SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/07/2012 17:49

Meu amigo, o que você faz acordado às 4 da manhã? Espero que não tenha sido por causa da famigerada partícula!

Esses efeitos de "boostrap" são bastante comuns em física. Na relatividade geral, por exemplo, o campo gravitacional produz energia gravitacional. Esta energia, sendo equivalente à matéria, é fonte do próprio campo gravitacional. Na cromodinâmica quântica, uma teoria mais bem estabelecida do que a teoria do boson de Higgs, os quarks atuam sobre si mesmos por meio da "força colorida".

Quanto ao fim da ciência, o próprio Hawking (que perdeu US$ 100 para Gordon Kane por ter apostado que o bH nunca seria achado) escreveu o livro "O fim da Física", um livrinho de menos de 100 páginas. Faz tempo que o li, mas, pelo que lembro, Hawking argumentava que depois que se obtivesse a grande unificação (via supercordas ou coisa parecida), nada mais haveria para fazer em física teória. Lord Kelvin também fez dessas, no final do século XIX. Poucos anos depois Planck deu origem à teoria quântica e Einstein formulou a relatividade...

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 10/07/2012 04:07, JVictor escreveu:

Álvaro,

O link que dsp está quebrado. Mas usei o nome do artigo indicado indicado e o Google entregou as informações de que trata.

 

Mal comparando:  é algo como vc está num deserto, com muita fome, comer um pedaço da batata da perna, e ela se auto-regenerar. Se a moda pega...

Se o bóson de Higgs já é um osso duro de roer, do ponto de vista mesmo de sua existência, com essa característica, também prevista e esquematizada, já são dois ossos, um maior e mais duro que o outro. Aliás, vice-versa...

No eletromagnetismo, nos mecanismos da reação da radiação, surgem  indícios teóricos de coisas assim;  parece o boost strap, como acontece em certos circuitos amplificadores em eletrônica.

 

Num passado recente, alguns luminares da ciência chegaram a vaticinar o fim da ciência, que não haveria muito mais o que descobrir. Que tudo estaria quase pronto e acabado.

Mas o que vemos agora é que não é nada disso, ante o que vem se descortinando. Aliás, o que temos mesmo de muitíssimo concreto são inúmeras perguntas, cujo número só faz aumentar, a cada uma dessas revelações.  

Não tem jeito: quanto  mais se sabe, menos se sabe...

 

John Hogan(O Fim da Ciência, Companhia das Letras) que se repense, mas a ciência nunca esteve tão longe de chegar ao fim.

 

Agora sim,  insônia aumentou. Ah, bH, bH, se te pego,  do jeito que estou pensando...

 

Sds,

Victor.

 

 

 

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de alvaug
Enviada em: segunda-feira, 9 de julho de 2012 20:48
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH

 

 

De acordo com a figura que aparece em http://en.wikipedia.org/wiki/File:Elementary_particle_interactions.svg, o Higgs pode interagir consigo mesmo.

[ ]s

Alvaro Augusto

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...> escreveu
>
> Uma pergunta com sério risco de ser idiota :
>  
> O fato do boson de Higgs dotar ele mesmo de massa pode ser considerado uma auto-referência na teoria do modelo-padrão ?
>  
> Abs
> Felipe
>
>
> ________________________________
> De: luiz silva <luizfelipecsrj@...>
> Para: ListadeCiência <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Enviadas: Segunda-feira, 9 de Julho de 2012 11:00
> Assunto: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
>
>
> Gostaria da opinião dos mais "entendidos", principalmente com relação ao que ele fala da massa do BH e do que confere massa ao BH.
>
> http://oglobo.globo.com/ciencia/descoberta-coloca-teoria-do-boson-de-higgs-na-berlinda-5409585
>
> Abs
> Felipe
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
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DATE: 10/07/2012 22:03

Ola Alvaro,
 
Pelo que lembro, a questão do fim da fisica que vc citou de Hawking se referia ao Teorema de Godel que acabaria com qqer esperança de uma teoria final, ele demonstrava que a ciência não tem como se livrar da autoreferencia.
 
Mas o  Álvaro, esta interação do BH com ele mesmo é similar a interação entre dois eletrons diferentes, ou mais ou menos como se um eletron interagisse com seu proprio campo ?

Outra coisa, qual a relação do BH com o gráviton? Se o gráviton não for achado, isto terá algum impacto no modelo padrão ?
 
Abs
Felipe
 
De: Alvaro Augusto (L) <alvaro@lunabay.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Terça-feira, 10 de Julho de 2012 17:49
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
 
Meu amigo, o que você faz acordado às 4 da manhã? Espero que não tenha sido por causa da famigerada partícula! Esses efeitos de "boostrap" são bastante comuns em física. Na relatividade geral, por exemplo, o campo gravitacional produz energia gravitacional. Esta energia, sendo equivalente à matéria, é fonte do próprio campo gravitacional. Na cromodinâmica quântica, uma teoria mais bem estabelecida do que a teoria do boson de Higgs, os quarks atuam sobre si mesmos por meio da "força colorida". Quanto ao fim da ciência, o próprio Hawking (que perdeu US$ 100 para Gordon Kane por ter apostado que o bH nunca seria achado) escreveu o livro "O fim da Física", um livrinho de menos de 100 páginas. Faz tempo que o li, mas, pelo que lembro, Hawking argumentava que depois que se obtivesse a grande unificação (via supercordas ou coisa parecida), nada mais haveria para fazer em física teória. Lord Kelvin também fez dessas, no final do século XIX. Poucos anos depois Planck deu origem à teoria quântica e Einstein formulou a relatividade... [ ]s Alvaro Augusto Em 10/07/2012 04:07, JVictor escreveu:
Álvaro,
O link que dsp está quebrado. Mas usei o nome do artigo indicado indicado e o Google entregou as informações de que trata.
 
Mal comparando:  é algo como vc está num deserto, com muita fome, comer um pedaço da batata da perna, e ela se auto-regenerar. Se a moda pega...
Se o bóson de Higgs já é um osso duro de roer, do ponto de vista mesmo de sua existência, com essa característica, também prevista e esquematizada, já são dois ossos, um maior e mais duro que o outro. Aliás, vice-versa...
No eletromagnetismo, nos mecanismos da reação da radiação, surgem  indícios teóricos de coisas assim;  parece o boost strap, como acontece em certos circuitos amplificadores em eletrônica.
 
Num passado recente, alguns luminares da ciência chegaram a vaticinar o fim da ciência, que não haveria muito mais o que descobrir. Que tudo estaria quase pronto e acabado.
Mas o que vemos agora é que não é nada disso, ante o que vem se descortinando. Aliás, o que temos mesmo de muitíssimo concreto são inúmeras perguntas, cujo número só faz aumentar, a cada uma dessas revelações.  
Não tem jeito: quanto  mais se sabe, menos se sabe...
 
John Hogan(O Fim da Ciência, Companhia das Letras) que se repense, mas a ciência nunca esteve tão longe de chegar ao fim.
 
Agora sim,  insônia aumentou. Ah, bH, bH, se te pego,  do jeito que estou pensando...
 
Sds,
Victor.
 
 
 
 
 
 
De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de alvaug
Enviada em: segunda-feira, 9 de julho de 2012 20:48
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
 
 
De acordo com a figura que aparece em http://en.wikipedia.org/wiki/File:Elementary_particle_interactions.svg, o Higgs pode interagir consigo mesmo.

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Alvaro Augusto

--- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, luiz silva mailto:luizfelipecsrj@... escreveu
>
> Uma pergunta com sério risco de ser idiota :
>  
> O fato do boson de Higgs dotar ele mesmo de massa pode ser considerado uma auto-referência na teoria do modelo-padrão ?
>  
> Abs
> Felipe
>
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> De: luiz silva mailto:luizfelipecsrj@...
> Para: ListadeCiência <mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br>
> Enviadas: Segunda-feira, 9 de Julho de 2012 11:00
> Assunto: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
>
>
> Gostaria da opinião dos mais "entendidos", principalmente com relação ao que ele fala da massa do BH e do que confere massa ao BH.
>
> http://oglobo.globo.com/ciencia/descoberta-coloca-teoria-do-boson-de-higgs-na-berlinda-5409585
>
> Abs
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
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DATE: 10/07/2012 22:12

Aliás Alvaro,
 
Pq já é dado que o BH foi efetivamente encontrado; pelo que li pode ser uma outra partícula e o argumento do Novello é esse, em função da massa encontrada (ou entendi errado?).
 
Abs
Felipe

De: Alvaro Augusto (L) <alvaro@lunabay.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Terça-feira, 10 de Julho de 2012 17:49
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
 
Meu amigo, o que você faz acordado às 4 da manhã? Espero que não tenha sido por causa da famigerada partícula! Esses efeitos de "boostrap" são bastante comuns em física. Na relatividade geral, por exemplo, o campo gravitacional produz energia gravitacional. Esta energia, sendo equivalente à matéria, é fonte do próprio campo gravitacional. Na cromodinâmica quântica, uma teoria mais bem estabelecida do que a teoria do boson de Higgs, os quarks atuam sobre si mesmos por meio da "força colorida". Quanto ao fim da ciência, o próprio Hawking (que perdeu US$ 100 para Gordon Kane por ter apostado que o bH nunca seria achado) escreveu o livro "O fim da Física", um livrinho de menos de 100 páginas. Faz tempo que o li, mas, pelo que lembro, Hawking argumentava que depois que se obtivesse a grande unificação (via supercordas ou coisa parecida), nada mais haveria para fazer em física teória. Lord Kelvin também fez dessas, no final do século XIX. Poucos anos depois Planck deu origem à teoria quântica e Einstein formulou a relatividade... [ ]s Alvaro Augusto Em 10/07/2012 04:07, JVictor escreveu:
Álvaro,
O link que dsp está quebrado. Mas usei o nome do artigo indicado indicado e o Google entregou as informações de que trata.
 
Mal comparando:  é algo como vc está num deserto, com muita fome, comer um pedaço da batata da perna, e ela se auto-regenerar. Se a moda pega...
Se o bóson de Higgs já é um osso duro de roer, do ponto de vista mesmo de sua existência, com essa característica, também prevista e esquematizada, já são dois ossos, um maior e mais duro que o outro. Aliás, vice-versa...
No eletromagnetismo, nos mecanismos da reação da radiação, surgem  indícios teóricos de coisas assim;  parece o boost strap, como acontece em certos circuitos amplificadores em eletrônica.
 
Num passado recente, alguns luminares da ciência chegaram a vaticinar o fim da ciência, que não haveria muito mais o que descobrir. Que tudo estaria quase pronto e acabado.
Mas o que vemos agora é que não é nada disso, ante o que vem se descortinando. Aliás, o que temos mesmo de muitíssimo concreto são inúmeras perguntas, cujo número só faz aumentar, a cada uma dessas revelações.  
Não tem jeito: quanto  mais se sabe, menos se sabe...
 
John Hogan(O Fim da Ciência, Companhia das Letras) que se repense, mas a ciência nunca esteve tão longe de chegar ao fim.
 
Agora sim,  insônia aumentou. Ah, bH, bH, se te pego,  do jeito que estou pensando...
 
Sds,
Victor.
 
 
 
 
 
 
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Enviada em: segunda-feira, 9 de julho de 2012 20:48
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
 
 
De acordo com a figura que aparece em http://en.wikipedia.org/wiki/File:Elementary_particle_interactions.svg, o Higgs pode interagir consigo mesmo.

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Alvaro Augusto

--- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, luiz silva mailto:luizfelipecsrj@... escreveu
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> Uma pergunta com sério risco de ser idiota :
>  
> O fato do boson de Higgs dotar ele mesmo de massa pode ser considerado uma auto-referência na teoria do modelo-padrão ?
>  
> Abs
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> De: luiz silva mailto:luizfelipecsrj@...
> Para: ListadeCiência <mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br>
> Enviadas: Segunda-feira, 9 de Julho de 2012 11:00
> Assunto: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
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> Gostaria da opinião dos mais "entendidos", principalmente com relação ao que ele fala da massa do BH e do que confere massa ao BH.
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> Abs
> Felipe
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SUBJECT: Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
FROM: "Homero" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/07/2012 22:40

Luiz: "  Pq já é dado que o BH foi efetivamente encontrado; pelo que li pode ser uma outra partícula e o argumento do Novello é esse, em função da massa encontrada (ou entendi errado?). "

Poder, pode. Tudo pode. A probabilidade, entretanto, varia. Em ciência não se costuma vender a ideia de certeza absoluta, mas este da descoberta do boson de Higgs está em 99,99, ou Sigma 5 (ou quase 5), o que dá uma dose grande de confiabilidade nos resultados.

E as divergências esperadas (sempre, sempre é preciso refazer e repetir estudos e experimentos em ciência) apontam para coisa mais espantosas ainda que o Boson de Higgs, não para sua ausência simplesmente.

Se o Boson não for o de Higgs, será outra coisa mais interessante ainda, talvez muitos bosón, que criam o campo de Higgs. 

Um abraço.

Homero



--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...> escreveu
>
> Aliás Alvaro,
>  
> Pq já é dado que o BH foi efetivamente encontrado; pelo que li pode ser uma outra partícula e o argumento do Novello é esse, em função da massa encontrada (ou entendi errado?).
>  
> Abs
> Felipe
>
>
> ________________________________
> De: Alvaro Augusto (L) alvaro@...
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Enviadas: Terça-feira, 10 de Julho de 2012 17:49
> Assunto: Re: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
>
>
>  
>
> Meu amigo, o que você faz acordado às 4 da manhã? Espero que não tenha sido por causa da famigerada partícula! Esses efeitos de "boostrap" são bastante comuns em física. Na relatividade geral, por exemplo, o campo gravitacional produz energia gravitacional. Esta energia, sendo equivalente à matéria, é fonte do próprio campo gravitacional. Na cromodinâmica quântica, uma teoria mais bem estabelecida do que a teoria do boson de Higgs, os quarks atuam sobre si mesmos por meio da "força colorida". Quanto ao fim da ciência, o próprio Hawking (que perdeu US$ 100 para Gordon Kane por ter apostado que o bH nunca seria achado) escreveu o livro "O fim da Física", um livrinho de menos de 100 páginas. Faz tempo que o li, mas, pelo que lembro, Hawking argumentava que depois que se obtivesse a grande unificação (via supercordas ou coisa parecida), nada mais haveria para fazer em física teória. Lord Kelvin também fez dessas, no final do século
> XIX. Poucos anos depois Planck deu origem à teoria quântica e Einstein formulou a relatividade... [ ]s Alvaro Augusto Em 10/07/2012 04:07, JVictor escreveu:
> Álvaro,
> >O link que dsp está quebrado. Mas usei o nome do artigo indicado indicado e o Google entregou as informações de que trata.
> > 
> >Mal comparando:  é algo como vc está num deserto, com muita fome, comer um pedaço da batata da perna, e ela se auto-regenerar. Se a moda pega...
> >Se o bóson de Higgs já é um osso duro de roer, do ponto de vista mesmo de sua existência, com essa característica, também prevista e esquematizada, já são dois ossos, um maior e mais duro que o outro. Aliás, vice-versa...
> >No eletromagnetismo, nos mecanismos da reação da radiação, surgem  indícios teóricos de coisas assim;  parece o boost strap, como acontece em certos circuitos amplificadores em eletrônica.
> > 
> >Num passado recente, alguns luminares da ciência chegaram a vaticinar o fim da ciência, que não haveria muito mais o que descobrir. Que tudo estaria quase pronto e acabado.
> >Mas o que vemos agora é que não é nada disso, ante o que vem se descortinando. Aliás, o que temos mesmo de muitíssimo concreto são inúmeras perguntas, cujo número só faz aumentar, a cada uma dessas revelações.  
> >Não tem jeito: quanto  mais se sabe, menos se sabe...
> > 
> >John Hogan(O Fim da Ciência, Companhia das Letras) que se repense, mas a ciência nunca esteve tão longe de chegar ao fim.
> > 
> >Agora sim,  insônia aumentou. Ah, bH, bH, se te pego,  do jeito que estou pensando...
> > 
> >Sds,
> >Victor.
> > 
> > 
> > 
> > 
> > 
> > 
> >De:ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de alvaug
> >Enviada em: segunda-feira, 9 de julho de 2012 20:48
> >Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> >Assunto: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
> > 
> > 
> >De acordo com a figura que aparece em http://en.wikipedia.org/wiki/File:Elementary_particle_interactions.svg, o Higgs pode interagir consigo mesmo.
> >
> >[ ]s
> >
> >Alvaro Augusto
> >
> >--- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, luiz silva mailto:luizfelipecsrj@ escreveu
> >>
> >> Uma pergunta com sério risco de ser idiota :
> >>  
> >> O fato do boson de Higgs dotar ele mesmo de massa
> pode ser considerado uma
> auto-referência na teoria do modelo-padrão ?
> >>  
> >> Abs
> >> Felipe
> >>
> >>
> >> ________________________________
> >> De: luiz silva mailto:luizfelipecsrj@
> >> Para: ListadeCiência <mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br>
> >> Enviadas: Segunda-feira, 9 de Julho de 2012 11:00
> >> Assunto: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
> >>
> >>
> >> Gostaria da opinião dos mais "entendidos",
> principalmente com
> relação ao que ele fala da massa do BH e do que confere
> massa ao BH.
> >>
> >> http://oglobo.globo.com/ciencia/descoberta-coloca-teoria-do-boson-de-higgs-na-berlinda-5409585
> >>
> >> Abs
> >> Felipe
> >>
> >
>

SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/07/2012 22:44

É, mais lendo parece qeu efetivamente encontraram EXATAMENTE O BH; pelo que entendi pode ser exaamente isso que vc falou...uma coisa mais espantosa ainda.
 
De: Homero <oraculo@atibaia.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Terça-feira, 10 de Julho de 2012 22:40
Assunto: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
 
Luiz: "  Pq já é dado que o BH foi efetivamente encontrado; pelo que li pode ser uma outra partícula e o argumento do Novello é esse, em função da massa encontrada (ou entendi errado?). "

Poder, pode. Tudo pode. A probabilidade, entretanto, varia. Em ciência não se costuma vender a ideia de certeza absoluta, mas este da descoberta do boson de Higgs está em 99,99, ou Sigma 5 (ou quase 5), o que dá uma dose grande de confiabilidade nos resultados.

E as divergências esperadas (sempre, sempre é preciso refazer e repetir estudos e experimentos em ciência) apontam para coisa mais espantosas ainda que o Boson de Higgs, não para sua ausência simplesmente.

Se o Boson não for o de Higgs, será outra coisa mais interessante ainda, talvez muitos bosón, que criam o campo de Higgs. 

Um abraço.

Homero


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...> escreveu>> Aliás Alvaro,>  > Pq já é dado que o BH foi efetivamente encontrado; pelo que li pode ser uma outra partícula e o argumento do Novello é esse, em função da massa encontrada (ou entendi errado?).>  > Abs> Felipe> > > ________________________________> De: Alvaro Augusto (L) alvaro@...> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br > Enviadas: Terça-feira, 10 de Julho de 2012 17:49> Assunto: Re: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH> > >   > > Meu amigo, o que você faz acordado às 4 da manhã? Espero que não tenha sido por causa da famigerada partícula! Esses efeitos de "boostrap" são bastante comuns em física. Na relatividade geral, por exemplo, o campo gravitacional produz energia gravitacional. Esta energia, sendo equivalente à matéria, é fonte do próprio campo gravitacional. Na cromodinâmica quântica, uma teoria mais bem estabelecida do que a teoria do boson de Higgs, os quarks atuam sobre si mesmos por meio da "força colorida". Quanto ao fim da ciência, o próprio Hawking (que perdeu US$ 100 para Gordon Kane por ter apostado que o bH nunca seria achado) escreveu o livro "O fim da Física", um livrinho de menos de 100 páginas. Faz tempo que o li, mas, pelo que lembro, Hawking argumentava que depois que se obtivesse a grande unificação (via supercordas ou coisa parecida), nada mais haveria para fazer em física teória. Lord Kelvin também fez dessas, no final do século> XIX. Poucos anos depois Planck deu origem à teoria quântica e Einstein formulou a relatividade... [ ]s Alvaro Augusto Em 10/07/2012 04:07, JVictor escreveu: > Álvaro, > >O link que dsp está quebrado. Mas usei o nome do artigo indicado indicado e o Google entregou as informações de que trata. > >  > >Mal comparando:  é algo como vc está num deserto, com muita fome, comer um pedaço da batata da perna, e ela se auto-regenerar. Se a moda pega... > >Se o bóson de Higgs já é um osso duro de roer, do ponto de vista mesmo de sua existência, com essa característica, também prevista e esquematizada, já são dois ossos, um maior e mais duro que o outro. Aliás, vice-versa... > >No eletromagnetismo, nos mecanismos da reação da radiação, surgem  indícios teóricos de coisas assim;  parece o boost strap, como acontece em certos circuitos amplificadores em eletrônica. > >  > >Num passado recente, alguns luminares da ciência chegaram a vaticinar o fim da ciência, que não haveria muito mais o que descobrir. Que tudo estaria quase pronto e acabado. > >Mas o que vemos agora é que não é nada disso, ante o que vem se descortinando. Aliás, o que temos mesmo de muitíssimo concreto são inúmeras perguntas, cujo número só faz aumentar, a cada uma dessas revelações.   > >Não tem jeito: quanto  mais se sabe, menos se sabe... > >  > >John Hogan(O Fim da Ciência, Companhia das Letras) que se repense, mas a ciência nunca esteve tão longe de chegar ao fim. > >  > >Agora sim,  insônia aumentou. Ah, bH, bH, se te pego,  do jeito que estou pensando... > >  > >Sds, > >Victor. > >  > >  > >  > >  > >  > >  > >De:ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de alvaug> >Enviada em: segunda-feira, 9 de julho de 2012 20:48> >Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br> >Assunto: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH > >  > >  > >De acordo com a figura que aparece em http://en.wikipedia.org/wiki/File:Elementary_particle_interactions.svg, o Higgs pode interagir consigo mesmo.> >> >[ ]s> >> >Alvaro Augusto> >> >--- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, luiz silva mailto:luizfelipecsrj@ escreveu> >>> >> Uma pergunta com sério risco de ser idiota :> >>  > >> O fato do boson de Higgs dotar ele mesmo de massa> pode ser considerado uma> auto-referência na teoria do modelo-padrão ?> >>  > >> Abs> >> Felipe> >> > >> > >> ________________________________> >> De: luiz silva mailto:luizfelipecsrj@> >> Para: ListadeCiência <mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br> > >> Enviadas: Segunda-feira, 9 de Julho de 2012 11:00> >> Assunto: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH> >> > >> > >> Gostaria da opinião dos mais "entendidos",> principalmente com> relação ao que ele fala da massa do BH e do que confere> massa ao BH.> >> > >> http://oglobo.globo.com/ciencia/descoberta-coloca-teoria-do-boson-de-higgs-na-berlinda-5409585> >> > >> Abs> >> Felipe> >> > >>

SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Não é nada, não é nada, dá num tudo.
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DATE: 10/07/2012 22:52

Ola Homero,

Somente para esclarecer : a questão do batido não foi para dar a entender que está ultrapassado, mas sim que em nossas conversas, isto é um senso comum; e por isso, como falei anteriormente, o "provar" e não provar. 

"Eu também tenho certeza de que não existe deus, e mais ainda um deus na forma apresentada pelas religiões.:-) Isso não me faz arrogante, apenas entendo que, a partir de probabilidades desprezíveis, e na absoluta falta de evidênias, é uma psição segura, sem muito risco. 

Se digo que admito a "possibilidade" de existência, é apenas por ser o mais lógico, mais racional, já que certezas "absolutas" são pouco razoáveis.

Mas o problema é que não importa o que Dawkins diga, alguém vai tirar de contexto, distorcer, e apresentar como "evidência" contrária e como ataque. Por exemplo, é comum que a frase de Dawkins, colocando o que eu disse acima, sobre ser possível a existência de deus, seja apresentada por criacionistas assim: "até Dawkins admite que deus pode existir"!

A resposta de Dawkins a um repórter, que você apresenta, é uma dessas situações. Ele, como eu, apenas respondeu que sim, tem certeza, que embora não seja absoluta, é suficiente nesse caso, de que deus não existe. É isso que significa ser ateu de toda forma.

Eu aposto minha vida nisso, e não é retórica, é concreta essa aposta, já que se o deus cristão existir, corro o risco de ir para o Inferno por toda eternidade.:-) Mas tenho certeza de que não vou.:-)

Você não gosta de Dawkins. Como muitos que tentam manter a fé, ainda que frágil, a posição racional, forte, bem embasada, deste o incomoda, parece um "ataque" a sua posição, como se ele dissesse "ei, quem crê é tolo".

Por isso parece ver coisas nas alegações de Dawkins que nem sempre estão lá. E tende a acreditar nas acusações que lê contra ele, a priori.

A atitude de Dawkins é forte, combativa, mas quase nunca agressiva. O "quase" é porque somos todos humanos, e algumas vezes a estupidez, por exemplo de criacionistas, pode tirar as pessoas do sério.:-). Seus atos, textos, livros, etc, refletem o risco e o perigo que a ignorância religiosa tem apresentado recentemente."

 
Não gosto da atitude dele, de coisas que li e vi no youtube. Somente isso; com relação à racionalidade e a "fé fragil", fiz meus comentários no email para o Alberto.
 
Abs
Felipe 
De: Homero <oraculo@atibaia.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Sábado, 7 de Julho de 2012 16:48
Assunto: [ciencialist] Re: Não é nada, não é nada, dá num tudo.
 
Olá Luiz

Luiz: "A questão da negaitiva generica já esta batida :) por isso "provar" e não provar!!"

Argumentos não ficam "batidos", eles são refutados, ou se mantém validos. Sei que é irritante ter um argumento que se mantém impedindo que use um argumento atraente (mas falso) sobre provar que deus não existe, mas é assim que a logica funciona.:-).

O ônus, de toda forma, é provar existência, não inexistência. 

Luiz: "Não acho que seja assim. Uma coisa é o conhecimento cientifico, outra coisa é a atitude frente ao mesmo. Dawkins já declarou ter certeza de que não existe um criador (dentro de uma ranking que ele mesmo criou, se não me engano, e que vai de 1 a 6) em uma entrevista com um cético famoso (esqueci o nome dele); e nem especificou o tipo (espinoza, etc). "

Eu também tenho certeza de que não existe deus, e mais ainda um deus na forma apresentada pelas religiões.:-) Isso não me faz arrogante, apenas entendo que, a partir de probabilidades desprezíveis, e na absoluta falta de evidênias, é uma psição segura, sem muito risco. 

Se digo que admito a "possibilidade" de existência, é apenas por ser o mais lógico, mais racional, já que certezas "absolutas" são pouco razoáveis.

Mas o problema é que não importa o que Dawkins diga, alguém vai tirar de contexto, distorcer, e apresentar como "evidência" contrária e como ataque. Por exemplo, é comum que a frase de Dawkins, colocando o que eu disse acima, sobre ser possível a existência de deus, seja apresentada por criacionistas assim: "até Dawkins admite que deus pode existir"!

A resposta de Dawkins a um repórter, que você apresenta, é uma dessas situações. Ele, como eu, apenas respondeu que sim, tem certeza, que embora não seja absoluta, é suficiente nesse caso, de que deus não existe. É isso que significa ser ateu de toda forma.

Eu aposto minha vida nisso, e não é retórica, é concreta essa aposta, já que se o deus cristão existir, corro o risco de ir para o Inferno por toda eternidade.:-) Mas tenho certeza de que não vou.:-)

Você não gosta de Dawkins. Como muitos que tentam manter a fé, ainda que frágil, a posição racional, forte, bem embasada, deste o incomoda, parece um "ataque" a sua posição, como se ele dissesse "ei, quem crê é tolo".

Por isso parece ver coisas nas alegações de Dawkins que nem sempre estão lá. E tende a acreditar nas acusações que lê contra ele, a priori.

A atitude de Dawkins é forte, combativa, mas quase nunca agressiva. O "quase" é porque somos todos humanos, e algumas vezes a estupidez, por exemplo de criacionistas, pode tirar as pessoas do sério.:-). Seus atos, textos, livros, etc, refletem o risco e o perigo que a ignorância religiosa tem apresentado recentemente.

Luiz: "Homero, quando partimos para uma batalha, uma causa,  não é muito dificil nos deixarmos levar, e cometermos alguns deslizes pelas nossa convicções. Dawkins e Krauss são humanos e não estão imunes a isso!ou será que por serem homens da ciencia, vc acha que não?! "

Por isso eu prefiro a ciência a filosofia (sem falar na bobagem da teologia.:-), seus mecanismos de controle das falhas humanas estão sempre se ampliando, refinando. Sim, são humanos, e como disse acima, as vezes podem sair do sério frente a absurdos e tolices. Mas os argumentos é que importam, as evidências.

Assim como eles, você é humano, e ver suas crenças mais queridas confrontadas, pode provocar esse "estranhamento" que parece ver nesses autores. Que eu não vejo. Pelo contrário, gosto bastante e acho profundamente razoáveis, lógicos, precisos.

Luiz: "Então, não acho que seja espantalho; e meratmente um julgamento, fruto das proprias atitudes dos mesmos. E tenho certeza que não vamos concordar qto a este ponto."

Sim, tenho certeza de que não vamos.:-) Acho as atitudes de Dawkins mais que corretas, e seu esforço contra a barbárie da crença cega, mitos ancestrais, e em defesa do pensamento racional (contra o pensamento mágico) importante e totalmente válida.

Mas para mim é mais fácil, não são minhas crenças pessoais que são atacadas, e eu penso da mesma forma que eles, então não sinto o mesmo estranhamento que você ao ler o que escrevem, ou ver seus videos.

O importante, o que acho importante, é que tudo vai passar, mas o trabalho real, o conhecimento real, concreto, material, produzido por Dawkins e Krauss vai sobreviver, dar frutos, servir de base para novos conhecimentos. E as crenças acabam desaparecendo, ou substituídas por outras crenças sem base.

Como Newton, profundamente religioso, com trabalhos em diversas áreas, como alquimia, interpretação de textos biblicos, etc, mas que de todo seu trabalho só sobrou o que fez com a física, de forma científica, e sem usar deus ou seres imaginários, espero que o mesmo se dê com os que produzem conhecimento hoje.

Um abraço.

Homero

PS: Você leu os livros de Dawkins? Desvendando o Arco Iris, por exemplo, junto com outro livro seminal de Sagan, Mundo Assombrado Pelos Demônios, poderia desfazer muito de seus preconceitos e estranhamentos com o autor, e ver uma faceta muito mais interessante, que a que é apresentada por seus inimigos.





--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...> escreveu>> Ola Homero,>  > A questão da negaitiva generica já esta batida :) por isso "provar" e não provar!!>  > Não acho que seja assim. Uma coisa é o conhecimento cientifico, outra coisa é a atitude frente ao mesmo. Dawkins já declarou ter certeza de que não existe um criador (dentro de uma ranking que ele mesmo criou, se não me engano, e que vai de 1 a 6) em uma entrevista com um cético famoso (esqueci o nome dele); e nem especificou o tipo (espinoza, etc). >  > A postura de Krauss no video é claramente pregatória; o uso que ele faz do "nada" é, em minha opinião, claramente enganatório, no sentido de mostrar para seus leitores, um pulico geral que terá nele uma autoridade: aqui seus crentes, a ciência ja provou que o universo pode surgir do mesmo nada que vcs tanto usam para criticar as teorias cientificas...... >  > Minha acusação (e de outros - estavam nos links que enviei) é exatamente essa postura frente ao conhecimento científico (nada, no caso). E em minha opinião, o David foi brilhante na sua crítica(mais que os outros que estavam nos links).>  > Homero, quando partimos para uma batalha, uma causa,  não é muito dificil nos deixarmos levar, e cometermos alguns deslizes pelas nossa convicções. Dawkins e Krauss são humanos e não estão imunes a isso!ou será que por serem homens da ciencia, vc acha que não?! >  > Vejo uma grande relutância nas criticas - ou protecionismo - com relação a estes expoentes, aqui e em outras listas. Novamente, por isso falei que este dois pesos e duas medidas para "julgar" os comportamentos me incomoda.>  > E o engraçado foi a reação de Krauss às críticias do David; pelo que li. bem parecida com a dos seus inimigos qdo confrontados....>  > Então, não acho que seja espantalho; e meratmente um julgamento, fruto das proprias atitudes dos mesmos. E tenho certeza que não vamos concordar qto a este ponto.>  > Abs> Felipe>   > > ________________________________> De: Homero oraculo@...> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br > Enviadas: Sexta-feira, 6 de Julho de 2012 23:21> Assunto: [ciencialist] Re: Não é nada, não é nada, dá num tudo.> > >   > > Luiz: "  O problema é que certos cientistas como Krauss e Dwakins querem usar a ciência para "provar" que Deus não existe;  "> > Não, Luiz, precisa parar com essa acusação, que é um espantalho criado por "inimigos" de Dawkins e outros que se posicionam de forma firme em relação a essa questão.> > O que tanto Dawkins, quanto Krauss, tentam demonstrar, é que não é preciso deus para explicar coisas. Como Laplace ao ser inquirido por Napoleão, que queria saber porque não havia menção a deus em seu livro: Sire, eu não precisei dessa hipótese.> > Dawkins, Krauss, eu, etc, sabem que não se provam negativas genéricas. Não se pode provar, é uma impossibilidade lógica, que deus não existe. Mas se pode demonstrar que algumas definições de deus, como o deus cristão, não são coerentes, racionais, ou que são impossíveis, no formato apresentado. E também se pode provar que as "provas lógicas" são falhas ou incorretas.> > Mas, repito, não se pode provar a inexistência genérica de deus, "algum deus". Não se pode provar, por exemplo, que um deus incompreensível criou este universo há 5 minutos, e irá destruí-lo daqui a 5 minutos, só como "teste", e todas as suas, nossas, memórias, são ilusões igualmente criadas há 5 minutos.> > O livro de Krauss, por exemplo, analisa o surgimento do universo "do nada". Mesmo que ele tenha razão, mesmo que ele possa provar seu ponto, isso apenas indica a desnecessidade de um "deus", não a inexistência deste. Ele pode existir, e ter observado o surgimento do universo, do nada, em interferir ou ter alguma opinião a respeito.:-).> > O problema, Luiz, está "do outro lado". Muitos dos que creem não se sentem confortáveis com um deus assim, eles "precisam" que existam motivos, evidências, para conseguir manter a fé. Religiões precisam. Precisam que o Universo "precise" de um deus, que seu surgimento seja "misterioso", de forma que possam "enfiar" seu deus nas lacunas do conhecimento sobre esse surgimento.> > Não sei se leu Deus, Um Delírio, de Dawkins, mas é a mesma coisa. Ele analisa as alegações de quem crê, os "argumentos lógicos" para um deus específico, ou para a existência de "algo". Não prova a inexistência, mas a falha desses argumentos, a desnecessidade dessa "hipótese", como Laplace.> > Nada impede que quem crê continue crendo, e diga, "bem, não há evidências, não há provas lógicas, não há provas ou indícios, e ninguém provou que deus não existe, mas eu sinto em meu coração que existe e continuo a acreditar." > > Infelizmente (ou felizmente.:-) isso não é muito fácil para nossa mente racional, e muitos dependem das lacunas, das pretensas evidências para manter a crença.> > Cientistas, a ciência, pode mostrar que deus é desnecessário como explicação, não que não exista.> > Homero> > > > > > > > > > --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva luizfelipecsrj@ escreveu>> Ola Victor,>  > Não concordo com vc. >  > O que o doc deixa claro é o que é que a física considera nada, que na realidade não é nada. O fato de eu explicar o meu entendimento sobre um conceito pre-existente não me faz ter razão ou autoridade sobre o mesmo. >  > A questão de confusões e não entendimentos vem exatamente da discordância com relação ao conceito e, principalmente, a forma de utilização do mesmo.>  > De forma muito competente, o David Albert deixa isso muito claro em sua crítica ao  Krauss . O problema é que certos cientistas como Krauss e Dwakins querem usar a ciência para "provar" que Deus não existe; isto fica muito claro assistindo as palestras feitas para a divulgação do livro. E por essa razão Krauss foi acusado de ser intelectualmente desonesto com os seus leitores, pricipalmente o com relação ao publico geral.>  > Abs>> Felipe>  > > > ________________________________> De: JVictor j.victor.neto@ Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br > Enviadas: Sexta-feira, 6 de Julho de 2012 15:55> Assunto: [ciencialist] Não é nada, não é nada, dá num tudo.> >   > Olá,>  > Vejam esse excelente episódio do seriado Through the Wormhole, narrado por Morgan Freeman. É o 5º episódio  de um seriado, que já vai na 3ª Temporada.> O nada, tão propalado por tantos, e tão mal interpretado por outros tantos, é, simplesmente, tudo. Só que, devido ao equilíbrio, à indolência cósmica, expressa, também, por suas santas simetrias, tudo se passa como se fosse um nada mesmo.  Que não é, conforme provam as flutuações que me fizeram estar aqui, agora, escrevendo...  O relato do filme, nota 10 para ele, deixa muitas coisas bastante claras, e ajudará a entender as adaptações literárias e os encaixes, competentes,  feitos pelo Lawrence, em seu novo livro. Que já> provocou abalos de nivel 6,5 na escala de terremotos. >  > http://www.seriesfree.biz/2012/07/through-the-wormhole-s03e05-what-is-nothing/>  > Sds,> Victor.>  > .>>

SUBJECT: Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
FROM: "Homero" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/07/2012 23:01

Informações interessantes sobre a probabilidade de ser mesmo o BH:

http://hypescience.com/boson-de-higgs-calculos-independentes-aumentam-a-significancia-da-descoberta/

Homero

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...> escreveu
>
> É, mais lendo parece qeu efetivamente encontraram EXATAMENTE O BH; pelo que entendi pode ser exaamente isso que vc falou...uma coisa mais espantosa ainda.
>  
>
> ________________________________
> De: Homero <oraculo@...>
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Enviadas: Terça-feira, 10 de Julho de 2012 22:40
> Assunto: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
>
>
>  
>
> Luiz: "
>  Pq já é dado que o BH foi efetivamente encontrado; pelo que li pode ser uma outra partícula e o argumento do Novello é esse, em função da massa encontrada (ou entendi errado?). "
>
> Poder, pode. Tudo pode. A probabilidade, entretanto, varia. Em ciência não se costuma vender a ideia de certeza absoluta, mas este da descoberta do boson de Higgs está em 99,99, ou Sigma 5 (ou quase 5), o que dá uma dose grande de confiabilidade nos resultados.
>
> E as divergências esperadas (sempre, sempre é preciso refazer e repetir estudos e experimentos em ciência) apontam para coisa mais espantosas ainda que o Boson de Higgs, não para sua ausência simplesmente.
>
> Se o Boson não for o de Higgs, será outra coisa mais interessante ainda, talvez muitos bosón, que criam o campo de Higgs. 
>
> Um abraço.
>
> Homero
>
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@> escreveu>> Aliás Alvaro,>  > Pq já é dado que o BH foi efetivamente encontrado; pelo que li pode ser uma outra partícula e o argumento do Novello é esse, em função da massa encontrada (ou entendi errado?).>  > Abs> Felipe> > > ________________________________> De: Alvaro Augusto (L) alvaro@> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br > Enviadas: Terça-feira, 10 de Julho de 2012 17:49> Assunto: Re: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH> > >   > > Meu amigo, o que você faz acordado às 4 da manhã? Espero que não tenha sido por causa da famigerada partícula! Esses efeitos de "boostrap" são bastante comuns em física. Na relatividade geral, por exemplo, o campo gravitacional produz energia gravitacional. Esta energia, sendo equivalente à matéria, é fonte do próprio campo gravitacional. Na cromodinâmica quântica, uma teoria mais bem estabelecida do
> que a teoria do boson de Higgs, os quarks atuam sobre si mesmos por meio da "força colorida". Quanto ao fim da ciência, o próprio Hawking (que perdeu US$ 100 para Gordon Kane por ter apostado que o bH nunca seria achado) escreveu o livro "O fim da Física", um livrinho de menos de 100 páginas. Faz tempo que o li, mas, pelo que lembro, Hawking argumentava que depois que se obtivesse a grande unificação (via supercordas ou coisa parecida), nada mais haveria para fazer em física teória. Lord Kelvin também fez dessas, no final do século> XIX. Poucos anos depois Planck deu origem à teoria quântica e Einstein formulou a relatividade... [ ]s Alvaro Augusto Em 10/07/2012 04:07, JVictor escreveu: > Álvaro, > >O link que dsp está quebrado. Mas usei o nome do artigo indicado indicado e o Google entregou as informações de que trata. > >  > >Mal comparando:  é algo como vc está num deserto, com muita fome, comer um pedaço da batata da
> perna, e ela se auto-regenerar. Se a moda pega... > >Se o bóson de Higgs já é um osso duro de roer, do ponto de vista mesmo de sua existência, com essa característica, também prevista e esquematizada, já são dois ossos, um maior e mais duro que o outro. Aliás, vice-versa... > >No eletromagnetismo, nos mecanismos da reação da radiação, surgem  indícios teóricos de coisas assim;  parece o boost strap, como acontece em certos circuitos amplificadores em eletrônica. > >  > >Num passado recente, alguns luminares da ciência chegaram a vaticinar o fim da ciência, que não haveria muito mais o que descobrir. Que tudo estaria quase pronto e acabado. > >Mas o que vemos agora é que não é nada disso, ante o que vem se descortinando. Aliás, o que temos mesmo de muitíssimo concreto são inúmeras perguntas, cujo número só faz aumentar, a cada uma dessas revelações.   > >Não tem jeito: quanto  mais se sabe, menos se sabe... > >  >
> >John Hogan(O Fim da Ciência, Companhia das Letras) que se repense, mas a ciência nunca esteve tão longe de chegar ao fim. > >  > >Agora sim,  insônia aumentou. Ah, bH, bH, se te pego,  do jeito que estou pensando... > >  > >Sds, > >Victor. > >  > >  > >  > >  > >  > >  > >De:ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de alvaug> >Enviada em: segunda-feira, 9 de julho de 2012 20:48> >Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br> >Assunto: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH > >  > >  > >De acordo com a figura que aparece em http://en.wikipedia.org/wiki/File:Elementary_particle_interactions.svg, o Higgs pode interagir consigo mesmo.> >> >[ ]s> >> >Alvaro Augusto> >> >--- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, luiz silva mailto:luizfelipecsrj@ escreveu> >>> >> Uma pergunta com sério risco de ser idiota :> >>  > >> O fato do boson de Higgs dotar ele mesmo de massa> pode
> ser considerado uma> auto-referência na teoria do modelo-padrão ?> >>  > >> Abs> >> Felipe> >> > >> > >> ________________________________> >> De: luiz silva mailto:luizfelipecsrj@> >> Para: ListadeCiência <mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br> > >> Enviadas: Segunda-feira, 9 de Julho de 2012 11:00> >> Assunto: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH> >> > >> > >> Gostaria da opinião dos mais "entendidos",> principalmente com> relação ao que ele fala da massa do BH e do que confere> massa ao BH.> >> > >> http://oglobo.globo.com/ciencia/descoberta-coloca-teoria-do-boson-de-higgs-na-berlinda-5409585> >> > >> Abs> >> Felipe> >> > >>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/07/2012 23:37

Ainda não consegui achar o livro do Hawking (deve estar escondido no meio de alguns outros...), mas talvez tenha a ver com Gödel mesmo.

Quanto à auto-interação do elétron, ela existe até mesmo na eletrodinâmica clássica, originando várias maneiras de tratá-la. Mas o caso do bóson de Higgs é diferente. O elétron, ao interagir consigo mesmo, não dá origem à sua carga elétrica, mas o Higgs dá origem à própria massa.

O gráviton, uma partícula de massa nula e spin 2, surge quando se tenta tratar a gravitação no âmbito de uma teoria quântica de campos. O Modelo Padrão trata apenas das interações eletromagnética, forte e fraca, não da gravitação, e poderá sobreviver caso o gráviton não seja achado.

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 10/07/2012 22:03, luiz silva escreveu:
Ola Alvaro,
 
Pelo que lembro, a questão do fim da fisica que vc citou de Hawking se referia ao Teorema de Godel que acabaria com qqer esperança de uma teoria final, ele demonstrava que a ciência não tem como se livrar da autoreferencia.
 
Mas o  Álvaro, esta interação do BH com ele mesmo é similar a interação entre dois eletrons diferentes, ou mais ou menos como se um eletron interagisse com seu proprio campo ?

Outra coisa, qual a relação do BH com o gráviton? Se o gráviton não for achado, isto terá algum impacto no modelo padrão ?
 
Abs
Felipe
 
De: Alvaro Augusto (L) <alvaro@lunabay.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Terça-feira, 10 de Julho de 2012 17:49
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
 
Meu amigo, o que você faz acordado às 4 da manhã? Espero que não tenha sido por causa da famigerada partícula! Esses efeitos de "boostrap" são bastante comuns em física. Na relatividade geral, por exemplo, o campo gravitacional produz energia gravitacional. Esta energia, sendo equivalente à matéria, é fonte do próprio campo gravitacional. Na cromodinâmica quântica, uma teoria mais bem estabelecida do que a teoria do boson de Higgs, os quarks atuam sobre si mesmos por meio da "força colorida". Quanto ao fim da ciência, o próprio Hawking (que perdeu US$ 100 para Gordon Kane por ter apostado que o bH nunca seria achado) escreveu o livro "O fim da Física", um livrinho de menos de 100 páginas. Faz tempo que o li, mas, pelo que lembro, Hawking argumentava que depois que se obtivesse a grande unificação (via supercordas ou coisa parecida), nada mais haveria para fazer em física teória. Lord Kelvin também fez dessas, no final do século XIX. Poucos anos depois Planck deu origem à teoria quântica e Einstein formulou a relatividade... [ ]s Alvaro Augusto Em 10/07/2012 04:07, JVictor escreveu:
Álvaro,
O link que dsp está quebrado. Mas usei o nome do artigo indicado indicado e o Google entregou as informações de que trata.
 
Mal comparando:  é algo como vc está num deserto, com muita fome, comer um pedaço da batata da perna, e ela se auto-regenerar. Se a moda pega...
Se o bóson de Higgs já é um osso duro de roer, do ponto de vista mesmo de sua existência, com essa característica, também prevista e esquematizada, já são dois ossos, um maior e mais duro que o outro. Aliás, vice-versa...
No eletromagnetismo, nos mecanismos da reação da radiação, surgem  indícios teóricos de coisas assim;  parece o boost strap, como acontece em certos circuitos amplificadores em eletrônica.
 
Num passado recente, alguns luminares da ciência chegaram a vaticinar o fim da ciência, que não haveria muito mais o que descobrir. Que tudo estaria quase pronto e acabado.
Mas o que vemos agora é que não é nada disso, ante o que vem se descortinando. Aliás, o que temos mesmo de muitíssimo concreto são inúmeras perguntas, cujo número só faz aumentar, a cada uma dessas revelações.  
Não tem jeito: quanto  mais se sabe, menos se sabe...
 
John Hogan(O Fim da Ciência, Companhia das Letras) que se repense, mas a ciência nunca esteve tão longe de chegar ao fim.
 
Agora sim,  insônia aumentou. Ah, bH, bH, se te pego,  do jeito que estou pensando...
 
Sds,
Victor.
 
 
 
 
 
 
De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de alvaug
Enviada em: segunda-feira, 9 de julho de 2012 20:48
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
 
 
De acordo com a figura que aparece em http://en.wikipedia.org/wiki/File:Elementary_particle_interactions.svg, o Higgs pode interagir consigo mesmo.

[ ]s

Alvaro Augusto

--- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, luiz silva mailto:luizfelipecsrj@... escreveu
>
> Uma pergunta com sério risco de ser idiota :
>  
> O fato do boson de Higgs dotar ele mesmo de massa pode ser considerado uma auto-referência na teoria do modelo-padrão ?
>  
> Abs
> Felipe
>
>
> ________________________________
> De: luiz silva mailto:luizfelipecsrj@...
> Para: ListadeCiência <mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br>
> Enviadas: Segunda-feira, 9 de Julho de 2012 11:00
> Assunto: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
>
>
> Gostaria da opinião dos mais "entendidos", principalmente com relação ao que ele fala da massa do BH e do que confere massa ao BH.
>
> http://oglobo.globo.com/ciencia/descoberta-coloca-teoria-do-boson-de-higgs-na-berlinda-5409585
>
> Abs
> Felipe
>

 



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/07/2012 00:14

Uma coisa que estou achando estranha é a falta de informações ao público sobre o spin do provável bH. Não adianta só a partícula ser um boson (i.e., spin inteiro) com massa aproximada de 126 GeV. Para que a partícula seja o bH, o spin deve ser nulo. Alguém sabe de algo sobre o spin do bóson do CERN?

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 10/07/2012 22:44, luiz silva escreveu:
É, mais lendo parece qeu efetivamente encontraram EXATAMENTE O BH; pelo que entendi pode ser exaamente isso que vc falou...uma coisa mais espantosa ainda.
 
De: Homero <oraculo@atibaia.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Terça-feira, 10 de Julho de 2012 22:40
Assunto: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
 
Luiz: "  Pq já é dado que o BH foi efetivamente encontrado; pelo que li pode ser uma outra partícula e o argumento do Novello é esse, em função da massa encontrada (ou entendi errado?). "

Poder, pode. Tudo pode. A probabilidade, entretanto, varia. Em ciência não se costuma vender a ideia de certeza absoluta, mas este da descoberta do boson de Higgs está em 99,99, ou Sigma 5 (ou quase 5), o que dá uma dose grande de confiabilidade nos resultados.

E as divergências esperadas (sempre, sempre é preciso refazer e repetir estudos e experimentos em ciência) apontam para coisa mais espantosas ainda que o Boson de Higgs, não para sua ausência simplesmente.

Se o Boson não for o de Higgs, será outra coisa mais interessante ainda, talvez muitos bosón, que criam o campo de Higgs. 

Um abraço.

Homero


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...> escreveu>> Aliás Alvaro,>  > Pq já é dado que o BH foi efetivamente encontrado; pelo que li pode ser uma outra partícula e o argumento do Novello é esse, em função da massa encontrada (ou entendi errado?).>  > Abs> Felipe> > > ________________________________> De: Alvaro Augusto (L) alvaro@...> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br > Enviadas: Terça-feira, 10 de Julho de 2012 17:49> Assunto: Re: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH> > >   > > Meu amigo, o que você faz acordado às 4 da manhã? Espero que não tenha sido por causa da famigerada partícula! Esses efeitos de "boostrap" são bastante comuns em física. Na relatividade geral, por exemplo, o campo gravitacional produz energia gravitacional. Esta energia, sendo equivalente à matéria, é fonte do próprio campo gravitacional. Na cromodinâmica quântica, uma teoria mais bem estabelecida do que a teoria do boson de Higgs, os quarks atuam sobre si mesmos por meio da "força colorida". Quanto ao fim da ciência, o próprio Hawking (que perdeu US$ 100 para Gordon Kane por ter apostado que o bH nunca seria achado) escreveu o livro "O fim da Física", um livrinho de menos de 100 páginas. Faz tempo que o li, mas, pelo que lembro, Hawking argumentava que depois que se obtivesse a grande unificação (via supercordas ou coisa parecida), nada mais haveria para fazer em física teória. Lord Kelvin também fez dessas, no final do século> XIX. Poucos anos depois Planck deu origem à teoria quântica e Einstein formulou a relatividade... [ ]s Alvaro Augusto Em 10/07/2012 04:07, JVictor escreveu: > Álvaro, > >O link que dsp está quebrado. Mas usei o nome do artigo indicado indicado e o Google entregou as informações de que trata. > >  > >Mal comparando:  é algo como vc está num deserto, com muita fome, comer um pedaço da batata da perna, e ela se auto-regenerar. Se a moda pega... > >Se o bóson de Higgs já é um osso duro de roer, do ponto de vista mesmo de sua existência, com essa característica, também prevista e esquematizada, já são dois ossos, um maior e mais duro que o outro. Aliás, vice-versa... > >No eletromagnetismo, nos mecanismos da reação da radiação, surgem  indícios teóricos de coisas assim;  parece o boost strap, como acontece em certos circuitos amplificadores em eletrônica. > >  > >Num passado recente, alguns luminares da ciência chegaram a vaticinar o fim da ciência, que não haveria muito mais o que descobrir. Que tudo estaria quase pronto e acabado. > >Mas o que vemos agora é que não é nada disso, ante o que vem se descortinando. Aliás, o que temos mesmo de muitíssimo concreto são inúmeras perguntas, cujo número só faz aumentar, a cada uma dessas revelações.   > >Não tem jeito: quanto  mais se sabe, menos se sabe... > >  > >John Hogan(O Fim da Ciência, Companhia das Letras) que se repense, mas a ciência nunca esteve tão longe de chegar ao fim. > >  > >Agora sim,  insônia aumentou. Ah, bH, bH, se te pego,  do jeito que estou pensando... > >  > >Sds, > >Victor. > >  > >  > >  > >  > >  > >  > >De:ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de alvaug> >Enviada em: segunda-feira, 9 de julho de 2012 20:48> >Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br> >Assunto: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH > >  > >  > >De acordo com a figura que aparece em http://en.wikipedia.org/wiki/File:Elementary_particle_interactions.svg, o Higgs pode interagir consigo mesmo.> >> >[ ]s> >> >Alvaro Augusto> >> >--- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, luiz silva mailto:luizfelipecsrj@ escreveu> >>> >> Uma pergunta com sério risco de ser idiota :> >>  > >> O fato do boson de Higgs dotar ele mesmo de massa> pode ser considerado uma> auto-referência na teoria do modelo-padrão ?> >>  > >> Abs> >> Felipe> >> > >> > >> ________________________________> >> De: luiz silva mailto:luizfelipecsrj@> >> Para: ListadeCiência <mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br> > >> Enviadas: Segunda-feira, 9 de Julho de 2012 11:00> >> Assunto: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH> >> > >> > >> Gostaria da opinião dos mais "entendidos",> principalmente com> relação ao que ele fala da massa do BH e do que confere> massa ao BH.> >> > >> http://oglobo.globo.com/ciencia/descoberta-coloca-teoria-do-boson-de-higgs-na-berlinda-5409585> >> > >> Abs> >> Felipe> >> > >>



SUBJECT: Uma fala do Higgs.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/07/2012 08:35

Olá,

 

https://www.youtube.com/watch?v=B-doU2Ojtmo&feature=player_embedded

 

Infelizmente, não tenho ouvidos para o inglês falado(embora, ainda, responda a uma aceitável faixa dos 20 khz da faixa auditiva que lhe foram destinados...).

Fazer o quê?

 

Podem assistir e comentar o teor da conversa?

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: A Marreta Nuclear e a Engenharia para Humanos
FROM: Kentaro Mori <kentaro.mori@gmail.com>
TO: undisclosed-recipients:;
BCC: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 11/07/2012 09:03

rússia história guerra curiosidades  A Marreta Nuclear e a Engenharia para Humanos

rússia história guerra curiosidades  A Marreta Nuclear e a Engenharia para Humanos

É um conto russo bom demais para ser verdadeiro:

“Em 1980, quando um grupo de oficiais inspetores do Estado-Maior visitando o quartel-general das Forças de Mísseis Estratégicos perguntou ao general Georgy Novikov o que ele faria se recebesse a ordem de lançar mísseis mas o cofre contendo os códigos de lançamento falhasse em abrir, Novikov disse que ele ‘arrebentaria a tranca do cofre com a marreta’ que ele mantinha próxima”.

Talvez nenhum outro projeto de engenharia deva ser tão resistente a falhas, ao pior do que os mais impensáveis erros humanos possam provocar, do que o sistema que guarda códigos de lançamentos de mísseis nucleares. Se há algo que jamais pode falhar, é a engenharia do sistema de lançamento de mísseis nucleares.

E no entanto, os russos contam a história de que não só o general em comando no quartel-general da Força de Mísseis Estratégicos mantinha à mão uma marreta para arrebentar o cofre, como ao saber disso seus superiores decidiram que:

“No momento os inspetores criticaram severamente a resposta do general, mas o oficial superior do Estado-Maior disse que Novikov estaria agindo corretamente [ao recorrer à marreta para arrebentar o cofre]. Desde então, a marreta tem estado em serviço no quartel-general das Forças de Mísseis na cidade fechada de Vlasikha, na região de Moscou”.

A história lembra a fábula da caneta espacial – americanos teriam investido milhões para criar uma caneta que funcionasse em microgravidade, enquanto russos teriam solucionado a questão usando um simples lápis.

São excelentes histórias, mas seriam verdadeiras? O que a marreta nuclear pode dizer sobre o futuro da humanidade?

Continue lendo…

http://www.sedentario.org/colunas/duvida-razoavel/marreta-nuclear-55212


SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/07/2012 09:51

Alvaro,

 

Spin do bH – notícias e xeretagens.

 

Dois links, para ajudar a diminuir o colesterol...

 

http://www.physicsforums.com/showthread.php?t=276724

 

http://arxiv.org/abs/hep-ph/0102023

 

Sds,

Victor.

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Alvaro Augusto (L)
Enviada em: quarta-feira, 11 de julho de 2012 00:15
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH

 

 

Uma coisa que estou achando estranha é a falta de informações ao público sobre o spin do provável bH. Não adianta só a partícula ser um boson (i.e., spin inteiro) com massa aproximada de 126 GeV. Para que a partícula seja o bH, o spin deve ser nulo. Alguém sabe de algo sobre o spin do bóson do CERN?

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 10/07/2012 22:44, luiz silva escreveu:

É, mais lendo parece qeu efetivamente encontraram EXATAMENTE O BH; pelo que entendi pode ser exaamente isso que vc falou...uma coisa mais espantosa ainda.

 

De: Homero <oraculo@atibaia.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Terça-feira, 10 de Julho de 2012 22:40
Assunto: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH

 

Luiz: "  Pq já é dado que o BH foi efetivamente encontrado; pelo que li pode ser uma outra partícula e o argumento do Novello é esse, em função da massa encontrada (ou entendi errado?). "

 

Poder, pode. Tudo pode. A probabilidade, entretanto, varia. Em ciência não se costuma vender a ideia de certeza absoluta, mas este da descoberta do boson de Higgs está em 99,99, ou Sigma 5 (ou quase 5), o que dá uma dose grande de confiabilidade nos resultados.

 

E as divergências esperadas (sempre, sempre é preciso refazer e repetir estudos e experimentos em ciência) apontam para coisa mais espantosas ainda que o Boson de Higgs, não para sua ausência simplesmente.

 

Se o Boson não for o de Higgs, será outra coisa mais interessante ainda, talvez muitos bosón, que criam o campo de Higgs. 

 

Um abraço.

 

Homero

 

 

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...> escreveu>> Aliás Alvaro,>  > Pq já é dado que o BH foi efetivamente encontrado; pelo que li pode ser uma outra partícula e o argumento do Novello é esse, em função da massa encontrada (ou entendi errado?).>  > Abs> Felipe> > > ________________________________> De: Alvaro Augusto (L) alvaro@...> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br > Enviadas: Terça-feira, 10 de Julho de 2012 17:49> Assunto: Re: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH> > >   > > Meu amigo, o que você faz acordado às 4 da manhã? Espero que não tenha sido por causa da famigerada partícula! Esses efeitos de "boostrap" são bastante comuns em física. Na relatividade geral, por exemplo, o campo gravitacional produz energia gravitacional. Esta energia, sendo equivalente à matéria, é fonte do próprio campo gravitacional. Na cromodinâmica quântica, uma teoria mais bem estabelecida do que a teoria do boson de Higgs, os quarks atuam sobre si mesmos por meio da "força colorida". Quanto ao fim da ciência, o próprio Hawking (que perdeu US$ 100 para Gordon Kane por ter apostado que o bH nunca seria achado) escreveu o livro "O fim da Física", um livrinho de menos de 100 páginas. Faz tempo que o li, mas, pelo que lembro, Hawking argumentava que depois que se obtivesse a grande unificação (via supercordas ou coisa parecida), nada mais haveria para fazer em física teória. Lord Kelvin também fez dessas, no final do século> XIX. Poucos anos depois Planck deu origem à teoria quântica e Einstein formulou a relatividade... [ ]s Alvaro Augusto Em 10/07/2012 04:07, JVictor escreveu: > Álvaro, > >O link que dsp está quebrado. Mas usei o nome do artigo indicado indicado e o Google entregou as informações de que trata. > >  > >Mal comparando:  é algo como vc está num deserto, com muita fome, comer um pedaço da batata da perna, e ela se auto-regenerar. Se a moda pega... > >Se o bóson de Higgs já é um osso duro de roer, do ponto de vista mesmo de sua existência, com essa característica, também prevista e esquematizada, já são dois ossos, um maior e mais duro que o outro. Aliás, vice-versa... > >No eletromagnetismo, nos mecanismos da reação da radiação, surgem  indícios teóricos de coisas assim;  parece o boost strap, como acontece em certos circuitos amplificadores em eletrônica. > >  > >Num passado recente, alguns luminares da ciência chegaram a vaticinar o fim da ciência, que não haveria muito mais o que descobrir. Que tudo estaria quase pronto e acabado. > >Mas o que vemos agora é que não é nada disso, ante o que vem se descortinando. Aliás, o que temos mesmo de muitíssimo concreto são inúmeras perguntas, cujo número só faz aumentar, a cada uma dessas revelações.   > >Não tem jeito: quanto  mais se sabe, menos se sabe... > >  > >John Hogan(O Fim da Ciência, Companhia das Letras) que se repense, mas a ciência nunca esteve tão longe de chegar ao fim. > >  > >Agora sim,  insônia aumentou. Ah, bH, bH, se te pego,  do jeito que estou pensando... > >  > >Sds, > >Victor. > >  > >  > >  > >  > >  > >  > >De:ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de alvaug> >Enviada em: segunda-feira, 9 de julho de 2012 20:48> >Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br> >Assunto: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH > >  > >  > >De acordo com a figura que aparece em http://en.wikipedia.org/wiki/File:Elementary_particle_interactions.svg, o Higgs pode interagir consigo mesmo.> >> >[ ]s> >> >Alvaro Augusto> >> >--- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, luiz silva mailto:luizfelipecsrj@ escreveu> >>> >> Uma pergunta com sério risco de ser idiota :> >>  > >> O fato do boson de Higgs dotar ele mesmo de massa> pode ser considerado uma> auto-referência na teoria do modelo-padrão ?> >>  > >> Abs> >> Felipe> >> > >> > >> ________________________________> >> De: luiz silva mailto:luizfelipecsrj@> >> Para: ListadeCiência <mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br> > >> Enviadas: Segunda-feira, 9 de Julho de 2012 11:00> >> Assunto: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH> >> > >> > >> Gostaria da opinião dos mais "entendidos",> principalmente com> relação ao que ele fala da massa do BH e do que confere> massa ao BH.> >> > >> http://oglobo.globo.com/ciencia/descoberta-coloca-teoria-do-boson-de-higgs-na-berlinda-5409585> >> > >> Abs> >> Felipe> >> > >>

 

 


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/07/2012 11:01

lmebro de ter lido, inclusive, que a euforia no dia da apresentação deixou alguns dos apresentadores visivelmente irritados!!

De: Homero <oraculo@atibaia.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Terça-feira, 10 de Julho de 2012 23:01
Assunto: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
 
Informações interessantes sobre a probabilidade de ser mesmo o BH:

http://hypescience.com/boson-de-higgs-calculos-independentes-aumentam-a-significancia-da-descoberta/

Homero

--- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...> escreveu
>
> É, mais lendo parece qeu efetivamente encontraram EXATAMENTE O BH; pelo que entendi pode ser exaamente isso que vc falou...uma coisa mais espantosa ainda.
>  
>
> ________________________________
> De: Homero <oraculo@...>
> Para: mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br
> Enviadas: Terça-feira, 10 de Julho de 2012 22:40
> Assunto: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
>
>
>  
>
> Luiz: "
>  Pq já é dado que o BH foi efetivamente encontrado; pelo que li pode ser uma outra partícula e o argumento do Novello é esse, em função da massa encontrada (ou entendi errado?). "
>
> Poder, pode. Tudo pode. A probabilidade, entretanto, varia. Em ciência não se costuma vender a ideia de certeza absoluta, mas este da descoberta do boson de Higgs está em 99,99, ou Sigma 5 (ou quase 5), o que dá uma dose grande de confiabilidade nos resultados.
>
> E as divergências esperadas (sempre, sempre é preciso refazer e repetir estudos e experimentos em ciência) apontam para coisa mais espantosas ainda que o Boson de Higgs, não para sua ausência simplesmente.
>
> Se o Boson não for o de Higgs, será outra coisa mais interessante ainda, talvez muitos bosón, que criam o campo de Higgs. 
>
> Um abraço.
>
> Homero
>
>
> --- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@> escreveu>> Aliás Alvaro,>  > Pq já é dado que o BH foi efetivamente encontrado; pelo que li pode ser uma outra partícula e o argumento do Novello é esse, em função da massa encontrada (ou entendi errado?).>  > Abs> Felipe> > > ________________________________> De: Alvaro Augusto (L) alvaro@> Para: mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br > Enviadas: Terça-feira, 10 de Julho de 2012 17:49> Assunto: Re: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH> > >   > > Meu amigo, o que você faz acordado às 4 da manhã? Espero que não tenha sido por causa da famigerada partícula! Esses efeitos de "boostrap" são bastante comuns em física. Na relatividade geral, por exemplo, o campo gravitacional produz energia gravitacional. Esta energia, sendo equivalente à matéria, é fonte do próprio campo gravitacional. Na cromodinâmica quântica, uma teoria mais bem estabelecida do
> que a teoria do boson de Higgs, os quarks atuam sobre si mesmos por meio da "força colorida". Quanto ao fim da ciência, o próprio Hawking (que perdeu US$ 100 para Gordon Kane por ter apostado que o bH nunca seria achado) escreveu o livro "O fim da Física", um livrinho de menos de 100 páginas. Faz tempo que o li, mas, pelo que lembro, Hawking argumentava que depois que se obtivesse a grande unificação (via supercordas ou coisa parecida), nada mais haveria para fazer em física teória. Lord Kelvin também fez dessas, no final do século> XIX. Poucos anos depois Planck deu origem à teoria quântica e Einstein formulou a relatividade... [ ]s Alvaro Augusto Em 10/07/2012 04:07, JVictor escreveu: > Álvaro, > >O link que dsp está quebrado. Mas usei o nome do artigo indicado indicado e o Google entregou as informações de que trata. > >  > >Mal comparando:  é algo como vc está num deserto, com muita fome, comer um pedaço da batata da
> perna, e ela se auto-regenerar. Se a moda pega... > >Se o bóson de Higgs já é um osso duro de roer, do ponto de vista mesmo de sua existência, com essa característica, também prevista e esquematizada, já são dois ossos, um maior e mais duro que o outro. Aliás, vice-versa... > >No eletromagnetismo, nos mecanismos da reação da radiação, surgem  indícios teóricos de coisas assim;  parece o boost strap, como acontece em certos circuitos amplificadores em eletrônica. > >  > >Num passado recente, alguns luminares da ciência chegaram a vaticinar o fim da ciência, que não haveria muito mais o que descobrir. Que tudo estaria quase pronto e acabado. > >Mas o que vemos agora é que não é nada disso, ante o que vem se descortinando. Aliás, o que temos mesmo de muitíssimo concreto são inúmeras perguntas, cujo número só faz aumentar, a cada uma dessas revelações.   > >Não tem jeito: quanto  mais se sabe, menos se sabe... > >  >
> >John Hogan(O Fim da Ciência, Companhia das Letras) que se repense, mas a ciência nunca esteve tão longe de chegar ao fim. > >  > >Agora sim,  insônia aumentou. Ah, bH, bH, se te pego,  do jeito que estou pensando... > >  > >Sds, > >Victor. > >  > >  > >  > >  > >  > >  > >De:mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br [mailto:mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br] Em nome de alvaug> >Enviada em: segunda-feira, 9 de julho de 2012 20:48> >Para: mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br> >Assunto: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH > >  > >  > >De acordo com a figura que aparece em http://en.wikipedia.org/wiki/File:Elementary_particle_interactions.svg, o Higgs pode interagir consigo mesmo.> >> >[ ]s> >> >Alvaro Augusto> >> >--- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, luiz silva mailto:luizfelipecsrj@ escreveu> >>> >> Uma pergunta com sério risco de ser idiota :> >>  > >> O fato do boson de Higgs dotar ele mesmo de massa> pode
> ser considerado uma> auto-referência na teoria do modelo-padrão ?> >>  > >> Abs> >> Felipe> >> > >> > >> ________________________________> >> De: luiz silva mailto:luizfelipecsrj@> >> Para: ListadeCiência <mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br> > >> Enviadas: Segunda-feira, 9 de Julho de 2012 11:00> >> Assunto: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH> >> > >> > >> Gostaria da opinião dos mais "entendidos",> principalmente com> relação ao que ele fala da massa do BH e do que confere> massa ao BH.> >> > >> http://oglobo.globo.com/ciencia/descoberta-coloca-teoria-do-boson-de-higgs-na-berlinda-5409585> >> > >> Abs> >> Felipe> >> > >>
>


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/07/2012 11:06

Mas como se dá a interação entre o BH e o gráviton´? Minha dúvida é : o graviton só pode gerar a gravidade se existir o boson que de massa as coisas, ou ele pode dar origem a gravidade sem o boson ? mas se isso for possivel, como ele irá dar origem a gradvidade, se as particulas nao tem massa para serem atraidas umas pelas outras ?
 
Eu sempre pensei que um eletron não pudesse interagir com o campo gerado por ele mesmo. Ou tra coisa, o eletron nunca foi detectado ?
 
Abs
Fel.ipe

De: Alvaro Augusto (L) <alvaro@lunabay.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Terça-feira, 10 de Julho de 2012 23:37
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
 
Ainda não consegui achar o livro do Hawking (deve estar escondido no meio de alguns outros...), mas talvez tenha a ver com Gödel mesmo.Quanto à auto-interação do elétron, ela existe até mesmo na eletrodinâmica clássica, originando várias maneiras de tratá-la. Mas o caso do bóson de Higgs é diferente. O elétron, ao interagir consigo mesmo, não dá origem à sua carga elétrica, mas o Higgs dá origem à própria massa.O gráviton, uma partícula de massa nula e spin 2, surge quando se tenta tratar a gravitação no âmbito de uma teoria quântica de campos. O Modelo Padrão trata apenas das interações eletromagnética, forte e fraca, não da gravitação, e poderá sobreviver caso o gráviton não seja achado.[ ]sAlvaro AugustoEm 10/07/2012 22:03, luiz silva escreveu:
Ola Alvaro,
 
Pelo que lembro, a questão do fim da fisica que vc citou de Hawking se referia ao Teorema de Godel que acabaria com qqer esperança de uma teoria final, ele demonstrava que a ciência não tem como se livrar da autoreferencia.
 
Mas o  Álvaro, esta interação do BH com ele mesmo é similar a interação entre dois eletrons diferentes, ou mais ou menos como se um eletron interagisse com seu proprio campo ?

Outra coisa, qual a relação do BH com o gráviton? Se o gráviton não for achado, isto terá algum impacto no modelo padrão ?
 
Abs
Felipe
 
De: Alvaro Augusto (L) mailto:alvaro@lunabay.com.br
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Terça-feira, 10 de Julho de 2012 17:49
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
 
Meu amigo, o que você faz acordado às 4 da manhã? Espero que não tenha sido por causa da famigerada partícula! Esses efeitos de "boostrap" são bastante comuns em física. Na relatividade geral, por exemplo, o campo gravitacional produz energia gravitacional. Esta energia, sendo equivalente à matéria, é fonte do próprio campo gravitacional. Na cromodinâmica quântica, uma teoria mais bem estabelecida do que a teoria do boson de Higgs, os quarks atuam sobre si mesmos por meio da "força colorida". Quanto ao fim da ciência, o próprio Hawking (que perdeu US$ 100 para Gordon Kane por ter apostado que o bH nunca seria achado) escreveu o livro "O fim da Física", um livrinho de menos de 100 páginas. Faz tempo que o li, mas, pelo que lembro, Hawking argumentava que depois que se obtivesse a grande unificação (via supercordas ou coisa parecida), nada mais haveria para fazer em física teória. Lord Kelvin também fez dessas, no final do século XIX. Poucos anos depois Planck deu origem à teoria quântica e Einstein formulou a relatividade... [ ]s Alvaro Augusto Em 10/07/2012 04:07, JVictor escreveu:
Álvaro,
O link que dsp está quebrado. Mas usei o nome do artigo indicado indicado e o Google entregou as informações de que trata.
 
Mal comparando:  é algo como vc está num deserto, com muita fome, comer um pedaço da batata da perna, e ela se auto-regenerar. Se a moda pega...
Se o bóson de Higgs já é um osso duro de roer, do ponto de vista mesmo de sua existência, com essa característica, também prevista e esquematizada, já são dois ossos, um maior e mais duro que o outro. Aliás, vice-versa...
No eletromagnetismo, nos mecanismos da reação da radiação, surgem  indícios teóricos de coisas assim;  parece o boost strap, como acontece em certos circuitos amplificadores em eletrônica.
 
Num passado recente, alguns luminares da ciência chegaram a vaticinar o fim da ciência, que não haveria muito mais o que descobrir. Que tudo estaria quase pronto e acabado.
Mas o que vemos agora é que não é nada disso, ante o que vem se descortinando. Aliás, o que temos mesmo de muitíssimo concreto são inúmeras perguntas, cujo número só faz aumentar, a cada uma dessas revelações.  
Não tem jeito: quanto  mais se sabe, menos se sabe...
 
John Hogan(O Fim da Ciência, Companhia das Letras) que se repense, mas a ciência nunca esteve tão longe de chegar ao fim.
 
Agora sim,  insônia aumentou. Ah, bH, bH, se te pego,  do jeito que estou pensando...
 
Sds,
Victor.
 
 
 
 
 
 
De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de alvaug
Enviada em: segunda-feira, 9 de julho de 2012 20:48
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
 
 
De acordo com a figura que aparece em http://en.wikipedia.org/wiki/File:Elementary_particle_interactions.svg, o Higgs pode interagir consigo mesmo.[ ]sAlvaro Augusto--- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, luiz silva mailto:luizfelipecsrj@... escreveu>> Uma pergunta com sério risco de ser idiota :>  > O fato do boson de Higgs dotar ele mesmo de massa pode ser considerado uma auto-referência na teoria do modelo-padrão ?>  > Abs> Felipe> > > ________________________________> De: luiz silva mailto:luizfelipecsrj@...> Para: ListadeCiência <mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br> > Enviadas: Segunda-feira, 9 de Julho de 2012 11:00> Assunto: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH> > > Gostaria da opinião dos mais "entendidos", principalmente com relação ao que ele fala da massa do BH e do que confere massa ao BH.> > http://oglobo.globo.com/ciencia/descoberta-coloca-teoria-do-boson-de-higgs-na-berlinda-5409585> > Abs> Felipe>

 

SUBJECT: Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/07/2012 14:52

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...>
> Mas como se dá a interação entre o BH e o gráviton´?

Ninguém sabe. Não se sabe nem se grávitons existem. E não se sabe muito das propriedades dos bósons de Higgs. Nem dos grávitons (exceto que grávitons devem ter spin 2).

Mas há modelos propostos, e.g.:
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0370269310006404
http://prd.aps.org/abstract/PRD/v77/i2/e024001
--------

> Minha dúvida é : o graviton só pode gerar a gravidade se existir o
> boson que de massa as coisas, ou ele pode dar origem a gravidade sem
> o boson ?

Grávitons, no sentido estrito, não geram gravidade. São partículas que *medeiam* interações do tipo gravitacional. Como fótons são partículas que medeiam interações do tipo eletromagnético. A interação com grávitons não está restrito a se ter massa. Fótons são partículas sem massa, mas interagem com grávitons.

> Outra coisa, o eletron nunca foi detectado ?

Hein?

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/07/2012 14:56

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Alvaro Augusto (L)"
> Alguém sabe de algo sobre o spin do bóson do CERN?

Por eliminação, deve ser ter spin 0:
http://cdsweb.cern.ch/record/1428413/
--------

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: "A Universe From Nothing", by Lawrence Krauss
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/07/2012 15:01

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...>
> Esse modelo de tunelamento emerge do mesmo "nada" do Krauss ?

Hein?

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/07/2012 15:06

Thnaks!

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 11/07/2012 14:56, roberto escreveu:
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Alvaro Augusto (L)"
>> Alguém sabe de algo sobre o spin do bóson do CERN?
> Por eliminação, deve ser ter spin 0:
> http://cdsweb.cern.ch/record/1428413/
> --------
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/07/2012 15:20

É..alguém disso isso aqui na lista, eu acho (com relação ao eletron nao ter sido detectado, achei bem estranho) ...
 
Abs
Felipe

De: roberto <roberto.takata@bol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 11 de Julho de 2012 14:52
Assunto: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
 
--- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...>
> Mas como se dá a interação entre o BH e o gráviton´?

Ninguém sabe. Não se sabe nem se grávitons existem. E não se sabe muito das propriedades dos bósons de Higgs. Nem dos grávitons (exceto que grávitons devem ter spin 2).

Mas há modelos propostos, e.g.:
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0370269310006404
http://prd.aps.org/abstract/PRD/v77/i2/e024001
--------

> Minha dúvida é : o graviton só pode gerar a gravidade se existir o
> boson que de massa as coisas, ou ele pode dar origem a gravidade sem
> o boson ?

Grávitons, no sentido estrito, não geram gravidade. São partículas que *medeiam* interações do tipo gravitacional. Como fótons são partículas que medeiam interações do tipo eletromagnético. A interação com grávitons não está restrito a se ter massa. Fótons são partículas sem massa, mas interagem com grávitons.

> Outra coisa, o eletron nunca foi detectado ?

Hein?

Roberto Takata


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: "A Universe From Nothing", by Lawrence Krauss
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/07/2012 15:21

O que sofre tunelamento ? alguma estrutura do tipo que Krauss usa em seus argumentos ?

De: roberto <roberto.takata@bol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 11 de Julho de 2012 15:01
Assunto: [ciencialist] Re: "A Universe From Nothing", by Lawrence Krauss
 
--- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...>
> Esse modelo de tunelamento emerge do mesmo "nada" do Krauss ?

Hein?

Roberto Takata


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/07/2012 16:51

O elétron foi a primeira partícula subatômica a ser descoberta (J.J. Thompson, 1896).

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 11/07/2012 15:20, luiz silva escreveu:
É..alguém disso isso aqui na lista, eu acho (com relação ao eletron nao ter sido detectado, achei bem estranho) ...
 
Abs
Felipe

De: roberto <roberto.takata@bol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 11 de Julho de 2012 14:52
Assunto: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
 
--- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...>
> Mas como se dá a interação entre o BH e o gráviton´?

Ninguém sabe. Não se sabe nem se grávitons existem. E não se sabe muito das propriedades dos bósons de Higgs. Nem dos grávitons (exceto que grávitons devem ter spin 2).

Mas há modelos propostos, e.g.:
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0370269310006404
http://prd.aps.org/abstract/PRD/v77/i2/e024001
--------

> Minha dúvida é : o graviton só pode gerar a gravidade se existir o
> boson que de massa as coisas, ou ele pode dar origem a gravidade sem
> o boson ?

Grávitons, no sentido estrito, não geram gravidade. São partículas que *medeiam* interações do tipo gravitacional. Como fótons são partículas que medeiam interações do tipo eletromagnético. A interação com grávitons não está restrito a se ter massa. Fótons são partículas sem massa, mas interagem com grávitons.

> Outra coisa, o eletron nunca foi detectado ?

Hein?

Roberto Takata




SUBJECT: Re: "A Universe From Nothing", by Lawrence Krauss
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/07/2012 20:06

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...>
> O que sofre tunelamento ? alguma estrutura do tipo que Krauss usa em
> seus argumentos ?

Não sei qual exatamente o argumento de Krauss. Mas sobre o que sofre tunelamento, isso varia de acordo com o modelo. Alguns trabalhos que indiquei anteriormente trabalha com um nada em que não há espaço-tempo estruturado nem matéria ou energia.

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/07/2012 01:15

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...>
> É..alguém disso isso aqui na lista, eu acho (com relação ao eletron
> nao ter sido detectado, achei bem estranho) ...

Não vi ninguém dizer isto aqui na lista. A única coisa que me lembro é vc perguntando:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/82637
------------

Mas nas mensagens apensadas ninguém havia mencionado a partícula. Só no link com o texto do Belisário, mas lá não se diz que elétrons não foram detectados.
http://cienciaseadjacencias.blogspot.com.br/2012/07/boson-de-higgs-ajuda-jornalistas.html
------------

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Não é nada, não é nada, dá num tudo.
FROM: José Renato Terra <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/07/2012 08:52


Homero escreveu: A atitude de Dawkins é forte, combativa, mas quase nunca agressiva. O "quase" é porque somos todos humanos, e algumas vezes a estupidez, por exemplo de criacionistas, pode tirar as pessoas do sério.:-). Seus atos, textos, livros, etc, refletem o risco e o perigo que a ignorância religiosa tem apresentado recentemente."
 
José Renato alerta: Não são só a ignorância, a estupidez e a violência religiosa que apresentam riscos de entraves ao conhecimento humano. Em qualquer grupo onde elas são significativas causam os mesmos problemas no desenvolvimento da Ciência que busca, não apenas a tecnologia e o utilitarismo mais imediato, mas e principalmente conhecer a essência e detalhes do tudo que parece ser originado de coisa alguma, do nada.
[]s
José Renato
...........................................
 
----- Original Message -----
From: luiz silva
Sent: Tuesday, July 10, 2012 10:52 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Não é nada, não é nada, dá num tudo.
Ola Homero,

 
Somente para esclarecer : a questão do batido não foi para dar a entender que está ultrapassado, mas sim que em nossas conversas, isto é um senso comum; e por isso, como falei anteriormente, o "provar" e não provar. 

"Eu também tenho certeza de que não existe deus, e mais ainda um deus na forma apresentada pelas religiões.:-) Isso não me faz arrogante, apenas entendo que, a partir de probabilidades desprezíveis, e na absoluta falta de evidênias, é uma psição segura, sem muito risco. 

Se digo que admito a "possibilidade" de existência, é apenas por ser o mais lógico, mais racional, já que certezas "absolutas" são pouco razoáveis.

Mas o problema é que não importa o que Dawkins diga, alguém vai tirar de contexto, distorcer, e apresentar como "evidência" contrária e como ataque. Por exemplo, é comum que a frase de Dawkins, colocando o que eu disse acima, sobre ser possível a existência de deus, seja apresentada por criacionistas assim: "até Dawkins admite que deus pode existir"!

A resposta de Dawkins a um repórter, que você apresenta, é uma dessas situações. Ele, como eu, apenas respondeu que sim, tem certeza, que embora não seja absoluta, é suficiente nesse caso, de que deus não existe. É isso que significa ser ateu de toda forma.

Eu aposto minha vida nisso, e não é retórica, é concreta essa aposta, já que se o deus cristão existir, corro o risco de ir para o Inferno por toda eternidade.:-) Mas tenho certeza de que não vou.:-)

Você não gosta de Dawkins. Como muitos que tentam manter a fé, ainda que frágil, a posição racional, forte, bem embasada, deste o incomoda, parece um "ataque" a sua posição, como se ele dissesse "ei, quem crê é tolo".

Por isso parece ver coisas nas alegações de Dawkins que nem sempre estão lá. E tende a acreditar nas acusações que lê contra ele, a priori.

A atitude de Dawkins é forte, combativa, mas quase nunca agressiva. O "quase" é porque somos todos humanos, e algumas vezes a estupidez, por exemplo de criacionistas, pode tirar as pessoas do sério.:-). Seus atos, textos, livros, etc, refletem o risco e o perigo que a ignorância religiosa tem apresentado recentemente."

 
Não gosto da atitude dele, de coisas que li e vi no youtube. Somente isso; com relação à racionalidade e a "fé fragil", fiz meus comentários no email para o Alberto.
 
Abs
Felipe 
De: Homero <oraculo@atibaia.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Sábado, 7 de Julho de 2012 16:48
Assunto: [ciencialist] Re: Não é nada, não é nada, dá num tudo.
 
Olá Luiz

Luiz: "A questão da negaitiva generica já esta batida :) por isso "provar" e não provar!!"

Argumentos não ficam "batidos", eles são refutados, ou se mantém validos. Sei que é irritante ter um argumento que se mantém impedindo que use um argumento atraente (mas falso) sobre provar que deus não existe, mas é assim que a logica funciona.:-).

O ônus, de toda forma, é provar existência, não inexistência. 

Luiz: "Não acho que seja assim. Uma coisa é o conhecimento cientifico, outra coisa é a atitude frente ao mesmo. Dawkins já declarou ter certeza de que não existe um criador (dentro de uma ranking que ele mesmo criou, se não me engano, e que vai de 1 a 6) em uma entrevista com um cético famoso (esqueci o nome dele); e nem especificou o tipo (espinoza, etc). "

Eu também tenho certeza de que não existe deus, e mais ainda um deus na forma apresentada pelas religiões.:-) Isso não me faz arrogante, apenas entendo que, a partir de probabilidades desprezíveis, e na absoluta falta de evidênias, é uma psição segura, sem muito risco. 

Se digo que admito a "possibilidade" de existência, é apenas por ser o mais lógico, mais racional, já que certezas "absolutas" são pouco razoáveis.

Mas o problema é que não importa o que Dawkins diga, alguém vai tirar de contexto, distorcer, e apresentar como "evidência" contrária e como ataque. Por exemplo, é comum que a frase de Dawkins, colocando o que eu disse acima, sobre ser possível a existência de deus, seja apresentada por criacionistas assim: "até Dawkins admite que deus pode existir"!

A resposta de Dawkins a um repórter, que você apresenta, é uma dessas situações. Ele, como eu, apenas respondeu que sim, tem certeza, que embora não seja absoluta, é suficiente nesse caso, de que deus não existe. É isso que significa ser ateu de toda forma.

Eu aposto minha vida nisso, e não é retórica, é concreta essa aposta, já que se o deus cristão existir, corro o risco de ir para o Inferno por toda eternidade.:-) Mas tenho certeza de que não vou.:-)

Você não gosta de Dawkins. Como muitos que tentam manter a fé, ainda que frágil, a posição racional, forte, bem embasada, deste o incomoda, parece um "ataque" a sua posição, como se ele dissesse "ei, quem crê é tolo".

Por isso parece ver coisas nas alegações de Dawkins que nem sempre estão lá. E tende a acreditar nas acusações que lê contra ele, a priori.

A atitude de Dawkins é forte, combativa, mas quase nunca agressiva. O "quase" é porque somos todos humanos, e algumas vezes a estupidez, por exemplo de criacionistas, pode tirar as pessoas do sério.:-). Seus atos, textos, livros, etc, refletem o risco e o perigo que a ignorância religiosa tem apresentado recentemente.

Luiz: "Homero, quando partimos para uma batalha, uma causa,  não é muito dificil nos deixarmos levar, e cometermos alguns deslizes pelas nossa convicções. Dawkins e Krauss são humanos e não estão imunes a isso!ou será que por serem homens da ciencia, vc acha que não?! "

Por isso eu prefiro a ciência a filosofia (sem falar na bobagem da teologia.:-), seus mecanismos de controle das falhas humanas estão sempre se ampliando, refinando. Sim, são humanos, e como disse acima, as vezes podem sair do sério frente a absurdos e tolices. Mas os argumentos é que importam, as evidências.

Assim como eles, você é humano, e ver suas crenças mais queridas confrontadas, pode provocar esse "estranhamento" que parece ver nesses autores. Que eu não vejo. Pelo contrário, gosto bastante e acho profundamente razoáveis, lógicos, precisos.

Luiz: "Então, não acho que seja espantalho; e meratmente um julgamento, fruto das proprias atitudes dos mesmos. E tenho certeza que não vamos concordar qto a este ponto."

Sim, tenho certeza de que não vamos.:-) Acho as atitudes de Dawkins mais que corretas, e seu esforço contra a barbárie da crença cega, mitos ancestrais, e em defesa do pensamento racional (contra o pensamento mágico) importante e totalmente válida.

Mas para mim é mais fácil, não são minhas crenças pessoais que são atacadas, e eu penso da mesma forma que eles, então não sinto o mesmo estranhamento que você ao ler o que escrevem, ou ver seus videos.

O importante, o que acho importante, é que tudo vai passar, mas o trabalho real, o conhecimento real, concreto, material, produzido por Dawkins e Krauss vai sobreviver, dar frutos, servir de base para novos conhecimentos. E as crenças acabam desaparecendo, ou substituídas por outras crenças sem base.

Como Newton, profundamente religioso, com trabalhos em diversas áreas, como alquimia, interpretação de textos biblicos, etc, mas que de todo seu trabalho só sobrou o que fez com a física, de forma científica, e sem usar deus ou seres imaginários, espero que o mesmo se dê com os que produzem conhecimento hoje.

Um abraço.

Homero

PS: Você leu os livros de Dawkins? Desvendando o Arco Iris, por exemplo, junto com outro livro seminal de Sagan, Mundo Assombrado Pelos Demônios, poderia desfazer muito de seus preconceitos e estranhamentos com o autor, e ver uma faceta muito mais interessante, que a que é apresentada por seus inimigos.





--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...> escreveu>> Ola Homero,>  > A questão da negaitiva generica já esta batida :) por isso "provar" e não provar!!>  > Não acho que seja assim. Uma coisa é o conhecimento cientifico, outra coisa é a atitude frente ao mesmo. Dawkins já declarou ter certeza de que não existe um criador (dentro de uma ranking que ele mesmo criou, se não me engano, e que vai de 1 a 6) em uma entrevista com um cético famoso (esqueci o nome dele); e nem especificou o tipo (espinoza, etc). >  > A postura de Krauss no video é claramente pregatória; o uso que ele faz do "nada" é, em minha opinião, claramente enganatório, no sentido de mostrar para seus leitores, um pulico geral que terá nele uma autoridade: aqui seus crentes, a ciência ja provou que o universo pode surgir do mesmo nada que vcs tanto usam para criticar as teorias cientificas...... >  > Minha acusação (e de outros - estavam nos links que enviei) é exatamente essa postura frente ao conhecimento científico (nada, no caso). E em minha opinião, o David foi brilhante na sua crítica(mais que os outros que estavam nos links).>  > Homero, quando partimos para uma batalha, uma causa,  não é muito dificil nos deixarmos levar, e cometermos alguns deslizes pelas nossa convicções. Dawkins e Krauss são humanos e não estão imunes a isso!ou será que por serem homens da ciencia, vc acha que não?! >  > Vejo uma grande relutância nas criticas - ou protecionismo - com relação a estes expoentes, aqui e em outras listas. Novamente, por isso falei que este dois pesos e duas medidas para "julgar" os comportamentos me incomoda.>  > E o engraçado foi a reação de Krauss às críticias do David; pelo que li. bem parecida com a dos seus inimigos qdo confrontados....>  > Então, não acho que seja espantalho; e meratmente um julgamento, fruto das proprias atitudes dos mesmos. E tenho certeza que não vamos concordar qto a este ponto.>  > Abs> Felipe>   > > ________________________________> De: Homero oraculo@...> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br > Enviadas: Sexta-feira, 6 de Julho de 2012 23:21> Assunto: [ciencialist] Re: Não é nada, não é nada, dá num tudo.> > >   > > Luiz: "  O problema é que certos cientistas como Krauss e Dwakins querem usar a ciência para "provar" que Deus não existe;  "> > Não, Luiz, precisa parar com essa acusação, que é um espantalho criado por "inimigos" de Dawkins e outros que se posicionam de forma firme em relação a essa questão.> > O que tanto Dawkins, quanto Krauss, tentam demonstrar, é que não é preciso deus para explicar coisas. Como Laplace ao ser inquirido por Napoleão, que queria saber porque não havia menção a deus em seu livro: Sire, eu não precisei dessa hipótese.> > Dawkins, Krauss, eu, etc, sabem que não se provam negativas genéricas. Não se pode provar, é uma impossibilidade lógica, que deus não existe. Mas se pode demonstrar que algumas definições de deus, como o deus cristão, não são coerentes, racionais, ou que são impossíveis, no formato apresentado. E também se pode provar que as "provas lógicas" são falhas ou incorretas.> > Mas, repito, não se pode provar a inexistência genérica de deus, "algum deus". Não se pode provar, por exemplo, que um deus incompreensível criou este universo há 5 minutos, e irá destruí-lo daqui a 5 minutos, só como "teste", e todas as suas, nossas, memórias, são ilusões igualmente criadas há 5 minutos.> > O livro de Krauss, por exemplo, analisa o surgimento do universo "do nada". Mesmo que ele tenha razão, mesmo que ele possa provar seu ponto, isso apenas indica a desnecessidade de um "deus", não a inexistência deste. Ele pode existir, e ter observado o surgimento do universo, do nada, em interferir ou ter alguma opinião a respeito.:-).> > O problema, Luiz, está "do outro lado". Muitos dos que creem não se sentem confortáveis com um deus assim, eles "precisam" que existam motivos, evidências, para conseguir manter a fé. Religiões precisam. Precisam que o Universo "precise" de um deus, que seu surgimento seja "misterioso", de forma que possam "enfiar" seu deus nas lacunas do conhecimento sobre esse surgimento.> > Não sei se leu Deus, Um Delírio, de Dawkins, mas é a mesma coisa. Ele analisa as alegações de quem crê, os "argumentos lógicos" para um deus específico, ou para a existência de "algo". Não prova a inexistência, mas a falha desses argumentos, a desnecessidade dessa "hipótese", como Laplace.> > Nada impede que quem crê continue crendo, e diga, "bem, não há evidências, não há provas lógicas, não há provas ou indícios, e ninguém provou que deus não existe, mas eu sinto em meu coração que existe e continuo a acreditar." > > Infelizmente (ou felizmente.:-) isso não é muito fácil para nossa mente racional, e muitos dependem das lacunas, das pretensas evidências para manter a crença.> > Cientistas, a ciência, pode mostrar que deus é desnecessário como explicação, não que não exista.> > Homero> > > > > > > > > > --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva luizfelipecsrj@ escreveu>> Ola Victor,>  > Não concordo com vc. >  > O que o doc deixa claro é o que é que a física considera nada, que na realidade não é nada. O fato de eu explicar o meu entendimento sobre um conceito pre-existente não me faz ter razão ou autoridade sobre o mesmo. >  > A questão de confusões e não entendimentos vem exatamente da discordância com relação ao conceito e, principalmente, a forma de utilização do mesmo.>  > De forma muito competente, o David Albert deixa isso muito claro em sua crítica ao  Krauss . O problema é que certos cientistas como Krauss e Dwakins querem usar a ciência para "provar" que Deus não existe; isto fica muito claro assistindo as palestras feitas para a divulgação do livro. E por essa razão Krauss foi acusado de ser intelectualmente desonesto com os seus leitores, pricipalmente o com relação ao publico geral.>  > Abs>> Felipe>  > > > ________________________________> De: JVictor j.victor.neto@ Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br > Enviadas: Sexta-feira, 6 de Julho de 2012 15:55> Assunto: [ciencialist] Não é nada, não é nada, dá num tudo.> >   > Olá,>  > Vejam esse excelente episódio do seriado Through the Wormhole, narrado por Morgan Freeman. É o 5º episódio  de um seriado, que já vai na 3ª Temporada.> O nada, tão propalado por tantos, e tão mal interpretado por outros tantos, é, simplesmente, tudo. Só que, devido ao equilíbrio, à indolência cósmica, expressa, também, por suas santas simetrias, tudo se passa como se fosse um nada mesmo.  Que não é, conforme provam as flutuações que me fizeram estar aqui, agora, escrevendo...  O relato do filme, nota 10 para ele, deixa muitas coisas bastante claras, e ajudará a entender as adaptações literárias e os encaixes, competentes,  feitos pelo Lawrence, em seu novo livro. Que já> provocou abalos de nivel 6,5 na escala de terremotos. >  > http://www.seriesfree.biz/2012/07/through-the-wormhole-s03e05-what-is-nothing/>  > Sds,> Victor.>  > .>>

SUBJECT: Videoteca do Instituto de Física da USP
FROM: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/07/2012 10:06

Para quem gostou dos vídeos do CBPF, dê uma olhada
também no site do Instituto de Física da USP (áudios, vídeos, para
iniciantes e iniciados):

http://video.if.usp.br/

Vejam, por exemplo, a página do "Convite à Física":

http://video.if.usp.br/convite-%C3%A0-f%C3%ADsica

Obs.: No horário em que tentei entrar, apareceram vários erros, em
alguns dos links,
que me pareceram ser algum problema de programação (software) do site.
Mas em várias páginas consegui acessar os links para download. O
problema agora
é encontrar tempo para ver tudo isso :)

Paulo


SUBJECT: Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
FROM: "Homero" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/07/2012 13:29

Mais alguns dados sobre o BH, e como é preciso cautela para validar a descoberta:

http://hypescience.com/particula-de-deus-pode-ser-um-impostor/

Homero

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Homero" <oraculo@...> escreveu
>
> Luiz: " Pq já é dado que o BH foi efetivamente encontrado; pelo
> que li pode ser uma outra partícula e o argumento do Novello é
> esse, em função da massa encontrada (ou entendi errado?). "
> Poder, pode. Tudo pode. A probabilidade, entretanto, varia. Em
> ciência não se costuma vender a ideia de certeza absoluta, mas
> este da descoberta do boson de Higgs está em 99,99, ou Sigma 5 (ou
> quase 5), o que dá uma dose grande de confiabilidade nos resultados.
> E as divergências esperadas (sempre, sempre é preciso refazer e
> repetir estudos e experimentos em ciência) apontam para coisa mais
> espantosas ainda que o Boson de Higgs, não para sua ausência
> simplesmente.
> Se o Boson não for o de Higgs, será outra coisa mais interessante
> ainda, talvez muitos bosón, que criam o campo de Higgs.
> Um abraço.
> Homero
>
>
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@>
> escreveu
> >
> > Aliás Alvaro,
> >
> > Pq já é dado que o BH foi efetivamente encontrado; pelo que li
> pode ser uma outra partícula e o argumento do Novello é esse, em
> função da massa encontrada (ou entendi errado?).
> >
> > Abs
> > Felipe
> >
> >
> > ________________________________
> > De: Alvaro Augusto (L) alvaro@
> > Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > Enviadas: Terça-feira, 10 de Julho de 2012 17:49
> > Assunto: Re: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
> >
> >
> >
> >
> > Meu amigo, o que você faz acordado às 4 da manhã? Espero que
> não tenha sido por causa da famigerada partícula! Esses efeitos
> de "boostrap" são bastante comuns em física. Na relatividade
> geral, por exemplo, o campo gravitacional produz energia gravitacional.
> Esta energia, sendo equivalente à matéria, é fonte do
> próprio campo gravitacional. Na cromodinâmica quântica, uma
> teoria mais bem estabelecida do que a teoria do boson de Higgs, os
> quarks atuam sobre si mesmos por meio da "força colorida". Quanto
> ao fim da ciência, o próprio Hawking (que perdeu US$ 100 para
> Gordon Kane por ter apostado que o bH nunca seria achado) escreveu o
> livro "O fim da Física", um livrinho de menos de 100 páginas. Faz
> tempo que o li, mas, pelo que lembro, Hawking argumentava que depois que
> se obtivesse a grande unificação (via supercordas ou coisa parecida),
> nada mais haveria para fazer em física teória. Lord Kelvin
> também fez dessas, no final do século
> > XIX. Poucos anos depois Planck deu origem à teoria quântica e
> Einstein formulou a relatividade... [ ]s Alvaro Augusto Em
> 10/07/2012 04:07, JVictor escreveu:
> > Álvaro,
> > >O link que dsp está quebrado. Mas usei o nome do artigo indicado
> indicado e o Google entregou as informações de que trata.
> > >
> > >Mal comparando: é algo como vc está num deserto, com muita
> fome, comer um pedaço da batata da perna, e ela se auto-regenerar. Se
> a moda pega...
> > >Se o bóson de Higgs já é um osso duro de roer, do ponto de
> vista mesmo de sua existência, com essa característica, também
> prevista e esquematizada, já são dois ossos, um maior e mais duro
> que o outro. Aliás, vice-versa...
> > >No eletromagnetismo, nos mecanismos da reação da radiação,
> surgem indícios teóricos de coisas assim; parece o boost strap,
> como acontece em certos circuitos amplificadores em eletrônica.
> > >
> > >Num passado recente, alguns luminares da ciência chegaram a
> vaticinar o fim da ciência, que não haveria muito mais o que
> descobrir. Que tudo estaria quase pronto e acabado.
> > >Mas o que vemos agora é que não é nada disso, ante o que vem
> se descortinando. Aliás, o que temos mesmo de muitíssimo concreto
> são inúmeras perguntas, cujo número só faz aumentar, a cada
> uma dessas revelações.
> > >Não tem jeito: quanto mais se sabe, menos se sabe...
> > >
> > >John Hogan(O Fim da Ciência, Companhia das Letras) que se repense,
> mas a ciência nunca esteve tão longe de chegar ao fim.
> > >
> > >Agora sim, insônia aumentou. Ah, bH, bH, se te pego, do jeito
> que estou pensando...
> > >
> > >Sds,
> > >Victor.
> > >
> > >
> > >
> > >
> > >
> > >
> > >De:ciencialist@yahoogrupos.com.br
> [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de alvaug
> > >Enviada em: segunda-feira, 9 de julho de 2012 20:48
> > >Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > >Assunto: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
> > >
> > >
> > >De acordo com a figura que aparece em
> http://en.wikipedia.org/wiki/File:Elementary_particle_interactions.svg,
> o Higgs pode interagir consigo mesmo.
> > >
> > >[ ]s
> > >
> > >Alvaro Augusto
> > >
> > >--- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, luiz silva
> mailto:luizfelipecsrj@ escreveu
> > >>
> > >> Uma pergunta com sério risco de ser idiota :
> > >>
> > >> O fato do boson de Higgs dotar ele mesmo de massa
> > pode ser considerado uma
> > auto-referência na teoria do modelo-padrão ?
> > >>
> > >> Abs
> > >> Felipe
> > >>
> > >>
> > >> ________________________________
> > >> De: luiz silva mailto:luizfelipecsrj@
> > >> Para: ListadeCiência <mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br>
> > >> Enviadas: Segunda-feira, 9 de Julho de 2012 11:00
> > >> Assunto: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
> > >>
> > >>
> > >> Gostaria da opinião dos mais "entendidos",
> > principalmente com
> > relação ao que ele fala da massa do BH e do que
> confere
> > massa ao BH.
> > >>
> > >>
> http://oglobo.globo.com/ciencia/descoberta-coloca-teoria-do-boson-de-hig\
> gs-na-berlinda-5409585
> > >>
> > >> Abs
> > >> Felipe
> > >>
> > >
> >
>



SUBJECT: RES: [ciencialist] Videoteca do Instituto de Física da USP
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/07/2012 14:24

Caro Paulo,

 

Muito bom, esse acervo.  Estou baixando todos, para depois converter e gravar em DVD.

Espero poder assistir o máximo  desses vídeos.

Tem até aulas de matemática do Prof. Fleming!

 

Uma riqueza.

 

Sds,

Victor.

 

 

 

 

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de psdias2
Enviada em: quinta-feira, 12 de julho de 2012 10:06
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Videoteca do Instituto de Física da USP

 

 

Para quem gostou dos vídeos do CBPF, dê uma olhada
também no site do Instituto de Física da USP (áudios, vídeos, para
iniciantes e iniciados):

http://video.if.usp.br/

Vejam, por exemplo, a página do "Convite à Física":

http://video.if.usp.br/convite-%C3%A0-f%C3%ADsica

Obs.: No horário em que tentei entrar, apareceram vários erros, em
alguns dos links,
que me pareceram ser algum problema de programação (software) do site.
Mas em várias páginas consegui acessar os links para download. O
problema agora
é encontrar tempo para ver tudo isso :)

Paulo


SUBJECT: O IMPA e a Matemática brasileira
FROM: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/07/2012 19:37

http://www.advivo.com.br/materia-artigo/o-impa-e-a-matematica-brasileira


SUBJECT: Re: O IMPA e a Matemática brasileira
FROM: "Roberto Belisario" <belisarioroberto@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/07/2012 21:10


Muito bom, isso. Pesquisa em matemática é uma coisa vastamente desconhecida do público em geral (é abstrata, suas inovações andam a passo mais lento e boa parte do público acha que a matemática já está "pronta") e por isso essa entrevista vem muito a calhar.

Belisário

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, psdias2 <psdias2@...> escreveu
>
> http://www.advivo.com.br/materia-artigo/o-impa-e-a-matematica-brasileira
>




SUBJECT: RES: [ciencialist] Videoteca do Instituto de Física da USP
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/07/2012 07:31

Álvaro,

 

Estou assistindo as aulas do Prof. Fleming. São completas e prá lá de boas. Ví , também, uma de Roldão da Rocha, a primeira, sobre os grupos de Lie.

 Estava com saudades dos bancos da escola!...

Até onde vi, são completas, no tamanho que não cansa.

 

Sds,

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Alvaro Augusto (L)
Enviada em: sexta-feira, 13 de julho de 2012 14:28
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Videoteca do Instituto de Física da USP

 

 

Obrigado pelo link. Muito bons os vídeos, se bem que um pouco pequenos.

[ ]

Alvaro Augusto

Em 12/07/2012 10:06, psdias2 escreveu:
> Para quem gostou dos vídeos do CBPF, dê uma olhada
> também no site do Instituto de Física da USP (áudios, vídeos, para
> iniciantes e iniciados):
>
> http://video.if.usp.br/
>
> Vejam, por exemplo, a página do "Convite à Física":
>
> http://video.if.usp.br/convite-%C3%A0-f%C3%ADsica
>
> Obs.: No horário em que tentei entrar, apareceram vários erros, em
> alguns dos links,
> que me pareceram ser algum problema de programação (software) do site.
> Mas em várias páginas consegui acessar os links para download. O
> problema agora
> é encontrar tempo para ver tudo isso :)
>
> Paulo
>
>
>


SUBJECT: Re: [ciencialist] Videoteca do Instituto de Física da USP
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/07/2012 10:28

Obrigado pelo link. Muito bons os vídeos, se bem que um pouco pequenos.

[ ]

Alvaro Augusto



Em 12/07/2012 10:06, psdias2 escreveu:
> Para quem gostou dos vídeos do CBPF, dê uma olhada
> também no site do Instituto de Física da USP (áudios, vídeos, para
> iniciantes e iniciados):
>
> http://video.if.usp.br/
>
> Vejam, por exemplo, a página do "Convite à Física":
>
> http://video.if.usp.br/convite-%C3%A0-f%C3%ADsica
>
> Obs.: No horário em que tentei entrar, apareceram vários erros, em
> alguns dos links,
> que me pareceram ser algum problema de programação (software) do site.
> Mas em várias páginas consegui acessar os links para download. O
> problema agora
> é encontrar tempo para ver tudo isso :)
>
> Paulo
>
>
>



SUBJECT: Metal e matemática
FROM: "brudna" <brudna@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/07/2012 10:33

Mais uma daquelas uniões da matemática com a música.

Um clássico uso da proporção áurea (Phi)
http://scienceblogs.com.br/massacritica/2012/07/metalmatica/

Até
Luís Brudna
luisbrudna@gmail.com
--



SUBJECT: RES: [ciencialist] Videoteca do Instituto de Física da USP
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/07/2012 16:08

O Prof. Rivelles dá um curso sobre a TCC, módulo EFT8.  Já conhecia alguns trabalhos dele, sobre o assunto e sobre RG. Mas não desconfiava que era tão bom professor, didático e objetivo, inserindo os conceitos na hora certa.

Muito agradável e maneiro.

Assistí a primeira aula até o momento que em que inicia a fala acerca de lagrangeanos.

Então o som tomou doril!.. Baixei o vídeo novamente, mas continuou.

 

A pergunta é:  alguém o assistiu, e tem o vídeo virgem, sem esse buraco sonoro?

Se sim, poderia enviar-me, por obséquio?

 

Sds,

 

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de JVictor
Enviada em: quinta-feira, 12 de julho de 2012 14:24
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: RES: [ciencialist] Videoteca do Instituto de Física da USP

 

 

Caro Paulo,

 

Muito bom, esse acervo.  Estou baixando todos, para depois converter e gravar em DVD.

Espero poder assistir o máximo  desses vídeos.

Tem até aulas de matemática do Prof. Fleming!

 

Uma riqueza.

 

Sds,

Victor.

 

 

 

 

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de psdias2
Enviada em: quinta-feira, 12 de julho de 2012 10:06
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Videoteca do Instituto de Física da USP

 

 

Para quem gostou dos vídeos do CBPF, dê uma olhada
também no site do Instituto de Física da USP (áudios, vídeos, para
iniciantes e iniciados):

http://video.if.usp.br/

Vejam, por exemplo, a página do "Convite à Física":

http://video.if.usp.br/convite-%C3%A0-f%C3%ADsica

Obs.: No horário em que tentei entrar, apareceram vários erros, em
alguns dos links,
que me pareceram ser algum problema de programação (software) do site.
Mas em várias páginas consegui acessar os links para download. O
problema agora
é encontrar tempo para ver tudo isso :)

Paulo


SUBJECT: RES: [ciencialist] Videoteca do Instituto de Física da USP
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/07/2012 16:08

Paulo,

 

O vídeo da primeira aula do Prof. Rivelles, TCC, está sem som, a partir da da fala sobre langrangeano(por volta dos 2/3 do vídeo).  Você ou alguém mais teria esse vídeo com som, até o fim?

Pena, pois o curso é muito bom.

 

Sds,

Victor.

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de psdias2
Enviada em: quinta-feira, 12 de julho de 2012 10:06
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Videoteca do Instituto de Física da USP

 

 

Para quem gostou dos vídeos do CBPF, dê uma olhada
também no site do Instituto de Física da USP (áudios, vídeos, para
iniciantes e iniciados):

http://video.if.usp.br/

Vejam, por exemplo, a página do "Convite à Física":

http://video.if.usp.br/convite-%C3%A0-f%C3%ADsica

Obs.: No horário em que tentei entrar, apareceram vários erros, em
alguns dos links,
que me pareceram ser algum problema de programação (software) do site.
Mas em várias páginas consegui acessar os links para download. O
problema agora
é encontrar tempo para ver tudo isso :)

Paulo


SUBJECT: RES: [ciencialist] Videoteca do Instituto de Física da USP
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/07/2012 19:48

Bacana mesmo a palestra sobre mágica do Prof. de comp Marco Gubitoso,

Curioso como ele é apaixonado pela arte e usa isso como analogia com a  ciência!

Quem não assistiu, vale a pena.

 

Sds,

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de JVictor
Enviada em: sexta-feira, 13 de julho de 2012 16:09
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: RES: [ciencialist] Videoteca do Instituto de Física da USP

 

 

Paulo,

 

O vídeo da primeira aula do Prof. Rivelles, TCC, está sem som, a partir da da fala sobre langrangeano(por volta dos 2/3 do vídeo).  Você ou alguém mais teria esse vídeo com som, até o fim?

Pena, pois o curso é muito bom.

 

Sds,

Victor.

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de psdias2
Enviada em: quinta-feira, 12 de julho de 2012 10:06
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Videoteca do Instituto de Física da USP

 

 

Para quem gostou dos vídeos do CBPF, dê uma olhada
também no site do Instituto de Física da USP (áudios, vídeos, para
iniciantes e iniciados):

http://video.if.usp.br/

Vejam, por exemplo, a página do "Convite à Física":

http://video.if.usp.br/convite-%C3%A0-f%C3%ADsica

Obs.: No horário em que tentei entrar, apareceram vários erros, em
alguns dos links,
que me pareceram ser algum problema de programação (software) do site.
Mas em várias páginas consegui acessar os links para download. O
problema agora
é encontrar tempo para ver tudo isso :)

Paulo


SUBJECT: Re: [ciencialist] Videoteca do Instituto de Física da USP
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/07/2012 07:12

Olá Victor
 
De fato, o vídeo está com defeito e creio que não há o que fazer a não ser consultar o produtor do vídeo.
 
Como equivalente, existe o curso “Teoria de Campos na forma lagrangiana” do prof. Nivaldo A. Lemos, da UFF, e que pode ser encontrado no YouTube em http://www.youtube.com/results?search_query=Teoria+de+Campos+na+forma+lagrangiana&oq=Teoria+de+Campos+na+forma+lagrangiana&gs_l=youtube-reduced.12...10027.10027.0.11374.1.1.0.0.0.0.155.155.0j1.1.0...0.0...1ac.EhvfTZf78xU
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
From: JVictor
Sent: Friday, July 13, 2012 4:08 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: RES: [ciencialist] Videoteca do Instituto de Física da USP
 
 

Paulo,

O vídeo da primeira aula do Prof. Rivelles, TCC, está sem som, a partir da da fala sobre langrangeano(por volta dos 2/3 do vídeo).  Você ou alguém mais teria esse vídeo com som, até o fim?

Pena, pois o curso é muito bom.

Sds,

Victor.

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de psdias2
Enviada em: quinta-feira, 12 de julho de 2012 10:06
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Videoteca do Instituto de Física da USP

 

Para quem gostou dos vídeos do CBPF, dê uma olhada
também no site do Instituto de Física da USP (áudios, vídeos, para
iniciantes e iniciados):

http://video.if.usp.br/

Vejam, por exemplo, a página do "Convite à Física":

http://video.if.usp.br/convite-%C3%A0-f%C3%ADsica

Obs.: No horário em que tentei entrar, apareceram vários erros, em
alguns dos links,
que me pareceram ser algum problema de programação (software) do site.
Mas em várias páginas consegui acessar os links para download. O
problema agora
é encontrar tempo para ver tudo isso :)

Paulo


SUBJECT: RES: [ciencialist] Videoteca do Instituto de Física da USP
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/07/2012 08:20

Grande Alberto,

 

É. Baixei um segunda vez e o defeito persistiu.  Acho que durante algum tempo o operador esqueceu de apertar o botão do som.

Grato pela informação. Não conheço o vídeo do Nivaldo. Mas conheço seu livro, que já meio que resenhei aqui e o recomendei, que me ajudou a desobscurecer alguns aspectos da Mec. Analítica.  O vídeo deve ter a mesma qualidade de exposição do livro. Isto é, excelente.

Bem, vou lá, baixar o do Nivaldo.

 

 

Sds,

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Alberto Mesquita Filho
Enviada em: sábado, 14 de julho de 2012 07:12
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Videoteca do Instituto de Física da USP

 

 

Olá Victor

 

De fato, o vídeo está com defeito e creio que não há o que fazer a não ser consultar o produtor do vídeo.

 

Como equivalente, existe o curso “Teoria de Campos na forma lagrangiana” do prof. Nivaldo A. Lemos, da UFF, e que pode ser encontrado no YouTube em http://www.youtube.com/results?search_query=Teoria+de+Campos+na+forma+lagrangiana&oq=Teoria+de+Campos+na+forma+lagrangiana&gs_l=youtube-reduced.12...10027.10027.0.11374.1.1.0.0.0.0.155.155.0j1.1.0...0.0...1ac.EhvfTZf78xU

 

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

 

From: JVictor

Sent: Friday, July 13, 2012 4:08 PM

To: ciencialist@yahoogrupos.com.br

Subject: RES: [ciencialist] Videoteca do Instituto de Física da USP

 

 

Paulo,

O vídeo da primeira aula do Prof. Rivelles, TCC, está sem som, a partir da da fala sobre langrangeano(por volta dos 2/3 do vídeo).  Você ou alguém mais teria esse vídeo com som, até o fim?

Pena, pois o curso é muito bom.

Sds,

Victor.

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de psdias2
Enviada em: quinta-feira, 12 de julho de 2012 10:06
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Videoteca do Instituto de Física da USP

 

Para quem gostou dos vídeos do CBPF, dê uma olhada
também no site do Instituto de Física da USP (áudios, vídeos, para
iniciantes e iniciados):

http://video.if.usp.br/

Vejam, por exemplo, a página do "Convite à Física":

http://video.if.usp.br/convite-%C3%A0-f%C3%ADsica

Obs.: No horário em que tentei entrar, apareceram vários erros, em
alguns dos links,
que me pareceram ser algum problema de programação (software) do site.
Mas em várias páginas consegui acessar os links para download. O
problema agora
é encontrar tempo para ver tudo isso :)

Paulo


SUBJECT: LHC - Pra que serve?
FROM: José Renato Terra <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/07/2012 13:00

Há quatro anos Alberto chamava atenção para as idéias, pesquisas e teorias
que inicialmente parecem ser conhecimentos inócuos e dispensáveis...
[]s
José Renato
...........................................

----- Original Message -----
From: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, May 24, 2008 12:53 AM
Subject: Re: [ciencialist] LHC - Pra que serve?
......................................................................


> ----- Original Message -----
> From: "Luis Brudna"
> Sent: Friday, May 23, 2008 3:51 PM
> Subject: [ciencialist] LHC - Pra que serve?
>
>> Será que o pessoal da Ciencialist poderia me ajudar com argumentos
>> bons em defesa do LHC? :-)
>
> Não sei se irei ajudá-lo, mas vou expor o que escrevi há algum tempo.
> O texto está mais voltado à teorização, mas serve também para
> justificar experimentações aparentemente "estratosféricas". (o texto
> todo pode ser lido a partir de
> http://ecientificocultural.com/ECC2/FilCien/metcien01.htm ):
>
> "Parece-me que muitos, dentre aqueles que produziram conhecimentos
> científicos de elevada qualidade, jamais concordariam com este
> objetivismo kuhniano. Citarei apenas três, mas não me parece ser
> impossível expandir esta relação para a casa das centenas ou mesmo dos
> milhares.
>
> Uma das frases célebres de um grande cientista do século XX, Carlo
> Rubbia, poderá ser encontrada em meio a entrevistas que deu logo após
> ter recebido o prêmio Nobel de física, em 1984: "Nós somos a primeira
> etapa do sistema. Uma etapa absolutamente essencial, mas que é
> baseada, sobretudo, na falta de um fim específico. Outras pessoas
> retomarão o que fizemos, e serão elas que tornarão as coisas práticas.
> Sem nós, essas pessoas não existiriam, e nós, por outro lado, sem
> elas, não teríamos nenhuma razão de ser." O segundo exemplo
> relaciona-se a um dos maiores --senão o maior-- cientistas do século
> XIX, que teria dito algo semelhante e a fazer parte do folclore
> científico. Conta-se que Faraday, ao ser interrogado sobre as
> finalidades de uma de suas teorias, teria respondido com outra
> pergunta: Para que serve uma criança ao nascer? Há quem ilustre essa
> história com outra versão e não é impossível que ambas tenham de fato
> acontecido. RUMJANEK (2004), por exemplo, narra o episódio com as
> seguintes palavras: ... o então ministro das finanças da Inglaterra,
> William Gladstone, teria perguntado ao cientista: "Está tudo muito
> bem, mas para que serve a indução eletromagnética?" A resposta de
> Faraday: "Eu não sei, mas um dia o senhor poderá cobrar impostos sobre
> isso." A história mostrou que Faraday estava com a razão. As teorias
> de Faraday alicerçaram quase toda a tecnologia do século XX. Se hoje
> um determinado país pretender eliminar os impostos conseqüentes à
> aplicação tecnológica das idéias de Faraday, este país estará se
> condenando à insolvência em poucos meses. Para concluir, reproduzo o
> pensamento de um físico teorizador português, João MAGUEIJO (2003), e
> deixo o mesmo para a reflexão dos leitores: a ciência só vale a pena
> na medida em que nos é permitido perder-nos na selva do desconhecido.
>
> Outro ponto a demonstrar a importância do amadorismo para a ciência
> relaciona-se ao clima ou ao ambiente em que se deflagraram as grandes
> revoluções científicas da era moderna. Muito mais do que a falência
> dos paradigmas, considerados por alguns como os agentes causais dos
> chamados períodos revolucionários, o que a história nos mostra é
> exatamente o oposto: a maioria das revoluções teve em comum o fato de
> se originar fora da jurisdição onde tais paradigmas eram dogmatizados
> e/ou cultuados. Einstein, por exemplo, escreveu seus principais
> trabalhos (relatividade restrita, efeito fotoelétrico e efeito
> browniano) na qualidade de funcionário secundário de um departamento
> de patentes, ou seja, como um físico amador. Mayer e Carnot, o
> primeiro como profissional médico e o segundo como profissional
> engenheiro, indiferentes ao academicismo vigente, forneceram as bases
> para a revolução em física que, na primeira metade do século XIX, deu
> origem à termodinâmica. Faraday foi outro cientista amador que somente
> chegou a ser aceito nos meios acadêmicos após ter fornecido as bases
> para a concretização do eletromagnetismo, o que acabou acontecendo
> graças aos trabalhos de Maxwell. Há ainda aqueles que, por motivos
> diversos, deixaram seus afazeres rotineiros de lado, podendo assim se
> dedicar a um livre-pensar alheio aos paradigmas acadêmicos. Os
> melhores exemplos são Charles Darwin, em sua viagem no Beagle
> (1831-1836), financiada por seu pai, e Isaac Newton, que iniciou uma
> revolução na física no annus mirabilis (1666), o ano em que as
> universidades da Inglaterra fecharam suas portas em virtude da peste
> negra. Digno de nota é o fato de Newton, ao retornar à universidade,
> ter sido obrigado, para atender a uma obrigação contratual, a deixar
> de lado esses estudos por mais de dez anos, a fim de que pudesse se
> dedicar com afinco ao aprendizado de teologia.
>
> [ ]´s
> Alberto
> http://ecientificocultural.com/indice.htm
> Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
> coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Partículas "conversam" a 10 mil vezes a velocidade da luz
FROM: José Renato Terra <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/07/2012 13:11

Por que a velocidade máxima no universo continua a ter como limite a velocidade do fóton, se algo no "emaranhamento quântico" se comunica cerca de dez mil vezes a velocidade da luz?
[]s
José Renato
.....................................................
 
[ O efeito utilizado pela equipe suíça é conhecido pelos cientistas como “emaranhamento quântico”, e ocorre quando duas partículas são preparadas de tal forma que qualquer alteração numa delas afeta a outra instantaneamente, não importa a distância que as separa. A velocidade de 10.000 vezes a da luz, determinada pelos físicos de Genebra, é o limite mínimo para que o sinal seja “instantâneo”. ]
......................................................
 
Ambiente Brasil - 14 / 08 / 2008
 
Partículas 'conversam' a 10.000 vezes a velocidade da luz

Emitindo pares de fótons - partículas de luz - ao longo de uma fibra óptica estendida entre as cidades suíças de Satingny e Jussy, cientistas do Grupo de Física Aplicada da Universidade de Genebra determinaram que um fóton, chegando a um extremo da linha, é capaz de reagir instantaneamente a uma manipulação realizada no parceiro que foi para o lado oposto, a 18 km de distância. Os pesquisadores calcularam que, se essa reação for resultado de uma comunicação entre as partículas, o sinal teria de viajar a, no mínimo, 10.000 vezes a velocidade da luz.

“Trata-se de uma violação do espírito, se não da letra”, da Teoria da Relatividade de Einstein, que diz que nada pode viajar mais depressa que a luz, diz o físico Terence Rudolph, do Imperial College London, em comentário ao experimento suíço. Tanto a descrição da experiência quanto o comentário de Rudolph estão publicados na edição desta semana da revista Nature.

O efeito utilizado pela equipe suíça é conhecido pelos cientistas como “emaranhamento quântico”, e ocorre quando duas partículas são preparadas de tal forma que qualquer alteração numa delas afeta a outra instantaneamente, não importa a distância que as separa. A velocidade de 10.000 vezes a da luz, determinada pelos físicos de Genebra, é o limite mínimo para que o sinal seja “instantâneo”.

Nos anos 30, Albert Einstein havia usado a possibilidade - então, apenas teórica - do emaranhamento para atacar a teoria quântica, referindo-se ao efeito como uma “ação fantasmagórica à distância”. Para o descobridor da relatividade, qualquer teoria que abrisse essa brecha teria de ser, necessariamente, incompleta. Einstein não aceitava a interpretação dominante para a mecânica quântica, que afirma que alguns aspectos da natureza não podem ser conhecidos com precisão total, mas apenas como probabilidades.

No entanto, avanços feitos ao longo do século 20 mostraram que o emaranhamento é real. Ele já foi confirmado em vários experimentos realizados nos últimos anos, e está na base da tecnologia da computação quântica.

“Sabemos que as partículas que representam os bits quânticos, ou q-bits, precisam adquirir, durante o processamento da informação, certo grau de emaranhamento para que a computação quântica seja mais eficiente que computação clássica”, explica o físico brasileiro Marcio Cornelio, atualmente na Unicamp. Cientistas acreditam que computadores quânticos serão capazes de realizar cálculos muito mais rapidamente que computadores normais, ou clássicos, além de resolver problemas que estão fora do alcance das máquinas atuais.

O experimento suíço traz mais um argumento ao debate entre as diferentes interpretações da mecânica quântica. Uma das hipóteses levantadas em oposição à idéia de que certos fenômenos só podem ser descritos como probabilidades é a das “variáveis ocultas” - todo fenômeno teria uma descrição precisa, mas que estaria, de certa forma, escondida. Se as variáveis ocultas existissem, no entanto, o emaranhamento quântico só seria possível se as partículas se comunicassem entre si, ajustando suas variáveis.

“Concluímos que o limite mínimo que estabelecemos para a velocidade da hipotética ação fantasmagórica à distância é tão alto que a existência desta ação não é plausível”, diz Nicolas Gisin, um dos autores do artigo na Nature. Cornelio concorda: “Se tal ação à distância existisse, ela teria que ser muitas vezes mais rápida que a luz, o que violaria a teoria da relatividade. Essa é mais uma evidência de que tais variáveis não devem existir”.

O emaranhamento não viola a “letra” da relatividade porque, por si só, o fenômeno não permite a transmissão de sinais de comunicação mais depressa que a luz - não seria possível, por exemplo, usar partículas emaranhadas para criar um telefone celular instantâneo. “O emaranhamento não pode ser usado para comunicar unidades de informação escolhidas por uma pessoa, exatamente porque os eventos correlacionados por ele são aleatórios, fora do controle humano. Se os eventos fossem determinísticos, seria possível usar o fenômeno para comunicação clássica mais rápida que a luz”, o que violaria a relatividade, diz Gisin.

Mas se as partículas não trocam sinais entre si, como o emaranhamento quântico é possível? Como uma partícula “sabe” que sua parceira, a quilômetros de distância, foi manipulada?

“Eu diria que as partículas simplesmente estão correlacionadas”, diz Cornelio. “Como não é possível transmitir informação usando apenas partículas emaranhadas, não há necessidade de uma 'saber' o estado da outra e vice versa. Existe apenas uma correlação estranha, que não pode ser descrita pela física clássica”. (Fonte: Estadão Online)
 

SUBJECT: RES: [ciencialist] Videoteca do Instituto de Física da USP
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/07/2012 14:58

Olá,

 

Durante a madrugada assisti a alguns vídeos.

 

Não me contenho e vou comentar algumas impressões, ante o que vi.

 

I Há uns professores que, logo na primeira aula, impõem, de maneira natural e compulsória, o seguinte: o aluno, 1) lamenta o término da aula; e, 2),  fica ansioso para que chegue a hora das aulas seguintes.

 

II Há uns professores que, logo na primeira aula, impõem, de igual maneira, o seguinte: o aluno, 1) fica com a sensação de que o corpo está ali, mas a alma cismou de voar, voar; 2)  enche-se de desinterêsse pela matéria, tal a maneira como foi apresentada; 3)  lamenta quando se aproxima a hora da próxima aula.

Infelizmente, tem uma presença a marcar, créditos a cumprir, essas coisas burocráticas, mas necessárias.

 

Até onde assisti, os professores Fleming, Nivaldo e Rivelles e Piza pertencem à correspondem à descrição I. Quem quiser fazer uma revisão rápida e agradável dos assuntos que manuseiam, sem dores, eis a oportunidade. Com uma enooooooooooorme vantagem:  direito a replay...ilimitado.

 

E há ao  menos um outro, dos que assisti,  que, com boa dose de favor, equadra-se na descrição II;  mas não digo qual foi para não ferir suscetibilidades. Não precisarão dessa fofoca para descobrir, se fizerem imersões por lá.  E não creio que seja devido ao fato de o professor ser relativamente jovem, sem experiência, coisa e tal.  É uma pena, pois o assunto que o moço tratou  é importante demais para física, no que tange a coisas envolvendo ....epa!, quase abro o  jogo, para deixar nas mãos dele. Espero que aqueles alunos tenham srecuperado...Coitados deles!

 

 

Sds,

Victor.

 

 

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Alberto Mesquita Filho
Enviada em: sábado, 14 de julho de 2012 07:12
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Videoteca do Instituto de Física da USP

 

 

Olá Victor

 

De fato, o vídeo está com defeito e creio que não há o que fazer a não ser consultar o produtor do vídeo.

 

Como equivalente, existe o curso “Teoria de Campos na forma lagrangiana” do prof. Nivaldo A. Lemos, da UFF, e que pode ser encontrado no YouTube em http://www.youtube.com/results?search_query=Teoria+de+Campos+na+forma+lagrangiana&oq=Teoria+de+Campos+na+forma+lagrangiana&gs_l=youtube-reduced.12...10027.10027.0.11374.1.1.0.0.0.0.155.155.0j1.1.0...0.0...1ac.EhvfTZf78xU

 

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

 

From: JVictor

Sent: Friday, July 13, 2012 4:08 PM

To: ciencialist@yahoogrupos.com.br

Subject: RES: [ciencialist] Videoteca do Instituto de Física da USP

 

 

Paulo,

O vídeo da primeira aula do Prof. Rivelles, TCC, está sem som, a partir da da fala sobre langrangeano(por volta dos 2/3 do vídeo).  Você ou alguém mais teria esse vídeo com som, até o fim?

Pena, pois o curso é muito bom.

Sds,

Victor.

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de psdias2
Enviada em: quinta-feira, 12 de julho de 2012 10:06
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Videoteca do Instituto de Física da USP

 

Para quem gostou dos vídeos do CBPF, dê uma olhada
também no site do Instituto de Física da USP (áudios, vídeos, para
iniciantes e iniciados):

http://video.if.usp.br/

Vejam, por exemplo, a página do "Convite à Física":

http://video.if.usp.br/convite-%C3%A0-f%C3%ADsica

Obs.: No horário em que tentei entrar, apareceram vários erros, em
alguns dos links,
que me pareceram ser algum problema de programação (software) do site.
Mas em várias páginas consegui acessar os links para download. O
problema agora
é encontrar tempo para ver tudo isso :)

Paulo


SUBJECT: Fw: [ciencialist] Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
FROM: José Renato Terra <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/07/2012 14:59

Felipe escreveu: [ Num passado recente, alguns luminares da ciência chegaram
a
vaticinar o fim da ciência, que não haveria muito mais o que descobrir. Que
tudo
estaria quase pronto e acabado. ]
................................................
Lembro que Aristóteles também cometeu conclusão semelhante...
Tudo já está inventado: máquinas, roldanas, espelhos concavos e convexos,
eixo sem fim, engrenagens, polias, catapultas, pinhão, roda, prensa,
ferramentas, alavanca, remos, vela, barcos, arado, lentes, cálculos,
aquaduto, carneiro hidráulico, etc. e etc. Agora o ser humano pode filosofar
e desfrutar a vida sem o penoso trabalho braçal.
E parece-me que mais a frente algum presuçoso irá repetir essa estupidez...
[]s
José Renato
..........................................

----- Original Message -----
From: "Homero" <oraculo@atibaia.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, July 12, 2012 1:29 PM
Subject: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH


Mais alguns dados sobre o BH, e como é preciso cautela para validar a
descoberta:

http://hypescience.com/particula-de-deus-pode-ser-um-impostor/

Homero

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Homero" <oraculo@...> escreveu
>
> Luiz: " Pq já é dado que o BH foi efetivamente encontrado; pelo
> que li pode ser uma outra partícula e o argumento do Novello é
> esse, em função da massa encontrada (ou entendi errado?). "
> Poder, pode. Tudo pode. A probabilidade, entretanto, varia. Em
> ciência não se costuma vender a ideia de certeza absoluta, mas
> este da descoberta do boson de Higgs está em 99,99, ou Sigma 5 (ou
> quase 5), o que dá uma dose grande de confiabilidade nos resultados.
> E as divergências esperadas (sempre, sempre é preciso refazer e
> repetir estudos e experimentos em ciência) apontam para coisa mais
> espantosas ainda que o Boson de Higgs, não para sua ausência
> simplesmente.
> Se o Boson não for o de Higgs, será outra coisa mais interessante
> ainda, talvez muitos bosón, que criam o campo de Higgs.
> Um abraço.
> Homero
>
>
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@>
> escreveu
> >
> > Aliás Alvaro,
> >
> > Pq já é dado que o BH foi efetivamente encontrado; pelo que li
> pode ser uma outra partícula e o argumento do Novello é esse, em
> função da massa encontrada (ou entendi errado?).
> >
> > Abs
> > Felipe
> >
> >
> > ________________________________
> > De: Alvaro Augusto (L) alvaro@
> > Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > Enviadas: Terça-feira, 10 de Julho de 2012 17:49
> > Assunto: Re: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
> >
> >
> >
> >
> > Meu amigo, o que você faz acordado às 4 da manhã? Espero que
> não tenha sido por causa da famigerada partícula! Esses efeitos
> de "boostrap" são bastante comuns em física. Na relatividade
> geral, por exemplo, o campo gravitacional produz energia gravitacional.
> Esta energia, sendo equivalente à matéria, é fonte do
> próprio campo gravitacional. Na cromodinâmica quântica, uma
> teoria mais bem estabelecida do que a teoria do boson de Higgs, os
> quarks atuam sobre si mesmos por meio da "força colorida". Quanto
> ao fim da ciência, o próprio Hawking (que perdeu US$ 100 para
> Gordon Kane por ter apostado que o bH nunca seria achado) escreveu o
> livro "O fim da Física", um livrinho de menos de 100 páginas. Faz
> tempo que o li, mas, pelo que lembro, Hawking argumentava que depois que
> se obtivesse a grande unificação (via supercordas ou coisa parecida),
> nada mais haveria para fazer em física teória. Lord Kelvin
> também fez dessas, no final do século
> > XIX. Poucos anos depois Planck deu origem à teoria quântica e
> Einstein formulou a relatividade... [ ]s Alvaro Augusto Em
> 10/07/2012 04:07, JVictor escreveu:
> > Álvaro,
> > >O link que dsp está quebrado. Mas usei o nome do artigo indicado
> indicado e o Google entregou as informações de que trata.
> > >
> > >Mal comparando: é algo como vc está num deserto, com muita
> fome, comer um pedaço da batata da perna, e ela se auto-regenerar. Se
> a moda pega...
> > >Se o bóson de Higgs já é um osso duro de roer, do ponto de
> vista mesmo de sua existência, com essa característica, também
> prevista e esquematizada, já são dois ossos, um maior e mais duro
> que o outro. Aliás, vice-versa...
> > >No eletromagnetismo, nos mecanismos da reação da radiação,
> surgem indícios teóricos de coisas assim; parece o boost strap,
> como acontece em certos circuitos amplificadores em eletrônica.
> > >
> > >Num passado recente, alguns luminares da ciência chegaram a
> vaticinar o fim da ciência, que não haveria muito mais o que
> descobrir. Que tudo estaria quase pronto e acabado.
> > >Mas o que vemos agora é que não é nada disso, ante o que vem
> se descortinando. Aliás, o que temos mesmo de muitíssimo concreto
> são inúmeras perguntas, cujo número só faz aumentar, a cada
> uma dessas revelações.
> > >Não tem jeito: quanto mais se sabe, menos se sabe...
> > >
> > >John Hogan(O Fim da Ciência, Companhia das Letras) que se repense,
> mas a ciência nunca esteve tão longe de chegar ao fim.
> > >
> > >Agora sim, insônia aumentou. Ah, bH, bH, se te pego, do jeito
> que estou pensando...
> > >
> > >Sds,
> > >Victor.
> > >
> > >
> > >
> > >
> > >
> > >
> > >De:ciencialist@yahoogrupos.com.br
> [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de alvaug
> > >Enviada em: segunda-feira, 9 de julho de 2012 20:48
> > >Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > >Assunto: [ciencialist] Re: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
> > >
> > >
> > >De acordo com a figura que aparece em
> http://en.wikipedia.org/wiki/File:Elementary_particle_interactions.svg,
> o Higgs pode interagir consigo mesmo.
> > >
> > >[ ]s
> > >
> > >Alvaro Augusto
> > >
> > >--- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, luiz silva
> mailto:luizfelipecsrj@ escreveu
> > >>
> > >> Uma pergunta com sério risco de ser idiota :
> > >>
> > >> O fato do boson de Higgs dotar ele mesmo de massa
> > pode ser considerado uma
> > auto-referência na teoria do modelo-padrão ?
> > >>
> > >> Abs
> > >> Felipe
> > >>
> > >>
> > >> ________________________________
> > >> De: luiz silva mailto:luizfelipecsrj@
> > >> Para: ListadeCiência <mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br>
> > >> Enviadas: Segunda-feira, 9 de Julho de 2012 11:00
> > >> Assunto: Entrevista do Mario Novello Sobre o BH
> > >>
> > >>
> > >> Gostaria da opinião dos mais "entendidos",
> > principalmente com
> > relação ao que ele fala da massa do BH e do que
> confere
> > massa ao BH.
> > >>
> > >>
> http://oglobo.globo.com/ciencia/descoberta-coloca-teoria-do-boson-de-hig\
> gs-na-berlinda-5409585
> > >>
> > >> Abs
> > >> Felipe
> > >>
> > >
> >
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SUBJECT: RES: [ciencialist] Videoteca do Instituto de Física da USP
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/07/2012 16:24

Bolas, pequena correção no texto. Lá.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de JVictor
Enviada em: sábado, 14 de julho de 2012 14:58
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: RES: [ciencialist] Videoteca do Instituto de Física da USP

 

 

Olá,

 

Durante a madrugada assisti a alguns vídeos.

 

Não me contenho e vou comentar algumas impressões, ante o que vi.

 

I Há uns professores que, logo na primeira aula, impõem, de maneira natural e compulsória, o seguinte: o aluno, 1) lamenta o término da aula; e, 2),  fica ansioso para que chegue a hora das aulas seguintes.

 

II Há uns professores que, logo na primeira aula, impõem, de igual maneira, o seguinte: o aluno, 1) fica com a sensação de que o corpo está ali, mas a alma cismou de voar, voar; 2)  enche-se de desinterêsse pela matéria, tal a maneira como foi apresentada; 3)  lamenta quando se aproxima a hora da próxima aula.

Infelizmente, tem uma presença a marcar, créditos a cumprir, essas coisas burocráticas, mas necessárias.

 

Até onde assisti, os professores Fleming, Nivaldo e Rivelles e Piza correspondem à descrição I. Quem quiser fazer uma revisão rápida e agradável dos assuntos que manuseiam, sem dores, eis a oportunidade. Com uma enooooooooooorme vantagem:  direito a replay...ilimitado.

 

E há ao  menos um outro, dos que assisti,  que, com boa dose de favor, enquadra-se na descrição II;  mas não digo qual foi para não ferir suscetibilidades. Não precisarão dessa fofoca para descobrir, se fizerem imersões por lá.  E não creio que seja devido ao fato de o professor ser relativamente jovem, sem experiência, coisa e tal.  É uma pena, pois o assunto de que o moço tratou  é importante demais para física,  (no que tange a coisas envolvendo ....epa!, quase abro o  jogo), para deixar nas mãos dele. Espero que aqueles alunos tenham recuperado...Coitados deles!

 

 

Sds,

Victor.

 

 

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Alberto Mesquita Filho
Enviada em: sábado, 14 de julho de 2012 07:12
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Videoteca do Instituto de Física da USP

 

 

Olá Victor

 

De fato, o vídeo está com defeito e creio que não há o que fazer a não ser consultar o produtor do vídeo.

 

Como equivalente, existe o curso “Teoria de Campos na forma lagrangiana” do prof. Nivaldo A. Lemos, da UFF, e que pode ser encontrado no YouTube em http://www.youtube.com/results?search_query=Teoria+de+Campos+na+forma+lagrangiana&oq=Teoria+de+Campos+na+forma+lagrangiana&gs_l=youtube-reduced.12...10027.10027.0.11374.1.1.0.0.0.0.155.155.0j1.1.0...0.0...1ac.EhvfTZf78xU

 

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

 

From: JVictor

Sent: Friday, July 13, 2012 4:08 PM

To: ciencialist@yahoogrupos.com.br

Subject: RES: [ciencialist] Videoteca do Instituto de Física da USP

 

 

Paulo,

O vídeo da primeira aula do Prof. Rivelles, TCC, está sem som, a partir da da fala sobre langrangeano(por volta dos 2/3 do vídeo).  Você ou alguém mais teria esse vídeo com som, até o fim?

Pena, pois o curso é muito bom.

Sds,

Victor.

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de psdias2
Enviada em: quinta-feira, 12 de julho de 2012 10:06
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Videoteca do Instituto de Física da USP

 

Para quem gostou dos vídeos do CBPF, dê uma olhada
também no site do Instituto de Física da USP (áudios, vídeos, para
iniciantes e iniciados):

http://video.if.usp.br/

Vejam, por exemplo, a página do "Convite à Física":

http://video.if.usp.br/convite-%C3%A0-f%C3%ADsica

Obs.: No horário em que tentei entrar, apareceram vários erros, em
alguns dos links,
que me pareceram ser algum problema de programação (software) do site.
Mas em várias páginas consegui acessar os links para download. O
problema agora
é encontrar tempo para ver tudo isso :)

Paulo


SUBJECT: Re: Partículas "conversam" a 10 mil vezes a velocidade da luz
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/07/2012 22:24

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, José Renato Terra <jrma@...>
> Por que a velocidade máxima no universo continua a ter como limite a
> velocidade do fóton, se algo no "emaranhamento quântico" se comunica
> cerca de dez mil vezes a velocidade da luz?

Por que "comunicam" é entre aspas, assim como "conversam".

O texto tem o trecho esclarecedor:
> O emaranhamento não viola a "letra" da relatividade porque, por si
> só, o fenômeno não permite a transmissão de sinais de comunicação
> mais depressa que a luz - não seria possível, por exemplo, usar
> partículas emaranhadas para criar um telefone celular instantâneo.
> "O emaranhamento não pode ser usado para comunicar unidades de
> informação escolhidas por uma pessoa, exatamente porque os eventos
> correlacionados por ele são aleatórios, fora do controle humano. Se
> os eventos fossem determinísticos, seria possível usar o fenômeno
> para comunicação clássica mais rápida que a luz", o que violaria a >relatividade, diz Gisin.
> < http://noticias.ambientebrasil.com.br:80/noticia/?id=40027 >
-------------

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Prof. V.Rivelles-USP
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/07/2012 21:22

Olá,

bH : Comentários de um grande profissional da ciência brasileira.  Veja a página do V.Rivelles, abaixo.  A página principal dá uma idéia do trabalho que o Prof. Rivelles faz em física.

 

http://rivelles.blogspot.com.br/2012/07/o-higgs-foi-descoberto-o-que-acontece.html

 

Sds,

Victor.

 

 


SUBJECT: RES: [ciencialist] Prof. V.Rivelles-USP
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/07/2012 09:02

Olá,

 

Reportagem “crônica” do dia.

 

Aproveitando o link sobre Mecânica Analítica, de Nivaldo A.Lemos, disponibilizado por A.Mesquita, fui atrás do que havia mais a respeito de suas aulas na internet, sobre o assunto. E encontrei muito, muita coisa prá lá de boa.

Bem, praticamente, aborda, em vídeos-aula, praticamente tudo o que está em seu livro. É muito material didático de muitíssimo boa qualidade; do ponto de vista didático, é imperdível, como diria o saudoso Léo; do ponto de vista de conteúdo, cobre todo o assunto, que é absolutamente indispensável para quem curte e pratica física teórica. As aulas são muito detalhadas, facilmente assimiláveis  por todos que detenham um mínimo dos pré-requesitos necessários, como cálculo diferencial básico, tipo I e II e igualmente um conhecimento básico também de mec. Newtoniana.  Também, nem tudo pode ser de grátis...

Suspeito que a maioria de vocês ainda podem ter notícias dessas coisas de antão. Mas essas “notícias” poderão ser rapidamente atualizadas.

 

Um aparte:

(E sabem que sairá ganhando? Todos nós. E sabem quem sairá perdendo, com esses esforços? Ele, o Alzheimer desgraçado, que muito gosta de mentes indolentes, que se ocupa de poucas coisas. Aliás, o bom mesmo para retardá-lo é aprender algo simples, como: chinês, japonês, ou russo.  Aliás, acho que irei de japonês, qualquer ano desses que virão. Essas formulações de matemática também is good.  Perigo: encontrar Deus em algum ponto de inflexão.)

 

A obra de Nivaldo, uma autoridade científica nessa área,  expressa em seu livro,  já não fica atrás de nenhuma outra, de qualquer um dos figurões muito sabidos da área, como os clássicos Goldstein ou J.W.Leech.

 

A física teórica agradece.

 

Com Nivaldo na lousa(ainda sou do tempo de falar lousa...), a mecânica analítica fica parecendo coisa de menino brincar, tão fácil surge na ponta de seu giz e de sua fala precisa e objetiva. Muito bacana mesmo. Quem não faz disso seu dia a dia, como é o meu caso, acaba esquecendo  coisas importantes do formalismo. Como é meu outro caso, também...

Esses vídeos são uma maneira agradável e rápida de repor lacunas que neurônios desertores levaram com eles. E tudo à distância de um click.

 

Outro aparte:

(Para o estudante, contudo, isto não dispensa o livro, por causa das listas de exercícios, essenciais à fixação do que foi visto e compreendido. Compreender apenas é suficiente apenas em parte. Tem que ralar, se quiser pregar essas coisas na cabeça.)

 

 

Sds,

Victor.

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de JVictor
Enviada em: domingo, 15 de julho de 2012 21:22
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Prof. V.Rivelles-USP

 

 

Olá,

bH : Comentários de um grande profissional da ciência brasileira.  Veja a página do V.Rivelles, abaixo.  A página principal dá uma idéia do trabalho que o Prof. Rivelles faz em física.

 

http://rivelles.blogspot.com.br/2012/07/o-higgs-foi-descoberto-o-que-acontece.html

 

Sds,

Victor.

 

 


SUBJECT: Bóson de Higgs: possíveis divergências das previsões teóricas
FROM: "Roberto Belisario" <belisarioroberto@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/07/2012 09:54

Fala, moçada. Tentei analisar aqui uns sinais, ainda que prematuros, de que o comportamento do provável bóson de Higgs detectado pode estar divergindo um pouco das previsões teóricas. Teremos finalmente chegado aos limites do Modelo Padrão? Temos que esperar o LHC fornecer mais dados até o fim do ano para termos mais certeza de que isso não é um mero artefato estatístico, mas já há cientistas preocupados e excitados.

http://afisicasemove.blogspot.com.br/2012/07/o-boson-de-higgs-esta-indicando-teorias.html

Abraços,
Belisário




SUBJECT: RES: [ciencialist] Bóson de Higgs: possíveis divergências das previsões teóricas
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/07/2012 15:03

Belisário,

 

Deixei no blog as poucas e misomenos traçadas linhas:

É isso. Bela pesquisa e competentes informações. Mas, como já informado pelos próprios cientistas envolvidos na pesquisa, não há dados suficientes, ainda,  para conclusões mais confiáveis. Mas a confiança na teoria e a de que o trabalho continuado acabará fornecendo-os, em medida adequada,  é muito grande.

As pobres conclusões, que até o momento puderam ser inferidas,  são, com certeza, "... devido a baixa estatística".

Pois até onde pude chegar, e pelo que li de diversas fontes e analistas,  não senti o cheiro de fiascos operacionais no processo, como o evento a respeito da velocidade do neutrino. Se bem que, neste último caso, não houve surpresas, em realidade.

 

 

Sds,

Victor.

 

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Roberto Belisario
Enviada em: segunda-feira, 16 de julho de 2012 09:54
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Bóson de Higgs: possíveis divergências das previsões teóricas

 

 

Fala, moçada. Tentei analisar aqui uns sinais, ainda que prematuros, de que o comportamento do provável bóson de Higgs detectado pode estar divergindo um pouco das previsões teóricas. Teremos finalmente chegado aos limites do Modelo Padrão? Temos que esperar o LHC fornecer mais dados até o fim do ano para termos mais certeza de que isso não é um mero artefato estatístico, mas já há cientistas preocupados e excitados.

http://afisicasemove.blogspot.com.br/2012/07/o-boson-de-higgs-esta-indicando-teorias.html

Abraços,
Belisário


SUBJECT: RES: [ciencialist] LHC - Pra que serve?
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/07/2012 19:49

JR,

 

Que mal me pergunte, mas a que tipo de conhecimento  você ora associa à tirada de Faraday?

 

Ou seja, qual o conhecimento de agora que você acha que é inútil, ou que acha que um  ou alguns de nós assim o classifica?

 

Desculpe, mas é que nãao alcancei vossa mensagem.

 

Sds,

Victor.

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de José Renato Terra
Enviada em: sábado, 14 de julho de 2012 13:01
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] LHC - Pra que serve?

 

 

Há quatro anos Alberto chamava atenção para as idéias, pesquisas e teorias
que inicialmente parecem ser conhecimentos inócuos e dispensáveis...
[]s
José Renato
...........................................

----- Original Message -----
From: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, May 24, 2008 12:53 AM
Subject: Re: [ciencialist] LHC - Pra que serve?
......................................................................

> ----- Original Message -----
> From: "Luis Brudna"
> Sent: Friday, May 23, 2008 3:51 PM
> Subject: [ciencialist] LHC - Pra que serve?
>
>> Será que o pessoal da Ciencialist poderia me ajudar com argumentos
>> bons em defesa do LHC? :-)
>
> Não sei se irei ajudá-lo, mas vou expor o que escrevi há algum tempo.
> O texto está mais voltado à teorização, mas serve também para
> justificar experimentações aparentemente "estratosféricas". (o texto
> todo pode ser lido a partir de
> http://ecientificocultural.com/ECC2/FilCien/metcien01.htm ):
>
> "Parece-me que muitos, dentre aqueles que produziram conhecimentos
> científicos de elevada qualidade, jamais concordariam com este
> objetivismo kuhniano. Citarei apenas três, mas não me parece ser
> impossível expandir esta relação para a casa das centenas ou mesmo dos
> milhares.
>
> Uma das frases célebres de um grande cientista do século XX, Carlo
> Rubbia, poderá ser encontrada em meio a entrevistas que deu logo após
> ter recebido o prêmio Nobel de física, em 1984: "Nós somos a primeira
> etapa do sistema. Uma etapa absolutamente essencial, mas que é
> baseada, sobretudo, na falta de um fim específico. Outras pessoas
> retomarão o que fizemos, e serão elas que tornarão as coisas práticas.
> Sem nós, essas pessoas não existiriam, e nós, por outro lado, sem
> elas, não teríamos nenhuma razão de ser." O segundo exemplo
> relaciona-se a um dos maiores --senão o maior-- cientistas do século
> XIX, que teria dito algo semelhante e a fazer parte do folclore
> científico. Conta-se que Faraday, ao ser interrogado sobre as
> finalidades de uma de suas teorias, teria respondido com outra
> pergunta: Para que serve uma criança ao nascer? Há quem ilustre essa
> história com outra versão e não é impossível que ambas tenham de fato
> acontecido. RUMJANEK (2004), por exemplo, narra o episódio com as
> seguintes palavras: ... o então ministro das finanças da Inglaterra,
> William Gladstone, teria perguntado ao cientista: "Está tudo muito
> bem, mas para que serve a indução eletromagnética?" A resposta de
> Faraday: "Eu não sei, mas um dia o senhor poderá cobrar impostos sobre
> isso." A história mostrou que Faraday estava com a razão. As teorias
> de Faraday alicerçaram quase toda a tecnologia do século XX. Se hoje
> um determinado país pretender eliminar os impostos conseqüentes à
> aplicação tecnológica das idéias de Faraday, este país estará se
> condenando à insolvência em poucos meses. Para concluir, reproduzo o
> pensamento de um físico teorizador português, João MAGUEIJO (2003), e
> deixo o mesmo para a reflexão dos leitores: a ciência só vale a pena
> na medida em que nos é permitido perder-nos na selva do desconhecido.
>
> Outro ponto a demonstrar a importância do amadorismo para a ciência
> relaciona-se ao clima ou ao ambiente em que se deflagraram as grandes
> revoluções científicas da era moderna. Muito mais do que a falência
> dos paradigmas, considerados por alguns como os agentes causais dos
> chamados períodos revolucionários, o que a história nos mostra é
> exatamente o oposto: a maioria das revoluções teve em comum o fato de
> se originar fora da jurisdição onde tais paradigmas eram dogmatizados
> e/ou cultuados. Einstein, por exemplo, escreveu seus principais
> trabalhos (relatividade restrita, efeito fotoelétrico e efeito
> browniano) na qualidade de funcionário secundário de um departamento
> de patentes, ou seja, como um físico amador. Mayer e Carnot, o
> primeiro como profissional médico e o segundo como profissional
> engenheiro, indiferentes ao academicismo vigente, forneceram as bases
> para a revolução em física que, na primeira metade do século XIX, deu
> origem à termodinâmica. Faraday foi outro cientista amador que somente
> chegou a ser aceito nos meios acadêmicos após ter fornecido as bases
> para a concretização do eletromagnetismo, o que acabou acontecendo
> graças aos trabalhos de Maxwell. Há ainda aqueles que, por motivos
> diversos, deixaram seus afazeres rotineiros de lado, podendo assim se
> dedicar a um livre-pensar alheio aos paradigmas acadêmicos. Os
> melhores exemplos são Charles Darwin, em sua viagem no Beagle
> (1831-1836), financiada por seu pai, e Isaac Newton, que iniciou uma
> revolução na física no annus mirabilis (1666), o ano em que as
> universidades da Inglaterra fecharam suas portas em virtude da peste
> negra. Digno de nota é o fato de Newton, ao retornar à universidade,
> ter sido obrigado, para atender a uma obrigação contratual, a deixar
> de lado esses estudos por mais de dez anos, a fim de que pudesse se
> dedicar com afinco ao aprendizado de teologia.
>
> [ ]´s
> Alberto
> http://ecientificocultural.com/indice.htm
> Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
> coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.


SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Bóson de Higgs: possíveis divergências das previsões teóricas
FROM: "Roberto Belisario" <belisarioroberto@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/07/2012 21:11


Então. Além do que respondi lá, acho que ainda é cedo para dizermos o que é devido ou o que não é devido a baixa estatística, justamente por causa da suposta baixa estatística... Porém, a estatística do decaimento fóton-fóton não é tão baixa assim. Contribuiu com um nível de confiança de 4,1 sigmas para a identificação do Higgs (v. p. ex., pág. 64 do seminário do Incandela - https://indico.cern.ch/conferenceDisplay.py?confId=197461 , arquivo PDF, pág. 64). E é justamente onde apareceu o maior desvio com relação à teoria (mais de 2 sigmas de distância, v. pág. 100). De qualquer forma, o melhor é deixarmos alcançarem o padrão científico de cinco sigmas também para esses aspectos.

Belisário

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "JVictor" <j.victor.neto@...> escreveu
>
> Belisário,
>
>
>
> Deixei no blog as poucas e misomenos traçadas linhas:
>
> É isso. Bela pesquisa e competentes informações. Mas, como já informado
> pelos próprios cientistas envolvidos na pesquisa, não há dados suficientes,
> ainda, para conclusões mais confiáveis. Mas a confiança na teoria e a de
> que o trabalho continuado acabará fornecendo-os, em medida adequada, é
> muito grande.
>
> As pobres conclusões, que até o momento puderam ser inferidas, são, com
> certeza, "... devido a baixa estatística".
>
> Pois até onde pude chegar, e pelo que li de diversas fontes e analistas,
> não senti o cheiro de fiascos operacionais no processo, como o evento a
> respeito da velocidade do neutrino. Se bem que, neste último caso, não houve
> surpresas, em realidade.
>
>
>
>
>
> Sds,
>
> Victor.
>
>
>
>
>
>
>
>
>
> De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]
> Em nome de Roberto Belisario
> Enviada em: segunda-feira, 16 de julho de 2012 09:54
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Assunto: [ciencialist] Bóson de Higgs: possíveis divergências das previsões
> teóricas
>
>
>
>
>
> Fala, moçada. Tentei analisar aqui uns sinais, ainda que prematuros, de que
> o comportamento do provável bóson de Higgs detectado pode estar divergindo
> um pouco das previsões teóricas. Teremos finalmente chegado aos limites do
> Modelo Padrão? Temos que esperar o LHC fornecer mais dados até o fim do ano
> para termos mais certeza de que isso não é um mero artefato estatístico, mas
> já há cientistas preocupados e excitados.
>
> http://afisicasemove.blogspot.com.br/2012/07/o-boson-de-higgs-esta-indicando
> -teorias.html
>
> Abraços,
> Belisário
>




SUBJECT: Re: LHC - Pra que serve?
FROM: "Roberto Belisario" <belisarioroberto@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/07/2012 21:36


Muita gente justifica tais pesquisas com argumentos do tipo da pesquisa básica, que pode virar alguma coisa extraordinária no futuro que aumentarão o bem-estar material das pessoas. Eu, particularmente, acho que não será o caso (pelo menos não diretamente) nem da física de altas energias, nem da cosmologia (ainda que surpresas acontecem). No máximo, o LHC poderá contribuir com spin-offs - formação e aperfeiçoamento de engenheiros, técnicos, educação científica, que, aí sim, será usada para fins imprevisíveis. O que, aliás, já é uma grande coisa. O retorno pode até cobrir os US$ 9 bilhões em algum momento.

Porém, a justificativa que governos e editoriais de jornais costumam dar é: "a conquista inestimável da compreensão do universo". Acho que isso também é validíssimo. Trata-se, na verdade, de um aspecto da cultura. Pois conhecer os esquemas já feitos sobre o funcionamento da Natureza é cultura. Se conhecer o trabalho dos pré-socráticos ou dos chineses antigos é cultura, então conhecer o conteúdo da física de partículas também é. Não faz parte de todas as culturas ideias sobre a origem do mundo? A teoria do Big-Bang, por exemplo, vem justamente interferir nessa parte integrante de toda cultura. Ora, europeus investem pesadíssimo em cultura. Quem já passeou por lá viu. Museus, conservação e reconstituição de prédios históricos (reconstruíram o que puderam depois da II Guerra!), pesquisas arqueológicas, histórico-culturais, conservação de documentos, espetáculos de toda espécie etc. E investem também em pesquisas sobre a natureza da Natureza. Cultura.

Assim, além de todos os motivos próprios à ciência pelos quais ela deve ser conhecida, ela também partilha com a cultura todos os motivos pelos quais esta última deve ser adquirida.

Mudando de assunto sem mudar, tudo isso é também outra resposta à pergunta "por que as pessoas deveriam se interessar por ciência?". Além das tradicionais "para aumentarem sua capacidade crítica", "para exercer melhor sua cidadania", "para ter conhecimento de causa para garantir que os legisladores legislem em benefício da sociedade" etc., há também "porque ciência é cultura": é interessante saber o que diz a mecânica quântica e de onde ela vem pelas mesmas razões (também) que as pelas quais é bom ler Hermann Hesse ou ouvir Chico Buarque (ou o que for de sua preferência).

Vivemos numa era tão tecnicista e materialista que sentimos obrigação de arrumar uma justificativa material para tudo o que sentimos necessidade de justificar. Mas há outras justificativas. Exite também o "bem-estar imaterial das pessoas".

Belisário

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, José Renato Terra <jrma@...> escreveu
>
> Há quatro anos Alberto chamava atenção para as idéias, pesquisas e teorias
> que inicialmente parecem ser conhecimentos inócuos e dispensáveis...
> []s
> José Renato
> ...........................................
>
> ----- Original Message -----
> From: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@...>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Saturday, May 24, 2008 12:53 AM
> Subject: Re: [ciencialist] LHC - Pra que serve?
> ......................................................................
>
>
> > ----- Original Message -----
> > From: "Luis Brudna"
> > Sent: Friday, May 23, 2008 3:51 PM
> > Subject: [ciencialist] LHC - Pra que serve?
> >
> >> Será que o pessoal da Ciencialist poderia me ajudar com argumentos
> >> bons em defesa do LHC? :-)
> >
> > Não sei se irei ajudá-lo, mas vou expor o que escrevi há algum tempo.
> > O texto está mais voltado à teorização, mas serve também para
> > justificar experimentações aparentemente "estratosféricas". (o texto
> > todo pode ser lido a partir de
> > http://ecientificocultural.com/ECC2/FilCien/metcien01.htm ):
> >
> > "Parece-me que muitos, dentre aqueles que produziram conhecimentos
> > científicos de elevada qualidade, jamais concordariam com este
> > objetivismo kuhniano. Citarei apenas três, mas não me parece ser
> > impossível expandir esta relação para a casa das centenas ou mesmo dos
> > milhares.
> >
> > Uma das frases célebres de um grande cientista do século XX, Carlo
> > Rubbia, poderá ser encontrada em meio a entrevistas que deu logo após
> > ter recebido o prêmio Nobel de física, em 1984: "Nós somos a primeira
> > etapa do sistema. Uma etapa absolutamente essencial, mas que é
> > baseada, sobretudo, na falta de um fim específico. Outras pessoas
> > retomarão o que fizemos, e serão elas que tornarão as coisas práticas.
> > Sem nós, essas pessoas não existiriam, e nós, por outro lado, sem
> > elas, não teríamos nenhuma razão de ser." O segundo exemplo
> > relaciona-se a um dos maiores --senão o maior-- cientistas do século
> > XIX, que teria dito algo semelhante e a fazer parte do folclore
> > científico. Conta-se que Faraday, ao ser interrogado sobre as
> > finalidades de uma de suas teorias, teria respondido com outra
> > pergunta: Para que serve uma criança ao nascer? Há quem ilustre essa
> > história com outra versão e não é impossível que ambas tenham de fato
> > acontecido. RUMJANEK (2004), por exemplo, narra o episódio com as
> > seguintes palavras: ... o então ministro das finanças da Inglaterra,
> > William Gladstone, teria perguntado ao cientista: "Está tudo muito
> > bem, mas para que serve a indução eletromagnética?" A resposta de
> > Faraday: "Eu não sei, mas um dia o senhor poderá cobrar impostos sobre
> > isso." A história mostrou que Faraday estava com a razão. As teorias
> > de Faraday alicerçaram quase toda a tecnologia do século XX. Se hoje
> > um determinado país pretender eliminar os impostos conseqüentes à
> > aplicação tecnológica das idéias de Faraday, este país estará se
> > condenando à insolvência em poucos meses. Para concluir, reproduzo o
> > pensamento de um físico teorizador português, João MAGUEIJO (2003), e
> > deixo o mesmo para a reflexão dos leitores: a ciência só vale a pena
> > na medida em que nos é permitido perder-nos na selva do desconhecido.
> >
> > Outro ponto a demonstrar a importância do amadorismo para a ciência
> > relaciona-se ao clima ou ao ambiente em que se deflagraram as grandes
> > revoluções científicas da era moderna. Muito mais do que a falência
> > dos paradigmas, considerados por alguns como os agentes causais dos
> > chamados períodos revolucionários, o que a história nos mostra é
> > exatamente o oposto: a maioria das revoluções teve em comum o fato de
> > se originar fora da jurisdição onde tais paradigmas eram dogmatizados
> > e/ou cultuados. Einstein, por exemplo, escreveu seus principais
> > trabalhos (relatividade restrita, efeito fotoelétrico e efeito
> > browniano) na qualidade de funcionário secundário de um departamento
> > de patentes, ou seja, como um físico amador. Mayer e Carnot, o
> > primeiro como profissional médico e o segundo como profissional
> > engenheiro, indiferentes ao academicismo vigente, forneceram as bases
> > para a revolução em física que, na primeira metade do século XIX, deu
> > origem à termodinâmica. Faraday foi outro cientista amador que somente
> > chegou a ser aceito nos meios acadêmicos após ter fornecido as bases
> > para a concretização do eletromagnetismo, o que acabou acontecendo
> > graças aos trabalhos de Maxwell. Há ainda aqueles que, por motivos
> > diversos, deixaram seus afazeres rotineiros de lado, podendo assim se
> > dedicar a um livre-pensar alheio aos paradigmas acadêmicos. Os
> > melhores exemplos são Charles Darwin, em sua viagem no Beagle
> > (1831-1836), financiada por seu pai, e Isaac Newton, que iniciou uma
> > revolução na física no annus mirabilis (1666), o ano em que as
> > universidades da Inglaterra fecharam suas portas em virtude da peste
> > negra. Digno de nota é o fato de Newton, ao retornar à universidade,
> > ter sido obrigado, para atender a uma obrigação contratual, a deixar
> > de lado esses estudos por mais de dez anos, a fim de que pudesse se
> > dedicar com afinco ao aprendizado de teologia.
> >
> > [ ]´s
> > Alberto
> > http://ecientificocultural.com/indice.htm
> > Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
> > coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
>




SUBJECT: Re: LHC - Pra que serve?
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/07/2012 21:55

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Roberto Belisario"
> Porém, a justificativa que governos e editoriais de jornais costumam
> dar é: "a conquista inestimável da compreensão do universo". Acho
> que isso também é validíssimo. Trata-se, na verdade, de um aspecto
> da cultura.

O problema é justificar o montante de USD 9 bi em termos de cultura. O quanto a cultura avançou com isso? Valeria investir o mm valor em um museu? Em uma expedição de escavação na região mesopotâmica?

Faço uma argumentação mais longa aqui:
http://genereporter.blogspot.com.br/2010/02/ciencia-e-prioridade-parte-1.html

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: LHC - Pra que serve?
FROM: "Roberto Belisario" <belisarioroberto@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/07/2012 22:23


Acho que isso são falsas dicotomias, pelo menos na medida em que estamos considerando o aspecto "cultura" da ciência. Pois, sob esse aspecto, é como questionar o investimento em um conjunto de museus se perguntando se o mesmo montante não poderia ser investido na recuperação de um conjunto de edifícios históricos. O caso é que precisa-se das duas coisas. Agora, quanto o LHC contribui para a cultura, isto é, no caso, para a ciência? Bem, isso só saberemos depois que vermos o que saiu dele... E, mesmo assim, é inquantificável. E sim, tudo isso envolve a dimensão política, como você aponta no seu blog. Na verdade, há várias dimensões envolvidas - política, científica, econômica, social. Bicho de sete cabeças. Estou aqui sonando a tecla da dimensão cultural, da qual é raro alguém se lembrar, pelo menos explicitamente.

Belisário

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "roberto" <roberto.takata@...> escreveu
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Roberto Belisario"
> > Porém, a justificativa que governos e editoriais de jornais costumam
> > dar é: "a conquista inestimável da compreensão do universo". Acho
> > que isso também é validíssimo. Trata-se, na verdade, de um aspecto
> > da cultura.
>
> O problema é justificar o montante de USD 9 bi em termos de cultura. O quanto a cultura avançou com isso? Valeria investir o mm valor em um museu? Em uma expedição de escavação na região mesopotâmica?
>
> Faço uma argumentação mais longa aqui:
> http://genereporter.blogspot.com.br/2010/02/ciencia-e-prioridade-parte-1.html
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>




SUBJECT: Re: LHC - Pra que serve?
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/07/2012 22:35

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Roberto Belisario"
> Pois, sob esse aspecto, é como questionar o investimento em um
> conjunto de museus se perguntando se o mesmo montante não poderia
> ser investido na recuperação de um conjunto de edifícios históricos.

A questão posta (qdo se fala em valor cultural) é menos essa de investir em A ou B do que: vale a pena investir USD 9 bi em uma determinada empreitada cultural?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: LHC - Pra que serve?
FROM: "Roberto Belisario" <belisarioroberto@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/07/2012 20:41


É que não é só cultural, né... ela tem *também* implicações culturais.
Belisário

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "roberto" <roberto.takata@...> escreveu
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Roberto Belisario"
> > Pois, sob esse aspecto, é como questionar o investimento em um
> > conjunto de museus se perguntando se o mesmo montante não poderia
> > ser investido na recuperação de um conjunto de edifícios históricos.
>
> A questão posta (qdo se fala em valor cultural) é menos essa de investir em A ou B do que: vale a pena investir USD 9 bi em uma determinada empreitada cultural?
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>




SUBJECT: BarraPet 4.0, VaraPet 3.0 e Reuso de água da máquina de lavar roupas.
FROM: Tipoalgo <tipoalgo@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/07/2012 21:00

Olá a todos.

Três novas engenhocas:


Estou gostando em reusar a água da máquina de lavar roupas para a descarga do vaso sanitário, principalmente nesse período sem chuvas aqui em brasília.

Abraços
Tipoalgo


SUBJECT: RES: [ciencialist] The rebelds da ciência - foto famosa.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/07/2012 06:53

Olá, Hélio

 

Encontrei a foto no endereço: http://www.maxborn.net/index.php?page=filmnews.

 

Mas não obtive  êxito quando busquei o “home movie”, na mesma página acima.  Veja se consegue. E comente, se for o caso.

Também fiquei curioso.

 

Sds,

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Hélio Carvalho
Enviada em: quarta-feira, 18 de julho de 2012 13:29
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] The rebelds da ciência - foto famosa.

 

Victor,

 

Where is the link to "home movie"???

 

Hélio

 

De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 18 de Julho de 2012 8:30
Assunto: [ciencialist] The rebelds da ciência - foto famosa.

 

 

 

Olá,

 

1)      Todos os da foto estão, com 100% de certeza, mortinhos da silva...alguma dúvida? É, “parece” que nem os gênios escapam...

2)      Einstein parece que está com furúnculo na parte direita do traseiro. Notam o esforço dissimulado para aliviar a pressão?...Notam a inclinadinha dissimulada?

3)      Madame Curie está linda. Parece minha mãe. Com a diferença de que não era tããão inteligente como...

4)      Pauli está observando a cabeça de de Broglie, assim, meio de bandinha,  e pensando: ô testinha grande da “muzenga”. Devem ser as ondas de matéria de seus sabidos neurônios, confinadas  na parte frontal de sua caixa pensante.

5)      Lorentz fez um esforço danado para ficar bonito. E ficou.

6)      O sentar não empertigado de Planck sugere que está impaciente: “...vamos logo, moço, tira logo isso que estou com as costas doendo!...”

7)      Mas logo a seguir o clarão da então moderna máquina fotográfica, com direito a uma lufada de fumaça, trouxe o alívio esperado.

8)      E parece que um pai,  de Dirac ou Compton, andou visitando a residência do outro, na ausência deste...

9)      Resumindo: não se fazem mais físicos como antigamente.

 

 

 

 

Institut International de Physique Solvay

One of the most famous photos in the history of physics captures the illustrious participants at the fifth Solvay Conference in Brussels, October 1927. Twenty-nine physicists, the main quantum theorists of the day, came together to discuss the topic “Electrons and Photons”. Seventeen of the 29 attendees were or became Nobel Prize winners.

Following is a “home movie” shot by Irving Langmuir, (the 1932 Nobel Prize winner in chemistry). It captures 2 minutes of an intermission in the proceedings. Twenty-one of the 29 attendees are on the film. The film opens with quick shots of Erwin Schrödinger and Niels Bohr. Auguste Piccard of the University of Brussels follows and then the camera re-focuses on Schrödinger and Bohr.

The voice-over is by Nancy Thorndike Greenspan.

Sds,

Victor.

 


SUBJECT: The rebelds da ciência - foto famosa.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/07/2012 08:30

 

 

Olá,

 

1)      Todos os da foto estão, com 100% de certeza, mortinhos da silva...alguma dúvida? É, “parece” que nem os gênios escapam...

2)      Einstein parece que está com furúnculo na parte direita do traseiro. Notam o esforço dissimulado para aliviar a pressão?...Notam a inclinadinha dissimulada?

3)      Madame Curie está linda. Parece minha mãe. Com a diferença de que não era tããão inteligente como...

4)      Pauli está observando a cabeça de de Broglie, assim, meio de bandinha,  e pensando: ô testinha grande da “muzenga”. Devem ser as ondas de matéria de seus sabidos neurônios, confinadas  na parte frontal de sua caixa pensante.

5)      Lorentz fez um esforço danado para ficar bonito. E ficou.

6)      O sentar não empertigado de Planck sugere que está impaciente: “...vamos logo, moço, tira logo isso que estou com as costas doendo!...”

7)      Mas logo a seguir o clarão da então moderna máquina fotográfica, com direito a uma lufada de fumaça, trouxe o alívio esperado.

8)      E parece que um pai,  de Dirac ou Compton, andou visitando a residência do outro, na ausência deste...

9)      Resumindo: não se fazem mais físicos como antigamente.

 

 

 

 

Institut International de Physique Solvay

One of the most famous photos in the history of physics captures the illustrious participants at the fifth Solvay Conference in Brussels, October 1927. Twenty-nine physicists, the main quantum theorists of the day, came together to discuss the topic “Electrons and Photons”. Seventeen of the 29 attendees were or became Nobel Prize winners.

Following is a “home movie” shot by Irving Langmuir, (the 1932 Nobel Prize winner in chemistry). It captures 2 minutes of an intermission in the proceedings. Twenty-one of the 29 attendees are on the film. The film opens with quick shots of Erwin Schrödinger and Niels Bohr. Auguste Piccard of the University of Brussels follows and then the camera re-focuses on Schrödinger and Bohr.

The voice-over is by Nancy Thorndike Greenspan.

Sds,

Victor.

 


SUBJECT: Re: [ciencialist] The rebelds da ciência - foto famosa.
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/07/2012 09:28

Victor,
 
Where is the link to "home movie"???
 
Hélio

De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 18 de Julho de 2012 8:30
Assunto: [ciencialist] The rebelds da ciência - foto famosa.
 
 
 
Olá,
 
1)      Todos os da foto estão, com 100% de certeza, mortinhos da silva...alguma dúvida? É, “parece” que nem os gênios escapam...
2)      Einstein parece que está com furúnculo na parte direita do traseiro. Notam o esforço dissimulado para aliviar a pressão?...Notam a inclinadinha dissimulada?
3)      Madame Curie está linda. Parece minha mãe. Com a diferença de que não era tããão inteligente como...
4)      Pauli está observando a cabeça de de Broglie, assim, meio de bandinha,  e pensando: ô testinha grande da “muzenga”. Devem ser as ondas de matéria de seus sabidos neurônios, confinadas  na parte frontal de sua caixa pensante.
5)      Lorentz fez um esforço danado para ficar bonito. E ficou.
6)      O sentar não empertigado de Planck sugere que está impaciente: “...vamos logo, moço, tira logo isso que estou com as costas doendo!...”
7)      Mas logo a seguir o clarão da então moderna máquina fotográfica, com direito a uma lufada de fumaça, trouxe o alívio esperado.
8)      E parece que um pai,  de Dirac ou Compton, andou visitando a residência do outro, na ausência deste...
9)      Resumindo: não se fazem mais físicos como antigamente.
 
 
 
 
Institut International de Physique Solvay
One of the most famous photos in the history of physics captures the illustrious participants at the fifth Solvay Conference in Brussels, October 1927. Twenty-nine physicists, the main quantum theorists of the day, came together to discuss the topic “Electrons and Photons”. Seventeen of the 29 attendees were or became Nobel Prize winners.
Following is a “home movie” shot by Irving Langmuir, (the 1932 Nobel Prize winner in chemistry). It captures 2 minutes of an intermission in the proceedings. Twenty-one of the 29 attendees are on the film. The film opens with quick shots of Erwin Schrödinger and Niels Bohr. Auguste Piccard of the University of Brussels follows and then the camera re-focuses on Schrödinger and Bohr.
The voice-over is by Nancy Thorndike Greenspan.
Sds,
Victor.
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] The rebelds da ciência - foto famosa.
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/07/2012 11:09

Ola Victor,
 
Calro qeu não se fazem mas físiscos como antes...hoje se faz somente ciência hard, como diria o saudoso Leo!!! Estes, além de tudo, eram grandes folósofos. Se preocupavam em analisar as consequências filosóficas das teorias que estavam surgindo.....
 
Mas hj, como estamos virando cada vez mais autômatos, isto não é sequer bem visto.....
 
Abs
Felipe

De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 18 de Julho de 2012 8:30
Assunto: [ciencialist] The rebelds da ciência - foto famosa.
 
 
 
Olá,
 
1)      Todos os da foto estão, com 100% de certeza, mortinhos da silva...alguma dúvida? É, “parece” que nem os gênios escapam...
2)      Einstein parece que está com furúnculo na parte direita do traseiro. Notam o esforço dissimulado para aliviar a pressão?...Notam a inclinadinha dissimulada?
3)      Madame Curie está linda. Parece minha mãe. Com a diferença de que não era tããão inteligente como...
4)      Pauli está observando a cabeça de de Broglie, assim, meio de bandinha,  e pensando: ô testinha grande da “muzenga”. Devem ser as ondas de matéria de seus sabidos neurônios, confinadas  na parte frontal de sua caixa pensante.
5)      Lorentz fez um esforço danado para ficar bonito. E ficou.
6)      O sentar não empertigado de Planck sugere que está impaciente: “...vamos logo, moço, tira logo isso que estou com as costas doendo!...”
7)      Mas logo a seguir o clarão da então moderna máquina fotográfica, com direito a uma lufada de fumaça, trouxe o alívio esperado.
8)      E parece que um pai,  de Dirac ou Compton, andou visitando a residência do outro, na ausência deste...
9)      Resumindo: não se fazem mais físicos como antigamente.
 
 
 
 
Institut International de Physique Solvay
One of the most famous photos in the history of physics captures the illustrious participants at the fifth Solvay Conference in Brussels, October 1927. Twenty-nine physicists, the main quantum theorists of the day, came together to discuss the topic “Electrons and Photons”. Seventeen of the 29 attendees were or became Nobel Prize winners.
Following is a “home movie” shot by Irving Langmuir, (the 1932 Nobel Prize winner in chemistry). It captures 2 minutes of an intermission in the proceedings. Twenty-one of the 29 attendees are on the film. The film opens with quick shots of Erwin Schrödinger and Niels Bohr. Auguste Piccard of the University of Brussels follows and then the camera re-focuses on Schrödinger and Bohr.
The voice-over is by Nancy Thorndike Greenspan.
Sds,
Victor.
 

SUBJECT: Déficit da atenção - prejuízos para a aprendizagem.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/07/2012 12:12

Olá,

 

Sei que alguns de vocês têm conhecimentos de psicologia e psiquiatria.

Esse problema, diagnosticado por alguns como déficit de atenção, realmente prejudica o aprendizado.

Que podem agregar ao que é discutido no artigo?  Tenho um interesse particular num possível caminho para conduzir o assunto.

 

 

http://teoriadetudo.blogfolha.uol.com.br/2012/07/18/psicologos-psiquiatras-e-o-deficit-de-atencao/

 

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: Re: [ciencialist] The rebelds da ciência - foto famosa.
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/07/2012 12:35

Caro Victor,

Como as coisas mudam, não é? No recente seminário do CERN, no qual foi anunciada a descoberta do provável bóson de Higgs, havia um sujeito de camiseta e calção na parte da frente!

Quanto a não se fazer mais físicos como antigamente, a coisa é muito mais complexa. Por exemplo, duvido que muitos graduandos ou pós-graduandos em física tenham sequer chegado ao ponto de serem barrados nos Congressos Solvay, pois aqueles eventos eram fechadíssimos. Por exemplo, Louis de Broglie, um nobre francês, teria sido barrado em um deles e, furioso, decidiu que teria um artigo aprovado no próximo (o que de fato aconteceu; de Broglie participou do quinto Congresso Solvay, com o artigo que lhe daria o Nobel em 1929). Hoje as coisas são mais democráticas e as únicas maneiras de barrar pessoas em um evento do porte de um Solvay seria elevando o preço (o que deixaria muito mais do que uma pessoa furiosa) ou limitando o número de assentos. Por exemplo, veja um relato interessante de um dos participantes do recente seminário do CERN: http://physicsact.wordpress.com/2012/07/04/higgs-finalmente-seminario-comentado/ (a primeira imagem é curiosíssima e teria deixado qualquer um dos participantes do 5° Solvay de cabelo em pé).

Outra coisa é que a física tornou-se hoje um grande empreendimento, especialmente nos países desenvolvidos. Em 1927 a física era um empreendimento puramente acadêmico, que demoraria ainda vários anos para começar a mostrar suas garras (na II Guerra). Hoje Einstein não conseguiria aprovar seus artigos de 1905 em nenhuma publicação, a não ser que concordasse em fornecer referências e em corrigir alguns erros de cálculo. Além disso, todos os artigos publicados em 1927 são hoje publicados em uma semana, talvez em um dia, o que torna a competição muito mais difícil, tornando também mais difícil o surgimento de um Einstein, de um Heisenberg, de um Pauli.

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 18/07/2012 08:30, JVictor escreveu:


SUBJECT: Re: [ciencialist] The rebelds da ciência - foto famosa.
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/07/2012 13:22

Ola Álvaro,
 
O maior numero de "participantes" e maior competição não deveria produzir um efeito contrário ? Ou seja, mais Einsteins e similares.
 
Abs
Felipe

De: Alvaro Augusto (L) <alvaro@lunabay.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 18 de Julho de 2012 12:35
Assunto: Re: [ciencialist] The rebelds da ciência - foto famosa.
 
Caro Victor,Como as coisas mudam, não é? No recente seminário do CERN, no qual foi anunciada a descoberta do provável bóson de Higgs, havia um sujeito de camiseta e calção na parte da frente! Quanto a não se fazer mais físicos como antigamente, a coisa é muito mais complexa. Por exemplo, duvido que muitos graduandos ou pós-graduandos em física tenham sequer chegado ao ponto de serem barrados nos Congressos Solvay, pois aqueles eventos eram fechadíssimos. Por exemplo, Louis de Broglie, um nobre francês, teria sido barrado em um deles e, furioso, decidiu que teria um artigo aprovado no próximo (o que de fato aconteceu; de Broglie participou do quinto Congresso Solvay, com o artigo que lhe daria o Nobel em 1929). Hoje as coisas são mais democráticas e as únicas maneiras de barrar pessoas em um evento do porte de um Solvay seria elevando o preço (o que deixaria muito mais do que uma pessoa furiosa) ou limitando o número de assentos. Por exemplo, veja um relato interessante de um dos participantes do recente seminário do CERN: http://physicsact.wordpress.com/2012/07/04/higgs-finalmente-seminario-comentado/ (a primeira imagem é curiosíssima e teria deixado qualquer um dos participantes do 5° Solvay de cabelo em pé).Outra coisa é que a física tornou-se hoje um grande empreendimento, especialmente nos países desenvolvidos. Em 1927 a física era um empreendimento puramente acadêmico, que demoraria ainda vários anos para começar a mostrar suas garras (na II Guerra). Hoje Einstein não conseguiria aprovar seus artigos de 1905 em nenhuma publicação, a não ser que concordasse em fornecer referências e em corrigir alguns erros de cálculo. Além disso, todos os artigos publicados em 1927 são hoje publicados em uma semana, talvez em um dia, o que torna a competição muito mais difícil, tornando também mais difícil o surgimento de um Einstein, de um Heisenberg, de um Pauli.[ ]sAlvaro AugustoEm 18/07/2012 08:30, JVictor escreveu:


SUBJECT: Re: [ciencialist] Bóson de Higgs: possíveis divergências das previsões teóricas
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/07/2012 13:38

Eu tenho que confessar : to torcendo para que não seja o BH!!! Fico imaginando o que esataria por vir......
 
Aliás, já existem programas trabalhando com uma física sem o BH ? Entendo que o que o Novello falou em sua entrevista não seja exatamente um programa de pesquisa....ou to errado ?
 
Abs
Felipe

De: Roberto Belisario <belisarioroberto@gmail.com>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Segunda-feira, 16 de Julho de 2012 9:54
Assunto: [ciencialist] Bóson de Higgs: possíveis divergências das previsões teóricas
 
Fala, moçada. Tentei analisar aqui uns sinais, ainda que prematuros, de que o comportamento do provável bóson de Higgs detectado pode estar divergindo um pouco das previsões teóricas. Teremos finalmente chegado aos limites do Modelo Padrão? Temos que esperar o LHC fornecer mais dados até o fim do ano para termos mais certeza de que isso não é um mero artefato estatístico, mas já há cientistas preocupados e excitados.

http://afisicasemove.blogspot.com.br/2012/07/o-boson-de-higgs-esta-indicando-teorias.html

Abraços,
Belisário


SUBJECT: Re: [ciencialist] Bóson de Higgs: possíveis divergências das previsões teóricas
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/07/2012 13:49

Ola Belisário,
 
Não entendi muito bem :
 
"Há ainda uma distância incômoda na massa medida do bóson de Higgs, de 125,3 GeV (gigaelétron-volts, uma unidade de medida de energia apropriada para partículas subatômicas, que pode também, com um pouco de "abuso de linguagem" corrente entre os físicos, ser usada para massa). A teoria não prevê, na verdade, a massa do bóson, mas ela contém uma relação entre ela e a massa de duas outras partículas, o W e o quark top (este observado apenas em 1995). A partir dessa relação e das massas dessas duas senhoras, a massa do bóson deveria ser de 94 GeV. Mas lembremos que o que importa não são tanto os números em si, mas as margens de erro ao seu redor. Nesse caso, o resultado do LHC caiu bem em cima do limite da margem de erro de um sigma da previsão "teórica". Tecnicamente, isso não invalida a teoria, mas alguns cientistas estão preocupados (ou excitados!) e esperam ansiosamente pelos dados mais precisos dos próximos meses."
 
Qual a margem de erro trabalhada no LHC para que uma diferença de 31 GeV (33%) na massa possa ter caído dentro dos limites ?  Lembro que um documentário sobre a TRG falava que Einstein tinha cometido erros nos seus cálculos iniciais para o desvio da luz em campo gravitacional que, se fosse testado no Eclipse, falsearia a TRG; e o erro era bem pequeno.
 
Abs
Felipe

De: Roberto Belisario <belisarioroberto@gmail.com>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Segunda-feira, 16 de Julho de 2012 9:54
Assunto: [ciencialist] Bóson de Higgs: possíveis divergências das previsões teóricas
 
Fala, moçada. Tentei analisar aqui uns sinais, ainda que prematuros, de que o comportamento do provável bóson de Higgs detectado pode estar divergindo um pouco das previsões teóricas. Teremos finalmente chegado aos limites do Modelo Padrão? Temos que esperar o LHC fornecer mais dados até o fim do ano para termos mais certeza de que isso não é um mero artefato estatístico, mas já há cientistas preocupados e excitados.

http://afisicasemove.blogspot.com.br/2012/07/o-boson-de-higgs-esta-indicando-teorias.html

Abraços,
Belisário


SUBJECT: RES: [ciencialist] The rebelds da ciência - foto famosa.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/07/2012 13:56

Tenho de concordar com você em alguns aspectos.

 

Agora, “(a primeira imagem é curiosíssima e teria deixado qualquer um dos participantes do 5° Solvay de cabelo em pé).“ : bem, sob algum viés, nem só os cabelos...

Sds,

Victor.

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Alvaro Augusto (L)
Enviada em: quarta-feira, 18 de julho de 2012 12:35
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] The rebelds da ciência - foto famosa.

 

 

Caro Victor,

Como as coisas mudam, não é? No recente seminário do CERN, no qual foi anunciada a descoberta do provável bóson de Higgs, havia um sujeito de camiseta e calção na parte da frente!

Quanto a não se fazer mais físicos como antigamente, a coisa é muito mais complexa. Por exemplo, duvido que muitos graduandos ou pós-graduandos em física tenham sequer chegado ao ponto de serem barrados nos Congressos Solvay, pois aqueles eventos eram fechadíssimos. Por exemplo, Louis de Broglie, um nobre francês, teria sido barrado em um deles e, furioso, decidiu que teria um artigo aprovado no próximo (o que de fato aconteceu; de Broglie participou do quinto Congresso Solvay, com o artigo que lhe daria o Nobel em 1929). Hoje as coisas são mais democráticas e as únicas maneiras de barrar pessoas em um evento do porte de um Solvay seria elevando o preço (o que deixaria muito mais do que uma pessoa furiosa) ou limitando o número de assentos. Por exemplo, veja um relato interessante de um dos participantes do recente seminário do CERN: http://physicsact.wordpress.com/2012/07/04/higgs-finalmente-seminario-comentado/ (a primeira imagem é curiosíssima e teria deixado qualquer um dos participantes do 5° Solvay de cabelo em pé).

Outra coisa é que a física tornou-se hoje um grande empreendimento, especialmente nos países desenvolvidos. Em 1927 a física era um empreendimento puramente acadêmico, que demoraria ainda vários anos para começar a mostrar suas garras (na II Guerra). Hoje Einstein não conseguiria aprovar seus artigos de 1905 em nenhuma publicação, a não ser que concordasse em fornecer referências e em corrigir alguns erros de cálculo. Além disso, todos os artigos publicados em 1927 são hoje publicados em uma semana, talvez em um dia, o que torna a competição muito mais difícil, tornando também mais difícil o surgimento de um Einstein, de um Heisenberg, de um Pauli.

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 18/07/2012 08:30, JVictor escreveu:

 


SUBJECT: RE: [ciencialist] The rebelds da ciência - foto famosa.
FROM: Thiago Guimarães <guimaraesbsb@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/07/2012 13:56

 
E a colaboração científica?
Esquecem que boa parte das descobertas anteriormente feitas, inclusive o Princípio da Incerteza,
surgiram de colaborações reconhecidas.
 
Uma maior competição não prejudicaria então a colaboração científica?
 
Thiago
 

To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: luizfelipecsrj@yahoo.com.br
Date: Wed, 18 Jul 2012 09:22:18 -0700
Subject: Re: [ciencialist] The rebelds da ciência - foto famosa.

 
Ola Álvaro,
 
O maior numero de "participantes" e maior competição não deveria produzir um efeito contrário ? Ou seja, mais Einsteins e similares.
 
Abs
Felipe

De: Alvaro Augusto (L) <alvaro@lunabay.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 18 de Julho de 2012 12:35
Assunto: Re: [ciencialist] The rebelds da ciência - foto famosa.
 
Caro Victor,Como as coisas mudam, não é? No recente seminário do CERN, no qual foi anunciada a descoberta do provável bóson de Higgs, havia um sujeito de camiseta e calção na parte da frente! Quanto a não se fazer mais físicos como antigamente, a coisa é muito mais complexa. Por exemplo, duvido que muitos graduandos ou pós-graduandos em física tenham sequer chegado ao ponto de serem barrados nos Congressos Solvay, pois aqueles eventos eram fechadíssimos. Por exemplo, Louis de Broglie, um nobre francês, teria sido barrado em um deles e, furioso, decidiu que teria um artigo aprovado no próximo (o que de fato aconteceu; de Broglie participou do quinto Congresso Solvay, com o artigo que lhe daria o Nobel em 1929). Hoje as coisas são mais democráticas e as únicas maneiras de barrar pessoas em um evento do porte de um Solvay seria elevando o preço (o que deixaria muito mais do que uma pessoa furiosa) ou limitando o número de assentos. Por exemplo, veja um relato interessante de um dos participantes do recente seminário do CERN: http://physicsact.wordpress.com/2012/07/04/higgs-finalmente-seminario-comentado/ (a primeira imagem é curiosíssima e teria deixado qualquer um dos participantes do 5° Solvay de cabelo em pé).Outra coisa é que a física tornou-se hoje um grande empreendimento, especialmente nos países desenvolvidos. Em 1927 a física era um empreendimento puramente acadêmico, que demoraria ainda vários anos para começar a mostrar suas garras (na II Guerra). Hoje Einstein não conseguiria aprovar seus artigos de 1905 em nenhuma publicação, a não ser que concordasse em fornecer referências e em corrigir alguns erros de cálculo. Além disso, todos os artigos publicados em 1927 são hoje publicados em uma semana, talvez em um dia, o que torna a competição muito mais difícil, tornando também mais difícil o surgimento de um Einstein, de um Heisenberg, de um Pauli.[ ]sAlvaro AugustoEm 18/07/2012 08:30, JVictor escreveu:



SUBJECT: Re: [ciencialist] The rebelds da ciência - foto famosa.
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/07/2012 16:31

Talvez devesse, mas não produz. Hoje, ao contrário do que acontecia no tempo de Einstein, o sistema é muito mais formal e centrado na "cultura do PhD". Não dá nem para pensar no funcionário de um Departamentos de Patentes publicando um artigo em um periódico internacional.

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 18/07/2012 13:22, luiz silva escreveu:
Ola Álvaro,
 
O maior numero de "participantes" e maior competição não deveria produzir um efeito contrário ? Ou seja, mais Einsteins e similares.
 
Abs
Felipe

De: Alvaro Augusto (L) <alvaro@lunabay.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 18 de Julho de 2012 12:35
Assunto: Re: [ciencialist] The rebelds da ciência - foto famosa.
 
Caro Victor,Como as coisas mudam, não é? No recente seminário do CERN, no qual foi anunciada a descoberta do provável bóson de Higgs, havia um sujeito de camiseta e calção na parte da frente! Quanto a não se fazer mais físicos como antigamente, a coisa é muito mais complexa. Por exemplo, duvido que muitos graduandos ou pós-graduandos em física tenham sequer chegado ao ponto de serem barrados nos Congressos Solvay, pois aqueles eventos eram fechadíssimos. Por exemplo, Louis de Broglie, um nobre francês, teria sido barrado em um deles e, furioso, decidiu que teria um artigo aprovado no próximo (o que de fato aconteceu; de Broglie participou do quinto Congresso Solvay, com o artigo que lhe daria o Nobel em 1929). Hoje as coisas são mais democráticas e as únicas maneiras de barrar pessoas em um evento do porte de um Solvay seria elevando o preço (o que deixaria muito mais do que uma pessoa furiosa) ou limitando o número de assentos. Por exemplo, veja um relato interessante de um dos participantes do recente seminário do CERN: http://physicsact.wordpress.com/2012/07/04/higgs-finalmente-seminario-comentado/ (a primeira imagem é curiosíssima e teria deixado qualquer um dos participantes do 5° Solvay de cabelo em pé).Outra coisa é que a física tornou-se hoje um grande empreendimento, especialmente nos países desenvolvidos. Em 1927 a física era um empreendimento puramente acadêmico, que demoraria ainda vários anos para começar a mostrar suas garras (na II Guerra). Hoje Einstein não conseguiria aprovar seus artigos de 1905 em nenhuma publicação, a não ser que concordasse em fornecer referências e em corrigir alguns erros de cálculo. Além disso, todos os artigos publicados em 1927 são hoje publicados em uma semana, talvez em um dia, o que torna a competição muito mais difícil, tornando também mais difícil o surgimento de um Einstein, de um Heisenberg, de um Pauli.[ ]sAlvaro AugustoEm 18/07/2012 08:30, JVictor escreveu:



SUBJECT: Re: [ciencialist] D�ficit da aten��o - preju�zos para a aprendizagem.
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/07/2012 17:14

Essa é uma briga da boa. Os dois lados têm pontos importantes.
 
Uma análise da questão envolveria uma textarada que provavalmente
não caberia neste email. Só adianto que é preciso extremo
cuidado com o rumo que as coisas estão tomando no âmbito
da psiquiatria. Em muitos casos, está sendo colocado sob
medicação quem não tem necessariamente um desvio importante.
Agregue-se a isso o fato de que não se conhece bem como
funcionam esses medicamentos. Ou seja, podemos hoje estar
fazendo o equivalente às sangrias que eram praxe na medicina
do séc. IX. Os efeitos colaterais muitas vezes superam
os incômodos dos desajustes que pretendiam corrigir. E ainda
existe o famigerado interesse das indústrias farmacêuticas,
que complica mais ainda essa questão toda.
 
Contudo, é preciso reconhecer que existem casos graves em
que medicação psiquiátrica é realmente necessária. O que
é nitidamente condenável é o alargamento do espectro de
pessoas que deveriam tomar alguma coisa. O mundo não pode
ser nivelado na média.
 
*PB*
 
 
 
 
 
From: JVictor
Sent: Wednesday, July 18, 2012 12:12 PM
Subject: [ciencialist] Déficit da atenção - prejuízos para a aprendizagem.
 


Olá,

 

Sei que alguns de vocês têm conhecimentos de psicologia e psiquiatria.

Esse problema, diagnosticado por alguns como déficit de atenção, realmente prejudica o aprendizado.

Que podem agregar ao que é discutido no artigo?  Tenho um interesse particular num possível caminho para conduzir o assunto.

 

 

http://teoriadetudo.blogfolha.uol.com.br/2012/07/18/psicologos-psiquiatras-e-o-deficit-de-atencao/

 

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: RE: [ciencialist] Déficit da atenção - prejuízos para a aprendizagem.
FROM: Thiago Guimarães <guimaraesbsb@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/07/2012 17:35

 
Essa é uma "briga" que a "neurociência" não compra.
Porque simplesmente não há evidências de tal doença
e a "neurociência" não vai entrar numa briga perdida.
 
O que há, na verdade, são sinais e sintomas objetivos
(e subjetivos, evidentemente) da existência de certas
alterações psico-patológicas.
 
Psicólogos e psiquiatras se esquecem, na maioria das vezes,
que tais doenças nem sempre são de ordem "cognitiva", mas
de outas ordens mais confusas no universo das capacidades
mentais. Ou seja, são de ordem emocional, em grande parte.
 
A velocidade das informações e a grande confusão da racionalidade
pós-moderna, mostrada por Zygmunt Bauman em Amor Líquido:
Sobre a Fragilidade dos Laços Humanos com certeza tem um
peso extremamente importante nesses assuntos.
 
O que é evidente: pergunte a um menino da "roça" se ele sabe o
que é TDAH. Pergunte a ele se pelo menos vai a escola ou se
"gosta" de ir a escola.
 
Enfim, é uma complexidade do cão.
 
Thiago
 
 
 
 

To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: peskybee2@gmail.com
Date: Wed, 18 Jul 2012 17:14:19 -0300
Subject: Re: [ciencialist] Déficit da atenção - prejuízos para a aprendizagem.

 
Essa é uma briga da boa. Os dois lados têm pontos importantes.
 
Uma análise da questão envolveria uma textarada que provavalmente
não caberia neste email. Só adianto que é preciso extremo
cuidado com o rumo que as coisas estão tomando no âmbito
da psiquiatria. Em muitos casos, está sendo colocado sob
medicação quem não tem necessariamente um desvio importante.
Agregue-se a isso o fato de que não se conhece bem como
funcionam esses medicamentos. Ou seja, podemos hoje estar
fazendo o equivalente às sangrias que eram praxe na medicina
do séc. IX. Os efeitos colaterais muitas vezes superam
os incômodos dos desajustes que pretendiam corrigir. E ainda
existe o famigerado interesse das indústrias farmacêuticas,
que complica mais ainda essa questão toda.
 
Contudo, é preciso reconhecer que existem casos graves em
que medicação psiquiátrica é realmente necessária. O que
é nitidamente condenável é o alargamento do espectro de
pessoas que deveriam tomar alguma coisa. O mundo não pode
ser nivelado na média.
 
*PB*
 
 
 
 
 
From: JVictor
Sent: Wednesday, July 18, 2012 12:12 PM
Subject: [ciencialist] Déficit da atenção - prejuízos para a aprendizagem.
 


Olá,

 

Sei que alguns de vocês têm conhecimentos de psicologia e psiquiatria.

Esse problema, diagnosticado por alguns como déficit de atenção, realmente prejudica o aprendizado.

Que podem agregar ao que é discutido no artigo?  Tenho um interesse particular num possível caminho para conduzir o assunto.

 

 

http://teoriadetudo.blogfolha.uol.com.br/2012/07/18/psicologos-psiquiatras-e-o-deficit-de-atencao/

 

 

Sds,

Victor.



SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: LHC - Pra que serve?
FROM: Verner Stranz <verner64@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/07/2012 17:50

Belisario, vc citou em msg anterior a necessidade de releitura de H Hesse, o que a propósito fiz há dias atrás. Ele realmente defende essa maneira de pensar, principalmente em O JOGO DAS CONTAS DE VIDRO, que eu acho ser ao qual vc se refere. Eu achei o livro imensamente enfadonho, verborrágico. Poderia ter dito a sua mensagem com 10% da palavras gastas, desperdício. A idéia de uma nobreza de espírito, numa comunidade assexuada e sem mulheres, em que atritos devem ser conduzidos com extrema delicadeza pessoal, é fascinante até se tornar numa idealização irrealizável.
 

To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: belisarioroberto@gmail.com
Date: Tue, 17 Jul 2012 23:41:04 +0000
Subject: [ciencialist] Re: LHC - Pra que serve?

 

É que não é só cultural, né... ela tem *também* implicações culturais.
Belisário

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "roberto" <roberto.takata@...> escreveu
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Roberto Belisario"
> > Pois, sob esse aspecto, é como questionar o investimento em um
> > conjunto de museus se perguntando se o mesmo montante não poderia
> > ser investido na recuperação de um conjunto de edifícios históricos.
>
> A questão posta (qdo se fala em valor cultural) é menos essa de investir em A ou B do que: vale a pena investir USD 9 bi em uma determinada empreitada cultural?
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>



SUBJECT: RES: [ciencialist] The rebelds da ciência - foto famosa.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/07/2012 17:53

Felipe/Álvaro,

 

Álvaro: Talvez devesse, mas não produz.

 

Victor: Certamente, minha opinião pode ser considerada ingênua. Aguento o tranco.

O sistema, maior número de participantes e maior competição,  não produzem “ mais Einsteins e similares.”, como supõe o Felipe.  Podem produzir, sim, profissionais muito bem centrados, prepará-los para enfrentar o desconhecido usando sua mente e suas ferramentas, de maneira muito eficiente.  Há muitos cientistas de primeira linha, mundo afora. Os pós, pós, pós...pós dos pós têm o objetivo de munir o interessado de todas as condições possíveis. E até mesmo pensadores como Hawking, Penrose, Raychaudhuri, James Hartle, De Witten, Hoyle e tantos outros nesse nível..

Mas,  mesmo estes estão algo longe de serem uns:  Einstein, Dirac, Heisenberg, Pauli, Bohr, Newton; ou,  na matemática,  um Lagrange, Euler ou Hamilton, entre outros. Incorporar uma teoria, como uma segunda realidade pessoal, não faz Einsteins ou qq dos citados.

 

Num outro e-mail, foi isto que quis significar com  a frase “não se fazem mais físicos como antigamente”.

 

Sei lá, talvez eu esteja superestimando demais.

 

Sds,

Victor.   

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Alvaro Augusto (L)
Enviada em: quarta-feira, 18 de julho de 2012 16:31
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] The rebelds da ciência - foto famosa.

 

 

Talvez devesse, mas não produz. Hoje, ao contrário do que acontecia no tempo de Einstein, o sistema é muito mais formal e centrado na "cultura do PhD". Não dá nem para pensar no funcionário de um Departamentos de Patentes publicando um artigo em um periódico internacional.

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 18/07/2012 13:22, luiz silva escreveu:

Ola Álvaro,

 

O maior numero de "participantes" e maior competição não deveria produzir um efeito contrário ? Ou seja, mais Einsteins e similares.

 

Abs

Felipe

 

De: Alvaro Augusto (L) <alvaro@lunabay.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 18 de Julho de 2012 12:35
Assunto: Re: [ciencialist] The rebelds da ciência - foto famosa.

 

Caro Victor,Como as coisas mudam, não é? No recente seminário do CERN, no qual foi anunciada a descoberta do provável bóson de Higgs, havia um sujeito de camiseta e calção na parte da frente! Quanto a não se fazer mais físicos como antigamente, a coisa é muito mais complexa. Por exemplo, duvido que muitos graduandos ou pós-graduandos em física tenham sequer chegado ao ponto de serem barrados nos Congressos Solvay, pois aqueles eventos eram fechadíssimos. Por exemplo, Louis de Broglie, um nobre francês, teria sido barrado em um deles e, furioso, decidiu que teria um artigo aprovado no próximo (o que de fato aconteceu; de Broglie participou do quinto Congresso Solvay, com o artigo que lhe daria o Nobel em 1929). Hoje as coisas são mais democráticas e as únicas maneiras de barrar pessoas em um evento do porte de um Solvay seria elevando o preço (o que deixaria muito mais do que uma pessoa furiosa) ou limitando o número de assentos. Por exemplo, veja um relato interessante de um dos participantes do recente seminário do CERN: http://physicsact.wordpress.com/2012/07/04/higgs-finalmente-seminario-comentado/ (a primeira imagem é curiosíssima e teria deixado qualquer um dos participantes do 5° Solvay de cabelo em pé).Outra coisa é que a física tornou-se hoje um grande empreendimento, especialmente nos países desenvolvidos. Em 1927 a física era um empreendimento puramente acadêmico, que demoraria ainda vários anos para começar a mostrar suas garras (na II Guerra). Hoje Einstein não conseguiria aprovar seus artigos de 1905 em nenhuma publicação, a não ser que concordasse em fornecer referências e em corrigir alguns erros de cálculo. Além disso, todos os artigos publicados em 1927 são hoje publicados em uma semana, talvez em um dia, o que torna a competição muito mais difícil, tornando também mais difícil o surgimento de um Einstein, de um Heisenberg, de um Pauli.[ ]sAlvaro AugustoEm 18/07/2012 08:30, JVictor escreveu:

 

 


SUBJECT: Re: [ciencialist] The rebelds da ciência - foto famosa.
FROM: Neville Martins <villem99@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/07/2012 18:24

É minha gente ! O filé já foi. Agora só sobrou osso duro de roer.

NM
====

Em 18 de julho de 2012 13:22, luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br> escreveu:


Ola Álvaro,
 
O maior numero de "participantes" e maior competição não deveria produzir um efeito contrário ? Ou seja, mais Einsteins e similares.
 
Abs
Felipe

De: Alvaro Augusto (L) <alvaro@lunabay.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 18 de Julho de 2012 12:35
Assunto: Re: [ciencialist] The rebelds da ciência - foto famosa.
 
Caro Victor,Como as coisas mudam, não é? No recente seminário do CERN, no qual foi anunciada a descoberta do provável bóson de Higgs, havia um sujeito de camiseta e calção na parte da frente! Quanto a não se fazer mais físicos como antigamente, a coisa é muito mais complexa. Por exemplo, duvido que muitos graduandos ou pós-graduandos em física tenham sequer chegado ao ponto de serem barrados nos Congressos Solvay, pois aqueles eventos eram fechadíssimos. Por exemplo, Louis de Broglie, um nobre francês, teria sido barrado em um deles e, furioso, decidiu que teria um artigo aprovado no próximo (o que de fato aconteceu; de Broglie participou do quinto Congresso Solvay, com o artigo que lhe daria o Nobel em 1929). Hoje as coisas são mais democráticas e as únicas maneiras de barrar pessoas em um evento do porte de um Solvay seria elevando o preço (o que deixaria muito mais do que uma pessoa furiosa) ou limitando o número de assentos. Por exemplo, veja um relato interessante de um dos participantes do recente seminário do CERN: http://physicsact.wordpress.com/2012/07/04/higgs-finalmente-seminario-comentado/ (a primeira imagem é curiosíssima e teria deixado qualquer um dos participantes do 5° Solvay de cabelo em pé).Outra coisa é que a física tornou-se hoje um grande empreendimento, especialmente nos países desenvolvidos. Em 1927 a física era um empreendimento puramente acadêmico, que demoraria ainda vários anos para começar a mostrar suas garras (na II Guerra). Hoje Einstein não conseguiria aprovar seus artigos de 1905 em nenhuma publicação, a não ser que concordasse em fornecer referências e em corrigir alguns erros de cálculo. Além disso, todos os artigos publicados em 1927 são hoje publicados em uma semana, talvez em um dia, o que torna a competição muito mais difícil, tornando também mais difícil o surgimento de um Einstein, de um Heisenberg, de um Pauli.[ ]sAlvaro AugustoEm 18/07/2012 08:30, JVictor escreveu:






--

NM
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SUBJECT: Re: [ciencialist] The rebelds da ciência - foto famosa.
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/07/2012 18:28

Acrescento: Quase todas as grandes revoluções científicas aconteceram fora das universidades.
 
Alguns exemplos importantes:
 
1) Teorias de Einstein: funcionário secundário de um departamento de patentes.
2) Teorias de Faraday – físico amador até ser reconhecido por Maxwell como um gênio do amadorismo científico.
3) Termodinâmica - 1a. Lei –> Mayer, médico.
4) Termodinâmica - 2a. Lei –>Carnot, engenheiro não pertencente ao Olimpo Acadêmico.
5) Darwin: Sua principal teoria foi elaborada quando em viagem no Beagle, viagem esta financiada por seu pai.
6) Newton: Revolucionou a física no «annus mirabilis» (1666), o ano em que as universidades da Inglaterra fecharam suas portas em virtude da peste negra. Ao voltar à universidade foi OBRIGADO a deixar suas ideias revolucionárias de lado por cerca de dez anos, a fim de que pudesse se dedicar ao aprendizado de teologia.
 
Creio que a MQ (com exceção das idéias de Einstein e de Broglie já citadas em msgs anteriores) é uma das exceções a confirmar a regra (Planck, Bohr, Pauli etc).
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
******************************************************
From: Alvaro Augusto (L)
Sent: Wednesday, July 18, 2012 4:31 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] The rebelds da ciência - foto famosa.
 
 

Talvez devesse, mas não produz. Hoje, ao contrário do que acontecia no tempo de Einstein, o sistema é muito mais formal e centrado na "cultura do PhD". Não dá nem para pensar no funcionário de um Departamentos de Patentes publicando um artigo em um periódico internacional.

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 18/07/2012 13:22, luiz silva escreveu:
Ola Álvaro,
 
O maior numero de "participantes" e maior competição não deveria produzir um efeito contrário ? Ou seja, mais Einsteins e similares.
 
Abs
Felipe
 
De: Alvaro Augusto (L)
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 18 de Julho de 2012 12:35
Assunto: Re: [ciencialist] The rebelds da ciência - foto famosa.
 
Caro Victor,Como as coisas mudam, não é? No recente seminário do CERN, no qual foi anunciada a descoberta do provável bóson de Higgs, havia um sujeito de camiseta e calção na parte da frente! Quanto a não se fazer mais físicos como antigamente, a coisa é muito mais complexa. Por exemplo, duvido que muitos graduandos ou pós-graduandos em física tenham sequer chegado ao ponto de serem barrados nos Congressos Solvay, pois aqueles eventos eram fechadíssimos. Por exemplo, Louis de Broglie, um nobre francês, teria sido barrado em um deles e, furioso, decidiu que teria um artigo aprovado no próximo (o que de fato aconteceu; de Broglie participou do quinto Congresso Solvay, com o artigo que lhe daria o Nobel em 1929). Hoje as coisas são mais democráticas e as únicas maneiras de barrar pessoas em um evento do porte de um Solvay seria elevando o preço (o que deixaria muito mais do que uma pessoa furiosa) ou limitando o número de assentos. Por exemplo, veja um relato interessante de um dos participantes do recente seminário do CERN: http://physicsact.wordpress.com/2012/07/04/higgs-finalmente-seminario-comentado/ (a primeira imagem é curiosíssima e teria deixado qualquer um dos participantes do 5° Solvay de cabelo em pé).Outra coisa é que a física tornou-se hoje um grande empreendimento, especialmente nos países desenvolvidos. Em 1927 a física era um empreendimento puramente acadêmico, que demoraria ainda vários anos para começar a mostrar suas garras (na II Guerra). Hoje Einstein não conseguiria aprovar seus artigos de 1905 em nenhuma publicação, a não ser que concordasse em fornecer referências e em corrigir alguns erros de cálculo. Além disso, todos os artigos publicados em 1927 são hoje publicados em uma semana, talvez em um dia, o que torna a competição muito mais difícil, tornando também mais difícil o surgimento de um Einstein, de um Heisenberg, de um Pauli.[ ]sAlvaro AugustoEm 18/07/2012 08:30, JVictor escreveu:
 


SUBJECT: Re: [ciencialist] The rebelds da ciência - foto famosa.
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/07/2012 21:34

Caro Alberto,

Alguns adendos:

1. A maior obra de Einstein, a relatividade geral, foi elaborada quando ele era professor da Universidade de Berlin e diretor do Instituto Kaiser Wilhelm.
2. Faraday, embora desprovido de formação acadêmica, sempre esteve ligado ao Royal Institution, vindo mais tarde a ser apontado como primeiro professor fulleriano de química.
3. Newton, embora oficialmente tenha escrito os Principia naquelas "férias" de Cambridge, em 1666, provavelmente não teria publicado o trabalho (totalmente reescrito) se não fosse a pressão de seus colegas e sua ligação com a Universidade. Na verdade, Newton era daqueles que, tendo feito uma descoberta, guardava-a em uma gaveta e, quando alguém publicava coisa semelhante, aparecia para dizer: "êpa, mas eu fiz isso antes!". Como as questões de prioridade não eram bem estabelecidade na época, e como Newton era mais conhecido, geralmente ele ganhava (a não ser quando o oponente era Leibnitz).

Quanto a Darwin, trata-se de um ponto fora de qualquer curva que se possa imaginar. Imagine alguém submetendo um projeto de pesquisa (ao CNPq, por exemplo), no qual consta: "vou precisar de material de análise, uma viagem ao redor do mundo e aproximadamente 20 anos de pesquisa para concluir o projeto....".

Também é possível citar como contra-exemplo os casos de várias descobertas feitas dentro de Universidades:

1. A Eletrodinâmica Quântica (Feynman, entre Princeton e Cornel; Schwinger, em Harvard; Tomonaga, na Universidade de Tóquio; Dyson, em Princeton).
2. A Cromodinâmica Quântica (Gell-Mann, no Caltech; Zweig, na Universidade de Michigan).
3. A unificação eletrofraca (Salam, entre Cambridge e Paquistão; Glashow, entre Harvard e Berkeley; Weinberg, em Berkeley).
4. A penicilina (Fleming, no Royal Mary College, etc., e outros pesquisadores).
5. O DNA (Watson e Crick, em Cambridge).

Esses são os exemplos que me ocorrem no momento, mas, pesquisando um pouco mais, tenho certeza que muitos outros surgirão.

[ ]s

Alvaro Augusto



Em 18/07/2012 18:28, Alberto Mesquita Filho escreveu:
Acrescento: Quase todas as grandes revoluções científicas aconteceram fora das universidades.
 
Alguns exemplos importantes:
 
1) Teorias de Einstein: funcionário secundário de um departamento de patentes.
2) Teorias de Faraday – físico amador até ser reconhecido por Maxwell como um gênio do amadorismo científico.
3) Termodinâmica - 1a. Lei –> Mayer, médico.
4) Termodinâmica - 2a. Lei –>Carnot, engenheiro não pertencente ao Olimpo Acadêmico.
5) Darwin: Sua principal teoria foi elaborada quando em viagem no Beagle, viagem esta financiada por seu pai.
6) Newton: Revolucionou a física no «annus mirabilis» (1666), o ano em que as universidades da Inglaterra fecharam suas portas em virtude da peste negra. Ao voltar à universidade foi OBRIGADO a deixar suas ideias revolucionárias de lado por cerca de dez anos, a fim de que pudesse se dedicar ao aprendizado de teologia.
 
Creio que a MQ (com exceção das idéias de Einstein e de Broglie já citadas em msgs anteriores) é uma das exceções a confirmar a regra (Planck, Bohr, Pauli etc).
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
******************************************************
From: Alvaro Augusto (L)
Sent: Wednesday, July 18, 2012 4:31 PM
Subject: Re: [ciencialist] The rebelds da ciência - foto famosa.
 
 

Talvez devesse, mas não produz. Hoje, ao contrário do que acontecia no tempo de Einstein, o sistema é muito mais formal e centrado na "cultura do PhD". Não dá nem para pensar no funcionário de um Departamentos de Patentes publicando um artigo em um periódico internacional.

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 18/07/2012 13:22, luiz silva escreveu:
Ola Álvaro,
 
O maior numero de "participantes" e maior competição não deveria produzir um efeito contrário ? Ou seja, mais Einsteins e similares.
 
Abs
Felipe
 
De: Alvaro Augusto (L)
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 18 de Julho de 2012 12:35
Assunto: Re: [ciencialist] The rebelds da ciência - foto famosa.
 
Caro Victor,Como as coisas mudam, não é? No recente seminário do CERN, no qual foi anunciada a descoberta do provável bóson de Higgs, havia um sujeito de camiseta e calção na parte da frente! Quanto a não se fazer mais físicos como antigamente, a coisa é muito mais complexa. Por exemplo, duvido que muitos graduandos ou pós-graduandos em física tenham sequer chegado ao ponto de serem barrados nos Congressos Solvay, pois aqueles eventos eram fechadíssimos. Por exemplo, Louis de Broglie, um nobre francês, teria sido barrado em um deles e, furioso, decidiu que teria um artigo aprovado no próximo (o que de fato aconteceu; de Broglie participou do quinto Congresso Solvay, com o artigo que lhe daria o Nobel em 1929). Hoje as coisas são mais democráticas e as únicas maneiras de barrar pessoas em um evento do porte de um Solvay seria elevando o preço (o que deixaria muito mais do que uma pessoa furiosa) ou limitando o número de assentos. Por exemplo, veja um relato interessante de um dos participantes do recente seminário do CERN: http://physicsact.wordpress.com/2012/07/04/higgs-finalmente-seminario-comentado/ (a primeira imagem é curiosíssima e teria deixado qualquer um dos participantes do 5° Solvay de cabelo em pé).Outra coisa é que a física tornou-se hoje um grande empreendimento, especialmente nos países desenvolvidos. Em 1927 a física era um empreendimento puramente acadêmico, que demoraria ainda vários anos para começar a mostrar suas garras (na II Guerra). Hoje Einstein não conseguiria aprovar seus artigos de 1905 em nenhuma publicação, a não ser que concordasse em fornecer referências e em corrigir alguns erros de cálculo. Além disso, todos os artigos publicados em 1927 são hoje publicados em uma semana, talvez em um dia, o que torna a competição muito mais difícil, tornando também mais difícil o surgimento de um Einstein, de um Heisenberg, de um Pauli.[ ]sAlvaro AugustoEm 18/07/2012 08:30, JVictor escreveu:
 



SUBJECT: Re: [ciencialist] Partículas "conversam" a 10 mil vezes a velocidade da luz
FROM: José Renato Terra <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/07/2012 22:04

[ "O emaranhamento não pode ser usado para comunicar unidades de informação
escolhidas por uma pessoa, exatamente porque os eventos correlacionados por
ele são aleatórios, fora do controle humano." ]

Takata, o argumento do texto destacado acima - de que o fenômeno do
emaranhamento quântico *não permite* a transmissão de sinais de comunicação
mais rápido que o das ondas eletromagnéticas no "vácuo" - não é suficiente
para que o fenômeno da interação ou comunicação (com ou sem aspas) observado
nas duas partículas deixe de ocorrer entre as partículas quando separadas. A
mudança ocorrida em uma partícula emaranhada a outra também ocorrerá na
outra de forma dita instantânea, cerca de dez mil vezes a velocidade da luz.
Que há uma comunicação ou interação entre elas é fato, como e por que isso
ocorre e o meio ou forma dessa comunicação ainda é desconhecido.
[]s
José Renato
ET. Quando foram feitas as primeiras tentativas para medir a velocidade da
luz no ar, usando dispositivos semelhantes a engrenagens dentadas em
rotação, dispostas a uma distância de cerca de 2 quilômetros, chegou-se à
conclusão de que a velocidade da luz era infinita!
...........................................

----- Original Message -----
From: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, July 14, 2012 10:24 PM
Subject: [ciencialist] Re: Partículas "conversam" a 10 mil vezes a
velocidade da luz


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, José Renato Terra <jrma@...>
> Por que a velocidade máxima no universo continua a ter como limite a
> velocidade do fóton, se algo no "emaranhamento quântico" se comunica
> cerca de dez mil vezes a velocidade da luz?

Por que "comunicam" é entre aspas, assim como "conversam".

O texto tem o trecho esclarecedor:
> O emaranhamento não viola a "letra" da relatividade porque, por si
> só, o fenômeno não permite a transmissão de sinais de comunicação
> mais depressa que a luz - não seria possível, por exemplo, usar
> partículas emaranhadas para criar um telefone celular instantâneo.
> "O emaranhamento não pode ser usado para comunicar unidades de
> informação escolhidas por uma pessoa, exatamente porque os eventos
> correlacionados por ele são aleatórios, fora do controle humano. Se
> os eventos fossem determinísticos, seria possível usar o fenômeno
> para comunicação clássica mais rápida que a luz", o que violaria a
> >relatividade, diz Gisin.
> < http://noticias.ambientebrasil.com.br:80/noticia/?id=40027 >
-------------

[]s,

Roberto Takata



------------------------------------

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SUBJECT: Re: [ciencialist] LHC - Pra que serve?
FROM: José Renato Terra <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/07/2012 23:59

Victor, o comentário de Alberto Mesquita alerta para a necessidade dos projetos científicos terem um suporte de marketing. Eu presumo que há necessidade urgente dos projetos de alto custo apresentarem algum resultado que aliviasse a pressão dos cidadãos que pagam por eles, visto que há uns três anos estão amargando descontrole econômico que prejudica tanto a população da Europa como a do resto do mundo. Para manter o canal de dinheiro para esses projetos é necessário contar com o interesse e apoio da conhecida como "opinião pública". Os grupos que são contra os gastos com o CERN ficam falando sozinhos devido a simpatia gerada por essas divulgações coordenadas por especialistas em comunicação de massa. A pergunta em Assunto mostra que a ignorância sobre os projetos do CERN pode prejudicar sua continuidade. Por tabela, o artigo de Mesquita também mostra que idéias geradas por "amadores" - ou pessoas de fora dos centros de excelência acadêmica e tecnológica - que se revelam revolucionárias para o conhecimento da realidade, da Ciência.
[]s
José Renato
.......................................  
----- Original Message -----
From: JVictor
Sent: Monday, July 16, 2012 7:49 PM
Subject: RES: [ciencialist] LHC - Pra que serve?
 
JR,

Que mal me pergunte, mas a que tipo de conhecimento  você ora associa à tirada de Faraday?

Ou seja, qual o conhecimento de agora que você acha que é inútil, ou que acha que um  ou alguns de nós assim o classifica?

Desculpe, mas é que não alcancei vossa mensagem.

Sds,

Victor.

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de José Renato Terra
Enviada em: sábado, 14 de julho de 2012 13:01
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] LHC - Pra que serve?

 

 

Há quatro anos Alberto chamava atenção para as idéias, pesquisas e teorias
que inicialmente parecem ser conhecimentos inócuos e dispensáveis...
[]s
José Renato
...........................................

----- Original Message -----
From: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, May 24, 2008 12:53 AM
Subject: Re: [ciencialist] LHC - Pra que serve?
......................................................................

> ----- Original Message -----
> From: "Luis Brudna"
> Sent: Friday, May 23, 2008 3:51 PM
> Subject: [ciencialist] LHC - Pra que serve?
>
>> Será que o pessoal da Ciencialist poderia me ajudar com argumentos
>> bons em defesa do LHC? :-)
>
> Não sei se irei ajudá-lo, mas vou expor o que escrevi há algum tempo.
> O texto está mais voltado à teorização, mas serve também para
> justificar experimentações aparentemente "estratosféricas". (o texto
> todo pode ser lido a partir de
> http://ecientificocultural.com/ECC2/FilCien/metcien01.htm ):
>
> "Parece-me que muitos, dentre aqueles que produziram conhecimentos
> científicos de elevada qualidade, jamais concordariam com este
> objetivismo kuhniano. Citarei apenas três, mas não me parece ser
> impossível expandir esta relação para a casa das centenas ou mesmo dos
> milhares.
>
> Uma das frases célebres de um grande cientista do século XX, Carlo
> Rubbia, poderá ser encontrada em meio a entrevistas que deu logo após
> ter recebido o prêmio Nobel de física, em 1984: "Nós somos a primeira
> etapa do sistema. Uma etapa absolutamente essencial, mas que é
> baseada, sobretudo, na falta de um fim específico. Outras pessoas
> retomarão o que fizemos, e serão elas que tornarão as coisas práticas.
> Sem nós, essas pessoas não existiriam, e nós, por outro lado, sem
> elas, não teríamos nenhuma razão de ser." O segundo exemplo
> relaciona-se a um dos maiores --senão o maior-- cientistas do século
> XIX, que teria dito algo semelhante e a fazer parte do folclore
> científico. Conta-se que Faraday, ao ser interrogado sobre as
> finalidades de uma de suas teorias, teria respondido com outra
> pergunta: Para que serve uma criança ao nascer? Há quem ilustre essa
> história com outra versão e não é impossível que ambas tenham de fato
> acontecido. RUMJANEK (2004), por exemplo, narra o episódio com as
> seguintes palavras: ... o então ministro das finanças da Inglaterra,
> William Gladstone, teria perguntado ao cientista: "Está tudo muito
> bem, mas para que serve a indução eletromagnética?" A resposta de
> Faraday: "Eu não sei, mas um dia o senhor poderá cobrar impostos sobre
> isso." A história mostrou que Faraday estava com a razão. As teorias
> de Faraday alicerçaram quase toda a tecnologia do século XX. Se hoje
> um determinado país pretender eliminar os impostos conseqüentes à
> aplicação tecnológica das idéias de Faraday, este país estará se
> condenando à insolvência em poucos meses. Para concluir, reproduzo o
> pensamento de um físico teorizador português, João MAGUEIJO (2003), e
> deixo o mesmo para a reflexão dos leitores: a ciência só vale a pena
> na medida em que nos é permitido perder-nos na selva do desconhecido.
>
> Outro ponto a demonstrar a importância do amadorismo para a ciência
> relaciona-se ao clima ou ao ambiente em que se deflagraram as grandes
> revoluções científicas da era moderna. Muito mais do que a falência
> dos paradigmas, considerados por alguns como os agentes causais dos
> chamados períodos revolucionários, o que a história nos mostra é
> exatamente o oposto: a maioria das revoluções teve em comum o fato de
> se originar fora da jurisdição onde tais paradigmas eram dogmatizados
> e/ou cultuados. Einstein, por exemplo, escreveu seus principais
> trabalhos (relatividade restrita, efeito fotoelétrico e efeito
> browniano) na qualidade de funcionário secundário de um departamento
> de patentes, ou seja, como um físico amador. Mayer e Carnot, o
> primeiro como profissional médico e o segundo como profissional
> engenheiro, indiferentes ao academicismo vigente, forneceram as bases
> para a revolução em física que, na primeira metade do século XIX, deu
> origem à termodinâmica. Faraday foi outro cientista amador que somente
> chegou a ser aceito nos meios acadêmicos após ter fornecido as bases
> para a concretização do eletromagnetismo, o que acabou acontecendo
> graças aos trabalhos de Maxwell. Há ainda aqueles que, por motivos
> diversos, deixaram seus afazeres rotineiros de lado, podendo assim se
> dedicar a um livre-pensar alheio aos paradigmas acadêmicos. Os
> melhores exemplos são Charles Darwin, em sua viagem no Beagle
> (1831-1836), financiada por seu pai, e Isaac Newton, que iniciou uma
> revolução na física no annus mirabilis (1666), o ano em que as
> universidades da Inglaterra fecharam suas portas em virtude da peste
> negra. Digno de nota é o fato de Newton, ao retornar à universidade,
> ter sido obrigado, para atender a uma obrigação contratual, a deixar
> de lado esses estudos por mais de dez anos, a fim de que pudesse se
> dedicar com afinco ao aprendizado de teologia.
>
> [ ]´s
> Alberto
> http://ecientificocultural.com/indice.htm
> Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
> coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.


SUBJECT: Re: Partículas "conversam" a 10 mil vezes a velocidade da luz
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/07/2012 01:18

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, José Renato Terra <jrma@...> >
> para que o fenômeno da interação ou comunicação (com ou sem aspas)
> observado nas duas partículas deixe de ocorrer entre as partículas
> quando separadas.

Com aspas. Sem aspas não é um fenômeno real.

> ET. Quando foram feitas as primeiras tentativas para medir a
> velocidade da luz no ar, usando dispositivos semelhantes a
> engrenagens dentadas em rotação, dispostas a uma distância de cerca
> de 2 quilômetros, chegou-se à conclusão de que a velocidade da luz
> era infinita!

Referências, por favor. Nos tempos de Galeliu, Roemer já tinha indicações, por meio de observações astronômicas de tempo de eclipse da lua de Júpiter, que a velocidade da luz era finita - e com razoável precisão de 296 mil km/s.

Apropo, vc já arranjou as referências abaixo?
1) Citação de um pensador grego que viveu há mais de 3 mil anos;
2) Um grupo de pensadores gregos (q viveu há mais de 3 mil anos) que elaborou a
tese de que o Universo foi criado a partir do nada;
3) Mostrar que essa tese é a que deu origem ao modelo da origem do Universo por
tunelamento a partir do nada.
4) Citação de um outro tal antigo estudioso que pensou na origem do universo a
partir de uma singularidade.
5) Apresentação das observações e cálculos de Aristarco para o
modelo heliocêntrico.
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/82588

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] D�ficit da aten��o - preju�zos para a aprendizagem.
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/07/2012 10:27

> Essa é uma "briga" que a "neurociência" não compra.
> Porque simplesmente não há evidências de tal doença
> e a "neurociência" não vai entrar numa briga perdida.
 
Mais ou menos, né Thiagão? Porque casos graves de qualquer
dos disturbios psiquiátricos são amplamente replicáveis.
Há sim falta de conhecimento sobre o "modus operandi"
dessas enfermidades, mas muito já foi feito. Análises
usando fMRI de cérebros de esquizofrênicos já conseguem
mostrar muito do processo ocorrendo. Então, é questão
de tempo para essas coisaradas serem devidamente
explicadas. A questão é que o nível explanatório necessário
deve chegar às interações moleculares, e aí a coisa
é complexa mesmo. Mas que vamos chegar lá, disso não
tenho dúvidas.
 
Mas isso não salva a "barra" de alguns psiquiatras atuais que
querem enfiar medicamentos em todo mundo. Grosso modo,
esses manés são como pedreiros que só usam uma marreta como
ferramenta. Aí alguém chega no consultório dele dizendo
"óia, estou com esta agulhazinha enfiada no meu dedinho,
tu podes me ajudar"? E o nêgo ajuda, dando uma marretada
no dedinho do infeliz.
 
*PB*
 
 
 
 
Sent: Wednesday, July 18, 2012 5:35 PM
Subject: RE: [ciencialist] Déficit da atenção - prejuízos para a aprendizagem.
 



Essa é uma "briga" que a "neurociência" não compra.
Porque simplesmente não há evidências de tal doença
e a "neurociência" não vai entrar numa briga perdida.
 
O que há, na verdade, são sinais e sintomas objetivos
(e subjetivos, evidentemente) da existência de certas
alterações psico-patológicas.
 
Psicólogos e psiquiatras se esquecem, na maioria das vezes,
que tais doenças nem sempre são de ordem "cognitiva", mas
de outas ordens mais confusas no universo das capacidades
mentais. Ou seja, são de ordem emocional, em grande parte.
 
A velocidade das informações e a grande confusão da racionalidade
pós-moderna, mostrada por Zygmunt Bauman em Amor Líquido:
Sobre a Fragilidade dos Laços Humanos com certeza tem um
peso extremamente importante nesses assuntos.
 
O que é evidente: pergunte a um menino da "roça" se ele sabe o
que é TDAH. Pergunte a ele se pelo menos vai a escola ou se
"gosta" de ir a escola.
 
Enfim, é uma complexidade do cão.
 
Thiago
 
 
 
 

To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: peskybee2@gmail.com
Date: Wed, 18 Jul 2012 17:14:19 -0300
Subject: Re: [ciencialist] Déficit da atenção - prejuízos para a aprendizagem.

 
Essa é uma briga da boa. Os dois lados têm pontos importantes.
 
Uma análise da questão envolveria uma textarada que provavalmente
não caberia neste email. Só adianto que é preciso extremo
cuidado com o rumo que as coisas estão tomando no âmbito
da psiquiatria. Em muitos casos, está sendo colocado sob
medicação quem não tem necessariamente um desvio importante.
Agregue-se a isso o fato de que não se conhece bem como
funcionam esses medicamentos. Ou seja, podemos hoje estar
fazendo o equivalente às sangrias que eram praxe na medicina
do séc. IX. Os efeitos colaterais muitas vezes superam
os incômodos dos desajustes que pretendiam corrigir. E ainda
existe o famigerado interesse das indústrias farmacêuticas,
que complica mais ainda essa questão toda.
 
Contudo, é preciso reconhecer que existem casos graves em
que medicação psiquiátrica é realmente necessária. O que
é nitidamente condenável é o alargamento do espectro de
pessoas que deveriam tomar alguma coisa. O mundo não pode
ser nivelado na média.
 
*PB*
 
 
 
 
 
From: JVictor
Sent: Wednesday, July 18, 2012 12:12 PM
Subject: [ciencialist] Déficit da atenção - prejuízos para a aprendizagem.
 


Olá,

 

Sei que alguns de vocês têm conhecimentos de psicologia e psiquiatria.

Esse problema, diagnosticado por alguns como déficit de atenção, realmente prejudica o aprendizado.

Que podem agregar ao que é discutido no artigo?  Tenho um interesse particular num possível caminho para conduzir o assunto.

 

 

http://teoriadetudo.blogfolha.uol.com.br/2012/07/18/psicologos-psiquiatras-e-o-deficit-de-atencao/

 

 

Sds,

Victor.

 

SUBJECT: RE: [ciencialist] Déficit da atenção - prejuízos para a aprendizagem.
FROM: Thiago Guimarães <guimaraesbsb@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/07/2012 13:33

> Grosso modo, esses manés são como pedreiros que só usam uma marreta como
> ferramenta.
 
hahaha
É mais ou menos isso. O dentista diz assim: tá com pobrema no dente "fio"?
Não tem pobrema, a gente arranca fora.
 
> Mas que vamos chegar lá, disso não tenho dúvidas.  
Eu também acredito nisso, até porque não posso acreditar que certas
"ciências" estejam fadadas e "mortas". Eu não seria capaz de tal asneira.
 
Por outro lado, você bem sabe o quanto sou cético em relação aos atuais métodos :)
 
Thiago
 

To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: peskybee2@gmail.com
Date: Thu, 19 Jul 2012 10:27:38 -0300
Subject: Re: [ciencialist] Déficit da atenção - prejuízos para a aprendizagem.

 
> Essa é uma "briga" que a "neurociência" não compra.
> Porque simplesmente não há evidências de tal doença
> e a "neurociência" não vai entrar numa briga perdida.
 
Mais ou menos, né Thiagão? Porque casos graves de qualquer
dos disturbios psiquiátricos são amplamente replicáveis.
Há sim falta de conhecimento sobre o "modus operandi"
dessas enfermidades, mas muito já foi feito. Análises
usando fMRI de cérebros de esquizofrênicos já conseguem
mostrar muito do processo ocorrendo. Então, é questão
de tempo para essas coisaradas serem devidamente
explicadas. A questão é que o nível explanatório necessário
deve chegar às interações moleculares, e aí a coisa
é complexa mesmo. Mas que vamos chegar lá, disso não
tenho dúvidas.
 
Mas isso não salva a "barra" de alguns psiquiatras atuais que
querem enfiar medicamentos em todo mundo. Grosso modo,
esses manés são como pedreiros que só usam uma marreta como
ferramenta. Aí alguém chega no consultório dele dizendo
"óia, estou com esta agulhazinha enfiada no meu dedinho,
tu podes me ajudar"? E o nêgo ajuda, dando uma marretada
no dedinho do infeliz.
 
*PB*
 
 
 
 
Sent: Wednesday, July 18, 2012 5:35 PM
Subject: RE: [ciencialist] Déficit da atenção - prejuízos para a aprendizagem.
 



Essa é uma "briga" que a "neurociência" não compra.
Porque simplesmente não há evidências de tal doença
e a "neurociência" não vai entrar numa briga perdida.
 
O que há, na verdade, são sinais e sintomas objetivos
(e subjetivos, evidentemente) da existência de certas
alterações psico-patológicas.
 
Psicólogos e psiquiatras se esquecem, na maioria das vezes,
que tais doenças nem sempre são de ordem "cognitiva", mas
de outas ordens mais confusas no universo das capacidades
mentais. Ou seja, são de ordem emocional, em grande parte.
 
A velocidade das informações e a grande confusão da racionalidade
pós-moderna, mostrada por Zygmunt Bauman em Amor Líquido:
Sobre a Fragilidade dos Laços Humanos com certeza tem um
peso extremamente importante nesses assuntos.
 
O que é evidente: pergunte a um menino da "roça" se ele sabe o
que é TDAH. Pergunte a ele se pelo menos vai a escola ou se
"gosta" de ir a escola.
 
Enfim, é uma complexidade do cão.
 
Thiago
 
 
 
 

To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: peskybee2@gmail.com
Date: Wed, 18 Jul 2012 17:14:19 -0300
Subject: Re: [ciencialist] Déficit da atenção - prejuízos para a aprendizagem.

 
Essa é uma briga da boa. Os dois lados têm pontos importantes.
 
Uma análise da questão envolveria uma textarada que provavalmente
não caberia neste email. Só adianto que é preciso extremo
cuidado com o rumo que as coisas estão tomando no âmbito
da psiquiatria. Em muitos casos, está sendo colocado sob
medicação quem não tem necessariamente um desvio importante.
Agregue-se a isso o fato de que não se conhece bem como
funcionam esses medicamentos. Ou seja, podemos hoje estar
fazendo o equivalente às sangrias que eram praxe na medicina
do séc. IX. Os efeitos colaterais muitas vezes superam
os incômodos dos desajustes que pretendiam corrigir. E ainda
existe o famigerado interesse das indústrias farmacêuticas,
que complica mais ainda essa questão toda.
 
Contudo, é preciso reconhecer que existem casos graves em
que medicação psiquiátrica é realmente necessária. O que
é nitidamente condenável é o alargamento do espectro de
pessoas que deveriam tomar alguma coisa. O mundo não pode
ser nivelado na média.
 
*PB*
 
 
 
 
 
From: JVictor
Sent: Wednesday, July 18, 2012 12:12 PM
Subject: [ciencialist] Déficit da atenção - prejuízos para a aprendizagem.
 


Olá,

 

Sei que alguns de vocês têm conhecimentos de psicologia e psiquiatria.

Esse problema, diagnosticado por alguns como déficit de atenção, realmente prejudica o aprendizado.

Que podem agregar ao que é discutido no artigo?  Tenho um interesse particular num possível caminho para conduzir o assunto.

 

 

http://teoriadetudo.blogfolha.uol.com.br/2012/07/18/psicologos-psiquiatras-e-o-deficit-de-atencao/

 

 

Sds,

Victor.

 


SUBJECT: Re: Déficit da atenção - prejuízos para a aprendizagem.
FROM: "mauro" <bombaspr@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/07/2012 18:00



> http://teoriadetudo.blogfolha.uol.com.br/2012/07/18/psicologos-psiquiatras-e-o-deficit-de-atencao/

"Os psicólogos parecem ter uma parcela de razão em sua crítica de que os mecanismos biológicos por trás do transtorno ainda são em grande parte um mistério. O próprio DSM não arrisca dizer muito sobre a patogênese do TDAH. Mas as dúvidas sobre a neurobiologia do problema não implicam que o transtorno seja uma doença necessariamente "inventada"."

Mauro: Hoje existe essa 'febre' de TDAH.

Parece ser bastante comum as pessoas se auto-diagnosticarem com o
problema, sobretudo porque *todos nós* temos momentos de desatenção.
Encontrar uma doença que explique porque o colega ao lado parece
conseguir se concentrar melhor (ou ter mais conhecimento do que nós)
parece nos confortar, sobretudo porque isola a possibilidade de falta
de empenho da nossa parte.

Outro motivo que faz do TDAH uma coqueluche é o fato das escolas terem
passado a repassar o relatório escolar como se fosse um diagnóstico.
Na verdade ele faz parte do diagnóstico, mas é ridículo dar tanto
valor para opinião da Tia... É preciso testes psicométricos,
conhecimento do histórico clinico, testes lingüísticos, o relatório
escolar e principalmente um teste neurológico antes de bater o
martelo (embora crianças com TDAH tenham um comportamento nítido *em
todos os momentos e em qualquer situação*).

Existe uma diferença física no cérebro destas (normalmente) crianças.
O hipocampo é um pouco maior, a amigdala mais ativa e as vias que
ligam esta área mais voltada ao emocional com o córtex frontal (onde
racionalizamos) é um pouco mais delgada do que outras crianças. Isto
faz com que ela seja mais susceptível aos seus impulsos emocionais e
que seu comportamento seja menos influenciado perante argumentos
racionais. Mas veja que todas as crianças tem essa fisiologia um pouco
diferente do adulto, e tenderão a modificar-se com o passar dos anos
(assim como com aquela criança com TDAH). Este é o principal motivo de
se enquadrar toda e qualquer criança no TDAH, pelo menos em certas
ocasiões... Há uma falha no critério usado pelas pedagogas da vida.

Todas as crianças estão mais sujeitas a reagirem com intensidade a
estímulos que estejam ligados a reação de defesa, fuga, medo e
novidade. E neste ultimo caso, a reação a novidades, faz com que os
portadores de TDAH super-estimulem outra região chamada núcleo
acumbens, intimamente ligada a sensação de prazer -- e aí ninguém
pega mais o pestinha.

Entretanto é preciso segurar as rédeas destas crianças, não por conta
dele poder quebrar o vaso da sala, mas porque seu atual comportamento
pode lhe causar danos tanto no momento presente quanto no futuro. Por isso se recorre a remédios que controlem um pouco os efeitos, por ex. através de psicoestimulantes, regulados caso a caso bem como no decorrer do tempo para que haja um certo equilíbrio equivalente ao que se espera de sua idade.

Inté+
Mauro




SUBJECT: 27/07/2012 - São Paulo, SP - Debate sobre ceticismo com Benjamin Radford
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/07/2012 16:02

"Folha promove debate sobre ceticismo com Benjamin Radford; inscreva-se" http://www1.folha.uol.com.br/paineldoleitor/agendafolha/1123247-folha-promove-debate-sobre-ceticismo-com-benjamin-radford-inscreva-se.shtml
------------

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Deus, nos espantos da matemática! Eis o que dizem.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/07/2012 08:49

Olá,

 

A matemática e a física têm fornecido munição para a “prova” da existência de Deus.

 

Em física, Maupertuis , que era matemático e astrônomo, chamado de “Sir Isaac Maupertuis”  por Voltaire(que, depois, deletou esse apelido quando escangalhou com a vida do homem, por pura “ignorância” e pedantismo...), atribuiu o seu competente princípio da mínima ação(primeiro princípio variacional)  como prova do poder e da sabedoria de God(o God é por minha conta, o resto foi o Nivaldo, pág.231, que relatou). Aliás, muitos físicos e matemáticos, produtores de conhecimentos científicos, se pelavam de medo do inferno, e tentavam associar a ciência, como a viam,  à existência de um designer.  Para se salvarem. Que de bestas nada tinham.

Coisas das épocas.

 

Em matemática, talvez a “evidência” mais famosa seja esta, que acabo de encontrar no publica tudo Youtube.

 

http://www.youtube.com/watch?v=nbF4bw_hpWc

 

É espantoso. Gostaria de saber(além das idéias que tenho a respeito)  como um matemático desses encontra tanta regularidade e tanta generalidade num “mero” procedimento” matemático.

(Bem, é que a matemática é assim mesmo, até parece que tem “vida própria”...).

Pergunto-me, enfim, o que motiva um matemático como Fibonacci a descobrir algo tão fantástico do tipo?

 

Sds,

Victor.

 

 

 

 

 


SUBJECT: Chamada CNPq/VALE S.A. Nº 05/2012 - Forma-Engenharia
FROM: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/07/2012 09:20

A quem possa interessar:


Prezado(a) Professor(a),

O Brasil enfrenta o grande desafio de crescer num cenário econômico internacional bastante desfavorável. Para tanto deve focar na inovação para poder competir, explorando, de forma sustentável, nossos recursos naturais e sociais.

Entretanto um gargalo se destaca neste processo: o déficit de profissionais ligados às áreas tecnológicas e de engenharias.

Buscando atuar neste ponto o CNPq e a VALE S.A. lançaram a Chamada Forma-Engenharia, cujo período de inscrição foi prorrogado para 14 de agosto de 2012, e que busca estimular a formação de engenheiros no Brasil, combatendo a evasão nos primeiros anos dos cursos de engenharia e despertando o interesse vocacional dos alunos de ensino médio pela profissão.

Para tanto, busca-se uma forte interação entre as Instituições de Ensino Superior e as Escolas do ensino médio por meio de projetos incluindo ações como: projeto de pesquisa; estruturação de centros de ciências, museus e parques; eventos e exposições; novas metodologias e materiais educativos; produção de conteúdo para divulgação em rádios e TVs universitários; trabalhos em equipe que estimule a participação em competições e olimpíadas, dentre outros, sempre focados nas áreas de engenharia.

As propostas selecionadas nesta Chamada serão contempladas com recursos financeiros concedidos ao Coordenador do projeto e bolsas.

A equipe de projeto contará com um Estudante de graduação em engenharia, um Professor de ensino médio e de dois a quatro Alunos de ensino médio da mesma escola deste professor, todos com direito a bolsas.

O papel do Professor é fundamental, pois além de identificar os Alunos com melhor perfil para o projeto, permitirá reforçar a interação entre a Instituição de Ensino Superior (Executora) e a Escola (Co-Executora) parceira no projeto. Para tanto, este professor receberá uma bolsa Apoio Técnico em Extensão no País - ATP-B, no valor de R$ 400,00/mês.

Lembre-se que as inscrições foram prorrogadas e serão encerradas no próximo dia 14 de agosto e que o projeto deve ser submetido pelo Professor da Instituição de Ensino Superior. Procure um professor num curso de engenharia buscando a sua inclusão, de seus alunos e da sua escola num projeto.

Maiores informações podem ser obtidas acessando o link da Chamada:

http://www.cnpq.br/web/guest/chamadas-publicas;jsessionid=9C80AE983C73104B5363ECB9D0165F64?p_p_id=resultadosportlet_WAR_resultadoscnpqportlet_INSTANCE_0ZaM&filtro=abertas&detalha=chamadaDivulgada&idDivulgacao=1081

Veja, também, o vídeo institucional da Chamada:

https://www.youtube.com/watch?v=ErMDSiisfjU&list=UUXs3LHxIwbfr5_HrySsGXTA&index=1&feature=plcp

Veja as condições de enquadramento estabelecidas na Chamada e seus Anexos e as dúvidas esclarecidas nas Perguntas Mais Freqüentes (Frequently Asked Questions - FAQ) (http://resultado.cnpq.br/9797218716182886). Informações adicionais pelo e-mail chamada05-2012@cnpq.br.

Equipe Gestora da Chamada Forma-Engenharia
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq


SUBJECT: Conhecimento perigoso
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/07/2012 10:50

Olá,

 

Competente vídeo de História da Ciência, que analisa o pensamento de verdadeiros gênios, revolucionários da ciência: Cantor, Boltzman, Alan Turing e Gödel.

 

Suspeito que pouquíssimos conhecem o trabalho de David Malone. Senão, já teria sido postado por aqui.  Imperdível. Imperdível, é o que digo!

 

http://www.youtube.com/watch?v=gIhpAM08qfA

 

Dois deles partiram para o suicídio, no que lograram êxito. Um acabou morrendo de loucura crônica, que foi o Cantor, que via no conceito de infinito aquilo que pobres coitados como eu e outros só vêm uma contagem que nunquinha acaba; outro teve surtos mentais diversas vezes.  Uma desgraça para tanta riqueza mental.

Não teve psiquiatra  que desse jeito.

Mas não acho que a loucura tenha a ver com a genialidade.

Só quando resolvem se meter com filosofia e religião!... Oops!

 

Sds,

Victor.

 

 


SUBJECT: RE: [ciencialist] Conhecimento perigoso
FROM: Thiago Guimarães <guimaraesbsb@hotmail.com>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/07/2012 17:01



> Só quando resolvem se meter com filosofia e religião!... Oops! 

Hahahah, E você Victor, sempre com as suas "espetadas", né?
Vou evocar aqui o nosso amigo Heidegger para pronunciar algumas
palavras sobre o assunto:

"Os homens estão sempre transcendendo e isso significa enlouquecer". 
(Martin Heidegger) 

A filosofia é inerente ao humano e imantente às ciências. Embora tantos queiram
propositalmente fazer parecer o contrário.

Thiago



To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: j.victor.neto@uol.com.br
Date: Sun, 22 Jul 2012 10:50:14 -0300
Subject: [ciencialist] Conhecimento perigoso

 

Olá,

 

Competente vídeo de História da Ciência, que analisa o pensamento de verdadeiros gênios, revolucionários da ciência: Cantor, Boltzman, Alan Turing e Gödel.

 

Suspeito que pouquíssimos conhecem o trabalho de David Malone. Senão, já teria sido postado por aqui.  Imperdível. Imperdível, é o que digo!

 

http://www.youtube.com/watch?v=gIhpAM08qfA

 

Dois deles partiram para o suicídio, no que lograram êxito. Um acabou morrendo de loucura crônica, que foi o Cantor, que via no conceito de infinito aquilo que pobres coitados como eu e outros só vêm uma contagem que nunquinha acaba; outro teve surtos mentais diversas vezes.  Uma desgraça para tanta riqueza mental.

Não teve psiquiatra  que desse jeito.

Mas não acho que a loucura tenha a ver com a genialidade.

Só quando resolvem se meter com filosofia e religião!... Oops!

 

Sds,

Victor.

 

 



SUBJECT: Debate com Benjamin Radford nesta sexta-feira (27/07) – Auditório Folha
FROM: Kentaro Mori <kentaro.mori@gmail.com>
TO: undisclosed-recipients:;
BCC: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/07/2012 19:25

Debate com Benjamin Radford nesta sexta-feira (27/07) – Auditório Folha


br at holy love  paranormal destaques ceticismo

Folha de São Paulo promove nesta sexta-feira (27), às 15h, um debate sobre ciência, ceticismo e ateísmo nos Estados Unidos com Benjamin Radford, editor adjunto da revista Skeptical Inquirer, publicação do Comitê para Investigação Cética (CSI), organização fundada em 1976 por cientistas, acadêmicos e divulgadores de ciência incluindo Carl Sagan, Isaac Asimov, Stephen Jay Gould, James Randi e Martin Gardner, entre outros.

Radford é um dos principais investigadores da organização, tendo conduzido pesquisas apoiadas na ciência em fenômenos como supostos psíquicos, fantasmas e casas mal-assombradas, exorcismos, milagres, OVNIs, reencarnação, círculos no trigo e muitos outros tópicos. Como autor, publicou seis livros e centenas de artigos, mantendo colunas em sítios on-line como LiveScience.com e Discovery News, tendo colaborado também em publicações como o Wall Street JournalNew York Times e Wired.

Ele será entrevistado por Reinaldo José Lopes, editor de "Ciência+Saúde" da Folha, Kentaro Mori, editor do site "Ceticismo Aberto", e pela plateia.

Haverá tradução simultânea para todos os participantes que necessitarem.

Para participar, basta se inscrever pelo telefone (11) 3224-3473, das 14h às 19h, ou enviar nome, RG e telefone para o e-mail eventofolha@grupofolha.com.br, indicando o evento com Benjamin Radford no dia 27/07.

