentirá altamente gratificado se lograr vencê-la.
Mesmo que não o consiga Vc. será sempre uma pessoa respeitavel e digna,
ainda que gordo, coisa que, de nenhuma maneira pode ser concebida de um modo
discriminatoria. Não admita nunca que lhe menoscabem por esta condição.

[]s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger
FROM: "fcmts" <fcmts@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/03/2002 00:34



Sérgio,


Antes de mais nada, agradeço a paciência de ter respondido
até agora.


Sérgio disse:


Sabemos muito bem que o que causa interferencia entre sistemas é a
sua
frequencia e não a sua amplitude.
O exemplo classico é um pelotão de soldados marchando sobre uma
ponte.
Porquê é que eles não batem com os pés no chão com aquele "impulso"
caracteristico q batem em terra, quando estão em pontes ?
A resposta é simples.
O impulso que eles estão a provocar contém todas as frequencias do
expectro.
(função "step" , função de "salto" , f(x)=0 se x<0 e f(x)=1 se x>0)
E portanto, contém a frequencia propria da ponte. O que pode causar
ressonancia e o consequente desmorenamento da ponte.


Fernando diz:

Sérgio, se você fala em freqüência e interferência, você já
está
admitindo um comportamento ondulatório. Os soldados não são ondas,
mas
é a ponte que oscila em consonância com o estímulo das marchas
cadenciadas.
Ainda, essa freqüência, no caso das partículas, seria o quê ?
Como a cadência de uma metralhadora ? Então, se aumentarmos a
cadência
aumentamos a freqüência, não ? Não. Pois a quantidade de partículas
por intervalo de tempo seria correspondente à amplitude.
Isso me parece básico.


Sérgio disse:


O que importa é que o movimento seja equivalente a uma certa
frequencia.
E isso é a relação de De Broglie, usada em MQ.
Mas em lado nenhum é preciso que existe dualidade onda-particula.


Fernando diz:

Com esse "a uma certa freqüência" você ignorou o que um
físico
não pode ignorar.


Sérgio disse:


Aqui tenta-se vender a ideia que a luz é uma onda.
Como dito no link anteiror a luz não precisa ser uma onda para ter
uma
frequencia, da mesma formaque o vento não rpecisa ser uma onda.


Fernando diz:


Você não precisa chamar de onda. Pode chamar de xubroxi.
Portanto que essa xubroxi tenha uma freqüencia (ou várias) e se
comporte às vezes como só uma onda poderia, até então, se comportar.
Quanto ao vento na ponte. O que faz uma flauta funcionar ou
a ponte cair ? Isso está relacionado à densidade, compressibilidade,
viscosidade e velocidade do ar e da forma da superfície de
contato. Se você enxerga equivalentes no efeito foto-elétrico, fique
à vontade para nos explicar. Até pela navalha de Occan, é melhor
atribuir uma característica ondulatória à matéria.


Sérgio disse:


>http://plato.stanford.edu/entries/qm/
Este texto é muito bem explicado e explica extamente o que eu estava
falando. Espaço de Hilbert, etc... mas explica na forma matemática.
Dá uma
visão do que significa fisicamente aquilo, mas não resolve o
problema em
questão. Explica como a Eq de Schrodinger permite saber a evolução
do
sistema. Algo que é normalmente negligenciado. É um resumo bem
estruturado
da matemática usada em MQ.
Tb não entendi que tipo de argumento isto representa. Está na mesma
linha do
texto que eu deixei, mas não apresenta os postulados da MQ, que são,
importantes para entendermos o significado das contas.


Fernando diz:

Parece que você gostou da posição de Stanford. Você mordeu
minha isca.
Leia agora
http://plato.stanford.edu/entries/qt-uncertainty/

Procurando na internet, um site pessoal cujo autor parece
concordar
ou se aproximar com sua posição é

http://physics-qa.com

Mas se quiser var mais sites que desdizem o que você diz:

http://physicsweb.org/article/news/3/10/12
http://physicsweb.org/box/world/11/3/9/world-11-3-9-1
http://uk.cambridge.org/physics/catalogue/0521250986/default.htm
http://www.iop.org/EJ/S/UNREG/Z262xPz,u1BCuAAVhN4KIg/abstract/-
search=1142287.5/0264-9381/18/22/303
http://www.iop.org/EJ/S/UNREG/Z262xPz,u1BCuAAVhN4KIg/abstract/-
search=1142287.9/0264-9381/17/18/303
http://www.iop.org/EJ/S/UNREG/Z262xPz,u1BCuAAVhN4KIg/abstract/-
search=1142289.2/0953-4075/34/22/306
http://www.iop.org/EJ/S/UNREG/Z262xPz,u1BCuAAVhN4KIg/abstract/-
search=1142289.10/0305-4470/15/9/026
http://theory.uwinnipeg.ca/mod_tech/node156.html
http://www.physics.brown.edu/Studies/Demo/modern/demo/7a5520.htm
http://www.wikipedia.com/wiki/Wave-Particle+duality
http://hyperphysics.phy-astr.gsu.edu/hbase/quantum/davger2.html#c1
http://www.users.csbsju.edu/~frioux/1photon.html


Abraço,
Fernando Santos






SUBJECT: Re: [ciencialist] Dualidade Onda-Particula (ex-Gato de Schrodinger)
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/03/2002 16:48


Vejam no endereço

http://www.sbf.if.usp.br/WWW_pages/Journals/RBEF/Vol19/Num1/index.htm

o artigo "Interferometria, Interpretação e Intuição: uma Introdução
Conceitual à Física Quântica" de Osvaldo Pessoa Jr. .

Um trecho desse artigo (pg 28, inf esq) é: "É importante frisar que essa
formação ponto a ponto do padrão de interferência ocorre mesmo que apenas
um fóton ou elétron incida por vez (por exemplo a cada segundo). Paul
Dirac exprimiu isso dizendo que 'cada fóton interfere consigo mesmo.'"

E a referência que ele cita para é

DIRAC, P.A.M. The Principles of Quantum Mechanics, 3ª ed., Oxford U.
Press, 1947 (orig. 1930) p. 9.


On Sat, 23 Mar 2002, Sérgio Taborda wrote:
>
> Eu pedi que me desse uma experiencia onde se mostra que uma única particula
> é uma onda.
>
> Essa , não existe.
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/03/2002 21:55


> Sérgio, se você fala em freqüência e interferência, você já
> está admitindo um comportamento ondulatório.

Não. E era isso que eu queria que vc entendesse.
A função "step" não é uma onda no sentido que vc está usando.

>Os soldados não são ondas, mas
>é a ponte que oscila em consonância com o estímulo das marchas
>cadenciadas.

A ponte não é uma onda ,nem os soldados
Mas eles interferem por meio de uma frequencia.
Então, eles não precisam ser ondas, para interferirem por meio de uma
frequencia.
É facil de entender, não ?

> Ainda, essa freqüência, no caso das partículas, seria o quê ?

Seria absolutamente nada. É por isso q particulas não são ondas.

>Como a cadência de uma metralhadora ? Então, se aumentarmos a
>cadência aumentamos a freqüência, não ?

Não.
Se aumentarmos a velocidade das balas.
v= lambda f

(Faça a analise de Fourier desse sistema)

> Não. Pois a quantidade de partículas
>por intervalo de tempo seria correspondente à amplitude.
>Isso me parece básico.

Te parece básico, tal e qual parecia básico no seculo XIX principios de XX,
quando Eisntein mostrou que era essa visão "amplitonica" que está errada.

Fernando diz:

> Com esse "a uma certa freqüência" você ignorou o que um
>físico não pode ignorar.

O que eu ignorei ?
A "certa frequencia" é :

f = m v² / h

Foi isto, que eu ignorei ?


>Fernando diz:
> Você não precisa chamar de onda.

Então pq você chama ?

>Pode chamar de xubroxi.
>Portanto que essa xubroxi tenha uma freqüencia (ou várias) e se
>comporte às vezes como só uma onda poderia, até então, se comportar.

Ninguem nunca mostrou que a luz era uma onda.
luz ser "onda" significa que "um feixe de luz apontado para um alvo com
fendas provoca fenomenos de interferencia apenas descritos por funções
trignométricas do tipo seno"

É isso qque sgnifica ser "onda"

Agora, se vc acha que por um feixe de particulas se comportar dessa forma,
então é porque todas as particulas, singularmente, fazem o mesmo, é uma
falácia. (tomar o todo pela parte)

> Quanto ao vento na ponte. O que faz uma flauta funcionar ou
>a ponte cair ?
>Isso está relacionado à densidade, compressibilidade,
>viscosidade e velocidade do ar e da forma da superfície de
>contato.

Então e o mais importante ? a "Frequencia" ?

>Se você enxerga equivalentes no efeito foto-elétrico, fique
>à vontade para nos explicar. Até pela navalha de Occan, é melhor
>atribuir uma característica ondulatória à matéria.

Se vc acha... que posso eu fazer.
Mas ainda não me deu nenhuma boa razão para eu aceitar isso , nem uma prova.
todas as que citas começam por "um feixe de ..."

Um feixe tudo bem que se conporte daquela forma, mas dai a que seja uma
onda, vai um passo grande.


>Fernando diz:

> Parece que você gostou da posição de Stanford. Você mordeu minha
isca.
>Leia agora
>http://plato.stanford.edu/entries/qt-uncertainty/

Bom, eu não li tudo até ao fim, mas do que li (50%) não me parece que haja
nada de contrário ao que sempre afirmei.

Eu vou ler os outros links amanhã, juntamente com esse.
Mas se tem algo claro lá que seja para eu prestar atenção, tlv seja melhor
dizer o que é.

A citação abaixo , mostra como a coisa funciona:

"But does the relation (2) qualify as a principle of quantum mechanics?
Several authors, foremost Karl Popper (1967), have contested this view.
Popper argued that the uncertainty relations cannot be granted the status of
a principle, on the grounds that they are derivable from the theory, whereas
one cannot obtain the theory from the uncertainty relations. (The argument
being that one can never derive any equation, say, the Schrödinger equation,
or the commutation relation (1), from an inequality.) "


http://physicsweb.org/article/news/3/10/12

Bom, este é o do C60 que começa com "cientistas emitiram um FEIXE..."

http://hyperphysics.phy-astr.gsu.edu/hbase/quantum/davger2.html#c1

A experiencia de Davisson -Gremer
Como já disse, ela usa um FEIXE!

Eu queria experiencia REAIS com uma particula SINGULAR e :

http://physicsweb.org/box/world/11/3/9/world-11-3-9-1

é teoria. Só.

Eu assitir uma vez a um seminário sobre Computadores e Computação Quantica.
E depois de explicar o que significava esse conceito, o sr lá ,acabou
dizendo que ainda não havia nada feito nesse campo.
Eles estavam tentanto.

http://www.wikipedia.com/wiki/Wave-Particle+duality

"Shoot electrons (or anything else for that matter) at a screen with two
slits"

Electrons , plural .

"The pattern is a result of the electron's wave function being diffracted by
both slits and interfering with itself. The wavefunction is a complex
valued function of space and time."

Como se pode ler no link que deste que clasificaste de isca, isto está
errado.
A função de onda representa o ESTADO e NUNCA o caminho do electrão.

O caminho , se assim podemos chamar é a "soma" das posições que são dadas
por

<x> = integral de -inf a + inf de ( psi* x psi )

Como vês, não é a função de onda (psi) que descreve o caminho.
Isto é errado, pelos proprios textos que tu apresentaste.

As outras vou deixar para amanhã que já num tenho mais tempo hoje.


Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda

"Às vezes a leitura é um modo engenhoso de evitar o pensamento"
A.Help- Historiador



SUBJECT: Re: [ciencialist] Dualidade Onda-Particula (ex-Gato de Schrodinger)
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/03/2002 21:59


>Um trecho desse artigo (pg 28, inf esq) é: "É importante frisar que essa
>formação ponto a ponto do padrão de interferência ocorre mesmo que apenas
>um fóton ou elétron incida por vez (por exemplo a cada segundo).

Então se assim é, ele que me mostre uma experiencai que compreve isso.
Nossa... se é verdade, pq é tão dificil aprsentar as provas?

>Paul Dirac exprimiu isso dizendo que 'cada fóton interfere consigo mesmo.'"

Eu exprimo isso dizendo "O pai natal existe"

>E a referência que ele cita para é

>DIRAC, P.A.M. The Principles of Quantum Mechanics, 3ª ed., Oxford U.
>Press, 1947 (orig. 1930) p. 9.

Eu não estou interessado nos principio de 1947 da MQ quando tenho os
actuais.
E tb não estou interessado na referencia pq não evidencia uma EXPERIENCIA.
Eu pedi uma experiencia... é assim tão dificil encontrar uma ? :{{{{
(que não seja com feixes)

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda

"Às vezes a leitura é um modo engenhoso de evitar o pensamento"
A.Help- Historiador




SUBJECT: Re: [ciencialist] 1 500 000 ! ... é o Imperdível !
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/03/2002 03:12

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, March 18, 2002 8:37 PM
Subject: [ciencialist] 1 500 000 ! ... é o Imperdível !


> Domingo ou 2a próxima o Imperdível comemorará mais meio milhão de visitas.
> Será que desta vez tb será o João do Nônio o felizardo a registrar o 1 500
> 001 como aconteceu com os 1 000 001?

Antecipadamente já "registrei" o 1 500 000 na seção "Informativo ECC" do
quase-Imperdível Espaço Científico Cultural.. Não deixem de ver a foto do
Léo segurando a sua tábua estatística. Está em
http://ecientificocultural.com/ECC2/InfEcc/InfEcc01.htm

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] Dualidade Onda-Particula (ex-Gato de Schrodinger)
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/03/2002 05:47

----- Original Message -----
From: "Jefferson Stafusa Elias Portela"
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, March 24, 2002 4:48 PM
Subject: Re: [ciencialist] Dualidade Onda-Particula (ex-Gato de Schrodinger)


> E a referência que ele cita para é
> DIRAC, P.A.M. The Principles of Quantum Mechanics, 3ª ed., Oxford U.
> Press, 1947 (orig. 1930) p. 9.

Em meio a meus livros de paranormalidade, ocultismo, teoria ectoplásmica do
Léo e outras bruxarias pseudocientíficas como os princípios do funcionamento
do motor de propulsão da vassoura da madame Min, encontrei o tal livro do
Dirac e resolvi por bem expor o texto acima citado. Espero com isso
colaborar para com o profícuo e interessantíssimo debate Ciencialist
relativo ao gato vivo-morto ou então sobre a onda que não é onda quando for
partícula e muito menos será partícula quando for onda. Pretendo com isso
mostrar que não tenho nenhum preconceito contra a teoria quântica e
aconselho mesmo a que continuem a estudá-la bastante, antes que ela acabe.
Solicito apenas para que não continuem confundindo gato com moeda pois o meu
pobre bichano está ficando complexado e, a continuar desse jeito, ele
acabará se transformando numa almofada circular. Vamos então ao texto.

A partir do segundo parágrafo da página 9 lê-se:

"Some time before the discovery of quantum mechanics people realized that
the connexion between light waves and photons must be of a statistical
character. What they did not clearly realize, however, was that the wave
function gives information about the probability of 'one' photon being in a
particular place and not the probable number of photons in that place. The
importance of the distinction can be made clear in the following way.
Suppose we have a beam of light consisting of a large number of photons
split up into two components of equal intensity. On the assumption that the
intensity of a beam is connected with the probable number of photons in it,
we should have half the total number of photons going into each component.
If the two components are now made to interfere, we should require a photon
in one component to be able to interfere with one in the other. Sometimes
these two photons would have to annihilate one another and other times they
would have to produce four photons. This would contradict the conservation
of energy. The new theory, which connects the wave function with
probabilities for one photon, gets over the difficulty by making each photon
go partly into each of the two components. Each photon then interferes only
with itself. Interference between two differente photons never occurs.

The association of particles with waves discussed above is not restricted to
the case of light, but is, according to modern theory, of universal
applicability. All kinds of particles are associated with waves in this way
and conversely all wave motion is associated with particles. Thus all
particles can be made to exhibit interference effects and all wave motion
has its energy in the form of quanta. The reason why these general phenomena
are not more obvious is on account of a law of proportionality between the
mass or energy of the particles and the frequency of the waves, the
coefficient being such that for waves of familiar frequencies the associated
quanta are extremely small, while for particles even as light as electrons
the associated wave frequency is so high that it is not easy to demonstrate
interference."

Hum-huuummm. Saravá, meu pai. Toc-toc-toc.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/03/2002 08:21

On Fri, 22 Mar 2002, Sérgio Taborda wrote:
> >Nada mais, Sergio? Uma particula q apresenta propriedades de onda?
> >Uma particula q atirada uma a uma atraves de duas fendas parece
> >atravessar as duas simultaneamente e interferir com ela mesma criando
> >padroes de interferencia na placa detectora como se fosse uma onda?
> >Isso e' inteiramente inexplicavel pela mecanica classica!
>
> ISSO NUNCA FOI OBSERVADO!
> Nunca foi observada uma unica particula a criar interferencia.
> Aliás é dito nos livros que se dimuires a frequencia do feixe o padrão
> desaparece.

Não sei não, mas acho que já foi observado sim. Mas claro que a uma
partícula por vez a experiência demora dias.

Já q vc citou livros... quais???

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
One Ring to rule them all



SUBJECT: Re: GOVERNO ADMITE O TRAFICO DE ORGAOS
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/03/2002 08:25

Onde e' q. o governo admite o
trafico de orgao nesse texto?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Gato de Schrodinger
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/03/2002 08:30


O 2º Capitulo

> http://uk.cambridge.org/physics/catalogue/0521250986/default.htm

"Dr Wheaton describes the experimental work on the new forms of
radiation found at the turn of the century and shows how the
interpretation of energy transfer from X-rays to matter gradually
transformed a classical wave explanation of light to one based on
particle like quanta of energy"

X-Rays é Raios X = Feixe de Luz na frequencia do Raio X
FEIXE!

> http://www.iop.org/EJ/S/UNREG/Z262xPz,u1BCuAAVhN4KIg/abstract/-
search=1142287.5/0264-9381/18/22/303

"...and in a superconducting cylinder a quantum fluid moving along
its axis..."

Supercondutor => corrente => conjunto de particulas com uma certa
velocidade => fluido

Não se trata de particulas individuais.

> http://www.iop.org/EJ/S/UNREG/Z262xPz,u1BCuAAVhN4KIg/abstract/-
search=1142287.9/0264-9381/17/18/303

Não tem nada de relevante aqui.

> http://www.iop.org/EJ/S/UNREG/Z262xPz,u1BCuAAVhN4KIg/abstract/-
> search=1142289.2/0953-4075/34/22/306

"and that wave- and particle-like behaviour is simultaneously
observed when measuring populations and coherences in a single
nuclear magnetic resonance experiment. "

POPULATIONS => populações => vários.
"singe nuclear magnetic resonance" => unica resonancia nuclear
magnética => unica frequencia de resonancia.

Não se fala de particula unica.

> http://www.iop.org/EJ/S/UNREG/Z262xPz,u1BCuAAVhN4KIg/abstract/-
search=1142289.10/0305-4470/15/9/026

Este texto tem "ray" escrito por todo o lado
ray => raio => feixe


> http://theory.uwinnipeg.ca/mod_tech/node156.html

Difracção de electroes e aplicação em microscopios electronicos => é
usado um FEIXE de electrões.

> http://www.physics.brown.edu/Studies/Demo/modern/demo/7a5520.htm

"A sealed, lightproof black box contains the red laser"

LASER => feixe de luz!
Single photon o tanas.

> http://www.users.csbsju.edu/~frioux/1photon.html

Bom, este é simplesmente teorico e as refrencias apontam para

"Experimental Evidence for Photon
Anticorrelation Effects on a Beam Splitter: ..."

Ora "Beam" = FEIXE!
Não faz sentido fazer o splitter (separação por meio de meios com 50%
de transmissão e 50% de reflecçao) de uma unica particula.
O que se mostra neste texto é que mesmo com um sistema de spliter, a
forma como o feixe é separado leva sempre a que apenas seja detectado
em D2.
Este é um bom exemplo de que a função de onda é o sistema, e não das
particulas.

Resumindo, a historia do costume.
Eles até podem dizer que é "single photon" , mas quando vamos ver,
eles usam um FEIXE!

Como se diz no texto do Dirac que o Alberto apresentou, a "onda" é
mera estatistica. E a conjectura do Dirac é apenas teorica.

Se ainda acredita em dualidade é pq tem um grave problema de
crendince. :-))


[]

Sérgio Taborda


P.S.

- Os duendes existem !
- Me prove que eles existem. Onde estão ? me mostre um.

- As particulas são ondas e as ondas particulas !
- Ah, claro. Isso acredito. Não precisa me mostrar não.





SUBJECT: Re: o homem
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/03/2002 08:36

--- In ciencialist@y..., "Marco Aurelio" <clave@s...> wrote:
> Gostaria que Vc. explicasse se nesta afirmação a sobrevivência é
> algo que se opõe ao conceito de doença. Creio que não foi essa sua
> intenção.

Na verdade foi. Nao analisei do ponto de vista clinico,
ao qual nao estou capacitado para opinar. Analisei do
ponto de vista evolutivo.

A pergunta foi em relacao a eventuais problemas
geneticos q seriam causados por relaxamento de
selecao motivada pelas novas tecnologias.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Gato de Schrodinger
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/03/2002 09:01


> Não sei não, mas acho que já foi observado sim.

Então não vai ser difcil me dizer onde, como e por quem.

> Mas claro que a uma
> partícula por vez a experiência demora dias.

E ... ?

> Já q vc citou livros... quais???

Qualquer um que seja tecnico para trabalhar com microscopios
electrónicos. Mas se não acredita, pode ver por seus olhos, como eu
vi, assistindo a uma sessão de trabalho com um.

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: artigo sobre codifica��o huffman
FROM: Nicolau Werneck <nwerneck@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/03/2002 09:27

Olá!
Sou estudante de engenharia elétrica, e estou atrás
deste artigo escrito por Donald Knuth:

"Dynamic Huffman coding", Journal of Algorithms
6:163-180 (1985)

Na minha biblioteca (UFMG) só existe UM exemplar desse
"Journal of Algorithms", e é o 4! :(((
Será que alguma boa-alma hospedada em alguma
universidade do nosso amado Brasil poderia verificar a
existência da referida publicação em suas fontes, e
se possível me mandar um xerox??? =)

obrigado pela atenção!...

++nicolau




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SUBJECT: Show de Trumam -- A Mafia dos Transplantes
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <advogado@yahoogrupos.com.br>, <Constitucional_Brasil@yahoogrupos.com.br>, <direito_saude@yahoogroups.com>, <Direito_Trabalhista@yahoogrupos.com.br>, <direito-penal@yahoogroups.com>, <Direitos_Humanos@yahoogrupos.com.br>, <faroljuridico@yahoogrupos.com.br>, <policia-livre@grupos.com.br>, <politica-br@yahoogrupos.com.br>, <Artigos_Juridicos@yahoogrupos.com.br>
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DATE: 25/03/2002 09:28

Direito_Sa�de e Bio�tica -- 25.03.2002
______________________________

Antes do depoimento a seguir da Jornalista �rica Bento Gon�alves,
enfatizo que o homic�dio do filho de Paulo Airton Pavesi
por transplantadores e outros m�dicos
para retirada de �rg�os vitais
est� longe de ser um caso isolado no Brasil.



N�o h� transplante de �rg�o vital �nico sem que exista
um homic�dio correspondente.

E as autoridades brasileiras n�o est�o investigando isso
como devem, apesar de lhes ter sido alcan�ados todos
os meios para tanto.
Licen�a para matar na medicina ?



Atualmente, pratica-se um genoc�dio na medicina, em nome dos
transplantes e em nome da mentira de salvar vidas
que envolve essa pr�tica esp�ria, quando mata uma pessoa
para dar sobrevida a outra, mas retirando do epis�dio,
essencialmente, o maior lucro poss�vel de obter
dentro da medicina.



Os delinq�entes homicidas n�o s�o do tipo que as autoridades
brasileiras punem por transgredir a lei e, os interesses
econ�micos envolvidos obt�m o sil�ncio
e a omiss�o dessas autoridades,
ou mesmo, a cumplicidade.


VAMOS ver nesse caso o que ocorre.


Como est� n�o continuar� a farsa homicida
da "declara��o de morte encef�lica", criada e usada apenas
para promover o canibalismo transplantador.


Isso � uma advert�ncia.


O Minist�rio P�blico da Uni�o deve ter presente
que � uma Institui��o P�blica, e verificar se o seu futuro
como tal n�o est� sendo comprometido
nesses casos onde os direitos fundamentais
s�o transgredidos pelos privilegiados transplantadores,
tratados como _"cidad�es acima de qualquer
suspeita"_.


[]'s

Celso Galli Coimbra
OAB_RS 11352
Porto Alegre
______________________


O SHOW DE TRUMAM

�rika Bento Gon�alves
Jornalista



Participo do grupo h� uma semana
e esta � a primeira vez que me pronuncio a todos.
Acho que se aprende muito mais ouvindo
do que falando.
Mas diante de uma situa��o t�o grave quanto
a que estou presenciando,
pe�o permiss�o para falar ...



Sou de Po�os de Caldas,
a cidade onde o colega do grupo -
Paulo Airton Pavesi - cita diariamente existir
uma m�fia de m�dicos transplantadores.


Nasci e fui criada nesta cidade onde poderia
ter sido o cen�rio do filme "Show de Trumam"
com Jim Carrey. Todos felizes, passeando com
seus c�es e filhos, sorrisos no rosto, clima agrad�vel,
lindas rosas, lindos jardins. Cachoeiras, balne�rios,
hot�is. Quem conhece sabe do que estou falando,
e para quem n�o conhece, acredite:
Po�os � linda!!
Um verdadeiro cart�o postal.



Inclusive no pior dos sentidos.
Bela, fria e falsa, como uma fotografia passada
por um editor de imagens.


Aqui n�o h� espa�o para quem n�o "ame" a cidade
(entenda "ame" como algu�m que n�o possa questionar).
Os que ousam levantar o tapete (ou atravessar o mar,
cruzar a ponte ... para quem assistiu ao filme aqui citado),
cabe somente a difama��o, acusa��o de estar
"denegrindo" a imagem da "querida e �nica"
Po�os de Caldas. Um ex-prefeito qualificou o munic�pio
como "o�sis no deserto". E ele tinha raz�o: � uma grande
miragem. (N�o muito diferente do Brasil que FHC
tenta mostrar l� fora e nos comerciais
de televis�o).



Po�os � como um espelho.
Inverte verdades em mentiras.
Tudo o que Paulo diz, em desabafos muitas vezes
dif�ceis de acompanhar, � a mais pura e cruel verdade.



Sou jornalista e acompanho o caso h� um ano.
No come�o foi dif�cil acreditar.
Fazia parte de uma massa cega.
Mas meu trabalho me obrigou a enxergar al�m
e o que vi, e vejo at� hoje, � um absurdo total.



Durante a investiga��o sobre a morte, capta��o
e doa��o dos �rg�os de um menino de 10 anos,
m�dicos se fecham em salas combinando depoimentos
iguais.


Mentiras em grupo.
Do cirurgi�o ao neurologista, passando pelo radiologista
e anestesita. Todos fingiram atos, forjaram provas,
"enganaram" a investiga��o e talvez at� tenham
conseguido.


Afinal, foram aceitos exames que apareceram dois anos
depois dentro do hospital por onde j� haviam passado
auditorias e pol�cia federal em busca destes mesmos
laudos. Outros, cuja data de realiza��o � posterior
ao �bito do paciente. Outros ainda, feitos antes
mesmo dele ter dado entrada no hospital.



Tudo encarado como normal ...
A esperan�a � que o fato de terem feito o diagn�stico
de morte encef�lica numa crian�a que estava sob
efeitos de sedativo, venha a ser encarado com
seriedade (e apontado como crime) pelos investigadores,
pois para isso n�o h� resposta,
n�o h� justificativa!!!



Mas nunca se sabe.
Talvez tenham conseguido driblar a pol�cia
e os procuradores, mas n�o a n�s, que assistindo
a tudo isso nos desesperamos, gritamos por socorro,
quase nos entregamos � loucura. Mesmo com tudo
isso documentado (que n�o chega nem ao primeiro
cap�tulo desta hist�ria), eu como jornalista e ele
como pai, ainda temos que provar
que falamos a verdade.



Pergunto: onde e como encontrar o equil�brio
para enfrentar uma m�fia como esta?
A quem recorrer?


Vivemos das migalhas que nos sobram de dignidade
e amor pr�prio. Como todos os brasileiros.
Cada qual com seus m�dicos-monstros.
Fa�amos cada um a sua pr�pria revolu��o?
Ou de bra�os cruzados e com pena de n�s mesmos,
esperamos pelo salvador?
N�o h� salvador que n�o cobre um pre�o depois ...



N�o quero apresentar solu��es,
porque se as tivesse, j� as teria lan�ado m�o.
� apenas um eco. Um ato solid�rio. Porque o momento
� de espera. A Pol�cia Federal diz que a investiga��o
est� encerrada. Agora s� falta a conclus�o do inqu�rito
que, se fosse num pa�s s�rio e justo, viriamos
indiciamentos por homic�dio e forma��o de quadrilha.
� certo que 4 m�dicos foram indiciados por retirar
e transplantar �rg�os em desacordo com
a Lei de Transplantes.
Mas foi s� este o crime que cometeram?
Eles j� n�o fazem mais transplantes na cidade,
foram excluidos do Sistema Nacional de Transplantes.
Mas at� quando?



Estamos em "Xeque"...
porque este jogo ainda n�o acabou.


�rika Bento Gon�alves
Jornalista

(Ainda posso mudar de Po�os
e esquecer tudo isso. Viver em outra cidade
"Trumam" com meus dois filhos.
Mas qual seria a contribui��o?
Como ficaria a minha consci�ncia?
Al�m do que, o Brasil � todo assim ...
um grande "show".)

============================
ENDERECOS SOBRE MORTE
ENCEF�LICA E TRANSPLANTES:
============================
Nao se deixe enganar
pela propaganda transplantista.
===
INFORME-SE:
apenas a *Medicina Preventiva* de baixo custo
ja seria suficiente para evitar a necessidade de
80% de transplantes previsiveis, com origem em declaracoes
de mortes encefalicas *ANTECIPADAS*
para fins de retirada de orgaos vitais.
===
ARTIGO:
"Falhas no Diagnostico da Morte Cerebral",
publicado na Revista CIENCIA HOJE,
n�mero 161, junho de 2000:
http://www.uol.com.br/cienciahoje/chmais/pass/ch161/morte.pdf
===
ARTIGOS
cientificos no site da UNIFESP:
http://www.unifesp.br/dneuro/textos.htm
===
ARTIGO:
"Morte Encefalica"
http://www.unifesp.br/dneuro/mortencefalica.htm
===
DEMONSTRACAO
cientifica dos efeitos mortais do teste
da APNEIA, imposto pelo CFM para
declaracao da morte encefalica que
pretende diagnosticar:
http://www.unifesp.br/dneuro/apnea.htm
===
ARTIGO:
em ingles sobre a importancia da
*Penumbra Isquemica* para a declaracao
da morte encefalica:
http://www.unifesp.br/dneuro/brdeath.html
===
MANIFESTACOES PUBLICAS
da comunidade neurocientifica internacional
contraria aos criterios declaratorios
da morte encefalica.
NAO EH VERDADE QUE HA CONSENSO
internacional na declaracao de morte encefalica,
confirme o que dizem os neurocientistas em:
http://www.unifesp.br/dneuro/opinioes.htm
===
DEBATE
internacional da comunidade neurocientifica
sobre os erros declaratorios da morte encefalica
na Revista Cientifica BMJ:
http://www.bmj.com/cgi/eletters/320/7244/1266
===
PARA ler os artigos sobre
morte encefalica em Direito_Saude:
http://www.yahoogroups.com/files/direito_saude/
===
INSCRICAO, enviar mensagem em branco para:
direito_saude-subscribe@yahoogroups.com
===
PARA outras finalidades acessar
a pagina principal deste Grupo:
http://www.yahoogroups.com/group/direito_saude
===



---
Outgoing mail is certified Virus Free.
Checked by AVG anti-virus system (http://www.grisoft.com).
Version: 6.0.342 / Virus Database: 189 - Release Date: 14/3/2002


[As partes desta mensagem que n�o continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/03/2002 09:41

Oi pessoal,

please, estão discutindo *em Física* a maior 'palavra da autoridade'???!!! Isso está parecendo discussão do 'departamento de ponto e vírgula' (divogados) que só sabem conversar citando 'o proeminente doutor ticetera ticetera'. Estamos num ambiente de 'provas' experimentais! Que se danem os status de Hawking e Norbury. Citemos a experiência da 'interferência produzida por elétrons individuais', a 'interferência produzida por feixe de elétrons' etc.

E para freiar;

ABS

Léo
==============
-----Mensagem Original-----
De: "Eduardo Torres" <eftf@gbl.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: sexta-feira, 22 de março de 2002 13:55
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger


| > Lê o link.
| > http://www.uwm.edu/~norbury/qma/qma.html
| >
| > []
| >
| > Sérgio Taborda
|
|
| Li. Trata-se de um dm draft incompleto sobre MQ feito por um certo professor
| John W. Norbury da Universidade de Wisconsin.
|
| Nao me disse muita coisa.
|
| Estou supondo q vc considera o Dr. Norbury uma fonte mais confiavel q
| Stephen Hawking, embora nao tenha visto nada no site de Norbury q negue a
| dualidade onda-particula.
|
| Tudo bem , posso ter me perdido no texto de fisica teorica.
|
| Por isso prefiro nesse caso as palestras de Hawking feitas p/ um publico
| mais amplo. Sao mais claras e didaticas.
|
| Arrange por favor um texto mais claro de um fisico de destaque defendendo
| suas ideias heterodoxas sobre a MQ.
|
|
| Abs,
| Eduardo Torres
|
|
| &&& --- &&&
| VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
| http://www.ciencialist.hpg.com.br
| Para sair da lista envie um mail para
| ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
| &&& --- &&&
|
| Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
|
|



SUBJECT: Re: artigo sobre codificação huffman
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/03/2002 09:49

--- In ciencialist@y..., Nicolau Werneck <nwerneck@y...> wrote:
> Olá!
> Sou estudante de engenharia elétrica, e estou atrás
> deste artigo escrito por Donald Knuth:
>
> "Dynamic Huffman coding", Journal of Algorithms
> 6:163-180 (1985)

Não tenho nada disso, mas procurando na net:

http://www.cs.mcgill.ca/~nferns/cs251/

e o codigo em C

http://www.xcf.berkeley.edu/~ali/K0D/Algorithms/huff/

isso, não é aquele algoritmo usado pelo winZIP ?

[]

Sérgio Taborda




SUBJECT: Re: [ciencialist] Dualidade Onda-Particula (ex-Gato de Schrodinger)
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/03/2002 12:55

Pôxa... você nem leu o artigo?

(www.sbf.if.usp.br/WWW_pages/Journals/RBEF/Vol19/Num1/v19_27.ps.gz)

Na seção "Inteferometria para um fóton":

"O interferômetro de Mach-Zehnder para fótons únicos tem o mesmo
comportamento que o caso clássico (...) Tal experimento foi realizado em
1986 em Orsay, na França, por Grangier, Roger & Aspect. Este experimento
exemplifica mais uma vez como cada fóton interfere consigo mesmo."

E a referência é:

Grangier, P.; Roger, G.; & Aspect, A. Europhysics Letters 1, 173 (1986)

Mas há também o Tipler, P. Física, vol.4 3ªed., que não é grande coisa mas
é muito conhecido (é um livro de física básica/geral). Na página 205 há
uma figura com quadros seqüênciais de interferências de elétrons, no 1º
deles há um só ponto, nos demais o número de pontos aumenta e uma figura
de interferência se torna visível. Segundo a legenda estas seria figuras
reais filmadas, em um monitor de televisão.

Sobre interferência de um só fóton (experimentalmente):

http://imogen.princeton.edu/user/page/single_photon.html
http://www.physics.brown.edu/Studies/Demo/modern/demo/7a5520.htm
http://jever.phys.ualberta.ca/~gingrich/phys397/experiments.html
http://www.optica.tn.tudelft.nl/Education/photons.htm
http://departments.colgate.edu/physics/research/Photon/five_experiments.htm
http://www.phys.ksu.edu/perg/vqmorig/tutorials/online/wave_part/#Abschnitt

Abraços,
Stafusa



On Mon, 25 Mar 2002, Sérgio Taborda wrote:

>
> >Um trecho desse artigo (pg 28, inf esq) é: "É importante frisar que essa
> >formação ponto a ponto do padrão de interferência ocorre mesmo que apenas
> >um fóton ou elétron incida por vez (por exemplo a cada segundo).
>
> Então se assim é, ele que me mostre uma experiencai que compreve isso.
> Nossa... se é verdade, pq é tão dificil aprsentar as provas?
>
> >Paul Dirac exprimiu isso dizendo que 'cada fóton interfere consigo mesmo.'"
>
> Eu exprimo isso dizendo "O pai natal existe"
>
> >E a referência que ele cita para é
>
> >DIRAC, P.A.M. The Principles of Quantum Mechanics, 3ª ed., Oxford U.
> >Press, 1947 (orig. 1930) p. 9.
>
> Eu não estou interessado nos principio de 1947 da MQ quando tenho os
> actuais.
> E tb não estou interessado na referencia pq não evidencia uma EXPERIENCIA.
> Eu pedi uma experiencia... é assim tão dificil encontrar uma ? :{{{{
> (que não seja com feixes)
>
> Cumprimentos,
>
> Sérgio M. M. Taborda




SUBJECT: Re: Dualidade Onda-Particula (ex-Gato de Schrodinger)
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/03/2002 12:59

Quando procurava pelo artigo original do De Broglie encontro isto:

"I remember as an undergraduate, studying Louis de Broglie's original
paper on wave particle duality and I didn't get it. Through graduate
school until I found out he didn't get it either. It was an accident,
and although it was a key concept at the time, we now know that it's
also unnecessary; you can do all of quantum mechanics without it. No
matter what you are studying the first time, you will get it wrong.
But by the twentieth or thirtieth the dots become connected and in
the right order. Entire sciences have been edited out of books
because it took fifty years to figure out it was wrong. A sociology
professor at MIT pointed this out to me."

in http://www-
ed.fnal.gov/trc/sciencelines_online/sp_smr99/featured_scientist.html

Notar a frase "you can do all of quantum mechanics without it"

e olhando para:

http://www.fervor.demon.co.uk/broglie.pdf

tlv se entenda o que ele quer dizer com "I didn't get it"

Interessante notar o que ele escreve :

"Let us apply this to an atom of light. I showed elsewhere that the
atom of light
should be considered as a moving object of a very small mass ( 10^-50
g) that moves
with a speed very nearly equal to c (although slightly less)."

A expressão "atom of light" representa aquilo que eu já disse aqui
muitas vezes: a luz não é uma onda , é composta de particulas.
O que apresenta fenómenos de interferencia é um feixe dessas
particulas. Feixe esse conhecido como, simplesmente, luz.

[]

Sérgio Taborda




SUBJECT: Re: Dualidade Onda-Particula (ex-Gato de Schrodinger)
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/03/2002 13:28


> Pôxa... você nem leu o artigo?
>
> (www.sbf.if.usp.br/WWW_pages/Journals/RBEF/Vol19/Num1/v19_27.ps.gz)
>
> Na seção "Inteferometria para um fóton":
>
> "O interferômetro de Mach-Zehnder para fótons únicos tem o mesmo
> comportamento que o caso clássico (...)

Esse aparelho funciona com a projecção de um FEIXE na entrada.
Eu já tinha comentado isso noutro mail ao Francisco.

> Sobre interferência de um só fóton (experimentalmente):
>
> http://imogen.princeton.edu/user/page/single_photon.html

"A 1 mW He-Ne laser "
Qual single photon ?, eles usam um laser!
E nem sequer se dão ao trabalho de fazer um laser pulsado.

Quando eles falam em fotões singulares eles estão falando do que veêm
no alvo. Eles estão falando de fotões por segundo e no alvo.
Ou seja, o FEIXE interfere nas fendas e provoca a mudança de direcção
da particula de uma forma "aletória".
As particulas vão chegando UMA-A-UMA ao detector, que as conta.

Ora, aqui não ha prova nenhuma que o fotão interfira com ele mesmo,
nem que passe simultaneamente pelas duas fendas, nem que uma unica
particula mostre padrão de interferencia.

Como se vê na imagem dos primeiros segundos, tens 5 pontos luminosos
(que eles dizem corresponder exactamente a 5 fotoes).

Um ponto luminoso, que eu saiba, não é um padrão de interferencia.

Portanto, uma unica particula NUNCA terá um padrão de interferencia.

Para teres o padrão tens de ter MUITAS particulas a embater no alvo,
já que a soma do seu numero em cada localização do alvo é que te dá a
sensação de intensidade e portanto de padrão.

A experiencia que procuro é muito simples: emites UMA UNICA particula
e esperas que embata num alvo. E ai , me dizes se ha padrão de
interferencia ou não.

A experencia que ele usa não é nada disso.

E é claro que não ha padrão nenhum para uma unica particula, e como
tal uma unica particula NÂO é uma onda.


Esclarecido?

[]

Sérgio Taborda




SUBJECT: Re: Dualidade Onda-Particula (ex-Gato de Schrodinger)
FROM: "ecientificocultural" <albmesq@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/03/2002 15:00

--- In ciencialist@y..., Sérgio Taborda wrote:

> > Paul Dirac exprimiu isso dizendo que 'cada fóton
> > interfere consigo mesmo.'

> Eu exprimo isso dizendo "O pai natal existe"

Isso já é "forçar a barra". A existência de Papai Noel
(ou pai natal, se quiser) está mais do que comprovada.
E já que vocês estão apelando para a autoridade dos grandes
mestres, nada melhor do que reproduzir aqui as palavras
de Ferraz Netto, uma das maiores autoridades no assunto:
"Vcs estão brincando com coisa séria! Não me refiro à
quântica, e sim ao Papai Noel. Ele existe (e é
diferente de zero!). A última vez que o vi, tentando
entrar no meu laboratório pelo teclado, foi atacado pelo
meu acelerador de partículas." O original desse texto
pode ser lido em "Teoria Sobre a Existência de Papai Noel":
http://ecientificocultural.com/ECC2/Dialogos/tepn.htm

Quanto ao foton, não há ainda nada a provar sequer que ele
existe. E até mesmo o fenômeno luz não foi devidamente
esclarecido, permanecendo ainda hoje como um mistério
total. No século XX teve um tal de Einstein (sócio do
Infeld, se não me falha a memória), não tão bom e
atualizado quanto o Ferraz Netto, mas aparentemente
digno de confiança, que disse alguma coisa a respeito,
em seu livro "A Evolução da Física": "A história da
busca de uma teoria da luz não está de modo algum
concluída. O veredicto do século XIX não foi
final e definitivo. Todo o problema de decidir entre corpúsculos e
ondas ainda existe para a Física moderna, desta vez de uma forma
muito mais profunda e intrincada. Aceitemos a derrota da teoria
corpuscular da luz até reconhecermos a natureza problemática da
vitória da teoria ondulatória."

> Eu não estou interessado nos principio de 1947 da MQ
> quando tenho os actuais.

Eu sempre pensei que a mecânica quântica fosse uma só,
até mesmo aquela costumeiramente chamada teoria
quântica primitiva e anterior à dualidade de De
Broglie e do princípio da ignorância de Heisenberg.
Vejo agora que não, pois o tempo passa e novos
princípios paranormais têm sido acrescentados.
Pelo visto devo estar precisando fazer um update
para a versão 2002. Será que não existe nada melhor
do que aquela baboseira do Norbury e que não esteja
impregnado pela paranormalidade introduzida pelo
Hawking? Não se fabricam mais quânticos no estilo
dos anos 20-30?

> E tb não estou interessado na referencia pq não
> evidencia uma EXPERIENCIA.
> Eu pedi uma experiencia... é assim tão dificil encontrar
> uma?:{{{{ (que não seja com feixes)

Mas quê experiência?!!!!! :-)))))))))))))))) Desde quando
existe uma única física quântica a se apoiar na
experimentação? Você está falando sério????? Pô, não
brinco mais, vou retirar minhas bolinhas elementares
de campo! A física quântica foi feita para justificar
o Decreto de Lorentz, a assumir que elétrons podem ser
pensados como bolinhas carregadas de fluido elétrico.
Nenhuma experiência foi feita com esses elétrons, pois
eles simplesmente não existem. Sim, é verdade, ela,
a exemplo de Papai Noel, "funciona" e creio que já
discutimos demais esse assunto aqui na Ciencialist.
Não obstante, Papai Noel existe e esses elétrons de
Lorentz são pura ficção. O mais são princípios
matemáticos a justificarem a matemática que dá
certo sem que se saiba onde, quando e nem porquê.

[ ]'s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm

PS: Não estou recebendo a mensagem em meu Outlook e nem
na caixa de E-mail do Uol. Estou lendo e respondendo
através da página Web da Ciencialist e meu "My Groups"
está configurado para receber E-mails. Alguém sabe alguma
coisa sobre isso? Alguém sabe como promover o colapso
da mensagem ondulatória para mensagem corpuscular?



SUBJECT: As voltas com o infinito ....
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/03/2002 15:15

A questão teórico/prática do consulente procede (final dessa mensagem).
Como tornar um resultado matemático numa percepção prática corriqueira. O 'x' da questão obviamente está na idéia de 'plano infinito'.
Mas, mesmo que o aluno conceba um plano em escala galática a idéia de pontos cada vez mais distante desse plano continua no imaginário do 'infinito'.

No primeiro momento pensei em responder confrontando a idéia de aceleração da gravidade (g) constante numa pequena região da Terra (coisa que o aluno aceita sem pestanejar pois, todos os problemas que resolve de 'queda livre' implica implicitamente nessa assertiva). Mas, não gostei.

Num segundo momento pensei em um capacitor plano: primeiro para dar um exemplo do que é um campo eletrostático uniforme e depois para mostrar que uma partícula eletrizada dentro dessa região fica sujeita á força constante independente do local (distância a uma das placas). Mas, tb não gostei devido á palavra 'infinito' (que falta nesse exemplo) e a impossibilidade de ir afastando as placas (o que afeta a intensidade do campo). Entretanto, sinto que com esse exemplo é possível chegar-se á boa resposta ao consulente.

Querem participar do terceiro momento?

[]'
Léo
===========
Eis o original:
"E-mail: jrisca@gbl.com.br
Nome: Jaime Cesar Coutinho Riscarolli
Cidade: Rio de Janeiro
UF: RJ
Nível de Escolaridade: Universitário
Profissão: Professor
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 11
Dúvida/Sugestão: Prezado Professor, Através da Lei de Gauss, demonstra-se aos alunos que o campo elétrico gerado por um plano infinito de cargas com densidade superficial constante é uniforme, e, portanto, independente da distãncia do ponto considerado ao plano. Apesar de o cálculo ser inquestionável, sinto que fica faltando um "significado físico" para este fato. Considerando que o site "Feira de Ciências" (realmente um Imperdível!) apresenta um caráter bastante prático, o amigo professor poderia ajudar-me a justificar de uma forma mais "palpável" este fato? Como mostrar de forma mais intuitiva para os alunos que a distância é irrelevante? Grato, Jaime."
=================

Algumas outras perguntas que acabaram de chegar agora no período da tarde ..... e quem quiser comentar .........

1)E-mail: fgaxe@aol.com
Nome: Fábio
Cidade: SP
UF: SP
Nível de Escolaridade: Universitário
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: Eu preciso fazer um trabalho de aplicaçao da eletrostática em telecomunicações e provar fisicamente isto, vc pode me auxiliar por onde começar, e qual assunto seria melhor?

2)E-mail: soniaafreitass.bol.com.br
Nome: sonia freitas
Cidade: manaus
UF: am
Nível de Escolaridade: Médio
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: por que usar um banho de glicerina no ponto de fusão da resorcina e acetanilida. e por quais outros pode ser substituído? que diferença fundamental existe entre o arranjo das moléculas de uma dada substância nos estados sólidos , líquido e gasoso ? o que acontece no ponto de fusão de um sólido ? qual as fórmulas estruturais da resorcina e da acetanilida?

3)E-mail: jm16@terra.com.br
Nome: Eduardo
Cidade: gravatai
UF: RS
Nível de Escolaridade: Universitário
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: Por favor, eu queria saber algo sobre registradores graficos, para trabalh escolar. Muito obrigado.

4)E-mail: kr73@uol.com.br
Nome: kleiber
Cidade: Belém
UF: pa
Nível de Escolaridade: Universitário
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: oi,gostaria de saber como os magicos entortam garfos e colheres, supostamente usando o poder da mente.

5)E-mail: edson.caires@bol.com.br
Nome: EDSON CAIRES
Cidade: Olímpia
UF: SP
Nível de Escolaridade: Universitário
Profissão: Professor
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 18
Dúvida/Sugestão: Gostaria de saber mais a respeito das doenças transmitidas por virose.

6)E-mail: nandars@terra.com.br
Nome: Fernanda Peixoto Santos
Cidade: Cachoeirinha
UF: RS
Nível de Escolaridade: Básico/Fundamental
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: Gostaria que o senhor mandasse uma mensagem para mim em relação, de experiencia para feira de ciências, pois meu colégio todos os anos tem.

7)E-mail: suilanaragao@bol.com.br
Nome: Inês Suilan Farias Aragão
Cidade: ipu
UF: ce
Nível de Escolaridade: Básico/Fundamental
Profissão: Professor
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: Trabalhar interpretações de Textos

8)E-mail: rinaldo@albras.net
Nome: rinaldo
Cidade: BELÉM
UF: Pa
Nível de Escolaridade: Universitário
Profissão: Autodidata
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: Se deseja enrolar uma bobina de modo a que ela tenha resistência R, mas, essencialmente nenhuma indutância. Como se faria isso?

9)E-mail: cissa.gatto@ig.com.br
Nome: Elaine Cecília Gatto
Cidade: Votuporanga
UF: SP
Nível de Escolaridade: Universitário
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: a minha dúvida é q tenho aulas de física I no curso de engenharia da computação. Tenho dificuldades em resolver problemas. Como faço p/ conseguir resolvê-los com maior facilidade, no caso a maneira q eles são escritos confundem minha cabeça. Porém nas aulas consigo entender a matéria. Pq isso ocorre com a maioria dos alunos? Ainda ñ consegui resolver nenhum exercício sozinha que envolve a cinemática.

10)E-mail: spangerkgb@yahoo.com.br
Nome: Thomas Spanger
Cidade: Curitiba
UF:
Nível de Escolaridade: Médio
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 15
Dúvida/Sugestão: Olá, gostaria de saber se há algum dispositivo multiplicador de forças além das alavancas, sistema de roldanas e dispositivo hidráulico como a prensa hidráulica.Se houver por favor me informe pois meu professor de Física não soube responder. Se você entender de eletrônica, gostaria de saber como montar uma interface para ligar no computador com 4 saídas de 9V para motores e solenóides.Assim eu poderia manipular ou programar os meus robôs que inclusive são exelentes simuladores da marca alemã Fischertechnik. Agradeço a sua atenção.

11)E-mail: sandra.web@ig.com.br
Nome: SANDRA LOPES CAVALCANTI
Cidade: GUARULHOS
UF: SP
Nível de Escolaridade: Médio
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: GOSTARIA DE SABER ONDE ENCONTRO O DESENHO DE UM CORPO HUMANO

12)E-mail: soualine@ig.com.br
Nome: Aline Cristina de Almeida
Cidade: São Paulo
UF: SP
Nível de Escolaridade: Universitário
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: Bem em primeiro lugar, eu gostaria de me apresentar, eu sou estudante do curso de química e tenho que fazer um trabalho sobre destilção, mas não encontro no site, também gostaria de saber sobre a utilidade das esferas de vidro na destilação e também as propriedades da água. Sem mais, Atenciosamente Aline

13)E-mail: mariaelisa.schierz@ig.com.br
Nome: Maria Elisa
Cidade: Curitiba
UF: pr
Nível de Escolaridade: Básico/Fundamental
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: Qual é a diferença entr massa e peso? E o que é matéria?E massa? Gostaria que me respondesse estas perguntas para uma pesquisa.

14)E-mail: www.jltrocha.net-rosas.com.br
Nome: Leonardo Ernane da Rocha
Cidade: Carandaí
UF: MG
Nível de Escolaridade: Médio
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 15
Dúvida/Sugestão: Peço para me explicar passar 46,25 de decimal para binário. Também tenho um problema tenho um exercício para fazer que é um pequeno circuito então como posso fazer para envia-lo. MUITO OBRIGADO!

15)E-mail: renataamancio@hotmail.com
Nome: renata amancio nascimento
Cidade: Brasília
UF:
Nível de Escolaridade: Básico/Fundamental
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: como os animais foram para Cracatoa? Equais tipos de animais?

16)E-mail: fernandoreisdos.santos@eds.com
Nome: Fernando Reis dos Santos
Cidade: São Caetano do Sul
UF: SP
Nível de Escolaridade: Básico/Fundamental
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 08
Dúvida/Sugestão: Boa Tarde, Gostaria de saber se coloca-se 90ml de H2O e completa-se com 10ml de soluto que daria 100ml dentro de um recipiente, a pergunta é Será que os 90ml de H2O é REAL sim ou não? Porque?

17)E-mail: laylacout@ig.com.br
Nome: Layla
Cidade: Barra Mansa
UF: RJ
Nível de Escolaridade: Universitário
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: Quais são as funções do tubo de vidro com a rolha e da pérola de ebulição?

18)E-mail: danilo-carvalho@ig.com.br
Nome: Danilo CARVALHO
Cidade: Votuporanga
UF: sp
Nível de Escolaridade: Médio
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: Mande no meu e-mail tudo sobre A fisica no contexto histórico, Por favor até dia 26 obrigado.

19)E-mail: amclpf@yahoo.com.br
Nome: Alessandra Machado
Cidade: Joinville
UF: SC
Nível de Escolaridade: Médio
Profissão: Professor
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: Professor estou com um sério problema! Não consigo encontrar nada que me explique de forma física (equações) sobre hélices de ventiladores e hélices de liquidificadores. Estou perdida! Tenho que apresentar e não encontrei nada até agora. POR FAVOR ALGUÉM ME AJUDE....................................................................

20)E-mail: fiisca@geo.com.br
Nome: Rodrigo Castelo
Cidade: Fortaleza
UF: CE
Nível de Escolaridade: Universitário
Profissão: Professor
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: É fato que a interseção de três feixes de luz, sendo eles de cor azul, vermelha e verde, resulta num feixe de luz branca. Por que quando misturamos tinta azul, vermelha e verde, a cor resultante não é branca? O que significa pidmentação? Grato pela atenção. Rodrigo Romero Castelo

21)E-mail: piupui02@bol.com.br
Nome: Carla Meiga
Cidade: Sao Cristovao
UF: SE
Nível de Escolaridade: Médio
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 10
Dúvida/Sugestão: Oi professor LUIZ, tudo bom, eu que lhe peco gentilmente que mim envie maiores informacoes sobre a introducao de ondas sonoras e em geral tudo o assunto, e se puder tambem envie experiencias sobre cada subtitulo. Ficarei muito grata, se me enviar ate a dia 26 de marco de 2002, pois tenho que tirar 10 no trabalho ou reprovo, minha aprovacao esta em suas maos. Desde ja agradeco, e desculpa os erros ortograficos, pois o computador nao acentua. OBRIGADA.

22)E-mail: tonelli@osite.com.br
Nome: José Henrique Tonelli Quagliato
Cidade: São Paulo
UF: SP
Nível de Escolaridade: Médio
Profissão: Hobbista
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala dos links
Dúvida/Sugestão: Solicito informação ref. a atmosfera, como o que significa o termo Pressão 593mmHg esse mmHg o que quer dizer. Sds.

23)E-mail: fabiodemiranda@bol.com.br
Nome: Fabio
Cidade: Porto Alegre
UF: RS
Nível de Escolaridade: Universitário
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 14
Dúvida/Sugestão: Caro professora, Antes de perguntar, gostaria de agradece-lo, sua pagina foi muito util em um trabalho sobre "acendedor de fogão". A pergunta que tenho, é sobre um trabalho que o professor solicitou, mostrando uma lampada(com tres buracos, creio que seja tri-fasica) e perguntando, " É ddp ou voltagem? " ... para mim as duas coisas são a mesma... mas gostaria que o Sr. esclarecesse essa dúvida. Grato pela atenção,

24)E-mail: gabye@terra.com.br
Nome: Gabriela Pereira
Cidade: Montenegro
UF:
Nível de Escolaridade: Médio
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: Porque a aceleração da gravidade é 9,8..m/s ?

25)E-mail: vanpirinhas_le@zipmail.com.br
Nome: lenita caso
Cidade: barra bonita
UF:
Nível de Escolaridade: Básico/Fundamental
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: o q significa zênite??estou fazend um trabalho e preciso desta definição

26)E-mail: fbryan@ig.com.br
Nome: Jorge Briani
Cidade: sao paulo
UF: sp
Nível de Escolaridade: Médio
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: Como consigo descobrir quantos kilos de p205 (fosforo) em 100.000 kg de acido fosforico H3PO5.. calculo ..

27)E-mail: gustavocia@bol.com.br
Nome: Gustavo
Cidade: itajai
UF:
Nível de Escolaridade: Médio
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: tenho que faze uma experienica de fisica de nivel de segundo grau (terceirao). Nao saberia de nenhuma?

NOTA: Para esse acredito que vou enviar a lista geral do Imperdível. São apenas 1 800 experimentos!

28)E-mail: michelle_manzini@hotmail.com
Nome: Michelle
Cidade: Panamá
UF:
Nível de Escolaridade: Básico/Fundamental
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: Necessito sabe a posicao do plástico em uma série triboelétrica. Obrigada

29)E-mail: Zodir@projetonet.com.br
Nome: Zodir
Cidade: Ilha Solteira
UF: sp
Nível de Escolaridade: Universitário
Profissão: Hobbista
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: Gostaria de saber como tornar o latex da seringueira liquido, para fazer moldes.

30)E-mail: jacarildo@uol.com.br
Nome: Amarildo grecco barbosa
Cidade: franco da rocha
UF: sp
Nível de Escolaridade: Universitário
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: gostaria de saber qual produto quimico que me possibilitaria um possivel amolecimentos de cavacos de eucalipto .

31)E-mail: hotelideal@ig.com.br
Nome: Marlos Moreira Neves
Cidade: Correntina
UF:
Nível de Escolaridade: Médio
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: Tudo sobre cinemática, porque eu preciso fzer um trbalho de Física.

32)E-mail: paulopilao@hotmail.com
Nome: Paulo
Cidade: Kani
UF: GI
Nível de Escolaridade: Médio
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: Gostaria de saber como funciona a pressão atmosférica... Obrigado!

33)E-mail: luisbarini@hotmail.com
Nome: Luis Eduardo Machado Barini
Cidade: Franca
UF: SP
Nível de Escolaridade: Básico/Fundamental
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala dos links
Dúvida/Sugestão: Por Favor.... Qual a influencia da altitude sobre o corpo: pulmao: sangue: cerebro: coracao: musculos: obrigado....

34)E-mail: gilsoaress@ig.com.br
Nome: Gilvanio Soares Silva
Cidade: São Paulo
UF: sp
Nível de Escolaridade: Básico/Fundamental
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: Trabalho c/ conserto de eletrodomestico,e alguns aparelho de ar condicionado vem com sua potencia de refrigeraçao expressa em watts,como faço p/ trasformar em btu.

35)E-mail: elizianehaluch@bol.com.br
Nome: Eliziane Haluch Santos
Cidade: Piraquara
UF: pr
Nível de Escolaridade: Básico/Fundamental
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 13
Dúvida/Sugestão: Estou na dúvida de fazer uma campainha elétrica.

=================

Ai ........e ainda me perguntam por que vou dormir lá pelas 4 da madruga!

[]'
Léo



SUBJECT: "Educacao para Ciencia"
FROM: "Helena H.Pieroni" <lena.hp@u-net.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/03/2002 15:53

Oi pessoal,

Na 'Folha de São Paulo', 24/03/02.
- "Brincando de aprender, a ciência motiva as crianças"

Reportagem sobre o lançamento do livro "Educação para Ciência",
da Editora Livraria da Física/USP (Silverio Crestana, E.W. Hamburger/
diretor da Estação Ciência-USP, Dilma M. Silva e Sérgio Mascarenhas),
no último dia 21.

"A obra é o registro do curso para treinamento em centros e museus de ciência.
Relata 88 experiências realizadas em capittais e cidades do interior de 14
Estados, visando à popularização da ciência. Desenvolve também um capítulo
sobre financiamento para os centros e museus. Um livro de leitura obrigatória
para atuais e futuros prefeitos, principalmente os de cidades distantes das
capitais" por Júlio Abramczyk.

Alguém aqui poderia fazer algum comentário a respeito deste trabalho?

[ ]'s
Helena




SUBJECT: Re: [ciencialist] As voltas com o infinito ....
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/03/2002 16:33

Bem, ele quer mostrar de forma mais intuitiva para seus alunos que a
distânica ao plano infinito é irrelevante. Poderias sugerir então que
ele simplesmente faça uso de algo do tipo: sendo infinito, não importa
quão perto ou distante estejas dele, o plano sempre lhe parecerá o mesmo.

Nessa linha há também a estratégia (meio boba e que foge ao aspecto
"físico", indo mais ao numérico, mas que pode ser convincente) de falar
algo como: "imagine uma bola de gude 1cm acima de um plano do tamanho de
um campo de futebol, então se você a elevar até 10cm isso não fará muita
diferença, mas se você a elevar em 10km então tudo mudará (o campo
elétrico do plano por exemplo, se este estiver carregado), agora se o
plano for um quadrado de 1.500.000km de lado, então a elevação de 10km
terá um efeito tão desprezível sobre o campo quanto a de 10cm." Levando
esse raciocínio adiante "por indução", deverá parecer natural então que a
distância a um plano carregado não afete o campo por este gerado.

Dá também para lembrar que, fisicamente, não existem planos infinitos. Nós
apenas os usamos como aproximação para casos em que a distância ao plano é
muito menor que este.

Mas isso tudo fica meio longo de escrever, e está demasiado longe das
abordagens físicas em que pensastes em seus dois "primeiros momentos",
assim não sei se lhe será muito útil, mas espero que sirva ao menos como
inspiração para seu terceiro momento.

Abraços,
Stafusa


On Mon, 25 Mar 2002, Luiz Ferraz Netto wrote:

> A questão teórico/prática do consulente procede (final dessa mensagem).
> Como tornar um resultado matemático numa percepção prática
corriqueira. O 'x' da questão obviamente está na idéia de 'plano
infinito'.
> Mas, mesmo que o aluno conceba um plano em escala galática a idéia de
pontos cada vez mais distante desse plano continua no imaginário do
'infinito'.
>
> No primeiro momento pensei em responder confrontando a idéia de
aceleração da gravidade (g) constante numa pequena região da Terra
(coisa que o aluno aceita sem pestanejar pois, todos os problemas que
resolve de 'queda livre' implica implicitamente nessa assertiva). Mas,
não gostei.
>
> Num segundo momento pensei em um capacitor plano: primeiro para dar um
exemplo do que é um campo eletrostático uniforme e depois para mostrar
que uma partícula eletrizada dentro dessa região fica sujeita á força
constante independente do local (distância a uma das placas). Mas, tb
não gostei devido á palavra 'infinito' (que falta nesse exemplo) e a
impossibilidade de ir afastando as placas (o que afeta a intensidade do
campo). Entretanto, sinto que com esse exemplo é possível chegar-se á
boa resposta ao consulente.
>
> Querem participar do terceiro momento?
>
> []'
> Léo
> ===========
> Eis o original:
> "E-mail: jrisca@gbl.com.br
> Nome: Jaime Cesar Coutinho Riscarolli
> Cidade: Rio de Janeiro
> UF: RJ
> Nível de Escolaridade: Universitário
> Profissão: Professor
> Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 11
> Dúvida/Sugestão: Prezado Professor, Através da Lei de Gauss,
demonstra-se aos alunos que o campo elétrico gerado por um plano
infinito de cargas com densidade superficial constante é uniforme, e,
portanto, independente da distãncia do ponto considerado ao
plano. Apesar de o cálculo ser inquestionável, sinto que fica faltando
um "significado físico" para este fato. Considerando que o site "Feira
de Ciências" (realmente um Imperdível!) apresenta um caráter bastante
prático, o amigo professor poderia ajudar-me a justificar de uma forma
mais "palpável" este fato? Como mostrar de forma mais intuitiva para os
alunos que a distância é irrelevante? Grato, Jaime."
> =================




SUBJECT: Re: Dualidade Onda-Particula (ex-Gato de Schrodinger)
FROM: "dudutorres" <eftf@gbl.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/03/2002 17:54

> "Remember that an experiment with a single particle does not
produce an
> interference pattern"
> in http://rugth30.phys.rug.nl/quantummechanics/diffint.htm
>
> Eu pedi que me desse uma experiencia onde se mostra que uma única
particula
> é uma onda.
>
> Essa , não existe.
>
> []
>
> Sérgio Taborda

Nesse mesmo site citado por vc:

'It turns out that in a real experiment it is impossible to follow
the trajectories of the individual electrons. The systematic creation
of a coherent microscopic interference pattern by non-interacting
particles arriving randomly has been demonstrated in genuine
experiments that use photons, electrons or atoms. This interference
is one manifestation of "particle-wave duality". It is a property of
a single quantum particle and does not involve an interaction between
particles. '


O fato de ser impossivel seguir nao invalida a experiencia. Ao
contrario. A confirma. E' uma consequencia da MQ. A dualidade onda-
particula NAO depende de ser um feixe de particulas, e' valida
experimentalmente para UMA UNICA particula e NAO ENVOLVE interacoes
entre particulas.

Abs,
Eduardo Torres




SUBJECT: Re: Gato de Schrodinger
FROM: "dudutorres" <eftf@gbl.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/03/2002 18:03

---
> Leste mesmo tudo ?
> Leste sobre os postulados e o principio de incerteza ? (era o mais
> imporntate para o assunto em causa)
>
> Porque não te disse "muita coisa" ?
> Falta de tempo para ler atentamente ?, não entendeste alguma coisa ?
> O que faltou ?


Faltou entendimento. Confundi-me com a matematica. Nao sou fisico.



>
> E eu não considero o Hawking um fisico confiável. Ele fala de mais
e faz de
> menos.


Ja' eu nao tenho nada contra o Norbury. Mas suponho q um fisico
destacado e respeitado de modo geral p/ comunidade e' uma melhor
fonte num debate leigo.


>
> Como queira, depois não se venha queixar.


OK. Registrado.

>
> >Arrange por favor um texto mais claro de um fisico de destaque
defendendo
> >suas ideias heterodoxas sobre a MQ.
>
> Porquê ? Para quê eu haveria fazer isso ?
> Está querendo que eu utilize argumentos de autoridade para depois
me dizer
> que eles não são válidos por isso mesmo ?
> Não estás tu a usar de argumentos de autoridade ?
>
> Me diga de quem vc quer ouvir sobre MQ ?
> Porque se não , cada uam que eu apresente vc vais responder "esse
não é o
> Hawking" , esse não é um fisico de destaque.
>
> (O S.Hawking entende tanto de MQ que até começou a criar uma nova
teoria :
> Super-Cordas).
>
>
> Sérgio Taborda
>
>
> P.S.
> Quando eu for um fisico de destaque vai acreditar em mim ?
> Porque nessa altura sim, e agora não, se o que estou dizendo é
exactamente o
> mesmo que sempre direi ?
> Ora, francamente... que raio de argumentos cientificos são esses ?



Ja' se acalmou? Sentou? Tomou uma agua com acucar?

;-)

Eu so' sugeri um texto tipo palestra didatica em vez de um artigo
cientifico de fisica. Sugeri ainda q fosse de um fisico de destaque e
reconhecido p/ comunidade cientifica.

Nao q autoridade decida o debate, mas facilita. E' menos provavel
encontrar teses bombasticas, heterodoxas e nao comprovadas em
profissionais com curriculo.

Desconhecidos muitas vezes sao aventureiros. Pode ser q o Sr. Norbury
seja um cara serio e respeitavel, mas desconhecido. Prefiro um
conhecido para trazer p/ nossa discussao.

So' isso.

Abs,
Eduardo Torres






SUBJECT: Re: o homem
FROM: "dudutorres" <eftf@gbl.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/03/2002 18:07

> Mesmo que não o consiga Vc. será sempre uma pessoa respeitavel e
digna,
> ainda que gordo, coisa que, de nenhuma maneira pode ser concebida
de um modo
> discriminatoria. Não admita nunca que lhe menoscabem por esta
condição.
>
> []s
>
> Marco A. Andrade
> clave@s...


Obrigado pela solidariedade, Marco.

:-)

Eduardo Torres
(Gordo, mas feliz)



SUBJECT: Re: Dualidade Onda-Particula (ex-Gato de Schrodinger)
FROM: "dudutorres" <eftf@gbl.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/03/2002 18:19

Obrigado, Stafusa!

Quem sabe agora o Sergio ve^ a luz? (Digo, os fotons, digo, o foton
individual!)

;-)

Abs,
Eduardo Torres



--- In ciencialist@y..., Jefferson Stafusa Elias Portela
<stafusa@f...> wrote:
> Pôxa... você nem leu o artigo?
>
> (www.sbf.if.usp.br/WWW_pages/Journals/RBEF/Vol19/Num1/v19_27.ps.gz)
>
> Na seção "Inteferometria para um fóton":
>
> "O interferômetro de Mach-Zehnder para fótons únicos tem o mesmo
> comportamento que o caso clássico (...) Tal experimento foi
realizado em
> 1986 em Orsay, na França, por Grangier, Roger & Aspect. Este
experimento
> exemplifica mais uma vez como cada fóton interfere consigo mesmo."
>
> E a referência é:
>
> Grangier, P.; Roger, G.; & Aspect, A. Europhysics Letters 1, 173
(1986)
>
> Mas há também o Tipler, P. Física, vol.4 3ªed., que não é grande
coisa mas
> é muito conhecido (é um livro de física básica/geral). Na página
205 há
> uma figura com quadros seqüênciais de interferências de elétrons,
no 1º
> deles há um só ponto, nos demais o número de pontos aumenta e uma
figura
> de interferência se torna visível. Segundo a legenda estas seria
figuras
> reais filmadas, em um monitor de televisão.
>
> Sobre interferência de um só fóton (experimentalmente):
>
> http://imogen.princeton.edu/user/page/single_photon.html
> http://www.physics.brown.edu/Studies/Demo/modern/demo/7a5520.htm
> http://jever.phys.ualberta.ca/~gingrich/phys397/experiments.html
> http://www.optica.tn.tudelft.nl/Education/photons.htm
>
http://departments.colgate.edu/physics/research/Photon/five_experiment
s.htm
>
http://www.phys.ksu.edu/perg/vqmorig/tutorials/online/wave_part/#Absch
nitt
>
> Abraços,
> Stafusa
>
>
>
> On Mon, 25 Mar 2002, Sérgio Taborda wrote:
>
> >
> > >Um trecho desse artigo (pg 28, inf esq) é: "É importante frisar
que essa
> > >formação ponto a ponto do padrão de interferência ocorre mesmo
que apenas
> > >um fóton ou elétron incida por vez (por exemplo a cada segundo).
> >
> > Então se assim é, ele que me mostre uma experiencai que compreve
isso.
> > Nossa... se é verdade, pq é tão dificil aprsentar as provas?
> >
> > >Paul Dirac exprimiu isso dizendo que 'cada fóton interfere
consigo mesmo.'"
> >
> > Eu exprimo isso dizendo "O pai natal existe"
> >
> > >E a referência que ele cita para é
> >
> > >DIRAC, P.A.M. The Principles of Quantum Mechanics, 3ª ed.,
Oxford U.
> > >Press, 1947 (orig. 1930) p. 9.
> >
> > Eu não estou interessado nos principio de 1947 da MQ quando tenho
os
> > actuais.
> > E tb não estou interessado na referencia pq não evidencia uma
EXPERIENCIA.
> > Eu pedi uma experiencia... é assim tão dificil encontrar uma ? :
{{{{
> > (que não seja com feixes)
> >
> > Cumprimentos,
> >
> > Sérgio M. M. Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] As voltas com o infinito ....
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/03/2002 18:40


"Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 11
Dúvida/Sugestão: Prezado Professor, Através da Lei de Gauss, demonstra-se
aos alunos que o campo elétrico gerado por um plano infinito de cargas com
densidade superficial constante é uniforme, e, portanto, independente da
distãncia do ponto considerado ao plano. Apesar de o cálculo ser
inquestionável, sinto que fica faltando um "significado físico" para este
fato. Considerando que o site "Feira de Ciências" (realmente um Imperdível!)
apresenta um caráter bastante prático, o amigo professor poderia ajudar-me a
justificar de uma forma mais "palpável" este fato? Como mostrar de forma
mais intuitiva para os alunos que a distância é irrelevante? Grato, Jaime."



"Infinito" é um conceito matemático.
Fisicamente algo e´infinito se é muito maior que outro algo.
Ou seja, se a ordem de grandeza difere por 2 ou mais factores, quantos mais,
mais infinito é.
1 megaohm é infinito comparado com 1 ohm

É pois uma relação entre a distancia ao plano e o real tamanho do plano.

1 quadrado com 1m² comparado com uma distancia de 1 cm é muito grande
E comparado com 1 mm é enorme.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Dualidade Onda-Particula (ex-Gato de Schrodinger)
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/03/2002 20:02


A mesnagem que enviei de tarde não chegou.
Por isso se algum dia chegar , não vai ser igual à que vou escrever agora.

>>Pôxa... você nem leu o artigo?

>(www.sbf.if.usp.br/WWW_pages/Journals/RBEF/Vol19/Num1/v19_27.ps.gz)

>Na seção "Inteferometria para um fóton":

>"O interferômetro de Mach-Zehnder para fótons únicos (...)"

Eu já tinha comentado sobre isso nos mails em resposta oa Fernando.
Essas experiencias usam um laser! FEIXE

Por outro lado a experienca de Aspect tem a ver com entrelaçamento e o
colapso da função de onda, e não com a dualidade. (ok, vc deve achar que é a
mesma coisa. concedo isso)

Seja como for é usando um laser.
O laser tem uma potencia e emite n fotões por segundo.

Mas um unico fotão NÂO cria padrão de interferencia como se mostra nas
imagens dos primeiros segundos em :

http://imogen.princeton.edu/user/page/single_photon.html

A experiencia em vista é aquela em que APENAS um fotão entra no sistema e
sai do sistema.
Ponto final. E vamos analizar os resultados.

É claro que se começas a lançar mais e mais fotões, vais acabar por ter um
padrão.
Mas ai é pq tem MUITOS fotões e não apenas um, que era o pedido.

A dualidade particula-onda NÂO existe.
O que tens são feixes que tem esse comportamento de interferencia.

Todos os outros links acabam no mesmo. Semrpe tem um laser, beam, etc.. lá.
Por muito dividido, etc... é um feixe.

O que estas experiencia SIM mostram é que a luz é composta por particulas.

E em http://www.fervor.demon.co.uk/broglie.pdf podemos ver como o De Broglie
usa a expressão "atomo de luz" que eu acho ser muito bem conseguida. (já o
documento em si é um emaranhado)

Seja tb como ele classifica de ficticia a onda associada à particula.

E pronto, acho que está claro que uma particula não é uma onda.
( e não me vão dizer que o De Broglie não é um cientista com status, ao fim
e ao cabo ele é um dos pais da MQ. )

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda

"Às vezes a leitura é um modo engenhoso de evitar o pensamento"
A.Help- Historiador




SUBJECT: Que faço? :-)
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/03/2002 20:06

E-mail: WILBER@escola24horas.com.br
Nome: wilber
Cidade: Sobradinho/DF
UF:
Nível de Escolaridade: Básico/Fundamental
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: Como eu faço para consegui aquelas regras que o professor PF ensinou?

[]'
Léo
=========



SUBJECT: Re: Dualidade Onda-Particula (ex-Gato de Schrodinger)
FROM: "fcmts" <fcmts@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/03/2002 22:16



Stafusa,


Você me poupou de continuar a pesquisa. Há vários
experimentos na net. O complicado é a triagem. E muita coisa
está em pdf.
Acho que a auto-interferência do fóton é ponto pacífico.
O elétron também sofre o mesmo efeito sendo emitido um a um na
fenda dupla.
E ainda há um tal de efeito Aharonov-BohmEffect que se dá num
orbital para o mesmo elétron; com experimentos confirmando.


Alguns links:

http://www.ieee.org/organizations/pubs/newsletters/leos/oct96/html/ch
apman.htm
http://cua.mit.edu/ketterle_group/Projects_1997/Interference/Interfer
ence_BEC.htm
http://polyticks.com/psi/single.htm
http://rugth30.phys.rug.nl/quantummechanics/diffint.htm
http://scienceworld.wolfram.com/physics/Aharonov-BohmEffect.html



Abraço,
Fernando Santos





SUBJECT: Re: [ciencialist] Dualidade Onda-Particula (ex-Gato de Schrodinger)
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/03/2002 05:20

----- Original Message -----
From: "Sérgio Taborda"
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, March 24, 2002 9:59 PM
Subject: Re: [ciencialist] Dualidade Onda-Particula (ex-Gato de Schrodinger)

> > Paul Dirac exprimiu isso dizendo que 'cada fóton interfere
> > consigo mesmo.'

> Eu exprimo isso dizendo "O pai natal existe"

Isso já é "forçar a barra". A existência de Papai Noel (ou pai natal, se
quiser) está mais do que comprovada. E já que vocês estão apelando para a
autoridade dos grandes mestres, nada melhor do que reproduzir aqui as
palavras de Ferraz Netto, uma das maiores autoridades no assunto: "Vcs estão
brincando com coisa séria! Não me refiro à quântica, e sim ao Papai Noel.
Ele existe (e é diferente de zero!). A última vez que o vi, tentando entrar
no meu laboratório pelo teclado, foi atacado pelo meu acelerador de
partículas." O original desse texto pode ser lido em "Teoria Sobre a
Existência de Papai Noel":
http://ecientificocultural.com/ECC2/Dialogos/tepn.htm

Quanto ao foton, não há ainda nada a provar sequer que ele existe. E até
mesmo o fenômeno luz não foi devidamente esclarecido, permanecendo ainda
hoje como um mistério total. No século XX teve um tal de Einstein (sócio do
Infeld, se não me falha a memória), não tão bom e atualizado quanto o Ferraz
Netto, mas aparentemente digno de confiança, que disse alguma coisa a
respeito, em seu livro "A Evolução da Física": "A história da busca de uma
teoria da luz não está de modo algum concluída. O veredicto do século XIX
não foi final e definitivo. Todo o problema de decidir entre corpúsculos e
ondas ainda existe para a Física moderna, desta vez de uma forma muito mais
profunda e intrincada. Aceitemos a derrota da teoria corpuscular da luz até
reconhecermos a natureza problemática da vitória da teoria ondulatória."

> Eu não estou interessado nos principio de 1947 da MQ
> quando tenho os actuais.

Eu sempre pensei que a mecânica quântica fosse uma só, até mesmo aquela
costumeiramente chamada teoria quântica primitiva e anterior à dualidade de
De Broglie e do princípio da ignorância de Heisenberg. Vejo agora que não,
pois o tempo passa e novos princípios paranormais têm sido acrescentados.
Pelo visto devo estar precisando fazer um update para a versão MQ-2002. Será
que não existe nada melhor do que aquela baboseira do Norbury e que não
esteja impregnado pela paranormalidade introduzida pelo Hawking? Não se
fabricam mais quânticos no estilo dos anos 20-30?

> E tb não estou interessado na referencia pq não evidencia uma

> EXPERIENCIA.
> Eu pedi uma experiencia... é assim tão dificil encontrar
> uma?:{{{{ (que não seja com feixes)

Mas quê experiência?!!!!! :-)))))))))))))))) Desde quando existe alguma
versão da física quântica a se apoiar na experimentação? Você está falando
sério????? Pô, não brinco mais, vou retirar minhas bolinhas elementares de
campo! A física quântica foi feita para justificar o Decreto de Lorentz, a
assumir que elétrons podem ser pensados como bolinhas carregadas de fluido
elétrico. Nenhuma experiência foi feita com esses elétrons, pois eles, como
tais, simplesmente não existem. Sim, é verdade, a MQ, a exemplo de Papai
Noel, "funciona" e creio que este assunto já foi por demais discutido aqui
na Ciencialist. Não obstante, Papai Noel existe e esses elétrons de Lorentz
são pura ficção. O mais são princípios matemáticos a justificarem a
matemática que dá certo sem que se saiba onde, quando e nem porquê.

[ ]'s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm

PS1: Não estou recebendo a mensagem em meu Outlook e nem na caixa de E-mail
do Uol. Estou lendo e respondendo através da página Web da Ciencialist e meu
"My Groups" está configurado para receber E-mails. Alguém sabe alguma coisa
sobre isso? Alguém sabe como promover o colapso da mensagem ondulatória para
mensagem corpuscular?

PS2: O sistema Outlook restabeleceu-se mas a mensagem enviada em página Web
interferiu com ela mesma e acabou se transformando numa mensagem virtual.
Não sei não, mas acho que os grupos yahoo estão sendo comandados por um
físico quântico adepto da seita do Hawking.



SUBJECT: Re: [ciencialist] As voltas com o infinito ....
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/03/2002 06:26

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, March 25, 2002 3:15 PM
Subject: [ciencialist] As voltas com o infinito ....

> Como tornar um resultado matemático numa percepção prática corriqueira. O
> 'x' da questão obviamente está na idéia de 'plano infinito'....
> No primeiro momento pensei em responder confrontando a idéia de aceleração
> da gravidade (g)...
> Num segundo momento pensei em um capacitor plano...

> Querem participar do terceiro momento?

Que tal pensar na luminosidade num ponto do espaço e devida a uma fonte de
luz plana e infinita? Quero crer que o que está em jogo é a lei quadrática
da distância e esta também é válida para a propagação da luz, não apenas
para os campos gaussianos.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm




SUBJECT: Navalha de Occam
FROM: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/03/2002 06:32

Olá pessoal !

Finalmente encontrei o nome correto do dono da navalha (eu imaginava que
fosse algum beduino !!).

[s]
Neville
--------------------------------------------------

(De www.wikipedia.com, a enciclopédia livre)

William de Ockham ( 1285~1349 ) - inglês, foi frade franciscano e filósofo
devotado a uma vida da pobreza e ao minimalismo.

Escreveu: "Pluralitas non est ponenda sine neccesitate" ( Pluralidades não
devem ser postas sem necessidade ), um princípio que geralmente é chamado de
Navalha de Occam.

A Navalha de Occam (alternativamente Ockham), pode ser parafraseada por " as
explanações simples são preferíveis às complexas " e transformou-se em um
princípio básico do método científico.
É importante notar que é um argumento heurístico e freqüentemente não produz
respostas corretas.

A Navalha de Occam é um guia frouxo da hipótese científica, pelo qual se
espera obter o menor número possível de suposições não comprovadas.

Por exemplo: observando uma árvore caída após uma trovoada, com as evidências
de "trovoada" e "uma arvore caída" seria razoável supor a hipótese de que um
raio a derrubou (em lugar de supor que fosse um vendaval ou um elefante), ou
seja, uma explicação que requer apenas *uma* hipótese. Para as outras
explicações teríamos que admitir *mais* hipóteses: a de que tivesse ocorrido
também um vendaval ou que existisse algum elefante a fim de derrubar arvores
no local.

A Navalha de Occam é apenas uma regra orientadora para a organização ou
estabelecimento de um pesquisa, partindo do simples para o complexo, mas
nunca um critério para afirmação de verdades.
Freqüentemente é mal-interpretada através da idéia de que " a simplicidade é
a perfeição".

Albert Einstein teve isto em mente quando escreveu que as " teorias devem ser
tão simples quanto possível, mas não as mais simples."

As vezes essa regra é também referida como " princípio de parcimônia " ou "
princípio do simplicidade "; na gíria científica inglesa, jocosamente,
costumam usar para isso a expressão "K.I.S.S." (keep it simple, stupid). A
respeito de diagnósticos, nas escolas médicas costumam também dizer que "
quando você ouve barulho de cascos você pensa de cavalos, não em zebras."

Na filosofia da religião, as vezes, a Navalha de Occam é usado como argumento
para a negar a existência de Deus e defender a racionalidade do ateísmo.
----------------------------------------



SUBJECT: Re: Dualidade Onda-Particula (ex-Gato de Schrodinger)
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/03/2002 08:38

>No século XX teve um tal de Einstein (...) em seu livro "A Evolução
da Física": "A história da busca de uma
> teoria da luz não está de modo algum concluída. O veredicto do
século XIX
> não foi final e definitivo. Todo o problema de decidir entre
corpúsculos e
> ondas ainda existe para a Física moderna, desta vez de uma forma
muito mais
> profunda e intrincada. Aceitemos a derrota da teoria corpuscular da
luz até
> reconhecermos a natureza problemática da vitória da teoria
ondulatória."

Isto só mostra como ele nao perdeu o rumo do que estava a fazer, ao
contrário de hoje.

> > Eu não estou interessado nos principio de 1947 da MQ
> > quando tenho os actuais.
>
> Eu sempre pensei que a mecânica quântica fosse uma só, até mesmo
aquela
> costumeiramente chamada teoria quântica primitiva e anterior à
dualidade de
> De Broglie e do princípio da ignorância de Heisenberg.

Pois, de facto não é assim.
Os postulados de Bohr (mais concretamente as leis experimentais para
a emissão selectiva dos atomos... Balmer e por ai assim) e a
conclusão de Plank estiveram na base da quebra de paradigma: A
energia não assume valores continuos!
Eisntein, pegou nisso e resolveu o problema do efeito foto-electrico.
Até aqui, nada de muito teorico. Era fenomenos conhecidos e eles
apenas apresentaram modelos para eles.

Bohr pegou nesssa numerabilidade e conclui que ela se devia a
quantificações das orbitas => as orbtias tb tinham distancias entre
si, espeficias e não umas qq ou continuas.
Mas o modelo de Bohr não era perfeito e não descobria todas as riscas.

Entretanto aparece De Broglie e estabelece a relação p = hk / 2 pi
Que juntamente com a de Plank E = h f , formam a ponte para se chegar
à MQ.
Heisenberg e a sua mecanica de matrizes e Schrodinger com a sua
mecanica de ondas , chegaram resepctivamente ao principio de
incerteza e à eq fundamental (que esta para a MQ como F=ma para MC)
Mas a eq de Schrodinger que deriva do principio de conservação da
energia e dos operadores p e E.

Até aqui parece que precisamos de postulados malucos de "ondas".

Bom, depois a MQ sofreu uma estruturação (Leivitz ,se não me engano
era o nome) e a matemática entrou em campo.
E nesse dia os posulados anteriores não era mais necessários.
Todos eles eram derivados de postulados mais simples (e menos
esotericos)

Espaço de Hilbert ( Fourier)
Probabilidades de Variável Continua (Hipotese de Born)
Noção de Observável
Noção de Valor Expectável

Passaram a ser mais importantes.


> Vejo agora que não,
> pois o tempo passa e novos princípios paranormais têm sido
acrescentados.

Pelo contrário. Eles têm sido subtraidos.

> Pelo visto devo estar precisando fazer um update para a versão MQ-
2002.

Eu já digo isso desde que te conheço. :-)

>Será que não existe nada melhor do que aquela baboseira do Norbury e
>que não esteja impregnado pela paranormalidade introduzida pelo
>Hawking?

Claro que existe. O problema é encontrar.
Mas mesmo num documento baboso como o do Norbury dá para retirar
algumas conclusões.
Mas aquele documento que o Francisco apresentou tb não é mau.
Embora muito resumido.

Acho que seria melhor começar pela matemática.
(e como isto quero incluir tb o pensamento estatistico, os modelos e
a T. de Fourier )

> > EXPERIENCIA.
> > Eu pedi uma experiencia... é assim tão dificil encontrar
> > uma?:{{{{ (que não seja com feixes)
>
> Mas quê experiência?!!!!! :-)))))))))))))))) Desde quando existe
alguma
> versão da física quântica a se apoiar na experimentação?

Desde Plank.


>A física quântica foi feita para justificar o Decreto de Lorentz, a
> assumir que elétrons podem ser pensados como bolinhas carregadas de
> fluido elétrico.

Não me parece.
Essa hipotese não é necessária.

> O mais são princípios matemáticos a justificarem a
> matemática que dá certo sem que se saiba onde, quando e nem porquê.

Mas sabe-se sim.
Pergunde para alguem que trabalhe (ou tenha trabalhado) com
processamento de sinal.

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: SERGIO POLLI, O ANESTESISTA MENTIU PARA A POLICIA FEDERAL
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/03/2002 08:46

--- Em ciencialist@y..., "Celso Galli Coimbra" <c.galli@t...> escreveu
> SE o "doador" está morto, POR QUE é feita anestesia para a
> retirada dos órgãos?

Q. tal uma hipotese? Existem atos reflexos q.
nao passam pelo processamento cerebral ou
algum orgao da massa encefalica. Claro, nao
e' o caso em humanos, mas baratas com a
cabeca esmagada se esperneiam por um tempo
e depois correm para algum canto, cauda de
lagartixas amputadas coleiam distraindo
o predador.

Poderiamos verificar se ocorre reflexo patelar
em pacientes com morte cerebral, p.e. Ou
algum outro reflexo mais relevante para a
cirurgia.

Nao conheco o procedimento, mas nao seria o
caso de ocorrer algum reflexo q.: ou cause
ma' impressao na equipe de cirurgia ou
comprometa de alguma forma a viabilidade do
orgao?

> Entre os diferentes métodos utilizados para a pena
> de morte, a injeção letal consiste na injeção no
> condenado a morte de 3 produtos químicos:
> o sodium thiopental produzido por ABBOT,
> o Pavulon (paneuronium bromide) produzido
> por ORGANON e o Potasium Chloride,
> produzido por ROXANE.

Perai', pela descricao do texto o unico
anestesico e' o tiopental de sodio. Ele
foi aplicado no caso?

O Pavulon e o cloreto de potassio parecem
ser aplicados, pelo texto, para provocar
a parada cardiaca e nao para anestesiar o
condenado.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Dualidade Onda-Particula
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/03/2002 08:54

On Mon, 25 Mar 2002, Sérgio Taborda wrote:
> O que estas experiencia SIM mostram é que a luz é composta por particulas.
> Sérgio M. M. Taborda

Discordo. Esta esperiência mostra que a luz tem comportamento ondulatório,
por isso o padrão de interferência. Para mostrar que a luz é composta por
partículas são necessários outros experimentos.

Isto causa muita confusão. A teoria das Supercordas sugere que os fótons,
elétrons e demais partículas sejam cordas vibrantes que ora se manifesta
como partícula, ora como onda, dependendo do experimento.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
One Ring to rule them all



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Dualidade Onda-Particula
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/03/2002 09:23

On Mon, 25 Mar 2002, sergiotaborda wrote:
> Ora, aqui não ha prova nenhuma que o fotão interfira com ele mesmo,
> nem que passe simultaneamente pelas duas fendas, nem que uma unica
> particula mostre padrão de interferencia.
> Como se vê na imagem dos primeiros segundos, tens 5 pontos luminosos
> (que eles dizem corresponder exactamente a 5 fotoes).
> Um ponto luminoso, que eu saiba, não é um padrão de interferencia.
> Portanto, uma unica particula NUNCA terá um padrão de interferencia.
> Sérgio Taborda

Quanto o fóton atravessa a fenda ele interfere consigo mesmo [ou com os
outros] e causa o padrão de interferência, ou seja, comportamento
ondulatório. Mas quando ele se choca com o sensor ele interfere com a
matéria do sensor o que faz com que ele se mostre em apenas um ponto, como
se fosse uma partícula.

A questão aqui é a probabilidade de encontrar um fóton em um determinado
lugar e o que a MQ trata é justamente de probabilidades de comportamento.
Se vc atirar apenas um fóton ele vai gerar apenas um ponto mas este ponto
será mais facilmente encontrado onde a probabilidade for maior e esta
probabilidade é dada pelo padrão de interferência que é tipicamente
ondulatório.

Não estou dizendo isso para vc, que deve estar careca de saber, mas para
os outros que estão a acompanhar a discussão.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
One Ring to rule them all



SUBJECT: Re: Dualidade Onda-Particula
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/03/2002 10:35


> Discordo. Esta esperiência mostra que a luz tem comportamento
ondulatório,
> por isso o padrão de interferência.

A água, é feita por moléculas.
Mesmo que entres em conta com a expressão de De Broglie E mesmo que
assumas que as moculas inteiras são ondas, elas não têm comprimento
de onda suficiente para terem comportamento de interferencia.

Contudo, a água cria padrões onda. Como todos já vimos em lagos,
charcos ou na banheira/box.

Portanto, que o conjunto tenha comportamento de interferencia não
implica que as particulas que constituem o conjunto sejam ondas.

>Para mostrar que a luz é composta por
> partículas são necessários outros experimentos.

Como quais ?

> Isto causa muita confusão. A teoria das Supercordas sugere que os
fótons,
> elétrons e demais partículas sejam cordas vibrantes que ora se
manifesta
> como partícula, ora como onda, dependendo do experimento.

Lá estamos outra vez a confundir um modelo matemático com a realidade.
Essas "cordas" são funções matemáticas com certas propriedades.
Mas essas "cordas" não são nada, realisticamente falando. São um
modelo. Apenas um modelo.

A experiencia de Young mostrou que a matemática da trignometria dos
senos e cosenos era util para descrever fenomenos de interferencia e
prever os padrões de difracção.
Ela NUNCA provou que a luz é uma onda.

Podes ler os documentos de pessoas como Heisenberg, Eintein e de
Broglie e todos eles assumem que a luz é composta de particulas e
que "onda" é uma forma estatistica de descrever um conjunto delas.
Nada mais que o conjunto e nunca, nunca, as particulas de luz, em si.

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: Dualidade Onda-Particula
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/03/2002 10:55


> Quanto o fóton atravessa a fenda ele interfere consigo mesmo

Como provas isso ?

Isso só tem sentido se considerares que tens duas fendas.
Isso significaria que a onda que representa um unico fotao (assumindo
que isso existe) teria de se dividir em duas e cada uma passaria por
seu lado.
Ok. Então do outro lado da fenda, colocas dois detectores.
Ou seja, no fundo não ha fenda nenhuma. apenas dois detectores
colocados a uma distancia d entre eles.

Se for verdade o que dizes, e enviando um só fotão, entao deverás
encontrar dois pontos um em cada detector, de modo que a "amplitude"
da onda recebida nos dois some a amplitde original.

O que se esqueceu, é que a experiencia é feita com MUITAS particulas.
Todas iguais e indestinguives.
Portanto, cada tem 50% de probabilidade de passar por cada fenda.

Ter 50% de probabilidade é diferente de se dividir em duas partes.

A diferença conceptual é que aceitar que ele se divide em duas partes
é dizer que "concerteza de 100%" existem duas "coisas" a passar em
cada fenda simultaneamente.
Enquanto que os 50% de chance te dizem que a particula apenas passa
de um lado, mas existe 50% de chance para cada fenda, donde ficas sem
saber por onde ela passa, a não ser que meças.

Uma particula unica não se pode dividir. Se as particulas são mesmo
ondas e as ondas se dividem , isso significa que essas "miniondas"
seriam outras particulas.
Ora, o fotão e o electrão são tidas como particulas fundamentais que
não se dividem.

Se a particula não se divide, a onda que a representa tb não.

Usando um detector de "passagem" vais saber por onde passou a
particula e vai ficar a saber que não ha passagems simultanea. Porque
apenas um detector detecta a passagem.

Por outro lado, temos a Função de Onda do sistema Feixe-Fendas-Alvo
E nessa função, para cada particula, OU ela passa por uma fenda, OU
ela passa pela outra. E a função de onda para a passagem é

|psi> = 0.5² |fenda1> + 0.5²|fenda2>

Isto NÃO significa que a particula se divida, isto apenas significa
que existem duas hipoteses.

Se forem 3 fendas será

|psi> = (1/3)²|fenda1> + (1/3)²|fenda2> + (1/3)²|fenda3>

E agora ? vais dizer que a particula se divide em 3 ?
Ela sabe quantas fendas ha e se divide conforme ?
Ora, não vais acreditar nisso, pois não ?

O que acontece é que o feixe de divide pelas 3 fendas aleatoriamente,
e pronto. Resulta no tal padrão.


[ou com os
> outros] e causa o padrão de interferência, ou seja, comportamento
> ondulatório.

Padrão de interferencia e comportamento ondulatorio é uma coisa, ser
uma onda , é outra.

O que tens nas experiencias são padrões de interferencia. Mas nada te
prova que haja particulas-onda.

> A questão aqui é a probabilidade de encontrar um fóton em um
determinado
> lugar e o que a MQ trata é justamente de probabilidades de
comportamento.

Ah ,ainda bem que sabes isso. Por isso significa exactamente que não
ha dualidade nenhuma.


[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Dualidade Onda-Particula (ex-Gato de Schrodinger)
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/03/2002 11:17

On Mon, 25 Mar 2002, sergiotaborda wrote:

> Um ponto luminoso, que eu saiba, não é um padrão de interferencia.
> Portanto, uma unica particula NUNCA terá um padrão de interferencia.
> Para teres o padrão tens de ter MUITAS particulas a embater no alvo,
> já que a soma do seu numero em cada localização do alvo é que te dá a
> sensação de intensidade e portanto de padrão.
> A experiencia que procuro é muito simples: emites UMA UNICA particula
> e esperas que embata num alvo. E ai , me dizes se ha padrão de
> interferencia ou não.

Queres que um fóton (por exemplo) seja emitido e que vários cheguem ao
alvo formando um padrão de interferência? Que isso não pode acontecer
concordo contigo.

E quanto aos "feixes", bem... a mim parece que a interferênica de um fóton
que já colidiu com o alvo com outro fóton que não foi sequer ainda
emitido é mais estranha que a interferência de um fóton consigo mesmo.

> E é claro que não ha padrão nenhum para uma unica particula, e como
> tal uma unica particula NÂO é uma onda.

Mas, pelo que sei, essa partícula tem seu movimento governado por uma
função de onda, e que esta pode sim ter probabilidade não nula em ambas as
fendas e sua função de onda (e não a partícula) é que interfere consigo
mesma, criando o padrão de interferência sobre o anteparo.

E é nesse sentido que se diz (até onde vejo) que o fóton interfere consigo
mesmo: no sentido de que sua *fç de onda* interfere consigo mesma de modo
que, se você jogar um fóton de cada vez você verá que o fóton nunca
aparece nas regiões em que a fç de onda interfere destrutivamente, e que
aparecerão muitas vezes, nessas experiências *de um só fóton cada*, fótons
nas regiões de interferência construtiva.

Abraços,
Stafusa




SUBJECT: Re: Dualidade Onda-Particula
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/03/2002 11:23

http://www.nobel.se/physics/articles/ekspong/

--- Em ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> escreveu
>
> > Quanto o fóton atravessa a fenda ele interfere consigo mesmo
>
> Como provas isso ?
>
> O que se esqueceu, é que a experiencia é feita com MUITAS
> particulas.

Mas nao todas de uma vez.

> Todas iguais e indestinguives.
> Portanto, cada tem 50% de probabilidade de passar por cada fenda.
>
> Ter 50% de probabilidade é diferente de se dividir em duas partes.

E como ao passar por uma das fendas elas criam o padrao
observado? Mesmo qdo apenas uma 'particula' passa por
apenas uma das fendas por vez?

Nao e' um desafio, e' uma pergunta.

Um dos experimentos feito com eletrons, foi tal q.
criando-se um analogo das duas fendas e fazendo com
q. apenas um eletron fosse disparado por vez,
apos um certo tempo, comecou a se formar o padrao
de interferencia no detetor. (Nao se coloca um
detetor para cada fenda, mas um unico gde detetor
atras das fendas.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Dualidade Onda-Particula
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/03/2002 11:50

Olá para todos.

Antes de mais nada devo dizer que nem sequer terminei o curso de física
e estou discutindo mais para aprender que para convencer os outros de meu
ponto de vista pouco fundamentado.

On Tue, 26 Mar 2002, sergiotaborda wrote:

> Ou seja, no fundo não ha fenda nenhuma. apenas dois detectores
> colocados a uma distancia d entre eles.
> Se for verdade o que dizes, e enviando um só fotão, entao deverás
> encontrar dois pontos um em cada detector, de modo que a "amplitude"
> da onda recebida nos dois some a amplitde original.

Não, não é verdade. Nós não sabemos por qual fenda o fóton passa, mas sua
fç de onda passa pelas duas, interferindo. Colocar detectores obrigará a
detecção do fóton em um deles (é o que se verifica experimentalmente).

> Usando um detector de "passagem" vais saber por onde passou a
> particula e vai ficar a saber que não ha passagems simultanea. Porque
> apenas um detector detecta a passagem.

O problema é que tal detector não existe, se você detectá-la, mesmo sem
o destruir ou desviar, o padrão de interferência desaparece, *ainda que se
esteja usando um feixe de partículas*.

> ela passa pela outra. E a função de onda para a passagem é
> |psi> = 0.5² |fenda1> + 0.5²|fenda2>
>
> Isto NÃO significa que a particula se divida, isto apenas significa
> que existem duas hipoteses.

Sim, não significa que ela se divida, mas também não significa que ela não
se divida. A mec. quânt. simplesmente não tem nada a dizer sobre "onde
está a partícula" enquanto ela passa pela(s) fenda(s). Dizer que ela tem
sim uma posição bem definida, passando por determinada fenda, mas que nós
não podemos saber qual é, é uma visão externa à mec. quânt., que não se
origina dela.

> Padrão de interferencia e comportamento ondulatorio é uma coisa, ser
> uma onda , é outra.

A questão não é ser ou não ser uma onda, é se a partícula (uma só)
comporta-se como onda ou não.

>
> O que tens nas experiencias são padrões de interferencia. Mas nada te
> prova que haja particulas-onda.
>
> > A questão aqui é a probabilidade de encontrar um fóton em um
> determinado
> > lugar e o que a MQ trata é justamente de probabilidades de
> comportamento.
>
> Ah ,ainda bem que sabes isso. Por isso significa exactamente que não
> ha dualidade nenhuma.

Algo que se propaga segundo uma fç de onda (com superposição,
interferência e etc.) mas que só é detectada como partícula, me parece
exigir certa dualidade.

Abraços,
Stafusa





SUBJECT: Re: Dualidade Onda-Particula
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/03/2002 11:56

--- Em ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> escreveu
> Ora, o fotão e o electrão são tidas como particulas fundamentais
> que não se dividem.

Sera' mesmo?

Como isso explica a aniquilacao e-/e+?

A interacao de um e- com um proton
produz um neutron. Acredita-se q. um
dos quarks up do proton se transforme
em um down. Teria o quark down um quark up
e um eletron como componentes?

Qdo um proton se choca com um antiproton,
um quark e um antiquark acabam produzindo
um quark bottom, um antiquark bottom,
um quark up, um antiquark down, um
eletron e um neutrino. Eles estariam
presentes nos quarks originais?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: ABERTO CENTRO CONTRA TRAFICOC HUMANO - INCLUSIVE DE ORGAOS
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <policia-livre@grupos.com.br>, <Direitos_Humanos@yahoogrupos.com.br>, <direito_saude@yahoogroups.com>, <Constitucional_Brasil@yahoogrupos.com.br>, <Artigos_Juridicos@yahoogrupos.com.br>
CC: Sociologia Jurídica <sociologia.ucsal@grupos.com.br>, <RedePraxis@yahoogrupos.com.br>, <pucrs-direito@yahoogrupos.com.br>, <politica-br@yahoogrupos.com.br>, <mestrado_direito_pucrs@yahoogroups.com>, <Justica@yahoogrupos.com.br>, <juristas-l@yahoogrupos.com.br>, <infancia-eca@yahoogroups.com>, <ibap-biodireito@yahoogroups.com>, <forum-social@yahoogroups.com>, <faroljuridico@yahoogroups.com>, <estudantes-de-direito@yahoogrupos.com.br>, <direito-penal@yahoogroups.com>, <direitobrasil@grupos.com.br>, <cpgd_ufsc@yahoogrupos.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, <cidadaniabrasil@yahoogrupos.com.br>, <caocidadao@mp.go.gov.br>, Cao Cidadão <caocidad@mp.sp.gov.br>, <biodireitopucrs@yahoogroups.com>, <attac-sp@yahoogroups.com>, <amazonas@yahoogrupos.com.br>, <advogado@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/03/2002 12:18

ABERTO CENTRO CONTRA TRAFICO HUMANO
- INCLUSIVE DE ORGAOS
------------------------------------------------------------------------

Direito_Sa�de e Bio�tica -- 26.03.2002
______________________________



A seguir est� reproduzida a not�cia da cria��o
de Centro contra Tr�fico Humano, inaugurado dia 25
de mar�o, e que inclui o combate
ao TR�FICO DE �RG�OS
ostensivamente.



ENTRETANTO, Alertamos *mais uma vez* e,
agora muito em especial aos



PROCURADORES FEDERAIS



que est�o atuando no caso do homic�dio
para retirada de �rg�os do filho de Paulo Airton Pavesi,
praticado por m�dicos, que
O TRAFICO DE �RG�OS HUMANOS
EST� DENTRO DA MEDICINA.



Porque:


A. A retirada de �rg�os vitais �nicos apenas
pode ser feito em uma UTI hospitalar;



B. A retirada de �rg�os vitais �nicos,
VI�VEIS para transplantes ( vi�vel significa: sem a
coagula��o de sangue no interior do �rg�o )
APENAS PODE SER OBTIDO de um ser humano
com a ATIVIDADE CARDIORRESPIRAT�RIA
PRESERVADA;



C. O Protocolo de Morte Encef�lica
do Conselho Federal de Medicina - criado �nica
e exclusivamente para viabilizar transplantes de �rg�os vitais
"o mais cedo poss�vel" ( frase de "ordem" dos transplantadores )
- SEGUE um procedimento homicida, que ANTECIPA o momento
da irreversibilidade do traumatismo encef�lico severo no paciente
( o qual vai se transformar em "doador" for�ado
por estar *indefeso* nessas circunst�ncias, enquanto fica
sem socorro algum ), que CONSISTE NO USO DO TESTE
DA APN�IA ( desligamento do respirador
por 10 MINUTOS );


D. Os pacientes dos quais os �rg�os s�o retirados
recebem ANESTESIA GERAL, e nesse sentido,
desde maio de 2000, existe Editorial da Revista
dos Anestesistas Brit�nicos recomendando a
todos seus profissionais que administrem a anestesia geral
no suposto "morto_doador" para que eles
N�O SOFRAM COM A RETIRADA DOS �RG�OS.
Isso foi documentado em Ju�zo.



Verifica-se, nessas r�pidas observa��es,
que o tr�fico de �rg�os est� institucionalizado
por uma DECLARA��O DE MORTE FALSA,
constante na Resolu��o CFM 1.480_97, que SEQUER
foi, no caso de Paulo, respeitada pela M�fia Transplantadora
que matou seu filho.



NO MEIO JUR�DICO, a demonstra��o t�cnica disso
encontra-se na Interpela��o Judicial feita � Uni�o e
ao Conselho Federal de Medicina em 17 de junho
de 2000, noticiada pelo Jornal do Brasil, e AT� AGORA N�O
RESPONDIDA PELO CONSELHO FEDERAL
DE MEDICINA, em que pese a presen�a do Minist�rio
P�blico Federal.



N�O RESPONDIDA porque n�o h� como
responder e provar que aquilo que se demonstra
nessa Interpela��o est� errado: as declara��es
de morte encef�lica s�o antecipadas e feitas
ANTES do momento de sua irreversibilidade.
Isso � homicidio.



Aqueles que quiserem o envio por correio eletr�nico
desse procedimento judicial, que contou em seu in�cio
com mais de uma centena de Autores pode
pedi-lo para o endere�o c.galli@terra.com.br
Quem quiser integrar o procedimento, sem gastos quaisquer,
pode solicitar o envio de procura��o
para o mesmo endere�o.



Ao final da reportagem est�o endere�os
que permitem o melhor entendimento da quest�o
neurol�gica essencial a essa declara��o
de morte.


[]'s

Celso Galli Coimbra
OAB_RS 11352
Porto Alegre

_____________________________________


Di�rio de Pernambuco
Edi��o de Ter�a-Feira, 26 de Mar�o de 2002


Vida Urbana


ABERTO CENTRO CONTRA TR�FICO HUMANO


Espa�o inaugurado no Recife � o 1� do Pa�s
no combate � explora��o de mulheres e crian�as


Atualmente subutilizado, o pr�dio da extinta Sudene
recebeu ontem um sopro de vida.
Oxigena��o pequena, se considerarmos
que apenas quatro das dezenas de salas vazias
passaram a ser ocupadas pelo Centro de Refer�ncia
de Preven��o e Combate ao Tr�fico de Seres
Humanos, inaugurado no come�o da noite pelo
vice-presidente da Rep�blica, Marco Maciel,
e o ministro da Justi�a, Aloysio Nunes Ferreira.
O Recife � primeira cidade brasileira a dispor
de um centro assim.


Em Bras�lia funciona o escrit�rio nacional
e em Salvador (Bahia), um n�cleo do Programa
de combate a esse tipo de tr�fico.


Mas na hora da inaugura��o, o ambiente na velha
Sudene parecia n�o combinar com a import�ncia
do centro, que objetiva combater


o tr�fico de mulheres e crian�as, que s�o exploradas
sexualmente de forma comercial OU TEM SEUS
�RG�OS VENDIDOS,
e atacar o trabalho escravo.


Os longos corredores davam id�ia de esquecimento,
abandono de uma velha proposta para desenvolvimento
do Nordeste. De vazio. As luzes do corredor n�o foram
acesas sequer na hora em que o vice-presidente
e o ministro cortaram a fita de inaugura��o.
Uma imagem, no m�nimo, triste. Na parte externa,
o breu e a sombra da luz no rosto
de algumas pessoas.
Na interna, a luz, o novo.



Atingir o prop�sito do centro, como reconhecem
os idealizadores da entidade, exigir� muito esfor�o.


Afinal, as NEGOCIATAS com seres humanos
no mundo MOVIMENTAM A GIGANTESCA CIFRA
DE US$ BILH�ES e marginaliza MAIS DE 700 MIL
PESSOAS TODO ANO.


O Brasil, que somente agora come�a a se aparelhar,
� UM DOS PONTOS PREFERIDOS PELOS TRAFICANTES.
"E o Recife � a SEGUNDA principal rota
desse tipo de neg�cio no pa�s",


explicou a coordenadora do Programa
Global de Preven��o e Combate ao Tr�fico
de Seres Humanos, An�lia Belisa Ribeiro.
A CAPITAL PERNUNBUCANA PERDE APENAS PARA GOI�NIA
(Goi�s), atualmente atendida pelo escrit�rio
de Distrito Federal.



MULTIDISCIPLINAR - Nas quatro salas, mobiliadas
sem nenhum luxo, adiantou An�lia, trabalhar�o uma
equipe multidisciplinar formada por psic�logos,
advogados e assistentes sociais.


Tamb�m est� previsto a forma��o de estagi�rios,
vindos das universidades e das pol�cias.
"O Centro de Refer�ncia ser� um espa�o para troca
de experi�ncias entre ju�zes, promotores e outros
profissionais que diariamente lidam com o problema",
disse o ministro Aloysio Nunes Ferreira.


O projeto nacional de combate ao tr�fico humano
deve receber este ano investimentos de aproximadamente
US$ 400 mil, recursos oriundos dos governos Federal
e portugu�s e da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU).



Outra meta, esclareceu An�lia, � montar um banco
de dados sobre a situa��o do problema.
Ser�o levantadas informa��es sobre as diversas
pr�ticas que d�o suporte a este tipo de atividade
no Pa�s, como tr�fico de drogas, ado��es ilegais,
casos de pedofilia via Internet e lenoc�nio (cafetinagem),
realizadas muitas vezes com a coniv�ncia
de ag�ncias de viagens envolvidas com esquemas
de envio de mulheres e homens ao exterior.



"O problema desafia a humanidade", reconheceu
Marco Maciel, que v� como sa�da a parceria entre
governos e a sociedade civil. Ontem representantes
da Interpol, Governo federal, Secretaria de Defesa
Social e organiza��es n�o-governamentais deram sinais
de que caminhar�o juntos neste sentido.
Antes da inaugura��o do centro, eles participaram
de um workshop sobre o assunto.

==========================
ENDERECOS SOBRE MORTE
ENCEF�LICA E TRANSPLANTES
DE ORG�OS VITAIS:
==========================
Nao se deixe enganar
pela propaganda transplantista.
===
INFORME-SE:
apenas a *Medicina Preventiva* de baixo custo
ja seria suficiente para evitar a necessidade de
80% de transplantes previsiveis, com origem em declaracoes
de mortes encefalicas *antecipadas*
para fins de retirada de orgaos vitais.
===
ARTIGO:
"Falhas no Diagnostico da Morte Cerebral",
publicado na Revista CIENCIA HOJE,
n�mero 161, junho de 2000:
http://www.uol.com.br/cienciahoje/chmais/pass/ch161/morte.pdf
===
ARTIGOS
cientificos no site da UNIFESP:
http://www.unifesp.br/dneuro/textos.htm
===
ARTIGO:
"Morte Encefalica"
http://www.unifesp.br/dneuro/mortencefalica.htm
===
DEMONSTRACAO
cientifica dos efeitos mortais do teste
da APNEIA, imposto pelo CFM para
declaracao da morte encefalica que
pretende diagnosticar:
http://www.unifesp.br/dneuro/apnea.htm
===
ARTIGO:
em ingles sobre a importancia da
*Penumbra Isquemica* para a declaracao
da morte encefalica:
http://www.unifesp.br/dneuro/brdeath.html
===
MANIFESTACOES PUBLICAS
da comunidade neurocientifica internacional
contraria aos criterios declaratorios
da morte encefalica.
NAO EH VERDADE QUE HA CONSENSO
internacional na declaracao de morte encefalica,
confirme o que dizem os neurocientistas em:
http://www.unifesp.br/dneuro/opinioes.htm
===
DEBATE
internacional da comunidade neurocientifica
sobre os erros declaratorios da morte encefalica
na Revista Cientifica BMJ:
http://www.bmj.com/cgi/eletters/320/7244/1266
===
PARA ler os artigos sobre
morte encefalica em Direito_Saude:
http://www.yahoogroups.com/files/direito_saude/
===
INSCRICAO, enviar mensagem em branco para:
direito_saude-subscribe@yahoogroups.com
===
PARA outras finalidades acessar
a pagina principal deste Grupo:
http://www.yahoogroups.com/group/direito_saude
===



---
Outgoing mail is certified Virus Free.
Checked by AVG anti-virus system (http://www.grisoft.com).
Version: 6.0.342 / Virus Database: 189 - Release Date: 14/3/2002


[As partes desta mensagem que n�o continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Dualidade Onda-Particula
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/03/2002 12:50

On Tue, 26 Mar 2002, sergiotaborda wrote:
> Lá estamos outra vez a confundir um modelo matemático com a realidade.
> Essas "cordas" são funções matemáticas com certas propriedades.
> Mas essas "cordas" não são nada, realisticamente falando. São um
> modelo. Apenas um modelo.

Sim, eu concordo com vc, por isso eu disse que a tal teoria apenas sugere.

> A experiencia de Young mostrou que a matemática da trignometria dos
> senos e cosenos era util para descrever fenomenos de interferencia e
> prever os padrões de difracção.
> Ela NUNCA provou que a luz é uma onda.

Até onde eu sei, a luz é uma onda eletromagnética com comprimento que pode
ser determinado. Aliás, fiz isso semana passada...

Eu poderia dizer, que a luz é uma onda com característica anômalas de
partícula. Não mudaria muita coisa.

> Podes ler os documentos de pessoas como Heisenberg, Eintein e de
> Broglie e todos eles assumem que a luz é composta de particulas e
> que "onda" é uma forma estatistica de descrever um conjunto delas.
> Nada mais que o conjunto e nunca, nunca, as particulas de luz, em si.
> Sérgio Taborda

Bem... nesta caso caímos no que o Mesquita disse: "nunca niguém provou que
um fóton existe". A existência do fóton é apenas um modelo matemático que
funciona.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
One Ring to rule them all



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Dualidade Onda-Particula
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/03/2002 13:12

On Tue, 26 Mar 2002, sergiotaborda wrote:
> Isso só tem sentido se considerares que tens duas fendas.
> Isso significaria que a onda que representa um unico fotao (assumindo
> que isso existe) teria de se dividir em duas e cada uma passaria por
> seu lado.
> Ok. Então do outro lado da fenda, colocas dois detectores.
> Ou seja, no fundo não ha fenda nenhuma. apenas dois detectores
> colocados a uma distancia d entre eles.

Se colocar o detetor, adeus padrão de interferência.


> O que se esqueceu, é que a experiencia é feita com MUITAS particulas.
> Todas iguais e indestinguives.
> Portanto, cada tem 50% de probabilidade de passar por cada fenda.
> Ter 50% de probabilidade é diferente de se dividir em duas partes.

O grande problema é que ninguém sabe o que realmente acontece, dizer que
passa por uma fenda, ou por outra, ou pelas duas ao mesmo tempo com 50% de
intensidade ou com 100% de intensidade não faz diferença nenhuma porque
ninguém sabe mesmo. Estamos discutindo sexo dos anjos.

A mente tacanha de Feynman diz que o elétron passa as duas fendas ao mesmo
tempo [sem se dividir] e eu acho que é uma explicação razoável. Não faz
sentido, mas o que é que faz sentido?


> Usando um detector de "passagem" vais saber por onde passou a
> particula e vai ficar a saber que não ha passagems simultanea. Porque
> apenas um detector detecta a passagem.

Adeus padrão de interferência. Neste caso os fótons se comportam como
bolas de gude. Vc sabe onde o fóton passa mas já não existe padrão nenhum.


> O que acontece é que o feixe de divide pelas 3 fendas aleatoriamente,
> e pronto. Resulta no tal padrão.

Mas o que gera tal padrão? Será obra do Léo??


> O que tens nas experiencias são padrões de interferencia. Mas nada te
> prova que haja particulas-onda.

O que as experiências provam é que a luz possui comportamento ondulatório
e corpuscular, apenas isso. O resto é expeculação.


> Por isso significa exactamente que não ha dualidade nenhuma.

Se há dualidade ou não, não sei. Se o elétron possui carga elétrica ou
não, não sei. Assume-se certas coisas por simplicidade de conceito ou pela
falta de algo melhor. Ou simplesmente não se assume nada.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
One Ring to rule them all



SUBJECT: Re: Dualidade Onda-Particula
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/03/2002 13:45


> > > Quanto o fóton atravessa a fenda ele interfere consigo mesmo
> >
> > Como provas isso ?
> >
> > O que se esqueceu, é que a experiencia é feita com MUITAS
> > particulas.
>
> Mas nao todas de uma vez.

O que eu quero dizer é que uma quantidade diferente de 1 passa por
cada uma das fendas a cada instante.

> > Todas iguais e indestinguives.
> > Portanto, cada tem 50% de probabilidade de passar por cada fenda.
> >
> > Ter 50% de probabilidade é diferente de se dividir em duas partes.
>
> E como ao passar por uma das fendas elas criam o padrao
> observado?

Este exemplo não é a mesma coisa, mas dá para exemplificar:
Quando um gás está colocado num recipiente , e um furo se faz nele, o
gás sai num spray. Esse spray tem uma forma conica a partir do ponto
de saida.
As molculas do gás são enviadas para fora com um padrão
caracteristico.

>Mesmo qdo apenas uma 'particula' passa por
> apenas uma das fendas por vez?

Num vi isso. Não podes querer que explique o que eu nunca vi.

> Um dos experimentos feito com eletrons, foi tal q.
> criando-se um analogo das duas fendas e fazendo com
> q. apenas um eletron fosse disparado por vez,
> apos um certo tempo, comecou a se formar o padrao
> de interferencia no detetor. (Nao se coloca um
> detetor para cada fenda, mas um unico gde detetor
> atras das fendas.)

E qual foi ela ?
Me parece que é a que procuro.

(o que significa "um electrão disparado por vez" ? )


Em relação ao link Nobel.
Estes são os efeitos apontados como provas da dualidade.

"1) the photoelectric effect and
2) the Compton scattering of X-rays."

Ora raios-X são feixes.
o efeito foto-electrico apenas indica que ao movimento se associa uma
frequencia caracteristica.

A frquencia e o respectivo cdo mostram que existe uma periodiccidade
euivalente , como explica o De Broglie, mas nunca mostra que existe
uma "onda de particula".

Não ha bombardeamento com particulas unicas.

Todos os nobel foram dados por experiencias com feixes.
"Experiments with beams of light or of electrons have been made such
that both aspects - waves and particles - are observed. "

Ver a primeira imagem mais abaixo deste texto.
Ai, as primeiras particulas embatem, e como se pode ver, não ha qq
padrão.

A repetição da experiencia, para outra particula, envia-a para outro
local.
A multipla repetição envia as particulas para vários locais.

O locais possiveis para onde 1 particula pode ser enviada são aquelas
que se observam num padrão de interferencia.
Mas uma unica particula não cria aquele padrão.

É preciso acumular a imagem durante muito tempo = muitos embates de
várias particulas diferentes, para ver que elas nunca saiem de
determinada região.

"the last [picture] after a long time of impact collection."

Impcat Collection = Collecção de Impactos => Vários, e não um unico.

Ou se quiseres, existem "regiões impossiveis", regiões onde elas
nunca se poderão localizar.

Isto é mais que obvio e é dito no texto da legenda da imagem:

"The interference pattern is slowly built up by impacts of individual
particles. "

"O padrão de interferencia é lentamente construido pelos impactos de
particulas individuais"

Mais claro que isto, não ha.

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: Dualidade Onda-Particula (ex-Gato de Schrodinger)
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/03/2002 13:53


> > A experiencia que procuro é muito simples: emites UMA UNICA
particula
> > e esperas que embata num alvo. E ai , me dizes se ha padrão de
> > interferencia ou não.
>
> Queres que um fóton (por exemplo) seja emitido e que vários cheguem
ao
> alvo formando um padrão de interferência? Que isso não pode
acontecer
> concordo contigo.

AH! , bom.

> E quanto aos "feixes", bem... a mim parece que a interferênica de
um fóton
> que já colidiu com o alvo com outro fóton que não foi sequer ainda
> emitido é mais estranha que a interferência de um fóton consigo
mesmo.

Eu nunca afirmei isso. E concordo ctg que é ainda mais absurdo.

> > E é claro que não ha padrão nenhum para uma unica particula, e
como
> > tal uma unica particula NÂO é uma onda.
>
> Mas, pelo que sei, essa partícula tem seu movimento governado por
uma
> função de onda, e que esta pode sim ter probabilidade não nula em
ambas as
> fendas e sua função de onda (e não a partícula) é que interfere
consigo
> mesma, criando o padrão de interferência sobre o anteparo.

AHHHHH!!! meu caro, mas essa postura é filosoficamente completamente
diferente.
É essa que faz sentido, dentro do entendimento daquilo que é o
significado da Função de Onda.

E como já disse aqui Função de Onda não quer dizer que as "coisas"
sejam ondas.
Chamem-lhe Função de Estado, que vão ver que jã não criam essas
confusões.


> E é nesse sentido que se diz (até onde vejo) que o fóton interfere
consigo
> mesmo: no sentido de que sua *fç de onda* interfere consigo mesma
de modo
> que, se você jogar um fóton de cada vez você verá que o fóton nunca
> aparece nas regiões em que a fç de onda interfere destrutivamente,
e que
> aparecerão muitas vezes, nessas experiências *de um só fóton cada*,
fótons
> nas regiões de interferência construtiva.

Pois.
Mas ha aqui um pequeno promenor.
A Função de Onda não é do fotão, é do sistema.
Como eu exemplifiquei antes, conforme o numero de fendas a fç de onda
é diferente (gostei da abreviatura de função :-) )

A função de Onda representa os estados do sistema, representa em
ultima analise o sistema, e NUNCA os componentes do sistema.

A fç de onda do electrão no atomo, representa o sistema nucle-
electroes e NUNCA o nucleuo ou os electrões.

Bom, então estamos de acordo que a Dualidade não existe ?

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: Dualidade Onda-Particula
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/03/2002 14:09


> Antes de mais nada devo dizer que nem sequer terminei o curso de
física
> e estou discutindo mais para aprender que para convencer os outros
de meu
> ponto de vista pouco fundamentado.

hummmm... então quer dizer que por muito que consiga explicar, nunca
irás aceitar a minha posição ?

> On Tue, 26 Mar 2002, sergiotaborda wrote:
>
> > Ou seja, no fundo não ha fenda nenhuma. apenas dois detectores
> > colocados a uma distancia d entre eles.
> > Se for verdade o que dizes, e enviando um só fotão, entao deverás
> > encontrar dois pontos um em cada detector, de modo que
a "amplitude"
> > da onda recebida nos dois some a amplitde original.
>
> Não, não é verdade. Nós não sabemos por qual fenda o fóton passa,
mas sua
> fç de onda passa pelas duas, interferindo.

A fç de onda não passa pq não existe.
A fç de onda representa os estados sistema, e estes "não passam"
no sentido de "andarem de um lado para o outro"

> Colocar detectores obrigará a
> detecção do fóton em um deles (é o que se verifica
experimentalmente).

Obviamente.
A particula tem que passar por algum lado.
Se ela passasse pelos dois terias dois sinais.
O teres só um está completamente de acordo com o significado da fç de
onda.
Isto é o que se chama : Colapso da fç de onda.
Que em palavras mais simples significa : Se observares, ficas a saber
qual das possibilidades aconteceu nessa observação.


> > Usando um detector de "passagem" vais saber por onde passou a
> > particula e vai ficar a saber que não ha passagems simultanea.
Porque
> > apenas um detector detecta a passagem.
>
> O problema é que tal detector não existe

Existe sim, chama-se: Contador Geiger.
Mas pode usar outros dependendo do que quer detectar.


> > ela passa pela outra. E a função de onda para a passagem é
> > |psi> = 0.5² |fenda1> + 0.5²|fenda2>
> >
> > Isto NÃO significa que a particula se divida, isto apenas
significa
> > que existem duas hipoteses.
>
> Sim, não significa que ela se divida, mas também não significa que
ela não
> se divida. A mec. quânt. simplesmente não tem nada a dizer
sobre "onde
> está a partícula" enquanto ela passa pela(s) fenda(s).

Não, está enganado.
Não significa nada pq a fç de onda não é uma entidade fisica.
Ela não "passa", como já disse, e não se divide, e não nada. Porque
não existe.

Dizeres que a fç de onda se divide é o mesmo absurdo que dizeres que
F=ma se divide.
Não faz sentido.

Quanto à localização provável, sabendo a fç de onda do sistema, podes
calculá-la

> Dizer que ela tem
> sim uma posição bem definida, passando por determinada fenda, mas
que nós
> não podemos saber qual é, é uma visão externa à mec. quânt., que
não se
> origina dela.

É uma visão fisica, que intende ser realista.
fisica não é vodoo, não é magia, não é crença.
É provas baseadas em medições.

> > Padrão de interferencia e comportamento ondulatorio é uma coisa,
ser
> > uma onda , é outra.
>
> A questão não é ser ou não ser uma onda, é se a partícula (uma só)
> comporta-se como onda ou não.

Não. Não se comporta como uma onda.

> > Ah ,ainda bem que sabes isso. Por isso significa exactamente que
não
> > ha dualidade nenhuma.
>
> Algo que se propaga segundo uma fç de onda (com superposição,
> interferência e etc.) mas que só é detectada como partícula, me
parece
> exigir certa dualidade.

a fç de onda, não se sobrepoe, ela já é uma sobreposição de estados.
A fç de onda é função da posição e do tempo , mas não tem unidades de
nenhuma grandeza fisica.
Ela é fisicamente nada.
Como tal a fç não se propaga, não reage, não interfere, nem com ela
mesma nem com nada, não acelera, não aumenta de energia, de
teperatura, de intensidade. Nada.
A fç de onda é a alma-mater do sistema. O representa para qq medição
fisica. E enquanto o sistema não se alterar a fç de onda não se
altera.

[]

Sérgio Taborda




SUBJECT: Re: Dualidade Onda-Particula
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/03/2002 14:15

--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...>
escreveu
> > Ora, o fotão e o electrão são tidas como particulas fundamentais
> > que não se dividem.
>
> Sera' mesmo?
>
> Como isso explica a aniquilacao e-/e+?

Não é pela separação deles.
É pela união.
A unição deles produz energia "pura" (massa =0)
Essa energia pura, é "devolvida" na forma de DOIS fotões.
(conservação do momento)

Nada disto tem a ver com o e- e o fotão serem ou não divisiveis.

> A interacao de um e- com um proton
> produz um neutron. Acredita-se q. um
> dos quarks up do proton se transforme
> em um down. Teria o quark down um quark up
> e um eletron como componentes?

Se isso for assim, significa que o quark down é composto por um quark
up e um e-. E NÂO que o e- seja composto por qq outra coisa.

> Qdo um proton se choca com um antiproton,

isso não existe. o fotão é a sua propria anti-particula
(se é que se pode usar esses termos, pois a luz nem sequer é matéria)

> um quark e um antiquark acabam produzindo
> um quark bottom, um antiquark bottom,
> um quark up, um antiquark down, um
> eletron e um neutrino. Eles estariam
> presentes nos quarks originais?

?? What??
Explica essa melhor.


Nota: eu falei da divisibilidade do e- e do fotão e não dos protões ,
neutrões, etc...

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: Dualidade Onda-Particula
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/03/2002 14:20


> > A experiencia de Young mostrou que a matemática da trignometria
dos
> > senos e cosenos era util para descrever fenomenos de
interferencia e
> > prever os padrões de difracção.
> > Ela NUNCA provou que a luz é uma onda.
>
> Até onde eu sei, a luz é uma onda eletromagnética com comprimento
que pode
> ser determinado. Aliás, fiz isso semana passada...

E o que é a luz ?
Segundo Newton, já citado pelo Alberto é "um conjunto de particulas
de diversas cores"
Segundo Eisntein é "um conjunto de fotões de diferentes frequencias"
Segundo Maxwell é o que resulta das sua eq.

Mas sempre, para todos eles, luz é o conjunto de algo.
Luz é um FEIXE.


[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Dualidade Onda-Particula
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/03/2002 14:29

----- Original Message -----
From: "Jefferson Stafusa Elias Portela"
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, March 26, 2002 11:50 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Dualidade Onda-Particula


> O problema é que tal detector não existe, se você detectá-la, mesmo sem
> o destruir ou desviar, o padrão de interferência desaparece, *ainda que se
> esteja usando um feixe de partículas*.

Perfeito! Não há porque se iludir, assumindo que pelo fato da MQ ter sido
equacionada de uma maneira elegante, todas as suas incoerências tenham
desaparecido. Não, não e não! A física quântica de hoje é a mesmíssima
daquela do século passado, dos tempos de Heisenberg e Bohr, apenas um
pouquinho mais maquiada. Não existe versão nova nenhuma e o Sérgio está se
iludindo com equações e acreditando que tais equações exprimem uma realidade
física. Vale aqui o que comentei recentemente sobre a relatividade,
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/13515 --onde se lê
relatividade leia-se quântica: "O importante é perceber que 'ou o fenômeno é
relativístico', e teremos de arcar com todos os ônus inerentes a essa
relatividade moderna, 'ou o fenômeno é clássico', e teremos de retomar os
ensinamentos dos grandes físicos clássicos." O Sérgio está querendo ser
"meio" clássico e "meio" moderno e isto soa-me, no mínimo, como algo muito
esquisito.

Dentre os construtores da física moderna nenhum ignorou esta inconsistência
ou este "non-sense" da física quântica. E dentre os grandes quânticos dos
dias atuais essa insatisfação também existe, é suficiente ler as
comemorações dos 100 anos de física quântica para se notar que de 1930 a
2000 nada mudou sob o ponto de vista epistemológico. Alguns pouquíssimos
físicos não querem aceitar essa atitude incômoda e então ficam criando novos
gnomos a se disseminarem por um terreno já repleto de ficção. Isso retrata o
comodismo, o "tapar o sol com a peneira".

> Sim, não significa que ela se divida, mas também não significa que ela não
> se divida. A mec. quânt. simplesmente não tem nada a dizer sobre "onde
> está a partícula" enquanto ela passa pela(s) fenda(s). Dizer que ela tem
> sim uma posição bem definida, passando por determinada fenda, mas que nós
> não podemos saber qual é, é uma visão externa à mec. quânt., que não se
> origina dela.

Falou e disse.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: Dualidade Onda-Particula
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/03/2002 14:30


> > Ok. Então do outro lado da fenda, colocas dois detectores.
> > Ou seja, no fundo não ha fenda nenhuma. apenas dois detectores
> > colocados a uma distancia d entre eles.
>
> Se colocar o detetor, adeus padrão de interferência.

Claro. (colapso da fç de onda)
Mas ficas a saber por eles passam. Que é o que estamos a descutir.

> > O que se esqueceu, é que a experiencia é feita com MUITAS
particulas.
> > Todas iguais e indestinguives.
> > Portanto, cada tem 50% de probabilidade de passar por cada fenda.
> > Ter 50% de probabilidade é diferente de se dividir em duas partes.
>
> O grande problema é que ninguém sabe o que realmente acontece,

Porque ninguem foi à procura


>dizer que
> passa por uma fenda, ou por outra, ou pelas duas ao mesmo tempo com
50% de
> intensidade ou com 100% de intensidade não faz diferença nenhuma
porque
> ninguém sabe mesmo. Estamos discutindo sexo dos anjos.

Não.
É bem diferentes teres que engolir que a aprticula passa
simultaneamente pelas duas fendas pq a experiencia te diz que assim
acontece, do que acreditares nisso pq não queres acreditar noutra
coisa.

> A mente tacanha de Feynman diz que o elétron passa as duas fendas
ao mesmo
> tempo [sem se dividir] e eu acho que é uma explicação razoável. Não
faz
> sentido, mas o que é que faz sentido?

Se não faz sentido, não é razoável.
E mais vale ficar com explicação nenhuma do que conjecturas dessas.

Faz sentido, aquilo que a experiencia nos mostrar.
E ela não nos msotra que existe esse fenomeno de "dupla passagem"


> > O que acontece é que o feixe de divide pelas 3 fendas
aleatoriamente,
> > e pronto. Resulta no tal padrão.
>
> Mas o que gera tal padrão?

As particulas interagem com o material de que é feito a fenda.
Com as "paredes" da fenda, com os "campos electromagnéticos" emitidos
pelo material da fenda. que tem forma derivada da forma da fenda.

Lá pq não sabemos como equacionar esta questão, nada nos impede de
assumir que ela existe. E tem que existir, ou a fisica é uma batata.
(ou seja, é uma teoria tautologica ou que se auto-contradiz)

A fisica NÃO é uma batata.

> > O que tens nas experiencias são padrões de interferencia. Mas
nada te
> > prova que haja particulas-onda.
>
> O que as experiências provam é que a luz possui comportamento
ondulatório
> e corpuscular, apenas isso. O resto é expeculação.

As experiencias provam que FEIXES de luz dão origem a padrões de
interferencia.
Se chamas a isso "comportamento ondulatório" , tudo bem.
Mas inferir dai que os cosntituites da luz, sejam eles quais forem,
são eles mesmos ondas é falacioso.

> > Por isso significa exactamente que não ha dualidade nenhuma.
>
> Se há dualidade ou não, não sei. Se o elétron possui carga elétrica
ou
> não, não sei. Assume-se certas coisas por simplicidade de conceito
ou pela
> falta de algo melhor. Ou simplesmente não se assume nada.

Estás a confundir.
A dualidade nasceu de intrepretações erradas e ideias
absurdas,largamente vinculadas por artigos e livros de divulgação,
ajudada pala "pop-ciencie". Nasceu de ideias que a experiencia não
suporta.
A carga electrica, ao menos tem a experiencias de Faraday.


[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: Dualidade Onda-Particula
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/03/2002 15:24

--- Em ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> escreveu
> O que eu quero dizer é que uma quantidade diferente de 1 passa por
> cada uma das fendas a cada instante.

Mas ao q. me consta ja' foram feitas experiencias em
q. apenas 1 'particula' passa por vez.

> > E como ao passar por uma das fendas elas criam o padrao
> > observado?
>
> As molculas do gás são enviadas para fora com um padrão
> caracteristico.

O problema e' q. se tivermos dois 'sprays' proximos nao
formam padroes de interferencia. Um padrao se sobrepoem
a outro.

> >Mesmo qdo apenas uma 'particula' passa por
> > apenas uma das fendas por vez?
>
> Num vi isso. Não podes querer que explique o que eu nunca vi.

Vc ja' viu um foton?

> > Um dos experimentos feito com eletrons, foi tal q.
> > criando-se um analogo das duas fendas e fazendo com
> > q. apenas um eletron fosse disparado por vez,
> > apos um certo tempo, comecou a se formar o padrao
> > de interferencia no detetor. (Nao se coloca um
> > detetor para cada fenda, mas um unico gde detetor
> > atras das fendas.)
>
> E qual foi ela ?
> Me parece que é a que procuro.
>
> (o que significa "um electrão disparado por vez" ? )

http://128.175.13.63/mvb/PS146htm/146noqm.html
In fact, even if you send one electron at a time through a double
slit, you will get an interference pattern.

http://www.physics.nyu.edu/courses/V85.0020/node21.html
We might think that the interference is due to the interaction
between various electrons that pass through the apparatus. However,
if we reduce the rate that electrons pass through the apparatus so
that there is only one electron at a time, we still get interference.

Tentarei encontrar o trabalho em si. Assim q
obtiver as referencias eu as passo.

> "O padrão de interferencia é lentamente construido pelos impactos
> de particulas individuais"
>
> Mais claro que isto, não ha.

O problema e' q. em taxas em q. apenas um eletron passa
por vez o padrao ainda se mantem -- claro depois de
varios impactos. Mas se fosse particula pura e simplesmente
em vez de padroes de interferencias deveriamos obter
simplesmente dois padroes sobrepostos.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Dualidade Onda-Particula
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/03/2002 15:28

--- Em ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> escreveu
> Nota: eu falei da divisibilidade do e- e do fotão e não dos
> protões , neutrões, etc...

E eu estou falando dos quarks q. sao -- ate' o momento --
tao fundamentais qto o eletron e os fotons.

No caso dos eletrons: os quarks surgem de onde?
Os eletrons e positrons sao destruidos? Como?
Como particulas se desfazem em fotons? E depois
os fotons se refazem em quarks?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: CienciaOnline
FROM: "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/03/2002 17:44

Um novo site na area.. parece interessante

http://www.cienciaonline.org/

Pena que o design do site eh cafona. :)


Ateh
Luis Brudna



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Dualidade Onda-Particula
FROM: "S�rgio Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/03/2002 19:01

>Não existe versão nova nenhuma e o Sérgio está se
>iludindo com equações e acreditando que tais equações exprimem uma
realidade
>física. (...) O Sérgio está querendo ser
"meio" clássico e "meio" moderno e isto soa-me, no mínimo, como algo muito
esquisito.

Eu só tou querendo que entendam aquilo que a teoria diz, e não aquilo que
dizem que ela diz.
Mostrar que não ha paradoxos, nem dualidades, e que tudo isso não passa de
um jogo de palavras, e de más intrepretações.
Mas principalmente, saber afinal que experiencias são essas que comprovam os
mitos/paradoxo da MQ, de que todos vcs falam, e parecem aceitar, sem
pestanejar.

Muitos simples, sem variáveis escondidas.

[] a todos

Sérgio Taborda



SUBJECT: Dualidade Onda-Particula com Fotons Individuais
FROM: "Eduardo Torres" <eftf@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/03/2002 21:41

> > Entao como vc explica o padrao de interferencia?
>
> Já respondi a isso em outro mail.
> []
>
> Sérgio Taborda


Vou tentar de novo. Quem sabe um dia o Sergio ve^ a luz?

Reproduzo abaixo um artigo do escritor de divulgacao cientifica John Gribbin
citando nao so' experiencias onde a dualidade onda-particula foi demonstrada
para *fotons individuais* (coisa q o Sergio recusa-se terminantemente a
reconhecer, embora seja um fato provado e comprovado em fisica quantica)
como mostrando uma desconcertante evolucao desse tipo de experiencia,
revelando um misterioso 'apagador quantico'.

==============================

Deepening the quantum mysteries
by John Gribbin

The "central mystery" of quantum physics just got more mysterious.
Experimenters from the United States and Austria have got together to
provide a new demonstration of how light going through a "double slit"
experiment seems to know before it sets out in its journey exactly what kind
of traps have been set for it along the way.

This is a variation on the Young's slit experiment, familiar from school
laboratory demonstrations of the wave nature of light. When a beam of
monochromatic light is shone through two narrow holes in a screen, the light
spreading out from the two holes interferes, just like ripples interfering
on the surface of a pond, to produce a characteristic pattern on a second
screen.

The mystery is that light can also be described as a stream of particles,
called photons. The light source in a Young's slit experiment can be turned
down to the point where it consists of individual photons going through the
experiment, one after the other. If the spots of light made by individual
photons arriving at the second screen (actually a photoelectric detector)
are added together, they still form an interference pattern, as if each
photon goes through both holes and interferes with itself on the way through
the experiment. It was Richard Feynman who described this as "the central
mystery" of quantum theory, and then corrected himself, saying that in fact
it is "the only mystery". If you understood this, you would understand
quantum physics -- but as Feynman also said, "nobody understands quantum
mechanics" (The Character of Physical Law, BBC Publications, 1965).

The new demonstration of how incomprehensible the quantum world is has been
made by Raymond Chiao, of the University of California, Berkeley, Paul
Kwiat, of the University of Innsbruck, and Aephraim Steinberg, of the US
National Institute of Standards and Technology, in Maryland. Their results
were presented at a meeting in Nathiagali, Pakistan.

In fact, the team has carried out several tests of the stranger predictions
of quantum theory, but the most dramatic is what they call the "quantum
eraser". In this variation on the Young's slit theme, the experiment is
first set up in the usual way, and run to produce interference. Quantum
theory says that the reason why interference can occur, even if light is a
stream of photons, is that there is no way to find out, even in principle,
which photon went through which slit. The "indeterminacy" allows fringes to
appear.

But then Chiao and his colleagues ran the same experiment with polarising
filters in front of each of the two slits. Any photon going one way would
become "labelled" with left-handed circular polarization, while any photon
going through the other slit is labelled with right-handed circular
polarization. In this version of the experiment, it is possible in principle
to tell which slit any particular photon arriving at the second screen went
through. Sure enough, the interference pattern vanishes -- even though
nobody ever actually looks to see which photon went through which slit.

Now comes the new trick -- the eraser. A third polarising filter is placed
between the two slits and the second screen, to scramble up (or erase) the
information about which photon went through which hole. Now, once again, it
is impossible to tell which path any particular photon arriving at the
second screen took through the experiment. And, sure enough, the
interference pattern reappears!

The strange thing is that interference depends on "single photons" going
through both slits "at once", but undetected. So how does a single photon
arriving at the first screen know how it ought to behave in order to match
the presence or absence of the erasing filter on the other side of the
slits?

All of these experiments were carried out using beams of individual photons,
and there is no way in which the results can be explained by using classical
physics. They lay bare the mysteriousness of quantum mechanics in all its
glory, and in particular demonstrate its "non local" nature -- the way in
which a photon starting out on its journey behaves in a different way for
each experimental setup, as if it knew in advance what kind of experiment it
was about to go through.

Don't worry if you don't understand this. Richard Feynman didn't, and he
warned "do not keep saying to yourself, if you can possibly avoid it, 'But
how can it be like that?' because you will go 'down the drain' into a blind
alley from which nobody has yet escaped. Nobody knows how it can be like
that."

======================================

Para o artigo completo ver
http://www.biols.susx.ac.uk/home/John_Gribbin/quantum.htm

Sera' q agora ele se convence?

Abs,
Eduardo Torres







SUBJECT: Re: Dualidade Onda-Particula
FROM: "manuelbulcao" <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/03/2002 00:59

> > O que se esqueceu, é que a experiencia é feita com MUITAS
> > particulas.

> Mas nao todas de uma vez.

Manuel: Atualmente são feitas experiências até mesmo um único fóton,
conforme artigo abaixo, publicado na revista "Ciência Hoje".

FÓTONS SOLITÁRIOS - Uma equipe de pesquisadores dos Estados Unidos e
da
Turquia desenvolveu um método para produzir partículas de luz
(fótons)
isoladas.

O método para produzir fótons solitários é um passo fundamental para
se
implementar a chamada criptografia quântica, técnica que tornaria
praticamente inviolável a mensagem enviada com o auxílio dessas e de
outras
partículas. Se a partícula fosse interceptada, isso deixaria
uma 'marca' na
mensagem e assim se saberia que ela sofreu algum tipo de intervenção
indesejada.

O artefato, à base de pulsos de luz laser, foi desenvolvido por
pesquisadores
da Universidade da Califórnia, Santa Bárbara (Estados Unidos), e da
Universidade de Sabanci (Turquia). "A realização de uma fonte como
essa tem
sido considerada um tipo de 'Santo Graal' pela pesquisa em eletrônica
quântica", afirma o estudo. (Science, 22/12/00).>>

Abraços,
Manuel Bulcão





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Dualidade Onda-Particula
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/03/2002 02:08

----- Original Message -----
From: "Sérgio Taborda"
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, March 26, 2002 7:01 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Dualidade Onda-Particula


> Eu só tou querendo que entendam aquilo que a teoria diz, e não aquilo que
> dizem que ela diz.
> Mostrar que não ha paradoxos, nem dualidades, e que tudo isso não passa de
> um jogo de palavras, e de más intrepretações.

Pois eu concordo mas sob um aspecto totalmente diferente. Não pode haver
paradoxo onde sequer há uma realidade física. Em teoria quântica o que mais
existe são interpretações e o que menos existe é física. Se as
interpretações são boas ou más, deixo a critério dos que gostam de brincar
com gnomos. Na minha humilde opinião são todas interpretações paradoxais á
medida em que vão contra a realidade experimental. E a realidade
experimental
começa a ser contrariada quando observa-se experimentalmente que um elétron
não pode ser identificado a uma carga elétrica coulombiana. A partir da não
aceitação desta verdade experimental entramos no terreno do vale tudo, desde
que se encontre a equação certa a satisfazer a vontade do freguês, seja
desta, seja daquela versão interpretativa do que chamam "realidade"
quântica.

> Mas principalmente, saber afinal que experiencias são essas que comprovam
> os mitos/paradoxo da MQ, de que todos vcs falam, e parecem aceitar, sem
> pestanejar.

Bem, essa resposta deixo a cargo dos quânticos. De minha parte ficaria
bastante satisfeito se alguém esclarecesse de vez qual foi a experiência a
justificar os postulados assumidos por Bohr em sua primitiva teoria
quântica, em especial os dois citados abaixo. Pois esse é o início de tudo e
a não resposta a esse questionamento representa o início do fim da era
quântica, com todas as suas belíssimas equações matemáticas.

Postulado 1 de Bohr: Um elétron em um átomo move-se em uma órbita circular
em torno do núcleo *sob a influência da atração coulombiana* entre o elétron
e o núcleo, obedecendo às leis da mecânica clássica.

Postulado 3 de Bohr: Apesar de estar constantemente acelerado, um elétron
que se move em uma dessas órbitas possíveis não emite radiação
eletromagnética. Portanto, sua energia total E permanece constante.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm




SUBJECT: Re: Dualidade Onda-Particula
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/03/2002 08:55


> > Nota: eu falei da divisibilidade do e- e do fotão e não dos
> > protões , neutrões, etc...
>
> E eu estou falando dos quarks q. sao -- ate' o momento --
> tao fundamentais qto o eletron e os fotons.

ok.

> No caso dos eletrons: os quarks surgem de onde?

Mas quarks não tem nada a ver com electrons.
Os quarks compoem os protons. cada quark tem 1/3 da carga de um
electron.
E os electrons não são compostos de quarks.
(3 quark tem a mesma carga, mas a massa de um proton e não de um
electron)
Acho que ha aqui um qq equivoco ou eu não estou a perceber a pergunta.

> Os eletrons e positrons sao destruidos? Como?

Eles não são "destruidos" eles são "aniquilados"
A diferença é que "destruidos" implica que a energia vai para o meio,
aniquilados quer dizer que a energia não se perde.
E tal e´assim que ela continua no sistema como fotons.

Como ?
Essa pergunta não é de resposta linear.
Ninguem sabe exactamente como.
O que se tem são modelos.
O modelo do mar de dirac, que é usado em outras coisas, como os semi-
condutores, nos diz que podemos pensar em dois espaços (duas bandas)
O espaço acima da "linha de água" e o espaço abaixo.
Em cima da linha a massa é nula e a energia igual à energia cinética.
Em cada espaço, as particulas têm propriedades diferentes, mas
conjugadas (particula <=> anti-particula ) de tal forma que quando
elas estão no mesmo ponto do espaço, pictoricamente elas ficam
nessa "linha d'agua", se transformando em fotons.

Isto não explica o como, mas explica o processo.

> Como particulas se desfazem em fotons? E depois
> os fotons se refazem em quarks?

Fotons e quarks não têm nada a ver nesse sentido.
O foton é um particula "Especial" pq resulta da aniquilação da anti-
matéria.

Os quarks tb têm anti-quarks.
Os quarks é que se aniquilam e dão fotons.

Agora podias pensar que se aniquilas um e- e um e+ e dá 2fotons,
então esses fotons poderiam dar outra vez um e- e um e+
De facto podem, se houve condições para isso (conservação do momento)
Se tiveres fotoes com energia equivalente à massa de 2xe- então pode
acontecer que ele se divida em um electrão e um positrão.

E o mesmo para os quark. Se tiveres um fotão com energia suficiente
ha essa possibilidade. (o problema é que é precisa mais energia)

Mas, quarks , electroes, e fotoes, são particulas diferentes que não
são compostas umas das outras [até prova em contrário].


[]

Sérgio Taborda




SUBJECT: Re: Dualidade Onda-Particula
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/03/2002 09:14

Alberto Mesquita Filho:

> De minha parte ficaria
> bastante satisfeito se alguém esclarecesse de vez qual foi a
experiência a
> justificar os postulados assumidos por Bohr em sua primitiva teoria
> quântica, em especial os dois citados abaixo.

Bom, foram as experiencia de Plank e as series expectrométricas de
Balmer e companhia.
Para derivar os resultados experimentais de uma teoria orbital, ele
teve que assumir certas coisas.


> Postulado 1 de Bohr: Um elétron em um átomo move-se em uma
órbita
circular
> em torno do núcleo *sob a influência da atração
coulombiana* entre
o elétron
> e o núcleo, obedecendo às leis da mecânica clássica.

com a acçao colombiana acho que é obvio pq.
o circular é um modelo. O modelo do sistema solar.

> Postulado 3 de Bohr: Apesar de estar constantemente acelerado, um
elétron
> que se move em uma dessas órbitas possíveis não emite
radiação
> eletromagnética. Portanto, sua energia total E permanece
constante.

Bom, observando atomos,não exitados, eles não emitem energia.
Portanto, de alguma forma a sua energia tem que ser constante.
Isso é um facto experimental.

Agora, para ele ligar isso com o postulado das orbitas , ele precisou
de postular q o electrão não emitia radiação.

Ele fez isso, mas haviam outras hipoteses.
Vamos culpar o homem por isso. ora, acho que não. Afinal hoje
não se
pensa dessa forma.

[]

Sérgio Taborda




SUBJECT: Re: Dualidade Onda-Particula
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/03/2002 09:23

--- Em ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> escreveu
> > No caso dos eletrons: os quarks surgem de onde?
>
> Mas quarks não tem nada a ver com electrons.
> Os quarks compoem os protons. cada quark tem 1/3 da carga de um
> electron.
> E os electrons não são compostos de quarks.
> (3 quark tem a mesma carga, mas a massa de um proton e não de um
> electron)
> Acho que ha aqui um qq equivoco ou eu não estou a perceber a
> pergunta.

A questao e' q. o choque e' entre um eletron e
um positron -- nao tem nenhum proton envolvido
ou um neutron. E ainda assim surgem quarks.

> Os quarks tb têm anti-quarks.
> Os quarks é que se aniquilam e dão fotons.

So' q. eles, os quarks, resultam da interacao
entre um eletron e um positron q. inicialmente
produziu fotons.

> Agora podias pensar que se aniquilas um e- e um e+ e dá 2fotons,
> então esses fotons poderiam dar outra vez um e- e um e+
> De facto podem, se houve condições para isso (conservação do
momento)
> Se tiveres fotoes com energia equivalente à massa de 2xe- então
pode
> acontecer que ele se divida em um electrão e um positrão.

So' q. essa 'divisao' nada tem a ver com a 'composicao'
do foton. Os eletrons e os positrons nao estavam la'
como tais.

> Mas, quarks , electroes, e fotoes, são particulas diferentes que
> não são compostas umas das outras [até prova em contrário].

Exatamente o q. eu dizia. E isso a despeito de
um produzir outro em certas circunstancias.
Isso foi pra rebater a sua argumentacao de q.
se a onda do eletron se dividisse seria porq.
ele seria composto por outras particulas.

Taborda:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/13804
"Uma particula unica não se pode dividir.
Se as particulas são mesmo
ondas e as ondas se dividem , isso significa
que essas "miniondas" seriam outras particulas.
Ora, o fotão e o electrão são tidas como
particulas fundamentais que não se dividem."

(Lembrando sempre q. sou leigo no assunto. E
nao clamo ser levado a serio.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Dualidade Onda-Particula
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/03/2002 10:55


Ha realmente qq coisa que me está a escapar na tua argumentação.

> A questao e' q. o choque e' entre um eletron e
> um positron -- nao tem nenhum proton envolvido
> ou um neutron. E ainda assim surgem quarks.

Não surgem nenhuns quarks da aniquilação eletron-positron.

em http://press.web.cern.ch/Public/SCIENCE/particleFamilies.html
podes ver as massas correspondentes.

o quark com menos massa (Up) tem 0.005 GeV = 5000 keV
o electrão tem 511 keV, 10% da massa do quark mais leve.

Isso significa que um quark nunca será formado pela aniquilação de
electrons.

> > Os quarks tb têm anti-quarks.
> > Os quarks é que se aniquilam e dão fotons.
>
> So' q. eles, os quarks, resultam da interacao
> entre um eletron e um positron q. inicialmente
> produziu fotons.

Não. Como disse, Quarks não têm nada a ver com electrões.
Não sei onde foste buscar essa ideia.

> > Se tiveres fotoes com energia equivalente à massa de 2xe- então
> pode
> > acontecer que ele se divida em um electrão e um positrão.
>
> So' q. essa 'divisao' nada tem a ver com a 'composicao'
> do foton. Os eletrons e os positrons nao estavam la'
> como tais.

Exactamente.

> > Mas, quarks , electroes, e fotoes, são particulas diferentes que
> > não são compostas umas das outras [até prova em contrário].
>
> Exatamente o q. eu dizia. E isso a despeito de
> um produzir outro em certas circunstancias.

Repara que nenhum daqueles produz o outro.
É preciso a sua antiparticula para produzir fotoes.
E electrons não originam quarks

> Isso foi pra rebater a sua argumentacao de q.
> se a onda do eletron se dividisse seria porq.
> ele seria composto por outras particulas.

Vamos assumir por agora, que todas as particulas são ondas e vice-
versa.
Então, uma onda seria uma particula.

Agora, enviamos um electrão para um experiencia com duas fendas.
SE, hipotese, o electrão e a onda que é o electrão se dividisse mesmo
em outras duas ondas, e cada uma dessas ondas passasse por cada
fenda, então cada um dessas ondas corresponderia a uma particula.
Então, o electrão se dividiria em duas particulas "expontaneamente"
só pq "precisa" passar pelas duas fendas simultaneamente.

MAS, facto, o electrão singular não é divisivel.
Donde, essas particulas não existem.
Donde, as ondas que as representam tb não.
Donde, não ha uma onda a passar por uma fenda e outra por outra.

E tu me dizes: Um electrão e um positrao original fotoes.
Ok, mas isso, como tu mesmo disseste não mostra que os fotoes
estavam "dentro" do electrão ou do positrão.
E isso implica em ter positrões lá, para os electrões chocarem com
eles.
Ora, na experiencia do feixe só temos um tipo de particula.
Se ela se dividisse, seria nos seus constituintes.

Somos então obrigados a pensar que o electrão mantém a sua
integridade ao passar pela fenda.

Repara, se tivessemos fendas tal que depois tivessemos um tubo muito
comprido que só deixasse os "fantasmas do electrão" se voltarem a
juntar depois de passar por esses tubos, estariamos cindindo
electrões a custo energético zero.

Isso não tem sentido fisico.

Mas mesmo que tivesse, eu poderia impedir uma de sair.
Isso levaria a que a outra tivesses de existir por si mesma.
Isto seria um método de cindir particulas sem custo energético.
Seria melhor que o Santo Graal. Seria um absurdo tb.

Portanto, a conclusão é que o electrão não se separa. Nem mesmo a
sua "onda" pode se separar (supondo que ela existe)
Não pode, pq isso viola a conservação da energia.

Por outro lado, com um numero N aleatório de fendas teriamos
particulas que seriam N-divisões do electrão. O que tb não faz
sentido.

A conjectura do Feyman de que a particula passa simultaneamente pelas
duas fendas tb viola esse princpio. Pq isolando o que passa de cada
lado estarias a fabricar electrões a partir do nada. (passariam 2
onde só existe 1)

Só ha uma solução fisica para o problema e é : A particula Só passa
por uma das fendas.

Quando vais medir, é isso que observas. Como não poderia deixar de
ser.

O Principo da Simplicidade corta com a Dualidade pela raiz, pq existe
uma forma muito mais simples de pensar e expor o problema.

O que está em causa, e é simples de entender, é que qq conjectura
sobre o que acontece no sistema durante o periodo em que este não se
observa é um erro grave.
Por outro lado, isso não significa que se possa acreditar que a leis
da fisica são violadas quando não estamos a olhar.
Nós não sabemos como, mas o sistema está condicionado por aquilo que
ele é , e ele não mudará para outra coisa.

Eu poderia conjecturar que quando não estou a olhar, existe um
monstro debaixo da minha cama, mas isso seria uma afirmação infantil
e não uma afirmação cientifica.
Se eu afirmar que quando não estou a olhar , a particula é uma onda,
isso é da mesma forma infantil e não cientifico.

Se é realmente uma onda, então isso quer dizer que quando eu a
observo, a observo como onda.

Ora, nenhuma prova foi apresentada de que as particulas se observam
como ondas. Donde, não existem ondas-paticulas, tal como não existem
monstros de baixo da cama, pois nunca foi observado cientificamente,
nenhum.

É a diferença entre afirmações cientificas e afirmações "de crença"

[]

Sérgio Taborda





SUBJECT: Re: Dualidade Onda-Particula
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/03/2002 11:52

--- Em ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> escreveu
> o quark com menos massa (Up) tem 0.005 GeV = 5000 keV
> o electrão tem 511 keV, 10% da massa do quark mais leve.

So' q. o eletron nao esta' parado. Ele e'
acelerado - donde sua energia e' aumentada.

> Não. Como disse, Quarks não têm nada a ver com electrões.
> Não sei onde foste buscar essa ideia.

http://aventuradasparticulas.ift.unesp.br/eedd.html
http://pdg.web.cern.ch/pdg/particleadventure/frameless/eedd.html

> Se ela se dividisse, seria nos seus constituintes.

Nao. Fotons podem gerar eletrons e positrons -- e
novamente, eles nao estavam la' como tais.

Neutrons decaem em eletrons, protons e
neutrinos. Nao quer dizer q. esses sejam
os componentes daqueles.

> Portanto, a conclusão é que o electrão não se separa. Nem mesmo a
> sua "onda" pode se separar (supondo que ela existe)

Entao como vc explica o padrao de interferencia?

Se o eletron se comporta como uma particula bonitinha, nao
haveria q. se formar franjas de interferencia --
apenas dois padroes de dispersao sobrepostos.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: "Educacao para Ciencia"
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/03/2002 12:23

--- Em ciencialist@y..., "Helena H.Pieroni" <lena.hp@u...> escreveu
> Oi pessoal,
>
> Na 'Folha de São Paulo', 24/03/02.
> Estados, visando à popularização da ciência. Desenvolve também um
> capítulo sobre financiamento para os centros e museus. Um livro de

> Alguém aqui poderia fazer algum comentário a respeito deste
> trabalho?

Vc esta' perguntando se alguem daqui ja' leu o livro?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: As bases da Ciencia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/03/2002 12:52

http://www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto48.asp

De autoria do Jocax apresento na Sala 19 do Imperdível o título "As Bases da Ciência". Sejam bem vindos á leitura crítica.

[]'
Léo
===========



SUBJECT: Re: [ciencialist] Navalha de Occam
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/03/2002 13:09

Oi Neville,

aproveitei alguns pequenos trechos dessa informação na editoração do trabalho do Jocax posto na Sala 19 (indicada na mensagem anterior). Para ilustrar o texto precisaria de uma figurinha de uma pessoa com um diabinho verde no ombro; alguém tem isso? Para ilustrar o 'fantasma' creio que vou usar aquela figura que postei no SBCR (infelizmente não dá para anexar aqui no ciencialist que não aceita 'attachado' ... mas, vou tentar!)

[]'
Léo
Tentativa de anexar:
Não entendo como podem não acreditar em fantasmas. Eu, profundo estudioso sobre o ectoplasma, matéria prima para a visualização dos fantasmas e espíritos depois de muito quebrar a cuca consegui a maneira de fotografá-los.
Nesse canto de barracos, onde se falavam das aparições, fui lá, preparei meu material e a câmara com diafragma automático.
Fiquem olhando e vejam o resultado:

(figura)

Tá vendo!???

[]'
Léo




========================


-----Mensagem Original-----
De: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
Para: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 26 de março de 2002 06:32
Assunto: [ciencialist] Navalha de Occam


| Olá pessoal !
|
| Finalmente encontrei o nome correto do dono da navalha (eu imaginava que
| fosse algum beduino !!).
|
| [s]
| Neville
| --------------------------------------------------
|
| (De www.wikipedia.com, a enciclopédia livre)
|
| William de Ockham ( 1285~1349 ) - inglês, foi frade franciscano e filósofo
| devotado a uma vida da pobreza e ao minimalismo.
|
| Escreveu: "Pluralitas non est ponenda sine neccesitate" ( Pluralidades não
| devem ser postas sem necessidade ), um princípio que geralmente é chamado de
| Navalha de Occam.
|
| A Navalha de Occam (alternativamente Ockham), pode ser parafraseada por " as
| explanações simples são preferíveis às complexas " e transformou-se em um
| princípio básico do método científico.
| É importante notar que é um argumento heurístico e freqüentemente não produz
| respostas corretas.
|
| A Navalha de Occam é um guia frouxo da hipótese científica, pelo qual se
| espera obter o menor número possível de suposições não comprovadas.
|
| Por exemplo: observando uma árvore caída após uma trovoada, com as evidências
| de "trovoada" e "uma arvore caída" seria razoável supor a hipótese de que um
| raio a derrubou (em lugar de supor que fosse um vendaval ou um elefante), ou
| seja, uma explicação que requer apenas *uma* hipótese. Para as outras
| explicações teríamos que admitir *mais* hipóteses: a de que tivesse ocorrido
| também um vendaval ou que existisse algum elefante a fim de derrubar arvores
| no local.
|
| A Navalha de Occam é apenas uma regra orientadora para a organização ou
| estabelecimento de um pesquisa, partindo do simples para o complexo, mas
| nunca um critério para afirmação de verdades.
| Freqüentemente é mal-interpretada através da idéia de que " a simplicidade é
| a perfeição".
|
| Albert Einstein teve isto em mente quando escreveu que as " teorias devem ser
| tão simples quanto possível, mas não as mais simples."
|
| As vezes essa regra é também referida como " princípio de parcimônia " ou "
| princípio do simplicidade "; na gíria científica inglesa, jocosamente,
| costumam usar para isso a expressão "K.I.S.S." (keep it simple, stupid). A
| respeito de diagnósticos, nas escolas médicas costumam também dizer que "
| quando você ouve barulho de cascos você pensa de cavalos, não em zebras."
|
| Na filosofia da religião, as vezes, a Navalha de Occam é usado como argumento
| para a negar a existência de Deus e defender a racionalidade do ateísmo.
| ----------------------------------------
|
|
| &&& --- &&&
| VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
| http://www.ciencialist.hpg.com.br
| Para sair da lista envie um mail para
| ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
| &&& --- &&&
|
| Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
|
|


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RES: [ciencialist] As bases da Ciencia
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/03/2002 14:33

E por falar em Jocax, cadê o rapaz? Por onde ele anda (ou navega)?

> -----Mensagem original-----
> De: Luiz Ferraz Netto [mailto:leo@barretos.com.br]
> Enviada em: Quarta-feira, 27 de Março de 2002 12:53
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Assunto: [ciencialist] As bases da Ciencia
>
>
> http://www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto48.asp
>
> De autoria do Jocax apresento na Sala 19 do Imperdível o
> título "As Bases da Ciência". Sejam bem vindos á leitura crítica.
>
> []'
> Léo
> ===========
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Dualidade Onda-Particula
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/03/2002 14:34

escreveu
> > o quark com menos massa (Up) tem 0.005 GeV = 5000 keV
> > o electrão tem 511 keV, 10% da massa do quark mais leve.
>
> So' q. o eletron nao esta' parado. Ele e'
> acelerado - donde sua energia e' aumentada.

Pois. Certo.

> http://aventuradasparticulas.ift.unesp.br/eedd.html
> http://pdg.web.cern.ch/pdg/particleadventure/frameless/eedd.html

Bem me aprecia que me escapava algo...

> > Se ela se dividisse, seria nos seus constituintes.
>
> Nao. Fotons podem gerar eletrons e positrons -- e
> novamente, eles nao estavam la' como tais.
>
> Neutrons decaem em eletrons, protons e
> neutrinos. Nao quer dizer q. esses sejam
> os componentes daqueles.

Mas electrons sozinhos o que é que geram ?
Até ha data, nada.
Portons sozinhos geram quarks, neutrons sozinhos, geram protons,
electrons e neutrinos, mas electrons sozinhos nada geram.

Neste sentido eles são indivisiveis.

> > Portanto, a conclusão é que o electrão não se separa. Nem mesmo a
> > sua "onda" pode se separar (supondo que ela existe)
>
> Entao como vc explica o padrao de interferencia?

Já respondi a isso em outro mail.
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/13812





SUBJECT: Re: Dualidade Onda-Particula
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/03/2002 14:34

escreveu
> > o quark com menos massa (Up) tem 0.005 GeV = 5000 keV
> > o electrão tem 511 keV, 10% da massa do quark mais leve.
>
> So' q. o eletron nao esta' parado. Ele e'
> acelerado - donde sua energia e' aumentada.

Pois. Certo.

> http://aventuradasparticulas.ift.unesp.br/eedd.html
> http://pdg.web.cern.ch/pdg/particleadventure/frameless/eedd.html

Bem me aprecia que me escapava algo...

> > Se ela se dividisse, seria nos seus constituintes.
>
> Nao. Fotons podem gerar eletrons e positrons -- e
> novamente, eles nao estavam la' como tais.
>
> Neutrons decaem em eletrons, protons e
> neutrinos. Nao quer dizer q. esses sejam
> os componentes daqueles.

Mas electrons sozinhos o que é que geram ?
Até ha data, nada.
Portons sozinhos geram quarks, neutrons sozinhos, geram protons,
electrons e neutrinos, mas electrons sozinhos nada geram.

Neste sentido eles são indivisiveis.

> > Portanto, a conclusão é que o electrão não se separa. Nem mesmo a
> > sua "onda" pode se separar (supondo que ela existe)
>
> Entao como vc explica o padrao de interferencia?

Já respondi a isso em outro mail.
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/13812

[]

Sérgio Taborda





SUBJECT: Re: Dualidade Onda-Particula
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/03/2002 14:53

--- Em ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> escreveu
> Mas electrons sozinhos o que é que geram ?
> Até ha data, nada.
> Portons sozinhos geram quarks, neutrons sozinhos, geram protons,
> electrons e neutrinos, mas electrons sozinhos nada geram.

Neutrons geram protons, eletrons e neutrinos, mas
nao sao formados por eles. Neutrons sao formados
por quarks -- pelo menos a ideia e' essa.

Eletrons excitados produzem fotons, mas
eletrons nao sao formados por fotons.

Fotons podem produzir o par eletron-positron,
mas nao sao formados por eletrons e positrons.

> > Entao como vc explica o padrao de interferencia?
>
> Já respondi a isso em outro mail.
> http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/13812

So' q. essa resposta nao parece ser muito valida,
ja' q. o padrao de interferencia se mantem mesmo
qdo apenas um eletron por vez atravessa as fendas.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] As bases da Ciencia
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/03/2002 15:03



"Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:
>
> E por falar em Jocax, cadê o rapaz? Por onde ele anda (ou navega)?


Essa é uma boa pergunta.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Dualidade Onda-Particula
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/03/2002 15:06

----- Original Message -----
From: "sergiotaborda"
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, March 27, 2002 9:14 AM
Subject: [ciencialist] Re: Dualidade Onda-Particula


> > De minha parte ficaria
> > bastante satisfeito se alguém esclarecesse de vez qual foi a
> > experiência a justificar os postulados assumidos por Bohr em sua
> > primitiva teoria quântica, em especial os dois citados abaixo.

> Bom, foram as experiencia de Plank e as series expectrométricas de
> Balmer e companhia.
> Para derivar os resultados experimentais de uma teoria orbital, ele
> teve que assumir certas coisas.

Sim, da mesma forma que meu neto teve de assumir a existência de Papai Noel
(ou pai Natal) para derivar os resultados experimentais de uma teoria sobre
os presentes que recebeu em dezembro passado.

Em resumo: a resposta não foi respondida, apenas ligeiramente comentada. Vou
reformular a pergunta com a finalidade de contemplar suas palavras: Qual foi
a experiência a justificar a "assunção de certas coisas" que Bohr sentiu-se
obrigado a efetuar para que pudesse derivar os resultados experimentais que
*supostamente* justificam o trabalho de Planck e/ou as considerações feitas
na época e relativas aos achados espectrométricos?

> Bom, observando atomos,não exitados, eles não emitem energia.
> Portanto, de alguma forma a sua energia tem que ser constante.
> Isso é um facto experimental.
> Agora, para ele ligar isso com o postulado das orbitas , ele precisou
> de postular q o electrão não emitia radiação.
> Ele fez isso, mas haviam outras hipoteses.
> Vamos culpar o homem por isso. ora, acho que não. Afinal hoje
> não se pensa dessa forma.

Jamais culpei Bohr por afirmação alguma e costumo dizer que o cientista não
erra pois sua tarefa é "procurar" pela verdade, e foi isso o que ele fez,
ainda que utilizando-se do método gnomológico. Digo apenas que hoje não se
pensa de maneira alguma. Aceita-se um punhado de equações que dão certo
sabe-se lá onde, quando e porquê. Nada do que possa ir contra a veracidade
destas equações, ainda que experimentalmente, chega a ser valorizado ou a
merecer crédito algum nos meios acadêmicos. Isso não é física, isso não é
ciência e isso não é postura digna de ser assumida por um acadêmico que
preza seus títulos de mestre e/ou doutor. Isso retrata o marasmo, a
mediocridade, a covardia e/ou a safadeza político-econômica que impera nos
meios acadêmicos atuais a aproveitar-se da ingenuidade do "filósofo" Thomas
Kuhn.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] As bases da Ciencia
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/03/2002 15:23

--- Em ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> escreveu
> "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:
> >
> > E por falar em Jocax, cadê o rapaz? Por onde ele anda (ou navega)?
>
>
> Essa é uma boa pergunta.

Parece q. vai bem:

groups.yahoo.com/group/genismo

Se nao me engano ele e' analista de sistemas
em algum instituto da USP.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] As bases da Ciencia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/03/2002 18:04

Tenho me comunicado com ele, nesses últimos dias, diariamente. É só enviar mensagem para jocax@usp.br .

[]'
Léo
PS: alguém tem uma figurinha, alegoria etc. (pode ser até uma foto real:-)) de alguma pessoa com um diabinho verde no ombro? Alguém tem uma foto de algumas revistas científicas espalhadas sobre uma mesa? Pode ser fotos de capas individuais .... ai eu junto tudo numa montagem só.
============
-----Mensagem Original-----
De: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 27 de março de 2002 15:23
Assunto: Re: RES: [ciencialist] As bases da Ciencia


--- Em ciencialist@y..., João Mário Miranda <jmiranda@e...> escreveu
> "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:
> >
> > E por falar em Jocax, cadê o rapaz? Por onde ele anda (ou navega)?
>
>
> Essa é uma boa pergunta.

Parece q. vai bem:

groups.yahoo.com/group/genismo

Se nao me engano ele e' analista de sistemas
em algum instituto da USP.

[]s,

Roberto Takata


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Dualidade Onda-Particula
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/03/2002 20:18

----- Original Message -----
From: "sergiotaborda"
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, March 27, 2002 10:55 AM
Subject: [ciencialist] Re: Dualidade Onda-Particula

Caro Sérgio

Em excelente discussão entre você e o Takata, flagrei o seguinte trecho,
relativo à experiência das duas fendas:

> Só ha uma solução fisica para o problema e é: A particula Só passa
> por uma das fendas. Quando vais medir, é isso que observas. Como não
> poderia deixar de ser.

Essa conclusão é bastante óbvia e acho mesmo que qualquer, dentre os
gigantes da física clássica, adotaria esse raciocínio. Quero crer que Planck
também concordaria com a conclusão e talvez até mesmo Einstein. Planck, como
já referi aqui, foi o último dos grandes clássicos e jamais se conformou com
o fato de ter sido o precursor da física dos gnomos. Para Einstein, no
entanto, a realidade era outra: ele simplesmente não conseguia visualizar os
gnomos quânticos lado a lado com os gnomos relativistas.

Apesar de concordar com a conclusão, discordo dos pressupostos a
satisfazerem a sua lógica. Pois parece-me que ao efetuarmos essa regressão à
física do final do século XIX, em especial aquela pré-lorentziana,
permanecem algumas coisas a serem explicadas. Do contrário diria, como já
dei a entender em mensagens anteriores, estarmos eliminando alguns gnomos
considerados como físicos e substituindo-os por outros, os gnomos meramente
matemáticos. Ou seja, não estaríamos regredindo à física clássica, mas
simplesmente despersonalizando a "física moderna", se é que há ainda o que
ser despersonalizado neste terreno.

Você afirma que a "quântica" que defende apóia-se em princípios encontrados
no trabalho de Norbury. Tudo bem, mas o que justificam esses princípios?
Quais são os argumentos, se não de índole experimental, pelo menos de
natureza metafísica, a sustentarem tais princípios? Você dá a entender que
essas idéias sujeitam-se à experimentação, mas recusa-se a relacioná-las a
quaisquer das experiências citadas pelos colegas da Ciencialist. Você
solicita dos outros que apóiem conjecturas em dados experimentais, mas
reserva para si o direito de apoiar-se exclusivamente em equações e naquilo
que poderiamos considerar como a sua vontade de que essas equações
correspondam a uma realidade física. Você aceita que Bohr, Dirac, Feynmann,
Hawking etc, cometeram erros justificáveis pelo fato de terem vivenciado uma
realidade ultrapassada, mas não identifica uma experiência sequer a
demonstrar que a realidade dos dias atuais, do ponto de vista epistemológico
e não apenas matemático, é diferente daquela de 70 anos atrás.

Quero crer que os físicos de 70 anos atrás já tentaram adotar o ponto de
vista que hoje você defende e abandonaram-no por não terem visualizado saída
alguma. Alguns chegaram mesmo a se rebelar e a propor um "meio" retorno à
física clássica, a exemplo de David Bohm, mas não conseguiram justificar
seus argumentos. Pois não há como efetuar um retorno pela metade à física
verdadeiramente clássica.

David Bohm tentou substituir a dualidade --ora onda, ora partícula-- por uma
estrutura dupla, onda piloto + partícula. Mas não conseguiu se desfazer dos
gnomos quânticos, pois conservou a característica de partículas como
proposta por Lorentz e a simularem objetos clássicos *macroscópicos*.
Lembro também que essas idéias de David Bohm levavam a uma nova
interpretação da realidade física (relacionada ao paradoxo EPR), daí estarem
enquadradas no terreno das teorias realistas locais. Mas essas idéias foram
definitivamente abaladas pela experiência de Aspect.

É importante que se diga que a idéia de Bohm era "meio" clássica, pois as
teorias genuinamente clássicas chegam a ser confundidas com as teorias
locais. E há quem admita que a experiência de Aspect fortaleceu a teoria
quântica em detrimento da física clássica. Essa é outra deturpação
ideológica que alguns fanáticos quânticos gostam de disseminar por aí. Pois
a experiência de Aspect, como comentei em outra mensagem à Ciencialist (4790
de 21/mai/00), serviu apenas como critério de escolha entre o roto e o
esfarrapado, qual seja, entre as teorias "quânticas" locais e as teorias
quânticas não-locais (vide a mensagem, acompanhada de figuras, em
http://ecientificocultural.com/ECC2/Dialogos/varios/ci4790.htm )

> O Principo da Simplicidade corta com a Dualidade pela raiz, pq existe
> uma forma muito mais simples de pensar e expor o problema.

Não, essa forma não existe e você está se iludindo com a matemática que
funciona sem que se saiba onde, quando e nem porquê. Em termos de teoria
quântica nada de valor puramente epistemológico foi introduzido após Dirac.
Equações são equações e física não é matemática, nem mesmo a física dos
gnomos, qual seja, a "física" moderna. Matemática é uma linguagem e o que se
conseguiu na segunda metade do século XX foi transformar em linguagem
matemática muito daquilo que os físicos da primeira metade do século
descreveram com palavras.

> Ora, nenhuma prova foi apresentada de que as particulas se observam
> como ondas. Donde, não existem ondas-paticulas, tal como não existem
> monstros de baixo da cama, pois nunca foi observado cientificamente,
> nenhum.

Pois então aposente o artigo de Norbury e volte a estudar a física
genuinamente clássica. Do contrário serei obrigado a pensar que você convive
com um monstro de baixo de sua cama e simplesmente não quer acreditar que
ele realmente existe.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Dualidade Onda-Particula com Fotons Individuais
FROM: "Eduardo Torres" <eftf@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/03/2002 22:13

> Uma unica particula.
> Se ela relamente for uma onda, então era criará um padrão, qq que seja.
> Mas ela não cria nenhum padrão.
>
> Apenas várias, enviadas umas-após-as-outras criam esse padrão.
>
> Portanto, uma particula não é uma onda.


Mesmo se o efeito de interferencia ocorrer *a cada uma*?


>
> "Don't worry if you don't understand this. Richard Feynman didn't"
>
> Muito educativo, sem duvida... :P
>
> []
>
> Sérgio Taborda


Vc nao gosta de uma boa ironia?

;-)


>
>
> P.S.
> Terei de rever o conceito de Lente de Frenell , que é uma lente que
controi
> a T. de Fourier da forma do sinal. No caso, das duas fendas.
> Depois voltamos a falar.


OK.

Abs,
Eduardo Torres



SUBJECT: Paradoxo EPR (ex-Dualidade Onda-Particula)
FROM: "Eduardo Torres" <eftf@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/03/2002 22:18

> Não existe qq paradoxo EPR, mas esse é outro assunto.
> []
>
> Sérgio Taborda

Existe. Ja' foi exaustivamente provado. Onde vc quer chegar, Sergio? A
Mecanica Quantica e' uma fraude e so' vc e o Dr. Norbury (se e' q e' o caso)
sabem A Verdade?

;-)

Abs,
Eduardo Torres



SUBJECT: O que há de verdade nisso? NADA!
FROM: "Eduardo Torres" <eftf@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/03/2002 23:09




O que há de verdade nisso?

Nada. E' um conhecido health hoax da Internet.


Recebi este comunicado, mas como há muita coisa falsa na internet, e esta
bem pode ser uma delas, repasso para quem tenha elementos possa me dar uma
luz.

Pra comecar, recomendo esses sites : http://www.aspartame.org/science.html e
http://www.aspartame.org/

So' um trecho:

(...)

The American Council on Science and Health (ACSH) is now receiving daily
inquiries regarding one such health hoax about aspartame (see below).The
hoax links the sweetener to multiple sclerosis-like symptoms and systemic
lupus using quasi-medical jargon. Like most of its kind, this Web scare
appears to be credible, pointing to impressive-sounding names like the
Multiple Sclerosis Foundation, the "World Environmental Conference" and the
mysterious "Dr. Espisto." Also like its compadres, this article is packed
with misinformation that could frighten those, such as diabetics, who rely
on aspartame.

In fact, aspartame, known as "NutraSweet" and "Equal," is safe. Aspartame is
one of the most thoroughly tested substances in the U.S. food supply.
Numerous authorities, including the Food and Drug Administration, the Joint
Expert Committee on Food Additives of the FAO/WHO, the European Community,
and the American Medical Association have concluded that aspartame is a safe
product, except in the rare cases of phenylketonuria. For more information
on aspartame, please refer to ACSH's peer-reviewed booklet Low Calorie
Sweeteners. And beware of Internet health hoaxes. For more information about
Food Safety please go to http://www.acsh.org/food/index.html


(...)





Seria intriga da oposição? Luta por mercado???
____________________________________


Apenas mais um hoax. Como aquele do detergente e dos rins roubados. Freud
explica.




Quando a temperatura do ASPARTAME excede 30º C, o álcool contido no
ASPARTAME se converte em
formaldeído e daí para ácido fórmico, que provoca acidose metabólica (o
ácido fórmico é o veneno das
formigas).

1) O aspartame nao contem nenhum alcool. E' um dipeptideo, isto e' uma
molecula formada pela juncao de dois aminoacidos, o acido aspartico e a
fenilalanina. Ambos componentes usuais das proteinas. Cada vez q comemos 100
g de bife, uns 10% desse peso devem devem ser formados por esses dois
aminoacidos.

O unico alcool q pode se converter em formaldeido e' o metanol, q nao tem
nada a ver com o aspartame. Quem conseguir obter metanol de aspartame pode
se candidatar ao premio Nobel de quimica.



A toxidade do metanol imita a esclerose múltipla e as pessoas recebem
diagnóstico errado de esclerose múltipla.
A esclerose múltipla não se constitui em sentença de morte, mas a toxidade
do metanol sim. No caso do lúpus
sistêmico estamos percebendo que é quase tão grave quanto a esclerose
múltipla especialmente em usuários
de DIET COKE e DIET PEPSI.


Antes de qq coisa o metanol afeta o nervo otico. Causa cegueira. Nao tem
nada a ver com esclerose multipla.



Não é para menos, considerada a toxidade do metanol ... (As vítimas
geralmente bebem de 3 a 4 latas destes
refrigerantes por dia, ou mais). Nos casos de lúpus sistêmico causado pelo
ASPARTAME, a vítima geralmente
não sabe que o ASPARTAME é causa de sua doença e continua com seu uso,
agravando o lúpus a um grau
tão intenso que algumas vezes ameaça a vida. Quando interrompemos o uso do
ASPARTAME, as pessoas
que tinham lúpus ficam assintomáticas.


Isso e' puro non-sense.



Infelizmente, não podemos reverter essa doença. Por outro lado, nos casos
diagnosticados como esclerose
múltipla (quando, na realidade, a doença é devida ä toxidade do metanol) a
maioria dos sintomas desaparece.
Nós temos visto casos em que a visão retornou e mesmo a audição fo
recuperada. Isso também se aplica aos
casos de tinittus auricularis (zumbido no ouvido).



Mais non-sense.



Em uma conferência eu disse: - Se você está usando ASPARTAME (Nutrasweet,
Equal e Spoonful, etc.) e sofre de sintomas como fibromialgia, espasmos,
dores, formigamentos nas pernas,
câimbras, vertigem, tontura, dor de cabeça, zumbido no ouvido, dores
articulares, depressão, ataques de
ansiedade, fala atrapalhada, visão borrada ou perda de memória - VOCÊ
PROVAVELMENTE TEM A DOENÇA
DO ASPARTAME! As pessoas começaram a pular durante a palestra dizendo: - Eu
tenho isto, é reversível?



O non-sense esta' piorando...



É impressionante. Em uma palestra assistida pelo embaixador de Uganda, ele
nos contou que a indústria de
açúcar deles está adicionando ASPARTAME ao açúcar! Ele contou que o filho de
um dos líderes da indústria
não conseguia andar - em parte pelo uso do produto! Estamos com um sério
problema.



Estamos e' delirando!



Um estranho veio até o Dr. Espisto (um de meus palestrantes) e perguntou
por que tantas pessoas estavam tendo esclerose múltipla (MS).



Durante a visita a um hospital, uma enfermeira disse que seis amigos dela
que eram viciados em diet coke, tinham sido diagnosticados com MS. Isso é
mais do que coincidência.



Há um tempo atrás houve audiências no congresso dos EUA incluindo o
ASPARTAME em 100 produtos diferentes. Nada foi feito. Os lobbies da droga e
da indústria química tem bolsos muito profundos.



Agora existem mais de 5.000 produtos contaminados com esse produto químico,
e a patente expirou. Na época
da primeira audiência, as pessoas estavam ficando cegas. O metanol no
ASPARTAME se converte em
formaldeído na retina do olho.



Ah, agora lembrou!



Formaldeído é do mesmo grupo das drogas como cianeto e arsênico: venenos
mortais! Infelizmente, leva muito
tempo para matar, mas está matando as pessoas e causando todos os tipos de
problemas neurológicos.


O formaldeido nao tem nada a ver quimicamente com o cianeto ou o arsenico. O
cianeto inclusive mata instantaneamente.



O ASPARTAME muda a química do cérebro. É a causa de diversos tipos de
ataque.
Essa droga muda os níveis de dopamina no cérebro. Imagine o que acontece com
os pacientes que sofrem de
Doença de Parkinson? Também causa malformações fetais. Não existe nenhuma
razão para se utilizar esse
produto. NÃO É UM PRODUTO DIETÉTICO! Os anais do Congresso dizem: ele faz
você desejar carboidratos e,
em conseqüência, engordar. Dr. Roberts viu que quando interrompeu o uso de
ASPARTAME a perda de peso
foi de 9,5 Kg por pessoa.



Surrealismo!



O formaldeído se armazena nas cédulas adiposas, principalmente nos quadris e
coxas.
O ASPARTAME é especialmente mortal para os diabéticos. Todos os médicos
sabem o que o metanol causaria num diabético. Muuitos médicos acreditam que
seus
pacientes têm retinopatia, quando de fato, o mal é causado pelo ASPARTAME.



Loucura total!



O ASPARTAME mantém o açúcar sangüíneo fora de controle, fazendo com que
muitos pacientes entrem em
coma. Infelizmente, muitos morreram. Pessoas nos contaram na Conferência do
Colégio Americano de Medicina
que tinham parentes que mudaram de sacarina para o ASPARTAME e agora
eventualmente entram em coma.
Seus médicos não conseguem controlar os níveis de glicemia. Os pacientes têm
perda de memória pelo fato
de que o ácido aspártico e a fenilalanina são neurotóxicos sem os outros
aminoácidos encontrados nas
proteínas. Eles atravessam a barreira hemato-encefálica e causam
deterioração nos neurônios.



Primeiro, aminoacidos NUNCA sao neurotoxicos. Ficam livres na corrente
sanguinea. Tem q ir a toda parte pois sao a materia prima para sintese de
nossas proteinas. E quem falou q esses aminoacidos estariam sozinhos? Todo
mundo precisa comer proteina e ter aminoacidos no sangue! Vc consome muito
mais acido aspartico e fenilalanina num churrasco de fim de semana q em
meses de consumo de aspartame!


Dr. Russel Blaylock, neurocirurgião, diz: Os ingredientes estimulam os
neurônios até a morte causando dano
cerebral em vários níveis. Dr. Blaylock escreveu um livro intitulado:
"Excitotoxinas: O Gosto que Mata". (Health
Press, 1-800-643-2665).


Se alguem conferir esse livro, nao deve existir ou tem outro tema.



O Dr. H. J. Roberts, especialista diabético e perito mundial em
envenenamento pelo ASPARTAME, escreveu um
livro intitulado: "DEFESA CONTRA A DOENÇA DE ALZHEIMER" (1-800-814-8900).
Dr. Roberts mostra como o
envenenamento pelo ASPARTAME está relacionado à doença de Alzheimer. E
realmente está.


Idem.


Mulheres de 30 anos estão sendo internadas com Alzheimer. Dr. Blaylock e Dr.
Roberts estão escrevendo uma
carta-posição com alguns casos relatados e vão colocá-la na Internet. De
acordo com a conferência do Colégio
Americano de Medicina, nós estamos falando de uma praga de doenças
neurológicas causada por esse veneno
mortal. Dr. Roberts descobriu o que aconteceu quando o ASPARTAME foi vendido
pela primeira vez. Ele disse
que seus pacientes diabéticos apresentaram perda de memória, confusão e
severa perda de visão.



Essa mulher precisa de internacao!


Na Conferência do Colégio Americano de Medicina, os médicos admitiram que
não sabiam. Eles estavam
procurando saber por que ataques tinham aumentado tanto (a fenilalanina do
ASPARTAME diminui o limiar para
a convulsão e depleta a serotonina, o que causa psicose maníaco depressiva,
ataque de pânico, fúria e
violência).



A loucura continua!



Antes da Conferência, eu recebi um fax da Noruega, pedindo um possível
antídoto para esse veneno, porque a
pessoa estava sentindo esses tantos problemas no seu País. Esse veneno,
agora, está disponível em muitos
países.


Felizmente, tivemos embaixadores e palestrantes na Conferência que se
engajaram nesta luta.


PEDIMOS QUE VOCÊ SE
ENGAJE TAMBÉM.



Imprima este artigo e avise todas as
pessoas que você conhece.



Tire tudo o que contém aspartame do armário.
Envie para nós sua história.


Eu asseguro que a Monsanto, criadora do ASPARTAME, sabe como ele é mortal.
Ela financia a
Associação Americana de Diabetes, a Associação Americana de Dietética, o
Congresso e a Conferência
do Colégio Americano de Medicina.


Sim, e' tudo uma grandec conspiracao. O canceroso do Arquivo X deve estar
envolvido!


O New York Times, em 15 de Novembro de 1996, publicou artigo a respeito de
como a Associação Americana
de Dietética recebe dinheiro da indústria alimentícia para endossar seus
produtos. Por isso, eles não podem
criticar ou falar a respeito de sua ligação com a MONSANTO.

Claro....Claro...


A que ponto chega isso? Às raias da perversidade. Dissemos a uma mãe cujo
filho estava usando NutraSweet
que ela deveria interromper o uso do produto. A criança estava tendo
convulsões diárias. A mãe telefonou para
o médico, que telefonou para a Associação. E a Associação disse ao médico
para não interromper o uso de
NutraSweet. Estamos ainda tentando convencer a mãe que o ASPARTAME está
causando as convulsões.
Toda vez que interrompemos o uso do ASPARTAME, as convulsões cessam. Se o
bebê morrer, sabemos de
quem é a culpa, e contra quem lutamos.


Tinha q aparecer uma criancinha doente!


Existem 92 sintomas documentados de ASPARTAME, do coma à morte. A maioria
deles é neurológica, porque o ASPARTAME destrói o sistema nervoso.


Eles gostam de tirar numeros da cartola, nao e'? Da' credibilidade.



A doença do ASPARTAME é parcialmente a causa da síndrome "Tempestade No
Deserto". A queimação na
língua e os outros sintomas discutidos em mais de 60 casos podem estar
diretamente relacionados ao consumo
de produtos contendo ASPARTAME. Milhares de latas de bebidas diet foram
enviadas para as tropas do
"Tempestade no Deserto". (Lembre-se que o calor pode liberar o metanol do
ASPARTAME a 30º C.) As
bebidas dietéticas foram expostas ao sol de 45º C no deserto árabe, por
semanas. Homens e mulheres de
serviço bebiam isso o dia todo. Todos os sintomas deles eram semelhantes ao
envenenamento por
ASPARTAME.

Essa e' nova!



Dr. Roberts diz que o consumo do ASPARTAME na época da concepção pode causar
defeitos no feto. A FENILALANINA se concentra na placenta causando retardo
mental, de acordo com o Dr.
Louis Elsas, Professor de Genética Pediátrica na Universidade de Emory. Em
testes de laboratório, animais
desenvolvem tumores cerebrais (a fenilalanina tem um subproduto o DXP,
agente causador de tumores
cerebrais).

DXP??!!

Quando o Dr. Espisto estava falando, um neurocirurgião da platéia disse: -
Encontra-se, de fato, um teor elevado
de ASPARTAME nos tumores cerebrais removidos.



HAHAHAHA!


A STÉVIA, um adoçante natural, NÃO É UM ADITIVO, e ajuda no metabolismo do
açúcar: seria ideal para os
diabéticos e foi aprovada, agora, como suplemento dietético pelo FDA.
Durante anos, o FDA adiou essa
aprovação por causa da sua lealdade à MONSANTO."

Sim, vamos usar a stevia. Sabe qto se obtem de cada planta? Pentelhesimos.
Teriamos q cobrir boa parte da area agricultavel do mundo com stevia pra ter
oferta q substitua os adocantes sinteticos!



(O texto acima foi corrigido por Nivaldo Alves Soares e Josealdo Tonholo -
Depto. Química/CCEN - Universidade
Federal de Alagoas) - Campus A. C. Simões - Tabuleiro do Martins
57.072-970 - Maceió - AL - Brasil - Fone/fax:
(082) 214-1389)

Ou esses caras nao existem ou faltaram a muitas aulas de quimica!

Eu sou engenheiro quimico e, dos 5 anos de curso, 3 eram iguais aos de
Quimica, q era de 4 anos. Acho q sei alguma coisa do assunto.





Nota: Em 05/07/99 a UPI Farm News noticiou que a Monsanto está colocando à
venda seu braço de
ingredientes alimentares, entre as quais a NutreSweet. Teriam essas vendas
ligações com o artigo acima?


Sim, claro, a Monsanto esta' morrendo de medo dessas msgs alucinogenas na
Web!



MONSANTO VENDE NUTRASWEET - UPI
Farm News - 05/07/99



"A Monsanto está vendendo seus negócios no ramo de ingredientes
alimentares, inclusive o braço de adoçantes NutraSweet. A receita destas
vendas vai auxiliar a empresa química
e gigante da pesquisa agrícola - com sede em St. Louis - a saldar os débitos
da compra desmesurada de
biotecnologia, entre as quais a de empresas produtoras de semente.


A Monsanto necessitava das produtoras de sementes como meio para escoar seu
material genético "high-tech" para os agricultores. Mas a companhia está
vendendo empresas para pagar seus
débitos resultantes dos investimentos em biotecnologia desde outubro quando
fracassaram os seus planos para
fusão com a American Home Products (com sede em New Jersey).


Se isso e' verdade. a Monsanto deve ganhar mais dinheiro com sementes q com
adocante. O q alias e' bem logico.


Os negócios na área de ingredientes alimentares incluem a NutraSweet, o
adoçante artificial usado em
refrigerantes, além de outros produtos à base de goma. O NutraSweet também é
vendido como adoçante de
mesa sob a marca de Equal."


Sugerimos que cada pessoa que receba este artigo o divulgue para o maior
número possível de pessoas
e entidades. Precisamos combater os autores de mais esse crime contra a
saúde humana, isto é, a
Monsanto e as várias entidades mencionadas neste artigo.



Tipico de um hoax!

A Internet e' otima p/ lendas urbanas, desde q nao as levemos muito a serio!

Abs,
Eduardo Torres











[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Dualidade Onda-Particula com Fotons Individuais
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/03/2002 06:36

----- Original Message -----
From: "Eduardo Torres"
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, March 26, 2002 9:41 PM
Subject: [ciencialist] Dualidade Onda-Particula com Fotons Individuais

> Reproduzo abaixo um artigo do escritor de divulgacao cientifica John
> Gribbin Deepening the quantum mysteries by John Gribbin...
> All of these experiments were carried out using beams of individual
> photons, and there is no way in which the results can be explained by
> using classical physics.

Pensemos então não nessa física clássica do final do século XIX mas na
genuína física clássica newtoniana. Na Óptica corpuscular clássica devida a
Newton, algo deixado na gaveta a partir dos trabalhos de Young (1801),
Newton, deixa claro que admitia que os corpúsculos de luz e a matéria dos
sistemas ópticos (espelhos, lentes, fendas, etc) trocam "informações" a que
dava o nome ora de "vibrações", ora de "espírito da matéria" e ora de
"alguma coisa de natureza imaterial" e muito semelhante àquela "alguma
coisa", também colocada na gaveta e que, na sua opinião, seria emitida por
corpos que dão origem a campos gravitacionais.

Na questão 17 de sua Óptica III chega a dizer: E estas vibrações "não
alcançam os raios de luz e, alcançando-os sucessivamente, não os tornam
facilmente refletidos e facilmente transmitidos, como descrito acima?" Ou,
se alguém preferir o original: "And do they not overtake the Rays of Light,
and by overtaking them successively, do they not put them into the Fits of
easy Reflexion and easy Transmission described above?

Ou seja, a física clássica que não explica o fenômeno é aquela mesma que
aceita a luz ondulatória. Mas se a luz, por hipótese, é ondulatória, a
física que assume essa propriedade não poderia nunca explicar um fenômeno
cuja experiência está demonstrando ser originado por uma luz corpuscular!
Veja bem, estamos no âmbito da física clássica e aí não são aceitos
raciocínios gnomológicos. Ou seja, classicamente falando "o que é, é e não
pode não ser enquanto for". Logo, um físico clássico, e por coerência,
somente poderá explicar esse fenômeno a partir de uma teoria corpuscular ou
equivalente (as chamadas teorias de emissão que muito sutilmente ainda
vigoravam no final do século XIX).

Mas se pensarmos no fóton como um corpúsculo de fato, e se imaginarmos, tal
e qual Newton, que esses fótons emitem alguma coisa a que chamou por
"vibrações", a explicação torna-se bastante simples. Afim de não gastar
muitas palavras preparei uma página Web com figuras que já possuia em meus
arquivos. As figuras referem-se a elétrons e não a fótons mas a situação é
exatamente a mesma. A explicação é 100% clássica e duvido que algum físico
quântico consiga explicar o fenômeno de maneira mais simples. O URL da
página é http://ecientificocultural.com/Eletron2/dfenda.htm

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: Dualidade Onda-Particula com Fotons Individuais
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/03/2002 09:45

--- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
> página é http://ecientificocultural.com/Eletron2/dfenda.htm

Legal, Alberto.

Mas, nesse caso, o eletron nao deveria ir sempre para o mesmo
local? Em passando por uma das fendas iria em uma direcao ao
ser defletido por sua emissao refletida na outra fenda, em
passando por outra fenda seria defletido em outra direcao --
e teriamos apenas duas regioes de impacto. Ou nao?

E tbm em sendo por reflexao da emissao da particula em
outra fenda, o efeito deveria ser influenciado pelo
comprimento da fenda (alem de sua abertura e distancia
de separacao entre elas). Ou nao?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Dualidade Onda-Particula com Fotons Individuais
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/03/2002 09:46

--- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
> página é http://ecientificocultural.com/Eletron2/dfenda.htm

Alias, e se tivermos *três* fendas?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] artigo sobre codificação huffman
FROM: "Rui Gomes T. de Almeida" <rui.almeida@poli.usp.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/03/2002 10:46

Bom dia Nicolau.

Parece que o IME-USP tem este exemplar, eu olhei no dedalus (banco de dados
da usp) e esta foi a resposta:

Base 02
Título Journal of algorithms.
Imprenta New York : Academic Press, 1980-
InicioPubl Vol. 1 (1980)-
Nota Compl Quatro números por ano.
Notas Este periódico também está disponível para acesso, em formato
eletrônico, na base de dados ProBE - Programa Biblioteca Eletrônica.
"Clicar" sobre o ícone abaixo.
Assunto MATEMATICA DA COMPUTACAO
Tipo Trab SERIADO
ISSN 0196-6774
Coleção IME : # [b=ta] 1980-95 1-18; 1995 19(1-2); 1996-2001 20-41
ProBE Acesso para a publicação, em formato eletrônico.

Embora exista no probe este journal ( onde eu posso pegar o arquivo
eletronicamente), não existe este ano ( é só a partir de 1993, eu chequei)
mas, como falei, acho que o IME tem esta revista.

Um abraço.

Rui

----- Original Message -----
From: "Nicolau Werneck" <nwerneck@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, March 25, 2002 9:27 AM
Subject: [ciencialist] artigo sobre codificação huffman


> Olá!
> Sou estudante de engenharia elétrica, e estou atrás
> deste artigo escrito por Donald Knuth:
>
> "Dynamic Huffman coding", Journal of Algorithms
> 6:163-180 (1985)
>
> Na minha biblioteca (UFMG) só existe UM exemplar desse
> "Journal of Algorithms", e é o 4! :(((
> Será que alguma boa-alma hospedada em alguma
> universidade do nosso amado Brasil poderia verificar a
> existência da referida publicação em suas fontes, e
> se possível me mandar um xerox??? =)
>
> obrigado pela atenção!...
>
> ++nicolau
>
>
>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Dualidade Onda-Particula (ex-Gato de Schrodinger)
FROM: "Rui Gomes T. de Almeida" <rui.almeida@poli.usp.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/03/2002 11:49

Eu trabalho com processamento de sinais, inclusive é meu tema de doutorado,
realmente utilizamos bastante a matemática de forma prática, mas não entendi
o teor do que está sendo perguntado.


----- Original Message -----
From: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, March 26, 2002 8:38 AM
Subject: [ciencialist] Re: Dualidade Onda-Particula (ex-Gato de Schrodinger)



> O mais são princípios matemáticos a justificarem a
> matemática que dá certo sem que se saiba onde, quando e nem porquê.

Mas sabe-se sim.
Pergunde para alguem que trabalhe (ou tenha trabalhado) com
processamento de sinal.

[]

Sérgio Taborda


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Para sair da lista envie um mail para
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Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html





SUBJECT: Re: [ciencialist] Dualidade Onda-Particula com Fotons Individuais
FROM: "S�rgio Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/03/2002 11:52

>Vou tentar de novo. Quem sabe um dia o Sergio ve^ a luz?

Voces conhecem a expressão "mar de gente" ?
É usada quando tem muita gente junta. Por exemplo num concerto ao ar livre.

Ora, uma pessoa unica, não é um mar de gente.


==============================
>(...)
>This is a variation on the Young's slit experiment, familiar from school
>laboratory demonstrations of the wave nature of light. When a beam of
>monochromatic light (...)

Quando um FEIXE de luz monocromática.

Ora, aqui é que está o problema.
Vcs estão achando que uma particula individual tem o mesmo comportamento que
um conjunto de particulas.
O FEIXE de luz até pode ser que tenha comportamento ondulatório, mas a
particual sozinha, não tem.

E a prova que não tem, é que consegues contar quantos fotões passaram pelas
fendas.
Se emites 5 / s então é 5 que aparecem no ecrã no primeiro segundo.
Se emiter 1, é 1 que chega.
E não se vê nenhum padrão ai.
Não se vê nenhum padrão pq "um lançamento não produz estatistica"

É como atirares um dado 1 vez e dizer que como saiu 5, 100% das vezes vai
sair 5.

A trajectoria das particulas que passam pela fenda é aleatória, e apenas
depende das fendas.
Por isso, uma só particual nunca fará padrão nenhum.

Para ter um padrão é preciso enviar várias particulas, mesmo que uma por
vez. É como lançar o dado várias vezes e ver que afinal não sai sempre 5.
Pela repetição saberemos a frequencia para cada possibilidade, e saberemos,
por exemplo, se o dado é viciado ou não.

O padrão de interferencia é a Transformada de Fourier do padrão de fendas.
Se mudar o padrão das fendas (um cruz, um circulo, etc.) o padrão de
interferencia muda de acordo.

Pela fenda pode passar o que quiserem, luz, electrons , água, alcool,
lava... o padrão será sempre o mesmo pq só depende da fendas.

Portanto, várias particulas a passar pelas fendas constroem esse padrão.

Em todas as experiencias já citadas é sempre dito, como tb nesta
"All of these experiments were carried out using beams of individual
photons"

Pictoricamente isto é :

o o o o o || 0 0 0 0 |}

o são as particulas antes de passr a fenda e 0 são as particulas depois de
passar a fenda. |} é o alvo

O que eu me refiro é (as várias imagens representam vários instantes de
tempo)

o || |}
o || |}
|| 0 |}
|| 0 |}

Uma unica particula.
Se ela relamente for uma onda, então era criará um padrão, qq que seja.
Mas ela não cria nenhum padrão.

Apenas várias, enviadas umas-após-as-outras criam esse padrão.

Portanto, uma particula não é uma onda.

"Don't worry if you don't understand this. Richard Feynman didn't"

Muito educativo, sem duvida... :P

[]

Sérgio Taborda


P.S.
Terei de rever o conceito de Lente de Frenell , que é uma lente que controi
a T. de Fourier da forma do sinal. No caso, das duas fendas.
Depois voltamos a falar.






SUBJECT: Re: [ciencialist] Dualidade Onda-Particula com Fotons Individuais
FROM: "S�rgio Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/03/2002 11:58

>A explicação é 100% clássica e duvido que algum físico
>quântico consiga explicar o fenômeno de maneira mais simples. O URL da
>página é http://ecientificocultural.com/Eletron2/dfenda.htm

A explicação não é 100% classica pq introduz uma coisa chamada "informação"
que ninguem sabe o que é. (não é provado que existe)
É uma ideia tão boa ou tão má como a do Feyman.
Aliás, é uma construção de acordo com Feyman.

"o elétron comporta-se como se estivesse sob a ação de outro elétron em
movimento "

Um classico sim, mas do "Se não podes com eles, junta-te-lhes"

[]

Sérgio Taborda

P.S.
Já agora , a existencia da "informação" é falseável ?



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Dualidade Onda-Particula
FROM: "S�rgio Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/03/2002 12:38


>Você afirma que a "quântica" que defende apóia-se em princípios encontrados
>no trabalho de Norbury. Tudo bem, mas o que justificam esses princípios?
>Quais são os argumentos, se não de índole experimental, pelo menos de
>natureza metafísica, a sustentarem tais princípios?

Postulado 1

A cada estado de um sistema fisico corresponde uma função Psi (x,t)

Ora, a Função de Estado do Sistema não é novidade nenhuma. Vide
Termodinâmica.
O que é novidade aqui é que essa função apenas dependa da posição e do
tempo.
(em vez da entropia, Volume e nº de particulas)
Mas afinal estamos a falar de Mecânica, e portanto, as variáveis de psi
devem ser as variáveis canones da mecânica.
Psi é uma função geral, que ninguem conhece. Ela tem que ser deduzida para
cada sistema, e sistemas diferentes têm funções de estado diferentes.
A vantagem é que sistemas iguais, tem funções de estados iguais.

Postulado 2

O estado seguinte é encontrado a partir do estado presente pela Eq de
Schröndiger.
A qual deriva da Conservação da Energia Mecânica. (que é um postulado da M.
Classica)

Postulado 3

A norma da função de onda |psi| ² corresponde a uma densidade de
probabilidade.
Isto significa, básicamente, que o sistema tem que ter ao menos um estado, e
se tiver mais, a norma da fç de estado está relacionada com a probabilidade
desse estado.

Não faz sentido que o sistema tenha Zero estados possiveis. Isso seria um
sistema não-existente.

Postulado 4

A cada grandeza fisica, chamada no contexto de Observável fisico b, está
associado um operador B tal que

B psi = b psi

Isto é ua meq aos valores proprios
em notação de matrizes e vectores (notação de Dirac) temos

[B] | psi > = b |psi >

Isto nada mais significa que se eu sei o estado psi do sistema, então eu
posso saber, apartir dele, todas as suas caracteristicas fisicas; isto é ,
eu posso saber todas as grandezas fisicas. (energia, momento,
posição,velocidade, etc.)

Todos os outros se podem derivar destes por ligações lógico-matemáticas. (Su
ponho que são apresentados no documento para complitude).

[Bom, temos o postulado zero da fisica, que não se refere nunca, mas que é
importante.

Postulado Zero

Podemos reduzir o estudo de um fenómeno natural ao estudo de um sistema
fisico.

Mas acho que esse vamos dar de barato ]

Em resumo ao estado de um sistema está associada uma função (função de
estado, chamada no contexto função de onda) (1), o estado seguinte é
previsivel a partir doestado anterior pela Eq de Schrondinger (2), a norma
da função de estado representa uam densidade de probabilidade (3) e da
funçção de estado podemso extrair qq informação referente a uma grandeza
fisica (chamada no contexto de Observável) (4).

De todos estes , o mais estranho tlv seja o 2.
Mas é um postulado.
Postulados, não se provam, aceitam-se.
Aceitam-se com base nos resultados que produzem.
E a eq de Schonringer deu optimos resultados ao modelar o atomo.
Essa conquista ninguem tira à MQ , e representa a evidencia que o postulado
funciona.
Sendo portanto, cientificamente aceitável.

>Você dá a entender que essas idéias sujeitam-se à experimentação, mas
recusa-se a relacioná-las a
>quaisquer das experiências citadas pelos colegas da Ciencialist. Você
>solicita dos outros que apóiem conjecturas em dados experimentais, mas
>reserva para si o direito de apoiar-se exclusivamente em equações e naquilo
>que poderiamos considerar como a sua vontade de que essas equações
>correspondam a uma realidade física.

Equações ?

Se alguem quer provar que a particula é uma onda, então que prove. Eu estou
esperando.
O direito de argumentar contra o que acham que são provas dessa dualdiade, é
um direito que me assiste.

>Você aceita que Bohr, Dirac, Feynmann,
>Hawking etc, cometeram erros justificáveis pelo fato de terem vivenciado
uma
>realidade ultrapassada,

OS erros deles não são nas contas, nas equações ou na utilização dos
postulados da MQ.
São na intrepretação metaforico-mistica que dão dessas contas, equações e
postulados.
É isso que considero errado, inutil, subversivo, injutificável
cientificamente, e um atrazo na evolução da ciencia, e da fisica em
concreto.

>mas não identifica uma experiência sequer a
>demonstrar que a realidade dos dias atuais, do ponto de vista
epistemológico
>e não apenas matemático, é diferente daquela de 70 anos atrás.

Esta parte não entendi, estás a referir-te a que ?


>Quero crer que os físicos de 70 anos atrás já tentaram adotar o ponto de
>vista que hoje você defende e abandonaram-no por não terem visualizado
saída
>alguma. (...)
>
>David Bohm tentou substituir a dualidade --ora onda, ora partícula-- por
uma
>estrutura dupla, onda piloto + partícula.

Eu não estou propondo nenhum novo santo graal. Eu não estou propondo uma
nova teoria.
Eu estou só insistindo que a prespectiva usada hoje, não é justificada pela
experiencia.
O que nos indica que o conceito de dualidade não é cientificamente correcto,
pois não foi provado.
(e acho que nem é falseável)

>Mas não conseguiu se desfazer dos
>gnomos quânticos, pois conservou a característica de partículas como
>proposta por Lorentz e a simularem objetos clássicos *macroscópicos*.

Onde ?
Eu só concervei a Integridade da particula. A Individualidade da mesma.
Aquilo que se poderia expor como "O ser é aquilo que é , e não deixará de o
ser, enquanto o for"

>Lembro também que essas idéias de David Bohm levavam a uma nova
>interpretação da realidade física (relacionada ao paradoxo EPR), daí
estarem
>enquadradas no terreno das teorias realistas locais. Mas essas idéias foram
>definitivamente abaladas pela experiência de Aspect.

Não existe qq paradoxo EPR, mas esse é outro assunto.
O PI de Heisenberg é restrictivo apenas no caso de uma unica particula.

> O Principo da Simplicidade corta com a Dualidade pela raiz, pq existe
> uma forma muito mais simples de pensar e expor o problema.

Não, essa forma não existe e você está se iludindo com a matemática que
funciona sem que se saiba onde, quando e nem porquê.

19% da fisica é matemática que funciona.
Newton teve que criar matemática nova para poder prosseguir seus estudos e
dar corpo às suas ideias.
As ideias são 9% e 70% são Experimentação.
O resto é Imaginação.

Mas imaginação educada pelos 70% , e não uma emaginação fantasiosa ,
msitica, levada pelo "disse que disse" ou as crenças de cada um.

> Ora, nenhuma prova foi apresentada de que as particulas se observam
> como ondas. Donde, não existem ondas-paticulas, tal como não existem
> monstros de baixo da cama, pois nunca foi observado cientificamente,
> nenhum.

>Pois então aposente o artigo de Norbury e volte a estudar a física
>genuinamente clássica.

Foi só um exemplo. Eu citei esse pq me pareceu o mais completo para uam
visão geral e actual do que é MQ.
Mas outros haverão.

Eu tenho um problema em saber o que é "fisica genuinamente classica",
entende?
E por isso não sei o que vc quer dizer com isso.

Se eu lhe pedisse para citar 3 ou 4 afirmações incontetáveis da fisica de
todos os tempos, quais seriam ?
Ou melhor, se eu quisesse ter bases para uma teoria, em principios solidos
da fisica de todos os tempos, quais seriam ?


[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/03/2002 14:53

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> escreveu
> Se quiserem participar das respostas ............
> []'
> Léo
> ===================
> 1)
> Nome: SÉRGIO
> Dúvida/Sugestão: se adicionarmos cloreto de sódio a água , iremos
> alterar o ponto de fusão da mesma ? porque ?

http://antoine.fsu.umd.edu/chem/senese/101/solutions/faq/why-salt-
melts-ice.shtml

> 5)
> Nome: Cristiano Nunes Pereira
> Dúvida/Sugestão: Como eu posso procurar os experimentos de
> Francesco Redi, de Milher, de Pasteur, e teoria de Oparim.

Nas bibliotecas das faculdades e universidades.
Pelos menos as publicas sao abertas a todos.

> 6)
> Nome: Marcílio Souza
> Dúvida/Sugestão: Por que o orifício da câmara escura produz imagens
> de cabeça para baixo no lado oposto ao orifício?

Porq. a luz nas condicoes aqui presentes se propaga
de modo mais ou menos retilineo. O resto e' pura
geometria.

> 8)
> Nome: danielle monteiro
> Dúvida/Sugestão: gostaria de saber qual a fução do óxido de zinco
> nas pomadas para assaduras,no leite de rosas.

Deve ser para dar a cor branca desses produtos:
http://www.stubrit.com/nstub/nstubrit/searchdisplay.asp?
pquery=eu119051sctn25#506505

Muitas vezes e' substituido pelo oxido de titanio.

> 12)
> Nome: Laís
> Dúvida/Sugestão: Boa Noite, Me chamo Laís, e minha dúvida é: como
> estamos girando a 1675 km/h juntamente com a Terra e não sentimos o
> vento em nossos corpos? Gostaria que me ajudasse com essa dúvida.
> Obrigada

Porq. o ar e' arrastado junto. A atmosfera gira junto com
a superficie da Terra, nao havendo assim um movimento relativo
entre eles q. possa provocar vento.

> 13)
> Nome: Carlos Polacco
> Dúvida/Sugestão: Caro Professor, Gostaria de saber como calcular a
> variação da taxa de aceleração/desaceleração (jerk) que me dá um
> resultado em m/s³. Grato desde já pela sua atenção, Carlos Polacco.

E' so' saber a taxa de variacao da forca aplicada e
dividir isso pelo tempo.

> 14)
> Nome: Teresa
> Dúvida/Sugestão: Porque razão a lua no hemisfério norte
> é "mentirosa" e não o é no hemisfério sul? (NO HEMISFÉRIO NORTE
> APRESENMTA A FORMA DE UM D QUANDO ESTÁ EM FASE CRESCENTE E A FORTMA
> DE UM C QUANDO ESTÁ EM FASE DECRESCENTE)

Porq a Lua tem um plano de orbita mais ou menos coincidente
com o plano q. corta o equador terrestre. Assim quem esta' no
hemisferio sul vê a Lua deslocada um pouco para o norte e quem
esta' no norte vê a Lua deslocada um pouco para o sul.
Recorte um disco de papelao, pinte uma das metades e cole no
teto de seu quarto. A linha de divisao do disco deve ficar
orientada na direcao norte-sul. Estenda uma corda no chao na direcao
leste-oeste passando bem embaixo do disco. Fique de um dos lados do
quarto em relacao 'a corda. Digamos, no setor norte do quarto.
Olhe para cima em direcao ao disco. O lado pintado do disco
estara' ou 'a sua esquerda ou 'a sua direita. Sem tirar o olho do
disco, mas tomando cuidado para nao tropecar ou topar com
algo em seu quarto, avance para o outro lado cruzando a corda.
Ou dobramos o pescoco ou a gente acaba virando para poder
olhar o disco. No q. viramos, a orientacao do disco em relacao
'a nossa esquerda-direita muda. (Se vc for capaz de dobrar o
pescoco, alem do torcicolo notara' q. a orientacao do disco nao
muda em relacao 'a nossa esquerda-direita.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Dualidade Onda-Particula com Fotons Individuais
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/03/2002 15:40

Duas em uma:

----- Original Message -----
From: "rmtakata"
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, March 28, 2002 9:45 AM
Subject: [ciencialist] Re: Dualidade Onda-Particula com Fotons Individuais


> Mas, nesse caso, o eletron nao deveria ir sempre para o mesmo
> local? Em passando por uma das fendas iria em uma direcao ao
> ser defletido por sua emissao refletida na outra fenda, em
> passando por outra fenda seria defletido em outra direcao --
> e teriamos apenas duas regioes de impacto. Ou nao?

Muito interessante essa sua observação. Sinceramente, eu ainda não tinha me
preocupado com esse aspecto. Lembro no entanto que na figura as coisas foram
simplificadas ao máximo e apenas no sentido de justificar o papel da segunda
fenda no borramento do padrão de difração observado quando a fenda é única.
Sem dúvida, o efeito maior seria aquela provocado pela fenda por onde o
elétron passa (a difração propriamente dita). E esta difração estaria
relacionada a posição do elétron em relação ao centro da fenda. Um elétron
exatamente no centro da fenda estaria sujeito a um efeito resultante nulo.

Essa explicação foge totalmente aos padrões ou aos cânones quânticos. Para a
teoria quântica os elétrons são todos iguais e estou considerando que ao
passar pela fenda os elétrons comportam-se diferentemente de acordo com a
sua posição em relação ao centro da fenda. Isso responderia, de maneira
clássica, pela incerteza da física moderna, e a explicação está implícita no
que chamo "teorema da indeterminação" (vide
http://www.ecientificocultural.com/Eletron2/incerteza1.htm#parte5 )

> E tbm em sendo por reflexao da emissao da particula em
> outra fenda, o efeito deveria ser influenciado pelo
> comprimento da fenda (alem de sua abertura e distancia
> de separacao entre elas). Ou nao?

Sem dúvida. Não sei se alguém já se preocupou com esse detalhe experimental
mas a dependência é bastante importante, a ponto de poder ser pensada como
algo a falsear as minhas idéias a respeito.


----- Original Message -----
From: "rmtakata"
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, March 28, 2002 9:46 AM
Subject: [ciencialist] Re: Dualidade Onda-Particula com Fotons Individuais


> Alias, e se tivermos *três* fendas?

Quero crer que o processo será um pouco mais complexo mas o princípio deverá
ser o mesmo.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm

















SUBJECT: Re: [ciencialist] Navalha de Occam
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/03/2002 17:36

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, March 27, 2002 1:09 PM
Subject: Re: [ciencialist] Navalha de Occam

> Para ilustrar o texto precisaria de uma figurinha de uma pessoa com um
> diabinho verde no ombro; alguém tem isso?

Veja se serve este: http://yohi.topcities.com/library/goodevil.gif
O diabinho não é verde mas está no ombro.

Alternativas sujeitas a modificações (nenhuma verde e não estão no ombro):

http://yohi.topcities.com/library/dvlflo16.gif

http://yohi.topcities.com/library/dvlflot2.gif

http://yohi.topcities.com/library/dvlflot3.gif

http://yohi.topcities.com/library/dvlflot9.gif

> Não entendo como podem não acreditar em fantasmas.

Nesse mundo tem de tudo, até mesmo aqueles que não acreditam em bruxaria,
por mais que tenha sido definitivamente comprovada pela física moderna. E o
Sérgio que não venha com outras de suas idéias pois em termos de bruxaria o
que vale é o princípio da autoridade. E neste caso o Léo é PhD (sua
orientadora foi a Maga Patalógica) e eu estou concluindo o 333º grau,
imediatamente abaixo de PhD (trata-se de um tipo de Master Board um pouco
implementado).

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: O que há de verdade nisso?
FROM: "San Martin" <c.f.a@uol.com.br>
TO: "Ciencialist@Yahoogrupos.Com.Br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/03/2002 20:37

O que há de verdade nisso?
Recebi este comunicado, mas como há muita coisa falsa na internet, e esta bem pode ser uma delas, repasso para quem tenha elementos possa me dar uma luz.





Seria intriga da oposição? Luta por mercado???
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CONFERÊNCIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE E FUNDAÇÃO ESCLEROSE MÚLTIPLA EM ROTA DE
COLISÃO COM A MONSANTO

(Artigo escrito pela Dra. Mancy Marckle)



"Passei alguns dias falando na CONFERÊNCIA MUNDIAL DE MEIO AMBIENTE a
respeito do ASPARTAME, conhecido com Nutrasweet, Equal e Spoonful.



Eles anunciaram que existia uma epidemia de esclerose múltipla e lúpus sistêmico, e não entendiam que toxina
estava fazendo com que essas doenças assolassem os Estados Unidos tão rapidamente. Eu expliquei que eu
estava lá para falar exatamente sobre este assunto.



Quando a temperatura do ASPARTAME excede 30º C, o álcool contido no ASPARTAME se converte em
formaldeído e daí para ácido fórmico, que provoca acidose metabólica (o ácido fórmico é o veneno das
formigas).



A toxidade do metanol imita a esclerose múltipla e as pessoas recebem diagnóstico errado de esclerose múltipla.
A esclerose múltipla não se constitui em sentença de morte, mas a toxidade do metanol sim. No caso do lúpus
sistêmico estamos percebendo que é quase tão grave quanto a esclerose múltipla especialmente em usuários
de DIET COKE e DIET PEPSI.



Não é para menos, considerada a toxidade do metanol ... (As vítimas geralmente bebem de 3 a 4 latas destes
refrigerantes por dia, ou mais). Nos casos de lúpus sistêmico causado pelo ASPARTAME, a vítima geralmente
não sabe que o ASPARTAME é causa de sua doença e continua com seu uso, agravando o lúpus a um grau
tão intenso que algumas vezes ameaça a vida. Quando interrompemos o uso do ASPARTAME, as pessoas
que tinham lúpus ficam assintomáticas.



Infelizmente, não podemos reverter essa doença. Por outro lado, nos casos diagnosticados como esclerose
múltipla (quando, na realidade, a doença é devida ä toxidade do metanol) a maioria dos sintomas desaparece.
Nós temos visto casos em que a visão retornou e mesmo a audição fo recuperada. Isso também se aplica aos
casos de tinittus auricularis (zumbido no ouvido).



Em uma conferência eu disse: - Se você está usando ASPARTAME (Nutrasweet,
Equal e Spoonful, etc.) e sofre de sintomas como fibromialgia, espasmos, dores, formigamentos nas pernas,
câimbras, vertigem, tontura, dor de cabeça, zumbido no ouvido, dores articulares, depressão, ataques de
ansiedade, fala atrapalhada, visão borrada ou perda de memória - VOCÊ PROVAVELMENTE TEM A DOENÇA
DO ASPARTAME! As pessoas começaram a pular durante a palestra dizendo: - Eu tenho isto, é reversível?



É impressionante. Em uma palestra assistida pelo embaixador de Uganda, ele nos contou que a indústria de
açúcar deles está adicionando ASPARTAME ao açúcar! Ele contou que o filho de um dos líderes da indústria
não conseguia andar - em parte pelo uso do produto! Estamos com um sério problema.



Um estranho veio até o Dr. Espisto (um de meus palestrantes) e perguntou
por que tantas pessoas estavam tendo esclerose múltipla (MS).



Durante a visita a um hospital, uma enfermeira disse que seis amigos dela
que eram viciados em diet coke, tinham sido diagnosticados com MS. Isso é
mais do que coincidência.



Há um tempo atrás houve audiências no congresso dos EUA incluindo o
ASPARTAME em 100 produtos diferentes. Nada foi feito. Os lobbies da droga e
da indústria química tem bolsos muito profundos.



Agora existem mais de 5.000 produtos contaminados com esse produto químico, e a patente expirou. Na época
da primeira audiência, as pessoas estavam ficando cegas. O metanol no ASPARTAME se converte em
formaldeído na retina do olho.



Formaldeído é do mesmo grupo das drogas como cianeto e arsênico: venenos mortais! Infelizmente, leva muito
tempo para matar, mas está matando as pessoas e causando todos os tipos de problemas neurológicos.



O ASPARTAME muda a química do cérebro. É a causa de diversos tipos de ataque.
Essa droga muda os níveis de dopamina no cérebro. Imagine o que acontece com os pacientes que sofrem de
Doença de Parkinson? Também causa malformações fetais. Não existe nenhuma razão para se utilizar esse
produto. NÃO É UM PRODUTO DIETÉTICO! Os anais do Congresso dizem: ele faz você desejar carboidratos e,
em conseqüência, engordar. Dr. Roberts viu que quando interrompeu o uso de ASPARTAME a perda de peso
foi de 9,5 Kg por pessoa.



O formaldeído se armazena nas cédulas adiposas, principalmente nos quadris e coxas.
O ASPARTAME é especialmente mortal para os diabéticos. Todos os médicos
sabem o que o metanol causaria num diabético. Muuitos médicos acreditam que seus
pacientes têm retinopatia, quando de fato, o mal é causado pelo ASPARTAME.



O ASPARTAME mantém o açúcar sangüíneo fora de controle, fazendo com que muitos pacientes entrem em
coma. Infelizmente, muitos morreram. Pessoas nos contaram na Conferência do Colégio Americano de Medicina
que tinham parentes que mudaram de sacarina para o ASPARTAME e agora eventualmente entram em coma.
Seus médicos não conseguem controlar os níveis de glicemia. Os pacientes têm perda de memória pelo fato
de que o ácido aspártico e a fenilalanina são neurotóxicos sem os outros aminoácidos encontrados nas
proteínas. Eles atravessam a barreira hemato-encefálica e causam deterioração nos neurônios.


Dr. Russel Blaylock, neurocirurgião, diz: Os ingredientes estimulam os neurônios até a morte causando dano
cerebral em vários níveis. Dr. Blaylock escreveu um livro intitulado: "Excitotoxinas: O Gosto que Mata". (Health
Press, 1-800-643-2665).



O Dr. H. J. Roberts, especialista diabético e perito mundial em envenenamento pelo ASPARTAME, escreveu um
livro intitulado: "DEFESA CONTRA A DOENÇA DE ALZHEIMER" (1-800-814-8900). Dr. Roberts mostra como o
envenenamento pelo ASPARTAME está relacionado à doença de Alzheimer. E realmente está.


Mulheres de 30 anos estão sendo internadas com Alzheimer. Dr. Blaylock e Dr. Roberts estão escrevendo uma
carta-posição com alguns casos relatados e vão colocá-la na Internet. De acordo com a conferência do Colégio
Americano de Medicina, nós estamos falando de uma praga de doenças neurológicas causada por esse veneno
mortal. Dr. Roberts descobriu o que aconteceu quando o ASPARTAME foi vendido pela primeira vez. Ele disse
que seus pacientes diabéticos apresentaram perda de memória, confusão e severa perda de visão.


Na Conferência do Colégio Americano de Medicina, os médicos admitiram que não sabiam. Eles estavam
procurando saber por que ataques tinham aumentado tanto (a fenilalanina do ASPARTAME diminui o limiar para
a convulsão e depleta a serotonina, o que causa psicose maníaco depressiva, ataque de pânico, fúria e
violência).



Antes da Conferência, eu recebi um fax da Noruega, pedindo um possível antídoto para esse veneno, porque a
pessoa estava sentindo esses tantos problemas no seu País. Esse veneno, agora, está disponível em muitos
países.


Felizmente, tivemos embaixadores e palestrantes na Conferência que se engajaram nesta luta.


PEDIMOS QUE VOCÊ SE ENGAJE TAMBÉM.



Imprima este artigo e avise todas as pessoas que você conhece.



Tire tudo o que contém aspartame do armário. Envie para nós sua história.


Eu asseguro que a Monsanto, criadora do ASPARTAME, sabe como ele é mortal. Ela financia a
Associação Americana de Diabetes, a Associação Americana de Dietética, o Congresso e a Conferência
do Colégio Americano de Medicina.


O New York Times, em 15 de Novembro de 1996, publicou artigo a respeito de como a Associação Americana
de Dietética recebe dinheiro da indústria alimentícia para endossar seus produtos. Por isso, eles não podem
criticar ou falar a respeito de sua ligação com a MONSANTO.


A que ponto chega isso? Às raias da perversidade. Dissemos a uma mãe cujo filho estava usando NutraSweet
que ela deveria interromper o uso do produto. A criança estava tendo convulsões diárias. A mãe telefonou para
o médico, que telefonou para a Associação. E a Associação disse ao médico para não interromper o uso de
NutraSweet. Estamos ainda tentando convencer a mãe que o ASPARTAME está causando as convulsões.
Toda vez que interrompemos o uso do ASPARTAME, as convulsões cessam. Se o bebê morrer, sabemos de
quem é a culpa, e contra quem lutamos.


Existem 92 sintomas documentados de ASPARTAME, do coma à morte. A maioria
deles é neurológica, porque o ASPARTAME destrói o sistema nervoso.



A doença do ASPARTAME é parcialmente a causa da síndrome "Tempestade No Deserto". A queimação na
língua e os outros sintomas discutidos em mais de 60 casos podem estar diretamente relacionados ao consumo
de produtos contendo ASPARTAME. Milhares de latas de bebidas diet foram enviadas para as tropas do
"Tempestade no Deserto". (Lembre-se que o calor pode liberar o metanol do ASPARTAME a 30º C.) As
bebidas dietéticas foram expostas ao sol de 45º C no deserto árabe, por semanas. Homens e mulheres de
serviço bebiam isso o dia todo. Todos os sintomas deles eram semelhantes ao envenenamento por
ASPARTAME.



Dr. Roberts diz que o consumo do ASPARTAME na época da concepção pode causar
defeitos no feto. A FENILALANINA se concentra na placenta causando retardo mental, de acordo com o Dr.
Louis Elsas, Professor de Genética Pediátrica na Universidade de Emory. Em testes de laboratório, animais
desenvolvem tumores cerebrais (a fenilalanina tem um subproduto o DXP, agente causador de tumores
cerebrais).



Quando o Dr. Espisto estava falando, um neurocirurgião da platéia disse: - Encontra-se, de fato, um teor elevado
de ASPARTAME nos tumores cerebrais removidos.


A STÉVIA, um adoçante natural, NÃO É UM ADITIVO, e ajuda no metabolismo do açúcar: seria ideal para os
diabéticos e foi aprovada, agora, como suplemento dietético pelo FDA. Durante anos, o FDA adiou essa
aprovação por causa da sua lealdade à MONSANTO."



(O texto acima foi corrigido por Nivaldo Alves Soares e Josealdo Tonholo - Depto. Química/CCEN - Universidade
Federal de Alagoas) - Campus A. C. Simões - Tabuleiro do Martins 57.072-970 - Maceió - AL - Brasil - Fone/fax:
(082) 214-1389)





Nota: Em 05/07/99 a UPI Farm News noticiou que a Monsanto está colocando à venda seu braço de
ingredientes alimentares, entre as quais a NutreSweet. Teriam essas vendas ligações com o artigo acima?



MONSANTO VENDE NUTRASWEET - UPI
Farm News - 05/07/99



"A Monsanto está vendendo seus negócios no ramo de ingredientes
alimentares, inclusive o braço de adoçantes NutraSweet. A receita destas vendas vai auxiliar a empresa química
e gigante da pesquisa agrícola - com sede em St. Louis - a saldar os débitos da compra desmesurada de
biotecnologia, entre as quais a de empresas produtoras de semente.


A Monsanto necessitava das produtoras de sementes como meio para escoar seu
material genético "high-tech" para os agricultores. Mas a companhia está vendendo empresas para pagar seus
débitos resultantes dos investimentos em biotecnologia desde outubro quando fracassaram os seus planos para
fusão com a American Home Products (com sede em New Jersey).


Os negócios na área de ingredientes alimentares incluem a NutraSweet, o adoçante artificial usado em
refrigerantes, além de outros produtos à base de goma. O NutraSweet também é vendido como adoçante de
mesa sob a marca de Equal."


Sugerimos que cada pessoa que receba este artigo o divulgue para o maior número possível de pessoas
e entidades. Precisamos combater os autores de mais esse crime contra a saúde humana, isto é, a
Monsanto e as várias entidades mencionadas neste artigo.











[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: O que há de verdade nisso?
FROM: "San Martin" <c.f.a@uol.com.br>
TO: "Ciencialist@Yahoogrupos.Com.Br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/03/2002 20:44


O que há de verdade nisso?
Recebi este comunicado, mas como há muita coisa falsa na internet, e esta
bem pode ser uma delas, repasso para quem tenha elementos possa me dar uma
luz.

Seria intriga da oposição? Luta por mercado???
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CONFERÊNCIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE E FUNDAÇÃO ESCLEROSE MÚLTIPLA EM
ROTA DE
COLISÃO COM A MONSANTO
(Artigo escrito pela Dra. Mancy Marckle)


"Passei alguns dias falando na CONFERÊNCIA MUNDIAL DE MEIO AMBIENTE a
respeito do ASPARTAME, conhecido com Nutrasweet, Equal e Spoonful.


Eles anunciaram que existia uma epidemia de esclerose múltipla e lúpus
sistêmico, e não entendiam que toxina
estava fazendo com que essas doenças assolassem os Estados Unidos tão
rapidamente. Eu expliquei que eu
estava lá para falar exatamente sobre este assunto.


Quando a temperatura do ASPARTAME excede 30º C, o álcool contido no
ASPARTAME se converte em
formaldeído e daí para ácido fórmico, que provoca acidose metabólica (o
ácido fórmico é o veneno das
formigas).


A toxidade do metanol imita a esclerose múltipla e as pessoas recebem
diagnóstico errado de esclerose múltipla.
A esclerose múltipla não se constitui em sentença de morte, mas a toxidade
do metanol sim. No caso do lúpus
sistêmico estamos percebendo que é quase tão grave quanto a esclerose
múltipla especialmente em usuários
de DIET COKE e DIET PEPSI.


Não é para menos, considerada a toxidade do metanol ... (As vítimas
geralmente bebem de 3 a 4 latas destes
refrigerantes por dia, ou mais). Nos casos de lúpus sistêmico causado pelo
ASPARTAME, a vítima geralmente
não sabe que o ASPARTAME é causa de sua doença e continua com seu uso,
agravando o lúpus a um grau
tão intenso que algumas vezes ameaça a vida. Quando interrompemos o uso do
ASPARTAME, as pessoas
que tinham lúpus ficam assintomáticas.


Infelizmente, não podemos reverter essa doença. Por outro lado, nos casos
diagnosticados como esclerose
múltipla (quando, na realidade, a doença é devida ä toxidade do metanol) a
maioria dos sintomas desaparece.
Nós temos visto casos em que a visão retornou e mesmo a audição fo
recuperada. Isso também se aplica aos
casos de tinittus auricularis (zumbido no ouvido).


Em uma conferência eu disse: - Se você está usando ASPARTAME (Nutrasweet,
Equal e Spoonful, etc.) e sofre de sintomas como fibromialgia, espasmos,
dores, formigamentos nas pernas,
câimbras, vertigem, tontura, dor de cabeça, zumbido no ouvido, dores
articulares, depressão, ataques de
ansiedade, fala atrapalhada, visão borrada ou perda de memória - VOCÊ
PROVAVELMENTE TEM A DOENÇA
DO ASPARTAME! As pessoas começaram a pular durante a palestra dizendo: - Eu
tenho isto, é reversível?


É impressionante. Em uma palestra assistida pelo embaixador de Uganda, ele
nos contou que a indústria de
açúcar deles está adicionando ASPARTAME ao açúcar! Ele contou que o filho de
um dos líderes da indústria
não conseguia andar - em parte pelo uso do produto! Estamos com um sério
problema.


Um estranho veio até o Dr. Espisto (um de meus palestrantes) e perguntou
por que tantas pessoas estavam tendo esclerose múltipla (MS).


Durante a visita a um hospital, uma enfermeira disse que seis amigos dela
que eram viciados em diet coke, tinham sido diagnosticados com MS. Isso é
mais do que coincidência.


Há um tempo atrás houve audiências no congresso dos EUA incluindo o
ASPARTAME em 100 produtos diferentes. Nada foi feito. Os lobbies da droga e
da indústria química tem bolsos muito profundos.


Agora existem mais de 5.000 produtos contaminados com esse produto químico,
e a patente expirou. Na época
da primeira audiência, as pessoas estavam ficando cegas. O metanol no
ASPARTAME se converte em
formaldeído na retina do olho.


Formaldeído é do mesmo grupo das drogas como cianeto e arsênico: venenos
mortais! Infelizmente, leva muito
tempo para matar, mas está matando as pessoas e causando todos os tipos de
problemas neurológicos.


O ASPARTAME muda a química do cérebro. É a causa de diversos tipos de
ataque.
Essa droga muda os níveis de dopamina no cérebro. Imagine o que acontece com
os pacientes que sofrem de
Doença de Parkinson? Também causa malformações fetais. Não existe nenhuma
razão para se utilizar esse
produto. NÃO É UM PRODUTO DIETÉTICO! Os anais do Congresso dizem: ele faz
você desejar carboidratos e,
em conseqüência, engordar. Dr. Roberts viu que quando interrompeu o uso de
ASPARTAME a perda de peso
foi de 9,5 Kg por pessoa.


O formaldeído se armazena nas cédulas adiposas, principalmente nos quadris e
coxas.
O ASPARTAME é especialmente mortal para os diabéticos. Todos os médicos
sabem o que o metanol causaria num diabético. Muuitos médicos acreditam que
seus
pacientes têm retinopatia, quando de fato, o mal é causado pelo ASPARTAME.


O ASPARTAME mantém o açúcar sangüíneo fora de controle, fazendo com que
muitos pacientes entrem em
coma. Infelizmente, muitos morreram. Pessoas nos contaram na Conferência do
Colégio Americano de Medicina
que tinham parentes que mudaram de sacarina para o ASPARTAME e agora
eventualmente entram em coma.
Seus médicos não conseguem controlar os níveis de glicemia. Os pacientes têm
perda de memória pelo fato
de que o ácido aspártico e a fenilalanina são neurotóxicos sem os outros
aminoácidos encontrados nas
proteínas. Eles atravessam a barreira hemato-encefálica e causam
deterioração nos neurônios.

Dr. Russel Blaylock, neurocirurgião, diz: Os ingredientes estimulam os
neurônios até a morte causando dano
cerebral em vários níveis. Dr. Blaylock escreveu um livro intitulado:
"Excitotoxinas: O Gosto que Mata". (Health
Press, 1-800-643-2665).


O Dr. H. J. Roberts, especialista diabético e perito mundial em
envenenamento pelo ASPARTAME, escreveu um
livro intitulado: "DEFESA CONTRA A DOENÇA DE ALZHEIMER" (1-800-814-8900).
Dr. Roberts mostra como o
envenenamento pelo ASPARTAME está relacionado à doença de Alzheimer. E
realmente está.

Mulheres de 30 anos estão sendo internadas com Alzheimer. Dr. Blaylock e Dr.
Roberts estão escrevendo uma
carta-posição com alguns casos relatados e vão colocá-la na Internet. De
acordo com a conferência do Colégio
Americano de Medicina, nós estamos falando de uma praga de doenças
neurológicas causada por esse veneno
mortal. Dr. Roberts descobriu o que aconteceu quando o ASPARTAME foi vendido
pela primeira vez. Ele disse
que seus pacientes diabéticos apresentaram perda de memória, confusão e
severa perda de visão.

Na Conferência do Colégio Americano de Medicina, os médicos admitiram que
não sabiam. Eles estavam
procurando saber por que ataques tinham aumentado tanto (a fenilalanina do
ASPARTAME diminui o limiar para
a convulsão e depleta a serotonina, o que causa psicose maníaco depressiva,
ataque de pânico, fúria e
violência).


Antes da Conferência, eu recebi um fax da Noruega, pedindo um possível
antídoto para esse veneno, porque a
pessoa estava sentindo esses tantos problemas no seu País. Esse veneno,
agora, está disponível em muitos
países.

Felizmente, tivemos embaixadores e palestrantes na Conferência que se
engajaram nesta luta.

PEDIMOS QUE VOCÊ SE
ENGAJE TAMBÉM.


Imprima este artigo e avise todas as
pessoas que você conhece.


Tire tudo o que contém aspartame do armário.
Envie para nós sua história.

Eu asseguro que a Monsanto, criadora do ASPARTAME, sabe como ele é mortal.
Ela financia a
Associação Americana de Diabetes, a Associação Americana de Dietética, o
Congresso e a Conferência
do Colégio Americano de Medicina.

O New York Times, em 15 de Novembro de 1996, publicou artigo a respeito de
como a Associação Americana
de Dietética recebe dinheiro da indústria alimentícia para endossar seus
produtos. Por isso, eles não podem
criticar ou falar a respeito de sua ligação com a MONSANTO.

A que ponto chega isso? Às raias da perversidade. Dissemos a uma mãe cujo
filho estava usando NutraSweet
que ela deveria interromper o uso do produto. A criança estava tendo
convulsões diárias. A mãe telefonou para
o médico, que telefonou para a Associação. E a Associação disse ao médico
para não interromper o uso de
NutraSweet. Estamos ainda tentando convencer a mãe que o ASPARTAME está
causando as convulsões.
Toda vez que interrompemos o uso do ASPARTAME, as convulsões cessam. Se o
bebê morrer, sabemos de
quem é a culpa, e contra quem lutamos.

Existem 92 sintomas documentados de ASPARTAME, do coma à morte. A maioria
deles é neurológica, porque o ASPARTAME destrói o sistema nervoso.


A doença do ASPARTAME é parcialmente a causa da síndrome "Tempestade No
Deserto". A queimação na
língua e os outros sintomas discutidos em mais de 60 casos podem estar
diretamente relacionados ao consumo
de produtos contendo ASPARTAME. Milhares de latas de bebidas diet foram
enviadas para as tropas do
"Tempestade no Deserto". (Lembre-se que o calor pode liberar o metanol do
ASPARTAME a 30º C.) As
bebidas dietéticas foram expostas ao sol de 45º C no deserto árabe, por
semanas. Homens e mulheres de
serviço bebiam isso o dia todo. Todos os sintomas deles eram semelhantes ao
envenenamento por
ASPARTAME.


Dr. Roberts diz que o consumo do ASPARTAME na época da concepção pode causar
defeitos no feto. A FENILALANINA se concentra na placenta causando retardo
mental, de acordo com o Dr.
Louis Elsas, Professor de Genética Pediátrica na Universidade de Emory. Em
testes de laboratório, animais
desenvolvem tumores cerebrais (a fenilalanina tem um subproduto o DXP,
agente causador de tumores
cerebrais).


Quando o Dr. Espisto estava falando, um neurocirurgião da platéia disse: -
Encontra-se, de fato, um teor elevado
de ASPARTAME nos tumores cerebrais removidos.

A STÉVIA, um adoçante natural, NÃO É UM ADITIVO, e ajuda no metabolismo do
açúcar: seria ideal para os
diabéticos e foi aprovada, agora, como suplemento dietético pelo FDA.
Durante anos, o FDA adiou essa
aprovação por causa da sua lealdade à MONSANTO."


(O texto acima foi corrigido por Nivaldo Alves Soares e Josealdo Tonholo -
Depto. Química/CCEN - Universidade
Federal de Alagoas) - Campus A. C. Simões - Tabuleiro do Martins
57.072-970 - Maceió - AL - Brasil - Fone/fax:
(082) 214-1389)




Nota: Em 05/07/99 a UPI Farm News noticiou que a Monsanto está colocando à
venda seu braço de
ingredientes alimentares, entre as quais a NutreSweet. Teriam essas vendas
ligações com o artigo acima?


MONSANTO VENDE NUTRASWEET - UPI
Farm News - 05/07/99


"A Monsanto está vendendo seus negócios no ramo de ingredientes
alimentares, inclusive o braço de adoçantes NutraSweet. A receita destas
vendas vai auxiliar a empresa química
e gigante da pesquisa agrícola - com sede em St. Louis - a saldar os débitos
da compra desmesurada de
biotecnologia, entre as quais a de empresas produtoras de semente.

A Monsanto necessitava das produtoras de sementes como meio para escoar seu
material genético "high-tech" para os agricultores. Mas a companhia está
vendendo empresas para pagar seus
débitos resultantes dos investimentos em biotecnologia desde outubro quando
fracassaram os seus planos para
fusão com a American Home Products (com sede em New Jersey).

Os negócios na área de ingredientes alimentares incluem a NutraSweet, o
adoçante artificial usado em
refrigerantes, além de outros produtos à base de goma. O NutraSweet também é
vendido como adoçante de
mesa sob a marca de Equal."

Sugerimos que cada pessoa que receba este artigo o divulgue para o maior
número possível de pessoas
e entidades. Precisamos combater os autores de mais esse crime contra a
saúde humana, isto é, a
Monsanto e as várias entidades mencionadas neste artigo.











SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Dualidade Onda-Particula
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/03/2002 00:12

----- Original Message -----
From: "Sérgio Taborda"
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, March 28, 2002 12:38 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Dualidade Onda-Particula

> > Você afirma que a "quântica" que defende apóia-se em princípios
> > encontrados no trabalho de Norbury. Tudo bem, mas o que justificam esses
> > princípios? Quais são os argumentos, se não de índole experimental, pelo
> > menos de natureza metafísica, a sustentarem tais princípios?

> A cada estado de um sistema fisico corresponde uma função Psi (x,t)
> ...Psi é uma função geral, que ninguem conhece. Ela tem que ser deduzida
> para cada sistema, e sistemas diferentes têm funções de estado diferentes.
> A vantagem é que sistemas iguais, tem funções de estados iguais.

Pois é, matemática pura e restrita a trabalhar com sistemas em que *se
supõe* uma identidade não comprovada pela experimentação. Como, por exemplo,
assumir que dois elétrons são estruturalmente idênticos (creio que todo
físico quântico assume esta "verdade"), dotados de simetria esférica e a
diferir apenas por um estado *assumido*, por conveniência, como quântico.

> O estado seguinte é encontrado a partir do estado presente pela Eq de
> Schröndiger. A qual deriva da Conservação da Energia Mecânica.
> (que é um postulado da M. Classica)

Mais matemática, agora misturada com um raciocínio sofismático. A
conservação da energia mecânica não é um postulado e sim algo obtido *por
construção* a partir de conveniências lógicas a adaptarem a matemática,
encarada como linguagem, a dados observados em laboratórios. Vide
"Considerações sobre os essenciais naturais" em
http://ecientificocultural.com/ECC2/artigos/editor28.htm

> A norma da função de onda |psi| ² corresponde a uma densidade de
> probabilidade.

Mais matemática, agora não tão pura pois com uma pitada de estatística
(matemática aplicada).

> A cada grandeza fisica, chamada no contexto de Observável fisico b, está
> associado um operador B tal que B psi = b psi

Ops, agora já existe algo de físico, se bem que apenas "no contexto". ;-)

> Isto nada mais significa que se eu sei o estado psi do sistema, então eu
> posso saber, a partir dele, todas as suas caracteristicas fisicas; isto é,
> eu posso saber todas as grandezas fisicas. (energia, momento,
> posição,velocidade, etc.)

Sim, mas... Pode saber apoiado em quê? Em suposições matemáticas?
Lembro que a pergunta que pretensamente está sendo respondida é:
"Quais são os argumentos, se não de índole experimental, pelo menos de
natureza metafísica, a sustentarem tais princípios?" Até agora, nada de
experiência, nada de física (incluindo a termodinâmica, citada no início da
mensagem) e nada de metafísica.

> Todos os outros se podem derivar destes por ligações lógico-matemáticas.
> (Suponho que são apresentados no documento para complitude).

Eu chamaria isso por ligações matemágicas.

> Em resumo ao estado de um sistema está associada uma função (função de
> estado, chamada no contexto função de onda) (1), o estado seguinte é
> previsivel a partir do estado anterior pela Eq de Schrondinger (2), a
> norma da função de estado representa uam densidade de probabilidade (3) e
> da funçção de estado podemso extrair qq informação referente a uma
> grandeza fisica (chamada no contexto de Observável) (4).

Pois eu resumiria de outra maneira: "A matemágica acima referida poderá ser
utilizada como alternativa a traduzir os conceitos assumidos por Bohr,
Heisenberg, Einstein, De Broglie e Dirac na primeira metade do século XX". E
esta matemágica será compatível com a física quântica "se, mas somente se",
conseguir traduzir, em linguagem simbólica, esta realidade assumida pelos
construtores da física quântica (declarada como completa em 1935 por Bohr e
aceita como tal pela imensa maioria dos físicos quânticos dos dias atuais).
O que de fato ela quase sempre o faz pois foi construída para tal. Mas isso
foi o que afirmei algumas mensagens atrás.

> E a eq de Schonringer deu optimos resultados ao modelar o atomo.
> Essa conquista ninguem tira à MQ , e representa a evidencia que o
> postulado funciona.

Mas isso é o que venho afirmando aqui na Ciencialist há mais de dois anos.
Já devo ter escrito mais de 100 vezes que a "teoria quântica funciona sem
que se saiba onde, quando e nem porquê".

> Se alguem quer provar que a particula é uma onda, então que prove. Eu
> estou esperando.

Não se pode provar o que não existe. Digo apenas que ao aceitar a matemágica
acima você está implicitamente aceitando ou o princípio da complementaridade
de Bohr ou algo equivalente. E neste algo equivalente certamente você irá
esbarrar com alguma coisa do tipo onda e/ou dualidade partícula-onda e/ou
outro absurdo qualquer, quer você queira quer não queira. Não adianta querer
tapar o sol com a peneira. Não existe física quântica alguma livre de
absurdos. E paradoxo é o que mais existe neste nebuloso "terreno da física",
se é que podemos considerá-lo como tal.

> > Você aceita que Bohr, Dirac, Feynmann, Hawking etc, cometeram erros
> > justificáveis pelo fato de terem vivenciado uma realidade ultrapassada,

> OS erros deles não são nas contas, nas equações ou na utilização dos
> postulados da MQ. São na intrepretação metaforico-mistica que dão dessas
> contas, equações e postulados. É isso que considero errado, inutil,
> subversivo, injutificável cientificamente, e um atrazo na evolução da
> ciencia, e da fisica em concreto.

Pois foi graças a interpretações metafórico-místicas como estas que eles
chegaram à teoria que, equacionada de maneira *conveniente*, traduz-se pelos
postulados que você aceita sem pestanejar, nem mesmo se dando ao luxo de se
preocupar com o que se esconde por atrás dessa matemágica que dá certo "sem
que se saiba onde, quando e nem porquê".

> Eu não estou propondo uma nova teoria.

Pois não parece. A maneira como você interpreta o que chama de teoria
quântica não deixa de ser uma nova teoria. Nem mesmo chega a ser uma nova
interpretação para uma teoria já existente. Aparentemente você conserva os
mesmos postulados mas dá uma conotação totalmente diferente aos mesmos. De
duas uma: ou você está errado ou então está realmente propondo uma nova
teoria.

> Eu só concervei a Integridade da particula. A Individualidade da mesma.
> Aquilo que se poderia expor como "O ser é aquilo que é, e não deixará de
> o ser, enquanto o for"

Pois isso parece-me que vai contra os princípios que você supostamente
está a defender. Mas deixo as considerações para os físicos quânticos pois
não gosto de nadar em mares repleto de tubarões. Aliás, já fui longe demais
e está na hora de retornar para a minha praia.

> Eu tenho um problema em saber o que é "fisica genuinamente classica",
> entende? E por isso não sei o que vc quer dizer com isso.
> Se eu lhe pedisse para citar 3 ou 4 afirmações incontetáveis da fisica de
> todos os tempos, quais seriam? Ou melhor, se eu quisesse ter bases para
> uma teoria, em principios solidos da fisica de todos os tempos, quais
> seriam?

Agora sim! Deixemos então os gnomos para os bruxos. Vamos falar sobre
física. Mas quero crer que este não seja o local indicado, pois a mensagem
já está infestada por temas pseudocientíficos e paranormalidades
metamágicas.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: O que há de verdade nisso?
FROM: "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/03/2002 00:26

--- Em ciencialist@y..., "San Martin" <c.f.a@u...> escreveu
> O que há de verdade nisso?
> Recebi este comunicado, mas como há muita coisa falsa na internet,
e esta bem pode ser uma delas, repasso para quem tenha elementos
possa me dar uma luz.

Nao cheguei a ler todo o texto. Essa polemica eh antiga... alguns
consideram como mentira http://www.snopes2.com/toxins/aspartam.htm ,
http://www.trufax.org/aspartame/dogma.html outros jah dao uma atencao
maior ao caso
http://www.uol.com.br/cienciahoje/chmais/pass/ch155/emdia.pdf (4 mega
de PDF).

Na lida rapida percebi que eles fazem o velho alarmismo. Mas eh
sempre bom estar de olho.

Ateh
Luis Brudna






SUBJECT: [ciencialist] Re: Dualidade Onda-Particula
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/03/2002 01:53

Estava fazendo força para ficar de fora desta discussão, mas não deu. Se
não interpreto mal, o ponto de contenção é a dualidade onda-partícula,
para o Sérgio Taborda, e toda a mecânica quântica, para o Alberto
Mesquita.

Gostaria de saber o que pensam os amigos físicos do famoso experimento
de Lvovsky, em que a natureza de onda e de partícula de um único fóton
foram medidas simultaneamente. Embora a matemática do artigo esteja além
do que posso entender, o experimento é descrito em vários outros textos
como sendo decisivo para a demonstração da natureza dual da luz. Os
chamados estados não-clássicos ocorrem naturalmente na escala atômica,
como em eletrons em átomos ou átomos em moléculas, e são maximamente
distantes do campo "clássico".


Referência:

"This experiment represents the first quantum tomography measurement of
a highly nonclassical state of the electromagnetic field."

Quantum State Reconstruction of the Single-Photon Fock State
A. I. Lvovsky, H. Hansen, T. Aichele, O. Benson, J. Mlynek, and S.
Schiller
Phys. Rev. Lett. 87, 050402 (print issue of 30 July 2001)
http://www.exphy.uni-duesseldorf.de/gruppen/Schiller/Publikationen/2001/
PRFocus/..%5CPRL050402.pdf


Outra coisa que me espanta na discussão é a insistência em validar
conceitos por sua semelhança com entidades físicas, de existência
palpável e compreensível pela mente humana. Toda a teoria é um modelo, e
o teste do modelo é a confirmação de suas previsões. Vocês não acreditam
no extraordinário poder preditivo da mecânica quântica? Não contem isso
para os cientistas da Texas Instruments, que desenvolveram o transistor
de efeito quântico, ou para os pesquisadores do MIT, que desenvolveram o
SET -- "Single Electron Transistor".


Um abraço,
Colucci




SUBJECT: Feliz Páscoa
FROM: Prof. José Carlos <j.c@iname.com>
TO: "ForumFilosofico" <ForumFilosofico@topica.com>, "Acropolis" <acropolis@yahoogrupos.com.br>, "Ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/03/2002 02:17

Nada como um bom chocolate.

Feliz Páscoa a todos os coelhinhos e coelhinhas.

Abraços,

____________________
Prof. José Carlos (JC)
profjc@terra.com.br
ICQ 11734153
____________________







SUBJECT: Off-topic: [ciencialist] Re: [Acrópolis] Feliz Páscoa
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/03/2002 10:47

>SILVIO CORDEIRO: coisa de muito estupor. silvio, o cunicultor<

Cunicultor... Hmm... Sei não...



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:_artigo_sobre_codifica��o_huffman
FROM: Nicolau Werneck <nwerneck@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/03/2002 20:53

> Não tenho nada disso, mas procurando na net:
> http://www.cs.mcgill.ca/~nferns/cs251/
> e o codigo em C
pô, valeu, mas eu tou atrás mesmo é do artigo do
Knuth, pq eu sou fã dele =)

>
http://www.xcf.berkeley.edu/~ali/K0D/Algorithms/huff/
> isso, não é aquele algoritmo usado pelo winZIP ?
hum... se não me engano, o winZIP é baseado no Pkzip
que é baseado no algoritimo LZW... Mas não sei o
quanto o LZW deixa de ser um caso de codificação
Huffman...

++nicolau



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Dualidade Onda-Particula com Fotons Individuais
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/03/2002 21:48

----- Original Message -----
From: "Sérgio Taborda"
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, March 28, 2002 11:58 AM
Subject: Re: [ciencialist] Dualidade Onda-Particula com Fotons Individuais

> A explicação não é 100% classica pq introduz uma coisa chamada
> "informação" que ninguem sabe o que é.

Ótimo: Vou propor aos linguistas as seguintes modificações nos dicionários:

1. Clássico = "Diz-se de alguma coisa que ninguém sabe o que é.
2. Ninguém sabe = O Sérgio não sabe.

Com esta versão 2002 dos significados destas palavras o texto ficaria então:
"A explicação não é 100% clássica pq introduz uma coisa chamada informação
que o Sérgio não sabe o que é."

> Aliás, é uma construção de acordo com Feyman.

Sem comentários, a não ser :-))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))

> Já agora, a existencia da "informação" é falseável?

Mas... Se você não sabe o que é e não está interessado em saber o que
seja... Que diferença faz ser ou não ser falseável?

Creio que já discutimos isso em outro contexto e não vou ficar aqui me
repetindo.

Quanto à expressão "física clássica" e a respeito do que afirmei em mensagem
anterior, qual seja:

"Agora sim! Deixemos então os gnomos para os bruxos. Vamos falar sobre
física. Mas quero crer que este não seja o local indicado, pois a
mensagem já está infestada por temas pseudocientíficos e
paranormalidades metamágicas."

...quero crer que também não seria o caso. Pois já discutimos isso inúmeras
vezes e, embora as discussões tenham sido muito ricas em conceitos
paralelos, não chegamos a consenso nenhum. E quero crer que no momento atual
teríamos muito pouco a acrescentar. Eu até gosto destas discussões, mas que
sejam temas onde possamos realmente evoluir e não ficar dizendo que eu não
disse que você disse que eu não teria dito que o que eu disse não foi
devidamente entendido... :-))

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Dualidade Onda-Particula
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/03/2002 22:08

----- Original Message -----
From: "Jose Colucci Jr."
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, March 28, 2002 8:53 PM
Subject: [ciencialist] Re: Dualidade Onda-Particula

> Se não interpreto mal, o ponto de contenção é a dualidade onda-partícula,
> para o Sérgio Taborda, e toda a mecânica quântica, para o Alberto
> Mesquita.

De minha parte diria que não só a MQ, mas também. ;-) Em outras palavras, "o
buraco é mais embaixo". :-)

> Gostaria de saber o que pensam os amigos físicos do famoso experimento
> de Lvovsky, em que a natureza de onda e de partícula de um único fóton
> foram medidas simultaneamente.

Não sei se seria exatamente essa a proposta ou o resultado da experiência,
pois à primeira vista isso parece-me ir contra o princípio da
complementaridade de Bohr. Neste caso creio que a experiência estaria a
falsear, se não toda a MQ, pelo menos uma de suas mais brilhantes
interpretações e não apenas a versão 2002 do Sérgio. ;-)

Não sou a pessoa indicada para comentar o artigo pois essa, definitivamente,
não é a minha praia. Se bem que freqüentemente saio com meu barco para
sapiar o que acontece por essas águas repletas de tubarões famintos. Não é
raro aproveitar a oportunidade para despejar aí bastante óleo diesel. ;-).

Brincadeiras à parte, seria interessante se alguns dos notáveis defensores
da física quântica que temos aqui na Ciencialist emitissem as suas opiniões
esclarecedoras. Até lá, permitam-me poluir o ambiente com minhas heresias.
:-)

> Embora a matemática do artigo esteja além
> do que posso entender, o experimento é descrito em vários outros textos
> como sendo decisivo para a demonstração da natureza dual da luz.

É difícil entender o que um físico quântico entende por dualidade. A grande
maioria assume isso como uma dupla personalidade, onde apenas uma dessas
personalidades "patológicas" se manifestaria de cada vez, ou seja, em cada
medição experimental. Este parece-me ser o contexto correto e a satisfazer o
princípio da complementaridade. Não obstante, outros dão a entender que
estão considerando o fóton como dotado de ambas as características
concomitantes. Neste caso o fundamental não seria a maneira como o fóton
está se manifestando, pois haveria uma duplicidade (dois componentes
estruturais) e não meramente uma dualidade comportamental. Para os que
acreditam nessa versão, que a meu ver despersonaliza os cânones quânticos,
pois vai contra um dos dogmas centrais, pelo menos em teoria essa dupla
estrutura poderia ser captável num único contexto experimental.
Conseqüentemente, e supondo-se que realmente isso tenha sido feito pela
experiência citada, então realmente a MQ está em maus lençóis.

Aliás, não creio existir na história das ciências teoria alguma que tenha
sido mais falseada do que a MQ. É incrível a capacidade dos quânticos em
transformar uma derrota numa aviltante vitória. Não obstante, isso não
poderá durar muito tempo, pois não há espaço, nem mesmo na suposta
"filosofia" de Thomas Kuhn, capaz de sustentar uma teoria que já nasceu por
cima de postulados aprioristicamente falseados. "Pau que nasce torto, não
tem jeito, morre torto."

Mas quero crer que não foi exatamente essa a conclusão do artigo. Pelo que
entendi, não houve medidas simultâneas de natureza ondulatória e
corpuscular. Parece-me que o autor efetuou cerca de 12000 medidas, a
caracterizarem 12000 corpúsculo, e só então procedeu a uma análise
estatística a levar em consideração o ferramental matemático quântico. Ao
que tudo indica a onda não foi medida, mas sim estimada a partir de medidas
individuais. Mas isso nada mais é senão uma maneira sofisticada de
complementar as conclusões obtidas por Geoffrey Taylor em 1909, ou seja, há
nada menos do que 93 anos (leu isso, Sérgio, 93 anos!!!). O autor discorre
também sobre o campo eletromagnético associado. Apesar da ênfase que ele dá,
não vejo nada, em seus resultados experimentais, a ir contra a física
clássica. Aliás, ele conclui por linhas tortas e bastante discutíveis, o que
já conclui teoricamente em 1993 por uma via 100% clássica, qual seja: Esse
campo não deve ser gaussiano ( vide "A equação do elétron e o
eletromagnetismo, em meu website).

> Os chamados estados não-clássicos ocorrem naturalmente na escala atômica,
> como em eletrons em átomos ou átomos em moléculas, e são maximamente
> distantes do campo "clássico".

Isso é o que eles dizem ou, pior, aquilo em que acreditam após introduzirem
um sem número de gnomos.

> Outra coisa que me espanta na discussão é a insistência em validar
> conceitos por sua semelhança com entidades físicas, de existência
> palpável e compreensível pela mente humana. Toda a teoria é um modelo, e
> o teste do modelo é a confirmação de suas previsões.

Da mesma forma que o modelo dos epiciclos, a explicar muita coisa e podendo
ser utilizado ainda hoje para inúmeras finalidades. Não obstante, foi
abandonado não simplesmente por ter se tornado obsoleto, mas por não
representar uma realidade física palpável. Nada contra que se aceite um
modelo que funciona *em determinadas condições*, apesar do mesmo ter sido
falseado inúmeras outras vezes. Não obstante, que se deixe isso bem claro e
que se procure por saídas alternativas. E não é isso o que as universidades
estão fazendo. Estão simplesmente forçando os alunos a seguirem uma estrada
que todos estão cansados de saber terminar num precipício. E o Sérgio está
prestes a cair nesse precipício. ;-))

> Vocês não acreditam
> no extraordinário poder preditivo da mecânica quântica? Não contem isso
> para os cientistas da Texas Instruments, que desenvolveram o transistor
> de efeito quântico, ou para os pesquisadores do MIT, que desenvolveram o
> SET -- "Single Electron Transistor".

Isso faz parte do que tenho chamado por "lavagem cerebral". Apenas para não
me tornar repetitivo, diria que este assunto já foi amplamente debatido aqui
na Ciencialist em julho de 2001 e o que penso a respeito está relatado na
mensagem 10500 e seguintes da mesma thread. As mensagens que escrevi, bem
como links para as demais, podem ser encontradas em "Questionando a física
quântica", no URL http://ecientificocultural.com/ECC2/Dialogos/qfq.htm .
Caso surjam novos argumentos, creio que o assunto é bastante interessante e
digno de uma reapresentação.

[ ]'s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: [Acrópolis] Feliz Páscoa
FROM: "Silvio Cordeiro" <scf@escelsa.com.br>
TO: <acropolis@yahoogrupos.com.br>, "ForumFilosofico" <ForumFilosofico@topica.com>, "Ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/03/2002 08:39

Prezado professor:

como o moderador nao disse que o assunto é ofetopique?

vs. sabe como os ovos de páscoa são feitos?

já viu o coelho transando com a galinha? coisa de muito estupor.

silvio, o cunicultor

----- Original Message -----
From: "Prof. José Carlos" <j.c@iname.com>
To: "ForumFilosofico" <ForumFilosofico@topica.com>; "Acropolis"
<acropolis@yahoogrupos.com.br>; "Ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, March 29, 2002 2:17 AM
Subject: [Acrópolis] Feliz Páscoa


Nada como um bom chocolate.

Feliz Páscoa a todos os coelhinhos e coelhinhas.

Abraços,

____________________
Prof. José Carlos (JC)
profjc@terra.com.br
ICQ 11734153
____________________







SUBJECT: RES: [ciencialist] Dualidade Onda-Particula com Fotons Individuais
FROM: "Antonio" <a_ferrao@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/03/2002 17:27

Prezados Colegas,

Infelizmente eu tenho tido pouco tempo para participar das discussões desta
lista, em virtude do meu trabalho.
Entretanto, eu não resisti em comentar este assunto, que vem intrigando não
só os colegas da lista, mas também a muitos cientistas por vários séculos.
Apesar de alguns avanços ao longo dos últimos séculos, o assunto não pode
ser considerado finalizado.

É impressionante o quanto já se escreveu sobre este assunto, sob inúmeros
títulos. Muitas vezes as pessoas falam da mesma coisa utilizando palavras
diferentes. Muitos conflitos são de natureza semânticas e não físicas,
propriamente ditas. Muitas vezes os cientistas recorrem a dicionários para
defenderem suas teses e as discussões tornam-se intermináveis, todas elas em
torno de palavras.

Eu tenho a nítida impressão de que as palavras, sejam elas de quaisquer
idiomas, não sejam suficientemente precisas para expressarem o bizarro
comportamento das partículas. O nosso vocabulário foi construído para
descrever as coisas que nós vivenciamos no nosso dia-a-dia e não
encontraríamos substantivos e adjetivos para nomear e qualificar o que
acontece neste outro "universo" das partículas sub-atômicas.

Uma boa forma de expressarmos o nosso pensamento sem usar palavras seria a
matemática. Assim, sem dizer muita coisa, pode-se apresentar uma equação
matemática representativa do fenômeno físico em questão. Isto é o que vem
sendo feito desde os tempos de Galileu.
O problema da matemática analítica é que existe um limite para a sua
complexidade e, à partir deste limite, não há como resolver as equações mais
complexas. Por exemplo, genericamente falando (salvo em alguns poucos casos
especiais), equações diferenciais parciais não lineares não possuem soluções
analíticas.

Nos dias de hoje, existe uma outra forma para expressarmos o nosso
pensamento, mais precisa do que palavras: A simulação numérica em Realidade
Virtual.

Você tem uma boa teoria? Muito bem, simule-a. Mostre como ela funcionaria na
prática. Sendo possível simulá-la, tudo o que é preciso, seria mostrar os
resultados obtidos, confrontando-os com os experimentais: Não existiram
(muitas) palavras, apenas fatos. Se não for possível simulá-la, o que você
queria dizer com todas aquelas suas palavras?
Se a teoria for boa, a simulação funcionará bem. Se não funcionar bem, não
tente corrigir com palavras, ou ilusões, o que na prática, provou-se ser
incorreto.
Talvez esta seja uma prática tão feliz para a ciência moderna e futura, como
foi o advento do método experimental por Galileu, no sentido de organizar a
ciência, quanto as confusões trazidas pelas palavras. Assim como Galileu
colocou em cheque os falsos cientistas, alquimistas charlatões, astrólogos,
religiosos que confundiam ciência com religião e demais esotéricos, com o
seu método experimental (pois estes não poderiam provar experimentalmente o
que afirmavam), também é possível, nos dias de hoje, colocarmos em cheque
aqueles que expressam as suas teorias apenas em termos de palavras, mesmo
sabendo que as mesmas jamais poderiam ser concretizadas.

Isto vale para toda a ciência, até mesmo para a Paleontologia. Muitos
elementos dos dinossauros de Spilberg em "Jurassic Park", não passam de
teoria, especulação ou proposição, como os sons emitidos pelos animais, a
cor de suas peles e alguns de seus hábitos. Tratam-se de boas teorias: Se
não fossem, as pessoas iriam rapidamente flagrar os "furos" na simulação,
como acontece nos filmes antigos de dinossauros.

Eu tenho uma teoria onde eu simulo as partículas (veja em
http://www.geocities.com/aferraonetobr/). A dualidade onda-partícula com
fótons individuais não somente é explicada, como também é simulada,
funcionando de acordo com as observações experimentais.
Mesmo tendo simulado e obtido estes resultados, é muito difícil expressar
por meio de palavras o que acontece com estas partículas quando elas
atravessam uma dupla fenda.
Embora nós tenhamos em nossas mentes a imagem de que uma partícula seria
algo como uma pequeníssima esfera, na minha teoria, a partícula é modelada
como sendo uma espécie de contração "permanente", ou mesmo um "nó" no campo
eletromagnético, que neste escopo tornar-se-ia não linear, o que implica na
criação de uma espécie de falha ("nó" ou "contração permanente"). Isso é
resultado de cálculo numérico e simulação em computador. Eu chamo a isso
"fenômeno". O "fenômemo" não é apenas uma contração ou falha em torno ou em
um ponto específico. A contração espalha-se pelo espaço e interage com o
mesmo, por meio dos campos eletromagnéticos.
Ao aproximar-se de uma dupla fenda, o fenômeno colapsa, mas a energia do
sistema torna-se suficiente para construir um outro, com as mesmas
características, do outro lado das duas fendas. Se alguém me perguntar: Na
sua simulação, a partícula passou por uma fenda ou por outra? - Eu não
saberia responder com palavras - o máximo que eu poderia dizer é que, na
minha simulação, a energia da partícula passou por ambas as fendas, não
necessariamente em quantidades iguais. Houve uma aniquilação de um lado e
criação do outro. A simulação também mostra um padrão de interferência
conforme observado experimentalmente.

Vejam só a dificuldade da expressão por meio de palavras: Eu crio esta
simulação sobre o que seriam os campos eletromagnéticos, com algumas não
linearidades. A criação da partícula seria, na minha teoria, fruto desta
não linearidade, que faz acumular energia eletromagnética, tanto no espaço,
que é o domínio dos campos lineares que conhecemos, quanto dentro do próprio
"nó", que aliás, seria a região fortemente não linear que armazenaria a
maior parte da energia. Este "armazém energético" funcionaria de forma muito
parecida com a energia potencial elástica armazenada numa mola, presa por um
gatilho: quando o gatilho libera a mola, uma grande quantidade de energia se
libera. A natureza não linear dos campos, é o que formaria esta espécie de
gatilho, mas da mesma forma que ele serveria para liberar a energia, ele
também serviria para aprisioná-la. O "nó" energético colapsa de um lado, mas
o espaço físico adquire suficiente energia para formá-lo do outro lado,
inclusive com a mesma quantidade de movimento e energia cinética. Neste
ínterim, a energia colapsada adquire a forma de onda eletromagnética
(bastante energética), somente no espaço pouco antes e logo após as duas
fendas. Dependendo da posição de colapso da partícula logo antes das duas
fendas, a distribuição energética desta onda poderá ser maior ou menor em
uma das fendas. Este desequilíbrio, somado com a natureza da interferência,
influi diretamente no ponto exato onde a partícula será criada logo após a
fenda. Ao ser criada, a partícula "suga" energia de todo o espaço, vindo de
ambas as fendas.
Mas tudo isso é muito extranho. Mesmo tendo simulado, e visto o que
acontece, eu não consigo afirmar com certeza se a partícula realmente
colapsou, ou se tudo aquilo foi apenas um complexo mecanismo de interação
não-linear por toda a região do espaço considerado. Eu aceitaria as duas
versões igualmente. O relacionamento espaço-partícula-onda é tão íntimo, que
durante todo este processo, torna-se difícil DIZER o que foi que realmente
aconteceu. Não sei DIZER, mas sei MOSTRAR.

Por exemplo, quando um pulso viajante propaga-se numa corda e atinge um de
seus extremos, nós sabemos que o pulso retornará (invertido ou não,
dependendo se o extremo é fixo ou livre). Não é muito relevante dizermos ou
mesmo discutirmos se o pulso que retorna é o mesmo na condição de
"refletido", ou se o processo de reflexão é que criaria um novo pulso em
direção contrária. Tudo isso seria uma espécie de "demagogia física", sem
relevância para a interpretação do fenômeno em si. Se eu consigo simular
este fenômeno, no meu ponto de vista, isso já seria o suficiente.

É importante observar que o que foi descrito acima foi reproduzido numa
simulação, utilizando-se matemática numérica. Não se trata do fruto da minha
imaginação, mas de resuldados obtidos por simulação. Existe portanto uma
linha divisória clara entre a parte matemática e a parte física de minha
teoria.
Quanto à parte matemática, ela é absoluta: Ou ela está totalmente correta,
ou está totalmente errada.
Quanto à parte física, eu admito que podem haver muitas controvérsias, mas
restaria aos críticos mostrarem o porque que todas estas inúmeras
coincidências não poderiam representar um modelo válido para os fenômenos
observados.


[]'s

Antonio




SUBJECT: Re: [ciencialist] Paradoxo EPR (ex-Dualidade Onda-Particula)
FROM: "Eduardo Torres" <eftf@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/03/2002 18:34



>
> >> Não existe qq paradoxo EPR, mas esse é outro assunto.
> >
> >Existe. Ja' foi exaustivamente provado. Onde vc quer chegar, Sergio ?
>
> A um local muito simples: Não existem paradoxos.
(...)
> O paradoxo nasce, quando aplicas considerações que só se podem fazer a uma
> particula, a duas particulas.
> Mas isso é errado per si, pelo que o paradoxo não existe na realidade.
>
>
> []
>
> Sérgio Taborda


Tudo bem Sergio. Desisto.

Vamos simplesmente considerar q temos opinioes divergentes sobre esse e
outros assuntos...

Abs,
Eduardo Torres



SUBJECT: Re: [ciencialist] Dualidade Onda-Particula com Fotons Individuais
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/03/2002 22:48

----- Original Message -----
From: "Antonio"
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, March 30, 2002 5:27 PM
Subject: RES: [ciencialist] Dualidade Onda-Particula com Fotons Individuais


Olá Antonio

Entendi perfeitamente a sua colocação e concordo com boa parte do que você
afirma. Não obstante, quando se fala em ciência básica, e o tema discutido
encaixa-se nesta categoria, prefiro pensar na ciência como uma "gloriosa
diversão", como uma atividade lúdica ou como um "hobby", se bem que dotado
de regras bastante rígidas (método científico). São raríssimos os
cientistas, dentre aqueles que efetivamente fizeram importantes
contribuições à ciência básica, que não pensam ou não pensavam dessa
maneira. Profissionalismo não combina com ciência básica e isso está
evidenciado no pensamento de Carlo Rubbia: "Nós somos a primeira etapa do
sistema. Uma etapa absolutamente essencial, mas que é baseada sobretudo, na
falta de um fim específico. Outras pessoas retomarão o que fizemos, e serão
elas que tornarão as coisas práticas. Sem nós, essas pessoas não existiriam,
e nós, por outro lado, sem elas, não teríamos nenhuma razão de ser."

Ora, se o verdadeiro cientista é aquele que faz o que gosta... O que é que
faz este ou aquele cientista gostar desta ou daquela atividade? Não seria o
mesmo que faz um enxadrista gostar de xadrez, um Schumacher gostar de
praticar automobilismo, um Pelé gostar de jogar futebol?... Mas, se assim é,
alguns gostam da matemática analítica, outros de métodos numéricos a
simularem uma experiência, outros de experimentação não simulada, outros de
teorização!... Não há porque dar preferência a uma ou outra atividade, mesmo
porque a ciência somente evolui em tempos em que todas essas atividades são
devidamente valorizadas. São todas peças fundamentais e essenciais para que
o sistema funcione a contento.

O erro, a meu ver, não está na maneira escolhida para se fazer ciência. O
erro está na universidade querer colocar o universitário nos trilhos. E é
graças a isso que a universidade dos dias atuais não tem feito outra coisa
que não seja doutorar papagaios cultos. E são esses papagaios cultos os
maiores beneficiados pela manutenção da mediocridade e, como tais,
controlam as verbas destinadas a pesquisas e/ou os canais de informação. E,
como tais, colaboram para que a cada dia a crise de criatividade se
prolifere mais e mais... Até quando? Até os paradigmas kuhnianos se
esfacelarem de vez? Pois o resultado não poderia ser outro: a física está
totalmente estagnada, sem chance alguma de se recuperar e os físicos
modernos sequer conseguem reunir forças para combater nossas heresias. Pois
eles sabem que estão errados mas têm medo de sair dos trilhos. E sequer têm
competência para verificar que nós também podemos estar errados, e desta
forma encolhem-se em seus ninhos, pois também têm medo de abandonar um erro
e assimilar outro. Que se pode esperar de uma coletividade científica
enclausurada no regime do medo? Não se pode esperar nada! Nem mesmo uma
crítica decente a nossas "heresias". E ficamos então à mercê de jovens
ensanduichados entre o que nós pensamos e o que pensam os seus covardes
professores.

Sinto pela sua sina. Certamente você não tem conseguido verbas e nem mesmo
espaço em revistas "dignas" de crédito. Mas isso não se deve a preconceitos
contra este ou aquele método mas sim, especialmente no Brasil, a uma
política científico-educacional a privilegiar o papagaismo. E não nos resta
outra alternativa a não ser "botar a boca no trombone" e hastear a bandeira
da "revolução permanente", proposta por Karl Popper, ou a bandeira do
"abaixo o marasmo", proposta por Mário Schenberg; haja vista que você, assim
como eu, optou por não andar nos trilhos. E a Internet está aí para isso.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Paradoxo EPR (ex-Dualidade Onda-Particula)
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/03/2002 16:49



>> Não existe qq paradoxo EPR, mas esse é outro assunto.
>
>Existe. Ja' foi exaustivamente provado. Onde vc quer chegar, Sergio ?

A um local muito simples: Não existem paradoxos.
Como é que se mostra que existe um paradoxo ?
Não prova. Pq se os factos sã de determianda maneira, e eles são assim
mesmo, então é a intrepretação deles que está errada e não eles mesmos.
O paradoxo portanto não existe, a explicação é que está errada.

Não podes justificar o facto real com uma teoria que não se adqua ao q se
observa, e dizer que é normal pq existe ali um paradoxo.

O paradoxo EPR baseia-se no principio que o PI se aplica a tudo.
De facto aplica, mas para a mesma particula e não para particulas
diferentes.
O paradoxo nasce, quando aplicas considerações que só se podem fazer a uma
particula, a duas particulas.
Mas isso é errado per si, pelo que o paradoxo não existe na realidade.


[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Fwd: E HOJE TEM JAMES RANDI NO FANTÁSTICO
FROM: "Sociedade da Terra Redonda" <strbrasil@hotmail.com>
TO: strbrasil@yahoogroups.com
CC: ciencialist@yahoogrupos.com.br, secularismo@yahoogroups.com, sbcr@yahoogroups.com
DATE: 31/03/2002 16:53

>From: Morrone@strbrasil.com.br
>Subject: E HOJE TEM JAMES RANDI NO FANTÁSTICO
>Date: Sun, 31 Mar 2002 14:24:42 EST
>
> Caros Amigos da STR Brasil:
>
> Assistam hoje ao Fantástico, que exibirá reportagem especial
>com
>James Randi, e seu desafio de premiar com um milhão de dólares quem
>conseguir
>comprovar a autenticidade dos fenômenos ditos paranormais.
> Não percam!!!!
>
> Abraços,
>
> Roberto Garcia Morrone

_________________________________________________________________
O MSN Photos é o jeito mais fácil de compartilhar e imprimir as suas fotos:
http://photos.msn.com.br/support/worldwide.aspx



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Gato de Schrodinger
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/03/2002 16:53


>>> Porque não te disse "muita coisa" ?
>>> Falta de tempo para ler atentamente ?, não entendeste alguma coisa ?
>>> O que faltou ?