DEBATE SOBRE CETICISMO COM BENJAMIN RADFORD 
QUANDO Sexta-feira (27/07/2012), às 15h 
ONDE Auditório da Folha 
ENDEREÇO Alameda Barão de Limeira, 425, 9º andar, metrô Santa Cecília, São Paulo 
QUANTO Grátis

http://www.ceticismoaberto.com/ceticismo/7738/debate-com-benjamin-radford-nesta-sexta-feira-2707-auditrio-folha


SUBJECT: Manifestações marcam início de reunião anual de cientistas no Maranhão
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/07/2012 23:35

http://m.folha.uol.com.br/ciencia/1124248-manifestacoes-marcam-inicio-de-reuniao-anual-de-cientistas-no-maranhao.html
---------------

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Darwin vai às compras e outras coisas
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/07/2012 07:52

Eis uma visão nada ortodoxa da evolução à La Darwin.  Única existente, diga-se.

 

 “Psicólogo usa teoria de Darwin para fazer sátira da sociedade de consumo

REINALDO JOSÉ LOPES
EDITOR DE "CIÊNCIA+SAÚDE"

Especialistas em marketing e consumidores têm um bocado a aprender com o psicólogo evolucionista Geoffrey Miller, autor de "Darwin Vai às Compras". Daí a gostar do que o cientista tem a dizer vai uma bela distância.

Isso porque a obra, no fundo, é uma bem-humorada sátira da moderna sociedade de consumo, embora seja um tipo nada convencional de sátira -usa um dos mais sólidos fundamentos da ciência, a teoria da evolução, para mostrar como a gana de consumir é meio ridícula, além de contraproducente.

Miller faz isso usando um método já consagrado pelos outros psicólogos que aplicam as ideias de Darwin à compreensão do comportamento humano.

A psicologia evolucionista tem um ponto de partida difícil de questionar: o de que os seres humanos, tal e qual outros animais, tiveram sua mente e suas propensões de comportamento moldadas pela principal moeda de troca da evolução, o sucesso reprodutivo.

Trocando em miúdos: boa parte do que parecem esquisitices da nossa espécie não passam de estratégias herdadas de nossos ancestrais para apregoar boa qualidade genética e, assim, obter parceiros e gerar descendentes.

"Apregoar" é a palavra-chave. Em quase todas as espécies animais já estudadas, essa sinalização, para que seja aceita por parceiros e rivais, precisa implicar um custo -em tese, quanto mais custoso o sinal de qualidade, mais confiável ele é.

CAUDA DE PAVÃO

Miller aplica essa ideia ao chamado consumo conspícuo (visível) -produtos que custam uma fábula, mas são famosos por sua precisão (iPhones), beleza (quadros de Picasso) ou potência (SUVs).

Em síntese, esses produtos seriam apenas versões não biológicas das caudas dos pavões ou das galhadas dos cervos. Servem para alardear características importantes para atrair parceiros de alto nível: disponibilidade de recursos, bom gosto, inteligência e até consciência social (ninguém adere a marcas chiques de "consumo sustentável" só porque é bonzinho, mas também pela necessidade de se mostrar bonzinho e -digamos- atrair gatinhas de pendores ambientalistas).

A sacada de Miller é justamente mostrar como os vários aspectos do consumismo funcionam como sinalizadores dos vários tipos de qualidades evolutivas.

Agora, a má notícia: para o pesquisador, apesar de todo o gasto com esses sinais, eles são indicadores que, na busca por parceiros, raramente ganham dos atributos naturais que a evolução nos lega de nascença: inteligência, beleza, sensibilidade e bom humor.

Valeria a pena, segundo ele, direcionar esforços pessoais e da sociedade para deixar de lado o consumo conspícuo, taxando a obsolescência programada e o desperdício e adotando estratégias para impressionar os outros gastando pouco ou nada -fabricando seus próprios móveis ou comprando roupa boa em brechós, digamos.

Não é exatamente a mensagem que os departamentos de marketing estão doidos para ouvir.”

 

Bem, aproveito para fazer o questionamento a seguir.

E se a evolução do universo obedecer aos mesmos princípios evolucionistas dos quais surgiram a vida, em todas as suas formas, inclusive a consciência, a inteligência(em todas as suas formas)?  Afinal, a vida terrestre é apenas um produto, casual,  pontual, da  máquina evolutiva,  Darwiniana.  Somos filhos do caos, o resultado de explosões colossais. A evolução do Universo sugere, segundo penso,  que estamos no estágio em que estamos em vista do próprio estado evolutivo em que ele (Universo) se encontra. (Isto não quer dizer que o Universo não seria o que é se nós, simplesmente, não existíssemos.) Quanto ao contrário...

 

Sds,

Victor.

 

 

 


SUBJECT: Toxoplasma, mais um companheiro de viagem. Clandestino.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/07/2012 17:34

Deu na AS:

 

“Toxoplasma: A Ligação Entre Parasita e Suicídio Protozoário unicelular pode alterar comportamento de humanos e levar hospedeiros a atentar contra a própria vida
por Christie Wilcox

http://www2.uol.com.br/sciam/img/px_branco.gif

Biblioteca de Imagens de Saúde Pública do CDC

http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/img/o_lado_negro_do_toxoplasma_a_ligacao_entre_parasita_e_suicidio_1__2012-07-12115659.jpg

Toxoplasma gondii no fluido ascítico de ratos.

http://www2.uol.com.br/sciam/img/px_branco.gif

O Toxoplasma gondii é provavelmente o parasita mais interessante do planeta. Esse protozoário unicelular vive e se reproduz no organismo de gatos, produzindo células ovais que se movem com os movimentos intestinais dos felinos e são eliminadas nas fezes, prontas para infectar outros animais que entrarem em contato com os dejetos do animal. Uma vez em seu novo hospedeiro, o parasita adquire forma de cisto e se aloja em vários tecidos, incluindo os cerebrais. Mas o Toxoplasma só pode continuar seu ciclo de vida e atingir a fase adulta se conseguir entrar no organismo do gato. E o parasita evoluiu de modo a garantir que isso aconteça: a infecção por Toxoplasma altera o comportamento de ratos, por exemplo, fazendo-os perder o medo de cheiro de gatos (alguns chegam até a sentir atração sexual com o odor) ao sequestrar as rotas neuroquímicas no cérebro dos roedores.  

Os ratos, porém, não são as únicas vítimas do Toxoplasma: cerca de 1/3 da população mundial carrega esses parasitas na cabeça. E já que o Toxoplasma não tem problemas para afetar ratos, que têm cérebro semelhante ao nosso, cientistas querem saber como o parasita afeta o nosso órgão, que é grande e complexo. Por mais de uma década pesquisadores investigaram de que maneira essa criatura unicelular afeta a forma como pensamos e descobriram que, como previsto, o Toxoplasma altera o comportamento humano e pode ter influência sobre diferenças culturais entre nações.

A ideia de que esse pequeno parasita possa influencia nossa mente é antiga, mas acreditava-se que os efeitos colaterais da infecção fossem relativamente inofensivos. Agora, porém, há cada vez mais evidências de que as consequências psicológicas da infecção são muito mais sombrias do que pensávamos.

Em 2003, E. Fuller Torrey, do Instituto de Pesquisas Médicas Stanley, em Maryland, e seus colegas perceberam que mulheres infectadas com quantidades altas de Toxoplasma apresentavam maior tendência a ter filhos esquizofrênicos. A hipótese levantada para esse fenômeno é que ainda que na maioria das pessoas infectadas o Toxoplasma tenha efeitos reduzidos, em algumas as mudanças são mais pronunciadas. E a ideia ganhou força: outro artigo descobriu, por exemplo, que antipsicóticos funcionavam tão bem quanto medicamentos antiparasíticos para restaurar o comportamento normal de ratos infectados, confirmando as similaridades entre problemas psicológicos e infecção por toxoplasma.

Seguindo as pesquisas com pacientes psiquiátricos, cientistas descobriram uma ligação entre suicídio de pessoas que já apresentavam transtornos mentais e infecção parasítica. De maneira semelhante, um estudo descobriu que países com altas taxas de infecção por Toxoplasma apresentavam também altas taxas de suicídio – mas a conexão entre os dois era fraca e não havia evidência direta de que mulheres que cometeram suicídio estavam infectadas.”

 

Só me lembro de algo desagradável, que já me ocorreu. E vou contar. Por anos a fio convivi com dores de estômago, úlceras das boas e gordas,  que os médicos diagnosticavam como de fundo nervoso, estresse e cia, e me receitavam, além de regimes alimentares pastosos e frios e algumas panacéias médicas,  eventuais conversinhas com psicólogos, que eram os que sabiam como expurgar o inferno e substituí-lo pelo nirvana. Bem, never aconteceu, ao menos comigo.  Após alguns anos, e já aqui no Recife, me indicaram um médico, especialista nestas coisas de estômago e adjacências. No primeiro exame, a indicação de uma endoscopia, que ele mesmo realizava, pois acabara de concluir especialização nesse mister. Fê-lo.

Coisinha ruim, goela a dentro, quase no seco; sofri mais que bode embarcado. Bem, o importante e animador foi o resultado seguinte: que úlcera que nada!. Era uma tal de bactéria, de nome H.Piloris(acho que é assim que se escreve, não lembro mais). Alguns medicamentos para combater a hospedeira, durante umas poucas semana, e pronto. A tal tomou doril. E, até hoje, não houve recidiva.

 

Agora vêem estas notícias:  inquisiqueiras psicológicas versus protozázio usurpador. Que poderá ser expulso dos organismos através de drogas, e não de conversa fiada.  Só há um problema: tenho uma sobrinha que é psicóloga atuante. Já estou pensando em um novo emprego para ela. Tem que arranjar outra lavagem de roupa, correndo!.

Quanto ao protozoário, despejado de seu tugúrio animal, vai ter que enfrentar, ainda, a ira  de tantos desempregados.

 

Bem, o bom é que o parasita pode até justificar minha burrice. Bela desculpa, pois!.

 

Sds,

Victor.

 


SUBJECT: Marcelo Gleiser explica o bóson de Higgs, no Canal Livre
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/07/2012 21:21


http://www.band.com.br/canallivre/videos.asp

[ ]s

Alvaro Augusto



SUBJECT: Re: Marcelo Gleiser explica o bóson de Higgs, no Canal Livre
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/07/2012 00:46

O título é meio enganoso. De uma hora de entrevista, deixam ele falar sobre o bóson por menos de 20 minutos. E nem explica propriamente.

Aliás, mania de jornalista de interromper linhas de raciocínio mais complexo. Fica tudo superficial e sem nexo.

[]s,

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@...>
> http://www.band.com.br/canallivre/videos.asp
>
> [ ]s
>
> Alvaro Augusto
>




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Marcelo Gleiser explica o bóson de Higgs, no Canal Livre
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/07/2012 08:58

Oi todos, 
 
O Marcelo continua a chamar silício de silicone (é o vício do Inglês).
Será que ningém vai corrigi-lo?
 
No mais, concordo com o Roberto. Os jornalistas ficam com aquela vaidade de querer mostrar a todo momento que sabem alguma coisa, pelo menos o básico, sobre o assunto. Isto atrapalha bastante.
 
Hélio 


De: roberto <roberto.takata@bol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Terça-feira, 24 de Julho de 2012 0:46
Assunto: [ciencialist] Re: Marcelo Gleiser explica o bóson de Higgs, no Canal Livre
 
O título é meio enganoso. De uma hora de entrevista, deixam ele falar sobre o bóson por menos de 20 minutos. E nem explica propriamente.

Aliás, mania de jornalista de interromper linhas de raciocínio mais complexo. Fica tudo superficial e sem nexo.

[]s,

Roberto Takata

--- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@...>
> http://www.band.com.br/canallivre/videos.asp
>
> [ ]s
>
> Alvaro Augusto
>


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Marcelo Gleiser explica o bóson de Higgs, no Canal Livre
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/07/2012 10:23

Ele teria conseguido explicar o bóson, se os jornalistas tivessem deixado...

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 24/07/2012 00:46, roberto escreveu:
> O título é meio enganoso. De uma hora de entrevista, deixam ele falar sobre o bóson por menos de 20 minutos. E nem explica propriamente.
>
> Aliás, mania de jornalista de interromper linhas de raciocínio mais complexo. Fica tudo superficial e sem nexo.
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@...>
>> http://www.band.com.br/canallivre/videos.asp
>>
>> [ ]s
>>
>> Alvaro Augusto
>>
>



SUBJECT: Entrevista com o primatologista Russell Mittermeier
FROM: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/07/2012 10:51

Interessante personalidade:

http://globotv.globo.com/globo-news/globo-news-miriam-leitao/t/todos-os-videos/v/presidente-da-conservacao-internacional-fala-sobre-sua-relacao-especial-com-o-brasil/2006177/


Paulo


SUBJECT: Bactéria virtual
FROM: Neville Martins <villem99@gmail.com>
TO: Acropolis <Acropolis_@yahoogrupos.com.br>, ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/07/2012 17:14

A simulação se organismos vivos está camunhando mais répido do que se esperava.

O nome do organismo é Mycoplasma genitalium, um unicelular que vive no trato genital e nas vias aéreas. Ele já tem uma “ficha corrida” na ciência: teve seu genoma completamente decifrado (525 genes, contra aproximadamente 20.500 do ser humano), e foi notícia quando criaram um cromossomo artificial para ele, em 2008.

Por ter um genoma tão pequeno e já mapeado, o M. genitalium foi escolhido para ser simulado em computador. Ainda assim, a tarefa de programar o computador envolveu a introdução da informação contida em cerca de 900 trabalhos científicos para que o modelo computacional pudesse simular seus 28 processos celulares conhecidos, como a replicação do DNA e a divisão celular.

--

NM
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SUBJECT: RE: [ciencialist] Bactéria virtual
FROM: Thiago Guimarães <guimaraesbsb@hotmail.com>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/07/2012 18:13


Wow!
Estamos engatinhando para a ciência do futuro!
Isso sim é uma pequena descrição totalmente "positiva" da realidade.

Thiago


To: Acropolis_@yahoogrupos.com.br; ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: villem99@gmail.com
Date: Tue, 24 Jul 2012 17:14:23 -0300
Subject: [ciencialist] Bactéria virtual

 

A simulação se organismos vivos está camunhando mais répido do que se esperava.

O nome do organismo é Mycoplasma genitalium, um unicelular que vive no trato genital e nas vias aéreas. Ele já tem uma “ficha corrida” na ciência: teve seu genoma completamente decifrado (525 genes, contra aproximadamente 20.500 do ser humano), e foi notícia quando criaram um cromossomo artificial para ele, em 2008.

Por ter um genoma tão pequeno e já mapeado, o M. genitalium foi escolhido para ser simulado em computador. Ainda assim, a tarefa de programar o computador envolveu a introdução da informação contida em cerca de 900 trabalhos científicos para que o modelo computacional pudesse simular seus 28 processos celulares conhecidos, como a replicação do DNA e a divisão celular.

--

NM
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SUBJECT: RES: [ciencialist] Videoteca do Instituto de Física da USP
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/07/2012 18:47

Olá, todos.

 

Estou, dentro de minhas disponibilidades, vendo  os vídeos da Videoteca da USP, no endereço postado por Paulo.


Hoje vi o vídeo relativo ao seminário do Prof. João E. Steiner, intitulado Buracos Negros Super Massivos e seus Espelhos , de 24.08.2011.

 

A palestra dele é muito rica, sem ser maçante nem enfadonha.É bastante interessante para todos aqueles com um mínimo de interesse em saber o que é um buraco negro, se existe, se é mera conjetura matemática, coisas do tipo.  Particularmente, após esse vídeo, mudei minha concepção sobre buracos negros. Fiquei um pouco menos ignorante no assunto.

Segundo mostra o pesquisador(sim,  ele é pesquisador atuante, com descobertas e desenvolvimentos importantes na área), os buracos negros são uma realidade, parte configurativa do cosmos, havendo uma espécie de simbiose entre galáxias e buracos negros,  numa correlação bem definida.

 

Bem, esta nota é para motivar os que ainda não assistiram, pois digo que vale a pena o tempo despendido na tarefa,  em todos os sentidos.

 

 

Sds,

Victor.

 

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de psdias2
Enviada em: quinta-feira, 12 de julho de 2012 10:06
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Videoteca do Instituto de Física da USP

 

 

Para quem gostou dos vídeos do CBPF, dê uma olhada
também no site do Instituto de Física da USP (áudios, vídeos, para
iniciantes e iniciados):

http://video.if.usp.br/

Vejam, por exemplo, a página do "Convite à Física":

http://video.if.usp.br/convite-%C3%A0-f%C3%ADsica

Obs.: No horário em que tentei entrar, apareceram vários erros, em
alguns dos links,
que me pareceram ser algum problema de programação (software) do site.
Mas em várias páginas consegui acessar os links para download. O
problema agora
é encontrar tempo para ver tudo isso :)

Paulo


SUBJECT: Re: [ciencialist] Videoteca do Instituto de Física da USP
FROM: Neville Martins <villem99@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/07/2012 20:12

Caro Victor

Há um livrinho do Isaac Asimov, acho que de 1968,  chamado "O colapso do universo" , que apesar de desatualizado continua interessantíssimo pela clareza como expõe a ação gravitacional no universo.

NM
==========  

Em 24 de julho de 2012 18:47, JVictor <j.victor.neto@uol.com.br> escreveu:


Olá, todos.

 

Estou, dentro de minhas disponibilidades, vendo  os vídeos da Videoteca da USP, no endereço postado por Paulo.


Hoje vi o vídeo relativo ao seminário do Prof. João E. Steiner, intitulado Buracos Negros Super Massivos e seus Espelhos , de 24.08.2011.

 

A palestra dele é muito rica, sem ser maçante nem enfadonha.É bastante interessante para todos aqueles com um mínimo de interesse em saber o que é um buraco negro, se existe, se é mera conjetura matemática, coisas do tipo.  Particularmente, após esse vídeo, mudei minha concepção sobre buracos negros. Fiquei um pouco menos ignorante no assunto.

Segundo mostra o pesquisador(sim,  ele é pesquisador atuante, com descobertas e desenvolvimentos importantes na área), os buracos negros são uma realidade, parte configurativa do cosmos, havendo uma espécie de simbiose entre galáxias e buracos negros,  numa correlação bem definida.

 

Bem, esta nota é para motivar os que ainda não assistiram, pois digo que vale a pena o tempo despendido na tarefa,  em todos os sentidos.

 

 

Sds,

Victor.

 

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de psdias2
Enviada em: quinta-feira, 12 de julho de 2012 10:06
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Videoteca do Instituto de Física da USP

 

 

Para quem gostou dos vídeos do CBPF, dê uma olhada
também no site do Instituto de Física da USP (áudios, vídeos, para
iniciantes e iniciados):

http://video.if.usp.br/

Vejam, por exemplo, a página do "Convite à Física":

http://video.if.usp.br/convite-%C3%A0-f%C3%ADsica

Obs.: No horário em que tentei entrar, apareceram vários erros, em
alguns dos links,
que me pareceram ser algum problema de programação (software) do site.
Mas em várias páginas consegui acessar os links para download. O
problema agora
é encontrar tempo para ver tudo isso :)

Paulo






--

NM
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SUBJECT: RE: [ciencialist] Videoteca do Instituto de Física da USP
FROM: Thiago Guimarães <guimaraesbsb@hotmail.com>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/07/2012 21:11


Victor, poderia disponibilizar o vídeos para nós, meros mortais? 
Ou indicar uma fonte onde possamos consegui-lo.
Fiquei bastante curioso.

Thiago


To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: villem99@gmail.com
Date: Tue, 24 Jul 2012 20:12:13 -0300
Subject: Re: [ciencialist] Videoteca do Instituto de Física da USP

 
Caro Victor

Há um livrinho do Isaac Asimov, acho que de 1968,  chamado "O colapso do universo" , que apesar de desatualizado continua interessantíssimo pela clareza como expõe a ação gravitacional no universo.

NM
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Em 24 de julho de 2012 18:47, JVictor <j.victor.neto@uol.com.br> escreveu:


Olá, todos.

 

Estou, dentro de minhas disponibilidades, vendo  os vídeos da Videoteca da USP, no endereço postado por Paulo.


Hoje vi o vídeo relativo ao seminário do Prof. João E. Steiner, intitulado Buracos Negros Super Massivos e seus Espelhos , de 24.08.2011.

 

A palestra dele é muito rica, sem ser maçante nem enfadonha.É bastante interessante para todos aqueles com um mínimo de interesse em saber o que é um buraco negro, se existe, se é mera conjetura matemática, coisas do tipo.  Particularmente, após esse vídeo, mudei minha concepção sobre buracos negros. Fiquei um pouco menos ignorante no assunto.

Segundo mostra o pesquisador(sim,  ele é pesquisador atuante, com descobertas e desenvolvimentos importantes na área), os buracos negros são uma realidade, parte configurativa do cosmos, havendo uma espécie de simbiose entre galáxias e buracos negros,  numa correlação bem definida.

 

Bem, esta nota é para motivar os que ainda não assistiram, pois digo que vale a pena o tempo despendido na tarefa,  em todos os sentidos.

 

 

Sds,

Victor.

 

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de psdias2
Enviada em: quinta-feira, 12 de julho de 2012 10:06
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Videoteca do Instituto de Física da USP

 

 

Para quem gostou dos vídeos do CBPF, dê uma olhada
também no site do Instituto de Física da USP (áudios, vídeos, para
iniciantes e iniciados):

http://video.if.usp.br/

Vejam, por exemplo, a página do "Convite à Física":

http://video.if.usp.br/convite-%C3%A0-f%C3%ADsica

Obs.: No horário em que tentei entrar, apareceram vários erros, em
alguns dos links,
que me pareceram ser algum problema de programação (software) do site.
Mas em várias páginas consegui acessar os links para download. O
problema agora
é encontrar tempo para ver tudo isso :)

Paulo






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NM
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SUBJECT: RES: [ciencialist] Videoteca do Instituto de Física da USP
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/07/2012 22:29

Thiago,

 

 

Eis onde pode encontrar tudo. Estes endereços foram fornecidos por Paulo.

Lá, você pode acessar ou a página onde há cursos(alguns avançados, acho que para o pessoal de mestrado, pós-graduação)  ou a página com 139 vídeos envolvendo seminários sobre diversos ramos da física: astronomia, cosmologia, relatividade, física quântica, biologia, etc.

Um verdadeiro baú do tesouro.  

 

http://video.if.usp.br/

Vejam, por exemplo, a página do "Convite à Física":

http://video.if.usp.br/convite-%C3%A0-f%C3%ADsica

 

 

Sds,

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Thiago Guimarães
Enviada em: terça-feira, 24 de julho de 2012 21:11
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: RE: [ciencialist] Videoteca do Instituto de Física da USP

 

 

 

Victor, poderia disponibilizar o vídeos para nós, meros mortais? 

Ou indicar uma fonte onde possamos consegui-lo.

Fiquei bastante curioso.

Thiago

 


To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: villem99@gmail.com
Date: Tue, 24 Jul 2012 20:12:13 -0300
Subject: Re: [ciencialist] Videoteca do Instituto de Física da USP

 

Caro Victor

 

Há um livrinho do Isaac Asimov, acho que de 1968,  chamado "O colapso do universo" , que apesar de desatualizado continua interessantíssimo pela clareza como expõe a ação gravitacional no universo.

 

NM

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Em 24 de julho de 2012 18:47, JVictor <j.victor.neto@uol.com.br> escreveu:

 

Olá, todos.

 

Estou, dentro de minhas disponibilidades, vendo  os vídeos da Videoteca da USP, no endereço postado por Paulo.


Hoje vi o vídeo relativo ao seminário do Prof. João E. Steiner, intitulado Buracos Negros Super Massivos e seus Espelhos , de 24.08.2011.

 

A palestra dele é muito rica, sem ser maçante nem enfadonha.É bastante interessante para todos aqueles com um mínimo de interesse em saber o que é um buraco negro, se existe, se é mera conjetura matemática, coisas do tipo.  Particularmente, após esse vídeo, mudei minha concepção sobre buracos negros. Fiquei um pouco menos ignorante no assunto.

Segundo mostra o pesquisador(sim,  ele é pesquisador atuante, com descobertas e desenvolvimentos importantes na área), os buracos negros são uma realidade, parte configurativa do cosmos, havendo uma espécie de simbiose entre galáxias e buracos negros,  numa correlação bem definida.

 

Bem, esta nota é para motivar os que ainda não assistiram, pois digo que vale a pena o tempo despendido na tarefa,  em todos os sentidos.

 

 

Sds,

Victor.

 

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de psdias2
Enviada em: quinta-feira, 12 de julho de 2012 10:06
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Videoteca do Instituto de Física da USP

 

 

Para quem gostou dos vídeos do CBPF, dê uma olhada
também no site do Instituto de Física da USP (áudios, vídeos, para
iniciantes e iniciados):

http://video.if.usp.br/

Vejam, por exemplo, a página do "Convite à Física":

http://video.if.usp.br/convite-%C3%A0-f%C3%ADsica

Obs.: No horário em que tentei entrar, apareceram vários erros, em
alguns dos links,
que me pareceram ser algum problema de programação (software) do site.
Mas em várias páginas consegui acessar os links para download. O
problema agora
é encontrar tempo para ver tudo isso :)

Paulo

 



 

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NM

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SUBJECT: FlangePet
FROM: Tipoalgo <tipoalgo@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/07/2012 08:28

Olá a todos.

Mais uma engenhoca "da hora":

http://tipoalgo.blogspot.com.br/2012/07/flangepet.html

Aplicação imediata no sistema que reusa a água da máquina de lavar roupas.

Abraços
Tipoalgo




SUBJECT: Astronomia
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/07/2012 11:20

Duas entrevistas bacanas, com os profissionais citados.

Estimulanste.

 

Prof. J.Steiner:

http://www.youtube.com/watch?v=gTlEwsU9c4E

 

Damineli:

 

http://www.youtube.com/watch?v=SGeXnyqKhyo&feature=relmfu

 

Sds,

 

Victor.

 

 


SUBJECT: Vou embora para Atlantis.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/07/2012 12:21

Olá,

 

O endereço http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI6008511-EI301,00-Fisicos+chineses+calculam+a+data+para+o+fim+do+universo.html

 

 Relata trabalho de cientistas chineses em cosmologia.

 

Tenho a ligeira impressão de que não estaremos mais por aqui quando o Universo pifar...após esses “poucos” 16,7 bi que restam.

 “Os pesquisadores chineses criaram uma nova parametrização - que chamaram de Ma-Zhang - e a combinaram a um método (chamado de Monte Carlo via Cadeias de Markov) para chegar à conclusão de que, com o que sabemos da energia escura e no pior cenário possível, o universo ainda tem 16,7 bilhões de anos.

Seguindo o cenário do Big Rip, a força de repulsão da energia escura irá aos poucos superar as demais forças, como a gravidade. As estrelas e planetas iriam perder a ligação e acabariam por se afastar. Conforme os chineses, as estrelas da Via Láctea iriam se separar cerca de 32,9 milhões de anos antes do Big Rip. Dois meses antes do fim, a Terra perderia sua ligação com o Sol. Faltando cinco dias, a Lua nos deixaria. Somente 28 minutos antes de tudo acabar, o Sol seria destruído. Nos últimos minutos, quando faltarem apenas 16 para a Grande Ruptura, a Terra vai explodir. Por fim, as próprias ligações entre átomos e partículas não vão mais suportar e assim terá acabado o universo. Ainda bem que falta muito tempo.”

 

Sds,

Victor.

 

 


SUBJECT: Re: [ciencialist] Vou embora para Atlantis.
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/07/2012 12:36

Gostei da precisão dos cálculos: "faltando 16 minutos para a Grande Ruptura"...

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 25/07/2012 12:21, JVictor escreveu:

Olá,

 

O endereço http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI6008511-EI301,00-Fisicos+chineses+calculam+a+data+para+o+fim+do+universo.html

 

 Relata trabalho de cientistas chineses em cosmologia.

 

Tenho a ligeira impressão de que não estaremos mais por aqui quando o Universo pifar...após esses “poucos” 16,7 bi que restam.

 “Os pesquisadores chineses criaram uma nova parametrização - que chamaram de Ma-Zhang - e a combinaram a um método (chamado de Monte Carlo via Cadeias de Markov) para chegar à conclusão de que, com o que sabemos da energia escura e no pior cenário possível, o universo ainda tem 16,7 bilhões de anos.

Seguindo o cenário do Big Rip, a força de repulsão da energia escura irá aos poucos superar as demais forças, como a gravidade. As estrelas e planetas iriam perder a ligação e acabariam por se afastar. Conforme os chineses, as estrelas da Via Láctea iriam se separar cerca de 32,9 milhões de anos antes do Big Rip. Dois meses antes do fim, a Terra perderia sua ligação com o Sol. Faltando cinco dias, a Lua nos deixaria. Somente 28 minutos antes de tudo acabar, o Sol seria destruído. Nos últimos minutos, quando faltarem apenas 16 para a Grande Ruptura, a Terra vai explodir. Por fim, as próprias ligações entre átomos e partículas não vão mais suportar e assim terá acabado o universo. Ainda bem que falta muito tempo.”

 

Sds,

Victor.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Vou embora para Atlantis.
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/07/2012 13:14


Ola Victor,

Mas e depois disso ? O que vai acontecer com a Energia escura ?

Abs
Felipe




De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 25 de Julho de 2012 12:21
Assunto: [ciencialist] Vou embora para Atlantis.

 
Olá,
 
 
 Relata trabalho de cientistas chineses em cosmologia.
 
Tenho a ligeira impressão de que não estaremos mais por aqui quando o Universo pifar...após esses “poucos” 16,7 bi que restam.
 “Os pesquisadores chineses criaram uma nova parametrização - que chamaram de Ma-Zhang - e a combinaram a um método (chamado de Monte Carlo via Cadeias de Markov) para chegar à conclusão de que, com o que sabemos da energia escura e no pior cenário possível, o universo ainda tem 16,7 bilhões de anos.
Seguindo o cenário do Big Rip, a força de repulsão da energia escura irá aos poucos superar as demais forças, como a gravidade. As estrelas e planetas iriam perder a ligação e acabariam por se afastar. Conforme os chineses, as estrelas da Via Láctea iriam se separar cerca de 32,9 milhões de anos antes do Big Rip. Dois meses antes do fim, a Terra perderia sua ligação com o Sol. Faltando cinco dias, a Lua nos deixaria. Somente 28 minutos antes de tudo acabar, o Sol seria destruído. Nos últimos minutos, quando faltarem apenas 16 para a Grande Ruptura, a Terra vai explodir. Por fim, as próprias ligações entre átomos e partículas não vão mais suportar e assim terá acabado o universo. Ainda bem que falta muito tempo.”
 
Sds,
Victor.
 
 



SUBJECT: RE: RES: [ciencialist] Videoteca do Instituto de Física da USP
FROM: Thiago Guimarães <guimaraesbsb@hotmail.com>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/07/2012 13:44

 
Olá Victor, obrigado!
Às aulas :)
 
Thiago
 

To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: j.victor.neto@uol.com.br
Date: Tue, 24 Jul 2012 22:29:50 -0300
Subject: RES: [ciencialist] Videoteca do Instituto de Física da USP

 

Thiago,

 

 

Eis onde pode encontrar tudo. Estes endereços foram fornecidos por Paulo.

Lá, você pode acessar ou a página onde há cursos(alguns avançados, acho que para o pessoal de mestrado, pós-graduação)  ou a página com 139 vídeos envolvendo seminários sobre diversos ramos da física: astronomia, cosmologia, relatividade, física quântica, biologia, etc.

Um verdadeiro baú do tesouro.  

 

http://video.if.usp.br/

Vejam, por exemplo, a página do "Convite à Física":

http://video.if.usp.br/convite-%C3%A0-f%C3%ADsica

 

 

Sds,

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Thiago Guimarães
Enviada em: terça-feira, 24 de julho de 2012 21:11
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: RE: [ciencialist] Videoteca do Instituto de Física da USP

 

 

 

Victor, poderia disponibilizar o vídeos para nós, meros mortais? 

Ou indicar uma fonte onde possamos consegui-lo.

Fiquei bastante curioso.

Thiago

 


To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: villem99@gmail.com
Date: Tue, 24 Jul 2012 20:12:13 -0300
Subject: Re: [ciencialist] Videoteca do Instituto de Física da USP

 

Caro Victor

 

Há um livrinho do Isaac Asimov, acho que de 1968,  chamado "O colapso do universo" , que apesar de desatualizado continua interessantíssimo pela clareza como expõe a ação gravitacional no universo.

 

NM

==========  

Em 24 de julho de 2012 18:47, JVictor <j.victor.neto@uol.com.br> escreveu:

 

Olá, todos.

 

Estou, dentro de minhas disponibilidades, vendo  os vídeos da Videoteca da USP, no endereço postado por Paulo.


Hoje vi o vídeo relativo ao seminário do Prof. João E. Steiner, intitulado Buracos Negros Super Massivos e seus Espelhos , de 24.08.2011.

 

A palestra dele é muito rica, sem ser maçante nem enfadonha.É bastante interessante para todos aqueles com um mínimo de interesse em saber o que é um buraco negro, se existe, se é mera conjetura matemática, coisas do tipo.  Particularmente, após esse vídeo, mudei minha concepção sobre buracos negros. Fiquei um pouco menos ignorante no assunto.

Segundo mostra o pesquisador(sim,  ele é pesquisador atuante, com descobertas e desenvolvimentos importantes na área), os buracos negros são uma realidade, parte configurativa do cosmos, havendo uma espécie de simbiose entre galáxias e buracos negros,  numa correlação bem definida.

 

Bem, esta nota é para motivar os que ainda não assistiram, pois digo que vale a pena o tempo despendido na tarefa,  em todos os sentidos.

 

 

Sds,

Victor.

 

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de psdias2
Enviada em: quinta-feira, 12 de julho de 2012 10:06
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Videoteca do Instituto de Física da USP

 

 

Para quem gostou dos vídeos do CBPF, dê uma olhada
também no site do Instituto de Física da USP (áudios, vídeos, para
iniciantes e iniciados):

http://video.if.usp.br/

Vejam, por exemplo, a página do "Convite à Física":

http://video.if.usp.br/convite-%C3%A0-f%C3%ADsica

Obs.: No horário em que tentei entrar, apareceram vários erros, em
alguns dos links,
que me pareceram ser algum problema de programação (software) do site.
Mas em várias páginas consegui acessar os links para download. O
problema agora
é encontrar tempo para ver tudo isso :)

Paulo

 



 

--

NM

======================

 

 



SUBJECT: Re: [ciencialist] Vou embora para Atlantis.
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/07/2012 14:32

Felipe,
 
Você tem sempre a pergunta certa!
Parabéns!!
 
Outra pergunta é: Quem gera esta tal "energia"???
 
Hélio

De: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quarta-feira, 25 de Julho de 2012 13:14
Assunto: Re: [ciencialist] Vou embora para Atlantis.
 

Ola Victor,

Mas e depois disso ? O que vai acontecer com a Energia escura ?

Abs
Felipe



De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 25 de Julho de 2012 12:21
Assunto: [ciencialist] Vou embora para Atlantis.
 
Olá,
 
 
 Relata trabalho de cientistas chineses em cosmologia.
 
Tenho a ligeira impressão de que não estaremos mais por aqui quando o Universo pifar...após esses “poucos” 16,7 bi que restam.
 “Os pesquisadores chineses criaram uma nova parametrização - que chamaram de Ma-Zhang - e a combinaram a um método (chamado de Monte Carlo via Cadeias de Markov) para chegar à conclusão de que, com o que sabemos da energia escura e no pior cenário possível, o universo ainda tem 16,7 bilhões de anos.
Seguindo o cenário do Big Rip, a força de repulsão da energia escura irá aos poucos superar as demais forças, como a gravidade. As estrelas e planetas iriam perder a ligação e acabariam por se afastar. Conforme os chineses, as estrelas da Via Láctea iriam se separar cerca de 32,9 milhões de anos antes do Big Rip. Dois meses antes do fim, a Terra perderia sua ligação com o Sol. Faltando cinco dias, a Lua nos deixaria. Somente 28 minutos antes de tudo acabar, o Sol seria destruído. Nos últimos minutos, quando faltarem apenas 16 para a Grande Ruptura, a Terra vai explodir. Por fim, as próprias ligações entre átomos e partículas não vão mais suportar e assim terá acabado o universo. Ainda bem que falta muito tempo.”
 
Sds,
Victor.
 
 

SUBJECT: RES: [ciencialist] Vou embora para Atlantis.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/07/2012 15:39

Felipe/Hélio,

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Hélio Carvalho
Enviada em: quarta-feira, 25 de julho de 2012 14:33
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Vou embora para Atlantis.

 

 

Felipe,

 

Você tem sempre a pergunta certa!

Parabéns!!

 

Outra pergunta é: Quem gera esta tal "energia"???

 

Victor:  Quem? Não há um quem. Diria que a origem de tudo é o espaço, a natureza, a casualidade. As flutuações quânticas.

Ah, mas poderia ainda perguntar: e “quem” gera o espaço, flutuações quânticas e tudo o mais relacionado? E antes das flutuações, à la Guth? 

E o que permitiu esses desequilíbrios, que deram causa,  supostamente,  ao Universo, tal qual conhecemos hoje? E outros porquês e porquês.

Em minha não abalizada opinião, pensar nessas coisas a nada leva, pois transcende a capacidade mental do humano, e por questões biológicas, estruturais, por defeito de projeto...  São as eternamente questões circulares,  tipo o TERetorno, de Poincaré,  ou as buscas do significado mais profundo de Infinito, que já levaram dois ao suicídio: Nietzsche e Cantor...

 

 

 

 

Hélio

 

De: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quarta-feira, 25 de Julho de 2012 13:14
Assunto: Re: [ciencialist] Vou embora para Atlantis.

 

 

Ola Victor,

 

Mas e depois disso ? O que vai acontecer com a Energia escura ?

 

Victor:  Eis uma bela questão. Mas não sei a resposta. E duvido que alguém saiba. O que podemos fazer é conjecturar. Mas não me animo a isso, no momento.

Só sei que os recheios conhecidos do Universo são insuficientes para explicar seu atual status, segundo dados colhidos. Isto é vero. Daí, a hipótese de matéria escura e energia escura, para ajustar a teoria existente ao que se observa, ao que se mede. Sem introduzir coisas assim as contas não batem.

E não se sabe o que é cada uma dessas coisas escuras.

E nem imagino qual será sua influência, ante o caos que supostamente ocorrerá  dentro de 16,7 bilhões de anos.

Isto é, como ela se comportará durante o colapso.

 

 

Sds,

Victor.

 

 

Abs

 

 

Felipe

 

 

 

De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 25 de Julho de 2012 12:21
Assunto: [ciencialist] Vou embora para Atlantis.

 

Olá,

 

 

 Relata trabalho de cientistas chineses em cosmologia.

 

Tenho a ligeira impressão de que não estaremos mais por aqui quando o Universo pifar...após esses “poucos” 16,7 bi que restam.

 “Os pesquisadores chineses criaram uma nova parametrização - que chamaram de Ma-Zhang - e a combinaram a um método (chamado de Monte Carlo via Cadeias de Markov) para chegar à conclusão de que, com o que sabemos da energia escura e no pior cenário possível, o universo ainda tem 16,7 bilhões de anos.

Seguindo o cenário do Big Rip, a força de repulsão da energia escura irá aos poucos superar as demais forças, como a gravidade. As estrelas e planetas iriam perder a ligação e acabariam por se afastar. Conforme os chineses, as estrelas da Via Láctea iriam se separar cerca de 32,9 milhões de anos antes do Big Rip. Dois meses antes do fim, a Terra perderia sua ligação com o Sol. Faltando cinco dias, a Lua nos deixaria. Somente 28 minutos antes de tudo acabar, o Sol seria destruído. Nos últimos minutos, quando faltarem apenas 16 para a Grande Ruptura, a Terra vai explodir. Por fim, as próprias ligações entre átomos e partículas não vão mais suportar e assim terá acabado o universo. Ainda bem que falta muito tempo.”

 

Sds,

Victor.

 

 


SUBJECT: RES: [ciencialist] Vou embora para Atlantis.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/07/2012 15:56

Não é por nada não, mas bem que poderiam ser 16,25 minutos!...Para a gente ganhar um tempinho!

Estava mesmo esperando um comentário a respeito.  

Mas, brincadeira à parte,  creio que essa “gozação” pode não ter sido uma gozação intencional, pois devem ter feito milhares de simulações  computacionais e, dentro dos dados astronômicos fornecidos ao programa usado na simulação,  esta tenha sido uma resposta correta. Do ponto de vista do programa, no que, parece,  são muito fortes, os 16 minutos podem estar ok.

Afinalesta é a tal  da uma informação que exige muito segurança, e muita coragem, para ser divulgada!

Agora, se a previsão irá se concretizar...Será outra história.

 

Sds,

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Alvaro Augusto (L)
Enviada em: quarta-feira, 25 de julho de 2012 12:36
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Vou embora para Atlantis.

 

 

Gostei da precisão dos cálculos: "faltando 16 minutos para a Grande Ruptura"...

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 25/07/2012 12:21, JVictor escreveu:

Olá,

 

O endereço http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI6008511-EI301,00-Fisicos+chineses+calculam+a+data+para+o+fim+do+universo.html

 

 Relata trabalho de cientistas chineses em cosmologia.

 

Tenho a ligeira impressão de que não estaremos mais por aqui quando o Universo pifar...após esses “poucos” 16,7 bi que restam.

 “Os pesquisadores chineses criaram uma nova parametrização - que chamaram de Ma-Zhang - e a combinaram a um método (chamado de Monte Carlo via Cadeias de Markov) para chegar à conclusão de que, com o que sabemos da energia escura e no pior cenário possível, o universo ainda tem 16,7 bilhões de anos.

Seguindo o cenário do Big Rip, a força de repulsão da energia escura irá aos poucos superar as demais forças, como a gravidade. As estrelas e planetas iriam perder a ligação e acabariam por se afastar. Conforme os chineses, as estrelas da Via Láctea iriam se separar cerca de 32,9 milhões de anos antes do Big Rip. Dois meses antes do fim, a Terra perderia sua ligação com o Sol. Faltando cinco dias, a Lua nos deixaria. Somente 28 minutos antes de tudo acabar, o Sol seria destruído. Nos últimos minutos, quando faltarem apenas 16 para a Grande Ruptura, a Terra vai explodir. Por fim, as próprias ligações entre átomos e partículas não vão mais suportar e assim terá acabado o universo. Ainda bem que falta muito tempo.”

 

Sds,

Victor.

 

 


SUBJECT: Re: [ciencialist] Vou embora para Atlantis.
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/07/2012 18:32

Energia escura é a encarnação moderna da "constante cosmológica lambda", que Einstein inseriu em suas equações para manter estacionário um Universo que insistia em se expandir. Só que agora a constante tem o papel inverso, i.e., de acelerar a expansão, conforme indicam as observações. O problema é que ninguém tem ideia de qual seja a origem dessa energia (daí o adjetivo "escura", no sentido de "desconhecida").

Obs.: não confundir "energia escura" com "matéria escura", que é outra coisa.

[ ]s

Alvaro Augusto

Em 25/07/2012 14:32, Hélio Carvalho escreveu:
Felipe,
 
Você tem sempre a pergunta certa!
Parabéns!!
 
Outra pergunta é: Quem gera esta tal "energia"???
 
Hélio

De: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quarta-feira, 25 de Julho de 2012 13:14
Assunto: Re: [ciencialist] Vou embora para Atlantis.
 

Ola Victor,

Mas e depois disso ? O que vai acontecer com a Energia escura ?

Abs
Felipe



De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 25 de Julho de 2012 12:21
Assunto: [ciencialist] Vou embora para Atlantis.
 
Olá,
 
 
 Relata trabalho de cientistas chineses em cosmologia.
 
Tenho a ligeira impressão de que não estaremos mais por aqui quando o Universo pifar...após esses “poucos” 16,7 bi que restam.
 “Os pesquisadores chineses criaram uma nova parametrização - que chamaram de Ma-Zhang - e a combinaram a um método (chamado de Monte Carlo via Cadeias de Markov) para chegar à conclusão de que, com o que sabemos da energia escura e no pior cenário possível, o universo ainda tem 16,7 bilhões de anos.
Seguindo o cenário do Big Rip, a força de repulsão da energia escura irá aos poucos superar as demais forças, como a gravidade. As estrelas e planetas iriam perder a ligação e acabariam por se afastar. Conforme os chineses, as estrelas da Via Láctea iriam se separar cerca de 32,9 milhões de anos antes do Big Rip. Dois meses antes do fim, a Terra perderia sua ligação com o Sol. Faltando cinco dias, a Lua nos deixaria. Somente 28 minutos antes de tudo acabar, o Sol seria destruído. Nos últimos minutos, quando faltarem apenas 16 para a Grande Ruptura, a Terra vai explodir. Por fim, as próprias ligações entre átomos e partículas não vão mais suportar e assim terá acabado o universo. Ainda bem que falta muito tempo.”
 
Sds,
Victor.
 



SUBJECT: Re: Vou embora para Atlantis.
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/07/2012 19:13

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Alvaro Augusto (L)"
> Energia escura é a encarnação moderna da "constante cosmológica
> lambda", que Einstein inseriu em suas equações para manter
> estacionário um Universo que insistia em se expandir.

Mais ou menos. Porque a natureza da energia escura pode ser - e parece que é (em função dos dados que indicam variação nas taxas de aceleração) - dinâmica.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Vou embora para Atlantis.
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/07/2012 20:00

Em 25/07/2012 19:13, roberto escreveu:
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Alvaro Augusto (L)"
>> Energia escura é a encarnação moderna da "constante cosmológica
>> lambda", que Einstein inseriu em suas equações para manter
>> estacionário um Universo que insistia em se expandir.
> Mais ou menos. Porque a natureza da energia escura pode ser - e parece que é (em função dos dados que indicam variação nas taxas de aceleração) - dinâmica.
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
>
Exato. Mas lambda é constante em determinado intervalo de tempo. Por
isso o modelo cosmológico atual é denominado "Lambda-CDM", onde CDM
significa "Cold Dark Matter".

[ ]s

Alvaro


SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Vou embora para Atlantis.
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/07/2012 21:42

Oi Victor,

Se eu coloco uma carga negativa perto de uma positiva fixada no laboratório, surge uma força que acelera a primeira no sentido da segunda. O ser humano INVENTOU o conceito de energia potencial para expressar a previsão de movimento da carga.
Este conceito não faz sentido se não há matéria.

No caso da tal "energia escura", QUEM (qual ou quais objetos) gera esta energia???

O ser humano INVENTOU o conceito de energia para ser mais uma forma de quantificar o movimento de matéria (cinética) ou a previsão do movimento de matéria (potencial). Mas depois, esta invenção, começou a ter vida real e independente e se voltou contra o seu criador (o ser humano - tenho que explicar para o Victor não achar que é outra coisa).
:-)

Agora, em 16,7 bilhões de anos, não satisfeita em destruir seu criador destruirá até a própria matéria da qual ela dependia para existir. Talvez ela dirá para a matéria:
"Eu sou mais eu, e para provar que tenho vida em mim mesmo e não dependo de você para existir, TOMA!!!!"
:-)

Hélio

PS.
Segundo este modelo, a Terra, a Lua e o Sol vão estar firmes até quase o final. Isto é melhor do que antes.
No pai dos burros (Wikipédia) dizia que a Terra teria SÓ 5 bi pela frente (ganhamos 11,7 bi).
:-)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fim_do_planeta_Terra


De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 25 de Julho de 2012 15:39
Assunto: RES: [ciencialist] Vou embora para Atlantis.

 
Felipe/Hélio,
 
De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Hélio Carvalho
Enviada em: quarta-feira, 25 de julho de 2012 14:33
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Vou embora para Atlantis.
 
 
Felipe,
 
Você tem sempre a pergunta certa!
Parabéns!!
 
Outra pergunta é: Quem gera esta tal "energia"???
 
Victor:  Quem? Não há um quem. Diria que a origem de tudo é o espaço, a natureza, a casualidade. As flutuações quânticas.
Ah, mas poderia ainda perguntar: e “quem” gera o espaço, flutuações quânticas e tudo o mais relacionado? E antes das flutuações, à la Guth? 
E o que permitiu esses desequilíbrios, que deram causa,  supostamente,  ao Universo, tal qual conhecemos hoje? E outros porquês e porquês.
Em minha não abalizada opinião, pensar nessas coisas a nada leva, pois transcende a capacidade mental do humano, e por questões biológicas, estruturais, por defeito de projeto...  São as eternamente questões circulares,  tipo o TERetorno, de Poincaré,  ou as buscas do significado mais profundo de Infinito, que já levaram dois ao suicídio: Nietzsche e Cantor...
 
 
 
 
Hélio
 
De: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quarta-feira, 25 de Julho de 2012 13:14
Assunto: Re: [ciencialist] Vou embora para Atlantis.
 
 
Ola Victor,
 
Mas e depois disso ? O que vai acontecer com a Energia escura ?
 
Victor:  Eis uma bela questão. Mas não sei a resposta. E duvido que alguém saiba. O que podemos fazer é conjecturar. Mas não me animo a isso, no momento.
Só sei que os recheios conhecidos do Universo são insuficientes para explicar seu atual status, segundo dados colhidos. Isto é vero. Daí, a hipótese de matéria escura e energia escura, para ajustar a teoria existente ao que se observa, ao que se mede. Sem introduzir coisas assim as contas não batem.
E não se sabe o que é cada uma dessas coisas escuras.
E nem imagino qual será sua influência, ante o caos que supostamente ocorrerá  dentro de 16,7 bilhões de anos.
Isto é, como ela se comportará durante o colapso.
 
 
Sds,
Victor.
 
 
Abs
 
 
Felipe
 
 
 
De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 25 de Julho de 2012 12:21
Assunto: [ciencialist] Vou embora para Atlantis.
 
Olá,
 
 
 Relata trabalho de cientistas chineses em cosmologia.
 
Tenho a ligeira impressão de que não estaremos mais por aqui quando o Universo pifar...após esses “poucos” 16,7 bi que restam.
 “Os pesquisadores chineses criaram uma nova parametrização - que chamaram de Ma-Zhang - e a combinaram a um método (chamado de Monte Carlo via Cadeias de Markov) para chegar à conclusão de que, com o que sabemos da energia escura e no pior cenário possível, o universo ainda tem 16,7 bilhões de anos.
Seguindo o cenário do Big Rip, a força de repulsão da energia escura irá aos poucos superar as demais forças, como a gravidade. As estrelas e planetas iriam perder a ligação e acabariam por se afastar. Conforme os chineses, as estrelas da Via Láctea iriam se separar cerca de 32,9 milhões de anos antes do Big Rip. Dois meses antes do fim, a Terra perderia sua ligação com o Sol. Faltando cinco dias, a Lua nos deixaria. Somente 28 minutos antes de tudo acabar, o Sol seria destruído. Nos últimos minutos, quando faltarem apenas 16 para a Grande Ruptura, a Terra vai explodir. Por fim, as próprias ligações entre átomos e partículas não vão mais suportar e assim terá acabado o universo. Ainda bem que falta muito tempo.”
 
Sds,
Victor.
 
 



SUBJECT: Re: [ciencialist] Vou embora para Atlantis.
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/07/2012 21:47

"Energia escura" é apenas uma denominação provisória, muitíssimo provisória, para algo que faz com que o Universo se expanda de maneira acelerada e não de maneira uniforme como preveem as equações de Einstein sem lambda. Para a matéria escura, há candidatos. Para a energia escura, ainda não.

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 25/07/2012 21:42, Hélio Carvalho escreveu:
Oi Victor,

Se eu coloco uma carga negativa perto de uma positiva fixada no laboratório, surge uma força que acelera a primeira no sentido da segunda. O ser humano INVENTOU o conceito de energia potencial para expressar a previsão de movimento da carga.
Este conceito não faz sentido se não há matéria.

No caso da tal "energia escura", QUEM (qual ou quais objetos) gera esta energia???

O ser humano INVENTOU o conceito de energia para ser mais uma forma de quantificar o movimento de matéria (cinética) ou a previsão do movimento de matéria (potencial). Mas depois, esta invenção, começou a ter vida real e independente e se voltou contra o seu criador (o ser humano - tenho que explicar para o Victor não achar que é outra coisa).
:-)

Agora, em 16,7 bilhões de anos, não satisfeita em destruir seu criador destruirá até a própria matéria da qual ela dependia para existir. Talvez ela dirá para a matéria:
"Eu sou mais eu, e para provar que tenho vida em mim mesmo e não dependo de você para existir, TOMA!!!!"
:-)

Hélio

PS.
Segundo este modelo, a Terra, a Lua e o Sol vão estar firmes até quase o final. Isto é melhor do que antes.
No pai dos burros (Wikipédia) dizia que a Terra teria SÓ 5 bi pela frente (ganhamos 11,7 bi).
:-)


De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 25 de Julho de 2012 15:39
Assunto: RES: [ciencialist] Vou embora para Atlantis.

 
Felipe/Hélio,
 
De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Hélio Carvalho
Enviada em: quarta-feira, 25 de julho de 2012 14:33
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Vou embora para Atlantis.
 
 
Felipe,
 
Você tem sempre a pergunta certa!
Parabéns!!
 
Outra pergunta é: Quem gera esta tal "energia"???
 
Victor:  Quem? Não há um quem. Diria que a origem de tudo é o espaço, a natureza, a casualidade. As flutuações quânticas.
Ah, mas poderia ainda perguntar: e “quem” gera o espaço, flutuações quânticas e tudo o mais relacionado? E antes das flutuações, à la Guth? 
E o que permitiu esses desequilíbrios, que deram causa,  supostamente,  ao Universo, tal qual conhecemos hoje? E outros porquês e porquês.
Em minha não abalizada opinião, pensar nessas coisas a nada leva, pois transcende a capacidade mental do humano, e por questões biológicas, estruturais, por defeito de projeto...  São as eternamente questões circulares,  tipo o TERetorno, de Poincaré,  ou as buscas do significado mais profundo de Infinito, que já levaram dois ao suicídio: Nietzsche e Cantor...
 
 
 
 
Hélio
 
De: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quarta-feira, 25 de Julho de 2012 13:14
Assunto: Re: [ciencialist] Vou embora para Atlantis.
 
 
Ola Victor,
 
Mas e depois disso ? O que vai acontecer com a Energia escura ?
 
Victor:  Eis uma bela questão. Mas não sei a resposta. E duvido que alguém saiba. O que podemos fazer é conjecturar. Mas não me animo a isso, no momento.
Só sei que os recheios conhecidos do Universo são insuficientes para explicar seu atual status, segundo dados colhidos. Isto é vero. Daí, a hipótese de matéria escura e energia escura, para ajustar a teoria existente ao que se observa, ao que se mede. Sem introduzir coisas assim as contas não batem.
E não se sabe o que é cada uma dessas coisas escuras.
E nem imagino qual será sua influência, ante o caos que supostamente ocorrerá  dentro de 16,7 bilhões de anos.
Isto é, como ela se comportará durante o colapso.
 
 
Sds,
Victor.
 
 
Abs
 
 
Felipe
 
 
 
De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 25 de Julho de 2012 12:21
Assunto: [ciencialist] Vou embora para Atlantis.
 
Olá,
 
 
 Relata trabalho de cientistas chineses em cosmologia.
 
Tenho a ligeira impressão de que não estaremos mais por aqui quando o Universo pifar...após esses “poucos” 16,7 bi que restam.
 “Os pesquisadores chineses criaram uma nova parametrização - que chamaram de Ma-Zhang - e a combinaram a um método (chamado de Monte Carlo via Cadeias de Markov) para chegar à conclusão de que, com o que sabemos da energia escura e no pior cenário possível, o universo ainda tem 16,7 bilhões de anos.
Seguindo o cenário do Big Rip, a força de repulsão da energia escura irá aos poucos superar as demais forças, como a gravidade. As estrelas e planetas iriam perder a ligação e acabariam por se afastar. Conforme os chineses, as estrelas da Via Láctea iriam se separar cerca de 32,9 milhões de anos antes do Big Rip. Dois meses antes do fim, a Terra perderia sua ligação com o Sol. Faltando cinco dias, a Lua nos deixaria. Somente 28 minutos antes de tudo acabar, o Sol seria destruído. Nos últimos minutos, quando faltarem apenas 16 para a Grande Ruptura, a Terra vai explodir. Por fim, as próprias ligações entre átomos e partículas não vão mais suportar e assim terá acabado o universo. Ainda bem que falta muito tempo.”
 
Sds,
Victor.
 



SUBJECT: Re: Vou embora para Atlantis.
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/07/2012 08:44

Não é que a expansão seja uniforme. Ela seria *desacelerada* pela atração gravitacional. O lambda einsteniano foi ajustado para que o universo não se expandisse nem se colapsasse.

[]s,

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@...> escreveu
>
> "Energia escura" é apenas uma denominação provisória, muitíssimo
> provisória, para algo que faz com que o Universo se expanda de maneira
> acelerada e não de maneira uniforme como preveem as equações de Einstein
> sem lambda. Para a matéria escura, há candidatos. Para a energia escura,
> ainda não.
>
> [ ]s
>
> Alvaro Augusto



SUBJECT: eBooks gratuitos (alguns acompanhados de vídeo-aulas do Youtube)
FROM: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/07/2012 09:22

A quem possa interessar:

Encontrei um site de onde se pode baixar gratuitamente eBooks (formato
PDF) de várias assuntos.

Baixei dois, para ver como são. Estão mais para "apostilas" do que para
livros, mas
acho que são úteis, pelo menos para iniciantes nos assuntos.

Um dos eBooks que baixei contêm links para aulas no Youtube. O eBook, neste
caso, é mais um "roteiro de estudos", os vídeos são o que de fato
explicam os assuntos

Eis como baixar:

- Entre em http://bookboon.com/en/textbooks

- Digite algum termo no campo "Search for a Book", ou clique no menu de
assuntos que fica
no lado esquerdo da tela

- Por exemplo, clique no menu "Mathematics"

- Aparecerão vários títulos de eBooks na tela. Clique em "download"
naquele que lhe interessar

- Na primeira vez que baixei um eBook, apareceu um pequeno formulário
para preencher, pedindo para
assinar uma Newsletter do site. Preencha o formulário e clique em "Go",
para o download começar.

- Enquanto você não sair do site, poderá baixar mais eBooks sem ter de
preencher o formulário.
No entanto, se sair e entrar novamente, o primeiro download pedirá
novamente para preencher o formulário
(pelo menos, foi o que ocorreu comigo)


Paulo



SUBJECT: A Origem do Chupacabras: “A Experiência”
FROM: Kentaro Mori <kentaro.mori@gmail.com>
TO: undisclosed-recipients:;
BCC: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 26/07/2012 15:44

lendas hollywood criptozoologia chupacabras ceticismo  A Origem do Chupacabras: A Experiência

lendas hollywood criptozoologia chupacabras ceticismo  A Origem do Chupacabras: A Experiência

Começamos esta breve coluna pelo final surpreendente: o lendário Chupacabras, misteriosa criatura que ataca furtivamente animais em zonas rurais drenando seu sangue, é a loiraça Natasha Henstridge. Ou melhor, a descrição seminal que definiu a febre moderna do Chupacabras foi inspirada no filme “A Experiência“, lançado na mesma época.

Continue lendo…

http://www.sedentario.org/colunas/duvida-razoavel/a-origem-do-chupacabras-a-experiencia-55782


SUBJECT: Re: A Origem do Chupacabras: “A Experiência”
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/07/2012 16:30

E o design do monstro de A Experiência é uma chupação do monstro xenomorfo de Alien - que foi chupado do Necronomicon.

[]s,

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Kentaro Mori <kentaro.mori@...> > A Origem do Chupacabras: "A
> Experiência"<http://www.sedentario.org/colunas/duvida-razoavel/a-origem-do-chupacabras-a-experiencia-55782>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A Origem do Chupacabras: “A Experiência”
FROM: Kentaro Mori <kentaro.mori@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/07/2012 16:40

O artista do xenomorfo é o mesmo, o HR Giger!

2012/7/26 roberto <roberto.takata@bol.com.br>
 

E o design do monstro de A Experiência é uma chupação do monstro xenomorfo de Alien - que foi chupado do Necronomicon.

[]s,

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Kentaro Mori <kentaro.mori@...> > A Origem do Chupacabras: "A
> Experiência"<http://www.sedentario.org/colunas/duvida-razoavel/a-origem-do-chupacabras-a-experiencia-55782>



SUBJECT: Re: A Origem do Chupacabras: “A Experiência”
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/07/2012 16:54

Sim, autokibe.

[]s,

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Kentaro Mori <kentaro.mori@...> escreveu
>
> O artista do xenomorfo é o mesmo, o HR Giger!




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A Origem do Chupacabras: “A Experiência”
FROM: <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/07/2012 17:35

Me lembro de um game do início dos anos 90 (eu acho) com todo design criado pelo Giger. Pouco “jogável” mas muito bonito como arte. Alguém lembraria o nome deste jogo?
 
Homero
 
From: roberto
Sent: Thursday, July 26, 2012 4:54 PM
Subject: [ciencialist] Re: A Origem do Chupacabras: “A Experiência”
 
 

Sim, autokibe.

[]s,

Roberto Takata

--- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, Kentaro Mori <kentaro.mori@...> escreveu
>
> O artista do xenomorfo é o mesmo, o HR Giger!

Nenhum vírus encontrado nessa mensagem.
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A Origem do Chupacabras: “A Experiência”
FROM: Marcelo Cortimiglia <cortimiglia@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/07/2012 17:43

Darkseed?

Lurker mode back on... 

Marcelo



Em 26 de julho de 2012 17:35, <oraculo@atibaia.com.br> escreveu:
 

Me lembro de um game do início dos anos 90 (eu acho) com todo design criado pelo Giger. Pouco “jogável” mas muito bonito como arte. Alguém lembraria o nome deste jogo?
 
Homero
 
From: roberto
Sent: Thursday, July 26, 2012 4:54 PM
Subject: [ciencialist] Re: A Origem do Chupacabras: “A Experiência”
 
 

Sim, autokibe.

[]s,

Roberto Takata

--- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, Kentaro Mori <kentaro.mori@...> escreveu

>
> O artista do xenomorfo é o mesmo, o HR Giger!

Nenhum vírus encontrado nessa mensagem.
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A Origem do Chupacabras: “A Experiência”
FROM: <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/07/2012 17:51

Isso, Darkseed, perfeito!.:-)  Obrigado, achei o link da Wiki e um monte de imagens do jogo:
 
 
 
O jogo era mesmo de 92, início do uso de CDs para computadores, os saudosos “kits multimidia” da CreativeLabs/Soundblaster.
 
Homero
 
Sent: Thursday, July 26, 2012 5:43 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: A Origem do Chupacabras: “A Experiência”
 
 

Darkseed?

 
Lurker mode back on...
 
Marcelo
 


Em 26 de julho de 2012 17:35, <oraculo@atibaia.com.br> escreveu:
 
Me lembro de um game do início dos anos 90 (eu acho) com todo design criado pelo Giger. Pouco “jogável” mas muito bonito como arte. Alguém lembraria o nome deste jogo?
 
Homero
 
From: roberto
Sent: Thursday, July 26, 2012 4:54 PM
Subject: [ciencialist] Re: A Origem do Chupacabras: “A Experiência”
 
 
Sim, autokibe.

[]s,

Roberto Takata

--- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, Kentaro Mori <kentaro.mori@...> escreveu

>
> O artista do xenomorfo é o mesmo, o HR Giger!

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SUBJECT: RG e seus subprodutos - perguntas e respostas.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/07/2012 07:27

Olá,

 

Para aqueles mais curiosos e interessados nessas coisas de cosmologia, astrofísica, eis um site com perguntas e respostas(dadas por experts nos respectivos assuntos, geralmente professores e profissionais da área).

 

Todos os temas são bem instrutivos, as perguntas, em geral, são bem formuladas e a respostas as mais honestas possível. Vale a pena a leitura, até como passa-tempo.

 

Não dói.

 

http://euler.on.br/pergunte_astro/indice_tema.php

 

 

Sds,

Victor.

 

 


SUBJECT: 27/07/2012 - 08h35 Editor da revista "Skeptical Inquirer" participa de debate hoje, na Folha
FROM: Rafael Picate <rpicate@gmail.com>
TO: undisclosed-recipients:;
BCC: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/07/2012 12:36

SUBJECT: RES: [ciencialist] 27/07/2012 - 08h35 Editor da revista "Skeptical Inquirer" participa de debate hoje, na Folha
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/07/2012 17:07

Bom para quem tem interesse e está em Sampa.

Seria esperar demais que a Folha disponibilize a entrevista, em forma escrita ou vídeo?

 

Sds,

Victor

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Rafael Picate
Enviada em: sexta-feira, 27 de julho de 2012 12:37
Para: undisclosed-recipients:
Assunto: [ciencialist] 27/07/2012 - 08h35 Editor da revista "Skeptical Inquirer" participa de debate hoje, na Folha

 

 


SUBJECT: Re: [ciencialist] Vou embora para Atlantis.
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/07/2012 13:16

Ola Hélio,

Obrigado!! Mas eu sempre fico até com receio de perguntar, pois sempre acho as perguntas meio bobas....

Outra, por exemplo : o que acontece com o mundo quântico em um big-rip, qdo até o espaço se "rasgar" (alias, até hj nao consegui entender o que significa isso) ? as funções de onda deixam de existir ? O principio da incerteza tb ? E a função de onda do  Universo?

Mais outra : existe algo análogo a função de onda para o espaço, o tempo ou o espaço-tempo ?

Abs
Felipe

De: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quarta-feira, 25 de Julho de 2012 14:32
Assunto: Re: [ciencialist] Vou embora para Atlantis.

 
Felipe,
 
Você tem sempre a pergunta certa!
Parabéns!!
 
Outra pergunta é: Quem gera esta tal "energia"???
 
Hélio

De: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quarta-feira, 25 de Julho de 2012 13:14
Assunto: Re: [ciencialist] Vou embora para Atlantis.
 

Ola Victor,

Mas e depois disso ? O que vai acontecer com a Energia escura ?

Abs
Felipe



De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 25 de Julho de 2012 12:21
Assunto: [ciencialist] Vou embora para Atlantis.
 
Olá,
 
 
 Relata trabalho de cientistas chineses em cosmologia.
 
Tenho a ligeira impressão de que não estaremos mais por aqui quando o Universo pifar...após esses “poucos” 16,7 bi que restam.
 “Os pesquisadores chineses criaram uma nova parametrização - que chamaram de Ma-Zhang - e a combinaram a um método (chamado de Monte Carlo via Cadeias de Markov) para chegar à conclusão de que, com o que sabemos da energia escura e no pior cenário possível, o universo ainda tem 16,7 bilhões de anos.
Seguindo o cenário do Big Rip, a força de repulsão da energia escura irá aos poucos superar as demais forças, como a gravidade. As estrelas e planetas iriam perder a ligação e acabariam por se afastar. Conforme os chineses, as estrelas da Via Láctea iriam se separar cerca de 32,9 milhões de anos antes do Big Rip. Dois meses antes do fim, a Terra perderia sua ligação com o Sol. Faltando cinco dias, a Lua nos deixaria. Somente 28 minutos antes de tudo acabar, o Sol seria destruído. Nos últimos minutos, quando faltarem apenas 16 para a Grande Ruptura, a Terra vai explodir. Por fim, as próprias ligações entre átomos e partículas não vão mais suportar e assim terá acabado o universo. Ainda bem que falta muito tempo.”
 
Sds,
Victor.
 
 



SUBJECT: RES: [ciencialist] Ondas Gravitacionais (ex-Occam's Razor and the Special Theory of Relativity)
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/07/2012 11:53

“E ai', qdo vc clica, em vez aparecer um texto academico-burocratico chato, tem
um fantastico video de cerca de 20 minutos, cheio de animacoes graficas e com...”

 

Realmente,  o vídeo é bacana mesmo. Muito instrutivo. O leigo ficará com um conhecimento aceitável.

 

Não sabia que o Brasil estava nesse nível de trabalho, no que se refere a ondas gravitacionais.

 

Esperemos que seja como o narrador afirma: ao fim e ao cabo, as ondas gravitacionais, no momento ainda não detectadas e sem uma perspectiva clara de seu uso em  escala, mesmo que modesta, sejam, realmente, como as ondas eletromagnéticas que, hás uns 130 anos, não se sabia qual seria sua utilidade. Que, vemos hoje, são essenciais. Não se vive mais sem isso.

 

Mas, e sempre tem um mas, a diferença “sutil” entre uma coisa e outra é: enquanto que com simples e pouco e custosas ações, podemos produzir OEM, para diferentes usos, para produzir ondas gravitacionais, num nível a alguma aplicação, precisamos chacoalhar coisas como:   planetas, buracos negros...

E parece-me que isto não é muito fácil de fazer não!...

 

Brincadeira à parte, nossos pesquisadores estão de parabéns, pelo esforço e pela dedicação.

 

Sds,

Victor.



 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Eduardo Torres
Enviada em: segunda-feira, 30 de julho de 2012 15:56
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Ondas Gravitacionais (ex-Occam's Razor and the Special Theory of Relativity)

 

 

Pegando esse gancho do Takata:

A recem-lancada no Brasil biografia de Stephen Hawking por Kitty Ferguson fala
de quatro projetos existentes de deteccao de ondas gravitacionais, q Kip Thorne
considera os mais promissores:

LIGO, GEO, VIRGO e LISA.

LIGO: Laser Interferometer Gravitational Wave Observatory (Observatório de Ondas
Gravitacionais por Interferômetro Laser) é um projeto fundado em 1992 por Kip
Thorne e Ronald Drever da Caltech e Rainer Weiss da MIT, patrocinado pela
National Science Foundation (NSF) dos EUA ao custo de US$365 milhões (em 2002).
Um grupo internacional de 400 cientistas de cerca de 40 instituições trabalha
analisando os dados do LIGO.

GEO: O GEO 600 é um detector de ondas gravitacionais localizado nas imediacoes
de Sarstedt, na Alemanha. Este instrumento, ja' em operacao, que vai se juntar a
um futuro detector interferométrico na mesma unidade, são alguns dos mais
sensíveis detectores de ondas gravitacionais já projetados. Eles foram
concebidos para detectar as mudanças relativas na distância da ordem de uma
parte em 10^21 partes, o q equivale ao tamanho de um único átomo comparado com a
distância do Sol à Terra. O GEO 600 é capaz de detectar ondas gravitacionais na
freqüência entre 50 Hz a 1,5 kHz. A construção do projeto começou em 1995.

VIRGO: VIRGO é um detector de ondas gravitacionais localizado na area do EGO
(European Gravitacional Observatory) em Cascina, na Itália. VIRGO é um enorme
interferômetro Michelson a laser, feito de dois braços ortogonais, cada um com
três quilômetros de extensão. Reflexões múltiplas entre espelhos localizados nas
extremidades de cada braço estendem o comprimento otico efetivo de cada braço a
até 120 km. VIRGO pode detectar ondas gravitacionais em frequências de 10 hertz
a 10 kilohertz. Nesta escala, e com a alta sensibilidade do sistema, VIRGO deve
permitir a detecção de radiação gravitacional produzida por supernovas e por
coalescência de sistemas binários na Via Láctea e em galáxias externas, como o
aglomerado de Virgem.
A construcao de VIRGO foi concluída em junho de 2003, e iniciou sua operacao em
maio de 2007.

LISA: Laser Interferometer Space Antenna é um projeto que visa enviar ao espaco
um interferometro a laser para detectar e medir com precisão as ondas
gravitacionais a partir de fontes astronômicas. Não é atualmente financiado por
nenhuma agência espacial, no entanto, uma missão de teste do projeto, o LISA
Pathfinder, projetado para demonstrar a tecnologia necessária para uma missão
completa bem sucedida, está prevista para lançamento em 2014. O LISA foi
inicialmente acordado para ser um projeto conjunto da NASA com a ESA (Agência
Espacial Europeia), mas em 2011, com a crise economica e a reducao de orcamento,
a NASA anunciou sua desistencia do projeto. A ESA inicialmente anunciou q
tocaria sozinha o LISA, e fez uma revisão completa da missão, rebatizando-a de
New (ou Next) Gravitational Wave Observatory (NGO). Mas a crise tb envolveu a
ESA e o NGO teve q disputar verba com mais dois projetos espaciais europeus
classe-L (grandes missoes). E perdeu. A ESA vai executar primeiro o projeto
Jupiter Icy Moon Explorer (JUICE), q vai explorar mais detidamente Europa,
talvez o unico ponto do Sistema Solar onde pode haver agua liquida e
possibilidade de vida extraterrestre. O LISA (ou agora NGO) devera' ser o
proximo projeto classe-L da ESA, ainda sem prazo. Se e quando lançado, o
LISA/NGO será o primeiro detector de ondas gravitacionais localizado no espaco,
e irá medir essas ondas usando interferometria laser para monitorar as
flutuações nas distâncias relativas entre três dispositivos, q serao lancados
junto com o detector, e q ficarao dispostos num triangulo equilátero com lados
de 5 milhões de quilômetros, em orbita do Sol. LISA/NGO detectara' oscilacoes
nas distancias entre os dispositivos causadas por ondas gravitacionais. LISA/NGO
será sensível a ondas na faixa de freqüência entre 0,03 milihertz a 100
milihertz, incluindo sinais de buracos negros no centro de galáxias, ou que
consomem pequenos objetos compactos em estrelas binarias em nossa galáxia, e
possivelmente de outras fontes de origem cosmológica, como a fase muito inicial
do Big Bang, e objetos astrofísicos ainda especulativos como cordas cósmicas.

Mas esses quatro nao sao os unicos.

Outros projetos de deteccao de ondas gravitacionais / gravitons existentes (e citados na internet):

TAMA (Japao - interferometro de 300 m)

AIGO (Australia)

ALLEGRO (EUA)

AURIGA (Italia)

EXPLORER (Italia)

NIOBE (Australia)

MiniGRAIL (Holanda)

GRAVITON (Brasil)

Brasil?

:-O

Pois e', Brasil.

Sobre esse ultimo: O primeiro experimento de gravitação brasileiro entrou em
operação em de setembro de 2006 no Instituto de Física da USP, em São Paulo. O
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) participa do Projeto Gráviton
junto com outras quatro instituições - USP, ITA, UNICAMP e CEFET-SP. O detector
de ondas gravitacionais do Projeto Graviton foi batizado de Mario Schenberg. Os
pesquisadores brasileiros desenvolveram a tecnologia para a construção de um
telessensor de forma esferoidal (chamada antena esférica). O nome foi uma
homenagem a um dos pioneiros da Física Teórica e da Astrofísica moderna no
Brasil, que no início da década de 40 trabalhou nos Estados Unidos ao lado de
George Gamow e Subramanyan Chandrasekhar. O detector Schenberg foi construido
para o estudo da emissão de ondas gravitacionais por fontes astrofísicas -
buracos negros e estrelas de nêutrons.

Encontrei pouquissimas referencias a esse detector brasileiro na internet desde
2006, mas mes passado foi apresentada a seguinte palestra no INPE falando dele:

---------------

SEMINARISTA: Carlos Filipe Da Silva Costa - INPE/DAS
DATA: 26/06/2012
LOCAL: INPE - Auditório do Prédio CEA II
HORA: 15:00h
ASTRONEWS: Reinaldo Caraça

TÍTULO: Spherical gravitational wave detectors: Low latency data analysis.

RESUMO: Both detectors, Mario Schenberg (Brazil) [1] and MiniGRAIL (Netherlands)
[2], share almost the same features. Spherical detectors present the possibility
of multichannel analysis and therefore they are able to determine gravitational
wave direction and polarisation. This was already shown in the offline data
analysis pipeline developed for MiniGRAIL [3,4]. This pipeline could be applied
with minor changes to Mario Schenberg. Presently, we are developing a low
latency data analysis able to determine the direction of high SNR bursts.
Triggers are vetoed to reduce the false alarm rate. The method is tested on
simulated data. A simulator for Mario Schenberg was already developed [5]. We
present here the low latency method and preliminary results.

The Mario Schenberg's transducers have been redesigned to improve the
sensibility and a new commissioning run is planned by the end of the year. Its
new status will be also briefly commented.

-----------

Parece q o Detector Esferico Schenberg parou e esta' sendo reformado. A volta aa
operacao e' prometida para o fim desse ano.

Descobri depois dessa pesquisa q q meu cunhado fisico conhece e e' amigo ha' anos do criador e lider do
Projeto Graviton, o Odylio Aguiar, do INPE.

Qdo perguntei por que nunca havia me contado isso, ele respondeu q nao achou q
eu tivesse interesse em saber!

:-O

Caspite!

:-(

E ele sabe q sou fan de FC!

;-)

Mas tudo bem, perdoei-o no melhor espirito cristao...

;-)

Ele me contou que encontra o Odylio frequentemente em eventos de Fisica no
Brasil, a maioria deles em Campos do Jordão, e alguns no exterior. Disse q
conheceu o Odylio em 1996 numa conferência cientifica em Florença e voltaram
juntos ao Brasil no mesmo avião.

Ele acha o Odylio um sujeito corajoso, porque dedicou a vida a esse projeto, no
qual trabalha há mais de 20 anos, num país com fraca tradição em física
experimental de fronteira e com um parque industrial não muito avançado.

Descreveu q ele tem tocado esse projeto desde pelo menos 1990, no início
praticamente sozinho, mas ultimamente criou um pequeno grupo que trabalha com
ele. (O palestrante do INPE que eu citei na minha msg anterior e' ex-aluno de
doutorado do Odylio).

Ele confirmou q o Brasil tem ciência de fronteira como essa, a maioria
totalmente desconhecida do público em geral. E nao ficou surpreso de q eu nunca
tivesse ouvido falar.

Sobre os outros projetos de ondas gravitacionais, ele acha q não dá para
comparar, porque são projetos com centenas de pesquisadores, apoio governamental
exclusivo e centenas de milhões dólares, além de serem projetos internacionais.

Ele acrescentou q nao pode falar muito mais sobre eles porque não e'
especialista em ondas gravitacionais, mas disse q cada uma dessas "antenas"
pode, em princípio, detectar ondas geradas por fenômenos diferentes. Assim,
segundo ele sabe, o LISA está mais propenso a detectar ondes geradas em
explosões de supernovas, enqto outras são mais sensíveis a ondas geradas por
estrelas de nêutrons em altíssima rotação. Há coisas mais exóticas, como colisão
de buracos negros. Cada uma delas tem uma configuração apropriada ao tipo de
polarização da onda que, pensa-se, seria gerada por cada um desses objetos.

Mas, prossegue, a realidade nua a crua é que até agora nada foi detectado com
confirmação. Os eventos são raros e as ondas muito fracas. Mas registra q o
pessoal que trabalha nisso tem um ânimo contagiante.

Ele confessou q uma vez pensou em se dedicar a esse problema de ondas
gravitacionais, mas abandonou a ideia porque achou que iria ficar fazendo um
trabalho ou muito téorico ou então virar um verdadeiro engenheiro eletrônico,
pois é preciso muita eletronica para construir um detetor desses. Como, segundo
ele, nada disso era sua praia, decidiu se dedicar a outras coisas.

Ele concluiu dizendo q, se o Odylio conseguir fazer o seu detector funcionar e
de fato detectar algo, vai merecer ser aplaudido de pé por no mínimo a sua
perseverança.

Agora q sabia onde procurar, ja' achei o Graviton no Diretorio dos Grupos de
Pesquisa no Brasil do CNPq em:

http://dgp.cnpq.br/buscaoperacional/detalhegrupo.jsp?grupo=0087100JDBPQQV

(esta' toda a equipe de pesquisa la').

O site do INPE e' bem mais informativo sobre o Graviton q o da USP (q nem o
cita):

http://www.inpe.br/

Nesse site tem um link de Observacoes Astronomicas q abre imediatamente um menu
de links onde esta' o do Detector de Ondas Gravitacionais:

http://www.das.inpe.br/video/

E ai', qdo vc clica, em vez aparecer um texto academico-burocratico chato, tem
um fantastico video de cerca de 20 minutos, cheio de animacoes graficas e com
musica, contando para o publico geral, de modo didatico e compreensivel, toda a
essencia da pesquisa sobre ondas gravitacionais desde a publicacao da RG por
Einstein ate' os dias de hoje, e explicando em linhas gerais como funcionam
detectores esfericos de OG e especificamente o Detector Schenberg, e
comparando-os com as tecnologias adotadas em outros projetos mais caros.

(Existem so' dois no mundo, o Graviton brasileiro e o MiniGrail holandes - cuja
esfera de bronze super-precisa foi fundida no Brasil -, e hoje teem a
desvantagem de terem amplitude deteccao restrita em relacao aos detectores
interferometricos, mas a vantagem de custarem poucos milhoes de dolares (o
Graviton custou US$ 1 milhao), enquanto os outros custam centenas de milhoes de
dolares - o Brasil lidera a pesquisa de criar sistemas e algoritmos de
processamento de dados q permitam estender a amplitude de deteccao dos
detectores esfericos - se esse trabalho for bem sucedido, os detectores
esfericos podem se tornar uma 'killer technology' de deteccao de ondas
gravitacionais, pois custam da ordem de 1% dos interferometricos).

Esse video do INPE e' uma verdadeira aula muito bem feita e q desperta a atencao e o interesse do
espectador, mesmo daqueles sem maior conhecimento da area.

No final aparece o registro q a producao do video foi paga pela FAPESP.

Ponto p/ o INPE em comunicacao!

Recomendo a todos os colegas da lista!

E ate' disse ao meu cunhado q pode cumprimentar em meu nome o Odylio pela otima
qualidade do meio de divulgacao do projeto para o grande publico (pena q
atrave's de um canal de acesso restrito como um link num site de um instituto
cientifico, q quase ninguem fora da area academica deve clicar).

Comentei com meu cunhado q o Odylio devia mostrar esse video ao pessoal da
Globonews e da Globo aberta, pra eles fazerem um programa do Globonews
Tecnologia ou do Globo Ciencia sobre o Graviton!

Iam dar ibope!

:-)

Abs,
Eduardo Torres

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "roberto" <roberto.takata@...> escreveu
>
> Nope. É um experimento pra tentar captar ondas gravitacionais. Não pra testar a hipótese do éter.
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Nikola Tesla <pontozero36@>
> > Opa, o que é isto?? Caltech e MIT fazendo uma versão moderna do
> > experimento de Michelson-Morley? (Vejam os links de JOSE RUIZ).
> > Porque será?
>


SUBJECT: Ondas Gravitacionais (ex-Occam's Razor and the Special Theory of Relativity)
FROM: "Eduardo Torres" <dudutorres@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/07/2012 11:56

Pegando esse gancho do Takata:

A recem-lancada no Brasil biografia de Stephen Hawking por Kitty Ferguson fala
de quatro projetos existentes de deteccao de ondas gravitacionais, q Kip Thorne
considera os mais promissores:

LIGO, GEO, VIRGO e LISA.

LIGO: Laser Interferometer Gravitational Wave Observatory (Observatório de Ondas
Gravitacionais por Interferômetro Laser) é um projeto fundado em 1992 por Kip
Thorne e Ronald Drever da Caltech e Rainer Weiss da MIT, patrocinado pela
National Science Foundation (NSF) dos EUA ao custo de US$365 milhões (em 2002).
Um grupo internacional de 400 cientistas de cerca de 40 instituições trabalha
analisando os dados do LIGO.

GEO: O GEO 600 é um detector de ondas gravitacionais localizado nas imediacoes
de Sarstedt, na Alemanha. Este instrumento, ja' em operacao, que vai se juntar a
um futuro detector interferométrico na mesma unidade, são alguns dos mais
sensíveis detectores de ondas gravitacionais já projetados. Eles foram
concebidos para detectar as mudanças relativas na distância da ordem de uma
parte em 10^21 partes, o q equivale ao tamanho de um único átomo comparado com a
distância do Sol à Terra. O GEO 600 é capaz de detectar ondas gravitacionais na
freqüência entre 50 Hz a 1,5 kHz. A construção do projeto começou em 1995.

VIRGO: VIRGO é um detector de ondas gravitacionais localizado na area do EGO
(European Gravitacional Observatory) em Cascina, na Itália. VIRGO é um enorme
interferômetro Michelson a laser, feito de dois braços ortogonais, cada um com
três quilômetros de extensão. Reflexões múltiplas entre espelhos localizados nas
extremidades de cada braço estendem o comprimento otico efetivo de cada braço a
até 120 km. VIRGO pode detectar ondas gravitacionais em frequências de 10 hertz
a 10 kilohertz. Nesta escala, e com a alta sensibilidade do sistema, VIRGO deve
permitir a detecção de radiação gravitacional produzida por supernovas e por
coalescência de sistemas binários na Via Láctea e em galáxias externas, como o
aglomerado de Virgem.
A construcao de VIRGO foi concluída em junho de 2003, e iniciou sua operacao em
maio de 2007.

LISA: Laser Interferometer Space Antenna é um projeto que visa enviar ao espaco
um interferometro a laser para detectar e medir com precisão as ondas
gravitacionais a partir de fontes astronômicas. Não é atualmente financiado por
nenhuma agência espacial, no entanto, uma missão de teste do projeto, o LISA
Pathfinder, projetado para demonstrar a tecnologia necessária para uma missão
completa bem sucedida, está prevista para lançamento em 2014. O LISA foi
inicialmente acordado para ser um projeto conjunto da NASA com a ESA (Agência
Espacial Europeia), mas em 2011, com a crise economica e a reducao de orcamento,
a NASA anunciou sua desistencia do projeto. A ESA inicialmente anunciou q
tocaria sozinha o LISA, e fez uma revisão completa da missão, rebatizando-a de
New (ou Next) Gravitational Wave Observatory (NGO). Mas a crise tb envolveu a
ESA e o NGO teve q disputar verba com mais dois projetos espaciais europeus
classe-L (grandes missoes). E perdeu. A ESA vai executar primeiro o projeto
Jupiter Icy Moon Explorer (JUICE), q vai explorar mais detidamente Europa,
talvez o unico ponto do Sistema Solar onde pode haver agua liquida e
possibilidade de vida extraterrestre. O LISA (ou agora NGO) devera' ser o
proximo projeto classe-L da ESA, ainda sem prazo. Se e quando lançado, o
LISA/NGO será o primeiro detector de ondas gravitacionais localizado no espaco,
e irá medir essas ondas usando interferometria laser para monitorar as
flutuações nas distâncias relativas entre três dispositivos, q serao lancados
junto com o detector, e q ficarao dispostos num triangulo equilátero com lados
de 5 milhões de quilômetros, em orbita do Sol. LISA/NGO detectara' oscilacoes
nas distancias entre os dispositivos causadas por ondas gravitacionais. LISA/NGO
será sensível a ondas na faixa de freqüência entre 0,03 milihertz a 100
milihertz, incluindo sinais de buracos negros no centro de galáxias, ou que
consomem pequenos objetos compactos em estrelas binarias em nossa galáxia, e
possivelmente de outras fontes de origem cosmológica, como a fase muito inicial
do Big Bang, e objetos astrofísicos ainda especulativos como cordas cósmicas.

Mas esses quatro nao sao os unicos.

Outros projetos de deteccao de ondas gravitacionais / gravitons existentes (e citados na internet):

TAMA (Japao - interferometro de 300 m)

AIGO (Australia)

ALLEGRO (EUA)

AURIGA (Italia)

EXPLORER (Italia)

NIOBE (Australia)

MiniGRAIL (Holanda)

GRAVITON (Brasil)

Brasil?

:-O

Pois e', Brasil.

Sobre esse ultimo: O primeiro experimento de gravitação brasileiro entrou em
operação em de setembro de 2006 no Instituto de Física da USP, em São Paulo. O
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) participa do Projeto Gráviton
junto com outras quatro instituições - USP, ITA, UNICAMP e CEFET-SP. O detector
de ondas gravitacionais do Projeto Graviton foi batizado de Mario Schenberg. Os
pesquisadores brasileiros desenvolveram a tecnologia para a construção de um
telessensor de forma esferoidal (chamada antena esférica). O nome foi uma
homenagem a um dos pioneiros da Física Teórica e da Astrofísica moderna no
Brasil, que no início da década de 40 trabalhou nos Estados Unidos ao lado de
George Gamow e Subramanyan Chandrasekhar. O detector Schenberg foi construido
para o estudo da emissão de ondas gravitacionais por fontes astrofísicas -
buracos negros e estrelas de nêutrons.

Encontrei pouquissimas referencias a esse detector brasileiro na internet desde
2006, mas mes passado foi apresentada a seguinte palestra no INPE falando dele:

---------------

SEMINARISTA: Carlos Filipe Da Silva Costa - INPE/DAS
DATA: 26/06/2012
LOCAL: INPE - Auditório do Prédio CEA II
HORA: 15:00h
ASTRONEWS: Reinaldo Caraça

TÍTULO: Spherical gravitational wave detectors: Low latency data analysis.

RESUMO: Both detectors, Mario Schenberg (Brazil) [1] and MiniGRAIL (Netherlands)
[2], share almost the same features. Spherical detectors present the possibility
of multichannel analysis and therefore they are able to determine gravitational
wave direction and polarisation. This was already shown in the offline data
analysis pipeline developed for MiniGRAIL [3,4]. This pipeline could be applied
with minor changes to Mario Schenberg. Presently, we are developing a low
latency data analysis able to determine the direction of high SNR bursts.
Triggers are vetoed to reduce the false alarm rate. The method is tested on
simulated data. A simulator for Mario Schenberg was already developed [5]. We
present here the low latency method and preliminary results.

The Mario Schenberg's transducers have been redesigned to improve the
sensibility and a new commissioning run is planned by the end of the year. Its
new status will be also briefly commented.

-----------

Parece q o Detector Esferico Schenberg parou e esta' sendo reformado. A volta aa
operacao e' prometida para o fim desse ano.

Descobri depois dessa pesquisa q q meu cunhado fisico conhece e e' amigo ha' anos do criador e lider do
Projeto Graviton, o Odylio Aguiar, do INPE.

Qdo perguntei por que nunca havia me contado isso, ele respondeu q nao achou q
eu tivesse interesse em saber!

:-O

Caspite!

:-(

E ele sabe q sou fan de FC!

;-)

Mas tudo bem, perdoei-o no melhor espirito cristao...

;-)

Ele me contou que encontra o Odylio frequentemente em eventos de Fisica no
Brasil, a maioria deles em Campos do Jordão, e alguns no exterior. Disse q
conheceu o Odylio em 1996 numa conferência cientifica em Florença e voltaram
juntos ao Brasil no mesmo avião.

Ele acha o Odylio um sujeito corajoso, porque dedicou a vida a esse projeto, no
qual trabalha há mais de 20 anos, num país com fraca tradição em física
experimental de fronteira e com um parque industrial não muito avançado.

Descreveu q ele tem tocado esse projeto desde pelo menos 1990, no início
praticamente sozinho, mas ultimamente criou um pequeno grupo que trabalha com
ele. (O palestrante do INPE que eu citei na minha msg anterior e' ex-aluno de
doutorado do Odylio).

Ele confirmou q o Brasil tem ciência de fronteira como essa, a maioria
totalmente desconhecida do público em geral. E nao ficou surpreso de q eu nunca
tivesse ouvido falar.

Sobre os outros projetos de ondas gravitacionais, ele acha q não dá para
comparar, porque são projetos com centenas de pesquisadores, apoio governamental
exclusivo e centenas de milhões dólares, além de serem projetos internacionais.

Ele acrescentou q nao pode falar muito mais sobre eles porque não e'
especialista em ondas gravitacionais, mas disse q cada uma dessas "antenas"
pode, em princípio, detectar ondas geradas por fenômenos diferentes. Assim,
segundo ele sabe, o LISA está mais propenso a detectar ondes geradas em
explosões de supernovas, enqto outras são mais sensíveis a ondas geradas por
estrelas de nêutrons em altíssima rotação. Há coisas mais exóticas, como colisão
de buracos negros. Cada uma delas tem uma configuração apropriada ao tipo de
polarização da onda que, pensa-se, seria gerada por cada um desses objetos.

Mas, prossegue, a realidade nua a crua é que até agora nada foi detectado com
confirmação. Os eventos são raros e as ondas muito fracas. Mas registra q o
pessoal que trabalha nisso tem um ânimo contagiante.

Ele confessou q uma vez pensou em se dedicar a esse problema de ondas
gravitacionais, mas abandonou a ideia porque achou que iria ficar fazendo um
trabalho ou muito téorico ou então virar um verdadeiro engenheiro eletrônico,
pois é preciso muita eletronica para construir um detetor desses. Como, segundo
ele, nada disso era sua praia, decidiu se dedicar a outras coisas.

Ele concluiu dizendo q, se o Odylio conseguir fazer o seu detector funcionar e
de fato detectar algo, vai merecer ser aplaudido de pé por no mínimo a sua
perseverança.

Agora q sabia onde procurar, ja' achei o Graviton no Diretorio dos Grupos de
Pesquisa no Brasil do CNPq em:

http://dgp.cnpq.br/buscaoperacional/detalhegrupo.jsp?grupo=0087100JDBPQQV

(esta' toda a equipe de pesquisa la').

O site do INPE e' bem mais informativo sobre o Graviton q o da USP (q nem o
cita):

http://www.inpe.br/

Nesse site tem um link de Observacoes Astronomicas q abre imediatamente um menu
de links onde esta' o do Detector de Ondas Gravitacionais:

http://www.das.inpe.br/video/

E ai', qdo vc clica, em vez aparecer um texto academico-burocratico chato, tem
um fantastico video de cerca de 20 minutos, cheio de animacoes graficas e com
musica, contando para o publico geral, de modo didatico e compreensivel, toda a
essencia da pesquisa sobre ondas gravitacionais desde a publicacao da RG por
Einstein ate' os dias de hoje, e explicando em linhas gerais como funcionam
detectores esfericos de OG e especificamente o Detector Schenberg, e
comparando-os com as tecnologias adotadas em outros projetos mais caros.

(Existem so' dois no mundo, o Graviton brasileiro e o MiniGrail holandes - cuja
esfera de bronze super-precisa foi fundida no Brasil -, e hoje teem a
desvantagem de terem amplitude deteccao restrita em relacao aos detectores
interferometricos, mas a vantagem de custarem poucos milhoes de dolares (o
Graviton custou US$ 1 milhao), enquanto os outros custam centenas de milhoes de
dolares - o Brasil lidera a pesquisa de criar sistemas e algoritmos de
processamento de dados q permitam estender a amplitude de deteccao dos
detectores esfericos - se esse trabalho for bem sucedido, os detectores
esfericos podem se tornar uma 'killer technology' de deteccao de ondas
gravitacionais, pois custam da ordem de 1% dos interferometricos).

Esse video do INPE e' uma verdadeira aula muito bem feita e q desperta a atencao e o interesse do
espectador, mesmo daqueles sem maior conhecimento da area.

No final aparece o registro q a producao do video foi paga pela FAPESP.

Ponto p/ o INPE em comunicacao!

Recomendo a todos os colegas da lista!

E ate' disse ao meu cunhado q pode cumprimentar em meu nome o Odylio pela otima
qualidade do meio de divulgacao do projeto para o grande publico (pena q
atrave's de um canal de acesso restrito como um link num site de um instituto
cientifico, q quase ninguem fora da area academica deve clicar).

Comentei com meu cunhado q o Odylio devia mostrar esse video ao pessoal da
Globonews e da Globo aberta, pra eles fazerem um programa do Globonews
Tecnologia ou do Globo Ciencia sobre o Graviton!

Iam dar ibope!

:-)

Abs,
Eduardo Torres

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "roberto" <roberto.takata@...> escreveu
>
> Nope. É um experimento pra tentar captar ondas gravitacionais. Não pra testar a hipótese do éter.
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Nikola Tesla <pontozero36@>
> > Opa, o que é isto?? Caltech e MIT fazendo uma versão moderna do
> > experimento de Michelson-Morley? (Vejam os links de JOSE RUIZ).
> > Porque será?
>



SUBJECT: buracos negros e materia escura
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: ListadeCiência <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/07/2012 01:21

PEssoal,

existem  buracos negros de materia escura?

abs

SUBJECT: Re: buracos negros e materia escura
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/07/2012 13:45

Ninguém sabe. Mas, como os buracos negros supermassivos no centro das galáxias não se correlacionam com a quantidade medida do halo de matéria escura no entorno galáctico, é lícito imaginar que matéria escura não se concentre para formar buracos negros. O único mecanismo conhecido, é o do colpaso de estrelas massivas.

http://www.sciencedaily.com/releases/2011/01/110120073654.htm
---------

[]s,

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...> escreveu
>
> PEssoal,
>
> existem  buracos negros de materia escura?
>
> abs
>



SUBJECT: Como levar um homem à loucura (ou: Os Erros de Einstein)
FROM: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/07/2012 18:46


Não sei se alguém já comentou nesta lista sobre o
livro "Os Erros de Einstein", de Hans C. Ohanian, editora Larousse,
publicado no Brasil em 2009...

Parece ser um livro bem interessante. Não se trata de um livro
contra as teorias de Einstein, como a princípio o título pode induzir
a crer. O autor trata dos erros que Einstein cometeu ao elaborar
suas teorias (Especial e Geral) e que, segundo o autor, outros
teóricos tiveram que corrigir posteriormente. Os erros tratados
no livros são aqueles inerentes à própria obra de Einstein, e não
uma constestação à validade de sua teoria como um todo.

Logo no início do livro é contado um interessante episódio ocorrido
com o velejador Donald Crowhurst (um engenheiro elétrico,
participando de uma regata ao redor do mundo), que que mais parece
o enredo de um conto de Edgard Alan Poe.

O navegador, solitário em seu barco, levou uma obra de Einstein
(Relatividade - A Teoria Especial e a Geral - de 1917),
para matar o tempo nos dias em que a ausência de vento o impedia
de prosseguir pelo oceano e... bem, leiam vocês mesmos como foi
funesto destino de Crowhurst, nas seguintes páginas, retiradas do
início do livro.

Paulo


Capa:
http://img822.imageshack.us/img822/3946/01capa.jpg

Contracapa:
http://img715.imageshack.us/img715/2245/02contracapa.jpg

Orelha 1:
http://img13.imageshack.us/img13/3122/03orelha1.jpg

Orelha 2:
http://img404.imageshack.us/img404/9959/04orelha2.jpg

Página 11:
http://img829.imageshack.us/img829/7021/05pagina11.jpg

Página 12:
http://img341.imageshack.us/img341/9969/06pagina12.jpg

Página 13:
http://img577.imageshack.us/img577/197/07pagina13.jpg

Página 15:
http://img100.imageshack.us/img100/1593/08pagina15.jpg

Página 16:
http://img33.imageshack.us/img33/2024/09pagina16.jpg

Página 17:
http://img39.imageshack.us/img39/5902/10pagina17.jpg

Página 18:
http://img16.imageshack.us/img16/2567/11pagina18.jpg

Página 19:
http://img832.imageshack.us/img832/7925/12pagina19.jpg

Página 20:
http://img849.imageshack.us/img849/6990/13pagina20.jpg




SUBJECT: Re: [ciencialist] Como levar um homem à loucura (ou: Os Erros de Einstein)
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
CC: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
DATE: 31/07/2012 22:31

Li recentemente a versão em inglês ("Einstein's mistakes", que está mais
para "Os enganos de Einstein"). Achei interessante, embora o autor pegue
meio pesado em alguns trechos. Esse trecho do navegador solitário,
especificamente, achei um exagero desnecessário.

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 31/07/2012 18:46, psdias2 escreveu:
> Não sei se alguém já comentou nesta lista sobre o
> livro "Os Erros de Einstein", de Hans C. Ohanian, editora Larousse,
> publicado no Brasil em 2009...
>
> Parece ser um livro bem interessante. Não se trata de um livro
> contra as teorias de Einstein, como a princípio o título pode induzir
> a crer. O autor trata dos erros que Einstein cometeu ao elaborar
> suas teorias (Especial e Geral) e que, segundo o autor, outros
> teóricos tiveram que corrigir posteriormente. Os erros tratados
> no livros são aqueles inerentes à própria obra de Einstein, e não
> uma constestação à validade de sua teoria como um todo.
>
> Logo no início do livro é contado um interessante episódio ocorrido
> com o velejador Donald Crowhurst (um engenheiro elétrico,
> participando de uma regata ao redor do mundo), que que mais parece
> o enredo de um conto de Edgard Alan Poe.
>
> O navegador, solitário em seu barco, levou uma obra de Einstein
> (Relatividade - A Teoria Especial e a Geral - de 1917),
> para matar o tempo nos dias em que a ausência de vento o impedia
> de prosseguir pelo oceano e... bem, leiam vocês mesmos como foi
> funesto destino de Crowhurst, nas seguintes páginas, retiradas do
> início do livro.
>
> Paulo
>
>
> Capa:
> http://img822.imageshack.us/img822/3946/01capa.jpg
>
> Contracapa:
> http://img715.imageshack.us/img715/2245/02contracapa.jpg
>
> Orelha 1:
> http://img13.imageshack.us/img13/3122/03orelha1.jpg
>
> Orelha 2:
> http://img404.imageshack.us/img404/9959/04orelha2.jpg
>
> Página 11:
> http://img829.imageshack.us/img829/7021/05pagina11.jpg
>
> Página 12:
> http://img341.imageshack.us/img341/9969/06pagina12.jpg
>
> Página 13:
> http://img577.imageshack.us/img577/197/07pagina13.jpg
>
> Página 15:
> http://img100.imageshack.us/img100/1593/08pagina15.jpg
>
> Página 16:
> http://img33.imageshack.us/img33/2024/09pagina16.jpg
>
> Página 17:
> http://img39.imageshack.us/img39/5902/10pagina17.jpg
>
> Página 18:
> http://img16.imageshack.us/img16/2567/11pagina18.jpg
>
> Página 19:
> http://img832.imageshack.us/img832/7925/12pagina19.jpg
>
> Página 20:
> http://img849.imageshack.us/img849/6990/13pagina20.jpg
>
>
>
>
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>
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> Página de apoio
> http://www.ciencialist.com
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> ##### ##### ##### #####Links do Yahoo! Grupos
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SUBJECT: Manuscrito Voynich
FROM: "Eduardo Torres" <dudutorres@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/07/2012 22:59

Nao sei se alguem viu um programa do History Channel q passou semana passada sobre o misterioso Manuscrito Voynich.

O programa mostra como em 2009 foi finalmente submetido aa datacao C14 na Universidade do Arizona, q revelou q os pergaminhos q o compoem sao de carneiros mortos entre 1404 e 1438.

Pesquisando depois vi q a Universidade de Chicago comprovou logo depois q a tinta foi aplicada nos pergaminhos pouco tempo apo's terem sido produzidos.

Em resumo, o livro nao e' uma fraude recente, data realmente do inicio do seculo 15.

Ah, o q e' o Manuscrito Voynich?

Bom, e' uma longa historia, q pode ser lida em:

http://en.wikipedia.org/wiki/Voynich_manuscript

O livro foi escrito num alfabeto desconhecido e tem varias 'secoes', uma tratando de plantas, outra de astronomia, outra estranhissima, com tubos e banheiras onde mulheres se banham e com imagens q lembram celulas vistas ao microscopio, outra com frascos parecendo remedios, e uma so' com textos.

Alguns desenhos sao bem trabalhados, outros simplorios.

A tinta e pigmentos e diluentes e aglutinantes usados foram de boa qualidade, pintados com boa tecnica, e ate' hoje sao brilhantes e com cores intensas.

Mas nenhuma planta ou constelacao mostrada foi jamais identificada sem ambiguidade, bem como os demais desenhos.

O unico desenho realista de todo o livro e' um castelo, com ameias em forma de rabo de andorinha, q na epoca de sua elaboracao so' existiam no norte da Italia.

O autor e' desconhecido e o local de sua publicacao e' desconhecido e mesmo sua historia tem pontos obscuros, embora alguns proprietarios tenham sido confirmados.

Desde sua redescoberta em 1912, varios pesquisadoras veem tentando decifrar seu texto sem sucesso.

(Inclusive um brasileiro: Jorge Stolfi da Unicamp).

A análise linguistico-estatística do texto revela padrões semelhantes aos das línguas naturais. Por exemplo, especialistas dizem q a entropia do texto (cerca de 10 bits por palavra) é semelhante aa de textos em inglês ou latim. Algumas palavras ocorrem apenas em determinadas seções, ou em apenas algumas páginas, outras ocorrem em todo o manuscrito. Há muito poucas repetições entre as cerca de mil 'legendas' junto aas ilustrações. Na secao de ervas/plantas, a primeira palavra em cada página ocorre apenas nessa página e pode ser o nome da planta.
 
Por outro lado, a 'linguagem' do manuscrito Voynich é muito diferente de línguas européias em vários aspectos. Em primeiro lugar, praticamente não há palavras com mais de dez caracteres, e também existem poucas palavras com um ou dois caracteres. A distribuição de letras dentro da palavra também é bastante peculiar: alguns caracteres apenas ocorrem no início de uma palavra, alguns apenas no final, e alguns sempre no meio. Tb parece q nao tem vogais identificaveis. Isso ocorre em alfabetos semiticos (arabe ou hebreu), mas nao em alfabetos latinos ou cirilicos. Ate' o chines e vietnamita foram avaliados como possiveis linguas em q estaria escrito o texto no estranho alfabeto 'voyniche^s'.
 
O texto parece ser mais repetitivo do que as típicas línguas europeias, e há casos em que a mesma palavra aparece até três vezes seguidas (numeros por escrito?). Palavras que diferem apenas por uma letra também se repetem com freqüência incomum.

Interessante q certas caracteristicas do texto so' sao percebidas com tecnicas modernas, e, se for um hoax, esse efeito parece ser improvavel de ter sido criado propositalmente por um autor do sec. 15.

Em 2004 a Scientific American publicou um artigo de um pesquisador q divisou um metodo (existente na era medieval) q poderia gerar um texto com a caracteristica geral do Voynich, mas algumas propriedades do Voynich nao poderiam ser obtidas desse modo.

As duas principais hipoteses sobre o Voynich sao ambas misteriosas:

1-O texto nao tem significado e e' apenas um hoax do seculo 15, feito com objetivo desconhecido. Mas o nivel de detalhe e sofisticacao do texto e dos desenhos e' muito maior do q seria necessario p/um simples hoax (estima-se q levou anos p/ ser feito, e com mao de obra cara de escribas e desenhistas e pintores). Os pergaminhos sao de alta qualidade, inclusive algumas folhas dobradas-quadruplas e dobradas-sextuplas, com grande area, q seriam pergaminhos carissimos e especiais na epoca. Seria um hoax de alto custo, e com detalhes encarecedores q nao seriam percebidos por 'enganados' do sec 15. E o q dizer de similaridades formais com linguagens reais, detectadas so' por tecnicas linguistico-estatisticas modernas, inacessiveis para um hoaxer do seculo 15?

2-O texto nao e' um hoax e tem significado, mas esta' cifrado ou codificado (o alfabeto desconhecido usado e' parte de um codigo) e ha' um texto real numa linguagem natural existente por tra's da versao codificada mostrada no livro. Mas, nesse caso, como o codigo resiste aas mais avancadas tecnicas de decifracao computadorizada aplicadas por especialistas por anos? Como um codigo do sec 15 pode resistir aas tecnicas decriptograficas do sec. 21?

O livro hoje pertence aa Biblioteca Beinecke de livros raros da Universidade de Yale, e pode ser 'folheado' em:

http://beinecke.library.yale.edu/dl_crosscollex/SetsSearchExecXC.asp?srchtype=ITEM

PS: Um detalhe: O livro nao tem nenhuma correcao de texto em suas mais de 200 pgs. Nem ao microscopio aparecem correcoes. Quem o escreveu, escreveu direto, sem errar uma unica letra (muitos acreditam q isso revela uma transcricao de codigo letra a letra, e nao uma escrita de texto fluente).

Abs,
Eduardo Torres



SUBJECT: Entrevista com o matemático Ken Ono
FROM: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/07/2012 23:12

Entrevista com o matemático estadunidense Ken Ono, na revista
"Cálculo número 18" (creio que este número ainda esteja nas bancas):

http://imgur.com/a/sz9NL#0


Paulo


SUBJECT: Em tempo: Manuscrito Voynich
FROM: "Eduardo Torres" <dudutorres@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/07/2012 23:41

Em tempo:

Esse link e' melhor pra 'folhear' o Manuscrito Voynich:

http://archive.org/stream/TheVoynichManuscript/Voynich_Manuscript#page/n13/mode/2up

Abs,
Eduardo Torres



SUBJECT: Re: [ciencialist] Em tempo: Manuscrito Voynich
FROM: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
CC: Eduardo Torres <dudutorres@yahoo.com>
DATE: 01/08/2012 08:24

Eduardo:

> Nao sei se alguem viu um programa do History Channel q passou
> semana passada sobre o misterioso Manuscrito Voynich.

Realmente, muito curiosa essa obra.
O vídeo seria este ?

http://www.youtube.com/watch?v=gQ1aliMJK0g&noredirect=1

Paulo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: buracos negros e materia escura
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/08/2012 09:36

Ola Takata,
 
Dada a sua abundancia, o que impede que a matéria escura interaja gravitacionalmente para formar buracos negros, inclçusive buracos negros "mistos", com a matéria normal ?
 
Outro dia vi uma teoria que achei muito interessante sobre a matéria escura. Pelo que lembro, a matéria escura seria fotons que se movimentariam circularmente em uma quarta dimensão; estes fotons teriam ficados presos dessa forma no início do universo.
 
Só não foi falado pq eles ficaram presos na proporção que "vemos" atualmente.
 
Abs
Felipe

De: roberto <roberto.takata@bol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Terça-feira, 31 de Julho de 2012 13:45
Assunto: [ciencialist] Re: buracos negros e materia escura
 
Ninguém sabe. Mas, como os buracos negros supermassivos no centro das galáxias não se correlacionam com a quantidade medida do halo de matéria escura no entorno galáctico, é lícito imaginar que matéria escura não se concentre para formar buracos negros. O único mecanismo conhecido, é o do colpaso de estrelas massivas.

http://www.sciencedaily.com/releases/2011/01/110120073654.htm
---------

[]s,

Roberto Takata

--- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...> escreveu
>
> PEssoal,
>
> existem  buracos negros de materia escura?
>
> abs
>


SUBJECT: Re: buracos negros e materia escura
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/08/2012 11:13

Sabe-se pouco sobre a matéria escura.

De todo modo, não basta interagir gravitacionalmente para formar buracos negros. A matéria comum, por exemplo, só forma buracos negros em condições severas - não é qq explosão estelar q está destinada a produzir buracos negros.

Alguns especulam q nas condições iniciais do universo, tais condições severas poderiam ser satisfeitas e buracos negros de matéria escura poderiam ter se formado.

http://phys.org/news/2011-12-nasa-satellite-reveal-primordial-black.html
-----------

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...>
> Dada a sua abundancia, o que impede que a matéria escura interaja
> gravitacionalmente para formar buracos negros, inclçusive buracos
> negros "mistos", com a matéria normal ?



SUBJECT: Re: Em tempo: Manuscrito Voynich
FROM: "Eduardo Torres" <dudutorres@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/08/2012 12:10

Daqui nao consigo abrir.
Vou conferir em casa.
Vc viu?

Abs,
Eduardo Torres

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, psdias2 <psdias2@...> escreveu
>
> Eduardo:
>
> > Nao sei se alguem viu um programa do History Channel q passou
> > semana passada sobre o misterioso Manuscrito Voynich.
>
> Realmente, muito curiosa essa obra.
> O vídeo seria este ?
>
> http://www.youtube.com/watch?v=gQ1aliMJK0g&noredirect=1
>
> Paulo
>




SUBJECT: Re: Em tempo: Manuscrito Voynich
FROM: "Eduardo Torres" <dudutorres@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/08/2012 00:20

Vi agora.
Nao, nao era esse o programa, mas tb e' bem interessante.
Esse Gordon Rugg foi o autor de um artigo na SciAm em 2004 mostrando o metodo q usou para criar um texto do tipo Voynich.
Mas analises linguistico-estatisticas indicam q muitas das caracteristicas do texto do Voynich nao poderiam ser criadas por aquela 'grelha'.

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Eduardo Torres" <dudutorres@...> escreveu
>
> Daqui nao consigo abrir.
> Vou conferir em casa.
> Vc viu?
>
> Abs,
> Eduardo Torres
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, psdias2 <psdias2@> escreveu
> >
> > Eduardo:
> >
> > > Nao sei se alguem viu um programa do History Channel q passou
> > > semana passada sobre o misterioso Manuscrito Voynich.
> >
> > Realmente, muito curiosa essa obra.
> > O vídeo seria este ?
> >
> > http://www.youtube.com/watch?v=gQ1aliMJK0g&noredirect=1
> >
> > Paulo
> >
>




SUBJECT: Darwin - vida e obra.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/08/2012 04:40

Olá,

A seguir uma discografia sobre Darwin e sua obra, além de outro documentário conduzido por Dawkins.

Muito bons.

 

Darwin – a criação

http://www.youtube.com/watch?v=_oywQ7tG2uk

 

O desafio de Darwin:

http://www.youtube.com/watch?v=HpSLxrLV1B4&feature=related

 

O gênio de Darwin Eps 1

http://www.youtube.com/watch?v=LVvmppgoeRQ

O gênio de Darwin Episódio 2

http://www.youtube.com/watch?v=hNPNEObR0Nc&feature=related

O gênio de Darwin Eps 3 final

http://www.youtube.com/watch?v=V6xkXI7BYKI&feature=relmfu

Gênios da ciência - Darwin

http://www.youtube.com/watch?v=Aa9JzvoMhdw&feature=related

 

Sds,

Victor.

 


SUBJECT: Mecânica analítica - outro caminho para o nirvana.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/08/2012 07:37

Amigos,

 

Sei que no fórum há estudantes de física e outros profissionais que podem se interessar por Mecânica Analítica.

Já fiz aqui dois comentários  sobre o livro Mecânica Analítica do Prof. Nivaldo Lemos, que é, sem medo de enganos, a melhor obra que temos em língua portuguesa. Infelizmente, quando estudei esse assunto, ainda não havia Nivaldo para facilitar o caminho.  Foi na dureza mesmo(Lech, parcialmente em Goldstein e Teoria do Campo, do Landau).  

 

Mecânica Analítica, como sabem, é fundamentalíssima em todas as áreas da física, incluindo-se a MQ.  Diria que é o cerne de toda a descrição da física.  Todas as áreas, enfatizo.

 

Trata-se de uma” considerável” ajudinha  para qualquer cristão que queira realmente “legislar” sobre as coisas da física, qq que seja o ramo, ter um pouco mais que um mínimo de conhecimento do formalismo (Lagrangeano e Hamiltoniano), que é o de que trata a Mec.Analítica.   

 

Pois bem, o arrazoado acima é para dar uma dica àqueles que precisam daqueles formalismos, “como quem morre”... como diria F.Pessoa.

 

A obra de Nivaldo é simplesmente extraordinária: objetiva, didaticamente impecável, com exposições simples e clara, com a matemática envolvida  sendo exposta paulatinamente, à medida que se avança no curso. Não é compêndio de meras consultas, mas segue uma ordem lógica, tipo “neste capítulo precisamos do que foi visto no anterior”, and so on.  Seus alunos são uns sortudos.

 

Mas ainda não dei a notícia melhor ainda. Praticamente todo o livro, na ordem de seu índice, está exposto em aulas na internet, via  Yutube, numa produção muito profissional e competente, com excelentes imagens de vídeo.

Nas aulas, o Professor, de uma didática impecável, transforma o que já ficou  fácil e direto  no livro, num show ainda mais accessível, onde dá vida a algumas passagens matemáticas que, na leitura do livro, poderiam passar despercebidas.  São aulas de 9 a 12 minutos, recheadas de conteúdo objetivo e do vírus da vontade de ver de novo,  e mais e mais.  Ideal, portanto, para uma revisão rápida dos conceitos e técnicas envolvidos.

Ideal também para os mais preguiçosos, que podem ver as aulas no conforto de uma poltrona e uma TV grande(mas tem que converter os vídeos para dvd, primeiro), ao invés de na tela do PC, somente.

 

Outra vantagem óbvia:  com direito a replay, sem o perigo de ser chamado de burro... Eu gosto muito dos replays...

 

Para encontrar tudo na internet, basta digitar no Google, por exemplo: “Vínculos – Aula 1”.  A partir dos links que aparecem poderá encontrar todos os outros, é só sair por aí clicando... Ideal será pedir seguindo a ordem do índice do livro. Certamente o investimento na aquisição da obra(é baratinho, como a maioria dos salários de vocês...) seja uma boa pedida.

 

Obs.: O autor credita os seus conhecimentos a Goldstein e Landau(Teoria do Campo). Mas o enfoque e as técnicas usadas para deduzir e expor são originalíssimas, de cunho muito pessoal.

 

 

Sds,

Victor.

 

 


SUBJECT: Re: Em tempo: Manuscrito Voynich
FROM: "Eduardo Torres" <dudutorres@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/08/2012 15:28

O programa q vi foi esse:

http://www.seuhistory.com/programas/o-misterioso-codigo-voynich.html;jsessionid=E3A613D7D493C0B77C0E50312E4DFBD6

mas nao vai passar esse mes.

Abs,
Eduardo Torres

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Eduardo Torres" <dudutorres@...> escreveu
>
> Vi agora.
> Nao, nao era esse o programa, mas tb e' bem interessante.
> Esse Gordon Rugg foi o autor de um artigo na SciAm em 2004 mostrando o metodo q usou para criar um texto do tipo Voynich.
> Mas analises linguistico-estatisticas indicam q muitas das caracteristicas do texto do Voynich nao poderiam ser criadas por aquela 'grelha'.
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Eduardo Torres" <dudutorres@> escreveu
> >
> > Daqui nao consigo abrir.
> > Vou conferir em casa.
> > Vc viu?
> >
> > Abs,
> > Eduardo Torres
> >
> > --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, psdias2 <psdias2@> escreveu
> > >
> > > Eduardo:
> > >
> > > > Nao sei se alguem viu um programa do History Channel q passou
> > > > semana passada sobre o misterioso Manuscrito Voynich.
> > >
> > > Realmente, muito curiosa essa obra.
> > > O vídeo seria este ?
> > >
> > > http://www.youtube.com/watch?v=gQ1aliMJK0g&noredirect=1
> > >
> > > Paulo
> > >
> >
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mecânica analítica - outro caminho para o nirvana.
FROM: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
CC: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
DATE: 02/08/2012 18:22


> Para encontrar tudo na internet, basta digitar no Google, por
exemplo: “Vínculos – Aula 1”.
> A partir dos links que aparecem poderá encontrar todos os outros, é
só sair por aí clicando...
> Ideal será pedir seguindo a ordem do índice do livro. Certamente o
investimento na aquisição
> da obra(é baratinho, como a maioria dos salários de vocês...) seja
uma boa pedida.
>
>Obs.: O autor credita os seus conhecimentos a Goldstein e
Landau(Teoria do Campo).
>Mas o enfoque e as técnicas usadas para deduzir e expor são
originalíssimas, de cunho muito pessoal.


Bela dica, Victor !
Obrigado !

Paulo


SUBJECT: Fw: [LiHS] Maior cético climático se converte depois de estudo
FROM: Marcelo C Pinto <mpinto2009@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/08/2012 14:52



-- 
Marcelo C Pinto
Sent with Sparrow

Forwarded message:



Muito boa a atitude do Muller.

http://www.institutocarbonobrasil.org.br/noticias2/noticia=731317

Maior cético climático se converte depois de estudo

30/07/2012   -   Autor: Fabiano Ávila   -   Fonte: Instituto CarbonoBrasil

Pesquisa conduzida por Richard Muller, grande crítico das mudanças climáticas, afirma que a temperatura do planeta subiu 1,5°C nos últimos 250 anos e altera completamente a postura do cientista com relação ao aquecimento global


O físico norte-americano Richard Muller, fundador do projeto Temperatura da Superfície da Terra da Universidade de Berkeley (BEST), era um dos maiores críticos da teoria das mudanças climáticas, sendo sempre citado por outros cientistas céticos ou procurado por veículos de comunicação que precisavam de uma fonte para questionar o aquecimento global.

Pois este mesmo Richard Muller acaba de publicar um artigo no New York Times intitulado “A conversão de um cético das mudanças climáticas”, no qual diz ter mudado de ideia devido aos resultados de um estudo conduzido por ele próprio que comprovaria que não apenas o planeta está aquecendo, como também é possível responsabilizar as atividades humanas pelo fenômeno.

“Nossos resultados mostram que a temperatura média na superfície sólida da Terra subiu 1,5ºC em 250 anos, sendo que 0,9ºC se deu apenas nos últimos 50 anos. Mais do que isso, é muito provável que essencialmente todo esse aumento foi resultado das emissões humanas de gases do efeito estufa”, escreveu Muller.

Para chegar a essa conclusão, pesquisadores da Universidade de Berkeley analisaram mais de 14 milhões de medições de temperatura de 44,455 locais do globo iniciadas em 1753.

Bem mais abrangentes e rigorosos que os métodos adotados por entidades como a NASA e o Met Office, os procedimentos dos cientistas de Berkeley foram inteiramente automatizados, justamente para evitar erros humanos ou manipulações. Apesar disso, o BEST chegou às mesmas conclusões de estudos anteriores realizados por estas instituições que já confirmavam o aquecimento global.

“Não estávamos esperando por isso, mas como cientistas é nosso dever aceitar os resultados e mudar nossa postura”, afirmou Muller.

O estudo do BEST ainda não foi publicado em um periódico cientifico, ou seja, não foi avaliado por outros pesquisadores. Porém, pode ser acessado gratuitamente no portal do projeto.

Michael Mann, um dos principais nomes por trás da teoria do aquecimento global, formulador do gráfico 'taco de hockey', que demonstra o aumento acelerado das temperaturas nas últimas décadas, recebeu bem a ‘conversão’ de Muller.

“Congratulo Muller e seus colegas por agirem conforme bons cientistas e aceitarem seguir o que suas próprias análises demonstraram, sem se preocupar com as possíveis repercussões políticas das conclusões”, escreveu Mann em uma rede social.

“É com certa satisfação e ironia que recebemos um estudo financiado pelos irmãos Koch – os maiores apoiadores da negação das mudanças climáticas e da desinformação do planeta – demonstrando o que cientistas já vêm afirmando com confiança por quase duas décadas: que o globo está aquecendo e que esse aumento das temperaturas só pode ser explicado pela maior concentração de gases do efeito estufa na atmosfera devido às ações humanas”, completou o pesquisador.

Mann está se referindo a Fundação de Caridade Charles G Koch, fundada pelo magnata da indústria do carvão, que investiu US$ 150 mil no estudo do BEST e que, com certeza, esperava um resultado bem diferente.

De acordo com Muller, o futuro das temperaturas é continuar a subir. “A taxa de aquecimento deve seguir constante, com o planeta aquecendo 1,5ºC nos próximos 50 anos, ou um pouco menos que isso se considerarmos os oceanos. Mas se a China continuar a crescer rapidamente (na média de 10% ao ano pelos próximos 20 anos) e continuar a usar vastas quantidades de carvão (somando um novo gigawatt ao ano), então esse mesmo aquecimento se dará em menos de 20 anos”, escreveu Muller.

“Espero que a análise de Berkeley ajude no debate científico do aquecimento global e de suas causas humanas. Então virá a parte difícil: concordar no espectro político e diplomático sobre o que pode e deve ser feito”, concluiu.

Vídeo: Variação da temperatura na superfície do planeta de 1800 até 2009 / Universidade de Berkeley.

--
__________________________________________
Liga Humanista Secular do Brasil: grupo de emails
http://ligahumanista.org/ | http://bulevoador.com.br
\o/
/\


SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: [LiHS] Maior cético climático se converte depois de estudo
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/08/2012 16:47

Se converte? Climatologia é ciência ou religião?

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 03/08/2012 14:52, Marcelo C Pinto escreveu:


-- 
Marcelo C Pinto
Sent with Sparrow

Forwarded message:



Muito boa a atitude do Muller.

http://www.institutocarbonobrasil.org.br/noticias2/noticia=731317

Maior cético climático se converte depois de estudo

30/07/2012   -   Autor: Fabiano Ávila   -   Fonte: Instituto CarbonoBrasil

Pesquisa conduzida por Richard Muller, grande crítico das mudanças climáticas, afirma que a temperatura do planeta subiu 1,5°C nos últimos 250 anos e altera completamente a postura do cientista com relação ao aquecimento global


O físico norte-americano Richard Muller, fundador do projeto Temperatura da Superfície da Terra da Universidade de Berkeley (BEST), era um dos maiores críticos da teoria das mudanças climáticas, sendo sempre citado por outros cientistas céticos ou procurado por veículos de comunicação que precisavam de uma fonte para questionar o aquecimento global.

Pois este mesmo Richard Muller acaba de publicar um artigo no New York Times intitulado “A conversão de um cético das mudanças climáticas”, no qual diz ter mudado de ideia devido aos resultados de um estudo conduzido por ele próprio que comprovaria que não apenas o planeta está aquecendo, como também é possível responsabilizar as atividades humanas pelo fenômeno.

“Nossos resultados mostram que a temperatura média na superfície sólida da Terra subiu 1,5ºC em 250 anos, sendo que 0,9ºC se deu apenas nos últimos 50 anos. Mais do que isso, é muito provável que essencialmente todo esse aumento foi resultado das emissões humanas de gases do efeito estufa”, escreveu Muller.

Para chegar a essa conclusão, pesquisadores da Universidade de Berkeley analisaram mais de 14 milhões de medições de temperatura de 44,455 locais do globo iniciadas em 1753.

Bem mais abrangentes e rigorosos que os métodos adotados por entidades como a NASA e o Met Office, os procedimentos dos cientistas de Berkeley foram inteiramente automatizados, justamente para evitar erros humanos ou manipulações. Apesar disso, o BEST chegou às mesmas conclusões de estudos anteriores realizados por estas instituições que já confirmavam o aquecimento global.

“Não estávamos esperando por isso, mas como cientistas é nosso dever aceitar os resultados e mudar nossa postura”, afirmou Muller.

O estudo do BEST ainda não foi publicado em um periódico cientifico, ou seja, não foi avaliado por outros pesquisadores. Porém, pode ser acessado gratuitamente no portal do projeto.

Michael Mann, um dos principais nomes por trás da teoria do aquecimento global, formulador do gráfico 'taco de hockey', que demonstra o aumento acelerado das temperaturas nas últimas décadas, recebeu bem a ‘conversão’ de Muller.

“Congratulo Muller e seus colegas por agirem conforme bons cientistas e aceitarem seguir o que suas próprias análises demonstraram, sem se preocupar com as possíveis repercussões políticas das conclusões”, escreveu Mann em uma rede social.

“É com certa satisfação e ironia que recebemos um estudo financiado pelos irmãos Koch – os maiores apoiadores da negação das mudanças climáticas e da desinformação do planeta – demonstrando o que cientistas já vêm afirmando com confiança por quase duas décadas: que o globo está aquecendo e que esse aumento das temperaturas só pode ser explicado pela maior concentração de gases do efeito estufa na atmosfera devido às ações humanas”, completou o pesquisador.

Mann está se referindo a Fundação de Caridade Charles G Koch, fundada pelo magnata da indústria do carvão, que investiu US$ 150 mil no estudo do BEST e que, com certeza, esperava um resultado bem diferente.

De acordo com Muller, o futuro das temperaturas é continuar a subir. “A taxa de aquecimento deve seguir constante, com o planeta aquecendo 1,5ºC nos próximos 50 anos, ou um pouco menos que isso se considerarmos os oceanos. Mas se a China continuar a crescer rapidamente (na média de 10% ao ano pelos próximos 20 anos) e continuar a usar vastas quantidades de carvão (somando um novo gigawatt ao ano), então esse mesmo aquecimento se dará em menos de 20 anos”, escreveu Muller.

“Espero que a análise de Berkeley ajude no debate científico do aquecimento global e de suas causas humanas. Então virá a parte difícil: concordar no espectro político e diplomático sobre o que pode e deve ser feito”, concluiu.

Vídeo: Variação da temperatura na superfície do planeta de 1800 até 2009 / Universidade de Berkeley.
--
__________________________________________
Liga Humanista Secular do Brasil: grupo de emails
http://ligahumanista.org/ | http://bulevoador.com.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Mecânica analítica - outro caminho para o nirvana.
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/08/2012 16:51

Victor,

Seus comentários são tão efusivos que fiquei com vontade de ler o livro e assistir os vídeos. Fiquei até com vontade de reler o Goldstein, que foi meu companheiro diário há sabe-se lá quantos anos.

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 02/08/2012 07:37, JVictor escreveu:

Amigos,

 

Sei que no fórum há estudantes de física e outros profissionais que podem se interessar por Mecânica Analítica.

Já fiz aqui dois comentários  sobre o livro Mecânica Analítica do Prof. Nivaldo Lemos, que é, sem medo de enganos, a melhor obra que temos em língua portuguesa. Infelizmente, quando estudei esse assunto, ainda não havia Nivaldo para facilitar o caminho.  Foi na dureza mesmo(Lech, parcialmente em Goldstein e Teoria do Campo, do Landau).  

 

Mecânica Analítica, como sabem, é fundamentalíssima em todas as áreas da física, incluindo-se a MQ.  Diria que é o cerne de toda a descrição da física.  Todas as áreas, enfatizo.

 

Trata-se de uma” considerável” ajudinha  para qualquer cristão que queira realmente “legislar” sobre as coisas da física, qq que seja o ramo, ter um pouco mais que um mínimo de conhecimento do formalismo (Lagrangeano e Hamiltoniano), que é o de que trata a Mec.Analítica.   

 

Pois bem, o arrazoado acima é para dar uma dica àqueles que precisam daqueles formalismos, “como quem morre”... como diria F.Pessoa.

 

A obra de Nivaldo é simplesmente extraordinária: objetiva, didaticamente impecável, com exposições simples e clara, com a matemática envolvida  sendo exposta paulatinamente, à medida que se avança no curso. Não é compêndio de meras consultas, mas segue uma ordem lógica, tipo “neste capítulo precisamos do que foi visto no anterior”, and so on.  Seus alunos são uns sortudos.

 

Mas ainda não dei a notícia melhor ainda. Praticamente todo o livro, na ordem de seu índice, está exposto em aulas na internet, via  Yutube, numa produção muito profissional e competente, com excelentes imagens de vídeo.

Nas aulas, o Professor, de uma didática impecável, transforma o que já ficou  fácil e direto  no livro, num show ainda mais accessível, onde dá vida a algumas passagens matemáticas que, na leitura do livro, poderiam passar despercebidas.  São aulas de 9 a 12 minutos, recheadas de conteúdo objetivo e do vírus da vontade de ver de novo,  e mais e mais.  Ideal, portanto, para uma revisão rápida dos conceitos e técnicas envolvidos.

Ideal também para os mais preguiçosos, que podem ver as aulas no conforto de uma poltrona e uma TV grande(mas tem que converter os vídeos para dvd, primeiro), ao invés de na tela do PC, somente.

 

Outra vantagem óbvia:  com direito a replay, sem o perigo de ser chamado de burro... Eu gosto muito dos replays...

 

Para encontrar tudo na internet, basta digitar no Google, por exemplo: “Vínculos – Aula 1”.  A partir dos links que aparecem poderá encontrar todos os outros, é só sair por aí clicando... Ideal será pedir seguindo a ordem do índice do livro. Certamente o investimento na aquisição da obra(é baratinho, como a maioria dos salários de vocês...) seja uma boa pedida.

 

Obs.: O autor credita os seus conhecimentos a Goldstein e Landau(Teoria do Campo). Mas o enfoque e as técnicas usadas para deduzir e expor são originalíssimas, de cunho muito pessoal.

 

 

Sds,

Victor.

 



SUBJECT: RES: [ciencialist] Mecânica analítica - outro caminho para o nirvana.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/08/2012 23:49

Álvaro

 

Curiosidade:  Você sabe quem, praticamente, “fundou” o cálculo das variações, que é o ingrediente fundamental da Mecânica Analítica?

Resposta: Ele, Sir Isaac Newton! Na solução belíssima e genial de um problema de mínimos,  proposto pelo Bernouille da época. Mas, parece, ele parou por ali.

 

 

Sds,

Victor.

 

 

 

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Alvaro Augusto (L)
Enviada em: sábado, 4 de agosto de 2012 16:51
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Mecânica analítica - outro caminho para o nirvana.

 

 

Victor,

Seus comentários são tão efusivos que fiquei com vontade de ler o livro e assistir os vídeos. Fiquei até com vontade de reler o Goldstein, que foi meu companheiro diário há sabe-se lá quantos anos.

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 02/08/2012 07:37, JVictor escreveu:

Amigos,

 

Sei que no fórum há estudantes de física e outros profissionais que podem se interessar por Mecânica Analítica.

Já fiz aqui dois comentários  sobre o livro Mecânica Analítica do Prof. Nivaldo Lemos, que é, sem medo de enganos, a melhor obra que temos em língua portuguesa. Infelizmente, quando estudei esse assunto, ainda não havia Nivaldo para facilitar o caminho.  Foi na dureza mesmo(Lech, parcialmente em Goldstein e Teoria do Campo, do Landau).  

 

Mecânica Analítica, como sabem, é fundamentalíssima em todas as áreas da física, incluindo-se a MQ.  Diria que é o cerne de toda a descrição da física.  Todas as áreas, enfatizo.

 

Trata-se de uma” considerável” ajudinha  para qualquer cristão que queira realmente “legislar” sobre as coisas da física, qq que seja o ramo, ter um pouco mais que um mínimo de conhecimento do formalismo (Lagrangeano e Hamiltoniano), que é o de que trata a Mec.Analítica.   

 

Pois bem, o arrazoado acima é para dar uma dica àqueles que precisam daqueles formalismos, “como quem morre”... como diria F.Pessoa.

 

A obra de Nivaldo é simplesmente extraordinária: objetiva, didaticamente impecável, com exposições simples e clara, com a matemática envolvida  sendo exposta paulatinamente, à medida que se avança no curso. Não é compêndio de meras consultas, mas segue uma ordem lógica, tipo “neste capítulo precisamos do que foi visto no anterior”, and so on.  Seus alunos são uns sortudos.

 

Mas ainda não dei a notícia melhor ainda. Praticamente todo o livro, na ordem de seu índice, está exposto em aulas na internet, via  Yutube, numa produção muito profissional e competente, com excelentes imagens de vídeo.

Nas aulas, o Professor, de uma didática impecável, transforma o que já ficou  fácil e direto  no livro, num show ainda mais accessível, onde dá vida a algumas passagens matemáticas que, na leitura do livro, poderiam passar despercebidas.  São aulas de 9 a 12 minutos, recheadas de conteúdo objetivo e do vírus da vontade de ver de novo,  e mais e mais.  Ideal, portanto, para uma revisão rápida dos conceitos e técnicas envolvidos.

Ideal também para os mais preguiçosos, que podem ver as aulas no conforto de uma poltrona e uma TV grande(mas tem que converter os vídeos para dvd, primeiro), ao invés de na tela do PC, somente.

 

Outra vantagem óbvia:  com direito a replay, sem o perigo de ser chamado de burro... Eu gosto muito dos replays...

 

Para encontrar tudo na internet, basta digitar no Google, por exemplo: “Vínculos – Aula 1”.  A partir dos links que aparecem poderá encontrar todos os outros, é só sair por aí clicando... Ideal será pedir seguindo a ordem do índice do livro. Certamente o investimento na aquisição da obra(é baratinho, como a maioria dos salários de vocês...) seja uma boa pedida.

 

Obs.: O autor credita os seus conhecimentos a Goldstein e Landau(Teoria do Campo). Mas o enfoque e as técnicas usadas para deduzir e expor são originalíssimas, de cunho muito pessoal.

 

 

Sds,

Victor.

 

 


SUBJECT: Re: [ciencialist] Mecânica analítica - outro caminho para o nirvana.
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/08/2012 12:59

Sim, isso é contado por Carl Sagan, em "Cosmos".

[ ]s

Alvaro Augusto


Curiosidade:  Você sabe quem, praticamente, “fundou” o cálculo das variações, que é o ingrediente fundamental da Mecânica Analítica?

Resposta: Ele, Sir Isaac Newton! Na solução belíssima e genial de um problema de mínimos,  proposto pelo Bernouille da época. Mas, parece, ele parou por ali.

 

 

Sds,

Victor.

 

 

 

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Alvaro Augusto (L)
Enviada em: sábado, 4 de agosto de 2012 16:51
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Mecânica analítica - outro caminho para o nirvana.

 

 

Victor,

Seus comentários são tão efusivos que fiquei com vontade de ler o livro e assistir os vídeos. Fiquei até com vontade de reler o Goldstein, que foi meu companheiro diário há sabe-se lá quantos anos.

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 02/08/2012 07:37, JVictor escreveu:

Amigos,

 

Sei que no fórum há estudantes de física e outros profissionais que podem se interessar por Mecânica Analítica.

Já fiz aqui dois comentários  sobre o livro Mecânica Analítica do Prof. Nivaldo Lemos, que é, sem medo de enganos, a melhor obra que temos em língua portuguesa. Infelizmente, quando estudei esse assunto, ainda não havia Nivaldo para facilitar o caminho.  Foi na dureza mesmo(Lech, parcialmente em Goldstein e Teoria do Campo, do Landau).  

 

Mecânica Analítica, como sabem, é fundamentalíssima em todas as áreas da física, incluindo-se a MQ.  Diria que é o cerne de toda a descrição da física.  Todas as áreas, enfatizo.

 

Trata-se de uma” considerável” ajudinha  para qualquer cristão que queira realmente “legislar” sobre as coisas da física, qq que seja o ramo, ter um pouco mais que um mínimo de conhecimento do formalismo (Lagrangeano e Hamiltoniano), que é o de que trata a Mec.Analítica.   

 

Pois bem, o arrazoado acima é para dar uma dica àqueles que precisam daqueles formalismos, “como quem morre”... como diria F.Pessoa.

 

A obra de Nivaldo é simplesmente extraordinária: objetiva, didaticamente impecável, com exposições simples e clara, com a matemática envolvida  sendo exposta paulatinamente, à medida que se avança no curso. Não é compêndio de meras consultas, mas segue uma ordem lógica, tipo “neste capítulo precisamos do que foi visto no anterior”, and so on.  Seus alunos são uns sortudos.

 

Mas ainda não dei a notícia melhor ainda. Praticamente todo o livro, na ordem de seu índice, está exposto em aulas na internet, via  Yutube, numa produção muito profissional e competente, com excelentes imagens de vídeo.

Nas aulas, o Professor, de uma didática impecável, transforma o que já ficou  fácil e direto  no livro, num show ainda mais accessível, onde dá vida a algumas passagens matemáticas que, na leitura do livro, poderiam passar despercebidas.  São aulas de 9 a 12 minutos, recheadas de conteúdo objetivo e do vírus da vontade de ver de novo,  e mais e mais.  Ideal, portanto, para uma revisão rápida dos conceitos e técnicas envolvidos.

Ideal também para os mais preguiçosos, que podem ver as aulas no conforto de uma poltrona e uma TV grande(mas tem que converter os vídeos para dvd, primeiro), ao invés de na tela do PC, somente.

 

Outra vantagem óbvia:  com direito a replay, sem o perigo de ser chamado de burro... Eu gosto muito dos replays...

 

Para encontrar tudo na internet, basta digitar no Google, por exemplo: “Vínculos – Aula 1”.  A partir dos links que aparecem poderá encontrar todos os outros, é só sair por aí clicando... Ideal será pedir seguindo a ordem do índice do livro. Certamente o investimento na aquisição da obra(é baratinho, como a maioria dos salários de vocês...) seja uma boa pedida.

 

Obs.: O autor credita os seus conhecimentos a Goldstein e Landau(Teoria do Campo). Mas o enfoque e as técnicas usadas para deduzir e expor são originalíssimas, de cunho muito pessoal.

 

 

Sds,

Victor.

 




SUBJECT: ENC: [ciencialist] Darwin - vida e obra.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/08/2012 13:24

 

 

Olá,

Num e-mail anterior, listei uns filmes sobre Darwin. Mas vi agora que só enviei o trailer de um deles. Corrijo isso agora, com o filme completo.

 

Darwin – a criação - Trailer

http://www.youtube.com/watch?v=_oywQ7tG2uk

 

Agora o filme,completo.

http://www.youtube.com/watch?v=x1CSCqEgcQY

dfd,

Victor

 


SUBJECT: Aquecimento Global
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: ListadeCiência <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/08/2012 18:27

Me explica uma coisa, por favor : qdo temos ondas de frio nos EUA, pode ser por causa do aqeucimento global; qdo temos ondas de calor nos EUA, é por causa do aquecimento global...Se a temperatura retornar a média, também será pelo aquecimento global......?!?!
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Aquecimento Global
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/08/2012 18:29


De: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
Para: ListadeCiência <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Terça-feira, 7 de Agosto de 2012 18:27
Assunto: [ciencialist] Aquecimento Global
 
Me explica uma coisa, por favor : qdo temos ondas de frio nos EUA, pode ser por causa do aqeucimento global; qdo temos ondas de calor nos EUA, é por causa do aquecimento global...Se a temperatura retornar a média, também será pelo aquecimento global......?!?!
 

SUBJECT: Re: Aquecimento Global
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/08/2012 23:18

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...>
> Me explica uma coisa, por favor : qdo temos ondas de frio nos EUA,
> pode ser por causa do aqeucimento global; qdo temos ondas de calor
> nos EUA, é por causa do aquecimento global...Se a temperatura
> retornar a média, também será pelo aquecimento global......?!?!

Esse trecho acima se trata de um espantalho: caracterização caricatural da ideia q pretende combater.

A hipótese do Aquecimento Global prevê um aumento da temperatura *global* *média* ao *longo do tempo* - prazo de décadas. A hipótese do AG não está relacionada a temperaturas localizadas em um tempo específico.

Como *consequência* do Aquecimento Global, é esperado que ocorram *Mudanças Climáticas*. Há *incertezas* associadas aos *modelos* climáticos desenvolvidos, em particular quanto à *magnitude* das alterações.

Uma das previsões é que aumente a *frequência* de temperaturas *extremas* em determinadas regiões. P.e., o aumento da temperatura atmosférica média da região ártica, deve levar a um aumento da *taxa de derretimento* do gelo polar. Gelo é essencialmente água doce congelada (o próprio processo de congelamento elimina o sal - que se concentra na água do mar local). Água gelada e salgada tende a afundar, o que arrasta a água superficial próxima, contribuindo para a chamada *circulação oceânica termo-hialina*: diferenças na densidade (salinidade e temperatura) criam uma grande corrente circular que leva águas tépidas tropicais até a porção mais ao norte - o que ameniza o inverno na Europa Ocidental e na Costa Leste dos EUA. Se a corrente é afetada e enfraquecida por causa do derretimento do gelo ártico, os invernos *tenderão* a ser mais rigorosos *nessas regiões*. Outro mecanismo é por meio da alteração do padrão de circulação atmosférica: uma maior temperatura superficial, pela expansão térmica dos gases, implica em uma menor pressão atmosférica local, o que permite um maior avanço da massa de ar fria vinda do polo. (Nota: o modelo, na realidade, é bem mais complexo do que o aqui apresentado. E essa não é uma previsão do núcleo da hipótese do AGA, mas tampouco é uma hipótese ad hoc: uma 'previsão' após o fato, a la Mãe Dinah da vida. Essa previsão já existe antes mesmo dos registros de frio recordes no *inverno* na Europa Ocidental e na Costa Leste americana, mas foi feita com base em hipóteses adicionais sobre a dinâmica climática - além do simples aquecimento global médio da superfície do planeta.)

Isso é *completamente diferente* de dizer que qualquer coisa é prevista pelos modelos referentes ao AG - em particular, ao AGA (aquecimento global antropogênico) ou que qualquer evento é compatível com o AGA.

Há bastante informação sólida disponível para qualquer pessoa minimamente interessada.

http://www.ipcc.ch/pdf/assessment-report/ar4/syr/ar4_syr.pdf
http://climate.nasa.gov/
http://www.aaas.org/news/press_room/climate_change/
http://www.skepticalscience.com/
--------------

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Aquecimento Global
FROM: "Homero" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/08/2012 23:32

É como dizer que, como está calor nos USA, não pode ser inverno aqui.:-)

Brincadeiras a parte, sua resposta está no corpo de sua "pergunta/provocação": SE a temperatura MÉDIA diminuir, com constância e por longos períodos, ENTÃO a hipótese do aquecimento global, que é EXATAMENTE o contrário dessa situação, deve estar incorreta, ou apresenta um problema que precisaria ser examinado.

MAS ondas de calor e de frio, incomuns e fora do padrão, podem perfeitamente ser causadas pelo aquecimento global, e na verdade são PREVISTAS por essa teoria, já que o clima depende de muitas variáveis e tem uma enorme complexidade de efeitos.

O aquecimento global produz, entre outros efeitos previstos, um aumento de tempestades, e da força das mesmas, ondas de calor incomuns, ondas de frio incomuns, temperaturas extremas (em ambos os lados do espectro), etc, um clima mais violento e variado que o padrão atual.

Então, sim, para as duas primeiras questões, ondas de frio e de calor, e não para a questão final, sobre a média da temperatura.

Homero



--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...> escreveu
>
> Me explica uma coisa, por favor : qdo temos ondas de frio nos EUA, pode ser por causa do aqeucimento global; qdo temos ondas de calor nos EUA, é por causa do aquecimento global...Se a temperatura retornar a média, também será pelo aquecimento global......?!?!
>




SUBJECT: Re: [ciencialist] Partículas "conversam" a 10 mil vezes a velocidade da luz
FROM: José Renato Terra <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/08/2012 00:09

Roberto, vc falou, falou, mas não conseguiu esclarecer qual o fator da
"comunicação" que é cerca de dez mil vezes mais rápido que a velocidade da
luz! Nem negar que haja uma aparentemente necessária "comunicação" para que
a mudança ocorra nos pares de partículas emaranhadas quanticamente... Enfim,
faltou dizer como ocorre a "comunicação", mesmo que entre aspas. Falar é
fácil, só quando o ouvinte é crente tolo!
[]s
José Renato
...........................................

----- Original Message -----
From: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, July 14, 2012 10:24 PM
Subject: [ciencialist] Re: Partículas "conversam" a 10 mil vezes a
velocidade da luz


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, José Renato Terra <jrma@...>
> Por que a velocidade máxima no universo continua a ter como limite a
> velocidade do fóton, se algo no "emaranhamento quântico" se comunica
> cerca de dez mil vezes a velocidade da luz?

Por que "comunicam" é entre aspas, assim como "conversam".

O texto tem o trecho esclarecedor:
> O emaranhamento não viola a "letra" da relatividade porque, por si
> só, o fenômeno não permite a transmissão de sinais de comunicação
> mais depressa que a luz - não seria possível, por exemplo, usar
> partículas emaranhadas para criar um telefone celular instantâneo.
> "O emaranhamento não pode ser usado para comunicar unidades de
> informação escolhidas por uma pessoa, exatamente porque os eventos
> correlacionados por ele são aleatórios, fora do controle humano. Se
> os eventos fossem determinísticos, seria possível usar o fenômeno
> para comunicação clássica mais rápida que a luz", o que violaria a
> >relatividade, diz Gisin.
> < http://noticias.ambientebrasil.com.br:80/noticia/?id=40027 >
-------------

[]s,

Roberto Takata



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SUBJECT: Re: Partículas "conversam" a 10 mil vezes a velocidade da luz
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/08/2012 00:53

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, José Renato Terra <jrma@...>
> Roberto, vc falou, falou, mas não conseguiu esclarecer qual o fator
> da "comunicação" que é cerca de dez mil vezes mais rápido que a

Não é que eu não consegui. Eu simplesmente não tentei explicar essa "comunicação" - o processo de descoerência ou colapso da função de onda.

O que eu rebati é que haja uma comunicação sem aspas. Se isso houvesse, aí sim haveria problema com a questão do limite físico dado pela velocidade da luz no vácuo.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RES: [ciencialist] Mecânica analítica - outro caminho para o nirvana.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/08/2012 05:51

Olá, Paulo

 

A história é essa mesmo. E a curva encontrada, para minimizar o tempo é essa mesmo, que escreveu. Segundo o Prof. Fleming, Bernoulli também enviou-o  para Halley( o do cometa), que não resolveu.  Então, ligado a Newton como era, um dia perguntou-lhe se ele a havia recebido e se havia resolvido. Recebido, sim, mas sequer a havia lido. Estava lá sobre uns papéis numa mesa. Então Halley apresentou-lhe a questão. E Newton disse: espera um pouco, e retirou-se para seu local de estudos, voltando algum tempo depois (cerca de uma hora, segundo dizem) com a solução pronta e acabada). (Acho que essa rapidez tem também um  cheirinho de componente mítico...). 

Esse problema  é descrito e muito bem solucionado no Butkov, e vemos, hoje, que não é tão difícil.  Só que hoje as técnicas são conhecidas e muito bem juramentadas...No tempo de Newton, não; só o que ele próprio criou em termos de matemática.  Logo, na solução está também um pouco da explosão de genialidade do homem.

 

Quanto a saber como ele resolveu, não tenho conhecimento.  Fleming diz que foi linda e única, particular e exclusivamente para aquele problema!  Talvez, em alguma das aulas daquele curso(28 aulas, de cerca de 1:40h, cada uma) Fleming  exponha o assunto.  Até onde vi, ele não chegou lá, ainda.  Veremos.

 

Sds,

Victor.

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de psdias2
Enviada em: quarta-feira, 8 de agosto de 2012 12:23
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Mecânica analítica - outro caminho para o nirvana.

 

 


Olá, Victor e Álvaro !


> Curiosidade:  Você sabe quem, praticamente, “fundou” o cálculo das variações, que é o ingrediente fundamental da Mecânica Analítica ?
> Resposta: Ele, Sir Isaac Newton! Na solução belíssima e genial de um problema de mínimos,  proposto pelo Bernouille da época. Mas, parece, ele parou por ali.


Apenas um comentário (que provavelmente vocês já conhecem), e uma dúvida:

Embora eu não conheça quase nada sobre Cálculo Variacional, no meu TCC do curso de Licenciatura em Física
usei-o "um pouquinho" para estudar o problema da Curva Braquistócrona e o problema da Curva Tautócrona.

Pelo que li em algumas fontes, o Bernoulli propôs um problema para os membros da "Royal Society", perguntando:

"Qual a curva que liga dois pontos A e B (com B não estando na mesma linha vertical de A), na qual uma partícula, partindo de A, e exclusivamente sob a ação da força da gravidade, chega até B no menor tempo ?"

Nos livros que consultei (há vários anos), conta-se a história (ou "estória" ?) de que o Newton enviou uma carta anônima à Royal Society, apresentando a ciclóide como solução do problema - mas não apresentou uma demonstração matemática.  Ao ler a carta anônima, Johan Bernoulli teria comentado:  “É pelo tamanho da pata que se conhece o leão”.  Com isso, Bernoulli queria insinuar que somente Newton seria capaz de tal façanha.

Apenas por curiosidade:

Vocês têm mais referências sobre como foi que o Newton solucionou o problema ?  Será que ele chegou a provar matematicamente ?

Em tempo, caso alguém tenha curiosidade:  A solução dos dois problemas (da curva braquistócrona e da curva tautócrona) é a mesma curva: a ciclóide:

http://www.lem.xpg.com.br/Cicloide/cicloide.htm

Grato pela atenção !
Paulo


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Aquecimento Global
FROM: Jamil Orlandeli <jorlandellister@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/08/2012 07:19

Olá, o primeiro link relacionado não está abrindo, grato. Jamil

Em 7 de agosto de 2012 23:18, roberto <roberto.takata@bol.com.br> escreveu:
 

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...>
> Me explica uma coisa, por favor : qdo temos ondas de frio nos EUA,
> pode ser por causa do aqeucimento global; qdo temos ondas de calor
> nos EUA, é por causa do aquecimento global...Se a temperatura
> retornar a média, também será pelo aquecimento global......?!?!

Esse trecho acima se trata de um espantalho: caracterização caricatural da ideia q pretende combater.

A hipótese do Aquecimento Global prevê um aumento da temperatura *global* *média* ao *longo do tempo* - prazo de décadas. A hipótese do AG não está relacionada a temperaturas localizadas em um tempo específico.

Como *consequência* do Aquecimento Global, é esperado que ocorram *Mudanças Climáticas*. Há *incertezas* associadas aos *modelos* climáticos desenvolvidos, em particular quanto à *magnitude* das alterações.

Uma das previsões é que aumente a *frequência* de temperaturas *extremas* em determinadas regiões. P.e., o aumento da temperatura atmosférica média da região ártica, deve levar a um aumento da *taxa de derretimento* do gelo polar. Gelo é essencialmente água doce congelada (o próprio processo de congelamento elimina o sal - que se concentra na água do mar local). Água gelada e salgada tende a afundar, o que arrasta a água superficial próxima, contribuindo para a chamada *circulação oceânica termo-hialina*: diferenças na densidade (salinidade e temperatura) criam uma grande corrente circular que leva águas tépidas tropicais até a porção mais ao norte - o que ameniza o inverno na Europa Ocidental e na Costa Leste dos EUA. Se a corrente é afetada e enfraquecida por causa do derretimento do gelo ártico, os invernos *tenderão* a ser mais rigorosos *nessas regiões*. Outro mecanismo é por meio da alteração do padrão de circulação atmosférica: uma maior temperatura superficial, pela expansão térmica dos gases, implica em uma menor pressão atmosférica local, o que permite um maior avanço da massa de ar fria vinda do polo. (Nota: o modelo, na realidade, é bem mais complexo do que o aqui apresentado. E essa não é uma previsão do núcleo da hipótese do AGA, mas tampouco é uma hipótese ad hoc: uma 'previsão' após o fato, a la Mãe Dinah da vida. Essa previsão já existe antes mesmo dos registros de frio recordes no *inverno* na Europa Ocidental e na Costa Leste americana, mas foi feita com base em hipóteses adicionais sobre a dinâmica climática - além do simples aquecimento global médio da superfície do planeta.)

Isso é *completamente diferente* de dizer que qualquer coisa é prevista pelos modelos referentes ao AG - em particular, ao AGA (aquecimento global antropogênico) ou que qualquer evento é compatível com o AGA.

Há bastante informação sólida disponível para qualquer pessoa minimamente interessada.

http://www.ipcc.ch/pdf/assessment-report/ar4/syr/ar4_syr.pdf
http://climate.nasa.gov/
http://www.aaas.org/news/press_room/climate_change/
http://www.skepticalscience.com/
--------------

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mecânica analítica - outro caminho para o nirvana.
FROM: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/08/2012 08:23


Olá, Victor e Álvaro !


> Curiosidade:  Você sabe quem, praticamente, “fundou” o cálculo das variações, que é o ingrediente fundamental da Mecânica Analítica ?
> Resposta: Ele, Sir Isaac Newton! Na solução belíssima e genial de um problema de mínimos,  proposto pelo Bernouille da época. Mas, parece, ele parou por ali.


Apenas um comentário (que provavelmente vocês já conhecem), e uma dúvida:

Embora eu não conheça quase nada sobre Cálculo Variacional, no meu TCC do curso de Licenciatura em Física
usei-o "um pouquinho" para estudar o problema da Curva Braquistócrona e o problema da Curva Tautócrona.

Pelo que li em algumas fontes, o Bernoulli propôs um problema para os membros da "Royal Society", perguntando:

"Qual a curva que liga dois pontos A e B (com B não estando na mesma linha vertical de A), na qual uma partícula, partindo de A, e exclusivamente sob a ação da força da gravidade, chega até B no menor tempo ?"

Nos livros que consultei (há vários anos), conta-se a história (ou "estória" ?) de que o Newton enviou uma carta anônima à Royal Society, apresentando a ciclóide como solução do problema - mas não apresentou uma demonstração matemática.  Ao ler a carta anônima, Johan Bernoulli teria comentado:  “É pelo tamanho da pata que se conhece o leão”.  Com isso, Bernoulli queria insinuar que somente Newton seria capaz de tal façanha.

Apenas por curiosidade:

Vocês têm mais referências sobre como foi que o Newton solucionou o problema ?  Será que ele chegou a provar matematicamente ?

Em tempo, caso alguém tenha curiosidade:  A solução dos dois problemas (da curva braquistócrona e da curva tautócrona) é a mesma curva: a ciclóide:

http://www.lem.xpg.com.br/Cicloide/cicloide.htm

Grato pela atenção !
Paulo


SUBJECT: Randi sobre Carl Sagan
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/08/2012 09:33

 

Olá,

 

Vejam o que encontrei sobre James Randi: um belo depoimento sobre um de seus heróis, Carl Sagan.  

 

http://www.youtube.com/watch?v=Jo_PVQJ5A6Q

 

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Mecânica analítica - outro caminho para o nirvana.
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/08/2012 10:01

Caro Paulo,

Pelo que me lembro, o problema da braquistócrona é apresentado (não sei se resolvido) no "Física Matemática", do Butkov. Não tenho o livro aqui, mas posso verificar quando chegar em casa.

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 08/08/2012 08:23, psdias2 escreveu:

Olá, Victor e Álvaro !


> Curiosidade:  Você sabe quem, praticamente, “fundou” o cálculo das variações, que é o ingrediente fundamental da Mecânica Analítica ?
> Resposta: Ele, Sir Isaac Newton! Na solução belíssima e genial de um problema de mínimos,  proposto pelo Bernouille da época. Mas, parece, ele parou por ali.


Apenas um comentário (que provavelmente vocês já conhecem), e uma dúvida:

Embora eu não conheça quase nada sobre Cálculo Variacional, no meu TCC do curso de Licenciatura em Física
usei-o "um pouquinho" para estudar o problema da Curva Braquistócrona e o problema da Curva Tautócrona.

Pelo que li em algumas fontes, o Bernoulli propôs um problema para os membros da "Royal Society", perguntando:

"Qual a curva que liga dois pontos A e B (com B não estando na mesma linha vertical de A), na qual uma partícula, partindo de A, e exclusivamente sob a ação da força da gravidade, chega até B no menor tempo ?"

Nos livros que consultei (há vários anos), conta-se a história (ou "estória" ?) de que o Newton enviou uma carta anônima à Royal Society, apresentando a ciclóide como solução do problema - mas não apresentou uma demonstração matemática.  Ao ler a carta anônima, Johan Bernoulli teria comentado:  “É pelo tamanho da pata que se conhece o leão”.  Com isso, Bernoulli queria insinuar que somente Newton seria capaz de tal façanha.

Apenas por curiosidade:

Vocês têm mais referências sobre como foi que o Newton solucionou o problema ?  Será que ele chegou a provar matematicamente ?

Em tempo, caso alguém tenha curiosidade:  A solução dos dois problemas (da curva braquistócrona e da curva tautócrona) é a mesma curva: a ciclóide:

http://www.lem.xpg.com.br/Cicloide/cicloide.htm

Grato pela atenção !
Paulo


SUBJECT: Re: [ciencialist] Partículas "conversam" a 10 mil vezes a velocidade da luz
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/08/2012 10:06

O Roberto parece estar correto. Infelizmente, não consegui acessar o site http://noticias.ambientebrasil.com.br/?p=40027, pois meu navegador acusa que o mesmo "contém conteúdo do poprobu.net, um site conhecido por distribuir malware". Ciencialisters, beware!

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 08/08/2012 00:09, José Renato Terra escreveu:
Roberto, vc falou, falou, mas não conseguiu esclarecer qual o fator da 
"comunicação" que é cerca de dez mil vezes mais rápido que a velocidade da 
luz! Nem negar que haja uma aparentemente necessária "comunicação" para que 
a mudança ocorra nos pares de partículas emaranhadas quanticamente... Enfim, 
faltou dizer como ocorre a "comunicação", mesmo que entre aspas. Falar é 
fácil, só quando o ouvinte é crente tolo!
[]s
José Renato
...........................................

----- Original Message ----- 
From: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, July 14, 2012 10:24 PM
Subject: [ciencialist] Re: Partículas "conversam" a 10 mil vezes a 
velocidade da luz


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, José Renato Terra <jrma@...>
Por que a velocidade máxima no universo continua a ter como limite a
velocidade do fóton, se algo no "emaranhamento quântico" se comunica
cerca de dez mil vezes a velocidade da luz?
Por que "comunicam" é entre aspas, assim como "conversam".

O texto tem o trecho esclarecedor:
O emaranhamento não viola a "letra" da relatividade porque, por si
só, o fenômeno não permite a transmissão de sinais de comunicação
mais depressa que a luz - não seria possível, por exemplo, usar
partículas emaranhadas para criar um telefone celular instantâneo.
"O emaranhamento não pode ser usado para comunicar unidades de
informação escolhidas por uma pessoa, exatamente porque os eventos
correlacionados por ele são aleatórios, fora do controle humano. Se
os eventos fossem determinísticos, seria possível usar o fenômeno
para comunicação clássica mais rápida que a luz", o que violaria a 
 >relatividade, diz Gisin.
< http://noticias.ambientebrasil.com.br:80/noticia/?id=40027 >
-------------

[]s,

Roberto Takata



------------------------------------

#####   #####   #####

Página de apoio
http://www.ciencialist.com





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Aquecimento Global
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/08/2012 10:53

Ola Homero/Takata,

Ok,

Mas ondas de calor e frio incomuns (as temperaturas extremas em adeterminados locais) SEMPRE existiram. A minha pergunta é : como é que conseguem, agora, identificar um culpado específico ?

Existe uma série histórica da revista Times onde ela primeiro fala que a terra está aquecendo, depois esfriando, depois aquecendo de novo, depois esfriando novamente.....

Abs
Felipe

De: Homero <oraculo@atibaia.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Terça-feira, 7 de Agosto de 2012 23:32
Assunto: [ciencialist] Re: Aquecimento Global

 
É como dizer que, como está calor nos USA, não pode ser inverno aqui.:-)

Brincadeiras a parte, sua resposta está no corpo de sua "pergunta/provocação": SE a temperatura MÉDIA diminuir, com constância e por longos períodos, ENTÃO a hipótese do aquecimento global, que é EXATAMENTE o contrário dessa situação, deve estar incorreta, ou apresenta um problema que precisaria ser examinado.

MAS ondas de calor e de frio, incomuns e fora do padrão, podem perfeitamente ser causadas pelo aquecimento global, e na verdade são PREVISTAS por essa teoria, já que o clima depende de muitas variáveis e tem uma enorme complexidade de efeitos.

O aquecimento global produz, entre outros efeitos previstos, um aumento de tempestades, e da força das mesmas, ondas de calor incomuns, ondas de frio incomuns, temperaturas extremas (em ambos os lados do espectro), etc, um clima mais violento e variado que o padrão atual.

Então, sim, para as duas primeiras questões, ondas de frio e de calor, e não para a questão final, sobre a média da temperatura.

Homero

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...> escreveu
>
> Me explica uma coisa, por favor : qdo temos ondas de frio nos EUA, pode ser por causa do aqeucimento global; qdo temos ondas de calor nos EUA, é por causa do aquecimento global...Se a temperatura retornar a média, também será pelo aquecimento global......?!?!
>




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Aquecimento Global
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/08/2012 10:58

Aliás,

Temperaturas extremas serão previstas por qqer teoria climática, justamente por trabalharmos com média global!!!

Abs
Felipe


De: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Quarta-feira, 8 de Agosto de 2012 10:53
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Aquecimento Global

 
Ola Homero/Takata,

Ok,

Mas ondas de calor e frio incomuns (as temperaturas extremas em adeterminados locais) SEMPRE existiram. A minha pergunta é : como é que conseguem, agora, identificar um culpado específico ?

Existe uma série histórica da revista Times onde ela primeiro fala que a terra está aquecendo, depois esfriando, depois aquecendo de novo, depois esfriando novamente.....

Abs
Felipe

De: Homero <oraculo@atibaia.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Terça-feira, 7 de Agosto de 2012 23:32
Assunto: [ciencialist] Re: Aquecimento Global

 
É como dizer que, como está calor nos USA, não pode ser inverno aqui.:-)

Brincadeiras a parte, sua resposta está no corpo de sua "pergunta/provocação": SE a temperatura MÉDIA diminuir, com constância e por longos períodos, ENTÃO a hipótese do aquecimento global, que é EXATAMENTE o contrário dessa situação, deve estar incorreta, ou apresenta um problema que precisaria ser examinado.

MAS ondas de calor e de frio, incomuns e fora do padrão, podem perfeitamente ser causadas pelo aquecimento global, e na verdade são PREVISTAS por essa teoria, já que o clima depende de muitas variáveis e tem uma enorme complexidade de efeitos.

O aquecimento global produz, entre outros efeitos previstos, um aumento de tempestades, e da força das mesmas, ondas de calor incomuns, ondas de frio incomuns, temperaturas extremas (em ambos os lados do espectro), etc, um clima mais violento e variado que o padrão atual.

Então, sim, para as duas primeiras questões, ondas de frio e de calor, e não para a questão final, sobre a média da temperatura.

Homero

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...> escreveu
>
> Me explica uma coisa, por favor : qdo temos ondas de frio nos EUA, pode ser por causa do aqeucimento global; qdo temos ondas de calor nos EUA, é por causa do aquecimento global...Se a temperatura retornar a média, também será pelo aquecimento global......?!?!
>






SUBJECT: Relatividade e Suas Consequências
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: ListadeCiência <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/08/2012 15:16


Ola Pessoal,

Estou voltando com um assunto que já postei na lista, pois me surgiu mais um questionamento :

Segundo a Relatividade Geral, a distinção de presente, passado e futuro é uma mera ilusão. O espaço-tempo existe como um todo, sendo o fluxo do tempo, uma mera ilusão.
 
Pois bem, se o espaço-tempo existe “como um todo”, então todos os eventos que ocorreram,ocorrem ou irão ocorrer (se considerarmos o fluxo do tempo) já existem.
 
Dessa forma, e sendo redundante, todos os eventos que ocorreram e irão ocorrer já existem neste espaço-tempo. Assim, todos os experimentos e eventos, inclusive os quânticos, quando analisados sob esta ótica, já possuem resultados determinados.
 
  1. Considerando o exposto acima, a TRG não implica automaticamente em um universo eterno, imutável e determinístico em todos os níveis, inlcuindo o quântico?
 
  1. Se 1 é verdadeiro, então a única interpretação da MQ que pode coexistir com a TRG não seria a interpretação de Bhom, por ser essencialmente determinística ?
     3. Em um universo do tipo acima, onde não existe fluxo de tempo, como podemos ter sistemas perceptuais, que dependem essencialmente de fluxos? Ou seja, o que se move ?

     4. Outra opção : não podemos considerar esta falta de aderência ao universo observado (ou seja, o Fluxo) e à própria exsitência de sistemas que observam um falseamento da teoria ?

A 1 e 2 já foram debatidas com o Takata, mas continuo discordando dele :) A 3 e a 4 são novas.

Abs
Felipe
 



SUBJECT: mensagem presa
FROM: "Luiz" <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/08/2012 19:34

Ola pessoal

Tem uma msg minha q acho q ficou presa

Abs
Felipe

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "JVictor" <j.victor.neto@...> escreveu
>
>
>
> Olá,
>
>
>
> Vejam o que encontrei sobre James Randi: um belo depoimento sobre um de seus
> heróis, Carl Sagan.
>
>
>
> http://www.youtube.com/watch?v=Jo_PVQJ5A6Q
>
>
>
>
>
> Sds,
>
> Victor.
>




SUBJECT: mensagem presa
FROM: "Luiz" <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/08/2012 19:38

Ola pessoal

Tem uma msg minha q acho q ficou presa

Abs
Felipe

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "JVictor" <j.victor.neto@...> escreveu
>
>
>
> Olá,
>
>
>
> Vejam o que encontrei sobre James Randi: um belo depoimento sobre um de seus
> heróis, Carl Sagan.
>
>
>
> http://www.youtube.com/watch?v=Jo_PVQJ5A6Q
>
>
>
>
>
> Sds,
>
> Victor.
>




SUBJECT: Re: [ciencialist] Mecânica analítica - outro caminho para o nirvana.
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/08/2012 20:03

Acabo de consultar o Butkov. O problema da braquistócrona é apresentado logo no início do capítulo 13 e resolvido a seguir. Nenhuma referência histórica é feita pelo autor, como usual.

A historinha de Isaac Newton, de Bernoulli e das garras do leão é contada por Sagan na página 70 da edição original do "Cosmos", em português. Segundo ele, o problema foi entregue a Newton às 4 horas da tarde de 29/01/1667. Na manhã do dia seguinte o problema estava resolvido. Sagan não comenta o nível de detalhe da solução de Newton, que tinha então 55 anos.

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 08/08/2012 10:01, Alvaro Augusto (L) escreveu:
Caro Paulo,

Pelo que me lembro, o problema da braquistócrona é apresentado (não sei se resolvido) no "Física Matemática", do Butkov. Não tenho o livro aqui, mas posso verificar quando chegar em casa.

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 08/08/2012 08:23, psdias2 escreveu:

Olá, Victor e Álvaro !


> Curiosidade:  Você sabe quem, praticamente, “fundou” o cálculo das variações, que é o ingrediente fundamental da Mecânica Analítica ?
> Resposta: Ele, Sir Isaac Newton! Na solução belíssima e genial de um problema de mínimos,  proposto pelo Bernouille da época. Mas, parece, ele parou por ali.


Apenas um comentário (que provavelmente vocês já conhecem), e uma dúvida:

Embora eu não conheça quase nada sobre Cálculo Variacional, no meu TCC do curso de Licenciatura em Física
usei-o "um pouquinho" para estudar o problema da Curva Braquistócrona e o problema da Curva Tautócrona.

Pelo que li em algumas fontes, o Bernoulli propôs um problema para os membros da "Royal Society", perguntando:

"Qual a curva que liga dois pontos A e B (com B não estando na mesma linha vertical de A), na qual uma partícula, partindo de A, e exclusivamente sob a ação da força da gravidade, chega até B no menor tempo ?"

Nos livros que consultei (há vários anos), conta-se a história (ou "estória" ?) de que o Newton enviou uma carta anônima à Royal Society, apresentando a ciclóide como solução do problema - mas não apresentou uma demonstração matemática.  Ao ler a carta anônima, Johan Bernoulli teria comentado:  “É pelo tamanho da pata que se conhece o leão”.  Com isso, Bernoulli queria insinuar que somente Newton seria capaz de tal façanha.

Apenas por curiosidade:

Vocês têm mais referências sobre como foi que o Newton solucionou o problema ?  Será que ele chegou a provar matematicamente ?

Em tempo, caso alguém tenha curiosidade:  A solução dos dois problemas (da curva braquistócrona e da curva tautócrona) é a mesma curva: a ciclóide:

http://www.lem.xpg.com.br/Cicloide/cicloide.htm

Grato pela atenção !
Paulo



SUBJECT: Re: Aquecimento Global
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/08/2012 22:34

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Jamil Orlandeli
> Olá, o primeiro link relacionado não está abrindo, grato. Jamil

Aqui abre normalmente. Qualquer coisa tente: http://www.ipcc.ch e procure por AR4 Climate Change 2007.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Aquecimento Global
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/08/2012 22:38

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...>
> Mas ondas de calor e frio incomuns (as temperaturas extremas em
> adeterminados locais) SEMPRE existiram. A minha pergunta é : como é
> que conseguem, agora, identificar um culpado específico ?

Estou assumindo q vc não prestou atenção, então vou repetir:
"Uma das previsões é que aumente a *frequência* de temperaturas *extremas* em determinadas regiões."
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/82845
------

Se ainda a dúvida persistir tento explicar de outro modo.

> Existe uma série histórica da revista Times onde ela primeiro fala
> que a terra está aquecendo, depois esfriando, depois aquecendo de
> novo, depois esfriando novamente.....

A série histórica fala mais do que isso. Nos últimos 250 anos, apesar de haver variação, a tendência geral é de aquecimento. Confira nos links indicados pelamor.

Um resumo do basicão eu fiz aqui (são as três primeiras postagens):
http://genereporter.blogspot.com.br/2011/03/documento-gr-aquecimento-global.html

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Aquecimento Global
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/08/2012 22:43

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...>
> Aliás,
>
> Temperaturas extremas serão previstas por qqer teoria climática,
> justamente por trabalharmos com média global!!!

#facepalm

Roberto Takata



SUBJECT: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: Rafael Picate <rpicate@gmail.com>
TO: undisclosed-recipients:;
BCC: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/08/2012 22:49

quarta-feira, agosto 08, 2012
 
EM RITMO DE GANSO 


Há muito a universidade vem absorvendo as deficiências do ensino secundário. O marco mais significativo ocorreu quando se começou a ensinar português nos primeiros anos de curso. Quando fiz vestibular – e já lá vai quase meio século – só entrava na universidade quem tivesse bom domínio do vernáculo. Hoje, a universidade está despejando fornadas de analfabetos. 

E não só a universidade. Ainda há pouco, eu comentava o caso de um professor de Direito Penal da PUC-SP, mestre e doutorando pela PUC-SP, pós-graduado em Direito Penal Econômico e Europeu pela Universidade de Coimbra, que grafou “mal vizinho” e “mal pagador”. O analfabetismo já chegou à pós-grad. Em país em que um presidente se gaba discretamente de sua incultura, nada de espantar.

Nada de espantar também que o Senado tenha aprovado, na noite de ontem, projeto que reserva metade das vagas nas universidades federais e nas escolas técnicas do país para alunos que cursaram todo o ensino médio em colégios públicos. Não bastasse o ensino superior ter passado a discriminar conforme a cor do aluno, agora os senadores estão empurrando para o ensino superior as deficiências do ensino público. Estudar em boa escola virou desvantagem. O preço é ser preterido no vestíbulo da academia. 

O projeto também segue agora para sanção presidencial. Na prática, ele mais do que dobra o total de vagas destinadas a cotas nas federais.O texto ainda prevê que as cotas devem ser prioritariamente ocupadas por negros, pardos ou índios. A divisão deve considerar o tamanho de cada uma dessas populações no Estado, segundo o censo mais recente do IBGE. Se houver sobra de vagas, elas irão para os demais alunos das escolas públicas.

Quanto ao mérito, esforço pessoal, cultura, estes critérios estão mortos e bem sepultados. Se você quer vencer na vida, seja incompetente. Do jeito como vão as coisas, quem souber flexionar corretamente um verbo ou distinguir adjetivo de advérbio, ainda será considerado uma sumidade das letras.

Se alguém acha que estou deplorando estes novos tempos, em muito se engana. Houve época em que eu não só torcia por um país melhor, como até lutava por isso. Há muito desisti. Sou hoje um mero observador. Se o povo elege medíocres que elaboram tais leis, é porque este povinho merece. Me reservo apenas o direito de ser culto e a esperança de que isto, em futuro próximo, não seja tipificado como crime. Só peço um tempinho para morrer antes. Os senhores legisladores não perderão muito por esperar. Não é para amanhã, mas também não farei os responsáveis pelos rumos do país esperar muito.

Ontem foi dia aziago para quem esperava melhores manhãs. Pois o mesmo Senado também aprovou, por 60 votos a favor e 4 contrários, o segundo turno da proposta de emenda constitucional que torna obrigatória a obtenção do diploma de curso superior de jornalismo para o exercício da profissão. O texto terá ainda de ser votado na Câmara dos Deputados, onde tramita uma proposta semelhante. E é claro que será mais uma vez aprovado.

Se alguém ainda não lembra, até 1969 era jornalista não quem tinha diploma, mas aptidão para o ofício. Como ocorre em todos os países do Ocidente. A conspiração contra o jornalismo vem de longe. Começou com a junta militar da ditadura – cujos nomes hoje ninguém lembra, mas passou à História como Junta dos Três Patetas – que instituiu a exigência de diploma. É curioso ver como as esquerdas, tão hostis ao regime militar, assumiram de corpo e alma esta medida ditatorial.

Em 81, ao voltar de Paris, fui entrevistado por um jornalista da rádio Universidade, de Porto Alegre. Perguntou-me como era a condição legal do jornalista na França. Por acaso, eu tinha no bolso uma agenda francesa destinada a jornalistas, que trazia o texto legal. Segundo o artigo L 761-2 do código do trabalho, “le journaliste professionnel est celui qui a pour occupation principale, régulière et rétribuée l'exercice de sa profession dans une ou plusieurs publications quotidiennes ou périodiques ou dans une ou plusieurs agences de presse et qui en tire le principal de ses ressources."

Traduzindo: jornalista profissional é aquele que tem por ocupação principal, regular e retribuída o exercício de sua profissão em uma ou várias publicações cotidianas ou periódicas ou em uma ou várias agências de imprensa e que disto tira o principal de seus recursos. E estamos conversados. (O grifo é meu).

Melhor tivesse ficado calado. O foquinha à minha frente encerrou incontinenti a entrevista. Eu havia dito o que ninguém queria ouvir. A exigência de diploma favorece uma guilda poderosa de analfabetos muito bem pagos, integrada por incompetentes que jamais pisaram em uma redação de jornal mas se julgam capazes de ensinar o que se faz em uma redação de jornal.

Me considero jornalista competente, não por acaso fui chamado a trabalhar nos dois mais importantes jornais do país. Nunca tive curso de jornalismo. O básico do ofício aprendi em seis meses de redação. Nenhum curso universitário supre o que se aprende em seis meses de redação. Sem falar que redigir é o mínimo que se pede de um jornalista. O que se pede, fundamentalmente, é domínio de sua área e isto nenhum curso oferece. Que pode escrever sobre economia ou ciências um novato que jamais estudou economia ou ciências?

Só vai escrever bobagem, é claro. Exemplo emblemático disto, que gosto de repetir, aconteceu em 1983, quando a Veja endossou como verdade científica uma brincadeira lançada pela revista inglesa New Science. Tratava-se de uma nova conquista científica, um fruto de carne, derivado da fusão da carne do boi e do tomate, que recebeu o nome de boimate. Se a editoria de ciências visse esta notícia num jornal brasileiro, evidentemente ficaria com um pé atrás. Para a revista, a experiência dos pesquisadores alemães permitia “sonhar com um tomate do qual já se colha algo parecido com um filé ao molho de tomate. E abre uma nova fronteira científica".

Isso que a New Science dava uma série de pistas para evidenciar a piada: os biólogos Barry McDonald e William Wimpey tinham esses nomes para lembrar as cadeias internacionais de alimentação McDonald´s e Wimpy´s. A Universidade de Hamburgo, palco do "grande fato", foi citada para que pudesse ser cotejada com hambúrguer. Os alertas de nada adiantaram. Como se tratava de uma prestigiosa publicação européia, a Veja embarcou com entusiasmo na piada. O jornalista responsável pela barriga foi promovido a editor da revista.

Em 2009, o Supremo Tribunal Federal decidira que a exigência do diploma, imposta no regime militar, atentava contra a liberdade de expressão. Em vão. A guilda insistiu na proteção dos seus e agora temos algo insólito no Direito Constitucional, uma profissão regulamentada pela Constituição. 

O senador Aloysio Nunes lembrou que se a emenda for aprovada pelos deputados, a profissão de jornalista será a única a constar na Constituição. "Existem médicos, advogados e outros profissionais que são bons jornalistas, sem a necessidade de ter um diploma específico. Será uma aberração colocar a profissão de jornalista na Constituição por razões meramente corporativas, para atender ao sindicalismo dos jornalistas, que é o mesmo que trabalha pelo controle social da mídia".

Para o senador, a proposta interessa sobretudo aos donos de faculdades privadas ruins, "arapucas que não ensinam nada e que vende a ilusão de um futuro profissional. Não há interesse público envolvido nisso, pelo contrário, a profissão de jornalismo diz respeito diretamente à liberdade de expressão do pensamento, de modo que não pode estar sujeita a nenhum tipo de exigência legal e nem mesmo constitucional".

É voz que clama no deserto. O projeto obviamente será aprovado pelos deputados. Político não gosta de seres pensantes e, pior que tudo, independentes. O Brasil será, definitivamente, um dos raros países do mundo (os outros são ditaduras árabes ou ex-socialistas) a ter o diploma como conditio sine qua non do exercício da profissão. 

E assim vai meu amado país, em ritmo de ganso: um passo e uma cagada.

SUBJECT: RES: [ciencialist] EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/08/2012 23:13

Grande Rafael,

 

 

Quanto ao mérito, esforço pessoal, cultura, estes critérios estão mortos e bem sepultados. Se você quer vencer na vida, seja incompetente.”

 

Mas há outro jeito de subir na vida: enveredando pela política, principalmente ladeando o chefe e sua gente. Aí é que não precisa saber nada mesmo. E para quê?  Ora...

 

 

Estimo que fez uma boa radiografia do status atual do nível de cultura e preparo para a vida,  que nossos estudantes recebem das escolas, desde as mais básicas(e sumamente importantes) até o recebimento do canudo. Que é um “canudo” mesmo, o que receberam.

 

Sds,

Victor.

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Rafael Picate
Enviada em: quarta-feira, 8 de agosto de 2012 22:49
Para: undisclosed-recipients:
Assunto: [ciencialist] EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado

 

 

quarta-feira, agosto 08, 2012

 

EM RITMO DE GANSO 


Há muito a universidade vem absorvendo as deficiências do ensino secundário. O marco mais significativo ocorreu quando se começou a ensinar português nos primeiros anos de curso. Quando fiz vestibular – e já lá vai quase meio século – só entrava na universidade quem tivesse bom domínio do vernáculo. Hoje, a universidade está despejando fornadas de analfabetos. 

E não só a universidade. Ainda há pouco, eu comentava o caso de um professor de Direito Penal da PUC-SP, mestre e doutorando pela PUC-SP, pós-graduado em Direito Penal Econômico e Europeu pela Universidade de Coimbra, que grafou “mal vizinho” e “mal pagador”. O analfabetismo já chegou à pós-grad. Em país em que um presidente se gaba discretamente de sua incultura, nada de espantar.

Nada de espantar também que o Senado tenha aprovado, na noite de ontem, projeto que reserva metade das vagas nas universidades federais e nas escolas técnicas do país para alunos que cursaram todo o ensino médio em colégios públicos. Não bastasse o ensino superior ter passado a discriminar conforme a cor do aluno, agora os senadores estão empurrando para o ensino superior as deficiências do ensino público. Estudar em boa escola virou desvantagem. O preço é ser preterido no vestíbulo da academia. 

O projeto também segue agora para sanção presidencial. Na prática, ele mais do que dobra o total de vagas destinadas a cotas nas federais.O texto ainda prevê que as cotas devem ser prioritariamente ocupadas por negros, pardos ou índios. A divisão deve considerar o tamanho de cada uma dessas populações no Estado, segundo o censo mais recente do IBGE. Se houver sobra de vagas, elas irão para os demais alunos das escolas públicas.

Quanto ao mérito, esforço pessoal, cultura, estes critérios estão mortos e bem sepultados. Se você quer vencer na vida, seja incompetente. Do jeito como vão as coisas, quem souber flexionar corretamente um verbo ou distinguir adjetivo de advérbio, ainda será considerado uma sumidade das letras.

Se alguém acha que estou deplorando estes novos tempos, em muito se engana. Houve época em que eu não só torcia por um país melhor, como até lutava por isso. Há muito desisti. Sou hoje um mero observador. Se o povo elege medíocres que elaboram tais leis, é porque este povinho merece. Me reservo apenas o direito de ser culto e a esperança de que isto, em futuro próximo, não seja tipificado como crime. Só peço um tempinho para morrer antes. Os senhores legisladores não perderão muito por esperar. Não é para amanhã, mas também não farei os responsáveis pelos rumos do país esperar muito.

Ontem foi dia aziago para quem esperava melhores manhãs. Pois o mesmo Senado também aprovou, por 60 votos a favor e 4 contrários, o segundo turno da proposta de emenda constitucional que torna obrigatória a obtenção do diploma de curso superior de jornalismo para o exercício da profissão. O texto terá ainda de ser votado na Câmara dos Deputados, onde tramita uma proposta semelhante. E é claro que será mais uma vez aprovado.

Se alguém ainda não lembra, até 1969 era jornalista não quem tinha diploma, mas aptidão para o ofício. Como ocorre em todos os países do Ocidente. A conspiração contra o jornalismo vem de longe. Começou com a junta militar da ditadura – cujos nomes hoje ninguém lembra, mas passou à História como Junta dos Três Patetas – que instituiu a exigência de diploma. É curioso ver como as esquerdas, tão hostis ao regime militar, assumiram de corpo e alma esta medida ditatorial.

Em 81, ao voltar de Paris, fui entrevistado por um jornalista da rádio Universidade, de Porto Alegre. Perguntou-me como era a condição legal do jornalista na França. Por acaso, eu tinha no bolso uma agenda francesa destinada a jornalistas, que trazia o texto legal. Segundo o artigo L 761-2 do código do trabalho, “le journaliste professionnel est celui qui a pour occupation principale, régulière et rétribuée l'exercice de sa profession dans une ou plusieurs publications quotidiennes ou périodiques ou dans une ou plusieurs agences de presse et qui en tire le principal de ses ressources."

Traduzindo: jornalista profissional é aquele que tem por ocupação principal, regular e retribuída o exercício de sua profissão em uma ou várias publicações cotidianas ou periódicas ou em uma ou várias agências de imprensa e que disto tira o principal de seus recursos. E estamos conversados. (O grifo é meu).

Melhor tivesse ficado calado. O foquinha à minha frente encerrou incontinenti a entrevista. Eu havia dito o que ninguém queria ouvir. A exigência de diploma favorece uma guilda poderosa de analfabetos muito bem pagos, integrada por incompetentes que jamais pisaram em uma redação de jornal mas se julgam capazes de ensinar o que se faz em uma redação de jornal.

Me considero jornalista competente, não por acaso fui chamado a trabalhar nos dois mais importantes jornais do país. Nunca tive curso de jornalismo. O básico do ofício aprendi em seis meses de redação. Nenhum curso universitário supre o que se aprende em seis meses de redação. Sem falar que redigir é o mínimo que se pede de um jornalista. O que se pede, fundamentalmente, é domínio de sua área e isto nenhum curso oferece. Que pode escrever sobre economia ou ciências um novato que jamais estudou economia ou ciências?

Só vai escrever bobagem, é claro. Exemplo emblemático disto, que gosto de repetir, aconteceu em 1983, quando a Veja endossou como verdade científica uma brincadeira lançada pela revista inglesa New Science. Tratava-se de uma nova conquista científica, um fruto de carne, derivado da fusão da carne do boi e do tomate, que recebeu o nome de boimate. Se a editoria de ciências visse esta notícia num jornal brasileiro, evidentemente ficaria com um pé atrás. Para a revista, a experiência dos pesquisadores alemães permitia “sonhar com um tomate do qual já se colha algo parecido com um filé ao molho de tomate. E abre uma nova fronteira científica".

Isso que a New Science dava uma série de pistas para evidenciar a piada: os biólogos Barry McDonald e William Wimpey tinham esses nomes para lembrar as cadeias internacionais de alimentação McDonald´s e Wimpy´s. A Universidade de Hamburgo, palco do "grande fato", foi citada para que pudesse ser cotejada com hambúrguer. Os alertas de nada adiantaram. Como se tratava de uma prestigiosa publicação européia, a Veja embarcou com entusiasmo na piada. O jornalista responsável pela barriga foi promovido a editor da revista.

Em 2009, o Supremo Tribunal Federal decidira que a exigência do diploma, imposta no regime militar, atentava contra a liberdade de expressão. Em vão. A guilda insistiu na proteção dos seus e agora temos algo insólito no Direito Constitucional, uma profissão regulamentada pela Constituição. 

O senador Aloysio Nunes lembrou que se a emenda for aprovada pelos deputados, a profissão de jornalista será a única a constar na Constituição. "Existem médicos, advogados e outros profissionais que são bons jornalistas, sem a necessidade de ter um diploma específico. Será uma aberração colocar a profissão de jornalista na Constituição por razões meramente corporativas, para atender ao sindicalismo dos jornalistas, que é o mesmo que trabalha pelo controle social da mídia".

Para o senador, a proposta interessa sobretudo aos donos de faculdades privadas ruins, "arapucas que não ensinam nada e que vende a ilusão de um futuro profissional. Não há interesse público envolvido nisso, pelo contrário, a profissão de jornalismo diz respeito diretamente à liberdade de expressão do pensamento, de modo que não pode estar sujeita a nenhum tipo de exigência legal e nem mesmo constitucional".

É voz que clama no deserto. O projeto obviamente será aprovado pelos deputados. Político não gosta de seres pensantes e, pior que tudo, independentes. O Brasil será, definitivamente, um dos raros países do mundo (os outros são ditaduras árabes ou ex-socialistas) a ter o diploma como conditio sine qua non do exercício da profissão. 

E assim vai meu amado país, em ritmo de ganso: um passo e uma cagada.


SUBJECT: Re: [ciencialist] EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: Rafael Picate <rpicate@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/08/2012 23:30

Victor,

O texto é do Cristaldo(está no título).

Só vi um senador  contra.  Também impressiona  essa unanimidade.  



abs,
Rafael

Em 8 de agosto de 2012 23:13, JVictor <j.victor.neto@uol.com.br> escreveu:
 

Grande Rafael,

 

 

Quanto ao mérito, esforço pessoal, cultura, estes critérios estão mortos e bem sepultados. Se você quer vencer na vida, seja incompetente.”

 

Mas há outro jeito de subir na vida: enveredando pela política, principalmente ladeando o chefe e sua gente. Aí é que não precisa saber nada mesmo. E para quê?  Ora...

 

 

Estimo que fez uma boa radiografia do status atual do nível de cultura e preparo para a vida,  que nossos estudantes recebem das escolas, desde as mais básicas(e sumamente importantes) até o recebimento do canudo. Que é um “canudo” mesmo, o que receberam.

 

Sds,

Victor.

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Rafael Picate
Enviada em: quarta-feira, 8 de agosto de 2012 22:49
Para: undisclosed-recipients:
Assunto: [ciencialist] EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado

 

 

quarta-feira, agosto 08, 2012

 

EM RITMO DE GANSO 


Há muito a universidade vem absorvendo as deficiências do ensino secundário. O marco mais significativo ocorreu quando se começou a ensinar português nos primeiros anos de curso. Quando fiz vestibular – e já lá vai quase meio século – só entrava na universidade quem tivesse bom domínio do vernáculo. Hoje, a universidade está despejando fornadas de analfabetos. 

E não só a universidade. Ainda há pouco, eu comentava o caso de um professor de Direito Penal da PUC-SP, mestre e doutorando pela PUC-SP, pós-graduado em Direito Penal Econômico e Europeu pela Universidade de Coimbra, que grafou “mal vizinho” e “mal pagador”. O analfabetismo já chegou à pós-grad. Em país em que um presidente se gaba discretamente de sua incultura, nada de espantar.

Nada de espantar também que o Senado tenha aprovado, na noite de ontem, projeto que reserva metade das vagas nas universidades federais e nas escolas técnicas do país para alunos que cursaram todo o ensino médio em colégios públicos. Não bastasse o ensino superior ter passado a discriminar conforme a cor do aluno, agora os senadores estão empurrando para o ensino superior as deficiências do ensino público. Estudar em boa escola virou desvantagem. O preço é ser preterido no vestíbulo da academia. 

O projeto também segue agora para sanção presidencial. Na prática, ele mais do que dobra o total de vagas destinadas a cotas nas federais.O texto ainda prevê que as cotas devem ser prioritariamente ocupadas por negros, pardos ou índios. A divisão deve considerar o tamanho de cada uma dessas populações no Estado, segundo o censo mais recente do IBGE. Se houver sobra de vagas, elas irão para os demais alunos das escolas públicas.

Quanto ao mérito, esforço pessoal, cultura, estes critérios estão mortos e bem sepultados. Se você quer vencer na vida, seja incompetente. Do jeito como vão as coisas, quem souber flexionar corretamente um verbo ou distinguir adjetivo de advérbio, ainda será considerado uma sumidade das letras.

Se alguém acha que estou deplorando estes novos tempos, em muito se engana. Houve época em que eu não só torcia por um país melhor, como até lutava por isso. Há muito desisti. Sou hoje um mero observador. Se o povo elege medíocres que elaboram tais leis, é porque este povinho merece. Me reservo apenas o direito de ser culto e a esperança de que isto, em futuro próximo, não seja tipificado como crime. Só peço um tempinho para morrer antes. Os senhores legisladores não perderão muito por esperar. Não é para amanhã, mas também não farei os responsáveis pelos rumos do país esperar muito.

Ontem foi dia aziago para quem esperava melhores manhãs. Pois o mesmo Senado também aprovou, por 60 votos a favor e 4 contrários, o segundo turno da proposta de emenda constitucional que torna obrigatória a obtenção do diploma de curso superior de jornalismo para o exercício da profissão. O texto terá ainda de ser votado na Câmara dos Deputados, onde tramita uma proposta semelhante. E é claro que será mais uma vez aprovado.

Se alguém ainda não lembra, até 1969 era jornalista não quem tinha diploma, mas aptidão para o ofício. Como ocorre em todos os países do Ocidente. A conspiração contra o jornalismo vem de longe. Começou com a junta militar da ditadura – cujos nomes hoje ninguém lembra, mas passou à História como Junta dos Três Patetas – que instituiu a exigência de diploma. É curioso ver como as esquerdas, tão hostis ao regime militar, assumiram de corpo e alma esta medida ditatorial.

Em 81, ao voltar de Paris, fui entrevistado por um jornalista da rádio Universidade, de Porto Alegre. Perguntou-me como era a condição legal do jornalista na França. Por acaso, eu tinha no bolso uma agenda francesa destinada a jornalistas, que trazia o texto legal. Segundo o artigo L 761-2 do código do trabalho, “le journaliste professionnel est celui qui a pour occupation principale, régulière et rétribuée l'exercice de sa profession dans une ou plusieurs publications quotidiennes ou périodiques ou dans une ou plusieurs agences de presse et qui en tire le principal de ses ressources."

Traduzindo: jornalista profissional é aquele que tem por ocupação principal, regular e retribuída o exercício de sua profissão em uma ou várias publicações cotidianas ou periódicas ou em uma ou várias agências de imprensa e que disto tira o principal de seus recursos. E estamos conversados. (O grifo é meu).

Melhor tivesse ficado calado. O foquinha à minha frente encerrou incontinenti a entrevista. Eu havia dito o que ninguém queria ouvir. A exigência de diploma favorece uma guilda poderosa de analfabetos muito bem pagos, integrada por incompetentes que jamais pisaram em uma redação de jornal mas se julgam capazes de ensinar o que se faz em uma redação de jornal.

Me considero jornalista competente, não por acaso fui chamado a trabalhar nos dois mais importantes jornais do país. Nunca tive curso de jornalismo. O básico do ofício aprendi em seis meses de redação. Nenhum curso universitário supre o que se aprende em seis meses de redação. Sem falar que redigir é o mínimo que se pede de um jornalista. O que se pede, fundamentalmente, é domínio de sua área e isto nenhum curso oferece. Que pode escrever sobre economia ou ciências um novato que jamais estudou economia ou ciências?

Só vai escrever bobagem, é claro. Exemplo emblemático disto, que gosto de repetir, aconteceu em 1983, quando a Veja endossou como verdade científica uma brincadeira lançada pela revista inglesa New Science. Tratava-se de uma nova conquista científica, um fruto de carne, derivado da fusão da carne do boi e do tomate, que recebeu o nome de boimate. Se a editoria de ciências visse esta notícia num jornal brasileiro, evidentemente ficaria com um pé atrás. Para a revista, a experiência dos pesquisadores alemães permitia “sonhar com um tomate do qual já se colha algo parecido com um filé ao molho de tomate. E abre uma nova fronteira científica".

Isso que a New Science dava uma série de pistas para evidenciar a piada: os biólogos Barry McDonald e William Wimpey tinham esses nomes para lembrar as cadeias internacionais de alimentação McDonald´s e Wimpy´s. A Universidade de Hamburgo, palco do "grande fato", foi citada para que pudesse ser cotejada com hambúrguer. Os alertas de nada adiantaram. Como se tratava de uma prestigiosa publicação européia, a Veja embarcou com entusiasmo na piada. O jornalista responsável pela barriga foi promovido a editor da revista.

Em 2009, o Supremo Tribunal Federal decidira que a exigência do diploma, imposta no regime militar, atentava contra a liberdade de expressão. Em vão. A guilda insistiu na proteção dos seus e agora temos algo insólito no Direito Constitucional, uma profissão regulamentada pela Constituição. 

O senador Aloysio Nunes lembrou que se a emenda for aprovada pelos deputados, a profissão de jornalista será a única a constar na Constituição. "Existem médicos, advogados e outros profissionais que são bons jornalistas, sem a necessidade de ter um diploma específico. Será uma aberração colocar a profissão de jornalista na Constituição por razões meramente corporativas, para atender ao sindicalismo dos jornalistas, que é o mesmo que trabalha pelo controle social da mídia".

Para o senador, a proposta interessa sobretudo aos donos de faculdades privadas ruins, "arapucas que não ensinam nada e que vende a ilusão de um futuro profissional. Não há interesse público envolvido nisso, pelo contrário, a profissão de jornalismo diz respeito diretamente à liberdade de expressão do pensamento, de modo que não pode estar sujeita a nenhum tipo de exigência legal e nem mesmo constitucional".

É voz que clama no deserto. O projeto obviamente será aprovado pelos deputados. Político não gosta de seres pensantes e, pior que tudo, independentes. O Brasil será, definitivamente, um dos raros países do mundo (os outros são ditaduras árabes ou ex-socialistas) a ter o diploma como conditio sine qua non do exercício da profissão. 

E assim vai meu amado país, em ritmo de ganso: um passo e uma cagada.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mecânica analítica - outro caminho para o nirvana.
FROM: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/08/2012 00:14

Álvaro:

 

Acabo de consultar o Butkov. O problema da braquistócrona é apresentado logo no início do capítulo 13 e resolvido a seguir. Nenhuma referência histórica é feita pelo autor, como usual.

A historinha de Isaac Newton, de Bernoulli e das garras do leão é contada por Sagan na página 70 da edição original do "Cosmos", em português. Segundo ele, o problema foi entregue a Newton às 4 horas da tarde de 29/01/1667. Na manhã do dia seguinte o problema estava resolvido. Sagan não comenta o nível de detalhe da solução de Newton, que tinha então 55 anos.

Muito obrigado pelas referências.
(se não me engano, cheguei a consultar o Butkov, na minha graduação - não me lembro ao certo, pois faz alguns anos).

Obs.: O ano da solução do Newton foi 1697 - vi no meu exemplar de "Cosmos", depois que você enviou o número da página.
Realmente, o Sagan escreve que Newton "tinha inventado um novo ramo inteiro da Matemática, chamado 'cálculo das variáveis' [...].
Talvez o tradutor tenha usado um termo não usual ("cálculo das variáveis" em vez de "cálculo das variações").  Estranho, pois em outras
obras apenas mencionam que o Newton deu a solução (anonimamente), mas não apresentou a solução matemática.

Grato pela atenção !

Paulo

SUBJECT: Re: [ciencialist] Mecânica analítica - outro caminho para o nirvana.
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/08/2012 11:39

Em 09/08/2012 00:14, psdias2 escreveu:
Álvaro:

 

Acabo de consultar o Butkov. O problema da braquistócrona é apresentado logo no início do capítulo 13 e resolvido a seguir. Nenhuma referência histórica é feita pelo autor, como usual.

A historinha de Isaac Newton, de Bernoulli e das garras do leão é contada por Sagan na página 70 da edição original do "Cosmos", em português. Segundo ele, o problema foi entregue a Newton às 4 horas da tarde de 29/01/1667. Na manhã do dia seguinte o problema estava resolvido. Sagan não comenta o nível de detalhe da solução de Newton, que tinha então 55 anos.

Muito obrigado pelas referências.
(se não me engano, cheguei a consultar o Butkov, na minha graduação - não me lembro ao certo, pois faz alguns anos).

Obs.: O ano da solução do Newton foi 1697 - vi no meu exemplar de "Cosmos", depois que você enviou o número da página.
Realmente, o Sagan escreve que Newton "tinha inventado um novo ramo inteiro da Matemática, chamado 'cálculo das variáveis' [...].
Talvez o tradutor tenha usado um termo não usual ("cálculo das variáveis" em vez de "cálculo das variações").  Estranho, pois em outras
obras apenas mencionam que o Newton deu a solução (anonimamente), mas não apresentou a solução matemática.

Grato pela atenção !

Paulo


De fato, o ano foi 1697. Problemas com o teclado numérico... De acordo com http://mathworld.wolfram.com/BrachistochroneProblem.html, o ano seria 1696 e o evento é citado por Boyer e Merzbach, 1991, p. 405. Infelizmente, não tenho esse livro aqui. Vou ver se o encontro na biblioteca da UTFPR.

[ ]s

Alvaro Augusto



SUBJECT: Re: [ciencialist] EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/08/2012 11:53

Na UTFPR esse regime de 50% das vagas para alunos do ensino médio já existe há tempos. E, pior, a admissão agora é feita pelo Enem, que veio a substituir um dos vestibulares tradicionalmente mais difíceis do país (ou, pelo menos, do Paraná). Os professores dos anos iniciais têm reclamado muito disso, mas, estranhamente, eu, que leciono para turmas do 7° e acima, até agora não senti muito a diferença. Será que estou ficando menos rigoroso com o tempo?

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 08/08/2012 23:30, Rafael Picate escreveu:
Victor,

O texto é do Cristaldo(está no título).

Só vi um senador  contra.  Também impressiona  essa unanimidade.  



abs,
Rafael

Em 8 de agosto de 2012 23:13, JVictor <j.victor.neto@uol.com.br> escreveu:
 

Grande Rafael,

 

 

Quanto ao mérito, esforço pessoal, cultura, estes critérios estão mortos e bem sepultados. Se você quer vencer na vida, seja incompetente.”

 

Mas há outro jeito de subir na vida: enveredando pela política, principalmente ladeando o chefe e sua gente. Aí é que não precisa saber nada mesmo. E para quê?  Ora...

 

 

Estimo que fez uma boa radiografia do status atual do nível de cultura e preparo para a vida,  que nossos estudantes recebem das escolas, desde as mais básicas(e sumamente importantes) até o recebimento do canudo. Que é um “canudo” mesmo, o que receberam.

 

Sds,

Victor.

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Rafael Picate
Enviada em: quarta-feira, 8 de agosto de 2012 22:49
Para: undisclosed-recipients:
Assunto: [ciencialist] EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado

 

 

quarta-feira, agosto 08, 2012

 

EM RITMO DE GANSO 


Há muito a universidade vem absorvendo as deficiências do ensino secundário. O marco mais significativo ocorreu quando se começou a ensinar português nos primeiros anos de curso. Quando fiz vestibular – e já lá vai quase meio século – só entrava na universidade quem tivesse bom domínio do vernáculo. Hoje, a universidade está despejando fornadas de analfabetos. 

E não só a universidade. Ainda há pouco, eu comentava o caso de um professor de Direito Penal da PUC-SP, mestre e doutorando pela PUC-SP, pós-graduado em Direito Penal Econômico e Europeu pela Universidade de Coimbra, que grafou “mal vizinho” e “mal pagador”. O analfabetismo já chegou à pós-grad. Em país em que um presidente se gaba discretamente de sua incultura, nada de espantar.

Nada de espantar também que o Senado tenha aprovado, na noite de ontem, projeto que reserva metade das vagas nas universidades federais e nas escolas técnicas do país para alunos que cursaram todo o ensino médio em colégios públicos. Não bastasse o ensino superior ter passado a discriminar conforme a cor do aluno, agora os senadores estão empurrando para o ensino superior as deficiências do ensino público. Estudar em boa escola virou desvantagem. O preço é ser preterido no vestíbulo da academia. 

O projeto também segue agora para sanção presidencial. Na prática, ele mais do que dobra o total de vagas destinadas a cotas nas federais.O texto ainda prevê que as cotas devem ser prioritariamente ocupadas por negros, pardos ou índios. A divisão deve considerar o tamanho de cada uma dessas populações no Estado, segundo o censo mais recente do IBGE. Se houver sobra de vagas, elas irão para os demais alunos das escolas públicas.

Quanto ao mérito, esforço pessoal, cultura, estes critérios estão mortos e bem sepultados. Se você quer vencer na vida, seja incompetente. Do jeito como vão as coisas, quem souber flexionar corretamente um verbo ou distinguir adjetivo de advérbio, ainda será considerado uma sumidade das letras.

Se alguém acha que estou deplorando estes novos tempos, em muito se engana. Houve época em que eu não só torcia por um país melhor, como até lutava por isso. Há muito desisti. Sou hoje um mero observador. Se o povo elege medíocres que elaboram tais leis, é porque este povinho merece. Me reservo apenas o direito de ser culto e a esperança de que isto, em futuro próximo, não seja tipificado como crime. Só peço um tempinho para morrer antes. Os senhores legisladores não perderão muito por esperar. Não é para amanhã, mas também não farei os responsáveis pelos rumos do país esperar muito.

Ontem foi dia aziago para quem esperava melhores manhãs. Pois o mesmo Senado também aprovou, por 60 votos a favor e 4 contrários, o segundo turno da proposta de emenda constitucional que torna obrigatória a obtenção do diploma de curso superior de jornalismo para o exercício da profissão. O texto terá ainda de ser votado na Câmara dos Deputados, onde tramita uma proposta semelhante. E é claro que será mais uma vez aprovado.

Se alguém ainda não lembra, até 1969 era jornalista não quem tinha diploma, mas aptidão para o ofício. Como ocorre em todos os países do Ocidente. A conspiração contra o jornalismo vem de longe. Começou com a junta militar da ditadura – cujos nomes hoje ninguém lembra, mas passou à História como Junta dos Três Patetas – que instituiu a exigência de diploma. É curioso ver como as esquerdas, tão hostis ao regime militar, assumiram de corpo e alma esta medida ditatorial.

Em 81, ao voltar de Paris, fui entrevistado por um jornalista da rádio Universidade, de Porto Alegre. Perguntou-me como era a condição legal do jornalista na França. Por acaso, eu tinha no bolso uma agenda francesa destinada a jornalistas, que trazia o texto legal. Segundo o artigo L 761-2 do código do trabalho, “le journaliste professionnel est celui qui a pour occupation principale, régulière et rétribuée l'exercice de sa profession dans une ou plusieurs publications quotidiennes ou périodiques ou dans une ou plusieurs agences de presse et qui en tire le principal de ses ressources."

Traduzindo: jornalista profissional é aquele que tem por ocupação principal, regular e retribuída o exercício de sua profissão em uma ou várias publicações cotidianas ou periódicas ou em uma ou várias agências de imprensa e que disto tira o principal de seus recursos. E estamos conversados. (O grifo é meu).

Melhor tivesse ficado calado. O foquinha à minha frente encerrou incontinenti a entrevista. Eu havia dito o que ninguém queria ouvir. A exigência de diploma favorece uma guilda poderosa de analfabetos muito bem pagos, integrada por incompetentes que jamais pisaram em uma redação de jornal mas se julgam capazes de ensinar o que se faz em uma redação de jornal.

Me considero jornalista competente, não por acaso fui chamado a trabalhar nos dois mais importantes jornais do país. Nunca tive curso de jornalismo. O básico do ofício aprendi em seis meses de redação. Nenhum curso universitário supre o que se aprende em seis meses de redação. Sem falar que redigir é o mínimo que se pede de um jornalista. O que se pede, fundamentalmente, é domínio de sua área e isto nenhum curso oferece. Que pode escrever sobre economia ou ciências um novato que jamais estudou economia ou ciências?

Só vai escrever bobagem, é claro. Exemplo emblemático disto, que gosto de repetir, aconteceu em 1983, quando a Veja endossou como verdade científica uma brincadeira lançada pela revista inglesa New Science. Tratava-se de uma nova conquista científica, um fruto de carne, derivado da fusão da carne do boi e do tomate, que recebeu o nome de boimate. Se a editoria de ciências visse esta notícia num jornal brasileiro, evidentemente ficaria com um pé atrás. Para a revista, a experiência dos pesquisadores alemães permitia “sonhar com um tomate do qual já se colha algo parecido com um filé ao molho de tomate. E abre uma nova fronteira científica".

Isso que a New Science dava uma série de pistas para evidenciar a piada: os biólogos Barry McDonald e William Wimpey tinham esses nomes para lembrar as cadeias internacionais de alimentação McDonald´s e Wimpy´s. A Universidade de Hamburgo, palco do "grande fato", foi citada para que pudesse ser cotejada com hambúrguer. Os alertas de nada adiantaram. Como se tratava de uma prestigiosa publicação européia, a Veja embarcou com entusiasmo na piada. O jornalista responsável pela barriga foi promovido a editor da revista.

Em 2009, o Supremo Tribunal Federal decidira que a exigência do diploma, imposta no regime militar, atentava contra a liberdade de expressão. Em vão. A guilda insistiu na proteção dos seus e agora temos algo insólito no Direito Constitucional, uma profissão regulamentada pela Constituição. 

O senador Aloysio Nunes lembrou que se a emenda for aprovada pelos deputados, a profissão de jornalista será a única a constar na Constituição. "Existem médicos, advogados e outros profissionais que são bons jornalistas, sem a necessidade de ter um diploma específico. Será uma aberração colocar a profissão de jornalista na Constituição por razões meramente corporativas, para atender ao sindicalismo dos jornalistas, que é o mesmo que trabalha pelo controle social da mídia".

Para o senador, a proposta interessa sobretudo aos donos de faculdades privadas ruins, "arapucas que não ensinam nada e que vende a ilusão de um futuro profissional. Não há interesse público envolvido nisso, pelo contrário, a profissão de jornalismo diz respeito diretamente à liberdade de expressão do pensamento, de modo que não pode estar sujeita a nenhum tipo de exigência legal e nem mesmo constitucional".

É voz que clama no deserto. O projeto obviamente será aprovado pelos deputados. Político não gosta de seres pensantes e, pior que tudo, independentes. O Brasil será, definitivamente, um dos raros países do mundo (os outros são ditaduras árabes ou ex-socialistas) a ter o diploma como conditio sine qua non do exercício da profissão. 

E assim vai meu amado país, em ritmo de ganso: um passo e uma cagada.




SUBJECT: Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/08/2012 12:40



--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Rafael Picate <rpicate@...> escreveu
>
> quarta-feira, agosto 08, 2012
>
> *EM RITMO DE GANSO*
>
>
> Quando fiz vestibular – e já lá vai quase meio século – só entrava
> na universidade quem tivesse bom domínio do vernáculo.

Rarará, que mentira. Conheço decanos que escrevem mal pra car*lho.

> Nada de espantar também que o Senado tenha aprovado, na noite de
> ontem, projeto que reserva metade das vagas nas universidades
> federais e nas escolas técnicas do país para alunos que cursaram
> todo o ensino médio em colégios públicos. Não bastasse o ensino
> superior ter passado a discriminar conforme a cor do aluno, agora os
> senadores estão empurrando para o ensino superior as deficiências do
> ensino público. Estudar em boa escola virou desvantagem. O preço é
> ser preterido no vestíbulo da academia.

Aposto que é um cara que também sente saudades do tempo em que o ensino médio - ensino colegial científico e magisterial - era elitizado e tem horror da universalização do ensino básico.

Não há preterição: 50% das vagas ainda estão em disputa. Não há tampouco discriminação nas ações afirmativas e nas cotas raciais.

Quem estiver interessado em uma discussão em cima de *fatos* e não de preconceitos e achismos, tenho uma série de postagens sobre o tema aqui:
http://neveraskedquestions.blogspot.com.br/search?q=space+quota

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: Rafael Picate <rpicate@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/08/2012 13:48

O que as cotas mascaram - EDITORIAL O ESTADÃO

O ESTADÃO - 09/08


A Câmara dos Deputados aprovou, o Senado acaba de endossar e a presidente Dilma Rousseff vai sancionar jubilosamente o projeto de lei que obriga as universidades e escolas técnicas federais a reservar 50% de suas vagas a candidatos que cursaram o ensino médio na rede pública. Metade dessa metade se destinará a alunos cuja renda familiar per capita não ultrapasse 1,5 salário mínimo. Menos ou mais pobres, sempre terão prioridade os estudantes autodeclarados negros, pardos e indígenas. A amplitude das cotas raciais variará conforme o peso de tais grupos na população dos respectivos Estados, aferido pelo censo. Quando for insuficiente o número de candidatos elegíveis pelo critério racial, as vagas restantes serão disputadas pelos demais egressos do sistema público. A norma valerá por 10 anos, quando então os seus resultados serão avaliados.

A adoção de cotas raciais na universidade é constitucional, conforme decisão unânime do Supremo Tribunal Federal (STF), em abril último. Isso não quer dizer que o sistema devesse ser adotado. Os seus insuperáveis defeitos de origem são múltiplos - a começar pela enormidade, em sentido literal e figurado, da reserva de vagas, configurando uma limitação brutal da disputa não discriminada pelo acesso à formação superior.
Mesmo entre os defensores da aplicação do chamado modelo de ação afirmativa na educação, para corrigir desigualdades e preconceitos impregnados na sociedade brasileira, há quem considere "descabelado" excluir do preenchimento pelo critério exclusivo do mérito uma em cada duas vagas disponíveis na rede federal de terceiro grau e escolas técnicas. Além disso, a imposição de um índice único a todas as 59 universidades mantidas pela União representa uma gritante ruptura do princípio da autonomia universitária.

Nas palavras do diretor da Fapesp e ex-reitor da Unicamp, Carlos Henrique de Brito Cruz, trata-se de "uma usurpação" do direito de cada universidade de escolher o modelo de ampliação das oportunidades de acesso a seus cursos que julgar mais adequado ao seu perfil e vocação. É assim que já funciona. Pelo menos 30 dessas instituições implantaram sistemas de cotas, de acordo com as suas peculiaridades. A Universidade de Brasília (UnB), por exemplo, reserva 20% do total de suas vagas a vestibulandos autodeclarados negros e pardos e 11 vagas em 7 cursos para indígenas. A Universidade Federal do Rio de Janeiro, por sua vez, reserva 30% dos lugares para alunos da rede pública oriundos de famílias com renda mensal per capita de até um salário mínimo. E não adota cotas raciais. Agora, o projeto em vias de virar lei acaba com esse laboratório de experiências de manifesta utilidade.

O mais grave, de toda forma, é que esse tipo de favorecimento impositivo a alunos da escola pública antes escamoteia do que contribui para resolver o notório problema da baixa qualidade do ensino fundamental e médio gratuito. O benefício perpetua na prática um padrão de aprendizagem insuficiente para dar aos jovens condições razoáveis de ingresso na universidade pública, mesmo em cursos menos concorridos. Já não bastasse isso, a restrição de vagas tem o efeito perverso de fomentar a discriminação às avessas, ao empurrar para faculdades particulares, não raro aquém do nível de suas congêneres públicas, alunos cujas famílias podem arcar com as suas mensalidades.

Os efeitos sobre o ensino superior das políticas de cotas já em andamento ainda estão por ser determinados. Para os cotistas, indica uma avaliação da Unicamp, o benefício tende a variar na razão inversa do grau de dificuldade do curso escolhido. E pode-se presumir que o projeto será tanto mais danoso para uma universidade quanto mais rigorosos forem os seus padrões de ensino e, principalmente, de pesquisa.

A alternativa não é cruzar os braços. A USP, por exemplo, concebeu um bem-sucedido esquema de incentivos. O Inclusp, como é chamado, não apenas concede bônus de até 8% nas notas do vestibular a ex-alunos da rede oficial, como ainda envia "embaixadores" aos colégios para divulgar o programa e incentivar os jovens a fazer o exame. Neste ano, 28% dos candidatos aprovados vieram da escola pública.

Em 9 de agosto de 2012 11:53, Alvaro Augusto (L) <alvaro@lunabay.com.br> escreveu:
 

Na UTFPR esse regime de 50% das vagas para alunos do ensino médio já existe há tempos. E, pior, a admissão agora é feita pelo Enem, que veio a substituir um dos vestibulares tradicionalmente mais difíceis do país (ou, pelo menos, do Paraná). Os professores dos anos iniciais têm reclamado muito disso, mas, estranhamente, eu, que leciono para turmas do 7° e acima, até agora não senti muito a diferença. Será que estou ficando menos rigoroso com o tempo?

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 08/08/2012 23:30, Rafael Picate escreveu:
Victor,

O texto é do Cristaldo(está no título).

Só vi um senador  contra.  Também impressiona  essa unanimidade.  



abs,
Rafael

Em 8 de agosto de 2012 23:13, JVictor <j.victor.neto@uol.com.br> escreveu:
 

Grande Rafael,

 

 

Quanto ao mérito, esforço pessoal, cultura, estes critérios estão mortos e bem sepultados. Se você quer vencer na vida, seja incompetente.”

 

Mas há outro jeito de subir na vida: enveredando pela política, principalmente ladeando o chefe e sua gente. Aí é que não precisa saber nada mesmo. E para quê?  Ora...

 

 

Estimo que fez uma boa radiografia do status atual do nível de cultura e preparo para a vida,  que nossos estudantes recebem das escolas, desde as mais básicas(e sumamente importantes) até o recebimento do canudo. Que é um “canudo” mesmo, o que receberam.

 

Sds,

Victor.

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Rafael Picate
Enviada em: quarta-feira, 8 de agosto de 2012 22:49
Para: undisclosed-recipients:
Assunto: [ciencialist] EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado

 

 

quarta-feira, agosto 08, 2012

 

EM RITMO DE GANSO 


Há muito a universidade vem absorvendo as deficiências do ensino secundário. O marco mais significativo ocorreu quando se começou a ensinar português nos primeiros anos de curso. Quando fiz vestibular – e já lá vai quase meio século – só entrava na universidade quem tivesse bom domínio do vernáculo. Hoje, a universidade está despejando fornadas de analfabetos. 

E não só a universidade. Ainda há pouco, eu comentava o caso de um professor de Direito Penal da PUC-SP, mestre e doutorando pela PUC-SP, pós-graduado em Direito Penal Econômico e Europeu pela Universidade de Coimbra, que grafou “mal vizinho” e “mal pagador”. O analfabetismo já chegou à pós-grad. Em país em que um presidente se gaba discretamente de sua incultura, nada de espantar.

Nada de espantar também que o Senado tenha aprovado, na noite de ontem, projeto que reserva metade das vagas nas universidades federais e nas escolas técnicas do país para alunos que cursaram todo o ensino médio em colégios públicos. Não bastasse o ensino superior ter passado a discriminar conforme a cor do aluno, agora os senadores estão empurrando para o ensino superior as deficiências do ensino público. Estudar em boa escola virou desvantagem. O preço é ser preterido no vestíbulo da academia. 

O projeto também segue agora para sanção presidencial. Na prática, ele mais do que dobra o total de vagas destinadas a cotas nas federais.O texto ainda prevê que as cotas devem ser prioritariamente ocupadas por negros, pardos ou índios. A divisão deve considerar o tamanho de cada uma dessas populações no Estado, segundo o censo mais recente do IBGE. Se houver sobra de vagas, elas irão para os demais alunos das escolas públicas.

Quanto ao mérito, esforço pessoal, cultura, estes critérios estão mortos e bem sepultados. Se você quer vencer na vida, seja incompetente. Do jeito como vão as coisas, quem souber flexionar corretamente um verbo ou distinguir adjetivo de advérbio, ainda será considerado uma sumidade das letras.

Se alguém acha que estou deplorando estes novos tempos, em muito se engana. Houve época em que eu não só torcia por um país melhor, como até lutava por isso. Há muito desisti. Sou hoje um mero observador. Se o povo elege medíocres que elaboram tais leis, é porque este povinho merece. Me reservo apenas o direito de ser culto e a esperança de que isto, em futuro próximo, não seja tipificado como crime. Só peço um tempinho para morrer antes. Os senhores legisladores não perderão muito por esperar. Não é para amanhã, mas também não farei os responsáveis pelos rumos do país esperar muito.

Ontem foi dia aziago para quem esperava melhores manhãs. Pois o mesmo Senado também aprovou, por 60 votos a favor e 4 contrários, o segundo turno da proposta de emenda constitucional que torna obrigatória a obtenção do diploma de curso superior de jornalismo para o exercício da profissão. O texto terá ainda de ser votado na Câmara dos Deputados, onde tramita uma proposta semelhante. E é claro que será mais uma vez aprovado.

Se alguém ainda não lembra, até 1969 era jornalista não quem tinha diploma, mas aptidão para o ofício. Como ocorre em todos os países do Ocidente. A conspiração contra o jornalismo vem de longe. Começou com a junta militar da ditadura – cujos nomes hoje ninguém lembra, mas passou à História como Junta dos Três Patetas – que instituiu a exigência de diploma. É curioso ver como as esquerdas, tão hostis ao regime militar, assumiram de corpo e alma esta medida ditatorial.

Em 81, ao voltar de Paris, fui entrevistado por um jornalista da rádio Universidade, de Porto Alegre. Perguntou-me como era a condição legal do jornalista na França. Por acaso, eu tinha no bolso uma agenda francesa destinada a jornalistas, que trazia o texto legal. Segundo o artigo L 761-2 do código do trabalho, “le journaliste professionnel est celui qui a pour occupation principale, régulière et rétribuée l'exercice de sa profession dans une ou plusieurs publications quotidiennes ou périodiques ou dans une ou plusieurs agences de presse et qui en tire le principal de ses ressources."

Traduzindo: jornalista profissional é aquele que tem por ocupação principal, regular e retribuída o exercício de sua profissão em uma ou várias publicações cotidianas ou periódicas ou em uma ou várias agências de imprensa e que disto tira o principal de seus recursos. E estamos conversados. (O grifo é meu).

Melhor tivesse ficado calado. O foquinha à minha frente encerrou incontinenti a entrevista. Eu havia dito o que ninguém queria ouvir. A exigência de diploma favorece uma guilda poderosa de analfabetos muito bem pagos, integrada por incompetentes que jamais pisaram em uma redação de jornal mas se julgam capazes de ensinar o que se faz em uma redação de jornal.

Me considero jornalista competente, não por acaso fui chamado a trabalhar nos dois mais importantes jornais do país. Nunca tive curso de jornalismo. O básico do ofício aprendi em seis meses de redação. Nenhum curso universitário supre o que se aprende em seis meses de redação. Sem falar que redigir é o mínimo que se pede de um jornalista. O que se pede, fundamentalmente, é domínio de sua área e isto nenhum curso oferece. Que pode escrever sobre economia ou ciências um novato que jamais estudou economia ou ciências?

Só vai escrever bobagem, é claro. Exemplo emblemático disto, que gosto de repetir, aconteceu em 1983, quando a Veja endossou como verdade científica uma brincadeira lançada pela revista inglesa New Science. Tratava-se de uma nova conquista científica, um fruto de carne, derivado da fusão da carne do boi e do tomate, que recebeu o nome de boimate. Se a editoria de ciências visse esta notícia num jornal brasileiro, evidentemente ficaria com um pé atrás. Para a revista, a experiência dos pesquisadores alemães permitia “sonhar com um tomate do qual já se colha algo parecido com um filé ao molho de tomate. E abre uma nova fronteira científica".

Isso que a New Science dava uma série de pistas para evidenciar a piada: os biólogos Barry McDonald e William Wimpey tinham esses nomes para lembrar as cadeias internacionais de alimentação McDonald´s e Wimpy´s. A Universidade de Hamburgo, palco do "grande fato", foi citada para que pudesse ser cotejada com hambúrguer. Os alertas de nada adiantaram. Como se tratava de uma prestigiosa publicação européia, a Veja embarcou com entusiasmo na piada. O jornalista responsável pela barriga foi promovido a editor da revista.

Em 2009, o Supremo Tribunal Federal decidira que a exigência do diploma, imposta no regime militar, atentava contra a liberdade de expressão. Em vão. A guilda insistiu na proteção dos seus e agora temos algo insólito no Direito Constitucional, uma profissão regulamentada pela Constituição. 

O senador Aloysio Nunes lembrou que se a emenda for aprovada pelos deputados, a profissão de jornalista será a única a constar na Constituição. "Existem médicos, advogados e outros profissionais que são bons jornalistas, sem a necessidade de ter um diploma específico. Será uma aberração colocar a profissão de jornalista na Constituição por razões meramente corporativas, para atender ao sindicalismo dos jornalistas, que é o mesmo que trabalha pelo controle social da mídia".

Para o senador, a proposta interessa sobretudo aos donos de faculdades privadas ruins, "arapucas que não ensinam nada e que vende a ilusão de um futuro profissional. Não há interesse público envolvido nisso, pelo contrário, a profissão de jornalismo diz respeito diretamente à liberdade de expressão do pensamento, de modo que não pode estar sujeita a nenhum tipo de exigência legal e nem mesmo constitucional".

É voz que clama no deserto. O projeto obviamente será aprovado pelos deputados. Político não gosta de seres pensantes e, pior que tudo, independentes. O Brasil será, definitivamente, um dos raros países do mundo (os outros são ditaduras árabes ou ex-socialistas) a ter o diploma como conditio sine qua non do exercício da profissão. 

E assim vai meu amado país, em ritmo de ganso: um passo e uma cagada.





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/08/2012 14:23

Ola Takata,
 
Mas não seria melhor melhorar o nível do ensino médio público em conjunto com essa medida? Ou vc considera que a medida por si só irá ajudar a elevar o nível do ensino médio público ?
 
Abs
Felipe

De: roberto <roberto.takata@bol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quinta-feira, 9 de Agosto de 2012 12:40
Assunto: [ciencialist] Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
 


--- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, Rafael Picate <rpicate@...> escreveu
>
> quarta-feira, agosto 08, 2012
>
> *EM RITMO DE GANSO*
>
>
> Quando fiz vestibular – e já lá vai quase meio século – só entrava
> na universidade quem tivesse bom domínio do vernáculo.

Rarará, que mentira. Conheço decanos que escrevem mal pra car*lho.

> Nada de espantar também que o Senado tenha aprovado, na noite de
> ontem, projeto que reserva metade das vagas nas universidades
> federais e nas escolas técnicas do país para alunos que cursaram
> todo o ensino médio em colégios públicos. Não bastasse o ensino
> superior ter passado a discriminar conforme a cor do aluno, agora os
> senadores estão empurrando para o ensino superior as deficiências do
> ensino público. Estudar em boa escola virou desvantagem. O preço é
> ser preterido no vestíbulo da academia.

Aposto que é um cara que também sente saudades do tempo em que o ensino médio - ensino colegial científico e magisterial - era elitizado e tem horror da universalização do ensino básico.

Não há preterição: 50% das vagas ainda estão em disputa. Não há tampouco discriminação nas ações afirmativas e nas cotas raciais.

Quem estiver interessado em uma discussão em cima de *fatos* e não de preconceitos e achismos, tenho uma série de postagens sobre o tema aqui:
http://neveraskedquestions.blogspot.com.br/search?q=space+quota

[]s,

Roberto Takata


SUBJECT: Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/08/2012 14:27

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Rafael Picate <rpicate@...>
> O que as cotas mascaram - EDITORIAL O
> ESTADÃO<http://arquivoetc.blogspot.com.br/2012/08/o-que-as-cotas-mascaram-editorial-o.html>

> O mais grave, de toda forma, é que esse tipo de favorecimento
> impositivo a alunos da escola pública antes escamoteia do que
> contribui para resolver o notório problema da baixa qualidade do
> ensino fundamental e médio gratuito.

Cotas no vestibular *não* são pra resolver problemas da qualidade da escola pública. É como reclamar que o martelo não resolve pra apertar parafuso.

Não escamoteia porque o acesso à universidade *não* é critério de qualidade escolar. Isso é medido por exames nacionais do ensino básico como o Enem e o Saeb.

> Os efeitos sobre o ensino superior das políticas de cotas já em
> andamento ainda estão por ser determinados. Para os cotistas, indica
> uma avaliação da Unicamp, o benefício tende a variar na razão
> inversa do grau de dificuldade do curso escolhido.

Mentira porque na Unicamp *não* há cotas. Há sistema de bonificação por pontos.

> A alternativa não é cruzar os braços. A USP, por exemplo, concebeu
> um bem-sucedido esquema de incentivos. O Inclusp, como é chamado,
> não apenas concede bônus de até 8% nas notas do vestibular a ex-
> alunos da rede oficial, como ainda envia "embaixadores" aos colégios
> para divulgar o programa e incentivar os jovens a fazer o exame.

Que é basicamente o sistema adotado pela política de ações afirmativas da Unicamp.

Decepciona-me o Estadão por deixar-se levar pela ideologia, errando até em questões factuais como os sistemas adotados pelas IES.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: Rafael Picate <rpicate@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/08/2012 14:33



Em 9 de agosto de 2012 14:27, roberto <roberto.takata@bol.com.br> escreveu:
 

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Rafael Picate <rpicate@...>
> O que as cotas mascaram - EDITORIAL O
> ESTADÃO<http://arquivoetc.blogspot.com.br/2012/08/o-que-as-cotas-mascaram-editorial-o.html>


> O mais grave, de toda forma, é que esse tipo de favorecimento
> impositivo a alunos da escola pública antes escamoteia do que
> contribui para resolver o notório problema da baixa qualidade do
> ensino fundamental e médio gratuito.

Cotas no vestibular *não* são pra resolver problemas da qualidade da escola pública. É como reclamar que o martelo não resolve pra apertar parafuso.

Não escamoteia porque o acesso à universidade *não* é critério de qualidade escolar. Isso é medido por exames nacionais do ensino básico como o Enem e o Saeb.


> Os efeitos sobre o ensino superior das políticas de cotas já em
> andamento ainda estão por ser determinados. Para os cotistas, indica
> uma avaliação da Unicamp, o benefício tende a variar na razão
> inversa do grau de dificuldade do curso escolhido.

Mentira porque na Unicamp *não* há cotas. Há sistema de bonificação por pontos.

 


> A alternativa não é cruzar os braços. A USP, por exemplo, concebeu
> um bem-sucedido esquema de incentivos. O Inclusp, como é chamado,
> não apenas concede bônus de até 8% nas notas do vestibular a ex-
> alunos da rede oficial, como ainda envia "embaixadores" aos colégios
> para divulgar o programa e incentivar os jovens a fazer o exame.

Que é basicamente o sistema adotado pela política de ações afirmativas da Unicamp.

Decepciona-me o Estadão por deixar-se levar pela ideologia, errando até em questões factuais como os sistemas adotados pelas IES.

[]s,

Roberto Takata

Ué, o sentido é claro! E explicitado no final. Sim, é um sistema de compensação ,  não entendi a dúvida. 


Rafael


 


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/08/2012 16:26

Longe de mim entrar nessa polêmica, mas eu só tenho um
conceito firme em minha mente: qualquer (repito: qualquer) tipo
de diferenciação baseada essencialmente na cor de pele das pessoas
é pura e simplesmente algo que se conhece como racismo. É a definição
dessa palavrita! Essa diferenciação pode ter a boa intenção
de corrigir "erros do passado" (como escravidão, menores
oportunidades, etc., etc.) mas faz isso à custa da impregnação
de um "direito diferente" para pessoas com cor de pele distinta.
 
É claro que existem grupos sociais que deveriam ser favorecidos,
mas o critério não pode ser a cor da pele. Pode ser classe
social, perfil econômico, região de origem, falta de recursos
financeiros, etc. Mas nunca a cor da pele (mesmo que haja
alguma correlação dessa característica e as outras já citadas).
 
Não importa se é para o bem ou para o mal, isso é dividir os
seres humanos em duas ou mais categorias a partir de um critério
estético (ou visual), algo que deveria ser sumariamente abolido,
tanto pelo governo quanto pela opinião pública. E o resultado
final é que uma medida desse calibre em vez de aproximar seres
humanos (independente de sua aparência física), acaba oficializando
um critério para a separação. É a oficialização do racismo. É um
descalabro! Mas é claro que eu só falaria tudo isso que escrevi
caso eu fosse entrar nessa polêmica, longe de mim! Cadê a minha
pedra?
 
*PB*
 
 
 
-----Mensagem Original-----
From: roberto
Sent: Thursday, August 09, 2012 2:27 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
 
--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Rafael Picate <rpicate@...>
> O que as cotas mascaram - EDITORIAL O
> ESTADÃO<http://arquivoetc.blogspot.com.br/2012/08/o-que-as-cotas-mascaram-editorial-o.html>
 
> O mais grave, de toda forma, é que esse tipo de favorecimento
> impositivo a alunos da escola pública antes escamoteia do que
> contribui para resolver o notório problema da baixa qualidade do
> ensino fundamental e médio gratuito.
 
Cotas no vestibular *não* são pra resolver problemas da qualidade da escola pública. É como reclamar que o martelo não resolve pra apertar parafuso.
 
Não escamoteia porque o acesso à universidade *não* é critério de qualidade escolar. Isso é medido por exames nacionais do ensino básico como o Enem e o Saeb.
 
> Os efeitos sobre o ensino superior das políticas de cotas já em
> andamento ainda estão por ser determinados. Para os cotistas, indica
> uma avaliação da Unicamp, o benefício tende a variar na razão
> inversa do grau de dificuldade do curso escolhido.
 
Mentira porque na Unicamp *não* há cotas. Há sistema de bonificação por pontos.
 
> A alternativa não é cruzar os braços. A USP, por exemplo, concebeu
> um bem-sucedido esquema de incentivos. O Inclusp, como é chamado,
> não apenas concede bônus de até 8% nas notas do vestibular a ex-
> alunos da rede oficial, como ainda envia "embaixadores" aos colégios
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Roberto Takata
 
 
 
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    http://br.yahoo.com/info/utos.html
 

SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: Thiago Guimarães <guimaraesbsb@hotmail.com>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/08/2012 16:39

 
 
Pessoalmente já não me alinho com a maneira do Janer de pensar
e expor as coisas.
 
Sem falar que este "artigo" dele carece de um "porrilhão" de evidências.
 
Thiago 
 

To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: peskybee2@gmail.com
Date: Thu, 9 Aug 2012 16:26:41 -0300
Subject: Re: [ciencialist] Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado

 
Longe de mim entrar nessa polêmica, mas eu só tenho um
conceito firme em minha mente: qualquer (repito: qualquer) tipo
de diferenciação baseada essencialmente na cor de pele das pessoas
é pura e simplesmente algo que se conhece como racismo. É a definição
dessa palavrita! Essa diferenciação pode ter a boa intenção
de corrigir "erros do passado" (como escravidão, menores
oportunidades, etc., etc.) mas faz isso à custa da impregnação
de um "direito diferente" para pessoas com cor de pele distinta.
 
É claro que existem grupos sociais que deveriam ser favorecidos,
mas o critério não pode ser a cor da pele. Pode ser classe
social, perfil econômico, região de origem, falta de recursos
financeiros, etc. Mas nunca a cor da pele (mesmo que haja
alguma correlação dessa característica e as outras já citadas).
 
Não importa se é para o bem ou para o mal, isso é dividir os
seres humanos em duas ou mais categorias a partir de um critério
estético (ou visual), algo que deveria ser sumariamente abolido,
tanto pelo governo quanto pela opinião pública. E o resultado
final é que uma medida desse calibre em vez de aproximar seres
humanos (independente de sua aparência física), acaba oficializando
um critério para a separação. É a oficialização do racismo. É um
descalabro! Mas é claro que eu só falaria tudo isso que escrevi
caso eu fosse entrar nessa polêmica, longe de mim! Cadê a minha
pedra?
 
*PB*
 
 
 
-----Mensagem Original-----
From: roberto
Sent: Thursday, August 09, 2012 2:27 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
 
--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Rafael Picate <rpicate@...>
> O que as cotas mascaram - EDITORIAL O
> ESTADÃO<http://arquivoetc.blogspot.com.br/2012/08/o-que-as-cotas-mascaram-editorial-o.html>
 
> O mais grave, de toda forma, é que esse tipo de favorecimento
> impositivo a alunos da escola pública antes escamoteia do que
> contribui para resolver o notório problema da baixa qualidade do
> ensino fundamental e médio gratuito.
 
Cotas no vestibular *não* são pra resolver problemas da qualidade da escola pública. É como reclamar que o martelo não resolve pra apertar parafuso.
 
Não escamoteia porque o acesso à universidade *não* é critério de qualidade escolar. Isso é medido por exames nacionais do ensino básico como o Enem e o Saeb.
 
> Os efeitos sobre o ensino superior das políticas de cotas já em
> andamento ainda estão por ser determinados. Para os cotistas, indica
> uma avaliação da Unicamp, o benefício tende a variar na razão
> inversa do grau de dificuldade do curso escolhido.
 
Mentira porque na Unicamp *não* há cotas. Há sistema de bonificação por pontos.
 
> A alternativa não é cruzar os braços. A USP, por exemplo, concebeu
> um bem-sucedido esquema de incentivos. O Inclusp, como é chamado,
> não apenas concede bônus de até 8% nas notas do vestibular a ex-
> alunos da rede oficial, como ainda envia "embaixadores" aos colégios
> para divulgar o programa e incentivar os jovens a fazer o exame.
 
Que é basicamente o sistema adotado pela política de ações afirmativas da Unicamp.
 
Decepciona-me o Estadão por deixar-se levar pela ideologia, errando até em questões factuais como os sistemas adotados pelas IES.
 
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Roberto Takata
 
 
 
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SUBJECT: Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/08/2012 19:25

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Rafael Picate <rpicate@...>
> Ué, o sentido é claro! E explicitado no final. Sim, é um sistema de
> compensação , não entendi a dúvida.

Eu q não entendi agora. De q dúvida vc está falando?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/08/2012 19:29

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Pesky Bee" <peskybee2@...>
> Longe de mim entrar nessa polêmica, mas eu só tenho um
> conceito firme em minha mente: qualquer (repito: qualquer) tipo
> de diferenciação baseada essencialmente na cor de pele das pessoas
> é pura e simplesmente algo que se conhece como racismo.

Nope. É ponto pacífico em tratados internacionais: o uso de critério raciais para *eliminar* (ou minorar) efeitos de discriminação não é racismo nem discriminação.

Nos textos a que linkei isso é deixado bem claro:

"Discriminação
- Segundo a OIT (e vários órgãos e estudiosos de temas sociais), discriminação é:
"Qualquer distinção, exclusão ou preferência feita com base em raça, cor, sexo, religião, opinião política, nacionalidade ou origem social, que tenha como efeito anular ou dificultar a eqüidade de oportunidade e de tratamento em um emprego ou ocupação" (Artigo 1.1a)

No documento em que a discriminação é assim definida, os autores são explícitos em alguns pontos que são implicados por isso:
- *não* há necessidade de intenção nessa situação de discriminação;
- efeitos diretos e indiretos da discriminação são considerados;
- *não* há discriminação quando se adotam medidas especiais que procurem garantir a eqüidade de acesso aos recursos sociais e econômicos ou quando a distinção se baseia em necessidades especiais inerentes a uma dada ocupação (por exemplo, contratar especificamente atores brancos para viver Abraham Lincoln, ou contratar pessoas do sexo masculino para monitorar banheiros masculinos)."
http://neveraskedquestions.blogspot.com.br/2008/05/space-quota-exceeded.html

> É a definição dessa palavrita!

Nope. A definição de racismo é:
"Racismo
A OIT define assim, então, o racismo:
"Construto ideológico que designa a uma dada raça e/ou grupo étnico uma posição de poder sobre os demais com base em seus atributos físicos e culturais, bem como em sua riqueza econômica, envolvendo relações hierárquicas em que a raça dita superior exerce domínio e controle sobre as demais.""

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/08/2012 19:33

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...>
> Mas não seria melhor melhorar o nível do ensino médio público em
> conjunto com essa medida? Ou vc considera que a medida por si só irá
> ajudar a elevar o nível do ensino médio público ?

Tá tudo aqui:
> Quem estiver interessado em uma discussão em cima de *fatos* e não de
> preconceitos e achismos, tenho uma série de postagens sobre o tema
> aqui:
> http://neveraskedquestions.blogspot.com.br/search?q=space+quota

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Relatividade e Suas Consequências
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/08/2012 19:34

Três palavras:
Inequação de Bell.

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...> escreveu
>
>
>
> Ola Pessoal,
>
> Estou voltando com um assunto que já postei na lista, pois me surgiu mais um questionamento :
>
>
> Segundo a Relatividade Geral, a distinção de presente,
> passado e futuro é uma mera ilusão. O espaço-tempo existe como um todo, sendo o
> fluxo do tempo, uma mera ilusão.
>  
> Pois bem, se o espaço-tempo existe “como um todo”, então
> todos os eventos que ocorreram,ocorrem ou irão ocorrer (se considerarmos o
> fluxo do tempo) já existem.
>  
> Dessa forma, e sendo redundante, todos os eventos que ocorreram
> e irão ocorrer já existem neste espaço-tempo. Assim, todos os experimentos e
> eventos, inclusive os quânticos, quando analisados sob esta ótica, já possuem
> resultados determinados.
>  
> 1. Considerando o exposto acima, a TRG não implica automaticamente em um universo eterno, imutável e determinístico em todos os níveis, inlcuindo o quântico?
>
>  
> 1. Se 1 é verdadeiro, então a única interpretação da MQ que pode coexistir com a TRG não seria a interpretação de Bhom, por ser essencialmente determinística ?     3. Em um universo do tipo acima, onde não existe fluxo de tempo, como podemos ter sistemas perceptuais, que dependem essencialmente de fluxos? Ou seja, o que se move ?
>
>      4. Outra opção : não podemos considerar esta falta de aderência ao universo observado (ou seja, o Fluxo) e à própria exsitência de sistemas que observam um falseamento da teoria ?
>
> A 1 e 2 já foram debatidas com o Takata, mas continuo discordando dele :) A 3 e a 4 são novas.
>
> Abs
> Felipe
>




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: Rafael Picate <rpicate@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/08/2012 20:19

Aqui temos outro problemão, não é só o sistema de cotas raciais , é a proporção que esse sistema tomou, e a ingerência nas faculdades, inclusive aquelas que estavam adaptando sistemas de compensação. O editorial é claro ,  veja mais  opiniões de "leigos":

2. Críticas à lei de cotas por ferir autonomia de universidades federais
 
O projeto de lei 180/2008 que determina a reserva de pelo menos 50% das vagas em universidades federais para estudantes que cursaram o ensino médio na rede pública e para negros, pardos e indígenas foi aprovado pelo Senado nesta terça-feira (7).

O texto vai ser sancionado pela presidente Dilma Rousseff em até 15 dias e passará a valer assim que for publicado. As universidades federais terão até quatro anos para se adaptar às novas regras, mas até um ano para adotar ao menos 25% do que a lei prevê - ou seja, terão de implementar o novo modelo de cotas em uma escala menor.

 

Mesmo defendendo ações afirmativas, Carlos Maneschy, presidente da Andifes, associação que representa reitores das federais, argumenta que várias universidades já adotam cotas e critica a imposição de um mesmo modelo em todo o País, o que fere a autonomia universitária em sua opinião. "Na minha própria universidade, já adotamos cotas desde 2008. No entanto, acreditamos que esses programas devem seguir o princípio da autonomia universitária. Do jeito que está, é um confronto à autonomia", afirma.

 

Reitor da Universidade Federal do Pará, que já reserva 50% das vagas, Maneschy elogia políticas de ação afirmativa, mas vê com ressalvas a proposta. "O projeto não olha os princípios da autonomia universitária de decidir, individualmente, seu próprio modelo de cotas. Os estados brasileiros são diversos, há especificidades que não são contempladas no projeto."

 

A presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader, concorda. "A SBPC é a favor de ações afirmativas. Mas, em nome de um projeto justo, o governo está generalizando tudo o que já acontecia", diz Helena.

 

Governo - A aprovação da lei no Senado foi bastante comemorada pela ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros. Segundo ela, a partir da sanção da presidente, a pasta montará um cronograma de apoio à implementação nas universidades federais. "Foi um passo extremamente importante para consolidar as políticas afirmativas no ensino superior. A aprovação da lei abre um novo caminho", avalia. O tema estava sendo discutido há 13 anos no Congresso.

 

Na avaliação da diretora executiva da organização Todos Pela Educação, Priscila Cruz, o sistema de cotas só existe porque a educação básica pública não é de qualidade. "Se os resultados das escolas fossem equivalentes, não precisaríamos de cotas", argumenta. Ainda assim, a especialista afirma que a medida é um mecanismo justo para oferecer oportunidades aos que não tiveram. Já o pedagogo Hamilton Werneck é favorável à destinação das vagas contanto que seja temporária. Para o especialista, a permanência indefinida pode perpetuar o descaso com a qualidade das escolas públicas. "Para que haja democracia, temos de ter a possibilidade de acessos nas mesmas condições para todos. Essas condições ideais deveriam ser oferecidas por uma escola pública de qualidade como está expresso na Constituição Federal", considera.

 

Mercadante - Em meio à satisfação da presidente Dilma Rousseff e ao descontentamento dos reitores, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, optou por não comentar nada sobre a aprovação da lei das cotas. Oficialmente, ele quer primeiro conversar com a presidente, se inteirar sobre o assunto, para só então se manifestar. Nos bastidores, a conversa é outra. Entre os que trabalharam pela aprovação do projeto de lei é quase unânime a tese de que Mercadante nunca foi simpático ao sistema. Ele teria, até mesmo, pedido várias vezes que o projeto não entrasse na pauta de votação - resistência atribuída à rejeição do tema no estado de São Paulo, seu reduto eleitoral. Mas o cenário foi ficando cada vez mais propício para a votação dessa lei especialmente após a aprovação pelo Supremo Tribunal Federal da constitucionalidade das cotas.

 

Reitores - Aprovado o projeto, a quebra da autonomia universitária é a principal crítica de reitores à decisão do Senado. Para o reitor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Walter Albertoni, a definição de 50 % é preocupante e pode resultar em queda de qualidade de ingressantes, principalmente em cursos mais exigentes, como Medicina. "Ainda não dá para saber como vai ser o desempenho com esse porcentual", diz ele. A Unifesp reserva 10% de vagas de cada curso e o desempenho dos alunos é considerado bom, segundo Albertoni.

 

O reitor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Helio Waldman, discorda. Segundo ele, é imprescindível porcentual como esse. "Não adianta colocar cotas pequenas. Quando se tem 10%, por exemplo, frequentemente a nota de corte é até superior ao dos não cotistas, pois essas vagas serão preenchidas por alunos vindos de escolas técnicas e colégios militares, que, em geral vêm de famílias com renda alta", diz ele.

 

O reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Roberto Salles, criticou a "intromissão indevida" do Congresso. "O Senado está transferindo a responsabilidade do ensino médio de qualidade, que cabe aos governadores e prefeitos, para as universidades. Estão passando o pepino", afirmou Salles. Recentemente, a UFF aprovou a reserva de 25% das vagas.

 

A Universidade Federal da Bahia (UFBA) precisará de poucos ajustes para se adequar à lei. "Nossa política de cotas é semelhante à aprovada pela Câmara", diz a reitora Dora Leal Rosa. Em vigor desde 2004, o sistema de cotas da UFBA reserva 43 % das vagas a estudantes que tenham cursado todo o ensino médio - além de pelo menos um ano do ensino fundamental - em escolas públicas. Além disso, oferece 2 % das vagas a descendentes de índios. Dentro da cota, 85% são direcionadas a negros e pardos, seguindo as proporções da população baiana.

 

João Feres Júnior, professor de Ciência Política do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (Iesp) da Uerj, é favorável à lei. "A partir do momento em que a rede pública é valorizada, que ela se torna uma fonte de acesso às universidades federais, várias classes econômicas vão passar a procurar essas escolas e, por isso, elas serão mais vigiadas. Se atrai as classes mais altas, atrai o interesse do governo".

 

O economista Simon Schwartzmann, do Instituto de Estudos Trabalho e Sociedade (Iets), discorda. Ele argumenta que a entrada dos mais pobres na universidade é uma opção legítima, mas vê problemas na manutenção da qualidade. "É muito difícil manter o padrão acadêmico recebendo metade dos alunos com má formação. A universidade vai precisar lidar com dois públicos muito distintos. Ou diminui a exigência acadêmica ou a evasão será altíssima, com consequências desastrosas".




Em 9 de agosto de 2012 16:26, Pesky Bee <peskybee2@gmail.com> escreveu:
 

Longe de mim entrar nessa polêmica, mas eu só tenho um
conceito firme em minha mente: qualquer (repito: qualquer) tipo
de diferenciação baseada essencialmente na cor de pele das pessoas
é pura e simplesmente algo que se conhece como racismo. É a definição
dessa palavrita! Essa diferenciação pode ter a boa intenção
de corrigir "erros do passado" (como escravidão, menores
oportunidades, etc., etc.) mas faz isso à custa da impregnação
de um "direito diferente" para pessoas com cor de pele distinta.
 
É claro que existem grupos sociais que deveriam ser favorecidos,
mas o critério não pode ser a cor da pele. Pode ser classe
social, perfil econômico, região de origem, falta de recursos
financeiros, etc. Mas nunca a cor da pele (mesmo que haja
alguma correlação dessa característica e as outras já citadas).
 
Não importa se é para o bem ou para o mal, isso é dividir os
seres humanos em duas ou mais categorias a partir de um critério
estético (ou visual), algo que deveria ser sumariamente abolido,
tanto pelo governo quanto pela opinião pública. E o resultado
final é que uma medida desse calibre em vez de aproximar seres
humanos (independente de sua aparência física), acaba oficializando
um critério para a separação. É a oficialização do racismo. É um
descalabro! Mas é claro que eu só falaria tudo isso que escrevi
caso eu fosse entrar nessa polêmica, longe de mim! Cadê a minha
pedra?
 
*PB*
 
 
 
-----Mensagem Original-----
From: roberto
Sent: Thursday, August 09, 2012 2:27 PM
Subject: [ciencialist] Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
 
--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Rafael Picate <rpicate@...>
> O que as cotas mascaram - EDITORIAL O
 
> O mais grave, de toda forma, é que esse tipo de favorecimento
> impositivo a alunos da escola pública antes escamoteia do que
> contribui para resolver o notório problema da baixa qualidade do
> ensino fundamental e médio gratuito.
 
Cotas no vestibular *não* são pra resolver problemas da qualidade da escola pública. É como reclamar que o martelo não resolve pra apertar parafuso.
 
Não escamoteia porque o acesso à universidade *não* é critério de qualidade escolar. Isso é medido por exames nacionais do ensino básico como o Enem e o Saeb.
 
> Os efeitos sobre o ensino superior das políticas de cotas já em
> andamento ainda estão por ser determinados. Para os cotistas, indica
> uma avaliação da Unicamp, o benefício tende a variar na razão
> inversa do grau de dificuldade do curso escolhido.
 
Mentira porque na Unicamp *não* há cotas. Há sistema de bonificação por pontos.
 
> A alternativa não é cruzar os braços. A USP, por exemplo, concebeu
> um bem-sucedido esquema de incentivos. O Inclusp, como é chamado,
> não apenas concede bônus de até 8% nas notas do vestibular a ex-
> alunos da rede oficial, como ainda envia "embaixadores" aos colégios
> para divulgar o programa e incentivar os jovens a fazer o exame.
 
Que é basicamente o sistema adotado pela política de ações afirmativas da Unicamp.
 
Decepciona-me o Estadão por deixar-se levar pela ideologia, errando até em questões factuais como os sistemas adotados pelas IES.
 
[]s,
 
Roberto Takata
 
 
 
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SUBJECT: Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/08/2012 21:40

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Rafael Picate <rpicate@...>
> "universidades já adotam cotas e critica a imposição de um mesmo
> modelo em todo o País, o que fere a autonomia universitária em sua
> opinião."

Há alguma divergência sobre a restrição ou não à autonomia universitária.

P.e., o jurista José Geraldo de Sousa Jr., reitor da UnB, acha que as IES podem seguir os termos do PLC sem ferir a autonomia.
"José Geraldo de Sousa Jr. diz que a universidade seguirá os parâmetros da lei, mas sem perder as perspectivas da autonomia. 'As políticas próprias da instituição podem se ajustar aos determinantes da lei. Dentro da legislação, ela poderia considerar ainda a proporção que acha razoável para negros', diz o reitor."
http://www.unb.br/noticias/unbagencia/unbagencia.php?id=1391
--------

De todo modo, a autonomia universitária não é um parâmetro absoluto. Pegando uma situação extrema, uma universidade *não* pode criar um curso que ensine técnicas de torturas; em que pese a ampla liberdade curricular que tem dentro da AU.

> "Os estados brasileiros são diversos, há especificidades que não são
> contempladas no projeto."

Sim. Essa é uma limitação séria do PLC 180/2008.

> Já o pedagogo Hamilton Werneck é favorável à destinação das vagas
> contanto que seja temporária.

*É* temporária.

"Art. 7º O Poder Executivo promoverá, no prazo de 10 (dez) anos, a contar da publicação desta Lei, a revisão do programa especial para o acesso de estudantes pretos, pardos e indígenas, bem como daqueles que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas, às instituições de educação superior."

> Oficialmente, ele quer primeiro conversar com a presidente, se
> inteirar sobre o assunto, para só então se manifestar.

Ridículo que o Merca só agora vá tentar se inteirar sobre o tema...

> "O Senado está transferindo a responsabilidade do ensino médio de
> qualidade, que cabe aos governadores e prefeitos, para as
> universidades. Estão passando o pepino", afirmou Salles.

Nope. São duas questões: A) qualidade do ensino básico (q deve ser tratada com meios propícios) e B) barreiras de acesso (q é o ponto q essas ações afirmativas trabalham).

(A) é ponto pacífico. Mas relativamente pouco é feito efetivamente tanto por governadores, prefeitos, presidentes, ministros, vereadores, deputados, senadores...

(B) trabalha uma situação emergencial, enquanto não resolvem (A).

> O economista Simon Schwartzmann, do Instituto de Estudos Trabalho e
> Sociedade (Iets), discorda. Ele argumenta que a entrada dos mais
> pobres na universidade é uma opção legítima, mas vê problemas na
> manutenção da qualidade. "É muito difícil manter o padrão acadêmico
> recebendo metade dos alunos com má formação. A universidade vai
> precisar lidar com dois públicos muito distintos. Ou diminui a
> exigência acadêmica ou a evasão será altíssima, com consequências
> desastrosas".

Há estudos que indicam que não há problemas de qualidade. Mas é possível sim que mecanismos de permanência sejam necessários: cursos de equalização e aulas extras, bolsas de estudo... em várias IES que adotam cotas e bônus há tais mecanismos.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: Rafael Picate <rpicate@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/08/2012 22:13

Que bom, até agora não vi nenhum estudo ou citação de estudo, de que colocar metade das vagas para grupos "excluídos" não tenha impacto na qualidade  dos cursos universitários.  

O porteiro aqui do prédio é um super profissional, safo para caramba. Tirou o filho do colégio público em que estudava , porque segundo ele, era complicado, faltava professor toda hora, quando tinha feriado na quarta, emendava-se mais dois dias. Conseguiu com muito custo uma bolsa em que tem desconto de 70% num colégio particular bem mediano. Comparado com o outro, adora, tem aula certinho toda semana.  Vou ter que explicar para ele, que agora a porta ficou mais fechada. O filho dele vai ter que brigar por  metade das vagas, a outra metade já tem dono. Se ele me disser que estão descriminando o filho dele e outros em mesma situação, vou dizer que não.  É que é tal  política afirmativa .
Nada como uma palavra mágica, não sei se ele vai se convencer.
 Rafael




Em 9 de agosto de 2012 21:40, roberto <roberto.takata@bol.com.br> escreveu:
 

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Rafael Picate <rpicate@...>
> "universidades já adotam cotas e critica a imposição de um mesmo
> modelo em todo o País, o que fere a autonomia universitária em sua
> opinião."

Há alguma divergência sobre a restrição ou não à autonomia universitária.

P.e., o jurista José Geraldo de Sousa Jr., reitor da UnB, acha que as IES podem seguir os termos do PLC sem ferir a autonomia.
"José Geraldo de Sousa Jr. diz que a universidade seguirá os parâmetros da lei, mas sem perder as perspectivas da autonomia. 'As políticas próprias da instituição podem se ajustar aos determinantes da lei. Dentro da legislação, ela poderia considerar ainda a proporção que acha razoável para negros', diz o reitor."
http://www.unb.br/noticias/unbagencia/unbagencia.php?id=1391
--------

De todo modo, a autonomia universitária não é um parâmetro absoluto. Pegando uma situação extrema, uma universidade *não* pode criar um curso que ensine técnicas de torturas; em que pese a ampla liberdade curricular que tem dentro da AU.


> "Os estados brasileiros são diversos, há especificidades que não são
> contempladas no projeto."

Sim. Essa é uma limitação séria do PLC 180/2008.


> Já o pedagogo Hamilton Werneck é favorável à destinação das vagas
> contanto que seja temporária.

*É* temporária.

"Art. 7º O Poder Executivo promoverá, no prazo de 10 (dez) anos, a contar da publicação desta Lei, a revisão do programa especial para o acesso de estudantes pretos, pardos e indígenas, bem como daqueles que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas, às instituições de educação superior."


> Oficialmente, ele quer primeiro conversar com a presidente, se
> inteirar sobre o assunto, para só então se manifestar.

Ridículo que o Merca só agora vá tentar se inteirar sobre o tema...


> "O Senado está transferindo a responsabilidade do ensino médio de
> qualidade, que cabe aos governadores e prefeitos, para as
> universidades. Estão passando o pepino", afirmou Salles.

Nope. São duas questões: A) qualidade do ensino básico (q deve ser tratada com meios propícios) e B) barreiras de acesso (q é o ponto q essas ações afirmativas trabalham).

(A) é ponto pacífico. Mas relativamente pouco é feito efetivamente tanto por governadores, prefeitos, presidentes, ministros, vereadores, deputados, senadores...

(B) trabalha uma situação emergencial, enquanto não resolvem (A).


> O economista Simon Schwartzmann, do Instituto de Estudos Trabalho e
> Sociedade (Iets), discorda. Ele argumenta que a entrada dos mais
> pobres na universidade é uma opção legítima, mas vê problemas na
> manutenção da qualidade. "É muito difícil manter o padrão acadêmico
> recebendo metade dos alunos com má formação. A universidade vai
> precisar lidar com dois públicos muito distintos. Ou diminui a
> exigência acadêmica ou a evasão será altíssima, com consequências
> desastrosas".

Há estudos que indicam que não há problemas de qualidade. Mas é possível sim que mecanismos de permanência sejam necessários: cursos de equalização e aulas extras, bolsas de estudo... em várias IES que adotam cotas e bônus há tais mecanismos.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/08/2012 23:00

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Rafael Picate <rpicate@...>
> Que bom, até agora não vi nenhum estudo ou citação de estudo, de que
> colocar metade das vagas para grupos "excluídos" não tenha impacto
> na qualidade dos cursos universitários.

Novamente, passei o link da série de postagens q fiz no meu blogue. Passo de novo:
http://neveraskedquestions.blogspot.com.br/search?q=space+quota

"Na UFBA, em 11 dos 18 cursos mais concorridos, os cotistas tiveram desempenho igual ou superior aos não-cotistas."
"Na Uerj*, os cotistas tiveram um desempenho acadêmico praticamente igual (ligeiramente superior) aos não-cotistas: 6,74 contra 6,71 de nota média."
http://neveraskedquestions.blogspot.com.br/2009/05/space-quota-exceeded-3.html

Na UFBA e na Uerj, o total de vagas para cotistas é de 45%.

Na UFABC, o desempenho é similar (50% das vagas são reservadas para cotas):
http://www.abcdmaior.com.br/noticia_exibir.php?noticia=29105
---------------

Sério, se não quer ler os meus textos (e os dados que apresento não tiro do nariz, estão todos referenciados), melhor faz se, em vez de bancar a maria-incrédula, fazer uma busca muito fácil no Google.

> Vou ter que explicar para ele, que agora a porta ficou mais fechada.

Vai explicar errado, porque a porta não fechou.

> a outra metade já tem dono.

*Nenhuma* vaga tem dono. A outra metade é alvo de *concorrência* entre pessoas oriundas de escolas públicas.

Sempre vai ter um caso ou outro de injustiça. Se houver mais prejudicados do que beneficiados aí sim é um problema.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: Rafael Picate <rpicate@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/08/2012 23:21

  A UERJ virou referência para todas as universidades que dizem ter suas singularidades, e para todos os cursos, mesmo os com grande dificuldade de acesso. Parabéns para a Uerj . Que bom!Pode-se tranquilizar todas os reitores e profissionais da área por causa dessa tal pesquisa de abrangência fenomenal . 

Quer dizer que é uma ou outra injustiça ? Quais são os dados para corroborar essa tese ? Se beneficiar mais do que prejudicar está válido? Os critérios escolhidos ficam em segundo plano?  É uma análise estranha, porque os critérios é que podem ser motivadores de todo o processo. Será que vai ser tão importante a escola pública tentar competir de igual para igual com o melhor ensino que é o privado? São perguntas desse tipo que devem ser feitas.

Quanto a achar que políticas são só temporárias, o Brasil é feito de políticas temporárias eternas. Está bom , daqui para frente tudo vai ser diferente. Como dizia Roberto Carlos.

Rafael

Em 9 de agosto de 2012 23:00, roberto <roberto.takata@bol.com.br> escreveu:
 

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Rafael Picate <rpicate@...>
> Que bom, até agora não vi nenhum estudo ou citação de estudo, de que
> colocar metade das vagas para grupos "excluídos" não tenha impacto
> na qualidade dos cursos universitários.

Novamente, passei o link da série de postagens q fiz no meu blogue. Passo de novo:
http://neveraskedquestions.blogspot.com.br/search?q=space+quota

"Na UFBA, em 11 dos 18 cursos mais concorridos, os cotistas tiveram desempenho igual ou superior aos não-cotistas."
"Na Uerj*, os cotistas tiveram um desempenho acadêmico praticamente igual (ligeiramente superior) aos não-cotistas: 6,74 contra 6,71 de nota média."
http://neveraskedquestions.blogspot.com.br/2009/05/space-quota-exceeded-3.html

Na UFBA e na Uerj, o total de vagas para cotistas é de 45%.

Na UFABC, o desempenho é similar (50% das vagas são reservadas para cotas):
http://www.abcdmaior.com.br/noticia_exibir.php?noticia=29105
---------------

Sério, se não quer ler os meus textos (e os dados que apresento não tiro do nariz, estão todos referenciados), melhor faz se, em vez de bancar a maria-incrédula, fazer uma busca muito fácil no Google.


> Vou ter que explicar para ele, que agora a porta ficou mais fechada.

Vai explicar errado, porque a porta não fechou.

> a outra metade já tem dono.

*Nenhuma* vaga tem dono. A outra metade é alvo de *concorrência* entre pessoas oriundas de escolas públicas.

Sempre vai ter um caso ou outro de injustiça. Se houver mais prejudicados do que beneficiados aí sim é um problema.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/08/2012 23:23

Um toque geral.

Programas de ações afirmativas, incluindo cotas, para acesso à universidade existem no Brasil já há uns 10 anos.

Há dados e estudos a respeito.

Procurem por eles. Leiam, vejam as análises.

O tema é complexo. Não dá pra se basear apenas em achismos e imaginar que se tem a resposta baseada em experiências pessoais limitadas.

Alguma coisa já foi discutida nesta lista mesmo. Busquem no histórico da lista. Muitas informações se conseguem via Google ou outros mecanismos de busca. Um bom caminho é ir aos sítios webs dos vestibulares das IES públicas. Há links para os programas de ações afirmativas em muitas delas. Lá terão acesso aos detalhes de como funcionam hoje.

Não vão nessa de um filho do primo do cunhado do porteiro do prédio da vizinha. Esse mesmo filho do primo do cunhado do porteiro do prédio da vizinha dirá que tomou um remédio milagroso à base de casca de unicórnio e se curou de câncer. Casos anedóticos não servem para uma análise embasada. Pode ser melhor do que nada. Mas a situação, como disse, não é de partida do nada. Há muitos dados referentes às políticas de ações afirmativas, inclusive cotas, inclusive cotas raciais.

Na base da SciELO também tem alguns estudos. (Há mais peças de opinião, é verdade, mas, garimpando, encontram-se estudos com dados numéricos.)

#ficadica

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/08/2012 23:26

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Rafael Picate <rpicate@...>
> A UERJ virou referência para todas as universidades que dizem ter

É, você tá de má-fé. Indico *três* casos: Uerj, UFBA e UFABC. Aí vem com papo de que se generaliza de *um* exemplo. Parei.

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: Rafael Picate <rpicate@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/08/2012 01:09

Então pesquisas restritas em três faculdades, que sabe lá quanto se tem ideologia, viraram referência, e logo de uma canetada só ,  se define que para todos as faculdades e cursos, essa deve ser a política. É detalhes, só interpretações  favoráveis das políticas das cotas,  outras que mostram o contrário, não valem nada. Não se preocupem reitores. A melhor forma mesmo é uniformizar tudo. Os burocratas sabichões sabem muito mais que as faculdades que usam outros tipos de compensação.   Num mundo cada vez mais globalizado que se busca  universidades de excelência, vamos virar um exemplo para o mundo e arredores. Para frente Brasil!

E eu já deveria ter parado, quando ouvi coisas   do tipo de especialistas :

"Sempre vai ter um caso ou outro de injustiça. Se houver mais prejudicados do que beneficiados aí sim é um problema. "


Rafael


Em 9 de agosto de 2012 23:26, roberto <roberto.takata@bol.com.br> escreveu:
 

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Rafael Picate <rpicate@...>
> A UERJ virou referência para todas as universidades que dizem ter

É, você tá de má-fé. Indico *três* casos: Uerj, UFBA e UFABC. Aí vem com papo de que se generaliza de *um* exemplo. Parei.

Roberto Takata



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/08/2012 06:56

 

Ainda que digam e defendam o contrário, esse processo, “julgado e juramentado”,  impõe uma baita discriminação.

 

Não seria mais produtivo, além de  isonômico, investir pesado e continuadamente para corrigir a distorção, real, abaixo descrita, agindo na base? Ou isto é utopia?

 

“É muito difícil manter o padrão acadêmico recebendo metade dos alunos com má formação. A universidade vai precisar lidar com dois públicos muito distintos. Ou diminui a exigência acadêmica ou a evasão será altíssima, com consequências desastrosas".

 

Por causa disso aí em cima, creio é que a educação, como um todo,  vai é ficar prejudicada. Como já acontece. Claro que na metade recebida, alguns desses “coitadinhos” têm condições intelectuais para dar conta das exigências de uma universidade, que não olha para cor ou condição social. Mas, claro, também, isto é excessão. Do lado “superior”, que não precisa desses “benefícios”, muitos entram, também, sem o devido preparo. E agora?

 

Parece-me que os problemas nunca residiram na cor ou condição social.  

 

Sds,

Victor.

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Rafael Picate
Enviada em: quinta-feira, 9 de agosto de 2012 20:19
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado

 

 

Aqui temos outro problemão, não é só o sistema de cotas raciais , é a proporção que esse sistema tomou, e a ingerência nas faculdades, inclusive aquelas que estavam adaptando sistemas de compensação. O editorial é claro ,  veja mais  opiniões de "leigos":

 

2. Críticas à lei de cotas por ferir autonomia de universidades federais

 

O projeto de lei 180/2008 que determina a reserva de pelo menos 50% das vagas em universidades federais para estudantes que cursaram o ensino médio na rede pública e para negros, pardos e indígenas foi aprovado pelo Senado nesta terça-feira (7).

O texto vai ser sancionado pela presidente Dilma Rousseff em até 15 dias e passará a valer assim que for publicado. As universidades federais terão até quatro anos para se adaptar às novas regras, mas até um ano para adotar ao menos 25% do que a lei prevê - ou seja, terão de implementar o novo modelo de cotas em uma escala menor.

 

Mesmo defendendo ações afirmativas, Carlos Maneschy, presidente da Andifes, associação que representa reitores das federais, argumenta que várias universidades já adotam cotas e critica a imposição de um mesmo modelo em todo o País, o que fere a autonomia universitária em sua opinião. "Na minha própria universidade, já adotamos cotas desde 2008. No entanto, acreditamos que esses programas devem seguir o princípio da autonomia universitária. Do jeito que está, é um confronto à autonomia", afirma.

 

Reitor da Universidade Federal do Pará, que já reserva 50% das vagas, Maneschy elogia políticas de ação afirmativa, mas vê com ressalvas a proposta. "O projeto não olha os princípios da autonomia universitária de decidir, individualmente, seu próprio modelo de cotas. Os estados brasileiros são diversos, há especificidades que não são contempladas no projeto."

 

A presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader, concorda. "A SBPC é a favor de ações afirmativas. Mas, em nome de um projeto justo, o governo está generalizando tudo o que já acontecia", diz Helena.

 

Governo - A aprovação da lei no Senado foi bastante comemorada pela ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros. Segundo ela, a partir da sanção da presidente, a pasta montará um cronograma de apoio à implementação nas universidades federais. "Foi um passo extremamente importante para consolidar as políticas afirmativas no ensino superior. A aprovação da lei abre um novo caminho", avalia. O tema estava sendo discutido há 13 anos no Congresso.

 

Na avaliação da diretora executiva da organização Todos Pela Educação, Priscila Cruz, o sistema de cotas só existe porque a educação básica pública não é de qualidade. "Se os resultados das escolas fossem equivalentes, não precisaríamos de cotas", argumenta. Ainda assim, a especialista afirma que a medida é um mecanismo justo para oferecer oportunidades aos que não tiveram. Já o pedagogo Hamilton Werneck é favorável à destinação das vagas contanto que seja temporária. Para o especialista, a permanência indefinida pode perpetuar o descaso com a qualidade das escolas públicas. "Para que haja democracia, temos de ter a possibilidade de acessos nas mesmas condições para todos. Essas condições ideais deveriam ser oferecidas por uma escola pública de qualidade como está expresso na Constituição Federal", considera.

 

Mercadante - Em meio à satisfação da presidente Dilma Rousseff e ao descontentamento dos reitores, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, optou por não comentar nada sobre a aprovação da lei das cotas. Oficialmente, ele quer primeiro conversar com a presidente, se inteirar sobre o assunto, para só então se manifestar. Nos bastidores, a conversa é outra. Entre os que trabalharam pela aprovação do projeto de lei é quase unânime a tese de que Mercadante nunca foi simpático ao sistema. Ele teria, até mesmo, pedido várias vezes que o projeto não entrasse na pauta de votação - resistência atribuída à rejeição do tema no estado de São Paulo, seu reduto eleitoral. Mas o cenário foi ficando cada vez mais propício para a votação dessa lei especialmente após a aprovação pelo Supremo Tribunal Federal da constitucionalidade das cotas.

 

Reitores - Aprovado o projeto, a quebra da autonomia universitária é a principal crítica de reitores à decisão do Senado. Para o reitor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Walter Albertoni, a definição de 50 % é preocupante e pode resultar em queda de qualidade de ingressantes, principalmente em cursos mais exigentes, como Medicina. "Ainda não dá para saber como vai ser o desempenho com esse porcentual", diz ele. A Unifesp reserva 10% de vagas de cada curso e o desempenho dos alunos é considerado bom, segundo Albertoni.

 

O reitor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Helio Waldman, discorda. Segundo ele, é imprescindível porcentual como esse. "Não adianta colocar cotas pequenas. Quando se tem 10%, por exemplo, frequentemente a nota de corte é até superior ao dos não cotistas, pois essas vagas serão preenchidas por alunos vindos de escolas técnicas e colégios militares, que, em geral vêm de famílias com renda alta", diz ele.

 

O reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Roberto Salles, criticou a "intromissão indevida" do Congresso. "O Senado está transferindo a responsabilidade do ensino médio de qualidade, que cabe aos governadores e prefeitos, para as universidades. Estão passando o pepino", afirmou Salles. Recentemente, a UFF aprovou a reserva de 25% das vagas.

 

A Universidade Federal da Bahia (UFBA) precisará de poucos ajustes para se adequar à lei. "Nossa política de cotas é semelhante à aprovada pela Câmara", diz a reitora Dora Leal Rosa. Em vigor desde 2004, o sistema de cotas da UFBA reserva 43 % das vagas a estudantes que tenham cursado todo o ensino médio - além de pelo menos um ano do ensino fundamental - em escolas públicas. Além disso, oferece 2 % das vagas a descendentes de índios. Dentro da cota, 85% são direcionadas a negros e pardos, seguindo as proporções da população baiana.

 

João Feres Júnior, professor de Ciência Política do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (Iesp) da Uerj, é favorável à lei. "A partir do momento em que a rede pública é valorizada, que ela se torna uma fonte de acesso às universidades federais, várias classes econômicas vão passar a procurar essas escolas e, por isso, elas serão mais vigiadas. Se atrai as classes mais altas, atrai o interesse do governo".

 

O economista Simon Schwartzmann, do Instituto de Estudos Trabalho e Sociedade (Iets), discorda. Ele argumenta que a entrada dos mais pobres na universidade é uma opção legítima, mas vê problemas na manutenção da qualidade. "É muito difícil manter o padrão acadêmico recebendo metade dos alunos com má formação. A universidade vai precisar lidar com dois públicos muito distintos. Ou diminui a exigência acadêmica ou a evasão será altíssima, com consequências desastrosas".

 

 

 

Em 9 de agosto de 2012 16:26, Pesky Bee <peskybee2@gmail.com> escreveu:

 

Longe de mim entrar nessa polêmica, mas eu só tenho um

conceito firme em minha mente: qualquer (repito: qualquer) tipo

de diferenciação baseada essencialmente na cor de pele das pessoas

é pura e simplesmente algo que se conhece como racismo. É a definição

dessa palavrita! Essa diferenciação pode ter a boa intenção

de corrigir "erros do passado" (como escravidão, menores

oportunidades, etc., etc.) mas faz isso à custa da impregnação

de um "direito diferente" para pessoas com cor de pele distinta.

 

É claro que existem grupos sociais que deveriam ser favorecidos,

mas o critério não pode ser a cor da pele. Pode ser classe

social, perfil econômico, região de origem, falta de recursos

financeiros, etc. Mas nunca a cor da pele (mesmo que haja

alguma correlação dessa característica e as outras já citadas).

 

Não importa se é para o bem ou para o mal, isso é dividir os

seres humanos em duas ou mais categorias a partir de um critério

estético (ou visual), algo que deveria ser sumariamente abolido,

tanto pelo governo quanto pela opinião pública. E o resultado

final é que uma medida desse calibre em vez de aproximar seres

humanos (independente de sua aparência física), acaba oficializando

um critério para a separação. É a oficialização do racismo. É um

descalabro! Mas é claro que eu só falaria tudo isso que escrevi

caso eu fosse entrar nessa polêmica, longe de mim! Cadê a minha

pedra?

 

*PB*

 

 

 

-----Mensagem Original-----

From: roberto

Sent: Thursday, August 09, 2012 2:27 PM

Subject: [ciencialist] Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado

 

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Rafael Picate <rpicate@...>

> O que as cotas mascaram - EDITORIAL O

 

> O mais grave, de toda forma, é que esse tipo de favorecimento

> impositivo a alunos da escola pública antes escamoteia do que

> contribui para resolver o notório problema da baixa qualidade do

> ensino fundamental e médio gratuito.

 

Cotas no vestibular *não* são pra resolver problemas da qualidade da escola pública. É como reclamar que o martelo não resolve pra apertar parafuso.

 

Não escamoteia porque o acesso à universidade *não* é critério de qualidade escolar. Isso é medido por exames nacionais do ensino básico como o Enem e o Saeb.

 

> Os efeitos sobre o ensino superior das políticas de cotas já em

> andamento ainda estão por ser determinados. Para os cotistas, indica

> uma avaliação da Unicamp, o benefício tende a variar na razão

> inversa do grau de dificuldade do curso escolhido.

 

Mentira porque na Unicamp *não* há cotas. Há sistema de bonificação por pontos.

 

> A alternativa não é cruzar os braços. A USP, por exemplo, concebeu

> um bem-sucedido esquema de incentivos. O Inclusp, como é chamado,

> não apenas concede bônus de até 8% nas notas do vestibular a ex-

> alunos da rede oficial, como ainda envia "embaixadores" aos colégios

> para divulgar o programa e incentivar os jovens a fazer o exame.

 

Que é basicamente o sistema adotado pela política de ações afirmativas da Unicamp.

 

Decepciona-me o Estadão por deixar-se levar pela ideologia, errando até em questões factuais como os sistemas adotados pelas IES.

 

[]s,

 

Roberto Takata

 

 

 

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SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/08/2012 07:03

Thiago,

 

Concordo inteiramente com o pensamento do PB, pois penso assim desde que esse descalabro discriminatório surgiu.

Não consegui “despensar” ainda.

Trata-se, claramente, de um racismo às avessas: protegido, pago e consentido por lei. Santa mãe das carochinhas!

Que evidências, mais você precisa, além das que estão à sua volta?

 

Sds,

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Thiago Guimarães
Enviada em: quinta-feira, 9 de agosto de 2012 16:40
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: RE: [ciencialist] Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado

 

 

 
 
Pessoalmente já não me alinho com a maneira do Janer de pensar
e expor as coisas.
 
Sem falar que este "artigo" dele carece de um "porrilhão" de evidências.
 
Thiago 
 


To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: peskybee2@gmail.com
Date: Thu, 9 Aug 2012 16:26:41 -0300
Subject: Re: [ciencialist] Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado

 

Longe de mim entrar nessa polêmica, mas eu só tenho um

conceito firme em minha mente: qualquer (repito: qualquer) tipo

de diferenciação baseada essencialmente na cor de pele das pessoas

é pura e simplesmente algo que se conhece como racismo. É a definição

dessa palavrita! Essa diferenciação pode ter a boa intenção

de corrigir "erros do passado" (como escravidão, menores

oportunidades, etc., etc.) mas faz isso à custa da impregnação

de um "direito diferente" para pessoas com cor de pele distinta.

 

É claro que existem grupos sociais que deveriam ser favorecidos,

mas o critério não pode ser a cor da pele. Pode ser classe

social, perfil econômico, região de origem, falta de recursos

financeiros, etc. Mas nunca a cor da pele (mesmo que haja

alguma correlação dessa característica e as outras já citadas).

 

Não importa se é para o bem ou para o mal, isso é dividir os

seres humanos em duas ou mais categorias a partir de um critério

estético (ou visual), algo que deveria ser sumariamente abolido,

tanto pelo governo quanto pela opinião pública. E o resultado

final é que uma medida desse calibre em vez de aproximar seres

humanos (independente de sua aparência física), acaba oficializando

um critério para a separação. É a oficialização do racismo. É um

descalabro! Mas é claro que eu só falaria tudo isso que escrevi

caso eu fosse entrar nessa polêmica, longe de mim! Cadê a minha

pedra?

 

*PB*

 

 

 

-----Mensagem Original-----

From: roberto

Sent: Thursday, August 09, 2012 2:27 PM

To: ciencialist@yahoogrupos.com.br

Subject: [ciencialist] Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado

 

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Rafael Picate <rpicate@...>

> O que as cotas mascaram - EDITORIAL O

> ESTADÃO<http://arquivoetc.blogspot.com.br/2012/08/o-que-as-cotas-mascaram-editorial-o.html>

 

> O mais grave, de toda forma, é que esse tipo de favorecimento

> impositivo a alunos da escola pública antes escamoteia do que

> contribui para resolver o notório problema da baixa qualidade do

> ensino fundamental e médio gratuito.

 

Cotas no vestibular *não* são pra resolver problemas da qualidade da escola pública. É como reclamar que o martelo não resolve pra apertar parafuso.

 

Não escamoteia porque o acesso à universidade *não* é critério de qualidade escolar. Isso é medido por exames nacionais do ensino básico como o Enem e o Saeb.

 

> Os efeitos sobre o ensino superior das políticas de cotas já em

> andamento ainda estão por ser determinados. Para os cotistas, indica

> uma avaliação da Unicamp, o benefício tende a variar na razão

> inversa do grau de dificuldade do curso escolhido.

 

Mentira porque na Unicamp *não* há cotas. Há sistema de bonificação por pontos.

 

> A alternativa não é cruzar os braços. A USP, por exemplo, concebeu

> um bem-sucedido esquema de incentivos. O Inclusp, como é chamado,

> não apenas concede bônus de até 8% nas notas do vestibular a ex-

> alunos da rede oficial, como ainda envia "embaixadores" aos colégios

> para divulgar o programa e incentivar os jovens a fazer o exame.

 

Que é basicamente o sistema adotado pela política de ações afirmativas da Unicamp.

 

Decepciona-me o Estadão por deixar-se levar pela ideologia, errando até em questões factuais como os sistemas adotados pelas IES.

 

[]s,

 

Roberto Takata

 

 

 

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SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/08/2012 07:44

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "JVictor" <j.victor.neto@...>
> Não seria mais produtivo, além de isonômico, investir pesado e
> continuadamente para corrigir a distorção, real, abaixo descrita,
> agindo na base? Ou isto é utopia?

ZeVi, *ninguém* está dizendo que não é pra se investir em educação. Grande parte das pessoas q defendem políticas de ações afirmativas no acesso às universidades, p.e., defendem 10% do PIB na educação.

Não é uma decisão do tipo: ou uma coisa ou outra.

Mesmo que se implementassem agora esse investimento na educação básica. Levaria tempo até que as pessoas se formassem supostamente nas condições minimamente ideais de conhecimento, habilidade, cidadania. Enquanto isso, as pessoas que estão se formando *agora* seriam prejudicadas. Pessoas em número muito maior do que o filho da prima da irmã da vizinha da cunhada do tio de um conhecido q foi matriculado a muito custo em colégio particular.

Mas não vão implementar isso agora. Veja bem, educação básica de qualidade é algo que *todo mundo* defende. Se é algo que todo mundo defende, então seria fácil botar em ação, não? Oras, mas é patente a dificuldade de se aprovar coisas como 10% do PIB em educação. Entre outras coisas, apesar do objetivo comum da qualidade de educação, há divergências sérias sobre o que seria qualidade da educação - há os que critiquem o Enem e o Saeb na avaliação dessa qualidade, p.e. (incluindo mta gente que é contrária às cotas e dizem defendem a tal qualidade da educação). Veja bem, essa mesma gente que diz defender a qualidade da educação, reage com temor atávico a coisas como "um novo imposto para a educação". Veja bem, parte significativa dessa gente acho que é possível uma educação de qualidade na base da "vontade política". De onde sai o dinheiro? Ou é novo imposto - e os cidadãos preocupados com a qualidade da educação e contrários às cotas, coitados, já pagam impostos demais (o Santo Impostômetro que o diga) - ou é remanejamento orçamentário ou é eficiência do uso do dinheiro que tem (o que a digníssima senhora presidenta da república falou que era "fazer mais com menos"). Remanejamento orçamentário, gritam parte dos cidadãos contrários às cotas e defensores empedernidos da educação de qualidade. Tira de onde? Da saúde? Da infraestrutura? Ah, não. Tira dos programas de transferência de renda. A tal bolsa preguiça. Epa, mas - vamos esquecer que o Bolsa Esmola é quem garante a renda mínima para 13 milhões de famílias brasileiras, vamos nos esquecer que é ela quem garantiu parte importante do crescimento econômico do Brasil (ao fazer a roda da economia girar: tipo, pobre precisa comprar comida, eletrodomésticos... carro, não, não dá pra comprar carro com o bolsa vagabundo), vamos esquecer que o bolsa preguiça não estimula a vadiagem e a malemolência [2]. Ok, com essa nossa amnésia seletiva, o programa não é eleitoreiro? Sim, bradam os digníssimos representantes do #classemediasofre. Se o programa dá votos, qual o grau de realismo de imaginar de que será desmantelado pelos... bem, políticos eleitos justamente por causa do bolsa merreca? Well, well, bem o Brasil pode muito bem "fazer mais com menos", nisso a Dona Dilma tá certa. Corrupção. Corrupção suga muito dinheiro. Claro. Abaixo a corrupção! E com palavras de ordem eliminamos um mal multissecular brasileiro (sim, só no Brasil há corrupção - bem tem na China, mas lá os bandidos são exemplarmente punidos com tiros na cabeça, o Brasil precisaria adotar pena de morte aos corruptos só assim pra isso acabar, mas vamos deixar de lado o detalhe de que se isso funcionasse não haveria mais pena de execução por corrupção na China há muito tempo...).

Moral da história. Tragam *dois* projetos de leis aprovados pelas duas casas para a Dona Dilma sancionar: uma sobre ações afirmativas (epa, já tem!) e outro sobre otimização do custeio das despesas com o correspondente investimento em educação (hmmm, esperamos sentados?). E coloquemos a espada salomônica: ou um ou outro projeto. Nesse caso, *todo* mundo vai gritar todos juntos numa só voz, salve, salve, Brasil: assina o segundo, presidente, assina o segundo!


[1] http://cps.fgv.br/site_ret_port
[2] http://www.cps.fgv.br/simulador/site_cps_educacao/Clippings/jc081.pdf

> Por causa disso aí em cima, creio é que a educação, como um todo,

Por causa disso aí em cima que pode muito bem não acontecer. Em primeiro lugar, há estudos que indicam que não há queda significativa de qualidade. Em segundo lugar, mesmo que houvesse. Bem, do mesmo modo que uma queda de qualidade na universalização do acesso ao ensino básico não é justificativa para a volta do elitismo anterior, não se deve achar que o caminho da qualidade do ensino superior seja o elitismo. A qualidade é importantíssima. Então que busquemos outros meios de sua garantia - como já há em várias IES.

Sério, vamos parar com achismos. Vamos nos debruçar sobre os dados que já existem. Se faltar algum, temos que fazer estudos - e não preencher com wishful thinking.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/08/2012 07:57

Eis o negacismo em sua face.

Passo 1:
Não há pesquisa. Diga isso sem o menor pudor, não se dê ao trabalho de procurar pelas pesquisas. Como *vc* não conhece, então não existe. Não, vc não precisa ser um especialista na área. Vc, cidadão comum, pode bater no peito e inverter o ônus da prova.

Passo 2:
Opa! Os malandrinhos acharam a pesquisa que vc, tão diligentemente, não procurou. Hmmmm... Ah, claro, a saída é: questione a representatividade da pesquisa. "Mas ela é uma só! Vc quer generalizar a partir de um exemplo isolado." (Ignore que *vc* quis defender a hipótese de que se criava injustiças com base em um exemplo isolado do filho do tio da cunhada da concubina do dono da padaria do primo de terceiro grau do ex-marido da sogra do amigo de sinuca.)

Passo 3:
Hmmmm, os danadinhos mostraram várias pesquisas. Vamos, mostre que vc é um negacionista de brios: "Essas pesquisas são ideologicamente motivadas." (Sim, ignore que a *sua* resistência ao fatos é ideológica.)

Vamos ver como funciona no caso do criacionismo?

Passo 1:
Não existem provas de que a evolução ocorra!
Passo 2:
Arqueoptérice não prova nada.
Passo 3:
Claro que a academia não permite a publicação de estudos criacionistas que refutam a teoria evolutiva de Darwin! É uma muralha defensiva contra a verdade. Por isso só aceitam artigos sobre genética e embriologia comparada, paleontologia e outras fabricações ideológicas do materialismo.

Vamos ver como funciona no caso do aquecimento global?

Passo 1:
Não há provas de que o aquecimento global ocorra.
Passo 2:
Essa curva do hóquei não prova nada. Correlação não é causação.
Passo 3:
Claro que essas pesquisas sobre padrão de migração, temperatura dos oceanos, degelo do Ártico são financiadas pelo lobby poderoso das países desenvolvidos que querem impedir que o Brasil cresça também.

Exercício. Veja como funciona para "associação do tabagismo com câncer", "HIV e Aids".

[]s,

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Rafael Picate <rpicate@...> escreveu
>
> Então pesquisas restritas em três faculdades, que sabe lá quanto se tem
> ideologia, viraram referência, e logo de uma canetada só , se define que
> para todos as faculdades e cursos, essa deve ser a política. É detalhes, só
> interpretações favoráveis das políticas das cotas, outras que mostram o
> contrário, não valem nada. Não se preocupem reitores. A melhor forma mesmo
> é uniformizar tudo. Os burocratas sabichões sabem muito mais que as
> faculdades que usam outros tipos de compensação. Num mundo cada vez mais
> globalizado que se busca universidades de excelência, vamos virar um
> exemplo para o mundo e arredores. Para frente Brasil!
>
> E eu já deveria ter parado, quando ouvi coisas do tipo de especialistas :
>
> "Sempre vai ter um caso ou outro de injustiça. *Se houver mais prejudicados
> do que beneficiados aí sim é um problema.* "
>
>
> Rafael
>
>
> Em 9 de agosto de 2012 23:26, roberto <roberto.takata@...> escreveu:
>
> > **
> >
> >
> > --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Rafael Picate <rpicate@>
> > > A UERJ virou referência para todas as universidades que dizem ter
> >
> > É, você tá de má-fé. Indico *três* casos: Uerj, UFBA e UFABC. Aí vem com
> > papo de que se generaliza de *um* exemplo. Parei.
> >
> > Roberto Takata
> >
> >
> >
>




SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/08/2012 08:11

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "JVictor" <j.victor.neto@...>
> Trata-se, claramente, de um racismo às avessas: protegido, pago e
> consentido por lei. Santa mãe das carochinhas!

Nenhum racismo. Nem discriminação. Muito menos claramente.

Veja que o STF considerou constitucional. Veja que a ONU considera como instrumento legítimo.

Mas é só pensar um pouco: não se está dando privilégio a nenhum grupo, o que se está fazendo é *corrigindo* um problema preexistente.

Veja, um desastre ocorre em uma região. Moradores perdem suas casas. O governo concede indenização às famílias. Opa, cadê a *minha* indenização? Tudo bem que eu moro longe desse local e não perdi nada. Mas isso não é discriminação? Não. É reparação de um dano.

Governo gasta milhões em campanha de vacinação para idosos. Epa, isso não é discriminação contra os jovens? Não. São os idosos que estão mais expostos. Não há verba para comprar vacina para todo mundo.

Políticas podem ter focos. Devem ter foco quando for o caso. Isso não é discriminação.

Não é racismo porque não são motivadas por pensamento de que um grupo seja superior ou inferior a outro. Apenas reconhece que as situações são diferentes e que o problema precisa ser enfrentado.

Há cotas para mulheres (descumpridas) na política. Há cotas para deficientes nos empregos (infelizmente também descumpridas). Vivemos muito bem com isso (não com o descumprimento, mas com as cotas).

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Seq de Fibonacci - origens
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/08/2012 08:15

Aquí, a origem nada mística ou ficcional, da Sequência obtida por Fibonacci. A culpa é dos coelhos.

 

http://www.brasilescola.com/matematica/sequencia-fibonacci.htm

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: ENC: EM RITMO DE RAP E GANSO - Janer Cristlado
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/08/2012 08:27

 

 

De: Luiz Eduardo [mailto:luizeduardo.egroups@gmail.com]
Enviada em: sexta-feira, 10 de agosto de 2012 01:31
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: EM RITMO DE RAP E GANSO - Janer Cristlado

 




Toda aula é uma relação de Poder.
Toda aula tem de ser negociada.
Que horas começa (15' de atraso).
Que horas termina (no mínimo meia hora antes)
Se os alunos têm poder para sair, dormir, atender celular, fumar, conversar, copiar matéria de outra disciplina, ler jornal
(na minha pode fazer tudo... desde que não incomode a aula... e entrar e sair incomoda).


Nessa negociação...
o cenário já não é o mesmo de vinte anos atras.

Nem no oitavo período é o mesmo cenário do primeiro período
(onde os alunos são completamente diferentes e ainda disciplinados, compromissados).

Dou aula no oitavo de dez períodos.
A aula tem que ser negociada.

Na negociação, o nível da aula teve de ser baixado.
Os alunos de excelencia... se aproveitam então para não assistir ela aula precarizada
e tratam de adiantar seu lado profissional em outro locus
e vão arrumar rapidinho em estagios em indústrias multinacionais
e fazem pressão pra não ter falta, pra aula acabar mais cedo, pra aula começar mais tarde.

Na negociação não verbalizada...
eles faltam na aula...
e se contentam em abrir mão da nota 10 que antes obtinham...
para agora obter aprovação com nota 5...
porque a nota já não vale nada... e o que vale é o diploma e a nota que eles obtiveram lá no estágio...
que é o novo vestibular, onde serão aprovados ou não... para ingressarem no mundo do  trabalho.

ENTÃO...
os cotistas... terminam obtendo melhores notas que os alunos de excelencia...
E A UERJ USA  ESSES NUMEROS FAJUTOS...
pra comprovar lá para as negas dela...  que os cotistas conseguem sim tirar as notas mais altas da turma.

CLARO...
a exclusão foi apenas empurrada mais pra frente.

Antes, o muro do apartheid era na porta da universidade.
Hoje... o muro foi empurrado para a porta do mercado de trabalho.


Os miseraveis tiram diploma fajuto na escola pública.
E agora vão tirar diploma fajuto na universidade público.
MAS CONTINUARÃO MISERÁVEIS E EXCLUÍDOS.

Que outra política poderia brotar de uma sociedade que opera na matriz da exclusão ?
Também as políticas contra  a exclusão serão coerente e naturalmente excludentes oh pa.

L.E.

==============================

At 01:09 10/08/2012 -0300, you wrote:

 

Então pesquisas restritas em três faculdades, que sabe lá quanto se tem ideologia, viraram referência, e logo de uma canetada só ,  se define que para todos as faculdades e cursos, essa deve ser a política. É detalhes, só interpretações  favoráveis das políticas das cotas,  outras que mostram o contrário, não valem nada. Não se preocupem reitores. A melhor forma mesmo é uniformizar tudo. Os burocratas sabichões sabem muito mais que as faculdades que usam outros tipos de compensação.   Num mundo cada vez mais globalizado que se busca  universidades de excelência, vamos virar um exemplo para o mundo e arredores. Para frente Brasil!

E eu já deveria ter parado, quando ouvi coisas   do tipo de especialistas :

"Sempre vai ter um caso ou outro de injustiça. Se houver mais prejudicados do que beneficiados aí sim é um problema. "


Rafael


Em 9 de agosto de 2012 23:26, roberto < roberto.takata@bol.com.br> escreveu:

 

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Rafael Picate <rpicate@...>

> A UERJ virou referência para todas as universidades que dizem ter

É, você tá de má-fé. Indico *três* casos: Uerj, UFBA e UFABC. Aí vem com papo de que se generaliza de *um* exemplo. Parei.

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: Rafael Picate <rpicate@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/08/2012 09:38

Só pode ser mesmo, um caso de preguiça intelectual. O fato de a minha narrativa falar sobre o porteiro daqui, era primeiro para por em cheque essa conversa de que não existe descriminação, e sim "ação" afirmativa, uma conversa para boi dormir que o Pesky já tinha colocado.
E principalmente,  procura  na internet e vai encontrar notícias que a rede pública perdeu 10 milhões de alunos para a privada com essa história da emergência da Classe C, nos últimos anos. Caracas! Coisa para chuchu a bessa,  mas o exemplo  vira anedótico, para se encaixar na ideologia. 
 E as pesquisas da UERJ e mais duas, viraram o grande exemplo da representatividade. Essas não são anedóticas! 

Vai uma resposta de uma amigo que é do ramo, que achei excelente: 

Caro Rafael,

Não dá para falar em sucesso ou fracasso de uma mudança educacional que tem tão pouco tempo. No Brasil, como nossos pesquisadores universitários costumam ser ideólogos irresponsáveis, à direita ou à esquerda, eles se apressam em dizer que o sistema de cotas funciona com base apenas no próprio achismo. Assim com os que são contra as cotas quase sempre não têm coragem de assumir publicamente suas críticas, pois sabem que, no mais das vezes, elas são baseadas no corporativismo, na tentativa de manter velhos privilégios.

A medicina é uma atividade vasta e diversificada. Deve haver médicos para todos os públicos e situações. Não creio que um cotista, que não tira nem 5,0 no vestibular, possa vir a ser um neurocirurgião ou um cardiologista de ponta. Mas pode ser um bom clínico geral ou um médico de família, melhor talvez do que aquele médico de elite, que, dada a sua origem social, pode até ter certo nojo físico de pobre. O problema é que é difícil implantar um sistema de cotas justo e que funcione. Esse, por exemplo, tem problemas sérios: alunos cotistas com notas de corte muito baixas e alunos cotistas que são ricos, nem precisariam de cotas.

Sou radicalmente contra cotas raciais, mas não sou totalmente contra cotas sociais, inclusive porque estas contemplam aquelas, sem gerar guerra entre brancos e negros. Acho que o erro dessas cotas é começarem pelo telhado, quando deveriam começar pelo alicerce. Em vez de reservar vagas nas universidades, o governo deveria, desde o ensino fundamental, identificar crianças pobres inteligentes e com vontade de estudar e investir nelas. Porque é impossível melhorar a qualidade de todas as escolas públicas. Inclusive porque há um limite intransponível para a escola: a própria capacidade intelectual do aluno e sua vontade de estudar. Se o aluno não tem capacidade de aprender ou não quer aprender, nem Deus pode fazer nada. É essa a situação da escola pública. Ao contrário da escola privada, ela não pode escolher aluno e é obrigada a ensinar retardados mentais, menores infratores e vadios contumazes, que não aprendem nada e ainda atrapalham quem quer aprender.

Pode ter certeza: todo dia neste país um potencial gênio pobre é intelectualmente inutilizado no sistema de ensino brasileiro. E essas cotas no telhado não resolvem isso; precisamos de cotas nos alicerces.


Em 10 de agosto de 2012 07:57, roberto <roberto.takata@bol.com.br> escreveu:
 

Eis o negacismo em sua face.

Passo 1:
Não há pesquisa. Diga isso sem o menor pudor, não se dê ao trabalho de procurar pelas pesquisas. Como *vc* não conhece, então não existe. Não, vc não precisa ser um especialista na área. Vc, cidadão comum, pode bater no peito e inverter o ônus da prova.

Passo 2:
Opa! Os malandrinhos acharam a pesquisa que vc, tão diligentemente, não procurou. Hmmmm... Ah, claro, a saída é: questione a representatividade da pesquisa. "Mas ela é uma só! Vc quer generalizar a partir de um exemplo isolado." (Ignore que *vc* quis defender a hipótese de que se criava injustiças com base em um exemplo isolado do filho do tio da cunhada da concubina do dono da padaria do primo de terceiro grau do ex-marido da sogra do amigo de sinuca.)

Passo 3:
Hmmmm, os danadinhos mostraram várias pesquisas. Vamos, mostre que vc é um negacionista de brios: "Essas pesquisas são ideologicamente motivadas." (Sim, ignore que a *sua* resistência ao fatos é ideológica.)

Vamos ver como funciona no caso do criacionismo?

Passo 1:
Não existem provas de que a evolução ocorra!
Passo 2:
Arqueoptérice não prova nada.
Passo 3:
Claro que a academia não permite a publicação de estudos criacionistas que refutam a teoria evolutiva de Darwin! É uma muralha defensiva contra a verdade. Por isso só aceitam artigos sobre genética e embriologia comparada, paleontologia e outras fabricações ideológicas do materialismo.

Vamos ver como funciona no caso do aquecimento global?

Passo 1:
Não há provas de que o aquecimento global ocorra.
Passo 2:
Essa curva do hóquei não prova nada. Correlação não é causação.
Passo 3:
Claro que essas pesquisas sobre padrão de migração, temperatura dos oceanos, degelo do Ártico são financiadas pelo lobby poderoso das países desenvolvidos que querem impedir que o Brasil cresça também.

Exercício. Veja como funciona para "associação do tabagismo com câncer", "HIV e Aids".

[]s,

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Rafael Picate <rpicate@...> escreveu


>
> Então pesquisas restritas em três faculdades, que sabe lá quanto se tem
> ideologia, viraram referência, e logo de uma canetada só , se define que
> para todos as faculdades e cursos, essa deve ser a política. É detalhes, só
> interpretações favoráveis das políticas das cotas, outras que mostram o
> contrário, não valem nada. Não se preocupem reitores. A melhor forma mesmo
> é uniformizar tudo. Os burocratas sabichões sabem muito mais que as
> faculdades que usam outros tipos de compensação. Num mundo cada vez mais
> globalizado que se busca universidades de excelência, vamos virar um
> exemplo para o mundo e arredores. Para frente Brasil!
>
> E eu já deveria ter parado, quando ouvi coisas do tipo de especialistas :
>
> "Sempre vai ter um caso ou outro de injustiça. *Se houver mais prejudicados
> do que beneficiados aí sim é um problema.* "
>
>
> Rafael
>
>
> Em 9 de agosto de 2012 23:26, roberto <roberto.takata@...> escreveu:
>
> > **

> >
> >
> > --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Rafael Picate <rpicate@>
> > > A UERJ virou referência para todas as universidades que dizem ter
> >
> > É, você tá de má-fé. Indico *três* casos: Uerj, UFBA e UFABC. Aí vem com
> > papo de que se generaliza de *um* exemplo. Parei.
> >
> > Roberto Takata
> >
> >
> >
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/08/2012 10:37

> Nope. É ponto pacífico em tratados internacionais: o uso de critério raciais
> para *eliminar* (ou minorar) efeitos de discriminação não é racismo nem discriminação.
 
Mas isso eu concordo! Se o sujeito é pretinho e por causa dessa
coloração de pele está sendo submetido a algum tipo de embaraço
ou dificuldade (em relação aos branquelos), então a equiparação é
fundamentalmente certa! Em outras palavras, se houvesse uma
instituição que desse privilégios para a contratação de brancos,
isso precisa ser solenemente coibido (duvido que alguém discorde
disso). Da mesma forma (e este é o meu principal ponto!), se houvesse
um organismo público qualquer que quisesse priorizar ou fornecer
cotas para os sujeitos essencialmente pretinhos, isso também precisa
ser coibido. É exatamente o mesmo caso.
 
> "Discriminação
> - Segundo a OIT (e vários órgãos e estudiosos de temas sociais),
> discriminação é: "Qualquer distinção, exclusão ou preferência feita
> com base em raça
 
A palavra em negrito é que é o problema para os proponentes de
cotas por cor de pele. Então, as cotas para universidades
baseadas em cor caem como uma luva na própria definição de
discriminação da OIT.
 
Cotas em universidades baseadas em cor de pele substituem o
critério da meritocracia pelo critério de "quão negão" é o
sujeito. Eu não consigo engolir isso nem a pau, juvenal!
hahahahaha
 
*PB*
 
 
 
-----Mensagem Original-----
From: roberto
Sent: Thursday, August 09, 2012 7:29 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
 
--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Pesky Bee" <peskybee2@...>
> Longe de mim entrar nessa polêmica, mas eu só tenho um
> conceito firme em minha mente: qualquer (repito: qualquer) tipo
> de diferenciação baseada essencialmente na cor de pele das pessoas
> é pura e simplesmente algo que se conhece como racismo.
 
Nope. É ponto pacífico em tratados internacionais: o uso de critério raciais para *eliminar* (ou minorar) efeitos de discriminação não é racismo nem discriminação.
 
Nos textos a que linkei isso é deixado bem claro:
 
"Discriminação
- Segundo a OIT (e vários órgãos e estudiosos de temas sociais), discriminação é:
"Qualquer distinção, exclusão ou preferência feita com base em raça, cor, sexo, religião, opinião política, nacionalidade ou origem social, que tenha como efeito anular ou dificultar a eqüidade de oportunidade e de tratamento em um emprego ou ocupação" (Artigo 1.1a)
 
No documento em que a discriminação é assim definida, os autores são explícitos em alguns pontos que são implicados por isso:
- *não* há necessidade de intenção nessa situação de discriminação;
- efeitos diretos e indiretos da discriminação são considerados;
- *não* há discriminação quando se adotam medidas especiais que procurem garantir a eqüidade de acesso aos recursos sociais e econômicos ou quando a distinção se baseia em necessidades especiais inerentes a uma dada ocupação (por exemplo, contratar especificamente atores brancos para viver Abraham Lincoln, ou contratar pessoas do sexo masculino para monitorar banheiros masculinos)."
http://neveraskedquestions.blogspot.com.br/2008/05/space-quota-exceeded.html
 
> É a definição dessa palavrita!
 
Nope. A definição de racismo é:
"Racismo
A OIT define assim, então, o racismo:
"Construto ideológico que designa a uma dada raça e/ou grupo étnico uma posição de poder sobre os demais com base em seus atributos físicos e culturais, bem como em sua riqueza econômica, envolvendo relações hierárquicas em que a raça dita superior exerce domínio e controle sobre as demais.""
 
[]s,
 
Roberto Takata
 
 
 
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/08/2012 10:38

Thiagão, tu já deves conhecer como o Pesky Bee funciona, né?
Então tu não estranharás o fato de que eu nem li o tal do
artigo do Janer Cristaldo, ou seja, posso estar mais por
fora desse tópico do que "umbigo de vedete" (expressão que
será reconhecida por muitos como coisa de véios pré-jurássicos).
 
*PB*
 
 
Sent: Thursday, August 09, 2012 4:39 PM
Subject: RE: [ciencialist] Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
 



 
Pessoalmente já não me alinho com a maneira do Janer de pensar
e expor as coisas.
 
Sem falar que este "artigo" dele carece de um "porrilhão" de evidências.
 
Thiago
 

To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: peskybee2@gmail.com
Date: Thu, 9 Aug 2012 16:26:41 -0300
Subject: Re: [ciencialist] Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado

 
Longe de mim entrar nessa polêmica, mas eu só tenho um
conceito firme em minha mente: qualquer (repito: qualquer) tipo
de diferenciação baseada essencialmente na cor de pele das pessoas
é pura e simplesmente algo que se conhece como racismo. É a definição
dessa palavrita! Essa diferenciação pode ter a boa intenção
de corrigir "erros do passado" (como escravidão, menores
oportunidades, etc., etc.) mas faz isso à custa da impregnação
de um "direito diferente" para pessoas com cor de pele distinta.
 
É claro que existem grupos sociais que deveriam ser favorecidos,
mas o critério não pode ser a cor da pele. Pode ser classe
social, perfil econômico, região de origem, falta de recursos
financeiros, etc. Mas nunca a cor da pele (mesmo que haja
alguma correlação dessa característica e as outras já citadas).
 
Não importa se é para o bem ou para o mal, isso é dividir os
seres humanos em duas ou mais categorias a partir de um critério
estético (ou visual), algo que deveria ser sumariamente abolido,
tanto pelo governo quanto pela opinião pública. E o resultado
final é que uma medida desse calibre em vez de aproximar seres
humanos (independente de sua aparência física), acaba oficializando
um critério para a separação. É a oficialização do racismo. É um
descalabro! Mas é claro que eu só falaria tudo isso que escrevi
caso eu fosse entrar nessa polêmica, longe de mim! Cadê a minha
pedra?
 
*PB*
 
 
 
-----Mensagem Original-----
From: roberto
Sent: Thursday, August 09, 2012 2:27 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
 
--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Rafael Picate <rpicate@...>
> O que as cotas mascaram - EDITORIAL O
> ESTADÃO<http://arquivoetc.blogspot.com.br/2012/08/o-que-as-cotas-mascaram-editorial-o.html>
 
> O mais grave, de toda forma, é que esse tipo de favorecimento
> impositivo a alunos da escola pública antes escamoteia do que
> contribui para resolver o notório problema da baixa qualidade do
> ensino fundamental e médio gratuito.
 
Cotas no vestibular *não* são pra resolver problemas da qualidade da escola pública. É como reclamar que o martelo não resolve pra apertar parafuso.
 
Não escamoteia porque o acesso à universidade *não* é critério de qualidade escolar. Isso é medido por exames nacionais do ensino básico como o Enem e o Saeb.
 
> Os efeitos sobre o ensino superior das políticas de cotas já em
> andamento ainda estão por ser determinados. Para os cotistas, indica
> uma avaliação da Unicamp, o benefício tende a variar na razão
> inversa do grau de dificuldade do curso escolhido.
 
Mentira porque na Unicamp *não* há cotas. Há sistema de bonificação por pontos.
 
> A alternativa não é cruzar os braços. A USP, por exemplo, concebeu
> um bem-sucedido esquema de incentivos. O Inclusp, como é chamado,
> não apenas concede bônus de até 8% nas notas do vestibular a ex-
> alunos da rede oficial, como ainda envia "embaixadores" aos colégios
> para divulgar o programa e incentivar os jovens a fazer o exame.
 
Que é basicamente o sistema adotado pela política de ações afirmativas da Unicamp.
 
Decepciona-me o Estadão por deixar-se levar pela ideologia, errando até em questões factuais como os sistemas adotados pelas IES.
 
[]s,
 
Roberto Takata
 
 
 
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/08/2012 10:39

> É que é tal política afirmativa
 
Pois é, essa tal política afirmativa realmente afirma uma
coisa mesmo. Ela afirma que cor de pele é critério igualmente
(ou até mais) relevante do que a meritocracia. Êta mundinho
danado esse nosso...
 
*PB*
 
 
Sent: Thursday, August 09, 2012 10:13 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
 


Que bom, até agora não vi nenhum estudo ou citação de estudo, de que colocar metade das vagas para grupos "excluídos" não tenha impacto na qualidade  dos cursos universitários.  
 
O porteiro aqui do prédio é um super profissional, safo para caramba. Tirou o filho do colégio público em que estudava , porque segundo ele, era complicado, faltava professor toda hora, quando tinha feriado na quarta, emendava-se mais dois dias. Conseguiu com muito custo uma bolsa em que tem desconto de 70% num colégio particular bem mediano. Comparado com o outro, adora, tem aula certinho toda semana.  Vou ter que explicar para ele, que agora a porta ficou mais fechada. O filho dele vai ter que brigar por  metade das vagas, a outra metade já tem dono. Se ele me disser que estão descriminando o filho dele e outros em mesma situação, vou dizer que não.  É que é tal  política afirmativa .
Nada como uma palavra mágica, não sei se ele vai se convencer.
Rafael
 
 


Em 9 de agosto de 2012 21:40, roberto <roberto.takata@bol.com.br> escreveu:
 
--- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, Rafael Picate <rpicate@...>
> "universidades já adotam cotas e critica a imposição de um mesmo
> modelo em todo o País, o que fere a autonomia universitária em sua
> opinião."

Há alguma divergência sobre a restrição ou não à autonomia universitária.

P.e., o jurista José Geraldo de Sousa Jr., reitor da UnB, acha que as IES podem seguir os termos do PLC sem ferir a autonomia.
"José Geraldo de Sousa Jr. diz que a universidade seguirá os parâmetros da lei, mas sem perder as perspectivas da autonomia. 'As políticas próprias da instituição podem se ajustar aos determinantes da lei. Dentro da legislação, ela poderia considerar ainda a proporção que acha razoável para negros', diz o reitor."
http://www.unb.br/noticias/unbagencia/unbagencia.php?id=1391
--------

De todo modo, a autonomia universitária não é um parâmetro absoluto. Pegando uma situação extrema, uma universidade *não* pode criar um curso que ensine técnicas de torturas; em que pese a ampla liberdade curricular que tem dentro da AU.


> "Os estados brasileiros são diversos, há especificidades que não são
> contempladas no projeto."

Sim. Essa é uma limitação séria do PLC 180/2008.


> Já o pedagogo Hamilton Werneck é favorável à destinação das vagas
> contanto que seja temporária.

*É* temporária.

"Art. 7º O Poder Executivo promoverá, no prazo de 10 (dez) anos, a contar da publicação desta Lei, a revisão do programa especial para o acesso de estudantes pretos, pardos e indígenas, bem como daqueles que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas, às instituições de educação superior."


> Oficialmente, ele quer primeiro conversar com a presidente, se
> inteirar sobre o assunto, para só então se manifestar.

Ridículo que o Merca só agora vá tentar se inteirar sobre o tema...


> "O Senado está transferindo a responsabilidade do ensino médio de
> qualidade, que cabe aos governadores e prefeitos, para as
> universidades. Estão passando o pepino", afirmou Salles.

Nope. São duas questões: A) qualidade do ensino básico (q deve ser tratada com meios propícios) e B) barreiras de acesso (q é o ponto q essas ações afirmativas trabalham).

(A) é ponto pacífico. Mas relativamente pouco é feito efetivamente tanto por governadores, prefeitos, presidentes, ministros, vereadores, deputados, senadores...

(B) trabalha uma situação emergencial, enquanto não resolvem (A).


> O economista Simon Schwartzmann, do Instituto de Estudos Trabalho e
> Sociedade (Iets), discorda. Ele argumenta que a entrada dos mais
> pobres na universidade é uma opção legítima, mas vê problemas na
> manutenção da qualidade. "É muito difícil manter o padrão acadêmico
> recebendo metade dos alunos com má formação. A universidade vai
> precisar lidar com dois públicos muito distintos. Ou diminui a
> exigência acadêmica ou a evasão será altíssima, com consequências
> desastrosas".

Há estudos que indicam que não há problemas de qualidade. Mas é possível sim que mecanismos de permanência sejam necessários: cursos de equalização e aulas extras, bolsas de estudo... em várias IES que adotam cotas e bônus há tais mecanismos.

[]s,

Roberto Takata

 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/08/2012 10:40

> Esse mesmo filho do primo do cunhado do porteiro do prédio da vizinha
> dirá que tomou um remédio milagroso à base de casca de unicórnio e se
> curou de câncer.
 
Mas me permita dizer que o remédio à base de casca de unicórnio tem
uma aplicação imbatível: como papo de bar para pegar mulé esotérica.
Funciona que é uma maravilha! (agora deixa eu voltar para baixo da
minha pedra...)
 
*PB*
 
 
-----Mensagem Original-----
From: roberto
Sent: Thursday, August 09, 2012 11:23 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
 
Um toque geral.
 
Programas de ações afirmativas, incluindo cotas, para acesso à universidade existem no Brasil já há uns 10 anos.
 
Há dados e estudos a respeito.
 
Procurem por eles. Leiam, vejam as análises.
 
O tema é complexo. Não dá pra se basear apenas em achismos e imaginar que se tem a resposta baseada em experiências pessoais limitadas.
 
Alguma coisa já foi discutida nesta lista mesmo. Busquem no histórico da lista. Muitas informações se conseguem via Google ou outros mecanismos de busca. Um bom caminho é ir aos sítios webs dos vestibulares das IES públicas. Há links para os programas de ações afirmativas em muitas delas. Lá terão acesso aos detalhes de como funcionam hoje.
 
Não vão nessa de um filho do primo do cunhado do porteiro do prédio da vizinha. Esse mesmo filho do primo do cunhado do porteiro do prédio da vizinha dirá que tomou um remédio milagroso à base de casca de unicórnio e se curou de câncer. Casos anedóticos não servem para uma análise embasada. Pode ser melhor do que nada. Mas a situação, como disse, não é de partida do nada. Há muitos dados referentes às políticas de ações afirmativas, inclusive cotas, inclusive cotas raciais.
 
Na base da SciELO também tem alguns estudos. (Há mais peças de opinião, é verdade, mas, garimpando, encontram-se estudos com dados numéricos.)
 
#ficadica
 
[]s,
 
Roberto Takata
 
 
 
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SUBJECT: Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/08/2012 11:02

Pra quem não sabe o que é evidência anedótica:

Definição
http://www.skepdic.com/testimon.html
--------

Problemas do uso de evidência anedótica
http://www.scientificamerican.com/article.cfm?id=how-anecdotal-evidence-can-undermine-scientific-results
--------

Por definição, estudos como os feitos na Uerj, na UFBA e na UFABC não são anedóticas. São levantamentos estatísticos. E são três estudos independentes.

Isso são bons indicadores de que não necessariamente a qualidade cai com a adoção de cotas. Quando se diz isso não se está a dizer que com certeza não há ou não haverá queda de qualidade com a adoção generalizada. De um lado, como qualquer estudo científico, estão sujeitos a erros não percebidos e novos indícios podem mudar a conclusão original. De outro, há outros estudos em que há diferenças no desempenho: na UFPR e na UFRGS, os cotistas raciais tiveram um desempenho inferior. Mas na UFPR o desempenho não foi tão inferior: 53% contra 62%. Na UFRGS não sei qual foi a diferença.

Pessoas das classes D e E que estudam em escolas particulares existem. Em todos os anos algo como 20% pertencem a essas classes socioeconômicas entre os alunos matriculados em escolas particulares [1]. Mas apenas 15% do total de alunos estão em escolas particulares [2]. Ou seja, os potenciais prejudicados são 20%x15% = 3% do total de alunos. Por outro lado, estão em escolas públicas, 85% dos alunos. 85/3 = 28,33. Pra cada aluno potencialmente prejudicado, há mais de 28 potencialmente beneficiados.

[1] http://revistaeducacao.uol.com.br/formacao-docente/156/artigo234751-1.asp
[2] http://www.brasil.gov.br/sobre/o-brasil/o-brasil-em-numeros-1/educacao/print
----------

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/08/2012 11:10

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Pesky Bee" <peskybee2@...>
> um organismo público qualquer que quisesse priorizar ou fornecer
> cotas para os sujeitos essencialmente pretinhos, isso também precisa
> ser coibido. É exatamente o mesmo caso.

Não é o caso. As cotas são exatamente para minorar o efeito da exclusão social.

> > "Discriminação
> > - Segundo a OIT (e vários órgãos e estudiosos de temas sociais),
> > discriminação é: "Qualquer distinção, exclusão ou preferência feita
> > com base em raça
>
> A palavra em negrito é que é o problema para os proponentes de
> cotas por cor de pele. Então, as cotas para universidades
> baseadas em cor caem como uma luva na própria definição de
> discriminação da OIT.

Não, porque a definição explicitamente exclui medidas de correção, como as ações afirmativas (incluindo cotas).

Vc não pode cortar uma definição pelo meio. Isso não é intelectualmente honesto. Irei reproduzir a definição completa:

"Qualquer distinção, exclusão ou preferência feita com base em raça, cor, sexo, religião, opinião política, nacionalidade ou origem social, que tenha como efeito anular ou dificultar a eqüidade de oportunidade e de tratamento em um emprego ou ocupação" (Artigo 1.1a)"

Veja que a *sua* definição (na edição marota da definição da OIT), seria discriminação usar somente atores negros para fazer o papel de escravos.

> Cotas em universidades baseadas em cor de pele substituem o
> critério da meritocracia pelo critério de "quão negão" é o
> sujeito.

Não. Em primeiro lugar porque não é o mais preto que entra. Em segundo lugar não há substituição da meritocracia: os cotistas *têm* que fazer vestibular ou outro exame de acesso e somente os mais bem classificados entram.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/08/2012 11:11

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Pesky Bee" <peskybee2@...>
>
> > É que é tal política afirmativa
>
> Pois é, essa tal política afirmativa realmente afirma uma
> coisa mesmo. Ela afirma que cor de pele é critério igualmente
> (ou até mais) relevante do que a meritocracia. Êta mundinho
> danado esse nosso...

Nope. Definição da OIT:
"Ações afirmativas
A OIT assim define ações afirmativas:
'pacote coerente de medidas, de caráter temporário, objetivando especificamente a correção da posição de membros de um grupo-alvo em um ou mais aspectos de suas vidas sociais, de modo a se obter eqüidade efetiva'

Destacam-se:
- o caráter *temporário* (até que o efeito esperado se complete);
- o objetivo é de inserção social dos membros do grupo atingido - não estão voltadas para combater o preconceito e sim a discriminação;
- como dito no tópico sobre a definição de discriminação, ações afirmativas *não* são discriminatórias - elas procuram *incluir* membros de um grupo excluído e não excluir membros de um grupo."

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: pHiggs, e a saga continua.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/08/2012 11:39

Notícias e opiniões de físicos sobre o status dessa história.

 

http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1134835-tracos-exoticos-da-particula-de-deus-surpreendem-fisicos.shtml

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Relatividade e Suas Consequências
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/08/2012 13:04

Ola Takata,
 
Estou assumindo que isto se refere somente às questões 1 e 2.
 
Mas a MQ de bhom não viola a inequação de Bell!!! A diferença desta, para a MQ "tradicional", está na questão do  determinismo, que está presente na MQ de Bhom.  
 
Então, meu argumento é : como na MQ tradicional temos passado e futuro em aberto, probabilísticos, e na TRG temos passado e futuro fixos, para "mantermos a TRG válida" temos, obrigatoriamente, que adotar a MQ de Bhom.
 
Abs
Felipe
 
 

De: roberto <roberto.takata@bol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quinta-feira, 9 de Agosto de 2012 19:34
Assunto: [ciencialist] Re: Relatividade e Suas Consequências
 
Trкs palavras:
Inequaзгo de Bell.

Roberto Takata

--- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...> escreveu
>
>
>
> Ola Pessoal,
>
> Estou voltando com um assunto que jб postei na lista, pois me surgiu mais um questionamento :
>
>
> Segundo a Relatividade Geral, a distinзгo de presente,
> passado e futuro й uma mera ilusгo. O espaзo-tempo existe como um todo, sendo o
> fluxo do tempo, uma mera ilusгo.
>  
> Pois bem, se o espaзo-tempo existe “como um todo”, entгo
> todos os eventos que ocorreram,ocorrem ou irгo ocorrer (se considerarmos o
> fluxo do tempo) jб existem.
>  
> Dessa forma, e sendo redundante, todos os eventos que ocorreram
> e irгo ocorrer jб existem neste espaзo-tempo. Assim, todos os experimentos e
> eventos, inclusive os quвnticos, quando analisados sob esta уtica, jб possuem
> resultados determinados.
>  
> 1. Considerando o exposto acima, a TRG nгo implica automaticamente em um universo eterno, imutбvel e determinнstico em todos os nнveis, inlcuindo o quвntico?
>
>  
> 1. Se 1 й verdadeiro, entгo a ъnica interpretaзгo da MQ que pode coexistir com a TRG nгo seria a interpretaзгo de Bhom, por ser essencialmente determinнstica ?     3. Em um universo do tipo acima, onde nгo existe fluxo de tempo, como podemos ter sistemas perceptuais, que dependem essencialmente de fluxos? Ou seja, o que se move ?
>
>      4. Outra opзгo : nгo podemos considerar esta falta de aderкncia ao universo observado (ou seja, o Fluxo) e а prуpria exsitкncia de sistemas que observam um falseamento da teoria ?
>
> A 1 e 2 jб foram debatidas com o Takata, mas continuo discordando dele :) A 3 e a 4 sгo novas.
>
> Abs
> Felipe
>


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/08/2012 13:06

> Nope. Definição da OIT:
> "Ações afirmativas
> A OIT assim define ações afirmativas:
> 'pacote coerente de medidas, de caráter temporário, objetivando
> especificamente a correção da posição de membros de um grupo-alvo
> em um ou mais aspectos de suas vidas sociais, de modo a se obter
> eqüidade efetiva'

Entendo isso como medidas de caráter temporário para uma correção
de posição. Isso soa como um "potenciômetro social" no qual se tenta
o ajuste para buscar uma posição "equilibrada" (segundo a ideologia
e a percepção de quem está ajustando o tal do potenciômetro, claro).
Como os sistemas sociais são complexos por natureza (talvez mais
complexos do que a meteorologia) corre-se o risco de "ajustar de
menos" ou "ajustar de mais" (ou, pior ainda, levar o sistema todo
a um "tipping point" imprevisível, característico de sistemas
complexos). A pressa em efetuar correções em um sistema tão
imprevisível e complexo como o social pode ter vários efeitos
adversos, até mesmo piores do que a distorção que pretende corrigir.
Isso seria tolerável, caso não houvesse outra solução.
Mas existe!
 
Eu acredito em uma solução muito mais fácil: igualdade total de
oportunidades, independente de qualquer característica física de
aparência.
 
Essa igualdade (e a absoluta ausência de cotas) irá se espalhar
por toda a sociedade. Ninguém em sã consciência podera pleitear
algum tipo de compensação em outras áreas (empregos, fila de
banco, mililitros de álcool no bafômetro, etc). Com as cotas,
sempre existirá a possibilidade de que se requeira compensações
em outras áreas, e isso só terá o efeito de espalhar o racismo
e o potencial conflito por toda uma sociedade.
Igualdade é o que se espera das universidades, é o que se deve
cobrar do mercado de trabalho. É muito mais humano, moralmente aceitável
e faz com que o sistema possa se auto-ajustar sem interferências
ideológicas momentâneas (mesmo que bem intencionadas). E se for
para dar auxílio ou cotas de alguma espécie, que se dê apenas no
tocante a características não-físicas (como classe social, estrutura
econômica, região de origem, ou até mesmo sotaque de mineiro
do interior ;-).
 
Cor de pele não é um fator saudável de correção (tanto para
compensar quanto para discriminar, é a mesma coisa). Usar essa
distinção física (mesmo com "boas intenções") é reforçar a ideia
de que a cor da pele é um critério aceitável de distinção
entre humanos. Todos nós somos geneticamente Homo Sapiens (embora
a Lady Gaga possa ser uma exceção).
 
*PB*
 
 
-----Mensagem Original-----
From: roberto
Sent: Friday, August 10, 2012 11:11 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
 
--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Pesky Bee" <peskybee2@...>
>
> > É que é tal política afirmativa
>
> Pois é, essa tal política afirmativa realmente afirma uma
> coisa mesmo. Ela afirma que cor de pele é critério igualmente
> (ou até mais) relevante do que a meritocracia. Êta mundinho
> danado esse nosso...
 
Nope. Definição da OIT:
"Ações afirmativas
A OIT assim define ações afirmativas:
'pacote coerente de medidas, de caráter temporário, objetivando especificamente a correção da posição de membros de um grupo-alvo em um ou mais aspectos de suas vidas sociais, de modo a se obter eqüidade efetiva'
 
Destacam-se:
- o caráter *temporário* (até que o efeito esperado se complete);
- o objetivo é de inserção social dos membros do grupo atingido - não estão voltadas para combater o preconceito e sim a discriminação;
- como dito no tópico sobre a definição de discriminação, ações afirmativas *não* são discriminatórias - elas procuram *incluir* membros de um grupo excluído e não excluir membros de um grupo."
 
[]s,
 
Roberto Takata
 
 
 
------------------------------------
 
#####   #####   #####
 
Página de apoio
http://www.ciencialist.com
 
 
#####   #####   #####   #####Links do Yahoo! Grupos
 
<*> Para visitar o site do seu grupo na web, acesse:
    http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/
 
<*> Para sair deste grupo, envie um e-mail para:
    ciencialist-unsubscribe@yahoogrupos.com.br
 
<*> O uso que você faz do Yahoo! Grupos está sujeito aos:
    http://br.yahoo.com/info/utos.html
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/08/2012 13:07

Ola Takata,
 
Podemos considerar estes estudos isentos ?
 
Abs
Felipe

De: roberto <roberto.takata@bol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quinta-feira, 9 de Agosto de 2012 23:23
Assunto: [ciencialist] Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
 
Um toque geral.

Programas de ações afirmativas, incluindo cotas, para acesso à universidade existem no Brasil já há uns 10 anos.

Há dados e estudos a respeito.

Procurem por eles. Leiam, vejam as análises.

O tema é complexo. Não dá pra se basear apenas em achismos e imaginar que se tem a resposta baseada em experiências pessoais limitadas.

Alguma coisa já foi discutida nesta lista mesmo. Busquem no histórico da lista. Muitas informações se conseguem via Google ou outros mecanismos de busca. Um bom caminho é ir aos sítios webs dos vestibulares das IES públicas. Há links para os programas de ações afirmativas em muitas delas. Lá terão acesso aos detalhes de como funcionam hoje.

Não vão nessa de um filho do primo do cunhado do porteiro do prédio da vizinha. Esse mesmo filho do primo do cunhado do porteiro do prédio da vizinha dirá que tomou um remédio milagroso à base de casca de unicórnio e se curou de câncer. Casos anedóticos não servem para uma análise embasada. Pode ser melhor do que nada. Mas a situação, como disse, não é de partida do nada. Há muitos dados referentes às políticas de ações afirmativas, inclusive cotas, inclusive cotas raciais.

Na base da SciELO também tem alguns estudos. (Há mais peças de opinião, é verdade, mas, garimpando, encontram-se estudos com dados numéricos.)

#ficadica

[]s,

Roberto Takata


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/08/2012 13:26

> Não, porque a definição explicitamente exclui medidas de correção,
> como as ações afirmativas (incluindo cotas).
 
Definições podem, por definição, propor qualquer coisa, mesmo
coisas inaceitáveis sob outros critérios.
 
> "Qualquer distinção, exclusão ou preferência feita com base em raça,
> cor, sexo, religião, opinião política, nacionalidade ou origem social,
> que tenha como efeito anular ou dificultar a eqüidade de oportunidade
> e de tratamento em um emprego ou ocupação" (Artigo 1.1a)"
 
Mas essa definição suporta exatamente a ideia de não haver cotas
para pretos! Acima da ideia de se efetuar uma correção nas
desvantagens históricas da pretaiada estou colocando o conceito
de equiparação total em todos os âmbitos, independente de cor de
pele. Isso é mais importante do que balancear desvantagens do
passado. Corrigir uma distorção é sim necessário, mas não à custa
de se usar o mesmo artifício às avessas. Isso passa uma mensagem
de que o estado (ou organismos internacionais) tem o poder de
dizer o que é e o que não é cabível em termos de "regulagem
de distorções sociais". Pode não ser tão eficaz, mas é muito mais
perene estabelecer uma igualdade total entre os seres humanos,
independente de cor ou "raça", sem cotas e sem nada equivalente.
Somos todos iguais e ponto.
 
Isso dá chance a uma auto-correção do sistema todo sem incorrer no
enorme problema potencial de "errar a mão no ajuste", coisa que
pode até mesmo levar ao efeitos contrários ao que se esperava.
 
Imagine se, daqui a alguns anos de cotas em universidades, dois
candidatos a um emprego disputam uma vaga. Um é pretinho, o outro
é branquelo. Cursaram a mesma universidade, fizeram as mesmas
especializações. Só que um deles teve o privilégio de cotas
para entrar, e o outro ralou em igualdade de condições com
os demais, provavelmente tendo mérito maior. Quem é que o
selecionador do RH vai contratar? Essa é só uma das (hipotéticas)
possibilidades que podem advir do uso de uma distorção para
corrigir outra distorção.
 
> Veja que a *sua* definição (na edição marota da definição da OIT),
> seria discriminação usar somente atores negros para fazer o papel
> de escravos.
 
Eu diria que é tanta discriminação quanto evitar de usar um ator
normal para fazer o papel de um personagem perneta. O pessoal das
cotas vai exigir que o perneta tenha mais chance de pegar o
papel (independente de outras condições). Já um perneta não
faria bem o papel de um personagem bailarino, pois existe nesse
caso uma questão de funcionalidade que é significativa.
 
Ocorre que cor de pele não é fator relevante para nada! Um ator
pretão pode pintar a cara de branco e um negão azulão pode facilmente
virar um loirão cantor de rock (dizem que o Michael Jackson estava
a caminho de conseguir isso).
 
Vou tentar usar outra linha de raciocínio para chegar ao meu
ponto. Segurem-se porque vou viajar.
 
Se eu olhar para dois Homo Sapiens, segundo a noção moral
que estamos tentando estabelecer neste século, devo desconsiderar
quaisquer peculiaridades irrelevantes e considerá-los igualmente
aptos para qualquer atividade. Cor de pele não parece ser relevante
para nada (dependo muito da concordância de todos com esse ponto!).
 
(só um aparte, para reforçar: um perneta com alzheimer, mesmo
pertencendo a uma "minoria historicamente maltratada" não seria
considerado um bom candidato para dirigir um ônibus escolar;
neste caso, transcendemos a questão da cor de pele para considerar
implicações funcionais realmente significativas).
 
Pois então, diferenciar pessoas através da cor de pele é algo
comparável a uma "sacanagenzinha" que é possível fazer. É algo ruim,
mas segundo a visão de alguns, seria um necessário "remédio amargo",
e que as cotas tentam usar para beneficiar um grupo que historicamente
tem sofrido. Esse é o ponto dos cotistas. Lá vem a viagem.
 
Então isso é algo similar a uma hipotética (e absurda, concedo!)
situação em que motoristas de ônibus branquelos pudessem dirigir
sentados em um confortável banco macio, mas historicamente a pretaiada
era obrigada a sentar em um banco de madeira com um prego bem
no meio do assento (quase machucando o olho). Os tempos mudaram,
e agora, para compensar os séculos de desvantagem dos motoristas
pretões, os branquelos é que irão sentar no banco duro, e os pretos
nos macios. Pronto, isso corrige uma histórica desvantagem, já que
os motoristas pretos agora chegarão ao final de sua jornada de
trabalho com as respectivas nádegas descansadas e o olho intocado.
Obteve-se uma compensação da histórica distorção à custa do
sofrimento do grupo alheio. Tem ou não tem alguma coisa de errado
nisso?
 
O sistema de cotas (via cor de pele) em universidades faz isso: imputa
uma penalidade aos branquelos (menos vagas para eles, mesmo que eles
tenham mérito suficiente para obtê-la) para compensar o que a pretaiada
sofreu no passado. A solução alternativa que se dá é outra, mais
simples e homogênea: bancos macios para a bunda de todos os
motoristas, sejam eles noruegueses ou negões africanos!
 
*PB*
 
 
 
-----Mensagem Original-----
From: roberto
Sent: Friday, August 10, 2012 11:10 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
 
--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Pesky Bee" <peskybee2@...>
> um organismo público qualquer que quisesse priorizar ou fornecer
> cotas para os sujeitos essencialmente pretinhos, isso também precisa
> ser coibido. É exatamente o mesmo caso.
 
Não é o caso. As cotas são exatamente para minorar o efeito da exclusão social.
 
> > "Discriminação
> > - Segundo a OIT (e vários órgãos e estudiosos de temas sociais),
> > discriminação é: "Qualquer distinção, exclusão ou preferência feita
> > com base em raça
>
> A palavra em negrito é que é o problema para os proponentes de
> cotas por cor de pele. Então, as cotas para universidades
> baseadas em cor caem como uma luva na própria definição de
> discriminação da OIT.
 
Não, porque a definição explicitamente exclui medidas de correção, como as ações afirmativas (incluindo cotas).
 
Vc não pode cortar uma definição pelo meio. Isso não é intelectualmente honesto. Irei reproduzir a definição completa:
 
"Qualquer distinção, exclusão ou preferência feita com base em raça, cor, sexo, religião, opinião política, nacionalidade ou origem social, que tenha como efeito anular ou dificultar a eqüidade de oportunidade e de tratamento em um emprego ou ocupação" (Artigo 1.1a)"
 
Veja que a *sua* definição (na edição marota da definição da OIT), seria discriminação usar somente atores negros para fazer o papel de escravos.
 
> Cotas em universidades baseadas em cor de pele substituem o
> critério da meritocracia pelo critério de "quão negão" é o
> sujeito.
 
Não. Em primeiro lugar porque não é o mais preto que entra. Em segundo lugar não há substituição da meritocracia: os cotistas *têm* que fazer vestibular ou outro exame de acesso e somente os mais bem classificados entram.
 
[]s,
 
Roberto Takata
 
 
 
------------------------------------
 
#####   #####   #####
 
Página de apoio
http://www.ciencialist.com
 
 
#####   #####   #####   #####Links do Yahoo! Grupos
 
<*> Para visitar o site do seu grupo na web, acesse:
    http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/
 
<*> Para sair deste grupo, envie um e-mail para:
    ciencialist-unsubscribe@yahoogrupos.com.br
 
<*> O uso que você faz do Yahoo! Grupos está sujeito aos:
    http://br.yahoo.com/info/utos.html
 

SUBJECT: Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/08/2012 14:01

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Pesky Bee" <peskybee2@...>
> Como os sistemas sociais são complexos por natureza (talvez mais
> complexos do que a meteorologia) corre-se o risco de "ajustar de
> menos" ou "ajustar de mais" (ou, pior ainda, levar o sistema todo
> a um "tipping point" imprevisível, característico de sistemas

Claro q há riscos. Só que não se parte de um conhecimento zero. Não é um tiro no escuro. Há dados sobre isso. São 10 anos de políticas de ações afirmativas, incluindo cotas, em IES públicas no Brasil.

> A pressa em efetuar correções em um sistema tão imprevisível e

Pressa? Onde a pressa? Demorou até demais. Só esse PLC ficou zanzando 13 anos.

> Eu acredito em uma solução muito mais fácil: igualdade total de
> oportunidades, independente de qualquer característica física de
> aparência.

Tão fácil que foi implementado, né? Not. Os problemas eu escrevi aqui:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/82890

As cotas são um mecanismo, temporário, de igualdade de oportunidade.

A analogia é com uma reforma. Se vc não escora a parede, ela pode ruir enquanto se está arrumando as fundações. Ações afirmativas são essas escoras.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/08/2012 14:02

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...>
> Podemos considerar estes estudos isentos ?

Leia-os.

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: Rafael Picate <rpicate@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/08/2012 14:06

Felipe,
o próprio especialista  agora já mostra outras pesquisas que são controversas. Já seria um sinal amarelo para esse certeza toda. 
Vou continuar com o caso anedótico, acho relevante, como são dez milhões de alunos perdidos para o setor privado. Não deixa de ser uma anedota muito grande pensar no caso dessa maneira , rsrs.  ( Desculpe o trocadilho) . Fico mesmo pensando quem é quem não sabe o que a definição rigorosa de anedota. 
Na admissão da própria UERJ,o concurso de 2009 ,  a relação de candidato/vaga  para excluidos foi 1 para 1, na média, varia de curso para curso, na dos alunos  normais,  um  para onze. Mesmo assim muitos candidatos excluídos não conseguiram passar com a nota minima .  Curioso não se vê aqui problemas com mérito.  

O que tenho para dizer para o meu porteiro e para os "anedóticos" dez milhões de alunos de entidade privadas , vindos de classes mais necessitadas:

 "Olha, sei que vc tem pouca chance , e o colégio público anterior era muito ruim para você, já me disse que tinha falta para caramba, o nível era fraca, vc se sacrifica, mas para vc colocar o menino na faculdade, é melhor voltar para o público, vai ser muito mais fraco, mas vc vai ter muito mais chance de ir para faculdade."
 O próprio concurso que citei mostrou esse problema. 
Mas o problema é pior, do jeito que está o projeto, nem vestibular ou enem vai ser exigido, me espanta os "especialistas"  em cotas , nem tocarem no assunto. 

O Reinaldo Azevedo, destaca bem esse problema e outros:

1 – Os alunos das escolas públicas serão selecionados segundo o seu “Coeficiente de Rendimento” no ensino médio. Para eles, o Enem, por exemplo, não terá a menor importância.
A ESTUPIDEZ ESPECÍFICA – Já aqui se abre a primeira e escandalosa porta para injustiças. Dentro da ruindade geral das escolas públicas, há diferenças brutais de qualidade. O aluno que tiver um bom desempenho numa escola relapsa e pouco exigente levará vantagem ao competir com o que tiver um desempenho médio numa escola séria. Mais: sabemos que inexistem critérios objetivos para avaliar se o currículo oficial foi mesmo ministrado. Aliás, não existe um currículo nacional!!! Não encontrei na lei nenhuma referência sobre estado de origem do estudante e vaga pretendida. Como se trata de ensino federal, entendo que o candidato de um estado pode concorrer a uma vaga na federal de outro. O ensino médio é uma lástima no país inteiro, é fato. Mas sabemos que, mesmo dada a ruindade geral, há disparidades regionais brutais. Não só isso: os negros e pardos de Santa Catarina somam pouco mais de 11%; na Bahia, chegam a 78%. Um negro ou pardo de Santa Catarina que disputasse uma vaga na Universidade Federal da Bahia certamente seria selecionado segundo a cota baiana, mas carregando o “Coeficiente de Rendimento” da escola catarinense.


Rafael



Em 10 de agosto de 2012 13:07, luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br> escreveu:
 

Ola Takata,
 
Podemos considerar estes estudos isentos ?
 
Abs
Felipe

Enviadas: Quinta-feira, 9 de Agosto de 2012 23:23
Assunto: [ciencialist] Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
 
Um toque geral.

Programas de ações afirmativas, incluindo cotas, para acesso à universidade existem no Brasil já há uns 10 anos.

Há dados e estudos a respeito.

Procurem por eles. Leiam, vejam as análises.

O tema é complexo. Não dá pra se basear apenas em achismos e imaginar que se tem a resposta baseada em experiências pessoais limitadas.

Alguma coisa já foi discutida nesta lista mesmo. Busquem no histórico da lista. Muitas informações se conseguem via Google ou outros mecanismos de busca. Um bom caminho é ir aos sítios webs dos vestibulares das IES públicas. Há links para os programas de ações afirmativas em muitas delas. Lá terão acesso aos detalhes de como funcionam hoje.

Não vão nessa de um filho do primo do cunhado do porteiro do prédio da vizinha. Esse mesmo filho do primo do cunhado do porteiro do prédio da vizinha dirá que tomou um remédio milagroso à base de casca de unicórnio e se curou de câncer. Casos anedóticos não servem para uma análise embasada. Pode ser melhor do que nada. Mas a situação, como disse, não é de partida do nada. Há muitos dados referentes às políticas de ações afirmativas, inclusive cotas, inclusive cotas raciais.

Na base da SciELO também tem alguns estudos. (Há mais peças de opinião, é verdade, mas, garimpando, encontram-se estudos com dados numéricos.)

#ficadica

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Relatividade e Suas Consequências
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/08/2012 14:10

Adeus teorias de variáveis ocultas não-locais:
http://www.sciencedaily.com/releases/2008/03/080318174941.htm
-----------

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...> escreveu
>
> Ola Takata,
>  
> Estou assumindo que isto se refere somente às questões 1 e 2.
>  
> Mas a MQ de bhom não viola a inequação de Bell!!! A diferença desta, para a MQ "tradicional", está na questão do  determinismo, que está presente na MQ de Bhom.  
>  
> Então, meu argumento é : como na MQ tradicional temos passado e futuro em aberto, probabilísticos, e na TRG temos passado e futuro fixos, para "mantermos a TRG válida" temos, obrigatoriamente, que adotar a MQ de Bhom.
>  
> Abs
> Felipe
>  
>  
>
>
> ________________________________
> De: roberto <roberto.takata@...>
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Enviadas: Quinta-feira, 9 de Agosto de 2012 19:34
> Assunto: [ciencialist] Re: Relatividade e Suas Consequências
>
>  
> Trкs palavras:
> Inequaзгo de Bell.
>
> Roberto Takata
>
> --- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@> escreveu
> >
> >
> >
> > Ola Pessoal,
> >
> > Estou voltando com um assunto que jб postei na lista, pois me surgiu mais um questionamento :
> >
> >
> > Segundo a Relatividade Geral, a distinзгo de presente,
> > passado e futuro й uma mera ilusгo. O espaзo-tempo existe como um todo, sendo o
> > fluxo do tempo, uma mera ilusгo.
> >  
> > Pois bem, se o espaзo-tempo existe “como um todo”, entгo
> > todos os eventos que ocorreram,ocorrem ou irгo ocorrer (se considerarmos o
> > fluxo do tempo) jб existem.
> >  
> > Dessa forma, e sendo redundante, todos os eventos que ocorreram
> > e irгo ocorrer jб existem neste espaзo-tempo. Assim, todos os experimentos e
> > eventos, inclusive os quвnticos, quando analisados sob esta уtica, jб possuem
> > resultados determinados.
> >  
> > 1. Considerando o exposto acima, a TRG nгo implica automaticamente em um universo eterno, imutбvel e determinнstico em todos os nнveis, inlcuindo o quвntico?
> >
> >  
> > 1. Se 1 й verdadeiro, entгo a ъnica interpretaзгo da MQ que pode coexistir com a TRG nгo seria a interpretaзгo de Bhom, por ser essencialmente determinнstica ?     3. Em um universo do tipo acima, onde nгo existe fluxo de tempo, como podemos ter sistemas perceptuais, que dependem essencialmente de fluxos? Ou seja, o que se move ?
> >
> >      4. Outra opзгo : nгo podemos considerar esta falta de aderкncia ao universo observado (ou seja, o Fluxo) e а prуpria exsitкncia de sistemas que observam um falseamento da teoria ?
> >
> > A 1 e 2 jб foram debatidas com o Takata, mas continuo discordando dele :) A 3 e a 4 sгo novas.
> >
> > Abs
> > Felipe
> >
>



SUBJECT: Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/08/2012 14:20

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Rafael Picate <rpicate@...>
> o próprio especialista agora já mostra outras pesquisas que são
> controversas.

Tsc, tsc.

Roberto Takata



SUBJECT: [ciencialist] EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: Luiz Eduardo <luizeduardo.egroups@gmail.com>
TO: luizfelipecsrj@yahoo.com.br
DATE: 10/08/2012 14:25

At 09:07 10/08/2012 -0700, you wrote:
 

Ola Takata,
 
Podemos considerar estes estudos isentos ?
 
Abs
Felipe



A QUESTÃO NEM É DE ISENÇÃO.

Mas de método.
E de rigor metodológico.

RECOMENDO A LEITURA DE...
Fala, Ralé...
do meu amigo... Jessé.

L.E.


==============================

SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Relatividade e Suas Consequências
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/08/2012 15:05

Ola Takata,
 
Pelo meu inglês, acho que eles não excluiram todas as teorias de variaveis ocultas. Apenas algumas. 
 
Mesmo considerando que sim : como um mundo estático e predeterminado pode ser combinado com um mundo dinãmico, aberto e probabilístico ?
 
Abs
Felipe

De: roberto <roberto.takata@bol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Sexta-feira, 10 de Agosto de 2012 14:10
Assunto: [ciencialist] Re: Relatividade e Suas Consequências
 
Adeus teorias de variáveis ocultas não-locais:
http://www.sciencedaily.com/releases/2008/03/080318174941.htm
-----------

Roberto Takata

--- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...> escreveu
>
> Ola Takata,
>  
> Estou assumindo que isto se refere somente às questões 1 e 2.
>  
> Mas a MQ de bhom não viola a inequação de Bell!!! A diferença desta, para a MQ "tradicional", está na questão do  determinismo, que está presente na MQ de Bhom.  
>  
> Então, meu argumento é : como na MQ tradicional temos passado e futuro em aberto, probabilísticos, e na TRG temos passado e futuro fixos, para "mantermos a TRG válida" temos, obrigatoriamente, que adotar a MQ de Bhom.
>  
> Abs
> Felipe
>  
>  
>
>
> ________________________________
> De: roberto <roberto.takata@...>
> Para: mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br
> Enviadas: Quinta-feira, 9 de Agosto de 2012 19:34
> Assunto: [ciencialist] Re: Relatividade e Suas Consequências
>
>  
> Trкs palavras:
> Inequaзгo de Bell.
>
> Roberto Takata
>
> --- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@> escreveu
> >
> >
> >
> > Ola Pessoal,
> >
> > Estou voltando com um assunto que jб postei na lista, pois me surgiu mais um questionamento :
> >
> >
> > Segundo a Relatividade Geral, a distinзгo de presente,
> > passado e futuro й uma mera ilusгo. O espaзo-tempo existe como um todo, sendo o
> > fluxo do tempo, uma mera ilusгo.
> >  
> > Pois bem, se o espaзo-tempo existe “como um todo”, entгo
> > todos os eventos que ocorreram,ocorrem ou irгo ocorrer (se considerarmos o
> > fluxo do tempo) jб existem.
> >  
> > Dessa forma, e sendo redundante, todos os eventos que ocorreram
> > e irгo ocorrer jб existem neste espaзo-tempo. Assim, todos os experimentos e
> > eventos, inclusive os quвnticos, quando analisados sob esta уtica, jб possuem
> > resultados determinados.
> >  
> > 1. Considerando o exposto acima, a TRG nгo implica automaticamente em um universo eterno, imutбvel e determinнstico em todos os nнveis, inlcuindo o quвntico?
> >
> >  
> > 1. Se 1 й verdadeiro, entгo a ÑŠnica interpretaзгo da MQ que pode coexistir com a TRG nгo seria a interpretaзгo de Bhom, por ser essencialmente determinнstica ?     3. Em um universo do tipo acima, onde nгo existe fluxo de tempo, como podemos ter sistemas perceptuais, que dependem essencialmente de fluxos? Ou seja, o que se move ?
> >
> >      4. Outra opзгo : nгo podemos considerar esta falta de aderкncia ao universo observado (ou seja, o Fluxo) e а prуpria exsitкncia de sistemas que observam um falseamento da teoria ?
> >
> > A 1 e 2 jб foram debatidas com o Takata, mas continuo discordando dele :) A 3 e a 4 sгo novas.
> >
> > Abs
> > Felipe
> >
>


SUBJECT: Re: Relatividade e Suas Consequências
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/08/2012 15:26

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...>
> Mesmo considerando que sim : como um mundo estático e predeterminado
> pode ser combinado com um mundo dinãmico, aberto e probabilístico ?

Essa já respondi.

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Relatividade e Suas Consequências
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/08/2012 15:51

Ola Takata,
 
Se foi através da Desigualdade de Bell, não vejo como ela equacione a questão.
 
Abs
Felipe

De: roberto <roberto.takata@bol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Sexta-feira, 10 de Agosto de 2012 15:26
Assunto: [ciencialist] Re: Relatividade e Suas Consequências
 
--- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...>
> Mesmo considerando que sim : como um mundo estático e predeterminado
> pode ser combinado com um mundo dinãmico, aberto e probabilístico ?

Essa já respondi.

Roberto Takata


SUBJECT: Re: Relatividade e Suas Consequências
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/08/2012 16:01

Veja no histórico da lista.

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...> escreveu
>
> Ola Takata,
>  
> Se foi através da Desigualdade de Bell, não vejo como ela equacione a questão.
>  
> Abs
> Felipe




SUBJECT: RE: [ciencialist] ENC: EM RITMO DE RAP E GANSO - Janer Cristlado
FROM: Thiago Guimarães <guimaraesbsb@hotmail.com>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/08/2012 21:43


L.E.

Gostei do texto, meu caro (gostei mesmo).
No meu ponto de vista, essa parte resume tudo:
Que outra política poderia brotar de uma sociedade que opera na matriz da exclusão ?
Também as políticas contra  a exclusão serão coerente e naturalmente excludentes oh pa.

Há inúmeras evidências de tal fato. Precisamos inovar nosso sistema de educação, e essa é 'A Tarefa'.
No mais, o que temos é a tentativa (ora vã) de tomar ações paliativas aos sintomas que são agudos 
(ou crônicos agudizados). Não há que criticá-los, há de superá-los.

Outrora estudei Celso Furtado. Conquanto que parece que ele (e eu) estivemos sozinhos em nossas "abstrações".

Thiago


To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: j.victor.neto@uol.com.br
Date: Fri, 10 Aug 2012 08:27:38 -0300
Subject: [ciencialist] ENC: EM RITMO DE RAP E GANSO - Janer Cristlado

 

 

 

De: Luiz Eduardo [mailto:luizeduardo.egroups@gmail.com]
Enviada em: sexta-feira, 10 de agosto de 2012 01:31
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: EM RITMO DE RAP E GANSO - Janer Cristlado

 




Toda aula é uma relação de Poder.
Toda aula tem de ser negociada.
Que horas começa (15' de atraso).
Que horas termina (no mínimo meia hora antes)
Se os alunos têm poder para sair, dormir, atender celular, fumar, conversar, copiar matéria de outra disciplina, ler jornal
(na minha pode fazer tudo... desde que não incomode a aula... e entrar e sair incomoda).


Nessa negociação...
o cenário já não é o mesmo de vinte anos atras.

Nem no oitavo período é o mesmo cenário do primeiro período
(onde os alunos são completamente diferentes e ainda disciplinados, compromissados).

Dou aula no oitavo de dez períodos.
A aula tem que ser negociada.

Na negociação, o nível da aula teve de ser baixado.
Os alunos de excelencia... se aproveitam então para não assistir ela aula precarizada
e tratam de adiantar seu lado profissional em outro locus
e vão arrumar rapidinho em estagios em indústrias multinacionais
e fazem pressão pra não ter falta, pra aula acabar mais cedo, pra aula começar mais tarde.

Na negociação não verbalizada...
eles faltam na aula...
e se contentam em abrir mão da nota 10 que antes obtinham...
para agora obter aprovação com nota 5...
porque a nota já não vale nada... e o que vale é o diploma e a nota que eles obtiveram lá no estágio...
que é o novo vestibular, onde serão aprovados ou não... para ingressarem no mundo do  trabalho.

ENTÃO...
os cotistas... terminam obtendo melhores notas que os alunos de excelencia...
E A UERJ USA  ESSES NUMEROS FAJUTOS...
pra comprovar lá para as negas dela...  que os cotistas conseguem sim tirar as notas mais altas da turma.

CLARO...
a exclusão foi apenas empurrada mais pra frente.

Antes, o muro do apartheid era na porta da universidade.
Hoje... o muro foi empurrado para a porta do mercado de trabalho.


Os miseraveis tiram diploma fajuto na escola pública.
E agora vão tirar diploma fajuto na universidade público.
MAS CONTINUARÃO MISERÁVEIS E EXCLUÍDOS.

Que outra política poderia brotar de uma sociedade que opera na matriz da exclusão ?
Também as políticas contra  a exclusão serão coerente e naturalmente excludentes oh pa.

L.E.

==============================

At 01:09 10/08/2012 -0300, you wrote:

 

Então pesquisas restritas em três faculdades, que sabe lá quanto se tem ideologia, viraram referência, e logo de uma canetada só ,  se define que para todos as faculdades e cursos, essa deve ser a política. É detalhes, só interpretações  favoráveis das políticas das cotas,  outras que mostram o contrário, não valem nada. Não se preocupem reitores. A melhor forma mesmo é uniformizar tudo. Os burocratas sabichões sabem muito mais que as faculdades que usam outros tipos de compensação.   Num mundo cada vez mais globalizado que se busca  universidades de excelência, vamos virar um exemplo para o mundo e arredores. Para frente Brasil!

E eu já deveria ter parado, quando ouvi coisas   do tipo de especialistas :

"Sempre vai ter um caso ou outro de injustiça. Se houver mais prejudicados do que beneficiados aí sim é um problema. "


Rafael


Em 9 de agosto de 2012 23:26, roberto < roberto.takata@bol.com.br> escreveu:

 

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Rafael Picate <rpicate@...>

> A UERJ virou referência para todas as universidades que dizem ter

É, você tá de má-fé. Indico *três* casos: Uerj, UFBA e UFABC. Aí vem com papo de que se generaliza de *um* exemplo. Parei.

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Partículas "conversam" a 10 mil vezes a velocidade da luz
FROM: José Renato Terra <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/08/2012 22:42

Ah, bom! O processo de descoerência ou colapso da função de onda não deixa
de fora a velha e necessária comunicação de algum modo: seja através de
ondas eletromagnéticas ou fótons ou algo ainda desconhecido, como os
táquions e... Como é mesmo o nome disso?

Parece-me que ainda é constrangedor assumir que não sabemos como ocorre essa
comunicação - com ou sem aspas - entre o par de partículas emaranhadas
quanticamente.

[]s

José Renato

ET. Não é possível utilizar essa comunicação para transmitir dados, ainda...
Enquanto não tivermos controles suficientes sobre o fenômeno quântico.
............................................

----- Original Message -----
From: "roberto"
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, August 08, 2012 12:53 AM
Subject: [ciencialist] Re: Partículas "conversam" a 10 mil vezes a
velocidade da luz


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, José Renato Terra <jrma@...>
> Roberto, vc falou, falou, mas não conseguiu esclarecer qual o fator
> da "comunicação" que é cerca de dez mil vezes mais rápido que a

Não é que eu não consegui. Eu simplesmente não tentei explicar essa
"comunicação" - o processo de descoerência ou colapso da função de onda.

O que eu rebati é que haja uma comunicação sem aspas. Se isso houvesse, aí
sim haveria problema com a questão do limite físico dado pela velocidade da
luz no vácuo.

[]s,

Roberto Takata
.........................................

----- Original Message -----
From: "José Renato Terra"
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, August 08, 2012 12:09 AM
Subject: [Spam] Re: [ciencialist] Partículas "conversam" a 10 mil vezes a
velocidade da luz


> Roberto, vc falou, falou, mas não conseguiu esclarecer qual o fator da
> "comunicação" que é cerca de dez mil vezes mais rápido que a velocidade da
> luz! Nem negar que haja uma aparentemente necessária "comunicação" para
> que
> a mudança ocorra nos pares de partículas emaranhadas quanticamente...
> Enfim,
> faltou dizer como ocorre a "comunicação", mesmo que entre aspas. Falar é
> fácil, só quando o ouvinte é crente tolo!
> []s
> José Renato
> ...........................................

----- Original Message -----
From: "roberto"
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, July 14, 2012 10:24 PM
Subject: [ciencialist] Re: Partículas "conversam" a 10 mil vezes a
velocidade da luz


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, José Renato Terra <jrma@...>
> Por que a velocidade máxima no universo continua a ter como limite a
> velocidade do fóton, se algo no "emaranhamento quântico" se comunica
> cerca de dez mil vezes a velocidade da luz?

Por que "comunicam" é entre aspas, assim como "conversam".

O texto tem o trecho esclarecedor:
> O emaranhamento não viola a "letra" da relatividade porque, por si
> só, o fenômeno não permite a transmissão de sinais de comunicação
> mais depressa que a luz - não seria possível, por exemplo, usar
> partículas emaranhadas para criar um telefone celular instantâneo.
> "O emaranhamento não pode ser usado para comunicar unidades de
> informação escolhidas por uma pessoa, exatamente porque os eventos
> correlacionados por ele são aleatórios, fora do controle humano. Se
> os eventos fossem determinísticos, seria possível usar o fenômeno
> para comunicação clássica mais rápida que a luz", o que violaria a
> >relatividade, diz Gisin.
> < http://noticias.ambientebrasil.com.br:80/noticia/?id=40027 >
-------------

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Partículas "conversam" a 10 mil vezes a velocidade da luz
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/08/2012 23:48

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, José Renato Terra <jrma@...>
> Ah, bom! O processo de descoerência ou colapso da função de onda não
> deixa de fora a velha e necessária comunicação de algum modo

Não tem comunicação.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Relatividade e Suas Consequências
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/08/2012 00:44

From: luiz silva
Sent: Friday, August 10, 2012 3:05 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Re: Relatividade e Suas Consequências


> Pelo meu inglês, acho que eles não excluiram todas as teorias de
> variaveis ocultas. Apenas algumas.

Concordo contigo e vou além: Reproduzo abaixo o que afirmei em maio de
2000:
http://ecientificocultural.com.br/ECC3/ci4790.htm

<As idéias de Bell, em hipótese alguma, contradizem as teorias clássicas
da física e a experiência de Aspect, quando muito, serve como critério
para escolha entre o roto e o esfarrapado, qual seja, entre as teorias
quânticas locais e as não-locais.>

Creio que essas novas experiências e/ou interpretações quânticas cometem
os mesmos deslizes caracterizados no artigo citado (link acima).

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Traços exóticos da 'partícula de Deus' surpreendem físicos - Folha
FROM: Rafael Picate <rpicate@gmail.com>
TO: undisclosed-recipients:;
BCC: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/08/2012 02:34

13. Traços exóticos da 'partícula de Deus' surpreendem físicos
 
Estudo com participação de brasileiro indica que bóson de Higgs pode não se encaixar em teoria mais aceita hoje. Análise preliminar dá pistas de partículas ainda desconhecidas; outros cientistas pedem cautela com os dados.

A partícula de Deus está, ao que parece, do jeito que o diabo gosta: malcomportada. É o que indica uma análise preliminar de dados coletados no LHC, maior acelerador de partículas do mundo.

 

O trabalho, feito por Oscar Éboli, do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP), sugere que o chamado bóson de Higgs, que seria responsável por dar massa a tudo o que existe, não está se portando como deveria, a julgar pela teoria que previu sua existência, o Modelo Padrão. Se confirmado, o comportamento anômalo da partícula seria a deixa para uma nova era da física.

 

A descoberta do possível bóson, anunciada com estardalhaço no mês passado, foi comemorada como a finalização de uma etapa gloriosa no estudo das partículas fundamentais da matéria. Sua existência, em resumo, explicaria porque o Sol pode produzir sua energia e criaturas como nós podem existir.

 

Dada sua importância para a consistência do Universo (e fazendo uma analogia com a história bíblica da torre de Babel), o físico ganhador do Nobel Leon Lederman deu ao bóson o apelido de "partícula de Deus".

 

Para analisar o bóson de Higgs, é preciso primeiro produzir uma colisão entre prótons em altíssima velocidade - função primordial do LHC. Então, do impacto de alta energia, surgem montes de novas partículas, dentre as quais o Higgs, que rapidamente decai, como se diz.

 

É que, por ser muito instável, o bóson se "decompõe" quando a energia da colisão diminui. Aparecem, no lugar dele, outras partículas. É esse subproduto que pode ser detectado e indicar a existência do bóson de Higgs. Contudo, isso exige a realização de muitos impactos, até que as estatísticas comecem a sugerir a presença do procurado bóson.

 

Os dados coletados até aqui são suficientes para apontar a existência da partícula, mas suas características específicas ainda não puderam ser determinadas. "Estamos ainda num estágio inicial da exploração das propriedades da dela", diz Éboli. "Contudo, há uma indicação de que o Higgs decaia mais em dois fótons [partículas de luz] do que seria esperado no Modelo Padrão."

 

Os resultados dessa análise preliminar foram divulgados no Arxiv.org, repositório de estudos de física na internet, e abordados na revista "Pesquisa Fapesp".

 

Surpresa bem-vinda - A novidade anima os cientistas. "Para a maioria dos físicos, o Modelo Padrão é uma boa representação da natureza, mas não é a teoria final", afirma Éboli. "Se de fato for confirmado que o Higgs está decaindo mais que o esperado em dois fótons, isso pode significar que novas partículas podem estar dentro do alcance de descoberta do LHC."

 

Poderia ser o primeiro vislumbre de um novo "zoológico" de tijolos elementares da matéria. Previa-se que essas partículas exóticas começassem a aparecer com as energias elevadas do LHC.

 

Tudo muito interessante, mas nada resolvido. "É um trabalho muito sério, mas eu acho que ainda é muito cedo para se tirar qualquer conclusão se se trata ou não do Higgs padrão", afirma Sérgio Novaes, pesquisador da Unesp que participa de um dos experimentos que detectaram o bóson de Higgs. "Até o final do ano as coisas estarão um pouco mais claras", avalia ele.

(Folha de são Paulo)


SUBJECT: cotas no IME e no ITA de direita
FROM: Luiz Eduardo <luizeduardo.egroups@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/08/2012 06:27




DEU NA VEJA ON LINE:




Emacs!

SUBJECT: Raios que nãos nos partam!
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/08/2012 07:14

Olá,

 

Triste notícia para um sábado pela manhã:

 

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2012/08/11/raio-atinge-mesquita-e-mata-13-em-bangladesh.htm

 

Pelo relato, deve ter sido uma descarga extremamente energética.

 

E o pior, em eventos do tipo, é que muito pouco ou nada pode-se fazer para evitar.  

 

E,  pior, ainda: sempre pensamos que coisas assim só acontecem no quintal dos outros e que,  “outro pior”, que não ocorre duas vezes no mesmo local.

 

Engano.

 

Imagino só a tristeza dos familiares das vítimas.

 

Sds,

Victor


SUBJECT: RES: [ciencialist] Partículas "conversam" a 10 mil vezes a velocidade da luz
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/08/2012 07:43

Parece-me que ainda é constrangedor assumir que não sabemos como ocorre essa
comunicação - com ou sem aspas - entre o par de partículas emaranhadas
quanticamente. “

 

Não sei a razão para o “ainda é constrangedor...”.  Há, igualmente, no “modus operandi” da Natureza, inúmeros comportamentos de que não temos a mínima “minorum”  idéia de porquê ocorrem.  Mas satisfaz à física e a tecnologia descrever como ocorrem, com base nos modelos de representação atuais, que são as teorias subjacentes. E, também, de como aplicar isso para nossos interesses. Querer mais que isso é querer ser Deus, que de tudo sabe. Só que esta última afirmação é uma mera hipótese, sem fundamento, logo...

 

É. A birra com a MQ é insuperável mesmo. Coitada!

 

Quanto à comunicação, com base nos atuais modelos representativos, que funcionam muito bem obrigado, é trivial a conclusão de que, simplesmente, não podem existir coisas do tipo em eventos como os de que fala mais acima.

 

Obs.: Nem tudo que uma teoria permite que aconteça, acontece ou existe. Táquions, que sequer são desconhecidos, por exemplo, é um desses sonhos de uma noite de verão.

 

Sds,

Victor

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de José Renato Terra
Enviada em: sexta-feira, 10 de agosto de 2012 22:42
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Partículas "conversam" a 10 mil vezes a velocidade da luz

 

 

Ah, bom! O processo de descoerência ou colapso da função de onda não deixa
de fora a velha e necessária comunicação de algum modo: seja através de
ondas eletromagnéticas ou fótons ou algo ainda desconhecido, como os
táquions e... Como é mesmo o nome disso?

Parece-me que ainda é constrangedor assumir que não sabemos como ocorre essa
comunicação - com ou sem aspas - entre o par de partículas emaranhadas
quanticamente.

[]s

José Renato

ET. Não é possível utilizar essa comunicação para transmitir dados, ainda...
Enquanto não tivermos controles suficientes sobre o fenômeno quântico.
............................................

----- Original Message -----
From: "roberto"
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, August 08, 2012 12:53 AM
Subject: [ciencialist] Re: Partículas "conversam" a 10 mil vezes a
velocidade da luz

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, José Renato Terra <jrma@...>
> Roberto, vc falou, falou, mas não conseguiu esclarecer qual o fator
> da "comunicação" que é cerca de dez mil vezes mais rápido que a

Não é que eu não consegui. Eu simplesmente não tentei explicar essa
"comunicação" - o processo de descoerência ou colapso da função de onda.

O que eu rebati é que haja uma comunicação sem aspas. Se isso houvesse, aí
sim haveria problema com a questão do limite físico dado pela velocidade da
luz no vácuo.

[]s,

Roberto Takata
.........................................

----- Original Message -----
From: "José Renato Terra"
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, August 08, 2012 12:09 AM
Subject: [Spam] Re: [ciencialist] Partículas "conversam" a 10 mil vezes a
velocidade da luz

> Roberto, vc falou, falou, mas não conseguiu esclarecer qual o fator da
> "comunicação" que é cerca de dez mil vezes mais rápido que a velocidade da
> luz! Nem negar que haja uma aparentemente necessária "comunicação" para
> que
> a mudança ocorra nos pares de partículas emaranhadas quanticamente...
> Enfim,
> faltou dizer como ocorre a "comunicação", mesmo que entre aspas. Falar é
> fácil, só quando o ouvinte é crente tolo!
> []s
> José Renato
> ...........................................

----- Original Message -----
From: "roberto"
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, July 14, 2012 10:24 PM
Subject: [ciencialist] Re: Partículas "conversam" a 10 mil vezes a
velocidade da luz

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, José Renato Terra <jrma@...>
> Por que a velocidade máxima no universo continua a ter como limite a
> velocidade do fóton, se algo no "emaranhamento quântico" se comunica
> cerca de dez mil vezes a velocidade da luz?

Por que "comunicam" é entre aspas, assim como "conversam".

O texto tem o trecho esclarecedor:
> O emaranhamento não viola a "letra" da relatividade porque, por si
> só, o fenômeno não permite a transmissão de sinais de comunicação
> mais depressa que a luz - não seria possível, por exemplo, usar
> partículas emaranhadas para criar um telefone celular instantâneo.
> "O emaranhamento não pode ser usado para comunicar unidades de
> informação escolhidas por uma pessoa, exatamente porque os eventos
> correlacionados por ele são aleatórios, fora do controle humano. Se
> os eventos fossem determinísticos, seria possível usar o fenômeno
> para comunicação clássica mais rápida que a luz", o que violaria a
> >relatividade, diz Gisin.
> < http://noticias.ambientebrasil.com.br:80/noticia/?id=40027 >
-------------

[]s,

Roberto Takata


SUBJECT: Re: cotas no IME e no ITA de direita
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/08/2012 08:38

O Lulu traficando opinião política pra uma lista de ciências... rá.

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Luiz Eduardo <luizeduardo.egroups@...> escreveu
>
>
>
>
> DEU NA VEJA ON LINE:
>
>
>
>
> Emacs!
>




SUBJECT: RES: cotas no IME e no ITA de direita
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/08/2012 10:05

 

 

De: Luiz Eduardo [mailto:luizeduardo.egroups@gmail.com]
Enviada em: sábado, 11 de agosto de 2012 09:17
Para: Recipient list suppressed:
Assunto: cotas no IME e no ITA de direita

 

At 11:38 11/08/2012 +0000, you wrote:

 

O Lulu traficando opinião política pra uma lista de ciências... rá.

Roberto Takata





Ta vendo cumé ?

Tu faz uso de apelido
(te conheço ?)

Desqualifica

Sacaneia...

MAS EU ABSORVO.

Pa-Ciencia.


O PIOR É QUE VOCE CENSURA E CORTA  O CONTEUDO DO EMAIL.

E, ainda assim, eu dialogo.

L.E.





=======================


SUBJECT: Que os raios não nos partam.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/08/2012 10:39

Olá,

 

Entre outros trabalhos, selecionei o abaixo, com dados técnicos sobre raios atmosféricos.  Já fiz um longo trabalho, juntamente com outros companheiros, nessa área, para o Banco do Brasil, que resultou na abolição de pára-raios radioativos em todas as suas agências.  Embora ainda não garantam 100%, o sistemas de proteção atuais(SPDA´S) envolvendo o velho e bom captor Franklin, gaiolas de faraday, etc., são os melhores.

 

http://www.meteo.pt/pt/areaeducativa/fenomenos_meteorologicos/trovoadas/index.html?page=o.raio.xml

 

Na internet há trabalhos interessantes, e corretos tecnicamente, a respeito deste assunto.

 

Mas vejam os números estonteantes envolvidos numa dessas descargas.

 

Na próxima ameaça, é melhor sair correndo mundo afora...

 

Sds,

Victor.

 


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: cotas no IME e no ITA de direita
FROM: Marcelo C Pinto <mpinto2009@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/08/2012 10:56

Pois é, mas não é só ele não.

-- 
Marcelo C Pinto
Sent with Sparrow

On Saturday, 11 de August de 2012 at 08:38, roberto wrote:

O Lulu traficando opinião política pra uma lista de ciências... rá.

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Luiz Eduardo <luizeduardo.egroups@...> escreveu
>
> 
> 
> 
> DEU NA VEJA ON LINE:
> 
> 
> 
> 
> Emacs!
>


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Relatividade e Suas Consequências
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/08/2012 12:06

Eu já gostei bastante das teorias de variáveis ocultas. Atualmente elas
me parecem mais como a hipótese de um ser superior onipotente como
resposta para a origem do Universo, varrendo-se habilmente para baixo do
tapete a necessidade de se ter de explicar a origem deste ser superior.

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 10/08/2012 14:10, roberto escreveu:
> Adeus teorias de variáveis ocultas não-locais:
> http://www.sciencedaily.com/releases/2008/03/080318174941.htm
> -----------
>
> Roberto Takata
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...> escreveu
>> Ola Takata,
>>
>> Estou assumindo que isto se refere somente às questões 1 e 2.
>>
>> Mas a MQ de bhom não viola a inequação de Bell!!! A diferença desta, para a MQ "tradicional", está na questão do determinismo, que está presente na MQ de Bhom.
>>
>> Então, meu argumento é : como na MQ tradicional temos passado e futuro em aberto, probabilísticos, e na TRG temos passado e futuro fixos, para "mantermos a TRG válida" temos, obrigatoriamente, que adotar a MQ de Bhom.
>>
>> Abs
>> Felipe
>>
>>
>>
>>
>> ________________________________
>> De: roberto <roberto.takata@...>
>> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>> Enviadas: Quinta-feira, 9 de Agosto de 2012 19:34
>> Assunto: [ciencialist] Re: Relatividade e Suas Consequências
>>
>>
>> Trкs palavras:
>> Inequaзгo de Bell.
>>
>> Roberto Takata
>>
>> --- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@> escreveu
>>>
>>>
>>> Ola Pessoal,
>>>
>>> Estou voltando com um assunto que jб postei na lista, pois me surgiu mais um questionamento :
>>>
>>>
>>> Segundo a Relatividade Geral, a distinзгo de presente,
>>> passado e futuro й uma mera ilusгo. O espaзo-tempo existe como um todo, sendo o
>>> fluxo do tempo, uma mera ilusгo.
>>>
>>> Pois bem, se o espaзo-tempo existe “como um todo”, entгo
>>> todos os eventos que ocorreram,ocorrem ou irгo ocorrer (se considerarmos o
>>> fluxo do tempo) jб existem.
>>>
>>> Dessa forma, e sendo redundante, todos os eventos que ocorreram
>>> e irгo ocorrer jб existem neste espaзo-tempo. Assim, todos os experimentos e
>>> eventos, inclusive os quвnticos, quando analisados sob esta уtica, jб possuem
>>> resultados determinados.
>>>
>>> 1. Considerando o exposto acima, a TRG nгo implica automaticamente em um universo eterno, imutбvel e determinнstico em todos os nнveis, inlcuindo o quвntico?
>>>
>>>
>>> 1. Se 1 й verdadeiro, entгo a ъnica interpretaзгo da MQ que pode coexistir com a TRG nгo seria a interpretaзгo de Bhom, por ser essencialmente determinнstica ? 3. Em um universo do tipo acima, onde nгo existe fluxo de tempo, como podemos ter sistemas perceptuais, que dependem essencialmente de fluxos? Ou seja, o que se move ?
>>>
>>> 4. Outra opзгo : nгo podemos considerar esta falta de aderкncia ao universo observado (ou seja, o Fluxo) e а prуpria exsitкncia de sistemas que observam um falseamento da teoria ?
>>>
>>> A 1 e 2 jб foram debatidas com o Takata, mas continuo discordando dele :) A 3 e a 4 sгo novas.
>>>
>>> Abs
>>> Felipe
>>>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Partículas "conversam" a 10 mil vezes a velocidade da luz
FROM: José Renato Terra <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/08/2012 14:18

JVictor, observe que eu não falei em porquê e sim *como* ocorre!
[]s
José Renato´
ET. Táquions ainda são conhecidos apenas como teoria.
.........................................
----- Original Message -----
From: JVictor
Sent: Saturday, August 11, 2012 7:43 AM
Subject: RES: [ciencialist] Partículas "conversam" a 10 mil vezes a velocidade da luz

“Parece-me que ainda é constrangedor assumir que não sabemos como ocorre essa
comunicação - com ou sem aspas - entre o par de partículas emaranhadas
quanticamente. “ 

Não sei a razão para o “ainda é constrangedor...”.  Há, igualmente, no “modus operandi” da Natureza, inúmeros comportamentos de que não temos a mínima “minorum”  idéia de porquê ocorrem.  Mas satisfaz à física e a tecnologia descrever como ocorrem, com base nos modelos de representação atuais, que são as teorias subjacentes. E, também, de como aplicar isso para nossos interesses. Querer mais que isso é querer ser Deus, que de tudo sabe. Só que esta última afirmação é uma mera hipótese, sem fundamento, logo... 

É. A birra com a MQ é insuperável mesmo. Coitada! 

Quanto à comunicação, com base nos atuais modelos representativos, que funcionam muito bem obrigado, é trivial a conclusão de que, simplesmente, não podem existir coisas do tipo em eventos como os de que fala mais acima. 

Obs.: Nem tudo que uma teoria permite que aconteça, acontece ou existe. Táquions, que sequer são desconhecidos, por exemplo, é um desses sonhos de uma noite de verão.

 Sds,

Victor  

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de José Renato Terra
Enviada em: sexta-feira, 10 de agosto de 2012 22:42
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Partículas "conversam" a 10 mil vezes a velocidade da luz

 Ah, bom! O processo de descoerência ou colapso da função de onda não deixa
de fora a velha e necessária comunicação de algum modo: seja através de
ondas eletromagnéticas ou fótons ou algo ainda desconhecido, como os
táquions e... Como é mesmo o nome disso?

Parece-me que ainda é constrangedor assumir que não sabemos como ocorre essa
comunicação - com ou sem aspas - entre o par de partículas emaranhadas
quanticamente.

[]s

José Renato

ET. Não é possível utilizar essa comunicação para transmitir dados, ainda...
Enquanto não tivermos controles suficientes sobre o fenômeno quântico.
............................................

----- Original Message -----
From: "roberto"
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, August 08, 2012 12:53 AM
Subject: [ciencialist] Re: Partículas "conversam" a 10 mil vezes a
velocidade da luz

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, José Renato Terra <jrma@...>
> Roberto, vc falou, falou, mas não conseguiu esclarecer qual o fator
> da "comunicação" que é cerca de dez mil vezes mais rápido que a

Não é que eu não consegui. Eu simplesmente não tentei explicar essa
"comunicação" - o processo de descoerência ou colapso da função de onda.

O que eu rebati é que haja uma comunicação sem aspas. Se isso houvesse, aí
sim haveria problema com a questão do limite físico dado pela velocidade da
luz no vácuo.

[]s,

Roberto Takata
.........................................

----- Original Message -----
From: "José Renato Terra"
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, August 08, 2012 12:09 AM
Subject: [Spam] Re: [ciencialist] Partículas "conversam" a 10 mil vezes a
velocidade da luz

> Roberto, vc falou, falou, mas não conseguiu esclarecer qual o fator da
> "comunicação" que é cerca de dez mil vezes mais rápido que a velocidade da
> luz! Nem negar que haja uma aparentemente necessária "comunicação" para
> que
> a mudança ocorra nos pares de partículas emaranhadas quanticamente...
> Enfim,
> faltou dizer como ocorre a "comunicação", mesmo que entre aspas. Falar é
> fácil, só quando o ouvinte é crente tolo!
> []s
> José Renato
> ...........................................

----- Original Message -----
From: "roberto"
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, July 14, 2012 10:24 PM
Subject: [ciencialist] Re: Partículas "conversam" a 10 mil vezes a
velocidade da luz

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, José Renato Terra <jrma@...>
> Por que a velocidade máxima no universo continua a ter como limite a
> velocidade do fóton, se algo no "emaranhamento quântico" se comunica
> cerca de dez mil vezes a velocidade da luz?

Por que "comunicam" é entre aspas, assim como "conversam".

O texto tem o trecho esclarecedor:
> O emaranhamento não viola a "letra" da relatividade porque, por si
> só, o fenômeno não permite a transmissão de sinais de comunicação
> mais depressa que a luz - não seria possível, por exemplo, usar
> partículas emaranhadas para criar um telefone celular instantâneo.
> "O emaranhamento não pode ser usado para comunicar unidades de
> informação escolhidas por uma pessoa, exatamente porque os eventos
> correlacionados por ele são aleatórios, fora do controle humano. Se
> os eventos fossem determinísticos, seria possível usar o fenômeno
> para comunicação clássica mais rápida que a luz", o que violaria a
> >relatividade, diz Gisin.
> < http://noticias.ambientebrasil.com.br:80/noticia/?id=40027 >
-------------

[]s,

Roberto Takata


SUBJECT: Re: RES: cotas no IME e no ITA de direita
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/08/2012 14:21

ZeVi,

não precisa ficar repassando os emails do Lulu. Já retirei a condição de veto de publicação, mesmo ele não tendo pedido as devidas desculpas por me acusar do q eu não fiz.

[]s,

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "JVictor" <j.victor.neto@...> escreveu
>
>
>
>
>
> De: Luiz Eduardo [mailto:luizeduardo.egroups@...]
> Enviada em: sábado, 11 de agosto de 2012 09:17
> Para: Recipient list suppressed:
> Assunto: cotas no IME e no ITA de direita
>
>
>
> At 11:38 11/08/2012 +0000, you wrote:
>
>
>
>
>
> O Lulu traficando opinião política pra uma lista de ciências... rá.
>
> Roberto Takata
>
>
>
>
>
> Ta vendo cumé ?
>
> Tu faz uso de apelido
> (te conheço ?)
>
> Desqualifica
>
> Sacaneia...
>
> MAS EU ABSORVO.
>
> Pa-Ciencia.
>
>
> O PIOR É QUE VOCE CENSURA E CORTA O CONTEUDO DO EMAIL.
>
> E, ainda assim, eu dialogo.
>
> L.E.
>
>
>
>
>
> =======================
>




SUBJECT: Re: RES: cotas no IME e no ITA de direita
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/08/2012 14:25

> De: Luiz Eduardo [mailto:luizeduardo.egroups@...]

> O PIOR É QUE VOCE CENSURA E CORTA O CONTEUDO DO EMAIL.

Não cortei nada. Cliquei em aprovar. Foi como veio. O *sistema* do Yahoo barra anexos e quetais mal configurados.

Eu o liberei da condição de veto. Mas estou revendo isso frente a mais uma acusação absurda sem provas.

Agora, se não vier desculpas - pra lista e de modo adequado - é expulsão. Tem 24 horas pra isso. Se vier outro email com mimimi antes das desculpas, é expulsão imediata.

Roberto Takata



SUBJECT: Re: RES: cotas no IME e no ITA de direita
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/08/2012 14:43

Eu não faço edições de mensagens aqui na c-list. Aprovo ou veto.

Eu faço edições em outras listas, mas apenas do formato, não do conteúdo - eliminando texto repetido de mensagens anteriores (quando é resposta a uma mensagem que apensa toda a mensagem anterior). Quando faço isso, o sistema insere um código no cabeçalho que indica que a mensagem original foi editada (e eu também insiro um aviso que a mensagem foi editada).

Aqui vocês podem ver o código de uma mensagem que editei na lista do saudoso Prof. Leo:
http://br.groups.yahoo.com/group/profleo/message/2232?source=1&var=1&l=1
Tem a linha: "X-eGroups-Edited-By: rmtakata [...]"

E tem a mensagem que adiciono:
"[Mensagem editada. Ao responder a uma mensagem, deixe apenas os trechos necessários. Roberto Takata]"

Na mensagem em que Lulu me acusa de censurar apagando conteúdo, não há a marcação do sistema de que foi editada:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/82924?source=1&var=1&l=1

Se eu fosse fazer censura, simplesmente deletaria a mensagem. A edição não apenas ficaria marcada, como seria muito óbvia. Qual o sentido de eu publicar uma mensagem de que supostamente eu não gostaria do teor deixando apenas um título no corpo da mensagem, sem conteúdo?

Diante de acusação grave e recorrente, não apenas sem provas como desmentidas pelos fatos, meu desejo é de expulsar Lulu imediatamente da lista. Ainda assim darei um prazo de 24 horas para haver os devidos pedidos públicos de desculpas. Mas, claro, se houver mais uma vez algo dessa natureza, não irei relevar.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/08/2012 16:13

Meu maior medo é que essa política de cotas faça parte de alguma "estratégia incremental" do Governo, que nos levará, daqui a 10 ou 20 anos, a uma estrutura universitária na qual só será admitida a entrada, não dos mais qualificados e bem preparados, mas daqueles que concordam com a ideologia do Governo. Afinal, é isso que acontece em Cuba, país que atrai a admiração de muitos membros do Governo, sabe-se lá porquê, e que eles desejam imitar.

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 10/08/2012 14:25, Luiz Eduardo escreveu:
At 09:07 10/08/2012 -0700, you wrote:
 

Ola Takata,
 
Podemos considerar estes estudos isentos ?
 
Abs
Felipe



A QUESTÃO NEM É DE ISENÇÃO.

Mas de método.
E de rigor metodológico.

RECOMENDO A LEITURA DE...
Fala, Ralé...
do meu amigo... Jessé.

L.E.



SUBJECT: Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/08/2012 16:40

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Alvaro Augusto (L)"
> Meu maior medo é que essa política de cotas faça parte de alguma
> "estratégia incremental" do Governo, que nos levará, daqui a 10 ou
> 20 anos, a uma estrutura universitária na qual só será admitida a
> entrada, não dos mais qualificados e bem preparados, mas daqueles
> que concordam com a ideologia do Governo.

Sim, claro, porque no Brasil não há eleições.

Se fosse pra aparelhar as universidades, fariam como o PSDB faz com as reitorias das IES paulistas: em vez de pegar o mais votado, pega o que na lista tríplice mais é afinado com eles.

Não há quase nenhum sentido em ir pelo lado com *menos* poder dentro da estrutura universitária, o corpo discente.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: RES: cotas no IME e no ITA de direita
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/08/2012 16:41

Ah, desculpa.

Não sabia, e imaginei era algum problema no sistema dele, que enviava seus emails para o meu PC; já estava para tentar um comunicado com ele, avisando.

 

Sds,

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de roberto
Enviada em: sábado, 11 de agosto de 2012 14:21
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Re: RES: cotas no IME e no ITA de direita

 

 

ZeVi,

não precisa ficar repassando os emails do Lulu. Já retirei a condição de veto de publicação, mesmo ele não tendo pedido as devidas desculpas por me acusar do q eu não fiz.

[]s,

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "JVictor" <j.victor.neto@...> escreveu
>
>
>
>
>
> De: Luiz Eduardo [mailto:luizeduardo.egroups@...]
> Enviada em: sábado, 11 de agosto de 2012 09:17
> Para: Recipient list suppressed:
> Assunto: cotas no IME e no ITA de direita
>
>
>
> At 11:38 11/08/2012 +0000, you wrote:
>
>
>
>
>
> O Lulu traficando opinião política pra uma lista de ciências... rá.
>
> Roberto Takata
>
>
>
>
>
> Ta vendo cumé ?
>
> Tu faz uso de apelido
> (te conheço ?)
>
> Desqualifica
>
> Sacaneia...
>
> MAS EU ABSORVO.
>
> Pa-Ciencia.
>
>
> O PIOR É QUE VOCE CENSURA E CORTA O CONTEUDO DO EMAIL.
>
> E, ainda assim, eu dialogo.
>
> L.E.
>
>
>
>
>
> =======================
>


SUBJECT: cotas no IME e no ITA de direita
FROM: Luiz Eduardo <luizeduardo.egroups@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/08/2012 16:47

At 17:25 11/08/2012 +0000, you wrote:
 

> De: Luiz Eduardo [ mailto:luizeduardo.egroups@...]

> O PIOR É QUE VOCE CENSURA E CORTA O CONTEUDO DO EMAIL.

Não cortei nada. Cliquei em aprovar. Foi como veio. O *sistema* do Yahoo barra anexos e quetais mal configurados.

Eu o liberei da condição de veto. Mas estou revendo isso frente a mais uma acusação absurda sem provas.

Agora, se não vier desculpas - pra lista e de modo adequado - é expulsão. Tem 24 horas pra isso. Se vier outro email com mimimi antes das desculpas, é expulsão imediata.

Roberto Takata





Desculpe.
Acredito que foi o yahoo quem cortou.


Mas se não houvesse esse clima de expulsão,
eu provavelmente não teria imaginado que houve corte.

Se não houvesse o desrespeito pessoal com o apelido e o comentario dentro da minha mensagem,
antes que ela chegasse à lista...
eu provavelmente não teria imaginado que houve corte.

Não peço que peça desculpas pelo clima.

E novamente me desculpo se fiz uma pressuposição equivocada e injusta.

L.E.


===================

SUBJECT: cotas no IME e no ITA de direita
FROM: Luiz Eduardo <luizeduardo.egroups@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/08/2012 16:48

At 17:21 11/08/2012 +0000, you wrote:
 

ZeVi,

não precisa ficar repassando os emails do Lulu. Já retirei a condição de veto de publicação, mesmo ele não tendo pedido as devidas desculpas por me acusar do q eu não fiz.

[]s,

Roberto Takata




DESCULPE.

L.E.







================================

SUBJECT: EM RITMO DE GANSO - REITORJaner Cristlado
FROM: Luiz Eduardo <luizeduardo.egroups@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/08/2012 16:52

At 19:40 11/08/2012 +0000, you wrote:
 

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Alvaro Augusto (L)"
> Meu maior medo é que essa política de cotas faça parte de alguma
> "estratégia incremental" do Governo, que nos levará, daqui a 10 ou
> 20 anos, a uma estrutura universitária na qual só será admitida a
> entrada, não dos mais qualificados e bem preparados, mas daqueles
> que concordam com a ideologia do Governo.

Sim, claro, porque no Brasil não há eleições.

Se fosse pra aparelhar as universidades, fariam como o PSDB faz com as reitorias das IES paulistas: em vez de pegar o mais votado, pega o que na lista tríplice mais é afinado com eles.

Não há quase nenhum sentido em ir pelo lado com *menos* poder dentro da estrutura universitária, o corpo discente.

[]s,

Roberto Takata





A universidade é do povo.

O povo elegeu presidente, elegeu governador.

A universidade não é patrimonio dos professores, alunos e funcionários.

Já é demasia que nós pudéssemos impor que se possa ser Reitor quem é professor da propria universidade.
Abusivo isso.

Mais abusivo dizer ao presidente eleito...
que ele é obrigado a escolher um Reitor dentro da Universidade...
e dos 3 mil professores existentes na ativa...
2995 estão vetados.

E totalmente abusivo transformar a lista quintúpla em tríplice.

E, em seguida... exigir que da lista tríplice... só possa escolher o primeiro.

A UNIVERSIDADE É DO POVO.
Se o povo escolheu o Lula pra presidente, paciencia...
Tem de ser o Lula a escolher o Reitor.

ESSE NEGÓCIO DA UNIVERSIDADE ESCOLHER SEU PROPRIO REITOR...
isso foi do tempo da ditatuda,
uma forma de impedir que colocassem coronéis como Reitor.

Mas... sei não... olha...
melhor não falar nada...
pra não ser expulso.

L.E.


=====================================

SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/08/2012 17:10

Em 11/08/2012 16:40, roberto escreveu:
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Alvaro Augusto (L)"
>> Meu maior medo é que essa política de cotas faça parte de alguma
>> "estratégia incremental" do Governo, que nos levará, daqui a 10 ou
>> 20 anos, a uma estrutura universitária na qual só será admitida a
>> entrada, não dos mais qualificados e bem preparados, mas daqueles
>> que concordam com a ideologia do Governo.
> Sim, claro, porque no Brasil não há eleições.
>
> Se fosse pra aparelhar as universidades, fariam como o PSDB faz com as reitorias das IES paulistas: em vez de pegar o mais votado, pega o que na lista tríplice mais é afinado com eles.
>
> Não há quase nenhum sentido em ir pelo lado com *menos* poder dentro da estrutura universitária, o corpo discente.
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>

Talvez não faça muito sentido, pois trata-se de um medo, não de uma
previsão. Mas é assim que funcionam as estratégias incrementais: é mais
fácil servir a mortadela em fatias do que fazer o povo absorvê-la de uma
só vez...

[ ]s

Alvaro Augusto



SUBJECT: Re: [ciencialist] EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: Rafael Picate <rpicate@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/08/2012 17:21

Para brasileiros que se formam em universidades cubanas, o critério já é esse. Só falta a ponta daqui facilitar a aprovação dos diplomas pelos conselhos do Brasil que ainda resistem.

abs,
Rafael

Em 11 de agosto de 2012 16:13, Alvaro Augusto (L) <alvaro@lunabay.com.br> escreveu:
 

Meu maior medo é que essa política de cotas faça parte de alguma "estratégia incremental" do Governo, que nos levará, daqui a 10 ou 20 anos, a uma estrutura universitária na qual só será admitida a entrada, não dos mais qualificados e bem preparados, mas daqueles que concordam com a ideologia do Governo. Afinal, é isso que acontece em Cuba, país que atrai a admiração de muitos membros do Governo, sabe-se lá porquê, e que eles desejam imitar.

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 10/08/2012 14:25, Luiz Eduardo escreveu:
At 09:07 10/08/2012 -0700, you wrote:
 

Ola Takata,
 
Podemos considerar estes estudos isentos ?
 
Abs
Felipe



A QUESTÃO NEM É DE ISENÇÃO.

Mas de método.
E de rigor metodológico.

RECOMENDO A LEITURA DE...
Fala, Ralé...
do meu amigo... Jessé.

L.E.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: RES: cotas no IME e no ITA de direita
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/08/2012 18:49

LAMENTÁVEL QUE EU TENHA QUE LER ISSO AQUI NA CIENCIALIST.

Sem mais comentários.

Estou quase me autoexpulsando da lista. Só não faço isso porque estou
querendo ser expulso pelo Takata. E nem precisa aguardar 24 horas porque
não irei me desculpar.

Com moderadores deste nível não há mais o que fazer aqui.

Caro Brudna: No passado já lhe dei os parabéns pela maneira como você
conduzia a lista. Atualmente só posso lhe dar os pêsames por tolerar
coisas desse tipo.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

************************************
From: roberto
Sent: Saturday, August 11, 2012 2:25 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Re: RES: cotas no IME e no ITA de direita




> De: Luiz Eduardo [mailto:luizeduardo.egroups@...]

> O PIOR É QUE VOCE CENSURA E CORTA O CONTEUDO DO EMAIL.

Não cortei nada. Cliquei em aprovar. Foi como veio. O *sistema* do Yahoo
barra anexos e quetais mal configurados.

Eu o liberei da condição de veto. Mas estou revendo isso frente a mais
uma acusação absurda sem provas.

Agora, se não vier desculpas - pra lista e de modo adequado - é
expulsão. Tem 24 horas pra isso. Se vier outro email com mimimi antes
das desculpas, é expulsão imediata.

Roberto Takata








SUBJECT: Aviso
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/08/2012 18:52

Eu vou expulsar daqui a pouco o membro o Luiz Eduardo Carvalho.

Vou só liberar as três mensagens que ele enviou para a lista para que se registre o meu motivo para a decisão pela expulsão.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: cotas no IME e no ITA de direita
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/08/2012 19:04

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Luiz Eduardo
> Mas se não houvesse esse clima de expulsão,
> eu provavelmente não teria imaginado que houve corte.
>
> Se não houvesse o desrespeito pessoal com o apelido e o comentario
> dentro da minha mensagem,
> antes que ela chegasse à lista...
> eu provavelmente não teria imaginado que houve corte.

Aqui fica claro que o membro acima (já expulso) não está se desculpando de coisa nenhuma. Imputando a mim a culpa do erro que foi completamente dele.

Não existe um *clima* de expulsão. Existem expulsões por motivos de ofensas reiteradas aos moderadores (caso lá do Voltraid), bem como à imputação de falsas acusações (caso do Lulu agora).

Nunca houve nenhum comentário dentro da mensagem de ninguém. Isso seria uma edição, coisa que não faço. Os comentários que faço são em *resposta* a outras postagens publicadas.

O sujeito acima confunde tempo de difusão da mensagem - coisa totalmente fora do meu alcance, já que a distribuição é feita inteiramente pelo sistema do Yahoo. Muitas vezes ocorre de uma mensagem enviada depois pra lista ser distribuída antes do que a outra - novamente, problema do Yahoo ou às vezes da internet, pode ser o caso de se chegar no email de alguém com defesagem.

No caso da mensagem a que Lulu se refere, liberei a mensagem antes:
12:37 pm
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/82924
E respondi em seguida
12:38 pm
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/82926

> Não peço que peça desculpas pelo clima.

É o climinha da vitimização. "Nossa, o Roberto malvado me persegue"...

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: RES: cotas no IME e no ITA de direita
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/08/2012 19:07

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Alberto Mesquita Filho"
> Só não faço isso porque estou querendo ser expulso pelo Takata.

Rarará. Ser expulso por mim virou bagde.

Roberto Takata



SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: EM RITMO DE GANSO - Janer Cristlado
FROM: Thiago Guimarães <guimaraesbsb@hotmail.com>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/08/2012 23:41

> Thiago,
> Concordo inteiramente com o pensamento do PB, pois penso assim desde que esse descalabro discriminatório surgiu.
> Não consegui “despensar” ainda.
> Trata-se, claramente, de um racismo às avessas: protegido, pago e consentido por lei. Santa mãe das carochinhas!
> Que evidências, mais você precisa, além das que estão à sua volta?
> Sds,
> Victor.


Então Victor, evidentemente é forçosa tal conclusão, pois
se vivemos no país da contradição, a força que a ameniza
o contraste é também contrária à própria força que faz contrastar.
O que evidentemente não destoa nem da sua posição, nem da posição
do Pesky, mas questiona o método: o fundamento (e naturalmente, a exposição).

De uma maneira ou de outra é uma contradição. É o mesmo que
dizer "igualdade para os desiguais" e "desigualdade para os iguais".
Tratar iguais como se desiguais fossem e os desiguais como iguais.
 
Ou "igualdade para os iguais" e "desigualdade para os desiguais"?
Os desiguais mais desigualados e os iguais cada vez mais iguais -
ricos mais ricos, pobres mais pobres, universitários mais privilegiados,
exluídos ainda mais excluídos.

Diante da confusão que se pode fazer a respeito do tema, eu
me refiro, prezado Victor, ao tipo de evidência que diz assim:

- Cotas raciais? De quais "raças"? (há mais de uma raça?)
- Cotas sociais? De quais "sociedades"? (há mais de uma sociedade?)
- Outras cotas? Quais cotas?
- O que é empírico nessa história (ainda que independente dos resultados
meramente 'pragmáticos'?)

Se vamos integrar o pobre ou marginal (ainda o deliquente), e a
"porta de entrada" é a Universidade, não seria portanto o efeito de uma
ação integrada e conjunta, desde as bases dessa tal  "desigualdade"?
E temos "compromisso" ou "cultura" para tal feito?

Carecemos de inovação nessa parte (integração), mas a Burocracia
emperra a própria "técnica" ou "política", como preferirem. A Bucracia é
absoluta, como um fim em si mesmo. Si-termina. Si-impõe.

Então prevalece o "COM-MANDO" Burocrático, com suas bases técnicas
e materiais racionais e supra-racionais, pelo controle e o monopólio da ordem,
em detrimento da verdadeira ação conjunta, que deveria (deveria mesmo)
minimizar os contrastes através de ações positivas e comprometidas
(e não em razão de uma elite política ou econômica, visto que é e será sempre
a mesma história, enquanto não evidenciarmos tal questão de maneira definitiva).

Tais evidências deveriam nos "responder" pelo menos as duas pergutnas seguintes:

1) Devemos nos questionar: é a burocracia capaz de "produzir moral" (e cultura)?

2) Devemos então gozar plenamente da racionalidade prescritivista (e coersitiva) do Estado?
Por que vivemos tempos de um racionalismo desembestado?
(e não temos evidências sobre tal fato e tratamos os fenômenos intrincados como se isolados fossem).


(De igual maneira, se tratamos de coisas tão complexas,
por que as fazemos parecer simples, como se simples fossem?
Então, se cremos nessa "simplicidade", a quais "Senhores" - ou poderes -
"sobre-cidadãos" servimos, afinal?)


Thiago


SUBJECT: Einstein x Hawking, em clima musical.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/08/2012 10:36

Eis, parece, uma paródia musical(entendi nada da letra). “Einstein” parece meio debochado.

 

Só para sair um pouquinho do sério dos últimos eventos ciencialisteiros nossos de cada dia.

 

http://www.youtube.com/watch?v=zn7-fVtT16k

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: RES: cotas no IME e no ITA de direita
FROM: Luis Brudna <luisbrudna@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/08/2012 20:27

  Não tenho acompanhado as mensagens da lista. Tenho lido "por amostragem". E infelizmente deixei passar alguns problemas.

Não acompanhei por ter viajado por uns dias e recentemente estava com reformas aqui em casa. 

Peço desculpas pelos problemas causados.
Estou um tanto perdido no que aconteceu. 

Vou ver se consigo retomar o controle da situação.

Luís Brudna - administrador 


2012/8/11 Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
 

LAMENTÁVEL QUE EU TENHA QUE LER ISSO AQUI NA CIENCIALIST.

Sem mais comentários.

Estou quase me autoexpulsando da lista. Só não faço isso porque estou
querendo ser expulso pelo Takata. E nem precisa aguardar 24 horas porque
não irei me desculpar.

Com moderadores deste nível não há mais o que fazer aqui.

Caro Brudna: No passado já lhe dei os parabéns pela maneira como você
conduzia a lista. Atualmente só posso lhe dar os pêsames por tolerar
coisas desse tipo.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

************************************
From: roberto
Sent: Saturday, August 11, 2012 2:25 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Re: RES: cotas no IME e no ITA de direita



> De: Luiz Eduardo [mailto:luizeduardo.egroups@...]

> O PIOR É QUE VOCE CENSURA E CORTA O CONTEUDO DO EMAIL.

Não cortei nada. Cliquei em aprovar. Foi como veio. O *sistema* do Yahoo
barra anexos e quetais mal configurados.

Eu o liberei da condição de veto. Mas estou revendo isso frente a mais
uma acusação absurda sem provas.

Agora, se não vier desculpas - pra lista e de modo adequado - é
expulsão. Tem 24 horas pra isso. Se vier outro email com mimimi antes
das desculpas, é expulsão imediata.

Roberto Takata



SUBJECT: Mudancas na moderacao
FROM: "brudna" <brudna@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/08/2012 20:32

Para normalizar as atividades na Ciencialist optei por modificar temporariamente a lista para ´totalmente moderada´.

As mensagens todas passarão por minha moderação antes de circular.
Não vou editar nenhuma mensagem. Apenas vou barrar mensagens com agressões ou off-topic.

Como disse na última mensagem, não consegui acompanhar os detalhes do ocorrido e não vou fazer comentários.

Até
Luís Brudna - administrador
luisbrudna@gmail.com



SUBJECT: Cotas: desempenho na UFBA
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/08/2012 00:14

"Ao contrário da expectativa daqueles que se mostravam resistentes à implantação do referido sistema, temendo uma desqualificação do
ensino, pelo ingresso de estudantes supostamente despreparados na
Universidade, o exame do desempenho dos estudantes que ingressaram
na UFBA, pelo sistema de cotas, revela resultados bastante animadores,
nos cursos das diversas áreas de conhecimento."
http://www.scielo.br/pdf/%0D/es/v27n96/a05v2796.pdf
------------

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: The Discovery of Global Warming - A History
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/08/2012 01:09

Mais uma fonte para os que estão interessados em entender as bases científicas sobre a hipótese do Aquecimento Global Antropogênico, com uma narrativa do desenvolvimento histórico da hipótese:
http://www.aip.org/history/climate/index.htm
---------------

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RE: [ciencialist] Cotas: desempenho na UFBA
FROM: Thiago Guimarães <guimaraesbsb@hotmail.com>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/08/2012 08:04

 
Roberto, a animosidade faz parte do processo todo
e é sempre interessante ter pessoas entusiasmadas
e engajadas em contextos sociais.
 
Embora o "quadro cinza" da questão nos mostre uma
problemática mais complexa cujos resultados mais
pragmáticos podem ser legitimamente questionados
por diversos pontos de vista contraditórios, desentendidos,
ou mal (muito mal) entendidos.
 
Thiago
 

To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: roberto.takata@bol.com.br
Date: Mon, 13 Aug 2012 03:14:01 +0000
Subject: [ciencialist] Cotas: desempenho na UFBA

 
"Ao contrário da expectativa daqueles que se mostravam resistentes à implantação do referido sistema, temendo uma desqualificação do
ensino, pelo ingresso de estudantes supostamente despreparados na
Universidade, o exame do desempenho dos estudantes que ingressaram
na UFBA, pelo sistema de cotas, revela resultados bastante animadores,
nos cursos das diversas áreas de conhecimento."
http://www.scielo.br/pdf/%0D/es/v27n96/a05v2796.pdf
------------

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Cotas: desempenho na UFBA
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/08/2012 09:52

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Thiago Guimarães
> Embora o "quadro cinza" da questão nos mostre uma problemática mais
> complexa cujos resultados mais pragmáticos podem ser legitimamente
> questionados por diversos pontos de vista contraditórios,
> desentendidos, ou mal (muito mal) entendidos.

Sim, claro que a questão tem sua complexidade.

E, sim, claro que se pode contestar os resultados. A questão é *como* essa contestação é feita. A simples negação do resultado não é uma crítica válida. Mostra que o contestador nem sequer leu o estudo cuja validade pretende negar - tão somente pelo fato de o resultado ser contrário à expectativa pessoal.

Partir do assumido desconhecimento da existência dos estudos para sua desqualificação, na verdade, acaba por ter o efeito de desqualificar o próprio negacionista.

Mas temos que considerar que há já vários estudos independentes um do outro que apontam em geral para o mesmo caminho: o desempenho acadêmico dos cotistas não é muito diferente dos não-cotistas. Dois indicam um desempenho médio até ligeiramente superior (não muito superior): UFBA e Uerj, e dois, um desempenho pior (mais não muito pior): UnB e UFPR. Há outro q indica um desempenho equivalente: UFABC. Há ainda o da UFRGS, q indica um desempenho pior, mas não tenho acesso aos detalhes.

O imbróglio, repito, não é se se é contra ou a favor de cotas ou outras ações afirmativas, mas sim a qualidade das críticas - eu critico tb a qualidade dos argumentos dos que defendem as cotas.

Pra uma lista que pretende discutir ciências, não se pode discutir na base do achismo quando há já dados para guiar a análise.

Em termos de replicação independente, há mais a respeito dos cotistas (seis experimentos) do que para a existência de bósons de Higgs (dois experimentos). Claro que o grau de variabilidade dos dados é maior no primeiro caso, no entanto.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Cotas: desempenho na UFBA
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/08/2012 11:47

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "roberto" <roberto.takata@...>
> Há outro q indica um desempenho equivalente: UFABC.

Isso para os cotistas em geral. Os cotistas raciais têm um desempenho bem inferior: 1/3 inferior à média no caso dos pretos e 1/5 inferior no caso dos pardos.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: RES: cotas no IME e no ITA de direita
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/08/2012 11:51

OK, Brudna

Os <problemas> nem foram tantos assim, a não ser por retratarem o que
poderíamos caracterizar como mais um capítulo de <fogueira das
vaidades>.

Essa história de EXIGIR que os outros peçam desculpas sob pena de serem
expulsos da lista está me cheirando a coisas que julguei estarem
superadas aqui no Brasil desde a queda do regime militar.

Quando eu erro e percebo que errei (e erro muito), simplesmente peço
desculpas quando, em virtude de meu erro, tiver agredido este ou aquele
indivíduo. Mas se não houver a percepção, não haverá sentido no pedido
de desculpas. Quando muito retratará o fato de eu não estar afinado com
a lista e neste caso poderei ser moderado ou até mesmo expulso, a
depender da falta cometida e a prejudicar o grupo como um todo e não a
este ou àquele.

EXIGIR um pedido de desculpas caracteriza ou um autoritarismo associado
à <fogueira de vaidades>, o que me parece ter sido o caso, ou então
aquela ingenuidade associada ao lema <me engana que eu gosto>.

Clamem então para que eu perceba que errei (vide PS), mas sem ameaças.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

PS: No caso em apreço não aconteceu nada comigo pois eu nem estava
participando do diálogo. Simplesmente notei a conduta absurda adotada
por um dos moderadores (independentemente dele estar certo ou errado em
suas queixas). Não é a primeira vez que algo do gênero acontece com este
mesmo moderador.

*******************************************

From: Luis Brudna
Sent: Sunday, August 12, 2012 8:27 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Re: RES: cotas no IME e no ITA de direita




Não tenho acompanhado as mensagens da lista. Tenho lido "por
amostragem". E infelizmente deixei passar alguns problemas.

Não acompanhei por ter viajado por uns dias e recentemente estava com
reformas aqui em casa.

Peço desculpas pelos problemas causados.
Estou um tanto perdido no que aconteceu.

Vou ver se consigo retomar o controle da situação.

Luís Brudna - administrador


2012/8/11 Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>



LAMENTÁVEL QUE EU TENHA QUE LER ISSO AQUI NA CIENCIALIST.

Sem mais comentários.

Estou quase me autoexpulsando da lista. Só não faço isso porque estou
querendo ser expulso pelo Takata. E nem precisa aguardar 24 horas porque
não irei me desculpar.

Com moderadores deste nível não há mais o que fazer aqui.

Caro Brudna: No passado já lhe dei os parabéns pela maneira como você
conduzia a lista. Atualmente só posso lhe dar os pêsames por tolerar
coisas desse tipo.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

************************************
From: roberto
Sent: Saturday, August 11, 2012 2:25 PM
To: mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Re: RES: cotas no IME e no ITA de direita



> De: Luiz Eduardo [mailto:luizeduardo.egroups@...]

> O PIOR É QUE VOCE CENSURA E CORTA O CONTEUDO DO EMAIL.

Não cortei nada. Cliquei em aprovar. Foi como veio. O *sistema* do Yahoo
barra anexos e quetais mal configurados.

Eu o liberei da condição de veto. Mas estou revendo isso frente a mais
uma acusação absurda sem provas.

Agora, se não vier desculpas - pra lista e de modo adequado - é
expulsão. Tem 24 horas pra isso. Se vier outro email com mimimi antes
das desculpas, é expulsão imediata.

Roberto Takata








SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Cotas: desempenho na UFBA
FROM: Marcelo Cortimiglia <cortimiglia@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/08/2012 12:22

Em 13 de agosto de 2012 09:52, roberto <roberto.takata@bol.com.br> escreveu:
 Mas temos que considerar que há já vários estudos independentes um do outro que apontam em geral para o mesmo caminho: o desempenho acadêmico dos cotistas não é muito diferente dos não-cotistas. Dois indicam um desempenho médio até ligeiramente superior (não muito superior): UFBA e Uerj, e dois, um desempenho pior (mais não muito pior): UnB e UFPR. Há outro q indica um desempenho equivalente: UFABC. Há ainda o da UFRGS, q indica um desempenho pior, mas não tenho acesso aos detalhes.


Oi Roberto,

já solicitei à vice-secretária de Avaliação Institucional da UFRGS o tal estudo. Me prometeu a resposta durante a semana, quando voltar de férias.

Abraço,
Marcelo Cortimiglia
 

Marcelo Cortimiglia
-------------------------------------------------------------------------------
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção
Av. Osvaldo Aranha, 99/5º Andar, 90035-190 - Porto Alegre (RS)



O imbróglio, repito, não é se se é contra ou a favor de cotas ou outras ações afirmativas, mas sim a qualidade das críticas - eu critico tb a qualidade dos argumentos dos que defendem as cotas.

Pra uma lista que pretende discutir ciências, não se pode discutir na base do achismo quando há já dados para guiar a análise.

Em termos de replicação independente, há mais a respeito dos cotistas (seis experimentos) do que para a existência de bósons de Higgs (dois experimentos). Claro que o grau de variabilidade dos dados é maior no primeiro caso, no entanto.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: RES: cotas no IME e no ITA de direita
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/08/2012 14:19

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Alberto Mesquita Filho"
> Os <problemas> nem foram tantos assim, a não ser por retratarem o
> que poderíamos caracterizar como mais um capítulo de <fogueira das
> vaidades>.

Nossa, q vaidade a minha exigir q o mentiroso mostre as provas.

Pra quem estiver com paciência, a minha versão do caso Luiz Eduardo Carvalho:

4.mar.12: LEC insinua que Ferrari foi censurado:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80150
-------

6.mar.12: LEC alega que Ferrari foi expulso:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80329
-------

7.mar.12: Perguntei de onde o Ferrari havia sido expulso:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80330

LEC não diz, insinua que foi expulso da c-list:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80332
-------

Torno a perguntar de onde o Ferrari foi expulso:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80333

LEC insiste que Ferrari foi expulso:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80340
-------

Peço provas:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80342

LEC não leva a sério:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80343
-------

Determinei prazo para prova da alegação:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80344

LEC não leva a sério:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80345
-------

LEC, mais uma vez, diz que expulsei Ferrari:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80372
-------

Reforço prazo e determino sanção:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80373

Essas mentiras do LEC não foram sem consequências, alguns membros
acabaram confundidos:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80375
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80378
-------

8.mar.12: LEC, volta a dizer que Ferrari foi expulso:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80386
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80387
-------

Desde então apliquei a pena anunciada e rejeitei as mensagens enviadas
por LEC à lista - sempre lembrando que a punição seria desfeita tão
logo ele apresentasse as provas ou pedisse desculpas. A mais recente
foi no dia 10/08. Ele enviou um email privativo em que, ao estilo
dele, pede desculpas sem pedir, aproveitando para reforçar as
acusações contra mim. Acabei decidindo por reabilitar LEC mesmo sem os
devidos pedidos de deculpas.

11.ago.12: LEC, via José Victor, acusa-me de censura:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/82928
-------

Respondi, anunciando possibilidade de nova sanção por conta disso:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/82933
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/82934

LEC, de novo, não levou a sério, fazendo o falso pedido de desculpas,
em que, novamente, faz acusações contra mim:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/82942
-------

Anunciei minha decisão pela aplicação da pena de expulsão:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/82941

E explicitei minha motivação:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/82946

No Brasil, *hoje*, mentir leva à prisão:
-------
Difamação

Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

Exceção da verdade

Parágrafo único - A exceção da verdade somente se admite se o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções.
-------

E o censor-mór desalmado e persecutório deu vários avisos e oportunidades. Ainda assim a máxima pena foi a expulsão de uma lista. Nossa que coisa feia que eu fiz.

Sabe por que nunca fiz movimento para expulsá-lo, Mesquita? Porque nunca persegui desafetos. Eu os ignoro. Agora, não admito mentiras.

[]s (menos pro Mesquita),

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Cotas: desempenho na UFBA
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/08/2012 14:56

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Marcelo Cortimiglia
> já solicitei à vice-secretária de Avaliação Institucional da UFRGS o
> tal estudo. Me prometeu a resposta durante a semana, quando voltar
> de férias.

Opa, aguardemos.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: RES: cotas no IME e no ITA de direita
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/08/2012 15:33

From: roberto
Sent: Monday, August 13, 2012 2:19 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Re: RES: cotas no IME e no ITA de direita


> []s (menos pro Mesquita),
> Roberto Takata

Putz! Legal. Consegui mais uma badge. ;-))))))))))))))))


[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

PS: Para os que não entenderam, vide
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/82947
(onde se lê bagde, leia-se badge).



SUBJECT: DESCULPE
FROM: "Luiz Eduardo" <luizeduardo.ufrj@yahoo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/08/2012 16:36

 

 

Já expliquei, com detalhe, que aquela foi a impressão que minha memória registrou.

 

E que se minha memória registrou errado...

PEÇO DESCULPAS.

 

L.E.

 

 

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de roberto
Enviada em: segunda-feira, 13 de agosto de 2012 14:19
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Re: RES: cotas no IME e no ITA de direita

 

 

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Alberto Mesquita Filho"
> Os <problemas> nem foram tantos assim, a não ser por retratarem o
> que poderíamos caracterizar como mais um capítulo de <fogueira das
> vaidades>.

Nossa, q vaidade a minha exigir q o mentiroso mostre as provas.

Pra quem estiver com paciência, a minha versão do caso Luiz Eduardo Carvalho:

4.mar.12: LEC insinua que Ferrari foi censurado:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80150
-------

6.mar.12: LEC alega que Ferrari foi expulso:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80329
-------

7.mar.12: Perguntei de onde o Ferrari havia sido expulso:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80330

LEC não diz, insinua que foi expulso da c-list:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80332
-------

Torno a perguntar de onde o Ferrari foi expulso:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80333

LEC insiste que Ferrari foi expulso:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80340
-------

Peço provas:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80342

LEC não leva a sério:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80343
-------

Determinei prazo para prova da alegação:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80344

LEC não leva a sério:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80345
-------

LEC, mais uma vez, diz que expulsei Ferrari:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80372
-------

Reforço prazo e determino sanção:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80373

Essas mentiras do LEC não foram sem consequências, alguns membros
acabaram confundidos:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80375
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80378
-------

8.mar.12: LEC, volta a dizer que Ferrari foi expulso:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80386
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80387
-------

Desde então apliquei a pena anunciada e rejeitei as mensagens enviadas
por LEC à lista - sempre lembrando que a punição seria desfeita tão
logo ele apresentasse as provas ou pedisse desculpas. A mais recente
foi no dia 10/08. Ele enviou um email privativo em que, ao estilo
dele, pede desculpas sem pedir, aproveitando para reforçar as
acusações contra mim. Acabei decidindo por reabilitar LEC mesmo sem os
devidos pedidos de deculpas.

11.ago.12: LEC, via José Victor, acusa-me de censura:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/82928
-------

Respondi, anunciando possibilidade de nova sanção por conta disso:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/82933
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/82934

LEC, de novo, não levou a sério, fazendo o falso pedido de desculpas,
em que, novamente, faz acusações contra mim:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/82942
-------

Anunciei minha decisão pela aplicação da pena de expulsão:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/82941

E explicitei minha motivação:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/82946

No Brasil, *hoje*, mentir leva à prisão:
-------
Difamação

Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

Exceção da verdade

Parágrafo único - A exceção da verdade somente se admite se o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções.
-------

E o censor-mór desalmado e persecutório deu vários avisos e oportunidades. Ainda assim a máxima pena foi a expulsão de uma lista. Nossa que coisa feia que eu fiz.

Sabe por que nunca fiz movimento para expulsá-lo, Mesquita? Porque nunca persegui desafetos. Eu os ignoro. Agora, não admito mentiras.

[]s (menos pro Mesquita),

Roberto Takata


SUBJECT: Nova Biografia de Einstein
FROM: "Eduardo Torres" <dudutorres@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/08/2012 16:44

Acaba de sair.

Ver:

http://www.novoseculo.com.br/produtos_descricao.asp?lang=pt_BR&codigo_produto=67\
4&codigo_marca=0
Ficha tecnica:

TÍTULO: EINSTEIN: UMA BIOGRAFIA
TÍTULO ORIGINAL: EINSTEIN: EINE BIOGRAPHIE
AUTOR: Jurgen Neffe
TRADUTOR: Ines Antonia Lohbauer
ISBN: 9788576797210
IDIOMA: Português
ENCADERNAÇÃO: Brochura
FORMATO: 16 x 23
PÁGINAS: 528
ANO DE EDIÇÃO: 2012
EDIÇÃO: 1ª
EDITORA: Novo Século
PREÇO: R$ 49,90 (pelo site da Travessa, R$ 34,90 em até 3x sem juros)

Esta' sendo lancada formalmente na Bienal do Livro em SP.

Mais ou menos recentemente ja' haviam saido duas outras biografias de Einstein
no Brasil:

Einstein: Sua Vida, Seu Universo, de Walter Isaacson (Companhia das Letras,
2007)

(mais enfase no homem, com a ciencia mais como fundo)

e

SUTIL E O SENHOR...A CIENCIA E A VIDA DE ALBERT EINSTEIN, de Abraham Pais (NOVA
FRONTEIRA, 1995 - 3 edicoes).

(grande enfase na ciencia, embora sem descuidar do homem)

Ja' li as duas primeiras e comprei ha' alguns dias a terceira, objeto deste subject.

Comecei a ler. Ja' no primeiro capitulo da' pra ver q Neffe foi mais fundo em
tentar mostrar um Einstein mais verdadeiro, menos 'polido' q o mostrado nas duas
primeiras biografias, talvez muito reverenciais - ja' descobri nesse inicio
coisas sobre Einstein q nao foram reveladas nos dois primeiros livros - e pelo q
folheei, tb da' pra ver q a parte cientifica tb foi bem cuidada. Mas vai ser
dificil superar o tour de force de Pais ao contar a historia de como Einstein
desenvolveu e concluiu a Teoria Geral da Relatividade.

Fica a dica.

Abs,
Eduardo Torres

PS: Embora o livro nao tenha registrado explicitamente nos creditos um 'revisor tecnico' (sempre util nesse tipo de obra), ja' vi q pelo menos a Teoria da Relatividade Restrita e' chamada de Restrita mesmo, como e' o correto em portugues, em vez de 'Especial' (traducao descuidada de 'Special', como e' chamada em ingles). Tenho esperanca q tenha havido revisao tecnica, ainda q nao creditada.



SUBJECT: Re: Cotas: desempenho na UFBA
FROM: "Eduardo Torres" <dudutorres@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/08/2012 17:16

Lembro q tive uma diferenca de opiniao com o Takata ha' uns dois anos aqui na lista, sobre o novo Estatuto da Igualdade Racial, q eu sinceramente considerei racialista e com potencial de introduzir o racismo de modo institucional no Brasil.

Naturalmente o Takata discordou dessa minha opiniao.

Sobre o presente tema da ampliacao das cotas nas universidades federais para 50% de candidatos vindos de escolas publicas, com distribuicao desses 50% incluindo negros, pardos e indígenas de modo proporcional aa sua populacao em cada estado, tb considero uma medida racialista e com potencial de introduzir o racismo de modo institucional no Brasil.

Mas esse nao e' o foco dessa msg, mas essa questao da avaliacao de desempenho dos cotistas.

Realmente, no contexto de se avaliar se e' correta a adocao de cotas, nao vejo como muito relevante se os cotistas apresentam rendimento universitario igual, maior ou menor q os nao cotistas.

Todos sabemos q a nota no vestibular (ou hoje no Enem) nao implica em nenhum 'destino manifesto' na universidade.

Todos conhecemos, aos nossos lados nas bancadas de salas de aula, colegas com excelente rendimento q mal conseguiram passar no vestibular, e outros colegas q tinham grande dificuldade nos estudos, apesar de terem tido otimas notas no processo seletivo de ingresso no curso superior.

A questao a meu ver e' de principio: Um candidato com nota maior ver-se preterido por outro com nota menor, so' por causa da cor da pele, ou da escola de nivel medio, ou da renda familiar desse outro candidato, pra mim e' errado.

E' errado tb a meu ver todos nao terem as mesmas chances de entrarem numa universidade publica.

E' errado q candidatos oriundos de escolas particulares de modo geral tenham tido melhor nivel de ensino q candidatos vindos de escolas publicas, e portanto melhores chances de tirarem melhores notas nos vestibulares.

Mas usar cotas pra tentar corrigir esse problema e' em minha visao criar outro maior, sem resolver o primeiro.

Qto aa questao de haver menos negros em universidades federais do q a sua proporcao na populacao, creio q nao ha' consenso se isso e' causado por fatores raciais ou economicos.

Ha' uma maior proporcao de negros em camadas economicas menos favorecidas, q sao as q teem q estudar em escolas publicas, q teem pior nivel de ensino e q levam aos seus alunos a tirarem piores notas em vestibulares.

Qual o mecanismo nao economico, mas racial, q reduziria as chances de mais negros entrarem nas universidades publicas?

Sinceramente nao vejo muita base nisso, embora a vasta maioria dos geografos ache q existe de fato esse mecanismo, q deveria ser contrabalancado por uma 'acao afirmativa racial'.

Respeito essa opiniao, mas dela discordo.

Mas essas sao questoes a meu ver bem mais importantes q avaliar o rendimento de cotistas economicos, escolares e raciais.

A questao pra mim e' se e' correto haver essas cotas.

Se e', e se os cotistas estao piores q os nao cotistas, isso e' algo com o q a universidade tera' q conviver.

Se nao e', as cotas devem ser extintas, independente do rendimento maior ou menor dos cotistas.

Minha opiniao.

Abs,
Eduardo Torres

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "roberto" <roberto.takata@...> escreveu
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Marcelo Cortimiglia
> > já solicitei à vice-secretária de Avaliação Institucional da UFRGS o
> > tal estudo. Me prometeu a resposta durante a semana, quando voltar
> > de férias.
>
> Opa, aguardemos.
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] DESCULPE
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/08/2012 17:51

Luizão Eduardão, como penalidade adicional tu terás que
ficar 15 minutos ajoelhado no milho. E logo em seguida,
deverás passar pela punição maior: durante uma hora tu terás
que discutir com um criacionista bem radical, tentando
convencê-lo a aceitar a evolução darwiniana. Eu sei, eu
sei, é uma punição danada de severa. Desejo-lhe sorte!
 
Mas se tu sobreviveres a isso, a última penalidade será
muito mais branda: tu terás que explicar para o bêbado do
bar da esquina que o sentido da rotação da água, quando
escorre por um ralo, não é dependente do hemisfério em
que o sujeito está já que, ao contrário do que é consenso
popular, as forças de Coriolis são minúsculas perante
outras influências. E olha que deve ter muita gente por
aí que não está bêbada e que acredita nisso! Claro que
com essa minha extraordinária declaração devo abrir
um vigoroso tópico de discussão entre os físicos de
plantão. Será que exagerei no vinho no almoço de hoje?
 
*PB*
 
 
 
Sent: Monday, August 13, 2012 4:36 PM
Subject: [ciencialist] DESCULPE
 


 

 

Já expliquei, com detalhe, que aquela foi a impressão que minha memória registrou.

 

E que se minha memória registrou errado...

PEÇO DESCULPAS.

 

L.E.

 

 

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de roberto
Enviada em: segunda-feira, 13 de agosto de 2012 14:19
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Re: RES: cotas no IME e no ITA de direita

 

 

--- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, "Alberto Mesquita Filho"
> Os <problemas> nem foram tantos assim, a não ser por retratarem o
> que poderíamos caracterizar como mais um capítulo de <fogueira das
> vaidades>.

Nossa, q vaidade a minha exigir q o mentiroso mostre as provas.

Pra quem estiver com paciência, a minha versão do caso Luiz Eduardo Carvalho:

4.mar.12: LEC insinua que Ferrari foi censurado:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80150
-------

6.mar.12: LEC alega que Ferrari foi expulso:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80329
-------

7.mar.12: Perguntei de onde o Ferrari havia sido expulso:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80330

LEC não diz, insinua que foi expulso da c-list:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80332
-------

Torno a perguntar de onde o Ferrari foi expulso:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80333

LEC insiste que Ferrari foi expulso:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80340
-------

Peço provas:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80342

LEC não leva a sério:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80343
-------

Determinei prazo para prova da alegação:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80344

LEC não leva a sério:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80345
-------

LEC, mais uma vez, diz que expulsei Ferrari:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80372
-------

Reforço prazo e determino sanção:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80373

Essas mentiras do LEC não foram sem consequências, alguns membros
acabaram confundidos:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80375
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80378
-------

8.mar.12: LEC, volta a dizer que Ferrari foi expulso:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80386
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80387
-------

Desde então apliquei a pena anunciada e rejeitei as mensagens enviadas
por LEC à lista - sempre lembrando que a punição seria desfeita tão
logo ele apresentasse as provas ou pedisse desculpas. A mais recente
foi no dia 10/08. Ele enviou um email privativo em que, ao estilo
dele, pede desculpas sem pedir, aproveitando para reforçar as
acusações contra mim. Acabei decidindo por reabilitar LEC mesmo sem os
devidos pedidos de deculpas.

11.ago.12: LEC, via José Victor, acusa-me de censura:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/82928
-------

Respondi, anunciando possibilidade de nova sanção por conta disso:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/82933
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/82934

LEC, de novo, não levou a sério, fazendo o falso pedido de desculpas,
em que, novamente, faz acusações contra mim:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/82942
-------

Anunciei minha decisão pela aplicação da pena de expulsão:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/82941

E explicitei minha motivação:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/82946

No Brasil, *hoje*, mentir leva à prisão:
-------
Difamação

Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

Exceção da verdade

Parágrafo único - A exceção da verdade somente se admite se o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções.
-------

E o censor-mór desalmado e persecutório deu vários avisos e oportunidades. Ainda assim a máxima pena foi a expulsão de uma lista. Nossa que coisa feia que eu fiz.

Sabe por que nunca fiz movimento para expulsá-lo, Mesquita? Porque nunca persegui desafetos. Eu os ignoro. Agora, não admito mentiras.

[]s (menos pro Mesquita),

Roberto Takata


SUBJECT: Cotas: desempenho na UFABC
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/08/2012 18:50

Aqui estudo o desempenho de cotistas na UFABC:
http://lasa.international.pitt.edu/members/congress-papers/lasa2012/files/15239.pdf
---------

[]s,

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "roberto" <roberto.takata@...>
> Isso para os cotistas em geral. Os cotistas raciais têm um desempenho
> bem inferior: 1/3 inferior à média no caso dos pretos e 1/5 inferior
> no caso dos pardos.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Nova Biografia de Einstein
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/08/2012 19:23

Obrigado pela dica, Eduardo. Acrescento que "Os erros de Einstein"
(2009) também é uma biografia, apesar do título. O autor também fala um
pouco sobre Galileu e Newton, mas, inexplicavelmente, fala pouquíssimo
sobre Maxwell.

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 13/08/2012 16:44, Eduardo Torres escreveu:
> Acaba de sair.
>
> Ver:
>
> http://www.novoseculo.com.br/produtos_descricao.asp?lang=pt_BR&codigo_produto=67\
> 4&codigo_marca=0
> Ficha tecnica:
>
> TÍTULO: EINSTEIN: UMA BIOGRAFIA
> TÍTULO ORIGINAL: EINSTEIN: EINE BIOGRAPHIE
> AUTOR: Jurgen Neffe
> TRADUTOR: Ines Antonia Lohbauer
> ISBN: 9788576797210
> IDIOMA: Português
> ENCADERNAÇÃO: Brochura
> FORMATO: 16 x 23
> PÁGINAS: 528
> ANO DE EDIÇÃO: 2012
> EDIÇÃO: 1ª
> EDITORA: Novo Século
> PREÇO: R$ 49,90 (pelo site da Travessa, R$ 34,90 em até 3x sem juros)
>
> Esta' sendo lancada formalmente na Bienal do Livro em SP.
>
> Mais ou menos recentemente ja' haviam saido duas outras biografias de Einstein
> no Brasil:
>
> Einstein: Sua Vida, Seu Universo, de Walter Isaacson (Companhia das Letras,
> 2007)
>
> (mais enfase no homem, com a ciencia mais como fundo)
>
> e
>
> SUTIL E O SENHOR...A CIENCIA E A VIDA DE ALBERT EINSTEIN, de Abraham Pais (NOVA
> FRONTEIRA, 1995 - 3 edicoes).
>
> (grande enfase na ciencia, embora sem descuidar do homem)
>
> Ja' li as duas primeiras e comprei ha' alguns dias a terceira, objeto deste subject.
>
> Comecei a ler. Ja' no primeiro capitulo da' pra ver q Neffe foi mais fundo em
> tentar mostrar um Einstein mais verdadeiro, menos 'polido' q o mostrado nas duas
> primeiras biografias, talvez muito reverenciais - ja' descobri nesse inicio
> coisas sobre Einstein q nao foram reveladas nos dois primeiros livros - e pelo q
> folheei, tb da' pra ver q a parte cientifica tb foi bem cuidada. Mas vai ser
> dificil superar o tour de force de Pais ao contar a historia de como Einstein
> desenvolveu e concluiu a Teoria Geral da Relatividade.
>
> Fica a dica.
>
> Abs,
> Eduardo Torres
>
> PS: Embora o livro nao tenha registrado explicitamente nos creditos um 'revisor tecnico' (sempre util nesse tipo de obra), ja' vi q pelo menos a Teoria da Relatividade Restrita e' chamada de Restrita mesmo, como e' o correto em portugues, em vez de 'Especial' (traducao descuidada de 'Special', como e' chamada em ingles). Tenho esperanca q tenha havido revisao tecnica, ainda q nao creditada.
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] DESCULPE
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/08/2012 20:35

> Será que exagerei no vinho no almoço de hoje?

Provavelmente sim. Graças às forças de Coriolis, e na hora do almoço, o
vinho só desce redondo no hemisfério norte. É melhor tomar Skoll. Aqui o
vinho só desce redondo depois das 18 horas.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

***************************

From: Pesky Bee
Sent: Monday, August 13, 2012 5:51 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] DESCULPE

Luizão Eduardão, como penalidade adicional tu terás que
ficar 15 minutos ajoelhado no milho. E logo em seguida,
deverás passar pela punição maior: durante uma hora tu terás
que discutir com um criacionista bem radical, tentando
convencê-lo a aceitar a evolução darwiniana. Eu sei, eu
sei, é uma punição danada de severa. Desejo-lhe sorte!

Mas se tu sobreviveres a isso, a última penalidade será
muito mais branda: tu terás que explicar para o bêbado do
bar da esquina que o sentido da rotação da água, quando
escorre por um ralo, não é dependente do hemisfério em
que o sujeito está já que, ao contrário do que é consenso
popular, as forças de Coriolis são minúsculas perante
outras influências. E olha que deve ter muita gente por
aí que não está bêbada e que acredita nisso! Claro que
com essa minha extraordinária declaração devo abrir
um vigoroso tópico de discussão entre os físicos de
plantão. Será que exagerei no vinho no almoço de hoje?

*PB*



From: Luiz Eduardo
Sent: Monday, August 13, 2012 4:36 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] DESCULPE









Já expliquei, com detalhe, que aquela foi a impressão que minha memória
registrou.



E que se minha memória registrou errado...

PEÇO DESCULPAS.



L.E.













De: ciencialist@yahoogrupos.com.br
[mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de roberto
Enviada em: segunda-feira, 13 de agosto de 2012 14:19
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Re: RES: cotas no IME e no ITA de direita









--- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, "Alberto Mesquita Filho"
> Os <problemas> nem foram tantos assim, a não ser por retratarem o
> que poderíamos caracterizar como mais um capítulo de <fogueira das
> vaidades>.

Nossa, q vaidade a minha exigir q o mentiroso mostre as provas.

Pra quem estiver com paciência, a minha versão do caso Luiz Eduardo
Carvalho:

4.mar.12: LEC insinua que Ferrari foi censurado:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80150
-------

6.mar.12: LEC alega que Ferrari foi expulso:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80329
-------

7.mar.12: Perguntei de onde o Ferrari havia sido expulso:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80330

LEC não diz, insinua que foi expulso da c-list:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80332
-------

Torno a perguntar de onde o Ferrari foi expulso:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80333

LEC insiste que Ferrari foi expulso:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80340
-------

Peço provas:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80342

LEC não leva a sério:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80343
-------

Determinei prazo para prova da alegação:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80344

LEC não leva a sério:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80345
-------

LEC, mais uma vez, diz que expulsei Ferrari:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80372
-------

Reforço prazo e determino sanção:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80373

Essas mentiras do LEC não foram sem consequências, alguns membros
acabaram confundidos:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80375
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80378
-------

8.mar.12: LEC, volta a dizer que Ferrari foi expulso:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80386
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/80387
-------

Desde então apliquei a pena anunciada e rejeitei as mensagens enviadas
por LEC à lista - sempre lembrando que a punição seria desfeita tão
logo ele apresentasse as provas ou pedisse desculpas. A mais recente
foi no dia 10/08. Ele enviou um email privativo em que, ao estilo
dele, pede desculpas sem pedir, aproveitando para reforçar as
acusações contra mim. Acabei decidindo por reabilitar LEC mesmo sem os
devidos pedidos de deculpas.

11.ago.12: LEC, via José Victor, acusa-me de censura:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/82928
-------

Respondi, anunciando possibilidade de nova sanção por conta disso:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/82933
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/82934

LEC, de novo, não levou a sério, fazendo o falso pedido de desculpas,
em que, novamente, faz acusações contra mim:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/82942
-------

Anunciei minha decisão pela aplicação da pena de expulsão:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/82941

E explicitei minha motivação:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/82946

No Brasil, *hoje*, mentir leva à prisão:
-------
Difamação

Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

Exceção da verdade

Parágrafo único - A exceção da verdade somente se admite se o ofendido é
funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções.
-------

E o censor-mór desalmado e persecutório deu vários avisos e
oportunidades. Ainda assim a máxima pena foi a expulsão de uma lista.
Nossa que coisa feia que eu fiz.

Sabe por que nunca fiz movimento para expulsá-lo, Mesquita? Porque nunca
persegui desafetos. Eu os ignoro. Agora, não admito mentiras.

[]s (menos pro Mesquita),

Roberto Takata











SUBJECT: Re: Cotas: desempenho na UFBA
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/08/2012 20:59

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Eduardo Torres"
> Qual o mecanismo nao economico, mas racial, q reduziria as chances
> de mais negros entrarem nas universidades publicas?

Não vou entrar agora no mérito de qual(is) seria(m) esse(s) mecanismo(s). A questão é que *há* diferença qdo isolamos fatores como gênero, renda familiar, tipo de escola, relacionada à cor.

===========================
De: Jose Colucci Jr.

Ronaldo,

Continuo tentando achar os números definitivos para mostrar que a baixa presença de negros na universidade deve-se ao fator raça e não ao nível sócio-econômico. O Takata enviou uma porção de links, mas nenhum tem os dados tabulados de maneira a mostrar inequivocamente a situação para o Brasil todo.

Considero que a discriminação racial em geral já esteja demonstrada pela maior porcentagem de negros entre os pobres. Segundo dados do IBGE, do 1% dos mais ricos no País, 88% são brancos, e dos 10% mais pobres, 70% são negros ou pardos. Os dados revelam que, com o mesmo nível de escolaridade e com trabalho na mesma profissão, os negros recebem 57% do salário dos brancos.

O que queremos demonstrar é que a baixa proporção de negros na
universidade deve-se à cor. A tabela abaixo, para os candidatos da
FUVEST, é esclarecedora. Se o nível sócio-econômico fosse determinante
do sucesso, seria de se esperar que as diferentes raças apresentassem
taxa de sucesso similar dentro de seu grupo sócio-econômico. Não é isso o que se observa. Negros apresentam uma taxa de sucesso bastante
inferior aos brancos.


Taxa sucesso no vestibular (classe x cor)
---------------------------------------
Cl. Bran. Pret. Pard. Amar. Ind. TOT
---------------------------------------
A 8,1% 5,6% 8,5% 13,1% 7,6% 8,5%
B 7,4% 4,9% 6,4% 10,9% 5,6% 7,6%
C 5,5% 3,0% 3,9% 8,5% 6,1% 5,5%
D-E 4,2% 3,7% 2,2% 7,2% 2,0% 3,9%
---------------------------------------
FONTE:
http://www.usp.br/politicaspublicas/relatoriofuvest2001.htm


Desvio entre valor real e o esperado de taxa de sucesso (tabela minha)
---------------------------------------
Cl. Bran. Pret. Pard. Amar. Ind. TOT
---------------------------------------
A -0.4 -2.9 0 4.6 -0.9 0
B -0.2 -2.7 -1.2 3.3 -2.0 0
C 0.0 -2.5 -1.6 3.0 0.6 0
D-E 0.3 -0.2 -1.7 3.3 -1.9 0
---------------------------------------

Por ordem decrescente de sucesso temos negros, pardos, indígenas,
brancos e amarelos. Espero ter demonstrado que a afirmação costumeira de que a discriminação no Brasil é econômica e não racial não se sustenta.

Um abraço,
Colucci

PS: As duas noites que perdi tentando achar dados estatísticos
significativos me fizeram também perder o restinho da fé que tinha nas
ciências sociais no Brasil. Artigo contra a ação afirmativa - pró e
contra - tem à bessa. O que não tem é texto fundamentado em dados
sólidos.
http://br.groups.yahoo.com/group/sbcr/message/12980
===========================

O link original para a página da USP não funciona mais. Parte dos dados podem ser conferidos aqui:
http://www.observa.ifcs.ufrj.br/relatorios/DesempenhodosnegrosUSP2001-2005.pdf (Ou aqui: http://migre.me/agV9N)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RES: [ciencialist] Nova Biografia de Einstein
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/08/2012 21:55

Olá, Eduardo

 

Não li o primeiro dos que vc listou, do Neffe. Folhei-o na Livraria Cultura. Mas, confesso, pelo que vi, não me interessei muito. Reputo a obra de Pais como a melhor entre as melhores, e ela, por si só, basta. A parte pessoal, não científica,não é muito diferente de tantos outros cientistas brilhantes, ou não.  Bem, mas a intervenção é para dizer que, há alguns meses, ganhei um livro de presente, com o seguinte título: Viajando com o cérebro de Einstein, de uma certa jornalista Carolyn Abraham.  Também, este, não o li todo. Apenas partes que mais me chamaram a atenção naquelas folheadas que dei.  Trata da saga da investigação dos caminhos seguidos pelo cérebro de Einstein, em busca de uma explicação neurocientífica para sua genialidade. Das análises, testes e que tais,  em pedaços de sua massa encefálica, etc.  Que, naturalmente, deram em nada. Achei infantilidade e...burrice em busca de sensacionalismo. Não se pode encontrar nada referente a inteligência ou não em pedaços do cérebro, matéria morta. O software apaga quando os oinhos são fechados para  sempre...

Mas nesse livro, também, há revelações curiosas, sobre sua vida pessoal, e até segredos, que deveriam permanecer como tal.

Por exemplo, no Cap.11, lê-se o seguinte(os negritados entre parêntesis são por conta de minha maldade incontrolável...):

 

“Quando Einstein era jovem e bonito, seu cabelo um mar de ondas negras, ele flertava como um francês e escrevia bilhetes de amor doces o bastante pra provocar cáries nos dentes. “Enlouquecido de desejo”, escreveu a Mileva em 1900: “Enquanto pensava em sua garota/Seu travesseiro pega fogo”(Aquí, matreiramente, buscava obter um “valesinho” adiantado...e obteve.) Mas o fogo se espalhou bem para além do leito nupcial. O cientista era conhecido por piscar os olhos, sorrir e ficar completamente fascinado à mera visão de uma garota amassando pão. Janos Plesh, médico e amigo de Einstein em Berlim, estava consciente das ocupações carnais do jovem físico “pouco seletivo” que se perguntava se a sífilis não teria acabado o matando. O filho de Plesh, Peter, disse aos biógrafos de Einstein, Roger Highfiel e Paulo Carter, que “Einstein adorava mulheres, e quanto mais comuns, ardentes e suadas elas fossem, mas ele gostava delas”.(Bem, well, well...).

 Nesse mesmo capítulo, há outras declarações de que o homem era mesmo mulherengo, para não dizer muito...ranãoseiqueiro... Ops, o homem era humano, também.

 

Em resumo,  tenho-o em minha biblioteca em face da “doação”. Mas não o compraria, como não mais comprarei nenhum outro nessa linha, quase que puramente pessoal e reveladora de segredos que, não me interessam.

(É, mais vez outra, dou uma folheadazinha atrás de mais patifarias...)

 

Sds,

Victor.

 

 

 

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Eduardo Torres
Enviada em: segunda-feira, 13 de agosto de 2012 16:44
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Nova Biografia de Einstein

 

 

Acaba de sair.

Ver:

http://www.novoseculo.com.br/produtos_descricao.asp?lang=pt_BR&codigo_produto=67\
4&codigo_marca=0

Ficha tecnica:

TÍTULO: EINSTEIN: UMA BIOGRAFIA
TÍTULO ORIGINAL: EINSTEIN: EINE BIOGRAPHIE
AUTOR: Jurgen Neffe
TRADUTOR: Ines Antonia Lohbauer
ISBN: 9788576797210
IDIOMA: Português
ENCADERNAÇÃO: Brochura
FORMATO: 16 x 23
PÁGINAS: 528
ANO DE EDIÇÃO: 2012
EDIÇÃO: 1ª
EDITORA: Novo Século
PREÇO: R$ 49,90 (pelo site da Travessa, R$ 34,90 em até 3x sem juros)

Esta' sendo lancada formalmente na Bienal do Livro em SP.

Mais ou menos recentemente ja' haviam saido duas outras biografias de Einstein
no Brasil:

Einstein: Sua Vida, Seu Universo, de Walter Isaacson (Companhia das Letras,
2007)

(mais enfase no homem, com a ciencia mais como fundo)

e

SUTIL E O SENHOR...A CIENCIA E A VIDA DE ALBERT EINSTEIN, de Abraham Pais (NOVA
FRONTEIRA, 1995 - 3 edicoes).

(grande enfase na ciencia, embora sem descuidar do homem)

Ja' li as duas primeiras e comprei ha' alguns dias a terceira, objeto deste subject.

Comecei a ler. Ja' no primeiro capitulo da' pra ver q Neffe foi mais fundo em
tentar mostrar um Einstein mais verdadeiro, menos 'polido' q o mostrado nas duas
primeiras biografias, talvez muito reverenciais - ja' descobri nesse inicio
coisas sobre Einstein q nao foram reveladas nos dois primeiros livros - e pelo q
folheei, tb da' pra ver q a parte cientifica tb foi bem cuidada. Mas vai ser
dificil superar o tour de force de Pais ao contar a historia de como Einstein
desenvolveu e concluiu a Teoria Geral da Relatividade.

Fica a dica.

Abs,
Eduardo Torres

PS: Embora o livro nao tenha registrado explicitamente nos creditos um 'revisor tecnico' (sempre util nesse tipo de obra), ja' vi q pelo menos a Teoria da Relatividade Restrita e' chamada de Restrita mesmo, como e' o correto em portugues, em vez de 'Especial' (traducao descuidada de 'Special', como e' chamada em ingles). Tenho esperanca q tenha havido revisao tecnica, ainda q nao creditada.


SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Cotas: desempenho na UFBA
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/08/2012 22:14

Concordo com os argumentos de Eduardo e reafirmo o seguinte:  a ênfase deveria ser nos esforços para reforçar as bases, o elementar, investindo nas escolas públicas, a nível federal, investindo nos professores e em meios que melhorem as condições sociais de todos quantos não possam ir para escolas particulares. Cotas não resolvem nada, não corrigem essas distorções criminosas, só reforçam a condição de que um lado carece de socorro, e outro não. Isto me parece terrível, além de refletir o lado incompetente das autoridades “irresponsáveis” por essas questões embaraçosas, que ficam, para todos os fins de direito, perfeita e completamente institucionalizadas. Como os políticos goistam.

 

Sds,

Victor.

 

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Eduardo Torres
Enviada em: segunda-feira, 13 de agosto de 2012 17:16
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Re: Cotas: desempenho na UFBA

 

 

Lembro q tive uma diferenca de opiniao com o Takata ha' uns dois anos aqui na lista, sobre o novo Estatuto da Igualdade Racial, q eu sinceramente considerei racialista e com potencial de introduzir o racismo de modo institucional no Brasil.

Naturalmente o Takata discordou dessa minha opiniao.

Sobre o presente tema da ampliacao das cotas nas universidades federais para 50% de candidatos vindos de escolas publicas, com distribuicao desses 50% incluindo negros, pardos e indígenas de modo proporcional aa sua populacao em cada estado, tb considero uma medida racialista e com potencial de introduzir o racismo de modo institucional no Brasil.

Mas esse nao e' o foco dessa msg, mas essa questao da avaliacao de desempenho dos cotistas.

Realmente, no contexto de se avaliar se e' correta a adocao de cotas, nao vejo como muito relevante se os cotistas apresentam rendimento universitario igual, maior ou menor q os nao cotistas.

Todos sabemos q a nota no vestibular (ou hoje no Enem) nao implica em nenhum 'destino manifesto' na universidade.

Todos conhecemos, aos nossos lados nas bancadas de salas de aula, colegas com excelente rendimento q mal conseguiram passar no vestibular, e outros colegas q tinham grande dificuldade nos estudos, apesar de terem tido otimas notas no processo seletivo de ingresso no curso superior.

A questao a meu ver e' de principio: Um candidato com nota maior ver-se preterido por outro com nota menor, so' por causa da cor da pele, ou da escola de nivel medio, ou da renda familiar desse outro candidato, pra mim e' errado.

E' errado tb a meu ver todos nao terem as mesmas chances de entrarem numa universidade publica.

E' errado q candidatos oriundos de escolas particulares de modo geral tenham tido melhor nivel de ensino q candidatos vindos de escolas publicas, e portanto melhores chances de tirarem melhores notas nos vestibulares.

Mas usar cotas pra tentar corrigir esse problema e' em minha visao criar outro maior, sem resolver o primeiro.

Qto aa questao de haver menos negros em universidades federais do q a sua proporcao na populacao, creio q nao ha' consenso se isso e' causado por fatores raciais ou economicos.

Ha' uma maior proporcao de negros em camadas economicas menos favorecidas, q sao as q teem q estudar em escolas publicas, q teem pior nivel de ensino e q levam aos seus alunos a tirarem piores notas em vestibulares.

Qual o mecanismo nao economico, mas racial, q reduziria as chances de mais negros entrarem nas universidades publicas?

Sinceramente nao vejo muita base nisso, embora a vasta maioria dos geografos ache q existe de fato esse mecanismo, q deveria ser contrabalancado por uma 'acao afirmativa racial'.

Respeito essa opiniao, mas dela discordo.

Mas essas sao questoes a meu ver bem mais importantes q avaliar o rendimento de cotistas economicos, escolares e raciais.

A questao pra mim e' se e' correto haver essas cotas.

Se e', e se os cotistas estao piores q os nao cotistas, isso e' algo com o q a universidade tera' q conviver.

Se nao e', as cotas devem ser extintas, independente do rendimento maior ou menor dos cotistas.

Minha opiniao.

Abs,
Eduardo Torres

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "roberto" <roberto.takata@...> escreveu
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Marcelo Cortimiglia
> > já solicitei à vice-secretária de Avaliação Institucional da UFRGS o
> > tal estudo. Me prometeu a resposta durante a semana, quando voltar
> > de férias.
>
> Opa, aguardemos.
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>


SUBJECT: Re: [ciencialist] Nova Biografia de Einstein
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/08/2012 22:53

Olá Victor,

Einstein sempre se definiu como um "espírito livre" e demorou muito tempo, bem depois da abertura das cartas dele, para os biógrafos se darem conta de que, no campo sexual, isso significava, digamos, "galinha". Eu fiquei sinceramente aliviado ao saber disso, pois o Einstein dos anos 80, talvez um pouco mais, era quase um santo. Isso pode parecer não ter nada a ver com o lado científico, mas não estou totalmente convencido disso.

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 13/08/2012 21:55, JVictor escreveu:

Olá, Eduardo

 

Não li o primeiro dos que vc listou, do Neffe. Folhei-o na Livraria Cultura. Mas, confesso, pelo que vi, não me interessei muito. Reputo a obra de Pais como a melhor entre as melhores, e ela, por si só, basta. A parte pessoal, não científica,não é muito diferente de tantos outros cientistas brilhantes, ou não.  Bem, mas a intervenção é para dizer que, há alguns meses, ganhei um livro de presente, com o seguinte título: Viajando com o cérebro de Einstein, de uma certa jornalista Carolyn Abraham.  Também, este, não o li todo. Apenas partes que mais me chamaram a atenção naquelas folheadas que dei.  Trata da saga da investigação dos caminhos seguidos pelo cérebro de Einstein, em busca de uma explicação neurocientífica para sua genialidade. Das análises, testes e que tais,  em pedaços de sua massa encefálica, etc.  Que, naturalmente, deram em nada. Achei infantilidade e...burrice em busca de sensacionalismo. Não se pode encontrar nada referente a inteligência ou não em pedaços do cérebro, matéria morta. O software apaga quando os oinhos são fechados para  sempre...

Mas nesse livro, também, há revelações curiosas, sobre sua vida pessoal, e até segredos, que deveriam permanecer como tal.

Por exemplo, no Cap.11, lê-se o seguinte(os negritados entre parêntesis são por conta de minha maldade incontrolável...):

 

“Quando Einstein era jovem e bonito, seu cabelo um mar de ondas negras, ele flertava como um francês e escrevia bilhetes de amor doces o bastante pra provocar cáries nos dentes. “Enlouquecido de desejo”, escreveu a Mileva em 1900: “Enquanto pensava em sua garota/Seu travesseiro pega fogo”(Aquí, matreiramente, buscava obter um “valesinho” adiantado...e obteve.) Mas o fogo se espalhou bem para além do leito nupcial. O cientista era conhecido por piscar os olhos, sorrir e ficar completamente fascinado à mera visão de uma garota amassando pão. Janos Plesh, médico e amigo de Einstein em Berlim, estava consciente das ocupações carnais do jovem físico “pouco seletivo” que se perguntava se a sífilis não teria acabado o matando. O filho de Plesh, Peter, disse aos biógrafos de Einstein, Roger Highfiel e Paulo Carter, que “Einstein adorava mulheres, e quanto mais comuns, ardentes e suadas elas fossem, mas ele gostava delas”.(Bem, well, well...).

 Nesse mesmo capítulo, há outras declarações de que o homem era mesmo mulherengo, para não dizer muito...ranãoseiqueiro... Ops, o homem era humano, também.

 

Em resumo,  tenho-o em minha biblioteca em face da “doação”. Mas não o compraria, como não mais comprarei nenhum outro nessa linha, quase que puramente pessoal e reveladora de segredos que, não me interessam.

(É, mais vez outra, dou uma folheadazinha atrás de mais patifarias...)

 

Sds,

Victor.

 

 

 

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Eduardo Torres
Enviada em: segunda-feira, 13 de agosto de 2012 16:44
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Nova Biografia de Einstein

 

 

Acaba de sair.

Ver:

http://www.novoseculo.com.br/produtos_descricao.asp?lang=pt_BR&codigo_produto=67\
4&codigo_marca=0

Ficha tecnica:

TÍTULO: EINSTEIN: UMA BIOGRAFIA
TÍTULO ORIGINAL: EINSTEIN: EINE BIOGRAPHIE
AUTOR: Jurgen Neffe
TRADUTOR: Ines Antonia Lohbauer
ISBN: 9788576797210
IDIOMA: Português
ENCADERNAÇÃO: Brochura
FORMATO: 16 x 23
PÁGINAS: 528
ANO DE EDIÇÃO: 2012
EDIÇÃO: 1ª
EDITORA: Novo Século
PREÇO: R$ 49,90 (pelo site da Travessa, R$ 34,90 em até 3x sem juros)

Esta' sendo lancada formalmente na Bienal do Livro em SP.

Mais ou menos recentemente ja' haviam saido duas outras biografias de Einstein
no Brasil:

Einstein: Sua Vida, Seu Universo, de Walter Isaacson (Companhia das Letras,
2007)

(mais enfase no homem, com a ciencia mais como fundo)

e

SUTIL E O SENHOR...A CIENCIA E A VIDA DE ALBERT EINSTEIN, de Abraham Pais (NOVA
FRONTEIRA, 1995 - 3 edicoes).

(grande enfase na ciencia, embora sem descuidar do homem)

Ja' li as duas primeiras e comprei ha' alguns dias a terceira, objeto deste subject.

Comecei a ler. Ja' no primeiro capitulo da' pra ver q Neffe foi mais fundo em
tentar mostrar um Einstein mais verdadeiro, menos 'polido' q o mostrado nas duas
primeiras biografias, talvez muito reverenciais - ja' descobri nesse inicio
coisas sobre Einstein q nao foram reveladas nos dois primeiros livros - e pelo q
folheei, tb da' pra ver q a parte cientifica tb foi bem cuidada. Mas vai ser
dificil superar o tour de force de Pais ao contar a historia de como Einstein
desenvolveu e concluiu a Teoria Geral da Relatividade.

Fica a dica.

Abs,
Eduardo Torres

PS: Embora o livro nao tenha registrado explicitamente nos creditos um 'revisor tecnico' (sempre util nesse tipo de obra), ja' vi q pelo menos a Teoria da Relatividade Restrita e' chamada de Restrita mesmo, como e' o correto em portugues, em vez de 'Especial' (traducao descuidada de 'Special', como e' chamada em ingles). Tenho esperanca q tenha havido revisao tecnica, ainda q nao creditada.




SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Cotas: desempenho na UFBA
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/08/2012 22:56

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "JVictor" <j.victor.neto@...>
> Cotas não resolvem nada, não corrigem essas distorções criminosas,
> só reforçam a condição de que um lado carece de socorro, e outro
> não.

É esse achismo q devemos evitar. Sobretudo qdo temos *dados*.

Muitos dos dados que *negam* muitas alegações dos contrários às cotas.

Durante mto tempo ficou-se nessa lenga-lenga: "não, sem cotas, precisamos é melhorar a educação". Todo mundo concorda em melhorar a educação. Mas o que se fez? Fizeram-se muitas coisas é verdade, algumas muito ruins, mas outras boas o bastante pra fazer o nível da educação melhorar ao longo do tempo.

Porém, o ritmo da melhoria é lenta. Não é de se surpreender. Até um efeito eficaz de uma reforma educacional - isso *se* tal reforma tão defendida fosse implementada - demoraria pelo menos duas décadas. E com isso teríamos 20 gerações de estudantes desperdiçados.

Não adianta vir com a conversa: "cotas não servem pra nada". Quem diz se servem ou não são os fatos. E fatos que só se podem obter por meio de experimentos.

São os dados que nos indicarão se as cotas ajudam ou não na inserção socioeconômica dos beneficiários.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RE: RES: [ciencialist] Re: Cotas: desempenho na UFBA
FROM: Thiago Guimarães <guimaraesbsb@hotmail.com>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/08/2012 23:54


[Takata disse:]
> Partir do assumido desconhecimento da existência dos estudos para sua desqualificação, 
> na verdade, acaba por ter o efeito de desqualificar o próprio negacionista. 

Na verdade, é necessário qualificar tais hipóteses ou teses, não desqualificá-las sumária e gratuitamente.
Isto acontece com muita frequência, inclusive nas ditas "ciências". A desqualificação sumária de um
projeto ou sistematização (tal como propõe a UFBA com seus sistemas de cotas) deve passar
primeiro pela qualificação.

Como podemos perceber, há evidências históricas no Brasil suficientes para qualificá-los.
Porém, da maneira como as coisas são expostas hoje, toda sorte de argumento é possível e legitimado
pela força da expressão (o que você chamou de "crítica", seja pelos defensores ou acusadores)

É força de quem grita mais alto. E assim prevalece o romancismo histórico.

[Victor disse:]
> [...] a ênfase deveria ser nos esforços para reforçar as bases, o elementar, investindo nas 
> escolas públicas, a nível federal, investindo nos professores e em meios que melhorem 
> as condições sociais de todos quantos não possam ir para escolas particulares. 

Então Victor, você chegou a ter acesso ao texto o qual me referi aos tipos de evidências dos
quais tratei em outro tópico? Dizia respeito a isto: é a burocracia capaz de produzir "valor",
"moral", "ética"? É a burocracia (o racionalismo desenfreado - o poder do "com-mando") 
capaz de superar gargalos históricos? Se sim, por que sim? Se não, por que não? 
Onde estão as evidências? Porque tratamos de maneira simples coisas tão complexas?

As "respostas" a gente sabe pela experiência pessoal, só carecemos de demonstrar tais evidências.

A crítica é totalmente vália e os "resultados pragmáticos" de tais projetos, com seus enfoques
objetivistas, nada dizem respeito à histórica contradição que ronda este país, como um fantasma
cujos "senhores" há muito foram enterrados.


[Eduardo disse:]

> Lembro q tive uma diferenca de opiniao com o Takata ha' uns dois anos aqui na lista, sobre o novo 

> Estatuto da Igualdade Racial, q eu sinceramente considerei racialista e com > potencial de introduzir 

> o racismo de modo institucional no Brasil.


Eduardo, posso vislumbrar com bastante clareza a tua questão. Mas sejamos honestos e vamos

separar o que é "questão de opinião" do que definitivamente não é. 


Veja bem, o termo "racismo" aqui empregado é, em primeira análise, completamente insustentado,

se diz que "no futuro se pode produzir um racismo", é outra história. No momento presente, não.

Não há como apagar a história deste país construída de grandes atritos culturais, colonialismo,

exploração vexatória, dominação, racionalismo exorbitante. Isto é o nosso costume, nossa tradição

histórica. Está arraigado em nós, assim como a vontade pela comida, ou  pelo sexo.


Tem que saber que o Brasil hoje se parece muito com os países do Leste Europeu, e que as consquências

disto aqui são agravadas pelas contradições: "já que o país do suingue é o país da contradição", como cantava

o queridíssimo Jackson do Pandeiro.


É evidente que a força que minimiza a contradição é também uma força oposta à que faz contrastar.

O entendimento disto, é um entendimento histórico.


> Todos sabemos q a nota no vestibular (ou hoje no Enem) 

> nao implica em nenhum 'destino manifesto' na universidade.


É evidente! E esse é um ponto que os "especialistas", especialmente os mais positivistas, costumam
desconsiderar. É um erro fundamental crer cegamente na "mão invisível" do vestibular, que "selecionará"
os melhores estudantes. É um romance: façamos o seguinte - vamos ler as Cartas de Pero Vaz de Caminha, 
pois ganhamos mais. Vestibular é uma prescrição, uma receita de bolo. Inobstante, as universidades formam
sujeitos dignos de pré-vestibular.

Isso aqui (o vestibular) é o verdadeiro tapeia moleque. Cotas, vagas, números, cifras, são insignificantes
se não são observadas sob o contexto histórico-cultural. 

É um tapa na cara da história do Brasil. Dói saber, mas estamos imbuídos e impregnados de tais valores,
apregoados ao contexto da inoperância história e na ênfase injustificada nos números relativísticos.

Thiago




To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: j.victor.neto@uol.com.br
Date: Mon, 13 Aug 2012 22:14:45 -0300
Subject: RES: [ciencialist] Re: Cotas: desempenho na UFBA

 

Concordo com os argumentos de Eduardo e reafirmo o seguinte:  a ênfase deveria ser nos esforços para reforçar as bases, o elementar, investindo nas escolas públicas, a nível federal, investindo nos professores e em meios que melhorem as condições sociais de todos quantos não possam ir para escolas particulares. Cotas não resolvem nada, não corrigem essas distorções criminosas, só reforçam a condição de que um lado carece de socorro, e outro não. Isto me parece terrível, além de refletir o lado incompetente das autoridades “irresponsáveis” por essas questões embaraçosas, que ficam, para todos os fins de direito, perfeita e completamente institucionalizadas. Como os políticos goistam.

 

Sds,

Victor.

 



 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Eduardo Torres
Enviada em: segunda-feira, 13 de agosto de 2012 17:16
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Re: Cotas: desempenho na UFBA

 

 

Lembro q tive uma diferenca de opiniao com o Takata ha' uns dois anos aqui na lista, sobre o novo Estatuto da Igualdade Racial, q eu sinceramente considerei racialista e com potencial de introduzir o racismo de modo institucional no Brasil.

Naturalmente o Takata discordou dessa minha opiniao.

Sobre o presente tema da ampliacao das cotas nas universidades federais para 50% de candidatos vindos de escolas publicas, com distribuicao desses 50% incluindo negros, pardos e indígenas de modo proporcional aa sua populacao em cada estado, tb considero uma medida racialista e com potencial de introduzir o racismo de modo institucional no Brasil.

Mas esse nao e' o foco dessa msg, mas essa questao da avaliacao de desempenho dos cotistas.

Realmente, no contexto de se avaliar se e' correta a adocao de cotas, nao vejo como muito relevante se os cotistas apresentam rendimento universitario igual, maior ou menor q os nao cotistas.

Todos sabemos q a nota no vestibular (ou hoje no Enem) nao implica em nenhum 'destino manifesto' na universidade.

Todos conhecemos, aos nossos lados nas bancadas de salas de aula, colegas com excelente rendimento q mal conseguiram passar no vestibular, e outros colegas q tinham grande dificuldade nos estudos, apesar de terem tido otimas notas no processo seletivo de ingresso no curso superior.

A questao a meu ver e' de principio: Um candidato com nota maior ver-se preterido por outro com nota menor, so' por causa da cor da pele, ou da escola de nivel medio, ou da renda familiar desse outro candidato, pra mim e' errado.

E' errado tb a meu ver todos nao terem as mesmas chances de entrarem numa universidade publica.

E' errado q candidatos oriundos de escolas particulares de modo geral tenham tido melhor nivel de ensino q candidatos vindos de escolas publicas, e portanto melhores chances de tirarem melhores notas nos vestibulares.

Mas usar cotas pra tentar corrigir esse problema e' em minha visao criar outro maior, sem resolver o primeiro.

Qto aa questao de haver menos negros em universidades federais do q a sua proporcao na populacao, creio q nao ha' consenso se isso e' causado por fatores raciais ou economicos.

Ha' uma maior proporcao de negros em camadas economicas menos favorecidas, q sao as q teem q estudar em escolas publicas, q teem pior nivel de ensino e q levam aos seus alunos a tirarem piores notas em vestibulares.

Qual o mecanismo nao economico, mas racial, q reduziria as chances de mais negros entrarem nas universidades publicas?

Sinceramente nao vejo muita base nisso, embora a vasta maioria dos geografos ache q existe de fato esse mecanismo, q deveria ser contrabalancado por uma 'acao afirmativa racial'.

Respeito essa opiniao, mas dela discordo.

Mas essas sao questoes a meu ver bem mais importantes q avaliar o rendimento de cotistas economicos, escolares e raciais.

A questao pra mim e' se e' correto haver essas cotas.

Se e', e se os cotistas estao piores q os nao cotistas, isso e' algo com o q a universidade tera' q conviver.

Se nao e', as cotas devem ser extintas, independente do rendimento maior ou menor dos cotistas.

Minha opiniao.

Abs,
Eduardo Torres

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "roberto" <roberto.takata@...> escreveu
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Marcelo Cortimiglia
> > já solicitei à vice-secretária de Avaliação Institucional da UFRGS o
> > tal estudo. Me prometeu a resposta durante a semana, quando voltar
> > de férias.
>
> Opa, aguardemos.
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>



SUBJECT: RE: RES: [ciencialist] Nova Biografia de Einstein
FROM: Thiago Guimarães <guimaraesbsb@hotmail.com>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/08/2012 00:00


Obrigado pela dica.

Algum de vocês conhece e tem algo a dizer do livro:

Einstein - O enigma do Universo
Do brasileiro Humberto Rohden.

Despertou-me grande interesse.

Thiago



To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: j.victor.neto@uol.com.br
Date: Mon, 13 Aug 2012 21:55:14 -0300
Subject: RES: [ciencialist] Nova Biografia de Einstein

 

Olá, Eduardo

 

Não li o primeiro dos que vc listou, do Neffe. Folhei-o na Livraria Cultura. Mas, confesso, pelo que vi, não me interessei muito. Reputo a obra de Pais como a melhor entre as melhores, e ela, por si só, basta. A parte pessoal, não científica,não é muito diferente de tantos outros cientistas brilhantes, ou não.  Bem, mas a intervenção é para dizer que, há alguns meses, ganhei um livro de presente, com o seguinte título: Viajando com o cérebro de Einstein, de uma certa jornalista Carolyn Abraham.  Também, este, não o li todo. Apenas partes que mais me chamaram a atenção naquelas folheadas que dei.  Trata da saga da investigação dos caminhos seguidos pelo cérebro de Einstein, em busca de uma explicação neurocientífica para sua genialidade. Das análises, testes e que tais,  em pedaços de sua massa encefálica, etc.  Que, naturalmente, deram em nada. Achei infantilidade e...burrice em busca de sensacionalismo. Não se pode encontrar nada referente a inteligência ou não em pedaços do cérebro, matéria morta. O software apaga quando os oinhos são fechados para  sempre...

Mas nesse livro, também, há revelações curiosas, sobre sua vida pessoal, e até segredos, que deveriam permanecer como tal.

Por exemplo, no Cap.11, lê-se o seguinte(os negritados entre parêntesis são por conta de minha maldade incontrolável...):

 

“Quando Einstein era jovem e bonito, seu cabelo um mar de ondas negras, ele flertava como um francês e escrevia bilhetes de amor doces o bastante pra provocar cáries nos dentes. “Enlouquecido de desejo”, escreveu a Mileva em 1900: “Enquanto pensava em sua garota/Seu travesseiro pega fogo”(Aquí, matreiramente, buscava obter um “valesinho” adiantado...e obteve.) Mas o fogo se espalhou bem para além do leito nupcial. O cientista era conhecido por piscar os olhos, sorrir e ficar completamente fascinado à mera visão de uma garota amassando pão. Janos Plesh, médico e amigo de Einstein em Berlim, estava consciente das ocupações carnais do jovem físico “pouco seletivo” que se perguntava se a sífilis não teria acabado o matando. O filho de Plesh, Peter, disse aos biógrafos de Einstein, Roger Highfiel e Paulo Carter, que “Einstein adorava mulheres, e quanto mais comuns, ardentes e suadas elas fossem, mas ele gostava delas”.(Bem, well, well...).

 Nesse mesmo capítulo, há outras declarações de que o homem era mesmo mulherengo, para não dizer muito...ranãoseiqueiro... Ops, o homem era humano, também.

 

Em resumo,  tenho-o em minha biblioteca em face da “doação”. Mas não o compraria, como não mais comprarei nenhum outro nessa linha, quase que puramente pessoal e reveladora de segredos que, não me interessam.

(É, mais vez outra, dou uma folheadazinha atrás de mais patifarias...)

 

Sds,

Victor.

 

 

 

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Eduardo Torres
Enviada em: segunda-feira, 13 de agosto de 2012 16:44
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Nova Biografia de Einstein

 

 

Acaba de sair.

Ver:

http://www.novoseculo.com.br/produtos_descricao.asp?lang=pt_BR&codigo_produto=67\
4&codigo_marca=0

Ficha tecnica:

TÍTULO: EINSTEIN: UMA BIOGRAFIA
TÍTULO ORIGINAL: EINSTEIN: EINE BIOGRAPHIE
AUTOR: Jurgen Neffe
TRADUTOR: Ines Antonia Lohbauer
ISBN: 9788576797210
IDIOMA: Português
ENCADERNAÇÃO: Brochura
FORMATO: 16 x 23
PÁGINAS: 528
ANO DE EDIÇÃO: 2012
EDIÇÃO: 1ª
EDITORA: Novo Século
PREÇO: R$ 49,90 (pelo site da Travessa, R$ 34,90 em até 3x sem juros)

Esta' sendo lancada formalmente na Bienal do Livro em SP.

Mais ou menos recentemente ja' haviam saido duas outras biografias de Einstein
no Brasil:

Einstein: Sua Vida, Seu Universo, de Walter Isaacson (Companhia das Letras,
2007)

(mais enfase no homem, com a ciencia mais como fundo)

e

SUTIL E O SENHOR...A CIENCIA E A VIDA DE ALBERT EINSTEIN, de Abraham Pais (NOVA
FRONTEIRA, 1995 - 3 edicoes).

(grande enfase na ciencia, embora sem descuidar do homem)

Ja' li as duas primeiras e comprei ha' alguns dias a terceira, objeto deste subject.

Comecei a ler. Ja' no primeiro capitulo da' pra ver q Neffe foi mais fundo em
tentar mostrar um Einstein mais verdadeiro, menos 'polido' q o mostrado nas duas
primeiras biografias, talvez muito reverenciais - ja' descobri nesse inicio
coisas sobre Einstein q nao foram reveladas nos dois primeiros livros - e pelo q
folheei, tb da' pra ver q a parte cientifica tb foi bem cuidada. Mas vai ser
dificil superar o tour de force de Pais ao contar a historia de como Einstein
desenvolveu e concluiu a Teoria Geral da Relatividade.

Fica a dica.

Abs,
Eduardo Torres

PS: Embora o livro nao tenha registrado explicitamente nos creditos um 'revisor tecnico' (sempre util nesse tipo de obra), ja' vi q pelo menos a Teoria da Relatividade Restrita e' chamada de Restrita mesmo, como e' o correto em portugues, em vez de 'Especial' (traducao descuidada de 'Special', como e' chamada em ingles). Tenho esperanca q tenha havido revisao tecnica, ainda q nao creditada.



SUBJECT: RES: [ciencialist] Nova Biografia de Einstein
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/08/2012 04:49

Curioso, mas, parece, não há  relatos da vida pessoal de Newton ou Lebniz, por exemplo. Ao menos, não conheço. Já li declarações sobre Newton,  creio que sem fundamento, numa das quais joguei umas pedras no declarante, tão indignado fiquei, atitude igualmente sem fundamento. Sò à base da paixão e por achar que pessoas assim não cometem certos desvios, humanos e...tão comuns hoje em dia.

 

Você conhece algo a respeito?

 

Não que eu tenha interesse...tendo...

 

 

Sds,

Victor.

 

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Alvaro Augusto (L)
Enviada em: terça-feira, 14 de agosto de 2012 02:54
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Nova Biografia de Einstein

 

 

Olá Victor,

Einstein sempre se definiu como um "espírito livre" e demorou muito tempo, bem depois da abertura das cartas dele, para os biógrafos se darem conta de que, no campo sexual, isso significava, digamos, "galinha". Eu fiquei sinceramente aliviado ao saber disso, pois o Einstein dos anos 80, talvez um pouco mais, era quase um santo. Isso pode parecer não ter nada a ver com o lado científico, mas não estou totalmente convencido disso.

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 13/08/2012 21:55, JVictor escreveu:

Olá, Eduardo

 

Não li o primeiro dos que vc listou, do Neffe. Folhei-o na Livraria Cultura. Mas, confesso, pelo que vi, não me interessei muito. Reputo a obra de Pais como a melhor entre as melhores, e ela, por si só, basta. A parte pessoal, não científica,não é muito diferente de tantos outros cientistas brilhantes, ou não.  Bem, mas a intervenção é para dizer que, há alguns meses, ganhei um livro de presente, com o seguinte título: Viajando com o cérebro de Einstein, de uma certa jornalista Carolyn Abraham.  Também, este, não o li todo. Apenas partes que mais me chamaram a atenção naquelas folheadas que dei.  Trata da saga da investigação dos caminhos seguidos pelo cérebro de Einstein, em busca de uma explicação neurocientífica para sua genialidade. Das análises, testes e que tais,  em pedaços de sua massa encefálica, etc.  Que, naturalmente, deram em nada. Achei infantilidade e...burrice em busca de sensacionalismo. Não se pode encontrar nada referente a inteligência ou não em pedaços do cérebro, matéria morta. O software apaga quando os oinhos são fechados para  sempre...

Mas nesse livro, também, há revelações curiosas, sobre sua vida pessoal, e até segredos, que deveriam permanecer como tal.

Por exemplo, no Cap.11, lê-se o seguinte(os negritados entre parêntesis são por conta de minha maldade incontrolável...):

 

“Quando Einstein era jovem e bonito, seu cabelo um mar de ondas negras, ele flertava como um francês e escrevia bilhetes de amor doces o bastante pra provocar cáries nos dentes. “Enlouquecido de desejo”, escreveu a Mileva em 1900: “Enquanto pensava em sua garota/Seu travesseiro pega fogo”(Aquí, matreiramente, buscava obter um “valesinho” adiantado...e obteve.) Mas o fogo se espalhou bem para além do leito nupcial. O cientista era conhecido por piscar os olhos, sorrir e ficar completamente fascinado à mera visão de uma garota amassando pão. Janos Plesh, médico e amigo de Einstein em Berlim, estava consciente das ocupações carnais do jovem físico “pouco seletivo” que se perguntava se a sífilis não teria acabado o matando. O filho de Plesh, Peter, disse aos biógrafos de Einstein, Roger Highfiel e Paulo Carter, que “Einstein adorava mulheres, e quanto mais comuns, ardentes e suadas elas fossem, mas ele gostava delas”.(Bem, well, well...).

 Nesse mesmo capítulo, há outras declarações de que o homem era mesmo mulherengo, para não dizer muito...ranãoseiqueiro... Ops, o homem era humano, também.

 

Em resumo,  tenho-o em minha biblioteca em face da “doação”. Mas não o compraria, como não mais comprarei nenhum outro nessa linha, quase que puramente pessoal e reveladora de segredos que, não me interessam.

(É, mais vez outra, dou uma folheadazinha atrás de mais patifarias...)

 

Sds,

Victor.

 

 

 

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Eduardo Torres
Enviada em: segunda-feira, 13 de agosto de 2012 16:44
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Nova Biografia de Einstein

 

 

Acaba de sair.

Ver:

http://www.novoseculo.com.br/produtos_descricao.asp?lang=pt_BR&codigo_produto=67\
4&codigo_marca=0

Ficha tecnica:

TÍTULO: EINSTEIN: UMA BIOGRAFIA
TÍTULO ORIGINAL: EINSTEIN: EINE BIOGRAPHIE
AUTOR: Jurgen Neffe
TRADUTOR: Ines Antonia Lohbauer
ISBN: 9788576797210
IDIOMA: Português
ENCADERNAÇÃO: Brochura
FORMATO: 16 x 23
PÁGINAS: 528
ANO DE EDIÇÃO: 2012
EDIÇÃO: 1ª
EDITORA: Novo Século
PREÇO: R$ 49,90 (pelo site da Travessa, R$ 34,90 em até 3x sem juros)

Esta' sendo lancada formalmente na Bienal do Livro em SP.

Mais ou menos recentemente ja' haviam saido duas outras biografias de Einstein
no Brasil:

Einstein: Sua Vida, Seu Universo, de Walter Isaacson (Companhia das Letras,
2007)

(mais enfase no homem, com a ciencia mais como fundo)

e

SUTIL E O SENHOR...A CIENCIA E A VIDA DE ALBERT EINSTEIN, de Abraham Pais (NOVA
FRONTEIRA, 1995 - 3 edicoes).

(grande enfase na ciencia, embora sem descuidar do homem)

Ja' li as duas primeiras e comprei ha' alguns dias a terceira, objeto deste subject.

Comecei a ler. Ja' no primeiro capitulo da' pra ver q Neffe foi mais fundo em
tentar mostrar um Einstein mais verdadeiro, menos 'polido' q o mostrado nas duas
primeiras biografias, talvez muito reverenciais - ja' descobri nesse inicio
coisas sobre Einstein q nao foram reveladas nos dois primeiros livros - e pelo q
folheei, tb da' pra ver q a parte cientifica tb foi bem cuidada. Mas vai ser
dificil superar o tour de force de Pais ao contar a historia de como Einstein
desenvolveu e concluiu a Teoria Geral da Relatividade.

Fica a dica.

Abs,
Eduardo Torres

PS: Embora o livro nao tenha registrado explicitamente nos creditos um 'revisor tecnico' (sempre util nesse tipo de obra), ja' vi q pelo menos a Teoria da Relatividade Restrita e' chamada de Restrita mesmo, como e' o correto em portugues, em vez de 'Especial' (traducao descuidada de 'Special', como e' chamada em ingles). Tenho esperanca q tenha havido revisao tecnica, ainda q nao creditada.

 

 


SUBJECT: RES: [ciencialist] Nova Biografia de Einstein
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/08/2012 07:38

Errata, nos locais.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de JVictor
Enviada em: segunda-feira, 13 de agosto de 2012 21:55
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: RES: [ciencialist] Nova Biografia de Einstein

 

 

Olá, Eduardo

 

Não li o primeiro dos que vc listou, do Neffe. Folhei-o na Livraria Cultura. Mas, confesso, pelo que vi, não me interessei muito. Reputo a obra de Pais como a melhor entre as melhores, e ela, por si só, basta. A parte pessoal, não científica,não é muito diferente de tantos outros cientistas brilhantes, ou não.  Bem, mas a intervenção é para dizer que, há alguns meses, ganhei um livro de presente, com o seguinte título: Viajando com o cérebro de Einstein, de uma certa jornalista Carolyn Abraham.  Também, este, não o li todo. Apenas partes que mais me chamaram a atenção naquelas folheadas que dei.  Trata da saga da investigação dos caminhos seguidos pelo cérebro de Einstein, em busca de uma explicação neurocientífica para sua genialidade. Das análises, testes e que tais,  em pedaços de sua massa encefálica, etc.  Que, naturalmente, deram em nada. Achei infantilidade e...burrice em busca de sensacionalismo. Não se pode encontrar nada referente a inteligência ou não em pedaços do cérebro, matéria morta. O software apaga quando os oinhos são fechados para  sempre...

Mas nesse livro, também, há revelações curiosas, sobre sua vida pessoal, e até segredos, que deveriam permanecer como tal.

Por exemplo, no Cap.11, lê-se o seguinte(os negritados entre parêntesis são por conta de minha maldade incontrolável...):

 

“Quando Einstein era jovem e bonito, seu cabelo um mar de ondas negras, ele flertava como um francês e escrevia bilhetes de amor doces o bastante pra provocar cáries nos dentes. “Enlouquecido de desejo”, escreveu a Mileva em 1900: “Enquanto pensava em sua garota/Seu travesseiro pega fogo”(Aquí, matreiramente, buscava obter um “valesinho” adiantado...e obteve.) Mas o fogo se espalhou bem para além do leito nupcial. O cientista era conhecido por piscar os olhos, sorrir e ficar completamente fascinado à mera visão de uma garota amassando pão. Janos Plesh, médico e amigo de Einstein em Berlim, estava consciente das ocupações carnais do jovem físico “pouco seletivo” que se perguntava se a sífilis não teria acabado o matando. O filho de Plesh, Peter, disse aos biógrafos de Einstein, Roger Highfiel e Paulo Carter, que “Einstein adorava mulheres, e quanto mais comuns, ardentes e suadas elas fossem, mas ele gostava delas”.(Bem, well, well...).

 Nesse mesmo capítulo, há outras declarações de que o homem era mesmo mulherengo, para não dizer muito...ranãoseiqueiro... Ops, o homem era humano, também.

 

Em resumo,  tenho-o em minha biblioteca em face da “doação”. Mas não o compraria, como não mais comprarei nenhum outro nessa linha, quase que puramente pessoal e reveladora de segredos que não me interessam.

(É, mas vez ou outra, dou uma folheadazinha atrás de mais dessas coisas...)

 

Sds,

Victor.

 

 

 

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Eduardo Torres
Enviada em: segunda-feira, 13 de agosto de 2012 16:44
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Nova Biografia de Einstein

 

 

Acaba de sair.

Ver:

http://www.novoseculo.com.br/produtos_descricao.asp?lang=pt_BR&codigo_produto=67\
4&codigo_marca=0

Ficha tecnica:

TÍTULO: EINSTEIN: UMA BIOGRAFIA
TÍTULO ORIGINAL: EINSTEIN: EINE BIOGRAPHIE
AUTOR: Jurgen Neffe
TRADUTOR: Ines Antonia Lohbauer
ISBN: 9788576797210
IDIOMA: Português
ENCADERNAÇÃO: Brochura
FORMATO: 16 x 23
PÁGINAS: 528
ANO DE EDIÇÃO: 2012
EDIÇÃO: 1ª
EDITORA: Novo Século
PREÇO: R$ 49,90 (pelo site da Travessa, R$ 34,90 em até 3x sem juros)

Esta' sendo lancada formalmente na Bienal do Livro em SP.

Mais ou menos recentemente ja' haviam saido duas outras biografias de Einstein
no Brasil:

Einstein: Sua Vida, Seu Universo, de Walter Isaacson (Companhia das Letras,
2007)

(mais enfase no homem, com a ciencia mais como fundo)

e

SUTIL E O SENHOR...A CIENCIA E A VIDA DE ALBERT EINSTEIN, de Abraham Pais (NOVA
FRONTEIRA, 1995 - 3 edicoes).

(grande enfase na ciencia, embora sem descuidar do homem)

Ja' li as duas primeiras e comprei ha' alguns dias a terceira, objeto deste subject.

Comecei a ler. Ja' no primeiro capitulo da' pra ver q Neffe foi mais fundo em
tentar mostrar um Einstein mais verdadeiro, menos 'polido' q o mostrado nas duas
primeiras biografias, talvez muito reverenciais - ja' descobri nesse inicio
coisas sobre Einstein q nao foram reveladas nos dois primeiros livros - e pelo q
folheei, tb da' pra ver q a parte cientifica tb foi bem cuidada. Mas vai ser
dificil superar o tour de force de Pais ao contar a historia de como Einstein
desenvolveu e concluiu a Teoria Geral da Relatividade.

Fica a dica.

Abs,
Eduardo Torres

PS: Embora o livro nao tenha registrado explicitamente nos creditos um 'revisor tecnico' (sempre util nesse tipo de obra), ja' vi q pelo menos a Teoria da Relatividade Restrita e' chamada de Restrita mesmo, como e' o correto em portugues, em vez de 'Especial' (traducao descuidada de 'Special', como e' chamada em ingles). Tenho esperanca q tenha havido revisao tecnica, ainda q nao creditada.


SUBJECT: Re: Cotas: desempenho na UFBA
FROM: "Eduardo Torres" <dudutorres@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/08/2012 09:46

Interessante q a conclusao de que ha' essa diferenca, qdo isolamos outros fatores, nao e' consensual entre os especialistas.

No livro Nao Somos Racistas de 2006 Ali Kamel demonstra (ou entende q demonstra, pois todas as ONGs do Movimento Negro o consideram um inimigo, e suas conclusoes, falaciosas), com o apoio tecnico de Demetrio Magnoli (geografo tb execrado por essas ONGs), como as mesmas estatisticas do IBGE podem revelar que nao ha' diferenca significativa de oportunidades entre pretos, pardos e brancos de condicoes socio-economicas semelhantes, dependendo de como os numeros sejam tratados.

E como pretos sao contados como pretos para algumas conclusoes q supostamente 'provam' o racismo institucional no Brasil e pretos e pardos sao contados juntos como negros para outras conclusoes com o mesmo objetivo.

E como a baixissima mobilidade social no Brasil fez com q os descendentes dos escravos negros libertados continuassem pobres seculos depois, explicando em grande parte a maior proporcao de negros (pretos + pardos) entre os pobres do Brasil (embora com mais de 30% de brancos nesse grupo).

Interessante q Kamel e Magnoli sao atacados mais com sua desqualificacao pessoal, considerados conservadores, liberais, etc. e pouco objetivamente para questionar as estatisticas expostas por eles em Nao Somos Racistas.

(Vejam bem q o ponto aqui e' a discussao sobre o racismo institucional no Brasil, nao racismo individual, evidentemente existente, mas ai' ja' e' questao de Codigo Penal, nao de politicas publicas).

Mas, de novo, nao quero requentar esse debate.

Vamos admitir, so' como hipotese para essa discussao sobre rendimento escolar de cotistas, q de fato haja diferença qdo isolamos fatores como gênero, renda familiar, tipo de escola, etc., relacionada à cor, indicando q ha' racismo institucional no Brasil.

E vamos admitir, tb como hipotese, q a melhor maneira de neutralizarmos o efeito desse racismo institucional seja a adocao de cotas raciais nas universidades.

Nesse caso, q relevancia teria o rendimento dos cotistas?

Se as cotas raciais sao uma medida correta e justa para combater o pretenso racismo institucional no Brasil, elas devem ser mantidas. Se os cotistas tiverem desempenho escolar pior q os nao cotistas, as universidades deverao encontrar um meio de lidar com isso (semestre preparatorio, aulas especiais, professores de apoio, etc.).

Nao vejo como consistente a critica aas cotas devido a eventual mau rendimento dos cotistas.

Nem sua defesa devido a eventual bom rendimento de cotistas.

A meu ver, repito, nem um possivel mau rendimento e' motivo para extinguir as cotas, se elas sao justas; nem um possivel bom rendimento e' motivo para confirmar as cotas, se elas nao sao justas.

A questao das cotas a meu ver e' uma questao de principio, de igualdade de todos perante a lei, nao pratica, de rendimento escolar de cotistas.

Abs,
Eduardo Torres


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "roberto" <roberto.takata@...> escreveu
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Eduardo Torres"
> > Qual o mecanismo nao economico, mas racial, q reduziria as chances
> > de mais negros entrarem nas universidades publicas?
>
> Não vou entrar agora no mérito de qual(is) seria(m) esse(s) mecanismo(s). A questão é que *há* diferença qdo isolamos fatores como gênero, renda familiar, tipo de escola, relacionada à cor.
>
> ===========================
> De: Jose Colucci Jr.
>
> Ronaldo,
>
> Continuo tentando achar os números definitivos para mostrar que a baixa presença de negros na universidade deve-se ao fator raça e não ao nível sócio-econômico. O Takata enviou uma porção de links, mas nenhum tem os dados tabulados de maneira a mostrar inequivocamente a situação para o Brasil todo.
>
> Considero que a discriminação racial em geral já esteja demonstrada pela maior porcentagem de negros entre os pobres. Segundo dados do IBGE, do 1% dos mais ricos no País, 88% são brancos, e dos 10% mais pobres, 70% são negros ou pardos. Os dados revelam que, com o mesmo nível de escolaridade e com trabalho na mesma profissão, os negros recebem 57% do salário dos brancos.
>
> O que queremos demonstrar é que a baixa proporção de negros na
> universidade deve-se à cor. A tabela abaixo, para os candidatos da
> FUVEST, é esclarecedora. Se o nível sócio-econômico fosse determinante
> do sucesso, seria de se esperar que as diferentes raças apresentassem
> taxa de sucesso similar dentro de seu grupo sócio-econômico. Não é isso o que se observa. Negros apresentam uma taxa de sucesso bastante
> inferior aos brancos.
>
>
> Taxa sucesso no vestibular (classe x cor)
> ---------------------------------------
> Cl. Bran. Pret. Pard. Amar. Ind. TOT
> ---------------------------------------
> A 8,1% 5,6% 8,5% 13,1% 7,6% 8,5%
> B 7,4% 4,9% 6,4% 10,9% 5,6% 7,6%
> C 5,5% 3,0% 3,9% 8,5% 6,1% 5,5%
> D-E 4,2% 3,7% 2,2% 7,2% 2,0% 3,9%
> ---------------------------------------
> FONTE:
> http://www.usp.br/politicaspublicas/relatoriofuvest2001.htm
>
>
> Desvio entre valor real e o esperado de taxa de sucesso (tabela minha)
> ---------------------------------------
> Cl. Bran. Pret. Pard. Amar. Ind. TOT
> ---------------------------------------
> A -0.4 -2.9 0 4.6 -0.9 0
> B -0.2 -2.7 -1.2 3.3 -2.0 0
> C 0.0 -2.5 -1.6 3.0 0.6 0
> D-E 0.3 -0.2 -1.7 3.3 -1.9 0
> ---------------------------------------
>
> Por ordem decrescente de sucesso temos negros, pardos, indígenas,
> brancos e amarelos. Espero ter demonstrado que a afirmação costumeira de que a discriminação no Brasil é econômica e não racial não se sustenta.
>
> Um abraço,
> Colucci
>
> PS: As duas noites que perdi tentando achar dados estatísticos
> significativos me fizeram também perder o restinho da fé que tinha nas
> ciências sociais no Brasil. Artigo contra a ação afirmativa - pró e
> contra - tem à bessa. O que não tem é texto fundamentado em dados
> sólidos.
> http://br.groups.yahoo.com/group/sbcr/message/12980
> ===========================
>
> O link original para a página da USP não funciona mais. Parte dos dados podem ser conferidos aqui:
> http://www.observa.ifcs.ufrj.br/relatorios/DesempenhodosnegrosUSP2001-2005.pdf (Ou aqui: http://migre.me/agV9N)
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Nova Biografia de Einstein
FROM: "Eduardo Torres" <dudutorres@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/08/2012 09:49

Acho q cada um dos tres livros traz coisas unicas sobre Einstein.

O cara era complexo como pessoa e como cientista.

Uma so' biografia, com um so' enfoque, e' pouco pra ele.

;-)

Abs,
Eduardo Torres

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "JVictor" <j.victor.neto@...> escreveu
>
> Olá, Eduardo
>
>
>
> Não li o primeiro dos que vc listou, do Neffe. Folhei-o na Livraria Cultura.
> Mas, confesso, pelo que vi, não me interessei muito. Reputo a obra de Pais
> como a melhor entre as melhores, e ela, por si só, basta. A parte pessoal,
> não científica,não é muito diferente de tantos outros cientistas brilhantes,
> ou não. Bem, mas a intervenção é para dizer que, há alguns meses, ganhei um
> livro de presente, com o seguinte título: Viajando com o cérebro de
> Einstein, de uma certa jornalista Carolyn Abraham. Também, este, não o li
> todo. Apenas partes que mais me chamaram a atenção naquelas folheadas que
> dei. Trata da saga da investigação dos caminhos seguidos pelo cérebro de
> Einstein, em busca de uma explicação neurocientífica para sua genialidade.
> Das análises, testes e que tais, em pedaços de sua massa encefálica, etc.
> Que, naturalmente, deram em nada. Achei infantilidade e...burrice em busca
> de sensacionalismo. Não se pode encontrar nada referente a inteligência ou
> não em pedaços do cérebro, matéria morta. O software apaga quando os oinhos
> são fechados para sempre...
>
> Mas nesse livro, também, há revelações curiosas, sobre sua vida pessoal, e
> até segredos, que deveriam permanecer como tal.
>
> Por exemplo, no Cap.11, lê-se o seguinte(os negritados entre parêntesis são
> por conta de minha maldade incontrolável...):
>
>
>
> "Quando Einstein era jovem e bonito, seu cabelo um mar de ondas negras, ele
> flertava como um francês e escrevia bilhetes de amor doces o bastante pra
> provocar cáries nos dentes. "Enlouquecido de desejo", escreveu a Mileva em
> 1900: "Enquanto pensava em sua garota/Seu travesseiro pega fogo"(Aquí,
> matreiramente, buscava obter um "valesinho" adiantado...e obteve.) Mas o
> fogo se espalhou bem para além do leito nupcial. O cientista era conhecido
> por piscar os olhos, sorrir e ficar completamente fascinado à mera visão de
> uma garota amassando pão. Janos Plesh, médico e amigo de Einstein em Berlim,
> estava consciente das ocupações carnais do jovem físico "pouco seletivo" que
> se perguntava se a sífilis não teria acabado o matando. O filho de Plesh,
> Peter, disse aos biógrafos de Einstein, Roger Highfiel e Paulo Carter, que
> "Einstein adorava mulheres, e quanto mais comuns, ardentes e suadas elas
> fossem, mas ele gostava delas".(Bem, well, well...).
>
> Nesse mesmo capítulo, há outras declarações de que o homem era mesmo
> mulherengo, para não dizer muito...ranãoseiqueiro... Ops, o homem era
> humano, também.
>
>
>
> Em resumo, tenho-o em minha biblioteca em face da "doação". Mas não o
> compraria, como não mais comprarei nenhum outro nessa linha, quase que
> puramente pessoal e reveladora de segredos que, não me interessam.
>
> (É, mais vez outra, dou uma folheadazinha atrás de mais patifarias...)
>
>
>
> Sds,
>
> Victor.
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
> De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]
> Em nome de Eduardo Torres
> Enviada em: segunda-feira, 13 de agosto de 2012 16:44
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Assunto: [ciencialist] Nova Biografia de Einstein
>
>
>
>
>
> Acaba de sair.
>
> Ver:
>
> http://www.novoseculo.com.br/produtos_descricao.asp?lang=pt_BR
> <http://www.novoseculo.com.br/produtos_descricao.asp?lang=pt_BR&codigo_produ
> to=674&codigo_marca=0> &codigo_produto=67\
> 4&codigo_marca=0
> Ficha tecnica:
>
> TÍTULO: EINSTEIN: UMA BIOGRAFIA
> TÍTULO ORIGINAL: EINSTEIN: EINE BIOGRAPHIE
> AUTOR: Jurgen Neffe
> TRADUTOR: Ines Antonia Lohbauer
> ISBN: 9788576797210
> IDIOMA: Português
> ENCADERNAÇÃO: Brochura
> FORMATO: 16 x 23
> PÁGINAS: 528
> ANO DE EDIÇÃO: 2012
> EDIÇÃO: 1ª
> EDITORA: Novo Século
> PREÇO: R$ 49,90 (pelo site da Travessa, R$ 34,90 em até 3x sem juros)
>
> Esta' sendo lancada formalmente na Bienal do Livro em SP.
>
> Mais ou menos recentemente ja' haviam saido duas outras biografias de
> Einstein
> no Brasil:
>
> Einstein: Sua Vida, Seu Universo, de Walter Isaacson (Companhia das Letras,
> 2007)
>
> (mais enfase no homem, com a ciencia mais como fundo)
>
> e
>
> SUTIL E O SENHOR...A CIENCIA E A VIDA DE ALBERT EINSTEIN, de Abraham Pais
> (NOVA
> FRONTEIRA, 1995 - 3 edicoes).
>
> (grande enfase na ciencia, embora sem descuidar do homem)
>
> Ja' li as duas primeiras e comprei ha' alguns dias a terceira, objeto deste
> subject.
>
> Comecei a ler. Ja' no primeiro capitulo da' pra ver q Neffe foi mais fundo
> em
> tentar mostrar um Einstein mais verdadeiro, menos 'polido' q o mostrado nas
> duas
> primeiras biografias, talvez muito reverenciais - ja' descobri nesse inicio
> coisas sobre Einstein q nao foram reveladas nos dois primeiros livros - e
> pelo q
> folheei, tb da' pra ver q a parte cientifica tb foi bem cuidada. Mas vai ser
> dificil superar o tour de force de Pais ao contar a historia de como
> Einstein
> desenvolveu e concluiu a Teoria Geral da Relatividade.
>
> Fica a dica.
>
> Abs,
> Eduardo Torres
>
> PS: Embora o livro nao tenha registrado explicitamente nos creditos um
> 'revisor tecnico' (sempre util nesse tipo de obra), ja' vi q pelo menos a
> Teoria da Relatividade Restrita e' chamada de Restrita mesmo, como e' o
> correto em portugues, em vez de 'Especial' (traducao descuidada de
> 'Special', como e' chamada em ingles). Tenho esperanca q tenha havido
> revisao tecnica, ainda q nao creditada.
>




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Nova Biografia de Einstein
FROM: "Eduardo Torres" <dudutorres@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/08/2012 10:00

Nao conheco, mas e' um livro antigo (o autor morreu em 1981).

Rohden nao era fisico, mas filosofo.

Ate' ai' tudo bem.

Mas notabilizou-se por ser adepto e divulgador do chamado 'Espiritualismo Universalista'...

:-O

Sei nao...

Nao parece um curriculo muito promissor para falar de Einstein e sua obra...

;-)

Abs,
Eduardo Torres

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Thiago Guimarães <guimaraesbsb@...> escreveu
>
>
>
> Obrigado pela dica.
> Algum de vocês conhece e tem algo a dizer do livro:
> Einstein - O enigma do Universohttp://www.submarino.com.br/produto/5549068/livro-einstein-o-enigma-do-universo-colecao-obraprima-de-cada-autorDo brasileiro Humberto Rohden.
> Despertou-me grande interesse.
> Thiago
>
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> From: j.victor.neto@...
> Date: Mon, 13 Aug 2012 21:55:14 -0300
> Subject: RES: [ciencialist] Nova Biografia de Einstein
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>
> Olá, Eduardo
>
>
>
> Não li o primeiro dos que vc listou, do Neffe. Folhei-o na
> Livraria Cultura. Mas, confesso, pelo que vi, não me interessei muito. Reputo a
> obra de Pais como a melhor entre as melhores, e ela, por si só, basta. A parte
> pessoal, não científica,não é muito diferente de tantos outros cientistas
> brilhantes, ou não. Bem, mas a intervenção é para dizer que, há alguns meses,
> ganhei um livro de presente, com o seguinte título: Viajando com o cérebro
> de Einstein, de uma certa jornalista Carolyn Abraham. Também, este,
> não o li todo. Apenas partes que mais me chamaram a atenção naquelas folheadas
> que dei. Trata da saga da investigação dos caminhos seguidos pelo cérebro de
> Einstein, em busca de uma explicação neurocientífica para sua genialidade. Das
> análises, testes e que tais, em pedaços de sua massa encefálica, etc. Que,
> naturalmente, deram em nada. Achei infantilidade e...burrice em busca de
> sensacionalismo. Não se pode encontrar nada referente a inteligência ou não em
> pedaços do cérebro, matéria morta. O software apaga quando os oinhos são
> fechados para sempre...
>
> Mas nesse livro, também, há revelações curiosas, sobre sua vida
> pessoal, e até segredos, que deveriam permanecer como tal.
>
> Por exemplo, no Cap.11, lê-se o seguinte(os negritados entre parêntesis
> são por conta de minha maldade incontrolável...):
>
>
>
> "Quando Einstein era jovem e bonito, seu cabelo um mar de
> ondas negras, ele flertava como um francês e escrevia bilhetes de amor doces o
> bastante pra provocar cáries nos dentes. "Enlouquecido de desejo",
> escreveu a Mileva em 1900: "Enquanto pensava em sua garota/Seu travesseiro
> pega fogo"(Aquí, matreiramente, buscava obter um "valesinho"
> adiantado...e obteve.) Mas o fogo se espalhou bem para além do leito
> nupcial. O cientista era conhecido por piscar os olhos, sorrir e ficar
> completamente fascinado à mera visão de uma garota amassando pão. Janos Plesh,
> médico e amigo de Einstein em Berlim, estava consciente das ocupações carnais
> do jovem físico "pouco seletivo" que se perguntava se a sífilis não
> teria acabado o matando. O filho de Plesh, Peter, disse aos biógrafos de
> Einstein, Roger Highfiel e Paulo Carter, que "Einstein adorava mulheres,
> e quanto mais comuns, ardentes e suadas elas fossem, mas ele gostava delas".(Bem,
> well, well...).
>
> Nesse mesmo capítulo, há outras declarações de que o homem era
> mesmo mulherengo, para não dizer muito...ranãoseiqueiro... Ops, o homem era
> humano, também.
>
>
>
> Em resumo, tenho-o em minha biblioteca em face da "doação".
> Mas não o compraria, como não mais comprarei nenhum outro nessa linha, quase
> que puramente pessoal e reveladora de segredos que, não me interessam.
>
> (É, mais vez outra, dou uma folheadazinha atrás de mais patifarias...)
>
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>
> Sds,
>
> Victor.
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>
> De:
> ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em
> nome de Eduardo Torres
>
> Enviada em: segunda-feira, 13 de agosto de 2012 16:44
>
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>
> Assunto: [ciencialist] Nova Biografia de Einstein
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
> Acaba de sair.
>
>
>
> Ver:
>
>
>
> http://www.novoseculo.com.br/produtos_descricao.asp?lang=pt_BR&codigo_produto=67\
>
> 4&codigo_marca=0
>
> Ficha tecnica:
>
>
>
> TÍTULO: EINSTEIN: UMA BIOGRAFIA
>
> TÍTULO ORIGINAL: EINSTEIN: EINE BIOGRAPHIE
>
> AUTOR: Jurgen Neffe
>
> TRADUTOR: Ines Antonia Lohbauer
>
> ISBN: 9788576797210
>
> IDIOMA: Português
>
> ENCADERNAÇÃO: Brochura
>
> FORMATO: 16 x 23
>
> PÁGINAS: 528
>
> ANO DE EDIÇÃO: 2012
>
> EDIÇÃO: 1ª
>
> EDITORA: Novo Século
>
> PREÇO: R$ 49,90 (pelo site da Travessa, R$ 34,90 em até 3x sem juros)
>
>
>
> Esta' sendo lancada formalmente na Bienal do Livro em SP.
>
>
>
> Mais ou menos recentemente ja' haviam saido duas outras biografias de Einstein
>
> no Brasil:
>
>
>
> Einstein: Sua Vida, Seu Universo, de Walter Isaacson (Companhia das Letras,
>
> 2007)
>
>
>
> (mais enfase no homem, com a ciencia mais como fundo)
>
>
>
> e
>
>
>
> SUTIL E O SENHOR...A CIENCIA E A VIDA DE ALBERT EINSTEIN, de Abraham Pais (NOVA
>
> FRONTEIRA, 1995 - 3 edicoes).
>
>
>
> (grande enfase na ciencia, embora sem descuidar do homem)
>
>
>
> Ja' li as duas primeiras e comprei ha' alguns dias a terceira, objeto deste
> subject.
>
>
>
> Comecei a ler. Ja' no primeiro capitulo da' pra ver q Neffe foi mais fundo em
>
> tentar mostrar um Einstein mais verdadeiro, menos 'polido' q o mostrado nas
> duas
>
> primeiras biografias, talvez muito reverenciais - ja' descobri nesse inicio
>
> coisas sobre Einstein q nao foram reveladas nos dois primeiros livros - e pelo
> q
>
> folheei, tb da' pra ver q a parte cientifica tb foi bem cuidada. Mas vai ser
>
> dificil superar o tour de force de Pais ao contar a historia de como Einstein
>
> desenvolveu e concluiu a Teoria Geral da Relatividade.
>
>
>
> Fica a dica.
>
>
>
> Abs,
>
> Eduardo Torres
>
>
>
> PS: Embora o livro nao tenha registrado explicitamente nos creditos um 'revisor
> tecnico' (sempre util nesse tipo de obra), ja' vi q pelo menos a Teoria da
> Relatividade Restrita e' chamada de Restrita mesmo, como e' o correto em
> portugues, em vez de 'Especial' (traducao descuidada de 'Special', como e'
> chamada em ingles). Tenho esperanca q tenha havido revisao tecnica, ainda q nao
> creditada.
>



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Cotas: desempenho na UFBA
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/08/2012 10:48

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Thiago Guimarães
> [Takata disse:]
> > Partir do assumido desconhecimento da existência dos estudos para
> > sua desqualificação, na verdade, acaba por ter o efeito de
> > desqualificar o próprio negacionista.