>>Faltou entendimento. Confundi-me com a matematica. Nao sou fisico.
(..)
>> P.S.
>> Quando eu for um fisico de destaque vai acreditar em mim ?
>> Porque nessa altura sim, e agora não, se o que estou dizendo é
exactamente o
>> mesmo que sempre direi ?
>> Ora, francamente... que raio de argumentos cientificos são esses ?

>Ja' se acalmou? Sentou? Tomou uma agua com acucar?

>Eu so' sugeri um texto tipo palestra didatica em vez de um artigo
>cientifico de fisica.

Sugerir algo pop-cience , em vez de algo realmente cientifico.

> Sugeri ainda q fosse de um fisico de destaque e reconhecido p/ comunidade
cientifica.
>Nao q autoridade decida o debate, mas facilita.

Isso é um erro de método.
E como tal não merece mais comentário.
Está simplesmente errado, entrar por ai.

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: RES: [ciencialist] Dualidade Onda-Particula com Fotons Individuais
FROM: "Antonio" <a_ferrao@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/03/2002 17:53

Olá Alberto,

Concordo com o seu ponto de vista.
Todos devem ter o seu espaço e infelizmente, o nosso modelo universitário
realmente protege charlatões escondidos nas trincheiras dos papagaismos.
Muito bem colocado.

[]'s
Antonio





SUBJECT: Mafia dos transplantes - Raciocinio logico
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <Direitos_Humanos@yahoogrupos.com.br>, <Direito_Trabalhista@yahoogrupos.com.br>, <direito_saude@yahoogroups.com>, <Constitucional_Brasil@yahoogrupos.com.br>, <Artigos_Juridicos@yahoogrupos.com.br>
CC: <RedePraxis@yahoogrupos.com.br>, <politica-br@yahoogrupos.com.br>, <policia-livre@grupos.com.br>, Lista ATTAC- Região@terra.com.br: SP <attac-sp@egroups.com>, <Justica@yahoogrupos.com.br>, <iuris@grupos.com.br>, <infancia-eca@yahoogroups.com>, <forum-social@yahoogroups.com>, <faroljuridico@yahoogrupos.com.br>, <faroljuridico@yahoogroups.com>, <estudantes-de-direito@yahoogrupos.com.br>, <direito-penal@yahoogroups.com>, <direitobrasil@grupos.com.br>, <cpgd_ufsc@yahoogrupos.com.br>, <cidadaniabrasil@yahoogrupos.com.br>, <amazonas@yahoogrupos.com.br>, <advogado@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/03/2002 22:41

Também
é onde tem muito dinheiro
sendo "lavado".


[]'s

Celso Galli Coimbra
OAB_RS 11352
Porto Alegre

-------------------------------------------------------------
Érica Bento Gonçalves
To: Direito_Saude@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, March 31, 2002 10:26 PM
Subject: [Direito_Saude] Raciocínio lógico



Marco,


o nosso colega de grupo Paulo Airton Pavesi (quem conheço pessoalmente por estar acompanhando o caso em Poços há um ano) foi mais rápido do que eu e acredito já ter sanado as suas dúvidas quanto à conduta dos médicos no caso específico do filho dele de 10 anos. Aliás, ninguém melhor do que ele para relatar (mesmo que pela centésima vez) passo por passo o que tenha ocorrido aqui.



Quando se fala em máfia de transplantes, não duvide, isso não acontece somente aqui em Poços e sim no país inteiro, para não dizer no mundo todo, para que nos concentremos apenas em nosso território por enquanto. Em primeiro lugar está a enorme quantia de dinheiro distribuída aos médicos, hospitais, laboratórios etc (no ano de 2000 foram pagos R$1.310.000,00 por transplantes só em Poços de Caldas!). Em segundo lugar, o status (médico, político) que representa para um hospital e uma equipe serem transplantadores. Em terceiro (se é que não existem ainda outros antes deste) a intenção de proporcionar esperança de vida aos que estão numa fila de espera* (sobre isso ainda vou comentar no final deste texto).



Posso provar o meu raciocínio com o que vem a seguir: sou testemunha de uma fala do administrador do Hospital da Santa Casa de Poços de Caldas que comprova isso. No período em que este hospital perdeu o credenciamento para transplantes de rins (a partir de novembro de 2001), a direção do hospital usou da fragilidade dos doentes renais para promover passeatas e protestos para que os transplantes voltassem a ser realizados em Poços (em nome do "sofrimento dos doentes", uma vez que apenas a Santa Casa era apta a realizar transplante na região). Informei-lhe que outros dois hospitais da região estavam tentando o mesmo credenciamento. A reação inicial foi "duvido, não há outro hospital com as mesmas condições que o nosso..." (status). Na sequência ele disse "estão querendo meter a mão no meu dinheiro!" (interesse financeiro). Foi somente quando lhe perguntei se a necessidade de ter um centro transplantador na região que atendesse aos pacientes na fila de espera não deveria ser mais importante do que o dinheiro no bolso dele, o administrador percebeu a declaração ridícula que havia feito e tentou se redimir "é, vc tem razão, mas mesmo assim duvido que outro hospital consiga". Um mês depois o hospital Alzira Velano em Alfenas (cidade a 100km de Poços) foi credenciado pelo Ministério da Saúde. A reação da Santa Casa foi ir à imprensa dizer que tudo isso era jogada política.



Na época eu lutei muito para que outro hospital da região conseguisse este credenciamento por ver a aflição dos pacientes renais crônicos do Sul de Minas. *Hoje sou totalmente contra a realização de transplantes por saber que o doador de órgãos no Brasil é assassinado durante o diagnóstico de morte encefálica. No caso específico de Poços, o médico coordenador da equipe de captação de órgãos usava de um protocolo (documento que informa todos os procedimentos usados para o dignóstico de Morte Encefálica) que exclui um dos itens mais importantes do procedimento O DIAGNÓSTICO É PROIBIDO EM PACIENTES QUE ESTEJAM SOB USO DE SEDATIVOS. Agora lhe pergunto: a resolução 1.480 que regulamenta os procedimentos de diagnóstico de ME foi adotado no Brasil a partir de 1997. Por que ele ignorou o protocolo oficial e usou o criado por ele? Por que, ao usar o protocolo feito por ele, excluiu deliberadamente este ítem? Esta arbitrariedade durou 4 anos!!! (na realidade esta equipe realiza estes procedimentos desde 1990, mas vamos nos ater apenas ao período pós publicação da Lei de Transplantes -1997)



Fica difícil não acreditar que sempre houve má fé em seus atos, não acha?



Algo para se pensar: antigamente eram comuns os casos de pessoas que ficavam em coma durante vários dias depois de um traumatismo craniano grave. Por que hoje em dia estes casos não acontecem com tanta frequência e os pacientes, na sua maioria, morrem mais rápido? Pelo menos aqui em Poços nunca mais se ouviu casos de coma prolongado ...



Érika Bento Gonçalves

==========================
ENDERECOS SOBRE MORTE ENCEFALICA
E TRANSPLANTES:
==========================
Nao se deixe enganar
pela propaganda transplantista.
===
INFORME-SE:
apenas a *Medicina Preventiva* de baixo custo
ja seria suficiente para evitar a necessidade de
80% de transplantes previsiveis, com origem em declaracoes
de mortes encefalicas *antecipadas*
para fins de retirada de orgaos vitais.
===
ARTIGO:
"Falhas no Diagnostico da Morte Cerebral",
publicado na Revista CIENCIA HOJE,
número 161, junho de 2000:
http://www.uol.com.br/cienciahoje/chmais/pass/ch161/morte.pdf
===
ARTIGOS
cientificos no site da UNIFESP:
http://www.unifesp.br/dneuro/textos.htm
===
ARTIGO:
"Morte Encefalica"
http://www.unifesp.br/dneuro/mortencefalica.htm
===
DEMONSTRACAO
cientifica dos efeitos mortais do teste
da APNEIA, imposto pelo CFM para
declaracao da morte encefalica que
pretende diagnosticar:
http://www.unifesp.br/dneuro/apnea.htm
===
ARTIGO:
em ingles sobre a importancia da
*Penumbra Isquemica* para a declaracao
da morte encefalica:
http://www.unifesp.br/dneuro/brdeath.html
===
MANIFESTACOES PUBLICAS
da comunidade neurocientifica internacional
contraria aos criterios declaratorios
da morte encefalica.
NAO EH VERDADE QUE HA CONSENSO
internacional na declaracao de morte encefalica,
confirme o que dizem os neurocientistas em:
http://www.unifesp.br/dneuro/opinioes.htm
===
DEBATE
internacional da comunidade neurocientifica
sobre os erros declaratorios da morte encefalica
na Revista Cientifica BMJ:
http://www.bmj.com/cgi/eletters/320/7244/1266
===
PARA ler os artigos sobre
morte encefalica em Direito_Saude:
http://www.yahoogroups.com/files/direito_saude/
===
INSCRICAO, enviar mensagem em branco para:
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===
PARA outras finalidades acessar
a pagina principal deste Grupo:
http://www.yahoogroups.com/group/direito_saude
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Enfim, chegou o day after
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/04/2002 02:59

Eu não disse que a MQ estava com seus dias contados?

Leiam o artigo principal da Nature em http://www.nature.com/nature/. Agora
não adianta chorar.

[ ]´s
Alberto
1º/abril/2002
O dia que entrará para a história da física
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: O quantum sai da caixa
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/04/2002 05:19

Esse é pra galera que gosta de sacrificar os pobres bichanos.

O quantum sai da caixa, de Ivan Sementuk da "New Scientist"
Vide: http://www.uol.com.br/fsp/ciencia/fe3103200201.htm

Ítens selecionados, com os comentários do físico-índio mais famoso da aldeia
"Sai de baixo".

1) Sobre a realidade quântica:
Pode soar contra-intuitivo, mas é o que a teoria quântica padrão prega. E,
como a teoria faz um ótimo trabalho descrevendo como os tijolos mais
fundamentais do Universo se comportam, a maioria dos físicos não viu outra
opção a não ser concordar com ela. "É uma dessas coisas que você aprende
quando está na graduação", diz Roger Penrose, da Universidade de Oxford.
"Inicialmente estudantes vão dizer, "Que diabo está acontecendo?". Então
eles descobrem que o professor parece saber do que está falando e, depois de
um tempo, eles se acostumam a isso."

Uga-uga. Iscola di branco num tá cum nada.

2) Sobre o gato:
O problema é: no mundo quântico as duas possibilidades acontecem
simultaneamente. Os físicos se referem a isso como a "superposição de
estados". Segundo a teoria quântica ortodoxa, a superposição dura até que
alguém olhe na caixa para ver o que aconteceu. (...) Mas, em qualquer forma
que tenha, esse ato de observação tem um papel crítico: é a transmissão
física da informação durante uma observação que causa o colapso da
superposição e sela o destino do gato. Os físicos [á exceção única do
Sérgio - Nota minha] chamam esse vazamento de informação de "decoerência".
(...) Segundo a mecânica quântica, isso só pode significar que o gato está
numa superposição de estados. Ele está vivo e morto, e nem morto, nem vivo,
e essa condição peculiar permanece indefinidamente, até que alguém abra a
caixa. Você pode achar isso difícil de engolir -mas é para ser mesmo.
Schrödinger só veio com isso como um modo de demonstrar que tem de haver
algo errado na teoria quântica. Mas, em vez de apontar onde a falha pode
existir, os físicos desenvolveram várias interpretações da mecânica quântica
para explicar como as superposições e suas consequências podem operar. A
mais popular se baseia em pouco mais do que fé cega: uma aceitação de que
simplesmente é assim que as coisas são.

Uga-uga. Quântica bestera.

3) Sobre a existência ou não do paradoxo:
Ainda assim, qualquer que seja a explicação, é um fato experimental que
essas superposições realmente acontecem -pelo menos na escala quântica.
"Essa é uma das propriedades essenciais da matéria", diz o físico Anton
Zeilinger, da Universidade de Viena. (...) Seu grupo de pesquisa conseguiu
(...) Zeilinger está confiante de que poderá colocar até coisas
maiores -como bactérias- em superposições. E se pode acontecer com
bactérias, por que com gatos seria diferente?

Uga-uga. Quântica besteira. In gato meu ninguéim bota maum.

4) As idéias de Penrose:
Mas Penrose pensa que Zeilinger está errado. Ele acha que o gato de
Schrödinger está seguro -e o que vem a seu resgate é a simples e velha
gravidade. "Se você não aceita que o cenário de Schrödinger se mantém em
todos os níveis, então deve haver um estágio em que ele muda", diz Penrose.
"E o melhor lugar para esperar isso é quando efeitos gravitacionais se
tornam importantes." (...) Penrose sugere que sempre que uma partícula
estiver em uma superposição de estados, o espaço-tempo também precisa estar
em uma superposição. Mas a partícula teria quantidades ligeiramente
diferentes de energia gravitacional, com relação aos objetos em volta, em
cada um desses dois estados. Então a superposição introduz uma
incerteza -uma ambiguidade cósmica- na energia de todo o sistema. "Você não
pode ter uma noção consistente de qual é a sua energia", diz Penrose. (...)
Isso, segundo ele, cria uma "incerteza" na energia.

Uga-uga. Xurodinguer tá certo. Penrose bobo.

5) Previsões de Penrose
Penrose sabe que o melhor jeito de ganhar aceitação para sua idéia é
confirmá-la com um experimento. Para isso, pediu a ajuda de Dik Bouwmeester
e William Marshall, do Centro para Computação Quântica de Oxford. Eles
começaram a desenvolver os aparelhos que vão reproduzir os elementos-chave
do experimento mental de Schrödinger e procurar a redução de estado objetiva
de Penrose em ação.

Uga-uga. Redução di Estado coisa bom prá índio.

6) O que pensam os quânticos:
É cedo para saber se o experimento vai funcionar com a tecnologia
disponível, mas ninguém duvida que a possibilidade valha a investigação.
Bouwmeester se diz entusiasmado, mas, ironicamente, pensa que o experimento
vai provar que Penrose está errado. Mas Penrose está confiante de ter
farejado algo. Ele está convencido de que isso vai expor a incompletude da
teoria quântica como se apresenta hoje.

Uga uga. Baaahhhhhhhhhhhhhhhh!

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: RE: [ciencialist] O quantum sai da caixa
FROM: "The PhYz" <phyz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/04/2002 05:33

Que revista é essa?
--
Monge Ateu


-----Original Message-----
From: Alberto Mesquita Filho [mailto:albmesq@uol.com.br]
Sent: Monday, April 01, 2002 05:20
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] O quantum sai da caixa


Esse é pra galera que gosta de sacrificar os pobres bichanos.

O quantum sai da caixa, de Ivan Sementuk da "New Scientist"
Vide: http://www.uol.com.br/fsp/ciencia/fe3103200201.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] O quantum sai da caixa
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/04/2002 06:42

----- Original Message -----
From: "The PhYz"
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, April 01, 2002 5:33 AM
Subject: RE: [ciencialist] O quantum sai da caixa


> Que revista é essa?

A New Scientist é uma revista inglesa no estilo magazine, muito boa por
sinal. O artigo citado foi publicado na Folha de São Paulo, caderno "Mais!"
de 31/mar/02 (domingo). O autor é da New Scientist mas não posso garantir
que o artigo seja tradução de original da revista. Parece mais ter sido
encomendado pela Folha.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Juri condena enfermeiro assassino
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, <policia-livre@grupos.com.br>, <advogado@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/04/2002 08:08

AN AGORA
JOINVILLE - 30/09/2001
http://www.an.com.br/2001/set/30/0pol.htm

Júri condena
enfermeiro assassino



Rio - O ex-auxiliar de enfermagem Edson Izidoro
Guimarães foi condenado na madrugada de sexta-feira
a 69 anos de reclusão em regime fechado pela morte
de quatro pacientes do Hospital Municipal Salgado Filho,
no Méier, zona norte do Rio de Janeiro.
A decisão do 3º Tribunal do Júri reduziu em 7 anos
a pena que o ex-auxiliar recebera em seu primeiro
julgamento. Ele não terá direito a recorrer em liberdade.



Izidoro foi denunciado pelo ministério público
por homicídio triplamente qualificado em 21 de maio de
1999, 14 dias depois de ter sido preso, quando dava
plantão no hospital. De acordo com o MP, Izidoro desligou
os aparelhos respiradores que mantinham vivas
as pacientes Marcia Garnier Pereira, Maria Aparecida Pereira
e Francisca Teresa Coutinho de Oliveira, provocando morte
por asfixia.



No mesmo dia, ele teria injetado dose excessiva
de potássio no paciente Matias Gomes.



O julgamento, presidido pelo juiz Alexandre Abrahão Dias
Teixeira, começou pouco antes das 14 horas de quinta-feira
e só terminou à 1 hora de sexta-feira. Apesar de cinco
testemunhas terem sido convocadas pela acusação,
apenas uma, a enfermeira Cristina Maria Duarte
Ferreira, foi ouvida.




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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Dualidade Onda-Particula com Fotons Individuais
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/04/2002 08:30

--- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
> Quero crer que o processo será um pouco mais complexo mas o
>princípio deverá ser o mesmo.

Hmmm... Tem algumas coisas q. gostaria de perguntar
a mais.

O eletron emite essa onda. Ok, mas essa onda
deve transportar energia. De modo q. sua emissao
deveria causar uma alteracao na quantidade de
movimento do eletron emissor -- ele nao deveria
seguir reto apos a emissao, deveria ser
defletido antes de chegar 'a fenda... Ou nao?
Nesse caso, ele deveria ser emitido com uma
certa angulacao para poder atravessar a fenda.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Como traficar orgaos humanos vitais no Brasil
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <faroljuridico@yahoogrupos.com.br>, <policia-livre@grupos.com.br>, <advogado@yahoogrupos.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
CC: <politica-br@yahoogrupos.com.br>, <cidadaniabrasil@yahoogrupos.com.br>, <polemica@egroups.com>
DATE: 01/04/2002 08:40

Direito_Saúde e Bioética -- 01.04.2002
______________________________

COMO TRAFICAR ÓRGÃOS HUMANOS
VITAIS NO BRASIL



Na página 165 do inquérito que investiga
o homicidio do filho de Paulo Airton Pavesi para fins
de retirada de órgãos vitais está provado que lhe foram aplicadas
DUAS ampolas de 10 ml de Cloreto de Potássio
( sem diluição ) MAIS Pavulon
( 30 ampolas foram cobradas da família ).
Esses componentes são os de
uma injeção letal.



Os médicos praticaram homicidio para retirada
de órgãos e esse procedimento já vinha sendo posto
em prática pela mesma equipe desde 1992
em quase 200 _"doadores"_, não se constituindo em
casos isolados. Acontece em todo o País e no exterior.



Soma-se a isso que a _*declaração de morte*_
feita por essa _quadrilha de médicos_ seguia um procedimento
particular e privado concebido por uma empresa de captação
de órgãos pertencentes ao transplantador
que chefiava a equipe e foi TAMBÉM quem declarou
a morte do menino.



Pelo protocolo vigente, Resolução 1480 do CFM,
paciente sedado não pode ter sua morte encefálica
declarada e nunca por membro
da equipe tranplantadora.


Mesmo assim foi declarada de forma particular.



O Chefe da equipe de transplantes, em depoimento prestado
há poucos dias atrás, DISSE que não conhecia o Protocolo
para declaração de morte encefálica do CFM, e que não tinha
obrigação de conhecer.



Soma-se a isso que o laboratório de análises clínicas
que realizava os exames de compatibilidade para recebimento
de órgãos também pertencia a esse
transplantador chefe da equipe.



[]'s

Celso Galli Coimbra
OAB_RS 11352
Porto Alegre

----------------------------------------------------

Sábado,
8 de maio de 1999
O Estado de São Paulo


Enfermeiro é acusado de matar cem pacientes
Polícia do Rio investiga hipótese de que crimes
foram cometidos em troca de dinheiro de funerárias

FELIPE WERNECK


RIO - O auxiliar de enfermagem e ex-policial militar
Edson Izidoro Guimarães, de 42 anos, foi preso ontem
de manhã, suspeito de provocar, desde janeiro,
a morte de mais de cem pessoas internadas na Unidade
de Pacientes Traumáticos (UPT) do Hospital Municipal
Salgado Filho, no Méier, zona norte do Rio.
Em depoimento contraditório prestado à imprensa
na sede da Secretaria da Segurança, Guimarães admitiu
ter matado cinco pacientes terminais.


Ele disse que aplicava injeções letais
( 10 ml de CLORETO DE POTÁSSIO ) ou retirava
a máscara de oxigênio dos pacientes por "caridade",
para "amenizar a angústia das famílias".


A polícia investiga a hipótese de que o auxiliar
de enfermagem - funcionário do hospital há sete anos -
recebia dinheiro de funerárias para realizar os crimes.


A denúncia foi feita na noite de anteontem pela
Secretaria Municipal da Saúde, que, a partir do depoimento
de uma funcionária de limpeza, desconfiou da alto índice
de mortes constatadas nos plantões de Guimarães.
Do início de janeiro até o dia 4 de maio, foram registrados
225 óbitos na UPT, dos quais 153 ocorreram em dias
de plantão do auxiliar de enfermagem.


A funcionária, identificada por Kátia, teria procurado a
direção do Salgado Filho preocupada com a "matança"
que estaria ocorrendo na unidade.


A investigação no hospital foi feita ainda na noite
de anteontem por policiais à paisana que se infiltraram
entre os funcionários do hospital. Guimarães foi preso
no início da manhã de hoje, sem demostrar resistência.


"Ele confessou que vinha executando pacientes
terminais e, pela estatística, o número de mortes passa
de cem", disse a delegada Marta Cavaliere, que preside
o inquérito sobre o caso. "Nessa unidade, que concentra
pacientes gravíssimos, a média é de duas mortes por dia,
mas chegava a oito quando determinadas pessoas
estavam de plantão, principalmente Édson", disse o
secretário municipal da Saúde, Ronaldo Gazzola.


Outras pessoas podem estar envolvidas no suposto
esquema. O secretário de Segurança Pública do Estado,
Josias Quintal, admitiu, porém, que a investigação
será difícil, porque a injeção de CLORETO DE POTÁSSIO
na veia não deixa vestígios.


"É a chamada MORTE BRANCA impossível
de ser detectada até mesmo em exames cadavéricos",
disse Gazzola.


No entanto, os corpos dos cinco pacientes
que Guimarães confessou ter matado serão periciados.



Funerárias - O auxiliar de efermagem contou
que é comum no hospital a prática de avisar às funerárias
sobre a ocorrência de óbitos, mas negou que tenha
feito isso no caso das cinco mortes.



Ele admitiu que recebia de R$ 80 a R$ 100 por mortes
naturais e de R$ 800 a R$ 1 mil no caso de vítimas
de acidentes de trânsito.


A polícia investiga se Guimarães recebia comissão
por indicar as funerárias Novo Mundo e Novo Rio -
as únicas citadas por ele, que estão sendo investigadas
pela polícia - para famílias de vítimas.


"Ele pode ter começado a fazer isso para ganhar dinheiro
e, depois, perdeu o controle", declarou o secretário
de Segurança Pública do Estado. Gazzola negou que a
secretaria tenha demorado para constatar o aumento
do índice de mortes. "A ação de um louco é imprevisível",
afirmou.


Depois de dizer que estava "tranqüilo" por ter "ajudado
pacientes que estavam sofrendo", o auxiliar de enfermagem,
em seu depoimento à impresa, disse estar arrependido
por ter provocado as cinco mortes. "Estou preso justamente,
me arrependo porque não deveria ter tirado a vida de ninguém."



A rotina no setor de emergência do hospital Salgado Filho
- onde são atendidas cerca de 800 pessoas por dia -
foi normal ontem.


---
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Navalha de Occam
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/04/2002 09:08

On Thu, 28 Mar 2002, Alberto Mesquita Filho wrote:
> > Não entendo como podem não acreditar em fantasmas.
> E neste caso o Léo é PhD (sua orientadora foi a Maga Patalógica) e eu
> estou concluindo o 333º grau, imediatamente abaixo de PhD (trata-se de
> um tipo de Master Board um pouco implementado).

Putz! Eu ainda estou no 23° nível de feiticeiro. Já matei alguns dragões
mas nada se compara ao 333° grau.

Ah! Me esqueci que Léo é deus.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
One Ring to rule them all




SUBJECT: Re: Enfim, chegou o day after
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/04/2002 10:25


> Eu não disse que a MQ estava com seus dias contados?
>
> Leiam o artigo principal da Nature em
http://www.nature.com/nature/. Agora
> não adianta chorar.

impostaste de referir o que se passa ? ao ler essa página não vi nada
que chamasse a atenção.


Sérgio



SUBJECT: Re: Dualidade Onda-Particula com Fotons Individuais
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/04/2002 10:40


> > A explicação não é 100% classica pq introduz uma coisa chamada
> > "informação" que ninguem sabe o que é.
>
> Ótimo: Vou propor aos linguistas as seguintes modificações nos
dicionários:
>
> 1. Clássico = "Diz-se de alguma coisa que ninguém sabe o que é.
> 2. Ninguém sabe = O Sérgio não sabe.

Não. Numa prespectiva pura de esclarecimento, "informação" não é
definida em fisica.
Se não vejamos:
1) Definição do conceito. Tem ?
2) Forma de medir-la. Tem ?
3) Dimensão [unidade] fisica de Informação. Tem ?

O que não é exacto, não é facto.
E é nessa prepectiva que referi que ninguem sabe o que é.
Até podes introduzir um conceito novo chamado informação, ou um
conceito velho com esse nome. Mas isso será uma introdução que está
fora daquilo que é classico. Pelo que se trata de um expanção da
fisica em sentido diferente mas com o mesmo "coração" que as
expanções recentes da MQ e da TR que chamadas de "não-classicas"
exactamente pq introduzem conceitos além daqueles da mecanica
classica.


És livre de introduzir o conceito, mas dizer que fazer isso é
puramente classico é forçar, e muito, a barra.

> > Já agora, a existencia da "informação" é falseável?
>
> Mas... Se você não sabe o que é e não está interessado em saber o
que
> seja... Que diferença faz ser ou não ser falseável?

Faz diferença para ser aceite como conceito cientifico.
Se não for falseável então é mais um gnomo.
Daqueles que tanto odeias...

> Quanto à expressão "física clássica" (...) quero crer que no
momento atual
> teríamos muito pouco a acrescentar.

Pronto, vou ter que aguardar pela proxima actualização do dicionário.

> Eu até gosto destas discussões, mas que
> sejam temas onde possamos realmente evoluir

O rigor é uma forma de evoluir. Mais que não seja ajuda a formalizar
as ideias e portanto a clarificá-las.

[]

Sérgio Taborda




SUBJECT:
FROM: "do_cais" <do_cais@bol.com.br>
TO: "grupo ciência" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/04/2002 11:00

Vamos lá:

-existe a matéria e a anti-matéria, então porque nós encontramos
mais a matéria que a anti-matéria? qual o porquê de haver mais
anti-matéria que matéria?

-quando elas se encontram, se anulam e deixam de existir, então
porque não ambas não deixam de existir?




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SUBJECT: Re: Enfim, chegou o day after
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/04/2002 11:40

--- Em ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> escreveu
>
> > Eu não disse que a MQ estava com seus dias contados?
> >
> > Leiam o artigo principal da Nature em
> http://www.nature.com/nature/. Agora
> > não adianta chorar.
>
> impostaste de referir o que se passa ? ao ler essa página não vi
nada
> que chamasse a atenção.
>
>
> Sérgio

Primeiro de Abril...

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Dualidade Onda-Particula
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/04/2002 11:57

> Estava fazendo força para ficar de fora desta discussão, mas não
deu. Se
> não interpreto mal, o ponto de contenção é a dualidade onda-
partícula,
> para o Sérgio Taborda

O é para vós, pois insistis que uma particula é uma onda, e nenhuma
das experiencias apresentadas por vós comprova isso.

> Gostaria de saber o que pensam os amigos físicos do famoso
experimento
> de Lvovsky, em que a natureza de onda e de partícula de um único
fóton
> foram medidas simultaneamente.

Eu estive a ler o artigo e não é nada disso que está lá escrito.
Eles usaram e cito: "We employed a mode-locked
Ti:sapphire laser (Spectra Physics Tsunami) in combination
with a pulse picker to obtain transform-limited pulses
at 790 nm with a repetition rate 816 kHz and a pulse width
of 1.6 ps."

ou seja, usaram um laser pulsado com pulso de 1.6ps e uma frequencia
de 816kHz , ou seja um impulso em cada 1/816k segundos = 1.26
microsegundos . O laser era de 790 nm (o que é na banda do vermelho)

E o que eles fizeram foi enviar esses pulsos e através de uma
construção experimental medir a forma dos pulsos no espaço.

Ora, isto não tem nada de misterioso e em nada suporta a ideia que um
fotão é uma particula, pois o que está a ser feito aqui é emitir
pulsos de luz e não fotões.
É como ter uma onda de agua e tentar fotografar a sua forma quando
passa em determinado local.

Ai tudo bem, mas depois dizer que estamos a mostrar o perfil de uma
molecula de água. Não dá. E é isso que estás a escrever dizendo que
mostra a dualidade.

Notar que esta experiencia usa pares de sinais correlacionados. Um
para activar o detector e outro que é o detectado. (esta é a base do
susposto paradoxo EPR, que como se vê por aqui, não é paradoxo nenhum)

Em termos de água, a onda que vai numa direcção activa o detector que
faz 'fotografar' a forma da onda que vai na outra direcção.

>Embora a matemática do artigo esteja além
> do que posso entender, o experimento é descrito em vários outros
textos
> como sendo decisivo para a demonstração da natureza dual da luz.

Bom, cada um diz o que quiser...mas não é referida, sequer, essa
questão no artigo.
Isso é uma extrapolação muito grande.

Em conclusão, este artigo não tem nada a ver com o assunto da
dualidade.

A dualidade de UMA particula mede-se com UMA particula e não com
várias. Mais sobre isto numa proxima oportunidade.

> Outra coisa que me espanta na discussão é a insistência em validar
> conceitos por sua semelhança com entidades físicas, de existência
> palpável e compreensível pela mente humana.

Se quiser teorias com gnomos, diabinhos verdes e energia vibratorias
dos planetas acoplados de outro plano astral, tb se arranja...
Fisica ainda é uma ciencia da natureza e aquilo que ela diz, modela,
observa e sobre o quê pensa, ainda tem que ser natural e encontrado
na natureza.
Caso contrário seria uma chorrada de misticismos.

> Toda a teoria é um modelo, e
> o teste do modelo é a confirmação de suas previsões. Vocês não
acreditam
> no extraordinário poder preditivo da mecânica quântica?

Eu não acredito é na extraordinária capacidade de inventar absurdos à
custa da MQ. É que são tantos que custa acreditar.

E mais que isso, na enorme capacidade do publico comer e calar, por
muito estranho que possa parecer.
O detector de vigarice faz auto-shuttdown, deve ser isso.

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT:
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/04/2002 13:06


> -existe a matéria e a anti-matéria, então porque nós encontramos
> mais a matéria que a anti-matéria? qual o porquê de haver mais
> anti-matéria que matéria?

Ninguem sabe, por agora, responder a essa questão.

> -quando elas se encontram, se anulam e deixam de existir, então
> porque não ambas não deixam de existir?

Bom, elas não deixam realmente de existir.

as particulas e as antiparticulas apenas se transformam em fotões.
Esses fotões permanecem no universo e podem dar origem a outras
particulas mais tarde. Essas outras particulas serão ou não da
mesma "especie" que as que deram origem ao fotão.

O que sabemos é que a anti-particula "reage" com a particula
produzindo fotões. Que são assim uma especie de particulas "neutras"
no sentido que elas são iguais ao sua propria antiparticula e
portanto elas não reagem e não desaparecem.

Elas não deixam de existir, pq sempre existirão fotões.

O desiquilibrio dos fotões , i.e. quando fotões dão origem a outras
particulas faz nascer anti-matéria. Mas ela só dura até que "choque"
novamente com a sua particula respectiva.

A teorias complicadas de hoje não sabem responder ao problema do
desvio para a matéria que ocorre aqui onde nos encontramos.


Teoria não-mainstream sugerem que apenas existe uma unica particula
base e que todas as outras são construidas por agrupamentos desta.
Mas nada disso é comprovado.

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: Dualidade Onda-Particula
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/04/2002 13:27

Aparentemente se descartarmos a
natureza dual onda-particula na
materia nao poderemos ir muito
longe.

Ha' tto comportamento ondulatorio
como particulado das 'particulas'
fundamentais.

Poucos aqui, se algum, defendem a
natureza puramente ondulatoria da
materia. Entao em relacao 'a natureza
puramente corpuscular, fica estranho
imaginar q. seja apenas um corpusculo
com os experimentos da dupla-fenda
gerando um padrao de interferencia
mesmo qdo apenas um eletron ou foton
passa por vez.

Em sendo um corpusculo, ele nao deveria
interferir consigo mesmo ao passar por
uma das fendas. Ele seguiria o padrao de
espalhamento normal visto qdo apenas uma
das fendas esta' disponivel. Se ele passa
por uma das fendas ele deveria seguir a
probabilidade de ir para uma ou outra
direcao dada pela passagem por essa fenda --
q. geraria um padrao de um borrao circular
com maior concentracao no centro e menor
concentracao na periferia: e' o q. vemos
qdo apenas uma das fendas esta' disponivel.

Qdo as duas fendas estao disponiveis, e mais
de uma particula passa pelas fendas ao
mesmo tempo, podemos pensar q. uma
particula interage com a outra gerando o
padrao de interferencia. Mas e qdo apenas um
foton ou eletron passa por vez? Por q.
nao se gera simplesmente um padrao q. e' a
sobreposicao de se passar por uma das fendas?
Passando pela fenda A haveria um espalhamento
com o centro na projecao ortogonal de A sobre
o anteparo 'a frente. Passando pela fenda B
haveria um espalhamento com o centro sobre
a projecao ortogonal de B sobre o anteparo.
Como apenas um eletron ou foton passa por vez,
ou ele passa por A ou passa por B. Em passando
por A, ele pode atingir um ponto na area de
espalhamento de A, em passando por B, ele pode
atingir um ponto na area de espalhamento de B.
No fim deveria surgir nao um padrao de interferencia,
mas dois circulos com o centro ligeiramente
deslocado um em relacao ao outro.

Mesquita propoem uma alternativa, mas me parece
q. nao responde bem 'a questao. (O eletron deveria
sofrer uma deflexao ao emitir a onda de informacao.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: QUE FAZER?
FROM: "Sandro Silva" <anhangah@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/04/2002 15:18

Olá amigos,

Peço atenção para o seguinte quadro:

Paciente com insuficiência renal, que adquiriu o vírus da Hepatite C,
em sessão de hemodiálise. Realizou o transplante a 5 anos, tomando altas
doses de medicamentos anti-rejeição desde então.

No ano passado, teve a visão comprometida por toxoplasmose.
Medicando-se fortemente para controlar a toxoplasmose, criou-se uma situação
em que a Hepatite C evoluiu consideravelmente.

As informações recebidas por alguns especialistas indicam que os
medicamentos para o controle da Hepatite C causam rejeição do enxerto renal
realizado, pois aumenta a imunidade, quando, em ação oposta, a medicação
para o transplante abaixa a imunidade.

A grande pergunta é: QUE FAZER?

A medicação atual é: Cellcept 1000 mg, Tracolinus (FK 504) 2 mg,
Predinisona (um vilão?) 5 mg.

Possivelmente não há nesta lista nenhum médico especialista em
hepatologia, mas há a possibilidade de entre o círculo de amizades de muitos
desta lista haver algum. Portanto eu suplico que enviem/comentem esta
mensagem com qualquer hepatologista conhecido com o intuito de propor alguma
solução para o dilema deste paciente, que, na verdade, é uma amiga pessoal
muito querida por mim.

Qualquer conselho e orientação serão bem vindos.

Sandro Silva
Curitiba &#8211; PR
(041) 657-2614

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SUBJECT: Encontro da STR no RS
FROM: "Sociedade da Terra Redonda" <strbrasil@hotmail.com>
TO: Str@strbrasil.com.br
CC: Strbrasil@yahoogroups.com, Lasir@yahoogroups.com, ateus-br@yahoogroups.com, CienciaCidadania@yahoogroups.com, ciencialist@yahoogrupos.com.br, pensamento@yahoogroups.com, sbcr@yahoogroups.com, secularismo@yahoogroups.com
DATE: 01/04/2002 15:53

Prezado(a),

Vamos realizar o segundo encontro regional da STR em 2002 no estado do
Rio Grande do Sul. No primeiro encontro este ano, em SP, estiveram presentes
35 pessoas. Este segundo encontro ocorrerá num sábado, dia 06/04/2002, na
Rua Fernando Machado 312 - Salão de Festas, Porto Alegre. A novidade deste
encontro será a apresentação de uma celebridade versando sobre um tema
específico. Neste encontro no RS teremos a presença do professor da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Renato Zamora Flores. Renato é
Membro da STR e irá dar uma palestra entitulada "Ontopsicologia, um estudo
de caso em pseudociências modernas." Renato exibirá um vídeo da matéria
veiculada no Jornal Nacional comentando o assunto. Existem diversos textos
publicados na STR sobre o assunto e outros de autoria de Renato:

- O Charlatão Que Tentou Calar O Cientista
http://www.strbrasil.com.br/Str/charlatao.htm
- Ontopsicologia: Uma Panacéia Falaciosa, Clone das Religiões
http://www.strbrasil.com.br/Str/ontopsicologia.htm
- De que raça você quer ser? - O problema inerente à classificação de
pessoas
http://www.strbrasil.com.br/Scientia/raca.htm
- Entrevista Sobre Clonagem Humana Com Renato Zamora Flores
http://www.strbrasil.com.br/Scientia/zamora.htm
- Prevendo, Chutando e Tentando Adivinhar
http://www.strbrasil.com.br/Str/prevendo.htm
- Qual o Poder de Predição da Quiromancia?
http://www.strbrasil.com.br/Str/quiromancia.htm
- Basil Púrpura
http://www.strbrasil.com.br/Str/basil.htm
- Deus É Um Vírus
http://www.strbrasil.com.br/Scientia/virus.htm
- Evolução: da Origem da Vida à Mente Humana
http://www.strbrasil.com.br/Scientia/evolucao.htm

O início do encontro será às 19h e a apresentação será iniciada às
20h30min. A *entrada é franca*. Solicitamos aos participantes que levem
comidas e bebidas (haverá pratos, copos e talheres no local). Pode-se também
encomendar pizzas por telefone. As fotos de encontros já realizados estão
disponíveis na Área Eventos, em
http://www.strbrasil.com.br/Eventos/encontros.htm .

Avise seus amigos sobre o encontro no RS para que o número de
participantes seja maior. Há na STR uma lista de pessoas que confirmaram
interesse em participar dos encontros, publicada em
http://www.strbrasil.com.br/principal.htm#Encontro . Se você tem interesse
de participar de algum encontro, envie-nos um e-mail para figurar nesta
lista.

Outros estados (RJ, PR, MG, DF e CE) também terão encontros regionais,
mas nem todos os detalhes estão definidos. Sabemos apenas que serão
realizados em restaurantes, salões ou bifês, seguindo o padrão dos encontros
já realizados. Pretendemos realizar encontros também no aniversário da STR
(04/05/2002) e no dia da ciência (08/07/2002). Sua presença é muito
importante para o sucesso de nossos encontros!

Participe da pesquisa on line de opinião em
http://vote.sparklit.com/survey?ID=519958 e faça com que nossos encontros
sejam cada vez melhores. Os dados da pesquisa nos ajudarão a planejar os
encontros nos outros estados.

Aguardamos ansiosamente seus comentários, críticas e sugestões.

Atenciosamente,
Leo Vines, Presidente
Vines@strbrasil.com.br
Sociedade da Terra Redonda
http://www.strbrasil.com.br
"Porque concluir é melhor que acreditar."

---

Este e-mail foi-lhe enviado pois você se registrou como Membro (
http://www.strbrasil.com.br/Membros ) da Sociedade da Terra Redonda ou faz
parte das principais listas de ateísmo, ceticismo e ciência na língua
portuguesa. Caso não queira mais receber nossas notificações diretamente por
e-mail, envie mensagem para Str@strbrasil.com.br com o título "Remover da
Lista de Mensagens". Pedimos desculpas aos cadastrados em mais de uma lista
pelas mensagens duplicadas.

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SUBJECT: O quantum sai da caixa
FROM: "Edson Vizzoni" <evizzoni@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/04/2002 16:29

Amigos listeiros,

Para os que gostam de felinos qu�nticos, um artigo publicado no jornal
virtual da Soc. Bras. para o Progresso da Ci�ncia.

Um abra�o,

Vizzoni

*********************************************************
JC e-mail 2003, de 01 de Abril de 2002 (SBPC)
O quantum sai da caixa

Proposta do f�sico brit�nico Roger Penrose promete acabar com o paradoxo
mais famoso da mec�nica qu�ntica, o do gato que est� vivo e morto ao mesmo
tempo

Ivan Semeniuk escreve para a 'New Scientist'

O universo � cheio de coisas dif�ceis de localizar: chaves de carro,
guarda-chuvas, pares de meia. Algumas acabam aparecendo, outras resistem �
busca mais persistente. Mas tudo que perdemos na vida cotidiana est� unido
por um s�lido fato f�sico: s� pode estar em um lugar de cada vez.

Quer dizer, at� que ponham a mec�nica qu�ntica na hist�ria. Por mais
estranho que pare�a, as chaves do seu carro poderiam estar se escondendo no
bolso do seu casado e sob uma pilha de jornais ao mesmo tempo, e
simultaneamente n�o estar totalmente em nenhum dos lugares.

Pode soar contra-intuitivo, mas � o que a teoria qu�ntica padr�o prega. E,
como a teoria faz um �timo trabalho descrevendo como os tijolos mais
fundamentais do Universo se comportam, a maioria dos f�sicos n�o viu outra
op��o a n�o ser concordar com ela. '� uma dessas coisas que voc� aprende
quando est� na gradua��o', diz Roger Penrose, da Universidade de Oxford.
'Inicialmente estudantes v�o dizer, 'Que diabo est� acontecendo?'.

Ent�o eles descobrem que o professor parece saber do que est� falando e,
depois de um tempo, eles se acostumam a isso.' Mas algumas pessoas, como
ele, ainda se preocupam com a id�ia. Penrose aceita que el�trons, �tomos e
outras part�culas naquela escala min�scula possam estar em mais de um lugar
ao mesmo tempo.

Mas ele n�o aceita que isso sugira que um punhado de chaves se comporte do
mesmo modo. Essa m�-vontade para seguir com a linha de frente levou Penrose
a propor uma nova f�sica que ir�, ele espera, fazer de nosso Universo um
lugar menos insano.

A teoria dele imp�e um corte para as esquisitices qu�nticas at� um certo
tamanho, e ele at� bolou um experimento para testar a id�ia. Se funcionar,
pode pavimentar a estrada para a unifica��o da mec�nica qu�ntica com a
teoria da relatividade de Einstein, algo que os cientistas est�o
desesperados para conseguir. Um retorno mais imediato poderia ser a
resolu��o de um famoso paradoxo da teoria qu�ntica.

Gra�as a Penrose, o gato de Schr�dinger poder� finalmente sair de sua caixa.
O famoso felino de Erwin Schr�dinger, v�tima inocente de um estranho
experimento mental qu�ntico, tem estado vivo e morto por 70 anos. Seu
problema come�a quando ele sobe numa caixa onde uma arma carregada est�
apontada para sua cabe�a.

Um f�ton � ent�o disparado a um espelho semi-reflexivo chamado de separador
de raios. Se o f�ton passa pelo espelho, ele automaticamente ativa um sensor
de luz, que por sua vez dispara a arma contra o gato, matando-o. Se, por
outro lado, o espelho reflete o f�ton para longe, o gato segue vivo. O
problema �: no mundo qu�ntico as duas possibilidades acontecem
simultaneamente. Os f�sicos se referem a isso como a 'superposi��o de
estados'.

Segundo a teoria qu�ntica ortodoxa, a superposi��o dura at� que algu�m olhe
na caixa para ver o que aconteceu. A observa��o n�o precisa ser direta. A
trajet�ria do f�ton pode ser vista em um lugar ou outro, por exemplo,
permitindo que algu�m deduza o estado do gato. Mas, em qualquer forma que
tenha, esse ato de observa��o tem um papel cr�tico: � a transmiss�o f�sica
da informa��o durante uma observa��o que causa o colapso da superposi��o e
sela o destino do gato.

Os f�sicos chamam esse vazamento de informa��o de 'decoer�ncia'. Mas e se
n�o houver decoer�ncia? E se o f�ton e o espelho e a arma e o gato
permanecem completamente isolados do mundo exterior? Segundo a mec�nica
qu�ntica, isso s� pode significar que o gato est� numa superposi��o de
estados. Ele est� vivo e morto, e nem morto, nem vivo, e essa condi��o
peculiar permanece indefinidamente, at� que algu�m abra a caixa. Voc� pode
achar isso dif�cil de engolir -mas � para ser mesmo. Schr�dinger s� veio com
isso como um modo de demonstrar que tem de haver algo errado na teoria
qu�ntica.

Mas, em vez de apontar onde a falha pode existir, os f�sicos desenvolveram
v�rias interpreta��es da mec�nica qu�ntica para explicar como as
superposi��es e suas consequ�ncias podem operar. A mais popular se baseia em
pouco mais do que f� cega: uma aceita��o de que simplesmente � assim que as
coisas s�o. '� uma atitude meio derrotista', diz Penrose.

Outra abordagem que resiste � a interpreta��o dos 'muitos mundos', em que o
Universo inteiro se divide no instante em que um f�ton atinge um espelho
semi-reflexivo. Em um Universo o f�ton passa e o gato morre. No outro o
f�ton � refletido e o gato � poupado.

Penrose critica a id�ia de que o Universo precisa se bifurcar cada vez que
uma part�cula � observada em algum lugar. 'Voc� � levado a essa enorme e
horrenda superposi��o de todas essas alternativas', diz. Significaria um
absurdo n�mero de universos m�ltiplos sendo criados a cada momento. � mesmo
preciso criar um Universo inteiro para matar um gato?

Mol�cula duplicada

Ainda assim, qualquer que seja a explica��o, � um fato experimental que
essas superposi��es realmente acontecem -pelo menos na escala qu�ntica.
'Essa � uma das propriedades essenciais da mat�ria', diz o f�sico Anton
Zeilinger, da Universidade de Viena.

Ele est� igualmente convencido de que elas existem -em princ�pio- at� a
escala das chaves do carro. Seu grupo de pesquisa conseguiu disparar uma
mol�cula de fullereno, que cont�m 60 �tomos de carbono, por duas aberturas
separadas ao mesmo tempo, demonstrando a superposi��o qu�ntica em uma escala
surpreendentemente grande.

Zeilinger est� confiante de que poder� colocar at� coisas maiores -como
bact�rias- em superposi��es. E se pode acontecer com bact�rias, por que com
gatos seria diferente? Mas Penrose pensa que Zeilinger est� errado. Ele acha
que o gato de Schr�dinger est� seguro -e o que vem a seu resgate � a simples
e velha gravidade. 'Se voc� n�o aceita que o cen�rio de Schr�dinger se
mant�m em todos os n�veis, ent�o deve haver um est�gio em que ele muda', diz
Penrose.

'E o melhor lugar para esperar isso � quando efeitos gravitacionais se
tornam importantes.' Einstein descreveu o que chamamos de gravidade como
curvas no espa�o e no tempo, criadas por mat�ria e energia. Na escala
qu�ntica, o efeito � muito pequeno para ser observado, mas est� l� mesmo
assim. Penrose sugere que sempre que uma part�cula estiver em uma
superposi��o de estados, o espa�o-tempo tamb�m precisa estar em uma
superposi��o.

Mas a part�cula teria quantidades ligeiramente diferentes de energia
gravitacional, com rela��o aos objetos em volta, em cada um desses dois
estados. Ent�o a superposi��o introduz uma incerteza -uma ambiguidade
c�smica- na energia de todo o sistema. 'Voc� n�o pode ter uma no��o
consistente de qual � a sua energia', diz Penrose.

Instabilidade

Isso, segundo ele, cria uma 'incerteza' na energia. Isso n�o � um grande
problema por si s�: o princ�pio da incerteza de Werner Heisenberg � hoje um
familiar e comprovado aspecto da f�sica. E uma de suas consequ�ncias � a de
que, se voc� quer permitir uma grande incerteza na energia do sistema, ent�o
essa incerteza s� pode existir por um tempo muito curto. Essa � a quest�o
para Penrose.

Ele diz que a incerteza da energia entre os estados superpostos significa
que todas as superposi��es s�o inerentemente inst�veis e limitadas a um
certo tempo. Quanto maior o objeto em superposi��o, mais diferen�a de
energia existiria entre os estados individuais que fazem a superposi��o, e
maior � a incerteza da energia. E quanto maior a incerteza, mais r�pido ela
decai para um estado ou outro.

Penrose estima que, para um objeto com o tamanho e a massa de um pr�ton, uma
superposi��o de estados pode durar milh�es de anos. �tomos e mol�culas n�o
durariam tanto assim em superposi��es, mas ainda muito tempo para o colapso
ser medido.

Mas bem antes de um objeto conter �tomos suficientes para fazer um fio de
bigode de um gato, sua grande energia gravitacional evitaria que uma
superposi��o durasse mais que um milion�simo de segundo. E assim a gravidade
explica por que, por mais que voc� pudesse querer, nunca se encontrou em
dois estados ao mesmo tempo -e nem o gato de Schr�dinger.

Penrose chama esse processo de 'redu��o de estado objetiva', significando
que o colapso da superposi��o acontece em seu pr�prio tempo, independente de
observa��o. Essa objetividade � contr�ria � dos f�sicos qu�nticos
tradicionais, de modo que a id�ia recebeu rea��es c�ticas. 'Acho que n�o
haver� quebra da superposi��o qu�ntica em lugar nenhum', diz Zeilinger.

Penrose sabe que o melhor jeito de ganhar aceita��o para sua id�ia �
confirm�-la com um experimento. Para isso, pediu a ajuda de Dik Bouwmeester
e William Marshall, do Centro para Computa��o Qu�ntica de Oxford. Eles
come�aram a desenvolver os aparelhos que v�o reproduzir os elementos-chave
do experimento mental de Schr�dinger e procurar a redu��o de estado objetiva
de Penrose em a��o.

Bouwmeester e Marshall pretendem colocar um cristal de um mil�simo de
mil�metro em uma superposi��o. Por menor que esse cristal seja, para padr�es
qu�nticos ele � enorme. Penrose estima que a massa do cristal v� for�ar o
decaimento de qualquer superposi��o entre 0,01 e 0,1 segundo. Isso � devagar
o bastante para que a mudan�a seja medida e r�pido o suficiente para
distinguir o resultado da mec�nica qu�ntica padr�o, que aposta que a
superposi��o deveria durar para sempre.

Empurr�o a laser

O experimento come�a com um laser disparando um f�ton em um separador de
raios, que manda o f�ton por dois caminhos ao mesmo tempo, na melhor
tradi��o qu�ntica. Em um caminho o f�ton acerta um espelho, que o envia de
volta ao separador de raios. No outro, o f�ton acerta um cristal suspenso em
um filamento de carbono de modo a faz�-lo recuar levemente quando atingido
pelo f�ton.

A superposi��o dos dois caminhos para os f�tons for�a o cristal a uma
superposi��o de duas localiza��es: uma em que ele recuou e outra em que
permaneceu estacion�rio, porque o f�ton pegou o outro caminho. Ap�s bater na
face do cristal, o f�ton se dirige para um segundo espelho. Essa por��o do
v�o do f�ton � cronometrada precisamente de modo que o f�ton seja refletido
de volta para chegar ao cristal no exato momento em que ele tenha retornado
� posi��o original.

O cristal, ent�o, reflete o f�ton de volta ao separador de raios, onde ele
se recombina com seu estado paralelo como se nunca tivesse se dividido.

'Se a mec�nica qu�ntica com as suas superposi��es for verdadeira, ent�o ele
voltar� sempre do caminho de onde veio', diz Penrose. Nesse caso, tudo sobre
o f�ton original ser� preservado. Ele passa pelo separador de raios do jeito
que veio e vai direto de volta at� o laser. O detector de f�tons colocado no
caminho alternativo do separador de raios n�o ir� detectar nada. Se o
detector n�o registrar nada toda vez que o experimento for conduzido, ir�
confirmar que cada f�ton est� de fato 'ciente' dos dois caminhos.

Mas os pesquisadores v�o preparar o experimento para que o v�o do f�ton pelo
aparelho leve mais que um d�cimo de segundo. No caso, Penrose diz que a
superposi��o do cristal deveria decair enquanto o f�ton ainda est� l�
dentro. Ent�o os dois poss�veis caminhos ter�o virado um s�, e a
superposi��o do f�ton ter� de desaparecer.

� cedo para saber se o experimento vai funcionar com a tecnologia
dispon�vel, mas ningu�m duvida que a possibilidade valha a investiga��o.

Bouwmeester se diz entusiasmado, mas, ironicamente, pensa que o experimento
vai provar que Penrose est� errado. Mas Penrose est� confiante de ter
farejado algo. Ele est� convencido de que isso vai expor a incompletude da
teoria qu�ntica como se apresenta hoje.

(Folha de SP, 31/3)

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SUBJECT: Fantástico pede ajuda da STR contra o charlatanismo
FROM: "Sociedade da Terra Redonda" <strbrasil@hotmail.com>
TO: Editores@strbrasil.com.br
CC: Lista@strbrasil.com.br, Lasir@yahoogroups.com, ateus-br@yahoogroups.com, ciencialist@yahoogrupos.com.br, despertar@yahoogroups.com, lidearc@yahoogroups.com, pensamento@yahoogroups.com, sbcr@yahoogroups.com, secularismo@yahoogroups.com
DATE: 01/04/2002 17:02

Prezados,

Recebi hoje um telefonema da redação do Fantástico. Como já devem saber,
eles estão veiculando uma série de reportagens sobre o "desafio dos céticos"
(http://redeglobo.globo.com/cgi-bin/fantastico/mont_materia.pl?controle=1536),
onde eles convocam "paranormais" brasileiros a concorrerem ao prêmio de
US$1M do James Randi. Pelo que me disse o editor, eles pretendem mostrar
três casos toda semana. Ele me perguntou se poderíamos ajudá-lo a entrar em
contato com os ditos "paranormais". Expliquei que nós da STR sempre tivemos
dificuldade quando tentamos convidar esse pessoal para um teste controlado
ou um debate. Eles sempre dão uma desculpa e fogem... Ele disse que tentará
fazer uma abordagem diferente e que provavelmente os "paranormais" aceitarão
aparecer na TV mais para se promover do que para ganhar o prêmio.

Ele citou interesse em mostrar no Fantástico o Thomas Green Morton
(aquele maluco do Rá) e um tal de Gruber (alguém sabe quem é?). Eu citei pra
ele o caso da Fundação Cobra Coral, que foi recentemente contratada pelo
prefeito do RJ para acabar com as chuvas e impedir que a dengue se prolifere
(http://www.estado.com.br/editorias/2002/03/12/cad012.html). Citei também
aqueles sujeitos que dizem ter telepatia, fazendo apresentações em platéias,
dizendo dados que constam em carteiras de identidade, etc.

Acho que é uma excelente oportunidade de melhorarmos a qualidade da
programação na TV (pelo menos este pedacinho do Fantástico), pois não apenas
podemos enviar contatos de "paranormais", como também podemos enviar o nosso
parecer e nossa explicação que refuta a alegação do charlatão. Isso
aumentará as chances de uma explicação racional aparecer nas reportagens,
não apenas aquelas opiniões de Padres Quevedos dizendo "esse paranormal é
falso, só a minha paranormalidade é verdadeira." Além disso, eles poderão
citar nossa página na Internet e aumentar nossas visitas. Irei enviar a
primeira leva de material para a redação do Fantástico hoje (incluirei os
links de textos da STR que falam sobre o assunto). Quem conhecer links de
matérias contra e a favor, telefones e endereços de "paranormais", por
favor, envie-me. Sugestões são muito bem-vindas.

Abraços,
Leo Vines, Presidente
Vines@strbrasil.com.br
Sociedade da Terra Redonda

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Dualidade Onda-Particula com Fotons Individuais
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/04/2002 17:08

----- Original Message -----
From: "rmtakata"
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, April 01, 2002 8:30 AM
Subject: [ciencialist] Re: Dualidade Onda-Particula com Fotons Individuais

> O eletron emite essa onda. Ok, mas essa onda
> deve transportar energia. De modo q. sua emissao
> deveria causar uma alteracao na quantidade de
> movimento do eletron emissor -- ele nao deveria
> seguir reto apos a emissao, deveria ser
> defletido antes de chegar 'a fenda... Ou nao?
> Nesse caso, ele deveria ser emitido com uma
> certa angulacao para poder atravessar a fenda.

Pô, agora você está tentando me colocar em xeque!!! ;-)) Assim não brinco
mais, vou tirar minhas bolinhas elementares de campo. :-))

A resposta existe mas dentro do contexto referido no início da apresentação,
quando assinalei que a explicação seria 100% clássica. [Se o Sérgio estiver
lendo esta mensagem sugiro que "onde se lê clássica" leia ou "neo-clássica"
ou "clássica na visão do Alberto" ou "qualquer coisa parecida" e assim
ficamos conversados, OK?]

A física que hoje se ensina nas escolas como clássica contém um forte
condimento a dirigir o aluno para que no futuro venha a aceitar a física
moderna com a menor dor de barriga possível pois do contrário... Haja
antiácido! :-) Conseqüentemente, o ensino da física clássica fica muito a
desejar e passamos a encarar como clássicos alguns gnomos que foram
introduzidos na física com a única finalidade de justificar coisas que
somente fazem sentido para a "física" moderna.

O conceito de campo introduzido por Faraday, e logo acoplado ao
eletromagnetismo sintetizado por Maxwell, aceitava a física genuinamente
newtoniana sem as falácias relacionadas ao que foi chamado por Maxwell como
dogma de Cotes (ação instantânea à distância para campos). Durante grande
parte de sua vida, mesmo quando estava construindo sua teoria, Maxwell
aceitou a luz corpuscular, apesar de suas equações mostrarem uma identidade
entre a velocidade da luz e a velocidade da propagação dos campos. Onda
eletromagnética seria um modelo compatível com as idéias primitivas de
Maxwell se, e somente se, existisse um ether, coisa que ficou
descaracterizada após a experiência de Michelson e Morley.

Conseqüentemente, e classicamente falando, deve-se tomar muito cuidado
quando se pensa em "onda eletromagnética". Isso é um modelo clássico que
funciona, mas nada mais do que isso. Não há nada a comprovar que luz é onda
eletromagnética e nada a comprovar que a luz é apenas um amontoado de
corpúsculos. O que existe, classicamente falando, são experiências que
falseiam totalmente a teoria ondulatória (por ex., a experiência de
Michelson-Morley), experiências que falseiam uma natureza *apenas*
corpuscular para a luz (por ex., a difração de Young) e experiências que
sugerem que a luz é composta por corpúsculos que emitem um determinado campo
(por ex., fenda dupla). Perceba que todas as teorias que se sujeitam a todas
essas experiências são (a exceção da fantasiosa física moderna que ninguém
entende) teorias de emissão. E emissão num sentido duplo: o corpúsculo de
luz é emitido pela fonte de luz e o próprio corpúsculo de luz é uma fonte
emissora de algo de natureza imaterial e do mesmo tipo daquele agente
responsável pelos campos eletromagnéticos, se bem que não exatamente
idêntico (pois o emissor é o corpúsculo de luz e não o elétron, no caso).

Em outras palavras, os campos não se propagam como "ondas" num meio ethereo
mas como "alguma coisa" emitida num vazio absoluto (espaço no sentido
newtoniano do termo).

Para os que acreditam em ether, o ether seria provavelmente um meio
imaterial. Para os que acreditam em "alguma coisa emitida, e a se
propagar", esta alguma coisa também *deve* ser de natureza imaterial. Esse é
o ponto crucial de todas as teorias físicas, sejam clássicas, sejam
modernas. Ou seja, existe, quer queiramos, quer não, uma
entidade --imaterial para os clássicos e virtual para os modernos-- que está
presente em todas as físicas, de Aristóteles a Einstein ou Bohr. Para os
antigos, existia uma quintessência. Para Newton, existia "alguma coisa
imaterial" e emitida por aqueles corpos que, a partir de Faraday, passaram a
serem chamados como geradores de campos. Para os clássicos anteriores a
Michelson-Morley existia um ether, também imaterial, posto que imponderável,
por onde estranhas ondas se propagariam. Para Einstein existe um ether
relativístico (vide http://www.tu-harburg.de/rzt/rzt/it/Ether.html ). Para
Bohr existiam efeitos miraculosos e jamais compreendidos por físico algum.
Para os físicos quânticos atuais existe um vácuo quântico fantasmagórico e a
gerar partículas a partir do nada.

Dentre os físicos adeptos das teorias de emissão de "alguma coisa imaterial"
creio que poderia citar, além de Newton e Maxwell, muito provavelmente
Poincaré e Ritz, além de outros.

Pois bem, digamos então que exista "alguma coisa imaterial" a se propagar
pelo espaço e a responder pelos campos gravitacional e eletromagnético. Se
essa alguma coisa é imaterial, muito provavelmente não estará dotada de
massa, não é mesmo? Se formos raciocinar classicamente, qual será o conteúdo
energético de um elemento cuja massa é igual a zero? Certamente deverá ser
nulo, não é mesmo? Afinal, a energia não foi definida para satisfazer
caprichos, mas como algo a se adaptar aos essenciais da física clássica
(vide "Considerações sobre os essenciais naturais" em
http://ecientificocultural.com/ECC2/artigos/editor28.htm ). Como então
explicar que um campo transfere energia? Essa é a questão crucial e acredito
que aí resida a origem de suas dúvidas, não é mesmo? Quero crer também que
essas dúvidas já foram respondidas no passado por argumentos que ficaram
perdidos no decorrer do tempo, pois hoje ninguém mais raciocina por esta via
que ora estou apontando. Quando afirmo que uma explicação é 100% clássica
não estou afirmando que ela é 100% verdadeira ou 100% conhecida, estou
apenas dizendo que estou procurando não me utilizar dos argumentos
gnomológicos, fantasiosos, pseudocientíficos e paranormais costumeiramente
adotados pelos físicos modernos, apenas isso. Mesmo porque a física clássica
é única em suas raízes, mas gera inúmeras interpretações diferentes e até
mesmo conflitantes.

Vamos lançar mão de uma experiência de pensamento. Imagine duas partículas A
e B capazes de gerar um campo gravitacional e que *acabaram de ser criadas*
em repouso em pontos distintos de um *universo totalmente vazio*, dotado de
um espaço euclidiano e mais nada. Classicamente falando, a energia total
desse universo é igual a zero. Se as partículas acabaram de ser criadas,
elas começam *agora* a emitir informações, digamos gravitacionais. Essas
informações têm conteúdo energético nulo, logo a emissão *não se acompanha
de reação de radiação*. Isso é totalmente diferente da emissão de
"corpúsculos de luz", se bem que não diferente da emissão de "informações"
eletromagnéticas. No caso da emissão de corpúsculos de luz existe a chamada
"reação de radiação" (esse termo, classicamente falando, é impróprio, mas é
como o fenômeno é citado na literatura).

Quando a informação emitida pela partícula A atinge a partícula B, o
conteúdo energético de B momentaneamente aumenta. Ou seja, a partir desse
momento B entra no campo de A e fica dotado de energia potencial. E tanto
isso é verdade que B agora entrará em movimento. Como o fenômeno é
simétrico, o mesmo estará acontecendo com A. O universo agora tem uma
energia diferente de zero e que a partir de agora (ou seja, a partir do
momento em que o campo de A atingiu a partícula B) será conservativo em
termos de energia.

Perceba então que o campo não contém energia, a informação não transporta
energia e energia potencial é algo possuído por uma partícula *contida num
campo* mas não uma energia *inerente ao campo* e muito menos transportada de
uma partícula para outra. Perceba também que essa conservação da energia não
é própria ou inerente ao universo, mas sim do fato de termos definido a
energia de forma conveniente para que se mostrasse conservativa nos
problemas que nos interessam. E como nunca ninguém (refiro-me aos humanos)
criou uma partícula, nunca ninguém observou esse caráter não conservativo da
energia e inerente à definição clássica da mesma [quando falo em clássica
estou, obviamente, excluindo os adeptos do dogma de Cotes, ou seja, de uma
aceitação da ação a distância instantânea e não intermediada por nada, algo
que por ignorância muitos afirmam fazer parte da física newtoniana; e quando
digo muitos estou a me referir à quase totalidade dos físicos modernos].

Além da experiência da dupla fenda, existem alguns outros gnomos da física
moderna que podem ser se não justificados totalmente, pelo menos vistos de
maneira diferente com a utilização dos prismas clássicos.

Uma destas questões relaciona-se ao que foi chamado princípio da incerteza.
Temos aqui duas características a serem comentadas. A primeira relaciona-se
ao que denominei em trabalho anterior "o apriorismo de Heisenberg":
> > Heisenberg admitiu implicitamente, em sua teoria, que a posição de
> > uma partícula somente podia ser determinada através do choque seguido
> > da observação de propriedades de outra partícula. Acredito que ninguém
> > o criticou por este ângulo pois este "a priori" é aceito,
> > inconscientemente, por quase todos os físicos modernos que estudam
> > partículas. Eliminado este "a priori", este tipo de indeterminação cai
> > por terra. (vide item III-2 de "Considerações sobre a incerteza" em
> > http://ecientificocultural.com/Eletron2/incerteza1.htm )
A segunda relaciona-se ao papel do observador e da incerteza na mensuração
da energia de uma partícula. Quando um observador interfere com uma
partícula "A" ele está de alguma maneira ainda não explicada por nenhuma das
físicas, alterando o seu campo *instantaneamente* e sob a vontade do
experimentador. Essa "vontade" não é conhecida instantaneamente por todo o
Universo, logo partículas afastadas de "A" não estão instantaneamente sob a
influëncia desta "vontade". Estou tentando dizer que isso vai contra o
determinismo físico do Universo (o Universo relógio) e a favor de nosso
livre-arbítrio, mas isso física nenhuma consegue explicar. Pensando-se desta
forma, ainda que o homem não consiga criar partículas, no sentido exposto
acima, ele consegue modificar instantaneamente o campo de partículas já
existentes. E essa modificação leva um certo tempo para se propagar, e isso
gera uma aparente não conservação da energia durante um período de tempo
tanto menor quanto maior a incerteza na localização da partícula em relação
ao aparelho que a detecta. Essa "aparente não conservação" não deve ser
interpretada como absoluta, pois se está medindo apenas a energia do
equipamento e da partícula e não aquela do observador dotado de livre
arbítrio. Bem, estou apenas mostrando a lógica da incerteza, portanto não
interprete as frases ao pé-da-letra.

A outra questão relaciona-se à relatividade geral de Einstein e ao problema
Universo finito/infinito. As equações da relatividade geral de Einstein
apóiam-se na conservação absoluta da energia. Se aceitarmos a idéia de um
Big-Bang e tentarmos aí aplicar as equações relativísticas, e supondo-se que
a conservação seja relativa como expus acima, cairemos numa contradição. E a
única saída para esta contradição seria a de que nenhuma matéria poderia
existir fora de um espaço contido num raio superior a R = ct, em que t seria
a idade do Universo. Ora, se um espaço está proibido de conter matéria,
graças a um Decreto relativístico, não há porque pensarmos em sua existência
física ou real, apenas filosófica, não é mesmo? Ou seja, a teoria da
relatividade, haja vista apoiar-se numa conservação absoluta de uma entidade
*criada pelo homem* com a finalidade de mostrar-se conservativa no mundo em
que vive, conclui que o Universo deve estar sujeito a essa *criação humana*.
Sem dúvida, está faltando um Copérnico para decretar o fim desse
egocentrismo.

E para concluir, nada melhor que um pensamento de Einstein: "A história das
descobertas científicas e técnicas revela-nos quanto o espírito humano
carece de idéias originais e de imaginação criadora. E mesmo quando as
condições exteriores e científicas para o aparecimento de uma idéia já
existem há muito, será preciso, na maioria dos casos, uma outra causa
exterior a fim de que se chegue a se concretizar. O homem tem, no sentido
literal da palavra, que se chocar contra o fato para que a solução lhe
apareça. Verdade bem comum e pouco exaltante para nosso orgulho."

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm




SUBJECT: RE: [ciencialist] Fantástico pede ajuda da STR contra o charlatanismo
FROM: "The PhYz" <phyz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/04/2002 23:53

Leo:

Há alguns dias, descobri um site chamado "Ceticismo Aberto". O
subtítulo declara que se trata de um local para divulgação de
"paranormalidade" e "ufologia".

Além de usarem o nome "ceticismo" inadequadamente, advinhe o que tem em
suas páginas? Um link (com o logotipo) da STR, o que poderia
comprometer a imagem de um grupo sério.

Talvez você conheça o tal site. Não consegui achar o link aqui.

Caso conheça mesmo, você poderia citá-los para o Fantástico como exemplo
de demência. Normais, esses caras não são. Só podem ser pára-normais,
como tantos outros.
--
[ ] !

Monge Ateu



-----Original Message-----
From: Sociedade da Terra Redonda [mailto:strbrasil@hotmail.com]
Sent: Monday, April 01, 2002 17:03
To: Editores@strbrasil.com.br
Cc: Lista@strbrasil.com.br; Lasir@yahoogroups.com;
ateus-br@yahoogroups.com; ciencialist@yahoogrupos.com.br;
despertar@yahoogroups.com; lidearc@yahoogroups.com;
pensamento@yahoogroups.com; sbcr@yahoogroups.com;
secularismo@yahoogroups.com
Subject: [ciencialist] Fantástico pede ajuda da STR contra o
charlatanismo


Prezados,

Recebi hoje um telefonema da redação do Fantástico. Como já devem
saber,
eles estão veiculando uma série de reportagens sobre o "desafio dos
céticos"
(http://redeglobo.globo.com/cgi-bin/fantastico/mont_materia.pl?controle=
1536),
onde eles convocam "paranormais" brasileiros a concorrerem ao prêmio de
US$1M do James Randi. Pelo que me disse o editor, eles pretendem mostrar

três casos toda semana. Ele me perguntou se poderíamos ajudá-lo a entrar
em
contato com os ditos "paranormais". Expliquei que nós da STR sempre
tivemos
dificuldade quando tentamos convidar esse pessoal para um teste
controlado
ou um debate. Eles sempre dão uma desculpa e fogem... Ele disse que
tentará
fazer uma abordagem diferente e que provavelmente os "paranormais"
aceitarão
aparecer na TV mais para se promover do que para ganhar o prêmio.

Ele citou interesse em mostrar no Fantástico o Thomas Green Morton
(aquele maluco do Rá) e um tal de Gruber (alguém sabe quem é?). Eu citei
pra
ele o caso da Fundação Cobra Coral, que foi recentemente contratada pelo

prefeito do RJ para acabar com as chuvas e impedir que a dengue se
prolifere
(http://www.estado.com.br/editorias/2002/03/12/cad012.html). Citei
também
aqueles sujeitos que dizem ter telepatia, fazendo apresentações em
platéias,
dizendo dados que constam em carteiras de identidade, etc.

Acho que é uma excelente oportunidade de melhorarmos a qualidade da
programação na TV (pelo menos este pedacinho do Fantástico), pois não
apenas
podemos enviar contatos de "paranormais", como também podemos enviar o
nosso
parecer e nossa explicação que refuta a alegação do charlatão. Isso
aumentará as chances de uma explicação racional aparecer nas
reportagens,
não apenas aquelas opiniões de Padres Quevedos dizendo "esse paranormal
é
falso, só a minha paranormalidade é verdadeira." Além disso, eles
poderão
citar nossa página na Internet e aumentar nossas visitas. Irei enviar a
primeira leva de material para a redação do Fantástico hoje (incluirei
os
links de textos da STR que falam sobre o assunto). Quem conhecer links
de
matérias contra e a favor, telefones e endereços de "paranormais", por
favor, envie-me. Sugestões são muito bem-vindas.

Abraços,
Leo Vines, Presidente
Vines@strbrasil.com.br
Sociedade da Terra Redonda



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fantástico pede ajuda da STR contra o charlatanismo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/04/2002 00:42

----- Original Message -----
From: "The PhYz"
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, April 01, 2002 11:53 PM
Subject: RE: [ciencialist] Fantástico pede ajuda da STR contra o
charlatanismo

> Há alguns dias, descobri um site chamado "Ceticismo Aberto". O
> subtítulo declara que se trata de um local para divulgação de
> "paranormalidade" e "ufologia".
> Além de usarem o nome "ceticismo" inadequadamente, advinhe o que tem em
> suas páginas? Um link (com o logotipo) da STR, o que poderia
> comprometer a imagem de um grupo sério.
> Talvez você conheça o tal site. Não consegui achar o link aqui.

Nada contra nem a favor o site, muito pelo contrário, mas afim de colaborar
com o "The PhYz" diria que a pesquisa Google forneceu:
http://ceticismoaberto.cjb.net/

Aliás, eu já conhecia a página "Os gnomos das cuecas e a UGOlogia" que está
em http://www.ceticismoaberto.kit.net/UGO.htm, muito boa por sinal.
Revisitando esta página, adivinhem o que encontrei: O logotipo
http://www.ceticismoaberto.kit.net/leo2.gif :-))))))) Eu sabia que aquela
história de ectoplasmas do Léo tinha um fundo de verdade. :-))))))
E também encontrei o logotipo: http://www.ceticismoaberto.kit.net/humor.gif
Oi, Brudna, tudo bem por aí?!!!!! :-)))))
Só está faltando o "Espaço Científico Cultural" mas esse acho que é muito
paranormal até mesmo para um "cético aberto".

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm

PS.: O Léo a que me refiro não é o mesmo Leo da STR e sim o Léo dos
ectoplasmas que acionam o motor de arranque da vassoura da madame Min, o
combustível do século XXI.



SUBJECT: Dutch euthanasia law takes effect
FROM: "The PhYz" <phyz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/04/2002 01:07

Dutch euthanasia law takes effect
----------
Newsday/AP
Dutch doctors may now legally help end the lives of hopelessly
ill patients suffering unbearable pain. The new law permitting
euthanasia requires a clear statement from the patient
indicating the choice to die. (04/01/02)
http://www.free-market.net/rd/720027705.html

[ ] !
_The PhYz - Diário do Olimpo:
http://diariodoolimpo.virtualave.net
Comemorando 75 MIL VISITAS !!
ICQ# 56958655
Windows Messenger (MSN): thephys01@hotmail.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] Fantástico pede ajuda da STR contra o charlatanismo
FROM: "Raul Sturari Jr." <sturari@brturbo.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/04/2002 01:42

Ô monge ateu: acho melhor você voltar ao site [ http://ceticismoaberto.cjb.net/ ] e ao menos dar uma "lidinha" na página para não pagar outro mico.

Essa sua foi ótima (risos)...

[]$
R@u2 $7uR@R1
"We are all atheists about most of the
gods that humanity has ever believed
in. Some of us just go one god further."
Richard Dawkins


--------------------------------------------------------------------------------


From: "The PhYz" <phyz@terra.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, April 01, 2002 11:53 PM
Subject: RE: [ciencialist] Fantástico pede ajuda da STR contra o charlatanismo


Leo:

Há alguns dias, descobri um site chamado "Ceticismo Aberto". O
subtítulo declara que se trata de um local para divulgação de
"paranormalidade" e "ufologia".

Além de usarem o nome "ceticismo" inadequadamente, advinhe o que tem em
suas páginas? Um link (com o logotipo) da STR, o que poderia
comprometer a imagem de um grupo sério.

Talvez você conheça o tal site. Não consegui achar o link aqui.

Caso conheça mesmo, você poderia citá-los para o Fantástico como exemplo
de demência. Normais, esses caras não são. Só podem ser pára-normais,
como tantos outros.
--
[ ] !

Monge Ateu


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RE: [ciencialist] Fantástico pede ajuda da STR contra o charlatanismo
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/04/2002 01:58

>MONGE ATEU: Há alguns dias, descobri um site chamado "Ceticismo
Aberto". O subtítulo declara que se trata de um local para divulgação
de "paranormalidade" e "ufologia". Além de usarem o nome "ceticismo"
inadequadamente, advinhe o que tem em suas páginas? Um link (com o
logotipo) da STR, o que poderia
comprometer a imagem de um grupo sério.<


Caro Monge Ateu,

Se não for 1 de abril, você precisa ler com mais cuidado antes de
acusar. O Ceticismo Aberto, do Airsmither/ Marcelo Kunimoto (nenhum dos
dois é o seu nome real) é um website cético. Aliás é muito bem feito,
com um refinamento gráfico difícil de encontrar em websites brasileiros.
Os artigos são apresentados de forma a atrair também o público
não-cético. Só na leitura o crédulo descobre que o ponto de vista não é
exatamente o que esperava. Aí, talvez, já esteja fisgado.

Um abraço,
Colucci

Ceticismo Aberto
http://ceticismoaberto.cjb.net/





SUBJECT: RE: [ciencialist] Fantástico pede ajuda da STR contra o charlatanismo
FROM: "The PhYz" <phyz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/04/2002 02:33

Logo depois da mensagem do Alberto Mesquita, fui lá e confirmei que o
site era cético mesmo. Estava tão evidente o meu engano que nem me
dispus a escrever de novo para a "ciencialist".

O problema é que não tenho mais paciência com crendices e charlatães (é
assim que se diz?). Quando vejo algo com aparência de que vai me fazer
perder tempo, descarto logo. Quando alguém escreve algo, se quer ser
lido, deve se preocupar com captar e manter, minimamente, a atenção das
pessoas. Do contrário, elas navegarão para outros sites e mares e não
terminarão de ler os textos, nem o primeiro parágrafo, por vezes.

Se o autor quer que um cético leia, deve deixar claro, desde o início, a
que veio.
--
Monge Ateu


-----Original Message-----
From: Jose Colucci Jr. [mailto:j.colucci@rcn.com]
Sent: Tuesday, April 02, 2002 01:59
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: RE: [ciencialist] Fantástico pede ajuda da STR contra o
charlatanismo
Se não for 1 de abril, você precisa ler com mais cuidado antes de
acusar. O Ceticismo Aberto, do Airsmither/ Marcelo Kunimoto (nenhum dos
dois é o seu nome real) é um website cético. Aliás é muito bem feito,
com um refinamento gráfico difícil de encontrar em websites brasileiros.
Os artigos são apresentados de forma a atrair também o público
não-cético. Só na leitura o crédulo descobre que o ponto de vista não é
exatamente o que esperava. Aí, talvez, já esteja fisgado.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Enfim, chegou o day after
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/04/2002 07:13

----- Original Message -----
From: "sergiotaborda"
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, April 01, 2002 10:25 AM
Subject: [ciencialist] Re: Enfim, chegou o day after

> > Eu não disse que a MQ estava com seus dias contados?
> > Leiam o artigo principal da Nature em http://www.nature.com/nature/.
> > Agora não adianta chorar.

> impostaste de referir o que se passa? ao ler essa página não vi nada
> que chamasse a atenção.

Provavelmente você utilizou o detector errado. O artigo foi escrito no
formato ondulatório e agora já era, pois a onda já passou e o seu computador
não conseguiu promover o colapso da função de onda. Outra onda destas só
daqui a (365 ± 1) dias.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: Dualidade Onda-Particula com Fotons Individuais
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/04/2002 11:50

--- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
> Pois bem, digamos então que exista "alguma coisa imaterial" a se
> propagar pelo espaço e a responder pelos campos gravitacional e
> eletromagnético. Se essa alguma coisa é imaterial, muito
> provavelmente não estará dotada de massa, não é mesmo? Se formos
> raciocinar classicamente, qual será o conteúdo energético de um
> elemento cuja massa é igual a zero? Certamente deverá ser
> nulo, não é mesmo?

Bem, nao estou tao certo sobre a relacao entre
ser imaterial e nao possuir massa. E sobre nao
ter massa e nao possuir energia.

Mas aceitemos por principio. A questao q. fica como vc
mesmo apontou: e se nao e' material e se nao transporta
energia como interfere?

> apenas dizendo que estou procurando não me utilizar dos argumentos
> gnomológicos, fantasiosos, pseudocientíficos e paranormais
> costumeiramente adotados pelos físicos modernos, apenas isso.

Uma entidade imaterial q. interfere nao e' um tipo de
gnomo?

> maneira diferente com a utilização dos prismas clássicos.

Mas esta' bem estabelecido q. tais "informacoes"
nao transportam energia? Porq. se ela nao for material
tbm por q. deveria estar sob a limitacao da velocidade
maxima de 'c'?

Pensemos classicamente:

F = m.a

Se <F> diferente de zero e <m> tendendo a
zero, <a> adquire um valor tendendo ao infinito...

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Encontro da STR no RS
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/04/2002 12:13

--- Em ciencialist@y..., "Sociedade da Terra Redonda"
<strbrasil@h...> escreveu
. A novidade deste encontro será a apresentação de uma celebridade
versando sobre um tema específico.


Celebridade? Tipo a tiazinha discorrendo sobre OVNI´s ou o cigano
Igor sobre Mecanica Quantica? :-)


[]´s


André



SUBJECT: RE: [ciencialist] Fantástico pede ajuda da STR contra o charlatanismo
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/04/2002 15:06

On Mon, 1 Apr 2002, The PhYz wrote:
> Há alguns dias, descobri um site chamado "Ceticismo Aberto". O
> subtítulo declara que se trata de um local para divulgação de
> "paranormalidade" e "ufologia".

Calma lá monge!! Antes de sentar a lenha leia o que os caras
escrevem. Eles não divulgam paranormalidade nem ufologia, pelo menos não
de forma gratuita.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
One Ring to rule them all




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Dualidade Onda-Particula com Fotons Individuais
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/04/2002 15:34

----- Original Message -----
From: "rmtakata"
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, April 02, 2002 11:50 AM
Subject: [ciencialist] Re: Dualidade Onda-Particula com Fotons Individuais

> Bem, nao estou tao certo sobre a relacao entre
> ser imaterial e nao possuir massa. E sobre nao
> ter massa e nao possuir energia.

Como disse anteriormente, não se trata de estar certo ou errado, mas de
fazer uma opção racional entre um dos seguintes "possíveis" atributos:

1) quintessência do Universo, além de terra, água, ar e fogo;
2) ether imaterial;
3) ether virtual relativístico;
4) "alguma coisa" de natureza imaterial e a responder pelos campos;
5) vácuo quântico.

Qualquer outra alternativa redunda na aceitação de uma dessas cinco opções.
Assim, se assumirmos a existência de partículas quânticas virtuais (fótons
virtuais e gravitons), recairemos na aceitação do vácuo quântico. Se
pensarmos em contorsões espaciais para explicar os campos recairemos na
aceitação do ether virtual relativístico. A escolha é sua, "Você decide".
:-) Digo apenas que apenas uma dessas alternativas consegue, de alguma
maneira, justificar todos os achados experimentais. Todas as outras já foram
amplamente falseadas.

> Mas aceitemos por principio. A questao q. fica como vc
> mesmo apontou: e se nao e' material e se nao transporta
> energia como interfere?

Através única e exclusivamente do que chamo por informação, no caso "alguma
coisa" de natureza imaterial, item 4 acima. Por exemplo, eu poderia dizer
uma só palavra e com isso deixar muitos ciencialisteiros terrivelmente
ofendidos. Significaria isso que a ofensa ou algo do gênero se propagou pela
Internet? Não, quem se propagou foi a informação. O mesmo acontece com a
energia. A energia é um atributo "possuído" por um corpo e a retratar o seu
comportamento mecânico, assim como poderia dizer, com a permissão dos
psicólogos, que a mágoa é um atributo "possuído" por um corpo e a retratar
o seu comportamento psicológico. Sem dúvida, esta mágoa não seria
conservativa, mas apenas a observação experimental poderia permitir ou não
que se *construíssem* elementos dotados de características conservativas, a
exemplo da energia dos físicos. Volto a dizer: A energia é um artefato
*construído pelo homem* e com a finalidade de auxiliá-lo a decifrar os
*segredos do Universo*, nada mais do que isso. Ela se conserva por
conveniência e esta conservação não seria exatamente uma propriedade do
Universo mas decorrente da linguagem que optamos por utilizar com o objetivo
de manter implícitos, se bem que fora dos "núcleos das teorias", os
princípios metafísicos que residem por trás desses segredos.

> > apenas dizendo que estou procurando não me utilizar dos argumentos
> > gnomológicos, fantasiosos, pseudocientíficos e paranormais
> > costumeiramente adotados pelos físicos modernos, apenas isso.

> Uma entidade imaterial q. interfere nao e' um tipo de gnomo?

Tanto quanto um elétron ou um fóton "não virtual" que se manifesta mas não
se mostra em sua totalidade. A informação citada não foi criada para
satisfazer um capricho nem para corrigir uma equação, mas para justificar de
alguma maneira coisas que efetivamente ocorrem em laboratório. Alguma coisa
existe a responder por estes efeitos experimentais e esta alguma coisa muito
provavelmente pertence a uma das cinco categorias apresentadas acima. Dentre
essas apenas uma, a meu ver, tem se mostrado apta a passar por todos os
achados experimentais. A construção da matemática a se situar além dessas
explicações é, também a meu ver, questão apenas de tempo. Mesmo porque essa
matemática não é assim tão importante nesta fase inicial de uma teoria,
verdade essa que poucos físicos se dão conta. Matemática nada mais é senão
uma linguagem e será tanto mais útil quanto mais conseguir se acoplar com os
achados experimentais. A esse respeito, acredito mesmo que a matemática
apresentada pelo Antonio se mostrará, no decorrer do tempo, bem mais útil
para o teorizador do que aquela aceita quase que com exclusividade pelos
"físicos" modernos. Se bem que essa última seja bem mais elegante e mais
sujeita a se perpetuar, em especial nos livros didáticos --os livros
didáticos via de regra não se reportam a teorias nascentes mas, tão somente,
a teorias já consagradas e com sua matemática já definitivamente bem
estabelecida.

Para os que acreditam que a matemática surge da física, diria que a história
tem demonstrado que as coisas ocorrem exatamente da maneira contrária. A
matemática é inventada pelos cientistas e somente a seguir é expandida pelos
matemáticos. Os matemáticos que me perdoem por mais esta "heresia". :-)

> > maneira diferente com a utilização dos prismas clássicos.

> Mas esta' bem estabelecido q. tais "informacoes"
> nao transportam energia?

Creio que já demonstrei isso em mensagem anterior, se bem que na época
acredito não ter me referido às "informações", apenas à existência de
"radiações" dotadas de conteúdo energético nulo. Esta mensagem, de 9 de
março de 2002, foi transformada em página web com o título "A energia da
física moderna" e está em
http://ecientificocultural.com/ECC2/artigos/energia.htm, seguida de links
para as mensagens resposta da Ciencialist. Respondendo à pergunta diria que
está muito bem estabelecido experimentalmente que efetivamente existem
*radiações eletromagnéticas* cujo conteúdo energético é nulo. Nada nesta
manga, nada na outra :-), estou apenas dizendo que estas radiações de
conteúdo energético nulo contém alguma coisa de natureza imaterial a que
chamo "informação eletromagnética". Se alguém preferir dizer que estas
radiações não contém nada, tudo bem, apenas este alguém será obrigado a
concluir que este nada produz algum efeito mensurável. Mas... O que é medir?
Não seria, em última instância, o ato de contemplar com números adequados os
efeitos que se repetem no laboratório? Se assim for, diria que essas
informações já estão sendo medidas há séculos, apenas não foram ainda
aceitas como tais. E, não obstante, têem se mostrado tão reais quanto a
massa, a força, a energia, a entropia... Ou será que os campos não existem?
Alguém aqui na Ciencialist já "enxergou" um campo gravitacional? Quero crer
que não, mas no entanto ele existe, é suficiente observar os seus efeitos.
Que mal há então em dizer que existe "alguma coisa" a intermediar esses
efeitos? E porque essa alguma coisa haveria de ser material? Alguém já
observou essa "matéria" invisível? Alguem já mediu a massa de um graviton
com uma balança gravitacional? Não só não mediu como jamais irá conceber
algo do tipo pois gravitons, com essa conotação, simplesmente não existem.
Aqueles que existem na cabeça dos quânticos são partículas virtuais da
gravitação quântica, tais como os fótons virtuais da eletrodinâmica
quântica.

> Porq. se ela nao for material
> tbm por q. deveria estar sob a limitacao da velocidade
> maxima de 'c'?

Mas desde quando a física clássica impõe limites desse tipo?

> Pensemos classicamente:

> F = m.a

> Se <F> diferente de zero e <m> tendendo a
> zero, <a> adquire um valor tendendo ao infinito...

Mas esse não é um raciocínio clássico. Um físico clássico costuma dizer,
*simplificadamente*, que um corpo A exerce uma força gravitacional sobre um
corpo B. Em nenhum momento ele diz que a "informação", ou "algo do gênero",
emitida por A exerce uma força em B. Não obstante a física clássica, a
partir de Newton, subentende a existência dessa alguma coisa. Quem costuma
fazer essa confusão são os físicos modernos que não entenderam devidamente
Newton e apóiam-se então no dogma de Côtes a propalar pela ação instantânea
à distância e não mediada por nada.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Esclarecimento dobre Dualidade
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/04/2002 15:50

Bom, pelo que li das mensagens deixadas no fim de samana vejo que ainda não
entenderam a diferença entre um feixe de particulas de alta potencia, um
feixe da particulas de baixa potencia e uma particula unica.

Vejamos:

Quando se usa um feixe, seja laser ou não, mas um feixe, ele tem uma
potencia.

A potencia é a energia por unidade de tempo P =dE/dt.
Esta energia é atribuida a quantas de energia de modo que E= n hf , onde n é
o
numero desses quantas.

Acomplando as duas relações temos que a potencia é

P = hf dn/dt

Ou seja, a potencia é proporcional ao numero de quantas por unidade de
tempo.
Se tivermos 5 particulas a embater no alvo por segundo e depois 10
particulas por segundo, a potencia deste ultimo laser será o dobro da do
anterior.

Agora vamos construir um dispositivo tal que sabendo a que velocidade se
desloca da particula e admitindo que a particula é o quanta de energia,
conseguimos que apenas 1 particula passe por determinada localização.
Pictoricamente:

o | o | o

onde | | indica região do espaço que é atravessa unicamente por uma
particula de cada vez.

Para conseguirmos que apenas 1 particula atravesse essa região, então temos
que ter um feixe de fraca potencia.
Tudo bem. Isso é relativamente simples de conseguir.

Agora vamos colocar um alvo no fim da trajectoria de modo que nenhuma
particula o ultrapasse.

o o o | o | o o o [}

O que voces mostraram até agora são experiencias onde se usam estas
considerações.
Apenas uma particula passa pela região de cada vez, mas várias particulas
são emitidas durante o periodo que dura a experiencia.

Assim temos uma indecisão. O resultado final é devido ao quê ?
De facto só passa uma particula na região, mas TODAS embatem no alvo, que
acumula o resultado.

É visto nas imagens dos primeiros segundos de experiencias como esta que se
veêm pontos aleatóriamente colocados, como se alguem andasse a brincar com
um lapis caindo de bico num papel.

Apenas depois de muitas centenas de particulas terem embastido no alvo se
observa o demoninado padrão de interferencia.
(Esse padrão como já foi dito é exactamente igual à Transformada de Fourier
do padrão das fendas )

Ora isso pode ser qq coisa, como provar que esse efeito se deve a que uma
UNICA particula SEJA um ONDA ?

Ora, pensando que apenas existe uma particula em toda a esperiencia e ela
parte da fonte e chega ao alvo sem q nenhuma outra particula tenha sido
emitida, façamos o seguinte raciocinio.