> Na verdade, é necessário qualificar tais hipóteses ou teses, não
> desqualificá-las sumária e gratuitamente.

Estou falando dos *estudos* sobre a hipótese, não da hipótese.

O que alguns fizeram aqui na lista é a desqualificação do estudo sem nem ao menos lê-lo ou saber qualquer detalhe. Simplesmente porque os resultados contradiziam aquilo em que se acreditava.

Agir assim faz com que não se tenha nenhuma moral para se criticar os supersticiosos e misticoides que rejeitam os estudos científicos que contrariam suas doutrinas.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Cotas (ou ações afirmativas) x melhoria da educação de base: falsa dicotomia
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/08/2012 11:09

Não é raro, é regra que quase sempre que se discute a questão das cotas e ações afirmativas no acesso à educação superior, os contrários a tais ações (ou especificamente às cotas) brandam o argumento que se deve investir na melhoria da educação.

Como se fazer uma coisa impedisse a realização da outra sabe se lá por que meio real. Insinuam alguma coisa como um efeito de tapa-buraco que faz com que se deixe pra lá a solução mais definitiva. Oras, como se, ao surgir um buraco de verdade no meio de uma rodovia, não se precisasse tapá-lo efetivamente, dizendo coisa como: "precisamos investir é na melhoria da malha viária brasileira".

Dizer: cotas não são a solução dos problemas educacionais é chover no molhado. Não é a solução e nem pretende ser. Mas não é isso que faz com que elas deixem (ou não) de ser necessárias.

Há *agora* uma geração de pessoas com potencial, porém com uma barreira de acesso à universidade. Medidas de melhoria da educação de base, necessárias o quanto sejam, não irão beneficiá-las.

Existe um leque de ações afirmativas que podem ser - e são - aplicadas nesse sentido: cursinhos especiais, sistema de bonificação no processo seletivo, programas de divulgação (outreaching), etc, etc.

Cotas são uma das opções possíveis. Merecem ser estudadas e estão sendo estudadas.

Do ponto de vista jurídico, o STF botou uma pedra no assunto: *são* constitucionais. Do ponto de vista pragmático, estão há 10 anos aí, não causaram nenhum desastre (faltam os estudos sobre a efetiva inclusão socioeconômica dos beneficiados).

Repito: independentemente da posição, pró ou contra cotas, não podemos ignorar os dados que já existem.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Nova Biografia de Einstein
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/08/2012 11:36

Sobre Newton,
 
Já li alguns autores questionando o seu caráter, inclusive acusando-o de ser sádico.
 
Abs
Felipe
 
De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Terça-feira, 14 de Agosto de 2012 4:49
Assunto: RES: [ciencialist] Nova Biografia de Einstein
 
Curioso, mas, parece, não há  relatos da vida pessoal de Newton ou Lebniz, por exemplo. Ao menos, não conheço. Já li declarações sobre Newton,  creio que sem fundamento, numa das quais joguei umas pedras no declarante, tão indignado fiquei, atitude igualmente sem fundamento. Sò à base da paixão e por achar que pessoas assim não cometem certos desvios, humanos e...tão comuns hoje em dia.
 
Você conhece algo a respeito?
 
Não que eu tenha interesse...tendo...
 
 
Sds,
Victor.
 
 
 
 
De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Alvaro Augusto (L)
Enviada em: terça-feira, 14 de agosto de 2012 02:54
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Nova Biografia de Einstein
 
 
Olá Victor,

Einstein sempre se definiu como um "espírito livre" e demorou muito tempo, bem depois da abertura das cartas dele, para os biógrafos se darem conta de que, no campo sexual, isso significava, digamos, "galinha". Eu fiquei sinceramente aliviado ao saber disso, pois o Einstein dos anos 80, talvez um pouco mais, era quase um santo. Isso pode parecer não ter nada a ver com o lado científico, mas não estou totalmente convencido disso.

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 13/08/2012 21:55, JVictor escreveu:
Olá, Eduardo
 
Não li o primeiro dos que vc listou, do Neffe. Folhei-o na Livraria Cultura. Mas, confesso, pelo que vi, não me interessei muito. Reputo a obra de Pais como a melhor entre as melhores, e ela, por si só, basta. A parte pessoal, não científica,não é muito diferente de tantos outros cientistas brilhantes, ou não.  Bem, mas a intervenção é para dizer que, há alguns meses, ganhei um livro de presente, com o seguinte título: Viajando com o cérebro de Einstein, de uma certa jornalista Carolyn Abraham.  Também, este, não o li todo. Apenas partes que mais me chamaram a atenção naquelas folheadas que dei.  Trata da saga da investigação dos caminhos seguidos pelo cérebro de Einstein, em busca de uma explicação neurocientífica para sua genialidade. Das análises, testes e que tais,  em pedaços de sua massa encefálica, etc.  Que, naturalmente, deram em nada. Achei infantilidade e...burrice em busca de sensacionalismo. Não se pode encontrar nada referente a inteligência ou não em pedaços do cérebro, matéria morta. O software apaga quando os oinhos são fechados para  sempre...
Mas nesse livro, também, há revelações curiosas, sobre sua vida pessoal, e até segredos, que deveriam permanecer como tal.
Por exemplo, no Cap.11, lê-se o seguinte(os negritados entre parêntesis são por conta de minha maldade incontrolável...):
 
“Quando Einstein era jovem e bonito, seu cabelo um mar de ondas negras, ele flertava como um francês e escrevia bilhetes de amor doces o bastante pra provocar cáries nos dentes. “Enlouquecido de desejo”, escreveu a Mileva em 1900: “Enquanto pensava em sua garota/Seu travesseiro pega fogo”(Aquí, matreiramente, buscava obter um “valesinho” adiantado...e obteve.) Mas o fogo se espalhou bem para além do leito nupcial. O cientista era conhecido por piscar os olhos, sorrir e ficar completamente fascinado à mera visão de uma garota amassando pão. Janos Plesh, médico e amigo de Einstein em Berlim, estava consciente das ocupações carnais do jovem físico “pouco seletivo” que se perguntava se a sífilis não teria acabado o matando. O filho de Plesh, Peter, disse aos biógrafos de Einstein, Roger Highfiel e Paulo Carter, que “Einstein adorava mulheres, e quanto mais comuns, ardentes e suadas elas fossem, mas ele gostava delas”.(Bem, well, well...).
 Nesse mesmo capítulo, há outras declarações de que o homem era mesmo mulherengo, para não dizer muito...ranãoseiqueiro... Ops, o homem era humano, também.
 
Em resumo,  tenho-o em minha biblioteca em face da “doação”. Mas não o compraria, como não mais comprarei nenhum outro nessa linha, quase que puramente pessoal e reveladora de segredos que, não me interessam.
(É, mais vez outra, dou uma folheadazinha atrás de mais patifarias...)
 
Sds,
Victor.
 
 
 
 
 
 
De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Eduardo Torres
Enviada em: segunda-feira, 13 de agosto de 2012 16:44
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Nova Biografia de Einstein
 
 
Acaba de sair.

Ver:

http://www.novoseculo.com.br/produtos_descricao.asp?lang=pt_BR&codigo_produto=67\
4&codigo_marca=0

Ficha tecnica:

TÍTULO: EINSTEIN: UMA BIOGRAFIA
TÍTULO ORIGINAL: EINSTEIN: EINE BIOGRAPHIE
AUTOR: Jurgen Neffe
TRADUTOR: Ines Antonia Lohbauer
ISBN: 9788576797210
IDIOMA: Português
ENCADERNAÇÃO: Brochura
FORMATO: 16 x 23
PÁGINAS: 528
ANO DE EDIÇÃO: 2012
EDIÇÃO: 1ª
EDITORA: Novo Século
PREÇO: R$ 49,90 (pelo site da Travessa, R$ 34,90 em até 3x sem juros)

Esta' sendo lancada formalmente na Bienal do Livro em SP.

Mais ou menos recentemente ja' haviam saido duas outras biografias de Einstein
no Brasil:

Einstein: Sua Vida, Seu Universo, de Walter Isaacson (Companhia das Letras,
2007)

(mais enfase no homem, com a ciencia mais como fundo)

e

SUTIL E O SENHOR...A CIENCIA E A VIDA DE ALBERT EINSTEIN, de Abraham Pais (NOVA
FRONTEIRA, 1995 - 3 edicoes).

(grande enfase na ciencia, embora sem descuidar do homem)

Ja' li as duas primeiras e comprei ha' alguns dias a terceira, objeto deste subject.

Comecei a ler. Ja' no primeiro capitulo da' pra ver q Neffe foi mais fundo em
tentar mostrar um Einstein mais verdadeiro, menos 'polido' q o mostrado nas duas
primeiras biografias, talvez muito reverenciais - ja' descobri nesse inicio
coisas sobre Einstein q nao foram reveladas nos dois primeiros livros - e pelo q
folheei, tb da' pra ver q a parte cientifica tb foi bem cuidada. Mas vai ser
dificil superar o tour de force de Pais ao contar a historia de como Einstein
desenvolveu e concluiu a Teoria Geral da Relatividade.

Fica a dica.

Abs,
Eduardo Torres

PS: Embora o livro nao tenha registrado explicitamente nos creditos um 'revisor tecnico' (sempre util nesse tipo de obra), ja' vi q pelo menos a Teoria da Relatividade Restrita e' chamada de Restrita mesmo, como e' o correto em portugues, em vez de 'Especial' (traducao descuidada de 'Special', como e' chamada em ingles). Tenho esperanca q tenha havido revisao tecnica, ainda q nao creditada.
 
 

SUBJECT: RES: [ciencialist] Cotas (ou ações afirmativas) x melhoria da educação de base: falsa dicotomia
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/08/2012 13:12

Roberto: Como se fazer uma coisa impedisse a realização da outra sabe se lá por que meio real. Insinuam alguma coisa como um efeito de tapa-buraco que faz com que se deixe pra lá a solução mais definitiva. Oras, como se, ao surgir um buraco de verdade no meio de uma rodovia, não se precisasse tapá-lo efetivamente, dizendo coisa como: "precisamos investir é na melhoria da malha viária brasileira".
Dizer: cotas não são a solução dos problemas educacionais é chover no molhado. Não é a solução e nem pretende ser. Mas não é isso que faz com que elas deixem (ou não) de ser necessárias.

Victor:  Este seu argumento me fez repensar algumas coisas, preconceituosamente instaladas em mim.  Reconheço.   Nesse sentido, você tem razão, vejo agora.  A “solução” atual deverá ser considerada, então, mais como um paliativo fortuito, como o patinho feio dessa história.  Partindo do princípio de que uma solução nos moldes que imagino é utópica – e evidentemente é -,  inatingível(já que não se conseguiu muito até o momento, daí a razão desses atalhos), é melhor isso  que nada. É lamentável,  mas...

Deve ser a capacidade administrativa dos  gestores encarregados que,  associada às ingerências políticas, que não priorizam, de fato, coisas do tipo, acaba ficando do tamanho da  incompetência para o mister. Até mesmo idealistas,  como Paulo Freire, que tinha idéias avançadas a esse respeito,  foram relegados a um esquecimento, de conveniência duvidosa.  Acredito que o seu método poderia ter sido empregado, tal como ensinava. Acredito que se as lideranças e gestores educacionais, com aquilo roxo,  tivessem sido persistentes, e fossem avante com garra e coragem, com o amor de que morre, talvez, hoje, nem fosse preciso coisas como cotas e que tais.

 

Mas não sou educador, como muito de vocês,  nem tenho proficiência nesses assuntos e conhecimento adequado das histórias subjacentes. Portanto, trata-se apenas de opinião achométrica.

Que não sou de ferro.

 

Sds,

Victor.

 

 

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de roberto
Enviada em: terça-feira, 14 de agosto de 2012 15:10
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Cotas (ou ações afirmativas) x melhoria da educação de base: falsa dicotomia

 

 

Não é raro, é regra que quase sempre que se discute a questão das cotas e ações afirmativas no acesso à educação superior, os contrários a tais ações (ou especificamente às cotas) brandam o argumento que se deve investir na melhoria da educação.

Como se fazer uma coisa impedisse a realização da outra sabe se lá por que meio real. Insinuam alguma coisa como um efeito de tapa-buraco que faz com que se deixe pra lá a solução mais definitiva. Oras, como se, ao surgir um buraco de verdade no meio de uma rodovia, não se precisasse tapá-lo efetivamente, dizendo coisa como: "precisamos investir é na melhoria da malha viária brasileira".

Dizer: cotas não são a solução dos problemas educacionais é chover no molhado. Não é a solução e nem pretende ser. Mas não é isso que faz com que elas deixem (ou não) de ser necessárias.

Há *agora* uma geração de pessoas com potencial, porém com uma barreira de acesso à universidade. Medidas de melhoria da educação de base, necessárias o quanto sejam, não irão beneficiá-las.

Existe um leque de ações afirmativas que podem ser - e são - aplicadas nesse sentido: cursinhos especiais, sistema de bonificação no processo seletivo, programas de divulgação (outreaching), etc, etc.

Cotas são uma das opções possíveis. Merecem ser estudadas e estão sendo estudadas.

Do ponto de vista jurídico, o STF botou uma pedra no assunto: *são* constitucionais. Do ponto de vista pragmático, estão há 10 anos aí, não causaram nenhum desastre (faltam os estudos sobre a efetiva inclusão socioeconômica dos beneficiados).

Repito: independentemente da posição, pró ou contra cotas, não podemos ignorar os dados que já existem.

[]s,

Roberto Takata


SUBJECT: Re: [ciencialist] Nova Biografia de Einstein
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/08/2012 21:06

Eu li esse livro de Rohden quando era adolescente, desejava saber mais sobre Einstein, mas era muito difícil importar livros. Não sei se o leria novamente. Rohden vale-se do fato de ter conhecido Einstein, quando bolsista em Pricenton, entre 1945 e 1946, mas vai na linha de "homem santo", que hoje não "cola" mais. Por exemplo, na página 107 ele escreve:

"Quando, em 1933, Einstein chegou a Princeton, a Universidade o convidou para Professor de Matemática. O Reitor perguntou-lhe qual a mensalidade que pretendia receber. Einstein respondeu que mandaria uma carta.

Mas, quando a carta chegou, o Conselho Universitário resolveu não aceitar a mensalidade solicitada, mas exigiu que ele recebesse uma mensalidade três vezes maior do que pedira, porque a Universidade de Princeton se desmoralizaria se pagasse a um professor aquela insignificência.
"

Aquilo que Rohden chama de "mensalidade" é, naturalmente, o salário. De qualquer forma, a passagem acima simplesmente não pode ser verdade, pois Einstein era conhecido como um negociador de salários muito duro (afinal, ele era judeu!).

Em outros lugares Rohden comete erros mais sérios, ao dizer, por exemplo, que Einstein aboliu os conceitos de espaço e de tempo. Além disso, o livro está longe de ser uma biografia, aproximando-se mais de uma exposição da filosofia "univérsica" de Rohden, usando algo do pensamento einsteiniano como pano de fundo.

[ ]s

Alvaro Augusto

Em 14/08/2012 00:00, Thiago Guimarães escreveu:

Obrigado pela dica.

Algum de vocês conhece e tem algo a dizer do livro:

Einstein - O enigma do Universo
Do brasileiro Humberto Rohden.

Despertou-me grande interesse.

Thiago



To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: j.victor.neto@uol.com.br
Date: Mon, 13 Aug 2012 21:55:14 -0300
Subject: RES: [ciencialist] Nova Biografia de Einstein

 

Olá, Eduardo

 

Não li o primeiro dos que vc listou, do Neffe. Folhei-o na Livraria Cultura. Mas, confesso, pelo que vi, não me interessei muito. Reputo a obra de Pais como a melhor entre as melhores, e ela, por si só, basta. A parte pessoal, não científica,não é muito diferente de tantos outros cientistas brilhantes, ou não.  Bem, mas a intervenção é para dizer que, há alguns meses, ganhei um livro de presente, com o seguinte título: Viajando com o cérebro de Einstein, de uma certa jornalista Carolyn Abraham.  Também, este, não o li todo. Apenas partes que mais me chamaram a atenção naquelas folheadas que dei.  Trata da saga da investigação dos caminhos seguidos pelo cérebro de Einstein, em busca de uma explicação neurocientífica para sua genialidade. Das análises, testes e que tais,  em pedaços de sua massa encefálica, etc.  Que, naturalmente, deram em nada. Achei infantilidade e...burrice em busca de sensacionalismo. Não se pode encontrar nada referente a inteligência ou não em pedaços do cérebro, matéria morta. O software apaga quando os oinhos são fechados para  sempre...

Mas nesse livro, também, há revelações curiosas, sobre sua vida pessoal, e até segredos, que deveriam permanecer como tal.

Por exemplo, no Cap.11, lê-se o seguinte(os negritados entre parêntesis são por conta de minha maldade incontrolável...):

 

“Quando Einstein era jovem e bonito, seu cabelo um mar de ondas negras, ele flertava como um francês e escrevia bilhetes de amor doces o bastante pra provocar cáries nos dentes. “Enlouquecido de desejo”, escreveu a Mileva em 1900: “Enquanto pensava em sua garota/Seu travesseiro pega fogo”(Aquí, matreiramente, buscava obter um “valesinho” adiantado...e obteve.) Mas o fogo se espalhou bem para além do leito nupcial. O cientista era conhecido por piscar os olhos, sorrir e ficar completamente fascinado à mera visão de uma garota amassando pão. Janos Plesh, médico e amigo de Einstein em Berlim, estava consciente das ocupações carnais do jovem físico “pouco seletivo” que se perguntava se a sífilis não teria acabado o matando. O filho de Plesh, Peter, disse aos biógrafos de Einstein, Roger Highfiel e Paulo Carter, que “Einstein adorava mulheres, e quanto mais comuns, ardentes e suadas elas fossem, mas ele gostava delas”.(Bem, well, well...).

 Nesse mesmo capítulo, há outras declarações de que o homem era mesmo mulherengo, para não dizer muito...ranãoseiqueiro... Ops, o homem era humano, também.

 

Em resumo,  tenho-o em minha biblioteca em face da “doação”. Mas não o compraria, como não mais comprarei nenhum outro nessa linha, quase que puramente pessoal e reveladora de segredos que, não me interessam.

(É, mais vez outra, dou uma folheadazinha atrás de mais patifarias...)

 

Sds,

Victor.

 

 

 

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Eduardo Torres
Enviada em: segunda-feira, 13 de agosto de 2012 16:44
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Nova Biografia de Einstein

 

 

Acaba de sair.

Ver:

http://www.novoseculo.com.br/produtos_descricao.asp?lang=pt_BR&codigo_produto=67\
4&codigo_marca=0

Ficha tecnica:

TÍTULO: EINSTEIN: UMA BIOGRAFIA
TÍTULO ORIGINAL: EINSTEIN: EINE BIOGRAPHIE
AUTOR: Jurgen Neffe
TRADUTOR: Ines Antonia Lohbauer
ISBN: 9788576797210
IDIOMA: Português
ENCADERNAÇÃO: Brochura
FORMATO: 16 x 23
PÁGINAS: 528
ANO DE EDIÇÃO: 2012
EDIÇÃO: 1ª
EDITORA: Novo Século
PREÇO: R$ 49,90 (pelo site da Travessa, R$ 34,90 em até 3x sem juros)

Esta' sendo lancada formalmente na Bienal do Livro em SP.

Mais ou menos recentemente ja' haviam saido duas outras biografias de Einstein
no Brasil:

Einstein: Sua Vida, Seu Universo, de Walter Isaacson (Companhia das Letras,
2007)

(mais enfase no homem, com a ciencia mais como fundo)

e

SUTIL E O SENHOR...A CIENCIA E A VIDA DE ALBERT EINSTEIN, de Abraham Pais (NOVA
FRONTEIRA, 1995 - 3 edicoes).

(grande enfase na ciencia, embora sem descuidar do homem)

Ja' li as duas primeiras e comprei ha' alguns dias a terceira, objeto deste subject.

Comecei a ler. Ja' no primeiro capitulo da' pra ver q Neffe foi mais fundo em
tentar mostrar um Einstein mais verdadeiro, menos 'polido' q o mostrado nas duas
primeiras biografias, talvez muito reverenciais - ja' descobri nesse inicio
coisas sobre Einstein q nao foram reveladas nos dois primeiros livros - e pelo q
folheei, tb da' pra ver q a parte cientifica tb foi bem cuidada. Mas vai ser
dificil superar o tour de force de Pais ao contar a historia de como Einstein
desenvolveu e concluiu a Teoria Geral da Relatividade.

Fica a dica.

Abs,
Eduardo Torres

PS: Embora o livro nao tenha registrado explicitamente nos creditos um 'revisor tecnico' (sempre util nesse tipo de obra), ja' vi q pelo menos a Teoria da Relatividade Restrita e' chamada de Restrita mesmo, como e' o correto em portugues, em vez de 'Especial' (traducao descuidada de 'Special', como e' chamada em ingles). Tenho esperanca q tenha havido revisao tecnica, ainda q nao creditada.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Nova Biografia de Einstein
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/08/2012 21:10

De Leibnitz conheço pouquíssimo. Já Newton não era realmente pessoa agradável: cruel contra seus inimigos, amigo apenas de quem o admirava, misógino ao extremo. Não gostaria de conhecê-lo...

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 14/08/2012 04:49, JVictor escreveu:

Curioso, mas, parece, não há  relatos da vida pessoal de Newton ou Lebniz, por exemplo. Ao menos, não conheço. Já li declarações sobre Newton,  creio que sem fundamento, numa das quais joguei umas pedras no declarante, tão indignado fiquei, atitude igualmente sem fundamento. Sò à base da paixão e por achar que pessoas assim não cometem certos desvios, humanos e...tão comuns hoje em dia.

 

Você conhece algo a respeito?

 

Não que eu tenha interesse...tendo...

 

 

Sds,

Victor.

 

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Alvaro Augusto (L)
Enviada em: terça-feira, 14 de agosto de 2012 02:54
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Nova Biografia de Einstein

 

 

Olá Victor,

Einstein sempre se definiu como um "espírito livre" e demorou muito tempo, bem depois da abertura das cartas dele, para os biógrafos se darem conta de que, no campo sexual, isso significava, digamos, "galinha". Eu fiquei sinceramente aliviado ao saber disso, pois o Einstein dos anos 80, talvez um pouco mais, era quase um santo. Isso pode parecer não ter nada a ver com o lado científico, mas não estou totalmente convencido disso.

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 13/08/2012 21:55, JVictor escreveu:

Olá, Eduardo

 

Não li o primeiro dos que vc listou, do Neffe. Folhei-o na Livraria Cultura. Mas, confesso, pelo que vi, não me interessei muito. Reputo a obra de Pais como a melhor entre as melhores, e ela, por si só, basta. A parte pessoal, não científica,não é muito diferente de tantos outros cientistas brilhantes, ou não.  Bem, mas a intervenção é para dizer que, há alguns meses, ganhei um livro de presente, com o seguinte título: Viajando com o cérebro de Einstein, de uma certa jornalista Carolyn Abraham.  Também, este, não o li todo. Apenas partes que mais me chamaram a atenção naquelas folheadas que dei.  Trata da saga da investigação dos caminhos seguidos pelo cérebro de Einstein, em busca de uma explicação neurocientífica para sua genialidade. Das análises, testes e que tais,  em pedaços de sua massa encefálica, etc.  Que, naturalmente, deram em nada. Achei infantilidade e...burrice em busca de sensacionalismo. Não se pode encontrar nada referente a inteligência ou não em pedaços do cérebro, matéria morta. O software apaga quando os oinhos são fechados para  sempre...

Mas nesse livro, também, há revelações curiosas, sobre sua vida pessoal, e até segredos, que deveriam permanecer como tal.

Por exemplo, no Cap.11, lê-se o seguinte(os negritados entre parêntesis são por conta de minha maldade incontrolável...):

 

“Quando Einstein era jovem e bonito, seu cabelo um mar de ondas negras, ele flertava como um francês e escrevia bilhetes de amor doces o bastante pra provocar cáries nos dentes. “Enlouquecido de desejo”, escreveu a Mileva em 1900: “Enquanto pensava em sua garota/Seu travesseiro pega fogo”(Aquí, matreiramente, buscava obter um “valesinho” adiantado...e obteve.) Mas o fogo se espalhou bem para além do leito nupcial. O cientista era conhecido por piscar os olhos, sorrir e ficar completamente fascinado à mera visão de uma garota amassando pão. Janos Plesh, médico e amigo de Einstein em Berlim, estava consciente das ocupações carnais do jovem físico “pouco seletivo” que se perguntava se a sífilis não teria acabado o matando. O filho de Plesh, Peter, disse aos biógrafos de Einstein, Roger Highfiel e Paulo Carter, que “Einstein adorava mulheres, e quanto mais comuns, ardentes e suadas elas fossem, mas ele gostava delas”.(Bem, well, well...).

 Nesse mesmo capítulo, há outras declarações de que o homem era mesmo mulherengo, para não dizer muito...ranãoseiqueiro... Ops, o homem era humano, também.

 

Em resumo,  tenho-o em minha biblioteca em face da “doação”. Mas não o compraria, como não mais comprarei nenhum outro nessa linha, quase que puramente pessoal e reveladora de segredos que, não me interessam.

(É, mais vez outra, dou uma folheadazinha atrás de mais patifarias...)

 

Sds,

Victor.

 

 

 

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Eduardo Torres
Enviada em: segunda-feira, 13 de agosto de 2012 16:44
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Nova Biografia de Einstein

 

 

Acaba de sair.

Ver:

http://www.novoseculo.com.br/produtos_descricao.asp?lang=pt_BR&codigo_produto=67\
4&codigo_marca=0

Ficha tecnica:

TÍTULO: EINSTEIN: UMA BIOGRAFIA
TÍTULO ORIGINAL: EINSTEIN: EINE BIOGRAPHIE
AUTOR: Jurgen Neffe
TRADUTOR: Ines Antonia Lohbauer
ISBN: 9788576797210
IDIOMA: Português
ENCADERNAÇÃO: Brochura
FORMATO: 16 x 23
PÁGINAS: 528
ANO DE EDIÇÃO: 2012
EDIÇÃO: 1ª
EDITORA: Novo Século
PREÇO: R$ 49,90 (pelo site da Travessa, R$ 34,90 em até 3x sem juros)

Esta' sendo lancada formalmente na Bienal do Livro em SP.

Mais ou menos recentemente ja' haviam saido duas outras biografias de Einstein
no Brasil:

Einstein: Sua Vida, Seu Universo, de Walter Isaacson (Companhia das Letras,
2007)

(mais enfase no homem, com a ciencia mais como fundo)

e

SUTIL E O SENHOR...A CIENCIA E A VIDA DE ALBERT EINSTEIN, de Abraham Pais (NOVA
FRONTEIRA, 1995 - 3 edicoes).

(grande enfase na ciencia, embora sem descuidar do homem)

Ja' li as duas primeiras e comprei ha' alguns dias a terceira, objeto deste subject.

Comecei a ler. Ja' no primeiro capitulo da' pra ver q Neffe foi mais fundo em
tentar mostrar um Einstein mais verdadeiro, menos 'polido' q o mostrado nas duas
primeiras biografias, talvez muito reverenciais - ja' descobri nesse inicio
coisas sobre Einstein q nao foram reveladas nos dois primeiros livros - e pelo q
folheei, tb da' pra ver q a parte cientifica tb foi bem cuidada. Mas vai ser
dificil superar o tour de force de Pais ao contar a historia de como Einstein
desenvolveu e concluiu a Teoria Geral da Relatividade.

Fica a dica.

Abs,
Eduardo Torres

PS: Embora o livro nao tenha registrado explicitamente nos creditos um 'revisor tecnico' (sempre util nesse tipo de obra), ja' vi q pelo menos a Teoria da Relatividade Restrita e' chamada de Restrita mesmo, como e' o correto em portugues, em vez de 'Especial' (traducao descuidada de 'Special', como e' chamada em ingles). Tenho esperanca q tenha havido revisao tecnica, ainda q nao creditada.




SUBJECT: Apaga tudo prá começar de novo.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/08/2012 22:48

Conhecem o Miles Mathis?

 Trata dos grandes “erros” da física e da matemática.  

Que ele descobriu, e que diz como consertar.

Vejam no endereço abaixo.

Só li as manchetes. Não tive coragem de ir para as letras miúdas.

 

 

http://milesmathis.com/index.html

 

Depois não digam que não avisei!

 

Sds,

Victor.

 


SUBJECT: Aquecimento global
FROM: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/08/2012 00:07

Pequeno artigo sobre o aquecimento global,
com algumas falas do pesquisador José Antonio Marengo Orsini,
do INPE:

http://imgur.com/a/WqIhZ#0

Obs.: Disseram-me que saiu na revista Cálculo, número 19
(acho que é o número que está atualmente nas bancas)

Paulo


SUBJECT: RES: [ciencialist] Nova Biografia de Einstein
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/08/2012 09:04

É. Realmente, parece que Newton tinha umas esquesitices muito esquesitas prá demais da conta.  Conta-se que, por exemplo, Newton teria enfiado uma agulha na órbita do olho ou que teria, noutro “experimento”, olhado muito tempo para o sol, com os oinhos abertos,  sem proteção, só para ver o que aconteceria em ambos os casos! (Dizem que o último “experimento” valeu-lhe uns dias num quarto escuro, para aplacar os efeitos da sandice). Putz!

Quanto a namoradas, alguém na internet(Wikipédia) informou que, talvez, parece, suspeita-se, mas certeza inexiste,  que teve uma, de nome Anne Storer, filha de um conhecido comerciante da praça.

 

Particularmente, acho isso(a loucura da agulha e da observação do sol)  tão absurdo que não acredito que tenha sido verdade, embora haja relatos. Sei lá, talvez inventado, como parte de um conjunto de lendas, para enaltecer a figura do cientista. Mas que não enaltece.Seria decepcionante, se verdadeiro fosse. Quem faz algo do tipo, poderia muito bem tomar algum tipo de veneno para provar sua eficácia. Mas sabemos que ele morreu de causas naturais, impostas pelo avançar do tempo, inexorável em suas ações.

De qualquer maneira, com lenda ou sem lenda, Newton foi, e continua sendo, simplesmente isto: o cara!

 

Sds,

Victor.

 

 

 

 

 

 

Eu me sinto um NADA quando olho uma matéria dessa...dá uma tristeza, pow, saber que um ser humano (que não tinha o que fazer, é verdade, porque ninguém em sã consciência vai pegar uma agulha e enfiar na órbita do olho pra vê o que acontece) possa produzir algo assim.
ABSURDO, porém perfeito!

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Alvaro Augusto (L)
Enviada em: terça-feira, 14 de agosto de 2012 21:11
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Nova Biografia de Einstein

 

 

De Leibnitz conheço pouquíssimo. Já Newton não era realmente pessoa agradável: cruel contra seus inimigos, amigo apenas de quem o admirava, misógino ao extremo. Não gostaria de conhecê-lo...

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 14/08/2012 04:49, JVictor escreveu:

Curioso, mas, parece, não há  relatos da vida pessoal de Newton ou Lebniz, por exemplo. Ao menos, não conheço. Já li declarações sobre Newton,  creio que sem fundamento, numa das quais joguei umas pedras no declarante, tão indignado fiquei, atitude igualmente sem fundamento. Sò à base da paixão e por achar que pessoas assim não cometem certos desvios, humanos e...tão comuns hoje em dia.

 

Você conhece algo a respeito?

 

Não que eu tenha interesse...tendo...

 

 

Sds,

Victor.

 

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Alvaro Augusto (L)
Enviada em: terça-feira, 14 de agosto de 2012 02:54
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Nova Biografia de Einstein

 

 

Olá Victor,

Einstein sempre se definiu como um "espírito livre" e demorou muito tempo, bem depois da abertura das cartas dele, para os biógrafos se darem conta de que, no campo sexual, isso significava, digamos, "galinha". Eu fiquei sinceramente aliviado ao saber disso, pois o Einstein dos anos 80, talvez um pouco mais, era quase um santo. Isso pode parecer não ter nada a ver com o lado científico, mas não estou totalmente convencido disso.

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 13/08/2012 21:55, JVictor escreveu:

Olá, Eduardo

 

Não li o primeiro dos que vc listou, do Neffe. Folhei-o na Livraria Cultura. Mas, confesso, pelo que vi, não me interessei muito. Reputo a obra de Pais como a melhor entre as melhores, e ela, por si só, basta. A parte pessoal, não científica,não é muito diferente de tantos outros cientistas brilhantes, ou não.  Bem, mas a intervenção é para dizer que, há alguns meses, ganhei um livro de presente, com o seguinte título: Viajando com o cérebro de Einstein, de uma certa jornalista Carolyn Abraham.  Também, este, não o li todo. Apenas partes que mais me chamaram a atenção naquelas folheadas que dei.  Trata da saga da investigação dos caminhos seguidos pelo cérebro de Einstein, em busca de uma explicação neurocientífica para sua genialidade. Das análises, testes e que tais,  em pedaços de sua massa encefálica, etc.  Que, naturalmente, deram em nada. Achei infantilidade e...burrice em busca de sensacionalismo. Não se pode encontrar nada referente a inteligência ou não em pedaços do cérebro, matéria morta. O software apaga quando os oinhos são fechados para  sempre...

Mas nesse livro, também, há revelações curiosas, sobre sua vida pessoal, e até segredos, que deveriam permanecer como tal.

Por exemplo, no Cap.11, lê-se o seguinte(os negritados entre parêntesis são por conta de minha maldade incontrolável...):

 

“Quando Einstein era jovem e bonito, seu cabelo um mar de ondas negras, ele flertava como um francês e escrevia bilhetes de amor doces o bastante pra provocar cáries nos dentes. “Enlouquecido de desejo”, escreveu a Mileva em 1900: “Enquanto pensava em sua garota/Seu travesseiro pega fogo”(Aquí, matreiramente, buscava obter um “valesinho” adiantado...e obteve.) Mas o fogo se espalhou bem para além do leito nupcial. O cientista era conhecido por piscar os olhos, sorrir e ficar completamente fascinado à mera visão de uma garota amassando pão. Janos Plesh, médico e amigo de Einstein em Berlim, estava consciente das ocupações carnais do jovem físico “pouco seletivo” que se perguntava se a sífilis não teria acabado o matando. O filho de Plesh, Peter, disse aos biógrafos de Einstein, Roger Highfiel e Paulo Carter, que “Einstein adorava mulheres, e quanto mais comuns, ardentes e suadas elas fossem, mas ele gostava delas”.(Bem, well, well...).

 Nesse mesmo capítulo, há outras declarações de que o homem era mesmo mulherengo, para não dizer muito...ranãoseiqueiro... Ops, o homem era humano, também.

 

Em resumo,  tenho-o em minha biblioteca em face da “doação”. Mas não o compraria, como não mais comprarei nenhum outro nessa linha, quase que puramente pessoal e reveladora de segredos que, não me interessam.

(É, mais vez outra, dou uma folheadazinha atrás de mais patifarias...)

 

Sds,

Victor.

 

 

 

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Eduardo Torres
Enviada em: segunda-feira, 13 de agosto de 2012 16:44
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Nova Biografia de Einstein

 

 

Acaba de sair.

Ver:

http://www.novoseculo.com.br/produtos_descricao.asp?lang=pt_BR&codigo_produto=67\
4&codigo_marca=0

Ficha tecnica:

TÍTULO: EINSTEIN: UMA BIOGRAFIA
TÍTULO ORIGINAL: EINSTEIN: EINE BIOGRAPHIE
AUTOR: Jurgen Neffe
TRADUTOR: Ines Antonia Lohbauer
ISBN: 9788576797210
IDIOMA: Português
ENCADERNAÇÃO: Brochura
FORMATO: 16 x 23
PÁGINAS: 528
ANO DE EDIÇÃO: 2012
EDIÇÃO: 1ª
EDITORA: Novo Século
PREÇO: R$ 49,90 (pelo site da Travessa, R$ 34,90 em até 3x sem juros)

Esta' sendo lancada formalmente na Bienal do Livro em SP.

Mais ou menos recentemente ja' haviam saido duas outras biografias de Einstein
no Brasil:

Einstein: Sua Vida, Seu Universo, de Walter Isaacson (Companhia das Letras,
2007)

(mais enfase no homem, com a ciencia mais como fundo)

e

SUTIL E O SENHOR...A CIENCIA E A VIDA DE ALBERT EINSTEIN, de Abraham Pais (NOVA
FRONTEIRA, 1995 - 3 edicoes).

(grande enfase na ciencia, embora sem descuidar do homem)

Ja' li as duas primeiras e comprei ha' alguns dias a terceira, objeto deste subject.

Comecei a ler. Ja' no primeiro capitulo da' pra ver q Neffe foi mais fundo em
tentar mostrar um Einstein mais verdadeiro, menos 'polido' q o mostrado nas duas
primeiras biografias, talvez muito reverenciais - ja' descobri nesse inicio
coisas sobre Einstein q nao foram reveladas nos dois primeiros livros - e pelo q
folheei, tb da' pra ver q a parte cientifica tb foi bem cuidada. Mas vai ser
dificil superar o tour de force de Pais ao contar a historia de como Einstein
desenvolveu e concluiu a Teoria Geral da Relatividade.

Fica a dica.

Abs,
Eduardo Torres

PS: Embora o livro nao tenha registrado explicitamente nos creditos um 'revisor tecnico' (sempre util nesse tipo de obra), ja' vi q pelo menos a Teoria da Relatividade Restrita e' chamada de Restrita mesmo, como e' o correto em portugues, em vez de 'Especial' (traducao descuidada de 'Special', como e' chamada em ingles). Tenho esperanca q tenha havido revisao tecnica, ainda q nao creditada.

 

 


SUBJECT: "Os erros de Einstein"
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/08/2012 10:50

http://revistapiaui.estadao.com.br/blogs/questoes-da-ciencia/geral/os-erros-de-einstein
-----------

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Aquecimento global (faltava uma página, no link anterior)
FROM: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/08/2012 11:14

No link anterior, faltava uma das páginas do artigo
(a página 36 da revista).  O que segue abaixo está completo:

http://imgur.com/a/wiz1T#0

Paulo

 

Pequeno artigo sobre o aquecimento global,
com algumas falas do pesquisador José Antonio Marengo Orsini,
do INPE:

http://imgur.com/a/WqIhZ#0

Obs.: Disseram-me que saiu na revista Cálculo, número 19
(acho que é o número que está atualmente nas bancas)

Paulo




SUBJECT: RES: [ciencialist] Site Feira de ciencias
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/08/2012 11:40

É o mínimo que se pode fazer para honrar a memória do Prof. Léo, por quem desenvolvi um respeito e um carinho muito especial, ao longo de nosso convívio, ainda que virtual. Ainda hoje não acesso o Ciencialist sem que a primeira lembrança não seja do Prof. Léo.  E, parece, isto vai perdurar durante muito tempo. Uma referência, sem dúvida.

Sua cidade natal não lhe faria nenhum favor se lhe prestasse uma homenagem, tal como o nome de uma rua, de um praça, de um colégio, enfim.

 

Sds,

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de brudna
Enviada em: quarta-feira, 15 de agosto de 2012 18:55
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Site Feira de ciencias

 

 

Acabo de ser informado que o site do Prof. Léo.
http://www.feiradeciencias.com.br/

continuará sendo mantido (e atualizado por colaboradores).

Até
Luís Brudna
luisbrudna@gmail.com
=-=


SUBJECT: RE: [ciencialist] "Os erros de Einstein"
FROM: Thiago Guimarães <guimaraesbsb@hotmail.com>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/08/2012 14:15

hahaha... Muito bom.
 
Se você for parar para pensar, um pouco antes
do BH ser corroborado, havia muito cientista mundo
afora, estudioso do assunto, que não conseguia
produzir dois ou três conceitos sobre o Boson.
 
Ninguém sabia ao certo o que poderia ser (de verdade).
Como algo como aquilo existiria num espaço como o nosso?
 
O próprio Peter já deu entrevistas várias vezes dizendo
a respeito da "dificuldade" que ele teve de ter sua
teoria aceita na comunidade científica.
 
As "bolas" da vez agora são as teorias das cordas e
multiversos.
 
Grandes "abstrações" inimagináveis para muito
(inclusive para mim, em boa parte!).
 
Thiago
 

To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: roberto.takata@bol.com.br
Date: Wed, 15 Aug 2012 13:50:05 +0000
Subject: [ciencialist] "Os erros de Einstein"

 

SUBJECT: Site Feira de ciencias
FROM: "brudna" <brudna@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/08/2012 14:55

Acabo de ser informado que o site do Prof. Léo.
http://www.feiradeciencias.com.br/

continuará sendo mantido (e atualizado por colaboradores).

Até
Luís Brudna
luisbrudna@gmail.com
=-=



SUBJECT: Re: Site Feira de ciencias
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/08/2012 15:09

Que ótima notícia.

[]s,

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "brudna" <brudna@...> escreveu
>
> Acabo de ser informado que o site do Prof. Léo.
> http://www.feiradeciencias.com.br/
>
> continuará sendo mantido (e atualizado por colaboradores).
>
> Até
> Luís Brudna
> luisbrudna@...
> =-=
>




SUBJECT: Re: [ciencialist] Site Feira de ciencias
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/08/2012 15:15

> Acabo de ser informado que o site do Prof. Léo.
> http://www.feiradeciencias.com.br/
> continuará sendo mantido (e atualizado por colaboradores).

Essa é, de longe, a melhor homenagem que se poderia fazer
ao saudoso Prof. Léo. Todos nós sabemos o quanto esse
site significava para ele, e a manutenção disso tudo vivo
é também uma forma de eternização de sua memória. Parabéns
aos colaboradores que estão se dispondo a efetuar esse
honroso trabalho.
 
*PB*
 
 
 
 
-----Mensagem Original-----
From: brudna
Sent: Wednesday, August 15, 2012 2:55 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Site Feira de ciencias
 
  Acabo de ser informado que o site do Prof. Léo.
http://www.feiradeciencias.com.br/
 
continuará sendo mantido (e atualizado por colaboradores).
 
Até
Luís Brudna
luisbrudna@gmail.com
=-=
 
 
 
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SUBJECT: Re: Aquecimento global (faltava uma página, no link anterior)
FROM: "Eduardo Torres" <dudutorres@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/08/2012 16:48

Pequeno artigo questionando o aquecimento global:

http://www.icat.ufal.br/laboratorio/clima/data/uploads/pdf/molion_desmist.pdf

Abs,
Eduardo Torres

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, psdias2 <psdias2@...> escreveu
>
> No link anterior, faltava uma das páginas do artigo
> (a página 36 da revista). O que segue abaixo está completo:
>
> http://imgur.com/a/wiz1T#0
>
> Paulo
>
> > Pequeno artigo sobre o aquecimento global,
> > com algumas falas do pesquisador José Antonio Marengo Orsini,
> > do INPE:
> >
> > http://imgur.com/a/WqIhZ#0
> >
> > Obs.: Disseram-me que saiu na revista Cálculo, número 19
> > (acho que é o número que está atualmente nas bancas)
> >
> > Paulo
> >
> >
>



SUBJECT: Re: Aquecimento global (faltava uma página, no link anterior)
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/08/2012 17:06

http://genereporter.blogspot.com/2009/12/jogo-dos-erros.html
http://genereporter.blogspot.com.br/2012/05/jogo-dos-erros-4-carta-dos.html
http://genereporter.blogspot.com.br/2012/08/jogo-dos-erros-6.html

http://genereporter.blogspot.com.br/2011/03/documento-gr-aquecimento-global.html

[]s,

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Eduardo Torres"
> Pequeno artigo questionando o aquecimento global:
>
> http://www.icat.ufal.br/laboratorio/clima/data/uploads/pdf/molion_desmist.pdf



SUBJECT: Re: [ciencialist] "Os erros de Einstein"
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/08/2012 21:13

O BH foi corroborado? Bem, de qualquer forma, Higgs não pode ser qualificado como um físico amador do tipo descrito no blog abaixo. Primeiro, porque ele não é amador. Segundo, porque sua teoria ajuda a manter em pé o modelo padrão, em vez de destruir a relatividade, como pretende o físico citado no blog, coisa que levaria junto toda a física do século XX e uma boa parte da física do século XIX.

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 15/08/2012 14:15, Thiago Guimarães escreveu:
hahaha... Muito bom.
 
Se você for parar para pensar, um pouco antes
do BH ser corroborado, havia muito cientista mundo
afora, estudioso do assunto, que não conseguia
produzir dois ou três conceitos sobre o Boson.
 
Ninguém sabia ao certo o que poderia ser (de verdade).
Como algo como aquilo existiria num espaço como o nosso?
 
O próprio Peter já deu entrevistas várias vezes dizendo
a respeito da "dificuldade" que ele teve de ter sua
teoria aceita na comunidade científica.
 
As "bolas" da vez agora são as teorias das cordas e
multiversos.
 
Grandes "abstrações" inimagináveis para muito
(inclusive para mim, em boa parte!).
 
Thiago
 

To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: roberto.takata@bol.com.br
Date: Wed, 15 Aug 2012 13:50:05 +0000
Subject: [ciencialist] "Os erros de Einstein"

 


SUBJECT: A expansão do universo- Newton quase chega lá, mais uma vez.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/08/2012 08:32

Amigos,

 

Sei que muitos de vocês gostam do assunto cosmologia e todos os seus efeitos colaterais...

 

A seguir, um artigo muito bem arrumado e muito rico em conteúdo.  Com dados astronômicos e tudo o mais.

Muito útil, mesmo para aqueles que já sabem muito.

 

Autoria de um físico brasileiro, pesquisador dessa área.

 

http://omnis.if.ufrj.br/~ioav/nota.html

 

Sds,

Victor

 

 


SUBJECT: Aluno do ensino médio na escola pública sabe menos que o do fundamental na particular - UOL
FROM: Rafael Picate <rpicate@gmail.com>
TO: undisclosed-recipients:;
BCC: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/08/2012 10:05

Aluno do ensino médio na escola pública sabe menos que o do fundamental na particular 

Karina Yamamoto
Do UOL, em São Paulo

Alunos de colégios particulares, mesmo tendo estudado menos anos, sabem mais que os estudantes de escolas públicas em séries superiores.

IDEB 2011

  • Arte/UOL

    Clique no mapa e veja o Ideb por Estado em 2011

Os conhecimentos de matemática e português de um aluno no 9º ano do ensino fundamental (antigo ginásio) em colégio particular são maiores que os de estudantes do ensino médio (ex-colegial) em escola pública.

É o que demonstram os dados da Prova Brasil de 2011, cujos dados foram divulgados na terça-feira (14) pelo MEC (Ministério da Educação).

Um aluno da rede privada sai dos anos finais do ensino fundamental (9º ano) com pontuação 298,42 em matemática enquanto um aluno da rede pública termina o ensino médio com conhecimento de 265,38 pontos na escala Saeb, que vai de 0 a 500.

Em português acontece o mesmo: na escola particular, o aluno do 9º ano tem proficiência de 282,25. Já o estudante da rede pública alcança ao final do ensino médio com 261,38 em português. 

Observe a tabela abaixo:

NOTAS DA PROVA BRASIL DE DE MATEMÁTICA E PORTUGUÊS

 

Matemática

1º a 4º anos

Potuguês

1º a 4º

Matemática

5º a 9º anos

Português

 5º a 9º

Matemática Ensino médio

Português Médio
Nota total Brasil 209,63 190,58 252,77 245,20 274,83 268,57
Rede privada 242,81 222,70 298,42 282,25 332,89 312,75
Rede pública 204,58 185,69 244,84 238,77 265,38 261,38

Diferença socioeconômica

A nota na Prova Brasil é "fortemente dependente do nível socioeconômico", segundo Romualdo Portela de Oliveira, professor e pesquisador da Faculdade de Educação da USP (Universidade de São Paulo). Se o estudante vem de uma família com mais dinheiro, ele tem mais acesso a bens culturais que um aluno pobre.

É como se aluno da escola privada saísse com 50m de vantagem numa corrida de 100m, exemplifica a diretora-executiva do Todos Pela Educação, Priscila Cruz, fazendo, como ela mesma diz uma "simplificação tremenda". Segundo ela, se essa diferença for retirada, "a escola privada acrescentaria pouco". Por isso, o Estado precisaria "dar mais para quem tem menos" na visão de Priscila.

A Prova Brasil é aplicada de dois em dois anos em praticamente todas as escolas públicas e em algumas escolas particulares para medir o nível de conhecimento dos alunos. Juntamente com a taxa de aprovação, a nota dessa prova compõe o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), também calculado a cada dois anos.

Pior que o demonstrado

Por causa da importância do componente socioeconômico, Portela de Oliveira analisa que "o resultado educacional [do Ideb 2011] é pior que o crescimento demonstrado". Segundo ele, uma parte dos crescimentos apresentados é "reflexo do crescimento econômico do pais". Ele também considera importante contextualizar que o fato de existir um índice ajuda na promoção da melhora dele mesmo. Ou seja, a partir do momento em que o Ideb se torna mais conhecido, os diretores e os professores tendem a dar mais atenção à Prova Brasil e à taxa de aprovação (as duas variáveis da nota) e esse movimento já auxilia no aumento das notas.

O MEC divulgou o "boletim" da educação brasileira, com dados do Ideb. O resultado, apesar do crescimento em todos os ciclos avaliados, ainda é preocupante pois demonstra que a qualidade do ensino avançou pouco em termos educacionais.

As notas dos anos finais (5º-9º anos) do ensino fundamental (4,1) e do ensino médio (3,7) cresceram apenas 0,1. O anos iniciais do ensino fundamental (5,0) manteve o ritmo de crescimento de 0,4 como nas edições anteriores.

"Nos anos finais, também superamos a meta. Continua uma trajetória de crescimento consistente, é um resultado bastante significativo, mas não teve a mesma  velocidade dos anos iniciais", afirmou o ministro Aloizio Mercadante (Educação) em coletiva de divulgação do Ideb.


SUBJECT: RE: [ciencialist] "Os erros de Einstein"
FROM: Thiago Guimarães <guimaraesbsb@hotmail.com>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/08/2012 13:46

 
Não é sobre o mérito do assunto.
Não é isso que trata o artigo, nem o meu texto.
 
Disse a respeito do processo de "criatividade"
envolvido nessa abstração. São abstrações, ambas.
 
E ai eu devo perguntar: o BH fio corroborado?
 
- Se não, ele só é aceito porque "remonta" a física
ao modelo padrão? E outros não o poderiam?
 
- Se sim, então ele demonstra o modelo padrão,
contudo, do que se tratava antes da corroboração?
 
> Primeiro, porque ele não é amador.
Isso é um critério? (Qual critério? Sob qual método/entendimento?)
 
> Segundo, porque sua teoria ajuda a manter em pé o modelo padrão [...]
Isso é uma categoria? (Qual categoria? Das categorias que corroboram as vigentes?)
 
> [...] em vez de destruir a relatividade [...]  coisa que levaria junto toda a
física do século XX e uma boa parte da física do século XIX.
Isso é um "caráter"? (Qual contemporaneidade? Se sempre houve mudanças radicais na ciência moderna)
 
 
Se faço tais perguntas, as faço com muita tranquilidade, sob o aspecto que
percebo objetivamente, assim como espero também respostas bastante "tranquilas".
 
No mais, não existe animosidade sobre assunto, mas apenas a constatação.
 
Thiago
 

To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: alvaro@lunabay.com.br
Date: Wed, 15 Aug 2012 21:13:24 -0300
Subject: Re: [ciencialist] "Os erros de Einstein"

 
O BH foi corroborado? Bem, de qualquer forma, Higgs não pode ser qualificado como um físico amador do tipo descrito no blog abaixo. Primeiro, porque ele não é amador. Segundo, porque sua teoria ajuda a manter em pé o modelo padrão, em vez de destruir a relatividade, como pretende o físico citado no blog, coisa que levaria junto toda a física do século XX e uma boa parte da física do século XIX.

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 15/08/2012 14:15, Thiago Guimarães escreveu:
hahaha... Muito bom.
 
Se você for parar para pensar, um pouco antes
do BH ser corroborado, havia muito cientista mundo
afora, estudioso do assunto, que não conseguia
produzir dois ou três conceitos sobre o Boson.
 
Ninguém sabia ao certo o que poderia ser (de verdade).
Como algo como aquilo existiria num espaço como o nosso?
 
O próprio Peter já deu entrevistas várias vezes dizendo
a respeito da "dificuldade" que ele teve de ter sua
teoria aceita na comunidade científica.
 
As "bolas" da vez agora são as teorias das cordas e
multiversos.
 
Grandes "abstrações" inimagináveis para muito
(inclusive para mim, em boa parte!).
 
Thiago
 

To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: roberto.takata@bol.com.br
Date: Wed, 15 Aug 2012 13:50:05 +0000
Subject: [ciencialist] "Os erros de Einstein"

 



SUBJECT: Entrevista com o matemático Cédric Villani
FROM: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/08/2012 07:53

http://oglobo.globo.com/ciencia/o-genio-que-ama-aranhas-lady-gaga-5781122


SUBJECT: Re: Aquecimento global (faltava uma página, no link anterior)
FROM: "Eduardo Torres" <dudutorres@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/08/2012 11:57

Curiosamente o rebatedor não coloca dados sobre a Antártida, mas apenas do Ártico (Groenlândia). E os dados que tenho observado sobre a Antártida nao indicam muito a tendencia que o rebatedor apresenta.

Outro ponto importante é a omissão sobre a temperatura dos oceanos. As estações climáticas apontadas são todas em terra, que ocupa apenas cerca de 30% da superfície terrestre. Os negacionistas alegam q, se houvesse de fato um aquecimento GLOBAL, os aceanos teriam que estar aquecendo, argumento básico do Molion que o rebatedor nem ao menos menciona.

Finalmente, a afirmação de que o sol contribui com apenas 30% da temperatura do planeta parece estranha. Baseada em q essa cifra? Muitos meteorologistas (mesmo' aquecistas') reconhecem a grande importancia do sol no clima terrestre, incluindo temperatura.

Do q vi, nem todos os argumentos negacionistas (do Molion ou outros) foram rebatidos de modo convincente (embora reconheca q o Molion e outros negacionistas tb teem alguns argumentos nao de todo convincentes).

Tem outros dois artigos negacionistas interessantes q cito abaixo:

http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=A%20ODP-%E2%80%9COSCILA%C3%87%C3%83O%20DECADAL%20DO%20PAC%C3%8DFICO%E2%80%9D%20(PDO-%E2%80%9CPACIFIC%20DECADAL%20OSCILLATION%E2%80%9D)%20E%20EVENTOS%20NO%20ATL%C3%82NTICO%20INTERTROPICAL%20E%20%20NO%20NORDESTE%20SETENTRIONAL%20DO%20BRASIL%20&source=web&cd=1&ved=0CDgQFjAA&url=http%3A%2F%2Fwww.cbmet.com%2Fcbm-files%2F22-fd48270b9ca0df5c7442c4b5c6074751.doc&ei=F1ouUKiKB4u90QHK6IGYAg&usg=AFQjCNElb-HYYsa91dMWTYtnBJ9U7lYwPQ

e

http://www6.cptec.inpe.br/revclima/revista/pdf/Artigo_Aquecimento_0805.pdf

PS: Ja' levei mais a serio os argumentos 'aquecistas'. Hoje estou achando mais convincentes os argumentos 'negacionistas'. Mas procuro manter a mente aberta.

Abs,
Eduardo Torres

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "roberto" <roberto.takata@...> escreveu
>
> http://genereporter.blogspot.com/2009/12/jogo-dos-erros.html
> http://genereporter.blogspot.com.br/2012/05/jogo-dos-erros-4-carta-dos.html
> http://genereporter.blogspot.com.br/2012/08/jogo-dos-erros-6.html
>
> http://genereporter.blogspot.com.br/2011/03/documento-gr-aquecimento-global.html
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Eduardo Torres"
> > Pequeno artigo questionando o aquecimento global:
> >
> > http://www.icat.ufal.br/laboratorio/clima/data/uploads/pdf/molion_desmist.pdf
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] "Os erros de Einstein"
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/08/2012 14:59

Vamos lá,

Em 16/08/2012 13:46, Thiago Guimarães escreveu:
 
Não é sobre o mérito do assunto.
Não é isso que trata o artigo, nem o meu texto.
 
Disse a respeito do processo de "criatividade"
envolvido nessa abstração. São abstrações, ambas.
Um dração voador também é uma abstração resultante da criatividade de alguém, mas não passa no fio da navalha do experimento. E a física deve sempre encarar o experimento. Caso contrário, não é física (como parece ser o caso da teoria das cordas, branas, etc.)
 
E ai eu devo perguntar: o BH fio corroborado?
 
Ainda não foi corroborado. As partículas detectadas pelo CERN são o melhor candidato até o momento, mas ainda serão necessários mais testes para se ter certeza.
- Se não, ele só é aceito porque "remonta" a física
ao modelo padrão? E outros não o poderiam?
Sim, há outros candidatos. Por isso a "não detecção" do BH seria menos grave do que os neutrinos superluminais.
 
- Se sim, então ele demonstra o modelo padrão,
contudo, do que se tratava antes da corroboração?

Não entendi.
 
> Primeiro, porque ele não é amador.
Isso é um critério? (Qual critério? Sob qual método/entendimento?)

O critério é que Higgs foi remunerado para fazer o que fez e teve artigos publicados em periódicos revisados pelos pares. É possível, claro, que um funcionário de um departamento de patentes, trabalhando nas horas vagas (e quando o chefe não está olhando) chegue a resultados importantes para a física. Contudo, hoje em dia isso é muito difícil.
 
> Segundo, porque sua teoria ajuda a manter em pé o modelo padrão [...]
Isso é uma categoria? (Qual categoria? Das categorias que corroboram as vigentes?)
Categorias? Hum...
 
> [...] em vez de destruir a relatividade [...]  coisa que levaria junto toda a
física do século XX e uma boa parte da física do século XIX.
Isso é um "caráter"? (Qual contemporaneidade? Se sempre houve mudanças radicais na ciência moderna)
 
Nenhuma das mudanças radicais ocorridas na física a partir de 1905 sugeriu a abolição da relatividade e nenhum físico profissional inicia seu trabalho partindo do pressuposto de que "Einstein estava errado".

Se faço tais perguntas, as faço com muita tranquilidade, sob o aspecto que
percebo objetivamente, assim como espero também respostas bastante "tranquilas".
 
No mais, não existe animosidade sobre assunto, mas apenas a constatação.
 
Thiago
[ ]s

Alvaro Augusto

SUBJECT: RE: [ciencialist] "Os erros de Einstein"
FROM: Thiago Guimarães <guimaraesbsb@hotmail.com>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/08/2012 16:39


Álvaro, vou lhe apresentar apenas aquilo que pude entender
objetivamente dos teus enunciados:

Um dração voador também é uma abstração resultante da criatividade de alguém, mas não 
passa no fio da navalha do experimento. E a física deve sempre encarar o experimento. 
Caso contrário, não é física (como parece ser o caso da teoria das cordas, branas, etc.) 

Ainda não foi corroborado. As partículas detectadas pelo CERN são o melhor candidato até o 
momento,  mas ainda serão necessários mais testes para se ter certeza. 

Ora, então o BH não é pura abstração?
Isso é assim porque estamos dentro de uma "redoma" chamada categoria de pensamento (abstração) 
de abstrações e teorias que sustentam todas as categorias tradicionais vigentes?

Sim, há outros candidatos. Por isso a "não detecção" do BH seria menos grave do que os neutrinos superluminais. 

Há candidatos que são igualmente abstracionais, certo?

Então a suposta não detecção do "BH" ou dos "neutrinos superluminais" podem ser a não-corroboração
de teorias que se encontram atualmente no recalque das teorias vigentes, concorda?

Outras teorias, não? Não poderiam fazê-lo?

O critério é que Higgs foi remunerado para fazer o que fez e teve artigos publicados 
em periódicos revisados pelos pares. É possível, claro, que um funcionário de um departamento 
de patentes, trabalhando nas horas vagas (e quando o chefe não está olhando) chegue a resultados 
importantes para a física. Contudo, hoje em dia isso é muito difícil.

Então, mas essa é a minha questão:
- Ele fez porque ele fez? (porque foi remunerado? Seus pares, igualmente? Isto teria sido em vão?)
Esse é afinal o critério? Certamente que não.

O critério é simples: sustentar as teorias vigentes.

Nenhuma das mudanças radicais ocorridas na física a partir de 1905 sugeriu a abolição da relatividade e 
nenhum físico profissional inicia seu trabalho partindo do pressuposto de que "Einstein estava errado".  

Tudo bem, camarada, mas a Teoria da Relatividade foi 100% corroborada?
Não? Então você concorda que essa história tem pelo menos dois lados?

Minha opinião (para não entrar num chove-e-não molha, afinal estamos apenas num fórum de internet):

Sim, eu acredito que o modelo padrão seja o que mais se aproxima da questão toda, há corroborações pontuais.
Não, eu não acredito que esses cientistas mais "malucóides" estejam certos.

Nenhum físico deveria, de fato, iniciar seu trabalho "negando" quaisquer trabalhos anteriores, isso
é bastante contra-intuitivo. Se temos um certo "formalismo" científico, ele faz parte de uma tradição 
científica que um cientista ao adentrar às ciências disciplinares deveria estar atento.

Inobstante, não é à toa que pensadores atuais já iniciam seus trabalhos dizendo "este trabalho não se encaixa 
em nenhuma das disciplinas conhecidas". É um tipo de postulado da "não-ciência".
Seja por pura inquietação do autor, seja por outro fenômeno. Embora possam ser corroborados a qualquer momento.

Por outro lado, atualmente a própria ciência tem dito a respeito do "nada" (Universe from Nothing),
o que digamos, soa bastante desonesto para a ciência moderna. Se tais fatos carecem de evidências
e demonstrações mínimas, então não deveriam se chamar "ciência" (embora sejam!).

Outrossim, a meu ver, a ciência não deveria ignorar tais "autores", ou tais "hipóteses", que lhe são alheias
se na própria ciência as teorias não estão completamente corroboradas.

Dizendo a coisa de outra forma: a ciência está em crise e isto é culpa dos próprios homens que a venderam
como instituição, ou "dogma", ou entre as verdades da "ciência" e as verdades da "religião".

Thiago


To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: alvaro@lunabay.com.br
Date: Fri, 17 Aug 2012 14:59:06 -0300
Subject: Re: [ciencialist] "Os erros de Einstein"

 

Vamos lá,

Em 16/08/2012 13:46, Thiago Guimarães escreveu:
 
Não é sobre o mérito do assunto.
Não é isso que trata o artigo, nem o meu texto.
 
Disse a respeito do processo de "criatividade"
envolvido nessa abstração. São abstrações, ambas.
Um dração voador também é uma abstração resultante da criatividade de alguém, mas não passa no fio da navalha do experimento. E a física deve sempre encarar o experimento. Caso contrário, não é física (como parece ser o caso da teoria das cordas, branas, etc.)
 
E ai eu devo perguntar: o BH fio corroborado?
 
Ainda não foi corroborado. As partículas detectadas pelo CERN são o melhor candidato até o momento, mas ainda serão necessários mais testes para se ter certeza.
- Se não, ele só é aceito porque "remonta" a física
ao modelo padrão? E outros não o poderiam?
Sim, há outros candidatos. Por isso a "não detecção" do BH seria menos grave do que os neutrinos superluminais.
 
- Se sim, então ele demonstra o modelo padrão,
contudo, do que se tratava antes da corroboração?

Não entendi.
 
> Primeiro, porque ele não é amador.
Isso é um critério? (Qual critério? Sob qual método/entendimento?)

O critério é que Higgs foi remunerado para fazer o que fez e teve artigos publicados em periódicos revisados pelos pares. É possível, claro, que um funcionário de um departamento de patentes, trabalhando nas horas vagas (e quando o chefe não está olhando) chegue a resultados importantes para a física. Contudo, hoje em dia isso é muito difícil.
 
> Segundo, porque sua teoria ajuda a manter em pé o modelo padrão [...]
Isso é uma categoria? (Qual categoria? Das categorias que corroboram as vigentes?)
Categorias? Hum...
 
> [...] em vez de destruir a relatividade [...]  coisa que levaria junto toda a
física do século XX e uma boa parte da física do século XIX.
Isso é um "caráter"? (Qual contemporaneidade? Se sempre houve mudanças radicais na ciência moderna)
 
Nenhuma das mudanças radicais ocorridas na física a partir de 1905 sugeriu a abolição da relatividade e nenhum físico profissional inicia seu trabalho partindo do pressuposto de que "Einstein estava errado".

Se faço tais perguntas, as faço com muita tranquilidade, sob o aspecto que
percebo objetivamente, assim como espero também respostas bastante "tranquilas".
 
No mais, não existe animosidade sobre assunto, mas apenas a constatação.
 
Thiago
[ ]s

Alvaro Augusto


SUBJECT: Re: Aquecimento global (faltava uma página, no link anterior)
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/08/2012 16:45

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Eduardo Torres"
> Curiosamente o rebatedor não coloca dados sobre a Antártida, mas
> apenas do Ártico (Groenlândia). E os dados que tenho observado sobre
> a Antártida nao indicam muito a tendencia que o rebatedor apresenta.

O rebatedor, que sou eu, não coloca os dados sobre a Antártida, porque o Molion se refere ao Ártico.

A Antártida não representa a tendência que o *Molion* apresenta.

> Os negacionistas alegam q, se houvesse de fato um aquecimento
> GLOBAL, os aceanos teriam que estar aquecendo, argumento básico do
> Molion que o rebatedor nem ao menos menciona.

Os oceanos *estão* aquecendo. Mas dado ao calor latente da água, a taxa de aquecimento é menor - só que a variação indicada significa que estão absorvendo muita energia.

Sobre a elevação da temperatura dos oceanos:
http://genereporter.blogspot.com.br/2009/09/aquecimento-global-parte-2-de-3.html
(Figura 5, painel inferior direito.)

A temperatura dos oceanos é mencionada ainda em:
(Fato que é mais um motivo de preocupação com o aumento da temperatura da superfície dos oceanos com o aquecimento global.)
http://genereporter.blogspot.com.br/2012/05/jogo-dos-erros-3c.html

Nos comentários de:
4. Para as temperaturas oceânicas sim. Mas é coisa pra se acompanhar nas próximas décadas se haverá diminuição da temperatura global.
http://genereporter.blogspot.com.br/2009/12/jogo-dos-erros.html

Que vc não tenha lido todos os textos não é um problema. É um material de tamanho razoável. Mas concluir sobre a ausência de um tópico com base em uma leitura restrita não é uma boa prática.

> Finalmente, a afirmação de que o sol contribui com apenas 30% da
> temperatura do planeta parece estranha. Baseada em q essa cifra?

*Ninguém* falou um absurdo desses. O que se disse é que a *variação* da atividade solar deve contribuir com 30% da *variação* observada na temperatura. E a afirmação está referenciada:

"O fator solar, no máximo, deve contribuir com cerca de 30% do total da variação observada da temperatura global (Solanki & Krivova 2003; Fröhlich & Lean 1998)."
http://genereporter.blogspot.com.br/2009/09/aquecimento-global-parte-2-de-3.html

Mas o método é pela correlação - atribuindo-se um valor para o fator solar de modo a maximizar a correlação entre atividade solar e a temperatura.

Veja ainda a figura 2 de:
http://genereporter.blogspot.com.br/2012/05/jogo-dos-erros-3d.html

> Muitos meteorologistas (mesmo' aquecistas') reconhecem a grande
> importancia do sol no clima terrestre, incluindo temperatura.

Muitos não, *todos*. Mas não confunda importância de um fator sobre um fenômeno com importância da variação desse fator sobre a variação de tal fenômeno.

Por exemplo, claro que sexo é importantíssimo para a população humana na Terra (e de vários outros organismos). Mas seria ridículo dizer que a população humana vem aumentando na Terra porque as pessoas estão fazendo mais sexo.

> Do q vi, nem todos os argumentos negacionistas (do Molion ou outros)
> foram rebatidos de modo convincente (embora reconheca q o Molion e

O objetivo não é rebater todos os argumentos negacionistas. Pra isso há sites especializados como o Skpetical Science:
http://www.skepticalscience.com/

Mas mesmo q não se rebata a todos um a um, só pelo montante das bobagens ditas pelos negacionistas, é difícil de levá-los a sério por muito tempo.

> Tem outros dois artigos negacionistas interessantes q cito abaixo:
>
http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=A%20ODP-%E2%80%9COSCILA%C3%87%C3%83O%20DECADAL%20DO%20PAC%C3%8DFICO%E2%80%9D%20(PDO-%E2%80%9CPACIFIC%20DECADAL%20OSCILLATION%E2%80%9D)%20E%20EVENTOS%20NO%20ATL%C3%82NTICO%20INTERTROPICAL%20E%20%20NO%20NORDESTE%20SETENTRIONAL%20DO%20BRASIL%20&source=web&cd=1&ved=0CDgQFjAA&url=http%3A%2F%2Fwww.cbmet.com%2Fcbm-files%2F22-fd48270b9ca0df5c7442c4b5c6074751.doc&ei=F1ouUKiKB4u90QHK6IGYAg&usg=AFQjCNElb-HYYsa91dMWTYtnBJ9U7lYwPQ

De*onde* vc tirou que o artigo acima é negacionista?

Teresinha de Maria Bezerra Sampaio Xavier. 2003 O Dia Meteorológico Mundial 2003 e os temas: O Nosso Clima Futuro e O Clima e a Fome. Boletim SBMET 27(2): 39-47.
"4. Efeito estufa e aquecimento global
Muitas das alterações passadas, presentes e futuras do clima, com respeito ao aumento das temperaturas de superfície, são atribuíveis ao efeito estufa (greenhouse effect), originado pela deposição na atmosfera de gases como o dióxido de carbono-CO2, o vapor d'água, o metano, o óxido nitroso e o ozônio, etc., que absorvem a energia emitida pela superfície terrestre (radiação terrestre), seguindo-se sua re-irradiação para a terra e conseqüente aquecimento da baixa atmosfera, ou seja, da camada mais próxima à superfície do planeta.
Há vários trabalhos que demonstram o significativo crescimento das emissões de CO2 (gás carbônico ou dióxido de carbono) para a atmosfera, resultante principalmente da queima de combustíveis fósseis e da produção de cimento. Na década de 1870, essas emissões eram inferiores a 0,5 bilhões de toneladas por ano. Durante década de 1980
chegaram a 5,5 ± 0,5 bilhões de toneladas por ano. Na década de 1990, a 6,1 ± 0,6 bilhões de toneladas anuais. Obviamente, as estimativas sobre o aquecimento global no futuro são muito variadas, na dependência de possíveis cenários. Num cenário 'alto' ('high'), o aumento de 1990 a 2100 chegaria a ser superior a 3,5 oC; num cenário 'mediano'('mid'), algo superior a 2 oC; num cenário 'baixo' ('low'), da ordem de 1 oC. É claro que esses diversos cenários estariam em relação a capacidade das nações de atenderem a medidas capazes de estabilizar ou diminuir as emissões dos gases relacionados com o 'efeito estufa', definidas no contexto de acordos internacionais."
http://www.sbmet.org.br/portal2011/publisher/uploads/publicacoes/11_2003___Volume_27_No_2.pdf
------

Teresinha de Maria Bezerra Sampaio Xavier & Airton Fontenele Sampaio Xavier. 2007. O planeta Terra: Aquecimento Global e Mudanças Climáticas. Boletim SBMET 31(1): 73-80.
"Evidências a respeito de mudanças climáticas em curso, em função do aquecimento global, são fornecidas por várias fontes, no que se refere a aumentos das temperaturas do ar e dos oceanos, a par dos aumentos progressivos da emissão e o acúmulo de gases poluentes na atmosfera, etc. Consulte-se, a respeito: Oak Ridge (2003), IPCC/UNEP/WMO (2001), Hadley Center/Met Of&#64257; ce (2004). Remete-se, mais uma vez, a IPCC/UNEP/WMO (2007). Outros materiais de fontes autorizadas e con&#64257;áveis podem ser resgatadas da Internet e de periódicos cientí&#64257;cos.
Veja-se, ainda, Xavier (2003)."
http://www.sbmet.org.br/portal2011/publisher/uploads/publicacoes/1_2007___Volume_31_No_1.pdf
-------

http://www.acquacon.com.br/2sibraden/apresentacoes/1112teresinhaxavierparte1.pdf
-------

Este sim é negacionista, do Molion:
> http://www6.cptec.inpe.br/revclima/revista/pdf/Artigo_Aquecimento_0805.pdf

Mas pra acreditar nele:
1) Não deveria haver aquecimento global;
2) Deveria estar ocorrendo resfriamento global desde 1998.

Como nem 1 nem 2 são observados, a tese do Molion está em muito maus lençóis.

> PS: Ja' levei mais a serio os argumentos 'aquecistas'. Hoje estou
> achando mais convincentes os argumentos 'negacionistas'. Mas procuro
> manter a mente aberta.

Chamar a Teresinha Xavier de negacionista é complicado.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Aquecimento global (faltava uma página, no link anterior)
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/08/2012 17:52

Onde, na mensagem anterior eu tiver dito "calor latente" ou algo assim, leia-se "capacidade térmica".

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Limpeza do cérebro, eis uma boa notícia.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/08/2012 18:56

Olá,

 

Espero que seja para valer.

Estou mesmo  precisando de uma “banho” cerebral, uma limpadinha aqui, outra acolá...

Só espero que a ciência apure esse promissor  processo antes que o comprimento de minha world line atinja seu máximo...

Mas, alguém já tinha lido algo nessa linha, antes?

 

Como ratos podem ser úteis!

Agora, quanto aos do Congresso, já não posso dizer nada.

 

Sds,

Victor.

 

 

Cientistas americanos descobrem um sistema de limpeza do cérebro

·         Divulgação/Universidade de Rochester

Imagem mostra uma artéria no cérebro de um rato; a parte verde é o líquido cefalorraquidiano

Imagem mostra uma artéria no cérebro de um rato; a parte verde é o líquido cefalorraquidiano

Neurocientistas do Centro Médico da Universidade de Rochester (EUA) descobriram um sistema de drenagem com o qual o cérebro elimina os resíduos, segundo um estudo publicado na última quarta-feira (15) na Science Translational Medicine, que esperam que tenha aplicação na pesquisa dos males de Alzheimer e de Parkinson.

O sistema atua como se fossem encanamentos que aproveitam os vasos sanguíneos do cérebro e parece realizar a mesma função no cérebro que o sistema linfático no resto do corpo: drenar resíduos.

A autora principal do artigo e co-diretora do Centro de Neuromedicina da Universidade de Rochester, Maiken Nedergaar afirmou que "a limpeza de resíduos é de vital importância para todos os órgãos e há muito tempo temos perguntas sobre como o cérebro se desfaz de seus resíduos".

"O trabalho demonstra que o cérebro está se limpando de uma maneira mais organizada e em uma escala muito maior do que se tinha pensado anteriormente", disse Nedergaard que expressou seu desejo de que a descoberta sirva para tratar doenças cerebrais.

"Temos a esperança de que estes resultados tenham implicações para muitas condições que afetam o cérebro, como lesões cerebrais por traumatismo, o mal de Alzheimer, derrames cerebrais e o mal de Parkinson", acrescentou.

A equipe de Nedergaard chamou o novo sistema de "o sistema glinfático", já que atua de maneira similar ao sistema linfático, mas está administrado pelas células do cérebro conhecidas como células da Glia.

A equipe fez o descobrimento em ratos, cujos cérebros são muito similares aos dos humanos.

Os cientistas apreenderam que o líquido cefalorraquidiano tem um papel importante na limpeza do tecido cerebral, encarregado de levar os produtos de resíduo e os nutrientes ao tecido cerebral através de um processo conhecido como difusão.

O sistema recentemente descoberto circula por todos os cantos do cérebro de maneira mais eficiente, através do que os cientistas chamam de fluxo global.

"É como se o cérebro tivesse dois coletores de lixo - um lento que já conhecíamos e um rápido que acabamos de conhecer", disse Nedergaard.

"Dada a alta taxa de metabolismo no cérebro e sua grande sensibilidade, não é de se estranhar que seus mecanismos para se desfazer dos resíduos sejam mais especializados e amplos do que se pensava", acrescentou.”

 


SUBJECT: Re: Aquecimento global (faltava uma página, no link anterior)
FROM: "Eduardo Torres" <dudutorres@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/08/2012 22:39



--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "roberto" <roberto.takata@...> escreveu
>
>
> De*onde* vc tirou que o artigo acima é negacionista?

>>>>Sim, concordo. Acho q me confundi de artigo. Tinha outro sobre a ODP, q questionava o AG, mas nao era esse. Eu costumo salvar artigos aquecistas e negacionistas em diretorios diferentes...

;-)





SUBJECT: Leis da conservação: camisas de força e guias
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/08/2012 23:09

"Você tenta adicionar um sinal de menos a um termo - mas não pode, porque então a teoria viola a paridade; você tenta adicionar um termo com mais partículas - proibido, porque a teoria agora não pode mais ser renormalizada e, dessa forma, necessita de um número infinito de parâmetros; você tenta deixar uma partícula fora da teoria - agora a lei tem probabilidades que não podem ser interpretadas; você subtrai outro termo - e todas as suas partículas desaparecem no vácuo; você quebra um termo em dois - agora a carga já não se conserva; e você ainda tem de satisfazer as leis de conservação de momento angular, momento linear, energia, quantidade de léptons e bárions. Essas restrições não aparecem todas axiomaticamente a partir de uma só teoria principal. Em vez disso, elas são o total da soma de uma miríade de compromissos interligados da prática. Algumas restrições,como as da conservação da energia, têm mais de um século de idade. Outras, como as da conservação da paridade, sobreviveram por muito tempo antes de serem descartadas. Outras, ainda, como a exigência de uma característica da natureza - que todos os parâmetros livres surjam em razões da ordem da unidade -, têm sua origem em tempos mais recentes. Algumas são consideradas pelas comunidade de pesquisa por apresentar barreiras quase intransponíveis à violação, enquanto outras apenas acendem a luz amarela de aviso quando são deixadas de lado. Mas, quando são reunidas, a sobreposição das restrições tornam alguns fenômenos quase impossíveis de postular, e outros (como os buracos negros), quase impossíveis de evitar."
Peter Galison. 1997. Apud Robert P. Crease. 2011. As grandes equações: a história das fórmulas matemáticas mais importantes e os cientistas que as criaram. 276 pp. (Pág. 238.)



SUBJECT: ENC: MÉDICOS REPROVADOS...
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/08/2012 07:53

 

Olá,

 

Recebi de uma amiga, que recebeu de uma amiga, o bau de inquietações abaixo. Será que  o quadro pintado é  tão feio mesmo, à La Salvador Dali? (Não pesquisei o assunto).

 

Então, pergunto aos mais inseridos no contexto: o quanto tem de politicagem  contra PT e esquerdas-volver-direita associadas,  e o quanto tem de verdadeiro? Espero que seja só política.

(Obs.: Editei um pouco o texto, para diminuir letras e retirar-lhes as cores, coisas “muito cheguei”, para chamar a atenção).

 

Se é como dizem, a culpa deve está, principalmente, nas universidades estrangeiras que conferem o canudo a todos quanto o querem. E, se assim for, como é que  os habitantes dos tais países escapam de seus próprios médicos?  Complicado, isso.

Pois tais “redutos” não podem privilegiar apenas os incompetentes brasileiros que de lá se servem! Os formandos nativos devem ter tido os mesmos professores e o mesmo comando administrativo e educacional.

 

Se eu for para um desses países, um dia, vou é levar uns dois médicos brasileiros, “da gema”, formados aqui, numa escola federal, em minha bagagem. Só para garantir...

 

 

Sds

Victor.

 

 

Amigos

 

Não sei se a informação procede, pois não sou da área de saúde, nem de engenharia. Os amigos médicos, poderão avaliar melhor a veracidade, ou não, deste informe. De qualquer forma, nós outros, vamos ter cuidado com médicos graduados nesses países e que tiveram seus diplomas validados nos últimos dez anos. Para o bem do nosso corpo físico e espiritual (de repente a gente chega na outra dimensão antes do tempo,odiando  o "médico" que pagou a nossa passagem.

 

Abração

 

Ivaneide

 

REPASSANDO:

 

O Lula também fez isso com os engenheiros. Eu participava do pessoal que avaliava dos diplomas do Mercosul. Saí. Você não pode imaginar o que ocorre na pós-graduação. A CAPES possui quase 10 000 diplomas de doutor sem reconhecimento e recomendados para não serem reconhecidos!!

MÉDICOS REPROVADOS...

 

 

A sociedade precisa saber

Os resultados do projeto-piloto criado pelos Ministérios da Saúde e da Educação para validar diplomas de médicos formados no exterior

confirmaram os temores das associações médicas brasileiras.

 

Dos 628 profissionais que se inscreveram para os exames de proficiência e habilitação,

626 foram reprovados e apenas 2 conseguiram autorização para clinicar.

A maioria dos candidatos se formou em faculdades argentinas, bolivianas e, principalmente, cubanas.

 

As escolas bolivianas e argentinas de medicina são particulares e os brasileiros que as procuram geralmente não conseguiram ser aprovados nos disputados vestibulares das universidades federais do País.

 

As faculdades cubanas, a mais conhecida é a

- Escola Latino-Americana de Medicina (Elam) de Havana - são estatais e seus alunos são escolhidos não por mérito, mas por afinidade ideológica.

 

Os brasileiros que nelas estudam não se submeteram a um processo seletivo,

tendo sido indicados por movimentos sociais,

organizações não governamentais e partidos políticos.

 

Dos 160 brasileiros

que obtiveram diploma numa faculdade cubana de medicina, entre 1999 e 2007, 26 foram indicados pelo Movimento dos Sem-Terra (MST).

 

Desde que o PT, o PC do B e o MST passaram a pressionar o governo Lula para facilitar o reconhecimento de diplomas cubanos,

o Conselho Federal de Medicina e a Associação Médica Brasileira têm denunciado a má qualidade da maioria

das faculdades de medicina da América Latina, alertando que os médicos por elas diplomados

não teriam condições de exercer a medicina no País.

As entidades médicas brasileiras também lembram que, dos 298 brasileiros que se formaram na Elam, entre 2005 e 2009, só 25conseguiram reconhecer o diploma no Brasil e regularizar sua situação profissional.

 

Por isso, o PT, o PC do B e o MST optaram por defender o reconhecimento automático do diploma,

sem precisar passar por exames de habilitação profissional - o que foi vetado pelo Conselho Federal de Medicina

e pela Associação Médica Brasileira.

 

Para as duas entidades,

as faculdades de medicina de Cuba, da Bolívia e do interior da Argentina

teriam currículos ultrapassados, estariam tecnologicamente defasadas e não contariam com professores qualificados.

 

Em resposta,

o PT, o PC do B e o MST

recorreram a argumentos ideológicos,alegando que o modelo cubano de ensino médico valorizaria a medicina preventiva,

voltada mais para a prevenção de doenças

entre a população de baixa renda do que para a medicina curativa.

 

No marketing político cubano, os médicos "curativos"teriam interesse apenas em atender a população dos grandes centros urbanos,

não se preocupando com a saúde das chamadas

"classes populares".

 

Entre 2006 e 2007,

a Comissão de Relações Exteriores da Câmara

chegou a aprovar um projeto preparado

pelas chancelarias do Brasil e de Cuba,

permitindo a equivalência automática dos diplomas de medicina

expedidos nos dois países, mas os líderes governistas

não o levaram a plenário, temendo uma derrota.

 

No ano seguinte,

depois de uma viagem a Havana, o ex-presidente Lula pediu uma "solução"

para o caso para os Ministérios da Educação e da Saúde.

 

E, em 2009,

governo e entidades médicas negociaram o projeto-piloto que foi testado em 2010.

 

Ele prevê uma prova de validação uniforme, preparada pelo

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais do MEC,

e aplicada por todas as universidades.

 

Por causa do desempenho desastroso dos médicos formados no exterior,

o governo - mais uma vez cedendo a pressões políticas e partidárias -

pretende modificar a prova de validação, sob o pretexto de"promover ajustes".

 

As entidades médicas já perceberam a manobra

e afirmam que não faz sentido reduzir o rigor dos exames de proficiência e habilitação.

 

Custa crer que setores do MEC continuem insistindo em pôr a ideologia na frente da competência profissional, quando estão em jogo a saúde e a vida de pessoas.

 

A SOCIEDADE PRECISA SABER!


 


 

 

 

ENTÃO, SERIA COERENTE QUE LULA E DILMA PROCURASSEM TRATAMENTO COM ESSES PROFISSIONAIS, JÁ QUE ACREDITAM QUE OS MESMOS TEM IGUAL COMPETENCIA PROFISSIONAL QUE OS DEMAIS .

 

PORQUE SERÁ QUE OS 2, LULA E DILMA, QUE LEVANTAM A BANDEIRA DO SOCIALISMO, NÃO USAM DOS MESMOS DIREITOS QUE PROPORCIONAM À POPULAÇÃO E USAM OS SERVIÇOS PÚBLICOS (SUS) QUE

ALARDEIAM COMO TÃO BEM PREPARADOS PARA ATENDER A POPULAÇÃO EM GERAL?

 

HOSPITAIS COMO O SÍRO-LIBANES E ALBERT EINSTEIN SERIAM SÓ PARA OS CAPITALISTAS.

POR QUE PROCURARAM ESTES SERVIÇOS?

SEJAMOS COERENTES ENTAO !

 

PENSEMOS COMO SERIA INTERESSANTE NOSSOS GOVERNANTES SOCIALISTAS TEREM UM ATENDIMENTO POPULAR COMO A MAIORIA DOS BRASILEIROS.

NÃO É ISSO QUE GARGANTEIAM? OU O SOCIALISMO É SÓ PARA A POPULAÇÃO ?

 

INTERESSANTE ESTA COLOCAÇÃO

 --

"Quando você perceber que, para produzir,   precisa obter a
autorização de quem não produz nada; quando comprovar que   o
dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com
favores; quando   perceber que muitos ficam ricos pelo suborno
e por influência, mais que   pelo trabalho, e que as leis não
nos protegem deles, mas, pelo contrário,   são eles que estão
protegidos de você; quando perceber que a corrupção   é
recompensada, e a honestidade se converte em auto sacrifício
; então   poderá afirmar, sem temor de errar, que sua
sociedade está   condenada".

 

 





 

 

 

 

 

 

 

 

 



 

--

Grande abraço,
Ivaneide Áurea

"Mudar a si mesmo é o primeiro passo para mudar o mundo".


SUBJECT: BarraPet versão 5.0
FROM: Tipoalgo <tipoalgo@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/08/2012 15:29

Olá a todos,

a união faz a força!

Neste caso, 7 VarasPet e mais algumas garrafas PET deram origem à BarraPet 5.0 .


Abraços
tipoalgo   @   gmail   .  com



SUBJECT: TreliçaPet 4.0 e VálvulaPet 2.0
FROM: Tipoalgo <tipoalgo@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
CC: "BIOCOMBUSTIVEIS - Tribuna Livre !!!" <biocom@grupos.com.br>
DATE: 19/08/2012 18:17

Olá a todos,

outras duas engenhocas:



Abraços
tipoalgo   @   gmail   .  com


SUBJECT: RES: [ciencialist] Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/08/2012 19:20

Caro,

 

Hoje estive relendo o seu artigo, abaixo referenciado.

Não entrando nos méritos do conteúdo em si, quero te parabenizar pelo artigo, por sua estruturação, e pela simplicidade e didática que impõe a ele. Do ponto de vista teórico é impecável, tanto na exposição da estrutura matemática quanto nas descrições do que ela significam no contexto.

Vê-se, pela beleza expositiva como apresenta o assunto, que você é um escritor nato, um divulgador com muito potencial.

Sugiro, amigo, que, independentemente da atividade que esteja exercendo, ponha-se a escrever. Escrever, divulgar.

Espero ver livros seus, artigos, num  futuro próximo, livrarias a afora.   Acho que você não fica atrás de muitos que conheço, e que são bons nessa arte.

O que anda fazendo agora? Nunca mais participou do fórum!

 

Acho que o asssunto relatividade ali esgotou(pois há apenas uns dois ou três que discutem o assunto...assim mesmo da maneira que você já viu. Desistimulante. Mas há outros que, sei, gostam de saber o que é mesmo esse negócio. É por isso que, vez ou outra, participo.

 

Ultimamente tive um idéia, para reacender o interesse daquela comunidade: tentar um texto sobre RG, usando um expressão envolvendo taxa fracional de volume associada a uma expressão que contém  a densidade + pressão(que pode ser obtida pela física Newtoniana ou pela RG, sendo o primeiro muito mais simples e intuitivo. Esta é uma maneira de explicar o significado físico das equações de Einstein. E, a partir daí, partir para explicar o que é constante cosmológica, expansão do universo e coisas assemelhadas, enfim descrever muitos parâmetros associados à cosmologia e à gravitação, como desvio geodésico, por exemplo. A idéia central não é minha, mas de J.Baez, com quem até mantive um contato sobre um artigo seu, nessa direção. Minha idéia é tomar o artigo do Baez como referência, explicar à minha maneira, e justificar, sem falar em tensores, a matemática, posta de maneira a mais simples possível. No artigo, o Baez usa uns atalhos para apresentar resultados matemáticos, como se todos os leitores fossem especialistas. Não gosto disso. Pois, os passos até os atalhos já estou desenvolvendo. Deve interessar, pois é possível explicar toda a relatividade Geral, em termos de seus significado mais elementares. A minha questão é desenvolver algo que todos possam ler(claro, devem ter um mínimo de conhecimento matemático, mas nada mais além de derivadas parciais, expansão em série, essas coisas mais básicas. Que todos possam ler, sem que me achem pedante...

 

Sei que autores de leis “geniais” como “nada muda enquanto não muda...” deverão, como de costume,  fazer das suas. Mas não tem nada. Aguentarei.

 

E estava pensando numa maldade: se eu concluir(estou começando a partir de agora), mandarei o texto inicial para você. Se tiver tempo, dará uma olhada. Se não,  tudo bem. Mas é preciso, primeiro, que eu cumpra esse meu desejo.

 

Muito êxito aí em suas empreitadas.

 

Abraços

 

Victor.

 

 

 

 

 

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de ricardo
Enviada em: sábado, 5 de maio de 2012 00:46
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Partículas mais rápidas que a luz, Relatividade e Neutrinos

 

 

Olá a todos da Ciencialist!

Faz tempo que não posto mensagens aqui, isso é devido ao escasso tempo que tive nesses últimos anos (estou começando o meu doutorado em física nesse ano). Mesmo assim, tive acompanhando um pouco a lista, embora sem participar das discussões. Essa é uma boa oportunidade para agradecer novamente à todos que me ajudaram aqui, mesmo antes de eu entrar no curso de física.

Estou escrevendo agora porque encontrei algumas discussões daqui à respeito das experiências realizadas no CERN (OPERA e ICARUS) sobre uma possível existência de neutrinos superluminais (e.g., http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/81113).

A respeito disso, escrevi um texto há algum tempo e acho que talvez possa interessá-los. Deixe-me antes explicar como acabei por escrever o texto. Há uns dois anos atrás estava encucado com algumas coisas de mecânica quântica, principalmente à respeito do fato de a velocidade (de fase) das ondas de De Broglie se propagarem mais rápido que a luz (a velocidade é w = c^2/v, que é maior que c por que v é menor que c). Esse tema é bem discutido na própria tese de doutorado de De Broglie, um excelente texto, vale ressaltar.

Pois então, no meu entender, isso significava que a mecânica quântica
era relativística em sua essência, e que um bom entendimento dela só poderia ser alcançado se estudada a partir da relatividade. No entanto o fato de que w ser maior que c (vide acima) me fez pensar que era, mais que isso, necessário estender a teoria da relatividade à partículas e referenciais mais rápidos que c. Procurei então por trabalhos nesse sentido, mas não achei muita coisa na época, apenas achei alguns artigos da revista Ciência Hoje, de divulgação, e outros que introduziam hipóteses pouco satisfatórias). Desde então tentei encontrar uma tal extensão, dividindo o tempo com as matérias do meu curso...

No meio do ano passado, porém, me convidaram para apresentar algo na VII Semana da Física da UFSCar (onde eu estudo) e perguntei se eu poderia falar sobre táquions (nome geralmente dado à partículas mais velozes que a luz), que tinha trabalhado pouco tempo antes, e aceitaram. Então eu apresentei uma palestra sobre o assunto. Coincidentemente, cerca de uma ou duas semanas depois saiu a noticia desses neutrinos superluminais! Com isso várias pessoas se interessaram pelo tema que eu tinha discutido e pediram para que eu colocasse em forma de artigo as ideias lá apresentadas. Depois de algum tempo eu escrevi o artigo, e depois uma versão em inglês a pedido de meu orientador. Colocamos os textos no Arxiv (link abaixo) e a versão em português submetemos à Revista Brasileira de Ensino de Física (deve ser publicado em breve).

Para quem tem dúvidas de como a teoria da relatividade poderia ser estendida a fim de descrever partículas superluminais, esse texto pode ser útil. Mesmo que falhas tenham sido reportadas referente à experiência OPERA do CERN, acredito que o tema seja bem interessante (embora não tão simples). Os resultados que obtive concordam com os resultados obtidos cerca de trinta anos atrás do Prof. Dr. Erasmo Recami, um dos principais pesquisadores no campo. Tive o conhecimento de seus trabalhos apenas recentemente, o motivo sendo, acredito eu, por seus trabalhos terem sidos publicados em uma revista italiana, mas que até pouco tempo atrás não dava para acessar pela internet (e nem sei se hoje em dia temos o acesso). O Prof. Recami lecionou por algum tempo aqui no Brasil, infelizmente quando eu tentei entrar em contato ele já tinha voltado para a Itália...

Segue o link: http://arxiv.org/abs/1112.4187

''An Introduction to the Theory of Tachyons'' - Ricardo S. Vieira

p.s. a versão em português vem logo após ao texto em inglês, no mesmo pdf.

Até mais, espero participar mais da lista assim que as coisas acalmarem por aqui,

Abraços!

Ricardo S. Vieira


SUBJECT: Re: ENC: MÉDICOS REPROVADOS...
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/08/2012 19:25

Sim, os cursos são ruins. (No Brsil tb há um universo de cursos ruins, mas não vem ao caso aqui.)

Há o Revalida e há acordo com a ELAM [1].

Mas:
O CFM apoia o Revalida [2]: "O Conselho Federal de Medicina defende que o Revalida seja transformado em lei, obrigando a adesão das universidades ao processo, evitando assim revalidações com critérios diferentes."

E a ELAM tem acordo até com os EUA [3]. Tais acordos de cooperação internacional são muito comuns e têm vários objetivos. No caso de Cuba, o país tem um sistema de saúde bem conceituado. [4, 5]

[1]
http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/index.cfm/?portal=pagina.visualizarNoticia&codConteudo=2485&codModuloArea=162&chamada=acordo-facilita-revalidacao-de-diplomas-medicos-no-brasil

[2]
http://portal.cfm.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=23119:debate-revalidacao-de-diploma-estrangeiro&catid=3

[3]http://www.usatoday.com/news/opinion/columnists/wickham/2001-01-30-gwickham.htm
http://www.ifconews.org/MedicalSchool/freq_asked_questions.htm

[4] http://www.who.int/bulletin/volumes/88/5/10-010510/es/

[5] http://www.who.int/whr/2000/en/whr00_en.pdf
-----------

[]s,

Roberto Takata


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "JVictor" <j.victor.neto@...>
> Olá,

>
> Recebi de uma amiga, que recebeu de uma amiga, o bau de inquietações abaixo. Será que o quadro pintado é tão feio mesmo, à La Salvador Dali? (Não pesquisei o assunto).




SUBJECT: Entrevista com Mario Novelo
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: ListadeCiência <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/08/2012 08:08

Ola Pessoal,
 
Segue entrevista do Mario Novello.
 
Achei interessante que ele fala aqui uma coisa que perguntei na lista : se a MQ de Bohm era a única possível dentro da cosmologia atual (TRG).
 
Abs
Felipe
 
 

SUBJECT: Enc: Entrevista com Mario Novelo
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: ListadeCiência <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/08/2012 08:08


----- Mensagem encaminhada -----
De: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
Para: ListadeCiência <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Segunda-feira, 20 de Agosto de 2012 8:08
Assunto: Entrevista com Mario Novelo

Ola Pessoal,
 
Segue entrevista do Mario Novello.
 
Achei interessante que ele fala aqui uma coisa que perguntei na lista : se a MQ de Bohm era a única possível dentro da cosmologia atual (TRG).
 
Abs
Felipe
 
 



SUBJECT: Re: Leis da conservação: camisas de força e guias
FROM: "Luiz" <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/08/2012 17:28



E o uso da renormalização como crivo para teorias ?

Existe alguma justificativa para a aplicação da renormalização ?

Abs
Felipe
--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "roberto" <roberto.takata@...> escreveu
>
> "Você tenta adicionar um sinal de menos a um termo - mas não pode, porque então a teoria viola a paridade; você tenta adicionar um termo com mais partículas - proibido, porque a teoria agora não pode mais ser renormalizada e, dessa forma, necessita de um número infinito de parâmetros; você tenta deixar uma partícula fora da teoria - agora a lei tem probabilidades que não podem ser interpretadas; você subtrai outro termo - e todas as suas partículas desaparecem no vácuo; você quebra um termo em dois - agora a carga já não se conserva; e você ainda tem de satisfazer as leis de conservação de momento angular, momento linear, energia, quantidade de léptons e bárions. Essas restrições não aparecem todas axiomaticamente a partir de uma só teoria principal. Em vez disso, elas são o total da soma de uma miríade de compromissos interligados da prática. Algumas restrições,como as da conservação da energia, têm mais de um século de idade. Outras, como as da conservação da paridade, sobreviveram por muito tempo antes de serem descartadas. Outras, ainda, como a exigência de uma característica da natureza - que todos os parâmetros livres surjam em razões da ordem da unidade -, têm sua origem em tempos mais recentes. Algumas são consideradas pelas comunidade de pesquisa por apresentar barreiras quase intransponíveis à violação, enquanto outras apenas acendem a luz amarela de aviso quando são deixadas de lado. Mas, quando são reunidas, a sobreposição das restrições tornam alguns fenômenos quase impossíveis de postular, e outros (como os buracos negros), quase impossíveis de evitar."
> Peter Galison. 1997. Apud Robert P. Crease. 2011. As grandes equações: a história das fórmulas matemáticas mais importantes e os cientistas que as criaram. 276 pp. (Pág. 238.)
>




SUBJECT: Re: Leis da conservação: camisas de força e guias
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/08/2012 19:38

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz" <luizfelipecsrj@...>
> E o uso da renormalização como crivo para teorias ?

Se vc acha q probabilidade infinita faz sentido...

> Existe alguma justificativa para a aplicação da renormalização ?

Sim: funciona.

Roberto Takata



SUBJECT: Pedra de Rosetta
FROM: "Eduardo Torres" <dudutorres@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/08/2012 22:43

Pra quem tem Net-HD, no NOW, nos filmes gratis, no item documentarios, tem uma serie sobre o Egito (3 episodios duplos da BBC de 2005).

Os tres episodios duplos sao muito bons.

No primeiro, e' contada a historia da descoberta do tumulo de Tutankamon (a unica tumba de farao' achada intacta, considerada a maior descoberta arqueologica de todos os tempos) por Howard Carter em 1922, patrocinado por Lord Carnarvon.

No segundo, e' contada a historia do improvavel Giovanni Belzoni, homem forte de circo q, a servico dos ingleses, virou um dos grandes descobridores de tesouros egipcios (foi o primeiro a entrar no templo de Abu Simbel em mais de 1000 anos e foi o descobridor da primeira tumba no Vale dos Reis - pra sua sorte logo a maior e mais bem decorada, de Seth, pai de Ramses, o Grande).

O terceiro conta a historia da decifracao dos hieroglifos egipcios por Champolion depois da descoberta da Pedra de Rosetta e de como isso abriu um admiravel mundo novo ao permitir compreender tudo q os antigos egipcios deixaram escrito em pedra e papiros. A grande sacada de Champolion foi partir da premissa q os hieroglifos nao eram, como se pensava, simplesmente ideogramas, mas tb permitiriam uma leitura fonetica, como se fossem formados por simbolos q tb tinham a funcao de letras de um alfabeto. A segunda foi supor q o copta, considerado sucessor do demotico, por sua vez a lingua de uso comum dos antigos egipcios (sendo os hieroglifos a lingua formal usada em cerimonias e nos escritos oficiais e religiosos) podia servir de base para se deduzir o significado das palavras em hieroglifos, uma vez q fossem 'lidos' foneticamente. Champolion passou a estudar e tornou-se fluente em copta pra tentar decifrar os hieroglifos. E todas as suas hipoteses de trabalho se confirmaram.

Vendo o terceiro episodio, a gente fica ate' com curiosidade pra saber o q diabo estava escrito em tres linguas naquela pedra (hieroglifos, demotico e em grego antigo - essa ultima a unica lingua conhecida na epoca da descoberta do artefato).

Antes, isso era objeto so' de livros especializados de dificil acesso.

Hoje, com a internet, nao foi dificil descobrir uma versao em ingles da integra do texto gravado na Pedra de Rosetta:

http://www.britishmuseum.org/explore/highlights/article_index/r/the_rosetta_stone_translation.aspx

Abs,
Eduardo Torres




SUBJECT: Levitação em praça pública, sem pagar impostos.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/08/2012 05:55

Olá,

 

Sei que há truque nessa história. E dos bem feitos.

Estaria, certamente, relacionado ao “bastão” apoiado nas mãos de ambos.

E também tem ao montão de pano nas vestimentas dos “poderosos mentais”.

Certamente os caras querem faturar, após impressão causada aos circunstantes.

Acho que Randi passaria ao largo.

 

 

http://tvuol.uol.com.br/assistir.htm?video=homem-levita-em-plena-rua-na-alemanha-0402CC1A366CC4913326&orderBy=mais-recentes&edFilter=all&lista-editor=melhores-do-publico&time=all&


SUBJECT: Re: [ciencialist] Pedra de Rosetta
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/08/2012 10:36

Alguém tem material (ou link) sério sobre a civilização suméria ?
 
Abs
Felipe

De: Eduardo Torres <dudutorres@yahoo.com>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Segunda-feira, 20 de Agosto de 2012 22:43
Assunto: [ciencialist] Pedra de Rosetta
 
Pra quem tem Net-HD, no NOW, nos filmes gratis, no item documentarios, tem uma serie sobre o Egito (3 episodios duplos da BBC de 2005).

Os tres episodios duplos sao muito bons.

No primeiro, e' contada a historia da descoberta do tumulo de Tutankamon (a unica tumba de farao' achada intacta, considerada a maior descoberta arqueologica de todos os tempos) por Howard Carter em 1922, patrocinado por Lord Carnarvon.

No segundo, e' contada a historia do improvavel Giovanni Belzoni, homem forte de circo q, a servico dos ingleses, virou um dos grandes descobridores de tesouros egipcios (foi o primeiro a entrar no templo de Abu Simbel em mais de 1000 anos e foi o descobridor da primeira tumba no Vale dos Reis - pra sua sorte logo a maior e mais bem decorada, de Seth, pai de Ramses, o Grande).

O terceiro conta a historia da decifracao dos hieroglifos egipcios por Champolion depois da descoberta da Pedra de Rosetta e de como isso abriu um admiravel mundo novo ao permitir compreender tudo q os antigos egipcios deixaram escrito em pedra e papiros. A grande sacada de Champolion foi partir da premissa q os hieroglifos nao eram, como se pensava, simplesmente ideogramas, mas tb permitiriam uma leitura fonetica, como se fossem formados por simbolos q tb tinham a funcao de letras de um alfabeto. A segunda foi supor q o copta, considerado sucessor do demotico, por sua vez a lingua de uso comum dos antigos egipcios (sendo os hieroglifos a lingua formal usada em cerimonias e nos escritos oficiais e religiosos) podia servir de base para se deduzir o significado das palavras em hieroglifos, uma vez q fossem 'lidos' foneticamente. Champolion passou a estudar e tornou-se fluente em copta pra tentar decifrar os hieroglifos. E todas as suas hipoteses de trabalho se confirmaram.

Vendo o terceiro episodio, a gente fica ate' com curiosidade pra saber o q diabo estava escrito em tres linguas naquela pedra (hieroglifos, demotico e em grego antigo - essa ultima a unica lingua conhecida na epoca da descoberta do artefato).

Antes, isso era objeto so' de livros especializados de dificil acesso.

Hoje, com a internet, nao foi dificil descobrir uma versao em ingles da integra do texto gravado na Pedra de Rosetta:

http://www.britishmuseum.org/explore/highlights/article_index/r/the_rosetta_stone_translation.aspx

Abs,
Eduardo Torres


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Leis da conservação: camisas de força e guias
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/08/2012 10:37


Sabemos pq funciona ?
 
Abs
Felipe
De: roberto <roberto.takata@bol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Segunda-feira, 20 de Agosto de 2012 19:38
Assunto: [ciencialist] Re: Leis da conservação: camisas de força e guias
 
--- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, "Luiz" <luizfelipecsrj@...>
> E o uso da renormalização como crivo para teorias ?

Se vc acha q probabilidade infinita faz sentido...

> Existe alguma justificativa para a aplicação da renormalização ?

Sim: funciona.

Roberto Takata


SUBJECT: Re: Levitação em praça pública, sem pagar impostos.
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/08/2012 11:51

Não vi o video a q vc se refere, ZéVi (limitação da banda). Mas tem algo a ver com isto?

http://www.youtube.com/watch?v=sdwaLrPYh-0
-------------

[]s,

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "JVictor" <j.victor.neto@...>
> Sei que há truque nessa história. E dos bem feitos.
>
> http://tvuol.uol.com.br/assistir.htm?video=homem-levita-em-plena-rua-na-alem
> anha-0402CC1A366CC4913326&orderBy=mais-recentes&edFilter=all&lista-editor=me
> lhores-do-publico&time=all&
>



SUBJECT: Re: Leis da conservação: camisas de força e guias
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/08/2012 12:01

Sim, os físicos sabem. Claro q aqui depende do que se está chamando de saber.

Se saber é: 'justificar o uso da técnica com base em alguma premissa anterior', então, sim, os físicos sabem.

Tem a ver com as expressões lagrangianas da teoria quântica de campos.

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...>
> Sabemos pq funciona ?




SUBJECT: RES: [ciencialist] Pedra de Rosetta
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/08/2012 12:27

Olá,

 

No yotube é possível encontrar muita coisa. A começar pelo link abaixo.

 

http://www.youtube.com/results?search_query=sum%C3%A9rios&oq=sum%C3%A9rios&gs_l=youtube.3...3162.5022.0.6097.8.7.0.0.0.0.0.0..0.0...0.0...1ac.

 

Sds,

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de luiz silva
Enviada em: terça-feira, 21 de agosto de 2012 10:36
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Pedra de Rosetta

 

 

Alguém tem material (ou link) sério sobre a civilização suméria ?

 

Abs

Felipe

 

De: Eduardo Torres <dudutorres@yahoo.com>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Segunda-feira, 20 de Agosto de 2012 22:43
Assunto: [ciencialist] Pedra de Rosetta

 

Pra quem tem Net-HD, no NOW, nos filmes gratis, no item documentarios, tem uma serie sobre o Egito (3 episodios duplos da BBC de 2005).

Os tres episodios duplos sao muito bons.

No primeiro, e' contada a historia da descoberta do tumulo de Tutankamon (a unica tumba de farao' achada intacta, considerada a maior descoberta arqueologica de todos os tempos) por Howard Carter em 1922, patrocinado por Lord Carnarvon.

No segundo, e' contada a historia do improvavel Giovanni Belzoni, homem forte de circo q, a servico dos ingleses, virou um dos grandes descobridores de tesouros egipcios (foi o primeiro a entrar no templo de Abu Simbel em mais de 1000 anos e foi o descobridor da primeira tumba no Vale dos Reis - pra sua sorte logo a maior e mais bem decorada, de Seth, pai de Ramses, o Grande).

O terceiro conta a historia da decifracao dos hieroglifos egipcios por Champolion depois da descoberta da Pedra de Rosetta e de como isso abriu um admiravel mundo novo ao permitir compreender tudo q os antigos egipcios deixaram escrito em pedra e papiros. A grande sacada de Champolion foi partir da premissa q os hieroglifos nao eram, como se pensava, simplesmente ideogramas, mas tb permitiriam uma leitura fonetica, como se fossem formados por simbolos q tb tinham a funcao de letras de um alfabeto. A segunda foi supor q o copta, considerado sucessor do demotico, por sua vez a lingua de uso comum dos antigos egipcios (sendo os hieroglifos a lingua formal usada em cerimonias e nos escritos oficiais e religiosos) podia servir de base para se deduzir o significado das palavras em hieroglifos, uma vez q fossem 'lidos' foneticamente. Champolion passou a estudar e tornou-se fluente em copta pra tentar decifrar os hieroglifos. E todas as suas hipoteses de trabalho se confirmaram.

Vendo o terceiro episodio, a gente fica ate' com curiosidade pra saber o q diabo estava escrito em tres linguas naquela pedra (hieroglifos, demotico e em grego antigo - essa ultima a unica lingua conhecida na epoca da descoberta do artefato).

Antes, isso era objeto so' de livros especializados de dificil acesso.

Hoje, com a internet, nao foi dificil descobrir uma versao em ingles da integra do texto gravado na Pedra de Rosetta:

http://www.britishmuseum.org/explore/highlights/article_index/r/the_rosetta_stone_translation.aspx

Abs,
Eduardo Torres


SUBJECT: UFOs/OVNIs - Casos científicos
FROM: Thiago Guimarães <guimaraesbsb@hotmail.com>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/08/2012 01:03


Pela minha pesquisa, bastante amadora, os únicos dados que pude encontrar dizem
a respeito daquilo que fora chamado de "Onda Belga". O fato Ufológico mais estudado
cientificamente na história.

Ao que se parece do relato abaixo, a suposta foto "evidência" do Belga Petit-Rechain
era uma farsa - O OVNI de Petit-Rechain era um painel de frigolite (painel isolante de poliestireno).
Outras críticas vinda dos próprios Belgas, em sua época, sugerem que a suposta
foto nada "revela" do evento, sendo que os OVNIS, segundo os avistamentos informados,
estavam a uma distância muito superior àquela obtida na suposta fotografia.

As "evidências" dos radares dos Caças F-16 são controversos. Mas o fato de terem
aparecido pelo menos duas vezes, nos dois aviões (?), reduzem e muito a chance de simplesmente
"erro" ou "mal funcionamento" dos sistemas (numa hora bem conveniente, não é?). Ao mesmo
tempo que pessoas discursaram, ao solo, que viam os caças e viam também os objetos.
Este fato continua controverso.

Há críticas ferozes contra cientistas Belgas e a maneira como organizaram sua "disciplina"
para produzir alguma ciência, incluindo Físicos e Astrofísicos.

Contudo, cientistas continuam empenhados na busca pela evidência cabal.
A Ufologia, seja como for, provoca ceticismo. Se haverá corroboração, certamente será através da Física.

Mas quem sabe um lado da história, deve também saber o outro. Só pode ser considerado
um argumento decente aquele que é capaz de contra-argumentar.

Então segue...



(Do Wikipédia)
Onda belga de OVNIs é como ficou conhecida uma série de avistamentos de OVNIs triangulares 
na Bélgica, num período que durou de29 de novembro de 1989 a meados de abril de 1990.
[...]

Pela próxima hora, os dois caças tentaram interceptar os alvos por nove vezes. Em três ocasiões, 

eles conseguiram mirar no alvo, mas ele se movia tão rapidamente que a mira era perdida. 

Durante a primeira tentativa, o alvo acelerou de 150 mph para mais de 1.100 mph, enquanto

 descia de uma altitude de 9.000 pés para 5.000 pés em apenas dois segundos, e aí subiu 

novamente para 11.000 pés antes de quase pousar. Manobras similares foram observadas nos radares. 

Em nenhuma ocasião os caças conseguiram contato visual com os objetos, e em nenhum momento foi 

detectada uma explosão sônica, apesar das velocidades desenvolvidas pelos objetos.


Enquanto isso, testemunhas oculares no chão disseram ver o triângulo pequeno desaparecer de vista 

enquanto o maior apenas subia rapidamento quando os caças passavam. Após meia-noite e meia, os 

radares registravam cada vez menos objetos e o último ponto foi rastreado à 00:40. Esse rastreamento 

foi quebrado quando o objeto acelereou de 100 mph para 700ph. Os caças e os radares perderam os 

contatos, e, após vários contatos não-confirmados, os caças retornaram à base.


Os detalhes dos avistamentos foram fornecidos pelos membros da gendarmaria que foram enviados 

para confirmar o relatório original. Eles descreveram quatro luzes dispostas em formato quadricular, 

fazendo movimentos curtos, antes de perderem sua luminosidade gradualmente e voarem em direções 

opostas à 01:30.


Fonte:

Youtube (History):
[Parte 1]

[Parte 2]

[Parte 3]

___________________________________________________________________________________

O documentário tem um total de duas horas (as três partes somam 40min.). Há diversas "evidências" 
de outros "contatos", mas a ocorrência mais relevante, de fato, é essa.

Outros relatos ao longo do documentário, de OVNIS consideravelmente grandes "perseguindo"
aviões, avistados a olho nu, ao mesmo tempo que são avistados em radares, são peculiarmente 
bastante interessantes.

Thiago

SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Levitação em praça pública, sem pagar impostos.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/08/2012 08:28

Não. Mas é muito semelhante. Tem o mesmo “pau” em que o homem se apóia e tem mais outra pessoa, parece que auxiliar.

 

Reabrí-o a partir do próprio e-mail postado, sem problemas. Pode haver se corrompido durante a transmissão.  Por isto, um novo post:

 

http://tvuol.uol.com.br/assistir.htm?video=homem-levita-em-plena-rua-na-alemanha-0402CC1A366CC4913326&orderBy=mais-recentes&edFilter=all&lista-editor=melhores-do-publico&time=all&

 

Talvez resolva.

 

Sds,

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de roberto
Enviada em: terça-feira, 21 de agosto de 2012 11:51
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Re: Levitação em praça pública, sem pagar impostos.

 

 

Não vi o video a q vc se refere, ZéVi (limitação da banda). Mas tem algo a ver com isto?

http://www.youtube.com/watch?v=sdwaLrPYh-0
-------------

[]s,

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "JVictor" <j.victor.neto@...>
> Sei que há truque nessa história. E dos bem feitos.
>
> http://tvuol.uol.com.br/assistir.htm?video=homem-levita-em-plena-rua-na-alem
> anha-0402CC1A366CC4913326&orderBy=mais-recentes&edFilter=all&lista-editor=me
> lhores-do-publico&time=all&
>


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Leis da conservação: camisas de força e guias
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/08/2012 09:09

Ola Takata,
 
Pesquisei um pouco e achei este artigo sobre o tema. Ainda não tive tempo de ler com calma, mas pelo que entendi este assunto ainda é motivo de controvérsias no meio científico.
 
Uma das explicações que o autor coloca, eu gostaria de questionar : pelo que entendi, ele fala que um dos problemas pode ser a utilização da lógica clássica, frente a uma "realidade" quãntica. Dessa forma, não poderíamos usar a lógica clássica como "crivo". Ou seja, o problema não estaria na renormalização, mas sim na lógica clássica.
 
Mas uma coisa me chama a atenção nesta proposta : não é estranho colocar o problema na lógica clássica, para justificar o uso da renormalização, que tem em sua base (matemática), a lógica clássica?  
 
Abs
Felipe

De: roberto <roberto.takata@bol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Terça-feira, 21 de Agosto de 2012 12:01
Assunto: [ciencialist] Re: Leis da conservação: camisas de força e guias
 
Sim, os físicos sabem. Claro q aqui depende do que se está chamando de saber.

Se saber é: 'justificar o uso da técnica com base em alguma premissa anterior', então, sim, os físicos sabem.

Tem a ver com as expressões lagrangianas da teoria quântica de campos.

Roberto Takata

--- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...>
> Sabemos pq funciona ?


SUBJECT: Re: [ciencialist] Levitação em praça pública, sem pagar impostos.
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/08/2012 12:00

Pena que o "cinegrafista" seja tão ruim...

Eu já vi um filme de algo semelhante feito por alguém na Índia. Deve ser um truque bem conhecido dos mágicos profissionais.

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 21/08/2012 05:55, JVictor escreveu:

Olá,

 

Sei que há truque nessa história. E dos bem feitos.

Estaria, certamente, relacionado ao “bastão” apoiado nas mãos de ambos.

E também tem ao montão de pano nas vestimentas dos “poderosos mentais”.

Certamente os caras querem faturar, após impressão causada aos circunstantes.

Acho que Randi passaria ao largo.

 

 

http://tvuol.uol.com.br/assistir.htm?video=homem-levita-em-plena-rua-na-alemanha-0402CC1A366CC4913326&orderBy=mais-recentes&edFilter=all&lista-editor=melhores-do-publico&time=all&






SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Levitação em praça pública, sem pagar impostos.
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/08/2012 12:10

É esse mesmo! O truque é usar o "terceiro olho". O aparato especial
também ajuda um pouco...

A propósito, alguém sabe como é feito o truque do mágico que se
apresentou no último programa do Faustão?

[ ]s

Alvaro Augusto



Em 21/08/2012 11:51, roberto escreveu:
> Não vi o video a q vc se refere, ZéVi (limitação da banda). Mas tem algo a ver com isto?
>
> http://www.youtube.com/watch?v=sdwaLrPYh-0
> -------------
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "JVictor" <j.victor.neto@...>
>> Sei que há truque nessa história. E dos bem feitos.
>>
>> http://tvuol.uol.com.br/assistir.htm?video=homem-levita-em-plena-rua-na-alem
>> anha-0402CC1A366CC4913326&orderBy=mais-recentes&edFilter=all&lista-editor=me
>> lhores-do-publico&time=all&
>>
>
>



SUBJECT: Sistema de cotas em questão.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/08/2012 00:14

Reportagem sobre o sistema de cotas.

 

http://educacao.uol.com.br/noticias/2012/08/22/mercadante-dilma-vai-vetar-artigo-da-lei-de-cotas-para-que-enem-seja-principal-criterio-de-selecao.htm

 

Pessoal de escola particular não gosta disso muito não!

 

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: Série "Destino Educação" (TV Futura)
FROM: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/08/2012 08:03

Abaixo, links para a série "Destino Educação", transmitida
pela TV Futura.

São sete episódios, mostrando como é o sistema de esino de
alguns países.

1) http://www.youtube.com/watch?v=Z4CeswQ0BYo (Xangai)
2) http://www.youtube.com/watch?v=fIZrEgsjUXE (Finlândia)
3) http://www.youtube.com/watch?v=gF-xBK1l6rA (Chile)
4) http://www.youtube.com/watch?v=EavGDbIUiEE (Coréia)
5) http://www.youtube.com/watch?v=Sl7heh6blZY (Canadá)
6) http://www.youtube.com/watch?v=qhD1V1gqwP8 (Brasil)
7) http://www.youtube.com/watch?v=El1fX-1NHjE (Geral)

Paulo


SUBJECT: Festival do Minuto sobre Ciência - concurso
FROM: "Roberto Belisario" <belisarioroberto@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/08/2012 09:14

Olá. O próximo concurso do Festival do Minuto será sobre vídeos de Ciência. Qualquer um pode participar, com vídeos de um minuto de duração. A produção me mandou um e-mail e achei interessante divulgar, porque o Festival do Minuto tem coisas muito legais. Tem um cartaz, mas estou enviando e-mail pela web e não sei se vai sair um PDF anexado; de qualquer forma, nele só tem escrito isso:

---
Até 27 de out / Prêmio: 6 laptops
www.festivaldominuto.com.br

Apoio
Fapesp
Governo do Estado de São Paulo
---

Abaixo, o texto que estão divulgando.
Abraços,
Belisário

Ciência é novo tema de concurso do Festival do Minuto

Participantes concorrem a seis laptops como prêmios

O concurso tem apoio da FAPESP e as inscrições vão até o dia 27 de outubro



Ciência. É só pensar no termo que já vem à cabeça um laboratório, um rato para experiências e um cientista maluco de avental branco? Pois ciência é muito mais do que essa visão estereotipada, já que nos deparamos com ela nas mínimas coisas do dia a dia – da lâmpada elétrica ao telefone celular, do banho quente aos tratamentos de saúde, da conservação ambiental ao uso da internet. Por isso, o termo pode trazer inúmeras ideias para criar belos vídeos de um minuto. É no que aposta o novo concurso do Festival do Minuto.

Mas, afinal, o que é ciência? Mesmo que sua definição seja bastante abrangente, podemos dizer que ciência é o resultado do esforço humano para aumentar o que se sabe sobre determinado assunto com base em um método científico, ou seja, na observação, no questionamento e no raciocínio lógico. É desse conhecimento que resultam boa parte das descobertas e das invenções. Em resumo, ciência também é resultado da nossa criatividade.

Por isso, para participar do festival, nada melhor do que deixar a imaginação fluir sobre qualquer ciência, seja ela exata, humana ou sobre a vida. Ciência da computação, engenharia, física, matemática, química, zootecnia, botânica, biologia, antropologia... E, como sempre, valem vídeos de 60 segundos em qualquer formato: filmes de animação, vídeos feitos com câmeras digitais, celular, ipad etc. O que vale, mais uma vez, é a criatividade. O concurso segue aberto a pessoas de todas as idades, com inscrições até o dia 27 de outubro.



FAPESP: 50 anos de apoio à pesquisa

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) é uma das mais importantes agências brasileiras de apoio à pesquisa científica. Criada em 1962, a FAPESP, ao longo dos seus 50 anos, concedeu cerca de 105 mil bolsas de pesquisa – da graduação ao pós-doutorado – e apoio a mais de 92 mil auxílios para pesquisadores do Estado de São Paulo. O apoio é dado a pesquisas em todas as áreas das ciências, bem como tecnologia, engenharia, artes e humanidades. A FAPESP também apoia pesquisas em áreas consideradas estratégicas para o País, por meio de programas em grandes temas, como biodiversidade, mudanças climáticas e bioenergia.

Para saber mais, acesse www.fapesp.br.



Sobre o Festival do Minuto

O Festival do Minuto foi criado no Brasil, em 1991, e propõe a produção de vídeos com até um minuto de duração. É, hoje, o maior festival de vídeos da América Latina e também o mais democrático, já que aceita contribuições de amadores e profissionais, indistintamente. A partir do evento brasileiro, o Festival do Minuto se espalhou para mais de 50 países, cada um com dinâmica e formato próprios. O acervo do Minuto inclui vídeos de inúmeros realizadores que hoje são conhecidos pela produção de longas-metragens, como os diretores Fernando Meirelles (Cidade de Deus, O Jardineiro Fiel), Beto Brant (O Invasor, Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios) e Tata Amaral (Um Céu de Estrelas, Antônia).

Para saber mais, acesse www.festivaldominuto.com.br.




SUBJECT: Re: Pedra de Rosetta
FROM: "Eduardo Torres" <dudutorres@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/08/2012 11:23

Descobertas arqueológicas e fontes historicas sugerem q a Mesopotâmia ja' abrigava populacoes fixas por volta de 5.000 a.C., cuja origem e' atribuida aa região montanhosa ao norte do Mar Cáspio.

Dentre essas primeiras populacoes, se destacaram os sumérios, que foram a primeira civilização a dominar a Mesopotâmia a partir de 4.500 a.C. ate' 2.550 a.C..

Dominavam a agricultura e a hidraulica, criaram uma arquitetura importante, linguagem escrita e dominavam tecnicas astronomicas e de metalurgia relativamente sofisticadas.

Por volta de 2.550 a.C. a regiao foi tomada pelos acadios (q eram um povo semita - os sumerios nao eram semitas). Divisoes entre as cidades-estados sumerias facilitaram a conquista acadiana da Mesopotâmia, mas a forca da cultura sumeria mais sofisticada acabou se impondo (como na Grecia apo's a dominacao romana) e os dois povos acabariam se unificando para formar um unico imperio sumerio-acadio, embora sob lideranca acadia (como seculos depois se uniriam os medos e os persas na regiao, mas com os persas dominantes).

Nesse periodo, as cidades-estado sumerias ainda eram dirigidas pelos mesmos governantes sumerios, desde que pagassem os tributos exigidos pelos acadios, como governantes gerais.

O desenvolvimento da escrita cuneiforme pelos sumérios possibilitou o registro historico da primeira língua semítica da Antiguidade: a língua acadia, que já chegou a ser usada como língua internacional por todo o Oriente Médio. O famoso Codigo de Hamurabi foi gravado em pedra em acadio.

Outra vantagem dessa uniao foi q a antiga lingua sumeria foi preservada durante o dominio acadio, sendo inclusive usada para textos sagrados e formais, com a producao de muitos documentos bilingues.

Como linguas semiticas se preservaram por muito tempo na regiao, mesmo evoluindo linguisticamente (o arabe e o hebraico atuais sao descendentes delas), o acadio era acessivel a pesquisadores, e, gracas a essa simbiose cultural, tb foi o sumerio. Assim, diferente dos hieroglifos egipcios, textos sumerios, mesmo mais antigos, puderam ser traduzidos desde longa data.

Essa situacao de convivio sumerio-acadio, com maiores ou menores crises, durou ate' por volta de 2.150 a.C., qdo os guti, povos asiáticos da região montanhosa da Armênia, acabariam com o domínio acádio, que já estava abalado com revoltas internas.

Apo's isso, a cultura sumeria, q ainda se mantinha viva sob dominio acadio, entrou em declinio e se extinguiu.

Sites serios sobre os sumerios?

Fora a Wiki?

;-)

Tem o

http://history-world.org/sumeria.htm

q parece interessante.

E serio.

E' ligado ao International World History Project.

Abs,
Eduardo Torres

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...> escreveu
>
> Alguém tem material (ou link) sério sobre a civilização suméria ?
>  
> Abs
> Felipe
>
>
> ________________________________
> De: Eduardo Torres <dudutorres@...>
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Enviadas: Segunda-feira, 20 de Agosto de 2012 22:43
> Assunto: [ciencialist] Pedra de Rosetta
>
>  
> Pra quem tem Net-HD, no NOW, nos filmes gratis, no item documentarios, tem uma serie sobre o Egito (3 episodios duplos da BBC de 2005).
>
> Os tres episodios duplos sao muito bons.
>
> No primeiro, e' contada a historia da descoberta do tumulo de Tutankamon (a unica tumba de farao' achada intacta, considerada a maior descoberta arqueologica de todos os tempos) por Howard Carter em 1922, patrocinado por Lord Carnarvon.
>
> No segundo, e' contada a historia do improvavel Giovanni Belzoni, homem forte de circo q, a servico dos ingleses, virou um dos grandes descobridores de tesouros egipcios (foi o primeiro a entrar no templo de Abu Simbel em mais de 1000 anos e foi o descobridor da primeira tumba no Vale dos Reis - pra sua sorte logo a maior e mais bem decorada, de Seth, pai de Ramses, o Grande).
>
> O terceiro conta a historia da decifracao dos hieroglifos egipcios por Champolion depois da descoberta da Pedra de Rosetta e de como isso abriu um admiravel mundo novo ao permitir compreender tudo q os antigos egipcios deixaram escrito em pedra e papiros. A grande sacada de Champolion foi partir da premissa q os hieroglifos nao eram, como se pensava, simplesmente ideogramas, mas tb permitiriam uma leitura fonetica, como se fossem formados por simbolos q tb tinham a funcao de letras de um alfabeto. A segunda foi supor q o copta, considerado sucessor do demotico, por sua vez a lingua de uso comum dos antigos egipcios (sendo os hieroglifos a lingua formal usada em cerimonias e nos escritos oficiais e religiosos) podia servir de base para se deduzir o significado das palavras em hieroglifos, uma vez q fossem 'lidos' foneticamente. Champolion passou a estudar e tornou-se fluente em copta pra tentar decifrar os hieroglifos. E todas as suas hipoteses de
> trabalho se confirmaram.
>
> Vendo o terceiro episodio, a gente fica ate' com curiosidade pra saber o q diabo estava escrito em tres linguas naquela pedra (hieroglifos, demotico e em grego antigo - essa ultima a unica lingua conhecida na epoca da descoberta do artefato).
>
> Antes, isso era objeto so' de livros especializados de dificil acesso.
>
> Hoje, com a internet, nao foi dificil descobrir uma versao em ingles da integra do texto gravado na Pedra de Rosetta:
>
> http://www.britishmuseum.org/explore/highlights/article_index/r/the_rosetta_stone_translation.aspx
>
> Abs,
> Eduardo Torres
>



SUBJECT: RE: [ciencialist] Sistema de cotas em questão.
FROM: Thiago Guimarães <guimaraesbsb@hotmail.com>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/08/2012 16:07

Pelo texto aprovado pelo Congresso, a seleção dos estudantes que terão direito a ingressar n
as universidades federais pelo sistema de cotas raciais e sociais será feita com base no CR
Coeficiente de Rendimento ) obtido a partir da média aritmética das notas do aluno no Ensino Médio. [...]
 
Que coisa tosca...
Vetou! Fez bem!
 
Thiago
 

To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: j.victor.neto@uol.com.br
Date: Thu, 23 Aug 2012 00:14:05 -0300
Subject: [ciencialist] Sistema de cotas em questão.

 

Reportagem sobre o sistema de cotas.

 

http://educacao.uol.com.br/noticias/2012/08/22/mercadante-dilma-vai-vetar-artigo-da-lei-de-cotas-para-que-enem-seja-principal-criterio-de-selecao.htm

 

Pessoal de escola particular não gosta disso muito não!

 

 

Sds,

Victor.



SUBJECT: As equações de Maxwell e 600 narcisos
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/08/2012 22:48

Um acontecimento especial em qualquer curso de eletromagnetismo é quando
as equações de Maxwell aparecem todas juntas pela primeira vez. Walter
Lewin faz disso um acontecimento ainda mais especial:
http://www.youtube.com/watch?v=ddU6HBFlvEk&feature=relmfu (a partir do
45° minuto).

[ ]s

Alvaro Augusto



SUBJECT: Léo, amigo querido, ainda que virtual.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/08/2012 04:02

Olá,

Hoje bateu uma saudade.

Hoje, fui ao recanto  intelectual  do saudoso Léo, onde ele se refugiava para dar vazão ao seu ímpeto natural de ensinar, compartilhar conhecimentos  e criar, a cada vez,  argumentos, escritos ou gráficos, para ilustrar seu pensamento  sempre claro e objetivo, e mostrar que, de sua perspectiva, o acesso à Ciência – Física, especificamente-, era simples, e estava tudo ali, grátis e descomplicado. E isto ele o fazia sem nenhuma outra expectativa, que não aquela da satisfação pessoal e do sentimento do dever cumprido, pela certeza de que muitos,  mundo afora, estariam se beneficiando de suas criações, como é fácil inferir, pelo grande número de visitas ao seu site. Pois era original em sua maneira de expor, de escrever, de ensinar. Um batalhador, persistente e incansável, mesmo do alto de sua aposentadoria. O que, associado à sua conhecida compulsão pelo laboratório, completava-o como físico e professor.  

Um mestre e verdadeiro profissional, enfim. Que é  o que era, em realidade.

Aprendí muito com Léo.

Particularmente, sinto como se ele tivesse sido alguém muito próximo, um familiar querido.

Pois há familiares que de jeito nenhum são queridos.

É assim que me sinto, apesar de nunca ter tido contado pessoal.  É incrível como, mesmo virtualmente, podemos nos apegar a pessoas. Estou, ainda,  particularmente impressionado- e p**t* com o evento inesperado, que o suprimiu de nosso convívio, deixando o mundo mais pobre.

Mas não precisarei ir a um psicanalista, por isso. Até em razão de que o Léo bronquearia, com seu jeitão saudoso de encarar essas coisas.

Procurando um seu trabalho sobre forças de marés, deparei-me novamente com este maravilhoso texto. Que o reli com prazer, dada a beleza, o acerto, e  a maneira direta de dizer as coisas, como era uma característica sua.

A seguir o seu belo texto, que é, enfim, um recado  aos amantes da ciência.

Quem não o conhece, ganhará.. Quem já o leu, enriquecerá sua memória, lendo-o de novo.


“Esse texto é dirigido a todos que têm sede de saber; eu mesmo seria um felizardo se o pudesse ter lido a umas dezenas de anos atrás. Durante algum tempo, na fase pré-universitária, prendi-me à Física de Newton, a qual absorvia com requintado sabor. Era o conhecimento exigido nos vestibulares e, os demais novos tópicos da Física, eram apenas leituras não obrigatórias. Einstein era pouco mais que um estranho e da simplória leitura de que dispunha, deixava a mente esvoaçar pelo imaginário e desconhecido. Incrível! Quantas falsas analogias eu não criei nesse miúdo cérebro em formação!
Hoje, lendo e ouvindo, vejo que a ‘coisa’ não mudou muito! Esotéricos, místicos e mesmo muitos jovens estudantes, 'vira e mexe' ainda tentam argumentar suas enevoadas idéias, citando trechos esparsos da teoria da relatividade, personalidades do mundo da ciência (e Einstein não escapa com seu famoso: “Deus não joga dados”) e, principalmente, ‘coisas’ da mecânica quântica. Era assim mesmo que eu o fazia quando estava apenas apoiando-me em simplórias leituras.

Realmente, insisto, a ‘coisa’ não mudou muito, mas hoje consigo ver de onde surgiram tais falhos argumentos postos para reforçar suas 'emanações e influências do amarelo', energias cósmicas e coisas do gênero. São, ainda, as simplórias leituras que pululam pelas prateleiras de livrarias e bancas de jornais, as causas de tais devaneios. Até os Espíritas, Maçons e Rosacruzes começaram a se referir á 'quântica' em suas profundas incursões, no intuito de associar suas ilusões humanas sobre seres transcendentais com o assentado 'status' da Ciência e da Tecnologia.

Se bem recordo, essa nova 'onda', ou coqueluche, começou com o lançamento do livro "O Tao da Física", de Fritjof Capra, cuja visão mística da Física, acrescida de seus argumentos forçados, deturparam sobremaneira a conceituação científica dos fatos. Ainda hoje, ao afirmarmos que Física Quântica nada tem a ver com misticismo, sempre aparecerá um deles a dizer: "Ah, mas Capra é físico e diz que tem sim". Ser Físico é algo mais do que falar sobre física, e com certeza absoluta, quem diz isso, não leu nada desse autor em algum periódico científico de respeito, uma vez que suas teorias não são científicas (experimentais, falseáveis, empíricas etc.). Isso me lembra alguém querendo defender a "Teoria da Terra Oca". Não é porque que alguém é geólogo e defende a “Teoria da Terra Oca” que isso signifique que a Terra seja realmente oca ou o que tal pessoa diga sobre geologia deva ser verdadeiro. O inverso é também verdadeiro, não é porque alguém publica um trabalho sério no meio científico que tudo aquilo que ele diz ou pensa, dali para frente, passa a ser verdade. Todos são livres de ter as idéias que quiserem, mas só terão validade quando forem cientificamente testadas. E até hoje, nenhuma das idéias posta por algum místico foi cientificamente comprovada e, muito menos, usada em qualquer aplicação prática para a sociedade.
Então, não é porque Capra é físico que tudo que ele diz sobre Física é respaldado na verdade científica. Na Ciência não cabe a ‘palavra da autoridade’. Se fosse assim, médicos nunca errariam, prédios jamais cairiam porque os engenheiros deveriam fazer tudo perfeito etc.

Decididamente as idéias postas por CAPRA constituem o eixo dessa atual visão mística. Depois de "O TAO DA FÍSICA" ele ainda escreveu "PONTO DE MUTAÇÃO", um outro livro onde a Física Quântica (FQ) é a "explicação para os eventos sobrenaturais" etc. São livros baseados em crendices e sem aprovação alguma daqueles que seriamente se dedicam à Física.

Apreciaria lançar um desafio para que tais místicos lessem um livro inteiro sobre o que vem a ser uma abordagem científica posta academicamente (e referenciada pela comunidade científica) para que pudessem constatar por si mesmos que nada é baseado em crendices, lá nada há de 'místico'. Pensando bem, faço esse desafio: --- Que tal ler integralmente o livro de Física Quântica (Átomos, Moléculas, Sólidos, Núcleos e Partículas) de Eisberg e Resnick, Editora Campus ?

Eu também não sou nenhum especialista em física quântica, mas muito me agradaria colocar um texto acessível a todos aqueles que querem usar da física quântica para tentar lastrear suas 'falas'. Quem sabe, lendo-o, os argumentos esotéricos melhorem, ou desapareçam por completo, ao notarem as falácias postas como analogias. Mas o texto, como já salientei, não é apenas para místicos, é também para quem quer saber um pouco mais sobre física quântica e, com isso, poder dialogar com maior riqueza de argumentos com as pessoas que acreditam em tudo que lêem em livros, tais como os de Capra.
Em fim, proponho que este texto seja uma ‘dilatação de idéias’, uma leitura inicial nos acordes de uma divulgação científica, com o propósito de expor alguns esclarecimentos que ajudem a "desmistificar a Física Quântica", e a incentivar seu estudo mais profundo para aqueles que viam nela algo estranho o suficiente para parecer místico.

Não é nada simples dividir essa divulgação em partes significativas, quer histórica ou factual. No geral é um confronto de modelos, que nada mais é, que “o modo como a ciência avança”. Os modelos que aqui se defrontam carregam, cada um, sua postura básica, um - o clássico - assenta-se em “partículas”, ou outro - o quântico - em “ondas” e, não por isso, se digladiam; essas diferenças de bases estruturais não é o cerne do confronto. Cada modelo, no seu campo de aplicação, tem coerência; em particular, cada um trata da ‘energia’ a seu próprio modo --- e é ai que se desentendem! No modelo clássico a energia é contínua, qualquer valor é possível, na quântica não. Chegar ao consenso, se possível, é o que justificará o modo como dividimos os tópicos aqui apresentados.”

 

É isso aí.

Sds,

Victor.

 


SUBJECT: Filmes sobre Darwin, sua obra, sua mente atribulada.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/08/2012 06:43

Olá,

Três filmes sobre Darwin. O primeiro, assisti-o ontem. E trata mais dos descompassos mentais de Darwin, de seu desequilíbrio devida à perda de Annie, sua primogênita, e depois pela do filho. Os demais enfocam esses detalhes, mas não com a força e com a exibição das possíveis reações do cientista. Se verdade, Darwin passou a vida num tormento pior que viver no inferno de Dante.  Os dois últimos enfocam mais o lado científico mesmo, sem os apelos dramáticos do primeiro. Mas,  parece,  que estes eu já dsp para vocês. Na dúvida, não gasta nada repetir os links.

Ah, fiquei curioso e agora vou atrás de alguma biografia confiável,  que apóie a interpretação do produtor do primeiro filme.

Gostaria de ler opiniões a respeito

http://www.youtube.com/watch?v=03UQSFfqIwM   - Creation

 

http://www.youtube.com/watch?v=Aa9JzvoMhdw&feature=related – Gênios da ciência

 

http://www.youtube.com/watch?v=HpSLxrLV1B4   - O desafio de Darwin

 

Sds,

Victor.

 

 


SUBJECT: Diversas Engenhocas 3 - vídeo
FROM: Tipoalgo <tipoalgo@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
CC: "BIOCOMBUSTIVEIS - Tribuna Livre !!!" <biocom@grupos.com.br>
DATE: 24/08/2012 12:08

Olá a todos,

Engenhocas do Tipoalgo nos últimos 12 meses.

http://tipoalgo.blogspot.com.br/2012/08/diversas-engenhocas-3-video.html

Abraços
tipoalgo   @   gmail   .  com




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Pedra de Rosetta
FROM: Jeff <jeff@jeff.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/08/2012 18:44

Parece que o povo da Suméria antiga (de antes do Império Acádio, que é considerada a primeira civilização) era um povo bem diferente de todos os nossos ancestrais da época, com cultura, língua e, provavelmente, etnia, completamente diferentes. Será que ainda existem alguns indivíduos descendentes deles (provavelmente no Iraque)?

[]´s,
Jeff.

 

Descobertas arqueológicas e fontes historicas sugerem q a Mesopotâmia ja' abrigava populacoes fixas por volta de 5.000 a.C., cuja origem e' atribuida aa região montanhosa ao norte do Mar Cáspio.

Dentre essas primeiras populacoes, se destacaram os sumérios, que foram a primeira civilização a dominar a Mesopotâmia a partir de 4.500 a.C. ate' 2.550 a.C..

Dominavam a agricultura e a hidraulica, criaram uma arquitetura importante, linguagem escrita e dominavam tecnicas astronomicas e de metalurgia relativamente sofisticadas.

Por volta de 2.550 a.C. a regiao foi tomada pelos acadios (q eram um povo semita - os sumerios nao eram semitas). Divisoes entre as cidades-estados sumerias facilitaram a conquista acadiana da Mesopotâmia, mas a forca da cultura sumeria mais sofisticada acabou se impondo (como na Grecia apo's a dominacao romana) e os dois povos acabariam se unificando para formar um unico imperio sumerio-acadio, embora sob lideranca acadia (como seculos depois se uniriam os medos e os persas na regiao, mas com os persas dominantes).

Nesse periodo, as cidades-estado sumerias ainda eram dirigidas pelos mesmos governantes sumerios, desde que pagassem os tributos exigidos pelos acadios, como governantes gerais.

O desenvolvimento da escrita cuneiforme pelos sumérios possibilitou o registro historico da primeira língua semítica da Antiguidade: a língua acadia, que já chegou a ser usada como língua internacional por todo o Oriente Médio. O famoso Codigo de Hamurabi foi gravado em pedra em acadio.

Outra vantagem dessa uniao foi q a antiga lingua sumeria foi preservada durante o dominio acadio, sendo inclusive usada para textos sagrados e formais, com a producao de muitos documentos bilingues.

Como linguas semiticas se preservaram por muito tempo na regiao, mesmo evoluindo linguisticamente (o arabe e o hebraico atuais sao descendentes delas), o acadio era acessivel a pesquisadores, e, gracas a essa simbiose cultural, tb foi o sumerio. Assim, diferente dos hieroglifos egipcios, textos sumerios, mesmo mais antigos, puderam ser traduzidos desde longa data.

Essa situacao de convivio sumerio-acadio, com maiores ou menores crises, durou ate' por volta de 2.150 a.C., qdo os guti, povos asiáticos da região montanhosa da Armênia, acabariam com o domínio acádio, que já estava abalado com revoltas internas.

Apo's isso, a cultura sumeria, q ainda se mantinha viva sob dominio acadio, entrou em declinio e se extinguiu.

Sites serios sobre os sumerios?

Fora a Wiki?

;-)

Tem o

http://history-world.org/sumeria.htm

q parece interessante.

E serio.

E' ligado ao International World History Project.

Abs,
Eduardo Torres

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva escreveu
>
> Alguém tem material (ou link) sério sobre a civilização suméria ?
>  
> Abs
> Felipe
>
>
> ________________________________
> De: Eduardo Torres
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Enviadas: Segunda-feira, 20 de Agosto de 2012 22:43
> Assunto: [ciencialist] Pedra de Rosetta
>
>  
> Pra quem tem Net-HD, no NOW, nos filmes gratis, no item documentarios, tem uma serie sobre o Egito (3 episodios duplos da BBC de 2005).
>
> Os tres episodios duplos sao muito bons.
>
> No primeiro, e' contada a historia da descoberta do tumulo de Tutankamon (a unica tumba de farao' achada intacta, considerada a maior descoberta arqueologica de todos os tempos) por Howard Carter em 1922, patrocinado por Lord Carnarvon.
>
> No segundo, e' contada a historia do improvavel Giovanni Belzoni, homem forte de circo q, a servico dos ingleses, virou um dos grandes descobridores de tesouros egipcios (foi o primeiro a entrar no templo de Abu Simbel em mais de 1000 anos e foi o descobridor da primeira tumba no Vale dos Reis - pra sua sorte logo a maior e mais bem decorada, de Seth, pai de Ramses, o Grande).
>
> O terceiro conta a historia da decifracao dos hieroglifos egipcios por Champolion depois da descoberta da Pedra de Rosetta e de como isso abriu um admiravel mundo novo ao permitir compreender tudo q os antigos egipcios deixaram escrito em pedra e papiros. A grande sacada de Champolion foi partir da premissa q os hieroglifos nao eram, como se pensava, simplesmente ideogramas, mas tb permitiriam uma leitura fonetica, como se fossem formados por simbolos q tb tinham a funcao de letras de um alfabeto. A segunda foi supor q o copta, considerado sucessor do demotico, por sua vez a lingua de uso comum dos antigos egipcios (sendo os hieroglifos a lingua formal usada em cerimonias e nos escritos oficiais e religiosos) podia servir de base para se deduzir o significado das palavras em hieroglifos, uma vez q fossem 'lidos' foneticamente. Champolion passou a estudar e tornou-se fluente em copta pra tentar decifrar os hieroglifos. E todas as suas hipoteses de
> trabalho se confirmaram.
>
> Vendo o terceiro episodio, a gente fica ate' com curiosidade pra saber o q diabo estava escrito em tres linguas naquela pedra (hieroglifos, demotico e em grego antigo - essa ultima a unica lingua conhecida na epoca da descoberta do artefato).
>
> Antes, isso era objeto so' de livros especializados de dificil acesso.
>
> Hoje, com a internet, nao foi dificil descobrir uma versao em ingles da integra do texto gravado na Pedra de Rosetta:
>
> http://www.britishmuseum.org/explore/highlights/article_index/r/the_rosetta_stone_translation.aspx
>
> Abs,
> Eduardo Torres
>

 

 

SUBJECT: Gmail e o Olho que Tudo Vê
FROM: Kentaro Mori <kentaro.mori@gmail.com>
TO: undisclosed-recipients:;
BCC: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 24/08/2012 19:28

http://www.sedentario.org/colunas/duvida-razoavel/gmail-e-o-olho-que-tudo-ve-56395

Maçonaria história google design Conspiração  Gmail e o Olho que Tudo Vê

Lançado em 2004, o serviço de email do Google, Gmail, já alcança hoje quase meio bilhão de usuários. E a maior parte destes internautas vê diariamente o ícone de um envelope estilizado em vermelho, com o “M” destacado, sem se dar conta de que ele é quase idêntico a um avental ritualístico usado na Maçonaria há alguns séculos. A “grave” denúncia foi feita pelo Núcleo Ateísta de São Paulo, embora outros veículos de mídia comoIcanhascheezburger também tivessem revelado a “importante” conexão há alguns anos.

Qual o significado da Conspiração do Gmail e os símbolos maçônicos que vemos espalhados quase subliminarmente por toda parte? Investigamos o logo do Gmail com certa “Dúvida Razoável” e o mais famoso símbolo oculto na continuação.

Continue lendo…
http://www.sedentario.org/colunas/duvida-razoavel/gmail-e-o-olho-que-tudo-ve-56395


SUBJECT: teoriadetudo, do blogfolha.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/08/2012 22:07

Olá,

Aquí, alguns competents trabalhos de Rafael Garcia, dos quais gosto muito.

 

http://teoriadetudo.blogfolha.uol.com.br/

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: Jack Andraka, 15 anos - guarde esse nome
FROM: José Renato Terra <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/08/2012 22:24

iG - MINHA SAUDE
 

SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: Pedra de Rosetta
FROM: Thiago Guimarães <guimaraesbsb@hotmail.com>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/08/2012 23:55

> Será que ainda existem alguns indivíduos descendentes deles (provavelmente no Iraque)? 

Nesse caso, Jeff, é interessante você conhecer o trabalho de alguns geneticistas americanos,
e quem sabe até fazer essa pergunta a eles. O trabalho deles é exatamente nesse sentido,
na tentativa de "desvendar" alguns desses mistérios e proporcionar um certo "esclarecimento"
às pessoas. Segue o site (é inglês, qualquer coisa instale o google tradutor).


Thiago


To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: jeff@jeff.com.br
Date: Fri, 24 Aug 2012 18:44:12 -0300
Subject: Re: [ciencialist] Re: Pedra de Rosetta

Parece que o povo da Suméria antiga (de antes do Império Acádio, que é considerada a primeira civilização) era um povo bem diferente de todos os nossos ancestrais da época, com cultura, língua e, provavelmente, etnia, completamente diferentes. Será que ainda existem alguns indivíduos descendentes deles (provavelmente no Iraque)?
[]´s,
Jeff.


 
Descobertas arqueológicas e fontes historicas sugerem q a Mesopotâmia ja' abrigava populacoes fixas por volta de 5.000 a.C., cuja origem e' atribuida aa região montanhosa ao norte do Mar Cáspio.

Dentre essas primeiras populacoes, se destacaram os sumérios, que foram a primeira civilização a dominar a Mesopotâmia a partir de 4.500 a.C. ate' 2.550 a.C..

Dominavam a agricultura e a hidraulica, criaram uma arquitetura importante, linguagem escrita e dominavam tecnicas astronomicas e de metalurgia relativamente sofisticadas.

Por volta de 2.550 a.C. a regiao foi tomada pelos acadios (q eram um povo semita - os sumerios nao eram semitas). Divisoes entre as cidades-estados sumerias facilitaram a conquista acadiana da Mesopotâmia, mas a forca da cultura sumeria mais sofisticada acabou se impondo (como na Grecia apo's a dominacao romana) e os dois povos acabariam se unificando para formar um unico imperio sumerio-acadio, embora sob lideranca acadia (como seculos depois se uniriam os medos e os persas na regiao, mas com os persas dominantes).

Nesse periodo, as cidades-estado sumerias ainda eram dirigidas pelos mesmos governantes sumerios, desde que pagassem os tributos exigidos pelos acadios, como governantes gerais.

O desenvolvimento da escrita cuneiforme pelos sumérios possibilitou o registro historico da primeira língua semítica da Antiguidade: a língua acadia, que já chegou a ser usada como língua internacional por todo o Oriente Médio. O famoso Codigo de Hamurabi foi gravado em pedra em acadio.

Outra vantagem dessa uniao foi q a antiga lingua sumeria foi preservada durante o dominio acadio, sendo inclusive usada para textos sagrados e formais, com a producao de muitos documentos bilingues.

Como linguas semiticas se preservaram por muito tempo na regiao, mesmo evoluindo linguisticamente (o arabe e o hebraico atuais sao descendentes delas), o acadio era acessivel a pesquisadores, e, gracas a essa simbiose cultural, tb foi o sumerio. Assim, diferente dos hieroglifos egipcios, textos sumerios, mesmo mais antigos, puderam ser traduzidos desde longa data.

Essa situacao de convivio sumerio-acadio, com maiores ou menores crises, durou ate' por volta de 2.150 a.C., qdo os guti, povos asiáticos da região montanhosa da Armênia, acabariam com o domínio acádio, que já estava abalado com revoltas internas.

Apo's isso, a cultura sumeria, q ainda se mantinha viva sob dominio acadio, entrou em declinio e se extinguiu.

Sites serios sobre os sumerios?

Fora a Wiki?

;-)

Tem o

http://history-world.org/sumeria.htm

q parece interessante.

E serio.

E' ligado ao International World History Project.

Abs,
Eduardo Torres

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva escreveu
>
> Alguém tem material (ou link) sério sobre a civilização suméria ?
>  
> Abs
> Felipe
>
>
> ________________________________
> De: Eduardo Torres
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Enviadas: Segunda-feira, 20 de Agosto de 2012 22:43
> Assunto: [ciencialist] Pedra de Rosetta
>
>  
> Pra quem tem Net-HD, no NOW, nos filmes gratis, no item documentarios, tem uma serie sobre o Egito (3 episodios duplos da BBC de 2005).
>
> Os tres episodios duplos sao muito bons.
>
> No primeiro, e' contada a historia da descoberta do tumulo de Tutankamon (a unica tumba de farao' achada intacta, considerada a maior descoberta arqueologica de todos os tempos) por Howard Carter em 1922, patrocinado por Lord Carnarvon.
>
> No segundo, e' contada a historia do improvavel Giovanni Belzoni, homem forte de circo q, a servico dos ingleses, virou um dos grandes descobridores de tesouros egipcios (foi o primeiro a entrar no templo de Abu Simbel em mais de 1000 anos e foi o descobridor da primeira tumba no Vale dos Reis - pra sua sorte logo a maior e mais bem decorada, de Seth, pai de Ramses, o Grande).
>
> O terceiro conta a historia da decifracao dos hieroglifos egipcios por Champolion depois da descoberta da Pedra de Rosetta e de como isso abriu um admiravel mundo novo ao permitir compreender tudo q os antigos egipcios deixaram escrito em pedra e papiros. A grande sacada de Champolion foi partir da premissa q os hieroglifos nao eram, como se pensava, simplesmente ideogramas, mas tb permitiriam uma leitura fonetica, como se fossem formados por simbolos q tb tinham a funcao de letras de um alfabeto. A segunda foi supor q o copta, considerado sucessor do demotico, por sua vez a lingua de uso comum dos antigos egipcios (sendo os hieroglifos a lingua formal usada em cerimonias e nos escritos oficiais e religiosos) podia servir de base para se deduzir o significado das palavras em hieroglifos, uma vez q fossem 'lidos' foneticamente. Champolion passou a estudar e tornou-se fluente em copta pra tentar decifrar os hieroglifos. E todas as suas hipoteses de
> trabalho se confirmaram.
>
> Vendo o terceiro episodio, a gente fica ate' com curiosidade pra saber o q diabo estava escrito em tres linguas naquela pedra (hieroglifos, demotico e em grego antigo - essa ultima a unica lingua conhecida na epoca da descoberta do artefato).
>
> Antes, isso era objeto so' de livros especializados de dificil acesso.
>
> Hoje, com a internet, nao foi dificil descobrir uma versao em ingles da integra do texto gravado na Pedra de Rosetta:
>
> http://www.britishmuseum.org/explore/highlights/article_index/r/the_rosetta_stone_translation.aspx
>
> Abs,
> Eduardo Torres
>


 
 

SUBJECT: RES: [ciencialist] Jack Andraka, 15 anos - guarde esse nome
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/08/2012 07:42

Simplesmente impressionante.

Esse jovem, cientista nato, tem tudo para oferecer outras contribuições à ciência.

 

Sds,

Victor.

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de José Renato Terra
Enviada em: sábado, 25 de agosto de 2012 02:25
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Jack Andraka, 15 anos - guarde esse nome

 

 

iG - MINHA SAUDE

 

Conheça o garoto que pode mudar a história do câncer

Antes de tornar realidade um teste mais sensível, rápido e barato para detectar o câncer de pâncreas, Jack Andraka foi rejeitado por 199 pesquisadores

Leoleli Camargo , iG São Paulo | 24/08/2012 05:00:00

Jack Andraka – guarde esse nome – tem 15 anos. Em maio deste ano ele venceu a Feira Internacional de Ciência e Engenharia da Intel com um projeto que pode mudar a história do câncer de pâncreas : um teste para detectar a doença 68 vezes mais rápido, 400 vezes mais sensível e 26 mil vezes mais barato que o padrão usado hoje para detectar a doença, inventado nos anos 50.

A doença que vitimou um familiar de Jack e inspirou o jovem a pesquisar uma forma de detectá-la antes que ela se espalhe para o resto do corpo, tem um prognóstico sombrio: menos de 2% dos diagnosticados em estágio avançado sobrevivem.

BBC

Jack com o sensor de nanotubos: potencial revolução no diagnóstico do câncer de pâncreas

“Eu pensei: se fosse possível diagnosticar essa doença em estágios bem iniciais, as chances de sobrevivência aumentariam muito”, conta ele.

Munido de vontade, curiosidade e uma bagagem científica incomum para garotos da idade dele, Jack se embrenhou no tema e bolou o teste unindo conceitos estudados nas aulas de Biologia com o que havia lido em um artigo sobre nanotubos – estruturas milhares de vezes menores do que a espessura de um fio de cabelo.

“Eles têm propriedades incríveis, são como super-heróis da Ciência.”

Leia também: Nanotecnologia abre novo caminho para combate ao câncer

Como ele conseguiu fazer isso? Filho mais novo de uma médica e um engenheiro civil, ele foi estimulado desde cedo a encontrar por si as respostas para as dúvidas que tinha sobre as coisas. Além de inteligente e esforçado, claro, Jack foi perseverante. Decidido a concretizar a ideia do teste, ele escreveu para nada menos que 200 pesquisadores norte-americanos apresentando o projeto de pesquisa e pedindo espaço em laboratório para trabalhar nele. Apenas um respondeu que sim. Ainda bem.

Jack conversou com o iG pelo telefone, do laboratório que aceitou abrigá-lo e incentivá-lo. Hoje, ele estuda meios de viabilizar comercialmente o teste. Jack Andraka – guarde esse nome – tem 15 anos. Veja a seguir a entrevista.

iG: Quando você começou a se interessar por ciências?

Jack Andraka: Eu tinha uns três anos quando meu pai comprou para mim e para o meu irmão [ dois anos mais velho ] uma maquete de plástico de um rio, com água e tudo. Nós ficamos brincando com aquilo o dia inteiro, observando a corrente e colocando os mais diferentes objetos nela, para ver o que afundava, o que seguia o curso da água e o que mudava a corrente. A gente queria respostas. Queria entender como aquilo acontecia. Acho que o interesse despertou a partir daí.

iG: Quanto tempo depois disso você começou a participar de competições de ciências?

Jack Andraka: A primeira competição foi na 6ª série, com 12 anos. Eu adaptei um dispositivo de segurança para evitar que o fluxo de água nas quedas d’água de pequenas represas cause afogamentos.

iG: Você venceu?

Jack Andraka: Eu tinha 10 anos e como estava na 6ª série, não podia participar do prêmio da Intel, porque aqui nos EUA ele é apenas para estudantes de ensino médio. Mas tirei segundo lugar na versão internacional do mesmo prêmio com esse projeto.

iG: Como você teve a ideia do projeto vencedor do prêmio internacional deste ano?

Jack Andraka: Eu escolhi um tema que me interessava na época. O câncer de pâncreas teve um impacto importante na minha família, nós perdemos um parente com a doença. Aí fui pesquisar sobre ela e descobri que 85% dos casos são diagnosticados em estágios avançados, quando o câncer já está espalhado pelo corpo e os pacientes em geral têm menos de 2% de chances de sobrevivência. Eu pensei: se fosse possível diagnosticar essa doença em estágios bem iniciais, as chances de sobrevivência aumentariam muito.

iG: E você simplesmente decidiu fazer isso?

Jack Andraka: Bem, eu fui atrás de todas as formas conhecidas de diagnóstico desse tipo de câncer e descobri uma proteína chamada mesotelina, que está presente no câncer de pâncreas, assim como nos de ovário e pulmão. A ideia veio mesmo numa aula de biologia. Estávamos aprendendo sobre anticorpos, essas estruturas produzidas pelo sistema imunológico. No câncer que eu estava estudando, os anticorpos se ligavam apenas à mesotelina. Na mesma época, li um artigo muito legal sobre nanotubos de carbono. Você sabia que essas estruturas têm o diâmetro 150 mil vezes menor do que o de um fio do seu cabelo?

iG: Nossa, não tinha ideia de que eram tão pequenas...

Jack Andraka: Sim, os nanotubos têm propriedades incríveis, são como super-heróis da Ciência. Ok, o que fiz foi meio que conectar essas duas ideias. Eu inventei um sensor de nanotubos de carbono e anticorpos capaz de identificar a presença da mesotelina e dizer, baseado no quanto dessa proteína se liga aos anticorpos, se a pessoa tem câncer de pâncreas.

iG: Quanto tempo você levou para concretizar a ideia?

Jack Andraka: Foram ao todo 7 meses de muito trabalho.

iG: Onde você trabalhou? Em casa? No laboratório da escola?

Jack Andraka: Não, eu contatei 200 pesquisadores na Universidade Johns Hopkins e nos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos pedindo espaço em laboratório e apoio para desenvolver a minha pesquisa. Apenas um me disse sim [ Anirban Maitra, professor de Patologia, Oncologia e Engenharia Química e Biomolecular da Escola de Medicina da Johns Hopkins ]. Uns me responderam que não tinham espaço, outros que não tinham o equipamento, outros simplesmente não responderam. Quando finalmente fui aceito, cumpri um rigoroso processo para me transformar em um pesquisador e iniciei o trabalho.

iG: Durante a pesquisa, como ficou a escola? Você conseguia dar conta de tudo?

Jack Andraka: Normalmente eu consigo fazer todas as coisas da escola durante o período das aulas. Enquanto desenvolvia o projeto, eu ficava até tarde da noite no laboratório fazendo e refazendo os testes, então aproveitava o tempo entre eles para completar o dever de casa.

iG: Os seus pais não reclamavam de você ficar até tarde da noite trabalhando?

Jack Andraka: Meus pais não reclamavam, pelo contrário. Eles sempre valorizaram o trabalho e o esforço. Acho que só consegui chegar até aqui porque como pais eles me ajudaram e me incentivaram.

iG: Com todas essas atividades, você consegue passar algum tempo com os amigos e a família? Aliás, você tem namorada?

Jack Andraka: Não tenho namorada. Mas eu gosto de socializar sim. Este ano, com todo o trabalho no projeto, a minha vida social ficou um pouco comprometida, mas os meus amigos me apoiam e entendem isso. E continuam meus amigos.

iG: Depois da vitória no prêmio da Intel você foi contatado por algum interessado em produzir e vender o seu teste?

Jack Andraka: Sim, já fui contatado por sete empresas de biotecnologia interessadas em produzir o teste. Estou aguardando a conclusão do processo de patente, ainda não decidi que direção quero tomar.

iG: Além do câncer, quais outras áreas você ainda gostaria de pesquisar?

Jack Andraka: Eu definitivamente gosto de Biologia, mas também tenho interesses em Física e Química. Então venho tentando combinar essas três coisas nos meus próximos projetos.

iG: Já pensou sobre a faculdade? O que pretende cursar e onde deseja estudar?

Jack Andraka: Hum...não tenho a mínima ideia de onde ou o que vou estudar. Há tantas opções hoje em dia e tanta gente com diploma. Não sei se quero seguir esse caminho.

iG: O seu histórico e a sua mais recente invenção geraram uma grande expectativa em torno da sua performance no concurso do próximo ano. Como você lida com isso?

Jack Andraka: Acho que será um novo desafio. Quero participar do concurso do ano que vem e pretendo me divertir com isso. Só quero seguir pesquisando.

 


SUBJECT: Re: Leis da conservação: camisas de força e guias
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/08/2012 23:38

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...>
> Pesquisei um pouco e achei este artigo sobre o tema. Ainda não tive
> tempo de ler com calma, mas pelo que entendi este assunto ainda é
> motivo de controvérsias no meio científico.

O próprio artigo (de dez anos atrás) diz que a técnica da renormalização era conceitualmente problemática até os anos de 1970:

"tudo isso parecia, para aqueles cientistas (nos anos 30 a 70 mais
ainda do que hoje), no mínimo duvidoso do ponto de vista lógico."

Há divergência, claro. Ainda há divergências a respeito da evolução biológica, p.e. Não quer dizer que seja um mistério ou que não haja explicação. (É meio forçação de barra falar em *controvérsia*, mas vá lá - de todo modo, isso é completamente diferente de dizer que não há explicação ou que ninguém tem a menor ideia de por q funciona.)

Roberto Takata



SUBJECT: EBR
FROM: Jeff <jeff@jeff.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/08/2012 12:20

Um vídeo ótimo e bem curto sobre economia baseada em recursos, base do Projeto Venus:

http://www.youtube.com/watch?v=1j65XfwY5dM

[]´,s
Jeff.


SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: Pedra de Rosetta
FROM: Jeff <jeff@jeff.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/08/2012 12:21

Valeu Thiago, vou dar uma pesquisada no site!

[]´s,
Jeff. 
 

 

 

> Será que ainda existem alguns indivíduos descendentes deles (provavelmente no Iraque)? 
Nesse caso, Jeff, é interessante você conhecer o trabalho de alguns geneticistas americanos,
e quem sabe até fazer essa pergunta a eles. O trabalho deles é exatamente nesse sentido,
na tentativa de "desvendar" alguns desses mistérios e proporcionar um certo "esclarecimento"
às pessoas. Segue o site (é inglês, qualquer coisa instale o google tradutor).
Thiago


To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: jeff@jeff.com.br
Date: Fri, 24 Aug 2012 18:44:12 -0300
Subject: Re: [ciencialist] Re: Pedra de Rosetta

Parece que o povo da Suméria antiga (de antes do Império Acádio, que é considerada a primeira civilização) era um povo bem diferente de todos os nossos ancestrais da época, com cultura, língua e, provavelmente, etnia, completamente diferentes. Será que ainda existem alguns indivíduos descendentes deles (provavelmente no Iraque)?
[]´s,
Jeff.


 
Descobertas arqueológicas e fontes historicas sugerem q a Mesopotâmia ja' abrigava populacoes fixas por volta de 5.000 a.C., cuja origem e' atribuida aa região montanhosa ao norte do Mar Cáspio.

Dentre essas primeiras populacoes, se destacaram os sumérios, que foram a primeira civilização a dominar a Mesopotâmia a partir de 4.500 a.C. ate' 2.550 a.C..

Dominavam a agricultura e a hidraulica, criaram uma arquitetura importante, linguagem escrita e dominavam tecnicas astronomicas e de metalurgia relativamente sofisticadas.

Por volta de 2.550 a.C. a regiao foi tomada pelos acadios (q eram um povo semita - os sumerios nao eram semitas). Divisoes entre as cidades-estados sumerias facilitaram a conquista acadiana da Mesopotâmia, mas a forca da cultura sumeria mais sofisticada acabou se impondo (como na Grecia apo's a dominacao romana) e os dois povos acabariam se unificando para formar um unico imperio sumerio-acadio, embora sob lideranca acadia (como seculos depois se uniriam os medos e os persas na regiao, mas com os persas dominantes).

Nesse periodo, as cidades-estado sumerias ainda eram dirigidas pelos mesmos governantes sumerios, desde que pagassem os tributos exigidos pelos acadios, como governantes gerais.

O desenvolvimento da escrita cuneiforme pelos sumérios possibilitou o registro historico da primeira língua semítica da Antiguidade: a língua acadia, que já chegou a ser usada como língua internacional por todo o Oriente Médio. O famoso Codigo de Hamurabi foi gravado em pedra em acadio.

Outra vantagem dessa uniao foi q a antiga lingua sumeria foi preservada durante o dominio acadio, sendo inclusive usada para textos sagrados e formais, com a producao de muitos documentos bilingues.

Como linguas semiticas se preservaram por muito tempo na regiao, mesmo evoluindo linguisticamente (o arabe e o hebraico atuais sao descendentes delas), o acadio era acessivel a pesquisadores, e, gracas a essa simbiose cultural, tb foi o sumerio. Assim, diferente dos hieroglifos egipcios, textos sumerios, mesmo mais antigos, puderam ser traduzidos desde longa data.

Essa situacao de convivio sumerio-acadio, com maiores ou menores crises, durou ate' por volta de 2.150 a.C., qdo os guti, povos asiáticos da região montanhosa da Armênia, acabariam com o domínio acádio, que já estava abalado com revoltas internas.

Apo's isso, a cultura sumeria, q ainda se mantinha viva sob dominio acadio, entrou em declinio e se extinguiu.

Sites serios sobre os sumerios?

Fora a Wiki?

;-)

Tem o

http://history-world.org/sumeria.htm

q parece interessante.

E serio.

E' ligado ao International World History Project.

Abs,
Eduardo Torres

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva escreveu
>
> Alguém tem material (ou link) sério sobre a civilização suméria ?
>  
> Abs
> Felipe
>
>
> ________________________________
> De: Eduardo Torres
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Enviadas: Segunda-feira, 20 de Agosto de 2012 22:43
> Assunto: [ciencialist] Pedra de Rosetta
>
>  
> Pra quem tem Net-HD, no NOW, nos filmes gratis, no item documentarios, tem uma serie sobre o Egito (3 episodios duplos da BBC de 2005).
>
> Os tres episodios duplos sao muito bons.
>
> No primeiro, e' contada a historia da descoberta do tumulo de Tutankamon (a unica tumba de farao' achada intacta, considerada a maior descoberta arqueologica de todos os tempos) por Howard Carter em 1922, patrocinado por Lord Carnarvon.
>
> No segundo, e' contada a historia do improvavel Giovanni Belzoni, homem forte de circo q, a servico dos ingleses, virou um dos grandes descobridores de tesouros egipcios (foi o primeiro a entrar no templo de Abu Simbel em mais de 1000 anos e foi o descobridor da primeira tumba no Vale dos Reis - pra sua sorte logo a maior e mais bem decorada, de Seth, pai de Ramses, o Grande).
>
> O terceiro conta a historia da decifracao dos hieroglifos egipcios por Champolion depois da descoberta da Pedra de Rosetta e de como isso abriu um admiravel mundo novo ao permitir compreender tudo q os antigos egipcios deixaram escrito em pedra e papiros. A grande sacada de Champolion foi partir da premissa q os hieroglifos nao eram, como se pensava, simplesmente ideogramas, mas tb permitiriam uma leitura fonetica, como se fossem formados por simbolos q tb tinham a funcao de letras de um alfabeto. A segunda foi supor q o copta, considerado sucessor do demotico, por sua vez a lingua de uso comum dos antigos egipcios (sendo os hieroglifos a lingua formal usada em cerimonias e nos escritos oficiais e religiosos) podia servir de base para se deduzir o significado das palavras em hieroglifos, uma vez q fossem 'lidos' foneticamente. Champolion passou a estudar e tornou-se fluente em copta pra tentar decifrar os hieroglifos. E todas as suas hipoteses de
> trabalho se confirmaram.
>
> Vendo o terceiro episodio, a gente fica ate' com curiosidade pra saber o q diabo estava escrito em tres linguas naquela pedra (hieroglifos, demotico e em grego antigo - essa ultima a unica lingua conhecida na epoca da descoberta do artefato).
>
> Antes, isso era objeto so' de livros especializados de dificil acesso.
>
> Hoje, com a internet, nao foi dificil descobrir uma versao em ingles da integra do texto gravado na Pedra de Rosetta:
>
> http://www.britishmuseum.org/explore/highlights/article_index/r/the_rosetta_stone_translation.aspx
>
> Abs,
> Eduardo Torres
>


 
 

 

 

SUBJECT: Neil Armstrong (1930-2012)
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/08/2012 21:18


É difícil perceber que a coleção de obituários do meu blog cresce a cada ano. Algo relacionado à lei da entropia, claro:
http://alvaroaugusto.blogspot.com.br/2012/08/neil-armstrong-1930-2012.html

[ ]s

Alvaro Augusto


SUBJECT: Plágio sutis. Sutis?
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/08/2012 06:46

Olá,

 

O protagonista principal da reportagem a seguir é um jovem extremamente inteligente que, com 20 vintes produziu uma bela obra, segundo apregoa o autor, numa interpretação única de ninguém menos que o ícone de todos os intelectuais, Proust. Depois disso, foi o primeiro em outros livros. Um sujeito e esperto, que logo, logo, ganhou notoriedade e fama.

 

Precisa, um moço assim, de plagiar o que quer seja, inclusive a si próprio(!?), para dizer: estou aqui? Pois é o de que o acusam.  Com as devidas defesas e proteções.

 

Parece até com uma doença.

 

 

http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/nytimes/2012/08/27/casos-de-plagio-na-imprensa-norte-americana-acendem-debate-sobre-propriedade-intelectual-nos-eua.htm

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Leis da conservação: camisas de força e guias
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/08/2012 09:27

Pelo que li, atualmente a questão da justificatyiva lógica da aplicação do metodo ainda esta em debate. E o argumento utilizado pelo autor no texto, me pareceu estranho (estava no email anterior o pq achei).
 
Abs
Felipe

De: roberto <roberto.takata@bol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Sábado, 25 de Agosto de 2012 23:38
Assunto: [ciencialist] Re: Leis da conservação: camisas de força e guias
 
--- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...>
> Pesquisei um pouco e achei este artigo sobre o tema. Ainda não tive
> tempo de ler com calma, mas pelo que entendi este assunto ainda é
> motivo de controvérsias no meio científico.

O próprio artigo (de dez anos atrás) diz que a técnica da renormalização era conceitualmente problemática até os anos de 1970:

"tudo isso parecia, para aqueles cientistas (nos anos 30 a 70 mais
ainda do que hoje), no mínimo duvidoso do ponto de vista lógico."

Há divergência, claro. Ainda há divergências a respeito da evolução biológica, p.e. Não quer dizer que seja um mistério ou que não haja explicação. (É meio forçação de barra falar em *controvérsia*, mas vá lá - de todo modo, isso é completamente diferente de dizer que não há explicação ou que ninguém tem a menor ideia de por q funciona.)

Roberto Takata


SUBJECT: Re: Neil Armstrong (1930-2012)
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/08/2012 11:33

Bem, considerando-se que são raros os casos de pessoas que desmorrem: só me lembro de um palestino judeu do século 1 e de um escrito americano cujo anúncio da morte foi exagerado, faz sentido que os obituários sejam sempre crescentes.

[]s,

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Alvaro Augusto (L)"
> É difícil perceber que a coleção de obituários do meu blog cresce a
> cada ano. Algo relacionado à lei da entropia, claro:
> http://alvaroaugusto.blogspot.com.br/2012/08/neil-armstrong-1930-2012.html
>
> [ ]s
>
> Alvaro Augusto



SUBJECT: Re: Leis da conservação: camisas de força e guias
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/08/2012 12:25

Falar "ainda está em debate" é outro exagero.

"Even after the technical aspects of renormalization were understood, conceptual di&#64259;culties remained. It was widely believed that only a limited class of `renormalizable' theories made physical sense. (The fact that general relativity is not renormalizable in this sense was therefore considered a deep problem.) Also, the renormalization
program was viewed by many physicists as an ad hoc procedure justi&#64257;ed only by the fact that it yields physically sensible results. This was changed by the profound work of K. Wilson in the 1970's, which laid the foundation for the modern understanding of renormalization. According to the present view, renormalization is nothing
more than parameterizing the sensitivity of low-energy physics to high-energy physics."
http://www.physics.umd.edu/courses/Phys851/Luty/notes/renorm.pdf
-------

Filósofos ficarem fuçando é esperado: é de sua natureza e ofício insistirem em questões superadas em outras áreas. (Há filósofos que ainda ficam analisando os não-paradoxos de Zenão de Eléia.) Note-se que não estou aqui menosprezando os filósofos, apenas ressaltando as diferenças de abordagens às questões sobre a natureza.

Como eu disse no começo, a questões é tão somente a aplicação da mecânica lagrangiana na descrição de fenômenos quânticos.

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...> escreveu
>
> Pelo que li, atualmente a questão da justificatyiva lógica da aplicação do metodo ainda esta em debate. E o argumento utilizado pelo autor no texto, me pareceu estranho (estava no email anterior o pq achei).
>  
> Abs
> Felipe



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Neil Armstrong (1930-2012)
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/08/2012 16:21

Claro, por isso comparei à entropia, hehe...

[ ]s

Alvaro


Em 27/08/2012 11:33, roberto escreveu:
> Bem, considerando-se que são raros os casos de pessoas que desmorrem: só me lembro de um palestino judeu do século 1 e de um escrito americano cujo anúncio da morte foi exagerado, faz sentido que os obituários sejam sempre crescentes.
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Alvaro Augusto (L)"
>> É difícil perceber que a coleção de obituários do meu blog cresce a
>> cada ano. Algo relacionado à lei da entropia, claro:
>> http://alvaroaugusto.blogspot.com.br/2012/08/neil-armstrong-1930-2012.html
>>
>> [ ]s
>>
>> Alvaro Augusto
>
>
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> Página de apoio
> http://www.ciencialist.com
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>
>



SUBJECT: Cosmologia- uma breve história, competente história.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/08/2012 19:39

 

Amigos,

Vejam que beleza de relato histórico de um dos mais belos e empolgantes temas da ciência, a cosmologia.

O prof. Fleming conta de um jeito que dá até fome...

http://www.hfleming.com/rusp_fleming.pdf

Sds,

Victor.

 

 

 


SUBJECT: Sakharov, físico e cidadão do mundo
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/08/2012 19:47

Olá,

Quem não conhece Sakharov, eis um boa oportunidade, na palavra competente e certeira do mestre Fleming.

http://www.hfleming.com/sakha.html

Sds,

Victor.

 

 

 

 

 

 


SUBJECT: Lançamento “Cérebro e Crença” de Michael Shermer: Conheça o autor e concorra ao livro!
FROM: Kentaro Mori <kentaro.mori@gmail.com>
TO:
CC: abacaxi@googlegroups.com, ciencialist@yahoogrupos.com.br, exobiologia_e_cia@yahoogrupos.com.br, otrasinteligencias@yahoogroups.com, sbcr@yahoogroups.com, ufoburn@yahoogrupos.com.br, enigmasonline <enigmasonline@yahoogrupos.com.br>, João Luís Cenedese <umabarauna@gmail.com>, lista CA <ceticismoaberto@yahoogrupos.com.br>, Maracujá <maracuja@googlegroups.com>, solarianos <solarianos@googlegroups.com>, ufo_portugal <UFO_PORTUGAL@yahoogrupos.com.br>, Ufolista <Ufolista@yahoogrupos.com.br>, illuminati-br@yahoogroups.com, Angelo Raposo <angelo@arcomassessoria.com.br>
DATE: 27/08/2012 22:41

Lançamento “Cérebro e Crença” de Michael Shermer: Conheça o autor e concorra ao livro!

convite Michael Shermer destaques ceticismo

“O objetivo do ceticismo é entender como o mundo funciona. O mundo sempre será como ele é; não importa como queremos que ele seja. O problema é que nosso cérebro está programado para estabelecer crenças e reforçá-las como verdades absolutas, e não é assim que o mundo funciona. O objetivo da ciência é tentar superar essa tendência cognitiva a acreditar, essa tendência a acreditar em coisas nas quais queremos acreditar mesmo quando não existem evidências.”

As palavras são de Michael Shermer, diretor-executivo da Skeptics Society (Sociedade dos Céticos), colunista da revista Scientific American e professor da Claremont University, na Califórnia. De um cristão fervoroso na juventude até a mudança da faculdade de Teologia para Psicologia e Biologia, a diversificada história de vida de Shermer foi decisiva para que ele abordasse os mesmos questionamentos sob outros ângulos. Atualmente, o escritor norte-americano divulga suas ideias pelo mundo através de palestras e escreve livros que rapidamente se tornam best-sellers.

Para o lançamento de seu terceiro livro no Brasil, “Cérebro e Crença” (tradução de The Believing Brain), através da JSN Editora, Shermer participará nesta quinta-feira (30/08) de uma noite de autógrafos e um bate-papo na Livraria da Vila, no Shopping Higienópolis, em um evento promovido pelo Fronteiras do Pensamento.

O evento é gratuito, e você ainda pode concorrer a um exemplar de “Cérebro e Crença“, em uma cortesia da JSN Editora! Basta retweetar até o final do dia 29/08:

RT Lançamento de ‘Cérebro e Crença’ de Michael Shermer nesta quinta!http://t.co/h0okECYb

Cinco perfis serão sorteados e anunciados na manhã de quinta-feira, e os ganhadores poderão receber — e autografar — seu livro no evento! Não perca!

Autógrafos e bate-papo com o autor de “Cérebro e Crença”: Michael Shermer
Quando: 30 de agosto de 2012 das 19h30 às 21h30
Onde: Livraria de Vila, Shopping Higienópolis, São Paulo
Evento gratuito, sem tradução

- - -


SUBJECT: [forum-prof] PL 180/2008 cotas
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/08/2012 06:22

Olá,

 

Mais opiniões e discussões sobre assunto de cotas.

 

Sds,

Victor.

 

A transposição do sistema nacional de educação 

Luis Paulo Vieira Braga

“O professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), M.P., comemora a aprovação do projeto. Segundo ele, as cotas são necessárias para facilitar o acesso das classes menos favorecidas ao ensino superior público:- A aprovação de uma lei desse tipo é uma demanda de muito tempo. Podemos fazer uma analogia desse projeto com as leis que determinam uma tratamento diferenciado a deficientes, idosos e gestantes. Ninguém questiona a necessidade de instalação de rampas para facilitar o acesso de idosos e deficientes. A lei das cotas nada mais é que uma rampa para facilitar o acesso das classes menos favorecidas...” http://oglobo.globo.com/educacao/obrigatoriedade-de-cotas-nas-universidades-divide-opinioes-5732108#ixzz23WGPKoge

A analogia entre negros e deficientes feitas por um racialista demonstra o quanto de recalque essa proposta implica, além do que pela rampa do deficiente também passa qualquer outra pessoa, o que não é o caso das cotas. O  PL 180/2008 aprovado no Senado, após igual sucesso na Câmara dos Deputados, e enviado para sanção pela presidente da república (que é favorável ao mesmo) demonstra o fosso que existe entre os poderes Legislativo e Executivo e a sociedade civil. Ou o que significam as manifestações contrárias de ANDIFES, SBPC, reitores de universidades, professores, e tantos outros? Teriam os fazedores de lei analisado as implicações do projeto ou apenas os benefícios eleitorais?

O PL se soma ao REUNI, ao novo ENEM e ao SISU naquilo que se pode chamar de transposição do sistema nacional de ensino, reformando-o do topo para a base,  ou do final para o início, como queiram. Pelos resultados preliminares parece mais que estamos regredindo, ao invés de avançar. Uma mini transposição análoga foi proposta ainda no regime militar, com a implantação da pós-graduação nas universidades brasileiras – uma certeza de melhoria para a graduação. Embora a produção científica brasileira tenha evidentemente crescido no contexto mundial, suas universidades não correspondem à importância econômica, demográfica e territorial do país, mostrando que fazer crescer a cereja do bolo não implica necessariamente no aumento do mesmo.

As pressões tardias contra o projeto concentram-se agora na esperança de que a presidente vete o prazo de quatro anos exigido pelo PL para dividir ao meio o contingente estudantil entre brancos, pardos, negros, indígenas e brancos, pardos, negros, indígenas. Com a diferença de que uns levarão no peito uma estrela com dizeres – cotista – e os outros não. O argumento protelatório, típico da resistência passiva, encobre um dilema atroz – mais tempo para o quê ? Para melhorar o ensino fundamental e médio ou para piorar o ensino superior?

 

 
_______________________________________________
forum-prof mailing list
forum-prof@listas.if.ufrj.br
http://listas.if.ufrj.br/mailman/listinfo/forum-prof


SUBJECT: Re: [forum-prof] PL 180/2008 cotas
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/08/2012 12:47

Recalque? (O sujeito não percebe que, se as rampas podem ser usadas por todos, o mesmo não vale para elevadores especiais - como os que existem no metrô.)

O sujeito tb parece não ter percebido que a SBPC e a própria Andifes são *favoráveis* às cotas. Apenas têm restrições ao PLC 180/2008 - por motivos um tto diversos (a Andifes se preocupa com o tamanho das cotas - 50% do total das vagas - a SBPC - se preocupa com a questão da autonomia universitária).

Aqui dois textos q valem a pena ser lidos:

Um contra:
http://arsphysica.wordpress.com/2012/08/19/cotas-para-universidades-publicas-federais-e-ensino-medio-brasileiro/
------

Um a favor:
http://haeckeliano.blogspot.com.br/2012/08/cotas-e-discriminacao-estatistica.html
------

[]s,

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "JVictor" <j.victor.neto@...> escreveu
>
> Olá,
>
>
>
> Mais opiniões e discussões sobre assunto de cotas.
>
>
>
> Sds,
>
> Victor.
>
>
>
> A transposição do sistema nacional de educação
>
> Luis Paulo Vieira Braga
>
> "O professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de
> Janeiro (UFRJ), M.P., comemora a aprovação do projeto. Segundo ele, as cotas
> são necessárias para facilitar o acesso das classes menos favorecidas ao
> ensino superior público:- A aprovação de uma lei desse tipo é uma demanda de
> muito tempo. Podemos fazer uma analogia desse projeto com as leis que
> determinam uma tratamento diferenciado a deficientes, idosos e gestantes.
> Ninguém questiona a necessidade de instalação de rampas para facilitar o
> acesso de idosos e deficientes. A lei das cotas nada mais é que uma rampa
> para facilitar o acesso das classes menos favorecidas..."
> http://oglobo.globo.com/educacao/obrigatoriedade-de-cotas-nas-universidades-
> divide-opinioes-5732108#ixzz23WGPKoge
>
> A analogia entre negros e deficientes feitas por um racialista demonstra o
> quanto de recalque essa proposta implica, além do que pela rampa do
> deficiente também passa qualquer outra pessoa, o que não é o caso das cotas.
> O PL 180/2008 aprovado no Senado, após igual sucesso na Câmara dos
> Deputados, e enviado para sanção pela presidente da república (que é
> favorável ao mesmo) demonstra o fosso que existe entre os poderes
> Legislativo e Executivo e a sociedade civil. Ou o que significam as
> manifestações contrárias de ANDIFES, SBPC, reitores de universidades,
> professores, e tantos outros? Teriam os fazedores de lei analisado as
> implicações do projeto ou apenas os benefícios eleitorais?
>
> O PL se soma ao REUNI, ao novo ENEM e ao SISU naquilo que se pode chamar de
> transposição do sistema nacional de ensino, reformando-o do topo para a
> base, ou do final para o início, como queiram. Pelos resultados
> preliminares parece mais que estamos regredindo, ao invés de avançar. Uma
> mini transposição análoga foi proposta ainda no regime militar, com a
> implantação da pós-graduação nas universidades brasileiras – uma certeza de
> melhoria para a graduação. Embora a produção científica brasileira tenha
> evidentemente crescido no contexto mundial, suas universidades não
> correspondem à importância econômica, demográfica e territorial do país,
> mostrando que fazer crescer a cereja do bolo não implica necessariamente no
> aumento do mesmo.
>
> As pressões tardias contra o projeto concentram-se agora na esperança de que
> a presidente vete o prazo de quatro anos exigido pelo PL para dividir ao
> meio o contingente estudantil entre brancos, pardos, negros, indígenas e
> brancos, pardos, negros, indígenas. Com a diferença de que uns levarão no
> peito uma estrela com dizeres – cotista – e os outros não. O argumento
> protelatório, típico da resistência passiva, encobre um dilema atroz – mais
> tempo para o quê ? Para melhorar o ensino fundamental e médio ou para piorar
> o ensino superior?
>
>
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> forum-prof@...
> http://listas.if.ufrj.br/mailman/listinfo/forum-prof
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SUBJECT: RE: [ciencialist] Cosmologia- uma breve história, competente história.
FROM: Cacildo <cacildokrebs@uol.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/08/2012 14:17

Muito interessante a forma descrita sobre cosmologia, sua história e evolução até hoje.
Parabéns pelo texto
Cacildo Krebs

De: JVictor
Enviada em: 27/08/2012 19:39
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Cosmologia- uma breve história, competente história.

 

 

Amigos,

Vejam que beleza de relato histórico de um dos mais belos e empolgantes temas da ciência, a cosmologia.

O prof. Fleming conta de um jeito que dá até fome...

http://www.hfleming.com/rusp_fleming.pdf

Sds,

Victor.

 

 

 

Ainda dá tempo de encontrar companhia para passar o Dia dos Namorados!

PC¿s para empresas

Quer conhecer gente nova e interessante? Só depende de você.
Yahoo! Grupos
Trocar para:

[A mensagem original inteira não está incluída.]

SUBJECT: Desiberto carbono mais duro que diamente.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/08/2012 05:57

Olá,

Novidades no front científico?

Nesta edição:

http://www.inovacaotecnologica.com.br/

O produto é um osso duro de roer. Risca até o diamante.

Estou mesmo desatualizado, pois é a primeira vez que tomo conhecimento de semelhante isso.

Uma aplicação: a pedra para debaixo da qual devemos correr no caso de uma explosão nuclear nas cercanias.

Sds,

Victor.


SUBJECT: Escolas públicas: estaduais, municipais.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/08/2012 06:12

 

Esta é a situação de muitas das escolas públicas. Muitas, nesse sentido:  maioria absoluta.

Isto, no plano de infra estrutura básica de funcionamento. E no plano de ensino e garantia de formação?

Mais que sofrível.

 

Uma das conseqüências fortuitas:   a necessidade de sistemas de cotas para tentar reparar as falhas.

 

E quanto às escolas primárias, Municipais, principalmente?  Aí é a porca torce o rabo. Deixo os comentários para outros.

 

E era preciso uma aluna denunciar esses abusos, para que alguma ação corretiva fosse feita?  Num instante falaram em reformar.

Brasil, e por aí afora.

 

Sds,

Victor.

 

 

28/08/201219h22 > Atualizada 28/08/201220h16

Após página no Facebook, Prefeitura de Florianópolis diz que vai reformar escola de Isadora

Comunicar erro Imprimir

A Secretaria de Educação de Florianópolis anunciou nesta terça-feira (28) que vai fazer uma nova reforma na Escola Básica Maria Tomázia Coelho para corrigir os problemas apontados pela estudante Isadora Faber, de 13 anos. Ela criou uma página no Facebook, a "Diário de Classe", para denunciar problemas que enfrenta nas aulas e mostrar como está a infraestrutura do prédio.

Ver em tamanho maior

Veja alguns problemas apontados por Isadora na escola em Santa Catarina

http://imguol.com/2012/08/27/segundo-isadora-os-problemas-comecam-na-porta-da-escola-1346112336391_80x80.jpg

  • http://imguol.com/2012/08/27/olha-temos-um-orelhao-na-escola-mas-quem-disse-que-funciona-nao-so-para-os-alunos-mas-para-as-pessoas-que-moram-proximo-a-ela-diz-isadora-no-facebook-1346112338408_80x80.jpg
  • http://imguol.com/2012/08/27/isadora-diz-que-essa-fechadura-foi-quebrada-durante-uma-brincadeira-de-alunos-da-terceira-serie-1346112340257_80x80.jpg
  • http://imguol.com/2012/08/27/e-que-onde-deveria-estar-a-fechadura-do-banheiro-feminino-nao-havia-nada-1346112343132_80x80.jpg
  • http://imguol.com/2012/08/27/-mas-segundo-ela-aquela-e-outras-fechaduras-foram-arrumadas-algum-tempo-depois-1346112344751_80x80.jpg
  • http://imguol.com/2012/08/27/porta-novinha-instalada-na-escola-segundo-isadora-1346112346233_80x80.jpg
  • http://imguol.com/2012/08/27/esse-e-um-dos-lixos-da-nossa-escola-que-usam-como-balde-para-as-goteiras-diz-1346112348323_80x80.jpg

http://imguol.com/2012/08/27/segundo-isadora-os-problemas-comecam-na-porta-da-escola-1346112336391_956x500.jpg

Foto 1 de 21 - Segundo Isadora, os problemas começam "na porta da escola" Mais Reprodução/Facebook

A decisão foi tomada após uma reunião entre a secretária de Educação, Sidneya Gaspar de Oliveira e a diretora da escola, Liziane Diaz Farias, que admitiu “fragilidade na administração” da unidade. Em julho, diz a prefeitura da cidade, foram trocadas 13 lâmpadas, que já foram danificadas. Elas serão trocadas. Haverá, ainda, reformas nos banheiros e em outras partes da escola.

Na próxima segunda-feira (3), afirmou Sidneya, sairá um parecer sobre a situação do professor de matemática do qual Isadora reclamou no Facebook. De acordo com a secretaria, houve “incompatibilidade” entre duas turmas da sétima série e o docente.

A página foi inspirada, segundo Isadora, no blog de uma menina inglesa que contava sobre as condições da merenda que recebia na escola. Ontem (27), a criação de Isadora ganhou repercussão na internet. Até as 19h de hoje, mais de 114 mil internautas já haviam "curtido a página". 

Leia mais

Represálias

Isadora diz ter sofrido represálias na escola. “Os professores não aprovaram. As merendeiras riam, as pessoas fazem algumas indiretas. Chamaram minha mãe e disseram que eu não podia estar fazendo isso”, contou.

Ao UOL, a mãe de Isadora, Mel Faber, afirmou na segunda-feira que a escola pediu para tirar a página do ar. “A gente foi chamado sim, porque a primeira versão da escola foi pra tirar do ar. A Isadora foi ameaçada por professores. A gente [ela e o pai] falou que apoiava”, disse.

Segundo a secretaria, a diretora afirmou que não houve “represália” para que Isadora tirasse a página do ar, mas admitiu ter chamado a mãe da menina para conversar. O órgão disse que Liziane somente “aconselhou” a não utilização de imagens de alunos, funcionários e professores no Facebook. O UOL Educação tentou contato com a diretora, sem sucesso.

No começo, a estudante tinha o apoio de uma amiga. No entanto, os pais da outra aluna pediram que ela parasse de alimentar a página. Isadora, então, ficou sozinha.

“Não é só porque é uma escola pública que não pode ter um ensino de qualidade”, afirmou Isadora. “Todo mundo merece ter o mesmo. Todo mundo no final do mês paga um pouquinho, que vai para as escolas públicas.”

 


SUBJECT: Re: [ciencialist] Cosmologia- uma breve história, competente história.
FROM: Aline Santos <haline_santos@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/08/2012 12:54

Muito bom o texto!
Parabéns!
 
Não entendo muito de cosmologia, mas concerteza aprendi alguma coisa!!
 
Abraços
 
Aline

De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Segunda-feira, 27 de Agosto de 2012 19:39
Assunto: [ciencialist] Cosmologia- uma breve história, competente história.



 
Amigos,
Vejam que beleza de relato histórico de um dos mais belos e empolgantes temas da ciência, a cosmologia.
O prof. Fleming conta de um jeito que dá até fome...
Sds,
Victor.
 
 
 





SUBJECT: Fwd: [Logica-l] Site com videoaulas legendadas
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/08/2012 21:43

Repassando...

[ ]s

Alvaro Augusto


-------- Mensagem original --------
Assunto: [Logica-l] Site com videoaulas legendadas
Data: Wed, 29 Aug 2012 08:36:19 -0300





Não sei se já apareceu por aqui...
Site com aulas das melhores universidades do mundo (MIT, Harvard, Yale...)
de graça e legendado: http://www.veduca.com.br 






SUBJECT: Re: [ciencialist] Fwd: [Logica-l] Site com videoaulas legendadas
FROM: Marcelo C Pinto <mpinto2009@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/08/2012 08:52

Valeu Alvaro, eu não conhecia e achei muito bom o link.

Marcelo

Wednesday, August 29, 2012 9:43 PM
 

Repassando...

[ ]s

Alvaro Augusto



-------- Mensagem original --------
Assunto: [Logica-l] Site com videoaulas legendadas
Data: Wed, 29 Aug 2012 08:36:19 -0300





Não sei se já apareceu por aqui...
Site com aulas das melhores universidades do mundo (MIT, Harvard, Yale...)
de graça e legendado: http://www.veduca.com.br






SUBJECT: RES: [ciencialist] Fwd: [Logica-l] Site com videoaulas legendadas
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/08/2012 09:59

Beleza de post, Álvaro.

 

Já comecei a ver meus heróis de cabeceira ainda durinhos e lúcidos, expondo o que sabem.

Um belo serviço que as universidades prestam, dsp esses documentários únicos.

 

Sds,

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Alvaro Augusto (L)
Enviada em: quinta-feira, 30 de agosto de 2012 01:43
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Fwd: [Logica-l] Site com videoaulas legendadas

 

 

Repassando...

[ ]s

Alvaro Augusto



-------- Mensagem original --------

Assunto:

[Logica-l] Site com videoaulas legendadas

Data:

Wed, 29 Aug 2012 08:36:19 -0300

 

Não sei se já apareceu por aqui...
Site com aulas das melhores universidades do mundo (MIT, Harvard, Yale...)
de graça e legendado: http://www.veduca.com.br 
 
 

 

 


SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Fwd: [Logica-l] Site com videoaulas legendadas
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/08/2012 11:38

Até parece que falta dinheiro para as produções!.

Como se fosse aqui...

 

Concordo com você. Excelente organização. E vídeos com excelente qualidade.

E melhor ainda: legendado.

 

Sds,

Victor.

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de brudna
Enviada em: quinta-feira, 30 de agosto de 2012 17:55
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Re: Fwd: [Logica-l] Site com videoaulas legendadas

 

 

O site é uma boa organização de vídeo-aulas.
Pena que desde o lançamento não aumentaram o número de vídeos legendados. Pelo menos na área da química.

Até
Luís Brudna

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@...> escreveu
>
> Repassando...
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> [ ]s
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> Alvaro Augusto
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> Assunto: [Logica-l] Site com videoaulas legendadas
> Data: Wed, 29 Aug 2012 08:36:19 -0300
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> Não sei se já apareceu por aqui...
> Site com aulas das melhores universidades do mundo (MIT, Harvard, Yale...)
> de graça e legendado:http://www.veduca.com.br
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SUBJECT: RE: [ciencialist] Fwd: [Logica-l] Site com videoaulas legendadas
FROM: Thiago Guimarães <guimaraesbsb@hotmail.com>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/08/2012 13:48

 
Obrigado pelo Link.
 
Thiago
 

To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: mpinto2009@gmail.com
Date: Thu, 30 Aug 2012 08:52:12 -0300
Subject: Re: [ciencialist] Fwd: [Logica-l] Site com videoaulas legendadas

Valeu Alvaro, eu não conhecia e achei muito bom o link.

Marcelo

Wednesday, August 29, 2012 9:43 PM
 
Repassando...

[ ]s

Alvaro Augusto



-------- Mensagem original --------
Assunto: [Logica-l] Site com videoaulas legendadas
Data: Wed, 29 Aug 2012 08:36:19 -0300





Não sei se já apareceu por aqui...
Site com aulas das melhores universidades do mundo (MIT, Harvard, Yale...)
de graça e legendado: http://www.veduca.com.br






SUBJECT: Re: Fwd: [Logica-l] Site com videoaulas legendadas
FROM: "brudna" <brudna@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/08/2012 13:55

O site é uma boa organização de vídeo-aulas.
Pena que desde o lançamento não aumentaram o número de vídeos legendados. Pelo menos na área da química.

Até
Luís Brudna


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@...> escreveu
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> Alvaro Augusto
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> Assunto: [Logica-l] Site com videoaulas legendadas
> Data: Wed, 29 Aug 2012 08:36:19 -0300
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SUBJECT: Feynman
FROM: Marcelo Carvalho <mpinto2009@gmail.com>
TO: Ciência_list <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/08/2012 15:56

SUBJECT: Re: [ciencialist] Fwd: [Logica-l] Site com videoaulas legendadas
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/08/2012 19:40

Se algum dia eu conseguir acabar de assistir as aulas do Leonard Susskind, já estarei feliz (no canal de Stanford no Youtube há muito mais do que as meras 10 aulas dele listadas no  Veduca: http://www.youtube.com/user/StanfordUniversity/videos ).

Para quem oscila também em outras frequências, as aulas de psicologia do Paul Bloom (Yale) são muito, muito boas.

[ ]s

Alvaro Augusto




Em 30/08/2012 09:59, JVictor escreveu:

Beleza de post, Álvaro.

 

Já comecei a ver meus heróis de cabeceira ainda durinhos e lúcidos, expondo o que sabem.

Um belo serviço que as universidades prestam, dsp esses documentários únicos.

 

Sds,

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Alvaro Augusto (L)
Enviada em: quinta-feira, 30 de agosto de 2012 01:43
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Fwd: [Logica-l] Site com videoaulas legendadas

 

 

Repassando...

[ ]s

Alvaro Augusto



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Assunto:

[Logica-l] Site com videoaulas legendadas

Data:

Wed, 29 Aug 2012 08:36:19 -0300





 

Não sei se já apareceu por aqui...
Site com aulas das melhores universidades do mundo (MIT, Harvard, Yale...)
de graça e legendado: http://www.veduca.com.br 
 
 

 

 




SUBJECT: Re: [ciencialist] Feynman
FROM: Erich Weick <erich_weick@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/09/2012 14:17

Estou adorando este site, assim como aquele das vídeo-aulas de diversas universidades este também tem um ótimo conteúdo.
Quem conhecer mais páginas similares, agradeceria se as postassem aqui.

[]´s
Erich


--- Em qui, 30/8/12, Marcelo Carvalho <mpinto2009@gmail.com> escreveu:

De: Marcelo Carvalho <mpinto2009@gmail.com>
Assunto: [ciencialist] Feynman
Para: "Ciência_list" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Data: Quinta-feira, 30 de Agosto de 2012, 15:56


SUBJECT: Re: [ciencialist] Feynman
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/09/2012 17:55

Muito interessante! Obrigado pelo link.

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 30/08/2012 15:56, Marcelo Carvalho escreveu:

http://frontdaciencia.ufrgs.br/#T03E25






SUBJECT: RES: [ciencialist] Feynman
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/09/2012 19:29

Simplesmente extraordinário.

 

Até agora conseguí ouvir:  o programas sobre Feynmann,  Einstein(Prof. Carlos Alberto Santos, como convidado) e o experimento com os neutrinos, que acabei de ouvir.  

Quem não ouviu, digo que vale a pena. Os participantes realmente são muito bons naquilo que fazem.

 

Quero agradecer ao Marcelo pelo post. 

 

Sds,

Victor.

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Marcelo Carvalho
Enviada em: quinta-feira, 30 de agosto de 2012 15:56
Para: Ciência_list
Assunto: [ciencialist] Feynman

 

 


SUBJECT: Curvatura-Riemann-desviogeodésico
FROM: José Tulio <zetulio2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/09/2012 15:38

 

Mais uma vez eu aqui para expor dúvidas e perguntar.

Ouví num curso que faço o seguinte: uma das tarefas mais importantes em gravitação é estudar o desvio geodésico entre duas partículas que se movem uma ao lado da outra segundo geodésicas muito próximas, pois desse estudo tem-se a compreensão básica de relatividade geral, ondas gravitacionais, etc, além de na dedução da equação para o desvio obter de quebra a expressão completa do tensor de Riemann. O Prof. sugeriu que trabalhássemos emcima disso. Eu e meu grupo começamos. Mas não chegamos a nada. É muito difícil e os livros indicados que usamos explica as coisas que fica difícil alcançar.

 

Gostaria de solicitar algumas dicas e que alguém confirmasse se é assim mesmo.

Devo dizer que operamos bem com boa parte da matemática da rel.geral. Mesmo assim...

 

Aproveito para agradecer os sites de vídeos-aulas e palestras fornecidos por Victor, Marcelo e Álvaro,muito bons.

 

Agradeço qualquer contribuição. Espero não está abusando.

 

ZT

 

 


SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Curvatura-Riemann-desviogeodésico
FROM: "Jose tulio" <zetulio2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/09/2012 09:50

Um retificação: qdo disse não "chegamos a nada" fui infeliz. Cheguei mas há aspectos da própria teoria e da matemática usada que me escapam.  

Estou usando os livros de Carrol e Wald.  Acho que pensou diferente, por ter colocado a resposta  " Estão usando tensores jacobianos?"

Estou sendo o mais honesto possível expondo essas dificuldades. Desculpe.

Tentarei explicar melhor minhas as dúvidas.

ZT

 

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de roberto
Enviada em: segunda-feira, 3 de setembro de 2012 16:08
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Re: Curvatura-Riemann-desviogeodésico

 

 

Estão usando tensores jacobianos?

[]s,

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, José Tulio <zetulio2@...> escreveu
>
>
>
> Mais uma vez eu aqui para expor dúvidas e perguntar.
>
> Ouví num curso que faço o seguinte: uma das tarefas mais importantes em
> gravitação é estudar o desvio geodésico entre duas partículas que se movem
> uma ao lado da outra segundo geodésicas muito próximas, pois desse estudo
> tem-se a compreensão básica de relatividade geral, ondas gravitacionais,
> etc, além de na dedução da equação para o desvio obter de quebra a expressão
> completa do tensor de Riemann. O Prof. sugeriu que trabalhássemos emcima
> disso. Eu e meu grupo começamos. Mas não chegamos a nada. É muito difícil e
> os livros indicados que usamos explica as coisas que fica difícil alcançar.
>
>
>
> Gostaria de solicitar algumas dicas e que alguém confirmasse se é assim
> mesmo.
>
> Devo dizer que operamos bem com boa parte da matemática da rel.geral. Mesmo
> assim...
>
>
>
> Aproveito para agradecer os sites de vídeos-aulas e palestras fornecidos por
> Victor, Marcelo e Álvaro,muito bons.
>
>
>
> Agradeço qualquer contribuição. Espero não está abusando.
>
>
>
> ZT
>


SUBJECT: Re: Curvatura-Riemann-desviogeodésico
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/09/2012 12:08

Estão usando tensores jacobianos?

[]s,

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, José Tulio <zetulio2@...> escreveu
>
>
>
> Mais uma vez eu aqui para expor dúvidas e perguntar.
>
> Ouví num curso que faço o seguinte: uma das tarefas mais importantes em
> gravitação é estudar o desvio geodésico entre duas partículas que se movem
> uma ao lado da outra segundo geodésicas muito próximas, pois desse estudo
> tem-se a compreensão básica de relatividade geral, ondas gravitacionais,
> etc, além de na dedução da equação para o desvio obter de quebra a expressão
> completa do tensor de Riemann. O Prof. sugeriu que trabalhássemos emcima
> disso. Eu e meu grupo começamos. Mas não chegamos a nada. É muito difícil e
> os livros indicados que usamos explica as coisas que fica difícil alcançar.
>
>
>
> Gostaria de solicitar algumas dicas e que alguém confirmasse se é assim
> mesmo.
>
> Devo dizer que operamos bem com boa parte da matemática da rel.geral. Mesmo
> assim...
>
>
>
> Aproveito para agradecer os sites de vídeos-aulas e palestras fornecidos por
> Victor, Marcelo e Álvaro,muito bons.
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> Agradeço qualquer contribuição. Espero não está abusando.
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> ZT
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SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Curvatura-Riemann-desviogeodésico
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/09/2012 20:15

Vcs têm acesso ao mais antigão: Gravitation, de Misner, Thorne & Wheeler, de 1973?

[]s,

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Jose tulio" <zetulio2@...> escreveu
>
> Um retificação: qdo disse não "chegamos a nada" fui infeliz. Cheguei mas há
> aspectos da própria teoria e da matemática usada que me escapam.
>
> Estou usando os livros de Carrol e Wald. Acho que pensou diferente, por ter
> colocado a resposta " Estão usando tensores jacobianos?"
>
> Estou sendo o mais honesto possível expondo essas dificuldades. Desculpe.
>
> Tentarei explicar melhor minhas as dúvidas.
>
> ZT
>
>
>
>
>
>
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>
> De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]
> Em nome de roberto
> Enviada em: segunda-feira, 3 de setembro de 2012 16:08
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Assunto: [ciencialist] Re: Curvatura-Riemann-desviogeodésico
>
>
>
>
>
> Estão usando tensores jacobianos?
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br
> <mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br> , José Tulio <zetulio2@>
> escreveu
> >
> >
> >
> > Mais uma vez eu aqui para expor dúvidas e perguntar.
> >
> > Ouví num curso que faço o seguinte: uma das tarefas mais importantes em
> > gravitação é estudar o desvio geodésico entre duas partículas que se movem
> > uma ao lado da outra segundo geodésicas muito próximas, pois desse estudo
> > tem-se a compreensão básica de relatividade geral, ondas gravitacionais,
> > etc, além de na dedução da equação para o desvio obter de quebra a
> expressão
> > completa do tensor de Riemann. O Prof. sugeriu que trabalhássemos emcima
> > disso. Eu e meu grupo começamos. Mas não chegamos a nada. É muito difícil
> e
> > os livros indicados que usamos explica as coisas que fica difícil
> alcançar.
> >
> >
> >
> > Gostaria de solicitar algumas dicas e que alguém confirmasse se é assim
> > mesmo.
> >
> > Devo dizer que operamos bem com boa parte da matemática da rel.geral.
> Mesmo
> > assim...
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> > Aproveito para agradecer os sites de vídeos-aulas e palestras fornecidos
> por
> > Victor, Marcelo e Álvaro,muito bons.
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> > ZT
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SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Curvatura-Riemann-desviogeodésico
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/09/2012 08:00

Takata,

 

Estou preprando uma resposta para o zt.

Talvez seja uma heresia dos diabos dizer isto:  mas eu não gosto muito da obra do Misner, apesar de ser uma bíblia na área. Mas muita coisa do que penso que sei, busquei  nele(a primeira parte).  Depois que descobri o Schutz, o Harle, e até mesmo a excelente obra do S.Carrol e Wald,  parei de  rezar naquela bíblia.  Mas mais por preguiça de ler tanta coisa com uma letrinha bem pequena!... Mas o valor didático do Misner et all é incontestável, completíssima, varrendo praticamente todo o assunto.   Além de  dá, já,  um tratamento moderno ao conceito de tensores, vetores, covetores, essenciais nesses estudos.  Já deviam ter traduzido essa obra!

O Schutz, o melhor, em minha opinião,  só comprando mesmo. Mas, parece, está esgotado na Livraria da Física.  Os três outros estão disponíveis na internet, de grátis.

Hoje, toda biblioteca universitária, creio,  dispõe da obra obrigatória, do Misner.  A respeito da do Schutz, não sei se todas. Algumas, com certeza.

 

Mas eu acho que entendí as dificuldades do zt.  Acho que ajudando-o  poderei melhorar meus  parcos conhecimentos nessa área.

Tentarei embarcar nessa, ok, ZT? Espero que tenha paciência.  

 

 

Sds,

Victor.

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de roberto
Enviada em: terça-feira, 4 de setembro de 2012 00:16
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: RES: [ciencialist] Re: Curvatura-Riemann-desviogeodésico

 

 

Vcs têm acesso ao mais antigão: Gravitation, de Misner, Thorne & Wheeler, de 1973?

[]s,

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Jose tulio" <zetulio2@...> escreveu
>
> Um retificação: qdo disse não "chegamos a nada" fui infeliz. Cheguei mas há
> aspectos da própria teoria e da matemática usada que me escapam.
>
> Estou usando os livros de Carrol e Wald. Acho que pensou diferente, por ter
> colocado a resposta " Estão usando tensores jacobianos?"
>
> Estou sendo o mais honesto possível expondo essas dificuldades. Desculpe.
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> Tentarei explicar melhor minhas as dúvidas.
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> De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]
> Em nome de roberto
> Enviada em: segunda-feira, 3 de setembro de 2012 16:08
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Assunto: [ciencialist] Re: Curvatura-Riemann-desviogeodésico
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> Roberto Takata
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> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br
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> > Mais uma vez eu aqui para expor dúvidas e perguntar.
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> > Ouví num curso que faço o seguinte: uma das tarefas mais importantes em
> > gravitação é estudar o desvio geodésico entre duas partículas que se movem
> > uma ao lado da outra segundo geodésicas muito próximas, pois desse estudo
> > tem-se a compreensão básica de relatividade geral, ondas gravitacionais,
> > etc, além de na dedução da equação para o desvio obter de quebra a
> expressão
> > completa do tensor de Riemann. O Prof. sugeriu que trabalhássemos emcima
> > disso. Eu e meu grupo começamos. Mas não chegamos a nada. É muito difícil
> e
> > os livros indicados que usamos explica as coisas que fica difícil
> alcançar.
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> > Gostaria de solicitar algumas dicas e que alguém confirmasse se é assim
> > mesmo.
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> > Devo dizer que operamos bem com boa parte da matemática da rel.geral.
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>


SUBJECT: The UK's New Minister For Magic
FROM: Marcelo C Pinto <mpinto2009@gmail.com>
TO: Ciencia_list <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/09/2012 18:45

"The fortunes of the UK's National Health Service (NHS) are about to be transformed with the help of the magical waters of homeopathic medicine. Top marks to The Telegraph's science writer Tom Chivers for quickly picking up on talk that the UK's new health minister, Jeremy Hunt – who replaced Andrew Lansley yesterday in a government reshuffle – thinks that homeopathy works, and should be provided at public expense by the NHS."

http://www.newscientist.com/article/dn22241

Marcelo C Pinto


SUBJECT: Consórcio internacional cria 'enciclopédia do DNA'
FROM: José Renato Terra <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/09/2012 20:56

ÚLTIMO SEGUNDO iG - CIÊNCIA

Consórcio internacional cria ‘enciclopédia do DNA’

Cientistas criaram a análise mais completa já feita do genoma humano e descobriram que o chamado "DNA lixo" controla de maneira complexa a atividade dos genes

iG São Paulo | - Atualizada às

AP
Imagem dos 46 cromossomos humanos, onde fica o DNA.
Projeto fez a análise mais completa do funcionamento do genoma humano

Um consórcio de 442 cientistas espalhados por três continentes criou a primeira enciclopédia de como funciona o genoma humano , que mostrou que pelo menos 80% do DNA humano, anteriormente considerado inativo (o chamado DNA lixo), participa de pelo menos um processo biológico dentro das células do corpo e que apenas 20 trechos de DNA estão ligados a 17 tipos diferentes de câncer.

O projeto, chamado Encode (sigla em inglês para Enciclopédia de Elementos do DNA), é considerado o maior trabalho sobre genética humana desde o término do Projeto Genoma Humano, em 2003. Foram 30 estudos publicados em seis periódicos científicos diferentes (e até concorrentes), divulgados ao mesmo tempo nesta quarta-feira (5).

O Encode custou quase US$ 200 milhões (mais de R$ 400 milhões) e seu objetivo nada modesto era entender melhor o volume de informações produzido pelo sequenciamento do genoma humano e como ele funciona. “Nós entendíamos apenas uma pequena percentagem do genoma,” disse Eric Green, diretor do Instituto Nacional de Pesquisa do Genoma Humano dos Estados Unidos, que financiou o projeto.

Os elementos do genoma mais conhecidos são os cerca de 21 mil genes que regulam a produção de proteínas dentro da célula. O gene de dopamina comanda a produção dela nos neurônios, por exemplo, e o gene de insulina faz com que as células do pâncreas produzam a substância. No entanto, apenas 1% do genoma trabalha desta maneira, e o desafio do Encode era entender o que o resto do DNA faz – por anos, esta parte do genoma era chamada de “DNA lixo” porque se imaginava que ela era inativa.

Ao fazer esta análise, os cientistas descobriram que 80% do DNA lixo tem pelo menos uma função biológica, que em geral comanda a atividade dos próprios genes. E o conjunto destes trechos de DNA, que chegam a quatro milhões, criam um sistema operacional extremamente sofisticado. “O DNA lixo, na verdade, é quem comanda os genes,” diz Mark Gerstein, da Universidade Yale.

Esta regulação pode influenciar tanto os genes normais quanto suas variantes, causando variados tipos de doenças. Isto acontece porque fatores de transcrição e outros elementos – proteínas produzidas por este trechos do genoma – “passeiam” pelo DNA das células, se ligando aos genes e os ativando e desativando, como se fossem interruptores.

O poder destes elementos pode explicar porque sequenciamentos genéticos simples concluem que pacientes estão sob risco de doenças que nunca aparecem ou ignoram os sinais de doenças que realmente acontecem. Se estes “interruptores” desativam um gene que causa uma doença, ela não aparece, mas se eles alteram um gene saudável, o paciente pode desenvolver uma doença genética que não apareceria em seu sequenciamento.

E este sistema recém-descoberto é bastante complexo: são cerca de quatro milhões de interruptores nos órgãos humanos principais, com 200 mil agindo em cada célula. Além disso, os cientistas descobriram que muitas vezes, estes trechos de DNA estão em longe do gene que controlam, nos cromossomos. Isto acontece em pelo menos 400 doenças cujas variantes genéticas já são conhecidas.

Por conta disso, análises genéticas que focam apenas nos genes, e não nos seus trechos reguladores, podem não compreender todas as causas das doenças.

“Esta descoberta muda como nós compreendemos as bases genéticas das doenças e pode abrir novos caminhos para terapias e remédios,” afirmou John Stamatoyannopoulos, da Universidade de Washington, durante a coletiva à imprensa. Por exemplo, em 17 tipos de câncer diferentes e aparentemente sem relação, os cientistas descobriram que 20 destes fatores regulatórios aparecem repetidas vezes, o que indica que medicamentos que atinjam estas proteínas podem tratar mais doenças de uma vez. O mesmo acontece com doenças como artrite reumatoide, lúpus e diabetes tipo 1.

Outro exemplo é a doença de Crohn . Estudos genéticos já identificaram 100 trechos do genoma que afetam o risco de desenvolver a doença autoimune, muito mais do que as farmacêuticas poderiam investigar, disse Ewan Birney, um dos líderes do projeto. Mas são poucos fatores de transcrição que controlam estes trechos, o que facilita muito a procura por modos de silenciar estes genes.

“O Encode está revelando estas conexões desconhecidas entre as doenças,” disse Stamatoyannopoulos.

O periódico Nature, que liderou a publicação dos estudos do consórcio, vai manter os resultados num site gratuito para toda a comunidade científica, em inglês, no endereço www.nature.com/encode e um aplicativo de iPad.

(Com informações da AP e Reuters Health)


Entenda:
Infográfico: Por dentro do genoma 
Glossário: entenda os termos mais comuns de genética
Infográfico: o mapa dos genes

Veja o especial Dez anos do Genoma Humano 

Leia também:
Nasa descobre, no espaço, substâncias que compõem DNA
Avanços no DNA permitirão viver até os 150 anos, diz cientista
Empresa dos EUA anuncia mapeamento do DNA por R$ 1,8 mil
Cientistas criam polímero que substitui DNA


SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Feynman
FROM: Marcelo C Pinto <mpinto2009@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/09/2012 22:47

Não sei se vocês repararam, mas podemos receber o conteúdo através do "feed" (rss) deles. Link : http://www.if.ufrgs.br/~arenzon/fronteirasdaciencia.xml. Dessa forma é possivel ouvir diretamente pelo google reader, ou outro programa de feed (uso capuccino, no mac). Eu costumo ouvir diretamente no meu celular ou no tablet utilizando esse meio.


Marcelo C Pinto
1 de setembro de 2012 19:29
 

Simplesmente extraordinário.

 

Até agora conseguí ouvir:  o programas sobre Feynmann,  Einstein(Prof. Carlos Alberto Santos, como convidado) e o experimento com os neutrinos, que acabei de ouvir.  

Quem não ouviu, digo que vale a pena. Os participantes realmente são muito bons naquilo que fazem.

 

Quero agradecer ao Marcelo pelo post. 

 

Sds,

Victor.

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Marcelo Carvalho
Enviada em: quinta-feira, 30 de agosto de 2012 15:56
Para: Ciência_list
Assunto: [ciencialist] Feynman

 

 




SUBJECT: RES: [ciencialist] Consórcio internacional cria 'enciclopédia do DNA'
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/09/2012 06:30

Impressionante.

Mesmo com essas revelações, pouco antes nem imaginadas, uma conclusão: ainda estamos à mercê das nuances predatórias, escondidas, dos mecanismos mais elementares do organismo humano. E, talvez, ainda por trás deles existam mais surpresas desagradáveis, que nem mega remotamente suspeitamos.  E, imagino, esse quadro perdurará por muitas e milhares luas. Vamos torcer para que  a ciência consiga acordar  alguns desses “DNA lixo” que tenham o efeito de eliminar os malefícios desses  outros controladores de uma figa. Aí, sim, poderá ficar de bom tamanho.

O pior de tudo é que sequer há uma pedra sob a qual possamos ficar, escondidos, esperando a enxurrada passar.

Parece, até, que a natureza, por evolução, dá com uma mão e retira com a outra.  Cruel, cruel.

 

 

Sds,

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de José Renato Terra
Enviada em: quarta-feira, 5 de setembro de 2012 20:56
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Consórcio internacional cria 'enciclopédia do DNA'

 

 

ÚLTIMO SEGUNDO iG - CIÊNCIA

Consórcio internacional cria ‘enciclopédia do DNA’

Cientistas criaram a análise mais completa já feita do genoma humano e descobriram que o chamado "DNA lixo" controla de maneira complexa a atividade dos genes

iG São Paulo | 05/09/2012 15:55:21 - Atualizada às 05/09/2012 17:19:00

AP

Imagem dos 46 cromossomos humanos, onde fica o DNA.

Projeto fez a análise mais completa do funcionamento do genoma humano

Um consórcio de 442 cientistas espalhados por três continentes criou a primeira enciclopédia de como funciona o genoma humano , que mostrou que pelo menos 80% do DNA humano, anteriormente considerado inativo (o chamado DNA lixo), participa de pelo menos um processo biológico dentro das células do corpo e que apenas 20 trechos de DNA estão ligados a 17 tipos diferentes de câncer.

O projeto, chamado Encode (sigla em inglês para Enciclopédia de Elementos do DNA), é considerado o maior trabalho sobre genética humana desde o término do Projeto Genoma Humano, em 2003. Foram 30 estudos publicados em seis periódicos científicos diferentes (e até concorrentes), divulgados ao mesmo tempo nesta quarta-feira (5).

O Encode custou quase US$ 200 milhões (mais de R$ 400 milhões) e seu objetivo nada modesto era entender melhor o volume de informações produzido pelo sequenciamento do genoma humano e como ele funciona. “Nós entendíamos apenas uma pequena percentagem do genoma,” disse Eric Green, diretor do Instituto Nacional de Pesquisa do Genoma Humano dos Estados Unidos, que financiou o projeto.

Os elementos do genoma mais conhecidos são os cerca de 21 mil genes que regulam a produção de proteínas dentro da célula. O gene de dopamina comanda a produção dela nos neurônios, por exemplo, e o gene de insulina faz com que as células do pâncreas produzam a substância. No entanto, apenas 1% do genoma trabalha desta maneira, e o desafio do Encode era entender o que o resto do DNA faz – por anos, esta parte do genoma era chamada de “DNA lixo” porque se imaginava que ela era inativa.

Ao fazer esta análise, os cientistas descobriram que 80% do DNA lixo tem pelo menos uma função biológica, que em geral comanda a atividade dos próprios genes. E o conjunto destes trechos de DNA, que chegam a quatro milhões, criam um sistema operacional extremamente sofisticado. “O DNA lixo, na verdade, é quem comanda os genes,” diz Mark Gerstein, da Universidade Yale.

Esta regulação pode influenciar tanto os genes normais quanto suas variantes, causando variados tipos de doenças. Isto acontece porque fatores de transcrição e outros elementos – proteínas produzidas por este trechos do genoma – “passeiam” pelo DNA das células, se ligando aos genes e os ativando e desativando, como se fossem interruptores.

O poder destes elementos pode explicar porque sequenciamentos genéticos simples concluem que pacientes estão sob risco de doenças que nunca aparecem ou ignoram os sinais de doenças que realmente acontecem. Se estes “interruptores” desativam um gene que causa uma doença, ela não aparece, mas se eles alteram um gene saudável, o paciente pode desenvolver uma doença genética que não apareceria em seu sequenciamento.

E este sistema recém-descoberto é bastante complexo: são cerca de quatro milhões de interruptores nos órgãos humanos principais, com 200 mil agindo em cada célula. Além disso, os cientistas descobriram que muitas vezes, estes trechos de DNA estão em longe do gene que controlam, nos cromossomos. Isto acontece em pelo menos 400 doenças cujas variantes genéticas já são conhecidas.

Por conta disso, análises genéticas que focam apenas nos genes, e não nos seus trechos reguladores, podem não compreender todas as causas das doenças.

“Esta descoberta muda como nós compreendemos as bases genéticas das doenças e pode abrir novos caminhos para terapias e remédios,” afirmou John Stamatoyannopoulos, da Universidade de Washington, durante a coletiva à imprensa. Por exemplo, em 17 tipos de câncer diferentes e aparentemente sem relação, os cientistas descobriram que 20 destes fatores regulatórios aparecem repetidas vezes, o que indica que medicamentos que atinjam estas proteínas podem tratar mais doenças de uma vez. O mesmo acontece com doenças como artrite reumatoide, lúpus e diabetes tipo 1.

Outro exemplo é a doença de Crohn . Estudos genéticos já identificaram 100 trechos do genoma que afetam o risco de desenvolver a doença autoimune, muito mais do que as farmacêuticas poderiam investigar, disse Ewan Birney, um dos líderes do projeto. Mas são poucos fatores de transcrição que controlam estes trechos, o que facilita muito a procura por modos de silenciar estes genes.

“O Encode está revelando estas conexões desconhecidas entre as doenças,” disse Stamatoyannopoulos.

O periódico Nature, que liderou a publicação dos estudos do consórcio, vai manter os resultados num site gratuito para toda a comunidade científica, em inglês, no endereço www.nature.com/encode e um aplicativo de iPad.

(Com informações da AP e Reuters Health)


Entenda:
Infográfico: Por dentro do genoma 
Glossário: entenda os termos mais comuns de genética
Infográfico: o mapa dos genes

Veja o especial Dez anos do Genoma Humano 

Leia também:
Nasa descobre, no espaço, substâncias que compõem DNA
Avanços no DNA permitirão viver até os 150 anos, diz cientista
Empresa dos EUA anuncia mapeamento do DNA por R$ 1,8 mil
Cientistas criam polímero que substitui DNA


SUBJECT: O Lixo para o Lixo
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: ListadeCiência <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/09/2012 11:35

Prezados,
 
Segue reportagem sobre descobertas a respéito do "DNA Lixo" (eu achava muito estranho a presença de tanto lixo).
 
Uma pergunta : qual era a explicação da T.E para a existência do "DNA Lixo"?
 
 
Abs
Felipe

SUBJECT: A Fotografia em Grupo mais Importante da História da Ciência
FROM: Kentaro Mori <kentaro.mori@gmail.com>
TO: undisclosed-recipients:;
BCC: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/09/2012 22:30

http://www.sedentario.org/imagens/a-fotografia-em-grupo-mais-importante-da-historia-da-ciencia-56748

personalidades história física einstein ciência  A Fotografia em Grupo mais Importante da História da Ciência

Uma das mais famosas obras artísticas da Renascença é a Escola de Atenas, que representa boa parte dos maiores pensadores da Grécia Antiga em uma só imagem, comPlatão e seu aluno Aristóteles discutindo ao centro. Estas duas grandes mentes realmente se encontraram, mas a maior parte dos pensadores clássicos representados no afresco não viveu ao mesmo tempo, e o encontro extraordinário de todas estas mentes brilhantes só pôde ser imaginado por Rafael. Quão incrível não seria uma conversa entre todos eles?

Pois no início do século 20, algumas das maiores mentes da História não só viveram ao mesmo tempo, como se reuniram para discutir uma das mais profundas revoluções científicas — e mesmo filosóficas. Em 1927, na quinta Conferência de Solvay, em Bruxelas, vinte e nove cientistas tentavam entender a incompreensível física quântica.

Entre eles, um certo físico alemão chamado Albert Einstein, que entre aquelas conversas acaloradas dispararia a famosa frase “Deus não Joga Dados“, contrariado pelas interpretações probabilísticas promovidas por luminares como Niels Bohr. Menos conhecida é a réplica de Bohr a Einstein, para “parar de dizer a Deus o que fazer“. A réplica bem como a intepretação de Bohr e seus colegas seria a vencedora naquela conferência e além, com boa parte dos maiores avanços científicos desde então, incluindo aqueles essenciais aos chips de computador e telas de nossos celulares e monitores.

Registrando esse encontro histórico, e ecoando a obra-prima de Rafael, estava essa fotografia que quase foi esquecida nos anos que se passaram, e agora foi colorizada pelo artista sueco Forri Farg, de pastincolor.com. Clique para ampliar.

personalidades história física einstein ciência  A Fotografia em Grupo mais Importante da História da Ciência

Entre os 29 participantes, nada menos que 17 já eram ou ainda se tornariam ganhadores do Prêmio Nobel, incluindo a única mulher presente. Marie Sklodowska-Curie, vencedora de dois prêmios Nobel, e até hoje a única pessoa a ser reconhecida por dois prêmios Nobel em áreas científicas diferentes: física e química. Marie Curie, Like a Boss.

Da conversa extraordinária na reunião destas mentes foram revolucionados os fundamentos de conhecimento sobre o mundo que criaram tecnologia e prosperidade que desfrutamos até hoje. A composição da fotografia não é de longe tão refinada quanto a arte de Rafael — Einstein e Bohr dificilmente posariam com dados em uma cena dramática. Mas o detalhe muito relevante de que a fotografia captura uma reunião real em um momento decisivo na compreensão do Universo compensa um tanto essa falha.


SUBJECT: ENC: physicsworld.com newswire (Week 36)
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/09/2012 07:51

physicsworld.com newswire

Esta edição da Physicsworld está muito boa.

A maioria dos artigos merece uma leitura.

Mas este, em especial, me chamou a atenção.

 

Eu pergunto a vocês(interessante responder para si próprio antes de ler):  So what do theoretical physicists really do?

 

Será uma pergunta de resposta tão trivial, como se imagina?

 

Encontrarão um artigo lá, em BLOG, na data  “3 Sep, 2012.”

 

com este mesmo título:  “So what do theoretical physicists really do?”

 

Sds,

Victor.

 

 

De: physicsworld.com [mailto:news@physicsworld.com]
Enviada em: sexta-feira, 7 de setembro de 2012 06:03
Para: j.victor.neto@uol.com.br
Assunto: physicsworld.com newswire (Week 36)

 

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Ask a non-scientist what a theoretical physicist does and you're likely to get a shrug of the shoulders along with a guess such as "scribbles equations all day?" Even most physics students and experimentalists probably don't know what theorists really do.

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Although there is no experimental proof that supergravity is a valid description of the real world, the tale of how the theory was created is both fascinating and gripping (see pp32?36).

Matin Durrani
Editor, Physics World

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Complex quasicrystals created using new nanofabrication technique
6 Sep, 2012
Patterns with 36-fold rotational symmetry realized

 

SKA names director-general
5 Sep, 2012
Philip Diamond picked to head giant radio telescope

 

Nitrogen vacancies detect magnetic fields in fluids
4 Sep, 2012
Nanodiamonds controlled using optical tweezers

 

Ultracold fermions simulate spin–orbit coupling
3 Sep, 2012
Experiments could shed light on Majorana particles

 

Geoengineering is 'comparatively inexpensive'
31 Aug, 2012
Pumping aerosols into the atmosphere is relatively cheap, say researchers

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Emotionally wrenching ? One theorist?s quest for supergravity
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6 Sep, 2012
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Delving into extra dimensions
6 Sep, 2012
Henrik Melbéus and Tommy Ohlsson look at the mind-bending theories of extra dimensions

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Physics in fiction
30 Aug, 2012
Podcast The Physics World team reviews four recent fiction books that put physics and physicists at the centre of the action

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28 Aug, 2012
Video Peter Barham explains how fundamental science can help to produce delicious food

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24 Aug, 2012
Video Helen Heath explains why SUSY is so beautiful

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ICM image of suspended collagen fibrils

New mode of ion-conductance microscopy used to image biological samples. A white paper from Park Systems. Get your free download here.

Does your laser system need speed to keep up with the competition?

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A white paper from FLIR Systems describes how its infrared camera systems were chosen by NASA for its Space Shuttle and International Space Station programmes. Get your free download here.

Blog

Do you think the Large Hadron Collider will discover new physics beyond the Standard Model?
6 Sep, 2012

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SUBJECT: Júlio Cézar, agora, é herói da aviação
FROM: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/09/2012 21:42

http://diariodopara.diarioonline.com.br/N-160563-JULIO+CEZAR++AGORA++E+HEROI+DA+AVIACAO+.html

Paulo


SUBJECT: Re: O Lixo para o Lixo
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/09/2012 01:58

http://evolucionismo.org/profiles/blogs/decodificando-os-novos-resultados-do-encode
---------------

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...> escreveu
>
> Prezados,
>  
> Segue reportagem sobre descobertas a respéito do "DNA Lixo" (eu achava muito estranho a presença de tanto lixo).
>  
> Uma pergunta : qual era a explicação da T.E para a existência do "DNA Lixo"?
>  
> http://oglobo.globo.com/ciencia/genoma-humano-comeca-ser-traduzido-6008695
>  
> Abs
> Felipe
>



SUBJECT: Uma já muito. Imagine umas...
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/09/2012 07:11

Assistí, ontem, um mais que fantástico filme: O Princípe do Deserto. Uma bela e épica produção, enfocando costumes e usos tribais, influência do ocidente e as reações mulçumanas, as flutuações da cultura nas arábias, enfim, ante a presença “maléfico” de ocidentais, etc.   Um elenco de peso e muita competência está envolvido no trabalho, para dar conta daquela colcha de retalhos.  E, como sempre faço, após algum épico, de qq natureza, busco no Google informações a respeito da história, das figuras representadas pelos atores, etc. Mas, nesse trabalho, procurando por  coisas como sultanatos,  califados, hierarquias de mando,  haréns, encontrei este, que me fez rir à bessa, muito inteligente.

Então, para acabar a sisudez de alguns, e exercitar o humor de outros, recomendo o leve endereço abaixo:

 

http://desciclopedia.org/wiki/Har%C3%A9m

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Uma já muito. Imagine umas...
FROM: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/09/2012 11:11

Olá, Victor !


 

Assistí, ontem, um mais que fantástico filme: O Princípe do Deserto. Uma bela e épica produção, enfocando costumes e usos tribais, influência do ocidente e as reações mulçumanas, as flutuações da cultura nas arábias, enfim, ante a presença “maléfico” de ocidentais, etc.   Um elenco de peso e muita competência está envolvido no trabalho, para dar conta daquela colcha de retalhos.


Aproveitando o assunto de sua mensagem:

Há um filme bem antigo, considerado um clássico, que trata da "revolta árabe de 1916-1918" contra o domínio dos países ocidentais.

O personagem principal é Thomas Edward Lawrence, mais conhecido como "Lawrence da Arábia" - um sujeito que realmente "existiu".
Era muito culto e inteligente.  Foi enviado para a região de conflito para combater do lado dos ingleses (ele era inglês), mas aos poucos
mudou para o lado dos árabes, por ver que essa era a causa correta a defender:

Algumas referências:

Sobre Thomar E. Lawrence:
http://pt.wikipedia.org/wiki/T._E._Lawrence
http://www.telstudies.org/ (este site é mantido pelo seu biógrafo, Jeremy Wilson)

Sobre o filme:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lawrence_da_Ar%C3%A1bia_%28filme%29


Obs.:  A respeito de árabes, judeus, palestinos, oriente-médio, sempre é bom ouvir vários lados, pois
parece que cada parte sempre tem ou não razão em um ou outro aspecto.  Se alguém tiver interesse nessas questões,
tenho links de alguns documentários (do controvertido professor Norman Finkelstein, por exemplo).
Enviem-me um e-mail em private.

Paulo



SUBJECT: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
FROM: José Renato Terra <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/09/2012 14:33

COTAS: RACISTAS POR DEFINIÇÃO

O fator que mais contribui para impedir que uma pessoa curse uma
universidade não é a cor é o seu poder econômico. Daí pode surgir um
corolário enviesado para justificar as cotas. Os negros e nativos não têm
poder econômico porque não fizeram universidade... E durma-se com um
raciocínio desses!

Aparentemente, a questão já está amadurecida para o ministro Tarso Genro,
das Relações Institucionais, quando constata que o impedimento maior é
econômico e não étnico. Basta os órgãos governamentais fornecerem ensino
suficiente nas escolas públicas, cursos específicos de preparação aos
vestibulares para os alunos dessas escolas e, claro, bolsas de estudo aos
aprovados, evitando a evasão por falta de recursos para se sustentar até o
final. Parece-me que as cotas como propostas são racistas, injustas,
humilhantes e inconstitucionais. Há modo mais inteligente de realizar a
inclusão e a igualdade social sem cair no critério racial que promove,
exatamente, o racismo indesejável que deseja combater.

O ministro Gilberto Gil tem razão em fomentar as discussões. A exposição de
motivos e argumentos foi o que de melhor as cotas provocaram. Boas propostas
estão aí em execução. Em Salvador-BA já existem cursinhos de vestibular
grátis para os melhores alunos de escola pública, bancados pelos governos
estadual e municipal e a fundamental bolsa, tipo FIES, para os aprovados nos
vestibulares.

Eu mesmo já fui agraciado por uma forma inteligente de inclusão, há bem mais
tempo. Quando fazia o 1º ano do curso científico - atual 2° grau - houve um
convite da Universidade Federal do Pará para os estudantes fazerem teste de
conhecimento visando selecionar os melhores alunos que cursavam escolas
públicas e as poucas privadas existentes, em geral administradas por
congregações religiosas. Nessa época as escolas públicas tinham tradição e
impunham respeito pela qualidade do ensino. Passei no teste e a UFPA formou
três turmas, uma para cada turno de modo a atender a todos. Na minha turma
havia cerca de 30 alunos. Recebíamos aulas das matérias padrões dos
vestibulares com professores que ensinavam universitários nas faculdades de
engenharia, química, medicina, português e línguas. Tínhamos três dias de
aulas por semana, sendo uma no sábado, o que fez os menos interessados
desistirem em alguns meses. O nível do ensino e a convivência no ambiente
universitário me deu uma condição especial para prestar o vestibular. Graças
a Deus, passei de primeira em 21° lugar de um total de 151 vagas
preenchidas. Depois que os colégios particulares se multiplicaram, esse bela
iniciativa foi boicotada e eliminada.

O parâmetro usado no sistema de cotas vem dos EUA, só que bem diferente. Lá
os alunos para as universidades são escolhidos pelos "comitês" -
teoricamente, com base no currículo escolar - mas que na prática eram
preenchidas por quase totalidade de brancos para evitar conflitos raciais e
"queda de padrão" da escola junto à comunidade acadêmica.

No Brasil, já não há espaço para mais essa "bondade" que rotula o não-branco
como um deficiente intelectual, que precisa de condições especiais para ser
aprovado no vestibular.

Quem gostaria de ser marcado em toda a sua vida profissional como quem foi
aprovado na "cota racial"?

As cotas serviram para esclarecer pelo menos as estatísticas, com maior
presença de não-brancos nas universidades. Antes era mínima, hoje, mais do
que nunca, os negros, pardos e indígenas aparecem em melhores números do que
há cinco anos quando, quase todo mundo com características externas não
totalmente negras, registravam sua cor como branca em vez de parda ou negra.
Levantamentos divulgados pelo reitor da UFBA revelam que os aprovados nas
cotas têm, nos cursos universitários, melhor desempenho do que os demais.
Isso mostra o quanto é desnecessário o sistema de cotas por raça.

Lembro de um filme em que Natalie Wood fazia uma negra de pele clara, que
renega a mãe negra para não ser considerada "de cor" na escola, na
universidade, no seu círculo de amizades e junto aos ricos pretendentes?
Será que com os "benefícios" das cotas ela assumiria suas origens e sua
raça?

Esse tipo de proposta provoca mais danos do que melhorias, apenas disfarça o
cerne da questão: o abandono do ensino oficial no Brasil, um direito
constitucional não exigido pela sociedade.

As cotas são racistas por definição. A meu ver elas vêm desqualificar e
humilhar ainda mais os não-brancos.



< http://www.diretodaredacao.com/noticia/cotas-racistas-por-definicao >



..............................................................
----- Original Message -----
From: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, August 28, 2012 12:47 PM
Subject: [ciencialist] Re: [forum-prof] PL 180/2008 cotas


Recalque? (O sujeito não percebe que, se as rampas podem ser usadas por
todos, o mesmo não vale para elevadores especiais - como os que existem no
metrô.)

O sujeito tb parece não ter percebido que a SBPC e a própria Andifes são
*favoráveis* às cotas. Apenas têm restrições ao PLC 180/2008 - por motivos
um tto diversos (a Andifes se preocupa com o tamanho das cotas - 50% do
total das vagas - a SBPC - se preocupa com a questão da autonomia
universitária).

Aqui dois textos q valem a pena ser lidos:

Um contra:
http://arsphysica.wordpress.com/2012/08/19/cotas-para-universidades-publicas-federais-e-ensino-medio-brasileiro/
------

Um a favor:
http://haeckeliano.blogspot.com.br/2012/08/cotas-e-discriminacao-estatistica.html
------

[]s,

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "JVictor" <j.victor.neto@...>
escreveu
>
> Olá,
>
>
>
> Mais opiniões e discussões sobre assunto de cotas.
>
>
>
> Sds,
>
> Victor.
>
>
>
> A transposição do sistema nacional de educação
>
> Luis Paulo Vieira Braga
>
> "O professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de
> Janeiro (UFRJ), M.P., comemora a aprovação do projeto. Segundo ele, as
> cotas
> são necessárias para facilitar o acesso das classes menos favorecidas ao
> ensino superior público:- A aprovação de uma lei desse tipo é uma demanda
> de
> muito tempo. Podemos fazer uma analogia desse projeto com as leis que
> determinam uma tratamento diferenciado a deficientes, idosos e gestantes.
> Ninguém questiona a necessidade de instalação de rampas para facilitar o
> acesso de idosos e deficientes. A lei das cotas nada mais é que uma rampa
> para facilitar o acesso das classes menos favorecidas..."
> http://oglobo.globo.com/educacao/obrigatoriedade-de-cotas-nas-universidades-
> divide-opinioes-5732108#ixzz23WGPKoge
>
> A analogia entre negros e deficientes feitas por um racialista demonstra o
> quanto de recalque essa proposta implica, além do que pela rampa do
> deficiente também passa qualquer outra pessoa, o que não é o caso das
> cotas.
> O PL 180/2008 aprovado no Senado, após igual sucesso na Câmara dos
> Deputados, e enviado para sanção pela presidente da república (que é
> favorável ao mesmo) demonstra o fosso que existe entre os poderes
> Legislativo e Executivo e a sociedade civil. Ou o que significam as
> manifestações contrárias de ANDIFES, SBPC, reitores de universidades,
> professores, e tantos outros? Teriam os fazedores de lei analisado as
> implicações do projeto ou apenas os benefícios eleitorais?
>
> O PL se soma ao REUNI, ao novo ENEM e ao SISU naquilo que se pode chamar
> de
> transposição do sistema nacional de ensino, reformando-o do topo para a
> base, ou do final para o início, como queiram. Pelos resultados
> preliminares parece mais que estamos regredindo, ao invés de avançar. Uma
> mini transposição análoga foi proposta ainda no regime militar, com a
> implantação da pós-graduação nas universidades brasileiras - uma certeza
> de
> melhoria para a graduação. Embora a produção científica brasileira tenha
> evidentemente crescido no contexto mundial, suas universidades não
> correspondem à importância econômica, demográfica e territorial do país,
> mostrando que fazer crescer a cereja do bolo não implica necessariamente
> no
> aumento do mesmo.
>
> As pressões tardias contra o projeto concentram-se agora na esperança de
> que
> a presidente vete o prazo de quatro anos exigido pelo PL para dividir ao
> meio o contingente estudantil entre brancos, pardos, negros, indígenas e
> brancos, pardos, negros, indígenas. Com a diferença de que uns levarão no
> peito uma estrela com dizeres - cotista - e os outros não. O argumento
> protelatório, típico da resistência passiva, encobre um dilema atroz -
> mais
> tempo para o quê ? Para melhorar o ensino fundamental e médio ou para
> piorar
> o ensino superior?
>
>
>
>
> _______________________________________________
> forum-prof mailing list
> forum-prof@...
> http://listas.if.ufrj.br/mailman/listinfo/forum-prof
>



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SUBJECT: Após 20 anos, brasileiro é reconhecido como inventor do "bina"
FROM: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/09/2012 19:17

A notícia apareceu, por exemplo, nos seguintes sites:

http://info.abril.com.br/noticias/mercado/inventor-brasileiro-consegue-patente-do-bina-09092012-6.shl

http://olhardigital.uol.com.br/negocios/digital_news/noticias/brasileiro-que-diz-ter-inventado-a-bina-tem-patente-reconhecida

http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/brasil/2012/09/10/interna_brasil,395605/tribunal-de-brasilia-reconhece-patente-do-bina-para-inventor-mineiro.shtml

Paulo


SUBJECT: Texto de Godell Sobre o Tempo
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: ListadeCiência <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/09/2012 08:27

Prezados,
 
Achei na internet uma tradução de um texto atribuído a Godell  :
 
Uma das propriedades mais interessantes da teoria da relatividade para aqueles que têm um
pendão para a filosofia é o fato que ela nos proporciona novos e surpreendentes insights
acerca da essência do tempo, este Algo enigmático e em si aparentemente contraditório1,
mas que parece porém constituir o fundamento da existência do mundo e do nosso próprio
ser. O próprio ponto de partida da teoria da relatividade é a descoberta de uma propriedade
extremamente surpreendente e nova do tempo, a saber a relatividade da simultaneidade, que
implica em grande medida na relatividade de sucessões temporais2. A afirmação que oseventos A e B são simultâneos (e para um grande grupo de pares de eventos, a afirmaçãoque A ocorre antes de B) perde seu sentido objetivo na medida em que um outro observadorpode afirmar, com o mesmo direito, que A e B não ocorreram simultaneamente (ou que Bocorreu antes de A).
Se levarmos as conseqüências desta situação peculiar adiante, chegaremos a conclusões
acerca da essência do tempo que são realmente muito profundas. Colocando de maneira
sucinta, é como se obtivéssemos uma prova inequívoca do ponto de vista daqueles filósofos
que, do mesmo modo que Parmênides, Kant e os idealistas modernos, negam a objetividade
da mudan ca e a encaram com uma ilusão ou um fenômeno fruto de nosso modo especial de
percepção3. A argumentação é a seguinte: mudanças só são possíveis com o passar do
tempo. A existência de um lapso temporal objetivo4 porém significa (ou pelo menos é
equivalente ao fato) que a realidade consiste em uma quantidade infinita de "agoras" que
passam a existir consecutivamente. Porém se a simultaneidade no sentido acima exposto é
algo relativo, a realidade não pode ser dividida em tais camadas de maneira objetivamente
determinada. Cada observador tem sua própria seqüência de "agoras" e nenhum destes
sistemas pode reclamar para si a prerrogativa de ser uma representação do fluxo temporal
objetivo5.
 
Esta conclusão foi aventada por alguns filosófos em seus escritos e, ainda que
surpreendentemente poucos, ela não deixou de ser questionada. Realmente, pode-se levantar
a seguinte objeção ao argumento acima descrito: a equivalência completa de todos os
observadores que se movem com velocidades diferentes (mas uniformes), equivalência esta
que constitui o cerne da prova, só existe no esquema espaço-tempo abstrato da teoria da
relatividade e em certos mundos vazios sem massa da relatividade geral. A existência de
matéria, ao contrário, do mesmo modo que o tipo particular de curvatura do espaço-tempo
por ela causada, elimina completamente a equivalência de diferentes observadores6 e
privilegia de forma explícita alguns dentre eles, a saber aqueles que em seu movimento
seguem o movimento médio da matéria7. Agora, em todas as soluções cosmológicas até hoje
conhecidas das equações gravitacionais (ou seja, em todos os possíveis universos) os tempos
locais de todos estes observadores coalescem em um único tempo universal. Com isto é
aparentemente possível considerar este tempo como sendo o "verdadeiro" e que flui
objetivamente, sendo que as discrepâncias das medições de tempo de outros observadores
podem ser entendidas como advindo da influência que o movimento destes, relativo ao
estado de movimento médio da matéria, exerce sobre a medida e sobre os processos físicos
de um modo geral.
 
Desta circunstância James Jeans concluiu, frente ao fato que nosso universo aparentemente
pode ser representado por uma das soluções cosmológicas conhecidas8, que não há razões
para abrirmos mão da idéia intuitiva de um tempo absoluto que flui objetivamente. Não
acredito que a situação justifique esta conclusão, e baseio minha opinião essencialmente nos
seguintes fatos e considerações9:
 
Há soluções cosmológicas de um tipo10 diferente daquelas hoje conhecidas e para as quais o
procedimento de definição de um tempo absoluto acima descrito não se aplica, pois o tempo
local dos observadores individuais, do modo como o empregamos acima, não podem ser
ajustados a um único tempo universal. Também não pode haver para estes universos
qualquer outro procedimento para se definir um tempo "absoluto". Eles possuem
propriedades de simetria tais que, para cada possível conceito de simultaneidade e sucessão,
existe também outros dos quais não podem ser diferenciados por quaisquer propriedades
intrínsecas, mas somente através da referência a objetos particulares, por exemplo, a um
sistema galáctico especial.
 
Consequentemente, ao menos para estes mundos, a conclusão por nós acima feita acerca do
caráter não objetivo das mudanças indubitavelmente se aplica. Além do mais resulta que as
condições temporais nestes universos (pelo menos naquele ao qual nos referimos no final da
nota 11) têm outras propriedades surpreendentes que mais uma vez refor cam a visão
idealista: se fizermos uma viagem de ida-e-volta numa nave ao longo de uma curva grande o
suficiente é possível, nestes universos, viajar a uma região arbitrária do passado, presente ou
futuro e retornar ao ponto inicial do espaço-tempo, da mesma maneira que é possível, em
outros mundos, viajar a regiões longínquas do espaço.
 
Esta situação parece conduzir a um absurdo, pois seria possível, por exemplo, uma pessoa
viajar ao passado para próximo dos locais onde houvera vivido. Lá o viajante encontraria uma
pessoa que seria ele próprio em uma fase anterior de sua vida. Ele poderia então fazer algo a
si mesmo que, de acordo com sua memória, ele sabe que nunca ocorreu. Estes e outros
paradoxos porém partem do pressuposto que tal viagem é realmente factível, para poder com
isso provar a impossibilidade de uma viagem ao próprio passado. Porém as velocidades que
seriam necessárias para empreender tal intento num tempo razoável estão muito além de
tudo aquilo que se espera, um dia, se tornar sequer uma possibilidade prática11. Não podemos
 a priori, em função do argumento acima exposto, que a estrutura espaçotemporal
do universo real seja do tipo descrito.
 
No que tange às conclusões que se pode tirar da situação descrita para a questão principal
deste trabalho, o ponto-chave é o seguinte: para cada possível definição de um tempo
universal poder-se-ia, nestes mundos, viajar a regiões do universo que, de acordo com esta
definição, pertencem ao passado12. Mas isto mostra, novamente, que a premissa de um fluxo
temporal objetivo em tais mundos perderia qualquer legitimidade. Pois, não obstante o modo
que se quisesse tomar para descrever um tempo que flui, sempre haveria possíveis
observadores cujo fluxo de tempo subjetivamente vivido não corresponderia a um fluxo
objetivo (em particular também possíveis observadores cujas existências fossem
objetivamente simultâneas). No entanto, se a experiência sensível do passar do tempo sem
um fluxo temporal objetivo pode existir, então não há razão alguma que justifique o porquê
de se assumir um fluxo temporal objetivo em primeiro lugar.
 
Contudo podemos nos perguntar: para que serve isto se estas condições valem em certos
mundos possíveis? Isto tem alguma relevância para a pergunta que nos interessa, a saber, se
no nosso mundo existe um lapso de tempo objetivo? Penso que sim. Pois (1) embora não
possamos representar nosso universo através das soluções rotatórias particulares acima
descritas (pois estas soluções são estáticas e portanto não há um deslocamento das linhas
espectrais de objetos distantes para o vermelho) há soluções de universos rotatórios que se
encontram em expansão. Em tais mundos um tempo objetivo pode não existir13 e não é de
todo impossível que nosso mundo seja um universo deste tipo. (2) A simples compatibilidade
de universos nos quais não há um tempo e também um fluxo temporal objetivo com as leis
da natureza14, jogam uma nova luz sobre o significado do tempo também naqueles mundos
onde um tempo absoluto pode ser definido. Pois se alguém afirma que o tempo está
passando, ele deve aceitar como conseqüência que, quer um tempo objetivo exista ou não
(quer dizer se um tempo no sentido usual da palavra existe ou não), ele depende da maneira
particular como a matéria e seu movimento está distribuida no universo. Isto não é uma
contradição que segue obrigatoriamente, mas uma postura filosófica que leva a estas
consequências dificilmente pode ser considerada satisfatória.
 
 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/09/2012 09:58

> As cotas são racistas por definição
 
Concordo 100%. É a definição de racismo.
 
> A meu ver elas vêm desqualificar e
> humilhar ainda mais os não-brancos
 
Concordo 110%.
Se alguém precisa de uma "ajudinha" por causa de
sua cor de pele, isto implica que essa pessoinha
está sendo considerada "menos capaz" do que outra
com cor de pele diferente. A mensagem da cambada
desgraçada dos cotistas, no final das contas, é
simplesmente esta: "tu és pretinho, coitadinho, toma
aqui este benefício"...
 
*PB*
 
 
 
-----Mensagem Original-----
From: José Renato Terra
Sent: Monday, September 10, 2012 2:33 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
 
COTAS: RACISTAS POR DEFINIÇÃO
 
O fator que mais contribui para impedir que uma pessoa curse uma
universidade não é a cor é o seu poder econômico. Daí pode surgir um
corolário enviesado para justificar as cotas. Os negros e nativos não têm
poder econômico porque não fizeram universidade... E durma-se com um
raciocínio desses!
 
Aparentemente, a questão já está amadurecida para o ministro Tarso Genro,
das Relações Institucionais, quando constata que o impedimento maior é
econômico e não étnico. Basta os órgãos governamentais fornecerem ensino
suficiente nas escolas públicas, cursos específicos de preparação aos
vestibulares para os alunos dessas escolas e, claro, bolsas de estudo aos
aprovados, evitando a evasão por falta de recursos para se sustentar até o
final. Parece-me que as cotas como propostas são racistas, injustas,
humilhantes e inconstitucionais. Há modo mais inteligente de realizar a
inclusão e a igualdade social sem cair no critério racial que promove,
exatamente, o racismo indesejável que deseja combater.
 
O ministro Gilberto Gil tem razão em fomentar as discussões. A exposição de
motivos e argumentos foi o que de melhor as cotas provocaram. Boas propostas
estão aí em execução. Em Salvador-BA já existem cursinhos de vestibular
grátis para os melhores alunos de escola pública, bancados pelos governos
estadual e municipal e a fundamental bolsa, tipo FIES, para os aprovados nos
vestibulares.
 
Eu mesmo já fui agraciado por uma forma inteligente de inclusão, há bem mais
tempo. Quando fazia o 1º ano do curso científico - atual 2° grau - houve um
convite da Universidade Federal do Pará para os estudantes fazerem teste de
conhecimento visando selecionar os melhores alunos que cursavam escolas
públicas e as poucas privadas existentes, em geral administradas por
congregações religiosas. Nessa época as escolas públicas tinham tradição e
impunham respeito pela qualidade do ensino. Passei no teste e a UFPA formou
três turmas, uma para cada turno de modo a atender a todos. Na minha turma
havia cerca de 30 alunos. Recebíamos aulas das matérias padrões dos
vestibulares com professores que ensinavam universitários nas faculdades de
engenharia, química, medicina, português e línguas. Tínhamos três dias de
aulas por semana, sendo uma no sábado, o que fez os menos interessados
desistirem em alguns meses. O nível do ensino e a convivência no ambiente
universitário me deu uma condição especial para prestar o vestibular. Graças
a Deus, passei de primeira em 21° lugar de um total de 151 vagas
preenchidas. Depois que os colégios particulares se multiplicaram, esse bela
iniciativa foi boicotada e eliminada.
 
O parâmetro usado no sistema de cotas vem dos EUA, só que bem diferente. Lá
os alunos para as universidades são escolhidos pelos "comitês" -
teoricamente, com base no currículo escolar - mas que na prática eram
preenchidas por quase totalidade de brancos para evitar conflitos raciais e
"queda de padrão" da escola junto à comunidade acadêmica.
 
No Brasil, já não há espaço para mais essa "bondade" que rotula o não-branco
como um deficiente intelectual, que precisa de condições especiais para ser
aprovado no vestibular.
 
Quem gostaria de ser marcado em toda a sua vida profissional como quem foi
aprovado na "cota racial"?
 
As cotas serviram para esclarecer pelo menos as estatísticas, com maior
presença de não-brancos nas universidades. Antes era mínima, hoje, mais do
que nunca, os negros, pardos e indígenas aparecem em melhores números do que
há cinco anos quando, quase todo mundo com características externas não
totalmente negras, registravam sua cor como branca em vez de parda ou negra.
Levantamentos divulgados pelo reitor da UFBA revelam que os aprovados nas
cotas têm, nos cursos universitários, melhor desempenho do que os demais.
Isso mostra o quanto é desnecessário o sistema de cotas por raça.
 
Lembro de um filme em que Natalie Wood fazia uma negra de pele clara, que
renega a mãe negra para não ser considerada "de cor" na escola, na
universidade, no seu círculo de amizades e junto aos ricos pretendentes?
Será que com os "benefícios" das cotas ela assumiria suas origens e sua
raça?
 
Esse tipo de proposta provoca mais danos do que melhorias, apenas disfarça o
cerne da questão: o abandono do ensino oficial no Brasil, um direito
constitucional não exigido pela sociedade.
 
As cotas são racistas por definição. A meu ver elas vêm desqualificar e
humilhar ainda mais os não-brancos.
 
 
 
< http://www.diretodaredacao.com/noticia/cotas-racistas-por-definicao >
 
 
 
..............................................................
----- Original Message -----
From: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, August 28, 2012 12:47 PM
Subject: [ciencialist] Re: [forum-prof] PL 180/2008 cotas
 
 
Recalque? (O sujeito não percebe que, se as rampas podem ser usadas por
todos, o mesmo não vale para elevadores especiais - como os que existem no
metrô.)
 
O sujeito tb parece não ter percebido que a SBPC e a própria Andifes são
*favoráveis* às cotas. Apenas têm restrições ao PLC 180/2008 - por motivos
um tto diversos (a Andifes se preocupa com o tamanho das cotas - 50% do
total das vagas - a SBPC - se preocupa com a questão da autonomia
universitária).
 
Aqui dois textos q valem a pena ser lidos:
 
Um contra:
http://arsphysica.wordpress.com/2012/08/19/cotas-para-universidades-publicas-federais-e-ensino-medio-brasileiro/
------
 
Um a favor:
http://haeckeliano.blogspot.com.br/2012/08/cotas-e-discriminacao-estatistica.html
------
 
[]s,
 
Roberto Takata
 
--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "JVictor" <j.victor.neto@...>
escreveu
>
> Olá,
>
>
>
> Mais opiniões e discussões sobre assunto de cotas.
>
>
>
> Sds,
>
> Victor.
>
>
>
> A transposição do sistema nacional de educação
>
> Luis Paulo Vieira Braga
>
> "O professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de
> Janeiro (UFRJ), M.P., comemora a aprovação do projeto. Segundo ele, as
> cotas
> são necessárias para facilitar o acesso das classes menos favorecidas ao
> ensino superior público:- A aprovação de uma lei desse tipo é uma demanda
> de
> muito tempo. Podemos fazer uma analogia desse projeto com as leis que
> determinam uma tratamento diferenciado a deficientes, idosos e gestantes.
> Ninguém questiona a necessidade de instalação de rampas para facilitar o
> acesso de idosos e deficientes. A lei das cotas nada mais é que uma rampa
> para facilitar o acesso das classes menos favorecidas..."
> http://oglobo.globo.com/educacao/obrigatoriedade-de-cotas-nas-universidades-
> divide-opinioes-5732108#ixzz23WGPKoge
>
> A analogia entre negros e deficientes feitas por um racialista demonstra o
> quanto de recalque essa proposta implica, além do que pela rampa do
> deficiente também passa qualquer outra pessoa, o que não é o caso das
> cotas.
> O  PL 180/2008 aprovado no Senado, após igual sucesso na Câmara dos
> Deputados, e enviado para sanção pela presidente da república (que é
> favorável ao mesmo) demonstra o fosso que existe entre os poderes
> Legislativo e Executivo e a sociedade civil. Ou o que significam as
> manifestações contrárias de ANDIFES, SBPC, reitores de universidades,
> professores, e tantos outros? Teriam os fazedores de lei analisado as
> implicações do projeto ou apenas os benefícios eleitorais?
>
> O PL se soma ao REUNI, ao novo ENEM e ao SISU naquilo que se pode chamar
> de
> transposição do sistema nacional de ensino, reformando-o do topo para a
> base,  ou do final para o início, como queiram. Pelos resultados
> preliminares parece mais que estamos regredindo, ao invés de avançar. Uma
> mini transposição análoga foi proposta ainda no regime militar, com a
> implantação da pós-graduação nas universidades brasileiras - uma certeza
> de
> melhoria para a graduação. Embora a produção científica brasileira tenha
> evidentemente crescido no contexto mundial, suas universidades não
> correspondem à importância econômica, demográfica e territorial do país,
> mostrando que fazer crescer a cereja do bolo não implica necessariamente
> no
> aumento do mesmo.
>
> As pressões tardias contra o projeto concentram-se agora na esperança de
> que
> a presidente vete o prazo de quatro anos exigido pelo PL para dividir ao
> meio o contingente estudantil entre brancos, pardos, negros, indígenas e
> brancos, pardos, negros, indígenas. Com a diferença de que uns levarão no
> peito uma estrela com dizeres - cotista - e os outros não. O argumento
> protelatório, típico da resistência passiva, encobre um dilema atroz -
> mais
> tempo para o quê ? Para melhorar o ensino fundamental e médio ou para
> piorar
> o ensino superior?
>
>
>
>
> _______________________________________________
> forum-prof mailing list
> forum-prof@...
> http://listas.if.ufrj.br/mailman/listinfo/forum-prof
>
 
 
 
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SUBJECT: Re: PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/09/2012 10:46

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, José Renato Terra <jrma@...>
> COTAS: RACISTAS POR DEFINIÇÃO
>
> O fator que mais contribui para impedir que uma pessoa curse uma
> universidade não é a cor é o seu poder econômico.

Fator que mais contribui =/= único fator a ser considerado.

E o título é besta uma vez que o *STF* já determinou que cotas raciais são constitucionais. E como entre os artigos pétreos da CF está o combate ao racismo, o autor teria q explicar aos ministros do supremo que cometeram um erro e convencê-los do contrário.

Sem falar que tratados internacionais multilaterais, do que o Brasil é signatário, explicitamente considera que ações afirmativas - das quais cotas raciais fazem parte - são instrumentos legais e *não* discriminatórios, nem preconceituosos.

Como racismo é definido como preconceito por causa de raça/cor, é uma falácia que cotas sejam racistas por definição.

> Os negros e nativos não têm poder econômico porque não fizeram
> universidade... E durma-se com um raciocínio desses!

Não existe isso como justificativa.

Já indiquei dados que mostram que, mesmo isolando-se fatores econômicos, negros têm chances menores de ingressar nas universidades.

Porém, mesmo que negros entrassem nas universidades com iguais chances, isso *não* impediria a aplicação de ações afirmativas no acesso ao ensino superior.

Isso porque ações afirmativas são medidas de *compensação*. Nem sempre a compensação se dá com recurso da mesma natureza do recurso prejudicado.

Uma analogia. Digamos q vc quebrou o carro de alguém. Vc pode compensar a pessoa com um carro igual ou pode compensar com dinheiro, ou talvez um imóvel.

De resto o texto vai no mesmo caminho de bobagens q já foram intensamente discutida nesta lista. Sugiro aos interessados q busquem no histórico:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/messages
-------------

Muitas vezes essas falácias me cansam.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RE: [ciencialist] Texto de Godell Sobre o Tempo
FROM: Thiago Guimarães <guimaraesbsb@hotmail.com>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/09/2012 13:38

 
Genial!
 
Thiago
 

To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: luizfelipecsrj@yahoo.com.br
Date: Tue, 11 Sep 2012 04:27:25 -0700
Subject: [ciencialist] Texto de Godell Sobre o Tempo

 
Prezados,
 
Achei na internet uma tradução de um texto atribuído a Godell  :
 
Uma das propriedades mais interessantes da teoria da relatividade para aqueles que têm um
pendão para a filosofia é o fato que ela nos proporciona novos e surpreendentes insights
acerca da essência do tempo, este Algo enigmático e em si aparentemente contraditório
1,
mas que parece porém constituir o fundamento da existência do mundo e do nosso próprio
ser. O próprio ponto de partida da teoria da relatividade é a descoberta de uma propriedade
extremamente surpreendente e nova do tempo, a saber a relatividade da simultaneidade, que
implica em grande medida na relatividade de sucessões temporais2. A afirmação que oseventos A e B são simultâneos (e para um grande grupo de pares de eventos, a afirmaçãoque A ocorre antes de B) perde seu sentido objetivo na medida em que um outro observadorpode afirmar, com o mesmo direito, que A e B não ocorreram simultaneamente (ou que Bocorreu antes de A).
Se levarmos as conseqüências desta situação peculiar adiante, chegaremos a conclusões
acerca da essência do tempo que são realmente muito profundas. Colocando de maneira
sucinta, é como se obtivéssemos uma prova inequívoca do ponto de vista daqueles filósofos
que, do mesmo modo que Parmênides, Kant e os idealistas modernos, negam a objetividade
da mudan ca e a encaram com uma ilusão ou um fenômeno fruto de nosso modo especial de
percepção3. A argumentação é a seguinte: mudanças só são possíveis com o passar do
tempo. A existência de um lapso temporal objetivo4 porém significa (ou pelo menos é
equivalente ao fato) que a realidade consiste em uma quantidade infinita de "agoras" que
passam a existir consecutivamente. Porém se a simultaneidade no sentido acima exposto é
algo relativo, a realidade não pode ser dividida em tais camadas de maneira objetivamente
determinada. Cada observador tem sua própria seqüência de "agoras" e nenhum destes
sistemas pode reclamar para si a prerrogativa de ser uma representação do fluxo temporal
objetivo5.
 
Esta conclusão foi aventada por alguns filosófos em seus escritos e, ainda que
surpreendentemente poucos, ela não deixou de ser questionada. Realmente, pode-se levantar
a seguinte objeção ao argumento acima descrito: a equivalência completa de todos os
observadores que se movem com velocidades diferentes (mas uniformes), equivalência esta
que constitui o cerne da prova, só existe no esquema espaço-tempo abstrato da teoria da
relatividade e em certos mundos vazios sem massa da relatividade geral. A existência de
matéria, ao contrário, do mesmo modo que o tipo particular de curvatura do espaço-tempo
por ela causada, elimina completamente a equivalência de diferentes observadores6 e
privilegia de forma explícita alguns dentre eles, a saber aqueles que em seu movimento
seguem o movimento médio da matéria7. Agora, em todas as soluções cosmológicas até hoje
conhecidas das equações gravitacionais (ou seja, em todos os possíveis universos) os tempos
locais de todos estes observadores coalescem em um único tempo universal. Com isto é
aparentemente possível considerar este tempo como sendo o "verdadeiro" e que flui
objetivamente, sendo que as discrepâncias das medições de tempo de outros observadores
podem ser entendidas como advindo da influência que o movimento destes, relativo ao
estado de movimento médio da matéria, exerce sobre a medida e sobre os processos físicos
de um modo geral.
 
Desta circunstância James Jeans concluiu, frente ao fato que nosso universo aparentemente
pode ser representado por uma das soluções cosmológicas conhecidas8, que não há razões
para abrirmos mão da idéia intuitiva de um tempo absoluto que flui objetivamente. Não
acredito que a situação justifique esta conclusão, e baseio minha opinião essencialmente nos
seguintes fatos e considerações9:
 
Há soluções cosmológicas de um tipo10 diferente daquelas hoje conhecidas e para as quais o
procedimento de definição de um tempo absoluto acima descrito não se aplica, pois o tempo
local dos observadores individuais, do modo como o empregamos acima, não podem ser
ajustados a um único tempo universal. Também não pode haver para estes universos
qualquer outro procedimento para se definir um tempo "absoluto". Eles possuem
propriedades de simetria tais que, para cada possível conceito de simultaneidade e sucessão,
existe também outros dos quais não podem ser diferenciados por quaisquer propriedades
intrínsecas, mas somente através da referência a objetos particulares, por exemplo, a um
sistema galáctico especial.
 
Consequentemente, ao menos para estes mundos, a conclusão por nós acima feita acerca do
caráter não objetivo das mudanças indubitavelmente se aplica. Além do mais resulta que as
condições temporais nestes universos (pelo menos naquele ao qual nos referimos no final da
nota 11) têm outras propriedades surpreendentes que mais uma vez refor cam a visão
idealista: se fizermos uma viagem de ida-e-volta numa nave ao longo de uma curva grande o
suficiente é possível, nestes universos, viajar a uma região arbitrária do passado, presente ou
futuro e retornar ao ponto inicial do espaço-tempo, da mesma maneira que é possível, em
outros mundos, viajar a regiões longínquas do espaço.
 
Esta situação parece conduzir a um absurdo, pois seria possível, por exemplo, uma pessoa
viajar ao passado para próximo dos locais onde houvera vivido. Lá o viajante encontraria uma
pessoa que seria ele próprio em uma fase anterior de sua vida. Ele poderia então fazer algo a
si mesmo que, de acordo com sua memória, ele sabe que nunca ocorreu. Estes e outros
paradoxos porém partem do pressuposto que tal viagem é realmente factível, para poder com
isso provar a impossibilidade de uma viagem ao próprio passado. Porém as velocidades que
seriam necessárias para empreender tal intento num tempo razoável estão muito além de
tudo aquilo que se espera, um dia, se tornar sequer uma possibilidade prática11. Não podemos
 a priori, em função do argumento acima exposto, que a estrutura espaçotemporal
do universo real seja do tipo descrito.
 
No que tange às conclusões que se pode tirar da situação descrita para a questão principal
deste trabalho, o ponto-chave é o seguinte: para cada possível definição de um tempo
universal poder-se-ia, nestes mundos, viajar a regiões do universo que, de acordo com esta
definição, pertencem ao passado12. Mas isto mostra, novamente, que a premissa de um fluxo
temporal objetivo em tais mundos perderia qualquer legitimidade. Pois, não obstante o modo
que se quisesse tomar para descrever um tempo que flui, sempre haveria possíveis
observadores cujo fluxo de tempo subjetivamente vivido não corresponderia a um fluxo
objetivo (em particular também possíveis observadores cujas existências fossem
objetivamente simultâneas). No entanto, se a experiência sensível do passar do tempo sem
um fluxo temporal objetivo pode existir, então não há razão alguma que justifique o porquê
de se assumir um fluxo temporal objetivo em primeiro lugar.
 
Contudo podemos nos perguntar: para que serve isto se estas condições valem em certos
mundos
possíveis
? Isto tem alguma relevância para a pergunta que nos interessa, a saber, se
no
nosso
mundo existe um lapso de tempo objetivo? Penso que sim. Pois (1) embora não
possamos representar nosso universo através das soluções rotatórias particulares acima
descritas (pois estas soluções são estáticas e portanto não há um deslocamento das linhas
espectrais de objetos distantes para o vermelho) há soluções de universos rotatórios que se
encontram em expansão. Em tais mundos um tempo objetivo pode não existir
13 e não é de
todo impossível que nosso mundo seja um universo deste tipo. (2) A simples compatibilidade
de universos nos quais não há um tempo e também um fluxo temporal objetivo com as leis
da natureza
14, jogam uma nova luz sobre o significado do tempo também naqueles mundos
onde um tempo absoluto
pode
ser definido. Pois se alguém afirma que o tempo está
passando, ele deve aceitar como conseqüência que, quer um tempo objetivo exista ou não
(quer dizer se um tempo no sentido usual da palavra existe ou não), ele depende da maneira
particular como a matéria e seu movimento está distribuida no universo. Isto não é uma
contradição que segue obrigatoriamente, mas uma postura filosófica que leva a estas
consequências dificilmente pode ser considerada satisfatória.
 
 
 



SUBJECT: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
FROM: <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/09/2012 16:07

Olá Luiz
 
As cotas já foram debatidas muitas vezes, e sempre com muitas posições discordantes. Como a questão lida com aspectos complexos, e emocionais, é difícil visualizar de forma impacial, sem o viés pessoal, o problema. Isso não torna o problema insolúvel, ou impossível de ser pensado, ou mesmo “errado”,claro, apenas é preciso mais cuidado e atenção.
 
E neste caso, algo muito raro, vou discordar do Pesky.:-) Embora eu também tenha, em um primeiro momento (na verdade, toda vez que se toca no assunto cotas “raciais”) essa sensação de desconforto, de ser uma “outra forma” de racismo, e entenda perfeitamente as críticas a essas ações (desagradável ter de lidar com a “raça” das pessoas, mesmo que seja para ajudar), entendo que não há um mundo ideal, não vivemos em um mundo ideal, e algumas soluções “menos piores” precisam ser adotadas, até por não existir a solução “melhor” ou ideal.
 
Não gostei do texto, de toda forma, por ser muito simplificador, e deixar muito da complexidade do problema de fora. Quase uma distorção, eu diria, intencional.
 
Se trocarmos a questão da raça, pelo sexo, por exemplo, fica mais clara a complexidade do problema. Ações positivas para estimular mulheres a entrarem em universidades foram tomadas, em um tempo em que, saindo de uma cultura machista, e sem nenhum estimulo (na verdade, frente a pressões contrárias fortes) para isso, sem essas ações demoraria muito mais tempo para se atingir uma igualdade (ou próximo disso) em relação aos homens.
 
Precisar de uma ajuda não é demérito. Precisar de provas especiais para cegos, por exemplo, ou rampas para cadeirantes, não tornam uma universidade “injusta” para os que podem andar e ver. E é a mesma coisa, sim, pois todo gasto com isso representa um gasto a menos (ou inútil) do ponto de vista dos que não necessitam. O custo de adaptar todo um complexo para cadeirantes pagaria uma nova biblioteca para não cadeirantes, por exemplo (ou permitiria ampliar algumas vagas nos cursos).
 
Idealmente, ter recursos tanto para adaptar o complexo, e construir a biblioteca, seria ótimo. Assim como ter vagas para todos os jovens, não importando sua raça ou condição econômica. Mas sendo que isso não é possível, como agir, qual a “menos pior” das soluções?
 
Quanto mais pessoas negras, o que NESTE país representa também mais pessoas de poucos recursos econômicos, se formarem em cursos superiores, mais famílias sobem de status socio/econômico, e isso é bom. Podemos ampliar as vagas em universidades públicas, claro. Mas no momento, uma ação afirmativa que permita o acesso de pessoas negras a universidades, nas vagas que já existem, emergencialmente, é útil e eficaz.
 
Sim, talvez minha filha tenha de estudar um pouco mais, se esforçar um pouco mais, para entrar nas vagas remanescentes (ela vai se formar este ano, mas não vem ao caso para o argumento), mas se tenho, se ela tem, condições de fazer isso, inclusive com recursos para cursinhos e aulas extras, porque isso deveria ser tão importante a ponto de eu não entender a virtude de filhos de familias negras, sem essas condições, também entrarem nas universidades?
 
Todos os argumentos contra as cotas tem seu peso e sua validade. A dificuldade de ter pouca base para acompanhar as aulas, a visão negativa de profissionais formados em cotas, etc. Mas eu não vejo nenhuma delas como sendo mais importante que os argumentos a favor, os efeitos de mais pessoas sem condições nas faculdades.
 
Pessoas negras não são maioria nas camadas mais pobres por acidente, por determinação divina, por “sorte” ou azar, por serem menos capazes, por terem menos mérito, etc. Há uma origem histórica, e se não podemos, não devemos, responsabilizar os cidadãos “brancos”  pelo que seus antepassados fizeram com os negros (não faria o menor sentido), isso não significa que o estado e a sociedade não devam se preocupar com esse estado de coisas, e adotar ações positivas para mudar essa situação.
 
Há milhares de tipos de benefícios distribuidos pelas sociedades a seus indivíduos, para compensar determinadas deficiências, e ajudar a quem precisa. Não é demérito, e na verdade é parte importante da função da sociedade e do estado. Um sistema de meritocracia só pode merecer esse nome se a disputa se dá em algum nível de igualdade. Para isso, muitas vezes, a igualdade precisa ser forçada, por compensações especiais. Como em jogos de xadrez: eu começo o jogo com alguns de meus sobrinhos sem uma torre. As vezes, sem a Dama e duas Torres, para dar peso a partida (para alguns sobrinhos, sou eu que peço uma vantagem.:- ).
 
Se distribuissemos premios e vantagens a quem ganhasse disputas de xadrez, mas alguns dos competidores nunca aprenderam a jogar, dar cursos especiais a estes, e não aos que aprendeream em suas casas, com seus pais, não seria discriminação, seria equilíbrio.
 
Eu espero que as cotas um dia não sejam necessárias. Neste momento, com todo desconforto que a questão de “identificar por raça” me provoca, ainda acho que é uma solução “menos pior” que deixar tudo como está, e a cargo do “mérito” de cada estudante a entrada nas universidades.
 
Um abraço.
 
Homero
 
 
 
From: Pesky Bee
Sent: Tuesday, September 11, 2012 9:58 AM
Subject: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
 
 

> As cotas são racistas por definição
 
Concordo 100%. É a definição de racismo.
 
> A meu ver elas vêm desqualificar e
> humilhar ainda mais os não-brancos
 
Concordo 110%.
Se alguém precisa de uma "ajudinha" por causa de
sua cor de pele, isto implica que essa pessoinha
está sendo considerada "menos capaz" do que outra
com cor de pele diferente. A mensagem da cambada
desgraçada dos cotistas, no final das contas, é
simplesmente esta: "tu és pretinho, coitadinho, toma
aqui este benefício"...
 
*PB*
 
 
 
-----Mensagem Original-----
From: José Renato Terra
Sent: Monday, September 10, 2012 2:33 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
 
COTAS: RACISTAS POR DEFINIÇÃO
 
O fator que mais contribui para impedir que uma pessoa curse uma
universidade não é a cor é o seu poder econômico. Daí pode surgir um
corolário enviesado para justificar as cotas. Os negros e nativos não têm
poder econômico porque não fizeram universidade... E durma-se com um
raciocínio desses!
 
Aparentemente, a questão já está amadurecida para o ministro Tarso Genro,
das Relações Institucionais, quando constata que o impedimento maior é
econômico e não étnico. Basta os órgãos governamentais fornecerem ensino
suficiente nas escolas públicas, cursos específicos de preparação aos
vestibulares para os alunos dessas escolas e, claro, bolsas de estudo aos
aprovados, evitando a evasão por falta de recursos para se sustentar até o
final. Parece-me que as cotas como propostas são racistas, injustas,
humilhantes e inconstitucionais. Há modo mais inteligente de realizar a
inclusão e a igualdade social sem cair no critério racial que promove,
exatamente, o racismo indesejável que deseja combater.
 
O ministro Gilberto Gil tem razão em fomentar as discussões. A exposição de
motivos e argumentos foi o que de melhor as cotas provocaram. Boas propostas
estão aí em execução. Em Salvador-BA já existem cursinhos de vestibular
grátis para os melhores alunos de escola pública, bancados pelos governos
estadual e municipal e a fundamental bolsa, tipo FIES, para os aprovados nos
vestibulares.
 
Eu mesmo já fui agraciado por uma forma inteligente de inclusão, há bem mais
tempo. Quando fazia o 1º ano do curso científico - atual 2° grau - houve um
convite da Universidade Federal do Pará para os estudantes fazerem teste de
conhecimento visando selecionar os melhores alunos que cursavam escolas
públicas e as poucas privadas existentes, em geral administradas por
congregações religiosas. Nessa época as escolas públicas tinham tradição e
impunham respeito pela qualidade do ensino. Passei no teste e a UFPA formou
três turmas, uma para cada turno de modo a atender a todos. Na minha turma
havia cerca de 30 alunos. Recebíamos aulas das matérias padrões dos
vestibulares com professores que ensinavam universitários nas faculdades de
engenharia, química, medicina, português e línguas. Tínhamos três dias de
aulas por semana, sendo uma no sábado, o que fez os menos interessados
desistirem em alguns meses. O nível do ensino e a convivência no ambiente
universitário me deu uma condição especial para prestar o vestibular. Graças
a Deus, passei de primeira em 21° lugar de um total de 151 vagas
preenchidas. Depois que os colégios particulares se multiplicaram, esse bela
iniciativa foi boicotada e eliminada.
 
O parâmetro usado no sistema de cotas vem dos EUA, só que bem diferente. Lá
os alunos para as universidades são escolhidos pelos "comitês" -
teoricamente, com base no currículo escolar - mas que na prática eram
preenchidas por quase totalidade de brancos para evitar conflitos raciais e
"queda de padrão" da escola junto à comunidade acadêmica.
 
No Brasil, já não há espaço para mais essa "bondade" que rotula o não-branco
como um deficiente intelectual, que precisa de condições especiais para ser
aprovado no vestibular.
 
Quem gostaria de ser marcado em toda a sua vida profissional como quem foi
aprovado na "cota racial"?
 
As cotas serviram para esclarecer pelo menos as estatísticas, com maior
presença de não-brancos nas universidades. Antes era mínima, hoje, mais do
que nunca, os negros, pardos e indígenas aparecem em melhores números do que
há cinco anos quando, quase todo mundo com características externas não
totalmente negras, registravam sua cor como branca em vez de parda ou negra.
Levantamentos divulgados pelo reitor da UFBA revelam que os aprovados nas
cotas têm, nos cursos universitários, melhor desempenho do que os demais.
Isso mostra o quanto é desnecessário o sistema de cotas por raça.
 
Lembro de um filme em que Natalie Wood fazia uma negra de pele clara, que
renega a mãe negra para não ser considerada "de cor" na escola, na
universidade, no seu círculo de amizades e junto aos ricos pretendentes?
Será que com os "benefícios" das cotas ela assumiria suas origens e sua
raça?
 
Esse tipo de proposta provoca mais danos do que melhorias, apenas disfarça o
cerne da questão: o abandono do ensino oficial no Brasil, um direito
constitucional não exigido pela sociedade.
 
As cotas são racistas por definição. A meu ver elas vêm desqualificar e
humilhar ainda mais os não-brancos.
 
 
 
< http://www.diretodaredacao.com/noticia/cotas-racistas-por-definicao >
 
 
 
..............................................................
----- Original Message -----
From: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, August 28, 2012 12:47 PM
Subject: [ciencialist] Re: [forum-prof] PL 180/2008 cotas
 
 
Recalque? (O sujeito não percebe que, se as rampas podem ser usadas por
todos, o mesmo não vale para elevadores especiais - como os que existem no
metrô.)
 
O sujeito tb parece não ter percebido que a SBPC e a própria Andifes são
*favoráveis* às cotas. Apenas têm restrições ao PLC 180/2008 - por motivos
um tto diversos (a Andifes se preocupa com o tamanho das cotas - 50% do
total das vagas - a SBPC - se preocupa com a questão da autonomia
universitária).
 
Aqui dois textos q valem a pena ser lidos:
 
Um contra:
http://arsphysica.wordpress.com/2012/08/19/cotas-para-universidades-publicas-federais-e-ensino-medio-brasileiro/
------
 
Um a favor:
http://haeckeliano.blogspot.com.br/2012/08/cotas-e-discriminacao-estatistica.html
------
 
[]s,
 
Roberto Takata
 
--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "JVictor" <j.victor.neto@...>
escreveu
>
> Olá,
>
>
>
> Mais opiniões e discussões sobre assunto de cotas.
>
>
>
> Sds,
>
> Victor.
>
>
>
> A transposição do sistema nacional de educação
>
> Luis Paulo Vieira Braga
>
> "O professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de
> Janeiro (UFRJ), M.P., comemora a aprovação do projeto. Segundo ele, as
> cotas
> são necessárias para facilitar o acesso das classes menos favorecidas ao
> ensino superior público:- A aprovação de uma lei desse tipo é uma demanda
> de
> muito tempo. Podemos fazer uma analogia desse projeto com as leis que
> determinam uma tratamento diferenciado a deficientes, idosos e gestantes.
> Ninguém questiona a necessidade de instalação de rampas para facilitar o
> acesso de idosos e deficientes. A lei das cotas nada mais é que uma rampa
> para facilitar o acesso das classes menos favorecidas..."
> http://oglobo.globo.com/educacao/obrigatoriedade-de-cotas-nas-universidades-
> divide-opinioes-5732108#ixzz23WGPKoge
>
> A analogia entre negros e deficientes feitas por um racialista demonstra o
> quanto de recalque essa proposta implica, além do que pela rampa do
> deficiente também passa qualquer outra pessoa, o que não é o caso das
> cotas.
> O  PL 180/2008 aprovado no Senado, após igual sucesso na Câmara dos
> Deputados, e enviado para sanção pela presidente da república (que é
> favorável ao mesmo) demonstra o fosso que existe entre os poderes
> Legislativo e Executivo e a sociedade civil. Ou o que significam as
> manifestações contrárias de ANDIFES, SBPC, reitores de universidades,
> professores, e tantos outros? Teriam os fazedores de lei analisado as
> implicações do projeto ou apenas os benefícios eleitorais?
>
> O PL se soma ao REUNI, ao novo ENEM e ao SISU naquilo que se pode chamar
> de
> transposição do sistema nacional de ensino, reformando-o do topo para a
> base,  ou do final para o início, como queiram. Pelos resultados
> preliminares parece mais que estamos regredindo, ao invés de avançar. Uma
> mini transposição análoga foi proposta ainda no regime militar, com a
> implantação da pós-graduação nas universidades brasileiras - uma certeza
> de
> melhoria para a graduação. Embora a produção científica brasileira tenha
> evidentemente crescido no contexto mundial, suas universidades não
> correspondem à importância econômica, demográfica e territorial do país,
> mostrando que fazer crescer a cereja do bolo não implica necessariamente
> no
> aumento do mesmo.
>
> As pressões tardias contra o projeto concentram-se agora na esperança de
> que
> a presidente vete o prazo de quatro anos exigido pelo PL para dividir ao
> meio o contingente estudantil entre brancos, pardos, negros, indígenas e
> brancos, pardos, negros, indígenas. Com a diferença de que uns levarão no
> peito uma estrela com dizeres - cotista - e os outros não. O argumento
> protelatório, típico da resistência passiva, encobre um dilema atroz -
> mais
> tempo para o quê ? Para melhorar o ensino fundamental e médio ou para
> piorar
> o ensino superior?
>
>
>
>
> _______________________________________________
> forum-prof mailing list
> forum-prof@...
> http://listas.if.ufrj.br/mailman/listinfo/forum-prof
>
 
 
 
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SUBJECT: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/09/2012 16:12

Ola Homero,
 
Eu ?!?!rs
 
Abs
Felipe
De: "oraculo@atibaia.com.br" <oraculo@atibaia.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Terça-feira, 11 de Setembro de 2012 16:07
Assunto: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
 
Olá Luiz
 
As cotas já foram debatidas muitas vezes, e sempre com muitas posições discordantes. Como a questão lida com aspectos complexos, e emocionais, é difícil visualizar de forma impacial, sem o viés pessoal, o problema. Isso não torna o problema insolúvel, ou impossível de ser pensado, ou mesmo “errado”,claro, apenas é preciso mais cuidado e atenção.
 
E neste caso, algo muito raro, vou discordar do Pesky.:-) Embora eu também tenha, em um primeiro momento (na verdade, toda vez que se toca no assunto cotas “raciais”) essa sensação de desconforto, de ser uma “outra forma” de racismo, e entenda perfeitamente as críticas a essas ações (desagradável ter de lidar com a “raça” das pessoas, mesmo que seja para ajudar), entendo que não há um mundo ideal, não vivemos em um mundo ideal, e algumas soluções “menos piores” precisam ser adotadas, até por não existir a solução “melhor” ou ideal.
 
Não gostei do texto, de toda forma, por ser muito simplificador, e deixar muito da complexidade do problema de fora. Quase uma distorção, eu diria, intencional.
 
Se trocarmos a questão da raça, pelo sexo, por exemplo, fica mais clara a complexidade do problema. Ações positivas para estimular mulheres a entrarem em universidades foram tomadas, em um tempo em que, saindo de uma cultura machista, e sem nenhum estimulo (na verdade, frente a pressões contrárias fortes) para isso, sem essas ações demoraria muito mais tempo para se atingir uma igualdade (ou próximo disso) em relação aos homens.
 
Precisar de uma ajuda não é demérito. Precisar de provas especiais para cegos, por exemplo, ou rampas para cadeirantes, não tornam uma universidade “injusta” para os que podem andar e ver. E é a mesma coisa, sim, pois todo gasto com isso representa um gasto a menos (ou inútil) do ponto de vista dos que não necessitam. O custo de adaptar todo um complexo para cadeirantes pagaria uma nova biblioteca para não cadeirantes, por exemplo (ou permitiria ampliar algumas vagas nos cursos).
 
Idealmente, ter recursos tanto para adaptar o complexo, e construir a biblioteca, seria ótimo. Assim como ter vagas para todos os jovens, não importando sua raça ou condição econômica. Mas sendo que isso não é possível, como agir, qual a “menos pior” das soluções?
 
Quanto mais pessoas negras, o que NESTE país representa também mais pessoas de poucos recursos econômicos, se formarem em cursos superiores, mais famílias sobem de status socio/econômico, e isso é bom. Podemos ampliar as vagas em universidades públicas, claro. Mas no momento, uma ação afirmativa que permita o acesso de pessoas negras a universidades, nas vagas que já existem, emergencialmente, é útil e eficaz.
 
Sim, talvez minha filha tenha de estudar um pouco mais, se esforçar um pouco mais, para entrar nas vagas remanescentes (ela vai se formar este ano, mas não vem ao caso para o argumento), mas se tenho, se ela tem, condições de fazer isso, inclusive com recursos para cursinhos e aulas extras, porque isso deveria ser tão importante a ponto de eu não entender a virtude de filhos de familias negras, sem essas condições, também entrarem nas universidades?
 
Todos os argumentos contra as cotas tem seu peso e sua validade. A dificuldade de ter pouca base para acompanhar as aulas, a visão negativa de profissionais formados em cotas, etc. Mas eu não vejo nenhuma delas como sendo mais importante que os argumentos a favor, os efeitos de mais pessoas sem condições nas faculdades.
 
Pessoas negras não são maioria nas camadas mais pobres por acidente, por determinação divina, por “sorte” ou azar, por serem menos capazes, por terem menos mérito, etc. Há uma origem histórica, e se não podemos, não devemos, responsabilizar os cidadãos “brancos”  pelo que seus antepassados fizeram com os negros (não faria o menor sentido), isso não significa que o estado e a sociedade não devam se preocupar com esse estado de coisas, e adotar ações positivas para mudar essa situação.
 
Há milhares de tipos de benefícios distribuidos pelas sociedades a seus indivíduos, para compensar determinadas deficiências, e ajudar a quem precisa. Não é demérito, e na verdade é parte importante da função da sociedade e do estado. Um sistema de meritocracia só pode merecer esse nome se a disputa se dá em algum nível de igualdade. Para isso, muitas vezes, a igualdade precisa ser forçada, por compensações especiais. Como em jogos de xadrez: eu começo o jogo com alguns de meus sobrinhos sem uma torre. As vezes, sem a Dama e duas Torres, para dar peso a partida (para alguns sobrinhos, sou eu que peço uma vantagem.:- ).
 
Se distribuissemos premios e vantagens a quem ganhasse disputas de xadrez, mas alguns dos competidores nunca aprenderam a jogar, dar cursos especiais a estes, e não aos que aprendeream em suas casas, com seus pais, não seria discriminação, seria equilíbrio.
 
Eu espero que as cotas um dia não sejam necessárias. Neste momento, com todo desconforto que a questão de “identificar por raça” me provoca, ainda acho que é uma solução “menos pior” que deixar tudo como está, e a cargo do “mérito” de cada estudante a entrada nas universidades.
 
Um abraço.
 
Homero
 
 
 
From: Pesky Bee
Sent: Tuesday, September 11, 2012 9:58 AM
Subject: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
 
 
> As cotas são racistas por definição
 
Concordo 100%. É a definição de racismo.
 
> A meu ver elas vêm desqualificar e
> humilhar ainda mais os não-brancos
 
Concordo 110%.
Se alguém precisa de uma "ajudinha" por causa de
sua cor de pele, isto implica que essa pessoinha
está sendo considerada "menos capaz" do que outra
com cor de pele diferente. A mensagem da cambada
desgraçada dos cotistas, no final das contas, é
simplesmente esta: "tu és pretinho, coitadinho, toma
aqui este benefício"...
 
*PB*
 
 
 
-----Mensagem Original-----
From: José Renato Terra
Sent: Monday, September 10, 2012 2:33 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
 
COTAS: RACISTAS POR DEFINIÇÃO
 
O fator que mais contribui para impedir que uma pessoa curse uma
universidade não é a cor é o seu poder econômico. Daí pode surgir um
corolário enviesado para justificar as cotas. Os negros e nativos não têm
poder econômico porque não fizeram universidade... E durma-se com um
raciocínio desses!
 
Aparentemente, a questão já está amadurecida para o ministro Tarso Genro,
das Relações Institucionais, quando constata que o impedimento maior é
econômico e não étnico. Basta os órgãos governamentais fornecerem ensino
suficiente nas escolas públicas, cursos específicos de preparação aos
vestibulares para os alunos dessas escolas e, claro, bolsas de estudo aos
aprovados, evitando a evasão por falta de recursos para se sustentar até o
final. Parece-me que as cotas como propostas são racistas, injustas,
humilhantes e inconstitucionais. Há modo mais inteligente de realizar a
inclusão e a igualdade social sem cair no critério racial que promove,
exatamente, o racismo indesejável que deseja combater.
 
O ministro Gilberto Gil tem razão em fomentar as discussões. A exposição de
motivos e argumentos foi o que de melhor as cotas provocaram. Boas propostas
estão aí em execução. Em Salvador-BA já existem cursinhos de vestibular
grátis para os melhores alunos de escola pública, bancados pelos governos
estadual e municipal e a fundamental bolsa, tipo FIES, para os aprovados nos
vestibulares.
 
Eu mesmo já fui agraciado por uma forma inteligente de inclusão, há bem mais
tempo. Quando fazia o 1º ano do curso científico - atual 2° grau - houve um
convite da Universidade Federal do Pará para os estudantes fazerem teste de
conhecimento visando selecionar os melhores alunos que cursavam escolas
públicas e as poucas privadas existentes, em geral administradas por
congregações religiosas. Nessa época as escolas públicas tinham tradição e
impunham respeito pela qualidade do ensino. Passei no teste e a UFPA formou
três turmas, uma para cada turno de modo a atender a todos. Na minha turma
havia cerca de 30 alunos. Recebíamos aulas das matérias padrões dos
vestibulares com professores que ensinavam universitários nas faculdades de
engenharia, química, medicina, português e línguas. Tínhamos três dias de
aulas por semana, sendo uma no sábado, o que fez os menos interessados
desistirem em alguns meses. O nível do ensino e a convivência no ambiente
universitário me deu uma condição especial para prestar o vestibular. Graças
a Deus, passei de primeira em 21° lugar de um total de 151 vagas
preenchidas. Depois que os colégios particulares se multiplicaram, esse bela
iniciativa foi boicotada e eliminada.
 
O parâmetro usado no sistema de cotas vem dos EUA, só que bem diferente. Lá
os alunos para as universidades são escolhidos pelos "comitês" -
teoricamente, com base no currículo escolar - mas que na prática eram
preenchidas por quase totalidade de brancos para evitar conflitos raciais e
"queda de padrão" da escola junto à comunidade acadêmica.
 
No Brasil, já não há espaço para mais essa "bondade" que rotula o não-branco
como um deficiente intelectual, que precisa de condições especiais para ser
aprovado no vestibular.
 
Quem gostaria de ser marcado em toda a sua vida profissional como quem foi
aprovado na "cota racial"?
 
As cotas serviram para esclarecer pelo menos as estatísticas, com maior
presença de não-brancos nas universidades. Antes era mínima, hoje, mais do
que nunca, os negros, pardos e indígenas aparecem em melhores números do que
há cinco anos quando, quase todo mundo com características externas não
totalmente negras, registravam sua cor como branca em vez de parda ou negra.
Levantamentos divulgados pelo reitor da UFBA revelam que os aprovados nas
cotas têm, nos cursos universitários, melhor desempenho do que os demais.
Isso mostra o quanto é desnecessário o sistema de cotas por raça.
 
Lembro de um filme em que Natalie Wood fazia uma negra de pele clara, que
renega a mãe negra para não ser considerada "de cor" na escola, na
universidade, no seu círculo de amizades e junto aos ricos pretendentes?
Será que com os "benefícios" das cotas ela assumiria suas origens e sua
raça?
 
Esse tipo de proposta provoca mais danos do que melhorias, apenas disfarça o
cerne da questão: o abandono do ensino oficial no Brasil, um direito
constitucional não exigido pela sociedade.
 
As cotas são racistas por definição. A meu ver elas vêm desqualificar e
humilhar ainda mais os não-brancos.
 
 
 
< http://www.diretodaredacao.com/noticia/cotas-racistas-por-definicao >
 
 
 
..............................................................
----- Original Message -----
From: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, August 28, 2012 12:47 PM
Subject: [ciencialist] Re: [forum-prof] PL 180/2008 cotas
 
 
Recalque? (O sujeito não percebe que, se as rampas podem ser usadas por
todos, o mesmo não vale para elevadores especiais - como os que existem no
metrô.)
 
O sujeito tb parece não ter percebido que a SBPC e a própria Andifes são
*favoráveis* às cotas. Apenas têm restrições ao PLC 180/2008 - por motivos
um tto diversos (a Andifes se preocupa com o tamanho das cotas - 50% do
total das vagas - a SBPC - se preocupa com a questão da autonomia
universitária).
 
Aqui dois textos q valem a pena ser lidos:
 
Um contra:
http://arsphysica.wordpress.com/2012/08/19/cotas-para-universidades-publicas-federais-e-ensino-medio-brasileiro/
------
 
Um a favor:
http://haeckeliano.blogspot.com.br/2012/08/cotas-e-discriminacao-estatistica.html
------
 
[]s,
 
Roberto Takata
 
--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "JVictor" <j.victor.neto@...>
escreveu
>
> Olá,
>
>
>
> Mais opiniões e discussões sobre assunto de cotas.
>
>
>
> Sds,
>
> Victor.
>
>
>
> A transposição do sistema nacional de educação
>
> Luis Paulo Vieira Braga
>
> "O professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de
> Janeiro (UFRJ), M.P., comemora a aprovação do projeto. Segundo ele, as
> cotas
> são necessárias para facilitar o acesso das classes menos favorecidas ao
> ensino superior público:- A aprovação de uma lei desse tipo é uma demanda
> de
> muito tempo. Podemos fazer uma analogia desse projeto com as leis que
> determinam uma tratamento diferenciado a deficientes, idosos e gestantes.
> Ninguém questiona a necessidade de instalação de rampas para facilitar o
> acesso de idosos e deficientes. A lei das cotas nada mais é que uma rampa
> para facilitar o acesso das classes menos favorecidas..."
> http://oglobo.globo.com/educacao/obrigatoriedade-de-cotas-nas-universidades-
> divide-opinioes-5732108#ixzz23WGPKoge
>
> A analogia entre negros e deficientes feitas por um racialista demonstra o
> quanto de recalque essa proposta implica, além do que pela rampa do
> deficiente também passa qualquer outra pessoa, o que não é o caso das
> cotas.
> O  PL 180/2008 aprovado no Senado, após igual sucesso na Câmara dos
> Deputados, e enviado para sanção pela presidente da república (que é
> favorável ao mesmo) demonstra o fosso que existe entre os poderes
> Legislativo e Executivo e a sociedade civil. Ou o que significam as
> manifestações contrárias de ANDIFES, SBPC, reitores de universidades,
> professores, e tantos outros? Teriam os fazedores de lei analisado as
> implicações do projeto ou apenas os benefícios eleitorais?
>
> O PL se soma ao REUNI, ao novo ENEM e ao SISU naquilo que se pode chamar
> de
> transposição do sistema nacional de ensino, reformando-o do topo para a
> base,  ou do final para o início, como queiram. Pelos resultados
> preliminares parece mais que estamos regredindo, ao invés de avançar. Uma
> mini transposição análoga foi proposta ainda no regime militar, com a
> implantação da pós-graduação nas universidades brasileiras - uma certeza
> de
> melhoria para a graduação. Embora a produção científica brasileira tenha
> evidentemente crescido no contexto mundial, suas universidades não
> correspondem à importância econômica, demográfica e territorial do país,
> mostrando que fazer crescer a cereja do bolo não implica necessariamente
> no
> aumento do mesmo.
>
> As pressões tardias contra o projeto concentram-se agora na esperança de
> que
> a presidente vete o prazo de quatro anos exigido pelo PL para dividir ao
> meio o contingente estudantil entre brancos, pardos, negros, indígenas e
> brancos, pardos, negros, indígenas. Com a diferença de que uns levarão no
> peito uma estrela com dizeres - cotista - e os outros não. O argumento
> protelatório, típico da resistência passiva, encobre um dilema atroz -
> mais
> tempo para o quê ? Para melhorar o ensino fundamental e médio ou para
> piorar
> o ensino superior?
>
>
>
>
> _______________________________________________
> forum-prof mailing list
> forum-prof@...
> http://listas.if.ufrj.br/mailman/listinfo/forum-prof
>
 
 
 
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SUBJECT: Fwd: 15. O custo de um Plágio, artigo de Ari Ferreira de Abreu
FROM: Rafael Picate <rpicate@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br, ceticismoaberto@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/09/2012 21:02





"...Como mostrado por Abreu (2012) foram encontrados problemas com plágio em sete teses de doutorado de um único departamento de uma grande Universidade Federal. Isso implicará desembolsos para o Governo Federal em montante superior aos quinze milhões de reais, em apenas um Departamento de uma Universidade Pública...."



SUBJECT: Re: PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
FROM: "Homero" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/09/2012 23:47


Oi Luiz

He he, acho que foi a força do hábito.:- ) Eu respondi as mensagens do Renato e do Pesky, mas coloquei seu nome, desculpe.

Um abraço.

Homero
--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...> escreveu
>
> Ola Homero,
>  
> Eu ?!?!rs
>  
> Abs
> Felipe
>
> ________________________________
> De: "oraculo@..." <oraculo@...>
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Enviadas: Terça-feira, 11 de Setembro de 2012 16:07
> Assunto: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
>
>  
> Olá Luiz
>
> As cotas já foram debatidas muitas vezes, e sempre com muitas posições discordantes. Como a questão lida com aspectos complexos, e emocionais, é difícil visualizar de forma impacial, sem o viés pessoal, o problema. Isso não torna o problema insolúvel, ou impossível de ser pensado, ou mesmo “errado”,claro, apenas é preciso mais cuidado e atenção.
>
> E neste caso, algo muito raro, vou discordar do Pesky.:-) Embora eu também tenha, em um primeiro momento (na verdade, toda vez que se toca no assunto cotas “raciais”) essa sensação de desconforto, de ser uma “outra forma” de racismo, e entenda perfeitamente as críticas a essas ações (desagradável ter de lidar com a “raça” das pessoas, mesmo que seja para ajudar), entendo que não há um mundo ideal, não vivemos em um mundo ideal, e algumas soluções “menos piores” precisam ser adotadas, até por não existir a solução “melhor” ou ideal.
>
> Não gostei do texto, de toda forma, por ser muito simplificador, e deixar muito da complexidade do problema de fora. Quase uma distorção, eu diria, intencional.
>
> Se trocarmos a questão da raça, pelo sexo, por exemplo, fica mais clara a complexidade do problema. Ações positivas para estimular mulheres a entrarem em universidades foram tomadas, em um tempo em que, saindo de uma cultura machista, e sem nenhum estimulo (na verdade, frente a pressões contrárias fortes) para isso, sem essas ações demoraria muito mais tempo para se atingir uma igualdade (ou próximo disso) em relação aos homens.
>
> Precisar de uma ajuda não é demérito. Precisar de provas especiais para cegos, por exemplo, ou rampas para cadeirantes, não tornam uma universidade “injusta” para os que podem andar e ver. E é a mesma coisa, sim, pois todo gasto com isso representa um gasto a menos (ou inútil) do ponto de vista dos que não necessitam. O custo de adaptar todo um complexo para cadeirantes pagaria uma nova biblioteca para não cadeirantes, por exemplo (ou permitiria ampliar algumas vagas nos cursos).
>
> Idealmente, ter recursos tanto para adaptar o complexo, e construir a biblioteca, seria ótimo. Assim como ter vagas para todos os jovens, não importando sua raça ou condição econômica. Mas sendo que isso não é possível, como agir, qual a “menos pior” das soluções?
>
> Quanto mais pessoas negras, o que NESTE país representa também mais pessoas de poucos recursos econômicos, se formarem em cursos superiores, mais famílias sobem de status socio/econômico, e isso é bom. Podemos ampliar as vagas em universidades públicas, claro. Mas no momento, uma ação afirmativa que permita o acesso de pessoas negras a universidades, nas vagas que já existem, emergencialmente, é útil e eficaz.
>
> Sim, talvez minha filha tenha de estudar um pouco mais, se esforçar um pouco mais, para entrar nas vagas remanescentes (ela vai se formar este ano, mas não vem ao caso para o argumento), mas se tenho, se ela tem, condições de fazer isso, inclusive com recursos para cursinhos e aulas extras, porque isso deveria ser tão importante a ponto de eu não entender a virtude de filhos de familias negras, sem essas condições, também entrarem nas universidades?
>
> Todos os argumentos contra as cotas tem seu peso e sua validade. A dificuldade de ter pouca base para acompanhar as aulas, a visão negativa de profissionais formados em cotas, etc. Mas eu não vejo nenhuma delas como sendo mais importante que os argumentos a favor, os efeitos de mais pessoas sem condições nas faculdades.
>
> Pessoas negras não são maioria nas camadas mais pobres por acidente, por determinação divina, por “sorte” ou azar, por serem menos capazes, por terem menos mérito, etc. Há uma origem histórica, e se não podemos, não devemos, responsabilizar os cidadãos “brancos”  pelo que seus antepassados fizeram com os negros (não faria o menor sentido), isso não significa que o estado e a sociedade não devam se preocupar com esse estado de coisas, e adotar ações positivas para mudar essa situação.
>
> Há milhares de tipos de benefícios distribuidos pelas sociedades a seus indivíduos, para compensar determinadas deficiências, e ajudar a quem precisa. Não é demérito, e na verdade é parte importante da função da sociedade e do estado. Um sistema de meritocracia só pode merecer esse nome se a disputa se dá em algum nível de igualdade. Para isso, muitas vezes, a igualdade precisa ser forçada, por compensações especiais. Como em jogos de xadrez: eu começo o jogo com alguns de meus sobrinhos sem uma torre. As vezes, sem a Dama e duas Torres, para dar peso a partida (para alguns sobrinhos, sou eu que peço uma vantagem.:- ).
>
> Se distribuissemos premios e vantagens a quem ganhasse disputas de xadrez, mas alguns dos competidores nunca aprenderam a jogar, dar cursos especiais a estes, e não aos que aprendeream em suas casas, com seus pais, não seria discriminação, seria equilíbrio.
>
> Eu espero que as cotas um dia não sejam necessárias. Neste momento, com todo desconforto que a questão de “identificar por raça” me provoca, ainda acho que é uma solução “menos pior” que deixar tudo como está, e a cargo do “mérito” de cada estudante a entrada nas universidades.
>
> Um abraço.
>
> Homero
>
>
>
>
> From: Pesky Bee
> Sent: Tuesday, September 11, 2012 9:58 AM
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Subject: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
>
>  
> > As cotas são racistas por definição
>
> Concordo 100%. É a definição de racismo.
>
> > A meu ver elas vêm desqualificar e
> > humilhar ainda mais os não-brancos
>
> Concordo 110%.
> Se alguém precisa de uma "ajudinha" por causa de
> sua cor de pele, isto implica que essa pessoinha
> está sendo considerada "menos capaz" do que outra
> com cor de pele diferente. A mensagem da cambada
> desgraçada dos cotistas, no final das contas, é
> simplesmente esta: "tu és pretinho, coitadinho, toma
> aqui este benefício"...
>
> *PB*
>
>
>
> -----Mensagem Original-----
> From: José Renato Terra
> Sent: Monday, September 10, 2012 2:33 PM
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Subject: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
>
> COTAS: RACISTAS POR DEFINIÇÃO
>
> O fator que mais contribui para impedir que uma pessoa curse uma
> universidade não é a cor é o seu poder econômico. Daí pode surgir um
> corolário enviesado para justificar as cotas. Os negros e nativos não têm
> poder econômico porque não fizeram universidade... E durma-se com um
> raciocínio desses!
>
> Aparentemente, a questão já está amadurecida para o ministro Tarso Genro,
> das Relações Institucionais, quando constata que o impedimento maior é
> econômico e não étnico. Basta os órgãos governamentais fornecerem ensino
> suficiente nas escolas públicas, cursos específicos de preparação aos
> vestibulares para os alunos dessas escolas e, claro, bolsas de estudo aos
> aprovados, evitando a evasão por falta de recursos para se sustentar até o
> final. Parece-me que as cotas como propostas são racistas, injustas,
> humilhantes e inconstitucionais. Há modo mais inteligente de realizar a
> inclusão e a igualdade social sem cair no critério racial que promove,
> exatamente, o racismo indesejável que deseja combater.
>
> O ministro Gilberto Gil tem razão em fomentar as discussões. A exposição de
> motivos e argumentos foi o que de melhor as cotas provocaram. Boas propostas
> estão aí em execução. Em Salvador-BA já existem cursinhos de vestibular
> grátis para os melhores alunos de escola pública, bancados pelos governos
> estadual e municipal e a fundamental bolsa, tipo FIES, para os aprovados nos
> vestibulares.
>
> Eu mesmo já fui agraciado por uma forma inteligente de inclusão, há bem mais
> tempo. Quando fazia o 1º ano do curso científico - atual 2° grau - houve um
> convite da Universidade Federal do Pará para os estudantes fazerem teste de
> conhecimento visando selecionar os melhores alunos que cursavam escolas
> públicas e as poucas privadas existentes, em geral administradas por
> congregações religiosas. Nessa época as escolas públicas tinham tradição e
> impunham respeito pela qualidade do ensino. Passei no teste e a UFPA formou
> três turmas, uma para cada turno de modo a atender a todos. Na minha turma
> havia cerca de 30 alunos. Recebíamos aulas das matérias padrões dos
> vestibulares com professores que ensinavam universitários nas faculdades de
> engenharia, química, medicina, português e línguas. Tínhamos três dias de
> aulas por semana, sendo uma no sábado, o que fez os menos interessados
> desistirem em alguns meses. O nível do ensino e a convivência no ambiente
> universitário me deu uma condição especial para prestar o vestibular. Graças
> a Deus, passei de primeira em 21° lugar de um total de 151 vagas
> preenchidas. Depois que os colégios particulares se multiplicaram, esse bela
> iniciativa foi boicotada e eliminada.
>
> O parâmetro usado no sistema de cotas vem dos EUA, só que bem diferente. Lá
> os alunos para as universidades são escolhidos pelos "comitês" -
> teoricamente, com base no currículo escolar - mas que na prática eram
> preenchidas por quase totalidade de brancos para evitar conflitos raciais e
> "queda de padrão" da escola junto à comunidade acadêmica.
>
> No Brasil, já não há espaço para mais essa "bondade" que rotula o não-branco
> como um deficiente intelectual, que precisa de condições especiais para ser
> aprovado no vestibular.
>
> Quem gostaria de ser marcado em toda a sua vida profissional como quem foi
> aprovado na "cota racial"?
>
> As cotas serviram para esclarecer pelo menos as estatísticas, com maior
> presença de não-brancos nas universidades. Antes era mínima, hoje, mais do
> que nunca, os negros, pardos e indígenas aparecem em melhores números do que
> há cinco anos quando, quase todo mundo com características externas não
> totalmente negras, registravam sua cor como branca em vez de parda ou negra.
> Levantamentos divulgados pelo reitor da UFBA revelam que os aprovados nas
> cotas têm, nos cursos universitários, melhor desempenho do que os demais.
> Isso mostra o quanto é desnecessário o sistema de cotas por raça.
>
> Lembro de um filme em que Natalie Wood fazia uma negra de pele clara, que
> renega a mãe negra para não ser considerada "de cor" na escola, na
> universidade, no seu círculo de amizades e junto aos ricos pretendentes?
> Será que com os "benefícios" das cotas ela assumiria suas origens e sua
> raça?
>
> Esse tipo de proposta provoca mais danos do que melhorias, apenas disfarça o
> cerne da questão: o abandono do ensino oficial no Brasil, um direito
> constitucional não exigido pela sociedade.
>
> As cotas são racistas por definição. A meu ver elas vêm desqualificar e
> humilhar ainda mais os não-brancos.
>
>
>
> < http://www.diretodaredacao.com/noticia/cotas-racistas-por-definicao >
>
>
>
> ..............................................................
> ----- Original Message -----
> From: "roberto" <roberto.takata@...>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Tuesday, August 28, 2012 12:47 PM
> Subject: [ciencialist] Re: [forum-prof] PL 180/2008 cotas
>
>
> Recalque? (O sujeito não percebe que, se as rampas podem ser usadas por
> todos, o mesmo não vale para elevadores especiais - como os que existem no
> metrô.)
>
> O sujeito tb parece não ter percebido que a SBPC e a própria Andifes são
> *favoráveis* às cotas. Apenas têm restrições ao PLC 180/2008 - por motivos
> um tto diversos (a Andifes se preocupa com o tamanho das cotas - 50% do
> total das vagas - a SBPC - se preocupa com a questão da autonomia
> universitária).
>
> Aqui dois textos q valem a pena ser lidos:
>
> Um contra:
> http://arsphysica.wordpress.com/2012/08/19/cotas-para-universidades-publicas-federais-e-ensino-medio-brasileiro/
> ------
>
> Um a favor:
> http://haeckeliano.blogspot.com.br/2012/08/cotas-e-discriminacao-estatistica.html
> ------
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "JVictor" <j.victor.neto@>
> escreveu
> >
> > Olá,
> >
> >
> >
> > Mais opiniões e discussões sobre assunto de cotas.
> >
> >
> >
> > Sds,
> >
> > Victor.
> >
> >
> >
> > A transposição do sistema nacional de educação
> >
> > Luis Paulo Vieira Braga
> >
> > "O professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de
> > Janeiro (UFRJ), M.P., comemora a aprovação do projeto. Segundo ele, as
> > cotas
> > são necessárias para facilitar o acesso das classes menos favorecidas ao
> > ensino superior público:- A aprovação de uma lei desse tipo é uma demanda
> > de
> > muito tempo. Podemos fazer uma analogia desse projeto com as leis que
> > determinam uma tratamento diferenciado a deficientes, idosos e gestantes.
> > Ninguém questiona a necessidade de instalação de rampas para facilitar o
> > acesso de idosos e deficientes. A lei das cotas nada mais é que uma rampa
> > para facilitar o acesso das classes menos favorecidas..."
> > http://oglobo.globo.com/educacao/obrigatoriedade-de-cotas-nas-universidades-
> > divide-opinioes-5732108#ixzz23WGPKoge
> >
> > A analogia entre negros e deficientes feitas por um racialista demonstra o
> > quanto de recalque essa proposta implica, além do que pela rampa do
> > deficiente também passa qualquer outra pessoa, o que não é o caso das
> > cotas.
> > O  PL 180/2008 aprovado no Senado, após igual sucesso na Câmara dos
> > Deputados, e enviado para sanção pela presidente da república (que é
> > favorável ao mesmo) demonstra o fosso que existe entre os poderes
> > Legislativo e Executivo e a sociedade civil. Ou o que significam as
> > manifestações contrárias de ANDIFES, SBPC, reitores de universidades,
> > professores, e tantos outros? Teriam os fazedores de lei analisado as
> > implicações do projeto ou apenas os benefícios eleitorais?
> >
> > O PL se soma ao REUNI, ao novo ENEM e ao SISU naquilo que se pode chamar
> > de
> > transposição do sistema nacional de ensino, reformando-o do topo para a
> > base,  ou do final para o início, como queiram. Pelos resultados
> > preliminares parece mais que estamos regredindo, ao invés de avançar. Uma
> > mini transposição análoga foi proposta ainda no regime militar, com a
> > implantação da pós-graduação nas universidades brasileiras - uma certeza
> > de
> > melhoria para a graduação. Embora a produção científica brasileira tenha
> > evidentemente crescido no contexto mundial, suas universidades não
> > correspondem à importância econômica, demográfica e territorial do país,
> > mostrando que fazer crescer a cereja do bolo não implica necessariamente
> > no
> > aumento do mesmo.
> >
> > As pressões tardias contra o projeto concentram-se agora na esperança de
> > que
> > a presidente vete o prazo de quatro anos exigido pelo PL para dividir ao
> > meio o contingente estudantil entre brancos, pardos, negros, indígenas e
> > brancos, pardos, negros, indígenas. Com a diferença de que uns levarão no
> > peito uma estrela com dizeres - cotista - e os outros não. O argumento
> > protelatório, típico da resistência passiva, encobre um dilema atroz -
> > mais
> > tempo para o quê ? Para melhorar o ensino fundamental e médio ou para
> > piorar
> > o ensino superior?
> >
> >
> >
> >
> > _______________________________________________
> > forum-prof mailing list
> > forum-prof@
> > http://listas.if.ufrj.br/mailman/listinfo/forum-prof
> >
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> Verificado por AVG - http://www.avgbrasil.com.br/
> Versão: 2012.0.2221 / Banco de dados de vírus: 2437/5262 - Data de Lançamento: 09/11/12
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SUBJECT: RES: [ciencialist] Fwd: 15. O custo de um Plágio, artigo de Ari Ferreira de Abreu
FROM: "J.Victor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/09/2012 07:38

Olá,

 

Realmente, trata-se de mais uma forma de corrupção no Brasil. Só que mais sutil, mas tão danosa quanto as que mais comumente vêm a público, como as que estão ora em julgamento(que imaginava, o cético de meia tigela aqui, que tudo iria dar em pizza. Não está dando, pelo menos em uma daquelas grandes. Das pequenas, apenas. Mas já são ganhos). Certamente, o “bônus” adicional é que  haverá reflexos, seguramente haverá, na formação dos orientados por alguns desses doutores. Que não têm capacidade intelectual para ostentarem o título.

E agora vem a pregunta:  o que as Universidades – e Governo - contaminadas com essas chagas irão fazer? Expor publicamente os nomes dos envolvidos? Enfim, que outra eventual punição, além de exigir o seu dinheiro de volta? E os orientadores, que deveriam ter o conhecimento e a esperteza suficientes para detectar, no ato, esses plágios?  Afinal, as universidades já deveriam dispor de algum mecanismo administrativo, como um setor especializado para, entregue o primeiro trabalho, verificar-se o que há de similaridade em relação a eles. Com a orientação, naturalmente, do Orientador. Pois, sendo orientador da tese, deve ter o conhecimento  suficiente para barrar coisas do tipo.

A menos que seja, também, um plagiário.  Ou um displicente.

 

Tenho um irmão, hoje aposentado por invalidez, que fez mestrado e doutorado na UNICAMP, na área de Vibrações Mecânicas, onde ao final, escreveu uma bela tese. Acompanhei algumas fases de  seu trabalho, suas dificuldades, suas limitações e sua garra para superá-las. Fez um trabalho originalíssimo, embora estribado em autores consagrados dentro da especialidade. No livro de tese dele há uma pequena dedicatória ao irmão velho de guerra aqui, que o ajudou numa parte referente a computação analógica. Mas ajuda pífia e insignificante perante a magnitude do trabalho. Seus orientadores, teve uns três, sempre se mostraram cautelosos e diligentes. Durante o processo, produziram muitos artigos juntos.  Ele próprio chegou, já como prof. Adjunto e Orientador,  também, a escrever e publicar muitos artigos de interesse na área. Mandou-me cópia de todos, mas cheguei a li um ou dois. (Assuntos muito difíceis e que exigem um conhecimento muito especializado, que não era e não é meu caso. Mas ele pensa que li todos. Portanto, este fica sendo nosso segredinho, ok?

Bem, essa conversa aí é para dizer o seguinte: ele conseguiu tudo com muito esforço, muito estudo, sacrifícios pessoais, e extremo senso de responsabilidade. O que não deve acontecer com plagiários, que compram as matérias, entre outros outros procedimentos reprováveis.

 

Agora Zanguei!

 

Minha tese doutoral é:  corrupção é uma ferramenta de trabalho que não  existe apenas aí pelas mais altas esferas governamentais. É como um polvo sem-vergonha que fica, com seus tentáculos, “assuntando” os pontos fracos da administração pública, e disso se locupletando. E nós, cá de baixo, se “lascando” para pagar os impostos que “financiam” essa bandalheira.

 

Êpa, zanguei de novo!

 

Vou parar, senão a tampa pode voar aqui na massa encefálica.

 

 

Sds

Victor.  

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Rafael Picate
Enviada em: quarta-feira, 12 de setembro de 2012 21:02
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br; ceticismoaberto@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Fwd: 15. O custo de um Plágio, artigo de Ari Ferreira de Abreu

 

 

 



"...Como mostrado por Abreu (2012) foram encontrados problemas com plágio em sete teses de doutorado de um único departamento de uma grande Universidade Federal. Isso implicará desembolsos para o Governo Federal em montante superior aos quinze milhões de reais, em apenas um Departamento de uma Universidade Pública...."

 

 


SUBJECT: Em nanoescala
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/09/2012 13:59

Eis no que dá busca por alguns minutos de fama.

 

Bem, posso estar errado. Mas vejam abaixo.

 

http://physicsworld.com/cws/article/news/2012/sep/14/plancks-law-violated-at-the-nanoscale

 

Sds,

Victor


SUBJECT: Fundação Keshe
FROM: "SERGIO RICARDO" <sergiorsiqueira2004@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/09/2012 23:39

Alguém no forum já visitou este site: http://www.keshefoundation.org/en/, será verdade ou é mais um charlatão, gostaria da opinião dos colegas, grato.



SUBJECT: ENC: Identificados genes que determinam o formato do rosto
FROM: "J.Victor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/09/2012 08:56

Canalmail Noticias

Olá,

 

A teoria é de que a polícia será capaz de reconstituir o formato do rosto de um suspeito a partir do DNA encontrado na cena de um crime.

Mas não só do suspeito. O achado pode ter aplicações mais amplas.

 

Certamente um procedimento que permita identificar um corpo, humano ou não, em qualquer estado conservação e/ou tempo de inatividade compulsória, é, por si só,  de extrema utilidade.

 

Para a ciência, para a história, e para a polícia.

 

Isto é ciência em ação.

 

E eis que a era de crimes perfeitos está pertinho do fim.

 

Bem, logo mais irei repassar essa novidade para a Bones e seus auxiliares, e o chato do Both, para aprimorar suas pesquisas,  horrorosas, de futucar  em  cadáveres, nos mais escabrosos estados de conservação.  O pessoal dos CSI´s também agradecerá.

 

Sds,

Victor.

 

 

 

De: Canalmail Noticias [mailto:info@canalmail.com]
Enviada em: sexta-feira, 14 de setembro de 2012 22:22
Para: j.victor.neto@uol.com.br
Assunto: Identificados genes que determinam o formato do rosto

 

Problemas para visualizar a mensagem? Acesse este link.

 

CIÊNCIA E SAÚDE

Identificados genes que determinam o formato do rosto

Cientistas na Holanda identificaram cinco genes que determinam o formato do rosto humano. Em um estudo com mais de 10 mil pessoas, publicado esta semana na revista científica "PLoS Genetics", os cientistas usaram imagens feitas a partir de ressonância magnética para analisar as diferentes características do rosto de cada um.

A partir dessas imagens e de retratos fotográficos, eles calcularam o comprimento de cada rosto.

Em seguida, verificaram quais genes pessoas com características físicas parecidas tinham em comum – em uma análise conhecida como "associação genômica ampla".

A equipe do Centro Médico da Universidade Erasmus em Rotterdã, na Holanda, acredita que o formato e os traços do rosto humano são definidos por cinco genes: PRDM16, PAX3, TP63, C5orf50 e COL17A1.

Os autores do estudo acreditam que a descoberta pode ter repercussões importantes no trabalho de peritos forenses. A teoria é de que a polícia será capaz de reconstituir o formato do rosto de um suspeito a partir do DNA encontrado na cena de um crime.

Saiba mais em :

g1.globo.com

 

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SUBJECT: RES: [ciencialist] Fundação Keshe
FROM: "J.Victor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/09/2012 13:28

Olá, Sérgio

 

Dei uma lida.

Em minha opinião trata-se de uma revelador de soluções, a nível global,  que só o figurão encontrou.

E ninguém mais.

Sem experimentos, sem fundamentos sólidos, só à base do que pensa e do que acha o homem.

E, naturalmente, apostando numa coisa líquida e certa: na ignorância científica e na estrutura mística da maioria, que cega,

que obnubila o juízo.

Certamente, um sabichão, vendendo  seu peixe.

Não tenho dúvidas de que encontrará muitos clientes, que o comprará.  Às toneladas.

Agora, diz lá que todo o movimento é sem fins lucrativos! Como?

Esse cara é um bilionário aloprado, com pretensões a mostrar a cura para as mazelas do mundo, assim,

no seco, sem nem um vintém para financiar o cafezinho, ao menos?

Sem fins lucrativos uma ova!

 

Charlatanismo, estruturado e rico, mas charlatanismo. Que ele está tirando dinheiro de algum lugar, não tenho dúvidas.

 

Sem fins lucrativos! Pois sim!

 

Minha pergunta para ele é a seguinte: o que você prega, amigo, pode ser medido com réguas e relógios, pode?

 

Se não puder, vou denunciar ao PROCOM. Pois tem coisa na estória.

 

 

 

Sds,

Victor.

 

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de SERGIO RICARDO
Enviada em: sexta-feira, 14 de setembro de 2012 23:39
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Fundação Keshe

 

 

Alguém no forum já visitou este site: http://www.keshefoundation.org/en/, será verdade ou é mais um charlatão, gostaria da opinião dos colegas, grato.


SUBJECT: Re: Fundação Keshe
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/09/2012 18:36

Só vi q era algo sobre reator a plasma.

Como o cara exige concordância com os termos dele pra ler o resto, não li.

Se for algo real deve patentear e produzir (ou licenciar).

[]s,

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "SERGIO RICARDO" <sergiorsiqueira2004@...> escreveu
>
> Alguém no forum já visitou este site: http://www.keshefoundation.org/en/, será verdade ou é mais um charlatão, gostaria da opinião dos colegas, grato.



SUBJECT: Re: ENC: Identificados genes que determinam o formato do rosto
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/09/2012 18:41

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "J.Victor" <j.victor.neto@...>
> "A teoria é de que a polícia será capaz de reconstituir o formato do
> rosto de um suspeito a partir do DNA encontrado na cena de um
> crime."

Talvez. Mas o seria com uma ampla margem de erro, já q o formato do rosto é uma característica multifatorial - depende de características ambientais tb. P.e., presença de patógenos e toxinas durante a gestão pode afetar severamente a formação.

> Certamente um procedimento que permita identificar um corpo, humano

Bem, já é possível de se identificar por meio do sequenciamento do ADN. Mas a reconstituição da face por meio do ADN, assim como a identificação da pessoa por exame de ADN, não se dá em qq estado de conservação: o ADN não pode estar degradado.

Uma tecnologia muito mais factível - com o q temos *agora* é possível - é a criação de um banco de ADN. Afinal toda criança já tem (ou deveria ter) retirada uma amostra de sangue para o teste do pezinho.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fundação Keshe
FROM: André L F S Bacci <andrebacci.listas@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/09/2012 21:52

On Sat, Sep 15, 2012 at 6:36 PM, roberto <roberto.takata@bol.com.br> wrote:
> Só vi q era algo sobre reator a plasma.

Ah... Tem um pouco de tudo. Células de energia sem combustível que
gera CO2 em cera, geração de campos gravitacionais através de
magnetismo, geração de gravidade por decaimento do neutron, um
tricorder que cura câncer e gangrena mexendo diretamente na estrutura
atômica dos átomos, remoção de contaminação nuclear... Não achava
alguém superar a Associação STOP a Destruição do Mundo tão fácil...

> Como o cara exige concordância com os termos dele pra ler o resto, não li.

Os videos deles estão no youtube de celular, que podem ser assistidos
sem concordância de termo nenhum. Tem algum material no peswiki.com.

> Se for algo real deve patentear e produzir (ou licenciar).

Ah... mas eles querem licenciar. Mas se não funcionar, o licenciamento
é sem retorno.

André


SUBJECT: There's No Tomorrow
FROM: Marcelo C Pinto <mpinto2009@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/09/2012 22:36

https://www.youtube.com/watch?v=VOMWzjrRiBg

--
Marcelo C Pinto
Chave Pública gpg_pgp: http://j.mp/bWjSXU


SUBJECT: Re: [ciencialist] There's No Tomorrow
FROM: Tipoalgo <tipoalgo@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/09/2012 10:32

Sustentabilidade?
A floresta existe porque chove e não o contrário: chove porque existe floresta!
Algo está errado: é o simples capitalismo?
São os vulcões, oceanos e o sol que regulam a temperatura em escala global?
E o efeito estufa?
Hipótese, teoria, Lei!

Entrevista
Vídeos que abordam estes assuntos.

http://www.youtube.com/watch?v=WQrEFj56Xfw

Tipoalgo

2012/9/16 Marcelo C Pinto <mpinto2009@gmail.com>
 

https://www.youtube.com/watch?v=VOMWzjrRiBg

--
Marcelo C Pinto
Chave Pública gpg_pgp: http://j.mp/bWjSXU



SUBJECT: G.Sarti: RG, inconsciente, o escambau.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/09/2012 10:47

Mais uma vez posto um artigo do Sarti, que faz a misturada da matemática empregada na RG com as coisas da mente, e seus etecéteras.  

 

Sem comentários.

 

http://parapsicologia-rj.com.br/sarti/novas_correlacoes/novas_correlacoes.htm

 

Arre!

 

 

Sds,

Victor


SUBJECT: Warp Drive May Be More Feasible Than Thought, Scientists Say
FROM: Marcelo C Pinto <mpinto2009@gmail.com>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/09/2012 18:03



Warp Drive May Be More Feasible Than Thought, Scientists Say
HACKER NEWS | 17 DE SETEMBRO DE 2012
http://pulse.me/s/doqKu


HOUSTON — A warp drive to achieve faster-than-light travel — a concept popularized in television's Star Trek — may not be as unrealistic as once thoug... Read more

--
Sent via Pulse/


Sent from my iPad

SUBJECT: Fw: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
FROM: José Renato Terra <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/09/2012 23:13

Homero escreveu:
[ ... ] Não gostei do texto (Cotas: racista por definição, de José Renato),
de toda forma, por ser muito simplificador, e deixar muito da complexidade
do problema de fora. Quase uma distorção, eu diria, intencional. [ ... ] Eu
espero que as cotas um dia não sejam necessárias. Neste momento, com todo
desconforto que a questão de 'identificar por raça' me provoca, ainda acho
que é uma solução 'menos pior' que deixar tudo como está, e a cargo do
'mérito' de cada estudante a entrada nas universidades.
.................................................................

O texto precisa ser consciso para ser divulgado em espaço jornalistico
Direto da Redação e para ser lido. Não há pretenção de esgotar o assunto. A
intenção é apontar o faz-de-conta de um paternalismo social cruel para com
os estudantes menos abonados que estudaram em escolas públicas. Cito que
Escola Pública já foram as melhores do Brasil, em todos os Estados da
Federação, fazendo parelha com as instituições religiosas dedicadas há
muitos anos ao ensino. Hoje, está cristalizada uma cultura de que escola
pública é uma enganação política, aceita por muitos de que são as piores na
rede de educação. Porque? Porque são públicas, ora! As empresas públicas
também são preparadas para serem as piores. Assim, privatiza-se para ter o
melhor... Essa é a lenda que desejam que acreditemos. E tem quem acredite
nisso, pois nunca viu nada diferente do que é passado nos meios de
comunicação como verdade ad aeternum. Esquecem que a questão está restrita
ao vestibular às universidades. Os alunos das escolas pagas também fazem
cursinho pré-vestibular, às vezes já incluso no curso normal do segundo
grau. Qual o mistério de não fazer a mesma coisa numa escola pública? Quem
tem olhos de ver sabe o porquê. Com as cotas raciais os poderes públicos
deixam de ser cobrados pelos estudantes prejudicados. Basta lembrar a ínfima
mobilização dos estudantes durante os mais de três meses de greve nas
escolas e nas universidades públicas neste ano de 2012.
[]s
José Renato
________________________________
> De: "oraculo@..." <oraculo@...>
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Enviadas: Terça-feira, 11 de Setembro de 2012 16:07
> Assunto: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
>
> Olá Luiz (Homero quis digitar PB e digitou Luiz, segundo ele: por costume.
> JR)
>
> As cotas já foram debatidas muitas vezes, e sempre com muitas posições
> discordantes. Como a questão lida com aspectos complexos, e emocionais, é
> difícil visualizar de forma impacial, sem o viés pessoal, o problema. Isso
> não torna o problema insolúvel, ou impossível de ser pensado, ou mesmo
> â?oerradoâ?,claro, apenas é preciso mais cuidado e atenção.
>
> E neste caso, algo muito raro, vou discordar do Pesky.:-) Embora eu também
> tenha, em um primeiro momento (na verdade, toda vez que se toca no assunto
> cotas â?oraciaisâ?) essa sensação de desconforto, de ser uma â?ooutra
> formaâ? de racismo, e entenda perfeitamente as críticas a essas ações
> (desagradável ter de lidar com a â?oraçaâ? das pessoas, mesmo que seja
> para ajudar), entendo que não há um mundo ideal, não vivemos em um mundo
> ideal, e algumas soluções â?omenos pioresâ? precisam ser adotadas, até
> por não existir a solução â?omelhorâ? ou ideal.
>
> Não gostei do texto, de toda forma, por ser muito simplificador, e deixar
> muito da complexidade do problema de fora. Quase uma distorção, eu diria,
> intencional.
>
> Se trocarmos a questão da raça, pelo sexo, por exemplo, fica mais clara a
> complexidade do problema. Ações positivas para estimular mulheres a
> entrarem em universidades foram tomadas, em um tempo em que, saindo de uma
> cultura machista, e sem nenhum estimulo (na verdade, frente a pressões
> contrárias fortes) para isso, sem essas ações demoraria muito mais tempo
> para se atingir uma igualdade (ou próximo disso) em relação aos homens.
>
> Precisar de uma ajuda não é demérito. Precisar de provas especiais para
> cegos, por exemplo, ou rampas para cadeirantes, não tornam uma
> universidade â?oinjustaâ? para os que podem andar e ver. E é a mesma
> coisa, sim, pois todo gasto com isso representa um gasto a menos (ou
> inútil) do ponto de vista dos que não necessitam. O custo de adaptar todo
> um complexo para cadeirantes pagaria uma nova biblioteca para não
> cadeirantes, por exemplo (ou permitiria ampliar algumas vagas nos cursos).
>
> Idealmente, ter recursos tanto para adaptar o complexo, e construir a
> biblioteca, seria ótimo. Assim como ter vagas para todos os jovens, não
> importando sua raça ou condição econômica. Mas sendo que isso não é
> possível, como agir, qual a â?omenos piorâ? das soluções?
>
> Quanto mais pessoas negras, o que NESTE país representa também mais
> pessoas de poucos recursos econômicos, se formarem em cursos superiores,
> mais famílias sobem de status socio/econômico, e isso é bom. Podemos
> ampliar as vagas em universidades públicas, claro. Mas no momento, uma
> ação afirmativa que permita o acesso de pessoas negras a universidades,
> nas vagas que já existem, emergencialmente, é útil e eficaz.
>
> Sim, talvez minha filha tenha de estudar um pouco mais, se esforçar um
> pouco mais, para entrar nas vagas remanescentes (ela vai se formar este
> ano, mas não vem ao caso para o argumento), mas se tenho, se ela tem,
> condições de fazer isso, inclusive com recursos para cursinhos e aulas
> extras, porque isso deveria ser tão importante a ponto de eu não entender
> a virtude de filhos de familias negras, sem essas condições, também
> entrarem nas universidades?
>
> Todos os argumentos contra as cotas tem seu peso e sua validade. A
> dificuldade de ter pouca base para acompanhar as aulas, a visão negativa
> de profissionais formados em cotas, etc. Mas eu não vejo nenhuma delas
> como sendo mais importante que os argumentos a favor, os efeitos de mais
> pessoas sem condições nas faculdades.
>
> Pessoas negras não são maioria nas camadas mais pobres por acidente, por
> determinação divina, por â?osorteâ? ou azar, por serem menos capazes, por
> terem menos mérito, etc. Há uma origem histórica, e se não podemos, não
> devemos, responsabilizar os cidadãos â?obrancosâ?Â pelo que seus
> antepassados fizeram com os negros (não faria o menor sentido), isso não
> significa que o estado e a sociedade não devam se preocupar com esse
> estado de coisas, e adotar ações positivas para mudar essa situação.
>
> Há milhares de tipos de benefícios distribuidos pelas sociedades a seus
> indivíduos, para compensar determinadas deficiências, e ajudar a quem
> precisa. Não é demérito, e na verdade é parte importante da função da
> sociedade e do estado. Um sistema de meritocracia só pode merecer esse
> nome se a disputa se dá em algum nível de igualdade. Para isso, muitas
> vezes, a igualdade precisa ser forçada, por compensações especiais. Como
> em jogos de xadrez: eu começo o jogo com alguns de meus sobrinhos sem uma
> torre. As vezes, sem a Dama e duas Torres, para dar peso a partida (para
> alguns sobrinhos, sou eu que peço uma vantagem.:- ).
>
> Se distribuissemos premios e vantagens a quem ganhasse disputas de xadrez,
> mas alguns dos competidores nunca aprenderam a jogar, dar cursos especiais
> a estes, e não aos que aprendeream em suas casas, com seus pais, não seria
> discriminação, seria equilíbrio.
>
> Eu espero que as cotas um dia não sejam necessárias. Neste momento, com
> todo desconforto que a questão de â?oidentificar por raçaâ? me provoca,
> ainda acho que é uma solução â?omenos piorâ? que deixar tudo como está, e
> a cargo do â?oméritoâ? de cada estudante a entrada nas universidades.
>
> Um abraço.
>
> Homero
>
>
>
>
> From: Pesky Bee
> Sent: Tuesday, September 11, 2012 9:58 AM
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Subject: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
>
>
> > As cotas são racistas por definição
>
> Concordo 100%. É a definição de racismo.
>
> > A meu ver elas vêm desqualificar e
> > humilhar ainda mais os não-brancos
>
> Concordo 110%.
> Se alguém precisa de uma "ajudinha" por causa de
> sua cor de pele, isto implica que essa pessoinha
> está sendo considerada "menos capaz" do que outra
> com cor de pele diferente. A mensagem da cambada
> desgraçada dos cotistas, no final das contas, é
> simplesmente esta: "tu és pretinho, coitadinho, toma
> aqui este benefício"...
>
> *PB*
>
>
>
> -----Mensagem Original-----
> From: José Renato Terra
> Sent: Monday, September 10, 2012 2:33 PM
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Subject: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
>
> COTAS: RACISTAS POR DEFINIÇÃO
>
> O fator que mais contribui para impedir que uma pessoa curse uma
> universidade não é a cor é o seu poder econômico. Daí pode surgir um
> corolário enviesado para justificar as cotas. Os negros e nativos não têm
> poder econômico porque não fizeram universidade... E durma-se com um
> raciocínio desses!
>
> Aparentemente, a questão já está amadurecida para o ministro Tarso Genro,
> das Relações Institucionais, quando constata que o impedimento maior é
> econômico e não étnico. Basta os órgãos governamentais fornecerem ensino
> suficiente nas escolas públicas, cursos específicos de preparação aos
> vestibulares para os alunos dessas escolas e, claro, bolsas de estudo aos
> aprovados, evitando a evasão por falta de recursos para se sustentar até o
> final. Parece-me que as cotas como propostas são racistas, injustas,
> humilhantes e inconstitucionais. Há modo mais inteligente de realizar a
> inclusão e a igualdade social sem cair no critério racial que promove,
> exatamente, o racismo indesejável que deseja combater.
>
> O ministro Gilberto Gil tem razão em fomentar as discussões. A exposição
> de
> motivos e argumentos foi o que de melhor as cotas provocaram. Boas
> propostas
> estão aí em execução. Em Salvador-BA já existem cursinhos de vestibular
> grátis para os melhores alunos de escola pública, bancados pelos governos
> estadual e municipal e a fundamental bolsa, tipo FIES, para os aprovados
> nos
> vestibulares.
>
> Eu mesmo já fui agraciado por uma forma inteligente de inclusão, há bem
> mais
> tempo. Quando fazia o 1º ano do curso científico - atual 2° grau - houve
> um
> convite da Universidade Federal do Pará para os estudantes fazerem teste
> de
> conhecimento visando selecionar os melhores alunos que cursavam escolas
> públicas e as poucas privadas existentes, em geral administradas por
> congregações religiosas. Nessa época as escolas públicas tinham tradição e
> impunham respeito pela qualidade do ensino. Passei no teste e a UFPA
> formou
> três turmas, uma para cada turno de modo a atender a todos. Na minha turma
> havia cerca de 30 alunos. Recebíamos aulas das matérias padrões dos
> vestibulares com professores que ensinavam universitários nas faculdades
> de
> engenharia, química, medicina, português e línguas. Tínhamos três dias de
> aulas por semana, sendo uma no sábado, o que fez os menos interessados
> desistirem em alguns meses. O nível do ensino e a convivência no ambiente
> universitário me deu uma condição especial para prestar o vestibular.
> Graças
> a Deus, passei de primeira em 21° lugar de um total de 151 vagas
> preenchidas. Depois que os colégios particulares se multiplicaram, esse
> bela
> iniciativa foi boicotada e eliminada.
>
> O parâmetro usado no sistema de cotas vem dos EUA, só que bem diferente.
> Lá
> os alunos para as universidades são escolhidos pelos "comitês" -
> teoricamente, com base no currículo escolar - mas que na prática eram
> preenchidas por quase totalidade de brancos para evitar conflitos raciais
> e
> "queda de padrão" da escola junto à comunidade acadêmica.
>
> No Brasil, já não há espaço para mais essa "bondade" que rotula o
> não-branco
> como um deficiente intelectual, que precisa de condições especiais para
> ser
> aprovado no vestibular.
>
> Quem gostaria de ser marcado em toda a sua vida profissional como quem foi
> aprovado na "cota racial"?
>
> As cotas serviram para esclarecer pelo menos as estatísticas, com maior
> presença de não-brancos nas universidades. Antes era mínima, hoje, mais do
> que nunca, os negros, pardos e indígenas aparecem em melhores números do
> que
> há cinco anos quando, quase todo mundo com características externas não
> totalmente negras, registravam sua cor como branca em vez de parda ou
> negra.
> Levantamentos divulgados pelo reitor da UFBA revelam que os aprovados nas
> cotas têm, nos cursos universitários, melhor desempenho do que os demais.
> Isso mostra o quanto é desnecessário o sistema de cotas por raça.
>
> Lembro de um filme em que Natalie Wood fazia uma negra de pele clara, que
> renega a mãe negra para não ser considerada "de cor" na escola, na
> universidade, no seu círculo de amizades e junto aos ricos pretendentes?
> Será que com os "benefícios" das cotas ela assumiria suas origens e sua
> raça?
>
> Esse tipo de proposta provoca mais danos do que melhorias, apenas disfarça
> o
> cerne da questão: o abandono do ensino oficial no Brasil, um direito
> constitucional não exigido pela sociedade.
>
> As cotas são racistas por definição. A meu ver elas vêm desqualificar e
> humilhar ainda mais os não-brancos.
>
> por José Renato M. de Almeida
>
> < http://www.diretodaredacao.com/noticia/cotas-racistas-por-definicao >
>
>
> ..............................................................
> ----- Original Message -----
> From: "roberto" <roberto.takata@...>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Tuesday, August 28, 2012 12:47 PM
> Subject: [ciencialist] Re: [forum-prof] PL 180/2008 cotas
>
>
> Recalque? (O sujeito não percebe que, se as rampas podem ser usadas por
> todos, o mesmo não vale para elevadores especiais - como os que existem no
> metrô.)
>
> O sujeito tb parece não ter percebido que a SBPC e a própria Andifes são
> *favoráveis* às cotas. Apenas têm restrições ao PLC 180/2008 - por motivos
> um tto diversos (a Andifes se preocupa com o tamanho das cotas - 50% do
> total das vagas - a SBPC - se preocupa com a questão da autonomia
> universitária).
>
> Aqui dois textos q valem a pena ser lidos:
>
> Um contra:
> http://arsphysica.wordpress.com/2012/08/19/cotas-para-universidades-publicas-federais-e-ensino-medio-brasileiro/
> ------
>
> Um a favor:
> http://haeckeliano.blogspot.com.br/2012/08/cotas-e-discriminacao-estatistica.html
> ------
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "JVictor" <j.victor.neto@>
> escreveu
> >
> > Olá,
> >
> >
> >
> > Mais opiniões e discussões sobre assunto de cotas.
> >
> >
> >
> > Sds,
> >
> > Victor.
> >
> >
> >
> > A transposição do sistema nacional de educação
> >
> > Luis Paulo Vieira Braga
> >
> > "O professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de
> > Janeiro (UFRJ), M.P., comemora a aprovação do projeto. Segundo ele, as
> > cotas
> > são necessárias para facilitar o acesso das classes menos favorecidas ao
> > ensino superior público:- A aprovação de uma lei desse tipo é uma
> > demanda
> > de
> > muito tempo. Podemos fazer uma analogia desse projeto com as leis que
> > determinam uma tratamento diferenciado a deficientes, idosos e
> > gestantes.
> > Ninguém questiona a necessidade de instalação de rampas para facilitar o
> > acesso de idosos e deficientes. A lei das cotas nada mais é que uma
> > rampa
> > para facilitar o acesso das classes menos favorecidas..."
> > http://oglobo.globo.com/educacao/obrigatoriedade-de-cotas-nas-universidades-
> > divide-opinioes-5732108#ixzz23WGPKoge
> >
> > A analogia entre negros e deficientes feitas por um racialista demonstra
> > o
> > quanto de recalque essa proposta implica, além do que pela rampa do
> > deficiente também passa qualquer outra pessoa, o que não é o caso das
> > cotas.
> > O PL 180/2008 aprovado no Senado, após igual sucesso na Câmara dos
> > Deputados, e enviado para sanção pela presidente da república (que é
> > favorável ao mesmo) demonstra o fosso que existe entre os poderes
> > Legislativo e Executivo e a sociedade civil. Ou o que significam as
> > manifestações contrárias de ANDIFES, SBPC, reitores de universidades,
> > professores, e tantos outros? Teriam os fazedores de lei analisado as
> > implicações do projeto ou apenas os benefícios eleitorais?
> >
> > O PL se soma ao REUNI, ao novo ENEM e ao SISU naquilo que se pode chamar
> > de
> > transposição do sistema nacional de ensino, reformando-o do topo para a
> > base, ou do final para o início, como queiram. Pelos resultados
> > preliminares parece mais que estamos regredindo, ao invés de avançar.
> > Uma
> > mini transposição análoga foi proposta ainda no regime militar, com a
> > implantação da pós-graduação nas universidades brasileiras - uma certeza
> > de
> > melhoria para a graduação. Embora a produção científica brasileira tenha
> > evidentemente crescido no contexto mundial, suas universidades não
> > correspondem à importância econômica, demográfica e territorial do país,
> > mostrando que fazer crescer a cereja do bolo não implica necessariamente
> > no
> > aumento do mesmo.
> >
> > As pressões tardias contra o projeto concentram-se agora na esperança de
> > que
> > a presidente vete o prazo de quatro anos exigido pelo PL para dividir ao
> > meio o contingente estudantil entre brancos, pardos, negros, indígenas e
> > brancos, pardos, negros, indígenas. Com a diferença de que uns levarão
> > no
> > peito uma estrela com dizeres - cotista - e os outros não. O argumento
> > protelatório, típico da resistência passiva, encobre um dilema atroz -
> > mais
> > tempo para o quê ? Para melhorar o ensino fundamental e médio ou para
> > piorar
> > o ensino superior?
> >
> >
> >
> >
> > _______________________________________________
> > forum-prof mailing list
> > forum-prof@
> > http://listas.if.ufrj.br/mailman/listinfo/forum-prof
> >
>
>
>
> ------------------------------------
>
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>
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> Nenhum vírus encontrado nessa mensagem.
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> Versão: 2012.0.2221 / Banco de dados de vírus: 2437/5262 - Data de
> Lançamento: 09/11/12
>




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##### ##### ##### #####Links do Yahoo! Grupos





SUBJECT: Junk DNA, Junky PR
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/09/2012 01:04

http://blogs.scientificamerican.com/guest-blog/2012/09/17/junk-dna-junky-pr/
--------------

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Fw: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/09/2012 08:34

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, José Renato Terra <jrma@...>
> Basta lembrar a ínfima mobilização dos estudantes durante os mais de
> três meses de greve nas escolas e nas universidades públicas neste
> ano de 2012.

Cê viu isso onde, Zerê?

UFOPA: Estudantes apoiam greve dos professores
http://notapajos.globo.com/lernoticias.asp?id=49211&noticia=UFOPA:%20Estudantes%20apoiam%20greve%20dos%20professores%20
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Alunos apoiam greve dos professores na UTFPR
http://www.jornalcomunicacao.ufpr.br/node/11448
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Estudantes do SMD apoiam a greve dos professores da UFC
http://www.virtual.ufc.br/portal/estudantes-do-smd-apoiam-a-greve-dos-professores-da-ufc.aspx
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Estudantes pedem melhorias na Educação e apoiam greve dos professores
http://www.gazetadopovo.com.br/vida-universidade/conteudo.phtml?id=1290515&tit=Estudantes-pedem-melhorias-na-Educacao-e-apoiam-greve-dos-professores
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Estudantes reclamam de paralisação, mas apoiam greve
http://noticias.r7.com/educacao/noticias/estudantes-reclamam-de-paralisacao-mas-apoiam-greve-20120719.html
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Estudantes da UFPR apoiam greve dos professores
http://www.parana-online.com.br/editoria/cidades/news/610805/?noticia=ESTUDANTES+DA+UFPR+APOIAM+GREVE+DOS+PROFESSORES
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Ah, vc ainda está devendo as fontes lá sobre os antigos pensadores gregos.

Apropo, vc já arranjou as referências abaixo?
1) Citação de um pensador grego que viveu há mais de 3 mil anos;
2) Um grupo de pensadores gregos (q viveu há mais de 3 mil anos) que elaborou a
tese de que o Universo foi criado a partir do nada;
3) Mostrar que essa tese é a que deu origem ao modelo da origem do Universo por
tunelamento a partir do nada.
4) Citação de um outro tal antigo estudioso que pensou na origem do universo a
partir de uma singularidade.
5) Apresentação das observações e cálculos de Aristarco para o
modelo heliocêntrico.
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/82588

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] G.Sarti: RG, inconsciente, o escambau.
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/09/2012 12:31

O tal do G. Sarti precisa, urgentemente, contatar o Rafinha
Bastos ou o Danilo Gentili. Pois esse mané tem uma imensa fortuna
a amealhar caso inicie sua carreira de comediante stand-up.
 
*PB*
 
 
From: JVictor
Sent: Monday, September 17, 2012 10:47 AM
Subject: [ciencialist] G.Sarti: RG, inconsciente, o escambau.
 


Mais uma vez posto um artigo do Sarti, que faz a misturada da matemática empregada na RG com as coisas da mente, e seus etecéteras. 

 

Sem comentários.

 

http://parapsicologia-rj.com.br/sarti/novas_correlacoes/novas_correlacoes.htm

 

Arre!

 

 

Sds,

Victor


SUBJECT: Brasileiras acham amostra de substância que era alvo de alquimistas e filósofos
FROM: "rmtakata" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/09/2012 15:08

http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,brasileiras-acham-amostra-de-substancia-que-era-alvo-de-alquimistas-e-filosofos,932298,0.htm
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[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Animação bastante criativa
FROM: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/09/2012 18:58

Um filminho (animação 3D) bastante criativa:

http://www.youtube.com/embed/XlyCLbt3Thk?rel=0

Paulo


SUBJECT: RE: [ciencialist] Brasileiras acham amostra de substância que era alvo de alquimistas e filósofos
FROM: Thiago Guimarães <guimaraesbsb@hotmail.com>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/09/2012 14:51

Com a sobrancelha levantada e cauteloso, Moore respondeu: “Estava debaixo de nossos narizes, mas em 350 anos ninguém encontrou”.
[...]
 Prova disso, para surpresa de Moore, é que o documento passou pelas mãos da historiadora Marie Boas,
responsável, nos anos 1960, pela catalogação da correspondência de Oldenburg, por 15 anos o “faz-tudo”
da Royal Society. Diante do pequeno envelope, Marie apenas anotou: “Amostra do que parece ser pirita, anexada ao texto”.
 

 
Isso demonstra que nem todo o rigor empírico da ciência
tem sido suficiente. Isso é, por uma questão de método, de eficiência.
 
E por isso mesmo é preciso sempre "retornar", buscar e
"re-buscar" o conhecimento. Os métodos mudam, os conceitos
mudam, aliás, afinal, as pessoas mudam. Parece-se que estaremos
sempre diantes das "descobertas" que estavam debaixo do nosso nariz,
mas evidentemente esse não é o caso. O que há é uma preocupação
cada vez maior e cada vez mais compromisso com o conhecimento.
 
Por isso uma disciplina como a História da Ciência é tão importante.
 Parabéns a estas brasileiras pela proeza :)
 
Na parte "científica", geralmente o "Brasil" se destaca em temas insuspeitados,
não à toa, não em vão!  hehehe
 
Thiago
 

To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: roberto.takata@bol.com.br
Date: Tue, 18 Sep 2012 18:08:28 +0000
Subject: [ciencialist] Brasileiras acham amostra de substância que era alvo de alquimistas e filósofos

 

SUBJECT: Braçadeira de Catraca - TripéPet - HastePet 2.0 - JuntaPet
FROM: Tipoalgo <tipoalgo@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/09/2012 21:26

Olá a todos.

Novas engenhocas (Braçadeira de Catraca - TripéPet - HastePet 2.0 - JuntaPet) em http://tipoalgo.blogspot.com.br

Abraços
Tipoalgo


SUBJECT: Piadelhinha
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <Acropolis_@yahoogrupos.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/09/2012 10:58

 
piadinha
 

SUBJECT: ENC: Tensor de curvatura - uma tentativa de dedução simples.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/09/2012 18:59

 

Olá,

 

Espero, com este post, responder  ao Tulio em algumas de suas dúvidas;  além disso, é também um desejo antigo  de tentar desmistificar uma das entidades matemáticas mais famosas e vitais no estudo de curvaturas espaciais. Este ente matemático , descoberto por Riemann, e que tem um  filhote que é fundamental em Relatividade, que expressa de maneira completa toda a essência da teoria.  Desmistificar no sentido de que, ao contrário do que parece, este objeto matemático, chamado de tensor de Riemann (quem conhece vetores está no final do caminho para saber o que é um tensor.  Trocando em miúdos, um tensor pode ser imaginado como um vetor com mais de 3 componentes. É um vetor gordinho...No final deste post dou uma pequena demonstração de que há muito todos nós sabemos o que é um tensor)  tem uma interpretação e uma dedução bastante accessíveis. E não precisa ter mais que algum conhecimento de cálculo, no máximo, a nível de graduação, para compreender de que se trata.  Só precisamos de alguns conceitos, até mais ou menos intuitivos, os quais exporei de maneira informal, para que essa exposição seja útil, após o que pode-se  encontrar aquela fórmula matemática, absolutamente genérica, universal, que especifica de maneira completa a famosa descoberta matemática de Riemann;  que descreve qualitativa e quantitavamente não só as curvaturas das beldades do cinema e da TV  como até mesmo miseráveis dobras que já, já, começarão a surgir ao longo de meu próprio espaço “corporal”... A idade avança e o tensor de curvatura vai ficando mais chato...com suas revelações quantitativas.

 Conheço algumas deduções e explicações do seu significado. Contudo, como muitos autores, senão todos, escrevem para especialistas, pois acham que simples mortais não podem ter acesso a esse conhecimento, ainda que sem a profundidade e o rigor requeridos, as exposições são muito técnicas, algumas herméticas demais e adornadas de conceitos matemáticos bem avançados, e algo abstratos, daqueles que fazem a alma voar, voar, enquanto o velho corpo  de guerra vai ficando, ficando...

A minha proposta é simples, mas sem o rigor necessário normalmente desenvolvidos pelos matemásticos; apenas o suficiente para que, ao olhar para o símbolo que representa aquela entidade, ele se lhe afigure um velho conhecido, sem que a simbologia usual exiba mais  segredos, aparentemente cavernosos.

Uma beleza!

Já a operacionalidade...bem, isto é outra história, para depois do cinema.

Devemos, contudo,assumir a existênciade algumas coisas.

Então, partimos das seguintes premissas:

1 - O espaço é curvo, e sua curvatura,em qualquer região,  é determinada pela densidade de energia/massa(conforme  o próprio Riemman desconfiou, sendo, em minha opinião, um antecessor de Einstein, antecipando-se a Einstein, nesse mister.

Obs.:Nessa  discussão não usaremos de maneira alguma a influência da massa-energia.  Apenas a premissa da curvatura, sem levar em conta a causa.

2 – Dado um campo vetorial  V em um ponto  do espaço curvo,   alinhemos as seguintes considerações a respeito de suas componentes são representadas e do próprio vetor.

a)       , com i = 0,1,2,3, com o índice i na parte superior da letra representativa da componente do vetor.

b)      As componentes     variam de ponto a ponto, mas o vetor, como um todo, não.

c)       Numa vizinhança de de raio  muito pequeno, podemos escrever todos os vetores tangentes à superfície nesse ponto .  Expresso assim, isto define o conceito de campo vetorial no ponto .

d)      Transportado para outro ponto , vizinho, esse campo assume outro valor,em virtude da curvatura do espaço, configurando aí outro campo vetorial,  sendo que este novo campo vetorial dependerá do caminho seguido.  Ou seja, se o caminho entre os dois pontos for outro, diferente do primeiro, o novo campo não coincidirá com o primeiro, no mesmo ponto. (A diferença angular entre as posições devida a um caminho e a outro caminho qualquer define a curvatura do espaço. Se a diferença angular é zero, o espaço é plano. Se diferente de zero, o espçao não é plano.)

e)      Ao deslocar um vetor de um ponto a outro, vizinho,  o vetor permanecerá, sempre, tangente à superfície e sempre paralelo à sua posição infinitesimal prévia .

Uma maneira de visualizar isso é imaginar o seguinte: em cada ponto P traçamos um  plano tangente àquele ponto,  espaço tangente esse no qual o vetor está inscrito e existe em todas as suas características.

Vamos expandir um pouco mais o item (2e), retro, a fim de obter alguma familiaridade  com esse conceito, devido a sua importância. Não é demais um pouco de repetividade. Num espaço curvo, a cada ponto corresponde um espaço plano tangente a um ponto P(os matemáticos designam isso como:   Como podemos especificar um plano através de um vetor normal, em geral unitário, segue-se que esses vetores normais não são paralelos em pontos diferentes, pois estes  pertencem a espaços tangentes planos diferentes;  portanto, os vetores inscritos nesses espaços tangentes, também chamados  locais,  são diferentes, no que tange às suas componentes!  Eis, então, a associação que se faz entre um ponto espacial e espaço tangente nesse ponto:   Deslocar o vetor V do ponto  até o ponto , suficientemente vizinho, implica que as coordenadas e suas componentes, nos pontos  e ,  são diferentes, conforme mostrado na Figura 1

(Obs.: Para continuidade, e para evitar futuras confusões, vamos adotar a seguinte convenção: letra maiúscula negritada representa um vetor; um índice inferior, negritado, representa o ponto onde o vetor está aplicado. Exemplo: vetor V no ponto x, onde x pode ser: 1,2...A, B P, , , etc.  Isto manterá o foco de localidade.  Também, pode-se escrever a representação,  sem o índice, mas escrevendo explicitamente que se trata do ponto tal ou qual. Aquí será usada a  que for mais cômoda, no momento).

3 – A diferença entre os vetores, (- ), expressa o quanto V mudou por causa do translado.

Agora, é importante reconhecer que ( - ) não é uma diferença vetorial legítima, ou seja, não representa um vetor, pois os pontos  e P são pontos diferentes, pois  estão em espaços tangentes diferentes.  Já que, por hipótese, o espaço em questão é curvo. Isto significa o seguinte:  a diferença acima não tem sentido geométrico ou físico. É como subtrair de 9 frutas, entre laranjas e peras,  duas peras: o resultado será 7 peras, 7 laranjas ou 7 laranjas e peras? 

Se o espaço fosse plano, tudo bem. Mas não é.  Então, tudo mal.  Mal, em termos. Pois há como resolver isso, legalmente, sem ser com o jeitinho brasileiro.

Assim, nossa tarefa, agora, é encontrar uma maneira de calcular o quanto as componentes de um vetor mudam  ao ser este deslocado, seguindo as regras dadas mais acima. Isto poderá ser obtido encontrando uma maneira de comparar os dois vetores, antes em pontos diferentes, postados agora em um mesmo ponto. Para resolver esta situação, fazemos o seguinte:

Deslocamos , mantendo sua direção e sentido originais, de volta, desde o ponto  até o ponto P.  Veremos, neste processo,  que o vetor não mais coincidirá com o vetor original, De igual maneira, ao levar  do ponto  a outro ponto , em ,  terá mudado novamente suas componentes e sua direção, e assim sucessivamente.

 (Há umas técnicas de desenho geométrico que permitem fazer isso corretamente. Mas não usaremos aqui. Nosso objetivo é, ao final,  obter uma expressão analítica que dará conta do recado.)

Quando dizemos deslocar um vetor de um ponto P a outro, vizinho, P1, onde os vetores assumem os valores   a , fica implícito que o deslocamento se faz sempre tangente à superfície, e,  ao mesmo tempo,  paralelamente a si mesmo, aliás, tão paralelo à posição anterior quanto possível, a cada deslocamento infinitesimal. De tal maneira que, após um deslocamento infinitesimal, δx, o vetor conserve   sua direção original e seu módulo.

Argumentar à luz de um exemplo concreto economiza juízo. Considere uma esfera.  Seja um vetor localizado num  ponto P do  equador, tangente à circunferência equatorial,  apontando para leste.  Considere agora um meridiano que passa pelo ponto P. Esse meridiano, no ponto P, faz um ângulo reto com o vetor V, que é tangente ao grande círculo equatorial, no ponto P. Para manter as coisas simples, e o mais próximo da realidade, imagine que o vetor tem as dimensões  de um pequeníssimo inseto, tal como uma formiga, mas  bi-dimensional.   Desloquemos V  paralelamente a si mesmo(nos moldes discutidos mais acima) desde o ponto A, onde é tangente à circunferência equatorial e perpendicular ao arco AB de  meridiano, que começa em A e termina  no ponto B, no polo norte, de tal forma que seja sempre perpendicular ao arco de meridiano AB, durante todo o percurso, ao longo do qual se efetiva, ponto a ponto, o deslocamento paralelo.  No ponto, o vetor já é tangente ao arco de meridiando BC e, durante urante o percurso ao longo desse arco BC, o vetor V, que antes era perpendicular ao primeiro meridiano(arco AB), agora é tangente ao arco BC e permanecerá tangente a ele, e tão paralelo quanto possível, ponto a ponto, à sua posição anterior, até encontrar novamente a circunferência equatorial inicial, num ponto C, onde lhe será perpendicular, apontando agora para o sul. A partir de C, será deslocado paralelamente a si próprio, e perpendicular ao arco de equador CA, segundo os mesmos critérios,  até voltar ao ponto inicial, A. Mas, nesse ponto, acontece isto: o vetor V será perpendicular á direção original, além de apontar para o Sul, como já acontecia, desde o ponto C, quando ocorreu a mudança na direção do movimento.

Ou seja:  num espaço curvo, ao deslocar vetor V paralelamente a si próprio, num circuito fechado, ao voltar à origem, o vetor V não terá mais a direção inicial. No caso muito particular deste exemplo simples, o vetor rotacionou 90º !  Num espaço plano não haveria essa diferença. Os vetores inicial e final coincidiriam em todos os aspectos. E isto só acontece, necessariamente, por causa da curvatura da superfície esférica bi-dimensional. Definitivamente, essa diferença angular é uma medida segura de quanto o espaço em estudo é curvo.   Há uns procedimentos matemáticos, devidos a Gauss e Riemann que permitem as fórmulas para um cálculo cálculo simples dessas coisas. Mas, por ora, basta saber que é assim.  Se você fizer o desenho, seguindo a descrição acima,irá visualizar melhor.

Uma observação de  importância crucial, que evita futuras confusões:  falamos de deslocamento paralelo ponto a ponto, muito vizinhos. Mas isto não implica que, globalmente, os vetores nas posições inicial e final sejam paralelos!  Trocando em miúdos, não se pode garantir que sejam paralelos ou não, apesar de os deslocamentos terem sido feitos, ponto a ponto, tão paralelos quanto possível.   A menos que o espaço seja plano. 

A razão é que  paralelismo de que ora se trata é local.

Na descrição anterior temos os vetores no ponto A, e no ponto B, pólo norte, após seu deslocamento paralelo, nos moldes descritos. Ora, claramente, no ponto B,  não tem a mesma direção e sentido que  tinha em A, globalmente falando!  Embora, por construção, os módulos sejam os mesmos. Em A, aponta para o leste, sendo tangente  ao arco de circunferência equatorial;  em B, não aponta mais para o leste, mas para um direção entre sul e leste. Mesmo que a construção tenha sido usando o conceito de deslocamento paralelo!    Reconhecer essa sutil diferença é fundamental.

Esta é a chave. Detalhando um pouco mais.

Para poder comparar, isto é, calcular efetivamente a diferença entre os dois vetores (que agora substituímos a designação dos pontos P pelos nomes A e B, para manter a mesma ordem do exemplo anterior)  é necessário e suficiente que, de alguma maneira,  seja trazido de volta, até o ponto inicial, A, com a mesma direção e mesmo sentido que tinha  no ponto B  e, ai sim, podemos aplicar quaisquer regras de soma vetorial.  Mas devemos fazer isso de tal maneira que conserve, no ponto A, a mesma direção e sentido que tinha no ponto . E só há uma maneira de fazer isso:  deslocar  paralelamente a si próprio, desde  até A, mas de uma maneira específica, esclarecida logo a seguir.  Assim, se as componentes do vetor forem chamadas de , a diferença  δ  ficará perfeitamente determinada. A questão, agora, é saber como encontrar isso, quantitativamente. Mas não se pode fazer isso de qualquer maneira.  Uma maneira de operar é a seguinte: ligar o ponto B ao ponto A por uma reta imaginária e deslisar   paralelamente a si mesmo sobre esta reta, de uma só vez, até o ponto A! Com isto você constrói um desenho com os vetores original e o assim deslocado, ambos no mesmo ponto, e então poderá aplicar algum dos processos geométricos para operações de soma e subtração de vetores.  A diferença,  (  agora será uma diferença vetorial legítima.

Até onde li, as obras que tratam desse assunto não detalham tanto, e deixam essas conclusões para o leitor. Mas, particularmente, acho isso uma falta de piedade para com simples mortais!... Mas espero que quem estiver a ver navios, agora,  veja outras coisas no horizonte.

Depois desses esclarecimentos, vamos descrever alguns objetos matemáticos relevantes ao processo, sem demonstrações, apenas usando argumentos que considero plausíveis e suficientes numa primeira abordagem mas que, suponho, dará uma familiaridade ao objeto descrito.

5 – Para esse mister, vamos esquematizar e organizar tudo numa figura que envolva os parâmetros necessários, como na Fig.1, a seguirImagine a seguinte situação.  É dado, num espaço qualquer(mas vamos supô-lo lisinho e suave em suas curvas, onde derivadas de qualquer ordem possam ser calculadas em qualquer ponto. Isto é, é um espaço sem quinas, ou pontos de inflexão, onde certas operações inexistem. O nome mais técnico de algo é assim é:  manifold ou carta) um ponto P(), onde os  são as coordenadas do ponto P, sendo i um índice contravariante(postado na parte superior da letra que representa a componente do  vetor;  este índice pode assumir os valores ( 0,1,2,3) para representar as direções dos vetores  de base natural  considerados- como x, y, z e w por exemplo.

 (Alguém pode, agora, objetar: mas por que falar em base coordenada, sistema de coordenadas, se um vetor independe do sistema de referência?  A resposta é:   o vetor independe, sim,  mas as coordenadas não!)

1 – Consideremos agora a Fig.1  abaixo, representando um circuito fechado num espaço curvo, não Euclideano, com um ponto central, de coordenada  , de onde partimos:

 

 

)                             

 


Reservado:                                                   P(x^i)      .                                                                             

 

 

 

 

 

Figura 1

O vetor de componentes, está definido em P().  Os  (uma letra bonita para representar o incremento global δx) representam  pequeníssimas quantidades que incrementam as coordenadas , quando   é deslocado(tangente à trajetória e localmente paralelo a si próprio) de P a

Então é assim:  , de componentes  em P, foi deslocado de P até , infinitesimalmente próximo de P, onde suas componentes mudaram para , e sua direção será outra.   As quantidades , que representa uma variação na coordenada   é uma quantidade muito pequena, e representa a distância infinitesimal  entre P() e  (.

Só para lembrar, pois usaremos isto mais tarde:

Em  (as componentes do vetor original terão os valores =, onde    representa o quanto variou  . Não se preocupem com a mudança de i para j nas componentes. Poderia ser j ou outra letra qualquer, menos o próprio i.  Isto apenas indica que as componentes são diferentes. (Vamos falar do vetor expressando-o com a letra para vetor ou na forma componentes, indiferentemente)

Agora, desloquemos   de   até  , que é infinitesimalmente vizinho de  ; vemos que o novo vetor, em virtude da curvatura do espaço terá um valor, que é o que estava em , ,  corrigido por um fator , dado por

 

 

(1)      

Onde:

, calculados em , são objetos matemáticos, chamados de coeficientes  de conexão, visto que conectam o ponto  ao ponto , considerando toda a influência da curvatura sobre as componentes do vetor.

Esse objeto, que faz efetivamente a conexão entre os dois pontos infinitesimais,  chama-se Símbolos de Christoffel, em homenagem ao matemático que os descobriu e os introduziu na geometria diferencial.  (Mais à frente darei uma interpretação para esses símbolos, sobretudo o que significam os índices...).

Enfatizando:

 em  ( )  representa as componentes do vetor que tem componentes   em P() e assim sucessivamente.

  representa aquele pequeníssimo incremento na coordenada ().

Agora sim, introduzimos um coeficiente aparentemente esquesito,  sem maiores explicações. E devemos responder à questão:

Qual é mesmo o seu significado geométrico, e o que significam aqueles índices, um superior e dois inferiores na letra Gamma( G )?

Para uma motivação, precisamos de um pouco mais de notação e de alguns poucos conceitos associados a espaços vetoriais.

Consideremos o seguinte:

1 – Uma base {, é constituída dos vetores unitários (,,  ), e isto define um espaço vetorial onde vetores existem e podem ser especificados em todos os seus atributos;

2 – Um vetor V, pode ser representado como uma combinação linear dos seus vetores unitários de base, naturais, da seguinte maneira:

V == ++

onde os coeficientes dos vetores de base são os , componentes de V, com i=1,2,3. (Como mais um lembrete útil:   = V., ou seja, produto escalar do vetor V com o vetor de base natural . Esta é a velha e boa maneira de obter as projeções de um vetor qualquer sobre os eixos coordenados do sistema de referência usado(para lembrar:  =|V|.cos(V,) =  |V|cos(V, ), o parêntesis representa o ângulo entre os vetores  V).

(Obs.: Na representação da combinação linear,

 

V =  =  +  +

 

(2)      

vemos a aplicação da regrinha universal devida a Einstein, que diz:  sempre que num produto de dois fatores comparecerem  em um deles um índice superior e no outro um índice inferior, iguais, isto ativa uma soma desses produtos sobre os valores varridos pelos índices(no caso, (1,2,3) ). Desta maneira Einstein  defenestrou os abusados e enfadonhos símbolos de somatórios.)[i]

Bem, mas ainda não demos um significado para os Símbolos de Christoffel.

Assim, investiguemos, mantendo as coisas tão simples quanto possível, como um vetor V varia quando o deslocamos de um ponto  para um ponto vizinho  num espaço qualquer.

Eis uma motivação, do ponto de vista matemático. Calculemos a derivada desse vetor em relação a uma coordenada qualquer de seu sistema de referência, digamos, . Assim, a derivada espacial de um vetor V, pode ser expressa como:

 

 

dV=d= (d(d)

 

(3)      

 

segundo a regra de Leibniz, da derivada de um produto, onde V  e  são funções de .

Apenas por esse cálculo simples podemos inferir  facilmente o seguinte:

1 – Se o espaço é Euclideano, d=0. Pois a base , em qualquer ponto do plano, é constante. Evidentemente, com variação nula. Pois as componentes  são as mesmas, em quaisquer dois pontos;  idem, com referência à direção espacial. Os vetores nos dois pontos só diferem por uma translação, e nada mais.  E isto em nada afeta o vetor.

2 – Se o espaço não é plano, então  d0, obviamente,conforme já discutimos.  Isto significa que a base {varia de ponto para ponto, em razão, principalmente,da curvatura do espaço[ii].  Isto é o mesmo que dizer  a cada ponto do espaço curvo corresponde um sistema de referência.

Obs.: Em um espaço plano, mas usando coordenadas curvilíneas, os vetores de base igualmente variam(Você mesmo pode verificar isso, escrevendo os vetores de base num sistema com relação à influência do sistema de coordenadas, um Cartesiano retilíneo e outro não, como um sistema de coordenadas polares). Isto permite que estudemos vetores no espaço plano usando sistemas curvilíneos. Os resultados obtidos são os mesmos que o estudo dos vetores em espaços curvos, propriamente. Isto é, podemos usar os resultados dos estudos em espaços planos, em coordenadas na planas, e depois fazer uma extensão ao caso de espaços curvos. Chama-se a isto de princípio do mínimo acoplamento.

Para explicitar melhor essa questão, escrevamos a expressão para  d numa direção específica, k;  ou seja, em relação a  :

A variação total d pode ser escrita assim, em termos da taxa de variação numa direção qualquer, sendo d o deslocamento infinitesimal, dado em unidades de distâncias.  Simbolicamente,

 

dd.

 

(4)      

Então, aqui está , que é um vetor que informa como   varia de ponto para ponto, em relação a uma direção genérica, qualquer,.

Ocorre que, felizmente, por obra exclusiva da sapiência da Natureza, há uma relação linear, obrigatoriamente, ao menos em 1ª ordem, entre esses vetores  , que são as variações espaciais de e o próprio. Em vista desse fato, ou seja, a oportuna linearidade, podemos escrever cada    como uma combinação linear dos vetores naturais de base,.

Assim, genericamente, podemos expressar a combinação linear como:

 

=

 

(5)      

Usando a regra de Einstein, podemos escrever este segundo membro de forma compacta, com o índice j representando um índice mudo, portanto, disparando uma soma de monômios.

 =

Ou, ainda, podemos escrever a equação a cima mais compactamente:

 

=            

 

(6)      

Onde o índice j aparece como índice de soma, e dispara a soma vista na equação anterior.

 

Esta, a relação entre as taxas de variação espacial de  e os próprios vetores de base, . Antes de continuar, façamos uma pequena digressão sobre a expressão acima, no que dizrespeito aos coeficientes , que parecem complicados.

 Agora já podemos justificar os índices usados no símbolo em questão, bem como suas posições relativas. 

Como vemos, há 3 índices ornamentando a letra grega Gamma(Γ), cada um tendo o significado seguinte:

- j, um índice superior em  e inferior em  representa, como já adiantamos,  um índice mudo ou de soma. Esses índices repetidos fazem a soma dos produtos, caracterizando a combinação linear de que estamos falando.

- i representa um índice um livre, que aparece em ambos os membros e representam cada um dos 4 vetores da base.  Um índice mudo pode ser representado por qualquer letra, que não causa confusão. Mas a regra é esta: um índice livre aparece uma vez em cada membro da equação, podendo se repetir pelos diversos monômios presentes no segundo membro, mas não necessariamente em todos os monômios.

- k representa a direção ou a variável em relação à qual estamos derivando o vetor de base natural;  k  nomeia ou rotula  cada  coordenada como,  {}  =  (,, , )

Dessa forma, cremos que fica bastante claro que a representação  é completa, e que não restam dúvidas a respeito do que cada índice no símbolo quer dizer.  Se restarem dúvidas gostaria de dirimi-las.

Obs.: Se o vetor que estamos arrastando daqui para acolá for contravariante, isto é, cujas componentes têm o índice na parte superior, então os índices de seus coeficientes de conexão ainda têm os mesmos significados, só que, agora, devemos considerar que o índice de soma está na parte inferior e o índice que representa as componentes vai para a parte superior do símbolo. Uma regra: se o vetor considerado é covariante, seus índices de conexão têm o índice livre na parte inferior, sendo os outros de soma e de derivação; se contravariante, ou vetor propriamente dito, os índices de conexão a que a ele se refere têm o índice livre na parte superior, os demais sendo de soma e derivação. É só verificar a posição do índice representativo da componente e seguir em frente com as regrinhas acima: índice contravariante, na parte superior; índice covariante na parte inferior. E nunca é diferente dessa ordem.

Não considero demais ser um pouco repetitivo, retomando a Eq.(1) e dizendo  tudo de outra maneira:  na letra Γo índice j  superior conecta-se ao j inferior do vetor seguinte, e temos uma soma sobre os s, o que configura a representação da combinação linear. O índice i refere-se a um qualquer um dos vetores de base e o k diz em relação a que direção a variação está sendo avaliada.

De momento, é suficiente entender o que faz o coeficiente de conexão, representado pela Eq.(1), isto é, qual o seu papel na configuração do vetor em cada ponto. Como calcular o valor dessa entidade, num ponto qualquer – e seu valor é referido a cada ponto- é outra história, sobre o que falaremos mais tarde.

Mas falarei um pouco mais sobre ele, qualitativamente. Por exemplo, exibe umas propriedades confortantes, como ser simétrico em relação aos índices inferiores,i e k.  Ser simétrico em relação aos índices inferiores significa que tanto faz considerar o conjunto dos dois índices inferiores como ki ou ik, que o valor da conexão será a mesma.  Do contrário, estaríamos em maus lençóis e a física provavelmente seria bem diferente da que conhecemos hoje, uma verdadeira bagunça, sem uma ordem específica;  o mundo seria algo muito próximo de uma loucura.  Mas tergiversar sobre essas questões  é mais que filosofar, e isso também não sei,  portanto, paro por aqui mesmo.

Agora, a notícia ruim: o cálculo de cada um desses símbolos é extremamente difícil, dependendo da métrica e do sistema de referência usados. Felizmente, também, não precisaremos disso nesta etapa de minha explanação.

Como exemplo, apresento a expansão para as taxas de variação espacial dos vetores de base natural, Eq.(5),  considerando apenas o espaço 3-D:

Para a componente i = 1, a Eq.(5) ficaria assim:

 ++

Vê-se, de pronto, que para  i = 1 no vetor de base natural, ou  (na direção 1 ou direção x)  teremos 3 equações, uma para cada , índice da coordenada , em relação à qual a derivação está sendo calculada.  Usa-se o símbolo de derivada parcial pelo fato de tratar-se de múltiplas variáveis e não uma só.

Depois faz-se i =2, e se procede de maneira idêntica; depois, faz-se i = 3.

Logo, com n=3, teremos, ao todo, nove equações diferenciais, 3 para cada i. Se n = 4, teremos 16 equações, e assim sucessivamente.  Agora, para encontrar o valor de cada   ,  ou seja,o valor  das taxas de variação espacial, em cada direção, é preciso que conheçamos o valor de cada  .  No momento, contudo, como já disse mais acima, e para os propósitos a que nos propomos, basta ter  um compreensão qualitativa do significado do símbolo de Christoffel, no que consiste, sobretudo, os seus índices. Que, acho, já temos.

(Não é demais enfatizar: este símbolo de Christoffel, ou coeficiente de conexão, é um dos elementos centrais  de toda a geometria diferencial essencial à RG, e que faz o  link entre dois pontos vizinhos do espaço curvo. Sem ele, estaríamos a ver navios...).

Bem, agora já olhando para o símbolo de Christoffel com mais simpatia, e sem a impressão de que se trata de um bicho de sete cabeças, podemos escrever uma expressão para  , que expressa a variação total da base natural, conforme Eq.(1), retro, isto é, devida à contribuição de todas as componentes, a partir de (1):

 

 =

 

(7)      

Agora, qual a razão pela qual a relação acima é produto das três quantidades ora em discussão, e não outra?

Para responder a essa questão, ao menos do ponto de vista qualitativo usaremos,  para o mister,  os conceitos já vistos mais acima: componentes de vetores, e seus deslocamentos.

Sendo práticos, dizemos o seguinte:   é deslocado de P a ,  unidades de distância;

Em , as componentes do vetor agora serão , diferentes, devido à curvatura do espaço.

Chamemos essa diferença de d, que é, obviamente, diferente de zero. Verifica-se o seguinte:

 é proporcional não só ao módulo de , como também à distância entre os pontos de aplicação, que vamos chamar de d.  Então  será  proporcional, também, ao produto entre esses dois fatores. Ou seja,

 

 

d

 

(8)      

 

Assim, para as componentes de um vetor contravariante, a constante de proporcionalidade  para cada componente é, precisamente ele, o senhor do espaço e suas curvas:  o símbolo de Christoffel. Assim,

 

(9)      

 

a menos do sinal negativo, que logo mais será justificado.  Ou seja, restabelecemos a igualdade introduzindo o coeficiente G, com a distribuição de índices indicada. A conexão entre a variação de V,, e o próprio V fica, assim, perfeitamente determinada. O significado dos índices é exatamente o mesmo dado anteriormente. Aquí aparece um sinal negativo, que não caiu do céu, mas isto é devido à consideração do vetor, que é contravariante, enquanto no caso anterior(bases naturais são covariantes, índice na parte inferior)  ele é covariante.  Não importa que seja um vetor base ou não, a forma da expressão é a mesma, aquela da equação (4) ou esta última, Eq.(9), a menos do sinal, claro. Pois uma base é um vetor como outro qualquer. Nada de especial com ela.  Noutra oportunidade, mostrarei, de maneira igualmente simples, como se obtém, algebricamente,  (Eq.(9)) para um vetor contravariante a partir de uma operação muitos simples:  produto escalar entre dois vetores! 

Por ora, só admitam que eu não estou querendo enrolar...

2 – Agora que já sabemos o que é o símbolo de Christoffel, aproveitarei os resultados acima para mais uns conhecimentos e rumar para o que se destina essa conversa toda.

Resumindo o que já vimos

Na discussão até agora levada a efeito, que objetivou introduzir o conceito de conexão afim, ou coeficiente de conexão, ou Símbolo de Christoffel, acabamos explicitando, a reboque, outra figura essencial:  que foi exatamente como determinar uma fórmula para correção do valor das componentes de um vetor, quando ele passa de um ponto  a outro, , num espaço curvo. Assim,

1 – Se o vetor considerado tem componentes contravariantes(índice superior), então, por um cálculo usando as técnicas do  transporte paralelo, as variações que experimenta no  deslocamento é dada por

                                                                                                             (9)´

2 – Se o vetor considerado tem componentes covariantes(índice inferior), então, usandos os mesmos  procedimentos,  as variações que experimenta no deslocamento é dada por:

 

(10)  

 

Não deduzi a expressão Eq.(10),  que o objetivo atual não é esse. Mas creio que lhe dei uma interpretação razoável.  O suficiente para podermos aplicar no que vem a seguir, sem causar repulsa ou estranheza.  Igualmente, falamos bastante sobre o símbolo de Christoffel, a nível qualitativo e alguns argumentos de plausibilidade. Só gostaria de saber se está tudo bem.  E não me refiro apenas ao ZT.

Resumindo mais ainda: 

Se o vetor V vai do ponto P até o ponto , cujas coordenadas estão indicadas na Fig.1, acima, ao vetor deslocado paralelamente somamos a correção

   se ele tem componentes contravariantes; e,

       se ele tem componentes covariantes.

Simples assim.   Este processo é absolutamente genérico e à prova de falhas, de qualquer espécie.                         

Partindo para os finalmentes – Rumo ao descritor de curvatura aloprado.

Podemos agora aplicar os conhecimentos prévios à Figura (1).  E vamos ver o que acontece ao passarmos de P para  e de  para , etc. Cada ponto um vizinho ao ponto prévio.  Observe a estrutura das coordenadas em cada ponto considerado e que o vetor em P é bem determinado, isto é, conhecido em todos os seus aspectos.  O objetivo é determinar, como disse, um expressão que meça a curvatura por ventura existente.

Então vamos organizar esse negócio da seguinte maneira:

 

1 – Na Fig. (1) vemos que:

 é deslocado de P até ;  em , suas componentes, em conseqüência da curvatura espacial,  passam a ser , no ponto ;

b) ao ir de  a , essas  componentes serão agora: ),  no ponto ;

c) Pelo que expusemos na conversa acima, podemos expressar ), como:

) = + = ,

pois V tem componentes contravariantes.

Assim, a diferença entre os vetores em  e  será:

δ)-= ,  ou

 

(11)  

 

onde, mesmo arriscando tornar a representação simbólica muito carregada, e contribuir para alguma confusão, assim procedemos para enfatizar em que pontos devemos calcular as variáveis  .

Então, explicando a notação acima:

e são calculados em P1, daí por que explicitamos suas coordenadas, para que não restem dúvidas.

Mas partimos de P(, onde supomos conhecidos  e  , e podemos colocar  em termos de  seus valores em  P(.

1)      Supondo  muito pequeno, podemos expandir  via São Taylor, em primeira ordem de  para obter seu valor em , vizinho a da seguinte maneira:

 

 

(12)  

 

                       (5)

 

 

2)      De acordo com o que já vimos sobre deslocamento paralelo, podemos expressar  em termos de seus valores em P, da seguinte maneira:

 

=  -  =   -

 

(13)  

 

 

 

(14)  

 

Nesta altura não devem restar dúvidas do ponto onde  estão sendo considerados, nem a razão do uso dessas novas letras como índices. (Esta economia de letras descarrega a equações e facilita o manuseio).

3)      Substituindo agora (12) e (13) em (11), temos:

  +  -)

Agora, passemos à operação. Eliminando os parêntesis:

= -{-  +  - }

Rearrumando:

= - {-  +      - }

= - {-  + -  }

Mas o monômio que está multiplicado pelo termo   -de segunda ordem - pode ser desprezado frente aos demais. Logo,

= -{-  + } →

= -+ {  -   }

Integrando ao longo de todo o caminho fechado, Fig.1, temos:

 

(15)  

Agora, observemos o monômio . Vemos que r é índice mudo, ou de soma; logo, podemos trocá-los entre si, de maneira coerente, que isto não desequilibra a expressão.  Assim, para por as componentes de V identificadas pelo mesmo índice, o que é possível, façamos o seguinte: onde há r, substituímos por j, vice-versa. Isto tem que ser feito para todos os r e j do monômio.

Assim: fazendo r → j → r, tem-se

 e vemos que os índices ora permutados continuam a fazer com o monônio o mesmo que anteriormente. (Para ver isso, basta expandir os dois, usando a regra de Einstein).  Ou seja, os r e j continuam sendo índices mudos, de soma, só que em termos diferentes. Mas isto não altera o resultado.

Isto posto, fazemos a substituição dessa nova expressão na Eq.(15) e fatoramos , que agora é comum. Então:

 

= -+ { -

 

(16)  

Entende-se que a integração é feita sobre o caminho fechado, C.

As integrais      são, para o circuito fechado:

 

 =  = 0

 

(17)  

Não sabemos, a priori, o que é e o que significa essa integral  .

Mas sabemos que,

 

 =   = 0

(18)  

 

portanto, usando a regra de Leibniz, temos:

 = =  0    →    

sendo este um resultado bem interessante e cheio de significado: o integrando é anti-simétrico! Aquí, a ordem dos fatores, na multiplicação importa. Permutando k e l, o resultado muda de sinal.  Por conta desse fato, podemos encontrar um expressão simplificada, lançando mão do seguinte simples artifício matemático (a+a=2a), e depois permutando k e l:

2 = = , ou,

 = (1/2) = (1/2)

É costume chamar o primeiro de fator anti-simétrico.

Logo, com essa notação, fazemos

 

= (1/2)

 

(19)  

para obter uma simplificação, onde   é uma quantidade anti-simétrica, com 16 componentes(supomos aqui o 4-espaço curvo), sendo nula a diagonal principal da matriz representativa. Isto é, trata-se de um vetor “gordinho”, que, já sabemos, é chamado de tensor. (Na verdade, deve-se provar que  é um tensor antisimétrico, e a prova bem chatinha. Fica para os mais sabidos.)

Assim, a Eq.(16) poderá ser simplificada para:

= -+ { -

 

= 0+ { - →

 

{ -

 

(20)  

 

Pode-se, ainda, obter uma expressão mais geral, a partir de (20), considerando o seguinte: a expressão entre colchetes não é anti-simétrica em l e k. Mas podemos, sem prejuízo de quebrar o equilíbrio entre os índices, permutar o l e k, em todos os termos do colchetes(e não  apenas num dos monômios!). Fazendo isso, teremos:

={-

={-       →

 

= {+

 

(21)  

Vez que , pois essas quantidades são anti-simétricas.

Somando Eqs.(20) e (21):

2={ -  →

= (1/2)

Fazendo     

 

  =

(22)  

tem-se:

 

= (1/2)

 

(23)  

E esta expressão define, rigorosamente, se uma dada região do espaço é curva ou não. O símbolo  representa  a fórmula que permite definir se tal ou qual região de um dado espaço , de qualquer dimensão, é curva ou não. Foi descoberta por Riemman, sendo conhecido como o famoso tensor de curvatura de Riemann. É o objeto matemático mais complexo usado na RG. E tem uma significação não muito complicada, o que nos permitiu chegar até aqui, ainda que timidamente.

Vemos que o tensor de Riemann é inteiramente dependente dos Símbolos de Christoffel e de suas derivadas primeiras. É só aprendermos como obter os e pronto, podemos ter o valor de Noutro post, se houver interesse,  mostrarei que o tensor de curvatura tem a seguinte unidade: unidades de curvatura por m², no sistema MKS!

Quanto aos diversos índices, deixo a critério de alguns de vocês postar discussões e perguntas, ou esclarecimentos. Pelo que expliquei a respeito, anteriormente, dá para inferir os que aparecem nos diversos termos que formam a expressão de Riemman.  Mas creio que não restarão muitas dúvidas.

Ante as declarações de alguns amigos da net, de que a RG usa uma matemática estratosférica, entre outras classificações, era meu desejo, há muito tempo, postar algo assim, escrito de maneira tão simples quanto sou capaz. E, ainda assim, mostrar que se trata apenas de matemática, embora sob os auspícios de novos conceitos geométricos/matemáticos.

Ao longo das linhas acima, evitei falar no nome tensor. Mas todos estamos acostumados a trabalhar com e usar tensores no dia a dia, desde nosso segundo grau. Só que não se dá esse nome, por lá. Por exemplo, um dos tensores mais importantes é o escalar que se obtém pelo produto escalar de dois vetores.  Podemos encarar um tensor, também, como um operador, que age sobre vetores.  Assim,

O produto escalar entre dois vetores A e B é definido pela relação funcional:

Onde  o tensor métrico. Isto é,  uma “maquina” que transforma dois vetores num único escalar, através da operação “produto escalar”, tão conhecida de tantos.

(Sobre o tensor métrico há muito que falar. Os símbolos de Christoffel, são funções tensor métrico e de suas derivadas. O de Riemann é função dos coeficientes de Conexão, logo, são funções das derivadas primeiras e segundas do tensor métrico).

Bem, vou terminando por aqui. Claro que isto está longe de ser sequer parecido com um artigo que mereça ser usado como referência, até em razão de se tratar de uma mera explanação matemática sem o rigor que normalmente é exigido em coisas da espécie. Pretende ser, antes, um papo informal, com um objetivo, já explicado.

 Infelizmente, o texto ficou bastante longo. Autores como Schutz ou Harle, dizem tudo que eu disse acima, em cerca de 17 páginas, em uma página ou duas no máximo. Mas usam muitos conceitos supostamente de conhecimento proficiente de quem está lendo ou estudando o texto. Não é o que supuz. Embora possa não ser assim para todos.

Bem, espero ter contribuído, ao menos com alguns esclarecimentos vitais e iniciado um trabalho de desmistificação da matemática usada na relatividade geral. Continuarei o papo nos próximos posts, se houver alguma receptividade deste.

Talvez falando das propriedades de  e obtenção de dois tensores mais simples, um com dois índices apenas(devido a Ricci) e outro sem nenhum índice(ou um escalar, escalar de Ricci).

Estes dois últimos tensores são os únicos que são usados em RG. Para felicidade geral de todos. Aliás, apenas com o tensor de Ricci pode-se explicar o funcionamento do universo e daí gerar umacosmologia científica. Alías, ainda: em RG usa-se pouco de todo aparato extenso e complexo da geometria diferencial; usa-se bastante do aparato tensorial, mas tudo que o formalismo representa. De forma que a RG é bem comportada e accessível a todos, que estes precisem ser experts e provficientes em toda a matemática dessa ordem.

Os assuntos que pretendo abordar, de futuro, são, entre outros:

1 Tipos de derivadas na matemática e seus significados e aplicações. Entre elas, a Derivada covariante, que é uma extensão ao cálculo tensorial da derivada ordinária do espaço plano Euclideano.

2 Deslocamento paralelo, com um pouco mais de detalhes que os discutidos aqui.

3 Cálculo dos símbolos de Christoffel para um caso simples, que  caiba neste ambiente. Expressões diferenciais  para o cálculo de Christoffel.

4 Conceito de derivada direcional, novos conceitos de vetores e covetores(formas diferenciais de ordem 1, as chamadas formas-1)

5 Equações de Newton em espaços curvos(mas Newton não sabia disso. Portanto, fiquem calados...)

6 Etceteras, a depender do tempo e do interesse de algum de vocês.

 

 

Saudações.

Victor.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 





[i]  O cálculo tensorial, era, na época de Einstein, muito novo. Muitos físicos e matemáticos já conheciam, mas não lhe davam muita atenção, primeiro em razão de alguns julgarem que aquilo era muito abstrato, sendo matemática pura, sem aplicação útil, ao menos de imediato. Além disso, como a geometria diferencial não estava ainda bem desenvolvida, era, como ainda se faz, usado o método das componentes para representar essas coisas. Só que, para espaços multidimensionais a quantidade de índices que compareciam em cada monômio era grande, envolvendo sinais e mais sinais de somatórias. Uma verdadeira selva de índices, conforme apontou, corretamente, Butkov, em sua bíblia sagrada. Os cálculos eram tediosos, chatos e abusados. De qualquer forma, uma maioria, preguiçosacomo eu, não se dispunha a esses trabalhos fastidiosos, razão pela qual a teoria estava ali mais ou menos estagnada. Depois que Einstein com seu olhar simplificador e genérico viu que, na realidade, os sinais de somatórios poderiam ser abolidos, em favor de uma notação mais simples e mais compacta, com as mesmas propriedades operacionais, então a coisa mudou. Um conhecido astrônomo, físico e matemático disparou: ...e então o cálculo tensorial tomou nova impulsão. Como, de fato, aconteceu. E o céu foi o limite, diria eu. 


SUBJECT: ENC: Tensor de curvatura - uma tentativa de dedução simples.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/09/2012 19:04

Amigos,

Resolví anexar o arquivo .doc no qual desenvolvi o post “Tensor de curvatura - uma tentativa de dedução simples.”, para o caso de as equações e outras figuras serem bagunçadas pelo Outlook.

Reiteiro minha dsp para responder a perguntas sobre o assunto. (dsp=disponibilidade...)

Sds,

Victor.

 

De: JVictor [mailto:j.victor.neto@uol.com.br]
Enviada em: sábado, 22 de setembro de 2012 18:59
Para: 'ciencialist@yahoogrupos.com.br'
Assunto: ENC: Tensor de curvatura - uma tentativa de dedução simples.

 

 

Olá,

 

Espero, com este post, responder  ao Tulio em algumas de suas dúvidas;  além disso, é também um desejo antigo  de tentar desmistificar uma das entidades matemáticas mais famosas e vitais no estudo de curvaturas espaciais. Este ente matemático , descoberto por Riemann, e que tem um  filhote que é fundamental em Relatividade, que expressa de maneira completa toda a essência da teoria.  Desmistificar no sentido de que, ao contrário do que parece, este objeto matemático, chamado de tensor de Riemann (quem conhece vetores está no final do caminho para saber o que é um tensor.  Trocando em miúdos, um tensor pode ser imaginado como um vetor com mais de 3 componentes. É um vetor gordinho...No final deste post dou uma pequena demonstração de que há muito todos nós sabemos o que é um tensor)  tem uma interpretação e uma dedução bastante accessíveis. E não precisa ter mais que algum conhecimento de cálculo, no máximo, a nível de graduação, para compreender de que se trata.  Só precisamos de alguns conceitos, até mais ou menos intuitivos, os quais exporei de maneira informal, para que essa exposição seja útil, após o que pode-se  encontrar aquela fórmula matemática, absolutamente genérica, universal, que especifica de maneira completa a famosa descoberta matemática de Riemann;  que descreve qualitativa e quantitavamente não só as curvaturas das beldades do cinema e da TV  como até mesmo miseráveis dobras que já, já, começarão a surgir ao longo de meu próprio espaço “corporal”... A idade avança e o tensor de curvatura vai ficando mais chato...com suas revelações quantitativas.

 Conheço algumas deduções e explicações do seu significado. Contudo, como muitos autores, senão todos, escrevem para especialistas, pois acham que simples mortais não podem ter acesso a esse conhecimento, ainda que sem a profundidade e o rigor requeridos, as exposições são muito técnicas, algumas herméticas demais e adornadas de conceitos matemáticos bem avançados, e algo abstratos, daqueles que fazem a alma voar, voar, enquanto o velho corpo  de guerra vai ficando, ficando...

A minha proposta é simples, mas sem o rigor necessário normalmente desenvolvidos pelos matemásticos; apenas o suficiente para que, ao olhar para o símbolo que representa aquela entidade, ele se lhe afigure um velho conhecido, sem que a simbologia usual exiba mais  segredos, aparentemente cavernosos.

Uma beleza!

Já a operacionalidade...bem, isto é outra história, para depois do cinema.

Devemos, contudo,assumir a existênciade algumas coisas.

Então, partimos das seguintes premissas:

1 - O espaço é curvo, e sua curvatura,em qualquer região,  é determinada pela densidade de energia/massa(conforme  o próprio Riemman desconfiou, sendo, em minha opinião, um antecessor de Einstein, antecipando-se a Einstein, nesse mister.

Obs.:Nessa  discussão não usaremos de maneira alguma a influência da massa-energia.  Apenas a premissa da curvatura, sem levar em conta a causa.

2 – Dado um campo vetorial  V em um ponto  do espaço curvo,   alinhemos as seguintes considerações a respeito de suas componentes são representadas e do próprio vetor.

a)       , com i = 0,1,2,3, com o índice i na parte superior da letra representativa da componente do vetor.

b)      As componentes     variam de ponto a ponto, mas o vetor, como um todo, não.

c)       Numa vizinhança de de raio  muito pequeno, podemos escrever todos os vetores tangentes à superfície nesse ponto .  Expresso assim, isto define o conceito de campo vetorial no ponto .

d)      Transportado para outro ponto , vizinho, esse campo assume outro valor,em virtude da curvatura do espaço, configurando aí outro campo vetorial,  sendo que este novo campo vetorial dependerá do caminho seguido.  Ou seja, se o caminho entre os dois pontos for outro, diferente do primeiro, o novo campo não coincidirá com o primeiro, no mesmo ponto. (A diferença angular entre as posições devida a um caminho e a outro caminho qualquer define a curvatura do espaço. Se a diferença angular é zero, o espaço é plano. Se diferente de zero, o espçao não é plano.)

e)      Ao deslocar um vetor de um ponto a outro, vizinho,  o vetor permanecerá, sempre, tangente à superfície e sempre paralelo à sua posição infinitesimal prévia .

Uma maneira de visualizar isso é imaginar o seguinte: em cada ponto P traçamos um  plano tangente àquele ponto,  espaço tangente esse no qual o vetor está inscrito e existe em todas as suas características.

Vamos expandir um pouco mais o item (2e), retro, a fim de obter alguma familiaridade  com esse conceito, devido a sua importância. Não é demais um pouco de repetividade. Num espaço curvo, a cada ponto corresponde um espaço plano tangente a um ponto P(os matemáticos designam isso como:   Como podemos especificar um plano através de um vetor normal, em geral unitário, segue-se que esses vetores normais não são paralelos em pontos diferentes, pois estes  pertencem a espaços tangentes planos diferentes;  portanto, os vetores inscritos nesses espaços tangentes, também chamados  locais,  são diferentes, no que tange às suas componentes!  Eis, então, a associação que se faz entre um ponto espacial e espaço tangente nesse ponto:   Deslocar o vetor V do ponto  até o ponto , suficientemente vizinho, implica que as coordenadas e suas componentes, nos pontos  e ,  são diferentes, conforme mostrado na Figura 1

(Obs.: Para continuidade, e para evitar futuras confusões, vamos adotar a seguinte convenção: letra maiúscula negritada representa um vetor; um índice inferior, negritado, representa o ponto onde o vetor está aplicado. Exemplo: vetor V no ponto x, onde x pode ser: 1,2...A, B P, , , etc.  Isto manterá o foco de localidade.  Também, pode-se escrever a representação,  sem o índice, mas escrevendo explicitamente que se trata do ponto tal ou qual. Aquí será usada a  que for mais cômoda, no momento).

3 – A diferença entre os vetores, (- ), expressa o quanto V mudou por causa do translado.

Agora, é importante reconhecer que ( - ) não é uma diferença vetorial legítima, ou seja, não representa um vetor, pois os pontos  e P são pontos diferentes, pois  estão em espaços tangentes diferentes.  Já que, por hipótese, o espaço em questão é curvo. Isto significa o seguinte:  a diferença acima não tem sentido geométrico ou físico. É como subtrair de 9 frutas, entre laranjas e peras,  duas peras: o resultado será 7 peras, 7 laranjas ou 7 laranjas e peras? 

Se o espaço fosse plano, tudo bem. Mas não é.  Então, tudo mal.  Mal, em termos. Pois há como resolver isso, legalmente, sem ser com o jeitinho brasileiro.

Assim, nossa tarefa, agora, é encontrar uma maneira de calcular o quanto as componentes de um vetor mudam  ao ser este deslocado, seguindo as regras dadas mais acima. Isto poderá ser obtido encontrando uma maneira de comparar os dois vetores, antes em pontos diferentes, postados agora em um mesmo ponto. Para resolver esta situação, fazemos o seguinte:

Deslocamos , mantendo sua direção e sentido originais, de volta, desde o ponto  até o ponto P.  Veremos, neste processo,  que o vetor não mais coincidirá com o vetor original, De igual maneira, ao levar  do ponto  a outro ponto , em ,  terá mudado novamente suas componentes e sua direção, e assim sucessivamente.

 (Há umas técnicas de desenho geométrico que permitem fazer isso corretamente. Mas não usaremos aqui. Nosso objetivo é, ao final,  obter uma expressão analítica que dará conta do recado.)

Quando dizemos deslocar um vetor de um ponto P a outro, vizinho, P1, onde os vetores assumem os valores   a , fica implícito que o deslocamento se faz sempre tangente à superfície, e,  ao mesmo tempo,  paralelamente a si mesmo, aliás, tão paralelo à posição anterior quanto possível, a cada deslocamento infinitesimal. De tal maneira que, após um deslocamento infinitesimal, δx, o vetor conserve   sua direção original e seu módulo.

Argumentar à luz de um exemplo concreto economiza juízo. Considere uma esfera.  Seja um vetor localizado num  ponto P do  equador, tangente à circunferência equatorial,  apontando para leste.  Considere agora um meridiano que passa pelo ponto P. Esse meridiano, no ponto P, faz um ângulo reto com o vetor V, que é tangente ao grande círculo equatorial, no ponto P. Para manter as coisas simples, e o mais próximo da realidade, imagine que o vetor tem as dimensões  de um pequeníssimo inseto, tal como uma formiga, mas  bi-dimensional.   Desloquemos V  paralelamente a si mesmo(nos moldes discutidos mais acima) desde o ponto A, onde é tangente à circunferência equatorial e perpendicular ao arco AB de  meridiano, que começa em A e termina  no ponto B, no polo norte, de tal forma que seja sempre perpendicular ao arco de meridiano AB, durante todo o percurso, ao longo do qual se efetiva, ponto a ponto, o deslocamento paralelo.  No ponto, o vetor já é tangente ao arco de meridiando BC e, durante urante o percurso ao longo desse arco BC, o vetor V, que antes era perpendicular ao primeiro meridiano(arco AB), agora é tangente ao arco BC e permanecerá tangente a ele, e tão paralelo quanto possível, ponto a ponto, à sua posição anterior, até encontrar novamente a circunferência equatorial inicial, num ponto C, onde lhe será perpendicular, apontando agora para o sul. A partir de C, será deslocado paralelamente a si próprio, e perpendicular ao arco de equador CA, segundo os mesmos critérios,  até voltar ao ponto inicial, A. Mas, nesse ponto, acontece isto: o vetor V será perpendicular á direção original, além de apontar para o Sul, como já acontecia, desde o ponto C, quando ocorreu a mudança na direção do movimento.

Ou seja:  num espaço curvo, ao deslocar vetor V paralelamente a si próprio, num circuito fechado, ao voltar à origem, o vetor V não terá mais a direção inicial. No caso muito particular deste exemplo simples, o vetor rotacionou 90º !  Num espaço plano não haveria essa diferença. Os vetores inicial e final coincidiriam em todos os aspectos. E isto só acontece, necessariamente, por causa da curvatura da superfície esférica bi-dimensional. Definitivamente, essa diferença angular é uma medida segura de quanto o espaço em estudo é curvo.   Há uns procedimentos matemáticos, devidos a Gauss e Riemann que permitem as fórmulas para um cálculo cálculo simples dessas coisas. Mas, por ora, basta saber que é assim.  Se você fizer o desenho, seguindo a descrição acima,irá visualizar melhor.

Uma observação de  importância crucial, que evita futuras confusões:  falamos de deslocamento paralelo ponto a ponto, muito vizinhos. Mas isto não implica que, globalmente, os vetores nas posições inicial e final sejam paralelos!  Trocando em miúdos, não se pode garantir que sejam paralelos ou não, apesar de os deslocamentos terem sido feitos, ponto a ponto, tão paralelos quanto possível.   A menos que o espaço seja plano. 

A razão é que  paralelismo de que ora se trata é local.

Na descrição anterior temos os vetores no ponto A, e no ponto B, pólo norte, após seu deslocamento paralelo, nos moldes descritos. Ora, claramente, no ponto B,  não tem a mesma direção e sentido que  tinha em A, globalmente falando!  Embora, por construção, os módulos sejam os mesmos. Em A, aponta para o leste, sendo tangente  ao arco de circunferência equatorial;  em B, não aponta mais para o leste, mas para um direção entre sul e leste. Mesmo que a construção tenha sido usando o conceito de deslocamento paralelo!    Reconhecer essa sutil diferença é fundamental.

Esta é a chave. Detalhando um pouco mais.

Para poder comparar, isto é, calcular efetivamente a diferença entre os dois vetores (que agora substituímos a designação dos pontos P pelos nomes A e B, para manter a mesma ordem do exemplo anterior)  é necessário e suficiente que, de alguma maneira,  seja trazido de volta, até o ponto inicial, A, com a mesma direção e mesmo sentido que tinha  no ponto B  e, ai sim, podemos aplicar quaisquer regras de soma vetorial.  Mas devemos fazer isso de tal maneira que conserve, no ponto A, a mesma direção e sentido que tinha no ponto . E só há uma maneira de fazer isso:  deslocar  paralelamente a si próprio, desde  até A, mas de uma maneira específica, esclarecida logo a seguir.  Assim, se as componentes do vetor forem chamadas de , a diferença  δ  ficará perfeitamente determinada. A questão, agora, é saber como encontrar isso, quantitativamente. Mas não se pode fazer isso de qualquer maneira.  Uma maneira de operar é a seguinte: ligar o ponto B ao ponto A por uma reta imaginária e deslisar   paralelamente a si mesmo sobre esta reta, de uma só vez, até o ponto A! Com isto você constrói um desenho com os vetores original e o assim deslocado, ambos no mesmo ponto, e então poderá aplicar algum dos processos geométricos para operações de soma e subtração de vetores.  A diferença,  (  agora será uma diferença vetorial legítima.

Até onde li, as obras que tratam desse assunto não detalham tanto, e deixam essas conclusões para o leitor. Mas, particularmente, acho isso uma falta de piedade para com simples mortais!... Mas espero que quem estiver a ver navios, agora,  veja outras coisas no horizonte.

Depois desses esclarecimentos, vamos descrever alguns objetos matemáticos relevantes ao processo, sem demonstrações, apenas usando argumentos que considero plausíveis e suficientes numa primeira abordagem mas que, suponho, dará uma familiaridade ao objeto descrito.

5 – Para esse mister, vamos esquematizar e organizar tudo numa figura que envolva os parâmetros necessários, como na Fig.1, a seguirImagine a seguinte situação.  É dado, num espaço qualquer(mas vamos supô-lo lisinho e suave em suas curvas, onde derivadas de qualquer ordem possam ser calculadas em qualquer ponto. Isto é, é um espaço sem quinas, ou pontos de inflexão, onde certas operações inexistem. O nome mais técnico de algo é assim é:  manifold ou carta) um ponto P(), onde os  são as coordenadas do ponto P, sendo i um índice contravariante(postado na parte superior da letra que representa a componente do  vetor;  este índice pode assumir os valores ( 0,1,2,3) para representar as direções dos vetores  de base natural  considerados- como x, y, z e w por exemplo.

 (Alguém pode, agora, objetar: mas por que falar em base coordenada, sistema de coordenadas, se um vetor independe do sistema de referência?  A resposta é:   o vetor independe, sim,  mas as coordenadas não!)

1 – Consideremos agora a Fig.1  abaixo, representando um circuito fechado num espaço curvo, não Euclideano, com um ponto central, de coordenada  , de onde partimos:

 

 

)                             

 


Reservado:                                                   P(x^i)      .                                                                             

 

 

 

 

 

Figura 1

O vetor de componentes, está definido em P().  Os  (uma letra bonita para representar o incremento global δx) representam  pequeníssimas quantidades que incrementam as coordenadas , quando   é deslocado(tangente à trajetória e localmente paralelo a si próprio) de P a

Então é assim:  , de componentes  em P, foi deslocado de P até , infinitesimalmente próximo de P, onde suas componentes mudaram para , e sua direção será outra.   As quantidades , que representa uma variação na coordenada   é uma quantidade muito pequena, e representa a distância infinitesimal  entre P() e  (.

Só para lembrar, pois usaremos isto mais tarde:

Em  (as componentes do vetor original terão os valores =, onde    representa o quanto variou  . Não se preocupem com a mudança de i para j nas componentes. Poderia ser j ou outra letra qualquer, menos o próprio i.  Isto apenas indica que as componentes são diferentes. (Vamos falar do vetor expressando-o com a letra para vetor ou na forma componentes, indiferentemente)

Agora, desloquemos   de   até  , que é infinitesimalmente vizinho de  ; vemos que o novo vetor, em virtude da curvatura do espaço terá um valor, que é o que estava em , ,  corrigido por um fator , dado por

 

 

(1)      

Onde:

, calculados em , são objetos matemáticos, chamados de coeficientes  de conexão, visto que conectam o ponto  ao ponto , considerando toda a influência da curvatura sobre as componentes do vetor.

Esse objeto, que faz efetivamente a conexão entre os dois pontos infinitesimais,  chama-se Símbolos de Christoffel, em homenagem ao matemático que os descobriu e os introduziu na geometria diferencial.  (Mais à frente darei uma interpretação para esses símbolos, sobretudo o que significam os índices...).

Enfatizando:

 em  ( )  representa as componentes do vetor que tem componentes   em P() e assim sucessivamente.

  representa aquele pequeníssimo incremento na coordenada ().

Agora sim, introduzimos um coeficiente aparentemente esquesito,  sem maiores explicações. E devemos responder à questão:

Qual é mesmo o seu significado geométrico, e o que significam aqueles índices, um superior e dois inferiores na letra Gamma( G )?

Para uma motivação, precisamos de um pouco mais de notação e de alguns poucos conceitos associados a espaços vetoriais.

Consideremos o seguinte:

1 – Uma base {, é constituída dos vetores unitários (,,  ), e isto define um espaço vetorial onde vetores existem e podem ser especificados em todos os seus atributos;

2 – Um vetor V, pode ser representado como uma combinação linear dos seus vetores unitários de base, naturais, da seguinte maneira:

V == ++

onde os coeficientes dos vetores de base são os , componentes de V, com i=1,2,3. (Como mais um lembrete útil:   = V., ou seja, produto escalar do vetor V com o vetor de base natural . Esta é a velha e boa maneira de obter as projeções de um vetor qualquer sobre os eixos coordenados do sistema de referência usado(para lembrar:  =|V|.cos(V,) =  |V|cos(V, ), o parêntesis representa o ângulo entre os vetores  V).

(Obs.: Na representação da combinação linear,

 

V =  =  +  +

 

(2)      

vemos a aplicação da regrinha universal devida a Einstein, que diz:  sempre que num produto de dois fatores comparecerem  em um deles um índice superior e no outro um índice inferior, iguais, isto ativa uma soma desses produtos sobre os valores varridos pelos índices(no caso, (1,2,3) ). Desta maneira Einstein  defenestrou os abusados e enfadonhos símbolos de somatórios.)[i]

Bem, mas ainda não demos um significado para os Símbolos de Christoffel.

Assim, investiguemos, mantendo as coisas tão simples quanto possível, como um vetor V varia quando o deslocamos de um ponto  para um ponto vizinho  num espaço qualquer.

Eis uma motivação, do ponto de vista matemático. Calculemos a derivada desse vetor em relação a uma coordenada qualquer de seu sistema de referência, digamos, . Assim, a derivada espacial de um vetor V, pode ser expressa como:

 

 

dV=d= (d(d)

 

(3)      

 

segundo a regra de Leibniz, da derivada de um produto, onde V  e  são funções de .

Apenas por esse cálculo simples podemos inferir  facilmente o seguinte:

1 – Se o espaço é Euclideano, d=0. Pois a base , em qualquer ponto do plano, é constante. Evidentemente, com variação nula. Pois as componentes  são as mesmas, em quaisquer dois pontos;  idem, com referência à direção espacial. Os vetores nos dois pontos só diferem por uma translação, e nada mais.  E isto em nada afeta o vetor.

2 – Se o espaço não é plano, então  d0, obviamente,conforme já discutimos.  Isto significa que a base {varia de ponto para ponto, em razão, principalmente,da curvatura do espaço[ii].  Isto é o mesmo que dizer  a cada ponto do espaço curvo corresponde um sistema de referência.

Obs.: Em um espaço plano, mas usando coordenadas curvilíneas, os vetores de base igualmente variam(Você mesmo pode verificar isso, escrevendo os vetores de base num sistema com relação à influência do sistema de coordenadas, um Cartesiano retilíneo e outro não, como um sistema de coordenadas polares). Isto permite que estudemos vetores no espaço plano usando sistemas curvilíneos. Os resultados obtidos são os mesmos que o estudo dos vetores em espaços curvos, propriamente. Isto é, podemos usar os resultados dos estudos em espaços planos, em coordenadas na planas, e depois fazer uma extensão ao caso de espaços curvos. Chama-se a isto de princípio do mínimo acoplamento.

Para explicitar melhor essa questão, escrevamos a expressão para  d numa direção específica, k;  ou seja, em relação a  :

A variação total d pode ser escrita assim, em termos da taxa de variação numa direção qualquer, sendo d o deslocamento infinitesimal, dado em unidades de distâncias.  Simbolicamente,

 

dd.

 

(4)      

Então, aqui está , que é um vetor que informa como   varia de ponto para ponto, em relação a uma direção genérica, qualquer,.

Ocorre que, felizmente, por obra exclusiva da sapiência da Natureza, há uma relação linear, obrigatoriamente, ao menos em 1ª ordem, entre esses vetores  , que são as variações espaciais de e o próprio. Em vista desse fato, ou seja, a oportuna linearidade, podemos escrever cada    como uma combinação linear dos vetores naturais de base,.

Assim, genericamente, podemos expressar a combinação linear como:

 

=

 

(5)      

Usando a regra de Einstein, podemos escrever este segundo membro de forma compacta, com o índice j representando um índice mudo, portanto, disparando uma soma de monômios.

 =

Ou, ainda, podemos escrever a equação a cima mais compactamente:

 

=            

 

(6)      

Onde o índice j aparece como índice de soma, e dispara a soma vista na equação anterior.

 

Esta, a relação entre as taxas de variação espacial de  e os próprios vetores de base, . Antes de continuar, façamos uma pequena digressão sobre a expressão acima, no que dizrespeito aos coeficientes , que parecem complicados.

 Agora já podemos justificar os índices usados no símbolo em questão, bem como suas posições relativas. 

Como vemos, há 3 índices ornamentando a letra grega Gamma(Γ), cada um tendo o significado seguinte:

- j, um índice superior em  e inferior em  representa, como já adiantamos,  um índice mudo ou de soma. Esses índices repetidos fazem a soma dos produtos, caracterizando a combinação linear de que estamos falando.

- i representa um índice um livre, que aparece em ambos os membros e representam cada um dos 4 vetores da base.  Um índice mudo pode ser representado por qualquer letra, que não causa confusão. Mas a regra é esta: um índice livre aparece uma vez em cada membro da equação, podendo se repetir pelos diversos monômios presentes no segundo membro, mas não necessariamente em todos os monômios.

- k representa a direção ou a variável em relação à qual estamos derivando o vetor de base natural;  k  nomeia ou rotula  cada  coordenada como,  {}  =  (,, , )

Dessa forma, cremos que fica bastante claro que a representação  é completa, e que não restam dúvidas a respeito do que cada índice no símbolo quer dizer.  Se restarem dúvidas gostaria de dirimi-las.

Obs.: Se o vetor que estamos arrastando daqui para acolá for contravariante, isto é, cujas componentes têm o índice na parte superior, então os índices de seus coeficientes de conexão ainda têm os mesmos significados, só que, agora, devemos considerar que o índice de soma está na parte inferior e o índice que representa as componentes vai para a parte superior do símbolo. Uma regra: se o vetor considerado é covariante, seus índices de conexão têm o índice livre na parte inferior, sendo os outros de soma e de derivação; se contravariante, ou vetor propriamente dito, os índices de conexão a que a ele se refere têm o índice livre na parte superior, os demais sendo de soma e derivação. É só verificar a posição do índice representativo da componente e seguir em frente com as regrinhas acima: índice contravariante, na parte superior; índice covariante na parte inferior. E nunca é diferente dessa ordem.

Não considero demais ser um pouco repetitivo, retomando a Eq.(1) e dizendo  tudo de outra maneira:  na letra Γo índice j  superior conecta-se ao j inferior do vetor seguinte, e temos uma soma sobre os s, o que configura a representação da combinação linear. O índice i refere-se a um qualquer um dos vetores de base e o k diz em relação a que direção a variação está sendo avaliada.

De momento, é suficiente entender o que faz o coeficiente de conexão, representado pela Eq.(1), isto é, qual o seu papel na configuração do vetor em cada ponto. Como calcular o valor dessa entidade, num ponto qualquer – e seu valor é referido a cada ponto- é outra história, sobre o que falaremos mais tarde.

Mas falarei um pouco mais sobre ele, qualitativamente. Por exemplo, exibe umas propriedades confortantes, como ser simétrico em relação aos índices inferiores,i e k.  Ser simétrico em relação aos índices inferiores significa que tanto faz considerar o conjunto dos dois índices inferiores como ki ou ik, que o valor da conexão será a mesma.  Do contrário, estaríamos em maus lençóis e a física provavelmente seria bem diferente da que conhecemos hoje, uma verdadeira bagunça, sem uma ordem específica;  o mundo seria algo muito próximo de uma loucura.  Mas tergiversar sobre essas questões  é mais que filosofar, e isso também não sei,  portanto, paro por aqui mesmo.

Agora, a notícia ruim: o cálculo de cada um desses símbolos é extremamente difícil, dependendo da métrica e do sistema de referência usados. Felizmente, também, não precisaremos disso nesta etapa de minha explanação.

Como exemplo, apresento a expansão para as taxas de variação espacial dos vetores de base natural, Eq.(5),  considerando apenas o espaço 3-D:

Para a componente i = 1, a Eq.(5) ficaria assim:

 ++

Vê-se, de pronto, que para  i = 1 no vetor de base natural, ou  (na direção 1 ou direção x)  teremos 3 equações, uma para cada , índice da coordenada , em relação à qual a derivação está sendo calculada.  Usa-se o símbolo de derivada parcial pelo fato de tratar-se de múltiplas variáveis e não uma só.

Depois faz-se i =2, e se procede de maneira idêntica; depois, faz-se i = 3.

Logo, com n=3, teremos, ao todo, nove equações diferenciais, 3 para cada i. Se n = 4, teremos 16 equações, e assim sucessivamente.  Agora, para encontrar o valor de cada   ,  ou seja,o valor  das taxas de variação espacial, em cada direção, é preciso que conheçamos o valor de cada  .  No momento, contudo, como já disse mais acima, e para os propósitos a que nos propomos, basta ter  um compreensão qualitativa do significado do símbolo de Christoffel, no que consiste, sobretudo, os seus índices. Que, acho, já temos.

(Não é demais enfatizar: este símbolo de Christoffel, ou coeficiente de conexão, é um dos elementos centrais  de toda a geometria diferencial essencial à RG, e que faz o  link entre dois pontos vizinhos do espaço curvo. Sem ele, estaríamos a ver navios...).

Bem, agora já olhando para o símbolo de Christoffel com mais simpatia, e sem a impressão de que se trata de um bicho de sete cabeças, podemos escrever uma expressão para  , que expressa a variação total da base natural, conforme Eq.(1), retro, isto é, devida à contribuição de todas as componentes, a partir de (1):

 

 =

 

(7)      

Agora, qual a razão pela qual a relação acima é produto das três quantidades ora em discussão, e não outra?

Para responder a essa questão, ao menos do ponto de vista qualitativo usaremos,  para o mister,  os conceitos já vistos mais acima: componentes de vetores, e seus deslocamentos.

Sendo práticos, dizemos o seguinte:   é deslocado de P a ,  unidades de distância;

Em , as componentes do vetor agora serão , diferentes, devido à curvatura do espaço.

Chamemos essa diferença de d, que é, obviamente, diferente de zero. Verifica-se o seguinte:

 é proporcional não só ao módulo de , como também à distância entre os pontos de aplicação, que vamos chamar de d.  Então  será  proporcional, também, ao produto entre esses dois fatores. Ou seja,

 

 

d

 

(8)      

 

Assim, para as componentes de um vetor contravariante, a constante de proporcionalidade  para cada componente é, precisamente ele, o senhor do espaço e suas curvas:  o símbolo de Christoffel. Assim,

 

(9)      

 

a menos do sinal negativo, que logo mais será justificado.  Ou seja, restabelecemos a igualdade introduzindo o coeficiente G, com a distribuição de índices indicada. A conexão entre a variação de V,, e o próprio V fica, assim, perfeitamente determinada. O significado dos índices é exatamente o mesmo dado anteriormente. Aquí aparece um sinal negativo, que não caiu do céu, mas isto é devido à consideração do vetor, que é contravariante, enquanto no caso anterior(bases naturais são covariantes, índice na parte inferior)  ele é covariante.  Não importa que seja um vetor base ou não, a forma da expressão é a mesma, aquela da equação (4) ou esta última, Eq.(9), a menos do sinal, claro. Pois uma base é um vetor como outro qualquer. Nada de especial com ela.  Noutra oportunidade, mostrarei, de maneira igualmente simples, como se obtém, algebricamente,  (Eq.(9)) para um vetor contravariante a partir de uma operação muitos simples:  produto escalar entre dois vetores! 

Por ora, só admitam que eu não estou querendo enrolar...

2 – Agora que já sabemos o que é o símbolo de Christoffel, aproveitarei os resultados acima para mais uns conhecimentos e rumar para o que se destina essa conversa toda.

Resumindo o que já vimos

Na discussão até agora levada a efeito, que objetivou introduzir o conceito de conexão afim, ou coeficiente de conexão, ou Símbolo de Christoffel, acabamos explicitando, a reboque, outra figura essencial:  que foi exatamente como determinar uma fórmula para correção do valor das componentes de um vetor, quando ele passa de um ponto  a outro, , num espaço curvo. Assim,

1 – Se o vetor considerado tem componentes contravariantes(índice superior), então, por um cálculo usando as técnicas do  transporte paralelo, as variações que experimenta no  deslocamento é dada por

                                                                                                             (9)´

2 – Se o vetor considerado tem componentes covariantes(índice inferior), então, usandos os mesmos  procedimentos,  as variações que experimenta no deslocamento é dada por:

 

(10)  

 

Não deduzi a expressão Eq.(10),  que o objetivo atual não é esse. Mas creio que lhe dei uma interpretação razoável.  O suficiente para podermos aplicar no que vem a seguir, sem causar repulsa ou estranheza.  Igualmente, falamos bastante sobre o símbolo de Christoffel, a nível qualitativo e alguns argumentos de plausibilidade. Só gostaria de saber se está tudo bem.  E não me refiro apenas ao ZT.

Resumindo mais ainda: 

Se o vetor V vai do ponto P até o ponto , cujas coordenadas estão indicadas na Fig.1, acima, ao vetor deslocado paralelamente somamos a correção

   se ele tem componentes contravariantes; e,

       se ele tem componentes covariantes.

Simples assim.   Este processo é absolutamente genérico e à prova de falhas, de qualquer espécie.                         

Partindo para os finalmentes – Rumo ao descritor de curvatura aloprado.

Podemos agora aplicar os conhecimentos prévios à Figura (1).  E vamos ver o que acontece ao passarmos de P para  e de  para , etc. Cada ponto um vizinho ao ponto prévio.  Observe a estrutura das coordenadas em cada ponto considerado e que o vetor em P é bem determinado, isto é, conhecido em todos os seus aspectos.  O objetivo é determinar, como disse, um expressão que meça a curvatura por ventura existente.

Então vamos organizar esse negócio da seguinte maneira:

 

1 – Na Fig. (1) vemos que:

 é deslocado de P até ;  em , suas componentes, em conseqüência da curvatura espacial,  passam a ser , no ponto ;

b) ao ir de  a , essas  componentes serão agora: ),  no ponto ;

c) Pelo que expusemos na conversa acima, podemos expressar ), como:

) = + = ,

pois V tem componentes contravariantes.

Assim, a diferença entre os vetores em  e  será:

δ)-= ,  ou

 

(11)  

 

onde, mesmo arriscando tornar a representação simbólica muito carregada, e contribuir para alguma confusão, assim procedemos para enfatizar em que pontos devemos calcular as variáveis  .

Então, explicando a notação acima:

e são calculados em P1, daí por que explicitamos suas coordenadas, para que não restem dúvidas.

Mas partimos de P(, onde supomos conhecidos  e  , e podemos colocar  em termos de  seus valores em  P(.

1)      Supondo  muito pequeno, podemos expandir  via São Taylor, em primeira ordem de  para obter seu valor em , vizinho a da seguinte maneira:

 

 

(12)  

 

                       (5)

 

 

2)      De acordo com o que já vimos sobre deslocamento paralelo, podemos expressar  em termos de seus valores em P, da seguinte maneira:

 

=  -  =   -

 

(13)  

 

 

 

(14)  

 

Nesta altura não devem restar dúvidas do ponto onde  estão sendo considerados, nem a razão do uso dessas novas letras como índices. (Esta economia de letras descarrega a equações e facilita o manuseio).

3)      Substituindo agora (12) e (13) em (11), temos:

  +  -)

Agora, passemos à operação. Eliminando os parêntesis:

= -{-  +  - }

Rearrumando:

= - {-  +      - }

= - {-  + -  }

Mas o monômio que está multiplicado pelo termo   -de segunda ordem - pode ser desprezado frente aos demais. Logo,

= -{-  + } →

= -+ {  -   }

Integrando ao longo de todo o caminho fechado, Fig.1, temos:

 

(15)  

Agora, observemos o monômio . Vemos que r é índice mudo, ou de soma; logo, podemos trocá-los entre si, de maneira coerente, que isto não desequilibra a expressão.  Assim, para por as componentes de V identificadas pelo mesmo índice, o que é possível, façamos o seguinte: onde há r, substituímos por j, vice-versa. Isto tem que ser feito para todos os r e j do monômio.

Assim: fazendo r → j → r, tem-se

 e vemos que os índices ora permutados continuam a fazer com o monônio o mesmo que anteriormente. (Para ver isso, basta expandir os dois, usando a regra de Einstein).  Ou seja, os r e j continuam sendo índices mudos, de soma, só que em termos diferentes. Mas isto não altera o resultado.

Isto posto, fazemos a substituição dessa nova expressão na Eq.(15) e fatoramos , que agora é comum. Então:

 

= -+ { -

 

(16)  

Entende-se que a integração é feita sobre o caminho fechado, C.

As integrais      são, para o circuito fechado:

 

 =  = 0

 

(17)  

Não sabemos, a priori, o que é e o que significa essa integral  .

Mas sabemos que,

 

 =   = 0

(18)  

 

portanto, usando a regra de Leibniz, temos:

 = =  0    →    

sendo este um resultado bem interessante e cheio de significado: o integrando é anti-simétrico! Aquí, a ordem dos fatores, na multiplicação importa. Permutando k e l, o resultado muda de sinal.  Por conta desse fato, podemos encontrar um expressão simplificada, lançando mão do seguinte simples artifício matemático (a+a=2a), e depois permutando k e l:

2 = = , ou,

 = (1/2) = (1/2)

É costume chamar o primeiro de fator anti-simétrico.

Logo, com essa notação, fazemos

 

= (1/2)

 

(19)  

para obter uma simplificação, onde   é uma quantidade anti-simétrica, com 16 componentes(supomos aqui o 4-espaço curvo), sendo nula a diagonal principal da matriz representativa. Isto é, trata-se de um vetor “gordinho”, que, já sabemos, é chamado de tensor. (Na verdade, deve-se provar que  é um tensor antisimétrico, e a prova bem chatinha. Fica para os mais sabidos.)

Assim, a Eq.(16) poderá ser simplificada para:

= -+ { -

 

= 0+ { - →

 

{ -

 

(20)  

 

Pode-se, ainda, obter uma expressão mais geral, a partir de (20), considerando o seguinte: a expressão entre colchetes não é anti-simétrica em l e k. Mas podemos, sem prejuízo de quebrar o equilíbrio entre os índices, permutar o l e k, em todos os termos do colchetes(e não  apenas num dos monômios!). Fazendo isso, teremos:

={-

={-       →

 

= {+

 

(21)  

Vez que , pois essas quantidades são anti-simétricas.

Somando Eqs.(20) e (21):

2={ -  →

= (1/2)

Fazendo     

 

  =

(22)  

tem-se:

 

= (1/2)

 

(23)  

E esta expressão define, rigorosamente, se uma dada região do espaço é curva ou não. O símbolo  representa  a fórmula que permite definir se tal ou qual região de um dado espaço , de qualquer dimensão, é curva ou não. Foi descoberta por Riemman, sendo conhecido como o famoso tensor de curvatura de Riemann. É o objeto matemático mais complexo usado na RG. E tem uma significação não muito complicada, o que nos permitiu chegar até aqui, ainda que timidamente.

Vemos que o tensor de Riemann é inteiramente dependente dos Símbolos de Christoffel e de suas derivadas primeiras. É só aprendermos como obter os e pronto, podemos ter o valor de Noutro post, se houver interesse,  mostrarei que o tensor de curvatura tem a seguinte unidade: unidades de curvatura por m², no sistema MKS!

Quanto aos diversos índices, deixo a critério de alguns de vocês postar discussões e perguntas, ou esclarecimentos. Pelo que expliquei a respeito, anteriormente, dá para inferir os que aparecem nos diversos termos que formam a expressão de Riemman.  Mas creio que não restarão muitas dúvidas.

Ante as declarações de alguns amigos da net, de que a RG usa uma matemática estratosférica, entre outras classificações, era meu desejo, há muito tempo, postar algo assim, escrito de maneira tão simples quanto sou capaz. E, ainda assim, mostrar que se trata apenas de matemática, embora sob os auspícios de novos conceitos geométricos/matemáticos.

Ao longo das linhas acima, evitei falar no nome tensor. Mas todos estamos acostumados a trabalhar com e usar tensores no dia a dia, desde nosso segundo grau. Só que não se dá esse nome, por lá. Por exemplo, um dos tensores mais importantes é o escalar que se obtém pelo produto escalar de dois vetores.  Podemos encarar um tensor, também, como um operador, que age sobre vetores.  Assim,

O produto escalar entre dois vetores A e B é definido pela relação funcional:

Onde  o tensor métrico. Isto é,  uma “maquina” que transforma dois vetores num único escalar, através da operação “produto escalar”, tão conhecida de tantos.

(Sobre o tensor métrico há muito que falar. Os símbolos de Christoffel, são funções tensor métrico e de suas derivadas. O de Riemann é função dos coeficientes de Conexão, logo, são funções das derivadas primeiras e segundas do tensor métrico).

Bem, vou terminando por aqui. Claro que isto está longe de ser sequer parecido com um artigo que mereça ser usado como referência, até em razão de se tratar de uma mera explanação matemática sem o rigor que normalmente é exigido em coisas da espécie. Pretende ser, antes, um papo informal, com um objetivo, já explicado.

 Infelizmente, o texto ficou bastante longo. Autores como Schutz ou Harle, dizem tudo que eu disse acima, em cerca de 17 páginas, em uma página ou duas no máximo. Mas usam muitos conceitos supostamente de conhecimento proficiente de quem está lendo ou estudando o texto. Não é o que supuz. Embora possa não ser assim para todos.

Bem, espero ter contribuído, ao menos com alguns esclarecimentos vitais e iniciado um trabalho de desmistificação da matemática usada na relatividade geral. Continuarei o papo nos próximos posts, se houver alguma receptividade deste.

Talvez falando das propriedades de  e obtenção de dois tensores mais simples, um com dois índices apenas(devido a Ricci) e outro sem nenhum índice(ou um escalar, escalar de Ricci).

Estes dois últimos tensores são os únicos que são usados em RG. Para felicidade geral de todos. Aliás, apenas com o tensor de Ricci pode-se explicar o funcionamento do universo e daí gerar umacosmologia científica. Alías, ainda: em RG usa-se pouco de todo aparato extenso e complexo da geometria diferencial; usa-se bastante do aparato tensorial, mas tudo que o formalismo representa. De forma que a RG é bem comportada e accessível a todos, que estes precisem ser experts e provficientes em toda a matemática dessa ordem.

Os assuntos que pretendo abordar, de futuro, são, entre outros:

1 Tipos de derivadas na matemática e seus significados e aplicações. Entre elas, a Derivada covariante, que é uma extensão ao cálculo tensorial da derivada ordinária do espaço plano Euclideano.

2 Deslocamento paralelo, com um pouco mais de detalhes que os discutidos aqui.

3 Cálculo dos símbolos de Christoffel para um caso simples, que  caiba neste ambiente. Expressões diferenciais  para o cálculo de Christoffel.

4 Conceito de derivada direcional, novos conceitos de vetores e covetores(formas diferenciais de ordem 1, as chamadas formas-1)

5 Equações de Newton em espaços curvos(mas Newton não sabia disso. Portanto, fiquem calados...)

6 Etceteras, a depender do tempo e do interesse de algum de vocês.

 

 

Saudações.

Victor.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 







[i]  O cálculo tensorial, era, na época de Einstein, muito novo. Muitos físicos e matemáticos já conheciam, mas não lhe davam muita atenção, primeiro em razão de alguns julgarem que aquilo era muito abstrato, sendo matemática pura, sem aplicação útil, ao menos de imediato. Além disso, como a geometria diferencial não estava ainda bem desenvolvida, era, como ainda se faz, usado o método das componentes para representar essas coisas. Só que, para espaços multidimensionais a quantidade de índices que compareciam em cada monômio era grande, envolvendo sinais e mais sinais de somatórias. Uma verdadeira selva de índices, conforme apontou, corretamente, Butkov, em sua bíblia sagrada. Os cálculos eram tediosos, chatos e abusados. De qualquer forma, uma maioria, preguiçosacomo eu, não se dispunha a esses trabalhos fastidiosos, razão pela qual a teoria estava ali mais ou menos estagnada. Depois que Einstein com seu olhar simplificador e genérico viu que, na realidade, os sinais de somatórios poderiam ser abolidos, em favor de uma notação mais simples e mais compacta, com as mesmas propriedades operacionais, então a coisa mudou. Um conhecido astrônomo, físico e matemático disparou: ...e então o cálculo tensorial tomou nova impulsão. Como, de fato, aconteceu. E o céu foi o limite, diria eu. 


SUBJECT: Sistema solar - Animação fantástica - geocentrica e heliocentrica
FROM: "Homero" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/09/2012 19:21

Olá pessoal

Vejam que animação fantástica, de nosso sistema solar:

http://dd.dynamicdiagrams.com/wp-content/uploads/2011/01/orrery_2006.swf

Permite definir datas, para ver as posições relativas, e a velocidade de movimento, bem como chavear entre a visão heliocêntrica, com órbitas circulares, e geocêntrica, com todos os epiciclos necessários para ajustar os movimentos aparentes.

Eu achei fascinante, e imagino como algo assim emocionaria Galileu, Newton, Kepler, etc.

Homero





SUBJECT: RES: [ciencialist] Sistema solar - Animação fantástica - geocentrica e heliocentrica
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/09/2012 08:52

Olá, Homero

 

Animação muito legal mesmo.

 

Sds,

Victor.

 

 

 

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Homero
Enviada em: sábado, 22 de setembro de 2012 19:21
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Sistema solar - Animação fantástica - geocentrica e heliocentrica

 

 

Olá pessoal

Vejam que animação fantástica, de nosso sistema solar:

http://dd.dynamicdiagrams.com/wp-content/uploads/2011/01/orrery_2006.swf

Permite definir datas, para ver as posições relativas, e a velocidade de movimento, bem como chavear entre a visão heliocêntrica, com órbitas circulares, e geocêntrica, com todos os epiciclos necessários para ajustar os movimentos aparentes.

Eu achei fascinante, e imagino como algo assim emocionaria Galileu, Newton, Kepler, etc.

Homero


SUBJECT: O Prazer de Descobrir as Coisas (Richard Feynman - legendas em português)
FROM: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/09/2012 11:07

O Prazer de Descobrir as Coisas (Richard Feynman - legendas em português)

Parte 1 - http://www.youtube.com/watch?v=xi0UpTUJ5js
Parte 2 - http://www.youtube.com/watch?v=uEPebSqfkcM
Parte 3 - http://www.youtube.com/watch?v=w2XR640h8vM
Parte 4 - http://www.youtube.com/watch?v=6tvq2xIk2r8

Paulo


SUBJECT: Leonard Susskind fala sobre Feynman
FROM: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/09/2012 11:09

O físico Leonard Susskind falando sobre Feynman (no TED):

http://www.youtube.com/watch?v=m5gjl7icSzo

Paulo


SUBJECT: Antigo artigo sobre Feynman
FROM: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/09/2012 12:21

Enquanto procurava por documentários sobre o Feynman,
encontrei por acaso este antigo artigo, sobre ele:

http://cbpfindex.cbpf.br/publication_pdfs/Cs00389.2010_09_06_12_40_30.pdf

Paulo


SUBJECT: RES: [ciencialist] O Prazer de Descobrir as Coisas (Richard Feynman - legendas em português)
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/09/2012 01:00

Paulo,

 

Não conhecia esses vídeos. Cada vídeo remete a outros, do Youtube.

Alguns deles, ao menos os que vi, legendados em espanhol.

 

Uma riqueza.

 

Chamou-me a atenção, independentemente da parte científica, a influência que um pai dedicado pode exercer sobre um filho,

e como isto repercute pela vida inteira.

Feynman refere-se ao pai, de meu ponto de vista, com um grande carinho,  quase como uma adoração.

Genial, entre muitas outras coisas, sua resposta acerca do fóton. Na analogia com a voz.

 

Bem emocionante.

 

Pena que uma pessoa dessas tenha morrido. Essa, uma dura realidade, dura de engolir.

 

 

Sds,

Victor

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de psdias2
Enviada em: domingo, 23 de setembro de 2012 11:08
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] O Prazer de Descobrir as Coisas (Richard Feynman - legendas em português)

 

 

O Prazer de Descobrir as Coisas (Richard Feynman - legendas em português)

Parte 1 - http://www.youtube.com/watch?v=xi0UpTUJ5js
Parte 2 - http://www.youtube.com/watch?v=uEPebSqfkcM
Parte 3 - http://www.youtube.com/watch?v=w2XR640h8vM
Parte 4 - http://www.youtube.com/watch?v=6tvq2xIk2r8

Paulo


SUBJECT: RES: [ciencialist] Leonard Susskind fala sobre Feynman
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/09/2012 01:02

Pena que a palestra não é legendada.

 

Sds,

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de psdias2
Enviada em: domingo, 23 de setembro de 2012 11:10
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Leonard Susskind fala sobre Feynman

 

 

O físico Leonard Susskind falando sobre Feynman (no TED):

http://www.youtube.com/watch?v=m5gjl7icSzo

Paulo


SUBJECT: ENC: [ciencialist] ENC: Tensor de curvatura - uma tentativa de dedução simples.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/09/2012 01:13

 

Olá,

 

Infelizmente, de novo,  saiu tudo bagunçado, nos dois e-mails.

O chato é que não deveria, já que o Outlook  deveria manipular bem os objetos escritos em qualquer no Word ou mesmo no Excel.

No último post, o arquivo doc que anexei(e está anexado em meus Itens Enviados) não apareceu.

Alguém  poderia explicar a razão pela qual às vezes funciona, às vezes não?

Desculpem a ignorância.

De qq maneira, vamos ver se funciona agora. Estou repetindo o e-mail com o documento anexado.

 

Sds,

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de JVictor
Enviada em: sábado, 22 de setembro de 2012 19:05
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] ENC: Tensor de curvatura - uma tentativa de dedução simples.

 

 

Amigos,

Resolví anexar o arquivo .doc no qual desenvolvi o post “Tensor de curvatura - uma tentativa de dedução simples.”, para o caso de as equações e outras figuras serem bagunçadas pelo Outlook.

Reiteiro minha dsp para responder a perguntas sobre o assunto. (dsp=disponibilidade...)

Sds,

Victor.

 

De: JVictor [mailto:j.victor.neto@uol.com.br]
Enviada em: sábado, 22 de setembro de 2012 18:59
Para: 'ciencialist@yahoogrupos.com.br'
Assunto: ENC: Tensor de curvatura - uma tentativa de dedução simples.

 

 


SUBJECT: Professor Ateu e Alunos Criacionistas - YouTube
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/09/2012 01:45


Muito bem humoradas e sarcásticas críticas(evolução x criacionismo).

http://www.youtube.com/watch?v=PoMFXIRx3pk&feature=related

Sds,

Victor.



SUBJECT: RES: [ciencialist] ENC: Tensor de curvatura - uma tentativa de dedução simples.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/09/2012 05:08

Olá,

 

Ví, agora, que o doc.(Dedução Riemann) está anexo ao último post, que aportou por aí, feliz e cheio de saude.

 

 

Sds,

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de zetulio
Enviada em: segunda-feira, 24 de setembro de 2012 10:21
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: RES: [ciencialist] ENC: Tensor de curvatura - uma tentativa de dedução simples.

 

 

Caro Vitor,

 

Realmente, as equações chegaram desorganizadas.

Mas deu prá ler e reescrevê-las. Gostei mesmo. Você fez tudo de um jeito que ficou simples e inteligível.

Vi um trabalho parecido no Dunsby mas ele usa muito caminhos complicando um pouco, acho.

Minhas questões ainda estão nos conceitos e aplicações de formas-1 e vetores, sobretudo.  Desculpe a insistência.

Mas eles não são nada simples. Ficarei grato se puder mandar, em pvt, o seu trabalho original.

 

Grato

 

Jose Tulio

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de JVictor
Enviada em: sábado, 22 de setembro de 2012 19:05
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] ENC: Tensor de curvatura - uma tentativa de dedução simples.

 

 

Amigos,

Resolví anexar o arquivo .doc no qual desenvolvi o post “Tensor de curvatura - uma tentativa de dedução simples.”, para o caso de as equações e outras figuras serem bagunçadas pelo Outlook.

Reiteiro minha dsp para responder a perguntas sobre o assunto. (dsp=disponibilidade...)

Sds,

Victor.

 

De: JVictor [mailto:j.victor.neto@uol.com.br]
Enviada em: sábado, 22 de setembro de 2012 18:59
Para: 'ciencialist@yahoogrupos.com.br'
Assunto: ENC: Tensor de curvatura - uma tentativa de dedução simples.

 

 

Olá,

 

Espero, com este post, responder  ao Tulio em algumas de suas dúvidas;  além disso, é também um desejo antigo  de tentar desmistificar uma das entidades matemáticas mais famosas e vitais no estudo de curvaturas espaciais. Este ente matemático , descoberto por Riemann, e que tem um  filhote que é fundamental em Relatividade, que expressa de maneira completa toda a essência da teoria.  Desmistificar no sentido de que, ao contrário do que parece, este objeto matemático, chamado de tensor de Riemann (quem conhece vetores está no final do caminho para saber o que é um tensor.  Trocando em miúdos, um tensor pode ser imaginado como um vetor com mais de 3 componentes. É um vetor gordinho...No final deste post dou uma pequena demonstração de que há muito todos nós sabemos o que é um tensor)  tem uma interpretação e uma dedução bastante accessíveis. E não precisa ter mais que algum conhecimento de cálculo, no máximo, a nível de graduação, para compreender de que se trata.  Só precisamos de alguns conceitos, até mais ou menos intuitivos, os quais exporei de maneira informal, para que essa exposição seja útil, após o que pode-se  encontrar aquela fórmula matemática, absolutamente genérica, universal, que especifica de maneira completa a famosa descoberta matemática de Riemann;  que descreve qualitativa e quantitavamente não só as curvaturas das beldades do cinema e da TV  como até mesmo miseráveis dobras que já, já, começarão a surgir ao longo de meu próprio espaço “corporal”... A idade avança e o tensor de curvatura vai ficando mais chato...com suas revelações quantitativas.

 Conheço algumas deduções e explicações do seu significado. Contudo, como muitos autores, senão todos, escrevem para especialistas, pois acham que simples mortais não podem ter acesso a esse conhecimento, ainda que sem a profundidade e o rigor requeridos, as exposições são muito técnicas, algumas herméticas demais e adornadas de conceitos matemáticos bem avançados, e algo abstratos, daqueles que fazem a alma voar, voar, enquanto o velho corpo  de guerra vai ficando, ficando...

A minha proposta é simples, mas sem o rigor necessário normalmente desenvolvidos pelos matemásticos; apenas o suficiente para que, ao olhar para o símbolo que representa aquela entidade, ele se lhe afigure um velho conhecido, sem que a simbologia usual exiba mais  segredos, aparentemente cavernosos.

Uma beleza!

Já a operacionalidade...bem, isto é outra história, para depois do cinema.

Devemos, contudo,assumir a existênciade algumas coisas.

Então, partimos das seguintes premissas:

1 - O espaço é curvo, e sua curvatura,em qualquer região,  é determinada pela densidade de energia/massa(conforme  o próprio Riemman desconfiou, sendo, em minha opinião, um antecessor de Einstein, antecipando-se a Einstein, nesse mister.

Obs.:Nessa  discussão não usaremos de maneira alguma a influência da massa-energia.  Apenas a premissa da curvatura, sem levar em conta a causa.

2 – Dado um campo vetorial  V em um ponto P1 do espaço curvo,   alinhemos as seguintes considerações a respeito de suas componentes são representadas e do próprio vetor.

a)       Vi, com i = 0,1,2,3, com o índice i na parte superior da letra representativa da componente do vetor.

b)      As componentes   Vi  variam de ponto a ponto, mas o vetor, como um todo, não.

c)       Numa vizinhança de P1, de raio dxk muito pequeno, podemos escrever todos os vetores tangentes à superfície nesse ponto P1.  Expresso assim, isto define o conceito de campo vetorial no ponto P1.

d)      Transportado para outro ponto P2, vizinho, esse campo assume outro valor,em virtude da curvatura do espaço, configurando aí outro campo vetorial,  sendo que este novo campo vetorial dependerá do caminho seguido.  Ou seja, se o caminho entre os dois pontos for outro, diferente do primeiro, o novo campo não coincidirá com o primeiro, no mesmo ponto. (A diferença angular entre as posições devida a um caminho e a outro caminho qualquer define a curvatura do espaço. Se a diferença angular é zero, o espaço é plano. Se diferente de zero, o espçao não é plano.)

e)      Ao deslocar um vetor de um ponto a outro, vizinho,  o vetor permanecerá, sempre, tangente à superfície e sempre paralelo à sua posição infinitesimal prévia .

Uma maneira de visualizar isso é imaginar o seguinte: em cada ponto P traçamos um  plano tangente àquele ponto,  espaço tangente esse no qual o vetor está inscrito e existe em todas as suas características.

Vamos expandir um pouco mais o item (2e), retro, a fim de obter alguma familiaridade  com esse conceito, devido a sua importância. Não é demais um pouco de repetividade. Num espaço curvo, a cada ponto corresponde um espaço plano tangente a um ponto P(os matemáticos designam isso como: T(P) .  Como podemos especificar um plano através de um vetor normal, em geral unitário, segue-se que esses vetores normais não são paralelos em pontos diferentes, pois estes  pertencem a espaços tangentes planos diferentes;  portanto, os vetores inscritos nesses espaços tangentes, também chamados  locais,  são diferentes, no que tange às suas componentes!  Eis, então, a associação que se faz entre um ponto espacial e espaço tangente nesse ponto:   Deslocar o vetor V do ponto P1 até o ponto P2, suficientemente vizinho, implica que as coordenadas e suas componentes, nos pontos P1 e P2,  são diferentes, conforme mostrado na Figura 1

(Obs.: Para continuidade, e para evitar futuras confusões, vamos adotar a seguinte convenção: letra maiúscula negritada representa um vetor; um índice inferior, negritado, representa o ponto onde o vetor está aplicado. Exemplo: Vx⤇ vetor V no ponto x, onde x pode ser: 1,2...A, B P, P1, P2, etc.  Isto manterá o foco de localidade.  Também, pode-se escrever a representação,  sem o índice, mas escrevendo explicitamente que se trata do ponto tal ou qual. Aquí será usada a  que for mais cômoda, no momento).

3 – A diferença entre os vetores, (VP1- VP), expressa o quanto V mudou por causa do translado.

Agora, é importante reconhecer que ( VP1- VP) não é uma diferença vetorial legítima, ou seja, não representa um vetor, pois os pontos P1 e P são pontos diferentes, pois  estão em espaços tangentes diferentes.  Já que, por hipótese, o espaço em questão é curvo. Isto significa o seguinte:  a diferença acima não tem sentido geométrico ou físico. É como subtrair de 9 frutas, entre laranjas e peras,  duas peras: o resultado será 7 peras, 7 laranjas ou 7 laranjas e peras? 

Se o espaço fosse plano, tudo bem. Mas não é.  Então, tudo mal.  Mal, em termos. Pois há como resolver isso, legalmente, sem ser com o jeitinho brasileiro.

Assim, nossa tarefa, agora, é encontrar uma maneira de calcular o quanto as componentes de um vetor mudam  ao ser este deslocado, seguindo as regras dadas mais acima. Isto poderá ser obtido encontrando uma maneira de comparar os dois vetores, antes em pontos diferentes, postados agora em um mesmo ponto. Para resolver esta situação, fazemos o seguinte:

Deslocamos VP1 , mantendo sua direção e sentido originais, de volta, desde o ponto P1 até o ponto P.  Veremos, neste processo,  que o vetor VP1 não mais coincidirá com o vetor original, VPDe igual maneira, ao levar VP1  do ponto P1 a outro ponto P2, em P2, VP1  terá mudado novamente suas componentes e sua direção, e assim sucessivamente.

 (Há umas técnicas de desenho geométrico que permitem fazer isso corretamente. Mas não usaremos aqui. Nosso objetivo é, ao final,  obter uma expressão analítica que dará conta do recado.)

Quando dizemos deslocar um vetor de um ponto P a outro, vizinho, P1, onde os vetores assumem os valores  VP  a VP1 , fica implícito que o deslocamento se faz sempre tangente à superfície, e,  ao mesmo tempo,  paralelamente a si mesmo, aliás, tão paralelo à posição anterior quanto possível, a cada deslocamento infinitesimal. De tal maneira que, após um deslocamento infinitesimal, δx, o vetor conserve   sua direção original e seu módulo.

Argumentar à luz de um exemplo concreto economiza juízo. Considere uma esfera.  Seja um vetor localizado num  ponto P do  equador, tangente à circunferência equatorial,  apontando para leste.  Considere agora um meridiano que passa pelo ponto P. Esse meridiano, no ponto P, faz um ângulo reto com o vetor V, que é tangente ao grande círculo equatorial, no ponto P. Para manter as coisas simples, e o mais próximo da realidade, imagine que o vetor tem as dimensões  de um pequeníssimo inseto, tal como uma formiga, mas  bi-dimensional.   Desloquemos V  paralelamente a si mesmo(nos moldes discutidos mais acima) desde o ponto A, onde é tangente à circunferência equatorial e perpendicular ao arco AB de  meridiano, que começa em A e termina  no ponto B, no polo norte, de tal forma que seja sempre perpendicular ao arco de meridiano AB, durante todo o percurso, ao longo do qual se efetiva, ponto a ponto, o deslocamento paralelo.  No ponto, o vetor já é tangente ao arco de meridiando BC e, durante urante o percurso ao longo desse arco BC, o vetor V, que antes era perpendicular ao primeiro meridiano(arco AB), agora é tangente ao arco BC e permanecerá tangente a ele, e tão paralelo quanto possível, ponto a ponto, à sua posição anterior, até encontrar novamente a circunferência equatorial inicial, num ponto C, onde lhe será perpendicular, apontando agora para o sul. A partir de C, será deslocado paralelamente a si próprio, e perpendicular ao arco de equador CA, segundo os mesmos critérios,  até voltar ao ponto inicial, A. Mas, nesse ponto, acontece isto: o vetor V será perpendicular á direção original, além de apontar para o Sul, como já acontecia, desde o ponto C, quando ocorreu a mudança na direção do movimento.

Ou seja:  num espaço curvo, ao deslocar vetor V paralelamente a si próprio, num circuito fechado, ao voltar à origem, o vetor V não terá mais a direção inicial. No caso muito particular deste exemplo simples, o vetor rotacionou 90º !  Num espaço plano não haveria essa diferença. Os vetores inicial e final coincidiriam em todos os aspectos. E isto só acontece, necessariamente, por causa da curvatura da superfície esférica bi-dimensional. Definitivamente, essa diferença angular é uma medida segura de quanto o espaço em estudo é curvo.   Há uns procedimentos matemáticos, devidos a Gauss e Riemann que permitem as fórmulas para um cálculo cálculo simples dessas coisas. Mas, por ora, basta saber que é assim.  Se você fizer o desenho, seguindo a descrição acima,irá visualizar melhor.

Uma observação de  importância crucial, que evita futuras confusões:  falamos de deslocamento paralelo ponto a ponto, muito vizinhos. Mas isto não implica que, globalmente, os vetores nas posições inicial e final sejam paralelos!  Trocando em miúdos, não se pode garantir que sejam paralelos ou não, apesar de os deslocamentos terem sido feitos, ponto a ponto, tão paralelos quanto possível.   A menos que o espaço seja plano. 

A razão é que  paralelismo de que ora se trata é local.

Na descrição anterior temos os vetores no ponto A, e no ponto B, pólo norte, após seu deslocamento paralelo, nos moldes descritos. Ora, claramente, no ponto B, VB  não tem a mesma direção e sentido que  tinha em A, globalmente falando!  Embora, por construção, os módulos sejam os mesmos. Em A, aponta para o leste, sendo tangente  ao arco de circunferência equatorial;  em B, não aponta mais para o leste, mas para um direção entre sul e leste. Mesmo que a construção tenha sido usando o conceito de deslocamento paralelo!    Reconhecer essa sutil diferença é fundamental.

Esta é a chave. Detalhando um pouco mais.

Para poder comparar, isto é, calcular efetivamente a diferença entre os dois vetores (que agora substituímos a designação dos pontos P pelos nomes A e B, para manter a mesma ordem do exemplo anterior)  é necessário e suficiente que, de alguma maneira, VA seja trazido de volta, até o ponto inicial, A, com a mesma direção e mesmo sentido que tinha  no ponto B  e, ai sim, podemos aplicar quaisquer regras de soma vetorial.  Mas devemos fazer isso de tal maneira que VB conserve, no ponto A, a mesma direção e sentido que tinha no ponto B. E só há uma maneira de fazer isso:  deslocar VB paralelamente a si próprio, desde B até A, mas de uma maneira específica, esclarecida logo a seguir.  Assim, se as componentes do vetor forem chamadas de Vi, a diferença  δVi  ficará perfeitamente determinada. A questão, agora, é saber como encontrar isso, quantitativamente. Mas não se pode fazer isso de qualquer maneira.  Uma maneira de operar é a seguinte: ligar o ponto B ao ponto A por uma reta imaginária e deslisar  VB paralelamente a si mesmo sobre esta reta, de uma só vez, até o ponto A! Com isto você constrói um desenho com os vetores original e o assim deslocado, ambos no mesmo ponto, e então poderá aplicar algum dos processos geométricos para operações de soma e subtração de vetores.  A diferença,  ( VB-VA)  agora será uma diferença vetorial legítima.

Até onde li, as obras que tratam desse assunto não detalham tanto, e deixam essas conclusões para o leitor. Mas, particularmente, acho isso uma falta de piedade para com simples mortais!... Mas espero que quem estiver a ver navios, agora,  veja outras coisas no horizonte.

Depois desses esclarecimentos, vamos descrever alguns objetos matemáticos relevantes ao processo, sem demonstrações, apenas usando argumentos que considero plausíveis e suficientes numa primeira abordagem mas que, suponho, dará uma familiaridade ao objeto descrito.

5 – Para esse mister, vamos esquematizar e organizar tudo numa figura que envolva os parâmetros necessários, como na Fig.1, a seguirImagine a seguinte situação.  É dado, num espaço qualquer(mas vamos supô-lo lisinho e suave em suas curvas, onde derivadas de qualquer ordem possam ser calculadas em qualquer ponto. Isto é, é um espaço sem quinas, ou pontos de inflexão, onde certas operações inexistem. O nome mais técnico de algo é assim é:  manifold ou carta) um ponto P(xi), onde os xi são as coordenadas do ponto P, sendo i um índice contravariante(postado na parte superior da letra que representa a componente do  vetor;  este índice pode assumir os valores ( 0,1,2,3) para representar as direções dos vetores  de base natural  considerados- como x, y, z e w por exemplo.

 (Alguém pode, agora, objetar: mas por que falar em base coordenada, sistema de coordenadas, se um vetor independe do sistema de referência?  A resposta é:   o vetor independe, sim,  mas as coordenadas não!)

1 – Consideremos agora a Fig.1  abaixo, representando um circuito fechado num espaço curvo, não Euclideano, com um ponto central, de coordenada  xi , de onde partimos:

 

 

                   P2(xi+ η+dηi)                     P1xi + ηi        

 


                                                  P(xi)      .

Reservado:                                                   P(x^i)      .                                                                             

 

 

 

 

 

Figura 1

O vetor de componentes Vi, está definido em P(xi ).  Os η (uma letra bonita para representar o incremento global δx) representam  pequeníssimas quantidades que incrementam as coordenadas xi, quando  V é deslocado(tangente à trajetória e localmente paralelo a si próprio) de P a P1

Então é assim:  VP, de componentes Vi em P, foi deslocado de P até P1, infinitesimalmente próximo de P, onde suas componentes mudaram para Vj, e sua direção será outra.   As quantidades ηi, que representa uma variação na coordenada xi,  é uma quantidade muito pequena, e representa a distância infinitesimal  entre P(xi) e  P1(xi +ηi).

Só para lembrar, pois usaremos isto mais tarde:

Em  P1(xi + ηi), as componentes do vetor original terão os valores Vj=  Vjxi + δVj, onde  δVi  representa o quanto variou  Vi. Não se preocupem com a mudança de i para j nas componentes. Poderia ser j ou outra letra qualquer, menos o próprio i.  Isto apenas indica que as componentes são diferentes. (Vamos falar do vetor expressando-o com a letra para vetor ou na forma componentes, indiferentemente)

Agora, desloquemos  Vj de P1  até  P2, que é infinitesimalmente vizinho de  P1; vemos que o novo vetor, em virtude da curvatura do espaço terá um valor, que é o que estava em P1, Vj,  corrigido por um fator δVi, dado por

 

δVi= -Γjk iVjdηk

 

(1)      

Onde:

Γjk i, calculados em P1, são objetos matemáticos, chamados de coeficientes  de conexão, visto que conectam o ponto P1 ao ponto P2, considerando toda a influência da curvatura sobre as componentes do vetor.

Esse objeto, que faz efetivamente a conexão entre os dois pontos infinitesimais,  chama-se Símbolos de Christoffel, em homenagem ao matemático que os descobriu e os introduziu na geometria diferencial.  (Mais à frente darei uma interpretação para esses símbolos, sobretudo o que significam os índices...).

Enfatizando:

Vj em P1 (xi + ηi )  representa as componentes do vetor que tem componentes Vi  em P(xi) e assim sucessivamente.

dηk  representa aquele pequeníssimo incremento na coordenada (xi+ηi).

Agora sim, introduzimos um coeficiente aparentemente esquesito,  Γjk i, sem maiores explicações. E devemos responder à questão:

Qual é mesmo o seu significado geométrico, e o que significam aqueles índices, um superior e dois inferiores na letra Gamma( G )?

Para uma motivação, precisamos de um pouco mais de notação e de alguns poucos conceitos associados a espaços vetoriais.

Consideremos o seguinte:

1 – Uma base { ei}, é constituída dos vetores unitários (e1,e2,  e3 ), e isto define um espaço vetorial onde vetores existem e podem ser especificados em todos os seus atributos;

2 – Um vetor V, pode ser representado como uma combinação linear dos seus vetores unitários de base, naturais, da seguinte maneira:

V =Viei= V1e1+ V2e2+V3e3

onde os coeficientes dos vetores de base são os Vi, componentes de V, com i=1,2,3. (Como mais um lembrete útil:  V1 = V.e1, ou seja, produto escalar do vetor V com o vetor de base natural  e1. Esta é a velha e boa maneira de obter as projeções de um vetor qualquer sobre os eixos coordenados do sistema de referência usado(para lembrar:  V1 =|V|. |e1|cos(V, e1) =  |V|cos(V, e1), o parêntesis representa o ângulo entre os vetores  Ve1).

(Obs.: Na representação da combinação linear,

 

V = Viei = V1e1 + V2e2 + V3e3

 

(2)      

vemos a aplicação da regrinha universal devida a Einstein, que diz:  sempre que num produto de dois fatores comparecerem  em um deles um índice superior e no outro um índice inferior, iguais, isto ativa uma soma desses produtos sobre os valores varridos pelos índices(no caso, (1,2,3) ). Desta maneira Einstein  defenestrou os abusados e enfadonhos símbolos de somatórios.)[i]

Bem, mas ainda não demos um significado para os Símbolos de Christoffel.

Assim, investiguemos, mantendo as coisas tão simples quanto possível, como um vetor V varia quando o deslocamos de um ponto P1 para um ponto vizinho P2 num espaço qualquer.

Eis uma motivação, do ponto de vista matemático. Calculemos a derivada desse vetor em relação a uma coordenada qualquer de seu sistema de referência, digamos, xk. Assim, a derivada espacial de um vetor V, pode ser expressa como:

 

 

dV=d(Viei= (dVi) eiVi(dei)

 

(3)      

 

segundo a regra de Leibniz, da derivada de um produto, onde V  e   ei  são funções de xk.

Apenas por esse cálculo simples podemos inferir  facilmente o seguinte:

1 – Se o espaço é Euclideano, dei=0. Pois a base ei, em qualquer ponto do plano, é constante. Evidentemente, com variação nula. Pois as componentes Vi são as mesmas, em quaisquer dois pontos;  idem, com referência à direção espacial. Os vetores nos dois pontos só diferem por uma translação, e nada mais.  E isto em nada afeta o vetor.

2 – Se o espaço não é plano, então  dei0, obviamente,conforme já discutimos.  Isto significa que a base { ei}varia de ponto para ponto, em razão, principalmente,da curvatura do espaço[ii].  Isto é o mesmo que dizer  a cada ponto do espaço curvo corresponde um sistema de referência.

Obs.: Em um espaço plano, mas usando coordenadas curvilíneas, os vetores de base igualmente variam(Você mesmo pode verificar isso, escrevendo os vetores de base num sistema com relação à influência do sistema de coordenadas, um Cartesiano retilíneo e outro não, como um sistema de coordenadas polares). Isto permite que estudemos vetores no espaço plano usando sistemas curvilíneos. Os resultados obtidos são os mesmos que o estudo dos vetores em espaços curvos, propriamente. Isto é, podemos usar os resultados dos estudos em espaços planos, em coordenadas na planas, e depois fazer uma extensão ao caso de espaços curvos. Chama-se a isto de princípio do mínimo acoplamento.

Para explicitar melhor essa questão, escrevamos a expressão para  dei numa direção específica, k;  ou seja, em relação a  xk:

A variação total dei pode ser escrita assim, em termos da taxa de variação numa direção qualquer, sendo dxk o deslocamento infinitesimal, dado em unidades de distâncias.  Simbolicamente,

 

dei=∂ ei∂xk dxk.

 

(4)      

Então, aqui está ∂ ei∂xk, que é um vetor que informa como  ei varia de ponto para ponto, em relação a uma direção genérica, qualquer,xk.

Ocorre que, felizmente, por obra exclusiva da sapiência da Natureza, há uma relação linear, obrigatoriamente, ao menos em 1ª ordem, entre esses vetores  ∂ ei∂xk, que são as variações espaciais de ei e o próprio ei. Em vista desse fato, ou seja, a oportuna linearidade, podemos escrever cada  ∂ ei∂xk  como uma combinação linear dos vetores naturais de base, ei.

Assim, genericamente, podemos expressar a combinação linear como:

 

∂ ei∂xk =  Γik1e1+Γik2e2 + Γik3e3

 

(5)      

Usando a regra de Einstein, podemos escrever este segundo membro de forma compacta, com o índice j representando um índice mudo, portanto, disparando uma soma de monômios.

 Γik1e1+Γik2e2 + Γik3e3 = Γikjej

Ou, ainda, podemos escrever a equação a cima mais compactamente:

 

∂ ei∂xk = Γikjej           

 

(6)      

Onde o índice j aparece como índice de soma, e dispara a soma vista na equação anterior.

 

Esta, a relação entre as taxas de variação espacial de  ei e os próprios vetores de base,  ei. Antes de continuar, façamos uma pequena digressão sobre a expressão acima, no que dizrespeito aos coeficientes Γikj, que parecem complicados.

 Agora já podemos justificar os índices usados no símbolo em questão, bem como suas posições relativas. 

Como vemos, há 3 índices ornamentando a letra grega Gamma(Γ), cada um tendo o significado seguinte:

- j, um índice superior em Γ j e inferior em ej  representa, como já adiantamos,  um índice mudo ou de soma. Esses índices repetidos fazem a soma dos produtos, caracterizando a combinação linear de que estamos falando.

- i representa um índice um livre, que aparece em ambos os membros e representam cada um dos 4 vetores da base.  Um índice mudo pode ser representado por qualquer letra, que não causa confusão. Mas a regra é esta: um índice livre aparece uma vez em cada membro da equação, podendo se repetir pelos diversos monômios presentes no segundo membro, mas não necessariamente em todos os monômios.

- k representa a direção ou a variável em relação à qual estamos derivando o vetor de base natural;  k  nomeia ou rotula  cada  coordenada como,  { xk}  =  (x0,x1, x2, x3)

Dessa forma, cremos que fica bastante claro que a representação Γikj é completa, e que não restam dúvidas a respeito do que cada índice no símbolo quer dizer.  Se restarem dúvidas gostaria de dirimi-las.

Obs.: Se o vetor que estamos arrastando daqui para acolá for contravariante, isto é, cujas componentes têm o índice na parte superior, então os índices de seus coeficientes de conexão ainda têm os mesmos significados, só que, agora, devemos considerar que o índice de soma está na parte inferior e o índice que representa as componentes vai para a parte superior do símbolo. Uma regra: se o vetor considerado é covariante, seus índices de conexão têm o índice livre na parte inferior, sendo os outros de soma e de derivação; se contravariante, ou vetor propriamente dito, os índices de conexão a que a ele se refere têm o índice livre na parte superior, os demais sendo de soma e derivação. É só verificar a posição do índice representativo da componente e seguir em frente com as regrinhas acima: índice contravariante, na parte superior; índice covariante na parte inferior. E nunca é diferente dessa ordem.

Não considero demais ser um pouco repetitivo, retomando a Eq.(1) e dizendo  tudo de outra maneira:  na letra Γo índice j  superior conecta-se ao j inferior do vetor seguinte, e temos uma soma sobre os s, o que configura a representação da combinação linear. O índice i refere-se a um qualquer um dos vetores de base e o k diz em relação a que direção a variação está sendo avaliada.

De momento, é suficiente entender o que faz o coeficiente de conexão, representado pela Eq.(1), isto é, qual o seu papel na configuração do vetor em cada ponto. Como calcular o valor dessa entidade, num ponto qualquer – e seu valor é referido a cada ponto- é outra história, sobre o que falaremos mais tarde.

Mas falarei um pouco mais sobre ele, qualitativamente. Por exemplo, exibe umas propriedades confortantes, como ser simétrico em relação aos índices inferiores,i e k.  Ser simétrico em relação aos índices inferiores significa que tanto faz considerar o conjunto dos dois índices inferiores como ki ou ik, que o valor da conexão será a mesma.  Do contrário, estaríamos em maus lençóis e a física provavelmente seria bem diferente da que conhecemos hoje, uma verdadeira bagunça, sem uma ordem específica;  o mundo seria algo muito próximo de uma loucura.  Mas tergiversar sobre essas questões  é mais que filosofar, e isso também não sei,  portanto, paro por aqui mesmo.

Agora, a notícia ruim: o cálculo de cada um desses símbolos é extremamente difícil, dependendo da métrica e do sistema de referência usados. Felizmente, também, não precisaremos disso nesta etapa de minha explanação.

Como exemplo, apresento a expansão para as taxas de variação espacial dos vetores de base natural, Eq.(5),  considerando apenas o espaço 3-D:

Para a componente i = 1, a Eq.(5) ficaria assim:

e1∂xk  Γ1k1e1+Γ1k2e2+Γ1k3e3

Vê-se, de pronto, que para  i = 1 no vetor de base natural, ou e1 (na direção 1 ou direção x)  teremos 3 equações, uma para cada k, índice da coordenada xk, em relação à qual a derivação está sendo calculada.  Usa-se o símbolo de derivada parcial pelo fato de tratar-se de múltiplas variáveis e não uma só.

Depois faz-se i =2, e se procede de maneira idêntica; depois, faz-se i = 3.

Logo, com n=3, teremos, ao todo, nove equações diferenciais, 3 para cada i. Se n = 4, teremos 16 equações, e assim sucessivamente.  Agora, para encontrar o valor de cada   ei∂xk,  ou seja,o valor  das taxas de variação espacial, em cada direção, é preciso que conheçamos o valor de cada  Γikj.  No momento, contudo, como já disse mais acima, e para os propósitos a que nos propomos, basta ter  um compreensão qualitativa do significado do símbolo de Christoffel, no que consiste, sobretudo, os seus índices. Que, acho, já temos.

(Não é demais enfatizar: este símbolo de Christoffel, ou coeficiente de conexão, é um dos elementos centrais  de toda a geometria diferencial essencial à RG, e que faz o  link entre dois pontos vizinhos do espaço curvo. Sem ele, estaríamos a ver navios...).

Bem, agora já olhando para o símbolo de Christoffel com mais simpatia, e sem a impressão de que se trata de um bicho de sete cabeças, podemos escrever uma expressão para  dei, que expressa a variação total da base natural, conforme Eq.(1), retro, isto é, devida à contribuição de todas as componentes, a partir de (1):

 

dei = Γikjejdxk

 

(7)      

Agora, qual a razão pela qual a relação acima é produto das três quantidades ora em discussão, e não outra?

Para responder a essa questão, ao menos do ponto de vista qualitativo usaremos,  para o mister,  os conceitos já vistos mais acima: componentes de vetores, e seus deslocamentos.

Sendo práticos, dizemos o seguinte:  Vi é deslocado de P a P1, ηi unidades de distância;

Em P1, as componentes do vetor agora serão Vj, diferentes, devido à curvatura do espaço.

Chamemos essa diferença de dVi, que é, obviamente, diferente de zero. Verifica-se o seguinte:

 Vi é proporcional não só ao módulo de Vi, como também à distância entre os pontos de aplicação, que vamos chamar de dxi ou  dηi.  Então dV i será  proporcional, também, ao produto entre esses dois fatores. Ou seja,

 

 

dV i Vjdηk

 

(8)      

 

Assim, para as componentes de um vetor contravariante, a constante de proporcionalidade  para cada componente é, precisamente ele, o senhor do espaço e suas curvas:  o símbolo de Christoffel. Assim,

 

dV i=- Γjki Vjdηk

(9)      

 

a menos do sinal negativo, que logo mais será justificado.  Ou seja, restabelecemos a igualdade introduzindo o coeficiente G, com a distribuição de índices indicada. A conexão entre a variação de V,  dV i, e o próprio V fica, assim, perfeitamente determinada. O significado dos índices é exatamente o mesmo dado anteriormente. Aquí aparece um sinal negativo, que não caiu do céu, mas isto é devido à consideração do vetor, que é contravariante, enquanto no caso anterior(bases naturais são covariantes, índice na parte inferior)  ele é covariante.  Não importa que seja um vetor base ou não, a forma da expressão é a mesma, aquela da equação (4) ou esta última, Eq.(9), a menos do sinal, claro. Pois uma base é um vetor como outro qualquer. Nada de especial com ela.  Noutra oportunidade, mostrarei, de maneira igualmente simples, como se obtém, algebricamente, dV i (Eq.(9)) para um vetor contravariante a partir de uma operação muitos simples:  produto escalar entre dois vetores! 

Por ora, só admitam que eu não estou querendo enrolar...

2 – Agora que já sabemos o que é o símbolo de Christoffel, aproveitarei os resultados acima para mais uns conhecimentos e rumar para o que se destina essa conversa toda.

Resumindo o que já vimos

Na discussão até agora levada a efeito, que objetivou introduzir o conceito de conexão afim, ou coeficiente de conexão, ou Símbolo de Christoffel, acabamos explicitando, a reboque, outra figura essencial:  que foi exatamente como determinar uma fórmula para correção do valor das componentes de um vetor, quando ele passa de um ponto P1 a outro, P2, num espaço curvo. Assim,

1 – Se o vetor considerado tem componentes contravariantes(índice superior), então, por um cálculo usando as técnicas do  transporte paralelo, as variações que experimenta no  deslocamento é dada por

                                                      dV i=- Γjki Vjdηk                                                       (9)´

2 – Se o vetor considerado tem componentes covariantes(índice inferior), então, usandos os mesmos  procedimentos,  as variações que experimenta no deslocamento é dada por:

 

dVi=ikjVjdxk                              

(10)  

 

Não deduzi a expressão Eq.(10),  que o objetivo atual não é esse. Mas creio que lhe dei uma interpretação razoável.  O suficiente para podermos aplicar no que vem a seguir, sem causar repulsa ou estranheza.  Igualmente, falamos bastante sobre o símbolo de Christoffel, a nível qualitativo e alguns argumentos de plausibilidade. Só gostaria de saber se está tudo bem.  E não me refiro apenas ao ZT.

Resumindo mais ainda: 

Se o vetor V vai do ponto P até o ponto P1, cujas coordenadas estão indicadas na Fig.1, acima, ao vetor deslocado paralelamente somamos a correção

dV i=- Γjki Vjdxk   se ele tem componentes contravariantes; e,

dVi=ikjVjdxk       se ele tem componentes covariantes.

Simples assim.   Este processo é absolutamente genérico e à prova de falhas, de qualquer espécie.                         

Partindo para os finalmentes – Rumo ao descritor de curvatura aloprado.

Podemos agora aplicar os conhecimentos prévios à Figura (1).  E vamos ver o que acontece ao passarmos de P para P1 e de P1 para P2, etc. Cada ponto um vizinho ao ponto prévio.  Observe a estrutura das coordenadas em cada ponto considerado e que o vetor em P é bem determinado, isto é, conhecido em todos os seus aspectos.  O objetivo é determinar, como disse, um expressão que meça a curvatura por ventura existente.

Então vamos organizar esse negócio da seguinte maneira:

 

1 – Na Fig. (1) vemos que:

a) Vi(xi) é deslocado de P até P1;  em P1, suas componentes, em conseqüência da curvatura espacial,  passam a ser Vjxi + ηi, no ponto P1;

b) ao ir de P1 a P1, essas  componentes serão agora: Vj(xi+ ηi+dηi),  no ponto P2;

c) Pelo que expusemos na conversa acima, podemos expressar Vj(xi+ ηi+dηi), como:

Vj(xi+ ηi+dηi) = Vjxi + ηi+ dV i= Vjxi + ηi - Γjki Vjdxk,

pois V tem componentes contravariantes.

Assim, a diferença entre os vetores em P1 e P2 será:

δVi= Vj(xi+ ηi+dηi)- Vjxi + ηi= - Γjki Vjdxk,  ou

 

δVi=- Γjki Vjdxk= - Γjkixi + ηi Vjxi + ηidηk

(11)  

 

onde, mesmo arriscando tornar a representação simbólica muito carregada, e contribuir para alguma confusão, assim procedemos para enfatizar em que pontos devemos calcular as variáveis  Γjki,  Vj e dxk.

Então, explicando a notação acima:

Γjkie Vj são calculados em P1, daí por que explicitamos suas coordenadas, para que não restem dúvidas.

Mas partimos de P(xi), onde supomos conhecidosΓjki(xi)  e   Vj(xi), e podemos colocar  Γjkixi + ηi  e  Vjxi + ηi em termos de  seus valores em  P(xi).

1)      Supondo ηi muito pequeno, podemos expandir  Γjki via São Taylor, em primeira ordem deηl  para obter seu valor em P2, vizinho a P1da seguinte maneira:

 

 

                 Γjkixi + ηi= Γjki(xi) + Γjki(xi) ∂xlηl

(12)  

 

                       (5)

 

 

2)      De acordo com o que já vimos sobre deslocamento paralelo, podemos expressar   e  Vjxi + ηi em termos de seus valores em P, da seguinte maneira:

 

    Vjxi + ηi=Vjxi   - Γjki(xi)Vj(xi)dxk  = Vj  -  ΓjkiVjdxk

 

    Vjxi + ηi =Vj  -  ΓrljVrηl

(13)  

 

 

 

                          δVi = Vjxi + ηi-Vj=-  ΓrljVrηl  

(14)  

 

Nesta altura não devem restar dúvidas do ponto onde  ΓrkiVr estão sendo considerados, nem a razão do uso dessas novas letras como índices. (Esta economia de letras descarrega a equações e facilita o manuseio).

3)      Substituindo agora (12) e (13) em (11), temos:

δVi=-(Γjki  +∂ Γjkixl)ηl ) (Vj  -ΓrljVrηl)dηk

Agora, passemos à operação. Eliminando os parêntesis:

δVi= -{ΓjkiVj- ΓjkiΓrljVrηl + ∂Γjkiηl)Vjηl - ∂Γjkixl)ηlΓrljVrηl}dηk

Rearrumando:

δVi= - {ΓjkiVj- ΓjkiΓrljVrηl +     ∂Γjkixl)Vjηl - ∂Γjkixl)ΓrljVrηlηl}dηk

δVi= - {ΓjkiVj- ΓjkiΓrljVrηl +∂Γjkixl)Vjηl -  ∂Γjkixl)ΓrljVrηl2}dηk

Mas o monômio que está multiplicado pelo termo  ηl2 -de segunda ordem - pode ser desprezado frente aos demais. Logo,

δVi= -{ΓjkiVj- ΓjkiΓrljVrηl + ∂Γjkixl)Vjηl}dηk →

δVi= -ΓjkiVjdηk+ {ΓjkiΓrljVrηl  -   ∂Γjkixl)Vjηl}dηk

Integrando ao longo de todo o caminho fechado, Fig.1, temos:

 

ΔVi= -ΓjkiVjdηk+ {ΓjkiΓrljVr - ∂Γjkixl)Vj}ηldηk 

(15)  

Agora, observemos o monômio ΓjkiΓrljVr. Vemos que r é índice mudo, ou de soma; logo, podemos trocá-los entre si, de maneira coerente, que isto não desequilibra a expressão.  Assim, para por as componentes de V identificadas pelo mesmo índice, o que é possível, façamos o seguinte: onde há r, substituímos por j, vice-versa. Isto tem que ser feito para todos os r e j do monômio.

Assim: fazendo r → j → r, tem-se

ΓrkiΓjlrVj e vemos que os índices ora permutados continuam a fazer com o monônio o mesmo que anteriormente. (Para ver isso, basta expandir os dois, usando a regra de Einstein).  Ou seja, os r e j continuam sendo índices mudos, de soma, só que em termos diferentes. Mas isto não altera o resultado.

Isto posto, fazemos a substituição dessa nova expressão na Eq.(15) e fatoramos Vj, que agora é comum. Então:

 

ΔVi= -ΓjkiVjdηk+ {ΓrkiΓjlr -∂Γjkixl)}Vjηldηk

 

(16)  

Entende-se que a integração é feita sobre o caminho fechado, C.

As integrais    dηkηldηk  são, para o circuito fechado:

 

dηk = Δηk = 0

 

(17)  

Não sabemos, a priori, o que é e o que significa essa integral  ηldηk.

Mas sabemos que,

 

d(ηkηl) = Δ(ηkηl)  = 0

(18)  

 

portanto, usando a regra de Leibniz, temos:

d(ηkηl) = ηldηk+ ηkdηl=  0    →   ηldηk= -ηkdηl 

sendo este um resultado bem interessante e cheio de significado: o integrando é anti-simétrico! Aquí, a ordem dos fatores, na multiplicação importa. Permutando k e l, o resultado muda de sinal.  Por conta desse fato, podemos encontrar um expressão simplificada, lançando mão do seguinte simples artifício matemático (a+a=2a), e depois permutando k e l:

2 ηldηk= ηldηk+ ηldηk= ηldηk-ηkdηl, ou,

ηldηk = (1/2)ηldηk-ηkdηl = (1/2) ηldηk-ηkdηl

É costume chamar o primeiro de fator anti-simétrico.

Logo, com essa notação, fazemos

 

akl= (1/2) ηldηk-ηkdηl

 

(19)  

para obter uma simplificação, onde akl  é uma quantidade anti-simétrica, com 16 componentes(supomos aqui o 4-espaço curvo), sendo nula a diagonal principal da matriz representativa. Isto é, trata-se de um vetor “gordinho”, que, já sabemos, é chamado de tensor. (Na verdade, deve-se provar que akl é um tensor antisimétrico, e a prova bem chatinha. Fica para os mais sabidos.)

Assim, a Eq.(16) poderá ser simplificada para:

ΔVi= -ΓjkiVjdηk+ {ΓrkiΓjlr -∂Γjkixl)}Vjηldηk

 

ΔVi= 0+ {ΓrkiΓjlr -∂Γjkixl)}Vjηldηk →

 

ΔVi= {ΓrkiΓjlr -∂Γjkixl)}Vjηldηk

 

(20)  

 

Pode-se, ainda, obter uma expressão mais geral, a partir de (20), considerando o seguinte: a expressão entre colchetes não é anti-simétrica em l e k. Mas podemos, sem prejuízo de quebrar o equilíbrio entre os índices, permutar o l e k, em todos os termos do colchetes(e não  apenas num dos monômios!). Fazendo isso, teremos:

ΔVi={ΓrliΓjkr- ∂Γjlixl}Vjalk

ΔVi={ΓrliΓjkr- ∂Γjlixl}Vj(-akl)      →

 

ΔVi= {-ΓrliΓjkr+ ∂Γjlixk}Vj(akl)

 

(21)  

Vez que alk=-akl, pois essas quantidades são anti-simétricas.

Somando Eqs.(20) e (21):

2ΔVi={ΓrkiΓjlr - ∂Γjkixl)-ΓrliΓjkr  +  ∂Γjlixl }Vjakl →

ΔVi= (1/2) ΓrkiΓjlr-ΓrliΓjkr+∂Γjlixk∂Γjkixl)}VjVj akl

Fazendo     

 

Rjkli  = ΓrkiΓjlr-ΓrliΓjkr+∂Γjlixk∂Γjkixl)

(22)  

tem-se:

 

ΔVi= (1/2) RjkliVj akl

 

(23)  

E esta expressão define, rigorosamente, se uma dada região do espaço é curva ou não. O símbolo Rjkli representa  a fórmula que permite definir se tal ou qual região de um dado espaço , de qualquer dimensão, é curva ou não. Foi descoberta por Riemman, sendo conhecido como o famoso tensor de curvatura de Riemann. É o objeto matemático mais complexo usado na RG. E tem uma significação não muito complicada, o que nos permitiu chegar até aqui, ainda que timidamente.

Vemos que o tensor de Riemann é inteiramente dependente dos Símbolos de Christoffel e de suas derivadas primeiras. É só aprendermos como obter os Γjk ie pronto, podemos ter o valor de Rjkli.  Noutro post, se houver interesse,  mostrarei que o tensor de curvatura tem a seguinte unidade: unidades de curvatura por m², no sistema MKS!

Quanto aos diversos índices, deixo a critério de alguns de vocês postar discussões e perguntas, ou esclarecimentos. Pelo que expliquei a respeito, anteriormente, dá para inferir os que aparecem nos diversos termos que formam a expressão de Riemman.  Mas creio que não restarão muitas dúvidas.

Ante as declarações de alguns amigos da net, de que a RG usa uma matemática estratosférica, entre outras classificações, era meu desejo, há muito tempo, postar algo assim, escrito de maneira tão simples quanto sou capaz. E, ainda assim, mostrar que se trata apenas de matemática, embora sob os auspícios de novos conceitos geométricos/matemáticos.

Ao longo das linhas acima, evitei falar no nome tensor. Mas todos estamos acostumados a trabalhar com e usar tensores no dia a dia, desde nosso segundo grau. Só que não se dá esse nome, por lá. Por exemplo, um dos tensores mais importantes é o escalar que se obtém pelo produto escalar de dois vetores.  Podemos encarar um tensor, também, como um operador, que age sobre vetores.  Assim,

O produto escalar entre dois vetores A e B é definido pela relação funcional:

gabA,B=A .B

Onde gab o tensor métrico. Isto é,  uma “maquina” que transforma dois vetores num único escalar, através da operação “produto escalar”, tão conhecida de tantos.

(Sobre o tensor métrico há muito que falar. Os símbolos de Christoffel, são funções tensor métrico e de suas derivadas. O de Riemann é função dos coeficientes de Conexão, logo, são funções das derivadas primeiras e segundas do tensor métrico).

Bem, vou terminando por aqui. Claro que isto está longe de ser sequer parecido com um artigo que mereça ser usado como referência, até em razão de se tratar de uma mera explanação matemática sem o rigor que normalmente é exigido em coisas da espécie. Pretende ser, antes, um papo informal, com um objetivo, já explicado.

 Infelizmente, o texto ficou bastante longo. Autores como Schutz ou Harle, dizem tudo que eu disse acima, em cerca de 17 páginas, em uma página ou duas no máximo. Mas usam muitos conceitos supostamente de conhecimento proficiente de quem está lendo ou estudando o texto. Não é o que supuz. Embora possa não ser assim para todos.

Bem, espero ter contribuído, ao menos com alguns esclarecimentos vitais e iniciado um trabalho de desmistificação da matemática usada na relatividade geral. Continuarei o papo nos próximos posts, se houver alguma receptividade deste.

Talvez falando das propriedades de Rjkli e obtenção de dois tensores mais simples, um com dois índices apenas(devido a Ricci) e outro sem nenhum índice(ou um escalar, escalar de Ricci).

Estes dois últimos tensores são os únicos que são usados em RG. Para felicidade geral de todos. Aliás, apenas com o tensor de Ricci pode-se explicar o funcionamento do universo e daí gerar umacosmologia científica. Alías, ainda: em RG usa-se pouco de todo aparato extenso e complexo da geometria diferencial; usa-se bastante do aparato tensorial, mas tudo que o formalismo representa. De forma que a RG é bem comportada e accessível a todos, que estes precisem ser experts e provficientes em toda a matemática dessa ordem.

Os assuntos que pretendo abordar, de futuro, são, entre outros:

1 Tipos de derivadas na matemática e seus significados e aplicações. Entre elas, a Derivada covariante, que é uma extensão ao cálculo tensorial da derivada ordinária do espaço plano Euclideano.

2 Deslocamento paralelo, com um pouco mais de detalhes que os discutidos aqui.

3 Cálculo dos símbolos de Christoffel para um caso simples, que  caiba neste ambiente. Expressões diferenciais  para o cálculo de Christoffel.

4 Conceito de derivada direcional, novos conceitos de vetores e covetores(formas diferenciais de ordem 1, as chamadas formas-1)

5 Equações de Newton em espaços curvos(mas Newton não sabia disso. Portanto, fiquem calados...)

6 Etceteras, a depender do tempo e do interesse de algum de vocês.

 

 

Saudações.

Victor.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 







[i]  O cálculo tensorial, era, na época de Einstein, muito novo. Muitos físicos e matemáticos já conheciam, mas não lhe davam muita atenção, primeiro em razão de alguns julgarem que aquilo era muito abstrato, sendo matemática pura, sem aplicação útil, ao menos de imediato. Além disso, como a geometria diferencial não estava ainda bem desenvolvida, era, como ainda se faz, usado o método das componentes para representar essas coisas. Só que, para espaços multidimensionais a quantidade de índices que compareciam em cada monômio era grande, envolvendo sinais e mais sinais de somatórias. Uma verdadeira selva de índices, conforme apontou, corretamente, Butkov, em sua bíblia sagrada. Os cálculos eram tediosos, chatos e abusados. De qualquer forma, uma maioria, preguiçosacomo eu, não se dispunha a esses trabalhos fastidiosos, razão pela qual a teoria estava ali mais ou menos estagnada. Depois que Einstein com seu olhar simplificador e genérico viu que, na realidade, os sinais de somatórios poderiam ser abolidos, em favor de uma notação mais simples e mais compacta, com as mesmas propriedades operacionais, então a coisa mudou. Um conhecido astrônomo, físico e matemático disparou: ...e então o cálculo tensorial tomou nova impulsão. Como, de fato, aconteceu. E o céu foi o limite, diria eu. 


SUBJECT: RES: RES: [ciencialist] Leonard Susskind fala sobre Feynman
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/09/2012 05:09

Isto é que é providência!

 

Sds.

 

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de brudna
Enviada em: segunda-feira, 24 de setembro de 2012 11:41
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: RES: [ciencialist] Leonard Susskind fala sobre Feynman

 

 

Veja o vídeo com legendas em
http://www.ted.com/talks/leonard_susskind_my_friend_richard_feynman.html

Quando carregar o vídeo vc pode selecionar a legenda (em um menu logo abaixo do vídeo).

Abraços
Luís Brudna
luisbrudna@gmail.com
http://www.tabelaperiodica.org

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "JVictor" <j.victor.neto@...> escreveu
>
> Pena que a palestra não é legendada.
>
>
>
> Sds,
>
> Victor.
>
>
>
> De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]
> Em nome de psdias2
> Enviada em: domingo, 23 de setembro de 2012 11:10
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Assunto: [ciencialist] Leonard Susskind fala sobre Feynman
>
>
>
>
>
> O físico Leonard Susskind falando sobre Feynman (no TED):
>
> http://www.youtube.com/watch?v=m5gjl7icSzo
>
> Paulo
>


SUBJECT: RES: RES: [ciencialist] Leonard Susskind fala sobre Feynman
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/09/2012 05:59

Impressionanentes, as impressões de Sussekind sobre seu amigo.

 

Acho que uma maneira de homenageá-lo, permanentemente,  não é nem através de sandes magros;

mas através da leitura de sua obra, toda a obra.   E divulgá-las para os mais jovens.

 

É difícil, ao menos para mim,  hoje, saber quem tinha a mente mais afinada e mais criativa:  se  Landau, Feynman ou Einstein.

 

Escolha cruel...

 

Obs. maldosa:  notei, ao pé da cadeira de Sussekind,  um objeto parecendo com aquelas garrafinhas metálicas usadas pelo pessoal apreciador de wisky,  para andar com este sempre  por perto...

 

Será que ví demais?

 

Sds,

Victor.

 

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de brudna
Enviada em: segunda-feira, 24 de setembro de 2012 11:41
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: RES: [ciencialist] Leonard Susskind fala sobre Feynman

 

 

Veja o vídeo com legendas em
http://www.ted.com/talks/leonard_susskind_my_friend_richard_feynman.html

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Abraços
Luís Brudna
luisbrudna@gmail.com
http://www.tabelaperiodica.org

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "JVictor" <j.victor.neto@...> escreveu
>
> Pena que a palestra não é legendada.
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> Sds,
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> Victor.
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> De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]
> Em nome de psdias2
> Enviada em: domingo, 23 de setembro de 2012 11:10
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Assunto: [ciencialist] Leonard Susskind fala sobre Feynman
>
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> O físico Leonard Susskind falando sobre Feynman (no TED):
>
> http://www.youtube.com/watch?v=m5gjl7icSzo
>
> Paulo
>


SUBJECT: RES: [ciencialist] ENC: Tensor de curvatura - uma tentativa de dedução simples.
FROM: "zetulio" <zetulio2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/09/2012 06:20

Caro Vitor,

 

Realmente, as equações chegaram desorganizadas.

Mas deu prá ler e reescrevê-las. Gostei mesmo. Você fez tudo de um jeito que ficou simples e inteligível.

Vi um trabalho parecido no Dunsby mas ele usa muito caminhos complicando um pouco, acho.

Minhas questões ainda estão nos conceitos e aplicações de formas-1 e vetores, sobretudo.  Desculpe a insistência.

Mas eles não são nada simples. Ficarei grato se puder mandar, em pvt, o seu trabalho original.

 

Grato

 

Jose Tulio

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de JVictor
Enviada em: sábado, 22 de setembro de 2012 19:05
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] ENC: Tensor de curvatura - uma tentativa de dedução simples.

 

 

Amigos,

Resolví anexar o arquivo .doc no qual desenvolvi o post “Tensor de curvatura - uma tentativa de dedução simples.”, para o caso de as equações e outras figuras serem bagunçadas pelo Outlook.

Reiteiro minha dsp para responder a perguntas sobre o assunto. (dsp=disponibilidade...)

Sds,

Victor.

 

De: JVictor [mailto:j.victor.neto@uol.com.br]
Enviada em: sábado, 22 de setembro de 2012 18:59
Para: 'ciencialist@yahoogrupos.com.br'
Assunto: ENC: Tensor de curvatura - uma tentativa de dedução simples.

 

 

Olá,

 

Espero, com este post, responder  ao Tulio em algumas de suas dúvidas;  além disso, é também um desejo antigo  de tentar desmistificar uma das entidades matemáticas mais famosas e vitais no estudo de curvaturas espaciais. Este ente matemático , descoberto por Riemann, e que tem um  filhote que é fundamental em Relatividade, que expressa de maneira completa toda a essência da teoria.  Desmistificar no sentido de que, ao contrário do que parece, este objeto matemático, chamado de tensor de Riemann (quem conhece vetores está no final do caminho para saber o que é um tensor.  Trocando em miúdos, um tensor pode ser imaginado como um vetor com mais de 3 componentes. É um vetor gordinho...No final deste post dou uma pequena demonstração de que há muito todos nós sabemos o que é um tensor)  tem uma interpretação e uma dedução bastante accessíveis. E não precisa ter mais que algum conhecimento de cálculo, no máximo, a nível de graduação, para compreender de que se trata.  Só precisamos de alguns conceitos, até mais ou menos intuitivos, os quais exporei de maneira informal, para que essa exposição seja útil, após o que pode-se  encontrar aquela fórmula matemática, absolutamente genérica, universal, que especifica de maneira completa a famosa descoberta matemática de Riemann;  que descreve qualitativa e quantitavamente não só as curvaturas das beldades do cinema e da TV  como até mesmo miseráveis dobras que já, já, começarão a surgir ao longo de meu próprio espaço “corporal”... A idade avança e o tensor de curvatura vai ficando mais chato...com suas revelações quantitativas.

 Conheço algumas deduções e explicações do seu significado. Contudo, como muitos autores, senão todos, escrevem para especialistas, pois acham que simples mortais não podem ter acesso a esse conhecimento, ainda que sem a profundidade e o rigor requeridos, as exposições são muito técnicas, algumas herméticas demais e adornadas de conceitos matemáticos bem avançados, e algo abstratos, daqueles que fazem a alma voar, voar, enquanto o velho corpo  de guerra vai ficando, ficando...

A minha proposta é simples, mas sem o rigor necessário normalmente desenvolvidos pelos matemásticos; apenas o suficiente para que, ao olhar para o símbolo que representa aquela entidade, ele se lhe afigure um velho conhecido, sem que a simbologia usual exiba mais  segredos, aparentemente cavernosos.

Uma beleza!

Já a operacionalidade...bem, isto é outra história, para depois do cinema.

Devemos, contudo,assumir a existênciade algumas coisas.

Então, partimos das seguintes premissas:

1 - O espaço é curvo, e sua curvatura,em qualquer região,  é determinada pela densidade de energia/massa(conforme  o próprio Riemman desconfiou, sendo, em minha opinião, um antecessor de Einstein, antecipando-se a Einstein, nesse mister.

Obs.:Nessa  discussão não usaremos de maneira alguma a influência da massa-energia.  Apenas a premissa da curvatura, sem levar em conta a causa.

2 – Dado um campo vetorial  V em um ponto P1 do espaço curvo,   alinhemos as seguintes considerações a respeito de suas componentes são representadas e do próprio vetor.

a)       Vi, com i = 0,1,2,3, com o índice i na parte superior da letra representativa da componente do vetor.

b)      As componentes   Vi  variam de ponto a ponto, mas o vetor, como um todo, não.

c)       Numa vizinhança de P1, de raio dxk muito pequeno, podemos escrever todos os vetores tangentes à superfície nesse ponto P1.  Expresso assim, isto define o conceito de campo vetorial no ponto P1.

d)      Transportado para outro ponto P2, vizinho, esse campo assume outro valor,em virtude da curvatura do espaço, configurando aí outro campo vetorial,  sendo que este novo campo vetorial dependerá do caminho seguido.  Ou seja, se o caminho entre os dois pontos for outro, diferente do primeiro, o novo campo não coincidirá com o primeiro, no mesmo ponto. (A diferença angular entre as posições devida a um caminho e a outro caminho qualquer define a curvatura do espaço. Se a diferença angular é zero, o espaço é plano. Se diferente de zero, o espçao não é plano.)

e)      Ao deslocar um vetor de um ponto a outro, vizinho,  o vetor permanecerá, sempre, tangente à superfície e sempre paralelo à sua posição infinitesimal prévia .

Uma maneira de visualizar isso é imaginar o seguinte: em cada ponto P traçamos um  plano tangente àquele ponto,  espaço tangente esse no qual o vetor está inscrito e existe em todas as suas características.

Vamos expandir um pouco mais o item (2e), retro, a fim de obter alguma familiaridade  com esse conceito, devido a sua importância. Não é demais um pouco de repetividade. Num espaço curvo, a cada ponto corresponde um espaço plano tangente a um ponto P(os matemáticos designam isso como: T(P) .  Como podemos especificar um plano através de um vetor normal, em geral unitário, segue-se que esses vetores normais não são paralelos em pontos diferentes, pois estes  pertencem a espaços tangentes planos diferentes;  portanto, os vetores inscritos nesses espaços tangentes, também chamados  locais,  são diferentes, no que tange às suas componentes!  Eis, então, a associação que se faz entre um ponto espacial e espaço tangente nesse ponto:   Deslocar o vetor V do ponto P1 até o ponto P2, suficientemente vizinho, implica que as coordenadas e suas componentes, nos pontos P1 e P2,  são diferentes, conforme mostrado na Figura 1

(Obs.: Para continuidade, e para evitar futuras confusões, vamos adotar a seguinte convenção: letra maiúscula negritada representa um vetor; um índice inferior, negritado, representa o ponto onde o vetor está aplicado. Exemplo: Vx⤇ vetor V no ponto x, onde x pode ser: 1,2...A, B P, P1, P2, etc.  Isto manterá o foco de localidade.  Também, pode-se escrever a representação,  sem o índice, mas escrevendo explicitamente que se trata do ponto tal ou qual. Aquí será usada a  que for mais cômoda, no momento).

3 – A diferença entre os vetores, (VP1- VP), expressa o quanto V mudou por causa do translado.

Agora, é importante reconhecer que ( VP1- VP) não é uma diferença vetorial legítima, ou seja, não representa um vetor, pois os pontos P1 e P são pontos diferentes, pois  estão em espaços tangentes diferentes.  Já que, por hipótese, o espaço em questão é curvo. Isto significa o seguinte:  a diferença acima não tem sentido geométrico ou físico. É como subtrair de 9 frutas, entre laranjas e peras,  duas peras: o resultado será 7 peras, 7 laranjas ou 7 laranjas e peras? 

Se o espaço fosse plano, tudo bem. Mas não é.  Então, tudo mal.  Mal, em termos. Pois há como resolver isso, legalmente, sem ser com o jeitinho brasileiro.

Assim, nossa tarefa, agora, é encontrar uma maneira de calcular o quanto as componentes de um vetor mudam  ao ser este deslocado, seguindo as regras dadas mais acima. Isto poderá ser obtido encontrando uma maneira de comparar os dois vetores, antes em pontos diferentes, postados agora em um mesmo ponto. Para resolver esta situação, fazemos o seguinte:

Deslocamos VP1 , mantendo sua direção e sentido originais, de volta, desde o ponto P1 até o ponto P.  Veremos, neste processo,  que o vetor VP1 não mais coincidirá com o vetor original, VPDe igual maneira, ao levar VP1  do ponto P1 a outro ponto P2, em P2, VP1  terá mudado novamente suas componentes e sua direção, e assim sucessivamente.

 (Há umas técnicas de desenho geométrico que permitem fazer isso corretamente. Mas não usaremos aqui. Nosso objetivo é, ao final,  obter uma expressão analítica que dará conta do recado.)

Quando dizemos deslocar um vetor de um ponto P a outro, vizinho, P1, onde os vetores assumem os valores  VP  a VP1 , fica implícito que o deslocamento se faz sempre tangente à superfície, e,  ao mesmo tempo,  paralelamente a si mesmo, aliás, tão paralelo à posição anterior quanto possível, a cada deslocamento infinitesimal. De tal maneira que, após um deslocamento infinitesimal, δx, o vetor conserve   sua direção original e seu módulo.