A particula esta numa dada posição num dano instante

o | | |}

Mas ela é uma onda , donde ela na realidade está em todas as posições em
todos os tempos, mas com "graus" diferentes

~~~~~~~~~~|~~|~~~~~|}

Portanto, não importa muito onde está a particula.

Ora, o que se está a afirmar quando se diz que UMA particula é UMA onda , é
esta ultima situação.
Quando se diz que a onda da particula interfere com ela mesma, significa
que aquela onda deverá interferir com ela mesma e produzir várias ondinhas
diferentes de modo a construir um certo padrão no alvo. MAS SEM HAVER OUTRAS
PARTICULAS EMITIDAS DA FONTE ENTRETANTO.

Portanto, a hipotese necessária verifcar para aceitar que UMA particula é
UMA onda é que uma unica particula na experiencia recrie o dito padrão.

Isto é observado ?

Nunca foi feita a experiencia de usar apenas uma unica particula na
experiencia, mas pelas experiencias em que se considera que apenas poucas
particulas passaram por determinada região do espaço.

Ai, nada foi observado que confirmasse que a particula é uma onda.
Ou seja, não foi observado nenhum padrão de interferencia.

É clara a diferença agora ?
É claro pq as experiencias que citaram não se adquam a resolver o problema
de saber se UMA particula é UMA onda ?
E portanto que NÃO foi experimentalmente comprovada a dualidade
particula-onda.

[]

Sérgio Taborda

É claro que eu não sou maluco ?


ok, dessa eu não vou querer a resposta... :-))




SUBJECT: Re: Dualidade Onda-Particula com Fotons Individuais
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/04/2002 16:09

--- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
> ofendidos. Significaria isso que a ofensa ou algo do gênero se
> propagou pela Internet? Não, quem se propagou foi a informação. O
> mesmo acontece com a energia.

Bem, a informacao se propaga 'as expensas da energia. Uma onda de
informacao sem energia? Como seria?

> A informação citada não foi criada para
> satisfazer um capricho nem para corrigir uma equação, mas para
> justificar de alguma maneira coisas que efetivamente ocorrem em
> laboratório.

Ainda me foge do alcance qual a vantagem disso sobre
um modelo que contemple fotons e eletrons como possuidores
de uma natureza dual onda-particula.

> Alguém aqui na Ciencialist já "enxergou" um campo gravitacional?

Eu ja' -- se "enxergar" se mantiver entre aspas.

> Mas desde quando a física clássica impõe limites desse tipo?

Desde q. vc impos na experiencia mental q.:

- os campos nao podem ter acao instantanea e atingir
o infinito.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Esclarecimento dobre Dualidade
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/04/2002 16:29

--- Em ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@n...> escreveu
> Bom, pelo que li das mensagens deixadas no fim de samana vejo que
> ainda não entenderam a diferença entre um feixe de particulas de
> alta potencia, um feixe da particulas de baixa potencia e uma
> particula unica.

Por favor, nada de crises de professoralismo.

Scarani, V & Suarez, A 1998 - Introducing
quantum mechanics: One-particle interferences.
Am. J. Phys. 66, 718-21.

Nao sei se no artigo acima deixa isso claro.
Mas de qq maneira: mesmo qdo *uma particula
unica* passa por vez em uma das fendas o
padrao de interferencia se mantem no decorrer
do experimento.

A. Tonomura, J. Endo,
T. Matsuda, T. Kawasaki & H. Ezawa
1989 -- Demonstration of single-electron
buildup of an interference pattern.
Am. J. Phys. 57, 117-20.

"The wave&#8211;particle duality of electrons
was demonstrated in a kind of two-slit
interference experiment using an electron
microscope equipped with an electron
biprism and a position-sensitive
electron-counting system. Such an
experiment has been regarded as a
pure thought experiment that can never
be realized. This article reports an
experiment that successfully recorded
the actual buildup process of the
interference pattern with a series of
incoming single electrons in the form
of a movie."

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Esclarecimento dobre Dualidade
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/04/2002 17:20

>Por favor, nada de crises de professoralismo.

;'( desisto.
Mesmo depois de tentar explciar as diferenças, vc escreve
"experiment using an electron microscope"

e

"Mas de qq maneira: mesmo qdo *uma particula
unica* passa por vez em uma das fendas"

:-((( acho que realmente portugues não é o meu forte.
Exactamente depois de eu tentar explicar que a comprovação necessita de que
apenas uma particula esteja presente no sistema - o que nada tem a ver por
onde ela passa- depois de eu falar em baixa potencia, particulas por unidade
de tempo, etc... vc me fala de microscopios electrõnicos que funcionam com
feixes de - VÁRIAS- particulas e de particulas que passam uma a uma por
fendas.

1 electrão por segundo implicaria uma corrente de 1.6x10^(-19)A. Os
microsocpios electronicos tem várias ordens de grandeza mais ....

[]

Sérgio Taborda

P.S.
Por favor relei o outro mail e comente o conteudo se achar necessário, mas
não me faça pensar que estou falando para as paredes. :-(





SUBJECT: Re: Esclarecimento dobre Dualidade
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/04/2002 18:03

> Por favor relei o outro mail e comente o conteudo se achar
necessário, mas
> não me faça pensar que estou falando para as paredes. :-(

As paredes têm ouvidos.

> Exactamente depois de eu tentar explicar que a comprovação
> necessita de que apenas uma particula esteja presente no sistema

Eu ja' disse antes, isso nao e' possivel. Uma unica particula
nao ira' formar um padrao -- apenas um ponto. Alem disso nao
e' necessaria: com o q. ele estara' interferindo se apenas um
passa por vez?

> 1 electrão por segundo implicaria uma corrente de 1.6x10^(-19)A. Os
> microsocpios electronicos tem várias ordens de grandeza mais ....

Melhor vc ler o artigo... "This article reports an
experiment that successfully recorded
the actual buildup process of the
interference pattern with a series of
incoming *single* electrons in the form
of a movie." La' vc podera' entender como
eles fizeram passar apenas um eletron
por vez.

O titulo nao deixa margem 'a duvidas:
"Demonstration of *single-electron*
buildup of an interference pattern."

Claro vc pode duvidar se eles conseguiram
eletrons isolados, mas esta' claro q.
eles afirmam q. sao eletrons isolados.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Esclarecimento dobre Dualidade
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/04/2002 18:59

> Exactamente depois de eu tentar explicar que a comprovação
> necessita de que apenas uma particula esteja presente no sistema

>Eu ja' disse antes, isso nao e' possivel. Uma unica particula
>nao ira' formar um padrao -- apenas um ponto.

Mas isso é o que ando dizendo desde o principio.
Portanto, como é que esse ponto prova que essa particula é uma onda ?

>Alem disso nao
>e' necessaria: com o q. ele estara' interferindo se apenas um
>passa por vez?

Exacto! ele não interfere consigo mesmo.

>Melhor vc ler o artigo...
>"This article reports an
>experiment that successfully recorded
>the actual buildup process of the
>interference pattern with a series of
>incoming *single* electrons in the form
>of a movie." La' vc podera' entender como
>eles fizeram passar apenas um eletron
>por vez.

"Este artigo apresenta uma experiencia que com sucesso gravou o processo de
CONSTRUÇAO do padrão de interferencia com uma SÉRIE de electrões singulares
na forma de um filme."

[o assento é no series e não no single]

Exactamento como eu disse antes.
Uma particula passa por uma das fendas e vai ter a um local no alvo. (1
particula)
Outra particula passa por uma das fendas e vai ter a outro local no alvo. (2
particulas)
...
Outra particula passa por uma das fendas e vai ter a outro local no alvo. (N
particulas)

Observando o local onde as particulas "embatem" podemos ver que elas embatem
aleatóriamente em determinados locais pré-defenidos.

Onde está o caracter de onda das particulas se :
1) só existe uma particula por vez no sistema (fendas)
2) uma unica particula origina um ponto e não um padrão
3) o local onde embate a particula não depende da particula, nem da
interacção das particulas mas apenas do padrão de fendas.

?

>O titulo nao deixa margem 'a duvidas:
>"Demonstration of *single-electron*
>buildup of an interference pattern."

Pois, não deixa margens para duvidas que se trata da "demostração do padrão
de interferencia construido por electrões singulares" uns enviados depois
dos outros até que acumulação seja tal que visivelmente se identifique o
padrão de fourier.

>Claro vc pode duvidar se eles conseguiram
>eletrons isolados, mas esta' claro q.
>eles afirmam q. sao eletrons isolados.

Mas eles não afirmam que são ondas. E é essa a questão.
A experiencia mostra como *pontos* criam padrões. E não mostra que existam
ondas neste processo.

Vc proprio concordou que particulas unicas não criam padrões.
Como vc pode afirmar, então, que existe uma dualidade particula-onda quando
vc não consegue que uma particula singular se comporte como uma onda ?

Se uma particula fosse uma onda, o padrão estaria cosntruido a partir da
primeira particula que passa no sistema, as ondas apenas reforcariam a
intensidade do padrão. E não é nada disso que se observa.
O que essas experiencas provam é que o padrão é originado pelo embate de um
grande numero de particulas no alvo.

Só para lembrar: o assunto era a Dualidade particula-onda.
Eu nunca disse que um conjunto de particulas enviado pelas fendas para o
alvo não criavam o dito padrão.


[]

Sérgio Taborda




SUBJECT: Re: [ciencialist] Fantástico pede ajuda da STR contra o charlatanismo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/04/2002 21:11

Oi Raul 'Monge ateu',

já conhecia as páginas do 'ceticismo aberto'. Aliás, lá tem um discurso do Feymann para uma turma de formatura em 73 que é algo digno de nota (Alberto, dá uma lida na coisa, vai gostar).
Lí esse texto (traduzido pela STR) há algum tempo pois, justamente porque falava do 'culto cargo', um tema de serviu de abertura quando escrevi o "O jovem novo selvagem" da Sala 19 do Imperdível.
Não vi qual o motivo de seu espanto!

[]'
Léo

PS: Aproveitando a mensagem, gostaria de comentários para as definições de: "fenômeno", "fenômeno da Natureza" e "fato".
De início minhas propostas foram:
fenômeno = qualquer alteração observável e passível de repetição.
fenômeno da Natureza = fenômeno que ocorre naturalmente (ou na Natureza)
fato = fenômeno de veracidade indiscutível.

Gostaria de livrar a definição de fenômeno de suas generalidades (fenômeno social etc.)
=============
-----Mensagem Original-----
De: "Raul Sturari Jr." <sturari@brturbo.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 2 de abril de 2002 01:42
Assunto: Re: [ciencialist] Fantástico pede ajuda da STR contra o charlatanismo


Ô monge ateu: acho melhor você voltar ao site [ http://ceticismoaberto.cjb.net/ ] e ao menos dar uma "lidinha" na página para não pagar outro mico.

Essa sua foi ótima (risos)...

[]$
R@u2 $7uR@R1
"We are all atheists about most of the
gods that humanity has ever believed
in. Some of us just go one god further."
Richard Dawkins


--------------------------------------------------------------------------------


From: "The PhYz" <phyz@terra.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, April 01, 2002 11:53 PM
Subject: RE: [ciencialist] Fantástico pede ajuda da STR contra o charlatanismo


Leo:

Há alguns dias, descobri um site chamado "Ceticismo Aberto". O
subtítulo declara que se trata de um local para divulgação de
"paranormalidade" e "ufologia".

Além de usarem o nome "ceticismo" inadequadamente, advinhe o que tem em
suas páginas? Um link (com o logotipo) da STR, o que poderia
comprometer a imagem de um grupo sério.

Talvez você conheça o tal site. Não consegui achar o link aqui.

Caso conheça mesmo, você poderia citá-los para o Fantástico como exemplo
de demência. Normais, esses caras não são. Só podem ser pára-normais,
como tantos outros.
--
[ ] !

Monge Ateu


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


&&& --- &&&
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http://www.ciencialist.hpg.com.br
Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Dualidade Onda-Particula com Fotons Individuais
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/04/2002 21:31


-----Mensagem Original-----
De: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>

> maneira diferente com a utilização dos prismas clássicos.

Mas esta' bem estabelecido q. tais "informacoes"
nao transportam energia? Porq. se ela nao for material
tbm por q. deveria estar sob a limitacao da velocidade
maxima de 'c'?

Pensemos classicamente:

F = m.a

Se <F> diferente de zero e <m> tendendo a
zero, <a> adquire um valor tendendo ao infinito...
=======================================
Léo: Estou um tanto sem tempo, porém acompanhando o belo papo. A conclusão que vou chegando, assustado, é que meu texto sobre o "Gato", afinal, não estava tão errado como foi apontado inicialmente. Seriamente ainda não vi onde deverei colocar alterações nele.

Quanto á expressão acima (F=m.a), com <m> nulo ou tendendo a zero, a conclusão ("<a> adquire um valor tendendo ao infinito...") não me parece correta. Eu a substituiria por "<a> pode assumir qualquer valor".
Pense em 2 blocos sobre uma mesa com uma corda interligando-os. Puxemos o bloco da frente com força F e analisemos as leis de movimento de cada corpo (esqueça os atritos):
|----|======|---------|------->F
m2 mc m1

No bloco 1: F - t1 = m1.a
na corda : t1 - t2 = mc.a
no bloco 2: t2 = m2.a

Se a corda tem massa negligenciável (mc =0), t1 = t2 e a aceleração da corda <a> dependerá exclusivamente das massas m1 e m2.
Na corda fica, t1 - t2 = mc.a (com t1 = t2 e mc = 0), <a> será qualquer, (função de m1 e m2, no caso do exemplo) ... e não infinito!

Então, F = m.a , com m=0, <a> qualquer.

[]'
Léo
=============




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Dualidade Onda-Particula com Fotons Individuais
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/04/2002 22:32

----- Original Message -----
From: "rmtakata"
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, April 02, 2002 4:09 PM
Subject: [ciencialist] Re: Dualidade Onda-Particula com Fotons Individuais

> Bem, a informacao se propaga 'as expensas da energia. Uma onda de
> informacao sem energia? Como seria?

Bem, no contexto específico e relativo ao tema creio que já gastei o verbo e
não tenho muito mais a dizer a não ser que surjam novas argumentações. Não
obstante, e num contexto mais geral, diria que a sua frase parece-me um
tanto quanto sem sentido. Por exemplo: Digamos que eu queira enviar uma
informação para os confins do Universo e tal que possa ser captada daqui a
milênios por um alienígena. Certamente eu precisarei gastar energia para
lançar o objeto que contém a informação a ponto de que ele consiga não
apenas ser acelerado mas também vencer o campo gravitacional. Uma vez
efetuado o lançamento diria que a propagação se dará às custas da inércia,
com gasto nulo de energia.

Para o caso em consideração, voltamos ao ponto de partida:
Experimentalmente, e também teoricamente, está mais do que comprovado que
*determinadas* "radiações" eletromagnéticas não se acompanham de "reação de
radiação". De duas uma: ou essa "radiação" não contém energia ou
precisaremos redefinir o conceito de energia. No primeiro caso diria que o
que estamos chamando de "radiação" nada mais é senão informação pura e com
conteúdo energético e material nulo a se propagar por um espaço euclidiano
às custas de uma inércia imaterial. No segundo caso fico no aguardo da nova
definição de energia para proceder algum comentário.

Observação importante: Estou ciente de que a massa (inercial) é uma medida
da inércia. Isso não significa dizer a inércia é uma propriedade exclusiva
dos elementos dotados de massa.

> > A informação citada não foi criada para
> > satisfazer um capricho nem para corrigir uma equação, mas para
> > justificar de alguma maneira coisas que efetivamente ocorrem em
> > laboratório.

> Ainda me foge do alcance qual a vantagem disso sobre
> um modelo que contemple fotons e eletrons como possuidores
> de uma natureza dual onda-particula.

Nesse caso sou obrigado a retirar minhas bolinhas elementares de campo. Pois
até que se prove o contrário a natureza dual onda-partícula é um efeito que
tem incomodado a imensa maioria dos físicos modernos à exceção dos
instrumentalistas, adeptos do "comodismo" de Bohr, ou dos "esquisitistas",
adeptos das idéias do Sérgio. ;-))

> > Alguém aqui na Ciencialist já "enxergou" um campo gravitacional?

> Eu ja' -- se "enxergar" se mantiver entre aspas.

Pois então eu diria que isso que você "enxerga" entre aspas deve-se a algo
que você não enxerga com ou sem aspas mas que existe de fato e sem aspas, a
informação gravitacional. Ignore essa informação e você terá de criar
outro(s) conceito(s) afim(ns). Crie esse(s) outro(s) conceito(s) e você não
conseguirá explicar nem a gravitação e muito menos uma infinidade de outros
efeitos que existem sem aspas.

> > Mas desde quando a física clássica impõe limites desse tipo?

> Desde q. vc impos na experiencia mental q.:
> - os campos nao podem ter acao instantanea e atingir
> o infinito.

Mas em nenhum momento eu fixei uma velocidade máxima "c", mesmo porque "c" é
quase sinônimo daquele gnomo relativista relacionado à velocidade de "Sua
Majestade a Luz". Na experiência mental eu simplesmente supus a criação de
dois corpos dotados da capacidade de gerar a gravitação. Não fiz nenhuma
conjectura sobre a possível estrutura desses corpos a responder pelo efeito
que geram e muito menos sobre as possíveis velocidades daquilo que emitem.
Ora, ter uma velocidade não significa "a priori" que essa velocidade deva
ser "c", com todas as esquisitices relativistas que se dá ao termo. Mas
mesmo excluindo-se estas esquisitices, que mal há em assumir que as
informações tenham uma velocidade constante para um observador situado num
referencial inercial newtoniano? Em nenhum momento eu assumi que esta
velocidade deveria ser máxima ou mínima e muito menos constante absoluta.
Apenas neguei uma ação instantânea e não mediada por nada, no sentido de
deixar claro que isso não é inerente à física clássica por mais que os
físicos modernos gostem de repetir a asneira de Cotes, em meio a inúmeras
outras que não se cansam de repetir.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Esclarecimento dobre Dualidade
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/04/2002 08:16

On Tue, 2 Apr 2002, Sérgio Taborda wrote:
> Bom, pelo que li das mensagens deixadas no fim de samana vejo que ainda não
> entenderam a diferença entre um feixe de particulas de alta potencia, um
> feixe da particulas de baixa potencia e uma particula unica.

Os fótons são artifícios matemágicos [como diz o Mesquita] que dão certo,
a luz PODE muito bem ser uma onda contínua que troca energia com a matéria
de forma discreta, ou seja, apenas um pacote de cada vez. Isto não
significa que a luz seja composta de fótons.

Levando esta idéia adiante posso interpretar o experimento de Young assim:
eu gero uma onda eletromagnética na freqüência da luz visível e de
potência suficientemente fraca de forma que a interação com o sensor do
outro lado das fendas se dê em uma vez a cada segundo. O padrão de
interferência está lá, mas como a onda é muito fraca e interage
discretamente com a matéria, apenas um ponto por vez terá seu efeito
detectado.

Isto tudo, é claro, não passa de uma especulação tosca, como quase tudo o
que se tem dito por aqui. Apresento-a apenas como alternativa à sua
interpretação. Não me leve a mal.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
One Ring to rule them all



SUBJECT: Re: Esclarecimento dobre Dualidade
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/04/2002 08:35

--- Em ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@n...> escreveu
> Portanto, como é que esse ponto prova que essa particula é uma
> onda ?

O ponto nao prova. Mas sim o padrao de interferencia.
Na verdade o padrao tbm nao prova q. seja uma onda,
mas sim q. tem um componente ondulatorio em sua natureza.

Como alguns experimentos apontam em uma direcao e
outros em outros, e' licito aceitar q. tenha uma
natureza dual. Podemos tentar refutar isso elaborando
algum outro modelo testavel -- o do Mesquita parece
ser uma tentativa louvavel.

> Exacto! ele não interfere consigo mesmo.

Se nao interfere por q. acaba q. se forma um
padrao de interferencia?

Qdo ha' apenas uma fenda disponivel, os eletrons
(nao importa se passam um de cada vez ou varios
ao mesmo tempo) formam um borrao continuo circular
com maior densidade logo 'a frente da fenda e menor
densidade em direcao 'as bordas.

Se fosse o caso de ser puramente uma particula
deveria haver dois borroes sobrepostos qdo
eletrons (ou fotons) passam um de cada vez pelas
fendas -- como ele explicaria o padrao de
franjas de interferencia?

O q. esta' interferindo com o eletron q. viaja
solitario?

> [o assento é no series e não no single]

Nao muda se falarmos em serie. E' uma serie
de eletrons solitarios. Eletrons solitarios
com natureza puramente particulada nao
poderiam interferir consigo mesmo para
formar regioes em q. ele nao alcancaria o
anteparo em meio a regioes em q. ele pode
alcancar.

O fato de um unico eletron atingir na forma
de um ponto e' explicado pelo colapso da
funcao de onda -- dentre a regiao em q. ele
pode alcancar, ele ira' se colapsar em um
dado ponto de acordo com a densidade de
probabilidade dada por essa funcao. Por
isso nao pode ser apenas um eletron.

> Exactamento como eu disse antes.
> Uma particula passa por uma das fendas e vai ter a um local no
alvo. (1
> particula)
> Outra particula passa por uma das fendas e vai ter a outro local no
alvo. (2
> particulas)
> ...
> Outra particula passa por uma das fendas e vai ter a outro local no
alvo. (N
> particulas)
>
> Observando o local onde as particulas "embatem" podemos ver que
> elas embatem aleatóriamente em determinados locais pré-defenidos.

So' q. certos locais sao 'pre-definidos' como
inalcancaveis em meio a outros alcancaveis. Isso
nao poderia ocorrer se os eletrons tivessem natureza
puramente particulada.

> Onde está o caracter de onda das particulas se :
> 1) só existe uma particula por vez no sistema (fendas)
> 2) uma unica particula origina um ponto e não um padrão
> 3) o local onde embate a particula não depende da particula, nem da
> interacção das particulas mas apenas do padrão de fendas.

Esta' no fato de q. forma um padrao de interferencia --
com franjas claras e escuras no anteparo.

> >O titulo nao deixa margem 'a duvidas:
> >"Demonstration of *single-electron*
> >buildup of an interference pattern."
>
> Pois, não deixa margens para duvidas que se trata da "demostração
do padrão
> de interferencia construido por electrões singulares" uns enviados
depois
> dos outros até que acumulação seja tal que visivelmente se
identifique o
> padrão de fourier.

Exato. E ainda assim forma uma padrao de interferencia.

> >Claro vc pode duvidar se eles conseguiram
> >eletrons isolados, mas esta' claro q.
> >eles afirmam q. sao eletrons isolados.
>
> Mas eles não afirmam que são ondas. E é essa a questão.
> A experiencia mostra como *pontos* criam padrões. E não mostra que
> existam ondas neste processo.

Leia o artigo. Os padroes sao de interferencia - faixas
claras e escuras alternadas com larguras diferentes.

> Vc proprio concordou que particulas unicas não criam padrões.
> Como vc pode afirmar, então, que existe uma dualidade particula-
> onda quando vc não consegue que uma particula singular se comporte
> como uma onda ?

Ele se comporta -- aparentemente esta' criando uma
auto-interferencia. A questao e' q. para um dado
eletron a funcao de onda colapsa em um dado ponto.

> Se uma particula fosse uma onda, o padrão estaria cosntruido a
> partir da primeira particula que passa no sistema, as ondas apenas
> reforcariam a intensidade do padrão.

Por isso se fala em dualidade onda-particula.

> O que essas experiencas provam é que o padrão é originado pelo
> embate de um grande numero de particulas no alvo.

Criando interferencia mesmo qdo viajam sozinhos?

> Só para lembrar: o assunto era a Dualidade particula-onda.

Exatamente. E vc acha q. estou falando de q? Pelo jeito
acha q. eu digo q. o eletron e' puramente onda.

> Eu nunca disse que um conjunto de particulas enviado pelas fendas
> para o alvo não criavam o dito padrão.

So' nao explica por q. formam esse padrao de interferencia
ao inves de dois borroes (daqueles q. sao formados
qdo apenas uma fenda esta' disponivel) sobrepostos,
sendo o eletron (ou o foton) puramente particula e
passando sozinho pela fenda.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Dualidade Onda-Particula com Fotons Individuais
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/04/2002 08:49

--- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
> milênios por um alienígena. Certamente eu precisarei gastar energia
> para lançar o objeto que contém a informação a ponto de que ele
> consiga não apenas ser acelerado mas também vencer o campo
> gravitacional. Uma vez efetuado o lançamento diria que a propagação
> se dará às custas da inércia, com gasto nulo de energia.

So' q. essa energia de lancamento nao vem do nada.
A propagacao se da' 'as custas da energia inicialmente
fornecida.

> Experimentalmente, e também teoricamente, está mais do que
> comprovado que *determinadas* "radiações" eletromagnéticas não se
> acompanham de "reação de radiação".

O q. e' uma 'reacao de radiacao'? Quais sao esses
fenomenos em q. eles nao ocorrem a despeito das
emissoes? Quais sao essas emissoes?

> conteúdo energético e material nulo a se propagar por um espaço

Se o conteudo energetico e' nulo, como ele interfere com
a materia?

> > Ainda me foge do alcance qual a vantagem disso sobre
> > um modelo que contemple fotons e eletrons como possuidores
> > de uma natureza dual onda-particula.
>
> Nesse caso sou obrigado a retirar minhas bolinhas elementares de
> campo. Pois até que se prove o contrário a natureza dual onda-
> partícula é um efeito que tem incomodado a imensa maioria dos
> físicos modernos à exceção dos instrumentalistas, adeptos
> do "comodismo" de Bohr, ou dos "esquisitistas",
> adeptos das idéias do Sérgio. ;-))

Eu nao sou fisico. Tbm me parece esquisito a
dualidade. Mas qual a vantagem de seu modelo?

> que você não enxerga com ou sem aspas mas que existe de fato e sem
> aspas, a informação gravitacional.

Vc diz a curvatura espaco-tempo? Os gravitons?

> Ora, ter uma velocidade não significa "a priori" que essa
> velocidade deva ser "c"

Exato, entao 'a priori' poderia ser infinita. E 'a priori'
poderia alcancar os objetos no instante de sua 'criacao'.
Acao instantanea -- assumindo tratar-se de um sinal imaterial.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Esclarecimento dobre Dualidade
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/04/2002 10:24


> Levando esta idéia adiante posso interpretar o experimento de Young
assim:
> eu gero uma onda eletromagnética na freqüência da luz visível e de
> potência suficientemente fraca de forma que a interação com o
sensor do
> outro lado das fendas se dê em uma vez a cada segundo. O padrão de
> interferência está lá, mas como a onda é muito fraca e interage
> discretamente com a matéria, apenas um ponto por vez terá seu efeito
> detectado.

uma onda caracteriza-se por ter a mesma intensidade em intervalos de
espaço e de tempo.
Isso significa que se uma onda tem um pico (ponto que se observa) em
determinado ponto, ela teria outros picos (outros pontos),
distanciados determinado intervalo de espaço.

Ora, não é isso que se observa.
E portanto apenas um ponto não está de acordo com a intrepretação
ondulatória.

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: Esclarecimento dobre Dualidade
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/04/2002 11:43


> > Portanto, como é que esse ponto prova que essa particula é uma
> > onda ?
>
> O ponto nao prova. Mas sim o padrao de interferencia.

o padrão que chamas "de interferencia" é apenas a transformada de
fourier do padrão das fendas.
E dado que esse padrão de fourier está relacionado com a
probabilidade da particula embater nesse local, conclui-se que a
forma das fendas altera a probabilidade em embate no plano do alvo.

Onde, aqui, é preciso assumir que existem ondas ?
O padrão depende da fenda.
Se tirares a fenda vês um ponto que é o "diametro" do feixe, e nada
mais.

O "scaterring" (dispersar) das particulas é aletório, mas obdece a um
padrão.
E esse padrão é o da t. de fourier da fenda que faz o feixe se
dispersar.

> Na verdade o padrao tbm nao prova q. seja uma onda,
> mas sim q. tem um componente ondulatorio em sua natureza.

Como é que prova isso ?

> > Exacto! ele não interfere consigo mesmo.
>
> Se nao interfere por q. acaba q. se forma um
> padrao de interferencia?

Pura e simples dispersão.

> Qdo ha' apenas uma fenda disponivel, os eletrons
> (nao importa se passam um de cada vez ou varios
> ao mesmo tempo) formam um borrao continuo circular
> com maior densidade logo 'a frente da fenda e menor
> densidade em direcao 'as bordas.

Não. Uma unica fenda circular unica produz o padrão de fourier
correspondente (derivada da gaussiana).
Uma unica fenda retangular produz o padrão correspondente (seno
cardinal que é sen(x)/x )
Duas fendas são uma composição de uma fenda e dois deltas de dirac. E
o padrão é a corrspondente composição de padrões de fourier.

Portanto, eu posso manipular o padrão como bem me apetecer apenas
mexendo no padrão das fendas.

> O q. esta' interferindo com o eletron q. viaja
> solitario?

Não ha prova que o electrão sozinho interfira com ele proprio.
Para particulas sozinhas é observado um ponto. Um ponto não é uma
figura de franjas.

> > [o assento é no series e não no single]
>
> Nao muda se falarmos em serie. E' uma serie
> de eletrons solitarios. Eletrons solitarios
> com natureza puramente particulada nao
> poderiam interferir consigo mesmo para
> formar regioes em q. ele nao alcancaria o
> anteparo em meio a regioes em q. ele pode
> alcancar.

A questão aqui é que eles não interferem consigo mesmos.
Não ha qq prova disso.
Um electão sozinho não forma nenhum padrão!

O mais que podes dizer é que os electrões interferem uns com os
outros.
Mas isso tb não é verdade pq o padrão forma-se mesmo que passe um de
cada vez.

Mas isto significa que a trajectoria do electrão é independente dele
mesmo ou dos outros electroes e apenas dependa do padrão das fendas.
O padrão de fendas origina um padrão muito disperso no plano de
fourier. Como o leectrão é só um ele obviamente não pode embater em
todos os pontos simultaneamente.
Então, ele embate onde calha (aleatoriade)

Enviando outro electrão depois deste, ele vai vair (em principio) em
outro dos pontos possiveis do padrão de fourier.

enviando vários electrões desta forma eles acabaram por preencher
todo o padrão, dando-nos a hipotese de o visualizar.
Mas o padrão já está lá antes dos electrões sequer serem emitidos,
pois ele depende apenas do padrão as fendas.

Isso leva a concluir que o padrão não depende de quantas particulas
passam pelas fendas, nem se passam simultaneamente ou não.
O padrão depende apenas da fenda e da distancia da fenda ao alvo.
nada mais.

O bombardeamento é apenas uma forma de poder visualizar esse padrão.

> O fato de um unico eletron atingir na forma
> de um ponto e' explicado pelo colapso da
> funcao de onda

Lembro que "colapso da função de onda" não significa que o electrão é
uma onda que colapsa.
Apenas significa que determinada grandeza, toma um valor especifico,
quando é medida.
Este paragráfo não tem nada a ver com a dualidade, já que a função de
onda (função de estado) é do sistema e não do electrão.
A prova que é do sistema e não do electrão é que a posição final
depende do padrão da fenda e da distancia fenda-alvo.


> > Exactamento como eu disse antes.
> > Uma particula passa por uma das fendas e vai ter a um local no
> alvo. (1
> > particula)
> > Outra particula passa por uma das fendas e vai ter a outro local
no
> alvo. (2
> > particulas)
> > ...
> > Outra particula passa por uma das fendas e vai ter a outro local
no
> alvo. (N
> > particulas)
> >
> > Observando o local onde as particulas "embatem" podemos ver que
> > elas embatem aleatóriamente em determinados locais pré-defenidos.
>
> So' q. certos locais sao 'pre-definidos' como
> inalcancaveis em meio a outros alcancaveis. Isso
> nao poderia ocorrer se os eletrons tivessem natureza
> puramente particulada.

A transformada de fourier tem propriedades interessantes e uma delas
é que a tanformada da transformada é o simétrico da função original
Se colocares um circulo na fenda, dá um padrão de circulos
concentricos.
Mas se colocares esse padrão de circulos concentricos na fenda,
resultata num circulo preenchido. (o simetrico do circulo é o circulo)

E agora ?
como é que as ondas que passam nessas fendas convergem todas para um
unico local ?
Elas deveriam divergir para fora de tal modo que nem todas "caissem"
no centro do alvo.


> > Onde está o caracter de onda das particulas se :
> > 1) só existe uma particula por vez no sistema (fendas)
> > 2) uma unica particula origina um ponto e não um padrão
> > 3) o local onde embate a particula não depende da particula, nem
da
> > interacção das particulas mas apenas do padrão de fendas.
>
> Esta' no fato de q. forma um padrao de interferencia --
> com franjas claras e escuras no anteparo.

bom ,mas isso deriva APENAS da fenda. Esse padrão eu posso modelar
como quiser, até posso faze-lo sem regiões intercaladas escuro-claro.

Se uma particula é uma onda, pq uma unica particula não cria padrão
nenhum depois de passar nas fendas?
É a isto que tens que responder.

> Os padroes sao de interferencia - faixas
> claras e escuras alternadas com larguras diferentes.

O padrão não mostra que existam ondas. É ai que está o problema.


> > Vc proprio concordou que particulas unicas não criam padrões.
> > Como vc pode afirmar, então, que existe uma dualidade particula-
> > onda quando vc não consegue que uma particula singular se
comporte
> > como uma onda ?
>
> Ele se comporta -- aparentemente esta' criando uma
> auto-interferencia. A questao e' q. para um dado
> eletron a funcao de onda colapsa em um dado ponto.

E para electrões diferentes, colapsa em pontos diferentes. E dai ?
A função de onda não significa que o electrão seja uma onda.
A função de onda é apenas uma função de densidade de probabilidade.
(quer dizer, a sua norma é uma densidade de probabilidade, a propria
função não é nada identificável)


> > Se uma particula fosse uma onda, o padrão estaria cosntruido a
> > partir da primeira particula que passa no sistema, as ondas
apenas
> > reforcariam a intensidade do padrão.
>
> Por isso se fala em dualidade onda-particula.

Mas o que relatei não acontece.
Uma unica particula dá origem a um ponto só.

Por isso não se devia falar em dualidade da particula, apenas da do
feixe de particulas.

> > O que essas experiencas provam é que o padrão é originado pelo
> > embate de um grande numero de particulas no alvo.
>
> Criando interferencia mesmo qdo viajam sozinhos?

Isso já foi refutado. Basta olhar as imagens da experiencia para a
chegada das primeiras particulas e ver que nenhum padrão existe ali.

> > Só para lembrar: o assunto era a Dualidade particula-onda.
>
> Exatamente. E vc acha q. estou falando de q? Pelo jeito
> acha q. eu digo q. o eletron e' puramente onda.

Não. Eu estou achando que dizes que ele pode ser uma onda, além de
particula.
Ora, não foi mostrado que um unico electrção crie um padrão de
interferencia, portanto um unico electrão não tem nenhuma
caracteritica de onda ,pq não cria padrões de interferencia.

Apenas MUITOS electrões criam esse padrão.

Então MUITOS podem até ser caracterizados por uma onda, mas um unico,
apenas, não.

Então um Feixe de particulas (por muito bixa que seja a sua potencia)
pode se comportar como uma onda, mas uma unica particula dessas,
viajando sozinha, não se comporta como uma onda.

E você diz: Mas uma particula sozinha sim se comporta como uma onda.
Acontece que quando vc vai ver, ela já não é uma onda, pq a sua
função de onda colapsou.

Bom, ai eu lhe digo que vc tem um mosntro debaixo da sua cama, mas
que sempre que vc olha ele desaparece.

A pergunta que vc me faria era: Como vc sabe que o mostro está lá ?
E a unica resposta aceitável seria : pq eu o vi lá.

Mas quando eu pergunto : Como vc sabe que a particula é uma onda?
A sua resposta é nenhuma. Vc nunca viu ela sendo onda. Como vc pode
me querer convencer que é de facto uma onda ?

Quanto a feixes , ai tudo bem. Ai eu tb já vi eles sendo "onda"

> > Eu nunca disse que um conjunto de particulas enviado pelas fendas
> > para o alvo não criavam o dito padrão.
>
> So' nao explica por q. formam esse padrao de interferencia
> ao inves de dois borroes (daqueles q. sao formados
> qdo apenas uma fenda esta' disponivel) sobrepostos,
> sendo o eletron (ou o foton) puramente particula e
> passando sozinho pela fenda.

tem algo errado com essa assumpção.
http://www.bli.uci.edu/lammp/powerpoints/ECE_176/imaging-diffraction-
Fourier.pdf
vc pode ver que o resultado de passar por uma so fenda tb é um padrão
de difracção.

E agora ? Ela interfere com o quê ?


[]

Sérgio Taborda





SUBJECT: Re: Esclarecimento dobre Dualidade
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/04/2002 12:42

--- Em ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> escreveu
> o padrão que chamas "de interferencia" é apenas a transformada de
> fourier do padrão das fendas.

E por q. com apenas uma fenda tem um tipo de dispersao?

> E dado que esse padrão de fourier está relacionado com a
> probabilidade da particula embater nesse local, conclui-se que a
> forma das fendas altera a probabilidade em embate no plano do alvo.

A forma das fendas nao esta' sendo alterada
nos experimentos. Apenas o numero delas
disponiveis para se passar. Como, na sua
visao idiossincratica, o eletron passa por
apenas uma fenda de cada vez, e como nos
experimentos apenas um eletron passa por vez,
o padrao de dispersao deveria se manter --
apenas com a sobreposicao da dispersao a partir
de cada fenda.

> Onde, aqui, é preciso assumir que existem ondas ?
> O padrão depende da fenda.
> Se tirares a fenda vês um ponto que é o "diametro" do feixe, e nada
> mais.

E se eu colocar apenas uma fenda vejo um
padrao de dispersao q. nao forma franjas,
apenas um borrao continuo.

Nao deveria haver descontinuidades com
a presenca de mais uma fenda.

> E esse padrão é o da t. de fourier da fenda que faz o feixe se
> dispersar.

Mas nao formando um padrao de franjas --
faixas claras alternadas a escuras.

> > Na verdade o padrao tbm nao prova q. seja uma onda,
> > mas sim q. tem um componente ondulatorio em sua natureza.
>
> Como é que prova isso ?

Pelo padrao de interferencia q. se forma.

> Pura e simples dispersão.

Isso nao deveria formar areas claras intercaladas com
areas escuras.

> Duas fendas são uma composição de uma fenda e dois deltas de dirac.

Por causa do carater ondulatorio da particula.

> > O q. esta' interferindo com o eletron q. viaja
> > solitario?
>
> Não ha prova que o electrão sozinho interfira com ele proprio.
> Para particulas sozinhas é observado um ponto. Um ponto não é uma
> figura de franjas.

Eu lanco uma moeda. Da' cara. Cara nao e' um padrao q.
me indique q. a probabilidade e' de meio a meio. Ou
eu lanco a mesma moeda varias vezes ou eu lanco varias
moedas -- em seguida ou ao mesmo tempo.

> A questão aqui é que eles não interferem consigo mesmos.
> Não ha qq prova disso.
> Um electão sozinho não forma nenhum padrão!

Se eles nao se interferem consigo mesmo nao posso
esperar o padrao q. se forma qdo eu lanco eletrons
isoladamente.

> O padrão depende apenas da fenda e da distancia da fenda ao alvo.
> nada mais.

Depende de se a municao e' uma particula ou uma onda ou
alguma outra coisa.

> como é que as ondas que passam nessas fendas convergem todas para
> um unico local ?
> Elas deveriam divergir para fora de tal modo que nem
> todas "caissem" no centro do alvo.

Elas nao necessariamente convergem. Se o padrao for tal
q. ha' uma descompasso entre as ondas e coincida numa
interferencia construtiva em apenas um ponto, e' nesse
ponto q. poderemos observar o efeito da onda. Nos outros
pontos a interferencia destrutiva nao permitiria ver o
efeito da onda.

> bom ,mas isso deriva APENAS da fenda. Esse padrão eu posso modelar
> como quiser, até posso faze-lo sem regiões intercaladas escuro-
> claro.

Nao depende apenas das fendas, mas da natureza
ondulatoria ou particulada do q. passa pelas fendas.

> Se uma particula é uma onda, pq uma unica particula não cria padrão
> nenhum depois de passar nas fendas?
> É a isto que tens que responder.

Os quanticos falam em colapso da funcao de onda.

> > Os padroes sao de interferencia - faixas
> > claras e escuras alternadas com larguras diferentes.
>
> O padrão não mostra que existam ondas. É ai que está o problema.

Mostra. Se fosse uma particula nao deveria formar esse padrao.

> E para electrões diferentes, colapsa em pontos diferentes.

Por q. e' uma questao probabilistica.

> > > Se uma particula fosse uma onda, o padrão estaria cosntruido a
> > > partir da primeira particula que passa no sistema, as ondas
> apenas
> > > reforcariam a intensidade do padrão.
> >
> > Por isso se fala em dualidade onda-particula.
>
> Mas o que relatei não acontece.
> Uma unica particula dá origem a um ponto só.

Por isso se fala em dualidade onda-particula.

> Isso já foi refutado. Basta olhar as imagens da experiencia para a
> chegada das primeiras particulas e ver que nenhum padrão existe ali.

Entao se eu lanco uma moeda e da' coroa nao posso
dizer q. o padrao e' cara e coroa meio a meio?

> Ora, não foi mostrado que um unico electrção crie um padrão de
> interferencia, portanto um unico electrão não tem nenhuma
> caracteritica de onda ,pq não cria padrões de interferencia.

Se ele nao interferisse consigo mesmo, nao formariam
padroes nem com um trilhao de eletrons viajando sozinhos.

> Bom, ai eu lhe digo que vc tem um mosntro debaixo da sua cama, mas
> que sempre que vc olha ele desaparece.

Desde q. ele deixe pegadas no po' acumulado debaixo da
minha cama posso suspeitar de algo.

> A pergunta que vc me faria era: Como vc sabe que o mostro está lá ?
> E a unica resposta aceitável seria : pq eu o vi lá.

Ou porq. a cama treme 'a noite, ha' pegadas, arranhoes, etc, etc.

> Mas quando eu pergunto : Como vc sabe que a particula é uma onda?
> A sua resposta é nenhuma. Vc nunca viu ela sendo onda. Como vc pode
> me querer convencer que é de facto uma onda ?

Vc nunca viu ela sendo uma particula. Vc infere.

> Quanto a feixes , ai tudo bem. Ai eu tb já vi eles sendo "onda"

Vc tbm nunca viu feixes sendo ondas. Vc infere.

> > So' nao explica por q. formam esse padrao de interferencia
> > ao inves de dois borroes (daqueles q. sao formados
> > qdo apenas uma fenda esta' disponivel) sobrepostos,
> > sendo o eletron (ou o foton) puramente particula e
> > passando sozinho pela fenda.
>
> tem algo errado com essa assumpção.
> http://www.bli.uci.edu/lammp/powerpoints/ECE_176/imaging-
>diffraction-Fourier.pdf
> vc pode ver que o resultado de passar por uma so fenda tb é um
> padrão de difracção.
>
> E agora ? Ela interfere com o quê ?

Se vc nao percebeu, estao tratando a luz como onda. Mas
digamos q. isso seja tratavel em termos de particulas.
Porq. qdo ha' duas fendas deveria se formar regioes
de interferencia destrutiva e nao uma simples soma?
Nao poderia existir probabilidade negativa, no maximo
a particula nao poderia estar la'. Se se sobrepoem
uma funcao com probabilidade positiva deveria entao
a coisa seria uma simples soma. O q. era area clara
em uma e area clara em outra deveria produzir sempre
uma area mais clara ainda; o q. era uma area clara
em uma e area escura em outra, deveria produzir a mesma
area clara da uma. Apenas onde era area escura nas duas
deveria permanecer escura na sobreposicao.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Dualidade Onda-Particula com Fotons Individuais
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/04/2002 15:26

----- Original Message -----
From: "rmtakata"
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, April 03, 2002 8:49 AM
Subject: [ciencialist] Re: Dualidade Onda-Particula com Fotons Individuais

> So' q. essa energia de lancamento nao vem do nada.
> A propagacao se da' 'as custas da energia inicialmente
> fornecida.

Concordo, mas o que estou tentando mostrar é que neste caso a *informação se
propaga* sem custo energético e a energia inicial é gasta para impulsionar o
objeto ou o veículo que contém a informação e não a informação em si. No
caso dos campos pode-se pensar, apoiando-se exclusivamente na experimentação
(mensagem 13497, vide abaixo) e utilizando-se de um raciocínio 100%
clássico, que existem informações a se propagarem de maneira autóctone, sem
necessitarem de um veículo. Logo, a energia, da maneira como é definida em
física clássica, pode ser nula.

Um outro exemplo de informação a se propagar a custo energético nulo (a
informação em si, mas não o fenômeno como um todo) é o som no meio aéreo. O
que seria uma onda sonora? De maneira bastante elementar podemos dizer que
retrata o transporte de vibrações de uma molécula de ar para outra vizinha,
sem que ambas entrem em contato. Ora, se as moléculas não entram em contato,
o que é que passa efetivamente de uma molécula para a outra? E o que é que
existe efetivamente no espaço vazio entre uma e outra molécula e a permitir
esse transporte de informação da vibração (informação de movimento, ou
mecânica)? Por acaso dirá você que é o ether? Ou seja, o som necessitaria,
além de um meio próprio a caracterizar o que chamamos onda, de um segundo
meio hipotético a ser chamado ether? Para que complicar, se é possível
simplificar?

Poderíamos também complicar um pouco mais dizendo que entre uma molécula e
outra trafegam partículas virtuais de uma possível "acústica quântica"
(alguns consideram a existência de fonons, partículas quânticas virtuais que
acredito que se encaixem nessa idéia). Por acaso isso iria simplificar o
entendimento do processo? Pois então vamos simplificar e aceitar de vez a
existência da entidade imaterial assumida por Newton para explicar um
fenômeno do mesmo tipo, qual seja, a atração gravitacional isenta do dogma
de Cotes.

Na realidade, o que nos assusta não é a imaterialidade mas a ausência de
massa. Mas a massa também é outro atributo *construído pelo homem* e a
retratar algo observado. E o campo? Por acaso não é também observável, ainda
que "entre aspas" como você se referiu em mensagem anterior? Mas se existe
campo podemos assumir que existe alguma coisa a justificá-lo. E porque essa
alguma coisa haveria de ser massiva? Apenas para satisfazer o nosso
egocentrismo? Não, o Universo existe independentemente de nós e os não
realistas que me perdoem por mais esta heresia. O problema é que
não-realismo não combina com ciência, a menos que lancemos mão de gnomos
quantum-relativistas. Pois então vamos lançar mão tão somente daquilo que
tem se mostrado existir. E o que tem se mostrado existir para justificar os
campos, sejam eles gravitacionais, eletromagnéticos ou campos outros de
interação, são as "informações do movimento da matéria", algo de natureza
imaterial e, como tal, de massa nula.

> O q. e' uma 'reacao de radiacao'? Quais sao esses
> fenomenos em q. eles nao ocorrem a despeito das
> emissoes? Quais sao essas emissoes?

Eu comentei isso na mensagem 13497 -- que pode ser lida também em
http://ecientificocultural.com/ECC2/Dialogos/efm.htm -- com as seguintes
palavras: "Reação de radiação seria equivalente ao golpe sentido por quem dá
um disparo com arma de fogo." Nessa mensagem, e nas seguintes, creio que em
resposta ao Léo, comento alguma coisa sobre fenômenos a caracterizarem
algumas dessas "radiações" eletromagnéticas (no sentido em que promovem a
modificação do campo eletromagnético por onde passam) cuja reação de
radiação, não apenas medida em laboratório mas também prevista teoricamente,
dá resultado nulo. Comento sobre isso também no item 6 do meu artigo "O
elétron emissor de informações eletromagnéticas" que pode ser lido em
http://ecientificocultural.com/Eletron2/emissor01.htm

> > conteúdo energético e material nulo a se propagar por um espaço

> Se o conteudo energetico e' nulo, como ele interfere com
> a materia?

E porque haveria de ser diferente? Apenas para satisfazer o nosso
egocentrismo?

> Eu nao sou fisico. Tbm me parece esquisito a
> dualidade. Mas qual a vantagem de seu modelo?

Bem, eu não sou dado a valorizar excessivamente a navalha de Occam, mas
digamos que esse modelo elimina uma infinidade de gnomos
quantum-relativistas. E me permite raciocinar com uma física a se apoiar em
apenas quatro essenciais naturais: espaço, tempo, matéria e informação.

Em síntese, não se trata única e exclusivamente de um modelo mas de algo a
evidenciar a existência de uma verdadeira *teoria* clássica que vai muito
além do que tem sido chamado tão somente como "modelo mecânico newtoniano"
(o conjunto das três leis de Newton). Quero crer também que essa versão
eliminaria comentários do tipo: "...Já a teoria da física quântica é muito
complicada, e nem os físicos têm certeza do que ela significa. E tenho de
confessar que, quanto mais eu estudo teoria quântica, menos eu a entendo."
(Alan Sokal, físico, EUA). Aliás, essa thread da Ciencialist transformou-se
numa verdadeira torre de Babel e a demonstrar que aqui na Ciencialist também
"ninguém tem certeza do que significa a física quântica, e quanto mais a
discutimos, menos a entendemos."

> > que você não enxerga com ou sem aspas mas que existe de fato e sem
> > aspas, a informação gravitacional.

> Vc diz a curvatura espaco-tempo? Os gravitons?

Quero crer que a curvatura seja um gnomo relativista e o gráviton um gnomo
quântico. Pelo que eu saiba, até hoje físico algum conseguiu unificar esses
termos e nem dar uma justificativa não fantasmagórica para os mesmos. Sobre
uma *aparente* curvatura clássica comento alguma coisa em
http://ecientificocultural.com/Relat/espaco_curvo01.htm

> > Ora, ter uma velocidade não significa "a priori" que essa
> > velocidade deva ser "c"

> Exato, entao 'a priori' poderia ser infinita. E 'a priori'
> poderia alcancar os objetos no instante de sua 'criacao'.
> Acao instantanea -- assumindo tratar-se de um sinal imaterial.

Bem, a expressão "a priori" não foi empregada com o sentido de "por
hipótese". Mesmo porque, e sob esse aspecto, sigo os ensinamentos
newtonianos: Não faço hipóteses! [Hipótese é encarada aqui como "conjectura
infundada ou não fundamentada pela experimentação", mas não no sentido mais
apreciado pelos "físicos" modernos quando se referem a Newton]

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: problema cl�ssico de contra��o de Lorentz
FROM: Nicolau Werneck <nwerneck@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/04/2002 15:58

Esse problema deve ser super manjado pra quem entende
do assunto, mas nõa me lembro de ter visto essa
questão na universidade...

Suponha duas naves de mesmo tamanho, viajando a
velocidades próximas da luz, uma em direção oposta à
outra. Para um observador na estação espacial, elas
possuem o mesmo tamanho "reduzido", e a proa de uma
cruza com a popa da outra ao mesmo tempo. Porem, para
observadores dentro de cada nave, os eventos não são
simultâneos. Primeiro a proa da nave cruza a da outra,
e depois a popa da sua nave cruza com a proa da outra.
Neste momento a nave esta "dentro" da outra. Depois a
nave "sai", e continua viajando.

Isso é bem fácil de engolir, quando exposto desse
jeito... Mas agora vem a pergunta qu eeu não consegui
entender bem ainda...

O que acontece se eu tenho um corpo deslizando sobre
uma superfície, a uma velocidade próxima da luz, e ele
cruza um buraco apenas um pouco maior do que ele???

No referencial do corpo, o buraco diminuiu de tamanho,
e seria possível passar por cima do buraco. Mas no
referencial do buraco, a nave ficou menor e deveria
cair dentro dele com perfeição!...

o que acontece afinal, a nave cai no buraco ou não?

obrigado!... :>

++nicolau



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SUBJECT: Re: problema clássico de contração de Lorentz
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/04/2002 16:09

--- Em ciencialist@y..., Nicolau Werneck <nwerneck@y...> escreveu
> No referencial do corpo, o buraco diminuiu de tamanho,
> e seria possível passar por cima do buraco.

No referencial da nave, a nave tbm e' menor em
relacao ao referencial do buraco.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: problema clássico de contração de Lorentz
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/04/2002 16:20

--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> No referencial da nave, a nave tbm e' menor em
> relacao ao referencial do buraco.

Ops! Falei besteira pra variar.

The train in the tunnel paradox
http://www.phys.uidaho.edu/~pbickers/Courses/310/Notes/book/node64.htm
l

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Dualidade Onda-Particula com Fotons Individuais
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/04/2002 16:43

--- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
> necessitarem de um veículo. Logo, a energia, da maneira como é
> definida em física clássica, pode ser nula.

Mas a fisica classica nao diz q.
alteracao na quantidade de movimento
corresponde a um trabalho? Isto e',
a uma variacao de energia?

> Ora, se as moléculas não entram em contato,
> o que é que passa efetivamente de uma molécula para a outra?

Energia.

> E o que é que existe efetivamente no espaço vazio entre uma e outra
> molécula e a permitir esse transporte de informação da vibração
> (informação de movimento, ou mecânica)? Por acaso dirá você que é o
> ether?

Q. tal o vacuo?

> Por acaso isso iria simplificar o
> entendimento do processo?

Se considerarmos outros efeitos, como o efeito Casimir, sim,
isso simplifica o conjunto.

What is the Casimir effect?
http://www.sciam.com/askexpert/physics/physics44/physics44.html

> Não, o Universo existe independentemente de nós e os não
> realistas que me perdoem por mais esta heresia.

E o Universo se comporta sem se lixar se queremos q.
ele seja classico ou quantico...

> "Reação de radiação seria equivalente ao golpe sentido por quem dá
> um disparo com arma de fogo."

Bem, isso complica as coisas -- a reacao de radicao pode
ser no sentido oposto: nao apenas de recuo, mas de atracao.

De todo modo nao captei nos textos referidos a
emissao sem 'reacao'.

> > Se o conteudo energetico e' nulo, como ele interfere com
> > a materia?
>
> E porque haveria de ser diferente? Apenas para satisfazer o nosso
> egocentrismo?

Nao. Mas qual o indicio de q. isso ocorra?

> digamos que esse modelo elimina uma infinidade de gnomos
> quantum-relativistas.

Mas nao acaba criando outros duendes? Como essa emissao
interfere com o eletron? Por q. ele nao 'rouba' a energia
do eletron? Como essa emissao adquire o angulo exato para
cruzar com a outra fenda e refletir de volta ao eletron?
Como ela adquire a velocidade exata para tal sincronismo?
Se ela e' imaterial por q. nao tem velocidade infinita?

> Pelo que eu saiba, até hoje físico algum conseguiu unificar esses
> termos e nem dar uma justificativa não fantasmagórica para os
> mesmos.

Fisico algum conseguiu ainda responder por q. o universo existe.
Ou por q. tem as propriedades q. tem.

> > Exato, entao 'a priori' poderia ser infinita. E 'a priori'
> > poderia alcancar os objetos no instante de sua 'criacao'.
> > Acao instantanea -- assumindo tratar-se de um sinal imaterial.
>
> Bem, a expressão "a priori" não foi empregada com o sentido de "por
> hipótese". Mesmo porque, e sob esse aspecto, sigo os ensinamentos
> newtonianos: Não faço hipóteses!

Mas o q. tem de absurdo algo imaterial se movendo a velocidades
infinitas?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Fw: Vaso de press�o
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/04/2002 18:30

Alguém tem uma idéia que 'vaso de pressão' o consulente se refere?

[]'
Léo
===========
-----Mensagem Original-----
De: Ricardo Tabosa
Para: leo@barretos.com.br
Cc: ricardo@pwpara.com.br
Enviada em: quarta-feira, 3 de abril de 2002 12:49
Assunto: Vaso de pressão


Caro Professor.

Gostaria de parabeniza-lo pelo seu site, gostei muito, e aproveitando para lhe perguntar se existe alguma maneira de se puxar agua de um poço sem usar a eletricidade ou o vento, digo isso porque moro um sitio onde ainda não tem energia eletrica, e um sistema de cata-vento é muito caro, e figuei sabendo de um sistema que usa a pressão para puxar a água e distribui, isso pode ser feito e como. Aguardarei uma resposta sua o mais rapido possivel.

Grato pela sua atenção.


Ricardo Tabosa.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Fw: Vaso de pressão
FROM: "bombaspr" <bombaspr@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/04/2002 18:41

Olá Léo

Ela se refere aos popularmente chamados "carneiros
hidráulicos", "burrinhos", ou ainda "balanças hidráulicas".
Amanhã posso passar para vc tudo (o q tenho aqui) sobre isso - se
ajudar.

Inté+
Mauro


--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> escreveu
> Alguém tem uma idéia que 'vaso de pressão' o consulente se refere?
>
> []'
> Léo
> ===========
> -----Mensagem Original-----
> De: Ricardo Tabosa
> Para: leo@b...
> Cc: ricardo@p...
> Enviada em: quarta-feira, 3 de abril de 2002 12:49
> Assunto: Vaso de pressão
>
>
> Caro Professor.
>
> Gostaria de parabeniza-lo pelo seu site, gostei muito, e
aproveitando para lhe perguntar se existe alguma maneira de se puxar
agua de um poço sem usar a eletricidade ou o vento, digo isso porque
moro um sitio onde ainda não tem energia eletrica, e um sistema de
cata-vento é muito caro, e figuei sabendo de um sistema que usa a
pressão para puxar a água e distribui, isso pode ser feito e como.
Aguardarei uma resposta sua o mais rapido possivel.
>
> Grato pela sua atenção.
>
>
> Ricardo Tabosa.
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Esclarecimento dobre Dualidade
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/04/2002 20:00


>> o padrão que chamas "de interferencia" é apenas a transformada de
>> fourier do padrão das fendas.

>E por q. com apenas uma fenda tem um tipo de dispersao?

Eu ja´tentei explicar isso. Vê com atenção.
O padrão do alvo é a transformada de fourier do padrão da fenda.
No link que deixei isso se vê bem.
Uma unica fenda provoca um padrão muito complicado.
Duas fendas apenas sobrepoem dosi padrões desses deslocados no plano do
alvo, uam distancia que depende da distancia das fendas.
É pura e simples matemática.

Portanto, eis a razão para que uma unica fenda apresente um padrão complexo.
Agora, a razão fisica que leva as particulas a apenas embaterem no alvo
dentro desse padrão é outra historia.
Isso serão cosniderações à psoteriori uma vez establecido se as particulas
individuais são ondas ou não

>> E dado que esse padrão de fourier está relacionado com a
>> probabilidade da particula embater nesse local, conclui-se que a
>> forma das fendas altera a probabilidade em embate no plano do alvo.

>A forma das fendas nao esta' sendo alterada
>nos experimentos.

Ninguem disse que estava. Eu só disse que usando fendas diferentes obtens
padrões diferentes.
A relação ente o padrão de fendas que usas e o padrão que parece no alvo é
bem determinada.

>Apenas o numero delas disponiveis para se passar.

Quando eu falo em "padrão de fendas" eu estou em referido ao conjunto de
todas as fendas.
Um padrão complexo pdoe ser desmontado em padrões mais simples pelo uso de
funções especiais como o delta de dirac ou a função "pente" (que é um
conjunto de deltas postos lado a lado)
No caso das duas fendas estás a usar um retangulo multiplicado por um pente
com dois deltas.
A TF disto é a TF do retangulo convoluida pela transformada de dois deltas.
A TF de dois deltas é um coseno. A TF de um retangulo é um seno cardinal
tens portanto a convolução de um conseno com um seno cardinal (
cos(x)@sen(x)/x onde @é a operação de convlução)

São esses senos e consenos que fabricam o padrão, ora escuro, ora claro, no
alvo.
Não tem nada a ver com haver ondas ou não haver ondas.

>Como, na sua
>visao idiossincratica, o eletron passa por
>apenas uma fenda de cada vez, e como nos
>experimentos apenas um eletron passa por vez,
>o padrao de dispersao deveria se manter --
>apenas com a sobreposicao da dispersao a partir
>de cada fenda.

Não foi anda disso que tentei explicar. Eu tentei apenas explicar que o
padrão da fenda é a unica causa do padrão que se vê no alvo.

> Onde, aqui, é preciso assumir que existem ondas ?
> O padrão depende da fenda.
> Se tirares a fenda vês um ponto que é o "diametro" do feixe, e nada
> mais.

E se eu colocar apenas uma fenda vejo um
padrao de dispersao q. nao forma franjas,
apenas um borrao continuo.

Estás engando. Eu mandei o link, onde pode ver que uma fenda apenas provoca
um padrão disperso de escuros e claros.
É um seno cardinal em 2D
As figuras dos gráficos deveriam ajudar a entendero tipo de padrão que está
lá.

Mas repra que o pico central é muito maior que a sbordas, por isso as bordas
aparecem menos claras. E podem está além do limite de visão ou do limite de
detecção dos aparelhos.

>Nao deveria haver descontinuidades com
>a presenca de mais uma fenda.

Estás engando, Por um lado não ha descontinidades nenhumas.
Segundo, qq tipo de fenda retangular ou conjunto delas forma um padrão com
interrupções.

>> E esse padrão é o da t. de fourier da fenda que faz o feixe se
>> dispersar.

>Mas nao formando um padrao de franjas --
>faixas claras alternadas a escuras.

Qq TF tem de figuras geometricas tem um padrão de franjas pq originam sempre
funções harmonicas.

> > Na verdade o padrao tbm nao prova q. seja uma onda,
> > mas sim q. tem um componente ondulatorio em sua natureza.
>
> Como é que prova isso ?

>Pelo padrao de interferencia q. se forma.

Isso é a tua prova ?
Vejamos, o alvo detecta pontos singulares.
Para uma onda deveria detectar vários pontos destes simultaneamente.

Apenas obtens o padrão SE ENVIARS MUITAS particulas
Se só enviares 1 ou 2 ou 10 não vais ver nada.
O que significa que as particulas em si não são a causa de nenhum padrão.
Elas se limitam a viajar e embater no alvo.

>> Duas fendas são uma composição de uma fenda e dois deltas de dirac.

>Por causa do carater ondulatorio da particula.

???
O caracter ondulatorio de nada tem a ver com isto. É pura matemática de
fourier.
dois deltas multiplicados por um quadrado , fazem um par de quadrados.
A função delta de dirac tem essa propriedade de "copiar" o padrão para a
localização do delta.

>> > O q. esta' interferindo com o eletron q. viaja
>> > solitario?
>>
>> Não ha prova que o electrão sozinho interfira com ele proprio.
>> Para particulas sozinhas é observado um ponto. Um ponto não é uma
>> figura de franjas.

>Eu lanco uma moeda. Da' cara. Cara nao e' um padrao q.
>me indique q. a probabilidade e' de meio a meio. Ou
>eu lanco a mesma moeda varias vezes ou eu lanco varias
>moedas -- em seguida ou ao mesmo tempo.

Exactamente.
Quando eu lanço u melectrão e ele vai embater em determinado local dai eu
não posso inferir a probabilidade dele bater ali.
Tenho que lançar mais , para construi esse padrão.
É exactamente isso que se faz na tal experiencia que citaste.

Mas daqui não posso inferir que uma particula é uma onda, da mesma forma que
não posso inferir que a moeda é de prata quando a lanço.


>> A questão aqui é que eles não interferem consigo mesmos.
>> Não ha qq prova disso.
>> Um electão sozinho não forma nenhum padrão!

>Se eles nao se interferem consigo mesmo nao posso
>esperar o padrao q. se forma qdo eu lanco eletrons
>isoladamente.

Se eles não interferem consigo mesmos.
Se eles não interferem com os outros electrões.
Se eles não interferem de nenhuam forma com nada, como raios se pode dizer
que eles são ondas ?

Simplesmente não pode.

>> bom ,mas isso deriva APENAS da fenda. Esse padrão eu posso modelar
>> como quiser, até posso faze-lo sem regiões intercaladas escuro-
>> claro.

>Nao depende apenas das fendas, mas da natureza
>ondulatoria ou particulada do q. passa pelas fendas.

Como vc prova isso ?

Já foi mostrado que uma particula unica a passar pela fenda não cria padrão
nenhum.
Veja no link que deixei. Para ondas é assumido que Aexp(i[kx-wt]) Se uma
unica particula fosse uma onda , ela se comportaria da mesma forma que uam
onda, formando o padrão.
Mas ela não o forma, donde , ela não é uma onda.

Mais uma vez, o padrão é formado pelas fendas. Depende unica e
esclisivamente delas.
No proprio documento se mostra isso.
Aquilo que passa por elas não é tido nem achado.

quando Young fez essa esperiencia e disse que a luz eram ondas transversais
ele esqueceu de dizer de q eram essas ondas. E ai apareceu a teoria do
aether.
A questão é que essas ondas nunca estiveram lá, pq o padrão depende das
fendas e qq coisa que passe por elas elabora o mesmo padrão.
Uma chuva de particulas é o que é preciso para isso.

As experiencias mostram isso.
E pessoas como De Broglie e Eisntein eram conscientes disso. Que a luz eram
particulas e que a onda se associava ao seu movimento e não a elas proprias.
(lembre-se que o cdo depende do momento da particula)

>> Se uma particula é uma onda, pq uma unica particula não cria padrão
>> nenhum depois de passar nas fendas?
>> É a isto que tens que responder.

>Os quanticos falam em colapso da funcao de onda.

Nice... agora atiras com argumentos de outros.
Mas eu ja´expliquei que o colpaso da função de onda é nada mais nada mesmos
que a MEDIÇÂO.
A OBSERVAÇÂO.

A sua resposta é portanto : Uma unic particula não cria padrão nenhum pq eu
a estou a observar.
Ora! Isso é o mesmo que acreditar que o mostro esta de baixo da cama quando
eu não estou olhando.

>> > Os padroes sao de interferencia - faixas
>> > claras e escuras alternadas com larguras diferentes.
>>
>> O padrão não mostra que existam ondas. É ai que está o problema.

>Mostra. Se fosse uma particula nao deveria formar esse padrao.

Ok. Vamso supor que as particulas não fazem aqueles padrões.
Vamos supor que para existirem aqueles padrões temos que ter uma onda. (tem
até que ser plana, mas deixamso isso de lado)

Mas existem mais testes que se podem fazer a algo que é uam onda.
Se algo é intrinsecamente uma onda, esse algo deve comportarse como onda
quanto está sozinho.
Ora, o electrão (nem o fotão) não faz isso. Quando ele está sozinho ele é
observado como uma particula.
Como a particula que sempe foi.

Lembre-se que a água é feita de moleculas que não são ondas.
E as ondas do mar são apenas a oscilação dessas MUITAS moleculas.
Lembre-se que num solido tb existem ondas, que são a vibração da estrutura
solida feita de particulas.

As ondas devem-se ao movimento ordenado das particulas.
As particulas em si, não são ondas.

E mais que não seja, basta-me a formula de De Broglie para dizer isso.
E queria mostrar experiemtnalmente...

A formula diz que o cdo = h / m v
aquele m é o m relativista.

se v =0 então cdo = oo
ou seja, não ha onda nenhuma.
Portanto no referencial proprio da particula não existe nenhuma onda.
A particula NAO é uma onda.

>> E para electrões diferentes, colapsa em pontos diferentes.

>Por q. e' uma questao probabilistica.

Pois é. E a função de onda exprime essa probabilidade.
Mas "função de onda" é algo que caracteriza o sistema e NAO é uma onda.
A função de onda pode ser uma exponencial , por exemplo. SEM OSCILAÇÃO
nenhuma.

Não confundir "função de onda" com "a particula é uma onda", por favor.


>> Mas o que relatei não acontece.
>> Uma unica particula dá origem a um ponto só.

>Por isso se fala em dualidade onda-particula.

Não.
Fala-se em particulas pq elas são quantidades independentes no espaço.
Eslas estão apenas num determiando local do espaço e não em todos, como as
ondas.

> Isso já foi refutado. Basta olhar as imagens da experiencia para a
> chegada das primeiras particulas e ver que nenhum padrão existe ali.

>Entao se eu lanco uma moeda e da' coroa nao posso
>dizer q. o padrao e' cara e coroa meio a meio?

Não. Vc só fez um laçamento.
Um lançamento não é estatistica nenhuma
terá de fazer vários, quantos mais melhor, para determinar a probabildiade
de sair cara e a de sair coroa. (Na vida real elas não são iguais.)


>> Ora, não foi mostrado que um unico electrção crie um padrão de
>> interferencia, portanto um unico electrão não tem nenhuma
>> caracteritica de onda ,pq não cria padrões de interferencia.

>Se ele nao interferisse consigo mesmo, nao formariam
>padroes nem com um trilhao de eletrons viajando sozinhos.

Se ele interferisse consigo mesmoele criaria o padrão sozinho. E NÂO cria.
Donde ele não interfere consigo mesmo.

PQ é tão dificil aceitar que ele não interfere consigo mesmo quando todas as
razões logicas, fisicas e experiemtnais apontam para que ele de facto não
interfere consigo mesmo ?

>> Bom, ai eu lhe digo que vc tem um mosntro debaixo da sua cama, mas
>> que sempre que vc olha ele desaparece.

>Desde q. ele deixe pegadas no po' acumulado debaixo da
>minha cama posso suspeitar de algo.

bom, ele deixa umas migalhas de bolacha. Isso conta ?

> A pergunta que vc me faria era: Como vc sabe que o mostro está lá ?
> E a unica resposta aceitável seria : pq eu o vi lá.

>Ou porq. a cama treme 'a noite, ha' pegadas, arranhoes, etc, etc.

De facto a cama treme , e ouvem-se até barulhos estranhos, mas é por causa
dos camiões que passam na rua.
De facto à arranhões, mas são de chutar o calçado para baixo da cama.
De facto até ha la´ migalhas de bolacha, mas isso foi pq a faxinheira madou
para baixo da cama as miganhas que havia no quarto todo.

>> Mas quando eu pergunto : Como vc sabe que a particula é uma onda?
>> A sua resposta é nenhuma. Vc nunca viu ela sendo onda. Como vc pode
>> me querer convencer que é de facto uma onda ?

>Vc nunca viu ela sendo uma particula. Vc infere.

Claro que vi. No alvo aparece um unico ponto. E mais que isso, um ponto pro
cada particula

>> Quanto a feixes , ai tudo bem. Ai eu tb já vi eles sendo "onda"

>Vc tbm nunca viu feixes sendo ondas. Vc infere.

Não infiro nada. Existem microscopios electronicos , né mesmo ?
Eu nunca disse que um feixe não se comportava como uma onda.

O que eestou dizendo é que particulas não são ondas.

A dulaidade particula-onda não existe pq não foi provada.
O mais que temos é a dualidade Feixe- Onda. Mas isso não é dualdiade
nenhuma.

o link

http://www.bli.uci.edu/lammp/powerpoints/ECE_176/imaging-diffraction-Fourier
.pdf

>> vc pode ver que o resultado de passar por uma so fenda tb é um
>> padrão de difracção.
>>
>> E agora ? Ela interfere com o quê ?

>Se vc nao percebeu, estao tratando a luz como onda.

Vc que não entendeu.
No documento mostrasse que :
1) o padrão no alvo é a TF do padrão das fendas.
2) que uma unica fenda Também cria uma padrão com zonas claras e escuras

> Mas digamos q. isso seja tratavel em termos de particulas.
>Porq. qdo ha' duas fendas deveria se formar regioes
>de interferencia destrutiva e nao uma simples soma?

Não deveria. E de facto não forma.
Era isso que eu queria que visses nas figuras do documento.

>Nao poderia existir probabilidade negativa, no maximo
>a particula nao poderia estar la'.

Isso não existe. A função de onda pode ser negativa, mas a desidade de
probabilidade é a sua norma, ou seja psi² , e o quadrado é sempre positivo

Isso se vê muito bem experiemtnalmente com um laser.

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: Vaso de pressão
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/04/2002 21:01

OK Mauro,

manda ver. Fico no aguardo ... de tudo sobre o golpe de aríete.
Aliás vários consulentes já pediram 'projetos completos' sobre tais carneiros hidráulicos. Virá bem a calhar.

[]'
Léo
PS: aproveitando o embalo ........ plim plim
Coloquei na sala 19 as duas partes do tema "Construindo a Ciência" (itens 49 e 50), para os níveis básico e médio. Na parte 2, que trata do Método Científico, usei do fenômeno arco-íris como exemplo em cada etapa.
Na parte 1 tem as definições de "fenômeno, fenômeno da natureza e fato" minha e do Jocax ... apreciaria comentários.

Para ir direto:
www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto49.asp

Plim .... Plim
==========
-----Mensagem Original-----
De: "bombaspr" <bombaspr@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 3 de abril de 2002 18:41
Assunto: [ciencialist] Re: Fw: Vaso de pressão


Olá Léo

Ela se refere aos popularmente chamados "carneiros
hidráulicos", "burrinhos", ou ainda "balanças hidráulicas".
Amanhã posso passar para vc tudo (o q tenho aqui) sobre isso - se
ajudar.

Inté+
Mauro


--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> escreveu
> Alguém tem uma idéia que 'vaso de pressão' o consulente se refere?
>
> []'
> Léo
> ===========
> -----Mensagem Original-----
> De: Ricardo Tabosa
> Para: leo@b...
> Cc: ricardo@p...
> Enviada em: quarta-feira, 3 de abril de 2002 12:49
> Assunto: Vaso de pressão
>
>
> Caro Professor.
>
> Gostaria de parabeniza-lo pelo seu site, gostei muito, e
aproveitando para lhe perguntar se existe alguma maneira de se puxar
agua de um poço sem usar a eletricidade ou o vento, digo isso porque
moro um sitio onde ainda não tem energia eletrica, e um sistema de
cata-vento é muito caro, e figuei sabendo de um sistema que usa a
pressão para puxar a água e distribui, isso pode ser feito e como.
Aguardarei uma resposta sua o mais rapido possivel.
>
> Grato pela sua atenção.
>
>
> Ricardo Tabosa.
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: Vaso de pressão
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/04/2002 21:03

PS2: Quero ver como o consulente vai puxar água do poço usando um carneiro hidráulico. :-))
[]'
Léo
===========
-----Mensagem Original-----
De: "bombaspr" <bombaspr@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 3 de abril de 2002 18:41
Assunto: [ciencialist] Re: Fw: Vaso de pressão


Olá Léo

Ela se refere aos popularmente chamados "carneiros
hidráulicos", "burrinhos", ou ainda "balanças hidráulicas".
Amanhã posso passar para vc tudo (o q tenho aqui) sobre isso - se
ajudar.

Inté+
Mauro


--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> escreveu
> Alguém tem uma idéia que 'vaso de pressão' o consulente se refere?
>
> []'
> Léo
> ===========
> -----Mensagem Original-----
> De: Ricardo Tabosa
> Para: leo@b...
> Cc: ricardo@p...
> Enviada em: quarta-feira, 3 de abril de 2002 12:49
> Assunto: Vaso de pressão
>
>
> Caro Professor.
>
> Gostaria de parabeniza-lo pelo seu site, gostei muito, e
aproveitando para lhe perguntar se existe alguma maneira de se puxar
agua de um poço sem usar a eletricidade ou o vento, digo isso porque
moro um sitio onde ainda não tem energia eletrica, e um sistema de
cata-vento é muito caro, e figuei sabendo de um sistema que usa a
pressão para puxar a água e distribui, isso pode ser feito e como.
Aguardarei uma resposta sua o mais rapido possivel.
>
> Grato pela sua atenção.
>
>
> Ricardo Tabosa.
>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Dualidade Onda-Particula com Fotons Individuais
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/04/2002 02:30

----- Original Message -----
From: "rmtakata"
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, April 03, 2002 4:43 PM
Subject: [ciencialist] Re: Dualidade Onda-Particula com Fotons Individuais

> Mas a fisica classica nao diz q.
> alteracao na quantidade de movimento
> corresponde a um trabalho? Isto e',
> a uma variacao de energia?

A física clásica *define* o trabalho de maneira a que ele possa ser pensado
como uma energia transportada de um objeto a outro. Isso é o que aparenta
ocorrer macroscopicamente em casos de choque, quando a interação é pensada
como dando-se por um contato imediato de 1.º grau :-). A idéia também
satisfaz a termodinâmica, se bem que a termodinâmica "por si só" não se
preocupe com os detalhes que residam por trás do constructo trabalho e/ou
energia (lembro que existem termodinâmica e "termodinâmicas). Não obstante,
quando se pensa em campos, e rigorosamente não há como avançar para o estudo
do microcosmo se desprezarmos a idéia de campos, o conceito *transporte de
energia* fica a desejar. E é exatamente aí que surge a necessidade da
introdução de alguma coisa nova, e que classifiquei em 5 itens numa das
mensagens anteriores.

> > Ora, se as moléculas não entram em contato,
> > o que é que passa efetivamente de uma molécula para a outra?

> Energia.

Por esta via, de duas uma: Ou teremos que redefinir a energia, ou diria que
você está aceitando a energia como um "essencial natural". Muitos físicos
seguem uma ou outra dessas direções e há mesmo quem acredite que isso possa
simplificar a física, pois reduz pelo menos um de seus "essenciais". Chegam
mesmo à identificação de matéria com energia e acreditam que isso unifica
alguma coisa. Pois eu acho que estão unificando a "ignorância em física
clássica" com a "ignorância em metodologia científica". Alguns acreditam que
com estas palavras, no contexto apresentado, estou indo contra as idéias de
Einstein. Não obstante, não há físico algum do século XX que tenha criticado
mais as suas idéias do que ele próprio. É óbvio que ele não poderia
sacrificar a teoria da relatividade pois um pai nunca mata seu próprio
filho. Mas ele chegou bem próximo disso na década de 30 (a década dos
grandes paradoxos da física moderna), quando tentou sem sucesso desenvolver
a teoria do campo unificado, ocasião em que a física moderna, incluindo
quântica e relatividade, apenas o atrapalhou. Digno de nota são essas suas
palavras que já coloquei aqui, mas sempre vale a pena repetir:

* "Essas tentativas, no entanto, não têm sido coroadas de êxito.
* Assim, o alvo de construir uma teoria de campo eletromagnético da
* matéria permanece inatingível por ora, embora em princípio nenhuma
* objeção possa ser levantada contra a possibilidade de vir a se
* alcançar tal objetivo. O que reteve qualquer tentativa posterior
* nessa direção foi a falta de qualquer método sistemático que levasse
* a uma solução. O que a mim parece definitivo, contudo, é que, nos
* fundamentos de qualquer teoria de campo consistente, não pode haver,
* além do conceito de campo, qualquer conceito referente a
* partículas."

Numa primeira leitura creio que não é dificil perceber o quanto esse
pensamento encaixa-se no que estamos ora comentando. Não obstante faz-se
necessário o conhecimento de um pouco de física-matemática para o perfeito
entendimento da conclusão, razão pela qual vou evitar "puxar a sardinha para
o meu lado", o que seria fácil.

> > E o que é que existe efetivamente no espaço vazio entre uma e outra
> > molécula e a permitir esse transporte de informação da vibração
> > (informação de movimento, ou mecânica)? Por acaso dirá você que é o
> > ether?

> Q. tal o vacuo?

Bem, pelo visto fizestes uma opção dentre as cinco que apresentei.
Prosseguindo por esta linha breve concluirás que esse vácuo deverá ser
"quantificado" de alguma maneira. E a essa altura do campeonato solicito a
permissão para retirar minhas bolinhas elementares de campo :-) pois do
contrário elas irão se defrontar com as anti-bolinhas presentes neste vácuo
e a minha coleção irá ser substituída por outra formada por bolinhas meio
ondulatórias e meio corpusculares. :-))

> > Por acaso isso iria simplificar o
> > entendimento do processo?

> Se considerarmos outros efeitos, como o efeito Casimir, sim,
> isso simplifica o conjunto.

Pois é, isso concorda com o que afirmei acima. Fizestes uma opção por uma
física que dá certo sem se se saiba onde, quando e nem porquê. Às vezes
sabe-se onde porém não quando nem porquê, ou então quando mas não onde e nem
porquê, e por aí vai.

> What is the Casimir effect?
> http://www.sciam.com/askexpert/physics/physics44/physics44.html

Muito bom o link. Fez me lembrar outro que postaram no news uol.ciencia e
relativo ao arco-iris noturno. O Universo está repleto de mistérios e os
quânticos acreditam que são os únicos donos da pedra filosofal. Léo,
perdoai-os, eles não sabem o que falam. :-)

> > "Reação de radiação seria equivalente ao golpe sentido por quem dá
> > um disparo com arma de fogo."

> Bem, isso complica as coisas -- a reacao de radicao pode
> ser no sentido oposto: nao apenas de recuo, mas de atracao.

Não entendi devidamente o contexto em que fizestes esta afirmação mas diria
que num contexto um pouco diverso daquele que estamos aqui discutindo isso
poderia chegar a fornecer as bases para a explicação da atração
gravitacional. De qualquer forma, no contexto a que me refiro a energia não
viaja sozinha pelo espaço e energia não é matéria mas um atributo "possuído"
pela matéria. Quem viaja é a informação, mas essa não é nem matéria nem
energia.

> De todo modo nao captei nos textos referidos a
> emissao sem 'reacao'.

A literatura é rica em estudos a respeito. Até mesmo a teoria de Lorentz,
desenvolvida entre 1892 e 1903, aceita essa condição. Uma revisão sobre o
assunto pode ser encontrada em
http://www.hep.princeton.edu/~mcdonald//accel/radreact.pdf . Eu não citei
antes pois faz parte da bibliografia do artigo que indiquei. Além do mais,
eu precisava fazer o meu comercial. ;-)

> > > Se o conteudo energetico e' nulo, como ele interfere com
> > > a materia?

> > E porque haveria de ser diferente? Apenas para satisfazer o nosso
> > egocentrismo?

> Nao. Mas qual o indicio de q. isso ocorra?

Eu já disse. Está mais do que comprovado não só experimentalmente, mas
demonstrado até mesmo por teorias que já cairam na obsolescência
(desenvolvidas há mais de 100 anos), que isso realmente ocorre. Existem
situações em que a matéria emite de fato alguma coisa a promover efeitos
eletromagnéticos (a maioria dos autores aceita chamar isso como onda
eletromagnética, além das tradicionais) e cujo conteúdo energético não
apenas é nulo mas também igual a zero :-). Quero crer que se você fizer uma
pesquisa em http://xxx.lanl.gov/ encontrará pelo menos uns 100 artigos a
respeito. E notará também que a maioria desses artigos são contraditórios
entre si, a demonstrar que muitos dentre os físicos modernos ficam
totalmente desorientados quando se propõem a comentar algo a respeito.

> > digamos que esse modelo elimina uma infinidade de gnomos
> > quantum-relativistas.

> Mas nao acaba criando outros duendes?

Eu já disse: EXISTE apenas um "duende" entre cinco possíveis. Eu fiz a opção
por um deles e não precisei criar mais nenhum além daqueles já conhecidos no
tempo de Newton e ainda hoje aceitos (aliás, o que escolhi também já existia
no tempo de Newton, apenas não foi valorizado por seus seguidores). Os
físicos modernos fizeram opção por outro(s) duende(s) e no século XX criaram
mais de 500 duendes diferentes com a finalidade de justificar a opção que
fizeram. E a cada dia vêem criando novas esquisitices a justificar a má
escolha feita.

> Como essa emissao
> interfere com o eletron? Por q. ele nao 'rouba' a energia
> do eletron? Como essa emissao adquire o angulo exato para
> cruzar com a outra fenda e refletir de volta ao eletron?
> Como ela adquire a velocidade exata para tal sincronismo?
> Se ela e' imaterial por q. nao tem velocidade infinita?

A emissão por si só não interfere, ela apenas comunica. Se a partícula que
recebe a informação for sensível à mesma (no caso, uma partícula da borda da
fenda pertencente ao anteparo), esta partícula ficará sujeita a um efeito
ao mesmo tempo em que reflete a comunicação recebida, agora acrescentada
pela informação da ação sofrida pela mesma. Isso que é acrescentado à
informação refletida irá exercer uma reação sobre a partícula original. O
fenômeno é muito parecido, se bem que de natureza diferente, daquele
estudado pelos especialistas em antenas (nesse caso o que se propaga é a
onda eletromagnética de conteúdo energético diferente de zero). E note que
neste caso também é referido um período de "incerteza", ocasião em que a
conservação de energia aparenta ser desrespeitada.

> > Pelo que eu saiba, até hoje físico algum conseguiu unificar esses
> > termos e nem dar uma justificativa não fantasmagórica para os
> > mesmos.

> Fisico algum conseguiu ainda responder por q. o universo existe.
> Ou por q. tem as propriedades q. tem.

Sim, mas essa é uma dúvida filosófica, não científica e bem diferente
daquela que estamos comentando. Eu não estou questionando sobre "O que são
essenciais naturais?", mas sobre como utilizar estes conceitos, supostos
existirem, para entender aquilo que é observado em laboratório. E sob esse
aspecto diria que a física está totalmente estagnada há cerca de 100 anos. A
física está num atoleiro e a única coisa que os "físicos" modernos têm feito
é pisar no acelerador.

> > Bem, a expressão "a priori" não foi empregada com o sentido de "por
> > hipótese". Mesmo porque, e sob esse aspecto, sigo os ensinamentos
> > newtonianos: Não faço hipóteses!

> Mas o q. tem de absurdo algo imaterial se movendo a velocidades
> infinitas?

De absurdo nada. Se os físicos quânticos conseguirem comprovar isso em
laboratório, então terá chegada a hora de aposentar minhas bolinhas
elementares. ;-) Espero apenas que não continuem assumindo isso como uma
conjectura sem fundamentação científica (hipótese, no sentido adotado por
Newton).

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Fw: [ciencialist] Re: Fw: Vaso de pressão
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/04/2002 09:05


-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 3 de abril de 2002 21:03
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Fw: Vaso de pressão


PS2: Quero ver como o consulente vai puxar água do poço usando um carneiro hidráulico. :-))
[]'
Léo
===========
-----Mensagem Original-----
De: "bombaspr" <bombaspr@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 3 de abril de 2002 18:41
Assunto: [ciencialist] Re: Fw: Vaso de pressão


Olá Léo

Ela se refere aos popularmente chamados "carneiros
hidráulicos", "burrinhos", ou ainda "balanças hidráulicas".
Amanhã posso passar para vc tudo (o q tenho aqui) sobre isso - se
ajudar.

Inté+
Mauro


--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> escreveu
> Alguém tem uma idéia que 'vaso de pressão' o consulente se refere?
>
> []'
> Léo
> ===========
> -----Mensagem Original-----
> De: Ricardo Tabosa
> Para: leo@b...
> Cc: ricardo@p...
> Enviada em: quarta-feira, 3 de abril de 2002 12:49
> Assunto: Vaso de pressão
>
>
> Caro Professor.
>
> Gostaria de parabeniza-lo pelo seu site, gostei muito, e
aproveitando para lhe perguntar se existe alguma maneira de se puxar
agua de um poço sem usar a eletricidade ou o vento, digo isso porque
moro um sitio onde ainda não tem energia eletrica, e um sistema de
cata-vento é muito caro, e figuei sabendo de um sistema que usa a
pressão para puxar a água e distribui, isso pode ser feito e como.
Aguardarei uma resposta sua o mais rapido possivel.
>
> Grato pela sua atenção.
>
>
> Ricardo Tabosa.
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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SUBJECT: Fw: [ciencialist] Re: Fw: Vaso de pressão
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/04/2002 09:40


> > Gostaria de parabeniza-lo pelo seu site, gostei muito, e
> aproveitando para lhe perguntar se existe alguma maneira de se
puxar
> agua de um poço sem usar a eletricidade ou o vento, digo isso
porque
> moro um sitio onde ainda não tem energia eletrica, e um sistema de
> cata-vento é muito caro,

Tem uma coisa chamada motor de combustão, que permite construir uma
coisa chamada Bomba de Água.

Este pessoal andar à espera de milagres ?

(bom, tem sempre o método de assoprar e fazer a água sair por
pressão...)


Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: Vaso de pressão
FROM: Carlos Cardoso <klingon@pobox.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/04/2002 10:24

não esqueçam da telecinésia, também deve funcionar..


On Thu, 04 Apr 2002 12:40:11 -0000
"sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt> wrote:

>
> > > Gostaria de parabeniza-lo pelo seu site, gostei muito, e
> > aproveitando para lhe perguntar se existe alguma maneira de se
> puxar
> > agua de um poço sem usar a eletricidade ou o vento, digo isso
> porque
> > moro um sitio onde ainda não tem energia eletrica, e um sistema de
> > cata-vento é muito caro,
>
> Tem uma coisa chamada motor de combustão, que permite construir uma
> coisa chamada Bomba de Água.
>
> Este pessoal andar à espera de milagres ?
>
> (bom, tem sempre o método de assoprar e fazer a água sair por
> pressão...)
>
>
> Sérgio Taborda
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--
Hoc volo, sic jubeo, sit pro ratione voluntas
[]s
Carlos Cardoso <cardoso@pobox.com>



SUBJECT: Re: Esclarecimento dobre Dualidade
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/04/2002 11:16

--- Em ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@n...> escreveu
> >E por q. com apenas uma fenda tem um tipo de dispersao?
>
> Eu ja´tentei explicar isso. Vê com atenção.

A transformada de fourier so' tem sentido se
se trata de uma onda -- seja uma onda formada
por um conjunto de particulas ou por uma onda
propriamente dita (ou por algo com natureza
dual onda-particula).

Nao adianta dizer: e' o padrao q. reflete a
transformada de fourier do padrao de fenda.
Apenas transfere a pergunta: e por q. esse
padrao e' gerado?

Se se tratam de particulas nao se esperaria isso.

Veja, por exemplo, o mesmo padrao e' obtido para
fendas maiores desde q. por ela passem ondas --
digamos uma abertura em um recife onde passam
ondas no mar. Agora se atiramos balas de canhao
por essas fendas nao havera' a transformada de
fourier.

> O padrão do alvo é a transformada de fourier do padrão da fenda.
> No link que deixei isso se vê bem.
> Uma unica fenda provoca um padrão muito complicado.
> Duas fendas apenas sobrepoem dosi padrões desses deslocados no
> plano do alvo, uam distancia que depende da distancia das fendas.

Aqui esta' o seu engano -- nao e' uma
simples sobreposicao dos padroes, ha'
regioes onde ha' uma "interferencia"
destrutiva.

Veja o seguinte: podemos colocar as fendas de
tal modo q. uma regiao escura de uma se sobreponha
a uma regiao clara de outra.

O q. devemos esperar? Q. os eletrons vindo
de outra fenda deixem essa regiao clara.
Isso nem sempre acontence. Numa analise
ondultoria vemos q. isso depende da coincidencia
de fase das ondas.

> >A forma das fendas nao esta' sendo alterada
> >nos experimentos.
>
> Ninguem disse que estava. Eu só disse que usando fendas diferentes
> obtens padrões diferentes.
> A relação ente o padrão de fendas que usas e o padrão que parece no
> alvo é bem determinada.

Depende tbm do comprimento de onda utilizado -- ou
do equivalente em quantidade de movimento.

A questao e' q. nos experimentos de duas fendas
criam-se padroes de interferencia.

> São esses senos e consenos que fabricam o padrão, ora escuro, ora
> claro, no alvo.
> Não tem nada a ver com haver ondas ou não haver ondas.

Tem a ver. Esses padroes nao podem ser gerados com
particulas puras.

> >Como, na sua
> >visao idiossincratica, o eletron passa por
> >apenas uma fenda de cada vez, e como nos
> >experimentos apenas um eletron passa por vez,
> >o padrao de dispersao deveria se manter --
> >apenas com a sobreposicao da dispersao a partir
> >de cada fenda.
>
> Não foi anda disso que tentei explicar. Eu tentei apenas explicar
> que o padrão da fenda é a unica causa do padrão que se vê no alvo.

So' q. ela nao explica as interferencias destrutivas.
Em se tratando de particulas nao ha' razao para a
fenda ao lado fazer desaparecer trechos q. seriam claros
pela outra fenda. Deveriamos obter o mesmo resultado
se primeiro bombardeassemos eletrons com apenas uma
das fendas e depois bombardeassemos eletrons com
apenas a outra fenda.

> E se eu colocar apenas uma fenda vejo um
> padrao de dispersao q. nao forma franjas,
> apenas um borrao continuo.
>
> Estás engando.

Desculpe-me, realmente tem razao aqui.
Formam faixas. De qq modo ainda ha' uma
interferencia entre os padroes de
duas fendas colocadas lado a lado. Coisa
q. nao deveriamos esperar se se tratasse
de particula pura.

> Segundo, qq tipo de fenda retangular ou conjunto delas forma um
> padrão com interrupções.

Mas se fossem particulas, uma regiao clara de uma
deveria compensar uma regiao escura de outra
qdo sobrepostas.

Novamente, se se tratasse de particulas puras
o padrao deveria ser o mesmo se apenas uma das
fendas fosse disponivel por vez (tampa-se uma
e depois tampa-se outra) ou se as duas fendas
estivessem disponiveis -- ja' q. ao passar por
uma das fendas, o eletron (ou outra "particula")
deveria obedecer apenas ao padrao de dispersao
dessa fenda.

> >Mas nao formando um padrao de franjas --
> >faixas claras alternadas a escuras.
>
> Qq TF tem de figuras geometricas tem um padrão de franjas pq
> originam sempre funções harmonicas.

Continua nao explicando a interferencia.

> > Como é que prova isso ?
>
> >Pelo padrao de interferencia q. se forma.
>
> Isso é a tua prova ?
> Vejamos, o alvo detecta pontos singulares.
> Para uma onda deveria detectar vários pontos destes simultaneamente.
>
> Apenas obtens o padrão SE ENVIARS MUITAS particulas
> Se só enviares 1 ou 2 ou 10 não vais ver nada.
> O que significa que as particulas em si não são a causa de nenhum
> padrão. Elas se limitam a viajar e embater no alvo.

Nao. Elas nao conseguem atingir certos pontos q.
normalmente atingiriam.

> >> Duas fendas são uma composição de uma fenda e dois deltas de
dirac.
>
> >Por causa do carater ondulatorio da particula.
>
> ???
> O caracter ondulatorio de nada tem a ver com isto. É pura
> matemática de fourier.
> dois deltas multiplicados por um quadrado , fazem um par de
> quadrados.
> A função delta de dirac tem essa propriedade de "copiar" o padrão
> para a localização do delta.

Para particulas puras isso nao tem sentido.

> Quando eu lanço u melectrão e ele vai embater em determinado local
> dai eu não posso inferir a probabilidade dele bater ali.
> Tenho que lançar mais , para construi esse padrão.
> É exactamente isso que se faz na tal experiencia que citaste.

Isso. E lancando varios vemos q. existem regioes
proibidas q. antes nao existiam.

> Mas daqui não posso inferir que uma particula é uma onda, da mesma
> forma que não posso inferir que a moeda é de prata quando a lanço.

Eu posso inferir se uma moeda esta' ou nao viciada
pelo padrao de cara e coroa.

> >> A questão aqui é que eles não interferem consigo mesmos.
> >> Não ha qq prova disso.
> >> Um electão sozinho não forma nenhum padrão!
>
> >Se eles nao se interferem consigo mesmo nao posso
> >esperar o padrao q. se forma qdo eu lanco eletrons
> >isoladamente.
>
> Se eles não interferem consigo mesmos.
> Se eles não interferem com os outros electrões.
> Se eles não interferem de nenhuam forma com nada, como raios se
> pode dizer que eles são ondas ?
>
> Simplesmente não pode.

So' q. aparentemente eles interferem consigo mesmos,
entao eu posso dizer q. tEm caracteristicas de onda.

> >Nao depende apenas das fendas, mas da natureza
> >ondulatoria ou particulada do q. passa pelas fendas.
>
> Como vc prova isso ?

Veja o exemplo da abertura em uma barreira superficial
no mar.

> Já foi mostrado que uma particula unica a passar pela fenda não
> cria padrão nenhum.

Os quanticos explicam pelo colapso da funcao de onda.

> Mas ela não o forma, donde , ela não é uma onda.

Ela nao e' uma onda mesmo. Mas tampouco e' uma
particula pura -- ja' q. se formam regioes de
interferencia no padrao.

> Nice... agora atiras com argumentos de outros.

Claro, eu nunca usei meus proprios argumentos.
Nao fui eu quem desenvolvi a quantica. Nem a
desenvolvo agora.

> Mas eu ja´expliquei que o colpaso da função de onda é nada mais
> nada mesmos que a MEDIÇÂO.
> A OBSERVAÇÂO.

Os experimentos sobre o teorema de Bell refutam a
sua afirmacao.

> Mas existem mais testes que se podem fazer a algo que é uam onda.
> Se algo é intrinsecamente uma onda, esse algo deve comportarse como
> onda quanto está sozinho.
> Ora, o electrão (nem o fotão) não faz isso. Quando ele está sozinho
> ele é observado como uma particula.

Por isso se fala em dualidade onda-particula.

> Lembre-se que a água é feita de moleculas que não são ondas.
> E as ondas do mar são apenas a oscilação dessas MUITAS moleculas.

Ondas do mar nao sao moleculas q. se deslocam por toda
a superficie. Nao existe um mar de eletrons mais ou menos
estaticos transferindo sua propriedades eletronicas de um
para outro. Se eu mandar uma molecula de agua de cada vez
eu nao formo ondas. A analogia e' limitada.

Mas de novo: se os eletrons fossem particulas puras
nao se formariam padroes de interferencia. (Reformo a
explicacao desse padrao como regioes escuras na soma de
regioes escuras e claras de duas fendas.)

> As ondas devem-se ao movimento ordenado das particulas.
> As particulas em si, não são ondas.

So' q. nesse caso, particulas viajando sozinhas
nao podem formar uma padrao de interferencia.

> Portanto no referencial proprio da particula não existe nenhuma
> onda.

Nos nao somos a particula viajando. Nos a estamos observando.
Pense na propria onda -- entao ela para ela nao seria uma onda
tampouco?

> A particula NAO é uma onda.

Nao. Mas eletrons e fotons sao onda-particulas tto
qto podemos inferir dos experimentos.

> Não confundir "função de onda" com "a particula é uma onda", por
> favor.

A questao e' q. uma particula pura nao pode obeceder a
essas funcoes. (O q. e' uma probabilidade negativa?)

> >> Mas o que relatei não acontece.
> >> Uma unica particula dá origem a um ponto só.
>
> >Por isso se fala em dualidade onda-particula.
>
> Não.
> Fala-se em particulas pq elas são quantidades independentes no
espaço.
> Eslas estão apenas num determiando local do espaço e não em todos,
> como as ondas.

Se assim fosse nao poderiam gerar padroes de inteferencia.

> > Isso já foi refutado. Basta olhar as imagens da experiencia para a
> > chegada das primeiras particulas e ver que nenhum padrão existe
ali.
>
> >Entao se eu lanco uma moeda e da' coroa nao posso
> >dizer q. o padrao e' cara e coroa meio a meio?
>
> Não. Vc só fez um laçamento.
> Um lançamento não é estatistica nenhuma
> terá de fazer vários, quantos mais melhor, para determinar a
probabildiade
> de sair cara e a de sair coroa. (Na vida real elas não são iguais.)

Por isso q. pra determinar o padrao eu preciso de
varios eletrons. Novamente: se fossem particulas puras
eu deveria esperar q. o padrao fosse igual qdo apenas uma
das fendas estivesse disponivel por vez e somasse o
resultado obtido no anteparo.

> Se ele interferisse consigo mesmoele criaria o padrão sozinho. E
> NÂO cria.
> Donde ele não interfere consigo mesmo.

Dai' q. aceitamos a dualidade onda-particula. Tto nao
pode ser uma particula pura -- por q. forma padroes
de interferencia mesmo qdo viajam isoladamente --
nem uma onda pura -- por q. nao podem ser detetados
como tais qdo sozinhos.

> PQ é tão dificil aceitar que ele não interfere consigo mesmo quando
> todas as razões logicas, fisicas e experiemtnais apontam para que
> ele de facto não interfere consigo mesmo ?

Por q. os experimentos mostram q. ele interfere consigo mesmo:
ja' q. altera a probabilidade de se chocar com um ponto.

Digamos: a fenda A permite q. o eletron atinja o ponto xis no
anteparo. Claro q. se eu lancar um unico eletron pode ser q.
ele nao atinja esse ponto. Mas lancando varios -- um a um --
alguns deles irao atingir esse ponto xis de acordo com a
probabilidade desse ponto ser atingido.
A fenda B nao permite q. o eletron atinja esse ponto xis.
Posso lancar qtos eletrons eu quiser q. esse ponto nao sera'
atingido.
Pois bem, digamos q. em passando por A, o ponto xis tenha
uma chance de um em um bilhao de ser atingido. Em estando
as duas fendas disponiveis, se eu lancar um trilhao de
eletrons, espero q. metade passe por A e metade passe por
B. A metade q. passa por B nao ira' atingir o ponto xis.
Da metade q. passa por A, um biolionesimo ira' atingir
o ponto xis -- 500 eletrons.
Para qq regiao de sobreposicao de claro-escuro espero q.
haja algum eletron atingindo essa regiao -- ira' atingir
ao passar pela fenda q. permite q. essa regiao seja
atingida.

Nao e' isso o q. observamos.

> bom, ele deixa umas migalhas de bolacha. Isso conta ?

Se forem migalhas q. so' o monstro pode deixar, conta.

> De facto a cama treme , e ouvem-se até barulhos estranhos, mas é
> por causa dos camiões que passam na rua.

E se nao houver caminhões?

> De facto à arranhões, mas são de chutar o calçado para baixo da
> cama.

E se eu nao chuto sapatos debaixo da cama?

> De facto até ha la´ migalhas de bolacha, mas isso foi pq a
> faxinheira madou para baixo da cama as miganhas que havia no quarto
> todo.

E se nao houvesse migalhas no quarto?

> >Vc nunca viu ela sendo uma particula. Vc infere.
>
> Claro que vi. No alvo aparece um unico ponto. E mais que isso, um
> ponto pro cada particula

Vc vê os pontos e nao a particula (na verdade nem os pontos
vc vê, vc vê são os fótons emitidos pela região atingida,
na verdade vc não vê os fótons, vc percebe os estímulos
elétricos em seu cérebro). Eu vejo o padrao q.
so' pode ser gerado pela natureza ondulatoria do q. eu
lancei e nao o q. eu lancei.

> A dulaidade particula-onda não existe pq não foi provada.

Ela e' "provada" pelos experimentos q. geram padroes de
interferencia mesmo qdo apenas um eletron ou fotons
passa por vez.

> Vc que não entendeu.
> No documento mostrasse que :
> 1) o padrão no alvo é a TF do padrão das fendas.
> 2) que uma unica fenda Também cria uma padrão com zonas claras e
> escuras

Desde q. se trate de ondas.

> > Mas digamos q. isso seja tratavel em termos de particulas.
> >Porq. qdo ha' duas fendas deveria se formar regioes
> >de interferencia destrutiva e nao uma simples soma?
>
> Não deveria. E de facto não forma.
> Era isso que eu queria que visses nas figuras do documento.

Melhor vc ler. La' nao fala nada de duas fendas.
Nao mostra q. nao ha' regioes de interferencia
destrutiva.

E nas paginas abaixo mostra como se formam
interferencias destrutivas.

http://www.anu.edu/physics/courses/Physics2000/schroedinger/two-
slit1.html
http://www.colorado.edu/physics/2000/schroedinger/two-slit3.html

http://webug.physics.uiuc.edu/courses/phys114/spring00/Lectures/Full11
4_5/sld012.htm

> >Nao poderia existir probabilidade negativa, no maximo
> >a particula nao poderia estar la'.
>
> Isso não existe. A função de onda pode ser negativa, mas a desidade
> de probabilidade é a sua norma, ou seja psi² , e o quadrado é
> sempre positivo
>
> Isso se vê muito bem experiemtnalmente com um laser.

So' q. formam regioes de interferencia.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Fw: [ciencialist] Re: Fw: Vaso de pressão
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/04/2002 11:25

--- Em ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> escreveu
> Tem uma coisa chamada motor de combustão, que permite construir uma
> coisa chamada Bomba de Água.

Tem duas coisas chamdas corda e balde...

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: Vaso de pressão
FROM: Carlos Cardoso <klingon@pobox.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/04/2002 11:35

Parafuso de Arquimedes, alguém ?


On Thu, 04 Apr 2002 14:25:23 -0000
"rmtakata" <rmtakata@altavista.net> wrote:

> --- Em ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> escreveu
> > Tem uma coisa chamada motor de combustão, que permite construir uma
> > coisa chamada Bomba de Água.
>
> Tem duas coisas chamdas corda e balde...
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>

--
Hoc volo, sic jubeo, sit pro ratione voluntas
[]s
Carlos Cardoso <cardoso@pobox.com>



SUBJECT: Re: Fw: Vaso de pressão
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/04/2002 12:19

--- Em ciencialist@y..., Carlos Cardoso <klingon@p...> escreveu
> Parafuso de Arquimedes, alguém ?

Se o poço for vertical, como deve ser o caso,
isso deve se tornar meio inviavel, nao?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: Vaso de pressão
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/04/2002 12:21



--- Em ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> escreveu
> Tem uma coisa chamada motor de combustão, que permite construir uma
> coisa chamada Bomba de Água.

Tem duas coisas chamdas corda e balde...

[]s,

Roberto Takata

Além disso tem sarilho simples, sarilho diferencial, talha, moitão, cadernal ... e toda a preguiça humana a ser vencida.

O que o consulente quer é um passe de mágica para tirar água do poço sem nenhum esforço por parte dele e seus familiares e distribuir a água (com boa vazão) á toda propriedade rural.
A única solução viável que vejo é a bomba tocada a ectoplasma. É muito parecida com o motor de combustão interna só que, no interior do cilindro tem ectoplasma cuja função simples é empurrar o pistão para baixo quando ele está em cima e grudar nele puxando-o para cima quando está lá em baixo.
Com ectoplasma não há qqer outro consumo, nem precisa de óleo lubrificante pois, com o trabalho o ectoplasma transpira gotículas de óleo lubrificante.
Segundo meus divinos cálculos 200 cm^3 de ectoplasma dá para tocar o motor, com potência de 500 W, por 5 anos ininterruptos.

[]'
Léo
=============



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: Vaso de pressão
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/04/2002 13:35

He he he .... "se o poço for vertical" .... he he he , que idéia! Como e porque alguém faria um poço oblíquo? :-)))

Qualquer dessas propostas para tirar água do poço o consulente não irá aceitar porque ele terá de 'fazer força'.
Mas, o que impede o parafuso de Arquimedes de trabalhar na vertical? A subida da seiva nas altas árvores, ao fim e ao cabo, não é um enorme parafuso de Arquimedes estacionário?
As brocas não trabalham na vertical?
[]'
Léo
==========
-----Mensagem Original-----
De: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 4 de abril de 2002 12:19
Assunto: [ciencialist] Re: Fw: Vaso de pressão


--- Em ciencialist@y..., Carlos Cardoso <klingon@p...> escreveu
> Parafuso de Arquimedes, alguém ?

Se o poço for vertical, como deve ser o caso,
isso deve se tornar meio inviavel, nao?

[]s,

Roberto Takata


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VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
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Para sair da lista envie um mail para
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SUBJECT: Re[2]: [ciencialist] Re: Fw: Vaso de pressão
FROM: Carlos Cardoso <klingon@pobox.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/04/2002 13:57

Mão-de-obra escrava costuma funcionar para isso também.


On Thu, 4 Apr 2002 12:21:14 -0300
"Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br> wrote:

>
>
> --- Em ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> escreveu
> > Tem uma coisa chamada motor de combustão, que permite construir uma
> > coisa chamada Bomba de Água.
>
> Tem duas coisas chamdas corda e balde...
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
> Além disso tem sarilho simples, sarilho diferencial, talha, moitão, cadernal ... e toda a preguiça humana a ser vencida.
>
> O que o consulente quer é um passe de mágica para tirar água do poço sem nenhum esforço por parte dele e seus familiares e distribuir a água (com boa vazão) á toda propriedade rural.
> A única solução viável que vejo é a bomba tocada a ectoplasma. É muito parecida com o motor de combustão interna só que, no interior do cilindro tem ectoplasma cuja função simples é empurrar o pistão para baixo quando ele está em cima e grudar nele puxando-o para cima quando está lá em baixo.
> Com ectoplasma não há qqer outro consumo, nem precisa de óleo lubrificante pois, com o trabalho o ectoplasma transpira gotículas de óleo lubrificante.
> Segundo meus divinos cálculos 200 cm^3 de ectoplasma dá para tocar o motor, com potência de 500 W, por 5 anos ininterruptos.
>
> []'
> Léo
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: Vaso de pressão
FROM: Carlos Cardoso <klingon@pobox.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/04/2002 13:57

Não, se a vedação entre a borda do parafuso e o cilindro for boa, e a
velocidade de rotação superar a tendência da água em descer.


On Thu, 04 Apr 2002 15:19:30 -0000
"rmtakata" <rmtakata@altavista.net> wrote:

> --- Em ciencialist@y..., Carlos Cardoso <klingon@p...> escreveu
> > Parafuso de Arquimedes, alguém ?
>
> Se o poço for vertical, como deve ser o caso,
> isso deve se tornar meio inviavel, nao?
>
> []s,
>
> Roberto Takata
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SUBJECT: Re[2]: [ciencialist] Re: Fw: Vaso de pressão
FROM: Carlos Cardoso <klingon@pobox.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/04/2002 14:06

Não. A subida da seiva se dá por diferença de pressão.

As brocas funcionam pq o atrito e viscosidade de terra escavada costuma
ser um tanto maior que o de água corrente...

On Thu, 4 Apr 2002 13:35:15 -0300
"Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br> wrote:

> He he he .... "se o poço for vertical" .... he he he , que idéia! Como e porque alguém faria um poço oblíquo? :-)))
>
> Qualquer dessas propostas para tirar água do poço o consulente não irá aceitar porque ele terá de 'fazer força'.
> Mas, o que impede o parafuso de Arquimedes de trabalhar na vertical? A subida da seiva nas altas árvores, ao fim e ao cabo, não é um enorme parafuso de Arquimedes estacionário?
> As brocas não trabalham na vertical?
> []'
> Léo
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> -----Mensagem Original-----
> De: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
> Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Enviada em: quinta-feira, 4 de abril de 2002 12:19
> Assunto: [ciencialist] Re: Fw: Vaso de pressão
>
>
> --- Em ciencialist@y..., Carlos Cardoso <klingon@p...> escreveu
> > Parafuso de Arquimedes, alguém ?
>
> Se o poço for vertical, como deve ser o caso,
> isso deve se tornar meio inviavel, nao?
>
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> Roberto Takata
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: Vaso de pressão
FROM: "Mauro" <bombaspr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/04/2002 14:08

Olá Léo

> O que o consulente quer é um passe de mágica para tirar água do poço sem nenhum esforço por parte dele e seus familiares e distribuir a água (com boa vazão) á toda propriedade rural.

É verdade. Normalmente, e na prática, as pessoas vem atrás de uma solução mágica, mas praticamente todas desistem ao saber do baixo rendimento do equipamento juntamente com a dificuldade de instalação (q é chato mesmo). Mas vc ñ viu nada, pior é qdo aparecem aquelas figuras pitorescas q querem juntar um carneiro com uma roda d'água para montar um moto perpétuo e, é claro, com a energia q sobra abastecer uma irrigação :-P
Ñ tem santo q convença q ñ vai funcionar, inclusive é comum eles aparecerem de volta para comprar um pequeno motor elétrico (e puxam um fiozinho lá da caixa prego) só para dar um "impulso inicial" :-)

Qnto a tirar água do poço, é claro q é impossível... melhor, inviável com um carneiro (até dá, mas seria uma viajem na maionese dentro de teorias, por ex, utilizando-se da velocidade de escoamento da água no cano para fazer uma derivação para a sucção - existem bombas de vácuo com esse princípio, vc sabe). É bastante comum as pessoas ñ terem noção disso já q as informações são normalmente passadas, ou repassadas, pela sua vizinha q aproveita e inventa algumas coisinhas a mais. Mas tmb é comum ter nessas chácaras um corregozinho, ou que seja um filete de água (no rancho tem?), q represado viabiliza (teoricamente) a instalação do carneiro (ainda q na prática... $$$).

Estou terminando de escaniar o q tenho aqui e em seguida mando em PVP, já q pelo jeito ñ dá para mandar figuras anexadas na lista, ok?
Na Web existe muita coisa a respeito, inclusive no seu site, mas para instalação prática, e pelo jeito é isso q a consulente quer, tem algo didático em http://www.cataventoskenya.com.br/carneirohidr_inst.html. Estou atrás de uma revista (q se ñ me engano era uma "Globo Rural" bem antiga) q trazia uma reportagem muito bem feita sobre o assunto. Se eu achar aqui no meio da minha bagunça tmb mando para vc.

Inté+
Mauro


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re[2]: [ciencialist] Re: Fw: Vaso de pressão
FROM: Carlos Cardoso <klingon@pobox.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/04/2002 14:13

O quê um mamífero produtor de lã tem a ver com extração de água de poços?

Ou o carneiro em questão seria alguma variação darwiniana menor?


On Thu, 4 Apr 2002 14:08:11 -0300
"Mauro" <bombaspr@uol.com.br> wrote:

> Olá Léo
>
> > O que o consulente quer é um passe de mágica para tirar água do poço sem nenhum esforço por parte dele e seus familiares e distribuir a água (com boa vazão) á toda propriedade rural.
>
> É verdade. Normalmente, e na prática, as pessoas vem atrás de uma solução mágica, mas praticamente todas desistem ao saber do baixo rendimento do equipamento juntamente com a dificuldade de instalação (q é chato mesmo). Mas vc ñ viu nada, pior é qdo aparecem aquelas figuras pitorescas q querem juntar um carneiro com uma roda d'água para montar um moto perpétuo e, é claro, com a energia q sobra abastecer uma irrigação :-P
> Ñ tem santo q convença q ñ vai funcionar, inclusive é comum eles aparecerem de volta para comprar um pequeno motor elétrico (e puxam um fiozinho lá da caixa prego) só para dar um "impulso inicial" :-)
>
> Qnto a tirar água do poço, é claro q é impossível... melhor, inviável com um carneiro (até dá, mas seria uma viajem na maionese dentro de teorias, por ex, utilizando-se da velocidade de escoamento da água no cano para fazer uma derivação para a sucção - existem bombas de vácuo com esse princípio, vc sabe). É bastante comum as pessoas ñ terem noção disso já q as informações são normalmente passadas, ou repassadas, pela sua vizinha q aproveita e inventa algumas coisinhas a mais. Mas tmb é comum ter nessas chácaras um corregozinho, ou que seja um filete de água (no rancho tem?), q represado viabiliza (teoricamente) a instalação do carneiro (ainda q na prática... $$$).
>
> Estou terminando de escaniar o q tenho aqui e em seguida mando em PVP, já q pelo jeito ñ dá para mandar figuras anexadas na lista, ok?
> Na Web existe muita coisa a respeito, inclusive no seu site, mas para instalação prática, e pelo jeito é isso q a consulente quer, tem algo didático em http://www.cataventoskenya.com.br/carneirohidr_inst.html. Estou atrás de uma revista (q se ñ me engano era uma "Globo Rural" bem antiga) q trazia uma reportagem muito bem feita sobre o assunto. Se eu achar aqui no meio da minha bagunça tmb mando para vc.
>
> Inté+
> Mauro
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
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> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>

--
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[]s
Carlos Cardoso <cardoso@pobox.com>



SUBJECT: Re: Fw: Vaso de pressão
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/04/2002 14:19

--- Em ciencialist@y..., Carlos Cardoso <klingon@p...> escreveu
> Não, se a vedação entre a borda do parafuso e o cilindro for boa, e
> a velocidade de rotação superar a tendência da água em descer.

O problema e' essa velocidade...

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Re[2]: [ciencialist] Re: Fw: Vaso de pressão
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/04/2002 14:28

Oi Carlos,

O carneiro hidráulico é uma espécie híbrida de carneiro montanhês com carneiro das regiões desérticas. Ele tem a propriedade inusitada dentre os carneirídeos de 'chupar' água de grandes profundidades. O que o pessoal oculta é que ele tem uma enorme língua tubular enrolada (tipo língua de sogra) com uma espécie de coifa na extremidade livre. Enquanto com a coifa ele cutuca o solo e vai mergulhando mais profundamente suas células de sucção vão 'chupando' toda água que encontra. Segundo dados do National Geographics já se registrou carneiros hidráulicos que conseguiram perfurações de 53 m abaixo da superfície. Nesses limites a espessura de sua língua chega a 1 mm de raio.

Ainda sou da opção pelo uso do ectoplasma. É mais simples de trabalhar.

[]'
Léo
===============
-----Mensagem Original-----
De: "Carlos Cardoso" <klingon@pobox.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 4 de abril de 2002 14:13
Assunto: Re[2]: [ciencialist] Re: Fw: Vaso de pressão


O quê um mamífero produtor de lã tem a ver com extração de água de poços?

Ou o carneiro em questão seria alguma variação darwiniana menor?


On Thu, 4 Apr 2002 14:08:11 -0300
"Mauro" <bombaspr@uol.com.br> wrote:

> Olá Léo
>
> > O que o consulente quer é um passe de mágica para tirar água do poço sem nenhum esforço por parte dele e seus familiares e distribuir a água (com boa vazão) á toda propriedade rural.
>
> É verdade. Normalmente, e na prática, as pessoas vem atrás de uma solução mágica, mas praticamente todas desistem ao saber do baixo rendimento do equipamento juntamente com a dificuldade de instalação (q é chato mesmo). Mas vc ñ viu nada, pior é qdo aparecem aquelas figuras pitorescas q querem juntar um carneiro com uma roda d'água para montar um moto perpétuo e, é claro, com a energia q sobra abastecer uma irrigação :-P
> Ñ tem santo q convença q ñ vai funcionar, inclusive é comum eles aparecerem de volta para comprar um pequeno motor elétrico (e puxam um fiozinho lá da caixa prego) só para dar um "impulso inicial" :-)
>
> Qnto a tirar água do poço, é claro q é impossível... melhor, inviável com um carneiro (até dá, mas seria uma viajem na maionese dentro de teorias, por ex, utilizando-se da velocidade de escoamento da água no cano para fazer uma derivação para a sucção - existem bombas de vácuo com esse princípio, vc sabe). É bastante comum as pessoas ñ terem noção disso já q as informações são normalmente passadas, ou repassadas, pela sua vizinha q aproveita e inventa algumas coisinhas a mais. Mas tmb é comum ter nessas chácaras um corregozinho, ou que seja um filete de água (no rancho tem?), q represado viabiliza (teoricamente) a instalação do carneiro (ainda q na prática... $$$).
>
> Estou terminando de escaniar o q tenho aqui e em seguida mando em PVP, já q pelo jeito ñ dá para mandar figuras anexadas na lista, ok?
> Na Web existe muita coisa a respeito, inclusive no seu site, mas para instalação prática, e pelo jeito é isso q a consulente quer, tem algo didático em http://www.cataventoskenya.com.br/carneirohidr_inst.html. Estou atrás de uma revista (q se ñ me engano era uma "Globo Rural" bem antiga) q trazia uma reportagem muito bem feita sobre o assunto. Se eu achar aqui no meio da minha bagunça tmb mando para vc.
>
> Inté+
> Mauro
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: Vaso de pressão
FROM: Carlos Cardoso <klingon@pobox.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/04/2002 14:30

use o tal carneiro para correr em uma esteira, girar um conjunto de
engrenagens e rodar o parafuso.



On Thu, 04 Apr 2002 17:19:30 -0000
"rmtakata" <rmtakata@altavista.net> wrote:

> --- Em ciencialist@y..., Carlos Cardoso <klingon@p...> escreveu
> > Não, se a vedação entre a borda do parafuso e o cilindro for boa, e
> > a velocidade de rotação superar a tendência da água em descer.
>
> O problema e' essa velocidade...
>
> []s,
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> Roberto Takata
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SUBJECT: Caprinos aquiferos [era: Fw: Vaso de pressão]
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/04/2002 14:32

--- Em ciencialist@y..., Carlos Cardoso <klingon@p...> escreveu
> O quê um mamífero produtor de lã tem a ver com extração de água de
> poços?
>
> Ou o carneiro em questão seria alguma variação darwiniana menor?


http://www.feiradeciencias.com.br/sala07/07_57.asp
http://www.agridata.mg.gov.br/carneiro.htm
http://www.cataventoskenya.com.br/carneirohidr.html

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re[4]: [ciencialist] Re: Fw: Vaso de pressão
FROM: Carlos Cardoso <klingon@pobox.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/04/2002 14:37

Animal fascinante. Será parente das lhamas ?

Quanto ao ectoplasma, meu medo é que ele cause perturbações no Éter,
isso pode ser perigoso...

On Thu, 4 Apr 2002 14:28:13 -0300
"Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br> wrote:

> Oi Carlos,
>
> O carneiro hidráulico é uma espécie híbrida de carneiro montanhês com carneiro das regiões desérticas. Ele tem a propriedade inusitada dentre os carneirídeos de 'chupar' água de grandes profundidades. O que o pessoal oculta é que ele tem uma enorme língua tubular enrolada (tipo língua de sogra) com uma espécie de coifa na extremidade livre. Enquanto com a coifa ele cutuca o solo e vai mergulhando mais profundamente suas células de sucção vão 'chupando' toda água que encontra. Segundo dados do National Geographics já se registrou carneiros hidráulicos que conseguiram perfurações de 53 m abaixo da superfície. Nesses limites a espessura de sua língua chega a 1 mm de raio.
>
> Ainda sou da opção pelo uso do ectoplasma. É mais simples de trabalhar.
>
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> Léo
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> De: "Carlos Cardoso" <klingon@pobox.com>
> Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Enviada em: quinta-feira, 4 de abril de 2002 14:13
> Assunto: Re[2]: [ciencialist] Re: Fw: Vaso de pressão
>
>
> O quê um mamífero produtor de lã tem a ver com extração de água de poços?
>
> Ou o carneiro em questão seria alguma variação darwiniana menor?
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> On Thu, 4 Apr 2002 14:08:11 -0300
> "Mauro" <bombaspr@uol.com.br> wrote:
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> > É verdade. Normalmente, e na prática, as pessoas vem atrás de uma solução mágica, mas praticamente todas desistem ao saber do baixo rendimento do equipamento juntamente com a dificuldade de instalação (q é chato mesmo). Mas vc ñ viu nada, pior é qdo aparecem aquelas figuras pitorescas q querem juntar um carneiro com uma roda d'água para montar um moto perpétuo e, é claro, com a energia q sobra abastecer uma irrigação :-P
> > Ñ tem santo q convença q ñ vai funcionar, inclusive é comum eles aparecerem de volta para comprar um pequeno motor elétrico (e puxam um fiozinho lá da caixa prego) só para dar um "impulso inicial" :-)
> >
> > Qnto a tirar água do poço, é claro q é impossível... melhor, inviável com um carneiro (até dá, mas seria uma viajem na maionese dentro de teorias, por ex, utilizando-se da velocidade de escoamento da água no cano para fazer uma derivação para a sucção - existem bombas de vácuo com esse princípio, vc sabe). É bastante comum as pessoas ñ terem noção disso já q as informações são normalmente passadas, ou repassadas, pela sua vizinha q aproveita e inventa algumas coisinhas a mais. Mas tmb é comum ter nessas chácaras um corregozinho, ou que seja um filete de água (no rancho tem?), q represado viabiliza (teoricamente) a instalação do carneiro (ainda q na prática... $$$).
> >
> > Estou terminando de escaniar o q tenho aqui e em seguida mando em PVP, já q pelo jeito ñ dá para mandar figuras anexadas na lista, ok?
> > Na Web existe muita coisa a respeito, inclusive no seu site, mas para instalação prática, e pelo jeito é isso q a consulente quer, tem algo didático em http://www.cataventoskenya.com.br/carneirohidr_inst.html. Estou atrás de uma revista (q se ñ me engano era uma "Globo Rural" bem antiga) q trazia uma reportagem muito bem feita sobre o assunto. Se eu achar aqui no meio da minha bagunça tmb mando para vc.
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SUBJECT: RE: Re[2]: [ciencialist] Re: Fw: Vaso de pressão
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/04/2002 15:52

>Luiz Ferraz Netto: O carneiro hidráulico é uma espécie híbrida de
carneiro montanhês com carneiro das regiões desérticas. Ele tem a
propriedade inusitada dentre os carneirídeos de 'chupar' água de grandes
profundidades.<

>Carlos CardosoAnimal fascinante. Será parente das lhamas?<

No entanto, se a profundidade do poço for maior do que 66 metros,
aconselha-se o uso de um Chupa-Cabras. O último foi visto na região de
Poços há seis meses.

Colucci



SUBJECT: Re[4]: [ciencialist] Re: Fw: Vaso de pressão
FROM: Carlos Cardoso <klingon@pobox.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/04/2002 16:06

Colucci, voce está um pouco equivocado..

o Chupa-cabras deve ser utilizado em conjunção com o carneiro hidráulico,
colocado em série com o nobre ovino. Embora o arranjo não seja muito
confortável para os animais envolvidos, o aumento na força ascencional é
mais que compensador, ao menos para o dono do poço.


On Thu, 4 Apr 2002 13:52:00 -0500
"Jose Colucci Jr. (Home)" <j.colucci@rcn.com> wrote:

> >Luiz Ferraz Netto: O carneiro hidráulico é uma espécie híbrida de
> carneiro montanhês com carneiro das regiões desérticas. Ele tem a
> propriedade inusitada dentre os carneirídeos de 'chupar' água de grandes
> profundidades.<
>
> >Carlos CardosoAnimal fascinante. Será parente das lhamas?<
>
> No entanto, se a profundidade do poço for maior do que 66 metros,
> aconselha-se o uso de um Chupa-Cabras. O último foi visto na região de
> Poços há seis meses.
>
> Colucci
>
>
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> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
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Hoc volo, sic jubeo, sit pro ratione voluntas
[]s
Carlos Cardoso <cardoso@pobox.com>



SUBJECT: Fenomeno.
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/04/2002 16:07

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> escreveu
> Na parte 1 tem as definições de "fenômeno, fenômeno da natureza e
> fato"

Que tal:

Fenomeno: Qualquer fato ou evento
que pode ser observado direta
(testemunhado) ou indiretamente (inferido).

(Eu acho meio redundante fenômeno
da natureza, mas tudo bem.)

Fato: Qualquer dado do mundo cuja veracidade
pode ser verificada.

(Ha' o problema da circularidade q.
pode ocorrer: alguns consideram
fato, fenomeno e evento como sinonimos.
Varios filosofos conceituam fenomeno como
a percepcao q. podemos ter de um objeto
cuja existencia real inferimos - o numeno.
Nesse sentido fenomeno seria uma classe de
fato: o fato como percebido atraves dos
sentidos.)

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Boletim Terra Redonda 005
FROM: "Sociedade da Terra Redonda" <strbrasil@hotmail.com>
TO: Str@strbrasil.com.br
DATE: 04/04/2002 16:44

******* Boletim Terra Redonda *******
Número 005 - Janeiro/Fevereiro/Março 2002
Sociedade da Terra Redonda
http://www.strbrasil.com.br

== Neste Número:
* Encontros Regionais da STR
* Ajude a STR a crescer!
* Abaixo-assinado Contra o Ensino Religioso em SP
* Especial de Terceiro Aniversário
* Ajuda para o Banco de Dados da STR
* Promoção! Traduza Textos da STR e Ganhe Prêmios!
* Novos Textos e Ensaios
* Informações
----------------------------------------------------------------------

* Encontros Regionais da STR

Estamos realizando os primeiros encontros regionais da STR em 2002. O de São
Paulo contou com mais de 35 participantes e o hipnólogo Fábio Puentes falou
sobre a relação entre a hipnose e as religiões. Os próximos encontros serão
no RS (06/04/2002), no RJ e em MG. Visite
http://www.strbrasil.com.br/principal.htm#Encontro para mais detalhes!

* Ajude a STR a crescer!

Você pode apoiar os projetos futuros da STR. Comprando nossos produtos na
Área Compras ou tornando-se Membro Associado você contribui para que nosso
empreendimento prospere cada vez mais. As associações são *extremamente*
acessíveis, a um custo menor que R$ 6 centavos por dia! Em breve
disponibilizaremos um serviço de pagamento on line com cartão de crédito,
para aqueles que não têm tempo de enfrentar uma fila de banco para comprar
nossos produtos ou associar-se. Lembramos que nossas finanças são públicas e
estão no endereço http://www.strbrasil.com.br/financas.htm .

* Abaixo-assinado Contra o Ensino Religioso em SP

Colhemos mais de 160 assinaturas através da STR para protestar contra o
ensino religioso confessional obrigatório nas escolas públicas de São Paulo.
O resultado do abaixo-assinado será entregue este mês às autoridades
governamentais de SP. Mais informações em
http://www.strbrasil.com.br/Revolucione/ensino.htm .

* Especial de Terceiro Aniversário

Para comemorar o terceiro aniversário da STR iremos traduzir e
disponibilizar o conteúdo do site Physics 2000. Com applets interativos e
uma didática amigável, você poderá aprender as noções básicas sobre física.
Apresentaremos também o que há de mais moderno no campo da tecnologia após
as novas descobertas desta ciência fascinante. Outras surpresas virão no
terceiro aniversário, aguardem!

* Ajuda para o Banco de Dados da STR

Atualmente, o conteúdo dos textos de nosso site é estático e estamos
trabalhando na construção de um site dinâmico. Estamos começando a migrar o
conteúdo da STR para um sistema de banco de dados em MySQL. Com isso nossas
páginas serão interativas e bem mais fáceis de navegar. Precisamos da ajuda
de programadores voluntários experientes em PHP e MySQL que possam doar
algumas horas de trabalho semanais, num pool a ser organizado pela própria
STR. A análise do sistema já está concluída, e a primeira parte da
codificação das páginas também (como scripts que montam vetores que serão
preenchidos dinâmicamente via consultas ao banco de dados). Quem puder nos
ajudar será efetivado como Editor de Webdesign. Envie proposta através do
endereço Editores@strbrasil.com.br .

* Promoção! Traduza Textos da STR e Ganhe Prêmios!

A promoção continua. Traduza textos da STR e ganhe prêmios, sem sorteio. As
regras da promoção e a lista de textos a serem traduzidos estão em
http://www.strbrasil.com.br/promocao.htm . Abaixo os textos já traduzidos na
promoção e seus tradutores:

The Quest for Extraterrestrial Intelligence (Marcelo Kunimoto)
. http://www.strbrasil.com.br/Scientia/busca.htm
Twenty Science Attitudes (Arnaldo Inouye Elias)
. http://www.strbrasil.com.br/Scientia/vinte.htm
The Rising of the Women (Erick Paulino)
. http://www.strbrasil.com.br/Atheos/mulheres2.htm
Vitamin And Mineral Supplements (Paulo Santiago de Morais Brito)
. http://www.strbrasil.com.br/Str/vitaminicos.htm
The Freewill Argument for the Nonexistence of God (Wilson Kina)
. http://www.strbrasil.com.br/Atheos/argumento.htm
Sagan's Billions & Billions (Rogério Augusto Pereira Silva)
. http://www.strbrasil.com.br/Scientia/bilhoes.htm
The Scientific Method (David Fleck)
. http://www.strbrasil.com.br/Scientia/metodo.htm
Is Science Killing The Soul? (Marcelo Barbosa)
. http://www.strbrasil.com.br/Scientia/alma.htm
Bible Contradictions (Éder Baum e Marcelo Barbosa)
. http://www.strbrasil.com.br/Atheos/contradicoes.htm
Donkeys & Dragons (Peterson Phelipe)
. http://www.strbrasil.com.br/Atheos/dragoes.htm

* Novos Textos e Ensaios

Estes são os textos e ensaios que foram publicados neste último trimestre.
Visite a Seção Novidades ( http://www.strbrasil.com.br/novo.htm ) para uma
lista completa. Não se esqueça de enviar seus comentários e críticas,
preenchendo o formulário no final de cada texto.

25/03/2002
= De que raça você quer ser? - O problema inerente à classificação de
pessoas
. http://www.strbrasil.com.br/Scientia/raca.htm
09/03/2002
= Por Que Não Sou Cristão - Um Exame da Idéia-Divina e do Cristianismo
. http://www.strbrasil.com.br/Atheos/porque2.htm
06/03/2002
= Religião e Política
. http://www.strbrasil.com.br/Libertas/politica.htm
= Feng Shui para Favelados
. http://www.strbrasil.com.br/Humor/fengshui.htm
= Ayrton Senna no Paraíso
. http://www.strbrasil.com.br/Humor/senna.htm
= Dicionário do Esoterismo
. http://www.strbrasil.com.br/Humor/dicionario.htm
26/02/2002
= A Caixa de Skinner
. http://www.strbrasil.com.br/Str/skinner.htm
25/02/2002
= A Bíblia é a Palavra de Deus?
. http://www.strbrasil.com.br/Atheos/biblia.htm
24/02/2002
= Vinte Atitudes da Ciência
. http://www.strbrasil.com.br/Scientia/vinte.htm
22/02/2002
= A Ascensão das Mulheres
. http://www.strbrasil.com.br/Atheos/mulheres2.htm
21/02/2002
= Os "Sabe-Nada", Os "Sabe-Tudo" E Os "Não-Tem-Nada-A-Ver"
. http://www.strbrasil.com.br/Atheos/sabe.htm
20/02/2002
= Sim, É Preciso Sonhar
. http://www.strbrasil.com.br/Str/sonhar.htm
14/02/2002
= Suplementos Vitamínicos e Minerais
. http://www.strbrasil.com.br/Str/vitaminicos.htm
13/02/2002
= O Argumento do Livre Arbítrio para a Inexistência de Deus
. http://www.strbrasil.com.br/Atheos/argumento.htm
12/02/2002
= Morte Após a Vida - Resenha do Livro Bilhões e Bilhões, de Carl Sagan
. http://www.strbrasil.com.br/Scientia/bilhoes.htm
09/02/2002
= A História dos Nove Polícias
. http://www.strbrasil.com.br/Atheos/policias.htm
02/02/2002
= The Process of Belief
. http://www.strbrasil.com.br/BadReligion/TheProcessofBelief.htm
01/02/2002
= Shopping carioca apresenta como atração principal de feira esotérica uma
arte divinatória nórdica
. http://www.strbrasil.com.br/Perigosos/runas.htm
26/01/2002
= Educação Religiosa e Ensino Público
. http://www.strbrasil.com.br/Libertas/educacao2.htm
25/01/2002
= O Método Científico
. http://www.strbrasil.com.br/Scientia/metodo.htm
24/01/2002
= Prevendo o Passado
. http://www.strbrasil.com.br/Str/passado.htm
23/01/2002
= A Ciência Está Matando a Alma?
. http://www.strbrasil.com.br/Scientia/alma.htm
22/01/2002
= Contradições da Bíblia
. http://www.strbrasil.com.br/Atheos/contradicoes.htm
16/01/2002
= Burros e Dragões
. http://www.strbrasil.com.br/Atheos/dragoes.htm
14/01/2002
= Refutação de Alguns Argumentos a Favor da Existência de Deus
. http://www.strbrasil.com.br/Atheos/refutacao.htm

* Informações

Este boletim foi enviado pois você se registrou como Membro (
http://www.strbrasil.com.br/Membros ) da Sociedade da Terra Redonda ou faz
parte das principais listas de ateísmo, ceticismo e ciência na língua
portuguesa. Caso não queira mais receber os boletins -=trimestrais=-
diretamente por e-mail, envie mensagem para Str@strbrasil.com.br com o
título "Remover do Boletim". Pedimos desculpas aos cadastrados em mais de
uma lista pelas mensagens duplicadas.

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: Vaso de pressão
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/04/2002 18:57

Oi Mauro,

Vc enviou-me três mensagens PVT e, em nenhuma delas, veio o texto anexado. Que houve, não conseguiu dobrar o carneiro e digitalizá-lo? :-)
[]'
Léo
PS: Interessante, vcs estão respondendo mensagens minhas as quais eu mesmo não as recebi .... e, além disso, não as postei!:o)
=============
-----Mensagem Original-----
De: "Mauro" <bombaspr@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 4 de abril de 2002 14:08
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Fw: Vaso de pressão


Olá Léo

> O que o consulente quer é um passe de mágica para tirar água do poço sem nenhum esforço por parte dele e seus familiares e distribuir a água (com boa vazão) á toda propriedade rural.





SUBJECT: Cabecao
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/04/2002 21:34

E-mail: gabsgd@uol.com.br
Nome: Gabrielle
Cidade: São Paulo
UF: SP
Nível de Escolaridade: Básico/Fundamental
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala dos links
Dúvida/Sugestão: Eu gostaria de saber o tamanho normal da cabeça de um humano adulto. grata.

============

E-mail: ulysses@inpa.gov.br
Nome: Ulysses Barbosa
Cidade: Amazonas
UF: AM
Nível de Escolaridade: Médio
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: Gostaria que me explicassem, qual a importância do cianeto na respiração das plantas?

=============

[]'
Léo
=============



SUBJECT: Re: [ciencialist] Cabecao
FROM: Nicolau Werneck <nwerneck@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/04/2002 21:57

> Dúvida/Sugestão: Eu gostaria de saber o tamanho
> normal da cabeça de um humano adulto. grata.

Puxa, o mais próximo que eu posso saber é o peso do
cérebro do falecido e ilustre Friederich Gauss!... :(

++Nicolau



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Cabecao
FROM: Carlos Cardoso <klingon@pobox.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/04/2002 23:28

Eu sempre fui partidário de que nao importa o tamanho da cabeça, mas a
inteligência que ela proporciona...


On Thu, 4 Apr 2002 21:57:40 -0300 (ART)
Nicolau Werneck <nwerneck@yahoo.com.br> wrote:

> > Dúvida/Sugestão: Eu gostaria de saber o tamanho
> > normal da cabeça de um humano adulto. grata.
>
> Puxa, o mais próximo que eu posso saber é o peso do
> cérebro do falecido e ilustre Friederich Gauss!... :(
>
> ++Nicolau
>
>
>
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SUBJECT: Universitario !????
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/04/2002 00:33

Como anda a Universidade? Que será que passa pela cabeça desse universitário?
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Profissão: Estudante
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Dúvida/Sugestão: Faço engenharia e tenho algumas dúvidas e tentei formar algumas questões para que a que eu entenda alguns conceitos para que facilite a mecânica dos fluídos.Por favor responda meio com urgência pois a matéria esta se acumulando e eu preciso saber estas definições.
P1 - Qual o conceito de pressão? Ela é uma grandeza vetorial?
P2 - Um fluido atuando em uma superfície o que irá originar?
P3 - Qual a equação dimensional da pressão?
P4 - Quando podemos usar a expressão ?
P5 - Como você definiria a unidade Pascal para a pressão?
P6 - O que vem a ser carga de pressão? Dê exemplos de suas unidades.
P7 - O que consideramos como fluido contínuo?
P8 - Qual o conceito de peso específico e massa específica? Qual é a relação entre eles? Como eles variam com a temperatura?
P9 - Como na prática observamos que um escoamento é considerado incompressível?
P10 - Como você calcula a pressão em um ponto fluido pertencente a um fluido incompressível, contínuo e em repouso?
P11 - Qual é o teorema de Stevin? Quais as conclusões que podem obter através deles?
P12 - Qual a outra denominação da pressão atmosférica?
P13 - Quais são as escalas de pressão? Como você as define e relaciona.
P14 - Defina pressão manométrica?
P15 - Qual a diferença básica do vacuômetro e do manômetro? Em que escalas eles trabalham?
P16 - Qual a finalidade de uma bomba hidráulica?
P17 - O que fazemos para reduzir a pressão: aumentamos ou diminuímos o diâmetro da tubulação? Você seria capaz de justificar?
P18 - Em um trecho sem máquina hidráulica, o que acontece com a pressão: aumenta, diminui ou fica constante? Justifique.
P19 - A pressão do gás até h praticamente 100 metros varia? Justifique.
P20 - O que vem a ser equação manométrica? Dê um exemplo.
P21 - Em um manômetro em forma de U determina-se uma diferença de pressão, esta diferença obtida está em que escala de pressão. Justifique.
P22 - Como relacionamos a vazão (Q), a velocidade (v) e a área da seção da tubulação (A)?
====================
E ele ainda tem pressa! Que fez nos 3 últimos anos?

[]'
Léo
============




SUBJECT: RE: [ciencialist] Cabecao
FROM: "The PhYz" <phyz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/04/2002 01:01

Por vezes, um desvio significativo do padrão é indicativo (fator
preditivo) de disfunções. Exemplo: microcefalia.

Vi um caso chocante num pavilhão de crônicas do hospital Juqueri, em
Franco da Rocha.
--
Monge Ateu


-----Original Message-----
From: Carlos Cardoso [mailto:klingon@pobox.com]
Sent: Thursday, April 04, 2002 23:29
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Cabecao


Eu sempre fui partidário de que nao importa o tamanho da cabeça, mas a
inteligência que ela proporciona...



SUBJECT: Re: [ciencialist] Universitario !????
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/04/2002 05:03

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, April 05, 2002 12:33 AM
Subject: [ciencialist] Universitario !????


> Como anda a Universidade? Que será que passa pela cabeça desse
> universitário?

> ============
> Dúvida/Sugestão: Faço engenharia e tenho algumas dúvidas e tentei formar
> algumas questões para que a que eu entenda alguns conceitos para que
> facilite a mecânica dos fluídos.Por favor responda meio com urgência pois
a
> matéria esta se acumulando e eu preciso saber estas definições.

Olá, Léo, vou tentar ajudá-lo.

> P1 - Qual o conceito de pressão? Ela é uma grandeza vetorial?

Não, quer dizer sim e não ou quem sabe talvez. Melhor dizendo, a pressão
pode ser pensada como um vetor de múltipla direção. Porém, e de acordo com o
princípio da complementaridade de Bohr, apenas uma direção se manifestará em
cada experiência; e de acordo com a lei de Murphy, essa será a direção de
seu rosto, não importa onde ele esteja.

> P2 - Um fluido atuando em uma superfície o que irá originar?

Se a superfície tiver um único furo, poderá ser observada uma imagem de
difração. Se tiver dois furos não há como se saber qual fração do fluido
passou pelo buraco de cima e qual passou pelo buraco de baixo. Havendo mais
do que três furos é melhor você consultar o paradoxo da lata furada na sala
07 da feira de ciências (lá tem um figura com três furos).

> P3 - Qual a equação dimensional da pressão?

Eu diria que é a equação do navio de estoques, tradução literal de Navier-
Stokes. Atualmente utiliza-se mais a equação da casca de noz do Hawking, mas
alguns não gostam do Hawking e ainda utilizam o método antigo.

> P4 - Quando podemos usar a expressão?

Eu diria que ex-pressão é uma pressão que não se usa mais, talvez por ter se
tornado obsoleta.

> P5 - Como você definiria a unidade Pascal para a pressão?

O PASCAL é uma unidade híbrida para a pressão e muito útil no caso da
experiência da dupla fenda. Quando a molécula do fluido é flagrada PASsando
por uma das fendas ela se ruboriza graças à transformação de parte de sua
energia cinética em CALor. Dizemos então que ela perde um Pascal de pressão
na direção perpendicular à fenda.

> P6 - O que vem a ser carga de pressão? Dê exemplos de suas unidades.

Carga depressão é uma depressão provocada por perguntas como estas. A
unidade principal é o Léo. 1 Léo = depressão capaz de gerar uma resposta do
tipo: "Como anda a Universidade? Que será que passa pela cabeça desse
universitário?"

> P7 - O que consideramos como fluido contínuo?

É um fluido que não pode ser dividido em capítulos.

> P8 - Qual o conceito de peso específico e massa específica? Qual é a
> relação entre eles? Como eles variam com a temperatura?

Um peso é específico quando relaciona-se a uma dada espécie viva. Por
exemplo, o gato de Schrödinger tem peso específico quando vivo e massa
específica quando morto. Como não é possível saber se ele está vivo ou
morto, a menos que se abra a caixa, dizemos que os valores se relacionam
através da constante de Planck (princípio da incerteza gato vivo / gato
morto). A temperatura não afeta muito os resultados, desde que utilizada
dentro de uma incerteza específica. Mesmo porque, do contrário o gato
certamente morrerá (temperaturas muito altas ou muito baixas) e isso irá
prejudicar terrivelmente os resultados experimentais.

> P9 - Como na prática observamos que um escoamento é considerado
> incompressível?

O escoamento é considerado incompreensível quando não existem meios de se
compreendê-lo devidamente. É o caso da experiência da dupla fenda, citado
acima.

> P10 - Como você calcula a pressão em um ponto fluido pertencente a um
> fluido incompressível, contínuo e em repouso?

Utilizando o princípio de Heisenberg, também conhecido como princípio do
alfinete: Quanto menor o "ponto" de contato, maior a dor.

> P11 - Qual é o teorema de Stevin? Quais as conclusões que podem obter
> através deles?

O teorema de Stevin é o responsável pela transformação da pressão de um
vetor comum num vetor multidirecional. Ou seja, o líquido ao ser pressionado
de cima para baixo em virtude da "carga de pressão" que recebe do líquido
que está acima, e não podendo ir para baixo, pois o espaço já está ocupado
por seus semelhantes, procura sair pelos lados. Mas tambem não consegue e
acaba transformando-se num vetor indeciso que não sabe se vai pra lá ou pra
cá e acaba não indo pra lado nenhum. Isso também está relacionado com o
princípio de Heisenberg, já referido acima, e também com o ditado a dizer
"mais pressão, mais tensão, mais dor".

> P12 - Qual a outra denominação da pressão atmosférica?

Pressão de Bohr, ou seja, é a pressão que agindo sobre um elétron de um
átomo (ou atmo, se preferir) faz com que o mesmo se restrinja às órbitas
permitidas da eletrosfera.

> P13 - Quais são as escalas de pressão? Como você as define e relaciona.

Dó maior, fá sustenido e si bemol. Não há como definí-las pois situam-se
entre aquelas grandezas cujo valor depende do observador: alguns gostam de
um tipo de música, outros de outro e por aí vai. Eu costumo relacioná-las da
maneira apresentada, ou seja, seguindo a ordem dó, ré, mi, fá, sol, lá e si.

> P14 - Defina pressão manométrica?

Censurado.

> P15 - Qual a diferença básica do vacuômetro e do manômetro? Em que escalas
> eles trabalham?

O manômetro, também chamado esfigmomanômetro, é utilizado pelo médico para
medir a pressão arterial. Apesar do nome, ele é instalado no braço e não na
mão. O vacuômetro é o análogo utilizado pelo veterinário para medir a
pressão de bovinos. Eles não trabalham, quem trabalha no caso é ou o médico
ou o veterinário.

> P16 - Qual a finalidade de uma bomba hidráulica?

Explodir usinas hidroelétricas, dentre outras coisas.

> P17 - O que fazemos para reduzir a pressão: aumentamos ou diminuímos o
> diâmetro da tubulação? Você seria capaz de justificar?

Sugiro que procure um médico ou um psicólogo. Aumentando o diâmetro da
tubulação fica mais fácil entrar pelo cano, e portanto sugiro também esta
opção. A justificativa é simples: aumentando o diâmetro da tubulação
reduzimos o padrão de interferência. Se o diâmetro estiver bem acima do
comprimento de onda do paciente a interferência praticamente desaparece e o
entrar pelo cano torna-se até mesmo levemente agradável.

> P18 - Em um trecho sem máquina hidráulica, o que acontece com a pressão:
> aumenta, diminui ou fica constante? Justifique.

Aumenta muito. É como ter um computador, uma impressora e faltar o papel. A
pressão vai lá pra cima.

> P19 - A pressão do gás até h praticamente 100 metros varia? Justifique.

Não, h é a constante de Planck e seu valor nem é 100 nem é medida em metros.

> P20 - O que vem a ser equação manométrica? Dê um exemplo.

Pô, você gosta mesmo de trabalhar com as mãos, não é mesmo? A exemplo do que
fiz em P14 não vou responder.

> P21 - Em um manômetro em forma de U determina-se uma diferença de pressão,
> esta diferença obtida está em que escala de pressão. Justifique.

Obviamente na escala U, por definição.

> P22 - Como relacionamos a vazão (Q), a velocidade (v) e a área da seção da
> tubulação (A)?

Aqui também entra o princípio da incerteza em outra de suas versões.
Reduzindo A aumenta v desde que Q permaneça constante e de alguma maneira
relacionado à constante de Planck.

> ====================
> E ele ainda tem pressa! Que fez nos 3 últimos anos?

Certamente deve ter tomado muito antidepressivo.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Cabecao
FROM: Carlos Cardoso <klingon@pobox.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/04/2002 07:24

e o oposto também, a hidrocefalia também não é coisa das mais agradáveis.
Digamos que o ideal é uma cabeça proporcional, nao importanto o tamanho
do portador.


On Fri, 5 Apr 2002 01:01:33 -0300
"The PhYz" <phyz@terra.com.br> wrote:

> Por vezes, um desvio significativo do padrão é indicativo (fator
> preditivo) de disfunções. Exemplo: microcefalia.
>
> Vi um caso chocante num pavilhão de crônicas do hospital Juqueri, em
> Franco da Rocha.
> --
> Monge Ateu
>
>
> -----Original Message-----
> From: Carlos Cardoso [mailto:klingon@pobox.com]
> Sent: Thursday, April 04, 2002 23:29
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Subject: Re: [ciencialist] Cabecao
>
>
> Eu sempre fui partidário de que nao importa o tamanho da cabeça, mas a
> inteligência que ela proporciona...
>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Universitario !????
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/04/2002 07:27

Boa Alberto, estou realmente tentado a enviar seu texto como resposta ao Universitário. Ele bem que merece.
Mas, e se ele acreditar!???

[]'
Léo
=============
-----Mensagem Original-----
De: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: sexta-feira, 5 de abril de 2002 05:03
Assunto: Re: [ciencialist] Universitario !????


| ----- Original Message -----
| From: "Luiz Ferraz Netto"
| To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
| Sent: Friday, April 05, 2002 12:33 AM
| Subject: [ciencialist] Universitario !????
|
|
| > Como anda a Universidade? Que será que passa pela cabeça desse
| > universitário?
|
| > ============
| > Dúvida/Sugestão: Faço engenharia e tenho algumas dúvidas e tentei formar
| > algumas questões para que a que eu entenda alguns conceitos para que
| > facilite a mecânica dos fluídos.Por favor responda meio com urgência pois
| a
| > matéria esta se acumulando e eu preciso saber estas definições.
|
| Olá, Léo, vou tentar ajudá-lo.
|
| > P1 - Qual o conceito de pressão? Ela é uma grandeza vetorial?
|
| Não, quer dizer sim e não ou quem sabe talvez. Melhor dizendo, a pressão
| pode ser pensada como um vetor de múltipla direção. Porém, e de acordo com o
| princípio da complementaridade de Bohr, apenas uma direção se manifestará em
| cada experiência; e de acordo com a lei de Murphy, essa será a direção de
| seu rosto, não importa onde ele esteja.




SUBJECT: RE: [ciencialist] Universitario !????
FROM: "The PhYz" <phyz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/04/2002 07:54

Caramba! Como eu estou por fora da Física! E eu era tão bom nisso!
Acho que vou abrir meus velhos livros de novo, algum dia. Pelo visto em
sua resposta, já esqueci tudo e nem tinha consciência disso! :o)
--
Monge Ateu


-----Original Message-----
From: Alberto Mesquita Filho [mailto:albmesq@uol.com.br]
Sent: Friday, April 05, 2002 05:04
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Universitario !????

> P1 - Qual o conceito de pressão? Ela é uma grandeza vetorial?

Não, quer dizer sim e não ou quem sabe talvez. Melhor dizendo, a pressão
pode ser pensada como um vetor de múltipla direção. Porém, e de acordo
com o princípio da complementaridade de Bohr, apenas uma direção se
manifestará em cada experiência; e de acordo com a lei de Murphy, essa
será a direção de seu rosto, não importa onde ele esteja.



SUBJECT: RE: [ciencialist] Universitario !????
FROM: "The PhYz" <phyz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/04/2002 07:57

Caramba! Como eu estou por fora da Física! E eu era tão bom nisso!
Acho que vou abrir meus velhos livros de novo, algum dia. Pelo visto em
sua resposta, já esqueci tudo e nem tinha consciência disso! :o)
--
Monge Ateu


-----Original Message-----
From: Alberto Mesquita Filho [mailto:albmesq@uol.com.br]
Sent: Friday, April 05, 2002 05:04
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Universitario !????

> P1 - Qual o conceito de pressão? Ela é uma grandeza vetorial?

Não, quer dizer sim e não ou quem sabe talvez. Melhor dizendo, a pressão
pode ser pensada como um vetor de múltipla direção. Porém, e de acordo
com o princípio da complementaridade de Bohr, apenas uma direção se
manifestará em cada experiência; e de acordo com a lei de Murphy, essa
será a direção de seu rosto, não importa onde ele esteja.



SUBJECT: Re: Universitario !????
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/04/2002 08:03

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> escreveu
> Como anda a Universidade? Que será que passa pela cabeça desse
> universitário?

Mais da metade das perguntas dele pode ser respondida
com uma simples consulta a um livro de Fisica para o
*Ensino Medio*.

Um livro basico de Introducao 'a Fisica q. ele
deve encontrar na biblioteca da faculdade dele
(se nao tiver biblioteca ele deve denunciar ao
MEC) e' tbm tudo o q. ele precisa.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Cabecao
FROM: Nicolau Werneck <nwerneck@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/04/2002 08:51

> e o oposto também, a hidrocefalia também não é coisa
> das mais agradáveis.
> Digamos que o ideal é uma cabeça proporcional, nao
> importanto o tamanho do portador.
vide aquele filme lá, como que chama? "lições de
vida" sei lá.

Mas eu sei o peso do cérebro do Gauss justamente por
causa dessa discussão! Na época dele começaram a
surgir umas teorias de que o tamanho ou peso do
cérebro seria determinantes da capacidade intelectual
da pessoa. Gauss e vários outros acadêmicos de
Göttingen contibuiram para a pesquisa (Gauss se opunha
à teoria, se não me engano) doando seus cérebros para
serem analisados após suas mortes. Estão todos
expostos em Göttingen, e eu sou louco pra conhecer!

Babbage também teve seu cérebro retirado para estudos,
e foi dissecado vários anos depois. O neurocirurgião
responsável disse que não tinha nada demais...

++nicolau, o poço de informaçõe sinúteis



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SUBJECT: Einstein, o frasista
FROM: "Edson Vizzoni" <evizzoni@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/04/2002 09:01

Meus amigos,

Em outra lista de que participo um colega lan�ou, sem explica��es, com
sotaque portugu�s e tudo, a seguinte frase:

"Se os factos n�o se adequam � teoria, mude os factos."
Albert Einstein.

Conhe�o a frase, mas nunca havia visto o nome de Einstein associado a ela.
Voc�s teriam algo a dizer sobre a autoria de tal frase? Foi mesmo Einstein
quem a perpretou?

Um grande abra�o,

Vizzoni


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SUBJECT: Re[2]: [ciencialist] Cabecao
FROM: Carlos Cardoso <klingon@pobox.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/04/2002 09:16

o do lord byron tinha 2,2kg !!!

On Fri, 5 Apr 2002 08:51:30 -0300 (ART)
Nicolau Werneck <nwerneck@yahoo.com.br> wrote:

> > e o oposto também, a hidrocefalia também não é coisa
> > das mais agradáveis.
> > Digamos que o ideal é uma cabeça proporcional, nao
> > importanto o tamanho do portador.
> vide aquele filme lá, como que chama? "lições de
> vida" sei lá.
>
> Mas eu sei o peso do cérebro do Gauss justamente por
> causa dessa discussão! Na época dele começaram a
> surgir umas teorias de que o tamanho ou peso do
> cérebro seria determinantes da capacidade intelectual
> da pessoa. Gauss e vários outros acadêmicos de
> Göttingen contibuiram para a pesquisa (Gauss se opunha
> à teoria, se não me engano) doando seus cérebros para
> serem analisados após suas mortes. Estão todos
> expostos em Göttingen, e eu sou louco pra conhecer!
>
> Babbage também teve seu cérebro retirado para estudos,
> e foi dissecado vários anos depois. O neurocirurgião
> responsável disse que não tinha nada demais...
>
> ++nicolau, o poço de informaçõe sinúteis
>
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SUBJECT: Re: Universitario !????
FROM: "evoluindo" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/04/2002 10:16

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> escreveu
> Boa Alberto, estou realmente tentado a enviar seu texto como
resposta ao Universitário. Ele bem que merece.
> Mas, e se ele acreditar!???
>

Se ele acreditar, provavelmente vai fazer uma boa cola e responder
tudo isso na prova que ele roub... digo, obteve por meios não
ortodoxos (não vou fazer acusações levianas. Talvez ele não tenha
roubado a prova e sim obtido as questões por meio de poderes
paranormais, que estranhamente só funcionam para conseguir as
perguntas das provas, mas não para conseguir as respostas).

Se ele usar mesmo as respostas, pode levar pau na matéria, mas pelo
menos vai ficar famoso na escola.

[]s
Ronaldo



SUBJECT: Mulher pode estar gravida de clone
FROM: "The PhYz" <phyz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, <strbrasil@yahoogrupos.com.br>, <secularismo@yahoogroups.com>
DATE: 05/04/2002 12:30

Muito boa, essa revista! E o Terra-Lyxos também.

Revista afirma que mulher pode estar grávida de um clone
A New Scientist diz que experimento teria sido anunciado pelo médico
italiano Severino Antinori. A notícia ainda não foi confirmada.
http://www.terra.com.br/cgi-bin/index_frame/noticias/mundo/2002/04/05/03
5.htm
--
Monge Ateu




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: Vaso de pressão
FROM: "Silvio Cordeiro" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/04/2002 15:06

A água pode ser congelada no verão, tirada com um saca-rolhas e com o calor do
inverno, derretida e aproveitada.
Pode tambem ser solicitados os bons eflúvios da novíssima santa brasileira que
forneceria uma varinha-de condão-aspiradora.

silvio
in Darwin I trust.


----- Original Message -----
From: "Carlos Cardoso" <klingon@pobox.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, April 04, 2002 10:24 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Fw: Vaso de pressão


não esqueçam da telecinésia, também deve funcionar..


On Thu, 04 Apr 2002 12:40:11 -0000
"sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt> wrote:

>
> > > Gostaria de parabeniza-lo pelo seu site, gostei muito, e
> > aproveitando para lhe perguntar se existe alguma maneira de se
> puxar
> > agua de um poço sem usar a eletricidade ou o vento, digo isso
> porque
> > moro um sitio onde ainda não tem energia eletrica, e um sistema de
> > cata-vento é muito caro,
>
> Tem uma coisa chamada motor de combustão, que permite construir uma
> coisa chamada Bomba de Água.
>
> Este pessoal andar à espera de milagres ?
>
> (bom, tem sempre o método de assoprar e fazer a água sair por
> pressão...)
>
>
> Sérgio Taborda
>




SUBJECT: PROMOTOR DENUNCIA SETE POR RETIRADA DE ORGAOS -- Thais Liviane Braga
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DATE: 05/04/2002 15:25

Direito_Sa�de e Bio�tica -- 05.04.2002
______________________________


PROMOTOR DENUNCIA SETE
POR RETIRADA DE �RG�OS DE
THA�S LIVIANE BRAGA, MAS ONDE
EST� O EXAME DE DNA DOS �RG�OS
ENCONTRADOS PARA EXCLUIR A
QUEST�O DO TR�FICO ?


http://br.groups.yahoo.com/group/Direito_Saude/message/10415
----

Preliminar:


Aten��o doador de �rg�os VITAIS �nicos: a "doa��o presumida" N�O foi extinta,
ao contr�rio do que se afirma na propaganda oficial e dos transplantadores. Ela continua existindo. Se ainda em vida voc� N�O declarar que N�O � doador ( e as autoridades N�O lhe permitem mais isso por meios antes existentes ), e se depois de seu "falecimento" sua fam�lia N�O negar a retirada de seus �rg�os OU ficar apenas omissa quanto a isso, voc� descobrir� a verdade sobre a _"doa��o de �rg�os"_. A �nica mudan�a com a "doa��o presumida" � que hoje ela parte de duas presun��es para dar-lhe a relativa seguran�a de que o consentimento � necess�rio. Apenas duas omiss�es s�o necess�rias, o que � muito f�cil de ser conseguido na situa��o em que voc� estar� e com a campanha que � feita com os recursos p�blicos, mostrando APENAS um lado da realidade homicida que cerca os transplantes de �rg�os vitais �nicos que apenas podem ser feitos com uma declara��o ANTECIPADA de sua morte encef�lica.

----


Perguntas quanto ao caso Tha�s Liviane Braga:



1. Thais Liviane Braga era doadora de �rg�os por omiss�o de declara��o sua em vida e por omiss�o de negativa de seus pais ?



2. Quais �rg�os de Tha�s foram encontrados e quais foram os retirados ?



2. Foram feitas per�cias para comprovar que os �rg�os eram de Tha�s ? SE n�o existe essa per�cia, a conclus�o do inqu�rito � INV�LIDA e os �rg�os retirados de Tha�s continuam desaparecidos, abrindo SIM a indica��o PREVALECENTE de TR�FICO DE �RG�OS. Deixo CLARO saber que, AT� AGORA, n�o existe exame de DNA dos �rg�os que "disseram" ser de Tha�s e, portanto, o caso N�O EST� RESOLVIDO.



3. Se h� per�cias, quais s�o elas e feitas em que data ?



4. Quanto tempo depois da morte de Thais, ocorrida EM O6 DE DEZEMBRO de 2001, teriam sido encontrados os �rg�os aceitos como seus, MAS QUE N�O FORAM PERICIADOS ? Assinale-se: essa quest�o est� prejudicada totalmente SE n�o for apresentado exame de DNA nos mesmos.



A not�cia da "DESCOBERTA DOS �RG�OS" � do dia 26 de mar�o de 2002 -- TR�S MESES E VINTE DIAS depois da morte de Tha�s.


[]'s

Celso Galli Coimbra
OAB_RS 11352
Porto Alegre

----------------------------------------------------------

E S T A D O D E M I N A S,
Q U I N T A - F E I R A ,
4 D E A B R I L D E 2 0 0 2
P � G I N A 2 1

MINIST�RIO P�BLICO CONCLUI QUE �RG�OS DA ESTUDANTE THA�S BRAGA N�O FORAM USADOS PARA TR�FICO E SIM ENTERRADOS EM COVA PELA FUNER�RIA PORQUE CORPO DELA FOI EMBALSAMADO. SANTA CASA CRITICA DECIS�O E ALEGA QUE N�O HOUVE QUALQUER IRREGULARIDADE



FIM DO MIST�RIO

Promotor denuncia sete
por retirada de �rg�os



MARIA CLARA PRATES
Sete pessoas � funcion�rias da Funer�ria Santa Casa de Belo Horizonte e da empresa Santa B�rbara Empreendimentos, prestadora de servi�o ao hospital, foram denunciadas, ontem, pelos promotores Ant�nio Aur�lio Santos e Luiz Ant�nio Sasdelli Prudente, da Promotoria de Defesa dos Direitos Humanos do Minist�rio P�blico, pela retirada ilegal dos �rg�os da estudante Tha�s Liviane Braga, que morreu no �ltimo dia 6 de dezembro, em acidente de tr�nsito. N�o houve tr�fico de �rg�os, conforme se suspeitava.



O grupo � denunciado por manter um esquema de retirada de �rg�os durante o procedimento de embalsamamento, para receber vantagens financeiras, j� que a pr�tica � muito mais cara que o simples sepultamento.



Todos v�o responder pelos crimes de estelionato, forma��o de quadrilha e destrui��o de cad�veres.



De acordo com a den�ncia, resultado de quatro meses de investiga��es do Minist�rio P�blico, fazem parte do esquema das funcion�rias da funer�ria Santa Casa, Maria Elza Ferreira, supervisora de embalsamamento, e Maria C�lia de Carvalho, agente funer�ria, al�m do gerente administrativo da Santa B�rbara Empreendimentos, Jo�o Marques Rocha, o Coca, o advogado Homero Carvalho God�i, o empres�rio Le�o da Costa Pinto, e os industriais Marcos Benedito e Aur�lio Frederico Bignotto, todos da Santa B�rbara. Maria Elza vai responder tamb�m pelo crime de falso testemunho, por ter negado em depoimento aos promotores a retirada dos �rg�os de Tha�s.



De acordo com as investiga��es, o embalsamamento de Tha�s ocorreu no Centro T�cnico de Prepara��o, situado no servi�o funer�rio da Santa Casa.

_______

COVAS
_______




A comprova��o da retirada dos �rg�os veio, conforme antecipado pelo ESTADO DE MINAS na edi��o do �ltimo dia 26, ap�s a descoberta de duas covas 90 e 97, no cemit�rio Bosque da Esperan�a, onde eles eram enterrados ap�s o procedimento. Com a exuma��o autorizada pela Justi�a, o Minist�rio P�blico descobriu o local do sepultamento das v�sceras de Thais e tamb�m de v�rias outras pessoas, embalsamadas no mesmo per�odo, sem a devida documenta��o legal ou qualquer identifica��o, conforme a den�ncia.



O corpo de Thais tamb�m foi exumado e constatado que ela estava sem as v�sceras e o c�rebro.



O procedimento de embalsamamento foi autorizado pelo tio da estudante, Mozair Jos� Braga, que foi induzido a assinar o documento por Maria C�lia, que se aproveitou de seu abalado estado emocional.



Segundo as investiga��es, Jo�o Marques foi o respons�vel pela "autoriza��o" para enterro de v�rios �rg�os e v�sceras sem identifica��o, uma praxe do Servi�o Funer�rio da Santa Casa, que contava com a coniv�ncia de Homero, Le�o Marcos Bendito e Aur�lio Frederico. A Promotoria de Defesa dos Direitos Humanos apurou ainda que antes mesmo que o tio de Thais assinasse a autoriza��o para o embalsamamento, Maria C�lia j� informava, na solicita��o para o transporte do IML at� a funer�ria, que o corpo deveria ser levado para o Centro T�cnico de Prepara��o, onde o procedimento era realizado.



Hoje, o local est� interditado por aus�ncia de um m�dico respons�vel.



O embalsamamento era feito por Maria Elza, que era apenas supervisora.





LUIZ FERNANDO CAMPOS



A fam�lia da estudante de farm�cia Tha�s Liviane Braga vai ajuizar a��o contra a Santa Casa, por neglig�ncia, e pedir� indeniza��o por danos morais, cuja quantia, segundo o advogado da fam�lia, Wiliam dos Santos, ainda n�o foi calculada.



"� um c�lculo que ainda n�o foi feito e leva em conta a expectativa de vida e a remunera��o que ela teria como profissional", explica ele, que vai dispor de todos os mecanismos para garantir os direitos dos familiares. O deputado Durval �ngelo ( PT ), que acompanha o caso, informa que as fraudes tamb�m atingem a ocorr�ncia do acidente que provocou a morte de Tha�s. Nela, o policial militar que dirigia o carro, Dilermando Sebasti�o de Paula, que � inabilitado, foi identificado como sapateiro. Al�m disso, n�o constam os avan�os de sinal e parada obrigat�ria ocorridos no local do acidente e a falta de documentos do motorista.



O carro n�o foi apreendido e a suspeita � de que o caso estaria sendo abafado pela Pol�cia Militar.



Processos contra o autor do acidente e contra o Estado de Minas Gerais, que responde pela Pol�cia Militar,tamb�m poder�o ser ajuizados, esclarece William dos Santos. Tha�s foi morta em 6 de dezembro de2001, ap�s uma Bras�lia se chocar com a moto em que estava ela e seu namorado, no bairro Ipiranga,regi�o Nordeste de Belo Horizonte.



A estudante teve traumatismo craniano.



"Esperamos que os respons�veis sejam punidos e que isso n�o aconte�a com outras fam�lias, o que, de qualquer forma, n�o tira a nossa dor", desabafa a m�e de Tha�s, M�rcia Ferreira Braga.



O tio da v�tima, Mozair Jos� Braga, conta que no dia da morte da sobrinha assinou documento apresentado pela agente funer�ria Maria C�lia de Carvalho que autorizava a realiza��o da tanatopraxia, um procedimento para a conserva��o do cad�ver. "Estava tranq�ilo porque o corpo dela estava no seguro e assinei sem ler". Antes de assinar a autoriza��o, ele diz que foi comprovado pelo relat�rio que o corpo j� havia sido encaminhado para o embalsamamento.



Mesmo assim, somente os pais poderiam assinar o documento. "Infelizmente voc� � enganado, mexem em um cad�ver como se fosse qualquer coisa", indigna-se.



LANDERCY HEMERSON



"Precipitadas e levianas" foram as palavras utilizadas pelo diretor-geral da Santa Casa, o advogado Ant�nio Abrah�o Caran Filho, para definir as conclus�es do procedimento administrativo da Promotoria de Defesa dos Direitos Humanos. "Ap�s 120 dias de apura��o, apenas transformaram uma presta��o de servi�o, que � a tanatopraxia, em algo il�cito, com objetivo de ganho de benef�cios. A pe�a apresentada � Justi�a n�o foi adequada e estamos tranq�ilos quanto ao papel de nossos funcion�rios", garantiu Caran Filho.



O diretor criticou as acusa��es de oculta��o de �rg�os humanos. "Como pode ser clandestino se os �rg�os foram enterrados dentro de um cemit�rio p�blico. O enterro dos �rg�os retirados � uma provid�ncia digna e leg�tima. � comum a funer�ria recolher �rg�os e membros no Hospital de Pronto-Socorro Jo�o XXIII, que s�o enterrados em cova pr�pria para isso", explicou.



ROTINA



Ant�nio Caran Filho negouse a discutir detalhes da den�ncia. De acordo com ele, a Santa Casa vai discutir as acusa��es na Justi�a. Quanto � retirada dos �rg�os para a realiza��o do embalsamamento, ele considerou como um procedimento normal, de um "servi�o de rotina". Conforme seus assessores, a funer�ria da Santa Casa realiza cerca de 600 tanatopraxia por m�s. "Desde a d�cada de 40 realizamos o embalsamamento, que � at� uma exig�ncia legal nos traslados para locais distantes. No caso da estudante, o corpo demorou a chegar e se nada fosse feito, haveria uma decomposi��o acelerada durante o vel�rio."



Para Caran Filho, nos �ltimos sete meses a funer�ria Santa Casa vem sendo atacada com v�rias den�ncias de irregularidades. Ele atribuiu ao "desnorteamento da concorr�ncia marginal" a enxurrada de den�ncias. Segundo o dirigente, at� pouco tempo, a Santa Casa era respons�vel por menos da metade dos servi�os funer�rios no Estado. A participa��o no mercado cresceu e est� pr�xima dos 60%, o que estaria incomodando os "papadefuntos".



MARCELO SANT"ANNA



INDIGNA��O

M�rcia Ferreira, m�e de Tha�s, e Mozair, o tio, processam a Santa Casa e querem indeniza��o por danos morais





Fam�lia vai processar a Santa Casa

INVESTIGA��ES DO
MINIST�RIO P�BLICO


DENUNCIADOS



Maria Elza Soares, Maria C�lia de Carvalho, Jo�o Marques Rocha, Homero Carvalho de God�i, Le�o da Costa Pinto, Marcos Benedito Bignotto, Aur�lio Frederico Bignotto



O grupo foi denunciado por estelionato, destrui��o de cad�ver e forma��o de quadrilha. Todos est�o sujeitos a pena que varia de 3 a 18 anos de pris�o. Maria Elza responde tamb�m por falso testemunho. O MP concluiu que �rg�os de cad�veres eram retirados sem o consentimento das fam�lias ou atrav�s de artif�cios autorizando o embalsamamento. Este procedimento, quando coberto por seguro, � muito mais caro do que o simples sepultamento, da� a vantagem il�cita auferida com a retirada dos �rg�os. A comprova��o veio com a exuma��o das covas 90 e 97, do Cemit�rio Bosque da Esperan�a onde os �rg�os retirados eram depositados.





DEZEMBRO DE 2001



A estudante Tha�s Liviane Braga, de 21 anos, morre em um acidente de moto, em Belo Horizonte, no dia 6. A demora na libera��o do corpo desperta desconfian�a dos parentes de Tha�s, no dia 7.



O tio, o comerciante Mozair Jos� Braga, percebe sinais estranhos no corpo durante o vel�rio e n�o entende a constante negativa aos pedidos para ver Tha�s antes da prepara��o para o enterro.



Dias depois, a Corregedoria da Pol�cia Civil e o Minist�rio P�blico come�am a investigar o caso, com suspeita de um esquema de tr�fico de �rg�os envolvendo as funer�rias.





MAR�O DE 2002



No dia 26 de mar�o, o promotor Ant�nio Aur�lio, que investigou o caso, conclui que o corpo de Tha�s foi embalsamado depois da retira dos �rg�os, que foram enterrados em cova clandestina.



A fam�lia se mostra indignada por n�o ter sido avisada do embalsamento e da retirada de �rg�os.





ABRIL



Minist�rio P�blico conclui investiga��o, no dia 2, e indicia sete pessoas da funer�ria Santa Casa e da empresa Santa B�rbara Empreendimentos, prestadora de servi�os ao hospital, pela retirada clandestina de �rg�os.



Fam�lia da estudante anuncia a��o na Justi�a contra a Santa Casa

"ESTAVA TRANQ�ILO PORQUE O CORPO DELA ESTAVA NO SEGURO E ASSINEI SEM LER; INFELIZMENTE VOC� � ENGANADO, MEXEM EM UMCAD�VER COMO SE FOSSE QUALQUER COISA"



Mozair Jos� Braga, tio de Tha�s



"COMO PODE SER CLANDESTINO SE OS �RG�OS FORAM ENTERRADOS DENTRO DE UM CEMIT�RIO P�BLICO; O ENTERRO DOS �RG�OS RETIRADOS � UMA PROVID�NCIA DIGNA E LEG�TIMA."

Ant�nio Abrah�o Caran Filho,diretor-geral da Santa Casa




==========================
ENDERECOS SOBRE MORTE
ENCEF�LICA E TRANSPLANTES
==========================
Nao se deixe enganar
pela propaganda transplantista.
===
INFORME-SE:
apenas a *Medicina Preventiva* de baixo custo
ja seria suficiente para evitar a necessidade de
80% de transplantes previsiveis, com origem em declaracoes
de mortes encefalicas *antecipadas*
para fins de retirada de orgaos vitais.
===
ARTIGO:
"Falhas no Diagnostico da Morte Cerebral",
publicado na Revista CIENCIA HOJE,
n�mero 161, junho de 2000:
http://www.uol.com.br/cienciahoje/chmais/pass/ch161/morte.pdf
===
ARTIGOS
cientificos no site da UNIFESP:
http://www.unifesp.br/dneuro/textos.htm
===
ARTIGO:
"Morte Encefalica"
http://www.unifesp.br/dneuro/mortencefalica.htm
===
DEMONSTRACAO
cientifica dos efeitos mortais do teste
da APNEIA, imposto pelo CFM para
declaracao da morte encefalica que
pretende diagnosticar:
http://www.unifesp.br/dneuro/apnea.htm
===
ARTIGO:
em ingles sobre a importancia da
*Penumbra Isquemica* para a declaracao
da morte encefalica:
http://www.unifesp.br/dneuro/brdeath.html
===
MANIFESTACOES PUBLICAS
da comunidade neurocientifica internacional
contraria aos criterios declaratorios
da morte encefalica.
NAO EH VERDADE QUE HA CONSENSO
internacional na declaracao de morte encefalica,
confirme o que dizem os neurocientistas em:
http://www.unifesp.br/dneuro/opinioes.htm
===
DEBATE
internacional da comunidade neurocientifica
sobre os erros declaratorios da morte encefalica
na Revista Cientifica BMJ:
http://www.bmj.com/cgi/eletters/320/7244/1266
===
PARA ler os artigos sobre
morte encefalica em Direito_Saude:
http://www.yahoogroups.com/files/direito_saude/
===
INSCRICAO, enviar mensagem em branco para:
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===
PARA outras finalidades acessar
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[As partes desta mensagem que n�o continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Universitario !????
FROM: "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/04/2002 15:25

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> escreveu
> Boa Alberto, estou realmente tentado a enviar seu texto como
resposta ao Universitário. Ele bem que merece.
> Mas, e se ele acreditar!???
>
> []'
> Léo
> =============

Eu estava pensando nisso quando li a resposta. :)

Eh bom lembrar que todo o material da Ciencialist fica aberto para
a leitura de qualquer pessoa. O Google rastreia todas as mensagens
(nao sei com que frequencia) e algum desavisado de fora da lista pode
ler a acreditar.

Alguns (nao muitos) visitantes da pagina Humor na ciencia (
http://www.humornaciencia.cjb.net ) jah acreditaram em algumas
satiras mesmo estando bem claro (eu acho) que era um site de humor.

Alias... tem novidade lah no site.


Ateh
Luis Brudna



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Universitario !????
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/04/2002 16:25

> --- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" escreveu
> > Boa Alberto, estou realmente tentado a enviar seu texto como
> > resposta ao Universitário. Ele bem que merece.
> > Mas, e se ele acreditar!???

> --- Em ciencialist@y..., "Brudna" escreveu
> Eu estava pensando nisso quando li a resposta. :)
> Eh bom lembrar que todo o material da Ciencialist fica aberto para
> a leitura de qualquer pessoa. O Google rastreia todas as mensagens
> (nao sei com que frequencia) e algum desavisado de fora da lista pode
> ler a acreditar.

Eu até concordo com vocês mas cá com meus botões fico pensando: Que
diferença fará para a sociedade como um todo que uma pessoa leve a sério uma
sessão de humorismo onde qualquer indivíduo com QI acima de 25, por exemplo,
uma bactéria superdotada e que tenha freqüentado uma escola razoável de
nível fundamental, poderia notar que trata-se de uma brincadeira. Eu diria
que o buraco é mais em baixo e não acredito ser possível à Ciencialist
desempenhar o papel que deveria ser desempenhado pelo MEC. Quando muito,
podemos denunciar esses descalabros, botar a boca no trombone de todas as
maneiras possíveis. E uma das maneiras sutis de botar a boca no trombone é
fazendo um humorismo sadio desse tipo e sem ofensas pessoais. Pois aqueles
dotados da condição de entender a mensagem poderão subliminarmente pensar em
engrossar a fileira dos descontentes com o sistema; e os que acreditarem nas
asneiras não permanecerão no seu "status quo", pois sairão da leitura com
uma cultura ligeiramente afetada por conhecimentos adquiridos. Por exemplo,
saberão que existiu um Bohr, um Planck, um Heisenberg, um gato de
Schrödinger, etc.

Em tempo: Nada contra os ignorantes. Sou contra os responsáveis pela
ignorância das massas. Talvez fosse o caso de enviar a mensagem não para o
consulente do Léo mas para esses responsáveis. E todos nós estamos cansados
de saber quem são.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Universitario !????
FROM: Alisson Antonio Martins <aam00@fisica.ufpr.br>
TO: "[ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/04/2002 16:41



Universitário????

Concordo com o Alberto, tb acho que devemos mais que criticar esses que
mantém os "nossos" ignorantes nessa situação. Mas ficam as perguntas:onde
anda a dedicação deste estudante? Será mesmo que vai fazer difereça pra
ele se os conceitos estão certos? ou será que ele só quer mesmo passar de
ano? Cada um com seu cada um... entretanto é preocupante, sob dois
aspectos: O da falta de investimento na Educação, e o da falta de
interesse de certos estudantes que só querem ter um diploma.
Fica a reflexão(um tanto óbvia, é verdade): "talvez" a falta de
investimento na Educação acarrete esse desinteresse pelo aprendizado.
Então, partes complementares de um processo maior.

SAUDAÇÕES

alisson



> Eu até concordo com vocês mas cá com meus botões fico pensando: Que
> diferença fará para a sociedade como um todo que uma pessoa leve a sério uma
> sessão de humorismo onde qualquer indivíduo com QI acima de 25, por exemplo,
> uma bactéria superdotada e que tenha freqüentado uma escola razoável de
> nível fundamental, poderia notar que trata-se de uma brincadeira. Eu diria
> que o buraco é mais em baixo e não acredito ser possível à Ciencialist
> desempenhar o papel que deveria ser desempenhado pelo MEC. Quando muito,
> podemos denunciar esses descalabros, botar a boca no trombone de todas as
> maneiras possíveis. E uma das maneiras sutis de botar a boca no trombone é
> fazendo um humorismo sadio desse tipo e sem ofensas pessoais. Pois aqueles
> dotados da condição de entender a mensagem poderão subliminarmente pensar em
> engrossar a fileira dos descontentes com o sistema; e os que acreditarem nas
> asneiras não permanecerão no seu "status quo", pois sairão da leitura com
> uma cultura ligeiramente afetada por conhecimentos adquiridos. Por exemplo,
> saberão que existiu um Bohr, um Planck, um Heisenberg, um gato de
> Schrödinger, etc.
>
> Em tempo: Nada contra os ignorantes. Sou contra os responsáveis pela
> ignorância das massas. Talvez fosse o caso de enviar a mensagem não para o
> consulente do Léo mas para esses responsáveis. E todos nós estamos cansados
> de saber quem são.
>
> [ ]´s
> Alberto
> http://ecientificocultural.com/indice.htm
>
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>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Einstein, o frasista
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/04/2002 19:16


Eu já respondi a esta msg mas parece que ñ chegou.

> Em outra lista de que participo um colega lançou, sem explicações, com
> sotaque português e tudo,

o que isso pretende significar?


> "Se os factos não se adequam à teoria, mude os factos."
> Albert Einstein.
>
> Conheço a frase, mas nunca havia visto o nome de Einstein associado a ela.
> Vocês teriam algo a dizer sobre a autoria de tal frase? Foi mesmo Einstein
> quem a perpretou?

esse crime ninguem prepretou.
A frase de Dirac é ,se não me engano
"Se os factos não se adquam à teoria, tanto pior para os factos"

(mudam os factos é um absurdo)

De Eisntein as frases mais giras são :
"Mesmo assim, não creio que o Grande Arquitecto jogue aos dados"
e
"Uma teoria é correcta, até que vem alguem e a prova falsa"

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: POLICIA INDICIA MEDICOS POR RETIRADA E TRANSPLANTE ILGEGAL DE ORGAOS
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DATE: 05/04/2002 23:37

POLÍCIA INDICIA MÉDICOS POR RETIRADA
E TRANSPLANTE ILEGAL DE ÓRGÃOS


Direito_Saúde e Bioética -- 05.04.2002
______________________________

http://br.groups.yahoo.com/group/Direito_Saude/message/10421


"A Polícia Federal indiciou nesta sexta-feira quatro médicos do MG-Sul Transplantes por retirada irregular de órgãos na Santa Casa de Poços de Caldas, Sul de Minas Gerais. O chefe da instituição, ALVARO IANHEZ, foi indiciado por retirada e transplante ilegal de órgãos."



O que vem a ser _"RETIRADA e TRANSPLANTE ILEGAL DE ÓRGÃOS"_ ?



O que aconteceu em Poços de Caldas ( e não é apenas lá que ocorre ), e ESTÁ PROVADO nesse caso, foi HOMICÍDIO e TRÁFICO DE ÓRGÃOS.



APENAS quatro médicos nunca poderiam desenvolver isso sozinhos.



[]'s

Celso Galli Coimbra
OAB_RS 11.352
Porto Alegre

-----------------------------------------------------------------


Polícia indicia médicos
por transplante irregular
em Poços de Caldas

Eles faziam parte do MG-Sul Transplante e teriam feito retirada e transplante de órgãos irregularmente.


EPTV Sul de Minas


05/04/2002 19:57 - A Polícia Federal indiciou nesta sexta-feira quatro médicos do MG-Sul Transplantes por retirada irregular de órgãos na Santa Casa de Poços de Caldas, Sul de Minas Gerais. O chefe da instituição, Álvaro Ianhez, foi indiciado por retirada e transplante ilegal de órgãos. Os outros três médicos da equipe, Celso Scafi, Cláudio Rogério Carneiro Fernandes e Odilon Trefligio, apenas pela retirada.



O delegado da Polícia Federal de Varginha, Célio Jacinto dos Santos, disse que eles responderão processo em liberdade e podem pegar pena que varia de um ano a seis anos de prisão. O inquérito foi concluído depois de um ano de investigação e será entregue à Justiça na semana que vem.



O transplante irregular foi comprovado no caso do menino Paulo Veronesi Pavesi, de 10 anos. Em abril de 2000, ele caiu do terceiro andar de um prédio em Poços de Caldas e levado em estado grave para a Santa Casa. O exame de arteriografia, para constatar a morte encefálica, teria sido feito ilegalmente.



A exumação feita no corpo do menino constatou que ele estava sob efeito de substâncias depressivas do sistema nervoso central e com hipotermia quando foi submetido ao exame, o que é irregular. Por causa deste resultado, a família do garoto afirma que houve homicídio. Na época foram retirados os rins e as córneas do garoto.



A hipótese de homicídio não foi descartada pela polícia. Santos disse que examinou vários documentos e ouviu funcionários envolvidos na captação dos órgãos para saber se houve ou não homicídio, mas não foi o suficiente. A reportagem da EPTV tentou falar com os quatro médicos indiciados, mas nenhum foi encontrado.



A investigação deu origem a outros seis inquéritos. Eles tratam de dupla cobrança pela realização de transplantes, doação ilegal de dinheiro, repasse irregular de verbas do Sistema Único de Saúde (SUS) e irregularidades nos procedimentos do MG-Sul Transplantes.



Em novembro do ano passado, o Ministério da Saúde cancelou o credenciamento da instituição. Na época, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária constatou diversas irregularidades, como alto índice de infecção hospitalar. Desde então, nenhum transplante de rim foi realizado na região, já que o hospital era a único autorizado. A Santa Casa está tentando obter o recredenciamento.




============================
ENDERECOS SOBRE MORTE
ENCEFALICA E TRANSPLANTES:
============================
Nao se deixe enganar
pela propaganda transplantista.
===
INFORME-SE:
apenas a *Medicina Preventiva* de baixo custo
ja seria suficiente para evitar a necessidade de
80% de transplantes previsiveis, com origem em declaracoes
de mortes encefalicas *antecipadas*
para fins de retirada de orgaos vitais.
===
ARTIGO:
"Falhas no Diagnostico da Morte Cerebral",
publicado na Revista CIENCIA HOJE,
número 161, junho de 2000:
http://www.uol.com.br/cienciahoje/chmais/pass/ch161/morte.pdf
===
ARTIGOS
cientificos no site da UNIFESP:
http://www.unifesp.br/dneuro/textos.htm
===
ARTIGO:
"Morte Encefalica"
http://www.unifesp.br/dneuro/mortencefalica.htm
===
DEMONSTRACAO
cientifica dos efeitos mortais do teste
da APNEIA, imposto pelo CFM para
declaracao da morte encefalica que
pretende diagnosticar:
http://www.unifesp.br/dneuro/apnea.htm
===
ARTIGO:
em ingles sobre a importancia da
*Penumbra Isquemica* para a declaracao
da morte encefalica:
http://www.unifesp.br/dneuro/brdeath.html
===
MANIFESTACOES PUBLICAS
da comunidade neurocientifica internacional
contraria aos criterios declaratorios
da morte encefalica.
NAO EH VERDADE QUE HA CONSENSO
internacional na declaracao de morte encefalica,
confirme o que dizem os neurocientistas em:
http://www.unifesp.br/dneuro/opinioes.htm
===
DEBATE
internacional da comunidade neurocientifica
sobre os erros declaratorios da morte encefalica
na Revista Cientifica BMJ:
http://www.bmj.com/cgi/eletters/320/7244/1266
===
PARA ler os artigos sobre
morte encefalica em Direito_Saude:
http://www.yahoogroups.com/files/direito_saude/
===
INSCRICAO, enviar mensagem em branco para:
direito_saude-subscribe@yahoogroups.com
===
PARA outras finalidades acessar
a pagina principal deste Grupo:
http://www.yahoogroups.com/group/direito_saude
===



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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: MINISTERIO DA SAUDE CONTINUA PAGANDO TRANSPLANTES INEXISTENTES
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <Artigos_Juridicos@yahoogrupos.com.br>, <Constitucional_Brasil@yahoogrupos.com.br>, <Direito_Trabalhista@yahoogrupos.com.br>, <Direitos_Humanos@yahoogrupos.com.br>, <direito_saude@yahoogroups.com>
CC: <cpgd_ufsc@yahoogrupos.com.br>, <advogado@yahoogrupos.com.br>, <amazonas@yahoogrupos.com.br>, <biodireito@yahoogroups.com>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, <civil@grupos.com.br>, <DeputadosBR@yahoogroups.com>, <direito-penal@yahoogroups.com>, <faroljuridico@yahoogroups.com>, <forum-social@yahoogroups.com>, <ibap-biodireito@yahoogroups.com>, <infancia-eca@yahoogroups.com>, <polemica@yahoogrupos.com.br>, <policia-livre@grupos.com.br>, <politica-br@yahoogrupos.com.br>, <RedePraxis@yahoogrupos.com.br>, <SenadoresBR@yahoogroups.com>, <penal@grupos.com.br>, <3setor@yahoogrupos.com.br>, <STF-ministros@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/04/2002 00:12

Direito_Saúde e Bioética -- 06.04.2002
______________________________



Último parágrafo da matéria da EPTV

Em novembro do ano passado, o Ministério da Saúde CANCELOU o credenciamento da instituição. Na época, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária constatou diversas irregularidades, como alto índice de infecção hospitalar. Desde então, NENHUM transplante de rim foi realizado na região, já que o hospital era a único autorizado. A Santa Casa está tentando obter o recredenciamento.

COMO EXPLICAR ENTÃO QUE O MINISTÉRIO DA SAÚDE CONTINUA PAGANDO VALORES PARA _"AÇÕES ESTRATÉGIAS - TRANSPLANTES"_ ?


Extraído de http://www.datasus.gov.br/
Valores Líquidos Creditados



Extrato Fundo Municipal em 05/04/2002 às 22:54:14 hs






MUNICÍPIO : 315180 - POCOS DE CALDAS



Foram encontrados 36 registros.

Dt. Cred. Valor Sist. Comp. OB Histórico Remessa
01/04/2002 11.557,58 EFAR 03/2002 006484 Farmácia Básica 000347
01/04/2002 34.906,34 MECD 03/2002 006493 Epidemiologia e Controle de Doenças 000347
01/04/2002 3.757,50 MPCN 03/2002 006584 Incentivo Ações Comb. Carências Nutricionais 000347
01/04/2002 2.889,40 MPVS 03/2002 006523 Incentivo Ações Básicas Vig. Sanitária 000347
01/04/2002 115.576,00 MPAB 03/2002 006569 Piso da Atenção Básica - Fixo 000347
01/04/2002 427.928,10 MMCP 03/2002 006634 Gestão Plena Sist. Municipal - Média Complexidade 000347
01/04/2002 163.608,00 MACP 03/2002 006685 Gestão Plena Sistema Municipal - Alta Complexidade 000350
00/00/0000 4.950,00 MPAC 02/2002 000 Programa Agentes Comunitários de Saúde 000338
00/00/0000 13.900,00 MPSF 02/2002 000 Programa de Saúde da Família 000338
00/00/0000 1.331,92 MPRE 02/2002 000 Próstata - Ações Estratégicas 000350
00/00/0000 14.632,43 MTRE 02/2002 000 Transplantes - Ações Estratégicas 000350
00/00/0000 27.542,60 MVAE 02/2002 000 Varizes - Ações Estratégicas 000350
01/03/2002 11.557,58 EFAR 02/2002 004755 Farmácia Básica 000328
01/03/2002 34.906,34 MECD 02/2002 004578 Epidemiologia e Controle de Doenças 000328
01/03/2002 3.757,50 MPCN 02/2002 004615 Incentivo Ações Comb. Carências Nutricionais 000328
01/03/2002 163.608,00 MACP 02/2002 004791 Gestão Plena Sistema Municipal - Alta Complexidade 000328
01/03/2002 427.927,10 MMCP 02/2002 004819 Gestão Plena Sist. Municipal - Média Complexidade 000328
01/03/2002 2.889,40 MPVS 02/2002 004644 Incentivo Ações Básicas Vig. Sanitária 000328
01/03/2002 115.576,00 MPAB 02/2002 004805 Piso da Atenção Básica - Fixo 000328
00/00/0000 9.334,29 MCAT 01/2002 000 Campanha de Cirurgia de Catarata 000338
00/00/0000 16.240,26 MVAE 01/2002 000 Varizes - Ações Estratégicas 000335
00/00/0000 2.700,80 MTUE 01/2002 000 Tuberculose - Ações Estratégicas 000338
00/00/0000 11.690,13 MCUA 01/2002 000 Câncer de Colo Uterino - Ações Estratégicas 000338
00/00/0000 602,08 MVAE 01/2002 000 Varizes - Ações Estratégicas 000338
00/00/0000 5,96 MPRE 01/2002 000 Próstata - Ações Estratégicas 000338
00/00/0000 1.855,62 MPRE 01/2002 000 Próstata - Ações Estratégicas 000335
00/00/0000 19.796,16 MTRE 01/2002 000 Transplantes - Ações Estratégicas 000335
19/02/2002 4.950,00 MPAC 01/2002 003847 Programa Agentes Comunitários de Saúde 000321
19/02/2002 13.900,00 MPSF 01/2002 003845 Programa de Saúde da Família 000319
04/02/2002 3.757,50 MPCN 01/2002 003110 Incentivo Ações Comb. Carências Nutricionais 000315
01/02/2002 11.557,58 EFAR 01/2002 002965 Farmácia Básica 000315
01/02/2002 115.576,00 MPAB 01/2002 003041 Piso da Atenção Básica - Fixo 000317
01/02/2002 520.487,00 MMCP 01/2002 002890 Gestão Plena Sist. Municipal - Média Complexidade 000317
01/02/2002 163.608,00 MACP 01/2002 002865 Gestão Plena Sistema Municipal - Alta Complexidade 000315
01/02/2002 2.889,40 MPVS 01/2002 002778 Incentivo Ações Básicas Vig. Sanitária 000315
01/02/2002 32.312,68 MECD 01/2002 002952 Epidemiologia e Controle de Doenças 000315





[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: Universitario !????
FROM: "The PhYz" <phyz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/04/2002 00:15

Deve ser da "Universidad de Puenta":

http://diariodoolimpo.virtualave.net/
--
Monge Ateu


-----Original Message-----
From: Alisson Antonio Martins [mailto:aam00@fisica.ufpr.br]
Sent: Friday, April 05, 2002 16:42
To: [ciencialist]
Subject: Re: [ciencialist] Re: Universitario !????




Universitário????

Concordo com o Alberto, tb acho que devemos mais que criticar esses que
mantém os "nossos" ignorantes nessa situação. Mas ficam as
perguntas:onde anda a dedicação deste estudante? Será mesmo que vai
fazer difereça pra ele se os conceitos estão certos? ou será que ele só
quer mesmo passar de ano? Cada um com seu cada um... entretanto é
preocupante, sob dois
aspectos: O da falta de investimento na Educação, e o da falta de
interesse de certos estudantes que só querem ter um diploma. Fica a
reflexão(um tanto óbvia, é verdade): "talvez" a falta de investimento na
Educação acarrete esse desinteresse pelo aprendizado. Então, partes
complementares de um processo maior.

SAUDAÇÕES

alisson



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: Vaso de pressão
FROM: "Douglas Carvalho" <douglasdisquete@yahoo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/04/2002 00:34



> A água pode ser congelada no verão, tirada com um saca-rolhas e com o
calor do
> inverno, derretida e aproveitada.

Congelar no inverno e derreter com o calor do verao seria mais fácil.

[]'s

Douglas F. D. Carvalho



SUBJECT: maquina do tempo
FROM: Carlos Cardoso <klingon@pobox.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/04/2002 10:34

Senhores;

acompanharam o caso do sujeito abaixo

http://www.boston.com/dailyglobe2/095/metro/Professor_s_time_travel_idea_fires_up_the_imaginationP.shtml

que diz estar terminando um protótipo de máquina do tempo?

O que me admira é que é um professor respeitado...
Seria o equivalente científico das conversões religiosas tardias de
cientistas pretensamente sãos?



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SUBJECT: Re: [ciencialist] maquina do tempo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/04/2002 16:10

----- Original Message -----
From: "Carlos Cardoso"
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, April 07, 2002 10:34 AM
Subject: [ciencialist] maquina do tempo

Olá Carlos

Sobre o
> ...sujeito... que diz estar terminando um protótipo de máquina do tempo?
> O que me admira é que é um professor respeitado...

Mas... é respeitado onde? No país onde 2/3 ou mais da população convive com
apenas dois sonhos? Quais sejam:
* 1) Tornar-se famoso, nem que seja em meio aos ridículos.
* 2) Matar o presidente e desta forma tornar-se o mais famoso dentre
* todos os famosos.

Triste não é ser americano. Triste é adotarmos como regra universitária o
"zé-cariocademicismo". Pois o sonho acalentado pela grande maioria dos
acadêmicos brasileiros é imitar os ridículos americanos. Aqui são raros os
que conseguem ser ridículos autênticos e/ou originais.

> Seria o equivalente científico das conversões religiosas tardias de
> cientistas pretensamente sãos?

Não, é vontade de aparecer mesmo. O problema é que eles conseguem aparecer
com sua ridícula originalidade, e a Globo que o diga.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] maquina do tempo
FROM: Carlos Cardoso <klingon@pobox.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/04/2002 22:20

Eitcha, Tovarish... por favor, não faça um discurso anti-americano,
anti-globalizante e anti-pático (sic).

Quando disse que o cara é respeitado, cito a declaração do reitor da
universidade do sujeito e de vários conhecidos, que sempre disseram que
o cidadão é um bom profissional, etc.

Essa definição de "respeitado" vale tanto para os EUA, quanto para o
Brasil, 2002, ou Moscow, 1960, onde parece que você ainda está vivendo.



On Sun, 7 Apr 2002 16:10:13 -0300
"Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br> wrote:

> ----- Original Message -----
> From: "Carlos Cardoso"
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Sunday, April 07, 2002 10:34 AM
> Subject: [ciencialist] maquina do tempo
>
> Olá Carlos
>
> Sobre o
> > ...sujeito... que diz estar terminando um protótipo de máquina do tempo?
> > O que me admira é que é um professor respeitado...
>
> Mas... é respeitado onde? No país onde 2/3 ou mais da população convive com
> apenas dois sonhos? Quais sejam:
> * 1) Tornar-se famoso, nem que seja em meio aos ridículos.
> * 2) Matar o presidente e desta forma tornar-se o mais famoso dentre
> * todos os famosos.
>
> Triste não é ser americano. Triste é adotarmos como regra universitária o
> "zé-cariocademicismo". Pois o sonho acalentado pela grande maioria dos
> acadêmicos brasileiros é imitar os ridículos americanos. Aqui são raros os
> que conseguem ser ridículos autênticos e/ou originais.
>
> > Seria o equivalente científico das conversões religiosas tardias de
> > cientistas pretensamente sãos?
>
> Não, é vontade de aparecer mesmo. O problema é que eles conseguem aparecer
> com sua ridícula originalidade, e a Globo que o diga.
>
> [ ]´s
> Alberto
> http://ecientificocultural.com/indice.htm
>
>
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> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
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SUBJECT: Re: [ciencialist] maquina do tempo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/04/2002 02:28

----- Original Message -----
From: "Carlos Cardoso"
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, April 07, 2002 10:20 PM
Subject: Re: [ciencialist] maquina do tempo


> ... ou Moscow, 1960, onde parece que você ainda está vivendo.

Engana-se. Com respeito aos americanos apenas repeti o que ouvi em Chicago,
creio que em 1989, dito por um norte-americano num círculo de piadas, onde
se dizem as grandes verdades. E com respeito ao papagaismo que vigora no
Brasil quero crer que todos os ciencialisteiros já conhecem minha maneira de
pensar a respeito (alguns concordam comigo, outros toleram essa minha
atipia). Aliás, a sua resposta retrata um exemplo típico desse
Zé-carioquismo, se bem que um tanto quanto antiquada e/ou obsoleta. Nem
mesmo os norte-americanos lembram-se desse "Moscow-1960" que existiu um dia.
Aliás, história e geografia não é o forte deles.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] maquina do tempo
FROM: Carlos Cardoso <klingon@pobox.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/04/2002 07:40

Curioso... reduzir 200 milhões de pessoas a um estereótipo não seria
reducionismo demais, algo pra lá de anti-científico?

Quando nos mostram sambando o tempo todo (em qualquer época do ano) não
gostamos muito...

Aliás, gostaria de saber o que é "imitar os americanos" do ponto de
vista dos acadêmicos brasileiros. Isso definitivamente não ficou claro.

On Mon, 8 Apr 2002 02:28:06 -0300
"Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br> wrote:

> ----- Original Message -----
> From: "Carlos Cardoso"
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Sunday, April 07, 2002 10:20 PM
> Subject: Re: [ciencialist] maquina do tempo
>
>
> > ... ou Moscow, 1960, onde parece que você ainda está vivendo.
>
> Engana-se. Com respeito aos americanos apenas repeti o que ouvi em Chicago,
> creio que em 1989, dito por um norte-americano num círculo de piadas, onde
> se dizem as grandes verdades. E com respeito ao papagaismo que vigora no
> Brasil quero crer que todos os ciencialisteiros já conhecem minha maneira de
> pensar a respeito (alguns concordam comigo, outros toleram essa minha
> atipia). Aliás, a sua resposta retrata um exemplo típico desse
> Zé-carioquismo, se bem que um tanto quanto antiquada e/ou obsoleta. Nem
> mesmo os norte-americanos lembram-se desse "Moscow-1960" que existiu um dia.
> Aliás, história e geografia não é o forte deles.
>
> [ ]´s
> Alberto
> http://ecientificocultural.com/indice.htm
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SUBJECT:
FROM: Pepromato <lzcld@yahoo.com.br>
TO: Grupo Merda-BR <merdabr@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/04/2002 08:18

Internacionalização da Amazônia
O Globo 23/10/2000 Durante debate recente em uma Universidade, nos Estados Unidos, o ex-governador do Distrito Federal, Cristovam Buarque do PT, foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia. O jovem introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro.Segundo Cristovam, foi a primeira vez que um debatedor determinou a ótica humanista como o ponto de partida para a sua resposta: "De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso. Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazonia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a Humanidade. Se a Amazônia, sob uma ótica humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo e tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço. Da mesma forma, o capital financeiro dos paises ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazonia e tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar paises inteiros na volúpia da especulação. Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo . O Louvre não deve pertencer apenas a França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, seja manipulado e destruido pelo gosto de um proprietário ou de um pais. Não faz muito, um milionário japones, decidiu enterrar com ele um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado. Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Forum do Milênio, mas alguns presidentes de paises tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos o EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nacões Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a Humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasilia, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro. Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles ja demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil. Nos seus debates, os atuais candidatos a presidência dos EUA tem defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da divida. Comecemos usando essa divida para garantir que cada criança do mundo tenha possibilidade de ir a escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazônia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um patrimônio da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar; que morram quando deveriam viver. Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazonia seja nossa. Só nossa."


---------------------------------
Yahoo! Empregos
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SUBJECT: Amaz�nia
FROM: Pepromato <lzcld@yahoo.com.br>
TO: Grupo Merda-BR <merdabr@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/04/2002 08:19

Internacionalização da Amazônia
O Globo 23/10/2000 Durante debate recente em uma Universidade, nos Estados Unidos, o ex-governador do Distrito Federal, Cristovam Buarque do PT, foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia. O jovem introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro.Segundo Cristovam, foi a primeira vez que um debatedor determinou a ótica humanista como o ponto de partida para a sua resposta: "De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso. Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazonia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a Humanidade. Se a Amazônia, sob uma ótica humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo e tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço. Da mesma forma, o capital financeiro dos paises ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazonia e tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar paises inteiros na volúpia da especulação. Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo . O Louvre não deve pertencer apenas a França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, seja manipulado e destruido pelo gosto de um proprietário ou de um pais. Não faz muito, um milionário japones, decidiu enterrar com ele um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado. Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Forum do Milênio, mas alguns presidentes de paises tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos o EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nacões Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a Humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasilia, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro. Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles ja demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil. Nos seus debates, os atuais candidatos a presidência dos EUA tem defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da divida. Comecemos usando essa divida para garantir que cada criança do mundo tenha possibilidade de ir a escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazônia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um patrimônio da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar; que morram quando deveriam viver. Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazonia seja nossa. Só nossa."


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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: maquina do tempo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/04/2002 08:24

--- Em ciencialist@y..., Carlos Cardoso <klingon@p...> escreveu
> Quando disse que o cara é respeitado

Nao tive a pachorra de ler o sitio, mas
desde qdo respeitabilidade e' sinomino
inequivoco de confiabilidade?

Tem cada premio Nobel por ai'...

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Amazônia
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/04/2002 08:27

--- Em ciencialist@y..., Pepromato <lzcld@y...> escreveu
> Internacionalização da Amazônia
> O Globo 23/10/2000

O discurso e' velho, velhissimo.
Mas por ora nao ha' nada de concreto sobre
uma acao real de internacionalizacao ou
americanizacao da Amazonia.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] maquina do tempo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/04/2002 09:01

----- Original Message -----
From: "Carlos Cardoso"
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, April 08, 2002 7:40 AM
Subject: Re: [ciencialist] maquina do tempo

> Curioso... reduzir 200 milhões de pessoas a um estereótipo não seria
> reducionismo demais, algo pra lá de anti-científico?

Nem tanto. Curioso mesmo é alguém concluir tanto com tão pouco, qual seja,
com o simples conteúdo de uma mensagem de uma lista de discussão. Como se o
comentário tivesse sido apresentado, da maneira como exposto na mensagem,
num congresso científico. Aliás, as coisas se entrelaçam e a gênese do nosso
Zé-carioquismo tem muito a ver com posturas como essa. Pelo visto, aqui no
Brasil existem "críticos" demais e produtores de menos, pois o brasileiro,
frente a tantos maus críticos, acaba tendo medo de produzir (vide o diálogo
citado abaixo - Onde estão os cientistas brasileiros).

> Quando nos mostram sambando o tempo todo (em qualquer época do ano) não
> gostamos muito...

Não gostamos quem? Que preconceito é esse? O que nós temos de bom tem mais é
que ser mostrado, pô!

> Aliás, gostaria de saber o que é "imitar os americanos" do ponto de
> vista dos acadêmicos brasileiros. Isso definitivamente não ficou claro.

Bem, se você pretende clareza e entende por clareza o que se referiu como
"algo que não fique pra lá de anti-científico", sugiro então que critique os
artigos citados abaixo e que relacionam-se aos temas aqui brevemente
comentados.

1) Pensando a educação -
http://ecientificocultural.com/ECC2/artigos/editor05.txt

2) A síndrome dos três i´s -
http://ecientificocultural.com/ECC2/artigos/tres_is.txt

3) Revistas científicas e a realidade nacional -
http://ecientificocultural.com/ECC2/artigos/mr03.txt

Ou então, um diálogo muito interessante que participei no news uol, em 1998,
intitulado "Onde estão os cientistas brasileiros" -
http://ecientificocultural.com/Usenet/dialogos08.htm

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: maquina do tempo
FROM: Carlos Cardoso <klingon@pobox.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/04/2002 09:23

Bem, entre o Ratinho e o Pierre Curie, eu prestaria mais atenção a uma
ideia do segundo do que do primeiro.

On Mon, 08 Apr 2002 11:24:53 -0000
"rmtakata" <rmtakata@altavista.net> wrote:

> --- Em ciencialist@y..., Carlos Cardoso <klingon@p...> escreveu
> > Quando disse que o cara é respeitado
>
> Nao tive a pachorra de ler o sitio, mas
> desde qdo respeitabilidade e' sinomino
> inequivoco de confiabilidade?
>
> Tem cada premio Nobel por ai'...
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] maquina do tempo
FROM: Carlos Cardoso <klingon@pobox.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/04/2002 09:23


On Mon, 8 Apr 2002 09:01:53 -0300
"Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br> wrote:

> ----- Original Message -----
> From: "Carlos Cardoso"
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Monday, April 08, 2002 7:40 AM
> Subject: Re: [ciencialist] maquina do tempo
>
> > Curioso... reduzir 200 milhões de pessoas a um estereótipo não seria
> > reducionismo demais, algo pra lá de anti-científico?
>
> Nem tanto. Curioso mesmo é alguém concluir tanto com tão pouco, qual seja,
> com o simples conteúdo de uma mensagem de uma lista de discussão. Como se o
> comentário tivesse sido apresentado, da maneira como exposto na mensagem,
> num congresso científico. Aliás, as coisas se entrelaçam e a gênese do nosso
> Zé-carioquismo tem muito a ver com posturas como essa. Pelo visto, aqui no
> Brasil existem "críticos" demais e produtores de menos, pois o brasileiro,
> frente a tantos maus críticos, acaba tendo medo de produzir (vide o diálogo
> citado abaixo - Onde estão os cientistas brasileiros).

Extrapolar com os dados existentes é ruim? Uau. Não produzir por medo
dos críticos? Muito conveniente...


> > Aliás, gostaria de saber o que é "imitar os americanos" do ponto de
> > vista dos acadêmicos brasileiros. Isso definitivamente não ficou claro.
>
> Bem, se você pretende clareza e entende por clareza o que se referiu como
> "algo que não fique pra lá de anti-científico", sugiro então que critique os
> artigos citados abaixo e que relacionam-se aos temas aqui brevemente
> comentados.

Levando-se em conta que foi VOCÊ quem expressou a opinião, achei que já
tivesse sintetizado o conceito que defende em algumas linhas.. no melhor
estilo científico, "uma teoria que não pode ser explicada a uma
garçonete não é uma teoria válida".


> 1) Pensando a educação -
> http://ecientificocultural.com/ECC2/artigos/editor05.txt
>
> 2) A síndrome dos três i´s -
> http://ecientificocultural.com/ECC2/artigos/tres_is.txt
>
> 3) Revistas científicas e a realidade nacional -
> http://ecientificocultural.com/ECC2/artigos/mr03.txt
>
> Ou então, um diálogo muito interessante que participei no news uol, em 1998,
> intitulado "Onde estão os cientistas brasileiros" -
> http://ecientificocultural.com/Usenet/dialogos08.htm
>
> [ ]´s
> Alberto
> http://ecientificocultural.com/indice.htm
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SUBJECT: Fw: Som as ondas que ouvimos
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/04/2002 09:58

Eis ai, recebido dia 6 (enquanto estava no rancho).
Que resposta posso dar a um pedido como esse? Nenhuma!
Ou, algo como:

"Alfredo, Vc enviou essa mensagem dia 6/04/02 às 19:58h e precisa das respostas até 2a feira - 6/04/02 (provavelmente para entregar esse trabalho na 3a feira). Isso me forçaria a 2 dias de trabalho ininterrupto (sábado e domingo) para apresentar-lhe um texto com cerca de 120 páginas (e ao redor de 80 ilustrações) ou seja, quase que um curso completo de Ondas e Acústica em nível elementar.
Acredito que vc irá desculpar-me por não ter podido atende-lo, uma vez que, sábado e domingo tenho afazeres sociais e familiares insubstituíveis. Entretanto, entrei em contato com um amigo, Catedrático de Física da USP-São Carlos e ele se predispõe a atende-lo até às 19:58h de hoje. Em nome da amizade ele pediu apenas R$ 3.500,00 pelo trabalho de dedicação extrema. Fico no aguardo de sua resposta para iniciar o processo.

Cordialmente,
Léo - www.feiradeciencias.com.br


E então?

[]'
Léo

-----Mensagem Original-----
De: <alfredobrandt@uol.com.br>
Para: <leo@barretos.com.br>
Enviada em: sábado, 6 de abril de 2002 19:58
Assunto: Som as ondas que ouvimos


|
|
|
| Ondas,pulso,reflexão e refração de pulso,onda periódica,fase,difração,polarizaão , interferência,ondas sonoras,velocidade,qualidade,vibração,ressonância,frequência,diapasão,afinação,harmônico,sensação(excitação/estímulo),acústico, duração,volume, densidade,ouvido,altura,amplitude,ouvido absoluto e reverber.
|
| Estou precisando para pesquisa(se possível até 2ºfeira)
| Muito obrigado



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: Vaso de pressão
FROM: "Silvio Cordeiro" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/04/2002 10:05

Douglas:

Nao entendi seu objetivo de tornar as coisas fáceis.

A corda e o balde, admiravelmente apresentados por um nobre companheiro já complica
tanto...

silvio.

----- Original Message -----
From: "Douglas Carvalho" <douglasdisquete@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, April 07, 2002 12:34 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Fw: Vaso de pressão




> A água pode ser congelada no verão, tirada com um saca-rolhas e com o
calor do
> inverno, derretida e aproveitada.

Congelar no inverno e derreter com o calor do verao seria mais fácil.

[]'s

Douglas F. D. Carvalho





SUBJECT: Re: maquina do tempo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/04/2002 11:06

--- Em ciencialist@y..., Carlos Cardoso <klingon@p...> escreveu
> Bem, entre o Ratinho e o Pierre Curie, eu prestaria mais atenção a
> uma ideia do segundo do que do primeiro.

Sobre televisao Ratinho teria muito mais a dizer do
q. Curie. Sobre a realidade brasileira tbm.

Respeitabilidade (ou venerabilidade) continua
nao sendo um criterio de veracidade (melhor
termo q. confiabilidade).

Em logica, costumam rotular isso de argumento da
autoridade. (Claro, rotulos...)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Fw: Som as ondas que ouvimos
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/04/2002 14:27




Eis ai, recebido dia 6 (enquanto estava no rancho).
Que resposta posso dar a um pedido como esse? Nenhuma!
Ou, algo como:

"Alfredo, Vc enviou essa mensagem dia 6/04/02 às 19:58h e precisa das respostas até 2a feira - 6/04/02 (provavelmente para entregar esse trabalho na 3a feira). Isso me forçaria a 2 dias de trabalho ininterrupto (sábado e domingo) para apresentar-lhe um texto com cerca de 120 páginas (e ao redor de 80 ilustrações) ou seja, quase que um curso completo de Ondas e Acústica em nível elementar.
Acredito que vc irá desculpar-me por não ter podido atende-lo, uma vez que, sábado e domingo tenho afazeres sociais e familiares insubstituíveis. Entretanto, entrei em contato com um amigo, Catedrático de Física da USP-São Carlos e ele se predispõe a atende-lo até às 19:58h de hoje. Em nome da amizade ele pediu apenas R$ 3.500,00 pelo trabalho de dedicação extrema. Fico no aguardo de sua resposta para iniciar o processo.

Cordialmente,
Léo - www.feiradeciencias.com.br


E então?

[]'
Léo

-----Mensagem Original-----
De: <alfredobrandt@uol.com.br>
Para: <leo@barretos.com.br>
Enviada em: sábado, 6 de abril de 2002 19:58
Assunto: Som as ondas que ouvimos


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| Ondas,pulso,reflexão e refração de pulso,onda periódica,fase,difração,polarizaão , interferência,ondas sonoras,velocidade,qualidade,vibração,ressonância,frequência,diapasão,afinação,harmônico,sensação(excitação/estímulo),acústico, duração,volume, densidade,ouvido,altura,amplitude,ouvido absoluto e reverber.
|
| Estou precisando para pesquisa(se possível até 2ºfeira)
| Muito obrigado




SUBJECT: RE: [ciencialist] Fw: Som as ondas que ouvimos
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/04/2002 14:29

Léo,

Uma sugestão: resposta padrão para todos esses folgados, citando trechos
de solicitações descabidas recebidas e a impossibilidade de atendê-as.
Se você estiver de bom humor, explique que desenvolver a capacidade de
se virar e de respeitar o tempo alheio são características importantes
para o sucesso acadêmico e profissional. Se estiver como estou hoje,
mande-os se roçar nas ostras.

Um abraço,
Colucci


-----Original Message-----
From: Luiz Ferraz Netto [mailto:leo@barretos.com.br]
Sent: Monday, April 08, 2002 8:59 AM
To: ciencialist
Subject: [ciencialist] Fw: Som as ondas que ouvimos


Eis ai, recebido dia 6 (enquanto estava no rancho).
Que resposta posso dar a um pedido como esse? Nenhuma!
Ou, algo como:

"Alfredo, Vc enviou essa mensagem dia 6/04/02 às 19:58h e precisa das
respostas até 2a feira - 6/04/02 (provavelmente para entregar esse
trabalho na 3a feira). Isso me forçaria a 2 dias de trabalho
ininterrupto (sábado e domingo) para apresentar-lhe um texto com cerca
de 120 páginas (e ao redor de 80 ilustrações) ou seja, quase que um
curso completo de Ondas e Acústica em nível elementar.
Acredito que vc irá desculpar-me por não ter podido atende-lo, uma vez
que, sábado e domingo tenho afazeres sociais e familiares
insubstituíveis. Entretanto, entrei em contato com um amigo, Catedrático
de Física da USP-São Carlos e ele se predispõe a atende-lo até às 19:58h
de hoje. Em nome da amizade ele pediu apenas R$ 3.500,00 pelo trabalho
de dedicação extrema. Fico no aguardo de sua resposta para iniciar o
processo.

Cordialmente,
Léo - www.feiradeciencias.com.br


E então?

[]'
Léo



SUBJECT: Re: Fw: Som as ondas que ouvimos
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/04/2002 14:40

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> escreveu
> Que resposta posso dar a um pedido como esse? Nenhuma!

Q. tal: Procure o livro tal. Ou se nao tiver
esse na biblioteca de sua escola, um sobre
Acustica.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Fw: Som as ondas que ouvimos
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/04/2002 14:43

Sem falar q. boa parte das questoes podem
ser resolvidas lendo-se a sessao de acustica
e ondas do Feira de Ciencias:

www.feiradeciencias.com.br

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] maquina do tempo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/04/2002 14:54

----- Original Message -----
From: "Carlos Cardoso"
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, April 08, 2002 9:23 AM
Subject: Re: [ciencialist] maquina do tempo

> ...no melhor estilo científico, "uma teoria que não pode ser explicada a
> uma garçonete não é uma teoria válida".

Nem tanto científico assim. Diria que há um pouco de exagero, a comprometer
a cientificidade, misturado com uma pitada de preconceito. A frase talvez
ficasse bem num ról de motes com outras do tipo: "uma receita culinária que
não pode ser posta em prática por um cientista não é uma boa receita."

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: E vc acham que as universidades estao ensinando........
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/04/2002 15:31

Que será que ensinam agora nas Universidades? Equações de onda?

[]'
Léo
============
-----Mensagem Original-----
De: rogerio_haga@hotmail.com
Para: leo@barretos.com.br
Enviada em: segunda-feira, 8 de abril de 2002 15:12
Assunto: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.





E-mail: rogerio_haga@hotmail.com
Nome: Rogério
Cidade:
UF:
Nível de Escolaridade: Universitário
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala dos links
Dúvida/Sugestão: Gostaria de saber qual é a equação do movimento, realcionado ao relatório de Queda Livre. Preciso entregar um relatório mas não consigo descobrir qual é essa equação. Obrigado.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Fw: Som as ondas que ouvimos
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
CC: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>, <leo@esquinas.com.br>, <leobarretos@uol.com.br>
DATE: 08/04/2002 17:44

Por que será que não recebi o retorno dessa mensagem?
Estou enviando a segunda cópia para teste de percurso. Deletem ... se receberem!
[]'
Léo
============
-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
Para: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 8 de abril de 2002 14:27
Assunto: Fw: Som as ondas que ouvimos





Eis ai, recebido dia 6 (enquanto estava no rancho).
Que resposta posso dar a um pedido como esse? Nenhuma!
Ou, algo como:

"Alfredo, Vc enviou essa mensagem dia 6/04/02 às 19:58h e precisa das respostas até 2a feira - 6/04/02 (provavelmente para entregar esse trabalho na 3a feira). Isso me forçaria a 2 dias de trabalho ininterrupto (sábado e domingo) para apresentar-lhe um texto com cerca de 120 páginas (e ao redor de 80 ilustrações) ou seja, quase que um curso completo de Ondas e Acústica em nível elementar.
Acredito que vc irá desculpar-me por não ter podido atende-lo, uma vez que, sábado e domingo tenho afazeres sociais e familiares insubstituíveis. Entretanto, entrei em contato com um amigo, Catedrático de Física da USP-São Carlos e ele se predispõe a atende-lo até às 19:58h de hoje. Em nome da amizade ele pediu apenas R$ 3.500,00 pelo trabalho de dedicação extrema. Fico no aguardo de sua resposta para iniciar o processo.

Cordialmente,
Léo - www.feiradeciencias.com.br


E então?

[]'
Léo

-----Mensagem Original-----
De: <alfredobrandt@uol.com.br>
Para: <leo@barretos.com.br>
Enviada em: sábado, 6 de abril de 2002 19:58
Assunto: Som as ondas que ouvimos


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| Ondas,pulso,reflexão e refração de pulso,onda periódica,fase,difração,polarizaão , interferência,ondas sonoras,velocidade,qualidade,vibração,ressonância,frequência,diapasão,afinação,harmônico,sensação(excitação/estímulo),acústico, duração,volume, densidade,ouvido,altura,amplitude,ouvido absoluto e reverber.
|
| Estou precisando para pesquisa(se possível até 2ºfeira)
| Muito obrigado





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: Som as ondas que ouvimos
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/04/2002 18:46

Expliquem: enviei essa mensagem 3 vezes para o ciencialist, usando as informações de minha lista de contatos . Em Cc: coloquei meus 3 endereços de e.mail. Recebi 3 retornos, mas no ciencialist não apareceu a mensagem.
Agora estou re-enviando, pela 4a vez, usando um reply do Takata no ciencialist. Vejamos o resultado.
Teste

[]'
Léo (4o envio)
============
============
-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
Para: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 8 de abril de 2002 14:27
Assunto: Fw: Som as ondas que ouvimos





Eis ai, recebido dia 6 (enquanto estava no rancho).
Que resposta posso dar a um pedido como esse? Nenhuma!
Ou, algo como:

"Alfredo, Vc enviou essa mensagem dia 6/04/02 às 19:58h e precisa das respostas até 2a feira - 6/04/02 (provavelmente para entregar esse trabalho na 3a feira). Isso me forçaria a 2 dias de trabalho ininterrupto (sábado e domingo) para apresentar-lhe um texto com cerca de 120 páginas (e ao redor de 80 ilustrações) ou seja, quase que um curso completo de Ondas e Acústica em nível elementar.
Acredito que vc irá desculpar-me por não ter podido atende-lo, uma vez que, sábado e domingo tenho afazeres sociais e familiares insubstituíveis. Entretanto, entrei em contato com um amigo, Catedrático de Física da USP-São Carlos e ele se predispõe a atende-lo até às 19:58h de hoje. Em nome da amizade ele pediu apenas R$ 3.500,00 pelo trabalho de dedicação extrema. Fico no aguardo de sua resposta para iniciar o processo.

Cordialmente,
Léo - www.feiradeciencias.com.br


E então?

[]'
Léo

-----Mensagem Original-----




SUBJECT: Re: Fw: Som as ondas que ouvimos
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/04/2002 07:11

> Expliquem: enviei essa mensagem 3 vezes para o ciencialist, usando
as informações de minha lista de contatos . Em Cc: coloquei meus 3
endereços de e.mail. Recebi 3 retornos, mas no ciencialist não
apareceu a mensagem.


As mensagens foram recebidas. Consulte:
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist

Tlv tenhas as opções de preferencia em "não enviar mail".

[]

Sérgio Taborda





SUBJECT: Re: maquina do tempo
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/04/2002 07:16


> que diz estar terminando um protótipo de máquina do tempo?


o que significa "enviar um neutrão no tempo para o passado" ?

Como se determina se ele esteve no passado ou não ?

> O que me admira é que é um professor respeitado...
> Seria o equivalente científico das conversões religiosas tardias de
> cientistas pretensamente sãos?


Ele pode até fazer isso. Mas o que "isso" significa ?
Como se testa ? como se refuta ? O raios é "viajar no tempo" ?

Todas essas questões ficam em aberto.

[]

Sérgio Taborda


P.S. Ou loucos são respeitados na medida em que sua loucura é util.




SUBJECT: Ainda sobre Dualidade
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/04/2002 10:25


Dando continuidade a este assunto de que a dualidade não é um facto
provado apresento aos interessados esta página:

http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Hangar/7423/wpd.html

O John refere basicamente aquilo que eu já tinha dito, mas ele
apresenta umas imagens fig3 e fig4 que talvez possam convencer de que
se trata de uma simples dispersão (scattering) e que a hipotese da
dualidade não é necessária.

Ele refere no ponto 1.2.2 algo importante que sao as duas
prespectivas, ou melhor, as duas utilizações da ideia de "onda"

cito "On examining quantum theory, I saw that there are two
distinct "wave" models in quantum theory, Schrödinger and De Broglie.
Physical wave propagation (that is, in time and space) is a feature
of the De Broglie model only. From that, I wondered if it were
possible that the De Broglie model can be shown to be co-incidental
or spurious, while still retaining the core relationships contained
in the Schrödinger representation. "

Devo avisar que não está em causa a personalidde do dito senhor, se
ele é ou não um "fisico (re)conhecido". Está apenas em causa a
mensagem. E como tal deve ser analizada... se quiserem, claro.

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: Ainda sobre Dualidade
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/04/2002 11:01

--- Em ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> escreveu
> Dando continuidade a este assunto de que a dualidade não é um facto
> provado apresento aos interessados esta página:

Veja a Fig. 1 e a Fig 2. A Fig 2 nao
e' uma simples sobreposicao de duas Fig. 1
deslocadas no espaco.

O artigo nao explica como eletrons viajando
sozinho formam regioes escuras na sobreposicao
dos dois padroes.

A Fig 4. so' seria interpretavel do ponto
de vista particulado se as particulas
viajassem simultaneamente.

Alem disso, o experimentos sobre o teorema de Bell,
mostram q. nao ha' como aceitar a hipotese
das variaveis ocultas (a menos q. sacrifiquemos
a hipotese da localidade, como Bohm fez, ou a da
validade da logica, suponho q. alguem o tenha
feito): ja' q. pares eletronicos e fotonicos
nao obedecem 'a inequacao de Bell.

-----
Associacao Medica Homeopatica Brasileira.
http://www.amhb.org.br/

Perpetual Motion: an ancient mistery resolved?
http://www.free-energy.co.uk/

Revista Vigilia
http://www.vigilia.com.br/

[Papel e internet aceitam tudo.]
-----

Ou tbm e' adepto da ideia de q. a comunidade
cientifica esta' cega pela doutrina quantica?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Ainda sobre Dualidade
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/04/2002 11:58

Wave-Particle Duality
http://hyperphysics.phy-astr.gsu.edu/hbase/mod1.html

Young's slit experiment
http://phys.strath.ac.uk/12-128/sld096.htm

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Ainda sobre Dualidade
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/04/2002 12:45


> > Dando continuidade a este assunto de que a dualidade não é um
facto
> > provado apresento aos interessados esta página:
>
> Veja a Fig. 1 e a Fig 2. A Fig 2 nao
> e' uma simples sobreposicao de duas Fig. 1
> deslocadas no espaco.

Pois não, nem deveria.Já espliquei pq. (as propriedades matemáticas
da T. Fourier não permitem essa sobreposição simples que queres,
estás À espera de algo que não poderia ser. É como esperar que os
angulos do triangulo somem para 180 num espaço cruvo, quando a
matemática diz que isso não tem que ser.)

A fig4 dá uma ideia de como o processo pode ocurrer.

> O artigo nao explica como eletrons viajando
> sozinho formam regioes escuras na sobreposicao
> dos dois padroes.

O electrão viajando sozinho não faz isso.(marcam apenas 1 ponto)
Já vimos as imagens.
Vários electrões viajando sozinhos é que fazem.

Se a trajectorias estão marcadas no espaço como estradas devido à
matemática da T. Fourier, e se o e- é livre de ir por onde lhe
apetecer (isto é dentro de certos limites de momento e aceleração
possiveis) então tanto faz enviar 1, 2 , 200 ou 400 milhoes de
particulas que elas iram sempre percorrer o mesmo caminho, e portanto
chegar às mesmas regiõs

onde é q isto é dificil de entender / é refutado ?

O objectivo do artigo não é criar uma nova teoria para explicar o
fenomeno. É apenas a ilustração de que aquilo que se diz que o
fenomeno é, não precisa de ser realmente assim para que ele aconteça.

Qual é o mecanismo real, que afinal, produz aqueles resultados é
outra conversa. (e no fundo é apenas uma questão de intrepretação, pq
a matemática e a experiencia é exactamente a mesma)

> A Fig 4. so' seria interpretavel do ponto
> de vista particulado se as particulas
> viajassem simultaneamente.

Não. Pq aquelas sao as trajectorias possiveis devido ao momento
derivado das fendas; P=h/D.
Por outras palavras o expectro de frequencias espaciais de Fourier
restringe o movimento das particulas a aquelas trajectorias, como se
ele desenhasse "estradas" no espaço por onde o e- pode passar.
Ele pode escolher o intinerário que quiser, mas não pode sair das
estradas possiveis.
Não seleciona 'A' trajectoria, mas elimina trajectorias possiveis à
priori.
Como ele refere, o momento das particulas em si é irrelevante para
reproduzir o padrão.

> Alem disso, o experimentos sobre o teorema de Bell,
> mostram q. nao ha' como aceitar a hipotese
> das variaveis ocultas

Esse Teorema não tem nada a ver com este assunto.
Ninguem invocou as variáveis ocultas.
Esse não é um argumento.

> -----
> Associacao Medica Homeopatica Brasileira.
> http://www.amhb.org.br/
>
> Perpetual Motion: an ancient mistery resolved?
> http://www.free-energy.co.uk/
>
> Revista Vigilia
> http://www.vigilia.com.br/
>
> [Papel e internet aceitam tudo.]
> -----

Argumento ad Popullum.
De facto aceitam
Mas esse argumento pode ser usado contra si, já que lá pq muitos
dizem algo, não significa que seja verdade. (antigamente, muitos
pensavam que a terra era plana)
O numero de pessoas que diz algo não torna as coisas verdadeiras ou
falsas.

Portanto tanto pode ser falsa a teoria defendida por muitos como a
teoria defendida por poucos.
Lembre-se que as teorias defendidas por muitos algum dia formam
defendidas por poucos.

Quanto aos exemplos:
A Homeopatia é um prática médica reconhecida pelo estado na Alemanha
(de onde é originária) e França, por exemplo.
E que eu saiba ainda não foi refutada.
(lá pq ha prática indevida isso não significa que a homeopatia é
falsa. SE assim fosse a medicina tradiconal tb o seria)

Quanto às ideias e experimentos de Bessler o enigma permanece tal
como nos experimentos de Tesla. Já que as suas máquinas foram
destruidas ou adquiridas por pessoas que as perderam algures... os
papers foram destruidos ou nem sequer existiram em primeiro lugar,
para explicar o funcionamento, ou pelo menos a teoria.
A repetibilidade não foi conseguida não pq a expriência não funciona,
mas pq não se sabe como fazer outra.
Portanto, tb ainda não foi refutado.

Ovnis, Love them , Hate them, but live with them.
Existem casos comprovados de Ovnis. Ou seja, casos em que o objecto
voador não foi realmente identificado.
Isto significa que esse objecto não é um qq tipo de aeronave feita
por humanos, nenhum efeito optico, nenhum efeito atmosférico, que a
foto não é forjada, etc.
Ou seja, casos em que todas as hipoteses foram testadas e refutadas,
sobrando apenas o desconhecimento do que era aquele objecto voador.
Obviamente, isto não prova que existam extraterrestres.

Naves alienigenas é outra conversa.
Destas não conheço as estatisticas. De qq forma o fenómeno alienigena
não foi ainda refutado. E como tal tem que ser mantido debaixo de
olho.
E para isso, não é preciso acreditar nele.

Como é obvio não é possivel provar por agora que aliens existem, mas
tb não é possivel mostrar que não existem.
Os casos ligados com esse fenomeno como "o homem que derreteu" são
casos particulares que têm que ser analizados 1 a 1 sem prejuizo da
imparcialidade.
E mostrar que esses casos são falsos, não mostra que ovnis e naves
alienigenas não existem. Mostra apenas que a pessoa estava a mentir.
(seja conscientemente ou não)

O caso Roswell. Ninguem mostra que é tudo mentira.
Aliás, várias testemunhas do processo mostram que houve uma encenação
da parte dos militares. Para quê, não se sabe ao certo.
Mas é indubitável que houve.
Os locais dos acidentes foram limpos. Vários aviões da força aerea
sairam carregados de lá. Com simples areia do deserto não faria
sentido.Eles levaram algo dali.
Se eram realmente alienigenas, não se sabe. Mas ninguem prova que não
eram.
O metal que retomava a forma foi visto por muitos. E embora esse
metal seja possivel de fabricar e seja conhecido, ele não é usado
comercialmente. Portanto aquilo não era um balão de certeza.
Por outro lado houve 2 acidentes e não um como se normalmente se
julga. A desculpa do balão serve para o primeiro, mas não para o
segundo.
...e mais coisas haveria para dizer...

No caso em questão trata-se de mostrar que a dualidade não foi
exprimentalmente provada. E que existem experiencias que a refutam.
(dadas por vcs, aliàs)

Mas vc está concentrando-se na teoria. Está à espera que a pessoa que
descobre que a teoriaX não funciona exprimentalmente, tem a obrigação
de lhe fornecer a teoria Y que sim explica.
Ela não tem, mas mesmo que tivesse, não é de nada disso que se trata
aqui.

Trata-se de ver e entender os conceitos e como eles não são
comptiveis com as várias experiencias. Embora, matemáticamente deêm
os mesmos resultados.
Bom, como dizia alguem : a gravidade pode até ser originada por
diabinhos vermelhos. Desde que seja proporcional a 1/r² e ao produto
das massas, estamos bem.
Como é logico isto não é suficiente. É preciso provar que esses
diabinhos existem.
No caso das particulas que são onda, é preciso provar que elas são
ondas realmente.

O que vemos é que SE elas fossem realmente ondas então alguns
fenomenos aconteceriam. Mas eles nao acontecem, donde se conclui que
elas não são ondas.
Por outro lado, fenomenos atribuidos a elas sao explicáveis sem
recurso a ondas. Donde elas não são necessárias.

Elas não são necessárias e não são experimentalmente verificadas.
Portanto, não está provado que existam.

Fala-se nos textos de comprimentos de onda, frequencias, momento, etc
etc... mas isso não implica que haja lá ondas reais.
Como se explica no texto original do de Broglie. São apenas
auxiliares matemáticos. Nada mais. Não sao , nem pretendem ser, a
realidade das coisas.

> Ou tbm e' adepto da ideia de q. a comunidade
> cientifica esta' cega pela doutrina quantica?

Não. Vc é que é adpeto da ideia que ela não está.
Eu estou me limitando a dizer que não está provado. Não estou dizendo
que não é assim. Pode até ser. Mas não está provado que é.

Por outro lado a doutrina quantica na prática, não precisa da
hipotese da dualidade para nada. Tanto é que não está inclusa nos
seus postulados. Como se refere, e bem, no texto "função de onda" de
Schrodinger é diferente de "ondas" de de Broglie. (eu mandei ontem um
texto sobre pq as ondas de de Broglie não têm significado fisico, mas
não chegou)

É uma questão de intrepretação. Mas o é apenas até certo ponto.
Pois usando a intrepretaçao standard o fenomeno da particula singular
passando e dando um ponto não é compativem com o ela ser
intrinsecamente uma onda.


[]

Sérgio Taborda




SUBJECT: Re: Ainda sobre Dualidade
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/04/2002 12:45


> > Dando continuidade a este assunto de que a dualidade não é um
facto
> > provado apresento aos interessados esta página:
>
> Veja a Fig. 1 e a Fig 2. A Fig 2 nao
> e' uma simples sobreposicao de duas Fig. 1
> deslocadas no espaco.

Pois não, nem deveria.Já espliquei pq. (as propriedades matemáticas
da T. Fourier não permitem essa sobreposição simples que queres,
estás À espera de algo que não poderia ser. É como esperar que os
angulos do triangulo somem para 180 num espaço cruvo, quando a
matemática diz que isso não tem que ser.)

A fig4 dá uma ideia de como o processo pode ocurrer.

> O artigo nao explica como eletrons viajando
> sozinho formam regioes escuras na sobreposicao
> dos dois padroes.

O electrão viajando sozinho não faz isso.(marcam apenas 1 ponto)
Já vimos as imagens.
Vários electrões viajando sozinhos é que fazem.

Se a trajectorias estão marcadas no espaço como estradas devido à
matemática da T. Fourier, e se o e- é livre de ir por onde lhe
apetecer (isto é dentro de certos limites de momento e aceleração
possiveis) então tanto faz enviar 1, 2 , 200 ou 400 milhoes de
particulas que elas iram sempre percorrer o mesmo caminho, e portanto
chegar às mesmas regiõs

onde é q isto é dificil de entender / é refutado ?

O objectivo do artigo não é criar uma nova teoria para explicar o
fenomeno. É apenas a ilustração de que aquilo que se diz que o
fenomeno é, não precisa de ser realmente assim para que ele aconteça.

Qual é o mecanismo real, que afinal, produz aqueles resultados é
outra conversa. (e no fundo é apenas uma questão de intrepretação, pq
a matemática e a experiencia é exactamente a mesma)

> A Fig 4. so' seria interpretavel do ponto
> de vista particulado se as particulas
> viajassem simultaneamente.

Não. Pq aquelas sao as trajectorias possiveis devido ao momento
derivado das fendas; P=h/D.
Por outras palavras o expectro de frequencias espaciais de Fourier
restringe o movimento das particulas a aquelas trajectorias, como se
ele desenhasse "estradas" no espaço por onde o e- pode passar.
Ele pode escolher o intinerário que quiser, mas não pode sair das
estradas possiveis.
Não seleciona 'A' trajectoria, mas elimina trajectorias possiveis à
priori.
Como ele refere, o momento das particulas em si é irrelevante para
reproduzir o padrão.

> Alem disso, o experimentos sobre o teorema de Bell,
> mostram q. nao ha' como aceitar a hipotese
> das variaveis ocultas

Esse Teorema não tem nada a ver com este assunto.
Ninguem invocou as variáveis ocultas.
Esse não é um argumento.

> -----
> Associacao Medica Homeopatica Brasileira.
> http://www.amhb.org.br/
>
> Perpetual Motion: an ancient mistery resolved?
> http://www.free-energy.co.uk/
>
> Revista Vigilia
> http://www.vigilia.com.br/
>
> [Papel e internet aceitam tudo.]
> -----

Argumento ad Popullum.
De facto aceitam
Mas esse argumento pode ser usado contra si, já que lá pq muitos
dizem algo, não significa que seja verdade. (antigamente, muitos
pensavam que a terra era plana)
O numero de pessoas que diz algo não torna as coisas verdadeiras ou
falsas.

Portanto tanto pode ser falsa a teoria defendida por muitos como a
teoria defendida por poucos.
Lembre-se que as teorias defendidas por muitos algum dia formam
defendidas por poucos.

Quanto aos exemplos:
A Homeopatia é um prática médica reconhecida pelo estado na Alemanha
(de onde é originária) e França, por exemplo.
E que eu saiba ainda não foi refutada.
(lá pq ha prática indevida isso não significa que a homeopatia é
falsa. SE assim fosse a medicina tradiconal tb o seria)

Quanto às ideias e experimentos de Bessler o enigma permanece tal
como nos experimentos de Tesla. Já que as suas máquinas foram
destruidas ou adquiridas por pessoas que as perderam algures... os
papers foram destruidos ou nem sequer existiram em primeiro lugar,
para explicar o funcionamento, ou pelo menos a teoria.
A repetibilidade não foi conseguida não pq a expriência não funciona,
mas pq não se sabe como fazer outra.
Portanto, tb ainda não foi refutado.

Ovnis, Love them , Hate them, but live with them.
Existem casos comprovados de Ovnis. Ou seja, casos em que o objecto
voador não foi realmente identificado.
Isto significa que esse objecto não é um qq tipo de aeronave feita
por humanos, nenhum efeito optico, nenhum efeito atmosférico, que a
foto não é forjada, etc.
Ou seja, casos em que todas as hipoteses foram testadas e refutadas,
sobrando apenas o desconhecimento do que era aquele objecto voador.
Obviamente, isto não prova que existam extraterrestres.

Naves alienigenas é outra conversa.
Destas não conheço as estatisticas. De qq forma o fenómeno alienigena
não foi ainda refutado. E como tal tem que ser mantido debaixo de
olho.
E para isso, não é preciso acreditar nele.

Como é obvio não é possivel provar por agora que aliens existem, mas
tb não é possivel mostrar que não existem.
Os casos ligados com esse fenomeno como "o homem que derreteu" são
casos particulares que têm que ser analizados 1 a 1 sem prejuizo da
imparcialidade.
E mostrar que esses casos são falsos, não mostra que ovnis e naves
alienigenas não existem. Mostra apenas que a pessoa estava a mentir.
(seja conscientemente ou não)

O caso Roswell. Ninguem mostra que é tudo mentira.
Aliás, várias testemunhas do processo mostram que houve uma encenação
da parte dos militares. Para quê, não se sabe ao certo.
Mas é indubitável que houve.
Os locais dos acidentes foram limpos. Vários aviões da força aerea
sairam carregados de lá. Com simples areia do deserto não faria
sentido.Eles levaram algo dali.
Se eram realmente alienigenas, não se sabe. Mas ninguem prova que não
eram.
O metal que retomava a forma foi visto por muitos. E embora esse
metal seja possivel de fabricar e seja conhecido, ele não é usado
comercialmente. Portanto aquilo não era um balão de certeza.
Por outro lado houve 2 acidentes e não um como se normalmente se
julga. A desculpa do balão serve para o primeiro, mas não para o
segundo.
...e mais coisas haveria para dizer...

No caso em questão trata-se de mostrar que a dualidade não foi
exprimentalmente provada. E que existem experiencias que a refutam.
(dadas por vcs, aliàs)

Mas vc está concentrando-se na teoria. Está à espera que a pessoa que
descobre que a teoriaX não funciona exprimentalmente, tem a obrigação
de lhe fornecer a teoria Y que sim explica.
Ela não tem, mas mesmo que tivesse, não é de nada disso que se trata
aqui.

Trata-se de ver e entender os conceitos e como eles não são
comptiveis com as várias experiencias. Embora, matemáticamente deêm
os mesmos resultados.
Bom, como dizia alguem : a gravidade pode até ser originada por
diabinhos vermelhos. Desde que seja proporcional a 1/r² e ao produto
das massas, estamos bem.
Como é logico isto não é suficiente. É preciso provar que esses
diabinhos existem.
No caso das particulas que são onda, é preciso provar que elas são
ondas realmente.

O que vemos é que SE elas fossem realmente ondas então alguns
fenomenos aconteceriam. Mas eles nao acontecem, donde se conclui que
elas não são ondas.
Por outro lado, fenomenos atribuidos a elas sao explicáveis sem
recurso a ondas. Donde elas não são necessárias.

Elas não são necessárias e não são experimentalmente verificadas.
Portanto, não está provado que existam.

Fala-se nos textos de comprimentos de onda, frequencias, momento, etc
etc... mas isso não implica que haja lá ondas reais.
Como se explica no texto original do de Broglie. São apenas
auxiliares matemáticos. Nada mais. Não sao , nem pretendem ser, a
realidade das coisas.

> Ou tbm e' adepto da ideia de q. a comunidade
> cientifica esta' cega pela doutrina quantica?

Não. Vc é que é adpeto da ideia que ela não está.
Eu estou me limitando a dizer que não está provado. Não estou dizendo
que não é assim. Pode até ser. Mas não está provado que é.

Por outro lado a doutrina quantica na prática, não precisa da
hipotese da dualidade para nada. Tanto é que não está inclusa nos
seus postulados. Como se refere, e bem, no texto "função de onda" de
Schrodinger é diferente de "ondas" de de Broglie. (eu mandei ontem um
texto sobre pq as ondas de de Broglie não têm significado fisico, mas
não chegou)

É uma questão de intrepretação. Mas o é apenas até certo ponto.
Pois usando a intrepretaçao standard o fenomeno da particula singular
passando e dando um ponto não é compativem com o ela ser
intrinsecamente uma onda.


[]

Sérgio Taborda




SUBJECT: Re: Ainda sobre Dualidade
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/04/2002 13:45

--- Em ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> escreveu
> Pois não, nem deveria.Já espliquei pq.

Vc nao explicou. Apenas disse q. e' assim e
ponto. Se fosse apenas questao matematica,
poderia ser outra relacao, uma funcao do
tipo: f(x) = x + a. Sendo 'a' uma constante
e 'x' o ponto da fenda.

E por q. nao e' assim? Uma resposta possivel:
por causa da natureza ondulatoria da luz e
de outras 'particulas'.

> A fig4 dá uma ideia de como o processo pode ocurrer.

Nao da'. Ela e' um padrao esperado (e esperado
para objetos de natureza ondulatoria) e nao
um obtido com objetos lancados um a um.

> > O artigo nao explica como eletrons viajando
> > sozinho formam regioes escuras na sobreposicao
> > dos dois padroes.
>
> O electrão viajando sozinho não faz isso.(marcam apenas 1 ponto)
> Já vimos as imagens.
> Vários electrões viajando sozinhos é que fazem.

Pois e'. E se fossem particulas puras nao poderia
fazê-lo.

> onde é q isto é dificil de entender / é refutado ?

E' refutado na medida em q. a matematica nao
diz nada ao eletron. Ou esta' a resgatar o
mundo ideal de Platao?

Se eu atravesso uma porta nao sigo uma
trajetoria da transformada de Fourier. Entao
nao e' uma simples questao de equacao.

> Por outras palavras o expectro de frequencias espaciais de Fourier
> restringe o movimento das particulas a aquelas trajectorias, como

E isso so' e' possivel se o objeto tem
alguma coisa de ondulatorio em sua natureza.

> > Alem disso, o experimentos sobre o teorema de Bell,
> > mostram q. nao ha' como aceitar a hipotese
> > das variaveis ocultas
>
> Esse Teorema não tem nada a ver com este assunto.
> Ninguem invocou as variáveis ocultas.
> Esse não é um argumento.

E' um argumento, na medida em q. vc afirma q.
os eletrons tem uma trajetoria definida --
uma posicao x definida em um instante t. Isso
e' atribuir a ele um valor intrinseco. E isso
cai na questao da variavel oculta.

> Argumento ad Popullum.

Nao e'. "Ad populum" e' outra coisa.

> O numero de pessoas que diz algo não torna as coisas verdadeiras ou
> falsas.

Exatamente. E nao vejo como isso vai contra a interpretacao
dual.

> Portanto tanto pode ser falsa a teoria defendida por muitos como a
> teoria defendida por poucos.

Realmente pode. O q. diz se e' falsa sao experimentos.

> Lembre-se que as teorias defendidas por muitos algum dia formam
> defendidas por poucos.

Nao e' bem verdade, mas digamos q. fosse. Nao
quer dizer q. teorias defendidas por poucos
um dia, no futuro, serao teorias defendidas
por muitos. E nem uma coisa nem outra diz
se uma teoria e' ou nao valida.

> A Homeopatia é um prática médica reconhecida pelo estado na
> Alemanha (de onde é originária) e França, por exemplo.
> E que eu saiba ainda não foi refutada.

Tto qto Papai Noel nao foi refutado. (E na
verdade a homeopatia foi refutada na
medida em q. ela nao obtem resultados
melhores do q. placebo.)

Infelizmente no Brasil a homeopatia e' uma
pratica medica reconhecida.

> Isto significa que esse objecto não é um qq tipo de aeronave feita
> por humanos, nenhum efeito optico, nenhum efeito atmosférico, que a
> foto não é forjada, etc.

Nao. Significa apenas q. nao foi identificado.

> Mas ninguem prova que não eram.

E ninguem prova q. nao existam sanduiches
voadores no lado oculto de Jupiter. Ou
q. duendes antropofagos invisiveis nao
atacam cadaveres humanos enterrados
sem rituais de desagravo aos deudes. Nem
q. vc existe de verdade.

> No caso em questão trata-se de mostrar que a dualidade não foi
> exprimentalmente provada. E que existem experiencias que a refutam.
> (dadas por vcs, aliàs)

Nao existem experimentos q. refutem a
dualidade feitos ate' o momento. O q.
existem sao experimentos q. refutam
a natureza puramente particulada
e a natureza puramente ondulatoria.

> No caso das particulas que são onda, é preciso provar que elas são
> ondas realmente.

Os experimentos de dupla fenda mostram a
natureza ondultoria da luz - e refutam a
natureza particulada da luz.

Os experimentos de efeito fotoeletrico
mostram a natureza particulada da luz -
e refutam a natureza ondulatoria da luz.

Simples assim.

> Não estou dizendo que não é assim. Pode até ser. Mas não está
> provado que é.

Otimo. Mudou o discurso. Dou-me por satisfeito.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: heteropatia
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/04/2002 14:10

[[Era sobre a Dualidade]]

On Tue, 9 Apr 2002, rmtakata wrote:
> Infelizmente no Brasil a homeopatia e' uma
> pratica medica reconhecida.

Não só reconhecida como amplamente divulgada em canais até então
reconhecidos pela sua seriedade como o Globo Rural.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
One Ring to rule them all



SUBJECT: Re: heteropatia
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/04/2002 14:20

--- Em ciencialist@y..., TARCISIO BORGES <tbs97@f...> escreveu
> Não só reconhecida como amplamente divulgada em canais até então
> reconhecidos pela sua seriedade como o Globo Rural.

Nao da' pra culpar o pessoal do GR.
Se o CFM q. e' o orgao responsavel
para falar sobre assuntos medicos
diz amem a essa porcaria, por q.
os jornalistas iriam duvidar disso?

Se um veterinario diz q. o gado
melhora com mandinga, como um
reporter ira' dizer q. nao?

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Ainda sobre Dualidade
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/04/2002 14:53

--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...>
escreveu
> > Pois não, nem deveria.Já espliquei pq.
>
> Vc nao explicou. Apenas disse q. e' assim e
> ponto. Se fosse apenas questao matematica,
> poderia ser outra relacao, uma funcao do
> tipo: f(x) = x + a. Sendo 'a' uma constante
> e 'x' o ponto da fenda.

Eu não expliquei ? :_(
Eu expliquei como o padrão de fendas é construido por meio de funções
retangulo ,rect. Chamam-se mesmo assim.
E por funções Delta de Dirac.
E que a TF dessa função resultante, era o o q se observava no alvo.

Não poderia ser outra função qq. Poderia ser uma função que descreva
os buracos.
Se vc fizer um anteparo com o padrão da lente de Fresnel, verá a TF
desse padrão. E por ai fora.

A função f(x)=x+a , simplesmente não tem nenhum significado neste
contexto.


> E por q. nao e' assim? Uma resposta possivel:
> por causa da natureza ondulatoria da luz e
> de outras 'particulas'.

Não. Não implic nessa hipotese pq o padrão é unica e EXCLUSIVAMENTE
determinado pelas fendas.

> > A fig4 dá uma ideia de como o processo pode ocurrer.
>
> Nao da'. Ela e' um padrao esperado (e esperado
> para objetos de natureza ondulatoria) e nao
> um obtido com objetos lancados um a um.

aquilo são as trajectorias das particulas. Não são ondas.
São linhas rectas, não são circulos concentricos.

> > > O artigo nao explica como eletrons viajando
> > > sozinho formam regioes escuras na sobreposicao
> > > dos dois padroes.
> >
> > O electrão viajando sozinho não faz isso.(marcam apenas 1 ponto)
> > Já vimos as imagens.
> > Vários electrões viajando sozinhos é que fazem.
>
> Pois e'. E se fossem particulas puras nao poderia
> fazê-lo.

Uma particula pura não daria um ponto no alvo?
Porquê ?

> > onde é q isto é dificil de entender / é refutado ?
>
> E' refutado na medida em q. a matematica nao
> diz nada ao eletron. Ou esta' a resgatar o
> mundo ideal de Platao?

Tb não diz nada à pessoa que vai contra o vidro num acidente de
automovel pq não tinha cinto de segurança.
Contudo eu posso modelar esse evento sem pessoa, sem cinto, sem nada.
Só com matemática.

> Se eu atravesso uma porta nao sigo uma
> trajetoria da transformada de Fourier. Entao
> nao e' uma simples questao de equacao.

Vc pode escolher sua velocidade , vc não sofre qq influencia dos
campos electricos nas bordas da porta, vc decide o caminho
previamente, vc tem uma dimensão comparável com a da porta, o
electrão não.
Vc est´misturando alhos com bugalhos. As situações não são
comparáveis.

Isso é como dizer que um electrão não entra numa sala a 300º C pq vc
não o faria.
Não tem nexo.


> > Por outras palavras o expectro de frequencias espaciais de
Fourier
> > restringe o movimento das particulas a aquelas trajectorias, como
>
> E isso so' e' possivel se o objeto tem
> alguma coisa de ondulatorio em sua natureza.

Nâo. A TF não precisa das ondas para nada.
ela simplesmente traduz x->p e p ->x e tá feito. Nada mais.
x e p são grandezas que não dependem de ondas para existir.

> > > Alem disso, o experimentos sobre o teorema de Bell,
> > > mostram q. nao ha' como aceitar a hipotese
> > > das variaveis ocultas
> >
> > Esse Teorema não tem nada a ver com este assunto.
> > Ninguem invocou as variáveis ocultas.
> > Esse não é um argumento.
>
> E' um argumento, na medida em q. vc afirma q.
> os eletrons tem uma trajetoria definida --
> uma posicao x definida em um instante t.

Não. Eu nao afirmei isso.
Primeiro pq uma trajectoria é um conjunto de pontos.
São os vários x nos vários t. E não um x num determinado t. Isso é a
posição. (e essa é que interessa no teorema de Bell)
E eu tb não afirmei que a trajectoria é univocamente defenida.
Aliás eu disse que existem várias trajectorias possiveis.
Mas cada electrão só percorre uma. Qual é , não sabemos.

imagine a seguinte estrutura. Os pontos proximos se ligam.

|
A /\ B
/\/\
a b c

Vc so vê o ponto inicial e as várias saidas.
O circuito está fechado de forma que vc não pode ver o que se passa
lá dentro.
Agora deixe uma formiga ir do inicio para a,b, ou c.
Se ela chegar a b vc pode inferir se ela passou por A ou B ?
Pode. Ela passou por um dos dois, por isso pode inferir que ela
passou por A OU B
Mas pode decidir por onde ela passou ?
Não.

Você sabe então que ela tem várias trajectorias, e que uma delas foi
que ela realmente usou, mas qual foi, vc não sabe.

Com o electrão é o mesmo.
Ele passou por uma das trajectorias, mas qual , vc não sabe.

> Isso
> e' atribuir a ele um valor intrinseco. E isso
> cai na questao da variavel oculta.

Não. Acho que tá entendendo mal o problema.
A trajectoria que ele segue , e portanto o ponto onde ele cruza o
alvo é aleatorio.
Como é que eu ia dizer que ele tem um trajectoria defenida ?
Ele tem é trajectorias proibidas. Que é um conceito diferente.


> > O numero de pessoas que diz algo não torna as coisas verdadeiras
ou
> > falsas.
>
> Exatamente. E nao vejo como isso vai contra a interpretacao
> dual.

Mas o seu argumento é que qq um pode escrever qq coisa.
Querendo dizer com isso que como a maioria não segue o que estou
dizendo, é pq estou errado.
E o que eu afirmo é que não interessa se é a maioria ou a minoria.
O que interessa é o que se está a dizer.
Eu enviei a pagina pq tem aqueles desenhos. (eu procurei no google
na secção de imagens)
Ao ler a página encontrei o mesmo tipo de ideias que eu já tinha
decrito aqui. Mas é mera coincidencia.

> Realmente pode. O q. diz se e' falsa sao experimentos.

Ora nem mais.
E os experimentos dizem que uma particula ser uma onda é falso.
(o padrão de uma unica particula é um ponto iluminado. Se fosse uma
onda , deveria ser um conjunto de pontos iluminados, area).
Este argumento é simples de entender e é aquele que está na base de
se dizer que ha ondas ali. Porque se não houvessem ondas, como
poderia aparecer um padrão daqueles ?
As experiencias da "particula de cada vez" mostram como.
E mostram simultanemanete que não não ha ondas nenhums ali pq o
padrão é cosntruidos por muitas particulas, embatento aleatoriamente
no alvo.

> > Lembre-se que as teorias defendidas por muitos algum dia formam
> > defendidas por poucos.
>
> Nao e' bem verdade, mas digamos q. fosse. Nao
> quer dizer q. teorias defendidas por poucos
> um dia, no futuro, serao teorias defendidas
> por muitos. E nem uma coisa nem outra diz
> se uma teoria e' ou nao valida.

Eu so queria mostrar que isso dos muitos não interessa nada.
E que o argumento "o papel aceita o que quisermos" não valida nenhuma
das tuas afrimações. Sendo um falso argumento em si mesmo, ele não
serve para contra-argumentar.

> > Isto significa que esse objecto não é um qq tipo de aeronave
feita
> > por humanos, nenhum efeito optico, nenhum efeito atmosférico, que
a
> > foto não é forjada, etc.
>
> Nao. Significa apenas q. nao foi identificado.

Errado.
Se o objecto for por exemplo um efeito atmosferico como por exemplo
um relampago globular, está identificado. Podemos dizer "aquele
objecto é um relampago globular"
Mas se ele não nenhuma das coisas que pensamos que ele possa ser,
então ele não é identificado, e recebe portanto o rotulo de Objecto
Voador Não Indentificado: OVNI.

> > Mas ninguem prova que não eram.
>
> E ninguem prova q. nao existam sanduiches
> voadores no lado oculto de Jupiter. Ou
> q. duendes antropofagos invisiveis nao
> atacam cadaveres humanos enterrados
> sem rituais de desagravo aos deudes.

Exacto. E dai ? quer o quê ?

Claro que você está no seu direito de dizer "mas eu não acredito que
hajam lá essas coisas"
ok.
Mas nunca estará no direito de dizer "Essas coisas não estão de facto
lá" até que vc vá lá e comprove se estão ou não.

É essa a diferença.

Ninguem prova que os electroes são ondas de facto. E vc pode
dizer "eu acredito que são ondas".
Mas não está no direito de dizer "Eles são realmente ondas" sem
provas.
E a experiencia da dupla fenda não mostra que são ondas.
Pq esse postulado não é necessário em lado nenhum.

> > No caso em questão trata-se de mostrar que a dualidade não foi
> > exprimentalmente provada. E que existem experiencias que a
refutam.
> > (dadas por vcs, aliàs)
>
> Nao existem experimentos q. refutem a
> dualidade feitos ate' o momento.

Aquele que foi mostrados das particulas que passavam uma por vez e
atingiam o alvo pontualmente (como pontos) refuta sim.

> > No caso das particulas que são onda, é preciso provar que elas
são
> > ondas realmente.
>
> Os experimentos de dupla fenda mostram a
> natureza ondultoria da luz - e refutam a
> natureza particulada da luz.
>
> Os experimentos de efeito fotoeletrico
> mostram a natureza particulada da luz -
> e refutam a natureza ondulatoria da luz.
>
> Simples assim.

Errado assim.

O efeito fotoelectrico mostra que a energia contida num feixe de luz
de determinado comprimento de onda (ou seja, com determinado momento)
interage com os elctrões no material.

A diferença é que se vc tiver dois laser cada um com energia E=hf/2
e enviar contra o material nada acntece.
Mas se tiver apenas um deles com E=hf, o efeito fotoelectrico
acontece.
Pq ?
Os primeiros tinham metade do momento do segundo.

duas esferas batendo numa outra podem não a tirar de determinada
região pq seu momento é pouco. Mas uma unica com o dobro do momento
pode.

> > Não estou dizendo que não é assim. Pode até ser. Mas não está
> > provado que é.
>
> Otimo. Mudou o discurso. Dou-me por satisfeito.

Mas vc continua dizendo que está provado que é.
E não está.

[]

Sérgio Taborda

P.S.
Desculpe ser chato, mas é que eu acho que vc não está entendendo o
que representa uma TF e como ela não tem que ter nada a ver com ondas.
Por outro lado, vc está esquecendo o básico. Se A é onda, A cria
padrões de interferencia. E um electrão sozinho não os cria.
Donde um electrão sozinho não é onda pq não cumpre a condição
necessária para o ser.
Um electrão sozinho embate no alvo como um ponto.
Se ele fosse onda, faria um padrão de Fourier tb, exactamente igual
ao outro feito por muitas.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ainda sobre Dualidade
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/04/2002 14:55

----- Original Message -----
From: "sergiotaborda"
Sent: Tuesday, April 09, 2002 12:45 PM
Subject: [ciencialist] Re: Ainda sobre Dualidade

Olá Sérgio, olá Takata

Não resisti e mais uma vez vou tomar carona nessa discussão.

> Se a trajectorias estão marcadas no espaço como estradas devido à
> matemática da T. Fourier, e se o e- é livre de ir por onde lhe
> apetecer (isto é dentro de certos limites de momento e aceleração
> possiveis) então tanto faz enviar 1, 2 , 200 ou 400 milhoes de
> particulas que elas iram sempre percorrer o mesmo caminho, e portanto
> chegar às mesmas regiõs onde é q isto é dificil de entender / é refutado?

Os argumentos que você aponta em hipótese alguma respondem a dúvida que
milhares de físicos quânticos denunciaram durante todo o século XX. De duas
uma, ou você tem outros argumentos que está escondendo de nós, ou você não
entendeu devidamente o que se passa no processo.

O problema não está nem na estrada seguida pelo elétron nem na matemática a
descrever essa estrada. O problema é um só: Porque quando a fenda é dupla a
opção pelas estradas (ou, se quiser, a matemática a ser utilizada pelo
modelo) se modifica. Ou então: Porque um conjunto de partículas viajando
individualmente, ainda que pertencentes a um feixe, ao passar por apenas uma
das fendas demonstra, na tela onde é registrada, que a outra fenda estava
aberta? Ou, ainda: O que há de mágico na estrutura de uma das fendas, que
não participou do processo, a destruir o padrão observado quando esta fenda
não existia?

Em cada caso está mais do que demonstrado que apenas um elétron passa de
cada vez, e a imagem é obtida no decorrer do tempo. Pode-se inclusive
obter-se a imagem na tela de apenas um único ponto, de dois pontos, de 100
pontos ou de um milhão de pontos. Essa diferença deve-se apenas ao tempo de
exposição.

> Qual é o mecanismo real, que afinal, produz aqueles resultados é
> outra conversa. (e no fundo é apenas uma questão de intrepretação, pq
> a matemática e a experiencia é exactamente a mesma)

Pois então não entendestes realmente a dúvida apontada. Pois a dúvida
retrata exatamente a tentativa de se explicar o mecanismo real que produz
esses resultados.

> Por outras palavras o expectro de frequencias espaciais de Fourier
> restringe o movimento das particulas a aquelas trajectorias, como se
> ele desenhasse "estradas" no espaço por onde o e- pode passar.

O teu Deus chama-se Fourier? Por acaso ele também joga dados? ;-)

> No caso das particulas que são onda, é preciso provar que elas são
> ondas realmente.

Pois eu penso justamente o contrário. É preciso provar que elas realmente
são partículas e que estão continuamente emitindo um campo, mesmo sem
emitir energia alguma. Não existe dualidade, existe duplicidade estrutural
ou estrutura dupla: partícula + campo que gera. Este campo viaja no espaço
de maneira autônoma e independentemente da partícula que o emite. Se existir
uma ou mais fendas o campo de alguma maneira informa à partícula a
existência das fendas. Seria algo do tipo do efeito sonar, do morcego. Não
obstante, o elétron, diferentemente do morcego, não faz opções, e segue a
trajetória inercial *ligeiramente modificada* pelo campo refletido nas
bordas da fenda. Isto faz com que o padrão obtido pelas séries de Fourier
para duas fendas difira substancialmente do padrão obtido quando existe
apenas uma fenda. A "matemática que dá certo" não é soberana e deve sim ter
uma explicação não apenas lógica mas também racional. Do contrário teremos
um paradoxo e até prova em contrário os físicos quânticos convivem sim com
um paradoxo, quer você queira, quer não.

> O que vemos é que SE elas fossem realmente ondas então alguns
> fenomenos aconteceriam. Mas eles nao acontecem, donde se conclui que
> elas não são ondas.
> Por outro lado, fenomenos atribuidos a elas sao explicáveis sem
> recurso a ondas. Donde elas não são necessárias.

Elas são tão desnecessárias quanto o ether, o vácuo quântico e o teu Deus
Fourier. Realmente, essas ondas não existem.

> Elas não são necessárias e não são experimentalmente verificadas.
> Portanto, não está provado que existam.

Fez me lembrar a rejeição de Newton pelo ether: "... E para rejeitar tal
meio, temos a autoridade daqueles mais antigos e mais celebrados filósofos
da Grécia e da Fenícia, que fizeram do vácuo, dos átomos e da gravidade dos
átomos, os primeiros princípios de sua filosofia, simplesmente atribuindo a
gravidade a alguma outra causa que à matéria densa."

Apenas para aproveitar o "gancho": Essa "alguma outra coisa" também tem
muito a ver com o campo emitido pelas partículas, aquele mesmo que gera os
observados padrões de interferência (na realidade, interferência do tipo
partícula-fenda-partícula).

> Por outro lado a doutrina quantica na prática, não precisa da
> hipotese da dualidade para nada.

Sem dúvida e eu iria além: a humanidade não precisa da doutrina quântica
para nada. ;-) E essa é uma verdade que os físicos modernos estão
descortinando no dia-a-dia. Muito em breve a maioria dos artigos citados
nessas threads quânticas irão fazer parte do arsenal arqueológico da
ciência. ;-)

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: Ainda sobre Dualidade
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/04/2002 16:10

--- Em ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> escreveu
> > Vc nao explicou. Apenas disse q. e' assim e
> > ponto. Se fosse apenas questao matematica,
> > poderia ser outra relacao, uma funcao do
> > tipo: f(x) = x + a. Sendo 'a' uma constante
> > e 'x' o ponto da fenda.
>
> Eu não expliquei ? :_(
> Eu expliquei como o padrão de fendas é construido por meio de
> funções retangulo ,rect. Chamam-se mesmo assim.
> E por funções Delta de Dirac.
> E que a TF dessa função resultante, era o o q se observava no alvo.

Vc nao esta' explicando. Apenas descrevendo a
funcao associada. Existiriam em tese um numero
infinitos de funcoes. Por q. so' uma deveria
corresponder ao observado? E' por causa da
natureza do fenomeno.

> A função f(x)=x+a , simplesmente não tem nenhum significado neste
> contexto.

Nao tem significado porq a natureza das coisas
sao tais q. nao ha' esse tipo de correlacao.

> > E por q. nao e' assim? Uma resposta possivel:
> > por causa da natureza ondulatoria da luz e
> > de outras 'particulas'.
>
> Não. Não implic nessa hipotese pq o padrão é unica e EXCLUSIVAMENTE
> determinado pelas fendas.

O padrao nao e' exclusivamente
determinado pelas fendas. Depende do
comprimento de onda do q. esta'
passando pelas fendas. Se a onda e'
pequena demais em relacao 'a fenda nao
se observa. A distancia entre os pontos
de maxima intensidade no anteparo depende
do comprimento de onda associado -- ja' q.
e' uma funcao q. depende de multiplos
de lambda.



> > > A fig4 dá uma ideia de como o processo pode ocurrer.
> >
> > Nao da'. Ela e' um padrao esperado (e esperado
> > para objetos de natureza ondulatoria) e nao
> > um obtido com objetos lancados um a um.
>
> aquilo são as trajectorias das particulas. Não são ondas.
> São linhas rectas, não são circulos concentricos.

So' q. elas nao explicam por q. a presenca
de outra fenda torna certas regioes indisponiveis
'as "particulas".

> > Pois e'. E se fossem particulas puras nao poderia
> > fazê-lo.
>
> Uma particula pura não daria um ponto no alvo?
> Porquê ?

Uma particula pura nao deveria ligar para a
presenca ou nao de outra fenda pela qual nao
passou. Ela nao deveria ter pudores de nao
ir para onde a fenda por q. passou permite
ir, mas a fenda pela qual nao passou nao
permite.

> Tb não diz nada à pessoa que vai contra o vidro num acidente de
> automovel pq não tinha cinto de segurança.
> Contudo eu posso modelar esse evento sem pessoa, sem cinto, sem
> nada. Só com matemática.

So' com matematica nao da'. Por q. eu poderia modelar
de um modo irrealistico -- criar uma matematica em
q a pessoa simplesmente nao sai do banco.

Eu modelo a partir do q. posso observar. E' o q.
ocorre q. define o padrao matematico e nao o
contrario.

O fenomeno q. inferimos de um acidente automobilistico
e' a inercia. E por causa da inercia q. atribuimos o
choque do incauto contra o vidro e nao por causa
da equacao matematica.

Claro q. a inercia continua sendo uma construcao. Mas
e' um objeto sujeito a estudos.

> > Se eu atravesso uma porta nao sigo uma
> > trajetoria da transformada de Fourier. Entao
> > nao e' uma simples questao de equacao.
>
> Vc pode escolher sua velocidade , vc não sofre qq influencia dos
> campos electricos nas bordas da porta, vc decide o caminho
> previamente, vc tem uma dimensão comparável com a da porta, o
> electrão não.
> Vc est´misturando alhos com bugalhos. As situações não são
> comparáveis.

Quer dizer q. o Fourier e' determinado por propriedades
fisicas de interferencia com a borda da fenda,
da presenca de campos eletricos, da possibilidade da
escolha velocidade... Depende da natureza do processo.
E nao simplesmente da equacao matematica.

Em quantica as situacao sao comparaveis. Apenas q.
em funcao da minha gde quantidade de movimento, a
funcao de onda associada e' muito pequena -- a minha
natureza ondulatoria e' nessas circunstancias
praticamente desprezivel.

Eu tenho uma dimensao comparavel ao da porta. O
eletron tbm tem um dimensao comparavel ao da fenda.
Em vez de mim q. posso escolher a velocidade,
posso lancar uma bola de canhao q. nao pode.

Na explicacao quantica padrao. O problema nao
e' q. o meu tamanho relativo e' comparavel ao
da porta, mas sim q. o comprimento de onda
associado 'a minha quantidade de movimento e'
desprezivel em relacao 'a dimensao da porta.
Ja' no caso do eletron, nao. Como de maneira
geral o comprimento de onda e' tto menor
qto maior a quantidade de movimento, para
um objeto massivo, a fenda teria q. ser
ridiculamente pequena de modo q. o objeto
nao poderia atravessa'-la.

Mas pela sua resistencia 'a comparacao,
entao eu estou sujeito a diferentes leis
da gravitacao q. um eletron?

De todo modo, isso demonstra q. nao e'
apenas a fenda quem determina o padrao.

> > E isso so' e' possivel se o objeto tem
> > alguma coisa de ondulatorio em sua natureza.
>
> Nâo. A TF não precisa das ondas para nada.
> ela simplesmente traduz x->p e p ->x e tá feito. Nada mais.
> x e p são grandezas que não dependem de ondas para existir.

A TF nao depende. Mas a sua aplicabilidade
para uma situacao depende.
Assim como f(x) = x + a tbm nao depende
de nada, mas a sua aplicailidade depende
de um monte de coisas.

> Mas cada electrão só percorre uma.

Q. e' o mesmo q. dizer q. ha' uma biunivoquismo.

> Você sabe então que ela tem várias trajectorias, e que uma delas
> foi que ela realmente usou, mas qual foi, vc não sabe.

Q. e' o q. se chama de variavel oculta.

> Não. Acho que tá entendendo mal o problema.
> A trajectoria que ele segue , e portanto o ponto onde ele cruza o
> alvo é aleatorio.
> Como é que eu ia dizer que ele tem um trajectoria defenida ?
> Ele tem é trajectorias proibidas. Que é um conceito diferente.

Vc esta' dizendo q. ele tem uma trajetoria definida
na medida em q. afirma q. ele com certeza possou
por uma das trajetorias -- ainda q. nao saiba qual.

> > Exatamente. E nao vejo como isso vai contra a interpretacao
> > dual.
>
> Mas o seu argumento é que qq um pode escrever qq coisa.
> Querendo dizer com isso que como a maioria não segue o que estou
> dizendo, é pq estou errado.

Vc e' q. esta' dizendo isso. Estou so' dizendo q.
qq um podo escrever qq coisa -- seja verdadeira
ou nao.

> O que interessa é o que se está a dizer.

Exato.

> E os experimentos dizem que uma particula ser uma onda é falso.

Exato. E outros experimentos dizem q. um
objeto ser uma particula pura tbm e' falso.

> E mostram simultanemanete que não não ha ondas nenhums ali pq o
> padrão é cosntruidos por muitas particulas, embatento
> aleatoriamente no alvo.

So' q. particulas puras nao deveriam ter regioes
proibidas q. nao existiam antes pela simples
presenca de uma fenda pela qual nao passou.

> Eu so queria mostrar que isso dos muitos não interessa nada.

Nao interessa mesmo. Tto e' q. eu nem toquei nesse
assunto.

> E que o argumento "o papel aceita o que quisermos" não valida
> nenhuma das tuas afrimações.

O fato de papel aceitar tudo na verdade apenas
tira a aceitabilidade como tal das hipoteses
defendidas pela pagina indicada por vc. Do
mesmo modo como tira de qq outro texto como tal.

> > Nao. Significa apenas q. nao foi identificado.
>
> Errado.
> Se o objecto for por exemplo um efeito atmosferico como por exemplo
> um relampago globular, está identificado. Podemos dizer "aquele
> objecto é um relampago globular"

Isso se formos capaz de associar com tal efeito.
Se ele for um efeito atmosferico e nao
o reconhecermos como tal passara' por um objeto
q. nao foi identificado. Nao-identificado nao
e' o mesmo q. inindentificavel.

> > > Mas ninguem prova que não eram.
> >
> > E ninguem prova q. nao existam sanduiches
> > voadores no lado oculto de Jupiter. Ou
> > q. duendes antropofagos invisiveis nao
> > atacam cadaveres humanos enterrados
> > sem rituais de desagravo aos deudes.
>
> Exacto. E dai ? quer o quê ?
>
> Claro que você está no seu direito de dizer "mas eu não acredito
> que hajam lá essas coisas"
> ok.
> Mas nunca estará no direito de dizer "Essas coisas não estão de
> facto lá" até que vc vá lá e comprove se estão ou não.
>
> É essa a diferença.

Estarei no meu direito de dizer: essas coisas nao
estao de fato la'.

> E a experiencia da dupla fenda não mostra que são ondas.
> Pq esse postulado não é necessário em lado nenhum.

A experiencia da dupla fenda mostra q. nao
sao particulas puras.

> Aquele que foi mostrados das particulas que passavam uma por vez e
> atingiam o alvo pontualmente (como pontos) refuta sim.

Nao refutam - ja' q. se trata de dualidade. O q.
refutaria, por exemplo, seria se eu sempre
pudesse inferir uma caracteristica de particula
aos objetos -- coisa q. nao posso fazer com o
experimento das duas fendas.

> Mas uma unica com o dobro do momento
> pode.

Por causa da natureza corpuscular da luz.

> > Otimo. Mudou o discurso. Dou-me por satisfeito.
>
> Mas vc continua dizendo que está provado que é.
> E não está.

Vc e' quem esta' interpretando assim. Eu digo q.:
dados os indicios q. temos a hipotese da natureza
dual dos objetos se sustenta (e' corroborado, nao
e' refutado).

> Por outro lado, vc está esquecendo o básico. Se A é onda

Eu nao disse q. A e' onda. Eu disse q. A nao e' uma
particula pura e possui caracteristicas de onda.
Alias, nem fui eu quem disse isso. Estou apenas
defendendo esse ponto de vista.

> Donde um electrão sozinho não é onda pq não cumpre a condição
> necessária para o ser.

O eletron sozinho ou em grupo nao e' onda. Mas
tbm nao e' particula.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ainda sobre Dualidade
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/04/2002 19:26


> Se a trajectorias estão marcadas no espaço como estradas devido à
> matemática da T. Fourier, e se o e- é livre de ir por onde lhe
> apetecer (isto é dentro de certos limites de momento e aceleração
> possiveis) então tanto faz enviar 1, 2 , 200 ou 400 milhoes de
> particulas que elas iram sempre percorrer o mesmo caminho, e portanto
> chegar às mesmas regiõs onde é q isto é dificil de entender / é refutado?

"Os argumentos que você aponta em hipótese alguma respondem a dúvida que
milhares de físicos quânticos denunciaram durante todo o século XX. De duas
uma, ou você tem outros argumentos que está escondendo de nós, ou você não
entendeu devidamente o que se passa no processo.
O problema não está nem na estrada seguida pelo elétron nem na matemática a
descrever essa estrada. O problema é um só: Porque quando a fenda é dupla a
opção pelas estradas (ou, se quiser, a matemática a ser utilizada pelo
modelo) se modifica.Ou então: Porque um conjunto de partículas viajando
individualmente, ainda que pertencentes a um feixe, ao passar por apenas uma
das fendas demonstra, na tela onde é registrada, que a outra fenda estava
aberta? Ou, ainda: O que há de mágico na estrutura de uma das fendas, que
não participou do processo, a destruir o padrão observado quando esta fenda
não existia?"

Vamos lá a ver. O padrão existe. O padrão apenas depende da estrutura de
fendas no anteparo.
Se tapar uma fenda a função é a de uma unica fenda colocada no local onde
ela está.
O resultado será a TF disso.
Se trocar e tapar a outra, o resultado será a TF dessa fenda posiscionada
naquele sitiu.
Mas se deixar as duas abertas, verá a TR do padrão de duas fendas.
Se fizer mais uma fenda, verá a Tf de 3 fendas.
Se fizer uma fenda retangular e uma circular, verá a TF desse padrão.

O vosso problema é que estão pensando que o processo e´linear
e que o padrão final é a 'soma' dos iniciais.
Ora, se se derem ao trabalho de estudar a TF ela não funciona assim.

A TF é de facto linear e

F(af+bg)=aF(f) + bF(g) ,

mas a questão é que o padrão "uma fenda" e o padrão "duas fendas" não se
constroem por soma, mas sim por convolução.
E ai

F(f @ g) =F(f)*F(g)

sendo @o simbolo de convolução e * o de multiplicação.

Portanto, vosso "instinto" é atraiçoado por pensarem que o resultado tinha
que ser a sobreposição de padrões. E Não tem. Não tem mesmo.

"Em cada caso está mais do que demonstrado que apenas um elétron passa de
cada vez, e a imagem é obtida no decorrer do tempo. Pode-se inclusive
obter-se a imagem na tela de apenas um único ponto, de dois pontos, de 100
pontos ou de um milhão de pontos. Essa diferença deve-se apenas ao tempo de
exposição."

Nem mais.

> Qual é o mecanismo real, que afinal, produz aqueles resultados é
> outra conversa. (e no fundo é apenas uma questão de intrepretação, pq
> a matemática e a experiencia é exactamente a mesma)

"Pois então não entendestes realmente a dúvida apontada. Pois a dúvida
retrata exatamente a tentativa de se explicar o mecanismo real que produz
esses resultados."

Tlv a vossa.
A minha era só mostrar que não é experimentalmente comprovado que os
electroes são ondas.
Se se quiser por a inventar hipoteses ou conjecturar alternativas, por mim
tudo bem. Mas façamo-lo depois de acentar no facto da hipotese da dualidade
não ser confirmada.

> No caso das particulas que são onda, é preciso provar que elas são
> ondas realmente.

"...Não
obstante, o elétron, diferentemente do morcego, não faz opções, e segue a
trajetória inercial *ligeiramente modificada* pelo campo refletido nas
bordas da fenda. "

Relembro que à escala do electrão as bordas da fenda
ele sente o campo electrico dos electrões do material.
Do ponto de vista dele, ele não está passando por duas fendas. Ele está
pasando por zonas do espaço com potencial electrico diferente. Por isso a
experiencia pode ser tb feita com pares de laminas carregadas.
Ou seja, nem precisa haver anteparo.
E é só isso que ha.

"Isto faz com que o padrão obtido pelas séries de Fourier
para duas fendas difira substancialmente do padrão obtido quando existe
apenas uma fenda"

Só para chamar a atenção que Série de Fourier não é o mesmo que Transformada
de Fourier.
A TF é o produto interno de uma função com uam função especial

TF(f) = integral de -inf a + inf de f*exp(ikx) dk

A série de fourier é

f = somatório de i=1 a inf de a(k_i)sen(k_i x) +b(k_i)cos(k_i x)

"A "matemática que dá certo" não é soberana e deve sim ter
uma explicação não apenas lógica mas também racional."

Concerteza.
Mas usar a matemática para afirmar que ali estão a passar ondas, é esse tipo
de subterfugio da mat que dá certo.
Exactamente o oposto é o que estou a dizer. Ou seja, aquilo é pura
matemática, passe o que passar lá os resultados são os mesmos.
E tla é assim ,pois por luz ou electrões a passar lá, o padrão é o mesmo.

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda

"Às vezes a leitura é um modo engenhoso de evitar o pensamento"
A.Help- Historiador



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ainda sobre Dualidade
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/04/2002 19:59


> Eu não expliquei ? :_(
> Eu expliquei como o padrão de fendas é construido por meio de
> funções retangulo ,rect. Chamam-se mesmo assim.
> E por funções Delta de Dirac.
> E que a TF dessa função resultante, era o o q se observava no alvo.

>Vc nao esta' explicando. Apenas descrevendo a
>funcao associada. Existiriam em tese um numero
>infinitos de funcoes.

PAra cada anteparo ha apenas uma função.

>Por q. so' uma deveria corresponder ao observado? E' por causa da
>natureza do fenomeno.

Não. O mesmo padrão de fendas produz o mesmo padrão no alvo.
Ha uam bijecção entre o espaço real e do Fourier. Uma função transforma-se
em 1 e uam só função. Tem que ser aquela. não pdoe ser maisn nenhuma

Não ha uma infinidade de funções possiveis para cada padrão de fendas.

> > E por q. nao e' assim? Uma resposta possivel:
> > por causa da natureza ondulatoria da luz e
> > de outras 'particulas'.
>
> Não. Não implic nessa hipotese pq o padrão é unica e EXCLUSIVAMENTE
> determinado pelas fendas.

O padrao nao e' exclusivamente
determinado pelas fendas. Depende do
comprimento de onda do q. esta'
passando pelas fendas.

Não. Depende do Momento.
As particulas têm um momento.
Esse momento pdoe ser descrito facilmente no espaço de fourier.
E à fenda tb corresponde um momento (e um comprimento).

A questão é que comprimentos correspondem com momentos e virce-versa.
Nos termos do Alberto, é essa a magia da TF.
O anteparao está parado, mas ele tem vários comrpimentos caracteristicos.
A altura das fendas, a largura das fendas e a distancia entre as fendas.

OS momentos correspondentes, 'interferem' no espaço de fourier. E o
resultado e´ transferido para o espaço na forma da respectiva TF.

> Se a onda e'
>pequena demais em relacao 'a fenda nao
>se observa.

Isso significa que o momento das particulas é muito maior que o momento
caracteristico do anteparo e portanto não haverá efeito visivel.

>A distancia entre os pontos
>de maxima intensidade no anteparo depende
>do comprimento de onda associado -- ja' q.
>e' uma funcao q. depende de multiplos
>de lambda.

Tudo o que vc disser com lambda eu posso dizer com momento.
E posso portanto relacionar o momento das particulas com as distancias, sem
precisar de nenhuma hipotese de onda.

lembre-se que x->p e p->x

> > > A fig4 dá uma ideia de como o processo pode ocurrer.
> >
> > Nao da'. Ela e' um padrao esperado (e esperado
> > para objetos de natureza ondulatoria) e nao
> > um obtido com objetos lancados um a um.
>
> aquilo são as trajectorias das particulas. Não são ondas.
> São linhas rectas, não são circulos concentricos.

>So' q. elas nao explicam por q. a presenca
>de outra fenda torna certas regioes indisponiveis
>'as "particulas".

Não se esqueça que é uma situação probabilistica.
E numa situação assim , as possibilidades sempre influenciam o resultado.
Ou seja, se vc estiver jogando com 1 dado é uma coisa, de estiver jogando
com 2 é outra.
As probabildiades individuais de cada dado são as mesmas, mas a
probabildiade ao jogar com 2 dados não a sobreposição das probabilidades dos
dados individuais.

É por isso que outra fenda muda o resultado. Muda as probabildiades!.

>> Uma particula pura não daria um ponto no alvo?
>> Porquê ?

>Uma particula pura nao deveria ligar para a
>presenca ou nao de outra fenda pela qual nao
>passou.

Isso pensa vc. Basta entender que se trata de uma situação probabilistica
para entender que as possibilidades não são como julgas.

> Ela nao deveria ter pudores de nao
>ir para onde a fenda por q. passou permite
>ir, mas a fenda pela qual nao passou nao
>permite.

E não tem. Mas ela apenas pode percorrer um caminho.
Se quiseres que a particula percorrar outro caminho, tens de enviar outra
particula.
e mesmo assim , existe probabilidade dela percorrer o mesmo caminho da
anterior.


>Eu modelo a partir do q. posso observar.

Exacto.
E vc não observa onda em lado nenhum.


>E' o q.
>ocorre q. define o padrao matematico e nao o
>contrario.

Não. É exactamente esta a mensagem da MQ.
É o SISTEMA, as condições fronteira, que definem o que vai acontecer.
O sistema, neste caso as condições fronteira dependem do padrão das fendas.


> > Se eu atravesso uma porta nao sigo uma
> > trajetoria da transformada de Fourier. Entao
> > nao e' uma simples questao de equacao.
>
> Vc pode escolher sua velocidade , vc não sofre qq influencia dos
> campos electricos nas bordas da porta, vc decide o caminho
> previamente, vc tem uma dimensão comparável com a da porta, o
> electrão não.
> Vc est´misturando alhos com bugalhos. As situações não são
> comparáveis.

Quer dizer q. o Fourier e' determinado por propriedades
fisicas de interferencia com a borda da fenda,
da presenca de campos eletricos, da possibilidade da
escolha velocidade... Depende da natureza do processo.

Não. Eu estou apenas dizendo que a situalção não é comparável.
você sabe o que é nº de Reynolds ?
Se sabe, saberá que ele é muito importanto que se fazem modelos à escala.
Dentro de um tunel de vento, por exemplo.
Não basta fazer um aparelho à escala 1:20 do original.


>Eu tenho uma dimensao comparavel ao da porta. O
>eletron tbm tem um dimensao comparavel ao da fenda.

Tem ?
Vc faz ideia de qual é o diametro aceitado como do electrão ?


>Na explicacao quantica padrao. O problema nao
>e' q. o meu tamanho relativo e' comparavel ao
>da porta, mas sim q. o comprimento de onda
>associado 'a minha quantidade de movimento e'
>desprezivel em relacao 'a dimensao da porta.

Ou seja, se o seu momento pode ser alterado pelos comprimentos
caracteristicos do obstáculo, ou não.


>Mas pela sua resistencia 'a comparacao,
>entao eu estou sujeito a diferentes leis
>da gravitacao q. um eletron?

Ai nã à escalas. Apenas ha distancia do centro de massa a um ponto.
E o "centro de massa" por definição é um ponto.
E pontos não tem "comprimento"

A situação é comparável nesse aspecto pq não ha dependencia da escala.

> > E isso so' e' possivel se o objeto tem
> > alguma coisa de ondulatorio em sua natureza.
>
> Nâo. A TF não precisa das ondas para nada.
> ela simplesmente traduz x->p e p ->x e tá feito. Nada mais.
> x e p são grandezas que não dependem de ondas para existir.

>A TF nao depende. Mas a sua aplicabilidade
>para uma situacao depende.

Como disse antes, tal não é verdade.
Eu não preciso d hipotese "onda" para verificar que o resultado e´ o padrão
de fourier.

Só preciso de uma coisa p = h/distancia
E isso é dado pela propria mat de fourier.


>> Você sabe então que ela tem várias trajectorias, e que uma delas
>> foi que ela realmente usou, mas qual foi, vc não sabe.

>Q. e' o q. se chama de variavel oculta.

Não. Não é. Tlv queria rever isso.


>> Como é que eu ia dizer que ele tem um trajectoria defenida ?
>> Ele tem é trajectorias proibidas. Que é um conceito diferente.

>Vc esta' dizendo q. ele tem uma trajetoria definida
>na medida em q. afirma q. ele com certeza possou
>por uma das trajetorias -- ainda q. nao saiba qual.

Ele teve de ter uma. O teleporte do electrão não é uma solução aceitável.
Não estou supondo nada mais do que posso.


>> E mostram simultanemanete que não não ha ondas nenhums ali pq o
>> padrão é cosntruidos por muitas particulas, embatento
>> aleatoriamente no alvo.

>So' q. particulas puras nao deveriam ter regioes
>proibidas q. nao existiam antes pela simples
>presenca de uma fenda pela qual nao passou.

Mas pq ?
É isso que gostaria que me explicasse.
Isso está no mesmo nivel de afirmar que as probabildiades de 2 dados devem
ser as mesmas de a de 1 dado unico.

>> E a experiencia da dupla fenda não mostra que são ondas.
>> Pq esse postulado não é necessário em lado nenhum.

>A experiencia da dupla fenda mostra q. nao
>sao particulas puras.

Pois me diga como.

>> Aquele que foi mostrados das particulas que passavam uma por vez e
>> atingiam o alvo pontualmente (como pontos) refuta sim.

>Nao refutam - ja' q. se trata de dualidade. O q.
>refutaria, por exemplo, seria se eu sempre
>pudesse inferir uma caracteristica de particula
>aos objetos -- coisa q. nao posso fazer com o
>experimento das duas fendas.

O que queres dizer com isto. Podes dar ilustrações ?
(eu posso sempre atribuir essa caracteristica. Trajectoria)

>> Por outro lado, vc está esquecendo o básico. Se A é onda

>Eu nao disse q. A e' onda. Eu disse q. A nao e' uma
>particula pura e possui caracteristicas de onda.

HA! então não é uma onda.
Otimo. Concordamos nisso.

Agora, pq não é uma particula 'pura' ?

[]

Sérgio Taborda




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ainda sobre Dualidade
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/04/2002 21:25

----- Original Message -----
From: "Sérgio Taborda"
Sent: Tuesday, April 09, 2002 7:26 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Ainda sobre Dualidade

> > De duas uma, ou você tem outros argumentos que está escondendo de nós,
> > ou você não entendeu devidamente o que se passa no processo.

> (...) Relembro que à escala do electrão as bordas da fenda
> ele sente o campo electrico dos electrões do material.
> Do ponto de vista dele, ele não está passando por duas fendas. Ele está
> pasando por zonas do espaço com potencial electrico diferente. Por isso a
> experiencia pode ser tb feita com pares de laminas carregadas.
> Ou seja, nem precisa haver anteparo.
> E é só isso que ha.

Ha-haaaahaaa. Agora sim, estamos colocando as cartas na mesa. Eu sabia que
você estava a esconder alguma coisa. ;-) Era algo desse tipo que eu queria
ouvir [se bem que não exatamente isso ;-)] e não equações que dizem tudo sem
dizerem absolutamente nada. Pois é, existe alguma coisa além de partículas.
E é essa alguma coisa que manifesta-se de maneira tal a simular a maldita
dualidade dos físicos do século passado (e dos seus seguidores que estão a
duras penas conseguindo sobreviver, pois não há matemática que consiga
sustentar uma física que já nasceu errada). Agora sim, siga com idéias desse
tipo e você estará a um passo de abandonar de vez com a malfadada física
quântica. Pois a dualidade quântica realmente não existe, o que existe é uma
duplicidade estrutural: existe partícula e existe campo. Campo não faz parte
da partícula e partícula não faz parte do campo e muito menos é o campo.

As suas famosas TF dão certo porque elas não são exclusivas do elétron como
partícula, mas dependem de alguma coisa além do elétron. Eu acho que são as
informações emitidas pelo elétron e refletidas na fenda, e você está agora
admitindo algo não idêntico mas do mesmo tipo: informações emitidas pela
fenda, ou um campo de natureza microscópico. Tudo bem, já é um bom começo.
Siga nesta linha e prepare-se para a decepção que está por vir. Qualquer dia
desses você acordará e perceberá que a física quântica está totalmente
furada. De útil restará apenas o consolo de ter aprendido as TF (além de
outros procedimentos matemáticos) mas nem mesmo a maneira como são
utilizadas permanecerão de pé. Do passado restará apenas o aprendizado da
matemática e o futuro será tão somente uma estrada vazia e repleta de
conceitos novos a serem equacionados de uma maneira mais racional. Passada a
decepção, você dia a dia você passará a gostar cada vez mais da física que
faz sentido mesmo quando deixadas as equações na gaveta. "Ouça o que eu digo
pois o que eu digo não está nos livros." :-)

> Só para chamar a atenção que Série de Fourier não é o mesmo que
> Transformada de Fourier.

Sim, eu sei. Transformada de Fourier é também uma matemática fantástica. Eu
estudei mais as transformadas de Laplace, mas elas têm alguma coisa em
comum.

Valeu :-) Se não houver outras mensagens, despeço-me da thread bastante
satisfeito com esta última de suas mensagens.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: Ainda sobre Dualidade
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/04/2002 08:54

--- Em ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@n...> escreveu
> O vosso problema é que estão pensando que o processo e´linear
> e que o padrão final é a 'soma' dos iniciais.
> Ora, se se derem ao trabalho de estudar a TF ela não funciona assim.

Nao estamos pensando q. e' linear.
A questao e' q. deveria ser linear se se
tratasse de um objeto de natureza exclusivamente
corpuscular.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Ainda sobre Dualidade
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/04/2002 10:03


> > O vosso problema é que estão pensando que o processo e´linear
> > e que o padrão final é a 'soma' dos iniciais.
> > Ora, se se derem ao trabalho de estudar a TF ela não funciona
assim.
>
> Nao estamos pensando q. e' linear.
> A questao e' q. deveria ser linear se se
> tratasse de um objeto de natureza exclusivamente
> corpuscular.

Não vejo pq continua dizendo isso. Falta explicares pq teria q ser
assim.
Afinal que provas ha que atestem que SE a particula é corpuscular a
sobreposição é a soma ?
Ou seja, o que permite dizer que a sobreposição de probabilidades é
linear ? (classicamente nada. Aliás o exemplo dos dados mostra isso
simplesmente)

Ou se quiser, pq as particulas não deveriam atingir os pontos que
atingem, se fossem corpusculares ?


[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: Ainda sobre Dualidade
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/04/2002 10:20

--- Em ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@n...> escreveu
> >Vc nao esta' explicando. Apenas descrevendo a
> >funcao associada. Existiriam em tese um numero
> >infinitos de funcoes.
>
> PAra cada anteparo ha apenas uma função.

Continua nao explicando. Sim, existe apenas uma
funcao conhecida. E e' uma funcao tal (tto qto sabemos)
q. so' pode corresponder a uma onda. Objetos de
natureza claramente corpuscular nao seguem
esse padrao: balas de canhao atravessando janelas
nao sofrem os fenomenos de difracao, de interferencia
e quetais. Ondas em psicinas sim -- dependendo da
relacao entre seu tamanho e o da fenda.

> >Por q. so' uma deveria corresponder ao observado? E' por causa da
> >natureza do fenomeno.
>
> Não. O mesmo padrão de fendas produz o mesmo padrão no alvo.
> Ha uam bijecção entre o espaço real e do Fourier. Uma função
> transforma-se em 1 e uam só função. Tem que ser aquela. não pdoe
> ser maisn nenhuma
>
> Não ha uma infinidade de funções possiveis para cada padrão de
> fendas.

Nao ha' por causa da natureza do processo.

Por q. nao f(x) = x + a ou f(x) = x.a ou f(x) = x^a?

Por causa da natureza do processo.

O mesmo padrao de fenda nao produz o mesmo padrao no alvo.
Depende do comprimento de onda q. a atravessa.

> Não. Depende do Momento.
> As particulas têm um momento.
> Esse momento pdoe ser descrito facilmente no espaço de fourier.
> E à fenda tb corresponde um momento (e um comprimento).

Otimo. Nao depende apenas da fenda.

> OS momentos correspondentes, 'interferem' no espaço de fourier. E o
> resultado e´ transferido para o espaço na forma da respectiva TF.

E isso revela a natureza ondulatoria do objeto.

> Isso significa que o momento das particulas é muito maior que o
> momento caracteristico do anteparo e portanto não haverá efeito
> visivel.

Novamente: isso revela q. nao depende apenas da fenda, mas
tbm da caracteristica do q. passa pela fenda.

> Tudo o que vc disser com lambda eu posso dizer com momento.
> E posso portanto relacionar o momento das particulas com as
> distancias, sem precisar de nenhuma hipotese de onda.

So' q. momentos (quantidade de movimento)
nao criam regioes proibidas.

> Não se esqueça que é uma situação probabilistica.
> E numa situação assim , as possibilidades sempre influenciam o
> resultado. Ou seja, se vc estiver jogando com 1 dado é uma coisa,
> de estiver jogando com 2 é outra.
> As probabildiades individuais de cada dado são as mesmas, mas a
> probabildiade ao jogar com 2 dados não a sobreposição das
> probabilidades dos dados individuais.

So' q. ao lancar dois dados eu nao proibo um dado de
dar alguns dos resultados q. daria se lancado individualmente.

> >Uma particula pura nao deveria ligar para a
> >presenca ou nao de outra fenda pela qual nao
> >passou.
>
> Isso pensa vc. Basta entender que se trata de uma situação
> probabilistica para entender que as possibilidades não são como
> julgas.

A essa probabilidade especifica so' pode corresponder uma
natureza ondulatoria.

Um eletron passa por A. Ele atinge o ponto xis. Temos a
fenda B, o eletron passa por A -- ele nao pode deixar
de ter a probabilidade de atingir o ponto xis, ja' q.
passou pela fenda A.

> > Ela nao deveria ter pudores de nao
> >ir para onde a fenda por q. passou permite
> >ir, mas a fenda pela qual nao passou nao
> >permite.
>
> E não tem. Mas ela apenas pode percorrer um caminho.
> Se quiseres que a particula percorrar outro caminho, tens de enviar
> outra particula. e mesmo assim , existe probabilidade dela
> percorrer o mesmo caminho da anterior.

Ela tem. Ela passa a ter caminhos proibidos q. antes
percorria normalmente.

> >Eu modelo a partir do q. posso observar.
>
> Exacto.
> E vc não observa onda em lado nenhum.

Eu observo um padrao q. so' pode ser explicado
por uma natureza ondulatoria. (Bem, posso
explicar de outros modos, mas ai' eu tenho q.
complicar o modelo.)

> >E' o q.
> >ocorre q. define o padrao matematico e nao o
> >contrario.
>
> Não. É exactamente esta a mensagem da MQ.
> É o SISTEMA, as condições fronteira, que definem o que vai
> acontecer. O sistema, neste caso as condições fronteira dependem do
> padrão das fendas.

No sistema se inclui a natureza do q. vai
passar pela fenda.

> Não basta fazer um aparelho à escala 1:20 do original.

Exato. E o q. esta' funcionando como
o numero de Reynolds (nao e' o Burt) e'
o comprimento de onda associado.

> >Eu tenho uma dimensao comparavel ao da porta. O
> >eletron tbm tem um dimensao comparavel ao da fenda.
>
> Tem ?
> Vc faz ideia de qual é o diametro aceitado como do electrão ?

O raio classico e' de 2,8.10^-15m.

O espaco entre os planos de acamamento atomico de um
cristal de niquel e' de aproximadamente: 0,2 nm.

Da' uma ordem de grandeza de 100.000. Eu continuo
sem me difratar se eu atravessar em meio a dois postes
situados em duas cidades diferentes.

> Ou seja, se o seu momento pode ser alterado pelos comprimentos
> caracteristicos do obstáculo, ou não.

Como se considera uma natureza dual, momento (qtdade de movimento)
e comprimento de onda podem ser intercambiaveis.
A questao e' q. quantidade de movimento nao cria
regioes de interferencia destrutiva qdo objetos viajam
um a um.

> Ai nã à escalas. Apenas ha distancia do centro de massa a um ponto.
> E o "centro de massa" por definição é um ponto.
> E pontos não tem "comprimento"

Claro q. ha' escalas. Podemos pensar em
centro de massa apenas se o tamanho dos objetos
considerados forem despreziveis em relacao
'a distancia. O efeito das mares -- q. e' um
fenomeno gravitacional -- depende da escala.

No caso em questao, a escala se da' em
relacao ao comprimento de onda associado.

Mas sao as mesmas 'leis' em acao.

> >A TF nao depende. Mas a sua aplicabilidade
> >para uma situacao depende.
>
> Como disse antes, tal não é verdade.
> Eu não preciso d hipotese "onda" para verificar que o resultado e´