Argumentar à luz de um exemplo concreto economiza juízo. Considere uma esfera.  Seja um vetor localizado num  ponto P do  equador, tangente à circunferência equatorial,  apontando para leste.  Considere agora um meridiano que passa pelo ponto P. Esse meridiano, no ponto P, faz um ângulo reto com o vetor V, que é tangente ao grande círculo equatorial, no ponto P. Para manter as coisas simples, e o mais próximo da realidade, imagine que o vetor tem as dimensões  de um pequeníssimo inseto, tal como uma formiga, mas  bi-dimensional.   Desloquemos V  paralelamente a si mesmo(nos moldes discutidos mais acima) desde o ponto A, onde é tangente à circunferência equatorial e perpendicular ao arco AB de  meridiano, que começa em A e termina  no ponto B, no polo norte, de tal forma que seja sempre perpendicular ao arco de meridiano AB, durante todo o percurso, ao longo do qual se efetiva, ponto a ponto, o deslocamento paralelo.  No ponto, o vetor já é tangente ao arco de meridiando BC e, durante urante o percurso ao longo desse arco BC, o vetor V, que antes era perpendicular ao primeiro meridiano(arco AB), agora é tangente ao arco BC e permanecerá tangente a ele, e tão paralelo quanto possível, ponto a ponto, à sua posição anterior, até encontrar novamente a circunferência equatorial inicial, num ponto C, onde lhe será perpendicular, apontando agora para o sul. A partir de C, será deslocado paralelamente a si próprio, e perpendicular ao arco de equador CA, segundo os mesmos critérios,  até voltar ao ponto inicial, A. Mas, nesse ponto, acontece isto: o vetor V será perpendicular á direção original, além de apontar para o Sul, como já acontecia, desde o ponto C, quando ocorreu a mudança na direção do movimento.

Ou seja:  num espaço curvo, ao deslocar vetor V paralelamente a si próprio, num circuito fechado, ao voltar à origem, o vetor V não terá mais a direção inicial. No caso muito particular deste exemplo simples, o vetor rotacionou 90º !  Num espaço plano não haveria essa diferença. Os vetores inicial e final coincidiriam em todos os aspectos. E isto só acontece, necessariamente, por causa da curvatura da superfície esférica bi-dimensional. Definitivamente, essa diferença angular é uma medida segura de quanto o espaço em estudo é curvo.   Há uns procedimentos matemáticos, devidos a Gauss e Riemann que permitem as fórmulas para um cálculo cálculo simples dessas coisas. Mas, por ora, basta saber que é assim.  Se você fizer o desenho, seguindo a descrição acima,irá visualizar melhor.

Uma observação de  importância crucial, que evita futuras confusões:  falamos de deslocamento paralelo ponto a ponto, muito vizinhos. Mas isto não implica que, globalmente, os vetores nas posições inicial e final sejam paralelos!  Trocando em miúdos, não se pode garantir que sejam paralelos ou não, apesar de os deslocamentos terem sido feitos, ponto a ponto, tão paralelos quanto possível.   A menos que o espaço seja plano. 

A razão é que  paralelismo de que ora se trata é local.

Na descrição anterior temos os vetores no ponto A, e no ponto B, pólo norte, após seu deslocamento paralelo, nos moldes descritos. Ora, claramente, no ponto B, VB  não tem a mesma direção e sentido que  tinha em A, globalmente falando!  Embora, por construção, os módulos sejam os mesmos. Em A, aponta para o leste, sendo tangente  ao arco de circunferência equatorial;  em B, não aponta mais para o leste, mas para um direção entre sul e leste. Mesmo que a construção tenha sido usando o conceito de deslocamento paralelo!    Reconhecer essa sutil diferença é fundamental.

Esta é a chave. Detalhando um pouco mais.

Para poder comparar, isto é, calcular efetivamente a diferença entre os dois vetores (que agora substituímos a designação dos pontos P pelos nomes A e B, para manter a mesma ordem do exemplo anterior)  é necessário e suficiente que, de alguma maneira, VA seja trazido de volta, até o ponto inicial, A, com a mesma direção e mesmo sentido que tinha  no ponto B  e, ai sim, podemos aplicar quaisquer regras de soma vetorial.  Mas devemos fazer isso de tal maneira que VB conserve, no ponto A, a mesma direção e sentido que tinha no ponto B. E só há uma maneira de fazer isso:  deslocar VB paralelamente a si próprio, desde B até A, mas de uma maneira específica, esclarecida logo a seguir.  Assim, se as componentes do vetor forem chamadas de Vi, a diferença  δVi  ficará perfeitamente determinada. A questão, agora, é saber como encontrar isso, quantitativamente. Mas não se pode fazer isso de qualquer maneira.  Uma maneira de operar é a seguinte: ligar o ponto B ao ponto A por uma reta imaginária e deslisar  VB paralelamente a si mesmo sobre esta reta, de uma só vez, até o ponto A! Com isto você constrói um desenho com os vetores original e o assim deslocado, ambos no mesmo ponto, e então poderá aplicar algum dos processos geométricos para operações de soma e subtração de vetores.  A diferença,  ( VB-VA)  agora será uma diferença vetorial legítima.

Até onde li, as obras que tratam desse assunto não detalham tanto, e deixam essas conclusões para o leitor. Mas, particularmente, acho isso uma falta de piedade para com simples mortais!... Mas espero que quem estiver a ver navios, agora,  veja outras coisas no horizonte.

Depois desses esclarecimentos, vamos descrever alguns objetos matemáticos relevantes ao processo, sem demonstrações, apenas usando argumentos que considero plausíveis e suficientes numa primeira abordagem mas que, suponho, dará uma familiaridade ao objeto descrito.

5 – Para esse mister, vamos esquematizar e organizar tudo numa figura que envolva os parâmetros necessários, como na Fig.1, a seguirImagine a seguinte situação.  É dado, num espaço qualquer(mas vamos supô-lo lisinho e suave em suas curvas, onde derivadas de qualquer ordem possam ser calculadas em qualquer ponto. Isto é, é um espaço sem quinas, ou pontos de inflexão, onde certas operações inexistem. O nome mais técnico de algo é assim é:  manifold ou carta) um ponto P(xi), onde os xi são as coordenadas do ponto P, sendo i um índice contravariante(postado na parte superior da letra que representa a componente do  vetor;  este índice pode assumir os valores ( 0,1,2,3) para representar as direções dos vetores  de base natural  considerados- como x, y, z e w por exemplo.

 (Alguém pode, agora, objetar: mas por que falar em base coordenada, sistema de coordenadas, se um vetor independe do sistema de referência?  A resposta é:   o vetor independe, sim,  mas as coordenadas não!)

1 – Consideremos agora a Fig.1  abaixo, representando um circuito fechado num espaço curvo, não Euclideano, com um ponto central, de coordenada  xi , de onde partimos:

 

 

                   P2(xi+ η+dηi)                     P1xi + ηi        

 


                                                  P(xi)      .

Reservado:                                                   P(x^i)      .                                                                             

 

 

 

 

 

Figura 1

O vetor de componentes Vi, está definido em P(xi ).  Os η (uma letra bonita para representar o incremento global δx) representam  pequeníssimas quantidades que incrementam as coordenadas xi, quando  V é deslocado(tangente à trajetória e localmente paralelo a si próprio) de P a P1

Então é assim:  VP, de componentes Vi em P, foi deslocado de P até P1, infinitesimalmente próximo de P, onde suas componentes mudaram para Vj, e sua direção será outra.   As quantidades ηi, que representa uma variação na coordenada xi,  é uma quantidade muito pequena, e representa a distância infinitesimal  entre P(xi) e  P1(xi +ηi).

Só para lembrar, pois usaremos isto mais tarde:

Em  P1(xi + ηi), as componentes do vetor original terão os valores Vj=  Vjxi + δVj, onde  δVi  representa o quanto variou  Vi. Não se preocupem com a mudança de i para j nas componentes. Poderia ser j ou outra letra qualquer, menos o próprio i.  Isto apenas indica que as componentes são diferentes. (Vamos falar do vetor expressando-o com a letra para vetor ou na forma componentes, indiferentemente)

Agora, desloquemos  Vj de P1  até  P2, que é infinitesimalmente vizinho de  P1; vemos que o novo vetor, em virtude da curvatura do espaço terá um valor, que é o que estava em P1, Vj,  corrigido por um fator δVi, dado por

 

δVi= -Γjk iVjdηk

 

(1)      

Onde:

Γjk i, calculados em P1, são objetos matemáticos, chamados de coeficientes  de conexão, visto que conectam o ponto P1 ao ponto P2, considerando toda a influência da curvatura sobre as componentes do vetor.

Esse objeto, que faz efetivamente a conexão entre os dois pontos infinitesimais,  chama-se Símbolos de Christoffel, em homenagem ao matemático que os descobriu e os introduziu na geometria diferencial.  (Mais à frente darei uma interpretação para esses símbolos, sobretudo o que significam os índices...).

Enfatizando:

Vj em P1 (xi + ηi )  representa as componentes do vetor que tem componentes Vi  em P(xi) e assim sucessivamente.

dηk  representa aquele pequeníssimo incremento na coordenada (xi+ηi).

Agora sim, introduzimos um coeficiente aparentemente esquesito,  Γjk i, sem maiores explicações. E devemos responder à questão:

Qual é mesmo o seu significado geométrico, e o que significam aqueles índices, um superior e dois inferiores na letra Gamma( G )?

Para uma motivação, precisamos de um pouco mais de notação e de alguns poucos conceitos associados a espaços vetoriais.

Consideremos o seguinte:

1 – Uma base { ei}, é constituída dos vetores unitários (e1,e2,  e3 ), e isto define um espaço vetorial onde vetores existem e podem ser especificados em todos os seus atributos;

2 – Um vetor V, pode ser representado como uma combinação linear dos seus vetores unitários de base, naturais, da seguinte maneira:

V =Viei= V1e1+ V2e2+V3e3

onde os coeficientes dos vetores de base são os Vi, componentes de V, com i=1,2,3. (Como mais um lembrete útil:  V1 = V.e1, ou seja, produto escalar do vetor V com o vetor de base natural  e1. Esta é a velha e boa maneira de obter as projeções de um vetor qualquer sobre os eixos coordenados do sistema de referência usado(para lembrar:  V1 =|V|. |e1|cos(V, e1) =  |V|cos(V, e1), o parêntesis representa o ângulo entre os vetores  Ve1).

(Obs.: Na representação da combinação linear,

 

V = Viei = V1e1 + V2e2 + V3e3

 

(2)      

vemos a aplicação da regrinha universal devida a Einstein, que diz:  sempre que num produto de dois fatores comparecerem  em um deles um índice superior e no outro um índice inferior, iguais, isto ativa uma soma desses produtos sobre os valores varridos pelos índices(no caso, (1,2,3) ). Desta maneira Einstein  defenestrou os abusados e enfadonhos símbolos de somatórios.)[i]

Bem, mas ainda não demos um significado para os Símbolos de Christoffel.

Assim, investiguemos, mantendo as coisas tão simples quanto possível, como um vetor V varia quando o deslocamos de um ponto P1 para um ponto vizinho P2 num espaço qualquer.

Eis uma motivação, do ponto de vista matemático. Calculemos a derivada desse vetor em relação a uma coordenada qualquer de seu sistema de referência, digamos, xk. Assim, a derivada espacial de um vetor V, pode ser expressa como:

 

 

dV=d(Viei= (dVi) eiVi(dei)

 

(3)      

 

segundo a regra de Leibniz, da derivada de um produto, onde V  e   ei  são funções de xk.

Apenas por esse cálculo simples podemos inferir  facilmente o seguinte:

1 – Se o espaço é Euclideano, dei=0. Pois a base ei, em qualquer ponto do plano, é constante. Evidentemente, com variação nula. Pois as componentes Vi são as mesmas, em quaisquer dois pontos;  idem, com referência à direção espacial. Os vetores nos dois pontos só diferem por uma translação, e nada mais.  E isto em nada afeta o vetor.

2 – Se o espaço não é plano, então  dei0, obviamente,conforme já discutimos.  Isto significa que a base { ei}varia de ponto para ponto, em razão, principalmente,da curvatura do espaço[ii].  Isto é o mesmo que dizer  a cada ponto do espaço curvo corresponde um sistema de referência.

Obs.: Em um espaço plano, mas usando coordenadas curvilíneas, os vetores de base igualmente variam(Você mesmo pode verificar isso, escrevendo os vetores de base num sistema com relação à influência do sistema de coordenadas, um Cartesiano retilíneo e outro não, como um sistema de coordenadas polares). Isto permite que estudemos vetores no espaço plano usando sistemas curvilíneos. Os resultados obtidos são os mesmos que o estudo dos vetores em espaços curvos, propriamente. Isto é, podemos usar os resultados dos estudos em espaços planos, em coordenadas na planas, e depois fazer uma extensão ao caso de espaços curvos. Chama-se a isto de princípio do mínimo acoplamento.

Para explicitar melhor essa questão, escrevamos a expressão para  dei numa direção específica, k;  ou seja, em relação a  xk:

A variação total dei pode ser escrita assim, em termos da taxa de variação numa direção qualquer, sendo dxk o deslocamento infinitesimal, dado em unidades de distâncias.  Simbolicamente,

 

dei=∂ ei∂xk dxk.

 

(4)      

Então, aqui está ∂ ei∂xk, que é um vetor que informa como  ei varia de ponto para ponto, em relação a uma direção genérica, qualquer,xk.

Ocorre que, felizmente, por obra exclusiva da sapiência da Natureza, há uma relação linear, obrigatoriamente, ao menos em 1ª ordem, entre esses vetores  ∂ ei∂xk, que são as variações espaciais de ei e o próprio ei. Em vista desse fato, ou seja, a oportuna linearidade, podemos escrever cada  ∂ ei∂xk  como uma combinação linear dos vetores naturais de base, ei.

Assim, genericamente, podemos expressar a combinação linear como:

 

∂ ei∂xk =  Γik1e1+Γik2e2 + Γik3e3

 

(5)      

Usando a regra de Einstein, podemos escrever este segundo membro de forma compacta, com o índice j representando um índice mudo, portanto, disparando uma soma de monômios.

 Γik1e1+Γik2e2 + Γik3e3 = Γikjej

Ou, ainda, podemos escrever a equação a cima mais compactamente:

 

∂ ei∂xk = Γikjej           

 

(6)      

Onde o índice j aparece como índice de soma, e dispara a soma vista na equação anterior.

 

Esta, a relação entre as taxas de variação espacial de  ei e os próprios vetores de base,  ei. Antes de continuar, façamos uma pequena digressão sobre a expressão acima, no que dizrespeito aos coeficientes Γikj, que parecem complicados.

 Agora já podemos justificar os índices usados no símbolo em questão, bem como suas posições relativas. 

Como vemos, há 3 índices ornamentando a letra grega Gamma(Γ), cada um tendo o significado seguinte:

- j, um índice superior em Γ j e inferior em ej  representa, como já adiantamos,  um índice mudo ou de soma. Esses índices repetidos fazem a soma dos produtos, caracterizando a combinação linear de que estamos falando.

- i representa um índice um livre, que aparece em ambos os membros e representam cada um dos 4 vetores da base.  Um índice mudo pode ser representado por qualquer letra, que não causa confusão. Mas a regra é esta: um índice livre aparece uma vez em cada membro da equação, podendo se repetir pelos diversos monômios presentes no segundo membro, mas não necessariamente em todos os monômios.

- k representa a direção ou a variável em relação à qual estamos derivando o vetor de base natural;  k  nomeia ou rotula  cada  coordenada como,  { xk}  =  (x0,x1, x2, x3)

Dessa forma, cremos que fica bastante claro que a representação Γikj é completa, e que não restam dúvidas a respeito do que cada índice no símbolo quer dizer.  Se restarem dúvidas gostaria de dirimi-las.

Obs.: Se o vetor que estamos arrastando daqui para acolá for contravariante, isto é, cujas componentes têm o índice na parte superior, então os índices de seus coeficientes de conexão ainda têm os mesmos significados, só que, agora, devemos considerar que o índice de soma está na parte inferior e o índice que representa as componentes vai para a parte superior do símbolo. Uma regra: se o vetor considerado é covariante, seus índices de conexão têm o índice livre na parte inferior, sendo os outros de soma e de derivação; se contravariante, ou vetor propriamente dito, os índices de conexão a que a ele se refere têm o índice livre na parte superior, os demais sendo de soma e derivação. É só verificar a posição do índice representativo da componente e seguir em frente com as regrinhas acima: índice contravariante, na parte superior; índice covariante na parte inferior. E nunca é diferente dessa ordem.

Não considero demais ser um pouco repetitivo, retomando a Eq.(1) e dizendo  tudo de outra maneira:  na letra Γo índice j  superior conecta-se ao j inferior do vetor seguinte, e temos uma soma sobre os s, o que configura a representação da combinação linear. O índice i refere-se a um qualquer um dos vetores de base e o k diz em relação a que direção a variação está sendo avaliada.

De momento, é suficiente entender o que faz o coeficiente de conexão, representado pela Eq.(1), isto é, qual o seu papel na configuração do vetor em cada ponto. Como calcular o valor dessa entidade, num ponto qualquer – e seu valor é referido a cada ponto- é outra história, sobre o que falaremos mais tarde.

Mas falarei um pouco mais sobre ele, qualitativamente. Por exemplo, exibe umas propriedades confortantes, como ser simétrico em relação aos índices inferiores,i e k.  Ser simétrico em relação aos índices inferiores significa que tanto faz considerar o conjunto dos dois índices inferiores como ki ou ik, que o valor da conexão será a mesma.  Do contrário, estaríamos em maus lençóis e a física provavelmente seria bem diferente da que conhecemos hoje, uma verdadeira bagunça, sem uma ordem específica;  o mundo seria algo muito próximo de uma loucura.  Mas tergiversar sobre essas questões  é mais que filosofar, e isso também não sei,  portanto, paro por aqui mesmo.

Agora, a notícia ruim: o cálculo de cada um desses símbolos é extremamente difícil, dependendo da métrica e do sistema de referência usados. Felizmente, também, não precisaremos disso nesta etapa de minha explanação.

Como exemplo, apresento a expansão para as taxas de variação espacial dos vetores de base natural, Eq.(5),  considerando apenas o espaço 3-D:

Para a componente i = 1, a Eq.(5) ficaria assim:

e1∂xk  Γ1k1e1+Γ1k2e2+Γ1k3e3

Vê-se, de pronto, que para  i = 1 no vetor de base natural, ou e1 (na direção 1 ou direção x)  teremos 3 equações, uma para cada k, índice da coordenada xk, em relação à qual a derivação está sendo calculada.  Usa-se o símbolo de derivada parcial pelo fato de tratar-se de múltiplas variáveis e não uma só.

Depois faz-se i =2, e se procede de maneira idêntica; depois, faz-se i = 3.

Logo, com n=3, teremos, ao todo, nove equações diferenciais, 3 para cada i. Se n = 4, teremos 16 equações, e assim sucessivamente.  Agora, para encontrar o valor de cada   ei∂xk,  ou seja,o valor  das taxas de variação espacial, em cada direção, é preciso que conheçamos o valor de cada  Γikj.  No momento, contudo, como já disse mais acima, e para os propósitos a que nos propomos, basta ter  um compreensão qualitativa do significado do símbolo de Christoffel, no que consiste, sobretudo, os seus índices. Que, acho, já temos.

(Não é demais enfatizar: este símbolo de Christoffel, ou coeficiente de conexão, é um dos elementos centrais  de toda a geometria diferencial essencial à RG, e que faz o  link entre dois pontos vizinhos do espaço curvo. Sem ele, estaríamos a ver navios...).

Bem, agora já olhando para o símbolo de Christoffel com mais simpatia, e sem a impressão de que se trata de um bicho de sete cabeças, podemos escrever uma expressão para  dei, que expressa a variação total da base natural, conforme Eq.(1), retro, isto é, devida à contribuição de todas as componentes, a partir de (1):

 

dei = Γikjejdxk

 

(7)      

Agora, qual a razão pela qual a relação acima é produto das três quantidades ora em discussão, e não outra?

Para responder a essa questão, ao menos do ponto de vista qualitativo usaremos,  para o mister,  os conceitos já vistos mais acima: componentes de vetores, e seus deslocamentos.

Sendo práticos, dizemos o seguinte:  Vi é deslocado de P a P1, ηi unidades de distância;

Em P1, as componentes do vetor agora serão Vj, diferentes, devido à curvatura do espaço.

Chamemos essa diferença de dVi, que é, obviamente, diferente de zero. Verifica-se o seguinte:

 Vi é proporcional não só ao módulo de Vi, como também à distância entre os pontos de aplicação, que vamos chamar de dxi ou  dηi.  Então dV i será  proporcional, também, ao produto entre esses dois fatores. Ou seja,

 

 

dV i Vjdηk

 

(8)      

 

Assim, para as componentes de um vetor contravariante, a constante de proporcionalidade  para cada componente é, precisamente ele, o senhor do espaço e suas curvas:  o símbolo de Christoffel. Assim,

 

dV i=- Γjki Vjdηk

(9)      

 

a menos do sinal negativo, que logo mais será justificado.  Ou seja, restabelecemos a igualdade introduzindo o coeficiente G, com a distribuição de índices indicada. A conexão entre a variação de V,  dV i, e o próprio V fica, assim, perfeitamente determinada. O significado dos índices é exatamente o mesmo dado anteriormente. Aquí aparece um sinal negativo, que não caiu do céu, mas isto é devido à consideração do vetor, que é contravariante, enquanto no caso anterior(bases naturais são covariantes, índice na parte inferior)  ele é covariante.  Não importa que seja um vetor base ou não, a forma da expressão é a mesma, aquela da equação (4) ou esta última, Eq.(9), a menos do sinal, claro. Pois uma base é um vetor como outro qualquer. Nada de especial com ela.  Noutra oportunidade, mostrarei, de maneira igualmente simples, como se obtém, algebricamente, dV i (Eq.(9)) para um vetor contravariante a partir de uma operação muitos simples:  produto escalar entre dois vetores! 

Por ora, só admitam que eu não estou querendo enrolar...

2 – Agora que já sabemos o que é o símbolo de Christoffel, aproveitarei os resultados acima para mais uns conhecimentos e rumar para o que se destina essa conversa toda.

Resumindo o que já vimos

Na discussão até agora levada a efeito, que objetivou introduzir o conceito de conexão afim, ou coeficiente de conexão, ou Símbolo de Christoffel, acabamos explicitando, a reboque, outra figura essencial:  que foi exatamente como determinar uma fórmula para correção do valor das componentes de um vetor, quando ele passa de um ponto P1 a outro, P2, num espaço curvo. Assim,

1 – Se o vetor considerado tem componentes contravariantes(índice superior), então, por um cálculo usando as técnicas do  transporte paralelo, as variações que experimenta no  deslocamento é dada por

                                                      dV i=- Γjki Vjdηk                                                       (9)´

2 – Se o vetor considerado tem componentes covariantes(índice inferior), então, usandos os mesmos  procedimentos,  as variações que experimenta no deslocamento é dada por:

 

dVi=ikjVjdxk                              

(10)  

 

Não deduzi a expressão Eq.(10),  que o objetivo atual não é esse. Mas creio que lhe dei uma interpretação razoável.  O suficiente para podermos aplicar no que vem a seguir, sem causar repulsa ou estranheza.  Igualmente, falamos bastante sobre o símbolo de Christoffel, a nível qualitativo e alguns argumentos de plausibilidade. Só gostaria de saber se está tudo bem.  E não me refiro apenas ao ZT.

Resumindo mais ainda: 

Se o vetor V vai do ponto P até o ponto P1, cujas coordenadas estão indicadas na Fig.1, acima, ao vetor deslocado paralelamente somamos a correção

dV i=- Γjki Vjdxk   se ele tem componentes contravariantes; e,

dVi=ikjVjdxk       se ele tem componentes covariantes.

Simples assim.   Este processo é absolutamente genérico e à prova de falhas, de qualquer espécie.                         

Partindo para os finalmentes – Rumo ao descritor de curvatura aloprado.

Podemos agora aplicar os conhecimentos prévios à Figura (1).  E vamos ver o que acontece ao passarmos de P para P1 e de P1 para P2, etc. Cada ponto um vizinho ao ponto prévio.  Observe a estrutura das coordenadas em cada ponto considerado e que o vetor em P é bem determinado, isto é, conhecido em todos os seus aspectos.  O objetivo é determinar, como disse, um expressão que meça a curvatura por ventura existente.

Então vamos organizar esse negócio da seguinte maneira:

 

1 – Na Fig. (1) vemos que:

a) Vi(xi) é deslocado de P até P1;  em P1, suas componentes, em conseqüência da curvatura espacial,  passam a ser Vjxi + ηi, no ponto P1;

b) ao ir de P1 a P1, essas  componentes serão agora: Vj(xi+ ηi+dηi),  no ponto P2;

c) Pelo que expusemos na conversa acima, podemos expressar Vj(xi+ ηi+dηi), como:

Vj(xi+ ηi+dηi) = Vjxi + ηi+ dV i= Vjxi + ηi - Γjki Vjdxk,

pois V tem componentes contravariantes.

Assim, a diferença entre os vetores em P1 e P2 será:

δVi= Vj(xi+ ηi+dηi)- Vjxi + ηi= - Γjki Vjdxk,  ou

 

δVi=- Γjki Vjdxk= - Γjkixi + ηi Vjxi + ηidηk

(11)  

 

onde, mesmo arriscando tornar a representação simbólica muito carregada, e contribuir para alguma confusão, assim procedemos para enfatizar em que pontos devemos calcular as variáveis  Γjki,  Vj e dxk.

Então, explicando a notação acima:

Γjkie Vj são calculados em P1, daí por que explicitamos suas coordenadas, para que não restem dúvidas.

Mas partimos de P(xi), onde supomos conhecidosΓjki(xi)  e   Vj(xi), e podemos colocar  Γjkixi + ηi  e  Vjxi + ηi em termos de  seus valores em  P(xi).

1)      Supondo ηi muito pequeno, podemos expandir  Γjki via São Taylor, em primeira ordem deηl  para obter seu valor em P2, vizinho a P1da seguinte maneira:

 

 

                 Γjkixi + ηi= Γjki(xi) + Γjki(xi) ∂xlηl

(12)  

 

                       (5)

 

 

2)      De acordo com o que já vimos sobre deslocamento paralelo, podemos expressar   e  Vjxi + ηi em termos de seus valores em P, da seguinte maneira:

 

    Vjxi + ηi=Vjxi   - Γjki(xi)Vj(xi)dxk  = Vj  -  ΓjkiVjdxk

 

    Vjxi + ηi =Vj  -  ΓrljVrηl

(13)  

 

 

 

                          δVi = Vjxi + ηi-Vj=-  ΓrljVrηl  

(14)  

 

Nesta altura não devem restar dúvidas do ponto onde  ΓrkiVr estão sendo considerados, nem a razão do uso dessas novas letras como índices. (Esta economia de letras descarrega a equações e facilita o manuseio).

3)      Substituindo agora (12) e (13) em (11), temos:

δVi=-(Γjki  +∂ Γjkixl)ηl ) (Vj  -ΓrljVrηl)dηk

Agora, passemos à operação. Eliminando os parêntesis:

δVi= -{ΓjkiVj- ΓjkiΓrljVrηl + ∂Γjkiηl)Vjηl - ∂Γjkixl)ηlΓrljVrηl}dηk

Rearrumando:

δVi= - {ΓjkiVj- ΓjkiΓrljVrηl +     ∂Γjkixl)Vjηl - ∂Γjkixl)ΓrljVrηlηl}dηk

δVi= - {ΓjkiVj- ΓjkiΓrljVrηl +∂Γjkixl)Vjηl -  ∂Γjkixl)ΓrljVrηl2}dηk

Mas o monômio que está multiplicado pelo termo  ηl2 -de segunda ordem - pode ser desprezado frente aos demais. Logo,

δVi= -{ΓjkiVj- ΓjkiΓrljVrηl + ∂Γjkixl)Vjηl}dηk →

δVi= -ΓjkiVjdηk+ {ΓjkiΓrljVrηl  -   ∂Γjkixl)Vjηl}dηk

Integrando ao longo de todo o caminho fechado, Fig.1, temos:

 

ΔVi= -ΓjkiVjdηk+ {ΓjkiΓrljVr - ∂Γjkixl)Vj}ηldηk 

(15)  

Agora, observemos o monômio ΓjkiΓrljVr. Vemos que r é índice mudo, ou de soma; logo, podemos trocá-los entre si, de maneira coerente, que isto não desequilibra a expressão.  Assim, para por as componentes de V identificadas pelo mesmo índice, o que é possível, façamos o seguinte: onde há r, substituímos por j, vice-versa. Isto tem que ser feito para todos os r e j do monômio.

Assim: fazendo r → j → r, tem-se

ΓrkiΓjlrVj e vemos que os índices ora permutados continuam a fazer com o monônio o mesmo que anteriormente. (Para ver isso, basta expandir os dois, usando a regra de Einstein).  Ou seja, os r e j continuam sendo índices mudos, de soma, só que em termos diferentes. Mas isto não altera o resultado.

Isto posto, fazemos a substituição dessa nova expressão na Eq.(15) e fatoramos Vj, que agora é comum. Então:

 

ΔVi= -ΓjkiVjdηk+ {ΓrkiΓjlr -∂Γjkixl)}Vjηldηk

 

(16)  

Entende-se que a integração é feita sobre o caminho fechado, C.

As integrais    dηkηldηk  são, para o circuito fechado:

 

dηk = Δηk = 0

 

(17)  

Não sabemos, a priori, o que é e o que significa essa integral  ηldηk.

Mas sabemos que,

 

d(ηkηl) = Δ(ηkηl)  = 0

(18)  

 

portanto, usando a regra de Leibniz, temos:

d(ηkηl) = ηldηk+ ηkdηl=  0    →   ηldηk= -ηkdηl 

sendo este um resultado bem interessante e cheio de significado: o integrando é anti-simétrico! Aquí, a ordem dos fatores, na multiplicação importa. Permutando k e l, o resultado muda de sinal.  Por conta desse fato, podemos encontrar um expressão simplificada, lançando mão do seguinte simples artifício matemático (a+a=2a), e depois permutando k e l:

2 ηldηk= ηldηk+ ηldηk= ηldηk-ηkdηl, ou,

ηldηk = (1/2)ηldηk-ηkdηl = (1/2) ηldηk-ηkdηl

É costume chamar o primeiro de fator anti-simétrico.

Logo, com essa notação, fazemos

 

akl= (1/2) ηldηk-ηkdηl

 

(19)  

para obter uma simplificação, onde akl  é uma quantidade anti-simétrica, com 16 componentes(supomos aqui o 4-espaço curvo), sendo nula a diagonal principal da matriz representativa. Isto é, trata-se de um vetor “gordinho”, que, já sabemos, é chamado de tensor. (Na verdade, deve-se provar que akl é um tensor antisimétrico, e a prova bem chatinha. Fica para os mais sabidos.)

Assim, a Eq.(16) poderá ser simplificada para:

ΔVi= -ΓjkiVjdηk+ {ΓrkiΓjlr -∂Γjkixl)}Vjηldηk

 

ΔVi= 0+ {ΓrkiΓjlr -∂Γjkixl)}Vjηldηk →

 

ΔVi= {ΓrkiΓjlr -∂Γjkixl)}Vjηldηk

 

(20)  

 

Pode-se, ainda, obter uma expressão mais geral, a partir de (20), considerando o seguinte: a expressão entre colchetes não é anti-simétrica em l e k. Mas podemos, sem prejuízo de quebrar o equilíbrio entre os índices, permutar o l e k, em todos os termos do colchetes(e não  apenas num dos monômios!). Fazendo isso, teremos:

ΔVi={ΓrliΓjkr- ∂Γjlixl}Vjalk

ΔVi={ΓrliΓjkr- ∂Γjlixl}Vj(-akl)      →

 

ΔVi= {-ΓrliΓjkr+ ∂Γjlixk}Vj(akl)

 

(21)  

Vez que alk=-akl, pois essas quantidades são anti-simétricas.

Somando Eqs.(20) e (21):

2ΔVi={ΓrkiΓjlr - ∂Γjkixl)-ΓrliΓjkr  +  ∂Γjlixl }Vjakl →

ΔVi= (1/2) ΓrkiΓjlr-ΓrliΓjkr+∂Γjlixk∂Γjkixl)}VjVj akl

Fazendo     

 

Rjkli  = ΓrkiΓjlr-ΓrliΓjkr+∂Γjlixk∂Γjkixl)

(22)  

tem-se:

 

ΔVi= (1/2) RjkliVj akl

 

(23)  

E esta expressão define, rigorosamente, se uma dada região do espaço é curva ou não. O símbolo Rjkli representa  a fórmula que permite definir se tal ou qual região de um dado espaço , de qualquer dimensão, é curva ou não. Foi descoberta por Riemman, sendo conhecido como o famoso tensor de curvatura de Riemann. É o objeto matemático mais complexo usado na RG. E tem uma significação não muito complicada, o que nos permitiu chegar até aqui, ainda que timidamente.

Vemos que o tensor de Riemann é inteiramente dependente dos Símbolos de Christoffel e de suas derivadas primeiras. É só aprendermos como obter os Γjk ie pronto, podemos ter o valor de Rjkli.  Noutro post, se houver interesse,  mostrarei que o tensor de curvatura tem a seguinte unidade: unidades de curvatura por m², no sistema MKS!

Quanto aos diversos índices, deixo a critério de alguns de vocês postar discussões e perguntas, ou esclarecimentos. Pelo que expliquei a respeito, anteriormente, dá para inferir os que aparecem nos diversos termos que formam a expressão de Riemman.  Mas creio que não restarão muitas dúvidas.

Ante as declarações de alguns amigos da net, de que a RG usa uma matemática estratosférica, entre outras classificações, era meu desejo, há muito tempo, postar algo assim, escrito de maneira tão simples quanto sou capaz. E, ainda assim, mostrar que se trata apenas de matemática, embora sob os auspícios de novos conceitos geométricos/matemáticos.

Ao longo das linhas acima, evitei falar no nome tensor. Mas todos estamos acostumados a trabalhar com e usar tensores no dia a dia, desde nosso segundo grau. Só que não se dá esse nome, por lá. Por exemplo, um dos tensores mais importantes é o escalar que se obtém pelo produto escalar de dois vetores.  Podemos encarar um tensor, também, como um operador, que age sobre vetores.  Assim,

O produto escalar entre dois vetores A e B é definido pela relação funcional:

gabA,B=A .B

Onde gab o tensor métrico. Isto é,  uma “maquina” que transforma dois vetores num único escalar, através da operação “produto escalar”, tão conhecida de tantos.

(Sobre o tensor métrico há muito que falar. Os símbolos de Christoffel, são funções tensor métrico e de suas derivadas. O de Riemann é função dos coeficientes de Conexão, logo, são funções das derivadas primeiras e segundas do tensor métrico).

Bem, vou terminando por aqui. Claro que isto está longe de ser sequer parecido com um artigo que mereça ser usado como referência, até em razão de se tratar de uma mera explanação matemática sem o rigor que normalmente é exigido em coisas da espécie. Pretende ser, antes, um papo informal, com um objetivo, já explicado.

 Infelizmente, o texto ficou bastante longo. Autores como Schutz ou Harle, dizem tudo que eu disse acima, em cerca de 17 páginas, em uma página ou duas no máximo. Mas usam muitos conceitos supostamente de conhecimento proficiente de quem está lendo ou estudando o texto. Não é o que supuz. Embora possa não ser assim para todos.

Bem, espero ter contribuído, ao menos com alguns esclarecimentos vitais e iniciado um trabalho de desmistificação da matemática usada na relatividade geral. Continuarei o papo nos próximos posts, se houver alguma receptividade deste.

Talvez falando das propriedades de Rjkli e obtenção de dois tensores mais simples, um com dois índices apenas(devido a Ricci) e outro sem nenhum índice(ou um escalar, escalar de Ricci).

Estes dois últimos tensores são os únicos que são usados em RG. Para felicidade geral de todos. Aliás, apenas com o tensor de Ricci pode-se explicar o funcionamento do universo e daí gerar umacosmologia científica. Alías, ainda: em RG usa-se pouco de todo aparato extenso e complexo da geometria diferencial; usa-se bastante do aparato tensorial, mas tudo que o formalismo representa. De forma que a RG é bem comportada e accessível a todos, que estes precisem ser experts e provficientes em toda a matemática dessa ordem.

Os assuntos que pretendo abordar, de futuro, são, entre outros:

1 Tipos de derivadas na matemática e seus significados e aplicações. Entre elas, a Derivada covariante, que é uma extensão ao cálculo tensorial da derivada ordinária do espaço plano Euclideano.

2 Deslocamento paralelo, com um pouco mais de detalhes que os discutidos aqui.

3 Cálculo dos símbolos de Christoffel para um caso simples, que  caiba neste ambiente. Expressões diferenciais  para o cálculo de Christoffel.

4 Conceito de derivada direcional, novos conceitos de vetores e covetores(formas diferenciais de ordem 1, as chamadas formas-1)

5 Equações de Newton em espaços curvos(mas Newton não sabia disso. Portanto, fiquem calados...)

6 Etceteras, a depender do tempo e do interesse de algum de vocês.

 

 

Saudações.

Victor.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 







[i]  O cálculo tensorial, era, na época de Einstein, muito novo. Muitos físicos e matemáticos já conheciam, mas não lhe davam muita atenção, primeiro em razão de alguns julgarem que aquilo era muito abstrato, sendo matemática pura, sem aplicação útil, ao menos de imediato. Além disso, como a geometria diferencial não estava ainda bem desenvolvida, era, como ainda se faz, usado o método das componentes para representar essas coisas. Só que, para espaços multidimensionais a quantidade de índices que compareciam em cada monômio era grande, envolvendo sinais e mais sinais de somatórias. Uma verdadeira selva de índices, conforme apontou, corretamente, Butkov, em sua bíblia sagrada. Os cálculos eram tediosos, chatos e abusados. De qualquer forma, uma maioria, preguiçosacomo eu, não se dispunha a esses trabalhos fastidiosos, razão pela qual a teoria estava ali mais ou menos estagnada. Depois que Einstein com seu olhar simplificador e genérico viu que, na realidade, os sinais de somatórios poderiam ser abolidos, em favor de uma notação mais simples e mais compacta, com as mesmas propriedades operacionais, então a coisa mudou. Um conhecido astrônomo, físico e matemático disparou: ...e então o cálculo tensorial tomou nova impulsão. Como, de fato, aconteceu. E o céu foi o limite, diria eu. 


SUBJECT: RES: [ciencialist] O Prazer de Descobrir as Coisas (Richard Feynman - legendas em português)
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/09/2012 07:10

Há outra série com entrevistas, com 12 vídeos, menores em tamanho. Tão boas quanto, com legendas em português, também. No entanto, só conseguí baixar até o 7/12, exceto o 6/12. Do 8/12 em diante, a pesquisa não reportou nada.

Se alguém encontrar...

 

Sds,

Vcitor.

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de JVictor
Enviada em: segunda-feira, 24 de setembro de 2012 05:01
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: RES: [ciencialist] O Prazer de Descobrir as Coisas (Richard Feynman - legendas em português)

 

 

Paulo,

 

Não conhecia esses vídeos. Cada vídeo remete a outros, do Youtube.

Alguns deles, ao menos os que vi, legendados em espanhol.

 

Uma riqueza.

 

Chamou-me a atenção, independentemente da parte científica, a influência que um pai dedicado pode exercer sobre um filho,

e como isto repercute pela vida inteira.

Feynman refere-se ao pai, de meu ponto de vista, com um grande carinho,  quase como uma adoração.

Genial, entre muitas outras coisas, sua resposta acerca do fóton. Na analogia com a voz.

 

Bem emocionante.

 

Pena que uma pessoa dessas tenha morrido. Essa, uma dura realidade, dura de engolir.

 

 

Sds,

Victor

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de psdias2
Enviada em: domingo, 23 de setembro de 2012 11:08
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] O Prazer de Descobrir as Coisas (Richard Feynman - legendas em português)

 

 

O Prazer de Descobrir as Coisas (Richard Feynman - legendas em português)

Parte 1 - http://www.youtube.com/watch?v=xi0UpTUJ5js
Parte 2 - http://www.youtube.com/watch?v=uEPebSqfkcM
Parte 3 - http://www.youtube.com/watch?v=w2XR640h8vM
Parte 4 - http://www.youtube.com/watch?v=6tvq2xIk2r8

Paulo


SUBJECT: Richard Feynman - Wikipedia, the free encyclopedia
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/09/2012 07:23

Sei que muitos já leram sua biografia, até mesmo via wikipédia.
Mas nada custa postar algo igual.

Agora me respondam: 69 anos é lá idade para se morrer?
Putz!

Aliás, the died é a única coisa realmente democrática e imune a partidos e
outras inquisiqueiras!...

http://en.wikipedia.org/wiki/Richard_Feynman


Sds,
Victor.



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Leonard Susskind fala sobre Feynman
FROM: "brudna" <brudna@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/09/2012 07:41

Veja o vídeo com legendas em
http://www.ted.com/talks/leonard_susskind_my_friend_richard_feynman.html

Quando carregar o vídeo vc pode selecionar a legenda (em um menu logo abaixo do vídeo).

Abraços
Luís Brudna
luisbrudna@gmail.com
http://www.tabelaperiodica.org

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "JVictor" <j.victor.neto@...> escreveu
>
> Pena que a palestra não é legendada.
>
>
>
> Sds,
>
> Victor.
>
>
>
> De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]
> Em nome de psdias2
> Enviada em: domingo, 23 de setembro de 2012 11:10
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Assunto: [ciencialist] Leonard Susskind fala sobre Feynman
>
>
>
>
>
> O físico Leonard Susskind falando sobre Feynman (no TED):
>
> http://www.youtube.com/watch?v=m5gjl7icSzo
>
> Paulo
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Antigo artigo sobre Feynman
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/09/2012 10:49

De vez em quando tenho um pouco de saudades desses textos datilografados..., mas não muitas...

Para quem se interessa por Feynman, Lawrence Krauss publicou recentemente uma biografia científica sobre ele: "Quantum man: Richard Feynman's Life in Science" (2011). Ele fala sobre o livro em http://www.youtube.com/watch?v=Wtkjpvu2CXk (sem legendas, sorry...).

[ ]s

Alvaro Augusto



Em 23/09/2012 12:21, psdias2 escreveu:
Enquanto procurava por documentários sobre o Feynman,
encontrei por acaso este antigo artigo, sobre ele:

http://cbpfindex.cbpf.br/publication_pdfs/Cs00389.2010_09_06_12_40_30.pdf

Paulo







SUBJECT: Re: [ciencialist] Professor Ateu e Alunos Criacionistas - YouTube
FROM: <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/09/2012 12:17

Bem humorado até que é, mas tão sem noção que dá pena.:-) Bem, na verdade além de pena uma certa tristeza, e preocupação, muitos podem levar à sério a gozação, e achar que é assim que a ciência se coloca com relação a crenças religiosas, ou as suas posições reais.
 
E daria muito trabalho explicar os muitos erros e falhas dessa apresentação.:-/
 
Mas pelo menos não estão matando pessoas ou explodindo embaixadas. Ainda.:- )
 
Homero
 
From: JVictor
Sent: Monday, September 24, 2012 1:45 AM
Subject: [ciencialist] Professor Ateu e Alunos Criacionistas - YouTube
 
 


Muito bem humoradas e sarcásticas críticas(evolução x criacionismo).

http://www.youtube.com/watch?v=PoMFXIRx3pk&feature=related

Sds,

Victor.

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SUBJECT: RES: [ciencialist] Leonard Susskind fala sobre Feynman
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/09/2012 14:16

Ok, Paulo

 

Depois da informação do Brudna, o caminho foi encontrado.

Já vi umas 3 entrevistas.

 

Sds,

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de psdias2
Enviada em: segunda-feira, 24 de setembro de 2012 20:10
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Leonard Susskind fala sobre Feynman

 

 

Olá, Victor (e demais) !

>
> Pena que a palestra não é legendada.
> Victor

Em ambos os endereços (o enviado pelo Brudna, do site do TED, e o que eu
enviei,
do site do Youtube) possuem legendas em português, mas é preciso ativá-las.

No site do TED, posicione o mouse sobre o vídeo e aparecerá um botão na
parte de
baixo da imagem, com os dizeres "29 languages [off]". Clique nessa
opção e selecione
"Português Brazilian".

No site do Youtube, também na parte inferior da imagem, há um botãozinho
vermelho,
com duas linhas horizontais. Clique nesse botão e selecione "Português
(Brasil)".

Paulo


SUBJECT: Re: [ciencialist] Leonard Susskind fala sobre Feynman
FROM: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/09/2012 16:10

Olá, Victor (e demais) !

>
> Pena que a palestra não é legendada.
> Victor

Em ambos os endereços (o enviado pelo Brudna, do site do TED, e o que eu
enviei,
do site do Youtube) possuem legendas em português, mas é preciso ativá-las.

No site do TED, posicione o mouse sobre o vídeo e aparecerá um botão na
parte de
baixo da imagem, com os dizeres "29 languages [off]". Clique nessa
opção e selecione
"Português Brazilian".

No site do Youtube, também na parte inferior da imagem, há um botãozinho
vermelho,
com duas linhas horizontais. Clique nesse botão e selecione "Português
(Brasil)".

Paulo



SUBJECT: Sobre os outros vídeos do Feynman
FROM: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/09/2012 18:03

Olá, Victor !

>  Há outra série com entrevistas, com 12 vídeos, menores em tamanho. Tão boas quanto, com legendas em português, também.
> No entanto, só conseguí baixar até o 7/12, exceto o 6/12. Do 8/12 em diante, a pesquisa não reportou nada.


Eu também já havia procurado por esses vídeos...  Enviei mensagem para a pessoa
que os postou, perguntando se ela tem os que estão faltando.  Até o momento,
não obtive resposta.

Mas aproveito para enviar mais estes:

THE FEYNMAN SERIES:

1/3) http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=cRmbwczTC6E
2/3) http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=E4qSTLXUVo0
3/3) http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=Ioy8DPX10Rg


Paulo

SUBJECT: RES: [ciencialist] ENC: Tensor de curvatura - uma tentativa de dedução simples.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/09/2012 13:04

Olá,

 

Bem, acabei enviando tudo anexado a um e-mail para o fórum.

Espero, realmente, que lhe tenha sido útil.

Ok, o Dunsby é muito bom.  e se esforça para expor estes assuntos da melhor maneira possível.  Melhor ainda é buscar as informações na fonte usada por ele:  Bernard Schutz(Uma primeira Introdução à teoria da relatividade geral). Lá, capítulo 7, se não me falha a memória, há uma dedução do Tensor de Riemann,  após um grande preparo em geometria diferencial(capítulos anteriores) onde o procedimento é o seguinte:  parte-se um ponto A até um ponto B, usando dois caminhos, cad um.  Então, em cada trecho, avalia-se a variação sofrida pelo vetor A, usando-se exatamente a expressão para correção do deslocamento paralelo, como explicitei. Tem umas coisas a mais, como aplicar Taylor para cada caminho, etc. Mais trabalho, somente. O que fiz foi o seguinte: usei um caminho único, de ida e volta ao ponto de partida(daí as  integrais de linha usadas). O que fazer pelo meio é muito importante. Para mim, isto é um atalho conveniente e fácil de lembrar.  Na verdade, o trabalho original do Schutz está melhor e é mais completo. Recomendo seu estudo naquela fonte.  Mas o Dunsby é original na maneira de explicar essas coisas e tem a mania  de ser muito bom didadticamente.  O Carrol, que você já usa, tem um nível de profundidade em geometria diferencial, bem maior.  Mas, em minha opinião, nem é tão necesário, pois não se precisa de todo aparato da gd para estudar e entender relatividade geral.  A menos que você queira entrar para o time dos matemáticos.

Mas vamos fazer o seguinte:  se  tiver dúvidas, pode contatar em pvt, que, dentro de minhas disponibilidades responderei, ok?

 

Já fiz essa observação aqui´. Mas não custa nada relembrar:  outro autor, que tem um trabalho muito, mas muito bom, em rg é o Hartle. E seu livro está disponível na internet. Tem lá uns complementos, à parte da obra principal, onde acontece o  seguinte: ele estuda o desvio geodésico, do ponto de vista da relatividade. Faz o cálculo da expressão que  calcular esse desvio. Só  que, a reboque, surge, de maneira natural, a mesma expressão que mostrei, que dá o tensor de Riemann em função dos coeficientes de conexão(Símbolos de Christoffel)! Particularmente, fiquei bastante surpreso e...maravilhado!  Mas o desenvolvimento matemático é meio chatinho,  muito algebrismo. Aliás, só algebrismo, usando as técnicas da notação indicial, própria do cálculo tensorial.  Mais uma demonstração de que muitos caminhos levam aos mesmos resultados numa física boa de bola e boa da cabeça.

 

Bem, esse papo não é muito interessante para uma uma maioria, que tem  é mais o que fazer.

 

Podem me contatar em pvt.

 

Obs.:  O conceito de formas-1(formas diferenciais de primeiro grau) , realmentge,  é meio abstrato, mas pode ser entendido via argumento geométrico.  É fundamental em rg.  Mas discutiremos em pvt, ok?  Modernamente é entendido como uma função linear que, aplicada a um vetor, dá como resultado, um escalar. Idem, um vetor pode ser entendido da mesma maneira!... Um pode ser posto como função linear do outro.  Parece uma confusão, mas não é.  Em matemática isso tem um nome feio, que nem me atrevo a dizer agora.

 

Sds,

 

Vcitor.

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de zetulio
Enviada em: segunda-feira, 24 de setembro de 2012 10:21
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: RES: [ciencialist] ENC: Tensor de curvatura - uma tentativa de dedução simples.

 

 

Caro Vitor,

 

Realmente, as equações chegaram desorganizadas.

Mas deu prá ler e reescrevê-las. Gostei mesmo. Você fez tudo de um jeito que ficou simples e inteligível.

Vi um trabalho parecido no Dunsby mas ele usa muito caminhos complicando um pouco, acho.

Minhas questões ainda estão nos conceitos e aplicações de formas-1 e vetores, sobretudo.  Desculpe a insistência.

Mas eles não são nada simples. Ficarei grato se puder mandar, em pvt, o seu trabalho original.

 

Grato

 

Jose Tulio

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de JVictor
Enviada em: sábado, 22 de setembro de 2012 19:05
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] ENC: Tensor de curvatura - uma tentativa de dedução simples.

 

 

Amigos,

Resolví anexar o arquivo .doc no qual desenvolvi o post “Tensor de curvatura - uma tentativa de dedução simples.”, para o caso de as equações e outras figuras serem bagunçadas pelo Outlook.

Reiteiro minha dsp para responder a perguntas sobre o assunto. (dsp=disponibilidade...)

Sds,

Victor.

 

De: JVictor [mailto:j.victor.neto@uol.com.br]
Enviada em: sábado, 22 de setembro de 2012 18:59
Para: 'ciencialist@yahoogrupos.com.br'
Assunto: ENC: Tensor de curvatura - uma tentativa de dedução simples.

 

 

Olá,

 

Espero, com este post, responder  ao Tulio em algumas de suas dúvidas;  além disso, é também um desejo antigo  de tentar desmistificar uma das entidades matemáticas mais famosas e vitais no estudo de curvaturas espaciais. Este ente matemático , descoberto por Riemann, e que tem um  filhote que é fundamental em Relatividade, que expressa de maneira completa toda a essência da teoria.  Desmistificar no sentido de que, ao contrário do que parece, este objeto matemático, chamado de tensor de Riemann (quem conhece vetores está no final do caminho para saber o que é um tensor.  Trocando em miúdos, um tensor pode ser imaginado como um vetor com mais de 3 componentes. É um vetor gordinho...No final deste post dou uma pequena demonstração de que há muito todos nós sabemos o que é um tensor)  tem uma interpretação e uma dedução bastante accessíveis. E não precisa ter mais que algum conhecimento de cálculo, no máximo, a nível de graduação, para compreender de que se trata.  Só precisamos de alguns conceitos, até mais ou menos intuitivos, os quais exporei de maneira informal, para que essa exposição seja útil, após o que pode-se  encontrar aquela fórmula matemática, absolutamente genérica, universal, que especifica de maneira completa a famosa descoberta matemática de Riemann;  que descreve qualitativa e quantitavamente não só as curvaturas das beldades do cinema e da TV  como até mesmo miseráveis dobras que já, já, começarão a surgir ao longo de meu próprio espaço “corporal”... A idade avança e o tensor de curvatura vai ficando mais chato...com suas revelações quantitativas.

 Conheço algumas deduções e explicações do seu significado. Contudo, como muitos autores, senão todos, escrevem para especialistas, pois acham que simples mortais não podem ter acesso a esse conhecimento, ainda que sem a profundidade e o rigor requeridos, as exposições são muito técnicas, algumas herméticas demais e adornadas de conceitos matemáticos bem avançados, e algo abstratos, daqueles que fazem a alma voar, voar, enquanto o velho corpo  de guerra vai ficando, ficando...

A minha proposta é simples, mas sem o rigor necessário normalmente desenvolvidos pelos matemásticos; apenas o suficiente para que, ao olhar para o símbolo que representa aquela entidade, ele se lhe afigure um velho conhecido, sem que a simbologia usual exiba mais  segredos, aparentemente cavernosos.

Uma beleza!

Já a operacionalidade...bem, isto é outra história, para depois do cinema.

Devemos, contudo,assumir a existênciade algumas coisas.

Então, partimos das seguintes premissas:

1 - O espaço é curvo, e sua curvatura,em qualquer região,  é determinada pela densidade de energia/massa(conforme  o próprio Riemman desconfiou, sendo, em minha opinião, um antecessor de Einstein, antecipando-se a Einstein, nesse mister.

Obs.:Nessa  discussão não usaremos de maneira alguma a influência da massa-energia.  Apenas a premissa da curvatura, sem levar em conta a causa.

2 – Dado um campo vetorial  V em um ponto P1 do espaço curvo,   alinhemos as seguintes considerações a respeito de suas componentes são representadas e do próprio vetor.

a)       Vi, com i = 0,1,2,3, com o índice i na parte superior da letra representativa da componente do vetor.

b)      As componentes   Vi  variam de ponto a ponto, mas o vetor, como um todo, não.

c)       Numa vizinhança de P1, de raio dxk muito pequeno, podemos escrever todos os vetores tangentes à superfície nesse ponto P1.  Expresso assim, isto define o conceito de campo vetorial no ponto P1.

d)      Transportado para outro ponto P2, vizinho, esse campo assume outro valor,em virtude da curvatura do espaço, configurando aí outro campo vetorial,  sendo que este novo campo vetorial dependerá do caminho seguido.  Ou seja, se o caminho entre os dois pontos for outro, diferente do primeiro, o novo campo não coincidirá com o primeiro, no mesmo ponto. (A diferença angular entre as posições devida a um caminho e a outro caminho qualquer define a curvatura do espaço. Se a diferença angular é zero, o espaço é plano. Se diferente de zero, o espçao não é plano.)

e)      Ao deslocar um vetor de um ponto a outro, vizinho,  o vetor permanecerá, sempre, tangente à superfície e sempre paralelo à sua posição infinitesimal prévia .

Uma maneira de visualizar isso é imaginar o seguinte: em cada ponto P traçamos um  plano tangente àquele ponto,  espaço tangente esse no qual o vetor está inscrito e existe em todas as suas características.

Vamos expandir um pouco mais o item (2e), retro, a fim de obter alguma familiaridade  com esse conceito, devido a sua importância. Não é demais um pouco de repetividade. Num espaço curvo, a cada ponto corresponde um espaço plano tangente a um ponto P(os matemáticos designam isso como: T(P) .  Como podemos especificar um plano através de um vetor normal, em geral unitário, segue-se que esses vetores normais não são paralelos em pontos diferentes, pois estes  pertencem a espaços tangentes planos diferentes;  portanto, os vetores inscritos nesses espaços tangentes, também chamados  locais,  são diferentes, no que tange às suas componentes!  Eis, então, a associação que se faz entre um ponto espacial e espaço tangente nesse ponto:   Deslocar o vetor V do ponto P1 até o ponto P2, suficientemente vizinho, implica que as coordenadas e suas componentes, nos pontos P1 e P2,  são diferentes, conforme mostrado na Figura 1

(Obs.: Para continuidade, e para evitar futuras confusões, vamos adotar a seguinte convenção: letra maiúscula negritada representa um vetor; um índice inferior, negritado, representa o ponto onde o vetor está aplicado. Exemplo: Vx⤇ vetor V no ponto x, onde x pode ser: 1,2...A, B P, P1, P2, etc.  Isto manterá o foco de localidade.  Também, pode-se escrever a representação,  sem o índice, mas escrevendo explicitamente que se trata do ponto tal ou qual. Aquí será usada a  que for mais cômoda, no momento).

3 – A diferença entre os vetores, (VP1- VP), expressa o quanto V mudou por causa do translado.

Agora, é importante reconhecer que ( VP1- VP) não é uma diferença vetorial legítima, ou seja, não representa um vetor, pois os pontos P1 e P são pontos diferentes, pois  estão em espaços tangentes diferentes.  Já que, por hipótese, o espaço em questão é curvo. Isto significa o seguinte:  a diferença acima não tem sentido geométrico ou físico. É como subtrair de 9 frutas, entre laranjas e peras,  duas peras: o resultado será 7 peras, 7 laranjas ou 7 laranjas e peras? 

Se o espaço fosse plano, tudo bem. Mas não é.  Então, tudo mal.  Mal, em termos. Pois há como resolver isso, legalmente, sem ser com o jeitinho brasileiro.

Assim, nossa tarefa, agora, é encontrar uma maneira de calcular o quanto as componentes de um vetor mudam  ao ser este deslocado, seguindo as regras dadas mais acima. Isto poderá ser obtido encontrando uma maneira de comparar os dois vetores, antes em pontos diferentes, postados agora em um mesmo ponto. Para resolver esta situação, fazemos o seguinte:

Deslocamos VP1 , mantendo sua direção e sentido originais, de volta, desde o ponto P1 até o ponto P.  Veremos, neste processo,  que o vetor VP1 não mais coincidirá com o vetor original, VPDe igual maneira, ao levar VP1  do ponto P1 a outro ponto P2, em P2, VP1  terá mudado novamente suas componentes e sua direção, e assim sucessivamente.

 (Há umas técnicas de desenho geométrico que permitem fazer isso corretamente. Mas não usaremos aqui. Nosso objetivo é, ao final,  obter uma expressão analítica que dará conta do recado.)

Quando dizemos deslocar um vetor de um ponto P a outro, vizinho, P1, onde os vetores assumem os valores  VP  a VP1 , fica implícito que o deslocamento se faz sempre tangente à superfície, e,  ao mesmo tempo,  paralelamente a si mesmo, aliás, tão paralelo à posição anterior quanto possível, a cada deslocamento infinitesimal. De tal maneira que, após um deslocamento infinitesimal, δx, o vetor conserve   sua direção original e seu módulo.

Argumentar à luz de um exemplo concreto economiza juízo. Considere uma esfera.  Seja um vetor localizado num  ponto P do  equador, tangente à circunferência equatorial,  apontando para leste.  Considere agora um meridiano que passa pelo ponto P. Esse meridiano, no ponto P, faz um ângulo reto com o vetor V, que é tangente ao grande círculo equatorial, no ponto P. Para manter as coisas simples, e o mais próximo da realidade, imagine que o vetor tem as dimensões  de um pequeníssimo inseto, tal como uma formiga, mas  bi-dimensional.   Desloquemos V  paralelamente a si mesmo(nos moldes discutidos mais acima) desde o ponto A, onde é tangente à circunferência equatorial e perpendicular ao arco AB de  meridiano, que começa em A e termina  no ponto B, no polo norte, de tal forma que seja sempre perpendicular ao arco de meridiano AB, durante todo o percurso, ao longo do qual se efetiva, ponto a ponto, o deslocamento paralelo.  No ponto, o vetor já é tangente ao arco de meridiando BC e, durante urante o percurso ao longo desse arco BC, o vetor V, que antes era perpendicular ao primeiro meridiano(arco AB), agora é tangente ao arco BC e permanecerá tangente a ele, e tão paralelo quanto possível, ponto a ponto, à sua posição anterior, até encontrar novamente a circunferência equatorial inicial, num ponto C, onde lhe será perpendicular, apontando agora para o sul. A partir de C, será deslocado paralelamente a si próprio, e perpendicular ao arco de equador CA, segundo os mesmos critérios,  até voltar ao ponto inicial, A. Mas, nesse ponto, acontece isto: o vetor V será perpendicular á direção original, além de apontar para o Sul, como já acontecia, desde o ponto C, quando ocorreu a mudança na direção do movimento.

Ou seja:  num espaço curvo, ao deslocar vetor V paralelamente a si próprio, num circuito fechado, ao voltar à origem, o vetor V não terá mais a direção inicial. No caso muito particular deste exemplo simples, o vetor rotacionou 90º !  Num espaço plano não haveria essa diferença. Os vetores inicial e final coincidiriam em todos os aspectos. E isto só acontece, necessariamente, por causa da curvatura da superfície esférica bi-dimensional. Definitivamente, essa diferença angular é uma medida segura de quanto o espaço em estudo é curvo.   Há uns procedimentos matemáticos, devidos a Gauss e Riemann que permitem as fórmulas para um cálculo cálculo simples dessas coisas. Mas, por ora, basta saber que é assim.  Se você fizer o desenho, seguindo a descrição acima,irá visualizar melhor.

Uma observação de  importância crucial, que evita futuras confusões:  falamos de deslocamento paralelo ponto a ponto, muito vizinhos. Mas isto não implica que, globalmente, os vetores nas posições inicial e final sejam paralelos!  Trocando em miúdos, não se pode garantir que sejam paralelos ou não, apesar de os deslocamentos terem sido feitos, ponto a ponto, tão paralelos quanto possível.   A menos que o espaço seja plano. 

A razão é que  paralelismo de que ora se trata é local.

Na descrição anterior temos os vetores no ponto A, e no ponto B, pólo norte, após seu deslocamento paralelo, nos moldes descritos. Ora, claramente, no ponto B, VB  não tem a mesma direção e sentido que  tinha em A, globalmente falando!  Embora, por construção, os módulos sejam os mesmos. Em A, aponta para o leste, sendo tangente  ao arco de circunferência equatorial;  em B, não aponta mais para o leste, mas para um direção entre sul e leste. Mesmo que a construção tenha sido usando o conceito de deslocamento paralelo!    Reconhecer essa sutil diferença é fundamental.

Esta é a chave. Detalhando um pouco mais.

Para poder comparar, isto é, calcular efetivamente a diferença entre os dois vetores (que agora substituímos a designação dos pontos P pelos nomes A e B, para manter a mesma ordem do exemplo anterior)  é necessário e suficiente que, de alguma maneira, VA seja trazido de volta, até o ponto inicial, A, com a mesma direção e mesmo sentido que tinha  no ponto B  e, ai sim, podemos aplicar quaisquer regras de soma vetorial.  Mas devemos fazer isso de tal maneira que VB conserve, no ponto A, a mesma direção e sentido que tinha no ponto B. E só há uma maneira de fazer isso:  deslocar VB paralelamente a si próprio, desde B até A, mas de uma maneira específica, esclarecida logo a seguir.  Assim, se as componentes do vetor forem chamadas de Vi, a diferença  δVi  ficará perfeitamente determinada. A questão, agora, é saber como encontrar isso, quantitativamente. Mas não se pode fazer isso de qualquer maneira.  Uma maneira de operar é a seguinte: ligar o ponto B ao ponto A por uma reta imaginária e deslisar  VB paralelamente a si mesmo sobre esta reta, de uma só vez, até o ponto A! Com isto você constrói um desenho com os vetores original e o assim deslocado, ambos no mesmo ponto, e então poderá aplicar algum dos processos geométricos para operações de soma e subtração de vetores.  A diferença,  ( VB-VA)  agora será uma diferença vetorial legítima.

Até onde li, as obras que tratam desse assunto não detalham tanto, e deixam essas conclusões para o leitor. Mas, particularmente, acho isso uma falta de piedade para com simples mortais!... Mas espero que quem estiver a ver navios, agora,  veja outras coisas no horizonte.

Depois desses esclarecimentos, vamos descrever alguns objetos matemáticos relevantes ao processo, sem demonstrações, apenas usando argumentos que considero plausíveis e suficientes numa primeira abordagem mas que, suponho, dará uma familiaridade ao objeto descrito.

5 – Para esse mister, vamos esquematizar e organizar tudo numa figura que envolva os parâmetros necessários, como na Fig.1, a seguirImagine a seguinte situação.  É dado, num espaço qualquer(mas vamos supô-lo lisinho e suave em suas curvas, onde derivadas de qualquer ordem possam ser calculadas em qualquer ponto. Isto é, é um espaço sem quinas, ou pontos de inflexão, onde certas operações inexistem. O nome mais técnico de algo é assim é:  manifold ou carta) um ponto P(xi), onde os xi são as coordenadas do ponto P, sendo i um índice contravariante(postado na parte superior da letra que representa a componente do  vetor;  este índice pode assumir os valores ( 0,1,2,3) para representar as direções dos vetores  de base natural  considerados- como x, y, z e w por exemplo.

 (Alguém pode, agora, objetar: mas por que falar em base coordenada, sistema de coordenadas, se um vetor independe do sistema de referência?  A resposta é:   o vetor independe, sim,  mas as coordenadas não!)

1 – Consideremos agora a Fig.1  abaixo, representando um circuito fechado num espaço curvo, não Euclideano, com um ponto central, de coordenada  xi , de onde partimos:

 

 

                   P2(xi+ η+dηi)                     P1xi + ηi        

 


                                                  P(xi)      .

Reservado:                                                   P(x^i)      .                                                                             

 

 

 

 

 

Figura 1

O vetor de componentes Vi, está definido em P(xi ).  Os η (uma letra bonita para representar o incremento global δx) representam  pequeníssimas quantidades que incrementam as coordenadas xi, quando  V é deslocado(tangente à trajetória e localmente paralelo a si próprio) de P a P1

Então é assim:  VP, de componentes Vi em P, foi deslocado de P até P1, infinitesimalmente próximo de P, onde suas componentes mudaram para Vj, e sua direção será outra.   As quantidades ηi, que representa uma variação na coordenada xi,  é uma quantidade muito pequena, e representa a distância infinitesimal  entre P(xi) e  P1(xi +ηi).

Só para lembrar, pois usaremos isto mais tarde:

Em  P1(xi + ηi), as componentes do vetor original terão os valores Vj=  Vjxi + δVj, onde  δVi  representa o quanto variou  Vi. Não se preocupem com a mudança de i para j nas componentes. Poderia ser j ou outra letra qualquer, menos o próprio i.  Isto apenas indica que as componentes são diferentes. (Vamos falar do vetor expressando-o com a letra para vetor ou na forma componentes, indiferentemente)

Agora, desloquemos  Vj de P1  até  P2, que é infinitesimalmente vizinho de  P1; vemos que o novo vetor, em virtude da curvatura do espaço terá um valor, que é o que estava em P1, Vj,  corrigido por um fator δVi, dado por

 

δVi= -Γjk iVjdηk

 

(1)      

Onde:

Γjk i, calculados em P1, são objetos matemáticos, chamados de coeficientes  de conexão, visto que conectam o ponto P1 ao ponto P2, considerando toda a influência da curvatura sobre as componentes do vetor.

Esse objeto, que faz efetivamente a conexão entre os dois pontos infinitesimais,  chama-se Símbolos de Christoffel, em homenagem ao matemático que os descobriu e os introduziu na geometria diferencial.  (Mais à frente darei uma interpretação para esses símbolos, sobretudo o que significam os índices...).

Enfatizando:

Vj em P1 (xi + ηi )  representa as componentes do vetor que tem componentes Vi  em P(xi) e assim sucessivamente.

dηk  representa aquele pequeníssimo incremento na coordenada (xi+ηi).

Agora sim, introduzimos um coeficiente aparentemente esquesito,  Γjk i, sem maiores explicações. E devemos responder à questão:

Qual é mesmo o seu significado geométrico, e o que significam aqueles índices, um superior e dois inferiores na letra Gamma( G )?

Para uma motivação, precisamos de um pouco mais de notação e de alguns poucos conceitos associados a espaços vetoriais.

Consideremos o seguinte:

1 – Uma base { ei}, é constituída dos vetores unitários (e1,e2,  e3 ), e isto define um espaço vetorial onde vetores existem e podem ser especificados em todos os seus atributos;

2 – Um vetor V, pode ser representado como uma combinação linear dos seus vetores unitários de base, naturais, da seguinte maneira:

V =Viei= V1e1+ V2e2+V3e3

onde os coeficientes dos vetores de base são os Vi, componentes de V, com i=1,2,3. (Como mais um lembrete útil:  V1 = V.e1, ou seja, produto escalar do vetor V com o vetor de base natural  e1. Esta é a velha e boa maneira de obter as projeções de um vetor qualquer sobre os eixos coordenados do sistema de referência usado(para lembrar:  V1 =|V|. |e1|cos(V, e1) =  |V|cos(V, e1), o parêntesis representa o ângulo entre os vetores  Ve1).

(Obs.: Na representação da combinação linear,

 

V = Viei = V1e1 + V2e2 + V3e3

 

(2)      

vemos a aplicação da regrinha universal devida a Einstein, que diz:  sempre que num produto de dois fatores comparecerem  em um deles um índice superior e no outro um índice inferior, iguais, isto ativa uma soma desses produtos sobre os valores varridos pelos índices(no caso, (1,2,3) ). Desta maneira Einstein  defenestrou os abusados e enfadonhos símbolos de somatórios.)[i]

Bem, mas ainda não demos um significado para os Símbolos de Christoffel.

Assim, investiguemos, mantendo as coisas tão simples quanto possível, como um vetor V varia quando o deslocamos de um ponto P1 para um ponto vizinho P2 num espaço qualquer.

Eis uma motivação, do ponto de vista matemático. Calculemos a derivada desse vetor em relação a uma coordenada qualquer de seu sistema de referência, digamos, xk. Assim, a derivada espacial de um vetor V, pode ser expressa como:

 

 

dV=d(Viei= (dVi) eiVi(dei)

 

(3)      

 

segundo a regra de Leibniz, da derivada de um produto, onde V  e   ei  são funções de xk.

Apenas por esse cálculo simples podemos inferir  facilmente o seguinte:

1 – Se o espaço é Euclideano, dei=0. Pois a base ei, em qualquer ponto do plano, é constante. Evidentemente, com variação nula. Pois as componentes Vi são as mesmas, em quaisquer dois pontos;  idem, com referência à direção espacial. Os vetores nos dois pontos só diferem por uma translação, e nada mais.  E isto em nada afeta o vetor.

2 – Se o espaço não é plano, então  dei0, obviamente,conforme já discutimos.  Isto significa que a base { ei}varia de ponto para ponto, em razão, principalmente,da curvatura do espaço[ii].  Isto é o mesmo que dizer  a cada ponto do espaço curvo corresponde um sistema de referência.

Obs.: Em um espaço plano, mas usando coordenadas curvilíneas, os vetores de base igualmente variam(Você mesmo pode verificar isso, escrevendo os vetores de base num sistema com relação à influência do sistema de coordenadas, um Cartesiano retilíneo e outro não, como um sistema de coordenadas polares). Isto permite que estudemos vetores no espaço plano usando sistemas curvilíneos. Os resultados obtidos são os mesmos que o estudo dos vetores em espaços curvos, propriamente. Isto é, podemos usar os resultados dos estudos em espaços planos, em coordenadas na planas, e depois fazer uma extensão ao caso de espaços curvos. Chama-se a isto de princípio do mínimo acoplamento.

Para explicitar melhor essa questão, escrevamos a expressão para  dei numa direção específica, k;  ou seja, em relação a  xk:

A variação total dei pode ser escrita assim, em termos da taxa de variação numa direção qualquer, sendo dxk o deslocamento infinitesimal, dado em unidades de distâncias.  Simbolicamente,

 

dei=∂ ei∂xk dxk.

 

(4)      

Então, aqui está ∂ ei∂xk, que é um vetor que informa como  ei varia de ponto para ponto, em relação a uma direção genérica, qualquer,xk.

Ocorre que, felizmente, por obra exclusiva da sapiência da Natureza, há uma relação linear, obrigatoriamente, ao menos em 1ª ordem, entre esses vetores  ∂ ei∂xk, que são as variações espaciais de ei e o próprio ei. Em vista desse fato, ou seja, a oportuna linearidade, podemos escrever cada  ∂ ei∂xk  como uma combinação linear dos vetores naturais de base, ei.

Assim, genericamente, podemos expressar a combinação linear como:

 

∂ ei∂xk =  Γik1e1+Γik2e2 + Γik3e3

 

(5)      

Usando a regra de Einstein, podemos escrever este segundo membro de forma compacta, com o índice j representando um índice mudo, portanto, disparando uma soma de monômios.

 Γik1e1+Γik2e2 + Γik3e3 = Γikjej

Ou, ainda, podemos escrever a equação a cima mais compactamente:

 

∂ ei∂xk = Γikjej           

 

(6)      

Onde o índice j aparece como índice de soma, e dispara a soma vista na equação anterior.

 

Esta, a relação entre as taxas de variação espacial de  ei e os próprios vetores de base,  ei. Antes de continuar, façamos uma pequena digressão sobre a expressão acima, no que dizrespeito aos coeficientes Γikj, que parecem complicados.

 Agora já podemos justificar os índices usados no símbolo em questão, bem como suas posições relativas. 

Como vemos, há 3 índices ornamentando a letra grega Gamma(Γ), cada um tendo o significado seguinte:

- j, um índice superior em Γ j e inferior em ej  representa, como já adiantamos,  um índice mudo ou de soma. Esses índices repetidos fazem a soma dos produtos, caracterizando a combinação linear de que estamos falando.

- i representa um índice um livre, que aparece em ambos os membros e representam cada um dos 4 vetores da base.  Um índice mudo pode ser representado por qualquer letra, que não causa confusão. Mas a regra é esta: um índice livre aparece uma vez em cada membro da equação, podendo se repetir pelos diversos monômios presentes no segundo membro, mas não necessariamente em todos os monômios.

- k representa a direção ou a variável em relação à qual estamos derivando o vetor de base natural;  k  nomeia ou rotula  cada  coordenada como,  { xk}  =  (x0,x1, x2, x3)

Dessa forma, cremos que fica bastante claro que a representação Γikj é completa, e que não restam dúvidas a respeito do que cada índice no símbolo quer dizer.  Se restarem dúvidas gostaria de dirimi-las.

Obs.: Se o vetor que estamos arrastando daqui para acolá for contravariante, isto é, cujas componentes têm o índice na parte superior, então os índices de seus coeficientes de conexão ainda têm os mesmos significados, só que, agora, devemos considerar que o índice de soma está na parte inferior e o índice que representa as componentes vai para a parte superior do símbolo. Uma regra: se o vetor considerado é covariante, seus índices de conexão têm o índice livre na parte inferior, sendo os outros de soma e de derivação; se contravariante, ou vetor propriamente dito, os índices de conexão a que a ele se refere têm o índice livre na parte superior, os demais sendo de soma e derivação. É só verificar a posição do índice representativo da componente e seguir em frente com as regrinhas acima: índice contravariante, na parte superior; índice covariante na parte inferior. E nunca é diferente dessa ordem.

Não considero demais ser um pouco repetitivo, retomando a Eq.(1) e dizendo  tudo de outra maneira:  na letra Γo índice j  superior conecta-se ao j inferior do vetor seguinte, e temos uma soma sobre os s, o que configura a representação da combinação linear. O índice i refere-se a um qualquer um dos vetores de base e o k diz em relação a que direção a variação está sendo avaliada.

De momento, é suficiente entender o que faz o coeficiente de conexão, representado pela Eq.(1), isto é, qual o seu papel na configuração do vetor em cada ponto. Como calcular o valor dessa entidade, num ponto qualquer – e seu valor é referido a cada ponto- é outra história, sobre o que falaremos mais tarde.

Mas falarei um pouco mais sobre ele, qualitativamente. Por exemplo, exibe umas propriedades confortantes, como ser simétrico em relação aos índices inferiores,i e k.  Ser simétrico em relação aos índices inferiores significa que tanto faz considerar o conjunto dos dois índices inferiores como ki ou ik, que o valor da conexão será a mesma.  Do contrário, estaríamos em maus lençóis e a física provavelmente seria bem diferente da que conhecemos hoje, uma verdadeira bagunça, sem uma ordem específica;  o mundo seria algo muito próximo de uma loucura.  Mas tergiversar sobre essas questões  é mais que filosofar, e isso também não sei,  portanto, paro por aqui mesmo.

Agora, a notícia ruim: o cálculo de cada um desses símbolos é extremamente difícil, dependendo da métrica e do sistema de referência usados. Felizmente, também, não precisaremos disso nesta etapa de minha explanação.

Como exemplo, apresento a expansão para as taxas de variação espacial dos vetores de base natural, Eq.(5),  considerando apenas o espaço 3-D:

Para a componente i = 1, a Eq.(5) ficaria assim:

e1∂xk  Γ1k1e1+Γ1k2e2+Γ1k3e3

Vê-se, de pronto, que para  i = 1 no vetor de base natural, ou e1 (na direção 1 ou direção x)  teremos 3 equações, uma para cada k, índice da coordenada xk, em relação à qual a derivação está sendo calculada.  Usa-se o símbolo de derivada parcial pelo fato de tratar-se de múltiplas variáveis e não uma só.

Depois faz-se i =2, e se procede de maneira idêntica; depois, faz-se i = 3.

Logo, com n=3, teremos, ao todo, nove equações diferenciais, 3 para cada i. Se n = 4, teremos 16 equações, e assim sucessivamente.  Agora, para encontrar o valor de cada   ei∂xk,  ou seja,o valor  das taxas de variação espacial, em cada direção, é preciso que conheçamos o valor de cada  Γikj.  No momento, contudo, como já disse mais acima, e para os propósitos a que nos propomos, basta ter  um compreensão qualitativa do significado do símbolo de Christoffel, no que consiste, sobretudo, os seus índices. Que, acho, já temos.

(Não é demais enfatizar: este símbolo de Christoffel, ou coeficiente de conexão, é um dos elementos centrais  de toda a geometria diferencial essencial à RG, e que faz o  link entre dois pontos vizinhos do espaço curvo. Sem ele, estaríamos a ver navios...).

Bem, agora já olhando para o símbolo de Christoffel com mais simpatia, e sem a impressão de que se trata de um bicho de sete cabeças, podemos escrever uma expressão para  dei, que expressa a variação total da base natural, conforme Eq.(1), retro, isto é, devida à contribuição de todas as componentes, a partir de (1):

 

dei = Γikjejdxk

 

(7)      

Agora, qual a razão pela qual a relação acima é produto das três quantidades ora em discussão, e não outra?

Para responder a essa questão, ao menos do ponto de vista qualitativo usaremos,  para o mister,  os conceitos já vistos mais acima: componentes de vetores, e seus deslocamentos.

Sendo práticos, dizemos o seguinte:  Vi é deslocado de P a P1, ηi unidades de distância;

Em P1, as componentes do vetor agora serão Vj, diferentes, devido à curvatura do espaço.

Chamemos essa diferença de dVi, que é, obviamente, diferente de zero. Verifica-se o seguinte:

 Vi é proporcional não só ao módulo de Vi, como também à distância entre os pontos de aplicação, que vamos chamar de dxi ou  dηi.  Então dV i será  proporcional, também, ao produto entre esses dois fatores. Ou seja,

 

 

dV i Vjdηk

 

(8)      

 

Assim, para as componentes de um vetor contravariante, a constante de proporcionalidade  para cada componente é, precisamente ele, o senhor do espaço e suas curvas:  o símbolo de Christoffel. Assim,

 

dV i=- Γjki Vjdηk

(9)      

 

a menos do sinal negativo, que logo mais será justificado.  Ou seja, restabelecemos a igualdade introduzindo o coeficiente G, com a distribuição de índices indicada. A conexão entre a variação de V,  dV i, e o próprio V fica, assim, perfeitamente determinada. O significado dos índices é exatamente o mesmo dado anteriormente. Aquí aparece um sinal negativo, que não caiu do céu, mas isto é devido à consideração do vetor, que é contravariante, enquanto no caso anterior(bases naturais são covariantes, índice na parte inferior)  ele é covariante.  Não importa que seja um vetor base ou não, a forma da expressão é a mesma, aquela da equação (4) ou esta última, Eq.(9), a menos do sinal, claro. Pois uma base é um vetor como outro qualquer. Nada de especial com ela.  Noutra oportunidade, mostrarei, de maneira igualmente simples, como se obtém, algebricamente, dV i (Eq.(9)) para um vetor contravariante a partir de uma operação muitos simples:  produto escalar entre dois vetores! 

Por ora, só admitam que eu não estou querendo enrolar...

2 – Agora que já sabemos o que é o símbolo de Christoffel, aproveitarei os resultados acima para mais uns conhecimentos e rumar para o que se destina essa conversa toda.

Resumindo o que já vimos

Na discussão até agora levada a efeito, que objetivou introduzir o conceito de conexão afim, ou coeficiente de conexão, ou Símbolo de Christoffel, acabamos explicitando, a reboque, outra figura essencial:  que foi exatamente como determinar uma fórmula para correção do valor das componentes de um vetor, quando ele passa de um ponto P1 a outro, P2, num espaço curvo. Assim,

1 – Se o vetor considerado tem componentes contravariantes(índice superior), então, por um cálculo usando as técnicas do  transporte paralelo, as variações que experimenta no  deslocamento é dada por

                                                      dV i=- Γjki Vjdηk                                                       (9)´

2 – Se o vetor considerado tem componentes covariantes(índice inferior), então, usandos os mesmos  procedimentos,  as variações que experimenta no deslocamento é dada por:

 

dVi=ikjVjdxk                              

(10)  

 

Não deduzi a expressão Eq.(10),  que o objetivo atual não é esse. Mas creio que lhe dei uma interpretação razoável.  O suficiente para podermos aplicar no que vem a seguir, sem causar repulsa ou estranheza.  Igualmente, falamos bastante sobre o símbolo de Christoffel, a nível qualitativo e alguns argumentos de plausibilidade. Só gostaria de saber se está tudo bem.  E não me refiro apenas ao ZT.

Resumindo mais ainda: 

Se o vetor V vai do ponto P até o ponto P1, cujas coordenadas estão indicadas na Fig.1, acima, ao vetor deslocado paralelamente somamos a correção

dV i=- Γjki Vjdxk   se ele tem componentes contravariantes; e,

dVi=ikjVjdxk       se ele tem componentes covariantes.

Simples assim.   Este processo é absolutamente genérico e à prova de falhas, de qualquer espécie.                         

Partindo para os finalmentes – Rumo ao descritor de curvatura aloprado.

Podemos agora aplicar os conhecimentos prévios à Figura (1).  E vamos ver o que acontece ao passarmos de P para P1 e de P1 para P2, etc. Cada ponto um vizinho ao ponto prévio.  Observe a estrutura das coordenadas em cada ponto considerado e que o vetor em P é bem determinado, isto é, conhecido em todos os seus aspectos.  O objetivo é determinar, como disse, um expressão que meça a curvatura por ventura existente.

Então vamos organizar esse negócio da seguinte maneira:

 

1 – Na Fig. (1) vemos que:

a) Vi(xi) é deslocado de P até P1;  em P1, suas componentes, em conseqüência da curvatura espacial,  passam a ser Vjxi + ηi, no ponto P1;

b) ao ir de P1 a P1, essas  componentes serão agora: Vj(xi+ ηi+dηi),  no ponto P2;

c) Pelo que expusemos na conversa acima, podemos expressar Vj(xi+ ηi+dηi), como:

Vj(xi+ ηi+dηi) = Vjxi + ηi+ dV i= Vjxi + ηi - Γjki Vjdxk,

pois V tem componentes contravariantes.

Assim, a diferença entre os vetores em P1 e P2 será:

δVi= Vj(xi+ ηi+dηi)- Vjxi + ηi= - Γjki Vjdxk,  ou

 

δVi=- Γjki Vjdxk= - Γjkixi + ηi Vjxi + ηidηk

(11)  

 

onde, mesmo arriscando tornar a representação simbólica muito carregada, e contribuir para alguma confusão, assim procedemos para enfatizar em que pontos devemos calcular as variáveis  Γjki,  Vj e dxk.

Então, explicando a notação acima:

Γjkie Vj são calculados em P1, daí por que explicitamos suas coordenadas, para que não restem dúvidas.

Mas partimos de P(xi), onde supomos conhecidosΓjki(xi)  e   Vj(xi), e podemos colocar  Γjkixi + ηi  e  Vjxi + ηi em termos de  seus valores em  P(xi).

1)      Supondo ηi muito pequeno, podemos expandir  Γjki via São Taylor, em primeira ordem deηl  para obter seu valor em P2, vizinho a P1da seguinte maneira:

 

 

                 Γjkixi + ηi= Γjki(xi) + Γjki(xi) ∂xlηl

(12)  

 

                       (5)

 

 

2)      De acordo com o que já vimos sobre deslocamento paralelo, podemos expressar   e  Vjxi + ηi em termos de seus valores em P, da seguinte maneira:

 

    Vjxi + ηi=Vjxi   - Γjki(xi)Vj(xi)dxk  = Vj  -  ΓjkiVjdxk

 

    Vjxi + ηi =Vj  -  ΓrljVrηl

(13)  

 

 

 

                          δVi = Vjxi + ηi-Vj=-  ΓrljVrηl  

(14)  

 

Nesta altura não devem restar dúvidas do ponto onde  ΓrkiVr estão sendo considerados, nem a razão do uso dessas novas letras como índices. (Esta economia de letras descarrega a equações e facilita o manuseio).

3)      Substituindo agora (12) e (13) em (11), temos:

δVi=-(Γjki  +∂ Γjkixl)ηl ) (Vj  -ΓrljVrηl)dηk

Agora, passemos à operação. Eliminando os parêntesis:

δVi= -{ΓjkiVj- ΓjkiΓrljVrηl + ∂Γjkiηl)Vjηl - ∂Γjkixl)ηlΓrljVrηl}dηk

Rearrumando:

δVi= - {ΓjkiVj- ΓjkiΓrljVrηl +     ∂Γjkixl)Vjηl - ∂Γjkixl)ΓrljVrηlηl}dηk

δVi= - {ΓjkiVj- ΓjkiΓrljVrηl +∂Γjkixl)Vjηl -  ∂Γjkixl)ΓrljVrηl2}dηk

Mas o monômio que está multiplicado pelo termo  ηl2 -de segunda ordem - pode ser desprezado frente aos demais. Logo,

δVi= -{ΓjkiVj- ΓjkiΓrljVrηl + ∂Γjkixl)Vjηl}dηk →

δVi= -ΓjkiVjdηk+ {ΓjkiΓrljVrηl  -   ∂Γjkixl)Vjηl}dηk

Integrando ao longo de todo o caminho fechado, Fig.1, temos:

 

ΔVi= -ΓjkiVjdηk+ {ΓjkiΓrljVr - ∂Γjkixl)Vj}ηldηk 

(15)  

Agora, observemos o monômio ΓjkiΓrljVr. Vemos que r é índice mudo, ou de soma; logo, podemos trocá-los entre si, de maneira coerente, que isto não desequilibra a expressão.  Assim, para por as componentes de V identificadas pelo mesmo índice, o que é possível, façamos o seguinte: onde há r, substituímos por j, vice-versa. Isto tem que ser feito para todos os r e j do monômio.

Assim: fazendo r → j → r, tem-se

ΓrkiΓjlrVj e vemos que os índices ora permutados continuam a fazer com o monônio o mesmo que anteriormente. (Para ver isso, basta expandir os dois, usando a regra de Einstein).  Ou seja, os r e j continuam sendo índices mudos, de soma, só que em termos diferentes. Mas isto não altera o resultado.

Isto posto, fazemos a substituição dessa nova expressão na Eq.(15) e fatoramos Vj, que agora é comum. Então:

 

ΔVi= -ΓjkiVjdηk+ {ΓrkiΓjlr -∂Γjkixl)}Vjηldηk

 

(16)  

Entende-se que a integração é feita sobre o caminho fechado, C.

As integrais    dηkηldηk  são, para o circuito fechado:

 

dηk = Δηk = 0

 

(17)  

Não sabemos, a priori, o que é e o que significa essa integral  ηldηk.

Mas sabemos que,

 

d(ηkηl) = Δ(ηkηl)  = 0

(18)  

 

portanto, usando a regra de Leibniz, temos:

d(ηkηl) = ηldηk+ ηkdηl=  0    →   ηldηk= -ηkdηl 

sendo este um resultado bem interessante e cheio de significado: o integrando é anti-simétrico! Aquí, a ordem dos fatores, na multiplicação importa. Permutando k e l, o resultado muda de sinal.  Por conta desse fato, podemos encontrar um expressão simplificada, lançando mão do seguinte simples artifício matemático (a+a=2a), e depois permutando k e l:

2 ηldηk= ηldηk+ ηldηk= ηldηk-ηkdηl, ou,

ηldηk = (1/2)ηldηk-ηkdηl = (1/2) ηldηk-ηkdηl

É costume chamar o primeiro de fator anti-simétrico.

Logo, com essa notação, fazemos

 

akl= (1/2) ηldηk-ηkdηl

 

(19)  

para obter uma simplificação, onde akl  é uma quantidade anti-simétrica, com 16 componentes(supomos aqui o 4-espaço curvo), sendo nula a diagonal principal da matriz representativa. Isto é, trata-se de um vetor “gordinho”, que, já sabemos, é chamado de tensor. (Na verdade, deve-se provar que akl é um tensor antisimétrico, e a prova bem chatinha. Fica para os mais sabidos.)

Assim, a Eq.(16) poderá ser simplificada para:

ΔVi= -ΓjkiVjdηk+ {ΓrkiΓjlr -∂Γjkixl)}Vjηldηk

 

ΔVi= 0+ {ΓrkiΓjlr -∂Γjkixl)}Vjηldηk →

 

ΔVi= {ΓrkiΓjlr -∂Γjkixl)}Vjηldηk

 

(20)  

 

Pode-se, ainda, obter uma expressão mais geral, a partir de (20), considerando o seguinte: a expressão entre colchetes não é anti-simétrica em l e k. Mas podemos, sem prejuízo de quebrar o equilíbrio entre os índices, permutar o l e k, em todos os termos do colchetes(e não  apenas num dos monômios!). Fazendo isso, teremos:

ΔVi={ΓrliΓjkr- ∂Γjlixl}Vjalk

ΔVi={ΓrliΓjkr- ∂Γjlixl}Vj(-akl)      →

 

ΔVi= {-ΓrliΓjkr+ ∂Γjlixk}Vj(akl)

 

(21)  

Vez que alk=-akl, pois essas quantidades são anti-simétricas.

Somando Eqs.(20) e (21):

2ΔVi={ΓrkiΓjlr - ∂Γjkixl)-ΓrliΓjkr  +  ∂Γjlixl }Vjakl →

ΔVi= (1/2) ΓrkiΓjlr-ΓrliΓjkr+∂Γjlixk∂Γjkixl)}VjVj akl

Fazendo     

 

Rjkli  = ΓrkiΓjlr-ΓrliΓjkr+∂Γjlixk∂Γjkixl)

(22)  

tem-se:

 

ΔVi= (1/2) RjkliVj akl

 

(23)  

E esta expressão define, rigorosamente, se uma dada região do espaço é curva ou não. O símbolo Rjkli representa  a fórmula que permite definir se tal ou qual região de um dado espaço , de qualquer dimensão, é curva ou não. Foi descoberta por Riemman, sendo conhecido como o famoso tensor de curvatura de Riemann. É o objeto matemático mais complexo usado na RG. E tem uma significação não muito complicada, o que nos permitiu chegar até aqui, ainda que timidamente.

Vemos que o tensor de Riemann é inteiramente dependente dos Símbolos de Christoffel e de suas derivadas primeiras. É só aprendermos como obter os Γjk ie pronto, podemos ter o valor de Rjkli.  Noutro post, se houver interesse,  mostrarei que o tensor de curvatura tem a seguinte unidade: unidades de curvatura por m², no sistema MKS!

Quanto aos diversos índices, deixo a critério de alguns de vocês postar discussões e perguntas, ou esclarecimentos. Pelo que expliquei a respeito, anteriormente, dá para inferir os que aparecem nos diversos termos que formam a expressão de Riemman.  Mas creio que não restarão muitas dúvidas.

Ante as declarações de alguns amigos da net, de que a RG usa uma matemática estratosférica, entre outras classificações, era meu desejo, há muito tempo, postar algo assim, escrito de maneira tão simples quanto sou capaz. E, ainda assim, mostrar que se trata apenas de matemática, embora sob os auspícios de novos conceitos geométricos/matemáticos.

Ao longo das linhas acima, evitei falar no nome tensor. Mas todos estamos acostumados a trabalhar com e usar tensores no dia a dia, desde nosso segundo grau. Só que não se dá esse nome, por lá. Por exemplo, um dos tensores mais importantes é o escalar que se obtém pelo produto escalar de dois vetores.  Podemos encarar um tensor, também, como um operador, que age sobre vetores.  Assim,

O produto escalar entre dois vetores A e B é definido pela relação funcional:

gabA,B=A .B

Onde gab o tensor métrico. Isto é,  uma “maquina” que transforma dois vetores num único escalar, através da operação “produto escalar”, tão conhecida de tantos.

(Sobre o tensor métrico há muito que falar. Os símbolos de Christoffel, são funções tensor métrico e de suas derivadas. O de Riemann é função dos coeficientes de Conexão, logo, são funções das derivadas primeiras e segundas do tensor métrico).

Bem, vou terminando por aqui. Claro que isto está longe de ser sequer parecido com um artigo que mereça ser usado como referência, até em razão de se tratar de uma mera explanação matemática sem o rigor que normalmente é exigido em coisas da espécie. Pretende ser, antes, um papo informal, com um objetivo, já explicado.

 Infelizmente, o texto ficou bastante longo. Autores como Schutz ou Harle, dizem tudo que eu disse acima, em cerca de 17 páginas, em uma página ou duas no máximo. Mas usam muitos conceitos supostamente de conhecimento proficiente de quem está lendo ou estudando o texto. Não é o que supuz. Embora possa não ser assim para todos.

Bem, espero ter contribuído, ao menos com alguns esclarecimentos vitais e iniciado um trabalho de desmistificação da matemática usada na relatividade geral. Continuarei o papo nos próximos posts, se houver alguma receptividade deste.

Talvez falando das propriedades de Rjkli e obtenção de dois tensores mais simples, um com dois índices apenas(devido a Ricci) e outro sem nenhum índice(ou um escalar, escalar de Ricci).

Estes dois últimos tensores são os únicos que são usados em RG. Para felicidade geral de todos. Aliás, apenas com o tensor de Ricci pode-se explicar o funcionamento do universo e daí gerar umacosmologia científica. Alías, ainda: em RG usa-se pouco de todo aparato extenso e complexo da geometria diferencial; usa-se bastante do aparato tensorial, mas tudo que o formalismo representa. De forma que a RG é bem comportada e accessível a todos, que estes precisem ser experts e provficientes em toda a matemática dessa ordem.

Os assuntos que pretendo abordar, de futuro, são, entre outros:

1 Tipos de derivadas na matemática e seus significados e aplicações. Entre elas, a Derivada covariante, que é uma extensão ao cálculo tensorial da derivada ordinária do espaço plano Euclideano.

2 Deslocamento paralelo, com um pouco mais de detalhes que os discutidos aqui.

3 Cálculo dos símbolos de Christoffel para um caso simples, que  caiba neste ambiente. Expressões diferenciais  para o cálculo de Christoffel.

4 Conceito de derivada direcional, novos conceitos de vetores e covetores(formas diferenciais de ordem 1, as chamadas formas-1)

5 Equações de Newton em espaços curvos(mas Newton não sabia disso. Portanto, fiquem calados...)

6 Etceteras, a depender do tempo e do interesse de algum de vocês.

 

 

Saudações.

Victor.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 







[i]  O cálculo tensorial, era, na época de Einstein, muito novo. Muitos físicos e matemáticos já conheciam, mas não lhe davam muita atenção, primeiro em razão de alguns julgarem que aquilo era muito abstrato, sendo matemática pura, sem aplicação útil, ao menos de imediato. Além disso, como a geometria diferencial não estava ainda bem desenvolvida, era, como ainda se faz, usado o método das componentes para representar essas coisas. Só que, para espaços multidimensionais a quantidade de índices que compareciam em cada monômio era grande, envolvendo sinais e mais sinais de somatórias. Uma verdadeira selva de índices, conforme apontou, corretamente, Butkov, em sua bíblia sagrada. Os cálculos eram tediosos, chatos e abusados. De qualquer forma, uma maioria, preguiçosacomo eu, não se dispunha a esses trabalhos fastidiosos, razão pela qual a teoria estava ali mais ou menos estagnada. Depois que Einstein com seu olhar simplificador e genérico viu que, na realidade, os sinais de somatórios poderiam ser abolidos, em favor de uma notação mais simples e mais compacta, com as mesmas propriedades operacionais, então a coisa mudou. Um conhecido astrônomo, físico e matemático disparou: ...e então o cálculo tensorial tomou nova impulsão. Como, de fato, aconteceu. E o céu foi o limite, diria eu. 


SUBJECT: A conspiração da lâmpada elétrica e a obsolescência programada
FROM: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/09/2012 08:06

A quem possa interessar:

No link abaixo, com legendas em português, um documentário mostrando que,
além das campanhas de marketing, "criando" falsas necessidades nas nossas
mentes, a indústria usa também práticas desonestas, projetando aparelhos
que "automaticamente" param de funcionar após certo tempo, obrigando a
aquisição de novos - já que em boa parte das vezes o conserto é inviável
economicamente.

E tudo começou na década de 1920, quando foi formado um cartel entre os
fabricantes de
lâmpadas elétricas, com um acordo para deliberadamente modificarem o
projeto das lâmpadas,
de forma que elas durassem apenas metade do que duravam então.

Até parece mais uma "teoria da conspiração" mas, pelo menos no caso da
impressora,
onde constatou-se a presença de um chip que bloqueia o funcionamento do
aparelho,
após determinado número de impressões, parece que o caso é realmente
constatado - chegam
até a mostrar o logotipo do fabricante. Bem... se não for verdade,
suponho que a empresa
já deva estar processando os produtores do vídeo.

https://www.youtube.com/watch?v=4e7DfC0ytlY

Obs.: Vejam descrição bem mais detalhada, clicando em "Exibir mais",
logo abaixo do vídeo.

Paulo


SUBJECT: Re: [ciencialist] A conspira��o da l�mpada el�trica e a obsolesc�ncia programada
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/09/2012 11:15

Um pouco de "teoria da conspiração" sempre tem nesses
documentários, mas é inegável que as indústrias tem um
interesse que muitas vezes conflita com os dos consumidores.
Nos casos de aparelhos eletrônicos, isso é fato. O melhor
forno de microondas que já vi é um dos primeiros que
foram lançados aqui no Brasil, está funcionando sem
problemas há mais de 2 décadas e meia. Já os modernos...
 
O preocupante não é apenas essa questão da industria de
equipamentos, mas sim o que ocorre com outros tipos de indústria,
em particular a indústria farmacêutica e a indústria alimentícia.
 
Nos EUA, há décadas o uso de xarope de milho de alta concentração
de frutose (HFCS High Fructose Corn Syrup) é um descalabro.
Quase todos os tipos de alimentos lá tem adição de HFCS.
Ocorre que o HFCS adoça bastante e ajuda na conservação
dos alimentos (duas coisas ótimas para as indústrias), mas
cujo processamento metabólico parece ser feito no fígado, e em
excesso isso provoca o aumento da gordura corporal e do mau
colesterol (LDL). Há quem afirme que a crise de obesidade
americana deve-se muito ao subsídio americano à produção
de milho para o uso na indústria alimentícia, algo que
ocorre massivamente desde 1970 e que no final das contas gerou
uma gigantesca indústria de processamento do HFCS. Longe de
ser apenas um "açúcar de milho", esse xarope é resultado de um
processamento enzimático sobre o milho.
 
Pode haver um pouco de exagero nas alegações do pessoal que
está combatendo o HFCS, mas o fato é que a maioria das indústrias
estão "shitting and walking" para esse assunto. Uma ou outra
indústria já fez algum tipo de peça publicitária falando que
o HFCS não é ruim. Mas ninguém busca reduzir a quantidade dessa
porra nos alimentos. E já há médicos respeitáveis afirmando que
o HFCS, assim como o açúcar normal, são mesmo maléficos para a
saúde humana, quando consumidos em quantidade. E atualmente, o
público americano está mesmo consumindo isso em quantidade, pois
não tem como escapar disso (o HFCS está presente no macarrão, nos
pães, nos refrigerantes, nos cookies, nos molhos de tomate, nos
alimentos processados, ketchup, iogurtes, etc). É uma sacanagem
da grossa.
 
*PB*
 
 
 
-----Mensagem Original-----
From: psdias2
Sent: Wednesday, September 26, 2012 8:06 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] A conspiração da lâmpada elétrica e a obsolescência programada
 
A quem possa interessar:
 
No link abaixo, com legendas em português, um documentário mostrando que,
além das campanhas de marketing, "criando" falsas necessidades nas nossas
mentes, a indústria usa também práticas desonestas, projetando aparelhos
que "automaticamente" param de funcionar após certo tempo, obrigando a
aquisição de novos - já que em boa parte das vezes o conserto é inviável
economicamente.
 
E tudo começou na década de 1920, quando foi formado um cartel entre os
fabricantes de
lâmpadas elétricas, com um acordo para deliberadamente modificarem o
projeto das lâmpadas,
de forma que elas durassem apenas metade do que duravam então.
 
Até parece mais uma "teoria da conspiração" mas, pelo menos no caso da
impressora,
onde constatou-se a presença de um chip que bloqueia o funcionamento do
aparelho,
após determinado número de impressões, parece que o caso é realmente
constatado - chegam
até a mostrar o logotipo do fabricante.  Bem... se não for verdade,
suponho que a empresa
já deva estar processando os produtores do vídeo.
 
https://www.youtube.com/watch?v=4e7DfC0ytlY
 
Obs.:  Vejam descrição bem mais detalhada, clicando em "Exibir mais",
logo abaixo do vídeo.
 
Paulo
 
 
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SUBJECT: RES: [ciencialist] A conspiração da lâmpada elétrica e a obsolescência programada
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/09/2012 11:55

Impressosas são frágeis, tem muitas partes móveis, e quebram com facilidade (por isso são tão baratas hoje em dia), não precisam de chip secreto.

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de oraculo@atibaia.com.br
Enviada em: quarta-feira, 26 de setembro de 2012 18:42
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] A conspiração da lâmpada elétrica e a obsolescência programada

 

 

Olá Paulo

 

Bem, parece com teoria de conspiração, cheira como teoria de conspiração, tem formato de teoria de conspiração, e, como seria de se esperar, é teoria de conspiração.:- )

 

O conceito de obsolência programada é real, o chip de controle de impressoes é real, e algumas outras coisas, mas no conjunto, é apenas outra teoria de conspiração mesmo.

 

As teorias de conspiração evoluiram muito, e de “construtos” sem muito sentido, passaram (aprenderam, em termos evolutivos.:- ) a usar elementos do mundo real, dados concretos e válidos, para embasar alegações malucas e sem sentido. O exemplo máximo e a série de filmes Zeitgeist. Parte dos elementos é real, mas outra parte, e as conclusões, são totalmente inventadas e sem base.

 

Muitas impressoras, de alta performance, tem chips que contam impressões, e que impedem impressões depois de um determinado número. São impressoras caras, que em geral são alugadas, e não vendidas, para escritórios e gráficas. Minha prima tem uma gráfica rápida e duas dessas impressoras, que conta e limita impressão. Ela tem de pagar para liberar outro pacote (e, claro, existe um mercado paralelo que “contornar” essa necessidade por módicas quantias.:- ). Isso serve de base para a teoria de que “todas as impressoras, devido a conspiração de fabricantes, tem chips secretos que impedem a impressão”. Nãos e deve creditar a má fé o que pode ser satisfatoriamente explicado pela ignorância (ou incompetência). Impressosas são frágeis, tem muitas partes móveis, e quebram com facilidade (por isso são tão baratas hoje em dia), não precisam de chip secreto.

 

A obsolência programada deriva de outro problema da industrialização, como determinar a duração das partes de um produto, para que não “sobre nem falte” no tempo de vida útil deste. Reza a lenda que a idéia veio de Henry Ford, que tentou determinar o quanto duravam as partes do Ford T que ele fabricava. Considerando que o motor, chassi, e elementos de base do veículo duravam em média 200 mil quilômetros, ele decobriu que algumas partes duravam bem mais, e determinou que sua fabricação levasse isso em conta, para diminuir essa duração, de modo que “acabassem” junto com o veículo todo. O que quase ninguém lembra é que ele descobriu partes que duravam menos que os 200 mil km, e que determinou que sua fabricação tentasse ampliar essa duração para também acompanhar o veículo.

 

Quase todo produto hoje tem esse elemento de calculo em sua fabricação, quanto dura cada parte, e como estabelecer uma durabilidade confiável e adequada a cada parte.

 

Lampadas queimam. Não é preciso fabricar lampadas que durem menos, e o mercado é competitivo suficiente para tirar lampadas ruins do mercado. Por isso a teoria de conspiração precisa, se baseia em “acordos secretos” entre TODOS os fabricantes, para poder funcionar. Mas em um ambiente assim, a não ser que os fabricantes “matem” os que não entrem no acordo, qualquer empresa que fabrique lampadas melhores, ganha o mercado.:- )

 

Sim, muitos fabricantes procuram encontrar nichos, e mesmo criar necessidades. Faz parte do negócio, de qualquer negócio inclusive os legítimos, procurar por isso, e vender seu peixe. Cabe as pessoas filtrar o que é apresentado e decidir o que é ou não necessário. Demonizar os fabricantes, dando a eles poderes quase ilimitados, é parte de teorias de conspiração de qualquer natureza. Seja escondendo ETs na Área 51, seja criando lampadas que queimam.:- )

 

Algumas lampadas de minha casa nunca queimam, está funcionando a anos. Outras queimam com certa frequência. E as que queimam e as que não queima estãos empre nos mesmos lugares, o que indica um problema na fiação, ou outro fator ambiental. Mesma marca, mesmo padrão, mas diferentes comportamentos.

 

Um abraço.

 

Homero

 

 

 

 

From: psdias2

Sent: Wednesday, September 26, 2012 8:06 AM

Subject: [ciencialist] A conspiração da lâmpada elétrica e a obsolescência programada

 

 

A quem possa interessar:

No link abaixo, com legendas em português, um documentário mostrando que,
além das campanhas de marketing, "criando" falsas necessidades nas nossas
mentes, a indústria usa também práticas desonestas, projetando aparelhos
que "automaticamente" param de funcionar após certo tempo, obrigando a
aquisição de novos - já que em boa parte das vezes o conserto é inviável
economicamente.

E tudo começou na década de 1920, quando foi formado um cartel entre os
fabricantes de
lâmpadas elétricas, com um acordo para deliberadamente modificarem o
projeto das lâmpadas,
de forma que elas durassem apenas metade do que duravam então.

Até parece mais uma "teoria da conspiração" mas, pelo menos no caso da
impressora,
onde constatou-se a presença de um chip que bloqueia o funcionamento do
aparelho,
após determinado número de impressões, parece que o caso é realmente
constatado - chegam
até a mostrar o logotipo do fabricante. Bem... se não for verdade,
suponho que a empresa
já deva estar processando os produtores do vídeo.

https://www.youtube.com/watch?v=4e7DfC0ytlY

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Paulo

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SUBJECT: RES: [ciencialist] A conspiração da lâmpada elétrica e a obsolescência programada
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/09/2012 11:56

Olá,

 

" Impressosas são frágeis, tem muitas partes móveis, e quebram com facilidade (por isso são tão baratas hoje em dia), não precisam de chip secreto.

 

Victor:  deixando a mal afamada teoria de conspiração de lado, aproveito o gancho para comentar que, na verdade, eles vendem mesmo sãos cartuchos... Uma  deskjet 1000, muito boa para uso doméstico, custa R$ 100,00. Já até de 99,99.  Agora, os cartuhos...Na segunda troca, lá se foi o custo da impressora. Daí por diante, só cartuchos(para esta impressora, o cartucho vem com 2ml de tinta!), and so on.  

Tenho uma laser e partirei para uma jato  de tinta com aqueles kits de tinta, com 100ml cada bisnaguinha. O investimento vale a pena, creio.

 

"Algumas lampadas ....nunca queimam, está funcionando a anos. Outras queimam com certa frequência. E as que queimam e as que não queima estãos empre nos mesmos lugares, o que indica um problema na fiação, ou outro fator ambiental. Mesma marca, mesmo padrão, mas diferentes comportamentos."

 

Victor: Por isso, não,  que estou com mais de 0.5 séc e ainda não queimei... meus filamentos estão joia...ainda.

 

Sds,

Victor.

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de oraculo@atibaia.com.br
Enviada em: quarta-feira, 26 de setembro de 2012 18:42
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] A conspiração da lâmpada elétrica e a obsolescência programada

 

 

Olá Paulo

 

Bem, parece com teoria de conspiração, cheira como teoria de conspiração, tem formato de teoria de conspiração, e, como seria de se esperar, é teoria de conspiração.:- )

 

O conceito de obsolência programada é real, o chip de controle de impressoes é real, e algumas outras coisas, mas no conjunto, é apenas outra teoria de conspiração mesmo.

 

As teorias de conspiração evoluiram muito, e de “construtos” sem muito sentido, passaram (aprenderam, em termos evolutivos.:- ) a usar elementos do mundo real, dados concretos e válidos, para embasar alegações malucas e sem sentido. O exemplo máximo e a série de filmes Zeitgeist. Parte dos elementos é real, mas outra parte, e as conclusões, são totalmente inventadas e sem base.

 

Muitas impressoras, de alta performance, tem chips que contam impressões, e que impedem impressões depois de um determinado número. São impressoras caras, que em geral são alugadas, e não vendidas, para escritórios e gráficas. Minha prima tem uma gráfica rápida e duas dessas impressoras, que conta e limita impressão. Ela tem de pagar para liberar outro pacote (e, claro, existe um mercado paralelo que “contornar” essa necessidade por módicas quantias.:- ). Isso serve de base para a teoria de que “todas as impressoras, devido a conspiração de fabricantes, tem chips secretos que impedem a impressão”. Nãos e deve creditar a má fé o que pode ser satisfatoriamente explicado pela ignorância (ou incompetência). Impressosas são frágeis, tem muitas partes móveis, e quebram com facilidade (por isso são tão baratas hoje em dia), não precisam de chip secreto.

 

A obsolência programada deriva de outro problema da industrialização, como determinar a duração das partes de um produto, para que não “sobre nem falte” no tempo de vida útil deste. Reza a lenda que a idéia veio de Henry Ford, que tentou determinar o quanto duravam as partes do Ford T que ele fabricava. Considerando que o motor, chassi, e elementos de base do veículo duravam em média 200 mil quilômetros, ele decobriu que algumas partes duravam bem mais, e determinou que sua fabricação levasse isso em conta, para diminuir essa duração, de modo que “acabassem” junto com o veículo todo. O que quase ninguém lembra é que ele descobriu partes que duravam menos que os 200 mil km, e que determinou que sua fabricação tentasse ampliar essa duração para também acompanhar o veículo.

 

Quase todo produto hoje tem esse elemento de calculo em sua fabricação, quanto dura cada parte, e como estabelecer uma durabilidade confiável e adequada a cada parte.

 

Lampadas queimam. Não é preciso fabricar lampadas que durem menos, e o mercado é competitivo suficiente para tirar lampadas ruins do mercado. Por isso a teoria de conspiração precisa, se baseia em “acordos secretos” entre TODOS os fabricantes, para poder funcionar. Mas em um ambiente assim, a não ser que os fabricantes “matem” os que não entrem no acordo, qualquer empresa que fabrique lampadas melhores, ganha o mercado.:- )

 

Sim, muitos fabricantes procuram encontrar nichos, e mesmo criar necessidades. Faz parte do negócio, de qualquer negócio inclusive os legítimos, procurar por isso, e vender seu peixe. Cabe as pessoas filtrar o que é apresentado e decidir o que é ou não necessário. Demonizar os fabricantes, dando a eles poderes quase ilimitados, é parte de teorias de conspiração de qualquer natureza. Seja escondendo ETs na Área 51, seja criando lampadas que queimam.:- )

 

Algumas lampadas de minha casa nunca queimam, está funcionando a anos. Outras queimam com certa frequência. E as que queimam e as que não queima estãos empre nos mesmos lugares, o que indica um problema na fiação, ou outro fator ambiental. Mesma marca, mesmo padrão, mas diferentes comportamentos.

 

Um abraço.

 

Homero

 

 

 

 

From: psdias2

Sent: Wednesday, September 26, 2012 8:06 AM

Subject: [ciencialist] A conspiração da lâmpada elétrica e a obsolescência programada

 

 

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economicamente.

E tudo começou na década de 1920, quando foi formado um cartel entre os
fabricantes de
lâmpadas elétricas, com um acordo para deliberadamente modificarem o
projeto das lâmpadas,
de forma que elas durassem apenas metade do que duravam então.

Até parece mais uma "teoria da conspiração" mas, pelo menos no caso da
impressora,
onde constatou-se a presença de um chip que bloqueia o funcionamento do
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após determinado número de impressões, parece que o caso é realmente
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SUBJECT: Re: [ciencialist] A conspiração da lâmpada elétrica e a obsolescência programada
FROM: <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/09/2012 14:42

Olá Paulo
 
Bem, parece com teoria de conspiração, cheira como teoria de conspiração, tem formato de teoria de conspiração, e, como seria de se esperar, é teoria de conspiração.:- )
 
O conceito de obsolência programada é real, o chip de controle de impressoes é real, e algumas outras coisas, mas no conjunto, é apenas outra teoria de conspiração mesmo.
 
As teorias de conspiração evoluiram muito, e de “construtos” sem muito sentido, passaram (aprenderam, em termos evolutivos.:- ) a usar elementos do mundo real, dados concretos e válidos, para embasar alegações malucas e sem sentido. O exemplo máximo e a série de filmes Zeitgeist. Parte dos elementos é real, mas outra parte, e as conclusões, são totalmente inventadas e sem base.
 
Muitas impressoras, de alta performance, tem chips que contam impressões, e que impedem impressões depois de um determinado número. São impressoras caras, que em geral são alugadas, e não vendidas, para escritórios e gráficas. Minha prima tem uma gráfica rápida e duas dessas impressoras, que conta e limita impressão. Ela tem de pagar para liberar outro pacote (e, claro, existe um mercado paralelo que “contornar” essa necessidade por módicas quantias.:- ). Isso serve de base para a teoria de que “todas as impressoras, devido a conspiração de fabricantes, tem chips secretos que impedem a impressão”. Nãos e deve creditar a má fé o que pode ser satisfatoriamente explicado pela ignorância (ou incompetência). Impressosas são frágeis, tem muitas partes móveis, e quebram com facilidade (por isso são tão baratas hoje em dia), não precisam de chip secreto.
 
A obsolência programada deriva de outro problema da industrialização, como determinar a duração das partes de um produto, para que não “sobre nem falte” no tempo de vida útil deste. Reza a lenda que a idéia veio de Henry Ford, que tentou determinar o quanto duravam as partes do Ford T que ele fabricava. Considerando que o motor, chassi, e elementos de base do veículo duravam em média 200 mil quilômetros, ele decobriu que algumas partes duravam bem mais, e determinou que sua fabricação levasse isso em conta, para diminuir essa duração, de modo que “acabassem” junto com o veículo todo. O que quase ninguém lembra é que ele descobriu partes que duravam menos que os 200 mil km, e que determinou que sua fabricação tentasse ampliar essa duração para também acompanhar o veículo.
 
Quase todo produto hoje tem esse elemento de calculo em sua fabricação, quanto dura cada parte, e como estabelecer uma durabilidade confiável e adequada a cada parte.
 
Lampadas queimam. Não é preciso fabricar lampadas que durem menos, e o mercado é competitivo suficiente para tirar lampadas ruins do mercado. Por isso a teoria de conspiração precisa, se baseia em “acordos secretos” entre TODOS os fabricantes, para poder funcionar. Mas em um ambiente assim, a não ser que os fabricantes “matem” os que não entrem no acordo, qualquer empresa que fabrique lampadas melhores, ganha o mercado.:- )
 
Sim, muitos fabricantes procuram encontrar nichos, e mesmo criar necessidades. Faz parte do negócio, de qualquer negócio inclusive os legítimos, procurar por isso, e vender seu peixe. Cabe as pessoas filtrar o que é apresentado e decidir o que é ou não necessário. Demonizar os fabricantes, dando a eles poderes quase ilimitados, é parte de teorias de conspiração de qualquer natureza. Seja escondendo ETs na Área 51, seja criando lampadas que queimam.:- )
 
Algumas lampadas de minha casa nunca queimam, está funcionando a anos. Outras queimam com certa frequência. E as que queimam e as que não queima estãos empre nos mesmos lugares, o que indica um problema na fiação, ou outro fator ambiental. Mesma marca, mesmo padrão, mas diferentes comportamentos.
 
Um abraço.
 
Homero
 
 
 
 
From: psdias2
Sent: Wednesday, September 26, 2012 8:06 AM
Subject: [ciencialist] A conspiração da lâmpada elétrica e a obsolescência programada
 
 

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economicamente.

E tudo começou na década de 1920, quando foi formado um cartel entre os
fabricantes de
lâmpadas elétricas, com um acordo para deliberadamente modificarem o
projeto das lâmpadas,
de forma que elas durassem apenas metade do que duravam então.

Até parece mais uma "teoria da conspiração" mas, pelo menos no caso da
impressora,
onde constatou-se a presença de um chip que bloqueia o funcionamento do
aparelho,
após determinado número de impressões, parece que o caso é realmente
constatado - chegam
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suponho que a empresa
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SUBJECT: Re: [ciencialist] A conspiração da lâmpada elétrica e a obsolescência programada
FROM: Jeff <jeff@jeff.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/09/2012 16:01

Olá Homero!
 

 

As teorias de conspiração evoluiram muito, e de “construtos” sem muito sentido, passaram (aprenderam, em termos evolutivos.:- ) a usar elementos do mundo real, dados concretos e válidos, para embasar alegações malucas e sem sentido. O exemplo máximo e a série de filmes Zeitgeist. Parte dos elementos é real, mas outra parte, e as conclusões, são totalmente inventadas e sem base.

Jeff: O que baseia o Movimento Zeitgeist é o Projeto Vênus. A obsolescência programada é apontada como um dos muitos problemas criados pelo Capitalismo, que também seria resolvido, automaticamente, numa sociedade como a proposta pelo Projeto Vênus.
 
Sim, muitos fabricantes procuram encontrar nichos, e mesmo criar necessidades. Faz parte do negócio, de qualquer negócio inclusive os legítimos, procurar por isso, e vender seu peixe.
Jeff: Outro problema que seria eliminado... Imagine o quanto de recursos seriam economizados com o fim do consumismo, da obsolescência programada, dos produtos "alternativos" (de baixa qualidade), do comércio, da propaganda, dos bancos, de quase todos os tipos de empresas que existem, de quase todas as profissões que existem, e de tudo o mais que só existe em função do uso do dinheiro, direta e indiretamente. Só com o fim do Capitalismo, haveria, automaticamente, uma gigantesca economia de recursos.
 
Claro, a ideia não é só extinguir o Capitalismo, mas uma reestruturação completa e global da nossa sociedade, pra incrivelmente melhor, pra todos, mas que não funcionaria sem a união de toda a humanidade e sem o fim do Capitalismo.
[]´s,
Jeff.
 
 
From: psdias2
Sent: Wednesday, September 26, 2012 8:06 AM
Subject: [ciencialist] A conspiração da lâmpada elétrica e a obsolescência programada
 
 

A quem possa interessar:

No link abaixo, com legendas em português, um documentário mostrando que,
além das campanhas de marketing, "criando" falsas necessidades nas nossas
mentes, a indústria usa também práticas desonestas, projetando aparelhos
que "automaticamente" param de funcionar após certo tempo, obrigando a
aquisição de novos - já que em boa parte das vezes o conserto é inviável
economicamente.

E tudo começou na década de 1920, quando foi formado um cartel entre os
fabricantes de
lâmpadas elétricas, com um acordo para deliberadamente modificarem o
projeto das lâmpadas,
de forma que elas durassem apenas metade do que duravam então.

Até parece mais uma "teoria da conspiração" mas, pelo menos no caso da
impressora,
onde constatou-se a presença de um chip que bloqueia o funcionamento do
aparelho,
após determinado número de impressões, parece que o caso é realmente
constatado - chegam
até a mostrar o logotipo do fabricante. Bem... se não for verdade,
suponho que a empresa
já deva estar processando os produtores do vídeo.

https://www.youtube.com/watch?v=4e7DfC0ytlY

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logo abaixo do vídeo.

Paulo

Nenhum vírus encontrado nessa mensagem.
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SUBJECT: AEPET - Transgênicos.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/09/2012 18:22


Resultados, não muito bons, de uma pesquisa sobre transgênicos.

http://www.aepet.org.br/site/noticias/pagina/9179/O-fim-da-dvida


Sds,

Victor.



SUBJECT: Pianista mirim.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/09/2012 20:45


SUBJECT: Re: [ciencialist] Pianista mirim.
FROM: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2012 08:46

Olá, Victor !

No link que você enviou, está entrando uma (horrível, na minha opinião) propaganda de cerveja.

O garoto seria este aqui ?

http://tvuol.uol.com.br/assistir.htm?video=garoto-de-5-anos-da-show-ao-tocar-piano-04028D983872E0893326

Realmente, é surpreendente !

Paulo

 


SUBJECT: RES: [ciencialist] Pianista mirim.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/09/2012 09:22

Sim.

 

Sds,

victor

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de psdias2
Enviada em: quinta-feira, 27 de setembro de 2012 12:46
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Pianista mirim.

 

 

Olá, Victor !

No link que você enviou, está entrando uma (horrível, na minha opinião) propaganda de cerveja.

O garoto seria este aqui ?

http://tvuol.uol.com.br/assistir.htm?video=garoto-de-5-anos-da-show-ao-tocar-piano-04028D983872E0893326

Realmente, é surpreendente !

Paulo

 

 


SUBJECT: Re: [ciencialist] AEPET - Transgênicos.
FROM: Jaime Rudas <jrudasl@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2012 09:29

Hola, Victor:

[Victor]
> Resultados, não muito bons, de uma pesquisa sobre transgênicos.
>
> http://www.aepet.org.br/site/noticias/pagina/9179/O-fim-da-dvida

[Jaime]
Sin embargo, parece ser que el rigor científico no es precisamente el
fuerte del estudio:

Ver, por ejemplo:

http://www.forbes.com/sites/henrymiller/2012/02/22/the-science-of-things-that-arent-so/

o

http://naukas.com/2012/09/20/transgenicos-que-producen-tumores-no-panic/

que remite a:

http://esmateria.com/2012/09/19/los-expertos-rebaten-el-estudio-que-vincula-transgenicos-con-tumores-galopantes/

http://www.sciencemediacentre.org/pages/press_releases/12-09-19_gm_maize_rats_tumours.htm

http://weedcontrolfreaks.com/2012/09/why-i-think-the-seralini-gm-feeding-trial-is-bogus/


Saludos,

Jaime Rudas
Bogotá


SUBJECT: Re: [ciencialist] AEPET - Transgênicos.
FROM: André L F S Bacci <andrebacci.listas@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/09/2012 10:23

On Wed, Sep 26, 2012 at 6:22 PM, JVictor <j.victor.neto@uol.com.br> wrote:
Resultados, não muito bons, de uma pesquisa sobre transgênicos.
http://www.aepet.org.br/site/noticias/pagina/9179/O-fim-da-dvida

É aquele estudo em que um pessoal anti-transgênicos tentou curar câncer de uma linhagem de ratos que desenvolvem câncer os alimentando só com transgênicos?

André

SUBJECT: Re: AEPET - Transgênicos.
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/09/2012 20:57

Há alguma polêmica aí:
http://revistapiaui.estadao.com.br/blogs/questoes-da-ciencia/geral/inseguranca-a-mesa-e-na-midia
--------

[]s,

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "JVictor" <j.victor.neto@...> escreveu
>
>
> Resultados, não muito bons, de uma pesquisa sobre transgênicos.
>
> http://www.aepet.org.br/site/noticias/pagina/9179/O-fim-da-dvida
>
>
> Sds,
>
> Victor.
>



SUBJECT: Raios cósmicos x vida
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/09/2012 11:27

Gostei muito desse colóquio.

 

http://video.if.usp.br/video/teriam-os-raios-c%C3%B3smicos-contribuido-para-o-aparecimento-da-vida-no-universo

 

Fazem sentido, sim, os muito,  e bem embasados, argumentos científicos expostos no vídeo acima;   que faz sentido, isso lá é vero.

 

Tolice minha assumir, como outrora defendia,  que não pode haver alguma forma de vida em algum lugar do universo. Pensamento típico da idade média: Só a Terra reúne tais condições?   

 

Mas opinem sobre.

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: O drama de estudantes – e famílias – afetados pelas cotas - VEJA
FROM: Rafael Picate <rpicate@gmail.com>
TO: undisclosed-recipients:;
BCC: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/09/2012 11:33

SUBJECT: Beethoven, o magnífico.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/09/2012 17:35

Olá,

 

Acabei de assistir ao excelente O Segredo de Beethoven.

Para mim, nada existe em música mais belo do que a Nona Sinfonia. Desde que eu era menino.

O filme trata dos  anos finais do mestre. Enfoca seus tormentos, devido à surdez, já bem acentuada na época em que trabalhou naquela magistral obra.

A apresentação da Nona Sinfonia, regida pelo próprio, mesmo surdo, perante a corte,foi linda.  A única coisa que destoa  da realidade mostrada pela história que conheço é a presença ficcional de uma certa Anna Holtz, que foi designada sua copista e que era também compositora, linda, linda. Mas valeu. Bem que poderia ter havido uma Anna.

Morreu aos meros 56 anos, de doença até hoje não determinada.

 

Este, meu presente de fim de semana para ocês.

 

Sds,

 

Victor.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Beethoven, o magnífico.
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/09/2012 21:28

Olá Victor,

Já assisti O Segredo de Beethoven mais de uma vez e minha relação com a nona parece ser como a sua. Poderia ter havido uma Anna, mas é improvável. Naquela época as mulheres não podiam ser nem mesmo músicas, quanto mais regentes na estreia de uma obra de um grande mestre. Contudo, não sou músico nem mesmo amador, e posso estar errado.

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 30/09/2012 17:35, JVictor escreveu:

Olá,

 

Acabei de assistir ao excelente O Segredo de Beethoven.

Para mim, nada existe em música mais belo do que a Nona Sinfonia. Desde que eu era menino.

O filme trata dos  anos finais do mestre. Enfoca seus tormentos, devido à surdez, já bem acentuada na época em que trabalhou naquela magistral obra.

A apresentação da Nona Sinfonia, regida pelo próprio, mesmo surdo, perante a corte,foi linda.  A única coisa que destoa  da realidade mostrada pela história que conheço é a presença ficcional de uma certa Anna Holtz, que foi designada sua copista e que era também compositora, linda, linda. Mas valeu. Bem que poderia ter havido uma Anna.

Morreu aos meros 56 anos, de doença até hoje não determinada.

 

Este, meu presente de fim de semana para ocês.

 

Sds,

 

Victor.




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Pianista mirim.
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/10/2012 09:09

Ola Pessoal,
 
Acho que esse garoto é o mesmo que participou do programa Bitain's Got Talent :
 
www.youtube.com/watch?v=RnVNZ413yfE
Eu tinha um pouco de preconceito contra estes tipos de programas, mas depois de pesquisar um pouco mais na rede, descobri algumas jóias :
 
Dança :
 
Cantores :
 
e o novo Pavarotti!!!!
 
 
De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
APara: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quinta-feira, 27 de Setembro de 2012 9:22
Assunto: RES: [ciencialist] Pianista mirim.
 
Sim.
 
Sds,
victor
 
De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de psdias2
Enviada em: quinta-feira, 27 de setembro de 2012 12:46
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Pianista mirim.
 
 
Olá, Victor !No link que você enviou, está entrando uma (horrível, na minha opinião) propaganda de cerveja.O garoto seria este aqui ?http://tvuol.uol.com.br/assistir.htm?video=garoto-de-5-anos-da-show-ao-tocar-piano-04028D983872E0893326Realmente, é surpreendente !Paulo
 
 

SUBJECT: Re: O drama de estudantes – e famílias – afetados pelas cotas - VEJA
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/10/2012 14:19

#classemediasofre

[]s,

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Rafael Picate <rpicate@...> escreveu
>
> http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/os-dramas-e-as-alegrias-de-familias-afetadas-pelas-cotas
>




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O drama de estudantes – e famílias – afetados pelas cotas - VEJA
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/10/2012 14:39

Qual a renda mínima mensal para que uma família brasileira seja
considerada classe média?

[ ]s

Alvaro Augusto

Em 01/10/2012 14:19, roberto escreveu:
> #classemediasofre
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Rafael Picate <rpicate@...> escreveu
>> http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/os-dramas-e-as-alegrias-de-familias-afetadas-pelas-cotas
>>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O drama de estudantes – e famílias – afetados pelas cotas - VEJA
FROM: <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/10/2012 15:18

“Takata: #classemediasofre”
 
Kkkkkk.Smiley piscando Pensei nisso enquanto lia o texto e os argumentos apresentados.:- )
 
Puxa vida, é complicado, eu entendo, a questão das cotas, e nas muitas discussões que já tivemos, aqui na lista ou com amigos, eu sempre disse que em um primeiro momento eu mesmo sinto um certo desconforto com esse tipo de solução. E que preferia, claro, que não fossem necessárias ou que houvessem alternativas a curto prazo melhores.
 
Mas é complicado pesar o problema que uma família enfrenta, mesmo uma que conseguiu pagar uma escola de formação particular para a filha a duras penas, em relação a ter de se esforçar mais para entrar na faculdade, uma vez que a falha óbvia é a falta de vagas em cursos superiores, em relação a famílias que jamais teriam qualquer chance, com ou sem esforço, de ter seus filhos em um curso superior. Não dá, fica meio cabotino, ridículo mesmo.
 
É puro #classemediasofre, penso eu.
 
Não sou rico, paguei a educação de minha filha com esforço, mas entendo perfeitamente que nem de longe esse esforço se aproxima das dificuldades de familias realmente necessitadas, ou de famlias negras, ou de filhos dessas famílias, gente que precisa trabalhar além de estudar, e em escolas péssimas do governo.
 
Se minha filha precisa fazer um esforço extra, estudar com mais afinco, deixar de lado algumas coisas boas de sua vida de jovem, para se formar em um curso superior, então ela deve fazer. As vantagens que teve até o momento, pequenas em relação a quem é rico de verdade, mas gigantes em relação a boa parte da população do país, mais que compensam esse esforço extra. Se necessário, o mesmo “esforço extra” que permite frequentar uma escola de formação de qualidade, será usado para pagar uma formação em nível superior particular. E o financiamento estudantil também é uma opção.
 
Eu gostaria que houvessem vagas para todos, sem exceção. Que fosse preciso apenas demonstrar conhecimento padrão, básico, fundamental, para cursar um curso superior. Mas não é assim, e no momento, mais algum esforço para a classe média ou alta, em termos de estudo e comprometimento com o curso, não fará muito mal a ninguém.
 
E sabemos que relatos anedóticos, um punhado de pessoas em um universo de dezenas de milhares, não é significativo. Duas ou três filhas de famílias “preocupadas” com as cotas, é apenas anedótico. Em ambos os sentidos.:- )
 
Um abraço.
 
Homero
 
 
 
From: roberto
Sent: Monday, October 01, 2012 2:19 PM
Subject: [ciencialist] Re: O drama de estudantes – e famílias – afetados pelas cotas - VEJA
 
 

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O drama de estudantes – e famílias – afetados pelas cotas - VEJA
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/10/2012 15:34

É a síndrome do irmão do meio!!!!
 
Não tem as regalias do menor, nem o poder do maior!!!

De: roberto <roberto.takata@bol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Segunda-feira, 1 de Outubro de 2012 14:19
Assunto: [ciencialist] Re: O drama de estudantes – e famílias – afetados pelas cotas - VEJA




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O drama de estudantes – e famílias – afetados pelas cotas - VEJA
FROM: Rafael Picate <rpicate@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/10/2012 15:56

Oráculo, 
nem vou comentar a classificação exótica de classe média que o Mr. Nery vem adotando. 
Uma das maiores preocupações dos brasileiros hoje, é dar uma boa educação aos filhos,
já comentei aqui antes, colocar esse milhões de estudantes que estudam em escolas particulares remediadas, mas que as famílias optam  por essa escolha, porque a alternativa pública é fraca e há muitas faltas dos professores, tratar esse segmento como anedótico é complicado.  Uma das maiores preocupações dos brasileiros hoje, é dar uma boa educação aos filhos. Comentei aqui o caso do porteiro do prédio, que conseguiu uma bolsa em que só paga 30%. O colégio é o Pinheiro Guimarães, fraco, mas ele fica todo feliz porque tem aula todo dia.  Já avisei a ele  que metade das vagas universitárias pulverizaram. Os  11,8% de estudantes em escolar particulares , se  reduzirem  a uns dois ou três casos, não deixa de ser uma anedota muito grande. 
abs,
Rafael

Em 1 de outubro de 2012 15:38, Rafael Picate <rpicate@gmail.com> escreveu:
Oráculo, 
já comentei aqui antes, colocar esse milhões de estudantes que estudam em escolas particulares remediadas, mas que as famílias optam  por essa escolha, porque a alternativa pública é fraca e há muitas faltas dos professores, tratar esse segmento como anedótico é complicado. Até porque são 11,8% de estudantes , e tentar reduzir a uns dois ou três casos, não deixa de ser uma anedota muito grande. 

abs,
Rafael

Em 1 de outubro de 2012 15:18, <oraculo@atibaia.com.br> escreveu:

 

“Takata: #classemediasofre”
 
Kkkkkk.Smiley piscando Pensei nisso enquanto lia o texto e os argumentos apresentados.:- )
 
Puxa vida, é complicado, eu entendo, a questão das cotas, e nas muitas discussões que já tivemos, aqui na lista ou com amigos, eu sempre disse que em um primeiro momento eu mesmo sinto um certo desconforto com esse tipo de solução. E que preferia, claro, que não fossem necessárias ou que houvessem alternativas a curto prazo melhores.
 
Mas é complicado pesar o problema que uma família enfrenta, mesmo uma que conseguiu pagar uma escola de formação particular para a filha a duras penas, em relação a ter de se esforçar mais para entrar na faculdade, uma vez que a falha óbvia é a falta de vagas em cursos superiores, em relação a famílias que jamais teriam qualquer chance, com ou sem esforço, de ter seus filhos em um curso superior. Não dá, fica meio cabotino, ridículo mesmo.
 
É puro #classemediasofre, penso eu.
 
Não sou rico, paguei a educação de minha filha com esforço, mas entendo perfeitamente que nem de longe esse esforço se aproxima das dificuldades de familias realmente necessitadas, ou de famlias negras, ou de filhos dessas famílias, gente que precisa trabalhar além de estudar, e em escolas péssimas do governo.
 
Se minha filha precisa fazer um esforço extra, estudar com mais afinco, deixar de lado algumas coisas boas de sua vida de jovem, para se formar em um curso superior, então ela deve fazer. As vantagens que teve até o momento, pequenas em relação a quem é rico de verdade, mas gigantes em relação a boa parte da população do país, mais que compensam esse esforço extra. Se necessário, o mesmo “esforço extra” que permite frequentar uma escola de formação de qualidade, será usado para pagar uma formação em nível superior particular. E o financiamento estudantil também é uma opção.
 
Eu gostaria que houvessem vagas para todos, sem exceção. Que fosse preciso apenas demonstrar conhecimento padrão, básico, fundamental, para cursar um curso superior. Mas não é assim, e no momento, mais algum esforço para a classe média ou alta, em termos de estudo e comprometimento com o curso, não fará muito mal a ninguém.
 
E sabemos que relatos anedóticos, um punhado de pessoas em um universo de dezenas de milhares, não é significativo. Duas ou três filhas de famílias “preocupadas” com as cotas, é apenas anedótico. Em ambos os sentidos.:- )
 
Um abraço.
 
Homero
 
 
 
From: roberto
Sent: Monday, October 01, 2012 2:19 PM
Subject: [ciencialist] Re: O drama de estudantes – e famílias – afetados pelas cotas - VEJA
 
 

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O drama de estudantes – e famílias – afetados pelas cotas - VEJA
FROM: Rafael Picate <rpicate@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/10/2012 16:04

Há um bom artigo na Época dessa semana, o título é "ENSINO BOM É PARA TODOS" - Cinco cidades brasileira oferecem educação de qualidade em todas as escolas da rede pública. Como elas conseguem? 

É um contra-ponto a quem acredita  na inevitabilidade das gambiarras brazucas. 
abs,
Rafael

Em 1 de outubro de 2012 15:56, Rafael Picate <rpicate@gmail.com> escreveu:
Oráculo, 
nem vou comentar a classificação exótica de classe média que o Mr. Nery vem adotando. 
Uma das maiores preocupações dos brasileiros hoje, é dar uma boa educação aos filhos,
já comentei aqui antes, colocar esse milhões de estudantes que estudam em escolas particulares remediadas, mas que as famílias optam  por essa escolha, porque a alternativa pública é fraca e há muitas faltas dos professores, tratar esse segmento como anedótico é complicado.  Uma das maiores preocupações dos brasileiros hoje, é dar uma boa educação aos filhos. Comentei aqui o caso do porteiro do prédio, que conseguiu uma bolsa em que só paga 30%. O colégio é o Pinheiro Guimarães, fraco, mas ele fica todo feliz porque tem aula todo dia.  Já avisei a ele  que metade das vagas universitárias pulverizaram. Os  11,8% de estudantes em escolar particulares , se  reduzirem  a uns dois ou três casos, não deixa de ser uma anedota muito grande. 
abs,
Rafael

Em 1 de outubro de 2012 15:38, Rafael Picate <rpicate@gmail.com> escreveu:
Oráculo, 
já comentei aqui antes, colocar esse milhões de estudantes que estudam em escolas particulares remediadas, mas que as famílias optam  por essa escolha, porque a alternativa pública é fraca e há muitas faltas dos professores, tratar esse segmento como anedótico é complicado. Até porque são 11,8% de estudantes , e tentar reduzir a uns dois ou três casos, não deixa de ser uma anedota muito grande. 

abs,
Rafael

Em 1 de outubro de 2012 15:18, <oraculo@atibaia.com.br> escreveu:

 

“Takata: #classemediasofre”
 
Kkkkkk.Smiley piscando Pensei nisso enquanto lia o texto e os argumentos apresentados.:- )
 
Puxa vida, é complicado, eu entendo, a questão das cotas, e nas muitas discussões que já tivemos, aqui na lista ou com amigos, eu sempre disse que em um primeiro momento eu mesmo sinto um certo desconforto com esse tipo de solução. E que preferia, claro, que não fossem necessárias ou que houvessem alternativas a curto prazo melhores.
 
Mas é complicado pesar o problema que uma família enfrenta, mesmo uma que conseguiu pagar uma escola de formação particular para a filha a duras penas, em relação a ter de se esforçar mais para entrar na faculdade, uma vez que a falha óbvia é a falta de vagas em cursos superiores, em relação a famílias que jamais teriam qualquer chance, com ou sem esforço, de ter seus filhos em um curso superior. Não dá, fica meio cabotino, ridículo mesmo.
 
É puro #classemediasofre, penso eu.
 
Não sou rico, paguei a educação de minha filha com esforço, mas entendo perfeitamente que nem de longe esse esforço se aproxima das dificuldades de familias realmente necessitadas, ou de famlias negras, ou de filhos dessas famílias, gente que precisa trabalhar além de estudar, e em escolas péssimas do governo.
 
Se minha filha precisa fazer um esforço extra, estudar com mais afinco, deixar de lado algumas coisas boas de sua vida de jovem, para se formar em um curso superior, então ela deve fazer. As vantagens que teve até o momento, pequenas em relação a quem é rico de verdade, mas gigantes em relação a boa parte da população do país, mais que compensam esse esforço extra. Se necessário, o mesmo “esforço extra” que permite frequentar uma escola de formação de qualidade, será usado para pagar uma formação em nível superior particular. E o financiamento estudantil também é uma opção.
 
Eu gostaria que houvessem vagas para todos, sem exceção. Que fosse preciso apenas demonstrar conhecimento padrão, básico, fundamental, para cursar um curso superior. Mas não é assim, e no momento, mais algum esforço para a classe média ou alta, em termos de estudo e comprometimento com o curso, não fará muito mal a ninguém.
 
E sabemos que relatos anedóticos, um punhado de pessoas em um universo de dezenas de milhares, não é significativo. Duas ou três filhas de famílias “preocupadas” com as cotas, é apenas anedótico. Em ambos os sentidos.:- )
 
Um abraço.
 
Homero
 
 
 
From: roberto
Sent: Monday, October 01, 2012 2:19 PM
Subject: [ciencialist] Re: O drama de estudantes – e famílias – afetados pelas cotas - VEJA
 
 

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O drama de estudantes – e famílias – afetados pelas cotas - VEJA
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/10/2012 16:17

Pois eu acho que o governo precisa, urgentemente, abrir uma faixa
de cotas universitárias para os irmãos do meio, coitadinho deles.
Pelo menos seria tão "justificável" quanto essa porcaria de proposta
atual.
 
*PB*
 
 
 
From: luiz silva
Sent: Monday, October 01, 2012 3:34 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: O drama de estudantes – e famílias – afetados pelas cotas - VEJA
 


É a síndrome do irmão do meio!!!!
 
Não tem as regalias do menor, nem o poder do maior!!!
 
De: roberto <roberto.takata@bol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Segunda-feira, 1 de Outubro de 2012 14:19
Assunto: [ciencialist] Re: O drama de estudantes – e famílias – afetados pelas cotas - VEJA
 



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O drama de estudantes – e famílias – afetados pelas cotas - VEJA
FROM: <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/10/2012 16:24

Olá Rafael
 
Falha minha em explicar melhor, a anedota não é o caso de famílias que se preocupam com a educação dos filhos, ou que se desdobram para dar o melhor para eles, a anedota é o número de famílias que, conseguindo melhor educação, se preocupa mais com o roubo das cotas do que com o esforço pessoal dos filhos. Com ou sem cotas, vale o esforço para entrar, e se tem condições, será melhor, está em melhor estado do que os que não tem.
 
Por exemplo, seria como reclamar que existem “apenas” 50 vagas para a medicina na USP. Sejam 50 ou 25, a concorrência será gigante, e valerá seu esforço pessoal frente ao esforço dos outros. O fato de que parte das cotas é destinado a quem tem menos possibilidade, e que de outra forma jamais entraria em uma universidade, não é razoável. Veja, os que vão disputar as cotas terão tanta competição quando os outros, e será tão difícil conseguir uma das 25 vagas, quanto para os fora da cota.
 
O filho do porteiro “perdeu” metade das vagas, por estar em colégio particular de qualidade, mas “ganhou” uma educação de qualidade, tão melhor que as alternativas públicas, que mesmo sem entrar em uma universidade por cotas, ainda será uma vantagem significativa. Ele ainda está bem melhor que os outros filhos de porteiros que não tem a bolsa e não estudam em colégios de qualidade pagos. E cotas por raça (detesto essa palavra, e entendo como ela provoca reações contrárias as cotas, até por boas e sérias pessoas) não correm o risco de serem perdidas dessa forma.
 
Eu repito, também sinto desconforto com cotas, mas isso não muda o fato de que para muitos é uma solução ou ajuda real, e entendo que essa mistura, esse “levantamento/reposicionamento” de uma parcela dos cidadãos, por força de educação superior, pode ser benéfica para toda sociedade. Melhores professores, inclusive, para as escolas públicas, formados a partir de cidadãos que só se formarão devido as cotas.
 
Eu sou totalmente a favor da meritocracia, mas entendo que isso só é um sistema justo, de mérito, se todo mundo começar a “corrida” em situação de mínima igualdade. Ter “sucesso” na vida, com todos os recursos a mão, e ter “fracasso” na vida, sem nenhum recurso ou ajuda, não é uma forma justa de meritocracia.
 
Um abraço.
 
Homero
 
 
Sent: Monday, October 01, 2012 3:56 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: O drama de estudantes – e famílias – afetados pelas cotas - VEJA
 
 

Oráculo, 

nem vou comentar a classificação exótica de classe média que o Mr. Nery vem adotando.
Uma das maiores preocupações dos brasileiros hoje, é dar uma boa educação aos filhos,
já comentei aqui antes, colocar esse milhões de estudantes que estudam em escolas particulares remediadas, mas que as famílias optam  por essa escolha, porque a alternativa pública é fraca e há muitas faltas dos professores, tratar esse segmento como anedótico é complicado.  Uma das maiores preocupações dos brasileiros hoje, é dar uma boa educação aos filhos. Comentei aqui o caso do porteiro do prédio, que conseguiu uma bolsa em que só paga 30%. O colégio é o Pinheiro Guimarães, fraco, mas ele fica todo feliz porque tem aula todo dia.  Já avisei a ele  que metade das vagas universitárias pulverizaram. Os  11,8% de estudantes em escolar particulares , se  reduzirem  a uns dois ou três casos, não deixa de ser uma anedota muito grande.
abs,
Rafael
 
Em 1 de outubro de 2012 15:38, Rafael Picate <rpicate@gmail.com> escreveu:
Oráculo, 
já comentei aqui antes, colocar esse milhões de estudantes que estudam em escolas particulares remediadas, mas que as famílias optam  por essa escolha, porque a alternativa pública é fraca e há muitas faltas dos professores, tratar esse segmento como anedótico é complicado. Até porque são 11,8% de estudantes , e tentar reduzir a uns dois ou três casos, não deixa de ser uma anedota muito grande.
 
abs,
Rafael

Em 1 de outubro de 2012 15:18, <oraculo@atibaia.com.br> escreveu:

 
“Takata: #classemediasofre”
 
Kkkkkk.Smiley piscando Pensei nisso enquanto lia o texto e os argumentos apresentados.:- )
 
Puxa vida, é complicado, eu entendo, a questão das cotas, e nas muitas discussões que já tivemos, aqui na lista ou com amigos, eu sempre disse que em um primeiro momento eu mesmo sinto um certo desconforto com esse tipo de solução. E que preferia, claro, que não fossem necessárias ou que houvessem alternativas a curto prazo melhores.
 
Mas é complicado pesar o problema que uma família enfrenta, mesmo uma que conseguiu pagar uma escola de formação particular para a filha a duras penas, em relação a ter de se esforçar mais para entrar na faculdade, uma vez que a falha óbvia é a falta de vagas em cursos superiores, em relação a famílias que jamais teriam qualquer chance, com ou sem esforço, de ter seus filhos em um curso superior. Não dá, fica meio cabotino, ridículo mesmo.
 
É puro #classemediasofre, penso eu.
 
Não sou rico, paguei a educação de minha filha com esforço, mas entendo perfeitamente que nem de longe esse esforço se aproxima das dificuldades de familias realmente necessitadas, ou de famlias negras, ou de filhos dessas famílias, gente que precisa trabalhar além de estudar, e em escolas péssimas do governo.
 
Se minha filha precisa fazer um esforço extra, estudar com mais afinco, deixar de lado algumas coisas boas de sua vida de jovem, para se formar em um curso superior, então ela deve fazer. As vantagens que teve até o momento, pequenas em relação a quem é rico de verdade, mas gigantes em relação a boa parte da população do país, mais que compensam esse esforço extra. Se necessário, o mesmo “esforço extra” que permite frequentar uma escola de formação de qualidade, será usado para pagar uma formação em nível superior particular. E o financiamento estudantil também é uma opção.
 
Eu gostaria que houvessem vagas para todos, sem exceção. Que fosse preciso apenas demonstrar conhecimento padrão, básico, fundamental, para cursar um curso superior. Mas não é assim, e no momento, mais algum esforço para a classe média ou alta, em termos de estudo e comprometimento com o curso, não fará muito mal a ninguém.
 
E sabemos que relatos anedóticos, um punhado de pessoas em um universo de dezenas de milhares, não é significativo. Duas ou três filhas de famílias “preocupadas” com as cotas, é apenas anedótico. Em ambos os sentidos.:- )
 
Um abraço.
 
Homero
 
 
 
From: roberto
Sent: Monday, October 01, 2012 2:19 PM
Subject: [ciencialist] Re: O drama de estudantes – e famílias – afetados pelas cotas - VEJA
 
 

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O drama de estudantes � e fam�lias � afetados pelas cotas - VEJA
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/10/2012 16:34

Homerão, eu mesmo não vejo com maus olhos algumas atitudes
de correção, como as que as cotas pretendem. Meu único e maior
problema é estabelecer o critério de cor de pele como válido
para essa diferenciação. Isso não vejo como justificar. Se o
sujeito é pobre, se veio de escola pública estropiada e funicada,
se não tem dinheiro para material escolar ou transporte, aí
eu acho mesmo que temos que ajudar. Mas se o sujeito é
pretinho (ou amarelo, azul, lilás, cor do cavalo branco
do napoleão) aí eu não consigo engolir.
 
*PB*
 
 
 
Sent: Monday, October 01, 2012 4:24 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: O drama de estudantes – e famílias – afetados pelas cotas - VEJA
 


Olá Rafael
 
Falha minha em explicar melhor, a anedota não é o caso de famílias que se preocupam com a educação dos filhos, ou que se desdobram para dar o melhor para eles, a anedota é o número de famílias que, conseguindo melhor educação, se preocupa mais com o roubo das cotas do que com o esforço pessoal dos filhos. Com ou sem cotas, vale o esforço para entrar, e se tem condições, será melhor, está em melhor estado do que os que não tem.
 
Por exemplo, seria como reclamar que existem “apenas” 50 vagas para a medicina na USP. Sejam 50 ou 25, a concorrência será gigante, e valerá seu esforço pessoal frente ao esforço dos outros. O fato de que parte das cotas é destinado a quem tem menos possibilidade, e que de outra forma jamais entraria em uma universidade, não é razoável. Veja, os que vão disputar as cotas terão tanta competição quando os outros, e será tão difícil conseguir uma das 25 vagas, quanto para os fora da cota.
 
O filho do porteiro “perdeu” metade das vagas, por estar em colégio particular de qualidade, mas “ganhou” uma educação de qualidade, tão melhor que as alternativas públicas, que mesmo sem entrar em uma universidade por cotas, ainda será uma vantagem significativa. Ele ainda está bem melhor que os outros filhos de porteiros que não tem a bolsa e não estudam em colégios de qualidade pagos. E cotas por raça (detesto essa palavra, e entendo como ela provoca reações contrárias as cotas, até por boas e sérias pessoas) não correm o risco de serem perdidas dessa forma.
 
Eu repito, também sinto desconforto com cotas, mas isso não muda o fato de que para muitos é uma solução ou ajuda real, e entendo que essa mistura, esse “levantamento/reposicionamento” de uma parcela dos cidadãos, por força de educação superior, pode ser benéfica para toda sociedade. Melhores professores, inclusive, para as escolas públicas, formados a partir de cidadãos que só se formarão devido as cotas.
 
Eu sou totalmente a favor da meritocracia, mas entendo que isso só é um sistema justo, de mérito, se todo mundo começar a “corrida” em situação de mínima igualdade. Ter “sucesso” na vida, com todos os recursos a mão, e ter “fracasso” na vida, sem nenhum recurso ou ajuda, não é uma forma justa de meritocracia.
 
Um abraço.
 
Homero
 
 
Sent: Monday, October 01, 2012 3:56 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: O drama de estudantes – e famílias – afetados pelas cotas - VEJA
 
 

Oráculo, 

nem vou comentar a classificação exótica de classe média que o Mr. Nery vem adotando.
Uma das maiores preocupações dos brasileiros hoje, é dar uma boa educação aos filhos,
já comentei aqui antes, colocar esse milhões de estudantes que estudam em escolas particulares remediadas, mas que as famílias optam  por essa escolha, porque a alternativa pública é fraca e há muitas faltas dos professores, tratar esse segmento como anedótico é complicado.  Uma das maiores preocupações dos brasileiros hoje, é dar uma boa educação aos filhos. Comentei aqui o caso do porteiro do prédio, que conseguiu uma bolsa em que só paga 30%. O colégio é o Pinheiro Guimarães, fraco, mas ele fica todo feliz porque tem aula todo dia.  Já avisei a ele  que metade das vagas universitárias pulverizaram. Os  11,8% de estudantes em escolar particulares , se  reduzirem  a uns dois ou três casos, não deixa de ser uma anedota muito grande.
abs,
Rafael
 
Em 1 de outubro de 2012 15:38, Rafael Picate <rpicate@gmail.com> escreveu:
Oráculo, 
já comentei aqui antes, colocar esse milhões de estudantes que estudam em escolas particulares remediadas, mas que as famílias optam  por essa escolha, porque a alternativa pública é fraca e há muitas faltas dos professores, tratar esse segmento como anedótico é complicado. Até porque são 11,8% de estudantes , e tentar reduzir a uns dois ou três casos, não deixa de ser uma anedota muito grande.
 
abs,
Rafael

Em 1 de outubro de 2012 15:18, <oraculo@atibaia.com.br> escreveu:

 
“Takata: #classemediasofre”
 
Kkkkkk.Smiley piscando Pensei nisso enquanto lia o texto e os argumentos apresentados.:- )
 
Puxa vida, é complicado, eu entendo, a questão das cotas, e nas muitas discussões que já tivemos, aqui na lista ou com amigos, eu sempre disse que em um primeiro momento eu mesmo sinto um certo desconforto com esse tipo de solução. E que preferia, claro, que não fossem necessárias ou que houvessem alternativas a curto prazo melhores.
 
Mas é complicado pesar o problema que uma família enfrenta, mesmo uma que conseguiu pagar uma escola de formação particular para a filha a duras penas, em relação a ter de se esforçar mais para entrar na faculdade, uma vez que a falha óbvia é a falta de vagas em cursos superiores, em relação a famílias que jamais teriam qualquer chance, com ou sem esforço, de ter seus filhos em um curso superior. Não dá, fica meio cabotino, ridículo mesmo.
 
É puro #classemediasofre, penso eu.
 
Não sou rico, paguei a educação de minha filha com esforço, mas entendo perfeitamente que nem de longe esse esforço se aproxima das dificuldades de familias realmente necessitadas, ou de famlias negras, ou de filhos dessas famílias, gente que precisa trabalhar além de estudar, e em escolas péssimas do governo.
 
Se minha filha precisa fazer um esforço extra, estudar com mais afinco, deixar de lado algumas coisas boas de sua vida de jovem, para se formar em um curso superior, então ela deve fazer. As vantagens que teve até o momento, pequenas em relação a quem é rico de verdade, mas gigantes em relação a boa parte da população do país, mais que compensam esse esforço extra. Se necessário, o mesmo “esforço extra” que permite frequentar uma escola de formação de qualidade, será usado para pagar uma formação em nível superior particular. E o financiamento estudantil também é uma opção.
 
Eu gostaria que houvessem vagas para todos, sem exceção. Que fosse preciso apenas demonstrar conhecimento padrão, básico, fundamental, para cursar um curso superior. Mas não é assim, e no momento, mais algum esforço para a classe média ou alta, em termos de estudo e comprometimento com o curso, não fará muito mal a ninguém.
 
E sabemos que relatos anedóticos, um punhado de pessoas em um universo de dezenas de milhares, não é significativo. Duas ou três filhas de famílias “preocupadas” com as cotas, é apenas anedótico. Em ambos os sentidos.:- )
 
Um abraço.
 
Homero
 
 
 
From: roberto
Sent: Monday, October 01, 2012 2:19 PM
Subject: [ciencialist] Re: O drama de estudantes – e famílias – afetados pelas cotas - VEJA
 
 

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O drama de estudantes – e famílias – afetados pelas cotas - VEJA
FROM: Rafael Picate <rpicate@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/10/2012 16:52

Olá Oráculo,
talvez eu não tenha me explicado bem , o filho do porteiro não entrou em um colégio de qualidade, entrou num colégio fraco, muito difícil de competir com os privados de excelência,  mas que tem aulas, os professores não faltam, e não é aquela precariedade comum que ele estava acostumado no colégio público.  Para ele, é um grande achado, e vale a pena o esforço. 
Pensar que todos os colégios privados são de grande qualidade  é  um equívoco . 

abs,Rafael

Em 1 de outubro de 2012 16:24, <oraculo@atibaia.com.br> escreveu:
 

Olá Rafael
 
Falha minha em explicar melhor, a anedota não é o caso de famílias que se preocupam com a educação dos filhos, ou que se desdobram para dar o melhor para eles, a anedota é o número de famílias que, conseguindo melhor educação, se preocupa mais com o roubo das cotas do que com o esforço pessoal dos filhos. Com ou sem cotas, vale o esforço para entrar, e se tem condições, será melhor, está em melhor estado do que os que não tem.
 
Por exemplo, seria como reclamar que existem “apenas” 50 vagas para a medicina na USP. Sejam 50 ou 25, a concorrência será gigante, e valerá seu esforço pessoal frente ao esforço dos outros. O fato de que parte das cotas é destinado a quem tem menos possibilidade, e que de outra forma jamais entraria em uma universidade, não é razoável. Veja, os que vão disputar as cotas terão tanta competição quando os outros, e será tão difícil conseguir uma das 25 vagas, quanto para os fora da cota.
 
O filho do porteiro “perdeu” metade das vagas, por estar em colégio particular de qualidade, mas “ganhou” uma educação de qualidade, tão melhor que as alternativas públicas, que mesmo sem entrar em uma universidade por cotas, ainda será uma vantagem significativa. Ele ainda está bem melhor que os outros filhos de porteiros que não tem a bolsa e não estudam em colégios de qualidade pagos. E cotas por raça (detesto essa palavra, e entendo como ela provoca reações contrárias as cotas, até por boas e sérias pessoas) não correm o risco de serem perdidas dessa forma.
 
Eu repito, também sinto desconforto com cotas, mas isso não muda o fato de que para muitos é uma solução ou ajuda real, e entendo que essa mistura, esse “levantamento/reposicionamento” de uma parcela dos cidadãos, por força de educação superior, pode ser benéfica para toda sociedade. Melhores professores, inclusive, para as escolas públicas, formados a partir de cidadãos que só se formarão devido as cotas.
 
Eu sou totalmente a favor da meritocracia, mas entendo que isso só é um sistema justo, de mérito, se todo mundo começar a “corrida” em situação de mínima igualdade. Ter “sucesso” na vida, com todos os recursos a mão, e ter “fracasso” na vida, sem nenhum recurso ou ajuda, não é uma forma justa de meritocracia.
 
Um abraço.
 
Homero
 
 
Sent: Monday, October 01, 2012 3:56 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: O drama de estudantes – e famílias – afetados pelas cotas - VEJA
 
 

Oráculo, 

nem vou comentar a classificação exótica de classe média que o Mr. Nery vem adotando.
Uma das maiores preocupações dos brasileiros hoje, é dar uma boa educação aos filhos,
já comentei aqui antes, colocar esse milhões de estudantes que estudam em escolas particulares remediadas, mas que as famílias optam  por essa escolha, porque a alternativa pública é fraca e há muitas faltas dos professores, tratar esse segmento como anedótico é complicado.  Uma das maiores preocupações dos brasileiros hoje, é dar uma boa educação aos filhos. Comentei aqui o caso do porteiro do prédio, que conseguiu uma bolsa em que só paga 30%. O colégio é o Pinheiro Guimarães, fraco, mas ele fica todo feliz porque tem aula todo dia.  Já avisei a ele  que metade das vagas universitárias pulverizaram. Os  11,8% de estudantes em escolar particulares , se  reduzirem  a uns dois ou três casos, não deixa de ser uma anedota muito grande.
abs,
Rafael
 
Em 1 de outubro de 2012 15:38, Rafael Picate <rpicate@gmail.com> escreveu:
Oráculo, 
já comentei aqui antes, colocar esse milhões de estudantes que estudam em escolas particulares remediadas, mas que as famílias optam  por essa escolha, porque a alternativa pública é fraca e há muitas faltas dos professores, tratar esse segmento como anedótico é complicado. Até porque são 11,8% de estudantes , e tentar reduzir a uns dois ou três casos, não deixa de ser uma anedota muito grande.
 
abs,
Rafael

Em 1 de outubro de 2012 15:18, <oraculo@atibaia.com.br> escreveu:

 
“Takata: #classemediasofre”
 
Kkkkkk.Smiley piscando Pensei nisso enquanto lia o texto e os argumentos apresentados.:- )
 
Puxa vida, é complicado, eu entendo, a questão das cotas, e nas muitas discussões que já tivemos, aqui na lista ou com amigos, eu sempre disse que em um primeiro momento eu mesmo sinto um certo desconforto com esse tipo de solução. E que preferia, claro, que não fossem necessárias ou que houvessem alternativas a curto prazo melhores.
 
Mas é complicado pesar o problema que uma família enfrenta, mesmo uma que conseguiu pagar uma escola de formação particular para a filha a duras penas, em relação a ter de se esforçar mais para entrar na faculdade, uma vez que a falha óbvia é a falta de vagas em cursos superiores, em relação a famílias que jamais teriam qualquer chance, com ou sem esforço, de ter seus filhos em um curso superior. Não dá, fica meio cabotino, ridículo mesmo.
 
É puro #classemediasofre, penso eu.
 
Não sou rico, paguei a educação de minha filha com esforço, mas entendo perfeitamente que nem de longe esse esforço se aproxima das dificuldades de familias realmente necessitadas, ou de famlias negras, ou de filhos dessas famílias, gente que precisa trabalhar além de estudar, e em escolas péssimas do governo.
 
Se minha filha precisa fazer um esforço extra, estudar com mais afinco, deixar de lado algumas coisas boas de sua vida de jovem, para se formar em um curso superior, então ela deve fazer. As vantagens que teve até o momento, pequenas em relação a quem é rico de verdade, mas gigantes em relação a boa parte da população do país, mais que compensam esse esforço extra. Se necessário, o mesmo “esforço extra” que permite frequentar uma escola de formação de qualidade, será usado para pagar uma formação em nível superior particular. E o financiamento estudantil também é uma opção.
 
Eu gostaria que houvessem vagas para todos, sem exceção. Que fosse preciso apenas demonstrar conhecimento padrão, básico, fundamental, para cursar um curso superior. Mas não é assim, e no momento, mais algum esforço para a classe média ou alta, em termos de estudo e comprometimento com o curso, não fará muito mal a ninguém.
 
E sabemos que relatos anedóticos, um punhado de pessoas em um universo de dezenas de milhares, não é significativo. Duas ou três filhas de famílias “preocupadas” com as cotas, é apenas anedótico. Em ambos os sentidos.:- )
 
Um abraço.
 
Homero
 
 
 
From: roberto
Sent: Monday, October 01, 2012 2:19 PM
Subject: [ciencialist] Re: O drama de estudantes – e famílias – afetados pelas cotas - VEJA
 
 

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O drama de estudantes – e famílias – afetados pelas cotas - VEJA
FROM: <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/10/2012 17:24

Pesky: “Meu único e maior
problema é estabelecer o critério de cor de pele como válido
para essa diferenciação. Isso não vejo como justificar.
 
Eu também tenho calafrios com o termo, raça, e o uso da cor da pele, origem étnica, etc, como diferenciador. Fico aflito com documentos em que consta a “cor” da pessoa, e com a necessidade de “classificar” as pessoas no momento de conceder uma cota.
 
Mas, e é apenas nisso que discordamos, penso ver algumas justificativas para isso, como paliativo e a curto prazo. Uma vez que o dano já existe, que existe racismo e preconceito, e diferenças baseadas nisso, usar a diferença para “melhor” pode ser válido em alguma medida.
 
Em algum momento futuro, será tão desnecessário, que as pessoas terão dificuldade em entender o conceito de “cotas”. Quando a cor da pela não implicar quase automaticamente em uma classificação de baixo poder econômico, por exemplo. E o quase é apenas derivado de exceções raras, pois mesmo não racistas farão, sem perceber, essa relação cor/situação sócio-econômica. Não por racismo disfarçado, mas por adequação a realidade: estatísticamente, é assim que as coisas são. Para uma Ferrari na porta do restaurante, desce um homem “branco”, ficamos olhando a Ferrari. Desce um homem “negro”, ficamos olhando o homem. Olhamos o inesperado.
 
As exceções, claro, apenas justificam a regra. O ministro Barbosa é o único negro entre seus colegas. Em um país em que metade é de origem africana, isso significa algo.
 
Além disso, mais sutil, mais terrível, mais “escondido”, a relação cor/educação-informação também existe e é quase automática. E também derivada da realidade, entre negros o nível educacional é menor, estatísticamente menor.
 
Quando este desnível diminuir ou acabar, cotas não farão sentido, e não será “automática” a relação acima, apenas para racistas, claro.
 
Um exemplo hipotético: se eu fosse dono de uma empresa, e notasse que as empresas ao meu redor tem política racista, e não contratam negros, nenhum ou apenas poucos em cargos inferiores, eu poderia fazer exatamente o contrário, e tentar empregar mais pessoas de cor, como compensação. Se isso resultasse em mais pessoas negras trabalhando, ajudaria também a diminuir o preconceito, a relação “cor/desempregado-vagabundo”, e desmontar alegações racistas.
 
Sim, preferir este ou aquele empregado pela cor é “ruim”, mas uma vez que já é assim, eu, como dono da empresa, estaria usando a questão de forma positiva, ainda que “escolhendo pela cor”.
 
Claro que eventualmente ocorrerão injustiças, como o caso quase anedótico (no sentido de piada mesmo) dos irmãos gemeos que foram e não foram aprovados nas cotas.:- ) Mas não conheço nenhuma ação ou diretriz humana que não corra esse risco, cometer injustiças. Então, apenas isso não é argumento válido contra as cotas. Injustiças podem ser corrigidas, se forem pontuais como o caso dos gemeos, mas não quando são extremas, tão disseminadas que se tornam o padrão aceito, sem que se perceba mais a injustiça que contém.
 
Um abraço.
 
Homero
 
 
 
 
 
From: Pesky Bee
Sent: Monday, October 01, 2012 4:34 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: O drama de estudantes – e famílias – afetados pelas cotas - VEJA
 
 

Homerão, eu mesmo não vejo com maus olhos algumas atitudes
de correção, como as que as cotas pretendem. Meu único e maior
problema é estabelecer o critério de cor de pele como válido
para essa diferenciação. Isso não vejo como justificar. Se o
sujeito é pobre, se veio de escola pública estropiada e funicada,
se não tem dinheiro para material escolar ou transporte, aí
eu acho mesmo que temos que ajudar. Mas se o sujeito é
pretinho (ou amarelo, azul, lilás, cor do cavalo branco
do napoleão) aí eu não consigo engolir.
 
*PB*
 
 
 
Sent: Monday, October 01, 2012 4:24 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: O drama de estudantes – e famílias – afetados pelas cotas - VEJA
 


Olá Rafael
 
Falha minha em explicar melhor, a anedota não é o caso de famílias que se preocupam com a educação dos filhos, ou que se desdobram para dar o melhor para eles, a anedota é o número de famílias que, conseguindo melhor educação, se preocupa mais com o roubo das cotas do que com o esforço pessoal dos filhos. Com ou sem cotas, vale o esforço para entrar, e se tem condições, será melhor, está em melhor estado do que os que não tem.
 
Por exemplo, seria como reclamar que existem “apenas” 50 vagas para a medicina na USP. Sejam 50 ou 25, a concorrência será gigante, e valerá seu esforço pessoal frente ao esforço dos outros. O fato de que parte das cotas é destinado a quem tem menos possibilidade, e que de outra forma jamais entraria em uma universidade, não é razoável. Veja, os que vão disputar as cotas terão tanta competição quando os outros, e será tão difícil conseguir uma das 25 vagas, quanto para os fora da cota.
 
O filho do porteiro “perdeu” metade das vagas, por estar em colégio particular de qualidade, mas “ganhou” uma educação de qualidade, tão melhor que as alternativas públicas, que mesmo sem entrar em uma universidade por cotas, ainda será uma vantagem significativa. Ele ainda está bem melhor que os outros filhos de porteiros que não tem a bolsa e não estudam em colégios de qualidade pagos. E cotas por raça (detesto essa palavra, e entendo como ela provoca reações contrárias as cotas, até por boas e sérias pessoas) não correm o risco de serem perdidas dessa forma.
 
Eu repito, também sinto desconforto com cotas, mas isso não muda o fato de que para muitos é uma solução ou ajuda real, e entendo que essa mistura, esse “levantamento/reposicionamento” de uma parcela dos cidadãos, por força de educação superior, pode ser benéfica para toda sociedade. Melhores professores, inclusive, para as escolas públicas, formados a partir de cidadãos que só se formarão devido as cotas.
 
Eu sou totalmente a favor da meritocracia, mas entendo que isso só é um sistema justo, de mérito, se todo mundo começar a “corrida” em situação de mínima igualdade. Ter “sucesso” na vida, com todos os recursos a mão, e ter “fracasso” na vida, sem nenhum recurso ou ajuda, não é uma forma justa de meritocracia.
 
Um abraço.
 
Homero
 
 
Sent: Monday, October 01, 2012 3:56 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: O drama de estudantes – e famílias – afetados pelas cotas - VEJA
 
 

Oráculo, 

nem vou comentar a classificação exótica de classe média que o Mr. Nery vem adotando.
Uma das maiores preocupações dos brasileiros hoje, é dar uma boa educação aos filhos,
já comentei aqui antes, colocar esse milhões de estudantes que estudam em escolas particulares remediadas, mas que as famílias optam  por essa escolha, porque a alternativa pública é fraca e há muitas faltas dos professores, tratar esse segmento como anedótico é complicado.  Uma das maiores preocupações dos brasileiros hoje, é dar uma boa educação aos filhos. Comentei aqui o caso do porteiro do prédio, que conseguiu uma bolsa em que só paga 30%. O colégio é o Pinheiro Guimarães, fraco, mas ele fica todo feliz porque tem aula todo dia.  Já avisei a ele  que metade das vagas universitárias pulverizaram. Os  11,8% de estudantes em escolar particulares , se  reduzirem  a uns dois ou três casos, não deixa de ser uma anedota muito grande.
abs,
Rafael
 
Em 1 de outubro de 2012 15:38, Rafael Picate <rpicate@gmail.com> escreveu:
Oráculo, 
já comentei aqui antes, colocar esse milhões de estudantes que estudam em escolas particulares remediadas, mas que as famílias optam  por essa escolha, porque a alternativa pública é fraca e há muitas faltas dos professores, tratar esse segmento como anedótico é complicado. Até porque são 11,8% de estudantes , e tentar reduzir a uns dois ou três casos, não deixa de ser uma anedota muito grande.
 
abs,
Rafael

Em 1 de outubro de 2012 15:18, <oraculo@atibaia.com.br> escreveu:

 
“Takata: #classemediasofre”
 
Kkkkkk.Smiley piscando Pensei nisso enquanto lia o texto e os argumentos apresentados.:- )
 
Puxa vida, é complicado, eu entendo, a questão das cotas, e nas muitas discussões que já tivemos, aqui na lista ou com amigos, eu sempre disse que em um primeiro momento eu mesmo sinto um certo desconforto com esse tipo de solução. E que preferia, claro, que não fossem necessárias ou que houvessem alternativas a curto prazo melhores.
 
Mas é complicado pesar o problema que uma família enfrenta, mesmo uma que conseguiu pagar uma escola de formação particular para a filha a duras penas, em relação a ter de se esforçar mais para entrar na faculdade, uma vez que a falha óbvia é a falta de vagas em cursos superiores, em relação a famílias que jamais teriam qualquer chance, com ou sem esforço, de ter seus filhos em um curso superior. Não dá, fica meio cabotino, ridículo mesmo.
 
É puro #classemediasofre, penso eu.
 
Não sou rico, paguei a educação de minha filha com esforço, mas entendo perfeitamente que nem de longe esse esforço se aproxima das dificuldades de familias realmente necessitadas, ou de famlias negras, ou de filhos dessas famílias, gente que precisa trabalhar além de estudar, e em escolas péssimas do governo.
 
Se minha filha precisa fazer um esforço extra, estudar com mais afinco, deixar de lado algumas coisas boas de sua vida de jovem, para se formar em um curso superior, então ela deve fazer. As vantagens que teve até o momento, pequenas em relação a quem é rico de verdade, mas gigantes em relação a boa parte da população do país, mais que compensam esse esforço extra. Se necessário, o mesmo “esforço extra” que permite frequentar uma escola de formação de qualidade, será usado para pagar uma formação em nível superior particular. E o financiamento estudantil também é uma opção.
 
Eu gostaria que houvessem vagas para todos, sem exceção. Que fosse preciso apenas demonstrar conhecimento padrão, básico, fundamental, para cursar um curso superior. Mas não é assim, e no momento, mais algum esforço para a classe média ou alta, em termos de estudo e comprometimento com o curso, não fará muito mal a ninguém.
 
E sabemos que relatos anedóticos, um punhado de pessoas em um universo de dezenas de milhares, não é significativo. Duas ou três filhas de famílias “preocupadas” com as cotas, é apenas anedótico. Em ambos os sentidos.:- )
 
Um abraço.
 
Homero
 
 
 
From: roberto
Sent: Monday, October 01, 2012 2:19 PM
Subject: [ciencialist] Re: O drama de estudantes – e famílias – afetados pelas cotas - VEJA
 
 

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Versão: 2012.0.2221 / Banco de dados de vírus: 2441/5302 - Data de Lançamento: 10/01/12

 
 

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O drama de estudantes � e fam�lias � afetados pelas cotas - VEJA
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/10/2012 18:50

Homerão, tenho simpatia por toda a motivação que está por trás
dessas coisaradas. O que critico não é a motivação, mas a metodologia.
Qualquer critério que use cor de pele para discriminar pessoas é
para mim, e por princípio, algo intolerável.
 
Sim, existem diferenças no tratamento atual entre brancos e pretos.
Mas "forçar pela goela" da sociedade o inverso dessa relação
incorre, na minha visão, no mesmo tipo de dano. Isso pode não
ocorrer no curto prazo, mas no médio-longo ocorrerá. A solução das
cotas pode ser temporária, mas nisto já fica claro uma questão
de "quem é que decide quanto tempo", e até outras de ordem
prática (neste país, o governo tem problemas de atuação que
são escabrosos e até mais urgentes; a "correção" das cotas
poderia ficar por um período que ultrapasse um eventual ajuste,
de forma que isso chegue ao dano do lado oposto).
 
> Para uma Ferrari na porta do restaurante, desce um homem “branco”,
> ficamos olhando a Ferrari. Desce um homem “negro”, ficamos olhando
> o homem. Olhamos o inesperado
 
Exato! E não há como corrigir isso, a não ser que se estimule a
geração de mais pretinhos em relação aos branquinhos. Pílulas
anticoncepcionais para a brancaiada e camisinha furada para os
neguinhos (hahahaha). Mas veja que lá na África, essa relação é
exatamente inversa, portanto é uma questão de proporção de pessoas.
 
> O ministro Barbosa é o único negro entre seus colegas. Em um país em
> que metade é de origem africana, isso significa algo
 
O ministro Barbosa é um caso ótimo para se analisar. Hoje olhamos
para ele como alguém que venceu as "barreiras culturais" dos pretos.
Ele é um expoente, um exemplo para os pretos, um estímulo a
ser seguido! Amanhã, com as cotas, veremos alguém como ele como
um dos potenciais beneficiados pelas cotas, e que talvez não tenha
tanto mérito assim. É o negão que teve um imenso descontão para
comprar a tal da Ferrari...
 
É esse o meu receio: quando se "dá" algo para alguém (enquanto
os "outros" tem que ter mérito e esforço para conseguir) surge
em nossa mente aquela mesma ideia do negro saindo da Ferrari,
só que às avessas. O negão hoje que sai de uma Ferrari é um
expoente, é alguém admirável. O negão de amanhã, saindo dessa
Ferrari, será alguém que pode ter tido, via cotas, facilidades fora
do ordinário para seu sucesso. As cotas são uma redução do brilhantismo
dos negros exemplares, algo que acaba transbordando para todos
os outros (já que todos serão objeto de olhares de desconfiança em
seus reais méritos). Os negros exemplares de hoje (o Barbosão,
por exemplo) são ícones vivos de que a negaiada pode subir também.
Basta que tenham uma base educacional apropriada.
 
Então, se eu fosse político (ou seja, se eu estivesse tão doidão a
ponto de beber o conteúdo de uma destilaria inteira de caninha, hahahaha)
eu investiria fortemente na educação de base para não precisar
usar um "filtro" lá no topo, no nível dos universitários. E faria
qualquer tipo de discriminação (para o bem ou para o mal)
ser imediatamente contido. Só assim poderemos almejar uma
sociedade igualitária no futuro.
 
*PB*
 
 
 
 
Sent: Monday, October 01, 2012 5:24 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: O drama de estudantes – e famílias – afetados pelas cotas - VEJA
 


Pesky: “Meu único e maior
problema é estabelecer o critério de cor de pele como válido
para essa diferenciação. Isso não vejo como justificar.
 
Eu também tenho calafrios com o termo, raça, e o uso da cor da pele, origem étnica, etc, como diferenciador. Fico aflito com documentos em que consta a “cor” da pessoa, e com a necessidade de “classificar” as pessoas no momento de conceder uma cota.
 
Mas, e é apenas nisso que discordamos, penso ver algumas justificativas para isso, como paliativo e a curto prazo. Uma vez que o dano já existe, que existe racismo e preconceito, e diferenças baseadas nisso, usar a diferença para “melhor” pode ser válido em alguma medida.
 
Em algum momento futuro, será tão desnecessário, que as pessoas terão dificuldade em entender o conceito de “cotas”. Quando a cor da pela não implicar quase automaticamente em uma classificação de baixo poder econômico, por exemplo. E o quase é apenas derivado de exceções raras, pois mesmo não racistas farão, sem perceber, essa relação cor/situação sócio-econômica. Não por racismo disfarçado, mas por adequação a realidade: estatísticamente, é assim que as coisas são. Para uma Ferrari na porta do restaurante, desce um homem “branco”, ficamos olhando a Ferrari. Desce um homem “negro”, ficamos olhando o homem. Olhamos o inesperado.
 
As exceções, claro, apenas justificam a regra. O ministro Barbosa é o único negro entre seus colegas. Em um país em que metade é de origem africana, isso significa algo.
 
Além disso, mais sutil, mais terrível, mais “escondido”, a relação cor/educação-informação também existe e é quase automática. E também derivada da realidade, entre negros o nível educacional é menor, estatísticamente menor.
 
Quando este desnível diminuir ou acabar, cotas não farão sentido, e não será “automática” a relação acima, apenas para racistas, claro.
 
Um exemplo hipotético: se eu fosse dono de uma empresa, e notasse que as empresas ao meu redor tem política racista, e não contratam negros, nenhum ou apenas poucos em cargos inferiores, eu poderia fazer exatamente o contrário, e tentar empregar mais pessoas de cor, como compensação. Se isso resultasse em mais pessoas negras trabalhando, ajudaria também a diminuir o preconceito, a relação “cor/desempregado-vagabundo”, e desmontar alegações racistas.
 
Sim, preferir este ou aquele empregado pela cor é “ruim”, mas uma vez que já é assim, eu, como dono da empresa, estaria usando a questão de forma positiva, ainda que “escolhendo pela cor”.
 
Claro que eventualmente ocorrerão injustiças, como o caso quase anedótico (no sentido de piada mesmo) dos irmãos gemeos que foram e não foram aprovados nas cotas.:- ) Mas não conheço nenhuma ação ou diretriz humana que não corra esse risco, cometer injustiças. Então, apenas isso não é argumento válido contra as cotas. Injustiças podem ser corrigidas, se forem pontuais como o caso dos gemeos, mas não quando são extremas, tão disseminadas que se tornam o padrão aceito, sem que se perceba mais a injustiça que contém.
 
Um abraço.
 
Homero
 
 
 
 
 
From: Pesky Bee
Sent: Monday, October 01, 2012 4:34 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: O drama de estudantes – e famílias – afetados pelas cotas - VEJA
 
 

Homerão, eu mesmo não vejo com maus olhos algumas atitudes
de correção, como as que as cotas pretendem. Meu único e maior
problema é estabelecer o critério de cor de pele como válido
para essa diferenciação. Isso não vejo como justificar. Se o
sujeito é pobre, se veio de escola pública estropiada e funicada,
se não tem dinheiro para material escolar ou transporte, aí
eu acho mesmo que temos que ajudar. Mas se o sujeito é
pretinho (ou amarelo, azul, lilás, cor do cavalo branco
do napoleão) aí eu não consigo engolir.
 
*PB*
 
 
 
Sent: Monday, October 01, 2012 4:24 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: O drama de estudantes – e famílias – afetados pelas cotas - VEJA
 


Olá Rafael
 
Falha minha em explicar melhor, a anedota não é o caso de famílias que se preocupam com a educação dos filhos, ou que se desdobram para dar o melhor para eles, a anedota é o número de famílias que, conseguindo melhor educação, se preocupa mais com o roubo das cotas do que com o esforço pessoal dos filhos. Com ou sem cotas, vale o esforço para entrar, e se tem condições, será melhor, está em melhor estado do que os que não tem.
 
Por exemplo, seria como reclamar que existem “apenas” 50 vagas para a medicina na USP. Sejam 50 ou 25, a concorrência será gigante, e valerá seu esforço pessoal frente ao esforço dos outros. O fato de que parte das cotas é destinado a quem tem menos possibilidade, e que de outra forma jamais entraria em uma universidade, não é razoável. Veja, os que vão disputar as cotas terão tanta competição quando os outros, e será tão difícil conseguir uma das 25 vagas, quanto para os fora da cota.
 
O filho do porteiro “perdeu” metade das vagas, por estar em colégio particular de qualidade, mas “ganhou” uma educação de qualidade, tão melhor que as alternativas públicas, que mesmo sem entrar em uma universidade por cotas, ainda será uma vantagem significativa. Ele ainda está bem melhor que os outros filhos de porteiros que não tem a bolsa e não estudam em colégios de qualidade pagos. E cotas por raça (detesto essa palavra, e entendo como ela provoca reações contrárias as cotas, até por boas e sérias pessoas) não correm o risco de serem perdidas dessa forma.
 
Eu repito, também sinto desconforto com cotas, mas isso não muda o fato de que para muitos é uma solução ou ajuda real, e entendo que essa mistura, esse “levantamento/reposicionamento” de uma parcela dos cidadãos, por força de educação superior, pode ser benéfica para toda sociedade. Melhores professores, inclusive, para as escolas públicas, formados a partir de cidadãos que só se formarão devido as cotas.
 
Eu sou totalmente a favor da meritocracia, mas entendo que isso só é um sistema justo, de mérito, se todo mundo começar a “corrida” em situação de mínima igualdade. Ter “sucesso” na vida, com todos os recursos a mão, e ter “fracasso” na vida, sem nenhum recurso ou ajuda, não é uma forma justa de meritocracia.
 
Um abraço.
 
Homero
 
 
Sent: Monday, October 01, 2012 3:56 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: O drama de estudantes – e famílias – afetados pelas cotas - VEJA
 
 

Oráculo, 

nem vou comentar a classificação exótica de classe média que o Mr. Nery vem adotando.
Uma das maiores preocupações dos brasileiros hoje, é dar uma boa educação aos filhos,
já comentei aqui antes, colocar esse milhões de estudantes que estudam em escolas particulares remediadas, mas que as famílias optam  por essa escolha, porque a alternativa pública é fraca e há muitas faltas dos professores, tratar esse segmento como anedótico é complicado.  Uma das maiores preocupações dos brasileiros hoje, é dar uma boa educação aos filhos. Comentei aqui o caso do porteiro do prédio, que conseguiu uma bolsa em que só paga 30%. O colégio é o Pinheiro Guimarães, fraco, mas ele fica todo feliz porque tem aula todo dia.  Já avisei a ele  que metade das vagas universitárias pulverizaram. Os  11,8% de estudantes em escolar particulares , se  reduzirem  a uns dois ou três casos, não deixa de ser uma anedota muito grande.
abs,
Rafael
 
Em 1 de outubro de 2012 15:38, Rafael Picate <rpicate@gmail.com> escreveu:
Oráculo, 
já comentei aqui antes, colocar esse milhões de estudantes que estudam em escolas particulares remediadas, mas que as famílias optam  por essa escolha, porque a alternativa pública é fraca e há muitas faltas dos professores, tratar esse segmento como anedótico é complicado. Até porque são 11,8% de estudantes , e tentar reduzir a uns dois ou três casos, não deixa de ser uma anedota muito grande.
 
abs,
Rafael

Em 1 de outubro de 2012 15:18, <oraculo@atibaia.com.br> escreveu:

 
“Takata: #classemediasofre”
 
Kkkkkk.Smiley piscando Pensei nisso enquanto lia o texto e os argumentos apresentados.:- )
 
Puxa vida, é complicado, eu entendo, a questão das cotas, e nas muitas discussões que já tivemos, aqui na lista ou com amigos, eu sempre disse que em um primeiro momento eu mesmo sinto um certo desconforto com esse tipo de solução. E que preferia, claro, que não fossem necessárias ou que houvessem alternativas a curto prazo melhores.
 
Mas é complicado pesar o problema que uma família enfrenta, mesmo uma que conseguiu pagar uma escola de formação particular para a filha a duras penas, em relação a ter de se esforçar mais para entrar na faculdade, uma vez que a falha óbvia é a falta de vagas em cursos superiores, em relação a famílias que jamais teriam qualquer chance, com ou sem esforço, de ter seus filhos em um curso superior. Não dá, fica meio cabotino, ridículo mesmo.
 
É puro #classemediasofre, penso eu.
 
Não sou rico, paguei a educação de minha filha com esforço, mas entendo perfeitamente que nem de longe esse esforço se aproxima das dificuldades de familias realmente necessitadas, ou de famlias negras, ou de filhos dessas famílias, gente que precisa trabalhar além de estudar, e em escolas péssimas do governo.
 
Se minha filha precisa fazer um esforço extra, estudar com mais afinco, deixar de lado algumas coisas boas de sua vida de jovem, para se formar em um curso superior, então ela deve fazer. As vantagens que teve até o momento, pequenas em relação a quem é rico de verdade, mas gigantes em relação a boa parte da população do país, mais que compensam esse esforço extra. Se necessário, o mesmo “esforço extra” que permite frequentar uma escola de formação de qualidade, será usado para pagar uma formação em nível superior particular. E o financiamento estudantil também é uma opção.
 
Eu gostaria que houvessem vagas para todos, sem exceção. Que fosse preciso apenas demonstrar conhecimento padrão, básico, fundamental, para cursar um curso superior. Mas não é assim, e no momento, mais algum esforço para a classe média ou alta, em termos de estudo e comprometimento com o curso, não fará muito mal a ninguém.
 
E sabemos que relatos anedóticos, um punhado de pessoas em um universo de dezenas de milhares, não é significativo. Duas ou três filhas de famílias “preocupadas” com as cotas, é apenas anedótico. Em ambos os sentidos.:- )
 
Um abraço.
 
Homero
 
 
 
From: roberto
Sent: Monday, October 01, 2012 2:19 PM
Subject: [ciencialist] Re: O drama de estudantes – e famílias – afetados pelas cotas - VEJA
 
 

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SUBJECT: Re: O drama de estudantes – e famílias – afetados pelas cotas - VEJA
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/10/2012 19:29

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Alvaro Augusto (L)"
> Qual a renda mínima mensal para que uma família brasileira seja
> considerada classe média?

Depende. Para o #classemediasofre é critério Brasil B2.
http://www.viverbem.fmb.unesp.br/docs/classificacaobrasil.pdf
-----

Corrigida pelo IPCA, hoje daria uma renda familiar mensal de R$ 2.855,02.

A chamada "Nova Classe Média" tem uma renda consideravelmente inferior. Vai incluir principalmente a classe C do Critério Brasil e parte superior da classe D. Renda entre R$ 1.000 e R$ 4.000.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Misdeeds, Not Mistakes, Behind Most Scientific Retractions
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/10/2012 20:48

http://www.npr.org/blogs/health/2012/10/01/162100029/misdeeds-not-mistakes-behind-most-scientific-retractions
----------------

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
FROM: José Renato Terra <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/10/2012 23:01

Há questões que vão além de polêmicas e legalidades. O artigo que escrevi
expressa os diversos absurdos que as reservas ou cotas por raça promovem,
sob argumentos aparentemente de proteção social aos menos favorecidos
durante algum tempo. Há quanto tempo as cotas raciais estão em uso no
Brasil? Qual foi a melhora que ocorreu nas universidades, nas escolas
públicas e nas classes menos favorecidas a partir do seu uso? Para os
governantes que não se interessam em melhorar o sistema educacional público
as cotas são um bom sedativo social. Poucos são o que percebem o que há
atras da aplicação beneplácida das cotas. Tanto aqui, como nos EUA ou em
qualquer lugar, as cotas - do jeito que estão estabelecidas - é um engodo
que anestesia e engabela a população afetada: positiva ou negativamente. Até
quem é contra à aplicação das reservas e cotas raciais pode ser acusado de
preconceito racial: crime inafiançável! E o problema do ensino público
escolar no primeiro e segundo grau é levado com a barriga às calendas. Na
classificação das melhores escolas de segundo grau aparecem algumas que são
públicas. Os colégios militares grátis considerados públicos são um bom
exemplo de educação organizada. Felizmente neles ainda não se aplica o
regime de cotas para o exame de admissão. É o mérito que vale! Hoje em dia
essa questão caiu no esquecimento visto que é constitucional... E ninguém
mais questiona o porquê de ainda se manter o sistema de cotas raciais. Só
não vê o sistema de cotas como um absurdo quem não quer! Como justificativa
periférica seus apoiadores consideram um mal menor, que um dia será extinto
por... Por quem mesmo?
[]s
JR
..........................................

----- Original Message -----
From: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, September 11, 2012 10:46 AM
Subject: [ciencialist] Re: PL 180/2008 Cotas: racista por definicao


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, José Renato Terra <jrma@...>
> COTAS: RACISTAS POR DEFINIÇÃO
>
> O fator que mais contribui para impedir que uma pessoa curse uma
> universidade não é a cor é o seu poder econômico.

Fator que mais contribui =/= único fator a ser considerado.

E o título é besta uma vez que o *STF* já determinou que cotas raciais são
constitucionais. E como entre os artigos pétreos da CF está o combate ao
racismo, o autor teria q explicar aos ministros do supremo que cometeram um
erro e convencê-los do contrário.

Sem falar que tratados internacionais multilaterais, do que o Brasil é
signatário, explicitamente considera que ações afirmativas - das quais cotas
raciais fazem parte - são instrumentos legais e *não* discriminatórios, nem
preconceituosos.

Como racismo é definido como preconceito por causa de raça/cor, é uma
falácia que cotas sejam racistas por definição.

> Os negros e nativos não têm poder econômico porque não fizeram
> universidade... E durma-se com um raciocínio desses!

Não existe isso como justificativa.

Já indiquei dados que mostram que, mesmo isolando-se fatores econômicos,
negros têm chances menores de ingressar nas universidades.

Porém, mesmo que negros entrassem nas universidades com iguais chances, isso
*não* impediria a aplicação de ações afirmativas no acesso ao ensino
superior.

Isso porque ações afirmativas são medidas de *compensação*. Nem sempre a
compensação se dá com recurso da mesma natureza do recurso prejudicado.

Uma analogia. Digamos q vc quebrou o carro de alguém. Vc pode compensar a
pessoa com um carro igual ou pode compensar com dinheiro, ou talvez um
imóvel.

De resto o texto vai no mesmo caminho de bobagens q já foram intensamente
discutida nesta lista. Sugiro aos interessados q busquem no histórico:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/messages
-------------

Muitas vezes essas falácias me cansam.

[]s,

Roberto Takata



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http://www.ciencialist.com


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SUBJECT: Beethoven, nona e outros milagres
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/10/2012 06:01

Álvaro.

 

Nos links abaixo, uma interpretação da Nona. No outro link, mais coisas sobre o Maestro.

 

Qualquer dos links abaixo remete a outros links sobre Beethoven e sua obra.

 

Sei que gostará.

 

http://www.youtube.com/watch?v=bcR63fPtSLs

 

http://www.youtube.com/watch?v=IJzQPuelBBU&feature=related

 

Sds,

Victor.

 


SUBJECT: Nona - 10000 japoneses.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/10/2012 06:51

isto é que é sensibilidade, organização e amor pela múcisa de Beethoven.

Aquí a nonona executada por 10000 takatianos.

Magistral.

 

Melhor que isso, só dois issos.

 

http://www.youtube.com/watch?v=X6s6YKlTpfw&feature=fvwrelc

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O drama de estudantes – e famílias – afetados pelas cotas - VEJA
FROM: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/10/2012 15:49

> Qual a renda mínima mensal para que uma família brasileira seja
> considerada classe média?
>
> Alvaro Augusto
>

O artigo abaixo trata um pouco sobre isso:

http://g1.globo.com/economia/noticia/2012/10/nova-classe-media-inclui-ao-menos-50-das-familias-em-favelas-do-pais.html



Paulo


SUBJECT: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
FROM: <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/10/2012 18:15

Olá Renato
 
Desculpe, mas sua mensagem é um enorme apelo a emoção. Não tem argumentos, mas apelos diversos, algumas acusações, espantalhos, ad hominens, etc. Questões que vão além de polêmicas e legalidade precisam ser bem definidas, com cuidado e atenção, ou fica apenas uma alegação vaga e imprecisa: “tem algo mais que só eu vejo!”.
 
Indignação não é argumentação. Embora seja útil como motivação, não resolve problemas complexos e difíceis. Vou apresentar alguns pontos de seu arrazoado, que me parecem bem complicados e falhos. Começo pelo ad hominem evidente e recorrente em discursos que se prendem ao apelo a emoção e a falta de argumentos:
 
Renato: “Só não vê o sistema de cotas como um absurdo quem não quer! ”
 
Eu quero, mas não vejo nenhum absurdo. Vejo algo que não é ideal, nem perfeito, nem a solução última, mas nenhum absurdo. Como repetido muitas vezes, mérito só faz sentido em uma certa igualdade de condições, não é um elemento absoluto. Se em uma corrida todos partem da mesma linha, podemos falar em mérito, se alguns partem de poucos metros da largada, não.
 
“Só não vê quem não quer”, apenas tenta desqualificar o adversário, o debatedor, insinuando que se está contra você, só pode ser por má fé ou ignorância, burrice. É um ad hominem muito usado em discursos indignados e apelativos. Não por acaso muito usado por políticos.:- )
 
Agora um espanttalho:
 
Renato: “Até quem é contra à aplicação das reservas e cotas raciais pode ser acusado de preconceito racial: crime inafiançável! ”
 
Criação de sua imaginação, este apelo serve para desviar o foco da questão e posar de vítima. Evidentemente, ser contra as cotas em nenhuma circunstância significa ser acusado de preconceito, muito menos condenado por crime inafiançável.:- ) Não há, é claro, um único processo, muito menos condenação, contra quem defende ou defendeu ser o sistema de cotas incorreto, nem contra os muitos jornalistas e cidadãos que escreveram sobre isso em todos os meios e mídias. Nem um.:- )
 
Lembra muito a alegação de homofóbicos que “não gostar de gays agora vai dar cadeia”.:-)
 
Agora, um complexo de messias, misturado com Teoria de Conspiração:
 
Renato: “Poucos são o que percebem o que há atras da aplicação beneplácida das cotas. ”
 
Preciso, mesmo, refutar isso, ou explicar o erro, a distorção, dessa alegação? Mesmo?
 
Vou ajustar a frase, quem sabe fica mais claro o problema:
 
“Poucos são o que percebem o que há atras da abdução por ETs e alienigenas! ”
“Poucos são o que percebem o que há atras das empresas farmaceuticas! ”
“Poucos são o que percebem o que há atras o mito da ida a Lua! ”
 
Sim, poucos, mas você, como bom iluminado, sabe, e fica furioso se os outros não aceitam sua verdade verdadeira.:- )
 
Desculpe a brincadeira, mas não dá para levar a sério esse tipo de afirmação, que “poucos sabem, mas eu sou um dos poucos, acreditem em mim”. Ou apresenta evidências e argumentos, dados confiáveis, ou não vamos mesmo aceitar sua verdade verdadeira.
 
Renato: “Os colégios militares grátis considerados públicos são um bom
exemplo de educação organizada. Felizmente neles ainda não se aplica o
regime de cotas para o exame de admissão. É o mérito que vale! ”
 
Ah, que saudade da ditadura, e a organização dos milicos, não?.:- ) Um texto, se me permite, que ficaria ótimo no Olavo de Carvalho.
 
O mérito SÓ vale se um mínimo de igualdade de partida for providenciado. Se uma competição para um cargo for entre você e um analfabeto, e as exigências são um bom desempenho em um teste escrito, que mérito você teria ao vencer?
 
Renato: “Como justificativa periférica seus apoiadores consideram um mal menor, que um dia será extinto por... Por quem mesmo?”
 
Por quem o criou, a sociedade, e suas forças organizadas, como tem ocorrido em determinados locais e sistemas nos USA. Estão reavaliando os sistemas, para compensar o efeito dos anos de políticas inclusivas e de apoio, um maior número de negros em universidades.
 
Levantar espantalhos, cenários catastróficos, ladeiras escorregadias, apelos a emoção, etc, não é argumentar. Meritocracia é ótimo, mas exige um ambiente mais justo, ou é apenas a perpetuação da injustiça. Sem acesso a informação de qualidade, os de familia negra ou pobre, continuarão pobres, em trabalhos servis e de pouca remuneração (e nem serão capazes de entender isso).
 
Deveria se focar nos argumentos apresentados, nos dados e estatísticas, nos estudos e exemplos que foram apresentados, não partir para uma ladainha emotiva, um apelo a emoção tão claro, e falho.
 
Não é, repito, uma solução ideal, ou plena, e ninguém aqui afirma isso. É uma solução que, no cenário atual, é menos injusta que não fazer nada.
 
Homero
 
 
 
 
 
Sent: Monday, October 01, 2012 11:01 PM
Subject: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
 
 

Há questões que vão além de polêmicas e legalidades. O artigo que escrevi
expressa os diversos absurdos que as reservas ou cotas por raça promovem,
sob argumentos aparentemente de proteção social aos menos favorecidos
durante algum tempo. Há quanto tempo as cotas raciais estão em uso no
Brasil? Qual foi a melhora que ocorreu nas universidades, nas escolas
públicas e nas classes menos favorecidas a partir do seu uso? Para os
governantes que não se interessam em melhorar o sistema educacional público
as cotas são um bom sedativo social. Poucos são o que percebem o que há
atras da aplicação beneplácida das cotas. Tanto aqui, como nos EUA ou em
qualquer lugar, as cotas - do jeito que estão estabelecidas - é um engodo
que anestesia e engabela a população afetada: positiva ou negativamente. Até
quem é contra à aplicação das reservas e cotas raciais pode ser acusado de
preconceito racial: crime inafiançável! E o problema do ensino público
escolar no primeiro e segundo grau é levado com a barriga às calendas. Na
classificação das melhores escolas de segundo grau aparecem algumas que são
públicas. Os colégios militares grátis considerados públicos são um bom
exemplo de educação organizada. Felizmente neles ainda não se aplica o
regime de cotas para o exame de admissão. É o mérito que vale! Hoje em dia
essa questão caiu no esquecimento visto que é constitucional... E ninguém
mais questiona o porquê de ainda se manter o sistema de cotas raciais. Só
não vê o sistema de cotas como um absurdo quem não quer! Como justificativa
periférica seus apoiadores consideram um mal menor, que um dia será extinto
por... Por quem mesmo?
[]s
JR
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----- Original Message -----
From: "roberto" <mailto:roberto.takata%40bol.com.br>
To: <mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, September 11, 2012 10:46 AM
Subject: [ciencialist] Re: PL 180/2008 Cotas: racista por definicao

--- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, José Renato Terra <jrma@...>
> COTAS: RACISTAS POR DEFINIÇÃO
>
> O fator que mais contribui para impedir que uma pessoa curse uma
> universidade não é a cor é o seu poder econômico.

Fator que mais contribui =/= único fator a ser considerado.

E o título é besta uma vez que o *STF* já determinou que cotas raciais são
constitucionais. E como entre os artigos pétreos da CF está o combate ao
racismo, o autor teria q explicar aos ministros do supremo que cometeram um
erro e convencê-los do contrário.

Sem falar que tratados internacionais multilaterais, do que o Brasil é
signatário, explicitamente considera que ações afirmativas - das quais cotas
raciais fazem parte - são instrumentos legais e *não* discriminatórios, nem
preconceituosos.

Como racismo é definido como preconceito por causa de raça/cor, é uma
falácia que cotas sejam racistas por definição.

> Os negros e nativos não têm poder econômico porque não fizeram
> universidade... E durma-se com um raciocínio desses!

Não existe isso como justificativa.

Já indiquei dados que mostram que, mesmo isolando-se fatores econômicos,
negros têm chances menores de ingressar nas universidades.

Porém, mesmo que negros entrassem nas universidades com iguais chances, isso
*não* impediria a aplicação de ações afirmativas no acesso ao ensino
superior.

Isso porque ações afirmativas são medidas de *compensação*. Nem sempre a
compensação se dá com recurso da mesma natureza do recurso prejudicado.

Uma analogia. Digamos q vc quebrou o carro de alguém. Vc pode compensar a
pessoa com um carro igual ou pode compensar com dinheiro, ou talvez um
imóvel.

De resto o texto vai no mesmo caminho de bobagens q já foram intensamente
discutida nesta lista. Sugiro aos interessados q busquem no histórico:
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Muitas vezes essas falácias me cansam.

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Roberto Takata

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SUBJECT: Re: PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/10/2012 18:36

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, José Renato Terra <jrma@...>
> Há quanto tempo as cotas raciais estão em uso no
> Brasil? Qual foi a melhora que ocorreu nas universidades, nas
> escolas públicas e nas classes menos favorecidas a partir do seu
> uso?

A) Os sistemas mais antigos estão completando 12 anos.

B) Os sistemas de cotas no Brasil não são para melhorar universidades ou escolas. De todo modo, políticas de ações afirmativas têm trazido benefícios para a Universidade de Michigan, onde são aplicadas [1], em algumas universidades e cursos os dados indicam melhores desempenho dos cotistas em relação aos não-cotistas e taxas de evasão menor [2, 3].

C) "Assim, podemos dizer que as políticas de ação afirmativa, tais como foram concretizadas na criação de cotas na universidade, se constituem, simultaneamente, em canais de acesso a bens culturais e econômicos, como o ensino universitário, para grupos socialmente desfavorecidos e em uma arena de debates, reflexão e ação sobre as próprias categorias raciais que demarcam a sua inserção e posição na sociedade brasileira." [4]

"A principal mudança apontada está nos cursos mais concorridos como Medicina, Odontologia e Direito onde ocorreu um aumento em torno de 100% de inclusão de alunos pelo sistema de cotas, o que permite revelar que nestes cursos, simplesmente dobrou o número de alunos oriundos da escola pública. A instituição, portanto, pode considerar que sua política de inclusão é um sucesso, uma vez que oportunizou a inclusão de alunos que até a implantação do sistema, consideravam-se com mínimas chances de cursar uma universidade pública." [5] (Não diz respeito diretamente às cotas raciais, mas os autores consideram q sejam resultados extrapoláveis aos cotistas raciais.)

"Identificou-se que a graduação no ensino superior confere ao egresso cotista uma maior autonomia para concorrer a postos de trabalho, tendo as dificuldades para contratação relacionadas à cor atenuadas pelo relevante grau de capacitação profissional." [6] (Infelizmente o tamanho amostral é pequeno: n=6.)

[1] http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1160407-acao-afirmativa-melhora-universidades-diz-reitora-americana.shtml
[2] http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI2907127-EI306,00-Ipea+cotistas+tem+melhores+notas+em+universidades.html
[3] http://repositorio.bce.unb.br/handle/10482/1891
[4] http://coralx.ufsm.br/afirme/LEITURA/noensino/ne05.pdf
[5] http://www.escoladegoverno.pr.gov.br/arquivos/File/anais/painel_educacao/avaliacao_do_sistema_de_cotas.pdf
[6] http://bdm.bce.unb.br/handle/10483/1323
-------------

Zerê, e as referências lá sobre gregos de 3.000 anos atrás falando sobre o Universo surgindo do nada?

Roberto Takata



SUBJECT: jacob barnett - menino genio
FROM: "Luiz" <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/10/2012 00:02

Vcs ja ouviram falar nesse garoto? Pelo q li, ele esta para publicar um paper onde alega complementar a trg.

Abs
Felipe



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O drama de estudantes – e famílias – afetados pelas cotas - VEJA
FROM: Rafael Picate <rpicate@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/10/2012 02:48

O artigo do UOL de ontem sobre educação  : 

"...Uma pesquisa realizada pelo Ibope, em parceria com o Instituto Unibanco, em 2011 mostra que os estudantes do ensino médio perdem entre 17% e 40% dos dias de aulas, na maioria dos casos, por falta de professor..."


http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=84394

 



Em 1 de outubro de 2012 16:52, Rafael Picate <rpicate@gmail.com> escreveu:
Olá Oráculo,
talvez eu não tenha me explicado bem , o filho do porteiro não entrou em um colégio de qualidade, entrou num colégio fraco, muito difícil de competir com os privados de excelência,  mas que tem aulas, os professores não faltam, e não é aquela precariedade comum que ele estava acostumado no colégio público.  Para ele, é um grande achado, e vale a pena o esforço. 
Pensar que todos os colégios privados são de grande qualidade  é  um equívoco . 

abs,Rafael

Em 1 de outubro de 2012 16:24, <oraculo@atibaia.com.br> escreveu:

 

Olá Rafael
 
Falha minha em explicar melhor, a anedota não é o caso de famílias que se preocupam com a educação dos filhos, ou que se desdobram para dar o melhor para eles, a anedota é o número de famílias que, conseguindo melhor educação, se preocupa mais com o roubo das cotas do que com o esforço pessoal dos filhos. Com ou sem cotas, vale o esforço para entrar, e se tem condições, será melhor, está em melhor estado do que os que não tem.
 
Por exemplo, seria como reclamar que existem “apenas” 50 vagas para a medicina na USP. Sejam 50 ou 25, a concorrência será gigante, e valerá seu esforço pessoal frente ao esforço dos outros. O fato de que parte das cotas é destinado a quem tem menos possibilidade, e que de outra forma jamais entraria em uma universidade, não é razoável. Veja, os que vão disputar as cotas terão tanta competição quando os outros, e será tão difícil conseguir uma das 25 vagas, quanto para os fora da cota.
 
O filho do porteiro “perdeu” metade das vagas, por estar em colégio particular de qualidade, mas “ganhou” uma educação de qualidade, tão melhor que as alternativas públicas, que mesmo sem entrar em uma universidade por cotas, ainda será uma vantagem significativa. Ele ainda está bem melhor que os outros filhos de porteiros que não tem a bolsa e não estudam em colégios de qualidade pagos. E cotas por raça (detesto essa palavra, e entendo como ela provoca reações contrárias as cotas, até por boas e sérias pessoas) não correm o risco de serem perdidas dessa forma.
 
Eu repito, também sinto desconforto com cotas, mas isso não muda o fato de que para muitos é uma solução ou ajuda real, e entendo que essa mistura, esse “levantamento/reposicionamento” de uma parcela dos cidadãos, por força de educação superior, pode ser benéfica para toda sociedade. Melhores professores, inclusive, para as escolas públicas, formados a partir de cidadãos que só se formarão devido as cotas.
 
Eu sou totalmente a favor da meritocracia, mas entendo que isso só é um sistema justo, de mérito, se todo mundo começar a “corrida” em situação de mínima igualdade. Ter “sucesso” na vida, com todos os recursos a mão, e ter “fracasso” na vida, sem nenhum recurso ou ajuda, não é uma forma justa de meritocracia.
 
Um abraço.
 
Homero
 
 
Sent: Monday, October 01, 2012 3:56 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: O drama de estudantes – e famílias – afetados pelas cotas - VEJA
 
 

Oráculo, 

nem vou comentar a classificação exótica de classe média que o Mr. Nery vem adotando.
Uma das maiores preocupações dos brasileiros hoje, é dar uma boa educação aos filhos,
já comentei aqui antes, colocar esse milhões de estudantes que estudam em escolas particulares remediadas, mas que as famílias optam  por essa escolha, porque a alternativa pública é fraca e há muitas faltas dos professores, tratar esse segmento como anedótico é complicado.  Uma das maiores preocupações dos brasileiros hoje, é dar uma boa educação aos filhos. Comentei aqui o caso do porteiro do prédio, que conseguiu uma bolsa em que só paga 30%. O colégio é o Pinheiro Guimarães, fraco, mas ele fica todo feliz porque tem aula todo dia.  Já avisei a ele  que metade das vagas universitárias pulverizaram. Os  11,8% de estudantes em escolar particulares , se  reduzirem  a uns dois ou três casos, não deixa de ser uma anedota muito grande.
abs,
Rafael
 
Em 1 de outubro de 2012 15:38, Rafael Picate <rpicate@gmail.com> escreveu:
Oráculo, 
já comentei aqui antes, colocar esse milhões de estudantes que estudam em escolas particulares remediadas, mas que as famílias optam  por essa escolha, porque a alternativa pública é fraca e há muitas faltas dos professores, tratar esse segmento como anedótico é complicado. Até porque são 11,8% de estudantes , e tentar reduzir a uns dois ou três casos, não deixa de ser uma anedota muito grande.
 
abs,
Rafael

Em 1 de outubro de 2012 15:18, <oraculo@atibaia.com.br> escreveu:

 
“Takata: #classemediasofre”
 
Kkkkkk.Smiley piscando Pensei nisso enquanto lia o texto e os argumentos apresentados.:- )
 
Puxa vida, é complicado, eu entendo, a questão das cotas, e nas muitas discussões que já tivemos, aqui na lista ou com amigos, eu sempre disse que em um primeiro momento eu mesmo sinto um certo desconforto com esse tipo de solução. E que preferia, claro, que não fossem necessárias ou que houvessem alternativas a curto prazo melhores.
 
Mas é complicado pesar o problema que uma família enfrenta, mesmo uma que conseguiu pagar uma escola de formação particular para a filha a duras penas, em relação a ter de se esforçar mais para entrar na faculdade, uma vez que a falha óbvia é a falta de vagas em cursos superiores, em relação a famílias que jamais teriam qualquer chance, com ou sem esforço, de ter seus filhos em um curso superior. Não dá, fica meio cabotino, ridículo mesmo.
 
É puro #classemediasofre, penso eu.
 
Não sou rico, paguei a educação de minha filha com esforço, mas entendo perfeitamente que nem de longe esse esforço se aproxima das dificuldades de familias realmente necessitadas, ou de famlias negras, ou de filhos dessas famílias, gente que precisa trabalhar além de estudar, e em escolas péssimas do governo.
 
Se minha filha precisa fazer um esforço extra, estudar com mais afinco, deixar de lado algumas coisas boas de sua vida de jovem, para se formar em um curso superior, então ela deve fazer. As vantagens que teve até o momento, pequenas em relação a quem é rico de verdade, mas gigantes em relação a boa parte da população do país, mais que compensam esse esforço extra. Se necessário, o mesmo “esforço extra” que permite frequentar uma escola de formação de qualidade, será usado para pagar uma formação em nível superior particular. E o financiamento estudantil também é uma opção.
 
Eu gostaria que houvessem vagas para todos, sem exceção. Que fosse preciso apenas demonstrar conhecimento padrão, básico, fundamental, para cursar um curso superior. Mas não é assim, e no momento, mais algum esforço para a classe média ou alta, em termos de estudo e comprometimento com o curso, não fará muito mal a ninguém.
 
E sabemos que relatos anedóticos, um punhado de pessoas em um universo de dezenas de milhares, não é significativo. Duas ou três filhas de famílias “preocupadas” com as cotas, é apenas anedótico. Em ambos os sentidos.:- )
 
Um abraço.
 
Homero
 
 
 
From: roberto
Sent: Monday, October 01, 2012 2:19 PM
Subject: [ciencialist] Re: O drama de estudantes – e famílias – afetados pelas cotas - VEJA
 
 

Nenhum vírus encontrado nessa mensagem.
Verificado por AVG - www.avgbrasil.com.br
Versão: 2012.0.2221 / Banco de dados de vírus: 2441/5302 - Data de Lançamento: 10/01/12

 
 

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SUBJECT: RES: [ciencialist] jacob barnett - menino genio
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/10/2012 07:15

Felipe,

 

Faltou o link.

 

Sds,

victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Luiz
Enviada em: quarta-feira, 3 de outubro de 2012 04:02
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] jacob barnett - menino genio

 

 

Vcs ja ouviram falar nesse garoto? Pelo q li, ele esta para publicar um paper onde alega complementar a trg.

Abs
Felipe


SUBJECT: Morro do Chapéu - BA: copiem sem moderação - Jorge Portugal
FROM: José Renato Terra <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/10/2012 10:07

Enquanto isso...

Morro do Chapéu – Bahia : copiem sem moderação

Morro do Chapéu é uma cidade da Bahia, da região da Chapada Diamantina, conhecida pela delícia de sua temperatura média, pela beleza da “Ferro Doido” e pelo Centro de Pesquisas Ufológicas de “seu” Alonso.
Recentemente, outra façanha de “Morro” me encantou mais ainda: há cinco anos, um empresário da cidade, Luciano da Casa do Pão, resolveu dar uma pequena mostra de solidariedade para ajudar estudantes da rede pública no seu desempenho escolar. Começou doando um computador para o aluno que tivesse o melhor aproveitamento ao longo do ano. Isso já deixou a comunidade estudantil atenta e empenhada em ganhar o cobiçado prêmio.
No ano seguinte, outros empresários e profissionais liberais juntaram-se a Luciano e ampliaram o leque das premiações: notebooks, motos, uma agência bancária local ofereceu uma poupança de R$ 2.000,00 (dois mil reais), a dentista do lugar entrou com tratamento ortodentário por um ano. Além disso, aos melhores das séries finais do fundamental e médio, garantiram cestas básicas por um ano,
O movimento foi crescendo com a participação entusiasmada de mais pessoas da cidade. Hoje, premiam, principalmente, o desempenho escolar (notas boas) e a assiduidade.
Primeiro resultado: existem alunos, há dois anos, sem uma falta sequer, e as “supermédias“ chegam a atingir a nota 9,75, levando em conta todas as matérias.
Segundo resultado: a elevação da média do IDEB dos alunos do município.
A entrega dos prêmios é feita em noite de gala, com a comunidade presente, em clima de verdadeiro “Oscar da Educação Morrense”.
Não à toa, num distrito de Morro do Chapéu chamado Fedegosos, conheci a escola pública Edigar Dourado Lima, que me fez parecer estar entrando em algum colégio suíço, dada a organização, limpeza e alto padrão de civilidade entre professores, servidores e alunos. O diretor, Professor Edinho, tem tratamento de pop-star pela sua comunidade.
Pergunto à Bahia e ao Brasil: será que só Morro do Chapéu consegue fazer isso? Que tal pegarmos esse extraordinário exemplo e espalharmos pelo restante do país?
Morro do Chapéu: copiem sem moderação!
Jorge Portugal – Educador e Poeta



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] jacob barnett - menino genio
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/10/2012 12:25

Ops,
 
Tem essa apresentação dele no TEDTeens : www.youtube.com/watch?v=Uq-FOOQ1TpE
 
Agora, segue o link do google, com várias referências (não é preguiça, e que tem muita coisa sobre o menino) :
 
 
Mas parce ser um verdadeiro "monstrinho". Aparentemente, os seus feitos botam "as continhas" que Gauss fez, aos 3 anos de idade, para seu pai, no chinelo (tem um relato em um desses links de uma passagem dele, em um planetário, qdo tinha 3 anos).
 
Abs
Felipe
De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 3 de Outubro de 2012 7:15
Assunto: RES: [ciencialist] jacob barnett - menino genio

 
Felipe,
 
Faltou o link.
 
Sds,
victor.
 
De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Luiz
Enviada em: quarta-feira, 3 de outubro de 2012 04:02
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] jacob barnett - menino genio
 
 
Vcs ja ouviram falar nesse garoto? Pelo q li, ele esta para publicar um paper onde alega complementar a trg.

Abs
Felipe



SUBJECT: Like Father, Like Son
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/10/2012 16:50

A 10-year-old boy spends his summer vacation helping his chemist dad solve the structure of complicated materials.
http://the-scientist.com/2012/10/01/like-father-like-son/
------------

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] jacob barnett - menino genio
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/10/2012 18:48

A trg está incompleta?

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 03/10/2012 00:02, Luiz escreveu:
> Vcs ja ouviram falar nesse garoto? Pelo q li, ele esta para publicar um paper onde alega complementar a trg.
>
> Abs
> Felipe
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Like Father, Like Son
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/10/2012 19:10

Meu pai também me levava para trabalhar junto com ele, mas ele era
economista e foi difícil me interessar pelo assunto até depois dos 30...:(

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 03/10/2012 16:50, roberto escreveu:
> A 10-year-old boy spends his summer vacation helping his chemist dad solve the structure of complicated materials.
> http://the-scientist.com/2012/10/01/like-father-like-son/
> ------------
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
>
>



SUBJECT: Citomegalovírus(CMV) - agora, sim. Ladrões de 4 anos de vida!
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/10/2012 03:16

 

Há uma megavaridade de sistemas vivos conhecidos, e outro tanto para se conhecer...

Dentre eles estão os vírus, as bactérias etc.   Sem falar em nós...

 

Os vírus, também, são um mistério. Qual a razão, do ponto de vista evolucionista,  desses camaradas que,  foi não foi, mas foi que não,  torra nossas vidas e nossa saude?

 

Se você adquiriu a certeza de irá viver 100 anos, esqueça;  pois poderá viver  apenas meros 96.

Isto é o que o  Citomegalovírus(CMV) faz com 90% da população, segundo pesquisas.

 

Afimam os cientistas que 90% da população tem esses vírus no organismo. Mas que ele é transparente. Não parece, não dá  alô nem bom dia, não telefona, não envia sinal de fumaça  ou belisca. Fica só ali, num cantinho, caladinhos, e  se alimentando de...cerca de 4 anos de sua curta  vida. Parece  até os wraiths da série Stagarte.

 

O que podem acrescentar a respeito os experts nessas coisas?

 

Estou é preocupado em recuperar  os  meus 4 anos que os caras querem surrupiar!

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: Re: [ciencialist] jacob barnett - menino genio
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/10/2012 09:43

Ola Alvaro,
 
Acho que como toda boa teoria científica, ela tem que estar incompleta!! :-)
 
Não lembro bem se ele está desenvolvendo mais a TRG ou se está questionando o Big-Bang, ou os dois...:)
 
 
Abs
Felipe

De: Alvaro Augusto (L) <alvaro@lunabay.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 3 de Outubro de 2012 18:48
Assunto: Re: [ciencialist] jacob barnett - menino genio

 
A trg está incompleta?

[ ]s

Alvaro Augusto

Em 03/10/2012 00:02, Luiz escreveu:
> Vcs ja ouviram falar nesse garoto? Pelo q li, ele esta para publicar um paper onde alega complementar a trg.
>
> Abs
> Felipe
>
>
>




SUBJECT: Re: [ciencialist] Citomegalovírus(CMV) - agora, sim. Ladrões de 4 anos de vida!
FROM: Gilberto Morelli <gilmorelli@yahoo.com>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/10/2012 13:00

O último exame que fiz apontou a existência desse camarada aí...então, restam-me apenas 63 anos de vida...kkk





From: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, October 4, 2012 3:16 AM
Subject: [ciencialist] Citomegalovírus(CMV) - agora, sim. Ladrões de 4 anos de vida!

 
 
Há uma megavaridade de sistemas vivos conhecidos, e outro tanto para se conhecer...
Dentre eles estão os vírus, as bactérias etc.   Sem falar em nós...
 
Os vírus, também, são um mistério. Qual a razão, do ponto de vista evolucionista,  desses camaradas que,  foi não foi, mas foi que não,  torra nossas vidas e nossa saude?
 
Se você adquiriu a certeza de irá viver 100 anos, esqueça;  pois poderá viver  apenas meros 96.
Isto é o que o  Citomegalovírus(CMV) faz com 90% da população, segundo pesquisas.
 
Afimam os cientistas que 90% da população tem esses vírus no organismo. Mas que ele é transparente. Não parece, não dá  alô nem bom dia, não telefona, não envia sinal de fumaça  ou belisca. Fica só ali, num cantinho, caladinhos, e  se alimentando de...cerca de 4 anos de sua curta  vida. Parece  até os wraiths da série Stagarte.
 
O que podem acrescentar a respeito os experts nessas coisas?
 
Estou é preocupado em recuperar  os  meus 4 anos que os caras querem surrupiar!
 
Sds,
Victor.



SUBJECT: QI, QI, prá que te quero.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/10/2012 22:48

 

Bem, agora começaram a aparecer:  garoto matemático, garoto showboy,  fofocando que a TRG está incompleta(e que vai fazer os remendos dos pedaços que faltam, etc), e a garota inglesa no endereço abaixo, em relação à qual  Einstein e Hawking são fichinhas, burrinhos, burrinhos. QI 165, é o que dizem que tem.

 

http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2012/10/04/britanica-de-12-anos-tem-qi-maior-que-os-fisicos-einstein-e-hawking.htm

 

 

No infográfico do artigo, vejam pessoas públicas que têm QI de lascar de alto...

Alguns chegam a ter QI 170, maior que  os maiores gênios. Pelamordegod! É isso mesmo?

 

Parece-me que esse negócio de QI é como peito de homem: serve para nada.

 

Que falem os psicólogos.

 

Sds,

Victor.

 

 

 


SUBJECT: E não é racismo.?
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/10/2012 06:23

 

Olá,

 

E agora:

 

http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/1164067-ministerio-da-cultura-anuncia-lancamento-de-editais-para-negros.shtml

 

Não importa os argumentos, isto é racismo ou não?

Minha opinião particular: é. E das genuínas.

 

Se um dono de bar disser, olha você aqui não entra;  hoje,  o bar está disponível só para brancos. Que acontecerá?

Cadeia no dono do bar!

 

Concurso para produtor da cultura negra só  para quem é negro?  Ora, criam cotas para esses irmãos para que possam entrar nas universidades, e etc. e coisa e tal. Agora só eles têm capacidade para pesquisar e produzir conhecimentos sobre sua cultura? Será que têm medo de que algum branco distorça as coisas?

 

P.q.p, cara!. Vivemos numa fase de hipocrisia elevado ao extremo. Um pequeno grupo, com discursos esfarrapados, querendo enganar a todos.  Estou me sentido o rescaldo da rocamboleta da pitombeira.

 

Irei à polícia, já, já, denunciar tal suplyciada. Espero é não ficar em cana...

 

Sds,

Victor.

 

 


SUBJECT: ENC: MECATRÔNICA
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/10/2012 07:24

Um amigo me enviou as "mágicas" do anexo.

 

Simplesmente fantástico, extraordinário.

 

Avaliem vocês mesmos. Abre com o Nero. Não sei se abre com outros .

 

Depois digam se é ou não.

 

Sds,

Victor.

 

De: Antonio Carlos Andrade [mailto:acandrade714@hotmail.com]
Enviada em: sexta-feira, 5 de outubro de 2012 14:15
Assunto: FW: MECATRÔNICA

 

 

 

 

 


 

  

Esta incrível máquina foi construída como um esforço colaborativo entre o Robert M. Trammell Music Conservatory e Sharon Wick School of Engenharia da Universidade de Iowa ..
Surpreendentemente, 97% dos componentes das máquinas, vieram da John Deere Industries and Irrigation Equipamentos de Bancroft, Iowa.
Sim equipamentos agrícolas!
A equipe gastou 13.029 horas entre set-up, alinhamento, calibragem e ajustes antes de filmar este vídeo, mas como você pode vê-lo valeu a pena o esforço.
Ele agora está em exibição no Matthew Gerhard Alumni Hall, na Universidade e já está programado para ser doado ao Museu Smithsonian.

 

  

 


 

 

 


SUBJECT: Mulher muito mais que macho , sim senhor.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/10/2012 07:40

Amigos,

 

Isto é que é coragem e consciência! Em termos de coragem, perco feio prá ela.

 

 

http://www.youtube.com/watch?v=pV-WI1D64q0

 

Será que ainda  "bulindo"?

 

Achei por bem postar isso, pela importância.

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: Caso OVNI Brasil: Operação Prato
FROM: Thiago Guimarães <guimaraesbsb@hotmail.com>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/10/2012 15:03

 
 
Wikipédia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Opera%C3%A7%C3%A3o_Prato
 
Matéria da revista Isto É:
http://istoevip.terra.com.br/reportagens/detalhePrint.htm?idReportagem=11862&txPrint=completo
 
Outras informações podem ser encontradas pesquisando no google.
 
Deveremos usufruir melhor do direito à informação
nos próximos anos... e quem sabe obter algumas
evidências do acontecimento :)
 
Thiago

SUBJECT: Espelho meu, espelho meu!
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/10/2012 00:37

Olá,

Existe algo mais polêmico e sem fim do que essa história do aquecimento global?

 

Não tenho como opinar objetivamente sobre o assunto abaixo.

 

Pelo que li, os argumentos do cientista fazem sentido.

 

Qual a opinião daqueles de vocês que têm lido e acompanhado essa cantiga sem fim?

 

Minha opinião é fundamentada  num achismo de fazer doer: essa história de aquecimento global não passa de gatilho para empresas venderem, lucros serem auferidos, etecéteras e tal. Que ninguém é de ferro.

 

 

http://teoriadetudo.blogfolha.uol.com.br/2012/10/05/um-climatologo-realmente-cetico/

 

 

Bom end de week.

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: Documentário: Beautiful Equations
FROM: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/10/2012 18:31


Com legendas em português:

http://www.youtube.com/watch?v=FefWzc7dAJ0


Sinopse:

O artista e escritor Matt Collings mergulha no estranho mundo das
equações. Ele pede auxílio a renomados cientistas para ajudá-lo a
entender as cinco equações mais famosas da ciência, conversando com
Stephen Hawking sobre sua equação para os buracos negros e fica cara a
cara com uma partícula de antimatéria. Conforme se depara com tais
equações ele questiona se o conceito de beleza artística tem alguma
relevância no mundo da física.

Paulo


SUBJECT: Documentário: A História Secreta do Espaço
FROM: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/10/2012 18:40


Com legendas em português:

1/2) http://www.youtube.com/watch?v=dZyBt0Lxisk
2/2) http://www.youtube.com/watch?v=HuXokMo5Zzs


Paulo


SUBJECT: RES: [ciencialist] QI, QI, prá que te quero.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/10/2012 06:00

Olá, Felipe.

 

Sim. A TRG não dá conta de algumas coisas, realmente.  Mas isto não é novidade para ninguém  do meio científico.

Isto sem falar na incompatibilidade com a mecânica quântica, que é a física do muito pequeno, como é conhecido de todos.

Além disso, embora seja atavés dela  que a Cosmologia, como um todo, evoluiu a nívieis muito superiores a quaisquer outras abordangens,  é  na própria Cosmologia que o uso das equações de campo têm encontrado algumas pedras no caminho.

Que não são apenas pedregulhos.

 

Mesmo assim, continua sendo imbatível, no que concerne às descrições do universo. Os físicos relativistas, profissionais, têm essa consciência e discernem adequadamente sobre suas possibilidades e limitações.

 

Sds,

Victor.

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de luiz silva
Enviada em: segunda-feira, 8 de outubro de 2012 13:22
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] QI, QI, prá que te quero.

 

 

Ola Victor,

 

A TRG tem que estar incompleta, caso contrário não será uma teoria científica, concorda ? Acho que a sua incompabilidade com a MQ é uma evidência disto, não?

 

Com relação ao QI, creio que ele é condição necessária, não suficiente para que uma pessoa possa ser um gênio da ciência. Mas como disse Jacob Barnett, isto só ocorre qdo estes param de aprender e começa a pensar :-)

 

Abs

Felipe

 

De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quinta-feira, 4 de Outubro de 2012 22:48
Assunto: [ciencialist] QI, QI, prá que te quero.

 

 

 

Bem, agora começaram a aparecer:  garoto matemático, garoto showboy,  fofocando que a TRG está incompleta(e que vai fazer os remendos dos pedaços que faltam, etc), e a garota inglesa no endereço abaixo, em relação à qual  Einstein e Hawking são fichinhas, burrinhos, burrinhos. QI 165, é o que dizem que tem.

 

 

 

No infográfico do artigo, vejam pessoas públicas que têm QI de lascar de alto...

Alguns chegam a ter QI 170, maior que  os maiores gênios. Pelamordegod! É isso mesmo?

 

Parece-me que esse negócio de QI é como peito de homem: serve para nada.

 

Que falem os psicólogos.

 

Sds,

Victor.

 

 

 

 


SUBJECT: RES: [ciencialist] Documentário: Beautiful Equations
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/10/2012 06:10

Gostaria que circulasse por aqui uma enquete sobre as mais belas e mais úteis equações de todos os tempos.

algumém sugere um processo? (De preferência automático).

Poderiam sugerir que equações poderiam entrar nessa enquete. Para começar, sugiro logo duas, para votação:

 

as de Campo, da TRG, as de Maxwell, E=mc², entre outras.

 

Citem as vossas, preferidas.

 

Obs.: Perguntei sobre algum processo automático em vista de minha incapacidade de conduzir uma apuração dessas.

 

Sds,

Victor.

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de luiz silva
Enviada em: segunda-feira, 8 de outubro de 2012 13:31
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Documentário: Beautiful Equations

 

 

E não tem ?!?!

 

E = mc2 e outras não são uma obra de arte ? E as simetrias ?

 

ps : tu tá inspirado!!!

 

Abs

Felipe

 

De: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Sábado, 6 de Outubro de 2012 18:31
Assunto: [ciencialist] Documentário: Beautiful Equations

 

 


Com legendas em português:

http://www.youtube.com/watch?v=FefWzc7dAJ0

Sinopse:

O artista e escritor Matt Collings mergulha no estranho mundo das
equações. Ele pede auxílio a renomados cientistas para ajudá-lo a
entender as cinco equações mais famosas da ciência, conversando com
Stephen Hawking sobre sua equação para os buracos negros e fica cara a
cara com uma partícula de antimatéria. Conforme se depara com tais
equações ele questiona se o conceito de beleza artística tem alguma
relevância no mundo da física.

Paulo

 


SUBJECT: Re: [ciencialist] QI, QI, prá que te quero.
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/10/2012 09:21

Ola Victor,
 
A TRG tem que estar incompleta, caso contrário não será uma teoria científica, concorda ? Acho que a sua incompabilidade com a MQ é uma evidência disto, não?
 
Com relação ao QI, creio que ele é condição necessária, não suficiente para que uma pessoa possa ser um gênio da ciência. Mas como disse Jacob Barnett, isto só ocorre qdo estes param de aprender e começa a pensar :-)
 
Abs
Felipe
 
De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quinta-feira, 4 de Outubro de 2012 22:48
Assunto: [ciencialist] QI, QI, prá que te quero.

 
 
Bem, agora começaram a aparecer:  garoto matemático, garoto showboy,  fofocando que a TRG está incompleta(e que vai fazer os remendos dos pedaços que faltam, etc), e a garota inglesa no endereço abaixo, em relação à qual  Einstein e Hawking são fichinhas, burrinhos, burrinhos. QI 165, é o que dizem que tem.
 
 
 
No infográfico do artigo, vejam pessoas públicas que têm QI de lascar de alto...
Alguns chegam a ter QI 170, maior que  os maiores gênios. Pelamordegod! É isso mesmo?
 
Parece-me que esse negócio de QI é como peito de homem: serve para nada.
 
Que falem os psicólogos.
 
Sds,
Victor.
 
 
 



SUBJECT: Re: [ciencialist] ENC: MECATRÔNICA [1 Anexo]
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/10/2012 09:26

Cara,
 
SENSACIONAL!!!

De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Sexta-feira, 5 de Outubro de 2012 7:24
Assunto: [ciencialist] ENC: MECATRÔNICA [1 Anexo]
 
Um amigo me enviou as "mágicas" do anexo.
 
Simplesmente fantástico, extraordinário.
 
Avaliem vocês mesmos. Abre com o Nero. Não sei se abre com outros .
 
Depois digam se é ou não.
 
Sds,
Victor.
 
De: Antonio Carlos Andrade [mailto:acandrade714@hotmail.com]
Enviada em: sexta-feira, 5 de outubro de 2012 14:15
Assunto: FW: MECATRÔNICA
 
 
 
 
 

 
  
Esta incrível máquina foi construída como um esforço colaborativo entre o Robert M. Trammell Music Conservatory e Sharon Wick School of Engenharia da Universidade de Iowa ..
Surpreendentemente, 97% dos componentes das máquinas, vieram da John Deere Industries and Irrigation Equipamentos de Bancroft, Iowa.
Sim equipamentos agrícolas!
A equipe gastou 13.029 horas entre set-up, alinhamento, calibragem e ajustes antes de filmar este vídeo, mas como você pode vê-lo valeu a pena o esforço.
Ele agora está em exibição no Matthew Gerhard Alumni Hall, na Universidade e já está programado para ser doado ao Museu Smithsonian.
 
  
 

 
 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Documentário: Beautiful Equations
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/10/2012 09:31

E não tem ?!?!
 
E = mc2 e outras não são uma obra de arte ? E as simetrias ?
 
ps : tu tá inspirado!!!
 
Abs
Felipe

De: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Sábado, 6 de Outubro de 2012 18:31
Assunto: [ciencialist] Documentário: Beautiful Equations

 

Com legendas em português:

http://www.youtube.com/watch?v=FefWzc7dAJ0

Sinopse:

O artista e escritor Matt Collings mergulha no estranho mundo das
equações. Ele pede auxílio a renomados cientistas para ajudá-lo a
entender as cinco equações mais famosas da ciência, conversando com
Stephen Hawking sobre sua equação para os buracos negros e fica cara a
cara com uma partícula de antimatéria. Conforme se depara com tais
equações ele questiona se o conceito de beleza artística tem alguma
relevância no mundo da física.

Paulo



SUBJECT: Professores falam sobre plágio e outras fraudes acadêmica (com áudio)
FROM: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/10/2012 09:55

http://www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/1152250-professores-falam-sobre-plagio-e-outras-fraudes-academicas-ouca.shtml

Paulo


SUBJECT: Re: [ciencialist] ENC: MECATRÔNICA [1 Anexo]
FROM: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/10/2012 10:04

Oi, Victor!

O vídeo é muito legal, realmente !

Mas acho que é uma animação feita em computador,
e não uma máquina "física".


Abaixo, o mesmo vídeo do seu e-mail, com comentários explicando que é
uma animação:

http://www.youtube.com/watch?v=Xu-A0jqMPd8&feature=related


Outros exemplos interessantes:
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=XlyCLbt3Thk
Paulo


SUBJECT: Re: [ciencialist] E n�o � racismo.?
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/10/2012 10:07

 
É a definição de racismo. Se há segregação ou restrição baseado
em cor de pele, isso é racismo, não importa se é para o "bem"
ou para o "mal". A única postura coerente é rejeitar a
possibilidade de diferenças entre humanos com cor de pele
diferente, ou seja, rejeitar total e completamente qualquer
tipo de diferenciação de direitos, deveres, facilidades,
obrigações ou o que quer que seja em função de cor de pele.
 
E insistir nessa questão de cotas dá margem justamente
a isso: o surgimento, em outras áreas, do uso do mesmo tipo de
"argumento" para providenciar mais "oportunidades" para os de
cor de pele diferente.
 
E assim a sociedade como um todo, em vez de caminhar para uma
postura de maior igualdade, começa cada vez mais a se diferenciar,
a afastar humanos brancos de humanos pretos, com regras e mais
regras surgindo em diversas áreas (mesmo sendo "temporárias").
É a sociedade dando um tiro no próprio pé.
 
*PB*
 
 
 
From: JVictor
Sent: Friday, October 05, 2012 6:23 AM
Subject: [ciencialist] E não é racismo.?
 


 

Olá,

 

E agora:

 

http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/1164067-ministerio-da-cultura-anuncia-lancamento-de-editais-para-negros.shtml

 

Não importa os argumentos, isto é racismo ou não?

Minha opinião particular: é. E das genuínas.

 

Se um dono de bar disser, olha você aqui não entra;  hoje,  o bar está disponível só para brancos. Que acontecerá?

Cadeia no dono do bar!

 

Concurso para produtor da cultura negra só  para quem é negro?  Ora, criam cotas para esses irmãos para que possam entrar nas universidades, e etc. e coisa e tal. Agora só eles têm capacidade para pesquisar e produzir conhecimentos sobre sua cultura? Será que têm medo de que algum branco distorça as coisas?

 

P.q.p, cara!. Vivemos numa fase de hipocrisia elevado ao extremo. Um pequeno grupo, com discursos esfarrapados, querendo enganar a todos.  Estou me sentido o rescaldo da rocamboleta da pitombeira.

 

Irei à polícia, já, já, denunciar tal suplyciada. Espero é não ficar em cana...

 

Sds,

Victor.

 

 


SUBJECT: Re: [ciencialist] Mulher muito mais que macho , sim senhor.
FROM: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/10/2012 10:23

Oi, Victor !

 

Isto é que é coragem e consciência! Em termos de coragem, perco feio prá ela.

http://www.youtube.com/watch?v=pV-WI1D64q0

 Achei por bem postar isso, pela importância.


Sem dúvida, a mulher é muito corajosa, e tem razão em praticamente tudo o que
disse, a respeito dos extremistas, do holocausto, da capacidade, inteligência e união
dos judeus, etc.

Porém (embora não sendo versado no assunto), em questões como, por exemplo, a dos israelenses
e palestinos, é necessário olhar para as atitudes extremas de ambos os lados.  Não há um só lado "certo",
nem um só lado "errado".  Há vários livros e documentários tratando disso (ver mensagem
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/83092, de 10/09/2012).

Paulo


SUBJECT: Re: [ciencialist] Documentário: Beautiful Equations
FROM: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/10/2012 10:25

Oi, Luiz !
 
E não tem ?!?!
 
E = mc2 e outras não são uma obra de arte ? E as simetrias ?


Eu também concordo.

Mas o interessante do documentário é que o apresentador não tem
nenhuma formação em ciências, e pede ajuda aos entrevistados
para ele poder um pouco dessa "estética" falada pelos cientistas.

Paulo



SUBJECT: Re: [ciencialist] QI, QI, prá que te quero.
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/10/2012 10:33

Einstein nunca fez um teste de QI. Logo, só podemos saber o QI dele por meio de comparações que deixam muito a desejar. Ainda assim, mesmo que o QI dele fosse 200, isso não evitou que ele perdesse um bom dinheiro por causa da crise de 29. O QI de Feynman também era sem dúvida monstruoso, mas isso não evitou que ele, juntamente com Leighton e Sands, deixassem que o Caltech ficasse com todos os direitos das Feynman Lectures, o livro de física introdutória mais famoso de todos os tempos. Got it?

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 04/10/2012 22:48, JVictor escreveu:

 

Bem, agora começaram a aparecer:  garoto matemático, garoto showboy,  fofocando que a TRG está incompleta(e que vai fazer os remendos dos pedaços que faltam, etc), e a garota inglesa no endereço abaixo, em relação à qual  Einstein e Hawking são fichinhas, burrinhos, burrinhos. QI 165, é o que dizem que tem.

 

http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2012/10/04/britanica-de-12-anos-tem-qi-maior-que-os-fisicos-einstein-e-hawking.htm

 

 

No infográfico do artigo, vejam pessoas públicas que têm QI de lascar de alto...

Alguns chegam a ter QI 170, maior que  os maiores gênios. Pelamordegod! É isso mesmo?

 

Parece-me que esse negócio de QI é como peito de homem: serve para nada.

 

Que falem os psicólogos.

 

Sds,

Victor.

 

 

 




SUBJECT: RES: [ciencialist] ENC: MECATRÔNICA
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/10/2012 14:23

Cá prá nós, também tive essa impressão. Mas não conheço esses caminhos.

Bonito e genial, se não for truque eletrônico.

 

Sds,

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de psdias2
Enviada em: segunda-feira, 8 de outubro de 2012 14:05
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] ENC: MECATRÔNICA

 

 

Oi, Victor!

O vídeo é muito legal, realmente !

Mas acho que é uma animação feita em computador,
e não uma máquina "física".

Abaixo, o mesmo vídeo do seu e-mail, com comentários explicando que é
uma animação:

http://www.youtube.com/watch?v=Xu-A0jqMPd8&feature=related

Outros exemplos interessantes:
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=XlyCLbt3Thk
Paulo


SUBJECT: Re: E não é racismo.?
FROM: "Luiz" <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/10/2012 14:55

Ola Victor,

Mas a materia fala em concurso ?

Abs
Felipe

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "JVictor" <j.victor.neto@...> escreveu
>
>
>
> Olá,
>
>
>
> E agora:
>
>
>
> http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/1164067-ministerio-da-cultura-anuncia
> -lancamento-de-editais-para-negros.shtml
>
>
>
> Não importa os argumentos, isto é racismo ou não?
>
> Minha opinião particular: é. E das genuínas.
>
>
>
> Se um dono de bar disser, olha você aqui não entra; hoje, o bar está
> disponível só para brancos. Que acontecerá?
>
> Cadeia no dono do bar!
>
>
>
> Concurso para produtor da cultura negra só para quem é negro? Ora, criam
> cotas para esses irmãos para que possam entrar nas universidades, e etc. e
> coisa e tal. Agora só eles têm capacidade para pesquisar e produzir
> conhecimentos sobre sua cultura? Será que têm medo de que algum branco
> distorça as coisas?
>
>
>
> P.q.p, cara!. Vivemos numa fase de hipocrisia elevado ao extremo. Um pequeno
> grupo, com discursos esfarrapados, querendo enganar a todos. Estou me
> sentido o rescaldo da rocamboleta da pitombeira.
>
>
>
> Irei à polícia, já, já, denunciar tal suplyciada. Espero é não ficar em
> cana...
>
>
>
> Sds,
>
> Victor.
>




SUBJECT: Wikileaks - EUA vetaram desenvolvimento tecnológico brasileiro
FROM: José Renato Terra <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/10/2012 22:37

 

Telegramas revelam intenções de veto e ações dos EUA contra o desenvolvimento tecnológico brasileiro com interesses de diversos agentes que ocupam ou ocuparam o poder em ambos os países

wikileaks tecnologia sabotagem brasilOs telegramas da diplomacia dos EUA revelados pelo Wikileaks revelaram que a Casa Branca toma ações concretas para impedir, dificultar e sabotar o desenvolvimento tecnológico brasileiro em duas áreas estratégicas: energia nuclear e tecnologia espacial. Em ambos os casos, observa-se o papel anti-nacional da grande mídia brasileira, bem como escancara-se, também sem surpresa, a função desempenhada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, colhido em uma exuberante sintonia com os interesses estratégicos do Departamento de Estado dos EUA, ao tempo em que exibe problemática posição em relação à independência tecnológica brasileira. Segue o artigo do jornalista Beto Almeida.

O primeiro dos telegramas divulgados, datado de 2009, conta que o governo dos EUA pressionou autoridades ucranianas para emperrar o desenvolvimento do projeto conjunto Brasil-Ucrânia de implantação da plataforma de lançamento dos foguetes Cyclone-4 – de fabricação ucraniana – no Centro de Lançamentos de Alcântara , no Maranhão.

Veto imperial

O telegrama do diplomata americano no Brasil, Clifford Sobel, enviado aos EUA em fevereiro daquele ano, relata que os representantes ucranianos, através de sua embaixada no Brasil, fizeram gestões para que o governo americano revisse a posição de boicote ao uso de Alcântara para o lançamento de qualquer satélite fabricado nos EUA. A resposta americana foi clara. A missão em Brasília deveria comunicar ao embaixador ucraniano, Volodymyr Lakomov, que os EUA “não quer” nenhuma transferência de tecnologia espacial para o Brasil.

“Queremos lembrar às autoridades ucranianas que os EUA não se opõem ao estabelecimento de uma plataforma de lançamentos em Alcântara, contanto que tal atividade não resulte na transferência de tecnologias de foguetes ao Brasil”, diz um trecho do telegrama.

Em outra parte do documento, o representante americano é ainda mais explícito com Lokomov: “Embora os EUA estejam preparados para apoiar o projeto conjunto ucraniano-brasileiro, uma vez que o TSA (acordo de salvaguardas Brasil-EUA) entre em vigor, não apoiamos o programa nativo dos veículos de lançamento espacial do Brasil”.

Guinada na política externa

O Acordo de Salvaguardas Brasil-EUA (TSA) foi firmado em 2000 por Fernando Henrique Cardoso, mas foi rejeitado pelo Senado Brasileiro após a chegada de Lula ao Planalto e a guinada registrada na política externa brasileira, a mesma que muito contribuiu para enterrar a ALCA. Na sua rejeição o parlamento brasileiro considerou que seus termos constituíam uma “afronta à Soberania Nacional”. Pelo documento, o Brasil cederia áreas de Alcântara para uso exclusivo dos EUA sem permitir nenhum acesso de brasileiros. Além da ocupação da área e da proibição de qualquer engenheiro ou técnico brasileiro nas áreas de lançamento, o tratado previa inspeções americanas à base sem aviso prévio.

Os telegramas diplomáticos divulgados pelo Wikileaks falam do veto norte-americano ao desenvolvimento de tecnologia brasileira para foguetes, bem como indicam a cândida esperança mantida ainda pela Casa Branca, de que o TSA seja, finalmente, implementado como pretendia o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Mas, não apenas a Casa Branca e o antigo mandatário esforçaram-se pela grave limitação do Programa Espacial Brasileiro, pois neste esforço algumas ONGs, normalmente financiadas por programas internacionais dirigidos por mentalidade colonizadora, atuaram para travar o indispensável salto tecnológico brasileiro para entrar no seleto e fechadíssimo clube dos países com capacidade para a exploração econômica do espaço sideral e para o lançamento de satélites. Junte-se a eles, a mídia nacional que não destacou a gravíssima confissão de sabotagem norte-americana contra o Brasil, provavelmente porque tal atitude contraria sua linha editorial historicamente refratária aos esforços nacionais para a conquista de independência tecnológica, em qualquer área que seja. Especialmente naquelas em que mais desagradam as metrópoles.

Bomba! Bomba!

O outro telegrama da diplomacia norte-americana divulgado pelo Wikileaks e que também revela intenções de veto e ações contra o desenvolvimento tecnológico brasileiro veio a tona de forma torta pela Revista Veja, e fala da preocupação gringa sobre o trabalho de um físico brasileiro, o cearense Dalton Girão Barroso, do Instituto Militar de Engenharia, do Exército. Giráo publicou um livro com simulações por ele mesmo desenvolvidas, que teriam decifrado os mecanismos da mais potente bomba nuclear dos EUA, a W87, cuja tecnologia é guardada a 7 chaves.

A primeira suspeita revelada nos telegramas diplomáticos era de espionagem. E também, face à precisão dos cálculos de Girão, de que haveria no Brasil um programa nuclear secreto, contrariando, segundo a ótica dos EUA, endossada pela revista, o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, firmado pelo Brasil em 1998, Tal como o Acordo de Salvaguardas Brasil-EUA, sobre o uso da Base de Alcântara, o TNP foi firmado por Fernando Henrique. Baseado apenas em uma imperial desconfiança de que as fórmulas usadas pelo cientista brasileiro poderiam ser utilizadas por terroristas , os EUA, pressionaram a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que exigiu explicações do governo Brasil , chegando mesmo a propor o recolhimento-censura do livro “A física dos explosivos nucleares”. Exigência considerada pelas autoridades militares brasileiras como “intromissão indevida da AIEA em atividades acadêmicas de uma instituição subordinada ao Exército Brasileiro”.

Como é conhecido, o Ministro da Defesa, Nelson Jobim, vocalizando posição do setor militar contrária a ingerências indevidas, opõe-se a assinatura do protocolo adicional do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, que daria à AIEA, controlada pelas potências nucleares, o direito de acesso irrestrito às instalações nucleares brasileiras. Acesso que não permitem às suas próprias instalações, mesmo sendo claro o descumprimento, há anos, de uma meta central do TNP, que não determina apenas a não proliferação, mas também o desarmamento nuclear dos países que estão armados, o que não está ocorrendo.

Desarmamento unilateral

A revista publica providencial declaração do físico José Goldemberg, obviamente, em sustentação à sua linha editorial de desarmamento unilateral e de renúncia ao desenvolvimento tecnológico nuclear soberano, tal como vem sendo alcançado por outros países, entre eles Israel, jamais alvo de sanções por parte da AIEA ou da ONU, como se faz contra o Irã. Segundo Goldemberg, que já foi secretário de ciência e tecnologia, é quase impossível que o Brasil não tenha em andamento algum projeto que poderia ser facilmente direcionado para a produção de uma bomba atômica. Tudo o que os EUA querem ouvir para reforçar a linha de vetos e constrangimentos tecnológicos ao Brasil, como mostram os telegramas divulgados pelo Wikileaks. Por outro lado, tudo o que os EUA querem esconder do mundo é a proposta que Mahmud Ajmadinejad , presidente do Irà, apresentou à Assembléia Geral da ONU, para que fosse levada a debate e implementação: “Energia nuclear para todos, armas nucleares para ninguém”. Até agora, rigorosamente sonegada à opinião pública mundial.

Intervencionismo crescente

O semanário também publica franca e reveladora declaração do ex-presidente Cardoso : “Não havendo inimigos externos nuclearizados, nem o Brasil pretendendo assumir uma política regional belicosa, para que a bomba?” Com o tesouro energético que possui no fundo do mar, ou na biodiversidade, com os minerais estratégicos abundantes que possui no subsolo e diante do crescimento dos orçamentos bélicos das grandes potências, seguido do intervencionismo imperial em várias partes do mundo, desconhecendo leis ou fronteiras, a declaração do ex-presidente é, digamos, de um candura formidável.

São conhecidas as sintonias entre a política externa da década anterior e a linha editorial da grande mídia em sustentação às diretrizes emanadas pela Casa Branca. Por isso esses pólos midiáticos do unilateralismo em processo de desencanto e crise se encontram tão embaraçados diante da nova política externa brasileira que adquire, a cada dia, forte dose de justeza e razoabilidade quanto mais telegramas da diplomacia imperial como os acima mencionados são divulgados pelo Wikileaks.

FONTE: < http://www.pragmatismopolitico.com.br/2011/02/wikileaks-revela-sabotagem-contra.html >

 

 

 

 




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--

“Sobreviver irá exigir da raça humana uma maneira substancialmente nova de pensar”.
Albert Einstein

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MBA aborrega a mente das pessoas.

 


SUBJECT: Cotas raciais sociais
FROM: José Renato Terra <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/10/2012 23:47

A TARDE - BRASIL

Sex , 10/08/2012 às 09:38

ITA pode não aceitar reserva para aluno da rede pública

Ocimara Balmant e Paulo Saldaña | Agência Estado

Apesar de ser federal, o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) pode não ter de seguir as regras que instituem a reserva de 50% das vagas para estudantes oriundos de escolas públicas. É que a instituição - uma das que mais valorizam o mérito e formam a elite tecnológica do País - é ligada ao Ministério da Defesa e não ao MEC, como são as 59 universidades e os 38 institutos de ensino federais.