> o padrão de fourier.

Pra verificar nao. Mas pra explicar sim.
Eu nao preciso saber se um objeto possui ligacoes
intermoleculares fracas ou fortes para medir
sua resistencia 'a tracao. Mas para explicar
uma quebra facil eu tenho q. inferir q. as ligacoes
entre suas moleculas sao fracas -- ou q. existem
regioes de fragilidade. Eu nao posso concluir q.
sao fortes as ligacoes entre as moleculas de um
objeto q. se quebre facilmente. Nao posso concluir
q. seja corpuscular a natureza de um objeto q.
gere um padrao de interferencia.

> Só preciso de uma coisa p = h/distancia
> E isso é dado pela propria mat de fourier.

Q. so' funciona se o objeto e' uma onda.

> >> Você sabe então que ela tem várias trajectorias, e que uma delas
> >> foi que ela realmente usou, mas qual foi, vc não sabe.
>
> >Q. e' o q. se chama de variavel oculta.
>
> Não. Não é. Tlv queria rever isso.

"A.1 Hidden Variable Theories

The hidden variable alternatives to the formalism of quantum
mechanics (Belinfante, 1973; Jammer, 1974) have been aimed primarily
at the problems of completeness and predictivity (see Sections 2.5
and 2.6) and have conventionally started from the assumption of
locality. By asserting the existence of unobserved variables which
would eliminate the indeterminacy of quantum mechanics if their
values were known, they have attempted to demonstrate that quantum
mechanics is an incomplete theory.

Hidden variable theories are able to deal at some level with some of
the interpretational problems of Section 2 by avoiding SV collapse
through the use of deterministic hidden variables. The SV is treated
as an average and incomplete description of the system, and so
the "knowledge" issue does not arise. The Bell inequality experiments
have at a stroke invalidated all hidden variable theories which are
based on the locality assumption. While a hidden variable theory
could, in principle, be constructed which was nonlocal and compatible
with the Bell inequality experimental results, such a approach would
lose much of its intrinsic classical appeal and would run the risk of
conflicts with relativity and causality. It remains to be seen
whether any new hidden variable theory can successfully come to terms
with nonlocality, the experimental results, and the
relativity/causality dilemma."

http://www.npl.washington.edu/npl/int_rep/tiqm/TI_app.html#A.1

> Ele teve de ter uma. O teleporte do electrão não é uma solução
> aceitável. Não estou supondo nada mais do que posso.

Esta' supondo mais do q. pode. ('A sua maneira diria q.
vc nao prova q. nao houve teleporte. E eu nem estou pensando
em teleporte.)

> >So' q. particulas puras nao deveriam ter regioes
> >proibidas q. nao existiam antes pela simples
> >presenca de uma fenda pela qual nao passou.
>
> Mas pq ?
> É isso que gostaria que me explicasse.
> Isso está no mesmo nivel de afirmar que as probabildiades de 2
> dados devem ser as mesmas de a de 1 dado unico.

Por q. se eu lancar dois dados nao altera a probabilidade
de um dos dados dar um resultado q. daria normalmente.

O q. estou afirmando e' q. lancar dois dados nao deve
interferir na probabilidade de um dos dados dar um
resultado q. normalmente daria.

Digamos q. eu tenha um dado de 4 faces e outro de 6 --
ambos nao viciados. O dado de 4 faces nao pode deixar
de dar 1,2,3 e 4 nos lancamentos e nem passar a dar
5,6,7,8 ou 9.

Se e' um corpusculo, ele ira' passar por uma das fendas.
E em passando por uma das fendas, devera' seguir por
um dos caminhos q. seguiria normalmente se nao tivesse
a outra fenda.

> >A experiencia da dupla fenda mostra q. nao
> >sao particulas puras.
>
> Pois me diga como.

Ja' disse: a presenca de outra fenda -- pela qual
o eletron particula nao passou -- impede esse eletron
de seguir por um caminho q. normalmente (sem a
presenca da outra fenda) poderia seguir.

> O que queres dizer com isto. Podes dar ilustrações ?
> (eu posso sempre atribuir essa caracteristica. Trajectoria)

Eu ja' dei um exemplo:

Primeiro temos a fenda A e nao temos a fenda B.
Os eletrons passam pela fenda A e 10% deles atingem
a regiao X no anteparo. Lancamos 1.000.000 de eletrons
e 100.000 chegam 'a regiao X.

Agora temos a fenda B e nao temos a fenda A.
Os eletrons passam pela fenda B e nenhum atinge
a regiao X no anteparo. Lancamos 1.000.000 de
eletrons e 0 chega 'a regiao X.

Temos entao a fenda A e a fenda B. Metade dos eletrons
passam por A e a metade passa por B. Dos 500.000
eletrons q. passam por B nenhum atinge a regiao X.
Dos 500.000 eletrons q. passam por A, 50.000 deveriam
atingir a regiao X. Nao ocorre isso necessariamente.

> >Eu nao disse q. A e' onda. Eu disse q. A nao e' uma
> >particula pura e possui caracteristicas de onda.
>
> HA! então não é uma onda.
> Otimo. Concordamos nisso.

Eu disse isso desde o comeco.

> Agora, pq não é uma particula 'pura' ?

Por q. criam regioes de interferencia
destrutiva na experimento de Young -- mesmo
qdo passam um a um.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Ainda sobre Dualidade
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/04/2002 11:16

--- Em ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> escreveu
> Ou se quiser, pq as particulas não deveriam atingir os pontos que
> atingem, se fossem corpusculares ?

E' questao e' menos essa do q. esta:
- Em sendo particulas puras, por q. se criam regioes
q. elas nao podem atingir, qdo antes elas podiam alcanca'-las?

O q. e' q. a outra fenda esta' fazendo para impedir
as particulas q. passa por uma das fendas de chegar
a um ponto q. antes ela atingia?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Ainda sobre Dualidade
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/04/2002 12:22


> > >Vc nao esta' explicando. Apenas descrevendo a
> > >funcao associada. Existiriam em tese um numero
> > >infinitos de funcoes.
> >
> > PAra cada anteparo ha apenas uma função.
>
> Continua nao explicando. Sim, existe apenas uma
> funcao conhecida. E e' uma funcao tal (tto qto sabemos)
> q. so' pode corresponder a uma onda.

Estás confundindo as estações.
Estou falando da função que modela o padrão de fendas, naão da função
que modela o electrão.
Essa função é unica para cada padrão e é bem conhecida.
E não tem nada a ver com ondas.

> Objetos de
> natureza claramente corpuscular nao seguem
> esse padrao: balas de canhao atravessando janelas
> nao sofrem os fenomenos de difracao, de interferencia
> e quetais.

Já experimentou ?

> Ondas em psicinas sim -- dependendo da
> relacao entre seu tamanho e o da fenda.

As moleculas de água são muito mais pequenas que as fendas por onde
passa a água.
As bolas de canhão, não.
Não é comparável.
(ver mais à frente)

> > >Por q. so' uma deveria corresponder ao observado? E' por causa
da
> > >natureza do fenomeno.
> >
> > (...)
> > Não ha uma infinidade de funções possiveis para cada padrão de
> > fendas.
>
> Nao ha' por causa da natureza do processo.
>
> Por q. nao f(x) = x + a ou f(x) = x.a ou f(x) = x^a?

Estava falando do Padrão das fendas!
O qual nada tem a ver com ondas, nem com o processo.
E como já expliquei esse padrão é formado por funções básicas
(retangulo, circulo, etc) e deltas de dirac.
Nada disto tem a ver com ondas. É apenas a modelação do anteparo das
fendas.


> > OS momentos correspondentes, 'interferem' no espaço de fourier. E
o
> > resultado e´ transferido para o espaço na forma da respectiva TF.
>
> E isso revela a natureza ondulatoria do objeto.

Não revela nada.
Veja:
Um circuito electronico tem caracteristicas especificas no espaço de
frequencias.
A frequencia da corrente que entra no sistema vai interferir com as
frequencias caracteristicas desse sistema, alterando a corrente.


-Ii->[circuito, H]-Io->

I0 = H @Ii

H é a função de transferencia do circuito, @ é convolução
Esta descrição de "caixa negra" por se usada em qq sistema.
A TF de fourier é aplicada a cada parte e temos

F(I0) = F(H @ Ii) = F(H) * F(Ii)

Isto não tem nada a ver com ondas.

Este é o tipo de coisa q temos na experiencia das fendas.

os electroes entram e saiem com vectores de momento, diferentes pela
interacçao do seu momento original com os momentos caracteristicos do
anteparo. (momento são frequencias espaciais, lembrar isso)
A diferença do circuito electrico é que aqui são as frequencias
espaciais a operar e não as temporais.

Mas é explicável por uma simples analise de sinal.

> > Isso significa que o momento das particulas é muito maior que o
> > momento caracteristico do anteparo e portanto não haverá efeito
> > visivel.
>
> Novamente: isso revela q. nao depende apenas da fenda, mas
> tbm da caracteristica do q. passa pela fenda.

O padrão é o mesmo. A intensidade e localização é que podem ser um
pouco diferentes conforme a velocidade.
Se o padrao é um seno cardinal é sempre um seno cardinal.
Vc pode é não ver muitas franjas , mas isso é um questão de
intensidade.
E elas pode dispersar mais ou menos pois se vc varia o momento dos
elctrões, estará variando o resultado final por aquela relação ali em
cima.
Mas o padrão é o mesmo.

É o mesmo que ter um filtro electronico. Se vc variar a frequencia do
sinal de entrada, o sinal de saida mudará. E a forma como muda,
depente apenas do circuito em si e não da corrente.

Da mesma forma, os resultados aqui dependem apenas do anteparo.

> > Tudo o que vc disser com lambda eu posso dizer com momento.
> > E posso portanto relacionar o momento das particulas com as
> > distancias, sem precisar de nenhuma hipotese de onda.
>
> So' q. momentos (quantidade de movimento)
> nao criam regioes proibidas.

Porque não ?
Vc ainda não explicou isso.
Relembro que para uma unica fenda, tb existem zonas claro-escuro.
Portanto eu posso limitar o estudo a uma fenda só, pois o fenomeno do
claro-escuro não depende do numero de fendas.
(o que parece pelo texto é que vc acha que se eu tiver apenas uma
fenda não ha zonas claro-escuro)

> > Não se esqueça que é uma situação probabilistica.
> > E numa situação assim , as possibilidades sempre influenciam o
> > resultado. Ou seja, se vc estiver jogando com 1 dado é uma coisa,
> > de estiver jogando com 2 é outra.
> > As probabildiades individuais de cada dado são as mesmas, mas a
> > probabildiade ao jogar com 2 dados não a sobreposição das
> > probabilidades dos dados individuais.
>
> So' q. ao lancar dois dados eu nao proibo um dado de
> dar alguns dos resultados q. daria se lancado individualmente.

Pois não.
Mas está proibindo o resultado final de tomar valores iguais ao que
um dado sozinho daria. Com 2 dados nunca sai 1.
Além disso, e mais importante, vc está alterando as probabilidades.
Um 2 num unico dado tem 1/6 de prob , um 2 em 2 dados tem menos.

> > >Uma particula pura nao deveria ligar para a
> > >presenca ou nao de outra fenda pela qual nao
> > >passou.
> >
> > Isso pensa vc. Basta entender que se trata de uma situação
> > probabilistica para entender que as possibilidades não são como
> > julgas.
>
> A essa probabilidade especifica so' pode corresponder uma
> natureza ondulatoria.

Pq essa afirmação ?
A interacção dos electrons com a fenda não precisa dessa hipotese.
Como mostrei lá atrás a TF se aplica ao sinal e ao sistema sem
necessitar saber que tipo de funções serão. A TF serve para TODAS as
funções.

> Um eletron passa por A. Ele atinge o ponto xis. Temos a
> fenda B, o eletron passa por A -- ele nao pode deixar
> de ter a probabilidade de atingir o ponto xis, ja' q.
> passou pela fenda A.

Temos uma fenda. Qual é a probabilidade dele passar por ela ?
Admitamos que não é 1 , pois o electrão pode ter efeitos de retro-
scattering. E tb não é zero. Ele tem que passar por algum lado pois é
observado no alvo.

Digamos que ele tem uma probabilidade P(x,y) Onde x y são as
projectções no anteparo da trajectoria do electrão. Basicamente
pensemos num ponto.
Para a outra fenda, sozinha, terá a mesma probabilidade.

Mas tento duas fendas ele tem a probabilidade de passar por A OU por B
A probabiidade de passar por A ou por B depende tb de onde se
encontra a particula. Se a sua trajectoria é mais proxima de A é
natural que tenha mais probabilidade de passar por A. Chamaemos
P'(x,y) a esta probabilidade.
probabilidade de passar por uma das fendas é então
P'(x,y)*P(x,y).

Ora, as probabilidades para cada fenda são agora diferentes (pq tem
x,y diferentes).
E nao iguais, como vc parece supor.

E isto são as probabiidades de passar.
Depois dela passar, temos uma função de probabilidades Pa(x,y) da
particula acertar no algo em determinada posição.


> > >E' o q.
> > >ocorre q. define o padrao matematico e nao o
> > >contrario.
> >
> > Não. É exactamente esta a mensagem da MQ.
> > É o SISTEMA, as condições fronteira, que definem o que vai
> > acontecer. O sistema, neste caso as condições fronteira dependem
do
> > padrão das fendas.
>
> No sistema se inclui a natureza do q. vai
> passar pela fenda.

Depende o que vc chama "natureza". Se vc está falando do momento das
particulas, sim. Mas se está falando se elas são particulas ou ondas,
não.

> > Não basta fazer um aparelho à escala 1:20 do original.
>
> Exato. E o q. esta' funcionando como
> o numero de Reynolds (nao e' o Burt) e'
> o comprimento de onda associado.

Não só.
Os comprimentos caracteristicos das fendas tb.
Se abrir uma fenda muito grande em relação ao tamanho do feixe, ela
terá P muito pequeno. A interacção dos P será despresável e não
acontecerá nada.
Que é o que se observa. O feixe passa sem se perturbar.

> > >Eu tenho uma dimensao comparavel ao da porta. O
> > >eletron tbm tem um dimensao comparavel ao da fenda.
> >
> > Tem ?
> > Vc faz ideia de qual é o diametro aceitado como do electrão ?
>
> O raio classico e' de 2,8.10^-15m.
>
> O espaco entre os planos de acamamento atomico de um
> cristal de niquel e' de aproximadamente: 0,2 nm.

Ok, mas não é essa distancia que tem que comparar.
É com a largura das fendas.
Supondo uma largura de 1mm =10^-3 , tem 12 ordens de grandeza de
diferença.
mas mesmo com nm = 10^-9 teria 6 ordens de grandeza de diferença.

Ora se uma janela mede um metro, a bola de canhão teria de medir no
máximo 10^-6 m. = 0.001 mm
Obviamente uma bola de canhão não tem esse diametro.
Nem uma bala, que eu saiba.
E se vc diminuir o tamanho da fenda, terá de diminuir ainda mais o
tamanho dos objectos.

> Da' uma ordem de grandeza de 100.000. Eu continuo
> sem me difratar se eu atravessar em meio a dois postes
> situados em duas cidades diferentes.

usando sua altura , poderiamos estimar a abertura necessária.
Se vc metir 1.80 a abertura teria de medir 1.80x10^6 m = 1.8x10^3 km
1800 km ! Uau!

Não admira que vc não se difracte... onde ha buracos com esse tamanho?

> > Ou seja, se o seu momento pode ser alterado pelos comprimentos
> > caracteristicos do obstáculo, ou não.
>
> Como se considera uma natureza dual, momento (qtdade de movimento)
> e comprimento de onda podem ser intercambiaveis.
> A questao e' q. quantidade de movimento nao cria
> regioes de interferencia destrutiva qdo objetos viajam
> um a um.

Claro que sim. O feixe tem sensivelmente o mesmo P para todas as
particulas. Por isso todas sofrerão o efeito das fendas da mesma
forma.
E o P não depende se elas vão todas ao mesmo tempo ou uma a uma,
donde o efeito é o mesmo, viajem juntas ou não.
Tal como se observa

> Nao posso concluir
> q. seja corpuscular a natureza de um objeto q.
> gere um padrao de interferencia.

Pode. Pode, a partir do momento que se mostra que o padrão deriva de
muitas particulas passando pelo sistema, e não de um reforço de um
efeito que acontece sempre para todas elas.

Se vc enviasse uma só particula e mesmo assim o padrão se
manifestasse , embora muito fraco, pq poderia dizer que particulas
são ondas. Tal não acontece.

Portanto eu não preciso da hipotese das ondas.

> > Só preciso de uma coisa p = h/distancia
> > E isso é dado pela propria mat de fourier.
>
> Q. so' funciona se o objeto e' uma onda.

Não. É uma construçao matemática que funciona para qq função de qq
variável.

F(f(x))= integral de -inf a + inf de f(x)*exp(ikx)dk

se p=hk/2pi

F(f(x))= integral de -inf a + inf de f(x)*(h/2pi)*exp(ipx*2pi/h)dp

existe a hipotese p = hk/2pi = h / lambda.
Mas não tem nada ver com ondas. Apenas com frequencias!
E vc achará que apenas ondas têm frequencias.
Não. A teoria de Fourier diz-nos ecatamente que qq função pode ser
decomposta nas sua frequencias constituites. MESMO que não seja uma
onda.
O retangulo é um exemplo.

> > >> Você sabe então que ela tem várias trajectorias, e que uma
delas
> > >> foi que ela realmente usou, mas qual foi, vc não sabe.
> >
> > >Q. e' o q. se chama de variavel oculta.
> >
> > Não. Não é. Tlv queria rever isso.
>
> "A.1 Hidden Variable Theories

Não encontrei nada que mostrasse que saber que a particula teve uma
trajectoria seja uma indicação de varáveis ocultas.
Pode explicitar as passagens ?
Aquela que deste não diz nada sobre isso.


> > Ele teve de ter uma. O teleporte do electrão não é uma solução
> > aceitável. Não estou supondo nada mais do que posso.
>
> Esta' supondo mais do q. pode. ('A sua maneira diria q.
> vc nao prova q. nao houve teleporte. E eu nem estou pensando
> em teleporte.

Se houvesse teleporte o padrão existiria sem fenda nenhuma no meio
E tal não se verifica. Donde essa hipotese não é aceitável.


> O q. estou afirmando e' q. lancar dois dados nao deve
> interferir na probabilidade de um dos dados dar um
> resultado q. normalmente daria.

E nao interfere.
Mas vc não está observando isso. Vc está observado o resultado final
dos dois.
E esse resultado é completamente diferente.

> Digamos q. eu tenha um dado de 4 faces e outro de 6 --
> ambos nao viciados. O dado de 4 faces nao pode deixar
> de dar 1,2,3 e 4 nos lancamentos e nem passar a dar
> 5,6,7,8 ou 9.
>
> Se e' um corpusculo, ele ira' passar por uma das fendas.
> E em passando por uma das fendas, devera' seguir por
> um dos caminhos q. seguiria normalmente se nao tivesse
> a outra fenda.

Não. Pq a probabilidade de ele passar na fenda depende da presença da
outra fenda.

Simplesmente, se eu tiver 2 portas , mas uma porta estiver trancada e
eu tiver que passar para o outro lado, a probabilidade de passar pela
porta destrancada é 100%
Mas se tiver as mesmas duas portas destrancadas a probabilidade de
passar pela porta que passei antes é agora de 50%.
A probabilidade varia com a construção do sistema.
É isto que está em causa.
E isso não tem nada de estranho, ou oculto.

> > >A experiencia da dupla fenda mostra q. nao
> > >sao particulas puras.
> >
> > Pois me diga como.
>
> Ja' disse: a presenca de outra fenda -- pela qual
> o eletron particula nao passou -- impede esse eletron
> de seguir por um caminho q. normalmente (sem a
> presenca da outra fenda) poderia seguir.

O problema é que esse "normalmente" não existe.
Vc está à espera de algo que nunca poderia acontecer. Não admira que
vc precise de hipoteses mais esquesitas.

E tudo isto é independete da particula ser onda ou não.

> Temos entao a fenda A e a fenda B. Metade dos eletrons
> passam por A e a metade passa por B. Dos 500.000
> eletrons q. passam por B nenhum atinge a regiao X.
> Dos 500.000 eletrons q. passam por A, 50.000 deveriam
> atingir a regiao X. Nao ocorre isso necessariamente.

Pq as probbilidades mudam qd vc usa as duas fendas simultaneamente.
( da mesma forma que sair dois não tem a mesma prob se vc usar 1 ou 2
dados )
A sua logica perde o sentido quando chega ai.

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: contra��es de Lorentz
FROM: Nicolau Werneck <nwerneck@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/04/2002 13:03

Pra quem ficou curioso com o problema...

Parece que o caminho pra solução envolve analisar o
tempo que leva para a informação de que uma
extremidade da barra ultrapassou o buraco chegar até a
outar extremidade. ou seja, a propagação das
conseqüências de um evento, que não pode exceder a
velocidade da luz.

Se bem que nesse exato momento eu tive uma visão de
talvez não seja bem assim :)

argh, já estou grávido de tantas contrações!

++Nicolau



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SUBJECT: Re: Ainda sobre Dualidade
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/04/2002 13:21

--- Em ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> escreveu
> > Continua nao explicando. Sim, existe apenas uma
> > funcao conhecida. E e' uma funcao tal (tto qto sabemos)
> > q. so' pode corresponder a uma onda.
>
> Estás confundindo as estações.
> Estou falando da função que modela o padrão de fendas, naão da
> função que modela o electrão.

O padrao q. se forma so' pode ser explicado
em havendo uma natureza ondulatoria da particula.

> > Objetos de
> > natureza claramente corpuscular nao seguem
> > esse padrao: balas de canhao atravessando janelas
> > nao sofrem os fenomenos de difracao, de interferencia
> > e quetais.
>
> Já experimentou ?

Os cruzados e mouros ja'. Balas de canhao saem pelas bocas do canhao.
Assim como balas de pistolas tbm saem pela boca do cano. Nao
difratam. Se difratassem a probabilidade de alguem morrer com um tiro
seria bem menor.

> > Ondas em psicinas sim -- dependendo da
> > relacao entre seu tamanho e o da fenda.
>
> As moleculas de água são muito mais pequenas que as fendas por onde
> passa a água.
> As bolas de canhão, não.
> Não é comparável.
> (ver mais à frente)

Posso diminuir a passagem. Na verdade se espera q.
qto menor o objeto em relacao 'a fenda menor a acao
de difratacao e se for maior nao passa. Por isso
uma gaiola de Faraday com espacamentos de alguns
centimentros bloqueia certos sinais, difratam outros e
deixam passar sinais de frequencias mais altas como a luz.

O q. importa e' menos o tamanho da molecula de
agua do q. o comprimento de onda formada na
superificie da piscina.

> > Nao ha' por causa da natureza do processo.
> >
> > Por q. nao f(x) = x + a ou f(x) = x.a ou f(x) = x^a?
>
> Estava falando do Padrão das fendas!

E esse padrao e' observado por causa da
natureza do processo, na natureza do
objeto lancado.

Um jato de agua passando por uma fenda nao
difrata, mas ondas na superficie da agua,
sim.

> Nada disto tem a ver com ondas. É apenas a modelação do anteparo
> das fendas.

A modelacao depende da natureza do objeto. Se
fossem particulas o padrao esperado seria outro e
essa modelacao nao serviria.

> > E isso revela a natureza ondulatoria do objeto.
>
> Não revela nada.
> Veja:
> Um circuito electronico tem caracteristicas especificas no espaço
> de frequencias.
> A frequencia da corrente que entra no sistema vai interferir com as
> frequencias caracteristicas desse sistema, alterando a corrente.

Frequencia. Estamos falando em ondas.

> > Novamente: isso revela q. nao depende apenas da fenda, mas
> > tbm da caracteristica do q. passa pela fenda.
>
> O padrão é o mesmo. A intensidade e localização é que podem ser um
> pouco diferentes conforme a velocidade.

Ou seja o padrao muda.

> > So' q. momentos (quantidade de movimento)
> > nao criam regioes proibidas.
>
> Porque não ?
> Vc ainda não explicou isso.

Eu expliquei. Ele passa por uma das fendas, nao tem q.
ligar se existe ou nao outra fenda a ditar se pode
ou nao seguir um dado curso.

> Relembro que para uma unica fenda, tb existem zonas claro-escuro.
> Portanto eu posso limitar o estudo a uma fenda só, pois o fenomeno
> do claro-escuro não depende do numero de fendas.

So' q. a presenca de outra fenda cria uma interferencia
destrutiva.

> (o que parece pelo texto é que vc acha que se eu tiver apenas uma
> fenda não ha zonas claro-escuro)

Entao ou eu estou escrevendo muito mal -- mas o Mesquita parece
entender o q. eu escrevo -- ou vc nao esta' lendo direito.

Com uma fenda eu tenho uma dada faixa clara. Com outra fenda
eu tenho uma dada faixa escura q. se sobrepoem parcialmente
'a faixa clara da outra fenda. Com as duas fendas posso ter uma
regiao escura por causa da interferencia entre a faixa clara e a
escura.

> > So' q. ao lancar dois dados eu nao proibo um dado de
> > dar alguns dos resultados q. daria se lancado individualmente.
>
> Pois não.
> Mas está proibindo o resultado final de tomar valores iguais ao que
> um dado sozinho daria. Com 2 dados nunca sai 1.
> Além disso, e mais importante, vc está alterando as probabilidades.
> Um 2 num unico dado tem 1/6 de prob , um 2 em 2 dados tem menos.

Eu estou proibindo na medida em q. os eletrons deixam de
atingir um dado ponto q. podiam atingir antes. O 1/36 de chance
do 2 nos dois lances corresponderia a uma chance de 10% x 50% dos
eletrons do exemplo q. eu dei na mensagem anterior: 5% ou
50.000 eletrons em 1.000.000 -- so' q. acaba sendo nenhum. Isto
e', nao estou tendo uma independencia entre uma fenda e outra como
eu tenho nos dados.

> > A essa probabilidade especifica so' pode corresponder uma
> > natureza ondulatoria.
>
> Pq essa afirmação ?
> A interacção dos electrons com a fenda não precisa dessa hipotese.
> Como mostrei lá atrás a TF se aplica ao sinal e ao sistema sem
> necessitar saber que tipo de funções serão. A TF serve para TODAS
> as funções.

So' q. o eletron estaria interagindo com a fenda pela qual ele nao
passou.

> > Um eletron passa por A. Ele atinge o ponto xis. Temos a
> > fenda B, o eletron passa por A -- ele nao pode deixar
> > de ter a probabilidade de atingir o ponto xis, ja' q.
> > passou pela fenda A.
>
> Temos uma fenda. Qual é a probabilidade dele passar por ela ?
> Admitamos que não é 1 , pois o electrão pode ter efeitos de retro-
> scattering. E tb não é zero. Ele tem que passar por algum lado pois
> é observado no alvo.
>
> Digamos que ele tem uma probabilidade P(x,y) Onde x y são as
> projectções no anteparo da trajectoria do electrão. Basicamente
> pensemos num ponto.
> Para a outra fenda, sozinha, terá a mesma probabilidade.
>
> Mas tento duas fendas ele tem a probabilidade de passar por A OU
> por B. A probabiidade de passar por A ou por B depende tb de onde
> se encontra a particula. Se a sua trajectoria é mais proxima de A é
> natural que tenha mais probabilidade de passar por A. Chamaemos
> P'(x,y) a esta probabilidade.
> probabilidade de passar por uma das fendas é então
> P'(x,y)*P(x,y).
>
> Ora, as probabilidades para cada fenda são agora diferentes (pq tem
> x,y diferentes).
> E nao iguais, como vc parece supor.

Por mais diferentes q. sejam, nao deveria haver uma alteracao na
probabilidade de uma trajetoria dado q. ele passou por uma fenda
especifica.

E podemos fazer o experimento de tal modo q. as probabilidades
sejam iguais para passar por uma fenda ou outra.

> E isto são as probabiidades de passar.
> Depois dela passar, temos uma função de probabilidades Pa(x,y) da
> particula acertar no algo em determinada posição.

So' q. essa probabilidade e' alterada pela presenca da fenda pela
qual ele nao passou.

> particulas, sim. Mas se está falando se elas são particulas ou
> ondas, não.

Depende de se sao particulas ou ondas ou as duas coisas ou nenhuma
delas.

> Não só.
> Os comprimentos caracteristicos das fendas tb.

Da relacao entre o tamanho do comprimento de onda e
do tamanho da fenda. So' q. o tamanho da fenda e'
caracteristica da fenda. Entao nao tem nada de
errado na minha observacao de q. nao depende apenas
da fenda, mas tbm do q. passa por ela.

> Se abrir uma fenda muito grande em relação ao tamanho do feixe, ela
> terá P muito pequeno. A interacção dos P será despresável e não
> acontecerá nada.
> Que é o que se observa. O feixe passa sem se perturbar.

Bem, entao se fosse so' por isso (e nao e') deveria ser
eu a difratar ao passar por um porta do q. um eletron
pela fenda.

> Ora se uma janela mede um metro, a bola de canhão teria de medir no
> máximo 10^-6 m. = 0.001 mm
> Obviamente uma bola de canhão não tem esse diametro.

Bacterias tEm. E elas nao difratam ao passar pelas janelas.

> E se vc diminuir o tamanho da fenda, terá de diminuir ainda mais o
> tamanho dos objectos.

Na verdade nao. O comprimento de onda associada a um objeto e'
inversamento proporcional 'a massa do objeto -- utilizemos massa como
um indicador de tamanho. Qto maior o objeto menor o comprimento de
onda associado e menor o tamanho da fenda necessaria para difrata'-
lo. Por essa razao eu nao difrato ao passar por uma porta -- nao e'
porq. eu tenho um tamanho comparavel ao da porta, mas porq. a porta
tem um tamanho muito, mas muito maior do q. o comprimento de onda
associado ao meu tamanho.

> usando sua altura , poderiamos estimar a abertura necessária.
> Se vc metir 1.80 a abertura teria de medir 1.80x10^6 m = 1.8x10^3
> km 1800 km ! Uau!
>
> Não admira que vc não se difracte... onde ha buracos com esse
> tamanho?

O problema nao e' nao existam buracos tao gdes como esse (eles
existem), mas porq. nao existem buracos tao pequenos como os
associados ao meu comprimento de onda e eu nao passaria por ele de qq
maneira.

> Claro que sim. O feixe tem sensivelmente o mesmo P para todas as
> particulas. Por isso todas sofrerão o efeito das fendas da mesma
> forma.

So' q. isso nao poderia gerar regioes proibidas novas.

> Pode. Pode, a partir do momento que se mostra que o padrão deriva
> de muitas particulas passando pelo sistema, e não de um reforço de
> um efeito que acontece sempre para todas elas.

Muitas viajando um a um.

> Se vc enviasse uma só particula e mesmo assim o padrão se
> manifestasse , embora muito fraco, pq poderia dizer que particulas
> são ondas. Tal não acontece.

E se eu enviando as particulas um a um, nao criasse padroes de
interferencia destrutiva, poderia dizer q. sao particulas puras. Tal
nao acontece.

Assim, nao sao ondas nem particulas puras.

> > Q. so' funciona se o objeto e' uma onda.
>
> Não. É uma construçao matemática que funciona para qq função de qq
> variável.

Nao funciona para mim passando pela porta.

> Mas não tem nada ver com ondas. Apenas com frequencias!
> E vc achará que apenas ondas têm frequencias.
> Não. A teoria de Fourier diz-nos ecatamente que qq função pode ser
> decomposta nas sua frequencias constituites. MESMO que não seja uma
> onda.
> O retangulo é um exemplo.

Qual a frequencia constituinte de um feijao? Dira': feijao nao e' uma
funcao. Sim. Assim como particula nao e' uma funcao. A funcao e' um
descritor do fenomeno. Agora, o q. causa o fenomeno? Em parte sao as
propriedades dos subsistemas considerados. O fenomeno de difracao e
interferencia destrutiva devem ser explicados pela presenca de uma
natureza ondultoria.

> Não encontrei nada que mostrasse que saber que a particula teve uma
> trajectoria seja uma indicação de varáveis ocultas.
> Pode explicitar as passagens ?
> Aquela que deste não diz nada sobre isso.

Por q. estou atribuindo 'a particula um valor intrinseco q.
existe independentemente da observacao. Isso e' chamar pelas
variaveis ocultas.

> Se houvesse teleporte o padrão existiria sem fenda nenhuma no meio
> E tal não se verifica. Donde essa hipotese não é aceitável.

Se nao houvesse 'teleporte' eletrons nao poderiam saltar
para a sonda de um eletromicroscopio de varredura.

O 'teleporte' depende de como se espalha a funcao de onda. Se
ha' uma barreira sem fenda, a funcao de onda nao se espalha. Donde a
hipotese nao e' refutada.

> E nao interfere.
> Mas vc não está observando isso. Vc está observado o resultado
> final dos dois.
> E esse resultado é completamente diferente.

Nao. Eu posso marcar o resultado de cada dado e verificar q. o
resultado e' a sobreposicao (nao confunda sobreposicao com soma
simples) dos resultados individuais.

Duas fendas criam regioes q. nao sao atingidas, ainda q. com apenas
uma das fendas essa regiao pudesse ser atingida. Com dados isso nao
ocorre -- eu continuo tendo todas as possibilidades em cada dado de
modo independente.

> > Se e' um corpusculo, ele ira' passar por uma das fendas.
> > E em passando por uma das fendas, devera' seguir por
> > um dos caminhos q. seguiria normalmente se nao tivesse
> > a outra fenda.
>
> Não. Pq a probabilidade de ele passar na fenda depende da presença
> da outra fenda.

Estou dizendo *em passando* por uma das fendas. Isso nao e' dificil
de entender.

> Simplesmente, se eu tiver 2 portas , mas uma porta estiver trancada
> e eu tiver que passar para o outro lado, a probabilidade de passar
> pela porta destrancada é 100%
> Mas se tiver as mesmas duas portas destrancadas a probabilidade de
> passar pela porta que passei antes é agora de 50%.

So' q. se eu tiver uma armadilha por tras da porta 2. A presenca da
porta 1 nao ira' diminuir a chance de eu cair na armadilha, dado q.
eu passe pela porta 2.

Digamos. A armadilha e' 50% eficiente. Eu tenho 50% de chance de
passar pela porta 2. No total das vezes eu caio em 25% das vezes na
armadilha.

Se a chance de passar pela 2 for de 30%, entao 15% das vezes eu caio
na armadilha 2.

Mas nao posso passar pela 2 sem cair na armadilha.

> > Ja' disse: a presenca de outra fenda -- pela qual
> > o eletron particula nao passou -- impede esse eletron
> > de seguir por um caminho q. normalmente (sem a
> > presenca da outra fenda) poderia seguir.
>
> O problema é que esse "normalmente" não existe.

Esse normalmente existe. Qdo eu coloco apenas uma das fendas os
eletrons seguem esses caminhos. Se eu bloqueio a outra fenda, os
eletrons seguem esses caminhos. Se eu coloco as duas fendas, alguns
desses caminhos passam a ser proibidos e nao apenas com sua
probabilidade diminuida.

> > Temos entao a fenda A e a fenda B. Metade dos eletrons
> > passam por A e a metade passa por B. Dos 500.000
> > eletrons q. passam por B nenhum atinge a regiao X.
> > Dos 500.000 eletrons q. passam por A, 50.000 deveriam
> > atingir a regiao X. Nao ocorre isso necessariamente.
>
> Pq as probbilidades mudam qd vc usa as duas fendas simultaneamente.
> ( da mesma forma que sair dois não tem a mesma prob se vc usar 1 ou
> 2 dados )
> A sua logica perde o sentido quando chega ai.

Nao perde. Eu nao muda a probabilidade de em um dos dados sair 1, 2,
3, 4, 5 ou 6.

O q. vc esta' falando de alterar a probabilidade de sair 2,
corresponde exatamente 'a diminuica de 500.000 eletrons para 50.000
eletrons -- a probabilidade global caiu. E e' isso q. deveria ocorrer
se fossem particulas puras. Mas acontece algo muito estranho: tem
vezes q. a probabilidade cai a zero (ou abaixo da combinacao das
probabilidades de cada dado/fenda).

Seria como se a probabilidade de sair 2, ao inves de 1/36 (1/6 x
1/6), fosse para 0 (ou 1/46 ou 1/50, etc).

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Ataques do coração
FROM: "Esteban Lopez Moreno" <esteban@idhi.org.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, Rogério Favilla <rofavilla@uol.com.br>, "Pablo Ficas" <pafipi@eq.ufrj.br>
DATE: 10/04/2002 15:01

Mensagem enviada:
Ataques do coração:

(A) Os japoneses comem muito menos gordura e sofrem menos ataques do
coração do que os ingleses e os americanos.

(B) Por outro lado, os franceses comem uma quantidade muito maior de
gordura e também sofrem menos ataques do coração do que os ingleses e os
americanos.

(C) Os japonesese bebem muito menos vinho tinto e sofrem menos ataques do
coração do que os ingleses e os americanos.

(D) Os italianos bebem quantidades absurdas de vinho tinto e também sofrem
menos ataques do coração do que os ingleses e os americanos.

Conclusão: coma e beba o que quiser. É falar inglês que mata!



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Ainda sobre Dualidade
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/04/2002 15:52

The Feynman Double Slit
http://quantum.uos.ac.kr/quantum/The%20Feynman%20Double%20Slit.htm

The Two Slit Experiment
http://webug.physics.uiuc.edu/courses/Phys150/fall97/slides/lect22/sld
005.htm

Wave Particle Duality (Thought Experiments)
http://heppc16.ucsd.edu/ph130a/130a_notes/node35.html

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: TaleBush quer proibir qualquer tipo de clonagem
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/04/2002 16:16

Bush pede a proibição de todas as formas de clonagem nos EUA

da Folha Online

O presidente dos EUA, George W. Bush, pediu hoje a proibição de todas
as formas de clonagem, não apenas de experiências que teriam
objetivos reprodutivos, mas também das usadas para obter células-
tronco para encontrar curas para doenças graves.

http://www.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u6342.shtml



SUBJECT: Re: TaleBush quer proibir qualquer tipo de clonagem
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/04/2002 16:21

--- Em ciencialist@y..., "andrediasbaptista" <andrebaptista@u...>
> Bush pede a proibição de todas as formas de clonagem nos EUA

Eu sou contra a clonagem de carros, cartoes e afins.

Agora uma realizacao de cunho social de maior impacto
na historia da humanidade seria se fizessem um clone
da Gisele Bunchen para cada habitante masculino (e
um clone de George Clooney para para habitante feminino) --
nao estou falando de sexo biologico.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: contrações de Lorentz
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/04/2002 16:22

--- Em ciencialist@y..., Nicolau Werneck <nwerneck@y...> escreveu
> Parece que o caminho pra solução envolve analisar o
> tempo que leva para a informação de que uma
> extremidade da barra ultrapassou o buraco chegar até a
> outar extremidade. ou seja, a propagação das
> conseqüências de um evento, que não pode exceder a
> velocidade da luz.

O caminho e' esse mesmo. P.e.:

http://www.phys.virginia.edu/classes/252/srel_twins.html

O 'paradoxo' advem da nossa nocao de simultaneidade.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ainda sobre Dualidade
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/04/2002 18:09


>O padrao q. se forma so' pode ser explicado
>em havendo uma natureza ondulatoria da particula.

Então me explique , já que aceitou que a particula não é uma onda , que não
interfere consigo mesma, etc... agora me diz que a particual tem uma
natureza ondulatoria.
Cá para mim vc está usando o termo "ondulatoria" à falta de outro, para se
encaixar no que vc pensa que devia acontecer.

> >balas de canhao atravessando janelas
> > nao sofrem os fenomenos de difracao, de interferencia
> > e quetais.
>
>> Já experimentou ?

>Os cruzados e mouros ja'.

Não me parece...naquele tempo ninguem atirava balas de canhões pela
janela...


>O q. importa e' menos o tamanho da molecula de
>agua do q. o comprimento de onda formada na
>superificie da piscina.

Mas uma particula sozinha não tem "comprimento de onda formado à superficie"
A aanlogia não procede como já tinhamos visto.

> > Nao ha' por causa da natureza do processo.
> >
> > Por q. nao f(x) = x + a ou f(x) = x.a ou f(x) = x^a?
>
> Estava falando do Padrão das fendas!

>E esse padrao e' observado por causa da
>natureza do processo, na natureza do
>objeto lancado.

Entade que padrão das fendas é o padrão que se coloca no caminho do feixe!
Não é o padrão que se vê no alvo.
O padrão que poes na fentre do feixe é feito pro ti, como bem te apetecer e
não tem nada a ver com ondas.


>Um jato de agua passando por uma fenda nao
>difrata, mas ondas na superficie da agua,
>sim.

Se P= h /lambda, e obviamente as gotas de água estão se movendo, então o
fenomeno deveria acontecer da mesma forma.


> > E isso revela a natureza ondulatoria do objeto.
>
> Não revela nada.
> Veja:
> Um circuito electronico tem caracteristicas especificas no espaço
> de frequencias.
> A frequencia da corrente que entra no sistema vai interferir com as
> frequencias caracteristicas desse sistema, alterando a corrente.

>Frequencia. Estamos falando em ondas.

NÃO!
Um degrau de escada _| tem todas as frequencias que vc quiser, e não é uma
onda!

> > So' q. momentos (quantidade de movimento)
> > nao criam regioes proibidas.
>
> Porque não ?
> Vc ainda não explicou isso.

>Eu expliquei. Ele passa por uma das fendas, nao tem q.
>ligar se existe ou nao outra fenda a ditar se pode
>ou nao seguir um dado curso.

Mas quem lhe disse que isso tinha que ser assim ?
É isso que vc não explica. Ou seja, que provas vc tem que deveria acotnecer
dessa forma que descreves ?

> > So' q. ao lancar dois dados eu nao proibo um dado de
> > dar alguns dos resultados q. daria se lancado individualmente.
>
> Pois não.
> Mas está proibindo o resultado final de tomar valores iguais ao que
> um dado sozinho daria. Com 2 dados nunca sai 1.
> Além disso, e mais importante, vc está alterando as probabilidades.
> Um 2 num unico dado tem 1/6 de prob , um 2 em 2 dados tem menos.

Eu estou proibindo na medida em q. os eletrons deixam de
atingir um dado ponto q. podiam atingir antes.

Mas eles o podiam atingir para um dado esquema de frequencias. Quando vc
coloca os dosipadrões simultaneamente, vc está mudando esse esquema. E
logicamente o resultado não tem que ser aquele que esperas. Apenas tem que
respeitar a mesma regra. E essa regra é ditada pela TF.
E acontece que as mesmas regras aplicadas a esses padrões são resultados
diferentes.
É assim, o que vc quer fazer?
Instituir que teriam de ser iguais e inventar ai um comportamente
ondulatorio para explicar a sua invenção?
Ok, vc pode fazer isso. Mas isso não anula o facto de vc não precisar de o
fazer.

> Ora, as probabilidades para cada fenda são agora diferentes (pq tem
> x,y diferentes).
> E nao iguais, como vc parece supor.

>Por mais diferentes q. sejam, nao deveria haver uma alteracao na
>probabilidade de uma trajetoria dado q. ele passou por uma fenda
>especifica.

Mas não ha alteração da trajectoria. O electrão não passa para o outro lado
e pensa "deixa ver quantas fendas ha para ver por onde eu vou agora?"
A trajectoria dele é ineterrupta e determinada desde antes das fendas.

>E podemos fazer o experimento de tal modo q. as probabilidades
>sejam iguais para passar por uma fenda ou outra.

Podemos ? Meio dificil , as fendas ocupam sempre locais diferente do espaço.
Mas gostraria de saber como se pode fazer a probabilidade igual.

>> E isto são as probabiidades de passar.
>> Depois dela passar, temos uma função de probabilidades Pa(x,y) da
>> particula acertar no algo em determinada posição.

>So' q. essa probabilidade e' alterada pela presenca da fenda pela
>qual ele nao passou.

Acho que não estás a ver a coisa muito friamente.
Como já vimos a existencia de váris fendas altera a probabilidade da
particual passar por uam delas.
Portanto, a probabilidades já é aquela antes sequer de tu enviares o
primeiro electrão.
Das centenas de trajectorias provaveis, o electrão percorre uma.
E é só isso.

Essas trajectorias possiveis dependem do padrão das fendas e do momento do
electrão e como espero que vejas, o padrão no alvo de duas fendas no
anteparo é a sobreposição do padrão de cada fenda, exactamente da forma como
deve ser.
Eu gostaria mesmo que vc visse isso in loco para se convencer.


>> Se abrir uma fenda muito grande em relação ao tamanho do feixe, ela
>> terá P muito pequeno. A interacção dos P será despresável e não
>> acontecerá nada.
>> Que é o que se observa. O feixe passa sem se perturbar.

>Bem, entao se fosse so' por isso (e nao e') deveria ser
>eu a difratar ao passar por um porta do q. um eletron
>pela fenda.

??
Eu disse que nada acontecerá.
Se nada acotnecerá, não deves difractar-te, não.


>> Ora se uma janela mede um metro, a bola de canhão teria de medir no
>> máximo 10^-6 m. = 0.001 mm
>> Obviamente uma bola de canhão não tem esse diametro.

>Bacterias tEm. E elas nao difratam ao passar pelas janelas.

Já fez um canhão de bactérias ?
(lembre-se, se o momento for muito pequeno, nada acontece. Se deixar as
bacterias "à solta" no ar, é isso que acontecerá: baixo momento)

>> E se vc diminuir o tamanho da fenda, terá de diminuir ainda mais o
>> tamanho dos objectos.

>Na verdade nao. O comprimento de onda associada a um objeto e'
>inversamento proporcional 'a massa do objeto -- utilizemos massa como
>um indicador de tamanho.

Está esquecendo duas coisas. 1) A densidade. 2) a velocidade

o momento é proprocional à massa, tudo bem. Mas a massa não é proprocional
ao tamanho (quanto maior mais pesado) Por outro lado massas diferentes e
velocidades diferentes podem resultar no mesmo momento e portanto lambda.

>Qto maior o objeto menor o comprimento de
>onda associado e menor o tamanho da fenda necessaria para difrata'-
>lo.

Não necessáriamente.
O resto do pensamento não procede.

> usando sua altura , poderiamos estimar a abertura necessária.
> Se vc metir 1.80 a abertura teria de medir 1.80x10^6 m = 1.8x10^3
> km 1800 km ! Uau!
>
> Não admira que vc não se difracte... onde ha buracos com esse
> tamanho?

>O problema nao e' nao existam buracos tao gdes como esse (eles
>existem),

Até podem existir, mas cadê as pessoas parar atirar por dentro deles ?
Vai ver que se fizer isso,. terá um padrão de dispersão.

>> Claro que sim. O feixe tem sensivelmente o mesmo P para todas as
>> particulas. Por isso todas sofrerão o efeito das fendas da mesma
>> forma.

>So' q. isso nao poderia gerar regioes proibidas novas.

Mas o objectivo era responder à sua questão de como isso explica que o
processo seja o mesmo haja muitas ou haja poucas particulas a passar.
E o que significa "novas" ?

> Se vc enviasse uma só particula e mesmo assim o padrão se
> manifestasse , embora muito fraco, pq poderia dizer que particulas
> são ondas. Tal não acontece.

>E se eu enviando as particulas um a um, nao criasse padroes de
>interferencia destrutiva, poderia dizer q. sao particulas puras. Tal
>nao acontece.

Fazer o quê ?... vc não entende aquilo que está no alvo não é padrão de
interferencia de ondas pq quando enviamos um electrão ele bate apenas em um
ponto.

>O fenomeno de difracao e
>interferencia destrutiva devem ser explicados pela presenca de uma
>natureza ondultoria.

pois podem.
Mas devem ?
Cientificamente, não devem enquanto não for mostrado que essa natureza
existe / é a unica solução.
E nenhuma destas foi provada.

>> Não encontrei nada que mostrasse que saber que a particula teve uma
>> trajectoria seja uma indicação de varáveis ocultas.
>> Pode explicitar as passagens ?
>> Aquela que deste não diz nada sobre isso.

>Por q. estou atribuindo 'a particula um valor intrinseco q.
>existe independentemente da observacao. Isso e' chamar pelas
>variaveis ocultas.

Mas eu não estou atribuido valor nenhum a nada quando digo que o electrão
tem uma trajectoria.
Estaria, se dissese qual é essa trajectoria. Coisa que eu já expliquei que
não pode fazer.

>> Se houvesse teleporte o padrão existiria sem fenda nenhuma no meio
>> E tal não se verifica. Donde essa hipotese não é aceitável.

>Se nao houvesse 'teleporte' eletrons nao poderiam saltar
>para a sonda de um eletromicroscopio de varredura.

Vc está confundindo teleporte com efeito tunel.
O efeito tunel que é isso que descreves nas pontas do microscopio
caracteriza-se pela probabilidade que existe do electrão passar para o outro
lado _através_ da amostra

O teleporte é passar pelo outro lado sem passar pelo meio. é passar para o
outro lado sem ser _através_

No efeito tunel existe uma trajectoria , no teleporte não.
Vc colocou em duvida que existisse uma trajectoria.
E eu disse que a unica forma de não haver era por teleporte.
Hipotese essa que é refutada pela experiencia.
Concluisse portanto que tem de haver uma trajectoria.

>> E nao interfere.
>> Mas vc não está observando isso. Vc está observado o resultado
>> final dos dois.
>> E esse resultado é completamente diferente.

>Nao. Eu posso marcar o resultado de cada dado e verificar q. o
>resultado e' a sobreposicao (nao confunda sobreposicao com soma
>simples) dos resultados individuais.

Não pode. É mostrado que assim que vc tenta saber por onde vai o electrão o
padrão desaparece.
Vc não tem forma de ver que os padrões de cada fenda continuam lá.
(aliás, eles não continuam lá)

> > Se e' um corpusculo, ele ira' passar por uma das fendas.
> > E em passando por uma das fendas, devera' seguir por
> > um dos caminhos q. seguiria normalmente se nao tivesse
> > a outra fenda.
>
> Não. Pq a probabilidade de ele passar na fenda depende da presença
> da outra fenda.

>Estou dizendo *em passando* por uma das fendas. Isso nao e' dificil
>de entender.

Não existe "em passando". O electrão não decide por onde vai depois de
passar.

(o dado era uma analogia para contradizer algumas das suas afirmações)

> Simplesmente, se eu tiver 2 portas , mas uma porta estiver trancada
> e eu tiver que passar para o outro lado, a probabilidade de passar
> pela porta destrancada é 100%
>> Mas se tiver as mesmas duas portas destrancadas a probabilidade de
>> passar pela porta que passei antes é agora de 50%.

>So' q. se eu tiver uma armadilha por tras da porta 2. A presenca da
>porta 1 nao ira' diminuir a chance de eu cair na armadilha, dado q.
>eu passe pela porta 2.

Claro. Com ou sem armadilha a probabildiade de passar por uma das portas é
50%


>Digamos. A armadilha e' 50% eficiente. Eu tenho 50% de chance de
>passar pela porta 2. No total das vezes eu caio em 25% das vezes na
>armadilha.
>
>Se a chance de passar pela 2 for de 30%, entao 15% das vezes eu caio
>na armadilha 2.

Claro.

>Mas nao posso passar pela 2 sem cair na armadilha.

Mas a armadinha é uma analogia do quê ?
Não estou a ver o que esperas.
Esperavas que armadilha mudasse as probabilidades de passar na porta ?
Apenas muda se souberes que ela está lá e poderes evitar pasar por ai.

> > Ja' disse: a presenca de outra fenda -- pela qual
> > o eletron particula nao passou -- impede esse eletron
> > de seguir por um caminho q. normalmente (sem a
> > presenca da outra fenda) poderia seguir.
>
> O problema é que esse "normalmente" não existe.

>Esse normalmente existe. Qdo eu coloco apenas uma das fendas os
>eletrons seguem esses caminhos. Se eu bloqueio a outra fenda, os
>eletrons seguem esses caminhos. Se eu coloco as duas fendas, alguns
>desses caminhos passam a ser proibidos e nao apenas com sua
>probabilidade diminuida.

E voltamos ao mesmo.
Ist so mostra que o processo é probabilistico.
Nâo mostra nenhum comportamento de onda.
E é isso que está em ciam da mesa. E é isso que está sendo refutado.

>O q. vc esta' falando de alterar a probabilidade de sair 2,
>corresponde exatamente 'a diminuica de 500.000 eletrons para 50.000
>eletrons -- a probabilidade global caiu. E e' isso q. deveria ocorrer
>se fossem particulas puras.

E é isso que acontece. não ?

> Mas acontece algo muito estranho: tem
>vezes q. a probabilidade cai a zero (ou abaixo da combinacao das
>probabilidades de cada dado/fenda).

Mas zero é um valor como outro qq.

>Seria como se a probabilidade de sair 2, ao inves de 1/36 (1/6 x
>1/6), fosse para 0 (ou 1/46 ou 1/50, etc).

Use 3 dados. Ela é zero agora.
O valor que ela tem é o que for. Não é o valor que está em causa.
É a explicação por meios probabilisticos.
O valor é o que as contas derem e a experiencia medir.

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda

"Às vezes a leitura é um modo engenhoso de evitar o pensamento"
A.Help- Historiador



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ainda sobre Dualidade
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/04/2002 18:10

----- Original Message -----
From: "rmtakata"
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, April 10, 2002 3:52 PM
Subject: [ciencialist] Re: Ainda sobre Dualidade

> The Feynman Double Slit
> http://quantum.uos.ac.kr/quantum/The%20Feynman%20Double%20Slit.htm

Pois é! O que é que *efetivamente* esse artigo nos mostra, em especial para
aqueles que não têm ojeriza da física clássica e acreditam num mundo no qual
a física quântica possa ser deixada para os historiadores da ciência como um
dos engodos do século XX?

Em primeiro lugar, Feynman demonstra o comportamento a ser esperado com uma
partícula clássica "macroscópica", ou seja, aquilo que nos acostumamos a
chamar por bolinha, e não exatamente uma partícula elementar (elemento do
microcosmo, seja ele clássico ou não). Nota-se também que Feynman não
despreza o efeito da fenda. Ou seja, em suas figuras está implícita a
interação entre a bolinha e as bordas da fenda, tanto que ocorre um efeito
semelhante à difração. E isto é bastante óbvio. Aliás, é o que observa-se a
toda hora assistindo-se um jogo de basquete. Se bem que no caso, observa-se
com as bolas que não entram na cesta (pois a redinha amortece esse efeito).
Ou seja, as bolas que não caem na cesta sofrem uma "difração por reflexão".
A cada vez que observamos a bola ela, após bater no aro, segue numa direção
diferente.

A seguir Feynman demonstra o que aprendeu com seu professor de física
ondulatória, uma ciência macroscópica em suas origens. E discorre sobre o
que todos estamos cansados de saber: a "difração ondulatória" ou difração
propriamente dita, algo observado com ondas reais, aquelas que necessitam de
um meio material para se propagar.

A seguir assume, de maneira não justificada, que uma partícula elementar
deveria se comportar de maneira semelhante às bolinhas clássicas e que uma
onda, mesmo aquelas definidas pelos físicos modernos (aquelas que não
necessitam de meio material para se propagar --e sabe-se lá o que seria
isso!) deveria se comportar de maneira semelhante às ondas da física
clássica. Ou seja, duas suposições em hipótese alguma justificadas.

É importante que se entenda que a física clássica dos livros, por questões
puramente operacionais, valoriza demais determinadas aproximações que "quase
sempre" dão certo, principalmente quando se estuda objetos macroscópicos.
Mas isso não retrata toda a física clássica e sequer a caracteriza. Isso não
é física clássica, isso são aproximações que dão certo. Física clássica é
muito mais do que isso.

Quando se estudam bolinhas clássicas, quase sempre desprezam-se os campos de
interações (a menos que estes se manifestem *macroscopicamente*). E no caso
das fendas esses efeitos não podem ser desprezados quando evoluímos para o
microcosmo.

Do ponto de vista macroscópico, e como implícito no artigo de Feynman,
existe apenas uma "difração" das bolinhas devida às trombadas (ou choque
macroscópico) entre elas e as bordas das fendas. Em nenhum momento ele se
refere a outra ação que não seja decorrente dessa trombada.

No microcosmo as coisas são totalmente diferentes. No microcósmico NÃO
EXISTEM trombadas, o que existem são ações a distância mediadas por "alguma
coisa" que, a exemplo de Newton, considero como imaterial. E esse agente
imaterial é o mesmo que se nos mostra como campos de interações (eu ia dizer
campo de forças mas em homenagem ao Léo que, com certa lógica, afirma que
isso não existe, optei por campo de interações). Ora, no estudo do
microcosmo não só não podemos desprezar esses campos, como também não
podemos nos esquecer de que eles são os agentes principais a gerarem as
famosas "difrações" observadas com partículas realmente elementares. Logo,
antes de alguém concluir que a física clássica não funciona, seria
interessante que utilizassem-se da verdadeira física clássica e não tão
somente de suas aproximações macroscópicas que dão certo em condições
diversas daquelas que se pretende estudar (microcosmo ou então requintes do
macrocosmo como, por exemplo, o desvio do perihélio de Mercúrio).

Por outro lado... O que são realmente elétrons? Para Feynman "electrons are
particles", pois "they have a well defined mass, electric charge, etc" (O
etc refere-se ao spin, conforma nota-se pela tabela ao lado da afirmação).
Mas... Será que elétrons são realmente isso? Seriam bolinhas macroscópicas
carregadas de fluido elétrico? O que é massa? O que é carga? O que é fluido
elétrico? O que é esse spin que não é giro? Qual foi a experiência a
demonstrar que essa massa, essa carga e esse spin "medidos" têm alguma coisa
a ver com as correspondentes entidades definidas em física clássica?

Isso é o mínimo que eu esperaria ouvir de alguém que utiliza esses termos a
seu bel prazer para concluir, por fim, que a física clássica não funciona.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ainda sobre Dualidade
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/04/2002 19:06


>Pois é! O que é que *efetivamente* esse artigo nos mostra, em especial para
>aqueles que não têm ojeriza da física clássica e acreditam num mundo no
qual
>a física quântica possa ser deixada para os historiadores da ciência como
um
>dos engodos do século XX?


Ao lero teu texto fiquei pensando... Até o Young fazer a sua hipotese
ondulatoria toda a gente (e com toda a gente refiro-me à maioria das pessoas
que estava sensibilizada para o problema) aceitava a hipotese de Newton que
a luz era formada por particulas (entidades individuais).

Mas Quando Young fez a experiencia e o Newton "se passou" pq não conseguia
rebater a posição de Young a sua posição foi derrotada e passou a vingar a
versão da luz ondulatoria.

Ok.
Mas cedo perceberam que se a luz era onda não era uma onda qq. Era uma onda
transversal, e mais que isso, era uma onda que Só podia ser transversal.
Acoplada à ideia de onda, veio a de "meio que ondula" e nasceu a ideia de
aether.
[uma asneira nunca vem so, costuma dizer]

A quebra do paradigma do aether veio com Eisntein. ele não o desprovou, mas
simplesmente não precisou dele para explicar as coisas.

Então a luz ficou sendo a "onda de nada" , que oscila, mas não tem nada que
oscile por ela.

Depois vieram as experinca de Young com coisas que não eram luz.
E como o observado foi o mesmo a mesma ideia foi utilizada, esquecendo que
essa ideia tinha dado péssimos resultados.
Se o electrão é onda, é onda de quê ? outher ?

Foram-se criando novos conceitos para "desculpar" o escolha de Young e
companhia. Tlv inocentemente foram-se inventado desculpas, paradoxos,
absurdos sem sentido e sem nexo, baseados em intrepetações incompletas das
experiencias. Com chamamentos ao senso comum em vez de conclusões claras ,
indescutiveis e sériamente esperimentadas.

Veremos o que acontece...

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda

"Às vezes a leitura é um modo engenhoso de evitar o pensamento"
A.Help- Historiador




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: TaleBush quer proibir qualquer tipo de clonagem
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/04/2002 21:53

No meu ponto de vista o Bush só deveria permitir clonagem dele mesmo. É o maior, o melhor, o the best, o supimpa. Ai sim, todo americano do norte, no futuro, seriam réplicas perfeitas do Bush atual. O Admirável Mundo Novo!
[]'
Léo
=============
-----Mensagem Original-----
De: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 10 de abril de 2002 16:21
Assunto: [ciencialist] Re: TaleBush quer proibir qualquer tipo de clonagem


--- Em ciencialist@y..., "andrediasbaptista" <andrebaptista@u...>
> Bush pede a proibição de todas as formas de clonagem nos EUA

Eu sou contra a clonagem de carros, cartoes e afins.

Agora uma realizacao de cunho social de maior impacto
na historia da humanidade seria se fizessem um clone
da Gisele Bunchen para cada habitante masculino (e
um clone de George Clooney para para habitante feminino) --
nao estou falando de sexo biologico.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Ataques do coração
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/04/2002 01:08

In ciencialist@yahoogrupos.com.br foi escrito:

>"Conclusão: coma e beba o que quiser. É falar inglês que mata!

Como os japoneses são os atuais campeões do cancer de estômago...
Pode-se concluir que falar japonês faz mal para a digestão e também mata ?

[ ]s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar







SUBJECT: Re: Ainda sobre Dualidade
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/04/2002 10:08

--- Em ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@n...> escreveu
> Cá para mim vc está usando o termo "ondulatoria" à falta de outro,
> para se encaixar no que vc pensa que devia acontecer.

Eu nao penso nada. Sou apenas um papagaio.

> Não me parece...naquele tempo ninguem atirava balas de canhões pela
> janela...

Nao ha' provas de q. nao tenham feito.

> >O q. importa e' menos o tamanho da molecula de
> >agua do q. o comprimento de onda formada na
> >superificie da piscina.
>
> Mas uma particula sozinha não tem "comprimento de onda formado à
superficie"
> A aanlogia não procede como já tinhamos visto.

A particula sozinha tem um comprimento de onda associado
muito pequeno. Se nao me engano ja' obtiveram efeitos
semelhantes com atomos em condicoes especiais.

> >E esse padrao e' observado por causa da
> >natureza do processo, na natureza do
> >objeto lancado.
>
> Entade que padrão das fendas é o padrão que se coloca no caminho do
> feixe! Não é o padrão que se vê no alvo.
> O padrão que poes na fentre do feixe é feito pro ti, como bem te
> apetecer e não tem nada a ver com ondas.

Eu estou a falar do padrao formado no anteparo.

> >Um jato de agua passando por uma fenda nao
> >difrata, mas ondas na superficie da agua,
> >sim.
>
> Se P= h /lambda, e obviamente as gotas de água estão se movendo,
> então o fenomeno deveria acontecer da mesma forma.

Nao assim. Por q. a caracteristica ondulatoria de
particulas massivas sao reduzidas -- lambda fica
incrivelmente pequeno.

O exemplo aqui e' apenas da importancia da
natureza do q. passa pelos feixes para a
observacao ou nao do fenomeno. A analogia
nao deve ser estendida demasiadamente.

> >Frequencia. Estamos falando em ondas.
>
> NÃO!
> Um degrau de escada _| tem todas as frequencias que vc quiser, e
> não é uma onda!

Uma escada nao oscila. (Bem a do meu predio sim... mas
foi porq. o Sergio Naya quem construiu.)

> >Eu expliquei. Ele passa por uma das fendas, nao tem q.
> >ligar se existe ou nao outra fenda a ditar se pode
> >ou nao seguir um dado curso.
>
> Mas quem lhe disse que isso tinha que ser assim ?
> É isso que vc não explica. Ou seja, que provas vc tem que deveria
> acotnecer dessa forma que descreves ?

Simplesmente porq. teria q. assumir q. a outra fenda esta'
emitindo um sinal para o eletron (ou outra 'particula').

> Apenas tem que respeitar a mesma regra. E essa regra é ditada pela
> TF.

E por q. TF?

> Instituir que teriam de ser iguais e inventar ai um comportamente
> ondulatorio para explicar a sua invenção?

Teria q. ser igual ja' q. ao passar por uma das fendas
a situacao e' igual. A menos q. a fenda emita algum
sinal para o eletron.

> Ok, vc pode fazer isso. Mas isso não anula o facto de vc não
> precisar de o fazer.

Se eu assumir q. a fenda emite um sinal para o eletron,
tudo bem -- outro gnomo q. incomadaria ao Mesquita.

> Mas não ha alteração da trajectoria. O electrão não passa para o
> outro lado e pensa "deixa ver quantas fendas ha para ver por onde
> eu vou agora?"
> A trajectoria dele é ineterrupta e determinada desde antes das
> fendas.

Olha a variavel oculta ai'... O q. as fendas fazem? Emitem sinais?

> Podemos ? Meio dificil , as fendas ocupam sempre locais diferente
> do espaço. Mas gostraria de saber como se pode fazer a
> probabilidade igual.

O emissor aponta para o ponto medio entre as fendas.

> >So' q. essa probabilidade e' alterada pela presenca da fenda pela
> >qual ele nao passou.
>
> Acho que não estás a ver a coisa muito friamente.
> Como já vimos a existencia de váris fendas altera a probabilidade da
> particual passar por uam delas.
> Portanto, a probabilidades já é aquela antes sequer de tu enviares o
> primeiro electrão.
> Das centenas de trajectorias provaveis, o electrão percorre uma.
> E é só isso.

So' q. os eletrons deixam de percorrer uma trajetoria q.
antes eles podiam percorrer. Digamos, antes em passando por A,
ele poderia seguir os caminhos I, II, III e IV. Em passando
por B (com o A indisponivel) ele poderia seguir os caminhos
V, VI, VII e VIII. Os caminhos IV e VIII atingiam um ponto
[Z] no anteparo. Agora, em tendo A e B disponiveis, os eletrons
nao atingem mais o ponto [Y]. Os caminhos IV e VIII ficaram
indisponiveis.

Posso alterar a probabilidade de passar por uma
das fendas o qto vc quiser -- desde q. nao seja
nula.

p(A) e' a probabilidade inicial do eletron passar
pela fenda A.

p(W), p(X), p(Y) e p(Z) sao as probabilidades do
eletron atingir os pontos [W], [X], [Y] e [Z] no
anteparo.

p(Z) e' o resultado da combinacao do eletron passar
por A e da probabilidade de seguir o caminho IV dado
q. passou por A - p[IV/A].
p(Z) = p(A) x p(IV/A). E assim com os outros.

O q. vc esta' falando e' q. p(A) e' alterado. Digamos
p(A)'. Tudo bem, e' o q. eu defendo tbm.

Em alterando p(A)', p(Z) tbm deve ser alterado para p(Z)'.
Tudo bem, ate' aqui.

So' q. eu sei q. p(A)' nao e' nula -- ja' q. p(W), p(X) e
p(Y) nao sao nulos. Mas como p(Z) e' nula, isso significa q.
p(IV/A) e' nula.

O estranho nao e' a alteracao de p(A) e de p(Z), mas
a alteracao de p(IV/A).

> Eu gostaria mesmo que vc visse isso in loco para se convencer.

Eu ja' vi cara palida. Ja' fiz experimentos com
fotons (laser) e eletrons -- claro nao eu exatamente
a mexer no equipamento. Tivemos isso em Fisica Basica.
A gente tinha q. tirar as medidas dos padroes de interferencia.

E em meio a faixas preexistentes passava a haver
faixas escuras q. antes nao existiam.

> >> Se abrir uma fenda muito grande em relação ao tamanho do feixe,
ela
> >> terá P muito pequeno. A interacção dos P será despresável e não
> >> acontecerá nada.
> >> Que é o que se observa. O feixe passa sem se perturbar.
>
> >Bem, entao se fosse so' por isso (e nao e') deveria ser
> >eu a difratar ao passar por um porta do q. um eletron
> >pela fenda.
>
> ??
> Eu disse que nada acontecerá.
> Se nada acotnecerá, não deves difractar-te, não.

Vc disse q. nada acontecera' se o objeto
for muito menor do q. a fenda. Eu nao
sou muito pequeno em relacao 'a porta.
Se fosse so' por isso eu deveria sim
me difratar. Felizmente nao e' so'
isso o q. importa.

> >Bacterias tEm. E elas nao difratam ao passar pelas janelas.
>
> Já fez um canhão de bactérias ?
> (lembre-se, se o momento for muito pequeno, nada acontece. Se
> deixar as bacterias "à solta" no ar, é isso que acontecerá: baixo
> momento)

Se o momento (qtdade de movimento) for pequeno ai' sim q.
deveria ocorrer a difracao -- haveria
maior influencia da borda da janela.

Nos eletrons, qto maior a velocidade
menor o desvio. Qto menor a quantidade de
movimento, maior a caracteristica
ondulatoria do objeto.

(O q. ocorre e' q. a massa da bacteria
ainda e' muito grande em relacao 'a velocidade
de dispersao -- o q. confere um comprimento
de onda associado muito pequeno em relacao
'a janela.)

> >> E se vc diminuir o tamanho da fenda, terá de diminuir ainda mais
o
> >> tamanho dos objectos.
>
> >Na verdade nao. O comprimento de onda associada a um objeto e'
> >inversamento proporcional 'a massa do objeto -- utilizemos massa
como
> >um indicador de tamanho.
>
> Está esquecendo duas coisas. 1) A densidade. 2) a velocidade
>
> o momento é proprocional à massa, tudo bem. Mas a massa não é
proprocional
> ao tamanho (quanto maior mais pesado) Por outro lado massas
diferentes e
> velocidades diferentes podem resultar no mesmo momento e portanto
lambda.

Donde nao se segue q. se eu diminuir o tamanho da
fenda eu terei q. diminuir ainda mais o tamanho
dos objetos. (A menos de fazer com q. eles possam
passar pela fenda. Mas no q. se refere a exibirem
caracteristicas ondulatorias, nao.)

So' por questao de claridade. Vc acredita mesmo
no q. esta' dizendo ou esta' a tirar-me uma da
cara?

> >Qto maior o objeto menor o comprimento de
> >onda associado e menor o tamanho da fenda necessaria para difrata'-
> >lo.
>
> Não necessáriamente.
> O resto do pensamento não procede.

Nao necessariamente, mas para uma aproximacao procede.
Em especial para refutar a sua afirmacao de q. o objeto tem
q. ser menor para uma fenda menor.

> Até podem existir, mas cadê as pessoas parar atirar por dentro
deles ?
> Vai ver que se fizer isso,. terá um padrão de dispersão.

Nao. Como dito, o tamanho de fenda associado 'a
nossa quantidade de movimento teria q. ser muito,
muito pequena. E nao muito, muito grande.

A fenda tem q. ser mais ou menos do tamanho do
comprimento de onda associado ao objeto.

O comprimento de onda pode ser calculado pela
formula:

m.v = h/lambda

Reescrevendo em funcao de lambda:

lambda = h/(m.v)

Qto maior a massa, menor o lambda. Qto maior a
velocidade menor o lambda. Nossa massa e'
estupendamente maior do q. a do eletron. A
velocidade do eletron nesses experimentos
e' muito maior do q. a q. podemos desempenhar.
Mas no resultado final, a nossa quantidade
de movimento e' muito maior do q. a do eletron.

A massa de repouso do eletron e' de
1,67492716.10^-21 kg.

O eletron e' acelerado em um campo de
100.000 V.

Um eletron-Volt equivale a 1,6021.10^-19 Joule.

Assim a velocidade do eletron e' de cerca de:
4.373,83 m/s (1214,95 km/h).

(Bem, teria as compensacoes relativisticas,
mas nao compliquemos -- a velocidade nao sera'
muito diferente disso.)

A quantidade de movimento do eletron seria de:
7,33.10^-18 kg.m/s

Para um humano de 60 kg a inacreditaveis 1 cm/h:
1,67 kg.m/s

O lambda associado ao eletron seria de:
9,04.10^-17 m

O lambda associado a um humano seria de:
3,97.10^-34 m

> >So' q. isso nao poderia gerar regioes proibidas novas.
>
> Mas o objectivo era responder à sua questão de como isso explica
> que o processo seja o mesmo haja muitas ou haja poucas particulas a
> passar.
> E o que significa "novas" ?

Significa: q. nao existiam qdo apenas uma das fendas
estava disponivel.

> Fazer o quê ?... vc não entende aquilo que está no alvo não é
> padrão de interferencia de ondas pq quando enviamos um electrão ele
> bate apenas em um ponto.

Mas deixa de bater em certos pontos q.
antes poderia atingir.

> pois podem.
> Mas devem ?
> Cientificamente, não devem enquanto não for mostrado que essa
> natureza existe / é a unica solução.
> E nenhuma destas foi provada.

E' a hipotese zero q. se salva. Se eu quiser q. seja
particula de qq jeito terei q. supor q. as fendas
emitem sinais -- o q. esta' menos provado ainda.

Conquanto, pois, nao se encontre uma explicacao
corpuscular para a interferencia destrutiva assumimos
a explicacao ondulatoria.

> Mas eu não estou atribuido valor nenhum a nada quando digo que o
> electrão tem uma trajectoria.

Esta' sim. Apenas diz q. nao se sabe qual e' esse valor. Mas q.
ele existe, existe. Isso e' variavel oculta.

> >Se nao houvesse 'teleporte' eletrons nao poderiam saltar
> >para a sonda de um eletromicroscopio de varredura.
>
> Vc está confundindo teleporte com efeito tunel.
> O efeito tunel que é isso que descreves nas pontas do microscopio
> caracteriza-se pela probabilidade que existe do electrão passar
> para o outro lado _através_ da amostra

O eletron nao passa atraves da amostra no efeito tunel. Ele
salta da superficie da amostra para a sonda. Seria um feito
notavel se criarem um microscopio de varredura de profundidade.

> No efeito tunel existe uma trajectoria , no teleporte não.
> Vc colocou em duvida que existisse uma trajectoria.
> E eu disse que a unica forma de não haver era por teleporte.
> Hipotese essa que é refutada pela experiencia.
> Concluisse portanto que tem de haver uma trajectoria.

Nao conclui nada disso. No efeito tunel, o eletron
teria q. passar por uma regiao proibida. Os quanticos
explicam isso com a hipotese de q. o eletron
simplesmente nao passa pela regiao proibida. Saltos
quanticos teriam essa natureza.

> >Nao. Eu posso marcar o resultado de cada dado e verificar q. o
> >resultado e' a sobreposicao (nao confunda sobreposicao com soma
> >simples) dos resultados individuais.
>
> Não pode. É mostrado que assim que vc tenta saber por onde vai o
> electrão o padrão desaparece.
> Vc não tem forma de ver que os padrões de cada fenda continuam lá.
> (aliás, eles não continuam lá)

Se eu nao pudesse ver q. os padroes de cada fenda continuam la',
eu nao poderia concluir q. "aliás, eles não continuam lá". Não
importa a trajetória, importa o padrão exibido no anteparo -- é
a única coisa q. eu posso ver, medir.

> >Estou dizendo *em passando* por uma das fendas. Isso nao e' dificil
> >de entender.
>
> Não existe "em passando". O electrão não decide por onde vai depois
> de passar.

Ele não decide. Mas em sendo particula ele teria uma probabilidade de
ir por esse ou aquele caminho. Claro q. existe "em passando" -- pelo
menos admitindo-se q. ele seja particula pura. Por q. ou ele passa
por uma fenda ou ele passa por outra -- não importa a probabilidade
de cada evento. Alguns passarão por uma fenda, outros passarão por
outra fenda. E dado um número suficiente de elétrons, uma fração irá
passar por uma fenda e outra fração irá por outra de acordo com a
probabilidade de ir para uma ou outra fenda (não importa se é meio a
meio, 99% a 1% ou 100% a 0%). Os q. passam pela fenda A, não deveria
se importar com os caminhos da fenda B, apenas com os caminhos da
fenda A. Os q. passam pela B, apenas com os caminhos da fenda B.

> >So' q. se eu tiver uma armadilha por tras da porta 2. A presenca da
> >porta 1 nao ira' diminuir a chance de eu cair na armadilha, dado q.
> >eu passe pela porta 2.
>
> Claro. Com ou sem armadilha a probabildiade de passar por uma das
portas é
> 50%
>
>
> >Digamos. A armadilha e' 50% eficiente. Eu tenho 50% de chance de
> >passar pela porta 2. No total das vezes eu caio em 25% das vezes na
> >armadilha.
> >
> >Se a chance de passar pela 2 for de 30%, entao 15% das vezes eu
caio
> >na armadilha 2.
>
> Claro.
>
> >Mas nao posso passar pela 2 sem cair na armadilha.
>
> Mas a armadinha é uma analogia do quê ?
> Não estou a ver o que esperas.
> Esperavas que armadilha mudasse as probabilidades de passar na
porta ?
> Apenas muda se souberes que ela está lá e poderes evitar pasar por
ai.

So' q. com os eletrons ocorre isto: eles não caem na armadilha. E
alguns certamente estão passando pela porta 2.

A armadilha e' uma analogia com os caminhos q. os eletrons podem
seguir ao passar pela porta.

> >Esse normalmente existe. Qdo eu coloco apenas uma das fendas os
> >eletrons seguem esses caminhos. Se eu bloqueio a outra fenda, os
> >eletrons seguem esses caminhos. Se eu coloco as duas fendas, alguns
> >desses caminhos passam a ser proibidos e nao apenas com sua
> >probabilidade diminuida.
>
> E voltamos ao mesmo.
> Ist so mostra que o processo é probabilistico.
> Nâo mostra nenhum comportamento de onda.
> E é isso que está em ciam da mesa. E é isso que está sendo refutado.

Isso não mostra q. o processo e' probabilistico em seu sentido
corpuscular porq. ao combinar uma probabilidade P1 não nula com um
probabilidade P2 não nula eu obtenho uma probabilidade P3 nula -- os
caminhos proibidos q. antes não existiam.

>
> >O q. vc esta' falando de alterar a probabilidade de sair 2,
> >corresponde exatamente 'a diminuica de 500.000 eletrons para 50.000
> >eletrons -- a probabilidade global caiu. E e' isso q. deveria
ocorrer
> >se fossem particulas puras.
>
> E é isso que acontece. não ?

Não. Não em todos os casos q. deveria ocorrer. Tem regiões q.
correspondem a sobreposição de uma faixa clara com uma escura q.
simplesmente resulta em uma faixa escura. Tem regiões claras
combinadas com claras q. resultam em escura.

> > Mas acontece algo muito estranho: tem
> >vezes q. a probabilidade cai a zero (ou abaixo da combinacao das
> >probabilidades de cada dado/fenda).
>
> Mas zero é um valor como outro qq.

Não como produto de outros valores não nulos.

>
> >Seria como se a probabilidade de sair 2, ao inves de 1/36 (1/6 x
> >1/6), fosse para 0 (ou 1/46 ou 1/50, etc).
>
> Use 3 dados. Ela é zero agora.
> O valor que ela tem é o que for. Não é o valor que está em causa.
> É a explicação por meios probabilisticos.
> O valor é o que as contas derem e a experiencia medir.

Ela cai a zero mesmo com dois dados no caso dos eletrons.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: [RN] DIVULGACAO CIENTIFICA
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/04/2002 12:40

OBSERVATORIO DA IMPRENSA, 10-04-2002

FÔLEGO NOVA NA DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA

Ulisses Capozoli

A primeira questão envolvendo a divulgação científica, que inclui o
jornalismo científico, é que o assunto entrou na moda e atrai levas
de aventureiros. Por conveniência, oportunismo, carreirismo, ou tudo
isso junto, gente que nunca escreveu uma linha sobre ciência da noite
para o dia virou especialista na área. O resultado dessa "ofensiva"
tem se revelado tanto em encontros para debates envolvendo divulgação
de ciência quanto na oferta de cursos de pós-graduação. (e)

http://www.observatoriodaimprensa.com.br/ofjor/ofc100420021.htm

[]s,

Roberto Takata





SUBJECT: Re: Ainda sobre Dualidade
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/04/2002 13:52


> > Não me parece...naquele tempo ninguem atirava balas de canhões
pela
> > janela...
>
> Nao ha' provas de q. nao tenham feito.

Exacto. Não ha provas de nada.
O exemplo não procede.

> > >Frequencia. Estamos falando em ondas.
> >
> > NÃO!
> > Um degrau de escada _| tem todas as frequencias que vc quiser, e
> > não é uma onda!
>
> Uma escada nao oscila.

Pois. É ai que existe uma lacuna no seu entendimento do que
significa "frequencia"
Uma função pode ter muitas frequencias e nao oscilar.

Frequencia é,em traços largos, apenas o inverso do tamanho.
mas a mat da TF explica com maior rigor o que é "frequencia"

> > >Eu expliquei. Ele passa por uma das fendas, nao tem q.
> > >ligar se existe ou nao outra fenda a ditar se pode
> > >ou nao seguir um dado curso.
> > (..)
> > É isso que vc não explica. Ou seja, que provas vc tem que deveria
> > acotnecer dessa forma que descreves ?
>
> Simplesmente porq. teria q. assumir q. a outra fenda esta'
> emitindo um sinal para o eletron (ou outra 'particula').

Teria ? Pq teria ?

> > Apenas tem que respeitar a mesma regra. E essa regra é ditada
pela
> > TF.
>
> E por q. TF?

A TF permite descrever qq função por uma outra função num espaço
matemático diferente. Chamado Espaço de Fourier, de Frequencia ou de
Fase. A relação entre as duas é univoca, e a TF tem uma serie de
propriedades que permitem manter a informaçao apos a transformação (o
espaço de Hilbert pode ser ortonormado).
A forma dessa nova função (chamada a transformada de fourier, da
primeira) simplifica a análise a qual não poderia ser feita na função
no espaço normal.

Por exemplo. Se vc tiver dados indicando o numero de manchas solares
conforme os anos isso não lhe será de grande utilidade.
Mas calculando a TF desses dados , ficará a saber as frequencias
caracteristicas do fenomeno. As quais são importantes para os modelos
descritivos desse fenomeno (que hoje em dia nao explicam grande coisa)

Passar ao espaço de frequencia é mais natural pois é nele que se dão
as verdadeiras interações entre os fenomenos e dai a sua grande
importancia.
Por exemplo o fenomeno de ressonancia é explicado de forma simples no
espaço de fourier, e completamente irrealizável no espaço real.

E como já foi dito algures aqui: a fisica resume a osciladores
harmonicos.

E o grande passo (não tão grande assim,mas ok) da fisica moderna é
colocar o momento no espaço de fourier fazendo p = Hk (H é a
constante de Plank dividido por 2pi) e a energia E=hf
Ou seja, deixar de pensar na energia e no momento como variáveis no
mesmo espaço que x e t, mas noutro espaço. O de fases.
Isto já é feito em Mecaninca Geral.
Mas as experiencias e as hipoteses modernas, apresentam-nos uma forma
de passar de umas para outras de forma simples.

Assim a função do espaço e do tempo f(x,t) passa a ser uma função F
(p,E) com a qual é muito mais facil de trabalhar.


> > Podemos ? Meio dificil , as fendas ocupam sempre locais diferente
> > do espaço. Mas gostraria de saber como se pode fazer a
> > probabilidade igual.
>
> O emissor aponta para o ponto medio entre as fendas.

isso não daria probabilidade igual.
Os electros viajando na periferia do feixe teriam mais probabidiade
de passar por A (ou B) conforme a sua distancia a A (ou B).

> > >So' q. essa probabilidade e' alterada pela presenca da fenda pela
> > >qual ele nao passou.
> >
> > Acho que não estás a ver a coisa muito friamente.
> > Como já vimos a existencia de váris fendas altera a probabilidade
da
> > particual passar por uam delas.
> > Portanto, a probabilidades já é aquela antes sequer de tu
enviares o
> > primeiro electrão.
> > Das centenas de trajectorias provaveis, o electrão percorre uma.
> > E é só isso.
>
> So' q. os eletrons deixam de percorrer uma trajetoria q.
> antes eles podiam percorrer.


Simplesmete pq essa trajectoria não está lá mais.
Analogicamente, se vc precorre um estrada, vc só precorre o caminho
disponibilizado por ela.
Se mudarem a estrada vc fará outra trajectoria.
Quando vc muda de 1 para 2 fendas as trajectorias possiveis se
alteram pela simples alteração do padrão.

O electrão não tem culpa disso, tal como o condutor não tem culpa que
tenham feito obras e desviado a estrada. Ele limitase a percorrer o
caminho.
Numa portagem tem vários pontos por onde vc pode passar.
Qual é a lei que rege a sua escolha desses pontos ?
Essa escolha é aleatoria.
Vc ainda pode memorizar e passar sempre pela mesma, mas o electrão
não pode é puramente aleatorio.

Portanto , ele percorre uma trajectorias das N possiveis e pronto.
não ha nada estranho aqui.

A seu ver, pelo que entendo, o estranho está em que a trajectoria
mude. Mas ela muda pq vc mudou o sistema de fendas.

Naquele esquema da caixa negra,

-->[]-->

Aquilo que vc coloca à entrada é sempre o mesmo. São electrões com
momento determinado.
Se o resultado à saida é diferente é pq o sistema na caixa é
diferente.
Caso contrario, vc está abrindo a porta para violar todas as regras
da fisica mais básica.

se vc insere 2 no sistema e o resultado é 7 e vc insere uam sequencia
de 3 até 9 e obtem uma sequencia corespondente e volta a colocar 2, o
resultado tem de ser novamente 7.
Se não for é pq o sistema na caixa não é aquilo que se esperava
(estavel).

O que vc está dizendo é:
1) Sempre são enviados electroes com o mesmo momento (vamos supor
isto para simplificar)
2) quando eu meto 1 fenda o resultado é o padrão X
3) quando eu meto 2 fendas o resultado é o padrão Y

E eu lhe digo: Claro, vc está mudando o sistema, é claro que vai ter
que ter resultados diferentes.

num esquema matemático,

Padrão = Sistema de fendas * Particulas

Se as condições das particuas são as mesmas para diferentes sistemas
de fendas, conclui-se que se o padrão é diferente ele depende desse
sistema de fendas.
Se colocar o sistema Identidade ou seja , aquele que "não faz nada",
então o padrão que verá é da unica e exclusiva responsabilidade das
particulas.

sistema de fendas =1
Padrão = Particulas

Por outro lado, vc pode usar sempre o mesmo sistema de fendas e usar
condições das particulas diferentes (momento, angulo de incidencia,
etc). E ver o que acontece.

Mas nesse seu problema do "electrão que muda de trajectoria" é
simples de ver q se ele mudar é devido ao padrão de fendas e não a
ele mesmo, já que os electrões se assumem indestinguiveis e com
momento igual.


> Posso alterar a probabilidade de passar por uma
> das fendas o qto vc quiser -- desde q. nao seja
> nula.

Mas como eu disse, ela não é nula. Ela é apenas muito menor.
A intensidade da franjas negras não é zero. é apenas muito pouco para
poder ser medido, ou seja, seus olhos não tem capacidade de resolução
suficiente. Nem as cameras.

> > Eu gostaria mesmo que vc visse isso in loco para se convencer.
>
> Eu ja' vi cara palida. Ja' fiz experimentos com
> fotons (laser) e eletrons -- claro nao eu exatamente
> a mexer no equipamento. Tivemos isso em Fisica Basica.
> A gente tinha q. tirar as medidas dos padroes de interferencia.

então vc deve ter visto que
1) o laser era sempre o mesmo,regulado para uma mesma potencia e
comprimento de onda (momento).
2) que a intensidade das franjas claras era diferente quando vc metia
1 ou 2 fendas
3) que para uma fenda só, se formavam tb zonas claras intercaladas
com escuras, mas em que a intensidade decai muito , mas muito,
rapidamente com a distancia ao centro da zona clara.

Portanto, vc sabe que está sobrepondo , ao longo de cada dimensão do
alvo, funções de intensidade do tipo
Isen(kx)/kx

E como saberá a soma de dois senos pode-se converter no produto de
dois senos. O que explica pq vc vê intensidades diferentes no mesmo
ponto conforme o numero de pontos.

Essa parte é portanto simples.
A questão é concluir que a função é do tipo I sen(kx)/kx

E vc diria que precisa da hipotese das ondas para isso.
E eu espero ter-lhe mostrado que não precisa, pq isso é a TF directa
de um retangulo. Ou seja, é o resultado da interferencia no espaço de
frequencias. Tal como se msotra para um oscilador harmonico.

Portanto, esquemáticamente

Padrão = Sistem de fendas * Particulas

no caso é

I sen(kx)/kx = TF(retangulo) * Particulas

Se vc mudar para um padrão se cosenos terá

deltas de dirac = TF(cosenos) * Particulas

Acho que isto mostra evidentemente que o fenomeno dos escuros e
claros não depende das particulas.


> > >> Se abrir uma fenda muito grande em relação ao tamanho do
feixe,
> ela
> > >> terá P muito pequeno. A interacção dos P será despresável e não
> > >> acontecerá nada.
> > >> Que é o que se observa. O feixe passa sem se perturbar.
> >
> > >Bem, entao se fosse so' por isso (e nao e') deveria ser
> > >eu a difratar ao passar por um porta do q. um eletron
> > >pela fenda.
> >
> > ??
> > Eu disse que nada acontecerá.
> > Se nada acotnecerá, não deves difractar-te, não.
>
> Vc disse q. nada acontecera' se o objeto
> for muito menor do q. a fenda.

Não. Eu deixei o texto original para se poder ver.
Eu estou falando de janelas Grandes e momentos Pequenos.
Se o momento do objecto for menor que o momento caracteristico das
fendas, nada acontecerá.

Ou seja, se a frequencia espacial caracteristica do movimento do
objecto, for menor que a frequencia caracteristica do padrao de
fendas, nada acontecerá. (filtro passa-baixo)

Se for da mesma ordem ou maior, ai sim, acontecerá algo.


> > >> E se vc diminuir o tamanho da fenda, terá de diminuir ainda
mais
> o
> > >> tamanho dos objectos.
> >
> > >Na verdade nao. O comprimento de onda associada a um objeto e'
> > >inversamento proporcional 'a massa do objeto -- utilizemos massa
> como
> > >um indicador de tamanho.

(...)
> So' por questao de claridade. Vc acredita mesmo
> no q. esta' dizendo ou esta' a tirar-me uma da
> cara?

Sim, não me parece que a massa seja um indicador de tamanho.
nem de tamanho fisico, pq existe a densidade diferente, nem de
comprimento de onda, pq existe a velocidade.


> Qto maior a massa, menor o lambda. Qto maior a
> velocidade menor o lambda. Nossa massa e'
> estupendamente maior do q. a do eletron. A
> velocidade do eletron nesses experimentos
> e' muito maior do q. a q. podemos desempenhar.
> Mas no resultado final, a nossa quantidade
> de movimento e' muito maior do q. a do eletron.
>
> A massa de repouso do eletron e' de
> 1,67492716.10^-21 kg.

não:
9.109 381 88 x 10^-31 kg

e a carga é
1.602 176 462 x 10^-19 C

http://physics.nist.gov/cgi-bin/cuu/Value?me
http://physics.nist.gov/cgi-bin/cuu/Value?e

> O lambda associado ao eletron seria de:
> 9,04.10^-17 m
>
> O lambda associado a um humano seria de:
> 3,97.10^-34 m

supondo que os valores estavam certos... e dai ?
vc não usou a mesma velocidade, como vc quer comparar os comprimentos
de onda com a massa ?

Se vc está tendando mostrar que terão lambdas associados diferentes ,
isso já sabemos.

Se vc está tentando mostrar que passaria por uma das fendas pq seu
c.d.o é menor...lamento informá-lo que não vai conseguir.

Portanto o seu tamanho real, sim tem importancia na experiencia.
(até pq ele constitui uma outra frequencia. P=h/sua altura. )


> > Fazer o quê ?... vc não entende aquilo que está no alvo não é
> > padrão de interferencia de ondas pq quando enviamos um electrão
ele
> > bate apenas em um ponto.
>
> Mas deixa de bater em certos pontos q.
> antes poderia atingir.

Bom, mas esse antes não implica causalidade.
E é isso que parece que vc está assumindo.
Se ele bateu aqui uma vez, ele tem de bater aqui todas as vezes.
Ora, isso não tem que ser assim pq vc mudou o sistema!

> > pois podem.
> > Mas devem ?
> > Cientificamente, não devem enquanto não for mostrado que essa
> > natureza existe / é a unica solução.
> > E nenhuma destas foi provada.
>
> E' a hipotese zero q. se salva. Se eu quiser q. seja
> particula de qq jeito terei q. supor q. as fendas
> emitem sinais -- o q. esta' menos provado ainda.

Eu acho engraçada essa desculpa.
E que tal : "Seu eu quiser que q seja particula basta fazer uma
analise do sistema como as regras da fisica, para sistemas, mandam" ?

> Conquanto, pois, nao se encontre uma explicacao
> corpuscular para a interferencia destrutiva assumimos
> a explicacao ondulatoria.

Mas a questão é essa mesma. É que não ha interferencia nenhuma. Pelo
que a explicação ondulatoria não é necessária.


> > >Se nao houvesse 'teleporte' eletrons nao poderiam saltar
> > >para a sonda de um eletromicroscopio de varredura.
> >
> > Vc está confundindo teleporte com efeito tunel.
> > O efeito tunel que é isso que descreves nas pontas do microscopio
> > caracteriza-se pela probabilidade que existe do electrão passar
> > para o outro lado _através_ da amostra
>
> O eletron nao passa atraves da amostra no efeito tunel. Ele
> salta da superficie da amostra para a sonda. Seria um feito
> notavel se criarem um microscopio de varredura de profundidade.

Pois. É. Eu estava confundindo com microscopios electronicos de
transmissão.

Mas de qq forma, esse salto corresponde a uma trajectoria.
O electrão não desaparece do material e aparece na sonda.
ele sai do material percorre o espaço até à sonda e nela provoca um
sinal electrico.

> > No efeito tunel existe uma trajectoria , no teleporte não.
> > Vc colocou em duvida que existisse uma trajectoria.
> > E eu disse que a unica forma de não haver era por teleporte.
> > Hipotese essa que é refutada pela experiencia.
> > Concluisse portanto que tem de haver uma trajectoria.
>
> Nao conclui nada disso. No efeito tunel, o eletron
> teria q. passar por uma regiao proibida.

Atenção. Proibida classicamente! (onde tudo é sim ou não, 1 ou 0).
Não é uma região proibida estatisticamente (onde tudo é algo entre 1
e 0).
E é por isso que ele realmente passa.
(vc já ouviu falar em fisica estatistica ,não já ?)

> Os quanticos
> explicam isso com a hipotese de q. o eletron
> simplesmente nao passa pela regiao proibida. Saltos
> quanticos teriam essa natureza.

Vc está enganado. Isso é só metade do que os "quanticos" lhe podem
dizer.

Salto quantico é uma expressão para referir que o electrão passou de
um estado quantico A para um estado quantico B.

Estado quantico e localização, não são a mesma coisa!
Por exemplo, o electrão passa do estado quantico spin UP para spin
DOWN por um salto quantico.

Vc tlv esteja habituado a ouvir a expressão para referir que
o "electrão passar de uma orbita para a outra sem passar pelo espaço
entre as duas"
Isto é uma treta muito grande e qq quantico sério sabe isso.

Se vc usar a eq de Schrondinge dependente do tempo (como deve se
quiser estudar a dinamica do electrão) verá que ele sim passa pelo
meio.
O que acontece é que ele não fica no meio. (dai o termo salto. quando
vc salta vc passa no espaço entre dois pontos, mas não fica lá)

No meio não ha nenhum estado estável e portanto a analise com a eq
independente do tempo (que só dá os estados estaveis=orbitais), não
lhe mostra nenhuma posição dele nesse espaço.

Provavelmente foi esta que vc viu usar na escola e que vê referida em
textos. A eq dependente do tempo não se utiliza na prática por ser
dificil de resolver e não acrescentar nada ao que sabemos. Mas é
usada como base teorica, já que é um dos postulados da MQ.
E por isso ela nos impede de fazer afirmações do tipo "vai de A para
B sem passar pelo meio"

A expressão "Salto Quantico" tem de ser usada com muito cuidado
conforme o contexto. E se possivel , não ser usada.

Em MQ é sempre possivel fazer o "tracking" do electrão usando a eq de
Schrodinger dependente do tempo (a eq geral da MQ)

A historia do salto quantico é uma simplificação para os novatos.
E o abuso da expressão é uma incompetencia do respectivo professor.

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: Ainda sobre Dualidade
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/04/2002 16:04

--- Em ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> escreveu
> > > Não me parece...naquele tempo ninguem atirava balas de canhões
> pela
> > > janela...
> >
> > Nao ha' provas de q. nao tenham feito.
>
> Exacto. Não ha provas de nada.
> O exemplo não procede.

O exemplo procede. Atire uma bola de canhao pela janela e veja se ela
se difrata ou faz um estrago.

E na verdade existem indicios de q. balas de canhoes
voavam pelas janelas. E tbm por escotilhas de navios.

> > Uma escada nao oscila.
>
> Pois. É ai que existe uma lacuna no seu entendimento do que
> significa "frequencia"
> Uma função pode ter muitas frequencias e nao oscilar.
>
> Frequencia é,em traços largos, apenas o inverso do tamanho.
> mas a mat da TF explica com maior rigor o que é "frequencia"

Frequencia e' o inverso do tempo (periodo) e nao do tamanho.
Embora estejam relacionados pela velocidade. Frequencia tem a
ver com o numero de vezes q. um fenonemo ocorre em um intervalo de
tempo.

A Transformada de Fourier so' se aplica no caso das fendas
por q. o q. passa por ela tem caracteristica de onda.

Se eu aplico a transformada a uma bola de canhao passando pela
janela nao obtenho um bom descritor do fenomeno. Mas se eu
aplico a uma onda do mar passando por uma abertura em uma
barreira de coral eu tenho uma boa descricao do fenomeno.

> > Simplesmente porq. teria q. assumir q. a outra fenda esta'
> > emitindo um sinal para o eletron (ou outra 'particula').
>
> Teria ? Pq teria ?

Por q. o eletron esta' se importando com a presenca ou nao da fenda
pela qual nao passou.

> > E por q. TF?
>
> A TF permite descrever qq função por uma outra função num espaço
> matemático diferente.

Isso nao explica por q. a TF tem q. ser aplicada e nao outra
transformacao qq.

> > O emissor aponta para o ponto medio entre as fendas.
>
> isso não daria probabilidade igual.
> Os electros viajando na periferia do feixe teriam mais probabidiade
> de passar por A (ou B) conforme a sua distancia a A (ou B).

Estou falando da probabilidade de passar por A ou B. A e B recebendo
um mesmo numero medio de eletrons. Os q. nao passam nao tEm
importancia. Nao ha' feixe, os eletrons estao passando um a um.

> > So' q. os eletrons deixam de percorrer uma trajetoria q.
> > antes eles podiam percorrer.
>
> Simplesmete pq essa trajectoria não está lá mais.
> Analogicamente, se vc precorre um estrada, vc só precorre o caminho
> disponibilizado por ela.
> Se mudarem a estrada vc fará outra trajectoria.
> Quando vc muda de 1 para 2 fendas as trajectorias possiveis se
> alteram pela simples alteração do padrão.

So' q. a presenca de uma fenda a mais nao tem q. alterar as estradas
preexistentes. Estaria apenas criando uma estrada a mais paralela a
outra (nao bem paralela no caso dos eletrons).

> Portanto , ele percorre uma trajectorias das N possiveis e pronto.
> não ha nada estranho aqui.

So' q. N nao e' a simples soma de N(A) com N(B).

N <> N(A) + N(B) - N(AB)

Se fossem particulas puras:

N = N(A) + N(B) - N(AB)

entendendo-se por N(A) o numero de caminhos proporcionados pela fenda
A, N(B) pela fenda B e N(AB) pelos caminhos comuns entre A e B.

> A seu ver, pelo que entendo, o estranho está em que a trajectoria
> mude. Mas ela muda pq vc mudou o sistema de fendas.

Se fossem particulas puras nao teria q. mudar.

> O que vc está dizendo é:
> 1) Sempre são enviados electroes com o mesmo momento (vamos supor
> isto para simplificar)
> 2) quando eu meto 1 fenda o resultado é o padrão X
> 3) quando eu meto 2 fendas o resultado é o padrão Y

Eu nao estou dizendo (1). Isso e' absolutamente desnecessario, ja' q.
estou falando em termos probabilisticos.

Vamos ver se eu consigo ser mais didatico:
Por q. a presenca da fenda B faz com a fenda A nao ofereca mais o
caminho Z?

> Mas como eu disse, ela não é nula. Ela é apenas muito menor.
> A intensidade da franjas negras não é zero. é apenas muito pouco
> para poder ser medido, ou seja, seus olhos não tem capacidade de
> resolução suficiente. Nem as cameras.

Ou seja gnomos... De qq modo, a intensidade e' menor do q. a
combinacao das probabilidades.

> então vc deve ter visto que
> 1) o laser era sempre o mesmo,regulado para uma mesma potencia e
> comprimento de onda (momento).
> 2) que a intensidade das franjas claras era diferente quando vc
metia
> 1 ou 2 fendas
> 3) que para uma fenda só, se formavam tb zonas claras intercaladas
> com escuras, mas em que a intensidade decai muito , mas muito,
> rapidamente com a distancia ao centro da zona clara.

Alem disso eu via q. claro com claro somava escuro em alguns lugares
e somava claro em outros.

> E vc diria que precisa da hipotese das ondas para isso.
> E eu espero ter-lhe mostrado que não precisa, pq isso é a TF
> directa de um retangulo. Ou seja, é o resultado da interferencia
> no espaço de frequencias. Tal como se msotra para um oscilador
> harmonico.

E a TF so' se aplica no caso por q. deve haver algo de natureza
ondulatoria.

> > > >Bem, entao se fosse so' por isso (e nao e') deveria ser
> > > >eu a difratar ao passar por um porta do q. um eletron
> > > >pela fenda.
> > >
> > > ??
> > > Eu disse que nada acontecerá.
> > > Se nada acotnecerá, não deves difractar-te, não.
> >
> > Vc disse q. nada acontecera' se o objeto
> > for muito menor do q. a fenda.
>
> Não. Eu deixei o texto original para se poder ver.

O texto original e' este:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/14035
"E se vc diminuir o tamanho da fenda, terá de diminuir ainda mais o
tamanho dos objectos."

Complementado por:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/14045
"(lembre-se, se o momento for muito pequeno, nada acontece. Se deixar
as bacterias "à solta" no ar, é isso que acontecerá: baixo momento)"


> Eu estou falando de janelas Grandes e momentos Pequenos.
> Se o momento do objecto for menor que o momento caracteristico das
> fendas, nada acontecerá.

Entendo-se "momento caracteristico das fendas" como a
quantidade de movimento do objeto que passa pela fenda
necessario para haver fenomenos de difracao. O problema
e' q. o momento da bacteria e dos objetos usuais sao
*grandes* demais e nao pequenos demais.

A quantidade de movimento e' inversamente proporcional
ao comprimento de onda associado. O tamanho da fenda
deve ser compativel com esse comprimento de onda. Qto
maior a quantidade de movimento, menor o comprimento
de onda ou, inversamente, qto menor a qtdade de movimento,
maior o comprimento de onda.

Uma janela de cerca de 1 m de diametro precisa de um
objeto com qtdade de movimento da ordem de:
6,62606876.10^-34 kg.m/s
E' muito menor do q. a qtdade de movimento de uma
bacteria, bala de canhao ou humano.

A bacteria nao difrata nao porq. sua qtdade de
movimento e' pequena, mas porq. e' gde demais.

> > So' por questao de claridade. Vc acredita mesmo
> > no q. esta' dizendo ou esta' a tirar-me uma da
> > cara?
>
> Sim, não me parece que a massa seja um indicador de tamanho.
> nem de tamanho fisico, pq existe a densidade diferente, nem de
> comprimento de onda, pq existe a velocidade.

Ou seja vc esta' mesmo tirando uma da minha cara...

> > A massa de repouso do eletron e' de
> > 1,67492716.10^-21 kg.
>
> não:
> 9.109 381 88 x 10^-31 kg

Tem razao. Eu coloquei a massa do neutron no lugar.
Mas enfim.

> supondo que os valores estavam certos... e dai ?
> vc não usou a mesma velocidade, como vc quer comparar os
> comprimentos de onda com a massa ?

Eu nao usei a mesma velocidade porq. utilizei as
velocidades de experimento. (Nao e' muito pratico
lancar uma pessoa acima da velocidade do som por
uma fenda.)

Mas podemos fazer os calculos com velocidades fixas.
Ai' e' ainda mais covardia.

> Se vc está tentando mostrar que passaria por uma das fendas pq seu
> c.d.o é menor...lamento informá-lo que não vai conseguir.
>
> Portanto o seu tamanho real, sim tem importancia na experiencia.
> (até pq ele constitui uma outra frequencia. P=h/sua altura. )

Caracas, e' o q. eu escrevi varias vezes em outras
mensagens.

E.g:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/14037
"O problema nao e' nao existam buracos tao gdes como esse (eles
existem), mas porq. nao existem buracos tao pequenos como os
associados ao meu comprimento de onda e eu nao passaria por ele de qq
maneira."

> > Mas deixa de bater em certos pontos q.
> > antes poderia atingir.
>
> Bom, mas esse antes não implica causalidade.
> E é isso que parece que vc está assumindo.
> Se ele bateu aqui uma vez, ele tem de bater aqui todas as vezes.
> Ora, isso não tem que ser assim pq vc mudou o sistema!

Para uma particula pura pouco importaria.

> > E' a hipotese zero q. se salva. Se eu quiser q. seja
> > particula de qq jeito terei q. supor q. as fendas
> > emitem sinais -- o q. esta' menos provado ainda.
>
> Eu acho engraçada essa desculpa.
> E que tal : "Seu eu quiser que q seja particula basta fazer uma
> analise do sistema como as regras da fisica, para sistemas,
> mandam" ?

Pode dizer isso, mas nao correspondera' bem 'a verdade.
Particulas puras nao exibiriam o padrao observado.

O q. na outra fenda faz com q. os caminhos antes disponiveis na
fenda A sumam? (Nao adianta dizer q. a TF explica; ela descreve, nao
explica. Seria como dizer q. M = Mo x (1/2)^(t/t<1/2>) explica o
decaimento radioativo.)

> > Conquanto, pois, nao se encontre uma explicacao
> > corpuscular para a interferencia destrutiva assumimos
> > a explicacao ondulatoria.
>
> Mas a questão é essa mesma. É que não ha interferencia nenhuma.
> Pelo que a explicação ondulatoria não é necessária.

Bem, fica dificil explicar sem interferencia o desaparecimento de
regioes atingidas.

> Mas de qq forma, esse salto corresponde a uma trajectoria.
> O electrão não desaparece do material e aparece na sonda.
> ele sai do material percorre o espaço até à sonda e nela provoca um
> sinal electrico.

Bem, entao o eletron tem q. ter uma velocidade instantanea -- ou
absurdamente maior do q. a velocidade da luz.

E ainda tem q. passar pelo espaco q. e' energeticamente proibitivo.

> > Nao conclui nada disso. No efeito tunel, o eletron
> > teria q. passar por uma regiao proibida.
>
> Atenção. Proibida classicamente! (onde tudo é sim ou não, 1 ou 0).
> Não é uma região proibida estatisticamente (onde tudo é algo entre
> 1 e 0).
> E é por isso que ele realmente passa.
> (vc já ouviu falar em fisica estatistica ,não já ?)

Em sendo uma particula pura, de novo a questao fica complicada.

> Salto quantico é uma expressão para referir que o electrão passou
> de um estado quantico A para um estado quantico B.

Sem passar por regioes ou estagios intermediarios.

> Por exemplo, o electrão passa do estado quantico spin UP para spin
> DOWN por um salto quantico.

Sem passar por spin subUP ou hemiDOWN.

> Vc tlv esteja habituado a ouvir a expressão para referir que
> o "electrão passar de uma orbita para a outra sem passar pelo
> espaço entre as duas"

Na verdade nao. Ja' q. eletrons nao tEm orbitas fixas.

(Uma dica: nao faca ttas suposicoes assim.)

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Ainda sobre Dualidade
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/04/2002 17:04

MARKUS ARNDT, OLAF NAIRZ, JULIAN VOS-ANDREAE, CLAUDIA KELLER,
GERBRAND VAN DER ZOUW & ANTON ZEILINGER 1999 -- Wave&#8211;particle duality
of C60 molecules. Nature 401: 680-2.

Correspondence and requests for materials should be addressed to A.Z.
(e-mail: zeilinger-office@exp.univie.ac.at).

Quantum superposition lies at the heart of quantum mechanics and
gives rise to many of its paradoxes. Superposition of de Broglie
matter waves has been observed for massive particles such as
electrons, atoms and dimers, small van der Waals clusters, and
neutrons. But matter wave interferometry with larger objects has
remained experimentally challenging, despite the development of
powerful atom interferometric techniques for experiments in
fundamental quantum mechanics, metrology and lithography. Here we
report the observation of de Broglie wave interference of C60
molecules by diffraction at a material absorption grating. This
molecule is the most massive and complex object in which wave
behaviour has been observed. Of particular interest is the fact that
C60 is almost a classical body, because of its many excited internal
degrees of freedom and their possible couplings to the environment.
Such couplings are essential for the appearance of decoherence,
suggesting that interference experiments with large molecules should
facilitate detailed studies of this process.

R. W. SIMMONDS, A. MARCHENKOV, E. HOSKINSON, J. C. DAVIS & R. E.
PACKARD 2001 -- Quantum interference of superfluid 3He. Nature 412:
55-8.

Correspondence and requests for materials should be addressed to R.P.
(e-mail: packard@socrates.berkeley.edu).

Celebrated interference experiments have demonstrated the wave nature
of light and electrons, quantum interference being the manifestation
of wave&#8211;particle duality. More recently, double-path interference
experiments have also demonstrated the quantum-wave nature of beams
of neutrons, atoms and Bose&#8211;Einstein condensates. In condensed matter
systems, double-path quantum interference is observed in the d.c.
superconducting quantum interference device (d.c. SQUID). Here we
report a double-path quantum interference experiment involving a
liquid: superfluid 3He. Using a geometry analogous to the
superconducting d.c. SQUID, we control a quantum phase shift by using
the rotation of the Earth, and find the classic interference pattern
with periodicity determined by the 3He quantum of circulation.

-----------
M. A. ROWE*, D. KIELPINSKI*, V. MEYER*, C. A. SACKETT*, W. M. ITANO*,
C. MONROE&#8224; & D. J. WINELAND* 2001 -- Experimental violation of a
Bell's inequality with efficient detection. Nature 409: 791-4

Correspondence and requests for materials should be addressed to
D.J.W. (e-mail: david.wineland@boulder.nist.gov).

Local realism is the idea that objects have definite properties
whether or not they are measured, and that measurements of these
properties are not affected by events taking place sufficiently far
away. Einstein, Podolsky and Rosen used these reasonable assumptions
to conclude that quantum mechanics is incomplete. Starting in 1965,
Bell and others constructed mathematical inequalities whereby
experimental tests could distinguish between quantum mechanics and
local realistic theories. Many experiments have since been done that
are consistent with quantum mechanics and inconsistent with local
realism. But these conclusions remain the subject of considerable
interest and debate, and experiments are still being refined to
overcome 'loopholes' that might allow a local realistic
interpretation. Here we have measured correlations in the classical
properties of massive entangled particles (9Be+ ions): these
correlations violate a form of Bell's inequality. Our measured value
of the appropriate Bell's 'signal' is 2.25 0.03, whereas a value of
2 is the maximum allowed by local realistic theories of nature. In
contrast to previous measurements with massive particles, this
violation of Bell's inequality was obtained by use of a complete set
of measurements. Moreover, the high detection efficiency of our
apparatus eliminates the so-called 'detection' loophole.
-----

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Ainda sobre Dualidade
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/04/2002 18:06

--- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
> A seguir assume, de maneira não justificada, que uma
> partícula elementar deveria se comportar de maneira
> semelhante às bolinhas clássicas e que uma
> onda, mesmo aquelas definidas pelos físicos modernos (aquelas que
> não necessitam de meio material para se propagar --e
> sabe-se lá o que seria isso!) deveria se comportar de maneira
> semelhante às ondas da física clássica. Ou seja, duas suposições em
> hipótese alguma justificadas.

Nao e' necessaria uma justificacao a priori. Ja' q.
sao as hipoteses nulas dos experimentos.

Sao pelos experimentos q. concluimos q. as particulas
elementares nao se comportam como bolinhas classicas
e tbm nao se comportam como ondas.

Pelos experimentos deduzimos q. elas se comportam
de um modo dubio.

Por exemplo, se eu quero testar a hipotese:
a agua, no nivel do mar, ferve a 100oC. Eu
nao preciso justificar a priori q. ela ferva --
ou q. nao ferva a 100oC. Eu faco o experimento:
aqueco a agua e meço a temperatura de
ebulicao -- e confiro se o resultado derruba
a hipotese nula: no caso, q. a agua nao ferve
a 100oC.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ainda sobre Dualidade
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/04/2002 18:07

----- Original Message -----
From: "rmtakata"
Sent: Thursday, April 11, 2002 5:04 PM
Subject: [ciencialist] Re: Ainda sobre Dualidade

Olá Takata

Muito interessantes os artigos a demonstrarem que os físicos quânticos de
hoje pensam exatamente da mesma maneira do que os construtores da física
quântica, do século XX (década de 30). Sem dúvida, a quântica evoluiu muito,
mas não na sua essência que continua exatamente a mesma, independentemente
do que alguns possam ter afirmado aqui na Ciencialist. Sob esse aspecto
estou 100% a favor das idéias que você vem defendendo.

Eu só não entendo porque esta thread está se tornando tão redundante e tão
repetitiva. Aliás, entendo e já comentei algo a respeito. Parece-me que o
Sérgio lê física quântica e interpreta a mesma como sendo física clássica. E
acho mesmo que ele está no caminho correto, se bem que, e como afirmei
anteriormente, um dia desses ele acordará profundamente decepcionado ao
perceber o quanto a física quântica está furada. A partir de então ele se
recuperará e não é impossível que venha a colaborar bastante para com a
física do século XXI. Como teria dito Bohr, "Quem não estranhar a física
quântica não entendeu a física quântica"; mas vou além: Quem vive nos dias
atuais e não entendeu a física quântica no sentido apontado por Bohr,
dificilmente sofrerá a decepção que referi acima e em virtude disso não terá
forças para hastear a bandeira da revolução que está a termo. Dialeticamente
falando, diria que o Sérgio está prestes a perceber que ele está errado.
Logo, ele também está certo. ;-)

Com respeito ao terceiro artigo citado acho interessante repetir um dos
trechos para que fique bem patente o que realmente representou a experiência
de Aspect:

> Bell and others constructed mathematical inequalities whereby
> experimental tests could distinguish between quantum mechanics and
> local realistic theories. Many experiments have since been done that
> are consistent with quantum mechanics and inconsistent with local
> realism.

Veja bem: Em nenhum momento o autor diz que estas experiências falseiam a
física clássica mas sim o realismo local como é interpretado pelos físicos
quânticos. Aliás, foi exatamente essa a conclusão a que cheguei em abril de
2000 aqui na Ciencialist (vide mensagem 4790 que também pode ser lida em
http://ecientificocultural.com/ECC2/Dialogos/varios/ci4790.htm )

"Volto então, sem pretender ofender a ninguém, a apresentar a conclusão
firmada no artigo primeiro daquela thread: 'As idéias de Bell, em hipótese
alguma, contradizem as teorias clássicas da física e a experiência de
Aspect, quando muito, serve como critério para escolha entre o roto e o
esfarrapado, qual seja, entre as teorias locais e as não-locais.'"

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ainda sobre Dualidade
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/04/2002 18:19


> > Uma escada nao oscila.
>
> Pois. É ai que existe uma lacuna no seu entendimento do que
> significa "frequencia"
> Uma função pode ter muitas frequencias e nao oscilar.
>
> Frequencia é,em traços largos, apenas o inverso do tamanho.
> mas a mat da TF explica com maior rigor o que é "frequencia"

>Frequencia e' o inverso do tempo (periodo) e nao do tamanho.

Existem dois tipos de frequencia. A frequencia que é o inverso do periodo
(normalmente chamada f ou miu) e a frequencia que é o inverso do comprimento
de onda (normalmente chamada k)
usei o termo "tamanho" pq no caso o que interessa são as frequencias
espaciais k.
Isto pq o momento linear é proporcional a esse k (p=Hk)

>A Transformada de Fourier so' se aplica no caso das fendas
>por q. o q. passa por ela tem caracteristica de onda.

Não.
Que onda existe numa escada ?
Que onda existe na pancada unica do martelo na cabeça do prego ?

Nenhuma. Mas as frequencias estão lá todas.

Uma onda, no sentido sinosoidal do termo acontece qd vc só tem uma
frequencia unica.
É um caso particular. Nada mais.

>> > Simplesmente porq. teria q. assumir q. a outra fenda esta'
>> > emitindo um sinal para o eletron (ou outra 'particula').
>>
>> Teria ? Pq teria ?

>Por q. o eletron esta' se importando com a presenca ou nao da fenda
>pela qual nao passou.

Sabe aqueles brinquedos que de deixa cair uma bolinha e ela vai batendo nums
onbtáculos até cair numas casas pontuadas ?
aquilo tem um feitio de piramide em que enta por um lado mas pdoe sair por
muitos.
Sabe?

Pois bem. Acaso o numero de saidas não determina a probabilidade da bolinha
cair na casa X ?
Determina, pois a probabilidade é P =1/N onde N é o numero de saidas.
A bolinha limita-se a sair por uma das saidas possiveis. nada mais.
A bolinha não tem culpa, ela não cria nenhuma interferencia consigo mesma,
ela não recebe informações de seu proprio movimento, ela não sobre nenhum
teleporte , ela não sobre nenhum fenomeno estranho à fisica das bolinhas.
Contudo sua probabildiade de sair depende do brinquedo que estou usando.
Um brinquedo com 3 saidas dá 1/3 de prob para cada saida. uma com 10 dá 1/10
É a "máquina" que cria a probabilidade, a bolinha limita-se a seguir o
padrão de probabilidade.
Se vc fosse um zero em probabilidade , lançando a bolinha milhares de vezes
e fazendo uam etatistica, vc poderia calcular a probabilidade de cada saida.
Mas a prbabildiades ja´está marcada à priori. O resultado da bolinha é que
não.

Ora, é isto que temos.
Temos um sistema que cria probabilidades e uma bolinha que entra e sai numa
saidas possiveis.
O que acontece lá no meio, eu não preciso saber para prever que a
probabildiade vai ser aquela.
Basta-me conhecer a "máquina". Neste caso o sistema de fendas.

E o seu argumento para que a particual teria de ter um comportamento
ondulatorio (o que seja que isso queira significar, uam vez que já
concordaste que ela em si não é uma onda) é que no alvo aparece um padrão
cosntruido à custa de senos e cosenos, derivadas de gaussiana , etc...
funções oscilatórias, harmonicas, chamemos assim.

Mas isto prova que a particula tem comportamento ondulatorio ?
Não.

Pq não ?
Porque esse é o padrão de probabilidade! E o padrão de probabilidade depende
do sistema de fendas, não da particula. Tal como no jogo da bolinha.
As saidas dependem do padrão de fendas antes de mais nada.
Mesmo que vc não enviasse nenhum electrão a probabildiade seria aquela. Da
mesma que mesmo sem rodar o dado a probabildiade de cada face é 1/6.

Quando vc atira o electrão, o dado, etc.. vc vai medir. Vai medir a
probabilidade que teoricamene calculou. E depois pode concluir se a calculou
bem ou não.

E vc me pergunta:
Mas qual é o fenomeno fisico que faz o electrão ir por aqui, ou por ai ?

Esse fenomemo é o da ressonancia. Neste caso espacial.
É isto que faltou perceber. Que existe um fenomeno de ressonancia _espacial_

E que à luz disto, o resto é estrictamente normal.

Mas vc não está contente. Vc quer a explicação por A+B =C do que é a
ressonancia.
bom, então me explique o que e´ressonancia de electrões passando num sistema
que é um filtro passa banda e pq variando as frequencias em posso por esse
filtro a filtrar mais ou menos. ... e como o posso a produzir corrente a uma
dada frequencia, sem precisar de input nenhum.
O fenomeno da ressonancia, não é , que eu saiba, explicado por determinismo
fisico.
É explicado pelas contas. Pela matemática que dá MUITO certo. A matemática
da TF que no caso da electronica se simplifica para a T de Laplace.

O que é que quer que eu faça ?
Que me ponha inventar ondas-guia, informações supra e infra luminincas,
viajens no tempo, para explicar pq a corrente de electroes se comporta
daquela maneira ?
Para quê ?

Bastam-me as leis dos circuitos electricos (principio basico da conservação
da carga) as leis da retroacção, e alguma matemática com propriedades uteis.
Para quê fazer mais hipoteses ?

O mesmo para o electrão nas fendas.


> > E por q. TF?
>
> A TF permite descrever qq função por uma outra função num espaço
> matemático diferente.

>Isso nao explica por q. a TF tem q. ser aplicada e nao outra
>transformacao qq.

Pode aplicar outra qq que leve de x para k.
Acontece que a TF é a que tem melhores propriedades do ponto de vista
matemático e fisico.
É uma escolha instruida das hipoteses possiveis.

não tem misterio.

>So' q. a presenca de uma fenda a mais nao tem q. alterar as estradas
>preexistentes.

Mas altera. O que quer que se faça ? Que descuta com Deus ?


>> O que vc está dizendo é:
>> 1) Sempre são enviados electroes com o mesmo momento (vamos supor
>> isto para simplificar)
>> 2) quando eu meto 1 fenda o resultado é o padrão X
>> 3) quando eu meto 2 fendas o resultado é o padrão Y

>Eu nao estou dizendo (1). Isso e' absolutamente desnecessario, ja' q.
>estou falando em termos probabilisticos.

>Vamos ver se eu consigo ser mais didatico:
>Por q. a presenca da fenda B faz com a fenda A nao ofereca mais o
>caminho Z?

Porque não é a fenda que oferece o caminho, é o conjunto de fendas.
(É ai que está a diferença entre o que vc está dizendo e o que eu estou
dizendo.)
Se o conjunto só tem um elemento, então esse elemento produz um resultado.
Se tem dois , tem outro, e por ai fora.
O resultado depende de fendas sim ,mas do conjunto delas

Pense no brinquedo da bolinha. O que determina o caminho é o conjunto de
obstáculos lá dentro
Se alterar o numero de obtáculos lá dentro, para o mesmo numero de saidas ,
a bola sairá por diferentes saidas.

Cada obstáculo por si, contribui com a sua "fisica propria" para esse
efeito, mas o resultado final não é a simples soma das contribuições de
todos os obstáculos.
Isto pq se trata de algo aleatório.
Vc está esperando, não sei pq, que haja uma lei que lhe diga o que esperar.
Ora, assim todo o mundo ganhava na loto, não é mesmo ? (ou na roleta, ou nos
dados, etc..)


>> então vc deve ter visto que
>> 1) o laser era sempre o mesmo,regulado para uma mesma potencia e
>> comprimento de onda (momento).
>> 2) que a intensidade das franjas claras era diferente quando vc
>metia
>> 1 ou 2 fendas
>> 3) que para uma fenda só, se formavam tb zonas claras intercaladas
>> com escuras, mas em que a intensidade decai muito , mas muito,
>> rapidamente com a distancia ao centro da zona clara.

>Alem disso eu via q. claro com claro somava escuro em alguns lugares
>e somava claro em outros.

Mas como voce via o claro somar com o claro se não estavam lá o padrões
individuais ?
Vc está estrapolando, não é mesmo ?

Vc está achando que o claro que estava la´antes deveria estar lá agora, de
forma que a sua soma com o outro claro desse escuro.
Mas não é isso que a TF nos informa. Ela nos informa que ao colocar duas
fendas o padrão de cada uma não se soma com o da outra.

>> E vc diria que precisa da hipotese das ondas para isso.
>> E eu espero ter-lhe mostrado que não precisa, pq isso é a TF
>> directa de um retangulo. Ou seja, é o resultado da interferencia
>> no espaço de frequencias. Tal como se msotra para um oscilador
>> harmonico.
>
>E a TF so' se aplica no caso por q. deve haver algo de natureza
>ondulatoria.

Não é isso que afirma a matemática, não é isso que afirma a fisica (exemplo
da escada)
Não sei como vc pode afirmar isso.

> > > >Bem, entao se fosse so' por isso (e nao e') deveria ser
> > > >eu a difratar ao passar por um porta do q. um eletron
> > > >pela fenda.
> > >
> > > ??
> > > Eu disse que nada acontecerá.
> > > Se nada acotnecerá, não deves difractar-te, não.
> >
> > Vc disse q. nada acontecera' se o objeto
> > for muito menor do q. a fenda.
>
> Não. Eu deixei o texto original para se poder ver.

>O texto original e' este:
>http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/14035
>"E se vc diminuir o tamanho da fenda, terá de diminuir ainda mais o
>tamanho dos objectos."

Claro. o objecto tem que poder passar pela fenda.
O que tem isso de errado ?

>> Eu estou falando de janelas Grandes e momentos Pequenos.
>> Se o momento do objecto for menor que o momento caracteristico das
>> fendas, nada acontecerá.

>Entendo-se "momento caracteristico das fendas" como a
>quantidade de movimento do objeto que passa pela fenda
>necessario para haver fenomenos de difracao.

Não.
Na pa´gina que deixei vc veria que à largura , altura e distanciamento das
fendas, correspondem 3 frequencias espaciais k e portanto 3 momentos do
tipo P=Hk=h/tamanho
são essas frequencias que vão interagir com a frequencia espacial
equivalente ao momento do electrão P=Hk

Ok agora?

>> supondo que os valores estavam certos... e dai ?
>> vc não usou a mesma velocidade, como vc quer comparar os
>> comprimentos de onda com a massa ?

>Eu nao usei a mesma velocidade porq. utilizei as
>velocidades de experimento. (Nao e' muito pratico
>lancar uma pessoa acima da velocidade do som por
>uma fenda.)

mas a ideia era simular o mesmo momento para dois objectos diferentes e para
a mesma janela ver como se comportam.
Se a sua ideia de que tudo depende do momento é verdadeira, e a minha de que
depende tb da dimensão do objecto em si, é falsa, seja aquilo que for que vc
enviar o resultado vai ser o mesmo, desde que seja com o mesmo momento.

O mesmo momento.
Por isso eu não entendi quando começaste a usar momentos diferentes e a
falar de massas.
Isso não estabelece nenhum termo de comparação

Se a lei p= h /lambda é válida, ela o é independentemento do objecto. Isto é
oque vc defende, e eu concordo.
Mas o resultado da experiencia não depende só disso. E ai é que está a
divergencia.
Eu estou apenas dizendo que vc precisa das mesmas condições para simular.
E uma delas é a o factor de escla entre o objecto e a fenda.



>> > Mas deixa de bater em certos pontos q.
>> > antes poderia atingir.
>>
>> Bom, mas esse antes não implica causalidade.
>> E é isso que parece que vc está assumindo.
>> Se ele bateu aqui uma vez, ele tem de bater aqui todas as vezes.
>> Ora, isso não tem que ser assim pq vc mudou o sistema!

>Para uma particula pura pouco importaria.

Ok. Então espero que a bolinha do brinquedo possa ser considerada uma
particula pura.
Se sim, então expliquei como para essa particula pura eu posso mudar a
probabilidade de ela sair por uma das saidas, apenas mudando as saidas do
brinquedo e não a bolinha.

E agora, me diga pq tem importancia eu mudar as saidas do brinquedo.

Bom, vc pode sempre dizer que a bolinha não é uma particula pura.

Então não sei o que será um exemplo de particula pura.


>Pode dizer isso, mas nao correspondera' bem 'a verdade.
>Particulas puras nao exibiriam o padrao observado.

Mas alguem ja´experimentou ?
Pelas suas contas e argumentos isso é impossivel de experimentar com
objectos macrosocopicos.
Portanto, como vc sabe ?
(lembro que alguem fez isso com C60, mas continua sendo uma molecula com
baixa massa, por isso tb não serve de exemplo)

>> Mas de qq forma, esse salto corresponde a uma trajectoria.
>> O electrão não desaparece do material e aparece na sonda.
>> ele sai do material percorre o espaço até à sonda e nela provoca um
>> sinal electrico.

>Bem, entao o eletron tem q. ter uma velocidade instantanea -- ou
>absurdamente maior do q. a velocidade da luz.

Pq ?
(isso é o que pensavam os classicos)

>E ainda tem q. passar pelo espaco q. e' energeticamente proibitivo.

O efeito tunel explica como isso é possivel.
É que não existem proibições. Existe diminuição da probabildiade.
Mas ela nunca atinge zero. Ele tem probabildiade de passar.
E de facto passa pela região que classicamente não deveria.

>> > Nao conclui nada disso. No efeito tunel, o eletron
>> > teria q. passar por uma regiao proibida.
>>
>> Atenção. Proibida classicamente! (onde tudo é sim ou não, 1 ou 0).
>> Não é uma região proibida estatisticamente (onde tudo é algo entre
>> 1 e 0).
>> E é por isso que ele realmente passa.
>> (vc já ouviu falar em fisica estatistica ,não já ?)

>Em sendo uma particula pura, de novo a questao fica complicada.

Do ponto de vista probabilistico da MQ, não. É até bem simples.

>> Por exemplo, o electrão passa do estado quantico spin UP para spin
>> DOWN por um salto quantico.

>Sem passar por spin subUP ou hemiDOWN.

Pois. Aliás pq eles não existem.

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ainda sobre Dualidade
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/04/2002 19:28



MARKUS ARNDT, OLAF NAIRZ, JULIAN VOS-ANDREAE, CLAUDIA KELLER,
GERBRAND VAN DER ZOUW & ANTON ZEILINGER 1999 -- Wave&#8211;particle duality
of C60 molecules. Nature 401: 680-2.

Como eu tinha anticipado o exemplo do C60 é importante.
De facto é o maior que já foi testado. E foi observado o mesmo fenomeno.
Como não poderia deixar de ser.
Mas não diz mais em deterimento da hipotese de onda que a favor.

Correspondence and requests for materials should be addressed to A.Z.
(e-mail: zeilinger-office@exp.univie.ac.at).

>Quantum superposition lies at the heart of quantum mechanics and
>gives rise to many of its paradoxes. Superposition of de Broglie
>matter waves

Ele nunca falou de ondas de matéria. Isso é apropriação indevida da parte do
autor.
Pode ver no paper do Broglie que deixei algures na lista.
Só isso.
A experiencia em si não levanta q problema.


"More recently, double-path interference
experiments have also demonstrated the quantum-wave nature of beams
of neutrons, atoms and Bose&#8211;Einstein condensates."

Aqui usa-se um rigor que só fica bem "quantum-wave" que é diferente de
particula-onda.
o quantum-onda , ou seja, os quanta associados a frequencias são aquilo que
a MQ prevê.
Isto apenas reforça a minah posição que exactamente essa. A MQ não precisa
da dualdiade particula-onda.


"we control a quantum phase shift by using
the rotation of the Earth,"

...eles são mesmo bons :-)

> and find the classic interference pattern
>with periodicity determined by the 3He quantum of circulation.

"circulation" o que acontece aqui é a interferencia de dois feixes que
viajam em circulo dentro do material supercondutores. e da diferença de fase
entre as duas.
É algo bem diferente das duplas fendas, como eles referem no abstratc

-----------
M. A. ROWE*, D. KIELPINSKI*, V. MEYER*, C. A. SACKETT*, W. M. ITANO*,
C. MONROE&#8224; & D. J. WINELAND* 2001 -- Experimental violation of a
Bell's inequality with efficient detection. Nature 409: 791-4

>Local realism is the idea that objects have definite properties
>whether or not they are measured, and that measurements of these
>properties are not affected by events taking place sufficiently far
>away.

Lembrar que essas propriedades são o momento e a posição.
Não a trajectoria.
A trajectoria não é local (isso nem faz sentido), nem é da responsabildiade
da particula (mas do movimento).
Portanto não é uma propriedade da particula.
Esta questão das variáveis ocultas não tem anda a ver com o assunto.
Ok, já sei que vc acha que sim. Mas como poderia se não estamos falando das
propriedades das particulas ?
Se estivessemos falando de medir massa, carga, posição, etc. ai tudo bem.
Mas não estamos.

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ainda sobre Dualidade
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/04/2002 19:43


>Eu só não entendo porque esta thread está se tornando tão redundante e tão
>repetitiva.

Porque eu nã oestava transmitindo a mensagem que queria. Que é que existe
uam simples interacção de frequencias.

> Parece-me que o
>Sérgio lê física quântica e interpreta a mesma como sendo física clássica.

Ahumm.. mas onde é que eu estou falando de MQ ?
Estamos falando de dualidade.
A MQ não precisa dessa hipotese. Por muitos textos que vc mostrem dizendo
que sim, eu sempre vos posso mostrar os postulados da MQ. Esse não está lá.
Eu não tenho culpa que existam autores que intrepretem as coisas
falaciosamente.

Nas palavras do proprio de Broglie
"(...)[a wave] with the speed c/betta. This wave has a speed
greater than c, cannot correspond to transport of energy, we will consider
it a FICTICIUS wave".

in http://www.fervor.demon.co.uk/broglie.pdf

Ele proprio admite que é ficticia. Não é material nem é real.

>Como teria dito Bohr, "Quem não estranhar a física
>quântica não entendeu a física quântica"; mas vou além:

Parafraseando-o "o buraco é mais em baixo"
Quem ainda não entendeu a fisica quantica é pq não entendeu fisica. ponto
final.

Fisica não é aquela ciencia em que se tem sempre de saber tudo sobre tudo.
É aquela em que se sabe o que se pode saber sobre algumas coisas.

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Cientistas podem ter descoberto nova forma de matéria no Cosmos
FROM: "bradock_rj" <rtjunior@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/04/2002 22:18

Cientistas podem ter descoberto nova forma de matéria no Cosmos


Da Nasa
Renato Rodrigues
Editor-Assistente de Mundo Digital

Uma descoberta no Cosmos intrigou cientistas e astrônomos do mundo
todo. O observatório de raios-X Chandra, da Nasa, observou duas
estrelas -uma muito pequena, outra muito fria- que revelam falhas no
modelo pelo qual a Física moderna explica a estrutura da matéria.
Para a física nuclear, a descoberta pode levar a novas formas de
estudo da composição dos átomos.
Nasa

A RX J1856.5-3754 é pequena demais para se encaixar no padrão das
estrelas de nêutrons...
As observações feitas pelo Chandra nas estrelas RXJ1856.5-3754 e 3C58
sugerem que a matéria dentro destes astros é ainda mais densa do que
a matéria nuclear encontrada na Terra. É possível que essas estrelas
sejam compostas de quarks puros ou contenham cristais de partículas
sub-nucleares que normalmente possuem uma breve existência -elas
aparecem por milisegundos após a colisão de partículas de alta
energia, provocadas pelos físicos em aceleradores.

Combinando dados do Chandra e do telescópio Hubble, os astrônomos
descobriram que a RXJ 1856 brilha como um corpo sólido com
temperatura de 700 mil °C, com diâmetro de apenas 11,3 km. Tanto o
tamanho quanto a temperatura não se encaixam no padrão das estrelas
de nêutrons observadas até hoje -até agora a mais densa forma de
matéria do Universo.

"As informações que colhemos nos levam a uma estrela feita não de
nêutrons, mas de quarks em uma forma conhecida como 'matéria estranha
de quark'", diz Jeremy Drake, do Centro Harvard-Smithsoniano para
Astrofísica de Cambridge. "Quarks nunca foram vistos fora de um
núcleo em laboratórios da Terra".

A estrela 3C58 também trouxe surpresas aos astrofísicos. Uma equipe
formada por Patrick Slane e Steven Murray, de Cambridge, e David
Helfand,da Universidade de Columbia, descobriram que ela não emite a
quantidade de raios-X que seria esperada de um astro de suas
características. A conclusão da equipe é que a temperatura da estrela
é inferior a 1 milhão de °C, muito abaixo do previsto.

A 3C58 é uma estrela de nêutrons que, acredita-se, tenha sido criada
em uma explosão observada por astrônomos chineses e japoneses em 1181
D.C.

"Nossas observações da 3C58 são o primeiro teste para os modelos
sobre como as estrelas de nêutrons esfriam -e a teoria padrão
falhou", diz Helfand. "Parece que essas estrelas não são feitas
somente de nêutrons -precisamos de novas formas de matéria para
explicar isso".

Nasa

...já a 3C58 é 'muito fria' -tem apenas 1 milhão de °C
Uma colher de chá de material de uma estrela de nêutrons pesa bilhões
de toneladas. Essa densidade extraordinária é equivalente àquela de
um átomo com todo o espaço interno removido. O núcleo de um átomo é
composto de prótons (eletricamente positivos) e nêutrons (neutros),
partículas tão ínfimas que 1018 delas caberiam na cabeça de um
alfinete.

Segundo Adriano Natale, professor do Instituto de Física da Unesp, a
descoberta de uma estrela de quarks, se confirmada, será uma das mais
importantes dos últimos tempos. "Seria mais um pilar da Física sendo
comprovado", diz.

Adriano explica que as estrelas de quarks estão entre as estrelas de
nêutrons e os buracos-negros, em ordem crescente de densidade. "Os
físicos já haviam previsto essa possibilidade, mas nunca havia sido
observado algo assim", diz. A gravidade no interior de um astro desse
tipo é tão forte que seu interior seria uma "sopa de quarks", um
estado da matéria que jamais foi obtido -embora muito perseguido- nos
laboratórios da Terra.

Os quarks são os blocos básicos que constituem prótons e nêutrons.
Para conseguir enxergá-los, os pesquisadores colidem núcleos atômicos
em enormes aceleradores. Após o choque, os quarks ficam livres por
uma quantia ínfima de tempo -antes de se reagruparem em prótons e
nêutrons novamente. Um dos objetivos dessas experiências é estudar
como essas partículas mantém-se juntas dentro da matéria.

Drake diz que as observações da RXJ podem ser apenas fruto de uma
região anormalmente quente na estrela, que deturpou as leituras do
Chandra. De toda forma, essa possibilidade requer uma orientação
muito específica da estrela -o que é improvável- em relação à Terra
para explicar a ausência de pulsações.



11/04/2002 - 17h38




SUBJECT: Re: Ainda sobre Dualidade
FROM: "ecientificocultural" <albmesq@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/04/2002 22:51

----- Original Message -----
From: "rmtakata"
Sent: Thursday, April 11, 2002 6:06 PM
Subject: [ciencialist] Re: Ainda sobre Dualidade

> "Alberto Mesquita Filho"
> > A seguir assume, de maneira não justificada, que uma
> > partícula elementar deveria se comportar de maneira
> > semelhante às bolinhas clássicas e que uma
> > onda, mesmo aquelas definidas pelos físicos modernos (aquelas
> > que não necessitam de meio material para se propagar --e
> > sabe-se lá o que seria isso!) deveria se comportar de maneira
> > semelhante às ondas da física clássica. Ou seja, duas
> > suposições em hipótese alguma justificadas.

> Nao e' necessaria uma justificacao a priori. Ja' q.
> sao as hipoteses nulas dos experimentos.

Aí eu já discordo. No primeiro caso, por exemplo, seria uma
hipótese nula SE, mas somente SE, estivéssemos trabalhando com
coisas sabidamente idênticas (bolinhas clássicas e
partículas elementares). Mas isso ninguém sabe, isso faz parte
de
um "a priori" provavelmente assumido por Lorentz. SE essa identidade
fosse verdadeira, SE os elétrons fossem realmente cargas
elétricas e SE as interações elétron-fenda pudessem ser
identificadas com trombadas macroscópicas, poderíamos assumir o
não
comportamento citado como uma hipótese de nulidade. Mas qual foi a
experiência a comprovar de fato que o elétron é uma bolinha
carregada com fluidos elétricos, a exemplo dos objetos
macroscópicos
descritos por Coulomb?

> Sao pelos experimentos q. concluimos q. as particulas
> elementares nao se comportam como bolinhas classicas
> e tbm nao se comportam como ondas.

Isso é verdade. Não obstante isso não comprova a dualidade
nem vai contra a física clássica, muito pelo contrário:
simplesmente
demonstra a incoerência lógica da física quântica: "O que
não é, não
é, mas pode ser em determinadas condições" (maneira vulgar de
se
interpretar o princípio da complementaridade de Bohr).

> Pelos experimentos deduzimos q. elas se comportam
> de um modo dubio.

Não, pelo experimento deduzimos que a hipótese de nulidade foi
mal formulada e, portanto, o experimento não conclui o que muitos
afirmam concluir.

> Por exemplo, se eu quero testar a hipotese:
> a agua, no nivel do mar, ferve a 100oC. Eu
> nao preciso justificar a priori q. ela ferva --
> ou q. nao ferva a 100oC. Eu faco o experimento:
> aqueco a agua e meço a temperatura de
> ebulicao -- e confiro se o resultado derruba
> a hipotese nula: no caso, q. a agua nao ferve
> a 100oC.

Isso somente poderá ser efetuado se você tiver certeza de que
realmente está trabalhando com água, o que é relativamente
fácil de comprovar. Mas suponha que não tivéssemos atingido
esse
requinte e que existisse alguma substância muito semelhante à
água e
que não fervesse a 100º no nível do mar. Eu aqueço a
água, meço a
temperatura de ebulição e concluo o quê? Que a água tem
comportamento dúbio? Quero crer que um físico clássico
jamais cairia nesse engodo. Muito provavelmente ele iria se utilizar
desta conclusão para firmar a hipótese de que esta "água"
não
é água. Já um físico quântico provavelmente
construiria, por cima
dessa "experiência", uma nova teoria: a física
aqua-quântica. Qua-
qua-qua-qua.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Fw: Perfil Feira de Ci�ncias, d�vidas e sugest�es.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/04/2002 09:11


-----Mensagem Original-----
De: romiltonneto@yahoo.com.br
Para: leo@barretos.com.br
Enviada em: sexta-feira, 12 de abril de 2002 03:04
Assunto: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.





E-mail: romiltonneto@yahoo.com.br
Nome: romilton neto
Cidade: recife
UF: pe
Nível de Escolaridade: Universitário
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 05
Dúvida/Sugestão: como eu posso aplicar as leis de newton nas engenharias? principalmente na agronomia q é o curso q eu faco. gostaria de uma resposta.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Ainda sobre Dualidade
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/04/2002 09:12

--- Em ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@n...> escreveu
> Pois bem. Acaso o numero de saidas não determina a probabilidade da
> bolinha cair na casa X ?
> Determina, pois a probabilidade é P =1/N onde N é o numero de
> saidas.

Exato. E dado q. N e' finito, P e' positivo e diferente de zero (ou
estritamente positivo, sei la' q. termo se usa). Isso significa q. se
eu tiver X bolinhas (maior do q. zero), esperarei P.X bolinhas em uma
dada casa. E como P e' maior do q. zero e X e' maior do q. zero,
espero q. P.X seja maior do q. zero. Eu posso aumentar X de tal forma
q. o numero esperado P.X seja um valor suficientemente grande para q.
estatisticamente nao possa esperar zero como resultado observado.

Digamos, N = 1.000.000.000. P = 1/1.000.000.000. Eu quero q. P.X seja
1.000.000.000. Entao eu lanco X = 1.000.000.000.000.000.000 eletrons.
Nao espero q. o resultado observado seja estatisticamente diferente
de 1.000.000.000 por acaso. Se der zero, entao teremos um problema.

> Um brinquedo com 3 saidas dá 1/3 de prob para cada saida. uma com
> 10 dá 1/10

O problema e' se experimentalmente com essa probabilidade estimada de
1/10, em 1.000.000.000 de bolinhas obtivermos um numero
estatisticamente diferente de 100.000.000 -- digamos: zero.

> Mas a prbabildiades ja´está marcada à priori. O resultado da
> bolinha é que não.
>
> Ora, é isto que temos.

Nao. Pois em varios casos o resultado difere em muito do esperado por
esse modelo.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Cientistas podem ter descoberto nova forma de matéria no Cosmos
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/04/2002 09:16

--- Em ciencialist@y..., "bradock_rj" <rtjunior@b...> escreveu

> Cientistas podem ter descoberto nova forma de matéria no Cosmos

http://www.uol.com.br/inovacao/ultimas/ult762u107.shl

trecho 1
> Uma descoberta no Cosmos intrigou cientistas e astrônomos do mundo
> todo. O observatório de raios-X Chandra, da Nasa, observou duas
> estrelas -uma muito pequena, outra muito fria- que revelam falhas
> no modelo pelo qual a Física moderna explica a estrutura da
> matéria. Para a física nuclear, a descoberta pode levar a novas
> formas de estudo da composição dos átomos.
[...]
trecho 2
> Segundo Adriano Natale, professor do Instituto de Física da Unesp,
> a descoberta de uma estrela de quarks, se confirmada, será uma das
> mais importantes dos últimos tempos. "Seria mais um pilar da Física
> sendo comprovado", diz.

Nao ha' uma disparidade entre o trecho 1 e o 2 sobre o significado
disso para a Fisica? Ela mostra uma falha ou mostra uma corroboracao?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Ainda sobre Dualidade
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/04/2002 09:26

--- Em ciencialist@y..., "ecientificocultural" <albmesq@u...> escreveu
> Aí eu já discordo. No primeiro caso, por exemplo, seria uma
> hipótese nula SE, mas somente SE, estivéssemos trabalhando com
> coisas sabidamente idênticas (bolinhas clássicas e
> partículas elementares).

Nao e' preciso saber q. sao identicos. Assume-se isso e
ve se o experimento pode refutar essa suposicao. No caso,
parece refutar.

(Em alguns casos funcionam de modo satisfatorio: como em um
modelo simplificado da cinetica dos gases e em modelos
simplificadissimos de reacoes em cadeia de fissao nuclear.)

> SE essa identidade fosse verdadeira, SE os elétrons fossem
> realmente cargas elétricas e SE as interações elétron-fenda
> pudessem ser identificadas com trombadas macroscópicas, poderíamos
> assumir o não comportamento citado como uma hipótese de nulidade.

Ai' nem precisariamos assumir como hipotese nula. Simplesmente
saberiamos q. sao bolinhas.

> > Sao pelos experimentos q. concluimos q. as particulas
> > elementares nao se comportam como bolinhas classicas
> > e tbm nao se comportam como ondas.
>
> Isso é verdade. Não obstante isso não comprova a dualidade
> nem vai contra a física clássica, muito pelo contrário:
> simplesmente demonstra a incoerência lógica da física quântica: "O
> que não é, não é, mas pode ser em determinadas condições" (maneira
> vulgar de se interpretar o princípio da complementaridade de Bohr).

Bem, os experimentos sobre o teorema de Bell, por eqto deixam pouca
margem para pensar em outra coisa. Bem, claro poderemos abandonar a
ideia de localidade. Mas e' trocar uma coisa q. incomoda o nosso
senso comum por outra coisa q. tbm incomoda o senso comum. Feliz ou
infelizmente o universo esta' pouco se lixando para o nosso senso
comum. (Outra saida e' abandonar o proprio principio logico do
terceiro excluido.)

> > Pelos experimentos deduzimos q. elas se comportam
> > de um modo dubio.
>
> Não, pelo experimento deduzimos que a hipótese de nulidade foi
> mal formulada e, portanto, o experimento não conclui o que muitos
> afirmam concluir.

Nao sei se foi mal formulada. O treco ora se comporta como onda, ora
como particula.

> Que a água tem comportamento dúbio?

Se nao fervesse eu nao precisaria concluir q. tem comportamento
dubio. Eu concluiria q. nao ferve a 100oC.

> Muito provavelmente ele iria se utilizar desta conclusão para
> firmar a hipótese de que esta "água" não é água.

Nao da' pra saber. Se temos uma substancia muito parecida. A menos q.
consigamos enxergar um padrao q. permita distinguir as duas
substancias.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/04/2002 09:38

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> escreveu
> Nome: romilton neto
> Dúvida/Sugestão: como eu posso aplicar as leis de newton nas
> engenharias? principalmente na agronomia q é o curso q eu faco.
> gostaria de uma resposta.

Em qq lugar.

Esse pessoal nao tem imaginacao, nao?

Da' pra aplicar nos sistemas de irrigacao, de colheita, no
funcionamento de tratores, colheitadeiras, arado, armazenamento e
controle de estoque, pulverizacao de agroquimicos (= agrotoxicos),
transporte, abate de animais, racionalizacao do uso de solo, protecao
contra erosao, distribuicao de plantacoes e rebanhos...

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: "aespeschit" <toni@iconet.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/04/2002 11:05

--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> escreveu
> > Nome: romilton neto
> > Dúvida/Sugestão: como eu posso aplicar as leis de newton nas
> > engenharias? principalmente na agronomia q é o curso q eu faco.
> > gostaria de uma resposta.
>
> Em qq lugar.
>
> Esse pessoal nao tem imaginacao, nao?
>
> Da' pra aplicar nos sistemas de irrigacao, de colheita, no
> funcionamento de tratores, colheitadeiras, arado, armazenamento e
> controle de estoque, pulverizacao de agroquimicos (= agrotoxicos),
> transporte, abate de animais, racionalizacao do uso de solo,
protecao
> contra erosao, distribuicao de plantacoes e rebanhos...

Peraí! Em qualquer lugar não!
O amendoim, por exemplo, de acordo com a Lei de Newton, deveria
ser colhido fora da terra, como o feijão e a soja.
Mas só a Mecânica Quântica consegue explicar porque o Amendoim
dá debaixo da terra como a cenoura e as batatas!

[]'s
Toni

PS: O que é que o Léo faz com estas perguntas cretinas? Responde?
Ignora? Manda um raio cair na cabeça do consulente?




SUBJECT: Website atualizado 12.04
FROM: "airsmither" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/04/2002 02:10

- Um Antigo Computador Grego | Derek J. de Solla Price
Em 1901 mergulhadores trabalhando perto da ilha de Antikythera
encontraram os restos de um mecanismo parecido com o de um relógio de
2.000 anos de idade.
http://www.ceticismoaberto.kit.net/antikythera.htm

- Os Vírus da Mente | Richard Dawkins
As convicções que você mantém teriam sido um conjunto de convicções
completamente diferente, e largamente contraditório, se você tivesse
simplesmente nascido em um lugar diferente. Epidemiologia, não
evidência.
http://www.ceticismoaberto.kit.net/dawkins_virusmind.htm

- UFOs Cadentes
Podemos analisar a idéia dos `UFOs cadentes', mas devemos entender
que não só sua eventual realidade como suas conseqüências também
devem ser comparadas às das reais `estrelas cadentes'.
http://www.ceticismoaberto.kit.net/ufoscadentes.htm

- Paródia: Armagedon Revelado pela Ciência
O brasileiro Rosemberg dos Santos descobriu cientificamente como o
Julgamento Final ocorrerá.
http://www.ceticismoaberto.kit.net/armagedonrevelado.htm

MK



SUBJECT: En: Faz Parte
FROM: "Carol" <carolsturari@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/04/2002 15:49

Arnaldo Jabor comenta sobre Kléber BamBam e a personalidade dos novos
ídolos de barro
[ ]'s
Carol

> FAZ PARTE!!
> (Arnaldo Jabor)
>
> Triste país este em que pessoas como Kleber viram ídolos. Sem ter
> feito nada de bom, apenas por que fracassaram na tentativa do mal,
> são julgados inocentes.
> Apenas por cometerem incontáveis erros de português, são julgados
> puros.
> A desinteligência é confundida com qualidade, com algo a ser
> valorizado.
> Pela sua ignorância e falta de estudo, imediatamente julga-se que não
> teve oportunidades, sem levar em conta a realidade de fatos. Pessoas
> identificam-se e pronto. Alguém lhe perguntou por quê não estudou ?
> Não, apenas constatam que o brasileiro típico não tem estudo, é
> ignorante e ponto final.
> Triste país este que nunca soube votar, que se deixa levar pelas
> aparências, pela casca, como se conteúdo fosse o que menos
> importasse...
> Triste país em que um aproveitador barato vence um trabalhador,
> motivado apenas por preconceito.
> A votação do BBB, mais do que uma etapa num programa de TV, mostra a
> lamentável radiografia de um país superficial, em que a malandragem
> sempre predomina em detrimento ao caráter, à integridade, ao
> produzir.
> Hackers de última hora modificam o percentual de votações, esfregam na
> cara dos internautas, e nada é feito. Alguma semelhança com
> Brasília ?
> Infelizmente não é mera coincidência... Ídolos de barro são
> construídos num piscar de olhos, o corpo, o rebolar, são sempre mais
> valorizados do que o caráter de um ser.
> Vê-se o país em que hoje vivemos : Um enorme potencial desperdiçado.
> Um povo que poderia ser vencedor, íntegro, trabalhador. Mas a
> indolência, a malandragem, a falsa pureza é que são moedas correntes
> num mercado inexplicável.
> Kleber promete que se ganhar dá dinheiro aos outros participantes. O
> povo o aplaude. Já na primeira prova vende sua participação em troca
> de um carro usado. O povo aplaude as falcatruas expostas, acostumado
> que está...
> Trata mulheres como objetos usáveis e descartáveis. Refere-se à Xaiane
> como "cascuda para o ato" utiliza, descarta, fala mal dela para
> todos, parte para a próxima. O público, ao invés de castigar a
> cafajestagem, transforma-o num astro de última hora...A própria
> Xaiane ? Que vergonha ! ? Apóia o mau-caráter.
> Um simpatizante ameaça na net que todos que falarem mal do moço vão
> receber vírus em seus computadores. O servidor da Globo emperra,
> impedindo-nos de votar no domingo pela eliminação de Kleber, e na
> terça-feira, a favor de André ou Vanessa. Manipulação explícita ? O
> mal vence e o bem sai, com um sorrisinho amedrontado.
> Kleber dentro da casa chora de saudades dos pais, promete que fará
> caridade com o dinheiro, que ajudará outros participantes, que Maria
> Eugênia (boneca fabricada, cabeça de lata, como ele) o acompanhará
> até o fim.
> Bastou anunciar-se o resultado e tudo mudou : Maria Eugênia
> foi "deixada para depois", Bambam sai da casa e só após longuíssimos
> minutos se divertindo com a galera é que foi dar um abracinho
> mixuruca nos pais...
> Seu grito com a galera ? "Nós vamos curtir muito com esta grana" Ué,
> e a caridade ?
> E a promessa que fez, ao vivo na noite de domingo, de que ficaria 12
> horas de joelhos ? Onze eliminados. Alguns ruins, outros bons. Os
> outros dois finalistas, mais humanos e autênticos.
> O ídolo de barro ganhou. É burro, ignorante, não tem cultura. Mas foi
> espertalhão, soube ludibriar o público com um "jeitinho humilde"
> inventado e aperfeiçoado, com um discurso demagógico que qualquer
> olhar mais atento desmascara.
> Triste país este. Após a vitória de Kleber, ficou ainda mais triste
> ser brasileiro.
>



SUBJECT: Teste dos numeros
FROM: "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/04/2002 20:33

Segunda tentativa de enviar esta mensagem...

Repassando um teste. No proximo mail passo um link sobre isso.
Ateh
Luis Brudna
- - - - - -
o teste:

Alguma vez já se perguntaram se somos mesmo diferentes ou se pensamos
todos
iguais? Façam este exercício de reflexão e encontrem a resposta!!!
Siga as instruções e responda às perguntas uma de cada vez
MENTALMENTE e
mais rápido quanto possível mas não siga adiante até ter respondido a
anterior. E se surpreendam com a resposta!!!!
Agora, responda uma de cada vez:


15+6 = ?
...
3+56 = ?
...
89+2 = ?
...

12+53 = ?
...

75+26 = ?
...

25+52 = ?
...

63+32 = ?
...
Sim, os cálculos mentais são difíceis mas agora vem o verdadeiro
teste. Seja
persistente e siga adiante.
...
123+5 = ?
...



RÁPIDO! PENSE EM UMA FERRAMENTA E UMA COR!
...
E siga adiante...
...

Mais um pouco...
...


.......



............




Um pouco mais...

Pensou em um martelo vermelho, não é verdade???? Se não, você é parte
de 2 %
da população que é suficientemente diferente para pensar em outra
coisa. 98%
da população responde martelo vermelho quando resolve este exercício.

-------------------------------------




SUBJECT: Re: [ciencialist] Teste dos numeros
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/04/2002 20:55

----- Original Message -----
From: "brudna"
Sent: Sunday, April 14, 2002 8:33 PM
Subject: [ciencialist] Teste dos numeros

> (...)
> RÁPIDO! PENSE EM UMA FERRAMENTA E UMA COR!
> (...)
> Pensou em um martelo vermelho, não é verdade???? Se não, você é parte
> de 2 % da população que é suficientemente diferente para pensar em outra
> coisa. 98% da população responde martelo vermelho quando resolve este
> exercício.

Eu pensei numa chave de fenda e no vermelho. Em nenhum momento pensei numa
chave de fenda vermelha, pois a pergunta não associava as coisas. Se o
resultado assinalado para o teste for verdadeiro, eu diria pertencer aos 2%
da população que já levou uma martelada no dedo e, em decorrência disso,
jamais pensa em martelo quando pode pensar em outra coisa. :-)

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Teste dos numeros (link)
FROM: "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/04/2002 21:11

Pior eh que eu errei alguns calculos :). Essa eu jah conhecia.
Conhecia
(em ingles) com um vegetal... maioria dos os americanos falam
Carrot. Eu
nao fiz aquele teste, soh vi as explicacoes no link **

Nesse caso eu pensei alicate azul.


(**)
http://www.newscientist.com/lastword/answers/613plants.jsp?tp=plants1

Bem interessante.

Ateh
Luis Brudna





SUBJECT: Re: [ciencialist] Teste dos numeros
FROM: Prof. José Carlos <profjc@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/04/2002 04:06

Bruxaria pura! :)

Abraços,

____________________
Prof. José Carlos (JC)
profjc@terra.com.br
ICQ 11734153
____________________


----- Original Message -----
From: "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, April 14, 2002 8:33 PM
Subject: [ciencialist] Teste dos numeros


Segunda tentativa de enviar esta mensagem...

Repassando um teste. No proximo mail passo um link sobre isso.
Ateh
Luis Brudna
- - - - - -
o teste:

Alguma vez já se perguntaram se somos mesmo diferentes ou se pensamos
todos
iguais? Façam este exercício de reflexão e encontrem a resposta!!!
Siga as instruções e responda às perguntas uma de cada vez
MENTALMENTE e
mais rápido quanto possível mas não siga adiante até ter respondido a
anterior. E se surpreendam com a resposta!!!!
Agora, responda uma de cada vez:


15+6 = ?
...
3+56 = ?
...
89+2 = ?
...

12+53 = ?
...

75+26 = ?
...

25+52 = ?
...

63+32 = ?
...
Sim, os cálculos mentais são difíceis mas agora vem o verdadeiro
teste. Seja
persistente e siga adiante.
...
123+5 = ?
...



RÁPIDO! PENSE EM UMA FERRAMENTA E UMA COR!
...
E siga adiante...
...

Mais um pouco...
...


.......



............




Um pouco mais...

Pensou em um martelo vermelho, não é verdade???? Se não, você é parte
de 2 %
da população que é suficientemente diferente para pensar em outra
coisa. 98%
da população responde martelo vermelho quando resolve este exercício.

-------------------------------------



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SUBJECT: Direita vagabunda
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/04/2002 06:33

Caríssimos,

Impressionante. Realmente impressionante. A coerência é mesmo um luxo e, como todo luxo, supérfluo, ao menos para um tipo de intelectual, um tipinho bem ordinário. Por exemplo: essa direita raivosa atualmente ocupada em sabotar o governo de Olívio Dutra e em difamar o PT, direita sem escrúpulos, direita esta que, sem medo do ridículo -- destemor que a torna ainda mais ridícula --, arvora-se em paladina da democracia "contra o autoritarismo esquerdista". De acordo com essa direita supostamente esclarecida, o senhor Hugo Chávez, um demagogo e fanfarrão, representa uma grave ameaça aos valores da democracia e do pluralismo. Após Chávez ter sido eleito Presidente da Venezuela, a Grande Mídia (CNN, Globo, Abril/Veja, etc.) vem investindo tudo na feitura da sua caveira.

A nós, homens de esquerda, coube-nos a difícil tarefa de defender o ideário social-democrata e/ou socialista contra todas as suas caricatas versões, inclusive a "chavista". Não conto as ocasiões em que nos colocamos na defensiva, atacados pelos dois flancos: à esquerda, pela ingenuidade; à direita, pela má-fé. E vice-versa.

Mas os últimos acontecimentos foram emblemáticos. A prática, ou melhor, a vida, mostrou a real face de alguns supostos democratas; demonstrou de forma escancarada que termos tais como democracia e liberdade compõem amiúde um palavrório oco, manipulável, palavreado grandiloqüente que serve de biombo para camuflar interesses escusos ou de álibe para o cometimento de algum crime.

Por ironia, foram aqueles que estigmatizaram Chávez como golpista os que financiaram, planejaram e patrocinaram o golpe de estado que o derrubou. Foram precisamente os "libertários" anti-chavistas os que, autoritariamente, dissolveram o Congresso Nacional democraticamente eleito, exoneraram todos os juízes da Suprema Corte e, por um impulso irracional de vingança, negaram ao presidente deposto -- o qual, bem ou mal, foi o que emergiu do sufrágio universal -- o exílio em Cuba. Quiseram julgar o ex-presidente, imputar-lhe a responsabilidade pelas mortes que precederam ao golpe. Ocorre que, após o golpe, as forças repressivas sob o comando dos golpistas mataram muito mais.

O líder empresarial que os militares insurretos escolheram como presidente interino defendeu a realização de eleições daqui a um ano. Em um ano, e não em 30 dias, conforme o previsto na Constituição venezuelana, democraticamente elaborada e devidamente promulgada, para casos como este.

Agora, após o fracasso do golpe e a reassunção de Chávez, o principal partido opositor à Chávez, PJ (Primero Justicia) está a defender a renúncia de Chávez, a dissolução do Congresso e a convocação de eleições gerais em um prazo máximo de seis meses. 06 (seis) meses? E por que não em um ano, como defendeu o presidente golpista, Pedro Carmona?

De todos os membros da OEA (Organização dos Estados Americanos), apenas os EUA se manifestaram contrários à aplicação ao caso venezuelano do artigo 20 da Carta Democrática Interamericana, que contém mecanismos para uma reação coletiva ante a interrupção do processo constitucional em qualquer dos países que integram a organização. Desde o primeiro momento, os EUA defenderam a "legitimidade" do golpe anti-"revolução bolivariana". Interessante -- posto que incongruente, estranho, bizarro, idiota e sobretudo risível -- foi o pronunciamento de Condoleezza Rice, conselheira para a Segurança Nacional da Casa Branca, após o retorno de Chávez ao Poder. Condoleezza afirmou que Hugo Chávez deve doravante corrigir o rumo e -- vejam só! -- "respeitar o processo constitucional." Processo constitucional... precisamente aquilo que os EUA chefiados pelo oligofrênico George W. Bush -- sem querer desrespeitar os cretinos microcefálicos e os portadores da síndrome de down -- quiseram atropelar.

Por fim, acresce denunciar a triste atitude da nata da tecnocracia diante de tal episódio. O Fundo monetário Internacional -- FMI, após tomar ciência da queda de Chávez, prontificou-se a colaborar com o novo governo de Pedro Carmona . Sim, o FMI foi a primeira organização internacional a reconhecer o governo golpista. Para os magos do FMI, o que vale e o que importa são as resoluções técnicas, e não as decisões democráticas.

Abraços,
Manuel Bulcão



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Direita vagabunda
FROM: Joao Paulo Costa <vadeptbr@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/04/2002 08:05

--- Manuel_Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br> escreveu:
> Caríssimos,
>
> Impressionante. Realmente impressionante. A
> coerência é mesmo um luxo e, como todo luxo,
> supérfluo, ao menos para um tipo de intelectual, um
> tipinho bem ordinário. Por exemplo: essa direita
> raivosa atualmente ocupada em sabotar o governo de
> Olívio Dutra e em difamar o PT, direita sem
> escrúpulos, direita esta que, sem medo do ridículo
> -- destemor que a torna ainda mais ridícula --,
> arvora-se em paladina da democracia "contra o
> autoritarismo esquerdista". De acordo com essa
> direita supostamente esclarecida, o senhor Hugo
> Chávez, um demagogo e fanfarrão, representa uma
> grave ameaça aos valores da democracia e do
> pluralismo. Após Chávez ter sido eleito Presidente
> da Venezuela, a Grande Mídia (CNN, Globo,
> Abril/Veja, etc.) vem investindo tudo na feitura da
> sua caveira.
>
> A nós, homens de esquerda, coube-nos a difícil
> tarefa de defender o ideário social-democrata e/ou
> socialista contra todas as suas caricatas versões,
> inclusive a "chavista". Não conto as ocasiões em que
> nos colocamos na defensiva, atacados pelos dois
> flancos: à esquerda, pela ingenuidade; à direita,
> pela má-fé. E vice-versa.
>
> Mas os últimos acontecimentos foram emblemáticos. A
> prática, ou melhor, a vida, mostrou a real face de
> alguns supostos democratas; demonstrou de forma
> escancarada que termos tais como democracia e
> liberdade compõem amiúde um palavrório oco,
> manipulável, palavreado grandiloqüente que serve de
> biombo para camuflar interesses escusos ou de álibe
> para o cometimento de algum crime.
>
> Por ironia, foram aqueles que estigmatizaram Chávez
> como golpista os que financiaram, planejaram e
> patrocinaram o golpe de estado que o derrubou. Foram
> precisamente os "libertários" anti-chavistas os que,
> autoritariamente, dissolveram o Congresso Nacional
> democraticamente eleito, exoneraram todos os juízes
> da Suprema Corte e, por um impulso irracional de
> vingança, negaram ao presidente deposto -- o qual,
> bem ou mal, foi o que emergiu do sufrágio universal
> -- o exílio em Cuba. Quiseram julgar o
> ex-presidente, imputar-lhe a responsabilidade pelas
> mortes que precederam ao golpe. Ocorre que, após o
> golpe, as forças repressivas sob o comando dos
> golpistas mataram muito mais.
>
> O líder empresarial que os militares insurretos
> escolheram como presidente interino defendeu a
> realização de eleições daqui a um ano. Em um ano, e
> não em 30 dias, conforme o previsto na Constituição
> venezuelana, democraticamente elaborada e
> devidamente promulgada, para casos como este.
>
> Agora, após o fracasso do golpe e a reassunção de
> Chávez, o principal partido opositor à Chávez, PJ
> (Primero Justicia) está a defender a renúncia de
> Chávez, a dissolução do Congresso e a convocação de
> eleições gerais em um prazo máximo de seis meses. 06
> (seis) meses? E por que não em um ano, como defendeu
> o presidente golpista, Pedro Carmona?
>
> De todos os membros da OEA (Organização dos Estados
> Americanos), apenas os EUA se manifestaram
> contrários à aplicação ao caso venezuelano do artigo
> 20 da Carta Democrática Interamericana, que contém
> mecanismos para uma reação coletiva ante a
> interrupção do processo constitucional em qualquer
> dos países que integram a organização. Desde o
> primeiro momento, os EUA defenderam a "legitimidade"
> do golpe anti-"revolução bolivariana". Interessante
> -- posto que incongruente, estranho, bizarro, idiota
> e sobretudo risível -- foi o pronunciamento de
> Condoleezza Rice, conselheira para a Segurança
> Nacional da Casa Branca, após o retorno de Chávez ao
> Poder. Condoleezza afirmou que Hugo Chávez deve
> doravante corrigir o rumo e -- vejam só! --
> "respeitar o processo constitucional." Processo
> constitucional... precisamente aquilo que os EUA
> chefiados pelo oligofrênico George W. Bush -- sem
> querer desrespeitar os cretinos microcefálicos e os
> portadores da síndrome de down -- quiseram
> atropelar.
>
> Por fim, acresce denunciar a triste atitude da nata
> da tecnocracia diante de tal episódio. O Fundo
> monetário Internacional -- FMI, após tomar ciência
> da queda de Chávez, prontificou-se a colaborar com o
> novo governo de Pedro Carmona . Sim, o FMI foi a
> primeira organização internacional a reconhecer o
> governo golpista. Para os magos do FMI, o que vale e
> o que importa são as resoluções técnicas, e não as
> decisões democráticas.
>
> Abraços,
> Manuel Bulcão
>
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto
> foram removidas]
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Direita vagabunda
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/04/2002 10:07

On Mon, 15 Apr 2002, Manuel Bulcão wrote:
> Caríssimos,
> De acordo com essa direita supostamente esclarecida, o senhor Hugo
> Chávez, um demagogo e fanfarrão, representa uma grave ameaça aos
> valores da democracia e do pluralismo.

Na verdade o Hugo Chavez representa uma séria ameaça a economia norte
americana pois a Venezuela é o maior exportador de óleo de pedra para os
eua e sendo um demagogo fanfarrão peita os gringos sem nenhum pudor.

Nada me tira da cabeça que estra trapalhada política foi comandada pela
CIA. Tinha minhas dúvidas quando foi deposto, estava apenas esperando a
cagad... acontecer, quando aconteceu sabia que era coisa dos gringos.
Minha intuiçãio se baseava apenas na estatística de burradas comandadas
pela agencia central de "inteligência" norte americana [CIA].

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
One Ring to rule them all



SUBJECT: Re: [ciencialist] Direita vagabunda
FROM: Joao Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/04/2002 10:25


Mas o que é fundamental nesta questão é saber se o regime venezuelano
é de facto um regime democrático. Parece-me óbvio que não é, pelo que
não tem defesa possível.

Joao
http://www.nonio.com

Manuel Bulcão wrote:
>
> Caríssimos,
>
> Impressionante. Realmente impressionante. A coerência é mesmo um luxo e, como todo luxo, supérfluo, ao menos para um tipo de intelectual, um tipinho bem ordinário. Por exemplo: essa direita raivosa atualmente ocupada em sabotar o governo de Olívio Dutra e em difamar o PT, direita sem escrúpulos, direita esta que, sem medo do ridículo -- destemor que a torna ainda mais ridícula --, arvora-se em paladina da democracia "contra o autoritarismo esquerdista". De acordo com essa direita supostamente esclarecida, o senhor Hugo Chávez, um demagogo e fanfarrão, representa uma grave ameaça aos valores da democracia e do pluralismo. Após Chávez ter sido eleito Presidente da Venezuela, a Grande Mídia (CNN, Globo, Abril/Veja, etc.) vem investindo tudo na feitura da sua caveira.
>
> A nós, homens de esquerda, coube-nos a difícil tarefa de defender o ideário social-democrata e/ou socialista contra todas as suas caricatas versões, inclusive a "chavista". Não conto as ocasiões em que nos colocamos na defensiva, atacados pelos dois flancos: à esquerda, pela ingenuidade; à direita, pela má-fé. E vice-versa.
>
> Mas os últimos acontecimentos foram emblemáticos. A prática, ou melhor, a vida, mostrou a real face de alguns supostos democratas; demonstrou de forma escancarada que termos tais como democracia e liberdade compõem amiúde um palavrório oco, manipulável, palavreado grandiloqüente que serve de biombo para camuflar interesses escusos ou de álibe para o cometimento de algum crime.
>
> Por ironia, foram aqueles que estigmatizaram Chávez como golpista os que financiaram, planejaram e patrocinaram o golpe de estado que o derrubou. Foram precisamente os "libertários" anti-chavistas os que, autoritariamente, dissolveram o Congresso Nacional democraticamente eleito, exoneraram todos os juízes da Suprema Corte e, por um impulso irracional de vingança, negaram ao presidente deposto -- o qual, bem ou mal, foi o que emergiu do sufrágio universal -- o exílio em Cuba. Quiseram julgar o ex-presidente, imputar-lhe a responsabilidade pelas mortes que precederam ao golpe. Ocorre que, após o golpe, as forças repressivas sob o comando dos golpistas mataram muito mais.
>
> O líder empresarial que os militares insurretos escolheram como presidente interino defendeu a realização de eleições daqui a um ano. Em um ano, e não em 30 dias, conforme o previsto na Constituição venezuelana, democraticamente elaborada e devidamente promulgada, para casos como este.
>
> Agora, após o fracasso do golpe e a reassunção de Chávez, o principal partido opositor à Chávez, PJ (Primero Justicia) está a defender a renúncia de Chávez, a dissolução do Congresso e a convocação de eleições gerais em um prazo máximo de seis meses. 06 (seis) meses? E por que não em um ano, como defendeu o presidente golpista, Pedro Carmona?
>
> De todos os membros da OEA (Organização dos Estados Americanos), apenas os EUA se manifestaram contrários à aplicação ao caso venezuelano do artigo 20 da Carta Democrática Interamericana, que contém mecanismos para uma reação coletiva ante a interrupção do processo constitucional em qualquer dos países que integram a organização. Desde o primeiro momento, os EUA defenderam a "legitimidade" do golpe anti-"revolução bolivariana". Interessante -- posto que incongruente, estranho, bizarro, idiota e sobretudo risível -- foi o pronunciamento de Condoleezza Rice, conselheira para a Segurança Nacional da Casa Branca, após o retorno de Chávez ao Poder. Condoleezza afirmou que Hugo Chávez deve doravante corrigir o rumo e -- vejam só! -- "respeitar o processo constitucional." Processo constitucional... precisamente aquilo que os EUA chefiados pelo oligofrênico George W. Bush -- sem querer desrespeitar os cretinos microcefálicos e os portadores da síndrome de down -- quiseram atropelar.
>
> Por fim, acresce denunciar a triste atitude da nata da tecnocracia diante de tal episódio. O Fundo monetário Internacional -- FMI, após tomar ciência da queda de Chávez, prontificou-se a colaborar com o novo governo de Pedro Carmona . Sim, o FMI foi a primeira organização internacional a reconhecer o governo golpista. Para os magos do FMI, o que vale e o que importa são as resoluções técnicas, e não as decisões democráticas.
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> Abraços,
> Manuel Bulcão
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SUBJECT: Tecnologia Ôca
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/04/2002 10:43

Tecnologia Ôca

Dizem alguns que o ser é aquilo que ele produz. Neste sentido a
ciencia é aquilo que ela produzir. E aquilo que ela produz é
Tecnologia.Até aqui suponho que todos concordem que o produto final,
util em si mesmo, da ciencia é a tecnologia.Mas a tecnologia em si
mesma serve para quê ? Um exemplo simples é o encontrado nos meios de
comunicação: rádio, Tv e telefone (hoje em dia, telemovel) e a
internet. Só para citar alguns exemplos que tem alcance extendido.
Ao perguntar para que servem estas tecnologias responderão que para
comunicar.Tudo bem.
Mas já repararam nas coisas inuteis que se podem comunicar ?

Acoplado a isso ha o problema do sentido de tudo isto. Afinal para
quê é que queremos tecnologia?
Dizem que é para vivermos melhor. Vivermos mais, em melhores
condições.
Mas viver mais não é sinonimo de viver melhor, e viver melhor não é
sinonimo de viver com tecnologia. A julgar pelos hospitalizados cuja
prolongação da vida depende de máquinas - cá está a tecnologia de
novo- e aqueles que vivem sem tecnologia em pelo sec XXI (como se
viver neste seculo fosse sinónimo de viver com tecnologia).

Coisas uteis e inuteis podem ser feitas com a tecnologia existente,
mas a tecnologia em si nada é. Não serve para nada se não se tiver
uma mensagem a comunicar ou um objectivo a desenvolver.
Neste prespectiva a tecnologia é ôca, pois nada contém em si mesma.

Aqueles que julgam o mundo, os paises, as pessoas, pela tecnologia
que eles têm, estão a julgá-los por coisa nenhuma, pois sem julgar os
conteudos estaremos julgado a solidez de castelos construidos no ar.

E se a tecnologia fosse diferente?

Quem conhece historias como Espaço 1999, Galática, Buck Rogers, Star
Wars, Babilon 5, Star Trek ou mesmo Star Gate ou Robocop, chama-
lhes "Ficção Cientifica"
Na realidade são historias inundadas de tecnologia diferente que
possibilita interações sociais diferentes, em muitos casos com
culturas diferentes, mas sempre numa metáfora sublime à sociedade de
hoje. São série de Ficção, sim, mas de ficção tecnologica. Essa
ficçao tecnologia leva à ficação socio-cultural e até economica em
alguns casos, que é o objectivo ultimo dessas historias. É a
sociedade vista de outra forma. Forma essa possibilitada por
tecnologia diferente. Ôca na mesma forma, mas diferente.

A tecnologia pode ser a produção da ciencia, mas não é só da ciencia.
É da sociedade, do Homem comum, do Homem de negocios, do Homem
comunicativo, tb do Homem militar, concerteza. Em uma palavra, do
Homem. É ele que decide qual tecnologia seria mais interessante ter.
E portanto qual interessa desenvolver. E todos os esforços são
colocados em torná-la uma realidade.
E ela é util na medida em nos assiste. Como foram uteis as pedras
lascadas, as armadilhas, o fogo, as cordas, as roupas, o barro, o
abre-latas, o vaivem, etc.
Os materias mudam, as ideias mudam, a complexidade aumenta, o
conhecimento cientifico necessário para a replicação torna-se mais
importante, mas tudo é tecnologia. Simples, util, espera-se que
eficaz, intrumentalizada, ergonomica, mas em si, sempre ôca.


Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: Direita vagabunda
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/04/2002 11:42

--- Em ciencialist@y..., Joao Paulo Costa <vadeptbr@y...> escreveu
> Pra mim a lista era sobre ciencia

Ciência Política tbm é ciência. re re...

Mas tem pelo menos uma coisa q. não foi explicada no
governo do Olívio Dutra: a ligação de bicheiros com
o financiamento de campanha do bigodudo.

Sobre a Venezuela me lembrei desta musiquinha:
"La' vem o Chaves, Chaves, Chaves. Todos atentos
olhando pra TV..." (Quanto 'a democracia: Hugo
Chavez foi eleito em votacao direta. Cometeu
diversas bobagens populistas e arbitrariedades.
Deveria responder por isso na forma da lei
venezuelana e nao atraves de um golpe militar.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Tecnologia Ôca
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/04/2002 11:51

--- Em ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> escreveu
> Tecnologia.Até aqui suponho que todos concordem que o produto
> final, util em si mesmo, da ciencia é a tecnologia.

Ja' eu diria q. e' mais o conhecimento.

> Não serve para nada se não se tiver
> uma mensagem a comunicar ou um objectivo a desenvolver.
> Neste prespectiva a tecnologia é ôca, pois nada contém em si mesma.

Nessa perspectiva, as nossas vidas tbm e' oca.
O ato de viver nao contem nada em si mesmo.

Seu texto e' interessante. Mas como se trata de
valores pode ter visoes ligeiramente diferentes.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Tecnologia Ôca
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/04/2002 13:34


> > Tecnologia.Até aqui suponho que todos concordem que o produto
> > final, util em si mesmo, da ciencia é a tecnologia.
>
> Ja' eu diria q. e' mais o conhecimento.

É verdade que o conhecimento é um produto da ciencia.
Mas ele não é final, nem util em si mesmo.

Não é final, pq conhecimento gera mais/outro conhecimento.
É um ciclo aberto (open loop) de que se alimenta a evoluçao da
ciencia. (se é um ciclo, não é final. Não abaca ali.)

Não é util pq não não serve nenhum proposito objectivo.
Por exemplo,saber que os atomos, contém nucleos, e eles contém
energia, nao é util pq não serve nenhum proposito.

Mas a tecnologia nuclear que se desenvolve com base nesse
conhecimento já tem um proposito (gerar energia) e é portanto util.

Obrigado pelo comentário,

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] Tecnologia_�ca
FROM: Nicolau Werneck <nwerneck@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/04/2002 13:39

> Tecnologia Ôca

Tem gente que se esquece disso... Algumas pessoas
tentam dedicar suas vidas à ciência, mas
invariavelmente acabam entrando em alguma crise de
depressão por se sentir inútil! :)

A ciência e tecnologia só ditam os caminhos que podem
nos levar a objetivos, mas para por aí. Nenhuma
ciência vai te dar vontade de fazer qualquer coisa.

Por isso que eu gosto de jogar tetris, por exemplo, ou
xadrez, ou de fazer o cubo de Rubik. Durante aqueles
poucos minutos você tem um um único objetivo
determinado, certo, inquestionável... E a partir daí
floresce a ciência e as técnicas com que eu me divirto
tanto!

++Nicolau



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Direita vagabunda
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/04/2002 13:58

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
wrote:

Desde o primeiro momento, os EUA defenderam a "legitimidade" do golpe
anti-"revolução bolivariana". Interessante -- posto que incongruente,
estranho, bizarro, idiota e sobretudo risível -- foi o pronunciamento de
Condoleezza Rice, conselheira para a Segurança Nacional da Casa Branca, após
o retorno de Chávez ao Poder. Condoleezza afirmou que Hugo Chávez deve
doravante corrigir o rumo e -- vejam só! -- "respeitar o processo
constitucional."

Oi Manuel, quanto tempo...

É certo, a Condoleezza (que nome...- era pra ser um termo musical) se
precipitou porque igual a todo mundo, os gringos pensaram que a Venezuela é
coisa simples. Na verdade aé um país muito dividido, Caracas é um exemplo. A
diferença entre Leste e Oeste é total. É pobreza grande e riqueza enorme. O
exército é dividido, o povo, as classes, os sindicatos, etc. Chávez tratou
de estar com todos, terminou brigando com todos e formando uma mistura rara
de Muzzeta e de Mimi. Misturou demagogia, populismo e cutucou os EEUU com
vara curta. Congratulou-se com Fidel Castro e Sadam Hussein. Deu no que deu.
Nem Washington entendeu (com Bush, muito menos).

A corrupção no país é terrível. A falta de segurança nas ruas não fica nada
a dever para a insegurança de Bogotá. Um país que foi rico, ficou como está
por causa da corrupção total. Em 1985 foi a grande queda do país. Carlos
Andrés Perez foi preso por ladrão. Lá, quem menos corre, voa. E mais vale
correr, porque para sobreviver é preciso ter o mesmo jogo de cintura que
numa selva.

É uma pena, porque a Venezuela é um país rico.

[ ]s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: Re: Tecnologia Ôca
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/04/2002 14:25

--- Em ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> escreveu
> É verdade que o conhecimento é um produto da ciencia.
> Mas ele não é final, nem util em si mesmo.

Bem, qto 'a utilidade, isso pode variar -- especialmente
entendendo utilidade como uma atribuicao de valores (util =
bom).

Algumas pessoas, entre elas eu, acham q. o conhecimento
em si mesmo e' util -- ele e' divertido. Eu gosto de
descobrir coisas novas -- mesmo coisas de modo geral
consideradas idiotas.

Qto a ser final. Bem, aqui acaba sendo um tto
recursivo com a questao da utilidade.

> Não é util pq não não serve nenhum proposito objectivo.
> Por exemplo,saber que os atomos, contém nucleos, e eles contém
> energia, nao é util pq não serve nenhum proposito.

Bem, pode servir pra passar na prova final do curso de
Fisica Nuclear. re re... Ou pra responder 'a pergunta
de um milhao de reais.

> Mas a tecnologia nuclear que se desenvolve com base nesse
> conhecimento já tem um proposito (gerar energia) e é portanto util.

Mas ai' tbm gerar energia nao e' um proposito final.
Gera-se energia nao pra se gerar energia -- "olha
q. bonito, nos temos uma capacidade instalada de um
zilhao de megawatts".

Nesses termos, saber q. o atomo pode gerar energia
pode ser util na medida em q. ele permite o
desenvolvimento da tecnologia de energia nuclear.

Nao estou dizendo q. vc esteja errado em considerar
o conhecimento como apenas uma etapa intermediaria
e q. ele por si so' nao e' util. Mas acho q. isso
e' uma verdade pessoal, cuja apreciacao depende da
pessoa.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Direita vagabunda
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/04/2002 14:28

--- Em ciencialist@y..., "Marco Aurelio" <clave@s...> escreveu
> É uma pena, porque a Venezuela é um país rico.

'As vezes ficamos irritados qdo confundem Brasilia com
Buenos Aires -- so' os mais informados sabem q. a capital
brasileira e' Rio de Janeiro.

Mas como os paises latino-americanos, sobretudo os
sulamericanos, parecem uns com os outros.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RES: [ciencialist] Teste dos numeros (link)
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/04/2002 14:51

Muito interessante. Dois colegas aqui do serviço pensaram em alicate azul.

Eu pensei em martelo amarelo.

Cerca de uns vinte colegas pensaram no martelo vermelho.

Alguma explicacao? Coincidência?

> -----Mensagem original-----
> De: brudna [mailto:lrb@iq.ufrgs.br]
> Enviada em: domingo, 14 de abril de 2002 21:11
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Assunto: [ciencialist] Teste dos numeros (link)
>
>
> Pior eh que eu errei alguns calculos :). Essa eu jah conhecia.
> Conhecia
> (em ingles) com um vegetal... maioria dos os americanos falam
> Carrot. Eu
> nao fiz aquele teste, soh vi as explicacoes no link **
>
> Nesse caso eu pensei alicate azul.
>
>
> (**)
> http://www.newscientist.com/lastword/answers/613plants.jsp?tp=plants1
>
> Bem interessante.
>
> Ateh
> Luis Brudna
>
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Direita vagabunda
FROM: Joao Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/04/2002 14:55



Marco Aurelio wrote:
>
> In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
> wrote:
>
> Desde o primeiro momento, os EUA defenderam a "legitimidade" do golpe
> anti-"revolução bolivariana".

Não é verdade. Os EUA no início da greve geral afirmaram que o
Hugo Chavez era o legitimo presidente da Venezuela.

> Interessante -- posto que incongruente,
> estranho, bizarro, idiota e sobretudo risível -- foi o pronunciamento de
> Condoleezza Rice, conselheira para a Segurança Nacional da Casa Branca, após
> o retorno de Chávez ao Poder. Condoleezza afirmou que Hugo Chávez deve
> doravante corrigir o rumo e -- vejam só! -- "respeitar o processo
> constitucional."

Essa foi a posição americana inicial.

>
> É uma pena, porque a Venezuela é um país rico.

Os países são ricos quando os seus cidadãos têm formação superior e
as suas empresas criam produtos inovadores. A Venezuela tem petróleo.
O Petróleo são árvores mortas.

Joao
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: Direita vagabunda
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/04/2002 16:01

--- Em ciencialist@y..., Joao Mário Miranda <jmiranda@e...> escreveu
> Não é verdade. Os EUA no início da greve geral afirmaram que o
> Hugo Chavez era o legitimo presidente da Venezuela.

Uma coisa e' diferente de outra.

"U.S. officials insisted, however, that they did not know in advance
of the chain of events that led to Chavez's departure And they said
they did not consider his ouster a coup, even though military leaders
installed a new government."
http://www.nytimes.com/reuters/politics/politics-venezuela-usa.html

Pode-se afirmar antes da queda q. o Chavez era o
legitimo presidente e entender q. a saida dele
tbm era legitima -- uma questao semantica de nao
tratar um golpe de estado como um golpe de estado.

"Q I would like to just call a pause to the Middle East for a second.
A very important event has happened in Venezuela. We have had the
renunciation or forced -- of President Chavez. Now, a new government
has taken place. Venezuela is a very important country to the
stability of the hemisphere; a democracy, and also the third largest
oil supplier to the United States. What does the White House think of
the change of government in Venezuela?

MR. FLEISCHER: Let me share with you the administration's thoughts
about what's taking place in Venezuela. It remains a somewhat fluid
situation. But yesterday's events in Venezuela resulted in a change
in the government and the assumption of a transitional authority
until new elections can be held.

The details still are unclear. We know that the action encouraged by
the Chavez government provoked this crisis. According to the best
information available, the Chavez government suppressed peaceful
demonstrations. Government supporters, on orders from the Chavez
government, fired on unarmed, peaceful protestors, resulting in 10
killed and 100 wounded. The Venezuelan military and the police
refused to fire on the peaceful demonstrators and refused to support
the government's role in such human rights violations. The government
also tried to prevent independent news media from reporting on these
events.

The results of these events are now that President Chavez has
resigned the presidency. Before resigning, he dismissed the vice
president and the cabinet, and a transitional civilian government has
been installed. This government has promised early elections.

The United States will continue to monitor events. That is what took
place, and the Venezuelan people expressed their right to peaceful
protest. It was a very large protest that turned out. And the protest
was met with violence.

Q The situation in Venezuela is very dire. During the Chavez years,
the economy -- situation. Will the United States government back a
civilian government, although it's an interim one, to help Venezuela
get back on its feet?

MR. FLEISCHER: As I indicated, the events remain fluid. Events are
under way still, as we speak. We are consulting with our OAS allies
and reviewing the events on the ground. I think you'll have more
developments and we'll share with you as they warrant. So it's an
ongoing story."
http://www.whitehouse.gov/news/releases/2002/04/20020412-1.html

(Claro q. nao reconhecer um golpe e achar q. o processo
e' legitimo nao quer dizer a mesma coisa.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Tecnologia Ôca
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/04/2002 16:25

>> É verdade que o conhecimento é um produto da ciencia.
>> Mas ele não é final, nem util em si mesmo.

>Bem, qto 'a utilidade, isso pode variar -- especialmente
>entendendo utilidade como uma atribuicao de valores (util =
>bom).

Bom, aqui estás indo mais longe que eu. Eu nunca identificquei util com bom.
Se quisesse dizer que é bom, teria escrito 'bom' em vez de tutil' , não
achas ? :-)
A bomba atomica é algo util, mas não é bom (só um exemplo de que podem não
ser sinonimos).

>Algumas pessoas, entre elas eu, acham q. o conhecimento
>em si mesmo e' util -- ele e' divertido.

Não ter conhecimento tb pode ser divertido . Sobretudo para aqueles outros
que nos veêm fazendo figura de parvo.... é subjectivo essa classificação de
"é util pq é divertido"

> Eu gosto de descobrir coisas novas -- mesmo coisas de modo geral
>consideradas idiotas.

Então o divertido é apreender, e não o conhecimento em si.
É acumular, relacionar, armazenar, jogar, com o conhecimento, mas não o
conhecimento em si.

>> Não é util pq não não serve nenhum proposito objectivo.
>> Por exemplo,saber que os atomos, contém nucleos, e eles contém
>> energia, nao é util pq não serve nenhum proposito.

>Bem, pode servir pra passar na prova final do curso de
>Fisica Nuclear. re re... Ou pra responder 'a pergunta
>de um milhao de reais.

Pode SE estiveres cursando um curso de fisica, ou SE fores ao show do
milhão (ainda está passando?)
Esse SE é que marca a diferença entre algo util por si mesmo e algo que pode
ser util em certas circunstâncias.

Se bem que a divisória não é bem defenida, é certo.
Poderias argumentar que um pote de barro não é util até que o utilizo.
Ok , mas usar o conhecimento é unica forma especifica da sua utilidade
(colecionar selos tb é divertido).
Tudo bem, o que digo é que o saber, o conhecimento em si, não é uti se não
for traduzido em tecnologia.
2+2=4 não é util a menos que o apliques a algo.

>> Mas a tecnologia nuclear que se desenvolve com base nesse
>> conhecimento já tem um proposito (gerar energia) e é portanto util.

>Mas ai' tbm gerar energia nao e' um proposito final.

Claro que é. As companhias tem como objectivo final gerar essa energia, para
a poderem vender e dai lucrar. Elas vendem Energia (o que é um conceito
divertido se analizarmos bem ).
O conhecimento de que está lá essa energia não é lucrável ( o lucro é uma
forma de utilidade básica já que pode suprir as outras por equivalencia
monetária) é portanto inutil saber isso se nãao existir a tecnologia que
permita usá-la, libertá-la, por assim dizer.

>Nao estou dizendo q. vc esteja errado em considerar
>o conhecimento como apenas uma etapa intermediaria
>e q. ele por si so' nao e' util. Mas acho q. isso
>e' uma verdade pessoal, cuja apreciacao depende da
>pessoa.

Claro que é. Mas afinal todas as afirmações (de valor) que fazemos o são.
O texto pretende ser para refletir sobre aspectos da era que vivemos. As
conclusões são de cada um, embora eu esperasse um certo tipo de consenso,
como é(?) obvio.


[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: Direita vagabunda
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/04/2002 17:07

--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> Mas como os paises latino-americanos, sobretudo os
> sulamericanos, parecem uns com os outros.

Falando em imagens:

"Blame it on Lisa"
http://www.thesimpsons.com/episode_guide/1315.htm

Riotur vai levar produtora de "Os Simpsons" à Justiça
http://www.estadao.com.br/agestado/noticias/2002/abr/12/16.htm

Produtor de"Os Simpsons" pede desculpas
http://www.estadao.com.br/divirtase/noticias/2002/abr/12/250.htm

Riotur não aceita desculpas sobre episódio dos Simpsons
http://www.terra.com.br/exclusivo/noticias/2002/04/12/038.htm

Produtor de Os Simpsons pede desculpas, mas faz outra piada
http://www.terra.com.br/exclusivo/noticias/2002/04/15/012.htm

Produtores de "Os Simpsons" pedem desculpas ao Rio de Janeiro
http://www.cnn.com.br/2002/brasil/04/13/simpsons/index.html

Produtor "propõe" luta FHC x Simpson
http://www.uol.com.br/folha/brasil/ult96u31334.shl

Prefeitura do Rio desiste de processar produtora de "Os Simpsons"
http://www.uol.com.br/folha/brasil/ult96u31325.shl

----
Veja como a realidade e' bem diferente:

Família é refém por mais de seis horas
http://oglobo.globo.com/plantao/18549687.htm

Dois policiais feridos em confronto na Ceasa
http://oglobo.globo.com/plantao/18550576.htm

Má gestão de dinheiro do combate ao dengue ainda está sem explicação
http://oglobo.globo.com/rio/18549271.htm

Perseguição termina em acidente na Zona Sul
http://ultimosegundo.ig.com.br/useg/odia/artigo/0,,744232,00.html

Mãe faz apelo a seqüestrador
http://odia.ig.com.br/policia/pl150407.htm

Troca de tiros na saída do Túnel Santa Bárbara
http://odia.ig.com.br/policia/pl150408.htm

Em Defesa do Morador: Marechal Hermes sofre com falta de opções de
transporte
http://oglobo.globo.com/plantao/18552344.htm

-----
"O Rio de Janeiro continua lindo. O Rio de Janeiro continua sendo."

Antes q. me chamem de bairrista -- S. Paulo esta' na mesma toada.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Direita vagabunda
FROM: "Villem" <neville@catanduva.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/04/2002 17:33

"Era uma vez um carneirinho
que estava bebendo água num rio.
Aí veio o lobo e disse : Vou te comer !
- Mas porque ? - perguntou o carneirinho ... "


O pragmatismo capitalista tem o lucro por fundamento. O resto ... é o resto.

"Defesa da democracia", "direitos humanos", "autodeterminação
dos povos", e outros tantos chavões retóricos nunca foram questões
verdadeiramente políticas e sim velhos e desgastados argumentos de
propaganda para justificar uso da força em interferencias indevidas.

O pior é que tem gente que acredita !

Nenhuma nação até hoje advogou uso de força para combater situaçoes de
perpetuação de fome, submissão ou miséria em paises alheios - alias, bem ao
contrário. Nestes casos o argumento é que a solução deve ser resolvida
através do diálogo !!!. ( Talvez não resolva, mas custa pouco.)

O caso atual é que a Venezuela é o único fornecedor de petróleo para Cuba e
a idéia básica era puxar o tapete do Fidel, além de aproveitar para fazer
uma ' leve
insinuação' à Arábia Saudita, mostrando o que pode acontecer a quem "mija
fora do penico".

Vejam as primeiras declarações apos o golpe (na Folha Online) :
------------------------
A Venezuela, que fornecia petróleo a baixos custos para Cuba durante o
governo de Hugo Chávez, não vai mais enviar "um único barril" para a ilha de
Fidel Castro. A afirmação é do diretor de vendas e refino da petrolífera
estatal, a PDVSA, Edgar Paredes. "E aqui vai uma boa notícia: não vamos mais
enviar um único barril de petróleo para Cuba", disse aos funcionários da
companhia durante entrevista coletiva.

O governo de Hugo Chávez, deposto ontem por militares dissidentes, fornecia
53 mil barris de petróleo para Cuba. Chávez está preso em uma fortaleza
militar em Caracas, após ter sido derrubado em meio a violentos protestos
que provocaram a morte de dez pessoas na capital venezuelana.

As boas relações entre Chávez e Fidel Castro fizeram da Venezuela o maior
parceiro comercial de Cuba.

----------------------
[s] / Neville




SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: Direita vagabunda
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/04/2002 17:43

>TAKATA: Falando em imagens:
[links sobre o episódio de "Os Simpsons" passado no Rio de Janeiro, e a
ridícula ameaça de processo pela Prefeitura do Rio.]
Veja como a realidade e' bem diferente:
[links sobre a realidade do Rio, de sequestros a troca de tiros no
túnel]<

Bravo!, Takata. Melhor exemplo de "Reductio ad Absurdum" impossível.

Ao mudar-me do Brasil -- entre idas e vindas, há quatorze anos --
descobri que também aos expatriados é vedado o direito de falar mal
desse paraíso tropical. Pensei que só estrangeiro não pudesse.

Quando ligo para amigos no Brasil e me entusiasmo um pouco na crítica
dos desmandos da pátria, eles logo reagem com um "também não é assim".
Cito meu currículo de vítima, onde constam inúmeros furtos e alguns
assaltos à mão armada, em que sempre estive do lado errado do cano do
revólver. Menciono uma infeliz ocasião quando cometi a imprudência de
ficar entre num tiroteio entre a polícia e os bandidos na Praça
Panamericana, ouvindo as balas passar. Mas, que nada. Só brasileiro (que
nunca morou fora) pode falar mal do Brasil. Nem o fato de ainda pagar IR
aí me ajuda.

Nenhum país foi mais esculhambado pelos Simpsons do que os EUA, sem
grandes estragos. Da última vez em que olhei pela janela, ele estava lá.
Rico, interessante, e cheio de contradições, apesar do Bush, do Taliban,
do Sharon, de Arafat e de tudo o mais.

Um abraço,
Colucci



SUBJECT: Re: En: Faz Parte
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/04/2002 18:11

Hmmm... Onde foi publicado esse texto?
No Estadao e no O Globo aparecem outras coisas na
coluna do Jabor (embora sobre o BBB).

Sobre o texto em si, mais hmmm... Kleber, idolo? Ou
apenas famoso?

[]s,

Roberto Takata

--- Em ciencialist@y..., "Carol" <carolsturari@u...> escreveu
> Arnaldo Jabor comenta sobre Kléber BamBam e a personalidade dos
novos
> ídolos de barro
> [ ]'s
> Carol
>




SUBJECT: Lógica Difusa e conjuntos difusos
FROM: "Pablo \(Main\)" <pablo@uol.com.br>
TO: "CienciaList" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/04/2002 00:28


Ol� caros!!

Estou, faz algum tempo, procurando uma boa bibliografia sobre os temas L�gica Difusa e Teoria dos Conjuntos Difusos (ou Fuzzy substituindo Difuso, para os �ntimos). Algu�m saberia me indicar alguns bons livros? Serve sites tamb�m, mas preciso tamb�m de livros para rechear um trabalho acad�mico.

Obrigado!!!

[]s
Pablo


[As partes desta mensagem que n�o continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Direita vagabunda
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/04/2002 00:57

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Joao Mário Miranda"
<jmiranda@explicacoes.com> wrote:

> O Petróleo são árvores mortas.

Alô, João

Creio que esta é uma necrofilia não perversa. Nunca vi tanto problema nem
tanto valor por coisas mortas. Estas são realmente diferentes. É o único
tipo de morto que muita gente não quer que acabe.

Com tanta árvore morta desse tipo, ter um cemiterio assim, move a loucura do
mundo.

[ ]s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar




SUBJECT: RE: [ciencialist] Direita vagabunda
FROM: "monge_ateu" <monge_ateu@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/04/2002 01:19

Não seria mais alga morta do que árvores?

-----Original Message-----
From: Marco Aurelio [mailto:clave@speedy.com.ar]
Sent: Tuesday, April 16, 2002 00:58
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Direita vagabunda


In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Joao Mário Miranda"
<jmiranda@explicacoes.com> wrote:

> O Petróleo são árvores mortas.



SUBJECT: Re: Direita vagabunda
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/04/2002 08:35

--- Em ciencialist@y..., "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@r...>
> Cito meu currículo de vítima, onde constam inúmeros furtos e alguns
> assaltos à mão armada, em que sempre estive do lado errado do cano
> do revólver. Menciono uma infeliz ocasião quando cometi a
> imprudência de ficar entre num tiroteio entre a polícia e os
> bandidos na Praça Panamericana, ouvindo as balas passar.

Epa! Mas tbm nao e' assim...

O mundo seria melhor se em vez de Ariel Sharon tivessemos Sharon
Stone no comando das tropas israelenses... (nao sei q. trocadilho
podemos fazer com Yasser Arafat).

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Tecnologia Oca
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/04/2002 08:56

--- Em ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@n...> escreveu
> Se quisesse dizer que é bom, teria escrito 'bom' em vez de tutil' ,
> não achas ? :-)

Bem, nao posso saber direito o q. se passa na cabeca
das pessoas -- exceto q. pensam em martelos vermelhos. re re...

> A bomba atomica é algo util, mas não é bom (só um exemplo de que
> podem não ser sinonimos).

Tem gente q. acha bom, mas enfim.

> é subjectivo essa classificação de
> "é util pq é divertido"

Claro q. e'. Nao pretendo por isso como um padrao ouro para nada.

> > Eu gosto de descobrir coisas novas -- mesmo coisas de modo geral
> >consideradas idiotas.
>
> Então o divertido é apreender, e não o conhecimento em si.
> É acumular, relacionar, armazenar, jogar, com o conhecimento, mas
> não o conhecimento em si.

O conhecimento em si tbm e' interessante (pra mim e pra alguns mais).

> Ok , mas usar o conhecimento é unica forma especifica da sua
> utilidade (colecionar selos tb é divertido).

E quem disse q. colecionar selos e' inutil? E' terapeutico.
A questao e' q. a nocao de utilidade pode fazer um circulo infinito:

conhecimento -> tecnologia -> conforto -> sobrevivencia ->
conhecimento -> tecnologia...

Ou qq outro circulo arbitrario. Claro q. alguem pode parar
em "sobrevivencia" - ela e' util por si mesma. Mas a mim me
parece q. e' tao arbitrario qto parar em "conhecimento" --
nao entendendo "arbitrario" aqui como improcedente. Vira quase
uma questao de gosto.

> 2+2=4 não é util a menos que o apliques a algo.

Mas caimos na possibilidade da regressao infinita do "para que?".

--------
Para que e' importante investir em Ciencia?
Para gerarmos conhecimentos que podem ser aplicados algum dia.

E para que e' importante gerar conhecimentos que podem ser aplicados
algum dia?
Para que ao utilizarmos possamos gerar o bem-estar das pessoas.

E para que e' importante gerar o bem-estar das pessoas?
Para que elas fiquem felizes.

E para que e' importante elas ficarem felizes?
Para podermos construir um mundo melhor.

E para que e' importante construir um mundo melhor?
Para que possamos lega'-lo a nossos filhos.

E para que e' importante legar um mundo melhor a nossos filhos?
Para que eles deem continuidade 'a especie humana.

E para que e' importante dar continuidade 'a especie humana?
Para...

-------
E assim vai. Ou pode ir. Poderiamos prosseguir por outros caminhos.
Aqui q. falo do util = bom. Iremos considerar utilidade em termos do
q. nos permite atingir um objetivo. E esse objetivo (o q. e' util por
si mesmo) e' algo q. consideraremos como sendo intrinsecamente bom --
alguns terroristas poderao considerar como intrinsecamente bom
destruir os americanos e como tal util detonar uma bomba atomica no
Empire State, alguns pacifistas poderao considerar como
intrinsecamente bom conservar o meio-ambiente e como tal considerar
util acorrentar-se frente ao parlamento em protesto contra leis q.
permitam um maior desmatamento ou qq coisa assim.

Se considerarmos como "bom" a sobrevivencia da especie humana, iremos
considerar util sob esse aspecto. Se considerarmos "bom" uma vida
confortavel, iremos pensar em termos de 'o q. gera uma vida
confortavel?' E assim vai.

> >Mas ai' tbm gerar energia nao e' um proposito final.
>
> Claro que é. As companhias tem como objectivo final gerar essa
> energia, para a poderem vender e dai lucrar.

Isso significa q. gerar energia nao e' o objetivo final. Se eles
gerarem energia e nao lucrarem nao prosseguirao na producao de
energia. Poderiamos dizer q. o objetivo e' o lucro.

Mas mesmo isso pode nao estar certo. As cias lucram para poder
repartir o ganho entre seus acionistas. (Algum capitalista mais
entusiasta dira' q. o objetivo da cia e' garantir a felicidade de
seus membros... pode ser. Mas garantir a felicidade de seus membros
para que? E voltamos 'a potencialidade da regressao infinita.)

> conclusões são de cada um, embora eu esperasse um certo tipo de
> consenso,

E' possivel q. a maioria das pessoas concordem q. o conhecimento so'
e' util e bom qdo gera algo q. melhore a vida das pessoas.

Se e' oco ou nao, depende da pessoa. (Aquela historia da taca de
vinho pela metade.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Hercolubus e Lomborg
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/04/2002 09:23

Hercólubus ou Planeta Vermelho
http://www.hercolubus.com.br/

Skepticism toward The Skeptical Environmentalist
http://sciam.com/explorations/2002/041502lomborg/

Alerta vermelho ou tudo azul?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Teste dos numeros (link)
FROM: Luciano <lucianoseidel@ieg.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/04/2002 09:29

Eu tb pensei em martelo amarelo, quando fiz esse teste em outra ocasião. As
contas eram diferentes, mas a maior parte dos colegas que fizeram o teste
disseram também martelo vermelho.

Luciano


At 12:51 15/04/02 -0500, you wrote:

>Muito interessante. Dois colegas aqui do serviço pensaram em alicate azul.
>
>Eu pensei em martelo amarelo.
>
>Cerca de uns vinte colegas pensaram no martelo vermelho.
>
>Alguma explicacao? Coincidência?


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Teste dos numeros (link)
FROM: "Emilson Leite" <emilson@iag.usp.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/04/2002 09:54

Interessante. Pense em chave de fenda e na cor vermelha. Mas não pensei
em chave de fenda vermelha!
Gostaria de saber se alguém tem a explicação psicológica
para o fato da maioria das pessoas pensarem em um martelo
e no vermelho. E também para o fato das pessoas associarem
as duas coisas (martelo vermelho, alicate azul, etc.), uma vez
que isso não o problema não pedia para associar.

Obrigado,
Emilson.

----- Original Message -----
From: "Luciano" <lucianoseidel@ieg.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, April 16, 2002 9:29 AM
Subject: Re: RES: [ciencialist] Teste dos numeros (link)


Eu tb pensei em martelo amarelo, quando fiz esse teste em outra ocasião. As
contas eram diferentes, mas a maior parte dos colegas que fizeram o teste
disseram também martelo vermelho.

Luciano


At 12:51 15/04/02 -0500, you wrote:

>Muito interessante. Dois colegas aqui do serviço pensaram em alicate azul.
>
>Eu pensei em martelo amarelo.
>
>Cerca de uns vinte colegas pensaram no martelo vermelho.
>
>Alguma explicacao? Coincidência?


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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SUBJECT: Re: Direita vagabunda
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/04/2002 10:19

--- Em ciencialist@y..., TARCISIO BORGES <tbs97@f...> escreveu
> Nada me tira da cabeça que estra trapalhada política foi comandada
> pela CIA.

So' pra alimentar a pulga atras da orelha do Borges.

http://www.nytimes.com/2002/04/16/international/americas/16DIPL.html
"WASHINGTON, April 15 &#8212; Senior members of the Bush administration met=

several times in recent months with leaders of a coalition that
ousted the Venezuelan president, Hugo Chávez, for two days last
weekend, and agreed with them that he should be removed from office,
administration officials said today.
But administration officials gave conflicting accounts of what the
United States told those opponents of Mr. Chávez about acceptable
ways of ousting him.
One senior official involved in the discussions insisted that the
Venezuelans use constitutional means, like a referendum, to effect an
overthrow.
[...]
But a Defense Department official who is involved in the development
of policy toward Venezuela said the administration's message was less
categorical."

Eqto isso na sala de imprensa...
http://www.whitehouse.gov/news/releases/2002/04/20020414.html

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Direita vagabunda
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/04/2002 11:25

Olá pessoal.

Confesso que no primeiro momento não entendi exatamente o que
aconteceu na Venezuela. O presidente argentino foi forçado a sair por
uma multidão enfurecida e ninguém falou em golpe. A situação na
venezuela parecia semelhante, protestos, saques, greves. Se o governo
não governa, cria-se um vácuo de poder. A legitimidade de um governo
não depende apenas da formalidade da lei, mas também da possibildade
real de governar. Se o governo não governa, não consegue controlar a
polícia e as forças armadas, então esse não é um governo de fato.
Isso é praticamente um argumento circular, mas encerra muita verdade.
A primeira coisa que se espera de um governo é a capacidade física de
ser governo, e essa capacidade envolve resistir a tentativas de
golpes. As revoluções bem sucedidas se auto legitimam. As mal
sucedidas são rebaixadas a "golpes". O proprio chavez tentou antes
um "golpe". Se desse certo seria uma "revolução". Lenin deu um golpe
bem sucedido, dissolvendo o a assembléia do governo provisório, então
esse golpe virou uma "revolução".
Bom, espero que tudo se ageite na venezuela, dentro da
constucionalidade. E, por falar nisso, qual seria o papel do Brasil
na américa do sul? Seremos sempre o grandão bobão e passivo? Como
evitar a crescente presença norte-americana, se quando aparece uma
situação de caos e vácuo de poder continuamos neutros e passivos como
se nada estivesse acontecendo, como se não fosse conosco?




SUBJECT: Re: Direita vagabunda
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/04/2002 11:25

Olá pessoal.

Confesso que no primeiro momento não entendi exatamente o que
aconteceu na Venezuela. O presidente argentino foi forçado a sair por
uma multidão enfurecida e ninguém falou em golpe. A situação na
venezuela parecia semelhante, protestos, saques, greves. Se o governo
não governa, cria-se um vácuo de poder. A legitimidade de um governo
não depende apenas da formalidade da lei, mas também da possibildade
real de governar. Se o governo não governa, não consegue controlar a
polícia e as forças armadas, então esse não é um governo de fato.
Isso é praticamente um argumento circular, mas encerra muita verdade.
A primeira coisa que se espera de um governo é a capacidade física de
ser governo, e essa capacidade envolve resistir a tentativas de
golpes. As revoluções bem sucedidas se auto legitimam. As mal
sucedidas são rebaixadas a "golpes". O proprio chavez tentou antes
um "golpe". Se desse certo seria uma "revolução". Lenin deu um golpe
bem sucedido, dissolvendo o a assembléia do governo provisório, então
esse golpe virou uma "revolução".
Bom, espero que tudo se ajeite na venezuela, dentro da
constucionalidade. E, por falar nisso, qual seria o papel do Brasil
na américa do sul? Seremos sempre o grandão bobão e passivo? Como
evitar a crescente presença norte-americana, se quando aparece uma
situação de caos e vácuo de poder continuamos neutros e passivos como
se nada estivesse acontecendo, como se não fosse conosco?




SUBJECT: Re: [ciencialist] En: Faz Parte!
FROM: Alisson Antonio Martins <aam00@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/04/2002 11:41

E o Jabor fala:"Triste país este.Após a vitória de Kléber, ficou ainda
mais triste ser brasileiro."
É realmente, como estou triste....
Experientes "listeiros" me digam, o Jabor tá brincando, né?
Como alguém nega assim um perfeito produto da mais autêntica alienação?
Não dá pra dizer que o Kléber é de barro, é de vento...cabeça de vento, e
nós..também!
Eu fiquei muito triste, agora sei que sou brasileiro. Brasileiro
triste, é verdade, mas brasileiro.
E palmas para o brilhante Jabor!


Alisson Martins

Física-UFPR

"O que é pior, assaltar um banco ou fundar um banco?"
Bertold Brecht

On Sun, 14 Apr 2002, Carol wrote:

> Arnaldo Jabor comenta sobre Kléber BamBam e a personalidade dos novos
> ídolos de barro
> [ ]'s
> Carol
>
> > FAZ PARTE!!
> > (Arnaldo Jabor)
> >
> > Triste país este em que pessoas como Kleber viram ídolos. Sem ter
> > feito nada de bom, apenas por que fracassaram na tentativa do mal,
> > são julgados inocentes.
> > Apenas por cometerem incontáveis erros de português, são julgados
> > puros.
> > A desinteligência é confundida com qualidade, com algo a ser
> > valorizado.
> > Pela sua ignorância e falta de estudo, imediatamente julga-se que não
> > teve oportunidades, sem levar em conta a realidade de fatos. Pessoas
> > identificam-se e pronto. Alguém lhe perguntou por quê não estudou ?
> > Não, apenas constatam que o brasileiro típico não tem estudo, é
> > ignorante e ponto final.
> > Triste país este que nunca soube votar, que se deixa levar pelas
> > aparências, pela casca, como se conteúdo fosse o que menos
> > importasse...
> > Triste país em que um aproveitador barato vence um trabalhador,
> > motivado apenas por preconceito.
> > A votação do BBB, mais do que uma etapa num programa de TV, mostra a
> > lamentável radiografia de um país superficial, em que a malandragem
> > sempre predomina em detrimento ao caráter, à integridade, ao
> > produzir.
> > Hackers de última hora modificam o percentual de votações, esfregam na
> > cara dos internautas, e nada é feito. Alguma semelhança com
> > Brasília ?
> > Infelizmente não é mera coincidência... Ídolos de barro são
> > construídos num piscar de olhos, o corpo, o rebolar, são sempre mais
> > valorizados do que o caráter de um ser.
> > Vê-se o país em que hoje vivemos : Um enorme potencial desperdiçado.
> > Um povo que poderia ser vencedor, íntegro, trabalhador. Mas a
> > indolência, a malandragem, a falsa pureza é que são moedas correntes
> > num mercado inexplicável.
> > Kleber promete que se ganhar dá dinheiro aos outros participantes. O
> > povo o aplaude. Já na primeira prova vende sua participação em troca
> > de um carro usado. O povo aplaude as falcatruas expostas, acostumado
> > que está...
> > Trata mulheres como objetos usáveis e descartáveis. Refere-se à Xaiane
> > como "cascuda para o ato" utiliza, descarta, fala mal dela para
> > todos, parte para a próxima. O público, ao invés de castigar a
> > cafajestagem, transforma-o num astro de última hora...A própria
> > Xaiane ? Que vergonha ! ? Apóia o mau-caráter.
> > Um simpatizante ameaça na net que todos que falarem mal do moço vão
> > receber vírus em seus computadores. O servidor da Globo emperra,
> > impedindo-nos de votar no domingo pela eliminação de Kleber, e na
> > terça-feira, a favor de André ou Vanessa. Manipulação explícita ? O
> > mal vence e o bem sai, com um sorrisinho amedrontado.
> > Kleber dentro da casa chora de saudades dos pais, promete que fará
> > caridade com o dinheiro, que ajudará outros participantes, que Maria
> > Eugênia (boneca fabricada, cabeça de lata, como ele) o acompanhará
> > até o fim.
> > Bastou anunciar-se o resultado e tudo mudou : Maria Eugênia
> > foi "deixada para depois", Bambam sai da casa e só após longuíssimos
> > minutos se divertindo com a galera é que foi dar um abracinho
> > mixuruca nos pais...
> > Seu grito com a galera ? "Nós vamos curtir muito com esta grana" Ué,
> > e a caridade ?
> > E a promessa que fez, ao vivo na noite de domingo, de que ficaria 12
> > horas de joelhos ? Onze eliminados. Alguns ruins, outros bons. Os
> > outros dois finalistas, mais humanos e autênticos.
> > O ídolo de barro ganhou. É burro, ignorante, não tem cultura. Mas foi
> > espertalhão, soube ludibriar o público com um "jeitinho humilde"
> > inventado e aperfeiçoado, com um discurso demagógico que qualquer
> > olhar mais atento desmascara.
> > Triste país este. Após a vitória de Kleber, ficou ainda mais triste
> > ser brasileiro.
> >
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Teste dos numeros (link)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/04/2002 11:52

--- Em ciencialist@y..., "Emilson Leite" <emilson@i...> escreveu
> Gostaria de saber se alguém tem a explicação psicológica
> para o fato da maioria das pessoas pensarem em um martelo
> e no vermelho.

Explicacoes tem bastante. O lance e' testar.

Explicacao 1:
- na verdade a maioria das pessoas nao pensa em
martelo nem vermelho.

Explicacao 2:
- martelo e vermelho sao os exemplos mais
comuns de suas respectivas classes.

Explicacao 3:
- existe uma pista mnemopoietica no texto.

Explicacao 4:
- o martelo e' um simbolo falico, assim como
o vermelho.

Explicacao 5:
- os homens primitivos q. pensavam em martelo
e vermelho qdo recebiam um email com essa
brincadeira tinham vantagem evolutiva sobre
os q. nao pensavam. Assim os genes para pensar
em martelo e vermelho passaram a dominar.

Explicacao 6:
- os memes para martelo e vermelho possuem
uma vantagem sobre os memes para alicate e
amarelo e assim afloram com maior rapidez.

Explicacao 7:
- os primeiros experimentos davam valores
aleatorios para martelo ou outra ferramenta
e vermelho ou outra cor. mas 'a medida em q.
algumas pessoas pensavam em martelo e vermelho
houve uma ligeira modificacao no campo morfico
das ideias favorecendo q. mais vezes fossem
lembrados esses dois. e com isso um feedback positivo
reforcou a fixacao de martelo e vermelho na
mente coletiva dos hominideos.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Direita vagabunda
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/04/2002 12:18

>
"Joao Mário Miranda":
>
> > O Petróleo são árvores mortas.


"monge_ateu"
> Não seria mais alga morta do que árvores?
>

Melhor ainda: zooplancton e fitoplancton. O petroleo é resultado
basicamente de matéria orgânica originária de microorganismos
depositados em sedimentos marinhos.

[]´s

André



SUBJECT: Re: Lógica Difusa e conjuntos difusos
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/04/2002 12:36

http://dedalus.usp.br:4500/ALEPH/POR/USP/USP/DEDALUS/SHORT/943000/1

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Teoria do Caos
FROM: fvendemiatti@bol.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/04/2002 13:17

Eu, Fábio Vendemiatti, estou fazendo Iniciação
Científica pela FAPESP sobre a Teoria do Caos, gostaria
de receber todo tipo de informação à respeito.

Estou aguardando resposta, Obrigado!!


__________________________________________________________________________
Quer ter seu próprio endereço na Internet?
Garanta já o seu e ainda ganhe cinco e-mails personalizados.
DomíniosBOL - http://dominios.bol.com.br




SUBJECT: Re: En: Faz Parte!
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/04/2002 13:21

Não assisti ao BBB e desconfio q. o
texto atribuido ao Jabor nao e' dele
(nao tem o estilo dele e nao esta'
na mesma linha de outro texto autentico
de Jabor sobre o tema vide:

Reality shows matam fome de verdade
http://www.estado.com.br/colunistas/jabor/2002/04/jabor020409.html

tbm publicada em O Globo).

Mas, claro, posso estar (muito) errado.

[]s,

Roberto Takata





SUBJECT: Re: Teoria do Caos
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/04/2002 13:29

--- Em ciencialist@y..., fvendemiatti@b... escreveu
> Eu, Fábio Vendemiatti, estou fazendo Iniciação
> Científica pela FAPESP sobre a Teoria do Caos, gostaria
> de receber todo tipo de informação à respeito.

Vc pode começar pela biblioteca de sua unidade:
periodicos, livros-textos.

Muitas universidades participam da rede
WebofScience q. permite a consulta de
resumos dos principais periodicos cientificos.

http://webofscience.fapesp.br/

E muitas tbm assinam bibliotecas eletronicas como
a da Elsevier e congeneres, com versoes eletronicas
das principais revistas.

Alguns textos nao-tecnicos:

Falling Into Chaos
http://www.sciam.com/1999/1199issue/1199amsci.html

Ask the Experts: Has chaos theory found any useful application in the
social sciences?
http://www.sciam.com/askexpert/math/math1.html

COMPUTING WITH CHAOS
http://www.sciam.com/1998/1298issue/1298techbus3.html

Chaotic Systems
http://dept.physics.upenn.edu/courses/gladney/mathphys/subsection3_2_5
.html

What is Chaos?
http://www.santafe.edu/~gmk/MFGB/node2.html

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Teste dos numeros (link)
FROM: "bombaspr" <bombaspr@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/04/2002 14:30

Olá Emilson.

Veja http://www.cerebronosso.bio.br/paginas/teste1.html, talvez
esclareça.

Inté+
Mauro


--- Em ciencialist@y..., "Emilson Leite" <emilson@i...> escreveu
> Interessante. Pense em chave de fenda e na cor vermelha. Mas não
pensei
> em chave de fenda vermelha!
> Gostaria de saber se alguém tem a explicação psicológica
> para o fato da maioria das pessoas pensarem em um martelo
> e no vermelho. E também para o fato das pessoas associarem
> as duas coisas (martelo vermelho, alicate azul, etc.), uma vez
> que isso não o problema não pedia para associar.
>
> Obrigado,
> Emilson.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Direita vagabunda
FROM: Joao Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/04/2002 15:12



rmtakata wrote:
>
> --- Em ciencialist@y..., Joao Mário Miranda <jmiranda@e...> escreveu
> > Não é verdade. Os EUA no início da greve geral afirmaram que o
> > Hugo Chavez era o legitimo presidente da Venezuela.
>
> Uma coisa e' diferente de outra.

As notícias que você enviou não provam que os EUA apoiaram o golpe
contra o Chavez. Apenas mostram que os EUA aceitaram o golpe após
ele ter sido concretizado, o que em relações internacionais é normal,
ainda mais quando o golpe teve apoio popular e ocorreu na sequência
de manifestações populares. Do ponto de vista de um defensor da
democracia, um golpe contra o Chavez não é grande coisa, mas também
não é nenhuma tragédia. O Chavez tem um projecto de poder pessoal e
mudou a constituição da Venezuela segundo as suas conveniências e
não seguindo os principios constitucionais habituais, aproveitando
uma onda eleitoral que se veio a revelar de curta duração. As
constituições não podem ser mudadas para servir os interesses de um
homem ou de um partido e por razões circunstanciais. Por este motivo,
o golpe contra Chavez não é tão chocante quanto isso, mas seria mais
correcto se o problema fosse resolvido por métodos pacificos e
seguindo processos constitucionais. Mas isso nem sempre é possível,
pois os candidatos a ditadores fecham sempre as vias constitucionais
que facilitem a sua demissão. Quanto à posição dos EUA, eles
opuseram-se ao golpe antes de ele ter ocorrido, e aceitaram-no
depois, o que me parece uma posição equilibrada dadas as
circunstâncias.

Joao
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Teste dos numeros (link)
FROM: "evoluindo" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/04/2002 15:19

Desconfio que essas contas sejam totalmente irrelevantes. Alguém já
tentou fazer o teste simplesmente pedindo a alguém que pense numa
ferramenta e numa cor?

Se me pedem para pensar numa ferramenta, a primeira que costuma vir à
mente costuma ser um martelo mesmo. Se me pedirem outra, talvez eu
pense numa chave de fenda, demoro mais um pouco para pensar num
alicate ou num serrote, mas as ferramentas que vêm mais rapidamente
são sempre muito poucas. Embora eu tenha caixas e caixas de
ferramentas em casa (e só tenha um martelo!), tenho que me esforçar
um pouco para me lembrar delas. A lembrança do martelo parece ser
bastante comum, assim como a da cor vermelha (as cores mais imediatas
também são poucas, embora as pessoas possam citar dezenas delas
quando se esforçam).

Por que o martelo seria mais fácil de lembrar? Não sei. Talvez por
isso União Soviética tenha escolhido um martelo como símbolo para a
bandeira...

[]s
Ronaldo


--- Em ciencialist@y..., Luciano <lucianoseidel@i...> escreveu
> Eu tb pensei em martelo amarelo, quando fiz esse teste em outra
ocasião. As
> contas eram diferentes, mas a maior parte dos colegas que fizeram o
teste
> disseram também martelo vermelho.
>
> Luciano




SUBJECT: RE: [ciencialist] En: Faz Parte!
FROM: "monge_ateu" <monge_ateu@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/04/2002 16:32

A alternativa a ser alienado é ser triste, num país onde não existe
Justiça, social ou formal (exceto para quem tem muito dinheiro), onde os
governantes são corruptos e manipuladores mais exímios que o partido
nazista alemão e as pessoas, mesmo universitários, não conseguem,
sequer, se exprimir com razoável clareza na própria língua natal (se é
que queriam dizer alguma coisa).

Fato: a imensa maioria, se não todas as pessoas deprimidas são muito
inteligentes e sensíveis. Os idiotas são mais felizes (por alienados).
Aristóteles, nas primeiras linhas de sua "Ética", afirma que o único
objetivo da vida humana é a felicidade.

Logo, se tomarmos por verdadeira a assertiva de Aristóteles, o sentido
da vida deve ser nos tornarmos, cada vez, mais idiotas, alienados e,
assim, menos tristes. :o)
--
Monge Ateu


-----Original Message-----
From: Alisson Antonio Martins [mailto:aam00@fisica.ufpr.br]
Sent: Tuesday, April 16, 2002 11:41
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] En: Faz Parte!


E o Jabor fala:"Triste país este.Após a vitória de Kléber, ficou ainda
mais triste ser brasileiro." É realmente, como estou triste....
Experientes "listeiros" me digam, o Jabor tá brincando, né? Como alguém
nega assim um perfeito produto da mais autêntica alienação? Não dá pra
dizer que o Kléber é de barro, é de vento...cabeça de vento, e
nós..também! Eu fiquei muito triste, agora sei que sou brasileiro.
Brasileiro triste, é verdade, mas brasileiro. E palmas para o brilhante
Jabor!


Alisson Martins

Física-UFPR

"O que é pior, assaltar um banco ou fundar um banco?"
Bertold Brecht



SUBJECT: Re: Direita vagabunda
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/04/2002 17:28

--- Em ciencialist@y..., Joao Mário Miranda <jmiranda@e...> escreveu
> As notícias que você enviou não provam que os EUA apoiaram o golpe
> contra o Chavez.

Nao disse q. provava. Apenas disse q.
dizer q. Chavez era um representante legitimo era
uma coisa e dizer q. sua deposicao foi um ato
legitimo era outra coisa.

> Apenas mostram que os EUA aceitaram o golpe após
> ele ter sido concretizado, o que em relações internacionais é
> normal

O q. em relacoes internacionais dos EUA segundo seus
interesses e' normal.

> ainda mais quando o golpe teve apoio popular e ocorreu na
> sequência de manifestações populares.

Seu direito a um pensamento volitivo.

> Quanto à posição dos EUA, eles
> opuseram-se ao golpe antes de ele ter ocorrido, e aceitaram-no
> depois, o que me parece uma posição equilibrada dadas as
> circunstâncias.

Direito seu a opiniao.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Lógica Difusa e conjuntos difusos
FROM: "Pablo \(Main\)" <pablo@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/04/2002 22:44


Obrigado Roberto!!!

[]s
Pablo

----- Original Message -----
From: rmtakata
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, April 16, 2002 12:36 PM
Subject: [ciencialist] Re: Lógica Difusa e conjuntos difusos


http://dedalus.usp.br:4500/ALEPH/POR/USP/USP/DEDALUS/SHORT/943000/1

[]s,

Roberto Takata


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Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Fw: vaso de mariotte
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/04/2002 23:52



Alguém já trabalhou com algum material (equipamento) de escoamento constante alguma vez?
Na Sala 07 tenho dois trabalhos sobre o Vaso de Mariotte:
http://www.feiradeciencias.com.br/sala07/07_47.asp
e
http://www.feiradeciencias.com.br/sala07/07_51.asp

Terão alguma nova sugestão (além das indicadas nos trabalhos acima)?

[]'
Léo
PS: achei o problema nos e.mails que não recebo. A conta leobarretos@uol.com.br não está na lista dos endereços alternativos do Yahoo. Já incluí. vejamos se funciona.
================
-----Mensagem Original-----
De: <hmdaudt@sfu.ca>
Para: <leo@barretos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 16 de abril de 2002 17:33
Assunto: vaso de mariotte


| Ola Prof Luiz
|
| Sou aluna da Simon Fraser University(Canada) na area de toxicologia. Vou
| expor peixes a metais pesados e estou tendo problemas com as bombas
| peristalticas. Estou tentando utilizar o vaso de Mariotte mas nao esta
| funcionando(embora a maioria dos trabalhos da minha area citem este vaso de
| Mariotte como a maneira de colocar o poluente nos aquarios).Olhei sua pagina
| da Feira de Ciencias ,pois ja estava pensando que o meu ingles estava
| atrapalhando para entender o principio da coisa (sou brasileira). Me parece
| que eu estou fazendo tudo certo, mas com certeza existe algum detalhe que
| nao estou levando em consideracao. Preciso gotejar 1ml/min de uma solucao
| aquosa praticamente igual a agua pura em densidade.Existe um diametro minimo
| e maximo para o tubo inserido na garrafa e para o tubo por onde a agua
| escoa?E tamanho maximo da garrafa?Estou usando uma garrafa de 15l. E quanto
| ao espaco de ar dentro da garrafa? Por favor, envie-me algumas sugestoes.
| Meus experimentos estao andando e eu passo praticamente o dia inteiro em
| funcao de ajustar o fluxo da bomba e definitivamente nao posso mais perder
| tanto tempo(meus experimentos duram 6 meses).
|
| Muito obrigada
| Um abraco
|
| Helena Daudt
| PhD student
| Simon Fraser University
| Biological Sciences
|
|




SUBJECT: Simpsons no Brasil
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/04/2002 23:55

Vi o episódio todo e fiquei ainda mais estupefato com a reação
despropositada da Riotur. O desenho é quase simpático ao Brasil, ou é
igualmente crítico aos EUA. O contraste entre os programas infantis dos
dois países, por exemplo -- mostrando a violência gratuita nos EUA e a
exploração do sexo no Brasil. Ou a camiseta que serve para o salva-vidas
carioca identificar Homer Simpson como turista, mostrando o Tio Sam
enfiando as garras no globo terrestre.

O que o presidente da Riotur, José Eduardo Guinle, conseguiu foi chamar
a atenção da imprensa mundial para os problemas da cidade, da pior
maneira possível. Incompetência desse nível tinha que ser punida.

Só para quem tem acesso rápido:

Episódio dos Simpsons no Rio de Janeiro.
http://www.acc22.attcanada.net/episodes/sim1315.rm





SUBJECT: Fw: Perfil Feira de Ci�ncias, d�vidas e sugest�es.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2002 00:10

Alguém indicações para tais sites?
[]'
Léo
===============
-----Mensagem Original-----
De: gsaires@poli.ufrj.br
Para: leo@barretos.com.br
Enviada em: terça-feira, 16 de abril de 2002 20:51
Assunto: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.





E-mail: gsaires@poli.ufrj.br
Nome: Guilherme Aires
Cidade: Rio de Janeiro
UF: RJ
Nível de Escolaridade: Universitário
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 15
Dúvida/Sugestão: Oi sou um estudante da universidade federal do rio de janeiro. Estou com uma bolsa com um professor e estamos realizando um projeto para Petrobrás. Agora encontro-me em uma grande dificuldade, pois naum consigo muitas informações a respeito de sistemas de rádio freqüência. Gostaria de saber se poderias me orientar bibliografias desde as do tipo bem básico até as mais especializadas. Muito obrigado pela vossa atenção Guilherme


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RE: [ciencialist] Fw: vaso de mariotte
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2002 00:45

>LÉO: Alguém já trabalhou com algum material (equipamento) de escoamento
constante alguma vez?<

Estou surpreso com o fato da bomba peristáltica não ter funcionado. Há
bombas peristálticas com controle eletrônico para uso médico capazes de
controlar pressão (e, portanto, fluxo) dentro de +/-1mmHg. Controle de
fluxo é um problema bem estudado em equipamentos médicos e industriais e
é possível especificar o grau de precisão requerido.

Uma outra solução, bem simples, é usar um um tubo longo e um
reservatório raso posicionado bem acima da saída deste. Assim, a
variação percentual de fluxo devido à variação da altura à medida em que
o líquido é consumido é pequena. Uma garrafa de um litro e meio dá para
mais de 24 horas, já que o fluxo é 1ml/min.

Colucci



-----Original Message-----
From: Luiz Ferraz Netto [mailto:leo@barretos.com.br]
Sent: Tuesday, April 16, 2002 10:53 PM
To: ciencialist
Subject: [ciencialist] Fw: vaso de mariotte

Alguém já trabalhou com algum material (equipamento) de escoamento
constante alguma vez?
Na Sala 07 tenho dois trabalhos sobre o Vaso de Mariotte:
http://www.feiradeciencias.com.br/sala07/07_47.asp
e
http://www.feiradeciencias.com.br/sala07/07_51.asp

Terão alguma nova sugestão (além das indicadas nos trabalhos acima)?

[]'
Léo

PS: achei o problema nos e.mails que não recebo. A conta
leobarretos@uol.com.br não está na lista dos endereços alternativos do
Yahoo. Já incluí. vejamos se funciona.

================
-----Mensagem Original-----
De: <hmdaudt@sfu.ca>
Para: <leo@barretos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 16 de abril de 2002 17:33
Assunto: vaso de mariotte


| Ola Prof Luiz
|
| Sou aluna da Simon Fraser University(Canada) na area de toxicologia.
Vou
| expor peixes a metais pesados e estou tendo problemas com as bombas
| peristalticas. Estou tentando utilizar o vaso de Mariotte mas nao esta
| funcionando(embora a maioria dos trabalhos da minha area citem este
vaso de
| Mariotte como a maneira de colocar o poluente nos aquarios).Olhei sua
pagina
| da Feira de Ciencias ,pois ja estava pensando que o meu ingles estava
| atrapalhando para entender o principio da coisa (sou brasileira). Me
parece
| que eu estou fazendo tudo certo, mas com certeza existe algum detalhe
que
| nao estou levando em consideracao. Preciso gotejar 1ml/min de uma
solucao
| aquosa praticamente igual a agua pura em densidade.Existe um diametro
minimo
| e maximo para o tubo inserido na garrafa e para o tubo por onde a agua
| escoa?E tamanho maximo da garrafa?Estou usando uma garrafa de 15l. E
quanto
| ao espaco de ar dentro da garrafa? Por favor, envie-me algumas
sugestoes.
| Meus experimentos estao andando e eu passo praticamente o dia inteiro
em
| funcao de ajustar o fluxo da bomba e definitivamente nao posso mais
perder
| tanto tempo(meus experimentos duram 6 meses).
|
| Muito obrigada
| Um abraco
|
| Helena Daudt
| PhD student
| Simon Fraser University
| Biological Sciences
|
|




SUBJECT: Encontro da STR no Paraná - 20/04/2002
FROM: "Sociedade da Terra Redonda" <strbrasil@hotmail.com>
TO: Lista@strbrasil.com.br
CC: ateus-br@yahoogroups.com, ceticismoaberto@yahoogroups.com, CienciaCidadania@yahoogroups.com, ciencialist@yahoogrupos.com.br, despertar@yahoogroups.com, pensamento@yahoogroups.com, sbcr@yahoogroups.com, secularismo@yahoogroups.com
DATE: 17/04/2002 01:36

Prezados,

Escrevo para lembrá-los que no próximo sábado, 20/04, ocorrerá o encontro
regional da STR no Paraná. Ele ocorrerá num sábado, dia 20/04/2002, no
bar/restaurante Maggiore, no meio do parque Barigui, em Curitiba. O início
do encontro será às 18h. Maiores detalhes pelo telefone (41) 9181-9392.
Neste encontro teremos a presença do Editor da STR, Mozart Hasse. Hasse irá
falar sobre o ateísmo.

A entrada é franca e os participantes só pagam pelo que consumirem no
local. As fotos dos encontros já realizados estão disponíveis na Área
Eventos, em http://www.strbrasil.com.br/Eventos/encontros.htm .

Abraços,
Leo Vines, Presidente
Sociedade da Terra Redonda

---

Esta mensagem foi enviada pois você se registrou como Membro (
http://www.strbrasil.com.br/Membros ) da Sociedade da Terra Redonda ou faz
parte das principais listas de ateísmo, ceticismo e ciência na língua
portuguesa. Peço desculpas aos cadastrados em mais de uma lista pelas
mensagens duplicadas.

_________________________________________________________________
Converse com amigos on-line, experimente o MSN Messenger:
http://messenger.msn.com.br



SUBJECT: Re: Simpsons no Brasil
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/04/2002 09:01

--- Em ciencialist@y..., "Jose Colucci Jr." <j.colucci@r...> escreveu
> Só para quem tem acesso rápido:

Duh! Isso e' pirataria, nao?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Artigo de 1978
FROM: Nicolau Werneck <nwerneck@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/04/2002 09:06

> Vc pode começar pela biblioteca de sua unidade:
> periodicos, livros-textos.


Gente!!! será que alguém pode me ajudar?...

Estou procurando um artigo que saiu no Journal of the
Acoustic Society of America 64(1) (1978) p.258-263
escritpo por Richard Voss, sobre ruído rosa, e sua
relação com música e outros fenômenos físicos...

Aqui na UFMG Tem esse periódico, desde 1932, mas esse
é EXATAMENTE um dos únicos exemplares que não tem
aqui! :(((

Se alguém puder me fazer esse graaande favor, ficarei
extremamente agradecido! :> posso até madnar uns
biscoitinhos pelo correio.

(e se alguém tiver tb o Journal of Algorithms nó6, não
ficarei menos agradecido!)

T+


++Nicolau

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SUBJECT: Re: Direita vagabunda
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/04/2002 09:47

--- Em ciencialist@y..., "andrediasbaptista" <andrebaptista@u...>
> Confesso que no primeiro momento não entendi exatamente o que
> aconteceu na Venezuela. O presidente argentino foi forçado a sair
> por uma multidão enfurecida e ninguém falou em golpe.

A situacao na Argentina, com no caso Collor, e'
bem diferente do q. ocorreu na Venezuele.

Na Argentina a pressao popular levou De La Rua a
renunciar. E a seguir seguiu-se os processos
previstos na Constituicao: empossamento de um
governo de transicao para a convocacao de uma eleicao.

Com o Collor houve a renuncia com o impedimento
do presidente pelo Congresso Nacional -- nominalmente,
representantes legitimos da populacao. Dentro dos
tramites da constituicao. (Pode-se perguntar se
a cassacao foi ou nao legal, mas Collor renunciou de
todo modo.) Empossamento de Itamar q. completou o
periodo e houve eleicoes normalmente.

Na Venezuela houve a forca militar a derrubar o
presidente. Nao houve uma renuncia formal de Chávez
ou a supressao legal de seus poderes.

Se protestos populares do genero fossem justificativas
de golpes, poderiam derrubar Berlusconi. Se fossem
justificativas, estaria justificada a presenca de
Chavez no poder -- haja vista q. houve manifestacoes
populares de apoio a esse ser.

Na Venezuela foi golpe, com dissolucao do congresso
e tudo.

> E, por falar nisso, qual seria o papel do Brasil
> na américa do sul? Seremos sempre o grandão bobão e passivo? Como
> evitar a crescente presença norte-americana, se quando aparece uma
> situação de caos e vácuo de poder continuamos neutros e passivos
> como se nada estivesse acontecendo, como se não fosse conosco?

A America Latrina e' quintal dos EUA, mas a America
do Sul nao e' quintal do Brasil. O q. queria? Q. o
Brasil enviasse tropas para a Venezuela?

Brasil ainda não reconhece novo governo da Venezuela
http://www.estadao.com.br/agestado/noticias/2002/abr/12/237.htm

FHC lamenta "quebra de institucionalidade na Venezuela"
http://www.estadao.com.br/agestado/noticias/2002/abr/12/168.htm

Brasil lamenta "ruptura da ordem institucional" na Venezuela
http://www.estadao.com.br/agestado/noticias/2002/abr/12/127.htm

Chavez's return hailed around Latin America as victory for democracy
http://story.news.yahoo.com/news?
tmpl=story&u=/ap/20020415/ap_wo_en_po/venezuela_latam_reax_2

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Tecnologia Oca
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/04/2002 09:55


> > Ok , mas usar o conhecimento é unica forma especifica da sua
> > utilidade (colecionar selos tb é divertido).
>
> E quem disse q. colecionar selos e' inutil? E' terapeutico.

Eu não disse que era inutil colecionar selos. Eu disse que existem
mais coisas divertidas que colecionar conhecimento; coleccionar selos.
Donde a diversão não é um parametro do conhecimento, mas da colecção.
Portanto, ser divertido não é uma caracteristica instrinseca ao
conhecimento. Donde isso não representa uma sua utilidade intrinseca.
(eu estava tentando mostrar que 'ser divertido' não é um utilidade
instrinseca do conehcimento)

> Se considerarmos como "bom" a sobrevivencia da especie humana,
iremos
> considerar util sob esse aspecto. Se considerarmos "bom" uma vida
> confortavel, iremos pensar em termos de 'o q. gera uma vida
> confortavel?' E assim vai.

Ora isso mostra como o valor a tecnologia depende do que fazes com
ela, ou do que pretendes fazer com ela. Portanto, ela em si mesmo não
tem valor intrinseco, e é portanto ôca.
É só isso.

> > >Mas ai' tbm gerar energia nao e' um proposito final.
> >
> > Claro que é. As companhias tem como objectivo final gerar essa
> > energia, para a poderem vender e dai lucrar.
>
> Isso significa q. gerar energia nao e' o objetivo final. Se eles
> gerarem energia e nao lucrarem nao prosseguirao na producao de
> energia. Poderiamos dizer q. o objetivo e' o lucro.

O lucro não é um objectivo cientifico. É um objectivo social.
O objectivo do conhecimento cientifico sobre energia não é o lucro.
O desenvolvimento de tecnologias , usando esse conhecimento, é que
visam o lucro.
Mas poderiam visar a destruição, por exemplo.
O proposito final da tecnologia é gerar energia, pq é a aplicação do
conhecimento. A tecnologia em si, não visa produzir lucro nem
destruição.
O que se faz com essa tecnologia é que visa algo supra-cientifico.
Algo social.
O conhecimento cientifico (é deste que se tratava) visa produzir novo
conhecimento cientifico num ciclo aberto. A tecnologia aparece quando
pegamos num pedaço desse ciclo e produzimos algo que sai for dele. E
por isso é um produto final.
Se quiseres, podes dizer que é a materialização do conhecimento.

Se quiseres ver de outra forma, à sociedade interessa um pepino o que
poderá -se passar mas mentes 'loucas' dos cientistas, as teorias
podem ser as mais estapafurdias, que eles não estam nem ai. Isso não
interfere com as suas vidas. Eles não querem saber disso para nada.
Mas quando esse conhecimento mirabolante é traduzido em tecnologia,
que é vendida, utilizada e fica embutida nas vidas das pessoas
(imaginse-se vivendo sem pc, tv, rádio, sem água canalizada, sem
esgotos) ela torna-se não só util,mas necessária. E ai as pessoas sim
querem saber.
Quando se instalam antenas de telefone celular em cima dos prédios,
as pessoas já se preocupam com uma coisa chamada "radiações"
Coisa que lhes era completamente desconhecida até à data, e que
pertencia ao lexico proprio dos "loucos" cientistas.
( e ai se levanta o problema de as pessoas entenderem realmente do
que se trata, mas isso é outro assunto)

Portanto, o conhecimento só é util à sociedade quando é traduzido em
tecnologia (util e final).
Se hoje aprendes que A=B, mas só daqui a 1000 anos é que produzes uma
tecnologia com base nisso, so nessa altura esse conhecimento será
util. (Até lá é potencialmente util. O que significa que poderá nunca
ser util. Mas claro...nunca é inutil)

> > conclusões são de cada um, embora eu esperasse um certo tipo de
> > consenso,
>
> E' possivel q. a maioria das pessoas concordem q. o conhecimento
so'
> e' util e bom qdo gera algo q. melhore a vida das pessoas.
>
> Se e' oco ou nao, depende da pessoa. (Aquela historia da taca de
> vinho pela metade.)

Estás a intercambiar os termos. Eu não disse que o conhecimento é
oco. Eu disse que tecnologia o é.
Ela é oca pq não tem nada que lhe é proprio. Ela é aquilo que
quisermos que seja. Não tem valor em si mesmo, mas tem um valor que
lhe damos. É um simples instrumento.
Como um martelo, que em si é oco em valor.
E tanto pdoe ser algo util e bom quando prega um prego ou util e mau
quando é usado como arma num crime.

A questão é que lhe damos à tecnologia um valor que ela por si não
tem.
Quando, como disse, se julgam os paises pelo seu nivel tecnologico,
estamos julgando por nada.
Ao fazer isso estam a supor que aquele que tiver mais tecnologia é
melhor, porque tecnologia=bom. Mas isso é uma falacia, pq a
tecnologia em si é ôca.

[]

Sérgio Taborda


P.S.
Pq é que os governos se preocupam com as comparações economicas (da
qual a tecnologia é uma parte) e não com o nivel de educação ?
A resposta é a do costume,para serem felizes.

Os governos governam têm mais poder (são mais felizes) se ninguem
souber que estão fazendo asneira. Portanto,é benéfico que a educação
seja menor.
Mas ao mesmo tempo, a educação menor cria governos piores. E este
ciclo leva à descida dos niveis de governação, e com eles os niveis
produtivos e de educação. Até que o sistema rompe por não se poder
subtrair mais.
E de que valeu a tecnologia , a economia e todas as 'ias' mais ? De
que valeu a colecção de conhecimento ?
De nada.



SUBJECT: Re: Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/04/2002 10:14


> Dúvida/Sugestão: Oi sou um estudante da universidade federal do rio
de janeiro. Estou com uma bolsa com um professor e estamos realizando
um projeto para Petrobrás. Agora encontro-me em uma grande
dificuldade, pois naum consigo muitas informações a respeito de
sistemas de rádio freqüência. Gostaria de saber se poderias me
orientar bibliografias desde as do tipo bem básico até as mais
especializadas.

Eu tb tive/tenho o mesmo problema para um trabalho que estou
desenvolvendo. De facto não ha nada muito especifico. Mas depende do
que se procura. Em termos de componentes e tecnologia electronica o
melhor é visitar os sites dos fabricantes:
www.nacional.com
www.analog.com
www.linear.com

As tecnologias estão intimamente ligadas com os componentes que as
implementam.
(na moda está tudo o que for wireless)

Quanto a rádios de comunicação, ou emissores de rádio comercial ou
privado acho que o melhor é procurar tb fabricantes. Ai já não sei
quais seriam.

No caso de se querer desenvolver um sistema de comunicação de raiz,
por assim dizer, o melhor é voltar à electronica básica e à teoria do
electromagnetismo, em especial de ondas electromagnéticas e juntar
tudo com os componentes disponiveis. (não é dificil)
Na net ha vários circuitos para várias coisas, mas a
reprodutibilidade depende do que se conseguir fazer na prática.

Bom, foi assim que tive de me desenrascar (claro que eu não trabalho
para a Petrobrás,lol). Tlv q ajude.

[]

Sérgio Taborda




SUBJECT: Re: Direita vagabunda
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/04/2002 12:24

--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., "andrediasbaptista" <andrebaptista@u...>
> > Confesso que no primeiro momento não entendi exatamente o que
> > aconteceu na Venezuela. O presidente argentino foi forçado a sair
> > por uma multidão enfurecida e ninguém falou em golpe.
>
> A situacao na Argentina, com no caso Collor, e'
> bem diferente do q. ocorreu na Venezuele.
>

OK. Mas o que ocorreria na Argentina se o presidente não renunciasse?
Não estou fazendo juízo de valor ou me posicionando contra ou a favor
de Hugo Chavez. Apenas constatando o óbvio: numa situação de caos e
ingovernabilidade ou:
1. O presidente (e as instituições) viram o jogo e tornam o país
governável;
2. 0 presidente renuncia;
3. O presidente é deposto.


> > E, por falar nisso, qual seria o papel do Brasil
> > na américa do sul? Seremos sempre o grandão bobão e passivo? Como
> > evitar a crescente presença norte-americana, se quando aparece
uma
> > situação de caos e vácuo de poder continuamos neutros e passivos
> > como se nada estivesse acontecendo, como se não fosse conosco?
>
> A America Latrina e' quintal dos EUA, mas a America
> do Sul nao e' quintal do Brasil. O q. queria? Q. o
> Brasil enviasse tropas para a Venezuela?
>

Mais especificamente sobre a Colômbia. O governo colombiano não têm
soberania sobre boa parte do território, inclusive na fronteira com o
Brasil. A crise colombiana parece insolúvel e se arrasta a décadas. A
direita é fraca, corrupta e pouco representativa. A esquerda é
formada por guerrilheiros-traficantes-terroristas. Um dos motivos
porque os EUA tem aumentado a presença na região é a completa
omissão brasileira sobre a questão colombiana. Enquanto isso a máfia
do tráfico de cocaína vai estendendo seus tentáculos para o Brasil,
financiando deputados, subornando juízes, comprando negócios de
fachada, etc. Não dá prá se isolar ou fingir que não é conosco.
Devemos nos acomodar? Como deixaremos de ser o quintal dos EUA?


[]´s

André Baptista




SUBJECT: Re: Teste dos numeros (link)
FROM: Luciano <lucianoseidel@ieg.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/04/2002 13:52


>
>
>Por que o martelo seria mais fácil de lembrar? Não sei. Talvez por
>isso União Soviética tenha escolhido um martelo como símbolo para a
>bandeira...
>
>[]s
>Ronaldo

Além é claro de a cor da bandeira da URSS ser vermelha. Acho que tudo não
passa de um plano maquiavélico de dominação comunista. Só falta achar onde
se encaixa a foice... hehehe.

Luciano

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Direita vagabunda
FROM: Luciano <lucianoseidel@ieg.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/04/2002 14:07


At 14:25 16/04/02 +0000, André Baptista wrote:
>E, por falar nisso, qual seria o papel do Brasil
>na américa do sul? Seremos sempre o grandão bobão e passivo? Como
>evitar a crescente presença norte-americana, se quando aparece uma
>situação de caos e vácuo de poder continuamos neutros e passivos como
>se nada estivesse acontecendo, como se não fosse conosco?

O Brasil, infelizmente, sempre foi o quintal dos EUA, como todo o resto da
América Latina. E se há algum governante não esteja alinhado com Washington
ou é derrubado (tentou-se) do poder (como o Chavez na Venezuela) ou o país
sofre um embargo econômico (como Cuba).

Estavam aqui citando diversos meios de comunicação para provar / refutar a
participação dos EUA na tentativa de golpe venezuelano. Segue abaixo uma
interessante matéria sobre o jornalismo moderno:


>> O GOLPE INVISÍVEL
>>
>> Há cerca de 30 dias a TV Globo apresentou uma série de reportagens no
>> Jornal Nacional sobre um "país dividido", a Venezuela. Era o sinal de
>> que estava em curso uma campanha internacional, mais precisamente um
>> golpe, para derrubar o presidente venezuelano Hugo Chávez. Numa das
>> matérias especiais, Chávez era comparado a Fidel Castro, e o seu
>> governo estaria tentando - para infelicidade do povo - igualar-se ao
>> "comunismo" cubano.
>> Quando, na semana passada, ocorreu o anunciado golpe militar e
>> ninguém sabia do paradeiro do presidente deposto, salvo exceções,
>> esta mesma imprensa não afirmou que houve um golpe, mas "a
>> destituição" de Chávez. E espalhou que ele havia renunciado. Mentira.
>> Mas antes de avaliar o comportamento da imprensa, vale analisar
>> porque Hugo Chávez precisava ser derrubado.
>> Ele passou a incomodar a nova ordem mundial, e em especial os Estados
>> Unidos, quando promoveu as reformas que privilegiavam os venezuelanos
>> e não a elite caquética que, a exemplo de outros países, sustentam-se
>> à custa da miséria do seu povo (o Brasil é um bom exemplo disso). Faz
>> parte das mudanças anunciadas a reforma agrária, com limitação da
>> propriedade. Foi isto que, segundo a TV Globo, deflagrou uma "reação
>> popular" encabeçada pelos empresários e ricos proprietários do país.
>> O paradoxo, esta aberração histórica, uma "reação popular" liderada
>> pelos ricos, não foi destacada.
>> Os Estados Unidos tiveram que engolir Chávez porque ele foi eleito
>> num processo limpo, em eleições com observadores internacionais.
>> Tiveram que engolir e não puderam escancaradamente invadir como
>> fizeram na Colômbia, em nome do narcotráfico; ou, como fizeram em
>> outros países, por "agressões aos direitos humanos". A única acusação
>> que sobrou para Chávez foi a de impedir o exercício da "liberdade de
>> imprensa". Mas isso não dá invasão. Daí, não havendo meios mais
>> claros de se promover um ato dessa natureza, patrocinaram o golpe de
>> direita, juntando os militares com os empresários. Os Estados Unidos
>> foi o único país a felicitar os militares pelo golpe. E o FMI
>> imediatamente se ofereceu para ajudar o governo dos golpistas.
>> A grande imprensa venezuelana, em especial as televisões, que
>> alardeiam para o mundo que estão sendo censuradas, fizeram e fazem
>> ainda hoje campanha pelo golpe. Feridos nos seus interesses
>> empresariais, esta imprensa omitiu informações, distorceu fatos, e
>> censurou a opinião do povo venezuelano. O último capítulo dessa
>> novela, as manifestações do povo nas ruas que resultaram na volta de
>> Hugo Chávez ao poder, foi boicotada, censurada por elas. Milhões de
>> pessoas foram as ruas, ocuparam o palácio presidencial e colocaram
>> Chávez de volta ao poder. Essa gente impediu que se repetisse um
>> novo Chile de Allende. A mesma imprensa venezuelana que não deu nada
>> disso porque não quis, porque preferiu boicotar o povo, reclama ao
>> mundo haver "impedimento em suas atividades".
>> O boicote da imprensa as manifestações populares no Brasil é comum.
>> Um dos casos mais célebres ocorreu no início dos anos 80. Na época
>> houve uma manifestação com mais de 1 milhão de pessoas nas ruas de
>> São Paulo pedindo a volta das eleições para presidente, a campanha
>> das "Diretas já", e a Globo mostrou imagens do povo, mas disse que
>> era apenas comemoração do aniversário da cidade!
>> Afora esta "barriga" histórica da imprensa brasileira - em especial
>> da Rede Globo - pergunta-se ainda pelos outros elementos envolvidos
>> no conflito. Ora, todos os golpes de direita ocorridos no mundo têm o
>> dedo da CIA. Por que não se tocou no assunto? Porque esta imprensa
>> não tenta levantar quem foram os reais autores do golpe, limitando-se
>> a dizer que o presidente Hugo Chávez foi "destituído" e tomou posse o
>> presidente da Federação do Comércio? Por que essa mentira? A resposta
>> é evidente: os interesses são os mesmos. Chávez está fazendo da
>> Venezuela um país independente, soberano, e isto não agrada aos
>> interesses norte-americanos. Além do mais, além da questão política,
>> a Venezuela é rica em petróleo.
>> A Globo tem um tom sem adjetivos (como reza a boa escola de
>> jornalismo!) que aparenta a imparcialidade. Quem assiste ao
>> jornalismo da Globo, com seu tom imparcial, sua pretensa defesa do
>> país, não sabe dos seus verdadeiros interesses. Foi com esse mesmo
>> tom, com essa sistemática defesa da moralidade e da família, que a TV
>> Globo, e a grande imprensa de um modo geral, fez a campanha e elegeu
>> Fernando Collor e, depois, Fernando Henrique Cardoso. É o mesmo tom
>> que transforma o seqüestro de um menino cubano pelos Estados Unidos
>> numa disputa judiciária; e, agora, um golpe de estado, numa
>> "destituição". O golpe era invisível.
>> Cabe observar, entre as exceções da imprensa nacional na cobertura do
>> golpe, a coragem do Correio Braziliense. Na edição de segunda-feira,
>> 15/04/02, o jornal do DF foi mais longe ainda e fez severas críticas
>> aos jornais e TVs venezuelanos. A página 10 desta edição do Correio é
>> dedicada ao tema, com o título "Imprensa esfarrapada". Dosaram o
>> adjetivo, poderia ser "imprensa vagabunda". Infelizmente o Correio
>> não criticou a imprensa brasileira - uma omissão imperdoável.
>> Por fim, Hugo Chávez, reconduzido ao poder pelo povo, resumiu:
>> "Os meios de comunicação são a maior corrupção do mundo. É preciso
>> fazer alguma coisa, pois eles funcionam com licenças que são do povo,
>> desse povo que deu uma lição histórica a essa elite. Há dois mundos
>> na Venezuela, o real e o que aparece nas TVs privadas. Hoje o mundo
>> real deu uma lição ao mundo de fantasia".
>>
>> O fato nos deixa três lições:
>> 1) Um sociedade que almeja mudanças que sejam do interesse do povo
>> brasileiro, e não de uma elite empresarial que domina o país há 500
>> anos, não pode confiar neste jornalismo. Jamais eles vão trair os
>> seus verdadeiros interesses e defender o povo. Jamais vão aceitar
>> mudar essa estrutura para uma que seja do interesse popular.
>> 2) Precisamos construir as nossas fontes, os nossos meios de
>> comunicação. Precisamos de veículos populares, estatais. Precisamos
>> fazer a reforma agrária do ar. Não podemos ficar reféns do que eles
>> dizem.
>> 3) Precisamos estabelecer regras, limites, para a radiodifusão
>> brasileira. Não bastasse a má qualidade dos programas de
>> entretenimento, o jornalismo eletrônico (que virou entretenimento)
>> não pode continuar manipulando o povo brasileiro. A manipulação
>> inclui a censura sistemática de informações e a exclusão do povo. Se
>> eles tem uma concessão do povo, então que o povo determine o que deve
>> ser feito, e puna aqueles que utilizam este espaço para manipular ou
>> omitir informações, produzir e fomentar a violência, a desagregação
>> da sociedade.
>>
>> Dioclécio Luz
>> jornalista
>
>



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Tecnologia Oca
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/04/2002 14:31

--- Em ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> escreveu
> (eu estava tentando mostrar que 'ser divertido' não é um utilidade
> instrinseca do conehcimento)

E nao e' mesmo. Mas nada tem um valor intrinseco.
Valor e' o q. atribuimos aos objetos, acoes, pessoas,
eventos, fenomenos...

> ela, ou do que pretendes fazer com ela. Portanto, ela em si mesmo
> não tem valor intrinseco, e é portanto ôca.
> É só isso.

Sim. E qq outra coisa. Mas se e' oca ou nao, depende de quem vê.

> O lucro não é um objectivo cientifico. É um objectivo social.

Gerar energia nao e' um objetivo cientifico.

> O objectivo do conhecimento cientifico sobre energia não é o lucro.

Tampouco gerar energia.

> O proposito final da tecnologia é gerar energia.

Assim como o proposito final do conhecimento pode ser
gerar tecnologia. (Ou satisfacao pessoal.)

Depende de quem vê.

> O conhecimento cientifico (é deste que se tratava) visa produzir
> novo conhecimento cientifico num ciclo aberto.

Nao necessariamente. Depende do agente produtor desse conhecimento.

> Se quiseres, podes dizer que é a materialização do conhecimento.

Nao vejo assim: conhecimento sempre e' material. Informacao e'
material.

> Eles não querem saber disso para nada.

Eis um engano. As pessoas se interessam muito por isso. Poucos se
interessam por ETs com algum fim pratico q. nao a simples curiosidade
de saber se eles existem, como sao, o que querem.

> Portanto, o conhecimento só é util à sociedade quando é traduzido
> em tecnologia (util e final).

Tecnologia nao e' necessariamente final. Poucas vezes sao
consideradas assim.

O conhecimento *pode* ser util apenas qdo traduzido em tecnologias --
depende da visao das pessoas.

> Ela é oca pq não tem nada que lhe é proprio. Ela é aquilo que
> quisermos que seja. Não tem valor em si mesmo, mas tem um valor que
> lhe damos. É um simples instrumento.

Sim. Assim como as nossas vidas. Assim como as vidas de outras
pessoas.

> Quando, como disse, se julgam os paises pelo seu nivel tecnologico,
> estamos julgando por nada.

Na verdade nao. Por q., como em qq julgamento, partem-se de
pressupostos. Um deles -- q. a tecnologia e' util.

> Ao fazer isso estam a supor que aquele que tiver mais tecnologia é
> melhor, porque tecnologia=bom. Mas isso é uma falacia, pq a
> tecnologia em si é ôca.

Pode ser uma falacia na medida em q. pode ser circular: falar, p.e.,
q. os EUA sao bons porq. eles tEm tecnologia avancada e a tecnologia
avancada e' boa porq. paises bons, como os EUA, tEm tecnologia
avancada.

Mas se se tem fixado previamente esse valor de bom, poderemos
comparar paises por esse parametro de bondade. Porem alguem pode
querer usar outro parametro de bondade: algum muculmano radical
utilizar como parametro de bondade, o percentual da populacao q.
segue o islamismo, p.e.

> E de que valeu a tecnologia , a economia e todas as 'ias' mais ? De
> que valeu a colecção de conhecimento ?
> De nada.

Na verdade vc esta' falando da falta de conhecimento -- ja'
q. supostamente o governo esta' minando o acesso ao conhecimento.

Ja' eu nao considero conspiracao qdo incompetencia pode ser uma
explicacao no minimo tao boa qto. (Mais simples um governo ser burro
do q. ser esperto o bastante a ponto de manter um plano diabolico
sofisticado.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Fw: Perfil Feira de Ci�ncias, d�vidas e sugest�es.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2002 14:52

Ajudas?
[]'
Léo
==========
-----Mensagem Original-----
De: teilor.demarchi@bol.com.br
Para: leo@barretos.com.br
Enviada em: quarta-feira, 17 de abril de 2002 09:25
Assunto: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.





E-mail: teilor.demarchi@bol.com.br
Nome: Teilor Demarchi
Cidade: Concórdia
UF: SC
Nível de Escolaridade: Universitário
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 07
Dúvida/Sugestão: Olá! Estou visitando este site pela primeira vez. A respeito de tabelas com momentos de inércia, é possível fornecê-las? Minha dificuldade é na área de comportas em mecânica dos fluidos. Existe outra página que possa me ajudar? Obrigado! Teilor Demarchi


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Simpsons no Brasil
FROM: "evoluindo" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/04/2002 15:08

Fico imaginando se não tiveram a ajuda de algum brasileiro para fazer
o episódio. Embora existam vários erros no desenho, coisas que nada
têm a ver com o Brasil (música caribenha, bancas de camelô com
telhados), fico imaginando de onde eles tirariam a idéia de colocar
um autêntico camburão Chevrolet Veraneio na porta da delegacia.

[]s
Ronaldo


--- Em ciencialist@y..., "Jose Colucci Jr." <j.colucci@r...> escreveu
> Vi o episódio todo e fiquei ainda mais estupefato com a reação
> despropositada da Riotur. O desenho é quase simpático ao Brasil, ou
é
> igualmente crítico aos EUA. O contraste entre os programas infantis
dos
> dois países, por exemplo -- mostrando a violência gratuita nos EUA
e a
> exploração do sexo no Brasil. Ou a camiseta que serve para o salva-
vidas
> carioca identificar Homer Simpson como turista, mostrando o Tio Sam
> enfiando as garras no globo terrestre.
>
> O que o presidente da Riotur, José Eduardo Guinle, conseguiu foi
chamar
> a atenção da imprensa mundial para os problemas da cidade, da pior
> maneira possível. Incompetência desse nível tinha que ser punida.
>
> Só para quem tem acesso rápido:
>
> Episódio dos Simpsons no Rio de Janeiro.
> http://www.acc22.attcanada.net/episodes/sim1315.rm



SUBJECT: Aprender usar o cerebro
FROM: "Luis Roberto Brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2002 15:14

Lendo o texto "Você é mais inteligente do que pensa" (
http://www.idph.net/newsletters/novaeducacao/inteligencia.shtml ), que nao
eh muito bom, encontrei a seguinte ideia...
- - -
Tony Buzan, o criador do método de aprendizado chamado "Mind Mapping", ou
"Mapas Mentais", afirma:
"Na escola, passei milhares de horas aprendendo matemática. Milhares de
horas aprendendo linguagem e literatura. Milhares de horas em ciências,
geografia, e história. Então me perguntei: quantas horas passei aprendendo
como minha memória funciona? Quantas horas passei aprendendo como meus olhos
funcionam? Quantas horas aprendendo como aprender? Quantas horas aprendendo
como o meu cérebro funciona? Quantas horas aprendendo sobre a natureza de
meu pensamento e como ele afeta meu corpo? E a resposta foi: nenhuma,
nenhuma, nenhuma, nenhuma."
- - - -

E aproveito pra perguntar... ateh que ponto existem formas de treinar
aprendizado? *Alguma parte* daqueles esquemas milagrosos de treinamento
cerebral funciona? Alguem jah testou?

Ateh
Luis Brudna



SUBJECT: Fw: Perfil Feira de Ci�ncias, d�vidas e sugest�es.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2002 18:43

Eu ia iniciar dizendo ao consulente abaixo que "os segredos" sempre se encontram nas fronteiras e depois comentar algo do 'zero absoluto' e das transformações sob altíssimas temperaturas. Mas, prefiro aguardar suas sugestões como consultores perpétuos do Imperdível.

[]'
Léo
===========
-----Mensagem Original-----
De: sandra@lottinet.com.br
Para: leo@barretos.com.br
Enviada em: quarta-feira, 17 de abril de 2002 17:50
Assunto: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.





E-mail: sandra@lottinet.com.br
Nome: Sandra Saibel
Cidade: Carlos Barbosa
UF: RS
Nível de Escolaridade: Universitário
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 08
Dúvida/Sugestão: Porque os cientistas se interessam pelos extremos de temperatura, muito altas ou muito baixas. Obrigado


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2002 19:15


Subject: [ciencialist] Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.


>Eu ia iniciar dizendo ao consulente abaixo

queres dizer "à consulente" :-)

>Nome: Sandra Saibel

>Dúvida/Sugestão: Porque os cientistas se interessam pelos extremos de
temperatura, muito altas ou >muito baixas. Obrigado

Uma pergunta interessante deveras.
A resposta sintética é : Porque podem! :-)

Explicando...
O entendimento da fisica de baixa temperatura, que só foi possivel ha pouco
tempo com o advento de tecnologias de frio. Portanto são crianças brincando
com um brinquedo novo.
Mas o principal que os leva a isso é a alteração de propriedades dos
materiais a baixa temperatura.
A supercondutivdade e a superfluidez são exemplos.
Entendendo a 100% pq esses fenómenos acontecem a baixa temperatura,
espera-se entender como reproduzi-los à temperatura ambiente e dai extrair
vantagens tecnologicas imediatas.
(como sendo a transmissão de energia sem perdas)

A mesma logica se aplica às altas temperaturas.
As altas temperaturas ainda agora foram possiveis e são importantes devido
aos fenomenos de fusão.
Mas ao contrário das temperaturas baixas, as temperaturas altas são
perigosas e despendiosas energéticamente e economicamente (por isso se fala
na fusão a frio, ou seja, a temperaturas ambientes, ou pouco superiores).
Pelo que a investigação ai abrandou.

O que sim está na moda é a fisica de alas energias, que não tem a ver com
altas temperaturas, mas sim com altas velocidades e massas.

Sérgio Taborda





SUBJECT: Re: Direita vagabunda
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2002 23:23

(Sei que essa lista é de ciência, mas há acontecimentos que afetam a todos,
questões que dizem respeito todos, inclusive aos cientistas.)

Americanos não compreendem a América Latina (The New York Times, 17/04/2002)

Paul Krugman

Um grande número de pessoas, entre as quais me incluo, concordaria que Hugo
Chavez não é o presidente que a Venezuela necessita. Entretanto ele é o
presidente eleito pela Venezuela - de forma livre, justa e constitucional.
Foi por esta razão que todas as nações democráticas do Hemisfério Ocidental,
por menos simpatia que tenham por Chavez, denunciaram o golpe ensaiado
contra ele na semana passada.

Todas as nações democráticas, exceto uma.

Ou, conforme anunciou a BBC: "Longe de condenar a deposição de um presidente
eleito democraticamente, autoridades americanas declararam que Chavez seria
o responsável pela crise", e que estavam "claramente satisfeitas com o
resultado" - ainda que o novo governo interino tenha suprimido o Congresso,
o Judiciário e a Constituição. Estas mesmas autoridades presumivelmente
ficaram menos satisfeitas com o fracasso da tentativa de golpe. E novamente
a BBC: "O regresso do presidente Chavez deixou... Washington com um ar
ligeiramente tolo". A conselheira nacional de segurança, Condoleezza Rice,
não desfez esta impressão quando, surpreendentemente, recomendou ao
presidente reempossado que "respeitasse os processos constitucionais".

Não resta dúvida de que a parte mais grave deste episódio foi a traição a
nossos princípios democráticos; a expressão "do povo, pelo povo e para o
povo" não deveria ser seguida pelas palavras "desde que sirva aos interesses
americanos".

Porém mesmo se for considerada como uma "realpolitik", nossa atitude benigna
perante o golpe venezuelano foi notadamente tosca.

É de nosso maior interesse que a América Latina rompa com seu tradicional
ciclo político, no qual o mais rude populismo se alterna com ditaduras
militares. Tudo o que importa para os Estados Unidos - comércio, segurança,
drogas e tudo mais - terá um melhor destino caso tenhamos vizinhos estáveis.

Mas como esta estabilidade pode ser alcançada? Na década de 90 parecia ter
surgido, finalmente, uma fórmula; poderíamos chamá-la de nova ordem mundial.
A reforma econômica cessaria as tentações populistas; a reforma política
extinguiria o risco das ditaduras. E na década de 90 - por sua própria
iniciativa, ainda que com o incentivo dos americanos - a maior parte das
nações latino-americanas deu início a um processo dramático de reformas
econômicas e políticas.

O resultado final não parece nítido. Pelo lado da economia, aonde de início
se abrigavam as maiores esperanças, as coisas não foram muito bem. Não há
milagres econômicos na América Latina, e ocorreram alguns grandiosos
desastres, sendo a crise argentina o mais recente. O melhor que se pode
dizer é que algumas das vítimas do desastre - notadamente o México - parecem
ter recuperado o equilíbrio (com um forte auxílio do governo Clinton,
deve-se acrescentar) e seguido rumo a um patamar de crescimento econômico
modesto, porém constante.

Entretanto os desastres econômicos não desestabilizaram a região. A crise
mexicana de 1995, a crise brasileira de 1999, e até mesmo a atual crise
monetária argentina não levaram estes países para as mãos de radicais ou de
chefões. A razão se encontra no fato de que houve, do lado político, um
resultado melhor do que se esperava. A América Latina tornou-se uma região
de democracias - e estas democracias parecem ser extremamente robustas.

Portanto, enquanto os Estados Unidos talvez tenham esperado por uma nova
estabilidade latina baseada em uma prosperidade vibrante, o que realmente
houve foi a estabilidade a despeito das agruras econômicas, graças à
democracia. As coisas poderiam ser muito piores.

O que nos leva ao caso da Venezuela. Chavez é um populista com perfil
tradicional, e suas políticas tem sido incompetentes ou erráticas. No
entanto ele foi eleito de forma justa numa região que aprendeu a importância
da legitimidade democrática. O que os Estados Unidos esperavam ganhar com
sua deposição? Sim, ele de fato abraçava um discurso anti-americano, e
causava incômodos à nossa diplomacia; mas não representa uma grave ameaça.

E no entanto cá estávamos nós, recordando a todos dos tempos sombrios em que
qualquer possível ditador de direita poderia contar com o apoio americano.

Na verdade, nos alinhamos a um grupo destacadamente incapaz de golpistas.
Chavez se indispôs com um amplo espectro de seu povo; sua breve saída do
poder teve início com uma greve geral comandada pelos sindicatos do país.
Porém o curto governo golpista reunia representantes do grande empresariado
e dos mais ricos - e parou por ali mesmo. Não surpreende que o golpe tenha
malogrado.

Mas mesmo que o golpe tivesse sido bem-sucedido, nossa atitude continuaria a
ser tola. Tínhamos algo muito bom - uma nova atmosfera de confiança no
hemisfério, baseada na partilha de valores democráticos. Como poderíamos
desperdiçá-la por tão pouco?

Tradução: André Medina Carone



SUBJECT: Re: Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/04/2002 08:51

--- Em ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@n...> escreveu
> Mas ao contrário das temperaturas baixas, as temperaturas altas são
> perigosas e despendiosas energéticamente e economicamente

Eu diria q. *do mesmo modo que* as temperaturas baixas, as
temperaturas altas sao dispendiosas. (Na verdade nao exatamente do
*mesmo* modo.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Fw: Perfil Feira de Ci�ncias, d�vidas e sugest�es.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/04/2002 09:02

[ Teste usando provedor barretos]
[]'
Léo
============
-----Mensagem Original-----
De: Luiz Ferraz Netto
Para: ciencialist
Enviada em: quarta-feira, 17 de abril de 2002 14:52
Assunto: Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.


Ajudas?
[]'
Léo
==========
-----Mensagem Original-----
De: teilor.demarchi@bol.com.br
Para: leo@barretos.com.br
Enviada em: quarta-feira, 17 de abril de 2002 09:25
Assunto: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.





E-mail: teilor.demarchi@bol.com.br
Nome: Teilor Demarchi
Cidade: Concórdia
UF: SC
Nível de Escolaridade: Universitário
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 07
Dúvida/Sugestão: Olá! Estou visitando este site pela primeira vez. A respeito de tabelas com momentos de inércia, é possível fornecê-las? Minha dificuldade é na área de comportas em mecânica dos fluidos. Existe outra página que possa me ajudar? Obrigado! Teilor Demarchi


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: [ciencialist] Re: Simpsons no Brasil
FROM: "Jose Colucci" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/04/2002 11:47

>Ronaldo: Fico imaginando se não tiveram a ajuda de algum brasileiro para fazer o episódio. Embora existam vários erros no desenho, coisas que nada têm a ver com o Brasil<

Com certeza tiveram ajuda de alguém que viveu no Brasil, há muitos detalhes que não poderiam ter aprendido de outro modo. O fato de terem se detido nos aspectos mais óbvios e ter confundido Brasil com América Central não causa espanto a quem conhece os americanos. O resto do mundo só sai no noticiário quando há algum interesse americano em jogo. A maioria dos americanos não fazia a menor idéia de onde ficava o Afeganistão antes de 11 de setembro. Para eles, Brasil, Argentina, Paraguai, Colômbia, é tudo a mesma m...

Mais chocante é o que está ocorrendo agora no oriente médio. Quem lê a imprensa internacional sabe do massacre que Israel está promovendo no Oriente Médio. O correspondente da BBC de Londres descreveu a situação no campo de refugiados como "um horror além da imaginação humana". Nada na imprensa americana, excetuando-se a imprensa alternativa. Mesmo os comentaristas do NY Times, geralmente mais equilibrados, eximem-se de comentar e, quando o fazem, maximizam a violência descabida dos homens-bomba e minimizam a violência com que Israel tem respondido aos atentados.

Há cartazes em Israel denunciando empresas que empregam árabes, pedindo ao povo que as evitem, numa óbvia incitação contra os 20% da população que são de origem palestina. Dentre todos os povos, de todos os lugares do mundo, de todas as épocas, os judeus deveriam ser os últimos a promover o racismo. As lições da história são rapidamente esquecidas.

Colucci


SUBJECT: Dia do Amigo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/04/2002 13:12

Salvo engano hj é Dia do Amigo.

Aos amigos e inimigos, parabéns.
'Sorry', sem presentes -- a grana
ta' curta.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Direita vagabunda
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/04/2002 15:35

--- Em ciencialist@y..., "andrediasbaptista" <andrebaptista@u...>
> Apenas constatando o óbvio: numa situação de caos e
> ingovernabilidade ou:
> 1. O presidente (e as instituições) viram o jogo e tornam o país
> governável;
> 2. 0 presidente renuncia;
> 3. O presidente é deposto.

E ha' meios e meios em q. cada coisa pode ocorrer.
A deposicao do presidente pode ocorrer pelas vias
constitucionais normais -- com o congresso declarando
o presidente impedido de governar.

(Ha' outros resultados possiveis: segura-se o rojao ate'
chegarem as eleicoes; o presidente convoca eleicoes
gerais; o presidente recebe um enquadramento de
outras nacoes; o presidente realiza um golpe de estado...)

> Mais especificamente sobre a Colômbia.

Doutrina Monroe tropicalista? O Brasil nao pode
intervir militarmente em outras nacoes.

O motivo dos EUA encherem o saco na Colombia e
adjacencias e' a completa incompetencia dos EUA
em taparem os narizes do cocainomanos e heroinomanos
grigos. (Alem e' claro de nao saber mais como
financiar a industria belica nacional.)

> Enquanto isso a máfia
> do tráfico de cocaína vai estendendo seus tentáculos para o Brasil,
> financiando deputados, subornando juízes, comprando negócios de
> fachada, etc.

Isso e' politica interna de combate ao narcotrafico e
corrupcao. E pouco tem a ver com o ocorrido na Venezuela.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] En: Faz Parte!
FROM: "Carol" <carolsturari@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/04/2002 16:52

Vc disse q a imensa maioria das pessoas deprimidas são muito inteligentes, e q isso é um fato??
[ ]'s
Carol

----- Original Message -----
From: monge_ateu
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, April 16, 2002 4:32 PM
Subject: RE: [ciencialist] En: Faz Parte!


A alternativa a ser alienado é ser triste, num país onde não existe
Justiça, social ou formal (exceto para quem tem muito dinheiro), onde os
governantes são corruptos e manipuladores mais exímios que o partido
nazista alemão e as pessoas, mesmo universitários, não conseguem,
sequer, se exprimir com razoável clareza na própria língua natal (se é
que queriam dizer alguma coisa).

Fato: a imensa maioria, se não todas as pessoas deprimidas são muito inteligentes e sensíveis. Os idiotas são mais felizes (por alienados).
Aristóteles, nas primeiras linhas de sua "Ética", afirma que o único
objetivo da vida humana é a felicidade.

Logo, se tomarmos por verdadeira a assertiva de Aristóteles, o sentido
da vida deve ser nos tornarmos, cada vez, mais idiotas, alienados e,
assim, menos tristes. :o)
--
Monge Ateu




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Dia do Amigo
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/04/2002 00:19

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
wrote:

"Aos amigos e inimigos, parabéns."

Takata,

Obrigado, e envio os mesmos votos a todos.
Takata, vc é sem dúvida um bom exemplo. Nunca desapareça, que é muito útil
seu modo de participar.

[ ]s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar






SUBJECT: Re: [ciencialist] En: Faz Parte!
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/04/2002 00:57

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Carol" <carolsturari@uol.com.br> wrote:


" Vc disse q a imensa maioria das pessoas deprimidas são muito
inteligentes, e q isso é um fato?? "

Carol,

Em primeiro lugar, sinto-me na obrigação de esclarecer estas afirmações,
porque sou médico psiquiatra e psicanalista.

1. Para poder afirmar que os deprimidos são muito inteligentes, é necessario
saber bem claro o que se entende por inteligencia. É um conceito muito
controvertido.

2. Os deprimidos são pessoas que primeiro sentem e depois pensam. Na verdade
são muito rápidos para captar situações que tenham que ver com sentimentos.
Em realidade podem ser muito mais rápidos que o comum das pessoas. Esta
rapidez em captar situações em função dos afetos pode ser confundida com
inteligencia.

3. Os deprimidos, como têm uma inclinação grosseiramente desviada para o
sentido da afetividade, são capazes de reagir afetivamente a qualquer
situação. Isto demonstra efetivamente grande sensibilidade afetiva. No
entanto o modo de processar a afetividade é, sem dúvida um desastre, porque
sempre voltam a agressão contra sua propria pessoa. Inoculam nos
interlocutores um sentimento de comiseração. Isto pode favorecer o juizo de
que são sensíveis e bons.

4. Possuem um sentimento de culpabilidade muito desenvolvido e isto os faz
péssimos juizes de si mesmos. São muito exigentes consigo mesmos e, em
função de sua auto-exigencia, exigem muito dos demais. Além disso estão até
dispostos a perdoar outras pessoas muito mais facilmente que a si mesmos.
Também tendem a julgar aos amigos e achegados com um rigor análogo ao que
julgam sua pessoa. Isto demonstra que são excessivamente auto-refernciais e
portanto, narcisistas

5. São exageradamente idealistas. Como as coisas ideais não se realizam,
estão sempre desiludidos. Tendem mais a esperar que a desejar. Todos os
seres humanos somos quase uma máquina de fabricar desejos. Uma frustração
pode gerar novo desejo, sem excessiva contrariedade. No entanto, se nossa
aspiração é justa e, em vez de desejar, esperamos, tendemos a considerar o
que aspiramos como justo e quase inexorável. Se não se cumpre, em vez de uma
contraiedade normal, sentimos desilusão. Os efeitos de uma desilusão são
altamente prejudiciais.

6. As desilusões geram uma tendencia à renuncia de muitas aspirações que
poderiam realizar-se. Também geram um defeito de raciocinio, porque uma
desilusão, relacionada com algo particular, se generaliza e o deprimido
tende a retirar o sentido de toda a realidade que o rodeia, por um desafeto,
ou seja, ante um fato negativo particular, tendem a apreciar toda uma
generalidade como má. Nesse sentido, confundem alvos de valor particulares
com apreciações gerais, ou sejam, confundem o paricular com o geral (um
grosseiro erro de lógica).

7. Tendem a uma rapidez muito grande no exame das situações. Quando não
estão deprimidos, seu exame das coisas sofre uma aceleração. A razão é
defensiva. Se demoram-se numa apreciação, surgirão pensamentos tristes, se
passam rapidamente a outro pensamento positivo, evitam o surgimento de
ideias tristes. Isto os torna benevolentes e superficiais. É como uma defeza
imunológica psíquica contra conteúdos afetivos tristes.

8. Depois dessa poucas características, pergunto se os deprimidos são
realmente mais inteligentes. Em realidade asmedidas de inteligencia dão
reesultados normais (com uma tendência central na curva de Gauss). No
entanto o manejo dos sentimento não parece muito inteligente. A
sensibilidade é exageradamente pessimista. São sensíveis, mas de ma forma
narcisista, já que julgam de acordo com o que lhes passa e raramente aceitam
ou consideram aos outros como seres individuais e alheios a suas concepções
existenciais.

Por estas e muitas outra razões, não me fio na inteligencia dos deprimidos
nem gosto muito de sua sensibilidade.

[ ]s





SUBJECT: Re: [ciencialist] En: Faz Parte!
FROM: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/04/2002 01:01

In ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Carol" <carolsturari@uol.com.br> wrote:


" Vc disse q a imensa maioria das pessoas deprimidas são muito
inteligentes, e q isso é um fato?? "

Carol,

Em primeiro lugar, sinto-me na obrigação de esclarecer estas afirmações,
porque sou médico psiquiatra e psicanalista.

1. Para poder afirmar que os deprimidos são muito inteligentes, é necessario
saber bem claro o que se entende por inteligencia. É um conceito muito
controvertido.

2. Os deprimidos são pessoas que primeiro sentem e depois pensam. Na verdade
são muito rápidos para captar situações que tenham que ver com sentimentos.
Em realidade podem ser muito mais rápidos que o comum das pessoas. Esta
rapidez em captar situações em função dos afetos pode ser confundida com
inteligencia.

3. Os deprimidos, como têm uma inclinação grosseiramente desviada para o
sentido da afetividade, são capazes de reagir afetivamente a qualquer
situação. Isto demonstra efetivamente grande sensibilidade afetiva. No
entanto o modo de processar a afetividade é, sem dúvida um desastre, porque
sempre voltam a agressão contra sua propria pessoa. Inoculam nos
interlocutores um sentimento de comiseração. Isto pode favorecer o juizo de
que são sensíveis e bons.

4. Possuem um sentimento de culpabilidade muito desenvolvido e isto os faz
péssimos juizes de si mesmos. São muito exigentes consigo mesmos e, em
função de sua auto-exigencia, exigem muito dos demais. Além disso estão até
dispostos a perdoar outras pessoas muito mais facilmente que a si mesmos.
Também tendem a julgar aos amigos e achegados com um rigor análogo ao que
julgam sua pessoa. Isto demonstra que são excessivamente auto-refernciais e
portanto, narcisistas

5. São exageradamente idealistas. Como as coisas ideais não se realizam,
estão sempre desiludidos. Tendem mais a esperar que a desejar. Todos os
seres humanos somos quase uma máquina de fabricar desejos. Uma frustração
pode gerar novo desejo, sem excessiva contrariedade. No entanto, se nossa
aspiração é justa e, em vez de desejar, esperamos, tendemos a considerar o
que aspiramos como justo e quase inexorável. Se não se cumpre, em vez de uma
contraiedade normal, sentimos desilusão. Os efeitos de uma desilusão são
altamente prejudiciais.

6. As desilusões geram uma tendencia à renuncia de muitas aspirações que
poderiam realizar-se. Também geram um defeito de raciocinio, porque uma
desilusão, relacionada com algo particular, se generaliza e o deprimido
tende a retirar o sentido de toda a realidade que o rodeia, por um desafeto,
ou seja, ante um fato negativo particular, tendem a apreciar toda uma
generalidade como má. Nesse sentido, confundem alvos de valor particulares
com apreciações gerais, ou sejam, confundem o paricular com o geral (um
grosseiro erro de lógica).

7. Tendem a uma rapidez muito grande no exame das situações. Quando não
estão deprimidos, seu exame das coisas sofre uma aceleração. A razão é
defensiva. Se demoram-se numa apreciação, surgirão pensamentos tristes, se
passam rapidamente a outro pensamento positivo, evitam o surgimento de
ideias tristes. Isto os torna benevolentes e superficiais. É como uma defeza
imunológica psíquica contra conteúdos afetivos tristes.

8. Depois dessa poucas características, pergunto se os deprimidos são
realmente mais inteligentes. Em realidade asmedidas de inteligencia dão
reesultados normais (com uma tendência central na curva de Gauss). No
entanto o manejo dos sentimento não parece muito inteligente. A
sensibilidade é exageradamente pessimista. São sensíveis, mas de ma forma
narcisista, já que julgam de acordo com o que lhes passa e raramente aceitam
ou consideram aos outros como seres individuais e alheios a suas concepções
existenciais.

Por estas e muitas outra razões, não me fio na inteligencia dos deprimidos
nem gosto muito de sua sensibilidade.

[ ]s

Marco A. Andrade
clave@speedy.com.ar



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Tecnologia Oca
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/04/2002 10:11


> > O conhecimento cientifico (é deste que se tratava) visa produzir
> > novo conhecimento cientifico num ciclo aberto.
>
> Nao necessariamente. Depende do agente produtor desse conhecimento.

Se não necessáriamente que outra coisa visa produzir o conhecimento
cientifico senão conehcimento cientifico ? Uma nova religião ? uma
nova economia ? uma nova politica ? uma nova gastronomia ?

> > Se quiseres, podes dizer que é a materialização do conhecimento.
>
> Nao vejo assim: conhecimento sempre e' material. Informacao e'
> material.

Então o que é que é imaterial ?

> > Eles não querem saber disso para nada.
>
> Eis um engano. As pessoas se interessam muito por isso.

Por exemplo...?

> Poucos se
> interessam por ETs com algum fim pratico q. nao a simples
curiosidade
> de saber se eles existem, como sao, o que querem.

É o mesmo que se interessam pelo conhecimento cientifico.
"-ah! é giro. vc sabia que ..."
E qual é a utilidade ?
Nenhuma.

> > Portanto, o conhecimento só é util à sociedade quando é traduzido
> > em tecnologia (util e final).
>
> Tecnologia nao e' necessariamente final. Poucas vezes sao
> consideradas assim.

PQ não é final ?
Quando se der o proximo passo na descobeerta cientifica a TV que
tenho vai se converter num forno microondas?
E o telefone , vai se converter num telescopido de alta resolução?
E a panela de inox vai se transformar num hidroavião ?

Uma tecnologia é final. Por isso que ela fica obsuleta. Não tem como
a alterar. Se quiser outra, tem que a adquirir e deitar fora a que
tem.

> > Ela é oca pq não tem nada que lhe é proprio. Ela é aquilo que
> > quisermos que seja. Não tem valor em si mesmo, mas tem um valor
que
> > lhe damos. É um simples instrumento.
>
> Sim. Assim como as nossas vidas. Assim como as vidas de outras
> pessoas.

E vida das outras pessoas é um instrumento do q /para q ?

> > Quando, como disse, se julgam os paises pelo seu nivel
tecnologico,
> > estamos julgando por nada.
>
> Na verdade nao. Por q., como em qq julgamento, partem-se de
> pressupostos. Um deles -- q. a tecnologia e' util.

E dai ?
Se o pais X produz mais tecnologia faz dele um pais com mais
intrumentos uteis. Não faz dele um pais melhor, mais rico, mais
democrático, mais evoluido, etc.

Isso implica em fazer bom uso desses instrumentos.

A tecnologia de um abaco é bem menos complexa do que uma calculadora.
Contudo existem pessoas espertas usando ábacos que não precisam usar
calcualdora, e pessoas que usam calculadora, mas não são capazes de
usar um ábaco.
Portanto, medir o grau do que quer que seja pela tecnologia que se
tem é não só uma estupidez,mas um contra-senso.
Ha que reparar no uso que se faz dela.

[]

Sérgio



SUBJECT: Fw: Perfil Feira de Ci�ncias, d�vidas e sugest�es.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/04/2002 10:24

he he he divirtam-se.
[]'
Léo
============
-----Mensagem Original-----
De: jeffertu@ig.com.br
Para: leo@barretos.com.br
Enviada em: quinta-feira, 18 de abril de 2002 20:12
Assunto: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.





E-mail: jeffertu@ig.com.br
Nome: Jefferson
Cidade: Marília
UF: SP
Nível de Escolaridade: Médio
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: por que as serras são constituidas de muitas curvas e não apenas de uma única reta? se você sobe uma escada uma escada depressa acaba se cansando mais do que se tivesse feito esse trabalho normalmente. isso acontece porque?


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Fw: Perfil Feira de Ci�ncias, d�vidas e sugest�es.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/04/2002 10:26

têm dicas?

[]'
Léo
============
-----Mensagem Original-----
De: ju.m.r@bol.com.br ou pvrocha@hotmail.com
Para: leo@barretos.com.br
Enviada em: quinta-feira, 18 de abril de 2002 22:13
Assunto: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.





E-mail: ju.m.r@bol.com.br ou pvrocha@hotmail.com
Nome: juliana
Cidade: Barra do Piraí
UF: RJ
Nível de Escolaridade: Universitário
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 21
Dúvida/Sugestão: Gostaria de obter informações detalhadas sobre baterias de Lítio e de cloreto de sódio, até 20/04. Desde já agadeço pela atenção.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Fw: Perfil Feira de Ci�ncias, d�vidas e sugest�es.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/04/2002 12:16

Estou de saída para o rancho (e já atrasado!). Deixo diversões para vcs e verei as sugestões na segunda feira. Como sempre, com meus agradecimentos.
As respostas que tenho enviado aos consulentes têm preenchido supimpamente às necessidades deles; vejo isso pelas mensagens-retornos de agradecimento. Vcs participam de parte desse sucesso! Cumprimento-os.

[]'
Léo
=============
-----Mensagem Original-----
De: alisson@vant.com.br
Para: leo@barretos.com.br
Enviada em: sexta-feira, 19 de abril de 2002 11:30
Assunto: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.





E-mail: alisson@vant.com.br
Nome: Alisson Ganzen Rochadel
Cidade: Porto Alegre
UF: Rs
Nível de Escolaridade: Universitário
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: o que é modelagem de um sistema ? o que é campo elétrico ? com se relaciona com carga elétrica ?


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Tecnologia Oca
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/04/2002 16:46

--- Em ciencialist@y..., "sergiotaborda" <sergiotaborda@n...> escreveu
> Se não necessáriamente que outra coisa visa produzir o conhecimento
> cientifico senão conehcimento cientifico ? Uma nova religião ? uma
> nova economia ? uma nova politica ? uma nova gastronomia ?

Pode ser uma nova tecnologia -- o q. pode incluir uma
nova gastronomia (o centro de pesquisa da Helmann's com
certeza nao pensa em coisa muito diferente disso) ou
uma nova economia e ate' uma nova religiao -- depende da
intencao da pessoa.

> > Nao vejo assim: conhecimento sempre e' material. Informacao e'
> > material.
>
> Então o que é que é imaterial ?

Pergunte ao papa.

> > > Eles não querem saber disso para nada.
> >
> > Eis um engano. As pessoas se interessam muito por isso.
>
> Por exemplo...?

Um levantamento na Espanha verificou q. a vendagem dos jornais
aumentava em 10% com a publicacao de suplementos cientificos. As
pessoas sao curiosas -- mesmo em conhecimentos nao exatamente
cientificos: a audiencia dos programas de realidade pode nao
estar interessada em sociologia, mas tampouco em ter algo de
exatamente util.

O Guia dos Curiosos e' um livro q. fez muito sucesso por aqui.
Almanaques de modo geral sao bem aceitos. Nao sao manuais q. as
pessoas compram pensando em aplicar um dia -- ao contrario de
livros de auto-ajuda.

> > Poucos se
> > interessam por ETs com algum fim pratico q. nao a simples
> curiosidade
> > de saber se eles existem, como sao, o que querem.
>
> É o mesmo que se interessam pelo conhecimento cientifico.
> "-ah! é giro. vc sabia que ..."
> E qual é a utilidade ?
> Nenhuma.

Exatamente. Nenhuma utilidade. Ha' interesse por algo sem um
proposito utilitarista.

> > Tecnologia nao e' necessariamente final. Poucas vezes sao
> > consideradas assim.
>
> PQ não é final ?
> Quando se der o proximo passo na descobeerta cientifica a TV que
> tenho vai se converter num forno microondas?
> E o telefone , vai se converter num telescopido de alta resolução?
> E a panela de inox vai se transformar num hidroavião ?

A TV pode nao se converter em forno de microondas, mas mesmo sem
maiores descobertas futuras, a TV so' tem utilidade se ela traz
diversao 'as pessoas, o proposito e' divertir as pessoas -- ou
informar.

Mas a TV esta' se convertendo em um centro multimeios de comunicacao.
Video game, videofone, monitor de internet, central de controle de
equipamentos eletronicos, de seguranca do lar, DVD, jornal, aparelho
de teleconferencia, enciclopedia digital... A convergencia
tecnologica contempla essa parte.

A TV nao tem uma utilidade final na medida em q. ela e' apenas um
instrumento para se alcancar um objetivo. Assim como qq outra
tecnologia: nesse sentido, como vc mesmo diz -- ela e' oca.

Porem aparentemente estamos usando o termo 'final' com sentidos
diferentes.

> E vida das outras pessoas é um instrumento do q /para q ?

Depende de cada um. Para alguns e' o instrumento de Deus para mostrar
o caminho da salvacao, para outros e' um meio de se obter vantagens,
para outros e' algo q. tem valor em si mesmo...

> > Na verdade nao. Por q., como em qq julgamento, partem-se de
> > pressupostos. Um deles -- q. a tecnologia e' util.
>
> E dai ?
> Se o pais X produz mais tecnologia faz dele um pais com mais
> intrumentos uteis. Não faz dele um pais melhor, mais rico, mais
> democrático, mais evoluido, etc.
> Isso implica em fazer bom uso desses instrumentos.

E' um pressuposto. E ha' indices q. verificam a democratizacao da
tecnologia, o seu uso social.

Ha' tbm a questao de correlacao -- paises q. investiram em educacao e
tecnologia, desenvolveram suas economias. Existem nexos causais --
claro com a interferencia de outros fatores: por exemplo, a intencao -
- q. explicam essa correlacao.

> Portanto, medir o grau do que quer que seja pela tecnologia que se
> tem é não só uma estupidez,mas um contra-senso.
> Ha que reparar no uso que se faz dela.

Mas nao ha' uso do q. nao existe. Se eu nao tenho vacina contra
sarampo nao tenho bom ou mal uso da vacina contra sarampo.

O exemplo do abaco -- se a necessidade fosse apenas fazer algumas
operacoes basicas ou raizes de quantidades limitadas, o abaco seria
mesmo a melhor tecnologia -- se fosse o caso de apenas somar numeros
de tres digitos, nao precisariamos nem mesmo de abaco ou de papel.
Mas existem calculos complexos q. nao sao possiveis com o abaco ou q.
demandariam muito tempo.

Q. tem q. se reparar no uso da tecnologia e'verdade (= eu concordo).
Mas nos indicadores tecnologicos existe a suposicao de q. a
tecnologia na media e' utilizada para fins beneficos -- a suposicao
faz certo sentido: as pessoas nao desejam todas mal umas 'as outras,
especialmente para as q. pertencem a mesma sociedade (o q. nao quer
dizer q. as pessoas utilizem a tecnologia para o bem comum por serem
intrinsecamente boazinhas) -- ainda q. esses fins possam se ligar a
outros fins mais particulares (como o lucro, por exemplo). A
suposicao se mantem tbm na medida em q. avanco tecnologico esta'
correlacionado positivamente com parametros sociais: salarios
maiores, baixa taxa de mortalidade, maior expectativa de vida, menor
incidencia geral de doencas e outros.

Qdo as pessoas pensam em parametros tecnologicos estao pensando nisso
possivelmente. (Outras poderao dar valor 'a propria tecnologia em
todo caso.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/04/2002 17:02

Sinto-me fazendo o trabalho de casa de outrem , mas pornto... ;-)

>Dúvida/Sugestão: o que é modelagem de um sistema ?

Eu não sei se o termo "modelagem" corresponde com o q vou dizer.

Um sistema pode ser modelado sem saber o que ele é, ou que contém.
As teorias de modelação apenas precisam saber o resultado que o sistema gera
para diferentes dados inseridos
Básicamente é uma prespectiva matemática que nos permite saber muito do
sistema, sem saber concretamente o que o sistema é.Podemso prever o proximo
estado do sistema sabendo o estado anterior.
Os conceitos essenciais aqui são o de <caixa negra> , <filtro> e <função de
transferencia>
A matemática usada por ser simples ou complicada, dependendo do modelo
usado. (AR, MA, ARMA , Kalman , etc.)

> o que é campo elétrico ? com se relaciona com carga elétrica ?

O campo electrico é a alteração das propriedades dos espaço às quais apenas
as cargas electricas são sensiveis e que apenas as cargas electricas podem
causar.

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: James Randi e STR no Fantástico da Globo - 21/04/2002
FROM: "Sociedade da Terra Redonda" <strbrasil@hotmail.com>
TO: Lista@strbrasil.com.br
CC: Lasir@yahoogroups.com, ateus-br@yahoogroups.com, ceticismoaberto@yahoogroups.com, CienciaCidadania@yahoogroups.com, ciencialist@yahoogrupos.com.br, despertar@yahoogroups.com, lidearc@yahoogroups.com, pensamento@yahoogroups.com, sbcr@yahoogroups.com, secularismo@yahoogroups.com
DATE: 20/04/2002 02:11

Prezados,

O programa Fantástico ( http://www.globo.com/fantastico ) da Rede Globo
está exibindo uma série de matérias sobre o desafio do cético James Randi
aos ditos paranormais. Leo Vines, presidente da Sociedade da Terra Redonda,
participou esta semana das gravações do teste com o sujeito que no domingo
passado disse poder revitalizar flores murchas (
http://redeglobo.globo.com/cgi-bin/fantastico/mont_materia.pl?controle=1612
). A matéria completa, com a participação da STR, será exibida no próximo
domingo (21/04/2002), no início do Fantástico.

Logo após a exibição da matéria, publicaremos um texto relatando o que
ocorreu durante o teste e a relação entre James Randi, o cético que oferece
um milhão de dólares para quem provar ser paranormal, e a STR. Leo Vines foi
entrevistado pelo Fantástico e a entrevista também será exibida neste mesmo
programa. O formulário de cadastro para participar do desafio de James Randi
será traduzido e publicado na STR. Mais informações em
http://www.strbrasil.com.br/principal.htm#Randi .

Atenciosamente,
Equipe da Sociedade da Terra Redonda
Equipe@strbrasil.com.br
http://www.strbrasil.com.br
"Porque concluir é melhor que acreditar."

Veja também:

Um Relato Completo: Sete Dias na Casa de Thomaz Green Morton
http://redeglobo.globo.com/cgi-bin/fantastico/mont_materia.pl?controle=1623

Farsas do Além
http://redeglobo.globo.com/cgi-bin/fantastico/mont_materia.pl?controle=1561
http://redeglobo.globo.com/cgi-bin/fantastico/mont_materia.pl?controle=1514

---

Esta mensagem foi enviada pois você se registrou como Membro (
http://www.strbrasil.com.br/Membros ) da Sociedade da Terra Redonda ou faz
parte das principais listas de ateísmo, ceticismo e ciência na língua
portuguesa. Pedimos desculpas aos cadastrados em mais de uma lista pelas
mensagens duplicadas.

_________________________________________________________________
Envie e receba emails com o Hotmail no seu dispositivo móvel:
http://mobile.msn.com



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Simpsons no Brasil
FROM: Fernando Sérgio <fequilao@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/04/2002 12:40

Boas...
Por favor. Perdi o começo da história, mas como sou fã incondicional dos
Simpsons gostaria de pegar o fio da meada. Desculpe minha mancada.
Abraços a todos.
Fernando.

-----Mensagem original-----
De: evoluindo [mailto:rcordeiro@writeme.com]
Enviada em: Quarta-feira, 17 de Abril de 2002 15:09
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Re: Simpsons no Brasil


Fico imaginando se não tiveram a ajuda de algum brasileiro para fazer
o episódio. Embora existam vários erros no desenho, coisas que nada
têm a ver com o Brasil (música caribenha, bancas de camelô com
telhados), fico imaginando de onde eles tirariam a idéia de colocar
um autêntico camburão Chevrolet Veraneio na porta da delegacia.

[]s
Ronaldo


--- Em ciencialist@y..., "Jose Colucci Jr." <j.colucci@r...> escreveu
> Vi o episódio todo e fiquei ainda mais estupefato com a reação
> despropositada da Riotur. O desenho é quase simpático ao Brasil, ou
é
> igualmente crítico aos EUA. O contraste entre os programas infantis
dos
> dois países, por exemplo -- mostrando a violência gratuita nos EUA
e a