Além do ITA, o Instituto Militar de Engenharia (IME) e as escolas navais também são ligados ao Ministério da Defesa. O órgão informou ontem que instituirá um grupo de estudo para avaliar os possíveis impactos da implementação do programa de cotas nessas instituições. Apenas após essa avaliação, decidirá se aderirá ou não ao sistema. Não há, segundo a pasta, prazo para a decisão. De qualquer forma, a resolução não deve sair neste ano.

A reportagem apurou que, durante a tramitação no Senado, interlocutores do ministério se reuniram com relatores do projeto para negociar a não obrigatoriedade das cotas nesses institutos.

O texto final, aprovado na terça-feira, diz que as cotas devem ser cumpridas pelas "instituições federais de educação superior vinculadas ao Ministério da Educação". A polêmica fica por conta do termo "vinculadas", uma vez que, apesar de geridas pelo Ministério da Defesa, essas escolas obedecem às diretrizes pedagógicas e são avaliadas pelo MEC.

Nos corredores do ITA tem ganhado espaço especulações sobre o estabelecimento de cotas sociais e o uso do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no processo de seleção. Seria parte do processo de aproximação gradual que tem acontecido entre Defesa e Educação.

Consequência

Caso haja a adesão às cotas, haverá uma revolução nessas instituições. Hoje, no ITA, o número de inscritos vindos de escola públicas não chega a 50% - 30% são de escolas estaduais e 7,3%, de federais. As particulares respondem por 61,2%.

"Se isso acontecer, nosso perfil vai mudar bastante", afirma José Renato Carvalho, estudante do 3.º ano de Engenharia Aeronáutica. Ele diz que são raros os colegas que vieram da rede pública - e mesmo esse pequeno porcentual é diferenciado. "São egressos dos colégios militares, que têm ensino mais forte."

Além disso, muitos fizeram cursinho. Em 2012, das 120 vagas, 46 foram ocupadas por egressos do Poliedro, curso que tem preparação específica para postulantes ao ITA.

Por lá, cresce a preocupação dos alunos em garantir a vaga neste ano. "Com as cotas, vai ficar muito mais difícil", diz Marcelo Telisson, coordenador do curso.

Por tudo isso, a consultora de Educação Ilona Becskeházy afirma que a opção de popularizar as universidades públicas é justa, mas desconfia de que o Senado não tenha consciência da consequência disso.

"Talvez vejamos no ensino superior público o que houve com a escola básica: entram os pobres, não se faz nenhum esforço pela qualidade e as classes média e alta mudam para instituições privadas", diz Ilona. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

< http://atarde.uol.com.br/brasil/materias/1446113-ita-pode-nao-aceitar-reserva-para-aluno-da-rede-publica >

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A TARDE - BRASIL

Qui , 09/08/2012 às 14:37 | Atualizado em: 09/08/2012 às 17:53

Escolas particulares vão à Justiça contra lei de cotas

Presidente da Fenep diz que a lei desrespeita a igualdade de acesso

Gheisa Lessa | Agência Estado

 
A Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep) afirmou nesta quinta-feira que pretende entrar com uma ação na Justiça para questionar o ajuste social que a nova Lei das Cotas para faculdades federais pretende realizar.

O Senado aprovou na quarta-feira a Lei das Cotas, que prevê que 50% das vagas de todos os cursos oferecidos pelas entidades federais sejam reservadas para estudantes que cursaram todo o ensino médio em escolas públicas. Parte dessas vagas devem ser dedicadas à negros, pardos e índios e outra parcela para alunos de famílias com renda abaixo de 1,5 salário mínimo.

A presidente da Fenep, Amábile Pacios, disse que a lei desrespeita a igualdade de acesso que deve existir para toda a população. De acordo com Amábile, caso a sanção ocorra, o governo federal irá reconhecer que oferece um ensino público de má qualidade, incapaz de preparar seus alunos para o vestibular.

"As escolas particulares deveriam ser uma escolha da família, e no Brasil é a única opção para os alunos que desejam ser aprovados em vestibulares mais rigorosos, como o das universidades federais. A lei não só desrespeita a igualdade de acesso como facilita a entrada de apenas uma parcela dos estudantes brasileiros", argumentou Amábile.

A presidente Dilma Rousseff tem até 15 dias para sancionar o texto, que também foi rebatido pelos reitores das universidades federais, que alegam perder a autonomia universitária com a medida. A Fenep pretende entrar com uma ação na Justiça assim que a aprovação da lei acontecer.

< http://atarde.uol.com.br/brasil/materias/1445811-escolas-particulares-vao-a-justica-contra-lei-de-cotas >

 


SUBJECT: RES: [ciencialist] ENC: MECATRÔNICA
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/10/2012 05:07

Aliás, " Bonito e genial", mesmo como truque eletrônico.

 

Sds,

Victor.

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de JVictor
Enviada em: segunda-feira, 8 de outubro de 2012 18:24
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: RES: [ciencialist] ENC: MECATRÔNICA

 

 

Cá prá nós, também tive essa impressão. Mas não conheço esses caminhos.

Bonito e genial, se não for truque eletrônico.

 

Sds,

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de psdias2
Enviada em: segunda-feira, 8 de outubro de 2012 14:05
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] ENC: MECATRÔNICA

 

 

Oi, Victor!

O vídeo é muito legal, realmente !

Mas acho que é uma animação feita em computador,
e não uma máquina "física".

Abaixo, o mesmo vídeo do seu e-mail, com comentários explicando que é
uma animação:

http://www.youtube.com/watch?v=Xu-A0jqMPd8&feature=related

Outros exemplos interessantes:
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=XlyCLbt3Thk
Paulo


SUBJECT: RES: [ciencialist] Wikileaks - EUA vetaram desenvolvimento tecnológico brasileiro
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/10/2012 05:15

Honestamente, eu não tenho um posição formada, firme,  a respeito de se o Wikileaks constitui-se num "terrorismo" benéfico  ou maléfico para a humanidade. Sei que a transparência, em qualquer situação, é uma opção que pode ser boa.   Mas, em se tratando de segurança nacional, pode não ser.  Mas essa história de segurança nacional costume ser esconderijo para muitas coisas que nada têm a ver.

O que os amigos mais sabidos do fórum acham desse assunto, que mexeu no bau dos segredos de tanta gente e tantos países. Pondo a nu as suas vergonhas?  Realmente, apreciaria ler comentários e opinões a respeito.  Sim, sim, não, não ou moreless?

 

Sds,

Victor

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de José Renato Terra
Enviada em: terça-feira, 9 de outubro de 2012 02:38
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Wikileaks - EUA vetaram desenvolvimento tecnológico brasileiro

 

 

 

Telegramas revelam intenções de veto e ações dos EUA contra o desenvolvimento tecnológico brasileiro com interesses de diversos agentes que ocupam ou ocuparam o poder em ambos os países

wikileaks tecnologia sabotagem brasilOs telegramas da diplomacia dos EUA revelados pelo Wikileaks revelaram que a Casa Branca toma ações concretas para impedir, dificultar e sabotar o desenvolvimento tecnológico brasileiro em duas áreas estratégicas: energia nuclear e tecnologia espacial. Em ambos os casos, observa-se o papel anti-nacional da grande mídia brasileira, bem como escancara-se, também sem surpresa, a função desempenhada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, colhido em uma exuberante sintonia com os interesses estratégicos do Departamento de Estado dos EUA, ao tempo em que exibe problemática posição em relação à independência tecnológica brasileira. Segue o artigo do jornalista Beto Almeida.

O primeiro dos telegramas divulgados, datado de 2009, conta que o governo dos EUA pressionou autoridades ucranianas para emperrar o desenvolvimento do projeto conjunto Brasil-Ucrânia de implantação da plataforma de lançamento dos foguetes Cyclone-4 – de fabricação ucraniana – no Centro de Lançamentos de Alcântara , no Maranhão.

Veto imperial

O telegrama do diplomata americano no Brasil, Clifford Sobel, enviado aos EUA em fevereiro daquele ano, relata que os representantes ucranianos, através de sua embaixada no Brasil, fizeram gestões para que o governo americano revisse a posição de boicote ao uso de Alcântara para o lançamento de qualquer satélite fabricado nos EUA. A resposta americana foi clara. A missão em Brasília deveria comunicar ao embaixador ucraniano, Volodymyr Lakomov, que os EUA “não quer” nenhuma transferência de tecnologia espacial para o Brasil.

“Queremos lembrar às autoridades ucranianas que os EUA não se opõem ao estabelecimento de uma plataforma de lançamentos em Alcântara, contanto que tal atividade não resulte na transferência de tecnologias de foguetes ao Brasil”, diz um trecho do telegrama.

Em outra parte do documento, o representante americano é ainda mais explícito com Lokomov: “Embora os EUA estejam preparados para apoiar o projeto conjunto ucraniano-brasileiro, uma vez que o TSA (acordo de salvaguardas Brasil-EUA) entre em vigor, não apoiamos o programa nativo dos veículos de lançamento espacial do Brasil”.

Guinada na política externa

O Acordo de Salvaguardas Brasil-EUA (TSA) foi firmado em 2000 por Fernando Henrique Cardoso, mas foi rejeitado pelo Senado Brasileiro após a chegada de Lula ao Planalto e a guinada registrada na política externa brasileira, a mesma que muito contribuiu para enterrar a ALCA. Na sua rejeição o parlamento brasileiro considerou que seus termos constituíam uma “afronta à Soberania Nacional”. Pelo documento, o Brasil cederia áreas de Alcântara para uso exclusivo dos EUA sem permitir nenhum acesso de brasileiros. Além da ocupação da área e da proibição de qualquer engenheiro ou técnico brasileiro nas áreas de lançamento, o tratado previa inspeções americanas à base sem aviso prévio.

Os telegramas diplomáticos divulgados pelo Wikileaks falam do veto norte-americano ao desenvolvimento de tecnologia brasileira para foguetes, bem como indicam a cândida esperança mantida ainda pela Casa Branca, de que o TSA seja, finalmente, implementado como pretendia o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Mas, não apenas a Casa Branca e o antigo mandatário esforçaram-se pela grave limitação do Programa Espacial Brasileiro, pois neste esforço algumas ONGs, normalmente financiadas por programas internacionais dirigidos por mentalidade colonizadora, atuaram para travar o indispensável salto tecnológico brasileiro para entrar no seleto e fechadíssimo clube dos países com capacidade para a exploração econômica do espaço sideral e para o lançamento de satélites. Junte-se a eles, a mídia nacional que não destacou a gravíssima confissão de sabotagem norte-americana contra o Brasil, provavelmente porque tal atitude contraria sua linha editorial historicamente refratária aos esforços nacionais para a conquista de independência tecnológica, em qualquer área que seja. Especialmente naquelas em que mais desagradam as metrópoles.

Bomba! Bomba!

O outro telegrama da diplomacia norte-americana divulgado pelo Wikileaks e que também revela intenções de veto e ações contra o desenvolvimento tecnológico brasileiro veio a tona de forma torta pela Revista Veja, e fala da preocupação gringa sobre o trabalho de um físico brasileiro, o cearense Dalton Girão Barroso, do Instituto Militar de Engenharia, do Exército. Giráo publicou um livro com simulações por ele mesmo desenvolvidas, que teriam decifrado os mecanismos da mais potente bomba nuclear dos EUA, a W87, cuja tecnologia é guardada a 7 chaves.

A primeira suspeita revelada nos telegramas diplomáticos era de espionagem. E também, face à precisão dos cálculos de Girão, de que haveria no Brasil um programa nuclear secreto, contrariando, segundo a ótica dos EUA, endossada pela revista, o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, firmado pelo Brasil em 1998, Tal como o Acordo de Salvaguardas Brasil-EUA, sobre o uso da Base de Alcântara, o TNP foi firmado por Fernando Henrique. Baseado apenas em uma imperial desconfiança de que as fórmulas usadas pelo cientista brasileiro poderiam ser utilizadas por terroristas , os EUA, pressionaram a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que exigiu explicações do governo Brasil , chegando mesmo a propor o recolhimento-censura do livro “A física dos explosivos nucleares”. Exigência considerada pelas autoridades militares brasileiras como “intromissão indevida da AIEA em atividades acadêmicas de uma instituição subordinada ao Exército Brasileiro”.

Como é conhecido, o Ministro da Defesa, Nelson Jobim, vocalizando posição do setor militar contrária a ingerências indevidas, opõe-se a assinatura do protocolo adicional do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, que daria à AIEA, controlada pelas potências nucleares, o direito de acesso irrestrito às instalações nucleares brasileiras. Acesso que não permitem às suas próprias instalações, mesmo sendo claro o descumprimento, há anos, de uma meta central do TNP, que não determina apenas a não proliferação, mas também o desarmamento nuclear dos países que estão armados, o que não está ocorrendo.

Desarmamento unilateral

A revista publica providencial declaração do físico José Goldemberg, obviamente, em sustentação à sua linha editorial de desarmamento unilateral e de renúncia ao desenvolvimento tecnológico nuclear soberano, tal como vem sendo alcançado por outros países, entre eles Israel, jamais alvo de sanções por parte da AIEA ou da ONU, como se faz contra o Irã. Segundo Goldemberg, que já foi secretário de ciência e tecnologia, é quase impossível que o Brasil não tenha em andamento algum projeto que poderia ser facilmente direcionado para a produção de uma bomba atômica. Tudo o que os EUA querem ouvir para reforçar a linha de vetos e constrangimentos tecnológicos ao Brasil, como mostram os telegramas divulgados pelo Wikileaks. Por outro lado, tudo o que os EUA querem esconder do mundo é a proposta que Mahmud Ajmadinejad , presidente do Irà, apresentou à Assembléia Geral da ONU, para que fosse levada a debate e implementação: “Energia nuclear para todos, armas nucleares para ninguém”. Até agora, rigorosamente sonegada à opinião pública mundial.

Intervencionismo crescente

O semanário também publica franca e reveladora declaração do ex-presidente Cardoso : “Não havendo inimigos externos nuclearizados, nem o Brasil pretendendo assumir uma política regional belicosa, para que a bomba?” Com o tesouro energético que possui no fundo do mar, ou na biodiversidade, com os minerais estratégicos abundantes que possui no subsolo e diante do crescimento dos orçamentos bélicos das grandes potências, seguido do intervencionismo imperial em várias partes do mundo, desconhecendo leis ou fronteiras, a declaração do ex-presidente é, digamos, de um candura formidável.

São conhecidas as sintonias entre a política externa da década anterior e a linha editorial da grande mídia em sustentação às diretrizes emanadas pela Casa Branca. Por isso esses pólos midiáticos do unilateralismo em processo de desencanto e crise se encontram tão embaraçados diante da nova política externa brasileira que adquire, a cada dia, forte dose de justeza e razoabilidade quanto mais telegramas da diplomacia imperial como os acima mencionados são divulgados pelo Wikileaks.

FONTE: < http://www.pragmatismopolitico.com.br/2011/02/wikileaks-revela-sabotagem-contra.html >

 

 

 

 




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“Sobreviver irá exigir da raça humana uma maneira substancialmente nova de pensar”.
Albert Einstein

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O Magistério da Educação adverte: 
MBA aborrega a mente das pessoas.

 


SUBJECT: natureza grita, e ainda brincam
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/10/2012 05:23

Descarga atmosférica, mais menos previsível naquelas paragens, em épocas de temporais.

Vejam a violência e “tamanho  do instante” em que uma colossal energia é dissipada.

Aí de quem estiver embaixo. Certamente  os antigos tinham toda a razão de atribuir tais eventos a uma

expressão de raiva e descontentamento de alguma divindade que estava regando a terra.

Eis, pois, uma gênese de Deus. Só podia ser. Escreveu não leu, o pau comeu. Com fogo,devidamente acompanhado de gigantes e tenebrosos urros,  além de muita água.

 

http://tvuol.uol.com.br/assistir.htm?lista-editor=melhores-do-publico&video=bola-de-fogo-capturada-em-video-04028C993870D4993326&orderBy=mais-recentes&edFilter=all&time=all&

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: TRG incompleta, mas ainda bem distante de qq 2a. colocada.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/10/2012 06:40

Felipe,

 

Em continuação a uma resposta que lhe fiz, referente ao seu último e-mail(está em outro desktop) onde comentava sobre a incompletude da TRG e aquela história do QI, que tratei de maneira mais ou menos brincalhona, encontrei esta noite o site abaixo, do Prof. D.Soares, cosmologista da UFMG.  Dentro do site, ele o remete a outros artigos seus, relacionados ao tema TRG e limitações cosmológicas. Lí-o todo, é muito bom, muito conteúdo físico.  O cientista fez uma bela e certeira análise da questão. Vale a pena a leitura.

 

http://www.fisica.ufmg.br/~dsoares/ensino/cosmrel/cosmrel.htm

 

Sds,

 

Victor.


SUBJECT: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/10/2012 06:56

Caro Renato,

 

Renato: “Poucos são o que percebem o que há atras da aplicação beneplácida das cotas.

 

Apesar do oráculo haver comentado a afirmação acima, dando sua interpretação, ainda não entendi o que realmente você quis dizer. Seria alguma Teoria de Conspiração?

Ou seja, poderia ser mais explícito a respeito do dito? Fiquei realmente, não curioso, mas interessado em saber o que pode estar por trás de tudo, com o rótulo  “beneplácida” ou não. (Devo lhe dizer que particularmente entendo que o sistema de cotas não é a opção ideal para resolver um problema crônico que assola nosso sistema de educação. A solução é por outra trilha que, infelizmente, os gestores não conseguem seguí-la, por motivos diversos; mas não sou o mais capacitado para discutir. Mas, enquanto o caminho não é asfaltado, há que se ir por estes mesmos, esburacados. Fazer o quê?).

 

Sds,

Victor.

 


SUBJECT: Re: [ciencialist] TRG incompleta, mas ainda bem distante de qq 2a. colocada.
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/10/2012 10:12

Victor,
Obrigado!
De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Terça-feira, 9 de Outubro de 2012 6:40
Assunto: [ciencialist] TRG incompleta, mas ainda bem distante de qq 2a. colocada.

 
Felipe,
 
Em continuação a uma resposta que lhe fiz, referente ao seu último e-mail(está em outro desktop) onde comentava sobre a incompletude da TRG e aquela história do QI, que tratei de maneira mais ou menos brincalhona, encontrei esta noite o site abaixo, do Prof. D.Soares, cosmologista da UFMG.  Dentro do site, ele o remete a outros artigos seus, relacionados ao tema TRG e limitações cosmológicas. Lí-o todo, é muito bom, muito conteúdo físico.  O cientista fez uma bela e certeira análise da questão. Vale a pena a leitura.
 
 
Sds,
 
Victor.



SUBJECT: Re: [ciencialist] QI, QI, prá que te quero.
FROM: Gilberto Morelli <gilmorelli@yahoo.com>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/10/2012 11:11

Bom dia Felipe,
 
Desculpe a ignorância mas o que significa MQ?
 
O "Q" é de Quântica?
 
E finalmente, só para ter certeza...TRG = Teoria da Relatividade Geral?
 
Gilberto

From: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
To: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, October 8, 2012 9:21 AM
Subject: Re: [ciencialist] QI, QI, prá que te quero.

 
Ola Victor,
 
A TRG tem que estar incompleta, caso contrário não será uma teoria científica, concorda ? Acho que a sua incompabilidade com a MQ é uma evidência disto, não?
 
Com relação ao QI, creio que ele é condição necessária, não suficiente para que uma pessoa possa ser um gênio da ciência. Mas como disse Jacob Barnett, isto só ocorre qdo estes param de aprender e começa a pensar :-)
 
Abs
Felipe
 
De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quinta-feira, 4 de Outubro de 2012 22:48
Assunto: [ciencialist] QI, QI, prá que te quero.

 
 
Bem, agora começaram a aparecer:  garoto matemático, garoto showboy,  fofocando que a TRG está incompleta(e que vai fazer os remendos dos pedaços que faltam, etc), e a garota inglesa no endereço abaixo, em relação à qual  Einstein e Hawking são fichinhas, burrinhos, burrinhos. QI 165, é o que dizem que tem.
 
http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2012/10/04/britanica-de-12-anos-tem-qi-maior-que-os-fisicos-einstein-e-hawking.htm
 
 
No infográfico do artigo, vejam pessoas públicas que têm QI de lascar de alto...
Alguns chegam a ter QI 170, maior que  os maiores gênios. Pelamordegod! É isso mesmo?
 
Parece-me que esse negócio de QI é como peito de homem: serve para nada.
 
Que falem os psicólogos.
 
Sds,
Victor.
 
 
 





SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] QI, QI, prá que te quero.
FROM: Gilberto Morelli <gilmorelli@yahoo.com>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/10/2012 11:13

Eu devia ter lido todos os e-mails antes de perguntar...kkk
 
MQ= Mecânica Quântica

From: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, October 8, 2012 6:00 AM
Subject: RES: [ciencialist] QI, QI, prá que te quero.

 
Olá, Felipe.
 
Sim. A TRG não dá conta de algumas coisas, realmente.  Mas isto não é novidade para ninguém  do meio científico.
Isto sem falar na incompatibilidade com a mecânica quântica, que é a física do muito pequeno, como é conhecido de todos.
Além disso, embora seja atavés dela  que a Cosmologia, como um todo, evoluiu a nívieis muito superiores a quaisquer outras abordangens,  é  na própria Cosmologia que o uso das equações de campo têm encontrado algumas pedras no caminho.
Que não são apenas pedregulhos.
 
Mesmo assim, continua sendo imbatível, no que concerne às descrições do universo. Os físicos relativistas, profissionais, têm essa consciência e discernem adequadamente sobre suas possibilidades e limitações.
 
Sds,
Victor.
 
 
De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de luiz silva
Enviada em: segunda-feira, 8 de outubro de 2012 13:22
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] QI, QI, prá que te quero.
 
 
Ola Victor,
 
A TRG tem que estar incompleta, caso contrário não será uma teoria científica, concorda ? Acho que a sua incompabilidade com a MQ é uma evidência disto, não?
 
Com relação ao QI, creio que ele é condição necessária, não suficiente para que uma pessoa possa ser um gênio da ciência. Mas como disse Jacob Barnett, isto só ocorre qdo estes param de aprender e começa a pensar :-)
 
Abs
Felipe
 
De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quinta-feira, 4 de Outubro de 2012 22:48
Assunto: [ciencialist] QI, QI, prá que te quero.
 
 
 
Bem, agora começaram a aparecer:  garoto matemático, garoto showboy,  fofocando que a TRG está incompleta(e que vai fazer os remendos dos pedaços que faltam, etc), e a garota inglesa no endereço abaixo, em relação à qual  Einstein e Hawking são fichinhas, burrinhos, burrinhos. QI 165, é o que dizem que tem.
 
http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2012/10/04/britanica-de-12-anos-tem-qi-maior-que-os-fisicos-einstein-e-hawking.htm
 
 
No infográfico do artigo, vejam pessoas públicas que têm QI de lascar de alto...
Alguns chegam a ter QI 170, maior que  os maiores gênios. Pelamordegod! É isso mesmo?
 
Parece-me que esse negócio de QI é como peito de homem: serve para nada.
 
Que falem os psicólogos.
 
Sds,
Victor.
 
 
 
 



SUBJECT: Crianças aprendem programação através de um dos menores computadores do mundo
FROM: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/10/2012 11:46

Eu já havia ouvido falar do "Arduíno" (Arduino), mas esse tal
de Raspberry Pi, mostrado no vídeo, é novidade:

http://g1.globo.com/globo-news/ciencia-e-tecnologia/videos/t/todos-os-videos/v/criancas-aprendem-programacao-atraves-de-um-dos-menores-computadores-do-mundo/2179234/

Paulo


SUBJECT: Re: [ciencialist] Documentário: Beautiful Equations
FROM: Neville Martins <villem99@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/10/2012 11:54

Identidade de Euler  é umas das mais notáveis equações pela sua elegância em relacionar  varias constantes fundamentais e é um dos mais bonitos teoremas da matemática.
   
                         Imagem inline 1

Três operações aritméticas básicas: adição, multiplicação e exponenciação interligam cinco constantes matemáticas fundamentais:

O número 0, o aditivo de identidade.

O número 1, a identidade multiplicativa.

O número π, que é onipresente em trigonometria, geometria do espaço euclidiano, e matemática analítica (π = 3,14159265 ...)

O número e, a base dos logaritmos naturais, que ocorre amplamente em análise matemática e científica (e = 2,718281828 ...). Ambos π e e são números transcendentais.

O número i, a unidade imaginária dos números complexos, um campo de números que contém as raízes de todos os polinômios.

"A Fórmula do Fabuloso Dr. Euler" , um volume de 400 páginas de matemática, (publicado em 2006), escrito pelo Dr. Paul Nahin (Professor Emérito da Universidade de New Hampshire), é dedicado a identidade de Euler, especialmente suas aplicações na  análise de Fourier . Esta fómula  estabelece uma conexão entre análise complexa e funções trigonométricas em coordenadas polares e permite definir funções logaritimicas de números negativoos e de números complexos em qualquer base.

Uma de suas características importante é que mantém mesma forma em operações de cálculo analítico - a menos da unidade imaginária -  em  integrações e derivações,  permitindo manipular equações diferenciais como equações com forma algébrica, simplificando enormemente as operações.

NM

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SUBJECT: RES: [ciencialist] Documentário: Beautiful Equations
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/10/2012 12:22

Ok, Neville,

 

Acho que irei anotando mesmo, num caderninho, as preferências de vocês.

 

Sds,

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Neville Martins
Enviada em: terça-feira, 9 de outubro de 2012 15:55
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Documentário: Beautiful Equations

 

 

Identidade de Euler  é umas das mais notáveis equações pela sua elegância em relacionar  varias constantes fundamentais e é um dos mais bonitos teoremas da matemática.

   

                         Imagem inline 1

Três operações aritméticas básicas: adição, multiplicação e exponenciação interligam cinco constantes matemáticas fundamentais:

O número 0, o aditivo de identidade.

O número 1, a identidade multiplicativa.

O número π, que é onipresente em trigonometria, geometria do espaço euclidiano, e matemática analítica (π = 3,14159265 ...)

O número e, a base dos logaritmos naturais, que ocorre amplamente em análise matemática e científica (e = 2,718281828 ...). Ambos π e e são números transcendentais.

O número i, a unidade imaginária dos números complexos, um campo de números que contém as raízes de todos os polinômios.

"A Fórmula do Fabuloso Dr. Euler" , um volume de 400 páginas de matemática, (publicado em 2006), escrito pelo Dr. Paul Nahin (Professor Emérito da Universidade de New Hampshire), é dedicado a identidade de Euler, especialmente suas aplicações na  análise de Fourier . Esta fómula  estabelece uma conexão entre análise complexa e funções trigonométricas em coordenadas polares e permite definir funções logaritimicas de números negativoos e de números complexos em qualquer base.

Uma de suas características importante é que mantém mesma forma em operações de cálculo analítico - a menos da unidade imaginária -  em  integrações e derivações,  permitindo manipular equações diferenciais como equações com forma algébrica, simplificando enormemente as operações.

NM

=============

 


SUBJECT: Re: [ciencialist] ENC: MECATRÔNICA
FROM: André L F S Bacci <andrebacci.listas@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/10/2012 14:59

Para uma noção de como se pareceria uma implementação real de tal maquinário...

André

2012/10/9 JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>


Aliás, " Bonito e genial", mesmo como truque eletrônico.

 

Sds,

Victor.

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de JVictor
Enviada em: segunda-feira, 8 de outubro de 2012 18:24
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: RES: [ciencialist] ENC: MECATRÔNICA

 

 

Cá prá nós, também tive essa impressão. Mas não conheço esses caminhos.

Bonito e genial, se não for truque eletrônico.

 

Sds,

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de psdias2
Enviada em: segunda-feira, 8 de outubro de 2012 14:05
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] ENC: MECATRÔNICA

 

 

Oi, Victor!

O vídeo é muito legal, realmente !

Mas acho que é uma animação feita em computador,
e não uma máquina "física".

Abaixo, o mesmo vídeo do seu e-mail, com comentários explicando que é
uma animação:

http://www.youtube.com/watch?v=Xu-A0jqMPd8&feature=related

Outros exemplos interessantes:
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=XlyCLbt3Thk
Paulo





SUBJECT: Re: [ciencialist] ENC: MECATRÔNICA
FROM: "Ricardo S." <ricardo@rj1.info>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/10/2012 15:05

Acho essa animações 3D que a Animusic faz, fantásticas (minha preferida é a http://www.youtube.com/watch?v=OROAGNbsikQ).

E não chamaria de truque não. A ideia é realmente de criar animações 3D de músicas em MIDI (sem se passar por real). Gosto muito de animações 3D e a parte física dessa animação (Pipe Dreams) é incrível.

Agora, ano passado, em um evento da Intel (IDF 2011), a Intel apresentou uma versão real (simplificada) da coisa . Claro que não era para ser tão complexa quanto a animação, era só uma brincadeira, mas não deixa de ser interessante, apesar de que o barulho das máuina "soprando" as bolas acaba atrapalhando a músca.

Pipe Dreams real da Intel: http://www.youtube.com/watch?v=RmEZ7XOe238

Abs,

Ricardo S.

Em 09/10/2012 05:07, JVictor escreveu:
 

Aliás, " Bonito e genial", mesmo como truque eletrônico.

 

Sds,

Victor.

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de JVictor
Enviada em: segunda-feira, 8 de outubro de 2012 18:24
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: RES: [ciencialist] ENC: MECATRÔNICA

 

 

Cá prá nós, também tive essa impressão. Mas não conheço esses caminhos.

Bonito e genial, se não for truque eletrônico.

 

Sds,

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de psdias2
Enviada em: segunda-feira, 8 de outubro de 2012 14:05
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] ENC: MECATRÔNICA

 

 

Oi, Victor!

O vídeo é muito legal, realmente !

Mas acho que é uma animação feita em computador,
e não uma máquina "física".

Abaixo, o mesmo vídeo do seu e-mail, com comentários explicando que é
uma animação:

http://www.youtube.com/watch?v=Xu-A0jqMPd8&feature=related

Outros exemplos interessantes:
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=XlyCLbt3Thk
Paulo




SUBJECT: Re: [ciencialist] QI, QI, prá que te quero.
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/10/2012 15:12

Ola Gilberto,
 
É isso sim.
 
Abs
Felipe

De: Gilberto Morelli <gilmorelli@yahoo.com>
Para: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviadas: Terça-feira, 9 de Outubro de 2012 11:11
Assunto: Re: [ciencialist] QI, QI, prá que te quero.
 
Bom dia Felipe,
 
Desculpe a ignorância mas o que significa MQ?
 
O "Q" é de Quântica?
 
E finalmente, só para ter certeza...TRG = Teoria da Relatividade Geral?
 
Gilberto

From: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
To: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, October 8, 2012 9:21 AM
Subject: Re: [ciencialist] QI, QI, prá que te quero.
 
Ola Victor,
 
A TRG tem que estar incompleta, caso contrário não será uma teoria científica, concorda ? Acho que a sua incompabilidade com a MQ é uma evidência disto, não?
 
Com relação ao QI, creio que ele é condição necessária, não suficiente para que uma pessoa possa ser um gênio da ciência. Mas como disse Jacob Barnett, isto só ocorre qdo estes param de aprender e começa a pensar :-)
 
Abs
Felipe
 
De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quinta-feira, 4 de Outubro de 2012 22:48
Assunto: [ciencialist] QI, QI, prá que te quero.
 
 
Bem, agora começaram a aparecer:  garoto matemático, garoto showboy,  fofocando que a TRG está incompleta(e que vai fazer os remendos dos pedaços que faltam, etc), e a garota inglesa no endereço abaixo, em relação à qual  Einstein e Hawking são fichinhas, burrinhos, burrinhos. QI 165, é o que dizem que tem.
 
http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2012/10/04/britanica-de-12-anos-tem-qi-maior-que-os-fisicos-einstein-e-hawking.htm
 
 
No infográfico do artigo, vejam pessoas públicas que têm QI de lascar de alto...
Alguns chegam a ter QI 170, maior que  os maiores gênios. Pelamordegod! É isso mesmo?
 
Parece-me que esse negócio de QI é como peito de homem: serve para nada.
 
Que falem os psicólogos.
 
Sds,
Victor.
 
 
 

SUBJECT: RES: RES: [ciencialist] Documentário: Beautiful Equations
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/10/2012 12:35

Ok, Roberto.

 

Gostei da descrição que os autores fazem a respeito de matemática. Vou comprar, hoje, o último livro indicado.

 

Neste mar de gênios, destaco Euler como o Senhor da matemática, de longe superior a qualquer outro matemático que lhe sucedeu ou contemporâneo, e mbora não possamos descartar um Gauss, um Riemann; mas  Euler realmente fica fora de qualquer classificação.  Mas, em termos de beleza, minha preferência é para as equações  do eletromagnetismo. Nos domínios do espaço curvo, há uma equação de movimento, a chamada equação da geodésica, que é uma extenção de F=ma. Embora a forma seja bonita, peca pela complexidade, embora indispensável.  Depois vêm as equações de campo da RG, etc. Mas, em termos de forma, de beleza e simplicidade, fico, em segundo lugar com F = ma.

Mas não está em questão o que eu acho. O que gostaria de saber é o que vocês a cham a respeito.

 

Sds,

Victor.

 

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de roberto
Enviada em: quarta-feira, 10 de outubro de 2012 19:24
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: RES: [ciencialist] Documentário: Beautiful Equations

 

 

Apropo:

2004 "Concurso inglês elege as mais belas equações da história"
http://veja.abril.com.br/241104/p_140.html
-----

Livro "Cinco Equações Que Mudaram o Mundo"
http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/3540217/cinco-equacoes-que-mudaram-o-mundo
-----

Livro "As grandes equações"
http://www.zahar.com.br/catalogo_exclusivo.asp?id=0997&ide=589
-----
(Este eu li faz pouco tempo, de modo geral recomendo.)

[]s,

Roberto Takata


SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Documentário: Beautiful Equations
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/10/2012 15:24

Apropo:

2004 "Concurso inglês elege as mais belas equações da história"
http://veja.abril.com.br/241104/p_140.html
-----

Livro "Cinco Equações Que Mudaram o Mundo"
http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/3540217/cinco-equacoes-que-mudaram-o-mundo
-----

Livro "As grandes equações"
http://www.zahar.com.br/catalogo_exclusivo.asp?id=0997&ide=589
-----
(Este eu li faz pouco tempo, de modo geral recomendo.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Documentário: Beautiful Equations
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/10/2012 10:10


Se formos pensar somente em matematica, a equação de Euler é imbatível.
De: roberto <roberto.takata@bol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 10 de Outubro de 2012 15:24
Assunto: Re: RES: [ciencialist] Documentário: Beautiful Equations
 
Apropo:

2004 "Concurso inglês elege as mais belas equações da história"
http://veja.abril.com.br/241104/p_140.html
-----

Livro "Cinco Equações Que Mudaram o Mundo"
http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/3540217/cinco-equacoes-que-mudaram-o-mundo
-----

Livro "As grandes equações"
http://www.zahar.com.br/catalogo_exclusivo.asp?id=0997&ide=589
-----
(Este eu li faz pouco tempo, de modo geral recomendo.)

[]s,

Roberto Takata


SUBJECT: Re: [ciencialist] Documentário: Beautiful Equations
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/10/2012 21:04

Tudo bem, a equação de Euler é "bela", mas serve para quê? Ela é somente um caso muito particular da relação entre a forma polar e retangular de números complexos, os quais, estes sim, têm inúmeras aplicações. Beleza matemática é um conceito platônico e o platonismo matemático já deveria ter sido abandonado há anos.

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 11/10/2012 10:10, luiz silva escreveu:

Se formos pensar somente em matematica, a equação de Euler é imbatível.
De: roberto <roberto.takata@bol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 10 de Outubro de 2012 15:24
Assunto: Re: RES: [ciencialist] Documentário: Beautiful Equations
 
Apropo:

2004 "Concurso inglês elege as mais belas equações da história"
http://veja.abril.com.br/241104/p_140.html
-----

Livro "Cinco Equações Que Mudaram o Mundo"
http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/3540217/cinco-equacoes-que-mudaram-o-mundo
-----

Livro "As grandes equações"
http://www.zahar.com.br/catalogo_exclusivo.asp?id=0997&ide=589
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(Este eu li faz pouco tempo, de modo geral recomendo.)

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: O gato de Schrödinger agora fez mais que miau!
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/10/2012 03:43

 

Amigos,

 

O link abaixo dá notícias do trabalho dos ganhadores do Nobel de física deste ano.

Voltaram a atormentar o bichano Mimi, que Schrodinger torturou e deixou na agonia de se saber se estava morto ou bulindo... Lascou-se todo, o coitado.

O sacrifício de Mimi, compulsório, contra sua vontade,   não foi em vão.

Vejam no link,  que também remete a outras notícias do  mundo da ciência.

 

http://physicsworld.com/cws/article/news/2012/oct/09/quantum-control-pioneers-bag-2012-nobel-prize-for-physics

 

Sds sonolentas,

 

Victor.

 

 

 


SUBJECT: Outras Engenhocas
FROM: Tipoalgo <tipoalgo@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/10/2012 11:45

Olá a todos.

Confiram as novas engenhocas (BarraPet 6.0 - PetNó 7.0 - PáPet - FiltroPet 4.0) em http://tipoalgo.blogspot.com.br .

A BarraPet 6.0  e o PetNó 7.0 permitem facilidade de montagem e desmontagem com boa resistência mecânica.

Abraços
Tipoalgo



SUBJECT: Crônica desarrumada, sobre presente real.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/10/2012 06:39

Olá,

 

Já sei, já sei, queriam linchar o tal piauiense em vista de o mundo não haver acabado!...é o que diz o link abaixo

Pois esperavam mesmo isso.

Que decepção!  Que pena! ...

 

Somente o cara foi preso? Deveria ter ido muito antes. Já sei, já sei, a polícia achou melhor esperar para ver se, depois da hora aprazada, ainda estariam “bulindo”, com o mundo em volta sem nenhum arranhão.  Ora, e Deus lá é besta, para pipocar sua linda criação, assim, só por que o fulano disse?

 

Em Pernambuco, lá pelos 1800 e tantos, um sujeito assim(não foi A.Conselheiro, que este foi um dos mais malucos e mais conhecidos e “santificava” na Bahia, onde entrou pelo cano, em Canudos...) criou, lá pelos sertões, uma seita onde pais tinham que matar filhos para obterem a salvação. E matavam. Contam – ao menos o historiador em que li isso -  que mais de cem fora sacrificadas. E ninguém fez nada.

Um dia eu conto essa história com mais detalhes , se  quem interessar possa  perguntar.

 

No meu tempo de estudante profissional, lá em Campinha Grande, também surgiu um maluco desses, com a mesma cantiga, dizendo que o mundo ia acabar, marcou dia e hora. Ensinei logo aos vizinhos como escapar: ficarem escondidinhos, bem caladinhos, debaixo da mesa. E só poderiam sair, sãos e salvos,  quando o mundo parasse com essa besteira de se acabar... Não acabou, claro. Mas o cara sumiu. Era cercado de seguidoras, todas  jovens, que se vestiam sempre de azul. Umas eram muito bonitas...e bestas. Depois se soube que o “profeta” traçava todas, como preparação para a entrada no céu. O cara já era um cinquentão, que de besta só tinha mesmo a imbecilidade dos que nele acreditavam...

 

Quer saber, não estranho mais o comportamento de certos grupos árabes mulçumanos, que continuam com a mentalidade da era medieval, assim como os nossos picaretas, por a qui;  estes, todos, vivem nessa era, tenebrosa. Fortes, firmes, crescentes em número e estupidez. Mas estarão no céu com um bocado de virgens. É pouco ou quer mais?

 

Isto tudo sem falar no moderno INRI, e suas belas profetinhas, grande ator, grande ator. E cara de pau.

(Certa vez, numa viagem a Brasília, estava lá o INRI e seu séquito, de primeira classe...Já pensou uma divindade voando de classe normal, plebéia, como o herege aqui? ).  Pera lá, e o  que tenho a ver com isso?

 

Êta, em pleno século 21, ano 2012 da Graça!. Vou  é embora prá Parsárgada. E logo. Antes que essa doença “pegue”.

 

http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2012/10/12/mundo-nao-acaba-e-profeta-do-piaui-e-preso-apos-vizinhos-tentarem-lincha-lo.htm

 

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: Educação básica e além, na Finlândia e Coreia do Sul.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/10/2012 07:03

Parece-me que o modelo educacional, e as posturas governamentais, na Finlândia, são exemplos a serem seguidos.

O Brasil já andou visitando, trocando idéias, objetivando entender o modus operandi do sistema implantado por lá.

Que funciona, que é eficiente, e atende às necessidades básicas da educação e do preparo para o futuro.

 

http://www.cadec.com.br/destaques/92-a-educacao-na-finlandia-e-na-suecia-e-as-razoes-do-sucesso-na-avaliacao-do-pisa.html

 

Resta saber nossa competência e vontade política para seguir as trilhas que levam aos magníficos resultados obtidos por lá.

A Coreia do Sul também tem coisas a ensinar a nós outros,  brasileiros cotistas.

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: B.Russell, outro igual, never!
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/10/2012 12:54

Este link conduz a uma entrevista com B.Russel, parte 1 de 3. Vale a pena assistir. Infelizmente, não encontrei as duas partes seguintes, 2 de 3 e 3 de 3.  Continuarei buscando.

 

O primeiro livro que sobre relatividade foi o ABC dele. Ainda tenho a edição, que guardo com carinho.

 

Este mesmo link conduz a entrevista com outros filósofos famosos.

 

http://www.youtube.com/watch?v=rcckNCnk_fU

 

 

bom fim de semana.

 

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: RE: [ciencialist] Documentário: Beautiful Equations
FROM: Thiago Guimarães <guimaraesbsb@hotmail.com>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/10/2012 14:51



Álvaro, as equações são belas e pelo menos algumas existem 
na natureza, vide a  sequencia de Fibonacci.

Há pelo menos um erro grosseiro em se dizer que as "belezas" 
das equações são Platônicas, e pior, que o platonismo deveria 
ser abandonado. Isso é um erro grosseiro.

Só para a reflexão...

Estive estudando os Fractais e realmente fiquei "apaixonado".
hehehe

Thiago



To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: alvaro@lunabay.com.br
Date: Thu, 11 Oct 2012 21:04:58 -0300
Subject: Re: [ciencialist] Documentário: Beautiful Equations

 

Tudo bem, a equação de Euler é "bela", mas serve para quê? Ela é somente um caso muito particular da relação entre a forma polar e retangular de números complexos, os quais, estes sim, têm inúmeras aplicações. Beleza matemática é um conceito platônico e o platonismo matemático já deveria ter sido abandonado há anos.

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 11/10/2012 10:10, luiz silva escreveu:

Se formos pensar somente em matematica, a equação de Euler é imbatível.
De: roberto <roberto.takata@bol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 10 de Outubro de 2012 15:24
Assunto: Re: RES: [ciencialist] Documentário: Beautiful Equations
 
Apropo:

2004 "Concurso inglês elege as mais belas equações da história"
http://veja.abril.com.br/241104/p_140.html
-----

Livro "Cinco Equações Que Mudaram o Mundo"
http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/3540217/cinco-equacoes-que-mudaram-o-mundo
-----

Livro "As grandes equações"
http://www.zahar.com.br/catalogo_exclusivo.asp?id=0997&ide=589
-----
(Este eu li faz pouco tempo, de modo geral recomendo.)

[]s,

Roberto Takata





SUBJECT: RE: [ciencialist] Educação básica e além, na Finlândia e Coreia do Sul.
FROM: Thiago Guimarães <guimaraesbsb@hotmail.com>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/10/2012 14:58


Trecho do texto...

Assim, a palavra de ordem no sistema educacional finlandês é: AUTONOMIA.

Registra-se que durante as visitas às escolas não houve citação de nomes de 
teóricos que dão sustentação ao ensino na Finlândia. Enfaticamente é reforçada
 a autonomia dos professores, a confiança depositada neles no fazer bem o trabalho de ensinar.

Se fosse no Brasil, se diria assim: 
- Quem manda aqui?
- Auto-gestionário é utópico. Isso cheira a comunismo.

Brasil é o país da Burocracia. E até que se perceba isso,
talvez seja tarde demais...

Thiago



To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: j.victor.neto@uol.com.br
Date: Sat, 13 Oct 2012 07:03:34 -0300
Subject: [ciencialist] Educação básica e além, na Finlândia e Coreia do Sul.

 

Parece-me que o modelo educacional, e as posturas governamentais, na Finlândia, são exemplos a serem seguidos.

O Brasil já andou visitando, trocando idéias, objetivando entender o modus operandi do sistema implantado por lá.

Que funciona, que é eficiente, e atende às necessidades básicas da educação e do preparo para o futuro.

 

http://www.cadec.com.br/destaques/92-a-educacao-na-finlandia-e-na-suecia-e-as-razoes-do-sucesso-na-avaliacao-do-pisa.html

 

Resta saber nossa competência e vontade política para seguir as trilhas que levam aos magníficos resultados obtidos por lá.

A Coreia do Sul também tem coisas a ensinar a nós outros,  brasileiros cotistas.

 

Sds,

Victor.



SUBJECT: RES: [ciencialist] Educação básica e além, na Finlândia e Coreia do Sul.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/10/2012 20:55

Li, também, que todos os professores de lá têm a mesma formação universitária, os mesmos treinamentos. Daí a razão pela qual o sucesso não é apenas localizado, numa cidade A, ou numa escola B, etc. Só não sei se são adequadamente remunerados pelo trabalho, tal que não precisem desviar suas preocupações educacionais para coisas como pagar aluguel, luz, sustento das crianças, assistência médica, prestação do automóvel, feira, essas coisinhas que derretem o juízo de uma maioria, por aqui.  Como a cultura de lá é um pouquinho diferente da do Brasil, nesse importante tópico,  creio que devem ser bem remunerados...

Sim, “Enfaticamente é reforçada a autonomia dos professores, a confiança depositada neles no fazer bem o trabalho de ensinar.“. Mas essa confiança, que lhes é depositada, não é graciosa, confiança por confiança.   A confiança neles depositada é um função contínua do treinamento intenso e eficiente que o Estado lhes dá, no investimento que se faz, sobretudo, mas não apenas, no ensino preliminar.  

 

Um aspecto notável é a atenção ao aluno menos favorecido intelectualmente, se é que me entendem. A estes é dado um tratamento especial, bastante orientado.  

 

Finlândia neles, já.

 

Sds

 

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Thiago Guimarães
Enviada em: sábado, 13 de outubro de 2012 14:58
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: RE: [ciencialist] Educação básica e além, na Finlândia e Coreia do Sul.

 

 

 

Trecho do texto...

Assim, a palavra de ordem no sistema educacional finlandês é: AUTONOMIA.

 

Registra-se que durante as visitas às escolas não houve citação de nomes de 

teóricos que dão sustentação ao ensino na Finlândia. Enfaticamente é reforçada

 a autonomia dos professores, a confiança depositada neles no fazer bem o trabalho de ensinar.

 

Se fosse no Brasil, se diria assim: 

- Quem manda aqui?

- Auto-gestionário é utópico. Isso cheira a comunismo.

 

Brasil é o país da Burocracia. E até que se perceba isso,

talvez seja tarde demais...

 

Thiago

 

 


To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: j.victor.neto@uol.com.br
Date: Sat, 13 Oct 2012 07:03:34 -0300
Subject: [ciencialist] Educação básica e além, na Finlândia e Coreia do Sul.

 

 

Parece-me que o modelo educacional, e as posturas governamentais, na Finlândia, são exemplos a serem seguidos.

O Brasil já andou visitando, trocando idéias, objetivando entender o modus operandi do sistema implantado por lá.

Que funciona, que é eficiente, e atende às necessidades básicas da educação e do preparo para o futuro.

 

http://www.cadec.com.br/destaques/92-a-educacao-na-finlandia-e-na-suecia-e-as-razoes-do-sucesso-na-avaliacao-do-pisa.html

 

Resta saber nossa competência e vontade política para seguir as trilhas que levam aos magníficos resultados obtidos por lá.

A Coreia do Sul também tem coisas a ensinar a nós outros,  brasileiros cotistas.

 

Sds,

Victor.

 


SUBJECT: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
FROM: José Renato Terra <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/10/2012 23:19


Victor, talvez não tenha me expressado corretamente. O absurdo não está escondido, está na cara e é percebido por qualquer um que não use antolhos. Tanto é que o comentário comum dos que são a favor das cotas raciais sociais é de que não é a melhor solução, mas... Blá, blá, blá... Um cara sacou que: justiça se expressa em si mesma, injustiça requer argumentos. Aqui a justiça requer esclarecimentos. A presidente Dilma assinou a lei das cotas a ser exigida em etapas até atingir 50% das vagas das universidades. Já a partir de jan.2013, 12,5% deverão ser reservadas para negros, pardos e indígenas que tiverem cursado *todo* o segundo grau em escolas públicas. No decreto também foram incluídos critérios de renda familiar, percentual do grupo na região, segundo o IBGE, e outras filigranas que deixaremos de lado para manter o foco principal na questão racial.
 
Sabemos que o curso médio é responsabilidade dos governos estaduais e federais. O governo federal está facilitando a vida dos que cursaram todo, repito, todo o curso médio em escolas pública. Se alguma família fez das tripas coração e matriculou, por um tempo, o filho numa particular e depois teve de desistir, perdeu o "direito" à cota. Vê-se então que a cota não é racial social, ela é "governamental". Ela existe porque o ensino público é deficiente. Enumere o que os governos estaduais e federais fizeram durante está última década para melhorar o ensino médio no país? O que estão fazendo para que os alunos das escolas públicas estejam capacitados para passar nos vestibulares das melhores universidades, centros tecnológicos e ter bom desempenho nas universidades?
Na Bahia posso dizer que os professores voltaram às salas de aula, após 106 dias de greve, sem que o governador liberasse o aumento aprovado em Lei na Câmara Estadual. Justificativa do governador: tem de cumprir a lei de responsabilidade orçamentária! E o pior é que grupos representantes dos afrodescendentes e dos indígenas, estão exigindo dos governos mais reservas de cotas e facilidades, sem focar o principal que é: um ensino médio estruturado de forma competente e profissional, como é feito nas boas escolas particulares e nos colégios militares. Por que então não ir direto ao ponto e exigir o que é preciso para que o ensino público volte a ser referência, como foi até há cerca de 50 anos? 
 
Podemos afirmar que essa exigência fundamental foi fragilizada, e passa despercebida com a camuflagem das cotas e de outras benesses aos negros, pardos e indígenas, que são os principais usuários das escolas públicas. E os que são a favor das cotas - mesmo não sendo a melhor solução - parecem hipnotizados e não apresentam qualquer cobrança ou proposta para resolver a questão primeira: tornar as escolas públicas como padrão de ensino no Brasil, nos mesmos níveis das melhores escolas pagas. Dinheiro não falta, falta é vontade de trabalhar para que isso aconteça... Falta quem veja essa aberração, a aponte e diga com todas as letras porque a lei das cotas raciais e sociais é um engodo dos políticos no poder.
 
[]s
 
José Renato
........................................... 
 
----- Original Message -----
From: JVictor
Sent: Tuesday, October 09, 2012 6:56 AM
Subject: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao

Caro Renato, 

Renato: “Poucos são o que percebem o que há atras da aplicação beneplácida das cotas.

Apesar do oráculo haver comentado a afirmação acima, dando sua interpretação, ainda não entendi o que realmente você quis dizer. Seria alguma Teoria de Conspiração?

Ou seja, poderia ser mais explícito a respeito do dito? Fiquei realmente, não curioso, mas interessado em saber o que pode estar por trás de tudo, com o rótulo  “beneplácida” ou não. (Devo lhe dizer que particularmente entendo que o sistema de cotas não é a opção ideal para resolver um problema crônico que assola nosso sistema de educação. A solução é por outra trilha que, infelizmente, os gestores não conseguem seguí-la, por motivos diversos; mas não sou o mais capacitado para discutir. Mas, enquanto o caminho não é asfaltado, há que se ir por estes mesmos, esburacados. Fazer o quê?). 

Sds,

Victor.

........................................................
----- Original Message -----
From: "José Renato Terra"
Sent: Monday, October 01, 2012 11:01 PM
Subject: [Spam] Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
 
Há questões que vão além de polêmicas e legalidades. O artigo que escrevi
expressa os diversos absurdos que as reservas ou cotas por raça promovem,
sob argumentos aparentemente de proteção social aos menos favorecidos
durante algum tempo. Há quanto tempo as cotas raciais estão em uso no
Brasil? Qual foi a melhora que ocorreu nas universidades, nas escolas
públicas e nas classes menos favorecidas a partir do seu uso? Para os
governantes que não se interessam em melhorar o sistema educacional público
as cotas são um bom sedativo social. Poucos são o que percebem o que há
atras da aplicação beneplácida das cotas. Tanto aqui, como nos EUA ou em
qualquer lugar, as cotas - do jeito que estão estabelecidas - é um engodo
que anestesia e engabela a população afetada: positiva ou negativamente. Até
quem é contra à aplicação das reservas e cotas raciais pode ser acusado de
preconceito racial: crime inafiançável! E o problema do ensino público
escolar no primeiro e segundo grau é levado com a barriga às calendas. Na
classificação das melhores escolas de segundo grau aparecem algumas que são
públicas. Os colégios militares grátis considerados públicos são um bom
exemplo de educação organizada. Felizmente neles ainda não se aplica o
regime de cotas para o exame de admissão. É o mérito que vale! Hoje em dia
essa questão caiu no esquecimento visto que é constitucional... E ninguém
mais questiona o porquê de ainda se manter o sistema de cotas raciais. Só
não vê o sistema de cotas como um absurdo quem não quer! Como justificativa
periférica seus apoiadores consideram um mal menor, que um dia será extinto
por... Por quem mesmo?
[]s
JR
................................................................
 
----- Original Message -----
From: "José Renato
Sent: Monday, September 10, 2012 2:33 PM
Subject: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao

COTAS: RACISTAS POR DEFINIÇÃO

O fator que mais contribui para impedir que uma pessoa curse uma
universidade não é a cor é o seu poder econômico. Daí pode surgir um
corolário enviesado para justificar as cotas. Os negros e nativos não têm
poder econômico porque não fizeram universidade... E durma-se com um
raciocínio desses!

Aparentemente, a questão já está amadurecida para o ministro Tarso Genro,
das Relações Institucionais, quando constata que o impedimento maior é
econômico e não étnico. Basta os órgãos governamentais fornecerem ensino
suficiente nas escolas públicas, cursos específicos de preparação aos
vestibulares para os alunos dessas escolas e, claro, bolsas de estudo aos
aprovados, evitando a evasão por falta de recursos para se sustentar até o
final. Parece-me que as cotas como propostas são racistas, injustas,
humilhantes e inconstitucionais. Há modo mais inteligente de realizar a
inclusão e a igualdade social sem cair no critério racial que promove,
exatamente, o racismo indesejável que deseja combater.

O ministro Gilberto Gil tem razão em fomentar as discussões. A exposição de
motivos e argumentos foi o que de melhor as cotas provocaram. Boas propostas
estão aí em execução. Em Salvador-BA já existem cursinhos de vestibular
grátis para os melhores alunos de escola pública, bancados pelos governos
estadual e municipal e a fundamental bolsa, tipo FIES, para os aprovados nos
vestibulares.

Eu mesmo já fui agraciado por uma forma inteligente de inclusão, há bem mais
tempo. Quando fazia o 1º ano do curso científico - atual 2° grau - houve um
convite da Universidade Federal do Pará para os estudantes fazerem teste de
conhecimento visando selecionar os melhores alunos que cursavam escolas
públicas e as poucas privadas existentes, em geral administradas por
congregações religiosas. Nessa época as escolas públicas tinham tradição e
impunham respeito pela qualidade do ensino. Passei no teste e a UFPA formou
três turmas, uma para cada turno de modo a atender a todos. Na minha turma
havia cerca de 30 alunos. Recebíamos aulas das matérias padrões dos
vestibulares com professores que ensinavam universitários nas faculdades de
engenharia, química, medicina, português e línguas. Tínhamos três dias de
aulas por semana, sendo uma no sábado, o que fez os menos interessados
desistirem em alguns meses. O nível do ensino e a convivência no ambiente
universitário me deu uma condição especial para prestar o vestibular. Graças
a Deus, passei de primeira em 21° lugar de um total de 151 vagas
preenchidas. Depois que os colégios particulares se multiplicaram, esse bela
iniciativa foi boicotada e eliminada.

O parâmetro usado no sistema de cotas vem dos EUA, só que bem diferente. Lá
os alunos para as universidades são escolhidos pelos "comitês" -
teoricamente, com base no currículo escolar - mas que na prática eram
preenchidas por quase totalidade de brancos para evitar conflitos raciais e
"queda de padrão" da escola junto à comunidade acadêmica.

No Brasil, já não há espaço para mais essa "bondade" que rotula o não-branco
como um deficiente intelectual, que precisa de condições especiais para ser
aprovado no vestibular.

Quem gostaria de ser marcado em toda a sua vida profissional como quem foi
aprovado na "cota racial"?

As cotas serviram para esclarecer pelo menos as estatísticas, com maior
presença de não-brancos nas universidades. Antes era mínima, hoje, mais do
que nunca, os negros, pardos e indígenas aparecem em melhores números do que
há cinco anos quando, quase todo mundo com características externas não
totalmente negras, registravam sua cor como branca em vez de parda ou negra.
Levantamentos divulgados pelo reitor da UFBA revelam que os aprovados nas
cotas têm, nos cursos universitários, melhor desempenho do que os demais.
Isso mostra o quanto é desnecessário o sistema de cotas por raça.

Lembro de um filme em que Natalie Wood fazia uma negra de pele clara, que
renega a mãe negra para não ser considerada "de cor" na escola, na
universidade, no seu círculo de amizades e junto aos ricos pretendentes?
Será que com os "benefícios" das cotas ela assumiria suas origens e sua
raça?

Esse tipo de proposta provoca mais danos do que melhorias, apenas disfarça o
cerne da questão: o abandono do ensino oficial no Brasil, um direito
constitucional não exigido pela sociedade.

As cotas são racistas por definição. A meu ver elas vêm desqualificar e
humilhar ainda mais os não-brancos.



< http://www.diretodaredacao.com/noticia/cotas-racistas-por-definicao >

SUBJECT: Re: [ciencialist] Wikileaks - EUA vetaram desenvolvimento tecnológico brasileiro
FROM: José Renato Terra <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/10/2012 01:04

Deparei-me hoje com um texto que lembra suas palavras: Pondo a nu as suas vergonhas?
"A Verdade é viva, eficaz e mais cortante do que espada de dois gumes. Penetra até dividr alma e espírito, articulações e medulas. Ela julga os pensamentos e as intenções do coração. E não há criatura que possa ocultar-se diante dela. Tudo está nu e descoberto aos seus olhos, e é a ela que devemos prestar contas."(Hb 4,12-13) Tem uma definição enviezada que diz: ética é o que fazemos quando somos observados, caráter é o que fazemos quando estamos a sós. Geralmente, todos querem aparecer bem na foto. Revelar o que é feito as escondidas é insuportável para os que posam de "mocinhos" defensores da paz, democracia, liberdade...
[]s
JR
.........................................
----- Original Message -----
From: JVictor
Sent: Tuesday, October 09, 2012 5:15 AM
Subject: RES: [ciencialist] Wikileaks - EUA vetaram desenvolvimento tecnológico brasileiro

Honestamente, eu não tenho um posição formada, firme,  a respeito de se o Wikileaks constitui-se num "terrorismo" benéfico  ou maléfico para a humanidade. Sei que a transparência, em qualquer situação, é uma opção que pode ser boa.   Mas, em se tratando de segurança nacional, pode não ser.  Mas essa história de segurança nacional costume ser esconderijo para muitas coisas que nada têm a ver.

O que os amigos mais sabidos do fórum acham desse assunto, que mexeu no bau dos segredos de tanta gente e tantos países. Pondo a nu as suas vergonhas?  Realmente, apreciaria ler comentários e opinões a respeito.  Sim, sim, não, não ou moreless?

 Sds,

Victor

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de José Renato Terra
Enviada em: terça-feira, 9 de outubro de 2012 02:38
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Wikileaks - EUA vetaram desenvolvimento tecnológico brasileiro

Wikileaks revela sabotagem dos EUA contra Brasil com aval de FHC

Telegramas revelam intenções de veto e ações dos EUA contra o desenvolvimento tecnológico brasileiro com interesses de diversos agentes que ocupam ou ocuparam o poder em ambos os países

wikileaks tecnologia sabotagem brasilOs telegramas da diplomacia dos EUA revelados pelo Wikileaks revelaram que a Casa Branca toma ações concretas para impedir, dificultar e sabotar o desenvolvimento tecnológico brasileiro em duas áreas estratégicas: energia nuclear e tecnologia espacial. Em ambos os casos, observa-se o papel anti-nacional da grande mídia brasileira, bem como escancara-se, também sem surpresa, a função desempenhada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, colhido em uma exuberante sintonia com os interesses estratégicos do Departamento de Estado dos EUA, ao tempo em que exibe problemática posição em relação à independência tecnológica brasileira. Segue o artigo do jornalista Beto Almeida.

O primeiro dos telegramas divulgados, datado de 2009, conta que o governo dos EUA pressionou autoridades ucranianas para emperrar o desenvolvimento do projeto conjunto Brasil-Ucrânia de implantação da plataforma de lançamento dos foguetes Cyclone-4 – de fabricação ucraniana – no Centro de Lançamentos de Alcântara , no Maranhão.

Veto imperial

O telegrama do diplomata americano no Brasil, Clifford Sobel, enviado aos EUA em fevereiro daquele ano, relata que os representantes ucranianos, através de sua embaixada no Brasil, fizeram gestões para que o governo americano revisse a posição de boicote ao uso de Alcântara para o lançamento de qualquer satélite fabricado nos EUA. A resposta americana foi clara. A missão em Brasília deveria comunicar ao embaixador ucraniano, Volodymyr Lakomov, que os EUA “não quer” nenhuma transferência de tecnologia espacial para o Brasil.

“Queremos lembrar às autoridades ucranianas que os EUA não se opõem ao estabelecimento de uma plataforma de lançamentos em Alcântara, contanto que tal atividade não resulte na transferência de tecnologias de foguetes ao Brasil”, diz um trecho do telegrama.

Em outra parte do documento, o representante americano é ainda mais explícito com Lokomov: “Embora os EUA estejam preparados para apoiar o projeto conjunto ucraniano-brasileiro, uma vez que o TSA (acordo de salvaguardas Brasil-EUA) entre em vigor, não apoiamos o programa nativo dos veículos de lançamento espacial do Brasil”.

Guinada na política externa

O Acordo de Salvaguardas Brasil-EUA (TSA) foi firmado em 2000 por Fernando Henrique Cardoso, mas foi rejeitado pelo Senado Brasileiro após a chegada de Lula ao Planalto e a guinada registrada na política externa brasileira, a mesma que muito contribuiu para enterrar a ALCA. Na sua rejeição o parlamento brasileiro considerou que seus termos constituíam uma “afronta à Soberania Nacional”. Pelo documento, o Brasil cederia áreas de Alcântara para uso exclusivo dos EUA sem permitir nenhum acesso de brasileiros. Além da ocupação da área e da proibição de qualquer engenheiro ou técnico brasileiro nas áreas de lançamento, o tratado previa inspeções americanas à base sem aviso prévio.

Os telegramas diplomáticos divulgados pelo Wikileaks falam do veto norte-americano ao desenvolvimento de tecnologia brasileira para foguetes, bem como indicam a cândida esperança mantida ainda pela Casa Branca, de que o TSA seja, finalmente, implementado como pretendia o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Mas, não apenas a Casa Branca e o antigo mandatário esforçaram-se pela grave limitação do Programa Espacial Brasileiro, pois neste esforço algumas ONGs, normalmente financiadas por programas internacionais dirigidos por mentalidade colonizadora, atuaram para travar o indispensável salto tecnológico brasileiro para entrar no seleto e fechadíssimo clube dos países com capacidade para a exploração econômica do espaço sideral e para o lançamento de satélites. Junte-se a eles, a mídia nacional que não destacou a gravíssima confissão de sabotagem norte-americana contra o Brasil, provavelmente porque tal atitude contraria sua linha editorial historicamente refratária aos esforços nacionais para a conquista de independência tecnológica, em qualquer área que seja. Especialmente naquelas em que mais desagradam as metrópoles.

Bomba! Bomba!

O outro telegrama da diplomacia norte-americana divulgado pelo Wikileaks e que também revela intenções de veto e ações contra o desenvolvimento tecnológico brasileiro veio a tona de forma torta pela Revista Veja, e fala da preocupação gringa sobre o trabalho de um físico brasileiro, o cearense Dalton Girão Barroso, do Instituto Militar de Engenharia, do Exército. Giráo publicou um livro com simulações por ele mesmo desenvolvidas, que teriam decifrado os mecanismos da mais potente bomba nuclear dos EUA, a W87, cuja tecnologia é guardada a 7 chaves.

A primeira suspeita revelada nos telegramas diplomáticos era de espionagem. E também, face à precisão dos cálculos de Girão, de que haveria no Brasil um programa nuclear secreto, contrariando, segundo a ótica dos EUA, endossada pela revista, o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, firmado pelo Brasil em 1998, Tal como o Acordo de Salvaguardas Brasil-EUA, sobre o uso da Base de Alcântara, o TNP foi firmado por Fernando Henrique. Baseado apenas em uma imperial desconfiança de que as fórmulas usadas pelo cientista brasileiro poderiam ser utilizadas por terroristas , os EUA, pressionaram a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que exigiu explicações do governo Brasil , chegando mesmo a propor o recolhimento-censura do livro “A física dos explosivos nucleares”. Exigência considerada pelas autoridades militares brasileiras como “intromissão indevida da AIEA em atividades acadêmicas de uma instituição subordinada ao Exército Brasileiro”.

Como é conhecido, o Ministro da Defesa, Nelson Jobim, vocalizando posição do setor militar contrária a ingerências indevidas, opõe-se a assinatura do protocolo adicional do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, que daria à AIEA, controlada pelas potências nucleares, o direito de acesso irrestrito às instalações nucleares brasileiras. Acesso que não permitem às suas próprias instalações, mesmo sendo claro o descumprimento, há anos, de uma meta central do TNP, que não determina apenas a não proliferação, mas também o desarmamento nuclear dos países que estão armados, o que não está ocorrendo.

Desarmamento unilateral

A revista publica providencial declaração do físico José Goldemberg, obviamente, em sustentação à sua linha editorial de desarmamento unilateral e de renúncia ao desenvolvimento tecnológico nuclear soberano, tal como vem sendo alcançado por outros países, entre eles Israel, jamais alvo de sanções por parte da AIEA ou da ONU, como se faz contra o Irã. Segundo Goldemberg, que já foi secretário de ciência e tecnologia, é quase impossível que o Brasil não tenha em andamento algum projeto que poderia ser facilmente direcionado para a produção de uma bomba atômica. Tudo o que os EUA querem ouvir para reforçar a linha de vetos e constrangimentos tecnológicos ao Brasil, como mostram os telegramas divulgados pelo Wikileaks. Por outro lado, tudo o que os EUA querem esconder do mundo é a proposta que Mahmud Ajmadinejad , presidente do Irà, apresentou à Assembléia Geral da ONU, para que fosse levada a debate e implementação: “Energia nuclear para todos, armas nucleares para ninguém”. Até agora, rigorosamente sonegada à opinião pública mundial.

Intervencionismo crescente

O semanário também publica franca e reveladora declaração do ex-presidente Cardoso : “Não havendo inimigos externos nuclearizados, nem o Brasil pretendendo assumir uma política regional belicosa, para que a bomba?” Com o tesouro energético que possui no fundo do mar, ou na biodiversidade, com os minerais estratégicos abundantes que possui no subsolo e diante do crescimento dos orçamentos bélicos das grandes potências, seguido do intervencionismo imperial em várias partes do mundo, desconhecendo leis ou fronteiras, a declaração do ex-presidente é, digamos, de um candura formidável.

São conhecidas as sintonias entre a política externa da década anterior e a linha editorial da grande mídia em sustentação às diretrizes emanadas pela Casa Branca. Por isso esses pólos midiáticos do unilateralismo em processo de desencanto e crise se encontram tão embaraçados diante da nova política externa brasileira que adquire, a cada dia, forte dose de justeza e razoabilidade quanto mais telegramas da diplomacia imperial como os acima mencionados são divulgados pelo Wikileaks.

FONTE: < http://www.pragmatismopolitico.com.br/2011/02/wikileaks-revela-sabotagem-contra.html >

 

 

 

 




--

 

 




--


“Sobreviver irá exigir da raça humana uma maneira substancialmente nova de pensar”.
Albert Einstein

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O Magistério da Educação adverte: 
MBA aborrega a mente das pessoas.

 


SUBJECT: Sou Y, e se fosse XY? Espada do Zorro, assim assim?
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/10/2012 06:55

E se eu tivesse  um cromossomo Y misturado com um tiquinho do X, vice-versa?

Não se sabe se existe algo assim no baú dos segredos genéticos.

Mas...e se?

 

 

Sds,

Victor.

 

Cromossomo Y, responsável pelo gênero masculino, evolui mais depressa

einstein.br/pagina-einstein

cromossomo y Cromossomo Y, responsável pelo gênero masculino, evolui mais depressaAlguns anos atrás, quando a sequência genética do cromossomo humano Y foi mapeada, havia a supeita de que o Y estava fadado à extinção, por ter uma sequência de pares de bases três vezes menor que o cromossomo X.  Até sugeriram que o cromossomo Y estava encolhendo de tal forma que em 50.00o anos ele desapareceria; e os homens também já que o cromossomo é responsável pelo gênero masculino. Agora, uma nova pesquisa dos cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) e publicado na revista “Nature” afirma que os homens não vão acabar no planeta e, além disso, seu cromossomo está evoluindo mais depressa que o restante do código genético humano e parece estar em constante recosntrução.

O estudo comparou os cromossomos Y de humanos e chimpanzés – nossos parentes mais próximos – e mostra que eles são 30% diferentes. Antes que os homens inflem seus egos achando que estão por cima da carne seca, o cientista David Page, co-autor do estudo, disse que a evolução rápida do cromossomo Y é um mistério. E que essa evolução não significa que homens, detentores do cromossomo Y, sejam mais evoluídos que  as mulheres. Agora, com relação aos chimpanzés, a superioridade do homem é incontestável. Há seções do cromossomo em nossa espécie inexistentes nos símios.

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Essas mudanças ocorreram nos últimos seis milhões de anos – um tempo relativamente recentes em termos de evolução. O cromossomo Y parece ser o que mais depressa está evoluindo entre todos os cromossomos humanos. Segundo o cientistas é um processo quase contínuo de reconstrução genética. “È como uma casa em construção”. Há algumas explicações para a evolução veloz do Y. Uma delas é que ele é um cromossomo singular, ou seja, não é parte de um par, como os demais. Portanto, segundo os cientistas, quando ele sofre uma mutação, não há uma réplica capaz de encobrir a mudança. Como as mulheres têm dois cromossomos X, ele não sofre dessa peculiaridade.

Outra razão tem a ver com o estilo do acasalamento. Quando uma fêmea do chimpanzé entra no cio, ela faz sexo frequentemente com muitos parceiros, o que gera uma pressão para que os machos produzam o melhor esperma possível para conseguir propagar seus genes – uma atitude não mantida pelos homens.

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Educação básica e além, na Finlândia e Coreia do Sul.
FROM: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/10/2012 08:01

Aproveitando o e-mail do Victor:

Não me lembro se já circularam por aqui estes vídeos sobre o sistema
de ensino de alguns países, veiculados pela TV Futura. Há um episódio
dedicado
à Finlândia e outro à Coréia do Sul:


Destino Educação:

1) http://www.youtube.com/watch?v=Z4CeswQ0BYo (Xangai)
2) http://www.youtube.com/watch?v=fIZrEgsjUXE (Finlândia)
3) http://www.youtube.com/watch?v=gF-xBK1l6rA (Chile)
4) http://www.youtube.com/watch?v=EavGDbIUiEE (Coréia)
5) http://www.youtube.com/watch?v=Sl7heh6blZY (Canadá)
6) http://www.youtube.com/watch?v=qhD1V1gqwP8 (Brasil)
7) http://www.youtube.com/watch?v=El1fX-1NHjE (Geral)

Paulo


SUBJECT: E agora, Sr. Empresário? Você é o vilão da história.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/10/2012 11:31

As coisas estão evoluindo...

 

Além dos problemas futuros que esta “benesses” poderão provocar, tem ainda ainda uma arma letal:

 

“Outra medida prevê punição para as empresas que comprovadamente discriminem pessoas em razão da sua cor de pele. Essas firmas seriam vetadas em licitações.”

Não acham que isso é demais, não? Firmas precisam de  colaboradores bons, responsáveis, de cor, incolor, ou não. Ninguém demite ou afasta, ou pune, por causa  dessa causa ridícula da cor. Isto não tem a mínima importância. O que interessa mesmo é o produto do trabalho que cada um é capaz de fornecer, na troca do salário mensal. É assim que funciona.

Agora, qualquer servidor de cor, ao ser demitido, pode denunciar ao TRT que o foi por perseguição colorida. Como já fazem com outros motivos,  inventados, buscando aumentar a indenização, de forma fraudulenta. Poucas vezes o TRT dá ganho de causa à Empresa.

 

Estou perplexo com tanta hipocrisia. Bem, mas isto certamente garantirá a releição dos mentores. Para mim, esta é a única causa, o resto que se dane.

 

Agora zanguei.

 

Sds,

Victor

 

 

Dilma vai criar cota para negro no serviço público

 

JOÃO CARLOS MAGALHÃES
NATUZA NERY
DE BRASÍLIA

O Palácio do Planalto prepara o anúncio para este ano de um amplo pacote de ações afirmativas que inclui a adoção de cotas para negros no funcionalismo federal.

Opinião: Medida pode fixar um novo marco nas relações raciais

A medida, defendida pessoalmente pela presidente Dilma Rousseff, atingiria tanto os cargos comissionados quanto os concursados.

O percentual será definido após avaliação das áreas jurídica e econômica da Casa Civil, já em andamento.

O plano deve ser anunciado no final de novembro, quando se comemora o Dia da Consciência Negra (dia 20) e estarão resolvidos dois assuntos que dominam o noticiário: as eleições municipais e o julgamento do mensalão.

O delineamento do plano nacional de ações afirmativas ocorre dois meses depois de o governo ter mobilizado sua base no Congresso para aprovar lei que expandiu as cotas em universidades federais.

A Folha teve acesso às propostas. Elas foram compiladas pela Seppir (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial) e estão distribuídas em três grandes eixos: trabalho, educação e cultura-comunicação.

A cota no funcionalismo público federal está no primeiro capítulo: propõe piso de 30% para negros nas vagas criadas a partir da aprovação da legislação. Hoje, o Executivo tem cerca de 574 mil funcionários civis.

No mesmo eixo está a ideia de criar incentivos fiscais para a iniciativa privada fixar metas de preenchimento de vagas de trabalho por negros.

Ou seja, o empresário não ficaria obrigado a contratar ninguém, mas seria financeiramente recompensado se optasse por seguir a política racial do governo federal.

Outra medida prevê punição para as empresas que comprovadamente discriminem pessoas em razão da sua cor de pele. Essas firmas seriam vetadas em licitações.

EDUCAÇÃO E CULTURA

No campo da cultura, há uma decisão de criar incentivos para produtores culturais negros. Na semana passada, a ministra Marta Suplicy (Cultura) já anunciou que serão lançados editais exclusivos para essa parte da população.

No eixo educação, há ao menos três propostas principais: 1) monitorar a situação de negros cotistas depois de formados; 2) oferecer aos cotistas, durante a graduação, auxílio financeiro; 3) reservar a negros parte das bolsas do Ciências sem Fronteira, programa do governo federal que financia estudos no exterior.

A implantação de ações afirmativas é uma exigência do Estatuto da Igualdade Racial, aprovado pelo Congresso em 2010, o último ano do segundo mandato de Lula.

Segundo o estatuto, é negro aquele que se diz preto ou pardo --juntas, essas duas autodefinições compõem mais da metade dos 191 milhões de brasileiros, de acordo com o Censo de 2010.

ESSENCIAL

O plano é tido no governo como essencial para diminuir a desigualdade gerada por diferenças de cor e ampliar a queda na concentração de renda na última década.

Nesse sentido, o plano, ao usar unicamente critérios raciais, seria mais cirúrgico do que o sistema de cotas aprovado pelos congressistas em agosto, que reserva metade das vagas nas federais para alunos egressos de escolas públicas e, apenas nessa fatia, institui a ocupação prioritária por negros e índios.

Politicamente, será um forte aceno da gestão Dilma aos movimentos sociais, com os quais mantém uma relação distante e, em alguns momentos, conflituosa --como durante a onda de greves de servidores neste semestre.

 


SUBJECT: Re: PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
FROM: "Homero" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/10/2012 15:59

Olá Renato

Complexo de messias. "Se não sou eu a iluminar os pobres tolos, ficarão na ignorância (ou má fé) para sempre".

Sinto, não funciona assim, e você não é portador da verdade verdadeira (ninguém é, nem seres imaginários). Você se expressou corretamente, entendemos suas colocações, mas não apresentou argumentos apenas ad hominens e falácias. 

Acusar os que discordam de "usar antolhos", serem tolos, ou desonestos, não é argumento. O espantalho "os a favor das cotas são interesseiros ou cegos, e só querem esquecer os problemas, sem se interessar por melhoras nem pressionar o governo" é falso, uma falácia recorrente.

Na verdade, idêntica em sua forma ao espantalho usado, por exemplo, contra quem é a favor da descriminalização do aborto: são pessoas más, contra a vida, que não se preocupam nem procuram outras formas de evitar a gravidez. Falso, claro, mas não me espanta que use o mesmo argumento distorcido contra qualquer um que discorde de suas verdades verdadeiras.

Os favor das cotas, como paliativo e ferramenta temporária, também se preocupam com a melhoria da educação, com outras formas de dar educação de qualidade a todos, e com o objetivo de em algum momento não serem mais necessárias as cotas, de qualquer tipo. Também compreendem perfeitamente que o ideal seria que todos, sem exceção, tivessem educação de base de qualidade.

Um cara: "justiça se expressa em si mesma, injustiça requer argumentos. "

Uma "boutade", um chavão, frase de efeito, nada mais. Justiça também exige argumentos, defesa, explicações, debates, pois não existe algo abstrato como "justiça", nem verdades absolutas indiscutíveis, que são auto-evidentes (apenas na religião, mas isso também não me espanta, de novo.:-).

Enfim, sem argumentos, resta a você atacar os adversários, como cegos tolos, ou desonestos de má fé. Ad hominens.

Todos concordamos que o ideal é tornar as escolas públicas um padrão de qualidade. Todos sabemos que isso não vai acontecer tão cedo, por muitos e diversos motivos. E alguns de nós pensam que, até que isso ocorra, mais possibilidades devem ser apresentadas as pessoas que sofrem com essa situação, e pensam que com mais pessoas educadas a partir de camadas mais pobres, inclusive de origem negra, seremos mais capazes de pressionar os governos.

Mais pessoas formadas, a partir de origens humildes, mais pessoas interessadas em mudar a atual situação da educação. Menos pessoas dessa origem, e menos interesse terão as pessoas que não sofrem com essa situação (e que tem a formação relativamente garantida dentro desse estado de coisas) em melhorar essa situação da educação no pais. Pense, em uma associação que pretenda pressionar um governo ou administração para melhorar as escolas fundamentais, se todos forem ricos e brancos, com que intensidade essa organização vai lutar? E se metade tiverem vindo de camadas mais pobres, de origem socio-econômica mais humilde, de negros ou descendentes, qual o esforço que estariam dispostos a fazer, com que intensidade lutariam, para melhorar as escolas?

Como está, quem decide prioridades são as mesmas pessoas que estão satisfatoriamente protegidas pela atual situação das coisas. Sua motivação para agir é, dada a natureza humana, menor, menos intensa (em média, existem exceções, claro). Cotas, que permitam mudar o padrão da sociedade , ainda de forma mínima, podem ajudar nesse esforço.

Não tenho, diferente de você, pretensão de ter a "verdade verdadeira", por isso apresento argumentos e dados que sustentem o que defendo. A justiça, diferente de seu bordão, não é auto-evidente, nem independe de argumentos e evidências, para ser definida. Em minha opinião, absurdo é você teimar em não compreender isso.

Homero


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, José Renato Terra <jrma@...> escreveu
>
> Victor, talvez não tenha me expressado corretamente. O absurdo não está escondido, está na cara e é percebido por qualquer um que não use antolhos. Tanto é que o comentário comum dos que são a favor das cotas raciais sociais é de que não é a melhor solução, mas... Blá, blá, blá... Um cara sacou que: justiça se expressa em si mesma, injustiça requer argumentos. Aqui a justiça requer esclarecimentos. A presidente Dilma assinou a lei das cotas a ser exigida em etapas até atingir 50% das vagas das universidades. Já a partir de jan.2013, 12,5% deverão ser reservadas para negros, pardos e indígenas que tiverem cursado *todo* o segundo grau em escolas públicas. No decreto também foram incluídos critérios de renda familiar, percentual do grupo na região, segundo o IBGE, e outras filigranas que deixaremos de lado para manter o foco principal na questão racial.
>
> Sabemos que o curso médio é responsabilidade dos governos estaduais e federais. O governo federal está facilitando a vida dos que cursaram todo, repito, todo o curso médio em escolas pública. Se alguma família fez das tripas coração e matriculou, por um tempo, o filho numa particular e depois teve de desistir, perdeu o "direito" à cota. Vê-se então que a cota não é racial social, ela é "governamental". Ela existe porque o ensino público é deficiente. Enumere o que os governos estaduais e federais fizeram durante está última década para melhorar o ensino médio no país? O que estão fazendo para que os alunos das escolas públicas estejam capacitados para passar nos vestibulares das melhores universidades, centros tecnológicos e ter bom desempenho nas universidades?
> Na Bahia posso dizer que os professores voltaram às salas de aula, após 106 dias de greve, sem que o governador liberasse o aumento aprovado em Lei na Câmara Estadual. Justificativa do governador: tem de cumprir a lei de responsabilidade orçamentária! E o pior é que grupos representantes dos afrodescendentes e dos indígenas, estão exigindo dos governos mais reservas de cotas e facilidades, sem focar o principal que é: um ensino médio estruturado de forma competente e profissional, como é feito nas boas escolas particulares e nos colégios militares. Por que então não ir direto ao ponto e exigir o que é preciso para que o ensino público volte a ser referência, como foi até há cerca de 50 anos?
>
> Podemos afirmar que essa exigência fundamental foi fragilizada, e passa despercebida com a camuflagem das cotas e de outras benesses aos negros, pardos e indígenas, que são os principais usuários das escolas públicas. E os que são a favor das cotas - mesmo não sendo a melhor solução - parecem hipnotizados e não apresentam qualquer cobrança ou proposta para resolver a questão primeira: tornar as escolas públicas como padrão de ensino no Brasil, nos mesmos níveis das melhores escolas pagas. Dinheiro não falta, falta é vontade de trabalhar para que isso aconteça... Falta quem veja essa aberração, a aponte e diga com todas as letras porque a lei das cotas raciais e sociais é um engodo dos políticos no poder.
>
> []s
>
> José Renato
> ...........................................
>
> ----- Original Message -----
> From: JVictor
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Tuesday, October 09, 2012 6:56 AM
> Subject: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
> Caro Renato,
>
> Renato: “Poucos são o que percebem o que há atras da aplicação beneplácida das cotas.
>
> Apesar do oráculo haver comentado a afirmação acima, dando sua interpretação, ainda não entendi o que realmente você quis dizer. Seria alguma Teoria de Conspiração?
>
> Ou seja, poderia ser mais explícito a respeito do dito? Fiquei realmente, não curioso, mas interessado em saber o que pode estar por trás de tudo, com o rótulo “beneplácida” ou não. (Devo lhe dizer que particularmente entendo que o sistema de cotas não é a opção ideal para resolver um problema crônico que assola nosso sistema de educação. A solução é por outra trilha que, infelizmente, os gestores não conseguem seguí-la, por motivos diversos; mas não sou o mais capacitado para discutir. Mas, enquanto o caminho não é asfaltado, há que se ir por estes mesmos, esburacados. Fazer o quê?).
>
> Sds,
>
> Victor.
>
> ........................................................
> ----- Original Message -----
> From: "José Renato Terra"
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Monday, October 01, 2012 11:01 PM
> Subject: [Spam] Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
>
> Há questões que vão além de polêmicas e legalidades. O artigo que escrevi
> expressa os diversos absurdos que as reservas ou cotas por raça promovem,
> sob argumentos aparentemente de proteção social aos menos favorecidos
> durante algum tempo. Há quanto tempo as cotas raciais estão em uso no
> Brasil? Qual foi a melhora que ocorreu nas universidades, nas escolas
> públicas e nas classes menos favorecidas a partir do seu uso? Para os
> governantes que não se interessam em melhorar o sistema educacional público
> as cotas são um bom sedativo social. Poucos são o que percebem o que há
> atras da aplicação beneplácida das cotas. Tanto aqui, como nos EUA ou em
> qualquer lugar, as cotas - do jeito que estão estabelecidas - é um engodo
> que anestesia e engabela a população afetada: positiva ou negativamente. Até
> quem é contra à aplicação das reservas e cotas raciais pode ser acusado de
> preconceito racial: crime inafiançável! E o problema do ensino público
> escolar no primeiro e segundo grau é levado com a barriga às calendas. Na
> classificação das melhores escolas de segundo grau aparecem algumas que são
> públicas. Os colégios militares grátis considerados públicos são um bom
> exemplo de educação organizada. Felizmente neles ainda não se aplica o
> regime de cotas para o exame de admissão. É o mérito que vale! Hoje em dia
> essa questão caiu no esquecimento visto que é constitucional... E ninguém
> mais questiona o porquê de ainda se manter o sistema de cotas raciais. Só
> não vê o sistema de cotas como um absurdo quem não quer! Como justificativa
> periférica seus apoiadores consideram um mal menor, que um dia será extinto
> por... Por quem mesmo?
> []s
> JR
> ................................................................
>
> ----- Original Message -----
> From: "José Renato
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Monday, September 10, 2012 2:33 PM
> Subject: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
>
> COTAS: RACISTAS POR DEFINIÇÃO
>
> O fator que mais contribui para impedir que uma pessoa curse uma
> universidade não é a cor é o seu poder econômico. Daí pode surgir um
> corolário enviesado para justificar as cotas. Os negros e nativos não têm
> poder econômico porque não fizeram universidade... E durma-se com um
> raciocínio desses!
>
> Aparentemente, a questão já está amadurecida para o ministro Tarso Genro,
> das Relações Institucionais, quando constata que o impedimento maior é
> econômico e não étnico. Basta os órgãos governamentais fornecerem ensino
> suficiente nas escolas públicas, cursos específicos de preparação aos
> vestibulares para os alunos dessas escolas e, claro, bolsas de estudo aos
> aprovados, evitando a evasão por falta de recursos para se sustentar até o
> final. Parece-me que as cotas como propostas são racistas, injustas,
> humilhantes e inconstitucionais. Há modo mais inteligente de realizar a
> inclusão e a igualdade social sem cair no critério racial que promove,
> exatamente, o racismo indesejável que deseja combater.
>
> O ministro Gilberto Gil tem razão em fomentar as discussões. A exposição de
> motivos e argumentos foi o que de melhor as cotas provocaram. Boas propostas
> estão aí em execução. Em Salvador-BA já existem cursinhos de vestibular
> grátis para os melhores alunos de escola pública, bancados pelos governos
> estadual e municipal e a fundamental bolsa, tipo FIES, para os aprovados nos
> vestibulares.
>
> Eu mesmo já fui agraciado por uma forma inteligente de inclusão, há bem mais
> tempo. Quando fazia o 1º ano do curso científico - atual 2° grau - houve um
> convite da Universidade Federal do Pará para os estudantes fazerem teste de
> conhecimento visando selecionar os melhores alunos que cursavam escolas
> públicas e as poucas privadas existentes, em geral administradas por
> congregações religiosas. Nessa época as escolas públicas tinham tradição e
> impunham respeito pela qualidade do ensino. Passei no teste e a UFPA formou
> três turmas, uma para cada turno de modo a atender a todos. Na minha turma
> havia cerca de 30 alunos. Recebíamos aulas das matérias padrões dos
> vestibulares com professores que ensinavam universitários nas faculdades de
> engenharia, química, medicina, português e línguas. Tínhamos três dias de
> aulas por semana, sendo uma no sábado, o que fez os menos interessados
> desistirem em alguns meses. O nível do ensino e a convivência no ambiente
> universitário me deu uma condição especial para prestar o vestibular. Graças
> a Deus, passei de primeira em 21° lugar de um total de 151 vagas
> preenchidas. Depois que os colégios particulares se multiplicaram, esse bela
> iniciativa foi boicotada e eliminada.
>
> O parâmetro usado no sistema de cotas vem dos EUA, só que bem diferente. Lá
> os alunos para as universidades são escolhidos pelos "comitês" -
> teoricamente, com base no currículo escolar - mas que na prática eram
> preenchidas por quase totalidade de brancos para evitar conflitos raciais e
> "queda de padrão" da escola junto à comunidade acadêmica.
>
> No Brasil, já não há espaço para mais essa "bondade" que rotula o não-branco
> como um deficiente intelectual, que precisa de condições especiais para ser
> aprovado no vestibular.
>
> Quem gostaria de ser marcado em toda a sua vida profissional como quem foi
> aprovado na "cota racial"?
>
> As cotas serviram para esclarecer pelo menos as estatísticas, com maior
> presença de não-brancos nas universidades. Antes era mínima, hoje, mais do
> que nunca, os negros, pardos e indígenas aparecem em melhores números do que
> há cinco anos quando, quase todo mundo com características externas não
> totalmente negras, registravam sua cor como branca em vez de parda ou negra.
> Levantamentos divulgados pelo reitor da UFBA revelam que os aprovados nas
> cotas têm, nos cursos universitários, melhor desempenho do que os demais.
> Isso mostra o quanto é desnecessário o sistema de cotas por raça.
>
> Lembro de um filme em que Natalie Wood fazia uma negra de pele clara, que
> renega a mãe negra para não ser considerada "de cor" na escola, na
> universidade, no seu círculo de amizades e junto aos ricos pretendentes?
> Será que com os "benefícios" das cotas ela assumiria suas origens e sua
> raça?
>
> Esse tipo de proposta provoca mais danos do que melhorias, apenas disfarça o
> cerne da questão: o abandono do ensino oficial no Brasil, um direito
> constitucional não exigido pela sociedade.
>
> As cotas são racistas por definição. A meu ver elas vêm desqualificar e
> humilhar ainda mais os não-brancos.
>
>
>
> < http://www.diretodaredacao.com/noticia/cotas-racistas-por-definicao >
>

SUBJECT: RE: [ciencialist] E agora, Sr. Empresário? Você é o vilão da história.
FROM: Thiago Guimarães <guimaraesbsb@hotmail.com>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/10/2012 17:03



Victor, parece que estamos vivendo hoje
no Brasil uma época de "esterilidade social",
ou o que poderia vir a ser também um tipo
de puritanismo intra-sociológico (micro-social).

Puritanos, de maneira geral, são aqueles que
defendem a ferro e fogo sua "predestinação" ética
e moral, como uma austeridade para si e para a
vida em sociedade (quase como uma burocracia),
onde tudo lhe deve ser prescrito e predestinado.

O puritanismo brasileiro hoje se alinha fortemente
com os ideais Marxistas, mas não em sua ordem
primeira (substância argumentativa e ideológica,
sociológica, científica e temporal),
mas de maneira dramaticamente generalizada.
É como se fosse uma bíblia que tudo diz respeito.

De repente, as mesmas pessoas que defendem
a "família" são também contra as uniões homofóbicas,
em defesa da própria "família"; e aqueles que defendem
os "negros" são também racistas, promovem o racismo
e disseminam ordens racistas. Os que defendem
as "universidades" e a "educação", defendem medidas
cada vez mais rigorosas, centralizadoras e austeras.
Aqueles que mais se dizem contra a "marginalidade" das cidades,
são também os que mais corroboram com as penas de morte,
que reivindicam o poder de coerção e reclusão do Estado. 
Os que são contra a "violência" exaltam o poder de polícia. 
E por ai vai...

São inúmeros os fenômenos inter-relacionados.
Isso é um fenômeno social, de fato, que já há muito
tenho observado em nossas coadunações sociais.

O ponto crítico dessa anuência moral é: a falta de evidências. 
A conveniência do método ao pleito. E principalmente:
A perda da perspectiva baseada numa argumentação 
exaustivamente pragmática (formalista). 

Uma grande e gorda burocracia!
Como você disse, ficamos perplexos com tamanha hipocrisia...

Thiago


To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: j.victor.neto@uol.com.br
Date: Sun, 14 Oct 2012 11:31:32 -0300
Subject: [ciencialist] E agora, Sr. Empresário? Você é o vilão da história.

 

As coisas estão evoluindo...

 

Além dos problemas futuros que esta “benesses” poderão provocar, tem ainda ainda uma arma letal:

 

“Outra medida prevê punição para as empresas que comprovadamente discriminem pessoas em razão da sua cor de pele. Essas firmas seriam vetadas em licitações.”

Não acham que isso é demais, não? Firmas precisam de  colaboradores bons, responsáveis, de cor, incolor, ou não. Ninguém demite ou afasta, ou pune, por causa  dessa causa ridícula da cor. Isto não tem a mínima importância. O que interessa mesmo é o produto do trabalho que cada um é capaz de fornecer, na troca do salário mensal. É assim que funciona.

Agora, qualquer servidor de cor, ao ser demitido, pode denunciar ao TRT que o foi por perseguição colorida. Como já fazem com outros motivos,  inventados, buscando aumentar a indenização, de forma fraudulenta. Poucas vezes o TRT dá ganho de causa à Empresa.

 

Estou perplexo com tanta hipocrisia. Bem, mas isto certamente garantirá a releição dos mentores. Para mim, esta é a única causa, o resto que se dane.

 

Agora zanguei.

 

Sds,

Victor

 

 

Dilma vai criar cota para negro no serviço público

 

JOÃO CARLOS MAGALHÃES
NATUZA NERY
DE BRASÍLIA
O Palácio do Planalto prepara o anúncio para este ano de um amplo pacote de ações afirmativas que inclui a adoção de cotas para negros no funcionalismo federal.
Opinião: Medida pode fixar um novo marco nas relações raciais
A medida, defendida pessoalmente pela presidente Dilma Rousseff, atingiria tanto os cargos comissionados quanto os concursados.
O percentual será definido após avaliação das áreas jurídica e econômica da Casa Civil, já em andamento.
O plano deve ser anunciado no final de novembro, quando se comemora o Dia da Consciência Negra (dia 20) e estarão resolvidos dois assuntos que dominam o noticiário: as eleições municipais e o julgamento do mensalão.
O delineamento do plano nacional de ações afirmativas ocorre dois meses depois de o governo ter mobilizado sua base no Congresso para aprovar lei que expandiu as cotas em universidades federais.
A Folha teve acesso às propostas. Elas foram compiladas pela Seppir (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial) e estão distribuídas em três grandes eixos: trabalho, educação e cultura-comunicação.
A cota no funcionalismo público federal está no primeiro capítulo: propõe piso de 30% para negros nas vagas criadas a partir da aprovação da legislação. Hoje, o Executivo tem cerca de 574 mil funcionários civis.
No mesmo eixo está a ideia de criar incentivos fiscais para a iniciativa privada fixar metas de preenchimento de vagas de trabalho por negros.
Ou seja, o empresário não ficaria obrigado a contratar ninguém, mas seria financeiramente recompensado se optasse por seguir a política racial do governo federal.
Outra medida prevê punição para as empresas que comprovadamente discriminem pessoas em razão da sua cor de pele. Essas firmas seriam vetadas em licitações.
EDUCAÇÃO E CULTURA
No campo da cultura, há uma decisão de criar incentivos para produtores culturais negros. Na semana passada, a ministra Marta Suplicy (Cultura) já anunciou que serão lançados editais exclusivos para essa parte da população.
No eixo educação, há ao menos três propostas principais: 1) monitorar a situação de negros cotistas depois de formados; 2) oferecer aos cotistas, durante a graduação, auxílio financeiro; 3) reservar a negros parte das bolsas do Ciências sem Fronteira, programa do governo federal que financia estudos no exterior.
A implantação de ações afirmativas é uma exigência do Estatuto da Igualdade Racial, aprovado pelo Congresso em 2010, o último ano do segundo mandato de Lula.
Segundo o estatuto, é negro aquele que se diz preto ou pardo --juntas, essas duas autodefinições compõem mais da metade dos 191 milhões de brasileiros, de acordo com o Censo de 2010.
ESSENCIAL
O plano é tido no governo como essencial para diminuir a desigualdade gerada por diferenças de cor e ampliar a queda na concentração de renda na última década.
Nesse sentido, o plano, ao usar unicamente critérios raciais, seria mais cirúrgico do que o sistema de cotas aprovado pelos congressistas em agosto, que reserva metade das vagas nas federais para alunos egressos de escolas públicas e, apenas nessa fatia, institui a ocupação prioritária por negros e índios.
Politicamente, será um forte aceno da gestão Dilma aos movimentos sociais, com os quais mantém uma relação distante e, em alguns momentos, conflituosa --como durante a onda de greves de servidores neste semestre.

 



SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
FROM: Thiago Guimarães <guimaraesbsb@hotmail.com>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/10/2012 17:13


José Renato,

O que eu acho extraordinariamente estranho é essa "clara"
distinção entre grupos "afro-descendentes"  e "não-descendentes".
Entre cotas "raciais" e "não-raciais". Ou ainda, entre "justiças" e "injustiças".

E todas essa bancarrota de categorias, que são para mim completamente
estranhas.

"Se não sou eu a iluminar os pobres tolos, ficarão na ignorância (ou má fé) para sempre".

Acho que essa frase expressa o supra-sumo do puritanismo em que essa discussão
se desemboca. Coitados dos nossos olhos e ouvidos... nos poupe!

Thiago


To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: oraculo@atibaia.com.br
Date: Sun, 14 Oct 2012 18:59:01 +0000
Subject: [ciencialist] Re: PL 180/2008 Cotas: racista por definicao

 

Olá Renato

Complexo de messias. "Se não sou eu a iluminar os pobres tolos, ficarão na ignorância (ou má fé) para sempre".

Sinto, não funciona assim, e você não é portador da verdade verdadeira (ninguém é, nem seres imaginários). Você se expressou corretamente, entendemos suas colocações, mas não apresentou argumentos apenas ad hominens e falácias. 

Acusar os que discordam de "usar antolhos", serem tolos, ou desonestos, não é argumento. O espantalho "os a favor das cotas são interesseiros ou cegos, e só querem esquecer os problemas, sem se interessar por melhoras nem pressionar o governo" é falso, uma falácia recorrente.

Na verdade, idêntica em sua forma ao espantalho usado, por exemplo, contra quem é a favor da descriminalização do aborto: são pessoas más, contra a vida, que não se preocupam nem procuram outras formas de evitar a gravidez. Falso, claro, mas não me espanta que use o mesmo argumento distorcido contra qualquer um que discorde de suas verdades verdadeiras.

Os favor das cotas, como paliativo e ferramenta temporária, também se preocupam com a melhoria da educação, com outras formas de dar educação de qualidade a todos, e com o objetivo de em algum momento não serem mais necessárias as cotas, de qualquer tipo. Também compreendem perfeitamente que o ideal seria que todos, sem exceção, tivessem educação de base de qualidade.

Um cara: "justiça se expressa em si mesma, injustiça requer argumentos. "

Uma "boutade", um chavão, frase de efeito, nada mais. Justiça também exige argumentos, defesa, explicações, debates, pois não existe algo abstrato como "justiça", nem verdades absolutas indiscutíveis, que são auto-evidentes (apenas na religião, mas isso também não me espanta, de novo.:-).

Enfim, sem argumentos, resta a você atacar os adversários, como cegos tolos, ou desonestos de má fé. Ad hominens.

Todos concordamos que o ideal é tornar as escolas públicas um padrão de qualidade. Todos sabemos que isso não vai acontecer tão cedo, por muitos e diversos motivos. E alguns de nós pensam que, até que isso ocorra, mais possibilidades devem ser apresentadas as pessoas que sofrem com essa situação, e pensam que com mais pessoas educadas a partir de camadas mais pobres, inclusive de origem negra, seremos mais capazes de pressionar os governos.

Mais pessoas formadas, a partir de origens humildes, mais pessoas interessadas em mudar a atual situação da educação. Menos pessoas dessa origem, e menos interesse terão as pessoas que não sofrem com essa situação (e que tem a formação relativamente garantida dentro desse estado de coisas) em melhorar essa situação da educação no pais. Pense, em uma associação que pretenda pressionar um governo ou administração para melhorar as escolas fundamentais, se todos forem ricos e brancos, com que intensidade essa organização vai lutar? E se metade tiverem vindo de camadas mais pobres, de origem socio-econômica mais humilde, de negros ou descendentes, qual o esforço que estariam dispostos a fazer, com que intensidade lutariam, para melhorar as escolas?

Como está, quem decide prioridades são as mesmas pessoas que estão satisfatoriamente protegidas pela atual situação das coisas. Sua motivação para agir é, dada a natureza humana, menor, menos intensa (em média, existem exceções, claro). Cotas, que permitam mudar o padrão da sociedade , ainda de forma mínima, podem ajudar nesse esforço.

Não tenho, diferente de você, pretensão de ter a "verdade verdadeira", por isso apresento argumentos e dados que sustentem o que defendo. A justiça, diferente de seu bordão, não é auto-evidente, nem independe de argumentos e evidências, para ser definida. Em minha opinião, absurdo é você teimar em não compreender isso.

Homero


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, José Renato Terra <jrma@...> escreveu
>
> Victor, talvez não tenha me expressado corretamente. O absurdo não está escondido, está na cara e é percebido por qualquer um que não use antolhos. Tanto é que o comentário comum dos que são a favor das cotas raciais sociais é de que não é a melhor solução, mas... Blá, blá, blá... Um cara sacou que: justiça se expressa em si mesma, injustiça requer argumentos. Aqui a justiça requer esclarecimentos. A presidente Dilma assinou a lei das cotas a ser exigida em etapas até atingir 50% das vagas das universidades. Já a partir de jan.2013, 12,5% deverão ser reservadas para negros, pardos e indígenas que tiverem cursado *todo* o segundo grau em escolas públicas. No decreto também foram incluídos critérios de renda familiar, percentual do grupo na região, segundo o IBGE, e outras filigranas que deixaremos de lado para manter o foco principal na questão racial.
>
> Sabemos que o curso médio é responsabilidade dos governos estaduais e federais. O governo federal está facilitando a vida dos que cursaram todo, repito, todo o curso médio em escolas pública. Se alguma família fez das tripas coração e matriculou, por um tempo, o filho numa particular e depois teve de desistir, perdeu o "direito" à cota. Vê-se então que a cota não é racial social, ela é "governamental". Ela existe porque o ensino público é deficiente. Enumere o que os governos estaduais e federais fizeram durante está última década para melhorar o ensino médio no país? O que estão fazendo para que os alunos das escolas públicas estejam capacitados para passar nos vestibulares das melhores universidades, centros tecnológicos e ter bom desempenho nas universidades?
> Na Bahia posso dizer que os professores voltaram às salas de aula, após 106 dias de greve, sem que o governador liberasse o aumento aprovado em Lei na Câmara Estadual. Justificativa do governador: tem de cumprir a lei de responsabilidade orçamentária! E o pior é que grupos representantes dos afrodescendentes e dos indígenas, estão exigindo dos governos mais reservas de cotas e facilidades, sem focar o principal que é: um ensino médio estruturado de forma competente e profissional, como é feito nas boas escolas particulares e nos colégios militares. Por que então não ir direto ao ponto e exigir o que é preciso para que o ensino público volte a ser referência, como foi até há cerca de 50 anos?
>
> Podemos afirmar que essa exigência fundamental foi fragilizada, e passa despercebida com a camuflagem das cotas e de outras benesses aos negros, pardos e indígenas, que são os principais usuários das escolas públicas. E os que são a favor das cotas - mesmo não sendo a melhor solução - parecem hipnotizados e não apresentam qualquer cobrança ou proposta para resolver a questão primeira: tornar as escolas públicas como padrão de ensino no Brasil, nos mesmos níveis das melhores escolas pagas. Dinheiro não falta, falta é vontade de trabalhar para que isso aconteça... Falta quem veja essa aberração, a aponte e diga com todas as letras porque a lei das cotas raciais e sociais é um engodo dos políticos no poder.
>
> []s
>
> José Renato
> ...........................................
>
> ----- Original Message -----
> From: JVictor
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Tuesday, October 09, 2012 6:56 AM
> Subject: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
> Caro Renato,
>
> Renato: “Poucos são o que percebem o que há atras da aplicação beneplácida das cotas.
>
> Apesar do oráculo haver comentado a afirmação acima, dando sua interpretação, ainda não entendi o que realmente você quis dizer. Seria alguma Teoria de Conspiração?
>
> Ou seja, poderia ser mais explícito a respeito do dito? Fiquei realmente, não curioso, mas interessado em saber o que pode estar por trás de tudo, com o rótulo “beneplácida” ou não. (Devo lhe dizer que particularmente entendo que o sistema de cotas não é a opção ideal para resolver um problema crônico que assola nosso sistema de educação. A solução é por outra trilha que, infelizmente, os gestores não conseguem seguí-la, por motivos diversos; mas não sou o mais capacitado para discutir. Mas, enquanto o caminho não é asfaltado, há que se ir por estes mesmos, esburacados. Fazer o quê?).
>
> Sds,
>
> Victor.
>
> ........................................................
> ----- Original Message -----
> From: "José Renato Terra"
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Monday, October 01, 2012 11:01 PM
> Subject: [Spam] Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
>
> Há questões que vão além de polêmicas e legalidades. O artigo que escrevi
> expressa os diversos absurdos que as reservas ou cotas por raça promovem,
> sob argumentos aparentemente de proteção social aos menos favorecidos
> durante algum tempo. Há quanto tempo as cotas raciais estão em uso no
> Brasil? Qual foi a melhora que ocorreu nas universidades, nas escolas
> públicas e nas classes menos favorecidas a partir do seu uso? Para os
> governantes que não se interessam em melhorar o sistema educacional público
> as cotas são um bom sedativo social. Poucos são o que percebem o que há
> atras da aplicação beneplácida das cotas. Tanto aqui, como nos EUA ou em
> qualquer lugar, as cotas - do jeito que estão estabelecidas - é um engodo
> que anestesia e engabela a população afetada: positiva ou negativamente. Até
> quem é contra à aplicação das reservas e cotas raciais pode ser acusado de
> preconceito racial: crime inafiançável! E o problema do ensino público
> escolar no primeiro e segundo grau é levado com a barriga às calendas. Na
> classificação das melhores escolas de segundo grau aparecem algumas que são
> públicas. Os colégios militares grátis considerados públicos são um bom
> exemplo de educação organizada. Felizmente neles ainda não se aplica o
> regime de cotas para o exame de admissão. É o mérito que vale! Hoje em dia
> essa questão caiu no esquecimento visto que é constitucional... E ninguém
> mais questiona o porquê de ainda se manter o sistema de cotas raciais. Só
> não vê o sistema de cotas como um absurdo quem não quer! Como justificativa
> periférica seus apoiadores consideram um mal menor, que um dia será extinto
> por... Por quem mesmo?
> []s
> JR
> ................................................................
>
> ----- Original Message -----
> From: "José Renato
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Monday, September 10, 2012 2:33 PM
> Subject: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
>
> COTAS: RACISTAS POR DEFINIÇÃO
>
> O fator que mais contribui para impedir que uma pessoa curse uma
> universidade não é a cor é o seu poder econômico. Daí pode surgir um
> corolário enviesado para justificar as cotas. Os negros e nativos não têm
> poder econômico porque não fizeram universidade... E durma-se com um
> raciocínio desses!
>
> Aparentemente, a questão já está amadurecida para o ministro Tarso Genro,
> das Relações Institucionais, quando constata que o impedimento maior é
> econômico e não étnico. Basta os órgãos governamentais fornecerem ensino
> suficiente nas escolas públicas, cursos específicos de preparação aos
> vestibulares para os alunos dessas escolas e, claro, bolsas de estudo aos
> aprovados, evitando a evasão por falta de recursos para se sustentar até o
> final. Parece-me que as cotas como propostas são racistas, injustas,
> humilhantes e inconstitucionais. Há modo mais inteligente de realizar a
> inclusão e a igualdade social sem cair no critério racial que promove,
> exatamente, o racismo indesejável que deseja combater.
>
> O ministro Gilberto Gil tem razão em fomentar as discussões. A exposição de
> motivos e argumentos foi o que de melhor as cotas provocaram. Boas propostas
> estão aí em execução. Em Salvador-BA já existem cursinhos de vestibular
> grátis para os melhores alunos de escola pública, bancados pelos governos
> estadual e municipal e a fundamental bolsa, tipo FIES, para os aprovados nos
> vestibulares.
>
> Eu mesmo já fui agraciado por uma forma inteligente de inclusão, há bem mais
> tempo. Quando fazia o 1º ano do curso científico - atual 2° grau - houve um
> convite da Universidade Federal do Pará para os estudantes fazerem teste de
> conhecimento visando selecionar os melhores alunos que cursavam escolas
> públicas e as poucas privadas existentes, em geral administradas por
> congregações religiosas. Nessa época as escolas públicas tinham tradição e
> impunham respeito pela qualidade do ensino. Passei no teste e a UFPA formou
> três turmas, uma para cada turno de modo a atender a todos. Na minha turma
> havia cerca de 30 alunos. Recebíamos aulas das matérias padrões dos
> vestibulares com professores que ensinavam universitários nas faculdades de
> engenharia, química, medicina, português e línguas. Tínhamos três dias de
> aulas por semana, sendo uma no sábado, o que fez os menos interessados
> desistirem em alguns meses. O nível do ensino e a convivência no ambiente
> universitário me deu uma condição especial para prestar o vestibular. Graças
> a Deus, passei de primeira em 21° lugar de um total de 151 vagas
> preenchidas. Depois que os colégios particulares se multiplicaram, esse bela
> iniciativa foi boicotada e eliminada.
>
> O parâmetro usado no sistema de cotas vem dos EUA, só que bem diferente. Lá
> os alunos para as universidades são escolhidos pelos "comitês" -
> teoricamente, com base no currículo escolar - mas que na prática eram
> preenchidas por quase totalidade de brancos para evitar conflitos raciais e
> "queda de padrão" da escola junto à comunidade acadêmica.
>
> No Brasil, já não há espaço para mais essa "bondade" que rotula o não-branco
> como um deficiente intelectual, que precisa de condições especiais para ser
> aprovado no vestibular.
>
> Quem gostaria de ser marcado em toda a sua vida profissional como quem foi
> aprovado na "cota racial"?
>
> As cotas serviram para esclarecer pelo menos as estatísticas, com maior
> presença de não-brancos nas universidades. Antes era mínima, hoje, mais do
> que nunca, os negros, pardos e indígenas aparecem em melhores números do que
> há cinco anos quando, quase todo mundo com características externas não
> totalmente negras, registravam sua cor como branca em vez de parda ou negra.
> Levantamentos divulgados pelo reitor da UFBA revelam que os aprovados nas
> cotas têm, nos cursos universitários, melhor desempenho do que os demais.
> Isso mostra o quanto é desnecessário o sistema de cotas por raça.
>
> Lembro de um filme em que Natalie Wood fazia uma negra de pele clara, que
> renega a mãe negra para não ser considerada "de cor" na escola, na
> universidade, no seu círculo de amizades e junto aos ricos pretendentes?
> Será que com os "benefícios" das cotas ela assumiria suas origens e sua
> raça?
>
> Esse tipo de proposta provoca mais danos do que melhorias, apenas disfarça o
> cerne da questão: o abandono do ensino oficial no Brasil, um direito
> constitucional não exigido pela sociedade.
>
> As cotas são racistas por definição. A meu ver elas vêm desqualificar e
> humilhar ainda mais os não-brancos.
>
>
>
> < http://www.diretodaredacao.com/noticia/cotas-racistas-por-definicao >
>


SUBJECT: Re: [ciencialist] E agora, Sr. Empresário? Você é o vilão da história.
FROM: Luís Junior <jrcarpediem@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/10/2012 19:28

'Ninguém demite ou afasta, ou pune, por causa dessa causa ridícula da
cor. Isto não tem a mínima importância.'
- Infelizmente já vi pessoalmente isso acontecer!

'O que interessa mesmo é o produto do trabalho que cada um é capaz de
fornecer, na troca do salário mensal. É assim que funciona. '
- Não mesmo! Aqui no meu setor, por exemplo, tem uma garota que é
claramente beneficiada por ser mulher.

Por fim percebo que há mais raiva do que coerência no seu comentário.

On 10/14/12, JVictor <j.victor.neto@uol.com.br> wrote:
> As coisas estão evoluindo...
>
>
>
> Além dos problemas futuros que esta “benesses” poderão provocar, tem ainda
> ainda uma arma letal:
>
>
>
> “Outra medida prevê punição para as empresas que comprovadamente
> discriminem
> pessoas em razão da sua cor de pele. Essas firmas seriam vetadas em
> licitações.”
>
> Não acham que isso é demais, não? Firmas precisam de colaboradores bons,
> responsáveis, de cor, incolor, ou não. Ninguém demite ou afasta, ou pune,
> por causa dessa causa ridícula da cor. Isto não tem a mínima importância.
> O
> que interessa mesmo é o produto do trabalho que cada um é capaz de
> fornecer,
> na troca do salário mensal. É assim que funciona.
>
> Agora, qualquer servidor de cor, ao ser demitido, pode denunciar ao TRT que
> o foi por perseguição colorida. Como já fazem com outros motivos,
> inventados, buscando aumentar a indenização, de forma fraudulenta. Poucas
> vezes o TRT dá ganho de causa à Empresa.
>
>
>
> Estou perplexo com tanta hipocrisia. Bem, mas isto certamente garantirá a
> releição dos mentores. Para mim, esta é a única causa, o resto que se dane.
>
>
>
> Agora zanguei.
>
>
>
> Sds,
>
> Victor
>
>
>
>
>
>
> Dilma vai criar cota para negro no serviço público
>
>
>
>
> JOÃO CARLOS MAGALHÃES
> NATUZA NERY
> DE BRASÍLIA
>
> O Palácio do Planalto prepara o anúncio para este ano de um amplo pacote de
> ações afirmativas que inclui a adoção de cotas para negros no funcionalismo
> federal.
>
> Opinião:
> <http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1168883-medida-pode-fixar-um-novo-ma
> rco-nas-relacoes-raciais.shtml> Medida pode fixar um novo marco nas
> relações raciais
>
> A medida, defendida pessoalmente pela presidente Dilma Rousseff, atingiria
> tanto os cargos comissionados quanto os concursados.
>
> O percentual será definido após avaliação das áreas jurídica e econômica da
> Casa Civil, já em andamento.
>
> O plano deve ser anunciado no final de novembro, quando se comemora o Dia
> da
> Consciência Negra (dia 20) e estarão resolvidos dois assuntos que dominam o
> noticiário: as eleições municipais e o julgamento do mensalão.
>
> O delineamento do plano nacional de ações afirmativas ocorre dois meses
> depois de o governo ter mobilizado sua base no Congresso para aprovar lei
> que expandiu as cotas em universidades federais.
>
> A Folha teve acesso às propostas. Elas foram compiladas pela Seppir
> (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial) e estão
> distribuídas em três grandes eixos: trabalho, educação e
> cultura-comunicação.
>
> A cota no funcionalismo público federal está no primeiro capítulo: propõe
> piso de 30% para negros nas vagas criadas a partir da aprovação da
> legislação. Hoje, o Executivo tem cerca de 574 mil funcionários civis.
>
> No mesmo eixo está a ideia de criar incentivos fiscais para a iniciativa
> privada fixar metas de preenchimento de vagas de trabalho por negros.
>
> Ou seja, o empresário não ficaria obrigado a contratar ninguém, mas seria
> financeiramente recompensado se optasse por seguir a política racial do
> governo federal.
>
> Outra medida prevê punição para as empresas que comprovadamente discriminem
> pessoas em razão da sua cor de pele. Essas firmas seriam vetadas em
> licitações.
>
> EDUCAÇÃO E CULTURA
>
> No campo da cultura, há uma decisão de criar incentivos para produtores
> culturais negros. Na semana passada, a ministra Marta Suplicy (Cultura) já
> anunciou que serão lançados editais exclusivos para essa parte da
> população.
>
>
> No eixo educação, há ao menos três propostas principais: 1) monitorar a
> situação de negros cotistas depois de formados; 2) oferecer aos cotistas,
> durante a graduação, auxílio financeiro; 3) reservar a negros parte das
> bolsas do Ciências sem Fronteira, programa do governo federal que financia
> estudos no exterior.
>
> A implantação de ações afirmativas é uma exigência do Estatuto da Igualdade
> Racial, aprovado pelo Congresso em 2010, o último ano do segundo mandato de
> Lula.
>
> Segundo o estatuto, é negro aquele que se diz preto ou pardo --juntas,
> essas
> duas autodefinições compõem mais da metade dos 191 milhões de brasileiros,
> de acordo com o Censo de 2010.
>
> ESSENCIAL
>
> O plano é tido no governo como essencial para diminuir a desigualdade
> gerada
> por diferenças de cor e ampliar a queda na concentração de renda na última
> década.
>
> Nesse sentido, o plano, ao usar unicamente critérios raciais, seria mais
> cirúrgico do que o sistema de cotas aprovado pelos congressistas em agosto,
> que reserva metade das vagas nas federais para alunos egressos de escolas
> públicas e, apenas nessa fatia, institui a ocupação prioritária por negros
> e
> índios.
>
> Politicamente, será um forte aceno da gestão Dilma aos movimentos sociais,
> com os quais mantém uma relação distante e, em alguns momentos, conflituosa
> --como durante a onda de greves de servidores neste semestre.
>
>
>
>


SUBJECT: RE: RES: [ciencialist] Educação básica e além, na Finlândia e Coreia do Sul.
FROM: Thiago Guimarães <guimaraesbsb@hotmail.com>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/10/2012 21:30


Mas veja bem Victor, esse Estado não é um 'ente soberano' que tudo faz, 
tudo sabe, tudo ensina, tudo pode, tudo custeia. "Estado", na verdade, nem
existe como substância autônoma, mas apenas como instituição racionalista.

O "Estado" é uma associação entre os homens, numa intrincada
relação econômico-social (econômico em toda a abrangência dessa palavra).

O que "ensina", que faz acontecer, que "forma", são os próprios
indivíduos, imersos nesse conjunto de valores (leia-se Cultura).

Quando existe, como lá se defende, o exercício autônomo de gestão
executiva (que planeja, pratica, verifica, e se reorganiza - autonomamente),
é que se desfruta de algumas conformidades, como você disse: 
Li, também, que todos os professores de lá têm a mesma 
formação universitária, os mesmos treinamentos. 

Sem esses pressupostos e "gestões" é impossível se pensar um sistema
de ensino com essa conformidade qualitativa. Quem se preocupa mais e mais
com essas "conformidades" não é o "Ministério da Educação", mas os próprios docentes!

Na Finlândia, e em outros países da Europa e até nos EUA, diretores/reitores/docentes
são como Executivos de sucesso, que fazem suas carreiras, defendem suas
pesquisas, desenvolvem seus trabalhos e desempenham suas iniciativas privadas
e privativas, paralelamente a um "projeto de vida". Não exatamente nessa
ordem e nem de maneira generalizada.

Tudo isso só para mostrar que é muito diferente do que se entende aqui 
como "trabalho", me compreendes?

Thiago


To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: j.victor.neto@uol.com.br
Date: Sat, 13 Oct 2012 20:55:16 -0300
Subject: RES: [ciencialist] Educação básica e além, na Finlândia e Coreia do Sul.

 

Li, também, que todos os professores de lá têm a mesma formação universitária, os mesmos treinamentos. Daí a razão pela qual o sucesso não é apenas localizado, numa cidade A, ou numa escola B, etc. Só não sei se são adequadamente remunerados pelo trabalho, tal que não precisem desviar suas preocupações educacionais para coisas como pagar aluguel, luz, sustento das crianças, assistência médica, prestação do automóvel, feira, essas coisinhas que derretem o juízo de uma maioria, por aqui.  Como a cultura de lá é um pouquinho diferente da do Brasil, nesse importante tópico,  creio que devem ser bem remunerados...

Sim, “Enfaticamente é reforçada a autonomia dos professores, a confiança depositada neles no fazer bem o trabalho de ensinar.“. Mas essa confiança, que lhes é depositada, não é graciosa, confiança por confiança.   A confiança neles depositada é um função contínua do treinamento intenso e eficiente que o Estado lhes dá, no investimento que se faz, sobretudo, mas não apenas, no ensino preliminar.  

 

Um aspecto notável é a atenção ao aluno menos favorecido intelectualmente, se é que me entendem. A estes é dado um tratamento especial, bastante orientado.  

 

Finlândia neles, já.

 

Sds

 

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Thiago Guimarães
Enviada em: sábado, 13 de outubro de 2012 14:58
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: RE: [ciencialist] Educação básica e além, na Finlândia e Coreia do Sul.

 

 

 

Trecho do texto...

Assim, a palavra de ordem no sistema educacional finlandês é: AUTONOMIA.

 

Registra-se que durante as visitas às escolas não houve citação de nomes de 

teóricos que dão sustentação ao ensino na Finlândia. Enfaticamente é reforçada

 a autonomia dos professores, a confiança depositada neles no fazer bem o trabalho de ensinar.

 

Se fosse no Brasil, se diria assim: 

- Quem manda aqui?

- Auto-gestionário é utópico. Isso cheira a comunismo.

 

Brasil é o país da Burocracia. E até que se perceba isso,

talvez seja tarde demais...

 

Thiago

 

 


To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: j.victor.neto@uol.com.br
Date: Sat, 13 Oct 2012 07:03:34 -0300
Subject: [ciencialist] Educação básica e além, na Finlândia e Coreia do Sul.

 

 

Parece-me que o modelo educacional, e as posturas governamentais, na Finlândia, são exemplos a serem seguidos.

O Brasil já andou visitando, trocando idéias, objetivando entender o modus operandi do sistema implantado por lá.

Que funciona, que é eficiente, e atende às necessidades básicas da educação e do preparo para o futuro.

 

http://www.cadec.com.br/destaques/92-a-educacao-na-finlandia-e-na-suecia-e-as-razoes-do-sucesso-na-avaliacao-do-pisa.html

 

Resta saber nossa competência e vontade política para seguir as trilhas que levam aos magníficos resultados obtidos por lá.

A Coreia do Sul também tem coisas a ensinar a nós outros,  brasileiros cotistas.

 

Sds,

Victor.

 



SUBJECT: RES: [ciencialist] E agora, Sr. Empresário? Você é o vilão da história.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/10/2012 04:30

"Por fim percebo que há mais raiva do que coerência no seu comentário."

Ninguém é perfeito. Assumo, com relação à pouquita raiva.

Passou.

Sds,
Victor.

-----Mensagem original-----
De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]
Em nome de Luís Junior
Enviada em: domingo, 14 de outubro de 2012 23:29
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] E agora, Sr. Empresário? Você é o vilão da
história.

'Ninguém demite ou afasta, ou pune, por causa dessa causa ridícula da cor.
Isto não tem a mínima importância.'
- Infelizmente já vi pessoalmente isso acontecer!

'O que interessa mesmo é o produto do trabalho que cada um é capaz de
fornecer, na troca do salário mensal. É assim que funciona. '
- Não mesmo! Aqui no meu setor, por exemplo, tem uma garota que é
claramente beneficiada por ser mulher.

Por fim percebo que há mais raiva do que coerência no seu comentário.

On 10/14/12, JVictor <j.victor.neto@uol.com.br> wrote:
> As coisas estão evoluindo...
>
>
>
> Além dos problemas futuros que esta “benesses” poderão provocar, tem
> ainda ainda uma arma letal:
>
>
>
> “Outra medida prevê punição para as empresas que comprovadamente
> discriminem pessoas em razão da sua cor de pele. Essas firmas seriam
> vetadas em licitações.”
>
> Não acham que isso é demais, não? Firmas precisam de colaboradores
> bons, responsáveis, de cor, incolor, ou não. Ninguém demite ou afasta,
> ou pune, por causa dessa causa ridícula da cor. Isto não tem a mínima
importância.
> O
> que interessa mesmo é o produto do trabalho que cada um é capaz de
> fornecer, na troca do salário mensal. É assim que funciona.
>
> Agora, qualquer servidor de cor, ao ser demitido, pode denunciar ao
> TRT que o foi por perseguição colorida. Como já fazem com outros
> motivos, inventados, buscando aumentar a indenização, de forma
> fraudulenta. Poucas vezes o TRT dá ganho de causa à Empresa.
>
>
>
> Estou perplexo com tanta hipocrisia. Bem, mas isto certamente
> garantirá a releição dos mentores. Para mim, esta é a única causa, o resto
que se dane.
>
>
>
> Agora zanguei.
>
>
>
> Sds,
>
> Victor
>
>
>
>
>
>
> Dilma vai criar cota para negro no serviço público
>
>
>
>
> JOÃO CARLOS MAGALHÃES
> NATUZA NERY
> DE BRASÍLIA
>
> O Palácio do Planalto prepara o anúncio para este ano de um amplo
> pacote de ações afirmativas que inclui a adoção de cotas para negros
> no funcionalismo federal.
>
> Opinião:
> <http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1168883-medida-pode-fixar-um-n
> ovo-ma rco-nas-relacoes-raciais.shtml> Medida pode fixar um novo
> marco nas relações raciais
>
> A medida, defendida pessoalmente pela presidente Dilma Rousseff,
> atingiria tanto os cargos comissionados quanto os concursados.
>
> O percentual será definido após avaliação das áreas jurídica e
> econômica da Casa Civil, já em andamento.
>
> O plano deve ser anunciado no final de novembro, quando se comemora o
> Dia da Consciência Negra (dia 20) e estarão resolvidos dois assuntos
> que dominam o
> noticiário: as eleições municipais e o julgamento do mensalão.
>
> O delineamento do plano nacional de ações afirmativas ocorre dois
> meses depois de o governo ter mobilizado sua base no Congresso para
> aprovar lei que expandiu as cotas em universidades federais.
>
> A Folha teve acesso às propostas. Elas foram compiladas pela Seppir
> (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial) e estão
> distribuídas em três grandes eixos: trabalho, educação e
> cultura-comunicação.
>
> A cota no funcionalismo público federal está no primeiro capítulo:
> propõe piso de 30% para negros nas vagas criadas a partir da aprovação
> da legislação. Hoje, o Executivo tem cerca de 574 mil funcionários civis.
>
> No mesmo eixo está a ideia de criar incentivos fiscais para a
> iniciativa privada fixar metas de preenchimento de vagas de trabalho por
negros.
>
> Ou seja, o empresário não ficaria obrigado a contratar ninguém, mas
> seria financeiramente recompensado se optasse por seguir a política
> racial do governo federal.
>
> Outra medida prevê punição para as empresas que comprovadamente
> discriminem pessoas em razão da sua cor de pele. Essas firmas seriam
> vetadas em licitações.
>
> EDUCAÇÃO E CULTURA
>
> No campo da cultura, há uma decisão de criar incentivos para
> produtores culturais negros. Na semana passada, a ministra Marta
> Suplicy (Cultura) já anunciou que serão lançados editais exclusivos
> para essa parte da população.
>
>
> No eixo educação, há ao menos três propostas principais: 1) monitorar
> a situação de negros cotistas depois de formados; 2) oferecer aos
> cotistas, durante a graduação, auxílio financeiro; 3) reservar a
> negros parte das bolsas do Ciências sem Fronteira, programa do governo
> federal que financia estudos no exterior.
>
> A implantação de ações afirmativas é uma exigência do Estatuto da
> Igualdade Racial, aprovado pelo Congresso em 2010, o último ano do
> segundo mandato de Lula.
>
> Segundo o estatuto, é negro aquele que se diz preto ou pardo --juntas,
> essas duas autodefinições compõem mais da metade dos 191 milhões de
> brasileiros, de acordo com o Censo de 2010.
>
> ESSENCIAL
>
> O plano é tido no governo como essencial para diminuir a desigualdade
> gerada por diferenças de cor e ampliar a queda na concentração de
> renda na última década.
>
> Nesse sentido, o plano, ao usar unicamente critérios raciais, seria
> mais cirúrgico do que o sistema de cotas aprovado pelos congressistas
> em agosto, que reserva metade das vagas nas federais para alunos
> egressos de escolas públicas e, apenas nessa fatia, institui a
> ocupação prioritária por negros e índios.
>
> Politicamente, será um forte aceno da gestão Dilma aos movimentos
> sociais, com os quais mantém uma relação distante e, em alguns
> momentos, conflituosa --como durante a onda de greves de servidores neste
semestre.
>
>
>
>


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SUBJECT: Re: [ciencialist] E agora, Sr. Empresário? Você é o vilão da história.
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/10/2012 07:48

Coitados dos nordestinos em geral!!!

De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Domingo, 14 de Outubro de 2012 11:31
Assunto: [ciencialist] E agora, Sr. Empresário? Você é o vilão da história.
 
As coisas estão evoluindo...
 
Além dos problemas futuros que esta “benesses” poderão provocar, tem ainda ainda uma arma letal:
 
“Outra medida prevê punição para as empresas que comprovadamente discriminem pessoas em razão da sua cor de pele. Essas firmas seriam vetadas em licitações.”
Não acham que isso é demais, não? Firmas precisam de  colaboradores bons, responsáveis, de cor, incolor, ou não. Ninguém demite ou afasta, ou pune, por causa  dessa causa ridícula da cor. Isto não tem a mínima importância. O que interessa mesmo é o produto do trabalho que cada um é capaz de fornecer, na troca do salário mensal. É assim que funciona.
Agora, qualquer servidor de cor, ao ser demitido, pode denunciar ao TRT que o foi por perseguição colorida. Como já fazem com outros motivos,  inventados, buscando aumentar a indenização, de forma fraudulenta. Poucas vezes o TRT dá ganho de causa à Empresa.
 
Estou perplexo com tanta hipocrisia. Bem, mas isto certamente garantirá a releição dos mentores. Para mim, esta é a única causa, o resto que se dane.
 
Agora zanguei.
 
Sds,
Victor
 
 

Dilma vai criar cota para negro no serviço público

 
JOÃO CARLOS MAGALHÃES
NATUZA NERY
DE BRASÍLIA
O Palácio do Planalto prepara o anúncio para este ano de um amplo pacote de ações afirmativas que inclui a adoção de cotas para negros no funcionalismo federal.
A medida, defendida pessoalmente pela presidente Dilma Rousseff, atingiria tanto os cargos comissionados quanto os concursados.
O percentual será definido após avaliação das áreas jurídica e econômica da Casa Civil, já em andamento.
O plano deve ser anunciado no final de novembro, quando se comemora o Dia da Consciência Negra (dia 20) e estarão resolvidos dois assuntos que dominam o noticiário: as eleições municipais e o julgamento do mensalão.
O delineamento do plano nacional de ações afirmativas ocorre dois meses depois de o governo ter mobilizado sua base no Congresso para aprovar lei que expandiu as cotas em universidades federais.
A Folha teve acesso às propostas. Elas foram compiladas pela Seppir (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial) e estão distribuídas em três grandes eixos: trabalho, educação e cultura-comunicação.
A cota no funcionalismo público federal está no primeiro capítulo: propõe piso de 30% para negros nas vagas criadas a partir da aprovação da legislação. Hoje, o Executivo tem cerca de 574 mil funcionários civis.
No mesmo eixo está a ideia de criar incentivos fiscais para a iniciativa privada fixar metas de preenchimento de vagas de trabalho por negros.
Ou seja, o empresário não ficaria obrigado a contratar ninguém, mas seria financeiramente recompensado se optasse por seguir a política racial do governo federal.
Outra medida prevê punição para as empresas que comprovadamente discriminem pessoas em razão da sua cor de pele. Essas firmas seriam vetadas em licitações.
EDUCAÇÃO E CULTURA
No campo da cultura, há uma decisão de criar incentivos para produtores culturais negros. Na semana passada, a ministra Marta Suplicy (Cultura) já anunciou que serão lançados editais exclusivos para essa parte da população.
No eixo educação, há ao menos três propostas principais: 1) monitorar a situação de negros cotistas depois de formados; 2) oferecer aos cotistas, durante a graduação, auxílio financeiro; 3) reservar a negros parte das bolsas do Ciências sem Fronteira, programa do governo federal que financia estudos no exterior.
A implantação de ações afirmativas é uma exigência do Estatuto da Igualdade Racial, aprovado pelo Congresso em 2010, o último ano do segundo mandato de Lula.
Segundo o estatuto, é negro aquele que se diz preto ou pardo --juntas, essas duas autodefinições compõem mais da metade dos 191 milhões de brasileiros, de acordo com o Censo de 2010.
ESSENCIAL
O plano é tido no governo como essencial para diminuir a desigualdade gerada por diferenças de cor e ampliar a queda na concentração de renda na última década.
Nesse sentido, o plano, ao usar unicamente critérios raciais, seria mais cirúrgico do que o sistema de cotas aprovado pelos congressistas em agosto, que reserva metade das vagas nas federais para alunos egressos de escolas públicas e, apenas nessa fatia, institui a ocupação prioritária por negros e índios.
Politicamente, será um forte aceno da gestão Dilma aos movimentos sociais, com os quais mantém uma relação distante e, em alguns momentos, conflituosa --como durante a onda de greves de servidores neste semestre.
 

SUBJECT: Educador é vocação mal remunerada - Priscilla Borges
FROM: José Renato Terra <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/10/2012 08:54

 ÚLTIMO SEGUNDO - IG
 
EDUCAÇÃO

Salários baixos provocam fuga de professores da carreira

Piso salarial de R$ 1,4 mil está longe da remuneração de outras profissões, que muitas vezes exigem menos qualificação e dedicação

Priscilla Borges - iG Brasília |

Rita de Cássia Hipólito desistiu da carreira de projetista para fazer um mestrado e, por acaso, se tornar uma professora. Ensinar era a atividade mais compatível com a jornada de estudos. Apaixonou-se pela profissão e há sete anos trabalha na rede municipal de São Paulo dando aulas de história. A carreira, já tão desvalorizada, está prestes a perder mais uma profissional.

Sonho mantido: Eles querem ser professores

A paulistana de 37 anos, assim como tantos outros colegas, não vê valorização em seu esforço de se capacitar e dar boas aulas. Os alunos – e o carinho que demonstram por ela – são a única razão que a mantém na ativa até agora. Mas o salário, de aproximadamente R$ 2,8 mil por 40 horas de trabalho semanais, a obriga a reavaliar a profissão neste momento. “Eu não tenho reconhecimento de ninguém. Continuo pelo meu aluno, não por mim”, admite.

Arquivo pessoal
Rita de Cássia se tornou professora por acaso e se apaixonou pela profissão. Ela confessa, no entanto, que é difícil seguir atuando na área

Meses atrás, Rita adoeceu. O terapeuta recomendava abandonar a profissão. “Eu chorava, porque não conseguia me imaginar longe da escola. Mas, aí, me vejo sendo tão maltratada como profissional, penso em largar”, admite. A professora, que fez bacharelado e licenciatura em Ciências Sociais e mestrado em sociologia na Universidade de São Paulo, diz que sempre teve dois empregos para conseguir se manter. “Mas quando vi meu primeiro holerite me assustei. Eu ganhava mais dando aula particular”, conta.

A história de Rita, infelizmente, não é isolada. No Dia do Professor, comemorado nesta segunda-feira, muitos profissionais em todo o País lamentam – em vez de celebrar – a escolha de carreira que fizeram . O iG ouviu alguns professores de formação que, mesmo apaixonados pelo trabalho que desenvolviam, desistiram de tentar sobreviver com o salário da função, baixo diante de outras profissões, e mudaram de atividade.

Salários desproporcionais

Manoel, Rosângela e Joelma sentem saudades da sala de aula e dizem que, se as condições de trabalho fossem melhores e a remuneração mais alta, teriam continuado na profissão. É fácil compreender as razões deles. Para ser um professor, por lei, é preciso ser formado em Pedagogia ou em alguma licenciatura, cujo curso dura pelo menos três anos. Há muitos outros cargos que, com a mesma titulação, oferecem salários mais atraentes.

Para melhorar:  Piso, bolsas e carreira são promessas para valorizar professor

Manoel é servidor público no Senado Federal. Lá, um analista (cargo que exige apenas a graduação) inicia a carreira ganhando R$ 18 mil. Mais de 10 vezes o piso salarial do professor , que hoje é de R$ 1,4 mil e não é pago por muitos redes estaduais e municipais. No Judiciário, onde trabalham Rosângela e Joelma, um técnico (nível médio) e um analista (graduado) ganham, em média, 3,5 mil e R$ 6 mil, respectivamente, no início da carreira.

As diferenças salariais estão também em carreiras mais próximas à realidade do professor. O salário básico de um biólogo ou de um químico, por exemplo, é de seis salários mínimos, um total de R$ 3,7 mil. Há muitos professores dessas áreas que cursaram não só a licenciatura, que habilita a dar aulas, mas também o bacharelado e poderiam atuar como biólogos e químicos.

Para tentar mudar esse cenário, o Plano Nacional de Educação (PNE), que define as metas educacionais para o País nesta década, previu a valorização dos profissionais da área, equiparando os salários . A redação da meta 17, que trata desse tema, diz que o “rendimento médio” dos docentes será equiparado aos “dos demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano da vigência deste PNE (2016)”. Mas o projeto não define quais profissões seriam comparadas à do professor. E ainda não foi implementado.

Em busca de ascensão social

Ensinar foi a primeira atividade que chamou a atenção, e despertou o interesse, de Manoel Morais, 36 anos. O cearense, aos 10 anos, dava aulas de reforço para os colegas em dificuldade. Estudioso, achava fácil explicar o que sabia aos colegas. Estudante de química industrial na escola técnica de Fortaleza, Manoel não pensava em se tornar um professor até ser convidado, aos 17 anos, a dar aulas em cursinhos pré-vestibulares.

Fora da Lei: Nove Estados ainda não pagam o piso dos professores para 2012

A vocação lhe parecia natural, mas Manoel queria fugir da profissão tão criticada pelos seus professores da rede pública, onde estudou a vida toda. Apesar das aulas no cursinho, fez vestibular para Engenharia Química. No meio do caminho, decidiu fazer licenciatura em Química e se tornar mesmo professor. “Comecei a estudar neurociências para entender como o cérebro aprende e poder ajudar meus alunos melhor”, conta.

Nova disputa: Seis governadores iniciam nova briga judicial contra piso do professor

Em 2004, no entanto, as ilusões de Manoel com a carreira acabaram. Ele começou a fazer concursos públicos para mudar de área de atuação. Em 2005, chegou a Brasília, após ter sido aprovado no concurso do Ministério Público da União. “Mudei em busca de ascensão social mesmo. O cargo de juiz exige apenas o bacharelado em Direito. Para dar aula em uma faculdade é preciso, no mínimo, um mestrado. E quem ganha mais? Não quis seguir na carreira que eu amo por conta da condição financeira mesmo”, admite.

Hoje, Manoel está prestes a concluir o curso de Direito e pensa em novos concursos. “Por causa da questão financeira, há uma fuga de cérebros do magistério. Teria ficado na escola se tivesse a oportunidade de ganhar a mesma coisa”, desabafa. Para diminuir as saudades da sala de aula, hoje Manoel ensina outras pessoas a estudar. Dá treinamentos aos sábados sobre técnicas de estudo e oratória.

Alan Sampaio / iG Brasília
Manoel desistiu de ser professor por causa do salário. Hoje, servidor do Senado, dá cursos sobre técnicas de estudo para matar as saudades

Longe do sacerdócio

Como muitas mulheres de sua idade, Joelma de Sousa, 46 anos, fez o curso normal durante o antigo 2º grau. Antes mesmo de terminar o preparatório para o magistério, Joelma passou em um concurso da Fundação Educacional de Brasília. “Era o caminho mais rápido para o trabalho. Passei cinco anos dando aulas de alfabetização para crianças e adultos. Adorava meu trabalho. Eu via o começo e o fim dele. Um dos mais gratificantes”, analisa.

Opinião de ministro:  “A valorização do professor começa pelo piso”, diz Mercadante

Como precisava ajudar a família a se manter, Joelma desistiu do curso de pedagogia. Estudou para um concurso e se tornou técnica judiciária. “A questão salarial foi a única razão para ter mudado de profissão. Fiquei muito triste quando sai”, relembra. Ela diz que, na época, o salário de técnica já era três ou quatro vezes maior que o de professora. Já trabalhando no tribunal, Joelma fez Letras-Tradução em Francês, depois cursou Direito.

“Se minha filha quiser ser professora, vou achar sensacional. A minha família não tinha condições de me apoiar nessa decisão à época, mas espero que eu possa. Ser professor não é um sacerdócio, todos precisam de dinheiro para viver. Se quisermos bons profissionais, teremos de pagar bem”, pondera.

Sonho interrompido

Rosângela Pinto Ramos, 51 anos, escolheu ser uma professora ainda criança. Filha de professora, ela admirava a mãe. Percebeu que tinha escolhido a carreira certa logo que terminou o curso de magistério. Começou a dar aulas e se apaixonou pelo ambiente escolar, o trabalho com os alunos. Fez o curso de pedagogia e sonhava em abrir seu próprio colégio.

Mas as diferenças salariais – e a oportunidade de atuar na própria área ganhando mais – a fizeram desistir. Rosângela começou a trabalhar no Judiciário quando os pedagogos ainda eram requisitados para atuar nas Varas de Infância e para trabalhar com jovens infratores.

“Mesmo assim eu continuei dando aulas, por prazer mesmo. Até que a correria me fez desistir das aulas”, conta. A servidora, que já não atua mais com sua área no tribunal em que trabalha, conta que sente saudades da sala de aula até hoje.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
FROM: Marcelo Cortimiglia <cortimiglia@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2012 09:44

Em 14 de outubro de 2012 15:59, Homero <oraculo@atibaia.com.br> escreveu: 

Olá Renato

Complexo de messias. "Se não sou eu a iluminar os pobres tolos, ficarão na ignorância (ou má fé) para sempre".

Sinto, não funciona assim, e você não é portador da verdade verdadeira (ninguém é, nem seres imaginários). Você se expressou corretamente, entendemos suas colocações, mas não apresentou argumentos apenas ad hominens e falácias. 

Acusar os que discordam de "usar antolhos", serem tolos, ou desonestos, não é argumento. O espantalho "os a favor das cotas são interesseiros ou cegos, e só querem esquecer os problemas, sem se interessar por melhoras nem pressionar o governo" é falso, uma falácia recorrente.


Resposta perfeita. Típico complexo de messias e ataques pessoais.

Usando o mesmo tipo de argumento do José Renato, eu poderia dizer que "os contrários às cotas são interesseiros e hipócritas, pois não querem melhorar a qualidade de ensino ou o acesso ao mesmo, mas sim manter seu status quo de elite social e econômica" ainda que isso não seja verdade em todos os casos. Simples, não? 

Abraço,
Marcelo Cortimiglia




--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, José Renato Terra <jrma@...> escreveu

>
> Victor, talvez não tenha me expressado corretamente. O absurdo não está escondido, está na cara e é percebido por qualquer um que não use antolhos. Tanto é que o comentário comum dos que são a favor das cotas raciais sociais é de que não é a melhor solução, mas... Blá, blá, blá... Um cara sacou que: justiça se expressa em si mesma, injustiça requer argumentos. Aqui a justiça requer esclarecimentos. A presidente Dilma assinou a lei das cotas a ser exigida em etapas até atingir 50% das vagas das universidades. Já a partir de jan.2013, 12,5% deverão ser reservadas para negros, pardos e indígenas que tiverem cursado *todo* o segundo grau em escolas públicas. No decreto também foram incluídos critérios de renda familiar, percentual do grupo na região, segundo o IBGE, e outras filigranas que deixaremos de lado para manter o foco principal na questão racial.
>
> Sabemos que o curso médio é responsabilidade dos governos estaduais e federais. O governo federal está facilitando a vida dos que cursaram todo, repito, todo o curso médio em escolas pública. Se alguma família fez das tripas coração e matriculou, por um tempo, o filho numa particular e depois teve de desistir, perdeu o "direito" à cota. Vê-se então que a cota não é racial social, ela é "governamental". Ela existe porque o ensino público é deficiente. Enumere o que os governos estaduais e federais fizeram durante está última década para melhorar o ensino médio no país? O que estão fazendo para que os alunos das escolas públicas estejam capacitados para passar nos vestibulares das melhores universidades, centros tecnológicos e ter bom desempenho nas universidades?
> Na Bahia posso dizer que os professores voltaram às salas de aula, após 106 dias de greve, sem que o governador liberasse o aumento aprovado em Lei na Câmara Estadual. Justificativa do governador: tem de cumprir a lei de responsabilidade orçamentária! E o pior é que grupos representantes dos afrodescendentes e dos indígenas, estão exigindo dos governos mais reservas de cotas e facilidades, sem focar o principal que é: um ensino médio estruturado de forma competente e profissional, como é feito nas boas escolas particulares e nos colégios militares. Por que então não ir direto ao ponto e exigir o que é preciso para que o ensino público volte a ser referência, como foi até há cerca de 50 anos?
>
> Podemos afirmar que essa exigência fundamental foi fragilizada, e passa despercebida com a camuflagem das cotas e de outras benesses aos negros, pardos e indígenas, que são os principais usuários das escolas públicas. E os que são a favor das cotas - mesmo não sendo a melhor solução - parecem hipnotizados e não apresentam qualquer cobrança ou proposta para resolver a questão primeira: tornar as escolas públicas como padrão de ensino no Brasil, nos mesmos níveis das melhores escolas pagas. Dinheiro não falta, falta é vontade de trabalhar para que isso aconteça... Falta quem veja essa aberração, a aponte e diga com todas as letras porque a lei das cotas raciais e sociais é um engodo dos políticos no poder.
>
> []s
>
> José Renato
> ...........................................
>
> ----- Original Message -----
> From: JVictor
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Tuesday, October 09, 2012 6:56 AM
> Subject: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
> Caro Renato,
>
> Renato: “Poucos são o que percebem o que há atras da aplicação beneplácida das cotas.

>
> Apesar do oráculo haver comentado a afirmação acima, dando sua interpretação, ainda não entendi o que realmente você quis dizer. Seria alguma Teoria de Conspiração?
>
> Ou seja, poderia ser mais explícito a respeito do dito? Fiquei realmente, não curioso, mas interessado em saber o que pode estar por trás de tudo, com o rótulo “beneplácida†ou não. (Devo lhe dizer que particularmente entendo que o sistema de cotas não é a opção ideal para resolver um problema crônico que assola nosso sistema de educação. A solução é por outra trilha que, infelizmente, os gestores não conseguem seguí-la, por motivos diversos; mas não sou o mais capacitado para discutir. Mas, enquanto o caminho não é asfaltado, há que se ir por estes mesmos, esburacados. Fazer o quê?).
>
> Sds,
>
> Victor.
>
> ........................................................
> ----- Original Message -----
> From: "José Renato Terra"
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Monday, October 01, 2012 11:01 PM
> Subject: [Spam] Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
>
> Há questões que vão além de polêmicas e legalidades. O artigo que escrevi
> expressa os diversos absurdos que as reservas ou cotas por raça promovem,
> sob argumentos aparentemente de proteção social aos menos favorecidos
> durante algum tempo. Há quanto tempo as cotas raciais estão em uso no
> Brasil? Qual foi a melhora que ocorreu nas universidades, nas escolas
> públicas e nas classes menos favorecidas a partir do seu uso? Para os
> governantes que não se interessam em melhorar o sistema educacional público
> as cotas são um bom sedativo social. Poucos são o que percebem o que há
> atras da aplicação beneplácida das cotas. Tanto aqui, como nos EUA ou em
> qualquer lugar, as cotas - do jeito que estão estabelecidas - é um engodo
> que anestesia e engabela a população afetada: positiva ou negativamente. Até
> quem é contra à aplicação das reservas e cotas raciais pode ser acusado de
> preconceito racial: crime inafiançável! E o problema do ensino público
> escolar no primeiro e segundo grau é levado com a barriga às calendas. Na
> classificação das melhores escolas de segundo grau aparecem algumas que são
> públicas. Os colégios militares grátis considerados públicos são um bom
> exemplo de educação organizada. Felizmente neles ainda não se aplica o
> regime de cotas para o exame de admissão. É o mérito que vale! Hoje em dia
> essa questão caiu no esquecimento visto que é constitucional... E ninguém
> mais questiona o porquê de ainda se manter o sistema de cotas raciais. Só
> não vê o sistema de cotas como um absurdo quem não quer! Como justificativa
> periférica seus apoiadores consideram um mal menor, que um dia será extinto
> por... Por quem mesmo?
> []s
> JR
> ................................................................
>
> ----- Original Message -----
> From: "José Renato
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Monday, September 10, 2012 2:33 PM
> Subject: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
>
> COTAS: RACISTAS POR DEFINIÇÃO
>
> O fator que mais contribui para impedir que uma pessoa curse uma
> universidade não é a cor é o seu poder econômico. Daí pode surgir um
> corolário enviesado para justificar as cotas. Os negros e nativos não têm
> poder econômico porque não fizeram universidade... E durma-se com um
> raciocínio desses!
>
> Aparentemente, a questão já está amadurecida para o ministro Tarso Genro,
> das Relações Institucionais, quando constata que o impedimento maior é
> econômico e não étnico. Basta os órgãos governamentais fornecerem ensino
> suficiente nas escolas públicas, cursos específicos de preparação aos
> vestibulares para os alunos dessas escolas e, claro, bolsas de estudo aos
> aprovados, evitando a evasão por falta de recursos para se sustentar até o
> final. Parece-me que as cotas como propostas são racistas, injustas,
> humilhantes e inconstitucionais. Há modo mais inteligente de realizar a
> inclusão e a igualdade social sem cair no critério racial que promove,
> exatamente, o racismo indesejável que deseja combater.
>
> O ministro Gilberto Gil tem razão em fomentar as discussões. A exposição de
> motivos e argumentos foi o que de melhor as cotas provocaram. Boas propostas
> estão aí em execução. Em Salvador-BA já existem cursinhos de vestibular
> grátis para os melhores alunos de escola pública, bancados pelos governos
> estadual e municipal e a fundamental bolsa, tipo FIES, para os aprovados nos
> vestibulares.
>
> Eu mesmo já fui agraciado por uma forma inteligente de inclusão, há bem mais
> tempo. Quando fazia o 1º ano do curso científico - atual 2° grau - houve um
> convite da Universidade Federal do Pará para os estudantes fazerem teste de
> conhecimento visando selecionar os melhores alunos que cursavam escolas
> públicas e as poucas privadas existentes, em geral administradas por
> congregações religiosas. Nessa época as escolas públicas tinham tradição e
> impunham respeito pela qualidade do ensino. Passei no teste e a UFPA formou
> três turmas, uma para cada turno de modo a atender a todos. Na minha turma
> havia cerca de 30 alunos. Recebíamos aulas das matérias padrões dos
> vestibulares com professores que ensinavam universitários nas faculdades de
> engenharia, química, medicina, português e línguas. Tínhamos três dias de
> aulas por semana, sendo uma no sábado, o que fez os menos interessados
> desistirem em alguns meses. O nível do ensino e a convivência no ambiente
> universitário me deu uma condição especial para prestar o vestibular. Graças
> a Deus, passei de primeira em 21° lugar de um total de 151 vagas
> preenchidas. Depois que os colégios particulares se multiplicaram, esse bela
> iniciativa foi boicotada e eliminada.
>
> O parâmetro usado no sistema de cotas vem dos EUA, só que bem diferente. Lá
> os alunos para as universidades são escolhidos pelos "comitês" -
> teoricamente, com base no currículo escolar - mas que na prática eram
> preenchidas por quase totalidade de brancos para evitar conflitos raciais e
> "queda de padrão" da escola junto à comunidade acadêmica.
>
> No Brasil, já não há espaço para mais essa "bondade" que rotula o não-branco
> como um deficiente intelectual, que precisa de condições especiais para ser
> aprovado no vestibular.
>
> Quem gostaria de ser marcado em toda a sua vida profissional como quem foi
> aprovado na "cota racial"?
>
> As cotas serviram para esclarecer pelo menos as estatísticas, com maior
> presença de não-brancos nas universidades. Antes era mínima, hoje, mais do
> que nunca, os negros, pardos e indígenas aparecem em melhores números do que
> há cinco anos quando, quase todo mundo com características externas não
> totalmente negras, registravam sua cor como branca em vez de parda ou negra.
> Levantamentos divulgados pelo reitor da UFBA revelam que os aprovados nas
> cotas têm, nos cursos universitários, melhor desempenho do que os demais.
> Isso mostra o quanto é desnecessário o sistema de cotas por raça.
>
> Lembro de um filme em que Natalie Wood fazia uma negra de pele clara, que
> renega a mãe negra para não ser considerada "de cor" na escola, na
> universidade, no seu círculo de amizades e junto aos ricos pretendentes?
> Será que com os "benefícios" das cotas ela assumiria suas origens e sua
> raça?
>
> Esse tipo de proposta provoca mais danos do que melhorias, apenas disfarça o
> cerne da questão: o abandono do ensino oficial no Brasil, um direito
> constitucional não exigido pela sociedade.
>
> As cotas são racistas por definição. A meu ver elas vêm desqualificar e
> humilhar ainda mais os não-brancos.
>
>
>
> < http://www.diretodaredacao.com/noticia/cotas-racistas-por-definicao >
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
FROM: <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/10/2012 13:23

Olá Thiago
 
Se me permite, alguns palpites e respostas, pois embora eu concorde com muito do que expôs, nesta mensagem e na resposta ao Vitor, tenho algumas restrições, e talvez precise explicar com mais cuidado minhas posições. Especialmente, a parte que trouxe para esta mensagem, sobre a “iluminação”.:- )
 
Thiago: “O que eu acho extraordinariamente estranho é essa "clara"
distinção entre grupos "afro-descendentes"  e "não-descendentes".
Entre cotas "raciais" e "não-raciais". Ou ainda, entre "justiças" e "injustiças".
 
Eu concordo.:- ) E, puxa, vida, se há algo que tentei colocar é justamente que não é nem claro nem evidente, essa questão, a ponto de que uma das posições defendidas seja “obviamente certa” e a outra “obviamente errada”, ou seja, um absurdo que só “cegos, tolos ou desonestos” não veem. É uma situação complexa, difícil, com grandes reflexos em todos, qualquer que seja a solução adotada, e, como em muitas questões humanas, sem uma resposta “perfeita” ou absoluta.
 
Não há certamente uma “clara” distinção, uma vez que raças, por exemplo, não existem de verdade. Memo na questão de cotas sociais, para “pobres”, não há como definir uma linha ‘clara e evidente” entre pobres e ricos. Há um degrade, que depende inclusive da região do país que se analisa (um “pobre” em São Paulo pode ser “rico” em uma cidade do interior da Paraíba, com o mesmo padrão sócio-ecônomico).
 
Mas a falta de linhas limite claras não impede, não deveria impedir. que se tomem atitudes ou que se definam regras, paliativas ou necessárias, para resolver questões. Não existe, por exemplo, uma linha limite clara e evidente entre adulto e criança (ou adolescente, uma classificação tardia em nossa história), mas mesmo assim definimos uma linha limite pragmática para processar, permitir direção de veículos, votar, etc.
 
Sim, certamente existirão casos em que não se pode dizer com “certeza” se a pessoa é negra ou não, se deve receber a cota ou não, mas alegar que por isso nada se pode fazer com relação a melhorar as expectativas de uma maioria que pode ser definida dessa forma, é como alegar que não se pode decidir quando alguém deve ser processado como adulto, porque não existe uma “linha divisória clara” entre adultos e não adultos.
 
A questão da justiça também tem esse componente em degrade. Concordo totalmente, não há uma “justiça absoluta”, que independe de “argumentos” ou defesa, e sim um conjunto de pactos e acordos feitos em uma sociedade, que se modifica e se ajusta com o tempo. Neste momento, em que uma série de fatores nos faz ter de lidar com um descompasso histórico em relação a direitos a educação, alguns pensam que, embora não seja nem ideal, nem totalmente eficaz, cotas podem despertar um processo que, no futuro, seja benéfico a todos.
 
O que me assusta é a posição do Renato, de que os a favor de cotas são cegos, tolos ou desonestos, que tem ‘preguiça” de lutar para uma melhor educação para todos, e fingem que se preocupam com as pessoas sem acesso a esta. Isso é falso, totalmente falso. Eu, como você, entendo que o sistema educacional da Finlândia seria excelente, mas que depende de uma série de fatores, enorme, que a tornam quase impossível de ser implementada aqui no Brasil, pelo menos a curto e médio prazo. E muitas pessoas precisam de ajuda, suporto, a curto e médio prazo.
 
Um abraço.
 
Homero
 
 
 
Sent: Sunday, October 14, 2012 5:13 PM
Subject: RE: [ciencialist] Re: PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
 
 

 
José Renato,
 
O que eu acho extraordinariamente estranho é essa "clara"
distinção entre grupos "afro-descendentes"  e "não-descendentes".
Entre cotas "raciais" e "não-raciais". Ou ainda, entre "justiças" e "injustiças".
 
E todas essa bancarrota de categorias, que são para mim completamente
estranhas.

- "Se não sou eu a iluminar os pobres tolos, ficarão na ignorância (ou má fé) para sempre".

Acho que essa frase expressa o supra-sumo do puritanismo em que essa discussão
se desemboca. Coitados dos nossos olhos e ouvidos... nos poupe!
 
Thiago


To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: oraculo@atibaia.com.br
Date: Sun, 14 Oct 2012 18:59:01 +0000
Subject: [ciencialist] Re: PL 180/2008 Cotas: racista por definicao

 
 
Olá Renato
 
Complexo de messias. "Se não sou eu a iluminar os pobres tolos, ficarão na ignorância (ou má fé) para sempre".
 
Sinto, não funciona assim, e você não é portador da verdade verdadeira (ninguém é, nem seres imaginários). Você se expressou corretamente, entendemos suas colocações, mas não apresentou argumentos apenas ad hominens e falácias.
 
Acusar os que discordam de "usar antolhos", serem tolos, ou desonestos, não é argumento. O espantalho "os a favor das cotas são interesseiros ou cegos, e só querem esquecer os problemas, sem se interessar por melhoras nem pressionar o governo" é falso, uma falácia recorrente.
 
Na verdade, idêntica em sua forma ao espantalho usado, por exemplo, contra quem é a favor da descriminalização do aborto: são pessoas más, contra a vida, que não se preocupam nem procuram outras formas de evitar a gravidez. Falso, claro, mas não me espanta que use o mesmo argumento distorcido contra qualquer um que discorde de suas verdades verdadeiras.
 
Os favor das cotas, como paliativo e ferramenta temporária, também se preocupam com a melhoria da educação, com outras formas de dar educação de qualidade a todos, e com o objetivo de em algum momento não serem mais necessárias as cotas, de qualquer tipo. Também compreendem perfeitamente que o ideal seria que todos, sem exceção, tivessem educação de base de qualidade.
 
Um cara: "justiça se expressa em si mesma, injustiça requer argumentos. "
 
Uma "boutade", um chavão, frase de efeito, nada mais. Justiça também exige argumentos, defesa, explicações, debates, pois não existe algo abstrato como "justiça", nem verdades absolutas indiscutíveis, que são auto-evidentes (apenas na religião, mas isso também não me espanta, de novo.:-).
 
Enfim, sem argumentos, resta a você atacar os adversários, como cegos tolos, ou desonestos de má fé. Ad hominens.
 
Todos concordamos que o ideal é tornar as escolas públicas um padrão de qualidade. Todos sabemos que isso não vai acontecer tão cedo, por muitos e diversos motivos. E alguns de nós pensam que, até que isso ocorra, mais possibilidades devem ser apresentadas as pessoas que sofrem com essa situação, e pensam que com mais pessoas educadas a partir de camadas mais pobres, inclusive de origem negra, seremos mais capazes de pressionar os governos.
 
Mais pessoas formadas, a partir de origens humildes, mais pessoas interessadas em mudar a atual situação da educação. Menos pessoas dessa origem, e menos interesse terão as pessoas que não sofrem com essa situação (e que tem a formação relativamente garantida dentro desse estado de coisas) em melhorar essa situação da educação no pais. Pense, em uma associação que pretenda pressionar um governo ou administração para melhorar as escolas fundamentais, se todos forem ricos e brancos, com que intensidade essa organização vai lutar? E se metade tiverem vindo de camadas mais pobres, de origem socio-econômica mais humilde, de negros ou descendentes, qual o esforço que estariam dispostos a fazer, com que intensidade lutariam, para melhorar as escolas?
 
Como está, quem decide prioridades são as mesmas pessoas que estão satisfatoriamente protegidas pela atual situação das coisas. Sua motivação para agir é, dada a natureza humana, menor, menos intensa (em média, existem exceções, claro). Cotas, que permitam mudar o padrão da sociedade , ainda de forma mínima, podem ajudar nesse esforço.
 
Não tenho, diferente de você, pretensão de ter a "verdade verdadeira", por isso apresento argumentos e dados que sustentem o que defendo. A justiça, diferente de seu bordão, não é auto-evidente, nem independe de argumentos e evidências, para ser definida. Em minha opinião, absurdo é você teimar em não compreender isso.
 
Homero
 
 
--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, José Renato Terra <jrma@...> escreveu
>
> Victor, talvez não tenha me expressado corretamente. O absurdo não está escondido, está na cara e é percebido por qualquer um que não use antolhos. Tanto é que o comentário comum dos que são a favor das cotas raciais sociais é de que não é a melhor solução, mas... Blá, blá, blá... Um cara sacou que: justiça se expressa em si mesma, injustiça requer argumentos. Aqui a justiça requer esclarecimentos. A presidente Dilma assinou a lei das cotas a ser exigida em etapas até atingir 50% das vagas das universidades. Já a partir de jan.2013, 12,5% deverão ser reservadas para negros, pardos e indígenas que tiverem cursado *todo* o segundo grau em escolas públicas. No decreto também foram incluídos critérios de renda familiar, percentual do grupo na região, segundo o IBGE, e outras filigranas que deixaremos de lado para manter o foco principal na questão racial.
>
> Sabemos que o curso médio é responsabilidade dos governos estaduais e federais. O governo federal está facilitando a vida dos que cursaram todo, repito, todo o curso médio em escolas pública. Se alguma família fez das tripas coração e matriculou, por um tempo, o filho numa particular e depois teve de desistir, perdeu o "direito" à cota. Vê-se então que a cota não é racial social, ela é "governamental". Ela existe porque o ensino público é deficiente. Enumere o que os governos estaduais e federais fizeram durante está última década para melhorar o ensino médio no país? O que estão fazendo para que os alunos das escolas públicas estejam capacitados para passar nos vestibulares das melhores universidades, centros tecnológicos e ter bom desempenho nas universidades?
> Na Bahia posso dizer que os professores voltaram às salas de aula, após 106 dias de greve, sem que o governador liberasse o aumento aprovado em Lei na Câmara Estadual. Justificativa do governador: tem de cumprir a lei de responsabilidade orçamentária! E o pior é que grupos representantes dos afrodescendentes e dos indígenas, estão exigindo dos governos mais reservas de cotas e facilidades, sem focar o principal que é: um ensino médio estruturado de forma competente e profissional, como é feito nas boas escolas particulares e nos colégios militares. Por que então não ir direto ao ponto e exigir o que é preciso para que o ensino público volte a ser referência, como foi até há cerca de 50 anos?
>
> Podemos afirmar que essa exigência fundamental foi fragilizada, e passa despercebida com a camuflagem das cotas e de outras benesses aos negros, pardos e indígenas, que são os principais usuários das escolas públicas. E os que são a favor das cotas - mesmo não sendo a melhor solução - parecem hipnotizados e não apresentam qualquer cobrança ou proposta para resolver a questão primeira: tornar as escolas públicas como padrão de ensino no Brasil, nos mesmos níveis das melhores escolas pagas. Dinheiro não falta, falta é vontade de trabalhar para que isso aconteça... Falta quem veja essa aberração, a aponte e diga com todas as letras porque a lei das cotas raciais e sociais é um engodo dos políticos no poder.
>
> []s
>
> José Renato
> ...........................................
>
> ----- Original Message -----
> From: JVictor
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Tuesday, October 09, 2012 6:56 AM
> Subject: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
> Caro Renato,
>
> Renato: “Poucos são o que percebem o que há atras da aplicação beneplácida das cotas.
>
> Apesar do oráculo haver comentado a afirmação acima, dando sua interpretação, ainda não entendi o que realmente você quis dizer. Seria alguma Teoria de Conspiração?
>
> Ou seja, poderia ser mais explícito a respeito do dito? Fiquei realmente, não curioso, mas interessado em saber o que pode estar por trás de tudo, com o rótulo “beneplácida” ou não. (Devo lhe dizer que particularmente entendo que o sistema de cotas não é a opção ideal para resolver um problema crônico que assola nosso sistema de educação. A solução é por outra trilha que, infelizmente, os gestores não conseguem seguí-la, por motivos diversos; mas não sou o mais capacitado para discutir. Mas, enquanto o caminho não é asfaltado, há que se ir por estes mesmos, esburacados. Fazer o quê?).
>
> Sds,
>
> Victor.
>
> ........................................................
> ----- Original Message -----
> From: "José Renato Terra"
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Monday, October 01, 2012 11:01 PM
> Subject: [Spam] Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
>
> Há questões que vão além de polêmicas e legalidades. O artigo que escrevi
> expressa os diversos absurdos que as reservas ou cotas por raça promovem,
> sob argumentos aparentemente de proteção social aos menos favorecidos
> durante algum tempo. Há quanto tempo as cotas raciais estão em uso no
> Brasil? Qual foi a melhora que ocorreu nas universidades, nas escolas
> públicas e nas classes menos favorecidas a partir do seu uso? Para os
> governantes que não se interessam em melhorar o sistema educacional público
> as cotas são um bom sedativo social. Poucos são o que percebem o que há
> atras da aplicação beneplácida das cotas. Tanto aqui, como nos EUA ou em
> qualquer lugar, as cotas - do jeito que estão estabelecidas - é um engodo
> que anestesia e engabela a população afetada: positiva ou negativamente. Até
> quem é contra à aplicação das reservas e cotas raciais pode ser acusado de
> preconceito racial: crime inafiançável! E o problema do ensino público
> escolar no primeiro e segundo grau é levado com a barriga às calendas. Na
> classificação das melhores escolas de segundo grau aparecem algumas que são
> públicas. Os colégios militares grátis considerados públicos são um bom
> exemplo de educação organizada. Felizmente neles ainda não se aplica o
> regime de cotas para o exame de admissão. É o mérito que vale! Hoje em dia
> essa questão caiu no esquecimento visto que é constitucional... E ninguém
> mais questiona o porquê de ainda se manter o sistema de cotas raciais. Só
> não vê o sistema de cotas como um absurdo quem não quer! Como justificativa
> periférica seus apoiadores consideram um mal menor, que um dia será extinto
> por... Por quem mesmo?
> []s
> JR
> ................................................................
>
> ----- Original Message -----
> From: "José Renato
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Monday, September 10, 2012 2:33 PM
> Subject: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
>
> COTAS: RACISTAS POR DEFINIÇÃO
>
> O fator que mais contribui para impedir que uma pessoa curse uma
> universidade não é a cor é o seu poder econômico. Daí pode surgir um
> corolário enviesado para justificar as cotas. Os negros e nativos não têm
> poder econômico porque não fizeram universidade... E durma-se com um
> raciocínio desses!
>
> Aparentemente, a questão já está amadurecida para o ministro Tarso Genro,
> das Relações Institucionais, quando constata que o impedimento maior é
> econômico e não étnico. Basta os órgãos governamentais fornecerem ensino
> suficiente nas escolas públicas, cursos específicos de preparação aos
> vestibulares para os alunos dessas escolas e, claro, bolsas de estudo aos
> aprovados, evitando a evasão por falta de recursos para se sustentar até o
> final. Parece-me que as cotas como propostas são racistas, injustas,
> humilhantes e inconstitucionais. Há modo mais inteligente de realizar a
> inclusão e a igualdade social sem cair no critério racial que promove,
> exatamente, o racismo indesejável que deseja combater.
>
> O ministro Gilberto Gil tem razão em fomentar as discussões. A exposição de
> motivos e argumentos foi o que de melhor as cotas provocaram. Boas propostas
> estão aí em execução. Em Salvador-BA já existem cursinhos de vestibular
> grátis para os melhores alunos de escola pública, bancados pelos governos
> estadual e municipal e a fundamental bolsa, tipo FIES, para os aprovados nos
> vestibulares.
>
> Eu mesmo já fui agraciado por uma forma inteligente de inclusão, há bem mais
> tempo. Quando fazia o 1º ano do curso científico - atual 2° grau - houve um
> convite da Universidade Federal do Pará para os estudantes fazerem teste de
> conhecimento visando selecionar os melhores alunos que cursavam escolas
> públicas e as poucas privadas existentes, em geral administradas por
> congregações religiosas. Nessa época as escolas públicas tinham tradição e
> impunham respeito pela qualidade do ensino. Passei no teste e a UFPA formou
> três turmas, uma para cada turno de modo a atender a todos. Na minha turma
> havia cerca de 30 alunos. Recebíamos aulas das matérias padrões dos
> vestibulares com professores que ensinavam universitários nas faculdades de
> engenharia, química, medicina, português e línguas. Tínhamos três dias de
> aulas por semana, sendo uma no sábado, o que fez os menos interessados
> desistirem em alguns meses. O nível do ensino e a convivência no ambiente
> universitário me deu uma condição especial para prestar o vestibular. Graças
> a Deus, passei de primeira em 21° lugar de um total de 151 vagas
> preenchidas. Depois que os colégios particulares se multiplicaram, esse bela
> iniciativa foi boicotada e eliminada.
>
> O parâmetro usado no sistema de cotas vem dos EUA, só que bem diferente. Lá
> os alunos para as universidades são escolhidos pelos "comitês" -
> teoricamente, com base no currículo escolar - mas que na prática eram
> preenchidas por quase totalidade de brancos para evitar conflitos raciais e
> "queda de padrão" da escola junto à comunidade acadêmica.
>
> No Brasil, já não há espaço para mais essa "bondade" que rotula o não-branco
> como um deficiente intelectual, que precisa de condições especiais para ser
> aprovado no vestibular.
>
> Quem gostaria de ser marcado em toda a sua vida profissional como quem foi
> aprovado na "cota racial"?
>
> As cotas serviram para esclarecer pelo menos as estatísticas, com maior
> presença de não-brancos nas universidades. Antes era mínima, hoje, mais do
> que nunca, os negros, pardos e indígenas aparecem em melhores números do que
> há cinco anos quando, quase todo mundo com características externas não
> totalmente negras, registravam sua cor como branca em vez de parda ou negra.
> Levantamentos divulgados pelo reitor da UFBA revelam que os aprovados nas
> cotas têm, nos cursos universitários, melhor desempenho do que os demais.
> Isso mostra o quanto é desnecessário o sistema de cotas por raça.
>
> Lembro de um filme em que Natalie Wood fazia uma negra de pele clara, que
> renega a mãe negra para não ser considerada "de cor" na escola, na
> universidade, no seu círculo de amizades e junto aos ricos pretendentes?
> Será que com os "benefícios" das cotas ela assumiria suas origens e sua
> raça?
>
> Esse tipo de proposta provoca mais danos do que melhorias, apenas disfarça o
> cerne da questão: o abandono do ensino oficial no Brasil, um direito
> constitucional não exigido pela sociedade.
>
> As cotas são racistas por definição. A meu ver elas vêm desqualificar e
> humilhar ainda mais os não-brancos.
>
>
>
> < http://www.diretodaredacao.com/noticia/cotas-racistas-por-definicao >
>

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Documentário: Beautiful Equations
FROM: Gilberto Morelli <gilmorelli@yahoo.com>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/10/2012 14:09

Há uns anos atrás também li bastante coisa de fractais e achei sensacional!

Se alguém tiver algum material a respeito e puder me enviar, agradeço.

Gilberto


From: Thiago Guimarães <guimaraesbsb@hotmail.com>
To: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, October 13, 2012 2:51 PM
Subject: RE: [ciencialist] Documentário: Beautiful Equations

 


Álvaro, as equações são belas e pelo menos algumas existem 
na natureza, vide a  sequencia de Fibonacci.

Há pelo menos um erro grosseiro em se dizer que as "belezas" 
das equações são Platônicas, e pior, que o platonismo deveria 
ser abandonado. Isso é um erro grosseiro.

Só para a reflexão...

Estive estudando os Fractais e realmente fiquei "apaixonado".
hehehe

Thiago



To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: alvaro@lunabay.com.br
Date: Thu, 11 Oct 2012 21:04:58 -0300
Subject: Re: [ciencialist] Documentário: Beautiful Equations

 

Tudo bem, a equação de Euler é "bela", mas serve para quê? Ela é somente um caso muito particular da relação entre a forma polar e retangular de números complexos, os quais, estes sim, têm inúmeras aplicações. Beleza matemática é um conceito platônico e o platonismo matemático já deveria ter sido abandonado há anos.

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 11/10/2012 10:10, luiz silva escreveu:

Se formos pensar somente em matematica, a equação de Euler é imbatível.
De: roberto <roberto.takata@bol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 10 de Outubro de 2012 15:24
Assunto: Re: RES: [ciencialist] Documentário: Beautiful Equations
 
Apropo:

2004 "Concurso inglês elege as mais belas equações da história"
http://veja.abril.com.br/241104/p_140.html
-----

Livro "Cinco Equações Que Mudaram o Mundo"
http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/3540217/cinco-equacoes-que-mudaram-o-mundo
-----

Livro "As grandes equações"
http://www.zahar.com.br/catalogo_exclusivo.asp?id=0997&ide=589
-----
(Este eu li faz pouco tempo, de modo geral recomendo.)

[]s,

Roberto Takata







SUBJECT: Re: [ciencialist] Documentário: Beautiful Equations
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/10/2012 18:07

Beauty is in the eyes of the beholder!

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 15/10/2012 14:09, Gilberto Morelli escreveu:
Há uns anos atrás também li bastante coisa de fractais e achei sensacional!

Se alguém tiver algum material a respeito e puder me enviar, agradeço.

Gilberto


From: Thiago Guimarães <guimaraesbsb@hotmail.com>
To: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, October 13, 2012 2:51 PM
Subject: RE: [ciencialist] Documentário: Beautiful Equations

 


Álvaro, as equações são belas e pelo menos algumas existem 
na natureza, vide a  sequencia de Fibonacci.

Há pelo menos um erro grosseiro em se dizer que as "belezas" 
das equações são Platônicas, e pior, que o platonismo deveria 
ser abandonado. Isso é um erro grosseiro.

Só para a reflexão...

Estive estudando os Fractais e realmente fiquei "apaixonado".
hehehe

Thiago



To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: alvaro@lunabay.com.br
Date: Thu, 11 Oct 2012 21:04:58 -0300
Subject: Re: [ciencialist] Documentário: Beautiful Equations

 

Tudo bem, a equação de Euler é "bela", mas serve para quê? Ela é somente um caso muito particular da relação entre a forma polar e retangular de números complexos, os quais, estes sim, têm inúmeras aplicações. Beleza matemática é um conceito platônico e o platonismo matemático já deveria ter sido abandonado há anos.

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 11/10/2012 10:10, luiz silva escreveu:

Se formos pensar somente em matematica, a equação de Euler é imbatível.
De: roberto <roberto.takata@bol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 10 de Outubro de 2012 15:24
Assunto: Re: RES: [ciencialist] Documentário: Beautiful Equations
 
Apropo:

2004 "Concurso inglês elege as mais belas equações da história"
http://veja.abril.com.br/241104/p_140.html
-----

Livro "Cinco Equações Que Mudaram o Mundo"
http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/3540217/cinco-equacoes-que-mudaram-o-mundo
-----

Livro "As grandes equações"
http://www.zahar.com.br/catalogo_exclusivo.asp?id=0997&ide=589
-----
(Este eu li faz pouco tempo, de modo geral recomendo.)

[]s,

Roberto Takata









SUBJECT: Fw: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
FROM: José Renato Terra <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/10/2012 23:32

Homero escreveu: [ Todos concordamos que o ideal é tornar as escolas públicas um padrão de qualidade. Todos sabemos que isso não vai acontecer tão cedo, por muitos e diversos motivos. E alguns de nós pensam que, até que isso ocorra, mais possibilidades devem ser apresentadas as pessoas que sofrem com essa situação, e pensam que com mais pessoas educadas a partir de camadas mais pobres, inclusive de origem negra, seremos mais capazes de pressionar os governos. ]
.....................................
 
Homero, vc continua viajando na maionese em seus comentários prolíxos, repetitivos e vazios de propostas!
 
Se hoje, quando a grande maioria (85%) dos estudantes do segundo grau estudam em escolas públicas, os governos estaduais não dão prioridade à Educação, imagine se vão dar quando os grupos raciais (negros, pardos, indígenas) já estiverem formados nas universidades e nos institutos federais! Os filhos destes irão para as melhores escolas particulares no Brasil e no mundo. E ainda vão lutar pela "flexibilização" das cotas raciais reservada somente para os alunos que cursarem *todo* o segundo grau em escolas públicas.
 
Tudo isso porque há uma idéia canhestra dos acomodados de que, como não dá para fazer nada de imediato nem a curto prazo - assim como pouco ou nada se fez há mais de 10 anos para melhorar o nível do ensino público nem há planos de melhorias para os próximos 10 anos - o *melhor* mesmo são as cotas raciais.
Os grupos raciais iludidos com as cotas se submetem, calam e os governos ainda ganham votos para se manter no poder e, certamente, manterão também o engodo educacional como bom cabo eleitoral.
 
Vejo que em nenhum comentário vc fez propostas para um dia acabar com as cotas, que já estão aí há tempos e agora ganha mais um prazo de 10 anos. Depois desses anos, advinhe o que irá acontecer?
 
Qual governo terá condições de iniciar o movimento contrário para a redução das cotas até zerar?! O que fazer do futuro que construímos desde já, agora?
 
Para aliviar o desconforto das cotas racistas por definição, estão incluíndo critérios econômicos na escolha do aluno que faz jus às cotas. Pelo menos assim evitará inusitados desempates por cor mais ou menos negra, mais ou menos parda, e de raça mais ou menos indígena.
 
[]s
 
José Renato
.........................................................
 
 
----- Original Message -----
From: Homero
Sent: Sunday, October 14, 2012 3:59 PM
Subject: [ciencialist] Re: PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
Olá Renato

Complexo de messias. "Se não sou eu a iluminar os pobres tolos, ficarão na ignorância (ou má fé) para sempre".

Sinto, não funciona assim, e você não é portador da verdade verdadeira (ninguém é, nem seres imaginários). Você se expressou corretamente, entendemos suas colocações, mas não apresentou argumentos apenas ad hominens e falácias. 

Acusar os que discordam de "usar antolhos", serem tolos, ou desonestos, não é argumento. O espantalho "os a favor das cotas são interesseiros ou cegos, e só querem esquecer os problemas, sem se interessar por melhoras nem pressionar o governo" é falso, uma falácia recorrente.

Na verdade, idêntica em sua forma ao espantalho usado, por exemplo, contra quem é a favor da descriminalização do aborto: são pessoas más, contra a vida, que não se preocupam nem procuram outras formas de evitar a gravidez. Falso, claro, mas não me espanta que use o mesmo argumento distorcido contra qualquer um que discorde de suas verdades verdadeiras.

Os favor das cotas, como paliativo e ferramenta temporária, também se preocupam com a melhoria da educação, com outras formas de dar educação de qualidade a todos, e com o objetivo de em algum momento não serem mais necessárias as cotas, de qualquer tipo. Também compreendem perfeitamente que o ideal seria que todos, sem exceção, tivessem educação de base de qualidade.

Um cara: "justiça se expressa em si mesma, injustiça requer argumentos. "

Uma "boutade", um chavão, frase de efeito, nada mais. Justiça também exige argumentos, defesa, explicações, debates, pois não existe algo abstrato como "justiça", nem verdades absolutas indiscutíveis, que são auto-evidentes (apenas na religião, mas isso também não me espanta, de novo.:-).

Enfim, sem argumentos, resta a você atacar os adversários, como cegos tolos, ou desonestos de má fé. Ad hominens.

Todos concordamos que o ideal é tornar as escolas públicas um padrão de qualidade. Todos sabemos que isso não vai acontecer tão cedo, por muitos e diversos motivos. E alguns de nós pensam que, até que isso ocorra, mais possibilidades devem ser apresentadas as pessoas que sofrem com essa situação, e pensam que com mais pessoas educadas a partir de camadas mais pobres, inclusive de origem negra, seremos mais capazes de pressionar os governos.

Mais pessoas formadas, a partir de origens humildes, mais pessoas interessadas em mudar a atual situação da educação. Menos pessoas dessa origem, e menos interesse terão as pessoas que não sofrem com essa situação (e que tem a formação relativamente garantida dentro desse estado de coisas) em melhorar essa situação da educação no pais. Pense, em uma associação que pretenda pressionar um governo ou administração para melhorar as escolas fundamentais, se todos forem ricos e brancos, com que intensidade essa organização vai lutar? E se metade tiverem vindo de camadas mais pobres, de origem socio-econômica mais humilde, de negros ou descendentes, qual o esforço que estariam dispostos a fazer, com que intensidade lutariam, para melhorar as escolas?

Como está, quem decide prioridades são as mesmas pessoas que estão satisfatoriamente protegidas pela atual situação das coisas. Sua motivação para agir é, dada a natureza humana, menor, menos intensa (em média, existem exceções, claro). Cotas, que permitam mudar o padrão da sociedade , ainda de forma mínima, podem ajudar nesse esforço.

Não tenho, diferente de você, pretensão de ter a "verdade verdadeira", por isso apresento argumentos e dados que sustentem o que defendo. A justiça, diferente de seu bordão, não é auto-evidente, nem independe de argumentos e evidências, para ser definida. Em minha opinião, absurdo é você teimar em não compreender isso.

Homero


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, José Renato Terra <jrma@...> escreveu
>
> Victor, talvez não tenha me expressado corretamente. O absurdo não está escondido, está na cara e é percebido por qualquer um que não use antolhos. Tanto é que o comentário comum dos que são a favor das cotas raciais sociais é de que não é a melhor solução, mas... Blá, blá, blá... Um cara sacou que: justiça se expressa em si mesma, injustiça requer argumentos. Aqui a justiça requer esclarecimentos. A presidente Dilma assinou a lei das cotas a ser exigida em etapas até atingir 50% das vagas das universidades. Já a partir de jan.2013, 12,5% deverão ser reservadas para negros, pardos e indígenas que tiverem cursado *todo* o segundo grau em escolas públicas. No decreto também foram incluídos critérios de renda familiar, percentual do grupo na região, segundo o IBGE, e outras filigranas que deixaremos de lado para manter o foco principal na questão racial.
>
> Sabemos que o curso médio é responsabilidade dos governos estaduais e federais. O governo federal está facilitando a vida dos que cursaram todo, repito, todo o curso médio em escolas pública. Se alguma família fez das tripas coração e matriculou, por um tempo, o filho numa particular e depois teve de desistir, perdeu o "direito" à cota. Vê-se então que a cota não é racial social, ela é "governamental". Ela existe porque o ensino público é deficiente. Enumere o que os governos estaduais e federais fizeram durante está última década para melhorar o ensino médio no país? O que estão fazendo para que os alunos das escolas públicas estejam capacitados para passar nos vestibulares das melhores universidades, centros tecnológicos e ter bom desempenho nas universidades?
> Na Bahia posso dizer que os professores voltaram às salas de aula, após 106 dias de greve, sem que o governador liberasse o aumento aprovado em Lei na Câmara Estadual. Justificativa do governador: tem de cumprir a lei de responsabilidade orçamentária! E o pior é que grupos representantes dos afrodescendentes e dos indígenas, estão exigindo dos governos mais reservas de cotas e facilidades, sem focar o principal que é: um ensino médio estruturado de forma competente e profissional, como é feito nas boas escolas particulares e nos colégios militares. Por que então não ir direto ao ponto e exigir o que é preciso para que o ensino público volte a ser referência, como foi até há cerca de 50 anos?
>
> Podemos afirmar que essa exigência fundamental foi fragilizada, e passa despercebida com a camuflagem das cotas e de outras benesses aos negros, pardos e indígenas, que são os principais usuários das escolas públicas. E os que são a favor das cotas - mesmo não sendo a melhor solução - parecem hipnotizados e não apresentam qualquer cobrança ou proposta para resolver a questão primeira: tornar as escolas públicas como padrão de ensino no Brasil, nos mesmos níveis das melhores escolas pagas. Dinheiro não falta, falta é vontade de trabalhar para que isso aconteça... Falta quem veja essa aberração, a aponte e diga com todas as letras porque a lei das cotas raciais e sociais é um engodo dos políticos no poder.
>
> []s
>
> José Renato
> ...........................................
>
> ----- Original Message -----
> From: JVictor
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Tuesday, October 09, 2012 6:56 AM
> Subject: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
> Caro Renato,
>
> Renato: “Poucos são o que percebem o que há atras da aplicação beneplácida das cotas.
>
> Apesar do oráculo haver comentado a afirmação acima, dando sua interpretação, ainda não entendi o que realmente você quis dizer. Seria alguma Teoria de Conspiração?
>
> Ou seja, poderia ser mais explícito a respeito do dito? Fiquei realmente, não curioso, mas interessado em saber o que pode estar por trás de tudo, com o rótulo “beneplácida” ou não. (Devo lhe dizer que particularmente entendo que o sistema de cotas não é a opção ideal para resolver um problema crônico que assola nosso sistema de educação. A solução é por outra trilha que, infelizmente, os gestores não conseguem seguí-la, por motivos diversos; mas não sou o mais capacitado para discutir. Mas, enquanto o caminho não é asfaltado, há que se ir por estes mesmos, esburacados. Fazer o quê?).
>
> Sds,
>
> Victor.
>
> ........................................................
> ----- Original Message -----
> From: "José Renato Terra"
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Monday, October 01, 2012 11:01 PM
> Subject: [Spam] Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
>
> Há questões que vão além de polêmicas e legalidades. O artigo que escrevi
> expressa os diversos absurdos que as reservas ou cotas por raça promovem,
> sob argumentos aparentemente de proteção social aos menos favorecidos
> durante algum tempo. Há quanto tempo as cotas raciais estão em uso no
> Brasil? Qual foi a melhora que ocorreu nas universidades, nas escolas
> públicas e nas classes menos favorecidas a partir do seu uso? Para os
> governantes que não se interessam em melhorar o sistema educacional público
> as cotas são um bom sedativo social. Poucos são o que percebem o que há
> atras da aplicação beneplácida das cotas. Tanto aqui, como nos EUA ou em
> qualquer lugar, as cotas - do jeito que estão estabelecidas - é um engodo
> que anestesia e engabela a população afetada: positiva ou negativamente. Até
> quem é contra à aplicação das reservas e cotas raciais pode ser acusado de
> preconceito racial: crime inafiançável! E o problema do ensino público
> escolar no primeiro e segundo grau é levado com a barriga às calendas. Na
> classificação das melhores escolas de segundo grau aparecem algumas que são
> públicas. Os colégios militares grátis considerados públicos são um bom
> exemplo de educação organizada. Felizmente neles ainda não se aplica o
> regime de cotas para o exame de admissão. É o mérito que vale! Hoje em dia
> essa questão caiu no esquecimento visto que é constitucional... E ninguém
> mais questiona o porquê de ainda se manter o sistema de cotas raciais. Só
> não vê o sistema de cotas como um absurdo quem não quer! Como justificativa
> periférica seus apoiadores consideram um mal menor, que um dia será extinto
> por... Por quem mesmo?
> []s
> JR
> ................................................................
>
> ----- Original Message -----
> From: "José Renato
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Monday, September 10, 2012 2:33 PM
> Subject: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
>
> COTAS: RACISTAS POR DEFINIÇÃO
>
> O fator que mais contribui para impedir que uma pessoa curse uma
> universidade não é a cor é o seu poder econômico. Daí pode surgir um
> corolário enviesado para justificar as cotas. Os negros e nativos não têm
> poder econômico porque não fizeram universidade... E durma-se com um
> raciocínio desses!
>
> Aparentemente, a questão já está amadurecida para o ministro Tarso Genro,
> das Relações Institucionais, quando constata que o impedimento maior é
> econômico e não étnico. Basta os órgãos governamentais fornecerem ensino
> suficiente nas escolas públicas, cursos específicos de preparação aos
> vestibulares para os alunos dessas escolas e, claro, bolsas de estudo aos
> aprovados, evitando a evasão por falta de recursos para se sustentar até o
> final. Parece-me que as cotas como propostas são racistas, injustas,
> humilhantes e inconstitucionais. Há modo mais inteligente de realizar a
> inclusão e a igualdade social sem cair no critério racial que promove,
> exatamente, o racismo indesejável que deseja combater.
>
> O ministro Gilberto Gil tem razão em fomentar as discussões. A exposição de
> motivos e argumentos foi o que de melhor as cotas provocaram. Boas propostas
> estão aí em execução. Em Salvador-BA já existem cursinhos de vestibular
> grátis para os melhores alunos de escola pública, bancados pelos governos
> estadual e municipal e a fundamental bolsa, tipo FIES, para os aprovados nos
> vestibulares.
>
> Eu mesmo já fui agraciado por uma forma inteligente de inclusão, há bem mais
> tempo. Quando fazia o 1º ano do curso científico - atual 2° grau - houve um
> convite da Universidade Federal do Pará para os estudantes fazerem teste de
> conhecimento visando selecionar os melhores alunos que cursavam escolas
> públicas e as poucas privadas existentes, em geral administradas por
> congregações religiosas. Nessa época as escolas públicas tinham tradição e
> impunham respeito pela qualidade do ensino. Passei no teste e a UFPA formou
> três turmas, uma para cada turno de modo a atender a todos. Na minha turma
> havia cerca de 30 alunos. Recebíamos aulas das matérias padrões dos
> vestibulares com professores que ensinavam universitários nas faculdades de
> engenharia, química, medicina, português e línguas. Tínhamos três dias de
> aulas por semana, sendo uma no sábado, o que fez os menos interessados
> desistirem em alguns meses. O nível do ensino e a convivência no ambiente
> universitário me deu uma condição especial para prestar o vestibular. Graças
> a Deus, passei de primeira em 21° lugar de um total de 151 vagas
> preenchidas. Depois que os colégios particulares se multiplicaram, esse bela
> iniciativa foi boicotada e eliminada.
>
> O parâmetro usado no sistema de cotas vem dos EUA, só que bem diferente. Lá
> os alunos para as universidades são escolhidos pelos "comitês" -
> teoricamente, com base no currículo escolar - mas que na prática eram
> preenchidas por quase totalidade de brancos para evitar conflitos raciais e
> "queda de padrão" da escola junto à comunidade acadêmica.
>
> No Brasil, já não há espaço para mais essa "bondade" que rotula o não-branco
> como um deficiente intelectual, que precisa de condições especiais para ser
> aprovado no vestibular.
>
> Quem gostaria de ser marcado em toda a sua vida profissional como quem foi
> aprovado na "cota racial"?
>
> As cotas serviram para esclarecer pelo menos as estatísticas, com maior
> presença de não-brancos nas universidades. Antes era mínima, hoje, mais do
> que nunca, os negros, pardos e indígenas aparecem em melhores números do que
> há cinco anos quando, quase todo mundo com características externas não
> totalmente negras, registravam sua cor como branca em vez de parda ou negra.
> Levantamentos divulgados pelo reitor da UFBA revelam que os aprovados nas
> cotas têm, nos cursos universitários, melhor desempenho do que os demais.
> Isso mostra o quanto é desnecessário o sistema de cotas por raça.
>
> Lembro de um filme em que Natalie Wood fazia uma negra de pele clara, que
> renega a mãe negra para não ser considerada "de cor" na escola, na
> universidade, no seu círculo de amizades e junto aos ricos pretendentes?
> Será que com os "benefícios" das cotas ela assumiria suas origens e sua
> raça?
>
> Esse tipo de proposta provoca mais danos do que melhorias, apenas disfarça o
> cerne da questão: o abandono do ensino oficial no Brasil, um direito
> constitucional não exigido pela sociedade.
>
> As cotas são racistas por definição. A meu ver elas vêm desqualificar e
> humilhar ainda mais os não-brancos.
>
>
>
> < http://www.diretodaredacao.com/noticia/cotas-racistas-por-definicao >
>

SUBJECT: Escola pública é fábrica de cientistas
FROM: José Renato Terra <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2012 10:32

InterNews - Uma nova maneira de ver o mundo
15/10/2012

Fábrica de cientistas
 
 
 
Este é Robert F. Lefkowitz, que acaba de ser premiado  com o  Nobel de Química, e ele já está no mural da escola pública em que estudou na década de 50, a Bronx High School of Science, em Nova York que é considerada uma verdadeira fábrica de ganhadores do prêmio Nobel de Ciência. De acordo com os especialistas, nenhuma outra escola nos Estados Unidos, e provavelmente em todo o mundo,  conseguiu o mesmo..
 
Desde 1972, oito ex-alunos do colégio receberam um Nobel de Física ou Química. Na entrada principal, perto de uma vitrine onde estão expostos os troféus, há um poster com fotografias dos vencedores. Entre os candidatos que aspiram um futuro Nobel e que hoje estudam na Bronx High School of Science, estão muitos filhos de imigrantes, o que não difere da maioria das escolas públicas de Nova York.
 
A Bronx High School of Science recebe o mesmo suporte público que outras escolas na cidade, mas tem um programa especial na área de ciência. O esquema ajuda estudantes a encontrar um mentor e um laboratório profissional para projetos de pesquisa nos campos de biologia, engenharia, computação e ciências sociais.

Jean Donahue, administrador assistente da área de ciência, disse à BBC que os projetos que os estudantes realizam são "como na vida real"."Eles investigam de verdade, descobrem coisas novas e em muitos casos publicam suas descobertas em revistas científicas". Mas ser um dos alunos na mais premiada escola secundária pública dos Estados Unidos requer muito talento. A cada ano, muitos candidatos a cientista se inscrevem no processo de seleção da escola, mas o exame de admissão é tão rigoroso e concorrido que, ano passado, apenas 5% dos inscritos conseguiram uma vaga.

http://www.intertransfers.com/intertransfers/port/news.html?id=DwgQ8D11AjWt4uZzAvSi4oRIxkZc07YC6uudRtHy#cn|DwgQ8D11AjWt4uZzAvSi4oRIxkZc07YC6uudRtHy


SUBJECT: Fw: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
FROM: José Renato Terra <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2012 10:50

Tiago, seria muito pedir que lesse novamente o artigo em assunto e os comentários sobre ele para ver quem emite frases com ilações como essa que vc considerou o supra sumo do puritanismo?
Tenha cuidado ao ler as mensagens, estou vendo que homerice pega! 
[]s
JR
.....................................
 
----- Original Message -----
Sent: Sunday, October 14, 2012 5:13 PM
Subject: RE: [ciencialist] Re: PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
 
José Renato,

O que eu acho extraordinariamente estranho é essa "clara"
distinção entre grupos "afro-descendentes"  e "não-descendentes".
Entre cotas "raciais" e "não-raciais". Ou ainda, entre "justiças" e "injustiças".

E todas essa bancarrota de categorias, que são para mim completamente
estranhas.

"Se não sou eu a iluminar os pobres tolos, ficarão na ignorância (ou má fé) para sempre".

Acho que essa frase expressa o supra-sumo do puritanismo em que essa discussão
se desemboca. Coitados dos nossos olhos e ouvidos... nos poupe!

Thiago


To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: oraculo@atibaia.com.br
Date: Sun, 14 Oct 2012 18:59:01 +0000
Subject: [ciencialist] Re: PL 180/2008 Cotas: racista por definicao

 

Olá Renato

Complexo de messias. "Se não sou eu a iluminar os pobres tolos, ficarão na ignorância (ou má fé) para sempre".

Sinto, não funciona assim, e você não é portador da verdade verdadeira (ninguém é, nem seres imaginários). Você se expressou corretamente, entendemos suas colocações, mas não apresentou argumentos apenas ad hominens e falácias. 

Acusar os que discordam de "usar antolhos", serem tolos, ou desonestos, não é argumento. O espantalho "os a favor das cotas são interesseiros ou cegos, e só querem esquecer os problemas, sem se interessar por melhoras nem pressionar o governo" é falso, uma falácia recorrente.

Na verdade, idêntica em sua forma ao espantalho usado, por exemplo, contra quem é a favor da descriminalização do aborto: são pessoas más, contra a vida, que não se preocupam nem procuram outras formas de evitar a gravidez. Falso, claro, mas não me espanta que use o mesmo argumento distorcido contra qualquer um que discorde de suas verdades verdadeiras.

Os favor das cotas, como paliativo e ferramenta temporária, também se preocupam com a melhoria da educação, com outras formas de dar educação de qualidade a todos, e com o objetivo de em algum momento não serem mais necessárias as cotas, de qualquer tipo. Também compreendem perfeitamente que o ideal seria que todos, sem exceção, tivessem educação de base de qualidade.

Um cara: "justiça se expressa em si mesma, injustiça requer argumentos. "

Uma "boutade", um chavão, frase de efeito, nada mais. Justiça também exige argumentos, defesa, explicações, debates, pois não existe algo abstrato como "justiça", nem verdades absolutas indiscutíveis, que são auto-evidentes (apenas na religião, mas isso também não me espanta, de novo.:-).

Enfim, sem argumentos, resta a você atacar os adversários, como cegos tolos, ou desonestos de má fé. Ad hominens.

Todos concordamos que o ideal é tornar as escolas públicas um padrão de qualidade. Todos sabemos que isso não vai acontecer tão cedo, por muitos e diversos motivos. E alguns de nós pensam que, até que isso ocorra, mais possibilidades devem ser apresentadas as pessoas que sofrem com essa situação, e pensam que com mais pessoas educadas a partir de camadas mais pobres, inclusive de origem negra, seremos mais capazes de pressionar os governos.

Mais pessoas formadas, a partir de origens humildes, mais pessoas interessadas em mudar a atual situação da educação. Menos pessoas dessa origem, e menos interesse terão as pessoas que não sofrem com essa situação (e que tem a formação relativamente garantida dentro desse estado de coisas) em melhorar essa situação da educação no pais. Pense, em uma associação que pretenda pressionar um governo ou administração para melhorar as escolas fundamentais, se todos forem ricos e brancos, com que intensidade essa organização vai lutar? E se metade tiverem vindo de camadas mais pobres, de origem socio-econômica mais humilde, de negros ou descendentes, qual o esforço que estariam dispostos a fazer, com que intensidade lutariam, para melhorar as escolas?

Como está, quem decide prioridades são as mesmas pessoas que estão satisfatoriamente protegidas pela atual situação das coisas. Sua motivação para agir é, dada a natureza humana, menor, menos intensa (em média, existem exceções, claro). Cotas, que permitam mudar o padrão da sociedade , ainda de forma mínima, podem ajudar nesse esforço.

Não tenho, diferente de você, pretensão de ter a "verdade verdadeira", por isso apresento argumentos e dados que sustentem o que defendo. A justiça, diferente de seu bordão, não é auto-evidente, nem independe de argumentos e evidências, para ser definida. Em minha opinião, absurdo é você teimar em não compreender isso.

Homero


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, José Renato Terra <jrma@...> escreveu
>
> Victor, talvez não tenha me expressado corretamente. O absurdo não está escondido, está na cara e é percebido por qualquer um que não use antolhos. Tanto é que o comentário comum dos que são a favor das cotas raciais sociais é de que não é a melhor solução, mas... Blá, blá, blá... Um cara sacou que: justiça se expressa em si mesma, injustiça requer argumentos. Aqui a justiça requer esclarecimentos. A presidente Dilma assinou a lei das cotas a ser exigida em etapas até atingir 50% das vagas das universidades. Já a partir de jan.2013, 12,5% deverão ser reservadas para negros, pardos e indígenas que tiverem cursado *todo* o segundo grau em escolas públicas. No decreto também foram incluídos critérios de renda familiar, percentual do grupo na região, segundo o IBGE, e outras filigranas que deixaremos de lado para manter o foco principal na questão racial.
>
> Sabemos que o curso médio é responsabilidade dos governos estaduais e federais. O governo federal está facilitando a vida dos que cursaram todo, repito, todo o curso médio em escolas pública. Se alguma família fez das tripas coração e matriculou, por um tempo, o filho numa particular e depois teve de desistir, perdeu o "direito" à cota. Vê-se então que a cota não é racial social, ela é "governamental". Ela existe porque o ensino público é deficiente. Enumere o que os governos estaduais e federais fizeram durante está última década para melhorar o ensino médio no país? O que estão fazendo para que os alunos das escolas públicas estejam capacitados para passar nos vestibulares das melhores universidades, centros tecnológicos e ter bom desempenho nas universidades?
> Na Bahia posso dizer que os professores voltaram às salas de aula, após 106 dias de greve, sem que o governador liberasse o aumento aprovado em Lei na Câmara Estadual. Justificativa do governador: tem de cumprir a lei de responsabilidade orçamentária! E o pior é que grupos representantes dos afrodescendentes e dos indígenas, estão exigindo dos governos mais reservas de cotas e facilidades, sem focar o principal que é: um ensino médio estruturado de forma competente e profissional, como é feito nas boas escolas particulares e nos colégios militares. Por que então não ir direto ao ponto e exigir o que é preciso para que o ensino público volte a ser referência, como foi até há cerca de 50 anos?
>
> Podemos afirmar que essa exigência fundamental foi fragilizada, e passa despercebida com a camuflagem das cotas e de outras benesses aos negros, pardos e indígenas, que são os principais usuários das escolas públicas. E os que são a favor das cotas - mesmo não sendo a melhor solução - parecem hipnotizados e não apresentam qualquer cobrança ou proposta para resolver a questão primeira: tornar as escolas públicas como padrão de ensino no Brasil, nos mesmos níveis das melhores escolas pagas. Dinheiro não falta, falta é vontade de trabalhar para que isso aconteça... Falta quem veja essa aberração, a aponte e diga com todas as letras porque a lei das cotas raciais e sociais é um engodo dos políticos no poder.
>
> []s
>
> José Renato
> ...........................................
>
> ----- Original Message -----
> From: JVictor
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Tuesday, October 09, 2012 6:56 AM
> Subject: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
> Caro Renato,
>
> Renato: “Poucos são o que percebem o que há atras da aplicação beneplácida das cotas.
>
> Apesar do oráculo haver comentado a afirmação acima, dando sua interpretação, ainda não entendi o que realmente você quis dizer. Seria alguma Teoria de Conspiração?
>
> Ou seja, poderia ser mais explícito a respeito do dito? Fiquei realmente, não curioso, mas interessado em saber o que pode estar por trás de tudo, com o rótulo “beneplácida” ou não. (Devo lhe dizer que particularmente entendo que o sistema de cotas não é a opção ideal para resolver um problema crônico que assola nosso sistema de educação. A solução é por outra trilha que, infelizmente, os gestores não conseguem seguí-la, por motivos diversos; mas não sou o mais capacitado para discutir. Mas, enquanto o caminho não é asfaltado, há que se ir por estes mesmos, esburacados. Fazer o quê?).
>
> Sds,
>
> Victor.
>
> ........................................................
> ----- Original Message -----
> From: "José Renato Terra"
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Monday, October 01, 2012 11:01 PM
> Subject: [Spam] Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
>
> Há questões que vão além de polêmicas e legalidades. O artigo que escrevi
> expressa os diversos absurdos que as reservas ou cotas por raça promovem,
> sob argumentos aparentemente de proteção social aos menos favorecidos
> durante algum tempo. Há quanto tempo as cotas raciais estão em uso no
> Brasil? Qual foi a melhora que ocorreu nas universidades, nas escolas
> públicas e nas classes menos favorecidas a partir do seu uso? Para os
> governantes que não se interessam em melhorar o sistema educacional público
> as cotas são um bom sedativo social. Poucos são o que percebem o que há
> atras da aplicação beneplácida das cotas. Tanto aqui, como nos EUA ou em
> qualquer lugar, as cotas - do jeito que estão estabelecidas - é um engodo
> que anestesia e engabela a população afetada: positiva ou negativamente. Até
> quem é contra à aplicação das reservas e cotas raciais pode ser acusado de
> preconceito racial: crime inafiançável! E o problema do ensino público
> escolar no primeiro e segundo grau é levado com a barriga às calendas. Na
> classificação das melhores escolas de segundo grau aparecem algumas que são
> públicas. Os colégios militares grátis considerados públicos são um bom
> exemplo de educação organizada. Felizmente neles ainda não se aplica o
> regime de cotas para o exame de admissão. É o mérito que vale! Hoje em dia
> essa questão caiu no esquecimento visto que é constitucional... E ninguém
> mais questiona o porquê de ainda se manter o sistema de cotas raciais. Só
> não vê o sistema de cotas como um absurdo quem não quer! Como justificativa
> periférica seus apoiadores consideram um mal menor, que um dia será extinto
> por... Por quem mesmo?
> []s
> JR
> ................................................................
>
> ----- Original Message -----
> From: "José Renato
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Monday, September 10, 2012 2:33 PM
> Subject: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
>
> COTAS: RACISTAS POR DEFINIÇÃO
>
> O fator que mais contribui para impedir que uma pessoa curse uma
> universidade não é a cor é o seu poder econômico. Daí pode surgir um
> corolário enviesado para justificar as cotas. Os negros e nativos não têm
> poder econômico porque não fizeram universidade... E durma-se com um
> raciocínio desses!
>
> Aparentemente, a questão já está amadurecida para o ministro Tarso Genro,
> das Relações Institucionais, quando constata que o impedimento maior é
> econômico e não étnico. Basta os órgãos governamentais fornecerem ensino
> suficiente nas escolas públicas, cursos específicos de preparação aos
> vestibulares para os alunos dessas escolas e, claro, bolsas de estudo aos
> aprovados, evitando a evasão por falta de recursos para se sustentar até o
> final. Parece-me que as cotas como propostas são racistas, injustas,
> humilhantes e inconstitucionais. Há modo mais inteligente de realizar a
> inclusão e a igualdade social sem cair no critério racial que promove,
> exatamente, o racismo indesejável que deseja combater.
>
> O ministro Gilberto Gil tem razão em fomentar as discussões. A exposição de
> motivos e argumentos foi o que de melhor as cotas provocaram. Boas propostas
> estão aí em execução. Em Salvador-BA já existem cursinhos de vestibular
> grátis para os melhores alunos de escola pública, bancados pelos governos
> estadual e municipal e a fundamental bolsa, tipo FIES, para os aprovados nos
> vestibulares.
>
> Eu mesmo já fui agraciado por uma forma inteligente de inclusão, há bem mais
> tempo. Quando fazia o 1º ano do curso científico - atual 2° grau - houve um
> convite da Universidade Federal do Pará para os estudantes fazerem teste de
> conhecimento visando selecionar os melhores alunos que cursavam escolas
> públicas e as poucas privadas existentes, em geral administradas por
> congregações religiosas. Nessa época as escolas públicas tinham tradição e
> impunham respeito pela qualidade do ensino. Passei no teste e a UFPA formou
> três turmas, uma para cada turno de modo a atender a todos. Na minha turma
> havia cerca de 30 alunos. Recebíamos aulas das matérias padrões dos
> vestibulares com professores que ensinavam universitários nas faculdades de
> engenharia, química, medicina, português e línguas. Tínhamos três dias de
> aulas por semana, sendo uma no sábado, o que fez os menos interessados
> desistirem em alguns meses. O nível do ensino e a convivência no ambiente
> universitário me deu uma condição especial para prestar o vestibular. Graças
> a Deus, passei de primeira em 21° lugar de um total de 151 vagas
> preenchidas. Depois que os colégios particulares se multiplicaram, esse bela
> iniciativa foi boicotada e eliminada.
>
> O parâmetro usado no sistema de cotas vem dos EUA, só que bem diferente. Lá
> os alunos para as universidades são escolhidos pelos "comitês" -
> teoricamente, com base no currículo escolar - mas que na prática eram
> preenchidas por quase totalidade de brancos para evitar conflitos raciais e
> "queda de padrão" da escola junto à comunidade acadêmica.
>
> No Brasil, já não há espaço para mais essa "bondade" que rotula o não-branco
> como um deficiente intelectual, que precisa de condições especiais para ser
> aprovado no vestibular.
>
> Quem gostaria de ser marcado em toda a sua vida profissional como quem foi
> aprovado na "cota racial"?
>
> As cotas serviram para esclarecer pelo menos as estatísticas, com maior
> presença de não-brancos nas universidades. Antes era mínima, hoje, mais do
> que nunca, os negros, pardos e indígenas aparecem em melhores números do que
> há cinco anos quando, quase todo mundo com características externas não
> totalmente negras, registravam sua cor como branca em vez de parda ou negra.
> Levantamentos divulgados pelo reitor da UFBA revelam que os aprovados nas
> cotas têm, nos cursos universitários, melhor desempenho do que os demais.
> Isso mostra o quanto é desnecessário o sistema de cotas por raça.
>
> Lembro de um filme em que Natalie Wood fazia uma negra de pele clara, que
> renega a mãe negra para não ser considerada "de cor" na escola, na
> universidade, no seu círculo de amizades e junto aos ricos pretendentes?
> Será que com os "benefícios" das cotas ela assumiria suas origens e sua
> raça?
>
> Esse tipo de proposta provoca mais danos do que melhorias, apenas disfarça o
> cerne da questão: o abandono do ensino oficial no Brasil, um direito
> constitucional não exigido pela sociedade.
>
> As cotas são racistas por definição. A meu ver elas vêm desqualificar e
> humilhar ainda mais os não-brancos.
>
>
>
> < http://www.diretodaredacao.com/noticia/cotas-racistas-por-definicao >

SUBJECT: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
FROM: <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2012 12:53

Olá Renato
 
Renato: “Homero, vc continua viajando na maionese em seus comentários prolíxos, repetitivos e vazios de propostas!
 
Tão vazio que perdeu um bom tempo tentando refutar minha argumentação.:- ) E falhou.
 
Eu não apresentei “propostas”, porque não é isso que estou defendendo, que tenho propostas, que sei como resolver um problema complexo, de fundo histórico, e com graves e profundas raizes em nossa sociedade. Estou alegando que a solução ora proposta, cotas, por mais que tenha defeitos, e sei que tem, é uma proposta em alguma medida eficaz.
 
Hoje, quando 85% estudam em escolas públicas, e formam o grande contingente que nunca terá formação universitária, e dessa forma nunca atingirão os escalões de decisão da sociedade, realmente administradores estão pouco preocupados com o problema. Inclusive porque administradores pertencem a camada da sociedade que não é atingida pelo problema, os 15% que tem acesso a educação de qualidade desde a infância.
 
O que defendo é justamente isso, se uma camada maior de pessoas vindas dos 85% atingirem essas posições de decisão, pode ser que o interesse em mudar a situação, enfrentar o problema, também aumente. E, observe, eu disse “pode” ser. Não é a verdade verdadeira, nem absoluta, nem acho que os que discordam são cegos tolos, ou desonestos de má fé. Penso apenas que no atual momento, e a partir de dados concretos (muitos dos quais foram apresentados pelo Takata, e que parece não ter se dado ao trabalho de ler), cotas são um mal menor, não uma tolice ou desonestidade total.
 
Propostas para acabar com as cotas se baseiam exatamente na desnecessidade, quando uma parcela maior de pessoas vindas de posições sociais mais baixas tiver acesso as universidades e educação de qualidade. Isso leva mais de 10 anos para ocorrer, evidentemente. Leva pelo menos um período completo de estudo, desde o primeiro grau até a formação. Isso sim é algo evidente, não?
 
Sim, sempre surgirão problemas pontuais como os “mais ou menos negros” ou os “mais ou menos pobres”, como aliás escrevi na mensagem anterior (que, parece, não leu toda), isso ocorrerá em qualquer situação, mesmo sem as cotas. Mas o racismo, por exemplo, se dá muito bem sem considerar estes problemas pontuais, segregando e discriminando claramente negros de brancos, ricos de pobres. Isso porque é o efeito geral, não pontual, que tem relevância. Embora existam áreas em degrade, a maior parte dos negros, como a maior parte dos pobres, são perfeitamente identificáveis. Não como “raça”, que não existe, mas como alguém que sofre discriminação.
 
E, repetindo, suas “propostas” para resolver o problema, sem usar as cotas, são apenas demagógicas. Todos “sabemos” que uma educação de base, de qualidade, desde o primeiro grau, com condições de alimentação, acompanhamento, recursos, etc, para as crianças, algo como o sistema da Finlândia, é o ideal e resolveria boa parte dos problemas. Todos sabemos. Assim como todos sabemos que para que isso ocorra é preciso que os que dirigem a sociedade se importem e se esforcem para tanto. E sabemos que os que dirigem a sociedade, em sua maioria, não são afetados pela má qualidade da educação no país, e não vão fazer algo a respeito de toda forma.
 
Então, precisa apresentar uma “proposta” realista, que faça com que a situação mude, sem usar cotas, mas sem se basear em uma utopia impossível de ser atingida, sem que antes o sistema educacional mude. Tostines vende mais porque é mais fresquinho, ou é fresquinho porque vende mais?.:-)
 
Sem uma iniciativa que mude a educação, e permita que a parte onerada dos cidadãos atinja os postos de mando, a educação não muda, e se a educação não muda, as pessoas que poderiam muda-la não atingem os postos de mando.
 
São argumentos, deve refuta-los, e não ficar de mimimi e ad hominens.
 
Homero
 
 
 
 
Sent: Monday, October 15, 2012 11:32 PM
Subject: Fw: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
 
 

Homero escreveu: [ Todos concordamos que o ideal é tornar as escolas públicas um padrão de qualidade. Todos sabemos que isso não vai acontecer tão cedo, por muitos e diversos motivos. E alguns de nós pensam que, até que isso ocorra, mais possibilidades devem ser apresentadas as pessoas que sofrem com essa situação, e pensam que com mais pessoas educadas a partir de camadas mais pobres, inclusive de origem negra, seremos mais capazes de pressionar os governos. ]
.....................................
 
Homero, vc continua viajando na maionese em seus comentários prolíxos, repetitivos e vazios de propostas!
 
Se hoje, quando a grande maioria (85%) dos estudantes do segundo grau estudam em escolas públicas, os governos estaduais não dão prioridade à Educação, imagine se vão dar quando os grupos raciais (negros, pardos, indígenas) já estiverem formados nas universidades e nos institutos federais! Os filhos destes irão para as melhores escolas particulares no Brasil e no mundo. E ainda vão lutar pela "flexibilização" das cotas raciais reservada somente para os alunos que cursarem *todo* o segundo grau em escolas públicas.
 
Tudo isso porque há uma idéia canhestra dos acomodados de que, como não dá para fazer nada de imediato nem a curto prazo - assim como pouco ou nada se fez há mais de 10 anos para melhorar o nível do ensino público nem há planos de melhorias para os próximos 10 anos - o *melhor* mesmo são as cotas raciais.
Os grupos raciais iludidos com as cotas se submetem, calam e os governos ainda ganham votos para se manter no poder e, certamente, manterão também o engodo educacional como bom cabo eleitoral.
 
Vejo que em nenhum comentário vc fez propostas para um dia acabar com as cotas, que já estão aí há tempos e agora ganha mais um prazo de 10 anos. Depois desses anos, advinhe o que irá acontecer?
 
Qual governo terá condições de iniciar o movimento contrário para a redução das cotas até zerar?! O que fazer do futuro que construímos desde já, agora?
 
Para aliviar o desconforto das cotas racistas por definição, estão incluíndo critérios econômicos na escolha do aluno que faz jus às cotas. Pelo menos assim evitará inusitados desempates por cor mais ou menos negra, mais ou menos parda, e de raça mais ou menos indígena.
 
[]s
 
José Renato
.........................................................
 
 
----- Original Message -----
From: Homero
Sent: Sunday, October 14, 2012 3:59 PM
Subject: [ciencialist] Re: PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
Olá Renato
 
Complexo de messias. "Se não sou eu a iluminar os pobres tolos, ficarão na ignorância (ou má fé) para sempre".
 
Sinto, não funciona assim, e você não é portador da verdade verdadeira (ninguém é, nem seres imaginários). Você se expressou corretamente, entendemos suas colocações, mas não apresentou argumentos apenas ad hominens e falácias.
 
Acusar os que discordam de "usar antolhos", serem tolos, ou desonestos, não é argumento. O espantalho "os a favor das cotas são interesseiros ou cegos, e só querem esquecer os problemas, sem se interessar por melhoras nem pressionar o governo" é falso, uma falácia recorrente.
 
Na verdade, idêntica em sua forma ao espantalho usado, por exemplo, contra quem é a favor da descriminalização do aborto: são pessoas más, contra a vida, que não se preocupam nem procuram outras formas de evitar a gravidez. Falso, claro, mas não me espanta que use o mesmo argumento distorcido contra qualquer um que discorde de suas verdades verdadeiras.
 
Os favor das cotas, como paliativo e ferramenta temporária, também se preocupam com a melhoria da educação, com outras formas de dar educação de qualidade a todos, e com o objetivo de em algum momento não serem mais necessárias as cotas, de qualquer tipo. Também compreendem perfeitamente que o ideal seria que todos, sem exceção, tivessem educação de base de qualidade.
 
Um cara: "justiça se expressa em si mesma, injustiça requer argumentos. "
 
Uma "boutade", um chavão, frase de efeito, nada mais. Justiça também exige argumentos, defesa, explicações, debates, pois não existe algo abstrato como "justiça", nem verdades absolutas indiscutíveis, que são auto-evidentes (apenas na religião, mas isso também não me espanta, de novo.:-).
 
Enfim, sem argumentos, resta a você atacar os adversários, como cegos tolos, ou desonestos de má fé. Ad hominens.
 
Todos concordamos que o ideal é tornar as escolas públicas um padrão de qualidade. Todos sabemos que isso não vai acontecer tão cedo, por muitos e diversos motivos. E alguns de nós pensam que, até que isso ocorra, mais possibilidades devem ser apresentadas as pessoas que sofrem com essa situação, e pensam que com mais pessoas educadas a partir de camadas mais pobres, inclusive de origem negra, seremos mais capazes de pressionar os governos.
 
Mais pessoas formadas, a partir de origens humildes, mais pessoas interessadas em mudar a atual situação da educação. Menos pessoas dessa origem, e menos interesse terão as pessoas que não sofrem com essa situação (e que tem a formação relativamente garantida dentro desse estado de coisas) em melhorar essa situação da educação no pais. Pense, em uma associação que pretenda pressionar um governo ou administração para melhorar as escolas fundamentais, se todos forem ricos e brancos, com que intensidade essa organização vai lutar? E se metade tiverem vindo de camadas mais pobres, de origem socio-econômica mais humilde, de negros ou descendentes, qual o esforço que estariam dispostos a fazer, com que intensidade lutariam, para melhorar as escolas?
 
Como está, quem decide prioridades são as mesmas pessoas que estão satisfatoriamente protegidas pela atual situação das coisas. Sua motivação para agir é, dada a natureza humana, menor, menos intensa (em média, existem exceções, claro). Cotas, que permitam mudar o padrão da sociedade , ainda de forma mínima, podem ajudar nesse esforço.
 
Não tenho, diferente de você, pretensão de ter a "verdade verdadeira", por isso apresento argumentos e dados que sustentem o que defendo. A justiça, diferente de seu bordão, não é auto-evidente, nem independe de argumentos e evidências, para ser definida. Em minha opinião, absurdo é você teimar em não compreender isso.
 
Homero
 
 
--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, José Renato Terra <jrma@...> escreveu
>
> Victor, talvez não tenha me expressado corretamente. O absurdo não está escondido, está na cara e é percebido por qualquer um que não use antolhos. Tanto é que o comentário comum dos que são a favor das cotas raciais sociais é de que não é a melhor solução, mas... Blá, blá, blá... Um cara sacou que: justiça se expressa em si mesma, injustiça requer argumentos. Aqui a justiça requer esclarecimentos. A presidente Dilma assinou a lei das cotas a ser exigida em etapas até atingir 50% das vagas das universidades. Já a partir de jan.2013, 12,5% deverão ser reservadas para negros, pardos e indígenas que tiverem cursado *todo* o segundo grau em escolas públicas. No decreto também foram incluídos critérios de renda familiar, percentual do grupo na região, segundo o IBGE, e outras filigranas que deixaremos de lado para manter o foco principal na questão racial.
>
> Sabemos que o curso médio é responsabilidade dos governos estaduais e federais. O governo federal está facilitando a vida dos que cursaram todo, repito, todo o curso médio em escolas pública. Se alguma família fez das tripas coração e matriculou, por um tempo, o filho numa particular e depois teve de desistir, perdeu o "direito" à cota. Vê-se então que a cota não é racial social, ela é "governamental". Ela existe porque o ensino público é deficiente. Enumere o que os governos estaduais e federais fizeram durante está última década para melhorar o ensino médio no país? O que estão fazendo para que os alunos das escolas públicas estejam capacitados para passar nos vestibulares das melhores universidades, centros tecnológicos e ter bom desempenho nas universidades?
> Na Bahia posso dizer que os professores voltaram às salas de aula, após 106 dias de greve, sem que o governador liberasse o aumento aprovado em Lei na Câmara Estadual. Justificativa do governador: tem de cumprir a lei de responsabilidade orçamentária! E o pior é que grupos representantes dos afrodescendentes e dos indígenas, estão exigindo dos governos mais reservas de cotas e facilidades, sem focar o principal que é: um ensino médio estruturado de forma competente e profissional, como é feito nas boas escolas particulares e nos colégios militares. Por que então não ir direto ao ponto e exigir o que é preciso para que o ensino público volte a ser referência, como foi até há cerca de 50 anos?
>
> Podemos afirmar que essa exigência fundamental foi fragilizada, e passa despercebida com a camuflagem das cotas e de outras benesses aos negros, pardos e indígenas, que são os principais usuários das escolas públicas. E os que são a favor das cotas - mesmo não sendo a melhor solução - parecem hipnotizados e não apresentam qualquer cobrança ou proposta para resolver a questão primeira: tornar as escolas públicas como padrão de ensino no Brasil, nos mesmos níveis das melhores escolas pagas. Dinheiro não falta, falta é vontade de trabalhar para que isso aconteça... Falta quem veja essa aberração, a aponte e diga com todas as letras porque a lei das cotas raciais e sociais é um engodo dos políticos no poder.
>
> []s
>
> José Renato
> ...........................................
>
> ----- Original Message -----
> From: JVictor
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Tuesday, October 09, 2012 6:56 AM
> Subject: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
> Caro Renato,
>
> Renato: “Poucos são o que percebem o que há atras da aplicação beneplácida das cotas.
>
> Apesar do oráculo haver comentado a afirmação acima, dando sua interpretação, ainda não entendi o que realmente você quis dizer. Seria alguma Teoria de Conspiração?
>
> Ou seja, poderia ser mais explícito a respeito do dito? Fiquei realmente, não curioso, mas interessado em saber o que pode estar por trás de tudo, com o rótulo “beneplácida” ou não. (Devo lhe dizer que particularmente entendo que o sistema de cotas não é a opção ideal para resolver um problema crônico que assola nosso sistema de educação. A solução é por outra trilha que, infelizmente, os gestores não conseguem seguí-la, por motivos diversos; mas não sou o mais capacitado para discutir. Mas, enquanto o caminho não é asfaltado, há que se ir por estes mesmos, esburacados. Fazer o quê?).
>
> Sds,
>
> Victor.
>
> ........................................................
> ----- Original Message -----
> From: "José Renato Terra"
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Monday, October 01, 2012 11:01 PM
> Subject: [Spam] Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
>
> Há questões que vão além de polêmicas e legalidades. O artigo que escrevi
> expressa os diversos absurdos que as reservas ou cotas por raça promovem,
> sob argumentos aparentemente de proteção social aos menos favorecidos
> durante algum tempo. Há quanto tempo as cotas raciais estão em uso no
> Brasil? Qual foi a melhora que ocorreu nas universidades, nas escolas
> públicas e nas classes menos favorecidas a partir do seu uso? Para os
> governantes que não se interessam em melhorar o sistema educacional público
> as cotas são um bom sedativo social. Poucos são o que percebem o que há
> atras da aplicação beneplácida das cotas. Tanto aqui, como nos EUA ou em
> qualquer lugar, as cotas - do jeito que estão estabelecidas - é um engodo
> que anestesia e engabela a população afetada: positiva ou negativamente. Até
> quem é contra à aplicação das reservas e cotas raciais pode ser acusado de
> preconceito racial: crime inafiançável! E o problema do ensino público
> escolar no primeiro e segundo grau é levado com a barriga às calendas. Na
> classificação das melhores escolas de segundo grau aparecem algumas que são
> públicas. Os colégios militares grátis considerados públicos são um bom
> exemplo de educação organizada. Felizmente neles ainda não se aplica o
> regime de cotas para o exame de admissão. É o mérito que vale! Hoje em dia
> essa questão caiu no esquecimento visto que é constitucional... E ninguém
> mais questiona o porquê de ainda se manter o sistema de cotas raciais. Só
> não vê o sistema de cotas como um absurdo quem não quer! Como justificativa
> periférica seus apoiadores consideram um mal menor, que um dia será extinto
> por... Por quem mesmo?
> []s
> JR
> ................................................................
>
> ----- Original Message -----
> From: "José Renato
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Monday, September 10, 2012 2:33 PM
> Subject: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
>
> COTAS: RACISTAS POR DEFINIÇÃO
>
> O fator que mais contribui para impedir que uma pessoa curse uma
> universidade não é a cor é o seu poder econômico. Daí pode surgir um
> corolário enviesado para justificar as cotas. Os negros e nativos não têm
> poder econômico porque não fizeram universidade... E durma-se com um
> raciocínio desses!
>
> Aparentemente, a questão já está amadurecida para o ministro Tarso Genro,
> das Relações Institucionais, quando constata que o impedimento maior é
> econômico e não étnico. Basta os órgãos governamentais fornecerem ensino
> suficiente nas escolas públicas, cursos específicos de preparação aos
> vestibulares para os alunos dessas escolas e, claro, bolsas de estudo aos
> aprovados, evitando a evasão por falta de recursos para se sustentar até o
> final. Parece-me que as cotas como propostas são racistas, injustas,
> humilhantes e inconstitucionais. Há modo mais inteligente de realizar a
> inclusão e a igualdade social sem cair no critério racial que promove,
> exatamente, o racismo indesejável que deseja combater.
>
> O ministro Gilberto Gil tem razão em fomentar as discussões. A exposição de
> motivos e argumentos foi o que de melhor as cotas provocaram. Boas propostas
> estão aí em execução. Em Salvador-BA já existem cursinhos de vestibular
> grátis para os melhores alunos de escola pública, bancados pelos governos
> estadual e municipal e a fundamental bolsa, tipo FIES, para os aprovados nos
> vestibulares.
>
> Eu mesmo já fui agraciado por uma forma inteligente de inclusão, há bem mais
> tempo. Quando fazia o 1º ano do curso científico - atual 2° grau - houve um
> convite da Universidade Federal do Pará para os estudantes fazerem teste de
> conhecimento visando selecionar os melhores alunos que cursavam escolas
> públicas e as poucas privadas existentes, em geral administradas por
> congregações religiosas. Nessa época as escolas públicas tinham tradição e
> impunham respeito pela qualidade do ensino. Passei no teste e a UFPA formou
> três turmas, uma para cada turno de modo a atender a todos. Na minha turma
> havia cerca de 30 alunos. Recebíamos aulas das matérias padrões dos
> vestibulares com professores que ensinavam universitários nas faculdades de
> engenharia, química, medicina, português e línguas. Tínhamos três dias de
> aulas por semana, sendo uma no sábado, o que fez os menos interessados
> desistirem em alguns meses. O nível do ensino e a convivência no ambiente
> universitário me deu uma condição especial para prestar o vestibular. Graças
> a Deus, passei de primeira em 21° lugar de um total de 151 vagas
> preenchidas. Depois que os colégios particulares se multiplicaram, esse bela
> iniciativa foi boicotada e eliminada.
>
> O parâmetro usado no sistema de cotas vem dos EUA, só que bem diferente. Lá
> os alunos para as universidades são escolhidos pelos "comitês" -
> teoricamente, com base no currículo escolar - mas que na prática eram
> preenchidas por quase totalidade de brancos para evitar conflitos raciais e
> "queda de padrão" da escola junto à comunidade acadêmica.
>
> No Brasil, já não há espaço para mais essa "bondade" que rotula o não-branco
> como um deficiente intelectual, que precisa de condições especiais para ser
> aprovado no vestibular.
>
> Quem gostaria de ser marcado em toda a sua vida profissional como quem foi
> aprovado na "cota racial"?
>
> As cotas serviram para esclarecer pelo menos as estatísticas, com maior
> presença de não-brancos nas universidades. Antes era mínima, hoje, mais do
> que nunca, os negros, pardos e indígenas aparecem em melhores números do que
> há cinco anos quando, quase todo mundo com características externas não
> totalmente negras, registravam sua cor como branca em vez de parda ou negra.
> Levantamentos divulgados pelo reitor da UFBA revelam que os aprovados nas
> cotas têm, nos cursos universitários, melhor desempenho do que os demais.
> Isso mostra o quanto é desnecessário o sistema de cotas por raça.
>
> Lembro de um filme em que Natalie Wood fazia uma negra de pele clara, que
> renega a mãe negra para não ser considerada "de cor" na escola, na
> universidade, no seu círculo de amizades e junto aos ricos pretendentes?
> Será que com os "benefícios" das cotas ela assumiria suas origens e sua
> raça?
>
> Esse tipo de proposta provoca mais danos do que melhorias, apenas disfarça o
> cerne da questão: o abandono do ensino oficial no Brasil, um direito
> constitucional não exigido pela sociedade.
>
> As cotas são racistas por definição. A meu ver elas vêm desqualificar e
> humilhar ainda mais os não-brancos.
>
>
>
> < http://www.diretodaredacao.com/noticia/cotas-racistas-por-definicao >
>

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SUBJECT: RES: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2012 13:21

 

 

"E, repetindo, suas “propostas” para resolver o problema, sem usar as cotas, são apenas demagógicas. Todos “sabemos” que uma educação de base, de qualidade, desde o primeiro grau, com condições de alimentação, acompanhamento, recursos, etc, para as crianças, algo como o sistema da Finlândia, é o ideal e resolveria boa parte dos problemas. Todos sabemos. Assim como todos sabemos que para que isso ocorra é preciso que os que dirigem a sociedade se importem e se esforcem para tanto. E sabemos que os que dirigem a sociedade, em sua maioria, não são afetados pela má qualidade da educação no país, e não vão fazer algo a respeito de toda forma."

"Sem uma iniciativa que mude a educação, e permita que a parte onerada dos cidadãos atinja os postos de mando, a educação não muda, e se a educação não muda, as pessoas que poderiam muda-la não atingem os postos de mando"

 

Victor: Este é o ponto, aliás, outro. As mudanças têm que passar pela vontade, pela determinação dos dirigentes. Se eles não derem o ponta pé inicial, sem demagogia eleitoreira, então o menos ruim, ainda, é  trincar os dentes, "esbuticar os oinhos" e mas ficar com...as cotas!  É lamentável. Mas...

 

 Victor: Mas gostei mesmo foi de:

 

.... e não ficar de mimimi e ad hominens.

 

Principalmente do mimimi...

 

sds,

victor.

 

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de oraculo@atibaia.com.br
Enviada em: terça-feira, 16 de outubro de 2012 16:53
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao

 

 

Olá Renato

 

Renato: “Homero, vc continua viajando na maionese em seus comentários prolíxos, repetitivos e vazios de propostas!

 

Tão vazio que perdeu um bom tempo tentando refutar minha argumentação.:- ) E falhou.

 

Eu não apresentei “propostas”, porque não é isso que estou defendendo, que tenho propostas, que sei como resolver um problema complexo, de fundo histórico, e com graves e profundas raizes em nossa sociedade. Estou alegando que a solução ora proposta, cotas, por mais que tenha defeitos, e sei que tem, é uma proposta em alguma medida eficaz.

 

Hoje, quando 85% estudam em escolas públicas, e formam o grande contingente que nunca terá formação universitária, e dessa forma nunca atingirão os escalões de decisão da sociedade, realmente administradores estão pouco preocupados com o problema. Inclusive porque administradores pertencem a camada da sociedade que não é atingida pelo problema, os 15% que tem acesso a educação de qualidade desde a infância.

 

O que defendo é justamente isso, se uma camada maior de pessoas vindas dos 85% atingirem essas posições de decisão, pode ser que o interesse em mudar a situação, enfrentar o problema, também aumente. E, observe, eu disse “pode” ser. Não é a verdade verdadeira, nem absoluta, nem acho que os que discordam são cegos tolos, ou desonestos de má fé. Penso apenas que no atual momento, e a partir de dados concretos (muitos dos quais foram apresentados pelo Takata, e que parece não ter se dado ao trabalho de ler), cotas são um mal menor, não uma tolice ou desonestidade total.

 

Propostas para acabar com as cotas se baseiam exatamente na desnecessidade, quando uma parcela maior de pessoas vindas de posições sociais mais baixas tiver acesso as universidades e educação de qualidade. Isso leva mais de 10 anos para ocorrer, evidentemente. Leva pelo menos um período completo de estudo, desde o primeiro grau até a formação. Isso sim é algo evidente, não?

 

Sim, sempre surgirão problemas pontuais como os “mais ou menos negros” ou os “mais ou menos pobres”, como aliás escrevi na mensagem anterior (que, parece, não leu toda), isso ocorrerá em qualquer situação, mesmo sem as cotas. Mas o racismo, por exemplo, se dá muito bem sem considerar estes problemas pontuais, segregando e discriminando claramente negros de brancos, ricos de pobres. Isso porque é o efeito geral, não pontual, que tem relevância. Embora existam áreas em degrade, a maior parte dos negros, como a maior parte dos pobres, são perfeitamente identificáveis. Não como “raça”, que não existe, mas como alguém que sofre discriminação.

 

E, repetindo, suas “propostas” para resolver o problema, sem usar as cotas, são apenas demagógicas. Todos “sabemos” que uma educação de base, de qualidade, desde o primeiro grau, com condições de alimentação, acompanhamento, recursos, etc, para as crianças, algo como o sistema da Finlândia, é o ideal e resolveria boa parte dos problemas. Todos sabemos. Assim como todos sabemos que para que isso ocorra é preciso que os que dirigem a sociedade se importem e se esforcem para tanto. E sabemos que os que dirigem a sociedade, em sua maioria, não são afetados pela má qualidade da educação no país, e não vão fazer algo a respeito de toda forma.

 

Então, precisa apresentar uma “proposta” realista, que faça com que a situação mude, sem usar cotas, mas sem se basear em uma utopia impossível de ser atingida, sem que antes o sistema educacional mude. Tostines vende mais porque é mais fresquinho, ou é fresquinho porque vende mais?.:-)

 

Sem uma iniciativa que mude a educação, e permita que a parte onerada dos cidadãos atinja os postos de mando, a educação não muda, e se a educação não muda, as pessoas que poderiam muda-la não atingem os postos de mando.

 

São argumentos, deve refuta-los, e não ficar de mimimi e ad hominens.

 

Homero

 

 

 

 

Sent: Monday, October 15, 2012 11:32 PM

Subject: Fw: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao

 

 

Homero escreveu: [ Todos concordamos que o ideal é tornar as escolas públicas um padrão de qualidade. Todos sabemos que isso não vai acontecer tão cedo, por muitos e diversos motivos. E alguns de nós pensam que, até que isso ocorra, mais possibilidades devem ser apresentadas as pessoas que sofrem com essa situação, e pensam que com mais pessoas educadas a partir de camadas mais pobres, inclusive de origem negra, seremos mais capazes de pressionar os governos. ]

.....................................

 

Homero, vc continua viajando na maionese em seus comentários prolíxos, repetitivos e vazios de propostas!

 

Se hoje, quando a grande maioria (85%) dos estudantes do segundo grau estudam em escolas públicas, os governos estaduais não dão prioridade à Educação, imagine se vão dar quando os grupos raciais (negros, pardos, indígenas) já estiverem formados nas universidades e nos institutos federais! Os filhos destes irão para as melhores escolas particulares no Brasil e no mundo. E ainda vão lutar pela "flexibilização" das cotas raciais reservada somente para os alunos que cursarem *todo* o segundo grau em escolas públicas.

 

Tudo isso porque há uma idéia canhestra dos acomodados de que, como não dá para fazer nada de imediato nem a curto prazo - assim como pouco ou nada se fez há mais de 10 anos para melhorar o nível do ensino público nem há planos de melhorias para os próximos 10 anos - o *melhor* mesmo são as cotas raciais.

Os grupos raciais iludidos com as cotas se submetem, calam e os governos ainda ganham votos para se manter no poder e, certamente, manterão também o engodo educacional como bom cabo eleitoral.

 

Vejo que em nenhum comentário vc fez propostas para um dia acabar com as cotas, que já estão aí há tempos e agora ganha mais um prazo de 10 anos. Depois desses anos, advinhe o que irá acontecer?

 

Qual governo terá condições de iniciar o movimento contrário para a redução das cotas até zerar?! O que fazer do futuro que construímos desde já, agora?

 

Para aliviar o desconforto das cotas racistas por definição, estão incluíndo critérios econômicos na escolha do aluno que faz jus às cotas. Pelo menos assim evitará inusitados desempates por cor mais ou menos negra, mais ou menos parda, e de raça mais ou menos indígena.

 

[]s

 

José Renato

.........................................................

 

 

----- Original Message -----

From: Homero

Sent: Sunday, October 14, 2012 3:59 PM

Subject: [ciencialist] Re: PL 180/2008 Cotas: racista por definicao

Olá Renato

 

Complexo de messias. "Se não sou eu a iluminar os pobres tolos, ficarão na ignorância (ou má fé) para sempre".

 

Sinto, não funciona assim, e você não é portador da verdade verdadeira (ninguém é, nem seres imaginários). Você se expressou corretamente, entendemos suas colocações, mas não apresentou argumentos apenas ad hominens e falácias.

 

Acusar os que discordam de "usar antolhos", serem tolos, ou desonestos, não é argumento. O espantalho "os a favor das cotas são interesseiros ou cegos, e só querem esquecer os problemas, sem se interessar por melhoras nem pressionar o governo" é falso, uma falácia recorrente.

 

Na verdade, idêntica em sua forma ao espantalho usado, por exemplo, contra quem é a favor da descriminalização do aborto: são pessoas más, contra a vida, que não se preocupam nem procuram outras formas de evitar a gravidez. Falso, claro, mas não me espanta que use o mesmo argumento distorcido contra qualquer um que discorde de suas verdades verdadeiras.

 

Os favor das cotas, como paliativo e ferramenta temporária, também se preocupam com a melhoria da educação, com outras formas de dar educação de qualidade a todos, e com o objetivo de em algum momento não serem mais necessárias as cotas, de qualquer tipo. Também compreendem perfeitamente que o ideal seria que todos, sem exceção, tivessem educação de base de qualidade.

 

Um cara: "justiça se expressa em si mesma, injustiça requer argumentos. "

 

Uma "boutade", um chavão, frase de efeito, nada mais. Justiça também exige argumentos, defesa, explicações, debates, pois não existe algo abstrato como "justiça", nem verdades absolutas indiscutíveis, que são auto-evidentes (apenas na religião, mas isso também não me espanta, de novo.:-).

 

Enfim, sem argumentos, resta a você atacar os adversários, como cegos tolos, ou desonestos de má fé. Ad hominens.

 

Todos concordamos que o ideal é tornar as escolas públicas um padrão de qualidade. Todos sabemos que isso não vai acontecer tão cedo, por muitos e diversos motivos. E alguns de nós pensam que, até que isso ocorra, mais possibilidades devem ser apresentadas as pessoas que sofrem com essa situação, e pensam que com mais pessoas educadas a partir de camadas mais pobres, inclusive de origem negra, seremos mais capazes de pressionar os governos.

 

Mais pessoas formadas, a partir de origens humildes, mais pessoas interessadas em mudar a atual situação da educação. Menos pessoas dessa origem, e menos interesse terão as pessoas que não sofrem com essa situação (e que tem a formação relativamente garantida dentro desse estado de coisas) em melhorar essa situação da educação no pais. Pense, em uma associação que pretenda pressionar um governo ou administração para melhorar as escolas fundamentais, se todos forem ricos e brancos, com que intensidade essa organização vai lutar? E se metade tiverem vindo de camadas mais pobres, de origem socio-econômica mais humilde, de negros ou descendentes, qual o esforço que estariam dispostos a fazer, com que intensidade lutariam, para melhorar as escolas?

 

Como está, quem decide prioridades são as mesmas pessoas que estão satisfatoriamente protegidas pela atual situação das coisas. Sua motivação para agir é, dada a natureza humana, menor, menos intensa (em média, existem exceções, claro). Cotas, que permitam mudar o padrão da sociedade , ainda de forma mínima, podem ajudar nesse esforço.

 

Não tenho, diferente de você, pretensão de ter a "verdade verdadeira", por isso apresento argumentos e dados que sustentem o que defendo. A justiça, diferente de seu bordão, não é auto-evidente, nem independe de argumentos e evidências, para ser definida. Em minha opinião, absurdo é você teimar em não compreender isso.

 

Homero

 

 

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, José Renato Terra <jrma@...> escreveu
>
> Victor, talvez não tenha me expressado corretamente. O absurdo não está escondido, está na cara e é percebido por qualquer um que não use antolhos. Tanto é que o comentário comum dos que são a favor das cotas raciais sociais é de que não é a melhor solução, mas... Blá, blá, blá... Um cara sacou que: justiça se expressa em si mesma, injustiça requer argumentos. Aqui a justiça requer esclarecimentos. A presidente Dilma assinou a lei das cotas a ser exigida em etapas até atingir 50% das vagas das universidades. Já a partir de jan.2013, 12,5% deverão ser reservadas para negros, pardos e indígenas que tiverem cursado *todo* o segundo grau em escolas públicas. No decreto também foram incluídos critérios de renda familiar, percentual do grupo na região, segundo o IBGE, e outras filigranas que deixaremos de lado para manter o foco principal na questão racial.
>
> Sabemos que o curso médio é responsabilidade dos governos estaduais e federais. O governo federal está facilitando a vida dos que cursaram todo, repito, todo o curso médio em escolas pública. Se alguma família fez das tripas coração e matriculou, por um tempo, o filho numa particular e depois teve de desistir, perdeu o "direito" à cota. Vê-se então que a cota não é racial social, ela é "governamental". Ela existe porque o ensino público é deficiente. Enumere o que os governos estaduais e federais fizeram durante está última década para melhorar o ensino médio no país? O que estão fazendo para que os alunos das escolas públicas estejam capacitados para passar nos vestibulares das melhores universidades, centros tecnológicos e ter bom desempenho nas universidades?
> Na Bahia posso dizer que os professores voltaram às salas de aula, após 106 dias de greve, sem que o governador liberasse o aumento aprovado em Lei na Câmara Estadual. Justificativa do governador: tem de cumprir a lei de responsabilidade orçamentária! E o pior é que grupos representantes dos afrodescendentes e dos indígenas, estão exigindo dos governos mais reservas de cotas e facilidades, sem focar o principal que é: um ensino médio estruturado de forma competente e profissional, como é feito nas boas escolas particulares e nos colégios militares. Por que então não ir direto ao ponto e exigir o que é preciso para que o ensino público volte a ser referência, como foi até há cerca de 50 anos?
>
> Podemos afirmar que essa exigência fundamental foi fragilizada, e passa despercebida com a camuflagem das cotas e de outras benesses aos negros, pardos e indígenas, que são os principais usuários das escolas públicas. E os que são a favor das cotas - mesmo não sendo a melhor solução - parecem hipnotizados e não apresentam qualquer cobrança ou proposta para resolver a questão primeira: tornar as escolas públicas como padrão de ensino no Brasil, nos mesmos níveis das melhores escolas pagas. Dinheiro não falta, falta é vontade de trabalhar para que isso aconteça... Falta quem veja essa aberração, a aponte e diga com todas as letras porque a lei das cotas raciais e sociais é um engodo dos políticos no poder.
>
> []s
>
> José Renato
> ...........................................
>
> ----- Original Message -----
> From: JVictor
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Tuesday, October 09, 2012 6:56 AM
> Subject: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
> Caro Renato,
>
> Renato: “Poucos são o que percebem o que há atras da aplicação beneplácida das cotas.
>
> Apesar do oráculo haver comentado a afirmação acima, dando sua interpretação, ainda não entendi o que realmente você quis dizer. Seria alguma Teoria de Conspiração?
>
> Ou seja, poderia ser mais explícito a respeito do dito? Fiquei realmente, não curioso, mas interessado em saber o que pode estar por trás de tudo, com o rótulo “beneplácida” ou não. (Devo lhe dizer que particularmente entendo que o sistema de cotas não é a opção ideal para resolver um problema crônico que assola nosso sistema de educação. A solução é por outra trilha que, infelizmente, os gestores não conseguem seguí-la, por motivos diversos; mas não sou o mais capacitado para discutir. Mas, enquanto o caminho não é asfaltado, há que se ir por estes mesmos, esburacados. Fazer o quê?).
>
> Sds,
>
> Victor.
>
> ........................................................
> ----- Original Message -----
> From: "José Renato Terra"
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Monday, October 01, 2012 11:01 PM
> Subject: [Spam] Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
>
> Há questões que vão além de polêmicas e legalidades. O artigo que escrevi
> expressa os diversos absurdos que as reservas ou cotas por raça promovem,
> sob argumentos aparentemente de proteção social aos menos favorecidos
> durante algum tempo. Há quanto tempo as cotas raciais estão em uso no
> Brasil? Qual foi a melhora que ocorreu nas universidades, nas escolas
> públicas e nas classes menos favorecidas a partir do seu uso? Para os
> governantes que não se interessam em melhorar o sistema educacional público
> as cotas são um bom sedativo social. Poucos são o que percebem o que há
> atras da aplicação beneplácida das cotas. Tanto aqui, como nos EUA ou em
> qualquer lugar, as cotas - do jeito que estão estabelecidas - é um engodo
> que anestesia e engabela a população afetada: positiva ou negativamente. Até
> quem é contra à aplicação das reservas e cotas raciais pode ser acusado de
> preconceito racial: crime inafiançável! E o problema do ensino público
> escolar no primeiro e segundo grau é levado com a barriga às calendas. Na
> classificação das melhores escolas de segundo grau aparecem algumas que são
> públicas. Os colégios militares grátis considerados públicos são um bom
> exemplo de educação organizada. Felizmente neles ainda não se aplica o
> regime de cotas para o exame de admissão. É o mérito que vale! Hoje em dia
> essa questão caiu no esquecimento visto que é constitucional... E ninguém
> mais questiona o porquê de ainda se manter o sistema de cotas raciais. Só
> não vê o sistema de cotas como um absurdo quem não quer! Como justificativa
> periférica seus apoiadores consideram um mal menor, que um dia será extinto
> por... Por quem mesmo?
> []s
> JR
> ................................................................
>
> ----- Original Message -----
> From: "José Renato
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Monday, September 10, 2012 2:33 PM
> Subject: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
>
> COTAS: RACISTAS POR DEFINIÇÃO
>
> O fator que mais contribui para impedir que uma pessoa curse uma
> universidade não é a cor é o seu poder econômico. Daí pode surgir um
> corolário enviesado para justificar as cotas. Os negros e nativos não têm
> poder econômico porque não fizeram universidade... E durma-se com um
> raciocínio desses!
>
> Aparentemente, a questão já está amadurecida para o ministro Tarso Genro,
> das Relações Institucionais, quando constata que o impedimento maior é
> econômico e não étnico. Basta os órgãos governamentais fornecerem ensino
> suficiente nas escolas públicas, cursos específicos de preparação aos
> vestibulares para os alunos dessas escolas e, claro, bolsas de estudo aos
> aprovados, evitando a evasão por falta de recursos para se sustentar até o
> final. Parece-me que as cotas como propostas são racistas, injustas,
> humilhantes e inconstitucionais. Há modo mais inteligente de realizar a
> inclusão e a igualdade social sem cair no critério racial que promove,
> exatamente, o racismo indesejável que deseja combater.
>
> O ministro Gilberto Gil tem razão em fomentar as discussões. A exposição de
> motivos e argumentos foi o que de melhor as cotas provocaram. Boas propostas
> estão aí em execução. Em Salvador-BA já existem cursinhos de vestibular
> grátis para os melhores alunos de escola pública, bancados pelos governos
> estadual e municipal e a fundamental bolsa, tipo FIES, para os aprovados nos
> vestibulares.
>
> Eu mesmo já fui agraciado por uma forma inteligente de inclusão, há bem mais
> tempo. Quando fazia o 1º ano do curso científico - atual 2° grau - houve um
> convite da Universidade Federal do Pará para os estudantes fazerem teste de
> conhecimento visando selecionar os melhores alunos que cursavam escolas
> públicas e as poucas privadas existentes, em geral administradas por
> congregações religiosas. Nessa época as escolas públicas tinham tradição e
> impunham respeito pela qualidade do ensino. Passei no teste e a UFPA formou
> três turmas, uma para cada turno de modo a atender a todos. Na minha turma
> havia cerca de 30 alunos. Recebíamos aulas das matérias padrões dos
> vestibulares com professores que ensinavam universitários nas faculdades de
> engenharia, química, medicina, português e línguas. Tínhamos três dias de
> aulas por semana, sendo uma no sábado, o que fez os menos interessados
> desistirem em alguns meses. O nível do ensino e a convivência no ambiente
> universitário me deu uma condição especial para prestar o vestibular. Graças
> a Deus, passei de primeira em 21° lugar de um total de 151 vagas
> preenchidas. Depois que os colégios particulares se multiplicaram, esse bela
> iniciativa foi boicotada e eliminada.
>
> O parâmetro usado no sistema de cotas vem dos EUA, só que bem diferente. Lá
> os alunos para as universidades são escolhidos pelos "comitês" -
> teoricamente, com base no currículo escolar - mas que na prática eram
> preenchidas por quase totalidade de brancos para evitar conflitos raciais e
> "queda de padrão" da escola junto à comunidade acadêmica.
>
> No Brasil, já não há espaço para mais essa "bondade" que rotula o não-branco
> como um deficiente intelectual, que precisa de condições especiais para ser
> aprovado no vestibular.
>
> Quem gostaria de ser marcado em toda a sua vida profissional como quem foi
> aprovado na "cota racial"?
>
> As cotas serviram para esclarecer pelo menos as estatísticas, com maior
> presença de não-brancos nas universidades. Antes era mínima, hoje, mais do
> que nunca, os negros, pardos e indígenas aparecem em melhores números do que
> há cinco anos quando, quase todo mundo com características externas não
> totalmente negras, registravam sua cor como branca em vez de parda ou negra.
> Levantamentos divulgados pelo reitor da UFBA revelam que os aprovados nas
> cotas têm, nos cursos universitários, melhor desempenho do que os demais.
> Isso mostra o quanto é desnecessário o sistema de cotas por raça.
>
> Lembro de um filme em que Natalie Wood fazia uma negra de pele clara, que
> renega a mãe negra para não ser considerada "de cor" na escola, na
> universidade, no seu círculo de amizades e junto aos ricos pretendentes?
> Será que com os "benefícios" das cotas ela assumiria suas origens e sua
> raça?
>
> Esse tipo de proposta provoca mais danos do que melhorias, apenas disfarça o
> cerne da questão: o abandono do ensino oficial no Brasil, um direito
> constitucional não exigido pela sociedade.
>
> As cotas são racistas por definição. A meu ver elas vêm desqualificar e
> humilhar ainda mais os não-brancos.
>
>
>
> < http://www.diretodaredacao.com/noticia/cotas-racistas-por-definicao >
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SUBJECT: Venha discutir o futuro do IPESP.
FROM: Ricardo Sayeg <ricardosayeg@azclick.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2012 14:30

Convite: IPESP, um debate sobre os próximos passos da nossa luta.