> exploração do sexo no Brasil. Ou a camiseta que serve para o salva-
vidas
> carioca identificar Homer Simpson como turista, mostrando o Tio Sam
> enfiando as garras no globo terrestre.
>
> O que o presidente da Riotur, José Eduardo Guinle, conseguiu foi
chamar
> a atenção da imprensa mundial para os problemas da cidade, da pior
> maneira possível. Incompetência desse nível tinha que ser punida.
>
> Só para quem tem acesso rápido:
>
> Episódio dos Simpsons no Rio de Janeiro.
> http://www.acc22.attcanada.net/episodes/sim1315.rm


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SUBJECT: Re: Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/04/2002 13:53

--- Em ciencialist@y..., Sérgio Taborda <sergiotaborda@n...> escreveu
> O campo electrico é a alteração das propriedades dos espaço às
> quais apenas as cargas electricas são sensiveis e que apenas as
> cargas electricas podem causar.

Magnetos em movimento não podem tbm?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] En: Faz Parte!
FROM: "Silvio Cordeiro" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
CC: "beth" <bebeth_a@terra.com.br>
DATE: 20/04/2002 16:14

Prezado Dr. Marco Aurélio:

Usuário de fluoxetina e lexotan, apreciei por demais seus esclarecimentos sobre a
depressão. Uma prova da veracidade de seus argumentos é que se eu tivesse
inteligência seria político e se tivesse sensibilidade tentaria participar de um
realitixou da rede grobo.

O texto é perfeito e tomarei a liberdade de usá-lo como subsídio para orientação dos
meus consulentes: sou astrólogo juramentado.

sds.,

silvio
In Darwin I trust.++


"Para melhorar a qualidade de vida, melhore a qualidade de seus pensamentos"


+ Original Message -----
From: "Marco Aurelio" <clave@speedy.com.ar>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, April 19, 2002 12:57 AM
Subject: Re: [ciencialist] En: Faz Parte!




SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: "Silvio Cordeiro" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/04/2002 17:00

JEFFERSON:

É uma simples questão de lado. As serras, no lado superior, sao retinhas. apenas, na
parte de baixo, são denteadas. É uma questão de praticidade.

Deus o tenha.,+
+
silvio.
----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
To: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, April 19, 2002 10:24 AM
Subject: [ciencialist] Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.


he he he divirtam-se.
[]'
Léo
============
-----Mensagem Original-----
De: jeffertu@ig.com.br
Para: leo@barretos.com.br
Enviada em: quinta-feira, 18 de abril de 2002 20:12
Assunto: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.





E-mail: jeffertu@ig.com.br
Nome: Jefferson
Cidade: Marília
UF: SP
Nível de Escolaridade: Médio
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: por que as serras são constituidas de muitas curvas e não apenas de
uma única reta? se você sobe uma escada uma escada depressa acaba se cansando mais do
que se tivesse feito esse trabalho normalmente. isso acontece porque?






SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/04/2002 23:31

>> O campo electrico é a alteração das propriedades dos espaço às
>> quais apenas as cargas electricas são sensiveis e que apenas as
>> cargas electricas podem causar.

>Magnetos em movimento não podem tbm?

Não existem cargas magnéticas.
"Magnetos" são objectos macroscopicos com certas propriedades.
Mas essas propriedades advém de cargas electricas.
Donde , o campo electrico produzido por magnetos em movimento tem origem em
cargas electricas.

O campo magnético é criado por cargas em movimento

B= v /\ E

( O campo magnético é o produto externo da velocidade pelo campo electrico)

Ou, como explica a relatividade, o campo magnético é apenas outra forma de
observar o campo electrico que depende apenas da velocidade relativa do
observador.





SUBJECT: Paquimetro ... especial para Jo�o do Nonio
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/04/2002 19:17


-----Mensagem Original-----
De: ivanesantos@ig.com.br
Para: leo@barretos.com.br
Enviada em: sábado, 20 de abril de 2002 09:35
Assunto: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.





E-mail: ivanesantos@ig.com.br
Nome: Ivane Santos
Cidade: Guarulhos
UF: SP
Nível de Escolaridade: Universitário
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: Por favor gostaria de saber tudo sobre paquimetro, e eu não consigo achar, se possível me indique um site. Obrigada


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Pilhas de litio e agua do mar
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/04/2002 19:19


-----Mensagem Original-----
De: nigas@zipmail.com.br
Para: leo@barretos.com.br
Enviada em: sábado, 20 de abril de 2002 14:44
Assunto: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.





E-mail: nigas@zipmail.com.br
Nome: Luiz Henrique Curado Ribeiro
Cidade: niterói
UF: RJ
Nível de Escolaridade: Universitário
Profissão: Monitor
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: eu queria se fosse possível, algumas imformações sobre as pilhas de lítio e de água do mar, por favor, eu preciso dessas imformações até segunda-feira, desculpe a anciedade, mas é caso de reprovaçÃo, muito obrgado pela atenção de vocês e espero não estar encomodando, um abraço, luiz henrique curado ribeiro estudante de engenharia metalúrgica(uff)


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Vamos ajudar, isso parece legal!
FROM: "procopionz" <procopio@dow.fisica.ufsc.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/04/2002 19:27

Olá!
Nos estamos na 4a. série do Centro Educacional Reino Azul, em São
José, SC, Brasil.
Nossa professora, Sueli Esperança, está nos ajudando com um
interessante projeto. Decidimos pesquisar até que lugares do mundo
este nosso e-mail chegará entre 15 de abril e 15 de junho de 2002. A
sua cooperação será inestimavel.

Ao receber essa mensagem, nós lhe pedimos que:
1) nos responda para reinoazul@intergate.com.br mencionando sua
localização:
cidade, estado, país,que será colocada em um mapa-mundi na nossa
classe.


2) Copie e cole os dados deste mail em um novo e envie por favor a
todas as pessoas que você conhece. Isto nos ajudará a atingir o maior
numero de pessoas possivel. Depois de recebermos as mensagens, nós
faremos um gráfico com o número de respostas recebidas, catalogadas
por estado e país. E lhes enviaremos esse resultado. Com a sua ajuda,
este projeto será para nós uma inesquecivel experiência.

Agradecemos com um grande abraço
Sueli Esperança e Classe da 4a. série
Centro Educacional Reino Azul
São José , Santa Catarina, Brasil




SUBJECT: Alinhamento dos planetas
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/04/2002 22:18

O professor de ciências da minha filha de 11 anos pediu que as crianças
mantivessem um diário de observações sobre o céu noturno de 15 de abril
a 15 de maio, e anotassem as posições dos planetas e da Lua.

Não sei se os que moram em cidades grandes conseguirão ver aí no Brasil,
tanto pela claridade como pelo medo de assalto, mas quem puder ir a um
local escuro não deve perder a oportunidade. Ver tantos planetas tão
perto uns dos outros ao mesmo tempo é um espetáculo muito bonito. Melhor
ainda se tiverem um telescópio.

Mesmo com o pequeno refrator Meade de 90mm da minha filha, já pudemos
observar 4 das luas de Júpiter, uma das luas de Saturno (além dos anéis,
é claro), Marte, Mercúrio e Venus. Ela já está me dando aula de
astronomia, pois consegue localizar as constelações melhor do que eu.

Um abraço,
Colucci




SUBJECT: Fw: Vida Artificial
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/04/2002 05:26

Esse tema já foi abordado por aqui. Quem se habilita a ajudar a Daniela?
[]'
Léo
===========
-----Mensagem Original-----
De: Daniela Sotta
Para: leo@barretos.com.br
Enviada em: sexta-feira, 19 de abril de 2002 15:36
Assunto: Vida Artificial




Boa tarde Prof. Luiz



Faço o curso de Ciências da Computação na Faculdade de Engenharia de Joinville-FEJ. Tenha a disciplina de Inteligência Artificial e preciso fazer um trabalho sobre um dos tópicos abaixo da área de Vida Artificial. Pediria sua colaboração em enviar (danidoff_sotta@hotmail.com ou daniela.sotta@perinibrasil.com.br ) qualquer material sobre qualquer tópico, se tiver.



Agradeço sua colaboração.

Bom final de semana.



Daniela Doff Sotta

Boa tarde Prof. Luiz



Desculpe ! No e-mail enviado anteriormente esqueci de relacionar os tópicos.

São eles :

- Autônomos Celulares

- Flying in Boids

- Aprendizagem sob a visão da Vida Artificial

- Chãos

- Sistemas classificadores



Mais uma vez, obrigada.





Daniela Doff Sotta

danidoff_sotta@hotmail.com

daniela.sotta@perinibrasil.com.br





[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.
FROM: "Rui Gomes T. de Almeida" <rui.almeida@poli.usp.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/04/2002 07:29

Modelagem é uma ideia mais geral que simplesmente a modelagem matemática, há
em engenharia modelos fisicos (ou seja, podemos construir modelos fisicos,
em escala, de uma estrutura de ponte, por exemplo, e testa-la para saber a
resposta a uma determinada força) .
Modelagem é a representação simplificada de um problema real e complexo em
algo(fisico, matematico,etc) que pode ser mais facilmente avaliado e do qual
podemos tirar algum grau de conhecimento sobre o seu comportamento (prever)
do sistema real estudado.



----- Original Message -----
From: "Sérgio Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, April 19, 2002 5:02 PM
Subject: Re: [ciencialist] Fw: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e
sugestões.


> Sinto-me fazendo o trabalho de casa de outrem , mas pornto... ;-)
>
> >Dúvida/Sugestão: o que é modelagem de um sistema ?
>
> Eu não sei se o termo "modelagem" corresponde com o q vou dizer.
>
> Um sistema pode ser modelado sem saber o que ele é, ou que contém.
> As teorias de modelação apenas precisam saber o resultado que o sistema
gera
> para diferentes dados inseridos
> Básicamente é uma prespectiva matemática que nos permite saber muito do
> sistema, sem saber concretamente o que o sistema é.Podemso prever o
proximo
> estado do sistema sabendo o estado anterior.
> Os conceitos essenciais aqui são o de <caixa negra> , <filtro> e <função
de
> transferencia>
> A matemática usada por ser simples ou complicada, dependendo do modelo
> usado. (AR, MA, ARMA , Kalman , etc.)
>
> > o que é campo elétrico ? com se relaciona com carga elétrica ?
>
> O campo electrico é a alteração das propriedades dos espaço às quais
apenas
> as cargas electricas são sensiveis e que apenas as cargas electricas podem
> causar.
>
> []
>
> Sérgio Taborda
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Vida Artificial
FROM: "Rui Gomes T. de Almeida" <rui.almeida@poli.usp.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/04/2002 07:46

Bom dia Daniela .

Eu utilizo redes neurais artificiais como reconhecedores de padrão na área
de manutenção preditiva (que é a identificação de um defeito em uma máquina
atraves da analise do sinal de vibração ) no entanto não conheço a fundo o
assunto .
Tenho um amigo, Dr em filosofia , que estuda a fundo este assunto (
especialmente na área de cognição e robótica). Ele eventualmente me manda
alguns artigos interessantes sobre o tema e depois nos encontramos para
discuti-los .
Se você se interessar pelo último destes artigos (Coevolving Predator and
Prey
Robots: Do "Arms Races" Arise
in Artificial Evolution?)
ou alguma outra informação que eu possa fornecer por favor me mande um
e-mail.

Rui
rui.almeida@poli.usp.br



Coevolving Predator and Prey
Robots: Do "Arms Races" Arise
in Artificial Evolution?
Stefano Nolfi
Institute of Psychology
National Research Council


----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
To: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, April 22, 2002 5:26 AM
Subject: [ciencialist] Fw: Vida Artificial


Esse tema já foi abordado por aqui. Quem se habilita a ajudar a Daniela?
[]'
Léo
===========
-----Mensagem Original-----
De: Daniela Sotta
Para: leo@barretos.com.br
Enviada em: sexta-feira, 19 de abril de 2002 15:36
Assunto: Vida Artificial




Boa tarde Prof. Luiz



Faço o curso de Ciências da Computação na Faculdade de Engenharia de
Joinville-FEJ. Tenha a disciplina de Inteligência Artificial e preciso fazer
um trabalho sobre um dos tópicos abaixo da área de Vida Artificial. Pediria
sua colaboração em enviar (danidoff_sotta@hotmail.com ou
daniela.sotta@perinibrasil.com.br ) qualquer material sobre qualquer tópico,
se tiver.



Agradeço sua colaboração.

Bom final de semana.



Daniela Doff Sotta

Boa tarde Prof. Luiz



Desculpe ! No e-mail enviado anteriormente esqueci de relacionar os tópicos.

São eles :

- Autônomos Celulares

- Flying in Boids

- Aprendizagem sob a visão da Vida Artificial

- Chãos

- Sistemas classificadores



Mais uma vez, obrigada.





Daniela Doff Sotta

danidoff_sotta@hotmail.com

daniela.sotta@perinibrasil.com.br





[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


&&& --- &&&
VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
http://www.ciencialist.hpg.com.br
Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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http://br.yahoo.com/info/utos.html





SUBJECT: Re: Fw: Vida Artificial
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/04/2002 08:28

Tem um grupo de discussao:

inforum.insite.com.br/alife

tem algum material de apoio: glossario, links, arquivo para baixar,
um faq ainda em desenvolvimento...

(O grupo esta' beeeeem parado.)

[]s,

Roberto Takata

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> escreveu
> Esse tema já foi abordado por aqui. Quem se habilita a ajudar a
Daniela?
> []'
> Léo
> ===========
> -----Mensagem Original-----
> De: Daniela Sotta
> Para: leo@b...
> Enviada em: sexta-feira, 19 de abril de 2002 15:36
> Assunto: Vida Artificial
>
>
>
>
> Boa tarde Prof. Luiz
>
>
>
> Faço o curso de Ciências da Computação na Faculdade de Engenharia
de Joinville-FEJ. Tenha a disciplina de Inteligência Artificial e
preciso fazer um trabalho sobre um dos tópicos abaixo da área de Vida
Artificial. Pediria sua colaboração em enviar (danidoff_sotta@h... ou
daniela.sotta@p... ) qualquer material sobre qualquer tópico, se
tiver.
>
>
>
> Agradeço sua colaboração.
>
> Bom final de semana.
>
>
>
> Daniela Doff Sotta
>
> Boa tarde Prof. Luiz
>
>
>
> Desculpe ! No e-mail enviado anteriormente esqueci de relacionar os
tópicos.
>
> São eles :
>
> - Autônomos Celulares
>
> - Flying in Boids
>
> - Aprendizagem sob a visão da Vida Artificial
>
> - Chãos
>
> - Sistemas classificadores
>
>
>
> Mais uma vez, obrigada.
>
>
>
>
>
> Daniela Doff Sotta
>
> danidoff_sotta@h...
>
> daniela.sotta@p...
>
>
>
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Simpsons no Brasil
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/04/2002 09:58

--- Em ciencialist@y..., Fernando Sérgio <fequilao@u...> escreveu
> Simpsons gostaria de pegar o fio da meada. Desculpe minha mancada.

Vai no historico da lista e digite "simpsons" para procurar.

Comecou em:

http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/14086

Mas pra vermos as prioridades diplomaticas do país:

Lafer insiste que Brasil não quer choque com EUA
http://www.estado.estadao.com.br/editorias//2002/04/21/int016.html

-----------------
EUA trocam dinheiro por votos na Opaq
http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2002/04/22/int014.html

Pedido de afastamento tem única acusação
http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2002/04/22/int015.html

Brasil tenta defender Bustani
http://oglobo.globo.com/Mundo/18619881.htm
(A defesa do Brasil sera' Roque Junior, Lúcio e Ânderson Polga)

Itamaraty quita dívida com Opaq
http://www.jb.com.br/jb/papel/internacional/2002/04/21/jorint200204210
05.html

Reunião decide controvérsia entre EUA e brasileiro
http://www.uol.com.br/folha/mundo/ult94u40342.shl

World Arms Control Boss Defies U.S. Bid to Oust Him
http://www.nytimes.com/reuters/news/news-arms-chemical.html

US Tries Ousting Chemical Panel Head
http://www.nytimes.com/aponline/international/AP-Chemical-Weapons.html

Chemical Arms Treaty
http://www.nytimes.com/2002/04/16/opinion/L16CHEM.html

The Failing Inspector
http://www.nytimes.com/2002/04/08/opinion/08SMIT.html

Brasil ganha pontos na crise venezuelana
http://oglobo.globo.com/Mundo/18613924.htm

-------
[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Vida Artificial
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "Daniela Sotta" <daniela.sotta@perinibrasil.com.br>
CC: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/04/2002 12:22

Olá Daniela,

enviei sua solicitação aos amigos do Ciencialist, uma lista de discussão sobre Ciência do YahooGroups (ciencialist@yahoogrupos.com.br).
De imediato recebi a colaboração do ciencialisteiro Rui Gomes T. de Almeida, a qual transcrevo abaixo:

===========================================================
Bom dia Daniela .

Eu utilizo redes neurais artificiais como reconhecedores de padrão na área
de manutenção preditiva (que é a identificação de um defeito em uma máquina
através da analise do sinal de vibração ) no entanto não conheço a fundo o
assunto .
Tenho um amigo, Dr em filosofia , que estuda a fundo este assunto (
especialmente na área de cognição e robótica). Ele eventualmente me manda
alguns artigos interessantes sobre o tema e depois nos encontramos para
discuti-los .
Se você se interessar pelo último destes artigos (Coevolving Predator and
Prey
Robots: Do "Arms Races" Arise
in Artificial Evolution?)
ou alguma outra informação que eu possa fornecer por favor me mande um
e-mail.

Rui
rui.almeida@poli.usp.br
===========================================================

Estimo sua confiança depositada no site Feira de Ciências, visite-nos sempre.

Cordialmente,

Léo
===========




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Ceticismo e racionalismo científico na TV
FROM: "Sociedade da Terra Redonda" <strbrasil@hotmail.com>
TO: Lista@strbrasil.com.br
CC: Lasir@yahoogroups.com, ateus-br@yahoogroups.com, ceticismoaberto@yahoogroups.com, CienciaCidadania@yahoogroups.com, ciencialist@yahoogrupos.com.br, despertar@yahoogroups.com, lidearc@yahoogroups.com, pensamento@yahoogroups.com, sbcr@yahoogroups.com, secularismo@yahoogroups.com
DATE: 22/04/2002 22:58

Prezados,

Um dos produtores do Fantástico da TV Globo, que está em contato comigo
sobre o desafio do James Randi, pediu que eu enviasse uma lista de séries e
documentários sobre ceticismo. Ele pretende passar as melhores no
Fantástico, de forma parecida com a qual eles passaram a série Caminhando
com Dinossauros da BBC e a atual Planeta Azul. Eu conheço algumas, como a
célebre Cosmos de Carl Sagan e a Nova da PBS. Quem conhecer outras, por
favor, envie-me para o e-mail Vines@strbrasil.com.br . Há muito tempo vemos
só ignorantismo e crendice na tv pública, vagarosamente começamos a ver um
pouquinho de luz.

Abraços,
Leo Vines, Presidente
Vines@strbrasil.com.br
Sociedade da Terra Redonda
http://www.strbrasil.com.br
"Porque concluir é melhor que acreditar."

_________________________________________________________________
Una-se ao maior serviço de email do mundo: o MSN Hotmail.
http://www.hotmail.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Newton na Casa da Moeda
FROM: "Eduardo Torres" <eftf@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/04/2002 00:42

No Brasil de hoje, Diretor da Casa da Moeda.

Abs,
Eduardo Torres


----- Original Message -----
From: "Terezinha Costa" <terezinhac@bridge.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, April 23, 2002 3:18 PM
Subject: [ciencialist] Newton na Casa da Moeda


Isaac Newton was Warden and later Master of the Mint from 1695 to his death.
Alguém saberia me dizer como se chamam em português esses cargos que Newton
ocupou, de 1695 até morrer?

Obrigada

Terezinha





Terezinha Costa
Jornalista
Tel. e fax: (21) 2242-0478
e-mail: terezinhac@bridge.com.br



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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SUBJECT: Re: En: Faz Parte
FROM: "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/04/2002 04:00

O Arnaldo Jabor falou no programa Manhattan Connection (GNT) que
nao escreveu este texto.

Ateh
Luis Brudna
http://www.ciencet.hpg.com.br

--- Em ciencialist@y..., "Carol" <carolsturari@u...> escreveu
> Arnaldo Jabor comenta sobre Kléber BamBam e a personalidade dos
novos
> ídolos de barro
> [ ]'s
> Carol
>
> > FAZ PARTE!!
> > (Arnaldo Jabor)
> >
> > Triste país este em que pessoas como Kleber viram ídolos. Sem ter
> > feito nada de bom, apenas por que fracassaram na tentativa do mal,
> > são julgados inocentes.
> > Apenas por cometerem incontáveis erros de português, são julgados
> > puros.
(ler o resto no link
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/14087 )



SUBJECT: [RN] O povo burro e os padres pedófilos
FROM: "monge_ateu" <monge_ateu@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/04/2002 05:17

O povo burro e os padres pedófilos

A 40ª Assembléia-Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB), realizada semana passada em Itaici, terminou, e não podia ser
diferente, com uma declaração bombástica sobre política e outra,
cautelosíssima, sobre os pecados do clero, ambas da lavra de seu
presidente, dom Jayme Chemello. À guisa de apelo ao voto consciente, ele
construiu o seguinte raciocínio: "O povo deve olhar como vota. É preciso
que o povo se dê conta de que ele já foi enganado e de que ele vai ser
enganado de novo. Eu peço um voto consciente, que ele não brinque,
porque depois ele vai pagar quatro anos, vai amargar." Mas sobre padres
pedófilos Sua Reverendíssima foi muito menos assertivo: "Queremos que a
verdade apareça. Vamos ajudar os padres acusados, para que tenham sua
defesa assegurada. Se houver crime, eles devem ser punidos, como todo
cidadão." Ou seja: o povo é burro e quanto à pedofilia dos padres é
melhor lavar as mãos, feito Pilatos.

Impressiona a desfaçatez com que a cúpula da hierarquia católica se
imiscui, sem a menor cerimônia, no joguinho rasteiro da política,
desconsiderando a natureza laica do Estado brasileiro, adotada desde os
estertores do Segundo Império, após a polêmica questão religiosa.
Durante a ditadura militar, a intromissão dos bispos católicos em
querelas políticas era considerada politicamente correta, porque a
autoridade moral do báculo serviu para deter, algumas vezes, o exercício
intolerável do arbítrio pela autoridade militar, constituída de forma
ilegítima, ao arrepio da vontade popular, que não era, então,
consultada.

Com a volta à democracia, os militantes dos partidos de esquerda que
estavam na clandestinidade e mesmo os que contestavam a democracia
burguesa com armas na mão passaram a militar em legendas legais: PT, PPS
(ex-PCB), PCdoB, PSTU e mais uma miríade de siglas, quase tão numerosas
quanto o são os grãos da areia do deserto de idéias que elas
representam. Nessas condições, a interferência eclesiástica na política
partidária deixou de ter a natureza revolucionária original, inspirada
nos princípios da tal Teologia da Libertação, na qual os textos de Marx
e Engels passaram a ser quase tão canônicos quanto os Evangelhos. E se
misturou com a politicagem rasteira e vulgar, natural num país de
instituições por construir, como o é o nosso.

Quem achar que há exagero nessas palavras que puxe pela memória e
recorde a condenação dura e invejosa da CNBB à aliança de seu
presidenciável preferencial, Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, com o PL
da turma do "Evangelho de resultados" da Igreja Universal do Reino de
Deus, do bispo (portanto, competidor) Edir Macedo.

Há, ainda assim, uma enorme distância entre participar da futrica de
comadres da prática eleiçoeira e se manifestar com desrespeitoso
desprezo em relação à capacidade do povo brasileiro de decidir seu
próprio destino, sem ser "enganado", como o fez - e sem dar nome aos
bois - o presidente da CNBB.

Por ter dito há muito tempo que "o povo brasileiro não sabe votar", um
brasileiro a quem o País deve muito mais do que a esse bispo, o atleta
do século, Pelé, tem sido obrigado a chutar desculpas esfarrapadas, que
a estas alturas já são mais numerosas até do que os mil e tantos gols
que marcou. De senhor bispo, porém, quem cobrará? Quem ousará enfrentar
a excomunhão, a Santa Inquisição disfarçada em patrulha ideológica, para
denunciar a natureza excludente, elitista e desrespeitosa do
pronunciamento de Sua Reverendíssima? A quem caberá cobrar dele o mínimo
de respeito que o "povo de Deus" merece de alguém cuja noção de respeito
parece limitar-se ao anel episcopal ostentado no dedo em riste?

Seria bom que surgisse na cena política brasileira uma voz com
autoridade suficiente para execrar o farisaísmo do episcopado que, de
tanto viver tentando atear fogo nos rabos de palha que fica a pespegar
nos demônios que inventa, se esquece de olhar os que ele mesmo ostenta.
Mas a coragem não tem sido uma virtude muito rotineira na política
brasileira. E nem mesmo os políticos acusados de enganar o povo nos
sermões moralistas desses pregadores de dogmas da fé revolucionária
alçam suas cabeças para cobrar da hierarquia católica rigor com seus
sacerdotes acusados de corromper a juventude, e protegidos pela sotaina
e pelo espírito de corpo, no mínimo semelhante ao usado nos autos de fé
a que os príncipes da Igreja submetem leigos.

A suposição de que o povo é idiota e se deixa enganar com facilidade
pelos políticos é gêmea univitelina da escandalosa proteção que os
bispos católicos tentam dar a seus padres pedófilos com essa conversa
mole de ampla defesa e "tratem de puni-los e nós os apoiaremos". Que
depois não venham se queixar por continuarem perdendo fiéis para os
súditos do dízimo.

José Nêumanne

http://www.jt.estadao.com.br/editorias/02/04/23/artigos002.html
--
Monge Ateu




SUBJECT: Re: En: Faz Parte
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/04/2002 09:59

--- Em ciencialist@y..., "brudna" <lrb@i...> escreveu
> O Arnaldo Jabor falou no programa Manhattan Connection (GNT) que
> nao escreveu este texto.

"E agora tem os e-chatos na Internet que, aliás, botaram na rede
artigos boçais e maniqueístas, que eu nunca escrevi, assinados com
meu nome. Já puseram um em que "eu" esculhambava a Adriane Galisteu.
E agora tem outro rolando chamado Faz Parte, em que o falso "eu"
humilha aquele rapaz que ganhou o Big Brother. Além de e-chatos,
esses são canalhas e burros."
http://www.estado.com.br/colunistas/jabor.html

(Vale lembrar q. o artigo sobre a Galisteu era de autoria de Fritz
Utzeri entao no JB - nao sei se ele ainda trabalha la'. E ja' havia
dado o maior pau com a critica do Jabor ao texto a ele atribuido. E'
possivel q. o "Faz Parte" nao seja um texto apocrifo.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Newton na Casa da Moeda
FROM: "Terezinha Costa" <terezinhac@bridge.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/04/2002 15:18

Isaac Newton was Warden and later Master of the Mint from 1695 to his death. Alguém saberia me dizer como se chamam em português esses cargos que Newton ocupou, de 1695 até morrer?

Obrigada

Terezinha





Terezinha Costa
Jornalista
Tel. e fax: (21) 2242-0478
e-mail: terezinhac@bridge.com.br



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Paquimetro ... especial para Ivane Santos
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/04/2002 09:03

He he he ... coitada da Ivone.

Mas, Sílvio, aproveitando sua mensagem, responda o seguinte:

Por que paquímetro e não pacômetro?
Por que cronômetro e não cronímetro?
Por que amperômetro e não amperímetro?
Por que voltômetro e não voltímetro?
Por que hodômetro e não hodímetro?
Por que dinamômetro e não dinamímetro?
Por que dosímetro e não dosômetro?
Por que sonômetro e não sonímetro?
Por que esferômetro e não esferímetro?
Por que tacômetro e não taquímetro?

Ao fim e ao cabo, por que uns terminam (corretamente ou não) em 'ímetro' e outros em 'ômetro'?

[]'
Léo
===========

-----Mensagem Original-----
De: "Silvio Cordeiro" <scf@escelsa.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 24 de abril de 2002 19:06
Assunto: Re: [ciencialist] Paquimetro ... especial para Ivane Santos


| Ivane:
|
| Vs. obterá muitas informações no site do IBAMA onde esse curioso instrumento que os
| fiscais usam para medir pacas selvagens é mostrado em prosa e verso.
|
| Na Barsa também tem. fica pertinho do Paquistão.
|
| silvio, o ecólogo.
|
|
|
| E-mail: ivanesantos@ig.com.br
| Nome: Ivane Santos
| Cidade: Guarulhos
| UF: SP
| Nível de Escolaridade: Universitário
| Profissão: Estudante
| Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
| Dúvida/Sugestão: Por favor gostaria de saber tudo sobre paquimetro, e eu não consigo
| achar, se possível me indique um site. Obrigada
|
|
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SUBJECT: RES: [ciencialist] Paquimetro ... especial para Ivane Santos
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/04/2002 09:38

> De: Luiz Ferraz Netto [mailto:leo@barretos.com.br]
>
> Por que paquímetro e não pacômetro?
>
> Ao fim e ao cabo, por que uns terminam (corretamente ou não)
> em 'ímetro' e outros em 'ômetro'?

Por que "eu fiz" e não "eu fazi"?

Sou a favor de uma reforma radical na gramática da língua
portuguesa (alías de qualquer língua). Adotaríamos
regras derivadas da lingüística (esta sim, uma ciência)
para a gramática, tendo como uma das conseqüências
a exclusão dos verbos irregulares. Assim todos os
verbos seriam regulares, ou seja, todos dentro da mesma
regra. Estes verbos irregulares pentelhos só existem
por razões históricas e eruditismo de gramáticos gagás.

Lembro de uma pseudo-professora que humilhou um coleguinha
da primeira série do primário (hoje conhecido pelo pomposo
nome de "ensino fundamental"), pois o menino, fazendo
bom uso de sua capacidade de associação lógica, conjugou um
verbo irregular qualquer (nem lembro qual) segundo
as regras dos verbos regulares. O garoto foi punido
por usar corretamente o raciocínio lógico. Um professor
com uma pré-formação em lingüistica teria elogiado
a iniciativa e logo em seguida explicado que, infelizmente,
nem todos os verbos seguem a mesma regra.

Abraços,

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Sufixo dos instrumentos de medida
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/04/2002 10:11

Oi Medeiros,

sou completamente a favor dessa reforma na língua pátria. Infelizmente, quando isso esporadicamente é feito, fica a cargo dos (beócios) 'Imortais' e não de um logísta(?).
Ah!, os 'Imortais' fazem parte daquele 1% do povo brasileiro que sabe cantar de cabo a rabo o nosso 'super-real e idealizado' Hino Nacional (sim, é aquele que fala da Elvira do Ipiranga, aquele dos lábaros estrelados, aquele do raio vívido ... lembrou?).

Mas, quanto às perguntas que fiz, sua resposta falhou. A nomenclatura correta é regida pelo Sistema Internacional de Unidades:

"todos os aparelhos de medição DIRETA têm sufixo em 'ímetro' e os de medição INDIRETA têm sufixo em 'ômetro'."

Paquímetro compara diretamente distâncias, é aparelho de medição direta, termina em 'ímetro'; cronômetro, voltômetro, amperômetro etc. são aparelhos de medição indireta (medem alguma propriedade associada à grandeza sob medição) e, portanto, terminam em 'ômetro'.

[]'
Léo
================
-----Mensagem Original-----
De: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 24 de abril de 2002 09:38
Assunto: RES: [ciencialist] Paquimetro ... especial para Ivane Santos


> De: Luiz Ferraz Netto [mailto:leo@barretos.com.br]
>
> Por que paquímetro e não pacômetro?
>
> Ao fim e ao cabo, por que uns terminam (corretamente ou não)
> em 'ímetro' e outros em 'ômetro'?

Por que "eu fiz" e não "eu fazi"?

Sou a favor de uma reforma radical na gramática da língua
portuguesa (alías de qualquer língua). Adotaríamos
regras derivadas da lingüística (esta sim, uma ciência)
para a gramática, tendo como uma das conseqüências
a exclusão dos verbos irregulares. Assim todos os
verbos seriam regulares, ou seja, todos dentro da mesma
regra. Estes verbos irregulares pentelhos só existem
por razões históricas e eruditismo de gramáticos gagás.

Lembro de uma pseudo-professora que humilhou um coleguinha
da primeira série do primário (hoje conhecido pelo pomposo
nome de "ensino fundamental"), pois o menino, fazendo
bom uso de sua capacidade de associação lógica, conjugou um
verbo irregular qualquer (nem lembro qual) segundo
as regras dos verbos regulares. O garoto foi punido
por usar corretamente o raciocínio lógico. Um professor
com uma pré-formação em lingüistica teria elogiado
a iniciativa e logo em seguida explicado que, infelizmente,
nem todos os verbos seguem a mesma regra.

Abraços,

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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SUBJECT: Re: Paquimetro ... especial para Ivane Santos
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2002 10:31


> Por que cronômetro e não cronímetro?

cronos + metro = crono-metro, cronometro , mantêm o 'o'

> Por que amperômetro e não amperímetro?

ampere + metro = amperi + metro = amperímetro e->i

> Por que voltômetro e não voltímetro?

volta + metro = voltí-metro a->i

> Por que dinamômetro e não dinamímetro?

dinamo + metro = dinamometro , mantêm o 'o'

> Por que dosímetro e não dosômetro?

dose + metro = dosímetro e->i

> Por que sonômetro e não sonímetro?

sono + metro = sonometro , mantem o 'o'

> Por que esferômetro e não esferímetro?

(isto existe?)
esfera + metro = esferimetro a->i

> Por que tacômetro e não taquímetro?

tacometro e odometro não sei que raiz semaântica têm, por
isso não dá
para analizar. Mas procurando num dicionário tlv se encontre facil

Acho que fica mostrado que a regra é

'a', 'e' e 'i' passam a 'i'
'o' e 'u' passam a 'o'

Simples convensão

Explicado?

Lembre-se que se tem que usar as palavras em latim/grego, ou na
lingua original como por exemplo parking + metro = parki-metro =
parquimetro.

[]

Sérgio


P.S.
Deixei de lado os acentos no 'o' pq ai os acentos são 'ô' e
aqui
são 'ó'
Assim cada um lê como achar.




SUBJECT: Virus......
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/04/2002 10:35

Atenção as mensagens do Älvaro estão com vírus: Worm_KLEZ.G.
Meu PC Cilin-2000 capturou o 'verme' e o deletou.

[]'
Léo
===========



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Paquimetro ... especial para Ivane Santos
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/04/2002 10:40

He he he ... caiu na armadilha!

... e quanto ao dinamômetro, dínamo + metro ... he he he. A unidade CGS de intensidade de força é o 'dina' e não tem nada de 'dínamo'. Que bela arapuca! :-)))

[]'
Léo
=============
-----Mensagem Original-----
De: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 24 de abril de 2002 10:31
Assunto: [ciencialist] Re: Paquimetro ... especial para Ivane Santos



> Por que cronômetro e não cronímetro?

cronos + metro = crono-metro, cronometro , mantêm o 'o'

> Por que amperômetro e não amperímetro?

ampere + metro = amperi + metro = amperímetro e->i

> Por que voltômetro e não voltímetro?

volta + metro = voltí-metro a->i

> Por que dinamômetro e não dinamímetro?

dinamo + metro = dinamometro , mantêm o 'o'

> Por que dosímetro e não dosômetro?

dose + metro = dosímetro e->i

> Por que sonômetro e não sonímetro?

sono + metro = sonometro , mantem o 'o'

> Por que esferômetro e não esferímetro?

(isto existe?)
esfera + metro = esferimetro a->i

> Por que tacômetro e não taquímetro?

tacometro e odometro não sei que raiz semaântica têm, por
isso não dá
para analizar. Mas procurando num dicionário tlv se encontre facil

Acho que fica mostrado que a regra é

'a', 'e' e 'i' passam a 'i'
'o' e 'u' passam a 'o'

Simples convensão

Explicado?

Lembre-se que se tem que usar as palavras em latim/grego, ou na
lingua original como por exemplo parking + metro = parki-metro =
parquimetro.

[]

Sérgio


P.S.
Deixei de lado os acentos no 'o' pq ai os acentos são 'ô' e
aqui
são 'ó'
Assim cada um lê como achar.



&&& --- &&&
VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
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SUBJECT: Virus ...
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/04/2002 10:51

Dúvida .... o 'nosso Álvaro' tem esse endereço? Esse é o tal que contém vírus.

alvaro <alvaro@fapeal.br>

[]'
Léo
===========



SUBJECT: Re: Sufixo dos instrumentos de medida
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2002 13:51


> Mas, quanto às perguntas que fiz, sua resposta falhou. A
nomenclatura correta é regida pelo Sistema Internacional de Unidades:
>
> "todos os aparelhos de medição DIRETA têm sufixo em 'ímetro' e os
de medição INDIRETA têm sufixo em 'ômetro'."
>
> Paquímetro compara diretamente distâncias, é aparelho de medição
direta, termina em 'ímetro'; cronômetro, voltômetro, amperômetro etc.
são aparelhos de medição indireta (medem alguma propriedade associada
à grandeza sob medição) e, portanto, terminam em 'ômetro'.

Poderias mostrar onde/como é que o SI institui essa regra ?
Eu fiquei curioso pq aqui não se diz voltometro, mas sim voltimetro.
nem amperometro e sim amperimetro [pela regra q descrevi antes]. Mas
diz-se cronometro.
Eu ja tinha reparado nisso, mas pensei que fosse a tipica diferença
entre linguas. Mas pelo que dizes é mais que isso.
Quero saber como é afinal. Sendo que o SI é aceite ai e aqui, os
nomes deveriam seguir as mesmas regras. E pelos vistos não seguem.
(ou não se usam aqui)

Já agora o que diz o SI para outras linguas ?
Essa nomenclatura parece só valer para portugues.
em inglês amperimetro= amperemeter e voltimetro = voltameter
Não tem como mudar i por o.
Em francês é voltimetre...e não voltometre

A norma internacional de que falas parece não ter sentido aqui.
Ou é uma normal internacional do SI só para o portugues ?
Ou estás a confundir o padrão do SI com o padrão do Imetro?

Qq esclaricimento será apreciado.

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: RES: [ciencialist] Sufixo dos instrumentos de medida
FROM: "Wellington" <oliveiraw@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/04/2002 14:18

Olá Luiz,

E quanto ao micrômetro (instrumento para medir pequenas distâncias)? Como
vê, termina em "ômetro", mas faz uma medição direta.

[ ]'s
Wellington Nogueira
Física - UNESP

-----Mensagem original-----
De: Luiz Ferraz Netto [mailto:leo@barretos.com.br]
Enviada em: quarta-feira, 24 de abril de 2002 10:12
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Sufixo dos instrumentos de medida


Oi Medeiros,

sou completamente a favor dessa reforma na língua pátria. Infelizmente,
quando isso esporadicamente é feito, fica a cargo dos (beócios) 'Imortais' e
não de um logísta(?).
Ah!, os 'Imortais' fazem parte daquele 1% do povo brasileiro que sabe cantar
de cabo a rabo o nosso 'super-real e idealizado' Hino Nacional (sim, é
aquele que fala da Elvira do Ipiranga, aquele dos lábaros estrelados, aquele
do raio vívido ... lembrou?).

Mas, quanto às perguntas que fiz, sua resposta falhou. A nomenclatura
correta é regida pelo Sistema Internacional de Unidades:

"todos os aparelhos de medição DIRETA têm sufixo em 'ímetro' e os de medição
INDIRETA têm sufixo em 'ômetro'."

Paquímetro compara diretamente distâncias, é aparelho de medição direta,
termina em 'ímetro'; cronômetro, voltômetro, amperômetro etc. são aparelhos
de medição indireta (medem alguma propriedade associada à grandeza sob
medição) e, portanto, terminam em 'ômetro'.

[]'
Léo
================



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sufixo dos instrumentos de medida
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/04/2002 15:36



| Olá Luiz,
|
| E quanto ao micrômetro (instrumento para medir pequenas distâncias)? Como
| vê, termina em "ômetro", mas faz uma medição direta.
|
| [ ]'s
| Wellington Nogueira
| Física - UNESP

Ola Well,
a medição de pequenas distâncias lineares pelo micrômetro não é direta; está relacionada com a rotação de um parafuso micrométrico. Em 'correspondência' a "tantos graus de rotação" tem-se uma "translação de tanto". É essa correspondência que torna a medição indireta. A cada passo do parafuso (afastamento linear) faz-se corresponder um giro de 360° na manga.
Via de regra o passo tem extensão 1 mm.
Noto que, se vc não se utilizar das marcações angulares na gola da manga e apenas se utilizar do afastamento linear, realmente o aparelho faria uma medição direta ... e não prestaria para nada, pois não permitiria avaliar as frações do milímetro.
É mesmo "micrômetro"! E dele deriva o esferômetro, para medida indireta do raio de curvatura de espelhos esféricos (e posteriormente da distância focal).

[]'
Léo




SUBJECT: Para os adeptos de Lagrange
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/04/2002 15:40


-----Mensagem Original-----
De: Sonilha@bol.com.br
Para: leo@barretos.com.br
Enviada em: quarta-feira, 24 de abril de 2002 11:22
Assunto: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.





E-mail: Sonilha@bol.com.br
Nome: Sonilha Moreira
Cidade: Salvador
UF: Ba
Nível de Escolaridade: Universitário
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: Professor eu gostaria que o senhor me ajuda-se a calcular a energia potencial e cinética de pêndulo de mola, com um ângulo O, para que eu possa encontrar a Lagrangiana. Obrigada!


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Sufixo dos instrumentos de medida
FROM: "aespeschit" <toni@iconet.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2002 16:07

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> escreveu
> "todos os aparelhos de medição DIRETA têm sufixo em 'ímetro' e
> os de medição INDIRETA têm sufixo em 'ômetro'."

Leo,

Mas como é que se define o que é medição direta e o que
é medição indireta?

No caso do amperímetro, por exemplo, eu tenho uma agulha
que flutua sobre uma escala graduada. A agulha está
ligada a uma bobina. Portanto estou medindo uma
deflexão que é INDIRETAMENTE relacionada com a corrente...

O que quero dizer é que praticamente toda medida é
indireta...

[]'s
Toni



SUBJECT: RE: [ciencialist] Sufixo dos instrumentos de medida
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/04/2002 17:12

>LÉO:Mas, quanto às perguntas que fiz, sua resposta falhou. A
nomenclatura correta é regida pelo Sistema Internacional de Unidades:
"todos os aparelhos de medição DIRETA têm sufixo em 'ímetro' e os de
medição INDIRETA têm sufixo em 'ômetro'." Paquímetro compara diretamente
distâncias, é aparelho de medição direta, termina em 'ímetro';
cronômetro, voltômetro, amperômetro etc. são aparelhos de medição
indireta (medem alguma propriedade associada à grandeza sob medição) e,
portanto, terminam em 'ômetro'.<

Léo, gostei muito de sua explicação. Vivendo e aprendendo. Deve ser por
isso que se escreve perímetro, já que está associado diretamente ao
círculo. Já quilômetro é uma grandeza indireta, pois é medido pelo
odômetro, que está associado às rodas do automóvel. Deve ser por causa
dessa norma internacional que os EUA não adotaram o sistema métrico, já
que para eles a regra não funciona, pois têm voltmeter, em vez de
voltímetro (instrumento que mede diretamente os volts), e paquímetro é
vernier caliper. Já em javanês a regra se aplica, pois amperômetro é
Memiang-nagapuro-rayap.

Um abraço,
Colucci



SUBJECT: Re: [ciencialist] Paquimetro ... especial para Ivane Santos
FROM: "Silvio Cordeiro" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/04/2002 19:06

Ivane:

Vs. obterá muitas informações no site do IBAMA onde esse curioso instrumento que os
fiscais usam para medir pacas selvagens é mostrado em prosa e verso.

Na Barsa também tem. fica pertinho do Paquistão.

silvio, o ecólogo.



E-mail: ivanesantos@ig.com.br
Nome: Ivane Santos
Cidade: Guarulhos
UF: SP
Nível de Escolaridade: Universitário
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: Por favor gostaria de saber tudo sobre paquimetro, e eu não consigo
achar, se possível me indique um site. Obrigada




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Sufixo dos instrumentos de medida
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/04/2002 19:08

Completanto o que disse antes...

hodómetro é uma derivação directado do grego "hódometro" <medidor de
caminhos> já que hodós significa caminho
hodoscópio é um instrumento que permite conhecer o caminho (determinar a
trajectoria) de raios cosmicos ou fotões. (de hodos + skopen = caminho +
olhar )

hodos + metro = hodometro , mantém o 'o'
o mesmo que cronos + metro = cronometro

a outra palavra que não sabia acho que era taquimetro.

taquimetro vem de takýs (rápido)
taky + metro = taqui + metro = taquimetro i->i

existe o taqueometro que advem de takeos (rápidamente)

takeo + metro = taqueo + metro = taqueometro o->o

o taqueometro de facto é um aparelho de medida indirecta, assim como o
taquimetro, mas a origem semântica é diferente por isso um é ometro e outro
é imetro.

No dicionário, tacómetro remete para taquimetro. Sim, é um dicionário, só
se preocupa com a origem da palavra e não convensões SI.
Por isso estou curioso para saber onde/como o SI convensiona isso.


[]

Sérgio Taborda



P.S.
Teodolito não segue a regra mensionada por ti, Leo, pq ?
(advem do frances Théodolite)




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Sufixo dos instrumentos de medida
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/04/2002 19:28

De: "aespeschit"


>Leo,

Mas como é que se define o que é medição direta e o que
é medição indireta?

No caso do amperímetro, por exemplo, eu tenho uma agulha
que flutua sobre uma escala graduada. A agulha está
ligada a uma bobina. Portanto estou medindo uma
deflexão que é INDIRETAMENTE relacionada com a corrente...

O que quero dizer é que praticamente toda medida é
indireta...<

Bingo!
E é por isso que a enorme maioria dos instrumentos têm terminação (correta) em "ômetro": cronômetro, voltômetro, wattômetro, frequenciômetro etc.
Entretanto, existem os técnicos (desqualificados) que não leem o S.I.U. e sim as revistas técnicas de bancas de jornais e, de lá, tiram os termos mal utilizados pelos norte-americanos, tais como: 'voltagem', 'amperagem', e por indução, 'quilometragem', 'cubicagem' etc.
Por exemplo, voltagem = volt que age = ação do volt , volt é a unidade e, como pode ela agir? Em suma, em Física, todas as palavras terminadas em "agem" ... são bobagem!(desculpe a falta de concordância). Só mesmo povos da língua inglêsa poderiam usar "voltage"! (talvez para significar 'idade do Volt'). E, talvez, por causa dessa insanidade de pé, jarda, polegada, narizada, orelhada, zoiada, cagada, e peas normas do S.I, eles não assumem o S.I.U.
O sistema inglês é incoerente.

Nesse seu exemplo do 'amperímetro' acima tem muito mais coisa escondida até chegar ao movimento da agulha sobre seu quadrante, os campos das correntes, por exemplo.
O 'velocímetro' do carro funcionam por indução magnética do campo do ímã que gira (acoplado às rodas) sobre um disco de alumínio; as correntes de Foucault deslocam o disco sobre seu eixo ... que arrasta o ponteiro. É um leitura super-indireta! Como o ouvido (atualmente, orelha) acostumou-se ao som de 'velocímetro' ficaria até esdrúxulo chama-lo de velocidômetro ou rapidômetro.

[]'
Léo
============



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sufixo dos instrumentos de medida
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/04/2002 19:54



>>LÉO:Mas, quanto às perguntas que fiz, sua resposta falhou. A
nomenclatura correta é regida pelo Sistema Internacional de Unidades:
"todos os aparelhos de medição DIRETA têm sufixo em 'ímetro' e os de
medição INDIRETA têm sufixo em 'ômetro'." Paquímetro compara diretamente
distâncias, é aparelho de medição direta, termina em 'ímetro';
cronômetro, voltômetro, amperômetro etc. são aparelhos de medição
indireta (medem alguma propriedade associada à grandeza sob medição) e,
portanto, terminam em 'ômetro'.<<

Colucci:> Léo, gostei muito de sua explicação. Vivendo e aprendendo. Deve ser por
isso que se escreve perímetro, já que está associado diretamente ao
círculo. Já quilômetro é uma grandeza indireta, pois é medido pelo
odômetro, que está associado às rodas do automóvel. Deve ser por causa
dessa norma internacional que os EUA não adotaram o sistema métrico, já
que para eles a regra não funciona, pois têm voltmeter, em vez de
voltímetro (instrumento que mede diretamente os volts), e paquímetro é
vernier caliper. Já em javanês a regra se aplica, pois amperômetro é
Memiang-nagapuro-rayap.<

:-))))
perímetro não é instrumento de medida, assim como quilômetro. Os E.U.A. só seguem a NORMA quando se trata de uma loira peituda!
Agora sério:
O sistema inglês é incoerente. Os fatores de adaptação para as fórmulas ficam muito complicado.
Por exemplo, em manual técnico britânico a lei fundamental da dinâmica fica: F =(1/32,2).m.a,
com as unidades incoerentes, F em lbf, m em lb e a em pé/s^2.
Vou fazer um exercício sobre isso; vejamos:

Uma correia transportadora tem velocidade v e é tracionada pelo motor com força F. A potência de acionamento da correia é dada, em forma-padrão, pela equação de grandezas:
Pot = P = F.v (G)

No SIU, com F = 1 N e v = 1 m/s, é P = 1 W, logo:
1 W = (1N).(1m/s) (SIU)
Vamos fazer a divisão de (G) por (SIU), para obter a equação de números no SIU:
P/W = [F/N].[v/(m/s)] (SIU.N)

Com HP = 550 lbf.pé/s montemos o sistema de unidades (SX):
P/HP = (F/lbf).(v/pé/min) (SX)

Conversão: 1 HP = 746 W; 1 lbf = 4,45 N e 1 pé/min = 0,3048 m/60s = 5,08.10^-3 m/s

Do (SIU) obtém:
HP/746 = (lbf/4,45).(pé/min/5,08.10^-3)
então
1 HP = 3,3.10^4.(lbf)(pé/min) (SX.U)
que é coerente com : 1 HP = 550 lbf.pé/s

A divisão (G) por (SX.U) fornece a conversão final:

P/HP = 3,03.10^-5.(F/lbf).(v/pé/min),
que é a expressão da potência com P em HP, F em lbf e v em pé/min.

Eis o que dá trabalhar com sistema incoerente de unidades!

[]'
Léo
====================



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Sufixo dos instrumentos de medida
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/04/2002 20:32

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Wednesday, April 24, 2002 7:28 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Sufixo dos instrumentos de medida

> E é por isso que a enorme maioria dos instrumentos têm terminação
> (correta) em "ômetro": cronômetro, voltômetro, wattômetro, frequenciômetro
> etc. Entretanto, existem os técnicos (desqualificados) que não leem o
> S.I.U. e sim as revistas técnicas de bancas de jornais e, de lá, tiram os
> termos mal utilizados pelos norte-americanos, tais como: 'voltagem',
> 'amperagem', e por indução, 'quilometragem', 'cubicagem' etc.
> Por exemplo, voltagem = volt que age = ação do volt , volt é a unidade e,
> como pode ela agir? Em suma, em Física, todas as palavras terminadas em
> "agem" ... são bobagem!(desculpe a falta de concordância).

Não só mas também. Lembro que existe em física algumas palavras terminadas
em "ântica" e/ou em "ística" que também não ficam muito distantes dessa
realidade, principalmente quando em consonância com a palavra mecânica. Por
exemplo, mecânica jornalística, mecânica romântica, mecânica mântrica, e por
aí vai. ;-)). Como uma das poucas exceções à regra citaria a mecânica
estatística. Num histograma ela dista da merda por mais de dois desvios
padrão.

> Só mesmo povos da língua inglêsa poderiam usar "voltage"! (talvez para
> significar 'idade do Volt').

Por falar nisso, andei consultando hoje o meu idadômetro (Tá certo?) ou
"agemeter", vulgarmente conhecido como Micropaedia, um anexo da Enciclopédia
Britânica. Trata-se de um aparelho que costumo utilizar para medir
indiretamente a idade de personagens históricas. Caso medisse diretamente
creio que seria um idadímetro, certo?. Notei, por exemplo, que o Alesssandro
Volta se hoje estivesse vivo provavelmente já teria morrido, pois estaria
com 257 anos. Isso quer dizer que até 31/12/02 a voltage (idade do Volta,
vulgo Volt) vale 257 anos.

> E, talvez, por causa dessa insanidade de pé, jarda, polegada, narizada,
> orelhada, zoiada, cagada, e peas normas do S.I, eles não assumem o S.I.U.
> O sistema inglês é incoerente.

S.I.U. é coisa de índio norte-americano, deriva de Sioux (Dakota). Onde se
viu inglês fazer composição com índio?

> Como o ouvido (atualmente, orelha) acostumou-se ao som de 'velocímetro'
> ficaria até esdrúxulo chama-lo de velocidômetro ou rapidômetro.

Nesse caso eu diria que velocímetro é uma expressão medida pelo nosso
orelhômetro. Ou seria olherímetro? Dúvida cruel! Não sei se me acostumei
diretamente ou indiretamente ao som de velocímetro. ;-)

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm

PS.: É brincando que se aprende. O pior é que alguns levam a sério.



SUBJECT: Truquezinho anti-virus
FROM: "Villem" <neville@catanduva.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/04/2002 01:15

Oi amigos:
Estou repassando por considerar ser do interesse de todos. Grande abraço a
todos.
Neville
______________________________________________

Como você deve saber, quando um vírus worm entra no seu computador,
vai direto para o seu caderno de endereços e se auto-envia para todo mundo
que está em sua lista, infectando assim seus amigos e colegas de trabalho.

Este truque não vai remover o vírus de seu computador, mas impedirá que
ele use seu caderno de endereços para se espalhar por toda parte, e ainda
alertará você sobre o fato do worm ter entrando no seu sistema.
Eis o que fazer:

- Abra seu caderno de endereços e clique em "novo contato" como se
estivesse realmente adicionando um novo endereço na sua lista.

- Na janela onde você digitaria o nome, digite !000 Worm Alert ( ponto
de exclamação, seguido por três zeros, etc.).

- Na janela abaixo, onde deve digitar o novo endereço de e-mail, tecle
um falso endereço como, p.e., wormalert@x.com

- Então finalize a operação teclando acrescentar, enter ou salvar.

Agora entenda como o truque funciona:

O "nome" !000 será automáticamente colocado no topo de seu caderno de
endereços como sendo o primeiro da lista.
É por lá que o worm vai começar seu esforço de seu auto-enviar para todos
os seus amigos e colegas.
Mas quando ele tentar se auto-enviar para !000, isso será impossível por
ser um endereço falso e inexistente.
Se a primeira tentativa falhar, o worm não irá adiante e os endereços de
seus contatos não serão infectados.

Há outra vantagem i9mportante: Como o e-mail não pode ser enviado, você
será notificado disto na sua caixa de entrada quase que imediatamente e,
portanto, se você receber um e-mail avisando que o a mensagem endereçada a
Worm Alert não pode ser enviada, saberá que tem um vírus worm em seu
sistema.

Daí poderá tomar todas as providências para se livrar da praga.
--------------------------------------------------------------------



SUBJECT: Suicidio -- Ate onde vamos chegar, tentando abafar as irregularidades nos transplantes ?
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <politica-br@yahoogrupos.com.br>, <Direitos_Humanos@yahoogrupos.com.br>, <Direito_Trabalhista@yahoogrupos.com.br>, <Constitucional_Brasil@yahoogrupos.com.br>, <advogado@yahoogrupos.com.br>, <Artigos_Juridicos@yahoogrupos.com.br>
CC: <RedePraxis@yahoogrupos.com.br>, <policia-livre@grupos.com.br>, <infancia-eca@yahoogroups.com>, <ibap-biodireito@yahoogroups.com>, <forum-social@yahoogroups.com>, <faroljuridico@yahoogroups.com>, <estudantes-de-direito@yahoogroups.com>, <direitobrasil@grupos.com.br>, <civil@grupos.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, <amazonas@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/04/2002 01:28

Direito_Saúde e Bioética --24.04.2002
_____________________________

"Além disso, a instituição foi descredenciada da rede do MG-Sul
Transplante e quatro médicos foram indiciados pela Polícia Federal
por retirada irregular de órgãos no hospital."

------------------------------------------------------
Até onde vamos chegar, tentando abafar
as irregularidades nos transplantes ?
-------------------------------------------------------



Administrador da Santa Casa de Poços de Caldas
se mata em meio a suspeitas
de irregularidades


Local





Luciene Silva / Redação Uai



O administrador da Santa Casa de Poços de Caldas, Carlos Henrique Marcondes, de 57 anos, se suicidou na manhã desta quarta-feira com um tiro na cabeça. Marcondes foi encontrado dentro de seu carro por volta das 7h30 e foi levado ainda com vida para a Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos e morreu 40 minutos depois de dar entrada no hospital.



Segundo a diretora clínica da instituição, Dra. Regina Cioffi, ele estava passando por uma série de "pressões psicológicas" nos últimos dias. O hospital está sendo investigado pela Polícia Federal por suspeita de desvio de verba e improbidade administrativa. A Santa Casa também tem uma dívida de mais de R$ 3 milhões e corre o risco de fechar suas portas. Além disso, a instituição foi descredenciada da rede do MG-Sul Transplante e quatro médicos foram indiciados pela Polícia Federal por retirada irregular de órgãos no hospital.



O suicídio foi comprovado pela autópsia realizada pelo Instituto Médico da cidade. O tiro foi disparado em direção ao céu da boca e a bala ficou alojada no cérebro. O administrador tinha sinais de pólvora nas mãos. Dentro do carro de Marcondes, a Polícia encontrou um revólver calibre 38 com cinco munições. Um tiro teria sido disparado antes para testar a arma e foi ouvido por moradores do local próximo onde ele foi encontrado.



A Santa Casa é o maior hospital da região e Marcondes estava há 22 anos na direção. O velório está sendo realizado na capela do hospital e o enterro está previsto para às 8h desta quinta-feira. Marcondes deixa viúva, dois filhos e quatros netos.



Com reportagem de Lucienne Cunha - do Jornal Mantiqueira


Paulo Airton Pavesi

========================================
NÃO DOE ÓRGÃOS. NÃO FAÇA DENÚNCIAS ANÔNIMAS.
ESTÃO SACRIFICANDO DOADORES NO BRASIL
O DIAGNÓSTICO DE MORTE ENCEFÁLICA É UMA FRAUDE.
www.geocities.com/transplante2001

=====================================
ENDERECOS SOBRE MORTE ENCEFÁLICA
E TRANSPLANTES
======================================
Nao se deixe enganar
pela propaganda transplantista.
===
INFORME-SE:
apenas a *Medicina Preventiva* de baixo custo
ja seria suficiente para evitar a necessidade de
80% de transplantes previsiveis, com origem em declaracoes
de mortes encefalicas *antecipadas*
para fins de retirada de orgaos vitais.
===
ARTIGO:
"Falhas no Diagnostico da Morte Cerebral",
publicado na Revista CIENCIA HOJE,
número 161, junho de 2000:
http://www.uol.com.br/cienciahoje/chmais/pass/ch161/morte.pdf
===
ARTIGOS
cientificos no site da UNIFESP:
http://www.unifesp.br/dneuro/textos.htm
===
ARTIGO:
"Morte Encefalica"
http://www.unifesp.br/dneuro/mortencefalica.htm
===
DEMONSTRACAO
cientifica dos efeitos mortais do teste
da APNEIA, imposto pelo CFM para
declaracao da morte encefalica que
pretende diagnosticar:
http://www.unifesp.br/dneuro/apnea.htm
===
ARTIGO:
em ingles sobre a importancia da
*Penumbra Isquemica* para a declaracao
da morte encefalica:
http://www.unifesp.br/dneuro/brdeath.html
===
MANIFESTACOES PUBLICAS
da comunidade neurocientifica internacional
contraria aos criterios declaratorios
da morte encefalica.
NAO EH VERDADE QUE HA CONSENSO
internacional na declaracao de morte encefalica,
confirme o que dizem os neurocientistas em:
http://www.unifesp.br/dneuro/opinioes.htm
===
DEBATE
internacional da comunidade neurocientifica
sobre os erros declaratorios da morte encefalica
na Revista Cientifica BMJ:
http://www.bmj.com/cgi/eletters/320/7244/1266
===
PARA ler os artigos sobre
morte encefalica em Direito_Saude:
http://www.yahoogroups.com/files/direito_saude/
===
INSCRICAO, enviar mensagem em branco para:
direito_saude-subscribe@yahoogroups.com
===
PARA outras finalidades acessar
a pagina principal deste Grupo:
http://www.yahoogroups.com/group/direito_saude
===




---
Outgoing mail is certified Virus Free.
Checked by AVG anti-virus system (http://www.grisoft.com).
Version: 6.0.351 / Virus Database: 197 - Release Date: 20/4/2002


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Suicidio -- Ate onde vamos chegar, tentando abafar as irregularidades nos transplantes ?
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/04/2002 03:02

Direito_Saúde e Bioética --24.04.2002
_____________________________

"Além disso, a instituição foi descredenciada
da rede do MG-Sul Transplante e quatro médicos
foram indiciados pela Polícia Federal
por retirada irregular de órgãos no hospital."

---------------------------------------------------------------------
Até onde vamos chegar, tentando abafar
as irregularidades nos transplantes ?
Este é o mais escandaloso caso de TRÁFICO
DE ÓRGÃOS documentado e provado no Brasil
---------------------------------------------------------------------

ADMINISTRADOR DA SANTA CASA DE POÇOS
DE CALDAS SE MATA EM MEIO A SUSPEITAS
DE IRREGURIDADES
Local


Luciene Silva / Redação Uai

O administrador da Santa Casa de Poços de Caldas,
Carlos Henrique Marcondes, de 57 anos, se suicidou
na manhã desta quarta-feira com um tiro na cabeça.
Marcondes foi encontrado dentro de seu carro por volta
das 7h30 e foi levado ainda com vida para a Santa Casa,
mas não resistiu aos ferimentos e morreu 40 minutos
depois de dar entrada no hospital.



Segundo a diretora clínica da instituição,
Dra. Regina Cioffi, ele estava passando por uma
série de "pressões psicológicas" nos últimos dias.
O hospital está sendo investigado pela Polícia Federal
por suspeita de desvio de verba e improbidade
administrativa. A Santa Casa também tem uma
dívida de mais de R$ 3 milhões e corre o risco
de fechar suas portas. Além disso, a instituição
foi descredenciada da rede do MG-Sul Transplante
e quatro médicos foram indiciados pela Polícia Federal
por retirada irregular de órgãos no hospital.



O suicídio foi comprovado pela autópsia realizada
pelo Instituto Médico da cidade. O tiro foi disparado
em direção ao céu da boca e a bala ficou alojada
no cérebro. O administrador tinha sinais de pólvora
nas mãos. Dentro do carro de Marcondes, a Polícia
encontrou um revólver calibre 38 com cinco munições.
Um tiro teria sido disparado antes para testar a arma
e foi ouvido por moradores do local próximo onde
ele foi encontrado.



A Santa Casa é o maior hospital da região e Marcondes
estava há 22 anos na direção. O velório está sendo
realizado na capela do hospital e o enterro está previsto
para às 8h desta quinta-feira. Marcondes deixa viúva,
dois filhos e quatros netos.


Com reportagem de Lucienne Cunha -
do Jornal Mantiqueira

Paulo Airton Pavesi

==============================================
NÃO DOE ÓRGÃOS. NÃO FAÇA DENÚNCIAS ANÔNIMAS.
ESTÃO SACRIFICANDO DOADORES NO BRASIL
O DIAGNÓSTICO DE MORTE ENCEFÁLICA É UMA FRAUDE.
www.geocities.com/transplante2001

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ENDERECOS SOBRE MORTE ENCEFÁLICA
E TRANSPLANTES
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Nao se deixe enganar
pela propaganda transplantista.
===
INFORME-SE:
apenas a *Medicina Preventiva* de baixo custo
ja seria suficiente para evitar a necessidade de
80% de transplantes previsiveis, com origem em declaracoes
de mortes encefalicas *antecipadas*
para fins de retirada de orgaos vitais.
===
ARTIGO:
"Falhas no Diagnostico da Morte Cerebral",
publicado na Revista CIENCIA HOJE,
número 161, junho de 2000:
http://www.uol.com.br/cienciahoje/chmais/pass/ch161/morte.pdf
===
ARTIGOS
cientificos no site da UNIFESP:
http://www.unifesp.br/dneuro/textos.htm
===
ARTIGO:
"Morte Encefalica"
http://www.unifesp.br/dneuro/mortencefalica.htm
===
DEMONSTRACAO
cientifica dos efeitos mortais do teste
da APNEIA, imposto pelo CFM para
declaracao da morte encefalica que
pretende diagnosticar:
http://www.unifesp.br/dneuro/apnea.htm
===
ARTIGO:
em ingles sobre a importancia da
*Penumbra Isquemica* para a declaracao
da morte encefalica:
http://www.unifesp.br/dneuro/brdeath.html
===
MANIFESTACOES PUBLICAS
da comunidade neurocientifica internacional
contraria aos criterios declaratorios
da morte encefalica.
NAO EH VERDADE QUE HA CONSENSO
internacional na declaracao de morte encefalica,
confirme o que dizem os neurocientistas em:
http://www.unifesp.br/dneuro/opinioes.htm
===
DEBATE
internacional da comunidade neurocientifica
sobre os erros declaratorios da morte encefalica
na Revista Cientifica BMJ:
http://www.bmj.com/cgi/eletters/320/7244/1266
===
PARA ler os artigos sobre
morte encefalica em Direito_Saude:
http://www.yahoogroups.com/files/direito_saude/
===
INSCRICAO, enviar mensagem em branco para:
direito_saude-subscribe@yahoogroups.com
===
PARA outras finalidades acessar
a pagina principal deste Grupo:
http://www.yahoogroups.com/group/direito_saude
===



---
Outgoing mail is certified Virus Free.
Checked by AVG anti-virus system (http://www.grisoft.com).
Version: 6.0.351 / Virus Database: 197 - Release Date: 20/4/2002




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Sufixo dos instrumentos de medida
FROM: Nicolau Werneck <nwerneck@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/04/2002 08:11

> bancas de jornais e, de lá, tiram os termos mal
> utilizados pelos norte-americanos, tais como:
> 'voltagem', 'amperagem', e por indução,
> 'quilometragem', 'cubicagem' etc.
Uai, nunca vi ninguém medir um indutor em kilômetros,
só em Henrys!... talvez seja o comprimento do fio de
uma bobina em uma certa configuração padrão..
huuummm...

++Nicolau

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SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Sufixo dos instrumentos de medida
FROM: Nicolau Werneck <nwerneck@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/04/2002 08:18

> E quanto ao micrômetro (instrumento para medir
> pequenas distâncias)? Como
> vê, termina em "ômetro", mas faz uma medição direta.

O S.I. permitiu esta exceção devido ao fato de que o
micrômetro é um instrumento que requer muita atenção e
habilidade por parte to usuário para ser manipulado, e
o nome "micrímetro" é tão ridículo, e causa
gargalhadas tão incontroláveis em quem o utiliza, que
teve que ser modificado!

++Nicolau





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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Sufixo dos instrumentos de medida
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/04/2002 09:23

Nicolau protesta:


| > bancas de jornais e, de lá, tiram os termos mal
| > utilizados pelos norte-americanos, tais como:
| > 'voltagem', 'amperagem', e por indução,
| > 'quilometragem', 'cubicagem' etc.

| Uai, nunca vi ninguém medir um indutor em kilômetros,
| só em Henrys!... talvez seja o comprimento do fio de
| uma bobina em uma certa configuração padrão..
| huuummm...
|
| ++Nicolau

Nicolau, para medir um indutor vc poderá usar a unidade quilômetros (tanto para seu comprimento como para seu diâmetro, nos casos de bobinas e até para o comprimento do fio) se bem que, o metro seja a unidade oficial.
Agora, para a medição da 'indutância', uma das propriedades associadas ao indutor frente à corrente elétrica variável, é que se usa da unidade henry (H). :-)))

[]'
Léo
=========



SUBJECT: Re: [ciencialist] Truquezinho anti-virus
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/04/2002 09:34

Esse 'truquezinho' já o uso desde setembro/2001. Mas, (à época) não coloquei endereço de e.mail algum. A vantagem de se colocar um endereço falso (talvez) é a de constatar a presença da 'doença' ... mas, isso o anti-vírus PC-cilin 2000 já o faz e o deleta antes dele instalar-se.
Mas, para os que ainda não o utilizam, é uma boa dica.
Nas ferramentas do Outlook não tem jeito de se suprimir os anexos com terminação .exe .pif .com etc? Seria bom se houvesse.
[]'
Léo
============

-----Mensagem Original-----
De: "Villem" <neville@catanduva.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 25 de abril de 2002 01:15
Assunto: [ciencialist] Truquezinho anti-virus


| Oi amigos:
| Estou repassando por considerar ser do interesse de todos. Grande abraço a
| todos.
| Neville
| ______________________________________________
|
| Como você deve saber, quando um vírus worm entra no seu computador,
| vai direto para o seu caderno de endereços e se auto-envia para todo mundo
| que está em sua lista, infectando assim seus amigos e colegas de trabalho.




SUBJECT: Re: Truquezinho anti-virus
FROM: "evoluindo" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/04/2002 09:49

Mas será que isso funciona?

Os micros pessoais não enviam o e-mail direto ao servidor do
destinatário, e sim ao servidor de e-mail do provedor para que este
encaminhe a mensagem. Por isso, nem o Outlook, nem o worm têm
condições de saber se um endereço é falso ou não. Eles apenas enviam
a mensagem para o provedor, que por sua vez vai tentar enviá-la ao
destinatário. Se o endereço for falso, quem vai receber uma mensagem
de erro é o provedor, que só então vai retornar um aviso ao remetente.

Também acho improvável que o vírus aguarde o retorno de uma mensagem
(que pode não vir nunca) para enviar outra para o endereço seguinte
da lista. Ele não precisa fazer isso, nem seria algo útil à
propagação, e ainda tornaria o código do vírus mais complicado e
extenso. Esses worms costumam ter seu próprio cliente SMTP para
enviar as mensagens. Mas para receber um retorno teriam que ter
também um cliente POP3, e alguma inteligência para entender um e-mail
de erro enviado pelo provedor, que pode vir em diversos formatos e
idiomas diferentes. E também não há nenhuma garantia de que o POP3 do
Outlook não pegaria essa mensagem primeiro. Muito complicado, mesmo
para um vírus moderno.

Entre o envio e a resposta (que pode demorar dependendo da
programação e da carga do servidor), é possível que o worm envie
mensagens para vários contatos. Por isso, a melhor solução ainda
continua sendo evitar a infecção. Atualizar o Internet
Explorer/Outlook para a versão 6 (que fecha a falha explorada pelo
vírus Klez e outros) e ter um anti-vírus atualizado na máquina.

Ou abandonar o Windows.

[]s
Ronaldo


--- Em ciencialist@y..., "Villem" <neville@c...> escreveu
> Oi amigos:
> Estou repassando por considerar ser do interesse de todos. Grande
abraço a
> todos.
> Neville
> ______________________________________________
>
> Como você deve saber, quando um vírus worm entra no seu
computador,
> vai direto para o seu caderno de endereços e se auto-envia para
todo mundo
> que está em sua lista, infectando assim seus amigos e colegas de
trabalho.
>
> Este truque não vai remover o vírus de seu computador, mas
impedirá que
> ele use seu caderno de endereços para se espalhar por toda parte,
e ainda
> alertará você sobre o fato do worm ter entrando no seu sistema.
> Eis o que fazer:
>
> - Abra seu caderno de endereços e clique em "novo contato"
como se
> estivesse realmente adicionando um novo endereço na sua lista.
>
> - Na janela onde você digitaria o nome, digite !000 Worm
Alert ( ponto
> de exclamação, seguido por três zeros, etc.).
>
> - Na janela abaixo, onde deve digitar o novo endereço de e-
mail, tecle
> um falso endereço como, p.e., wormalert@x...
>
> - Então finalize a operação teclando acrescentar, enter ou
salvar.
>
> Agora entenda como o truque funciona:
>
> O "nome" !000 será automáticamente colocado no topo de seu
caderno de
> endereços como sendo o primeiro da lista.
> É por lá que o worm vai começar seu esforço de seu auto-enviar
para todos
> os seus amigos e colegas.
> Mas quando ele tentar se auto-enviar para !000, isso será
impossível por
> ser um endereço falso e inexistente.
> Se a primeira tentativa falhar, o worm não irá adiante e os
endereços de
> seus contatos não serão infectados.
>
> Há outra vantagem i9mportante: Como o e-mail não pode ser
enviado, você
> será notificado disto na sua caixa de entrada quase que
imediatamente e,
> portanto, se você receber um e-mail avisando que o a mensagem
endereçada a
> Worm Alert não pode ser enviada, saberá que tem um vírus worm em
seu
> sistema.
>
> Daí poderá tomar todas as providências para se livrar da praga.
> ------------------------------------------------------------------
--



SUBJECT: RE: [ciencialist] Truquezinho anti-virus
FROM: "monge_ateu" <monge_ateu@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/04/2002 12:53

> Nas ferramentas do Outlook não tem jeito de se suprimir os anexos com
terminação .exe .pif .com etc?

Existe um utilitário da Microsoft que faz isso (pode ser baixado no
Office Update), além do (na minha opinião) indispensável X-Setup 6.2
(http://www.xteq.com/).

Mas é provável que só funcione com o Outlook 2002 ou, pelo menos,
Outlook 2000 com SR-1 instalado.
--
Monge Ateu


-----Original Message-----
From: Luiz Ferraz Netto [mailto:leo@barretos.com.br]
Sent: Thursday, April 25, 2002 09:34
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Truquezinho anti-virus


Esse 'truquezinho' já o uso desde setembro/2001. Mas, (à época) não
coloquei endereço de e.mail algum. A vantagem de se colocar um endereço
falso (talvez) é a de constatar a presença da 'doença' ... mas, isso o
anti-vírus PC-cilin 2000 já o faz e o deleta antes dele instalar-se.
Mas, para os que ainda não o utilizam, é uma boa dica. Nas ferramentas
do Outlook não tem jeito de se suprimir os anexos com terminação .exe
.pif .com etc? Seria bom se houvesse. []' Léo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Paquimetro ... especial para Ivane Santos
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/04/2002 14:03

On Wed, 24 Apr 2002, sergiotaborda wrote:
> > Por que esferômetro e não esferímetro?
>
> (isto existe?)
> esfera + metro = esferimetro a->i

Existe sim, seu uso mais comum é o de medição do centro da esfera de
espelhos para telescópios.

Pode ser usado para qualquer coisa curva que seja manufaturada e que
precise de uma certa precisão.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
Seja responsável, vote nulo.
One Ring to rule them all



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Paquimetro ... especial para Ivane Santos
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/04/2002 16:38


>... e quanto ao dinamômetro, dínamo + metro ... he he he. A unidade CGS de
intensidade de força é >o 'dina' e não tem nada de 'dínamo'.

E quem falou em unidades cgs ?

dinamometro de dinamo + metro
dinamo, do grego dýnamis «força»

Um dinamometro é um aparelho para medir forças

Dinamo: s.m. nome comum às máquinas geradoras de corrente continua que
transformam a energia mecânica em energia electrica (Do gr dýnamis, «força»)

Dinamometro: s.m. instrumento usado para medir a intensidade de forças,
aparelho que serve para medir a força muscular (do gr dýnamis , «força» +
métron «medida» )

Dicionário da Lingua Portuguesa 8ª edição, Porto Editora

As unidades cgs não são chamadas para aqui.

Quando a cair na armadilha, ainda não me convenceste.



SUBJECT: Dicas (administrador)
FROM: "Luis Roberto Brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/04/2002 17:03

As velhas dicas de sempre...

- Nao enviar aviso de virus para a Ciencialist. Os usuarios de internet tem
fontes mais seguras para verificar tais informacoes (
http://www.symantec.com/nav/ - http://www.symantec.com/avcenter/hoax.html -
http://www.mcafee.com/ )

- Evitar discussoes sobre politica. A nao ser que envolvam questoes de
ciencia politica. Opinioes sobre candidato tal nao fazem parte do objetivo
desta lista.

- Evitar discussoes sobre religiao.

Ateh
Luis Brudna - administardor da Ciencialist






SUBJECT: Lancamentos Bienal
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/04/2002 17:41

A Edusp em coedicao com a Imprensa Oficial
lança na Bienal do Livro de S. Paulo uma
traducao do "Principia Matematica" de um
certo Newton.

Outros lancamentos da Edusp no evento:

"Teoria quantica dos campos" de Marcelo
Otavio Caminha Gomes.

"Peixes do Rio Negro" -- sobre os trabalhos
de Alfred R. Wallace.

"Astrofísica do meio interestelar" de
Walter J. Maciel.

Outros lancamentos de outras editoras:

Ed. Record
"Leonardo: o primeiro cientista" de
Michael White

"Como escrever na rede - manual de
conteúdo e redação para internet" de
Leonardo Moura. [Como nao tenho
laptop, fica meio complicado eu
deitado em minha rede escrevinhar
coisas para a internet. Talvez
o teclado sem fio seja de alguma
ajuda.]

"Sexo no futuro" de Robin Baker --
sobre as implicacoes reprodutivas
das novas tecnologias.

Ed. Campus

"Como dizer tudo em italiano" da
serie "como dizer tudo em..." de
Patrícia Peterle. E' daqueles
livros q. podem ser resenhados
com apenas uma palavra: "Tutti".

Visitem a Bienal do Livro. (Nao
faco parte da organizacao, nem
tenho ganho com o mercado
livreiro, mas e' meio embaracoso
saber q. o mercado livreiro
movimento por ano apenas R$ 2,3 bilhoes
por aqui [mais da metade se referindo a
livros didaticos -- compra governamental]
-- a titulo de comparacao,
o mercado de cosmeticos movimentou R$ 3,8
bilhoes no ano passado -- nao q. as pessoas
devam ficar com suas caras amassadas, rugas,
espinhas e quetais.)

[]s,

Roberto Takata





SUBJECT: Radiatividade/Fissao e Fusão
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/04/2002 18:56

Ois,

a Sala 23 do Imperdível - seção Mundo Atômico - recebeu novos trabalhos: Radioatividade, Fissão e fusão.
Aos interessados nessas leituras agradeço críticas/sugestões/erros de portuga etc.

http://www.feiradeciencias.com.br/sala23/23_MA05.asp

http://www.feiradeciencias.com.br/sala23/23_MA06.asp

[]'
Léo
=============




SUBJECT: Re: [ciencialist] Radiatividade/Fissao e Fusão
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/04/2002 19:43




http://www.feiradeciencias.com.br/sala23/23_MA05.asp

"
(...)como sendo devida à conversão de um nêutron em um próton e um elétron,
com emissão deste último, acompanhado de urna partícula sem carga e com
_massa zero_ ou muito pequena, o antineutrino (v*),

[Nota: Com o objetivo de explicar certas dificuldades inerentes à
desintegração b- (conservação de energia, quantidade de movimento e momento
angular) Pauli propôs a existência do neutrino. Posteriormente encontraram
dois tipos de neutrino: na desintegração b- é emitido um antineutrino.]"

O que queres dizer é que se encontraram mais dois tipos de neutrino (taonico
e muonico se não me falha a memoria) alem do electronico, ou que se
descobriram as anti-particulas ?

Por outro lado, afirmar que os neutrinos não têm massa, parece precipitado
quando isso ainda é tema de testes. Eles parecem ter massa embora muito
pequena.


http://www.feiradeciencias.com.br/sala23/23_MA06.asp


Poe-se ao mesmo nivel o primeiro reactor nuclear com a bomba atomica.

A primeira bomba atomica não fazia uso da fissão. Simplesmente comprimia os
nucleos muito (por explosão comum de explosivos), de forma a que a
instabilidade os fazia explodir. É mais uma fusão mal sucedida que uma
fissão. Não ?

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] Radiatividade/Fissao e Fusão
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/04/2002 20:30

Sérgio:

| http://www.feiradeciencias.com.br/sala23/23_MA05.asp
|
| "
| (...)como sendo devida à conversão de um nêutron em um próton e um elétron,
| com emissão deste último, acompanhado de urna partícula sem carga e com
| _massa zero_ ou muito pequena, o antineutrino (v*),
|
| [Nota: Com o objetivo de explicar certas dificuldades inerentes à
| desintegração b- (conservação de energia, quantidade de movimento e momento
| angular) Pauli propôs a existência do neutrino. Posteriormente encontraram
| dois tipos de neutrino: na desintegração b- é emitido um antineutrino.]"
|
| O que queres dizer é que se encontraram mais dois tipos de neutrino (taonico
| e muonico se não me falha a memoria) alem do electronico, ou que se
| descobriram as anti-particulas ?

Léo: Concordo que o parágrafo não ficou lá essas coisas! ... mas foi a melhor maneira que encontrei para 'cortar' caminho num texto de ensino médio.

|
| Por outro lado, afirmar que os neutrinos não têm massa, parece precipitado
| quando isso ainda é tema de testes. Eles parecem ter massa embora muito
| pequena.

Léo: Quanto o "parecem" tornar-se fato, com toda satisfação alterarei o texto e acrescentarei a massa do neutrino :-)))
|
|
| http://www.feiradeciencias.com.br/sala23/23_MA06.asp
|
|
| Poe-se ao mesmo nivel o primeiro reactor nuclear com a bomba atomica.
|
| A primeira bomba atomica não fazia uso da fissão. Simplesmente comprimia os
| nucleos muito (por explosão comum de explosivos), de forma a que a
| instabilidade os fazia explodir. É mais uma fusão mal sucedida que uma
| fissão. Não ?

Léo: Aqui vc tem razão. Trocarei o "eis a bomba atômica" por "eis um exemplo de reação em cadeia". Perceba que passei muito rápido sobre o tema, nem falei em 'massa crítica'!

Agradeço,

Léo
===================




SUBJECT: Stephen Wolfram: uma nova ciencia...?
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/04/2002 09:38

A New Kind of Science - Stephen Wolfram
http://www.wolframscience.com/
http://www.amazon.com/exec/obidos/tg/stores/detail/-
/books/1579550088/reviews/ref=pd_sim_books/002-3555606-4439207

Ou uma nova pretensao?

[]s,

Roberto Takata





SUBJECT: Re: [ciencialist] Radiatividade/Fissao e Fusão
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/04/2002 10:23

Sérgio:

| http://www.feiradeciencias.com.br/sala23/23_MA05.asp
|
| "
| (...)como sendo devida à conversão de um nêutron em um próton e um elétron,
| com emissão deste último, acompanhado de urna partícula sem carga e com
| _massa zero_ ou muito pequena, o antineutrino (v*),
|
| [Nota: Com o objetivo de explicar certas dificuldades inerentes à
| desintegração b- (conservação de energia, quantidade de movimento e momento
| angular) Pauli propôs a existência do neutrino. Posteriormente encontraram
| dois tipos de neutrino: na desintegração b- é emitido um antineutrino.]"
|
| O que queres dizer é que se encontraram mais dois tipos de neutrino (taonico
| e muonico se não me falha a memoria) alem do electronico, ou que se
| descobriram as anti-particulas ?

Léo: Concordo que o parágrafo não ficou lá essas coisas! ... mas foi a melhor maneira que encontrei para 'cortar' caminho num texto de ensino médio.

|
| Por outro lado, afirmar que os neutrinos não têm massa, parece precipitado
| quando isso ainda é tema de testes. Eles parecem ter massa embora muito
| pequena.

Léo: Quanto o "parecem" tornar-se fato, com toda satisfação alterarei o texto e acrescentarei a massa do neutrino :-)))
|
|
| http://www.feiradeciencias.com.br/sala23/23_MA06.asp
|
|
| Poe-se ao mesmo nivel o primeiro reactor nuclear com a bomba atomica.
|
| A primeira bomba atomica não fazia uso da fissão. Simplesmente comprimia os
| nucleos muito (por explosão comum de explosivos), de forma a que a
| instabilidade os fazia explodir. É mais uma fusão mal sucedida que uma
| fissão. Não ?

Léo: Aqui vc tem razão. Trocarei o "eis a bomba atômica" por "eis um exemplo de reação em cadeia". Perceba que passei muito rápido sobre o tema, nem falei em 'massa crítica'!

Agradeço,

Léo
===================




SUBJECT: Re: [ciencialist] Paquimetro ... especial para Ivane Santos
FROM: "Silvio Cordeiro" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/04/2002 10:24

Caro Léo (Caróleo?)

Pudera eu responder ao seu instigante questionamento, abriria um site gramatical....
sou um simples estudante, fazendo cursinho pro SOBRAL...
sds,
silvio vernier.

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, April 24, 2002 9:03 AM
Subject: Re: [ciencialist] Paquimetro ... especial para Ivane Santos


He he he ... coitada da Ivone.

Mas, Sílvio, aproveitando sua mensagem, responda o seguinte:

Por que paquímetro e não pacômetro?
Por que cronômetro e não cronímetro?
Por que amperômetro e não amperímetro?
Por que voltômetro e não voltímetro?
Por que hodômetro e não hodímetro?
Por que dinamômetro e não dinamímetro?
Por que dosímetro e não dosômetro?
Por que sonômetro e não sonímetro?
Por que esferômetro e não esferímetro?
Por que tacômetro e não taquímetro?

Ao fim e ao cabo, por que uns terminam (corretamente ou não) em 'ímetro' e outros em
'ômetro'?

[]'
Léo
===========

-----Mensagem Original-----
De: "Silvio Cordeiro" <scf@escelsa.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 24 de abril de 2002 19:06
Assunto: Re: [ciencialist] Paquimetro ... especial para Ivane Santos


| Ivane:
|
| Vs. obterá muitas informações no site do IBAMA onde esse curioso instrumento que
os
| fiscais usam para medir pacas selvagens é mostrado em prosa e verso.
|
| Na Barsa também tem. fica pertinho do Paquistão.
|
| silvio, o ecólogo.
|
|
|
| E-mail: ivanesantos@ig.com.br
| Nome: Ivane Santos
| Cidade: Guarulhos
| UF: SP
| Nível de Escolaridade: Universitário
| Profissão: Estudante
| Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
| Dúvida/Sugestão: Por favor gostaria de saber tudo sobre paquimetro, e eu não
consigo
| achar, se possível me indique um site. Obrigada
|
|



SUBJECT: RE: [ciencialist] Stephen Wolfram: uma nova ciencia...?
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/04/2002 10:37

>TAKATA: A New Kind of Science - Stephen Wolfram [...]
Ou uma nova pretensao?<

Sei não, Takata. Esses anos todos vivendo na América do Norte me
tornaram cético com relação a qualquer iniciativa que parta de uma
corporação. Esse livro tem muitas das características típicas da
desonestidade intelectual: (a) Vem sendo anunciado há muito tempo, com
grande fanfarra, como uma nova marca de desodorante; (b) o website só
tem palavrório, sem nenhuma indicação mais precisa da tal nova ciência;
(c) a idéia é divulgada primeiro pela imprensa leiga; (d) para realizar
os experimentos descritos pelo autor, ao que parece, é preciso comprar o
produto de sua empresa, o software Mathematica.

Concedo ao autor o benefício da dúvida, mais por seu currículo do que
por outra coisa. Mas que fica uma coisinha me soprando no ouvido que é
picaretagem, isso fica.

Colucci




SUBJECT: Japao e as duvidas do Sandro
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/04/2002 10:38


-----Mensagem Original-----
De: sandro_rogériops@ig.com.br
Para: leo@barretos.com.br
Enviada em: sexta-feira, 26 de abril de 2002 09:38
Assunto: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.





E-mail: sandro_rogériops@ig.com.br
Nome: Sandro Rogério
Cidade: Barueri
UF: SP
Nível de Escolaridade: Básico/Fundamental
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: gostaria de saber qual a umidade do ar no japão? temperatura no japão? Simbolos nacionais? dominio da internet? porcentagem da populacão com acesso a internet? personalidades históricas? ja foi colonia? de qual país?


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Polarizacao e Geografia ???
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/04/2002 10:39


-----Mensagem Original-----
De: elisabeth_cs@hotmail.com
Para: leo@barretos.com.br
Enviada em: sexta-feira, 26 de abril de 2002 10:17
Assunto: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.





E-mail: elisabeth_cs@hotmail.com
Nome: Elisabeth
Cidade: São Caetano do Sul
UF: sp
Nível de Escolaridade: Básico/Fundamental
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: Gostaria de saber sobre polarização, mas é relacionado a Geografia, não consigo encontrar nada na internet. Por favor o Sr pode me ajudar? Obrigada


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Animais nobres ?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/04/2002 10:42


-----Mensagem Original-----
De: marciorogerio1@hotmail.com
Para: leo@barretos.com.br
Enviada em: sexta-feira, 26 de abril de 2002 10:32
Assunto: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.

E-mail: marciorogerio1@hotmail.com
Nome: marcio
Cidade: londrina
UF: pr
Nível de Escolaridade: Médio
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
Dúvida/Sugestão: por que alguns animais tem sangue azul? por que o leite derrama e agua nao?qual a diferença entre light e diet?


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Mensagem fantasma (era Re: Stephen Wolfram: uma nova ciencia...?)
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/04/2002 10:50

Na página inicial do grupo
(http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/)

A mensagem do Takata apareceu associada ao resumo de uma mensagem que
eu enviei anteontem, sobre Newton, mas que nunca apareceu na lista...
Aliás, minhas duas últimas mensagens não apareceram. Pelo menos não
no arquivo on-line.





--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> A New Kind of Science - Stephen Wolfram
> http://www.wolframscience.com/
> http://www.amazon.com/exec/obidos/tg/stores/detail/-
> /books/1579550088/reviews/ref=pd_sim_books/002-3555606-4439207
>
> Ou uma nova pretensao?
>
> []s,
>
> Roberto Takata



SUBJECT: Re: Stephen Wolfram: uma nova ciencia...?
FROM: "andrediasbaptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/04/2002 11:20

A teoria não sei, mas o marketing até agora está muito bom :-)

Porque esse preconceito, pessoal. Será que um livro só será sério de
for lançado com discrição, numa livrariazinha escondida num beco
qualquer?

"O negócio desse país (os EUA) são os negócios"
"o marketing é a alma do negócio"

[]´s

André

--- Em ciencialist@y..., "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@r...>
escreveu
> >TAKATA: A New Kind of Science - Stephen Wolfram [...]
> Ou uma nova pretensao?<
>
> Sei não, Takata. Esses anos todos vivendo na América do Norte me
> tornaram cético com relação a qualquer iniciativa que parta de uma
> corporação. Esse livro tem muitas das características típicas da
> desonestidade intelectual: (a) Vem sendo anunciado há muito tempo,
com
> grande fanfarra, como uma nova marca de desodorante; (b) o website

> tem palavrório, sem nenhuma indicação mais precisa da tal nova
ciência;
> (c) a idéia é divulgada primeiro pela imprensa leiga; (d) para
realizar
> os experimentos descritos pelo autor, ao que parece, é preciso
comprar o
> produto de sua empresa, o software Mathematica.
>
> Concedo ao autor o benefício da dúvida, mais por seu currículo do
que
> por outra coisa. Mas que fica uma coisinha me soprando no ouvido
que é
> picaretagem, isso fica.
>
> Colucci



SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: Stephen Wolfram: uma nova ciencia...?
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/04/2002 11:46

>ANDRÉ DIAS BAPTISTA: Porque esse preconceito, pessoal. Será que um
livro só será sério de for lançado com discrição, numa livrariazinha
escondida num beco
qualquer?<

Não exatamente. Um teoria que revolucionará todos os ramos da ciência
tem mais chance de ser levada a sério se for publicada com grande
fanfarra na Nature -- apesar dessa revista já ter publicado muita
bobagem. Melhor ainda seria uma publicação especializada na área exata
do assunto (Wolfram não diz qual é, se física, matemática, lógica ou
computação), com comitê revisor.

Publicar para o público leigo antes de expor-se ao escrutínio dos
especialistas é uma tática pouco usual. E levanta suspeitas.

Colucci



SUBJECT: Re: Animais nobres ?
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/04/2002 12:38

>qual a diferença entre light e diet?

light é para não engordar, diet é para emagrecer.

O termo diet foi passando a light que é mais politicamente correcto.

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: Stephen Wolfram: uma nova ciencia...?
FROM: "sergiotaborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/04/2002 12:47


> >ANDRÉ DIAS BAPTISTA: Porque esse preconceito, pessoal. Será que um
> livro só será sério de for lançado com discrição, numa livrariazinha
> escondida num beco
> qualquer?<
>
> Não exatamente. Um teoria que revolucionará todos os ramos da
ciência
> tem mais chance de ser levada a sério se for publicada com grande
> fanfarra na Nature

Do pouco que se pode ler no site, a ideia que me ficou é que uma
ideia para revolucionar a ciencia. A ciencia e não cada um dos seus
ramos. A forma de fazer e educar para a ciencia e não aquilo que é
ciencia ou deixa de ser.

Portanto, a publicação na Nature é offtopic.
Além disso, ninguem publica livros na Nature.

O livro parece ser uma prespectiva do autor, e pelos vistos não é um
artigo cientifico (ai sim, teria de ir para a Nature, Science, etc)

Não se trata, pelo que entendi, de lançar uma nova equação
desconhecida que resolve todos os problemas. Mas sim, uma nova
prespectiva etica, digamos assim, para trabalhar em e com, ciencia.


[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: Animais nobres ?
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/04/2002 13:09

>Sérgio Taborda: qual a diferença entre light e diet? light é para não
engordar, diet é para emagrecer. O termo diet foi passando a light que é
mais politicamente correcto.

Na verdade, quando a classificação começou a ser adotada nos EUA, o
termo "light" era usado para produtos com baixo teor de gordura saturada
(para quem quer controlar o colesterol), mas não necessariamente pouco
calóricos ou sem açúcar. O termo "diet" era usado para produtos de baixo
valor calórico, geralmente com adoçantes artificiais. Hoje está tudo
bagunçado.




SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Animais nobres ?
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/04/2002 13:35

> De: sergiotaborda [mailto:sergiotaborda@netcabo.pt]
>
> >qual a diferença entre light e diet?
>
> light é para não engordar, diet é para emagrecer.
>
> O termo diet foi passando a light que é mais politicamente correcto.

Light são alimentos hipocalóricos;
Diet são alimentos para pessoas que necessitam de dieta especial, seja para
emagracer, ganhar peso ou por causa de alergias e hipersensibilidades.

[]'s

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Japao e as duvidas do Sandro
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/04/2002 13:57

http://encarta.msn.com/find/Concise.asp?z=1&pg=2&ti=761566679
http://travel.dk.com/wdr/JP/mJP_Intr.htm
http://www.japan-zone.com/omnibus/

A UR do ar varia muito - de acordo com o local, horario e epoca do
ano.

A pluviosidade (quantidade de chuva) media de jan (inverno) fica em
torno de 50 mm. Em jun (verao) fica em torno de 150 mm. O mes mais
chuvoso e' set com cerca de 250 mm de pluviosidade media.

A temperatura media de jan e' por volta de -1oC (um grau Celsius
negativo). Em agosto atinge os 30oC.

Simbolos nacionais:
*hino nacional: Kimigayo - http://www.japanorama.com/kimigayo.html
*bandeira nacional: Hinomaru - retangular com um circulo vermelho
centrado sobre um campo branco -- simbolizando um sol nascente.
*flor nacional: cerejeira
*ave nacional: faisao

O Japao nunca esteve sob tutela de um estado estrangeiro -- embora
logo apos a 2a. guerra tenha se submetido a diversas sancoes:
restricoes militares, renuncia do poder divino do imperador e outras
mais.

As principais personalidades sao os imperadores (destaque para
Horohito - o ultimo imperador divino), militares da segunda guerra
(herois de guerra por la' e criminosos de guerra pelo lado vencedor:
Gal. Tojo Hideki, os camicases). E tbm alguns idolos do esporte como
o sumotori (lutador de sumo) Konishiki.

O dominio de internet, como a de qq outro pais ou territorio, segue
o padrao ISO 3166 de representacao de paises com duas letras: jp.

O Japao tem cerca de 18 milhoes de usuarios de internet -- o q. da'
por volta de 15% da populacao com acesso 'a internet.

[]s,

Roberto Takata

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> escreveu
> E-mail: sandro_rogériops@i...
> Nome: Sandro Rogério
> Cidade: Barueri
> UF: SP
> Nível de Escolaridade: Básico/Fundamental
> Profissão: Estudante
> Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 01
> Dúvida/Sugestão: gostaria de saber qual a umidade do ar no japão?
temperatura no japão? Simbolos nacionais? dominio da internet?
porcentagem da populacão com acesso a internet? personalidades
históricas? ja foi colonia? de qual país?




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Stephen Wolfram: uma nova ciencia...?
FROM: Joao Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/04/2002 14:41



andrediasbaptista wrote:
>
> A teoria não sei, mas o marketing até agora está muito bom :-)
>
> Porque esse preconceito, pessoal. Será que um livro só será sério de
> for lançado com discrição, numa livrariazinha escondida num beco
> qualquer?
>
> "O negócio desse país (os EUA) são os negócios"
> "o marketing é a alma do negócio"

E que tal (verdades geradas por algoritmo, a la Stephen Wolfram):

O negócio é o marketing da alma.
O negócio é a alma do marketing.
A alma é o negócio do marketing.
A alma é o marketing do negócio.
O marketing é o negócio da alma.
O negócio do marketing é a alma.
O negócio da alma é o marketing.
A alma do marketing é o negócio.
O marketing do negócio é a alma.

O negócio é o segredo da alma.
O negócio é a alma do segredo.
A alma é o negócio do segredo.
A alma é o segredo do negócio.
O segredo é o negócio da alma.
O negócio do segredo é a alma.
O negocio da alma é o segredo.
A alma do segredo é o negócio.
O segredo do negócio é a alma.

O negócio é o marketing do segredo.
O negócio é o segredo do marketing.
O segredo é o negócio do marketing.
O segredo é o marketing do negócio.
O marketing é o negócio do segredo.
O negócio do marketing é o segredo.
O negócio do segredo é o marketing.
O segredo do marketing é o negócio.
O marketing do negócio é é o segredo.

etc etc

Joao
http://www.nonio.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Stephen Wolfram: uma nova ciencia...?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/04/2002 15:01

----- Original Message -----
From: "Jose Colucci Jr. (Home)"
Sent: Friday, April 26, 2002 11:46 AM
Subject: RE: [ciencialist] Re: Stephen Wolfram: uma nova ciencia...?

> Publicar para o público leigo antes de expor-se ao escrutínio dos
> especialistas é uma tática pouco usual. E levanta suspeitas.

Nem todo revolucionário encontra pela frente um editor do porte de Planck.
Por outro lado, se o ceticismo apontado em outra de suas mensagens
relaciona-se à "fanfarra" e/ou venda de software por parte do autor,
realmente isso cheira-me a picaretagem.

Lembro que o autor tem muitos artigos publicados em revistas convencionais e
embora não tenha lido nenhum deles, pelos abstracts percebe-se que o autor
não é tão revolucionário assim (vide
http://www.stephenwolfram.com/publications/articles/ ). Não vejo diferença
alguma entre as fanfarronices do autor citado e aquelas apresentadas pelos
quânticos das últimas décadas (de 1960 para cá). Estão todos propondo
grandes revoluções desde que se conservem suas excêntricas megalomanias,
desde que se mantenha o status atual. Na realidade, estão todos lutando com
armas e dentes para defender e manter uma física que está com seus dias
contados e que passará para a história ao lado das teorias dos epiciclos, do
flogisto e do calórico.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm

PS: Não deixe para amanhã o que pode fazer hoje. Estude física quântica
antes que ela acabe. ;-)



SUBJECT: Re: [ciencialist] Stephen Wolfram: uma nova ciencia...?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/04/2002 15:52

Em 'sneak preview' do site Wolfram vejam algumas páginas do livro. Basta clicar na miniatura da página que ela abre.

[]'
Léo
==========

-----Mensagem Original-----
De: "Jose Colucci Jr. (Home)" <j.colucci@rcn.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: sexta-feira, 26 de abril de 2002 10:37
Assunto: RE: [ciencialist] Stephen Wolfram: uma nova ciencia...?


>TAKATA: A New Kind of Science - Stephen Wolfram [...]
Ou uma nova pretensao?<

Sei não, Takata. Esses anos todos vivendo na América do Norte me
tornaram cético com relação a qualquer iniciativa que parta de uma
corporação. Esse livro tem muitas das características típicas da
desonestidade intelectual: (a) Vem sendo anunciado há muito tempo, com
grande fanfarra, como uma nova marca de desodorante; (b) o website só
tem palavrório, sem nenhuma indicação mais precisa da tal nova ciência;
(c) a idéia é divulgada primeiro pela imprensa leiga; (d) para realizar
os experimentos descritos pelo autor, ao que parece, é preciso comprar o
produto de sua empresa, o software Mathematica.

Concedo ao autor o benefício da dúvida, mais por seu currículo do que
por outra coisa. Mas que fica uma coisinha me soprando no ouvido que é
picaretagem, isso fica.

Colucci






SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: Stephen Wolfram: uma nova ciencia...?
FROM: "Jose Colucci Jr. \(Home\)" <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/04/2002 18:15

João,

Não mande esse negócio para nenhum jornal brasileiro, senão eles
publicam no suplemento literário como poesia concreta.

Colucci

---------------------------------------------
Joao Mário Miranda:

E que tal (verdades geradas por algoritmo, a la Stephen Wolfram):

O negócio é o marketing da alma.
O negócio é a alma do marketing.
A alma é o negócio do marketing.
A alma é o marketing do negócio.
O marketing é o negócio da alma.
O negócio do marketing é a alma.
O negócio da alma é o marketing.
A alma do marketing é o negócio.
O marketing do negócio é a alma.

O negócio é o segredo da alma.
O negócio é a alma do segredo.
A alma é o negócio do segredo.
A alma é o segredo do negócio.
O segredo é o negócio da alma.
O negócio do segredo é a alma.
O negocio da alma é o segredo.
A alma do segredo é o negócio.
O segredo do negócio é a alma.

O negócio é o marketing do segredo.
O negócio é o segredo do marketing.
O segredo é o negócio do marketing.
O segredo é o marketing do negócio.
O marketing é o negócio do segredo.
O negócio do marketing é o segredo.
O negócio do segredo é o marketing.
O segredo do marketing é o negócio.
O marketing do negócio é é o segredo.

etc etc

Joao
http://www.nonio.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Stephen Wolfram: uma nova ciencia...?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/04/2002 19:33

----- Original Message -----
From: "Joao Mário Miranda"
Sent: Friday, April 26, 2002 2:41 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Stephen Wolfram: uma nova ciencia...?

> E que tal (verdades geradas por algoritmo, a la Stephen Wolfram):

> O negócio é o marketing da alma.
> O negócio é a alma do marketing.
> A alma é o negócio do marketing.
> etc.

Eu diria que são "verdades" geradas pelo algoritmo a la físicos "modernos".
Se duvida leia, por exemplo, o artigo "The nature of fields" de Amos Harpaz
em http://www.iop.org/EJ3-Links/71/PoxI5BfUqnCI8V5wADQg3Q/ej2304.pdf

Eu poderia citar milhares de outros de minha coleção intitulada "Asneiras
ditas por físicos 'modernos'". Essas asneiras são repetidas não apenas no
Eur. J. Phys. mas em todas (eu disse TODAS) as revistas "consideradas" como
de elevado conceito entre os físicos "modernos". Vejam, por exemplo, o
seguinte parágrafo pinçado entre outras asneiras ditas pelo Harpaz:

"The concept of field was used long ago, during the era of Newtonian
mechanics. As long as an interaction between two particles was considered to
take place at an infinite velocity, it could be considered that two distant
objects mutually interact immediately, and the concept of field could be
considered just as a convenient way to describe the distribution of force in
space. When the theory of relativity was established, it became clear that
an interaction between two particles takes place with a infinite velocity,
and the demand of conservation of energy and momentum dictates that the
concept of a field becomes more realistic. We may quote here Landau and
Lifshitz [3]: 'in the theory of relativity, because of the infinite velocity
of propagation of interactions, the situation is changed dramatically. . . .
A change in the position of one of the particles influences other particles
only after a lapse of a certain time interval.This means that the field
itself acquires physical reality'."

Essa mentira descarada é repetida a toda hora e por quase todos (eu disse
quase TODOS) os "físicos de respeito" da atualidade. E no entanto, qualquer
um que se der ao capricho de estudar um pouquinho de história da ciência
verificará que a idéia da ação a distância "não intermediada por nada" foi
algo que entrou na física clássica pela porta dos fundos, através do
prefácio da segunda edição dos Principia de Newton, publicada em 1917 (o
Principia foi concebido em 1666 e publicado em 1687) e escrito NÃO POR
NEWTON mas por Roger Cotes. Maxwell, dentre outros físicos clássicos de
respeito, refere-se a esse absurdo, muito apropriadamente, como DOGMA DE
COTES.

Porquê então os *pouquíssimos* físicos "modernos" que se dão ao luxo de
estudar o assunto fazem questão de manter essa falácia? Simplesmente porque
"o segredo é a alma do negócio".

Moral da história: Quando um físico "moderno" fala em *física clássica*
entenda-se * a fisica de Cotes*, um ilustre e "providencial" desconhecido
que preparou uma arapuca onde os construtores da física moderna caíram.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm

"Que a gravitação seja inata, inerente e essencial à matéria, de modo que um
corpo possa atuar sobre outro a distância, através do vácuo, sem a mediação
de mais nenhuma coisa, pela qual e através da qual sua ação e sua força
fosse transportada de um até outro, é para mim absurdo tão grande, que
acredito que homem algum QUE TENHA EM QUESTÕES FILOSÓFICAS COMPETENTE
FACULDADE DE PENSAR possa cair nele." -- Isaac Newton



SUBJECT: Direito de morrer
FROM: "Fabiano Reis" <fab.reis@terra.com.br>
TO: "Espiritismo NET" <espiritismonet@yahoogrupos.com.br>, Ciência List <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, "Lista Vital" <listavital@yahoogroups.com>, Acrópolis <acropolis@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/04/2002 20:19

Mulher tetraplégica ganha batalha pelo direito de morrer

Terra Notícias, 22 de março de 2002

O tribunal superior de Londres anunciou hoje que uma mulher tetraplégica que
não quer passar o resto de sua vida em uma cama tem o direito de pedir que
lhe tirem os aparelhos de respiração artificial. Esta é a primeira vez que
uma paciente com estado de saúde estacionário ganha da Justiça britânica o
direito de morrer. Os casos anteriores de eutanásia eram de pessoas que a
saúde piorava claramente.

A mulher, que não pode ser identificada por razões legais, tem 43 anos e
está paralisada do pescoço para baixo há mais de um ano, quando rompeu uma
veia do pescoço. Os médicos se negaram a aceitar seu pedido porque o
consideravam contrário à ética profissional, fazendo com que ela tivesse que
apelar a justiça.

A paciente, que não tem filhos, havia dito que não valia a pena viver em uma
cama de hospital porque não tinha os recursos financei0ros do ator
Christopher Reeves, também tetraplégico, para que a ajudem com os
tratamentos adequados. Os médicos afirmaram que a paciente tem somente 1% de
possibilidade de melhorar sua condição.





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Animais nobres ?
FROM: "Raul Sturari Jr." <sturari@brturbo.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/04/2002 00:21

Quando obrigaram a coca-cola diet a trocar o nome para light, o argumento era de que:

Light = menos calorias
Diet = sem açúcar

Quem regula isso? Não sei. Anvisa?

[:: R4u2 S7uR4RI ::]


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Stephen Wolfram: uma nova ciencia...?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/04/2002 10:17

Em 'sneak preview' do site Wolfram vejam algumas páginas do livro. Basta clicar na miniatura da página que ela abre.

[]'
Léo
==========

-----Mensagem Original-----
De: "Jose Colucci Jr. (Home)" <j.colucci@rcn.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: sexta-feira, 26 de abril de 2002 10:37
Assunto: RE: [ciencialist] Stephen Wolfram: uma nova ciencia...?


>TAKATA: A New Kind of Science - Stephen Wolfram [...]
Ou uma nova pretensao?<

Sei não, Takata. Esses anos todos vivendo na América do Norte me
tornaram cético com relação a qualquer iniciativa que parta de uma
corporação. Esse livro tem muitas das características típicas da
desonestidade intelectual: (a) Vem sendo anunciado há muito tempo, com
grande fanfarra, como uma nova marca de desodorante; (b) o website só
tem palavrório, sem nenhuma indicação mais precisa da tal nova ciência;
(c) a idéia é divulgada primeiro pela imprensa leiga; (d) para realizar
os experimentos descritos pelo autor, ao que parece, é preciso comprar o
produto de sua empresa, o software Mathematica.




SUBJECT: luz absoluta
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/04/2002 11:21

Pretendo enviar essa resposta para o Ambrósio cuja dúvida enviada ao Perfil/Feira de Ciências foi:

"Assunto: luz absoluta

por favor qual o mecnismo real claro inteligivel para mortais comuns leigos em fisica de particulas como a LUZ se comporta de forma absoluta.
Sou medico e ministro aulas de teologia numa faculdade interessada harmonia universal
ambrosio"

que acham?

================================
Oi Ambrósio, tudo bem?

O entendimento das fundações da cosmologia têm sido um dos maiores desafios da humanidade. Apesar de conhecermos a luz, suas características e seus efeitos, ainda não temos a última palavra sobre sua estrutura íntima.
As últimas teorias, baseadas em modelos matemáticos, são de difícil compreensão e de visualização quase impossível para nós, os leigos.
O modelo matemático está trabalhando com um universo de 10 ou 11 dimensões e com um espaço/tempo deformado pelas perturbações gravitacionais, gerando equações de dificílima resolução.
Em todo o mundo, apenas uma dezena de mentes privilegiadas consegue entender e empurrar um pouquinho para a frente os limites de nosso conhecimento nesta área.
A supersimetria tem facilitado a resolução de algumas destas equações e o resultado indica que o modelo matemático é consistente, animando estes pesquizadores a continuar.
A teoria das cordas ou supercordas tentam encontrar a definição final da cosmologia, unindo nosso universo macro (nós, planetas, estrelas, galáxias, quasares) com a teoria quântica conhecida.
Esta teoria está baseada em um modelo, onde tudo que existe é formado por cordas. Corda foi o nome dado a uma onda que vibra em frequencias específicas, não bidimensionalmente, como as cordas de um violino, mas em multiplas dimensões do espaço.
Estas cordas seriam os compomentes elementares de tudo o que existe.
O fótom, a partícula da luz, também seria formada por cordas vibrantes que determinariam as suas características de massa, energia, velocidade, etc.
Para conhecer melhor as últimas teorias da cosmologia, recomendo que você leia "O universo elegante", um livro que mostra numa linguagem acessível estes progressos.
A cosmologia é um assunto fascinante e que interessa a todos que tentam, de alguma forma, entender racionalmente o universo que nos rodeia e responder às pergunta fundamentais: de onde viemos, por quê, e para onde vamos.

Obrigado pela visita e volte sempre.

Abraço
Léo



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Consulente iniciante
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/04/2002 15:10

Que digo para nosso amigo iniciante ... que o mundo é bom e a felicidade logo existe! (roberto carlos)?
[]'
Léo
===================
-----Mensagem Original-----
De: sysrqbr@yahoo.com.br
Para: leo@barretos.com.br
Enviada em: sábado, 27 de abril de 2002 12:27
Assunto: Perfil Feira de Ciências, dúvidas e sugestões.

E-mail: sysrqbr@yahoo.com.br
Nome: Antonio
Cidade: Ribeirao Preto
UF: SP
Nível de Escolaridade: Universitário
Profissão: Estudante
Sala de Dúvida/Sugestão: Sala 23
Dúvida/Sugestão: Olá. Descobri seu site ... UAUUU! Parabéns! Sou ingressante em Física, e gostaria de saber quais seriam os conselhos para quem está iniciando seus estudos nessa ciência, e se interessa por física moderna. Já ouvi histórias de que esse ramo da física seria uma "viagem" e outras dizendo que são real essas teorias. Indicações de livros são bem-vindas. Obrigado.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] luz absoluta
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/04/2002 15:21



Pretendo enviar essa resposta para o Ambrósio cuja dúvida enviada ao
Perfil/Feira de Ciências foi:

>"Assunto: luz absoluta
>
>por favor qual o mecnismo real claro inteligivel para mortais comuns
leigos em fisica de particulas >como a LUZ se comporta de forma absoluta.
>Sou medico e ministro aulas de teologia numa faculdade interessada harmonia
universal
>ambrosio"

eu gostaria de saber o que quer significar com " comportar de forma
absoluta"
Entrevejo que tenha alguma coisa a ver com velocidade absoluta, ou algo a
ver com a luz ser uma 'coisa à parte'

>que acham?

Acho que no fundo,no fundo, és um mistico tu mesmo.

>================================
>Oi Ambrósio, tudo bem?

>O entendimento das fundações da cosmologia

O que tem isto a ver com a pergunta ?

> têm sido um dos maiores desafios da humanidade. Apesar de conhecermos a
luz, suas >características e seus efeitos, ainda não temos a última palavra
sobre sua estrutura íntima.
>As últimas teorias, baseadas em modelos matemáticos, são de difícil
compreensão e de visualização >quase impossível para nós, os leigos.
>O modelo matemático está trabalhando com um universo de 10 ou 11 dimensões
e com um >espaço/tempo deformado pelas perturbações gravitacionais, gerando
equações de dificílima >resolução.

São 10 dimensões *matemáticas* de espaço com uma de tempo, das quais 7 se
encontram "enroladas" (curled) nos pontos dos espaço 3D a que temos acesso.

Mas tudo isto são teorias fantasiosas que não apresentaram ainda qq
viabilidade. É apenas teoria, conjecturas matemáticas que ainda não passaram
a ser fisica. E muito menos a ser uma visão standard representativa dos
nosso conhecimentos sobre o universo , o mundo e a luz.

"impossiveis para nós leigos"
"dificilicima resolução"
"Em todo o mundo, apenas uma dezena de mentes privilegiadas consegue
entender"

Tudo afirmações de instigação ao misticismo cientifico
Leia-se "Quanto mais misticio melhor que é para ninguem poder duvidar da
autenticidade das afirmações ditas por meia duzia de super-dotados que estão
em sitnonia com o Tudo, Com os que são a Teoria do Tudo".

>A supersimetria tem facilitado a resolução de algumas destas equações e o
resultado indica que o >modelo matemático é consistente, animando estes
pesquizadores a continuar.

Sublinhe-se _modelo matemático_. Não é um modelo fisico ainda.

>Para conhecer melhor as últimas teorias da cosmologia, recomendo que você
leia "O universo >elegante", um livro que mostra numa linguagem acessível
estes progressos.
>A cosmologia é um assunto fascinante e que interessa a todos que tentam, de
alguma forma, >entender racionalmente o universo que nos rodeia e responder
às pergunta fundamentais: de onde >viemos, por quê, e para onde vamos.

Não respondeste à pergunta.
Então e as velhas conclusões de Maxwell e Hertz ? Os anos de esperiencias,
as tecnologias baseadas num entendimento da radiação? E as experiencias da
fisica quantica, Plank (radiação do corpo negro), Eisntei (efeito
fotoelectrico) ? A natureza do espectro Electro-magnético ? A velocidade
independnete do emissor e dependente do meio de propagação ? Da teoria do
arther à teoria da relatividade ?
Os buracos negros, astros tão densos que a velocidade de escape é superior à
da luz ?
E pq não uma resposta baseada em coisas que sabemos, em vez de coisas que
imaginamos saber ?

O ´homem é teologo interessado em harmonia universal... achas que "luz" na
ideia dele é o mesmo que "luz" na ideia de um fisico ?
Era necessário saber o que ele quer saber para poder proceder a um
esclarecimento.

O que escreveste, não só não responde à pergunta (pq aliás é dificil saber o
que se pergunta), como alimenta o lado mistico. O homem vai ficar a saber o
mesmo e a pensar que existe alguem no mundo que realmente sabe o que é a
luz...essas tais mentes preveligiadas...


[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] Consulente iniciante
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/04/2002 15:43


>Dúvida/Sugestão: Olá. Descobri seu site ... UAUUU! Parabéns! Sou
ingressante em Física, e >gostaria de saber quais seriam os conselhos para
quem está iniciando seus estudos nessa ciência, e >se interessa por física
moderna.

A fisica é uma ciencia natural. Primeiro deve tentar compreender o que esta
frase significa.
Conhecer a filosofia da ciencia natural, e da fisica particularmanete (elas
se confundem em muitos pontos)
Depois, a fisica é uma ciencia exprimental. Duvide de tudo o que não puder
ser medido.
Peça medidas como provas. Faça medidas para provar o que diz.
Conheça o médoto experimental, as formas rigorosas de medir e avaliar erros
de medida, e outros.

Depois começe pelo básico. Principio da conservação da energia total do
sistema. Principio da conservação do momento linear e angular. As 3 Leis de
Newton. Compreenda-as.
1) Um corpo em movimento permacerá com o mesmo movimento se sobre ele não
for aplicada nenhuma força.
2) Um corpo alterará o seu movimento na razão directa à força que é
aplicado sobre ele e à sua massa inercial. (o famoso F= ma )
3) A uma força , corresponde sempre uma outra força igual de sentido oposto
(A uma acção corresponde uma recção igual e opsota)

Depois, tenha boas bases em matemática.
Calculo integral e diferencial, vectorial e tensorial, e probabilistico

Mas pronto, isso vc vai aprendendo com o tempo e o resto, mas a base é
aquela

[]

Sérgio Taborda




SUBJECT: Re: [ciencialist] luz absoluta
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/04/2002 16:55

He he he .......
O teólogo já me respondeu, e está contentíssimo da vida com a resposta que dei. Pra ele acabei de dissipar todas as suas dúvidas ... e tornei-me seu 'segundo' deus. Quanta sabedoria eu tenho!(segundo ele). Segundo Taborda sou um (oculto) místico científico, um purificador ectoplasmático. Gregos e troianos.

Fiz minha parte, tornei um teólogo contente e realizado. Meu próximo trabalho será: "Cosmologia ... só para teólogos" :-)))

Imagine se eu coloco a resposta a la Taborda, todas aqueles maravilhosos avanços da ciência ... para um teólogo! O que ele entenderia disso tudo? Preferi um monte de cordas e quase que as passo por umas polias celestiais! Um 'moitão' de coisas para ele pensar!

Grato pelos contundentes comentários Sérgio ... espero, seriamente, sempre contar com eles.
[]'
Léo
================

-----Mensagem Original-----
De: "Sérgio Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: sábado, 27 de abril de 2002 15:21
Assunto: Re: [ciencialist] luz absoluta


|
|
| Pretendo enviar essa resposta para o Ambrósio cuja dúvida enviada ao
| Perfil/Feira de Ciências foi:
|
| >"Assunto: luz absoluta
| >
| >por favor qual o mecnismo real claro inteligivel para mortais comuns
| leigos em fisica de particulas >como a LUZ se comporta de forma absoluta.
| >Sou medico e ministro aulas de teologia numa faculdade interessada harmonia
| universal
| >ambrosio"
|
| eu gostaria de saber o que quer significar com " comportar de forma
| absoluta"
| Entrevejo que tenha alguma coisa a ver com velocidade absoluta, ou algo a
| ver com a luz ser uma 'coisa à parte'
|
| >que acham?
|
| Acho que no fundo,no fundo, és um mistico tu mesmo.
|
| >================================
| >Oi Ambrósio, tudo bem?
|
| >O entendimento das fundações da cosmologia
|
| O que tem isto a ver com a pergunta ?
|
| > têm sido um dos maiores desafios da humanidade. Apesar de conhecermos a
| luz, suas >características e seus efeitos, ainda não temos a última palavra
| sobre sua estrutura íntima.
| >As últimas teorias, baseadas em modelos matemáticos, são de difícil
| compreensão e de visualização >quase impossível para nós, os leigos.
| >O modelo matemático está trabalhando com um universo de 10 ou 11 dimensões
| e com um >espaço/tempo deformado pelas perturbações gravitacionais, gerando
| equações de dificílima >resolução.
|
| São 10 dimensões *matemáticas* de espaço com uma de tempo, das quais 7 se
| encontram "enroladas" (curled) nos pontos dos espaço 3D a que temos acesso.
|
| Mas tudo isto são teorias fantasiosas que não apresentaram ainda qq
| viabilidade. É apenas teoria, conjecturas matemáticas que ainda não passaram
| a ser fisica. E muito menos a ser uma visão standard representativa dos
| nosso conhecimentos sobre o universo , o mundo e a luz.
|
| "impossiveis para nós leigos"
| "dificilicima resolução"
| "Em todo o mundo, apenas uma dezena de mentes privilegiadas consegue
| entender"
|
| Tudo afirmações de instigação ao misticismo cientifico
| Leia-se "Quanto mais misticio melhor que é para ninguem poder duvidar da
| autenticidade das afirmações ditas por meia duzia de super-dotados que estão
| em sitnonia com o Tudo, Com os que são a Teoria do Tudo".
|
| >A supersimetria tem facilitado a resolução de algumas destas equações e o
| resultado indica que o >modelo matemático é consistente, animando estes
| pesquizadores a continuar.
|
| Sublinhe-se _modelo matemático_. Não é um modelo fisico ainda.
|
| >Para conhecer melhor as últimas teorias da cosmologia, recomendo que você
| leia "O universo >elegante", um livro que mostra numa linguagem acessível
| estes progressos.
| >A cosmologia é um assunto fascinante e que interessa a todos que tentam, de
| alguma forma, >entender racionalmente o universo que nos rodeia e responder
| às pergunta fundamentais: de onde >viemos, por quê, e para onde vamos.
|
| Não respondeste à pergunta.
| Então e as velhas conclusões de Maxwell e Hertz ? Os anos de esperiencias,
| as tecnologias baseadas num entendimento da radiação? E as experiencias da
| fisica quantica, Plank (radiação do corpo negro), Eisntei (efeito
| fotoelectrico) ? A natureza do espectro Electro-magnético ? A velocidade
| independnete do emissor e dependente do meio de propagação ? Da teoria do
| arther à teoria da relatividade ?
| Os buracos negros, astros tão densos que a velocidade de escape é superior à
| da luz ?
| E pq não uma resposta baseada em coisas que sabemos, em vez de coisas que
| imaginamos saber ?
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| O ´homem é teologo interessado em harmonia universal... achas que "luz" na
| ideia dele é o mesmo que "luz" na ideia de um fisico ?
| Era necessário saber o que ele quer saber para poder proceder a um
| esclarecimento.
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| O que escreveste, não só não responde à pergunta (pq aliás é dificil saber o
| que se pergunta), como alimenta o lado mistico. O homem vai ficar a saber o
| mesmo e a pensar que existe alguem no mundo que realmente sabe o que é a
| luz...essas tais mentes preveligiadas...
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| Sérgio Taborda
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SUBJECT: Re: [ciencialist] luz absoluta
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/04/2002 17:05


>O teólogo já me respondeu, e está contentíssimo da vida com a resposta que
dei. Pra ele acabei de >dissipar todas as suas dúvidas ... e tornei-me seu
'segundo' deus. (...) Um 'moitão' de coisas para ele >pensar!

Duas palavras que me vêem ao pensamento : "Que treta"

[]

Sérgio Taborda



SUBJECT: CULTURA DOS DIREITOS HUMANOS
FROM: "Celso Galli Coimbra" <c.galli@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/04/2002 18:49

Direito_Saúde e Bioética -- 27.04.2002
______________________________

CULTURA DOS DIREITOS HUMANOS

André Franco Montoro*




Não basta ensinar direitos humanos. É preciso criar uma cultura
prática desses direitos. As palavras voam. Os escritos permanecem. Os
exemplos arrastam. O caminho é avançar no exercício da solidariedade.




__RESUMO__




Da Primeira Guerra Mundial (1914-1919) resultaram - como reação e
protesto - o movimento dadaísta, o surrealismo e a angústia existencialista.
A Náusea. O Ser e o Nada.




Da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) resultou - como reação positiva
contra o totalitarismo e a explosão nuclear - a Declaração Universal dos
Direitos Humanos, promulgada pela Assembléia Geral das Nações Unidas, em 10
de dezembro de 1948.




A Declaração Universal é o maior documento do século 20 e afirma -
contra o subjetivismo ético e a pretensa neutralidade do pensamento
positivista - um valor fundamental, universal e objetivo: a pessoa humana e
reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana
(Preâmbulo).




O desrespeito aos direitos humanos fundamentais resulta - como lembra a
Declaração - em atos bárbaros que revoltam a consciência da humanidade.




E o respeito a esses direitos constitui o fundamento da liberdade, da
justiça e da paz, na família, na cidade, no país e no mundo.





__ANTECEDENTES HISTÓRICOS__





A Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada e proclamada pela
Assembléia Geral das Nações Unidas, em 10 de dezembro de 1948, como "o ideal
comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações" é resultado de
uma longa história.





Atribui-se a Nietzsche a afirmação de que o século 20 seria o século das
guerras. Mas a guerra não é apenas luta armada entre nações. Ela tem
conseqüências sociais e culturais imprevisíveis.





A guerra de 1914 correspondeu ao fim de uma época histórica. Nas trincheiras
de batalha enterrou-se a Belle Époque e ruíram as grandes esperanças do
século 19, marcado pelo notável desenvolvimento da ciência e da tecnologia,
com as descobertas do automóvel, do telefone, do avião. A Exposição Mundial
de Paris, em 1900, mostrava orgulhosamente ao mundo todas as conquistas do
século 19 e foi o coroamento da época do otimismo burguês. O pensamento
filosófico dominante era o positivismo de Auguste Comte, que reduzia toda a
sabedoria humana à ciência positiva, físico-matemática. Era o estado
definitivo da humanidade aberto ao progresso.





Com a guerra, a ciência e a técnica passaram a produzir armamentos
terríveis, metralhadoras, tanques, aviões de bombardeio. A euforia da Belle
Epoque se transformou em pesadelo. Milhares de jovens perderam a vida de
forma estúpida. As novas gerações tomaram consciência da falência dos ideais
do século 19 e ergueram-se em protesto. A manifestação artística dessa
revolta eclodiu em plena guerra, em 1915, com o dadaísmo - Dadá, nome
escolhido a esmo num dicionário, com o significado de cavalinho na linguagem
infantil - movimento contra os valores da burguesia, do dinheiro, do
progresso material e da moral de aparências. Nos anos 20, surge em Paris o
movimento surrealista: o que o homem civilizado chama de realidade é apenas
aparência. É preciso ver além das aparências e ir à vida profunda das
coisas. Dadaístas e surrealistas procuravam desmistificar uma sociedade que
acreditava na ciência e no progresso, mas produzia destruição e tragédias. É
nesse quadro histórico que surge a náusea, de Sartre e as diferentes
manifestações do existencialismo, com a consideração pessimista da tragédia
existencial. "O ser e o nada".





A esse clima de negativismo, de desânimo e negação de valores, seguem-se
dias piores, com a crise econômica e o surgimento dos fascismos, o nazismo e
a Segunda Guerra Mundial.





O desastre da Segunda Guerra e a experiência totalitária, com os horrores do
nazismo e do stalinismo provocam não apenas a reação negativa de protesto,
mas, pela primeira vez na história, uma resposta afirmativa em escala
mundial: a Declaração Universal dos Direitos Humanos.





__PESSOA, VALOR FUNDAMENTAL__





Contra os céticos, os neutros e os negadores da significação objetiva da
ética e da justiça, a Declaração Universal é a afirmação solene do valor que
é o fundamento da vida social: "a dignidade inerente a todos os membros da
família humana". As pessoas não são sombras, não são aparências, são
realidades concretas e vivas.





Essa "reconstrução dos direitos humanos", na feliz expressão de Celso Lafer,
significa o retorno aos valores da ética nos múltiplos campos da cultura e
da vida social.





Na segunda metade do século 20, é impressionante o volume de publicações
sobre ética em todas as partes do mundo e em todos os setores do
conhecimento. Ética na política, no direito, na indústria, no comércio, na
administração, na saúde, na educação, na justiça, nos negócios, no esporte,
na ciência, na economia, na comunicação. As obras sobre ética em seus
múltiplos aspectos enchem as estantes das bi-bliotecas e das livrarias.





"Por que a ética voltou a ser um dos temas mais trabalhados do pensamento
filosófico contemporâneo? pergunta José Arthur Gianotti, em estudo que
integra a obra coletiva sobre Ética, editada pela Secretaria Municipal de
Cultura, de São Paulo e a Companhia das Letras, em 1992.





A resposta talvez possa ser indicada no título de um romance célebre,
Ilusões perdidas. Quiseram construir um mundo sem ética. E a ilusão se
transformou em desespero. No campo do direito, da economia, da política, da
ciência e da tecnologia, as grandes expectativas de um sucesso pretensamente
neutro, alheio aos valores éticos e aos direitos humanos, tiveram resultado
desalentador e muitas vezes trágico.





__NO CAMPO DO DIREITO__





"Uma consideração do direito cega aos valores é inadmissível"
(Radbruch).

"Se o direito se reduzisse a um imperativo da força coercitiva da
sociedade, os atentados à dignidade humana praticados nos campos de
concentração seriam juridicamente inatacáveis".





No campo do direito, teorias do positivismo jurídico, que prevaleceram a
partir do final do século 19, sustentavam que "só é direito aquilo que o
poder dominante determina e o que ele determina só é direito em virtude
dessa circunstância". Ética, direitos humanos, justiça são considerados
elementos estranhos ao direito, extrajurídicos. Pensavam com isso construir
uma ciência pura do direito e garantir a segurança da sociedade.





A ilusão desse formalismo jurídico foi desfeita com a trágica experiência
das guerras mundiais e, especialmente, pela atuação dos regimes
totalitários, em que o poder político dominante, principalmente o de Hitler
na Alemanha, determinaram normas de extermínio, genocídio e violação de
direitos humanos fundamentais. Essa violência provocou a revolta da
consciência mundial e a constituição de um Tribunal Internacional, em
Nuremberg, para julgar os crimes contra a humanidade, violadores dos
fundamentos éticos da vida social. E deu origem ao movimento impulsionado
pelas aspirações da população de todo mundo, culminando com a Declaração
Universal dos Direitos Humanos, que constitui um dos documentos fundamentais
da civilização contemporânea. A Declaração abre-se com a denúncia histórica
dos "atos bárbaros, que revoltam a consciência da humanidade". E afirma
solenemente como valores universais, os direitos humanos básicos, como o
direito à vida, à liberdade, à segurança, à educação, à saúde e outros, que
devem ser respeitados e assegurados por todos os Estados e por todos os
povos.





Na base da Declaração Universal, há um duplo reconhecimento: Primeiro, que
acima das leis emanadas do poder dominante, há uma lei maior de natureza
ética e validade universal. Segundo, que o fundamento dessa lei é o respeito
à dignidade da pessoa humana. Que a pessoa humana é o valor fundamental da
ordem jurídica. É a fonte das fontes do direito.





"A dignidade do homem é inviolável", são as primeiras palavras do artigo 1º
da Constituição ou Lei Fundamental da Alemanha, no após guerra. Como texto
constitucional, essa expressão tem caráter normativo. Não se trata de
simples enunciado ou declaração. "Inviolável", no caso, significa "não pode
ser violada". Trata-se de uma norma proibitiva de qualquer ação contrária à
dignidade da pessoa humana no território da Alemanha. Qualquer norma legal,
administrativa ou ato jurídico que desrespeitar essa dignidade será
inconstitucional e, por isso, sem validade. É a reafirmação expressa do
valor da pessoa humana como fundamento de toda a ordem jurídica.





Esse reconhecimento retoma a antiga sabedoria jurídica, expressa de forma
lapidar no Digesto Romano: "Por causa do homem é que se constituiu todo o
direito" (Hominum causa omne jus constitutum est, Justiniano, d. 1.5.2.).





__NO CAMPO DA ECONOMIA__



"Não podemos deixar que o mundo se transforme num mercado global, sem
outra lei que a do mais forte". (Mitterrand)





No plano da economia, as grandes ilusões perdidas são, de um lado, as
esperanças nos grandes planos qüinqüenais da economia estatal centralizada
e, de outro, a expectativa das "harmonias econômicas", prometidas por
Bastiat e outros mestres do liberalismo econômico, para os quais, como
conseqüência do livre jogo das forças de mercado e sem quaisquer
compromissos éticos, se estabeleceria um mundo de progresso e felicidade.





O julgamento severo desses dois modelos de desenvolvimento econômico foi
feito, em escala universal, pela Cúpula Mundial pelo Desenvolvimento Social,
convocada pela ONU, que reuniu em Copenhague, em março de 1995, Chefes de
Governo e representantes de 185 países, além de milhares de delegados de
organizações não governamentais.





Depois de sucessivas assembléias mundiais dedicadas ao "desenvolvimento
econômico", a ONU, por iniciativa do ex-Presidente do Chile, Patrício
Aylwin, tomou a decisão histórica de convocar uma reunião de Chefes de
Governo de todos os países do mundo para debater os problemas do atual
modelo de desenvolvimento, em seus aspectos mais amplos, "Economia e
desenvolvimento são assuntos complexos demais para ficar apenas em mãos de
economistas e financistas", lembrava um dos participantes do encontro.





A mundialização da economia e o progresso das tecnologias aumentam, cada
dia, a interdependência entre as nações. Caminhamos para um mundo só.
Chegou-se a admitir que essa mundialização beneficiaria a todos. Mas a
globalização oferece contrastes gritantes. Ao lado das conquistas e avanços
do desenvolvimento econômico, cresce e se agrava continuamente um quadro de
miséria, desemprego, marginalização e desigualdades inadmissíveis.



Os dados são estarrecedores:



- mais de 1 bilhão de pessoas, isto é, uma quinta parte da população mundial
passa fome e vive em condições de extrema pobreza;



- no plano mundial, 30% de toda população em idade economicamente ativa
estão desempregados;



- em países altamente industrializados, e não apenas nos demais, o
desemprego e a exclusão social tornaram-se endêmicos. "Tanto nos Estados
Unidos como na Comunidade Européia cerca de 15% da população vivem abaixo do
limiar da pobreza", diz textualmente o Documento de Antecedentes da Reunião
de Copenhague.





Pobres, desempregados, sem teto, trabalhadores migrantes, meninos de rua,
periferias das grandes cidades, minorias marginalizadas, constituem em todo
o mundo grupos carentes, vítimas de discriminações de toda ordem. Em lugar
da igualdade desejada e das "harmonias" prometidas, existe o contínuo
agravamento das desigualdades. "Os ricos estão cada vez mais ricos e os
pobres cada vez mais pobres", enfatizou o ex-Secretário Geral das Nações
Unidas, Boutros Ghali. A persistência e o contínuo agravamento dessa
realidade mostram que não se trata de uma situação conjuntural, mas de um
quadro de pobreza estrutural, grave e ameaçadora.





É urgente modificar esse quadro. A pobreza estrutural não é uma fatalidade
histórica, mas um desafio à sociedade e uma tarefa a enfrentar. Trata-se de
um imperativo ético, de um apelo de nossos povos, que não podemos abafar.
Como disse o Presidente da França, Mitterrand: "não podemos deixar que o
mundo se transforme num mercado global, sem outra lei que a do mais forte.
Precisamos repensar esse mundo e introduzir o social entre os pontos maiores
de nossas preocupações".





Na conclusão e síntese de todos os debates, o Documento Final da Conferência
recomenda, como ponto fundamental de uma nova visão do progresso: "Pôr o ser
humano no centro do desenvolvimento e orientar a economia para satisfazer
mais eficazmente as necessidades humanas".





Na mesma linha, o PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento)
vem publicando, a partir de 1991, um Informe Anual sobre o Desenvolvimento
Humano, que se abre com as seguintes palavras: "Uma onda irresistível de
liberdade percorre inúmeros países. Os povos começam a assumir seu próprio
destino. Tudo isso evoca o avanço do espírito humano. No meio desses
sucessos, estamos descobrindo a verdade elementar de que o centro de todo o
desenvolvimento deve ser a pessoa humana".





É a condenação dos programas econômicos, que só enxergam a eficiência e o
lucro. Contra a afirmação de que "tudo é negociável" e de que o "lucro é o
critério supremo da economia" levanta-se a voz da Assembléia Mundial das
Nações para recolocar a pessoa humana como valor ético fundamental da
economia e do desenvolvimento.





__NO CAMPO DA POLÍTICA__



O totalitarismo é a maior negação dos direitos humanos. A pessoa passa a
ser simples peça da máquina estatal, sem nenhum direito próprio. Nada fora
do Estado, nada sem o Estado, nada contra o Estado.





A trágica experiência das ditaduras totalitárias, que levaram o mundo à
guerra, à opressão e à violência, despertaram a consciência humana para o
valor fundamental da vida pública, que é a democracia, governo do povo, para
o povo e com o povo.





Mas, não tenhamos ilusões, a democracia não é um prato feito, mas um
processo, a caminho do modelo desejável. Como lembra Maritain, "a tragédia
das democracias é que ainda não conseguiram realizar a democracia. Mas
apesar de suas imperfeições e limitações, a democracia é o único caminho por
onde passam as energias progressivas da humanidade".





Com esse fundamento, a Declaração Universal define no artigo 21, os
seguintes direitos:



"1. Toda pessoa tem direito de tomar parte no governo de seu país,
diretamente ou por intermédio de representantes livremente escolhidos.



2. Toda pessoa tem direito de acesso, em condições de igualdade, às
funções públicas de seu país.



3. A vontade do povo é a base da autoridade do governo; esta vontade
deve ser expressa em eleições periódicas e honestas, por sufrágio universal,
voto secreto ou processo equivalente que assegure a liberdade do voto."





A democracia, não apenas representativa, mas também participativa é assim
definida como um dos direitos humanos universais. E tem seu fundamento ético
na igual dignidade pessoal de todos os seres humanos.





__NO CAMPO DA CIÊNCIA__



"A ciência pode apenas determinar o que é, não o que deve ser"
(Einstein)





No campo das ciências e da tecnologia, as ilusões perdidas foram as
expectativas provocadas pelas promessas cientificistas do iluminismo do
"século das luzes".





O iluminismo é a expectativa de triunfo da razão. Vive no anseio messiânico
de advento do reino da ciência e da tecnologia. Os escritores da
Enciclopédia são todos otimistas sobre o futuro das ciências. Acreditam
firmemente no progresso e no sa-neamento da sociedade graças à difusão das
luzes da razão. A ciência e a técnica resolveriam todos os problemas da
humanidade.





Mas o surgimento da era atômica, com as tragédias de Hiroshima e Nagasaki,
revelou ao mundo um quadro dramático. Atônitos e desiludidos, os homens
passaram a não acreditar que a ciência e a técnica possam garantir por si o
progresso e a felicidade humana.



O drama dos homens de ciência pode ser sintetizado na angústia de um
cientista de gênio como Einstein:



"Nós, cientistas, cujo trágico destino tem sido ajudar a fabricar os
mais he-diondos e eficazes métodos de aniquilação, devemos considerar nossa
missão fazer tudo o que estiver em nosso poder para evitar que essas armas
sejam usadas para propósitos brutais. Que missão poderia ser mais importante
para nós? Que finalidade social estaria mais próxima de nossos corações?"



E acrescenta: "Por uma penosa experiência, aprendemos que o pensamento
racional não é suficiente para resolver os problemas de nossa vida social. O
intelecto tem um olho aguçado para os métodos e ferramentas, mas é cego
quanto aos fins e valores".1



"A ciência pode apenas determinar o que é, não o que deve ser. Esse é o
campo da ética e da religião."





Foi-se o tempo em que se esperava da ciência e da técnica a solução de todos
os problemas humanos, com a superação da ética, da filosofia e da religião.
É ainda de Einstein a advertência:



"A função da educação não pode se limitar à transmissão de
conhecimentos. Ela deve ajudar o jovem a crescer num espírito tal que os
princípios éticos fundamentais (de honradez, veracidade, respeito ao
próximo, solidariedade) sejam para ele como o ar que ele respira. O mero
ensino não pode fazer isso" (ibidem)



Por isso, a Declaração Universal estabelece:



"A educação será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da
personalidade humana e do respeito aos direitos e liberdades fundamentais.
Ela promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações
e todos os grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades das
Nações Unidas em favor da manutenção da paz."





__UMA ÉTICA DE PRINCÍPIOS UNIVERSAIS__





"O moderno é ler Platão" (Umberto Eco)

"Queiramos ou não, nós fazemos parte do mundo e da sociedade."





Nessa altura de nossas reflexões, é oportuno lembrar a afirmação de Umberto
Eco: "O moderno é ler Platão". Não se trata, evidentemente, da figura
isolada do filósofo grego, mas de uma referência às linhas fundamentais do
pensamento clássico, que atravessa séculos e mantém permanente atualidade.





Na grande tradição clássica, que se desenvolve principalmente a partir de
Sócrates, a lei humana ou ética tem o sentido de uma ética cósmica,
universal. Isto é, fundada na situação do homem no mundo. Nessa perspectiva,
a ética não é apenas um sentimento subjetivo. Mas tem um fundamento numa
realidade extramental e objetiva: a lei cósmica universal, a natureza das
coisas e, especialmente, a natureza humana. É a perspectiva da consciência
comum da humanidade. É claro que as circunstâncias e os costumes variam no
tempo e no espaço. Mas há princípios fundamentais que se impõem à
consciência humana. Nesse sentido, podemos falar num "realismo ético", cujos
valores fundamentais foram proclamados na Declaração Universal dos Direitos
Humanos.





Essa concepção se opõe às filosofias éticas subjetivistas, que, a partir de
Kant, propõem uma ética inteiramente subjetiva, independente, separada do
universo e da natureza. Éticas subjetivas, acósmicas e idealistas, na feliz
expressão de Maritain, em sua Philosophie Morale, na qual faz um exame
histórico e crítico dos grandes sistemas morais.





Em nossos dias, Habermas define a tarefa da filosofia moral como "a
reconstrução do núcleo universal de nossas instituições morais."





Como nos lembra o movimento ecológico universal, queiramos ou não, nós
fazemos parte do mundo e da sociedade. O que nos impõe a necessidade de
respeitar a natureza e o dever ético de "conservá-la para as futuras
gerações". É a "ordem cósmica" da natureza a comandar a "ordem ética" do
comportamento humano.





Dentro do universo, o mundo humano ocupa um lugar eminente. Aparece o
conhecimento reflexivo e a liberdade. É de forma consciente e
fundamentalmente livre que o homem desenvolve sua atividade, subordinada às
leis da natureza e da ordem universal. Liberty, its use and abuse, é o
sugestivo título do tratado de Ética de W. Cox. "Somos à força livres", diz
Ortega y Gasset, a nos lembrar que o campo da ética é o campo da liberdade
e, acima de tudo, que não somos "coisas", somos "pessoas".





Esse é o sentido da atual reivindicação de ética em amplos setores da vida
so-cial. A exigência do respeito à dignidade da pessoa humana - em todas as
suas dimensões e em todos os lugares - traduzida na luta universal pelos
direitos humanos, é um dos movimentos mais importantes da história
contemporânea. A Declaração Universal de 1948 define essa exigência ética e
marca a esperança de um mundo mais humano.





__LUTA PELOS DIREITOS HUMANOS__





Não basta ensinar direitos humanos. É preciso lutar pela sua efetividade. E,
acima de tudo, trabalhar pela criação de uma cultura prática desses
direitos.





É oportuno lembrar a lição do histórico Relatório da Comissão Internacional
sobre a educação da UNESCO, "Aprender a Ser", presidida por Edgar Faure:



"A educação deve oferecer aos jovens conhecimentos científicos e
técnicos, mas deve, também, formar, dando-lhes um sentido que oriente suas
ações."





Ou, retornando a lição de Einstein:



"A educação deve ajudar o jovem a crescer num espírito tal que os
princípios éticos fundamentais sejam para ele como o ar que respira."



Esse tema se situa no centro dos problemas de nossa época e abre caminhos
para a construção de um mundo mais humano.





Nos últimos dias, tivemos a oportunidade histórica de assistir um episódio
dessa luta. Diante da perspectiva iminente da deflagração de uma luta armada
dos EE.UU. contra o Iraque, com conseqüências ameaçadoras de uma nova guerra
mundial, um homem de nacionalidade africana, cidadão de Gana e Secretário da
Organização das Nações Unidas, Kofi Annan tomou a iniciativa corajosa de
procurar uma solução de entendimento. Ele acreditou na força dos direitos
humanos, prestou um serviço à humanidade e deu uma lição exemplar de
dedicação à causa da justiça, do entendimento e da paz.





Todos nós sabemos que não é possível de um dia para outro eliminar as
injustiças e a violência. Mas torna-se cada vez mais claro que o caminho é
avançar na luta pelos direitos humanos e no exercício da solidariedade.





Tarefa dos cidadãos e dos governos democráticos, a construção de um mundo
mais humano não será uma dádiva dos poderosos, mas a conquista dos que
souberem lutar pela justiça e pela liberdade.





* O autor foi Procurador do Estado de São Paulo, Professor Universitário,
Deputado Federal, Senador, Governador do Estado de São Paulo e Ministro do
Trabalho.



1. Einstein, Albert. Escritos da maturidade. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 1994. p. 161, 162 e 277.

FONTE: REVISTA DA PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO


====================================
ENDERECOS SOBRE MORTE ENCEFÁLICA
E TRANSPLANTES:
====================================
Nao se deixe enganar
pela propaganda transplantista.
===
INFORME-SE:
apenas a *Medicina Preventiva* de baixo custo
ja seria suficiente para evitar a necessidade de
transplantes previsiveis, com origem em declaracoes
de mortes encefalicas *antecipadas*
para fins de retirada de orgaos vitais.
===
ARTIGO:
"Falhas no Diagnostico da Morte Cerebral",
publicado na Revista CIENCIA HOJE,
número 161, junho de 2000:
http://www.uol.com.br/cienciahoje/chmais/pass/ch161/morte.pdf
===
ARTIGOS
cientificos no site da UNIFESP:
http://www.unifesp.br/dneuro/textos.htm
===
ARTIGO:
"Morte Encefalica"
http://www.unifesp.br/dneuro/mortencefalica.htm
===
DEMONSTRACAO
cientifica dos efeitos mortais do teste
da APNEIA, imposto pelo CFM para
declaracao da morte encefalica que
pretende diagnosticar:
http://www.unifesp.br/dneuro/apnea.htm
===
ARTIGO:
em ingles sobre a importancia da
*Penumbra Isquemica* para a declaracao
da morte encefalica:
http://www.unifesp.br/dneuro/brdeath.html
===
MANIFESTACOES PUBLICAS
da comunidade neurocientifica internacional
contraria aos criterios declaratorios
da morte encefalica.
NAO EH VERDADE QUE HA CONSENSO
internacional na declaracao de morte encefalica,
confirme o que dizem os neurocientistas em:
http://www.unifesp.br/dneuro/opinioes.htm
===
DEBATE
internacional da comunidade neurocientifica
sobre os erros declaratorios da morte encefalica
na Revista Cientifica BMJ:
http://www.bmj.com/cgi/eletters/320/7244/1266
===
PARA ler os artigos sobre
morte encefalica em Direito_Saude:
http://www.yahoogroups.com/files/direito_saude/
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ENVIAR mensagem para o grupo use o endereço:
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SUBJECT: Help me...
FROM: Rodrigo Galvão <rgalvao@tecsat.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/08/2002 21:30



Olá...
Sou assinante dessa lista há muiiito tempo...só que participo exporadicamente apenas....apenas leio os textos e analiso..
Agora..eu estava precisando de uma ajuda...ou melhor de DUAS...
Estou cursando o ITA...e preciso fazer um trabalho sobre "função trabalho dos materias" e outro sobre "colapso ultra-violeta"...não encontrei NADA sobre isso na NET até agora...se alguém puder me ajudar ou passar algum site referente a isso ficaria extremamentrre grato...

Desde já agradeço imensamente pela atenção..
Rodrigo Galvão




SUBJECT: (sem assunto)
FROM: Rodrigo Galvão <bohr1@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/08/2002 21:16