Caso não esteja visualizando corretamente esta mensagem, acesse este link

Se tivéssemos recebido o apoio da OAB-SP nossa aposentadoria não estaria em regime de extinção. Nossa entidade era forte e representativa. Precisamos resgatá-la e recuperar nossas aposentadorias do Ipesp.

Descadastre-se caso não queira receber mais e-mails.

SUBJECT: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
FROM: Felipe Stauffer <fsjs365@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2012 15:23

Olá a todos.
 
Quando li que "os a favor das cotas são interesseiros ou cegos, e só querem esquecer os problemas, sem se interessar por melhoras nem pressionar o governo", decidi escrever. Não acredito que seja má-fé de quem a escreveu, mas denota um pensamento ideal e inconsistente com a realidade nacional, como vou procurar esclarecer com o meu ponto de vista.
 
O ideal é que a educação fundamental seja pública em uma nação, mas o Brasil, principalmente nas metrópoles, conta com um apartheid sério entre os imigrantes + ex-quilombeiros e os descendentes de origem européia, que constituem a elite. O problema é sério, e poucos se integram, dos 2 lados. O que se vê historicamente é que os moradores imigrantes, ao morar em favelas e pagar pouco imposto e não pagar água, eletricidade, não contribuíam para a arrecadação do Estado, e por isso sangravam o dinheiro da elite. O sucateamento do serviço público de forma geral, no meu ponto de vista, é uma forma de explicitar essa divisão e mácula.
 
Isto não será resolvido de forma amistosa, e a elite que contribuiu para sucatear o serviço público fundamental é a mesma que usufrui da educação superior grátis, também sangrando os mais pobres que atualmente pagam cada vez mais imposto e não tem condição de passar no teste de conhecimentos pela formação deficiente. Com o aumento do poder aquisitivo e maior representação política pelo governo do PT, surgiu a pergunta de como isto seria contornado. A deficiência do ensino médio poderia ser contornada pela compulsoriedade da aplicação pelos funcionários do governo, o que é difícil de acontecer pelas profundas mudanças na estrutura que seriam necessárias. Colocando de outra maneira, é um trabalho hercúleo e fora da realidade atual que demanda uma reestruturação gigantesca. Portanto, o meio de acesso dos mais carentes ao ensino de qualidade tem que ser feito aonde o ensino é de qualidade, que é o ensino superior público.
 
Não acho que o ensino melhorará; pelo contrário, o ensino sofrerá uma queda pelo nivelamento que será necessário. Por outro lado, é provável que haja uma debandada da elite para as instituições particulares e lá haja investimentos para a pesquisa, como acontece na maioria dos países com alto IDH. Entretanto, isto fará com que os tributos pagos pela elite direcionados para a educação não sejam mais aproveitados por ela mesma, o que gerará algum tipo de clamor por reforma, que pela lógica seriam redirecionados para o ensino fundamental, para que o ensino superior volte a ter qualidade. A corrente é tão forte quanto seu elo mais fraco. Com isso, não sei se haverá dinheiro para o investimento tanto no ensino fundamental quanto no ensino superior gratuitos, mas é a forma mais rápida e urgente de plantar uma revolução: tire o conforto de quem usufrui de um serviço que as demandas surgirão com ferocidade.
 
Conforme eu disse no começo, não é o ideal, mas pode funcionar como estopim. Eu mesmo, ao estudar pela primeira vez em uma instituição pública (UFRJ), tive contato com egressos do ensino público e tive uma decepção com várias formas de má formação de colegas de curso. Isto só será resolvido não pelo paternalismo característico da política do panis et circensis, mas por um governo que resolva tirar as facilidades da elite conformada para que ela se una por novas demandas.
 
Peço a gentileza de que as críticas que vierem sejam argumentadas com projetos de construção, não simplesmente de destruição para o niilismo que costuma povoar as discussões de fórum virtuais.
 
Abraços,
Felipe
 
 
 
Sent: Tuesday, October 16, 2012 10:50 AM
Subject: Fw: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
 
 

Tiago, seria muito pedir que lesse novamente o artigo em assunto e os comentários sobre ele para ver quem emite frases com ilações como essa que vc considerou o supra sumo do puritanismo?
Tenha cuidado ao ler as mensagens, estou vendo que homerice pega!
[]s
JR
.....................................
 
----- Original Message -----
Sent: Sunday, October 14, 2012 5:13 PM
Subject: RE: [ciencialist] Re: PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
 
José Renato,
 
O que eu acho extraordinariamente estranho é essa "clara"
distinção entre grupos "afro-descendentes"  e "não-descendentes".
Entre cotas "raciais" e "não-raciais". Ou ainda, entre "justiças" e "injustiças".
 
E todas essa bancarrota de categorias, que são para mim completamente
estranhas.

- "Se não sou eu a iluminar os pobres tolos, ficarão na ignorância (ou má fé) para sempre".

Acho que essa frase expressa o supra-sumo do puritanismo em que essa discussão
se desemboca. Coitados dos nossos olhos e ouvidos... nos poupe!
 
Thiago


To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: oraculo@atibaia.com.br
Date: Sun, 14 Oct 2012 18:59:01 +0000
Subject: [ciencialist] Re: PL 180/2008 Cotas: racista por definicao

 
 
Olá Renato
 
Complexo de messias. "Se não sou eu a iluminar os pobres tolos, ficarão na ignorância (ou má fé) para sempre".
 
Sinto, não funciona assim, e você não é portador da verdade verdadeira (ninguém é, nem seres imaginários). Você se expressou corretamente, entendemos suas colocações, mas não apresentou argumentos apenas ad hominens e falácias.
 
Acusar os que discordam de "usar antolhos", serem tolos, ou desonestos, não é argumento. O espantalho "os a favor das cotas são interesseiros ou cegos, e só querem esquecer os problemas, sem se interessar por melhoras nem pressionar o governo" é falso, uma falácia recorrente.
 
Na verdade, idêntica em sua forma ao espantalho usado, por exemplo, contra quem é a favor da descriminalização do aborto: são pessoas más, contra a vida, que não se preocupam nem procuram outras formas de evitar a gravidez. Falso, claro, mas não me espanta que use o mesmo argumento distorcido contra qualquer um que discorde de suas verdades verdadeiras.
 
Os favor das cotas, como paliativo e ferramenta temporária, também se preocupam com a melhoria da educação, com outras formas de dar educação de qualidade a todos, e com o objetivo de em algum momento não serem mais necessárias as cotas, de qualquer tipo. Também compreendem perfeitamente que o ideal seria que todos, sem exceção, tivessem educação de base de qualidade.
 
Um cara: "justiça se expressa em si mesma, injustiça requer argumentos. "
 
Uma "boutade", um chavão, frase de efeito, nada mais. Justiça também exige argumentos, defesa, explicações, debates, pois não existe algo abstrato como "justiça", nem verdades absolutas indiscutíveis, que são auto-evidentes (apenas na religião, mas isso também não me espanta, de novo.:-).
 
Enfim, sem argumentos, resta a você atacar os adversários, como cegos tolos, ou desonestos de má fé. Ad hominens.
 
Todos concordamos que o ideal é tornar as escolas públicas um padrão de qualidade. Todos sabemos que isso não vai acontecer tão cedo, por muitos e diversos motivos. E alguns de nós pensam que, até que isso ocorra, mais possibilidades devem ser apresentadas as pessoas que sofrem com essa situação, e pensam que com mais pessoas educadas a partir de camadas mais pobres, inclusive de origem negra, seremos mais capazes de pressionar os governos.
 
Mais pessoas formadas, a partir de origens humildes, mais pessoas interessadas em mudar a atual situação da educação. Menos pessoas dessa origem, e menos interesse terão as pessoas que não sofrem com essa situação (e que tem a formação relativamente garantida dentro desse estado de coisas) em melhorar essa situação da educação no pais. Pense, em uma associação que pretenda pressionar um governo ou administração para melhorar as escolas fundamentais, se todos forem ricos e brancos, com que intensidade essa organização vai lutar? E se metade tiverem vindo de camadas mais pobres, de origem socio-econômica mais humilde, de negros ou descendentes, qual o esforço que estariam dispostos a fazer, com que intensidade lutariam, para melhorar as escolas?
 
Como está, quem decide prioridades são as mesmas pessoas que estão satisfatoriamente protegidas pela atual situação das coisas. Sua motivação para agir é, dada a natureza humana, menor, menos intensa (em média, existem exceções, claro). Cotas, que permitam mudar o padrão da sociedade , ainda de forma mínima, podem ajudar nesse esforço.
 
Não tenho, diferente de você, pretensão de ter a "verdade verdadeira", por isso apresento argumentos e dados que sustentem o que defendo. A justiça, diferente de seu bordão, não é auto-evidente, nem independe de argumentos e evidências, para ser definida. Em minha opinião, absurdo é você teimar em não compreender isso.
 
Homero
 
 
--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, José Renato Terra <jrma@...> escreveu
>
> Victor, talvez não tenha me expressado corretamente. O absurdo não está escondido, está na cara e é percebido por qualquer um que não use antolhos. Tanto é que o comentário comum dos que são a favor das cotas raciais sociais é de que não é a melhor solução, mas... Blá, blá, blá... Um cara sacou que: justiça se expressa em si mesma, injustiça requer argumentos. Aqui a justiça requer esclarecimentos. A presidente Dilma assinou a lei das cotas a ser exigida em etapas até atingir 50% das vagas das universidades. Já a partir de jan.2013, 12,5% deverão ser reservadas para negros, pardos e indígenas que tiverem cursado *todo* o segundo grau em escolas públicas. No decreto também foram incluídos critérios de renda familiar, percentual do grupo na região, segundo o IBGE, e outras filigranas que deixaremos de lado para manter o foco principal na questão racial.
>
> Sabemos que o curso médio é responsabilidade dos governos estaduais e federais. O governo federal está facilitando a vida dos que cursaram todo, repito, todo o curso médio em escolas pública. Se alguma família fez das tripas coração e matriculou, por um tempo, o filho numa particular e depois teve de desistir, perdeu o "direito" à cota. Vê-se então que a cota não é racial social, ela é "governamental". Ela existe porque o ensino público é deficiente. Enumere o que os governos estaduais e federais fizeram durante está última década para melhorar o ensino médio no país? O que estão fazendo para que os alunos das escolas públicas estejam capacitados para passar nos vestibulares das melhores universidades, centros tecnológicos e ter bom desempenho nas universidades?
> Na Bahia posso dizer que os professores voltaram às salas de aula, após 106 dias de greve, sem que o governador liberasse o aumento aprovado em Lei na Câmara Estadual. Justificativa do governador: tem de cumprir a lei de responsabilidade orçamentária! E o pior é que grupos representantes dos afrodescendentes e dos indígenas, estão exigindo dos governos mais reservas de cotas e facilidades, sem focar o principal que é: um ensino médio estruturado de forma competente e profissional, como é feito nas boas escolas particulares e nos colégios militares. Por que então não ir direto ao ponto e exigir o que é preciso para que o ensino público volte a ser referência, como foi até há cerca de 50 anos?
>
> Podemos afirmar que essa exigência fundamental foi fragilizada, e passa despercebida com a camuflagem das cotas e de outras benesses aos negros, pardos e indígenas, que são os principais usuários das escolas públicas. E os que são a favor das cotas - mesmo não sendo a melhor solução - parecem hipnotizados e não apresentam qualquer cobrança ou proposta para resolver a questão primeira: tornar as escolas públicas como padrão de ensino no Brasil, nos mesmos níveis das melhores escolas pagas. Dinheiro não falta, falta é vontade de trabalhar para que isso aconteça... Falta quem veja essa aberração, a aponte e diga com todas as letras porque a lei das cotas raciais e sociais é um engodo dos políticos no poder.
>
> []s
>
> José Renato
> ...........................................
>
> ----- Original Message -----
> From: JVictor
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Tuesday, October 09, 2012 6:56 AM
> Subject: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
> Caro Renato,
>
> Renato: “Poucos são o que percebem o que há atras da aplicação beneplácida das cotas.
>
> Apesar do oráculo haver comentado a afirmação acima, dando sua interpretação, ainda não entendi o que realmente você quis dizer. Seria alguma Teoria de Conspiração?
>
> Ou seja, poderia ser mais explícito a respeito do dito? Fiquei realmente, não curioso, mas interessado em saber o que pode estar por trás de tudo, com o rótulo “beneplácida” ou não. (Devo lhe dizer que particularmente entendo que o sistema de cotas não é a opção ideal para resolver um problema crônico que assola nosso sistema de educação. A solução é por outra trilha que, infelizmente, os gestores não conseguem seguí-la, por motivos diversos; mas não sou o mais capacitado para discutir. Mas, enquanto o caminho não é asfaltado, há que se ir por estes mesmos, esburacados. Fazer o quê?).
>
> Sds,
>
> Victor.
>
> ........................................................
> ----- Original Message -----
> From: "José Renato Terra"
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Monday, October 01, 2012 11:01 PM
> Subject: [Spam] Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
>
> Há questões que vão além de polêmicas e legalidades. O artigo que escrevi
> expressa os diversos absurdos que as reservas ou cotas por raça promovem,
> sob argumentos aparentemente de proteção social aos menos favorecidos
> durante algum tempo. Há quanto tempo as cotas raciais estão em uso no
> Brasil? Qual foi a melhora que ocorreu nas universidades, nas escolas
> públicas e nas classes menos favorecidas a partir do seu uso? Para os
> governantes que não se interessam em melhorar o sistema educacional público
> as cotas são um bom sedativo social. Poucos são o que percebem o que há
> atras da aplicação beneplácida das cotas. Tanto aqui, como nos EUA ou em
> qualquer lugar, as cotas - do jeito que estão estabelecidas - é um engodo
> que anestesia e engabela a população afetada: positiva ou negativamente. Até
> quem é contra à aplicação das reservas e cotas raciais pode ser acusado de
> preconceito racial: crime inafiançável! E o problema do ensino público
> escolar no primeiro e segundo grau é levado com a barriga às calendas. Na
> classificação das melhores escolas de segundo grau aparecem algumas que são
> públicas. Os colégios militares grátis considerados públicos são um bom
> exemplo de educação organizada. Felizmente neles ainda não se aplica o
> regime de cotas para o exame de admissão. É o mérito que vale! Hoje em dia
> essa questão caiu no esquecimento visto que é constitucional... E ninguém
> mais questiona o porquê de ainda se manter o sistema de cotas raciais. Só
> não vê o sistema de cotas como um absurdo quem não quer! Como justificativa
> periférica seus apoiadores consideram um mal menor, que um dia será extinto
> por... Por quem mesmo?
> []s
> JR
> ................................................................
>
> ----- Original Message -----
> From: "José Renato
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Monday, September 10, 2012 2:33 PM
> Subject: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
>
> COTAS: RACISTAS POR DEFINIÇÃO
>
> O fator que mais contribui para impedir que uma pessoa curse uma
> universidade não é a cor é o seu poder econômico. Daí pode surgir um
> corolário enviesado para justificar as cotas. Os negros e nativos não têm
> poder econômico porque não fizeram universidade... E durma-se com um
> raciocínio desses!
>
> Aparentemente, a questão já está amadurecida para o ministro Tarso Genro,
> das Relações Institucionais, quando constata que o impedimento maior é
> econômico e não étnico. Basta os órgãos governamentais fornecerem ensino
> suficiente nas escolas públicas, cursos específicos de preparação aos
> vestibulares para os alunos dessas escolas e, claro, bolsas de estudo aos
> aprovados, evitando a evasão por falta de recursos para se sustentar até o
> final. Parece-me que as cotas como propostas são racistas, injustas,
> humilhantes e inconstitucionais. Há modo mais inteligente de realizar a
> inclusão e a igualdade social sem cair no critério racial que promove,
> exatamente, o racismo indesejável que deseja combater.
>
> O ministro Gilberto Gil tem razão em fomentar as discussões. A exposição de
> motivos e argumentos foi o que de melhor as cotas provocaram. Boas propostas
> estão aí em execução. Em Salvador-BA já existem cursinhos de vestibular
> grátis para os melhores alunos de escola pública, bancados pelos governos
> estadual e municipal e a fundamental bolsa, tipo FIES, para os aprovados nos
> vestibulares.
>
> Eu mesmo já fui agraciado por uma forma inteligente de inclusão, há bem mais
> tempo. Quando fazia o 1º ano do curso científico - atual 2° grau - houve um
> convite da Universidade Federal do Pará para os estudantes fazerem teste de
> conhecimento visando selecionar os melhores alunos que cursavam escolas
> públicas e as poucas privadas existentes, em geral administradas por
> congregações religiosas. Nessa época as escolas públicas tinham tradição e
> impunham respeito pela qualidade do ensino. Passei no teste e a UFPA formou
> três turmas, uma para cada turno de modo a atender a todos. Na minha turma
> havia cerca de 30 alunos. Recebíamos aulas das matérias padrões dos
> vestibulares com professores que ensinavam universitários nas faculdades de
> engenharia, química, medicina, português e línguas. Tínhamos três dias de
> aulas por semana, sendo uma no sábado, o que fez os menos interessados
> desistirem em alguns meses. O nível do ensino e a convivência no ambiente
> universitário me deu uma condição especial para prestar o vestibular. Graças
> a Deus, passei de primeira em 21° lugar de um total de 151 vagas
> preenchidas. Depois que os colégios particulares se multiplicaram, esse bela
> iniciativa foi boicotada e eliminada.
>
> O parâmetro usado no sistema de cotas vem dos EUA, só que bem diferente. Lá
> os alunos para as universidades são escolhidos pelos "comitês" -
> teoricamente, com base no currículo escolar - mas que na prática eram
> preenchidas por quase totalidade de brancos para evitar conflitos raciais e
> "queda de padrão" da escola junto à comunidade acadêmica.
>
> No Brasil, já não há espaço para mais essa "bondade" que rotula o não-branco
> como um deficiente intelectual, que precisa de condições especiais para ser
> aprovado no vestibular.
>
> Quem gostaria de ser marcado em toda a sua vida profissional como quem foi
> aprovado na "cota racial"?
>
> As cotas serviram para esclarecer pelo menos as estatísticas, com maior
> presença de não-brancos nas universidades. Antes era mínima, hoje, mais do
> que nunca, os negros, pardos e indígenas aparecem em melhores números do que
> há cinco anos quando, quase todo mundo com características externas não
> totalmente negras, registravam sua cor como branca em vez de parda ou negra.
> Levantamentos divulgados pelo reitor da UFBA revelam que os aprovados nas
> cotas têm, nos cursos universitários, melhor desempenho do que os demais.
> Isso mostra o quanto é desnecessário o sistema de cotas por raça.
>
> Lembro de um filme em que Natalie Wood fazia uma negra de pele clara, que
> renega a mãe negra para não ser considerada "de cor" na escola, na
> universidade, no seu círculo de amizades e junto aos ricos pretendentes?
> Será que com os "benefícios" das cotas ela assumiria suas origens e sua
> raça?
>
> Esse tipo de proposta provoca mais danos do que melhorias, apenas disfarça o
> cerne da questão: o abandono do ensino oficial no Brasil, um direito
> constitucional não exigido pela sociedade.
>
> As cotas são racistas por definição. A meu ver elas vêm desqualificar e
> humilhar ainda mais os não-brancos.
>
>
>
> < http://www.diretodaredacao.com/noticia/cotas-racistas-por-definicao >

SUBJECT: RE: [ciencialist] Documentário: Beautiful Equations
FROM: Thiago Guimarães <guimaraesbsb@hotmail.com>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2012 16:02

 
Ora, toda, qualquer beleza, necessariamente, está nos olhos de quem vê.
Mas isso é uma generalidade bastante comum.
 
Sobre os Fractais: infelizmente tenho material limitado e de conhecimento
limitado. Minha única intencionalidade foi pela curiosidade, e ainda assim,
de maneira bastante amadora (pelo menos por enquanto!).
 
:)
 
Thiago
 

 

To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: alvaro@lunabay.com.br
Date: Mon, 15 Oct 2012 18:07:29 -0300
Subject: Re: [ciencialist] Documentário: Beautiful Equations

 
Beauty is in the eyes of the beholder!

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 15/10/2012 14:09, Gilberto Morelli escreveu:
Há uns anos atrás também li bastante coisa de fractais e achei sensacional!

Se alguém tiver algum material a respeito e puder me enviar, agradeço.

Gilberto


From: Thiago Guimarães <guimaraesbsb@hotmail.com>
To: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, October 13, 2012 2:51 PM
Subject: RE: [ciencialist] Documentário: Beautiful Equations

 


Álvaro, as equações são belas e pelo menos algumas existem 
na natureza, vide a  sequencia de Fibonacci.

Há pelo menos um erro grosseiro em se dizer que as "belezas" 
das equações são Platônicas, e pior, que o platonismo deveria 
ser abandonado. Isso é um erro grosseiro.

Só para a reflexão...

Estive estudando os Fractais e realmente fiquei "apaixonado".
hehehe

Thiago



To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: alvaro@lunabay.com.br
Date: Thu, 11 Oct 2012 21:04:58 -0300
Subject: Re: [ciencialist] Documentário: Beautiful Equations

 

Tudo bem, a equação de Euler é "bela", mas serve para quê? Ela é somente um caso muito particular da relação entre a forma polar e retangular de números complexos, os quais, estes sim, têm inúmeras aplicações. Beleza matemática é um conceito platônico e o platonismo matemático já deveria ter sido abandonado há anos.

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 11/10/2012 10:10, luiz silva escreveu:

Se formos pensar somente em matematica, a equação de Euler é imbatível.
De: roberto <roberto.takata@bol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 10 de Outubro de 2012 15:24
Assunto: Re: RES: [ciencialist] Documentário: Beautiful Equations
 
Apropo:

2004 "Concurso inglês elege as mais belas equações da história"
http://veja.abril.com.br/241104/p_140.html
-----

Livro "Cinco Equações Que Mudaram o Mundo"
http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/3540217/cinco-equacoes-que-mudaram-o-mundo
-----

Livro "As grandes equações"
http://www.zahar.com.br/catalogo_exclusivo.asp?id=0997&ide=589
-----
(Este eu li faz pouco tempo, de modo geral recomendo.)

[]s,

Roberto Takata










SUBJECT: RE: RES: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
FROM: Thiago Guimarães <guimaraesbsb@hotmail.com>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2012 16:16

 
 
José Renato, li e reli tudo que está escrito.
 
Não há nada além de absolutamente nada que justifique
suas argumentações. Não há evidência. Não há corroboração,
nem do ponto de vista sociológico, político, econômico,
biológico, quântico, metafísico; Nada! A única argumentação,
ÚNICA, aceitável e presumível, é a argumentação historiográfica!
E mesmo assim totalmente insuficiente.
 
Quando você escapa da própria argumentação para
justificar o injustificável, então temos uma lógica simples:
não-argumentar para argumentar.
 
Vossa Senhoria se encontra aqui hoje defendendo essas
cotas como um pastor de igreja.
 
É uma bancarrota...
 
Thiago

 

To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: j.victor.neto@uol.com.br
Date: Tue, 16 Oct 2012 17:21:47 +0100
Subject: RES: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao

 

 

 

"E, repetindo, suas “propostas” para resolver o problema, sem usar as cotas, são apenas demagógicas. Todos “sabemos” que uma educação de base, de qualidade, desde o primeiro grau, com condições de alimentação, acompanhamento, recursos, etc, para as crianças, algo como o sistema da Finlândia, é o ideal e resolveria boa parte dos problemas. Todos sabemos. Assim como todos sabemos que para que isso ocorra é preciso que os que dirigem a sociedade se importem e se esforcem para tanto. E sabemos que os que dirigem a sociedade, em sua maioria, não são afetados pela má qualidade da educação no país, e não vão fazer algo a respeito de toda forma."

"Sem uma iniciativa que mude a educação, e permita que a parte onerada dos cidadãos atinja os postos de mando, a educação não muda, e se a educação não muda, as pessoas que poderiam muda-la não atingem os postos de mando"

 

Victor: Este é o ponto, aliás, outro. As mudanças têm que passar pela vontade, pela determinação dos dirigentes. Se eles não derem o ponta pé inicial, sem demagogia eleitoreira, então o menos ruim, ainda, é  trincar os dentes, "esbuticar os oinhos" e mas ficar com...as cotas!  É lamentável. Mas...

 

 Victor: Mas gostei mesmo foi de:

 

.... e não ficar de mimimi e ad hominens.

 

Principalmente do mimimi...

 

sds,

victor.

 

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de oraculo@atibaia.com.br
Enviada em: terça-feira, 16 de outubro de 2012 16:53
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao

 

 

Olá Renato

 

Renato: “Homero, vc continua viajando na maionese em seus comentários prolíxos, repetitivos e vazios de propostas!

 

Tão vazio que perdeu um bom tempo tentando refutar minha argumentação.:- ) E falhou.

 

Eu não apresentei “propostas”, porque não é isso que estou defendendo, que tenho propostas, que sei como resolver um problema complexo, de fundo histórico, e com graves e profundas raizes em nossa sociedade. Estou alegando que a solução ora proposta, cotas, por mais que tenha defeitos, e sei que tem, é uma proposta em alguma medida eficaz.

 

Hoje, quando 85% estudam em escolas públicas, e formam o grande contingente que nunca terá formação universitária, e dessa forma nunca atingirão os escalões de decisão da sociedade, realmente administradores estão pouco preocupados com o problema. Inclusive porque administradores pertencem a camada da sociedade que não é atingida pelo problema, os 15% que tem acesso a educação de qualidade desde a infância.

 

O que defendo é justamente isso, se uma camada maior de pessoas vindas dos 85% atingirem essas posições de decisão, pode ser que o interesse em mudar a situação, enfrentar o problema, também aumente. E, observe, eu disse “pode” ser. Não é a verdade verdadeira, nem absoluta, nem acho que os que discordam são cegos tolos, ou desonestos de má fé. Penso apenas que no atual momento, e a partir de dados concretos (muitos dos quais foram apresentados pelo Takata, e que parece não ter se dado ao trabalho de ler), cotas são um mal menor, não uma tolice ou desonestidade total.

 

Propostas para acabar com as cotas se baseiam exatamente na desnecessidade, quando uma parcela maior de pessoas vindas de posições sociais mais baixas tiver acesso as universidades e educação de qualidade. Isso leva mais de 10 anos para ocorrer, evidentemente. Leva pelo menos um período completo de estudo, desde o primeiro grau até a formação. Isso sim é algo evidente, não?

 

Sim, sempre surgirão problemas pontuais como os “mais ou menos negros” ou os “mais ou menos pobres”, como aliás escrevi na mensagem anterior (que, parece, não leu toda), isso ocorrerá em qualquer situação, mesmo sem as cotas. Mas o racismo, por exemplo, se dá muito bem sem considerar estes problemas pontuais, segregando e discriminando claramente negros de brancos, ricos de pobres. Isso porque é o efeito geral, não pontual, que tem relevância. Embora existam áreas em degrade, a maior parte dos negros, como a maior parte dos pobres, são perfeitamente identificáveis. Não como “raça”, que não existe, mas como alguém que sofre discriminação.

 

E, repetindo, suas “propostas” para resolver o problema, sem usar as cotas, são apenas demagógicas. Todos “sabemos” que uma educação de base, de qualidade, desde o primeiro grau, com condições de alimentação, acompanhamento, recursos, etc, para as crianças, algo como o sistema da Finlândia, é o ideal e resolveria boa parte dos problemas. Todos sabemos. Assim como todos sabemos que para que isso ocorra é preciso que os que dirigem a sociedade se importem e se esforcem para tanto. E sabemos que os que dirigem a sociedade, em sua maioria, não são afetados pela má qualidade da educação no país, e não vão fazer algo a respeito de toda forma.

 

Então, precisa apresentar uma “proposta” realista, que faça com que a situação mude, sem usar cotas, mas sem se basear em uma utopia impossível de ser atingida, sem que antes o sistema educacional mude. Tostines vende mais porque é mais fresquinho, ou é fresquinho porque vende mais?.:-)

 

Sem uma iniciativa que mude a educação, e permita que a parte onerada dos cidadãos atinja os postos de mando, a educação não muda, e se a educação não muda, as pessoas que poderiam muda-la não atingem os postos de mando.

 

São argumentos, deve refuta-los, e não ficar de mimimi e ad hominens.

 

Homero

 

 

 

 

Sent: Monday, October 15, 2012 11:32 PM

Subject: Fw: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao

 

 

Homero escreveu: [ Todos concordamos que o ideal é tornar as escolas públicas um padrão de qualidade. Todos sabemos que isso não vai acontecer tão cedo, por muitos e diversos motivos. E alguns de nós pensam que, até que isso ocorra, mais possibilidades devem ser apresentadas as pessoas que sofrem com essa situação, e pensam que com mais pessoas educadas a partir de camadas mais pobres, inclusive de origem negra, seremos mais capazes de pressionar os governos. ]

.....................................

 

Homero, vc continua viajando na maionese em seus comentários prolíxos, repetitivos e vazios de propostas!

 

Se hoje, quando a grande maioria (85%) dos estudantes do segundo grau estudam em escolas públicas, os governos estaduais não dão prioridade à Educação, imagine se vão dar quando os grupos raciais (negros, pardos, indígenas) já estiverem formados nas universidades e nos institutos federais! Os filhos destes irão para as melhores escolas particulares no Brasil e no mundo. E ainda vão lutar pela "flexibilização" das cotas raciais reservada somente para os alunos que cursarem *todo* o segundo grau em escolas públicas.

 

Tudo isso porque há uma idéia canhestra dos acomodados de que, como não dá para fazer nada de imediato nem a curto prazo - assim como pouco ou nada se fez há mais de 10 anos para melhorar o nível do ensino público nem há planos de melhorias para os próximos 10 anos - o *melhor* mesmo são as cotas raciais.

Os grupos raciais iludidos com as cotas se submetem, calam e os governos ainda ganham votos para se manter no poder e, certamente, manterão também o engodo educacional como bom cabo eleitoral.

 

Vejo que em nenhum comentário vc fez propostas para um dia acabar com as cotas, que já estão aí há tempos e agora ganha mais um prazo de 10 anos. Depois desses anos, advinhe o que irá acontecer?

 

Qual governo terá condições de iniciar o movimento contrário para a redução das cotas até zerar?! O que fazer do futuro que construímos desde já, agora?

 

Para aliviar o desconforto das cotas racistas por definição, estão incluíndo critérios econômicos na escolha do aluno que faz jus às cotas. Pelo menos assim evitará inusitados desempates por cor mais ou menos negra, mais ou menos parda, e de raça mais ou menos indígena.

 

[]s

 

José Renato

.........................................................

 

 

----- Original Message -----

From: Homero

Sent: Sunday, October 14, 2012 3:59 PM

Subject: [ciencialist] Re: PL 180/2008 Cotas: racista por definicao

Olá Renato

 

Complexo de messias. "Se não sou eu a iluminar os pobres tolos, ficarão na ignorância (ou má fé) para sempre".

 

Sinto, não funciona assim, e você não é portador da verdade verdadeira (ninguém é, nem seres imaginários). Você se expressou corretamente, entendemos suas colocações, mas não apresentou argumentos apenas ad hominens e falácias.

 

Acusar os que discordam de "usar antolhos", serem tolos, ou desonestos, não é argumento. O espantalho "os a favor das cotas são interesseiros ou cegos, e só querem esquecer os problemas, sem se interessar por melhoras nem pressionar o governo" é falso, uma falácia recorrente.

 

Na verdade, idêntica em sua forma ao espantalho usado, por exemplo, contra quem é a favor da descriminalização do aborto: são pessoas más, contra a vida, que não se preocupam nem procuram outras formas de evitar a gravidez. Falso, claro, mas não me espanta que use o mesmo argumento distorcido contra qualquer um que discorde de suas verdades verdadeiras.

 

Os favor das cotas, como paliativo e ferramenta temporária, também se preocupam com a melhoria da educação, com outras formas de dar educação de qualidade a todos, e com o objetivo de em algum momento não serem mais necessárias as cotas, de qualquer tipo. Também compreendem perfeitamente que o ideal seria que todos, sem exceção, tivessem educação de base de qualidade.

 

Um cara: "justiça se expressa em si mesma, injustiça requer argumentos. "

 

Uma "boutade", um chavão, frase de efeito, nada mais. Justiça também exige argumentos, defesa, explicações, debates, pois não existe algo abstrato como "justiça", nem verdades absolutas indiscutíveis, que são auto-evidentes (apenas na religião, mas isso também não me espanta, de novo.:-).

 

Enfim, sem argumentos, resta a você atacar os adversários, como cegos tolos, ou desonestos de má fé. Ad hominens.

 

Todos concordamos que o ideal é tornar as escolas públicas um padrão de qualidade. Todos sabemos que isso não vai acontecer tão cedo, por muitos e diversos motivos. E alguns de nós pensam que, até que isso ocorra, mais possibilidades devem ser apresentadas as pessoas que sofrem com essa situação, e pensam que com mais pessoas educadas a partir de camadas mais pobres, inclusive de origem negra, seremos mais capazes de pressionar os governos.

 

Mais pessoas formadas, a partir de origens humildes, mais pessoas interessadas em mudar a atual situação da educação. Menos pessoas dessa origem, e menos interesse terão as pessoas que não sofrem com essa situação (e que tem a formação relativamente garantida dentro desse estado de coisas) em melhorar essa situação da educação no pais. Pense, em uma associação que pretenda pressionar um governo ou administração para melhorar as escolas fundamentais, se todos forem ricos e brancos, com que intensidade essa organização vai lutar? E se metade tiverem vindo de camadas mais pobres, de origem socio-econômica mais humilde, de negros ou descendentes, qual o esforço que estariam dispostos a fazer, com que intensidade lutariam, para melhorar as escolas?

 

Como está, quem decide prioridades são as mesmas pessoas que estão satisfatoriamente protegidas pela atual situação das coisas. Sua motivação para agir é, dada a natureza humana, menor, menos intensa (em média, existem exceções, claro). Cotas, que permitam mudar o padrão da sociedade , ainda de forma mínima, podem ajudar nesse esforço.

 

Não tenho, diferente de você, pretensão de ter a "verdade verdadeira", por isso apresento argumentos e dados que sustentem o que defendo. A justiça, diferente de seu bordão, não é auto-evidente, nem independe de argumentos e evidências, para ser definida. Em minha opinião, absurdo é você teimar em não compreender isso.

 

Homero

 

 

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, José Renato Terra <jrma@...> escreveu
>
> Victor, talvez não tenha me expressado corretamente. O absurdo não está escondido, está na cara e é percebido por qualquer um que não use antolhos. Tanto é que o comentário comum dos que são a favor das cotas raciais sociais é de que não é a melhor solução, mas... Blá, blá, blá... Um cara sacou que: justiça se expressa em si mesma, injustiça requer argumentos. Aqui a justiça requer esclarecimentos. A presidente Dilma assinou a lei das cotas a ser exigida em etapas até atingir 50% das vagas das universidades. Já a partir de jan.2013, 12,5% deverão ser reservadas para negros, pardos e indígenas que tiverem cursado *todo* o segundo grau em escolas públicas. No decreto também foram incluídos critérios de renda familiar, percentual do grupo na região, segundo o IBGE, e outras filigranas que deixaremos de lado para manter o foco principal na questão racial.
>
> Sabemos que o curso médio é responsabilidade dos governos estaduais e federais. O governo federal está facilitando a vida dos que cursaram todo, repito, todo o curso médio em escolas pública. Se alguma família fez das tripas coração e matriculou, por um tempo, o filho numa particular e depois teve de desistir, perdeu o "direito" à cota. Vê-se então que a cota não é racial social, ela é "governamental". Ela existe porque o ensino público é deficiente. Enumere o que os governos estaduais e federais fizeram durante está última década para melhorar o ensino médio no país? O que estão fazendo para que os alunos das escolas públicas estejam capacitados para passar nos vestibulares das melhores universidades, centros tecnológicos e ter bom desempenho nas universidades?
> Na Bahia posso dizer que os professores voltaram às salas de aula, após 106 dias de greve, sem que o governador liberasse o aumento aprovado em Lei na Câmara Estadual. Justificativa do governador: tem de cumprir a lei de responsabilidade orçamentária! E o pior é que grupos representantes dos afrodescendentes e dos indígenas, estão exigindo dos governos mais reservas de cotas e facilidades, sem focar o principal que é: um ensino médio estruturado de forma competente e profissional, como é feito nas boas escolas particulares e nos colégios militares. Por que então não ir direto ao ponto e exigir o que é preciso para que o ensino público volte a ser referência, como foi até há cerca de 50 anos?
>
> Podemos afirmar que essa exigência fundamental foi fragilizada, e passa despercebida com a camuflagem das cotas e de outras benesses aos negros, pardos e indígenas, que são os principais usuários das escolas públicas. E os que são a favor das cotas - mesmo não sendo a melhor solução - parecem hipnotizados e não apresentam qualquer cobrança ou proposta para resolver a questão primeira: tornar as escolas públicas como padrão de ensino no Brasil, nos mesmos níveis das melhores escolas pagas. Dinheiro não falta, falta é vontade de trabalhar para que isso aconteça... Falta quem veja essa aberração, a aponte e diga com todas as letras porque a lei das cotas raciais e sociais é um engodo dos políticos no poder.
>
> []s
>
> José Renato
> ...........................................
>
> ----- Original Message -----
> From: JVictor
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Tuesday, October 09, 2012 6:56 AM
> Subject: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
> Caro Renato,
>
> Renato: “Poucos são o que percebem o que há atras da aplicação beneplácida das cotas.
>
> Apesar do oráculo haver comentado a afirmação acima, dando sua interpretação, ainda não entendi o que realmente você quis dizer. Seria alguma Teoria de Conspiração?
>
> Ou seja, poderia ser mais explícito a respeito do dito? Fiquei realmente, não curioso, mas interessado em saber o que pode estar por trás de tudo, com o rótulo “beneplácida” ou não. (Devo lhe dizer que particularmente entendo que o sistema de cotas não é a opção ideal para resolver um problema crônico que assola nosso sistema de educação. A solução é por outra trilha que, infelizmente, os gestores não conseguem seguí-la, por motivos diversos; mas não sou o mais capacitado para discutir. Mas, enquanto o caminho não é asfaltado, há que se ir por estes mesmos, esburacados. Fazer o quê?).
>
> Sds,
>
> Victor.
>
> ........................................................
> ----- Original Message -----
> From: "José Renato Terra"
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Monday, October 01, 2012 11:01 PM
> Subject: [Spam] Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
>
> Há questões que vão além de polêmicas e legalidades. O artigo que escrevi
> expressa os diversos absurdos que as reservas ou cotas por raça promovem,
> sob argumentos aparentemente de proteção social aos menos favorecidos
> durante algum tempo. Há quanto tempo as cotas raciais estão em uso no
> Brasil? Qual foi a melhora que ocorreu nas universidades, nas escolas
> públicas e nas classes menos favorecidas a partir do seu uso? Para os
> governantes que não se interessam em melhorar o sistema educacional público
> as cotas são um bom sedativo social. Poucos são o que percebem o que há
> atras da aplicação beneplácida das cotas. Tanto aqui, como nos EUA ou em
> qualquer lugar, as cotas - do jeito que estão estabelecidas - é um engodo
> que anestesia e engabela a população afetada: positiva ou negativamente. Até
> quem é contra à aplicação das reservas e cotas raciais pode ser acusado de
> preconceito racial: crime inafiançável! E o problema do ensino público
> escolar no primeiro e segundo grau é levado com a barriga às calendas. Na
> classificação das melhores escolas de segundo grau aparecem algumas que são
> públicas. Os colégios militares grátis considerados públicos são um bom
> exemplo de educação organizada. Felizmente neles ainda não se aplica o
> regime de cotas para o exame de admissão. É o mérito que vale! Hoje em dia
> essa questão caiu no esquecimento visto que é constitucional... E ninguém
> mais questiona o porquê de ainda se manter o sistema de cotas raciais. Só
> não vê o sistema de cotas como um absurdo quem não quer! Como justificativa
> periférica seus apoiadores consideram um mal menor, que um dia será extinto
> por... Por quem mesmo?
> []s
> JR
> ................................................................
>
> ----- Original Message -----
> From: "José Renato
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Monday, September 10, 2012 2:33 PM
> Subject: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
>
> COTAS: RACISTAS POR DEFINIÇÃO
>
> O fator que mais contribui para impedir que uma pessoa curse uma
> universidade não é a cor é o seu poder econômico. Daí pode surgir um
> corolário enviesado para justificar as cotas. Os negros e nativos não têm
> poder econômico porque não fizeram universidade... E durma-se com um
> raciocínio desses!
>
> Aparentemente, a questão já está amadurecida para o ministro Tarso Genro,
> das Relações Institucionais, quando constata que o impedimento maior é
> econômico e não étnico. Basta os órgãos governamentais fornecerem ensino
> suficiente nas escolas públicas, cursos específicos de preparação aos
> vestibulares para os alunos dessas escolas e, claro, bolsas de estudo aos
> aprovados, evitando a evasão por falta de recursos para se sustentar até o
> final. Parece-me que as cotas como propostas são racistas, injustas,
> humilhantes e inconstitucionais. Há modo mais inteligente de realizar a
> inclusão e a igualdade social sem cair no critério racial que promove,
> exatamente, o racismo indesejável que deseja combater.
>
> O ministro Gilberto Gil tem razão em fomentar as discussões. A exposição de
> motivos e argumentos foi o que de melhor as cotas provocaram. Boas propostas
> estão aí em execução. Em Salvador-BA já existem cursinhos de vestibular
> grátis para os melhores alunos de escola pública, bancados pelos governos
> estadual e municipal e a fundamental bolsa, tipo FIES, para os aprovados nos
> vestibulares.
>
> Eu mesmo já fui agraciado por uma forma inteligente de inclusão, há bem mais
> tempo. Quando fazia o 1º ano do curso científico - atual 2° grau - houve um
> convite da Universidade Federal do Pará para os estudantes fazerem teste de
> conhecimento visando selecionar os melhores alunos que cursavam escolas
> públicas e as poucas privadas existentes, em geral administradas por
> congregações religiosas. Nessa época as escolas públicas tinham tradição e
> impunham respeito pela qualidade do ensino. Passei no teste e a UFPA formou
> três turmas, uma para cada turno de modo a atender a todos. Na minha turma
> havia cerca de 30 alunos. Recebíamos aulas das matérias padrões dos
> vestibulares com professores que ensinavam universitários nas faculdades de
> engenharia, química, medicina, português e línguas. Tínhamos três dias de
> aulas por semana, sendo uma no sábado, o que fez os menos interessados
> desistirem em alguns meses. O nível do ensino e a convivência no ambiente
> universitário me deu uma condição especial para prestar o vestibular. Graças
> a Deus, passei de primeira em 21° lugar de um total de 151 vagas
> preenchidas. Depois que os colégios particulares se multiplicaram, esse bela
> iniciativa foi boicotada e eliminada.
>
> O parâmetro usado no sistema de cotas vem dos EUA, só que bem diferente. Lá
> os alunos para as universidades são escolhidos pelos "comitês" -
> teoricamente, com base no currículo escolar - mas que na prática eram
> preenchidas por quase totalidade de brancos para evitar conflitos raciais e
> "queda de padrão" da escola junto à comunidade acadêmica.
>
> No Brasil, já não há espaço para mais essa "bondade" que rotula o não-branco
> como um deficiente intelectual, que precisa de condições especiais para ser
> aprovado no vestibular.
>
> Quem gostaria de ser marcado em toda a sua vida profissional como quem foi
> aprovado na "cota racial"?
>
> As cotas serviram para esclarecer pelo menos as estatísticas, com maior
> presença de não-brancos nas universidades. Antes era mínima, hoje, mais do
> que nunca, os negros, pardos e indígenas aparecem em melhores números do que
> há cinco anos quando, quase todo mundo com características externas não
> totalmente negras, registravam sua cor como branca em vez de parda ou negra.
> Levantamentos divulgados pelo reitor da UFBA revelam que os aprovados nas
> cotas têm, nos cursos universitários, melhor desempenho do que os demais.
> Isso mostra o quanto é desnecessário o sistema de cotas por raça.
>
> Lembro de um filme em que Natalie Wood fazia uma negra de pele clara, que
> renega a mãe negra para não ser considerada "de cor" na escola, na
> universidade, no seu círculo de amizades e junto aos ricos pretendentes?
> Será que com os "benefícios" das cotas ela assumiria suas origens e sua
> raça?
>
> Esse tipo de proposta provoca mais danos do que melhorias, apenas disfarça o
> cerne da questão: o abandono do ensino oficial no Brasil, um direito
> constitucional não exigido pela sociedade.
>
> As cotas são racistas por definição. A meu ver elas vêm desqualificar e
> humilhar ainda mais os não-brancos.
>
>
>
> < http://www.diretodaredacao.com/noticia/cotas-racistas-por-definicao >
>

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SUBJECT: Re: PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2012 16:46

O que é engraçado em boa parte do pessoal contrário às cotas é que, em vez de defenderem:
- Vamos melhorar a educação básica, de modo que as cotas se tornem obsoletas e possamos deixar de aplicá-las;

Defendem algo do tipo:
- Vamos acabar com as cotas agora e tentar melhorar a educação de modo que as cotas se tornem obsoletas e não precisemos voltar a aplicá-las.

*Todo mundo* é favorável à educação básica de qualidade. Se assim o é, porque relativamente tão pouco é feito? Será que acabar com as cotas fará com que magicamente a educação básica passe a ser alvo de tais melhorias q todo quer?

A primeira pergunta reflete, sim, algo que realmente me intriga. E não sei qual a resposta - embora tenha sérias desconfianças (por exemplo, todo mundo fala que o ensino médio é uma porcaria, aí alguém propõe reformular o currículo e um monte de gente boa sai descascando a proposta).

A segunda pergunta é puramente retórica e sei que é um sonoro não.

Mas o tema cota tem esse efeito mágico de tornar todo mundo o paladino defensor da qualidade da educação básica. Até o mais empedernido sofativista que nunca fez porcaria nenhuma pra efetivamente melhorar o ensino básico (não estou dizendo que todo mundo contra as cotas jamais tenha feito algo - nem q todos a favor tenham feito).

Porém é meio sintomático que tta energia seja gasta contra as cotas - que são uma realidade há mais de 10 anos - e tão pouca energia seja efetivamente gasta naquilo que supostamente é de comum acordo entre os pró-cotas e os contra-cotas.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Sou Y, e se fosse XY? Espada do Zorro, assim assim?
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2012 16:56

Na verdade vc *é* XY (um X da mãe e um Y do pai). A monossomia do Y em humanos é inviável.

E seu cromossomo Y *é* misturado com o X. Há uma porção de homologia que permite o pareamento dos cromossomos sexuais nas divisões celulares. Inclusive com a ocorrência ocasional de permuta de material genético.

[]s,

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "JVictor" <j.victor.neto@...> escreveu
>
> E se eu tivesse um cromossomo Y misturado com um tiquinho do X, vice-versa?
>
> Não se sabe se existe algo assim no baú dos segredos genéticos.
>
> Mas...e se?
>
>
>
>
>
> Sds,
>
> Victor.
>
>
>
>
> Cromossomo Y, responsável pelo gênero masculino, evolui mais depressa
>
>
> einstein.br/pagina-einstein
>
> cromossomo y Cromossomo Y, responsável pelo gênero masculino, evolui mais
> depressaAlguns anos atrás, quando a sequência genética
> <http://www.corposaun.com/sindrome-down-acidente-genetico/2873/> do
> <http://www.corposaun.com/atividade-fisica-longo-prazo-ajuda-proteger-dna/51
> 20/> cromossomo humano Y foi mapeada, havia a supeita de que o Y estava
> fadado à extinção, por ter uma sequência de pares de bases três vezes menor
> que o cromossomo X. Até sugeriram que o cromossomo Y estava encolhendo de
> tal forma que em 50.00o anos ele desapareceria; e os homens também já que o
> cromossomo
> <http://www.corposaun.com/descoberto-cromossomo-que-pode-deter-aids/882/> é
> responsável pelo gênero masculino. Agora, uma nova pesquisa dos cientistas
> do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) e
> publicado na revista "Nature" afirma que os homens não vão acabar no planeta
> e, além disso, seu cromossomo está evoluindo mais depressa que o restante do
> código genético humano e parece estar em constante recosntrução.
>
> O estudo comparou os cromossomos Y de humanos e chimpanzés
> <http://www.corposaun.com/malaria-chimpanze-virus/2842/> – nossos parentes
> mais próximos – e mostra que eles são 30% diferentes. Antes que os homens
> inflem seus egos achando que estão por cima da carne seca, o cientista David
> Page, co-autor do estudo, disse que a evolução rápida do cromossomo Y é um
> mistério. E que essa evolução não significa que homens, detentores do
> cromossomo Y, sejam mais evoluídos que as mulheres. Agora, com relação aos
> chimpanzés, a superioridade do homem é incontestável. Há seções do
> cromossomo em nossa espécie inexistentes nos símios.
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>
> Essas mudanças ocorreram nos últimos seis milhões de anos – um tempo
> relativamente recentes em termos de evolução. O cromossomo Y parece ser o
> que mais depressa está evoluindo entre todos os cromossomos humanos. Segundo
> o cientistas é um processo quase contínuo de reconstrução genética. "È como
> uma casa em construção". Há algumas explicações para a evolução veloz do Y.
> Uma delas é que ele é um cromossomo singular, ou seja, não é parte de um
> par, como os demais. Portanto, segundo os cientistas, quando ele sofre uma
> mutação, não há uma réplica capaz de encobrir a mudança. Como as mulheres
> têm dois cromossomos X, ele não sofre dessa peculiaridade.
>
> Outra razão tem a ver com o estilo do acasalamento. Quando uma fêmea do
> chimpanzé entra no cio, ela faz sexo frequentemente com muitos parceiros, o
> que gera uma pressão para que os machos produzam o melhor
> <http://www.corposaun.com/chineses-testam-anticoncepcional-masculino/379/>
> esperma possível para conseguir propagar seus genes – uma atitude não
> mantida pelos homens.
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SUBJECT: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
FROM: <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2012 18:05

Olá Thiago e Renato
 
Acho que houve uma confusão aqui, o Renato é contra as cotas, bem como o Thiago, e a mensagem do Thiago foi endereçada a mim, e não ao Renato, que não entendeu e respondeu como uma cobrança contra ele.
 
Se não estou enganado, o Thiago está a favor do Renato e vice versa, e contra minha posição (imagino que seja contra a posição, e não contra mim pessoalmente.:- ).
 
Espero que fique mais claro agora.
 
Um abraço.
 
Homero
 
Sent: Tuesday, October 16, 2012 4:16 PM
Subject: RE: RES: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
 
 


 
José Renato, li e reli tudo que está escrito.
 
Não há nada além de absolutamente nada que justifique
suas argumentações. Não há evidência. Não há corroboração,
nem do ponto de vista sociológico, político, econômico,
biológico, quântico, metafísico; Nada! A única argumentação,
ÚNICA, aceitável e presumível, é a argumentação historiográfica!
E mesmo assim totalmente insuficiente.
 
Quando você escapa da própria argumentação para
justificar o injustificável, então temos uma lógica simples:
não-argumentar para argumentar.
 
Vossa Senhoria se encontra aqui hoje defendendo essas
cotas como um pastor de igreja.
 
É uma bancarrota...
 
Thiago

 

To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: j.victor.neto@uol.com.br
Date: Tue, 16 Oct 2012 17:21:47 +0100
Subject: RES: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao

 


 

 

"E, repetindo, suas “propostas” para resolver o problema, sem usar as cotas, são apenas demagógicas. Todos “sabemos” que uma educação de base, de qualidade, desde o primeiro grau, com condições de alimentação, acompanhamento, recursos, etc, para as crianças, algo como o sistema da Finlândia, é o ideal e resolveria boa parte dos problemas. Todos sabemos. Assim como todos sabemos que para que isso ocorra é preciso que os que dirigem a sociedade se importem e se esforcem para tanto. E sabemos que os que dirigem a sociedade, em sua maioria, não são afetados pela má qualidade da educação no país, e não vão fazer algo a respeito de toda forma."

"Sem uma iniciativa que mude a educação, e permita que a parte onerada dos cidadãos atinja os postos de mando, a educação não muda, e se a educação não muda, as pessoas que poderiam muda-la não atingem os postos de mando"

 

Victor: Este é o ponto, aliás, outro. As mudanças têm que passar pela vontade, pela determinação dos dirigentes. Se eles não derem o ponta pé inicial, sem demagogia eleitoreira, então o menos ruim, ainda, é  trincar os dentes, "esbuticar os oinhos" e mas ficar com...as cotas!  É lamentável. Mas...

 

Victor: Mas gostei mesmo foi de:

 

.... e não ficar de mimimi e ad hominens.

 

Principalmente do mimimi...

 

sds,

victor.

 

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de oraculo@atibaia.com.br
Enviada em: terça-feira, 16 de outubro de 2012 16:53
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao

 

Olá Renato

 

Renato: “Homero, vc continua viajando na maionese em seus comentários prolíxos, repetitivos e vazios de propostas!

 

Tão vazio que perdeu um bom tempo tentando refutar minha argumentação.:- ) E falhou.

 

Eu não apresentei “propostas”, porque não é isso que estou defendendo, que tenho propostas, que sei como resolver um problema complexo, de fundo histórico, e com graves e profundas raizes em nossa sociedade. Estou alegando que a solução ora proposta, cotas, por mais que tenha defeitos, e sei que tem, é uma proposta em alguma medida eficaz.

 

Hoje, quando 85% estudam em escolas públicas, e formam o grande contingente que nunca terá formação universitária, e dessa forma nunca atingirão os escalões de decisão da sociedade, realmente administradores estão pouco preocupados com o problema. Inclusive porque administradores pertencem a camada da sociedade que não é atingida pelo problema, os 15% que tem acesso a educação de qualidade desde a infância.

 

O que defendo é justamente isso, se uma camada maior de pessoas vindas dos 85% atingirem essas posições de decisão, pode ser que o interesse em mudar a situação, enfrentar o problema, também aumente. E, observe, eu disse “pode” ser. Não é a verdade verdadeira, nem absoluta, nem acho que os que discordam são cegos tolos, ou desonestos de má fé. Penso apenas que no atual momento, e a partir de dados concretos (muitos dos quais foram apresentados pelo Takata, e que parece não ter se dado ao trabalho de ler), cotas são um mal menor, não uma tolice ou desonestidade total.

 

Propostas para acabar com as cotas se baseiam exatamente na desnecessidade, quando uma parcela maior de pessoas vindas de posições sociais mais baixas tiver acesso as universidades e educação de qualidade. Isso leva mais de 10 anos para ocorrer, evidentemente. Leva pelo menos um período completo de estudo, desde o primeiro grau até a formação. Isso sim é algo evidente, não?

 

Sim, sempre surgirão problemas pontuais como os “mais ou menos negros” ou os “mais ou menos pobres”, como aliás escrevi na mensagem anterior (que, parece, não leu toda), isso ocorrerá em qualquer situação, mesmo sem as cotas. Mas o racismo, por exemplo, se dá muito bem sem considerar estes problemas pontuais, segregando e discriminando claramente negros de brancos, ricos de pobres. Isso porque é o efeito geral, não pontual, que tem relevância. Embora existam áreas em degrade, a maior parte dos negros, como a maior parte dos pobres, são perfeitamente identificáveis. Não como “raça”, que não existe, mas como alguém que sofre discriminação.

 

E, repetindo, suas “propostas” para resolver o problema, sem usar as cotas, são apenas demagógicas. Todos “sabemos” que uma educação de base, de qualidade, desde o primeiro grau, com condições de alimentação, acompanhamento, recursos, etc, para as crianças, algo como o sistema da Finlândia, é o ideal e resolveria boa parte dos problemas. Todos sabemos. Assim como todos sabemos que para que isso ocorra é preciso que os que dirigem a sociedade se importem e se esforcem para tanto. E sabemos que os que dirigem a sociedade, em sua maioria, não são afetados pela má qualidade da educação no país, e não vão fazer algo a respeito de toda forma.

 

Então, precisa apresentar uma “proposta” realista, que faça com que a situação mude, sem usar cotas, mas sem se basear em uma utopia impossível de ser atingida, sem que antes o sistema educacional mude. Tostines vende mais porque é mais fresquinho, ou é fresquinho porque vende mais?.:-)

 

Sem uma iniciativa que mude a educação, e permita que a parte onerada dos cidadãos atinja os postos de mando, a educação não muda, e se a educação não muda, as pessoas que poderiam muda-la não atingem os postos de mando.

 

São argumentos, deve refuta-los, e não ficar de mimimi e ad hominens.

 

Homero

 

 

 

 

Sent: Monday, October 15, 2012 11:32 PM

Subject: Fw: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao

 

 

Homero escreveu: [ Todos concordamos que o ideal é tornar as escolas públicas um padrão de qualidade. Todos sabemos que isso não vai acontecer tão cedo, por muitos e diversos motivos. E alguns de nós pensam que, até que isso ocorra, mais possibilidades devem ser apresentadas as pessoas que sofrem com essa situação, e pensam que com mais pessoas educadas a partir de camadas mais pobres, inclusive de origem negra, seremos mais capazes de pressionar os governos. ]

.....................................

 

Homero, vc continua viajando na maionese em seus comentários prolíxos, repetitivos e vazios de propostas!

 

Se hoje, quando a grande maioria (85%) dos estudantes do segundo grau estudam em escolas públicas, os governos estaduais não dão prioridade à Educação, imagine se vão dar quando os grupos raciais (negros, pardos, indígenas) já estiverem formados nas universidades e nos institutos federais! Os filhos destes irão para as melhores escolas particulares no Brasil e no mundo. E ainda vão lutar pela "flexibilização" das cotas raciais reservada somente para os alunos que cursarem *todo* o segundo grau em escolas públicas.

 

Tudo isso porque há uma idéia canhestra dos acomodados de que, como não dá para fazer nada de imediato nem a curto prazo - assim como pouco ou nada se fez há mais de 10 anos para melhorar o nível do ensino público nem há planos de melhorias para os próximos 10 anos - o *melhor* mesmo são as cotas raciais.

Os grupos raciais iludidos com as cotas se submetem, calam e os governos ainda ganham votos para se manter no poder e, certamente, manterão também o engodo educacional como bom cabo eleitoral.

 

Vejo que em nenhum comentário vc fez propostas para um dia acabar com as cotas, que já estão aí há tempos e agora ganha mais um prazo de 10 anos. Depois desses anos, advinhe o que irá acontecer?

 

Qual governo terá condições de iniciar o movimento contrário para a redução das cotas até zerar?! O que fazer do futuro que construímos desde já, agora?

 

Para aliviar o desconforto das cotas racistas por definição, estão incluíndo critérios econômicos na escolha do aluno que faz jus às cotas. Pelo menos assim evitará inusitados desempates por cor mais ou menos negra, mais ou menos parda, e de raça mais ou menos indígena.

 

[]s

 

José Renato

.........................................................

 

 

----- Original Message -----

From: Homero

Sent: Sunday, October 14, 2012 3:59 PM

Subject: [ciencialist] Re: PL 180/2008 Cotas: racista por definicao

Olá Renato

 

Complexo de messias. "Se não sou eu a iluminar os pobres tolos, ficarão na ignorância (ou má fé) para sempre".

 

Sinto, não funciona assim, e você não é portador da verdade verdadeira (ninguém é, nem seres imaginários). Você se expressou corretamente, entendemos suas colocações, mas não apresentou argumentos apenas ad hominens e falácias.

 

Acusar os que discordam de "usar antolhos", serem tolos, ou desonestos, não é argumento. O espantalho "os a favor das cotas são interesseiros ou cegos, e só querem esquecer os problemas, sem se interessar por melhoras nem pressionar o governo" é falso, uma falácia recorrente.

 

Na verdade, idêntica em sua forma ao espantalho usado, por exemplo, contra quem é a favor da descriminalização do aborto: são pessoas más, contra a vida, que não se preocupam nem procuram outras formas de evitar a gravidez. Falso, claro, mas não me espanta que use o mesmo argumento distorcido contra qualquer um que discorde de suas verdades verdadeiras.

 

Os favor das cotas, como paliativo e ferramenta temporária, também se preocupam com a melhoria da educação, com outras formas de dar educação de qualidade a todos, e com o objetivo de em algum momento não serem mais necessárias as cotas, de qualquer tipo. Também compreendem perfeitamente que o ideal seria que todos, sem exceção, tivessem educação de base de qualidade.

 

Um cara: "justiça se expressa em si mesma, injustiça requer argumentos. "

 

Uma "boutade", um chavão, frase de efeito, nada mais. Justiça também exige argumentos, defesa, explicações, debates, pois não existe algo abstrato como "justiça", nem verdades absolutas indiscutíveis, que são auto-evidentes (apenas na religião, mas isso também não me espanta, de novo.:-).

 

Enfim, sem argumentos, resta a você atacar os adversários, como cegos tolos, ou desonestos de má fé. Ad hominens.

 

Todos concordamos que o ideal é tornar as escolas públicas um padrão de qualidade. Todos sabemos que isso não vai acontecer tão cedo, por muitos e diversos motivos. E alguns de nós pensam que, até que isso ocorra, mais possibilidades devem ser apresentadas as pessoas que sofrem com essa situação, e pensam que com mais pessoas educadas a partir de camadas mais pobres, inclusive de origem negra, seremos mais capazes de pressionar os governos.

 

Mais pessoas formadas, a partir de origens humildes, mais pessoas interessadas em mudar a atual situação da educação. Menos pessoas dessa origem, e menos interesse terão as pessoas que não sofrem com essa situação (e que tem a formação relativamente garantida dentro desse estado de coisas) em melhorar essa situação da educação no pais. Pense, em uma associação que pretenda pressionar um governo ou administração para melhorar as escolas fundamentais, se todos forem ricos e brancos, com que intensidade essa organização vai lutar? E se metade tiverem vindo de camadas mais pobres, de origem socio-econômica mais humilde, de negros ou descendentes, qual o esforço que estariam dispostos a fazer, com que intensidade lutariam, para melhorar as escolas?

 

Como está, quem decide prioridades são as mesmas pessoas que estão satisfatoriamente protegidas pela atual situação das coisas. Sua motivação para agir é, dada a natureza humana, menor, menos intensa (em média, existem exceções, claro). Cotas, que permitam mudar o padrão da sociedade , ainda de forma mínima, podem ajudar nesse esforço.

 

Não tenho, diferente de você, pretensão de ter a "verdade verdadeira", por isso apresento argumentos e dados que sustentem o que defendo. A justiça, diferente de seu bordão, não é auto-evidente, nem independe de argumentos e evidências, para ser definida. Em minha opinião, absurdo é você teimar em não compreender isso.

 

Homero

 

 

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, José Renato Terra <jrma@...> escreveu
>
> Victor, talvez não tenha me expressado corretamente. O absurdo não está escondido, está na cara e é percebido por qualquer um que não use antolhos. Tanto é que o comentário comum dos que são a favor das cotas raciais sociais é de que não é a melhor solução, mas... Blá, blá, blá... Um cara sacou que: justiça se expressa em si mesma, injustiça requer argumentos. Aqui a justiça requer esclarecimentos. A presidente Dilma assinou a lei das cotas a ser exigida em etapas até atingir 50% das vagas das universidades. Já a partir de jan.2013, 12,5% deverão ser reservadas para negros, pardos e indígenas que tiverem cursado *todo* o segundo grau em escolas públicas. No decreto também foram incluídos critérios de renda familiar, percentual do grupo na região, segundo o IBGE, e outras filigranas que deixaremos de lado para manter o foco principal na questão racial.
>
> Sabemos que o curso médio é responsabilidade dos governos estaduais e federais. O governo federal está facilitando a vida dos que cursaram todo, repito, todo o curso médio em escolas pública. Se alguma família fez das tripas coração e matriculou, por um tempo, o filho numa particular e depois teve de desistir, perdeu o "direito" à cota. Vê-se então que a cota não é racial social, ela é "governamental". Ela existe porque o ensino público é deficiente. Enumere o que os governos estaduais e federais fizeram durante está última década para melhorar o ensino médio no país? O que estão fazendo para que os alunos das escolas públicas estejam capacitados para passar nos vestibulares das melhores universidades, centros tecnológicos e ter bom desempenho nas universidades?
> Na Bahia posso dizer que os professores voltaram às salas de aula, após 106 dias de greve, sem que o governador liberasse o aumento aprovado em Lei na Câmara Estadual. Justificativa do governador: tem de cumprir a lei de responsabilidade orçamentária! E o pior é que grupos representantes dos afrodescendentes e dos indígenas, estão exigindo dos governos mais reservas de cotas e facilidades, sem focar o principal que é: um ensino médio estruturado de forma competente e profissional, como é feito nas boas escolas particulares e nos colégios militares. Por que então não ir direto ao ponto e exigir o que é preciso para que o ensino público volte a ser referência, como foi até há cerca de 50 anos?
>
> Podemos afirmar que essa exigência fundamental foi fragilizada, e passa despercebida com a camuflagem das cotas e de outras benesses aos negros, pardos e indígenas, que são os principais usuários das escolas públicas. E os que são a favor das cotas - mesmo não sendo a melhor solução - parecem hipnotizados e não apresentam qualquer cobrança ou proposta para resolver a questão primeira: tornar as escolas públicas como padrão de ensino no Brasil, nos mesmos níveis das melhores escolas pagas. Dinheiro não falta, falta é vontade de trabalhar para que isso aconteça... Falta quem veja essa aberração, a aponte e diga com todas as letras porque a lei das cotas raciais e sociais é um engodo dos políticos no poder.
>
> []s
>
> José Renato
> ...........................................
>
> ----- Original Message -----
> From: JVictor
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Tuesday, October 09, 2012 6:56 AM
> Subject: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
> Caro Renato,
>
> Renato: “Poucos são o que percebem o que há atras da aplicação beneplácida das cotas.
>
> Apesar do oráculo haver comentado a afirmação acima, dando sua interpretação, ainda não entendi o que realmente você quis dizer. Seria alguma Teoria de Conspiração?
>
> Ou seja, poderia ser mais explícito a respeito do dito? Fiquei realmente, não curioso, mas interessado em saber o que pode estar por trás de tudo, com o rótulo “beneplácida” ou não. (Devo lhe dizer que particularmente entendo que o sistema de cotas não é a opção ideal para resolver um problema crônico que assola nosso sistema de educação. A solução é por outra trilha que, infelizmente, os gestores não conseguem seguí-la, por motivos diversos; mas não sou o mais capacitado para discutir. Mas, enquanto o caminho não é asfaltado, há que se ir por estes mesmos, esburacados. Fazer o quê?).
>
> Sds,
>
> Victor.
>
> ........................................................
> ----- Original Message -----
> From: "José Renato Terra"
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Monday, October 01, 2012 11:01 PM
> Subject: [Spam] Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
>
> Há questões que vão além de polêmicas e legalidades. O artigo que escrevi
> expressa os diversos absurdos que as reservas ou cotas por raça promovem,
> sob argumentos aparentemente de proteção social aos menos favorecidos
> durante algum tempo. Há quanto tempo as cotas raciais estão em uso no
> Brasil? Qual foi a melhora que ocorreu nas universidades, nas escolas
> públicas e nas classes menos favorecidas a partir do seu uso? Para os
> governantes que não se interessam em melhorar o sistema educacional público
> as cotas são um bom sedativo social. Poucos são o que percebem o que há
> atras da aplicação beneplácida das cotas. Tanto aqui, como nos EUA ou em
> qualquer lugar, as cotas - do jeito que estão estabelecidas - é um engodo
> que anestesia e engabela a população afetada: positiva ou negativamente. Até
> quem é contra à aplicação das reservas e cotas raciais pode ser acusado de
> preconceito racial: crime inafiançável! E o problema do ensino público
> escolar no primeiro e segundo grau é levado com a barriga às calendas. Na
> classificação das melhores escolas de segundo grau aparecem algumas que são
> públicas. Os colégios militares grátis considerados públicos são um bom
> exemplo de educação organizada. Felizmente neles ainda não se aplica o
> regime de cotas para o exame de admissão. É o mérito que vale! Hoje em dia
> essa questão caiu no esquecimento visto que é constitucional... E ninguém
> mais questiona o porquê de ainda se manter o sistema de cotas raciais. Só
> não vê o sistema de cotas como um absurdo quem não quer! Como justificativa
> periférica seus apoiadores consideram um mal menor, que um dia será extinto
> por... Por quem mesmo?
> []s
> JR
> ................................................................
>
> ----- Original Message -----
> From: "José Renato
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Monday, September 10, 2012 2:33 PM
> Subject: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
>
> COTAS: RACISTAS POR DEFINIÇÃO
>
> O fator que mais contribui para impedir que uma pessoa curse uma
> universidade não é a cor é o seu poder econômico. Daí pode surgir um
> corolário enviesado para justificar as cotas. Os negros e nativos não têm
> poder econômico porque não fizeram universidade... E durma-se com um
> raciocínio desses!
>
> Aparentemente, a questão já está amadurecida para o ministro Tarso Genro,
> das Relações Institucionais, quando constata que o impedimento maior é
> econômico e não étnico. Basta os órgãos governamentais fornecerem ensino
> suficiente nas escolas públicas, cursos específicos de preparação aos
> vestibulares para os alunos dessas escolas e, claro, bolsas de estudo aos
> aprovados, evitando a evasão por falta de recursos para se sustentar até o
> final. Parece-me que as cotas como propostas são racistas, injustas,
> humilhantes e inconstitucionais. Há modo mais inteligente de realizar a
> inclusão e a igualdade social sem cair no critério racial que promove,
> exatamente, o racismo indesejável que deseja combater.
>
> O ministro Gilberto Gil tem razão em fomentar as discussões. A exposição de
> motivos e argumentos foi o que de melhor as cotas provocaram. Boas propostas
> estão aí em execução. Em Salvador-BA já existem cursinhos de vestibular
> grátis para os melhores alunos de escola pública, bancados pelos governos
> estadual e municipal e a fundamental bolsa, tipo FIES, para os aprovados nos
> vestibulares.
>
> Eu mesmo já fui agraciado por uma forma inteligente de inclusão, há bem mais
> tempo. Quando fazia o 1º ano do curso científico - atual 2° grau - houve um
> convite da Universidade Federal do Pará para os estudantes fazerem teste de
> conhecimento visando selecionar os melhores alunos que cursavam escolas
> públicas e as poucas privadas existentes, em geral administradas por
> congregações religiosas. Nessa época as escolas públicas tinham tradição e
> impunham respeito pela qualidade do ensino. Passei no teste e a UFPA formou
> três turmas, uma para cada turno de modo a atender a todos. Na minha turma
> havia cerca de 30 alunos. Recebíamos aulas das matérias padrões dos
> vestibulares com professores que ensinavam universitários nas faculdades de
> engenharia, química, medicina, português e línguas. Tínhamos três dias de
> aulas por semana, sendo uma no sábado, o que fez os menos interessados
> desistirem em alguns meses. O nível do ensino e a convivência no ambiente
> universitário me deu uma condição especial para prestar o vestibular. Graças
> a Deus, passei de primeira em 21° lugar de um total de 151 vagas
> preenchidas. Depois que os colégios particulares se multiplicaram, esse bela
> iniciativa foi boicotada e eliminada.
>
> O parâmetro usado no sistema de cotas vem dos EUA, só que bem diferente. Lá
> os alunos para as universidades são escolhidos pelos "comitês" -
> teoricamente, com base no currículo escolar - mas que na prática eram
> preenchidas por quase totalidade de brancos para evitar conflitos raciais e
> "queda de padrão" da escola junto à comunidade acadêmica.
>
> No Brasil, já não há espaço para mais essa "bondade" que rotula o não-branco
> como um deficiente intelectual, que precisa de condições especiais para ser
> aprovado no vestibular.
>
> Quem gostaria de ser marcado em toda a sua vida profissional como quem foi
> aprovado na "cota racial"?
>
> As cotas serviram para esclarecer pelo menos as estatísticas, com maior
> presença de não-brancos nas universidades. Antes era mínima, hoje, mais do
> que nunca, os negros, pardos e indígenas aparecem em melhores números do que
> há cinco anos quando, quase todo mundo com características externas não
> totalmente negras, registravam sua cor como branca em vez de parda ou negra.
> Levantamentos divulgados pelo reitor da UFBA revelam que os aprovados nas
> cotas têm, nos cursos universitários, melhor desempenho do que os demais.
> Isso mostra o quanto é desnecessário o sistema de cotas por raça.
>
> Lembro de um filme em que Natalie Wood fazia uma negra de pele clara, que
> renega a mãe negra para não ser considerada "de cor" na escola, na
> universidade, no seu círculo de amizades e junto aos ricos pretendentes?
> Será que com os "benefícios" das cotas ela assumiria suas origens e sua
> raça?
>
> Esse tipo de proposta provoca mais danos do que melhorias, apenas disfarça o
> cerne da questão: o abandono do ensino oficial no Brasil, um direito
> constitucional não exigido pela sociedade.
>
> As cotas são racistas por definição. A meu ver elas vêm desqualificar e
> humilhar ainda mais os não-brancos.
>
>
>
> < http://www.diretodaredacao.com/noticia/cotas-racistas-por-definicao >
>

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SUBJECT: Planeta em Alpha Centauri!
FROM: Jeff <jeff@jeff.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/10/2012 21:13

SUBJECT: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
FROM: Gill <nanolink01@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/10/2012 23:55

Homero, sobre a questão da dificuldade de "distinguir" quem é ou não de determinada raça/etnia, existe uma anedota esclarecedora:

Coloque 3 cidadãos de diferentes tonalidades de pele em frente ao Anders Behring Breivik, e lhe dê um porrete.... ele vai saber em quem bater.

E ai do afro-descendente, oriental, ou "semi-branco" que disser pra ele que "raça" não existe!

Enfim... o racismo "não existe" só pra quem não tem de conviver com ele.  Mais ou menos como a dor de dente. Aliás, quem nao tem dor de dente pode começar a fazer um movimento contra a conspiração odontológica universal.


 Homero: Sim, sempre surgirão problemas pontuais como os “mais ou menos negros” ou os “mais ou menos pobres”, como aliás escrevi na mensagem anterior (que, parece, não leu toda), isso ocorrerá em qualquer situação, mesmo sem as cotas. Mas o racismo, por exemplo, se dá muito bem sem considerar estes problemas pontuais, segregando e discriminando claramente negros de brancos, ricos de pobres. Isso porque é o efeito geral, não pontual, que tem relevância. Embora existam áreas em degrade, a maior parte dos negros, como a maior parte dos pobres, são perfeitamente identificáveis. Não como “raça”, que não existe, mas como alguém que sofre discriminação.

SUBJECT: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
FROM: Rafael Picate <rpicate@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2012 00:29

JR, 
é um temporário que vai se alastrando, como se a caneta de burocratas fizesse milagres : 



abs,
Rafael
ps: Nestes anos todos de listas, conseguimos concordar em alguma coisa :)

Em 13 de outubro de 2012 23:19, José Renato Terra <jrma@terra.com.br> escreveu:
 

Victor, talvez não tenha me expressado corretamente. O absurdo não está escondido, está na cara e é percebido por qualquer um que não use antolhos. Tanto é que o comentário comum dos que são a favor das cotas raciais sociais é de que não é a melhor solução, mas... Blá, blá, blá... Um cara sacou que: justiça se expressa em si mesma, injustiça requer argumentos. Aqui a justiça requer esclarecimentos. A presidente Dilma assinou a lei das cotas a ser exigida em etapas até atingir 50% das vagas das universidades. Já a partir de jan.2013, 12,5% deverão ser reservadas para negros, pardos e indígenas que tiverem cursado *todo* o segundo grau em escolas públicas. No decreto também foram incluídos critérios de renda familiar, percentual do grupo na região, segundo o IBGE, e outras filigranas que deixaremos de lado para manter o foco principal na questão racial.
 
Sabemos que o curso médio é responsabilidade dos governos estaduais e federais. O governo federal está facilitando a vida dos que cursaram todo, repito, todo o curso médio em escolas pública. Se alguma família fez das tripas coração e matriculou, por um tempo, o filho numa particular e depois teve de desistir, perdeu o "direito" à cota. Vê-se então que a cota não é racial social, ela é "governamental". Ela existe porque o ensino público é deficiente. Enumere o que os governos estaduais e federais fizeram durante está última década para melhorar o ensino médio no país? O que estão fazendo para que os alunos das escolas públicas estejam capacitados para passar nos vestibulares das melhores universidades, centros tecnológicos e ter bom desempenho nas universidades?
Na Bahia posso dizer que os professores voltaram às salas de aula, após 106 dias de greve, sem que o governador liberasse o aumento aprovado em Lei na Câmara Estadual. Justificativa do governador: tem de cumprir a lei de responsabilidade orçamentária! E o pior é que grupos representantes dos afrodescendentes e dos indígenas, estão exigindo dos governos mais reservas de cotas e facilidades, sem focar o principal que é: um ensino médio estruturado de forma competente e profissional, como é feito nas boas escolas particulares e nos colégios militares. Por que então não ir direto ao ponto e exigir o que é preciso para que o ensino público volte a ser referência, como foi até há cerca de 50 anos? 
 
Podemos afirmar que essa exigência fundamental foi fragilizada, e passa despercebida com a camuflagem das cotas e de outras benesses aos negros, pardos e indígenas, que são os principais usuários das escolas públicas. E os que são a favor das cotas - mesmo não sendo a melhor solução - parecem hipnotizados e não apresentam qualquer cobrança ou proposta para resolver a questão primeira: tornar as escolas públicas como padrão de ensino no Brasil, nos mesmos níveis das melhores escolas pagas. Dinheiro não falta, falta é vontade de trabalhar para que isso aconteça... Falta quem veja essa aberração, a aponte e diga com todas as letras porque a lei das cotas raciais e sociais é um engodo dos políticos no poder.
 
[]s
 
José Renato
........................................... 
 
----- Original Message -----
From: JVictor
Sent: Tuesday, October 09, 2012 6:56 AM
Subject: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao

Caro Renato, 

Renato: “Poucos são o que percebem o que há atras da aplicação beneplácida das cotas.

Apesar do oráculo haver comentado a afirmação acima, dando sua interpretação, ainda não entendi o que realmente você quis dizer. Seria alguma Teoria de Conspiração?

Ou seja, poderia ser mais explícito a respeito do dito? Fiquei realmente, não curioso, mas interessado em saber o que pode estar por trás de tudo, com o rótulo  “beneplácida” ou não. (Devo lhe dizer que particularmente entendo que o sistema de cotas não é a opção ideal para resolver um problema crônico que assola nosso sistema de educação. A solução é por outra trilha que, infelizmente, os gestores não conseguem seguí-la, por motivos diversos; mas não sou o mais capacitado para discutir. Mas, enquanto o caminho não é asfaltado, há que se ir por estes mesmos, esburacados. Fazer o quê?). 

Sds,

Victor.

........................................................
----- Original Message -----
From: "José Renato Terra"
Sent: Monday, October 01, 2012 11:01 PM
Subject: [Spam] Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
 
Há questões que vão além de polêmicas e legalidades. O artigo que escrevi
expressa os diversos absurdos que as reservas ou cotas por raça promovem,
sob argumentos aparentemente de proteção social aos menos favorecidos
durante algum tempo. Há quanto tempo as cotas raciais estão em uso no
Brasil? Qual foi a melhora que ocorreu nas universidades, nas escolas
públicas e nas classes menos favorecidas a partir do seu uso? Para os
governantes que não se interessam em melhorar o sistema educacional público
as cotas são um bom sedativo social. Poucos são o que percebem o que há
atras da aplicação beneplácida das cotas. Tanto aqui, como nos EUA ou em
qualquer lugar, as cotas - do jeito que estão estabelecidas - é um engodo
que anestesia e engabela a população afetada: positiva ou negativamente. Até
quem é contra à aplicação das reservas e cotas raciais pode ser acusado de
preconceito racial: crime inafiançável! E o problema do ensino público
escolar no primeiro e segundo grau é levado com a barriga às calendas. Na
classificação das melhores escolas de segundo grau aparecem algumas que são
públicas. Os colégios militares grátis considerados públicos são um bom
exemplo de educação organizada. Felizmente neles ainda não se aplica o
regime de cotas para o exame de admissão. É o mérito que vale! Hoje em dia
essa questão caiu no esquecimento visto que é constitucional... E ninguém
mais questiona o porquê de ainda se manter o sistema de cotas raciais. Só
não vê o sistema de cotas como um absurdo quem não quer! Como justificativa
periférica seus apoiadores consideram um mal menor, que um dia será extinto
por... Por quem mesmo?
[]s
JR
................................................................
 
----- Original Message -----
From: "José Renato
Sent: Monday, September 10, 2012 2:33 PM
Subject: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao

COTAS: RACISTAS POR DEFINIÇÃO

O fator que mais contribui para impedir que uma pessoa curse uma
universidade não é a cor é o seu poder econômico. Daí pode surgir um
corolário enviesado para justificar as cotas. Os negros e nativos não têm
poder econômico porque não fizeram universidade... E durma-se com um
raciocínio desses!

Aparentemente, a questão já está amadurecida para o ministro Tarso Genro,
das Relações Institucionais, quando constata que o impedimento maior é
econômico e não étnico. Basta os órgãos governamentais fornecerem ensino
suficiente nas escolas públicas, cursos específicos de preparação aos
vestibulares para os alunos dessas escolas e, claro, bolsas de estudo aos
aprovados, evitando a evasão por falta de recursos para se sustentar até o
final. Parece-me que as cotas como propostas são racistas, injustas,
humilhantes e inconstitucionais. Há modo mais inteligente de realizar a
inclusão e a igualdade social sem cair no critério racial que promove,
exatamente, o racismo indesejável que deseja combater.

O ministro Gilberto Gil tem razão em fomentar as discussões. A exposição de
motivos e argumentos foi o que de melhor as cotas provocaram. Boas propostas
estão aí em execução. Em Salvador-BA já existem cursinhos de vestibular
grátis para os melhores alunos de escola pública, bancados pelos governos
estadual e municipal e a fundamental bolsa, tipo FIES, para os aprovados nos
vestibulares.

Eu mesmo já fui agraciado por uma forma inteligente de inclusão, há bem mais
tempo. Quando fazia o 1º ano do curso científico - atual 2° grau - houve um
convite da Universidade Federal do Pará para os estudantes fazerem teste de
conhecimento visando selecionar os melhores alunos que cursavam escolas
públicas e as poucas privadas existentes, em geral administradas por
congregações religiosas. Nessa época as escolas públicas tinham tradição e
impunham respeito pela qualidade do ensino. Passei no teste e a UFPA formou
três turmas, uma para cada turno de modo a atender a todos. Na minha turma
havia cerca de 30 alunos. Recebíamos aulas das matérias padrões dos
vestibulares com professores que ensinavam universitários nas faculdades de
engenharia, química, medicina, português e línguas. Tínhamos três dias de
aulas por semana, sendo uma no sábado, o que fez os menos interessados
desistirem em alguns meses. O nível do ensino e a convivência no ambiente
universitário me deu uma condição especial para prestar o vestibular. Graças
a Deus, passei de primeira em 21° lugar de um total de 151 vagas
preenchidas. Depois que os colégios particulares se multiplicaram, esse bela
iniciativa foi boicotada e eliminada.

O parâmetro usado no sistema de cotas vem dos EUA, só que bem diferente. Lá
os alunos para as universidades são escolhidos pelos "comitês" -
teoricamente, com base no currículo escolar - mas que na prática eram
preenchidas por quase totalidade de brancos para evitar conflitos raciais e
"queda de padrão" da escola junto à comunidade acadêmica.

No Brasil, já não há espaço para mais essa "bondade" que rotula o não-branco
como um deficiente intelectual, que precisa de condições especiais para ser
aprovado no vestibular.

Quem gostaria de ser marcado em toda a sua vida profissional como quem foi
aprovado na "cota racial"?

As cotas serviram para esclarecer pelo menos as estatísticas, com maior
presença de não-brancos nas universidades. Antes era mínima, hoje, mais do
que nunca, os negros, pardos e indígenas aparecem em melhores números do que
há cinco anos quando, quase todo mundo com características externas não
totalmente negras, registravam sua cor como branca em vez de parda ou negra.
Levantamentos divulgados pelo reitor da UFBA revelam que os aprovados nas
cotas têm, nos cursos universitários, melhor desempenho do que os demais.
Isso mostra o quanto é desnecessário o sistema de cotas por raça.

Lembro de um filme em que Natalie Wood fazia uma negra de pele clara, que
renega a mãe negra para não ser considerada "de cor" na escola, na
universidade, no seu círculo de amizades e junto aos ricos pretendentes?
Será que com os "benefícios" das cotas ela assumiria suas origens e sua
raça?

Esse tipo de proposta provoca mais danos do que melhorias, apenas disfarça o
cerne da questão: o abandono do ensino oficial no Brasil, um direito
constitucional não exigido pela sociedade.

As cotas são racistas por definição. A meu ver elas vêm desqualificar e
humilhar ainda mais os não-brancos.



< http://www.diretodaredacao.com/noticia/cotas-racistas-por-definicao >



SUBJECT: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
FROM: Felipe Stauffer <fsjs365@hotmail.com>
TO: "brudna ciencialist" <brudna@yahoo.com>, "Ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/10/2012 08:35

Olá, bom dia.
 
Tenho interesse em saber como anda a aprovação do email abaixo, se foi aprovado, se não, e qual o tempo médio de aprovação. Não ter email aprovado é um assunto novo para mim, e se não for considero uma função estritamente política, porque é um email com mais gabarito que a maioria dos que vi sobre o assunto.
 
Enfim, aguardo uma posição sobre o assunto. Obrigado.
 
Sent: Tuesday, October 16, 2012 7:51 PM
Subject: Fw: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
 
vc recebeu este email brudna? ele foi vetado?
 
Sent: Tuesday, October 16, 2012 3:23 PM
Subject: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
 
Olá a todos.
 
Quando li que "os a favor das cotas são interesseiros ou cegos, e só querem esquecer os problemas, sem se interessar por melhoras nem pressionar o governo", decidi escrever. Não acredito que seja má-fé de quem a escreveu, mas denota um pensamento ideal e inconsistente com a realidade nacional, como vou procurar esclarecer com o meu ponto de vista.
 
O ideal é que a educação fundamental seja pública em uma nação, mas o Brasil, principalmente nas metrópoles, conta com um apartheid sério entre os imigrantes + ex-quilombeiros e os descendentes de origem européia, que constituem a elite. O problema é sério, e poucos se integram, dos 2 lados. O que se vê historicamente é que os moradores imigrantes, ao morar em favelas e pagar pouco imposto e não pagar água, eletricidade, não contribuíam para a arrecadação do Estado, e por isso sangravam o dinheiro da elite. O sucateamento do serviço público de forma geral, no meu ponto de vista, é uma forma de explicitar essa divisão e mácula.
 
Isto não será resolvido de forma amistosa, e a elite que contribuiu para sucatear o serviço público fundamental é a mesma que usufrui da educação superior grátis, também sangrando os mais pobres que atualmente pagam cada vez mais imposto e não tem condição de passar no teste de conhecimentos pela formação deficiente. Com o aumento do poder aquisitivo e maior representação política pelo governo do PT, surgiu a pergunta de como isto seria contornado. A deficiência do ensino médio poderia ser contornada pela compulsoriedade da aplicação pelos funcionários do governo, o que é difícil de acontecer pelas profundas mudanças na estrutura que seriam necessárias. Colocando de outra maneira, é um trabalho hercúleo e fora da realidade atual que demanda uma reestruturação gigantesca. Portanto, o meio de acesso dos mais carentes ao ensino de qualidade tem que ser feito aonde o ensino é de qualidade, que é o ensino superior público.
 
Não acho que o ensino melhorará; pelo contrário, o ensino sofrerá uma queda pelo nivelamento que será necessário. Por outro lado, é provável que haja uma debandada da elite para as instituições particulares e lá haja investimentos para a pesquisa, como acontece na maioria dos países com alto IDH. Entretanto, isto fará com que os tributos pagos pela elite direcionados para a educação não sejam mais aproveitados por ela mesma, o que gerará algum tipo de clamor por reforma, que pela lógica seriam redirecionados para o ensino fundamental, para que o ensino superior volte a ter qualidade. A corrente é tão forte quanto seu elo mais fraco. Com isso, não sei se haverá dinheiro para o investimento tanto no ensino fundamental quanto no ensino superior gratuitos, mas é a forma mais rápida e urgente de plantar uma revolução: tire o conforto de quem usufrui de um serviço que as demandas surgirão com ferocidade.
 
Conforme eu disse no começo, não é o ideal, mas pode funcionar como estopim. Eu mesmo, ao estudar pela primeira vez em uma instituição pública (UFRJ), tive contato com egressos do ensino público e tive uma decepção com várias formas de má formação de colegas de curso. Isto só será resolvido não pelo paternalismo característico da política do panis et circensis, mas por um governo que resolva tirar as facilidades da elite conformada para que ela se una por novas demandas.
 
Peço a gentileza de que as críticas que vierem sejam argumentadas com projetos de construção, não simplesmente de destruição para o niilismo que costuma povoar as discussões de fórum virtuais.
 
Abraços,
Felipe
 
 
 
Sent: Tuesday, October 16, 2012 10:50 AM
Subject: Fw: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
 
 

Tiago, seria muito pedir que lesse novamente o artigo em assunto e os comentários sobre ele para ver quem emite frases com ilações como essa que vc considerou o supra sumo do puritanismo?
Tenha cuidado ao ler as mensagens, estou vendo que homerice pega!
[]s
JR
.....................................
 
----- Original Message -----
Sent: Sunday, October 14, 2012 5:13 PM
Subject: RE: [ciencialist] Re: PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
 
José Renato,
 
O que eu acho extraordinariamente estranho é essa "clara"
distinção entre grupos "afro-descendentes"  e "não-descendentes".
Entre cotas "raciais" e "não-raciais". Ou ainda, entre "justiças" e "injustiças".
 
E todas essa bancarrota de categorias, que são para mim completamente
estranhas.

- "Se não sou eu a iluminar os pobres tolos, ficarão na ignorância (ou má fé) para sempre".

Acho que essa frase expressa o supra-sumo do puritanismo em que essa discussão
se desemboca. Coitados dos nossos olhos e ouvidos... nos poupe!
 
Thiago


To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: oraculo@atibaia.com.br
Date: Sun, 14 Oct 2012 18:59:01 +0000
Subject: [ciencialist] Re: PL 180/2008 Cotas: racista por definicao

 
 
Olá Renato
 
Complexo de messias. "Se não sou eu a iluminar os pobres tolos, ficarão na ignorância (ou má fé) para sempre".
 
Sinto, não funciona assim, e você não é portador da verdade verdadeira (ninguém é, nem seres imaginários). Você se expressou corretamente, entendemos suas colocações, mas não apresentou argumentos apenas ad hominens e falácias.
 
Acusar os que discordam de "usar antolhos", serem tolos, ou desonestos, não é argumento. O espantalho "os a favor das cotas são interesseiros ou cegos, e só querem esquecer os problemas, sem se interessar por melhoras nem pressionar o governo" é falso, uma falácia recorrente.
 
Na verdade, idêntica em sua forma ao espantalho usado, por exemplo, contra quem é a favor da descriminalização do aborto: são pessoas más, contra a vida, que não se preocupam nem procuram outras formas de evitar a gravidez. Falso, claro, mas não me espanta que use o mesmo argumento distorcido contra qualquer um que discorde de suas verdades verdadeiras.
 
Os favor das cotas, como paliativo e ferramenta temporária, também se preocupam com a melhoria da educação, com outras formas de dar educação de qualidade a todos, e com o objetivo de em algum momento não serem mais necessárias as cotas, de qualquer tipo. Também compreendem perfeitamente que o ideal seria que todos, sem exceção, tivessem educação de base de qualidade.
 
Um cara: "justiça se expressa em si mesma, injustiça requer argumentos. "
 
Uma "boutade", um chavão, frase de efeito, nada mais. Justiça também exige argumentos, defesa, explicações, debates, pois não existe algo abstrato como "justiça", nem verdades absolutas indiscutíveis, que são auto-evidentes (apenas na religião, mas isso também não me espanta, de novo.:-).
 
Enfim, sem argumentos, resta a você atacar os adversários, como cegos tolos, ou desonestos de má fé. Ad hominens.
 
Todos concordamos que o ideal é tornar as escolas públicas um padrão de qualidade. Todos sabemos que isso não vai acontecer tão cedo, por muitos e diversos motivos. E alguns de nós pensam que, até que isso ocorra, mais possibilidades devem ser apresentadas as pessoas que sofrem com essa situação, e pensam que com mais pessoas educadas a partir de camadas mais pobres, inclusive de origem negra, seremos mais capazes de pressionar os governos.
 
Mais pessoas formadas, a partir de origens humildes, mais pessoas interessadas em mudar a atual situação da educação. Menos pessoas dessa origem, e menos interesse terão as pessoas que não sofrem com essa situação (e que tem a formação relativamente garantida dentro desse estado de coisas) em melhorar essa situação da educação no pais. Pense, em uma associação que pretenda pressionar um governo ou administração para melhorar as escolas fundamentais, se todos forem ricos e brancos, com que intensidade essa organização vai lutar? E se metade tiverem vindo de camadas mais pobres, de origem socio-econômica mais humilde, de negros ou descendentes, qual o esforço que estariam dispostos a fazer, com que intensidade lutariam, para melhorar as escolas?
 
Como está, quem decide prioridades são as mesmas pessoas que estão satisfatoriamente protegidas pela atual situação das coisas. Sua motivação para agir é, dada a natureza humana, menor, menos intensa (em média, existem exceções, claro). Cotas, que permitam mudar o padrão da sociedade , ainda de forma mínima, podem ajudar nesse esforço.
 
Não tenho, diferente de você, pretensão de ter a "verdade verdadeira", por isso apresento argumentos e dados que sustentem o que defendo. A justiça, diferente de seu bordão, não é auto-evidente, nem independe de argumentos e evidências, para ser definida. Em minha opinião, absurdo é você teimar em não compreender isso.
 
Homero
 
 
--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, José Renato Terra <jrma@...> escreveu
>
> Victor, talvez não tenha me expressado corretamente. O absurdo não está escondido, está na cara e é percebido por qualquer um que não use antolhos. Tanto é que o comentário comum dos que são a favor das cotas raciais sociais é de que não é a melhor solução, mas... Blá, blá, blá... Um cara sacou que: justiça se expressa em si mesma, injustiça requer argumentos. Aqui a justiça requer esclarecimentos. A presidente Dilma assinou a lei das cotas a ser exigida em etapas até atingir 50% das vagas das universidades. Já a partir de jan.2013, 12,5% deverão ser reservadas para negros, pardos e indígenas que tiverem cursado *todo* o segundo grau em escolas públicas. No decreto também foram incluídos critérios de renda familiar, percentual do grupo na região, segundo o IBGE, e outras filigranas que deixaremos de lado para manter o foco principal na questão racial.
>
> Sabemos que o curso médio é responsabilidade dos governos estaduais e federais. O governo federal está facilitando a vida dos que cursaram todo, repito, todo o curso médio em escolas pública. Se alguma família fez das tripas coração e matriculou, por um tempo, o filho numa particular e depois teve de desistir, perdeu o "direito" à cota. Vê-se então que a cota não é racial social, ela é "governamental". Ela existe porque o ensino público é deficiente. Enumere o que os governos estaduais e federais fizeram durante está última década para melhorar o ensino médio no país? O que estão fazendo para que os alunos das escolas públicas estejam capacitados para passar nos vestibulares das melhores universidades, centros tecnológicos e ter bom desempenho nas universidades?
> Na Bahia posso dizer que os professores voltaram às salas de aula, após 106 dias de greve, sem que o governador liberasse o aumento aprovado em Lei na Câmara Estadual. Justificativa do governador: tem de cumprir a lei de responsabilidade orçamentária! E o pior é que grupos representantes dos afrodescendentes e dos indígenas, estão exigindo dos governos mais reservas de cotas e facilidades, sem focar o principal que é: um ensino médio estruturado de forma competente e profissional, como é feito nas boas escolas particulares e nos colégios militares. Por que então não ir direto ao ponto e exigir o que é preciso para que o ensino público volte a ser referência, como foi até há cerca de 50 anos?
>
> Podemos afirmar que essa exigência fundamental foi fragilizada, e passa despercebida com a camuflagem das cotas e de outras benesses aos negros, pardos e indígenas, que são os principais usuários das escolas públicas. E os que são a favor das cotas - mesmo não sendo a melhor solução - parecem hipnotizados e não apresentam qualquer cobrança ou proposta para resolver a questão primeira: tornar as escolas públicas como padrão de ensino no Brasil, nos mesmos níveis das melhores escolas pagas. Dinheiro não falta, falta é vontade de trabalhar para que isso aconteça... Falta quem veja essa aberração, a aponte e diga com todas as letras porque a lei das cotas raciais e sociais é um engodo dos políticos no poder.
>
> []s
>
> José Renato
> ...........................................
>
> ----- Original Message -----
> From: JVictor
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Tuesday, October 09, 2012 6:56 AM
> Subject: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
> Caro Renato,
>
> Renato: “Poucos são o que percebem o que há atras da aplicação beneplácida das cotas.
>
> Apesar do oráculo haver comentado a afirmação acima, dando sua interpretação, ainda não entendi o que realmente você quis dizer. Seria alguma Teoria de Conspiração?
>
> Ou seja, poderia ser mais explícito a respeito do dito? Fiquei realmente, não curioso, mas interessado em saber o que pode estar por trás de tudo, com o rótulo “beneplácida” ou não. (Devo lhe dizer que particularmente entendo que o sistema de cotas não é a opção ideal para resolver um problema crônico que assola nosso sistema de educação. A solução é por outra trilha que, infelizmente, os gestores não conseguem seguí-la, por motivos diversos; mas não sou o mais capacitado para discutir. Mas, enquanto o caminho não é asfaltado, há que se ir por estes mesmos, esburacados. Fazer o quê?).
>
> Sds,
>
> Victor.
>
> ........................................................
> ----- Original Message -----
> From: "José Renato Terra"
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Monday, October 01, 2012 11:01 PM
> Subject: [Spam] Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
>
> Há questões que vão além de polêmicas e legalidades. O artigo que escrevi
> expressa os diversos absurdos que as reservas ou cotas por raça promovem,
> sob argumentos aparentemente de proteção social aos menos favorecidos
> durante algum tempo. Há quanto tempo as cotas raciais estão em uso no
> Brasil? Qual foi a melhora que ocorreu nas universidades, nas escolas
> públicas e nas classes menos favorecidas a partir do seu uso? Para os
> governantes que não se interessam em melhorar o sistema educacional público
> as cotas são um bom sedativo social. Poucos são o que percebem o que há
> atras da aplicação beneplácida das cotas. Tanto aqui, como nos EUA ou em
> qualquer lugar, as cotas - do jeito que estão estabelecidas - é um engodo
> que anestesia e engabela a população afetada: positiva ou negativamente. Até
> quem é contra à aplicação das reservas e cotas raciais pode ser acusado de
> preconceito racial: crime inafiançável! E o problema do ensino público
> escolar no primeiro e segundo grau é levado com a barriga às calendas. Na
> classificação das melhores escolas de segundo grau aparecem algumas que são
> públicas. Os colégios militares grátis considerados públicos são um bom
> exemplo de educação organizada. Felizmente neles ainda não se aplica o
> regime de cotas para o exame de admissão. É o mérito que vale! Hoje em dia
> essa questão caiu no esquecimento visto que é constitucional... E ninguém
> mais questiona o porquê de ainda se manter o sistema de cotas raciais. Só
> não vê o sistema de cotas como um absurdo quem não quer! Como justificativa
> periférica seus apoiadores consideram um mal menor, que um dia será extinto
> por... Por quem mesmo?
> []s
> JR
> ................................................................
>
> ----- Original Message -----
> From: "José Renato
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Monday, September 10, 2012 2:33 PM
> Subject: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
>
> COTAS: RACISTAS POR DEFINIÇÃO
>
> O fator que mais contribui para impedir que uma pessoa curse uma
> universidade não é a cor é o seu poder econômico. Daí pode surgir um
> corolário enviesado para justificar as cotas. Os negros e nativos não têm
> poder econômico porque não fizeram universidade... E durma-se com um
> raciocínio desses!
>
> Aparentemente, a questão já está amadurecida para o ministro Tarso Genro,
> das Relações Institucionais, quando constata que o impedimento maior é
> econômico e não étnico. Basta os órgãos governamentais fornecerem ensino
> suficiente nas escolas públicas, cursos específicos de preparação aos
> vestibulares para os alunos dessas escolas e, claro, bolsas de estudo aos
> aprovados, evitando a evasão por falta de recursos para se sustentar até o
> final. Parece-me que as cotas como propostas são racistas, injustas,
> humilhantes e inconstitucionais. Há modo mais inteligente de realizar a
> inclusão e a igualdade social sem cair no critério racial que promove,
> exatamente, o racismo indesejável que deseja combater.
>
> O ministro Gilberto Gil tem razão em fomentar as discussões. A exposição de
> motivos e argumentos foi o que de melhor as cotas provocaram. Boas propostas
> estão aí em execução. Em Salvador-BA já existem cursinhos de vestibular
> grátis para os melhores alunos de escola pública, bancados pelos governos
> estadual e municipal e a fundamental bolsa, tipo FIES, para os aprovados nos
> vestibulares.
>
> Eu mesmo já fui agraciado por uma forma inteligente de inclusão, há bem mais
> tempo. Quando fazia o 1º ano do curso científico - atual 2° grau - houve um
> convite da Universidade Federal do Pará para os estudantes fazerem teste de
> conhecimento visando selecionar os melhores alunos que cursavam escolas
> públicas e as poucas privadas existentes, em geral administradas por
> congregações religiosas. Nessa época as escolas públicas tinham tradição e
> impunham respeito pela qualidade do ensino. Passei no teste e a UFPA formou
> três turmas, uma para cada turno de modo a atender a todos. Na minha turma
> havia cerca de 30 alunos. Recebíamos aulas das matérias padrões dos
> vestibulares com professores que ensinavam universitários nas faculdades de
> engenharia, química, medicina, português e línguas. Tínhamos três dias de
> aulas por semana, sendo uma no sábado, o que fez os menos interessados
> desistirem em alguns meses. O nível do ensino e a convivência no ambiente
> universitário me deu uma condição especial para prestar o vestibular. Graças
> a Deus, passei de primeira em 21° lugar de um total de 151 vagas
> preenchidas. Depois que os colégios particulares se multiplicaram, esse bela
> iniciativa foi boicotada e eliminada.
>
> O parâmetro usado no sistema de cotas vem dos EUA, só que bem diferente. Lá
> os alunos para as universidades são escolhidos pelos "comitês" -
> teoricamente, com base no currículo escolar - mas que na prática eram
> preenchidas por quase totalidade de brancos para evitar conflitos raciais e
> "queda de padrão" da escola junto à comunidade acadêmica.
>
> No Brasil, já não há espaço para mais essa "bondade" que rotula o não-branco
> como um deficiente intelectual, que precisa de condições especiais para ser
> aprovado no vestibular.
>
> Quem gostaria de ser marcado em toda a sua vida profissional como quem foi
> aprovado na "cota racial"?
>
> As cotas serviram para esclarecer pelo menos as estatísticas, com maior
> presença de não-brancos nas universidades. Antes era mínima, hoje, mais do
> que nunca, os negros, pardos e indígenas aparecem em melhores números do que
> há cinco anos quando, quase todo mundo com características externas não
> totalmente negras, registravam sua cor como branca em vez de parda ou negra.
> Levantamentos divulgados pelo reitor da UFBA revelam que os aprovados nas
> cotas têm, nos cursos universitários, melhor desempenho do que os demais.
> Isso mostra o quanto é desnecessário o sistema de cotas por raça.
>
> Lembro de um filme em que Natalie Wood fazia uma negra de pele clara, que
> renega a mãe negra para não ser considerada "de cor" na escola, na
> universidade, no seu círculo de amizades e junto aos ricos pretendentes?
> Será que com os "benefícios" das cotas ela assumiria suas origens e sua
> raça?
>
> Esse tipo de proposta provoca mais danos do que melhorias, apenas disfarça o
> cerne da questão: o abandono do ensino oficial no Brasil, um direito
> constitucional não exigido pela sociedade.
>
> As cotas são racistas por definição. A meu ver elas vêm desqualificar e
> humilhar ainda mais os não-brancos.
>
>
>
> < http://www.diretodaredacao.com/noticia/cotas-racistas-por-definicao >

SUBJECT: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
FROM: Gill <nanolink01@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2012 10:39

Esclarecendo melhor: "Raça", como conceito científico válido, pode não existir. Mas o racismo existe, justamente porque não tem nada de científico. E seus efeitos são vistos (ou compreendidos) só por quem tem de conviver com o dito cujo, ou que pelo menos tenta entende-lo.

Em Tue, 16 Oct 2012 23:55:31 -0300, Gill <nanolink01@gmail.com> escreveu:

Homero, sobre a questão da dificuldade de "distinguir" quem é ou não de determinada raça/etnia, existe uma anedota esclarecedora:

Coloque 3 cidadãos de diferentes tonalidades de pele em frente ao Anders Behring Breivik, e lhe dê um porrete.... ele vai saber em quem bater.

E ai do afro-descendente, oriental, ou "semi-branco" que disser pra ele que "raça" não existe!

Enfim... o racismo "não existe" só pra quem não tem de conviver com ele.  Mais ou menos como a dor de dente. Aliás, quem nao tem dor de dente pode começar a fazer um movimento contra a conspiração odontológica universal.


 Homero: Sim, sempre surgirão problemas pontuais como os “mais ou menos negros” ou os “mais ou menos pobres”, como aliás escrevi na mensagem anterior (que, parece, não leu toda), isso ocorrerá em qualquer situação, mesmo sem as cotas. Mas o racismo, por exemplo, se dá muito bem sem considerar estes problemas pontuais, segregando e discriminando claramente negros de brancos, ricos de pobres. Isso porque é o efeito geral, não pontual, que tem relevância. Embora existam áreas em degrade, a maior parte dos negros, como a maior parte dos pobres, são perfeitamente identificáveis. Não como “raça”, que não existe, mas como alguém que sofre discriminação.



--
Usando o revolucionário cliente de e-mail do Opera: http://www.opera.com/mail/

SUBJECT: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
FROM: <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/10/2012 11:44

Olá Rafael
 
Sim, em diversas coisas nós concordamos durante estes anos todos.:- ) Nunca de forma unanime, claro, e quem concorda com algo, discorda de outra coisa, é da natureza humana, e a diversidade de pontos de vista. Em coisas ditas científicas, a concordância é maior, devido a evidências empíricas, mas mesmo nesse caso, e áreas de fronteira (como física avançada) sempre há diferenças a serem debatidas.
 
Nesse caso, por exemplo, embora eu seja a favor das cotas (de forma bem mais complexa que simplesmente “a favor”, como tenho tentado explicar), concordo que é possivel “perder a mão” e exagerar no remédio (como, aliás, em qualquer outra situação). Devemos estar atentos, claro, e lutar para que seja aplicado de forma controlada e bem definida. Não é fácil, tenho certeza, mas não fazer nada, ou contar com a utópica melhora geral da educação, é menos eficaz, me parece.
 
Um abraço.
 
Homero
 
Sent: Wednesday, October 17, 2012 12:29 AM
Subject: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
 
 

JR, 

é um temporário que vai se alastrando, como se a caneta de burocratas fizesse milagres :
 
 
 
abs,
Rafael
ps: Nestes anos todos de listas, conseguimos concordar em alguma coisa :)

Em 13 de outubro de 2012 23:19, José Renato Terra <jrma@terra.com.br> escreveu:
 

Victor, talvez não tenha me expressado corretamente. O absurdo não está escondido, está na cara e é percebido por qualquer um que não use antolhos. Tanto é que o comentário comum dos que são a favor das cotas raciais sociais é de que não é a melhor solução, mas... Blá, blá, blá... Um cara sacou que: justiça se expressa em si mesma, injustiça requer argumentos. Aqui a justiça requer esclarecimentos. A presidente Dilma assinou a lei das cotas a ser exigida em etapas até atingir 50% das vagas das universidades. Já a partir de jan.2013, 12,5% deverão ser reservadas para negros, pardos e indígenas que tiverem cursado *todo* o segundo grau em escolas públicas. No decreto também foram incluídos critérios de renda familiar, percentual do grupo na região, segundo o IBGE, e outras filigranas que deixaremos de lado para manter o foco principal na questão racial.
 
Sabemos que o curso médio é responsabilidade dos governos estaduais e federais. O governo federal está facilitando a vida dos que cursaram todo, repito, todo o curso médio em escolas pública. Se alguma família fez das tripas coração e matriculou, por um tempo, o filho numa particular e depois teve de desistir, perdeu o "direito" à cota. Vê-se então que a cota não é racial social, ela é "governamental". Ela existe porque o ensino público é deficiente. Enumere o que os governos estaduais e federais fizeram durante está última década para melhorar o ensino médio no país? O que estão fazendo para que os alunos das escolas públicas estejam capacitados para passar nos vestibulares das melhores universidades, centros tecnológicos e ter bom desempenho nas universidades?
Na Bahia posso dizer que os professores voltaram às salas de aula, após 106 dias de greve, sem que o governador liberasse o aumento aprovado em Lei na Câmara Estadual. Justificativa do governador: tem de cumprir a lei de responsabilidade orçamentária! E o pior é que grupos representantes dos afrodescendentes e dos indígenas, estão exigindo dos governos mais reservas de cotas e facilidades, sem focar o principal que é: um ensino médio estruturado de forma competente e profissional, como é feito nas boas escolas particulares e nos colégios militares. Por que então não ir direto ao ponto e exigir o que é preciso para que o ensino público volte a ser referência, como foi até há cerca de 50 anos?
 
Podemos afirmar que essa exigência fundamental foi fragilizada, e passa despercebida com a camuflagem das cotas e de outras benesses aos negros, pardos e indígenas, que são os principais usuários das escolas públicas. E os que são a favor das cotas - mesmo não sendo a melhor solução - parecem hipnotizados e não apresentam qualquer cobrança ou proposta para resolver a questão primeira: tornar as escolas públicas como padrão de ensino no Brasil, nos mesmos níveis das melhores escolas pagas. Dinheiro não falta, falta é vontade de trabalhar para que isso aconteça... Falta quem veja essa aberração, a aponte e diga com todas as letras porque a lei das cotas raciais e sociais é um engodo dos políticos no poder.
 
[]s
 
José Renato
........................................... 
 
----- Original Message -----
From: JVictor
Sent: Tuesday, October 09, 2012 6:56 AM
Subject: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao

Caro Renato, 

Renato: “Poucos são o que percebem o que há atras da aplicação beneplácida das cotas.

Apesar do oráculo haver comentado a afirmação acima, dando sua interpretação, ainda não entendi o que realmente você quis dizer. Seria alguma Teoria de Conspiração?

Ou seja, poderia ser mais explícito a respeito do dito? Fiquei realmente, não curioso, mas interessado em saber o que pode estar por trás de tudo, com o rótulo  “beneplácida” ou não. (Devo lhe dizer que particularmente entendo que o sistema de cotas não é a opção ideal para resolver um problema crônico que assola nosso sistema de educação. A solução é por outra trilha que, infelizmente, os gestores não conseguem seguí-la, por motivos diversos; mas não sou o mais capacitado para discutir. Mas, enquanto o caminho não é asfaltado, há que se ir por estes mesmos, esburacados. Fazer o quê?). 

Sds,

Victor.

........................................................
----- Original Message -----
From: "José Renato Terra"
Sent: Monday, October 01, 2012 11:01 PM
Subject: [Spam] Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
 
Há questões que vão além de polêmicas e legalidades. O artigo que escrevi
expressa os diversos absurdos que as reservas ou cotas por raça promovem,
sob argumentos aparentemente de proteção social aos menos favorecidos
durante algum tempo. Há quanto tempo as cotas raciais estão em uso no
Brasil? Qual foi a melhora que ocorreu nas universidades, nas escolas
públicas e nas classes menos favorecidas a partir do seu uso? Para os
governantes que não se interessam em melhorar o sistema educacional público
as cotas são um bom sedativo social. Poucos são o que percebem o que há
atras da aplicação beneplácida das cotas. Tanto aqui, como nos EUA ou em
qualquer lugar, as cotas - do jeito que estão estabelecidas - é um engodo
que anestesia e engabela a população afetada: positiva ou negativamente. Até
quem é contra à aplicação das reservas e cotas raciais pode ser acusado de
preconceito racial: crime inafiançável! E o problema do ensino público
escolar no primeiro e segundo grau é levado com a barriga às calendas. Na
classificação das melhores escolas de segundo grau aparecem algumas que são
públicas. Os colégios militares grátis considerados públicos são um bom
exemplo de educação organizada. Felizmente neles ainda não se aplica o
regime de cotas para o exame de admissão. É o mérito que vale! Hoje em dia
essa questão caiu no esquecimento visto que é constitucional... E ninguém
mais questiona o porquê de ainda se manter o sistema de cotas raciais. Só
não vê o sistema de cotas como um absurdo quem não quer! Como justificativa
periférica seus apoiadores consideram um mal menor, que um dia será extinto
por... Por quem mesmo?
[]s
JR
................................................................
 
----- Original Message -----
From: "José Renato
Sent: Monday, September 10, 2012 2:33 PM
Subject: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao

COTAS: RACISTAS POR DEFINIÇÃO

O fator que mais contribui para impedir que uma pessoa curse uma
universidade não é a cor é o seu poder econômico. Daí pode surgir um
corolário enviesado para justificar as cotas. Os negros e nativos não têm
poder econômico porque não fizeram universidade... E durma-se com um
raciocínio desses!

Aparentemente, a questão já está amadurecida para o ministro Tarso Genro,
das Relações Institucionais, quando constata que o impedimento maior é
econômico e não étnico. Basta os órgãos governamentais fornecerem ensino
suficiente nas escolas públicas, cursos específicos de preparação aos
vestibulares para os alunos dessas escolas e, claro, bolsas de estudo aos
aprovados, evitando a evasão por falta de recursos para se sustentar até o
final. Parece-me que as cotas como propostas são racistas, injustas,
humilhantes e inconstitucionais. Há modo mais inteligente de realizar a
inclusão e a igualdade social sem cair no critério racial que promove,
exatamente, o racismo indesejável que deseja combater.

O ministro Gilberto Gil tem razão em fomentar as discussões. A exposição de
motivos e argumentos foi o que de melhor as cotas provocaram. Boas propostas
estão aí em execução. Em Salvador-BA já existem cursinhos de vestibular
grátis para os melhores alunos de escola pública, bancados pelos governos
estadual e municipal e a fundamental bolsa, tipo FIES, para os aprovados nos
vestibulares.

Eu mesmo já fui agraciado por uma forma inteligente de inclusão, há bem mais
tempo. Quando fazia o 1º ano do curso científico - atual 2° grau - houve um
convite da Universidade Federal do Pará para os estudantes fazerem teste de
conhecimento visando selecionar os melhores alunos que cursavam escolas
públicas e as poucas privadas existentes, em geral administradas por
congregações religiosas. Nessa época as escolas públicas tinham tradição e
impunham respeito pela qualidade do ensino. Passei no teste e a UFPA formou
três turmas, uma para cada turno de modo a atender a todos. Na minha turma
havia cerca de 30 alunos. Recebíamos aulas das matérias padrões dos
vestibulares com professores que ensinavam universitários nas faculdades de
engenharia, química, medicina, português e línguas. Tínhamos três dias de
aulas por semana, sendo uma no sábado, o que fez os menos interessados
desistirem em alguns meses. O nível do ensino e a convivência no ambiente
universitário me deu uma condição especial para prestar o vestibular. Graças
a Deus, passei de primeira em 21° lugar de um total de 151 vagas
preenchidas. Depois que os colégios particulares se multiplicaram, esse bela
iniciativa foi boicotada e eliminada.

O parâmetro usado no sistema de cotas vem dos EUA, só que bem diferente. Lá
os alunos para as universidades são escolhidos pelos "comitês" -
teoricamente, com base no currículo escolar - mas que na prática eram
preenchidas por quase totalidade de brancos para evitar conflitos raciais e
"queda de padrão" da escola junto à comunidade acadêmica.

No Brasil, já não há espaço para mais essa "bondade" que rotula o não-branco
como um deficiente intelectual, que precisa de condições especiais para ser
aprovado no vestibular.

Quem gostaria de ser marcado em toda a sua vida profissional como quem foi
aprovado na "cota racial"?

As cotas serviram para esclarecer pelo menos as estatísticas, com maior
presença de não-brancos nas universidades. Antes era mínima, hoje, mais do
que nunca, os negros, pardos e indígenas aparecem em melhores números do que
há cinco anos quando, quase todo mundo com características externas não
totalmente negras, registravam sua cor como branca em vez de parda ou negra.
Levantamentos divulgados pelo reitor da UFBA revelam que os aprovados nas
cotas têm, nos cursos universitários, melhor desempenho do que os demais.
Isso mostra o quanto é desnecessário o sistema de cotas por raça.

Lembro de um filme em que Natalie Wood fazia uma negra de pele clara, que
renega a mãe negra para não ser considerada "de cor" na escola, na
universidade, no seu círculo de amizades e junto aos ricos pretendentes?
Será que com os "benefícios" das cotas ela assumiria suas origens e sua
raça?

Esse tipo de proposta provoca mais danos do que melhorias, apenas disfarça o
cerne da questão: o abandono do ensino oficial no Brasil, um direito
constitucional não exigido pela sociedade.

As cotas são racistas por definição. A meu ver elas vêm desqualificar e
humilhar ainda mais os não-brancos.



< http://www.diretodaredacao.com/noticia/cotas-racistas-por-definicao >
 

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SUBJECT: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
FROM: <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/10/2012 11:51

Olá Gil
 
Gil: “Mais ou menos como a dor de dente. Aliás, quem nao tem dor de dente pode começar a fazer um movimento contra a conspiração odontológica universal.”
 
Já existe essa luta, é um movimento “contra” a fluoretação da água, para prevenir as cáries. O argumento é um tanto diferente, mas não me espantaria se alguns deles defedessem que “fluoretar a água é um paliativo, invasivo, que impede que se pressione o governo para dar mais educação sobre sa[ude e higiene para que as pessoas cuidem melhor de seus dentes!”.:-)
 
Sobre o racismo, embora a anedota seja um tanto cruel e ironica, é um retrato da realidade, racistas não tem muito problema em identificar os ‘inferiores” para discrimina-los, embora hoje isso seja muito mais “disfarçado. E racistas não ligam de cometer “injustilças” e discriminar alguém que não é “inferior” por engano. O famigerado anúnicio de emprego que pede “boa aparência” ainda existe e em muitos casos (não todos) ainda “filtra” pessoas “escuras” da vaga de emprego.
 
Um abraço.
 
Homero
 
From: Gill
Sent: Tuesday, October 16, 2012 11:55 PM
Subject: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
 
Homero, sobre a questão da dificuldade de "distinguir" quem é ou não de determinada raça/etnia, existe uma anedota esclarecedora:
 
Coloque 3 cidadãos de diferentes tonalidades de pele em frente ao Anders Behring Breivik, e lhe dê um porrete.... ele vai saber em quem bater.
 
E ai do afro-descendente, oriental, ou "semi-branco" que disser pra ele que "raça" não existe!
 
Enfim... o racismo "não existe" só pra quem não tem de conviver com ele.  Mais ou menos como a dor de dente. Aliás, quem nao tem dor de dente pode começar a fazer um movimento contra a conspiração odontológica universal.
 
 
Homero: Sim, sempre surgirão problemas pontuais como os “mais ou menos negros” ou os “mais ou menos pobres”, como aliás escrevi na mensagem anterior (que, parece, não leu toda), isso ocorrerá em qualquer situação, mesmo sem as cotas. Mas o racismo, por exemplo, se dá muito bem sem considerar estes problemas pontuais, segregando e discriminando claramente negros de brancos, ricos de pobres. Isso porque é o efeito geral, não pontual, que tem relevância. Embora existam áreas em degrade, a maior parte dos negros, como a maior parte dos pobres, são perfeitamente identificáveis. Não como “raça”, que não existe, mas como alguém que sofre discriminação.

SUBJECT: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
FROM: Rafael Picate <rpicate@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/10/2012 12:39

Homero,
a mensagem sobre a concordância pouco usual entre eu e o JR, vem de anos, principalmente de assuntos políticos/econômicos que eram assunto  na acropolis.
Quanto as suas participações,tenho que agradecer o muito conhecimento que já me passou. 
Quanto a uniformização das políticas na marras, muitas faculdades já vinham desenvolvendo as suas políticas de compensação, um governo impor na marra e com percentagens pouco estudadas, não faz sentido. Quanto a utopia na melhora da educação, não sei dizer, vou tentar postar aqui a matéria da época que fala sobre seis cidades, que com muito trabalho, dão educação satisfatória na rede pública.

abs,
Rafael

Em 17 de outubro de 2012 11:44, <oraculo@atibaia.com.br> escreveu:
 

Olá Rafael
 
Sim, em diversas coisas nós concordamos durante estes anos todos.:- ) Nunca de forma unanime, claro, e quem concorda com algo, discorda de outra coisa, é da natureza humana, e a diversidade de pontos de vista. Em coisas ditas científicas, a concordância é maior, devido a evidências empíricas, mas mesmo nesse caso, e áreas de fronteira (como física avançada) sempre há diferenças a serem debatidas.
 
Nesse caso, por exemplo, embora eu seja a favor das cotas (de forma bem mais complexa que simplesmente “a favor”, como tenho tentado explicar), concordo que é possivel “perder a mão” e exagerar no remédio (como, aliás, em qualquer outra situação). Devemos estar atentos, claro, e lutar para que seja aplicado de forma controlada e bem definida. Não é fácil, tenho certeza, mas não fazer nada, ou contar com a utópica melhora geral da educação, é menos eficaz, me parece.
 
Um abraço.
 
Homero
 
Sent: Wednesday, October 17, 2012 12:29 AM
Subject: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
 
 

JR, 

é um temporário que vai se alastrando, como se a caneta de burocratas fizesse milagres :
 
 
 
abs,
Rafael
ps: Nestes anos todos de listas, conseguimos concordar em alguma coisa :)

Em 13 de outubro de 2012 23:19, José Renato Terra <jrma@terra.com.br> escreveu:
 

Victor, talvez não tenha me expressado corretamente. O absurdo não está escondido, está na cara e é percebido por qualquer um que não use antolhos. Tanto é que o comentário comum dos que são a favor das cotas raciais sociais é de que não é a melhor solução, mas... Blá, blá, blá... Um cara sacou que: justiça se expressa em si mesma, injustiça requer argumentos. Aqui a justiça requer esclarecimentos. A presidente Dilma assinou a lei das cotas a ser exigida em etapas até atingir 50% das vagas das universidades. Já a partir de jan.2013, 12,5% deverão ser reservadas para negros, pardos e indígenas que tiverem cursado *todo* o segundo grau em escolas públicas. No decreto também foram incluídos critérios de renda familiar, percentual do grupo na região, segundo o IBGE, e outras filigranas que deixaremos de lado para manter o foco principal na questão racial.
 
Sabemos que o curso médio é responsabilidade dos governos estaduais e federais. O governo federal está facilitando a vida dos que cursaram todo, repito, todo o curso médio em escolas pública. Se alguma família fez das tripas coração e matriculou, por um tempo, o filho numa particular e depois teve de desistir, perdeu o "direito" à cota. Vê-se então que a cota não é racial social, ela é "governamental". Ela existe porque o ensino público é deficiente. Enumere o que os governos estaduais e federais fizeram durante está última década para melhorar o ensino médio no país? O que estão fazendo para que os alunos das escolas públicas estejam capacitados para passar nos vestibulares das melhores universidades, centros tecnológicos e ter bom desempenho nas universidades?
Na Bahia posso dizer que os professores voltaram às salas de aula, após 106 dias de greve, sem que o governador liberasse o aumento aprovado em Lei na Câmara Estadual. Justificativa do governador: tem de cumprir a lei de responsabilidade orçamentária! E o pior é que grupos representantes dos afrodescendentes e dos indígenas, estão exigindo dos governos mais reservas de cotas e facilidades, sem focar o principal que é: um ensino médio estruturado de forma competente e profissional, como é feito nas boas escolas particulares e nos colégios militares. Por que então não ir direto ao ponto e exigir o que é preciso para que o ensino público volte a ser referência, como foi até há cerca de 50 anos?
 
Podemos afirmar que essa exigência fundamental foi fragilizada, e passa despercebida com a camuflagem das cotas e de outras benesses aos negros, pardos e indígenas, que são os principais usuários das escolas públicas. E os que são a favor das cotas - mesmo não sendo a melhor solução - parecem hipnotizados e não apresentam qualquer cobrança ou proposta para resolver a questão primeira: tornar as escolas públicas como padrão de ensino no Brasil, nos mesmos níveis das melhores escolas pagas. Dinheiro não falta, falta é vontade de trabalhar para que isso aconteça... Falta quem veja essa aberração, a aponte e diga com todas as letras porque a lei das cotas raciais e sociais é um engodo dos políticos no poder.
 
[]s
 
José Renato
........................................... 
 
----- Original Message -----
From: JVictor
Sent: Tuesday, October 09, 2012 6:56 AM
Subject: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao

Caro Renato, 

Renato: “Poucos são o que percebem o que há atras da aplicação beneplácida das cotas.

Apesar do oráculo haver comentado a afirmação acima, dando sua interpretação, ainda não entendi o que realmente você quis dizer. Seria alguma Teoria de Conspiração?

Ou seja, poderia ser mais explícito a respeito do dito? Fiquei realmente, não curioso, mas interessado em saber o que pode estar por trás de tudo, com o rótulo  “beneplácida” ou não. (Devo lhe dizer que particularmente entendo que o sistema de cotas não é a opção ideal para resolver um problema crônico que assola nosso sistema de educação. A solução é por outra trilha que, infelizmente, os gestores não conseguem seguí-la, por motivos diversos; mas não sou o mais capacitado para discutir. Mas, enquanto o caminho não é asfaltado, há que se ir por estes mesmos, esburacados. Fazer o quê?). 

Sds,

Victor.

........................................................
----- Original Message -----
From: "José Renato Terra"
Sent: Monday, October 01, 2012 11:01 PM
Subject: [Spam] Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao
 
Há questões que vão além de polêmicas e legalidades. O artigo que escrevi
expressa os diversos absurdos que as reservas ou cotas por raça promovem,
sob argumentos aparentemente de proteção social aos menos favorecidos
durante algum tempo. Há quanto tempo as cotas raciais estão em uso no
Brasil? Qual foi a melhora que ocorreu nas universidades, nas escolas
públicas e nas classes menos favorecidas a partir do seu uso? Para os
governantes que não se interessam em melhorar o sistema educacional público
as cotas são um bom sedativo social. Poucos são o que percebem o que há
atras da aplicação beneplácida das cotas. Tanto aqui, como nos EUA ou em
qualquer lugar, as cotas - do jeito que estão estabelecidas - é um engodo
que anestesia e engabela a população afetada: positiva ou negativamente. Até
quem é contra à aplicação das reservas e cotas raciais pode ser acusado de
preconceito racial: crime inafiançável! E o problema do ensino público
escolar no primeiro e segundo grau é levado com a barriga às calendas. Na
classificação das melhores escolas de segundo grau aparecem algumas que são
públicas. Os colégios militares grátis considerados públicos são um bom
exemplo de educação organizada. Felizmente neles ainda não se aplica o
regime de cotas para o exame de admissão. É o mérito que vale! Hoje em dia
essa questão caiu no esquecimento visto que é constitucional... E ninguém
mais questiona o porquê de ainda se manter o sistema de cotas raciais. Só
não vê o sistema de cotas como um absurdo quem não quer! Como justificativa
periférica seus apoiadores consideram um mal menor, que um dia será extinto
por... Por quem mesmo?
[]s
JR
................................................................
 
----- Original Message -----
From: "José Renato
Sent: Monday, September 10, 2012 2:33 PM
Subject: Re: [ciencialist] PL 180/2008 Cotas: racista por definicao

COTAS: RACISTAS POR DEFINIÇÃO

O fator que mais contribui para impedir que uma pessoa curse uma
universidade não é a cor é o seu poder econômico. Daí pode surgir um
corolário enviesado para justificar as cotas. Os negros e nativos não têm
poder econômico porque não fizeram universidade... E durma-se com um
raciocínio desses!

Aparentemente, a questão já está amadurecida para o ministro Tarso Genro,
das Relações Institucionais, quando constata que o impedimento maior é
econômico e não étnico. Basta os órgãos governamentais fornecerem ensino
suficiente nas escolas públicas, cursos específicos de preparação aos
vestibulares para os alunos dessas escolas e, claro, bolsas de estudo aos
aprovados, evitando a evasão por falta de recursos para se sustentar até o
final. Parece-me que as cotas como propostas são racistas, injustas,
humilhantes e inconstitucionais. Há modo mais inteligente de realizar a
inclusão e a igualdade social sem cair no critério racial que promove,
exatamente, o racismo indesejável que deseja combater.

O ministro Gilberto Gil tem razão em fomentar as discussões. A exposição de
motivos e argumentos foi o que de melhor as cotas provocaram. Boas propostas
estão aí em execução. Em Salvador-BA já existem cursinhos de vestibular
grátis para os melhores alunos de escola pública, bancados pelos governos
estadual e municipal e a fundamental bolsa, tipo FIES, para os aprovados nos
vestibulares.

Eu mesmo já fui agraciado por uma forma inteligente de inclusão, há bem mais
tempo. Quando fazia o 1º ano do curso científico - atual 2° grau - houve um
convite da Universidade Federal do Pará para os estudantes fazerem teste de
conhecimento visando selecionar os melhores alunos que cursavam escolas
públicas e as poucas privadas existentes, em geral administradas por
congregações religiosas. Nessa época as escolas públicas tinham tradição e
impunham respeito pela qualidade do ensino. Passei no teste e a UFPA formou
três turmas, uma para cada turno de modo a atender a todos. Na minha turma
havia cerca de 30 alunos. Recebíamos aulas das matérias padrões dos
vestibulares com professores que ensinavam universitários nas faculdades de
engenharia, química, medicina, português e línguas. Tínhamos três dias de
aulas por semana, sendo uma no sábado, o que fez os menos interessados
desistirem em alguns meses. O nível do ensino e a convivência no ambiente
universitário me deu uma condição especial para prestar o vestibular. Graças
a Deus, passei de primeira em 21° lugar de um total de 151 vagas
preenchidas. Depois que os colégios particulares se multiplicaram, esse bela
iniciativa foi boicotada e eliminada.

O parâmetro usado no sistema de cotas vem dos EUA, só que bem diferente. Lá
os alunos para as universidades são escolhidos pelos "comitês" -
teoricamente, com base no currículo escolar - mas que na prática eram
preenchidas por quase totalidade de brancos para evitar conflitos raciais e
"queda de padrão" da escola junto à comunidade acadêmica.

No Brasil, já não há espaço para mais essa "bondade" que rotula o não-branco
como um deficiente intelectual, que precisa de condições especiais para ser
aprovado no vestibular.

Quem gostaria de ser marcado em toda a sua vida profissional como quem foi
aprovado na "cota racial"?

As cotas serviram para esclarecer pelo menos as estatísticas, com maior
presença de não-brancos nas universidades. Antes era mínima, hoje, mais do
que nunca, os negros, pardos e indígenas aparecem em melhores números do que
há cinco anos quando, quase todo mundo com características externas não
totalmente negras, registravam sua cor como branca em vez de parda ou negra.
Levantamentos divulgados pelo reitor da UFBA revelam que os aprovados nas
cotas têm, nos cursos universitários, melhor desempenho do que os demais.
Isso mostra o quanto é desnecessário o sistema de cotas por raça.

Lembro de um filme em que Natalie Wood fazia uma negra de pele clara, que
renega a mãe negra para não ser considerada "de cor" na escola, na
universidade, no seu círculo de amizades e junto aos ricos pretendentes?
Será que com os "benefícios" das cotas ela assumiria suas origens e sua
raça?

Esse tipo de proposta provoca mais danos do que melhorias, apenas disfarça o
cerne da questão: o abandono do ensino oficial no Brasil, um direito
constitucional não exigido pela sociedade.

As cotas são racistas por definição. A meu ver elas vêm desqualificar e
humilhar ainda mais os não-brancos.



< http://www.diretodaredacao.com/noticia/cotas-racistas-por-definicao >
 

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SUBJECT: Explicação
FROM: Felipe Stauffer <fsjs365@hotmail.com>
TO: "brudna ciencialist" <brudna@yahoo.com>, "Ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/10/2012 14:33

Mais uma vez, para a explicação final e resposta, ou não, de minha dúvida:
 
Esta supostamente é uma lista de discussão, submetida à moderação por causa de mensagens degradantes e ataques pessoais, imagino. Sendo uma lista de discussão, eu me cadastrei para que eu possa enviar mensagens também, e não lê-las de forma submissa sem direito à resposta.
 
Se este é o caso e somente à turma habitual é permitido o envio, desejo ouvir de sua parte. Se não, desejo explicação sobre ao menos 1 motivo que o tenha feito não aprovar a mensagem.
 
Digo isto pois vi resposta à mensagem liberada hoje mais cedo, e a minha enviada ontem ainda não foi postada. Sei que a lista é privada e você tem poder de moderação, mas tenha respeito de responder a alguém que se deu o trabalho de escrever um texto decente e não ver publicado nem respondido pelo moderador fora o email de teste para entender a não publicação imediata.
 
Sem mais,
Felipe

SUBJECT: Ó quêeee?
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/10/2012 20:09

 

Pois é. Eis uma simulação de não sei o quê,  fornecendo tal fofoca a vocês, virtuais ciencialisteiros.

 

http://olhardigital.uol.com.br/negocios/digital_news/noticias/para-pesquisadores,-realidade-em-que-vivemos-pode-ser-simulacao

 

Sds,

 

Victor


SUBJECT: Câmara aprova 10% do PIB para Educação - Jornal da Ciência
FROM: José Renato Terra <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/10/2012 21:22

 
 
 
 
 
 
< http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=84595 >
 
 
 
 
 
 
  Expediente •  Contato •  Site da SBPC

SUBJECT: Arquivos de Einstein
FROM: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/10/2012 18:50

http://www.alberteinstein.info/

Paulo


SUBJECT: Assis e a embalagem de coca-cola.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/10/2012 02:21

Um texto interessante sobre o admirável físico brasileiro, Assis, da Unicamp.

Com opiniões de outro grande físico matemático, Fleming.

 

www.ifi.unicamp.br/~assis/Isto-Eh-26-08-1998.pdf

 

 

Suspeito de que gostarão.

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Assis e a embalagem de coca-cola.
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/10/2012 17:01

Interessante o artigo. Tanto serve para mostrar que existem outras
saídas, e o seu (do JVictor) ídolo (Fleming) concorda com isto, como
também serve para corroborar a idéia de que existem teorias
superprotegidas. É o que se constata, por exemplo, com a seguinte frase:
<<Está há três anos sem uma bolsa do CNPQ, já que sua linha de pesquisa
não interessa à instituição>>; ou então, assim como Boltzman (para
mostrar que essa idéia é universal), lê-se no artigo citado: <<sofre,
como mostra a carta de Rigitano, a ironia dos colegas>> ou ainda
<<Muitos chegam a alertar os alunos de Assis sobre o perigo de sua linha
de pensamento>>. E, para concluir, pulando muitas coisas também
interessantes ainda que lamentáveis, a frase do eminente físico Fleming:
<<Hoje em dia ninguém mais lê>>.

Lamentável sobre TODOS os pontos de vista. Houvesse honestidade na
política eu diria que seria o caso de se instaurar uma CPI, haja vista
que as linhas de pesquisa são pagas com dinheiro do povo.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

PS: Não sou defensor das idéias do Assis. Respeito-o muito e admiro por
demais o seu trabalho, mas suas idéias a respeito de muitas coisas, a
começar pela noção de espaço, não coadunam com as minhas teorias.

************************************
From: JVictor
Sent: Friday, October 19, 2012 2:21 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Assis e a embalagem de coca-cola.

Um texto interessante sobre o admirável físico brasileiro, Assis, da
Unicamp.

Com opiniões de outro grande físico matemático, Fleming.

www.ifi.unicamp.br/~assis/Isto-Eh-26-08-1998.pdf

Suspeito de que gostarão.

Sds,
Victor.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ó quêeee?
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2012 07:50


Como se isso fosse resolver algum problema !!!rs

De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 17 de Outubro de 2012 20:09
Assunto: [ciencialist] Ó quêeee?
 
 
Pois é. Eis uma simulação de não sei o quê,  fornecendo tal fofoca a vocês, virtuais ciencialisteiros.
 
 
Sds,
 
Victor

SUBJECT: Re: [ciencialist] Ó quêeee?
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/10/2012 10:29

Alguém viu uma pílula vermelha por aí?

[ ]s

Alvaro Augusto



Em 17/10/2012 20:09, JVictor escreveu:

 

Pois é. Eis uma simulação de não sei o quê,  fornecendo tal fofoca a vocês, virtuais ciencialisteiros.

 

http://olhardigital.uol.com.br/negocios/digital_news/noticias/para-pesquisadores,-realidade-em-que-vivemos-pode-ser-simulacao

 

Sds,

 

Victor




SUBJECT: Re: [ciencialist] � qu�eee?
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2012 11:38

Muita gente, principalmente de mais idade, está mesmo é
preocupado com a pílula azul (if you know what I mean).
 
*PB*
 
 
 
Sent: Monday, October 22, 2012 10:29 AM
Subject: Re: [ciencialist] Ó quêeee?
 


Alguém viu uma pílula vermelha por aí?

[ ]s

Alvaro Augusto



Em 17/10/2012 20:09, JVictor escreveu:

 

Pois é. Eis uma simulação de não sei o quê,  fornecendo tal fofoca a vocês, virtuais ciencialisteiros.

 

http://olhardigital.uol.com.br/negocios/digital_news/noticias/para-pesquisadores,-realidade-em-que-vivemos-pode-ser-simulacao

 

Sds,

 

Victor




SUBJECT: RE: [ciencialist] Assis e a embalagem de coca-cola.
FROM: Thiago Guimarães <guimaraesbsb@hotmail.com>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2012 11:58

Aos seus filhos Beatriz, sete anos, e Ricardo, nove anos, recomenda que não caminhem pelas trilhas da academia. "Prefiro que eles cresçam em um ambiente mais livre."

[...]
 
Thiago

 

To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: albmesq@uol.com.br
Date: Sat, 20 Oct 2012 17:01:39 -0300
Subject: Re: [ciencialist] Assis e a embalagem de coca-cola.

 
Interessante o artigo. Tanto serve para mostrar que existem outras
saídas, e o seu (do JVictor) ídolo (Fleming) concorda com isto, como
também serve para corroborar a idéia de que existem teorias
superprotegidas. É o que se constata, por exemplo, com a seguinte frase:
<<Está há três anos sem uma bolsa do CNPQ, já que sua linha de pesquisa
não interessa à instituição>>; ou então, assim como Boltzman (para
mostrar que essa idéia é universal), lê-se no artigo citado: <<sofre,
como mostra a carta de Rigitano, a ironia dos colegas>> ou ainda
<<Muitos chegam a alertar os alunos de Assis sobre o perigo de sua linha
de pensamento>>. E, para concluir, pulando muitas coisas também
interessantes ainda que lamentáveis, a frase do eminente físico Fleming:
<<Hoje em dia ninguém mais lê>>.

Lamentável sobre TODOS os pontos de vista. Houvesse honestidade na
política eu diria que seria o caso de se instaurar uma CPI, haja vista
que as linhas de pesquisa são pagas com dinheiro do povo.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

PS: Não sou defensor das idéias do Assis. Respeito-o muito e admiro por
demais o seu trabalho, mas suas idéias a respeito de muitas coisas, a
começar pela noção de espaço, não coadunam com as minhas teorias.

************************************
From: JVictor
Sent: Friday, October 19, 2012 2:21 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Assis e a embalagem de coca-cola.

Um texto interessante sobre o admirável físico brasileiro, Assis, da
Unicamp.

Com opiniões de outro grande físico matemático, Fleming.

www.ifi.unicamp.br/~assis/Isto-Eh-26-08-1998.pdf

Suspeito de que gostarão.

Sds,
Victor.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ó quêeee?
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2012 12:26

Serve Advil ?!?


De: Alvaro Augusto (L) <alvaro@lunabay.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Segunda-feira, 22 de Outubro de 2012 10:29
Assunto: Re: [ciencialist] Ó quêeee?
 
Alguém viu uma pílula vermelha por aí?[ ]sAlvaro AugustoEm 17/10/2012 20:09, JVictor escreveu:
 
Pois é. Eis uma simulação de não sei o quê,  fornecendo tal fofoca a vocês, virtuais ciencialisteiros.
 
 
Sds,
 
Victor


SUBJECT: RES: [ciencialist] Ó quêeee?
FROM: "J.Victor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2012 13:35

Nem só os de mais idade...

 

Victor

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Pesky Bee
Enviada em: segunda-feira, 22 de outubro de 2012 10:38
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Ó quêeee?

 

 

Muita gente, principalmente de mais idade, está mesmo é

preocupado com a pílula azul (if you know what I mean).

 

*PB*

 

 

 

Sent: Monday, October 22, 2012 10:29 AM

Subject: Re: [ciencialist] Ó quêeee?

 




Alguém viu uma pílula vermelha por aí?

[ ]s

Alvaro Augusto



Em 17/10/2012 20:09, JVictor escreveu:

 

Pois é. Eis uma simulação de não sei o quê,  fornecendo tal fofoca a vocês, virtuais ciencialisteiros.

 

http://olhardigital.uol.com.br/negocios/digital_news/noticias/para-pesquisadores,-realidade-em-que-vivemos-pode-ser-simulacao

 

Sds,

 

Victor

 

 


SUBJECT: Re: [ciencialist] Câmara aprova 10% do PIB para Educação - Jornal da Ciência
FROM: Gilberto Morelli <gilmorelli@yahoo.com>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/10/2012 14:01

Tomara que isso aconteça mesmo, porque a Educação é a base de tudo...



From: José Renato Terra <jrma@terra.com.br>
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, October 17, 2012 9:22 PM
Subject: [ciencialist] Câmara aprova 10% do PIB para Educação - Jornal da Ciência

 
 
 
 
 
 
 
< http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=84595 >
 
 
 
 
 
 
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SUBJECT: Devem ser criadas cotas para negros também no serviço público? - Folha
FROM: Rafael Picate <rpicate@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/10/2012 12:53

SUBJECT: Re: [ciencialist] Devem ser criadas cotas para negros também no serviço público? - Folha
FROM: Gilberto Morelli <gilmorelli@yahoo.com>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/10/2012 14:40

O sistema de cotas raciais, para mim, é descabido.

É dizer que eles são incapazes de conseguir as coisas por próprio mérito.

Acho que os negros deveriam é protestar contra esse tipo de sistema.

Pelo que eu soube ontem, devem passar o investimento em educação de 5% para 10% do PIB.

Claro que os reflexos são para longo prazo, mas tenho esperança de que um dia não haja esse tipo de desigualdade. 

É tudo uma questão de oportunidade. Todos nós sabemos de casos de negros bem sucedidos. Não importa a área de atuação.



Gilberto


From: Rafael Picate <rpicate@gmail.com>
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, October 23, 2012 12:53 PM
Subject: [ciencialist] Devem ser criadas cotas para negros também no serviço público? - Folha

 


-

http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=84659




SUBJECT: Re: Devem ser criadas cotas para negros também no serviço público? - Folha
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/10/2012 16:35

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Gilberto Morelli
> É dizer que eles são incapazes de conseguir as coisas por próprio
> mérito.

Nope. É reconhecer que estão em desvantagem.

Aqui uma analogia visual pra vcs:
http://neveraskedquestions.blogspot.com.br/2009/05/space-quota-exceeded-2.html

> Pelo que eu soube ontem, devem passar o investimento em educação de
> 5% para 10% do PIB.

De 7% pra 10% na verdade. O que é muito bom de todo modo.

> É tudo uma questão de oportunidade. Todos nós sabemos de casos de
> negros bem sucedidos. Não importa a área de atuação.

Exato. Cotas são um mecanismo de oferta dessa oportunidade.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Devem ser criadas cotas para negros também no serviço público? - Folha
FROM: Rafael Picate <rpicate@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/10/2012 20:02

Gilberto,

essa canetada, que colocou todas as universidades, inclusive as que já tinham políticas de compensação, e provocando indignação de muitos reitores, inclusive os favoráveis a cotas, me pareceu uma medida cheirando a populismo também eleitoral. 

Obtive a confirmação dessa suspeita, no debate paulista, a lei mal saindo do forno, o candidato Haddad, acusava o Serra de ser contra os pobres, numa acusação indireta estranha, segundo ele   o PT sempre foi a favor de cotas e era barrado pelo Demóstenes,  o representante da elite. 
Quem é contra cotas, agora é contra o povo. 

abs,
Rafael



Em 23 de outubro de 2012 14:40, Gilberto Morelli <gilmorelli@yahoo.com> escreveu:
 

O sistema de cotas raciais, para mim, é descabido.

É dizer que eles são incapazes de conseguir as coisas por próprio mérito.

Acho que os negros deveriam é protestar contra esse tipo de sistema.

Pelo que eu soube ontem, devem passar o investimento em educação de 5% para 10% do PIB.

Claro que os reflexos são para longo prazo, mas tenho esperança de que um dia não haja esse tipo de desigualdade. 

É tudo uma questão de oportunidade. Todos nós sabemos de casos de negros bem sucedidos. Não importa a área de atuação.



Gilberto


From: Rafael Picate <rpicate@gmail.com>
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, October 23, 2012 12:53 PM
Subject: [ciencialist] Devem ser criadas cotas para negros também no serviço público? - Folha





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Devem ser criadas cotas para negros também no serviço público? - Folha
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/10/2012 23:18


Dessa forma, no geral, as cotas no servico publico irao colocar pessoas menos preparadas para a execucao de uma determinada atividade. E esperara para ver.

Imaginem se colocam cotas para a camaras, congresso, etc...esta com certeza nao teria o menor sentido!!!!

Pergunta - nos casos das cotas nas universidades e estas futuras, existe alguma nota minima a ser alcancada )

Abs 

De: roberto <roberto.takata@bol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Terça-feira, 23 de Outubro de 2012 16:35
Assunto: [ciencialist] Re: Devem ser criadas cotas para negros também no serviço público? - Folha

 
--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Gilberto Morelli
> É dizer que eles são incapazes de conseguir as coisas por próprio
> mérito.

Nope. É reconhecer que estão em desvantagem.

Aqui uma analogia visual pra vcs:
http://neveraskedquestions.blogspot.com.br/2009/05/space-quota-exceeded-2.html

> Pelo que eu soube ontem, devem passar o investimento em educação de
> 5% para 10% do PIB.

De 7% pra 10% na verdade. O que é muito bom de todo modo.

> É tudo uma questão de oportunidade. sTodos nós sabemos de casos de
> negros bem sucedidos. Não importa a área de atuação.

Exato. Cotas são um mecanismo de oferta dessa oportunidade.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Devem ser criadas cotas para negros também no serviço público? - Folha
FROM: "J.Victor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/10/2012 10:29

Talvez deixassem o erário de lado, para uso público mesmo, como é para ser. Ao invés de...

 

Sds,

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de luiz silva
Enviada em: terça-feira, 23 de outubro de 2012 22:18
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Devem ser criadas cotas para negros também no serviço público? - Folha

 

 

 

Dessa forma, no geral, as cotas no servico publico irao colocar pessoas menos preparadas para a execucao de uma determinada atividade. E esperara para ver.

 

Imaginem se colocam cotas para a camaras, congresso, etc...esta com certeza nao teria o menor sentido!!!!

 

Pergunta - nos casos das cotas nas universidades e estas futuras, existe alguma nota minima a ser alcancada )

 

Abs 


De: roberto <roberto.takata@bol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Terça-feira, 23 de Outubro de 2012 16:35
Assunto: [ciencialist] Re: Devem ser criadas cotas para negros também no serviço público? - Folha

 

 

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Gilberto Morelli
> É dizer que eles são incapazes de conseguir as coisas por próprio
> mérito.

Nope. É reconhecer que estão em desvantagem.

Aqui uma analogia visual pra vcs:
http://neveraskedquestions.blogspot.com.br/2009/05/space-quota-exceeded-2.html

> Pelo que eu soube ontem, devem passar o investimento em educação de
> 5% para 10% do PIB.

De 7% pra 10% na verdade. O que é muito bom de todo modo.

> É tudo uma questão de oportunidade. sTodos nós sabemos de casos de
> negros bem sucedidos. Não importa a área de atuação.

Exato. Cotas são um mecanismo de oferta dessa oportunidade.

[]s,

Roberto Takata

 


SUBJECT: RE: [ciencialist] Devem ser criadas cotas para negros também no serviço público? - Folha
FROM: Thiago Guimarães <guimaraesbsb@hotmail.com>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/10/2012 13:24


Rafael, 
 
Tem também o problema dessa sintaxe chamada "políticas de afirmação".
Pois bem, são políticas de afirmação de quê? Essas políticas não deveriam
ter início, meio e fim? Metas claramente estabelecidas? Regras "regionalizadas"
para cada realidade local? Se não, a mesma vale para todos, generalizadamente? 
 
E a pergunta mais descabelada: essas políticas são 'Ad aeternum'?
 
Parece que temos pelo menos alguns erros graves no planejamento
dessas políticas, não? Triste Brazil...
 
Thiago
 
 
 

To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: rpicate@gmail.com
Date: Tue, 23 Oct 2012 20:02:29 -0200
Subject: Re: [ciencialist] Devem ser criadas cotas para negros também no serviço público? - Folha

 
Gilberto,

essa canetada, que colocou todas as universidades, inclusive as que já tinham políticas de compensação, e provocando indignação de muitos reitores, inclusive os favoráveis a cotas, me pareceu uma medida cheirando a populismo também eleitoral. 

Obtive a confirmação dessa suspeita, no debate paulista, a lei mal saindo do forno, o candidato Haddad, acusava o Serra de ser contra os pobres, numa acusação indireta estranha, segundo ele   o PT sempre foi a favor de cotas e era barrado pelo Demóstenes,  o representante da elite. 
Quem é contra cotas, agora é contra o povo. 

abs,
Rafael



Em 23 de outubro de 2012 14:40, Gilberto Morelli <gilmorelli@yahoo.com> escreveu:
 


O sistema de cotas raciais, para mim, é descabido.

É dizer que eles são incapazes de conseguir as coisas por próprio mérito.

Acho que os negros deveriam é protestar contra esse tipo de sistema.

Pelo que eu soube ontem, devem passar o investimento em educação de 5% para 10% do PIB.

Claro que os reflexos são para longo prazo, mas tenho esperança de que um dia não haja esse tipo de desigualdade. 

É tudo uma questão de oportunidade. Todos nós sabemos de casos de negros bem sucedidos. Não importa a área de atuação.



Gilberto


From: Rafael Picate <rpicate@gmail.com>
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, October 23, 2012 12:53 PM
Subject: [ciencialist] Devem ser criadas cotas para negros também no serviço público? - Folha







SUBJECT: Re: Devem ser criadas cotas para negros também no serviço público? - Folha
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/10/2012 16:14

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva
> Pergunta - nos casos das cotas nas universidades e estas futuras,
> existe alguma nota minima a ser alcancada )

Sim, a nota de corte, determinada de acordo com as notas dos concorrentes no processo seletivo. Como ocorre atualmente.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Devem ser criadas cotas para negros também no serviço público? - Folha
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/10/2012 22:06

Não são políticas de afirmação, são políticas de ações afirmativas.

A expressão affirmative action surgiu durante a presidência de John Kennedy e aplicada inicialmente durante os governos Lindon Johnson e, depois, Richard Nixon. A expressão foi usada pela primeira vez, do que se tem registro, em um relatório de uma comissão de igualdade de oportunidades de emprego, dizendo que era preciso "tomar ações afirmativas" ("take affirmative actions"), em contraste com as ações negativas - isto é, não bastava não fazer nada para bloquear o acesso dos negros, era preciso fazer algo ativamente para que o acesso ocorresse em condições de igualdade.

[]s,

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Thiago Guimarães <guimaraesbsb@...> escreveu
>
>
>
> Rafael,
>
> Tem também o problema dessa sintaxe chamada "políticas de afirmação".
> Pois bem, são políticas de afirmação de quê? Essas políticas não deveriam
> ter início, meio e fim? Metas claramente estabelecidas? Regras "regionalizadas"
> para cada realidade local? Se não, a mesma vale para todos, generalizadamente?
>
> E a pergunta mais descabelada: essas políticas são 'Ad aeternum'?
>
> Parece que temos pelo menos alguns erros graves no planejamento
> dessas políticas, não? Triste Brazil...
>
> Thiago
>
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> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> From: rpicate@...
> Date: Tue, 23 Oct 2012 20:02:29 -0200
> Subject: Re: [ciencialist] Devem ser criadas cotas para negros também no serviço público? - Folha
>
>
>
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>
> Gilberto,
>
>
> essa canetada, que colocou todas as universidades, inclusive as que já tinham políticas de compensação, e provocando indignação de muitos reitores, inclusive os favoráveis a cotas, me pareceu uma medida cheirando a populismo também eleitoral.
>
>
> Obtive a confirmação dessa suspeita, no debate paulista, a lei mal saindo do forno, o candidato Haddad, acusava o Serra de ser contra os pobres, numa acusação indireta estranha, segundo ele o PT sempre foi a favor de cotas e era barrado pelo Demóstenes, o representante da elite.
> Quem é contra cotas, agora é contra o povo.
>
>
> abs,
> Rafael
>
>
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> Em 23 de outubro de 2012 14:40, Gilberto Morelli <gilmorelli@...> escreveu:
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>
>
> O sistema de cotas raciais, para mim, é descabido.
>
>
> É dizer que eles são incapazes de conseguir as coisas por próprio mérito.
>
>
> Acho que os negros deveriam é protestar contra esse tipo de sistema.
>
>
> Pelo que eu soube ontem, devem passar o investimento em educação de 5% para 10% do PIB.
>
>
> Claro que os reflexos são para longo prazo, mas tenho esperança de que um dia não haja esse tipo de desigualdade.
>
>
> É tudo uma questão de oportunidade. Todos nós sabemos de casos de negros bem sucedidos. Não importa a área de atuação.
>
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>
> Gilberto
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>
> From: Rafael Picate <rpicate@...>
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Tuesday, October 23, 2012 12:53 PM
> Subject: [ciencialist] Devem ser criadas cotas para negros também no serviço público? - Folha
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> -
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> http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=84659
>




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Devem ser criadas cotas para negros também no serviço público? - Folha
FROM: <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/10/2012 13:02

Olá pessoal
 
Mais sobre cotas, e ações afirmativas, essa é uma evidência de que o assunto não é simples, fácil ou com respostas simples (e óbvias.:- ).
 
Não fazer nada, quase sempre, é fazer algo. Deixar que “as coisas se resolvam” não é falta de atitude, é uma atitude real, e tem efeitos reais.
 
E um ponto importante, ninguém nega, ou deixa de reconhecer, que é possível exagerar, ou aplicar incorretamente, sistemas como as cotas, ou, na verdade, qualquer sistema social, humano, e portanto, falho. Nem que seja possível perder o foco e ter efeitos daninhos em alguma medida. Sabemos disso, e lutamos para que isso seja denunciado e corrigido.
 
Apenas não pensamos, os que veem nas cotas alguma virtude, que sejam piores que não fazer nada.
 
Por exemplo, a função das cotas em universidades, e na qualificação de cidadãos, que de outra forma não teriam essa oportunidade, tem o objetivo de sanar, equilibrar, situações injustas, e com efeitos a longo prazo. Seu objetivo principal é alavancar cidadãos que de outra forma nunca teriam oportunidades educacionais, de forma a dar chances iguais a desiguais. Com todos os defeitos que possa ter, seu objetivo é compreensível, e se alinha a questão da meritocracia e a corrida de 100 metros, onde todos dvem sair do mesmo ponto (e não alguns bem na frente).
 
Já cotas determinadas para situações em que já se formou o cidadão, podem perder o foco, e tentar ser um “premio” ou reparação, o que não é o objetivo principal ou mais justo da ideia de ação afirmativa. Quando, por exemplo, um sistema de cotas para deficientes determina a contratação de pessoas nessa situação, isso NÃO significa obrigar a contratar pessoas menos capazes por serem deficientes. O teste de admissão ainda deve ser o mesmo, seguir o mesmo rigor, que para os não deficientes.
 
O que a norma deseja é que não se impeça um candidato de sequer fazer o teste, recusado pela deficiência. Evidentemente NINGUÉM defende que cegos se candidatem a motoristas de onibus, ou cadeirantes a carteiros (pelo menos enquanto as entregas forem feitas andando ou com bicicletas).
 
E claro que entendemos o problema de, uma vez que um sistema de cotas, justo e bem aplicado como em educação, seja tomado como “bom” em termos eleitorais, haverão candidatos que tentarão usar essa percepção pública para seu benefício, e desandar a sugerir cotas a rodo. Mas isso se aplica a TODA iniciativa social, pública, humana, sempre haverão espertalhões e aproveitadores. Mas estes não tiram o mérito de um sistema bem aplicado (com defeitos, repito, que sabemos existir).
 
Não acho, mesmo, que quem é contra as cotas é “contra o povo”. Isso é claramente o mau uso político de, bem, de qualquer coisa que estes malucos pensem ser vantajoso em eleições ou para atacar adversários. Acho que quem é contra tem legítimas preocupações, e legítimas discordâncias (a maior parte, há também quem esteja de má fé, em ambos os lados, claro).
 
E não acho que a posição em relação as cotas deve ser monolítica ou extrema. Não acho que quem é a favor de cotas, ou de ações afirmativas, deve ser a favor de cotas em TODO lugar. Nem o contrário, quem é contra deve ser contra em TODO lugar. A norma sobre deficientes não “matou” ninguém, nem prejudicou empresas, e fez algo para posicionar deficientes em relação a capacidade de trabalhar. Penso que em muitos casos, é isso que se espera de cotas raciais (sim, eu também sinto calafrios com o termo, “raciais”, mas é culpa do racismo, dos racistas, não minha nem do termo propriamente).
 
Por exemplo, cotas no serviço público não me parecem razoáveis, pois implica em posicionar cidadãos que já passaram pelo primeiro filtro, educacional. Se um sistema público não consegue se livrar do viés racial, ao fazer concursos e escolher os melhores entre os candidatos, há pouco que as cotas possam fazer. E se consegue, é um caminho melhor que cotas. É, entretanto, uma situação completamente diferente do direito a educação, de qualidade. Entrar no serviço público será, sempre, uma questão de ser adequado ao serviço ou função, enquanto que na questão da educação, o objetivo é ter vagas para todo mundo em algum momento futuro. Em um caso a contribuição é do funcionário para com o público, no segundo é o dever da administração pública em prover educação de qualidade para o cidadão.
 
Penso o mesmo de cotas nas “artes”, e em todo sistema social em que já se tenha passado pelo filtro educacional, ou a direção da contriubuição seja invertida. Uma coisa é sanar falhas no dever da administração, do Estado, com o cidadão, outra é a capacidade do cidadão de contribuir com a sociedade, estado ou outros cidadãos. Se a maioria dos melhores médicos é branca, então devemos melhorar as chances de formar melhores médicos negros, dando acesso a universidade a eles, e não escolher médicos só pela cor.
 
Acho que esse é o ponto fundamental. Educação é um dever do estado com o cidadão, com os jovens. Ações afirmativas como cotas tentam resolver essa falha com o dever de educar. Fornecer medicos de qualidade e sistemas de saúde para o cidadão é dever do estado. Cotas, nesse caso, ou em qualquer serviço público, não estão fazendo nada nesse sentido, de ajudar a melhorar esses serviços.
 
Enfim, um assunto vasto, complexo, difícil, e sem respostas óbvias ou simples. Não agir é tão causador de efeitos, muitos daninhos, quanto agir.
 
Um abraço.
 
Homero
 
 
 
 
From: roberto
Sent: Wednesday, October 24, 2012 10:06 PM
Subject: [ciencialist] Re: Devem ser criadas cotas para negros também no serviço público? - Folha
 
 

Não são políticas de afirmação, são políticas de ações afirmativas.

A expressão affirmative action surgiu durante a presidência de John Kennedy e aplicada inicialmente durante os governos Lindon Johnson e, depois, Richard Nixon. A expressão foi usada pela primeira vez, do que se tem registro, em um relatório de uma comissão de igualdade de oportunidades de emprego, dizendo que era preciso "tomar ações afirmativas" ("take affirmative actions"), em contraste com as ações negativas - isto é, não bastava não fazer nada para bloquear o acesso dos negros, era preciso fazer algo ativamente para que o acesso ocorresse em condições de igualdade.

[]s,

Roberto Takata

--- Em mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br, Thiago Guimarães <guimaraesbsb@...> escreveu
>
>
>
> Rafael,
>
> Tem também o problema dessa sintaxe chamada "políticas de afirmação".
> Pois bem, são políticas de afirmação de quê? Essas políticas não deveriam
> ter início, meio e fim? Metas claramente estabelecidas? Regras "regionalizadas"
> para cada realidade local? Se não, a mesma vale para todos, generalizadamente?
>
> E a pergunta mais descabelada: essas políticas são 'Ad aeternum'?
>
> Parece que temos pelo menos alguns erros graves no planejamento
> dessas políticas, não? Triste Brazil...
>
> Thiago
>
>
>
>
>
>
> To: mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br
> From: rpicate@...
> Date: Tue, 23 Oct 2012 20:02:29 -0200
> Subject: Re: [ciencialist] Devem ser criadas cotas para negros também no serviço público? - Folha
>
>
>
>
>
> Gilberto,
>
>
> essa canetada, que colocou todas as universidades, inclusive as que já tinham políticas de compensação, e provocando indignação de muitos reitores, inclusive os favoráveis a cotas, me pareceu uma medida cheirando a populismo também eleitoral.
>
>
> Obtive a confirmação dessa suspeita, no debate paulista, a lei mal saindo do forno, o candidato Haddad, acusava o Serra de ser contra os pobres, numa acusação indireta estranha, segundo ele o PT sempre foi a favor de cotas e era barrado pelo Demóstenes, o representante da elite.
> Quem é contra cotas, agora é contra o povo.
>
>
> abs,
> Rafael
>
>
>
>
>
> Em 23 de outubro de 2012 14:40, Gilberto Morelli <gilmorelli@...> escreveu:
>
>
>
>
>
>
>
>
> O sistema de cotas raciais, para mim, é descabido.
>
>
> É dizer que eles são incapazes de conseguir as coisas por próprio mérito.
>
>
> Acho que os negros deveriam é protestar contra esse tipo de sistema.
>
>
> Pelo que eu soube ontem, devem passar o investimento em educação de 5% para 10% do PIB.
>
>
> Claro que os reflexos são para longo prazo, mas tenho esperança de que um dia não haja esse tipo de desigualdade.
>
>
> É tudo uma questão de oportunidade. Todos nós sabemos de casos de negros bem sucedidos. Não importa a área de atuação.
>
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>
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>
>
> Gilberto
>
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>
> From: Rafael Picate <rpicate@...>
> To: mailto:ciencialist%40yahoogrupos.com.br
> Sent: Tuesday, October 23, 2012 12:53 PM
> Subject: [ciencialist] Devem ser criadas cotas para negros também no serviço público? - Folha
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SUBJECT: L'Aquila quake: Italy scientists guilty of manslaughter
FROM: Rafael Picate <rpicate@gmail.com>
TO: undisclosed-recipients:;
BCC: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/10/2012 15:43

SUBJECT: Acidente de percurso: postagem por caminhos não planejados.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/10/2012 08:05

Amigos, principalmente os cobrões em informática, tratos com a internet, etc.

Estou um pouco perplexo, conforme relato a seguir.

 

Há pouco entrei no Google solicitando o seguinte: “vetores de projeção no formalismo tensorial”, para ver o que já existe em termos desse tópico, para subsidiar uns rabiscos matemáticos que estou concluindo.

Beleza! O Google retornou tudo que conseguiu encontrar a respeito, inclusive um trabalho com o seguinte endereço:

 

xa.yimg.com/kq/groups/1044856/.../Tensor+de+Riemann_1.docx

 

Até aí, nada demais.

Acontece que este é um texto que escrevi e postei no fórum ciencialist, há cerca de dois meses, com vistas a uns questionamentos de um de nós, sem maiores pretensões que apenas um papo matemático, quase informal! Não postei em lugar nenhum, além do fórum. No entanto, o Google encontrou, com o endereço citado!

Como isso é possível?  A intenção era manter tudo apenas ao nível de nosso convívio e poder auxiliar alguns do fórum, que fizeram perguntas, e por outro motivo, lá descrito, etc.

Gostaria de que alguém me explicasse o que acontece quando se posta coisas na internet, como neste fórum. Tudo fica disponível para todos, é o que parece. É assim? Honestamente, confesso minha quase jurassaica ignorância nessas coisas.  Não  sou, contudo, propriamente,  uma analfabyte nesse mister. Só um pouco...Dado que, nisto,  pastei. Solenemente.

 

Ou seja, quem disse que você pode se esconder debaixo de uma pedra? O Google vai lá, e te arrasta pelos pés!

 

A explicação que desejo deve-se a que, na próxima, deverei ter mais cuidado, pois o texto, como está, não é apropriado, penso, para divulgação escancarada, como parece ter sido.

 

Bons votos prá ocês. Elejam qualquer um, menos os de ficha suja, incluindo os PTralhas. Dó do erário é o que devemos ter...

Tenho dó de S. Paulo: se ficar, o bicho pega, se ocorrer, ele lancha.

E todos serão salvos, pela graça divina.

 

Sds,

Victor.

 


SUBJECT: Alg Geométrica - Um belo texto do Ricardo.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/10/2012 08:21

Olá,

 

O texto abaixo, do Ricardo, já  está, parece-me, no nos arquivos do ciencialist.

 

Agora, o Google encontrou também. Mas numa conta do próprio Ricardo.

 

 

www.geocities.ws/rickrsv/teorias_arquivos/topicos.pdf

 

Para quem ainda não leu, e tem interesse nesse importante e fundamental ramo da matemática, recomendo. Vale a pena não só pela leitura, mas por um estudo mais aprofundado, com vistas a adquirir proficiência no mister.

 

Aproveito, agora, coisa  que não fiz no passado, para agradecer ao Ricardo pela gentil referência ao meu nome. Credito apenas uns 0,0001% de minha participação. O texto mostrou, já naqueles tempos de estudante, o potencial de Ricardo, não só para a escrita como para incursões pelos mistérios da natureza.

 

Espero rume para um Nobel, enquanto não enrica ensinando...

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Acidente de percurso: postagem por caminhos não planejados.
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/10/2012 08:23

Ola Victor,
 
Eu já achei um arquivo meu no google que estava anexado em um emal que enviei para um amigo!!!!
 
Abs
Felipe


De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Domingo, 28 de Outubro de 2012 8:05
Assunto: [ciencialist] Acidente de percurso: postagem por caminhos não planejados.
 
Amigos, principalmente os cobrões em informática, tratos com a internet, etc.
Estou um pouco perplexo, conforme relato a seguir.
 
Há pouco entrei no Google solicitando o seguinte: “vetores de projeção no formalismo tensorial”, para ver o que já existe em termos desse tópico, para subsidiar uns rabiscos matemáticos que estou concluindo.
Beleza! O Google retornou tudo que conseguiu encontrar a respeito, inclusive um trabalho com o seguinte endereço:
 
xa.yimg.com/kq/groups/1044856/.../Tensor+de+Riemann_1.docx
 
Até aí, nada demais.
Acontece que este é um texto que escrevi e postei no fórum ciencialist, há cerca de dois meses, com vistas a uns questionamentos de um de nós, sem maiores pretensões que apenas um papo matemático, quase informal! Não postei em lugar nenhum, além do fórum. No entanto, o Google encontrou, com o endereço citado!
Como isso é possível?  A intenção era manter tudo apenas ao nível de nosso convívio e poder auxiliar alguns do fórum, que fizeram perguntas, e por outro motivo, lá descrito, etc.
Gostaria de que alguém me explicasse o que acontece quando se posta coisas na internet, como neste fórum. Tudo fica disponível para todos, é o que parece. É assim? Honestamente, confesso minha quase jurassaica ignorância nessas coisas.  Não  sou, contudo, propriamente,  uma analfabyte nesse mister. Só um pouco...Dado que, nisto,  pastei. Solenemente.
 
Ou seja, quem disse que você pode se esconder debaixo de uma pedra? O Google vai lá, e te arrasta pelos pés!
 
A explicação que desejo deve-se a que, na próxima, deverei ter mais cuidado, pois o texto, como está, não é apropriado, penso, para divulgação escancarada, como parece ter sido.
 
Bons votos prá ocês. Elejam qualquer um, menos os de ficha suja, incluindo os PTralhas. Dó do erário é o que devemos ter...
Tenho dó de S. Paulo: se ficar, o bicho pega, se ocorrer, ele lancha.
E todos serão salvos, pela graça divina.
 
Sds,
Victor.
 

SUBJECT: Re: Acidente de percurso: postagem por caminhos não planejados.
FROM: "brudna" <brudna@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/10/2012 08:47

Explicando.

As mensagens que são trocadas pela Ciencialist estão disponíveis em
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/
e tem acesso livre. Ou seja, podem ser encontradas pela internet.
A Ciencialist é um grupo de discussão aberto. Mas somente inscritos podem trocar (responder) mensagens.

Sobre encontrar anexos de mail na internet; o Google está testando integração da busca da internet com o Gmail. Ou seja, se vc está logado com usuário e senha no Gmail, pode ver alguns resultados do teu mail na busca geral. Mas isto só ocorre para a pessoa, não é público. Somente vc verá os teus resultados do teu mail.

Até
Luís Brudna
luisbrudna@gmail.com




--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...> escreveu
>
> Ola Victor,
>  
> Eu já achei um arquivo meu no google que estava anexado em um emal que enviei para um amigo!!!!
>  
> Abs
> Felipe
>
>
>
> ________________________________
> De: JVictor <j.victor.neto@...>
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Enviadas: Domingo, 28 de Outubro de 2012 8:05
> Assunto: [ciencialist] Acidente de percurso: postagem por caminhos não planejados.
>
>  
> Amigos, principalmente os cobrões em informática, tratos com a internet, etc.
> Estou um pouco perplexo, conforme relato a seguir.
>  
> Há pouco entrei no Google solicitando o seguinte: “vetores de projeção no formalismo tensorial”, para ver o que já existe em termos desse tópico, para subsidiar uns rabiscos matemáticos que estou concluindo.
> Beleza! O Google retornou tudo que conseguiu encontrar a respeito, inclusive um trabalho com o seguinte endereço:
>  
> xa.yimg.com/kq/groups/1044856/.../Tensor+de+Riemann_1.docx
>  
> Até aí, nada demais.
> Acontece que este é um texto que escrevi e postei no fórum ciencialist, há cerca de dois meses, com vistas a uns questionamentos de um de nós, sem maiores pretensões que apenas um papo matemático, quase informal! Não postei em lugar nenhum, além do fórum. No entanto, o Google encontrou, com o endereço citado!
> Como isso é possível?  A intenção era manter tudo apenas ao nível de nosso convívio e poder auxiliar alguns do fórum, que fizeram perguntas, e por outro motivo, lá descrito, etc.
> Gostaria de que alguém me explicasse o que acontece quando se posta coisas na internet, como neste fórum. Tudo fica disponível para todos, é o que parece. É assim? Honestamente, confesso minha quase jurassaica ignorância nessas coisas.  Não  sou, contudo, propriamente,  uma analfabyte nesse mister. Só um pouco...Dado que, nisto,  pastei. Solenemente.
>  
> Ou seja, quem disse que você pode se esconder debaixo de uma pedra? O Google vai lá, e te arrasta pelos pés!
>  
> A explicação que desejo deve-se a que, na próxima, deverei ter mais cuidado, pois o texto, como está, não é apropriado, penso, para divulgação escancarada, como parece ter sido.
>  
> Bons votos prá ocês. Elejam qualquer um, menos os de ficha suja, incluindo os PTralhas. Dó do erário é o que devemos ter...
> Tenho dó de S. Paulo: se ficar, o bicho pega, se ocorrer, ele lancha.
> E todos serão salvos, pela graça divina.
>  
> Sds,
> Victor.
>  
>



SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: Acidente de percurso: postagem por caminhos não planejados.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/10/2012 19:36

Grato pelo esclarecimento.

 

 

Sds,

Victor

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de brudna
Enviada em: segunda-feira, 29 de outubro de 2012 08:47
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Re: Acidente de percurso: postagem por caminhos não planejados.

 

 

Explicando.

As mensagens que são trocadas pela Ciencialist estão disponíveis em
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/
e tem acesso livre. Ou seja, podem ser encontradas pela internet.
A Ciencialist é um grupo de discussão aberto. Mas somente inscritos podem trocar (responder) mensagens.

Sobre encontrar anexos de mail na internet; o Google está testando integração da busca da internet com o Gmail. Ou seja, se vc está logado com usuário e senha no Gmail, pode ver alguns resultados do teu mail na busca geral. Mas isto só ocorre para a pessoa, não é público. Somente vc verá os teus resultados do teu mail.

Até
Luís Brudna
luisbrudna@gmail.com

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, luiz silva <luizfelipecsrj@...> escreveu
>
> Ola Victor,
>  
> Eu já achei um arquivo meu no google que estava anexado em um emal que enviei para um amigo!!!!
>  
> Abs
> Felipe
>
>
>
> ________________________________
> De: JVictor <j.victor.neto@...>
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Enviadas: Domingo, 28 de Outubro de 2012 8:05
> Assunto: [ciencialist] Acidente de percurso: postagem por caminhos não planejados.
>
>  
> Amigos, principalmente os cobrões em informática, tratos com a internet, etc.
> Estou um pouco perplexo, conforme relato a seguir.
>  
> Há pouco entrei no Google solicitando o seguinte: “vetores de projeção no formalismo tensorial”, para ver o que já existe em termos desse tópico, para subsidiar uns rabiscos matemáticos que estou concluindo.
> Beleza! O Google retornou tudo que conseguiu encontrar a respeito, inclusive um trabalho com o seguinte endereço:
>  
> xa.yimg.com/kq/groups/1044856/.../Tensor+de+Riemann_1.docx
>  
> Até aí, nada demais.
> Acontece que este é um texto que escrevi e postei no fórum ciencialist, há cerca de dois meses, com vistas a uns questionamentos de um de nós, sem maiores pretensões que apenas um papo matemático, quase informal! Não postei em lugar nenhum, além do fórum. No entanto, o Google encontrou, com o endereço citado!
> Como isso é possível?  A intenção era manter tudo apenas ao nível de nosso convívio e poder auxiliar alguns do fórum, que fizeram perguntas, e por outro motivo, lá descrito, etc.
> Gostaria de que alguém me explicasse o que acontece quando se posta coisas na internet, como neste fórum. Tudo fica disponível para todos, é o que parece. É assim? Honestamente, confesso minha quase jurassaica ignorância nessas coisas.  Não  sou, contudo, propriamente,  uma analfabyte nesse mister. Só um pouco...Dado que, nisto,  pastei. Solenemente.
>  
> Ou seja, quem disse que você pode se esconder debaixo de uma pedra? O Google vai lá, e te arrasta pelos pés!
>  
> A explicação que desejo deve-se a que, na próxima, deverei ter mais cuidado, pois o texto, como está, não é apropriado, penso, para divulgação escancarada, como parece ter sido.
>  
> Bons votos prá ocês. Elejam qualquer um, menos os de ficha suja, incluindo os PTralhas. Dó do erário é o que devemos ter...
> Tenho dó de S. Paulo: se ficar, o bicho pega, se ocorrer, ele lancha.
> E todos serão salvos, pela graça divina.
>  
> Sds,
> Victor.
>  
>


SUBJECT: Dirac, o gênio e sua obra, tão grande quanto o universo e...Newton.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/10/2012 07:26

O dia 20 pp marcou 3 décadas da morte do físico Dirac.

 

Seus insigts, suas contribuições, todas genuínas, marcaram o desenvolvimento da física, sobretudo, e principalmente, a física quântica. Infelizmente não conheço seu importante trabalho sobre física quântica. Mas luminares da física brasileira, como Henrique Fleming e outros, que conhecem bem toda sua obra, declaram que a obra de Dirac sobre Mecânica Quântica só é comparável ao Philosophiae Naturalis Principia Mathematica, de Newton. É a obra fundamental da mecânica quântica, sendo a primeira. É referência e um norte para todos os demais trabalhos na área.

 

Estudei seu “livreto”, de apenas 69 páginas, sobre RG. E tenho a declarar o seguinte: expôs, nessas  poucas  páginas, de maneira precisa e de fácil entendimento, todos os principais conceitos envolvidos na RG, com uma didática e um poder de síntese, em minha opinião, incomparáveis. Apreciar como discorre matematicamente sobre esta fundamental teoria é como passear  um passeio agradável  e inesquecível. Parece até que ele já nasceu falando daquelas coisas e... assustando os pais.

 

En passant: Verão, num dos últimos parágrafos, até onde chega a estupidez da religião, qualquer que seja, e de seus  fiéis paladinos: foi considerado um anti-cristo, como se um cristo houvesse existido para ter um oposto. Uma desgraça. Se pensa que inquisições e intolerâncias são privilégios das eras medievais, está enganado.  Continuam por aqui. É só futucar o cão com vara curta. Mas tem que sair de perto e se enfiar debaixo uma pedra... Felizmente, a razão de outros se impôs e vetos foram retirados.

A contra gosto, claro.

 

Bem, aí está um endereço onde os interessados poderão saber mais sobre esse importante figuraço da ciência.

 

  

 

http://en.wikipedia.org/wiki/Paul_Dirac

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: Portal com vídeos-aulas da USP
FROM: "psdias2" <psdias2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/10/2012 12:00

Abaixo, link para um portal interessante, com vídeo-aulas daUSP,
das áreas de Exatas, Humanas e Biológicas.
(não me lembro se alguém já enviou esse endereço para a lista):

http://www.eaulas.usp.br/portal/home

Paulo




SUBJECT: RES: [ciencialist] Portal com vídeos-aulas da USP
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/10/2012 23:05

Esse endereço, com tal conteúdo, também não lembro. Acho que não.

Postagem de  muita utilidade. Acabei de ver duas aulas.

Muito boas. A USP, realmente, sabe o que é ensinar, e divulgar isso.

 

Sds,

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de psdias2
Enviada em: terça-feira, 30 de outubro de 2012 12:00
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Portal com vídeos-aulas da USP

 

 

Abaixo, link para um portal interessante, com vídeo-aulas daUSP,
das áreas de Exatas, Humanas e Biológicas.
(não me lembro se alguém já enviou esse endereço para a lista):

http://www.eaulas.usp.br/portal/home

Paulo


SUBJECT: RE: [ciencialist] Portal com vídeos-aulas da USP
FROM: Thiago Guimarães <guimaraesbsb@hotmail.com>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/10/2012 23:39


Obrigado, Paulo!

Abs, 
Thiago


To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: psdias2@yahoo.com.br
Date: Tue, 30 Oct 2012 14:00:24 +0000
Subject: [ciencialist] Portal com vídeos-aulas da USP

 
Abaixo, link para um portal interessante, com vídeo-aulas daUSP,
das áreas de Exatas, Humanas e Biológicas.
(não me lembro se alguém já enviou esse endereço para a lista):

http://www.eaulas.usp.br/portal/home

Paulo



SUBJECT: CaboPet 2.0 - OrganizadorPet - PentaPet F6
FROM: Tipoalgo <tipoalgo@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/11/2012 09:41

Olá a todos.

Em http://tipoalgo.blogspot.com.br tem agora o CaboPet 2.0, o OrganizadorPet e o PentaPet F6 .

Abraços
Tipoalgo

SUBJECT: Documentário: Kit de Detecção de Mentiras (com Michael Shermer)
FROM: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/11/2012 10:49

Michael Shermer é editor da revista "Skeptical Magazine".

Escreveu 17 livros. Dois deles foram lançados em português,
pela editora JSN:

- Por Que as Pessoas Acreditam em Coisas Estranhas
http://jsneditora.com/JSN_Editora/Por_que_as_pessoas_acreditam_em_coisas_estranhas.html

- Cérebro e Crença:
http://jsneditora.com/JSN_Editora/Cerebro_&_Crenca.html

No link abaixo, o documentário "Kit para Detecção de Mentiras", com legendas
em português de Portugal e em português do Brasil:

http://dotsub.com/view/aa07bc40-584d-4f19-8015-28a7a71e97ae


Paulo


SUBJECT: Entrevista com Michael Shermer
FROM: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/11/2012 10:50

http://www.fronteirasdopensamento.com.br/portal/entrevistas/michael-shermer-duvidar-e-preciso

Paulo


SUBJECT: Os alertas de C.Sagan. E quem se importa?
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/11/2012 12:40

 

É assim que lembro de C.Sagan.

Impagável.

Observações precisas, visão pontual e macro das conseqüências de uma guerra nuclear, expostas de maneira serena e segura, como era de seu feitio.

 

Segundo Einstein, e segundo o que ninguém pode negar, uma 4ª. Guerra Mundial seria no pau e na pedra mesmo.

 

E o pior: não há pedra para debaixo da qual onde possamos ir.

 

http://dotsub.com/view/4023dded-9b07-4add-af23-5a76cb43f954

 

O jeito mesmo é mudar de planeta.

Quando eu encontrar um, e me mudar, avisarei.

 

Sds,

Victor.

 

 


SUBJECT: Concorra a um exemplar de "O terceiro chimpanzé" de Jared Diamond
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/11/2012 12:18

http://genereporter.blogspot.com.br/2012/11/gene-reporter-ano-5.html
----------

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Livros cientificos interessantes e raros achados em feira de rua
FROM: "Eduardo Torres" <dudutorres@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/11/2012 23:45

Proximo a uma das entradas da estacao de metro^ Carioca no Centro do Rio (naquela rua de pedestres ao lado do Ed. Central, entre a Rio Branco e o Largo da Carioca, junto aa entrada lateral do Shopping de Informatica), tem sempre uma feirinha meio mambembe de livros usados, tres ou quatro mesas cobertas de livros, alguns mais bem conservados, outros menos, dos mais variados temas.

Sempre q passo por ali dou uma olhada regulamentar, mas raramente tem algo de maior interesse.

Pra minha surpresa, essa semana, justo na 'mesa do saldao' (onde qq livro custa R$10, independente do numero de paginas, do tipo de encadernacao e do estado de conservacao), encontrei tres preciosidades pra quem gosta de Ciencia:

1-'A Origem da Vida', de A. Oparin (Colecao Bases, vol. 43, Ed. Global, 1982)

- Obra muito falada e referida em qq livro texto de Biologia, mas pouco lida e menos ainda encontrada para leitura em portugues. Aleksandr Ivanovich Oparin foi um biologo russo q escreveu essa obra pioneira e seminal em 1938, onde propunha mecanismos quimicos de carater darwiniano q explicariam como a vida poderia se originar de materia organica nao viva. Na epoca ainda se discutia, mesmo em meios cientificos, se a vida implicava em algum mecanismo nao materialista em sua origem e continuidade. Oparin foi o primeiro a apresentar uma hipotese cientifica consistente exclusivamente materialista sobre a origem da vida, seis anos antes da tb famosa obra de Erwin Schrödinger de 1944 sobre o mesmo tema: 'What Is Life? : The Physical Aspect of the Living Cell'. 'A Origem da Vida' de Oparin so' ficou conhecida fora do ambito da Uniao Sovietica e seus paises aliados do Leste Europeu em 1953, qdo foi pela primeira vez publicada em ingles nos EUA e fez imediatamente um grande sucesso e causou grande influencia na Biologia em nivel internacional.

2-'Sao Os Quanta Reais? - Um Dialogo Galileano', de J.M.Jauch, (Editora da USP/Nova Stella Editorial, 1986)

Josef Maria Jauch foi professor e diretor do Intituto de Fisica Teorica da Universidade de Genebra e em 1973 publicou esse delicioso livro, onde os mesmos tres personagens do classico de Galileo 'Discorsi e dimostrazioni matematiche, intorno a due nuove scienze' de 1638 se reunem em 1971 para discutir a Mecanica Quantica. Sim, de novo Sagredo, Simplicio e Salviati, agora aas margens do Lago Genebra, discutem ciencia, dessa vez confrontando a interpretacao de Copenhagen, a realista e o suposto bom senso para tentar explicar os Quanta.

3-'O Significado da Relatividade', de Albert Einstein (Colecao Stvdivm, Editora Armenio Amado, Coimbra, Portugal, 1984)

Publicada originalmente em 1922, e republicada em sucessivas edicoes revisadas pelo autor em 1937, 1946, 1950 e 1951, esta traducao lusa baseia-se na 5a edicao, publicada 4 anos antes da morte de Einstein. Nessa edicao o autor, segundo o tradutor (professor da Faculdade de Ciencias da Universidade de Coimbra) faz uma revisao geral da Teoria Geral da Relatividade, visando simplificar a deducao das suas equacoes de campo, bem como a forma dessas equacoes, tornando o conjunto da teoria mais transparente, sem alteracao do seu conteudo. No livro Einstein explica didaticamente na primeira parte a Relatividade Restrita, e na segunda a Geral, e apresenta dois apendices, um sobre o Problema Cosmologico, e outro sobre a Teoria Relativista do Campo Nao Simetrico (segundo o tradutor, pela primeira vez tratando desses assuntos).

(Bom, Einstein pode ter achado q explicou didaticamente como o leitor pode fazer facilmente calculo tensorial e deduzir por si proprio a equacao basica da Relatividade Geral, mas na pratica, acompanhar a parte matematica da sua descricao, nao e' pra qq um - certamente nao pra mim. No entanto, ele permeia cada desenvolvimento das equacoes e dos calculos com explicacoes e encadeamentos de raciocinios muito claros e objetivos, q da' pra qq um com um minimo de conhecimento de fisica e calculo acompanhar bem).

Estava no lugar certo na hora certa, e por R$30 consegui dar uma bela enriquecida em minha biblioteca caseira!

:-)

Abs,
Eduardo Torres



SUBJECT: RES: [ciencialist] Livros cientificos interessantes e raros achados em feira de rua
FROM: "J.Victor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/11/2012 09:56

Os Sebos, realmente, surpreendem. Algumas das boas obras de que disponho, há muito esgotadas, encontrei-as em Sebos. Aquí no Recife há, no centro da cidade, uma área especialmente projetada para essas finalidades. Há uma pracinha com inúmeras lojas e, todas no mesmo padrão, e se você tem tempo e paciência, poderá encontrar muita coisa boa. Umas das melhores obras que conheço sobre Relatividade Especial é de um russo, Ugarov, e a pesquei por lá. Entre outras. Acho que devo ter uns 7/8  livros adquiridos assim, pescando nesses centros de obras usadas e raras.

 

Com relação ao livro de Einstein, a que se referiu, realmente, ele buscou ser o mais sucinto e objetivo possível, sem perder o rigor científico. Mesmo assim, a parte técnica, ou seja, o suporte matemático, exige do leitor um conhecimento mais que superficial.  Há sutilezas e procedimentos de cálculo que requerem do freguês uma certa proficiência. Infelizmente.

 

Quanto aos demais, na próxima visita, verei se encontro.

 

Sds,

 

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Eduardo Torres
Enviada em: quarta-feira, 7 de novembro de 2012 22:45
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Livros cientificos interessantes e raros achados em feira de rua

 

 

Proximo a uma das entradas da estacao de metro^ Carioca no Centro do Rio (naquela rua de pedestres ao lado do Ed. Central, entre a Rio Branco e o Largo da Carioca, junto aa entrada lateral do Shopping de Informatica), tem sempre uma feirinha meio mambembe de livros usados, tres ou quatro mesas cobertas de livros, alguns mais bem conservados, outros menos, dos mais variados temas.

Sempre q passo por ali dou uma olhada regulamentar, mas raramente tem algo de maior interesse.

Pra minha surpresa, essa semana, justo na 'mesa do saldao' (onde qq livro custa R$10, independente do numero de paginas, do tipo de encadernacao e do estado de conservacao), encontrei tres preciosidades pra quem gosta de Ciencia:

1-'A Origem da Vida', de A. Oparin (Colecao Bases, vol. 43, Ed. Global, 1982)

- Obra muito falada e referida em qq livro texto de Biologia, mas pouco lida e menos ainda encontrada para leitura em portugues. Aleksandr Ivanovich Oparin foi um biologo russo q escreveu essa obra pioneira e seminal em 1938, onde propunha mecanismos quimicos de carater darwiniano q explicariam como a vida poderia se originar de materia organica nao viva. Na epoca ainda se discutia, mesmo em meios cientificos, se a vida implicava em algum mecanismo nao materialista em sua origem e continuidade. Oparin foi o primeiro a apresentar uma hipotese cientifica consistente exclusivamente materialista sobre a origem da vida, seis anos antes da tb famosa obra de Erwin Schrödinger de 1944 sobre o mesmo tema: 'What Is Life? : The Physical Aspect of the Living Cell'. 'A Origem da Vida' de Oparin so' ficou conhecida fora do ambito da Uniao Sovietica e seus paises aliados do Leste Europeu em 1953, qdo foi pela primeira vez publicada em ingles nos EUA e fez imediatamente um grande sucesso e causou grande influencia na Biologia em nivel internacional.

2-'Sao Os Quanta Reais? - Um Dialogo Galileano', de J.M.Jauch, (Editora da USP/Nova Stella Editorial, 1986)

Josef Maria Jauch foi professor e diretor do Intituto de Fisica Teorica da Universidade de Genebra e em 1973 publicou esse delicioso livro, onde os mesmos tres personagens do classico de Galileo 'Discorsi e dimostrazioni matematiche, intorno a due nuove scienze' de 1638 se reunem em 1971 para discutir a Mecanica Quantica. Sim, de novo Sagredo, Simplicio e Salviati, agora aas margens do Lago Genebra, discutem ciencia, dessa vez confrontando a interpretacao de Copenhagen, a realista e o suposto bom senso para tentar explicar os Quanta.

3-'O Significado da Relatividade', de Albert Einstein (Colecao Stvdivm, Editora Armenio Amado, Coimbra, Portugal, 1984)

Publicada originalmente em 1922, e republicada em sucessivas edicoes revisadas pelo autor em 1937, 1946, 1950 e 1951, esta traducao lusa baseia-se na 5a edicao, publicada 4 anos antes da morte de Einstein. Nessa edicao o autor, segundo o tradutor (professor da Faculdade de Ciencias da Universidade de Coimbra) faz uma revisao geral da Teoria Geral da Relatividade, visando simplificar a deducao das suas equacoes de campo, bem como a forma dessas equacoes, tornando o conjunto da teoria mais transparente, sem alteracao do seu conteudo. No livro Einstein explica didaticamente na primeira parte a Relatividade Restrita, e na segunda a Geral, e apresenta dois apendices, um sobre o Problema Cosmologico, e outro sobre a Teoria Relativista do Campo Nao Simetrico (segundo o tradutor, pela primeira vez tratando desses assuntos).

(Bom, Einstein pode ter achado q explicou didaticamente como o leitor pode fazer facilmente calculo tensorial e deduzir por si proprio a equacao basica da Relatividade Geral, mas na pratica, acompanhar a parte matematica da sua descricao, nao e' pra qq um - certamente nao pra mim. No entanto, ele permeia cada desenvolvimento das equacoes e dos calculos com explicacoes e encadeamentos de raciocinios muito claros e objetivos, q da' pra qq um com um minimo de conhecimento de fisica e calculo acompanhar bem).

Estava no lugar certo na hora certa, e por R$30 consegui dar uma bela enriquecida em minha biblioteca caseira!

:-)

Abs,
Eduardo Torres


SUBJECT: RE: RES: [ciencialist] Livros cientificos interessantes e raros achados em feira de rua
FROM: Thiago Guimarães <guimaraesbsb@hotmail.com>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/11/2012 14:33


Através dos sebos online também se pode encontrar uma grande
variedade de livros importantes. Mas infeilzmente o preço geralmente
é um pouco mais elevado, tanto pelo custo da tecnologia, quanto
pelo transporte do mesmo.
 
Mas vale a pena.
É uma boa dica a qualquer sujeito interessado no conhecimento.
 
Thiago 
 

To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: j.victor.neto@uol.com.br
Date: Thu, 8 Nov 2012 08:56:26 -0300
Subject: RES: [ciencialist] Livros cientificos interessantes e raros achados em feira de rua

 

Os Sebos, realmente, surpreendem. Algumas das boas obras de que disponho, há muito esgotadas, encontrei-as em Sebos. Aquí no Recife há, no centro da cidade, uma área especialmente projetada para essas finalidades. Há uma pracinha com inúmeras lojas e, todas no mesmo padrão, e se você tem tempo e paciência, poderá encontrar muita coisa boa. Umas das melhores obras que conheço sobre Relatividade Especial é de um russo, Ugarov, e a pesquei por lá. Entre outras. Acho que devo ter uns 7/8  livros adquiridos assim, pescando nesses centros de obras usadas e raras.

 

Com relação ao livro de Einstein, a que se referiu, realmente, ele buscou ser o mais sucinto e objetivo possível, sem perder o rigor científico. Mesmo assim, a parte técnica, ou seja, o suporte matemático, exige do leitor um conhecimento mais que superficial.  Há sutilezas e procedimentos de cálculo que requerem do freguês uma certa proficiência. Infelizmente.

 

Quanto aos demais, na próxima visita, verei se encontro.

 

Sds,

 

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Eduardo Torres
Enviada em: quarta-feira, 7 de novembro de 2012 22:45
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Livros cientificos interessantes e raros achados em feira de rua

 

 

Proximo a uma das entradas da estacao de metro^ Carioca no Centro do Rio (naquela rua de pedestres ao lado do Ed. Central, entre a Rio Branco e o Largo da Carioca, junto aa entrada lateral do Shopping de Informatica), tem sempre uma feirinha meio mambembe de livros usados, tres ou quatro mesas cobertas de livros, alguns mais bem conservados, outros menos, dos mais variados temas.

Sempre q passo por ali dou uma olhada regulamentar, mas raramente tem algo de maior interesse.

Pra minha surpresa, essa semana, justo na 'mesa do saldao' (onde qq livro custa R$10, independente do numero de paginas, do tipo de encadernacao e do estado de conservacao), encontrei tres preciosidades pra quem gosta de Ciencia:

1-'A Origem da Vida', de A. Oparin (Colecao Bases, vol. 43, Ed. Global, 1982)

- Obra muito falada e referida em qq livro texto de Biologia, mas pouco lida e menos ainda encontrada para leitura em portugues. Aleksandr Ivanovich Oparin foi um biologo russo q escreveu essa obra pioneira e seminal em 1938, onde propunha mecanismos quimicos de carater darwiniano q explicariam como a vida poderia se originar de materia organica nao viva. Na epoca ainda se discutia, mesmo em meios cientificos, se a vida implicava em algum mecanismo nao materialista em sua origem e continuidade. Oparin foi o primeiro a apresentar uma hipotese cientifica consistente exclusivamente materialista sobre a origem da vida, seis anos antes da tb famosa obra de Erwin Schrödinger de 1944 sobre o mesmo tema: 'What Is Life? : The Physical Aspect of the Living Cell'. 'A Origem da Vida' de Oparin so' ficou conhecida fora do ambito da Uniao Sovietica e seus paises aliados do Leste Europeu em 1953, qdo foi pela primeira vez publicada em ingles nos EUA e fez imediatamente um grande sucesso e causou grande influencia na Biologia em nivel internacional.

2-'Sao Os Quanta Reais? - Um Dialogo Galileano', de J.M.Jauch, (Editora da USP/Nova Stella Editorial, 1986)

Josef Maria Jauch foi professor e diretor do Intituto de Fisica Teorica da Universidade de Genebra e em 1973 publicou esse delicioso livro, onde os mesmos tres personagens do classico de Galileo 'Discorsi e dimostrazioni matematiche, intorno a due nuove scienze' de 1638 se reunem em 1971 para discutir a Mecanica Quantica. Sim, de novo Sagredo, Simplicio e Salviati, agora aas margens do Lago Genebra, discutem ciencia, dessa vez confrontando a interpretacao de Copenhagen, a realista e o suposto bom senso para tentar explicar os Quanta.

3-'O Significado da Relatividade', de Albert Einstein (Colecao Stvdivm, Editora Armenio Amado, Coimbra, Portugal, 1984)

Publicada originalmente em 1922, e republicada em sucessivas edicoes revisadas pelo autor em 1937, 1946, 1950 e 1951, esta traducao lusa baseia-se na 5a edicao, publicada 4 anos antes da morte de Einstein. Nessa edicao o autor, segundo o tradutor (professor da Faculdade de Ciencias da Universidade de Coimbra) faz uma revisao geral da Teoria Geral da Relatividade, visando simplificar a deducao das suas equacoes de campo, bem como a forma dessas equacoes, tornando o conjunto da teoria mais transparente, sem alteracao do seu conteudo. No livro Einstein explica didaticamente na primeira parte a Relatividade Restrita, e na segunda a Geral, e apresenta dois apendices, um sobre o Problema Cosmologico, e outro sobre a Teoria Relativista do Campo Nao Simetrico (segundo o tradutor, pela primeira vez tratando desses assuntos).

(Bom, Einstein pode ter achado q explicou didaticamente como o leitor pode fazer facilmente calculo tensorial e deduzir por si proprio a equacao basica da Relatividade Geral, mas na pratica, acompanhar a parte matematica da sua descricao, nao e' pra qq um - certamente nao pra mim. No entanto, ele permeia cada desenvolvimento das equacoes e dos calculos com explicacoes e encadeamentos de raciocinios muito claros e objetivos, q da' pra qq um com um minimo de conhecimento de fisica e calculo acompanhar bem).

Estava no lugar certo na hora certa, e por R$30 consegui dar uma bela enriquecida em minha biblioteca caseira!

:-)

Abs,
Eduardo Torres



SUBJECT: Não há recursos para as cotas - EDITORAL O ESTADÃO O Estado de S.Paulo - 07/11
FROM: Rafael Picate <rpicate@gmail.com>
TO: undisclosed-recipients:;
BCC: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/11/2012 20:09

SUBJECT: Sexualidade Humana
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: ListadeCiência <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/11/2012 17:40

Cada vez eu fico mais surpreso (sem sentido pejorativo) com a "mobilidade" da sexualidade humana.
 
 
O menino vira menina, pois não curte nada do sexo oposto. Agora, se relaciona com um "menino" que possui o sexo oposto. Ou seja, o que possivelmente antes era percebido pelo cérebro do menino com algo "repulsivo", agora é percebido com algo prazeroso, apesar de, possivelmente, continuar percebendo o sexo oposto como algo repulsivo!!
 
Abs
Felipe

SUBJECT: CIA preocupada com as mudanças climáticas e com os seus efeitos nas sociedades (NYT)
FROM: Marcelo C Pinto <mpinto2009@gmail.com>
TO: Ciencia_list <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/11/2012 17:21

CIA preocupada com as mudanças climáticas e com os seus efeitos nas
sociedades.

link:
https://www.nytimes.com/2012/11/10/science/earth/climate-change-report-outlines-perils-for-us-military.html?ref=science

Marcelo C Pinto

SUBJECT: RES: [ciencialist] Não há recursos para as cotas - EDITORAL O ESTADÃO O Estado de S.Paulo - 07/11
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/11/2012 05:23

Olá,

 

“O mais veemente foi o reitor Roberto Salles, da Universidade Federal Fluminense. Ele reclamou da insuficiência de verbas do Programa Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes) e afirmou que, se o governo não garantir auxílio financeiro, muitos cotistas não conseguirão concluir os cursos. Só o aumento das verbas evitará evasões, afirmou. "O problema é dramático. Precisamos fazer com que o estudante continue na universidade e se forme", diz a pró-reitora de graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Angela Rocha.”

 

Ou seja, o Governo ajoelhou, tem que rezar.

Rezará?

 

Vai deixar esse mega problema nas “costas” dos reitores, meros funcionários públicos?

 

Ora, não destinam maiores verbas e mais recursos para o ensino primário – mesmo o que destinam, em muitos casos,  não é bem gerido -  que é fundamentalismo e vital, quanto mais para corrigir esse incômodo e crescente efeito colateral, absolutamente indesejável, mas “previsto”.

 

Sei não, sei não!

 

Sds,

Victor.

 

 

 

 

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Rafael Picate
Enviada em: quinta-feira, 8 de novembro de 2012 20:10
Para: undisclosed-recipients:
Assunto: [ciencialist] Não há recursos para as cotas - EDITORAL O ESTADÃO O Estado de S.Paulo - 07/11

 

 


SUBJECT: Surpresas da Consciência
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: ListadeCiência <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/11/2012 17:45

Acabou de sair no yahoo (ainda nao verifiquei em outras fontes).
 
 
Abs
Felipe

SUBJECT: Documentário sobre o projeto Arduíno
FROM: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/11/2012 17:46

http://www.youtube.com/watch?v=L4B5u4ArRPU

Paulo


SUBJECT: Entrevista com historiadora da Matemática
FROM: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/11/2012 20:43


A quem possa interessar:

Abaixo, link para entrevista com Serafina Cuomo, historiadora da Matemática.
É da revista Cálculo número 22 (ainda nas bancas, eu acho).

Obs.: A imagem inicial está ruim de ler. É necessário clicar em cada
imagem,
para ampliar.

http://imgur.com/1RecF,2o0Gd,b9xxK,HzBuG,VndHv,rMnxV

Paulo


SUBJECT: BarraPet 7.0 - FerroNó - HexaPet 3.0
FROM: Tipoalgo <tipoalgo@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/11/2012 04:30

Olá a todos.

Disponibilizei no Blog do Tipoalgo estas engenhocas.
Aceito comentários com sugestões e novas ideias; de preferência lá pelo blog para não "poluir" aqui o grupo.

Abraços


SUBJECT: Cada mania tem seu intelectual preferido.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/11/2012 07:06

 

Gostei, foi-me útil, e repasso.

Victor.

Curiosidades do meio literário.

O escritor Wolfgang Von Goethe escrevia em pé. Ele mantinha em sua casa uma escrivaninha alta.

O escritor Pedro Nava parafusava os móveis de sua casa a fim que ninguém os tirasse do lugar.

Gilberto Freyre nunca manuseou aparelhos eletrônicos. Não sabia ligar sequer uma televisão. Todas as obras foram escritas a bico-de-pena, como o mais extenso de seus livros, Ordem e Progresso, de 703 páginas.

Euclides da Cunha, Superintendente de Obras Públicas de São Paulo, foi engenheiro responsável pela construção de uma ponte em São José do Rio Pardo (SP). A obra demorou três anos para ficar pronta e, alguns meses depois de inaugurada, a ponte simplesmente ruiu. Ele não se deu por vencido e a reconstruiu. Mas, por via das dúvidas, abandonou a carreira de engenheiro.

Acréscimo meu: Após a campanha de Canudos, de onde tirou a munição para Os Sertões, o Presidente de então, muito agradecido, e desejoso de premiá-lo pelo excelente trabalho, perguntou-lhe que cargo desejaria exercer em seu governo. Suponho que o Mandatário esperava algo como: ministro da cultura, ou algo assim, portentoso. Mas, ele:  Excelência, um posto de Chefe de Estação Ferroviária está de bom tamanho, numa humildade de dar dó. Acho que F.Peixoto deve ter pensado: este cara ou é besta, ou realmente não tem ambições. Não me perguntem onde li isto, pois não lembro. A mulher dele meteu-lhe um par de protuberâncias frontais, pelo que, para defender a honra, e usando as imbecilidades próprias da época, duelou com o rival. Levando a pior, tendo sua honra ido com ele para debaixo dos sete palmas de terra. Grande coisa, isso! Mais  tarde, um dos filhos, parece que o primogênito, resolveu ir à forra. Também, o rival, agora padrasto por afinidade, levou a melhor, e o rapaz também foi vítima da maior habilidade guerreira do contendor bem como da idiotice e ignorância profundas vigentes na época, no que concerne, entre outras coisas, a esse negócio de “lavar” honra. Tá aí, não só lavou, como se enterrou mais cedo. Bem feito.

E isto nada mudou, com relação ao que deu causa a tudo isso.  



Machado de Assis, nosso grande escritor, ultrapassou tanto as barreiras sociais bem como físicas. Machado teve uma infância sofrida pela pobreza e ainda era míope, gago e sofria de epilepsia. Enquanto escrevia Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado foi acometido por uma de suas piores crises intestinais, com complicações para sua frágil visão. Os médicos recomendaram três meses de descanso em Petrópolis. Sem poder ler nem redigir, ditou grande parte do romance para a esposa, Carolina.

Graciliano Ramos era ateu convicto, mas tinha uma Bíblia na cabeceira só para apreciar os ensinamentos e os elementos de retórica. Por insistência da sogra, casou na igreja com Maria Augusta, católica fervorosa, mas exigiu que a cerimônia ficasse restrita aos pais do casal. No segundo casamento, com Heloísa, evitou transtornos: casou logo no religioso.

Aluísio de Azevedo tinha o hábito de, antes de escrever seus romances, desenhar e pintar, sobre papelão, as personagens principais mantendo-as em sua mesa de trabalho, enquanto escrevia.

José Lins do Rego era fanático por futebol. Foi diretor do Flamengo, do Rio, e chegou a chefiar a delegação brasileira no Campeonato Sul-Americano, em 1953.

Aos dezessete anos, Carlos Drummond de Andrade foi expulso do Colégio Anchieta, em Nova Friburgo (RJ), depois de um desentendimento com o professor de português. Imitava com perfeição a assinatura dos outros. Falsificou a do chefe durante anos para lhe poupar trabalho. Ninguém notou. Tinha a mania de picotar papel e tecidos. "Se não fizer isso, saio matando gente pela rua". Estraçalhou uma camisa nova em folha do neto. "Experimentei, ficou apertada, achei que tinha comprado o número errado. Mas não se impressione, amanhã lhe dou outra igualzinha."


Numa das viagens a Portugal, Cecília Meireles marcou um encontro com o poeta Fernando Pessoa no café A Brasileira, em Lisboa. Sentou-se ao meio-dia e esperou em vão até as duas horas da tarde. Decepcionada, voltou para o hotel, onde recebeu um livro autografado pelo autor lusitano. Junto com o exemplar, a explicação para o "furo": Fernando Pessoa tinha lido seu horóscopo pela manhã e concluído que não era um bom dia para o encontro.

Érico Veríssimo era quase tão taciturno quanto o filho Luís Fernando, também escritor. Numa viagem de trem a Cruz Alta, Érico fez uma pergunta que o filho respondeu quatro horas depois, quando chegavam à estação final.

Clarice Lispector era solitária e tinha crises de insônia. Ligava para os amigos e dizia coisas perturbadoras. Imprevisível, era comum ser convidada para jantar e ir embora antes de a comida ser servida.

Monteiro Lobato adorava café com farinha de milho, rapadura e içá torrado (a bolinha traseira da formiga tanajura), além de Biotônico Fontoura. "Para ele, era licor", diverte-se Joyce, a neta do escritor. Também tinha mania de consertar tudo. "Mas para arrumar uma coisa, sempre quebrava outra."

Manuel Bandeira sempre se gabou de um encontro com Machado de Assis, aos dez anos, numa viagem de trem. Puxou conversa: "O senhor gosta de Camões?" Bandeira recitou uma oitava de Os Lusíadas que o mestre não lembrava. Na velhice, confessou: era mentira. Tinha inventado a história para impressionar os amigos. Foi escoteiro dos nove aos treze anos. Nadador do Minas Tênis Clube, ganhou o título de campeão mineiro em 1939, no estilo costas.

Guimarães Rosa, médico recém-formado, trabalhou em lugarejos que não constavam no mapa. Cavalgava a noite inteira para atender a pacientes que viviam em longínquas fazendas. As consultas eram pagas com bolo, pudim, galinha e ovos. Sentia-se culpado quando os pacientes morriam. Acabou abandonando a profissão. "Não tinha vocação. Quase desmaiava ao ver sangue", conta Agnes, a filha mais nova.

Mário de Andrade provocava ciúmes no antropólogo Lévi-Strauss porque era muito amigo da mulher dele, Dina. Só depois da morte de Mário, o francês descobriu que se preocupava em vão. O escritor era homossexual.


Vinicius de Moraes, casado com Lila Bosco, no início dos anos 50, morava num minúsculo apartamento em Copacabana. Não tinha geladeira. Para aguentar o calor, chupava uma bala de hortelã e, em seguida, bebia um copo de água para ter sensação refrescante na boca.

José Lins do Rego foi o primeiro a quebrar as regras na ABL, em 1955. Em vez de elogiar o antecessor, como de costume, disse que Ataulfo de Paiva não poderia ter ocupado a cadeira por faltar-lhe vocação.
 
Jorge Amado para autorizar a adaptação de Gabriela para a tevê, impôs que o papel principal fosse dado a Sônia Braga. "Por quê?", perguntavam os jornalistas, Jorge respondeu: "O motivo é simples: nós somos amantes." Ficou todo mundo de boca aberta. O clima ficou mais pesado quando Sônia apareceu. Mas ele se levantou e, muito formal disse: "Muito prazer, encantado." Era piada. Os dois nem se conheciam até então.
 
O poeta Pablo Neruda colecionava de quase tudo: conchas, navios em miniatura, garrafas e bebidas, máscaras, cachimbos, insetos, quase tudo que lhe dava na cabeça.
 
Vladimir Maiakóvski tinha o que atualmente chamamos de Transtorno Obsessivo-compulsivo (TOC). O poeta russo tinha mania de limpeza e costumava lavar as mãos diversas vezes ao dia, numa espécie de ritual repetitivo e obsessivo.
 
A preocupação excessiva com doenças fazia com que o escritor de origem tcheca Franz Kafka usasse roupas leves e só dormisse de janelas abertas ? para que o ar circulasse -, mesmo no rigoroso inverno de Praga.
 
O escritor norte-americano Ernest Hemingway passou boa parte de sua vida tratando de problemas de depressão. Apesar da ajuda especializada, o escritor foi vencido pela tristeza e amargura crônicas. Hemingway deu fim à própria vida com um tiro na cabeça.

 


SUBJECT: Re: [ciencialist] Não há recursos para as cotas - EDITORAL O ESTADÃO O Estado de S.Paulo - 07/11
FROM: Rafael Picate <rpicate@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/11/2012 20:07

Victor,
os dois comentários dos reitores merecem destaque, como deveria merecer destaque a fala da deputada autora da lei que ao ser perguntada sobre se essa lei poderia abaixar o nível dos cursos, ela disse que não que até aumenta . Um assunto tão sério tratado dessa maneira, pelo visto , o executivo não quis ficar para trás, quis também mostrar explicitamente que age tão desleixadamente como a deputada. 
abs,
Rafael

Em 13 de novembro de 2012 05:23, JVictor <j.victor.neto@uol.com.br> escreveu:
 

Olá,

 

“O mais veemente foi o reitor Roberto Salles, da Universidade Federal Fluminense. Ele reclamou da insuficiência de verbas do Programa Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes) e afirmou que, se o governo não garantir auxílio financeiro, muitos cotistas não conseguirão concluir os cursos. Só o aumento das verbas evitará evasões, afirmou. "O problema é dramático. Precisamos fazer com que o estudante continue na universidade e se forme", diz a pró-reitora de graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Angela Rocha.”

 

Ou seja, o Governo ajoelhou, tem que rezar.

Rezará?

 

Vai deixar esse mega problema nas “costas” dos reitores, meros funcionários públicos?

 

Ora, não destinam maiores verbas e mais recursos para o ensino primário – mesmo o que destinam, em muitos casos,  não é bem gerido -  que é fundamentalismo e vital, quanto mais para corrigir esse incômodo e crescente efeito colateral, absolutamente indesejável, mas “previsto”.

 

Sei não, sei não!

 

Sds,

Victor.

 

 

 

 

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Rafael Picate
Enviada em: quinta-feira, 8 de novembro de 2012 20:10
Para: undisclosed-recipients:
Assunto: [ciencialist] Não há recursos para as cotas - EDITORAL O ESTADÃO O Estado de S.Paulo - 07/11

 

 



SUBJECT: RES: [ciencialist] Não há recursos para as cotas - EDITORAL O ESTADÃO O Estado de S.Paulo - 07/11
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/11/2012 09:11

Rafael,

 

É.  Infelizmente há muitos desses que assim pensam. Enquanto isso, a bola de neve vai aumentando.

 

Victor,

os dois comentários dos reitores merecem destaque, como deveria merecer destaque a fala da deputada autora da lei que ao ser perguntada sobre se essa lei poderia abaixar o nível dos cursos, ela disse que não que até aumenta . Um assunto tão sério tratado dessa maneira, pelo visto , o executivo não quis ficar para trás, quis também mostrar explicitamente que age tão desleixadamente como a deputada. 

abs,

Rafael

Em 13 de novembro de 2012 05:23, JVictor <j.victor.neto@uol.com.br> escreveu:

 

Olá,

 

“O mais veemente foi o reitor Roberto Salles, da Universidade Federal Fluminense. Ele reclamou da insuficiência de verbas do Programa Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes) e afirmou que, se o governo não garantir auxílio financeiro, muitos cotistas não conseguirão concluir os cursos. Só o aumento das verbas evitará evasões, afirmou. "O problema é dramático. Precisamos fazer com que o estudante continue na universidade e se forme", diz a pró-reitora de graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Angela Rocha.”

 

Ou seja, o Governo ajoelhou, tem que rezar.

Rezará?

 

Vai deixar esse mega problema nas “costas” dos reitores, meros funcionários públicos?

 

Ora, não destinam maiores verbas e mais recursos para o ensino primário – mesmo o que destinam, em muitos casos,  não é bem gerido -  que é fundamentalismo e vital, quanto mais para corrigir esse incômodo e crescente efeito colateral, absolutamente indesejável, mas “previsto”.

 

Sei não, sei não!

 

Sds,

Victor.

 

 

 

 

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de Rafael Picate
Enviada em: quinta-feira, 8 de novembro de 2012 20:10
Para: undisclosed-recipients:
Assunto: [ciencialist] Não há recursos para as cotas - EDITORAL O ESTADÃO O Estado de S.Paulo - 07/11

 

 

 


SUBJECT: ENC: [nerdyard] Uma integral cabeluda
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/11/2012 12:42

Olá,

 

O Professor Reginaldo divulga a ciência, quase que academicamente. Para isso criou um “recanto” apropriado, com todas as possibilidades de postagens de equações e figuras, se o freguês assim o desejar.  Mas tem feito um trabalho solo, em diversas áreas. Valorizo muito o trabalho desse jovem entusiasta. Trata-se de idealista, dos bons e aprumados. Gosto muito do que escreve e comenta. O interessado num trabalho de qualidade, principalmente estudantes que eventualmente freqüentem o Ciencialist, ao acessar este seu último artigo, no endereço do corpo de seu post, poderá ter acesso a um “menu” listando as utilidades já publicadas. Você também poderá participar.

Recomendo, fortemente.

 

Ah!, enquanto você se delicia com o trabalho, uma música acompanha seu passeio. Geralmente, uma música clássica. No trabalho ora apresentado, Mozart é o cardápio da vez.

 

Sds,

Victor.

 

 

De: nerdyard@googlegroups.com [mailto:nerdyard@googlegroups.com] Em nome de Reginaldo Napolitano
Enviada em: sábado, 17 de novembro de 2012 13:06
Para: nerdyard@googlegroups.com
Assunto: [nerdyard] Uma integral cabeluda

 

Você está recebendo esta mensagem porque se inscreveu em Nerdyard para receber informações sobre novas postagens e outras novidades referentes ao site.

É com muita satisfação que anuncio a nova postagem em Nerdyard:

 

No contexto de minhas pesquisas em sistemas quânticos abertos, há uma integral bem difícil, em princípio, para ser resolvida. Essa integral aparece em vários artigos que consideram ruídos em sistemas de qubits e também em problemas quânticos dissipativos, como no caso da emissão espontânea de fótons em uma cavidade de temperatura finita. Minha intenção aqui não é a descrição do aparecimento dessa integral, mas apenas mostrar sua solução exata. Espero que você goste.

Grato deveras pelo seu interesse,

reginaldo


SUBJECT: efeitos da física, segundo vistos por um Mestre.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/11/2012 19:32

 

Estava procurando, para relembrar alguns, os efeitos conhecidos, que ocorrem na física.

Encontrei estes:

 

http://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito

 

Na sequência, os seguintes, muito melhor explicados e brilhantemente ilustrados com figuras, de maneira competente e sábia, por ninguém menos que nosso saudoso Léo:

 

 

http://www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto72.asp

 

Quem não conhecia esses efeitos, agora deixará disso!...

 

Claramente, no eletromagnetismo ainda há muito para descobrir.

É, ainda,  um vasto campo de pesquisas, com muitas surpresas.

 

Que venham os insights de Alberto e Belmiro.

 

Bom proveito.

 

Sds,

Victor.

 


SUBJECT: RES: [ciencialist] Sexualidade Humana
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/11/2012 08:04

Coisas do cérebro. Parafusos e porcas mal apertadas, ausentes,fora do lugar, ou com bitolas e formatos diferentes da maioria.  Não há manutenção corretiva que dê jeito. Comportamento independente da vontade. Não discrimino, aceito. Não é culpa do freguês, sob qualquer aspecto. Como apregoam os mais machões. E não é, para eles, um problema. Apenas, alguns, sucumbem às opiniões alheias, e fazem disso um problema, às vezes incontornáveis, que lhes causam muito sofrimento e infelicidade.  Uma lástima. A sociedade, movida pelo preconceito e pela ignorância, tem prejudicado desastradamente a si própria, ao longo dos séculos, já que os indivíduos são suas partículas elementares, seus tijolos básicos.

 

O que ocorre com os dois jovens está, creio, no contexto acima. Assumiram, logo, sua condição humana. Muito corajosos. E isto deve ser, inexoravelmente,  respeitado.  Parabéns aos dois, felicidade para eles. Os pais devem apoiar e garantir a continuidade do processo, de modo a que eles sigam suas vidas de maneira leve e limpa.  Os outros, os que torcem o nariz para essas coisas,  que se danem, que vão cuidar de suas próprias vidas. Ninguém tem nada com isso, ninguém paga as contas deles.  Devem reconhecer que essas pessoas, apenas, são diferentes nesse aspecto de sexualidade. Só isso. No resto é tudo igual. Tudo.

 

Só discrimino e deploro a afetação exacerbada de alguns grupos, com suas passeatas, pirilampos e gritinhos, bradando esse estado de espírito, orgânico, num movimento que chamam de Orgulho Gay. Com isso, acabam se auto-discriminando, acho.  Mas deve ser, também, uma conseqüência fortuita do estado a que a condição e as pressões externas dão causa.  Na próxima consulta com Freud perguntarei.

 

Não vejo os grupos contrários, ao qual pertenço, saírem por aí gritando, de punhos cerrados, sua condição de héteros .

 

Com orgulho...

 

Sds,

 

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de luiz silva
Enviada em: sexta-feira, 9 de novembro de 2012 17:40
Para: ListadeCiência
Assunto: [ciencialist] Sexualidade Humana

 

 

Cada vez eu fico mais surpreso (sem sentido pejorativo) com a "mobilidade" da sexualidade humana.

 

 

O menino vira menina, pois não curte nada do sexo oposto. Agora, se relaciona com um "menino" que possui o sexo oposto. Ou seja, o que possivelmente antes era percebido pelo cérebro do menino com algo "repulsivo", agora é percebido com algo prazeroso, apesar de, possivelmente, continuar percebendo o sexo oposto como algo repulsivo!!

 

Abs

Felipe


SUBJECT: Re: [ciencialist] ENC: [nerdyard] Uma integral cabeluda
FROM: Eriberto Sá ponte Jr <junior_pontess@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/11/2012 09:23

gOSTARIA DE ME CADASTRAR NESTE SITE E PASSAR A ESTUDAR, ME ATUALIZAR E AJUDAR A DESENVOLER CADA VEZ MAIS A CIÊNCIA EM PROL DO CRESCIMENTO HUMNAO.
SOU QUÍMICO E MORO NUMA CIDADE LINDA NO INTERIOR DO CEARÁ.
UM ABRAÇO,
ERIBERTO



De: JVictor <j.victor.neto@uol.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Sábado, 17 de Novembro de 2012 11:42
Assunto: [ciencialist] ENC: [nerdyard] Uma integral cabeluda

 
Olá,
 
O Professor Reginaldo divulga a ciência, quase que academicamente. Para isso criou um “recanto” apropriado, com todas as possibilidades de postagens de equações e figuras, se o freguês assim o desejar.  Mas tem feito um trabalho solo, em diversas áreas. Valorizo muito o trabalho desse jovem entusiasta. Trata-se de idealista, dos bons e aprumados. Gosto muito do que escreve e comenta. O interessado num trabalho de qualidade, principalmente estudantes que eventualmente freqüentem o Ciencialist, ao acessar este seu último artigo, no endereço do corpo de seu post, poderá ter acesso a um “menu” listando as utilidades já publicadas. Você também poderá participar.
Recomendo, fortemente.
 
Ah!, enquanto você se delicia com o trabalho, uma música acompanha seu passeio. Geralmente, uma música clássica. No trabalho ora apresentado, Mozart é o cardápio da vez.
 
Sds,
Victor.
 
 
De: nerdyard@googlegroups.com [mailto:nerdyard@googlegroups.com] Em nome de Reginaldo Napolitano
Enviada em: sábado, 17 de novembro de 2012 13:06
Para: nerdyard@googlegroups.com
Assunto: [nerdyard] Uma integral cabeluda
 
Você está recebendo esta mensagem porque se inscreveu em Nerdyard para receber informações sobre novas postagens e outras novidades referentes ao site.
É com muita satisfação que anuncio a nova postagem em Nerdyard:
 
No contexto de minhas pesquisas em sistemas quânticos abertos, há uma integral bem difícil, em princípio, para ser resolvida. Essa integral aparece em vários artigos que consideram ruídos em sistemas de qubits e também em problemas quânticos dissipativos, como no caso da emissão espontânea de fótons em uma cavidade de temperatura finita. Minha intenção aqui não é a descrição do aparecimento dessa integral, mas apenas mostrar sua solução exata. Espero que você goste.
Grato deveras pelo seu interesse,
reginaldo



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Sexualidade Humana
FROM: "Ricardo S." <ricardo@rj1.info>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/11/2012 19:15


おd


Ricardo Szczerbacki

Em 18/11/2012, às 08:04, "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br> escreveu:

 

Coisas do cérebro. Parafusos e porcas mal apertadas, ausentes,fora do lugar, ou com bitolas e formatos diferentes da maioria.  Não há manutenção corretiva que dê jeito. Comportamento independente da vontade. Não discrimino, aceito. Não é culpa do freguês, sob qualquer aspecto. Como apregoam os mais machões. E não é, para eles, um problema. Apenas, alguns, sucumbem às opiniões alheias, e fazem disso um problema, às vezes incontornáveis, que lhes causam muito sofrimento e infelicidade.  Uma lástima. A sociedade, movida pelo preconceito e pela ignorância, tem prejudicado desastradamente a si própria, ao longo dos séculos, já que os indivíduos são suas partículas elementares, seus tijolos básicos.

 

O que ocorre com os dois jovens está, creio, no contexto acima. Assumiram, logo, sua condição humana. Muito corajosos. E isto deve ser, inexoravelmente,  respeitado.  Parabéns aos dois, felicidade para eles. Os pais devem apoiar e garantir a continuidade do processo, de modo a que eles sigam suas vidas de maneira leve e limpa.  Os outros, os que torcem o nariz para essas coisas,  que se danem, que vão cuidar de suas próprias vidas. Ninguém tem nada com isso, ninguém paga as contas deles.  Devem reconhecer que essas pessoas, apenas, são diferentes nesse aspecto de sexualidade. Só isso. No resto é tudo igual. Tudo.

 

Só discrimino e deploro a afetação exacerbada de alguns grupos, com suas passeatas, pirilampos e gritinhos, bradando esse estado de espírito, orgânico, num movimento que chamam de Orgulho Gay. Com isso, acabam se auto-discriminando, acho.  Mas deve ser, também, uma conseqüência fortuita do estado a que a condição e as pressões externas dão causa.  Na próxima consulta com Freud perguntarei.

 

Não vejo os grupos contrários, ao qual pertenço, saírem por aí gritando, de punhos cerrados, sua condição de héteros .

 

Com orgulho...

 

Sds,

 

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de luiz silva
Enviada em: sexta-feira, 9 de novembro de 2012 17:40
Para: ListadeCiência
Assunto: [ciencialist] Sexualidade Humana

 

 

Cada vez eu fico mais surpreso (sem sentido pejorativo) com a "mobilidade" da sexualidade humana.

 

 

O menino vira menina, pois não curte nada do sexo oposto. Agora, se relaciona com um "menino" que possui o sexo oposto. Ou seja, o que possivelmente antes era percebido pelo cérebro do menino com algo "repulsivo", agora é percebido com algo prazeroso, apesar de, possivelmente, continuar percebendo o sexo oposto como algo repulsivo!!

 

Abs

Felipe


SUBJECT: RE: RES: [ciencialist] Sexualidade Humana
FROM: Thiago Guimarães <guimaraesbsb@hotmail.com>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/11/2012 07:41

 
 
Belo texto, Victor!
Tens talento para a literatura.
 
Thiago
 

To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
From: ricardo@rj1.info
Date: Sun, 18 Nov 2012 19:15:39 -0200
Subject: Re: RES: [ciencialist] Sexualidade Humana

 

おd


Ricardo Szczerbacki

Em 18/11/2012, às 08:04, "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br> escreveu:

 


Coisas do cérebro. Parafusos e porcas mal apertadas, ausentes,fora do lugar, ou com bitolas e formatos diferentes da maioria.  Não há manutenção corretiva que dê jeito. Comportamento independente da vontade. Não discrimino, aceito. Não é culpa do freguês, sob qualquer aspecto. Como apregoam os mais machões. E não é, para eles, um problema. Apenas, alguns, sucumbem às opiniões alheias, e fazem disso um problema, às vezes incontornáveis, que lhes causam muito sofrimento e infelicidade.  Uma lástima. A sociedade, movida pelo preconceito e pela ignorância, tem prejudicado desastradamente a si própria, ao longo dos séculos, já que os indivíduos são suas partículas elementares, seus tijolos básicos.

 

O que ocorre com os dois jovens está, creio, no contexto acima. Assumiram, logo, sua condição humana. Muito corajosos. E isto deve ser, inexoravelmente,  respeitado.  Parabéns aos dois, felicidade para eles. Os pais devem apoiar e garantir a continuidade do processo, de modo a que eles sigam suas vidas de maneira leve e limpa.  Os outros, os que torcem o nariz para essas coisas,  que se danem, que vão cuidar de suas próprias vidas. Ninguém tem nada com isso, ninguém paga as contas deles.  Devem reconhecer que essas pessoas, apenas, são diferentes nesse aspecto de sexualidade. Só isso. No resto é tudo igual. Tudo.

 

Só discrimino e deploro a afetação exacerbada de alguns grupos, com suas passeatas, pirilampos e gritinhos, bradando esse estado de espírito, orgânico, num movimento que chamam de Orgulho Gay. Com isso, acabam se auto-discriminando, acho.  Mas deve ser, também, uma conseqüência fortuita do estado a que a condição e as pressões externas dão causa.  Na próxima consulta com Freud perguntarei.

 

Não vejo os grupos contrários, ao qual pertenço, saírem por aí gritando, de punhos cerrados, sua condição de héteros .

 

Com orgulho...

 

Sds,

 

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br] Em nome de luiz silva
Enviada em: sexta-feira, 9 de novembro de 2012 17:40
Para: ListadeCiência
Assunto: [ciencialist] Sexualidade Humana

 

 

Cada vez eu fico mais surpreso (sem sentido pejorativo) com a "mobilidade" da sexualidade humana.

 

 

O menino vira menina, pois não curte nada do sexo oposto. Agora, se relaciona com um "menino" que possui o sexo oposto. Ou seja, o que possivelmente antes era percebido pelo cérebro do menino com algo "repulsivo", agora é percebido com algo prazeroso, apesar de, possivelmente, continuar percebendo o sexo oposto como algo repulsivo!!

 

Abs

Felipe




SUBJECT: Emaranhamento quântico no Fronteiras da Ciência
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/11/2012 10:45

http://multimidia.ufrgs.br/conteudo/frontdaciencia/Fronteiras_da_Ciencia-T03E37-Emaranhamento-12.11.2012.mp3

[ ]s

Alvaro Augusto



SUBJECT: "Super Júpiter"
FROM: Gilberto Morelli <gilmorelli@yahoo.com>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/11/2012 14:31

http://noticias.uol.com.br/ciencia/album/2012/11/01/imagens-do-mes-novembro2012.htm#fotoNav=45

SUBJECT: Por isso, não: humano também faz...
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/11/2012 23:52


SUBJECT: Máscara Alternativa
FROM: Tipoalgo <tipoalgo@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/11/2012 02:56

Olá a todos.

Na falta de um equipamento mais adequado, pode-se usar essa máscara alternativa http://tipoalgo.blogspot.com.br/2012/11/mascara-alternativa.html .

O uso no carnaval ou para assustar criancinhas também tá valendo!

Abraços
Tipoalgo


SUBJECT: Re: [ciencialist] Máscara Alternativa
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/11/2012 19:51

     Me lembrou o chefe dos seres abissais do Nacional Kid.
 
     Parabéns por tanta criatividade em suas invenções.
 
     [],s
 
     Belmiro
    

De: Tipoalgo <tipoalgo@gmail.com>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quinta-feira, 29 de Novembro de 2012 2:56
Assunto: [ciencialist] Máscara Alternativa

 
Olá a todos.

Na falta de um equipamento mais adequado, pode-se usar essa máscara alternativa http://tipoalgo.blogspot.com.br/2012/11/mascara-alternativa.html .

O uso no carnaval ou para assustar criancinhas também tá valendo!

Abraços
Tipoalgo




SUBJECT: Por que a educação na Finlândia é a melhor do mundo
FROM: psdias2 <psdias2@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/11/2012 22:34

http://www.businessinsider.com/finlands-education-system-best-in-world-2012-11

Em fotos:

http://www.businessinsider.com/finlands-education-system-best-in-world-2012-11#finnish-children-dont-start-school-until-they-are-7-1

(há uma explicação em cada foto - são 27 ao todo)


Paulo


SUBJECT: Re: [ciencialist] Máscara Alternativa
FROM: Tipoalgo <tipoalgo@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/11/2012 03:38

Muito obrigado Mestre Belmiro.

Pode ser que um dia eu consiga reproduzir o seu jacaré Severino, muito legal, parabéns!

Abraços
Tipoalgo


Em 29 de novembro de 2012 19:51, Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br> escreveu:
 

     Me lembrou o chefe dos seres abissais do Nacional Kid.
 
     Parabéns por tanta criatividade em suas invenções.
 
     [],s
 
     Belmiro
    

De: Tipoalgo <tipoalgo@gmail.com>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quinta-feira, 29 de Novembro de 2012 2:56
Assunto: [ciencialist] Máscara Alternativa

 
Olá a todos.

Na falta de um equipamento mais adequado, pode-se usar essa máscara alternativa http://tipoalgo.blogspot.com.br/2012/11/mascara-alternativa.html .

O uso no carnaval ou para assustar criancinhas também tá valendo!

Abraços
Tipoalgo


SUBJECT: Re: [ciencialist] Por que a educação na Finlândia é a melhor do mundo
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/12/2012 14:31

O modelo educacional finlandês é fantástico, mas o fato de se tratar de
um país de IDH igual a 0,882 (muito elevado) e de população de 5,4
milhões (metade da população da cidade de São Paulo) não deve ser
desconsiderado.

[ ]s

Alvaro Augusto


Em 29/11/2012 22:34, psdias2 escreveu:
> http://www.businessinsider.com/finlands-education-system-best-in-world-2012-11
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> Em fotos:
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> http://www.businessinsider.com/finlands-education-system-best-in-world-2012-11#finnish-children-dont-start-school-until-they-are-7-1
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> (há uma explicação em cada foto - são 27 ao todo)
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> Paulo
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SUBJECT: Marcelo Knobel x Ayres Brito - Abuso quântico e pseudociência
FROM: Rafael Picate <rpicate@gmail.com>
TO: undisclosed-recipients:;
BCC: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/12/2012 22:53

10. Abuso quântico e pseudociência, artigo de Marcelo Knobel
 
Marcelo Knobel, físico, é professor do Instituto de Física Gleb Wataghin e pró-reitor de graduação da Unicamp. Artigo publicado na Folha de São Paulo de domingo (2).

Em entrevista recente à Folha, o recém-aposentado ministro do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto, afirmou que sua visão espiritualista de mundo seria confirmada pela física quântica, citando diversos autores, entre os quais Einstein ("A vida começa aos 70", em 18 de novembro).

 

Cito dois trechos:

 

1) "Depois, de uns 12 anos para cá, comecei a me interessar por física quântica, e ela me pareceu uma confirmação de tudo o que os espiritualistas afirmam. A física quântica, sobretudo os escritos de Dannah Zohar [especializada em aconselhamento espiritual e profissional]."

 

2) "Einstein, físico quântico que era, cunhou uma expressão célebre: 'efeito do observador'. Ele percebeu que o observador desencadeava reações no objeto observado. (...) Claro que quando você joga teoria quântica para a teoria jurídica, se expõe a uma crítica mordaz. O sujeito diz: "Mas isso não é ciência jurídica'."

 

Na verdade, a fascinante física quântica aplica-se somente a sistemas físicos na escala atômica, jamais a questões profissionais ou jurídicas. As analogias podem ser exercícios criativos ou poéticos até interessantes, mas não passam disso.

 

Ao buscar a palavra "quantum" em qualquer livraria virtual, é assombroso notar que a maioria das obras listadas refere-se a supostas explicações quânticas dos mais diversos aspectos da vida - da memória à cura de enfermidades, passando pelo sucesso no amor e na carreira.

 

Como físico, acredito em coisas incríveis, como entes que são ondas e partículas simultaneamente, universos multidimensionais, tempos e comprimentos que dependem da velocidade do objeto, estruturas nanoscópicas que podem atravessar verdadeiras paredes e muitos outros fenômenos que certamente não são nada intuitivos e continuam sendo impressionantes, mesmo após anos e anos de estudo.

 

Mas em ciência o importante é que as teorias sejam comprovadas seguindo critérios rígidos, metodologias adequadas e publicadas em periódicos de circulação internacional, para que outros pesquisadores possam tentar repetir os experimentos e modelos, verificando possíveis falhas e buscando explicações alternativas, com certo ceticismo. Não é o caso das ideias citadas pelo ministro.

 

Ocorre que, diariamente, somos inundados por inúmeras promessas de curas milagrosas, métodos de leitura ultrarrápidos, dietas infalíveis, riqueza sem esforço. A grande maioria desses milagres cotidianos são vestidos com alguma roupagem científica: linguagem um pouco mais rebuscada, aparente comprovação experimental, depoimentos de pesquisadores "renomados", alardeado acolhimento em grandes universidades. São casos típicos do que se costuma definir como pseudociência.

 

A maioria das pessoas vive perfeitamente bem sem saber diferenciar ciência de pseudociência. Mais cedo ou mais tarde, porém, em alguns momentos da vida esse conhecimento pode ser muito importante. Seja para decidir um tratamento médico, seja para analisar criticamente algum boato, seja para se posicionar frente a alguma decisão importante que certamente influenciará a vida de seus filhos e netos.

 

A sociedade como um todo deve assimilar a cultura científica. É importante a participação de instituições, grupos de interesse e processos coletivos estruturados em torno de sistemas de comunicação e difusão social da ciência, participação dos cidadãos e mecanismos de avaliação social da ciência.

 

Em uma sociedade onde a ciência e a tecnologia são agentes de mudanças econômicas e sociais, o analfabetismo científico, seja de quem for, pode ser um fator crucial para determinar decisões que afetarão nosso bem-estar social.

 

É impossível tomar uma decisão consciente se não se tem um mínimo de entendimento sobre ciência e tecnologia, como funcionam e como podem afetar nossas vidas.

 

Réplica publicada no Painel do Leitor na Folha de São Paulo de hoje (3)

 

Físico me atribuiu afirmação que não fiz, declara Ayres Britto

Carlos Ayres Britto, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal de Brasília (DF)

 

Logo na primeira frase do artigo "Abuso quântico e pseudociência" (Tendências/Debates), o físico Marcelo Knobel me atribui afirmação que não fiz: de que minha visão espiritualista de mundo seria confirmada pela física quântica. O certo seria dizer o que se contém, sem tirar nem pôr, na entrevista que dei e a que ele se refere: "Depois, de uns 12 anos para cá, comecei a me interessar por física quântica, e ela me pareceu uma confirmação de tudo o que os espiritualistas afirmam". Eles, os espiritualistas, e não eu, dr. Knobel.

 

No mais, o ilustre doutor passa a extrair conclusões meramente cerebrinas das minhas respostas e, por isso mesmo, não mais que especulativas ou conjecturais. Pra não dizer fantasiosas, pois não têm nada a ver com as investigações que tenho feito sobre o aproveitamento de certos juízos quânticos como juízos de ciência jurídica. Dentre eles, os princípios "da incerteza", "da complementaridade" e do "efeito do observador", além da compreensão dos fenômenos quânticos como ondas de possibilidades.

 

* A equipe do Jornal da Ciência esclarece que o conteúdo e opiniões expressas nos artigos assinados são de responsabilidade do autor e não refletem necessariamente a opinião do jornal.


SUBJECT: Entrevista na íntegra - Ayres Britto se aposenta e colhe os louros do julgamento do mensalão - FOLHA
FROM: Rafael Picate <rpicate@gmail.com>
TO: undisclosed-recipients:;
BCC: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/12/2012 23:04

SUBJECT: Re: Por que a educação na Finlândia é a melhor do mundo
FROM: "roberto" <roberto.takata@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/12/2012 09:01

De qualquer maneira, a valorização dos professores me parece um caminho importante.

Vamos ver se o Congresso não muda o dispositivo da MP que destina 100% dos novos royalties do petróleo e 50% dos rendimentos do Fundo Social à educação. Já foi vergonhoso terem excluído esse mecanismo na votação da lei da nova partilha.

E vamos ver também se destinam esses valores corretamente à educação.

[]s,

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@...>
> O modelo educacional finlandês é fantástico, mas o fato de se tratar
> de um país de IDH igual a 0,882 (muito elevado) e de população de 5,4
> milhões (metade da população da cidade de São Paulo) não deve ser
> desconsiderado.
>
> [ ]s
>
> Alvaro Augusto



SUBJECT: PentaPet versão 3.0
FROM: Tipoalgo <tipoalgo@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/12/2012 08:24

Olá a todos.

Olhem uma ideia para fazer uma cobertura sobre uma estrutura qualquer.
Proteção limitada contra chuva, mas boa proteção ao sol e vento. Aplicação numa estufa e em decoração, por exemplo.

Acho que o blog tem engenhocas úteis, solicito aos colegas que enviem o endereço (http://tipoalgo.blogspot.com.br) aos seus contatos ou publiquem em seus perfis de redes sociais. Quem sabe alguém possa aproveitar alguma ideia.

Abraços
Tipoalgo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Por que a educação na Finlândia é a melhor do mundo
FROM: "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/12/2012 10:09

Sim, sem valorizar os professores não chegaremos a lugar algum.

[ ]s

Alvaro


Em 04/12/2012 09:01, roberto escreveu:
> De qualquer maneira, a valorização dos professores me parece um caminho importante.
>
> Vamos ver se o Congresso não muda o dispositivo da MP que destina 100% dos novos royalties do petróleo e 50% dos rendimentos do Fundo Social à educação. Já foi vergonhoso terem excluído esse mecanismo na votação da lei da nova partilha.
>
> E vamos ver também se destinam esses valores corretamente à educação.
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Alvaro Augusto (L)" <alvaro@...>
>> O modelo educacional finlandês é fantástico, mas o fato de se tratar
>> de um país de IDH igual a 0,882 (muito elevado) e de população de 5,4
>> milhões (metade da população da cidade de São Paulo) não deve ser
>> desconsiderado.
>>
>> [ ]s
>>
>> Alvaro Augusto
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SUBJECT: ENC: JÁ ESTAMOS NO CINTURÃO DE FÓTONS - É o fim de um círculo, não do mundo
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/12/2012 01:10

Amigos,

 

Minha santa beata mocinha de meu padim pade Ciço doJuazeiro!

Tomara que o Ayres Jurista aposentado não leia isto, senão outras maluquices virão.

Coisas assim, próprias de quem nada conhece de física...e que sequer  tem um pingo do famoso e conhecido “semancol.

Ah Prof. Leo por aqui, para dar aquela resposta.

 

Boa noite, e durmam com Ayres, Alcione e acordem um Leão aloprado. O homem descobriu que o fóton é o resultado da divisão de um elétron...esta “perola” encabeça outro tanto de besteiróis, cada um maior que outro. Como se isso fosse possível...Socooooro, puliça!

 

Boa noite, e durmam com Ayres, Alcione e acordem um Leão aloprado. Que mia que é uma beleza...

 

 

Sds,

Victor.

 

 

 

 

 

 

           JÁ ESTAMOS NO CINTURÃO DE FÓTONS - É o fim de um círculo, não do mundo 
       Importante ler para entender

Já estamos no Cinturão de Fótons

 

Imagem removida pelo remetente. 

Muito se fala de 2012, mas pouco efetivamente se conhece. Segue um texto rápido e esclarecedor, para desmistificar um pouco a profecia e trazer uma linguagem simples, ofertando ânimo extra para nossas ações como sincronizadores biosféricos.


O sistema solar gira em torno de Alcione, estrela central da Constelação de Plêiades. Esta foi a conclusão dos astrônomos Freidrich Wilhelm Bessel, Paul Otto Hesse, José Comas Solá e Edmund Halley, depois de estudos e cálculos minuciosos.


Nosso Sol é, portanto, a oitava estrela da constelação – localizada a aproximadamente 28 graus de Touro – e leva 26 mil anos para completar uma órbita ao redor de Alcione, movimento terrestre também conhecido como Precessão dos Equinócios.


A divisão desta órbita por doze resulta em 2.160, tempo de duração de cada era “astrológica” (Era de Peixes, Aquário, etc).


Descobriu-se também que Alcione tem à sua volta um gigantesco anel, ou disco de radiação, em posição transversal ao plano das órbitas de seus sistemas (incluindo o nosso), que foi chamado de Cinturão de Fótons.


Um fóton consiste na decomposição ou divisão do elétron, sendo a mais ínfima partícula de energia eletromagnética, algo que ainda se desconhece na Terra. Detectado pela primeira vez em 1961, através de satélites, a descoberta do cinturão de fótons marca o início de uma expansão de consciência além da terceira dimensão. A ida do homem à Lua nos anos 60 simbolizou esta expansão, já que antes das viagens interplanetárias era impossível perceber o cinturão.


A cada dez mil anos o Sistema Solar penetra por dois mil anos no anel de fótons, ficando mais próximo de Alcione.

Imagem removida pelo remetente.

 

A última vez que a Terra passou por ele foi durante a “Era de Leão”, há cerca de doze mil anos.Na Era de Aquário, que está se iniciando, ficaremos outros dois mil anos dentro deste disco de radiação. Todas as moléculas e átomos de nosso planeta passam por uma transformação sob a influência dos fótons, precisando se readaptar a novos parâmetros.


A excitação molecular cria um tipo de luz constante, permanente, que não é quente, uma luz sem temperatura, que não produz sombra ou escuridão. Talvez por isso os hinduístas chamem de “Era da Luz” os tempos que estão por vir.


Desde 1972, o Sistema Solar vem entrando no cinturão de fótons e em 1998 a sua metade já estará dentro dele. A Terra começou a penetrá-lo em 1987 e está gradativamente avançando, até 2.012, quando estará totalmente imersa em sua luz. De acordo com as cosmologias maia e asteca, 2.012 é o final de um ciclo de 104 mil anos, composto de quatro grandes ciclos maias e de quatro grandes eras astecas.


Desde a década de oitenta, quando a Terra começou a entrar no Cinturão de Fótons, estamos nos sintonizando com a quarta dimensão e nos preparando para receber a radiação de Alcione, estrela de quinta dimensão. Zona arquetípica de sentimentos e sonhos, onde é possível o contato com planos mais elevados, a quarta dimensão é emocional e não física. As idéias nela geradas influenciam e detonam os acontecimentos na terceira dimensão, plano da materialização.


Humbatz Men, autor de origem maia, fala em “Los Calendários” sobre a vindoura “Idade Luz”. Bárbara Marciniak, autora de “Mensageiros do Amanhecer”, da Ground e “Earth”, da The Bear and Company e a astróloga Bárbara Hand Clow, que escreveu “A Agenda Pleiadiana”, da editora Madras, receberam várias canalizações de seres pleiadianos.


Essas revelações falam sobre as transformações que estão ocorrendo em nosso planeta e nas preparações tanto físicas quanto psíquicas a que precisamos nos submeter para realizarmos uma mudança dimensional.

Imagem removida pelo remetente.



Segundo as canalizações, a esfera quadri-dimensional é regida pelas energias planetárias de nosso sistema solar, daí um trânsito de Marte, por exemplo, causar sentimentos de poder e ira. Para realizar esta expansão de consciência é preciso fazer uma limpeza, tanto no corpo físico como no emocional, e transmutar os elementais da segunda dimensão a nós agregados, chamados de miasmas. Responsáveis pelas doenças em nosso organismo, os miasmas são compostos de massas etéricas que carregam memórias genéticas ou de vidas passadas, memórias de doenças que ficaram encruadas e impregnadas devido a antibióticos, poluição, química ou radioatividade.


Esses miasmas estão sendo intensamente ativados pelo Cinturão de Fótons. Os pensamentos negativos e os estados de turbulência, como o da raiva, também geram miasmas, que provocam bloqueios energéticos em nosso organismo. Trabalhar o corpo emocional através de diversos métodos terapêuticos – psicológicos, astrológicos ou corporais – ajuda a liberar as energias bloqueadas. A massagem, acupuntura, homeopatia, florais, meditação, yoga, o tai-chi, algumas danças, etc, são também técnicas de grande efetividade, pois mexem com o corpo sutil e abrem os canais de comunicação com outros planos universais.


As conexões interdimensionais são feitas através de ressonância e para sobrevivermos na radiação fotônica temos que nos afinar a um novo campo vibratório. Ter uma alimentação natural isenta de elementos químicos,viver junto à natureza, longe da poluição e da radiatividade, liberar as emoções bloqueadas e reprimidas, contribuem para a transição.


Ter boas intenções é essencial, assim como estar em estado de alerta, para perceber as sincronicidades e captar os sinais vindos de outras esferas. Segundo a Agenda Pleiadiana, de Bárbara Hand Clow, o Cinturão de Fótons emana do Centro Galáctico. Alcione, o Sol Central das Plêiades, localiza-se eternamente dentro do Cinturão de Fótons, ativando sua luz espiralada por todo o Universo.

Imagem removida pelo remetente.



Mas afinal… e nós nisso tudo?


Nós somos os mais beneficiados com tudo isso. Todos nós, os seres encarnados na Terra, estamos passando por um processo de iniciação coletiva e escolhemos estar aqui nesta difícil época de transição de nosso planeta, que atingirá todo o Universo.


Os fótons funcionam como purificadores da raça humana e através de suas partículas de luz, às quais estamos expostos nos raios solares, dentro em breve estaremos imersos nesta“Era de Luz”, depois de 11 mil anos dentro da Noite Galáctica ou Idade das Trevas, como os hindus se referiam a Kali Yuga. Como um sistema de reciclagem do Universo, o Cinturão de Fótons inicia a Era da Luz. Existem diversas formas da humanidade intensificar sua evolução, desenvolvendo um trabalho de limpeza dos corpos emocionais, com o uso de terapias alternativas, como florais, Yoga, Sahaja Maithuna,musicoterapia, cromoterapia entre muitos outros.


São terapias e práticas que trabalham com a cura dos corpos sutis,além de curar outras já instaladas, evitando que muitas doenças sejam desenvolvidas, antes mesmo de alcançar o corpo físico.


Cada partícula vai se alojando em todos os cantinhos de nosso planeta trazendo a consciência (Luz), a Verdade, a Integridade e o Amor Mútuo.


Cada um de nós tem um trabalho individual para desenvolver aliado ao trabalho de conscientização da humanidade. Os corpos que não refinarem suas energias não conseguirão ficar encarnados dentro da terceira dimensão, pois a quarta dimensão estará instalada. E todos nós redescobriremos a nossa multidimensionalidade e ativaremos nossas capacidades adormecidas dentro da Noite Galáctica. A inteligência da Terra será catalizada para toda a Via Láctea.


Todos estes acontecimentos foram registrados no Grande Calendário Maia, que tem 26 mil anos de duração e termina no solstício de inverno, no dia 21 de dezembro de 2012 dC, que marca a entrada definitiva da Terra dentro do Cinturão de Fótons por 2000 anos ininterruptos. Consciência é Luz. Luz é Informação. Informação é Amor. Amor é Criatividade.

 

 

 

 

 

 



 

                                                                

 

 

 

 

 

 

 


SUBJECT: Hexapet versão 4.0
FROM: Tipoalgo <tipoalgo@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/12/2012 04:55

Olá a todos.

Unindo PentaPets e HexaPets pode-se montar uma bola.

Tipoalgo

SUBJECT: Poucas mensagens
FROM: "brudna" <brudna@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/12/2012 07:55

O fluxo de mensagens na Ciencialist diminuiu um pouco nos últimos dias.

Parte desta diminuição é culpa da minha demora em revisar as mensagens enviadas. É final de semestre e estou ocupado em diversas frentes de trabalho. :-)
Prometo ser mais responsável nos próximos dias.

Até
Luís Brudna
Administrador da Ciencialist.
www.ciencialist.com
=-=



SUBJECT: Efeito Casimir, experimentos e que tais
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/12/2012 02:58

Para os que madrugam...

 

http://physicsworld.com/cws/article/news/2012/dec/03/virtual-phonons-get-real

 

O link conduz a outros artigos de interesse.

 

 

 

Sds,

 

Victor.


SUBJECT: Re: LEMBRETE ALMOÇO DE CONFRATERNIZAÇÃO
FROM: Helio Clemente Aleixo <helioclementealeixo@yahoo.com.br>
TO: "gallo@uol.com.br" <gallo@uol.com.br>
DATE: 07/12/2012 13:38

Desculpem-me, mas compromissos inadiáveis ocuparam meu tempo.
Bom apetite!!!!!!!!!!


De: "gallo@uol.com.br" <gallo@uol.com.br>
Para: undisclosed-recipients@yahoo.com
Enviadas: Segunda-feira, 3 de Dezembro de 2012 19:50
Assunto: LEMBRETE ALMOÇO DE CONFRATERNIZAÇÃO

 



 
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                                         Nosso último almoço de 2012:
 
            Data:    o    o      (próxima sexta-feira)
  
                      Horário:  11:00 horas  (pra bater papo)
 
                          Local:  Churrascaria Soberana
 
                                        Av. Engº Caetano Alvares, 5824
 
 
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